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Índice SECÇÃO I: Introdução...........................................1 1.1. Problema................................................. 1 1.2. Objectivos............................................... 1 1.3. Metodologia.............................................. 2 1.4. Estrutura do relatório...................................2 SECÇÃO II: Revisão de literatura...............................2 2.1. Conceito de Despesa Pública..............................2 2.2. Explicações teóricas para evolução da Despesa Pública....3 SECÇÃO III: Apresentação e discussão dos dados.................5 SECÇÃO IV: Conclusão...........................................7

Razões Explicativas Para o Crescimento Da Despesa Pública Em Moçambique

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Finanças Públicas,

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Hipteses justificativas para a evoluo da Despesa Pblica de Moambique entre 2010 2014

Hipteses justificativas para a evoluo da Despesa Pblica de Moambique entre 2010 2014

ndice

SECO I: Introduo11.1.Problema11.2.Objectivos11.3.Metodologia21.4.Estrutura do relatrio2SECO II: Reviso de literatura22.1. Conceito de Despesa Pblica22.2. Explicaes tericas para evoluo da Despesa Pblica3SECO III: Apresentao e discusso dos dados5SECO IV: Concluso7

SECO I: Introduo1.1. ProblemaUma das caractersticas mais marcantes da economia dos sculos XX e XXI o crescente aumento das despesas pblicas. Tal situao encontrada no apenas nos pases de economia coletivizada, onde o Estado, por definio, o grande agente econmico, mas tambm nas naes capitalistas avanadas, defensoras da livre iniciativa e da economia de mercado. E a crescente tendncia de aumento da despesa pblica deve-se: Ao crescimento da renda per capita que consequentemente aumentou a demanda por bens e servios pblicos; Mudanas tecnolgicas alguns saltos tecnolgicos so geradores de grande aumento dos gastos pblicos; Mudanas populacionais, Alteraes na taxa de crescimento populacional reflectem-se nos gastos pblicos, se a taxa alta, o Estado aumentar suas despesas com educao entre outros servios; Factores polticos e sociais, por ltimo, os autores consideram que as grandes mudanas havidas na filosofia social geraram novas composies no equilbrio das foras polticas. Novos grupos sociais, especialmente ao longo deste sculo, passaram a ter representatividade e fora poltica, gerando novas demandas por empreendimentos pblicos (Giacomoni, 2010)[footnoteRef:1]. [1: GIACOMNI, James. Oramento Pblico. 15. ed. Amp. rev. So Paulo: Atlas S.A, 2010. ]

Moambique no foi diferente a evoluo da Despesa Pblica, e essa evoluo dos gastos pblicos deve-se particularmente a aquilo que Peacock e Wiseman citados por Pimpo (2009) consideram eventos extraordinrios. Particularmente a guerra em 1976 e as calamidades em 2000, estes eventos destruram infraestruturas, consequentemente Moambique passa para primeira etapa que Musgrave, Rostow e Herber chamam de estgio inicial, cuja esta caracterizada por uma elevada demanda por dispndios pblicos na construo de estradas, pontes, infraestruturas ligadas ao sector da sade, educao etc. isso implica uma maior Despesa Pblica do que no perodo anterior aos eventos. Nos anos subsequentes o crescimento da renda per capita o que pressiona o Estado a prover mais e melhor os servios pblicos. Entre 2010 e 2014, Moambique como qualquer pas em desenvolvimento registou rpidas transformaes sociais e polticas, como por exemplo convulses sociais, conflitos militares e sofisticao dos crimes com introduo dos raptos isto pressionou o Estado a ter de aumentar o seu dispndio com melhorar a defesa e segurana interna, a criar mecanismos de combate a esse novo tipo de crime. Com isso propomo-nos a explicar as hipteses que explicam o comportamento da Despesa Pblica nos anos referidos anteriormente.

1.2. Objectivos

1.2.1. Objectivo geral Analisar as hipteses justificativas da evoluo da Despesa Pblica de Moambique no perodo 2010 - 2014.

