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1 IIOt'a economia b,ltc~,1 recorde ."(fomcrl Nacional, Icvcrcird de 2000)

, I: I

"Internet brasileira atrai fundos de investimento,"(Gazeta Ivusrcantil , dezembro de 1999)

"Europa planeja era da ~nternet. ",(fomal do Brasil, 25 de março! de 2000)

,'1

"A gestão da lnteligência"(Exame, dezembro de 1999)

"Riqueza cerebral"(Coluna "Nova Economia", O Globo, outubro-de 2000)

~:~I

"Na era da Internet"tFortune, janeiro 'de 200b),

!

Quantas v~z,~s'"nos.dias de hoje, OUV~it~10Sexp,~essões co~\o "no~;:teconomia, sociedade do conhecimento , "era da Itlform1-

ção" ou "era da Internet"? Os principais órgãos da imprensa escrita,falada e televisiva têm utilizado em suas manchetes estes enunciados,referindo-se a uma mudança que parece afetar o cotidiano da' vida de

Imuitos cidadãos no planeta. Homens e mulheres de negócio,: cientis-I

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(" J" ÃO DE EMPRESAS NA SOCIEDADE DO CONHECIMENTO

1,1':, ,11listas, professores, profissionais liberais, funcionários públicos ...1IIIIns parecem estar sendo envolvidos por essa nova onda.

Você se sente profissionalmente envolvido(a) por essa' nova ondai

No nosso entender, o mundo vive hoje uma ~l.lUda~~rofwl.da.c surpreendente nos níveis social, econômico e cultural. A velocida-._-----(k~ã"Tntensjaadecom-que algumas modificações--;;e-ôpera1l1 têmuusado espanto em muitos de nós;

ucrn poderia afirmar, com segurança que, em menos de vinte:11105, o sistema bancário ~eria totalment"eíiíIõ[l~1ãtizãciõ?--Q~~mp()dcria admiti~,-hTd~~-;iios, que um corrlpütadorpodcria ser car-legado no bolso (palm top)? Esse equipamento tem uma capacida-de de memória maior que toda aquela existente no mundo em 1961!Em relação ao custo, outra surpresa: os preços caíram. Os computa-dores são 8.000 vezes m~is baratos do que eram trinta anos atrás. SeIivésscrnos conseguido os mesmos progressos na indústria autorno-!lil rSlica, poderíamos comprar, hoje, um Mercedes Classe A por US$2,que viajaria à velocidade do som e andaria 800 km com um [irro de1'"I~()ljna(Naisbitt, 1996).

Que outros exemplos você conhece que atestem a velocidade e aintensidade com que têm ocorrido as mudanças no mundo atual?

Além disso, as empresas tradicionais vêm desaparecendo do topod.1 lisrn das n~ais ricas do planeta. Bill Gates, dono da Microsoft,cruprcsn criada em 1977, é hoje o homem mais rico do planeta. A1'lJiI)J'csa Nctscape, na noite do seu primeiro dia de negociação naBols;1 americana NASDAQ,1 foi cotada a US$3 bilhões,' para umLlt \I rnmcnro de apenas US$17 milhões.

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Se antes o que gerava riquezn e poder era o domínio do: capital " :da t~rra e do trabalho, hoje a realidade é outra. Segundo a Qrgani{\ "~"zação para a Cooperqção e Desenvolvimento Econômico (OCDE),ligada à ONU, mais d~ 55% da riqueza ml!!1.diaLadvêIJl_d~ cdnheci- _rnento e dos denominadQs bens ou p~dlltos intangívds,' comol ; , ..s5.?h\\,arc.s, patentes, royalries, serviços de"-co;:;~~ft<?'ií~-"e~be!1s:cuT~:rr' .rais como filmes, música e e~1tretenimento _en1J~e!.~U9CDE, ~999).1 J

Ao analisar n pauq de exportações dos Estados Unidos 1195 últi-I' ..~mos sete anos (Figura 1), verificamos ZJ'neas cxpcrtações do~bens I .-

iJltaJlgíucis j1;1SS:1r;11llde menos de 3<}6, em ] 994, para 17~ú, em I1999. Para 2000 a estimativa era ,". que este índice tivesse alcança-d .J .) qV I io a casa llOS _.J 70. I

Vale observar que os dados estatísticos mencionados na Figura 1 j') , I

consideram tangíveis alguns produtos de alta tccnologia,: tomo ,I(.'~·aviões, compurndores e robôs, ignorando o fato de que, narealida- 'de, o conhccimcnm é o principal componente ele valor dele~.,. Se')'" '",

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97 98 99 2000 'lFigura 1: Exportação de bens tangíveis e intangíveis _ EUA. I

Fonte: Institute for the Future (WWW.iftf.org) : IiI-~--T!''"-,,'p til ;\,;:, ''"'!I'!!

