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RELATÓRIO ANUAL DE 2011 DOCUMENTOS DE PRESTAÇÃO DE CONTAS 2011

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  RELATÓRIO ANUAL DE 2011     

 

 

 

 

 

 

 

 

DOCUMENTOS DE PRESTAÇÃO DE CONTAS

2011

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ORGÃOS SOCIAIS Mesa da Assembleia Geral

Dr. Pedro António Pereira Rodrigues Felício

Presidente

Dra. Maria Luísa da Silva Rilho Secretário

Conselho de Administração

Joaquim José de Oliveira Reis Presidente

Carlos Manuel Durães da Conceição

Administrador Executivo

José Manuel Pereira Mendes de Barros Administrador Executivo

Fernanda Maria Mouro Pereira

Administradora não Executiva, Presidente da Comissão de Auditoria e membro da Comissão de Avaliação

Pedro Miguel Rodrigues Soares Vasquez

Administrador não Executivo, Membro das Comissões de Auditoria e de Avaliação

Mário Alberto Duarte Donas

Administrador não Executivo, Presidente da Comissão de Avaliação

Pedro Miguel Nascimento Ventura Administrador não Executivo, Membro das Comissões

de Auditoria e de Avaliação

ROC

Grant Thornton & Associados, SROC representada pelo Prof. Doutor Victor Franco (ROC 432)

ROC Efectivo

Leopoldo Alves & Associado, SROC representada pelo Dr. Leopoldo de Assunção Dias (ROC 319)

ROC Suplente

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DOCUMENTOS DE PRESTAÇÃO DE CONTAS

EXERCÍCIO DE 2011

1º CADERNO - RELATÓRIO FINANCEIRO

ECONOMIA E FINANÇAS

PERSPETIVAS PARA 2012

Perspetivas Macro

Perspetivas de Evolução da Parpública

FINANCIAMENTO E GESTÃO DO RISCO

Estrutura e Maturidade do Financiamento

Gestão do Risco Financeiro

POSIÇÃO FINANCEIRA E DESEMPENHO DA SGPS

Ativos e Rendibilidade

Estrutura e Custo dos Capitais

Fluxos de Caixa

SITUAÇÃO FINANCEIRA E RESULTADOS CONSOLIDADOS DO GRUPO

Situação Financeira

Resultados Consolidados

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ANÁLISE POR SEGMENTOS

Gestão de Outras Participações e Diversos

Gestão Imobiliária

Exploração Agrícola, Pecuária e Florestal

Produção de Moeda, Publicações e Produtos de Segurança

Atividades Aeronáuticas

Águas e Resíduos

EVENTOS SUPERVENIENTES

SÍNTESE E AGRADECIMENTOS

PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS

2º Caderno - RELATÓRIO DO GOVERNO SOCIETÁRIO E CUMPRIMENTO DE ORIENTAÇÕES LEGAIS

CAP I – GOVERNO DA SOCIEDADE

MISSÃO E ORIENTAÇÕES ESTRATÉGICAS

Missão

Orientações Estratégicas e Grau de Cumprimento

POLÍTICAS DA EMPRESA E REGULAMENTOS INTERNOS E EXTERNOS

Código de Ética

Políticas de Gestão do Risco, designadamente do Risco de Fraude e Corrupção

Política e Modelo de Governance

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Políticas de Qualificação dos Recursos Humanos

Política de Aquisição de Bens e Serviços

Regulamentos Internos e Externos a que a Empresa está Sujeita

SUSTENTABILIDADE E CUMPRIMENTO DE OBJECTIVOS

Análise de Sustentabilidade da Empresa nos Domínios Económico, Social e Ambiental

Avaliação sobre o Cumprimento dos Princípios de Bom Governo

Divulgação de Informação Obrigatória

OUTRAS INFORMAÇÕES SOBRE O MODELO DE GESTÃO

Identificação dos Membros dos Órgãos Sociais

Política de Remuneração dos Órgãos Sociais

Informação Obrigatória - Acumulação de Funções, Curricula e Remunerações dos Administradores e Órgão de Fiscalização

Informações sobre Transações Relevantes com Entidades Relacionadas

CAP II – CUMPRIMENTO DE ORIENTAÇÕES LEGAIS

CUMPRIMENTO DE OBJECTIVOS DE GESTÃO e

RECOMENDAÇÕES DO ACIONISTA

GESTÃO DO RISCO FINANCEIRO

PRAZO MÉDIO DE PAGAMENTOS

DIVULGAÇÃO DE ATRASOS NOS PAGAMENTOS

DEVERES ESPECIAIS DE INFORMAÇÃO

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REDUÇÃO DAS REMUNERAÇÕES

Dos Órgãos Sociais, do Auditor Externo e dos Restantes Trabalhadores

CONTRATAÇÃO PÚBLICA e SISTEMA NACIONAL DE COMPRAS PÚBLICAS

LIMITE MÁXIMO DE ENDIVIDAMENTO

PLANO DE REDUÇÃO DE CUSTOS

PRINCÍPIO DA UNIDADE DE TESOURARIA DO ESTADO

3º Caderno - DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS SEPARADAS

DECLARAÇÃO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

(NOS TERMOS DO ARTº 245 DO CÓDIGO DE VALORES

MOBILIÁRIOS)

DOCUMENTOS DE CERTIFICAÇÃO E AUDITORIA

CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS E RELATÓRIO DE AUDITORIA DAS CONTAS SEPARADAS

CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS E RELATÓRIO DE AUDITORIA DAS CONTAS CONSOLIDADAS

PARECERES E RELATÓRIOS DAS COMISSÕES DE AUDITORIA E AVALIAÇÃO

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1º Caderno

Relatório Financeiro

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O ESTADO DAS COISAS: ECONOMIA E FINANÇAS

O ano de 2011 foi essencialmente marcado pelo aprofundamento da crise das Dividas

Soberanas na Europa. Depois de em 2010 ter existido a necessidade de apoio financeiro

externo, sob a égide combinada da EU, do BCE e do FMI, à Grécia e Irlanda, Portugal

sofreu uma previsível inacessibilidade aos mercados financeiros externos o que

provocou a necessidade de recurso ao mesmo tipo de mecanismos de assistência.

O impacto do efeito de contágio teve como consequência uma crescente aversão ao

risco por parte dos mercados financeiros que arrastou Países mais relevantes quer na

zona Euro quer mesmo na economia mundial, como foi o caso de Espanha e Itália

durante o último trimestre de 2011.

O efeito de contágio da turbulência na zona Euro teve consequências também na

alocação de capitais financeiros nas economias emergentes com reflexo ao nível dos

spreads de taxas de juro e, portanto, algum retrocesso no preço dos ativos.

A economia Americana assistiu a uma ténue recuperação dos níveis de consumo e de

constituição de inventários, atenuou os níveis de desemprego, tendo-se assistido a uma

melhoria dos indicadores de crédito e financiamento ao consumo e ao investimento.

Insuficientes, porém para arrastarem, per se, o andamento da economia mundial num

momento em que se assistiu a uma restrição nas condições fiscais e orçamentais,

também na Ásia e a uma politica de revalorização cambial em alguns Países importantes

da América Latina.

O forte sismo no Japão teve também uma contribuição para este cenário de evolução

mais mitigada do crescimento mundial, pelas implicações ao nível de toda a cadeia da

oferta.

Mais particularmente, a economia da zona Euro evoluiu a 1,5% durante 2011,

ligeiramente abaixo dos EEUU, destacando-se a Alemanha pelo peso na região, com um

crescimento de 3%.

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O crescimento da economia e da atividade na zona Euro sofreu um revés durante o

último trimestre de 2011, causada pela incerteza e quebra de confiança na solvabilidade

de outros Países, para além dos 3 anteriormente resgatados da zona, nomeadamente

Espanha e Itália.

A injeção de liquidez através do BCE a três anos, através das chamadas LTRO preveniu

um problema maior de grave restrição de liquidez aliviando os Países, e as suas

instituições financeiras, mais afetados de uma situação de grave rutura.

Durante o quarto trimestre de 2011, a incerteza na solvabilidade da região Sul da zona

Euro materializou uma subida dos spreads em toda a curva Bonds de Divida a par de

um incremento inusitado no preço dos seguros de crédito sobre a mesma.

A organização de programas de consolidação orçamental e fiscal, divulgados ao

mercado e com o apoio explícito da Comissão permitiu algum alívio dos custos de

crédito já no início de 2011, embora a sua sustentabilidade futura possa ser posta à

prova pelos historicamente elevados níveis de desemprego que esses mesmos Países

enfrentam.

O necessário aprofundamento da consolidação das contas públicas que se seguiu à

intervenção da Troika de instituições financeiras e politicas que têm assegurado o

financiamento da Dívida do Estado Português, prosseguiu a um ritmo acordado com

essas instituições.

O programa de assistência negociado permitiu ao País o abrigo financeiro das três

instituições pelo que, até Setembro de 2013, estaremos protegidos da volatilidade dos

mercados financeiros no financiamento a médio prazo.

A necessidade de ajustamento orçamental, mas também estrutural da economia,

implicou um decréscimo, previsível, do PIB em 1,6%. A par, fruto do ajustamento nos

preços administrativos de alguns bens fornecidos por empresas públicas, do aumento de

impostos indiretos sobre o consumo e do preço dos combustíveis, a taxa de inflação

média foi de 3,6%. O conjunto de medidas para o ciclo de ajustamento estrutural que foi

iniciado em 2011, produziu a inversão do ciclo de crescimento dos deficits comerciais

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crónicos da economia, embora os mesmos se mantenham negativos. De facto as

balanças de transações correntes e de capital reduziram o seu gap de -8,9% para -5,2%

do PIB entre 2010 e 2011.

A redução drástica nos níveis de consumo interno induziu um decréscimo nas

importações. Este facto, combinado com o aumento das exportações que continuou a

verificar-se em 2011, a par do também do efeito da redução do investimento público e

privado, contribuiu para o esperado começo da reversão dos deficits crónicos naquelas

balanças.

A inacessibilidade do Estado aos mercados financeiros internacionais foi acompanhada

de perto pela reduzida acessibilidade aos mesmos da banca nacional. Esta, induzida

pelos níveis de crédito com dificuldades crescentes de cobrança, pelas alterações

produzidas internacionalmente nas politicas contabilísticas, pela acrescida regulação e

por um mercado de capitais e bolsista em estado quase catatónico, viu dificultada a

tarefa de melhorar os rácios de capital impostos pela Troika de uma forma

desejavelmente célere. Embora não possua os problemas de crédito imobiliário que

provocaram a necessidade de resgate Irlandês, nem a crise de crédito na banca regional

em Espanha, ainda assim, a desaceleração e/ou decréscimo de rendimento disponível, a

redução no valor de ativos cotados e a menor capacidade de acesso aos mercados de

capitais e de financiamento introduziram necessidade de ajustamento na estrutura de

capital.

A previsão, no MoU assinado entre a Troika e o governo Português, de verbas

destinadas a essa recapitalização, de forma intercalar, até os bancos reganharem acesso

ao mercado de capitais com vista á sua recapitalização definitiva, aguarda ponderação

sobre o modelo e forma de concretização.

Exemplo claro do problema foi o acentuado decréscimo do financiamento a particulares

e empresas. De acordo com o Banco de Portugal, o decréscimo dos financiamentos a

particulares e empresas não financeiras saldou-se em 2,4%.

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O deficit orçamental atingiu os 4,2%, tendo a Divida pública atingido os 107,6% no

final do ano.

A taxa de desemprego atingiu os 12,7%, tendo progredido, já nos primeiros meses de

2012, para taxas mais elevadas.

No que respeita à Parpública o ano foi marcado pelo compasso e vicissitudes do

financiamento da Divida Pública e sobretudo pelo MoU de Maio que permitiu colocar o

País a coberto da incapacidade de financiamento.

A Parpública, não possuindo necessidade de aumentar o seu saldo de dívida, manteve

ainda assim a capacidade de ir renovando linhas de crédito pontuais e, mesmo, reduzir

outras. Por outro lado tomou-se a opção gestionária de concentrar na holding Parpública

a dívida das sociedades instrumentais por forma a melhorar a transparência e a

capacidade de gestão da mesma.

Com essa mesma finalidade optou-se pela extinção da Capitalpor, por fusão de Ativos e

Passivos, na holding Parpública. Já no final do ano, foi decidida a extinção do CREDIP,

por desadequação do objeto social face à realidade gestionária dos processos

relacionados com as parcerias público privadas.

Conforme as medidas de ajustamento acordadas no MoU desenvolveram-se esforços,

com êxito, para terminar a existência de cláusulas estatutárias atribuindo direitos

especiais às participações do Estado nas mesmas- Golden Shares. Foi assim o caso na

EDP, na PT e na GALP.

De acordo com o mesmo MoU iniciaram-se no terceiro trimestre os processos de venda

relativos à 8ª fase (e última) de reprivatização da EDP e à 2ª fase de reprivatização da

REN.

Ainda no decurso de 2011, concluiu-se o Acordo de Venda Direta de 21,35% da EDP à

China Three Gorges Corporation, empresa da República Popular da China que gere,

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entre outros ativos o sistema hidroelétrico da barragem das Três Gargantas – a maior

central hidroelétrica do mundo.

Este acordo de venda direta, assinado em 30 de Dezembro, aguarda conclusão para o

mês de Maio de 2012, sendo assinalável o preço conseguido, equivalente a mais de 50%

do seu valor médio bolsista. A valoração deste ativo efetuada pelo candidato

selecionado (mas em grande medida também por quase todos os restantes) premeia a

visibilidade internacional da empresa e o seu lugar cimeiro no setor das energias

renováveis a nível mundial.

Já no decurso de Fevereiro de 2012 foi assinado um Acordo de Venda Direta com a

State Grid, Corporation of China (da RPC) e com a Oman Oil Corporation (do

Sultanado do Omã), para a alienação de um total de 40% da REN.

O resultado de 2011 não incorpora assim a venda daquelas participações,

nomeadamente a da EDP, pelo facto de a sua conclusão ter ocorrido num período

bastante adiantado do calendário de 2012. Esse resultado das contas separadas, negativo

em cerca de 16 Milhões €, espelha sobretudo a redução dos valores dos ativos

imobiliários, da evolução negativa nos preços em participações cotadas na bolsa e, bem

assim, o acréscimo de prejuízos noutras, não cotadas, como a TAP, SGPS.

Como fator positivo e, de algum modo, compensador, a evolução positiva do valor da

opção embutida nas obrigações permutáveis GALP/2010, representando 7% do capital

social da companhia, e que iniciou o respetivo processo de reprivatização.

Por outro lado, o resultado consolidado atribuível à Parpública, positivo em cerca de 61

Milhões €, reflete sobretudo os bons resultados das empresas participadas, sendo de

salientar que, nas participadas com maioria de capital, é assinalável redução operada ao

nível agregado dos seus custos salariais e de fornecimento e serviços de terceiros.

De facto, onde existiu razão societária para tal, a redução destes encargos operacionais

foi conduzida com sucesso, embora, em casos pontuais, alguns fatores exógenos, como

o preço dos combustíveis, ou endógenos, como o alargamento do perímetro de

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atividade, tenha mitigado o resultado nominal. Em perímetro comparável, em todas se

assistiu a essa redução.

PERSPECTIVAS PARA 2012

Perspetivas Macro

As perspetivas de evolução nacionais estão, claro, condicionadas pelo ajustamento

acordado ao nível macroeconómico e orçamental. Mas também pelo andamento da

economia mundial, e sobretudo, Europeia.

A este último propósito as expectativas dos vários e recentes relatórios das instâncias

internacionais e do Banco de Portugal são pouco animadoras: estimam um andamento

menos positivo do crescimento do PIB mundial, Europeu e, claro, Português. A

evolução do comércio mundial crescerá a um ritmo menor com impacto eventual na

evolução francamente positiva no passado recente das nossas exportações.

Os receios e incertezas sobressaídos no último trimestre de 2011 continuarão presentes

no decurso de 2012, sendo que os mercados financeiros deverão permanecer em níveis

de liquidez prudentemente mais baixos face à incerteza associada aos padrões de

crescimento em várias regiões do globo.

Também, e sobretudo, na Europa. As expectativas de crescimento para a zona Euro

permanecem suficientemente baixas para, nesta altura, se poder prever uma inversão do

compasso de crescimento ténue.

Portugal não estará imune a estes fatores exógenos pelo que, condicionado pela

necessidade de continuação do programa de ajustamento orçamental, o PIB decrescerá a

uma taxa ligeiramente superior a 3%, com as implicações relacionadas: permanência, ou

mesmo subida, da taxa de desemprego, manutenção das condições restritivas ao

financiamento por parte do setor bancário, continuada depreciação no valor dos ativos

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(sobretudo imobiliários), diminuição das importações em volume e continuação do

crescimento das exportações, embora a uma taxa inferior.

Perspetivas de Evolução da Parpública

O enquadramento do futuro da Parpública é dado pelo texto da última revisão do MoU e

pelos termos gerais do acordo inicial de Maio de 2011.

Nomeadamente, as iniciativas de reprivatização de ativos sob gestão da Parpública,

como a TAP e a ANA e o estabelecimento de um plano para o eventual phasing out da

Parpública que permita, após a alienação de alguns dos seus ativos mais importantes,

reenquadrar as restantes participadas diretamente no acionista Estado, através do

Tesouro, protegendo os legítimos interesses dos credores (financeiros e outros) do

Grupo e garantindo a manutenção do rigor gestionário que tem presidido à gestão destas

mesmas participações no passado.

A este propósito convém salientar que a Parpública entregou ao Estado desde a sua

constituição um montante global de mais de 8 mil Milhões €, sendo por isso mesmo um

dos mais importantes instrumentos de transferência de capital para o Estado Português

nos últimos 11 anos. É, portanto, a esta luz que deverá ser avaliada a sua Dívida atual.

É também nesta complexidade que a avaliação do futuro da Parpública deve ser

enquadrada, nomeadamente na ponderação da calendarização e modelo.

FINANCIAMENTO E GESTÃO DO RISCO

Estrutura e maturidade do financiamento No final do exercício de 2011, o passivo de financiamento da Parpública, considerando

os seus valores nominais, situava-se em 5.149,8 milhões €. Comparando com os valores

registados no final do ano de 2010, verificou-se um acréscimo de 339,0 milhões €, o

que representa em termos relativos cerca de 7%. O acréscimo deve-se

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  RELATÓRIO ANUAL DE 2011     

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fundamentalmente à assunção de uma linha de papel comercial grupado com a

Sagestamo no valor de 300 milhões €, que por razões de índole financeira transitou para

o balanço da Parpública, consubstanciando-se numa operação intra-grupo.

A evolução do passivo de financiamento da Parpública, foi a seguinte, em termos

nominais:

2007 2008 2009 2010 2011

Curto Prazo 780,0 710,0 1.050,0

Eurobonds 1.400,0 1.400,0 2.200,0 2.200,0 2.199,0

Obrigações Permutáveis EDP 1.588,0 1.530,1 1.530,1 1.015,2 1.015,2

Obrigações Permutáveis GALP 885,7 885,7

Total 2.988,0 3.710,1 3.730,1 4.810,8 5.149,8

Passivo de Financiamento NominalEm milhões €

Tendo em conta as disponibilidades existentes no final dos exercícios, o passivo de

financiamento nominal líquido situava-se no final de 2011 em 5.050,9 milhões €, o que

representa um aumento de 254,9 milhões € comparados com o final de 2010 pela razão

acima aduzida, sendo esse aumento equivalente a 5,3%:

(Em milhões de Euros)

Passivo de Financiamento Nominal Líquido de Disponibilidades

4.796,0

5.050,9

4.650,0

4.700,0

4.750,0

4.800,0

4.850,0

4.900,0

4.950,0

5.000,0

5.050,0

5.100,0

2010 2011

4.796,0

5.050,9

4.650,0

4.700,0

4.750,0

4.800,0

4.850,0

4.900,0

4.950,0

5.000,0

5.050,0

5.100,0

2010 2011

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No final de 2011, a maturidade do passivo de financiamento da Parpública, em termos

nominais, apresentava-se com a calendarização seguinte:

A maturidade média do passivo de financiamento nominal de médio e longo prazo era

no final do exercício de 2011 de cerca de 4,9 anos, apresentando as obrigações

permutáveis uma maturidade média de 4,3 anos até ao respetivo vencimento e para as

eurobonds uma maturidade média de cerca de 5,5 anos.

Evolução da taxa média ponderada do custo do passivo de financiamento

No cálculo da taxa média ponderada do custo do passivo de financiamento

consideraram-se os juros suportados, as comissões financeiras, os fluxos associados a

operações de swap e a anualização das despesas na montagem das operações de

financiamento.

A taxa média ponderada do custo do passivo de financiamento da Parpública, calculada

como referido, situou-se no exercício de 2011 em 3,85%, o que representa um ligeiro

aumento de 0,35% relativamente à taxa média verificada no ano de 2010. O

agravamento verificado deveu-se ao agravamento das condições financeiras

relacionadas com o custo da dívida de curto prazo (no médio e longo prazo, o mercado

encontra-se fechado), fundamentalmente como consequência da situação em que o pais

atualmente se encontra e dos consequentes downgrades ao nível das notações de rating

da República e da Parpública. O agravamento foi no entanto minimizado atendendo a

que a estrutura de financiamento da empresa incorpora uma parte significativa de

empréstimos a taxa fixa no médio e longo prazo. A taxa média situou-se no curto prazo

em 3,95% e no médio e longo prazo em 3,82%.

Apresenta-se a seguidamente a evolução da taxa média ponderada, desde 2006,

ventilada por maturidades:

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(Por maturidade)

Taxa Média Ponderada do Passivo de Financiamento

2,00%

3,00%

4,00%

5,00%

2006 2007 2008 2009 2010 2011

Curto Prazo Médio e Longo Prazos Total

Por tipo de instrumento, a taxa média ponderada situou-se em 3,95% para o papel

comercial, em 3,46% para as eurobonds e em 4,24% para as obrigações permutáveis,

quando no ano anterior as taxas verificadas foram de, respetivamente, 2,58%, 3,55% e

3,52%. Assinala-se o acréscimo verificado no papel comercial (1,37%), devido ao

agravamento dos spreads bancários, e nas obrigações permutáveis (0,72%), devido ao

efeito das obrigações permutáveis Galp.

Apresenta-se a evolução da taxa média ponderada, por instrumento financeiro, desde

2006:

(Por tipo de instrumento)

Taxa Média Ponderada do Passivo de Financiamento

2,00%

2,50%

3,00%

3,50%

4,00%

4,50%

5,00%

2006 2007 2008 2009 2010 2011

Papel Comercial Eurobonds Obrigações Permutáveis

2,00%

2,50%

3,00%

3,50%

4,00%

4,50%

5,00%

2006 2007 2008 2009 2010 2011

Papel Comercial Eurobonds Obrigações Permutáveis

O notional dos swaps de taxa de juro, situava-se em 550 milhões €, representando no

final do exercício 10,7% do total da dívida. Os cash flow totais líquidos dos swaps no

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  RELATÓRIO ANUAL DE 2011     

11

exercício situaram-se em cerca de 3,5 milhões € positivos e a evolução do seu justo

valor foi também positiva atingindo cerca de 2,9 milhões €.

Evolução dos fluxos associados na ótica financeira

No ano de 2011, os juros pagos e corridos, incluindo aqui as comissões pagas, a

anualização de outras despesas ocorridas na montagem das operações de financiamento

e os fluxos dos swaps associados, atingiram 199 milhões €. No exercício anterior, os

mesmos haviam-se situado em 138 milhões €, o que representa um acréscimo, entre os

dois anos, de cerca de 61 milhões €, equivalente em termos relativos a cerca de 45%,

como consequência do aumento da dívida média entre os dois exercícios, de 3,95

milhões para 5,18 milhões €, ou seja, cerca de 31% em termos percentuais, e do

acréscimo da taxa média de custo do financiamento, conforme evolução que se indica:

2010 2011

Passivo Médio de Financiamento (valor) 3.945,01 5.180,28

Passivo Médio de Financiamento (evolução) 100,0% 131,3%

Juros e Encargos (valor) 137,76 199,48

Juros e Encargos (evolução) 100,0% 144,8%

Evolução do Passivo Médio Ponderado de Financiamento e EncargosEm milhões € e em percentagem (base 2010)

A Parpública é uma sociedade gestora de participações sociais, sendo a sua fonte

principal de rendimentos, para além dos dividendos recebidos das participadas, os juros

dos suprimentos que concede às mesmas, de onde despontam os financiamentos à

Sagestamo, subholding para o imobiliário, destinados a fazer face às suas necessidades

financeiras originadas pela aquisição de imobiliário ao Estado.

No exercício de 2011, a evolução dos fluxos financeiros associados ao financiamento e

à carteira de participações, permite concluir que a Parpública gerou fluxos financeiros

significativos mantendo níveis confortáveis face às responsabilidades existentes, tendo

inclusivamente aumentado o grau de cobertura dos custos financeiros num ano em que

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  RELATÓRIO ANUAL DE 2011     

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se verificou um aumento destes últimos. Esta performance ficou a dever-se ao aumento

dos dividendos recebidos, mas também pela via da reflexão dos custos do funding nas

operações ativas com as participadas:

2010 2011 Variação

Dividendos 217,06 274,57 26%

Juros de Empréstimos Concedidos 13,87 55,43 300%

Juros de Aplicações 1,98 3,68 85%

Total 232,91 333,68 43%

Juros e Encargos (1) 137,76 199,51 45%

Saldo 95,15 134,17 41%

(1) Juros pagos e corridos e outros encargos suportados anualizados

Fluxos Financeiros associados ao Financiamento e à CarteiraEm milhões €

Custo Líquido dos Instrumentos de Dívida e Subjacentes

No ponto de vista económico, para além dos fluxos financeiros, o custo líquido dos

instrumentos financeiros de dívida e subjacentes, contempla as suas variações de justo

valor, nomeadamente associados às obrigações permutáveis em circulação.

O custo total líquido da dívida apurado na ótica económica apresenta uma componente

importante de variáveis que não são controladas pela Parpública estando relacionadas

com a cotação das ações EDP e da GALP, que constituem o ativo subjacente das duas

emissões de obrigações permutáveis, com reflexo no respetivo valor das opções e dos

ativos.

Gestão do Risco Financeiro

No exercício da sua atividade, a Parpública identifica as seguintes áreas de riscos

financeiros que podem afetar o seu valor patrimonial: (i) risco de crédito, (ii) risco de

liquidez, e (iii) risco de mercado, no qual se identificam o risco associado às alterações

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  RELATÓRIO ANUAL DE 2011     

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de spreads, o risco de variação de taxa de juro, o risco de capital e o risco inerentes aos

derivados embutidos nas obrigações permutáveis em circulação.

I. Risco de crédito

O Risco de Crédito a que a Parpública está exposta está relacionado com as aplicações

financeiras dos seus excedentes de tesouraria, com as contrapartes dos swaps

contratados e com os suprimentos concedidos às suas participadas. Os suprimentos são

por norma concedidos a favor de participadas cuja gestão é por si controlada e em que a

aplicação dos fundos é orientada para investimentos que demonstrem um retorno

potencial adequado. A remuneração dos suprimentos reflete o custo médio da dívida da

Parpública para os respetivos prazos. A aprovação dos suprimentos é da

responsabilidade da Comissão Executiva da Parpública, podendo esta igualmente

decidir em função das orientações que pontualmente possa vir a ter do seu acionista

único.

II. Risco de Liquidez

O Risco de Liquidez da Parpública está coberto com a existência de quatro programas

de Papel Comercial no montante total de 2.000 milhões €, os quais estão contratados

com instituições financeiras de reconhecida solidez. O downgrade operado pelas

Agências de rating internacionais, Moody’s e Standard & Poor’s, poderá colocar mais

restrições ao pleno cumprimento dos programas contratados, refletindo-se em condições

tendencialmente mais exigentes no seu roll over.

III. Risco de Mercado

Risco de Margem (spread)

O risco de aumento dos spreads, que resulta fundamentalmente da perceção pelos

agentes financiadores do risco de crédito associado à Parpública e ao Estado português,

coloca-se fundamentalmente na negociação das emissões de papel comercial e,

sobretudo, no seu roll over. Os contratos de Papel Comercial contratualizados tinham

fixado, em final de 2011, até ao limite de 1.050 M€, um spread fixo que vigora até à

data da sua renovação.

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  RELATÓRIO ANUAL DE 2011     

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Risco de Taxa de Juro

O risco de taxa de juro consiste no risco do custo de financiamento aumentar

significativamente devido à variação adversa das taxas de juro de referência no mercado

relativamente à dívida contratada a taxa variável. Em relação aos financiamentos a taxa

fixa existentes, uma redução das taxas de juro de médio e longo significa que os

financiamentos vivos ficam mais caros quando comparados com as taxas exigidas pelo

mercado, o que embora favoreça os investidores, prejudica o emitente na medida em

que encontraria alternativas de financiamento mais baratas. Porém, estas flutuações de

valor não apresentam reflexos em resultados. A Parpública tem optado maioritariamente

pela emissão de dívida a taxa fixa e contratou swaps de taxa de juro de modo a

diversificar este risco.

A dívida de médio e longo prazo da Parpública, no que respeita ao tipo de taxa de juro

contratada, manteve a distribuição do ano de 2010, ou seja, 96% em taxa fixa e 4% em

taxa variável. Esta estrutura do financiamento que incorpora uma tão elevada

percentagem de dívida emitida a taxa fixa confere à Parpública uma reduzida exposição

à flutuação de taxa de juro, em termos de cash flow:

Tipo de Taxa de Juro Contratada

(em 2011)

Dívida a Taxa 

Fixa

96%

Dívida a  

Taxa  Variável

4%

Dívida a Taxa Fixa

96%

Dívida a Taxa

Variável

4%

A Parpública tem ativas três estruturas de swaps de taxa de juro, com vista à dispersão

do risco de taxa de juro (swap de taxa fixa / taxa variável, swap de taxa variável / taxa

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  RELATÓRIO ANUAL DE 2011     

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variável e swap de taxa fixa / taxa fixa). O notional total das estruturas é de 550 M€,

representando apenas cerca de 13,4% da dívida de médio e longo prazo da Parpública.

O conjunto das três estruturas obteve, nos anos de 2010 e 2011, os impactos que se

indicam seguidamente, em termos de cash flow e de variação do justo valor:

(em milhares €) 2010 2011

Cashflow do exercício 4.876,4 3.503,0

Variação do justo valor do exercício -822,7 2.887,8

Os fluxos previsionais, não descontados, dos juros da dívida de médio e longo prazo

existente e dos swaps contratados, são os seguintes:

31 de dezembro de 2011 (em milhares €)

Fluxos Previsionais, não descontados Menos de 1 ano Entre 1 a 5 anos Mais de 5 anos Total

Juros da dívida de MLP a pagar -159.690,6 -482.559,4 -239.256,2 -881.506,2

Fluxos dos Swaps 1.663,7 7.557,4 5.117,8 14.339,0

31 de dezembro de 2011 (em milhares de €)

Fluxos Previsionais, não descontados Menos de 1 ano Entre 1 a 5 anos Mais de 5 anos Total

Juros da dívida de MLP a pagar -78.961,7 -10.500,0 0,0 -89.461,7

Fluxos dos Swaps 497,2 716,0 0,0 1.213,2

Risco de Capital

A decisão sobre contratação de dívida por parte de Parpública, com exceção das

operações de reprivatização através de obrigações permutáveis, é tomada pela Comissão

Executiva e apresentada para aprovação aos órgãos competentes (Conselho de

Administração e Acionista).

Esta decisão tem por base as políticas e decisões de investimento e desinvestimento

adotadas em linha com os objetivos e orientações da Tutela para o SEE, as previsões de

dividendos a receber, a política definida de dividendos a pagar e a otimização do custo

do capital.

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  RELATÓRIO ANUAL DE 2011     

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O peso do capital alheio no total do capital utilizado pela Parpública no

desenvolvimento da sua atividade tem-se mantido em níveis adequados de exposição da

empresa ao risco financeiro, de forma a não comprometer tanto a sua atividade normal,

como a capacidade de cumprimento do serviço da dívida.

O gearing ratio, utilizado para monitorizar o peso do envolvimento dos capitais alheios

no capital total utilizado, evoluiu da seguinte forma, resultado do aumento do

endividamento, não obstante o incremento verificado também nas disponibilidades:

2010 2011

Dívida Remunerada (Balanço) (1) 4.892,1 5.124,7

Caixa e Equivalentes (2) 14,8 98,9

Passivo de Financiamento Líquido (3) = (1 - 2) 4.877,3 5.025,8

Capitais Próprios (Balanço) (4) 2.381,0 2.047,7

Capital Total (5) = (3+4) 7.258,3 7.073,5

Gearing Ratio (6) = (4/5) 33% 29%

Gearing RatioEm milhares €

Risco da Dívida Titulada por Obrigações Permutáveis

No âmbito da 7ª fase de reprivatização da EDP e da 5ª fase de reprivatização da GALP,

foram emitidas pela Parpública obrigações permutáveis em ações daquelas empresas, as

quais dão aos seus detentores o direito de serem reembolsados pelo valor nominal da

emissão se na data da respetiva maturidade o preço das ações da EDP ou da GALP,

conforme o caso, forem inferiores ao preço de conversão de cada emissão, ou de serem

reembolsados com base no preço das ações que se verificar no momento, se este for

superior ao preço de conversão.

Apresenta-se seguidamente a evolução do valor da paridade da emissão das Obrigações

Permutáveis EDP 2007/2014 (Parity Value), determinada pela evolução das cotações da

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  RELATÓRIO ANUAL DE 2011     

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ação, comparativamente com o valor nominal dessas emissões (Strike Price) e com o

preço das obrigações no mercado (valores médios anuais). Verifica-se que esta emissão

estava no final de 2011 deep out-of-the-money (cotação das ações da EDP abaixo do

Strike Price). De facto, desde 2007 esta emissão tem estado sempre out-of-the-money.

(Em percentagem)

Obrigações Permutáveis EDP 2007/2014 (7ª fase)

30,0%

55,0%

80,0%

105,0%

2007 2008 2009 2010 2011

Parity Value Strike Price Bond Price

Na mesma análise mas agora respeitante à evolução do valor da paridade da emissão das

Obrigações Permutáveis GALP 2010/2017, que foi emitida no final do 3º trimestre de

2010, verifica-se que no final de 2010 e de 2011 esta encontrava-se também out-of-the-

money.

(Em percentagem)

Obrigações Permutáveis GALP 2010/2017 (5ª fase)

80,00%

100,00%

120,00%

2010 2011

Parity Value Strike Price Bond Price

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  RELATÓRIO ANUAL DE 2011     

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De acordo com as normas contabilísticas em vigor, a opção embutida nestes

empréstimos e os respetivos ativos subjacentes são mensurados ao seu justo valor,

assegurando-se o matching na mensuração.

