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 5 A ARTE DA URINÁLISE NA MEDICINA TIBETANA uma técnica para o auto-exame

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A

ARTE DA URINÁLISE

NA

MEDICINA TIBETANA

uma técnica para o auto-exame

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A ARTE DA URINÁLISENA MEDICINA

TIBETANA

uma técnica para auto-exame

Dr. Lobsang RapgayPsicologia Médica Tibetana

Traduzido por:

Williams Ribeiro de Farias

Dra. Yeda Ribeiro de Farias

EDITORA CHAKPORI

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© Dr. Lobsang Rapgay

1995

Direitos para edição em línguas portuguesa e espanhola

adquiridos porEDITORA CHAKPORI

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AGRADECIMENTOS À PRESENTE EDIÇÃO

Agradeço ao Sr. Lhasang Tsering, ao Venerável Dagom

Rimpoche e seu assistente Lama Tsultrim Dorge, ao Sr. Lobsang

Samten, à Srta. Nyingma Sherpa, ao Sr. Tsewang Jigme Tsarong,

Diretor do Centro Médico Tibetano em Dharamsala, à Maria do

Carmo Chagas Ribeiro e ao Sr. Sérgio Fanelli, que ajudaram a tornar

possível a edição destes livros sobre Medicina Tibetana.

O Editor 

Williams Ribeiro de Farias

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PREFÁCIO

O contínuo interesse na medicina tibetana e napsicoterapia budista encorajou-nos a iniciar o TibetanHolistic Center, em Nova Delhi e expandir suas

atividades na Europa e nos E.U.A. nos próximospoucos anos. Nossa experiência orientou-nos pelanecessidade por tal instituição, cujo objetivo primáriofosse promover a medicina tibetana no Ocidente.Atualmente, desconsiderando as visitas ocasionais demédicos tibetanos, não existe qualquer facilidade paraum ocidental interessado em estudar a medicinatibetana. De fato, não há publicações compreensíveissobre medicina tibetana, escritas por médicostibetanos.

Nosso plano inicial é promover a literatura sobreos vários aspectos desta medicina, geralmentepráticos, e que possam ser aprendidos sem apresença do professor. Este trabalho é o segundonesta série. A segunda parte de nosso programa éorganizar estágios anuais de verão, associados aoutras instituições na Europa e nos E.U.A.

1 de maio de 1986Dr. Lobsang Rapgay

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ÍNDICE 

1. INTRODUÇÃO ...............................................................................................13

1.1. IMPORTÂNCIA DO EXAME DA URINA: ...............................................................141.2. O QUE É URINA? ............................................................................................161.3. A HISTÓRIA DA URINÁLISE: .............................................................................19

2. URINÁLISE COMO TÉCNICA DIAGNÓSTICA...........................................21

2.1. COM RELAÇÃO À HISTÓRIA, AO EXAME FÍSICO E À ANÁLISE DO PULSO: ............212.2. EXIGÊNCIAS A SEREM OBSERVADAS:..............................................................23

3. PREPARAÇÃO .............................................................................................25

3.1. COLETA DA URINA: ........................................................................................25

3.2. RECIPIENTE: ..................................................................................................263.3. VARINHAS PARA AGITAÇÃO: ...........................................................................263.4. HORÁRIO DE COLETA DA URINA:.....................................................................263.5. MOMENTO DO EXAME: ...................................................................................27

4. URINÁLISE BÁSICA .....................................................................................29

4.1. EXAME FÍSICO: ..............................................................................................304.1.1. Coloração: ............................................................................................30 4.1.2. Odor ......................................................................................................34 4.1.3. Vapor ....................................................................................................35 

4.1.4. Bolhas ...................................................................................................37 4.1.5. Turvação ..............................................................................................40 4.2. DEPÓSITOS ...................................................................................................41

4.2.1. Albumina e outros sedimentos ............................................................414.2.2. Mucina ..................................................................................................43 

4.3. EXAME DA URINA APÓS TRANSFORMAÇÃO:.....................................................444.3.1. Momento em que ocorre a transformação .........................................45 4.3.2. A maneira como ocorre a transformação ...........................................45 

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4.3.3. Características clínicas pós-transformação .......................................47 

5. URINA NORMAL E ANORMAL ...................................................................50

5.1. CARACTERÍSTICAS GERAIS DA URINA NORMAL ...............................................505.2. CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS DA URINA DE DOENÇAS QUENTES OU INFLAMATÓRIAS...............................................................................................515.3. CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS DA URINA DE DOENÇAS FRIAS OU NÃO-INFLAMATÓRIAS .......................................................................................525.4. CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS DA URINA DE RLUNG ..........................................525.5. CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS DA URINA DE MKRIS-PA......................................55

5.6. CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS DA URINA DE BAD-KAN.......................................565.7. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL ...........................................................................58

6. CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS DA URINA DE DOENÇASESPECÍFICAS ...................................................................................................66

6.1. CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS DA URINA DE RLUNG /BAD-KAN...........................666.2. CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS DA URINA DE BAD-KAN / RLUNG...........................676.3.CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS DA URINA DE BAD-KAN / MKRIS-PA .......................676.4. CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS DA URINA NO DISTÚRBIO COMPLEXO DE BAD-KAN .......................................................................................676.5. CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS DA URINA NA GRIPE OU NO RESFRIADO COMUM ..............................................................................................686.6. CÓLICA INTESTINAL .......................................................................................696.7. FRAQUEZA DIGESTIVA....................................................................................696.8. DISPEPSIA.....................................................................................................706.9. FLATULÊNCIA ................................................................................................706.10. ENTERITE ....................................................................................................706.11. HEPATITE ....................................................................................................706.12. DOENÇAS RESPIRATÓRIAS ..........................................................................716.13. HIPERTENSÃO .............................................................................................716.14. TUMORES MALIGNOS E BENIGNOS ...............................................................71

7. MÉTODO DE APRENDIZAGEM PARA INICIANTES.................................73

7.1. PRIMEIRO PASSO...........................................................................................747.2. SEGUNDO PASSO ..........................................................................................747.3. TERCEIRO PASSO ..........................................................................................757.4. QUARTO PASSO.............................................................................................797.5. QUINTO PASSO..............................................................................................807.6. SEXTO PASSO ...............................................................................................80

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8. TESTES DA URINA ......................................................................................828.1. COM DROGAS PARA DETERMINAR O TRATAMENTO .........................................828.2. PARA DETERMINAR UM ENVENENAMENTO ......................................................828.3. SOM DA URINA PARA PROPÓSITOS DIAGNÓSTICOS .........................................838.4. SENSAÇÃO TÁTIL DA URINA PARA PROPÓSITOS DIAGNÓSTICOS ......................83

9. ESTUDO DE CASOS ....................................................................................85

BIBLIOGRAFIA .................................................................................................89

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1. INTRODUÇÃO

A tradição médica tibetana talvez seja o menosconhecido e o único sistema documentado de

medicina a desfrutar de uma ininterrupta continuidadede mais de 2500 anos. De acordo com a histórica econfiável obra, “Survey of the History of TibetanMedicine”, por Desi Sangye Gyatso, uma medicinapopular já era praticada no Tibete, antes que osmédicos indianos difundissem a medicina Ayurvédica.Cerca de 200 D.C., dois médicos indianos, um casal,Bibyi Gyadbyed e sua esposa Belha Gyad mDzema,viajaram ao Tibete para promover a medicina

Ayurvédica, a qual tornou-se fortemente estabelecida epopular neste país nos 400 anos que se seguiram. Doséculo 7 em diante, entretanto, o Estado, que havia setornado muito poderoso, começou a usar suainfluência para promover o aprendizado sobre oconhecimento médico dos países vizinhos. Os trêsDharamarajas, os reis Tsong-tsen Gompo (620-640D.C.), Trisong Detsen (755-797 D.C.) e Tri Ralpachen,convidaram médicos e estudiosos da Índia, China,

Mongólia, Grécia (Roma), Turquia, Pérsia, Nepal eKashmir para o intercâmbio de conhecimento com osmelhores médicos tibetanos. O resultado foi umprocesso de integração das melhores técnicas epráticas, de outros sistemas tradicionais, com osistema indiano de medicina praticado então no Tibete.

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O processo de aprendizado e integração ocorreuaté o século 10. Após esta fase, médicos e estudiosostibetanos começaram a simplificar, organizar ereinterpretar a informação médica, alinhada com opensamento e a filosofia budista.

Muitas das técnicas derivadas dos outrossistemas de medicina, por exemplo, o moxabustão queos tibetanos assimilaram dos mongóis, foramsimplificadas para se adaptarem às suas necessidades

e foram adicionados conceitos espirituais budistaspara complementar a prática destas técnicas naclínica.

A medicina tibetana, portanto, emergiu como umsistema desenvolvido, vibrante e holístico de cuidadoscom a saúde até épocas bem recentes. Hoje, osistema é praticado de uma forma mais limitada e otratamento é geralmente confinado às fórmulas à basede ervas e muitas modalidades de tratamento, tais

como a hidroterapia, massagem, fomentação,moxabustão e outras, estão relegadas a um segundoplano, sendo freqüentemente omitidas. Com ocrescente interesse do Ocidente pela medicinatibetana, a oportunidade de reviver muitas destascomplexas tradições relacionadas à prática clínica estáse tornando uma realidade e o objetivo desta sériesobre medicina tibetana é um dos muitos esforços denossa clínica na promoção da medicina tibetana.

1.1. Importância do exame da urina:A urinálise é um dos quatro principais

procedimentos diagnósticos utilizados pelos tibetanos.A técnica é originária da Grécia e Pérsia e hoje é umdos instrumentos diagnósticos mais importantesconsiderado pelo médico na clínica.

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A urina é um fluido fisiológico de composiçãomuito variável produzida continuamente pelos rins, apartir do sangue, sob condições normais. Entretanto,uma grande quantidade de fatores, tais como dietainadequada, comportamento, influências sazonais,stress e tensão, podem afetar a função dos rins naprodução da urina. Qualquer distúrbio na formação eeliminação da urina pode levar a um malfuncionamento dos três processos fisiológicos ou

“humores” (rLung, mKris-pa  e Bad-kan ) os quais, senão corrigidos pelos mecanismos de defesa do própriocorpo ou através de dieta e comportamentosadequados, podem ocasionar uma patologia orgânica.Uma vez que a urina não é composta apenas de água,uréia e cloreto de sódio, mas também de muitassubstâncias nela dissolvidas, os médicos tibetanosformularam técnicas diagnósticas para interpretar suascaracterísticas físicas como sinais de um estado de

saúde ou de doença.A urinálise é utilizada pelo médico tibetano tantopara detectar um estado de saúde como qualquerdesvio do mesmo. É usado rotineiramente emassociação com outros procedimentos diagnósticos,não apenas para obter informações clínicas sobre asaúde do paciente, mas também para determinar anatureza da doença, sua gravidade e prognóstico,através de técnicas inteiramente diferentes do exame

de urina ocidental. Apesar de existir uma extensateoria para ser estudada, se praticada com cuidadosaobservação, a repetida experimentação com amostrasde urina de algumas pessoas em um período de um oudois meses tornará possível para o iniciante adquiriruma idéia razoavelmente boa do mecanismo daurinálise tibetana.

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Fatores que enfatizam a importância da urina: A urina é uma das três principais matérias

excretadas pelo corpo e seu funcionamento normalé fundamental para assegurar a regulação dossistemas corporais (circulatório, respiratório,digestivo, etc.) que podem afetar o equilíbrio dos trêsprocessos fisiológicos ou “humores”. 

O corpo elimina mais sólidos pela urina do que porqualquer outra via, mas este é o principal meio de

excreção de água. A urina pode ser conservada para diagnosticar uma

grande variedade de distúrbios e também parapropósitos diagnósticos utilizando uma teoria e umaprática clínica diferente da moderna.

A urina é facilmente afetada pelos hábitoscomportamentais e dietéticos, assim como pelasinfluências sazonais, por exemplo, se o indivíduoingere café ou chá em excesso antes de dormir,

particularmente se ele não o faz normalmenteàquela hora, a urina pela manhã estará aquosa e, aoagitá-la, grandes bolhas do tamanho de bolas degude serão formadas.