1.2.2. Objectivos especficos Apresentar as Hipteses justificativas da evoluo da Despesa Pblica; Apresentar o comportamento da despesa pblica em Moambique entre 2010 - 2014; Enquadrar cada mudana no comportamento da Despesa Pblica entre 2010 - 2014 com as hipteses apresentadas. 1.3. MetodologiaPara a elaborao deste relatrio recorreu-se ao mtodo da reviso bibliogrfica, ao mtodo da observao no participativa bem como ao mtodo da interpretao que leva o pesquisador a considerar os dados colhidos pela pesquisa. (Medeiros 2006)[footnoteRef:2]. [2: MEDEIROS, Joo Bosco. Redaco cientfica. 8. ed. So Paulo: Editora Atlas, 2006.]

Quanto aos mtodos de abordagem, usou-se o mtodo dedutivo, que segundo Marconi (2001)[footnoteRef:3] Partindo das teorias e leis, prediz a ocorrncia dos fenmenos particulares, isto , partiremos de enunciados gerais dispostos para chegar a uma concluso particular. [3: MARCONI, Marina Andrade de. Metodologia cientfica. 2. ed. So Paulo: Atlas, 2001.]

Em relao a recolha de dados da pesquisa, usamos como tcnica de pesquisa a documentao directa. No rol das tcnicas de pesquisa, inclui-se a observao directa e sistemtica da realidade, (Medeiros 2006).

1.4. Estrutura do relatrioO relatrio obedecer a uma estrutura que composta por quatro seces, em que na primeira seco apresentado o problema, que neste caso concreto a evoluo da despesa pblica em Moambique entre 2010 - 2014, na segunda seco apresentada uma reviso de literatura em que nesta seco, contm uma breve discusso sobre o conceito de Despesa Pblica e no ttulo seguinte apresentao de explicaes tericas para a evoluo da despesa, na seco trs apresentar-se- as despesas relativas aos anos 2010, 2011, 2012, 2013 e 2014 e respectivo comportamento e aps esta descrio apresenta-se as hipteses que explicam o comportamento da despesa e por fim na seco quatro apresentar-se- uma concluso. SECO II: Reviso de literatura2.1. Conceito de Despesa Pblica Segundo Pimpo (2009, p.39)[footnoteRef:4] Despesa Pblica Podemos enunciar como o conjunto de dispndios do Estado ou de outra pessoa de direito pblico, para fazer face ao custeio do funcionamento e manuteno dos servios pblicos. [4: PIMPO. Adelino J. economia do sector Pblico. 2009. ]

Segundo Catarino (2012, p.381)[footnoteRef:5] A Despesa Pblica consiste no Gasto ou emprego de dinheiro ou outros recursos pelos entes pblicos na aquisio de bens ou servios para a satisfao das necessidades pblicas. [5: CATARINO, Joo Ricardo. Finanas Pblicas e Direito Financeiro. Coimbra: Grfica de Coimbra, 2012.]

De maneira geral pode-se dizer que o conceito de despesa pblica pode assumir significados: em primeiro lugar designa o conjunto de dispndios do Estado ou de outra pessoa colectiva pblica para o funcionamento dos servios pblicos por intermdio dos mecanismos legais estabelecidos, em segundo lugar pode tambm dizer respeito aplicao de uma dada quantia em dinheiro por parte da autoridade ou agente pblico competente, dentro de uma autorizao legal, para a execuo de fim ou cargo pblico. (Baleeiro, 1998)[footnoteRef:6]. [6: BALLEIRO, Alomar. Uma Introduo cincia das finanas. 15. ed. Rio de Janeiro: Editora Forense, 1998. ]

2.2. Explicaes tericas para evoluo da Despesa PblicaAs mais diversas correntes doutrinrias no campo da economia tm procurado explicar as causas que determinam o crescimento das despesas pblicas. O objectivo deste ttulo apresentar as principais teorias que abordam esse tema. Enfoques positivo e normativo de Despesa PblicaFilellini (1994)[footnoteRef:7] A teoria normativa baseia-se na relao indivduo-Estado. Essa pode ser tratada tambm sob dois pontos de vista: o benefcio recebido e a capacidade de pagamento. O mtodo do benefcio recebido considera a relao indivduo-Estado como uma relao de troca e estabelece que o tributo cobrado deva ser tal que torne mxima a satisfao do individuo derivada dos seus pagamentos dos servios pblicos e privados. [7: FILELLINI, A. Economia do Sector Pblico. Atlas. So Paulo, 1994. ]

