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Área Itaqui- Bacanga SEPLAN-SADES Diagnóstico socioeconômico

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Área

Itaqui-

Bacanga

SEPLAN-SADES

Diagnóstico socioeconômico

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PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO LUÍS

EDIVALDO DE HOLANDA BRAGA JÚNIOR - PREFEITO

SECRETARIA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO (SEPLAN)

JOSÉ CURSINO RAPOSO MOREIRA – SECRETÁRIO

CÁRITAS RIBEIRO – SECRETÁRIA ADJUNTA DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

EQUIPE TÉCNICA:

DEPARTAMENTO DA INFORMAÇÃO E INTELIGÊNCIA ECONÔMICA (DIIE)

LAURA REGINA CARNEIRO – COORDENADORA-GERAL

VÂNIA CRISTINA OLIVEIRA COELHO – ASSISTENTE TÉCNICA

INSTITUTO DA CIDADE, PESQUISA E PLANEJAMENTO URBANO E RURAL (INCID)

PATRÍCIA VIEIRA TRINTA – SUPERINTENDENTE DE PESQUISA, DOCUMENTAÇÃO E

PROJETOS

DEPARTAMENTO DA INFORMAÇÃO E INTELIGÊNCIA ECONÔMICA (DIIE)

END.: SECRETARIA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO – SEPLAN

RUA DAS ANDIROBAS, Nº 26 – RENASCENÇA - SÃO LUÍS/MA - CEP.: 65.0075-180

[email protected]

Esta publicação tem por objetivo a divulgação de estudos desenvolvidos por pesquisadores do

Departamento da Informação e Inteligência Econômica (DIIE), da Secretaria Municipal de Planejamento e

Desenvolvimento (SEPLAN). Seu conteúdo é de inteira responsabilidade do(s) autor(es), não expressando,

necessariamente, o posicionamento da Prefeitura Municipal de São Luís (PMSL).

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2

INTRODUÇÃ O

O presente diagnóstico socioeconômico da Área Itaqui-Bacanga de São Luís, realizado para

subsidiar a instalação da Sala do Empreendedor da região, baseou-se nas raras fontes que

disponibilizam dados intramunicipais: Atlas de Desenvolvimento Humano (2010), do

Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento e Fundação João Pinheiro

(PNUD/FJP); Atlas da Vulnerabilidade (2017), do Instituto de Pesquisa Econômica

Aplicada (IPEA); Censo Populacional 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística (IBGE); Leitura Urbana de São Luís (2013) e seus dados adaptados do Censo

2010, que subsidiou proposta de Lei de Zoneamento do Município, do Instituto da Cidade,

Pesquisa e Planejamento Urbano e Rural (INCID).

à REà ITÃQUI-BÃCÃNGÃ

1. CONCEITO e METODOLOGIA

A área Itaqui-Bacanga de São Luís está distribuída nas áreas que equivalem:

1) Segundo o INCID (que adota o critério das áreas de ponderação para sua

regionalização), aos distritos Vila Embratel, Anjo da Guarda e Mauro Fecury.

2) Segundo o PNUD (que adota o critério da renda per capita para sua

regionalização), as Unidades de Desenvolvimento Humano (UDH1) Anjo da

Guarda, Fumacê; Sá Viana / Ufma / Jambeiro / Vila Embratel; Vila Mauro

Fecury I / Vila Mauro Fecury II / Vila São Luís; Vila Nova / Vila Ariri /São

Raimundo / Alto da Esperança / Gancharia / Vila Isabel / Vila Dom Luis / Vila

Bacanga – Mapa 1.

1 UDH é um recorte espacial criado pelo IPEÃ, próximo à ideia de “bairros”, delineado pela homogeneidade das condições socioeconômicas e pelo reconhecimento por parte da população residente (identidade), porém, nem sempre é composta por áreas contíguas. O município de São Luís possui 97 UDHs e a Região Metropolitana da Grande São Luís (São Luís, Alcântara, Raposa, Paço do Lumiar e São José de Ribamar), 126 UDHs.

