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DISTRIBUIRÃO CJRATTiT V I)n Li i; viyo aperte a mãe Com d »pr&, sen raocer. Ao f* ntacto do penKio, Toda pedra «Ira flor. © CBISTÃC ESIPÚIPITAX W bubaUvcI má . ê a qac pedo tirirer frra. frente . mis, f" íMm u fi>ocm da Hnmanldade». Allan Kardcc éiffe Deitrinário-Efaagéffca da "CASA ~ AZAMOR REÍTPERAÇA6 E BENEFÍCIOS BEZERRA DE MENEIES" * Diretor: IXDALfClO H . MENDES ANO I RIO DE JANEIRO JUN HO.JIJLHO DE 1966 N» 6 CAMPANHA DE SALVAÇAO MORAL DA CRIAA A nossa consciência pacifica, a compreensão que temos , mercê cie Deus. da redentora influência do Evangelho do Cristo na formação e na re- forma mc.-r.i da criatura humana, repele a cor- rupção mentol da criança , desde cedo ítraba- lhava», para viver futuramente num clima anti fraterno, anti-humano. quando se expandissem ideias de violência plantadas em seu cérebro por exemplos lamentavelmente cultivados no mundo materialista em que vivemos. «Todos nós ansiamos por uma cr? de paz e de fraternidade universal» - diz o prospecto, acrescentando: «Nas mãos da criança de hoje está o mundo de aman!» E conclui assim: «Colabore, prezado irmão ou prezada irmã, com as Entidades de luz que desejam recompor a maneira de pensar e agir do mundo , na recons- irução de uma nova e sadia humanidade. Não dê r seu filho brinquedos de guerra!» Felizmente, aora, a campanha se alastra. porque corações bem formados compreenderam a nobre e benemérita mensageira de amor que mande, preservar as crianças de tudo quanto concorre para corromper sua mente: os brin- quedos de guerra, que inoculam no espírito dos inocentes o viris do ódio, porque a intenção belicosa fica latente no âmago da consciência infantil e pode despertar mais tarde, na Juven- tude. justrmente quando o mundo materialista foz sua colheita de elementos destinados às lutas fratricidas; as revistas de histórias em quadrinhos, nas quais o normal ê o assunto de brigas entre bandidos armados, que trocam tiros, qUg matam, que torturam, que r-ubam. que vjolam. que mentem, que caluniam etc-; de filmes também ditos infantis, passados na televisão, baseados em guerras , cm lut ~ s selva- gens contra índios ou ataques de índios a fa- mílias inermes; de assaltos e mortes, enfim. de tudo quanto ê negativo, depressivo, despre- zível , quer tanto à linguagem empregada, que. quanto <os gestos e á natureza intrínseca da ações represem adas. E, note-se. a corrupção da« crianças pela imagem é mais ampla, mais rá- (Conclui na pã6-> A RESPONSABILIDADE DOS PAIS E" d esoladora a situação em que se encon- tra grande porte da juventude dos nossos dias. Várias são as causas da sua desagregação mo- ral , uma delas, talvez a mais freqiiente, a omis- são dos pais na orientação e direção dos filhos. Há, 110 mundo inteiro acentuado afrouxamento da disciplina, por comodismo ou negligência dos pais, e de uns tantos postulados pedagógio s. expostos e pior interpretados, segundo os não se devo tolher os movimentos, as os impulsos volitivos das crianças, a fim de o serem elas transformadas, no futuro, em seres frustrados, complexados, etc.. segundo a terminologia que o freudlsmo vulgarizou. Abdicando de sua autoridade natural e legí- tima. pais e mães permitiram e permitem que os filhos de ambos os sexos façr.m o que que- rem. porque a sociedade atual é desregrada e irresponsável . Nem todos os pais e mães têm procedimento isento de culpa, perdendo por isso mesmo a fórça moral para exercerem o pátrio poder. Assim, estabelece -a anarquia no seio da família e se processa, a pouoo e pouco, a disso- lução d:»s laços que devem ligar entre si pais o filhos, dentro de uma hierarquia moral im- prescindível. Mães que fumam, jogam e bebem, que vi- vem em festas e reuniões galantes; que não guardam o necessário recato e permitem conver - sas impróprias diante dos filhos, que aceitam visitas inconvenientes e estimulam práticas e exemplos nocivos à formação moral das crian- ças, o podem pretender a salvaguarda do prestígio qu(f lhes permitiria manter uma certa autoridade sobre aqueles a quem deram o ser e pela educação dos quais são imediatamente responsáveis perante Deus. Pais que se embria- gam. que proferem palavras sujas ou têm ge> t:s condenáveis dentro do . lar. diante da espô sa e diante dos filhos, perdem o respeito a Si mesmos e fazem com que os filhos também não mais os respeitem. Em vez de se fazerem ama- dos, fazem-se temidos ou detestados se são gri- tões. violentos. Injustos e contradirios. Se pais e mães se atritam ante os filhos, trocando desa- fores e «até agressões, como podem desejar den tro de casa um clima de harmonia e decência de amor o respeito? Muitos ignoram que. procedendo assim, es- o lançando os filhos no crime, na imoralidade na desgraça. Acumulam sôbre .a própria cabeça multiplicadas culpas, que lhes atormentarão a alma . em forma de remorso, quando maior ne cessidade tiverem de tranquilidade espiritual Pensam que são amig -s dos filhos ao lhes faze rem tôdas as vontades, quando fecham os olhoí a todos os seus erros o excessos e caprichos Mais tarde, esses filhos retribuirão com reí e lágrimas a tôdas essas provas de inc"p*»ci dade paterna! e maternal- Em vez de se quel xarom de ingratio, devem , pais e mães, reco nhecer e lamentar as culpas que adquiri ran por não saberem cumprir sua alta e grav. missão.