Segundo Scherrer (2004)[footnoteRef:8], A teoria positiva da despesa pblica definida como o conjunto das anlises econmicas e polticas que tentam explicar o comportamento observado da despesa governamental, seu nvel, suas composies e variaes. Ao contrrio da teoria normativa, esta uma teoria de comportamento, cujas concluses so resultado da observao emprica. Assim, a teoria positiva pretende detectar as tendncias, a longo prazo, da participao do governo na economia e determinar o padro temporal do comportamento da Despesa Pblica. [8: SCHERRER, C. M. Tamanho e crescimento dos gastos do governo. Porto: Alegre, 2004.]

Lei de Wagner Lei do Crescimento Incessante das Actividades EstataisA medida que cresce o nvel de renda em pases industrializados, o sector pblico cresce sempre a taxas mais elevadas, de tal forma que a participao relativa do governo na economia cresce com o prprio ritmo de crescimento econmico do pas. (Wagner citado por Pereira, 2003. Citado Pimpo 2009). Autores mais recentes, semelhana de Bird (1971) citado por Pimpo (2009)[footnoteRef:9], Interpretam a lei de Wagner como uma das hipteses de endogeniedade das despesas pblicas face ao crescimento econmico. Wagner trouxe a lei da seguinte maneira. [9: PIMPO. Adelino J. economia do sector Pblico. 2009. ]

O gasto do governo poder ser maior, quer em termos absolutos, quer em termos de relao renda nacional, medida que os servios pblicos sejam maiores, medida que sua contribuio para a produtividade geral da economia seja maior e, finalmente, medida que sua renda como produtor (isto , renda no tributria) seja maior. (Pereira, 2003)

Crescimento PopulacionalDo crescimento populacional deriva grande parte do aumento dos gastos do governo. Primeiramente, porque quando a populao cresce, aumenta a chamada populao a cargo, representada pelos jovens, e que demanda intensamente servios habitacionais, educacionais, de sade, assistncia e promoo social, transporte, lazer etc. (Pires, 2009)[footnoteRef:10]. [10: PIRES, Jonatas Lemos. O crescimento dos gastos pblicos e seu impacto no crescimento econmico. 2009 Trabalho de fim de curso para obteno do grau de do ttulo de Bacharel em Cincias Econmicas - Universidade federal do rio grande do sul faculdade de cincias econmicas departamento de cincias econmicas, Porto Alegre.]

O crescimento populacional exige situaes de escala que, em geral, geram maiores custos por unidade de atendimento. Assim, o transporte colectivo de superfcie, nas grandes cidades, vem sendo substitudo pelos transportes subterrneos, os metros, de carssima implantao. Latas de lixo tornam-se necessrias, por falta de locais adequados para o acolhimento dos despejos urbanos. O saneamento bsico prev gigantescos viadutos de esgoto. O intenso trfego passa a exigir a construo de alas rodovirias, tneis, garagens subterrneas etc.O estudo de SamuelsonUm ponto a ser considerado a dissociao entre custos e benefcios das aces pblicas. Como os gastos beneficiam certos grupos, enquanto outros arcam com seus custos, poder haver presso desses ltimos, principalmente se forem grupos majoritrios.O eleitor vtima da iluso de que o atendimento de suas demandas particularmente benfico para ele, enquanto os custos respectivos no o atingiro. Quanto menos visveis forem os impostos e mais visveis essas realizaes governamentais, maior ser a aceitao desses gastos, o que favorece o aumento considervel do dispndio pblico. (Samuelson[footnoteRef:11] citado Por Pires, idem). [11: SAMUELSON, P. A. The pure theory of expenditure. The Review of Economics and Statistics, 1954.]

Custos de transaoEssa hiptese foi introduzida por Douglas North (1987)[footnoteRef:12], e refere-se basicamente repercusso que o aumento dos custos de transao tem tido com relao aos gastos do governo. Conforme os mercados vo crescendo, os acordos e contratos firmados entre as partes, que antes eram entre pessoas prximas, passam a ser impessoais. Disso decorre esse aumento dos custos dos contratos devido necessidade de especificaes cada vez mais detalhadas nos acordos formais. O Estado, dessa forma, demandado justamente para reduzir esses custos crescentes, o que impacta nos seus prprios gastos. [12: NORTH, D. C. Institutions, economic growth and freedom: an historical introduction, in Freedom, Democracy and Economic Welfare, M. Walker, The Fraser Institute, 1987.]