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~I.MPf!/:SAS NA r;nClrUlADE DO CONHECIMENTO

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gtindo O Institut for the Furure, as exportações dos bens intangíveisteri;1In atingido, no ano 2000, a impressionante marca de 70% do {~,.valor total das exportações norte-americanas, se contabilizássemos':: ;..... ':';r'

sepa:ad.amente o valor do eonhecímenro incorporado a~s produtoS i~tanglvelS. .'

Além da economia, essas mudanças afetam o dia-a-dia da 'socie-

dade, sua cultura, seus hábitos e comportamentos.Há trinta anos ficávamos maravilhados vendo alguém abrir uma

.~.::-t lata com um abridor manual. O tempo gasto para realizar essa tare-]:.~ fa era considerado mínimo. Durante alguns minutos um jovem que~ ••.• assistisse a essa cena ficaria maravilhado. Hoje, abrimos uma lata dei.: ..I,':j refrigerante, feita por uma lâmina finíssima, em menos de 1 segun-' f,

1"1 do. Esse gesto banal era impensável há menos de trinta anos! As .,'".'t latas hoje também consomem menos energia P'''' serem fabrieadas,,:,:,.· ·4-'l ---J são feitas com material reciclável e são 80% mais finas que aquelas h}''''.

~, ~ fabricadas antigamente. Falando de outra forma: as latas de refrige-I,\"'"rantes são 80% tecnologia e 20% metal. I·h··'

Outro exemplo prosaico: a banana. A Empresa Brasileira de Pes- "quisa Agropecuária (Embrapa) vem desenvolvendo uma variedadegenética de banana, a banana pioneira, que resiste à principal doen-ça sofrida por essa fruta no Brasil, a sigatoka amarela. A nova bana- \na, sem perder o sabor, tem tamanho e peso 20% maior que a ba- .J'na na tradicional e gera frutos três meses antes do prazo habitual. As \".estimativas são de que um mesmo hectare plantado com a fruta \produza, hoje, 700/0 a mais do que há 25 anos. A banana pioneira é ~

mais ciência que banana.,. I I..

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,_o ".i}De que forma os novos conhecimentos gerados nesta sociedade

têm interferido na sua vida particular?..•

As mudanças têm afetado também a organização do mercado detrabalho. A Figura 2 revela a situação vivida nos Estados Unidos ondeJ

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a maior parte da mão-de-obra que se concentrava 11.1 agricultura e naindústria, em 1920, migrou para o setor de serviços em 1990. .:

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,,_STÃO DE EMPRESAS NA SOCIEDADE DO CONHECIMENTO

as organizações que geram maior riqueza. Este lugar será provavel-mente ocupado por empresas que produzem e distribuem informa-ção e conhecimento. Nessa nova sociedade, a riqueza será geradapela inovação, e esta, pela capacidade de agregar conhecimento aosprodutos e serviços oferecidos (Drucker, 1997).

Em resumo, para Drucker, as empresas vitoriosas do século XXIdeverão ser aquelas que tiverem condições de criar novos produtose serviços intensivos em. conhecimento.

o (ONIIECIMFNTO I~,ASSIM, () NOVO MOTOR DA ECONOMIA.

n i 1111111'111111'111'-1';t'IIIJlI"I' ,'\','11.','11 1',1111'111111'''111111111lU! "'H II'dllIdi' (}II.d I~.1 Nlllt\uhllidl".11' d"" dill:l 1I111.tI~.,11"1; 11 fl~.~.11"'111I111 1;,,":1

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I ',', I" I l'I'a w"ldo p.ll''' o ÇJ'(,Nl irucutu pl'sso.tI " p.1I':1 1111111('111111',I salil.;l:\,.lO. ': '\'" salwdOl"ia individual (Drucker, 1997). EIIl meados d~? século

