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RELATÓRIO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL 2004

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2 A SABEDORIA FINANCEIRA AO SERVIÇO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Mensagem do Presidente da Comissão Executiva do Banco Espírito Santo 5

01 Consolidar o Caminho para o Desenvolvimento Sustentável 71.1 Declaração de Princípios do Desenvolvimento Sustentável do Grupo BES 101.2 O Grupo BES no Global Compact - os princípios de uma conduta sustentável 131.3 O Grupo BES na RSE Portugal - o diálogo com o sector empresarial português 141.4 Global Reporting Initiative - uma metodologia para prestar contas 141.5 Universo Abrangido pelo Relatório 15

02 Perfil do Grupo Banco Espírito Santo 172.1 O Grupo Banco Espírito Santo 182.2 Presença do Grupo BES no Mundo 242.3 História do Grupo BES 262.4 Actividade Económica e Performance do Grupo BES 28

03 Realizar Mais com os Accionistas e Investidores 333.1 Órgãos Sociais do Grupo BES 353.2 Corporate Governance do Grupo BES 373.3 A Administração da Sociedade 38

3.3.1 Composição do Conselho de Administração 393.3.2 Remuneração do Conselho de Administração 40

3.4 Regras de Controlo da Sociedade 403.4.1 Controlo Interno 40

3.4.1.1 Fraude e Branqueamento de Capitais 433.4.2 Controlo Externo 45

3.5 Remuneração dos Accionistas 463.6 Divulgação da Informação 46

04 Realizar Mais com os Colaboradores 494.1 Dialogar com os Colaboradores - os eixos da comunicação interna 52

4.1.2 A Perspectiva dos Colaboradores sobre o Realizar Mais 534.1.3 Diagnosticar a Satisfação dos Colaboradores - inquérito Great Place to Work 564.1.4 BESWEB 564.1.5 BES@ctual 574.1.6 Portal de Recursos Humanos 57

4.2 Caracterização dos Colaboradores do Grupo BES 574.3 Promover o Talento 59

4.3.1 Apoiar o Desenvolvimento da Carreira e Formação 594.4 Partilhar os Sucessos com os Colaboradores 604.5 Promover os Direitos 614.6 Apoiar a Vida Familiar - subsídio à primeira infância e bolsas universitárias 624.7 Promover o Bem-Estar e Compreender o Absentismo - a saúde dos Colaboradores 63

4.7.1 Assegurar a Saúde dos Colaboradores do BES Angola 654.7.2 Promover o Bem-Estar através da Alimentação 654.7.3 Promover o Bem-Estar através do Lazer 66

4.8 Promover o Acesso ao Crédito com Taxa Bonificada 67

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05 Realizar Mais com os Clientes 695.1 Segmentação dos Clientes 715.2 72Novos Produtos para Novas Expectativas5.3 Tornar o Serviço Bancário Mais Acessível 74

5.3.1 Internet Banking - BESnet 755.3.2 Call Center - BESdirecto 75

5.4 Compromisso - balcões sem barreiras 755.5 Tr 76ara a Satisfação do Clienteabalhar p

5.5.1 Inquéritos de Satisfação 765.5.2 Cliente Mistério 775.5.3 Monitorização dos Níveis de Serviço 775.5.4 Resolução das Reclamações 77

06 Realizar Mais com a Comunidade 816.1 84Dar Esperança - o apoio social

6.1.1 Realizar Mais Sonhos 846.1.2 Poupança BES Júnior - cada conta conta 866.1.3 El Rastrillo - impulsionar uma feira social 876.1.4 Realizar Mais no Natal em Parceria com a TVI 886.1.5 Programa de Voluntariado 926.1.6 Apoio às Vítimas dos Incêndios do Verão de 2003 94

6.2 Estimular a Criação Artística 956.2.1 BES - Mecenas da Fotografia em Portugal 966.2.2 Conservar e Dinamizar o Património 100

6.3 O Desporto Faz Equipa com a Solidariedade 1036.4 Promover Talentos 105

6.4.1 Ensino, Ciência e Inovação 1056.4.2 Prémio AMI - jornalismo contra a indiferença 108

6.5 Realizar Mais com o Ambiente 1096.5.1 Economato 1096.5.2 Energia e Água 1106.5.3 Reciclagem de Consumíveis de Equipamentos 1106.5.4 Project Finance 111

07 Realizar Mais com os Fornecedores 1137.1 Princípios de Relacionamento com Fornecedores do Grupo BES 115

08 Compromissos para 2005 119

09 123

10 Conceitos Base do Desenvolvimento Sustentável 133

Contactos 139

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Indicadores Global Reporting Initiative

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A Sabedoria Financeira ao Serviço do Desenvolvimento Sustentável

O segundo relatório de responsabilidade social do Grupo Banco Espírito Santo, à semelhança do verificado em2004, reflecte um aprofundamento do compromisso de prestação de contas e divulgação aos diferentes agentesinteressados dos eixos de actuação no contexto do papel do Grupo BES numa gestão socialmente responsável.

Ao longo da sua história, o Grupo Banco Espírito Santo contribuiu para o desenvolvimento económico e socialde Portugal. Esta continua a ser, inquestionavelmente, um dos aspectos da sua missão. Este relatório desti-na-se, assim, a ilustrar e partilhar o esforço realizado no sentido de trilhar o caminho que nos permita serviresse objectivo criando, em simultâneo, valor para os nossos diferentes stakeholders: Clientes, Colaboradores,

Diferentes iniciativas foram realizadas no decorrer deste ano.

Com os Colaboradores, foi desenvolvido um programa de concessão de bolsas de estudos e subsídios àprimeira infância para os filhos dos Colaboradores com rendimentos mais baixos e reafirmou-se a apostacontínua na formação de todos aqueles que fazem parte do Grupo BES.

O compromisso de consciencializar os Fornecedores do Grupo para a temática da sustentabilidade, convi-dando-os a aderirem à observância de normas básicas dos Direitos Humanos e ambientais, essenciais paraa construção de uma sociedade alicerçada no desenvolvimento sustentável, foi outra meta atingida.

No que diz respeito aos nossos Accionistas e Investidores continuamos a apostar na transparência da infor-mação divulgada, fortalecendo cada vez mais a relação de confiança existente.

Foi igualmente um ano em que a actuação do Grupo BES na Comunidade envolveu acções tanto no âmbitode mecenato cultural, como no âmbito do apoio a diversas instituições de Solidariedade Social, tanto apoiosmonetários como apoios que envolveram a participação dos seus Colaboradores em regime de voluntariado.

Accionistas, Fornecedores e restante Comunidade.

Realizar Mais é o compromisso que continuaremos a assumir para 2005. Neste próximo ano pretendemosconsolidar um plano de actuação cada vez mais integrado e sustentado numa lógica multistakeholder.

Dos principais compromissos para 2005 fazem parte o reforço da comunicação interna com osColaboradores, o fortalecimento da comunicação externa com os Clientes, nomeadamente com informação

ar a sua literacia financeira. A consolidação do papel do Grupo na promoção da investi-gação e da inovação em Portugal, através de parcerias com as universidades, escolas e o sector empresa-rial é outro dos compromissos com a Comunidade. Por último, pretendemos continuar a divulgar junto dosnossos Fornecedores o nosso conjunto de Princípios de Conduta e convidá-los para a adopção de práticasresponsáveis e sustentáveis.

Em meu nome e em nome de todos os membros da Comissão Executiva quero agradecer a todos os par-ceiros envolvidos que permitiram não apenas alcançar a

que permita melhor

performance evidenciada ao nível dos resultadoseconómicos e financeiros, como também no sentido de contribuir para continuar a acrescentar valor, robusteze consistência ao projecto de cidadania empresarial do Grupo Banco Espírito Santo.

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8 A SABEDORIA FINANCEIRA AO SERVIÇO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Consolidar o Caminhopara o Desenvolvimento Sustentável O ano de 2003 foi para o Grupo Banco Espírito Santo (Grupo BES) um marco no aprofundamento doscompromissos com o desenvolvimento sustentável. Com a divulgação do primeiro relatório de respon-sabilidade social, em 2004, o Grupo BES direccionou o percurso da cidadania empresarial para objectivose compromissos específicos junto dos seus stakeholders.

Neste segundo relatório, o Grupo BES reitera o objectivo de prestar contas aos seus parceiros e agentes daenvolvente em que opera sobre os compromissos enunciados no primeiro relatório e sobre o contributo doGrupo, ao longo de 2004, para o desenvolvimento da sociedade, em termos económicos, sociais e ambientais.

Este relatório diferencia-se, entre outros aspectos, do primeiro relatório, de Março de 2004 pelo seguinte:1. segue a metodologia sugerida pela Global Reporting Initiative (GRI), na linha com que são as melhores práti-

cas internacionais neste domínio;2. ao respeitar este modelo, o relatório evoluiu de uma perspectiva de cidadania empresarial para uma lógica

de sustentabilidade.

Dando continuidade à intenção de prestar contas aos diferentes stakeholders, através do lançamento de umrelatório de responsabilidade social, o primeiro de uma instituição financeira portuguesa específico sobre estatemática, a segunda edição reforçou a preocupação do Grupo BES para com o Desenvolvimento Sustentável,mediante uma gestão baseada nos 3 P’s (People, Planet, Profit) ou Triple Bottom Line: uma gestão norteada porobjectivos relacionados, não só com a rentabilidade, mas também com uma preocupação com as pessoas e omeio ambiente.

Para tornar mais visível a sua gestão socialmente responsável, o Grupo BES criou, em 2004, o programaRealizar Mais, que agrega todas as iniciativas de responsabilidade social do Grupo BES e projecta a von-tade de continuar a sofisticação que resulta de uma aposta que já tem tradição. Assim, e a partir do anode 2004, o plano de acção começou a estar subjacente a este programa, que permitiu tangibilizar a políti-ca de responsabilidade social num conceito inovador no mercado português, que se prende com a mis-são de divulgar as boas práticas do Grupo em si mesmo um acto de responsabilidade social, na medidaem que potencia a transparência, a clareza e o diálogo com as partes interessadas, submetendo-se aoescrutínio dos diferentes stakeholders.

Na sequência do programa Realizar Mais a estratégia de responsabilidade social começou a ser expressapor um inovador modelo de gestão, que se encontra, neste momento, em implementação, que reflecte osvalores de consistência e continuidade da política de sustentabilidade do Grupo BES e encerra, ao mesmotempo, um conceito de comunicação que torna visível o comprometimento do Grupo perante a sociedade.

01

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01 CONSOLIDAR O CAMINHO PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Adopção das melhores práticas da Responsabilidade Socialbaseada na consistência, confiança e continuidade

Criação de valor para Clientes,Colaboradores e Accionistas

Aumento do nívelde bem-estar da Comunidade

Modelo de Gestão de Responsabilidade Social do Grupo BESOs 3 C’s do Realizar Mais - conceito integrador da Responsabilidade Socialdo Grupo BES

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10 A SABEDORIA FINANCEIRA AO SERVIÇO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

1.1 Declaração de Princípios do Desenvolvimento Sustentável do Grupo BES

O desenvolvimento sustentável propõe um modelo “que satisfaça as necessidades do presentesem comprometer a capacidade das futuras gerações satisfazerem as suas próprias necessi-dades”. 1

Face a este apelo inadiável, o Grupo BES chamou a si o compromisso de cooperar com todasas partes interessadas que têm a responsabilidade de contribuir para o sucesso do desenvolvi-mento sustentável (Clientes, Colaboradores, Accionistas, Fornecedores e Comunidade).

A Declaração de Princípios de Desenvolvimento Sustentável do Grupo BES sintetiza o objectivode orientar todas as suas operações e de criar interacção positiva entre o desenvolvimentoeconómico, o desenvolvimento social e a protecção do ambiente.

Este modelo dos

(1) Comissão de Brutland - Comissão Mundial para o Ambiente e Desenvolvimento.

três C's norteia, em essência, os passos da concretização da responsabilidadesocial do Grupo BES. Segundo este sistema, o envolvimento das partes interessadas e a gestão dassuas expectativas está subjacente a todo o processo de Realizar Mais, desde o compromissoassumido pela Comissão Executiva até à concretização das iniciativas, transversal a todos os agentesinternos e, finalmente, à comunicação do desempenho do Grupo, por outras palavras, a prestaçãode contas, de que este relatório é seu apanágio.

O modelo dos 3 C's é gerido por um núcleo de responsabilidade social, criado em 2003, e quetrabalha esta temática da forma como a responsabilidade social é encarada pelo Grupo BESem termos de estrutura, ou seja, uma vez que existem diversos stakeholders, são os diferentesresponsáveis directos pelo relacionamento com as diferentes partes interessadas que desen-volvem as temáticas e garantem a fidedignidade dos dados apresentados neste relatório:• Departamento de Qualidade de Serviço - Clientes;• Departamento de Pessoal - Colaboradores;• Direcção de Negociação de Compras - Fornecedores;• Gabinete de Relações com Investidores - Accionistas , Investidores e Analistas;• Departamento de Comunicação - Comunidade.

Do diálogo com a envolvente faz igualmente parte a adesão do Grupo BES ao Global Compacte à RSE Portugal, enquanto elo de partilha e promoção dos valores do desenvolvimentosustentável. Ao mesmo tempo, este vínculo reforça o comprometimento do Grupo com asorientações do desenvolvimento sustentável, a um nível institucional.

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01 CONSOLIDAR O CAMINHO PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DO GRUPO BANCO ESPÍRITO SANTO

Princípios de Desenvolvimento Sustentável

1 – O compromisso geral para o desenvolvimento sustentável orienta a nossa actuação

– Considerar o desenvolvimento sustentável como um aspecto fundamental de uma gestão económica saudável;– procurar integrar, cada vez mais, esta abordagem na gestão quotidiana, desenvolvendo sistemas de avaliação e de

medição dos progressos realizados.

2 – O comportamento ético e a integridade pessoal e profissional guiam o desenvolvimentodas nossas actividades

– Considerar a primazia dos interesses dos Clientes e o respeito pela integridade dos mercados como princípiosfundamentais para o Grupo BES;

– assumir, enquanto membro do Global Compact, o compromisso de respeitar e fazer respeitar os DireitosHumanos na sua esfera de influência;

– opôr-se frontalmente a qualquer prática que envolva fraude e /ou que se inclua na classificação de branqueamen-to de capitais, comprometendo-se, uma vez identificadas na sua esfera de influência, a denunciá-las junto dasautoridades competentes. A fraude e branqueamento de capitais constituem uma ameaça ao sistema financeiroem geral e à actividade bancária em particular. O Grupo BES está empenhado em continuar a desenvolver meca-nismos de prevenção e de controlo internos, que permitam combater esta actividade delituosa.

3 – A transparência é a nossa exigência

– Promover altos padrões de transparência na gestão das actividades do Grupo e das actividades financiadas;– considerar indispensável para os mecanismos dos mercados financeiros que sejam promovidos padrões exigentes

em relação ao governo das sociedades.

4 – Reconhecemos que o sector financeiro tem um papel determinante para o desenvolvi-mento ambiental

– Apoiar o princípio de precaução para a gestão ambiental, que tenta antecipar e prevenir uma potencialdegradação ambiental;

– trabalhar para integrar considerações ambientais nas operações, na gestão de recursos, e outras decisões empresari-ais, em todos os mercados em que o Grupo opera. O Grupo reconhece que identificar e quantificar riscos ambi-entais devem fazer parte do processo normal da gestão de risco, nas operações locais e internacionais;

– procurar melhor prática em gestão ambiental, incluindo a eficiência de energia, a reciclagem e a redução dedesperdícios; o Grupo BES procurará criar relações empresariais com Parceiros e Fornecedores que seguem osmesmos padrões ambientais; desenvolver produtos e serviços que promovam a protecção ambiental;

– dar acesso a financiamentos comerciais que contribuam para o desenvolvimento tecnológico nos sectores daenergia, da água e da gestão dos resíduos faz parte dos papéis essenciais do sector financeiro.

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12 A SABEDORIA FINANCEIRA AO SERVIÇO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Realizar Mais - um conceitoinovador que norteia aresponsabilidade socialdo Grupo

Para albergar todas as iniciativasde responsabilidade social e divulgar,de forma clara, junto de todas as partesinteressadas, as acções desenvolvidasnesse âmbito, o Grupo BES criou oprograma Realizar Mais.

A criação de um conceito de comuni-cação que traduz a política de respon-sabilidade social de uma empresaé inovadora no mercado portuguêse torna visível o comprometimento doGrupo perante a sociedade.

A escolha do conceito Realizar Maisexplica-se da seguinte forma: por umlado, em responsabilidade social o queconta são os actos, portanto o que seconsegue Realizar. Por outro, deve exis-tir a noção clara do aperfeiçoamento,do contributo sempre crescente para asustentabilidade, traduzido no Mais.

Para o Grupo BES, a sua co-responsa-bilidade para criar uma sociedadepróspera, é, pois, entendido por umpermanente Realizar Mais.

realizarMAIS

5 – A criação de valor é o nosso objectivo

– Estar convicto que os Accionistas do Grupo BES, assim como os Clientes e outras partesinteressadas vão beneficiar da estratégia de desenvolvimento sustentável.

6 – O Cliente está no centro das nossas preocupações

– Conciliar os princípios e práticas do negócio com o interesse e melhoria da qualidade doserviço ao Cliente;

– promover o desenvolvimento sustentável junto dos Clientes faz também parte do com-promisso do Grupo.

7 – O diálogo com as partes interessadas é o ponto de partidado exercício da responsabilidade social

– Reconhecer que o diálogo e a transparência na relação com as partes interessadas sãoparte integrante da responsabilidade social do Grupo;

– querer ser um Grupo aberto, atento às expectativas das partes interessadas e desenvolvermecanismos de gestão do diálogo;

– informar, dar a conhecer a actuação em matéria de desenvolvimento sustentável faz partedos compromissos do Grupo.

8 – A qualidade e o bem-estar da nossa equipa é a chavedo nosso sucesso

– Querer valorizar e recompensar a excelência e a eficiência, tão essenciais para a criaçãode valor ;

– promover a igualdade de oportunidades;– procurar ajudar os Colaboradores a conciliar a sua vida familiar e a vida profissional.

9 – A solidariedade nacional e internacional é um aspecto incontornávelda nossa missão/actuação

– Acreditar que uma sociedade saudável requer um desenvolvimento em equilíbrio e igual-dade de oportunidades;

– estar empenhado no apoio às instituições sociais e culturais;– estar consciente da importância de dar acesso ao financiamento a entidades provenientes de

economias em desenvolvimento ou às comunidades desfavorecidas, como forma de gerir riscosinerentes às desigualdades.

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01 CONSOLIDAR O CAMINHO PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DO GRUPO BANCO ESPÍRITO SANTO

1.2 O Grupo BES no Global Compact - os princípios de uma conduta sustentável

O Global Compact é um conjunto de princípios universais de conduta empresarial, desenvolvi-dos pelas Nações Unidas em 1999. Surgiu da iniciativa do Secretário-Geral, Kofi Annan, queapelou a todos os dirigentes empresariais, à sociedade civil e aos governos para se uniremnuma acção colectiva que promova uma economia mundial mais sustentável e participativa.

As empresas subscrevem os princípios voluntariamente, comprometendo-se a guiar a sua con-duta empresarial por eles e a disseminá-los junto das suas partes interessadas.

Ao subscrever o Global Compact o Grupo BES compromete-se a incluir em todas as suas activi-dades e estratégias os princípios do Pacto e a impulsionar e promover parcerias com vista aapoiar os objectivos das Nações Unidas.

O Grupo BES promoveu a divulgação do Pacto Mundial2 junto dos seus Colaboradores e seusprincipais Fornecedores, através de iniciativas de informação e comunicação.

Os dez princípios derivam da Declaração Universal dos Direitos Humanos, da Declaração dePrincípios da Organização Mundial do Trabalho, do Programa das Nações Unidas para oDesenvolvimento e do Programa das Nações Unidas para o Ambiente.

Direitos HumanosPrincípio 1: As empresas devem apoiar e respeitar

a protecção do Direitos Humanosproclamados internacionalmente; e

Princípio 2: certificar-se de que não são cúmplicesem violações dos Direitos Humanos.

Normas laboraisPrincípio 3: As empresas devem apoiar a liberdade

de associação e o reconhecimentodo direito à negociação colectiva;

Princípio 4: eliminar todas as formas de trabalho forçadoe obrigatório;

Princípio 5: abolir efectivamente o trabalho infantil; ePrincípio 6: eliminar a discriminação no domínio

do emprego e da actividade profissional.

AmbientePrincípio 7: As empresas devem apoiar uma abordagem

preventiva no que diz respeito aos problemasambientais;

Princípio 8: adoptar iniciativas que visem promoveruma maior responsabilidade ambiental; e

Princípio 9: incentivar o desenvolvimento e a difusãode tecnologias favoráveis ao ambiente.

Anti-CorrupçãoPrincípio 10: O meio empresarial deve lutar contra todas

as formas de corrupção, incluindo extorsãoe suborno.

www.unglobalcompact.org

(2) Pacto Mundial = Global Compact

10 Princípios do Global Compact

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1.3 O Grupo BES na RSE Portugal – o diálogo com o sectorempresarial português

A RSE Portugal é uma associação sem fins lucrativos que integra um con-junto de instituições europeias ligadas à Corporate Social Responsibility Europe,instituição sediada em Bruxelas e apoiada por um conjunto de grandesempresas europeias que tentam promover e disseminar o conceito deresponsabilidade social das empresas, a nível nacional e europeu.

A RSE Portugal pretende promover, dinamizar e divulgar projectos inter-

O Grupo BES aderiu à

-empresariais, tanto nacionais como europeus e dar maior visibilidade àsempresas com práticas socialmente responsáveis.

RSE Portugal por entender que é seu papel partici-par em grupos de reflexão sobre o desenvolvimento sustentável e apoiar apromoção e a divulgação do conceito em Portugal.

A Global Reporting Initiative (GRI) é uma instituição independente, multistake-holder que nasceu de uma iniciativa conjunta da organização não governa-mental Coalition for Environmentally Responsible Economics (CERES) e oPrograma Ambiental das Nações Unidas (UNEP), actuando também atravésdo Global Compact. A GRI parte da convicção de que a prestação decontas pelo desempenho económico, ambiental e social se deve tornarprática rotineira das organizações.A sua principal missão consiste em desen-volver e disseminar, globalmente, princípios orientadores para a elaboraçãodos relatórios de sustentabilidade das empresas.

A decisão do Grupo BES prestar contas às suas partes interessadas sobre oseu desempenho económico, social e ambiental, numa base regular, levou aque a elaboração do relatório tivesse em linha de conta a metodologia su-gerida pela GRI.A matriz de construção de relatórios sugerida por esta orga-nização internacional multistakeholder, permite a organização estruturada eclara da informação e um alinhamento das iniciativas de responsabilidadesocial de acordo com os mais elevados standards internacionais.

14 A SABEDORIA FINANCEIRA AO SERVIÇO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

“Hoje as empresas, ou parte delas, estão a assumir convictamenteum papel mais activo na defesa dos valores essenciais dasociedade, tomando, para tal, determinadas iniciativas, quer interna-mente, quer junto das comunidades, no sentido de poderem con-tribuir para o desenvolvimento sustentável das sociedades.

Ser socialmente responsável começa assim a ser visto, por um con-junto alargado de organizações, como um factor essencial para asua sobrevivência num mercado extremamente competitivo e exi-gente no que concerne ao papel social das empresas.

Torna-se, também, cada vez mais claro que os vários stakeholderscomeçam a exigir por parte das empresas uma intervenção maisampla nas questões sociais, não numa lógica de substituição dopapel do Estado, mas ao nível das questões relacionadas com agestão da reputação e imagem das organizações, como ao nível dagestão das expectativas das partes interessadas.

A RSE Portugal congratula assim o BES pelo facto de, no seguimentodo documento produzido o ano passado, que foi também o primeirorelatório publicado no sector, lançar o seu segundo relatório social,dando,desta forma,uma perspectiva de continuidade no que concerneà sua visão estratégica enquanto entidade geradora de riqueza, deempregos, mas também enquanto relevante actor social com umpapel activo e interventivo, quer a nível interno, quer na comunidade.”

Gonçalo Torres PernasDirector Executivo da RSE Portugal

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É, então, neste contexto que a RSE Portugal - AssociaçãoPortuguesa para a Responsabilidade Social das Empresas surgecomo uma instituição que pretende dar maior visibilidade às orga-nizações que apostam de uma forma clara e honesta nas suasresponsabilidades sociais numa perspectiva de longo prazo, garantindosimultaneamente uma clara vantagem competitiva.

1.4 A Global Reporting Initiative - uma metodologia para prestar contas

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01 CONSOLIDAR O CAMINHO PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DO GRUPO BANCO ESPÍRITO SANTO

O Grupo BES compromete-se a seguir a estrutura da GRI e a aferir a sua performancesegundo os indicadores ambientais, económicos e sociais estabelecidos por esta entidade. Écompromisso do Grupo BES prosseguir a sua actuação no sentido do cumprimento pleno dosrequisitos estabelecidos nesses indicadores.

Um dos principais benefícios decorrentes da utilização das directrizes e dos indicadores da GRIé a comparabilidade dos dados da gestão sustentável, permitindo às empresas medir osresultados periodicamente e estabelecer novas metas, facilitando a todas as partes interessadasa compreensão da informação.

No final deste relatório encontra-se uma tabela com os indicadores económicos, sociais eambientais que a GRI considera como matriz de avaliação da sustentabilidade de uma empresa.

Estas directrizes são o resultado de um trabalho intensivo junto de múltiplas partes interes-sadas, sendo consideradas, neste momento, o resultado mais consensual e mais próximo darealidade das empresas. Contudo, a GRI reconhece que o desenvolvimento de uma matriz glo-balmente aceite e que os desafios distintos de cada sector exigem um contínuo trabalho deaperfeiçoamento e a criação de linhas orientadoras específicas por área de actuação. A criaçãode indicadores de desempenho social para o sector financeiro é disso reflexo. Ainda para osector da banca, a UNEP e a GRI estão a ultimar a criação de um conjunto de indicadores dedesempenho ambiental.

1.5 Universo Abrangido pelo Relatório

O universo do Grupo analisado neste relatório refere-se, em geral, às seguintes sete empresasdo Grupo BES: Banco Espírito Santo (BES), Banco Internacional de Crédito (BIC),AgrupamentoComplementar Empresas (ACE), Banco Espírito Santo Angola (BESA), Banco Espírito SantoEspanha (BESSA), Banco Espírito Santo de Investimento (BESI) e Banco Best, as quaisrepresentam cerca de 79,88% da força de trabalho do Grupo BES. No entanto, no capítuloPerfil do Grupo Banco Espírito Santo os dados apresentados dizem respeito a todas as empresasque consolidam no Banco Espírito Santo. Nos próximos anos pretende-se alargar este universo.

Peso da Força de Trabalho das Empresas do Universo do Relatório

ACE 14%

BES Espanha 6%

BES 62%

BES Angola 2%

BIC 13%

Banco Best 1%

BESI 2%

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Acreditamos no futuro

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Perfil do Grupo Banco Espírito Santo02

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18 A SABEDORIA FINANCEIRA AO SERVIÇO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Perfil do Grupo Banco Espírito Santo

2.1 O Grupo Banco Espírito Santo

O Grupo Banco Espírito Santo é um grupo financeiro multiespecialistacom uma posição de referência em Portugal, sustentada na rendibili-dade e eficiência, com o objectivo último de criação de valor para osseus diferentes stakeholders. Desenvolve a sua actividade bancária deprestação de uma gama universal de serviços financeiros, visando pri-mordialmente a criação de valor para os seus Clientes, satisfazendosimultaneamente os interesses dos seus Colaboradores e Accionistas,no quadro da responsabilidade social global que lhe assiste.

O desígnio da criação sustentada de valor para os Accionistas pres-supõe a orientação constante para o Cliente e o conhecimentoaprofundado das suas necessidades individuais, permitindo propor-cionar-lhes um serviço especializado e de elevada qualidade, numaperspectiva de relacionamento simultaneamente abrangente eduradouro.

Neste quadro, a existência de um corpo de Colaboradores dedica-dos, de elevada competência e possuindo um espírito crítico é umfactor decisivo para o aperfeiçoamento e renovação permanentesdo Grupo. Assim, o Grupo BES aposta claramente numa política deRecursos Humanos que propicie aos Colaboradores uma organiza-ção e perspectivas de desenvolvimento de carreira atraentes quesatisfaçam e retenham os melhores.

Através destas políticas, o Grupo BES assume como principais eixosde desenvolvimento e diferenciação estratégicos a prestação deserviços caracterizados pela excelência e permanente orientaçãopara as necessidades de cada Cliente, constituindo-se como umGrupo financeiro universal que serve todos os segmentos deClientes particulares, empresariais e institucionais, oferecendo-lhesuma gama abrangente de produtos e serviços financeiros.

Simultaneamente, o Grupo tem mantido uma postura de perma-nente disponibilidade para abraçar a inovação tecnológica ao serviçoda actividade, permitindo-lhe não só melhorar a qualidade doserviço prestado e corresponder às crescentes necessidades eobjectivo de conveniência dos Clientes, como aumentar os níveis deeficiência da actividade desenvolvida e, consequentemente, potenciara criação de valor.

02

Evolução da Quota Média de mercado*

(...) 20021992 2006(objectivo)

16,3% 17,0% 17,7%

20,0%

14,8%

9,0%

20001998 2004(estimativa)

*Calculado com base nas quotas de mercado das principais áreas de negócio/produto.

Assente numa estratégia de crescimento orgânico, o Grupo BES temcomo objectivos estratégicos:

1. a manutenção de níveis de rentabilidade acima da média do sectora nível europeu;

2. situar-se entre os três bancos mais eficientes na Península Ibérica;3. alcançar uma quota de mercado média de 20%, em 2006.

Tendo uma abordagem comercial especializada, o Grupo BES estáestruturado em diferentes unidades de negócio, que determinam asua maior focagem em cada área do negócio:• Banca Comercial;• Banca de Investimento;• Gestão de Activos;• Crédito Especializado;• Seguros;• Sociedades de Serviços Auxiliares e de Outsourcing.

As principais áreas de negócio do Grupo BES são Banca de Retalho,Private Banking e Gestão de Activos, Banca de Empresas e Banca deInvestimento. Estas áreas de negócio são desenvolvidas directamentepelo BES ou por empresas que fazem parte do Grupo BES.

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02 PERFIL DO GRUPO BANCO ESPÍRITO SANTO

Banca de RetalhoA actividade de banca de retalho está concentrada essencialmente emPortugal, e assenta na oferta global de serviços e produtos financeirosa Clientes particulares e pequenos negócios, com base em propostasde valor específicas para Clientes afluentes, mass-market e pequenosnegócios. Os principais produtos distribuídos para este segmento sãocrédito à habitação, crédito individual, cartões de crédito (Crediflash),depósitos e produtos estruturados e fundos de investimento (ESAF).Adicionalmente são também distribuídos produtos de banca-segurosvida (Tranquilidade-Vida) e não vida (Espírito Santo Seguros), essen-cialmente relacionados com produtos bancários.

A actividade de banca de retalho é desenvolvida principalmenteatravés das seguintes entidades: ·• BES: opera com uma rede nacional de 471 balcões (Dezembro de

2004), que cobre a totalidade do território nacional;• BIC: a sua actividade é desenvolvida através de uma rede nacional

de 121 balcões (Dezembro de 2004);• BES dos Açores: através de uma rede de 12 balcões concentrados

na Região Autónoma dos Açores, a sua actividade assenta na satis-fação das necessidades dos Clientes desta região autónoma e dacomunidade de emigrantes açorianos (em especial da América doNorte - EUA e Canadá).

Private Banking e Gestão de ActivosO Grupo BES disponibiliza aos seus Clientes de Private Bankingum serviço de assessoria financeira e planeamento patrimonial per-sonalizado, com independência e âmbito global, assegurando aexcelência da qualidade do serviço prestado e a manutenção de umelevado grau de fidelização dos Clientes. A oferta a estesegmento baseia-se numa visão integrada do Cliente, e assenta nadistribuição de produtos de gestão de activos (como fundos deinvestimento ou gestão discricionária) em estreita colaboração entreo BES e a ESAF.