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Mapa 1 Área Itaqui-Bacanga de São Luís, sob a ótica das UDHs. Fonte: PNUD, Ipea e FJP (2015)

Para fins deste trabalho, optou-se pela regionalização do PNUD (Mapa 1), segundo renda

per capita, devido a diversidade de dados intramunicipais existentes sobre população,

educação, desenvolvimento humano, vulnerabilidade social, renda, emprego, que

permitem uma ampla caracterização da região.

Os dados desta seção foram produzidos pela equipe da SEPLAN-DIIE e representam, em

média, os dados da Área Itaqui-Bacanga, gerados a partir do somatório dos dados

individuais das UDH Anjo da Guarda, UDH Sá Viana, UDH Mauro Fecury e UDH Vila

Nova. A UDH Parque Estadual do Bacanga não foi objeto de estudo, pois seu território se

estende até Estreito dos Mosquitos, que extrapola e muito, o território caracterizado como

Itaqui-Bacanga pelo INCID.

Portanto, a população total das 4 UDHs é de 110.844 habitantes, configurando assim a

população área Itaqui-Bacanga de São Luís.

CARACTERIZAÇÃO DO TERRITÓRIO

Tabela 1 Caraterísticas da Área Itaqui-Bacanga

IDHM 2010 Faixa do IDHMPopulação Total

(Censo 2010)Área

Densidade

demográfica

0,696Médio (IDHM entre

0,600 e 0,699)110.844 hab. 26,3722 km²

4.203,06

hab/km²

Vila NOVA

Sá Viana

Vila Mauro Fecury

Anjo da Guarda

Área Itaqui-Bacanga

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2. IDHM

O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) da Área Itaqui-Bacanga é 0,696,

em 2010. Esse valor situa o território na faixa de Desenvolvimento Humano Médio

(IDHM entre 0,600 e 0,699). A dimensão que mais contribui para o valor do IDHM da UDH

é Longevidade, com índice de 0,779, seguida de Educação, com índice de 0,692, e de

Renda, com índice de 0,625.

Tabela 2 IDHM e componentes - Área Itaqui-Bacanga (2000 e 2010)

Fonte: Dados do PNUD, Ipea e FJP

Na Tabela 3, os resultados do IDHM e componentes das 4 UDHs apontadas por esse

estudo como as representantes da região Itaqui-Bacanga de São Luís. São elas: UDH Anjo

da Guarda, UDH Sá Viana, UDH Vila Mauro Fecury e UDH Vila Nova.

Tabela 3 IDHM Área Itaqui-Bacanga de São Luís e UDHs que a compõe

Fonte: Dados do PNUD, Ipea e FJP

IDHM e componentes 2000 2010

IDHM Educação 0,490 0,692

% de 18 anos ou mais com fundamental completo

45,65 64,74

% de 5 a 6 anos na escola 89,14 94,62

% de 11 a 13 anos nos anos finais do fundamental REGULAR SERIADO ou com

fundamental completo59,72 87,97

% de 15 a 17 anos com fundamental completo 37,78 61,03

% de 18 a 20 anos com médio completo 16,4 42,43

IDHM Longevidade 0,702 0,779

Esperança de vida ao nascer 67,16 71,7

IDHM Renda 0,546 0,625

Renda per capita (em R$) 263,79 399,81

IDHM e componentes

ITAQUI-BACANGA

UDH ANJO DA GUARDA

UDH SÁ VIANA

UDH VILA MAURO FECURY

UDH VILA NOVA

IDHM 0,696 0,739 0,687 0,68 0,678

IDHM Longevidade 0,779 0,804 0,776 0,763 0,774

IDHM Educação 0,692 0,743 0,683 0,680 0,661

IDHM Renda 0,626 0,676 0,612 0,605 0,61

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3. RANKING

Acaso a Área Itaqui-Bacanga fosse uma UDH, ocuparia a 82ª posição entre as 94 UDHs do

município de São Luís2, segundo o valor do IDHM (0,696; valor obtido através da média

aritmética das 4 UDHs consideradas nesse estudo). Nesse ranking das Unidades de

Desenvolvimento Humano Municipal, o maior índice é 0,948, encontrado na UDH Ponta

D’areia / Ponta do Farol / Conjunto São Marcos / São Marcos / Renascença : Renascença

II / Calhau : Quintas do Calhau / Shopping do Ãutomóvel / Olho D’água : Ãv. Mário

Andreazza / Rua Congonhas / Sesc / Cohajap II / Cohajap / Bela Vista : Geoalfa, e o menor,

0,602, observado na UDH Tibiri / Tajaçuaba / Santa Rosa / Tinair / Ribeira / Residencial

2000 / Maracujá / Quebra Pote / Tapari / Anajatuba / Santa Helena / Igaraú.