1.2. O que é urina?A urina é um fluido fisiológico formado pelos rins.

Após a digestão dos alimentos e bebidas, sólidos elíquidos são separados nos intestinos. O sangue

transporta-os para diferentes partes do corpo e osfluidos que serão eliminados são retirados pelos rins earmazenados na bexiga para excreção. Uma vez que aurina contém resíduos provenientes de todos osprincipais órgãos e partes do corpo, os médicostibetanos estudam e observam cuidadosamente novecaracterísticas clínicas para relacionar a estrutura e a

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composição de uma amostra em particular com umadoença específica. Além disso, os depósitos que estefluido transporta são identificados como sendoproduzidos por certos órgãos e a quantidade menor oumaior de um determinado depósito indica condiçõespatológicas do órgão em particular. Por exemplo, apresença de albumina, produzida pela bile, ajuda omédico a determinar a situação da vesícula biliar e dofígado. Uma quantidade excessiva de albumina na

urina indica em geral uma condição patológica demKris-pa  e mais especificamente pode indicar umdistúrbio, funcional ou não, da vesícula biliar ou dofígado.

Ao mesmo tempo, a urina é um fluido emconstante transformação. Durante o decorrer de umúnico dia, sua composição sofre contínuas mudanças.Isto ocorre principalmente porque esta é a principal viade eliminação para material residual solúvel

proveniente do metabolismo corporal. A aparência daurina, particularmente sua coloração, turvação epresença de mucina, por sua grande importânciaclínica, deve ser considerada em termos da variaçãoda composição. O iniciante deve estar consciente dofato de que a explicação teórica sobre a aparência daurina pode ser difícilmente observada na clínica. Poresta razão, é da maior importância que comeceexaminando suas próprias amostras de urina. A idéia é

ensinar a comparar estas amostras para quem estáiniciando, e familiarizá-lo com suas muitascaracterísticas para demonstrar como a dieta, ocomportamento, as estações do ano e o stress afetamsua composição durante um dia. Quando o inicianteadquirir uma certa familiaridade e habilidade paraobservar as diferenças visuais entre as amostras, deve

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começar a examinar a urina de outras pessoas ecompará-las com as suas amostras. Uma vezadquirindo habilidade para distingüir entre a urina deuma e de outra pessoa, o iniciante pode voltar-serealmente para o estudo da urinálise.

A coloração da urina é resultante da presença depigmentos que surgem do metabolismo da bile eprovenientes da dieta. Além disso, certos vegetais,como a beterraba, possuem pigmentos que são

absorvidos pelo intestino e excretados na urina.Conseqüentemente, não é surpresa que as amostrasde urina possuam tal variedade de cores ecaracterísticas visuais.

Uma amostra com coloração e turvação escurasestá associada a processos inflamatórios ou quentes ea ausência de um mínimo de pigmentos na urina, poroutro lado, indica uma doença não-inflamatória ou fria.Fatores relacionados com a composição da urina: Dieta, comportamento, influências sazonais e

medicamentos afetam a composição da urina. Normalmente, a coloração da urina torna-se mais

escura com o repouso por causa da oxidação dourobilinogênio em urobilina.

Em certos casos, entretanto, a urina permanecediluída mesmo com o repouso e isso indicanormalmente uma doença não-inflamatória ou fria.

Nem todas as amostras escuras de urina contém

bilirrubina, o que significa que nem todas asamostras com tal coloração indicamnecessariamente uma doença inflamatória ouquente.

A amostra de urina velha contendo bilirrubina podeser verde em decorrência da oxidação desta parabiliverdina.

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1.3. A história da urinálise:Desde o princípio dos tempos, o homem

manteve-se consciente de que as alterações da urinaestavam associadas com certos tipos de doenças. Defato, as civilizações mais antigas e remanescentespossuem alguma forma de registro demonstrando queas pessoas estavam conscientes do seu papel nacompreensão do estado de saúde. Os babilônios,sumerianos e indianos escreveram sobre as

características da urina e como ela poderia ser usadano reconhecimento das doenças. De acordo com aliteratura médica tibetana, a civilização grega foi aprimeira a utilizar a urinálise baseada em uma teoria eem um modelo médico. Os médicos Galenos eChampashila, ambos gregos, residiram no Tibete eensinaram o sistema médico grego. De fato, Galenosrevolucionou a medicina tibetana quando aceitouestudantes das classes mais baixas da sociedade, o

que não era anteriormente permitido no Tibete. Alémdisso, o juramento de um médico tibetano é idêntico aode Hipócrates. A obra “Survey of the History of TibetanMedicine”, de Desi Sangye Gyatso, famoso erudito ehistoriador da medicina e primeiro-ministro do QuintoDalai Lama, registra estas informações com detalhesconsideráveis. Além disso, outro texto, o “ManjushriRoot Sutra” menciona que enquanto os chinesesespecializaram-se na acupuntura e os indianos na

herbologia, os gregos aperfeiçoaram a arte daurinálise.

Muito da literatura tibetana sobre o assunto podeter sua origem na literatura Ayurvédica. Entretanto, aseção tibetana sobre o assunto difere bastantedaquela disponível no sistema indiano. Foramincorporados não apenas os conceitos e as palavras

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chinesas, a teoria elementar mãe-filho e amigo-inimigo, mas também o uso para propósitosdiagnósticos, práticas ritualísticas e religiosas budistas.

Muitos textos sobre urinálise foram escritos pelosmédicos tibetanos nos séculos 17 e 19, não tão bemconhecidos como a seção do “Último Tantra” e seucomentário, por Desi Sangye Gyatso. Há algunstrabalhos excepcionalmente bons sobre o assunto, emparticular a obra de Zukhar Knamnyed Dorjee e

Khenrab Norbu.

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2. URINÁLISE COMO TÉCNICA DIAGNÓSTICA

2.1. Com relação à história, ao exame físico e à

análise do pulso:A prática da medicina é uma arte muito pessoal – um intenso encontro das mentes para resolver umproblema físico e emocional. Mesmo que a literaturamédica tibetana contenha uma enorme quantidade deinformações, bem organizadas e prontas para fácilreferência, para resolver os problemas clínicosrotineiros, o profissional médico deve lidar de formainovadora com diagnósticos intrincados e crises

emocionais incomuns. Apesar da consulta médica serrigidamente estruturada, resultado final de séculos detentativas e erros pelos médicos, eventualmente torna-se igualmente importante a habilidade e a perícia parareconhecer uma doença e avaliá-la em termos dasnecessidades imediatas do paciente. O resultado dissoé que, ao invés do estudante aprender a arte dodiagnóstico de uma forma rígida e organizada, osprocedimentos diagnósticos tibetanos são estruturados

de uma maneira definida e simplificada, para fácilaplicação, sem dificultar o estudante com detalhessem fim. Por exemplo, diferente do exame da línguapelo método chinês, onde dúzias de diferentesdescrições patológicas precisam ser estudadas, ostibetanos simplesmente identificam algumascaracterísticas patológicas neste órgão. Na clínica, é

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virtualmente impossível distinguir estas inúmerascaracterísticas, considerando que a coloração da urinaé tão facilmente afetada pela alimentação, pelasbebidas ou pelo exercício físico realizado peloindivíduo.

O procedimento requerido para o diagnósticoconsiste de três partes principais. A primeira fase é oexame do corpo através da palpação, auscultação,exame dos olhos, nariz, ouvidos, língua, tórax, face,

catarro, fezes, vômitos, sangue e o mais importante, oexame da urina. A segunda parte consiste do examedo pulso e o terceiro procedimento diagnóstico é ahistória e o questionamento.

A urinálise é um procedimento normalmenteutilizado em associação com os demais métodosdiagnósticos, sendo também empregado comfinalidades prognósticas. É usado efetivamente paraconfirmar um diagnóstico diferencial que tenha surgido

pela evidência conflitante do exame do pulso e oexame superficial da língua, dos olhos, etc. Nestescasos, é empregado para confirmar o diagnósticocorreto. Muito freqüentemente, quando o pulso não éclaro ou não pode ser lido, a urina fornece odiagnóstico principal. Além disso, sua análise auxiliana determinação da linha de tratamento,particularmente quando há complicações secundáriasque podem dificultar o médico na sua prescrição.

Como no diagnóstico pelo pulso, as habilidadesno exame da urina podem ser adquiridas de outramaneira que não o processo normal. Há práticasritualísticas especiais que exigem que o aspiranteentre em refúgio e que se submeta à prática dameditação em uma divindade particular que ocapacitará a obter habilidades na arte da urinálise

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espontaneamente. Tais habilidades podem serpraticadas particularmente quando a urina é utilizadapara propósitos astrológicos e adivinhatórios, umacaracterística que deixou de ser praticada pelosmédicos tibetanos de hoje.

2.2. Exigências a serem observadas:A concentração da urina, sua aparência e

composição variam constantemente durante o dia

dependendo parcialmente da dieta ingerida pelopaciente e suas atividades físicas. Por exemplo, beberchá forte, submeter-se a intenso stress e tensãoafetam a urina e impõem-lhe uma característica clínicade rLung . A atividade física anormal pode causarproteinúria, que é identificada pelo médico tibetanocomo depósitos de mKris-pa , enquanto que, após umarefeição pesada, a urina pode conter glicose,identificada como depósitos de Bad-kan . Dependendo

do fluido ingerido, as subs-tâncias normalmente retidasou excretadas em pequenas quantidades podemaparecer na urina em grandes quantidades e outrasnormalmente excretadas podem ser retidas. Atemperatura e o clima também afetam a quantidade deurina eliminada e a sudorese profusa reduz suaquantidade. A ingestão de diuréticos, certas bebidascomo café, chá e álcool, assim como prurido,nervosismo e ansiedade resultam em aumento naexcreção de urina. A produção de urina ésignificantemente reduzida com a diminuição daingestão de líquidos e com o aumento de alimentossalgados e azedos.

Para prevenir que fatores secundáriosinfluenciem na aparência e na composição da urina,um conjunto de exigências são recomendadas para

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serem seguidas pelo menos um dia antes do exame.Normalmente, deveriam ser observadas três diasantes do exame, mas pelo menos um dia é exigidoaqui. Quando o temperamento constitucional estiversendo diagnosticado, estas exigências devem serobservadas por duas semanas antes da urina serexaminada.

As exigências principais são as seguintes:-evitar dieta pobre em proteínas, chás fortes e vegetais

verdes leves-evitar alimento oleoso ou excessivamente rico emproteínas-evitar ingestão excessiva de carboidratos simples,como açúcar-evitar ingestão excessiva de fluidos-evitar relações sexuais-evitar padrões irregulares de sono-evitar atividades físicas estenuantes

-evitar stress e tensãoNo caso do paciente estar habituado comquaisquer das dietas a serem evitadas, a exigênciaacima não se aplica. A idéia atrás das mesmas é evitarqualquer mudança anormal ou irregular na dieta e nospadrões comportamentais habituais. Para observá-las,deve-se buscar a orientação de um médico pelomenos um dia antes da urina ser examinada.

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3. PREPARAÇÃO

3.1. Coleta da urina:É extremamente importante que a urina seja

coletada em recipientes limpos. Resíduos deconteúdos anteriores, produtos de limpeza edesinfetantes podem contribuir para a obtenção dedados incorretos. A grande maioria das amostras deurina utilizadas no exame são simplesmenteeliminadas ou colhidas ao acaso. O doador é instruídosimplesmente para eliminá-la. Entretanto,tecnicamente, requisita-se que o indivíduo jejue, nãose alimentando excessivamente na noite anterior ao

exame e coletando a amostra antes do café da manhã.Quando a atenção a tal exigência não for possível,deve ser fornecida pelo menos uma amostra em jejum,ou seja, colhida quatro ou mais horas após a ingestãodos alimentos.

Em todos os casos, deve ser coletado o jatomédio da urina. Um recipiente de coleta limpo deveestar disponível. A primeira emissão deve serdesprezada e quando aproximadamente metade da

urina for eliminada, sem interromper o processo damicção, coleta-se uma porção no recipiente e orestante do jato deve ser novamente desprezado.Deve ser coletada pelo menos meia xícara de chá deurina. A coleta inadequada pode invalidar os achados,principalmente se o recipiente não estiver limpo.

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3.2. Recipiente:Os recipientes utilizados são específicos e

devem estar completamente limpos e secos antes daamostra ser coletada. Não são adequados osrecipientes que não sejam cerâmica, porcelanachinesa ou aço polido, ou seja, são inadequados osrecipientes de barro, cobre ou ferro. A coloração dorecipiente deve ser branca, de maneira que a cor daurina possa ser observada (tabela 1).

Tabela 1

Recipiente adequado Recipientes inadequados-branco -com perfume-não muito profundo -boca estreita-limpo -profundo-sem produtos de limpeza -que sirva para outros

propósitos-de porcelana ou cerâmica -madeira, barro, etc.-com boca larga -coloridos

3.3. Varinhas para agitação:São utilizadas, tradicionalmente, três varinhas

retiradas das fibras usadas no fabrico da vassoura“piaçaba” com cerca de 30 cm. de comprimento. Umfio é amarrado firmemente a cerca de 2,5 cm. de umaextremidade para segurar as três varinhas juntas. Naoutra extremidade as varinhas são separadas de formaa auxiliar efetivamente na agitação da urina. Quaisquervarinhas de madeira podem ser empregadas e pode-se achatar as extremidades das varinhas que ficammais soltas para obter melhores resultados.

