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REABILITAÇÃO E REFORÇO DE ESTRUTURAS Reabilitação e Reforço de Estruturas Diploma de Formação Avançada em Engenharia de Estruturas António Costa Instituto Superior Técnico

REABILITAÇÃO E REFORÇO DE ESTRUTURAScristina/EBAP/DocumentosProfAntCosta/modulo1-1-edif.pdf · Regulamento para o emprego do beton armado Dec. 4036 de 28/3/1918 — Preparado pela

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REABILITAÇÃO E REFORÇO

DE ESTRUTURAS

Reabilitação e Reforço de EstruturasDiploma de Formação Avançada em Engenharia de Estru turas

António CostaInstituto Superior Técnico

DE ESTRUTURAS

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Principais Anomalias das Estruturas de Betão Armado

- Comportamento estrutural

● deficiente capacidade resistente

OBJECTIVO DAS INTERVENÇÕES DE REABILITAÇÃO

� Eliminar / corrigir anomalias existentes nas estrut uras

� Melhorar o desempenho das estruturas

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● deficiente capacidade resistente

● funcionamento inadequado

● deformações elevadas

● fendilhação excessiva

- Deterioração dos materiais

● betão

● aço

⇒⇒⇒⇒ Reforço

⇒⇒⇒⇒ Reparação

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Principais Anomalias das Estruturas de Betão Armado

- Comportamento estrutural

● deficiente capacidade resistente

Cargas verticais Acções horizontais

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Principais Anomalias das Estruturas de Betão Armado

● funcionamento inadequado

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Principais Anomalias das Estruturas de Betão Armado

● deformações elevadas

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Principais Anomalias das Estruturas de Betão Armado

● fendilhação excessiva

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Principais Anomalias das Estruturas de Betão Armado

- Deterioração dos materiais

Ataque químico do betão

- Reacções expansivas

álcalis-agregados reactivos

sulfatos

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sulfatos

- Acção da água do mar

Corrosão das armaduras

-Carbonatação

-Cloretos

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Principais Anomalias das Estruturas de Betão Armado

Ataque químico do betão

Reacções álcalis-sílica

Exemplo: Viaduto Duarte Pacheco

Arco Pilares

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Principais Anomalias das Estruturas de Betão Armado

Acção da água do mar

Exemplo: Pontes Cais

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Principais Anomalias das Estruturas de Betão Armado

Corrosão das armaduras

- Carbonatação

Corrosão uniforme - processo lento – dezenas de anos

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Principais Anomalias das Estruturas de Betão Armado

Corrosão das armaduras

- Cloretos

Corrosão localizada - processo rápido – alguns anos

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REFORÇO DE ESTRUTURAS DE BETÃO

� Enquadramento

� Avaliação do comportamento dasestruturas

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� Concepção e dimensionamento

do reforço

� Tipos de reforço estrutural

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EnquadramentoA intervenção numa estrutura existente com o object ivo de melhorar ou corrigir o seu

comportamento estrutural está geralmente associada às seguintes situações:

−−−− Alteração das acções actuantesEx: −−−− Aumento das acções actuantes devido a uma nova util ização

−−−− Adequação do nível de segurança da estrutura para a s acções especificadas

na nova regulamentação (p.e. sobrecargas rodoviária s e ferroviárias)

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−−−− Alteração geometria da estrutura ou modificação do sistema estrutural

Ex: necessidade de eliminar elementos estruturais

−−−− Correcção de anomalias associadas a deficiências de projecto deexecução ou de exploração

Ex: −−−− Deficiente capacidade resistente para as acções pre vistas

−−−− Deficiente comportamento em serviço (fendilhação, deformação, vibração,...)

−−−− Danos causados por uma utilização não prevista da e strutura.

−−−− Aumento do nível de segurançaEx: - melhorar o comportamento estrutural para a acção sí smica de obras

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Enquadramento

Principais dificuldades

−−−− Informação relativa ao projecto, execução e explora ção das obras difícil de obter e, frequentemente, inexistente.

−−−− Com excepção de alguns tipos de intervenção, verifi ca-se uma ausência genérica de regulamentação sobre reforço de estruturas.

−−−− Ausência de documentação de apoio que trate de form a integrada o projecto e

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−−−− Ausência de documentação de apoio que trate de form a integrada o projecto e execução do reforço nas suas diversas componentes: metodologias de intervenção,

dimensionamento, procedimentos de execução, especif icação e controlo de qualidade.

−−−− Dificuldades relativas à análise estrutural e avali ação da segurança das obras a reforçar e ao dimensionamento do próprio reforço.

−−−− Em obras de reforço cada caso constitui uma situaçã o particular com as suas próprias especificidades, sendo difícil encontrar n a literatura situações semelhantes.

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Enquadramento Geral de uma Intervenção de Reforço

� Avaliação da situação

Inspecção – Registo e análise das anomalias

Avaliação do comportamento estrutural

Diagnóstico – Causas e explicações das anomalias

Definição dos objectivos a atingir com a intervençã o

� Selecção do Tipo de IntervençãoDemolição Total ou Parcial

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Limitar o Uso

Substituir ou Introduzir Novos Elementos

Reparar os Elementos Danificados

Reforçar os Elementos Existentes

� Projecto e Execução do Reforço

Concepção e Dimensionamento do Reforço

Definição das Especificações Técnicas

Controlo de Qualidade

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Avaliação da situação

1 −−−− Recolha de informação

Elementos do projecto

Desenhos

Cálculos

Especificações técnicas

Controlo de qualidade

Livro de registo de obra

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Elementos de Obra

Exploração da Obra

Livro de registo de obra

Alterações ao projecto

Planos de betonagem

….