re frrat« . frente . mis, ESIPÚIPITAX · a» ideias de violência plantadas em seu cérebro ... de não serem elas transformadas, no futuro, em seres frustrados, complexados, etc

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DISTRIBUIRÃO CJRATTiT V

I)n Li i;viyo aperte a mãe

Com d »pr&, sen raocer.

Ao f*ntacto do penKio,

Toda pedra «Ira flor.

© CBISTÃCESIPÚIPITAX

W bubaUvcI má .

ê a qac pedo tirirerfrrat« . frente . mis,

f" íMm u fi>ocm daHnmanldade».

Allan Kardcc

éiffe Deitrinário-Efaagéffca da "CASA~

AZAMORREÍTPERAÇA6 E BENEFÍCIOS BEZERRA DE MENEIES"

* Diretor: IXDALfClO H. MENDES

ANO I RIO DE JANEIRO JUN HO.JIJLHO DE 1966 N» 6

CAMPANHA DE SALVAÇAO MORAL DA CRIANÇAA nossa consciência pacifica, a compreensão quetemos

, mercê cie Deus. da redentora influência

do Evangelho do Cristo na formação e na re-forma mc.-r.i da criatura humana, repele a cor-rupção mentol da criança

, desde cedo ítraba-

lhava», para viver futuramente num clima antifraterno, anti-humano. quando se expandissema» ideias de violência plantadas em seu cérebropor exemplos lamentavelmente cultivados nomundo materialista em que vivemos.

«Todos nós ansiamos por uma cr? de paze de fraternidade universal» - diz o prospecto,acrescentando: «Nas mãos da criança de hojeestá o mundo de amanhã!» E conclui assim:«Colabore, prezado irmão ou prezada irmã, comas Entidades de luz que desejam recompor amaneira de pensar e agir do mundo, na recons-irução de uma nova e sadia humanidade. Nãodê r seu filho brinquedos de guerra!»