A evolução conjugada do justo valor das opções e do justo valor dos ativos subjacentes

determina os ganhos ou perdas reconhecidos no final de cada exercício. O aumento do

valor da opção representa uma perda para a Parpública, enquanto o aumento do valor do

ativo subjacente representa um ganho. Tendo em conta o preço e a volatilidade (risco)

das ações subjacentes da EDP no mercado, o valor da opção associada às obrigações

permutáveis EDP com vencimento em 2014, é nulo, sendo inclusivamente previsível o

exercício da cláusula de amortização antecipada por iniciativa dos investidores (put

option) em Dezembro de 2012. No quadro seguinte apresenta-se o efeito líquido das

referidas variações no final de cada exercício.

2010 2011

Variação do Valor das Opções -54,7 124,5

Variação do Valor do Ativo Subjacente 252,4 -187,1

Efeito Líquido 197,8 -62,6

Variação do Valor das Opções e do Ativo SubjacenteEm milhões €

Na data de reembolso, a opção do pagamento integral em ativo subjacente (ações) só é

possível se as obrigações estiverem “in-the-money” ou “at-the-money”. No caso de

estarem “out-of-the-money”, existirá sempre a necessidade de acorrer ao pagamento em

dinheiro pelo diferencial entre o valor das ações e o montante do reembolso. Porém,

deve referir-se que a Parpública tem sempre a opção de efetuar o reembolso em

dinheiro, mantendo as ações disponíveis para alienação autónoma.

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  RELATÓRIO ANUAL DE 2011     

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POSIÇÃO FINANCEIRA E DESEMPENHO DA SGPS

A análise é efetuada tendo por base as demonstrações financeiras separadas que

integram os presentes documentos de prestação de contas, nas quais estão mensuradas

ao justo valor, além dos derivados, os passivos relativos a opções embutidas em

empréstimos obrigacionistas, os ativos respeitantes a ações subjacentes a tais opções e

outras ações que não respeitem a associadas ou subsidiárias. As participações em

subsidiárias e associadas estão mensuradas pelo custo deduzido de perdas de

imparidade acumuladas, quando existam. Os empréstimos obrigacionistas estão

mensurados pelo custo amortizado, com quantia inferior ao valor nominal pela parte

das despesas com a emissão ainda não imputadas com base no juro efetivo.

0,0%

20,0%

40,0%

60,0%

80,0%

100,0%

120,0%

Ativos e financiamento dos ativos em 2011

Capital Próprio Passivo de Financiamento Outros Passivos

Total CP + Passivo Activos não correntes Activos correntes

Total Activo

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  RELATÓRIO ANUAL DE 2011     

20

0,0%

20,0%

40,0%

60,0%

80,0%

100,0%

120,0%

Ativos e financiamento dos ativos em 2010

Capital Próprio Passivo de Financiamento Outros Passivos

Total CP + Passivo Activos não correntes Activos correntes

Total Activo

Ativos e Rendibilidade

O ativo é de 8.661 milhões € (7.954 milhões € em final de 2010) sendo

maioritariamente representado por ativos não correntes relacionados com atividades

fundamentais da empresa na gestão e reprivatização de participações sociais. Os ativos

não correntes, de 5.589 milhões € (7,894 milhões € no final de 2010), são constituídos

essencialmente por participações em subsidiárias, associadas e outras empresas, por

suprimentos a subsidiárias e por adiantamentos por conta da aquisição de novas

participações decorrentes de entrega de receitas de reprivatizações por força do

disposto na Lei n.º 11/90, de 05 de Abril. A evolução negativa desta rúbrica fica a

dever-se a reclassificações de algumas participações em Ativos não correntes detidos

para venda, passando a integrar o Ativo corrente.

O valor dos recursos económicos à disposição da empresa, expressos pelo total do ativo

aumentou em 707 milhões €, equivalentes em termos relativos a 8,9%.

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  RELATÓRIO ANUAL DE 2011     

21

Os ativos correntes situaram-se em 3.071 milhões € tendo-se verificado um acréscimo

de 3.012 milhões € relativamente ao ano anterior, essencialmente explicado pela

evolução verificada na rúbrica de Ativos não correntes detidos para venda, que

contribuíram com um aumento de 2.846 milhões €. Esta situação deveu-se à inclusão

das participações cuja venda já está contratada, ou se prevê venha a ser efetivada no

decurso de 2012, como são os casos de 21,35% do capital social da EDP e da totalidade

das participações detidas pela Parpública no capital social da REN, da HCB, da ANA e

da TAP. Assinalam-se também os acréscimos nas rubricas Caixa e depósitos bancários

(84 milhões €), Outras contas a receber (64 milhões €) e Estado e outros entes públicos

(20 milhões €).

Os ativos não correntes registaram relativamente a final de 2010 uma redução de cerca

de 2.305 milhões €. As Participações financeiras apresentaram um decréscimo de 3.121

milhões €, justificados fundamentalmente pelo efeito da classificação de participações

em Ativos não correntes detidos para venda como já referido. Referira-se também a

evolução verificada nas rúbricas de Empréstimos concedidos que apresentou no

exercício de 2011 um aumento de 217 milhões €, efeito da assunção pela Parpública do

empréstimo de papel comercial grupado com a Sagestamo e concessão a esta do

correspondente suprimento, e Outros ativos financeiros, com um acréscimo de 600

milhões €, consequência de entrega ao Estado de adiantamento na receita de venda da

EDP.

Apresenta-se, seguidamente, evolução de formação e aplicação do EBIT nos exercícios

de 2010 e 2011, realçando-se o peso relativo dos dividendos para a sua formação e dos

juros e encargos similares na sua aplicação:

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  RELATÓRIO ANUAL DE 2011     

22

‐60,0%

‐40,0%

‐20,0%

0,0%

20,0%

40,0%

60,0%

80,0%

100,0%

120,0%

140,0%

160,0%

Formação e Aplicação do EBIT em 2011

Rendimentos de dividendos Outros rendimentos e ganhos

Formação do EBIT Juros e gastos similares

Imposto sobre o rendimento Resultado líquido

Aplicação do EBIT

0,0%

20,0%

40,0%

60,0%

80,0%

100,0%

120,0%

Formação e Aplicação do EBIT em 2010

Rendimentos de dividendos Outros rendimentos e ganhos

Formação do EBIT Juros e gastos similares

Imposto sobre o rendimento Resultado líquido

Aplicação do EBIT 

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  RELATÓRIO ANUAL DE 2011     

23

Estrutura e Custo dos Capitais

O capital próprio é de 2.048 milhões € (2.381 milhões € no final de 2010), líquido de

972 M€ de entradas por realizar por parte do acionista único. O passivo remunerado é

de 5.125 milhões € (4.892 milhões € em final de 2010), tendo a razão do aumento sido

já anteriormente identificada. Destes, 4.033 milhões € têm maturidades a médio e longo

prazo (4.144 milhões no final de 2010). Os capitais de financiamento totais atingem

7.172 milhões € (7.273 milhões em 31-12-2010) e os capitais de financiamento estável

ascendem a 6.080 M€ (6.525 milhões em final de 2010).

O peso dos capitais próprios nos capitais de financiamento totais é de 29% (33% em

31-12-2010) e a cobertura do ativo não corrente por capitais estáveis é de 109% (83%

em final de 2010), face à redução desta componente do Ativo.

As operações de reprivatização de participações através de emissões de obrigações

concorrem para o passivo (bond floor e option) com 1.850 milhões € (1.948 milhões €

em 31-12-2010 e média de 1.899 milhões).

Fluxos de Caixa

Os fluxos de caixa relacionados com o EBIT, os fluxos de caixa livres para decisão do

acionista e os fluxos de caixa após dividendos pagos ao acionista têm a seguinte

composição, em milhões €, nos exercícios de 2011 e 2010: 

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  RELATÓRIO ANUAL DE 2011     

24

‐150,0

‐100,0

‐50,0

0,0

50,0

100,0

150,0

200,0

250,0

300,0

Formação e aplicação de fluxos relacionados com o EBIT em 2010(em milhões €)

Fluxos das actividades operacionais Imposto s/ rendimento

Juros recebidos Dividendos recebidos

Fluxos relacinados com o EBIT Juros pagos

Imposto s/ rendimento Fluxos de caixa livres

Dividendos pagos Fluxos de caixa para autofinanciamento

 

‐300,0

‐200,0

‐100,0

0,0

100,0

200,0

300,0

400,0

Formação e aplicação de fluxos relacionados com o EBIT em 2011(em milhões €)

Fluxos das actividades operacionais Imposto s/ rendimento

Juros recebidos Dividendos recebidos

Fluxos relacinados com o EBIT Juros pagos

Imposto s/ rendimento Fluxos de caixa livres

Dividendos pagos Fluxos de caixa para autofinanciamento 

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  RELATÓRIO ANUAL DE 2011     

25

SITUAÇÃO FINANCEIRA E RESULTADOS CONSOLIDADOS DO GRUPO

A atividade das empresas que compõem o Grupo Parpública nos seus vários segmentos

de atividade foi fortemente condicionada em 2011 por dificuldades de diversa ordem.

Desde logo dificuldades decorrentes da situação de recessão registada pela economia

portuguesa, as quais foram acompanhadas por significativas restrições financeiras

decorrentes da conjuntura dos mercados. Mas também restrições relacionadas com a

definição pelo Estado de orientações de gestão, em particular relacionadas com a

definição de limites ao crescimento do endividamento e de objetivos de redução dos

custos operacionais, orientações que foram definidas tendo por base, não a situação

específica de cada empresa em particular, mas sim objetivos de natureza

macroeconómica ou orçamental, e cujo cumprimento em algumas situações obrigou à

redefinição de estratégias de desenvolvimento de negócio, nomeadamente através da

reformulação de planos de investimento.

Situação Financeira

Ainda assim o Grupo Parpública encerrou o ano de 2011 com saldo positivo tendo os

capitais próprios consolidados registado um aumento de 2,3% atingindo os 2.626

milhões €. E se atendermos à evolução dos fundos próprios (ou seja, se incluirmos os

subsídios ao investimento que apesar de classificados como passivo constituem recursos

não exigíveis) das empresas que integram o Grupo, independentemente da titularidade

do seu capital, então esse crescimento atingiu os 3,2% já que os fundos próprios se

situam agora nos 5.205 milhões €, mais 163 milhões e do que em 2010, assegurando

26% das necessidades de financiamento do Grupo, percentagem semelhante à verificada

em 2010.

Como em anos anteriores mais de metade dos capitais próprios do Grupo são utilizados

no segmento de “gestão de outras participações e diversos” onde se integra a Parpública,

enquanto os segmentos de “gestão e promoção imobiliária” e de “águas e resíduos”, em

conjunto utilizam cerca de 40%, resultando que aos restantes segmentos estão afetos

menos de 5% dos capitais próprios. Registe-se ainda que em 2011 todos os segmentos

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  RELATÓRIO ANUAL DE 2011     

26

apresentam capitais próprios positivos, embora para efeitos de consolidação o

contributo do segmento das “atividades aeronáuticas” seja negativo. Isto acontece

porque a TAP, que consolida integralmente, apresenta capitais próprios negativos,

enquanto a ANA, que tem capitais próprios positivos, apenas é objeto de consolidação

na parcela correspondente aos 68,56% da participação da Parpública.

Esta evolução assentou num crescimento do ativo consolidado de cerca de 4%

alcançando agora os 19.484 milhões €. Os segmentos de “gestão de outras participações

e diversos” e de “águas e resíduos” são os mais expressivos em termos de ativos

representando em conjunto mais de 78% do ativo consolidado. Merece ainda referência

o facto do aumento do valor do ativo consolidado ter ocorrido exclusivamente na

componente dos ativos dos negócios, sendo de assinalar que dos 18.220 milhões €

registados nesta rubrica, 5.844 milhões € estão agora classificados como “ativos detidos

para venda” dado corresponderem a ativos relacionados com as participações em

empresas em processo de reprivatização (EDP, REN, TAP e ANA). O aumento

verificado tem origem no segmento de “outras participações e diversos” estando

essencialmente associado à valorização de alguns ativos e ao aumento do crédito sobre

o Estado decorrente da entrega da receita de 600 milhões € já encaixada no âmbito da

reprivatização da EDP em curso.

O passivo consolidado apresenta um crescimento de cerca de 3,8%, cuja origem está

essencialmente no segmento de “outras participações e diversos”, e justifica-se pelo

aumento dos “passivos dos negócios” já que o passivo de financiamento apresenta uma

ligeira redução.

O aumento dos passivos dos negócios tem origem no segmento de “outras participações

e diversos”, segmento onde se verifica um aumento de 663 milhões €, o qual é

explicado essencialmente pela inscrição da responsabilidade da Parpública como

contrapartida do adiantamento de 600 milhões € efetuado pela entidade promitente

compradora das ações EDP objeto da operação de reprivatização que ainda se encontra

em fase final de concretização.

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  RELATÓRIO ANUAL DE 2011     

27

Quanto à evolução do endividamento há a referir uma certa estabilização já que os

financiamentos obtidos ascendem a 10.095 milhões €, considerando também o

endividamento associado a ativos detidos para venda, montante inferior em cerca de 1%

ao montante de 10.188 milhões € registado no final de 2010

Resultados Consolidados

Enquanto unidade económica, o Grupo Parpública gerou em 2011 um resultado líquido

de 165,6 milhões €, superior portanto aos 155,2 milhões € alcançados em 2010. No

entanto, tendo em conta a imputação dos resultados aos detentores do capital, o

resultado líquido consolidado do Grupo Parpública situou-se nos 60,6 milhões €, abaixo

dos 94,9 obtidos em 2010. Esta inversão na evolução dos resultados é essencialmente

devida ao aumento da parcela dos resultados do Grupo AdP imputável a interesses

minoritários.

O resultado líquido consolidado do Grupo Parpública foi gerado essencialmente nos

segmentos de “águas e resíduos” e no de “gestão de outras participações e diversos”,

sendo de realçar que todos os segmentos de atividade apresentam resultados

económicos positivos, com exceção do segmento de gestão e promoção imobiliária,

cujo prejuízo se agravou para os 65,3 milhões €. Já em termos de consolidação, o

contributo para a formação do resultado consolidado é negativo também no segmento

das “atividades aeronáuticas” e, embora com pouco significado em termos relativos, no

de “exploração agrícola, pecuária e florestal”.

No plano operacional é de referir o aumento de cerca de 9% do volume de negócios, o

qual foi acompanhado de uma efetiva contenção dos custos operacionais. A este

respeito, e dada a relevância das orientações de gestão estabelecidas, é de referir que os

gastos em FSE apenas registam um aumento no segmento das atividades aeronáuticas,

devendo salientar-se que neste segmento os FSE incluem os custos com combustível,

que tiveram uma trajetória crescente. Em todos os restantes segmentos significativos

houve uma redução do valor dos FSE’s em percentagens variadas que chegaram aos

16%. Já os gastos com pessoal apresentam uma diminuição global de 70,8 milhões €

correspondente a uma redução de 8% face ao valor de 2010, redução que é verificada

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  RELATÓRIO ANUAL DE 2011     

28

em todos os segmentos de atividade do Grupo Parpública em percentagens que são

também variáveis mas que atingem os 28%.

ANÁLISE POR SEGMENTOS

Gestão de Outras Participações e Diversos

Neste segmento estão refletidos os ativos e os passivos que constituem o património da

própria Parpública e também os da SPE – Sociedade Portuguesa de Empreendimentos e

da Circuito do Estoril. Estão assim incluídas neste segmento as participações de maior

destaque e relevância financeira, como são as participações na EDP, na REN e na

GALP.

Relativamente a este universo é de referir que, no contexto dos processos de

reprivatização da EDP e da REN desenvolvidos durante o ano de 2011, cuja conclusão

ainda se aguarda, foi decidida a liquidação da sub-holding Capitalpor, a qual havia sido

criada precisamente com o objetivo de aí concentrar as participações do universo

Parpública que se encontravam abrangidas pelo regime legal definido pela Lei 11/90 e

legislação complementar. Esta decisão não teve implicação no conjunto das

participações mas sim na estrutura de organização da carteira, já que as participações até

aí detidas pela Capitalpor passaram para a titularidade direta da Parpública.

Relativamente ao universo dos ativos deste segmento impõe-se a referência aos

processos de reprivatização da EDP e da REN. O processo de reprivatização da EDP

teve a sua conclusão ainda em Dezembro de 2011 e o da REN já em 2012, mas, neste

momento, a liquidação financeira de ambas as transações está ainda pendente da

conclusão de todas as diligências necessárias pelo que a titularidade efetiva das

respetivas ações é ainda da Parpública. Nas demonstrações financeiras relativas a 31 de

dezembro de 2011, o valor que nessa data já havia sido pago pela entidade selecionada

como adquirente das ações da EDP encontra-se contabilizado no passivo como

adiantamento por conta do pagamento do preço acordado.

Entretanto, já durante o corrente ano de 2012 e no quadro das relações bilaterais entre os

Estados português e moçambicano, foram assinados memorandos de entendimento que

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  RELATÓRIO ANUAL DE 2011     

29

regulam a transmissão da participação correspondente a 15% do capital social da HCB a

favor da REN e de entidades moçambicanas, transação que será concretizada em duas

fases e de que resultará a saída total da Parpública da estrutura de capital da sociedade

até 2014.

Situação Financeira

O segmento continua a ser, a par do que integra as empresas de águas e resíduos, dos

mais relevantes em todo o Grupo Parpública, representando cerca de 40% os ativos e

dos passivos consolidados. Por outro lado cerca de 55% dos capitais próprios do grupo

estão afetos a este segmento, os quais são suficientes para financiar cerca de 18% dos

ativos.

No ano de 2011 os ativos deste segmento cresceram aproximadamente 970 milhões €,

aumento justificado essencialmente pelo acréscimo dos suprimentos concedidos pela

Parpública à Sagestamo (320 milhões €) e pelo aumento do valor do crédito sobre o

Tesouro decorrente da entrega da receita já obtida no âmbito da reprivatização da EDP

(600 milhões €), crédito contabilizado como adiantamento por conta da aquisição de

ativos.

Já o passivo apresenta um acréscimo de 870 milhões €, resultante do aumento de 206

milhões € do passivo de financiamento, quase exclusivamente refletindo o aumento do

endividamento da própria Parpública, que resultou basicamente da assunção de uma

emissão de papel comercial grupado que em 2010 se encontrava no balanço da sua

participada Sagestamo. Porém o acréscimo referido resulta principalmente do

crescimento dos passivos dos negócios em 663 milhões €, variação associada ao registo

da responsabilidade perante a entidade compradora das ações EDP associada ao

recebimento do valor de 600 milhões € a título de antecipação parcial do pagamento do

preço acordado.

Resultado da Atividade

A relevância deste segmento verifica-se não só em termos patrimoniais mas também no

que respeita à formação do resultado consolidado. O resultado apurado em 2011 neste

segmento ascendeu aos 64,9 milhões €, sendo superior em cerca de 37% ao registado no

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  RELATÓRIO ANUAL DE 2011     

30

ano anterior. Este resultado não é comparável com o resultado e respetiva evolução

evidenciado nas demonstrações financeiras separadas da Parpública por diferenças

técnicas ao nível do reconhecimento e mensuração entre contas separadas e contas

consolidadas.

A evolução favorável do resultado deste segmento fica a dever-se essencialmente à

reversão de imparidades registadas relativamente a ações EDP no montante de 145,8

milhões €, situação que mais do que compensou o registo de imparidades negativas

relativamente a outras participações, entre as quais na HCB (29,1 milhões €) e na

INAPA (24,7 milhões €). Assim, enquanto em 2011 o efeito líquido da considerações

de potenciais imparidades foi positivo em 77,3 milhões €, em 2010 havia sido negativo

em mais de 231 milhões €.

Em sentido inverso há a assinalar a redução de 52 milhões € dos ganhos associados a

participadas, a qual é justificada essencialmente pela redução dos resultados obtidos

pela EDP e pela REN e ainda pelo facto da GALP ter deixado de ser considerada

“empresa associada” na sequência da eliminação dos direitos especiais inerentes às

ações em carteira. Impacto negativo teve igualmente a redução do justo valor das ações

GALP subjacentes ao empréstimo por obrigações permutáveis.

Há ainda a salientar o significativo aumento de cerca de 40% dos juros suportados que

ascenderam aos 212,5 milhões €, cabendo quase na sua totalidade à Parpública,

refletindo quer o acréscimo do nível de endividamento, quer o agravamento do

respetivo custo.

Embora os valores dos gastos com fornecimentos e serviços externos e com pessoal

tenham uma dimensão muito reduzida neste segmento, é ainda de mencionar a evolução

verificada em cada uma destas rúbricas dada a importância deste objetivo em termos de

orientações estratégicas, sendo por isso de salientar a redução dos FSE em 16% e a dos

gastos com pessoal em mais de 28%.

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  RELATÓRIO ANUAL DE 2011     

31

Gestão Imobiliária

No ano de 2011 o mercado imobiliário português caiu numa crise profunda, alimentada

pelo agravamento do contexto económico-financeiro do país e, em particular, pela fraca

dinâmica do setor empresarial, congelando ou reformulando projetos de expansão e

impondo estratégias defensivas para anular qualquer perspetiva de risco das poucas

operações em carteira, cenário no seu conjunto fortemente penalizado pela quebra do

imobiliário institucional e do afastamento dos investidores estrangeiros, estrangulando

assim ainda mais a assinalável escassez do financiamento e liquidez interna, de par com

o aumento das yelds e consequente desvalorização dos ativos para arrendamento.

O resultado deste quadro de funcionamento do mercado sobre o segmento imobiliário

do grupo Parpública, assente operacionalmente nos Grupos Sagestamo e Baía do Tejo e

na sociedade Lazer e Floresta, traduziu-se no essencial pela acentuada estagnação do

ritmo de concretização de novos negócios.

Situação Financeira

O segmento de negócio Gestão e Promoção Imobiliária integra 9,8% dos ativos do

Grupo e o seu financiamento utiliza 10,2% dos fundos próprios do Grupo, a que

acrescem cerca de 1,2 mil milhões € de suprimentos concedidos. O significativo

aumento verificado nesta componente decorre em grande medida da transformação de

uma linha de crédito de Papel Comercial Grupado à Sagestamo no montante de 300

milhões €, imposta pela estrutura de financiamento da atividade desenvolvida e pela

ausência de notação de risco da sociedade, impossibilitando-a de utilizar diretamente a

linha de crédito em causa. Dessa forma, esta linha passou a ser tomada pelo balanço da

Parpública, tendo esta aportado os correspondentes suprimentos à Sagestamo. Em face

da nova situação, os fundos do acionista passaram em 2011 a cobrir mais de 90% das

necessidades do segmento.

As condições de enquadramento macroeconómico induziram um comportamento de

expetativa na atuação do grupo Parpublica em 2011 em matéria de imobiliário,

acabando por traduzir-se numa forte contenção dos níveis de investimento realizado,

designadamente na aquisição de património imobiliário público, atingindo o conjunto de

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  RELATÓRIO ANUAL DE 2011     

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ativos um valor de cerca de 1.627 milhões €, num patamar de quebra superior a 6% que

representa um misto do reflexo das vendas realizadas e do acentuar da tendência de

redução do justo valor decorrente das condições de mercado.

Pelo quadro seguinte constata-se que a alteração do valor da carteira se centra

especialmente no conjunto de imóveis em processo de reconversão urbanística ou

requalificação territorial (uma redução superior a 11% face a 2010), exatamente o vetor

de maior complexidade técnica e de mercado, constituindo-se, pelo tempo de

parqueamento em Balanço, num fator de enorme rigidez e desequilíbrio financeiro, que

continua a verificar-se com maior ênfase no caso do Grupo Sagestamo.

M€

2011 2010 2011 2010 2011 2010 2011 2010 2011 2010

Grupo Sagestamo (a) 285,48 268,40 425,86 463,90 575,20 673,80 1,90 1,90 1.288,44 1.408,00Baía do Tejo (b) (c) (d) 12,80 11,90 125,70 120,30 124,20 128,30 3,80 4,30 266,50 264,80Lazer e Floresta 15,79 19,30 45,08 41,24 10,89 10,94 71,76 71,48

TOTAL 314,07 299,60 551,56 584,20 744,48 843,34 16,59 17,14 1.626,70 1.744,28

(a) Inclui os Fundos de Investimento

(b) Terrenos disponíveis para venda ou arrendamento

(c) Inclui os terrenos da Margueira adquiridos em 2010

(d) Activos utilizados pela empresa

Evolução do Património Imobiliário

Outras Situações TotalPara Venda dado / Para Arrendamconversão Urbanístic

Mantem-se também elevada a concentração do investimento no segmento do

arrendamento - que constitui ⅓ do total dos imóveis -, uma área suscetível de um maior

potencial de escoamento, dados os baixos níveis de liquidez nacional e a absoluta

ausência de investidores externos, um contexto que não abre grandes expetativas para

no futuro próximo existirem amplas intervenções do Grupo na compra de ativos

imobiliários propriedade do Estado.

Resultados da Atividade

Contrariamente ao verificado em anos anteriores, este segmento de negócio reduziu a

sua importância relativa no total do ativo consolidado do Grupo para níveis próximos de

2009 (9,7%), mantendo-se moderada a exposição do Grupo ao risco imobiliário.

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  RELATÓRIO ANUAL DE 2011     

33

O quadro seguinte regista os dados globais da atividade das empresas que integram o

segmento, dando nota do crescimento exponencial do arrendamento de imóveis, por

contraponto com uma fraca variação do volume das vendas, mantendo ainda assim

muito modestos em face da dimensão dos ativos sob gestão. No conjunto, o Grupo

Sagestamo continua a registar as variações mais expressivas, sublinhando-se também a

tendência de crescimento apresentada pela Lazer e Floresta ao nível da venda de

terrenos agroflorestais, em paralelo com a ligeira quebra sentida pela Baía do Tejo no

negócio da gestão dos parques empresariais.

M€

2011 2010 2011 2010

Grupo Sagestamo 77,40 68,20 44,20 18,30

Baía do Tejo 0,13 0,32 9,09 9,28

Lazer e Floresta 2,59 1,48

TOTAL 80,12 70,00 53,29 27,58

(*) Es crituras o uturgadas

Venda e Arrendamento de Imóveis

Arrendamento Venda de Imó veis (*)

Em 2011, as linhas gerais de atuação dos três pilares responsáveis pelo segmento

Gestão e Promoção Imobiliária do Grupo Parpublica foi o seguinte.

GRUPO SAGESTAMO

O Grupo Sagestamo, constituído pela SGPS e por três empresas subsidiárias, Estamo,

Consest e Fundiestamo, está especialmente vocacionado para a gestão do património

imobiliário público e a modernização da logística dos serviços públicos, em particular

por via do arrendamento, para além da prestação de apoio à modernização da gestão

patrimonial do Estado. As caraterísticas e condições de mercado em 2011, que

acentuaram as dificuldades ao nível da promoção imobiliária e das vendas e se

refletiram sobre a desvalorização dos ativos em carteira, centraram a atividade do Grupo

no segmento do arrendamento e na valorização de imóveis. O Grupo viu neste contexto

agravarem-se fortemente as suas condições gerais de financiamento, com a consequente

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  RELATÓRIO ANUAL DE 2011     

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pressão sobre as margens, bem assim como o aumento das dívidas por parte das

entidades públicas.

Os principais ativos sob gestão1 – cerca de 1,3 mil milhões € -, sofreram no ano uma

redução da ordem dos 9%, em parte por via das vendas efetuadas mas, sobretudo,

consequência da desvalorização dos imóveis em carteira, com o registo de perdas de

quase 67 milhões €. Esta situação é também amplamente justificada pelo valor marginal

das aquisições de imóveis ao Estado – cerca de 15 milhões € -, o mais baixo registado

desde o ano de 2006.

Da atividade realizada, as ações de valorização envolvendo designadamente a

elaboração de estudos urbanísticos destinados a suportar futuras operações imobiliárias,

bem como a reabilitação de edifícios para arrendamento ou venda, incidiram num

conjunto de imóveis totalizando uma área global da ordem dos 1,7 milhões de metros

quadrados, e o valor de 575 milhões €. O arrendamento de novos espaços – no ano

foram formalizados 64 novos contratos, no valor de 1,7 milhões € mensais - fez crescer

a faturação anual para 44,2 milhões €, mais do dobro do verificado em 2010, mas

também se refletiu no aumento do montante em dívida com rendas e indemnizações por

ocupação de imóveis por parte das entidades instaladas, maioritariamente públicas, cujo

valor acumulado ascendia no final do ano a mais de 44 milhões €. Quanto à alienação

de imóveis, as vendas escrituradas cresceram cerca de 15% relativamente ao ano

anterior e atingiram os 77 milhões €, um montante próximo ao verificado no ano

anterior mas cerca de três vezes o valor de 2009. Contudo, o impacto real foi menos

evidente, dado que mais de metade das escrituras celebradas correspondia a contratos

promessa realizados em anos transatos, podendo aliás referir-se que o valor das vendas

contratadas caiu mesmo 18% face a 2010 e representou menos de metade do valor

apurado em 2009.

                                                            1 No ano de 2011 a Fundiestamo teve sob gestão três fundos de investimento – o Fundo de Investimento Imobiliário Fechado Estamo, o Fundo Especial de Investimento Imobiliário Fechado Fundiestamo I, e o Fundo Especial de Investimento Imobiliário Aberto Imopoupança –, cujo valor global líquido a 31 de dezembro era de 186,2 milhões €.

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  RELATÓRIO ANUAL DE 2011     

35

Confirmou-se também que as condições gerais do mercado que têm conduzido à

manutenção em carteira de um volumoso conjunto de imóveis estão a provocar a

degradação continuada das margens empresariais do Grupo, situação a que veio

associar-se a redução do justo valor das propriedades de investimento e o aumento das

taxas de juro. Na realidade, o impacto das imparidades e o aumento dos juros dos

suprimentos foi fundamental para a formação do valor dos resultados líquidos do

Grupo, que ascenderam a aproximadamente 65,5 milhões € negativos – que compara

com os cerca de 8,05 milhões negativos de 2010 -, pois caso assim fosse o resultado

antes de impostos teria sido superior a 17 milhões € positivos.

Em 2012, o modelo de intervenção do Grupo deverá replicar-se, especialmente porque a

situação de crise no setor imobiliário se deverá manter, senão mesmo agravar, o que não

pressupõe a melhoria da capacidade de geração de fundos por via das vendas. Contudo,

caso se venha a verificar o aumento de capital da Sagestamo, e em sequência da

Estamo, pela conversão parcial de suprimentos, operar-se-á o saneamento substancial da

estrutura financeira do Grupo, porque daí decorrerá uma maior solidez dos rácios de

solvabilidade, debt to equity. Note-se que a dívida consolidada do Grupo era a 31 de

Dezembro de 2011 de 1.228,6 milhões €, refletindo um agravamento praticamente

idêntico aos juros suportados - 73 milhões € -, e quase seis vezes menos ao registado no

período imediatamente anterior.

GRUPO BAÍA DO TEJO

O Grupo Baía do Tejo, SA manteve durante 2011 o essencial do seu modelo de

atuação, centrando a sua atenção na gestão dos Parques Empresariais, requalificação

territorial, e remediação dos passivos ambientais existentes na sua área de intervenção.

A área sob gestão – de aproximadamente 540 hectares, envolvendo os parques

empresariais do Barreiro, Seixal e Estarreja, para além do Parque Industrial de Torres

Novas, gerido em articulação com o respetivo município – passou a incluir também os

terrenos da Margueira em Almada, geridos em articulação com a sociedade Arco

Ribeirinho Sul, e integrando ativos no valor global aproximado de 266 milhões €.

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  RELATÓRIO ANUAL DE 2011     

36

Em 2011, a degradação do ambiente económico geral acentuou a necessidade de uma

gestão de proximidade dos clientes, tendo em vista suster o abandono por redução ou

extinção de atividade e, sobretudo, o aumento dos pagamentos em mora, tendo-se assim

verificado que, apesar da quebra de 18,5% no número de clientes, o valor das rendas e

das taxas de cedência cobradas se reduziu apenas em 2%. Ainda assim, o valor

consolidado das vendas e serviços prestados, da ordem dos 12,8 milhões €, caiu 8,5 %

em comparação com o ano de 2010.

No que concerne aos projetos de requalificação territorial, o essencial do trabalho

efetuado resume-se do seguinte modo: foi concluída a Proposta final do Plano de

Urbanização do Território da Quimiparque e Área Envolvente, tendo sido a mesma

entregue pelo município do Barreiro à CCDR-LVT; quanto Plano de Pormenor para

antiga área da Siderurgia Nacional no concelho do Seixal, face aos pareceres recolhidos,

à atual conjuntura económica desfavorável e atendendo à revisão em curso do PDM, foi

decidido avançar com a redefinição dos instrumentos destinados à promoção do

território em causa, nomeadamente um Plano de Estrutura para toda a área do

Siderparque, um Estudo de Enquadramento Paisagístico e Loteamento Industrial para a

Zona Centro, na qual está praticamente concluída a respetiva via estruturante e grande

parte das infraestruturas necessárias, bem como a revisão da classificação de usos e

índices na denominada Zona Norte. Em relação à Margueira, durante o exercício não foi

possível dar por concluído o processo de regularização e registo matricial e predial de

alguns dos imóveis, pelo que se aguarda poder operar em 2012 a concentração na

sociedade Baía do Tejo todos os ativos imobiliários detidos pelo Estado na margem Sul

da AML, podendo assim conduzir de forma integrada a requalificação dos territórios em

questão.

No domínio da resolução das questões ambientais, foi dada continuidade ao processo

antes acordado com o Ministério do Ambiente, no âmbito do POVT/QREN, tendo no

decorrer de 2011 ficado concluídas as duas primeiras operações de remoção de resíduos,

uma no Parque Empresarial da Quimiparque / Barreiro e outra no Siderparque / Seixal,

num investimento global de 7 milhões € cofinanciado a 70% por fundos comunitários.

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  RELATÓRIO ANUAL DE 2011     

37

No quadro organizativo dois pontos fundamentais a sublinhar: primeiro, a fusão por

incorporação total do património do acionista único Capitalpor, seguida de extinção

desta, dando origem a que o capital da sociedade Baía do Tejo tenha passado na

totalidade para a titularidade direta da holding Parpublica, a partir de 26 de dezembro do

ano findo; segundo, a decisão de extinção da sociedade Arco Ribeirinho Sul tomada

pelo Governo, a ocorrer já 2012, irá certamente conduzir à transferência de atribuições e

competências para a Baía do Tejo, em particular em matéria de promoção do Projeto.

