RDE Familia e Sociedade Tema 04

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    ROTEIRO DE ESTUDO

    Curso:  SERVIÇO SOCIAL

    Série:  1ª

    Disciplina: FAMILIA E SOCIEDADE

    Professor EAD:  Ma. Ana Lúcia Americo Antonio

    Tema:Tema 4: Família, Educação e Cidadania  

    Conteúdo:   A família como uma das responsáveis pelo processo educativo.

       A educação formal.

       A educação não formal, ou informal.

       A educação como instrumento para a cidadania. 

    Roteiro doTema 4

    Este tema deve possibilitar que você analise:

      Conceituação de educação

       A diferença entre educação formal e educação informal

       A importância da educação na consolidação da cidadania

    Família, Educação e Cidadania

    Enquanto agente de um processo, o educador precisa estar ciente da

    amplitude  e das limitações de seu papel, bem como equacioná-los às

    necessidades do mundo contemporâneo.

    É possível dizer que o principal agente educativo é a

    comunidade, grupo de pessoas em que vive a criança e o adolescente. Nesses

    termos, a expressão “sociedade educativa” pode ser apreendida tendo em vista

    aspectos como:

       A influência educativa da sociedade. 

     A educação que se pode obter por meio da participação como membro

    da sociedade.

       A educação relacionada com a sociedade.

    Cada um de nós pertence a grupos sociais diferentes, tais como a

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    escola, a família, o bairro, a cidade, a nação, e desempenha papéis sociais

    diversos como, por exemplo, professor, pai, síndico, atleta. Somos educados em

    nome de padrões e ideias que prevalecem no interior da comunidade da qual faz

    parte.

     As formas de governo democrático, a música, a imprensa, a arquitetura, a

    dicotomia entre trabalho e lazer, as relações que separam e aproximam pais e

    filhos, os tipos de comida e bebida, o modo como são preparadas e as

    convenções sociais são alguns dos exemplos do modo como as pessoas são

    educadas pela sociedade a que se pertence.

     Assim, se uma criança é orientada a lavar as mãos antes das refeições,

    seus pais estão lhe transmitindo, desde tenra idade, formas de comportamento

    consideradas “aceitáveis”, por meio da interpretação da comunidade e da

    maneira pela qual deve reagir a criança.

    Com base no que você acabou de ler, fica evidente uma diferenciação

    entre os aspectos formais e institucionalizados  da educação, os quais se

    encontram nas escolas, por exemplo, e a noção mais ampliada e generalizante

    da educação, decorrente da influência da sociedade educativa, em que se educa

    tendo em vista as influências comunitárias, principalmente: a família.

     A educação deve ser considerada una e indivisível, de modo que a

    instrução formal, vitalmente importante, precisa relacionar-se em todas as suas

    dimensões a outros aspectos da sociedade.

    Os processos democráticos na política conduziram a processos

    democráticos na educação. Isso pode ser constatado tanto em relação aos

    direitos dos homens de terem oportunidades educacionais, quanto à obrigação

    correspondente imposta às crianças, de frequentarem escolas.

    Quanto mais complexa se torna a vida em sociedade, mais a educação

    adquire importância, tanto que, no último século, a maior parte das

    coletividades humanas reserva um papel fundamental para o processo

    educativo, instituindo cada vez mais a educação formal e institucionalizada.

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    No mundo contemporâneo, à educação cabe a tarefa de criar as condições

    capazes de “impedir” que a complexidade social acabe por destruir a própria

    sociedade. São as instituições educacionais, por meio de suas manifestações

    concretas, as responsáveis pelo estabelecimento e regulamentação  dos

    mecanismos de transferência cultural, das formas de conhecimento social, de

    especialização de funções, dos domínios das técnicas de ação social, enfim, de

    todo este universo cultural que constitui o conjunto de conhecimentos que o

    homem moderno domina.

     A maior parte das nações contemporâneas vê na educação um dos

    alicerces  fundamentais de seu corpo social. Em tais condições, há cada vez

    menos espaço para a improvisação, para o autodidatismo, para o “aprender a

    fazer, fazendo”, ao mesmo tempo em que tendem a ser cada vez maiores as

    exigências do mercado de trabalho, em termos de conhecimentos teóricos

    fundamentados, para que seja possível atribuir a alguém capacitado a

    responsabilidade por uma tarefa especializada. Até mesmo os trabalhos menos

    qualificados socialmente, que em outros tempos podiam ser feitos por qualquer

    indivíduo, sem grandes exigências, hoje implicam algum tipo de conhecimento

    que apenas a “escola da vida” não é capaz de fornecer. Frequentar a escola

    assume um caráter cada vez mais compulsório, para todos aqueles que almejam

    seu lugar ao sol.