Felizmente, a ora, a campanha se alastra.porque corações bem formados compreenderama nobre e benemérita mensageira de amor quemande, preservar as crianças de tudo quanto

concorre para corromper sua mente: os brin-quedos de guerra, que inoculam no espírito dosinocentes o viris do ódio, porque a intençãobelicosa fica latente no âmago da consciênciainfantil e pode despertar mais tarde, na Juven-tude. justrmente quando o mundo materialistafoz sua colheita de elementos destinados àslutas fratricidas; as revistas de histórias emquadrinhos, nas quais o normal ê o assuntode brigas entre bandidos armados, que trocamtiros, qUg matam, que torturam, que r-ubam.que vjolam. que mentem, que caluniam etc-;de filmes também ditos infantis, passados natelevisão, baseados em guerras

, cm lut~s selva-

gens contra índios ou ataques de índios a fa-mílias inermes; de assaltos e mortes, enfim.de tudo quanto ê negativo, depressivo, despre-zível

, quer tanto à linguagem empregada, que.

quanto <os gestos e á natureza intrínseca daações represem adas. E, note-se. a corrupção da«crianças pela imagem é mais ampla, mais rá-

(Conclui na pã6->

A RESPONSABILIDADE DOS PAIS

E" desoladora a situação em que se encon-tra grande porte da juventude dos nossos dias.Várias são as causas da sua desagregação mo-ral

, uma delas, talvez a mais freqiiente, a omis-são dos pais na orientação e direção dos filhos.Há, 110 mundo inteiro acentuado afrouxamentoda disciplina, por comodismo ou negligência dospais, e de uns tantos postulados pedagógio s.

expostos e pior interpretados, segundo osnão se devo tolher os movimentos, asos impulsos volitivos das crianças, a fim

de não serem elas transformadas, no futuro,em seres frustrados, complexados, etc.. segundoa terminologia que o freudlsmo vulgarizou.

Abdicando de sua autoridade natural e legí-tima. pais e mães permitiram e permitem queos filhos de ambos os sexos façr.m o que que-rem. porque a sociedade atual é desregrada eirresponsável

. Nem todos os pais e mães têm

procedimento isento de culpa, perdendo por issomesmo a fórça moral para exercerem o pátriopoder. Assim, estabelece -a anarquia no seio dafamília e se processa, a pouoo e pouco, a disso-lução d:»s laços que devem ligar entre si paiso filhos, dentro de uma hierarquia moral im-prescindível.

Mães que fumam, jogam e bebem, que vi-vem em festas e reuniões galantes; que nãoguardam o necessário recato e permitem conver-sas impróprias diante dos filhos, que aceitamvisitas inconvenientes e estimulam práticas eexemplos nocivos à formação moral das crian-

ças, não podem pretender a salvaguarda doprestígio qu(f lhes permitiria manter uma certaautoridade sobre aqueles a quem deram o sere pela educação dos quais são imediatamenteresponsáveis perante Deus. Pais que se embria-gam. que proferem palavras sujas ou têm ge>t:s condenáveis dentro do

. lar. diante da espô

sa e diante dos filhos, perdem o respeito a Simesmos e fazem com que os filhos também nãomais os respeitem. Em vez de se fazerem ama-dos, fazem-se temidos ou detestados se são gri-tões. violentos. Injustos e contraditórios. Se paise mães se atritam ante os filhos, trocando desa-fores e «até agressões, como podem desejar dentro de casa um clima de harmonia e decênciade amor o respeito?

Muitos ignoram que. procedendo assim, es-tão lançando os filhos no crime, na imoralidadena desgraça. Acumulam sôbre .a própria cabeçamultiplicadas culpas, que lhes atormentarão aalma

. em forma de remorso, quando maior necessidade tiverem de tranquilidade espiritualPensam que são amig -s dos filhos ao lhes fazerem tôdas as vontades, quando fecham os olhoía todos os seus erros o excessos e caprichosMais tarde, esses filhos retribuirão com dôreíe lágrimas a tôdas essas provas de inc"p*»cidade paterna! e maternal- Em vez de se quelxarom de ingratidão, devem

, pais e mães, reconhecer e lamentar as culpas que adquiri ranpor não saberem cumprir sua alta e grav.missão.