A actividade do Private Banking em Portugal é desenvolvida pelo BES,através de uma rede nacional de 28 Centros Private localizados nasprincipais cidades. Fora do território nacional, esta actividade é con-duzida pelo Espírito Santo Bank e pelo Banco Espírito Santo Espanha.

Banca de EmpresasA actividade de banca de empresas está concentrada essencialmenteem Portugal, e assenta na oferta de serviços e produtos financeiroscom vista à satisfação das necessidades específicas dos Clientesempresa, desde crédito ao investimento, cartões (Crediflash), renting(Locarent), leasing e factoring (Besleasing e Factoring), produtos eserviços de banca de investimento (BESI) e seguros.

Os Clientes empresa subdividem-se em médias empresas, grandesempresas e municípios e institucionais, para os quais o Grupo BEStem propostas de valor diferenciadas e adaptadas.

Em Portugal, esta actividade é desenvolvida pelo BES, através de 25centros empresa e pelo BIC.

Banca de InvestimentoA actividade de banca de investimento do Grupo BES está concen-trada no subgrupo BES Investimento, com presença em Portugal,Espanha e Brasil e apresenta-se estruturada nas seguintes principaisáreas de negócios:• Project Finance;• Capital de Risco (ES Capital);• Financiamentos Estruturados;• Financiamento e Gestão de Risco;• Mercado de Capitais (Acções);• Fusões e Aquisições.

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20 A SABEDORIA FINANCEIRA AO SERVIÇO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Banco Espírito Santo, S.A. (BES) é um banco comercial com sede em Portugal e organiza-sesob a forma de Sociedade Anónima. As origens do BES remontam ao último quartel do sécu-lo XIX, tendo iniciado a sua actividade como Banco comercial em 1937, altura em que ocor-reu a fusão do Banco Espírito Santo com o Banco Comercial de Lisboa, da qual resultou oBanco Espírito Santo e Comercial de Lisboa. Por Escritura Pública de 6 de Julho de 1999 pas-sou a adoptar a firma Banco Espírito Santo.

O Banco dedica-se à obtenção de recursos de terceiros, sob a forma de depósitos ououtros, os quais aplica, conjuntamente com os seus recursos próprios, na concessão decrédito, em títulos e em outros activos, prestando ainda outros serviços bancários no País

financeiras internacionais em Londres, Nova Iorque, Nassau e Ilhas Caimão, de uma sucur-sal financeira exterior na Zona Franca da Madeira e de catorze Escritórios deRepresentação no Estrangeiro.

e no Estrangeiro.Para o efeito, dispõe de uma rede Nacional de 471 Balcões, de sucursais

Banco Internacional de Crédito, S.A. (BIC)com sede em Lisboa, foi constituído emJaneiro de 1986. Presentemente operaatravés da sede e de uma rede de 121 bal-cões, de uma sucursal financeiraexterior na Zona Franca da Madeira e umasucursal financeira internacional nas IlhasCaimão. A actividade do BIC abrange ageneralidade das áreas do sector bancáriocom especial incidência nos mercados decrédito imobiliário e dos particulares derendimentos elevados, bem como no mer-cado das médias e grandes empresas.

Estrutura do Grupo BES: principais unidades

BESBanca

100%

100% 80% 100%

89% 99% 45%

85% 93%

40% 23%

100%

80%

90% 49% 77%

100%

100% 100% 100% 98% 66% 58% 40%

BancaInvestimento

BIC(Portugal)

BESSA(Espanha)

BES Oriente(Macau)

BES Angola(Angola)

BESI(Brasil)

ES Investment(Espanha)

BES Securities(Brasil)

ES CapitalES Investment

(Portugal)

ES DataES Contact

CenterACE*ES CobrançasOutros

Crediflash LocarentBesleasing

& FactoringCrédito

Especializado

ESAF(Espanha)

BESAF(Brasil)

ESAF SGPSGestão

de Activos

EuropAssistance

ES SegurosSeguros

ES Bank(EUA)

BEST BES dosAçores BES Vénétie(França)

100%

BESIL(Ilhas Caimão)

* Unidade de serviçospartilhados

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02 PERFIL DO GRUPO BANCO ESPÍRITO SANTO

Banco Best - Banco Electrónico de Serviço Total, S.A. constituído em 2001, é um bancoonline que iniciou a sua actividade em Junho de 2001. Esta iniciativa resultou da parceriaentre o BES e a Portugal Telecom (PT), sendo o seu capital detido em 66% pelo BES e 34%pela Portugal Telecom.

Banco Espírito Santo Angola, SARL (BESA), é um banco de direito angolanoconstituído durante 2001. A sua actividade engloba todo o tipo de produtos e serviçosbancários. A participação do BES é de 100%.

Banco Espírito Santo, S.A. (BESSA) é umbanco comercial sediado em Espanha eque opera actualmente através de umarede de 26 balcões.O BES detém 100% docapital desta instituição financeira.

BancoEspíritoSanto, S.A.

Espanha

Banco Espírito Santo de Investimento,S.A.(BESI), com sede em Lisboa, foi criado portransformação em banco da Espírito SantoSociedade de Investimentos, S.A. a 1 deAbril de 1993, e actua principalmente naárea de banca de investimento, sendo,actualmente, o BES o seu único accionista.

Espírito Santo - Empresa de Prestaçãode Serviços, ACE é um agrupamentocomplementar de empresas que iniciou asua actividade em 1998. O seu objectosocial consiste na prestação de serviçosinformáticos, de aprovisionamento, deconservação e manutenção de bensmóveis, de equipamento e imóveis per-tencentes aos membros agrupados(BES, BIC, BESI, BEST e BAC).

O Banco Espírito Santo, como núcleo de um Grupo financeiro, detém participações em empresas subsidiárias e associadas. De acordo como seu modelo organizativo multiespecialista, a estrutura do BES agrega um conjunto de unidades diferenciadas pelo tipo de actividade quedesenvolvem, que dependem directamente da Comissão Executiva. Do mesmo modo é a Comissão Executiva do Banco Espírito Santo queassegura a interligação da actividade do BES com as suas empresas participadas.

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Neste contexto, a estrutura funcional do Banco Espírito Santo podeser sistematizada da seguinte forma:

Organigrama Funcional do Grupo BES e do BES

Conselho de Administração

Comissão Executiva

Comités de Acompanhamento Gabinetes de Apoio

• Comité Wholesale• Comité Retalho• Comité Private• Comité Marketing• Comité Banca Seguros• Comité Investimento

Unidades de Negócio:

• Conselho Diário Financeiro e de Crédito• ALCO• Comité de Informática, Organização,

Operações e Qualidade (CIOOQ)• Comité de Risco Global• Comité de Poupança

Especializado: • Assessoria Jurídica• Basileia II• Compliance• Controlo de Custos• Participadas• Relações Ibéricas• Relações com Investidores

Unidades de Produto

• Marketing Retalho• Marketing 360º

• Crédito Individual e Soluções de Pagamento• Financeiro, Mercados e Estudos• Gestão da Poupança• Marketing Empresas e Institucionais• Marketing Negócio

• Auditoria e Inspecção• Comunicação• Informação de Gestão• Jurídico• Marketing Estratégico• Organização• Pessoal• Planeamento e Contabilidade• Qualidade de Serviço• Risco Global

• ES ACE – Operações• ES ACE – Obras e Património• ES ACE – Direct e Self Banking• ES ACE – Crédito Habitação• ES ACE – ES Research• CÊNTIMO• ES CONTACT CENTER• ES DATA• ES INNOVATION• ES INTERACTION

• CREDIFLASH• BESLEASING e FACTORING• ESAF• ES CAPITAL• ES Tech Ventures• LOCARENT

• BIC• BES dos Açores• BEST• BESI• BESI Brasil• BESSA• BES Angola• BESOR• ES Bank

• Comercial Norte• Comercial Sul• Banca Virtual• Residentes no Estrangeiro• Empresas Norte• Empresas Sul• Private Banking• Grandes Empresas• Corporate Internacional• Banca Transaccional e Negócio Internacional• Municípios e Institucionais• Acompanhamento de Empresas e

Recuperação de Crédito

Unidades de ServiçosPartilhados

Unidades de DistribuiçãoSegmentada

BES

EmpresasParticipadas

1) Unidades de Distribuição Segmentada: consistem num grupo de estruturas cuja actividade é de natureza comercial.2) Unidades de Produto: consistem num grupo de estruturas cuja actividade se centra na comercialização de produtos destinados à comercialização nas redes comerciais.3) Unidades de Serviços Partilhados: consistem num grupo de estruturas que garantem a logística de suporte à actividade.

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02 PERFIL DO GRUPO BANCO ESPÍRITO SANTO

Inserido numa crescente dinâmica de bancarelacional e com uma base de Clientes muitoalargada e diversificada, o Grupo BES evoluiude uma política centrada no produto e decomunicação massificada para uma base deactuação comercial centrada no Cliente. Estaevolução fez da qualidade de serviço e daexcelência no atendimento uma preocu-pação permanente na actividade comercialdo Grupo BES e permitiu a sua diferenciaçãoface à concorrência.

De forma a responder às preferências dosClientes em termos de conveniência, como-didade e de rapidez de atendimento e,simultaneamente, permitir o aumento da efi-ciência operativa, o Grupo BES tem vindo aevoluir significativamente na sua capacidadede distribuição multi-canal. Os serviços deCall Center e de Internet Banking constituemmeios de contacto de uso corrente, cujocrescimento e nível de aceitação por partedos meios de comunicação se tem traduzidoem vantagens comerciais e na redução decustos transaccionais unitários.

A estratégia de comunicação tem igual-mente sido um pilar importante na abor-dagem comercial prosseguida, constituindo--se como um precioso auxiliar da rede nacolocação de produtos e serviços, bemcomo na promoção/divulgação dos canaisalternativos.

Mercê da actividade promocional e publici-tária desenvolvida, o Grupo manteve umaposição cimeira nos principais indicadores denotoriedade.

(milhões de euros)

2003

Activos Totais sob Gestão 1 59 554

Activo Líquido 43 283

Crédito a Clientes (incluindo securitizado) 28 386

Recursos de Clientes (Totais) 38 401

4 492

Produto Bancário 1 432,2

Custos Operativos 716,6

Resultado Líquido 250,2

Fundos Próprios e Equiparados

Rendibilidade (%)ROE 13,44ROA 0,61

Produtividade e EficiênciaCustos Operativos/Activos Totais 1,20Activos por empregado (milhares de euros) 8 262Cost to Income (%) 50,0

Solvabilidade (%)BIS 13,13

7,76Banco de Portugal 11,05BIS TIER I

DimensãoNúmero de balcões, dos quais 648

BES 474BIC 122BESSA 32BESA 6Outros 14

Número de empregados 8 114BES 4 146BIC 832ACE 926BESSA 367BESA 93BESI 135Banco Best 25Outros 1 590

O Grupo BES em Números - principais indicadores

(1)Activo Líquido + Actividades Asset Management + Outra Desintermediação Passiva + Crédito Securitizado.

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2004

64 734

45 901

31 281

41 159

5 064

1 427,4

750,2

275,2

13,900,63

1,168 870

52,6

13,887,71

12,06

646476123266

158 2414 115

84890038412814662

1 658

2002

53 120

41 234

27 298

34 059

4 246

1 354,0

722,7

222,5

13,100,57

1,367 017

53,4

12,647,01

10,74

64247312332

-14

8 5234 833

96229330944

12822

1 932

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24 A SABEDORIA FINANCEIRA AO SERVIÇO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

2.2 Presença do Grupo BES no Mundo

A vocação internacional é, igualmente, uma das pedras basilares dodesenvolvimento da actividade do Grupo BES ao longo da suahistória. Gozando de uma reputação e prestígio internacionalímpares entre a banca portuguesa, o Grupo BES tem como estratégiainternacional investir em áreas nas quais tem vantagens competitivas,ou seja, no seu core business e em mercados com relações deafinidade com Portugal.

Estas linhas estratégicas traduzem-se na presença do Grupo BESjunto das comunidades de emigrantes portugueses nos países dedestino do capital português, assim como nos países de línguaportuguesa e nos principais centros financeiros internacionais

Através da presença em mais de 17 países de todos os continentes,o Grupo BES encontra-se, assim, apto a responder de forma rápidae eficiente a qualquer solicitação dos seus Clientes, particulares ouempresas, que envolva negócios ou transacções internacionais,garantindo, desta forma, uma ampla cobertura geográfica comocomplemento à oferta integrada de produtos e serviços.

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26 A SABEDORIA FINANCEIRA AO SERVIÇO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

2.3 História do Grupo BES

As origens do Banco Espírito Santo remontam a1869, com a actividade negocial do cambistaJosé Maria do Espírito Santo e Silva que, emnome individual, transaccionava títulos

nacionais e estrangeiros, desenvolvido na "Cazade Cambio" da Calçada dos Paulistas. O sucesso nos

negócios levaram-no a inaugurar várias Casas Bancárias. Como falecimento do fundador, em 24 de Dezembro de 1915, a firmadissolveu-se e, com o activo e passivo, foi fundada a Casa BancáriaEspírito Santo Silva & Cª., constituída pelos herdeiros eantigos sócios, sob a gerência do seu filho mais velho, José Ribeiro doEspírito Santo e Silva.

A 9 de Abril de 1920, a Casa Bancária passou a sociedade anónimacom o nome de Banco Espírito Santo (BES). No decorrer dos difí-ceis anos vinte, o BES consolidou a sua posição no contexto dabanca nacional, resistindo às convulsões políticas, económicas e sociais,responsáveis pela falência de muitos bancos. Durante a décadaseguinte, a implementação de um renovado modelo de gestão e oinício de uma prolongada fase de expansão da economia portuguesacriaram as condições necessárias para que o BES, antes do final dosanos 30, fosse já o primeiro banco privado português.

Em 1937, o BES reforçou a sua posição no mercado atravésda fusão com o Banco Comercial de Lisboa, dando

origem ao Banco Espírito Santo e Comercial de Lisboa(BESCL). Nos anos que se seguiram, o BESCL con-solidou a sua posição de líder incontestado da bancaportuguesa. Depois de exercer um papel de granderelevo no decorrer dos anos da II Guerra Mundial, as

suas actividades centraram-se no apoio ao desenvolvi-mento económico e no esforço de modernização da

indústria.

Até meados da década de 70, o Banco reforçou o seu posi-cionamento em Portugal, através do lançamento pioneirode diferentes produtos, como o crédito individual (1965)ou os cheques de viagem (1966).

Por força do Decreto-Lei 132-A, de 14 de Março de 1975,foram nacionalizadas todas as instituições de crédito e deseguros nacionais. Impedido de desenvolver as suas actividades

Na sequência da abertura da actividade bancária à inicia-tiva privada em 1986, o Grupo Espírito Santo, em parceria

com a

em Portugal, o Grupo Espírito Santo, sob a liderança deManuel Ricardo Pinheiro Espírito Santo e Silva, refez osinteresses financeiros no exterior, sobretudo no Brasil,Suíça, França e Estados Unidos.

Caisse Nationale du Crédit Agricole e o apoio de umgrupo de investidores portugueses, constituiu o Banco

José Maria do Espírito Santo e Silva(1850 - 1915)

(1869 - 1884)

“A 9 de Abril de 1920, a Casa Bancáriapassou a sociedade anónima com o nomede Banco Espírito Santo (BES). No decorrerdos difíceis anos vinte, o BES consolidou asua posição no contexto da banca nacional,resistindo às convulsões políticas, económicase sociais, responsáveis pela falência demuitos bancos”.

(1937 - 1964)

(1965 - 1990)

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02 PERFIL DO GRUPO BANCO ESPÍRITO SANTO

Manuel Ricardo EspíritoSanto e Silva(1933 - 1991)

Em 1991, iniciou-se a reprivatizaçãodo BESCL e o Grupo Espírito Santo,em parceria com a Caisse Nationale du CréditAgricole, recuperou o controlo do Banco.

Internacional de Crédito, protagonizando desta forma o regresso aPortugal. Também no mesmo ano foi adquirida a Espírito SantoSociedade de Investimento (ESSI, percursora do BES Investimento),com a participação da Union des Banques Suisses (UBS) e doKredietbank (Luxemburgo), entre outras instituições financeiras.

Em 1989, foi constituída a Euroges, vocacionada para a actividade defactoring e em 1990 criada a Besleasing, vocacionada para a activi-dade de leasing.

Em 1991, iniciou-se a reprivatização do BESCL e o Grupo Espírito Santo,em parceria com a Caisse Nationale du Crédit Agricole, recuperou o contro-lo do Banco.No mesmo ano foi também constituída a Crediflash (cartõesde crédito) e adquirida a sociedade financeira de corretagem ESER .

A ESAF, holding da actividade de gestão de activos, que teve a suaorigem em 1992, ano no qual o Banco Espírito Santo passou tambéma operar no mercado espanhol, após a aquisição do Banco Industrialdel Mediterráneo, que posteriormente alterou a sua designação paraBanco Espírito Santo (Espanha).

Em 1995, o Banco Espírito Santo abriu em Macau o Banco EspíritoSanto Oriente (BESOR) e, em 1999, por escritura pública de 6 deJulho, o Banco Espírito Santo e Comercial de Lisboa passou a suadesignação social para Banco Espírito Santo (BES).

A nível internacional, consolidaram-se, em 2000, os investimentos emEspanha, com a aquisição da Benito y Monjardin e da GES Capital. NoBrasil, foi estabelecida a parceria com o Grupo Bradesco, iniciada coma aquisição de 3,25% do seu capital. Ainda em 2000 o Grupo BESadquiriu o capital do Espírito Santo Bank nos E.U.A..

Em Julho de 2002, o Banco Espírito Santo dos Açores iniciou a suaactividade, sendo detido pelo Banco Espírito Santo (maioritaria-mente) e pela Caixa Económica da Misericórdia de Ponta Delgada.

O ano de 2004 foi o ano da fusão das participadas BesleasingMobiliária, Besleasing Imobiliária e Euroges Factoring numa só entidade,Besleasing & Factoring, IFIC, S.A., e da integração da Espírito SantoDealer no Banco Espírito Santo Investimento.

Ao longo das mais de 330 páginas a narrativa historiográfica, comple-mentada por um rigoroso e detalhado apêndice estatístico, apresenta ahistória de sucesso de uma das mais importantes instituições bancáriasdo País até ao dealbar de 1974 - examinando o caminho percorridoao longo de um século pelos quatro banqueiros Espírito Santo, a únicadinastia de financeiros ibérica, actualmente na 5ª geração.

Em Dezembro de 2004, foi publicado peloCentro de Estudos da História do BES, oprimeiro de dois volumes sobre a históriada empresa.Da autoria de Carlos AlbertoDamas e Augusto deAtaíde, a monografia"O Banco Espírito Santo - Uma dinastiafinanceira portuguesa (1869-1973)", relatao caminho percorrido desde o início daactividade do fundador José Maria doEspírito Santo e Silva, até ao falecimentode Manuel Ribeiro do Espírito Santo eSilva, último descendente da segundageração de banqueiros Espírito Santo.

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28 A SABEDORIA FINANCEIRA AO SERVIÇO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

2.4 Actividade Económica e Performance do Grupo BES

O ano de 2004 foi marcado por um fortalecimento da actividadeeconómica, com o crescimento do PIB mundial de 3,9% para 5%.Ao contrário do ano anterior, e não obstante a observação de rit-mos de crescimento diferenciados, a recuperação abrangeu todas asprincipais áreas económicas, destacando-se o bom desempenho daseconomias emergentes.

Na Zona Euro, a apreciação do Euro face ao Dólar, em cerca de 8%,contribuiu para uma diminuição do peso da procura externa líquidano PIB, o qual deverá ter crescido 1,7% em termos reais, depois deum registo de 0,5%, em 2003.

Em Portugal, a actividade económica observou uma recuperaçãomoderada face ao ano anterior, com o PIB a crescer 1,1%. Aevolução da actividade foi, no entanto, diferenciada ao longo do ano,tendo a taxa de desemprego e os principais indicadores de confiançainterrompido, no segundo semestre, a evolução positiva observadaaté Junho. Os preços mantiveram uma tendência de desaceleração,com a taxa de inflação média a descer de 3,3% para 2,4%.

No que respeita ao Grupo BES, o resultado líquido consolidado doexercício de 2004 totalizou 275,2 milhões de euros, o que representaum aumento de 11,6% (em base comparável) face ao ano anterior. Oresultado alcançado proporciona uma rendibilidade dos capitaispróprios (ROE) de 13,9%, o que traduz uma performance significativa,atendendo à grande intensidade concorrencial, à realidade macro--económica e aos baixos níveis das taxas de juro.

No que se refere aos resultados de 2004, destacam-se:

1. o crescimento do produto bancário (excluindo resultados demercado) de 4,3%, suportado pelo aumento (em 16,4%) das receitasde serviços a Clientes, tendo o resultado financeiro alcançado 701,2milhões de euros (-3,5%);

2. o aumento dos custos operativos de 5,8% atingindo o valor 750,2milhões de euros. Esta evolução foi determinada por alguns gastos nãorecorrentes, que contribuíram para dinamizar a actividade e fortalecera notoriedade do Grupo BES, que continua a apresentar o mais baixocost to income (52,6%) entre os bancos portugueses cotados;

3. provisões de 357,7 milhões de euros (das quais 227 milhões deeuros respeitam a provisões para crédito, representando umaumento de 9,0% face a 2003);

4. o reforço do fundo para riscos bancários gerais (FRBG) para umtotal de 151,6 milhões de euros (31.12.2003: 126,4 milhões deeuros).

5. os impostos sobre os lucros totalizaram 42,3 milhões de euros(uma redução de 19% face ao ano anterior) e a rubrica de outrosimpostos permaneceu estável em 12,8 milhões de euros;

6. o forte dinamismo da actividade do Grupo: crescimento dosactivos totais em 8,7%, aumento do crédito de 10,2% (incluindocrédito securitizado) e incremento de 7,2% na captação de recur-sos totais de Clientes;

7. a manutenção de confortáveis níveis de solidez financeira: o ráciode solvabilidade manteve-se significativamente acima dos níveisexigidos; o rácio de sinistralidade do crédito vencido a mais de90 dias reduziu-se para 1,65% (31.12.2003: 1,83%) e a respectivacobertura por provisões passou para 167,1% (31.12.2003: 152,7%);

8. a sustentabilidade dos níveis de produtividade e eficiência: osactivos totais por empregado aumentaram 7,4% e o cost to incomeatingiu 52,6% (2003: 50,0%);

9. finalmente, destaca-se a proposta, pelo Conselho deAdministração, e distribuição de um dividendo de 0,368 € poracção (0,330 € em 2003), a submeter à Assembleia Geral Anualde Accionistas (30 de Março de 2005).

Evolução do Resultado Líquido (milhões de euros)

2002 2003 2004

223

250275

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29

Dezembro

Variação %

Variáveis 2003* 2004 2003/2004

Resultado Financeiro 726,8 701,2 -3,5

+ Serviços a Clientes 468,8 545,8 16,4

= Produto Bancário Comercial 1195,6 1247,0 4,3

+ Resultados de Mercados 213,3 180,4 -15,4

= Produto Bancário 1408,9 1427,4 1,3

– Custos Operativos 709,3 750,2 5,8

+ Resultados Extraordinários e Diversos 8,1 38,0 –

– Provisões Líquidas 373,2 357,7 -4,2

= Resultado Bruto 707,7 715,2 1,1

= Resultados antes de Impostos e Minoritários 334,5 357,5 6,9

– Impostos sobre Lucros 52,3 42,3 -19,1

– Interesses Minoritários 35,5 40,0 12,7

246,7 275,2 11,6

Decomposição da Conta de Resultados

= Resultado do Exercício

(milhões de euros)

(*) pró forma excluindo contribuição da Credibom.

Dezembro Variação %

2002 2003 2004 2003/2004

Crédito a Clientes (incluindo securitizado) 27 298 28 386 31 281 10,2

Habitação 9 641 10 366 11 249

Outros Crédito a Particulares 2 123 1 464 1 726

Empresas 15 534 16 556 18 306

Crédito a Particulares/Crédito a Clientes (%) 43,1 41,7 41,5 -0,2

10,6

17,9

8,5

Captação de Recursos

Depósitos (Débitos para com Clientes) 18 668 20 137 20 371

+ Débitos representados por Titulos com Clientes 5 008 6 340 7 144 12,7

1,2

= Recursos de Clientes de Balanço 23 676 26 477 27 515 3,9

+ Recursos de Desintermediação 10 383 11 924 13 644 14,4

= Recursos Totais de Clientes 34 059 38 401 41 159

Principais Variáveis da Actividade

7,2

(milhões de euros)

02 PERFIL DO GRUPO BANCO ESPÍRITO SANTO

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30 A SABEDORIA FINANCEIRA AO SERVIÇO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Fruto de um crescimento pautado pelos mais rigorosos critérios desolidez financeira, o BES está entre as mais elevadas notações derating da banca privada portuguesa.

2002 2003 2004

Curto Prazo

Standard and Poor´s A2 A2 A2

Moody´s P1 P1 P-1

Fitch Ratings F1 F1 F1

Longo Prazo

Standard and Poor´s A- A- A-

Moody´s A1 A1 A1

Fitch Ratings A+ A+ A+

Ratings do Banco Espírito Santo

O alcance dos resultados financeiros apresentados deve-se emgrande parte ao esforço dos 8 241 Colaboradores que diariamentedão o seu melhor para Realizar Mais. Neste âmbito, o montante totalde custos com o pessoal ascendeu a 330,2 milhões de euros, incluíndosalários, custos correntes com pensões, subsídios, encargos sociaisobrigatórios e facultativos.

Custos com Pessoal (milhões de euros)

305

315

320

325

330

335

310

2002 2003 2004

323,1

318,5

330,2

2002 2003 2004

Nº acções alienadas

no âmbito do SIBA (milhares) 4 527 2 518 1 602

% do Capital Social 1,5% 0,8% 0,5%

Nº trabalhadores abrangidos

pela alienação de acções 6 771 6 618 6 322

% do total de trabalhadores

do Grupo BES 79% 82% 77%

Nº acções detidas por trabalhadores

no âmbito do SIBA (milhares) 5 327 8 359 7 991

% do Capital Social 1,78% 2,79% 2,66%

A evolução dos custos com pessoal de 2003 para 2004 está particu-larmente relacionada não só com a actualização dos salários, comotambém com o reforço de competências em segmentos específicose com o forte crescimento da actividade em algumas subsidiárias,designadamente, de banca de investimento.

Ainda no âmbito deste stakeholder, o Grupo BES para motivar efidelizar os seus Colaboradores adoptou, em 2001, o Sistema deIncentivo Baseado em Acções (SIBA). É um dos principais instrumen-tos da execução da política de pessoal do BES que se consubstanciana venda aos Colaboradores de acções representativas do capitalsocial do BES, com a liquidação do preço em deferido.

Em 2004, foram abrangidos por este sistema 6 322 Colaboradores,com a distribuição de 1 601 919 acções. Em 31 de Dezembro de2004, o número de acções detidas por Colaboradores, no âmbito doSIBA, totalizava cerca de 2,66% do capital social do Banco, o equiva-lente a 7 991 482 acções.

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02 PERFIL DO GRUPO BANCO ESPÍRITO SANTO

2002 2003 2004

Comparticipação nos lucros do Grupo 21 620 25 176 32 529

Comparticipação nos lucros do BES 14 400 16 170 19 456

O Conselho de Administração irá propor à Assembleia Geral deAccionistas, em 30 de Março de 2005, um montante de 19 544milhares de euros para distribuir aos Colaboradores em 2005, comocomparticipação nos lucros do Grupo BES relativamente ao ano de2004.

Entre 2002 e 2004 foram distribuídos aos Colaboradores osseguintes montantes:

Os valores apresentados neste capítulo foram auditados pela KPMG& Associados SROC, S.A., no âmbito da auditoria realizada por estaentidade ao Relatório e Contas do Grupo BES 2004.

(milhares de euros)

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Edificamos projectos

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com os Accionistas e Investidores03

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Um governo societário transparente e uma informação actual, completa e frequente, sobre as actividadessocietárias, são aspectos cada vez mais estruturantes e indutores das decisões de investimento de qualquerAccionista.

Não obstante o governo de uma sociedade depender de múltiplos factores, o Grupo BES criou e desenvolveuum eficaz modelo de corporate governance onde sobressaem aqueles valores, centrando-se na resposta àsexpectativas dos seus investidores. Assim, nos diferentes domínios da sua actividade e do seu modelo de fun-cionamento, o Grupo BES pauta-se por regras que têm por referência a independência dos seus diferentesórgãos, o estabelecimento de uma linha clara de atribuição de responsabilidades no interior da hierarquia ea existência de processos de monitorização, fiscalização e de compliance, tanto interna como externamente,no plano da regulação da sua actividade.

Acresce que o Grupo BES prossegue também uma política proactiva de informação e comunicação com omercado, entendido este no sentido mais amplo - abrangendo autoridades, analistas, accionistas e outrosinvestidores, e público em geral - um dos aspectos centrais do seu posicionamento enquanto entidade cota-da. Neste contexto, e no seguimento de outras iniciativas, em que também foi first mover, o Grupo BESiniciou a distribuição aos seus accionistas de uma comunicação trimestral, sob a fcom informação actualizada sobre a sua organização. Fomentou, por essa via - de forma atraente e maisdireccionada - um maior acesso à informação relevante do Grupo, a todos os seus Accionistas, independen-temente das respectivas participações societárias.

Em 2005 o Grupo BES está determinado em prosseguir com uma política de gestão norteada pelos maisrigorosos princípios de equidade e transparência nas diferentes vertentes da sua actividade, dando seguimentoa uma tradição de responsabilidade e compromisso com uma presença eticamente irrepreensível nomercado, o que é apanágio da cultura empresarial Espírito Santo.

orma de uma newsletter

Rui SilveiraAdministrador, membro da Comissão Executivado Banco Espírito Santo

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03 com os Accionistas e Investidores

35

3.1 Órgãos Sociais do Grupo BES

Em Portugal, as sociedades podem optar, no âmbito do governo dasociedade, entre uma estrutura monista do órgão de administração,composta unicamente pelo Conselho de Administração, ou por umaestrutura dualista, composta por uma Direcção e um ConselhoGeral. No governo da sociedade existe ainda um órgão de fiscaliza-ção, a que se dá o nome de Conselho Fiscal ou Fiscal Único. Desteórgão faz necessariamente parte um revisor oficial de contas ou umasociedade de revisores oficiais de contas. A Assembleia Geral deAccionistas, que reúne obrigatoriamente uma vez por ano, tem comocompetência fundamental eleger os órgãos de administração e fiscali-zação, aprovar o relatório de gestão, as contas da sociedade e a aplicaçãodos resultados.

A transparência de governo e de informação de uma empresa e aconsequente confiança dos Accionistas e Investidores têm, actual-mente, uma importância fulcral nas decisões de alocação de capitaispelos mesmos.

Sabendo que o governo de uma Sociedade depende de múltiplosfactores: do enquadramento legal em que actua cada sociedade, daconcentração ou dispersão do seu capital social, da estrutura doórgão de administração, das regras de funcionamento da AssembleiaGeral ou do grau de participação dos trabalhadores, o Grupo BESfez da sofisticação do seu modelo de Corporate Governance um dosseus objectivos prioritários, centrando a sua missão na resposta àsexpectativas dos Accionistas/Investidores. Com o desenvolvimentodesta missão, o Grupo BES espera desencadear uma dinâmica de efi-ciência positiva sobre todo o mercado.

No âmbito do desenvolvimento do seu modelo de governo daSociedade, o Banco Espírito Santo associou-se, em 2004, ao InstitutoPortuguês de Corporate Governance, constituído em Outubro de2003, e que tem como missão investigar e divulgar os princípios deCorporate Governance, promovendo a adopção de boas práticas degestão de pessoas colectivas e o competente desempenho por parte

com os Accionistase Investidores

03

“O Grupo BES fez da sofisticaçãodo seu modelo de Corporate Governanceum dos seus objectivos prioritários,centrando a sua missão na respostaàs expectativas dos Accionistas/Investidores”.