Gráfico 1 Unidades de Desenvolvimento por faixa de classificação

Dados do PNUD, Ipea e FJP. Fonte: Elaboração Própria.

No caso do índice da dimensão Longevidade (0,779), a região ocuparia também a 82ª

posição no ranking das UDHs do município, no qual o maior e o menor valores são,

respectivamente, 0,932, observado na UDH Ponta D’areia e 0,713, na UDH Tibiri.

No tocante à dimensão Educação (0,692), a região estaria ainda na 82ª posição do

ranking, que tem como valores máximo e mínimo 0,915, na UDH Ponta D’areia e 0,55, na

UDH Tibiri, respectivamente.

2 O Município de São Luís possui 97 UDHs. Porém, ao inserirmos a Área Itaqui-Bacanga como uma UDH, as 4 Unidades de Desenvolvimento que a compõe neste estudo deverão ser excluídas do ranking. Totalizando, assim, apenas 94 UDHs da capital São Luís, situando a área Itaqui-Bacanga na 82ª posição a nível municipal.

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Quanto à dimensão Renda (0,626), a UDH ocuparia novamente a 82ª posição, sendo 1,000

o maior índice, observado na UDH Ponta D’areia e 0,555 o menor índice, encontrado na

UDH Tibiri.

4. POPULAÇÃO

Entre 2000-2010, a população total da Área Itaqui-Bacanga de São Luís registrou

crescimento de 12,96%. Outro fato é que a proporção de mulheres é maior que a de

homens, e essa diferença se estendeu a 0,37 p.p. em 10 anos.

Tabela 4 População da Área Itaqui-Bacanga, total e por gênero

Fonte: Dados do PNUD, Ipea e FJP

5. ESTRUTURA ETÁRIA

Em 2010, a razão de dependência3 na Área Itaqui-Bacanga é de 44,13% e a taxa de

envelhecimento4, de 4,29%. Já o município apresenta razão de dependência de 40,67% em

2010, e a taxa de envelhecimento de 5,19%, no mesmo ano.

Tabela 5 Estrutura etária da população da Área Itaqui-Bacanga

Fonte: Dados do PNUD, Ipea e FJP

A população de 15 a 64 anos predomina na Área Itaqui-Bacanga (69,44%), muito mais que

o dobro da população de menores de 15 anos (26,32%). E, apesar do destaque da

Longevidade como a dimensão de melhor resultado entre as demais do IDHM e do

3 Percentual da população de menos de 15 anos e da população de 65 anos e mais (população dependente) em relação à população de 15 a 64 anos (população potencialmente ativa). 4 Razão entre a população de 65 anos ou mais de idade em relação à população total.

PopulaçãoPopulação

(2000)% do Total

(2000)População

(2010)% do Total

(2010)

População total 98.119 100 110.844 100

População residente masculina 47.652 48,57 53.413 48,19

População residente feminina 50.468 51,44 57.431 51,81

Estrutura EtáriaPopulação

(2000)% do Total

(2000)População

(2010)% do Total

(2010)

Menos de 15 anos 33.321 33,96 29.177 26,32

15 a 64 anos 62.071 63,26 76.965 69,44

População de 65 anos ou mais 2.727 2,78 4.702 4,24

Razão de dependência 58,37 - 44,13 -

Taxa de envelhecimento 2,82 - 4,29 -

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aumento da Esperança de Vida ao nascer, entre 2000 e 2010, a população de 65 anos ou

mais representa menos de 4,3% da população da Área Itaqui-Bacanga.