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PÁGINA 2 O CRISTÃO ESPÍRITA JUNHO JULHO DE l%tí

o EGOÍSMO DO HOMEM

Pelo Espirito

: múl r > .

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de BEZERRAnp KKMC7CC

l Paz e smor emJesus.

Filhos: O solo da

quezas, em condições, portanto, do proporcionarao homem tos meios necessários para a sua ma-nutenção. pois o Senhor abençoa o solo a fimile que este nos sustente. ampare em nossasnecessidades. d:ndo-nos fòrças físicas

. Assim

protegidas, ficamos mais aptos a aprender aliçã-o de cada dia, que a divina escola da vidanos oferece. Todavia, á terra abençoada nãoprescinde dos cuidados que lhe devemos dedi-car na medda dós nossos esforços, a>m a res-ponsabiliade de prestarmos o testemunho devi-da, pr.ra. no fim, sermos aprovados ou repro-vados. conforme guardarmos a lição. A seãradepende da semeadura. Se a gleba sofre o des-cuido de quem a lavra e prepara ou se o culti-vador teme o serviço. ,;j c«lheit;\ será sempredesengano e necessidade

, acentuando t> desâ-

nimo e a aflição quê destróem a esperança.Até agora, nem todos compreenderam a liçãode amor que nos identifica como verdadeiroscristãos.

Disse Jesus em seu Evangelho de amir:<Amai-vos uns aos outros, tanto quanto eu vosamei». No entanto, há homens que odeiam cperseguem, como se estivessem praticando boasações a serviço de Deus. Dois mil anos qursesão passados e nem todos os homens foram03 pazes de assimilar e praticar o divino ensino.Podemos mesmo afirmar que sômente reduzidonúmero de criaturas conduz seus pass'is nr. vidaorientadas pelo Evangelho. No enKnto, só unidos pelo desejo e a boa vontade de servir.auxiliando a criação, sentiremos vibrar a fra-ternidade q.ue nas leve a entender os divinosensinamentos de Jesus. Seria bem mais rápidoo nosso progresso espiritual, porque Deus nosdeu a terra para trabalhar, servir e progredir.aprendendo. E\ portanto,

do nosso dever pro-curar nela mesma todos os recursos de evolução.Infelizmente, os homens ainda guerreirm porum pedaço da terra que Deus nos emprestapara que nela aprendamos a amar e a servir.O pior ainda é que muitos homens estão, porseu egoísmo, desejosos de se mostrarem maissábios e poderosos do que seus irmãos. Não usama inteligência em benefício do solo em que ha-bitamos. e. gastando somas incalculáveis, pro-curam outros planetas, querendo saber o quenéles existe. Se aíndr. não conseguiram conhe-

0 CRISTÃO ESPÍRITA

PUBLICAÇÃO BIMESTRALTIRAGEM: MIL EXEMPLARES

Sede: Rua 19 de Fevereiro N.° 19

Botafoao - Est. da Guonobarar . . . . il* *

cor o solo em que pisam e necessitam conhe-cer e amar. para dele melhor se servirem, deque valerá buscar em mundos distantes de pósoutras preocupações, se ainda nem sequer con-seguiram resolver os problemas do planéla emquc vivem?

Se o Cr!ador dos seres e das coisr.s. queê Sábio e Justo

, nos deu a Terra como escolaadequada ao aprendizado que necessitamos fa-zer. porque deixarmos o que está próximo denó? para buscar o que Deus pós longe do nossoplanei"? Não c isso egoísmo do homem? Seaqui podem os homens encontrar o que lhesé necessário c construir os degraus evolutivosa>raves do aprimoramento íntimo pelas liçõesdo Evangelho, p:-rque lançar-se à aventura dasconquistas no Cosmos?