De referir que a Baía do Tejo, SA é detentora de participações noutras sociedades, ainda

que qualquer delas sem relevo de maior, quer pela diminuta expressão dos seus Ativos,

quer pela reduzida dimensão da atividade desenvolvida, totalmente concentrada na

Ambisider - Recuperações Ambientais, SA (detida a 100%), que no exercício

apresentou um volume de negócios da ordem dos 3 milhões €. Apesar do insucesso das

tentativas realizadas em exercícios anteriores, durante 2011 foram efetuadas novas

diligências tendo em vista concretizar a venda das participações detidas - incluindo a

Ecodetra – Sociedade de Tratamento e Deposição de Resíduos, SA (51%) e a Portosider

– Atividades Portuárias, Limitada (40%), ambas desativadas -, que se espera possam vir

a dar resultados no futuro próximo.

Sublinhe-se que a empresa-mãe, e o Grupo, continuam a registar um significativo nível

de solidez financeira, financiando-se apenas com recurso a capitais próprios, tendo

fechado o exercício com resultados líquidos positivos de 1.354 mil €

LAZER E FLORESTA

A Lazer e Floresta, SA tem por objeto social o planeamento, a promoção e o

desenvolvimento de projetos no âmbito das atividades agrícola e pecuária, florestal,

imobiliária, turística e cinegética, sendo em 2011 o seu património era constituído por

cerca de 23.600 hectares de propriedades rústicas ou mistas, distribuídas por todo o

País.

O valor global das propriedades e ativos biológicos sob gestão da sociedade ascende a

97,7 milhões € (sensivelmente idêntico ao verificado em 2010), onde sobressaem as

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  RELATÓRIO ANUAL DE 2011     

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propriedades de investimento – um conjunto de herdades com potencial turístico-

imobiliário e uma área total de cerca de 9 mil hectares -, e os ativos biológicos avaliados

em cerca de 25,9 milhões € (com uma variação de -4%, em relação ao exercício

anterior).

Ainda que balizada por uma conjuntura desfavorável de mercado, a atividade realizada

saldou-se por um crescimento significativo e um resultado global de 8,7 milhões € (que

compara com 3,2 milhões € do ano anterior), com realce para o valor das vendas

contratualizadas a chegar aos 7,5 milhões €, e receitas da exploração agro-florestal e

cinegética da ordem dos 1,2 milhões €. O valor contabilístico global apurado para as

duas parcelas atingiu 3,8 milhões €, considerado apenas o montante das escrituras

outorgadas, ainda assim um crescimento a rondar os 19% face a 2010. Sublinhe-se

também a continuação dos trabalhos de valorização e desenvolvimento do potencial

turístico das propriedades em carteira, para além da Herdade de Vale dos Reis em

Alcácer do Sal, com a extensão a ativos nos municípios de Castelo Branco, Alandroal e

Reguengos de Monsaraz. Em 2011 não foi realizada qualquer aquisição de novas de

propriedades.

Neste contexto, o EBITDA apurado atingiu 1.644,6 mil €, ainda que culminado por um

reduzido resultado líquido (128 mil €), reflexo das perdas de imparidade acumuladas em

ativos tangíveis e do imposto sobre o rendimento. Sublinhe-se de novo a elevada solidez

financeira que a empresa possui, continuando a financiar-se exclusivamente através de

capitais próprios.

Para 2012, a atividade da empresa ainda que condicionada pela indefinição do quadro

macroeconómico, irá manter o posicionamento até aqui adotado, assente em três vetores

fundamentais. Por um lado, a venda de propriedades, assim se reanime

consistentemente o mercado dos ativos rústicos; depois, a exploração de madeira, a

extração e venda de cortiça, a venda de pastagens e a cedência de áreas para caça, ainda

que as receitas obtidas tendam gradualmente a reduzir-se à medida da venda das

propriedades em que são desenvolvidas; por último, prosseguir a estratégia de

valorização das propriedades identificadas com potencial turístico-imobiliário, que

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  RELATÓRIO ANUAL DE 2011     

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permita retirar ganhos, quer pela consolidação de direitos, quer com a venda desses

ativos após valorização.

Exploração Agrícola, Pecuária e Florestal

A atividade da exploração e gestão agrícola no Grupo é prosseguida apenas pela

Companhia das Lezírias, SA, sociedade integralmente detida pela Parpública, sendo

este segmento de menor expressão em termos consolidados, embora o seu contributo

seja positivo quer na formação dos resultados, quer em termos patrimoniais.

Situação financeira

Os ativos afetos a esta atividade representam apenas 0,5% dos ativos consolidados do

grupo Parpública, percentagem ainda assim superior aos 0,1% que representa o peso

relativo dos passivos.

A Companhia das Lezírias continua a apresentar uma situação financeira bastante

sólida, onde quase 80% do ativo se apresenta financiado por fundos próprios, sendo de

destacar que a sociedade continua a não apresentar qualquer endividamento bancário.

De referir que no final de 2011 se regista uma redução do ativo em cerca de 7%, a qual

é explicada pelo efeito da consideração das variações do justo valor dos ativos tendo

resultado numa redução de 6,4 milhões €. Por seu lado, o passivo total mantém uma

trajetória consistentemente descendente, tendo diminuído no exercício cerca de 10%,

para o que contribuiu a redução em mais de 50% das dívidas a fornecedores.

Resultados da atividade

Tal como outros, também o mercado das commodities alimentares se tem caracterizado

por uma grande volatilidade, em particular no que respeita aos principais produtos

agrícolas de referência, cujos preços registaram em 2011 sucessivos máximos

históricos. Esta situação no caso da Companhia das Lezírias tem impactos diversos,

que são positivos ao nível do resultado das vendas das produções agrícolas, mas que

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  RELATÓRIO ANUAL DE 2011     

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são negativos relativamente ao setor pecuário, dado o seu efeito no aumento do preço

das matérias-primas destinadas à alimentação animal, impacto que no entanto a

companhia conseguiu conter através da adoção de adequadas medidas de gestão.

Neste contexto instável a Companhia das Lezírias conseguiu em 2011 um expressivo

aumento do resultado da atividade (excluindo ajustamentos de justo valor), o qual subiu

de – 191 milhares € para 889 milhares €.

Esta evolução francamente favorável foi possível essencialmente devido ao aumento da

tiragem e da valorização da cortiça e também ao muito significativo aumento da

produção de arroz, traduzindo aumentos de produtividade e da área afeta a esta

produção. Também a evolução das vendas de carne de bovino de marca própria

evoluíram favoravelmente tendo ultrapassado 1 milhão €.

O volume de negócios da companhia registou um expressivo aumento de mais de 26%,

atingindo em 2011 os 5,4 milhões €, quando em 2010 foi de 4,3 milhões €, com a

seguinte distribuição por área de negócios:

A par das atividades agropecuárias e da exploração florestal, a Companhia das Lezírias

continua a desenvolver alguns negócios nas áreas cinegéticas, educacionais e do

agroturismo, as quais visam essencialmente promover a imagem da CL mantendo o seu

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  RELATÓRIO ANUAL DE 2011     

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património, extremamente valioso sob diversos pontos de vista, aberto à fruição

pública.

Apesar do desempenho dos vários negócios ter sido globalmente positivo, a

Companhia apresenta, para efeitos de consolidação no Grupo Parpública, um resultado

líquido negativo de 5,3 milhões €. Este prejuízo e a variação negativa face ao lucro de

2010 que foi de 705 milhares €, é integralmente justificado pela variação negativa do

justo valor dos ativos que ascendeu aos 6,4 milhões €. Esta variação decorre da

consideração de acréscimos no justo valor dos ativos biológicos de 3,1 milhões € e da

redução do justo valor das propriedades de investimento em cerca de 9,5 milhões €.

O ano de 2011 correspondeu ao final do mandato efetivo dos órgãos sociais da

Companhia das Lezírias período durante o qual se registou uma evolução muito

favorável dos negócios cujos resultados permitiram a consolidação da sua estrutura

financeira.

Produção de Moeda, Publicações e Produtos de Segurança

A INCM – Imprensa Nacional Casa da Moeda, SA, sociedade cujo capital é

integralmente detido pela Parpública, é a única empresa neste segmento da atividade do

Grupo.

A INCM desenvolveu nos últimos anos um profundo trabalho de reorientação

estratégica acompanhado de um significativo plano de investimento e inovação que a

dotou de novas capacidades que lhe permitem enfrentar o novo contexto em que atua, o

qual foi profundamente alterado pela evolução tecnológica e pela aposta do Estado na

administração eletrónica e na desmaterialização dos serviços. Esta reorientação

estratégica tem sido acompanhada de políticas de ajustamento de custos tendo em vista

a maximização do seu desempenho interno, as quais tiveram entretanto que acomodar

as orientações gerais do Estado nesta matéria.

Situação Financeira

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  RELATÓRIO ANUAL DE 2011     

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No âmbito do Grupo Parpública, este segmento representa menos de 10% dos ativos

totais consolidados e 4,5% dos capitais próprios do Grupo.

A situação financeira da INCM continua sólida, tendo o exercício de 2011 contribuído

de forma muito expressiva para a sua consolidação. Os capitais próprios, que no final

de 2010 financiavam quase 50% do ativo, são agora suficientes para elevar aquela

percentagem aos 60%. Esta evolução, assente no bom desempenho operacional, com o

lucro apurado a ascender aos 26 milhões €, reflete essencialmente uma significativa

redução do passivo total (31%) mas muito particularmente do endividamento bancário

que diminuiu 65%, ou seja, cerca de 27,9 milhões €. Esta expressiva redução do

endividamento está diretamente ligada à concretização do projeto relacionado com a

destruição de moedas de escudo, operação que foi integralmente financiada por capitais

alheios através de empréstimos que têm estado a ser amortizados com o produto da

venda do metal resultante de destruição das moedas. De acordo com a calendarização

prevista, este projeto, sendo uma atividade não corrente, deverá estar integralmente

concretizado até ao final do corrente ano.

Resultados da atividade

A INCM apresenta em 2011 um volume de negócios de 118,9 milhões € que é superior

em 44% ao verificado no ano anterior, tendo o resultado líquido atingido os 26 milhões

€, valor que mais do que duplica o lucro obtido no ano anterior. Este extraordinário

aumento dos negócios e da rentabilidade está diretamente associado à já referida

operação de destruição do disco amoedado, ou seja, foi possível essencialmente graças

ao contributo de uma atividade não corrente.

Já a análise da atividade corrente da INCM conduz-nos a conclusões inversas na

medida em que se constata em 2011 uma redução significativa quer do volume de

negócios, quer dos resultados apurados. Neste conjunto de atividades, relacionadas com

as publicações oficiais, produtos gráficos, produtos metálicos, produção editorial e

contrastarias, o volume de negócios caiu cerca de 11%. Uma redução ainda maior,

cerca de 55%, foi a registada pelo resultado líquido apurado nestas atividades, que se

ficou pelos 5,8 milhões €.

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  RELATÓRIO ANUAL DE 2011     

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No conjunto das atividades correntes nem todas tiveram o mesmo comportamento

negativo, sendo de registar relativamente aos produtos metálicos um significativo

aumento do volume de negócios, traduzindo um maior interesse do público em

particular no que se refere a moedas de coleção em ouro. Continua a merecer destaque

o desempenho negativo da área das contrastarias, agora agravado em consequência da

acentuada diminuição da procura do serviço. Este desequilíbrio está associado ao facto

dos correspondentes emolumentos se manterem inalterados desde 1990, situação que

justifica a atribuição pelo Estado de uma indemnização compensatória, cujo valor

sofreu em 2011 uma redução de aproximadamente 50%.

Assim, os resultados de 2011, embora sejam francamente positivos permitindo uma

rentabilidade do capital próprio na ordem dos 30%, apontam para a necessidade de

reforçar a capacidade da empresa na procura de novos negócios e mercados que

possam dinamizar a sua atividade corrente e garantir, não só a manutenção da sua

estrutura financeira mas também uma adequada remuneração do capital acionista.

Tanto mais que o caminho já percorrido no campo da racionalização dos custos não

permite antever a existência de ganhos adicionais significativos nessa vertente.

Atividades Aeronáuticas

A nível internacional as atividades relacionadas com o transporte aéreo assumem

importância de relevo, o que pode ser demonstrado pelo facto das companhias aéreas

assegurarem anualmente a mobilidade de cerca de 3 mil milhões de pessoas sendo

ainda responsáveis pelo transporte de mais de 1/3 do comércio internacional. Assim

sendo, o comportamento do setor é seguramente um bom indicador da situação

económica podendo também funcionar como dinamizador da atividade económica.

De acordo com as informações disponíveis, o ano de 2011 foi um ano de contrastes

para este setor de atividade. Por um lado, ao mesmo tempo que a procura, na

componente passageiros, cresceu a nível mundial cerca de 5,9% face a 2010,

essencialmente durante o 1º semestre, o transporte de mercadorias registou uma quebra,

embora ligeira (0,7%). Por outro lado às dificuldades sentidas na Europa, e que

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  RELATÓRIO ANUAL DE 2011     

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colocam as companhias europeias como as menos rentáveis entre as maiores

transportadoras, contrapôs-se o otimismo vivido na China.

Também ao nível do Grupo Parpública este segmento incorpora empresas com

condições de desempenho e situações patrimoniais substancialmente diversas.

Enquanto o Grupo TAP, integralmente detido pela Parpública, tem vindo a enfrentar

dificuldades e a acumular prejuízos, o Grupo ANA, no qual a participação da

Parpública é de 68,56%, tem a sua situação financeira perfeitamente consolidada.

A análise do segmento das atividades aeronáuticas reflete ainda o facto destas

empresas, TAP e ANA, estarem incluídas no programa de privatizações a realizar a

curto prazo, pelo que os respetivos ativos e passivos estão agora classificados como

“detidos para venda”, enquanto os resultados obtidos são considerados relativos a

“unidades operacionais descontinuadas”.

Situação financeira

O segmento das atividades aeronáuticas tem sido um dos mais expressivos do Grupo

Parpública no que se refere ao conjunto de ativos e de passivos, já que representa quase

17% dos ativos consolidados sendo responsável por quase 20% dos passivos totais do

Grupo. Refletindo a situação particular do Grupo TAP, o segmento apresenta em 2011

capitais próprios inferiores aos de 2010, sendo o seu contributo negativo para a aferição

dos capitais próprio do Grupo Parpública. Também como vem sendo registado em

exercícios anteriores, e igualmente devido à situação do Grupo TAP, este segmento é o

que apresenta uma situação financeira mais crítica, sendo o ativo quase exclusivamente

financiado por capitais alheios.

GRUPO TAP

Na ausência de medidas estruturais visando a recapitalização da empresa e persistindo

as condicionantes estruturais de custos globais e marginais com ausência de sinergias

que afetam negativamente os negócios do grupo, a TAP manteve em 2011 uma

trajetória negativa, tendo registado um prejuízo que atingiu os 76,8 milhões €. Este

resultado, pior do que o verificado no ano anterior em cerca de 35%, coloca os capitais

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  RELATÓRIO ANUAL DE 2011     

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próprios do Grupo TAP (antes de interesses não controlados) abaixo dos 350 milhões

€. A dívida remunerada do Grupo manteve-se nos 1,2 mil milhões €, valor idêntico ao

do ano anterior, registando até uma ligeira redução de cerca de 46 milhões €, inferior

no entanto à redução das disponibilidades de caixa.

A evolução que se vem registando há vários anos e as limitações legais a um

envolvimento público na capitalização direta da TAP, colocam a reprivatização da

empresa como imprescindível para a criação de condições que garantam a

sustentabilidade dos negócios e da empresa, em particular num contexto recessivo da

atividade económica e de grande instabilidade dos mercados financeiros.

GRUPO ANA

Como já anteriormente referido a situação financeira do Grupo ANA tem vindo a

consolidar-se refletindo o bom desempenho operacional que as empresas que o

integram genericamente têm apresentado, situação que se verificou também em 2011,

ano em que se alcançaram os melhores resultados da história do Grupo com 75,6

milhões € de lucro. Estes resultados superam em cerca de 37,6% os apurados no ano

anterior. Refletindo estes resultados, o capital próprio do Grupo evoluiu

favoravelmente permitindo o financiamento de praticamente 30% dos ativos totais

consolidados.

Num cenário de fortes restrições financeiras foi necessário proceder a uma revisão do

plano de investimentos da qual resultou uma redução do valor dos investimentos

realizados em 2011 face aos efetuados em 2009 e 2010. Ainda assim, foram realizados

investimentos que ascenderam a cerca de 95 milhões €, essencialmente financiados

com os meios próprios gerados pelos negócios, já que o montante em dívida dos

empréstimos, que ascende aos 697,8 milhões €, apresenta um crescimento líquido de

apenas 1,2%, ou seja, mais 8,7 milhões € face ao existente no final de 2010.

Resultados da Atividade

O segmento das atividades aeronáuticas é de longe o mais significativo de todo o

Grupo Parpública em termos de volume de negócios representando cerca de 71,5% do

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  RELATÓRIO ANUAL DE 2011     

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total. Porém, refletindo a degradação dos resultados do Grupo TAP, e apesar da

evolução favorável apresentada pelo Grupo ANA, este segmento apresenta em 2011

um resultado negativo de 24,3 milhões €, pior do que os cerca de 19 milhões € de

prejuízos reportados em 2010.

GRUPO TAP

O ano de 2011 revelou-se fortemente negativo para o Grupo TAP que encerrou o

exercício com um resultado líquido negativo de 76,8 milhões €, significativamente pior

do que o prejuízo de 57,1 milhões € registados no ano anterior.

Este desempenho negativo verificou-se mesmo ao nível do transporte aéreo. Com

efeito, a TAP, SA embora tenha apresentado um resultado positivo de 3,1 milhões €

registou uma quebra no lucro que foi muito expressiva já que em 2010 tinha alcançado

um resultado positivo de 59,2 milhões €. Esta evolução traduz um agravamento dos

custos operacionais, em particular dos custos com combustíveis para avião os quais

cresceram cerca de 37% tendo chegado aos 716 milhões € quando em 2010 foram de

522,9 milhões €. Esta evolução na principal rúbrica da estrutura de custos anulou os

esforços feitos com a aplicação das medidas de redução dos custos operacionais das

quais decorreu a redução efetivas ao nível dos gastos com pessoal, a qual tem também

associada uma diminuição do número de efetivos. O crescimento do número de

passageiros transportados e a melhoria na taxa de ocupação não foram suficientes para

ultrapassar o aumento dos custos com combustível.

Também a atividade do handling encerrou o ano de 2011, com a SPdH a apresentar

resultados líquidos negativos de 11,1 milhões €, embora seja de registar que este valor

traduz uma significativa melhoria face ao prejuízo de 2010 (43,6 milhões €),

eventualmente refletindo já algumas medidas de gestão adotadas ao longo do ano de

2011, entre as quais as que levaram ao encerramento das operações no aeroporto de

Faro e que eram desenvolvidas em condições deficitárias. Neste contexto é de salientar

que a redução de efetivos ocorrida na SPdH (474) corresponde a quase 70% da redução

total verificada ao nível do grupo TAP, e que foi de 718 efetivos tendo-se verificado

redução em todas as áreas de negócio, incluindo portanto o transporte aéreo.

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  RELATÓRIO ANUAL DE 2011     

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Porém a área de negócio com contributo mais fortemente negativo para o Grupo TAP

continua a ser a manutenção e engenharia desenvolvida no Brasil. Em 2011 a TAP –

Manutenção e Engenharia Brasil, S.A. registou um resultado líquido negativo de 62,7

milhões €, o qual apesar de tudo foi 14,3% melhor do que o prejuízo verificado em

2010 (73,1 milhões €).

GRUPO ANA

A atividade central desenvolvida pelo Grupo ANA é a gestão dos aeroportos nacionais,

a qual é exercida pela ANA, SA e também pela participada ANAM – Aeroportos e

Navegação Aérea, SA. Paralelamente, o Grupo ANA está envolvido noutros negócios

diretamente relacionados, como é o caso do handling, atividade prosseguida através da

sociedade Portway – Handling de Portugal, SA, cujo capital é integralmente detido pela

ANA.

Como já referido o resultado apurado em 2011 traduz uma significativa melhoria face

ao registado em 2010, verificando-se que, com exceção da NAER, todas as empresas

do Grupo ANA apresentaram lucros no exercício de 2011. No entanto é de referir que a

ANA, SA regista em 2011 um resultado positivo de 26,5 milhões € que é

significativamente inferior ao apurado no ano anterior (56,4 milhões €). Esta expressiva

redução do lucro apurado ficou a dever-se ao reconhecimento de uma perda por

imparidade no montante de 46 milhões €, valor que corresponde à participação

financeira na NAER. Esta decisão encontra suporte nas posições governamentais que

apontam para a revisão dos pressupostos que serviram de base à decisão de construção

do novo aeroporto de Lisboa, dando prioridade à rentabilização da capacidade

disponível no aeroporto da Portela.

No plano operacional, o Grupo apresenta um desempenho favorável com o volume de

negócios a subir para os 424,9 milhões €. O crescimento da atividade traduz o aumento

do número de passageiros (+6,4%) e de aeronaves (+2%), verificando-se que as

companhias low cost continuam a ser as que apresentam maiores ritmos de

crescimento. Merece igualmente referência o facto de todos os aeroportos geridos pelo

Grupo apresentarem taxas de crescimento positivas, sendo de salientar que em 2011 as

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  RELATÓRIO ANUAL DE 2011     

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empresas do Grupo ANA serviram mais de 30 milhões de passageiros nos aeroportos

nacionais.

Mas a boa performance do Grupo está também diretamente ligada à continuação de

uma política de gestão que tem atuado ativamente sobre os custos e que tem vindo a ter

reflexos significativos na rentabilidade dos negócios. Em 2011, dando concretização a

essa política e também às orientações sobre a matéria que foram definidas pelo

Governo, o Grupo ANA alcançou, a par do aumento do volume de negócios de 4,5%,

uma redução dos custos operacionais, sendo de salientar a redução dos gastos com

pessoal em cerca de 10,3% e dos fornecimentos e serviços externos em

aproximadamente 4,4%. Refletindo esta evolução, o EBITDA aumentou 21,6%

alcançando um valor próximo dos 200 milhões €.

Naturalmente que as perspetivas para 2012 relativamente às empresas integradas neste

segmento são determinadas pelos respetivos processos de privatização, os quais neste

momento se encontram já em preparação prevendo-se a sua concretização ainda

durante o corrente exercício. Como já referido, para além da alteração da estrutura

societária, espera-se que a concretização destas operações, em particular no caso da

TAP, seja um contributo determinante para a resolução de alguns problemas que têm

condicionado de forma negativa o desenvolvimento dos negócios, como seja a sua

progressiva descapitalização.

Águas e Resíduos

À semelhança do verificado em anos anteriores, este segmento integra o Grupo AdP –

Águas de Portugal, SGPS, SA já que a Parpública é detentora de 72,18% do capital,

sendo o restante detido pela Parcaixa, SGPS, SA, com uma participação de 19%, e pelo

Estado que é diretamente detentor de ações correspondentes a 8,82 % do capital social.

O Grupo AdP tem como missão a conceção, construção, exploração e gestão de

sistemas abastecimento de água, de saneamento de águas residuais e de tratamento e

valorização de resíduos sólidos urbanos e industriais. Assim, o principal segmento de

negócio é o de Águas e Saneamento, no qual estão incluídas as empresas gestoras de

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  RELATÓRIO ANUAL DE 2011     

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sistemas municipais e multimunicipais de abastecimento de água e de saneamento de

águas residuais, a EPAL e as empresas de tratamento de resíduos, atividades que são

objeto de regulamentação específica. Para além destas o Grupo AdP desenvolve ainda

outras essencialmente no setor das energias renováveis, as quais em 2011 se

caracterizaram por alguma estagnação em função, não só do abrandamento da aposta

do país nesta área, mas também das restrições financeiras existentes que obrigaram à

reavaliação e redução do investimento realizado, o qual se reduziu para 495 milhões €,

quando em 2010 havia ascendido aos 603 milhões €.

Situação Financeira

O segmento em análise representa cerca de 38,5% dos ativos consolidados e

aproximadamente 31,5% dos passivos exigíveis de todo o Grupo Parpública, ao mesmo

tempo que mais de metade dos fundos próprios e equiparados do Grupo são utilizados

neste segmento que, como já referido, é constituído apenas pelas empresas do Grupo

AdP.

O Grupo AdP apresenta uma situação financeira estável com os fundos próprios (nos

quais incluímos para além do capital próprio os subsídios ao investimento por se tratar

de um passivo não exigível) a cobrirem cerca de 40% dos ativos, percentagem igual à

verificada no ano anterior.

Ao nível do passivo é de salientar que apesar do endividamento ter subido 55 milhões

€, ou seja 1,7%, a sua representatividade na estrutura de capital do grupo apresenta uma

muito ligeira redução sendo de 39,7% quando em 2010 era de 40,6%. Igualmente

relevante é o facto do endividamento do grupo ser maioritariamente de longo prazo

(79%) e constituído por empréstimo obtidos através da emissão de obrigações e

empréstimos do BEI. A este propósito de referir ainda que, face à redução do

investimento, teria sido possível alcançar uma redução do endividamento não fora o

agravamento do prazo médio de pagamento por parte dos municípios.

As principais questões que se colocam ao grupo AdP estão interligadas e prendem-se,

por um lado com a capacidade para captar os recursos financeiros indispensáveis ao

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  RELATÓRIO ANUAL DE 2011     

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financiamento dos investimentos previstos para os próximos anos, e, por outro, com a

necessidade de introduzir ajustamentos no modelo de negócio de várias concessões de

modo a ultrapassar as atuais fragilidades que comprometem a sustentabilidade do

sistema.

Resultados da Atividade

No exercício em análise o Grupo AdP alcançou um resultado líquido global de 139,9

milhões €, do qual é objeto de consolidação no Grupo Parpública o montante de 64,6

milhões €. Este nível de resultado ultrapassou de forma expressiva o alcançado em

2010 que havia sido classificado como o melhor da história do Grupo AdP.

O aumento do resultado assenta num aumento do nível de atividade com o volume de

negócios a crescer 15,2% para os 834 milhões € e o EBITDA para os 345 milhões €.

A par do crescimento dos negócios, é ainda de registar a ocorrência em 2011 de uma

redução de quase 11,5% dos gastos com o pessoal, enquanto os fornecimentos e

serviços externos registaram uma quebra de 4,5% e as dívidas a fornecedores

diminuíram cerca de 30%. Estas evoluções traduzem os bons resultados da

implementação no grupo AdP das políticas de racionalização de custos definidas nos

últimos anos e recentemente aprofundadas no quadro das orientações governamentais e

das normas específicas estabelecidas.

Mas os resultados obtidos foram também condicionados pelas reduções do justo valor

dos instrumentos financeiros contratados para obter cobertura face a variações da taxa

de juro, as quais ascenderam no exercício aos 25,7 milhões € refletindo o efeito da

descida de taxas de juro fixas verificada ao longo de 2011. Mas o fator mais relevante

terá sido o aumento dos desvios tarifários cujo efeito líquido foi de 41,4 milhões €,

valor significativamente superior aos 19,3 milhões € registados em 2010.

Outra forte condicionante da atividade tem sido o já referido acumular das dívidas de

clientes, e em concreto a dos municípios, dívida esta que só durante o ano de 2011

cresceu 139,8 milhões € tendo atingido os 394 milhões €, sendo que deste montante

global, 287,5 milhões € correspondem a dívidas individuais superiores a 2 milhões €.

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  RELATÓRIO ANUAL DE 2011     

51

Os montantes envolvidos e a persistência do acumular das dívidas justifica assim a

necessidade de ser encontrada uma metodologia que, de forma consistente e sustentada,

permita regularizar esta situação que vem degradando as condições de funcionamento

do Grupo AdP e ameaça o seu equilíbrio financeiro.

EVENTOS SUPERVENIENTES

Tal como foi referido ao longo do presente Relatório já após o encerramento do

exercício foram celebrados os contratos relativos à venda de 40% das ações da REN e

dos 15% do capital detido na HCB. Quanto à REN o preço foi superior ao custo da

participação o que indiciou não haver situação de imparidade para a participação. Para a

HCB o preço foi indicador para reconhecimento de perda por imparidade adicional. De

referir ainda, como também foi evidenciado em diversas oportunidades, que nesta data

não estão ainda concluídas estas transações.

SÍNTESE E AGRADECIMENTOS

Os resultados negativos de 16 M€ registados nas contas separadas, não incorporam as

vendas da participação de 21,35% da EDP, acordada com a China Three Gorges em 30

de Dezembro de 2011 dado que a sua conclusão se estendeu por um período alargado do

calendário de 2012.

Por outro lado, o resultado consolidado atribuível à Parpública, positivo em cerca de 61

Milhões €, reflete os bons resultados das empresas participadas, sendo de salientar que,

nas participadas com maioria de capital, é assinalável a redução operada ao nível

agregado dos seus custos salariais e de fornecimento e serviços de terceiros.

A perceção internacional sobre a situação financeira do País, e do Estado, está refletida

na baixa dos ratings atribuídos pelas 2 empresas internacionais que efetuam a avaliação

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  RELATÓRIO ANUAL DE 2011     

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do risco de crédito. Ambas, colocam a Parpública abaixo da notação de “investment

grade”.

A sensibilidade na avaliação dos riscos de financiamento às empresas Nacionais,

públicas e privadas, continua a colocar sérios desafios à integridade da continuidade de

suporte ao financiamento do seus investimentos, se não mesmo das suas operações. O

suporte externo enquadrado no envelope financeiro negociado com a Troika, permite

ganhar tempo para reestruturar o SEE, consolidar as contas públicas e reganhar a

necessária credibilidade dos mercados financeiros para o acesso autónomo aos mesmos.

A parcimónia nos investimentos futuros, decorrente da necessária ponderação sobre a

sua previsível rendibilidade económica, mas também financeira, a par com

reestruturações empresariais imprescindíveis, reavaliação dos regulamentos e

enquadramento legal vigentes, e venda de ativos em sede de privatizações, impõem-se,

de forma incontornável, como caução imprescindível para reganhar a confiança dos

mercados internacionais de crédito.

O Conselho de Administração realça e sublinha, no momento de apresentação do seu

Relatório Anual, o profundo agradecimento aos gabinetes ministeriais, serviços

Públicos e empresas do Grupo com um estreito relacionamento profissional,

nomeadamente aqueles com uma proximidade de relação profissional mais intensa

como é o caso dos do Ministério das Finanças, e em particular, os da Secretaria de

Estado do Tesouro e das Finanças e da DGTF.

Realce particular também para as entidades de supervisão e controlo, ao ROC e Auditor

Externo pelo aconselhamento, acompanhamento e rigor colaborante com que realizaram

a atividade desenvolvida na sociedade.

Finalmente, o Conselho de Administração sublinha, e agradece, o empenho, o

profissionalismo e a dedicação exaustiva demonstrada pelos quadros e trabalhadores no

desenvolvimento e exercício das suas funções.

 

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  RELATÓRIO ANUAL DE 2011     

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APLICAÇÃO DOS RESULTADOS  

A Parpública, SGPS, SA apresenta nas suas demonstrações financeiras separadas do ano

findo em 31 de dezembro de 2011 resultado líquido do período negativo de

16.838.393,69 €.

O Conselho de Administração propõe, nos termos da alínea f) do n.º 5 do artigo 66.º e

para efeitos da alínea b) do n.º 1 do artigo 376.º, ambos do Código das Sociedades

Comerciais, que sejam aplicados 16.838.393,69 € de resultados transitados na cobertura

daquele prejuízo.

Lisboa, 10 de maio de 2012

O Conselho de Administração

Joaquim José de Oliveira Reis Presidente

Carlos Manuel Durães da Conceição José Manuel Pereira Mendes de Barros Administrador Administrador

Fernanda Maria Mouro Pereira Pedro Miguel Rodrigues Soares Vasquez Administradora Administrador

Mário Alberto Duarte Donas Pedro Miguel Nascimento Ventura Administrador Administrador

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2º Caderno Relatório de Governo

Societário e Cumprimento de Orientações Legais

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CAP I – GOVERNO DA SOCIEDADE

MISSÃO E ORIENTAÇÕES ESTRATÉGICAS PARA O MANDATO

o Missão

A principal missão da PARPÚBLICA – Participações Públicas, SGPS, SA consiste em

apoiar o Estado na gestão de ativos financeiros públicos, mobiliários e imobiliários, e

prestar apoio técnico especializado em função de solicitações específicas.

Foram estes os objetivos que presidiram à criação da sociedade em 2000, quando,

através do Decreto-Lei nº 209/2000, de 2 de Setembro, foi constituída uma sociedade

com estatuto jurídico de sociedade gestora de participações sociais e natureza de veículo

empresarial do Estado destinado a apoiar a realização do programa de reprivatizações,

contribuir para a modernização da gestão das empresas do setor empresarial do Estado e

dinamizar a gestão do património imobiliário público. Paralelamente o Estado visou

ainda constituir um instrumento capaz de assegurar a prestação de apoio técnico

complementar ao Ministério das Finanças, desde logo em matérias relacionadas com o

lançamento e acompanhamento das concessões, mas também ao longo do tempo com

matérias mais específicas de relevo para a gestão do setor empresarial e ainda outras

matérias de interesse público.

Como SGPS a sua principal missão tem sido o apoio ao Estado na gestão das

participações públicas em geral, mas em particular das que se encontram em processo

de privatização nos termos da Lei 11\90, de 5 de abril, com as alterações introduzidas

pela Lei nº 50/2011, de 13 de Setembro, tendo ao longo da sua existência assegurado a

concretização de quase duas dezenas e meia de processos de privatização.

Outra vertente essencial da sua atividade consiste na gestão de património imobiliário

público, atividade que tem sido prosseguida essencialmente através da Sagestamo, sub-

holding especializada para a área do imobiliário igualmente constituída pelo mesmo

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  RELATÓRIO ANUAL DE 2011     

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Decreto-Lei nº 209/2000, que criou a Parpública. Para além da Sagestamo, também a

Lazer e Floresta, SA e a Baía do Tejo, SA, atuam na área do imobiliário com objetos

específicos.

 

o  Orientações Estratégicas e Grau de Cumprimento

O exercício da função acionista assenta no primado da definição de orientações

estratégicas as quais devem pautar a ação da gestão servindo de referência para a

avaliação da respetiva performance. Estes princípios estão naturalmente acolhidos no

sistema jurídico que regula o funcionamento das empresas do setor empresarial do

Estado, cuja base é o Decreto-Lei nº 558/99, de 17 de Dezembro, com as alterações que

lhe foram introduzidas pelo Decreto-Lei nº 300/2007, de 23 de Agosto, complementado

pelas regras de bom governo das empresas do Estado, aprovadas pela RCM nº 49/2007.

Igualmente, o Estatuto do Gestor Público, aprovado pelo Decreto-Lei nº 71/2007, de 27

de março, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei nº 8/2012, de 18 de janeiro,

identifica como primeiro dever dos gestores o cumprimento dos objetivos (al. a) do nº1

do artº 5º do DL 71/2007) os quais definem o parâmetro de referência para a avaliação

de desempenho (nº 1 do artº 6º do mesmo diploma).