Acções actuantes

Manutenção e reparação

….

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Avaliação da situação

2 −−−− Inspecção Visual

Exame visual da superfície do betão

qualidade do betãodefeitos de execuçãofendilhação deformaçãodeterioração

erros de concepção e execução

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Percepção do funcionamento estrutural

Registo de danos

deficiente utilização

tipos de apoios existentes

….

danos estruturais

deterioração do betão

corrosão das armaduras

….

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Principais aspectos a analisar:

Avaliação da situação

3 −−−− Inspecção detalhada

Dependendo do tipo e extensão das anomalias observa das pode ser necessário

efectuar uma inspecção visual mais minuciosa e real izar diversos tipos de

ensaios.

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Principais aspectos a analisar:

•••• Verificação das dimensões dos elementos estruturais (relação projecto/obra)

•••• Propriedades mecânicas do betão e do aço

•••• Resposta estática e dinâmica da estrutura

•••• Avaliação do nível e tipo de deterioração da obra

•••• Avaliação das condições de fundação

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Avaliação da situação

4 −−−− Avaliação da segurança da estrutura

Definição do modelo de comportamento estrutural

−−−− Verificação aos estados limites últimos

−−−− Verificação aos estados limites de utilização

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Analisar duas situações:

−−−− Capacidade da estrutura para cumprir as exigências para as quais

foi projectada

−−−− Capacidade da estrutura para cumprir as novas exigê ncias de exploração

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Avaliação do Comportamento Estrutural

� Regulamentação no domínio das acções

1897 – Regulamento para projecto, provas e vigilânci a das pontes metálicas

1929 – Dec. 16781

Regulamento das pontes metálicas

REGULAMENTAÇÃO ANTIGA

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(diversas alterações até 1958)

1958 – Dec. 41658

Regulamento de Segurança das Construções Contra os Sismos

1961 – Dec. 44041

Regulamento de Solicitações em Edifícios e Pontes

1983 – Dec. 235/83

Regulamento de Segurança e Acções para Estruturas d e Edifícios e Pontes

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Avaliação do Comportamento Estrutural

1935 - Regulamento do Betão Armado (RBA)

Casas de habitação 200 kg/m 2

Escritórios 300 kg/m 2

Edifícios públicos 400 kg/m 2

Salas de espectáculo,.. 500 kg/m 2

Garagens públicas 600 kg/m 2

SOBRECARGAS EM EDIFICIOS

1983 - Regulamento de Segurança e Acções (RSA)

Casas de habitação 150 - 200 kg/m 2

Escritórios 300 kg/m 2

Edifícios públicos 300 / 400 kg/m 2

Salas de espectáculo,.. 500 / 600 kg/m 2

Garagens públicas 500 kg/m 2

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1961 - Regulamento de Solicitações em Edifícios e Pontes (RSEP)

Casas de habitação 200 kg/m 2

Escritórios 300 kg/m 2

Edifícios públicos 300 / 400 kg/m 2

Salas de espectáculo,.. 500 / 600 kg/m 2

Garagens públicas 600 kg/m 2

Conclusão:

Não existem alterações significativas no que se refere às sobrecargas para dimensionamento de edifícios

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Regulamento Sobrecarga Rodoviária

Regulamento das Pontes Metálicas 1897

Sobrecarga uniforme 400 kg/m 2 (l > 30m)Para l < 30 m: sobrecarga mais elevada numa faixa com 2.5 m

Veículos de 12 ton com 4 rodas

Regulamento das Pontes Metálicas 1929

(alterado em 1958)

Sobrecarga uniforme variável com o vão≥ 500 kg/m 2 x coef. dinâmico400 kg/m 2 no passeio

SOBRECARGAS EM PONTES

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Veículos de 32 ton (alterado em 1958 para 60/45/30 ton para as classes A, B e C)

RSEP 1961 Sobrecarga uniforme 300 kg/m 2

Carga de faca 5 ton/m

Veículos de 60/45/30 ton para as classes A, B e C (coef. dinâmico 1.2)

RSA 1983 Sobrecarga uniforme 4 kN/m 2

Carga de faca 50 kN/m

Veículos de 600/300 kN para as classes I e II

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ACÇÃO SÍSMICA

Regulamento de Segurança das Construções Contra os Sismos - 1958

Acção sísmica tratada como força estática equivalen te

Fh = c W

c – coeficiente sísmico

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ACÇÃO SÍSMICA

Regulamento de Solicitações em Edifícios e Pontes - 1 961

Acção sísmica tratada como força estática equivalen te

Fh = c W

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ACÇÃO SÍSMICA

Regulamento de Segurança e Acções - 1983

Determinação dos efeitos da acção sísmica- Métodos de análise dinâmica- Forças estáticas equivalentes

� Zonamento sísmico mais detalhado

� Natureza do terreno – 3 tipos

� Introdução dos coeficientes de comportamento

C

D

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A

B

Coeficientes sísmicos

Ex. Zona A, terreno II, η=2.5

f[Hz]

β

0.5 0.06

1.0 0.08

1.5 0.10

2.0 0.11

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Avaliação do Comportamento Estrutural