     A educação tem sido um instrumento eficaz de manutenção de

    privilégios e um veículo bastante ágil de sustentação do status   quo. Na

    sociedade atual, que vive sob a égide da técnica e da ciência, a educação se

    tornou um processo capaz de criar condições de preservação e consagração

    definitivas dos ideais de progresso social e de aperfeiçoamento institucional.

     Assim, pensando em seu sentido ampliado, educação é o processo de

    socialização do indivíduo, capaz de assegurar as condições de coesão,

    renovação e sobrevivência da sociedade.

     Ao nascer, a criança apresenta uma infinidade de potencialidades que

    poderão ou não ser desenvolvidas e atualizadas, ao longo de todo o seu

    processo vital. Por exemplo, seu aparelho vocal apresenta uma conformação tal

    que um modo qualquer de emissão lhe seja ensinado (intencionalmente ou não)

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    pelo grupo.

     A manifestação do pensamento, por meio de símbolos (gestos,

    linguagem verbal e outros) também não é instintiva, espontânea, mas algo que

    a criança aprende por meio da convivência social.

    Essas considerações têm como objetivo evidenciar a importância do

    papel da educação (formal ou informal) no processo de socialização do ser

    humano.

       A educação é um processo através do qual a cultura é transmitida aos

    membros mais jovens da sociedade, como forma de perpetuá-la. Esse

    processo não se dá de forma exclusiva na escola, mas ela é um espaço

    privilegiado para isso, já que é uma instituição culturalmente construída

    para que certo repertório cultural seja transmitido.

      Para melhor compreender e aperfeiçoar seu conhecimento sobre o temareflita a Leitura Complementar que se apresenta no PLT 267, PolíticaSocial, Família e Juventude, dos autores Mione Apolinário Sales, MaurílioCastro de Matos e Maria Cristina Leal, editora Cortez, 2010.

     

      Faça a Leitura Obrigatória no capítulo 4 da parte II de seu Livro-Texto, oECA (Estatuto da Criança de do Adolescente) e a LDB (Lei de Diretrizese Bases da Educação), correspondem a instrumentos de políticas sociaisque lutam para garantir a educação formal como ferramenta deconstrução da cidadania da criança e do adolescente, correspondente aotema 4 do caderno de atividades.

      Realize as atividades propostas no Caderno de Atividades para o Tema

    4: “Família, Educação e Cidadania ”. As atividades são um valiosoinstrumento para que você não apenas fixe os conceitos abordados pelotema, mas os transforme em competências sólidas na sua formaçãoprofissional.

    Bibliografia Básica

    MATOS, Sales (org.). Política Social, família e juventude : Uma questão de direitos. 6ª ed. São Paulo:Cortez, 2010.

    Bibliografia Complementar

    LÉVI-STRAUSS, Claude. As Estruturas Elementares do Parentesco . Vozes: São Paulo, 1976. 

    ENGELS. F.  A Origem da Família, da Propriedade Privada e do Estado. Bertrand Brasil: São Paulo,

    1995.

    ROUSSEAU, Jean-Jacques. Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os

    homens . São Paulo: Martins Fontes, 1999.

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    BOURDIEU. Escritos de educação. Petrópolis: Vozes, 1999.

    CARVALHO, Inaiá Maria Moreira de; ALMEIDA, Paulo Henrique. Família e Proteção Social. In: São

    Paulo em Perspectiva , 17 (2): 109-122, 2003.

    PERROT, Michele. “Os Atores”. In: História   da vida Privada: da Revolução Francesa à Primeira

    Guerra. vol. 4; Cia das Letras: São Paulo, 1991.

    Leia também o artigo: JIMENEZ, Susana Vasconcelos. Educação,cidadania e emancipação. Educ.

    Soc., Campinas, v. 28, n. 99, Aug. 2007.

    http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-

    73302007000200016&lng=en&nrm=iso