Para o atual mandato, iniciado em 2010, a definição dos objetivos e orientações

estratégicas não assumiu o formalismo de um documento onde os mesmos se encontrem

sistematizados, mas em vez disso essas orientações decorrem, por um lado e de uma

forma geral, dos princípios básicos de interesse público que enquadram a atividade da

sociedade, e por outro lado e de forma concreta, pelas medidas de política económica e

orçamental que vêm sendo adotadas e que têm incidência nas áreas de atividade do

Grupo Parpública, através das leis orçamentais e dos sucessivos programas de

ajustamento económico e financeiro de onde decorrem orientações muito concretas, em

especial no que respeita ao Programa de Reprivatizações, mas também no que se refere

a orientações gerais relevantes no quadro da gestão empresarial pública relativamente a

redução de custos operacionais, incluindo salários, redução de prazos de pagamento e

limitação do crescimento do endividamento.

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  RELATÓRIO ANUAL DE 2011     

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Princípios

A condução dos negócios continuou a assentar em instrumentos de planeamento,

execução e controlo cuja articulação define um sistema de gestão capaz de garantir a

manutenção da sustentabilidade económica e financeira do Grupo e do valor dos seus

ativos. A atividade da gestão está assim particularmente focada no triplo objetivo de

maximizar o encaixe financeiro para o Estado, preservar a manutenção dos rácios

financeiros em termos adequados à natureza e liquidez dos ativos e potenciar a

capacidade de criação de valor das várias empresas que integram o universo Parpública.

Neste quadro assumem particular relevância todas as questões relacionadas com o risco.

Com efeito, a gestão atribui particular importância aos instrumentos de identificação e

controlo dos riscos de qualquer natureza que de alguma forma possam vir a pôr em

causa o valor dos seus ativos, nomeadamente os ativos financeiros, como forma de

salvaguardar a integridade do seu capital e preservar os interesses do seu acionista, o

Estado, e os credores. Nesta matéria, a atividade da área de Auditoria Interna assume

um papel estruturante sendo a sua ação enquadrada pelas recomendações do  The

Institute of Internal Auditors e do COSO – Committee of Sponsoring Organizations, as

quais são internacionalmente consideradas como as melhores práticas no setor.

Por outro lado, a gestão da sociedade é feita de acordo com os princípios de

transparência e legalidade em todas as áreas, desde as matérias fiscais e outras incluídas

nomeadamente nas leis orçamentais, até às questões de defesa da concorrência e de

funcionamento dos mercados financeiros. Em suma, a gestão da sociedade é conduzida

em respeito pelas boas práticas aceites pelos mercados em geral, e, dada a natureza do

seu capital, a gestão está ainda sujeita ao cumprimento das regras de bom governo

definidas para as empresas públicas.

Para garantir o respeito pelos princípios enunciados, a organização da sociedade tem

vindo a adaptar-se em função, quer da evolução do pensamento sobre a governance,

quer das modificações que se têm vindo a operar na evolvente externa, nacional e

internacional, quer ainda face à alteração do foco da atividade da empresa, a qual nos

últimos anos tem vindo a desenvolver-se crescentemente na área da gestão imobiliária

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  RELATÓRIO ANUAL DE 2011     

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face ao aumento do investimento no imobiliário afeto ao perímetro do Estado, o que

coloca necessariamente novos desafios e novos riscos. Paralelamente a Parpública tem

continuado a assegurar a sua função de origem que é o apoio ao Governo na execução

do Programa de Reprivatizações, ação que no atual contexto da economia, e em

particular, no quadro definido pelo acordo de assistência financeira, assume um papel

relevante.

Estratégia e coordenação empresarial

Num contexto em que se acentuaram as graves restrições que vêm condicionando o

funcionamento dos mercados financeiros, onde a volatilidade e instabilidade foram

permanentes, o principal objetivo da gestão foi assegurar a manutenção da estabilidade

da estrutura financeira da sociedade, a qual pressupõe também a preservação do valor

dos ativos e da sua capacidade de criação de valor. Neste contexto de dificuldades

várias, a coordenação da atividade empresarial ao nível do grupo assume papel

fundamental, tendo sido alcançada através de um acompanhamento próximo dos

principais negócios e empresas, nomeadamente através dos mecanismos de reporte, da

coordenação das políticas contabilísticas e da atuação transversal da área de Auditoria

Interna, funcionando sob a coordenação direta da Comissão de Auditoria da Parpública.

Ativos Financeiros

A gestão dos principais ativos financeiros da Parpública sempre foi definida tendo em

atenção os princípios e objetivos da política de reprivatizações e de acordo com as

normas e procedimentos aprovados pelo Governo.

Durante o ano de 2011 foram introduzidas alterações significativas no quadro legal em

que se desenvolvem as operações de reprivatização, já que a Lei 11/90, de 5 de abril, foi

objeto de alterações decorrentes da publicação da Lei 50/2011, de 13 de setembro.

Como principais alterações ao regime jurídico das reprivatizações refira-se a extinção

da Comissão de Acompanhamento das Reprivatizações e a previsão, em substituição, de

Comissões Especiais. Estas Comissões poderão ser constituídas por Despacho do

Primeiro Ministro, em cada um dos processos em que se considere necessário, e têm

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  RELATÓRIO ANUAL DE 2011     

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como função “apoiar tecnicamente o processo de reprivatização, de modo a garantir a

plena observância dos princípios da transparência, do rigor, da isenção, da

imparcialidade e da melhor defesa do interesse público.”

Nesta segunda alteração à Lei Quadro das Reprivatizações introduziu-se ainda o

princípio da “salvaguarda de interesses estratégicos nacionais” o qual deverá ser objeto

de regulamentação própria visando garantir a “salvaguarda de ativos estratégicos em

setores fundamentais para o interesse nacional, em observância do direito

comunitário.»

Por outro lado, assumindo as reprivatizações um papel essencial no plano das políticas

orçamentais e no quadro definido pelo Programa de Assistência Económica e

Financeira, no ano de 2011 a gestão da carteira de ativos da Parpública foi ainda mais

vincadamente determinada pelos objetivos definidos naquele Programa, quer quanto aos

ativos a alienar quer em termos do calendário das operações. Apesar do contexto dos

mercados financeiros não se apresentar particularmente favorável a operações desta

dimensão, mesmo tendo em conta a qualidade dos ativos envolvidos, ainda assim foi

possível dar cumprimento genérico às principais orientações definidas na medida em

que se encontram concretizados os processos de alienação das participações na EDP e

na REN tal como estava previsto no PAEF, processos que suscitaram assinalável

interesse no mercado internacional, o que permitiu, apesar da envolvente negativa antes

referida, alcançar condições de transação reconhecidamente vantajosas não só em

termos de preço, mas também quanto a outras contrapartidas para a economia

portuguesa. A concretização final das transações e a inerente transmissão das ações

estão apenas dependentes da conclusão de procedimentos obrigatórios de natureza

regulamentar e administrativa.

No quadro da concretização destas reprivatizações foi ainda decidida a liquidação da

Capitalpor, sociedade gestora de participações sociais detida integralmente pela

Parpública e que havia sido constituída precisamente para concentrar as participações

do Grupo que, decorrendo de nacionalizações no pós 25 de abril de 1974, estavam

abrangidas pela Lei Quadro das reprivatizações. Uma vez que com as alienações

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  RELATÓRIO ANUAL DE 2011     

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referidas foi reprivatizada a maioria daquelas participações a existência da Capitalpor

deixou de fazer sentido pelo que foi determinada a sua liquidação e as respetivas

participações remanescentes (Baía do Tejo e Lazer e Florestas) foram re-integradas na

carteira da Parpública. Relativamente a estas participações há a referir a intenção de

proceder à reprivatização da sociedade Lazer e Floresta de acordo com um modelo a

definir durante o presente exercício, enquanto no caso da Baía do Tejo o ano de 2011

ficou marcado pela integração dos ativos do ex-Fundo Margueira e ainda pela absorção

de algumas das funções da extinta sociedade Arco Ribeirinho Sul.

Das poucas participações abrangidas pelo regime da Lei 11/90 (e alterações

subsequentes) que se mantiveram na carteira da Parpública há a destacar a TAP,

empresa cujo processo de reprivatização tem sofrido ao longo do tempo vicissitudes

várias (lembre-se que o primeiro diploma que determina o início da sua reprivatização

data de 1998). Como é sabido a entrada de acionistas privados no capital da sociedade

está prevista no Programa de Assistência Económica e Financeira, estando o respetivo

processo em fase de preparação, no âmbito da qual foram lançados, ainda em 2011, os

trabalhos de avaliação da empresa nos termos previsto na Lei. Prevê-se assim que em

2012 se concretize este processo de reprivatização.

Já relativamente a todas as restantes participações que não se encontram abrangidas pela

legislação específica das reprivatizações, a Parpública continuou a assegurar a gestão

destes ativos no quadro dos princípios definidos pela Lei 71/88, de 24 de maio, e

legislação regulamentar. Incluem-se neste conjunto ativos tão diversos quanto as

participações na HCB e no Circuito do Estoril, na AdP e na INAPA, na INCM e na

SPE, na ANA e na Parcaixa, entre outras.

Relativamente a estes ativos, dando concretização ao critério que vem sendo seguido de

promover a alienação de todas as participações que não têm associado um interesse

estratégico, durante o ano de 2011 foram desenvolvidos intensos trabalhos e

negociações visando a alienação da participação de 15% na HCB, aliás de acordo com

compromissos assumidos pelo próprio Estado Português no âmbito do acordo bilateral

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  RELATÓRIO ANUAL DE 2011     

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celebrado com Moçambique. Esta transação, que envolve a venda de uma parte daquela

participação à REN, viria a ser concretizada já em 2012.

Também durante o ano de 2011 foram desenvolvidas inúmeras diligências e

negociações visando encontrar uma solução equilibrada e aceitável pelas partes no que

diz respeito à situação da Sociedade Mineira do Lucapa, único ativo da participada SPE-

Sociedade Portuguesa de Empreendimentos, SA. No entanto, e apesar do envolvimento

direto da Parpública, não foi possível ainda encontrar uma solução que viabilize a

preservação do valor dos investimentos já efetuados, estando entretanto o processo a

decorrer os seus trâmites no plano judicial.

Atividade Imobiliária

A atividade imobiliária do Grupo Parpública continuou centrada no Grupo Sagestamo,

por um lado, e nas sociedades Lazer e Floresta, Baía do Tejo e ENVC – Sociedade

Imobiliária, por outro.

Como já referido a Baía do Tejo integrou os ativos do ex-Fundo Margueira na

sequência da liquidação deste fundo operada no final de 2010, integração que veio a

ampliar significativamente o património e a área de intervenção desta sociedade.

Significativo impacto no perfil de atuação da Baía do Tejo teve também a liquidação da

sociedade Arco Ribeirinho Sul. Esta liquidação, que foi anunciada em 2011, veio a ser

concretizada já em 2012 através do Decreto-Lei nº 57/2012, de 1 de março, nos termos

do qual “As atribuições e competências relativas à promoção do Projeto do Arco

Ribeirinho Sul são transferidas para a Baía do Tejo, S. A.”.

O foco principal da atividade imobiliária do Grupo Parpública continua centrado no

Grupo Sagestamo, o qual atua sobre ativos maioritariamente adquiridos ao Estado no

âmbito do P.G.P.I.E. (Programa de Gestão do Património Imobiliário do Estado). Estas

aquisições, sempre efetuadas com base em avaliações independentes efetuadas por

entidades credenciadas, estão a ser condicionadas quer pelas dificuldades do mercado

em absorver os ativos em stock colocados em venda, quer pelas dificuldades de acesso a

financiamento adicional. Ainda assim, em 2011 o Grupo Sagestamo adquiriu ao Estado

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  RELATÓRIO ANUAL DE 2011     

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património no montante de 15 milhões €, valor financiado mediante a concessão de

suprimentos da acionista Parpública.

O modelo de gestão dos ativos em carteira assenta na colocação no mercado ou em

fundos de investimento imobiliário, no caso dos imóveis que têm associado contratos de

arrendamento, e que portanto têm assegurada por via contratual uma rentabilidade

própria. Para os restantes imóveis há que estruturar e implementar processos de

desenvolvimento que permitam dar concretização ao seu potencial de valor de forma a

que, logo que possível, o mercado possa, reconhecendo esse potencial, concretizar o

valor através da respetiva transação.

Naturalmente que todo este processo está profundamente condicionado pela conjuntura

do mercado caraterizado por uma severa restrição de liquidez e consequentemente por

uma muito reduzida apetência para novos investimentos.

Apoio ao Investimento Público

Em 2007, e no âmbito de uma parceria com a Caixa Geral de Depósitos, SA, foi

constituída a CREDIP – Instituição Financeira de Crédito, SA, entidade cujo objeto era

contribuir para a construção de soluções de financiamento de projetos de investimento

público. Entretanto, dado a evolução verificada nos mercados financeiros e na situação

orçamental do Estado, os acionistas concluíram que não se justificava a manutenção em

atividade desta entidade pelo que foi deliberada a sua liquidação, processo que se

encontra ainda em curso. 

Apoio Técnico ao Ministério das Finanças

Durante o ano de 2011 há a destacar relativamente a este aspeto o apoio técnico no

âmbito da concretização das operações de reprivatização constantes do Programa de

Assistência Económica e Financeira. Neste particular, são de referir os trabalhos

preparatórios das reprivatizações da EDP e da REN, entretanto já realizadas, mas

também o lançamento dos estudos preparatórios dos processos de reprivatização da

TAP e da ANA cujas avaliações foram contratadas ainda em 2011.

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Por outro lado a Parpública continua a dispor de uma equipa especializada que, desde há

vários anos, vem prestando apoio técnico ao Ministério das Finanças no que respeita ao

acompanhamento das questões relacionadas com as Parcerias Público-Privadas.

Igualmente no que respeita ao acompanhamento do Setor Empresarial do Estado, a

Parpública presta apoio ao Ministério das Finanças, e em concreto à DGTF,

designadamente através da disponibilização de serviços de apoio técnico ao nível da

gestão do SIRIEF, portal através do qual as empresas públicas cumprem as suas

obrigações de reporte, mas também no quadro da manutenção de outras rotinas de

acompanhamento das empresas do SEE.

POLÍTICAS DA EMPRESA E

REGULAMENTOS INTERNOS E EXTERNOS

 

o Código de Ética

Tal como mandam as regras da boa governação, a Parpública adotou um Código de

Ética como forma de explicitação, sistematização e divulgação dos princípios básicos

subjacentes à atividade da sociedade e todos os seus gestores, quadros e demais

colaboradores, os quais seguem os padrões correspondentes às boas práticas

internacionalmente aceites e também às regras definidas para a Administração Pública.

O sistema de princípios adotado visa assim garantir a adoção de padrões de conduta que

assegurem a igualdade de oportunidades, a transparência, o rigor, a lealdade e a

integridade das decisões e dos procedimentos, e ainda a confidencialidade e segurança

da informação. Para além destes objetivos a gestão e a condução da atividade é feita de

forma a promover de forma crescente a eficiência e racionalização na utilização dos

recursos e a promoção do capital humano, nomeadamente através de ações de formação.

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  RELATÓRIO ANUAL DE 2011     

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Também as questões relacionadas com a proteção do ambiente e, de uma forma geral,

todas as matérias relacionadas com a sustentabilidade estão presentes na definição da

matriz comportamental que enquadra a atividade da Parpública.

Visando garantir a sua permanente aplicação, o Código de Ética da sociedade é objeto

de adequada publicidade encontrando-se disponível no sítio da sociedade na internet.

o Políticas de Gestão do Risco, designadamente do Risco de Fraude e Corrupção

De acordo com as melhores práticas, uma adequada política de gestão e prevenção do

risco deverá basear-se numa exaustiva identificação dos diversos tipos e naturezas de

riscos a que a sociedade está sujeita, em função da sua atividade e enquadramento. Em

função dessa identificação e da análise dos processos é depois possível construir

mecanismos de controlo e monitorização que permitam adotar procedimentos que, não

só minimizem o impacto e a probabilidade de ocorrência das situações de risco mas

também forneçam sinais de alerta que, em tempo útil, permitam a prevenção, deteção e

correção de situações anómalas.

Neste contexto, a área de Auditoria Interna da Parpública, criada no final de 2010 e que

reporta funcionalmente à Comissão de Auditoria, levou a cabo um exaustivo

levantamento dos diversos processos operacionais e de suporte à atividade corrente da

sociedade, trabalho que permitiu uma profunda análise dos mesmos e a identificação

dos aspetos críticos envolvidos numa perspetiva de controlo de riscos. Com base nesse

trabalho de levantamento e análise, complementado com uma detalhada discussão com

todos os colaboradores envolvidos nas diferentes fases dos processos, foi possível

chegar à elaboração de um completo Manual de Procedimentos. Este documento, e o

seu caráter imperativo, constitui um precioso instrumento para a manutenção de um

adequado sistema de controlo interno, garantindo que a sociedade tem mecanismos não

só para se proteger da ocorrência de eventuais situações de risco, incluindo em matérias

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de fraude e corrupção, como, em caso de eventual necessidade poderá, em tempo útil,

adotar os comportamentos corretivos adequados.

Dados os padrões comportamentais existentes e atendendo à natureza da sua atividade,

acreditamos que o principal risco que a sociedade enfrenta poderá estar relacionado com

a preservação do valor dos seus ativos. Nesse sentido, o acompanhamento próximo dos

diversos negócios prosseguidos no âmbito do Grupo é essencial para assegurar um

conhecimento atempado da real situação das empresas e permitir um ajustamento das

estratégias empresariais em caso de necessidade.

A este propósito, é ainda de referir que um dos objetivos que esteve presente na criação

da área de Auditoria Interna na Parpública, foi também poder dispor de um órgão que

pudesse assegurar funções de auditoria nas empresas participadas, em particular

naquelas que, pela sua dimensão e natureza, não justificam a existência de um órgão de

auditoria próprio. Assim, a área de Auditoria Interna, com base na análise preliminar

efetuada ainda em 2010 do risco associado a cada uma das empresas participadas,

priorizou as ações de auditoria a serem conduzidas durante o ano de 2011.

No seguimento do exposto, foi efetuada (e concluída) a auditoria interna à participada

Lazer & Floresta e iniciada, já no último trimestre de 2011, a auditoria interna ao Grupo

Sagestamo.

Os principais objetivos que foram definidos para cada uma das ações de auditoria

interna são:

Fazer um levantamento dos procedimentos e dos mecanismos de controlo

interno atualmente em vigor nas empresas participadas;

Obter uma maior perceção dos riscos associados a cada processo e os controlos

existentes com vista à sua mitigação;

Verificar o cumprimento das políticas, procedimentos e contratos a que a

empresa participada está sujeita, através da realização de testes aos controlos;

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  RELATÓRIO ANUAL DE 2011     

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Identificar oportunidades de melhoria nos processos e propor ações de melhoria

para a otimização dos mesmos e para a manutenção de um adequado ambiente

de controlo interno.

Importa realçar que a metodologia de abordagem adotada em cada ação de auditoria

consistiu na análise de todos os processos operacionais e de suporte considerados como

significativos em cada uma das empresas participadas.

o Política e Modelo de Governance

A última alteração dos Estatutos da sociedade, ocorrida em 2007, visou adequar o

modelo de governo constante do contrato social ao novo quadro legal decorrente das

alterações introduzidos no Código das Sociedades, na legislação sobre o setor

empresarial público, nomeadamente através da RCM 49/2007 que definiu as regras de

bom governo das empresas do SEE, e ainda assegurar o cumprimento das normas

emanadas da CMVM, as quais são aplicáveis na medida em que a Parpública é emitente

de valores mobiliários admitidos à negociação em mercado regulamentado.

Assim, o modelo de governo definido para a empresa assenta num sistema composto

por um Conselho de Administração, que inclui uma Comissão de Auditoria, e pelo

ROC. Os membros dos órgãos sociais são designados pela Assembleia Geral para

mandatos de três anos.

No atual modelo de governo, o Conselho de Administração é composto por cinco a sete

membros. No mandato iniciado em 2010 o Conselho de Administração integra sete

administradores tendo um dos seus elementos sido nomeado em 28 de novembro de

2011 na sequência do pedido de renúncia apresentado por um dos vogais designados no

início do mandato em curso, que terminará no final do corrente ano de 2012.

Como acima referido, o Conselho de Administração, que é composto por três

administradores com funções executivas e quatro administradores sem funções

executivas, integra uma Comissão de Auditoria formada por três dos administradores

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não executivos. A Comissão de Auditoria, cuja composição é também determinada pela

Assembleia Geral, tem como função assegurar o controlo e a fiscalização da atividade

da sociedade, sem prejuízo das competências específicas do ROC, órgão igualmente

designado pela Assembleia Geral.

De uma forma geral, pode assim afirmar-se que o modelo de governo definido para a

Parpública respeita as boas práticas internacionalmente aceites em matéria de

governance, designadamente porque assegura uma adequada e efetiva separação entre

as funções executivas e as de controlo e fiscalização.

Conselho de Administração 

O Conselho de Administração da sociedade é presidido pelo administrador designado 

pela Assembleia Geral, que também determina quais os administradores com funções

executivas.

As regras de funcionamento do Conselho de Administração estão sistematizadas num

Regulamento aprovado pelo próprio conselho, o qual prevê a existência no seio do CA

de mais duas comissões especializadas: a Comissão Executiva, que integra todos os

administradores com funções executivas e que dispõe de poderes delegados pelo próprio

Conselho de Administração relativamente à gestão corrente da sociedade, a Comissão

de Auditoria, composta por três dos vogais não executivos, e ainda uma Comissão de

Avaliação, da qual fazem parte todos os vogais do CA sem funções executivas. À

Comissão de Avaliação cabe assegurar a avaliação de desempenho dos administradores

executivos nos termos legais estabelecidos sobre a matéria nomeadamente no quadro do

Estatuto do Gestor Público que foi recentemente objeto de atualização mediante a

publicação do Decreto-Lei nº 8/2012, de 18 de janeiro.

A estrutura de funcionamento definida pelo Conselho de Administração pode ser

representada da seguinte forma:

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Os Estatutos da sociedade definem as competências do Conselho de Administração da

seguinte forma:

1. Gerir, com os mais amplos poderes, todos os negócios sociais e efetuar todas as operações relativas ao objeto social, que não caibam na competência atribuída a outros órgãos da sociedade;

2. Aprovar os projetos de planos de atividade anuais e plurianuais a submeter à tutela;

3. A cooptação dos administradores;

4. O pedido de convocação da assembleia‐geral;

5. A aquisição, alienação e oneração de bens imóveis;

6. Aprovar os documentos de prestação de contas a submeter à assembleia‐geral;

7. A prestação de cauções e a prestação de garantias pessoais e reais pela sociedade, nos termos permitidos pelo nº2 do artigo 13º do Decreto‐Lei nº 558/99, de 17 de Dezembro, na redação do Decreto‐Lei nº 300/2007, de 23 de Agosto;

8. A mudança de sede social;

9. Representar a sociedade em juízo e fora dele, ativa e passivamente, podendo desistir, transigir e confessar em quaisquer pleitos e, bem assim, celebrar convenções de arbitragem;

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10. A contratação de programas de papel comercial e financiamentos previstos no orçamento ou plano de investimentos;

11. Propor à assembleia geral a contração de empréstimos e a emissão de empréstimos obrigacionistas não previstos no orçamento ou plano de investimentos;

12. Propor à assembleia geral a aquisição, alienação ou oneração de participações sociais;

13. Delegar numa comissão executiva a gestão corrente da sociedade.

O Conselho de Administração ao longo do ano de 2011 reuniu por 15 vezes, sempre por

convocação do seu Presidente.

Comissão Executiva

Tal como já referido, o Regulamento do Conselho de Administração constituiu uma

Comissão Executiva na qual foram delegados, em harmonia com o previsto na lei e nos

Estatutos, os poderes necessários à gestão corrente dos negócios da sociedade. A

Comissão Executiva, que integra os três administradores com funções executivas,

dispõe assim das seguintes competências:

1. A gestão, com os mais amplos poderes, de todos os negócios sociais, efetuando todas as operações relativas ao objeto social que não caibam na competência atribuída a outro órgão ou ao conselho de administração, pela lei, pelos estatutos ou pelo Regulamento de Conselho de Administração;

2. A definição de objetivos e da estratégia da sociedade e do grupo, para aprovação em conselho de administração;

3. A preparação dos planos de atividade anuais e plurianuais;

4. A preparação dos documentos de prestação de contas anuais;

5. A designação de mandatários para as assembleias‐gerais das empresas controladas ou participadas;

6. A contratação de programas de papel comercial e financiamentos previstos no orçamento ou planos aprovados;

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7. A verificação da execução orçamental da sociedade e a elaboração dos relatórios trimestrais de execução orçamental a submeter à tutela;

8. A aprovação, para submissão à assembleia‐geral, de contratos de financiamento da sociedade e do grupo bem como da emissão de empréstimos obrigacionistas não previstos no orçamento ou planos aprovados;

9. A aprovação, para submissão à tutela, de aquisições, alienações ou onerações de participações noutras sociedades;

10. A aquisição, alienação e oneração de bens imóveis;

11. A representação da sociedade em juízo e fora dele, ativa e passivamente, podendo desistir, transigir e confessar em quaisquer pleitos e, bem assim, celebrar convenções de arbitragem.

A Comissão Executiva, por seu lado, entendeu estabelecer uma divisão de funções e

áreas de responsabilidades a qual se traduziu na definição de pelouros com a seguinte

afetação:

Joaquim Reis, Presidente

Representação da Parpública; Coordenação Geral; Relacionamento com a Tutela; Parcerias Público‐Privadas; Operações de Privatização; Acompanhamento de empresas participadas (TAP, ANA, AdP, Parcaixa, INAPA e HCB).

José Manuel Barros, Vogal

Finanças; Organização e Sistemas de Informação; Acompanhamento de participações (empresas cotadas em Bolsa e ainda, Sagesecur, SPE e Circuito do Estoril).

Carlos Durães da Conceição, Vogal

Gestão e Promoção Imobiliária

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(Grupo Sagestamo – Fundiestamo, Estamo e Consest; Lazer e Floresta e Baía do

Tejo – Ecodetra, Ambisider e Portosider; ENVC, Soc. Imobiliária; Margueira,

Soc. Gest. Fundos Inv. Imobiliário; ISOTAL); Acompanhamento de empresas participadas (INCM, Companhia das Lezírias, HCV e Lisnave, e ainda, a Fundação Alter

Real e o IHRU).

A descrição das principais atividades prosseguidas pela Comissão Executiva durante o

ano de 2011 encontra-se plasmada ao longo do presente Relatório de Gestão, e muito

em particular no Relatório Financeiro que constitui o seu 1º Caderno. No âmbito das

suas atividades a Comissão Executiva realizou 36 reuniões.

A estrutura de funcionamento da Comissão Executiva e a respetiva distribuição de

pelouros reflete-se naturalmente na organização interna da sociedade a qual se apresenta

da seguinte forma:

 

Comissão de Auditoria

A Comissão de Auditoria, cuja composição é determinada pela Assembleia Geral,

integra os administradores não executivos Fernanda Mouro Pereira, que foi designada

Presidente, Pedro Vasquez e Pedro Miguel Nascimento Ventura, este último apenas

após a deliberação acionista de 28 de novembro de 2011.

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À Comissão de Auditoria compete assegurar o controlo e fiscalização da sociedade,

nomeadamente através da verificação do cumprimento dos Estatutos e dos

Regulamentos internos. Compete-lhe ainda apreciar as estruturas e mecanismos de

governo em vigor na sociedade tendo em vista garantir a sua adequação e fiabilidade

numa perspetiva de segurança, rigor e integridade. Neste âmbito a Comissão de

Auditoria dispõe de poder funcional sobre a área de Auditoria Interna podendo definir o

respetivo programa de ação e dirigir as suas atividades.

Nos termos dos Estatutos compete ainda à Comissão de Auditoria dirigir à Assembleia

Geral o seu parecer sobre o Relatório e as contas, bem como sobre qualquer proposta

apresentada pelo Conselho de Administração. Por outro lado, a Comissão de Auditoria

tem ainda o dever de propor a nomeação do ROC, cuja designação é da competência da

Assembleia Geral.

No exercício das suas atividades a Comissão de Auditoria reuniu por 11 vezes durante o

exercício a que se reporta o presente Relatório. A Comissão de Auditoria manteve ao

longo do ano contatos diretos com os administradores executivos sobre diversos aspetos

concretos da atividade da empresa, bem como no quadro da supervisão sobre a atividade

da área de Auditoria Interna, nomeadamente no que respeita aos trabalhos

desenvolvidos em empresas participadas.

Comissão de Avaliação

A Comissão de Avaliação, embora não prevista nos Estatutos, foi constituída pelo

Conselho de Administração com o objetivo de dar cumprimento às regras de bom

governo estabelecidas para o setor empresarial do Estado, nomeadamente pela RCM nº

49/2007. A Comissão, conforme deliberado pelo Conselho de Administração, é

presidida pelo administrador não executivo Mário Alberto Duarte Donas, integra todos

os outros administradores sem funções executivas. A sua principal missão é proceder à

avaliação do grau e das condições de cumprimento das orientações estratégicas

definidas pelo acionista bem como proceder à avaliação do desempenho dos

administradores executivos, tal como previsto no Estatuto do Gestor Público.

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No decurso do exercício em análise a Comissão de Avaliação realizou 2 reuniões.

Revisor Oficial de Contas

A fiscalização da sociedade compete a um Revisor Oficial de Contas. Para o mandato

em curso a Assembleia Geral nomeou em 2010 a sociedade Grant Thornton &

Associados, SROC representada pelo Prof. Doutor Vítor Franco (ROC 432).

Para além das funções de revisor oficial de contas e de auditor externo, o Prof. Vítor

Franco não exerce quaisquer outras funções de consultoria ou aconselhamento fiscal na

sociedade nem em outras empresas do Grupo Parpública.

o Política de Qualificação dos Recursos Humanos

A natureza e diversidade das funções exercidas pela Parpública, maioritariamente

caraterizadas por grande complexidade técnica, exigem uma elevada qualificação dos

recursos humanos. Esta exigência é ainda mais crítica pois, sendo a estrutura

operacional extremamente reduzida, os recursos humanos têm que ser, além de

tecnicamente qualificados, polivalentes já que são chamados a assegurar funções

diversas, por vezes em simultâneo e no âmbito de diferentes processos.

No final de 2011 o quadro de efetivos da Parpública, com diferentes naturezas de

vínculo, era composto por um total de 25 colaboradores, dos quais mais de 90% com

habilitação académica superior. Destes 25 colaboradores, 4 estavam afetos a funções de

apoio técnico ao Ministério das Finanças e um estava destacado numa participada no

âmbito das funções de apoio à gestão de participadas, característica das SGPS. Assim,

todas as atividades da Parpública, de natureza técnica ou administrativa e incluindo

todos os níveis de atuação, coordenação e controlo interno, eram asseguradas por um

total de 20 colaboradores, dirigidos pelos três membros da Comissão Executiva.

Para além da exigência em termos de qualificação técnica estar presente em todos os

processos de recrutamento, a manutenção de uma elevada capacidade técnica, em

particular num contexto de complexos desafios e de significativas alterações no

contexto económico e financeiro, pressupõe a existência de políticas de formação e

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  RELATÓRIO ANUAL DE 2011     

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atualização permanente. No entanto, apesar do reconhecimento dessa necessidade, a

possibilidade de frequência de ações de formação e requalificação é fortemente

condicionada pela muito reduzida dimensão do núcleo de efetivos e pela exigência e

intensidade da atividade corrente da sociedade. Ainda assim, durante o ano de 2011

cerca de metade dos colaboradores beneficiaram de formação específica que incidiu em

especial em matérias relacionadas com a fiscalidade, contabilidade e técnicas de

orçamentação e auditoria.

o Política de Aquisição de Bens e Serviços

Os processos visando a aquisição de bens e serviços pela Parpública têm

obrigatoriamente que respeitar um conjunto de procedimentos que se encontram

sistematizados e detalhados em documento próprio que se encontra disponível no site da

empresa.

Este Regulamento para a aquisição de bens e serviços, locação de bens e contratação

de empreitadas pela Parpública, foi elaborado com base nos pressupostos de

transparência, rigor e eficácia que sempre estiveram presentes nos processos de

aquisição pela Parpública mesmo antes da existência formal daquele documento,

princípios que são inerentes à gestão pública.

O Regulamento em vigor detalha os procedimentos obrigatórios associados aos

processos de decisão e contratação das compras de bens e serviços, estabelecendo regras

claras e objetivas que definem os diferentes níveis de responsabilidade na decisão de

contratar, bem como a segregação de funções no que respeita aos processos de consulta,

negociação e de pagamento. O Regulamento privilegia a aquisição de bens móveis por

um sistema de benchmarking com as compras públicas e a contratação de serviços

especializados pela experiência colhida com contratações anteriores pela empresa ou

por empresas do grupo, sendo a consulta a entidades indiferenciadas considerada

adequada apenas para outros tipos de aquisições de bens e serviços.

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O objetivo essencial do Regulamento é assim garantir a total transparência do processo,

assente na defesa do princípio da igualdade de acesso e na equidade e eficácia do

processo negocial e contratual. O Regulamento estabelece ainda mecanismos que

asseguram o controlo da efetiva entrega dos bens ou da prestação dos serviços, as quais

têm obrigatoriamente que ser validadas previamente ao respetivo pagamento.

o Regulamentos Internos e Externos a que a Empresa está Sujeita

Antes de mais, a Parpública é uma sociedade de capitais públicos pelo que, quer a

sociedade, quer os seus gestores quer os colaboradores, estão sujeitos ao cumprimento

das normas definidas para o universo empresarial do Estado.

O diploma angular do regime jurídico das empresas do Setor Empresarial do Estado é

constituído pelo Decreto‐Lei nº 558/99, de 17 de Dezembro, com as alterações

introduzidas pelo Decreto‐Lei nº 300/2007, de 23 de Agosto. Igualmente relevante dada

a natureza pública do capital é a legislação referente ao controlo financeiro exercido

pelo Tribunal de Contas assente na Lei 98/87, de 26 de Agosto, com as alterações

decorrentes da Lei 87-B/98, de 31 de Dezembro; Declaração de Retificação 1/99, de 16

de Janeiro; Lei 1/2001, de 04 de Janeiro; Lei 55-B/2004, de 30 de Dezembro;

Declaração de Retificação 5/2005, de 14 de Fevereiro; Lei 48/2006, de 29 de Agosto;

Declaração de Retificação 72/2006, de 06 de Outubro; Lei 35/2007, de 13 de Agosto e

Lei 3-B/2010, de 28 de Abril.