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dos Conselhos de Administração, Fiscal, Consultivos e outros.

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36 A SABEDORIA FINANCEIRA AO SERVIÇO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

A estrutura de administração do BES é monista, assente numConselho de Administração, actualmente composto por 31 mem-bros. O Conselho de Administração deve reunir, pelo menos, umavez por trimestre e, para além disso, sempre que for convocado peloseu Presidente ou por dois Administradores.

O Conselho de Administração delega a gestão corrente daSociedade numa Comissão Executiva, que elege o seu Presidente, eque pode ser composta por onze, treze ou quinze Administradores.Actualmente, esta Comissão é composta por treze Administradores,reúne semanalmente e sempre que convocada por algum dos seusmembros.

Adopção das melhores práticas

de Corporate Governance

ComplianceOfficer

(Maio 03)

IntervençãoEx-Ante

IntervençãoEx-Post

Conselho Fiscal

Auditores Externos

Departamento de Auditoria e Inspecção

Comissão de Auditoria(Out. 01)

Financial Reporting TeamAd Hoc Information

Reporting Team

Cumprimento de Regulamentação

e supervisão

BES

Assembleia Geral Conselho Fiscal

Comissão Executiva Comissão de Auditoria

Conselho de Administração

Auditor Externo:

KPMG & Associados SROC, S.A.

Entidades de Supervisão:

Banco de Portugal

CMVM

Para além da Comissão Executiva, três administradores independentesformam a Comissão deAuditoria do Conselho deAdministração. EstaComissão tem por finalidade essencial assistir o Conselho de Adminis-tração do BES no cumprimento das suas responsabilidades de super-visão dos processos de auditoria interna e externa sobre o Banco, dosprocessos de preparação de relatórios financeiros e de prestação decontas, do relacionamento com os auditores externos do Banco e,ainda, dos sistemas de compliance adoptados.

O Banco dispõe ainda de um órgão estatutário de fiscalização daactividade da sociedade, o Conselho Fiscal, composto por trêsmembros - que podem ou não ser Accionistas - eleitos emAssembleia Geral por períodos de quatro anos, sendo permitida asua reeleição.

O Modelo de Corporate Governance do BES

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3.2 Corporate Governance do Grupo BES

Como princípios de bom governo societário, o Conselho deAdministração do BES observa as recomendações aprovadas pelaComissão do Mercado de Valores Mobiliários (criadas, em 1999, poresta Comissão e alteradas pela última vez, em 2003), bem como osprincípios internacionais aprovados pelo Comité de Basileia deSupervisão Bancária (em Setembro de 1999) e pela OCDE (emAbril de 2004).

Princípios do Comité de Basileia de Supervisão BancáriaSão funções do Orgão de Administração:a) A definição de objectivos estratégicos claros e de um conjunto de

valores que sejam eficazmente disseminados pela Sociedade;b) o estabelecimento de uma linha clara de atribuição de responsa-

bilidades no interior da hierarquia;c) a garantia de que os membros do órgão de administração têm as

necessárias qualificações para o desempenho das suas funções,dispõem de uma compreensão clara acerca da Sociedade e doseu governo e que não se submetem a qualquer influência indevi-da que venha do management da sociedade ou de qualquer outrogrupo de interesses;

d) a garantia de que existe uma adequada fiscalização dos altosquadros (senior management) da empresa;

e) a garantia do respeito e da salvaguarda da independência dos audi-tores externos e internos;

f) o estabelecimento de uma política de remuneração consistentecom os valores do banco, os seus objectivos e a sua estratégia, evi-tando o privilegiar indiscriminado de retribuições dependentes dodesempenho a curto prazo;

g) a condução transparente do governo da Sociedade. A estepropósito, é compromisso especial da administração:

i. garantir que o Banco estabeleça políticas adequadas à gestãodos vários tipos de risco com que se confronta a sua activi-dade;

ii. manter um nível adequado de checks and balances, de modoa evitar a tomada de decisões influenciadas pela gestão ou porAccionistas maioritários;

iii. garantir a periodicidade das reuniões da administração comassiduidade, de todos os administradores.

03 com os Accionistas e Investidores

Princípios da OCDEa) Os membros do Conselho de Administração devem actuar total-

mente informados, de boa fé, no interesse da sociedade e dosAccionistas;

b) sempre que uma decisão do Conselho possa afectar de mododiverso grupos diferentes de Accionistas, o Conselho deve tratarcom imparcialidade todos os Accionistas;

c) o Conselho deve aplicar padrões éticos especialmente elevados.Deve ter em consideração os interesses dos stakeholders daSociedade;

d) o Conselho tem de dispor dos meios para exercer um julgamen-to objectivo e independente sobre os assuntos sociais;

e) de modo a poder cumprir as suas responsabilidades, os membrosdo Conselho devem ter acesso a informações precisas, atem-padas e relevantes.

Recomendações da Comissão do Mercado de ValoresMobiliários (CMVM)Em matéria do Governo da Sociedade o BES tem igualmente emconta as recomendações da CMVM sobre o Governo da Sociedade,criadas em 1999, as quais já foram actualizadas por duas vezes, em2001 e 2002. Actualmente existem 11 recomendações. Seguindo oprincípio do comply or explain, a CMVM determina que as sociedadesdevem indicar quais as recomendações que adoptam e quais as quenão adoptam, explicando o porquê da não adopção.

O BES adopta a generalidade das recomendações, exceptuando arecomendação relacionada com a remuneração do Órgão deAdministração, que é parcialmente adoptada, na medida em que édivulgada apenas em termos globais.

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38 A SABEDORIA FINANCEIRA AO SERVIÇO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

3.3 A Administração da Sociedade

O BES é gerido pelo Conselho de Administração, que é compostoactualmente por 31 membros. Os estatutos da Sociedadeprevêem que o Conselho de Administração seja composto por umnúmero ímpar de membros, num mínimo de 11 e num máximo de31. Os administradores podem ser ou não Accionistas e são eleitospela Assembleia Geral, sendo a sua reeleição permitida, sem númerolimite de reeleições. A duração do mandato de cada administradoré de quatro anos. O presente mandato iniciou-se a 30 de Março de2004.

O Conselho de Administração do BES é composto por adminis-tradores executivos e por administradores não executivos. Osadministradores executivos (em número de 13) formam aComissão Executiva da Sociedade, que tem a seu cargo por dele-gação do Conselho de Administração a gestão corrente do Banco.Os administradores não executivos são responsáveis pela vigilânciageral da actuação da Comissão Executiva.Todos os administradoresdevem, nos termos da lei, actuar com a diligência de um gestor cri-terioso e ordenado, no interesse da Sociedade, tendo em conta osinteresses dos Accionistas e dos Colaboradores.

De acordo com critérios aprovados pela CMVM (Regulamento7/2001, com a alteração introduzida pelo Regulamento 11/2003),que o BES tem vindo a adoptar, a Sociedade deve, de igual modo,discriminar os administradores independentes dos restantes. Assim,e de acordo com os critérios regulamentares, não são consideradoscomo administradores independentes todos aqueles que estejamligados a interesses específicos na Sociedade.

Não são considerados administradoresindependentes aqueles que:

1. Sejam simultaneamente membros do órgão de administraçãode sociedade que exerça domínio sobre o BES, nos termosdo Código dos Valores Mobiliários;

2. sejam titulares de participação qualificada igual ou superior a10% do capital social ou dos direitos de voto no BES, ou deidêntica percentagem em sociedade que sobre aquela exerçadomínio, nos termos do Código dos Valores Mobiliários;

3. exerçam funções de administração ou tenham um vínculocontratual com empresa concorrente;

4. aufiram qualquer remuneração da Sociedade, ou de outrassociedades que com aquela estejam em relação de domínioou de grupo, excepto a retribuição pelo exercício das funçõesde administração;

5. sejam cônjuges, parentes e afins em linha recta até ao 3.º grau,inclusivé, das pessoas referidas nas alíneas anteriores.

Independência dos Membros do Conselho de Administração

Não Independentes 52%

Independentes 48%

Fonte: Artigo nº 1, número 2, do Regulamento 07/2001 da CMVM (redacção dada pelo artigo 1ºdo Regulamento 11/2003).

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Em qualquer caso, entende-se que, além de aferir a verificação das circunstâncias acima enun-ciadas, o órgão de administração deve ajuizar, em termos fundamentados, da independência dosseus membros. Para este fim e com base num questionário anualmente enviado aos adminis-tradores, o Conselho de Administração determina os elementos deste Conselho que devemser considerados como independentes. No ano de 2004, a Sociedade qualificou 15 adminis-tradores como independentes.

3.3.1 Composição do Conselho de Administração

Data Eleição / ComissãoAdministrador Nascimento / Nomeação Termo Mandato Acções Executiva Independente NacionalidadeAntónio Ricciardi 6/4/1919 AG Abr 1992 2007 88 500 Não Não PortuguesaRicardo Salgado 25/6/1944 AG Abr 1992 2007 263 107 Sim Não Portuguesa

CooptaçãoJean Laurent 31/7/1944 CA Set 1999 2007 - Não Não Francesa

AG Mar 2000Mário Amaral 14/11/1932 AG Abr 1992 2007 58 662 Sim Não PortuguesaJosé Manuel Espírito Santo 2/5/1945 AG Abr 1992 2007 80 709 Sim Não PortuguesaAntónio Souto 17/4/1950 AG Abr 1992 2007 51 440 Sim Sim PortuguesaJorge Martins 17/7/1957 AG Mar 1994 2007 51 420 Sim Sim PortuguesaManuel Pinho 28/10/1954 AG Mar 1996 2007 58 479 Não Sim PortuguesaAníbal Oliveira 24/9/1935 AG Abr 1992 2007 110 000 Não Não PortuguesaJosé Neto 8/1/1937 AG Mar 1994 2007 58 430 Sim Sim PortuguesaManuel Villas-Boas 29/5/1945 AG Abr 1992 2007 576 Não Não PortuguesaManuel Fernando Espírito Santo 20/7/1958 AG Mar 1994 2007 912 Não Não PortuguesaJosé Maria Ricciardi 27/10/1954 AG Mar 1999 2007 51 421 Sim Não PortuguesaJean-Luc Guinoiseau 20/12/1954 AG Jun 2000 2007 57 903 Sim Não FrancesaRui Silveira 11/12/1954 AG Mar 2000 2007 52 443 Sim Sim PortuguesaJoaquim Goes 9/9/1966 AG Mar 2000 2007 58 998 Sim Sim PortuguesaFrancisco Murteira Nabo 22/7/1939 AG Jun 2000 2007 1 200 Não Sim PortuguesaPedro Homem 19/7/1947 AG Jun 2000 2007 51 420 Sim Sim PortuguesaIlídio Pinho 19/12/1938 AG Jun 2000 2007 - Não Sim PortuguesaHerman Agneessens 8/5/1949 AG Jun 2000 2007 - Não Sim Belga

CooptaçãoPatrick Coudène 24/9/1951 CA Fev 2001 2007 46 353 Sim Não Francesa

AG Mar 2001Michel Villatte 30/10/1945 AG Mar 2002 2007 - Não Não FrancesaMário Adegas 25/10/1935 AG Mar 2002 2007 100 000 Não Sim PortuguesaLuís Daun e Lorena 11/10/1944 AG Mar 2002 2007 - Não Sim PortuguesaLázaro Brandão 15/6/1926 AG Mar 2002 2007 - Não Sim BrasileiraRicardo Abecassis 4/11/1958 AG Mar 2002 2007 50 707 Não Não Portuguesa

CooptaçãoBernard De Wit 17/6/1959 CA Mai 2002 2007 . Não Não Belga

AG Dez 2002Cooptação -

José Pena 5/11/1940 CA Mai 2003 2007 Não Sim PortuguesaAG Mar 2004

Cooptação -Michel Le Masson 17/1/1958 CA Mai 2003 2007 Não Não Francesa

AG Mar 2004Jean-Frédéric de Leusse 29/10/1957 AG Mar 04 2007 - Não Não FrancesaAmílcar Morais Pires 30/5/1961 AG Mar 2004 2007 27 190 Sim Sim Portuguesa

Em Fevereiro de 2005, os administradores Michelle Villatte e Francisco Murteira Nabo renunciaram ao cargo.Em Março de 2005, o administrador Manuel Pinho renunciou ao cargo.

03 com os Accionistas e Investidores

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40 A SABEDORIA FINANCEIRA AO SERVIÇO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

3.3.2 Remuneração do Conselho de AdministraçãoA remuneração dos membros da Comissão Executiva comportauma parte fixa e uma parte variável, a qual está dependente deaprovação da Assembleia Geral de Accionistas, correspondendo auma participação nos resultados (a percentagem global destinadaaos administradores não poderá exceder cinco por cento dos lucroslíquidos individuais do exercício).

Os restantes membros não executivos do Conselho de Administra-ção auferem uma remuneração simbólica, a título de senhas depresença, pelas reuniões em que participam.

No cálculo da remuneração dos membros do Órgão de Administra-ção do BES foram incluídos os montantes auferidos por funções deadministração exercidas em outras sociedades do Grupo BES.

2004

Comissão Executiva 5 723

Componente Fixa 3 805

Componente Variável 1 918

Comissão de Auditoria 633

Outros 624

Conselho de Administração 6 980

(milhares de euros)

Os membros não executivos do Conselho de Administração queintegram a Comissão de Auditoria também são remunerados pelasfunções de supervisão que desempenham, incluindo a sua remunera-ção apenas uma parte fixa.

3.4 Regras de Controlo da Sociedade

Uma governação responsável não prescinde, finalmente, de estru-turas eficazes dedicadas à fiscalização interna e externa do BES, peloque o Grupo dispõe de elementos variados para a sua fiscalização.

3.4.1 Controlo InternoA nível interno, o BES dispõe dos seguintes órgãos de controlo:

Conselho FiscalO Conselho Fiscal do BES tem as seguintes competências:a) fiscalizar a administração da sociedade;b) vigiar pela observância da lei e do contrato de sociedade;

c) verificar a regularidade dos livros, registos contabilísticos e docu-mentos que lhe servem de suporte;

e) verificar a exactidão do balanço e da demonstração dos resulta-dos;

f) verificar se os critérios valorimétricos adaptados pela sociedade con-duzem a uma correcta avaliação do património e dos resultados;

g) elaborar anualmente um relatório sobre a sua acção fiscalizadorae dar parecer sobre o relatório, contas e propostas apresentadaspela Administração.

O conselho fiscal deve reunir, pelo menos, todos os trimestres e assuas deliberações são tomadas por maioria.

Comissão de AuditoriaA Comissão de Auditoria foi criada no âmbito do Conselho deAdministração do BES, por deliberação do mesmo Conselho emreunião de 26 de Outubro de 2001, e em antecipação de medidasque vieram posteriormente a ser tomadas pelas autoridades de super-visão norte-americanas (a Securities and Exchange Commission) a que aSociedade está sujeita de forma indirecta, por as suas contas seremconsolidadas pelo maior accionista, cujas acções se encontram cota-das em bolsa nos Estados Unidos da América.

Actualmente é composta por três membros independentes e nãoexecutivos do Conselho de Administração, tem por função essencialassistir o Conselho de Administração no cumprimento das suasresponsabilidades de supervisão.a) do processo de preparação regular de relatórios financeiros e de

prestação de contas, tanto a nível estatutário como consolidado;b) dos processos de auditoria interna e externa;c) da nomeação dos Auditores Externos, fixação da respectiva remu-

neração, avaliação de desempenho e verificação das suas qualifi-cações profissionais e grau de independência e, também;

d) dos sistemas de compliance adoptados pelo Banco e pelassociedades por este participadas e incluídas no perímetro desupervisão em base consolidada a que o Banco está sujeito (todasadiante conjuntamente designadas por “Grupo BES” ou “associa-das”), com vista a confirmar o efectivo cumprimento das leis eregulamentos que lhes são aplicáveis, bem como da adesão detodos os administradores, directores e restantes colaboradoresaos Códigos de Conduta aprovados para o BES e para as suasassociadas.

Tem igualmente competência para conduzir investigações sobrequaisquer assuntos que se situem na sua esfera de responsabilidades.

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Responsabilidadesda Comissão de Auditoria

a) Análise das demonstrações financeiras, nomeadamente no que respeita a aspectos sig-nificativos de natureza contabilística e financeira; análise geral do relatório de gestãoanual e semestral do BES e de outros documentos a submeter a entidades reguladorasdos mercados financeiros;

b) apreciação da eficácia do sistema de controlo interno do BES sobre o processo depreparação dos relatórios financeiros anuais e intercalares; e compreensão do âmbito dasrevisões do controlo interno sobre o processo de preparação dos relatórios financeiros;

c) análise dos planos de actuação, actividades, recursos humanos e estrutura organiza-cional da função de auditoria interna e inspecção, bem como análise da eficácia dasfunções de controlo do risco global e de auditoria interna e inspecção;

d) análise da proposta de planeamento anual do trabalho dos auditores externos, do seudesempenho, aprovação final para a sua nomeação ou demissão; análise e confirmaçãoda independência dos auditores externos;

e) análise do cumprimento de leis, normas e regulamentos, nomeadamente no que respeitaà eficácia do sistema do BES para garantir o cumprimento dos normativos legais e regu-lamentares; acompanhamento da divulgação do Código de Conduta e monitorização daadesão às suas regras e princípios;

f) reporte regular de informação ao Conselho de Administração acerca das actividadesda Comissão, problemas enfrentados e soluções propostas ou recomendadas; confir-mação do estabelecimento e da manutenção de uma eficiente e permanente comuni-cação entre o Departamento de Auditoria Interna, o Departamento de Planeamento eContabilidade, o Departamento de Risco Global, os auditores externos e o Conselhode Administração do BES.

ComplianceO Gabinete de Compliance tem como missão assegurar o respeito pelo Banco e pelos seusColaboradores, das exigências legais, estatutárias, operacionais, tutelares, éticas e de condutaaplicáveis ao BES.

03 com os Accionistas e Investidores

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42 A SABEDORIA FINANCEIRA AO SERVIÇO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Código de Conduta

O Gabinete de Compliance, criado em2003, é responsável pela aplicação doCódigo de Conduta do Banco e peloesclarecimento de quaisquer questõesrelacionadas com o mesmo. Este código,que teve a sua última revisão em 2003, éaplicável a todos os Colaboradores, tendosido divulgado junto dos mesmos atravésdo envio de um exemplar e uma decla-ração, que ao ser assinada afirma o co-nhecimento do seu conteúdo. Comoforma de facilitar a sua divulgação encon-tra-se igualmente disponível na intranet doBanco - BESWEB.

Principais previsões do Código de Conduta

a) impõe um conjunto de deveres éticos a todos os Colaboradores (princípio da igualdade de tratamento de todos os Clientes do BES,deveres de profissionalismo, seriedade, competência, diligência, lealdade, neutralidade e integridade, princípio da prevalência dos interesses dosClientes do BES sobre o interesse dos trabalhadores e membros do órgão de administração do BES, dever de sigilo, dever decolaboração com todas as autoridades de supervisão, deveres de conduta interna e deveres especiais de tutela do mercado e da suatransparência);

b) contém regulamentação detalhada sobre a matéria do conflito de interesses;

c) regulamenta a realização de operações pessoais sobre valores mobiliários efectuada pelos Colaboradores do Banco (membros doConselho de Administração e quadros directivos), de modo a prevenir o abuso de informação ou a chamada informação privilegiada(inside trading);

d) regula a situação dos Colaboradores que efectuam análise económica;

e) estabelece princípios gerais relacionados com a prevenção do branqueamento de capitais;

f) regulamenta o tratamento a dar a reclamações dos Clientes na área da intermediação financeira;

g) prescreve expressamente que qualquer incumprimento do Código de Conduta será considerado uma infracção disciplinar, quandocometido por um trabalhador do BES; como uma violação do contrato, quando cometida por um prestador de serviço a título perma-nente; ou como a preterição de deveres contratuais, no caso de o infractor ser membro do órgão de administração ou fiscalização.

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Comité de Risco GlobalEste comité inclui diversos membros da Comissão Executiva, tendocomo principais responsabilidades:• propor junto daquela Comissão a aprovação de metodologias,

políticas, procedimentos e instrumentos para todos os tipos derisco no BES;

• assegurar o cumprimento das decisões, metodologias, políticas eprocedimentos aprovados;

• assegurar a coordenação da actividade do Departamento de RiscoGlobal com as unidades de negócio e departamentos centrais.

Comissão de Acompanhamento de Risco de CréditoA Comissão de Acompanhamento de Risco de Crédito é presidida porum elemento da área de risco e composta por um elemento afecto àsDirecções Comerciais, Auditoria Interna e Recuperação de Crédito,tendo como objectivo a análise e a avaliação dos seguintes elementos:a) perfil económico e financeiro dos Clientes;b) tipologia da exposição de crédito nos Clientes;c) a natureza e valor das garantias recebidas, dando atenção às datas

a que se reportam as respectivas avaliações e às entidades que asrealizaram;

d) sinais de alerta (warning signals) detectados no perfil comporta-mental dos Clientes nas suas relações com o banco e com o sis-tema financeiro em geral.

Departamento de Auditoria e InspecçãoO Departamento de Auditoria e Inspecção (DAI) tem por missãoavaliar e contribuir para o aperfeiçoamento dos processos de gestãode risco, do controlo interno e da governação. Utilizando uma abor-dagem sistemática e disciplinada, procede à avaliação do sistema decontrolo interno com vista à diminuição das condições gerais derisco.

3.4.1.1 Fraude e Branqueamento de CapitaisCabe igualmente ao Departamento de Auditoria e Inspecção a pre-venção e o controlo dos mecanismos de Combate à Fraude eBranqueamento de Capitais.

Em Portugal, o BES e as suas participadas no sector bancário desenvol-veram através deste Departamento, diversos mecanismos deprevenção e controlo internos adequados e normativamente instituí-dos, que permitem o combate da fraude e branqueamento de capitais.

O Grupo BES está consciente que estas actividades delituosasconstituem uma séria ameaça ao sistema financeiro em geral e àactividade bancária em particular, pelo que esta questão tem mere-cido atenção redobrada. As entidades do Grupo BES estão empenhadasem assegurar o cumprimento responsável das leis e regulamentosem vigor aplicáveis à prevenção do branqueamento de capitais emtodas as jurisdições em que o Grupo está presente.

Diversos factores externos, nomeadamente alterações à lei portugue-sa, requisitos das entidades de supervisão e as recomendações emitidaspor organizações nacionais e internacionais, designadamente o GAFI -Grupo de Acção Financeira sobre o Branqueamento de Capitais, deter-minaram a adopção de regulamentos e mecanismos internos destina-dos a melhorar a capacidade de resposta a solicitações internas eexternas relacionadas com situações de risco.

De entre estes, salienta-se a utilização de uma aplicação informáticade rastreio e tratamento de situações enquadráveis neste tipo deprática a partir de uma definição prévia dos parâmetros de pesquisa(tipo de transacções e montantes mínimos).

Em 2004, estes procedimentos e mecanismos permitiram seleccionar145 386 contratos e respectivos movimentos, de que resultaram 104comunicações à Procuradoria Geral da República.

Além disso, mereceu também especial atenção a necessidade de divul-gar amplamente informação relacionada com situações de risco eoperações potencialmente ilegais junto das pessoas directamenteenvolvidas em funções operacionais, nomeadamente do back office.

03 com os Accionistas e Investidores

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44 A SABEDORIA FINANCEIRA AO SERVIÇO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Tipo de Ilícito Fraude Branqueamento de Capitais

Ano 2002 2003 2004 2002 2003 2004

Inquéritos 43 38 27 0 0 0

Análises técnicas 61 97 66 222 47 139 145 3864

Participações judiciais 21 12 27 10 56 104

Gabinete de Inspecção - Grupo BES

(4) O aumento acentuado do nº de contratos de 2003 para 2004 resultou da inclusão, em observação, de contas de todo o Grupo BES, bem como ao reajustamento dos critérios de selecção.

Análises técnicas – levantamentos técnico/administrativos, efectuados a partir de consultasou relatos de acontecimentos, maioritariamente, com origem na generalidade das áreas dosBancos do Grupo (Departamento da Qualidade de Serviço, departamentos comerciais ouadministrativos, outras áreas do Departamento de Auditoria e Inspecção, etc.). Este tipo deactividade implica, muitas vezes, contactos com Inspecções de outros Bancos, com asAutoridades Judiciais (aos mais diversos níveis) ou com outros intervenientes no processo.Poderá ser produzido um documento final, contendo as conclusões do trabalho efectuado,com diversos destinatários, de acordo com a natureza do problema.

Participações judiciais – resultam das conclusões extraídas ao nível das AnálisesTécnicas oudos Inquéritos, em face das características especificas do ilícito analisado. Poderão ser dirigi-das a diversas entidades, de acordo com a matéria em questão (Policia Judiciária, PSP,GNR, etc.)e a decisão desse procedimento pode derivar do cumprimento da própria Lei (no caso decrimes públicos, por exemplo) ou de questões de natureza interna, como a necessidade desalvaguardar interesses patrimoniais ou de imagem da Instituição. Deve ser, ainda, consideradoo caso particular do Branqueamento, em que as participações resultam do cumprimento dolegislado sobre a matéria (Lei 11/2004).

Inquéritos – São realizados quando a matéria em análise, pela sua gravidade ou pelos eventuaisenvolvimentos subjacentes, justifique uma intervenção mais formal, com apuramento deresponsabilidades dos intervenientes no processo e/ou avaliação dos riscos patrimoniais (ououtros) envolvidos. O inquérito é instaurado obrigatoriamente com despacho proferido pelaDirecção do DAI. No final do mesmo, é emitido um relatório formal, que poderá servir de basepara eventual procedimento disciplinar ou, até, para outro tipo de desenvolvimentos, quer aonível judicial, se o assunto transitar para um processo desse tipo (Crime, Cível ou deTrabalho),quer ao nível interno, caso sejam detectadas anomalias funcionais ou operacionais que justi-fiquem o desenvolvimento de acções por parte de outras áreas do Banco.

Assim, durante o ano de 2004, foram divulgados inúmeros alertas naintranet do Grupo - BESWEB, sobre fraudes consumadas ou tentadas,que deram origem a 93 intervenções, de que resultaram 27 partici-pações às autoridades judiciárias. Das 93 intervenções efectuadas, 20tiveram origem interna e 73 externa.

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Mais recentemente, a 27 de Março de 2004, foi publicado o novoregime de prevenção e repressão relativamente ao branqueamentode capitais através da Lei n.º 11/2004, que transpôs para o ordena-mento jurídico interno a última directiva emitida no seio da UniãoEuropeia relativamente à prevenção de actividades relacionadas como branqueamento de capitais (Directiva n.º 2001/97/CE).

Este novo regime legal foi já devidamente contemplado nos regula-mentos internos do BES e respectivas filiais no sector bancário emPortugal, através de uma revisão exaustiva dos anteriores normativos.

Todas estas medidas foram acompanhadas por diversas acções deformação destinadas a assegurar que as regras e normas aplicáveissão devidamente compreendidas por todos os Colaboradores.

3.4.2 Controlo ExternoO controlo externo ao Grupo BES é efectuado pelas seguintes enti-dades:

Auditor ExternoO auditor externo do Grupo BES é a KPMG & Associados SROC,S.A., que é responsável pela Certificação Legal das Contas, pelosRelatórios de Auditoria e pelas Contas Individuais Consolidadas rela-tivo aos exercícios de 2002, 2003 e 2004.

No exercício fiscal de 2004 foram prestados ao Grupo BES diversosserviços de auditoria e consultoria pela KPMG & Associados SROC,S.A., bem como por outras entidades pertencentes à mesma redeprofissional, com um encargo total de 3 711 mil euros.A prestação aoGrupo BES de serviços de consultoria fiscal e de outros serviços quenão de auditoria/revisão legal de contas (non-audit services), quer peloauditor externo, quer por outras entidades pertencentes à mesmarede profissional, pressupõe a existência, tanto a nível do Grupo BES,como do próprio auditor externo, de meios de salvaguarda da inde-pendência profissional deste auditor.

Banco de PortugalO Banco de Portugal exerce a supervisão das instituições de crédi-to e das sociedades financeiras, de modo a garantir a estabilidade ea solidez do sistema financeiro, a eficiência do seu funcionamento, asegurança dos depósitos e dos depositantes e a protecção dos con-sumidores de serviços financeiros.

De acordo com o Regime Geral das Instituições de Crédito eSociedades Financeiras, compete, em especial, ao Banco de Portugalautorizar a constituição de instituições de crédito e sociedades finan-ceiras nos casos em que a decisão se pauta unicamente por critériosde natureza técnico-prudencial, acompanhar a actividade das institui-ções supervisionadas, vigiar a observância das normas que disci-plinam essa actividade, emitir recomendações para que sejamsanadas as irregularidades detectadas, sancionar as infracções prati-cadas e tomar providências extraordinárias de saneamento. 5

Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM)A CMVM é a entidade de supervisão a quem compete regular esupervisionar o funcionamento dos mercados de valores mobiliários ea actividade de todas as entidades que intervêm nesses mercados.

A CMVM supervisiona e regula ainda as ofertas públicas sobrevalores mobiliários e, tanto na vertente prudencial como comporta-mental, as entidades gestoras de mercados e os organismos de inves-timento colectivo (fundos de investimento mobiliário e imobiliário).

A CMVM regula o funcionamento dos mercados de valores mobiliá-rios, a realização de ofertas públicas, a actividade de todos os agentesdos mercados e todas as matérias relacionadas com os mercados devalores mobiliários e a actividade dos agentes que neles intervêm.6

(5) Fonte: site do Banco de Portugal (www.bportugal.pt).(6) Fonte: site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (www.cmvm.pt).

03 com os Accionistas e Investidores

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46 A SABEDORIA FINANCEIRA AO SERVIÇO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

3.6 Divulgação da Informação

A informação é um eixo central da transparência que o Grupo BESdefende. Neste contexto a divulgação de informação detalhada sobrea gestão e o governo da Sociedade, é efectuada no relatório deCorporate Governance integrado no seu Relatório e Contas anual.

O conteúdo deste relatório é, em 2004, mais amplo do que nos anosanteriores, uma vez que extravasa largamente o conteúdo e a formaexigidos pela regulamentação nacional sobre esta matéria. Este factodeve-se à intenção de dar a conhecer uma visão global e integradado governo do BES e do Grupo BES.

Em 2004, o reforço do compromisso com a responsabilidade social,foi concretizado através da edição do primeiro relatório de respon-sabilidade social (A Sabedoria Financeira ao Serviço do Desenvolvi-mento Sustentável), distribuído aos Accionistas do BES na

3.5 Remuneração dos Accionistas

O Banco Espírito Santo procura distribuir aos seus Accionistas divi-dendos que representem, pelo menos, 50% do resultado líquido indi-vidual. No entanto, tal intenção está dependente da evolução dascondições financeiras e dos resultados do BES e de outros factoresque o Conselho de Administração considere relevantes.

Verifica-se, no entanto, que o payout ratio em base consolidada nosúltimos cinco anos ronda um valor estável em torno de 38% a 40%(calculado com base no resultado líquido consolidado).

Neste contexto e conforme consta da proposta de aplicação dosresultados do exercício de 2004, o Conselho de Administração doBES vai apresentar à Assembleia Geral a proposta de pagamento deum dividendo bruto por acção no valor de 0,368 euros, correspon-

Dividendo Bruto Nº Acções Dividendo Bruto por Payout Ratio

(euros) Emitidas Acção (euros) Base Individual Base Consolidada

2002 86 100 000,00 300 000 000 0,287 66,6% 38,7%

2003 99 000 000,00 300 000 000 0,330 51,6%

2004 110 400 000,00 300 000 000 0,368 40,1%54,0%

39,6%

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dente a um payout ratio de 40,1% em base consolidada e 54,0%em base individual.

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Assembleia Geral do Banco, que teve lugar no dia 30 de Março de2004. Mais um vez, o Grupo BES assumiu a transparência da infor-mação como um ponto fulcral na relação existente com osAccionistas, ao prestar, em primeira mão, um retrato das acções doGrupo no âmbito da responsabilidade social, no ano de 2003.

