2
RAFAEL MARAVILHA Era uma vez um menino chamado Rafael, menino bondoso, explorador e bastante curioso porque a escola que ele frequentava ensinava-o a pesquisar muito e a dar valor às coisas. Ele vivia numa pequena aldeia chamada “Maravilha” devido à sua magnífica beleza a nível mundial. Numa bela e quente tarde de verão o Rafael e o seu pai foram até à floresta. Quando lá chegaram, o pai do Rafael tirou uma sachola na mala do carro e de seguida dirigiu-se até uma árvore cortando-a agressivamente. Os pais de Rafael não respeitavam nada a natureza e isso agastava o menino. Quando o Rafael viu o pai a cortar a árvore perguntou-lhe: - Pai, que estás a fazer? - Não vês, estou a cortar esta árvore! - Para quê? Perguntou o Rafael. - Para decorar o jarrão que temos à entrada da nossa casa. O Rafael um pouco desiludido e não concordando com a ideia do pai, desistiu de falar com ele e foi explorar aquele belo espaço sozinho. Quando o pai arrancou a planta, chamou o menino: - Rafael, anda já embora, já não temos mais nada a fazer aqui! - Já vou pai. Disse o Rafael, que à ida para o carro encontrou um escaravelho e colocou-o dentro de uma caixa com furos, que trazia sempre consigo, no caso de encontrar algum animal engraçado para poder observar. Quando regressaram a casa, o menino entusiasmado, voltou-se para os pais e disse: - Mãe, mãe, anda cá ver o escaravelho que eu encontrei. - Agora não posso, estou muito ocupada, talvez mais logo. - E tu pai, anda ver! - Agora não, deixa-me ver se a árvore fica bem aqui à entrada! Então o Rafael esperou, esperou… depois de tanto esperar e já cansado, abriu a tampa da caixa para ver o escaravelho e de repente… zás! O escaravelho fugiu. - Já não me apanhas… Ah! Ah! Ah! Curioso e por ver que o escaravelho falava a nossa língua, o Rafael seguiu-o atravessando rios e montes. Chegaram a uma corrente e o escaravelho exclamou: - Com este rio aqui no meio ele não pode apanhar-me, ele não tem asas! Rafael destemido, pegou num tronco que ali se encontrava, criou uma ponte e passou para o outro lado ao jeito de um acrobata, continuando a seguir o escaravelho.

Rafael Maravilha

Embed Size (px)

DESCRIPTION

História escrita a partir da obra "A maior flor do mundo" de José Saramago, pelos alunos do 4ºA da Escola do Falcão, no âmbito do concurso "Conta tu outra vez".

Citation preview

  • RAFAEL MARAVILHA

    Era uma vez um menino chamado Rafael, menino bondoso, explorador e bastante curioso

    porque a escola que ele frequentava ensinava-o a pesquisar muito e a dar valor s coisas. Ele

    vivia numa pequena aldeia chamada Maravilha devido sua magnfica beleza a nvel mundial.

    Numa bela e quente tarde de vero o Rafael e o seu pai foram at floresta.

    Quando l chegaram, o pai do Rafael tirou uma sachola na mala do carro e de seguida

    dirigiu-se at uma rvore cortando-a agressivamente. Os pais de Rafael no respeitavam nada a

    natureza e isso agastava o menino.

    Quando o Rafael viu o pai a cortar a rvore perguntou-lhe:

    - Pai, que ests a fazer?

    - No vs, estou a cortar esta rvore!

    - Para qu? Perguntou o Rafael.

    - Para decorar o jarro que temos entrada da nossa casa.

    O Rafael um pouco desiludido e no concordando com a ideia do pai, desistiu de falar com

    ele e foi explorar aquele belo espao sozinho.

    Quando o pai arrancou a planta, chamou o menino:

    - Rafael, anda j embora, j no temos mais nada a fazer aqui!

    - J vou pai. Disse o Rafael, que ida para o carro encontrou um escaravelho e colocou-o

    dentro de uma caixa com furos, que trazia sempre consigo, no caso de encontrar algum animal

    engraado para poder observar.

    Quando regressaram a casa, o menino entusiasmado, voltou-se para os pais e disse:

    - Me, me, anda c ver o escaravelho que eu encontrei.

    - Agora no posso, estou muito ocupada, talvez mais logo.

    - E tu pai, anda ver!

    - Agora no, deixa-me ver se a rvore fica bem aqui entrada!

    Ento o Rafael esperou, esperou depois de tanto esperar e j cansado, abriu a tampa da

    caixa para ver o escaravelho e de repente zs! O escaravelho fugiu.

    - J no me apanhas Ah! Ah! Ah!

    Curioso e por ver que o escaravelho falava a nossa

    lngua, o Rafael seguiu-o atravessando rios e montes.

    Chegaram a uma corrente e o escaravelho exclamou:

    - Com este rio aqui no meio ele no pode apanhar-me,

    ele no tem asas!

    Rafael destemido, pegou num tronco que ali se

    encontrava, criou uma ponte e passou para o outro lado ao

    jeito de um acrobata, continuando a seguir o escaravelho.

  • Chegou a um jardim cheio de flores onde estava uma bela

    borboleta que logo de imediato lhe chamou ateno, fazendo-o

    esquecer da sua perseguio quele escaravelho malandro e

    pensando para com os seus botes:

    - Aquela borboleta parece que me quer mostrar alguma coisa

    Desta forma, seguiu-a e aps uma longa caminhada esta

    mostrou-lhe uma flor murcha que estava em cima de uma colina.

    Com pena da flor, com a sua bondade e preocupao pela natureza

    decidiu ir buscar gua ao rio. Como as suas mos eram pequeninas, pelo caminho, a gua que

    trazia nas suas mos bondosas a caindo, chegando apenas algumas pingas flor.

    Por isso repetiu esta ao vezes sem conta. Rafael ia ficando cansado, at que aterrou no

    cho e disse:

    - Desculpa bela flor, mas estou sem foras, estou to cansado

    Ao dizer estas palavras o menino adormeceu ao seu lado.

    A flor que estava enorme e bela, como forma de agradecimento deixou cair uma ptala para

    aconchegar o menino do frio e do escuro.

    Na aldeia da Maravilha j todos estavam preocupados com o Rafael. Os seus pais depois de

    tanto o procurarem pela aldeia lembraram-se:

    - Se calhar est na floresta! Vamos depressa procur-lo, pois ele deve estar cheio de frio e

    assustado. Disse o pai.

    - Coitadinho do meu filho! Dizia aflita e chorosa a me.

    Depois de tanto andar, l encontraram o menino a dormir ao lado daquela magnfica flor que

    o protegia de todos os perigos apenas com aquela ptala.

    - Filho, ests bem? Perguntou a me.

    - Sim, estou bem, apenas um pouco estafado. Respondeu o menino.

    A me de tanto chorar nem conseguiu falar, mas o pai encheu-se de coragem e ps-se a

    discursar.

    - Obrigado, linda flor,

    por de meu filho cuidar,

    deste-lhe amor e alegria

    para ele repousar!

    - Eu que estou em dvida para com a enorme atitude desta pequena criana. Pois fez-me

    acreditar que o Homem ainda capaz de AMAR!

    Aps esta importante conversa regressaram aldeia, que quando os viu, depois de um

    silncio de assombrar comearam a festejar

    A aldeia ficou a chamar-se Rafael Maravilha por causa do menino, que apesar da

    idade que tinha, fez um enorme e precioso bem!