O Estudo de Peacock e WisemanDuas proposies bsicas foram estabelecidas na anlise dos autores. A primeira relacionava valores per capita dos gastos totais com os do PIB e a segunda procurava relacionar o crescimento dos gastos do governo com perodos de distrbios sociais. Notaram que o total de gastos do governo havia crescido relativamente mais rpido que o PIB. Tambm observaram que o nvel dos gastos do governo foi claramente afectado pelas duas guerras mundiais, e eles denominaram essas variaes como efeitos deslocamento. Notaram que os gastos governamentais aumentaram significativamente nos perodos de guerra (Peackok e Wiseman, 1961, citado por Pires 2009)[footnoteRef:13] [13: PIRES, Jonatas Lemos. O crescimento dos gastos pblicos e seu impacto no crescimento econmico. 2009 Trabalho de fim de curso para obteno do grau de do ttulo de Bacharel em Cincias Econmicas - Universidade federal do rio grande do sul faculdade de cincias econmicas departamento de cincias econmicas, Porto Alegre.]

Ainda Segundo Peacock e Wiseman Citados por Pimpo (2009) Est patente no facto de que os Agentes econmicos se ajustam a um determinado nvel de fiscalidade em perodos de estabilidade social o que condiciona a evoluo das despesas efectuadas pelo Estado. No entanto em face de perodos particulares de instabilidade na sociedade (como guerras), os agentes pblicos, a coberto desses momentos, alteram quer a estrutura dos gastos quer a formalidade das receitas. Em momentos de relativa estabilidade h um ajustamento mas que no volta ao padro anterior.Alm dos efeitos de deslocamento, Peacock e Wiseman. Explicaram os efeitos de deslocamento com base nos efeitos de inspeco e de concentrao. Os efeitos de Inspeco registam-se aps os perodos de convulso social e afectam a estrutura oramental de um pas devido a um triplo fenmeno: os governos so chamados a socorrer as consequncias deixadas pelos momentos especiais, os agentes pblicos tm dificuldade em terminar os compromissos que assumiram durante os fenmenos desencadeadores e, por ltimo os decisores so apelados para novas necessidades colectivas.Os efeitos de concentrao verificam-se pela tendncia para a centralizao de decises nos momentos crticos em observao, geram um avolumar das despesas pblicas centrais e uma reduo das despesas descentralizadas de Estado, havendo um movimento tendencialmente crescente dos gastos pblicos. Modelos de Musgrave, Rostow e HerberSegundo Riani (2002)[footnoteRef:14] os modelos apresentam trs estgios no processo de desenvolvimento dos pases que requerem, em geral, diferentes graus de envolvimento do sector pblico em diferentes actividades. [14: RIANI, Flvio. Economia do sector Pblico: uma abordagem introdutria. 4.ed. So Paulo: Atlas. 2002. ]

Pimpo (2009) sistematiza as contribuies da seguinte forma:a) Nos estgios iniciais de desenvolvimento h uma maior demanda por gastos do governo (Estradas, Educao, Sade, Pontes, Outras infraestruturas pblicas etc.).b) Nos estgios intermdios de desenvolvimento haveria uma demanda para que o sector pblico desempenhasse um papel de complemento dos investimentos do sector privado.c) Por fim em estgios de maior desenvolviemto os gastos voltam a subir novamente. SECO III: Apresentao e discusso dos dadosAno 2010De Acordo com o oramento do Estado de 2010, a Despesa Pblica estava fixada em 117.977.000,2 Mil MT. Correspondente a 38,6% do PIB. Destas, 113. 331, 000.2 milhes de MT, correspondentes a 37,1% do PIB, representam despesas efectivas do Estado para a implementao das actividades previstas no Plano Econmico e Social e 4.646,0 milhes de MT, correspondendo a 1,5% do PIB, dizem respeito s operaes financeiras, isto , recursos destinados a amortizao da dvida pblica interna e externa e canalizados s empresas pblicas ou participadas atravs de acordos de retrocesso.Como Produto Interno Bruto de 2010, Moambique registou 21,81 Bilies de Dlares e como PIB per capita de 2010 de 1,000 Dlares[footnoteRef:15]. [15: Fonte: http://www.indexmundi.com/pt/mocambique/produto_interno_bruto_(pib)_per_capita.html ]