6. LONGEVIDADE, MORTALIDADE E FECUNDIDADE

A mortalidade infantil (mortalidade de crianças com menos de um ano) na Área Itaqui-

Bacanga é de 24,15 óbitos por mil nascidos vivos, em 2010. As taxas de mortalidade

infantil do município e da região metropolitana são de 18,1 e 19,3 óbitos por mil nascidos

vivos, respectivamente, para o mesmo ano.

Tabela 6 Indicadores de longevidade, mortalidade e fecundidade na Área Itaqui-Bacanga

Fonte: Dados do PNUD, Ipea e FJP

Em 2010, enquanto na Área Itaqui-Bacanga a esperança de vida ao nascer é de 71,7 anos,

no município ela é de 73,8 anos e, na região metropolitana, de 73,5 anos.

7. RENDA

A renda per capita média da Área Itaqui-Bacanga é de R$ 399,81, em 2010, enquanto no

município São Luís é de R$ 805,36 e na RM de Grande São Luís, de R$ 710,73. No mesmo

ano, a proporção de pessoas pobres, ou seja, com renda domiciliar per capita inferior a R$

140,00 (a preços de agosto de 2010) é de 17,28% na Área Itaqui-Bacanga, de 13,81% no

município e de 16,08% na RM.

Tabela 7 Indicadores de renda, pobreza e desigualdade na Área Itaqui-Bacanga

Fonte: Dados do PNUD, Ipea e FJP

Longevidade, Mortalidade e Fecundidade

2000 2010

Esperança de vida ao nascer 67,17 71,75

Mortalidade infantil 43,87 24,15

Mortalidade até 5 anos de idade 56,25 26,37

Taxa de fecundidade total 2,55 1,92

Renda, Pobreza e Desigualdade

2000 2010

Renda per capita (em R$) 263,79 399,81

% de extremamente pobres 18,86 4,85

% de pobres 46,98 17,28

Índice de Gini 0,51 0,43

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8. TRABALHO

Em 2010, a taxa de atividade da população de 18 anos ou mais (ou seja, o percentual dessa

população que é economicamente ativa) é de 65,68% na Área Itaqui-Bacanga. Ao mesmo

tempo, a taxa de desocupação nesse território (ou seja, o percentual da população

economicamente ativa de 18 anos ou mais que está desocupada) é de 14,43%. Em São

Luís, a taxa de atividade da população de 18 anos ou mais é de 68,40% e a taxa de

desocupação é de 11,96%, em 2010.

Tabela 8 Indicadores de ocupação na Área Itaqui-Bacanga

Fonte: Dados do PNUD, Ipea e FJP

9. HABITAÇÃO

Em 2010, o percentual da população em domicílios com água encanada na Área Itaqui-

Bacanga é de 84,52%, com energia elétrica é de 99,89% e com coleta de lixo é de 91,23%.

Já o município apresenta 83,18% da população em domicílios com água encanada, 99,89%

com energia elétrica e 92,95% da população em domicílios com coleta de lixo.

Tabela 9 Indicadores de habitação da Área Itaqui-Bacanga

Fonte: Dados do PNUD, Ipea e FJP

Ocupação da população de 18 anos ou mais 2000 2010

Taxa de atividade - 18 anos ou mais 65,92 65,68

Taxa de desocupação - 18 anos ou mais 21,35 14,43

Grau de formalização dos ocupados - 18 anos ou mais 36,09 48,82

Nível educacional dos ocupados

% dos ocupados com fundamental completo - 18 anos ou mais 40 61,98

% dos ocupados com médio completo - 18 anos ou mais 20,4 39,57

Rendimento médio

% dos ocupados com rendimento de até 1 s.m. - 18 anos ou mais 71,6 28,17

% dos ocupados com rendimento de até 2 s.m. - 18 anos ou mais 93,43 87,42

% dos ocupados com rendimento de até 5 s.m. - 18 anos ou mais 98,66 98,63

Indicadores de Habitação 2000 2010

% da população em domicílios com água encanada

89,48 84,52

% da população em domicílios com energia elétrica

99,74 99,89

% da população em domicílios com coleta de lixo

63,92 91,23

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10. VULNERABILIDADE SOCIAL

Entende-se por vulnerabilidade social a dificuldade de acesso, a ausência ou a insuficiência

de alguns direitos e prestação de serviços determinantes às condições de bem-estar da

população.