� Regulamentação no domínio das estruturas de betão a rmado

1918 – Dec. 4036 de 28/3/1918

Regulamento para o emprego do beton armado

1935 – Dec. 25948 de 16/10/1935

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Regulamento do Betão Armado (RBA)

1967 – Dec. 47723 de 25/5/1967

Regulamento de Estruturas de Betão Armado (REBA)

1983 – Dec. 349-c/83 de 30/7/1983

Regulamento de Estruturas de Betão Armado e Pré-esf orçado (REBAP)

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1918

Regulamento para o emprego do beton armado

Dec. 4036 de 28/3/1918

— Preparado pela Associação dos Engenheiros Civis Portugueses

— Necessidade de “regulamentar as construções de beton que tinham uma grande aplicação”

Obrigatoriedade de aprovação do projecto pelas repartições técnicas do estado ou dos corpos administrativos.

Os projectos devem compreender: Memória descritiva, cálculos justificativos, desenhos cotados, indicar a qualidade dos materiais e a dosagem do beton.

Betão — dosagem tipo: 300kg de cimento, 400 litros de areia, 800 litros de pedra

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Betão — dosagem tipo: 300kg de cimento, 400 litros de areia, 800 litros de pedra

resistência mínima: 120 kg/cm2 aos 28 dias, 180 kg/cm2 aos 90 dias

Aço – resistência mínima à rotura 3800 a 4600 kg/cm2

limite de elasticidade 50% da resistência à rotura (1900 a 2300 kg/cm2)

Princípios básicos do betão armado

Critérios de segurança — Tensões limites: betão – 40 kg/cm2; aço – 1100 kg/cm2 (1400 nos aços melhores)

Execução de trabalhos — …

Recobrimentos - 20 mm (vigas e pilares em geral)

- 40 mm (protecção contra o fogo e o ataque da água do mar)

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1935

Regulamento do Betão Armado

RBA

Dec. 25948 de 16/10/1935

— Preparado por uma Comissão nomeada pelo Ministério das Obras Públicas e Comunicações

— Análise da Regulamentação Europeia (Reg. Francesa, Belga, Suiça, Italiana, E.U.A., Alemanha, …)

Betão — dosagem tipo: 300kg de cimento, 400 litros de areia, 800 litros de pedra

resistência mínima: 180 kg/cm2 aos 28 dias

Materiais

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Bases de Cálculo

� Acções em edifícios (cargas)

� Cálculos de Resistência - Tensões admissíveis (limites de fadiga)

Betão: 40 a 50 kg/cm2 (edifícios) ; 30 a 60 kg/cm2 (pontes) dependendo da resistência do cimento e do tipo de elemento estrutural

Aços: 1200 kg/cm2 (até1500 kg/cm2 nos aços de maior resistência)

� Modelação: análise linear

� Lajes - indicações pormenorizadas

resistência mínima: 180 kg/cm2 aos 28 dias

Aço – resistência mínima à rotura 3700 kg/cm2

limite de elasticidade 60% da resistência à rotura (2220 kg/cm2)

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RBA - 1935

Varões lisos

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1967

Regulamento de Estruturas de Betão Armado

REBA

Dec. 47723 de 20/5/1967

— Nova concepção da verificação da segurança em relação a estados “de ruína”

— Conceitos de valores característicos, valores de cálculodas propriedades mecânicasdos materiais, solicitações de cálculo, resistências de cálculo

— Aços – novos aços, introdução das classes de resistência e dos varões de alta aderência

A24/A40/A50/A60 Liso/Nervurado

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— Betão – introdução das classes de resistência

B180 … B400

— Bases de Cálculo

-Cálculo da Resistência - Estados de Rotura

- - Diagramas tensões-extensões não lineares para o betão

- - Extensão limite de 10‰ para as armaduras

-- Modelação - Conceitos de análise não linear, redistribuição de esforços, cálculo plástico

- Evolução nos modelos de comportamento do betão armado

- Recobrimentos - baixos

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1967

Regulamento de Estruturas de Betão Armado

REBA

ACÇÕES (RSEP)

Solicitações permanentes – peso dos elementos, revestimentos, equipamentos fixos

Solicitações acidentais habituais – sobrecargas, vento habitual, neve, temperatura, retracção, fluência,..

Solicitações acidentais excepcionais – vento excepcional (ciclónico), sismos

COMBINAÇÃO DE ACÇÕES

Combinações tipo I – solicitações permanentes e acidentais habituais

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Combinações tipo I – solicitações permanentes e acidentais habituais

Combinações tipo II – solicitações permanentes e acidentais excepcionais

COEFICIENTES DE MAJORAÇÃO DAS SOLICITAÇÕES

Combinações tipo I –γS = 1.5

Combinações tipo II – γS = 1.0

COEFICIENTES DE MINORAÇÃO DOS MATERIAIS

Betão –γm = 1.5

Aço – γm = 1.15

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1983

Regulamento de Estruturas de Betão Armado e Pré-Esforçado

REBAP

— Estruturas Pré-Esforçadas, tratadas de forma unificado (Betão Armado Pré-Esforçado)

— Sistema Internacional de Unidades e Simbologia (ISO3898)

— Conceito de Níveis de Tolerância da Execução dos Trabalhos e Controlo da Qualidade

Reabilitação e Reforço de EstruturasDiploma de Formação Avançada em Engenharia de Estru turas