A atividade da Parpública está sujeita à regulamentação própria que incide sobre as

sociedades gestoras de participações sociais consubstanciada no Decreto-Lei nº 495/88,

de 30 de dezembro, e legislação suplementar, o que desde logo coloca a sociedade sob o

controlo da Inspeção Geral de Finanças. E como no âmbito da sua atividade a

Parpública é emitente de valores mobiliários transacionáveis em mercados

regulamentados está ainda sujeita ao cumprimento de Regulamentos específicos da

CMVM e do Banco de Portugal, muito em particular em matérias relacionadas com a

transparência da gestão e a garantia da integridade e adequada disponibilização da

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  RELATÓRIO ANUAL DE 2011     

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informação relevante enquanto detentora de participações qualificadas em sociedades

financeiras e enquanto emitente de valores mobiliários admitidos à negociação em

mercado regulamentado.

No plano da gestão, há desde logo a ter em conta os princípios de bom governo

definidos na Resolução do Conselho de Ministros nº 49/2007, publicada em 28 de

março, de acordo com os quais deverá ser dado cumprimento às orientações estratégicas

definidas pelo acionista, quer as orientações gerais e globais definidas para todo o setor

empresarial do Estado, quer as orientações definidas em particular para a empresa.

Por seu lado, os gestores da Parpública estão abrangidos pelo Estatuto do Gestor

Público aprovado pelo Decreto‐Lei nº 71/2007, de 27 de março, com as alterações

entretanto introduzidas, em particular as definidas no Decreto-Lei nº 8/2012, de 18 de

janeiro quanto a questões de remuneração, contratos de gestão e outros benefícios. A

este respeito diga-se até ao momento não foram celebrados contratos de gestão com os

atuais administradores, cujo mandato teve início em 2010, altura em que a legislação

considerava obrigatória a celebração daqueles contratos apenas “nas empresas que

prestem serviços de interesse geral” (artº 18º do Decreto-Lei nº 71/2007, de 27 de

março) o que não é o caso da Parpública.

Também os colaboradores da Parpública estão sujeitos ao enquadramento definido pelo

Código de Ética e demais regulamentos internos e pelo enquadramento aplicável ao

Setor Empresarial do Estado, nomeadamente, e em particular, em matérias relacionadas

com os deveres de lealdade e integridade inerentes ao serviço em funções públicas mas

também em matéria remuneratória no que respeita às determinações legais específicas

que têm imposto a redução das remunerações.

No âmbito interno estão em vigor diversos Regulamentos que enquadram a atividade

corrente da empresa. Um dos aspetos essenciais que carateriza esses regulamentos é a

preocupação com o princípio da segregação de funções a par de uma definição clara dos

circuitos administrativos e contabilísticos e da afetação de funções e responsabilidades

aos diferentes intervenientes. Estes aspetos são considerados essenciais para a

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  RELATÓRIO ANUAL DE 2011     

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salvaguarda dos objetivos de transparência, rigor, integridade e segurança que se

pretendem garantir.

No conjunto dos regulamentos internos é de referir desde logo o Regulamento do

Conselho de Administração e da Comissão Executiva, que estabelece as regras de

funcionamento destes órgãos nomeadamente no que se refere à definição e distribuição

de áreas de responsabilidade específica entre os administradores executivos.

No plano funcional, assume papel de destaque o Manual de Procedimentos aprovado

pela Administração já em 2012 e que foi desenvolvido ao longo de todo o ano de 2011

pela área de Auditoria Interna em conjunto com todas as restantes áreas da empresa,

para efeitos de um trabalho exaustivo de levantamento dos vários processos

operacionais e de suporte às atividades da sociedade.

A elaboração do Manual de Procedimentos constituiu uma excelente oportunidade para

desafiar e validar os diferentes processos existentes sendo, naturalmente, de aplicação

universal e obrigatória para todos os seus intervenientes.

Este documento é, igualmente, um instrumento privilegiado de controlo interno na

medida em que é um facilitador para a empresa atingir os seguintes objetivos:

Maior formalização e sistematização de processos e procedimentos, evitando interpretações incorretas;

Clarificação de normas, funções e responsabilidades atribuídas aos colaboradores da empresa;

Uniformização de políticas e procedimentos, compilados num Manual;

Maior perceção dos riscos associados a cada processo;

Melhoria e otimização de processos: o Prevenindo e/ou detetando erros operacionais e financeiros;

o Aumentando a eficiência e a eficácia dos processos, incluindo a preocupação pela redução de custos e desperdícios e a simplificação e otimização de tarefas;

o Prevenindo a existência de atividades/tarefas que são realizadas mais do que uma vez e/ou por diferentes colaboradores;

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o Contribuindo para o desenvolvimento do Ambiente de Controlo Interno e a Cultura de Gestão de Risco

O Manual de Procedimentos, apesar de resultar de um intenso trabalho desenvolvido ao

longo de todo o ano de 2011 não deve ser considerado, até pela sua natureza, um

documento terminado e fechado, devendo refletir as esperadas melhorias contínuas dos

processos, ficando a sua monitorização sob a responsabilidade da área de Auditoria

Interna no âmbito das auditorias internas periódicas.

No plano operacional é ainda de referir o Manual do Gestdoc que define os princípios,

sistematiza as regras e identifica os intervenientes responsáveis pelas diferentes fases do

processo de gestão documental. Esta gestão é feita com base numa ferramenta

informática que assegura o controlo do processo de emissão, receção e organização de

toda a correspondência e produção documental, incluindo a documentação

contabilística, e ainda a gestão do arquivo.

De referir ainda a existência do Regulamento para a aquisição de bens e serviços,

locação de bens e contratação de empreitadas pela Parpública, já anteriormente

mencionado, tal como a Política de Gestão do Risco de Fraude e o Plano de Prevenção

de Riscos de Fraude, Corrupção e Infrações Conexas, documentos aprovados em 2010.

Todos estes Regulamentos internos são enquadrados pelos princípios constantes do

Código de Ética, aprovado em 2008 e objeto de atualização em 2009, encontrando-se

disponíveis no site da empresa todos os Regulamentos com incidência na relação da

empresa com o exterior.

SUSTENTABILIDADE E CUMPRIMENTO DE OBJETIVOS

Numa sociedade como a Parpública a sustentabilidade está diretamente relacionada com

a capacidade dos seus ativos gerarem o adequado retorno. E essa capacidade depende

cada vez mais da envolvente macroeconómica a nível nacional e internacional.

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  RELATÓRIO ANUAL DE 2011     

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O atual cenário é assim particularmente exigente. Quer no plano nacional, quer no plano

internacional, as dificuldades e os desafios que se colocam são vários e complexos e a

incerteza e instabilidade são as características determinantes do caminho que se antevê

pela frente.

Neste quadro, o principal objetivo passa pela preservação dos principais equilíbrios que

permitem salvaguardar a sustentabilidade da empresa ao mesmo tempo que se procura

dar cumprimento às orientações de política económica definidas cuja execução se insere

no âmbito da atividade da empresa.

No caso da Parpública, os objetivos definidos em termos de privatizações e quanto ao

cumprimento de programas de aquisição de Imobiliário têm que ser prosseguidos a par

dos objetivos gerais definidos para o conjunto do SEE – assentes em políticas de

redução de custos e de endividamento - e em termos que permitam a manutenção da

sustentabilidade e da capacidade de financiamento de curto e médio prazo.

Assim, para o ano de 2011, o principal objetivo da gestão passou pelo cumprimento das

orientações acionistas e pela adoção das medidas necessárias à manutenção de

condições de sustentabilidade da empresa, num contexto em que as principais

orientações se estruturaram em torno dos seguintes objetivos:

Criação de valor, num contexto particularmente difícil, e dada a natureza dos ativos em

carteira, a criação de condições que permitam concretizar o potencial do valor da

carteira assume uma importância ainda maior;

Programa de Privatizações e alienação de participações não estratégicas, assegurando

a concretização das ações preconizadas no Programa de Assistência Económica e

Financeira, quer quanto a ativos a alienar quer quanto ao respetivo calendário. Este

programa, ao nível da Parpública, implica a alienação de uma grande parte da carteira;

Gestão dos ativos do Grupo, que implica, num quadro de dificuldades diversas,

conseguir dinamizar processos de reorganização e racionalização empresarial tendo em

vista a criação de valor e a utilização dos recursos financeiros disponíveis em termos

que assegurem o financiamento das atividades em curso;

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  RELATÓRIO ANUAL DE 2011     

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o Análise da Sustentabilidade da Empresa nos Domínios Económico, Social e Ambiental

A atividade da empresa e do grupo tem sido conduzida tendo como objetivo a

preservação dos principais equilíbrios que assegurem a sua sustentabilidade económica

e financeira.

A preocupação central tem sido a de garantir que o valor intrínseco da carteira de

participações e dos restantes ativos, e a respetiva rentabilidade, são suficientes para

assegurar a satisfação atempada dos compromissos assumidos, nomeadamente em

relação aos credores.

Este objetivo de gestão tem vindo a tornar-se cada vez mais exigente em função das

alterações ocorridas na envolvente externa e interna. Com efeito, as grandes

perturbações verificadas no funcionamento dos mercados financeiros, e nomeadamente

em relação à divida soberana de vários países da zona euro, e de Portugal em particular,

não poderiam deixar de provocar impactos negativos numa empresa como a Parpública,

sociedade de capitais exclusivamente públicos. O principal reflexo dessa situação foi o

downgrade das suas notações de rating, evolução essencialmente justificada pelo

enquadramento macroeconómico e pelo aumento do risco associado à conjuntura do

país, mas também explicado por uma maior sensibilidade dos mercados ao próprio fator

risco.

Neste contexto resultou justificada a adoção de políticas conservadoras na valorização

dos ativos, financeiros e imobiliários, que desde sempre caracterizou a filosofia de

gestão da Parpública, a qual se baseia em princípios de razoabilidade e rigor, tendo

sempre em consideração as projeções de valor no longo prazo.

Na atual conjuntura, marcada por grande volatilidade, assume cada vez maior

importância a adequada identificação e controlo dos riscos. Neste campo a Parpública

tem procurado atuar de forma proativa tendo em devido tempo adequado o seu modelo

de governo, que passou a integrar uma Comissão de Auditoria. No mesmo sentido, e

apesar da muito reduzida dimensão da sua estrutura organizativa, foi constituída uma

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  RELATÓRIO ANUAL DE 2011     

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área de Auditoria Interna. Esta estrutura, coordenada do ponto de vista funcional pela

Comissão de Auditoria, tem vindo a trabalhar no sentido de definir procedimentos de

execução e controlo que permitam uma adequada identificação e monitorização dos

diversos riscos associados à atuação da empresa. Este trabalho levou já à aprovação de

um Manual de Procedimentos o qual constitui um importante instrumento para a gestão

do risco e a defesa da sustentabilidade da empresa.

De referir ainda que a atuação da empresa e dos seus dirigentes e colaboradores está

ainda enquadrada por um sistema regulamentar e normativo definido com o objetivo de

preservar o valor dos ativos confiados à gestão da Parpública e a qualidade dos serviços

prestados. Inclui-se neste conjunto de documentos o Código de Ética, bem como os que

constituem a Política de Gestão do Risco de Fraude e Infrações Conexas, incluindo o

Plano de Prevenção de Riscos de Fraude, Corrupção e Infrações Conexas. Para além

destes há ainda a ter em conta os regulamentos de natureza operacional relacionados

com as compras e com a gestão documental.

Por último considera-se relevante referir que a Parpública procura preservar a sua

relação com a sociedade através da manutenção de uma adequada política de

comunicação assente em princípios de rigor, transparência e oportunidade e utilizando

os canais previstos nas normas aplicáveis ou que se revelem mais adequados em cada

caso. Para o efeito a Parpública dispõe de um profissional especializado na matéria para

além de ter designado um representante para as relações com o mercado e a CMVM, e

ainda disponibilizando diretamente no seu site toda a informação pública sobre a sua

atividade.

Enquanto SGPS a atividade da Parpública não se depara diretamente com questões de

natureza ambiental, a não ser como mera utilizadora de bens e serviços onde são

respeitados os princípios definidos, nomeadamente no âmbito das orientações emanadas

para as compras públicas. No entanto, ao nível do grupo existem diversas áreas onde

estas matérias assumem relevo e onde são acompanhadas com a atenção que a sua

importância justifica. São de referir neste caso, e em particular, as empresas que atuam

nos setores aeronáutico e imobiliário nas quais estas matérias implicam a adoção de

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procedimentos específicos. Acresce que o segmento das águas e resíduos, constituído

pela AdP, inclui essencialmente atividades diretamente relacionados com matérias

ambientais sendo o seu objeto principal precisamente contribuir para a salvaguarda do

ambiente nomeadamente através da correta utilização de recursos como a água ou para a

resolução de problemas ambientais (como o tratamento de resíduos sólidos).

o Avaliação sobre o Cumprimento dos Princípios de Bom

Governo

A gestão da Parpública está vinculada aos princípios de boa gestão definidos na RCM nº

49/2007, publicada em 28 de Março, os quais são respeitados e cumpridos. No quadro

seguinte procura-se dar conta de forma exaustiva desse cumprimento efetivo

relativamente à atividade prosseguida em 2011:

Principios de Bom Governo

Recomendações

Grau de

Cumprimento

Missão, Objetivos e Princípios Gerais de

Atuação

Cumprimento, enunciação e divulgação, da missão, objetivos e politicas que tenham sido determinados para si e para as participadas que controla, de forma económica, financeira, social e ambientalmente eficiente, atendendo a parâmetros exigentes de qualidade, procurando salvaguardar e expandir a sua competitividade, com respeito pelos princípios fixados de responsabilidade social, desenvolvimento sustentável e satisfação das necessidades da coletividade;

Elaborar planos de atividade e orçamentos adequados aos recursos e fontes de financiamento disponíveis, tendo em conta a sua missão e aos objetivos fixados;

Definir estratégias de sustentabilidade no domínio económico ,social e ambiental identificando objetivos e instrumentos de planeamento, execução e controlo a utilizar;

Reporte de informação anual à tutela e ao público em geral, de como foi prosseguida a missão, grau de cumprimento dos objetivos, forma de cumprimento da política de responsabilidade social e de desenvolvimento sustentável e forma de salvaguarda da sua competitividade;

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Cumprimento de legislação e regulamentação, adoptando um comportamento eticamente irrepreensível na aplicação de normas de natureza fiscal, de branqueamento de capitais, de concorrência, de protecção do consumidor, de natureza ambiental e de índole laboral, nomeadamente relativas à não discriminação e à promoção da igualdade entre homens e mulheres e permitindo a conciliação da vida pessoal, familiar e profissional;

Tratamento com respeito e integridade de todos os trabalhadores e contribuir para a sua valorização pessoal;

Conduzir com integridade todos os negócios da empresa. Ter ou aderir a um código de ética que contemple exigentes comportamentos éticos e deontológicos e proceder à sua divulgação.

Tratamento com equidade de clientes, fornecedores e demais titulares de direitos legítimos, estabelecendo e divulgando procedimentos adotados em matéria de aquisição de bens e serviços, adotando critérios de adjudicação orientados por princípios de economia e eficácia, que assegurem a eficiência das transações realizadas e que garantem a igualdade de oportunidades para todos os interessados. Divulgação anual de todas as transações que não tenham ocorrido em condições de mercado e a lista dos fornecedores que representem mais de 5% dos fornecimentos e serviços externos (se a % ultrapassar 1M€);

Estruturas de Administração e Fiscalização

Órgãos de administração e fiscalização ajustados à dimensão e complexidade da empresa, comparáveis com empresas privadas de dimensão semelhante e do mesmo setor;

O modelo de governo deve assegurar a efetiva segregação de funções de administração e fiscalização;

Emissão de relatório de avaliação de desempenho anual dos gestores executivos e de avaliação global das estruturas e mecanismos de governo em vigor pela empresa, efetuado pelos membros não executivos ou comissão especializada;

Contas auditadas por entidade independente com padrões idênticos aos praticados para empresas admitidas à negociação em mercados regulamentados;

Implementação do sistema de controlo, que proteja os investimentos e ativos da empresa e que abarque todos os riscos relevantes assumidos pela empresa;

Promover a rotação e limitação dos mandatos dos membros dos órgãos de fiscalização.

 

 

Divulgação anual das remunerações totais (fixas e variáveis) auferidas por cada

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Remuneração e Outros Direitos

membro do órgão de administração, executivos e não executivos e do órgão de fiscalização;

Divulgação anual dos demais benefícios e regalias (seguros de saúde, utilização de viatura e outros benefícios concedidos pela empresa).

Prevenção de conflitos de interesses e divulgação de informação relevante

Obrigação dos membros dos órgãos sociais de se absterem de intervir em decisões que envolvam o seu próprio interesse;

Obrigação dos membros dos órgãos sociais de declararem quaisquer participações patrimoniais importantes que detenham na empresa e relações relevantes que mantenham com fornecedores, clientes ou outros, suscetíveis de gerar conflito de interesse;

Divulgar publicamente, de imediato, todas as informações de que tenham conhecimento, susceptíveis de afetar de modo relevante a situação económica, financeira e patrimonial da empresa;

Princípios relativos à divulgação de informação

Disponibilizar à DGTF para divulgação no sítio das empresas do Estado e divulgar no sítio da própria empresa, de forma clara, relevante e atualizada, toda a informação antes enunciada, a informação financeira histórica e atual da empresa e a identidade e elementos curriculares de todos os membros dos seus órgãos sociais;

Nomeação do provedor do cliente, quando se justificar.

Incluir no Relatório de Gestão ponto relativo ao governo da sociedade referindo; regulamentos internos e externos a que está sujeita, informações sobre transações relevantes com entidades relacionadas, remunerações dos membros dos órgãos, análise de sustentabilidade e, em geral, avaliação do grau de cumprimento dos Princípios de Bom Governo);

N.A.

 

 

o Divulgação de Informação Obrigatória

A divulgação de informação obrigatória constitui um dos aspetos essenciais nas regras

de bom governo de uma sociedade e portanto, como acima se deixou expresso, a

Parpública dá cumprimento estrito a esta orientação.

A divulgação de informação é hoje feita em diversos suportes, mas deverá ter sempre

como característica ser verdadeira, completa e atempada.

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No caso da Parpública os principais normativos referentes a obrigações de divulgação

de informação são, desde logo o Código das Sociedades, nomeadamente no que se

refere a informação ao acionista, mas também os vários regulamentos e instruções

emanados de instituições como o Banco de Portugal, o INE, o Tribunal de Contas, a

IGF, a DGTF e a CMVM. A todos estes normativos a empresa procura dar resposta em

termos adequados, quer relativamente à substância, quer relativamente à forma, quer aos

calendários e periodicidade estabelecidos.

O suporte clássico para divulgação de informação continua a ser o Relatório anual de

Gestão, o qual é elaborado procurando dar resposta a todas as normas e preceitos

aplicáveis de modo a que todos os interessados possam ter acesso à informação plena

sobre a situação da empresa e os resultados anuais da sua atividade.

A sociedade aproveita ainda os novos suportes eletrónicos para divulgar informação,

como seja o seu próprio site, o do SEE e o da CMVM.

Por outro lado, no âmbito de relacionamento com as várias entidades de supervisão e

controlo (CMVM, BP, TC, IGF e DGTF), a Parpública fornece toda a informação

sistemática pré-definida ou aquela que lhe é solicitada em razão de situações ou

matérias específicas.

 

 

OUTRAS INFORMAÇÕES SOBRE

O MODELO DE GESTÃO

o Identificação dos Membros dos Órgãos Sociais

Em Assembleia Geral realizada em 17 de Maio de 2010 foram eleitos os órgãos sociais

para o mandato 2010 – 2012. Atualmente, e após a substituição ao longo do mandato do

vice- presidente da Mesa da Assembleia Geral e de um dos administradores não

executivos, os órgãos sociais apresentam a seguinte composição:

 

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Na sequência da apresentação do pedido de renúncia apresentado ainda em 2010 por um

dos administradores foi designado por Deliberação do acionista de 28 de novembro de

2011 como seu substituto o Dr. Pedro Miguel Nascimento Ventura.

 

Política de Remunerações dos Órgãos Sociais

A remuneração dos membros dos órgãos sociais da Parpública em vigor em 2011 teve

por base os valores fixados pela Assembleia Geral de acordo com princípios e

orientações estabelecidas pelo acionista que assentaram em critérios compatíveis com as

boas práticas existentes em empresas de dimensão e complexidade semelhante.

Refletindo as condicionantes atuais que apontam para a necessidade de redução dos

 

 

  Revisor Oficial de Contas

Efectivo  Grant Thornton & Associados, SROC     Representada pelo Prof. Vitor Franco ( ROC432) 

Suplente  Leopoldo Alves & Associados, SROC     Representada pelo Dr. Leopoldo Assunção Dias (ROC 319) 

 

Presidente    Pedro António Pereira Rodrigues   

Vice‐Presidente  Bernardo Xavier Alabaça

Secretário   Maria Luísa da Silva Rilho

 Conselho de Administração

  Presidente    Joaquim José de Oliveira Reis

Vogais Executivos  Carlos Manuel Durães da Conceição      José Manuel Pereira Mendes Barros

Vogais não Executivos   Fernanda Maria Mouro Pereira

      Pedro Nascimento Ventura

      Pedro Miguel Soares Vasquez

Assembleia Geral

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encargos gerais das empresas do setor empresarial do Estado, foram definidas por via

legal reduções específicas que afetaram o nível remuneratório praticado em 2011.

Assim, a política remuneratória prosseguida em 2011, para além de respeitar os

princípios definidos no Decreto-Lei n.º 71/2007, de 27 de Março, relativo ao Estatuto do

Gestor Público, a Resolução de Conselho de Ministros nº 49/2007 de 28 de Março, que

aprova os princípios de bom governo das empresas do setor empresarial do Estado, o

Despacho nº 11420, de 30 de Abril de 2009, do Senhor Secretário de Estado do Tesouro

e Finanças, a Lei 12-A/2010 de 30 de Junho de 2010, que introduziu a redução em 5%

da remuneração mensal ilíquida dos gestores públicos, refletiu ainda o estabelecido na

Lei 55-A/2010, que aprovou o Orçamento de Estado para 2011, a qual determinou uma

redução adicional nas remunerações, entre outras, dos Gestores Públicos. Estas decisões

traduzem-se assim numa efetiva redução do nível remuneratório dos órgãos sociais, a

qual se insere num programa mais vasto de um real abaixamento de toda a estrutura

salarial praticado de forma generalizada nos setores Administrativo e Empresarial do

Estado. Na mesma linha, foi cancelada a possibilidade de pagamento de remunerações

variáveis eventualmente devidas em função da verificação do cumprimento de objetivos

anteriormente definidos para a gestão.

Entretanto e já no corrente ano de 2012, a política remuneratória aplicável aos membros

do Conselho de Administração foi objeto de profunda alteração na sequência da

publicação do Decreto-Lei nº 8/2012, de 18 de janeiro, que veio alterar o Estatuto do

Gestor Público, particularmente no que respeita à matéria remuneratória. Estas

alterações vieram posteriormente a ser objeto de regulamentação e concretização através

das RCM nº 16/2012, de 14 de fevereiro, e nº36/2012, de 26 de março. Face a estas

alterações a política remuneratória, no que ao órgão de administração diz respeito,

deixou de ser definida pela Assembleia Geral e passou a ser determinada pelos critérios

estabelecidos nos diplomas legais acima referidos.

Caraterística que se mantém na política remuneratória dos órgãos socias da Parpública é

a total transparência no que se refere à sua aplicação efetiva. Com efeito a sociedade,

em respeito aliás pelas regras de bom governo e pelas boas práticas, disponibiliza no seu

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site e através do Relatório anual, toda a informação sobre esta matéria. Assim, não só a

política geral definida é objeto de divulgação como também a informação individual

referente às remunerações pagas a cada um dos membros dos órgãos sociais é objeto de

adequada divulgação.

Política Remuneratória

A política remuneratória deve ser consistente com a natureza da atividade e a estratégia

dos negócios, permitindo uma eficiente gestão dos riscos e promovendo o crescimento

sustentado da empresa a par da salvaguarda dos legítimos interesses dos trabalhadores,

clientes e investidores.

No ano de 2011, manteve-se a remuneração fixa dos membros do Conselho de

Administração praticada à data da Assembleia Geral que nomeou os atuais Órgãos

Gestionários para o triénio 2010/2012, conjugada com as modificações atrás detalhadas

e que conduziram a uma redução de 15% nas mesmas, sendo ainda de referir que, pelo

menos relativamente aos exercícios correspondentes ao atual mandato dos órgãos

sociais, não haverá lugar à atribuição de qualquer componente variável da remuneração.

Para além destas alterações, também não serão pagos os valores correspondentes aos

subsídios de férias e de Natal por período que, pelo menos, incluirá todo o restante

mandato.

Regime Remuneratório

Remuneração da Mesa da Assembleia Geral

A remuneração dos membros da mesa da Assembleia Geral é realizada através da

atribuição de senhas de presença conforma foi deliberado pelo acionista em Assembleia

Geral. As alterações à política remuneratória recentemente definidas por via legal, e a

que se vem fazendo referência, não têm impacto sobre as remunerações dos membros da

mesa.

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Remuneração do Conselho de Administração

A política remuneratória definida para os membros dos órgãos de administração da

Parpública que foi aprovada pelo acionista para 2011, determinou a manutenção das

remunerações fixas mensais ilíquidas que haviam sido fixadas anteriormente, sem

prejuízo da aplicação das reduções legalmente determinadas. Paralelamente, invocando

o artº 172º da Lei 3-B/2010, de 28 de abril (OE/2010) e o artº 29º da Lei nº 55-A/2010,

de 31 de dezembro (OE/2011) foi expressamente determinado que “não haverá lugar,

durante o período de execução do Programa de Estabilidade e Crescimento, à

atribuição de qualquer componente variável da remuneração aos órgãos de

administração da Parpública.”

De referir ainda que os administradores da Parpública também não auferem qualquer

remuneração adicional pelo desempenho de funções de administração em outras

empresas do Grupo Parpública.

A remuneração do Revisor Oficial de Contas é definida contratualmente tendo o valor

pago em 2011 sido objeto da redução de 10%, conforme estabelecido na Lei do

Orçamento para aquele ano.

 

o Informação Obrigatória Acumulação de Funções, Curricula e Remunerações dos Administradores e Órgão de Fiscalização

Durante o exercício de 2011 as funções exercidas pelos membros do Conselho de

Administração da Parpública, SGPS, SA noutras sociedades foram as seguintes:

Dr. Joaquim José de Oliveira Reis

Presidente do Conselho de Administração da Capitalpor, SGPS, SA, empresa participada a 100% que foi liquidada no final do ano de 2011;

Vogal do Conselho de Administração da ADP, SGPS, S.A, da Parcaixa, SGPS, S.A. e da CREDIP - Instituição Financeira de Crédito, S.A., empresas participadas

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  RELATÓRIO ANUAL DE 2011     

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a 72,17%, 49% e 20%, respetivamente. Em 2011 os acionistas da CREDIP deliberaram a liquidação da sociedade processo que se encontra em curso.

Dr. Carlos Manuel Durães da Conceição

Vogal do Conselho de Administração da Capitalpor, SGPS, S.A (entretanto liquidada). e da SGH - Sociedade de Gestão Hospitalar, S.A. empresas participadas a 100% e 45%, respetivamente.

Dr. José Manuel Pereira Mendes de Barros

Presidente do Conselho de Administração da SAGESECUR – Sociedade de Estudos, Desenvolvimento e Participação em Projetos, S.A., empresa participada a 80,5%.

Vogal do Conselho de Administração da Capitalpor, S.A., empresa participada a 100% e que foi entretanto liquidada.

Dra. Fernanda Maria Mouro Pereira

Membro não executivo do Conselho de Administração da Hozar Portugal, SGPS, SA, em representação da AICEP Capital Global, SCR, S.A.

Dr. Mário Alberto Duarte Donas

Presidente da MARGUEIRA – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A. (empresa controlada); Presidente do Conselho de Administração da CONSEST – Promoção Imobiliária, S.A. (empresa participada a 100%); Presidente da Mesa da Assembleia Geral da ECODETRA – Sociedade de Tratamento e Deposição de Resíduos, S.A. Vogal do Conselho de Administração da Baía do Tejo, SA (empresa participada a 100%)

Dando cumprimento ao estabelecido nos princípios de bom governo das empresas de

capitais públicos o presente Relatório inclui de seguida os curricula dos membros dos

órgãos sociais

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Membros da Mesa da Assembleia Geral

Presidente – Dr. Pedro António Pereira Rodrigues Felício

Habilitações Académicas

- Licenciatura em Gestão no Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG),

concluída em 1994

Atividade Profissional

- De maio de 2010 a agosto 2011, Diretor-Geral do Tesouro e Finanças –

Ministério das Finanças e da Administração Pública.

- Presidente do Conselho de Administração da Agência Nacional de Compras

Públicas;

- Diretor dos Serviços Financeiros da PT PRO – Serviços de Gestão;

- Responsável pelo Departamento de Contas a Receber da PT PRO – Serviços de

Gestão;

- Responsável pelo Departamento de Recursos Financeiros da TMN -

Telecomunicações Móveis Nacionais, SA;

- Controller na TMN - Telecomunicações Móveis Nacionais, SA;

- Auditor Financeiro/Controller na SLM - Sociedade Lisbonense de Metalização,

SA;

- Consultor de Gestão na Empresa de Consultoria DCN - Consultores de Gestão,

Lda;

- Economista na Câmara Municipal de Lisboa.

Vice-Presidente - Dr. Bernardo Xavier Alabaça

Habilitações Académicas

- Licenciatura em Engenharia e Gestão Industrial

Atividade Profissional

- Desde 16 de agosto de 2011, Subdiretor-Geral do Tesouro e das Finanças.

- De dezembro de 2009 a agosto de 2011 – assessor do conselho de administração

da Pelicano, Investimento Imobiliário, S.A.;

- De janeiro de 2008 a novembro de 2009 – diretor comercial e de

desenvolvimento internacional da EDIFER Imobiliária, S.A.;

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- De maio de 2006 a dezembro de 2007 – diretor do Departamento de Promoção

Imobiliária da CB Richard Ellis, S.A.;

- De dezembro de 2005 a abril de 2006 – responsável do Departamento de

Investimento da DTZ Portugal, International Property Advisers, S.A.;

- De outubro de 2002 a dezembro de 2005 – diretor-geral de Infraestruturas do

Ministério da Defesa Nacional;

- De agosto de 2002 a setembro de 2002 – diretor do Departamento de Avaliação

da DTZ Portugal, International Property Advisers, S.A.;

- De julho de 2001 a julho de 2002 – consultor da Imométrica, Lda;

- De agosto de 1999 a agosto de 2002 – sócio-gerente da Imorating – Consultores

Imobiliários;

- De outubro de 1997 a julho de 1999 – avaliador da Luso-Roux, Lda;

- De 1996 a setembro de 1997 – técnico superior da EDIFER Construções, S.A.

Secretário - Dra. Maria Luísa da Silva Rilho

Habilitações Académicas

- Licenciatura em Direito, pela Faculdade de Direito de Lisboa, concluída em julho

de 1975

Atividade Profissional

- Desde fevereiro de 2000 – Técnica Superior da atual Direcção-Geral do Tesouro

e Finanças (DGTF), afeta sucessivamente ao Núcleo de Bonificações e

Incentivos, Gabinete de Prospetiva e Coordenação, Direção de Serviços de

Gestão de Recursos e Direção de Serviços de Gestão Financeira e Orçamental

- De março 1991 a janeiro de 2000 – Chefe de Divisão das Participações do Estado

(DGT)

- De maio 1988 a março 1991 - Chefe de Divisão da Dívida Interna Direta e

Garantida (DGT)

- De julho de 1990 a março 1991 - Chefe de Divisão de Gestão de Pessoal (DGT),

em acumulação de funções

- De junho 1985 a maio 1988 – Técnica Superior da Direcção-Geral do Tesouro

(DGT) afeta à área de Recuperação de Créditos

- De novembro de 1979 a junho de 1985 – Coordenadora do Gabinete Jurídico e de

Contencioso da Direção do Crédito CIFRE (Ministério das Finanças)

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  RELATÓRIO ANUAL DE 2011     

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- De junho de 1977 a novembro de 1979 – Consultora Jurídica do Comissariado

para os Desalojados

- De outubro de 1974 a junho 1977 – Docente do ensino secundário particular e

cooperativo

- Desde novembro 2008 – Vogal da Comissão Diretiva do Fundo de Apoio ao

Sistema de Pagamentos do Serviço Nacional de Saúde

- Desde maio 2008 – Vogal do Conselho Fiscal da APL – Administração do Porto

de Lisboa, SA

- Desde setembro 2000 – Secretária da Mesa da Assembleia Geral da

PARPÚBLICA – Participações Públicas (SGPS), SA

- 2003 / 2005 – Presidente da Mesa da Assembleia Geral do Instituto Português de

Oncologia de Coimbra, SA

- 1997 /2004 - Vogal do Conselho Fiscal da Lisnave -Estaleiros Navais, SA

- 1992 / 2000 – Secretária da Mesa da Assembleia Geral da PARTEST –

Participações do Estado (SGPS), SA

- 1989 / 1995 - Representante Comum dos Participantes da 1ª e da 2ª Emissão de

Títulos de Participação da RNIP, SA

 

Membros do Conselho de Administração

Presidente - Dr. Joaquim José de Oliveira Reis

Habilitações Académicas

- Licenciatura em Economia pelo ISEG, concluída em 1983

- Frequência de Pós Graduação em Estudos Europeus pela Universidade Católica

em Lisboa – 1985/1986.

Atividade Profissional

- Desde maio de 2010, Presidente do Conselho de Administração da

PARPÚBLICA, SGPS e da Capitalpor, SA, empresa instrumental da Parpública

liquidada no final de 2011.

- Desde maio de 2010 Vogal dos Conselhos de Administração da CREDIP, SA, da

Parcaixa, SGPS, SA e da ADP, SGPS, SA, empresas participadas pela

PARPÚBLICA, SGPS.

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  RELATÓRIO ANUAL DE 2011     

95

- De novembro de 2006 a maio de 2010, Presidente do Conselho de Administração

do Metropolitano de Lisboa, E.P.E.

- Desde novembro de 2006 até maio de 2010, Presidente do Conselho de

Administração da Ferconsult, S. A., empresa de Engenharia e Projetos do Grupo

ML, vocacionada para o setor Metropolitano (Pesado e Ligeiro) e Ferroviário. A

Ferconsult desenvolve atualmente projetos em três continentes: Europa (Portugal,

Irlanda), África (Argélia, Líbia) e América do sul (Argentina).

- maio 2009 – Presidente da Assembleia de Metros da UITP.