3.4. Horário de coleta da urina:Com freqüência as amostras examinadas pelo

médico são coletadas em horários inadequados, uma

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vez que, tecnicamente, deve ser coletada a primeiramicção a partir das 4 horas da madrugada até ohorário do café da manhã. Este horário é assimespecificado porque qualquer amostra colhida antesdas 4 horas ou após a refeição, provavelmente,conterá excreções metabólicas e renais em grandesproporções para o volume total de urina. Além disso sea genitália não estiver limpa, a urina pode transportarbactérias e resíduos da área para dentro do recipiente,

o que pode causar erros na leitura. No caso deinfecções do trato gênito-urinário, recomenda-se que opaciente lave a genitália utilizando algum tipo desolução antisséptica.

3.5. Momento do exame:A urina deve ser examinada tão logo quanto

possível e, preferivelmente, no horário mais próximode sua eliminação. Como isto não é possível na

maioria dos casos, deve ser examinada a qualquermomento durante o dia, de preferência pela manhã,pois eventualmente 10 horas após a eliminaçãocomeça a ocorrer a decomposição.

A urina deve ser sempre examinada à luz do diae nunca sob luz elétrica, uma vez que a coloração daamostra pode ser de difícil identificação sob luzelétrica. Quando examinar a amostra dentro de umasala, procure fazê-lo próximo a uma janela ou portaatravés da qual a luz solar penetre. Normalmente, naÍndia e no Tibete, a urina é sempre examinada do ladode fora, na luz do dia e nunca dentro de uma sala, porcausa da falta de uma boa iluminação entre quatroparedes.Fatos importantes sobre a preparação para a urinálise:

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Certifique-se de que o paciente observou asexigências básicas para obter uma correta leitura daurina  – questione-o sobre sua dieta ecomportamento no dia anterior e observe se elerealizou qualquer padrão anormal.

Certifique-se de que há urina suficiente  – cerca deuma xícara de chá  – e se o recipiente no qual opaciente coletou a urina estava limpo.

Certifique-se de que foi coletado o jato médio, antes

de uma refeição principal e de que o paciente nãoapresenta infecção no trato gênito-urinário,especialmente se a urina é turva e contémdepósitos.

Certifique-se de que as varinhas para agitaçãoestejam preparadas de maneira que possam gerar,efetivamente, uma máxima produção de bolhas, asquais representam uma importante característicaclínica a ser observada.

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4. URINÁLISE BÁSICA

Nove características clínicas da urina sãoestudadas para formar um diagnóstico. Estes nove

itens devem ser analisados conforme a temperatura daamostra. A urina é um fluido inconstante e tende a sedecompor rapidamente. Estas características fazemcom que o médico tibetano a analise de acordo comsua natureza variável. As primeiras quatrocaracterísticas clínicas, que são a coloração, o odor, aturvação e as bolhas, são observadas quando a urinaestá fresca. Isto porque, com a redução datemperatura da amostra, sua coloração, por exemplo,

torna-se naturalmente mais escura por causa daoxidação. Além do mais, a urina normal tende adesenvolver turvação, ao permanecer em repouso natemperatura ambiente ou sob refrigeração.

Quando a urina está morna, as duas próximascaracterísticas clínicas, depósitos e muco, sãoanalisadas. Isto se deve, em parte, porque ocorre aformação destas características apenas quando aqueda da temperatura da amostra assim permite.

Quando a urina permanece em repouso por ummomento, ela esfria e se torna morna. Então, osdepósitos se formam e se localizam em seus sítiospatológicos no recipiente onde está a amostra, e isto éclinicamente importante para o diagnóstico correto.Quando a temperatura da urina está reduzida, ou seja,fria, as últimas três características clínicas são

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analisadas. São elas: o momento em que ocorre amudança de coloração e turvação na urina, a maneiracomo ocorre a mudança e, finalmente, ascaracterísticas clínicas após tais mudanças teremocorrido.

4.1. Exame físico:Envolve o exame da aparência da urina ainda

fresca ou recente. Quando não é possível obter uma

amostra de urina fresca, recomenda-se que a mesmaseja aquecida por um minuto ou mais, dependendo docalor aplicado, até que atinja sua temperaturaaproximadamente normal.

4.1.1. Coloração:Esta é a característica física mais visível da

urina. Normalmente, sua cor é amarela ou âmbar,principalmente por causa da presença de um pigmentoamarelo, o urocromo. Durante uma patologia, a

coloração da urina sofre mudanças consideráveis,como conseqüência da ausência de pigmentos. Ospigmentos biliares podem gerar uma urina decoloração marrom-amarelada ou mesmo esverdeada.Geralmente, a amostra que permanece em repouso econtém bile tende a tornar-se verde por causa daoxidação de bilirrubina em biliverdina. A hemoglobinafornece uma coloração marrom-avermelhada. Ahematúria grosseira pode ser detectada pelo exame

visual da amostra de urina. Aparece como umpigmento vermelho ou marrom ou então a urina podeapresentar uma aparência enfumaçada.

A idade do paciente e as influências sazonaisafetam a coloração da urina, particularmente em casosextremos quando, por exemplo, uma pessoa que viveem clima úmido e morno é exposta a um clima seco e

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quente ou úmido e frio. Normalmente, de acordo com aliteratura médica tibetana, a aparência e a composiçãoda urina, mesmo para uma pessoa saudável, mudadurante as estações e com a idade.

Como é a característica mais facilmenteobservável, com freqüência seu exame éextremamente conclusivo para se fazer um diagnósticogeral ou confirmar um diagnóstico diferencial. Excetopara determinar certas doenças específicas

associadas com a aparência, o iniciante não deve seconcentrar em demasia na coloração de todas asamostras.

Geralmente, uma urina amarela ou vermelho-escura significa um distúrbio inflamatório ou quente,enquanto uma urina branca ou diluída indica umadoença fria ou não-inflamatória. Como a coloração éfreqüentemente omitida, particularmente quando hácomplicações secundárias ou quando o paciente está

tomando vitaminas com corantes, é uma característicararamente considerada para propósitos diagnósticos.Exceto em casos definitivos tais como hematúria,icterícia, doenças renais e outros, a coloração da urinadeveria ser estudada em termos de suascaracterísticas clínicas, combinada com outrascaracterísticas físicas tais como turvação e bolhas.Características clínicas da coloração: Doenças de rLung : urina de coloração pálida,

azulada e aquosa. Doenças de mKris-pa em geral e virtualmente todos

os tipos de doenças intestinais leves: urina decoloração amarela, como a casca de uma bérberisna água.

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Doenças de Bad-kan  ou indigestão: urina decoloração leitosa ou semelhante a uma pastacalcárea.

Hematúria e outras doenças sangüíneas incluindoaquelas relacionadas ao fígado: urina de coloraçãoavermelhada.

Doenças linfáticas: coloração rosa. Doenças de Bad-kan marrom (processo inflamatório

abdominal incluindo ulcerações): urina de coloração

marrom com aparência esfumaçada. Doenças de rLung/mKris-pa : urina de coloração

azulada e amarelada. Doenças de rLung/Bad-kan : urina de coloração

branca e azulada. Doenças de mKris-pa/Bad-kan : urina de coloração

branca e amarelada. Doenças de rLung   /sangue (por exemplo,

hipertensão grave): coloração vermelha e azulada. Doenças de mKris-pa   /sangue: coloração amarela e

avermelhada Doenças de Bad-kan   /sangue: coloração vermelho-

esbranquiçada. Doenças complexas (rLung/mKris-pa/Bad-kan ): urina

amarela e azulada associada com urina decoloração esbranquiçada no fundo do recipiente.

Processos infecciosos, doenças hepáticas: urina decoloração semelhante ao óleo de gergelim ou àmanteiga escura.

Febre, resfriado: urina diluída e amarelo-avermelhada.

Doenças tóxicas: urina escura com as cores doarco-íris.

Fatores relacionados com a coloração da urina:

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A literatura médica sobre a coloração da urinacontém cores específicas para a maioria das doenças.Entretanto, para o iniciante é vital ser absolutamenteespecífico quanto à cor. Se a coloração da urinaparece pouco clara ou mesmo contrária às queixas dopaciente, ou às outras características clínicas da urina,tais como bolhas ou turvação, descarte a coloração.

Aprenda a reconhecer primeiramente com o quese parece a coloração da urina, depois aprenda a

reconhecer como é a aparência geral de uma urinaanormal, comparando uma amostra normal com outraanormal, obtendo uma idéia das diferenças entre asduas. O próximo passo é examinar sua própria urina  – uma amostra colhida pela manhã e outra colhida àtarde  – e verifique se você é capaz de perceberqualquer diferença na coloração. Faça isto rigidamentedurante uma semana. Então, quando estiver doente,com uma gripe, indigestão, etc., tente examinar sua

urina e compare-a com a sua própria, normal.Uma vez adquirindo uma idéia grosseira decomo se parecem uma urina normal e uma anormal,treine primeiro para distingüir entre uma amostraproveniente de uma pessoa com uma doença fria eoutra de uma doença quente e, depois, as coloraçõesdas urinas de distúrbios de rLung , mKris-pa , Bad-kan  em geral. Memorize as características clínicas decolorações de urina de doenças frias, quentes, de

rLung , mKris-pa  e Bad-kan  e tente reconhecer estascolorações apenas em termos de quente ou frio ou dostrês processos humorais.

Aprenda a distingüir as diferentes colorações daurina para doenças específicas como hematúria,icterícia, diabetes e processos inflamatórios renais.

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Posteriormente, aprenda como interpretar acoloração da urina em termos de outras característicasclínicas da urina, tais como odor, turvação, bolhas,depósitos e fatores pós-transformação.

4.1.2. OdorEsta característica é geralmente afetada por uma

grande variedade de doenças e fatores, tais como asdiferentes dietas. A urina de um paciente diabético tem

um cheiro agradável causado pela presença deacetona e naquele com uma infecção do trato urinário,o odor parece podre por causa dos agentesinfecciosos. Certos alimentos podem gerar um odorcaracterístico que precisa ser diferenciado do cheiro dealimentos não digeridos em geral.

Como no caso da coloração, há muitos odoresdescritos para determinadas doenças nos textosmédicos tibetanos. Entretanto, o iniciante deve

concentrar-se apenas em alguns, como aquelescaracterísticos de doenças quentes e frias e de certasdoenças acima descritas, nas quais o odor é umacaracterística. O odor para doenças quentes é forte epenetrante enquanto nas doenças frias o cheiro estáausente ou é mínimo.Características clínicas do odor: Nas doenças inflamatórias quentes, é penetrante,

forte e desagradável.

Nas doenças frias ou não-inflamatórias, o odor éausente ou mínimo. Na indigestão, o odor é o mesmo do alimento, como

carne, vinho, trigo, etc. Nas lesões purulentas, a urina possui odor

semelhante ao das secreções purulentas.

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Nas doenças de rLung , o odor assemelha-se amofo.

Nas doenças de mKris-pa , a urina possui cheiro dequeimado, defumado.

Nas doenças de Bad-kan , o odor é semelhante auma infestação por piolhos (seria o odor exaladopelas excreções dos parasitas, após a ingestão desangue).

Nas doenças complexas, há cheiro de gordura. Na hematúria e outras doenças sangüíneas, o odor

é semelhante ao do sangue. Nas doenças que cursam com retenção de fluidos,

ou seja, com edema, o odor é semelhante ao dasfolhas de rabanete.

4.1.3. VaporPara a observação do vapor exalado pela urina

quando está sendo eliminada ou na urina

recentemente colhida, as características maisimportantes são: a quantidade exalada e suavelocidade de desaparecimento. Vapor em grandequantidade indica doença inflamatória ou quente,enquanto a moderada evaporação indica um distúrbioinflamatório ou quente no segundo estágio. A exalaçãode um mínimo de vapor indica uma doença quenteleve. O modo de determinar a quantidade éobservando quão intensamente o vapor impede a

visibilidade da coloração da urina no recipiente. Se ovapor cobre totalmente ou quase toda a visibilidade daurina, é considerado profuso. Se apenas uma pequenaporção da urina apresenta-se encoberta, éconsiderado moderado, finalmente, se não impede avisibilidade, é considerado suave ou não indicaqualquer patologia.

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A velocidade de desaparecimento do vapor é osegundo critério que serve basicamente como auxiliardo primeiro. Se o vapor desaparece lentamente,significa uma doença quente, enquanto quedesaparecendo em velocidade média, indica que odistúrbio inflamatório quente está no segundo estágio.Se o vapor desaparece rapidamente, a doença quenteé leve ou não está presente.