— Disposições Construtivas mais detalhadas e Conceito de Estruturas de Ductilidade Melhorada� cintagem adequada nos pilares

— E.L.U. do Punçoamento

— Redes Electrosoldadas

— Conceito de durabilidade ainda não suficientemente desenvolvido (assim como recobrimento insuficientes)

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ANÁLISE COMPARATIVA RBA (1935)

E REBAP (1983)

FLEXÃO SIMPLES

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ANÁLISE COMPARATIVA RBA (1935)

E REBAP (1983)

ESFORÇO TRANSVERSO

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ELEMENTOS COM ARMADURAS TRANSVERSAIS

ELEMENTOS SEM ARMADURAS TRANSVERSAIS

ANÁLISE COMPARATIVA REBA (1967)

E REBAP (1983)

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Vcd = τ0 bd

τ0 = 1.5MPa

Vcd = 0.6 τ1 (1.6 – d) bd

τ1 = 0.75MPa

ELEMENTOS SEM ARMADURAS TRANSVERSAIS

REBA

REBAP

V - LAJES

B 300τ =V

Vτ1,bd

0.6

0.6

0.96

2.0

d [m]

bd

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ANÁLISE COMPARATIVA REBA (1967)

E REBAP (1983)

FLEXÃO SIMPLES

FLEXÃO COMPOSTA

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Regulamento Betões Aços Recobrimentos Cálculo

1918

Regulamento para o Emprego

do Beton Armado

Dec. 4036 de 28/3

dosagem c = 300Kg ag = 400 l br = 800 l

σ ≥ 120Kg/cm2 (28d.)

≥ 180Kg/cm2 (90d.)

apiloamento/cura húmida 7 d.

fsu = 3800 a 4600 Kgf/cm2

fsy ≥ fsu/2

εu = 22%

evitar soldaduras

C ≥ 1.5 ∅

2cm (vigas/pil.)

1cm (lajes)

C duplo – junto ao mar

prot. fogo

Tensões (Fadiga)

Limites Admissíveis

1935

Regulamento do Betão

Armado

Dec. 25948 de 16/10

dosagem ≈

σ ≥ 180Kg/cm2 (28d.)

apiloamento ou vibração cura

húmida – 8 d.

fsu = 3700 Kgf/cm2

fsy ≥ 0.6 fsu

εu = 24%

evitar soldaduras

lajes viga/pil. C ≥ 1.0 1.0 1.5 2.0 (ar livre) 2.0 Líquidos, ∆t 4.0 – ág. mar

Tensões Admissíveis

1967

Regulamento de Estruturas de

Betão Armado

B180/225/300/350/400

fck (Kgf/cm2)

A24/A40/A50/A60

fsk Kgf/mm2

(Liso/Nervurado)

4cm ≥ C ≥ ∅

1.0

2.0 – ñ.protegid

Estados Limites

+ RSEP (Tipo I/II)

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Betão Armado

Dec. 47723 de 20/5

+ RBLH (Dec. 404/71 de 23/6)

Betões Tipo B/BD

(Liso/Nervurado)

+ Doc Homol – LNEC

2.0 – ñ.protegid

C↑ – corrosão/fogo ...

+ RSEP (Tipo I/II)

1983

Regulamento de Estruturas de

Betão Armado e Pré-

Esforçado

Dec. 349 – c/83 de 30/7

B15/...B55

fck (MPa)

+ RBLH – cura húmida controlo A/C ...

A235/A400/A500

fsk (MPa)

+ Esp – LNEC

Tipo Ambiente

Pouco agress - 2.0

Moder agress - 3.0

Muito agress - 4.0

B↑ C↓

Estados Limites

+ RSA

2008

Eurocódigo 2 – Parte 1

Projecto de Estruturas de

Betão

DNA

C12/15; ... C90/105

fck (MPa) cil/cubos

+ EN 206

A400/A500

+ Esp – LNEC

+ EN 10080 e 10138

Classes Exposição X0;

XC; XS; XD; XF; XA

C = 15 a 65mm

Qualidade do betão de

recobrimento

Estados Limites

+ EC1/EC8

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MODELOS DE ANÁLISE

E.L. Utilização� Modelo elástico linear com K

ajustado

E.L. Últimos

ELÁSTICO LINEAR S

Avaliação do Comportamento Estrutural

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E.L. Últimos� Modelo elástico linear

� Modelo elástico linear com redistribuição de esforços

� Modelo plástico

� Modelo não linear

PLÁSTICO

NÃO LINEAR

LINEAR C/ REDIST. DE ESFORÇOS

δδδδ

LINEAR C/ REDIST. DE ESFORÇOS

NÃO LINEAR

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MODELOS DE ANÁLISE

ANÁLISE ELÁSTICA COM REDISTRIBUIÇÃO DE ESFORÇOS

Exemplos:

E2

E1

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1

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MODELOS DE ANÁLISE

ANÁLISE PLÁSTICA – Carga última de uma viga

Exemplos:

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ANÁLISE PLÁSTICA

Carga última de uma laje

Exemplos:

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Consideração do efeito do nível de danos na avaliaç ão da segurança

[CEB-Bul. 162]

•••• Método simplificado

Em função do tipo e nível de danos da estrutura são estabelecidos coeficientes

empíricos para redução da resistência e rigidez:

