Os primeiros suínos da América foram trazidos por Cristóvão Colombo, em sua viagem a Santo Domingo, em 1493.

No Brasil, os suínos foram introduzidos por Martim Afonso de Sousa em 1532.

› Raças originárias de Portugal. › Não havia preocupação quanto à seleção de matrizes. › Com o tempo, criadores brasileiros passaram a

desenvolver raças próprias. › Uma das melhores raças desenvolvidas no Brasil é o

Piau.

No Brasil, o consumo de carne suína corresponde a 15% do total da carne consumida.

› Bovina → 52% › Aves → 34%

O Brasil é um dos maiores exportadores de carne suína, em 2002 foram exportadas 60 mil toneladas.

Os maiores clientes são Rússia, Argentina e África do Sul.

Principal importância → subsistência brasileira.

› Curtos com rugas.› Papada.› Tipos de orelhas e de perfis fronto nasais variados.› Baixo rendimento e qualidade de carcaça.› Baixo ganho médio diário de peso (GMDP). › Baixa conversão alimentar.› Baixa prolificidade e habilidade materna.› Alta rusticidade.› Tardios.

Os principais representantes brasileiros são:

› Piau.› Canastra.› Canastrão. › Caruncho.› Nilo.› Macau.› Sorocaba. › Moura.› Pirapitinga. › Junqueira. › Pereira.

Foi à primeira raça nativa a ser registrada , em 1989.

A raça teve origem no Brasil (GO, MG e SP).

› É considerada a melhor e mais importante raça naturalizada nacional (Cavalcanti, 1984).

A maior concentração da raça está situada na bacia do rio Paranaíba.

› Foi considerada a raça mais freqüente encontrada por Castro et al. (2002) no Distrito Federal.

A palavra Piau, de origem indígena, significa "malhado","pintado".

Existem Piaus grandes, médios e pequenos.

A pelagem é Oveira (Branca-creme, com manchas pretas).

Orelhas intermediárias entre Ibéricas e Asiáticas.

Perfil cefálico retilíneo e Subconcavilíneo.

Poucos exigentes quanto a manejo.

Aconselháveis para utilização em cruzamentos que visem produção de carne.

› Um tipo mais fixo e mais antigo é o Caruncho Piau, um pouco maior que o Carunchinho e menor que o Piau. Possui uma variedade vermelha, a Sorocaba, de tamanho médio e aptidão intermediária, provavelmente melhorada por cruzamento com Duroc.

A raça originou-se em fazendas localizadas na bacia do rio Pirapetinga, de onde se disseminou por municípios vizinhos e pelo estado do Espírito Santo.

› Tamanho médio.› Orelhas em pé do tipo asiáticas.› Poucas cerdas.› Corpo preto ou arroxeado, comprido e estreito.› Pouca musculatura e ossatura.› Prolificidade e precocidade médias.

Possui grande facilidade de engorda. Aproveita uma grande variedade de alimentos. Produz um toucinho de ótima qualidade. Bom rendimento de gordura.

Alentejano de Portugal X Ibérico da Espanha.

Segundo Castro et al., (2002), no levantamento realizado no Distrito Federal esta raça foi a segunda raça mais encontrada.

› Tamanho médio.› Ausência de cerdas.› Corpo de cor preta e ossatura fina. › Perfil subcôncavo.› Orelhas do tipo ibérico pouco acentuado.

Por sua grande rusticidade e facilidade de manejo alimentar.

O Nilo é uma raça muito indicada para sistemas simples de produção.

Grande capacidade de engorda.› Podendo atingir um peso vivo entre 180 e 200 kg.› Percentual de gordura entre 65 e 69%.

Embora a quantidade de carne seja pequena, é de excelente qualidade (Athanassof, 1932).

Origem nos estados de RS, SC e PR.

› Pelagem preta entremeada de pêlos brancos (Tordilho). › Orelhas intermediárias entre ibéricas e célticas.› Perfil cefálico retilíneo ou subconcavilíneo.› Uma leve papada. › Pescoço curto.› Peito medianamente largo.› Dorso e lombo largo.› Pouca massa muscular.

Segundo machado (1967), a raça pode oferecer uma boa progênie quando cruzados com suínos da raça Landrace.

› Prolificidade em média de 9 leitões por leitegada.› Comprimento e rusticidade.

Vivendo com pastagens e alimentos naturais podem produzir carne de alta qualidade e muito apreciada pelos consumidores (Pimenta et al., 2004).

Predominante na região do Pantanal matogrossense.

É considerado uma raça asselvajada.› Formou desde a guerra do Paraguai em 1864.

› A partir de cruzamentos indiscriminados das raças (Duroc, Tamworth e Carunho) formaram o porco Monteiro.

› Conformação do corpo e cabeça em formas de cunha.› Coloração preto-acinzentada ou marrom.› Orelhas pequenas e eretas.› Perfil afilado.› Membros fortes e ágeis.› Focinho longo.

Características que se assemelham com o javali, segundo Herrera et al. (1996).

Possui mais habilidades noturnas.› Olfato extremamente sensível, que facilita a localização

de alimentos escondidos sob a vegetação, utilizando o focinho e as presas para cavar e cortar raízes.

nas explorações melhoradas.› Precocidade.› Habilidade materna.› Indicados para sistemas de criação a campo.

É uma das espécies mais visadas para a prática de caça.

Utilizada em cruzamentos com o javali com o objetivo de se obter uma carne mais saudável e saborosa (Rosa et al. 2000).

São sindáctilos, ou seja, com o casco fundido. › Charles Darwin definiu esse fenômeno como um caso

de mutação (Castro, 2003; citado por Lemus Flores et al. 2005).

Chamado também de casco de Burro, é o que tem suas populações em estado mais crítico de desaparecimento (Mariante et al. 2003b).

Porte pequeno. Grandes produtores de gordura. Temperamento tranqüilo.

(Viana, 1956) Corpo volumoso e roliço. Pelagem muito semelhante à do Piau. Cabeça larga. Testa achatada. Maxilar inferior mais pronunciado que o superior. Papada volumosa.

São animais indicados para pequenas propriedades rurais onde a produção visa a subsistência.

O cruzamento das fêmeas com os varrões de raças melhoradas exóticas não é aconselhável, devido ao risco de partos distócicos.

Os primeiros suínos foram trazidos para o Brasil na época do descobrimento, desde esta época os suínos passaram por inúmeros fatores, agrupando-se independentemente e, com o passar dos séculos, formaram as raças naturalizadas.

Durante muitos anos esses animais foram explorados, principalmente no melhoramento genético. Devido ao grande número de cruzamentos com raças exóticas, a população dessas raças brasileiras foi diminuindo, e uma boa parte dessas raças quase que estão desaparecendo.

Neste cenário, é importante a conservação destas raças, pois elas possuem benefícios as condições climáticas e ao tipo de criação brasileira.