Para acompanhar devidamente estes stakeholders, o Grupo BESdispõe de um Gabinete de Relações com Investidores (GRI). Estegabinete, para além de ser responsável por esclarecer questões eprestar informação a Accionistas, Investidores e Analistas é aindaresponsável por assegurar que o mercado tenha acesso regular atoda a informação relativa a resultados, eventos ou quaisquer factosrelativos ao Grupo BES com interesse para a comunidade financeira.

Com o objectivo de sofisticar a informação disponível via internetpara Accionistas, Investidores e Analistas foi criado no site Internet doBES um microsite Investor Relations, bem como um microsite institu-cional. Este espaço (www.bes.pt/investidor) é, assim, utilizado comoferramenta privilegiada na divulgação de toda a informação consi-derada relevante sobre a vida da sociedade (incluindo informação dedivulgação obrigatória e outra). O Grupo BES disponibiliza, ainda,

o calendário de eventos societários, bem como a possibilidade decontacto ou solicitação de qualquer esclarecimento no âmbito dasua relação com Accionistas, Investidores e Analistas. É ainda possí-vel, através deste meio de informação, solicitar o envio regular deinformação ou o Relatório e Contas do BES ou de qualquer outraempresa do Grupo. Para além deste espaço dedicado no seu

através deste site, toda a informação relativa às Assembleias Gerais,

site, autilização do correio electrónico ([email protected] ou [email protected]) é cada vez mais frequente para resposta ou esclareci-mento de questões colocadas ao Grupo BES.

Paralelamente em Assembleia Geral, todos os Accionistas podemrequerer que lhes sejam prestadas informações verdadeiras, comple-tas e elucidativas que lhes permitam formar opinião fundamentadasobre os assuntos sujeitos a deliberação. O dever de informaçãoabrange as relações entre a sociedade e outras sociedades com elacoligadas.Apenas poderão participar na Assembleia Geral os titularesde acções escrituradas em seu nome até quinze dias antes do dia dareunião.

Qualquer Investidor/Accionista interessado pode sempre contactaro Grupo BES por via postal, telefónica ou electrónica, estando osendereços disponíveis no site do investidor do BES.

“A divulgação da informação

é fundamental para a transparência

que o Grupo BES defende

no relacionamento com os seus

Accionistas.”.

Com o objectivo claro de transparência e partilha de informaçãosobre os diferentes aspectos da vida societária foi editada, emFevereiro de 2004, a primeira newsletter trimestral dedicada aosAccionistas - VALOR BES - que constitui mais um passo num mode-lo de comunicação moderno e orientado para as necessidades deinformação financeira dos Accionistas. Em cada edição trimestral, osAccionistas têm acesso a informação sobre a actividade e sobre osresultados do Grupo BES, bem como sobre diversos temas deinteresse relacionados com a situação dos mercados, das acções do

BES ou da economia portuguesa. Os primeiros dois números tive-ram como destaque de capa:

Corporate Governance;• Realizar Mais - O Programa de Responsabilidade Social do Grupo BES.

03 com os Accionistas e Investidores

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Informações mais detalhadas sobre o governo da Sociedade do Banco EspíritoSanto podem ser encontradas no Relatório de Corporate Governance, incluídono Relatório e Contas Anual do Grupo BES ou no site do Investidor.

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Promovemos bem-estar

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com os Colaboradores04

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Cada um dos Colaboradores do Grupo BES é um elemento fundamental para a criação de valor, particular-mente num contexto em que o sector financeiro tem vindo a enfrentar novos e cada vez mais complexosdesafios, que exigem maior capacidade de adaptação e de resposta a situações novas por parte de todosos recursos humanos.

Dentro deste enquadramento, o Grupo BES tem procurado conjugar os interesses e necessidades da empre-sa, designadamente no que diz respeito a novas competências e a novas formas de trabalhar, com asexpectativas dos Colaboradores em termos de desenvolvimento profissional e pessoal. Para o conseguir, oGrupo tem assentado o seu modelo de gestão de recursos humanos numa filosofia de descentralização. Cadaempresa do Grupo tem o seu Departamento de Recursos Humanos, competindo, no entanto, aoDepartamento de Recursos Humanos do BES a proposição à Comissão Executiva do BES das políticas estru-turantes de recursos humanos para o Grupo. Para assegurar a implementação transversal e eficaz destaspolíticas, foi criado o Comité de Recursos Humanos do Grupo BES, onde estão presentes os responsáveis derecursos humanos de todas as empresas do Grupo e que é coordenado pelo Director de Recursos Humanosdo Banco Espírito Santo.

Ao longo dos últimos anos, para fazer face às exigências de mercado e à crescente intensidade concorren-cial, foram tomadas pelo Grupo BES um conjunto de medidas que permitiram o rejuvenescimento e o reforçode competências dos recursos humanos do Grupo o que, em conjunto com uma consistente política de for-mação, se reflectiu num aumento da eficiência e da produtividade do Grupo BES.

O ano de 2004 foi o ano da consolidação dos processos de reorganização e racionalização levados a cabodurante o triénio 2001-2003, tendo-se iniciado um novo ciclo de formação, nomeadamente na área comer-cial. Em 2005, propomo-nos reforçar as políticas visando a qualificação dos Colaboradores do Grupo bemcomo a sua motivação. Nesse sentido, estão em curso um conjunto de trabalhos com o objectivo demelhorar os planos de carreiras dos Colaboradores das várias estruturas comerciais do Grupo bem comoos sistemas de incentivos reforçando a componente de desempenho individual.

No quadro do desenvolvimento a médio prazo do Grupo BES, a implementação de políticas de curto e médioprazo que permitam o reforço dos níveis de realização e de qualificação dos Colaboradores do Grupoconstituem uma prioridade como forma de contribuir para o enriquecimento do capital humano, factor deter-minante para assegurar o cumprimento dos objectivos estratégicos estabelecidos para o Grupo.

Joaquim GoesAdministrador, membro da Comissão Executivado Banco Espírito Santo

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51

A política de recursos humanos do Grupo BES assenta na contínuaqualificação e valorização dos seus Colaboradores, que se consubs-tancia na prossecução de linhas de acção destinadas a reforçar ascompetências individuais e colectivas e a promover um contexto deequilíbrio saudável entre direitos e deveres dos Colaboradores.

Em 2004, a prioridade do Grupo assentou, pois, no reforço da quali-ficação profissional tanto por via de um acentuado esforço de forma-ção, como pela disponibilização de novos e mais avançadosinstrumentos de trabalho. Esta aposta traduziu-se numa melhoria dosníveis de qualidade de serviço, tanto junto do Cliente externo comodo interno.

O envolvimento dos Colaboradores e o seu empenho em alcançaros objectivos delineados pelo Grupo BES é determinante para queo negócio tenha sucesso e, consequentemente, crie valor para aspartes interessadas, ou seja, para os próprios Colaboradores, para osClientes, os Accionistas, os Fornecedores e a Comunidade.

O Grupo BES sabe que o desempenho e a satisfação estão directa-mente relacionados com condições de trabalho competitivas esaudáveis, que o Grupo procura assegurar, para que possa ser con-siderado um local de trabalho estimulante para os seusColaboradores.

Esta é a razão pela qual o Grupo presta cada vez mais atenção àsestratégias seguidas na gestão dos seus recursos humanos, nomeada-mente nas políticas de incentivos, de formação e remuneração paraos Colaboradores que diariamente dão o seu contributo para quese consiga Realizar Mais.

O ano de 2004 foi o ano da consolidação dos processos de reorga-nização e racionalização do Grupo BES, fruto do contexto económicocrítico a nível nacional e internacional. Durante o triénio de 2001-2003, o Grupo BES reduziu o número dos seus Colaboradores,sobretudo através da realização de reformas. A população alvoforam os Colaboradores com idade média de 57 anos e uma antigui-dade média de 39 anos, maioritariamente com habilitações literáriasequivalentes ao ensino básico.

com os Colaboradores

04

Saída de Colaboradores 2002 2003 2004

Rescisão de contrato pela empresa 62 69 82

Rescisão de contrato pelo Colaborador 129 118 109

Reformas 375 276 238

Total 566 463 429

Staff Turnover* 2,73% 2,83% 2,92%

A estas medidas o Grupo aliou uma política consistente deformação, a qual tem vindo a crescer de ano para ano, tendo em2004 as horas de formação passado de 147 696 para 327 707 horas.

Estas medidas tiveram como consequência o aumento da eficiênciae da produtividade.

Aliada a esta aposta na qualificação, o Grupo BES iniciou, em 2004,um processo de consulta aos Colaboradores, como passo comple-mentar para construir uma estratégia sustentada de responsabilidadesocial para os recursos humanos. Este inquérito permitiu avaliardiversos aspectos da comunicação interna, da percepção sobre aresponsabilidade social e das expectativas dos Colaboradores face àcidadania do Grupo. Com base neste inquérito, o Grupo BES vaipoder diagnosticar os pontos fortes e as fragilidades existentes nasua relação com os Colaboradores e tomar medidas para o seumelhoramento.

O envolvimento dos Colaboradorese o seu empenho em alcançar os objectivosdelineados pelo Grupo BES é determinantepara que o negócio tenha sucesso e,consequentemente, crie valor para as partesinteressadas, ou seja, para os própriosColaboradores, para os Clientes,os Accionistas, os Fornecedorese a Comunidade.

04 com os Colaboradores

*Calculado da seguinte forma: [(Nº de colaboradores que sairam do Grupo) / (Nº de Colaboradores do anoanterior) x 100] sem incluir as reformas e óbitos.

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Sensibilizar os quadros superiores para a estratégiaRealizar Mais

No XIII Congresso do Grupo BES, reunião anual que reúne osadministradores do Grupo e quadros directivos do Banco EspíritoSanto, foi promovida a sensibilização para os compromissos doGrupo BES em matéria de desenvolvimento sustentável e para orecém-criado programa Realizar Mais.

Com o objectivo de estimular e exemplificar uma das vertentes doenvolvimento do Grupo BES com a cidadania desenvolveram-se, aolongo do congresso, três iniciativas:• mecenato social - segundo uma lógica de bazar, estiveram pre-

sentes três instituições de solidariedade social - a Associação NovoFuturo, Associação Nacional de Famílias para a Integração daPessoa Deficientes e a Acreditar - com o objectivo de recolherfundos e promover o trabalho desenvolvido.Através da venda dos

seus produtos, cada uma das instituições angariou um valor total decerca de 5 000 euros. A habitual oferta concedida aos congressistasfoi igualmente adquirida a uma instituição de solidariedade social - aAFID, tratando-se de t-shirts com a aplicação de desenhos realizadospor uma das utentes da associação.• mecenato cultural - realizou-se uma pequena mostra de fotografia

no âmbito da apresentação do BES como mecenas da fotografia,criando oportunidades de divulgação para quem produz artefotográfica nacional.

• respeito pelo ambiente - o Grupo BES decidiu substituir o mate-rial logístico, habitualmente distribuído pelos congressistas (pastas,blocos, canetas, ementas e cartões), por material reciclado oubiodegradável, mais “amigo do ambiente”.

4.1 Dialogar com os Colaboradores– os eixos da comunicação interna

Uma vez que o diálogo e a transparência são valores fundamentaisda responsabilidade social, a sua aplicação deve começar no rela-cionamento e na comunicação com os Colaboradores da empresa,ou seja, na gestão dos recursos humanos e na comunicação interna.

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53

NS/NR 20,3%

Pouco 0,8%

Muito 61,2%

Suficiente 17,6%

1) Considera que o Grupo BES é um Grupo solidário com a Comunidade?

4.1.2 A perspectiva dos Colaboradores sobre Realizar MaisEm Novembro, após um ano pautado pelo reforço do percurso deresponsabilidade social empresarial, realizou-se uma consulta aosColaboradores para averiguar como estavam a percepcionar a respon-sabilidade social no Grupo e qual a sua opinião sobre a preocupaçãodo Grupo com o seu bem-estar. Pediu-se igualmente aos Cola-boradores para contribuírem com ideias sobre como o Grupo podemelhorar o seu desempenho na área da responsabilidade social.

Suficiente 31,1%

Pouco 3,5%

Muito 53,5%

NS/NR 11,9%

2) Considera que o Grupo BES se preocupa com o bem-estar dos Colaboradores?

Pouco 3,3% Muito 49,1%

NS/NR 23,7%

Suficiente 23,8%

3) Considera que houve evolução positiva no âmbito da responsabilidade social de 2003/2004 no Grupo BES?

0

200

300

400

100

145

3050

62

342

42

369 384

Promover actividades desportivas Apoiar grandes causasPromover mais actividades culturais

NS/NR Valorizar os Recursos Humanos Desenvolver mais acções sociais

Outros

4) No seu entender, o que é que o Grupo BES pode fazer para desenvolver a sua cidadania?

31

Divulgação dos Projectos Continuar o bom trabalho

Em Dezembro de 2004 foi enviado um inquérito via e-mail para osColaboradores do Grupo BES, com quatro questões. O prazo deresposta foi de 15 dias úteis, sendo a resposta enviada por estamesma via para um endereço especificamente criado para oesclarecimento de questões sobre a temática da responsabilidadesocial do Grupo BES - [email protected].. 1032 dos Colabo-radores responderam a este inquérito, correspondente a 10% douniverso, tendo os resultados sido tratados por uma empresa inde-pendente, a ODEC - Centro de Cálculo e Aplicações.

Estes foram os resultados:

04 com os Colaboradores

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54 A SABEDORIA FINANCEIRA AO SERVIÇO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Análise dos resultados:1) Considera que o Grupo BES é um Grupo solidário com a Comu-

nidade? 61,2% dos Colaboradores consideram que o Grupo BES émuito solidário com a Comunidade, considerando 17,6% que oGrupo está suficientemente empenhado nas questões sociais.

2) Considera que o Grupo BES se preocupa com o bem-estar dosColaboradores? 53,5% dos inquiridos pensa que o Grupo BESestá muito preocupado com o seu bem-estar, enquanto que 31,1%sentem que só está suficientemente preocupado com os seusinteresses.

3) Considera que houve uma evolução positiva no âmbito da res-ponsabilidade social de 2003/2004? Metade dos inquiridos notouuma evolução positiva de 2003 para 2004 no âmbito da respon-sabilidade social no Grupo BES, seguidos de 246 (23,8%) que ape-nas o consideram de modo suficiente. É de notar que, nestaquestão, 245 (23,7%) dos Colaboradores não respondeu/nãosabia, o que indicia a necessidade de melhorar a visibilidade destasiniciativas a nível interno. Este resultado suscita a necessidade dereavaliar esta questão, uma vez que em 2004 a política de comu-nicação interna sobre a responsabilidade social do Grupo foiintensa e continuada.

4) No seu entender,o que é que o Grupo BES pode fazer para desen-volver a sua cidadania? Esta questão desafia os Colaboradores adarem sugestões para o Grupo BES desenvolver a sua cidadania.Os resultados foram muito enriquecedores, uma vez que permitemdemonstrar que a maioria dos Colaboradores que respondeu a estaquestão (384) valorizou o apoio social como uma forma de GrupoBES melhorar a sua cidadania. Desta forma conclui-se que, ao valo-rizar este tipo apoio, o Grupo BES encontra-se em conformidadecom a opinião dos inquiridos. Contudo, em termos de comunicação,foi apontada a questão de o apoio social ser só realizado por alturado Natal, o que não corresponde à realidade, uma vez que duranteo ano de 2004 foram comunicadas de uma forma continuada os seusapoios.Por isso, o Grupo BES compromete-se a desenvolver um diagnósti-co para averiguar os entraves da comunicação interna.369 Colaboradores consideram que o Grupo BES deverá valorizaros seus recursos humanos.O Grupo BES está consciente que oferece um conjunto de benefí-cios aos seus Colaboradores, pelo que se compromete, em 2005,avaliar a valorização concedida a Colaboradores por forma a melho-rar o seu desempenho neste âmbito.

Este inquérito é uma ferramenta valiosa para o desenvolvimentosaudável das relações com os Colaboradores e para uma harmoniza-ção progressiva entre as expectativas de ambas as partes. O GrupoBES vai, por isso, continuar a consultar, numa base regular, osColaboradores e estabelecer prioridades para medidas e acções nasua política de recursos humanos.

Reunião da Comissão Executivacom a Direcção Regional da Madeira

Reunião da Comissão Executivacom a Direcção Regional de Cascais

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Comissões Executivas Itinerantes

O diálogo com os Colaboradores no Banco Espírito Santo passa igualmente pela deslocação da sua Comissão Executiva às 23 DirecçõesRegionais, nas quais o Banco se encontra segmentado, para melhor responder às necessidades dos seus diferentes stakeholders.

Com o objectivo de registar in loco as opiniões dos Colaboradores que diariamente estão em contacto com os Clientes do Banco, dereforçar a interacção dos departamentos centrais com a área comercial e de avaliar as necessidades da Comunidade em que o BES seencontra localizado, a Comissão Executiva do Banco Espírito Santo realiza, desde 1995, as Comissões Executivas Itinerantes.

Estas reuniões, expoente máximo do diálogo do BES com alguns dos seus stakeholders, permitem à Comissão Executiva, Direcções e restantesquadros do BES uma avaliação conjunta do que é esperado por parte dos Clientes, Accionistas e Autoridades Locais das diferentes zonas dopaís.

Calendário das Comissões Executivas Itinerantes em 2004

04 com os Colaboradores

Leiria

Lisboa

18 Fevereiro

Coimbra

14 Abril

17 Março

Ponta Delgada

19 Maio

Porto

14 Junho

Cascais

03 Maio

Funchal

Tomar

08 Julho

02 Setembro

08 Julho

Vila Real

08 Setembro

Braga

21 Setembro

Évora

27 Outubro

Almada

17 Novembro

Vilamoura

15 Setembro

Guimarães

13 Outubro

Covilha

10 Novembro

Vimeiro

26 Novembro

Aveiro

28 Abril

Porto

12 Maio

Espinho

01 Junho

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56 A SABEDORIA FINANCEIRA AO SERVIÇO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Indicadores 2004

Credibilidade 63%

Respeito 56,3%

Imparcialidade 58%

Orgulho 72,6%

Camaradagem 58,7%

Pergunta de satisfação global:

“Tendo em conta todos estes factos,

diria que trabalho numa óptima empresa” 75%

(Percentagem de grau de satisfação)

Resultados dos inquéritos Great Place to Work no BES7

4.1.3 Diagnosticar a Satisfação dos Colaboradores – inquéritoGreat Place to Work

O Great Place to Work Institute é uma consultora de pesquisa egestão empenhada em avaliar o grau de satisfação dosColaboradores nos seus locais de trabalho. As empresas são convi-dadas a participar numa base voluntária e as que alcançam a melhoravaliação integram a lista das melhores empresas para trabalhar.Desde 1980, o Great Place to Work Institute já realizou rankings emmais de 24 países na América, Europa e Ásia, tendo pesquisado oequivalente a 10 milhões de Colaboradores de 5 000 empresas, oque o torna uma referência mundial na procura de qualidade noambiente de trabalho.

Desde 2003 que o Great Place to Work Institute realiza diagnósticosjunto das empresas portuguesas, nos quais o Banco Espírito Santoaceitou participar. Os questionários procuram avaliar o grau de satis-fação dos Colaboradores em cinco vertentes: a credibilidade (a opiniãoque os Colaboradores têm acerca da credibilidade da empresa), orespeito (pelos Colaboradores), a imparcialidade,o orgulho e a camara-dagem. Em 2004, participaram 153 Colaboradores no inquérito, dis-tribuídos pelos seguintes cargos: 84 operacionais - sem cargo de chefia,37 gerentes/supervisores e 30 executivos/quadros superiores.Estes foram os resultados:

(7) Fonte: Great Place to Work

4.1.4 BESWEBA intranet do Grupo BES - a BESWEB - é o canal de informação ecomunicação interna por excelência de todas as empresas doGrupo, instalado em todos os postos de trabalho. É por este meioque circula toda a informação relativa às actividades desenvolvidaspelo Grupo (desde notícias publicadas diariamente sobre o Grupo esobre o mercado financeiro, o acesso a documentos internos, comobalanço social do BES e o código de conduta dos Colaboradores, àdivulgação de oportunidades de recrutamento interno), o que signifi-ca uma redução significativa de papel.

A responsabilidade pelo desenvolvimento dos conteúdos encontra--se descentralizada pelos diferentes departamentos do BES e dasvárias empresas, num total de 20 pessoas, sendo a coordenação dosite tarefa do Departamento de Comunicação. Em 2004, registou-seuma média diária de 18 000 visitas.

Trata-se de um instrumento determinante para concretização deuma política de comunicação interna pautada pela “democratização”do acesso à informação. Representa, por outro lado, um significativocontributo em termos de eficiência, tanto pela via da desmaterializa-ção de documentos como pela redução de tempo necessário noacesso à informação.

Para avaliar o grau de satisfação percepcionado pelos Colaboradoresem relação à BESWEB, foi realizado, em 2004, um inquérito de satis-fação levado a cabo pelo Departamento da Qualidade do Serviçojunto das áreas comerciais do Banco Espírito Santo, ao qual respon-deram 606 Colaboradores, com os seguintes resultados:• 69,8% estão satisfeitos ou muito satisfeitos com o aspecto gráfico;• 70,0% com a organização do site;• 72,1% com a actualidade dos conteúdos.

Organização Site Aspecto gráfico Actualidadeconteúdos

70,0% 69,8%72,1%

Grau de Satisfação em relação a BESWEB

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4.1.5 BES@ctualPara garantir uma periodicidade na comunicação interna e facilitar oacesso à informação, é editada, quinzenalmente, uma web-magazine,onde se divulgam notícias sobre a actividade das empresas.A web-magazine foi criada em 2002 e resultou da evolução de umaedição anterior em suporte papel.Actualmente é divulgada junto dosColaboradores, distribuídos pelos 17 países nos quais o Grupo seencontra presente, seja através da divulgação on-line como através deedição em formato electrónico enviada por correio electrónico paraas empresas que não têm ainda aquele acesso.

4.1.6 Portal de Recursos HumanosNuma fase onde o recurso à internet e intranet se acentua e que a esta-bilização destas plataformas é mais sentida, também a área de recursoshumanos do BES sentiu necessidade de alargar as formas de comuni-cação com o exterior através do recurso às novas tecnologias de infor-mação. Assim, em 2004, teve início a implementação do portal derecursos humanos, ficando disponível, no primeiro trimestre de 2005,actividades de consulta do registo de cadastro de pessoal e modo dealteração dos dados pessoais, nomeadamente estrutura a que per-tencem, número de empregado e contactos, isto, para os Colabo-radores do BES e Banco Espírito Santo dos Açores. Futuramente,far-se-á o alargamento a todos Colaboradores do Grupo BES.

No decorrer do ano de 2005, este portal irá igualmente permitir oacesso à seguinte informação:• registo e consulta de trabalho suplementar ;• integração do ponto;• recibo vencimento;• extracto dos créditos;• gestão e pedidos de transferências;• absentismo (inclui marcação de férias);• avaliações.

O portal de recursos humanos será um excelente interface para aoptimização de circuitos de informação entre o Departamento dePessoal, outros departamentos e Colaboradores.

4.2 Caracterização dos Colaboradores do Grupo BES

Fruto do processo de racionalização e do rejuvenescimento da basede Colaboradores, nomeadamente através da contratação deColaboradores mais jovens, a estrutura etária do Grupo BES é maisequilibrada, em 2004.

Em 2004, a média etária dos Colaboradores do universo em análiseé de 38,12 anos.

Ao nível da distribuição por sexos regista-se um maior equilíbrio noquadro dos Colaboradores. Em 2004, foram contratados 185 novosColaboradores. Destes, 54% foram mulheres, o que significa umaumentode 14% relativamente a 2003,

Entrada de Colaboradores 2002 2003 2004

Novas contratações 115 211 185

Entradas do sexo feminino 45 85 100

04 com os Colaboradores

Em paralelo com uma crescente modernização dos processos e cir-

contexto de equilibrada combinação entre as novas competênciasque renovam o espírito de equipa, que caracteriza os quadros maisjovens, e o elevado sentido de cultura empresarial e experiênciaprofissional que marca as gerações com maior antiguidade dequadros do Grupo BES. Esta transição consensual de valores, apaná-gio da cultura empresarial do Grupo BES, potencia o desenvolvimen-to e a realização profissional de forma biunívoca entre os quadrosrecém-chegados e os de maior antiguidade.

cuitos, o Grupo BES tem vindo a desenvolver uma progressiva reno-vação dos seus quadros. Esta política tem vindo a ser aplicada num

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58 A SABEDORIA FINANCEIRA AO SERVIÇO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

No Grupo BES, e mais especificamente no universo que esterelatório abrange, a caracterização dos Colaboradores apresenta-sede acordo com os seguintes indicadores:

Feminino

Masculino

0

200

400

500

600

900

100

700

800

300

161 153

762

527

705

795

425

717

235

461

172

646

122

406

34

213

3 26

Idade< 26

Idade26 - 30

Idade31 - 35

Idade36 - 40

Idade41 - 45

Idade46 - 50

Idade51 - 55

Idade56 - 60

Idade> 60

Colaboradores por sexo

Sexo Feminino 40%

Sexo Masculino 60%

Total de Colaboradores por sexo

Directivos Femininos 20%

Directivos Masculinos 80%

Colaboradores por sexo

Chefias Feminino 27%

Chefias Masculino 73%

Colaboradores por sexo

Técnicos Feminino 44%

Técnicos Masculino 56%

Colaboradores por sexo

AdministrativosFeminino 45%

AdministrativosMasculino 55%

Colaboradores por sexo

Fonte: Departamentos de Recursos Humanos das empresas que fazem parte do universo do Relatório.

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4.3 Promover o Talento

Para promover a retenção de talentos e a satisfação dos Colabo-radores foram implementados diversos mecanismos, entre os quaisse destaca o desenvolvimento da carreira de cada Colaborador,tendo para este fim o Grupo BES apostado fortemente na for-mação.

4.3.1 Apoiar o Desenvolvimento da Carreira e FormaçãoA formação é cada vez mais entendida como uma ferramenta impres-cindível para acompanhar a par e passo as exigências do mercado, paracriar um serviço de excelência, ao mesmo tempo em que favorece odesenvolvimento pessoal.

Assim, o Grupo manteve e consolidou a sua aposta num conjuntode Planos de Formação que assentam na permanente qualificação edesenvolvimento das competências dos seus Colaboradores, em trêsvertentes:

a) Plano Geral de Formação - up-grade de competências transver-sais ao universo de Colaboradores do Grupo, como por exemploLínguas Estrangeiras e Informática. No final de cada ano, cada

Colaborador é consultado para seleccionar um curso de línguas(inglês, alemão, francês e espanhol) e/ou de informática na ópticado utilizador e em programação HTML. O Colaborador podeescolher entre o modo avançado ou básico.

b) Planos Orgânico-Funcionais de Formação - desenvolvimento deacções de formação para um segmento comercial do Grupo,como por exemplo Retalho ou Médias Empresas, ou para umconjunto de Colaboradores que desempenha a mesma função,como por exemplo assistentes de vendas ou gestores de risco. Em2004, e com vista a apoiar a organização diária do trabalho, quehoje, devido ao aumento exponencial da informação e da com-petitividade, qualquer gestor tem mais dificuldade em gerir, foileccionado o curso Time Manager, uma formação específica paraorientar os gestores de empresas do Banco Espírito Santo naoptimização do trabalho vs. tempo.

c) Planos Específicos de Formação - apoio à participação em cursosde natureza técnica específica a uma determinada área do Grupo,nos quais se inscreve um número limitado de Colaboradores,como por exemplo auditoria interna, risco de crédito, controlofinanceiro, etc..

Competências em Foco

Modelo de Formação do Grupo BES

Técnicas

TécnicasComportamentais

Operativas

OperativasTécnicas

Indivíduos

Segmentos e/ouFunções

Destinatário-Alvo

Grupo BESPlano Geral de Formação

Planos Orgânico--Funcionais de Formação

PlanosEspecíficos

de Formação

Este modelo de planeamento deverá ser mantido em 2005, com oenfoque, em termos orgânico-funcionais, na Rede de Retalho eespecificamente nas funções “Director Regional” e “Gerente”.

04 com os Colaboradores

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60 A SABEDORIA FINANCEIRA AO SERVIÇO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Gabinete de Formação e Desenvolvimento de CompetênciasO Departamento de Pessoal do Banco Espírito Santo dispõe de umgabinete exclusivamente dedicado à formação - o Gabinete deFormação e Desenvolvimento de Competências - que conta, actual-mente, com 12 técnicos exclusivamente dedicados à formação edesenvolvimento de competências que se deslocam pelo país paragarantir a formação dos Colaboradores do Grupo BES.

Neste sentido, e por forma a dar resposta ao crescente grau deexigência dos Colaboradores, a equipa da área de Formação eDesenvolvimento de Competências foi reforçada, em 2004, com oobjectivo de enriquecer as competências técnicas e pedagógicas dosColaboradores do Grupo e alicerçar a sua actividade de forma maisfocalizada no negócio e nas necessidades concretas de formação edesenvolvimento de competências.

Fruto do mercado dinâmico e competitivo em que o sector dabanca se encontra inserido, as horas de formação no Grupo BESregistaram, nos últimos três anos, um aumento da ordem de 180 350horas. No ano de 2004, cada Colaborador recebeu em média 49,78horas de formação, tendo o Grupo investido em formação, em 2004,1 766 858 euros.

Nº de Horas de Formação por Colaborador

0

20

30

40

50

60

10

2002 2003 2004

22,35

22,63

49,78

Balcão Escola - conhecer a realidade dos Clientes e dos colegasUma equipa conhecedora e envolvida na realidade do Clientealcança uma melhor performance. Por isso, para fortalecer as equipascom o conhecimento no terreno, foi aprovado, no último Congressodo Grupo BES, um programa de formação inovador, baseado naprática e no conhecimento empírico, o Balcão Escola.

O conceito Balcão Escola baseia-se na utilização de 22 balcões deatendimento ao público, que se destinam também a formar todos osnovos Colaboradores contratados pelo Grupo. Esta formaçãopermite um conhecimento mais prático da empresa e do sector, aofornecer um enquadramento real da banca de retalho e ao poten-ciar o conhecimento interno, porque permite contactar com o quo-tidiano dos colegas que diariamente atendem os Clientes.

O estágio implica 22 dias de formação, com diversas fases de avalia-ção por tarefa e simulações de atendimento e venda. Este programapermite, doravante, que os Colaboradores pratiquem o envolvimen-to com o Cliente e fiquem mais conhecedores e sensibilizados paraas exigências de qualidade deste sector.

Reforçar a Formação em AngolaApós o conflito que devastou a economia de Angola, deixando ainfra-estrutura básica em ruínas, é de salientar a grande aposta doBES Angola (BESA) na formação dos seus Colaboradores que em2004, rondou as 101 horas por Colaborador, os quais maioritaria-mente são angolanos (121 de um total de 128 Colaboradores), emáreas tão distintas como a formação técnica e a formação em pro-jectos em desenvolvimento naquele país, como é o caso doTelemarketing e Customer Relationship Management (CRM).

4.4 Partilhar os Sucessos com os ColaboradoresSistema de Incentivos Baseado em Acções

O Sistema de Incentivos Baseado em Acções (SIBA) é um dosinstrumentos da política de recursos humanos do Grupo, quecontribui para a motivação e fidelização dos Colaboradores. Estesistema foi adoptado por 90% das empresas incluídas na listaFortune 500 e foi implementado de forma pioneira, em Portugal, peloGrupo BES. Baseia-se na possibilidade de os Colaboradorespoderem adquirir parte do capital da empresa em que trabalham. OSIBA não veio substituir a política de distribuição de parte dos lucrosaos Colaboradores. Trata-se de um sistema complementar deretribuir aos trabalhadores os resultados obtidos, constituindo ummeio mais efectivo de partilhar o valor económico futuro.

Sistema de Objectivos e IncentivosO Sistema de Objectivos e Incentivos (SOI) pretende igualmentepremiar os Colaboradores de acordo com os objectivos definidospara cada Colaborador / Unidade Orgânica / Departamento. Estesistema conciliado com o sistema de controlo individual de vendas ea avaliação individual de desempenho, e tendo por base determina-dos critérios (função, nível, etc.), permite distribuir individualmente asverbas de comparticipação nos lucros do Grupo.