- maio de 2009 – Vice-presidente da UITP (União Internacional do Transporte

Público, integrando Associações, empresas de transporte público, empresas

fabricantes e reguladores de mais de 90 países).

- junho 2005 – Administrador da Transtejo, S.A. – Empresa de Transporte Fluvial

de Passageiros, com os pelouros Económico e Financeiro, Recursos Humanos e

Sistemas de Informação.

- setembro 2005 (até Março de 2007), e por inerência, Presidente do Conselho de

Administração da OTLIS - ACE das empresas de transporte de passageiros para a

Implementação da bilhética, na área Metropolitana de Lisboa.

- 2003-2005 - Administrador da Sociedade Financeira – Lisbon Brokers, AS, com

sede em Lisboa, e membro das Bolsas de Valores de Lisboa, Paris, Amesterdão e

Madrid, onde exerceu funções de Direção Geral da Sociedade, nomeadamente

relativas às áreas Financeiras, Controlo de Gestão, Sistemas de Informação,

Análise de Empresas e Colocação financeira. Foi responsável pela Sucursal de

Madrid, como Administrador Delegado da Companhia. Nessas funções reportava

às Autoridades de Supervisão Espanholas: Banco Central de Espanha, Comissão

Nacional de Valores e Ministério das Finanças.

- 1998-2003 – Administrador da Sociedade Financeira de Valores Mobiliários

integrada num Grupo Bancário – Central Investimentos, SC / NCO, sendo

responsável pelas áreas de Trading/Vendas (Bolsas Nacionais e Estrangeiras –

Zona Euro e Estados Unidos), Tesouraria e Controlo de Gestão.

- 1993-1998 – Diretor Geral da Sociedade Financeira de Valores Mobiliários –

Central Investimentos, Sociedade Financeira de Corretagem, AS – e Chefe da

Sala de Intermediação de Títulos para Bancos Internacionais e Investidores

Institucionais. Também no âmbito das funções de Direção Geral, participou na

Direção do Departamento de “Research” de empresas cotadas e dirigi a

colocação de Ofertas Públicas de Títulos junto de Mercados Internacionais.

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  RELATÓRIO ANUAL DE 2011     

96

- 1992-1993 – Diretor e Chefe da Sala de Intermediação Financeira da Sociedade

Financeira na Bolsa de Valores de Lisboa e Porto – Socifa & Beta, Sociedade

Financeira de Corretagem, S.A.

- 1989-1991 – Diretor Financeiro, Administrador e de Sistemas de Informação da

Sociedade Financeira sob supervisão do Banco de Portugal – Socifa & Beta, S.A.

- 1986-1989 – Técnico no Departamento Financeiro e de Contabilidade de um

Banco Comercial Privado – (BCP) Banco Comercial português, S.A., ligado às

áreas de Mercado Monetário e Forex.

Dr. Carlos Manuel Durães da Conceição

Habilitações Académicas

- Licenciado em Finanças pelo Instituto Superior de Ciências Económicas e

Financeiras, concluída em 1974

Atividade Profissional

- Desde maio de 2010, Vogal Executivo do Conselho de Administração da

PARPÚBLICA, SGPS, SA e da Capitalpor, SGPS, SA, empresa do Grupo e

entretanto liquidada.

- Desde maio de 2010, Vogal não Executivo do CA da SGH, SA, empresa

participada da Parpública.

- De 2007 a 2010, Diretor Geral do Tesouro e Finanças.

- De 2006 a 2007, Diretor Geral do Património.

- De 2002 a 2005, Vogal do Conselho Diretivo do Instituto do Emprego e

Formação Profissional.

- De 2000 a 2001, Diretor da Unidade de Leasing e Administrador da DB Rent e

DB Crédito do Grupo Deutsche Bank.

- De 1994 a 2000, Diretor-Geral da DB Rent e DB Crédito, Grupo Deutsche Bank.

- De 1991 a 2000, Diretor-Geral da DB Leasing, SA, Grupo Deutsche Bank.

- De 1998 a 1991, Diretor-Geral da SLIBALL Portuguesa – Companhia de

Locação Financeira, SA, Grupo Credit Lyonnais.

- De 1984 a 1988, Vogal da Comissão Instaladora e do Conselho Diretivo do

Instituto Nacional de Habitação.

- De 1981 a 1988, Vice-Presidente do Fundo de Fomento da Habitação.

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  RELATÓRIO ANUAL DE 2011     

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- De 1977 a 1981, Diretor da Junta do Crédito Público.

- Técnico de Finanças Assessor Principal, da Direcção-Geral dos Impostos.

Dr. José Manuel Pereira Mendes de Barros

Habilitações Académicas

- Mestrando em Finanças pelo ISCTE Business School (parte curricular finalizada)

- Pós-graduação em “Gestão de Risco e Derivados” pelo ISEG/UNL/Bolsa de

Derivados do Porto (2000)

- Licenciatura em Gestão pelo Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) –

Universidade Técnica de Lisboa, concluída em 1994

Atividade Profissional

- Desde maio de 2010, Vogal Executivo do Conselho de Administração (CA) da

PARPÚBLICA, SGPS, SA e da Capitalpor, SGPS, SA, empresa do Grupo

entretanto liquidada.

- Desde maio de 2010, Presidente da Sagesecur, SA, empresa do Grupo.

- De 2006 a Maio de 2010, Diretor-Adjunto do Departamento de Supervisão da

Intermediação e Estruturas de Mercado na CMVM – Comissão do Mercado de

Valores Mobiliários.

- De 2004 a 2006, Diretor-Adjunto do Departamento de Supervisão Organismos

Especiais de Investimento e gestão de carteiras na CMVM – Comissão do

Mercado de Valores Mobiliários.

- De 2002 a 2004, Coordenador Executivo do Departamento de Registo de

Entidades na CMVM – Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.

- De 2001 a 2002, Assessor do Secretário de Estado do Tesouro e das Finanças no

Ministério das Finanças – Secretaria de Estado do Tesouro e das Finanças.

- De 1994 a 2002, Técnico Economista Superior do Departamento de Supervisão

de Gestão de Ativos na CMVM – Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.

- Em 1993, técnico de contabilidade na Concafé Sical, Lda (empresa do universo

Nestlé, SA).

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  RELATÓRIO ANUAL DE 2011     

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Dra. Fernanda Maria Mouro Pereira

Habilitações Académicas

- PADE – Programa de Alta Direcção de Empresas (XXI) na AESE em 1996

- Master of Business Administration pela William E. Simon Graduate School of

Business Administration, University of Rochester (U.S.A), em 1986.

- Licenciatura em Economia pela Faculdade de Economia da Universidade do

Porto (1975).

Atividade Profissional

- Membro não executivo do Conselho de Administração e presidente da Comissão

de Auditoria da Parpública – Participações Públicas, SGPS, SA, desde novembro

de 2007.

- Membro não executivo do Conselho de Administração da Hozar Portugal, SGPS,

SA, em representação da AICEP Capital Global, SCR, SA de março 2008 a

janeiro 2011.

- Membro não executivo do Conselho de Administração da Ciencinvest,

Valorização Económica da Ciência, SA, em representação da Aicep Capital

Global, SCR, SA, de outubro de 2005 a novembro de 2008.

- Membro não executivo do Conselho de Administração da Investvar Comercial,

SGPS, SA, em representação da Aicep Capital Global, SCR, SA, de abril de 2005

a fevereiro de 2008.

- Membro não executivo do Conselho de Administração da Logoplast – Gestão e

Consultoria Financeira, SA, em representação da API Capital, de dezembro de

2004 a janeiro de 2006.

- Membro do Conselho de Administração da API Capital, Sociedade de Capital

de Risco, SA, de outubro de 2004 a dezembro de 2006. “

- “Business manager” de uma equipa de projeto multinacional para reconversão

das operações, processos e sistemas informáticos de seguros de vida e pensões

das Companhias de Seguros do Banco Comercial Português e da Eureko

(setembro de 2002 a março de 2004).

- Membro do Conselho de Administração da Ocidental – Companhia Portuguesa

de Seguros de Vida, S.A., de 2000 a 2002.

- Membro do Conselho de Administração da BPA Seguros Vida, S.A., de 1991 a

2000.

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  RELATÓRIO ANUAL DE 2011     

99

- Membro do Conselho de Administração da Ocidental – Companhia Portuguesa

de Seguros, S.A., de 2001 a 2002.

- Membro do Conselho de Administração da BPA Seguros, S.A., e da BPA

Seguros Gest, SGPS, S.A., de 1995 a 2000.

- Membro do Conselho de Administração da Vanguarda – Sociedade Gestora de

Fundos de Pensões, S.A., de 1997 a 1999.

- Membro do Conselho de Administração da Præmium – Sociedade Gestora de

Fundos de Pensões, S.A, de 1991 a 1999.

- Membro não executivo do Conselho de Administração da Gestiprimus – Gestão

de Fundos Imobiliários, S.A, de 1995 a 1996.

- Membro não executivo do Conselho de Administração da Primogest – Gestão de

Fundos Mobiliários, S.A, de 1995 a 1996.

- Membro não executivo do Conselho de Administração da Bolsa de Valores do

Porto, em 1994 e 1995, em representação dos Investidores Institucionais.

- Desde 1995, Diretora Central do Banco Comercial Português.

- Desde janeiro de 1980, quadro do Banco Português do Atlântico, e posteriormente

do Banco Comercial Português, tendo exercido as seguintes funções:

o Técnica no Departamento de Estudos Económicos de 1980 a 1982;

o Responsável da Central de Balanços do mesmo Departamento de 1982 a 1984;

- De 1987 a 1990, Diretora da Direção Financeira, responsável pelas atividades no

mercado de capitais;

- De 1989 a 1992, representante do BPA no Board of Diretors do Oporto Growth

Fund.

- Estágio no Trust Department do Chase Lincoln First Bank (Rochester, NY), em

julho/agosto de 1986.

- Assessora do Secretário de Estado do Planeamento no VI Governo Constitucional

de janeiro de 1980 a janeiro de 1981.

- Assistente da Faculdade de Economia da Universidade do Porto, de 1978 a 1982.

- Docente convidada da Universidade Católica Portuguesa (Centro Regional do

Porto), de 1981 a 1991.

- Técnica economista num gabinete privado de Estudos Económicos e Financeiros

de Empresas, de 1974 a 1979.

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  RELATÓRIO ANUAL DE 2011     

100

Dr. Pedro Miguel Rodrigues Soares Vasquez

Habilitações Académicas

- Licenciatura em Gestão pelo Instituto Superior de Gestão, concluída em 1995

Atividade Profissional

- Assessor na ANCP, EPE

- De maio de 2010 a agosto 2011, Subdiretor-Geral do Tesouro e Finanças.

- De 2008 a 2010, Diretor de Apoio à Gestão na ANCP, E.P.E.

- De 2002 a 2008, Chefe de Área (3ª linha) na TMN.

- Em 2001, Diretor Financeiro na Red Bull Portugal.

- De 1997 a 2001, Controller na TMN.

- De 1995 a 1997 Auditor na PWC- PriceWaterhouseCoopers.

Dr. Mário Alberto Duarte Donas

Habilitações Académicas

- Licenciatura em Ciências Matemáticas (1963);

- Licenciatura em Engenharia Geográfica (1972);

- Licenciatura em Direito (1978);

- Pós-Graduação em Jurídico-Económicas (1981)

Atividade Profissional

- Administrador de empresas desde 1983 até 1995.

- Advogado.

- Vogal do Comissariado da EXPO 98.

- Administrador da PARQUE EXPO até 2000;

- Professor auxiliar de Finanças Públicas e Direito Económico na Universidade

Internacional desde 1987;

- Administrador não executivo da PARPÚBLICA – Participações Públicas

(S.G.P.S.), S.A. desde 2001.

- Presidente do Conselho de Administração da MARGUEIRA – Sociedade Gestora

de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A. desde 2002.

- Administrador da Baía do Tejo, SA desde 2009

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  RELATÓRIO ANUAL DE 2011     

101

Dr. Pedro Miguel Nascimento Ventura

Habilitações Académicas

- Licenciatura em Direito (Universidade Autónoma Luís de Camões)

Atividade Profissional

- Desde agosto 2011 Subdiretor-Geral do Tesouro e Finanças

- De 2006 a 2011, Assessor Jurídico na CIG – Comissão para a Cidadania e

Igualdade de Género

- De 2004 a 2005, Adjunto do Ministro da Segurança Social, da Família e da

Criança

- De 2000 a 2004, Assessor Jurídico no Instituto da Droga e da

Toxicodependência, exercendo funções de responsável do respetivo Gabinete de

Estudos Jurídicos a partir de julho 2002.

Revisor Oficial de Contas

Prof Vítor Franco

Habilitações Académicas

- Doutor em Ciências Empresariais (Universidade Autónoma de Madrid)

- Catedrático do Departamento de Contabilidade do ISTE

- Professor de Contabilidade Financeira e de Contabilidade de Gestão do ISTE

- Presidente do Departamento de Contabilidade e da Assembleia do ISTE

Atividade Profissional

- Revisor Oficial de Contas e Advogado

- Partner de Grant Thorton & Associados, SROC, Lda.

Dando cumprimento ao estabelecido pelos princípios de bom governo apresenta-se aqui

o estatuto remuneratório fixado pelo acionista para vigorar em 2011 relativamente aos

membros dos órgãos sociais da sociedade, com exceção da remuneração do ROC que é

estabelecida contratualmente:

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  RELATÓRIO ANUAL DE 2011     

102

Mesa Assembleia Geral

Presidente – Senha de presença no valor de 645,77 €; Vice-Presidente – Senha de presença no valor de 511,49 €; Secretário – Senha de presença no valor de 387,97 €.

Conselho de Administração

Administradores Executivos

Presidente – Remuneração de 9.481,74 €, 14 vezes por ano; Vogais – Remuneração de 7.585,40 €, 14 vezes por ano.

Administradores Não Executivos

Presidente da Comissão de Auditoria – Remuneração de 2.612,50 € 14 vezes por ano; Vogais da Comissão de Auditoria – Remuneração de 2.280,00 €, 14 vezes por ano; Vogal não Executivo Presidente da Comissão de Avaliação - Não aufere remuneração.

Ao abrigo da Lei n.º 12-A/2010 de 30 de junho, com efeitos desde 1 de Junho de 2010,

a remuneração fixa mensal ilíquida dos Administradores do Conselho de Administração

da Parpública foi reduzida em 5%. A partir do dia 1 de janeiro de 2011 foi aplicado o

disposto na Lei n.º 55-A/2010 de 31 de dezembro, que se traduziu na redução adicional

de 10%. Em 2012 os administradores serão remunerados de acordo com o novo estatuto

remuneratório do gestor público.

ROC

A remuneração anual contratualizada com o ROC para o atual mandato, no montante de

75.000 €, acrescida de IVA, sofreu em 2011 a alteração determinada pela aplicação do

disposto Lei n.º 55-A/2010, de 31 de dezembro, da qual resultou uma redução de 10%.

O valor pago corresponde à certificação das contas separadas e consolidadas. De referir

que as demonstrações financeiras referentes a 2011 evidenciam um total de

remuneração bruta atribuída ao ROC de 84.375 €, montante que inclui também o valor

pago na qualidade de ROC da Capitalpor uma vez que esta entidade foi liquidada no

final de 2011.

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  RELATÓRIO ANUAL DE 2011     

103

A remuneração do ROC é, por princípio, variável dado que pode incluir os valores

correspondentes ao pagamento de trabalhos adicionais exigidos pelos processos de

rating ou de fecho de contas intercalares, os quais são pagos de acordo com as

recomendações da respetiva Ordem. Em todo o caso, em 2011, não houve lugar a

qualquer pagamento por trabalhos desta natureza.

Em cumprimento das boas regras de gestão, e como previsto no Estatuto do Gestor

Público, o Conselho de Administração fixou limites anuais para os encargos referentes a

telemóveis e combustíveis consumidos pelas viaturas de serviço afetas aos

administradores executivos. Os limites estabelecidos, que coincidem com os que

vigoraram no mandato anterior de 2008-2010, são de 2.000€ para despesas com

telemóvel e de 6.000 € para as despesas com combustíveis. Relativamente aos encargos

mensais com o renting de viaturas, também se mantiveram os valores limite

anteriormente definidos, e que são de 1.050€ para o Presidente do Conselho de

Administração e de 840 € para os administradores executivos. Para 2012, estes valores

seão ajustados em concordância com as alterações perpetradas ao Estatuto do Gestor

Público.

De seguida apresenta-se o mapa contendo a informação detalhada e individualizada

relativa a todas as remunerações e benefícios auferidos em 2011 pelos administradores

executivos e não executivos: 

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  RELATÓRIO ANUAL DE 2011     

104

unid: €

Conselho AdministraçãoJoaquim Reis (Presidente)

Carlos Durães da Conceição

(Vogal Executivo)

José Manuel Barros (Vogal

Executivo)

Fernanda Pereira (Vogal não Executivo)

(a )

Pedro Vasquez

(Vogal não Executivo)

Mário Alberto

Duarte Donas (Vogal não

Executivo) (b)

Pedro Miguel Nascimento Ventura ( c)

1. Remuneração

1.1. Remuneração base anual/Fixa 139.731 111.784 111.784 38.500 33.600 0 2.600

1.2. Redução decorrente da Lei 12-A/2010 (€) -6.987 -5.589 -5.589 -1.925 -1.680 0 -150

1.3. Redução decorrente da Lei 55-A/2010 (€) -13.274 -10.620 -10.620 -3.252 -3.192 0 -228

1.4. Remuneração Anual efetiva (1.1. - 1.2. - 1.3.) (€) 119.470 95.576 95.576 33.323 28.728 0 2.222

1.5. Senha de presença NA NA NA NA NA NA NA

1.6. Acumulação de funções de gestão 0 0 0 0 0 (b) 0

1.7. Remuneração variável 0 0 0 NA NA NA NA

1.8. IHT (isenção de horário de trabalho) 0 NA NA NA NA NA NA

1.9. Outras (identificar detalhadamente) (€) NA NA NA NA NA NA NA

2. Outras regalias e compensações

2.1. Plafond Anual em comunicações móveis 2.000 2.000 2.000 NA NA NA NA

2.2. Gastos na utilização de comunicações móveis 2.001 1.811 633 NA NA NA NA

2.3. Subsídio de deslocação NA NA NA NA NA NA NA

2.4. Subsídio de refeição NA NA NA NA NA NA NA

2.5. Outras (identificar detalhadamente) NA NA NA NA NA NA NA

3. Encargos com benefícios sociais

3.1. Regime de Proteção Social 14.297 6.476 11.618 6.765 5.832 0 451

3.2. Seguros de saúde 1.202 1.202 1333 0 0 0 0

3.3. Seguros de vida NA NA NA NA NA NA NA

3.4. Seguro de Acidentes Pessoais 253 203 203 0 0 0 0

3.5. Outros (identificar detalhadamente) 0 0 0 0

3.5.3 Fundo de Pensões NA NA 1.095 NA NA NA NA

3.5.2 Acidentes de trabalho 818 409 409 228 197 0 16

4. Parque Automóvel

4.1. Marca BMW BMW AUDI NA NA NA NA

4.2. Modelo 330d Berlin 320D A6 Sedan NA NA NA NA

4.4 Modalidade (Aquisição/ALD/Renting/Leasing) Renting Aquisição Renting NA NA NA NA

4.5. Valor de referência da viatura nova 38.355,84 49.961 37.535,04 NA NA NA NA

4.6. Ano início 2008 2005 2007 NA NA NA NA

4.7. Ano Termo 2012 NA 2012 NA NA NA NA

4.8. Nº de Prestações (se aplicável) 48 NA 60 NA NA NA NA

4.9. Valor Residual -- -- -- NA NA NA NA

4.10. Valor de renda/prestação anual da viatura de serviço 6.255 -- 5.657 NA NA NA NA

4.11. Valor do combustível gasto com a viatura de serviço 205 1.233 1.944 NA NA NA NA

4.12. Plafond anual combustível atribuído 6.000 6.000 6.000 NA NA NA NA

4.13. Outros (identificar detalhadamente) NA NA NA NA

4.13.1 Manutenção 506 1.916 1.380 NA NA NA NA

4.13.2 Via Verde 320 169 500 NA NA NA NA

5. Informações Adicionais

5.1.Opção pela remuneração do lugar de origem (s/n) Não Não Não Não Não Não Não

5.2. Remuneração ilíquida anual pelo lugar de origem -- -- -- -- -- -- --

5.3.Regime de Proteção Social S.Social CGA CGA S. Social S. Social NA S. Social

5.3.1. Segurança social (s/n) Sim Não Não Sim Sim NA Sim

5.3.2. Outro (s/n) Não Sim Sim Não Não NA Não

5.4. Exercício funções remuneradas fora grupo (s/n) Não Sim Não Sim Sim Não Sim

5.5. Outras (identificar detalhadamente) NA NA NA NA NA NA NA

(a ) Presidente da Comissão de Auditoria

(b) Remunerado na Margueira - Soc. Gestão de Fundos Investimento Imobiliário, SA, empresa detida em 51% pela Parpública

(c) Eleito por DUE de 28 de novembro 2011, com efeitos a 1 de dezembro 2011  

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  RELATÓRIO ANUAL DE 2011     

105

o Informações sobre Transações Relevantes com Entidades Relacionadas

Numa sociedade como a Parpública naturalmente que ocorrem transações financeiras

com o seu acionista, o Estado, bem como com as empresas participadas.

Relativamente ao Estado as transações mais relevantes são as que decorrem do

pagamento de dividendos e da entrega de receitas de reprivatização. Assim, em

cumprimento da deliberação do acionista tomada na Assembleia Geral que aprovou

as contas do exercício de 2010, a Parpública procedeu em 2011 ao pagamento de 25

milhões € a título de dividendos relativos ao exercício de 2010. Já no que respeita à

entrega de receitas de reprivatização, durante o ano de 2011 apenas de realizou a

última fase de reprivatização da EDP, operação que embora ainda não

completamente concretizada originou o pagamento à Parpública, ainda em 2011, do

montante de 600 milhões de € a título de antecipação pelo pagamento do preço, o

qual foi integralmente entregue ao Estado. Como no passado, a entrega ao Estado da

receita, o que nos termos da lei cria para a Parpública um direito de compensação,

está considerada no Balanço da Parpública como adiantamento por conta da

aquisição de ativos.

Ainda no que respeita às relações com o Estado, e refletindo as condições restritivas

que caraterizam o funcionamento dos mercados financeiros, em 2011 foi necessário

recorrer à obtenção da garantia explícita do Estado numa operação de financiamento

no montante de 620 milhões € destinada à renovação e substituição de empréstimos

anteriores e ao financiamento de operações no quadro do Programa de Gestão do

Património Imobiliário. Esta garantia permitiu ao banco financiador proceder ao

desconto do papel comercial junto do BCE para obtenção de funding numa altura em

que o rating da Parpública desceu abaixo de investment grade.

Merece também referência a transação realizada com a Parcaixa no âmbito da qual a

Parpública adquiriu o lote de 16.173.184 ações EDP, compra que foi realizada no

âmbito da operação de reprivatização desta empresa, com o pagamento do preço a

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  RELATÓRIO ANUAL DE 2011     

106

ser efetuado em momento posterior na data do closing financeiro daquela operação, o

qual ainda não ocorreu.

No que respeita às relações com as participadas, para além do recebimento de

dividendos, que em 2011 ascenderam a 253,6 milhões €, é ainda de referir a

concessão de suprimentos destinados a apoiar o financiamento das suas atividades

correntes. No final de 2011 o saldo global dos suprimentos concedidos às

participadas ascendia aos 1.179 milhões €, valor que compara com os 939,5 milhões

€ registados em 31 de dezembro de 2010.

Por último, no que respeita às informações a prestar em cumprimento das regras

estabelecidas na RCM nº 49/2007, sobre as aquisições de serviços, há a referir que

todas as compras efetuadas ocorreram em condições de mercado e respeitaram todos

os procedimentos e princípios definidos no Regulamento para a aquisição de bens e

serviços, locação de bens e contratação de empreitadas pela Parpública. Ainda em

cumprimento do estabelecido sobre a divulgação de informação obrigatória é de

referir que nenhum dos fornecedores apresenta em 2011 faturação que ultrapasse o

montante definido no nº 13 da mesma RCM.

 

 

 

 

 

 

 

 

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107

CAP II – CUMPRIMENTO DE OBRIGAÇÕES LEGAIS

CUMPRIMENTO DE OBJECTIVOS DE GESTÃO E RECOMENDAÇÕES DO ACCIONISTA

Sim NãoNão

aplicável

Objectivos de Gestão Gerais Redução de custos operacionais X Ver item infra Aumento máximo do endividamento remunerado até 6% X Ver item infra PMP X Ver item infra

Específicos

Execução do plano de reprivatizações X 100%

Receita de 3,2 mil milhões de euros com a venda da EDP e REN

Acompanhamento das participadas X 100%

Acompanhamento da atividade, prestação e reporte de informação e apoio financeiro

Recomendações do acionista na aprovação de contas X 100%

Cumprimento das Orientações Legais Cumprido

Quantificação Justificação

PRAZO MÉDIO DE PAGAMENTOS

90 - 120 dias 120 - 240 dias 240 - 360 dias › 360 dias

Pagamentos em Atraso em 31/12/2011 0,00 € 0,00 € 0,00 € 0,00 €

* nos termos do Decreto-Lei nº 65-A/2011, de 17 de Maio

Pagamentos em Atraso *

"Atraso no pagamento", o não pagamento de fatura correspondente ao fornecimento dos bens e serviços referidos no artigo seguinte após o decurso de 90 dias, ou mais, sobre a data convencionada para o pagamento da fatura ou, na sua ausência, sobre a data constante da mesma

DIVULGAÇÃO DE ATRASOS NOS PAGAMENTOS

0 - 90 dias 90 - 120 dias 120 - 240 dias 240 - 360 dias › 360 dias

Pagamentos em Atraso em 31/12/2011 0,00 € 0,00 € 0,00 € 0,00 € 0,00 €

* nos termos do Decreto-Lei nº 65-A/2011, de 17 de Maio

Pagamentos em Atraso *

"Atraso no pagamento", o não pagamento de fatura correspondente ao fornecimento dos bens e serviços referidos no artigo seguinte após o decurso de 90 dias, ou mais, sobre a data convencionada para o pagamento da fatura ou, na sua ausência, sobre a data constante da mesma

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  RELATÓRIO ANUAL DE 2011     

108

GESTÃO DO RISCO FINANCEIRO

Sim NãoNão

aplicável

Procedimentos adotados em matéria de avaliação de risco e medidas de cobertura respetiva

- Diversificação de instrumentos de financiamento X Embora com recurso a instrumentos e programas diversificados, no atual cenário, o financiamento só é possível no curto prazo (papel comercial)

- Diversificação das modalidades de taxa de juro disponíveis X Diversificação dos indexantes e

- Diversificação das entidades credoras X Entre mercado de capitais (obrigacionistas)

- Contratação de instrumentos de gestão de cobertura de riscos

em função das condições de mercado

Adoção de política activa de reforço de capitais permanentes - Consolidação passivo remunerado: transformação passivo de curto em M\L prazo, em condições favoráveis

Não é possível nas condições atuais de mercado

- Contratação da operação que minimiza o custo financeiro (all-in-cost) da operação

X Apesar da exiguidade das oportunidades de funding, é sempre o critério de decisão

- Minimização da prestação de garantias reais X - Minimização de cláusulas restritivas (convenants) X Sempre que se mostra possível

Medidas prosseguidas com vista à optimização da estrutura financeira da empresa - Adoção de política que minimize a afetação de capitais alheios à Sempre que se mostra possível cobertura financeira dos investimentos - Opção pelos investimentos com comprovada rendibilidade social/empresarial, beneficiam de Fund.Comun. e de cap.próprio

X Nos investimentos efetuados e na atribuição de suprimentos às empresas do Grupo

- Utilização de auto financiamento e de receitas de desinvestimento X Distribuição de dividendos ao Estado e entrega das receitas de reprivatização

Inclusão nos Relatórios e Contas - Descrição da evolução da taxa média anual de financiamento X No Relatório de Gestão nos últimos 5 anos - Juros suportados anualmente com o passivo remunerado e X Relatório de Gestão e Notas Anexas outros encargos suportados anualmente - Análise da eficiência da política de financiamento e do uso de X Relatório de Gestão e Notas Anexas instrumentos de gestão de risco financeiro

Reflexão nas DF 2011 do efeito das variações de justo valor dos contratos de swap em carteira

X Nas Notas Anexas

Cumprido

Descrição das medidas adotadasGestão do Risco Financeiro

X Existência de 3 estruturas de Interest Rate Swap

X

X

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DEVERES ESPECIAIS DE INFORMAÇÃO

Sim NãoNão

aplicável

Estatutos Actualizados (PDF) X

Historial, Visão, Missão e Estratégia X

Ficha síntese da empresa X

Identificação da empresa

Missão, objetivos, políticas, obrigações de serviço público e modelo de financiamento

Modelo Governo \ Identificação Órgãos Sociais

Modelo de Governo (identificação dos órgãos sociais) X

Estatuto remuneratório fixado X

Remunerações auferidas e demais regalias X

Regulamentos e Transações

Regulamentos internos e externos X

Transações Relevantes com entidades relacionadas X Consiste basicamente em transações com o acionista e na concessão de apoio financeiro e na prestação de serviços a subsidiárias

Outras transações X

Análise de sustentabilidade económica, social e ambiental X

Avaliação do cumprimento dos PBG X

Código de Ética X

Informação Financeira histórica e atual X

Esforço financeiro do Estado X

Sim NãoNão

aplicável

Existência de site X

Historial, Visão, Missão e Estratégia X

Organigrama X

Órgãos Sociais e Modelo de governo

Identificação dos órgãos sociais X

Identificação das áreas de responsabilidade do CA X

Identificação de comissões existentes na sociedade X

Identificar sistemas de controlo de riscos X

Remuneração dos órgãos sociais X

Regulamentos internos e externos X

Transações fora das condições de mercado X Transações relevantes com entidades relacionadas X Consiste basicamente em transações

com o acionista e na concessão de apoio financeiro e na prestação de serviços a subsidiárias

Análise de sustentabilidade económica, social e ambiental X

Código de Ética X

Relatório e Contas X

Provedor do Cliente X

Informação a constar no site da EmpresaCumprido

Descrição das medidas adotadas

Informação a constar no site do SEECumprido

Descrição das medidas adotadas

X

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110

REDUÇÃO DAS REMUNERAÇÕES

Dos Órgãos Sociais, do Auditor Externo e dos Restantes

Trabalhadores

Sim NãoNão

aplicável

Remunerações

Não atribuição de prémio de gestão X

Órgãos sociais - redução de 5% por aplicação artº 12º da Lei 12-A/2010 X -41.185 €

Órgãos sociais - redução de 5% por aplicação artº 12º da Lei 12-A/2010 X -21.920 €

Auditor Externo - redução remuneratória nos termos do artº 22º da Lei 55-A/2010 X -7.500 €

Restantes trabalhadores - redução remuneratória nos termos do artº 19º da Lei 55-A/2010 X -331.006 €

Cumprimento das Orientações Legais Cumprido

Quantificação Justificação

CONTRATAÇÃO PÚBLICA e SISTEMA NACIONAL DE COMPRAS PÚBLICAS

Sim NãoNão

aplicável

Contratação Pública X

É entendimento da Parpública, suportado em parecer jurídico, a não aplicação do Regime da Contratação Pública. É aplicado o Regulamento Interno sobre aquisição e contratação de bens e serviços que se encontra divulgado no site da empresa

Cumprimento das Orientações Legais Cumprido

Quantificação Justificação

LIMITE MÁXIMO DE ENDIVIDAMENTO

Sim NãoNão

aplicável

Limites de Crescimento do Endividamento XCrescimento de 0,8% da dívida

nominal

A Parpública assumiu nas suas contas um financiamento no âmbito de um programa de papel comercial grupado com a Sagestamo que em 2010 figurava no balanço desta última. Trata-se de uma operação intragrupo que nada altera em termos consolidados e da responsabili-dade da Parpública

Cumprimento das Orientações Legais Cumprido

Quantificação Justificação

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111

PLANO DE REDUÇÃO DE CUSTOS

Sim NãoNão

aplicável Plano de Redução de Custos Gastos com Pessoal X Redução de 18,7% Fornecimentos e Serviços Externos X Redução de 68,5%

Cumprimento das Orientações Legais Cumprido

Quantificação Justificação

 

PRINCÍPIO DA UNIDADE DE TESOURARIA DO ESTADO

Sim NãoNão

aplicável

Princípio da Unidade de Tesouraria do Estado X 65%

Cumprimento das Orientações Legais Cumprido

Quantificação Justificação

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RELATÓRIO ANUAL DE 2011

3º Caderno Demonstrações Financeiras

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RELATÓRIO ANUAL DE 2011

Demonstrações Financeiras Consolidadas

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PARPÚBLICA – PARTICIPAÇÕES PÚBLICAS (SGPS), S. A.