Para se determinar a velocidade de

desaparecimento, deve-se observar quanto tempopermanece o vapor após a urina ter sido eliminada. Sedemorar mais do que 20 a 30 segundos após aeliminação  – tradicionalmente, isto é determinadoobservando a presença de vapor quando a urinacomeça a sofrer uma mudança em sua turvação  – avelocidade é considerada lenta (condição inflamatóriaou quente grave). Se o vapor desaparece após 10 a 15segundos, significa um segundo estágio ou uma

doença quente moderada. Se desaparecerinstantaneamente, ou logo após ter sido eliminada, istosignifica que não há doença ou que o processoinflamatório é leve.- Características clínicas do vapor: Doenças inflamatórias ou muito quentes: vapor

profuso que permanece. Doença inflamatória ou quente no segundo estágio:

vapor moderado. Doença inflamatória levemente quente ou urina

normal: vapor mínimo. Doença fria ou não-inflamatória: quantidade de

vapor não considerável, o mínimo presente nãopermanece, desaparecendo instantaneamente apósa eliminação da urina.

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Doença inflamatória oculta (refere-se ao processoinflamatório de um órgão frio) ou processoinflamatório crônico: quantidade moderada de vaporque permanece por 20 a 30 segundos após a urinater sido eliminada.

Distúrbio combinado quente e frio: quantidadevariável de vapor (pode apresentar-se profuso oumínimo durante a mesma micção).

4.1.4. BolhasO tamanho das bolhas, sua coloração,

quantidade e a maneira como aparecem, permaneceme desaparecem são as principais características aserem observadas. Para realizar uma observaçãoclínica, é absolutamente necessário produzir a máximaquantidade de bolhas. Isto é feito efetivamente atravésde varinhas apropriadas, como detalhadasanteriormente. Os estudantes com freqüência

negligenciam a necessidade da máxima produção debolhas e o resultado é uma leitura incorreta dascaracterísticas da urina. Certifique-se de que asvarinhas sejam compridas, distribuídas de forma afacilitar a agitação e, acima de tudo, agitevigorosamente durante 15 segundos, cada vez que asbolhas forem examinadas. O exame das bolhas pelaagitação deveria ser realizado pelo menos três vezespara conseguir uma boa leitura visual.

As bolhas são a característica clínica maisconfiável e, para o iniciante, a mais importante porcausa de sua fácil visibilidade. É da maior importânciaconcentrar-se nas bolhas, particularmente o iniciante,para progredir na arte da urinálise.

O primeiro passo é analisar o tamanho dasbolhas, para depois avaliar a quantidade, a coloração

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e, finalmente, a velocidade de desaparecimento dasbolhas.

Quanto ao tamanho, as bolhas de rLung  assemelham-se a grandes bolas de gude ou aos olhosde um boi; as bolhas de mKris-pa são do tamanho deuma cabeça de alfinete e as de Bad-kan , menores quea cabeça de alfinete. A forma de diferenciar as bolhasde mKris-pa  e as de Bad-kan é a natureza congestadas últimas, que formam mais de duas camadas sob

agitação, sendo mais profusas e produtivas; as bolhasde mKris-pa  são mais separadas, apesar de maisuniformes e sob agitação não formam mais que umaou duas camadas sobre a superfície. As bolhas derLung  não são profusas e normalmente não cobremtoda a superfície da urina. Tendem a aparecer maiserraticamente, podem desaparecer imediatamente oupermanecer, dependendo de outras patologiassecundárias. Já as bolhas de mKris-pa  são mais

profusas, não formam mais que uma única camadasob agitação, possuem estrutura mais consistente euniforme e cobrem toda a superfície da urina. Asbolhas de Bad-kan  são ainda mais profusas econgestas, mas menos uniformes na formação do queas de mKris-pa .

Ao observar a coloração das bolhas, agitevigorosamente a amostra para que se formemprofusamente. Incline o recipiente de forma que as

mesmas possam ser observadas contra a luz. Umponto importante a ser lembrado é que a análise dacoloração da urina é, freqüentemente, enganadora.Apesar de parecer amarelo-avermelhada, a coloraçãoreal pode não ser esta. Nestes casos, há duasmaneiras de fazer uma análise mais correta. Aprimeira é inclinar o recipiente e analisar a coloração

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da amostra em sua margem, contra as paredes dorecipiente (diagrama 1). Outra maneira é estudar acoloração das bolhas formadas. Na maioria dos casos,através da coloração das bolhas não é possíveldeterminar que exista uma patologia fria, ou seja, não-inflamatória, ou mesmo uma complicação fria a nívelsecundário. Para identificar qual a coloração dasbolhas, recorra à seção correspondente já descrita. Asdescrições da coloração da urina lá mencionadas

aplicam-se igualmente à coloração das bolhas.A permanência das bolhas são indicativas de

patologia e esta característica deve ser observadacuidadosamente. As bolhas em uma amostra dedistúrbio de mKris-pa  tendem a desaparecerinstantaneamente após a interrupção da agitação edesaparecem de maneira uniforme, enquanto asbolhas de Bad-kan permanecem muitos minutos apóshaver cessado a agitação. No caso das bolhas de

rLung , as menores tendem a permanecer, mas asgrandes desaparecem rapidamente. Quando aspequenas e as grandes bolhas permanecem por algumtempo, podem indicar uma patologia de rLung  comcaracterística de uma doença fria, quando comparadascom uma doença de rLung, quente, na qual as bolhasgrandes e pequenas desaparecem rapidamente após aagitação.-Características clínicas das bolhas: Doenças de rLung : bolhas azuladas, grandes, dotamanho de bolas de gude, que aparecem, após

agitação, entre pequenas bolhas, sem uniformidadee que permanecem por um momento.

Doenças de mKris-pa : bolhas transparentes,amarelas ou vermelhas, do tamanho de cabeças dealfinetes, que cobrem a superfície da amostra

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uniformemente, com não mais que uma únicacamada, e desaparecem rapidamente de maneirauniforme após a agitação.

Doenças de Bad-kan : menores do que a cabeça deum alfinete, espessas e aquosas, congestas,formam muitas camadas sobre a superfície apósagitação e permanecem por longo tempo.

Distúrbio de Bad-kan nos pulmões: pequenas bolhasazuladas.

Flatulência e patologias de baço: bolhas brancas,grandes e arredondadas.

Hematúria ou qualquer outra doença sangüínea:bolhas de coloração avermelhada.

Envenenamento: bolhas coloridas como arco-íris. Doença fria ou quente difusa de natureza

psicossomática: bolhas de formação errática quedesaparecem sem uniformidade, em todas asdireções.

Retenção de fluidos como edema, anemia eanasarca: aumento progressivo das bolhas sobagitação que cobrem todo o recipiente, encobrindo aurina.

4.1.5. TurvaçãoApesar de não ser mencionada separadamente

das demais aparências da urina, a turvação é umaimportante característica clínica para determinar a

natureza de um distúrbio. Uma urina concentrada,turva, indica uma doença inflamatória ou quente,enquanto uma amostra diluída, aquosa, indica umadoença não-inflamatória ou fria. Quando há um conflitoentre a análise da coloração e das bolhas, porexemplo, observe a turvação da urina para determinarqual das duas é correta (diagrama 2). Para utilizar

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quaisquer das características clínicas e determinar asque são contraditórias, é importante checar se opaciente seguiu as exigências, se coletou a urina demaneira apropriada e se o fez no horário indicado.

4.2. DepósitosA urina contém incontáveis substâncias

dissolvidas e, no caso de condições patológicas, podereter muitas delas, excretá-las normalmente ou

também eliminar aquelas que normalmente tende areter. Como os tibetanos consideram-na comoferramenta no diagnóstico, podem relatar apenasaquelas substâncias que são visíveis a olho nu. Osdepósitos na urina são classificados em dois amplosgrupos: albumina e demais sedimentos relacionados ea viscosidade formada na superfície da urina.

4.2.1. Albumina e outros sedimentosAs características principais a serem observadas

são a estrutura dos sedimentos, sua quantidade, áreade formação sobre a superfície da urina e suatransformação após o resfriamento da amostra(quando o vapor desaparece). Normalmente, quando aalbumina ou o sedimento é espesso, concentrado,profuso, geralmente encobrindo o fundo do recipiente,distribuindo-se no centro do recipiente de maneiraunida e não desenvolvendo qualquer mudança nacomposição, após a urina ter esfriado, está indicando

uma patologia inflamatória ou quente. Por outro lado,quando os sedimentos são delgados, desunidos,mínimos e diminuem quando a urina esfria, estãoindicando uma doença não-inflamatória ou fria(diagrama 3).-Características clínicas dos sedimentos:

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Doenças de rLung : sedimentos finos como cabelos,difusos na urina.

Doenças de mKris-pa : sedimentos profusos,espessos, como nuvem, localizados no centro dorecipiente como um chumaço de algodãoobscurecendo o fundo do mesmo.

Doenças de Bad-kan : grânulos pequenos, poucovisíveis a olho nu, difusos por toda superfície daurina.

Patologia quente ou inflamatória dos pulmões:sedimentos branco azulados que se assemelham anuvens e que flutuam na superfície da urina.

Processo purulento no corpo: depósitos purulentos. Doenças renais: grânulos azul-esbranquiçados,

como areia no fundo do recipiente. Dependendo do local onde se formam, pode-se

identificar a localização do distúrbio. Se ossedimentos formam-se próximos à superfície daurina, o distúrbio localiza-se na região superior docorpo, órgãos e partes do corpo acima do diafragma,tais como coração e pulmões. Se os sedimentosaparecem na região média do recipiente, asdoenças envolvem órgãos da região intermediáriado corpo, tais como, estômago, intestinos, baço,vesícula biliar e fígado, enquanto que os sedimentosque aparecem mais inferiormente ou no fundo dorecipiente representam distúrbios da região inferior

do corpo como trato urinário, rins e extremidadesinferiores.

Deve-se ter em mente o seguinte para obter umdiagnóstico diferencial:

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-Quando os sedimentos possuem a mesma forma, etendem a se difundir uniformemente na urina, indicamuma saúde boa ou normal.-Sedimentos semelhantes a iogurte fermentado naágua, que se espalham em pedaços sobre toda aamostra de urina, indicam um desequilíbrio de rLung  causado por doença quente ou fria  – os sintomaspodem indicar uma doença quente com complicaçõesfrias secundárias e o desequilíbrio de rLung é a causa

raiz.-Em casos onde surgem tanto complicações quentesquanto frias e os sedimentos parecem ser inicialmenteespessos, localizados no centro, indicando umpossível distúrbio quente, aguarde e observe osedimento depois do resfriamento. Se os sedimentosdiluem e desintegram, a doença é de natureza fria. Poroutro lado, se os sedimentos aparecem difusos edelgados, quando a urina está morna ou fresca, mas

quando esfria tornam-se espessos e concentrados nocentro da urina, a doença é quente.-Quanto à coloração dos sedimentos, eles sãodeterminados pela coloração da urina. Por exemplo, sea coloração é vermelha, os sedimentos parecem destacor. Por exemplo, se a coloração da urina e ossedimentos são vermelhos também, o distúrbio emquestão é quente ou inflamatório.

4.2.2. Mucina

Tanto os sedimentos como a mucina sãoobservados quando a urina está morna. Estadenominação “mucina” está descrita nos textosmédicos como “creme”, como a nata que se forma nasuperfície do leite fervido. Se a formação viscosa éespessa e localizada no centro da superfície da urina,

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isto indica a presença de doenças inflamatórias ouquentes; se for delgada e difusa, indica distúrbio frio ounão-inflamatório.-Características clínicas da mucina: Infecção ou febre severa: mucina espessa, profusa,

que não pode ser removida com um coador ou coma ponta de uma faca.

Saúde normal: quando a mucina apresenta cheirode queimado quando aquecida.

Deficiência de nutrientes corporais (tal deficiênciapode ser corrigida com a ingestão de Acorus calamus , salamin indiano, a fruta da Terminalia chebula e resina mineral): quando não há cheiro dequeimado ao ser aquecida.

Tumores tanto malignos quanto benignos: a mucinase espalha na superfície da urina em pequenospedaços.

Em uma amostra de urina cuja aparência indica um

distúrbio frio e que não sofre alteração após oresfriamento, adicione noz-moscada em pó,cardamomo, Strychnos nux-vomica , pimenta e dentede leão e aqueça-a até sua temperatura normal.Deixe que a amostra esfrie e então observe apresença de mucina.