Coeficientes r R e rk

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rR = Rres

Ri rk =

Kres

K i

Rres – resistência residual

Ri – resistência inicial

Kres – rigidez residual

K i – rigidez inicial

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rR = R res / R i

Construção Nível A Nível B Nível C Nível D

Nova 0.95 0.75 0.45 0.15

Antiga 0.80 0.60 0.30 0

rK = K res / K i = 80% rR

Danos provocados

por sismos

Dan

os li

geiro

s

Reabilitação e Reforço de EstruturasDiploma de Formação Avançada em Engenharia de Estru turas

Dan

os li

geiro

sD

anos

sev

eros

Níveis de danos nos pilares

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•••• Nível A – fissuras de flexão isoladas com larguras inferiores a 1 – 2 mm, desde que um cálculo simples demonstre que estas fissuras não sã o devidas a deficiência da armadura para as acções de dimensionamento, mas sim devidas a efeitos localizados (juntas de construção, restrições devidas a paredes divisórias , choques ligeiros, acções térmicas iniciais, retracções, etc.).

•••• Nível B – várias fissuras de flexão largas, ou fissuras de co rte diagonais isoladas com larguras inferiores a cerca de 0.5 mm, não existind o deslocamentos residuais.

•••• Nível C – fissuras de corte bi-diagonais e/ou esmagamento loc alizados no betão devidos a corte e compressão, não existindo deslocamentos res iduais apreciáveis; ocorrência de fendilhação em nós de ligação viga/pilar.

Danos provocados por sismos

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fendilhação em nós de ligação viga/pilar.

•••• Nível D – rotura do núcleo de betão do elemento, encurvadura dos varões (o elemento perdeu a continuidade mas não colapsou), existindo apenas pequenos deslocamentos residuais (verticais e horizontais); ocorrência de danos severos em nós de ligação pilar/viga.

•••• Nível E – colapso parcial de um ou mais elementos verticais.

Nota: se as condições relativas aos deslocamentos residuais não forem cumpridas num dado

nível de dano, este é aumentado para o nível seguin te.

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rK = K res / K i = 80% rR

Danos provocados por incêndios

Dan

os li

geiro

s

rR = R res / R i

Construção Nível A Nível B Nível C Nível D

Nova 0.95 0.80 0.65 0.40

Antiga 0.90 0.75 0.60 0.30

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Dan

os li

geiro

sD

anos

sev

eros

Níveis de danos nos pilares

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Danos provocados por incêndio

•••• Nível A – sem danos, excepto algum descasque mínimo do acabam ento e/ou do betão.

•••• Nível B – acabamento bastante afectado, algum descasque do be tão; microfissuração generalizada da superfície do betão e eventual cor rosada, o que dependerá dos agregados.

•••• Nível C – arranque generalizado do acabamento, descasque sign ificativo do betão e eventual cor cinzento avermelhado/esbranquiçado; os varões ainda estão aderentes ao betão, sem que mais que um varão no caso de pilares ou até 10% da armadura principal no caso de vigas e lajes, tenha encurvado.

Reabilitação e Reforço de EstruturasDiploma de Formação Avançada em Engenharia de Estru turas

no caso de vigas e lajes, tenha encurvado.

•••• Nível D – danos severos, descasque generalizado do betão deix ando à vista praticamente toda a armadura; o betão possui uma co r amarelo acastanhado; mais do que um varão no caso de pilares ou até 50% da armadura principal no caso de vigas e lajes encurvou, podendo existir distorção dos pilares; ev entuais fissuras de corte com poucos mm de largura dos pilares; eventuais fissuras de fl exão/corte com vários mm de largura nas vigas e lajes e possíveis flechas apreciáveis.

•••• Nível E – colapso parcial de elementos verticais.

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Danos provocados por corrosão de armaduras

•••• Nível A – manchas de ferrugem, alguma fendilhação longitudina l, perda de secção de armadura ≤≤≤≤ 1%.

•••• Nível B – manchas de ferrugem, alguma fendilhação longitudina l e transversal, algum descasque do betão, perda de secção da armadura a ≤≤≤≤ 5%.

•••• Nível C – manchas de ferrugem, fendilhação extensa, descasque significativo do betão, perda de secção da armadura a ≤≤≤≤ 10%.

•••• Nível D – manchas de ferrugem, fendilhação extensa, descasque do betão em algumas zonas deixando a armadura à vista, perda de secção da armadura a ≤≤≤≤ 25%, eventuais deslocamentos residuais.

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deslocamentos residuais.

•••• Nível E – manchas de ferrugem, fendilhação extensa, descasque do betão em algumas zonas deixando a armadura à vista, encurvadura da a rmadura em pilares, rotura de algumas cintas e estribos, deslocamentos residuais nítidos.

rR = Rres/Ri Idade do Betão

Nível A Nível B Nível C Nível D

Novo 0.95 0.80 0.60 0.35

Velho 0.85 0.70 0.50 0.25

rk = Kres/K i = 80% rr

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Classificação dos elementos estruturais

[CEB – GTG21]

Coeficiente de capacidade: φφφφ = R '

d

S 'd

R'd

S 'd

– Esforço residual resistente

– Esforço actuante

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−−−− Não aceitáveis φφφφ ≤≤≤≤ 0.5 é necessário intervir de imediato

−−−− Não reparáveis φφφφ << devem ser demolidos

Em função da importância e tipo de utilização da es trutura e do nível de danos verificado

serão definidos os tipos de intervenção a implement ar.