Mas no mesmo ano decorreram eventos extraordinrios como as manifestaes de 1 e 2 de Setembro de 2010, do contra o agravamento da tarifa do transporte semi-colectivo e do preo de po.Ano 2011De Acordo com o oramento do Estado de 2011, a Despesa Pblica estava fixada em 141.757.225,79 Mil MT. Neste mesmo ano registou-se como Produto Interno Bruto 24,19 Bilies de Dlares e o PIB per capita de 1100 Dlares[footnoteRef:16] [16: Fonte: http://www.indexmundi.com/pt/mocambique/produto_interno_bruto_(pib)_per_capita.html ]

Este aumento da Despesa no ano de 2011 em relao ao ano 2010, pode ser explicada pela Hiptese proposta de lei de Wagner, primeiro no que diz respeito a ao crescimento do PIB per capita, isto , 2010 o PIB per capita foi de 1000 Dlares e em 2011 foi de 1100 Dlares. Ento Wagner diz que este aumento no PIB per capita vai proporcionar um bem-estar maior do que no perodo anterior, e isto vai, levar o Estado a aumentar a Despesa Pblica em educao, recreao, cultura, sade entre outros servios (Pires, 2009)[footnoteRef:17]. [17: PIRES, Jonatas Lemos. O crescimento dos gastos pblicos e seu impacto no crescimento econmico. 2009 Trabalho de fim de curso para obteno do grau de do ttulo de Bacharel em Cincias Econmicas - Universidade federal do rio grande do sul faculdade de cincias econmicas departamento de cincias econmicas, Porto Alegre.]

As manifestaes de 1 e 2 de Setembro de 2010, contra o agravamento da tarifa de transporte semi-colectivo e do preo do po. Tiveram um impacto no aumento da Despesa Pblica no ano de 2011. E este aumento pode ser explicado por Peacock e Wiseman que trazem a ideia de efeitos de deslocamento, onde estes autores defendem que em perodos de instabilidade os agentes pblicos alteram os gastos pblicos em direco a estabilizao do momento de convulso, e isto far com que o Estado altere a estrutura dos gastos (Pimpo, 2009). Estas seriam as hipteses que explicariam a evoluo da despesa entre 2010 e 2011.Um outro acontecimento que influenciou no crescimento evoluo da Despesa Pblica ainda em 2011, foram os Jogos Africanos e este evento obrigou maior aplicao de recursos por parte do governo para a construo de infraestruturas e a hiptese que explicaria este aumento da Despesa Pblica neste ano estaria asse ao Modelo de Musgrave, Rostow e Herber, cujo este modelo pressupe estgios e neste caso concreto estaria presente o estgio inicial em que a Despesa Pblica cresce para criar infraestruturas para acomodar os Jogos Africanos. Ano 2012De acordo com a lei do oramento 2012 A Despesa Pblica foi 162.535.400,46 Mil MT, o Produto Interno Bruto de 2012 foi de 15,3 Bilies de Dlares e o PIB per capita 1070 Dlares. Q PIB per capita desce alguns degraus em relao 2011 que Um dos factores que influenciou no comportamento da Despesa Pblica foi o incio dos confrontos em Nampula entre as foras governamentais e os ex-militares da RENAMO. Este acontecimento est assente na hiptese que Peackok e Wiseman no que se refere efeitos inspeco e concentrao, e que neste evento especfico refere-se concentrao em que em momentos crticos h uma certa tendncia para a concentrao de decises o que leva a um avolumar da Despesa Pblica.Uma outra hiptese que explica a evoluo da Despesa Pblica o estudo de Samuelson os pastos pblicos uma vez que o governo teve de movimentar a foras de Defesa e Segurana e isto ilude o eleitorado que paga impostos, fazendo pensar que o governo estava a combater energicamente ao grupo armado da oposio e por esta via os contribuintes tornam-se mais passivos ao aceitar mais dispndios por parte do governo alm do previsto, para compra de armamento.