Em uma amostra de urina cuja aparência indica umdistúrbio quente e que não sofre alteração com oresfriamento, adicione porções iguais de cânfora,

sândalo, genciana e ferva a amostra. Deixe esfriar eobserve a mucina.

4.3. Exame da urina após transformação:Este exame é conduzido quando a urina torna-se

fria. A forma de determinar a alteração é através daobservação do total desaparecimento do vapor e calor

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da urina. Há três características clínicas a seremobservadas após o esfriamento da amostra: omomento em que tais mudanças ocorrem, a maneiracomo ocorrem e, finalmente, as características clínicasda urina após as alterações.

A maioria das traduções de textos tibetanossobre urinálise escritos no passado, identificaincorretamente as alterações na coloração da urinaquando esta esfria. As mudanças não se referem à

coloração da urina e sim à turvação durante apassagem do estágio quente para o frio. Mesmo aurina normal tende a desenvolver uma turvação ou sobrefrigeração ou simplesmente ao permanecer àtemperatura ambiente. Por outro lado, certas urinaspatológicas tendem a perder sua turvação inicial etornam-se diluídas.

4.3.1. Momento em que ocorre a transformação

O momento em que ocorre a mudança nacomposição da urina é determinado antes ou depoisdo desaparecimento do vapor. Se a urina muda antesque o vapor desapareça, quando a amostra ainda estáquente, a doença é um processo inflamatório ouquente. Se a urina muda após o desaparecimento dovapor, quando a amostra esfria, é um distúrbio não-inflamatório ou frio. Se a mudança ocorre quando ovapor já desapareceu e a urina já esfriou, indica umdistúrbio combinado frio e quente.

4.3.2. A maneira como ocorre a transformaçãoA mudança na turvação da urina é determinada

pela observação do local de início e de término namudança na superfície da urina. Quando ocorre emqualquer parte da superfície, que parece mais diluídaque as demais, e caminha progressivamente para a

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parte mais turva da urina, isto indica uma doença friaou não-inflamatória. Quando a mudança ocorre,progressivamente, da região mais inferior do recipientepara a superior, indica uma doença inflamatória noprimeiro estágio. Estas são as alterações que ocorremna urina de doenças quentes, normalmente. Quando aalteração ocorre rapidamente das bordas do recipientepara o centro, como quando uma agulha fina ou umavarinha é mergulhada no centro da amostra, isto indica

uma infecção ou uma febre crônica.-Características clínicas importantes: Quando a albumina ou outros sedimentos mudam

sua composição no momento em que desaparece ovapor e a urina esfria, antes que ocorram mudançasna turvação da urina, isto é indicativo de umadoença combinada, fria e quente.

Em certos casos, a turvação da urina não se altera.Nas doenças inflamatórias ou quentes

disseminadas, apesar da aparência e outrascaracterísticas clínicas da urina indicarem umdistúrbio quente, a turvação não sofre alterações.Nas doenças crônicas não-inflamatórias ou frias ounos casos de diarréia crônica, de causa não-inflamatória ou fria, apesar das característicasclínicas gerais da urina indicarem um distúrbio frio,não há alteração da turvação. Quando houveexcesso de relações sexuais na noite anterior ao

exame, a turvação não se altera. O mesmo ocorrenas doenças inflamatórias ou quentes queacometem o sistema linfático. No caso de umapessoa saudável cuja urina normalmente não sealtera, a mudança indica uma condição patológica.

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4.3.3. Características clínicas pós-transformaçãoTais características devem ser observadas

depois que a urina esfriou. Devem ser observadas asseguintes características:-coloração-odor-bolhas-turvação-depósitos (albumina e outros sedimentos e a mucina)

Entretanto, nenhuma destas quatrocaracterísticas deveriam ser interpretadasisoladamente. Melhor do que interpretar apenas umadelas, faça-o em combinação com a turvação ou comoutras características clínicas da urina.-Importantes características clínicas: Doenças inflamatórias ou quentes: independente da

coloração, a urina pós-transformação é turva. Doenças não-inflamatórias ou frias: se a urina pós-

transformação é diluída e aquosa. Doença inflamatória ou quente grave: quando a

urina se torna excessivamente turva ao esfriar. Doença não-inflamatória ou fria: quando a urina se

torna excessivamente diluída ou aquosa ao esfriar. Urina saudável: normalmente uma amostra diluída

de coloração amarelada ou âmbar claro. Urina de lactente: turva e leitosa. Doenças renais: urina turva e repleta de bactérias.

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Diagrama 1: Incline o recipiente para observar acoloração real

Diagrama 2: Turvação

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Diagrama 3

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5. URINA NORMAL E ANORMAL

5.1. Características gerais da urina normal-Coloração âmbar ou amarelada clara.

-Odor pútrido ou sem qualquer sensação penetrante.-Vapor não excessivamente profuso nem mínimo, quenão permanece durante muito tempo nem desapareceinstantaneamente após a urina ter sido eliminada.-Bolhas nem muito grandes, como as de rLung , nempequenas, como no caso de Bad-kan    – são detamanho moderado, como uma ervilha, em quantidademoderada sob agitação, não produzindo mais que umacamada, espalhadas uniformemente sobre toda a

superfície da urina. Não desapareceminstantaneamente nem permanecem totalmente após aagitação.-Albumina e outros sedimentos: Quando a urina estámorna, a coloração torna-se levemente azulada eamarela e os sedimentos são de tamanho uniforme,em quantidade moderada e espalhados sobre toda asuperfície da amostra.-Mucina: Uma fina camada de mucina espalha-se

sobre a superfície da urina.-Momento em que ocorre a mudança: Quando o vapordesaparece e a urina esfria, começa a ocorrer umaalteração na turvação da mesma.-Maneira como ocorre a mudança: Da periferia para ocentro do recipiente.

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-Características pós-transformação: A coloração éesbranquiçada (aquosa) e levemente tingida deamarelo. Quanto à turvação, a urina é clara e diluída.-Características clínicas importantes: Nas gestantes, a urina que apresenta coloração

azulada, como a de um oceano, associada a outrascaracterísticas normais, é considerada normal.

Lembre-se que a urina de um indivíduoconstitucionalmente rLung  é levemente azulada; a

de um indivíduo mKris-pa é levemente amarelada ea de um indivíduo constitucionalmente Bad-kan  élevemente esbranquiçada em seu estado normal.

Uma urina anormal pode ser melhor explicadaem termos de suas características quentes ou frias ede seus três tipos humorais.

5.2. Características clínicas da urina de doenças

quentes ou inflamatórias-Coloração: vermelha ou amarela.-Odor: malcheirosa, forte e penetrante.-Vapor: intenso e permanece muito tempo depois quea urina foi eliminada.-Bolhas: pequenas, finas e transparentes, amareladas,em quantidade excessiva, que desapareceminstantaneamente após a urina ter sido eliminada ouagitada.

-Turvação: concentrada e espessa, encobre o fundodo recipiente.-Albumina e outros depósitos: espessa e concentradano centro da amostra.-Mucina: espessa e concentrada no centro da amostra,em grupos separados.

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-Momento da transformação: a urina sofre alteraçãoem sua turvação antes que o vapor desapareça eesfrie.-Maneira como ocorre a transformação: da parteinferior do recipiente para cima, para a superfície.-Características pós-transformação: torna-seescurecida (marrom) e turva e no fundo do recipientepode haver uma formação lodosa.

5.3. Características clínicas da urina de doençasfrias ou não-inflamatórias-Coloração: branca ou azulada.-Odor: ausente ou mínimo.-Vapor: quantidade moderada ou pequena, quedesaparece após a urina ter sido eliminada.-Bolhas: de tamanho pequeno e grande quepermanecem bastante tempo após a agitação.-Turvação: diluída e aquosa

-Albumina e outros sedimentos: ralo e mínimo.-Mucina: rala e mínima.-Momento da tranformação: ocorre depois que a urinaesfria.-Maneira como ocorre: de qualquer parte da superfícieda urina, em direção à região onde é mais turva.-Características pós-transformação: azulada e diluída.

5.4. Características clínicas da urina de rLung  -Coloração: azulada, aquosa.

-Odor: leve ou ausente.-Vapor: moderado e desaparece após a urina ter sidoeliminada.-Bolhas: tão grandes como os olhos de um boi,permanecem por algum tempo, após a urina esfriar ouser agitada e depois desaparecem, enquanto as

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bolhas de tamanho moderado podem permanecer porum longo período (diagrama 4).-Sedimentos: semelhantes a fios de cabelo espalhadospor toda a urina.-Mucina: ausente.

Além das características clínicas acima, observeas bolhas, depois a turvação e a coloração como asmais importantes na determinação do diagnóstico.Apesar das bolhas de rLung  serem descritas como

grandes, não significa que todas sejam assim. Naverdade, a maioria das bolhas são de tamanhomoderado (como ervilhas) e ao agitar, formam-sealgumas bolhas grandes entre as demais.Normalmente, as grandes bolhas de rLung  surgemapenas durante a agitação e tendem a aumentar naspróximas agitações. Quando apenas duas ou trêsbolhas grandes surgirem sob agitação e nãoaumentarem nas posteriores, isto pode indicar que o

distúrbio de rLung existe em um nível secundário.Normalmente, a urina de rLung é azulada, clara egrandes bolhas aparecem à agitação e, então, oudesaparecem ou permanecem por um longo tempo.Geralmente, a urina de rLung, que é classificada comofria, torna-se mais diluída quando permanece emrepouso e as bolhas também permanecem por ummomento, antes de estourarem. Entretanto, quando aurina não é azulada e clara e as bolhas de rLung não

permanecem e desaparecem instantaneamente após aagitação, isto indica que o distúrbio de rLung  ésecundário a uma doença quente ou inflamatória.Outra forma de fazer tal distinção é através daobservação da transparência das bolhas. Se as bolhasde rLung  são claras e transparentes, significa que odistúrbio está associado a uma doença quente ou

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inflamatória e se forem espessas e opacas, indica umadoença não-inflamatória ou fria. No último caso, tenteclarear a formação de bolhas densas com as varinhaspara agitação. As bolhas permanecerão e impedirão avisibilidade da urina.

Com freqüência, a coloração da urina de rLung  será contrária às outras características clínicaspróprias de rLung . As bolhas e a turvação podemindicar uma patologia de rLung , mas a coloração pode

ser amarelada. Em tais casos, como rLung  é oprincipal distúrbio envolvido, está claro que há umcomponente inflamatório ou quente ou o envolvimentode um órgão quente como o fígado  – neste caso, odiagnóstico seria um distúrbio relacionado com c’hi  ourLung localizado no fígado – ou uma possível infecção.Quando todas as outras características foremsemelhantes às já citadas, se a coloração da urina forlevemente amarelada, considere a possibilidade de

uma hipoglicemia.As influências sazonais e dietéticas podemcausar, com freqüência, erros de leitura. No verão,mesmo a urina fria pode adquirir uma coloraçãolevemente tingida em conseqüência das influênciasexternas da temperatura sobre o corpo e, igualmente,no inverno, a urina quente pode adquirir uma tendênciaa se tornar mais aquosa. De maneira semelhante,exercícios excessivos e ingestão de alimentos

picantes, aos quais o indivíduo não esteja habituado,podem fazer com que uma urina fria adquira coloraçãoamarelada. Da mesma forma, uma pessoa ativa quenão se exercita como o habitual e se alimenta comuma dieta pouco nutritiva, por exemplo, constituída decarboidratos simples, produzirá uma urina aquosa.

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5.5. Características clínicas da urina de mKris-pa  -Coloração: vermelha ou amarela, chocolate ouoleosa.-Odor: forte, penetrante e freqüentemente malcheiroso.-Vapor: profuso e permanece por longo tempo.-Bolhas: profusas, pequenas (do tamanho de umacabeça de alfinete ou menor), não congestas como asbolhas de Bad-kan  (não formam muitas camadas) edesaparecem instantaneamente após a agitação

(diagrama 5).-Albumina e outros sedimentos: espessa, abundante,em formações únicas e escuras e ocultas na partecentral da superfície da urina.-Mucina: formação cremosa única, muito visíveis elocalizadas na parte central da superfície da urina.-Momento em que ocorre a transformação: antes daurina esfriar e do vapor desaparecer completamente.-Maneira como ocorre: da parte inferior da urina em

direção à superfície.-Características pós-transformação: urina com aspectoturvo, amarelo-avermelhada, com pequenas bolhasque desaparecem instantaneamente após a agitação.-Características clínicas importantes: Enquanto a coloração em certas doenças gerais e

específicas é conclusiva, no caso dos distúrbios demKris -pa , a turvação, o vapor e as bolhas são ascaracterísticas clínicas mais significativas. A

coloração, por outro lado, é enganosa e, comfreqüência, possui valor clínico apenas quandocombinada com outras características, em particulara turvação.