O nosso solo íntimo, isto o nosso Espi-rito, necessita de cuidados prra que as semen-tes evangélicas nôle plantadas possam florescerc

, à maneira da rosa que perfuma o vento que

passa, beneficiando a quantos dela se aproxi-mam e a muitos que passam mais longe, semque lhe reconheçam o valor, ela deslumbra «>solhos dos que a contemplam. Dá sem pedir,mesmo àquele que lhe mulilr, as pétalas. Por-que não imitamos a rosa. dando o perfume dosnossos »/>ns pensamentos e a beleza dos nossosaios. compreendendo e servindo indistintamentea as nossos semelhantes?

Pre>2cupcmo-nos em cuidar do solo da Ter-ia. lançando r.êie a semente do Evangelho, fa-zendo do mundo em que vivemos um jardimflorido, para que o perfume do amor nos inspi-re o desc-jo de servir sem egoísmo, unindo-nosa t«'dos no firme propósito de transformar omundo num paraíso.

Na estrade do mal ainda existe o bempara despertar no homem os sentimentos eleva-dos e divinos que se encontram adormecidos.

Entendamos o Evangelho como orientadorseguro e infalível.

.fesus nos abençoe.

MÉDIUNS, cuidado:Principalmente nas grandes c-dades. a tarefa dos

médiuns é difícil o cheia de riscos. Êlcs são comomans-s cordeiros árcades pelos lobos da vaidade, doorgulho e da imprevidência. Os elogios fáceis do quesão alvo. quando a êles conferem homenagens j>ortareias realizada* por E>plntos que &:S utilizaramde sua mediur.idade, pedem levãJos a irremediá-veis desastres.

Não desejamos estenc:er-n°s em r,os..as considerações. Preferimos dar a palavra a Emmanuel. porsua autor:dado real

.

Di7. .*le que a primeira nece-sidade do médiumé evangelizar-se a si mesmo, anics de se entregarf»s grandes tarefas doutrinárias, pois, do outro mo-do, j»oderá esbarrar senipre com fantasma do per-sonalismo. em detrimento de sua missão».

AOS PAIS

Voi devolver-te, mais tarde,

Não olvides que a criança, \No caminho, vida afora,_O que lhe deres ogora.

Casimiro Cunha

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JINHG-JULfíO DE 1966 O CRISTÃO ESPÍRITA PÁGINA 3

CONVITE À REFLEXÃOEnsina Emmanuel: .-Todas as ciências es-

tão ricas de especulações teóricas, tõd::s as re-ligiões que se divorciaram do amor estão re-pletas de palavras, quase sempre vazias o in-compreensíveis. As predicações são ouvidas, portoda parte; mas a prática, esta, é rara; e daia necessidade de se habituar a ela com devota*mento, para que os a tos revelem os sentimen-tos, operando com o espírito de verdadeira hu-mildade».

Não devemos permitir que tal aconteça aoEspiritismo, mas para isso temos de continuarem permanente vigilância, não só quantoàs nossas próprias palavras e aos nossos pró-prias atos, como quanto ros atos e palavras dosnossos correligionários, menos por espirito de cri-tica ou de pretensa superioridade pessoal, do quepelo amor que todos devemos ao Espiritismo, reli-gião de amor e paz, ciência divina e filosofiado Espirito.

Temos observado certas prática»; de devota-dos irmãos dirigentes, na seára espírita que bemse af.stam dos princípios doutrinários e evangé-licos

, o que n«s causa tristeza, em vista da neces-sidade que temos de unificar esforços para con-solidar o Espiritismo em todos os sentidos

.