Ano 2013A luz da lei do Oramento de 2013, a Despesa Pblica est fixada em 174. 954. 955, 86 Mil MT. O Produto Interno Bruto 14.9 Bilies de Dlares e PIB per capita 924 Dlares. O PIB neste ano decresceu em relao ano 2012, em parte pelos confrontos entre o Governo e a RENAMO, que retraiu o investimento. Mas dentre esses acontecimentos destacaram-se as eleies autrquicas, e esse acontecimento influenciou naquilo que so os gastos pblicos, e isso, pode ser explicado pela hiptese proposta no modelo de Musgrave, Rostow e Herber. Porque em momentos de eleies o Estado deve prover mais infraestruturas e isto recorre aos estgios iniciais onde decorrer o processo at nas zonas com menor densidade populacional e isto far com que o custo de proviso de um bem ou servio alto. No que concerne segurana interna a crescente onda de raptos teve influncia nos gastos do governo, esses gastos podem ser explicados pela Lei de Wagner que defende que o crescimento da renda per capita pressionaria o governo a aprimorar a proviso, que neste caso seria o aprimoramento da segurana.

Ano 2014A luz do Oramento 2014, as despesas foram fixadas em 249. 093. 761, 44 Mil MT. Mas um dos eventos que proporcionou um incremento da Despesa Pblica foram as eleies gerais que podem ser explicado pela hiptese proposta no modelo de Musgrave, Rostow e Herber. Porque em momentos de eleies o Estado deve prover mais infraestruturas e isto recorre aos estgios iniciais onde decorrer o processo at nas zonas com menor densidade populacional e isto far com que o custo de proviso de um bem ou servio alto uma vez que a proviso de infraestruturas foi em todo o pas.

SECO IV: ConclusoPode-se notar que a Despesa Pblica em Moambique desde 2010 2014, tem uma tendncia crescente. E neste perodo, definido anteriormente, as hipteses que melhor se enquadram, para explicar esta evoluo so: a Lei de Wagner, as contribuies de Peacock e Wiseman, os modelos de Musgrave, Rostow e Herber e os estudos de Samuelson, pois englobam as variveis explicativas, observadas no contexto moambicano, onde notam-se rpidas transformaes polticas, sociais e econmicas, que tiveram muita influncia nas despesas do Estado dos anos subsequentes.

Referncias Bibliogrficas BALLEIRO, Alomar. Uma Introduo cincia das finanas. 15. ed. Rio de Janeiro: Editora Forense, 1998. CATARINO, Joo Ricardo. Finanas Pblicas e Direito Financeiro. Coimbra: Grfica de Coimbra, 2012. FILELLINI, A. Economia do Sector Pblico. Atlas. So Paulo, 1994. GIACOMNI, James. Oramento Pblico. 15. ed. Amp. rev. So Paulo: Atlas S.A, 2010. MEDEIROS, Joo Bosco. Redaco cientfica. 8. ed. So Paulo: Editora Atlas, 2006. MARCONI, Marina Andrade de. Metodologia cientfica. 2. ed. So Paulo: Atlas, 2001. NORTH, D. C. Institutions, economic growth and freedom: an historical introduction, in Freedom, Democracy and Economic Welfare, M. Walker, The Fraser Institute, 1987. PIMPO. Adelino J. economia do sector Pblico. 2009. PIRES, Jonatas Lemos. O crescimento dos gastos pblicos e seu impacto no crescimento econmico. 2009 Trabalho de fim de curso para obteno do grau de do ttulo de Bacharel em Cincias Econmicas - Universidade federal do rio grande do sul faculdade de cincias econmicas departamento de cincias econmicas, Porto Alegre. RIANI, Flvio. Economia do sector Pblico: uma abordagem introdutria. 4.ed. So Paulo: Atlas. 2002. SAMUELSON, P. A. The pure theory of expenditure. The Review of Economics and Statistics, 1954. SCHERRER, C. M. Tamanho e crescimento dos gastos do governo. Porto: Alegre, 2004.

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