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61

Premiar o Espírito Inovador- Prémio Inovação

Relacionado com a política de motivação, o Grupo BES man-teve, em 2004, o Prémio Inovação que lança o desafio aosColaboradores do Grupo de apresentarem propostas dealteração de processos, reorganização de circuitos e outros, cujafinalidade se prende com o aumento da eficiência do trabalhode todos. As ideias foram avaliados por um júri, sendo premia-das as três melhores ideias com um cheque de viagem.

Este ano, o Prémio Inovação galardoou 3 Colaboradores, comideias inovadoras que contribuiram para a eficiência de proces-sos e organização interna do Grupo:

1º Platina - "Redução do número de Transacções Tele"Rui Manuel de Jesus Calado AntunesBES - Gerente - Balcão do Fundão10 000 euros

2º Ouro - "Impressos Alternativos ao Impresso Único"José Manuel Cabral GomesBES - Assistente deVendas - Balcão da Almirante Reis7 000 euros

3º Menção Honrosa - "Extracto Integrado de Títulos"Marco António PedrosaACE - Apoio Operativo - Departamento Executivo de Operações3 000 euros

Procedimento de Informação e Consulta

O BES é o único banco português que já deu cumprimento àdirectiva comunitária que obriga as empresas com pelo menos150 Colaboradores em algum país da Comunidade Europeia, ainstalar um Procedimento de Informação e Consulta ondeestão representados os três Sindicatos Verticais, o Sindicato doQuadros e Técnicos Bancários, a Comissão de Trabalhadores eum representante dos sindicatos do país onde a empresa temessa filial. No caso do BES, o representante espanhol represen-ta os Sindicatos Espanhóis no BESSA e este fórum visa a dis-cussão de questões nacionais e europeias que afectam nodia-a-dia a vida laboral das empresas.

4.5 Promover os Direitos

O Grupo BES obedece à legislação de cada país em que opera. Maspara além disso, o Grupo respeita e promove os direitos humanosde acordo com os princípios subscritos no Pacto Global das NaçõesUnidas, bem como estabelecido pela OIT (Organização Internacionalde Trabalho), contemplando a liberdade de associação a sindicatos ea eliminação do trabalho infantil, principalmente em países onde aprática corrente mostra o contrário.

• SindicalizaçãoO Grupo respeita e apoia a sindicalização dos seus Colaboradores.

Para o efeito existem três órgãos com representatividade sindicalque reúnem com a Direcção de Pessoal e com a Administração doBanco: a Comissão de Trabalhadores, o Secretariado Sindical e oProcedimento de Informação e Consulta.

O primeiro constitui a representação directa dos trabalhadores juntoda Administração, numa colaboração contínua em questões quedizem respeito ao bem-estar social, clima organizacional e melhoriade condições dos Colaboradores. A Comissão de Trabalhadores écomposta por 11 representantes.

O Secretariado Sindical é a representação directa dos três sindicatosverticais do sector: Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas, Sindicatodos Bancários do Centro e Sindicato dos Bancários do Norte. Nestefórum, são tratadas questões mais estratégicas e abrangentes dosector e suas repercussões no Grupo BES.

É de referir ainda que o BES tem um representante ao nível daAssociação Portuguesa de Bancos para as discussões e negociaçãocolectiva do Sector.

Cerca de 99% dos Colaboradores bancários do universo em análise,em Portugal, encontram-se sindicalizados, na sequência de estarem

financeiras (Associação Portuguesa de Bancos e os sindicatos do sec-tor), o qual estabelece as práticas a desenvolver na actividade a queos Colaboradores se encontram sujeitos, incluindo, entreoutras, as respectivas remunerações e os direitos e obrigações a queambas as partes se encontram vinculados.

ao abrigo do Acordo Colectivo de Trabalho Vertical, um acordo labo-ral estabelecido entre a entidade que representa as instituições

04 com os Colaboradores

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62 A SABEDORIA FINANCEIRA AO SERVIÇO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

4.6 Apoiar a Vida Familiar- subsídio à primeira infância e bolsas universitárias

Enquadrado na política de responsabilidade social para os recursoshumanos, o Banco Espírito Santo criou uma linha de apoio financeiropara pagamento de creches dos filhos (primeira infância) deColaboradores e bolsas universitárias para apoiar os estudos dosfilhos dos Colaboradores com rendimento inferior a 1 065,70 euros(o correspondente à remuneração até ao nível 9 do AcordoColectivo de Trabalho Vertical).

O valor fixado para os apoios às mensalidades da creche foi de 140euros/mensais e foi atribuído a 66 Colaboradores, de 94 que se can-didataram, num total de 101 640 euros.

Relativamente às bolsas de estudo para filhos de Empregados quefrequentam o ensino superior, o BES disponibilizou 36 mil euros.

Também neste caso, foram considerados os Colaboradores com osmesmos índices salariais, o que se traduziu em 40 candidaturasaprovadas. Nesta primeira edição foram atribuídas 29 bolsas com ovalor de 600 euros/anuais a estudantes do ensino superior públicoe 11 bolsas de estudo no valor de 1 980 euros/anuais a estudantesdo ensino superior privado.

É objectivo do banco, para 2005, aumentar em 50%o número de beneficiários do subsídio

de apoio à primeira infância.

Testemunho de Colaboradora – Bolsas de EstudoVivemos desde há algum tempo uma corrida incessante a números quetraduzam, de forma expressiva, a vitalidade das empresas, penalizandomuitas vezes o Colaborador e a sua família. É-lhe pedido cada vez maisempenho, mais eficiência, mais qualidade e rapidez no cumprimento dassuas funções, não sendo isso, muitas vezes, acompanhado no dia-a-dia,por estímulos adequados. Assim, esta iniciativa constituiu para mim uma”lufada de ar fresco”, lembrando-me que sou reconhecida como pessoae não apenas como uma peça desta imensa empresa.Desejo sinceramente que o conforto que senti com esta notícia possa vira ser experimentado por um número cada vez maior de colegas, aolongo de muitos anos. O meu muito obrigada!

Célia Soares (Colaboradora do Balcão de Alcobaça)

Testemunho de Colaborador – Subsídio à primeira InfânciaEstou muito grato ao BES pelo subsídio à primeira infância de que o meu filho Duarte está a beneficiar, este ano lectivo.Trata-se de uma ajuda importante, para quem tem encargos com a educação dos filhos de valor desproporcionado aos rendimen-tos de trabalho. A escola do meu filho elogiou a forma inovadora de pagamento (cheque-creche), que ainda é pouco usada no País.

Paulo Cortez (Colaborador do Balcão de Hospital da Prelada)

ConciliaçãoTrabalho / Família

Filhos deColaboradores

1ª InfânciaApoio Financeiro da Creche

Idade UniversitáriaBolsa de Estudo

Critériode discriminaçãopositiva:Colaboradoresaté ao nível 9do ACTV

Conciliar a Vida Familiar / Profissional

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4.7 Promover o Bem-Estar e Compreender o Absentismo- a saúde dos Colaboradores

A saúde dos Colaboradores é um aspecto prioritário para o Grupo,sendo entendida num sentido mais amplo, de bem-estar geral, paraalém da saúde física.

No âmbito do Acordo Trabalho Colectivo Vertical (ACTV), todos osbancários têm acesso ao serviço de saúde SAMS:

• SAMS - Serviço de Assistência Médico-Social que tem como objec-tivo a prestação de cuidados de saúde, apoio maternal e terceiraidade, bem como outras situações afins de carácter social. Assegura,através de instalações próprias (clínicas e hospital), a prestação decuidados de saúde, atribuindo comparticipação às despesas reali-zadas fora dos seus serviços.

Os Colaboradores do Grupo BES que exercem a sua actividade emPortugal (exceptuando os Colaboradores do BES), para além deterem acesso a este sistema, detêm na sua maioria um seguro desaúde que permite uma comparticipação dos actos clínicos efectua-dos em caso de doença.

Em Espanha é concedido a cada Colaborador um seguro de saúdeque cobre 80% das despesas com actos clínicos.

volveu um serviço de saúde interno complementar, onde, para alémda valência de saúde ocupacional, existe um serviço de medicinacurativa que oferece condições de apoio médico e de enfermagemprivilegiadas.

Nos três postos médicos do Banco Espírito Santo em Lisboa, Portoe Coimbra, 2 760 Colaboradores foram, em 2004, submetidos aexames médicos de vigilância da saúde e 3 468 Colaboradores

O Banco Espírito Santo, não obstante a existência do SAMS, desen-

Total

Exames médicos efectuados 2 760

Saúde Ocupacional

Total

ACTOS MÉDICOS 8 557

Consultas 3 458

Pequenas Cirurgias 46

Receitas 5 053

ACTOS DE ENFERMAGEM 5 239

Aplicações Diversas 2 647

Tensão Arterial 2 514

Electrocardiogramas 78

PESSOAS ATENDIDAS 3 468

Medicina Curativa

Saúde OcupacionalTem como objectivos a promoção e vigilância da saúde dostrabalhadores e a prevenção de riscos profissionais.

Medicina CurativaEncontra-se vocacionada para a assistência aos trabalhadores, nassituações de doença e/ou acidente.

Para além disso, o Banco Espírito Santo possui um Gabinete deApoio Social que procura desenvolver acções integradas na políticade recursos humanos, que visam reforçar a importância do aspectohumano do trabalho e estimular o bem-estar social dosColaboradores.

No ano 2004, em Lisboa e no Porto, foram atendidas, analisadas eacompanhadas 188 situações que necessitavam de apoio/inter-venção directa. É de realçar nas situações apoiadas, o peso dosproblemas de carácter económico, 80 casos (42,5%) e os problemasrelacionados com o trabalho, 72 casos (38,2%).

04 com os Colaboradores

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64 A SABEDORIA FINANCEIRA AO SERVIÇO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Para promover o bem-estar junto dos seus Colaboradores, atravésda saúde, o Grupo BES investiu 988 478 euros em 2004.

O absentismo é um dos problemas que as organizações enfrentame é uma questão muitas vezes relacionada com factores que vãoalém das baixas por doença ou acidente.

Consciente deste problema, o Banco Espírito Santo, através dos seusServiços Clínicos e, nomeadamente, da consulta de psiquiatria, temprocurado, desde 2002, avaliar as razões do absentismo de longaduração (superior a 30 dias), de modo a poder encontrar soluçõesconjuntas com os Colaboradores que estão de baixa.

Das 108 avaliações efectuadas em 2004 a empregados com baixaprolongada, 12 (11%) tinham como motivo da baixa doença do foromédico-cirúrgico e 96 (89%) doença do foro psiquiátrico.

Na sequência destes processos de avaliação, 35 Colaboradores (32%)foram encaminhados para a reforma, 16 regressaram ao trabalho(15%), 10 mantêm-se de baixa (9%), mas em acompanhamento, e porúltimo 2 optaram por sair do Banco Espírito Santo (2%).

Esta medida, a par com processos de reestruturação em algumasáreas, de redução do número de Colaboradores e de reformaspermitiu reduzir os níveis de absentismo por doença em62 283 horas de trabalho de 2003 para 2004.

LISBOA PORTO

Situações Apoiadas Novas Acompanhamento TOTAL Novas Acompanhamento TOTAL

Problemas económicos 61 10 71 8 1 9

Problemas de saúde 15 4 19 5 3 8

Problemas relacionados com o trabalho 30 12 42 20 10 30

Problemas familiares – – – 3 – 3

Outros 2 – 2 4 – 4

TOTAL 108 26 134 40 14 54

Absentismo por doença por Colaborador

0

20

30

40

50

60

2002 2003 2004

10

51,89

56,28

46,32

em horas

Absentismo por acidentes de trabalho por Colaborador

0

1

1,5

2

2002 2003 2004

0,5

1,57

0,951,14

em horas

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Total

Mamografia 204

Rastreio do Cancro da Mama em 2004

Total

PSA 418

Rastreio do Cancro da Próstata em 2004

Realizar Mais Prevenção - rastreio do cancro do cólonO cancro do cólon é tido nos meios da saúde como a segunda causade morte por tumor maligno em Portugal. Dados da SociedadePortuguesa de Endoscopia Digestiva tornaram público que, desde1980, o cancro do cólon aumentou 80%. Tendo igual incidência nosexo masculino e no sexo feminino, cerca de 90% dos casos surgemem pacientes com mais de cinquenta anos.

Sendo o rastreio apontado como o caminho que permite inverter averdade crua e desoladora destes números, o Banco Espírito Santosempre atento à saúde dos seus Colaboradores vai, em 2005, pro-por aos seus Colaboradores a realização do rastreio do cancro docólon, à semelhança do que já acontece, desde 2001, com osrastreios do cancro da mama e da próstata.

4.7.1 Assegurar a Saúde dos Colaboradores do BES AngolaAtendendo que Angola viveu um longo período de conflito armadoque após o acordo de paz, em 2002, deixou grande parte da popu-lação civil dependente de ajuda humanitária e com um sistemanacional de saúde praticamente inexistente, o Grupo BES desen-volveu uma política de recursos humanos na área da saúde paratodos os Colaboradores do BES Angola (BESA).

Através de um protocolo celebrado com uma clínica médica privada,os Colaboradores do BESA e respectivo agregado familiar tem aces-so aos seguintes serviços:• comparticipação em consultas e exames médicos;• comparticipação nas despesas médicas;• seguro de acidentes de trabalho.

Em 2005, o BESA pretende disponibilizar um seguro de saúde a todosos seus Colaboradores, prevendo uma ampla área de cobertura.

O acompanhamento dado aos seus Colaboradores na área da saúdepermitiu ao BESA uma redução no absentismo por doença de 11horas por Colaborador em 2003 para 4 horas em 2004.

4.7.2 Promover o Bem-Estar através da AlimentaçãoA preocupação com a saúde e o bem-estar dos Colaboradores noGrupo reflecte-se noutro tipo de equipamento social - os refeitórios.Graças a estes é possível proporcionar uma alimentação saudável,rica e diversificada, a custos bastante mais baixos, aos Colaboradoresdo Banco Espírito Santo e da maior parte das empresas do Grupo.

O Banco Espírito Santo dispõe de quatro refeitórios - três na zonada Grande Lisboa e um no Porto, que funcionam em regime de self--service e bar. Os horários de funcionamento e serviços que prestamforam adequados às características da população trabalhadora queservem. Em dois refeitórios, nos de Carnaxide e do Oriente, são ser-vidas para além do almoço, o pequeno-almoço e o lanche.

No ano de 2004, foram fornecidas 470 133 refeições nos quatrorefeitórios. Destas, 271 442 foram servidas no self-service e 198 691no bar. Este benefício traduziu-se, em 2004, num investimento de1 070 399 euros.

04 com os Colaboradores

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66 A SABEDORIA FINANCEIRA AO SERVIÇO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

4.7.3 Promover o Bem-Estar através do LazerA preocupação com o bem-estar e a saúde dos Colaboradores doGrupo BES passa igualmente por proporcionar a todos aqueles quenele trabalham, condições para a prática de actividades desportivase de lazer, através do apoio ao Grupo Cultural e Desportivo dosTrabalhadores do Banco Espírito Santo (GCDTBES).

Criado em 1938, o GCDTBES funciona através de um contributoindividual de cada Colaborador, que se traduz numa quota anual novalor de três euros, bem como numa participação do Banco, atravésde uma doação anual, no valor de 162 626 euros, que representa67% do orçamento anual do GCDTBES.

Desenvolve um vasto leque de actividades quer de carácter desporti-vo, como o andebol, o basquetebol, a natação, o golfe, o futsal, a pesca,o tiro, o karaté e o culturismo, quer de carácter cultural como asvisitas guiadas, os encontros culturais, os concursos de conto, poesia,pintura e fotografia e o folclore, e ainda algumas actividades sociaiscom crianças (ocupação de tempos livres-colónias e camposde férias).

Para 2005, o GCDTBES pretende iniciar um programade convívio destinado a Colaboradores reformados.

As diferentes actividades que o Grupo Cultural e Desportivo dos Trabalhadores

do Banco Espírito Santo possibilita a todos os Colaboradores do Banco Espírito Santo,

serve o objectivo que esteve subjacente à sua fundação na década de trinta: aumentar

a motivação e criar uma cultura organizacional forte.

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4.8 Promover o Acesso ao Crédito com Taxa Bonificada

Os Colaboradores do Grupo BES beneficiam ainda de uma regaliasocial, que se encontra estipulada no Acordo Colectivo de TrabalhoVertical (ACTV) para o Sector Bancário, nomeadamente o crédito àhabitação própria permanente. Para além deste benefício o GrupoBES, possibilita igualmente aos seus Colaboradores o acesso aocrédito individual com taxa bonificada.

Crédito à habitação própria permanenteA concessão deste crédito destina-se a todos os Colaboradoresefectivos do Grupo BES a exercer a sua actividade profissional emPortugal (Banco Espírito Santo, Banco Internacional de Crédito, eBanco Espírito Santo Investimento). Destina-se à aquisição dehabitação ou realização de obras, dentro do montante em vigor peloACTV, o qual, em 2004, foi de 158 158 euros por Colaborador.

As candidaturas a este benefício social são efectuadas através daintranet do Grupo - BESWEB, sendo o Departamento de RecursosHumanos a unidade responsável pela atribuição do mesmo em con-formidade com as prioridades dos Colaboradores.

Durante o ano de 2004, o Grupo disponibilizou 59 104 632 euros a703 Colaboradores.

Crédito a EmpregadosPara os Colaboradores do Grupo BES encontra-se igualmentedisponível um acesso a crédito individual com taxa bonificada, quetem como objectivo facultar recursos para aquisição de bens de con-sumo, ou outras situações devidamente avaliadas.

O montante a financiar encontra-se sujeito ao máximo de dozesalários mensais do Colaborador, o qual terá que ser liquidado numlimite mínimo de 6 meses e máximo de 72, com prestações mensaisconstantes.

Durante o ano de 2004 o Grupo disponibilizou 18 529 484,07 eurosaos seus Colaboradores para aquisição de bens de consumo.

No âmbito do apoio a situações de carácter eminentemente social(problemas de saúde, situações familiares precárias, etc.) foramapoiados 18 Colaboradores do BES, o que se traduziu num mon-tante de crédito no valor de 250 075,31 euros.

04 com os Colaboradores

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Antecipamos expectativas

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com os Clientes05

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A relação do Grupo BES com os seus Clientes baseia-se em valores essenciais que estão no centro de umacultura empresarial com mais de um século de existência. Esses valores consistem no mais absoluto respeito peloprimado da satisfação das necessidades dos Clientes mediante a prossecução de uma política permanente deinovação e reforço da qualidade de serviço.

O reforço dos níveis de qualidade assumiu, nos últimos anos, uma especial preponderância entre as prioridadesdo Grupo.Conseguiram-se avanços significativos neste domínio o que representou para a generalidade dos Clientesum acréscimo de valor. O reconhecimento desta evolução pode ser aferido pelos resultados das auscultaçõesregulares que são feitas para medir a opinião que os Clientes têm dos serviços prestados pelo Grupo.Também oreconhecimento de várias instituições financeiras internacionais independentes aferido pela atribuição recente deprémios pela performance em diversas áreas de negócio – do Project Finance à Custódia de Títulos, passandopela Gestão de Activos e pelo Trade Finance.

No ano de 2004 e para melhor acompanhar os nossos Clientes foram criados dois segmentos novos – BES 360ºe pequenos negócios, destinando-se o primeiro aos nossos Clientes particulares e o segundo a empresas com umafacturação até 2,5 milhões de euros. Foi mais um importante e estratégico passo no sentido da crescente espe-cialização dos serviços a cada um dos segmentos que integram o portfolio de Clientes do Grupo.

Em 2005 iremos continuar a aumentar a sofisticação da satisfação dos Clientes que se tem traduzido no fortecrescimento da actividade do Grupo.

Jorge MartinsAdministrador, membro da Comissão Executivado Banco Espírito Santo

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com os ClientesO Grupo BES tem como objectivo satisfazer e corresponder àsexpectativas dos seus Clientes, promovendo, para este fim, umarelação baseada na confiança.Assim, ao longo dos anos, o Grupo temassegurado que o negócio seja conduzido de modo eficaz, responsá-vel e ético, desenvolvendo mecanismos de avaliação de qualidade ede auscultação da satisfação do Cliente.

Para Realizar Mais com os seus Clientes, o Grupo BES sustenta a suarelação com estes stakeholders, em termos de responsabilidadesocial, em três dimensões chave:• Acesso, conveniência e adequabilidade - segmentar os seus

Clientes, compreender as suas prioridades, avaliar e analisar asnecessidades e responder com serviços e produtos adequadosque permitam alcançar as suas expectativas;

• Qualidade como referência de actuação - o reforço da qualidadede serviço e o aumento dos níveis de satisfação dos Clientes deforma consistente e transversal a todos os planos de acção dasdiferentes empresas do Grupo ganhou, durante o exercício de2004, uma robustez superior ;

• Informação, comunicação e transparência - colocar sempre ao dis-por do Cliente a informação necessária para que possa tomar assuas decisões de uma forma clara e simples.

A relação sustentada nestas três dimensões permitiu, em 2004,aumentar os níveis de satisfação dos Clientes e receber o reconheci-

05mento de entidades externas à empresa de que são exemplo osprémios ganhos pelo Banco - o BES recebeu da revista GlobalFinance, a nomeação do “Melhor Banco Português”. Esta distinção,atribuída anualmente por esta prestigiada publicação norte ameri-cana dedicada à área financeira, insere-se na iniciativa World's BestBanks que tem como objectivo galardoar o banco que, em cada país,melhor satisfaz as necessidades dos seus Clientes.

É ainda de destacar o prémio da revista Global Investor (GlobalEuromoney) que considerou o BES o “Melhor Banco Português emServiços de Custódia deTítulos” a operar em Portugal na actividadede custódia para Clientes Institucionais nacionais e internacionais em2004, bem como a classificação de Top Rated pela revista GlobalCustodian e Market Leader pela publicação GSCS Benchmarks, queanualmente elaboram surveys aos Clientes sobre este tipo deserviços.Todas as classificações de melhor banco de custódia, atribuí-das pelas revistas da especialidade atrás mencionadas, foram-no pelosegundo ano consecutivo.

Ainda neste ano, a ESAF, gestora de fundos do Grupo BES foi distin-guida com o galardão máximo “Vencedor do Prémio DiárioEconómico / Standard & Poor´s para o Melhor Grupo de Gestão”.

Para além da aposta nestas três dimensões, foram dados maisalguns passos na resposta a dois dos desafios do desenvolvimentosustentável para o sector bancário: os fundos éticos e a acessibili-dade dos balcões a pessoas com deficiência ou com incapacidadetemporária.

5.1 Segmentação dos Clientes

O Banco Espírito Santo tem cerca de 1,6 milhões de Clientes, encon-trando-se grande parte localizados em Portugal. Por forma a melho-rar a qualidade de serviço e satisfação dos Clientes procedeu-se àsua divisão nos seguintes subconjuntos:• Empresas• Municípios e Institucionais• Particulares

Este agrupamento é ainda sujeito a uma subdivisão em diferentessegmentos, de modo a possibilitar uma maior aproximação doGrupo BES às necessidades dos Clientes:

EMPRESAS• até 2,5 milhões de euros de facturação - pequenos negócios/retalho;• entre 2,5 milhões de euros e 25 milhões euros de facturação

- Médias Empresas;• superior a 25 milhões euros de facturação - Grandes Empresas.

PARTICULARES• envolvimento financeiro inferior a 50 000 euros - Mass Market;• envolvimento financeiro entre 50 000 euros e 350 000 euros - Afluente;• envolvimento financeiro superior a 350 000 euros - Private.

05 com os Clientes

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72 A SABEDORIA FINANCEIRA AO SERVIÇO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

5.2 Novos Produtos para Novas Expectativas

A intenção do Grupo é cada vez mais compreender as prioridadesdos seus Clientes, pois só desta forma é possível criar relaçõesduradouras e reforçar cada vez mais a confiança dos mesmos. Destemodo, o Grupo BES tem trabalhado no desenvolvimento e refina-mento da abordagem comercial aos vários segmentos.

O modelo de segmentação existente é regido por critériosmensuráveis e com valor operativo, nomeadamente, envolvimentofinanceiro, fidelização, profissão, idade, etc. que tem permitidooptimizar, cada vez mais, a eficácia/eficiência da relação do Grupo BEScom os seus Clientes.

Fundos éticosCom a sensibilização crescente da banca para um dos principaisdesafios que o sector enfrenta - o investimento socialmente respon-sável - o Grupo BES decidiu, em 2004, fortalecer a sua aposta. Assim,através do Banco Best disponibiliza aos seus Clientes três fundos éticos:• Credit Suisse Equity Fund Global Sustainability, desde 2002• European Responsible Consumer Fund, desde 2003• Mellon European Ethical Index Traker Fund, desde 2004

A comercialização do fundo European Responsible Consumer Fundnasceu de uma parceria entre a Espírito Santo Activos Financeiros(ESAF) e a Euro Consumers, a maior associação de consumidores daEuropa. Após um concurso a nível europeu, em que participaram ascinco maiores sociedades gestoras dos países membros daquelaassociação, a ESAF foi a que respondeu de forma mais satisfatória àsexigências apresentadas para a gestão deste fundo.

O European Responsible Consumer Fund alia as exigências dos con-sumidores aos conceitos do desenvolvimento sustentável e apela àresponsabilização do consumidor/investidor como entidade promo-tora do bem-estar colectivo.

Este fundo assegura o investimento socialmente responsável com baseem dois critérios. O critério de exclusão que não aceita investimentoem empresas que recorram a trabalho infantil, produtoras de tabacoe cigarros, produtoras de material pornográfico e ainda as que, de algu-ma forma, desrespeitem os direitos humanos. O segundo critério dediscriminação positiva que contempla empresas com boas práticasno âmbito da responsabilidade social, como o respeito pelos con-sumidores, pelo meio social e ambiental e ainda as que respeitam osinteresses dos pequenos Accionistas. As empresas que são selec-cionadas com base nestes critérios são sujeitas a uma grelha deanálise, apenas podendo fazer parte da carteira, as que obtiveremuma classificação superior à média.

Fundos Éticos Rentabilidade em 2004

European Responsible Consumer Fund 6,2%

Credit Suisse Equity Fund Global Sustainability - 0,7%

Mellon European Ethical Index Tracker (Mellon Global investments) 6,8%

Ciente da importância de que se reveste este tipo de investimento,o Grupo BES tem na sua carteira de títulos estes três fundos éticos,com um investimento no valor de cerca de 560 000 euros, no finalde 2004.

Fonte: Banco Best.

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Novo serviço para pequenos negóciosOs pequenos negócios, ou seja, empresas e empresários em nomeindividual com uma facturação anual até 2,5 milhões de euros,contribuem significativamente para o bem-estar económico dascomunidades locais, nomeadamente através da criação de empregoe da prestação de serviços que visam satisfazer de forma particular-mente conveniente as necessidades muito específicas da envolventeem que se inserem. Como têm necessidades especiais, nomeada-mente ao nível do crédito e gestão de recursos, precisam de umacompanhamento especializado. Em 2004, o Grupo decidiu, por isso,desenvolver uma nova proposta de valor para este segmento,assente em mecanismos que permitem ajudar estas empresas adesenvolver o seu negócio em qualquer zona do país.

No final do ano, o Banco contava com 95 611 Clientes neste segmento.

Os pequenos negócios são acompanhados por uma equipa de 500Colaboradores, dos quais 190 (Adjuntos de Negócios, Prospectoresde Negócios e Gestores Prospectores de Negócios) especificamentededicados a este segmento. Em paralelo, foi criado um departamen-to específico, o Departamento de Marketing de Negócios, que apoiae dinamiza a actividade comercial destes pequenos negócios, atravésda criação de uma oferta de produtos especificamente direcciona-dos para as necessidades deste tipo de Clientes, nomeadamente:• produtos na área da gestão de tesouraria, poupança e crédito

(transversais aos diferentes sectores);• produtos específicos para diferentes sectores deste segmento,

como por exemplo farmácias, saúde, restauração, notariado, etc.

Os pequenos negócios são acompanhados por uma equipa

de 500 Colaboradores, dos quais 190

e Gestores Prospectores de Negócios)

especificamente dedicados a este segmento.

(Adjuntos de Negócios, Prospectores de Negócios

05 com os Clientes

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74 A SABEDORIA FINANCEIRA AO SERVIÇO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Novo serviço para particulares: BES 360ºIgualmente em 2004, foi criado, no segmento de Particulares, oServiço BES 360º, direccionado a Clientes com significativo envolvi-mento financeiro. Baseado na lógica customer centric - o Cliente nocentro da relação - trata-se de um serviço global que dá resposta atodas as necessidades financeiras dos Clientes.

O Serviço BES 360º assenta em cinco pilares fundamentais:• espaço de atendimento próprio, reservado e com privacidade,

estando ainda à disposição do Cliente um conjunto de canaisremotos para aceder ao seu Banco;

• gestor dedicado, especializado em aconselhamento financeiro, queencontra as melhores soluções para cada Cliente e garante amonitorização permanente do seu património;

• planeamento financeiro, um serviço assente numa sofisticadaplataforma tecnológica, que optimiza a composição da carteira deinvestimento e apoia o Cliente no planeamento dos principaiseventos financeiros;

• produtos diferenciados, exclusivos, com condições preferenciais esoluções adequadas às necessidades de cada Cliente; e

• níveis de serviço garantidos que asseguram ao Cliente a certeza deum serviço de elevado rigor.

Uma consulta efectuada aos Clientes BES 360º, no final de 2004,mostrou um elevado índice de satisfação. O número de Clientesfidelizados aumentou 11% em relação a 2003, tendo os recursosdestes Clientes aumentado 11,1%. O total de movimentos finan-ceiros está a crescer 15,1%, significativamente mais do que o verifica-do, para a base de Clientes comparável, no mesmo período de 2003.

5.3 Tornar o Serviço Bancário Mais Acessível

Para responder à falta de tempo e à necessidade de respostasrápidas dos Clientes, o Grupo BES consolidou a sua aposta no rela-cionamento multi-canal com todos os seus segmentos de Clientes,ao longo de 2004. No final de 2004, 51% dos Clientes Particularesdo Banco Espírito Santo eram aderentes aos Canais Directos.

Para além dos balcões, do internet banking, do call center, de que osClientes dispunham até agora, em 2004, o Grupo complementouestes canais de acesso com o serviço UMTS (serviço específico paraa terceira geração de telemóveis), de que foi pioneiro, e com oserviço de mensagens SMS (BESnet SMS), onde regista maior índicede utilização devido à menor taxa de penetração de equipamentoscom tecnologia UMTS.

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5.4 Compromisso - balcões sem barreiras

A acessibilidade física dos balcões para pessoas com deficiência oucom incapacidade temporária e para idosos é uma problemática quediz respeito a todos as empresas que têm edifícios abertos ao públi-co. Para os bancos isso é particularmente relevante, porque, pordefinição, deve ser um serviço acessível à Comunidade.

Muitos dos balcões do Grupo BES foram abertos há muitos anos, emedifícios antigos, numa altura em que não existia muita sensibilidadepara este problema. Hoje, as barreiras físicas no acesso às pessoascom deficiência é um tema prioritário e incontornável. Por isso, oGrupo BES compromete-se, em 2005, a diagnosticar a acessibilidadede um primeiro conjunto de cerca de 80 balcões, distribuídos pelopaís e a corrigir, com as medidas necessárias, os acessos externos einternos dos edifícios e respectivos balcões. Contudo, já em 2004, oBanco Espírito Santo assinou a carta compromisso "Leiria +Cidadania", uma iniciativa lançada pelo Governo Civil de Leiria paraconvidar as empresas privadas a comprometerem-se a melhorar osacessos dos seus edifícios abertos ao público naquele distrito. Combase nesta iniciativa, o Grupo vai realizar obras em dois dos balcõesque dispõe neste distrito, no decorrer do ano de 2005.