Alguns vão buscar até no interior médiunsde efeitos físicos que começam a notabilizar-see os apresentam n s grandes centros como sen-sitivos famosos, atraindo pj curiosidade pública.enchendo páginas de jornais e pr:gramas ra-diofónicos. Essa movimentação sensacionalistanão é benéfica ao Espiritismo, porque arranhaprofundamente os ensinamentos da Doutrina ed<» Evangelho. Os médiuns passam a figurarcomo «fenómenos» e. se exercitam ih cura, logose vêem objeto de reportagens ruidosas

, de *f~terêsse geral. Nas rádios e nos jornais, os elo-gios -se multiplicam, ics médiuns passam a sen-tir-.se alvo de 'õdas as atenções, lêem e ouvem aprópria biografia, geralmente acrescida de da-dos inéditos que êles próprios talvez desconhe-çam. Como seres humanos, sujeitos, portanto,a fraquezas mais perigosas devido à mediuni-dade que possuem, poderão envaidecer-se e ce-der avtantos assédios.

Issò tudo é anti-Espiritismo. O mais lamen-

tável é que êsse trabalho negativo quase sem-pre conta com a participação direta. permanen-te e entusiasta" de espíritas destacados, esqueci-dos dos deveres que a Doutrina impõe a quantosse dizem espíritas kardequianos.

Semelhante procedimento, que transformaos médiuns em «rfenômenos» a se exibirem nasgrandes cidades, prejudica-os, prejudica a cau-sa espírita e estimula o abandono dos preceitosdoutrinários e evangélicos em troca de um exi-bicionismo nos- moldes materialistas, como sefazia nas feiras europeias, há séculos, quan-do para lá levavam negros da África ou indíge-nas da América.

Não, não está certo êsse desvirtuamento daboa conduta espírita, fraudada por esj>eoulaçõessensacionalistas no rádio, na TV e na impren-sa. feitas por irmãos de crença estranhamentealheios às responsabilidades decorrentes da nos-sa Doutrina.

Oom o mais puro sentimento fraterno, sema n-riis mínima pretensão de superioridade, an-

tes com a maior humildade, convidamo-los íl

pensar um i*>uco a respeito, a refletlr no que

possa resultar disso tudo, não obstante a boaintenção de seus atos e de suas palavras.

MÃO FAZEMOS MILAGRES«Um dos caracteres do milagre propriamen-

te dito é o ser inexplicável, por isso m-osmo quese realiza com exclusão das leis naturais

. Ê

tanto essa a ideia que se lhe associa, que, seum fato milagroso vem a encontrar explicaçõesse diz que já não constitui milagre, por muitoespantoso que seja- O que. para a Igreja, dávalor aos milagres é. precisamente, a origemsobrenatural dêles e a impossibilidade de se-rem explicados

. Ela se firmou tão bem sobre

èsse ponto, que o assinalarem se os milagres

aos fenómenos da Natureza constitui para elauma heresia

, um atentado contra a fé. tanto

assim que excomungou e até queimou muitagente por não ter querido crer em certos mila-gres. Outro caráter do milagre é o ser insólito,isolado, excepcional. Logo que um fenómenose reproduz, quer espontânea, quer voluntãria-mente, é que está submetido a uma lei e, des-de então

, seja ou não seja conhecida a lei, jánão pode haver milagres.

«O Espiritismo, pois, vem, a seu turno, fazer

o que cada ciência fêz no seu advento: ifvelarnovas leis e explicar, conseguintementc. os fe-nómenos compreendidos na alçada dessas !e:s. ,Esses fenómenos

, é certo, se prendem à exis- |téneia dos Espíritos e à intervenção dêles nomundo material c isso é, dizem, o em que con-siste o sobrenatural. Mas, então

, fora mister seprovasse que os Espíritos e suas manifestaçõessão contrárias às leis da Natureza; que ai nãohá, nem p-de haver

, a ação de uma dessas leis.

<Na acepção etimológica, a palavra «mila-

gre» (de «mirari, admirar) significa: admirá-vel, coisa extaaoidinária, surpreendente- A Aca-demia definiu-a dèsse modo: XJm <rto do podeidivino contrário às leis «da Natureza, conheci-das. Na acepção usual, essa palavra perdeu, co-mo tantas outras, a significação primitiva. Degeral, que era. se tornou a aplicação restritaa uma ordem particular de fatos. No entenderdas massas, um -rmilagre» implica a idéia deum fato extranatural; no sentido teológico

, éuma derrogação dais leis da Natureza, por meioda qual Deus manifesta o seu poder. Tal comefeito, a acepção vulgar, que se tornou o sen-tido próprio, de modo que só por comparação cpor metáfora a palavra se aplica às circunstân-cias ordinárias da vida>. (cA Génese» - A.Kardeo - Cap.