−−−− Aceitáveis φφφφ ≥≥≥≥ 1

−−−− Toleráveis 0.5 < φφφφ < 1 são aceitáveis sob certas condições, tendo em atenç ão aspectos sociais, históricos e económicos. No caso de estrut uras correntes a reparação/reforço deverá ser realizada dentro de 1 a 2 anos.

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Aspectos a considerar :

Reforço Selectivo

� Minimizar a intervenção explorando de forma eficien te a ductilidade e a

Concepção da Intervenção

Concepção e Dimensionamento do Reforço

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capacidade resistente da estrutura

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Dimensionamento do Reforço

Métodos simplificadosMétodo dos coeficientes globais

Concepção e Dimensionamento do Reforço

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Modelos numéricos completos

- simulação das tensões iniciais dos materiais existentes

- simulação dos mecanismos de transferência de tensões entre os materiais

de reforço e os existentes

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Método dos coeficientes globais

1 −−−− Determinação da resistência como se a estrutura fos se monolítica e

sem danos: Ri

2 −−−− Aplicar coeficiente de monolitismo γγγγn,R : Rr = γγγγn,R Ri

Valores a título indicativo função da tecnologia de reforço

Responsabilidade do projectista

γγγγn,R

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Responsabilidade do projectista

3 −−−− Verificar a ligação entre o material de reforço e o elemento existente

ττττSd ≤≤≤≤ ττττRd

σσσσSd ≤≤≤≤ σσσσRd

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MODELO DE COMPORTAMENTO

ESTADO LIMITE ÚLTIMO DE FLEXÃO

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VERIFICAÇÃO DA SEGURANÇA: Msd < M’rd = Mrd + ∆∆∆∆ Mrd

M’rd = γγγγ n,R Mrd (As + Asr)Método coeficientes globais �

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MODELO DE COMPORTAMENTO

E. L. ÚLTIMO DA LIGAÇÃO DA ARMADURA DE REFORÇO À ES TRUTURA

O dimensionamento pode ser

realizado adoptando um modelo

plástico ou modelo elástico

dependendo da ductilidade da

ligação

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Modelo elástico

4FSR

l0Modelo plástico

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B

A

ττττ Tensões de corte na interface

Avaliação das tensões na interface da ligação

Modelo elástico

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p2 (x3)

x1

x2

As

x2

x3

A

B

p2 (x3)

bI

SVστ

1

0,1223 ==

�Hipótese

Linha Neutra acima da Interface z b

V

b

2==

• A0 é a área da secção acima da interface;

• S0,1 é o momento estático da área A0 em relação ao eixo x1;

• I1 é o momento de inércia da secção em relação ao eixo x1.

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1. Ligação entre superfícies de betão existente/be tão novo sem conectores

•••• Aplicação restrita

−−−− Ausência de tracções

−−−− Tensões de corte baixas

−−−− Carregamentos monotónicos

−−−− Necessidade de colocar conectores no perímetro da z ona de ligação

Dimensionamento das ligações

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•••• Requer um nível de controlo de qualidade elevado

−−−− Preparação de superfícies

−−−− Composição do betão – baixa retracção

−−−− Cura do betão

A ligação é feita por ADERÊNCIA

Aderência Adesão (natureza química)

Atrito (natureza física)

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Adesão

ττττrd,a = ηηηη f'ctd

f'ctd – tensão de rotura à tracção do betão existente

ηηηη = 0.25 a 1.0 consoante o tipo de superfície [EC8-part 1.4, 1995]

ηηηη = [MC90]0.2 superfícies lisas

0.4 superfícies rugosas

Atrito

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Interfaces lisas ττττRd,f = 0.4 σσσσcd[MC90; EC8]

Interfaces rugosas ττττRd,f = 0.4 (fcd )4/3(σcd)2/3

σσσσcd – tensão de compressão na interface

As parcelas de adesão e atrito não devem ser somada s directamente com os seus valores máximos pois envol vemdeslizamentos diferentes na interface.

ATRITO

ADESÃO S (deslizamento)

ττττ

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2. Ligações entre superfícies de betão existente/b etão novo com conectores

•••• Ligação mais fiável

Mecanismos de resistência

−−−− Adesão

−−−− Atrito

−−−− Efeito de costura dos conectores

−−−− Resistência ao corte dos conectores

ττττRd = ηηηη f’ ctd + µµµµ (σσσσcd + ρρρρb fsyd,b ) ≤≤≤≤ 0.25 f’ cd[MC90]

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coesão atrito efeito decostura

τ σn

ws

τ

σs

σs

σn

ρρρρb ≥≥≥≥ 0.10% percentagem da área dos conectores

s – Deslizamento entre Facesw – Afastamento entre Facesτ – Tensão de Corte na Interfaceσs – Tensão de tracção nas Armaduras Transversais à Interfaceσn – Tensão de Compressão sobre a Interface.