Tabela 10 Indicadores de vulnerabilidade social na Área Itaqui-Bacanga

Fonte: Dados do Ipea e FJP

O índice de Vulnerabilidade Social (IVS) surgiu como um conjunto de dados que

complementam a possibilidade de análise IDHM, já que este, isolado, não é capaz de

retratar integralmente a realidade social, pois mede basicamente a dimensão da

longevidade, a expectativa de vida e a renda; e está muito contaminado pela questão da

renda per capita, que é a sua única medida da riqueza. Por outro lado, o IVS apresenta 16

outros indicadores que avaliam mais a situação social, fazendo com que a pobreza seja

vista de uma maneira multidimensional, pois considera aspectos que vão além da renda

per capita.

O IVS da Área Itaqui-Bacanga é 0,435, em 2010. Esse valor situa o território na faixa de

Vulnerabilidade Social Alta (IVS entre 0,401 e 500). A dimensão que mais contribui para o

valor do IVS da Área Itaqui-Bacanga é Capital Humano, com índice de 0,386, seguida de

Vulnerabilidade Social 2000 2010

Crianças e Jovens

Mortalidade infantil 43,87 24,15

% de crianças de 0 a 5 anos fora da escola 65,71 48,85

% de crianças de 6 a 14 fora da escola 4,75 3,23

% de pessoas de 15 a 24 anos que não estudam, não trabalham e são vulneráveis, na população dessa faixa

25,39 17,57

% de mulheres de 10 a 17 anos que tiveram filhos 3,22 1,62

Taxa de atividade - 10 a 14 anos 4,55 5,68

Família

% de mães chefes de família sem fundamental e com filho menor, no total de mães chefes de família

53,55 32,98

% de vulneráveis e dependentes de idosos 3,7 2,6

% de crianças extremamente pobres 23,89 8

Trabalho e Renda

% de vulneráveis à pobreza 75 45,43

% de pessoas de 18 anos ou mais sem fundamental completo e em ocupação informal

46,19 28,16

Condição de Moradia% da população em domicílios com banheiro e água encanada

37,8 74,3

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Renda e Trabalho, com índice de 0,399, e de Infraestrutura urbana, com índice de

0,523.

Tabela 11 IVS da Área Itaqui-Bacanga de São Luís e UDHs que a compõe

Fonte: Dados do Ipea e FJP

Apesar das diferenças entre as abordagens do IDHM e do IVS, permanecem relações entre

os índices, mais especificamente entre as dimensões que os compõem. No IVS, a dimensão

Infraestrutura Urbana (Pior dimensão do IVS) – que reflete as condições de saneamento

básico e mobilidade urbana – conversa com a Longevidade (Melhor dimensão do IDHM),

que é afetada pelas condições de saúde e salubridade; a dimensão Capital Humano

(Melhor dimensão do IVS) – saúde e educação – se relaciona com Educação (2ª dimensão

do IDHM); por último, Renda e Trabalho (2ª dimensão do IVS) – que leva em consideração

não só a insuficiência de renda presente, mas também, fatores associados ao fluxo de

renda – está relacionado à dimensão Renda (Pior dimensão do IDHM), composto apenas

pela renda per capita.

Quando se analisa os resultados do IVS e do IDHM de forma conjunta, avalia-se a

Prosperidade Social.

11. PROSPERIDADE SOCIAL

Áre

a I

taq

ui-

Ba

can

ga

IDHM

x

IVS

=

Prosperidade Social

0,696 (MÉDIO)

0,435 (ALTA)

BAIXA

o L

uís

IDHM x

IVS =

Prosperidade Social

0,768 (ALTO)

0,372 (MÉDIA)

ALTA

IVS e componentesITAQUI-

BACANGAUDH ANJO DA

GUARDAUDH SÁ VIANA

UDH VILA MAURO

FECURY

UDH VILA NOVA

IVS 0,435 0,38 0,453 0,462 0,448

IVS Infraestrutura 0,523 0,441 0,598 0,587 0,468

IVS Capital Humano 0,386 0,344 0,351 0,412 0,438

IVS Renda e Trabalho 0,399 0,355 0,412 0,388 0,44

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Enquanto município de São Luís é classificado como um território de Alta Prosperidade, a

região da Área Itaqui-Bacanga, resultante da média das 4 UDHs objeto de estudo, seria um

território de Baixa Prosperidade Social.