XIIT).Os fenómenos espiritas são absolutamente

naturais. Nada há de milagroso nêles. nada háneles de diabólico, nem de sobrenatural. Poristo. não obstante a oposição P a má vontadede seus inimigos

, de natureza religiosa ou pseu-

do-cientjfica, tais fenómenos se impuseram ehão-de firmnr-se cada vez mais, embora tentemseus adversários explicações extravagantes eespeciosas,

que n~da explicam, antes confun-dem c embaraçam. O futuro será ainda maispDsitivo que o presente, na confirmação e exal-tação das verdades afirmadas na Doutrina es-pirite.

Somente mencionaremos nesta publicação nomes de Espíritos desencarnados ou. por devexde ética, as de pessoas vivas, em trabalhos aqui transcritas ou citados-

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PaGINA 4 O CRISTÃO ESPIRITA JUXHO.7lH.HO DE 1*66

O ESPIRITISMO É CRISTÃO

Numa época em que se aprofundrm as ma-léflcas consequências do materialismo egoístae cruel, de mãos dadas ao sectarismo religiosodos falhados que traíram os mais elementaresfundamentos do cristianismo do Cristo, é oportuno afirmar-.se o crescimento e a solidez doEspiritismo Cristão no mundo, sobrepondo-se areligião oficial. Depois de ser caluniado comoobra do demónio

, como foco de mistificação ofraude, o Espiritismo passou a ser objeto {lasvtenções da Parapsicologia, que reúne em selo

"

a par de alguns estudiosos sinceros, a grei deseu

.s opositores -> sltemáticos. antes dividi-

dos em dois grupos distintos, que sepermutavam antipatia e agressão: o grupo d sprofissionais da relig'ão e da ciência bitoladapor preconceitos. Mesmo assim, nâo se atemo-riza o Espiritismo, parque a Verdade não podevacilar nem ceder diante de coisa alguma. |»orisso mesmo quc é invencível.

O Espiritismo codificado por Allan Kardecé visceralmente cristãoi. nâo só por sur. origem,como por seus postulados. Já em

"

1.855. esclare-

ce a «rltevue Spirile: de rtiaio de 1869, Kardeccompreendeu que as ielações entre o mundovisível e o mundo invisível <haveria de lançarluz sóbre uma imensidade de problemas tidospor insolúveis, e lhe compreendeu o alcance.do ponto do vista religiosos. Mais trrde. na in-trodução a «O Livro dos Espíritos-, acentuoumais o fundamento cr-stâo do Espiritismo, aodizer: <A moral dos Espíritos superiores se r<-nume, como a do Crista, nesta máxima evan-gélica: Fazer r.os outros o que quereríamos queOs outros nos fizessem, isto é, fazer o bem enâo o mal>.

Em «O Livro d<* Médiuns*. Kardec frisouque aquêles que praticam a Doutrina e aceitam

suas conscqtiénclas «são os verdadeira* espiri-

tas. ou mellur - Os espiritas cristãos-, reite-rando

. na "Revue Spirife», em 1866: «Inscreven-

do no,

frontispício do Espiritismo a lei supremado Cristo, abrimos o caminho do EspiritismoCristão». Em 1861, entretanto, referindo-se aosinimigos da Terceira Revelação, o ilustre Co-

dificador salientava:*»... o Espiritismo, que ou-tra coisa não é que o desenvolvimento e a

aplicação da lei cristã .,

et c.