Efeito de Costura

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[EC2]

αααα

Distribuição da armadura de costura

vRd,i = c fctd + µµµµ σσσσn + ρρρρb fyd,b (µµµµ sen αααα + cos αααα) ≤≤≤≤ 0.5 νννν fcd atrito e feito de costura

coesão

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Tipos de

superfície Descrição c µµµµ

Muito lisa Cofragem metálica; plástico; madeira lisa

(Superfícies cofradas) 0.25 0.5

Lisa Superfícies não cofradas ou com cofragem

rugosa 0.35 0.6

Rugosa Superfície com rugosidade mínima de

3mm e espaçamento ∼∼∼∼40mm 0.45 0.7

Indentada Indentações com geometria definida (EC2) 0.50 0.9

Para cargas dinâmicas ou cíclicas os valores de C d evem ser reduzidos a metade

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Resistência ao corte dos conectores

VRd,b = φφφφ2b [ ]1 + (1.3 εεεε)2 −−−− 1.3 εεεε fcd fsyd.b (1 −−−− ττττ2) <

As.b fsyd.b

3

εεεε = 3 lφφφφb

fcd

fsyd.b ττττ =

σσσσs.b

fsyd.b As,b =

ππππ φφφφ2b

4

φφφφb – diâmetro do conector

[MC 90]

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As,b – área da secção do conector

l – excentricidade da carga

σσσσs,b – tensão de tracção no conector

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3. Ligação entre superfícies de betão existente/re sina/chapas metálicas sem conectores

•••• A ligação é feita por ADESÃO

−−−− Adesão resina/betão

−−−− Adesão resina/aço

•••• Aspectos a considerar

• necessário colocar conectores ou outros dispositivo s de amarração nas extremidades

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das chapas para absorver as forças de arranque que aí se geram

• amarração fora das zonas críticas de potencial form ação de rótulas plásticas

• protecção contra o fogo

• controlo de qualidade elevado: preparação de superf ícies, resina, injecção ou colagem

ττττrd,g = f 'ctkγγγγm

= f 'ctd [CEB GTG21]

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NRd,b,n ≥≥≥≥ max

Nsd.r -

23 NRd.g

Nsd.r

2

NRd.g = lg b f 'ctd

Amarração nas extremidades [EC8]

NSd,r = As,r fsyk ≤≤≤≤ NRd,g + NRd,b,n

adesão conectores

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NRd.g = lg b f 'ctd

lg – comprimento da amarração

b – largura da chapa

NRd,b,n = n NRd,b

n – número de conectores

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4. Ligação entre superfícies de betão existente/re sina/chapas metálicas com conectores

Chapas metálicas com conectores

•••• Ligação mais fiável

A ligação é feita por: −−−− Adesão resina/betão

−−−− Resistência ao corte dos conectores

ττττRd = ττττRd,g + ττττRd,b

−−−− ττττ = f 'ctd + 0.2 MPa [CEB – GTG 21]

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−−−− ττττRd,g = f 'ctd + 0.2 MPa [CEB – GTG 21]

implica →→→→ 2 conectores por secção com espaçamentos ≤≤≤≤ 200mm

Considerando que a mobilização da resistência das pa rcelas da adesão e conectores envolvem deslizamentos diferentes:

−−−− ττττRd,b = γγγγn,R n VRd.b

Ac

VRd,b – resistência ao corte de cada conector

n – número de conectores

Ac – área da interface

γγγγn,R = [0.7] coeficiente de monolitismo

−−−− ττττRd,g ≈≈≈≈ 0.5 Mpa e ττττRd,b = n VRd.b

Ac [IST]

Alternativa:

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TIPOS DE INTERVENÇÃO DE REFORÇO ESTRUTURAL

Reforço por Adição deArmaduras Exteriores

Reforço com Encamisamento (Armaduras e Betão/Argamassas )

Chapas Metálicas

Fibras de carbono, vidro, aramida(CFRP; GFRP; AFRP)

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Pré-esforço Exterior

Substituição por Novos Elementos

Adição de Novos Elementos

Cabos de aço

Laminados de carbono

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REFORÇO POR ADIÇÃO DE ARMADURAS EXTERIORES

Reforço por colagem de chapas metálicas

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Reforço por colagem de chapas metálicas

•••• Campos de aplicação

−−−− Quando há deficiência de armaduras

−−−− O betão é de boa/média qualidade

−−−− É inconveniente o aumento das secções

−−−−

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−−−− O reforço é moderado

−−−− Reforço em vigas ao momento flector e esforço trans verso

−−−− Reforço em lajes ao momento flector

−−−− Mais adequado para acções monotónicas

−−−− (Não se aplica no reforço à compressão -tendência d as chapas a encurvarem-)

−−−− (Pouco eficaz para o reforço à acção sísmica)

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•••• Aspectos principais da solução

−−−− Rapidez de execução e interferência mínima na utili zação da estrutura

−−−− Susceptibilidade à exposição solar, problemas de fl uência para cargas permanentes, mau

comportamento ao fogo e à fadiga

−−−− Requer elevado controlo de qualidade: preparação de superfícies, características da resina, execução dos trabalhos, ...

−−−− Requer empresas e pessoal técnico especializado

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−−−− A espessura das chapas varia, em geral, de 3 a 10mm

−−−− O aço deve trabalhar a baixas tensões por forma a n ão serem necessárias deformações

excessivas para mobilizar a sua capacidade resisten te ⇒⇒⇒⇒ Fe 360

−−−− A colagem é feita com resina epóxi aplicada por inj ecção ou por espatulamento

−−−− A ligação deve ser complementada com conectores e a s chapas devem ser

convenientemente amarradas nas extremidades

−−−− As chapas devem ser protegidas contra a corrosão e a acção do fogo.