'~~'(\ XVIII, essa concepção parece ter sofrido lima inflçxão, justificada,~ --~ t,:J CII\ parte, pelo advcriro da Revolução Industrial. ~~,eJ:n-\1' -- - , ,-------- - .. '--, '---'--

\}/\" ), ruo, o conhecimento passou a voltar-se para sua aplicação na socie-

I"/~'" \ Id:lde: ~Icix~n~~, de se~vir ex~lusivament~ ~ s_atisfa~~al-;-~staeu modificação fOI acompanhada por outra que anngiu a organiza-

I<;:to econômica da sociedade. O padrão artesanal, manual e de-pendente do homem foi substituído por outro de cunho indus-1 dai, tecno16gico$p~dente da má~uina. A vida rural, que dis-- _ ..•"._---persuva geograficamente as pessoas, foi substituída pela vida urba-1):1, que concentrou centenas de indivíduos em torno de fábricas eIu',\ncles cidades.'"

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\' \ .\0""':-< CONHECIMENTO: O NOVO FATOR DE PRobuçÃo ; 2' L I\.~---,-- .j

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".:\ :"'t" , O escocês Adarn Smirh (1723-1790) e o francês Jean Baprist.' n ,"~r Say (1767-1832) elaboraram t~riaS-l.' 'definiam' os fatore'

l básicos de produção, a saber: terra, capital e trabalho Analisadd(.I 'as economias baseadas na expl;;ação d:.1n:.1tureza, predp~te~

, ,n~ at(õ' século XVIII; percebe-se que a posse da terra e a 9xplora ãoi\~ J extensiva da mão-de-obra eram os fatores (~~cisivos para deterr i-. rJ(\v A' C R I - I d 'I:V'. :j:- : nar ~,sl\ces~0_<:conpmlc9· orn a evo uçao n ustria ai posse os-,''f"/ :meios de produção e a ~xploração do trabalho passaram a ser as~;G)orças motrizes do dcselFolvill1~to econômico. De qualquer f r-

\~JY ~yna,no tempo de Smirh e Say, a economia girava em torno des es\ot{t três primado" terra, capíra: e trabalho. i>~,," Em linal do século XIY . início do século XX, era evident9 a

..J' Y" ··"-"·<'''1<, ,,1;'·"'ç50 do homem em relação ao seu trabalho. O fihl\e'fi'lIIf1us /v/o(/('I'I/()S, protagUl1izado por Chnrlcs Chaplin, registra comil 0111,1" o"IIt':\SllIO ,I l.'OIH Ii ,':'1o do tl'tlh:llhadol' depcndente do rirmo

V"\~ (/'1 111.1\1'1111,1,1('.dll..Il1do U 111\'1'1110c' l'Sla(anl(' trabalho repetidas vc-j ~~.'II 1(' •.•• () 11,111,11".11111I'pCldi.I ('.~qlll·\ ('1 \) :>l'1I u:l'C'bl'() ('11\ 1::1Sa, pois Seu

'\"'\"', ,1' 1I,lh.III\l1 1"('\, IlId.,I d(' 111,lliv,d.I<II' (' 1I11t·lig'~lIri:t. I' " .lll:~ E \V 1.1)'101 (I H \(, I 'lI s), ('II/',c'ld\('j,o uu: lI' .1I11\"'l'ic.lI\q, clabo-\," I tllIlIllIloi',(l'lIltI d(' \)I'g.II\1/,I~.\I1 do 11.lh.dho qllt' I'cl.:OII\t:l\d,w:t d :Hlu-

l I'~ ,no de 111 é todos c 1101'l1l,IS visando :lIJl,\'xill1izac.;.lo do rcndimcnro da,/"ÍJ--',Il1i'io-dc-obra, com base numa análise minuciosa de cada tarefa a ser

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Na sociedade do conhecimento a realidade é bem dif~rente. C~,-Ccan!;;,c;';;e» tOÍ>a~s:':asc,- o~n6v~ .~~ôtor a,-êéo ;;o;;;;;~.~;~lansl~~.

I rnou no p~i~c,iEal fator ~e produção, Mas como funciona a.econo] jf mi'ã'nãsõciedaâe do conhecimento? ; I~ "l ' ,11 I,< d ,. , , _, ! ,n ~I.r.<l~'< . ,J'V r ,i

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