Nas faixas mais elevadas da Prosperidade Social, em 2010, há um total de 78 UDHs da

capital maranhense (56 em “muito alta” e 22 em “alta”) que conjugam “médio” ou um

“alto/muito alto” Desenvolvimento Humano, com uma “média” ou “baixa/muito baixa”

Vulnerabilidade Social. Em contraste, na faixa de baixa Prosperidade Social, concentram-se

15 UDHs que apresentam “baixo/muito baixo” ou “médio” Desenvolvimento Humano,

combinados com “média” ou “alta/muito alta” Vulnerabilidade Social, respectivamente. Ã

faixa de “média” Prosperidade Social, em 2010, congrega outras 4 UDHs. E na faixa mais

baixa (combinação de “baixo/muito baixo” Desenvolvimento Humano com “alta/muito

alta” Vulnerabilidade Social), não houve registro de nenhuma UDH, conforme Gráfico 2.

Gráfico 2 UDHs de São Luís distribuídas nas faixas de prosperidade social

Fonte: Elaborado pelos autores; dados do Atlas da Vulnerabilidade Social – IPEA, 2015.

Em 2010, entre as 97 UDHs do município de São Luís, Ponta D’areia se destacou,

apresentando os melhores índices (IDHM 0,948 e IVS 0,083), com a combinação de “muito

alto” Desenvolvimento Humano e “muito baixa” Vulnerabilidade Social, o que representa

um território de Prosperidade Social “muito alta”. No outro extremo, Tibiri (1 das 4 UDHs

que compõem a região da Área Itaqui-Bacanga) possui os piores resultados (IDHM 0,602 e

IVS 0,715), ao conjugar um Desenvolvimento Humano “médio” com uma Vulnerabilidade

Social “muito alta”, se classificando como uma UDH de Prosperidade Social Baixa.

Finalmente, a Área Itaqui-Bacanga combina Desenvolvimento Humano “médio”

(0,696) com Vulnerabilidade Social “alta” (0,435).

58%23%

4%

15%0%

PROSPERIDADE SOCIALmuito alta alta média baixa muito baixa

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12

Educaça o - Ã REÃ ITÃQUI-BÃCÃNGÃ

Mapa 2 Equipamentos de Educação na Área Itaqui-Bacanga, regionalização do INCID.

Fonte: INCID

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Sau de - Ã REÃ ITÃQUI-BÃCÃNGÃ

Mapa 3 Equipamentos de Saúde na Área Itaqui-Bacanga, regionalização do INCID.

Fonte: INCID

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Ãssiste ncia Social - Ã REÃ ITÃQUI-BÃCÃNGÃ

Mapa 4 Equipamentos de Assistência Social (CRAs e CREAs), regionalização do INCID.

Fonte: INCID

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Economia - Ã REÃ ITÃQUI-BÃCÃNGÃ

Considerando as informações disponibilizadas pelo PNUD e IPEA, com os índices de

desenvolvimento humano e vulnerabilidade social, a Área Itaqui-Bacanga possui cerca de

110.844 habitantes, com maioria feminina (51,8%), e renda per capita de apenas

R$399,81 (menos da metade da municipal, de R$ 805). Essa situação coloca mais de 45%

da população local em situação de vulnerabilidade à pobreza. De acordo com os dados,

4,85% dos moradores do Itaqui-Bacanga são extremamente pobres e 14,4%, acima dos 18

anos, estão em situação de desocupação. Isso significa que quase 16 mil pessoas não

possuem atividade econômica.

A partir dessa leitura, foi elaborado um projeto para desenvolver o empreendedorismo na

região Itaqui-Bacanga de São Luís, com o intuito de facilitar acesso aos moradores a novas

alternativas de emprego e renda. O responsável pelo projeto é a Secretaria Adjunta de

Desenvolvimento Econômico Sustentável (SADES), da Secretaria Municipal do

Planejamento e Desenvolvimento de São Luís – SEPLAN, e tem como objetivo a instalação

da “Sala do Empreendedor”.