5.3.1 Internet Banking - BESnetO serviço de Internet banking de particulares atingiu 711 milutilizadores em Dezembro de 2004, registando-se um aumento de6% relativamente a 2003. Os níveis de utilização mantiveram umcrescimento sustentado, com mais 21% de logins e mais 17% deoperações. O BESnet foi alvo de modificações profundas, em Agosto,para estar mais de acordo com as necessidades do relacionamentobancário, nomeadamente através de um menu dinâmico, adequadoao perfil de utilização. Este investimento representou aproximada-mente 12 000 euros.

A informação recolhida sobre as expectativas dos Clientes permitiuao BES orientar as suas acções no sentido da qualidade efectiva dosníveis de serviço e receber o certificado na área de Internet BankingParticulares – BESnet pela Associação Portuguesa de Certificação, deacordo com a norma internacional NP EN ISO 9001: 2000, pelaeficácia do Sistema de Gestão de Qualidade implementado nesteserviço.

Acesso via Telemóvel: BESnet 3G e BESnet SMSA conveniência do telemóvel - um objecto que o Cliente, normal-mente, traz consigo - levou à criação de dois canais de acesso aoserviço bancário suplementares: o BESnet 3G permite a realizaçãode consultas e operações no Portal TMNi9 3G e um piloto de uti-lização de vídeochamada para acompanhamento comercial deClientes com maior rendimento financeiro; e o BESnet SMS que per-mite fazer consultas e operações.

5.3.2 Call Center - BESdirectoNo serviço telefónico BESdirecto verificou-se, em 2004, umadiminuição da sua utilização em 15%, que se deveu essencialmente aum reforço do comportamento multicanal adoptado pelos Clientesdo BES, levando-os a optar por canais com custos transaccionaisinferiores, nomeadamente o BESnet, para a realização das suasoperações bancárias. Actualmente os Clientes recorrem aos canaismais personalizados - call center - quando necessitam de obteraconselhamento nas suas decisões de investimento.

Assinatura da Carta Compromisso “Leiria + Cidadania”

Governador Civil de Leiria – José António LeitãoDirector Centro de Empresas de Leiria – Avelino Correia

05 com os Clientes

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“A informação recolhida sobre as expectativas

do Cliente e sobre a qualidade dos níveis de serviço

permite ao Grupo BES orientar as suas acções.”

76 A SABEDORIA FINANCEIRA AO SERVIÇO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

5.5 Trabalhar para a Satisfação do Cliente

A satisfação do Cliente passa pela qualidade do atendimento e pelosserviços propostos. Conhecer a opinião do Cliente é, por isso, oponto crucial da estratégia do Grupo BES, como o meio mais sus-tentável para poder desenvolver uma melhoria contínua dos seusserviços.

O Grupo BES desenvolveu um conjunto de mecanismos de auscul-tação de opinião, que permite conhecer os níveis de satisfação doCliente, detectar problemas e tratar de reclamações.

Para além da linha de satisfação, via e-mail ou por telefone, de que osClientes dispõem para fazer sugestões ou reclamações, o Grupo BESaperfeiçoou a recente prática do Cliente Mistério e o tratamento dereclamações.

5.5.1 Inquéritos de SatisfaçãoAo longo do ano, os Clientes dos diversos segmentos do Grupo sãoinquiridos por diversos canais (internet, mailing, telefone) para verificar osseus níveis de satisfação. Os resultados do inquérito permitem:• avaliar a evolução dos índices de satisfação e recomendação;• extrair recomendações sobre melhoria no atendimento e também

na oferta;• utilizar dados para dinamização interna, sob a forma de concursos,

como incentivos à melhoria contínua da qualidade;• distinguir os melhores balcões BES e BIC e Centros de Empresas;•

Atribuição do Prémio do Inquéritode Satisfação de 2004

Entrega do Prémio Excelência no Atendimento(Congresso Grupo BES 2004)

reconhecer os Clientes que participaram nos inquéritos e recom-pensar a sua participação através de um prémio.

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79%

83%

79%74%

BES Massmarket BES 360º BES Grandes Empresas BES Médias Empresas

75% 71%

66%62%

BES Massmarket BES 360º BES Grandes Empresas BES Médias Empresas

5.5.2 Cliente MistérioO método do Cliente Mistério consiste na visita de um supostoCliente aos balcões para medir a qualidade do atendimento a diver-sos níveis, como a eficácia, a simpatia, a rapidez na resolução dasoperações, etc.

Em 2004, o BES continuou a aplicar este método e criou também oPainel de Qualidade, que se distingue do Cliente Mistério pelo factode ser constituído por Clientes do Banco que, através de visitas regu-lares aos balcões, avaliam o cumprimento dos protocolos de atendi-mento. Foram realizadas 2 310 visitas a toda a rede de balcões doBES, em 2004, tendo-se registado um nível de satisfação dodesempenho de 79%, mais 11% que em 2003. Esta melhoria deve--se à consolidação do sistema estruturado de procedimentos para oatendimento ao Cliente.

5.5.3 Monitorização dos Níveis de ServiçoPara que o Cliente possa avaliar o grau de qualidade do atendimen-to, o Banco monitoriza os principais níveis de serviço na relaçãobancária. Deste modo, quando o Cliente recorre aos serviços doBanco é informado acerca do tempo de espera para o produto quesubscreveu ou para a informação que solicitou. São exemplos dessamonitorização:

• a aprovação de crédito habitação;• o envio de cartões de débito/crédito;•o tempo de resposta a reclamações;•o tempo de espera no atendimento no serviço BESdirecto;•a disponibilidade no acesso ao BESnet.

5.5.4 Resolução das ReclamaçõesO processo de tratamento das reclamações continua a ser alvo depermanentes melhorias por parte do Grupo BES, para que qualquerinsatisfação de um Cliente seja tratada com rapidez e eficácia.

A equipa responsável pela resolução de reclamações é uma equipaespecializada que resolve as reclamações que o Banco recebeatravés dos vários canais disponíveis para o Cliente e que procede auma análise das causas com vista à actuação correctiva e preventiva.Em 2004, foram recebidas 14 675 reclamações, registando-se umadescida de cerca de 22% face ao ano de 2003.

Em 2004, os índices de satisfação, por segmento, foram os seguintes:

Os resultados dos inquéritos mostraram também quais os níveis derecomendação dos Clientes, por segmento, ou seja, Clientes querecomendariam o Banco Espírito Santo:

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78 A SABEDORIA FINANCEIRA AO SERVIÇO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

18 755

14 675

2003 2004

-21,8%

Número de Reclamações

Reclamações Fechadas 2004 - distribuição por tempo de resposta

<= 1 dia 41.3%

2 a 5 dias 18%

1 e 2 dias 7%

> 5 dias 33.7%

Em 2004, o Grupo BES definiu como compromisso responder, noprazo máximo de 5 dias, a todas as reclamações e insatisfações ouenviar cartas de acompanhamento, nas situações mais complexasque não se enquadrem no nível de serviço estabelecido.

Neste mesmo ano foi igualmente efectuada uma remodelação naanálise das respostas às reclamações, tendo sido, até ao final do ano,o tempo médio de resposta a reclamações de quatro dias. Foramimplementadas 131 acções de melhoria estruturais decorrentes dereclamações de Clientes.

Para estimular uma maior transparência e confiança na relação comos seus Clientes, o BES criou, em 2004, um microsite específico sobreo programa Realizar Mais, no qual os Clientes têm acesso a todo otipo de informação sobre a qualidade de atendimento e dos serviçosprestados para alcançar as expectativas destes stakeholders.

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Para 2005, o Grupo BES pretende melhorar ainda maisos seus níveis de serviço, através da auscultação

das opiniões dos seus Clientes, da avaliação das suasnecessidades, da acção do Banco de acordo com as suas

expectativas e da partilha dos resultados alcançados.

Com este modelo de diálogo, Grupo BES pretende, cada vez mais,reforçar a relação de confiança já existente.

O Grupo BES acredita que a aposta na melhoria da qualidade dosseus serviços constitui a via mais segura para consolidar a suaestratégia de crescimento orgânico e, consequentemente, a suaperformance económica.

Assim, a criação de valor para este stakeholder é cada vez maisimportante e só pode ser construída a partir do diálogo e daconfiança depositada pelo Cliente na Instituição. Neste sentido, oGrupo BES garante a confidencialidade de todos os dados forneci-dos pelos seus Clientes, sendo a recolha e tratamento de dados, quese destinam a melhor satisfazer as necessidades e expectativas dosseus Clientes, realizados sob níveis de segurança que impedem a suaperda ou manipulação.

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05 com os Clientes

Modelo de Diálogo do BES com os Clientes

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Prespectivamos sorrisos

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com a Comunidade06

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Realizar Mais com a comunidade é uma preocupação que vem dos tempos da constituição do Banco. Já oseu fundador, José Maria do Espírito Santo Silva dizia “quanto mais dou, mais tenho para dar”, esta preocu-pação foi assimilada pelos responsáveis do Grupo Banco Espírito Santo e membros da Família Espírito Santoao longo dos anos, até à actualidade.

O Grupo Banco Espírito Santo sempre viu o apoio à comunidade em que se encontra inserido como um dever,servindo a sua contribuição para o desenvolvimento social e cultural. Entre vários exemplos, existe o apoioregular do BES ao Orfanato Escola Santa Isabel desde a sua fundação em 1945, também às diversas obrasde caridade, misericórdias e as doações a vários Hospitais para aquisição de equipamentos médicos.

Em consonância com o que era feito, continuamos hoje a seguir esta estratégia, centrando-nos em grandemedida na ajuda a crianças e jovens desamparados, alargamos este espírito de solidariedade aos nossosColaboradores, Clientes e população portuguesa em geral. No primeiro caso criámos o Realizar Mais –Programa de Voluntariado, e no segundo lançámos algumas iniciativas, nas quais contamos com a ajuda detodos aqueles que se sensibilizaram com as mesmas, beneficiando instituições de solidariedade social quedesenvolvem um papel meritório junto dos mais necessitados.

Para além do apoio social, os membros da Família Espírito Santo e do Grupo BES prestaram sempre grandeatenção à cultura e às artes, tendo como bom exemplo a Fundação Ricardo Espírito Santo Silva, fundada em1953 pelo Dr. Ricardo Ribeiro Espírito Santo Silva. Em 2004, entre as iniciativas realizadas na promoção eapoio da cultura, inovámos com a estratégia de mecenato cultural ao assumirmos o papel de Mecenas daFotografia em Portugal.

O ensino é um campo que está no centro do interesse e atenção do Grupo, consubstanciado nos protocoloscelebrados com as mais importantes universidades portuguesas.

O Grupo BES acredita que este é o caminho que poderá ajudar a comunidade a crescer de uma forma maisequilibrada e justa, pelo que irá prosseguir com esta estratégia adaptando-se à evolução das necessidades einovando sempre com o intuito de alcançar as expectativas que a comunidade conta/espera de um grandeGrupo Financeiro.

José Manuel Espírito SantoAdministrador, membro da Comissão Executivado Banco Espírito Santo

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A política de investimento na Comunidade está no centro daabordagem global da Responsabilidade Social e assenta em trêspilares como forma de alicerçar a actuação do Grupo no domínio dacidadania empresarial:• apoio social;• mecenato cultural;• promoção e desenvolvimento do ensino e da inovação em

Portugal.

Em 2004, no âmbito da criação do conceito Realizar Mais para aestratégia de responsabilidade social do Grupo, o conjunto de inicia-tivas que foram realizadas na Comunidade recebeu o nome RealizarMais com a Comunidade.

O Grupo BES procurou apoiar áreas que, ao longo dos tempos, têmvindo a acrescentar valor à sociedade portuguesa: a área social e cul-tural, a promoção de talentos e o desporto.

No apoio social, o Grupo BES beneficia sobretudo instituições desolidariedade social, pelo seu papel meritório em colmatar os dese-quilíbrios e as carências de muitas populações em Portugal.

O mecenato inscreve-se sobretudo num quadro de apoio às artes eao desporto. No sector cultural e artístico, o BES escolheu afotografia como eixo da sua política de mecenato. Para o Banco, estaé uma “arte de vanguarda”, que promove um “outro” olhar sobre omundo, acessível a um público mais vasto e que, por isso, encerra umforte e abrangente valor social e popular.

O apoio dado ao desporto já vem de longa data. Aos objectivos deestimular uma actividade catalizadora de momentos positivos e lúdi-cos da sociedade, o Grupo BES passou a associar uma componentede solidariedade, tentando aproveitar estes acontecimentosdesportivos para sensibilizar o público para uma causa social.

Para o Grupo BES, o contributo para o ensino e para o reconheci-mento de talentos inscreve-se na sua preocupação em ajudar aestimular uma sociedade qualificada e esclarecida, com cidadãosconhecedores, empreendedores e com espírito crítico.

Em 2004, a atenção dedicada ao ambiente centrou-se em medidasinternas de respeito pela ecologia, favorecendo a racionalização e areciclagem dos recursos que o Grupo usa no seu quotidiano.

06

06 com a comunidade

com a Comunidade

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6.1 Dar Esperança - o apoio social

No contexto da sua estratégia de mecenato social, o Grupo BEScentra a sua contribuição nas crianças e jovens em situações de risco,para ajudá-los a superar as suas desvantagens e a encarar o futurocom mais oportunidades.

Tendo consciência que o programa Realizar Mais com aComunidade não beneficia somente as instituições sociais querecebem os donativos, mas tem também reflexos junto dos seusstakeholders, o Grupo decidiu, em 2004, intensificar a participaçãodos seus Clientes e Colaboradores no programa. Esta é tambémuma forma do Grupo contribuir para motivar as partes interessadaspara a cidadania e para a interiorização dos valores do desenvolvi-mento sustentável.

6.1.1 Realizar Mais SonhosEm Junho, o Banco Espírito Santo lançou um desafio junto dos seusColaboradores, através da iniciativa Realizar Mais Sonhos, com oobjectivo de angariar vestuário destinado a crianças e jovens daAssociação Novo Futuro - uma associação de lares familiares paracrianças e jovens com idades entre os 6 e os 22 anos, sem família ouretirados à família por ordem dos tribunais.

Para recolher o vestuário, o Departamento de Comunicação do BESrealizou diversas reuniões de sensibilização e distribuiu, a 19 depar-tamentos centrais do Banco, 52 cartas de crianças que habitam oslares daquela associação. Os pedidos de vestuário que as criançasnecessitavam e desejavam foram satisfeitos, na íntegra, pelosColaboradores do Banco Espírito Santo.

Cartas de agradecimento de duas criançasda Associação Novo Futuro

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06 com a comunidade

Reunião de sensibilização dos Colaboradorespara a Acção Realizar Mais Sonhos- Direcção Executiva de Operações

Criança da Novo Futuro durante a recepçãodo vestuário da acção Realizar Mais Sonhos

Reunião de sensibilização dos Colaboradorespara a Acção Realizar Mais Sonhos- Departamento de Marketing de Retalho

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6.1.2 Poupança BES Júnior - cada conta contaCom o objectivo de incentivar a poupança nos mais novos, emNovembro, o Banco Espírito Santo relançou o produto PoupançaBES Júnior, desta vez, assente numa componente social. Pelasprimeiras 10 000 contas abertas ou no primeiro reforço das mes-mas, o Banco Espírito Santo comprometeu-se a doar 5 euros porcada conta para as crianças da Associação Ajuda de Berço.A primeiraconta Poupança BES Júnior foi aberta no balcão da sede do Bancoem nome desta associação. A estilista Agatha Ruiz de la Prada criouos porquinhos-mealheiros, que cada Cliente recebe ao subscrever oureforçar a conta com o montante de 100 euros, e cujo primeiroexemplar foi entregue à associação beneficiada.

Para além do donativo concedido, o BES promoveu o número deconta Poupança BES Júnior da Ajuda de Berço junto dos familiaresdos novos Clientes (pais, tios e avós), bem como nos meios depromoção do produto, possibilitando a toda a população contribuirpara a causa desta associação.

Até ao dia 31 de Dezembro, já tinham sido abertas ou reforçadas8 157 contas, encontrando-se praticamente cumprido o objectivoque o Banco se propunha atingir com esta iniciativa. O BEScontribuirá sempre com 50 000 euros, mesmo que não seja atingidoo número de contas abertas.

O apoio social do Grupo BES centra-se há longos anos

no apoio a crianças e jovens desfavorecidos,

procurando transmitir esperança àqueles que não

tiveram a oportunidade de crescer em igualdade

de oportunidades.

Sandra Anastácio(Presidente da Ajuda de Berço)

Testemunho da Ajuda de BerçoPara cumprimento da Missão da Ajuda deBerço "Acolhimento de bebés abandona-dos", é fundamental o apelo à responsabili-dade social das empresas e particulares .

O desafio lançado pelo BES através daPoupança BES Junior de conseguir abrir10 000 contas, onde 50 000 euros rever-terão para a Ajuda de Berço é a confirmaçãode que vale a pena ser solidário e ajudar a darCOLO, a meninos(as), muitas vezes, quasefilhos de ninguém ...

Ao BES e a todos que aderiram a estacampanha o nosso profundo agradecimento.

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6.1.3 El Rastrillo - impulsionar uma feira socialA Novo Futuro - associação de lares familiares para crianças e jovens- organizou, durante o mês de Dezembro, a primeira feira de soli-dariedade em Portugal - El Rastrillo.

O evento teve lugar no Centro de Congressos de Lisboa, durantetrês dias, onde as mais variadas marcas e lojas disponibilizaram osseus produtos, revertendo para a associação parte da verba con-seguida com a venda dos artigos expostos.

O Banco Espírito Santo, como donatário e benfeitor da NovoFuturo, associou-se ao evento, contribuindo com um donativo eserviços para a concretização desta feira, nomeadamente através de:

• concessão de uma verba de 5 000 euros para gastos que a NovoFuturo tivesse com a organização do certame;

• disponibilização de terminais de pagamento com multibanco para osvisitantes da feira adquirirem as suas compras através do multibancoou crédito, representando um investimento de 3 500 euros;

• transporte e gestão de valores com um custo de 336,70 euros;• divulgação da El Rastrillo através de um anúncio na imprensa

especificamente criado para este efeito e de acordo com a linha decomunicação Realizar Mais do Banco Espírito Santo.

El Rastrillo foi um certame com sucesso, visitado por 3 000 pessoas, cujaverba angariada se destinou à manutenção dos lares da Novo Futuro.

06 com a comunidade

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Em Dezembro de 2004, o Banco Espírito Santo desenvolveu uma parceria com o canal tele-visivo TVI para lançar uma campanha de Natal Realizar Mais. Este projecto teve como objec-tivo angariar 300 000 euros a favor de três instituições de solidariedade que acolhem criançasem risco.

Esperava-se com esta acção despertar a Comunidade para a necessidade de apoio a institui-ções carenciadas que, por se encontrarem localizadas fora dos maiores centros urbanos sãodesconhecidas pela maioria dos portugueses e/ou não têm acesso aos meios de comunicação demassas para recolher fundos. Por esta razão, as instituições seleccionadas situam-se em Ruilhe,perto de Braga, em Vale do Seixo, perto de Coimbra e em Faro.

Para os doadores poderem fazer o seu depósito foi criada uma conta específica - a Conta BESRealizar Mais. Por cada euro entregue, o BES comprometeu-se a doar outro. No âmbito destacampanha, foi igualmente criada uma linha telefónica de atendimento permanente -218 507 770, destinada a fornecer informações adicionais sobre a campanha e as instituiçõesbeneficiárias.

Os donativos destinaram-se à aquisição de agasalhos, brinquedos e outros bens essenciais parao bem-estar das crianças do Refúgio Aboim Ascensão, da Comunidade Juvenil Francisco deAssis e do Centro Social Padre David de Oliveira Martins.

Esta acção concertada entre o BES e aTVI contou ainda com o apoio da agência de publicidadeEuro RSCG, responsável pela concepção do filme, a produtora Montaini Films e a central demeios MediaEdge, que tornaram a produção e a veiculação do filme possível.

Para sensibilizar a população para esta causa foram utilizados diferentes meios de comunicação:imprensa, BESnet, BESWEB (intranet do Grupo BES), os sites do BES e da TVI (www.bes.pt,www.tvi.iol.pt), extractos de conta e os ATM's dos balcões do banco.

A campanha decorreu de 18 de Dezembro até final de Janeiro de 2005.

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6.1.4 Realizar Mais no Natal, em Parceria com a TVI

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90 A SABEDORIA FINANCEIRA AO SERVIÇO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

O Centro Social Padre Davidde Oliveira Martins é umainstituição de solidariedade social quenasceu no início da década de 50,dando protecção e abrigo a criançasórfãs, pobres e abandonadas. Localizadaem Ruilhe (Braga) acolhe, em média, 90crianças e jovens dos 0 aos 21 anos deidade.

A Comunidade Juvenil Franciscode Assis é uma Instituição Particular deSolidariedade Social (IPSS) que, desde1964, acolhe crianças e jovens prove-nientes de meios degradados, que so-freram maus tratos físicos e psicológicos.Sediada em Eiras (Coimbra) tem a seucargo 115 crianças e jovens dos 3 aos 24anos de idade de ambos os sexos.

O Refúgio Aboim Ascensãoé uma instituição que promove oacolhimento de crianças em risco e fazo seu encaminhamento posterior paraa família natural. Quando esta se revelaincapaz de assumir a responsabilidadepelo desenvolvimento integrado e har-monioso da criança, a instituiçãoencaminha as crianças para a adopção.Fundada em 1921, acolhe, em média, 90crianças de ambos os sexos, dos 0 aos5 anos de idade.

Centro Social Padre David de Oliveira MartinsEm nome do Centro Social Padre David de Oliveira Martinsvenho, por este meio, agradecer a campanha Realizar Mais quese dignaram promover em favor, também, deste Centro Social.

A dimensão social empenhada dum banco é uma novidade emPortugal e quebra a imagem que o povo tem dos bancos comoagências de lucro e de interesses; e mais do que isto, foi aintenção, que presidiu ao marketing feito, de ajudar os que, comsacrifício, abnegação e generosidade, dedicam as suas vidas aproteger os mais necessitados.

Esta corrente de solidariedade lançada pelo BES, se não deu osfrutos desejados (até pelo desastre humano do sudeste asiático)vai revolucionar o conceito e a mentalidade das empresas delucro em Portugal.

Gratos pela iniciativa aceitem os protestos de consideração esubida estima.

Cónego Narciso FernandesDirector do Centro Social

Comunidade Juvenil Francisco de AssisA campanha do BES foi para nós uma surpresa. Nada tínhamospedido nem sugerido, desta vez não fomos pedintes. O BES foicriativo, ousado, justo, e solidário ao vir ao nosso encontro, sem oshabituais ofícios, encontros e telefonemas. A nossa gratidão aoBES, à TVI e a todos os que generosamente colaboraram.Com o dinheiro angariado iremos dar início a alguns projectosurgentes, a saber:• remodelação e equipamento das salas de apoio ao estudo, as

quais necessitam de espaços individuais;• aquisição de uma carrinha de 9 lugares;• pavimentação e equipamento do campo de jogos;• instalação de uma nova casa de habitação para 10 utentes.

Directora da ComunidadeMadre Teresa Granado

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O Grupo Banco EspíritoSanto também apoiouem 2004:

Acreditar - Associaçãode Pais e Amigos das Criançascom Cancroatravés do donativo de 23 615,18euros para financiamentode dois quartos do lar, o qual foiconstruído com a ajuda financeirado Grupo BES.

Associação Leigospara o Desenvolvimentocom um donativo de 5 000 euros.

Associação Abraço

ajudar a construir novas instalações.doando 5 000 euros para ajudar

Banco Alimentar Contra a Fomecom um apoio de 5 000 euros paraajudar nas obras de pavimentaçãodas suas instalações.

Associação Portuguesa deLeucemiaum donativo no valor de 10 750euros.

Refúgio Aboim AscençãoComo primeiro responsável pelo Refúgio Aboim Ascensão, uma dastrês instituições particulares de solidariedade social abrangidas poresta campanha que ora termina, em 31 de janeiro de 2005, eignorando ainda a dimensão física do apoio que iremos recebernão quereria, por isso mesmo e nesta oportunidade, deixar de pon-tuar que:– quando um grupo financeiro, vocacionado para negócios e

rentabilização de capitais, decide apoiar crianças em risco numacampanha de dimensão nacional faz passar uma mensagem deafecto que, para além do mais, é pedagógica e, quiçá, iniciáticano nosso país.

– Portugal, como qualquer outro país da União Europeia, tempobres e excluídos e, entre eles, cerca de 30% são crianças, dos0 (zero) aos 16 anos, pelo menos... porque até aos 18 anosé-se criança - artigo 1º da convenção dos direitos da criança daONU (20 de Novembro de 1989), que Portugal ratificou, em1990.

– o Refúgio Aboim Ascensão, tal como as outras IPSS-alvo não têmrendimentos próprios e não perseguem, obviamente, qualquermetodologia lucrativa.

– apostam no direito à familia para toda e cada uma das criançasque a não tenha ou que os tribunais decidem não mereceremos filhos que geraram, um dia.

– ao Grupo BES e à TVI que com ele colaborou nesta campanha,o nosso obrigado em nome dos muitos bébés e crianças que aju-daram neste Natal de 2004.

– à familia institucional e pessoal do Presidente Dr. RicardoEspírito Santo Salgado, desejamos o melhor para 2005 e faze-mos votos para que o Grupo BES continue, no futuro a ter tam-bém, coração!

Luís Villas-BoasDirector Executivo

do Refúgio

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92 A SABEDORIA FINANCEIRA AO SERVIÇO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

6.1.5 Programa de VoluntariadoMotivar a cidadania dos Colaboradores e promover a integraçãoocupacional dos reformados, com idades compreendidas entre os 50e 65 anos da zona de Lisboa, Porto e Cascais, foi o objectivo subja-cente ao programa de voluntariado do Grupo BES.

Este programa actua como “facilitador” do encontro entre a procu-ra (instituições de solidariedade) e a oferta de voluntariado(Colaboradores e Reformados).

Numa primeira fase o programa destinou-se somente aColaboradores na reforma, tendo sido enviada uma carta aos mes-mos, que possibilitava a inscrição neste programa. Os Colaboradorestinham à sua escolha três instituições: AMI, Associação Novo Futuroe Acreditar - e diferentes funções a desempenhar, numa base de pre-sença semanal. O Grupo BES custeou as despesas de deslocaçãodos voluntários.

Para acompanhar os Colaboradores nesta iniciativa teve lugar umareunião com os 39 Colaboradores inscritos e as três instituições parao esclarecimento de eventuais dúvidas.

No final do ano, o programa de voluntariado alargou-se aosColaboradores no activo, mais precisamente com a Feira da Soli-dariedade - El Rastrillo, onde cinco Colaboradores, voluntariamente,prestaram a sua colaboração a todos os comerciantes presentesnaquele certame para angariação de fundos.

Ceia de Natal aos Sem AbrigoEm Dezembro de 2004, os Colaboradores de um departamentocentral do Grupo proporcionaram um Jantar de Natal a 200 SemAbrigo que vivem nas ruas da cidade de Lisboa.

As 200 refeições foram confeccionadas numa das messes do BancoEspírito Santo e distribuídas por Colaboradores voluntários do BES,contando para este fim com o auxílio de três elementos da Legiãoda Boa Vontade, instituição que actua em Portugal há já 15 anos eque tem como principal missão o combate à exclusão social.

Para além do Jantar de Natal, o Grupo BES distribuiu igualmente umlanche, roupa e cobertores, tendo os últimos sido doados pelosColaboradores do Banco.

Dada a elevada participação dos Colaboradores nesta iniciativa, oGrupo BES decidiu repetir esta acção numa base trimestral.

Para 2005, o Grupo BES pretende alargar ainda maiseste programa de voluntariado, através de acçõesespecíficas, tanto para Colaboradores na reforma

como para Colaboradores no activo.

Reunião dos Voluntários com representantes da Acreditar, AMI e Novo Futuro.

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No dia 23 de Dezembro, 11 Colaboradores

do BES associaram-se à Legião da Boa

Vontade para distribuir uma ceia de Natal

a 200 Sem Abrigo que vivem na cidade

de Lisboa e que são acompanhados

por voluntários daquela instituição.

Distribuição da Ceia de Natal

aos Sem Abrigo de Lisboa

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6.1.6 Apoio às Vítimas dos Incêndios do Verão de 2003Os incêndios doVerão de 2003 deram origem a uma situação de calamidade pública.Muitas pes-soas perderam o resultado de uma vida inteira de trabalho. Esta situação gerou uma onda desolidariedade a nível nacional, à qual o Banco Espírito Santo se associou através do auxílio às pes-soas mais afectadas, disponibilizando verbas de:

• 1,8 milhões de euros como donativos às famílias, cuja habitação foi profundamente danificada;• 1,8 milhões de euros através de uma linha de crédito com juros bonificados, destinado ao

relançamento das actividades económicas afectadas.

Do valor disponibilizado para a recuperação das habitações, o Banco Espírito Santo con-cedeu, directamente, a 116 famílias a verba necessária para possibilitar a construção das suascasas. As últimas habitações foram reconstruídas durante o primeiro semestre de 2004 per-mitindo às famílias o recomeço de uma nova vida.

Para o relançamento das actividades económicas foram ainda, em 2004, concedidos mais 140 000euros, para além da verba de 180 000 euros atribuídos em 2003. Este valor permitiu a setefamílias reiniciar a sua actividade económica, que tinha sido afectada pelo fogo.

A solidariedade do Banco Espírito Santo possibilitou a 123 famílias, no total, retomar a suavida com mais esperança.

2002 2003 2004

Portugal 944 349 1 375 632 2 121 783

Angola 37 300 142 380 157 129

TOTAL 981 649 1 518 012 2 278 912

Donativos (euros)

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Carta de agradecimento do Presidenteda Câmara Municipal da Sertã.

Entrega de chaves.

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}

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6.2 Estimular a Criação Artística

Embora o mecenato seja já uma prática corrente para a grande maioria das empresas por-tuguesas, para o Grupo BES é muito mais do que isso. Faz parte da sua tradição, cultura eestratégia de responsabilidade social. Neste sentido, o Grupo informa frequentemente os seusColaboradores sobre as acções de mecenato desenvolvidas e incentiva o seu envolvimento,para que todos partilhem os mesmos valores, traduzido no conceito DiferentesResponsabilidades. Um compromisso.

O papel das empresas / marcas na sociedade - Expectativas

}Há espaço e necessidade para acções / programas de mecenato

Actuação regular já reconhecidaàs grandes empresas (factor distintivo)

Ilustrativo da sua maioridade- autonomia e solidez (poder económico)

- consciência social e integraçãocomo cultura da empresa

Constatação: A “cultura” / a criação não sobrevive sóPressuposto ideológico: a criação artística

deve ser independente do Estado

Mecenato =Maturidade Social

e Empresarial

Acções Significativas, Estruturantes,Sistemáticas e Descentralizadoras

Fonte: Estudo Qualitativo Mecenato BES efectuado pela APEME - Área de Planeamento e Estudo de Mercado

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6.2.1 BES - Mecenas da Fotografia em PortugalA fotografia constitui a face mais visível da promoção das artes queo BES está a desenvolver, promovendo, em simultâneo, a cultura e oacesso generalizado do público a esta forma de expressão artística.A nova estratégia de mecenato do Grupo BES implica uma políticainovadora para a promoção e o acesso do público à cultura nacional,inspirada na já longa tradição do Grupo no apoio às artes. A apostana fotografia enquanto forma de expressão cultural e artística,enquanto veículo de comunicação dinâmico e contemporâneo, obe-deceu aos seguintes objectivos fundamentais:

• novas formas de divulgação e interpretação da fotografia, incre-mentando o valor social e popularmente atribuído a esta forma deexpressão artística;

• associação aos principais eventos de fotografia na sua dimensãoartística mais sofisticada e profissional.

Apresentando-se como mecenas da fotografia em Portugal, o BESpretende promover e divulgar esta arte, reforçando o seu valor social epopular.Assim, tem vindo a apoiar e a promover uma série de iniciativasrelacionadas com a fotografia, que marcaram a agenda cultural nesta arte.

BESphoto - incentivar a arte fotográfica portuguesaNo âmbito das linhas de actuação traçadas para esta área, o BancoEspírito Santo, em parceria com o Centro Cultural de Belém, lançouo BESphoto, um projecto que visa promover a produção e aexcelência da arte fotográfica criada por portugueses.