Entretanto, coube a Jean Baptista Kous-taing. confirmando Kardec. dar ao mundo aexpressão ccristfto espirita», ao divulgar estacomunicação espiritual

, que se encontra no 2:,

Tomo de *Os Quatro Evangelhos* (à página 20da edição c!e 1920 e á página 70 da edição de19M):

N.» momento em que estas palavrf-s aca-

bavam dP ser escritas, o médium, colocado es-pontdivtaavente sob nova influência medianimi-ea, esexeveu. c»m uma grafia diferente e ma-gistral. o seguinte:

«NAO basta se diga que uma moral é su-blime; cumpre que se a ponha em prática. Nãobasta ser-se cristão e mesmo CRISTÃO ESPIRI-TA, se se nâo pratica a mora] por mim ensina-da. Assim pois. que os que querem entrar no

! reino de meu pai sejam seus filhos pelo cora-,ção e nâo pelos lábios, obedeçam c°m submis-

são. zêlo e confiahçr. às instruções que recebe-ram e recebem hoje dos Espíritos enviados, de

acordo com as minhas promessas, para ensina-rem progressivamente aos homens todas as coi-sas, para conduzi-los à verdade e lembrar-lheso q.Ue eu lhes disse.

«Que dig"m: Senhor, Senhor! mas que odigam do fundo de seus corações; que seus aioscorrespondam ás suas palavras e o reino doscéiu lhes pertencerá.

Por aquêle cuja mão protetora sustenta oshumildes e os fracos e humilhajfos orgulhosos epoderosos,

ISABEL».

Tem-se a impressão clara e convincente deque cais palavras provieram de Jesus. Assim.a expressão cristão-espirita foi |>or éle criada.não é obra humana, o que maior valia lhe em-presta. Pelo menos, desde 1866, ela está contidanuma obra espírita de invulgar mérito.

CAMPANHA MORAL DA

SALVAÇÃO DA CRIANÇAi Conclusão tln 1* pAg.)

pida e mais convincente, porque abrange ftémesmo aquelas que ainda não sabem ler

. mas

que, ouvindo e vendo, compreendem mais de-pressa tudo quanto se diga e se faça em taisfilmes. A imagem dispensa «até os textos.

Infelizmente, em vez de termos as publi-cações. o rádio e a televisão apenas como ele-mentos-fôiços de educação e instrução, temó-las.ambém como instrumento de deseducação, decorrupção, de envenenamento da alma Infantil.Como poderá a humanidr.de melhorar, humani-/ar-se, espiritualizar-se. se os focos de desagre-gação moral não são extintos e até se multi-plicam, invadindo o próprio lar?

Através das histórias em quadrinhos, assim

como as do rádio e dr. televisão, do género «aque nos referimos, efetua-se pelo processo sub-liminar. e do mandamento, dia após dia. quesa»ura a mente humana, até predispoas-la Aaceitação d"s idéias contidas noa escritos

, nosdesenhos, nas vozes e nas imagens.

Amigas, irmãos de tódas as crenças, prin-

cipalmente espiritas: Convídamó-Iog todos a co-laborarem nesta campanha de recuperação, ori-entação e salvação das crianças, a fim de quea humanidade possa erguer-se acima das misé-rias do mundo atual, espiritualizando-se e pre-parando a era eminentemente cristã de paz efraternidade universais, porque nrs mãos dacriança de hoje está o mundo de amanhã! Cola-boremos todos para recompor, corrigir e melho-rar o pensamento e o comportamento do mundocontemporâneo, na obra de reconstrução dc umanova e sadia humanidade! Preparemos desdehoje o mundo de amanhã!

Não dê a seu filho brinquedos de guerra,de qualquer espécie; não permita que êle seintoxique com certas historietas em quadrinhosnem que se corrompa com filmes inconvenientesapresentados na televisão. Atentem, ó país <?mães. para a enorme responsabilidade que es-tão contraindo com o futuro de seu.s filhos!

Solidarizemo-nos com a Campanha do De-sarmamento Infantil, já em curso, para a obten-

ção de um mundo realmente melhor!