12. PROJETO PARA INSTALAÇÃO DA SALA DO EMPREENDEDOR

1-OBJETO:

Implantar a Sala do Empreendedor para atendimento único e centralizado aos

empreendedores de pequenos negócios no município de São Luís.

2-JUSTIFICATIVA:

A Sala do Empreendedor deve ser a concentração dos órgãos municipais, estaduais e

federais envolvidos nos diferentes procedimentos e estágios de atendimento empresarial.

Deve oferecer serviços que vão do início ao fim dos processos, abrangendo o registro,

baixa e alterações de inscrições municipais e estaduais, e os serviços prestados pelos

setores ligados ao setor empresarial.

A instituição estratégica da Sala do Empreendedor é política pública de desburocratização

e fomento aos pequenos negócios.

O objetivo primordial deste projeto é proporcionar o atendimento unificado e centralizado

aos empresários de nossa cidade, com o intuito de estimular a formalização dos

empreendimentos empresariais, por meio da redução da burocracia nos processos de

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abertura, alteração e baixa das empresas, conforme preconiza a Lei Complementar nº

123/2006.

A coordenação geral da Sala do Empreendedor será de responsabilidade do Comitê

Municipal de Apoio à Microempresa e à Empresa de Pequeno Porte, que será instituído

pela Lei Geral Municipal, órgão colegiado do qual participam lideranças públicas e

privadas e que tem como função garantir a implementação da Lei Geral das MPE e

contribuir para a promoção do desenvolvimento sustentável do município.

A Sala do Empreendedor contará com funcionários da administração direta do município e

de funcionários de entidades parceiras, que prestarão os serviços básicos de:

a) Informar e orientar os empresários de Microempresas e Empresas de Pequeno

Porte sobre questões mercadológicas;

b) Orientar e prestar serviço de registro do Microempreendedores individuais no

Portal do Empreendedor;

c) Orientar os empresários quanto a abertura e legalização de negócios;

d) Informar os locais permitidos para funcionamento das atividades empresariais,

com base no Plano Diretor e Lei de Zoneamento e de Uso e Ocupação do Solo;

e) Concessão e baixa de alvará de funcionamento;

f) Orientar quanto as exigências dos órgãos de vigilância sanitária e de preservação

do meio ambiente, no âmbito municipal, para abertura e funcionamento de

atividades empresariais.

Nosso município regulamentou a lei Geral das Micro e Pequenas Empresas desde 31 de

Julho de 2007, através da Lei 4.830, e está trabalhando na sua implementação e

atualização com apoio do SEBRAE, com ênfase, entre outros aspectos, no esforço de

desburocratização do atendimento aos pequenos negócios.

Este projeto se propõe a cumprir a legislação federal direcionada às micro e pequenas

empresas, no que tange à desburocratização, conforme previsto nas leis Complementares

123/2006 e 147/2014 e nas Resoluções do Comitê Gestor da REDESIM.

Para o pleno funcionamento da Sala do Empreendedor precisam ser formalizadas as

parcerias com as seguintes entidades, por meio de convênios de cooperação técnica:

Receita Federal

Junta Comercial do Maranhão

Secretaria de Fazenda Estadual

Corpo de Bombeiros

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Vigilância Sanitária

SEBRAE;

Instituições financeiras públicas e privadas

Instituições de ensino e pesquisa

Representação local dos contabilistas

OAB

SINE

ACM

CDL

SINDICATO RURAL

FIEMA

SISTEMA S

O sucesso da Sala do Empreendedor está estritamente relacionado ao comprometimento

das entidades acima mencionadas, que oferecerão orientação e serviços direcionados aos

Microempreendedores Individuais, Microempresas e Empresas de pequeno Porte do

nosso município.

Esta iniciativa é muito importante para a criação de um ambiente mais favorável ao

empreendedorismo municipal, por meio da disponibilização de um espaço único de

atendimento aos empresários de pequenos negócios, proporcionando-lhes informação,

orientação e serviços, de forma integrada, objetiva, simples e eficaz. É o serviço público

proativo, saindo da passividade e indo ao encontro da população empreendedora do

Município.

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REFERE NCIÃS

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