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•••• Características médias da resina

−−−− Resistente à compressão 80 a 120 MPa

−−−− Resistência à tracção 40 a 55 MPa

−−−− Resistência à tracção por Flexão 25 a 35 MPa

−−−− Resistência ao corte 12 a 20 MPa

−−−− Adesão Aço-Resina 1 a 6 MPa

−−−− Adesão Betão-Resina 2 a 8 MPa

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−−−− Módulo de Elasticidade 2 a 17 GPa

−−−− Coeficiente de Poisson 0.27

−−−− Coeficiente de Fluência para uma compressão

de 40 MPa 12

−−−− A espessura da camada da resina de colagem deverá s er a menor possível por forma

a reduzir as deformações a longo prazo por fluência ⇒⇒⇒⇒ (e ≤ 1 a 3 mm)

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1 – Escoramento- Controlar: deformação das secções;

deslocamentos

- Evitar colapsos durante a reparação

2 – Preparação da superfície

���� garantir ligação adequada entre as chapas e o betão

a) tornar as superfícies rugosas – martelo de agulha s;

jacto de areia;

EXECUÇÃO

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jacto de areia;

jacto de água de alta pressão

b) limpeza – jacto de água

3 – Colocação das chapas– furação do betão; colocação dos conectores

4 – Colagem das chapas

– selagem e injecção de resina epóxi

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EXECUÇÃO

Preparação de superfíciesMartelo de agulhas

Jacto de areia

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Jacto de água

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EXECUÇÃO

Preparação de superfíciesJacto de água de alta pressão

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Diferentes níveis de preparação de superfície

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EXECUÇÃO

Preparação de superfícies

Jacto de areia e água

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EXECUÇÃO

Colocação e colagem das chapas

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CONTROLO DE QUALIDADE

ENSAIO DA LIGAÇÃO RESINA - BETÃO

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CONTROLO DE QUALIDADE

ENSAIO DA LIGAÇÃO RESINA – CHAPA METÁLICA

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REFORÇO À FLEXÃO

SEM CONECTORES COM CONECTORES

Recomendações:

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ts ≤≤≤≤ 4mm t s ≤≤≤≤ 12mm

tg ≤≤≤≤ 2mm t g ≤≤≤≤ 2mm

50 ≤ bs ≤ 300mm

As,r ≤≤≤≤ 3/4 As,i

∆∆∆∆MRd,r ≤≤≤≤ 0.5 MRd,i ∆∆∆∆MRd,r ≤≤≤≤ MRd,I

La,min ≥≥≥≥ bs ; 200mm

γγγγn,k = γγγγn,M = 1.0 γγγγn,k = 0.9; γγγγn,M = 1.0

80 ≤ bs ≤ (300mm)

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REFORÇO À FLEXÃO - Dimensionamento

Modelo de comportamento

Método dos coeficientes globais

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admitindo z ≈≈≈≈ 0.9 d obtém-se:

Coeficientes de monolitismo: γγγγn,M = 1.0 (γγγγn,k = 0.9)

Mrd ≈≈≈≈ As,eq 0.9 deq fyd,i = fyd,i

As,i 0.9 di + As,r 0.9 dr fyd,rfyd,i

Mrd = As,eq Zeq fyd,i = As,i Zi fyd,i + As,r Zr fyd,r

As,r =

fyd,i

fyd,r

As,eq deqdr

−−−− As,i d idr

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Verificação da ligação

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Distribuição plástica das tensões de aderência

•••• Ligação sem conectores

FSd = As,r fsyd,r ≤≤≤≤ ττττrd bs L2

ττττRd ≤≤≤≤ fctd

•••• Ligação com conectores

FSd = As,r fsyd,r ≤≤≤≤ n VRd,b + ττττRd bs L2

ττττRd ≈≈≈≈ 0.5 MPa

Mais ancoragem das chapas nas extremidades

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REFORÇO AO ESFORÇO TRANSVERSO

SEM CONECTORES COM CONECTORES

Recomendações:

hshs

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ts ≤≤≤≤ 3 mm t s ≤≤≤≤ 8 mm

tg ≤≤≤≤ 2 mm t g ≤≤≤≤ 2 mm

hs ≥≥≥≥ 100 ts hs ≥≥≥≥ 100 ts

∆∆∆∆VSd ≤≤≤≤ 1/2 Vsd,i

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Verificação da segurança de vigas ao esforço transv erso

Vsd ≤≤≤≤ Vmaxrd = 0.6 fcd bz sen θθθθ cos θθθθ

Vsd ≤≤≤≤ Vrd = γγγγn,v ( )Vrd,i + Vrd,r

Asw,i Asw,r

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Vrd = γγγγn,v

0.9 di Asw,i

s cotg θθθθ fyd,i + 0.9 dr Asw,r

s cotg θθθθ fyd,r

Coeficiente de monolitismo γγγγn,V = 0.9

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Soluções de reforço

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REFORÇO DE PILARES

Pormenores de ligações

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Pormenores de ligação das armaduras nos nós

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REFORÇO DE PILARES

Ligação das armaduras à fundação

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Verificação da Segurança

As,eq = As,i + As,r fyd,rfyd,i

Método dos coeficientes globais

Coeficiente de monolitismo: γγγγn,V = 0.9

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ENSAIO

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MRd (KNm)

MR,i (KNm)

MR,r2 (KNm)

Mu (KNm)

1561.2 1034.9 2777 2760