1

ÍNDICE

DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DA POSIÇÃO FINANCEIRA EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 ............ 3 DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DOS RESULTADOS POR NATUREZAS DO PERÍODO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 ....................................................................................................................... 4 DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DO RENDIMENTO INTEGRAL DO PERÍODO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 ............................................................................................................................. 5 DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO DO PERÍODO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 .................................................................................................................. 6 DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DE FLUXOS DE CAIXA DO PERÍODO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 ................................................................................................................................................ 7 NOTAS .................................................................................................................................................. 8

1 - Atividade económica do Grupo PARPÚBLICA ............................................................................. 8 2 - Bases de apresentação e principais políticas contabilísticas aplicadas .................................... 11 3 - Reexpressões e reclassificações................................................................................................ 42 4 - Fluxos de caixa .......................................................................................................................... 45 5 - Ativos fixos tangíveis ................................................................................................................. 45 6 - Propriedades de investimento .................................................................................................. 49 7 - Goodwill .................................................................................................................................... 51 8 - Ativos intangíveis ...................................................................................................................... 53 9 - Ativos biológicos ....................................................................................................................... 54 10 - Participações financeiras em associadas ................................................................................ 56 11 - Outras participações financeiras ............................................................................................ 58 12 - Outros ativos financeiros ........................................................................................................ 59 13 - Ativos e Passivos por impostos diferidos ................................................................................ 60 14 - Adiantamentos a fornecedores .............................................................................................. 61 15 - Estado e outros entes públicos ............................................................................................... 61 16 - Outras contas a receber .......................................................................................................... 62 17 - Diferimentos ........................................................................................................................... 63 18 - Inventários .............................................................................................................................. 66 19 - Clientes .................................................................................................................................... 67 20 - Caixa e depósitos bancários .................................................................................................... 68 21 - Ativos não correntes detidos para venda e passivos relacionados ........................................ 69 22 - Capital próprio ........................................................................................................................ 70 23 - Interesses que não controlam – Balanço ................................................................................ 71 24 - Provisões ................................................................................................................................. 71 25 - Financiamentos obtidos .......................................................................................................... 73 26 - Responsabilidades por benefícios pós-emprego .................................................................... 77 27 - Adiantamentos de clientes ..................................................................................................... 79 28 - Fornecedores .......................................................................................................................... 80 29 - Outras contas a pagar ............................................................................................................. 80 30 - Outros passivos financeiros .................................................................................................... 81 31 - Vendas e serviços prestados ................................................................................................... 82 32 - Subsídios à exploração ............................................................................................................ 83

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2

33 - Ganhos e perdas imputados de associadas ............................................................................ 84 34 - Dividendos de participações ao custo e ao justo valor .......................................................... 84 35 - Variação nos inventários da produção ................................................................................... 85 36 - Trabalhos para a própria entidade ......................................................................................... 85 37 - Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas ................................................ 86 38 - Fornecimentos e serviços externos ........................................................................................ 87 39 - Gastos com o pessoal .............................................................................................................. 88 40 - Ajustamentos de inventários (perdas / reversões) ................................................................ 89 41 - Imparidade de dívidas a receber ............................................................................................ 89 42 - Provisões ................................................................................................................................. 90 43 - Imparidade de investimentos ................................................................................................. 90 44 - Aumentos / reduções de justo valor ...................................................................................... 92 45 - Outros rendimentos e ganhos ................................................................................................ 93 46 - Outros gastos e perdas ........................................................................................................... 94 47 - Gastos/reversões de depreciação e de amortização .............................................................. 95 48 - Subsídios ao investimento ...................................................................................................... 96 49 - Juros e rendimentos e gastos similares obtidos / suportados ............................................... 96 50 - Imposto sobre o rendimento do período ............................................................................... 97 51 - Interesses que não controlam – Resultado Líquido ............................................................... 98 52 - Unidades operacionais descontinuadas ................................................................................. 99 53 - Entidades relacionadas ......................................................................................................... 100 54 - Ativos e passivos financeiros ................................................................................................ 101 55 - Perspetiva sobre os riscos em instrumentos financeiros ..................................................... 103 56 - Ativos e passivos contingentes ............................................................................................. 122 57 - Eventos subsequentes relevantes ........................................................................................ 153 58 - Divulgações de natureza não contabilística .......................................................................... 154

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3

DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DA POSIÇÃO FINANCEIRA EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011

Valores em Milhares Euros

ATIVO

Ativo não correnteAtivos fixos tangíveis 5 1 115 111 3 144 987 3 202 722 Propriedades de investimento 6 459 358 468 509 460 114 Goodwill 7 114 593 327 728 325 978 Ativos intangíveis 8 4 792 297 4 764 834 4 210 361 Ativos biológicos 9 21 552 23 109 24 070 Participações financeiras em associadas 10 522 612 3 051 672 2 630 373 Outras participações financeiras 11 1 038 908 1 329 630 1 077 299 Outros ativos financeiros 12 1 984 499 1 432 799 761 539 Ativos por impostos diferidos 13 299 255 300 876 108 257 Outras contas a receber 16 168 304 143 862 225 642 Diferimentos 17 430 171 332 895 288 141

10 946 659 15 320 900 13 314 496

Ativo correnteInventários 18 1 172 709 1 456 646 1 114 816 Ativos biológicos 9 2 859 2 733 2 990 Clientes 19 482 226 613 469 500 415 Adiantamentos a fornecedores 14 2 664 12 635 15 140 Estado e outros entes públicos 15 39 171 43 094 54 277 Outras contas a receber 16 279 995 374 928 500 210 Diferimentos 17 12 417 26 205 24 173 Outros ativos financeiros 12 10 697 10 926 1 708 Caixa e depósitos bancários 20 520 424 901 944 817 516

2 523 162 3 442 581 3 031 244 Ativos não correntes detidos para venda 21 6 014 893 - -

8 538 055 3 442 581 3 031 244 Total do ativo 19 484 714 18 763 481 16 345 740

RUBRICAS 31-Dez-11 31-Dez-10Notas 1-Jan-10

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO

Capital próprioCapital realizado 1 027 151 1 027 151 1 027 151 Reservas legais 724 491 725 084 711 169 Outras reservas 94 717 106 414 75 773 Ajustamentos em ativos financeiros (479 642) (467 963) (518 150) Resultados transitados 1 199 306 1 097 368 764 854 Resultado l íquido do período atribuível aos detentores do capital da empresa-mãe 60 662 94 981 506 324

Total do capital próprio atribuível aos detentores do capital da empresa-mãe 22 2 626 684 2 583 034 2 567 121 Interesses que não controlam 23 625 460 551 594 516 323 Total do capital próprio 3 252 143 3 134 629 3 083 444

Passivo não correnteProvisões 24 32 590 196 917 184 530 Financiamentos obtidos 25 6 441 603 8 304 187 6 971 600 Responsabil idades por benefícios pós-emprego 26 41 898 126 690 160 098 Passivos por impostos diferidos 13 365 276 369 794 210 699 Acionistas / sócios - 190 - Outras contas a pagar 29 188 486 194 022 124 418 Outros passivos financeiros 30 38 456 16 107 9 686 Diferimentos 17 2 609 303 2 619 229 2 510 278

9 717 612 11 827 135 10 171 308

Passivo correnteProvisões 24 304 - Fornecedores 28 60 189 243 524 183 542 Adiantamentos de clientes 27 1 820 3 628 3 809 Estado e outros entes públicos 15 75 107 234 256 169 229 Acionistas / sócios 18 18 18 Financiamentos obtidos 25 1 724 671 1 884 593 1 718 717 Outras contas a pagar 29 1 398 666 1 349 052 930 337 Outros passivos financeiros 30 3 666 8 324 - Diferimentos 17 28 546 78 325 85 335

3 292 987 3 801 718 3 090 988 Passivos relacionados com ativos não correntes detidos para venda 21 3 221 972 - -

6 514 960 3 801 718 3 090 988 Total do passivo 16 232 571 15 628 853 13 262 296

Total do capital próprio e do passivo 19 484 714 18 763 481 16 345 740

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4

DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DOS RESULTADOS POR NATUREZAS DO PERÍODO FINDO EM 31 DE

DEZEMBRO DE 2011

Valores em Milhares Euros

RUBRICAS Notas 2011 2010

Vendas e serviços prestados 31 3 899 491 3 577 489 Subs ídios à exploração 32 10 571 14 767 Ganhos e perdas imputados de associadas 33 161 894 181 133 Dividendos de participações ao custo e ao justo va lor 34 38 074 45 186 Variação nos inventários da produção 35 8 323 (1 974)Trabalhos para a própria entidade 36 33 238 38 142 Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas 37 (331 502) (289 675)Fornecimentos e serviços externos 38 (1 944 948) (1 764 913)Gastos com o pessoal 39 (810 420) (881 306)Ajustamentos de inventários 40 (67 087) (10 163)Imparidade de dívidas a receber 41 (10 178) (802)Provisões 42 8 041 28 187 Imparidade de investimentos não depreciáveis / amortizáveis 43 72 011 (231 768)Aumentos / reduções de justo va lor 44 (94 917) 159 738 Outros rendimentos e ganhos 45 154 975 165 177 Outros gastos e perdas 46 (73 893) (98 453)

Resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos 1 053 674 930 765

Gastos/reversões de depreciação e de amortização 47 (463 081) (453 119)Imparidade de investimentos depreciáveis / amortizáveis 43 (5 757) (19 654)Subs ídios ao investimento 48 85 459 78 114 Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) 670 295 536 105

Juros e rendimentos s imi lares obtidos 49 1 422 3 551 Juros e gastos s imi lares suportados 49 (415 840) (314 344)

Resultado antes de impostos 255 877 225 313

Imposto sobre o rendimento do período 50 (90 211) (70 030)

Resultado líquido do período 165 666 155 283

Resultado l íquido dos interesses que não controlam 51 105 004 60 301

Resultado líquido dos detentores do capital da empresa-mãe 60 662 94 982

Resultado das unidades operacionais descontinuadas incluído no resul tado l íquido do período 52 312 661 54 986 Resul tado das unidades operacionais descontinuadas incluído no resul tado l íquido dos detentores do capi ta l da empresa-mãe

52 282 559 33 793

Resul tado bás ico e di luído por ação (euros):Proveniente de unidades operacionais em continuação e de unidades operacionais descontinuadas 0,15 0,24Proveniente de unidades operacionais descontinuadas 0,71 0,08

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DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DO RENDIMENTO INTEGRAL DO PERÍODO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO

DE 2011

Valores em Milhares Euros

RUBRICAS 2011 2010

Resultado líquido 165 666 155 282

Outro rendimento integral

Ganhos e perdas com conversão de ba lanços expressos em moeda di ferente (1 540) (625) Ganhos e perdas da remensuração de ativos financeiros disponíveis para venda 40 (190) Ganhos e perdas em instrumentos de cobertura (de fluxo de ca ixa) (1 920) (4 590) Outro rendimento integra l imputado de associadas e empreendimentos conjuntos (11 067) 15 008 Ajustamentos por reconhecimento de impostos di feridos (só de rubricas do CP) 6 613 (777) Outros ganhos e perdas 15 265 10 203

7 391 19 029

Rendimento integral 173 057 174 312

Rendimento integra lAtribuível aos detentores de capi ta l 68 648 122 911 Atribuível aos interesses que não controlam 104 409 51 400

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DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO DO PERÍODO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011

Posição financeira em 01-01-2010 3 077 414 1 027 151 711 169 75 773 27 108 (518 150) 731 715 506 324 2 561 091 516 323

Ajustamentos e correcções com efei tos retrospectivos 6 030 - - - (27 108) - 33 138 - 6 030 -

Posição em 01-01-2010 após ajustamentos e correcções 3 083 444 1 027 151 711 169 75 773 - (518 150) 764 854 506 324 2 567 121 516 323

Transacções com proprietários de capital em 2010 (123 126) - 15 424 43 787 - 131 339 985 (506 324) (106 997) (16 129) Apl icação de resul tados e dis tribuição de lucros e reservas (136 947) - 15 424 43 787 - 131 339 982 (506 324) (107 000) (29 947) Outras transacções 13 821 - - - - - 3 - 3 13 818

Rendimento integral em 2010 174 312 - (1 509) (13 146) - 50 056 (7 470) 94 981 122 911 51 400 Resul tado l íquido do período 155 282 - - - - - - 94 981 94 981 60 301 Outro rendimento integra l 19 029 - (1 509) (13 146) - 50 056 (7 470) - 27 930 (8 901)

Posição em 01-01-2011 após ajustamentos e correcções 3 134 630 1 027 151 725 084 106 414 - (467 963) 1 097 368 94 981 2 583 036 551 594

Transacções com proprietários de capital em 2011 (55 543) - 770 (10 918) - 148 79 984 (94 985) (25 000) (30 543) Apl icação de resul tados e dis tribuição de lucros e reservas (61 598) - 770 (10 918) - 148 79 984 (94 985) (25 000) (36 598) Outras transacções 6 055 - - - - - - - - 6 055

Rendimento integral em 2011 173 057 - (1 364) (780) - (11 827) 21 953 60 665 68 648 104 409 Resul tado l íquido do período 165 666 - - - - - - 60 662 60 662 105 004 Outro rendimento integra l 7 391 - (1 364) (780) - (11 827) 21 953 3 7 986 (595)

Posição financeira em 31-12-2011 3 252 143 1 027 151 724 491 94 717 - (479 642) 1 199 305 60 661 2 626 684 625 460

Dividendos distribuídos em 2011 (a accionistas da empresa-mãe) 25 000 N.º de acções do capital 400 000 000 Dividendos por acção 0,00006

DEMONSTRAÇÃO DE ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO Excedentes de

reva lorização

Outras reservas

TOTALReservas

lega isCapita l

rea l i zado

Interesses que não

controlam

Resultado l íquido do

período

Resul tados trans i tados

Ajustamentos em ativos

financeiros

Subtota l (antes de

I.M.)

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DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DE FLUXOS DE CAIXA DO PERÍODO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011

Reconciliação da Caixa e seus equivalentes

RUBRICAS

Caixa e seus equivalentes no fim do período 471 180 707 743Descobertos bancários 269 493 192 737 Variações de ca ixa por concentrações 1 467 1 465 Outros - - Ca ixa e seus equiva lentes class i fi cados como ativos não correntes detidos para venda (221 716)

Caixa e depósitos bancários constantes do balanço 520 424 901 945

20102011

Valores em Milhares Euros

Atividades operacionais:Recebimentos de clientes 3 810 970 3 722 489 Pagamentos a fornecedores (2 333 220) (2 567 277) Pagamentos ao pessoal (682 674) (710 808)

Caixa gerada pelas operações 795 077 444 403 Pagamento / recebimento de imposto sobre o rendimento (124 315) (67 787) Outros recebimentos / pagamentos relativos à actividade operacional (296 116) (180 717)

Fluxos de caixa das atividades operacionais 374 646 195 899

Atividades de investimento:Recebimentos provenientes de:

Outros ativos fixos tangíveis 4 798 2 787 Propriedades de investimento 4 - Ativos fixos intangíveis 3 403 279 Investimentos financeiros 704 701 95 560 Subsídios ao investimento 162 264 178 745 Juros e rendimentos similares 33 789 50 205 Empréstimos concedidos 77 000 37 398 Dividendos 217 990 206 965 Outros activos 186 380

1 204 134 572 319 Pagamentos respeitantes a:

Outros ativos fixos tangíveis (167 660) (210 580) Propriedades de investimento (1 207) (1 692) Outros ativos intangíveis (373 106) (406 512) Investimentos financeiros (666 322) (965 451) Juros e gastos similares (13) (16 413) Empréstimos concedidos (118 688) (73 000) Outros ativos (530) (58 709) Direito de concessão (56) (554)

(1 327 582) (1 732 911)

Fluxos de caixa das atividades de investimento (123 448) (1 160 593)

Atividades de financiamento:Recebimentos provenientes de:

Realizações de capital e de outros instrumentos de capital próprio 6 032 7 203 Financiamentos obtidos 1 129 961 3 947 066 Subsídios e doações 3 654 - Juros e rendimentos similares 2 414 1 198 Outras operações de financiamento 235 1 350

1 142 295 3 956 817 Pagamentos respeitantes a:

Financiamentos obtidos (1 105 942) (2 138 709) Contratos de locação financeira (107 312) (129 161) Juros e gastos similares (362 838) (269 595) Dividendos (57 240) (164 735) Outras operações de financiamento (2 897) (248 988)

(1 636 229) (2 951 187)

Fluxos de caixa das atividades de financiamento (493 934) 1 005 630

Variações de caixa e seus equivalentes (242 736) 40 936 Efeito das diferenças de câmbio 6 173 12 581 Caixa e seus equivalentes no início do período 707 743 654 226

Descobertos bancários 269 493 - Caixa e seus equivalentes no fim do período 471 180 707 743

RUBRICAS 2011 2010

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NOTAS

1 - Atividade económica do Grupo PARPÚBLICA

A PARPÚBLICA – Participações Públicas, SGPS, SA (abreviadamente designada por Empresa ou PARPÚBLICA) é uma Sociedade Gestora de Participações Sociais de capitais exclusivamente públicos, criada pelo Decreto-Lei n.º 209/2000, de 2 de setembro, constituindo um instrumento do Estado para atuação nos seguintes domínios:

(a) Gestão de participações em empresas em processo de privatização ou privatizáveis a prazo;

(b) Desenvolvimento dos processos de privatização, no quadro determinado pelo governo;

(c) Reestruturação de empresas transferidas para a sua carteira para o efeito;

(d) Acompanhamento de participações em empresas privatizadas que conferem direitos especiais ao Estado;

(e) Gestão de património imobiliário público excedentário, através de empresas subsidiárias de objeto especializado;

(f) Apoio ao exercício pelo Ministro das Finanças da tutela financeira sobre empresas do Estado e empresas concessionárias de serviços de interesse económico geral;

(g) Promoção da utilização das parcerias público-privadas para o desenvolvimento de serviços públicos em condições de maior qualidade e eficiência;

As missões cometidas à PARPÚBLICA pelo diploma que a constituiu desenvolvem-se, quer através dos mecanismos próprios de uma SGPS, ou seja, da sua carteira de participações, quer através da prestação de serviços ao Ministério das Finanças.

Considerando as atividades desenvolvidas pelas entidades cujas demonstrações financeiras foram incluídas na consolidação do Grupo PARPÚBLICA e a forma de reporte da informação, foram identificados seis segmentos de negócio: (i) Gestão de Outras Participações e Diversos; (ii) Gestão e Promoção Imobiliária; (iii) Exploração Agrícola, Pecuária e Florestal; (iv) Produção de Moeda, Publicações e Produtos de Segurança; (v) Atividades Aeronáuticas; e (vi) Águas e Resíduos.

As presentes demonstrações financeiras consolidadas respeitam ao período de 12 meses findo em 31 de dezembro de 2011, foram preparadas a partir dos registos contabilísticos da empresa efetuados no pressuposto da continuidade das operações e do acréscimo e estão apresentadas em milhares de euros, salvo quando referida outra unidade.

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Relato por segmentos

Valores em milhares de Euros

31-Dez-11 31-Dez-10 31-Dez-11 31-Dez-10

(1 203 384) (828 761) 18 220 891 17 348 042

(6 887) (8 637) 1 263 823 1 415 439

(1 210 271) (837 398) 19 484 714 18 763 481

(7 458) (10 421) 2 451 644 1 903 520

(1 202 812) (826 977) 11 752 210 11 802 487

- 2 028 717 1 922 845(1 210 270) (837 398) 16 232 571 15 628 853

(1) - 2 626 684 2 583 034- 625 460 551 594

(1) - 3 252 143 3 134 629

0 0 0 0

Eliminações Inter-Segmentos Consolidado

31-Dez-11 31-Dez-10 31-Dez-11 31-Dez-10 31-Dez-11 31-Dez-10 31-Dez-11 31-Dez-10 31-Dez-11 31-Dez-10 31-Dez-11 31-Dez-10

PATRIMÓNIO E O. INFORMAÇÕES

AtivosAtivos dos negócios 7 626 885 6 740 139 1 823 288 1 828 626 92 149 101 628 127 080 125 247 3 088 974 3 066 345 6 665 898 6 314 820

(dos quais detidos para venda) 2 755 296 3 088 974Ativos diversos 117 325 47 672 84 586 134 553 6 680 4 809 64 445 57 030 170 623 281 435 827 052 898 578

(dos quais detidos para venda) 170 623Ativos totais 7 744 210 6 787 811 1 907 874 1 963 179 98 830 106 437 191 525 182 277 3 259 597 3 347 780 7 492 950 7 213 398

PassivosPassivos dos negócios 1 138 913 475 903 94 970 155 110 1 869 1 976 21 294 17 078 889 156 913 668 312 900 350 207

(dos quais detidos para venda) 889 156Passivos de financiamento e diversos 5 151 745 4 945 441 1 283 377 1 213 356 17 333 19 619 50 673 82 701 2 257 067 2 276 101 4 194 828 4 092 246

(dos quais detidos para venda) 2 332 815Subsídios para Activos 1 060 - 0 58 1 104 1 020 21 24 75 748 79 271 1 950 784 1 842 472Passivos totais 6 291 717 5 421 344 1 378 347 1 368 524 20 307 22 615 71 988 99 803 3 221 971 3 269 040 6 458 512 6 284 925

Capital Próprio do Grupo 1 447 806 1 361 256 528 134 593 285 78 523 83 822 119 538 82 474 -93 198 -38 917 545 883 501 115Interesses que não controlam 4 687 5 211 1 394 1 369 - - - - 130 824 117 657 488 555 427 358Capital Próprio 1 452 493 1 366 467 529 528 594 654 78 523 83 822 119 538 82 474 37 626 78 740 1 034 438 928 472

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1

Rubricas Gestão e Promoção Imobiliária

Exploração Agrícola, Pecuária e Florestal

Produção de Moeda, Publicações e Produtos

de SegurançaActividades Aeronáuticas Águas e Resíduos

Gestão de O. Participações e Diversos

Segmentos de Negócio

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PARPÚBLICA – PARTICIPAÇÕES PÚBLICAS (SGPS), S. A.

10

Relato por segmentos

Valores em milhares de Euros

31-Dez-11 31-Dez-10 31-Dez-11 31-Dez-10 31-Dez-11 31-Dez-10 31-Dez-11 31-Dez-10

2 792 732 2 652 849 834 249 723 268 - - 3 899 491 3 577 489 3 131 4 108 249 622 - - 10 571 14 767

(9 752) (43 726) - - - - 161 894 181 133 12 - - 38 074 45 186

13 166 3 716 30 430 33 608 - - 41 561 36 168 (190 606) (177 812) (32 937) (30 364) - - (331 502) (289 675)

(1 687 045) (1 492 981) (221 686) (231 873) 22 116 (1 944 948) (1 764 913) (631 969) (680 127) (140 075) (158 078) - - (810 420) (881 306)

(2 441) 3 963 50 30 - - (67 087) (10 163) 12 603 3 701 (2 361) 25 171 - - 8 041 28 187 (5 038) 4 151 (5 738) (5 278) - - 61 834 (232 570)

253 - (25 769) (4 633) - - (94 917) 159 737 70 991 92 281 54 431 34 518 (54 789) (12 938) 154 975 165 177

(49 652) (59 724) (13 020) (26 492) 25 - (73 893) (98 453) -

316 386 310 399 477 823 360 499 (54 742) (12 822) 1 053 674 930 765

(206 034) (213 253) (243 217) (225 048) - - (463 081) (453 119) (2 480) (488) - - - (5 757) (19 654)

4 502 4 158 80 823 72 046 85 459 78 114

112 374 100 816 315 429 207 497 (54 742) (12 822) 670 295 536 105

(62 012) (61 098) (103 597) (74 982) 51 443 12 829 (380 675) (291 046) (11 135) (7 693) (14 810) (4 668) 3 298 - (33 743) (19 746)

39 227 32 025 197 022 127 847 (1) 7 255 877 225 313

(33 466) (29 813) (57 025) (32 812) - - (90 211) (70 030)

5 761 2 212 139 997 95 035 (1) 7 165 666 155 283

30 102 21 192 75 322 38 052 - 0 105 004 60 301

(24 341) (18 980) 64 675 56 983 (1) 7 60 662 94 982

5 761 2 212 312 661 54 986

-24 341 -18 980 282 559 33 793

316 386 310 399 477 823 360 499 (54 742) (12 822) 1 053 674 930 765

Actividades Aeronáuticas Águas e ResíduosEliminações Inter-

Segmentos Consolidado

Segmentos de Negócio

31-Dez-11 31-Dez-10 31-Dez-11 31-Dez-10 31-Dez-11 31-Dez-10 31-Dez-11 31-Dez-10

Vendas e serviços prestados 10 853 12 686 137 295 101 522 5 417 4 294 118 945 82 870 Subs ídios à exploração 2 652 2 659 7 33 1 869 1 843 2 662 5 502 Ganhos e perdas imputados de associadas 171 524 224 666 - 3 36 30 86 160 Dividendos de participações ao custo e ao justo va lor 38 062 45 186 - - - Variação nos inventários da produção + Trabalhos para a própria entida - - (901) (576) (2 312) (1 040) 1 178 460 Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas (6) (11) (77 440) (61 277) (2 530) (2 730) (27 983) (17 481) Fornecimentos e serviços externos (9 103) (10 870) (11 516) (12 567) (2 690) (2 432) (12 931) (14 306) Gastos com o pessoal (3 326) (4 622) (6 533) (7 758) (2 292) (2 323) (26 224) (28 399) Ajustamentos de inventários - - (64 651) (14 707) - - (45) 551 Provisões (12) 78 (1 095) (910) - - (1 094) 147 Imparidade de activos não depreciáveis / amortizáveis 77 337 (231 233) (160) (112) 1 214 (57) (5 781) (41) Aumentos / reduções de justo va lor (62 943) 158 451 (7) 4 050 (6 451) 1 969 - (100) Outros rendimentos e ganhos 64 122 31 986 10 776 13 383 2 410 2 657 7 033 3 290 Outros gastos e perdas (301) (599) (3 641) (4 218) (234) (432) (7 070) (6 988)

Resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos 288 859 228 378 (17 866) 16 866 (5 562) 1 778 48 775 25 666

Gastos/reversões de depreciação e de amortização (5 213) (5 579) (1 151) (1 245) (1 580) (927) (5 886) (7 068) Imparidade de investimentos depreciáveis / amortizáveis (1 608) (19 028) (1 669) (138) - - Subs ídios ao investimento - 1 833 - - 134 77 - - Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) 282 039 205 605 (20 686) 15 484 (7 008) 927 42 890 18 598

Juros suportados (212 520) (151 811) (52 765) (15 533) (19) - (1 203) (450) Outros ganhos e perdas de financiamento (4 530) (2 513) (6 566) (4 872) - - (1) -

Resultado antes de impostos 64 988 51 281 (80 017) (4 921) (7 028) 927 41 685 18 148

Imposto sobre o rendimento do período (466) (2 783) 14 678 869 1 678 (223) (15 611) (5 269)

Resul tado l íquido do período 64 523 48 498 (65 339) (4 052) (5 349) 705 26 074 12 880

Resul tado l íquido dos Interesses que não controlam -437 1 059 16 -2 0 0 0 0

Resultado líquido dos detentores do capital da empresa-mãe 64 960 47 439 (65 355) (4 050) (5 349) 705 26 074 12 880

306 900 52 774

306 900 52 774

EBITDA (a) 288 859 228 378 (17 866) 16 866 (5 562) 1 778 48 775 25 666

(a ) EBITDA = Resul tado antes de impostos , de Juros suportados , de resul tados de operações descontinuadas e de Gastos/reversões de depreciação e de amortização

Resul tado das unidades operacionais descontinuadas incluído no resul tado l íquido do período

Resultado das unidades operacionais descontinuadas incluído no resul tado l íquido dos detentores do capi ta l da empresa-mãe

Gestão de O. Participações e Diversos

Gestão e Promoção Imobiliária

Exploração Agrícola, Pecuária e Florestal

Produção de Moeda, Publicações e Produtos de

Segurança

Rubricas

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2 - Bases de apresentação e principais políticas contabilísticas aplicadas

2a - Introdução

As principais políticas contabilísticas adotadas pelo Grupo PARPÚBLICA na preparação destas demonstrações financeiras consolidadas são expostas nas notas seguintes. Excetuando as situações descritas na nota 2b, estas políticas foram aplicadas de forma consistente para todos os exercícios apresentados.

Estas demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (International Financial Reporting Standards - IFRS), Normas Internacionais de Contabilidade e Interpretações (International Accounting Standards and Interpretations), coletivamente denominadas IFRS, emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB), tal como adotadas na União Europeia (UE), doravante designadas por IFRS/UE.

A preparação de demonstrações financeiras consolidadas em conformidade com as IFRS requer o uso de determinadas estimativas contabilísticas críticas. Requer igualmente que a Administração exerça juízos de valor ao aplicar as políticas contabilísticas do Grupo PARPÚBLICA da forma mais apropriada. As áreas onde foram feitas as estimativas e os juízos de valor mais significativos encontram-se apresentadas na nota 2ad.

2b – Alterações nas políticas contabilísticas

2bi Novas normas, interpretações e alterações com eficácia a partir de 01 de janeiro de 2011

• Alterações à IAS 32 Instrumentos financeiros: divulgações, alterações relacionadas com a forma como devem ser contabilizados certos direitos quando os instrumentos emitidos são denominados numa moeda diferente da moeda funcional do emitente> Regulamento 1293/09, de 23 de dezembro;

• Alterações à IFRS 1 Adoção pela primeira vez das IFRS e à IFRS 7 Instrumentos financeiros: divulgações> relacionadas com a isenção da obrigação de apresentar divulgações comparativas de acordo com a IFRS 7, no que respeita à mensuração pelo justo valor e ao risco de liquidez quando esses períodos comparativos terminem antes de 31 de dezembro de 2009> Regulamento 574/10, de 30 de junho;

• Alterações à IFRIC 14 Pré-pagamento de um requisito de financiamento mínimo> visam eliminar uma consequência não intencional da IFRIC 14 nos casos em que uma entidade sujeita a um requisito de financiamento mínimo procede ao pagamento antecipado de contribuições quando, em certas circunstâncias, a entidade que procede a esse pré-pagamento seria obrigada a reconhecer um dispêndio. Se um determinado plano de benefícios definidos estiver sujeito a um requisito de financiamento mínimo, a emenda à IFRIC 14 determina que o pagamento seja tratado, como qualquer outro pré-pagamento, como se fosse um ativo> Regulamento 633/10, de 19 de julho;

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• Adoção da IFRIC 19 Extinção de passivos financeiros através de instrumentos de capital próprio e consequentes alterações à IFRS 1 Adoção pela primeira vez das IFRS> o objetivo da IFRIC 19 é proporcionar orientação sobre a forma como um devedor deve contabilizar os seus instrumentos de capital próprio emitidos com vista à liquidação total ou parcial de um passivo financeiro no seguimento da renegociação dos termos desse passivo> Regulamento 662/10, de 23 de julho;

• Melhoramentos (vários) introduzidos nas IFRS (IFRS1, IFRS 3, IFRS 7, IAS 1, IAS 21, IAS 28, IAS 31, IAS 32, IAS 34, IAS 39, e IFRIC 13)> Regulamento 149/11, de 18 de fevereiro, cujos tópicos de alterações são os seguintes:

• IFRS 1> alterações de políticas contabilísticas no período abrangido pelas primeiras demonstrações financeiras; uso de base de reavaliação como custo considerado pode ser aplicável ao período abrangido pelas primeiras demonstrações financeiras em IFRS; uso do custo considerado para as operações sujeitas a taxa regulamentada;

• IFRS 3> requisitos de transição para retribuições contingentes a partir de uma concentração de atividades que ocorreu antes da data efetiva da IFRS 3 (revista em 2008); alteração na definição para mensuração dos interesses que não controlam; pagamentos de prémios com base em ações – prémios de substituição e prémios não substituíveis;

• IFRS 7> clarificação de algumas divulgações. O objetivo da alteração à IFRS 7 é dar clareza na interação entre a divulgação qualitativa e quantitativa da natureza e extensão dos riscos resultantes de instrumentos financeiros. A principal mudança refere-se à exigência, em adição à descrição das garantias colaterais detidas como segurança, de fornecer uma descrição dos respetivos efeitos financeiros em relação à quantidade de exposição máxima ao risco de crédito;

• IAS 1> clarificação da demonstração de alterações no capital próprio (DACP). Entre as alterações destaca-se a necessidade de incluir, ou na DACP ou nas notas, uma análise por item dos outros rendimentos integrais incluídos na DACP para cada componente do capital próprio;

• IAS 21, IAS 28 e IAS 31> requisitos de transição para as emendas resultantes da IAS 27 (conforme emendada em 2008). As emendas esclarecem que as "alterações consequentes" devem ser aplicadas prospectivamente;

• IAS 32> alterações que resultam das emendas na IFRS 3 introduzidas pelos Melhoramentos (contratos de retribuição contingente);

• IAS 34> eventos e transações significativos. O objetivo da alteração é o de emendar a IAS 34 para colocar maior ênfase nos princípios (eventos transações significativas, informações atualizadas) e incluem exemplos adicionais relativos a requisitos de divulgação mais recente;

• IAS 39> alterações que resultam das emendas na IFRS 3 introduzidas pelos Melhoramentos (contratos de retribuição contingente);

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• IFRIC 13> alterações na definição do justo valor dos créditos de prémio. É alterado o parágrafo AG2 (e o Exemplo 1, nos exemplos ilustrativos) para esclarecer que, quando o justo valor dos créditos de prémio é estimado por referência ao valor dos prémios para os quais eles poderiam ser resgatados, o valor desses prémios será ajustado para refletir forfeitures esperados, bem como descontos ou incentivos.

As novas normas, interpretações e alterações com eficácia a partir de 01 de janeiro de 2011, referidas acima não tiveram impacto significativo nas demonstrações financeiras.

2bii Novas normas, interpretações e alterações que ainda não entraram em vigor

• IFRS 7> Instrumentos Financeiros: Divulgações - visam ajudar os utentes das demonstrações financeiras a avaliar melhor as exposições ao risco relacionadas com as transferências de ativos financeiros e o efeito desses riscos na posição financeira de uma entidade. O objetivo das emendas é promover a transparência na divulgação das operações de transferência, em particular quando envolvem a titularização de ativos financeiros. Regulamento 1205/2011, de 22 de Novembro.

Estas alterações entrarão em vigor a partir do exercício iniciado em 1 de Janeiro de 2012. Não se estimam quaisquer impactos nas demonstrações financeiras consolidadas decorrentes da entrada em vigor das referidas alterações.

2c - Princípios de consolidação

As demonstrações financeiras consolidadas do Grupo PARPÚBLICA são apresentadas como as de uma única entidade económica. As transações e saldos de intra-grupo são eliminados integralmente.

As subsidiárias incluídas nas demonstrações financeiras encontram-se listadas na nota 2e.

2d - Concentrações de atividades empresariais

As presentes demonstrações financeiras consolidadas incorporam efeitos de concentrações de atividades empresariais usando o método de compra. Os resultados e os outros rendimentos integrais das operações das adquiridas são incluídos na demonstração consolidada do rendimento integral a partir da data em que o controlo é obtido.

2e - Subsidiárias

Foram consideradas subsidiárias todas as entidades controladas pelo Grupo PARPÚBLICA, considerando-se controlo como o poder de gerir as políticas financeiras e operacionais de uma entidade de forma a obter benefícios das suas atividades. Presumiu-se a existência de controlo quando a PARPÚBLICA é titular, direta ou indiretamente através de subsidiárias, de mais de metade do poder de voto de uma entidade.

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As entidades que se qualificam como subsidiárias são as seguintes:

Firma Sede Social Atividade Principal

Detenção do Capital

Entidade % do capital detido pela

detentora direta 2011 2010

PARPÚBLICA - Participações Públicas (SGPS), S.A.

Lisboa Gestão de participações sociais ESTADO PORTUGUÊS 100,00% 100,00%

AdP - Águas de Portugal, SGPS, S.A. Lisboa Gestão de participações

sociais PARPÚBLICA, SGPS, S.A. 72,17% 72,17%

ANA - Aeroportos de Portugal, S.A. (b) Lisboa

Exploração do serviço público aeroportuário de apoio à aviação civil em Portugal

PARPÚBLICA, SGPS, S.A. 68,56% 68,56%

Capitalpor - Participações Portuguesas, SGPS, S.A. Lisboa Gestão de participações

sociais PARPÚBLICA, SGPS, S.A. (d) 100,00%

CE – Circuito do Estoril, S.A. Alcabideche Organização de eventos

desportivos PARPÚBLICA, SGPS, S.A. 100,00% 100,00%

Companhia das Lezírias, S.A. Samora Correia Produção agrícola e animal PARPÚBLICA, SGPS, S.A. 100,00% 100,00%

ENVC – Sociedade Imobiliária, S.A.