A maneira de medir a turvação da urina é através deum treinamento de observação para comparar a

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limpidez do fundo do recipiente em diversasamostras de urina. Normalmente, quanto maior aturvação, mais obscuro é o fundo do recipiente. Estahabilidade para a observação é adquirida utilizandocinco espécimes diferentes de urina e observando afalta de clareza no fundo do recipiente em cadaamostra e depois comparando-as, treinando osolhos a fazer tais distinções por um processo deobservação repetida de várias amostras de urina.

Se a urina apresentar-se clara, e o fundo dorecipiente puder ser claramente observado, demaneira semelhante à água, a doença é do tipo frioou não-inflamatório.

Com freqüência, a urina amarelada ou mesmoavermelhada pode ser enganosa. Para determinar acoloração, incline o recipiente levemente e observea coloração da borda da urina sobre o lado inclinado.Se estiver aquosa e clara, apesar da urina em geral

possuir uma coloração amarelada ou avermelhada,a doença pode ser considerada fria ou não-inflamatória, ou deve-se à existência de umacomplicação fria primária ou secundária.

5.6. Características clínicas da urina de Bad-kan  -Coloração: branca como leite, mas freqüentementepode parecer água.-Odor: mínimo ou ausente, no caso de indigestão,

pode apresentar o odor do alimento.-Vapor: mínimo.-Bolhas: pequenas, congestas, abundantes quepermanecem por longo tempo e aumentam com aagitação (diagrama 6).-Albumina e outros sedimentos: mínimos ou ausentes,mas grânulos de areia podem estar presentes no fundo

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do recipiente nas doenças renais e metabólicas porBad-kan .-Mucina: geralmente ausente.-Momento em que ocorre a transformação: após odesaparecimento do vapor e quando a urina torna-sefria.-Maneira como ocorre: da periferia para o centro.-Características pós-transformação: branca,geralmente clara, congesta e as bolhas aumentam e

permanecem.-Características clínicas importantes: As bolhas são a principal característica a ser

observada na urina de Bad-kan . São diferentesdaquelas de mKris -pa  apesar de apresentaremquase o mesmo tamanho. As bolhas de Bad-kan  formam ilhas como unidades de bolhas congestasque tendem a aumentar com a agitação.

Quando a urina apresenta bolhas congestas que

aparecem sem agitação, que aumentam rapida eprogressivamente, cobrindo toda a superfície daurina com várias camadas de bolhas, está indicandoum distúrbio de Bad -kan  envolvendo seucomponente água. Isto significa que a quantidade defluidos corporais está excessiva, resultando emedema (retenção).

Não são todos os casos em que as bolhas de Bad- kan  se apresentarão profusas e crescentes. Por

exemplo, nas úlceras abdominais (distúrbio de Bad- kan  marrom), enquanto o tamanho e sua naturezacongestionada (descritas como espuma na água)são características de Bad-kan , a quantidade debolhas não aumenta necessáriamente com aagitação. Além disso, a coloração da urina nestescasos será amarelo-escura e amarelo-avermelhada,

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o que indica a presença de processo inflamatório ouuma patologia quente.

5.7. Diagnóstico diferencialUma vez que a urina é um fluido instável,

facilmente influenciado por dieta, calor, corantes emedicamentos, a parte mais importante da urinálise,após a trabalhosa obtenção do conhecimento sobre asdoenças quentes e frias nos distúrbios de rLung ,

mKris-pa  e Bad-kan , devem ser observadas ascaracterísticas diferenciais da amostra e deve-seaprender como distingüi-las. Com freqüência, oiniciante enfrentará muitas dificuldades. Ele deveráobservar as fases e, novamente, a inconstância entreas várias características clínicas da urina, tornandoextremamente difícil para ele formar uma opinião sobreas condições da patologia do paciente. O tempo e aexperiência, garantem muitos médicos experientes,

são importantes para dominar esta dificuldade.Entretanto, partindo de minha experiência pessoal, aurinálise também é uma habilidade que pode seradquirida muito facilmente quando as técnicas e osmétodos são explicados claramente e demonstradospasso a passo. Infelizmente, existe muito misticismoem torno dos procedimentos diagnósticos, assim comoda medicina tibetana em geral. O ponto importante aser lembrado é que a arte da urinálise é de origemgrega e, portanto, possui o conceito ocidental doreducionismo integrado à sua prática.-Diagnóstico diferencial pela coloração:

A urina esbranquiçada, azulada e aquosa, comalbumina e outros sedimentos em abundância indica apresença de processo inflamatório ou quente. Observeque, apesar da coloração ser característica de uma

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patologia fria ou não-inflamatória, a presença dealbumina e outros depósitos (espessos e profusos)indicam um processo primário quente ou inflamatório.

A coloração amarelo avermelhada com odormínimo, ou ausente, com particularmente nenhumaalbumina ou outros sedimentos indicam doença fria ounão-inflamatória. Apesar da cor ser característica dedistúrbio quente, a ausência de albumina e de odorindicam a presença de um processo frio ou não-

inflamatório.Tenha sempre em mente as influências sazonais

e dietéticas sobre a coloração. É crucial obterinformações da história e do questionamento para umaanálise adequada da urina.-Diagnóstico diferencial pelas bolhas:

A urina que apresenta a maioria dascaracterísticas clínicas de um processo inflamatório ouquente, mas não produz bolhas com a agitação, indica

um distúrbio quente oculto (doença inflamatórialocalizada profundamente, sem quaisquer sintomas).A amostra de urina branca ou azulada, com a

maioria das características clínicas de um processonão-inflamatório, mas que não forma bolhas com aagitação, indica uma doença fria crônica ou diarréiacrônica.-Diagnóstico diferencial do momento em que ocorre atransformação da urina:

A urina amarelo-avermelhada, que apresenta amaioria das características clínicas próprias de umdistúrbio quente ou inflamatório, na qual atransformação ocorre após o desaparecimento dovapor e o esfriamento, indica doença inflamatória ouquente oculta (refere-se à doença inflamatória que nãose manifesta com sinais e sintomas).

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A urina branca azulada com característicasclínicas de um processo frio ou não-inflamatório, naqual a transformação ocorre antes que o vapordesapareça e antes do esfriamento, indica umdistúrbio quente ou inflamatório oculto (patologiaquente ou inflamatória ocultada por um distúrbio frio ounão-inflamatório, por exemplo, uma doençainflamatória em um órgão constitucionalmente friocomo os rins).

-Diagnóstico diferencial da mucina:A amostra que apresenta todas as características

de uma urina quente, particularmente com mucinaespessa e abundante indica uma deficiêncianutricional.

A amostra com todas as características de umaurina fria exceto pela formação abundante de mucinaindica indigestão.-Diagnóstico diferencial das doenças:

No caso de patologias pós-febris ou pós-infecciosas e distúrbios do sangue, como a hematúria,a coloração da urina é vermelha. Nas doenças dosangue, além de ser vermelha, a amostra será turvacom depósitos e mucina no centro do recipiente e compequenas bolhas que desaparecem. No caso de umdistúrbio pós-febril ou pós-infecciosa, apesar deavermelhada, é diluída, aquosa e com bolhas grandes.

Nos distúrbios de Bad-kan  marrom (doenças

ulcerativas da região gastro-intestinal) e de linfa negra(infecção e inflamação do sistema linfático) acoloração é marrom ou amarelo-escuro. Na urina deBad-kan  marrom, o odor é forte e freqüentementemalcheiroso e a amostra é turva. Na urina de linfanegra a coloração é diluída e apresenta uma tinturarósea.

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Nas doenças renais, hepáticas e esplênicas aurina é avermelhada. Nas doenças renais, apresenta-se turva e avermelhada com sedimentos localizadosno fundo do recipiente. No caso das doençashepáticas, a urina é vermelho-escura, com sedimentosespalhados por toda a amostra, além de ser clara emenos turva que aquela das doenças renais. No casoda urina de distúrbios esplênicos, a coloraçãoapresenta-se avermelhada, com um matiz esverdeado

ou pode ser avermelhada, mas clara, diluída e comsedimentos localizados na parte média do recipiente.

Na febre oculta ou em um processo infeccioso,nas doenças de rLung/Bad-kan e nos distúrbios frios aurina apresenta-se com coloração azulada. Na febreoculta ou infecciosa (refere-se à infecção de um órgãofrio como rins ou baço, ou refere-se à febre durante asestações frias) a urina apresenta coloração azuladacom bolhas pequenas, finas e claras, que

desaparecem rapidamente, além de albumina ousedimentos ralos. Nos distúrbios de rLung/Bad-kan , aurina é azulada com bolhas de tamanho grande, quepermanecem, além de sedimentos ausentes oumínimos.

Resumindo, qualquer que seja a coloração daurina, como característica isolada, é inconclusiva.Mesmo que apresente coloração avermelhada ouamarelada, com odor forte, se não houver sedimentos

a amostra pode indicar um distúrbio frio. A maneira deavaliar estes casos requer um método simples, aseguir:-Obtenha uma amostra de urina que seja avermelhadaou amarelada, com odor forte e grandes bolhas.

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-Para confirmar a verdadeira natureza do distúrbio,pingue uma gota desta urina sobre a superfície limpada unha do polegar.-Se a gota não permanece sobre a unha e escorre desua superfície central plana, significa que apesar dascaracterísticas indicarem um distúrbio quente, a realnatureza da doença é fria.-Da mesma forma, se a urina é azulada ouesbranquiçada, com albumina ou sedimentos

espessos, com odor e sabor fortes e bolhas quedesaparecem rapidamente, pingue uma gota sobre asuperfície plana da unha do polegar.-Se a gota permanece sobre a unha sem escorrer, istosignifica que apesar de apresentar característicasclínicas que indicam um distúrbio frio, a real naturezada doença é quente (diagrama 7).

Uma outra forma de determinar um distúrbio éatravés da análise do som emitido pelas bolhas ao

desaparecerem após a agitação. Se, após a agitação,as bolhas produzem um som crepitante quandodesaparecem, compassadamente, isto indica umadoença quente ou inflamatória. Se não houver somquando a urina desaparece, a urina é de um distúrbiofrio.-Quanto à urina de distúrbios fatais: Urina fatal de doença quente: A coloração da urina é

semelhante à do sangue, com odor pútrido

semelhante ao de couro em putrefação. Se após otratamento a coloração, o odor e a composição daurina não desenvolvem qualquer alteração, ascaracterísticas indicam uma doença fatal.

Urina fatal de doença fria: Se a coloração da urina éfria quando eliminada, azulada, com odor, bolhas,sedimentos e vapor mínimos ou moderados e após

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o tratamento estas características não sofremalterações, as características indicam que a doençaé fatal.

Diagrama 4: Bolhas de rLung  

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Diagrama 5: Bolhas de mKris-pa 

Diagrama 6: Bolhas de Bad-kan 

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Diagrama 7: Teste para diagnóstico diferencial dedoenças quentes e frias.

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6. CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS DA URINA DEDOENÇAS ESPECÍFICAS

A literatura médica tibetana considera as

características específicas da urina em termos dos três“humores” e das doenças. 

6.1. Características clínicas da urina de rLung/Bad- kan  -coloração: amarelada e clara-odor: moderado e levemente pungente-vapor: duração e quantidade moderadas-bolhas: pequenas ou moderadas, com algumas de

tamanho grande que aparecem após a agitação edesaparecem instantaneamente-sedimentos: levemente concentrados no centro, masa urina é geralmente clara-mucina: mínima

Este tipo de urina é observada no caso desinusite, gripes, febre do feno e enterite. No caso dasinusite, a coloração e a concentração são levementemais turvas do que no caso da gripe. Quando há tossecomo sintoma, as bolhas são mais abundantes eformam algumas camadas após a agitação. No casoda enterite, a urina não é turva, mas apresenta umacoloração mais amarelada com bolhas pequenas egrandes que desaparecem imediatamente.

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6.2. Características clínicas da urina de Bad- kan/rLung  -coloração: aquosa e clara-odor: mínimo ou ausente-vapor: mínimo e desaparece antes que a urina sofratransformações-bolhas: pequenas, congestas, com algumas bolhas detamanho grande que aparecem com a agitação epermanecem por algum tempo

-sedimentos: geralmente mínimos, exceto em casos deindigestão-mucina: ausente

6.3.Características clínicas da urina de Bad- kan/mKris-pa 

-coloração: amarelo-avermelhada, escura como óleo-odor: forte e penetrante-vapor: abundante, mas de duração moderada

-bolhas: espessas, pequenas a moderadas quepermanecem após a agitação-sedimentos: podem estar presentes sedimentos emforma de poeira ou grânulos-mucina: moderada

Esta urina é típica em casos de distúrbioshepáticos ou da vesícula biliar com envolvimentohepático. Entretanto, no caso de cálculos biliares quenão afetem as vias hepáticas, a urina pode apresentar-

se menos turva e as bolhas mais transparentes.6.4. Características clínicas da urina no distúrbiocomplexo de Bad-kan  -coloração: marrom-amarelada ou amarelo-escura-odor: fétido e forte

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-vapor: moderado a profuso, dependendo da presençade febre-sedimentos: moderados a concentradosprincipalmente no centro; a borda do recipiente podeapresentar-se clara-mucina: moderada em casos de doençasinflamatórias complexas.