Com uma periodicidade anual, o BESphoto integra uma exposição colec-tiva de quatro artistas portugueses, eleitos por um júri, e contempla umprémio para o melhor autor dessa mostra, no valor de 15 mil euros.Foram seleccionados:• Helena Almeida - com a exposição “Pés no Chão, Cabeça no Céu”;• João Tabarra - com a exposição “No meio do caminho tinha uma

pedra.Tinha uma pedra no meio do caminho”;• Nuno Cera - com a exposição “Dark Forces”;• Vítor Pomar - com a exposição “O Meu Campo de Batalha”.

O júri da edição inaugural foi composto por João Fernandes(Fundação de Serralves), Sérgio Mah (Lisboaphoto), Emília Tavares(Museu do Chiado), Alexandra Pinho (BES) e Delfim Sardo (CCB).

A primeira exposição decorreu em Janeiro de 2005.

O BESphoto corresponde a uma necessidade sentida

de reconhecer o melhor do que é apresentado

na Fotografia em Portugal.”

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"O prémio....corresponde a uma necessidade sentida de reco-nhecer o melhor do que é apresentado na fotografia em Portugal,promovendo artistas que, ....contribuíram para o repensamento eproblematização do género e ocuparam um lugar no panoramaartístico português."

" Numa apreciação sumária, é curioso verificar como as escolhasrecaíram sobre artístas que usam a fotografia de formas muitodiversas, que pertencem a gerações diferentes e que saem decontextos culturais criativos díspares..."

"..., o Centro Cultural de Belém orgulha-se de apresentar estaexposição de quatro dos mais significativos nomes da criaçãoartística portuguesa actual, sabendo que a multiplicidade dassuas propostas constitui um estimulante desafio crítico para aprópria reflexão sobre a natureza da imagem fotográfica, a suarelação com a memória e a representação."

Delfim SardoDirector do Centro

Exposições do CCBin Catalogo BESphoto, 2004

“… este prémio – o primeiro, do género, em Portugal – não visa distinguir o que se pode chamaruma “obra de fotógrafo”, em sentido estrito, antes alargando o seu âmbito ao conjunto das artesplásticas, desde que estas surjam intervencionadas, de modo substancial, pela fotografia.”

“ A paisagem deste BESphoto é, pois, poderosa, eloquente e, principalmente, desconcertante.”

“A FOTOGRAFIA PORTUGUESA será pequena em quantidade, mas está bem de saúde, é o quenos parece dizer cada uma das imagens desta exposição.”

João Mário GriloIn VISÃO, 24/02/2005

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Criação do concurso de fotografia amadora "Um Certo Olhar"O BES lançou, igualmente, o concurso de fotografia para amadores“Um Certo Olhar”, mediante o qual são concedidos três prémiospor categoria (na primeira edição as categorias escolhidas foram: oPatrimónio Português e a Marca BES), segundo critérios de origina-lidade e qualidade, no valor de 5 000 euros, 2 500 euros e 1 250euros. Esta iniciativa tem por objectivo dinamizar e promover novasformas de divulgação e interpretação da fotografia.

Patrocínio dos principais eventos de fotografia nacional e interna-cionalO BES associou-se à 4.ª edição do Prémio Fotojornalismo da revistaVISÃO como patrocinador das sete categorias deste galardão e foi par-ceiro nacional da última edição da exposição World Press Photo 2003.

Outras actividades relacionadascom a fotografia

Patrocínio das exposições:“Pés do Chão, Cabeça do Céu” de Helena Almeida;

“Uma Cidade de Futebol”, do Arquivo Fotográfico Municipal;"Em jogo/on side" do Centro de Artes Visuais de Coimbra;

Edição do livro "Temos Equipa".

Outros apoios Mecenáticosde âmbito Cultural pelo Grupo BESEuroparqueDesde 1996 que o Banco Espírito Santo apoia a actividadecultural do Europarque, que divulga espectáculostão diversos como o jazz, música sinfónica ou bailado.O Banco tem o estatuto de patrocinador exclusivode um espectáculo por ano.

Prémio Jovens Músicos da RDPPrémio ligado à música através da promoçãode novos talentos que é apoiado desde 1987,pelo Grupo BES.

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BES – Mecenas da Fotografia de SerralvesEm Dezembro de 2004 o Banco Espírito obteve igualmente oestatuto de Mecenas da Fotografia em Serralves para 2005 e 2006,mediante o protocolo celebrado com esta instituição. Este estatutoirá compreender o apoio exclusivo a todas as iniciativas levadas acabo pela Fundação no domínio da fotografia, durante a vigência doprotocolo, destacando-se, no ano de 2005, as seguintes exposições:• FAR CRY do consagrado fotógrafo português Paulo Nozolino• STREET CREDIBILITY, uma exposição em grande parte constituída

por obras provenientes da colecção permanente do MOCA deLos Angeles.

Em 2005 será apresentada a primeira ediçãode uma iniciativa inédita destinada a revelar

e a promover artistas emergentes da fotografiaem Portugal. Será uma iniciativa de periodicidade anual

que obedecerá a critérios exigentes de selecçãoe que, por isso, pretende tornar-se

o evento de referência para o lançamentoe apresentação dos que serão os novos valores

da arte fotográfica portuguesa.

Este protocolo constituiu mais um passo no sentido de reforçar aposição do Banco Espírito Santo como Mecenas da Fotografia emPortugal e insere-se nos objectivos da instituição de fazer dafotografia a face mais visível de uma política de mecenato culturalcada vez mais activa na procura de promover e divulgar a arte feitapor portugueses e para portugueses.

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6.2.2 Conservar e Dinamizar o PatrimónioFundação CulturSintra

A Fundação CulturSintra, em parceria com o Museo Cívico di Crema,o IPPAR, a Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais,entre outros, promoveu uma exposição permanente de Luigi Manini- grande coreógrafo e arquitecto italiano, cuja obra decorreu emPortugal. A exposição teve lugar na Quinta da Regaleira, em Sintra,por muito do trabalho deste artista se referir à quinta.

A exposição foi motivo para se colocar em marcha um outroprojecto: o de dotar o espaço da histórica quinta de um museu parafuturas exposições, graças às suas condições excepcionais, enquantoedifício e enquanto espólio histórico.

O Banco Internacional de Crédito associou-se a este projecto deconservação do património e de incentivo à divulgação da história edas artes com uma verba de 50 000 euros.

A Fundação CulturSintra é uma instituição de utilidadepública, desde 1998, e é responsável pela gestãoda Quinta da Regaleira em Sintra.

No papel de mecenas, o BES apoia anualmente a Fundação Ricardodo Espírito Santo Silva (FRESS) com uma verba de 500 000 euros. AFundação recria o ambiente aristocrático do século XVIII e acolheumas das mais importantes e homogéneas colecções do panoramadas artes aplicadas no nosso País.

Um dos compromissos enunciado pelo BES, em 2003, para o ano de2004, foi o de desenvolver, em conjunto com a Fundação Ricardo doEspírito Santo Silva, um programa de financiamento descentralizadocom o objectivo de recuperar o património português. Contudo, aparceria entre o BES e a FRESS para a implementação do projectode valorização do património foi adiada para o ano de 2006.

A Fundação teve a sua origem em 1947, quando Ricardo do EspíritoSanto e Silva comprou o velho Palácio Azurara para o restaurarcomo uma casa aristocrática do século XVIII, decorando-o compeças da sua colecção particular. Em 1953, e de acordo com oEstado português, foi criada naquele edifício, com o nome do seufundador e doada à Nação a Fundação Ricardo do Espírito SantoSilva. Ao longo dos anos, a Fundação afirmou-se, em Portugal e noestrangeiro, como uma instituição altamente prestigiada no campodas artes decorativas e dos ofícios com ela relacionados.

No respeito integral pela vontade do seu criador, a Fundação temcomo finalidade principal a protecção das artes decorativas e dosofícios tradicionais com elas relacionados, visando manter as suascaracterísticas, educar o gosto público e fomentar o desenvolvimen-to da sensibilidade artística e cultural dos seus artífices, que aquiencontram um espaço de formação profissional privilegiado.

Na área da conservação e restauro, a Fundação realizou em Portugal,em 2004, diversos projectos públicos e privados, com especialdestaque para a recuperação do retábulo em talha dourada epolicromada da Quinta dos Cónegos, na Maia, bem como de umadas salas do Palácio Nacional de Queluz, no qual se restauraramtodas as pinturas aplicadas em paredes e tecto, nomeadamente aspinturas de imitação de mármore, em suporte de madeira, e aspinturas a liso e decorativas sobre tela.

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No sentido de reforçar a sua capacidade de intervenção na área dopatrimónio azulejar, bem como a cooperação institucional, foi assina-do, em Dezembro de 2004, um protocolo com o Museu Nacionaldo Azulejo, que passa a apoiar cientificamente todas as intervençõesda Fundação neste sector.

Confirmando a sua dimensão internacional, a FRESS deu con-tinuidade a vários projectos de participação na conservação erestauro do património histórico brasileiro, através da AssociaçãoEspírito Santo Cultura, seja a nível da monitorização e acompa-nhamento de trabalhos já efectuados, ou a efectuar, em edifícios econjuntos religiosos - em Igarassu, Recife , no Convento deS. Francisco em S. Salvador da Bahia, no Mosteiro de S. Bento no Riode Janeiro - seja através da requalificação, em conjunto com oGoverno de Minas Gerais, do Museu do Aleijadinho em Ouro Preto,cidade inscrita na lista do Património da Humanidade da UNESCO.

Na sede da Fundação em Lisboa, e no âmbito de uma colaboraçãomais vasta com o Museu de Artes Decorativas de Praga, estevepatente, entre Junho e Setembro, a Exposição “Avant-Garde”,mostrando um conjunto muito significativo da colecção de vidrosdaquele importante museu da Europa Central.

Nas Escolas - Escola Superior de Artes Decorativas (ESAD) eInstituto de Artes e Ofícios (IAO), criadas com a finalidade de pro-mover o estudo das artes decorativas portuguesas e o desenvolvi-mento de programas de formação profissional nesta área, para alémde cursos plurianuais que conferem diversos graus de ensino, sãoorganizados regularmente cursos de curta duração, abertos ao públi-co em geral. Para o ano lectivo de 2004/2005, inscreveram-se nasescolas 340 alunos. No âmbito de um programa de intercâmbio emque participam o Consórcio para Pesquisa e Experimentação emDiagnóstico, Conservação e Restauro dos Bens Culturais doMezzogiorno, com sede em Nápoles, e o Instituto Politécnico deMadrid, a FRESS recebeu, em estágio, um grupo de alunos finalistasde diversos cursos universitários de Nápoles.

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As escolasda Fundação Ricardo doEspírito Santo Silva

A ESAD é uma escola superior de arte,vocacionada para o ensino do Design deInteriores e das Artes Decorativas, que temcomo missão defender, estudar, desenvolvere aplicar as artes decorativas portuguesas.Neste âmbito, desenvolve o estudo de projectos orientados paraa criação de novos interiores e para a reabilitação, recuperação erequalificação de interiores de carácter histórico e patrimonial.

Dado o alto grau de especialização desta escola é-lhe possível con-ferir, além de um bacharelato em Artes Decorativas, licenciaturas emDesign de Interiores e Artes Decorativas Portuguesas.

Cursos: Bacharelato em Artes Decorativas; Licenciatura emReabilitação de Interiores; Pós-Graduação em Recuperação eRestauro de Interiores; Cursos de curta duração: Técnicas deExposição e Vitrinismo, Princípios Elementares em Decoração,Distribuição, Equipamento e Tecidos.

O IAO, criado em 1985, oferece formaçãoinicial de artífices nos domínios profissionaisrelacionados com as Artes Decorativas,

nomeadamente a Pintura Decorativa, a Arte de Trabalhar aMadeira e a Arte de Trabalhar Metais.

Esta formação inicial processa-se segundo um modelo curricularintegrado, no qual as componentes teórica, técnica e prática searticulam de maneira a garantir o melhor processo de ensino--aprendizagem.

O IAO oferece igualmente especializações em Conservação eRestauro, bem como cursos livres de curta duração e a realiza-ção de estágios para actualização e aperfeiçoamento em oficina,visando a qualificação profissional e a formação permanente dejovens artífices e de profissionais nestes domínios.

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6.3 O Desporto Faz Equipa com a Solidariedade

O Grupo sempre apoiou o desporto, entendido como uma activi-dade que impulsiona o lazer e a competitividade sadia, contribuindopara desenvolver o ser humano como um todo e para criar umasociedade com um maior sentido colectivo. É aqui que reside adimensão da responsabilidade social do apoio.

Durante o último ano, o futebol e o ténis foram as modalidadeseleitas pelo BES na área do mecenato desportivo. O Banco criou aCopa BES / A Bola, através da qual concede a uma instituição desolidariedade social o valor correspondente ao dobro dos pontosobtidos pelo clube vencedor (em milhares de euros); foi o patrocinadorprincipal do Estoril Open e será patrocinador da selecção nacionalaté 2006.

Copa BES/ A BolaA dimensão da solidariedade social no futebol esteve subjacente àcriação da Copa BES / A Bola, um campeonato entre os três grandesclubes patrocinados pelo BES - Futebol Clube do Porto, SportLisboa e Benfica e Sporting Clube de Portugal. Nesta iniciativa, ovencedor é o clube que mais pontos marcar, sendo estes pontos avariável determinante para a definição do valor a doar a uma institui-ção de solidariedade social.

Em 2004, o Futebol Clube do Porto foi o vencedor deste troféucom oito pontos. O valor doado pelo BES à Associação NovoFuturo foi de 16 000 euros.

Para a Copa BES/A BOLA 2004-2005 foi seleccionada a Casa doGaiato para atribuição do donativo. Para esta segunda edição,calculou-se uma nova fórmula para o donativo que irá permitir àinstituição receber um valor substancialmente superior, sendo ovalor mínimo a doar 30 000 euros.

Copa BES / A Bola

Visita de Cristiano Ronaldo ao Hospital D. Estefânia

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104 A SABEDORIA FINANCEIRA AO SERVIÇO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Cristiano Ronaldo visita crianças no Hospital D. EstefâniaApós o Euro 2004, e no âmbito do apoio do Banco Espírito Santo àSelecção Nacional, que se classificou neste campeonato como vice -campeões europeus, o BES convidou Cristiano Ronaldo - o maisjovem e prometedor jogador da Selecção, do qual o Banco EspíritoSanto detém os direitos de imagem - a visitar as crianças do HospitalInfantil D. Estefânia.

Graças a esta iniciativa, o jogador percorreu várias enfermarias e aunidade de cuidados intensivos daquela unidade pediátrica, oferecen-do a todas as crianças que não podiam sair dos seus quartos a suasimpatia natural e uma palavra amiga. Para além disso, promoveu-seum convívio no anfiteatro daquela unidade hospitalar entre CristianoRonaldo e todas as crianças que se encontravam internadas.

Nesta visita, o Banco Espírito Santo doou 5 000 euros àquelaunidade hospitalar, que se destinaram à aquisição de ar condiciona-do para uma das suas enfermarias.

Graças a esta iniciativa, o jogador percorreu várias enfermarias e a unidade de cuidadosintensivos daquela unidade pediátrica, oferecendo a todas as crianças que não podiam sairdos seus quartos a sua simpatia natural e uma palavra amiga.

Estimular outras modalidades desportivasO rugby é a segunda modalidade desportiva colectiva em termos deexpansão mundial. Embora em Portugal a sua expressão seja algoreduzida, a Federação Portuguesa de Rugby tem vindo a apresentarexcelentes resultados – Campeões da Europa de Sevens pelo ter-ceiro ano consecutivo e Campeões da Europa em Rugby XV naépoca 2003/2004 do Torneio Europeu das Nações que decorreuassim, de um momento particularmente positivo das SelecçõesNacionais orientadas pelo Seleccionador Nacional Tomaz Morais.Estes resultados, tanto nas modalidades de XV como 7’s, valeram aambos a respectiva nomeação do ano pelo Internacional Rugby Board(IRB) como laureados à atribuição dos prémios de melhor SelecçãoNacional e Seleccionador Nacional - o que permite à Direcção daFPR definir como objectivo a participação de Portugal noCampeonato do Mundo 2007.

Não obstante os bons resultados, aFederação, que conta com 3 900participantes, enfrenta problemasna obtenção de apoios. Osjogadores da Selecção Nacional tra-balham ou estudam e não recebemremuneração pela prática dodesporto, sendo as deslocações

para os treinos, inclusivamente, pagas pelos próprios. Por todas estasrazões, o Grupo BES decidiu, em 2004, conceder 25 000 euros àFederação para que possa continuar a apostar nos jovens talentos.

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O estímulo, o incentivo e a promoção da inovação é uma das dimen-sões mais válidas e forma efectiva de interacção entre a sociedade eo sector empresarial. Nos serviços financeiros esta relação ganhaainda mais pertinência, considerando o efeito promotor de desen-volvimento que tradicionalmente desempenham na restante activi-dade económica.

O Grupo BES, há longos anos, apoia a formação e o ensino emPortugal, recorrendo para este fim ao estabelecimento de protoco-los de cooperação com várias universidades portuguesas, e é, desde1995, associado do Centro de Arte e Comunicação Visual (Ar.Co).Paralelamente, apoia, desde 1985, o "Prémio Banco Espírito Santo deReumatologia", que reconhece anualmente o melhor trabalho depesquisa e os avanços na área da reumatologia em Portugal.

6.4.1 Ensino, Ciência e InovaçãoNa área do ensino, o Grupo BES sempre se destacou pelo apoioconcedido às universidades com quem tem estabelecido protocolosde cooperação, o que tem possibilitado a concessão de bolsas deestudo, o financiamento de prémios e, ainda, o apoio a actividadescientíficas daqueles estabelecimentos de ensino.

Os apoios do Grupo BES

Prémio Reumatologia - Esta distinçãogalardoa anualmente o melhor trabalhode pesquisa e avanços na área da reuma-tologia, levado a cabo em Portugal, pormédicos de clínica geral. O Grupo BESapoia este prémio, desde 1985, com umvalor de 3 000 euros.

Universidades - O Grupo BES continua aprivilegiar a área do ensino, em especial ouniversitário, com o objectivo estratégicode ter um papel social e institucionalactivo. Estabeleceu, por esta razão, proto-colos com algumas das mais prestigiadasuniversidades portuguesas, traduzido, em2004, num investimento total de 349 300euros.

Universidades Local

Universidade Lusíada Lisboa

UCP - Universidade Católica Portuguesa Lisboa

Universidade Lusófona Lisboa

Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa Lisboa

Instituto Superior de Economia e Contabilidade Lisboa

Universidade de Évora Évora

Universidade do Algarve Faro

Instituto Politécnico Tomar

Instituto Piaget Silves

Universidade Lusíada Porto

Universidade Lusíada Vila Nova de Famalicão

UCP - Universidade Católica Portuguesa Porto

UCP - Universidade Católica Portuguesa Viseu

UCP - Universidade Católica Portuguesa Braga

UCP - Universidade Católica Portuguesa - Faculdade de Biotecnologia Porto

Universidade do Minho Braga

Escola Artística do Porto Porto

Universidade Fernando Pessoa Porto

Universidade Fernando Pessoa Ponte de Lima

UTAD - Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro Vila Real

06 com a comunidade

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6.4 Promover Talentos

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106 A SABEDORIA FINANCEIRA AO SERVIÇO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Fundação Ilídio PinhoNo contexto de promoção da educação, o Grupo BES estabeleceu, em 2002, uma parceriacom a Fundação Ilídio Pinho para a criação do programa de Bolsas-Empréstimo, que possibili-ta o acesso de estudantes economicamente mais desfavorecidos ao ensino superior, aliviandoa sobrecarga financeira das suas famílias, permitindo complementar o desenvolvimento e inte-gração social do jovem estudante.

No ano lectivo de 2003/2004, foram concedidas 11 bolsas a estudantes do ensino superior nasáreas de ciências exactas, de ciências da vida, tecnologia de informação e telecomunicações,encontrando-se, no final de 2004, 40 bolseiros em período de graça, 8 em período de carên-cia e 19 em período de amortização.A Fundação Ilídio Pinho tem como

missão contribuir para que os resulta-dos da ciência e da tecnologia sejamvertidos na sociedade e na economia,sendo suporte do progresso econó-mico e do desenvolvimento socialque Portugal tanto necessita.

24

6 5

0

54

106

1

61

106 5

40

8

19

5

0

20

40

50

70

10

60 Bolseirosem período de graçaBolseirosem período de carência

30

Julho 2002 Julho 2003 Julho 2004 Novembro 2004

Bolseirosem período de amortizaçãoBolsas Liquidadas

Fase de Contratação das Bolsas

Valor Financiado (em euros)

Bolseiros em período de amortização112 371,76

Bolseiros em período de carência53 451,33

Bolseiros em período de graça189 315,31

Em 2004, o valor financiado pelo Grupo para este programa de Bolsas-Empréstimo ascendeua 355 138,40 euros com a seguinte distribuição:

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0

10

25

5

20

Ciências daVida

Ciências Exactas

15

2001/2002 2002/2003 2003/2004

TIC

Ciências Económicas

18

5

8

3

1 1

9

2

20

9

4

12

Ciências Humanas

Artes

Nº de alunos por áreas científicas

A promoção deste modelo de Bolsas-Empréstimo pela Fundação Ilídio Pinho, em que o GrupoBES se alia como entidade financiadora, permite aos 82 estudantes que já utilizam este progra-ma, disporem de condições financeiras favoráveis, através de valores mensais e taxas de jurosextremamente competitivas, para valorizar o seu futuro em termos de formação de nível supe-rior, nas seguintes áreas científicas:• ciências da vida;• ciências exactas;• tecnologias da informação e comunicações (TIC);• ciências económicas;• ciências humanas;• artes.

Este programa de Bolsas-Empréstimo já foi aplicado em diferentes países da Europa, no Canadá,nos Estados Unidos e na Austrália, com sucesso comprovado. No Reino Unido e na Dinamarcaé o Estado que garante as Bolsas-Empréstimo que a banca oferece. Em Portugal, trata-se de ummodelo inovador, em que a Fundação Ilídio Pinho se lançou com uma nova vertente de bolsasde estudo do ensino superior, ao qual o Grupo BES não quis deixar de se associar.

06 com a comunidade

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108 A SABEDORIA FINANCEIRA AO SERVIÇO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

A Aposta na InovaçãoNo modelo de desenvolvimento e no posicionamentodo Grupo BES, a inovação é tida como um elemento

muito relevante. Neste âmbito, o Grupo BESassume para 2005 o compromisso de protagonizaruma política integrada de inovação que potencie,de forma mais profunda, competências internas

com experiências e centros de inovação exógenos.

Assim, e em estreita colaboração com a Fundação Ilídio Pinho, oGrupo BES irá, entre outras iniciativas, promover o Prémio“Ciência na Escola”.Trata-se de um prémio destinado a potenciaro surgimento de projectos inovadores de educação/formação,envolvendo alunos do segundo e terceiro ciclos.

O prémio, ao funcionar como uma extensão ao programa curri-cular e tendo um carácter eminentemente prático, permite aosestudantes serem envolvidos em experiências e trabalhos degrupo e apreciar a importância do conhecimento e do métodocientífico nas suas actividades futuras, através da demonstração daaplicabilidade em situações reais dos conceitos e ferramentasministradas na sala de aula.

Entre as propostas apresentadas, um júri seleccionará as mais ino-vadoras e com um maior potencial de impacto positivo na esco-la proponente, uma vez que o prémio atribuído destina-se aviabilizar a implementação do projecto apresentado.

O prémio já conta com duas edições, mas até ao final de 2004encontrava-se circunscrito à região norte do país. Com a parce-ria do Grupo BES irá alargar-se a todo o território nacional, envol-vendo um total de 800 escolas.

6.4.2 Prémio AMI - jornalismo contra a indiferençaParalelamente à promoção do talento na ciência, no ensino e namúsica, o Grupo BES tem vindo, igualmente, a apoiar talentos profis-sionais na área do jornalismo, patrocinando o "Prémio AMI -Jornalismo Contra a Indiferença", desde 1998.

• Eduardo Gonçalves - Banco Espírito Santo• Teresa Patrício Gouveia - Ministra dos Negócios Estrangeiros• Sandra Claudino - Vencedora da Prémio

• Cândida Pinto - Vencedora do Prémio• Fernando Nobre - Presidente da AMI

Vencedores da 6ª edição do Prémio AMI

Os trabalhos jornalísticos que, pela sua qualidade representem umtestemunho contra a indiferença dos poderes e denunciem situaçõesintoleráveis, são distinguidos com a atribuição de 15 000 euros aosrespectivos autores. Para os dois parceiros, este prémio, para além dedistinguir o talento do jornalista, é um veículo de denúncia dos pro-blemas de injustiça e de crueldade da sociedade.

Trabalhos premiados em 2003Para a sexta edição do Prémio AMI, o júri decidiu atribuir o primeiroprémio “ex aequo” a dois trabalhos, um de televisão, de CândidaPinto, e outro de rádio, de Sandra Claudino.• Cândida Pinto venceu com a reportagem “Mulheres de Bagdad”,

transmitida na SIC, a 5 de Novembro de 2003, que foca a situaçãoda mulher, por vezes esperançosa, outras vezes dramática, noIraque pós Saddam Hussein. Um trabalho que mantém a actuali-dade dada a situação que perdura no Iraque.

Da investigação para a investigação aplicada: INOVAÇÃO

Cultura de inovação nas escolas e na sociedade em geral

O Grupo BES quer ter um papel activo no estímulo/incentivoàs diferentes fases do processo gerador de inovação

Condições para o desenvolvimento da actividade investigação

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6.5 Realizar Mais com o Ambiente

Hoje, a protecção ambiental deve ser um critério de desempenhoinquestionável para qualquer empresa. A sustentabilidade do Planetadepende dos compromissos que as organizações assumem nestaárea. Consciente dos impactos que a sua actividade gera, o GrupoBES adoptou um conjunto de medidas nas suas estruturas empre-sariais, de modo a melhorar o seu desempenho ambiental. Contudo,o Grupo assume que ainda não tem em curso um diagnóstico ambi-ental que permita o desenvolvimento global de uma política degestão ambiental.

6.5.1 EconomatoEm 2004, o Grupo BES procedeu a uma consulta de mercado parao fornecimento de todos os materiais de economato, com o objec-tivo de adquirir materiais mais respeitadores do ambiente. Destaavaliação resultou, para já, a adopção de pastas em papel reciclado,num total de 13 121 pastas por ano, em média.

Foi igualmente decidido o uso de papel de cópia reciclado e papelcom menor gramagem, que apresentem condições de uma utilizaçãoeficaz, nomeadamente, a sua aceitação pelas impressoras efotocopiadoras, sem gerar encravamentos.

A redução do papel tem sido uma constante, desde 2001, no GrupoBES. A criação da intranet do Grupo - BESWEB, a desmaterializaçãode impressos e listagens permitiu uma redução de consumo de papelem 6,2%, durante 2004.

Tipo consumo de papel Var. 2002/3 Var. 2003/4

2002 2003 2004 Valor % Valor %

Papel fotocópia 297,35 341,59 359,46 44,24 14,9% 17,9 5,2%

Impressos finishing e extratação 461,04 325,67 266,57 -135,37 -29,4% -59,1 -18,1%

Total 758,39 667,26 626,03 -91,13 -12,0% -41,2 -6,2%

Observações: Não inclui o cálculo de impressos utilizados na rede e serviços centrais.

Consumo de papel (em toneladas)

Para destruir o papel utilizado no Banco Espírito Santo foi criada, em2002, uma norma interna que determina a proibição de eliminar edestruir documentos em qualquer unidade orgânica do Banco.Todasas unidades têm, por isso, de proceder à separação do papel, garan-tindo o seu encaminhamento para um Fornecedor certificado, quegaranta a sua separação para reciclagem, de acordo com as melhorespráticas e normas ambientais em vigor. Em 2004, foram recicladas605 toneladas de papel.

06 com a comunidade

• Sandra Claudino conquistou também o primeiro prémio com apeça “Marcados pela Guerra”, difundida pela RDP África emNovembro do ano passado. Uma reportagem que, na opinião dojúri, quebra um tabu - a guerra colonial -, ao ousar abordar umasituação que afectou milhares de pessoas, tanto nas ex-colóniascomo em Portugal.

O júri decidiu também premiar três peças jornalísticas pelo seu méri-to e pela sua qualidade, atribuindo-lhes menções honrosas:• “A Morte ao Fundo do Corredor” de Ana Dias Cordeiro, do jor-

nal Público, recorda um país frequentemente esquecido e tão mar-tirizado como é a Guiné-Bissau, ao retratar as condições em queopera o Hospital Simão Mendes, em Bissau.

• “Leucemia: Inês Botelho” de António Esteves, transmitido no pro-grama “Hora Extra” da SIC, no dia 28 de Maio de 2003, outro dostrabalhos premiados com uma Menção Honrosa, retrata o pesade-lo das crianças atingidas por doenças cancerosas mas, mais do queisso, assinala a forma corajosa e a resistência que elas, bem comoas suas famílias, demonstram.

“Vidas Interrompidas” de Ana Cristina Câmara, do semanárioExpresso, publicada na revista Única a 25 de Janeiro do anopassado que mereceu uma menção honrosa, pela qualidade e pelasensibilidade com que tratou o tema da lepra.

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110 A SABEDORIA FINANCEIRA AO SERVIÇO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Papel para Reciclagem (em toneladas)

580

610

620

630

640

650

2002 2003 2004

600

640

606 605

590

De 2002 para 2003 assistiu-se a um acentuado decréscimo do enviode papel para reciclar, o que se deveu ao processo de desmateriali-zação implementado em 2001.

6.5.2 Energia e ÁguaNos edifícios do Grupo BES que sofreram remodelações, aproveitou--se para introduzir lâmpadas de baixo consumo, que permitiu diminuiro gasto de energia e produzir menos calor. Neste momento, são jáutilizadas em 35% dos balcões e em 50% dos serviços centrais.

Para diminuir o consumo de água, foram aplicados filtros air-force nastorneiras que aumenta a pressão da água com um menor caudal, em60% dos serviços centrais. Esta iniciativa não teve o êxito esperado,de modo que está em estudo a colocação de torneiras tempori-zadas. Em 2005, espera-se alargar o seu uso a uma percentagemsignificativa das infra-estruturas do Grupo BES.

6.5.3 Reciclagem de Consumíveis de EquipamentosAs práticas de recolha de consumíveis, usados em Portugal, é aindapouco desenvolvida, embora a sua obrigatoriedade faça parte dalegislação ambiental. Até agora, o Grupo BES adoptava práticasad-hoc, circunscritas a alguns edifícios centrais,de recolha e encaminhamen-to de consumíveis para empresas externas que garantiam o seu tratamen-to/reciclagem.

Está previsto para 2005 implementar, em todaa estrutura do Grupo, um programa sistemático

e eficaz de recolha e encaminhamento para reciclageme/ou destruição de consumíveis de equipamentos

usados ou vazios, de acordo com as melhores práticasambientais, respeitando a legislação em vigor.

Este programa será cumprido através de um protocolo operacionalcom a HP e a Compudata, segundo o qual os consumíveis serãoencaminhados e tratados directamente pelos respectivos fabricantes(HP, OKI, Canon, Panasonic, Lexmark, entre outros). Apenas 2% deconsumíveis de marca branca serão encaminhados para aterros.

A HP detém as certificações ISO 9000 e 14001, aplicáveis a todasas suas empresas por todos os seus métodos de fabrico e de reci-clagem, aderindo formalmente ao Sistema de Gestão Ambiental, quevigora há mais de 20 anos. A HP foi a primeira empresa a receber oprémio de liderança ambiental a nível empresarial da Green CrossInternational pelos feitos ambientais da empresa, que incluem os pro-gramas de reciclagem da HP.

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6.5.4 Project FinanceA actividade do Project Finance desenvolvida na Banca desempenhaum papel essencial na área da responsabilidade social, nomeada-mente, na área do ambiente. Neste contexto, o Grupo BESdesenvolveu diferentes acções tendo sempre em conta este factor.