A doença complexa de Bad-kan é uma condiçãopatológica que envolve todos os três processos

fisiológicos ou “humores”, principalmente na regiãoabdominal. A doença é descrita em três estágios: oprimeiro estágio ou inflamatório, que consiste noprocesso inflamatório que atinge um órgão (gastrite), osegundo estágio, que é a progressão para umaulceração e o terceiro, quando ocorre a perfuração daúlcera. Em cada caso, as características da urina sãodistintas. No primeiro estágio, a urina é amarelada,com pequenas bolhas que desaparecem rapidamente

com um som crepitante. No segundo estágio a urinaapresenta tanto características quentes como frias edurante o terceiro estágio, a urina contém célulassangüíneas e pequenas bolhas.

6.5. Características clínicas da urina na gripe ou noresfriado comum-coloração: amarelo-clara e concentrada no centro-odor: forte, particularmente se houver febre-bolhas: difusas, cobrem a superfície com uma ouduas camadas de bolhas não abundantes, de tamanhomoderado, que desaparecem erraticamente com umsom crepitante após a agitação

A urina do resfriado comum ou gripe pode serfacilmente confundida com uma variedade de outrasdoenças, tais como a febre do feno, sinusite e enterite.

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No caso do resfriado comum, a principal característicaclínica é a albumina levemente turva ou os sedimentosque se formam no centro do recipiente, enquanto aperiferia é clara. No caso da enterite, a urina é clara emais amarelada.

6.6. Cólica intestinal-coloração: amarelada e clara-odor: moderado

-bolhas: pequenas a moderadas, podem estarespalhadas e desaparecer rapidamente com um somcrepitante-sedimentos: mínimo ou ausente

Na maioria dos casos de processo inflamatórioem um órgão, a presença de febre alteraráconsideravelmente as características da urina. Com afebre, a urina estará mais turva, mais escura e com umodor mais forte. Quando ausente, a urina apresentará

alterações na composição dependendo do órgãoenvolvido. No caso de órgãos constitucionalmentequentes, como fígado e vesícula biliar, a urina seráescura e turva. Mas, se o órgão inflamado for deconstituição fria, a urina será mais transparente ediluída.

6.7. Fraqueza digestiva-coloração: esbranquiçada e levemente espessa-odor: moderado, com freqüência apresenta o odor do

alimento não digerido-bolhas: pequenas, congestas, com bolhas de rLung  ocasionais que permanecem-sedimentos: podem estar presentes produtos finais dometabolismo, dando um aparência leitosa à urina.

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6.8. Dispepsia-coloração: amarelo-avermelhada ou branco-leitosa-odor: o mesmo do alimento ingerido-bolhas: pequenas, espalhadas e permanecem algummomento após a agitação-sedimentos: podem estar presentes os produtos finaisdo metabolismo

Geralmente, a dispepsia causada pela ingestãode alimentos insalubres ou ingestão excessiva de

alimentos ásperos e especiarias rompem o processodigestivo. Se não corrigido, podem resultar emdoenças abdominais muito sérias.

6.9. Flatulência-coloração: aquosa ou diluída-odor: mínimo-bolhas: grandes, entre abundantes bolhas de tamanhomoderado, que podem permanecer por algum tempo

-sedimentos: não são visíveis apesar de seremobservados quando há processo inflamatório

6.10. Enterite-coloração: amarelo-avermelhada e basicamente clara-odor: penetrante-bolhas: pequenas, com bolhas grandes, ocasionais eespalhadas que desaparecem rapidamente-sedimentos: geralmente ausentes, mas algumasvezes podem ser observados grânulos

6.11. Hepatite-coloração: oleosa ou escura-odor: penetrante e fétido-vapor: abundante, persiste por algum tempo-bolhas: amarelo-escuras, pequenas a moderadas epermanecem por longo tempo

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-sedimentos: concentrados e escurecem o centro dorecipiente-mucina: concentrada no centro

6.12. Doenças respiratórias-coloração: levemente amarelada e turva-odor: moderado-vapor: moderado e persistente-bolhas: pequenas a moderadas, claras, abundantes e

permanecem por algum tempo-sedimentos: levemente concentradosNas doenças respiratórias, a urina geralmente é

amarela com um matiz levemente avermelhado.Quando a tosse é o sintoma principal, as bolhas sãoabundantes, soltas e localizam-se umas sobre asoutras. Geralmente as bolhas são moderadas etendem a desaparecer lentamente com um somsibilante.

6.13. Hipertensão-coloração: vermelho-amarelada-odor: mínimo ou ausente-bolhas: de tamanho moderado, entremeadas poralgumas grandes e finas, em quantidade pouco maisque moderada, as quais permanecem por algumtempo-sedimentos: mínimos ou ausentes-turvação: geralmente diluída, o centro pode ser

levemente mais escuro que a periferia6.14. Tumores malignos e benignos-coloração: amarelo-clara ou vermelho-escura-odor: penetrante ou moderado

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-bolhas: levemente congestas e tendem a permanecerno caso de tumores benignos. Nos tumores malignos,as bolhas são esparsas e desaparecem erraticamente.-sedimentos: concentrados no centro da superfície; aobater na superfície da urina com as varinhas de agitar,pequenas estrelas oleosas como bolhas são lançadasou atiradas para o lado oposto do recipiente-mucina: normalmente a mucina adquire umaformação única sobre a superfície da urina, entretanto,

neste caso, ela se fragmenta em pequenas unidadesdo tamanho de ovos de rã sobre a superfície.

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7. MÉTODO DE APRENDIZAGEM PARA INICIANTES

O método através do qual os estudantestibetanos aprendem a urinálise pode não ser o melhor

para ensinar a técnica, pois consome muito tempo e,com freqüência, os estudantes têm pouca assistência,recebendo pouco ensinamento prático. Portanto, serianecessário que o aprendizado desta arte durassealguns anos, enquanto que os fundamentos poderiamser aprendidos em poucos meses, se métodos deensino envolvendo organização e demonstraçõespráticas fossem integrados. O propósito deste trabalhoé dar início a tal abordagem e apresentar outros

trabalhos no futuro que expliquem as técnicasdiagnósticas de uma maneira simples que facilite suarápida aprendizagem. Muitas das habilidadesdiagnósticas místicas dos médicos tibetanos podemser facilmente adquiridas em cerca de um a doismeses se as técnicas forem explicadas assim comoseus objetivos. Isto não significa reduzir a importânciada tradição tibetana nos diagnósticos, mas encorajarseu estudo para que pessoas mais profissionais

tomem consciência destas habilidades e aumentar aoportunidade para um progresso posterior em suautilização e desenvolvimento.

Estabeleci 6 etapas, para auxiliar um iniciante aaprender a arte da urinálise, baseadas em meuspróprios anos de experiência. A clínica espera oferecertrabalhos melhores e mais claros sobre a urinálise e

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outros procedimentos diagnósticos no futuro.Entretanto, o estudo dos livros isoladamente nãoresultará em habilidades instantâneas. O aprendizadocom um médico tibetano e a observação dademonstração de cada uma das característicasclínicas da urina é da maior importância.

7.1. Primeiro passoAntes de qualquer amostra de urina ser

examinada, a primeira atitude é verificar se o pacienteobservou as exigências básicas, ou questioná-lo seingeriu alguma dieta fora da rotina ou se realizouatividades que possam afetar a composição de suaurina. As noites anteriores, a falta de sono ouexercícios cansativos que possam não ser normais,afetariam a composição da urina. Além disso,questione se a urina foi coletada no momento correto,em um recipiente limpo e de maneira adequada. É

importante assegurar-se de que não foi ingerido nadasólido antes da coleta da urina e de que o jato médiofoi coletado.

7.2. Segundo passoTenha certeza de que a literatura sobre urinálise

foi inteiramente estudada, em seus aspectos gerais.Em particular, assegure-se de que cada detalhe daurina normal foi memorizado. Depois memorize osdetalhes dos três distúrbios fisiológicos ou humorais.

Compare as características da urina normal com aurina anormal (fria ou quente) e aprenda a distingüi-las. Depois, aprenda a definir as características frias equentes de um lado e dos três distúrbios fisiológicosde outro. Por exemplo, aprenda a comparar uma urinade mKris-pa  com uma amostra quente, uma urina de

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Bad-kan com uma amostra fria e a identificar a urinade rLung .

7.3. Terceiro passoPara o iniciante que gostaria de iniciar sua

prática imediatamente após terminar de ler este livro,há maneiras de fazê-lo sem um professor. Duranteuma semana, colete o jato médio de uma amostra deurina normal eliminada durante o dia. Para começar,

tente coletar a urina antes do café da manhã, à tarde  – pelo menos três horas após o almoço  – e à noite,novamente, pelo menos duas a três horas após o

  jantar. A idéia de examinar a urina normal durantediferentes horários do dia não serve apenas paraadquirir uma impressão sobre o exame da urina emgeral, mas principalmente para ensinar as alteraçõesda urina normal no decorrer do dia. Isto dá uma idéiade como a dieta, as atividades físicas, o stress e o

esforço podem afetar a composição da urina. Atenteparticularmente para qualquer alimento,comportamento e preocupação anormal de forma anotar como a urina se altera. Observe também como oexcesso ou a deficiência na ingestão de líquidos influina composição da urina. O exame de amostras diáriaspode ser feito durante três dias a uma semana.Quando estiver mais seguro na observação de suaurina, tente coletar amostras (a primeira micção damanhã) de seus vizinhos ou amigos, inclusive a suaprópria. Agora compare as duas amostras e observeque diferenças são visíveis nas duas amostrasnormais. A idéia é dar a você uma prova visual decomo a urina normal dos pacientes pode variar em suacomposição. Servirá também para que você treine aobservar como certas características clínicas são

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consistentes e como outras, como a coloração e aturvação, podem variar.

O próximo passo é começar a coletar amostrasde urina patológicas, particularmente de pessoas comsintomas auto-limitados, tais como gripe, sinusite,indigestão, flatulência e outros. Pegue uma destasamostras. Observe as características clínicas pós-transformação, tais como coloração, turvação, bolhase depósitos. Estude cada uma destas quatro

características. Siga as instruções de como estudá-las.Pesquise na seção sobre as características clínicas, senecessário. Depois, descreva suas deduções pessoaisem um bloco de diagnósticos. Estude o que escreveue verifique se estão de acordo. Se não estiverem,escolha o critério mais importante mencionado no textopara determinar o diagnóstico. Observe a presença ouausência de albumina e mucina em excesso. Se esteachado é sustentado posteriormente pelo achado das

bolhas ou da turvação, faça o diagnóstico baseadonestes dados. Depois, avalie o diagnóstico real dopaciente. Se o diagnóstico estiver incorreto ouparcialmente correto, questione cuidadosamente opaciente, primeiro sobre seus hábitos dietéticos epadrões comportamentais para assegurar-se de quesua urina não está afetada por estes fatores.Questione-o sobre quaisquer medicamentos.Vitaminas, por exemplo, afetam a coloração da urina.

Para facilitar o processo de aprendizado, outratécnica que pode ser praticada em associação com aanterior é a avaliação de amostras de urina cujodiagnóstico você já conhece de antemão. Descreva odiagnóstico em um papel, avalie quais ascaracterísticas clínicas mais prováveis que a urina detal patologia poderia apresentar, recorra ao texto se

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necessário. Depois examine a urina cuidadosamentetrabalhando sobre as características clínicas uma auma. Descreva seus achados em um papel e depoiscompare com a outra folha e observe onde você podeter cometido algum erro. Esta técnica não apenastreina-o para progredir em seus estudos, mas tambémauxilia como um feedback, particularmente comrelação a certas características que o estudante tendea omitir. Sugiro que o estudante comece com uma

amostra de urina fria, estudando suas característicasclínicas pós-transformação. Quando adquirircompetência para fazer um diagnóstico básico comuma urina fria  – isto pode levar cerca de duassemanas ou um pouco mais  – deve começar aexaminar a urina fresca, morna e fria,simultaneamente, com as nove características clínicas.Os médicos tibetanos têm negligenciado no exame daurina durante estes três estágios e hoje, na maioria

dos casos, a urina é examinada quando está fria. Émuito aconselhável para o iniciante que estude,gradualmente, como examinar a urina durante todos ostrês estágios. Quando a urina estiver fria, examine-aprimeiro, descreva seus achados e depois aqueça-aem um fogão até sua temperatura normal. Estude asquatro características durante seu estágio aquecido edepois observe as duas outras características quandoestiver morna. Descreva os achados e compare-os

com os anteriores quando a urina estava fria.Estou enfatizando a anotação de todas asobservações em um papel, pois desta forma você sesubmete às suas considerações anteriores. Em meusestudos, a maior dificuldade estava na determinaçãode qual a coloração exata, com o que se pareciam asbolhas e como era a turvação da urina. Com

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freqüência, não exigia de minha mente um diagnósticodefinitivo. A maneira como lidei com este problema foi,a princípio, descrever o que havia observado. Parafacilitar a documentação, trabalhei sobre ascaracterísticas clínicas, uma de cada vez, e tirei notasconclusivas de cada ponto duvidoso que encontrei,assim como uma explicação para sua existência.

Sugiro este formato:-Características clínicas pós-transformação quando a

urina está fria:coloraçãoturvaçãobolhasodoralbumina e outros sedimentosmucina-Características clínicas quando a urina é aquecida:coloração

vaporodorbolhas-Características clínicas quando a urina está morna:albumina e outros sedimentos:mucina-Diagnóstico:doença quentedoença fria

doença de rLung  doença de mKris-pa  doença de Bad-kan  doenças específicas-Observações

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7.4. Quarto passoÉ uma extensão do terceiro passo. Com

freqüência, o estudo da urinálise de acordo com ostrês passos acima pode ser confuso e difícil. Paraevitar e reduzir tais dificuldades para o iniciante, oquarto passo envolve o estudo da urinálise,simplificando o processo mencionado no terceiropasso. Tente coletar a urina de uma pessoa com umadoença inflamatória ou quente. Faça a descrição de

um distúrbio inflamatório ou quente em um folha depapel. Examine a urina, trabalhando sobre cada umadas características clínicas, como observado. Depoisescreva-as e compare-as com a descrição clínica dotexto. Faça o mesmo com uma amostra de doença friaou não-inflamatória. Sugiro que você proceda destaforma com muitas amostras de distúrbios quentes efrios. Nesta fase, aprenda apenas a distingüir ascaracterísticas clínicas. O próximo passo é aprender

como distingüir a urina de um distúrbio quente de umórgão em particular daquela de outro órgão. Obtenhaamostras de urina de duas doenças quentes de órgãosdiferentes. Estude cada uma delas cuidadosamente edepois descubra características que sejam diferentes erecorra à literatura para confirmar se estascaracterísticas são decorrentes da localização dadoença. Repetidos exames realizados desta formapermitirão que o iniciante faça progressos graduais e

aplique-os na clínica. Em todos os casos, faça primeiroa lista de suas observações pessoais e depois avaliecom relação ao texto para ver se são corretas. Façaanotações das características que permanecemduvidosas para você para depois esclarecê-las comum médico tibetano.

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7.5. Quinto passoQuando você estiver seguro quanto ao exame

das características gerais  – do diagnóstico em termosde doenças quentes, frias e dos três “humores” – opróximo passo é aprender como observar ascaracterísticas clínicas relacionando umas às outras edefinindo aquelas que são características secundárias.Isto envolve habilidade para confrontar umacaracterística clínica com outra e depois chegar a um

diagnóstico. Quando tais características apresentamfatores conflitantes, a albumina e a mucina são asmais importantes e servem como diretrizes. Elasdevem ser avaliadas em termos de como muitasoutras características as sustentam. Depois, vem asbolhas e a turvação em importância. A coloração émuito variável e não deve ser considerada, exceto seesta for uma característica diferencial da urina.

Outra maneira de chegar ao diagnóstico é

relacionar todas as características principais e depoisobservar se a maioria delas possui característicassemelhantes e com base nestas informações chegar aum diagnóstico. Esta técnica pode ser aprendidaatravés do estudo de amostras de urina de pacientescujo diagnóstico você já sabe e daquelas que aindanão sabe. Use a informação com cuidadosaobservação dos pacientes, dos quais você já possui odiagnóstico, como referência para promover seu

conhecimento de patologia urinária.7.6. Sexto passo

Quando estiver seguro com estas técnicas,aqueça as amostras de urina cujas característicasvocê pode interpretar corretamente e observar omomento da transformação na turvação, a maneira

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como ocorre e as características clínicas pós-transformação. A idéia de incorporar este sexto passoé para que esta técnica seja utilizada como uma formade julgar seu diagnóstico anterior através daobservação da composição física da urina. Consulte otexto sobre as descrições detalhadas e depois observeestas características. Novamente, é melhor observarcada característica e escrever seus achados em umpapel. Depois, analise se estes achados são

consistentes com seu diagnóstico anterior a partir doestudo da composição física da urina.

A finalidade destas etapas é ensinar o iniciante afazer um diagnóstico geral em termos dos trêshumores e das doenças frias e quentes. Uma vez queum terço das amostras de urina são corretamentediagnosticadas, o próximo passo deve ser estudar aurinálise em um nível mais avançado, juntamente comum médico tibetano. Nossa clínica espera lançar, em

breve, um texto avançado sobre urinálise queconsiderará o diagnóstico de doenças específicas.

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8. TESTES DA URINA

8.1. Com drogas para determinar o tratamentoO teste mais comum e simples para determinar o

tratamento correto no caso de complicações éproceder com o aquecimento da urina até suatemperatura normal  – se a amostra estiver fria. Umapitada de duas drogas em pó, dentre as quais umadeve ser escolhida, são colocadas em locais diferentessobre a superfície da urina. Isto pode ser feitosimultaneamente ou uma de cada vez. Se o pó seespalha rapidamente sobre toda a superfície da urinatão logo seja respingada, aquela droga é altamente

efetiva para o paciente. Se o pó não se espalha, masvai ao fundo do recipiente, a droga não é adequada enão está indicada. Se a difusão ocorrer em uma áreaconfinada e não se espalhar pela superfície toda, adroga pode ser prescrita, mas não será imediatamenteefetiva. Teoricamente, estes testes podem serutilizados com uma grande variedade de drogasincluindo antibióticos.

8.2. Para determinar um envenenamento

Apesar de existir uma variedade de testes paradeterminar a natureza do distúrbio, apenas alguns sãomencionados para determinar um envenenamento.

No caso de suspeita de envenenamento, omédico deve cuspir um pouco de sua saliva frescadentro do recipiente com a urina do paciente. Se salivaflutua sobre a superfície da urina, não há

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envenenamento. Se a saliva vai ao fundo dorecipiente, imediatamente, é sinal de envenenamento.

Um outro teste é realizado tomando-se um fio decabelo de outra pessoa que não seja o paciente.Coloque-o dentro do recipiente com a urina. Se o fio seenrola com aparência de queimado, está indicando umenvenenamento. De outra maneira, não háenvenenamento (diagrama 8).

8.3. Som da urina para propósitos diagnósticosAlém do procedimento médico da urinálise, há

maneiras de se obter uma idéia geral do que aamostra de urina está indicando em termos dosdistúrbios dos três “humores”. Despeje a urina em umrecipiente longo e fino como um tubo. No Tibete,sugere-se o uso de um chifre de boi. Feche aextremidade aberta fortemente e depois agitevigorosamente em uma direção. Se a urina fizer um

som como shob-shob , indica uma urina de rLung . Se aurina fizer um som como chur-chur , indica uma urinade mKris-pa e se produzir um som thig-thig , indica umdistúrbio de Bad-kan . Quando surgem sons que sãouma combinação de quaisquer dos descritos acima, aurina indicará a patologia correspondente.

Se a urina está sendo despejada no recipiente eescorre como ovo e a porção diluída da urina caiprimeiro deixando para trás os depósitos e a porçãomais turva, o prognóstico é grave e sério. Se isto nãoocorre, indica basicamente boa saúde.

8.4. Sensação tátil da urina para propósitosdiagnósticos

Pegue algumas gotas de urina e pingue-a sobrea pele uma a uma . Se as gotas de urina secam eproduzem uma sensação áspera, indica uma urina de

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rLung . Na urina de mKris-pa , haverá uma sensaçãoquente após secar, e na de Bad-kan , ao secar, a urinaproduz uma sensação de maciez.

Diagrama 8: Testes utilizando drogas paradeterminar o tratamento

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9. ESTUDO DE CASOS

Os exemplos fornecidos demonstram como asinformações da urina podem ser importantes e

interessantes. Os casos foram desenvolvidos comoresultado de muita experiência no ensino da urinálise.Estes casos podem ser utilizados em discussões degrupo, como estímulos ao raciocínio e também comolições de casa.

Caso 1: As seguintes características estão presentes

quando a urina é observada fria.

-coloração: amarelo clara, levemente concentrada nocentro com a borda diluída e aquosa-odor: mínimo ou ausente-bolhas: tamanho moderado, proliferam sob agitação,mas após um momento não proliferam mais; háalgumas bolhas de tamanho grande que aparecemcom a agitação, que não permanecem por muitotempo. A maioria das bolhas desaparecem.-albumina e mucina: não são observadas apesar da

urina conter uma pequena quantidade dispersa desedimentos.Esta urina foi eliminada por uma mulher de meia

idade que está sem emprego, com queixas desintomas psicossomáticos, dispersos.1. Esta é uma urina de doença quente ou fria, por que?

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2. É uma urina de rLung , mKris-pa  ou Bad-kan , porque?3. É um distúrbio funcional ou orgânico, expliqueporque?4. Se você compreende a medicina chinesa, poderiadizer se esta é uma urina de fígado fraco ou c’hi ? Porque?5 Em termos da medicina ocidental, poderia consideraresta amostra como indicadora de hipoglicemia,

infecção ou depressão? Por que?

Caso 2: As seguintes características estão presentes

quando a urina é observada já fria.-coloração: amarelada com região central levementeescurecida-odor: leve-bolhas: de tamanho pequeno ou médio, que

desaparecem produzindo um som, muito rapidamente-sedimentos: o centro da urina é escuro e levementeespesso

Esta urina foi eliminada por um homem indianode meia idade que ingere uma dieta adequada, mascom excesso de carboidratos simples.1. Esta é uma urina de rLung , mKris-pa  ou Bad-kan ?Por que?2. Você considerou a névoa escura no centro e a

coloração amarelada? O que indicam?3. Qual é seu diagnóstico? É uma gripe comum,resfriado ou sinusite?

Caso 3: As seguintes características estão presentes

quando a urina foi observada fria.

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-coloração: escura, vermelho-escura-odor: fétido-bolhas: pequenas a moderadas que desaparecemmuito lentamente, apresentam coloração amarelada eavermelhada-sedimentos: escuros e espessos-mucina: ilhas esparsas de mucina sobre a superfície,com algumas pancadas no recipientes, bolhas comoestrelas cadentes são jogadas de um lado para outro

da superfícieA urina foi eliminada por um homem indiano de

meia idade acometido por uma séria doença orgânica.1. É uma doença quente ou fria?2. Qual é seu diagnóstico? É um processo maligno dosistema genito-urinário? Por que?

Caso 4: As seguintes características estavam presentes

na urina que estava fria quando foi observada.-coloração: aquosa e diluída-odor: ausente-bolhas: pequenas, desaparecem rapidamente com umsom crepitante-sedimentos: ausentes

Esta urina foi eliminada por uma mulher indiana.1. É uma urina fria ou quente?2. O que indicam as bolhas pequenas que

desaparecem rapidamente com um som crepitante?3. Você acha que esta urina indica dor na região dorsalinferior? Porque?

Caso 5:As seguintes características foram observadas

quando a urina estava fria.

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-coloração: branca leitosa-odor: o mesmo do alimento ingerido-bolhas: pequenas e moderadas que desaparecemlentamente-sedimentos: como névoa

Esta urina foi eliminada por um paciente tibetanoque se alimenta mal.1. O que indica esta urina?2. Este é um caso de indigestão?

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BIBLIOGRAFIA

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snon poi ma” - Hika, Vol. IV, Leh, Tashigangpa,1974.2. Khenbrab Norbu, “Phyid ma hphrinen las rGyud gyi

sphi done, Dharamsala, Yeshe Donden, n.d.3. Khenbrab Norbu, “Shi-rgyud lus thig dawa norbui

melong”, Dharamsala, Yeshi Donden, n.d. 4. Yuthok Yonten Gonpo, “Shi-ma rGyud”, Vol.IV,

Dharamsala, Tibetan Medical Center, 1976.