Todas as operações de financiamento do Grupo BES, estruturadas emregime de Project Finance, incluem disposições contratuais, obrigando asMutuárias ao cumprimento da legislação nacional ambiental.

Assim, o Grupo BES, em todos os contratos de financiamento nesteregime, exige às Mutuárias a obtenção de todas as licenças eaprovações de natureza ambiental exigidas pela legislação nacionalpara o projecto em causa, sendo a não obtenção das licenças ouaprovações que evidenciem o cumprimento da legislação ambientalmotivo suficiente para a não concretização de financiamentos.

A estruturação de financiamentos em regime de Project Finance con-tribui para a confirmação do cumprimento da legislação ambiental,na medida em que o desenvolvimento do projecto é sempreacompanhado por consultores especializados do Grupo BES queverificam se a legislação aplicável é respeitada.

Considerando que o Grupo tem um envolvimento forte na área deinfraestruturas de transporte, e, em particular em projectos de auto--estrada, destacamos, em 2004, o financiamento da Via Expresso naMadeira, a auto-estrada Madrid-Toledo (AP41) e a auto estrada EixoMadrid - Aeroporto Barajas, ambas em Espanha, e por último aauto-estrada MP na Hungria. As centenas de kilómetros de estradaforam construídas de acordo com os requisitos impostos pela legis-lação ambiental em vigor.

As práticas seguidas pela Direcção de Project Finance do Grupo BESsão similares e, em muitos casos coincidentes, com os Princípios doEquador, principalmente nas operações internacionais.

No enquadramento de uma DirectivaEuropeia (201/77/EC) que estabeleceuque, em 2010, 39% do consumode electricidade em Portugal deve terorigem em energias renováveis,o Grupo BES financiou, em 2004,10 projectos correspondendo a 15 parqueseólicos, o que representa um investimentode 260 milhões de euros.

06 com a comunidade

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Fomentamos o desenvolvimento

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com os Fornecedores07

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Em 2003, assumimos o compromisso de transmitir os valores de desenvolvimento sustentável aos nossosParceiros, pelo que em Janeiro de 2004 reforçámos este compromisso a um nível institucional ao aderirmos aoGlobal Compact das Nações Unidas e ao editarmos “Os Princípios de Conduta”, documento que visa comunicaraos Fornecedores do Grupo os seus valores enquanto entidade que recorre ao fornecimento de bens e serviçosno mercado.

Este documento foi estruturado de acordo com os Dez Princípios do Global Compact, centrando-se essencial-mente nos direitos humanos, nas condições de trabalho e no respeito pelo meio ambiente.

Estamos convictos que através deste conjunto de princípios iremos conseguir não só partilhar os valoressubjacentes ao desenvolvimento sustentável com os Fornecedores, com quem diariamente interagimos para oalcance do sucesso do nosso negócio, bem como possibilitar-lhes a revisão dos seus valores e consequentementeadoptar formas de conduta que permitam que as gerações actuais satisfaçam as suas necessidades sem afectaras gerações futuras.

Em colaboração com estes parceiros pretendemos sensibilizar um número cada vez maior de empresas,incentivando os seus gestores a aderirem aos princípios do Global Compact, os quais visam a construção de umaeconomia mundial sustentável e participativa.

Mário Mosqueira do AmaralAdministrador, membro da Comissão Executivado Banco Espírito Santo

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O prestígio e o desempenho do Grupo BESnão dependem exclusivamente das empre-sas que o constituem. Todos os Fornece-dores e Parceiros com quem o Grupo BEStrabalha diariamente são também respon-sáveis pelo sucesso do negócio e podem terum papel importante no contributo para odesenvolvimento sustentável. Por isso, oGrupo entendeu que era importante comu-nicar e estimular os seus Fornecedores aseguirem idênticos padrões de qualidade ede responsabilidade social em toda a suacadeia de produção.

7.1 Princípios de Relacionamentocom Fornecedores do Grupo BES

O Grupo BES, enquanto entidade bancáriacom forte peso no sector financeiro, fez suaa obrigação de dar o exemplo e de influen-ciar positivamente todos os seus Forne-cedores. Neste sentido, em Novembro de2004, o Conselho de Administraçãoaprovou, com base na proposta da Direcçãode Negociação e Compras, uma série deprincípios de conduta de desenvolvimentosustentável, complementares às regras con-tratualmente estabelecidas com os seusFornecedores e que, na perspectiva doGrupo, são fundamentais e deverão serincorporados pelos Fornecedores, para amanutenção de um relacionamento saudá-vel e transparente.

Para os Fornecedores, a integração destesprincípios promove um crescimento maissustentável da sua empresa e favorece aconstrução de relações mais duradourascom o Grupo BES e com outros parceirosde negócio.

Princípios de Conduta dos Fornecedores

Respeito pelo AmbienteOs Fornecedores do Grupo BES obrigam-se a:• dispor, nas suas empresas,

de medidas que visam protegero ambiente, a respeitarem todaa legislação e regulamentaçãoem vigor em matéria de ambiente;

• dispor de controlos internosque permitam aferir e confirmaro respeito da referida legislaçãoe regulamentação;

• dispor de um responsável a nível interno em matériade defesa do ambiente.

Condições de empregoOs Fornecedores do Grupo BES comprometem-secom os seguintes deveres fundamentais:• inexistência de qualquer forma de trabalho infantil;• respeito da legislação local em matéria de segurança

e higiene no trabalho;• garantia de condições de trabalho dignas a todos

os trabalhadores;• ausência de discriminações baseadas na raça, cor, religião,

convicções políticas, ascendência, sexo ou nacionalidade.

“Alargar o conceito de desenvolvimento sustentáveljunto dos Fornecedores do Grupo BES foi um doscompromissos para 2004. Esta foi uma responsabilidadeque fizemos nossa, com toda a firmeza de uma instituiçãoque sempre soube ser mais do que um banco.

07 com os fornecedores

com os Fornecedores

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116 A SABEDORIA FINANCEIRA AO SERVIÇO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Na definição destes princípios, o Grupo BESprocurou respeitar as características própriasdos seus Fornecedores, já que estes nemsempre se integram em empresas nacionais,regendo-se por leis, costumes e tradiçõesmuito distintas entre si.

O Grupo BES, compromete-se, por sua vez,a actuar com imparcialidade relativamente atodos os seus Fornecedores (actuais ou po-tenciais) e a facultar uma adequada presta-ção de informação.

Os Princípios de Relacionamento com osFornecedores do Grupo Banco EspíritoSanto, foram apresentados por carta, emDezembro de 2004, aos 100 maioresFornecedores do Grupo, acompanhada poruma declaração de adesão. Das declaraçõesenviadas, 38 já foram assinadas.

Ao comunicar estes princípios, o Grupo BESespera que os seus Fornecedores os respeiteme os promovam dentro da sua empresa bemcomo junto de todos com quem esta-beleçam relações de negócio. O respeito oudesrespeito destes princípios passou a serum critério importante na escolha que oGrupo BES faz dos seus Fornecedores.

“Ao aderir aos Princípios de Conduta do Banco Espírito Santo, aSiemens reforça o seu compromisso para com a projecção dofuturo da sociedade portuguesa onde actua em verdadeiroespírito de parceria.

O desenvolvimento sustentável do negócio das duas instituiçõesfunda-se no profundo respeito por valores como a transparência, omeio ambiente, a qualidade, a inovação, a excelência, o empregoe a formação dos Colaboradores.

Mais do que uma prática, a responsabilidade social é incorporadacomo uma filosofia de gestão que orienta e implica todas asnossas actividades. É este espírito de diálogo que permite ao BESe à Siemens estabelecer uma relação duradoura e sustentável,socialmente responsável.”

Carlos de Melo RibeiroAdministrador-Delegado,

Presidente do GrupoSiemens

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Os Princípios de Relacionamento com osFornecedores do Grupo BES, foram estru-turados de acordo com os dez “Princípiosdo Global Compact das Nações Unidas", subs-critos pelo Banco, em Janeiro de 2004, e,centram-se, essencialmente, nas condiçõesde trabalho dos Fornecedores (prevençãode todo e qualquer tipo de discriminação,proibição do trabalho infantil etc.) e norespeito pelo ambiente.

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"Os Fornecedores, que no fundo são parceiros de negócio, desem-penham um papel muito importante e fundamental no cumpri-mento dos objectivos que toda e qualquer empresa pretendeatingir.

Ao assinar a Declaração de Cumprimento dos Princípios deConduta de Fornecedor do Grupo BES, os parceiros de negóciosassumem um compromisso de respeito pelos princípios da respon-sabilidade social e devem demonstrar, sempre, a sua vontade empoder ir mais longe, estabelecendo uma relação de parceria,através da qual poderá partilhar a cultura e os valores de umGrupo Empresarial tão sólido e importante como é o Grupo BES.

A DHL Express Portugal, como empresa certificadasegundo a Norma SA 8000 na área da Responsabilidade Social,felicita o Grupo BES por esta sua louvável iniciativa e pela práticados princípios preconizados pela responsabilidade social, desejan-do que este exemplo seja cada vez mais interiorizado e seguidopelas empresas portuguesas”

Em 2005, o BES pretende alargar a difusãodestes princípios à restante rede de Fornecedores,

para que utilizem crescentemente critériosde responsabilidade social na sua gestão, concretizando

uma política de relacionamento que, para alémde fortalecer a relação do Grupo

com os seus Fornecedores, tem um efeitomultiplicador de boas práticas.

Américo FernandesDirector Geral da DHL

Express Portugal

07 com os fornecedores

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Construimos o futuro

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Compromissos para 200508

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120 A SABEDORIA FINANCEIRA AO SERVIÇO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

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121

08 COMPROMISSOS PARA 2005

08Compromissos para 2005A experiência e o pioneirismo do Grupo BES em matéria deresponsabilidade social foi gerador de uma melhor adequação entreos imperativos do desenvolvimento sustentável e a estratégia denegócio do Grupo BES.

Com base no modelo integrador da gestão da responsabilidadesocial, que está a implementar, e considerando as prioridades queestabeleceu em matéria de política de responsabilidade social, oGrupo assume os seguintes compromissos para 2005:

Realizar Mais com os ColaboradoresMercê de uma mais constante auscultação das opiniões dosColaboradores, é objectivo, para 2005, Realizar Mais comunicaçãointerna com os Colaboradores, consubstanciando-se este objectivono seguinte:• reforço do número de contactos entre a empresa e os

Colaboradores;• maior capacidade para recolher opiniões dos Colaboradores;• maior celeridade na adopção das medidas que venham a ser iden-

tificadas como as adequadas para satisfazer necessidades apon-tadas pelos Colaboradores.

Realizar Mais com os ClientesPara 2005 é assumido como objectivo o reforço da informação presta-da ao Cliente no sentido de o dotar de níveis superiores de literaciafinanceira. Este exercício voluntário do Grupo BES contribuirá, assim,para uma maior capacidade de apreensão, avaliação e comparação daspropostas de valor apresentadas pelas instituições financeiras. Esta serámais uma responsabilidade que fazemos nossa, com toda a firmeza deuma instituição que sempre soube ser mais do que um banco.

Realizar Mais com a ComunidadeEm 2005, o Grupo BES tem por objectivo reforçar o seu papel comoentidade bancária de referência na promoção da investigação, ino-vação e empreendedorismo em Portugal, em parceria com universi-dades, escolas e o sector empresarial. A meta principal desteprograma é contribuir para a afirmação de uma “cultura de ino-vação” na sociedade portuguesa.

Um dos primeiros passos nesta aposta de longo prazo é a partici-pação no Prémio “Ciência na Escola” em parceria com a FundaçãoIlídio Pinho, uma iniciativa destinada a potenciar o surgimento deprojectos inovadores de educação/formação, envolvendo alunos eprofessores do segundo e terceiro ciclos.

Realizar Mais com os FornecedoresO Grupo BES compromete-se a continuar o plano de divulgaçãodos princípios de relacionamento com os Fornecedores e de incen-tivo à adopção de práticas responsáveis e sustentáveis. Abrangidospor esta acção estão os Fornecedores com quem o Grupo BESmantém um envolvimento mais continuado.

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Monitorizamos resultados

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IndicadoresGlobal Reporting Initiative09

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124 A SABEDORIA FINANCEIRA AO SERVIÇO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

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09 Indicadores Global Reporting Initiative

09

Página

Visão e Estratégia

1.1 Visão e Estratégia 1 1, 12, 18, 19

1.2 Declaração do Presidente da Comissão Executiva 5

Perfil

2.1 Nome da organização 18, 20, 21

2.2 Principais produtos ou serviços 18, 19

2.3 Estrutura operacional da organização 22

2.4 Descrição dos departamentos, empresas em funcionamento 22

2.5 Países em que está presente 24, 25

2.6 Tipo e natureza legal de propriedade 20

2.7 Mercados servidos 18, 19

2.8 Dimensão da organização 23

2.9 Lista das partes interessadas 9, 10

Âmbito do relatório

2.10 Pessoas a serem contactadas para esclarecimento 10, 139

2.11 Período a que se refere o relatório 8

2.12 Data do relatório mais recente 8

2.13 Limites do relatório 15

2.14 Alterações significativas ocorridas desde o relatório anterior 8

Perfil do Relatório

2.20 Políticas e procedimentos internos usados para reforçar e assegurar

a exactidão, integridade e fidedignidade do relatório de sustentabilidade 10

2.22 Meios através do quais os utilizadores do relatório podem obter

mais informações adicionais sobre aspectos económicos,

ambientais e sociais das actividades do Grupo BES 46, 78

Sumário do Conteúdo da GRI

Indicadores Global Reporting Initiative

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126 A SABEDORIA FINANCEIRA AO SERVIÇO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Página

Estrutura de Governação

3.1 Estrutura de Governação 35, 36

3.2 Percentagem de Administradores independentes e não executivos 38, 39

3.4 Processos do Conselho de Administração para identificar supervisão

da gestão dos riscos e das oportunidades económicas, ambientais e sociais 41-45

3.5 Relação entre a remuneração dos executivos e o alcance das metas financeiras 40

3.6 Estrutura Organizacional e profissionais responsáveis pela supervisão, implementação

e auditoria de políticas económicas, ambientais, sociais e outras com elas relacionadas 10, 41-45

3.7 Missão e valores, códigos internos de conduta ou princípios e políticas

relevantes para o desempenho económico, ambiental e social 11, 12, 42, 114, 115

3.8 Mecanismos que permitem aos accionistas fazer recomendações ao Conselho de Administração 46, 47

Participação das Partes interessadas

3.10 Formas de consulta às partes interessadas 9, 12, 52-56, 75-79

3.11 Tipo de informação gerada pelas consultas às partes interessadas 52-56, 75-79

3.12 Uso das informações resultantes da participação

das partes interessadas 52-56, 75-79

Políticas Abrangentes

3.13 Explicação sobre o princípio de precaução 11, 12

3.14 Cartas e princípios internacionais ou outras iniciativas de carácter voluntário

sobre questões económicas, ambientais e sociais 13, 61

3.15 Principais adesões a associações industriais e empresariais e/ou organizações. 14, 35

3.16 Políticas e/ou sistemas para gerir impactes da cadeia produtiva 115, 116

3.19 Programas e procedimentos relativos ao desempenho económico,

ambiental e social 8, 9, 11, 12, 18, 19

3.20 Estado da certificação relativa a sistemas administrativos económicos,

ambientais e sociais 75

Sumário do Conteúdo da GRI

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09 Indicadores Global Reporting Initiative

Página

EC1 Vendas líquidas 28, 29

EC2 Análise Regional do Mercado 28

EC3 Custos de bens e serviço adquiridos 28, 29

Colaboradores

EC5 Total do montante salarial e benefícios (incluindo salários, pensões,

outros benefícios e pagamentos de indemnização por demissão) 30-31, 60, 67

Investidores

EC6 Distribuição dos dividendos aos accionistas 28, 46

Sector Público

EC8 Soma de todos os tipos de impostos já pagos, descriminados por país 28, 29

EC10 Doações descriminadas por país 94

Indicadores de Desempenho Económico

Página

EN1 Consumo total de materiais por tipo 109, 110

EN2 Percentagem de materiais utilizados que são resíduos (processados ou não)

de fontes externas à organização relatora 109-110

EN3 Consumo directo de energia, segmentada por fonte primária 110

EN5 Consumo total de água 110

EN11 Quantidade total de resíduos por tipo e destino do

papel enviado para reciclagem (toneladas) 110

Indicadores de Desempenho Ambiental

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128 A SABEDORIA FINANCEIRA AO SERVIÇO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Página

LA1 Especificação da mão-de-obra 57, 58

LA2 Criação de emprego e rotatividade por região/país 51, 57

LA3 Percentagem dos Colaboradores representados por organizações sindicais independentes

ou outros representantes legitimos, ou percentagens de empregados cobertos

por acordo de negociação colectiva por país 61, 63

LA5 Práticas sobre registos sobre doenças ocupacionais 63-65

LA6 Descrição de comités formais sobre saúde e segurança, incluindo representantes dos quadros

técnicos e não-técnicos, e proporção da mão-de-obra atendida por qualquer um desses comités 63

LA7 Tipo de lesões, dias perdidos, índice de absentismo e número de óbitos relacionados

com o trabalho 63

LA9 Média de horas de formação por ano por Colaborador 59, 60

LA 11 Composição da direcção e do grupo responsável pela governação

(incluindo o quadro de directores); proporção homens/mulheres 35, 36, 39

LA12 Benefícios dos Colaboradores além dos previstos por lei 30, 60, 67

LA 13 Provisão para representação formal de trabalhadores em tomadas de decisão

ou administração, incluindo a governação da organização 61

LA 15 Descrição de acordos formais com sindicatos ou outros representantes legítimos

dos trabalhadores, envolvendo a saúde e segurança no trabalho; proporção

da força de trabalho coberta por qualquer um desses acordos 61, 63, 64

LA 17 Políticas e Programas específicos para a gestão da capacidade e formação

ao longo da vida profissional 59, 60

Indicadores Sociais do Desempenho Social: Práticas Laborais e Condições deTrabalho

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09 Indicadores Global Reporting Initiative

Página

HR1 Descrição de políticas, directrizes, estrutura empresarial e procedimentos para lidar

com todos os aspectos dos Direitos Humanos relevantes nas operações da organização 11-13, 61, 115

HR2 Evidência da consideração dos impactes sobre os direitos humanos nos investimentos

e tomadas de decisão de compra, incluindo selecção de fornecedores 115-117

HR5 Descrição da política de liberdade de associação e a extensão na qual essa política

é universalmente aplicada, independentemente de leis locais, bem como descrição

de procedimentos ou programas existentes 11, 13, 61

HR6 Descrição de políticas que excluam trabalho infantil, conforme definido

pela Convenção 138 da OIT, bem como a determinação e aplicação dessa política

e a descrição de procedimentos ou programas para tratar do assunto,

incluindo sistemas de monitorização e respectivos resultados 13, 61, 115-117

HR7 Descrição de políticas para prevenir o trabalho forçado e compulsório 13

Indicadores de Desempenho Social: Direitos Humanos

Página

SO1 Descrição de políticas para gerir impactes sobre as comunidades

que vivem em áreas afectadas pelas actividades da organização 83

SO2 Descrição de políticas, procedimentos, sistemas de gestão e outros mecanismos

da organização e Colaboradores referentes a suborno e corrupção 42

Indicadores Sociais do Desempenho Social: Sociedade

Página

PR3 Descrição de políticas, procedimentos, sistemas de gestão

e mecanismos de respeito da privacidade do consumidor 42, 79

Descrição de políticas, procedimentos, sistemas de gestão de mecanismos

de conformidade relacionados com a satisfação do consumidor 76, 77

PR8

Indicadores Sociais do Desempenho Social: Produto/Serviço

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130 A SABEDORIA FINANCEIRA AO SERVIÇO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

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09 Indicadores Global Reporting Initiative

Página

CSR 1 Política de Responsabilidade Social 8-15

CSR 2 Organização da Responsabilidade Social 10

CSR4 Gestão de assuntos sensíveis 11

CSR6 Diálogo com os stakeholders 9, 12, 52-56, 75-79

Responsabilidade Social Empresarial

Página

SOC 1 Donativos (euros) 94

Página

Performance Social Externa

INT1 Políticas de Responsabilidade Social internas 50-67

INT2 Staff Turnover e criação de postos de trabalho 51, 57

INT3 Satisfação dos empregados 53-56

Desempenho Social Interno

Indicadores da GRI para o Sector Financeiro

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Facilitamos acessos

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Conceitos Basedo Desenvolvimento Sustentável10

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134 A SABEDORIA FINANCEIRA AO SERVIÇO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

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10 Conceitos Base do Desenvolvimento Sustentável

10Conceitos Basedo Desenvolvimento SustentávelAccountability (AA1000)Norma de desempenho social criada, em 1999, pelo Institute forSocial and Ethical Accountability. Este conceito integra três compo-nentes essenciais: transparência (dever de prestar contas a todos osstakeholders), capacidade de resposta (responder pelos seus actos eomissões, desenvolver processos e objectivos de melhoria contínua)e cumprimento (dever de cumprir as regras, os compromissosassumidos e de divulgar políticas organizacionais e performance).

Agenda 21Programa de acções para o século XXI, que favorecem o desenvolvi-mento sustentável a nível mundial. Este programa apresenta os resul-tados da Cimeira da Terra, que ocorreu em Janeiro de 1992.

Cerca de 150 chefes de Estado assinaram este programa, que inte-gra a acção económica, o desenvolvimento social e a protecção doambiente, sendo aplicado ao nível de cada Estado, das cidades ecolectividades locais.

BiodiversidadeDiversidade biológica de um habitat, estimada a partir do número deespécies animal e/ou vegetal que o habitam.

Consumo SustentávelEstratégia que tem por base o uso dos recursos naturais e dosserviços económicos, como resposta às necessidades de aumento daqualidade de vida, respeitando sempre o capital natural das geraçõesfuturas. Este conceito é, por vezes, confundido com consumoecológico, na medida em que integra as três dimensões do desen-volvimento sustentável - dimensão económica, social e ambiental.

Desenvolvimento SustentávelDesenvolvimento que satisfaz as necessidades actuais sem compro-meter a possibilidade das gerações futuras satisfazerem as suaspróprias necessidades. A nível empresarial, expressa-se no empenhodas empresas levarem a cabo práticas de responsabilidade social, noâmbito dos seus recursos humanos, do ambiente, da actividade co-mercial e implicações sociais.

Dow Jones Sustainability IndexÍndice bolsista dedicado ao investimento ético, criado em 1999. Emparceria com os especialistas da sociedade independente de gestãode património na área do desenvolvimento sustentável, aSustainability Asset Management (SAM) selecciona, entre as duas milmaiores empresas cotadas, as que têm melhor performance em ter-mos de desenvolvimento sustentável.

Eco-eficiênciaOferta de bens e serviços a preços competitivos, que satisfaçam asnecessidades humanas, reduzindo o impacte ecológico/utilização derecursos, ou seja, consiste na criação de mais valor com menosimpacto negativo.

FTSE GroupÉ uma entidade independente que se dedica à construção e gestãodos índices bolsistas com o mesmo nome. Um dos seus índices, oFTSE4Good Index Series, "foi criado especialmente para medir a per-formance das empresas, reconhecidas mundialmente por seguiremstandards de Responsabilidade Social, facilitando assim o investimen-to em empresas com estas características".

Fundos sociais e éticosFundos de investimento que utilizam critérios sociais (ou outroscritérios não económicos) na selecção dos investimentos.

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136 A SABEDORIA FINANCEIRA AO SERVIÇO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Global CompactPor vezes denominado Contrato Global ou Pacto Mundial, foi lança-do, em Janeiro de 1999, durante o Fórum Económico de Davos, porKofi Annan, Secretário-geral das Nações Unidas. Tem por ambição«unir as forças dos mercados à autoridade dos ideais individuais».

O Global Compact tem por objectivo fazer o mundo dos negócioscumprir dez princípios fundamentais:

1 - apoiar e respeitar a protecção dos direitos humanos na esferada sua influência;

2 - garantir que as suas próprias organizações não são cúmplicesde violação dos direitos humanos;

3 - garantir a liberdade de associação e o direito às associaçõescolectivas;

4 - eliminar todas as formas de trabalho forçado e obrigatório;5 - abolir o trabalho infantil;6 - eliminar a discriminação no trabalho e nas profissões;7 - apoiar uma abordagem preventiva no âmbito ambiental;8 - tomar a iniciativa para reforçar a responsabilidade ambiental;9 - encorajar o desenvolvimento e a difusão das tecnologia ambien-

tais;10 - lutar contra todas as formas de corrupção, incluindo extorsão e

suborno.

Governo da Sociedade (Corporate Governance)É o sistema pelo qual as empresas são dirigidas e controladas. Na suaestrutura é definida a distribuição dos direitos e responsabilidades detodos participantes envolvidos na empresa, como sendo a direcção,os gestores, os Accionistas e as restantes partes interessadas, e quaisas regras e procedimentos para as tomadas de decisão.Ao fazer isso,fornece a estrutura através da qual os objectivos da empresa sãoestabelecidos e os meios para alcançá-los e para monitorizar odesempenho (Fonte: OCDE, 1999).

Governação corporativa significa promover justiça, transparência eresponsabilidade empresarial (Fonte: World Bank, tal como citadonum artigo do Financial Times, 1999).

GRIA Global Reporting Initiative é uma iniciativa internacional em queparticipam empresas, ONG's, gabinetes de consultores e universi-dades, interessados em elaborar um quadro de regras destinadas àsempresas preocupadas com o Desenvolvimento Sustentável. Oobjectivo da GRI é definir linhas directivas para ajudar as empresas adesenvolverem relatórios de responsabilidade social que apresentemo impacto económico, social e ambiental das suas actividades, produ-tos e serviços.

Investimento Socialmente ResponsávelÉ considerado Investimento Socialmente Responsável (ISR) a inte-gração de critérios sociais, ambientais e éticos nas decisões de inves-timento. O ISR considera tanto as necessidades financeiras dosinvestidores como o impacto social do investimento na sociedade.Com o ISR, os investidores podem aplicar o seu dinheiro, tendo emconsideração a construção de um futuro melhor, enquanto vãorecebendo, no presente, os respectivos benefícios.

Livro Verde da Comunidade Europeia sobre «Promover umquadro europeu para a Responsabilidade Social das empresas»O Livro Verde tem por objectivo lançar um amplo debate públicosobre a forma como a União Europeia poderá promover aResponsabilidade Social das empresas no âmbito europeu e interna-cional, nomeadamente, sobre a melhor forma de explorar as expe-riências existentes, fomentar o desenvolvimento de práticasinovadoras, melhorar a transparência e reforçar a fiabilidade da avali-ação e da validação das diversas iniciativas promovidas na Europa.

OIT - Organização Internacional do TrabalhoA Organização Internacional do Trabalho (OIT) é uma das institui-ções especializadas da Organização das Nações Unidas. Foi criadaem 1919 para defender os direitos dos trabalhadores e promover amelhoria das suas condições de trabalho.

Através da elaboração de normas internacionais do trabalho, que noseu conjunto se denominam Código Internacional do Trabalho, sãofeitas convenções, de carácter vinculativo e sujeitas a ratificação porparte dos Estados-membros, tal como a Declaração da OrganizaçãoInternacional do Trabalho das Normas e Princípios Fundamentais eDireitos no Trabalho, e são ainda emitidas recomendações de formaa orientar a futura legislação. Todas as normas estão sujeitas a umarevisão periódica, sempre que se tornar necessário.

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10 Conceitos Base do Desenvolvimento Sustentável

A OIT elabora estatísticas e faz pesquisas, a nível mundial, acerca deproblemas sociais como o desemprego, o subemprego, as relaçõesde trabalho e a protecção dos direitos humanos dos trabalhadores.Conta actualmente com mais de 150 nações associadas.

Relatório de Responsabilidade Socialou Relatório de Desenvolvimento SustentávelO Relatório de Responsabilidade Social (RRS) torna público odesempenho de uma empresa a nível económico, ambiental e social.Actualmente existem linhas orientadoras para a elaboração derelatórios, nomeadamente as da GRI (Global Reporting Initiative).Pretende-se que os relatórios se tornem uma prática comum a todasas empresas, construídos da mesma forma e com base nos mesmosindicadores de modo a que seja possível fazer uma comparaçãoentre empresas.

Responsabilidade Socialou Responsabilidade Social CorporativaConceito que se refere à aplicação do conceito de desenvolvimentosustentável nas empresas e que integra três dimensões: a económi-ca, a social e a ambiental. A Comissão da Comunidade Europeia, noLivro Verde que lançou sobre a temática, define a responsabilidadesocial como: «um comportamento que as empresas adoptam volun-tariamente e para além das prescrições legais, porque consideramser esse o seu interesse a longo prazo».

SA 8000 (Social Accountability 8000)Primeira norma que certifica as empresas em função da sua respon-sabilidade social. A SA 8000 possibilita as empresas avaliarem os seuslocais de produção, bem como os seus Fornecedores e subcontrata-dos. Baseia-se numa evolução do conceito de qualidade, tal como anorma ISO 9001, mas acrescenta-lhe elementos de respeito pelosdireitos humanos, baseados nas regras da OIT, da Convenção dasNações Unidas sobre os Direitos das Crianças e da Declaração dosDireitos do Homem. Esta norma é uma iniciativa da Social AccountabilityInternational - SAI, organismo criado a partir do Council on EconomicPriorities Accreditation Agency (CEPAA), nos EUA.

StakeholderStakeholders ou partes interessadas são pessoas, grupos e organiza-ções que afectam ou são afectados pelas actividades de uma empre-sa, ou seja, representa todos os intervenientes na produção daempresa e todos aqueles sobre os quais ela tem, de alguma forma,uma repercussão. São todos os agentes da empresa (Colaboradores,Clientes, Fornecedores,Accionistas,Administradores) e os agentes daenvolvente (o Estado, os sindicatos, as instituições, os media) e asociedade civil (colectividades e associações da região onde estáimplantada a empresa).

Três P'sAbreviatura de Triple Bottom Line. Refere-se aos três P's: pessoas,planeta e proveitos.

Triple Bottom Line (TBL)Designa a ideia de que a performance de uma empresa deve sermedida baseando-se na sua contribuição para a prosperidadeeconómica, a qualidade ambiental e o capital social (Fonte: ComissãoEuropeia, 2001). Na sua forma mais redutora, o termo triple bottomline é usado como uma grelha de medida e de elaboração derelatórios sobre o desempenho da empresa, confrontando-a com osparâmetros económicos, sociais e ambientais. De um modo maisabrangente, o termo é utilizado para definir o conjunto de valores,assuntos e processos que as empresas devem ter em conta de modoa minimizarem os danos resultantes das suas actividades e de modoa criar valor económico, social e ambiental. Isto envolve transparên-cia no propósito da empresa e implica ter em consideração as neces-sidades e expectativas de todos os stakeholders (Fonte:www.sustainability.com).

UNEP - United Nations Environment ProgrammePrograma das Nações Unidas para o Ambiente criado na sequência daConferência de Estocolmo, em 1972. Tem como intuito encorajar aacção em prol da protecção do ambiente e a colaboração nestedomínio, de forma a permitir, aos diversos países, melhorar a sua quali-dade de vida sem comprometer o futuro das próximas gerações.

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138 A SABEDORIA FINANCEIRA AO SERVIÇO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

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Contactos

Núcleo de Responsabilidade Social do Grupo BES

Paulo Padrão - ComunicaçãoTel.: 213 501 713

Claudia de SousaTel.: 213 501 786 - Comunicação

Elsa Jardim - Accionistas e InvestidoresTel.: 213 501 713

Pedro Raposo - Recursos HumanosTel.: 213 508 845

Paulo Jesus - Qualidade de ServiçoTel.: 213 198 043

Samuel Lopes - Fornecedores e AmbienteTel.: 213 307 891

E-mail: [email protected]

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Este relatório foi impresso em papel reciclado de 140 gramas.Na impressão, foram utilizadas tintas amigas do ambiente isentas de metais pesados, que cumprem a directiva 88/378/ECC.

Grupo Banco Espírito Santo, Março de 2005.

Criação, execução gráfica e produção

Tiragem: 1 000 exemplares.

Agradecemos os contributos dados para a realização desta publicação.

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