Viana do Castelo

Desenvolvimento e projetos imobiliários PARPÚBLICA, SGPS, S.A. 99,80% 99,80%

INCM - Imprensa Nacional Casa da Moeda, S.A. Lisboa Produção de moeda,

impressos e publicações PARPÚBLICA, SGPS, S.A. 100,00% 100,00%

MARGUEIRA - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A.

Almada Gestora do fundo de investimento imobiliário Margueira Capital

PARPÚBLICA, SGPS, S.A. 51,00% 51,00%

SAGESECUR - Sociedade de Estudos, Desenvolvimento e Participação em Projetos, S.A.

Lisboa Est., desenv. E participação em investimentos mobiliários

PARPÚBLICA, SGPS, S.A. 80,50% 80,50%

SAGESTAMO - Sociedade Gestora de Participações Sociais Imobiliárias, S.A.

Lisboa Gestão de participações sociais e prestação de serviços

PARPÚBLICA, SGPS, S.A. 100,00% 100,00%

TAP - Transportes Aéreos Portugueses, SGPS, S.A. (b) Lisboa Gestão das participações

sociais PARPÚBLICA, SGPS, S.A. 100,00% 100,00%

AdP – Águas de Portugal Serviços Ambientais, S.A. Lisboa Prestação de serviços

técnicos AdP - Águas de Portugal, SGPS, S.A. 100,00% 100,00%

Aquasis, S.A. Lisboa Sistemas de Informação Geográfica

AdP - Águas de Portugal Serviços, S.A. EGF AdP - Águas de Portugal, SGPS, S.A.

54,98% 0,01%

0,01%

55,00%

Águas de Santo André, S.A. V.N. Santo André

Sistema multimunicipal de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

AdP - Águas de Portugal, SGPS, S.A. 100,00% 100,00%

EPAL – Empresa Portuguesa das Águas Livres, S.A.

Lisboa Distribuição de água AdP - Águas de Portugal, SGPS, S.A. 100,00% 100,00%

Empresa Geral do Fomento, S.A. Lisboa Gestão de participações

sociais AdP - Águas de Portugal, SGPS, S.A. 100,00% 100,00%

AdP Energias, S.A. (Reciclamas – Multigestão Ambiental, S.A.)

Lisboa Gestão ambiental AdP - Águas de Portugal, SGPS, S.A. 100,00% 100,00%

AdP – Águas de Portugal Internacional, S.A. Lisboa Gestão de participações

sociais AdP - Águas de Portugal, SGPS, S.A. 100,00% 100,00%

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Firma Sede Social Atividade Principal

Detenção do Capital

Entidade % do capital detido pela

detentora direta 2011 2010

Aquatec, Lda Maputo Prestação de serviços técnicos

AdP - Águas de Portugal Internacional, S.A. 100,00% 100,00%

Águas de Moçambique, SARL Maputo Exploração de serviço de

abastecimento de água AdP - Águas de Portugal Internacional, S.A. (a) 73,00%

Águas do Brasil, S.A. Rio de Janeiro Distribuição de água AdP - Águas de Portugal, SGPS, S.A. 100,00% 100,00%

Águas do Algarve, S.A. Faro

Sistema multimunicipal de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

AdP - Águas de Portugal, SGPS, S.A. 54,44% 54,44%

Águas do Centro Alentejo, S.A. Évora

Sistema multimunicipal de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

AdP - Águas de Portugal, SGPS, S.A. 51,00% 51,00%

Águas do Centro, S.A. Castelo Branco

Sistema multimunicipal de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

AdP - Águas de Portugal, SGPS, S.A. 70,00% 70,00%

Águas do Douro e Paiva, S.A. Porto

Sistema multimunicipal de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

AdP - Águas de Portugal, SGPS, S.A. 51,00% 51,00%

Águas do Noroeste, S.A. Barcelos

Sistema multimunicipal de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

AdP - Águas de Portugal, SGPS, S.A. 56,66% 56,66%

Águas do Mondego, S.A. Taveiro

Sistema multimunicipal de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

AdP - Águas de Portugal, SGPS, S.A. 51,00% 51,00%

Águas do Norte Alentejano, S.A. Portalegre

Sistema multimunicipal de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

AdP - Águas de Portugal, SGPS, S.A. 51,00% 51,00%

Águas do Oeste, S.A. Óbidos

Sistema multimunicipal de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

AdP - Águas de Portugal, SGPS, S.A. 51,00% 51,00%

Águas de Trás-os-Montes e Alto Douro, S.A. Vila Real

Sistema multimunicipal de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

AdP - Águas de Portugal, SGPS, S.A. 70,54% 70,54%

Águas do Zêzere e Côa, S.A. Guarda

Sistema multimunicipal de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

AdP - Águas de Portugal, SGPS, S.A. 87,46% 87,46%

AdRA - Águas da Região de Aveiro, S.A. Aveiro

Gestão integrada dos serviços municipais de abastecimento de água para consumo público e de saneamento de águas residuais urbanas

AdP – Águas de Portugal, SGPS, S.A. 51,00% 51,00%

AGDA - Águas Públicas do Alentejo, S.A. Beja

Exploração e gestão Concessionária do Sistema de exploração e gestão dos serviços de água “em alta”

AdP – Águas de Portugal, SGPS, S.A. 51,00% 51,00%

Sanest, S.A. Cascais Sistema Multimunicipal de Saneamento de Águas Residuais

AdP - Águas de Portugal, SGPS, S.A. 51,00% 51,00%

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Firma Sede Social Atividade Principal

Detenção do Capital

Entidade % do capital detido pela

detentora direta 2011 2010

Simarsul, S.A. Setúbal Sistema Multimunicipal de Saneamento de Águas Residuais

AdP - Águas de Portugal, SGPS, S.A. 51,00% 51,00%

Simlis, S.A. Leria Sistema Multimunicipal de Saneamento de Águas Residuais

AdP - Águas de Portugal, SGPS, S.A. 70,16% 70,16%

Simria, S.A. Aveiro Sistema Multimunicipal de Saneamento de Águas Residuais

AdP - Águas de Portugal, SGPS, S.A. 67,72% 67,72%

Simtejo S.A. Lisboa Sistema Multimunicipal de Saneamento de Águas Residuais

AdP - Águas de Portugal, SGPS, S.A. 50,50% 50,50%

Simdouro S.A. Vila Nova de Gaia

Sistema Multimunicipal de Saneamento de Águas Residuais

AdP - Águas de Portugal, SGPS, S.A. 51,00% 51,00%

Algar, S.A. Faro

Sistema Multimunicipal de Tratamento e Valorização de Resíduos Sólidos Urbanos

Empresa Geral do Fomento, S.A. 56,00% 56,00%

Amarsul, S.A. Palmela

Sistema Multimunicipal de Tratamento e Valorização de Resíduos Sólidos Urbanos

Empresa Geral do Fomento, S.A. 51,00% 51,00%

Ersuc, S.A Coimbra

Sistema Multimunicipal de Tratamento e Valorização de Resíduos Sólidos Urbanos

Empresa Geral do Fomento, S.A. 51,46% 51,46%

Resiestrela, S.A. Serra da Estrela

Sistema Multimunicipal de Tratamento e Valorização de Resíduos Sólidos Urbanos

Empresa Geral do Fomento, S.A. 62,95% 62,95%

Resinorte, S.A. Celorico de Basto

Sistema Multimunicipal de Tratamento e Valorização de Resíduos Sólidos Urbanos

Empresa Geral do Fomento, S.A. 51,00% 68,00%

Resulima, S.A. Viana do Castelo

Sistema Multimunicipal de Tratamento e Valorização de Resíduos Sólidos Urbanos

Empresa Geral do Fomento, S.A. 51,00% 51,00%

Suldouro, S.A. Sermonde

Sistema Multimunicipal de Tratamento e Valorização de Resíduos Sólidos Urbanos

Empresa Geral do Fomento, S.A. 60,00% 60,00%

Valnor, S.A. Avis

Sistema Multimunicipal de Tratamento e Valorização de Resíduos Sólidos Urbanos

Empresa Geral do Fomento, S.A. 53,33% 53,33%

Valorlis, S.A. Leria

Sistema Multimunicipal de Tratamento e Valorização de Resíduos Sólidos Urbanos

Empresa Geral do Fomento, S.A. 51,00% 51,00%

Valorminho, S.A. Valença

Sistema Multimunicipal de Tratamento e Valorização de Resíduos Sólidos Urbanos

Empresa Geral do Fomento, S.A. 51,00% 51,00%

Valorsul, S.A. Valença

Sistema Multimunicipal de Tratamento e Valorização de Resíduos Sólidos Urbanos

Empresa Geral do Fomento, S.A. 56,17% 56,79%

ANAM – Aerop. Navegação Aérea da Madeira, S.A. (b) Funchal Gestão de infraestruturas

aeroportuárias ANA, S.A. 70,00% 70,00%

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Firma Sede Social Atividade Principal

Detenção do Capital

Entidade % do capital detido pela

detentora direta 2011 2010

NAER- Novo Aeroporto, S.A. (b) Lisboa

Desenvolvimento de estudos para a construção de um novo aeroporto

ANA, S.A. 84,41% 84,41%

Portway- Handling de Portugal, S.A. (b) Lisboa Handling ANA, S.A. 100,00% 100,00%

Lazer e Floresta - Empresa de Desenvolvimento Agro-Florestal Imobiliário Turístico e Cinegético,S.A.

Lisboa Desenvolvimento agro-florestal imobiliário

PARPÚBLICA, SGPS, S.A. Capitalpor

100,00% 0,00%

0,00% 100,00%

SPE – Sociedade Portuguesa de Empreendimentos, S.A.

Lisboa Minas / minérios PARPÚBLICA, SGPS, S.A. 81,13% 81,13%

BAÍA DO TEJO, S.A. (ex-QUIMIPARQUE – Parques Empresariais, S.A.

Barreiro Desenvolvimento e gestão de parques empresariais

PARPÚBLICA, SGPS, S.A. Capitalpor

100,00% 0,00%

0,00% 100,00%

AMBISIDER - Recuperações Ambientais, S.A. Paio Pires

Desmantelamento de inst. industriais e recup. Ambiental

BAÍA DO TEJO, S.A. (em 2008 SNESGES, S.A.) 100,00% 100,00%

ECODETRA - Sociedade de Tratamento e Deposição de Resíduos, S.A.

Paio Pires Aterro de resíduos industriais especiais

BAÍA DO TEJO, S.A. (em 2008) URBINDÚSTRIA, S.A. 51,00% 51,00%

APIS – Associação Parque Industrial do Seixal Lisboa Parques tecnológicos e

industriais BAÍA DO TEJO, S.A. 93,77% 93,77%

Fundo de Investimento Imobiliário Fechado Estamo

Lisboa Fundo Imobiliário SAGESECUR, S.A. ESTAMO, SGPS, S.A.

99,997% 0,003%

99,997% 0,003%

CONSEST – Promoção Imobiliária, S.A. Lisboa Compra, venda e

administração de imóveis SAGESTAMO, SGPS, S.A. 100,00% 100,00%

ESTAMO – Participações Imobiliárias, S.A. Lisboa Compra, venda e

administração de imóveis SAGESTAMO, SGPS, S.A. 100,00% 100,00%

FUNDIESTAMO - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A.

Lisboa Administração de Fundos de Investimento Imobiliário

SAGESTAMO, SGPS, S.A. 100,00% 100,00%

TAP - Transportes Aéreos Portugueses, S.A. (b) Lisboa Atividades Aeronáuticas TAP, SGPS, S.A. 100,00% 100,00%

TAPGER - Sociedade de Gestão e Serviços, S.A. (b) Lisboa Prestação de serviços de

gestão TAP, SGPS, S.A. 100,00% 100,00%

CATERINGPOR - Catering de Portugal, S.A. (b) Lisboa Catering TAPGER, S.A. 51,00% 51,00%

L.F.P. - Lojas Francas de Portugal, S.A. (b) Lisboa Exploração de “free shop” TAPGER, S.A. 51,00% 51,00%

MEGASIS - Soc. de Serviços e Engenharia Informática, S.A. (b)

Lisboa Engenharia e prestação de serviços informáticos TAPGER, S.A. 100,00% 100,00%

U.C.S. - Cuidados Integrados de Saúde, S.A. (b)

Lisboa Prestação de cuidados de saúde TAPGER, S.A. 100,00% 100,00%

Aeropar Participações, SA (b) Brazil Prestação de serviços de

transporte TAP, SGPS, S.A. PORTUGÁLIA

99,00% 1,00% N.a.

PORTUGÁLIA – Companhia Portuguesa de Transportes Aéreos, S.A. (“PORTUGÁLIA”) (b)

Lisboa Atividades Aeronáuticas TAP, SGPS, S.A. 100,00% 100,00%

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PARPÚBLICA – PARTICIPAÇÕES PÚBLICAS (SGPS), S. A.

18

Firma Sede Social Atividade Principal

Detenção do Capital

Entidade % do capital detido pela

detentora direta 2011 2010

AERO-LB, Participações, S.A. (“AERO-LB”) (b) Brasil Gestão e administração de

participações sociais TAP, SGPS, S.A. PORTUGÁLIA (c) 99,00%

1,00%

TAP – Manutenção e Engenharia Brasil, S.A. (ex-VEM) (b)

Brasil Manutenção e engenharia aeronáutica

Aeropar Participações, SA TAP – SGPS, SA AERO-LB

47,64% 51,00%

98,64% (a) Entidade alienada em 2011. (b) Entidade incluída no grupo de empresas para alienação detido para venda de acordo com a IFRS 5. (c) Em 2011 o Grupo TAP procedeu a uma reestruturação das empresas brasileiras, tendo sido efetuada a cisão da Aero-LB que, parcialmente, foi incorporada na TAP

ME Brasil. O remanescente deu origem à Aeropar, detida a 99% pela TAP SGPS e a 1% pela Portugália. A TAP SGPS passou a deter uma participação direta de 51% na TAP ME Brasil, sendo que a Aeropar passou a deter 47,64% daquela subsidiária.

(d) A Capitalpor, SA foi objeto de fusão com a PARPÚBLICA, com referência a 1 de janeiro de 2011.

O Grupo TAP e o Grupo ANA foram incluídos num grupo de empresas para alienação classificado como detido para venda de acordo com a IFRS 5, conforme descrito na Nota 21.

2f - Associadas

Foram consideradas associadas todas as entidades sobre as quais o Grupo PARPÚBLICA tenha diretamente participação no capital e nas quais exerça influência significativa, direta ou indiretamente, e que não sejam subsidiárias nem interesses em empreendimentos conjuntos. Influência significativa é considerada como sendo o poder de participar nas decisões das políticas financeiras e operacionais das investidas mas que não constitui controlo nem controlo conjunto sobre essas políticas. Considerou-se a existência de influência significativa quando a PARPÚBLICA detém, direta ou indiretamente, 20% ou mais do poder de voto da investida, ou quando detém direitos especiais de voto.

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PARPÚBLICA – PARTICIPAÇÕES PÚBLICAS (SGPS), S. A.

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As entidades que se qualificam como associadas são as seguintes:

Firma

Sede Social Atividade Principal

Detenção do Capital

Entidade

% do capital detido pela detentora direta

31-Dez-2011 31-Dez-2010

ADA – Administração de Aeroportos, Lda. Macau Administração de aeroportos ANA, S.A. (a) 49,00%

Aguas de Timor, S.A. (b) Timor Exploração de serviço de abastecimento de água

AdP - Águas de Portugal Internacional, S.A. 100,00% 100,00%

Clube de Golf das Amoreiras, S.A. (b) Lisboa

Promoção, construção, exploração e funcionamento de um estabelecimento destinado ao treino e ensino de golfe.

EPAL, S.A. 100,00% 100,00%

CREDIP - Instituição Financeira de Crédito, S.A. Lisboa Exercício de atividade bancária PARPÚBLICA, SGPS, S.A. 20,00% 20,00%

CRL – Companhia das Lezírias e Associados Renováveis, Lda

Benavente

Receção, triagem e primeira transformação de madeira, biomassa e produtos e subprodutos florestais

COMPANHIA DAS LEZÍRIAS, S.A. 20,00% 20,00%

CVP - Sociedade de Gestão Hospitalar, S.A. Lisboa Administrações de unidades de

cuidados de saúde PARPÚBLICA, SGPS, S.A. 45,00% 45,00%

EDP - Energias de Portugal, S.A. (c) Lisboa Comercialização e distribuição

de energia elétrica Capitalpor PARPÚBLICA, SGPS, S.A.

0,00% 25,49%

11,17% 9,73%

INAPA – Investimentos Participações e Gestão, S.A.

Lisboa Gestão de participações sociais PARPÚBLICA, SGPS, S.A. 32,72% 32,72%

ISOTAL - Imobiliário do Sotavento Algarvio, S.A. Faro Desenvolvimento de

empreendimentos turísticos PARPÚBLICA, SGPS, S.A. 31,05% 31,05%

Miese Vila Real AdP Energias, SA AdP – Águas de Portugal, SGPS, S.A.

40,00%

20,00%

Multicert - Serviços de Certificação Eletrónica Lisboa Serviços de Certificação

Eletrónica INCM 20,00% 20,00%

ORIVÁRZEA, S.A. Benavente

Produção e comercialização de arroz

COMPANHIA DAS LEZÍRIAS, S.A. 26,81% 26,81%

Parcaixa, SGPS, S.A. Lisboa Gestão de participações sociais PARPÚBLICA, SGPS, S.A. 49,00% 49,00% PORTOSIDER Paio Pires Gestão de atividades portuárias BAÍA DO TEJO, S.A. 40,00% 40,00%

REN – Rede Eléctrica Nacional, S.A. (c) Lisboa

Gestão global do sistema elétrico de abastecimento público

Capitalpor PARPÚBLICA, SGPS, S.A.

0,00% 49,90%

46,00% 3,90%

SML – Sociedade Mineira do Lucapa, Lda Angola Exploração, prospeção e

extração de diamantes. SPE, S.A. 49,00% 49,00%

SPdH – Serviços Portugueses de Handling, S.A. (“SPdH”) (c)

Lisboa Handling TAP SGPS, S.A. PORTUGÁLIA TAP, S.A.

43,90% 6,00%

50,10%

43,90% 6,00%

50,10%

Trevoeste Alcobaça Saneamento de águas residuais. AdP, SGPS 43,24% 35,00%

(a) Entidade alienada em 2011 (b) Entidade sem atividade em 2011, em fase de liquidação. (c) Entidade incluída no grupo de empresas para alienação, classificado como Detido para venda de acordo com a IFRS 5.

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PARPÚBLICA – PARTICIPAÇÕES PÚBLICAS (SGPS), S. A.

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Os principais agregados das demonstrações financeiras associadas são os seguintes:

Na aquisição dos investimentos em associadas, qualquer diferença entre o custo do investimento e a parte do Grupo no justo valor líquido dos ativos, passivos e passivos contingentes identificáveis da associada é contabilizada de acordo com a IFRS 3 e incluída na quantia escriturada do investimento.

As associadas foram contabilizadas pelo método da equivalência patrimonial, pelo qual o investimento é inicialmente reconhecido pelo custo e a quantia escriturada é aumentada ou diminuída para reconhecer a parte da investidora nos lucros ou prejuízos da investida depois da data da aquisição. A parte da investidora nos lucros ou prejuízos da investida é reconhecida nos lucros ou prejuízos da investidora. As distribuições recebidas de uma investida reduzem a quantia escriturada do investimento. Podem também ser necessários ajustamentos na quantia escriturada para alterações no interesse proporcional da investidora na investida, resultantes de alterações no capital próprio da investida que não tenham sido reconhecidas nos lucros ou prejuízos da investida. A parte da investidora nessas alterações é reconhecida diretamente no capital próprio da investidora.

Se a parte do Grupo nas perdas de uma associada igualar ou exceder o seu interesse, é descontinuado o reconhecimento de perdas adicionais; depois do interesse ser reduzido a zero, é reconhecido um passivo se o Grupo tiver incorrido em obrigações legais ou construtivas.

Após a aplicação do método da equivalência patrimonial são aplicados os requisitos da IAS 39 para determinar a necessidade de reconhecer qualquer perda por imparidade adicional com respeito ao interesse do Grupo em cada uma das associadas.

De forma a não comprometer os prazos de encerramento de contas da INCM, foram consideradas as demonstrações financeiras da associada Multicert – Serviços de Certificação Electrónica, SA com data de relato a 30 de novembro de 2011, por se considerar que o diferencial não será materialmente relevante.

A SPdH encontra-se classificada como associada na medida em que a AdC (Autoridade da Concorrência) impôs, até à venda, que a gestão da Empresa seja efetuada por um mandatário de gestão, que age em nome da AdC, gerindo a SPdH de forma independente do Grupo TAP.

Milhares de Euros

Águas de Timor (i ) N.d. N.d. N.d. N.d. N.d. N.d. N.d. N.d.Clube Gol f das Amoreiras (i ) 1 413 1 512 1 384 1 374 N.d. N.d. -109 -51CREDIP - Insti tuição Financeira de Crédi to, S.A. 12 243 347 386 348 335 683 7 149 9 096 193 659CRL – Companhia das Lezírias e Associados Renováveis , Lda 4 4 1 2 0 0 -2 -2CVP - Sociedade de Gestão Hospi ta lar, S.A. 51 408 38 092 39 496 27 028 46 926 45 804 1 656 1 347EDP - Energias de Portugal , S.A. 41 280 577 40 488 853 29 893 798 29 703 894 16 864 595 15 810 961 1 331 979 1 234 601INAPA – Investimentos Participações e Gestão, S.A. 688 928 732 981 485 674 579 432 1 025 446 1 017 481 -5 978 3 044ISOTAL - Imobi l iário do Sotavento Algarvio, S.A. 217 233 4 3 5 7 -17 -98Miese (i i ) N.d. 50 N.d. 42 N.d. N.d. N.d. -3Multicert - Serviços de Certi fi cação Eletrónica 4 360 N.d. 1 031 N.d. 3 249 3 847 567 799ORIVÁRZEA, S.A. 13 387 11 943 8 025 6 765 17 137 13 739 444 354Parca ixa , SGPS, S.A. 1 028 383 1 010 982 6 063 65 28 298 16 464 23 687 5 849PORTOSIDER 736 744 10 51 43 8 33 7REN – Rede Eléctrica Nacional , S.A. 4 473 675 4 460 503 3 436 236 3 438 603 925 916 983 129 120 588 110 266SML – Sociedade Mineira do Lucapa, Lda N.d. N.d. N.d. N.d. N.d. N.d. N.d. N.d.SPdH – Serviços Portugueses de Handl ing, S.A. (“SPdH”) 24 703 33 391 147 788 145 352 N.d. 135 429 -11 124 -43 556Trevoeste 3 219 3 277 760 852 N.d. N.d. -70 -81

(i ) - Empresa sem atividade(i i ) - Apenas reportados va lores a 31 de dezembro de 2010N.d. - informação não disponível

Empresas ParticipadasActivo total

2011Passivo

2011

Total rendimentos e

ganhos 2011

RL2011

RL2010

Activo total 2010

Passivo 2010

Total rendimentos e

ganhos 2010

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PARPÚBLICA – PARTICIPAÇÕES PÚBLICAS (SGPS), S. A.

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A EDP, a HCB e a REN apesar de serem empresas associadas, foram incluídas nos ativos não correntes detidos para venda de acordo com a IFRS 5, conforme descrito na Nota 21.

2g - Ativos fixos tangíveis

Os ativos fixos tangíveis do Grupo PARPÚBLICA encontram-se mensurados ao custo deduzido das respetivas depreciações acumuladas e perdas por imparidade acumuladas.

No reconhecimento inicial de um ativo, o Grupo PARPÚBLICA considera no respetivo custo: (i) o seu preço de compra; (ii) quaisquer custos diretamente atribuíveis para colocar o ativo na localização e condições necessárias para o mesmo ser capaz de funcionar da forma pretendida pela administração; e (iii) a estimativa inicial dos custos de desmantelamento e remoção do item e de restauração do local no qual este está localizado.

Os gastos diretos relacionados com as áreas técnicas envolvidas na construção de ativos do Grupo PARPÚBLICA são capitalizados no ativo tangível. Esta capitalização é efetuada em função dos recursos internos utilizados e dos tempos despendidos, por contrapartida de trabalhos para a própria empresa.

Os custos subsequentes com os ativos tangíveis são reconhecidos como tal apenas se for provável que deles resultarão benefícios económicos futuros para o Grupo. Todas as despesas com a manutenção e reparação dos ativos são reconhecidas como gasto, de acordo com o princípio do acréscimo.

O Grupo PARPÚBLICA calcula as depreciações dos seus ativos tangíveis de acordo com o método de linha reta, de acordo com os seguintes períodos de vida útil esperados dos bens (em anos):

Ativos fixos tangíveis Vida útil

Edifícios e outras construções 4 a 50

Equipamento básico 3 a 25

Equipamento de transporte 4 a 10

Equipamento administrativo 4 a 16

Ferramentas e utensílios 4 a 16

Outros ativos tangíveis 4 a 10

Quando existe indicação de que um ativo possa estar em imparidade, é estimado o seu valor recuperável, sendo reconhecida uma perda por imparidade sempre que a quantia escriturada exceda o seu valor recuperável. O Grupo PARPÚBLICA reconhece as perdas por imparidade em resultados do período.

A quantia recuperável é determinada como a mais elevada entre o justo valor menos os custos de venda e o seu valor de uso, sendo este calculado com base no valor atual dos fluxos de caixa futuros estimados que se esperam vir obter do uso continuado do ativo e da sua alienação no fim da sua vida útil.

A quantia escriturada de um item do ativo fixo tangível é desreconhecida pelo Grupo nas seguintes situações: (i) no momento da alienação; e (ii) quando não se esperam futuros benefícios económicos do seu

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PARPÚBLICA – PARTICIPAÇÕES PÚBLICAS (SGPS), S. A.

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uso ou alienação. O ganho ou perda decorrente do desreconhecimento de um item do ativo fixo tangível: (i) é incluído nos resultados quando o item é desreconhecido; e (ii) é determinado como a diferença entre o produto líquido da alienação, se o houver, e a quantia escriturada do item.

2h - Propriedades de investimento

As propriedades de investimento do Grupo PARPÚBLICA provêm dos imóveis detidos com o objetivo de obter rendas, de valorização do capital ou de ambas.

As propriedades de investimento são mensuradas inicialmente pelo seu custo, incluindo os custos de transação que lhes sejam diretamente atribuíveis. Após o reconhecimento inicial as propriedades de investimento são mensuradas ao justo valor, o qual reflete as condições de mercado. As mensurações do justo valor têm por base avaliações independentes realizadas no final de cada exercício.

Os ganhos ou perdas provenientes de alterações no justo valor de propriedades de investimento são reconhecidos nos resultados do período em que ocorram.

As propriedades de investimento são desreconhecidas na alienação ou quando forem permanentemente retiradas de uso e nenhuns benefícios económicos forem esperados da sua alienação.

2i - Goodwill

O goodwill representa o excesso do custo de uma concentração de atividades empresariais sobre os interesses no justo valor de ativos identificáveis, passivos e passivos contingentes da adquirida. O custo inclui as quantias tidas como justos valores, à data de aquisição, dos ativos cedidos, dos passivos incorridos ou assumidos, e dos instrumentos de capital próprio emitidos, em troca do controlo sobre a adquirida, mais quaisquer custos diretamente atribuíveis à concentração de atividades empresariais.

Após o reconhecimento inicial, o goodwill adquirido numa concentração de atividades empresariais é mensurado pelo custo menos qualquer perda por imparidade acumulada.

O teste de imparidade das unidades geradoras de caixa a que tenha sido imputado goodwill é baseado em avaliações dos capitais próprios orientadas essencialmente para a perspetiva de transação.

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2j – Outros ativos intangíveis

Os ativos intangíveis do Grupo PARPÚBLICA encontram-se escriturados ao custo de aquisição deduzido das respetivas amortizações acumuladas e perdas por imparidade acumuladas.

O Grupo PARPÚBLICA calcula as amortizações dos seus ativos intangíveis de acordo com o método de linha reta, de acordo com os seguintes períodos de vida útil esperados dos bens (em anos):

Outros ativos intangíveis Vida útil

Despesas de desenvolvimento 3

Propriedade Industrial e Outros Direitos 3 a 10

Software 3

Direito de concessão 43

2k - Imparidade de ativos em geral

Os ativos intangíveis que não têm uma vida útil definida e os ativos intangíveis em curso não estão sujeitos a amortização, mas são objeto de testes de imparidade anuais a exemplo do que acontece com o goodwill. Os ativos sujeitos a amortização são revistos quanto à imparidade sempre que eventos ou alterações nas condições envolventes indiquem que o valor pelo qual se encontram registados nas demonstrações financeiras consolidadas possa não ser recuperável. Uma perda por imparidade é reconhecida pelo excesso da quantia escriturada do ativo face à sua quantia recuperável. A quantia recuperável é a mais alta de entre o justo valor de um ativo deduzido dos custos de venda e o seu valor de uso. Na impossibilidade de atribuir uma quantia recuperável a um determinado ativo, o mesmo deverá ser agregado com outros ativos, de forma que conjuntamente gerem fluxos de caixa independentes e, dessa forma, constituam uma UGC (unidade geradora de caixa). Sempre que se verifique uma perda por imparidade numa UGC à qual tenha sido alocado goodwill, a perda será imputada em primeiro lugar ao goodwill sendo o remanescente rateado por entre os ativos que a compõem com base na quantia escriturada dos mesmos. Nesta repartição pelos ativos, o valor ajustado de cada um não poderá ficar inferior ao maior de entre o justo valor deduzido dos custos de venda, o seu valor de uso e 0 (zero).

A perda por imparidade é reconhecida na demonstração consolidada dos resultados. A amortização do bem será ajustada prospectivamente de acordo com o valor amortizável ajustado pela imparidade registada.

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2l - Ativos biológicos e produtos agrícolas

Os ativos biológicos são mensurados pelo seu justo valor deduzido dos custos estimados no ponto de venda. Nas situações em que não é possível este tratamento, os mesmos são mensurados pelo custo depreciado.

Os produtos agrícolas são mensurados pelo seu justo valor deduzido dos custos estimados no ponto de venda no momento da colheita. A quantia escriturada na data da colheita, constitui o montante a registar em inventários.

Um ganho ou uma perda proveniente do reconhecimento inicial dos ativos biológicos e de alteração de justo valor menos os custos estimados no ponto-de-venda são incluídos no resultado líquido do exercício do período em que surgem.

Um subsídio do Governo não condicional que se relacione com um ativo biológico ou produto agrícola mensurado pelo seu justo valor menos custos no ponto-de-venda estimados é reconhecido como rendimento quando o subsídio do Governo se torne recebível.

Se um subsídio do Governo relacionado com um ativo biológico mensurado pelo seu justo valor menos custos no ponto-de-venda estimados for condicional, o Grupo PARPÚBLICA reconhece o subsídio como rendimento apenas quando sejam satisfeitas as condições a ele associadas.

2m - Outros ativos financeiros

Os ativos financeiros são classificados de acordo com cada uma das seguintes categorias, dependendo do objetivo para o qual esse ativo foi adquirido:

• Ativos financeiros pelo justo valor por via dos resultados são ativos financeiros que foram designados como tal ou estão classificados como detidos para negociação, pelo que são detidos pelo Grupo PARPÚBLICA com o objetivo principal de gerar lucro a curto prazo e incluem derivados não designados como instrumentos de cobertura. São mensurados inicialmente no balanço pelos seus justos valores e quaisquer alterações subsequentes aos seus justos valores são reconhecidas diretamente na demonstração dos resultados.

• Investimentos detidos até à maturidade são ativos financeiros não derivados com pagamentos fixados ou determináveis e maturidade fixada que o Grupo PARPÚBLICA tem a intenção positiva e a capacidade de deter até à maturidade. Estes ativos são mensurados inicialmente pelos seus justos valores acrescidos dos custos de transação diretamente atribuíveis à sua aquisição e são mensurados subsequentemente pelo custo amortizado através do método do juro efetivo.

• Empréstimos concedidos e contas a receber são ativos financeiros não derivados com pagamentos fixados ou determináveis que não estão cotados num mercado ativo. Estes ativos são mensurados inicialmente pelos seus justos valores acrescidos dos custos de transação diretamente atribuíveis à sua

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PARPÚBLICA – PARTICIPAÇÕES PÚBLICAS (SGPS), S. A.

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aquisição e são mensurados subsequentemente pelo custo amortizado através do método do juro efetivo.

• Ativos financeiros disponíveis para venda são ativos financeiros não derivados que sejam designados como disponíveis para venda ou que não sejam classificados em cada uma das categorias anteriores. São mensurados inicialmente pelos seus justos valores acrescidos dos custos de transação diretamente atribuíveis à sua aquisição e quaisquer alterações subsequentes aos seus justos valores são reconhecidas diretamente no capital próprio, exceto no caso de perdas por imparidade e de ganhos e perdas cambiais, até que o ativo financeiro seja desreconhecido, momento em que o ganho ou perda cumulativa anteriormente reconhecido no capital próprio deverá ser reconhecido nos resultados. Os dividendos resultantes de um instrumento de capital próprio disponível para venda são reconhecidos nos resultados quando o direito da entidade de receber pagamento for estabelecido.

Os investimentos em instrumentos de capital próprio que não tenham um preço de mercado cotado num mercado ativo e cujo justo valor não possa ser fiavelmente mensurado (bem como os derivados que estejam ligados a esses instrumentos de capital próprio e que devam ser liquidados pela entrega dos mesmos) são mensurados pelo custo.

Um ativo financeiro é desreconhecido quando (i) os direitos contratuais aos fluxos de caixa resultantes desse ativo expiram; (ii) tenham sido transferidos substancialmente todos os riscos e benefícios associados à detenção desse ativo; ou (iii) apesar dos riscos e benefícios não terem sido substancialmente transferidos, o Grupo não reteve o controlo sobre esse ativo.

O Grupo PARPÚBLICA avalia regularmente se existem sinais de imparidade para os ativos financeiros, ou grupos de ativos financeiros que não sejam mensurados pelo justo valor via resultados, e em caso afirmativo, determina os fluxos de caixa futuros descontados e reconhece a perda.

Quando existe evidência de imparidade nos ativos financeiros disponíveis para venda, a perda potencial acumulada registada no capital próprio (correspondente às variações negativas no justo valor) é transferida para resultados. Para as categorias de ativos financeiros mensurados pelo custo ou custo amortizado (incluindo investimentos em instrumentos de capital próprio mensurados pelo custo), as perdas por imparidade reconhecidas são registadas diretamente nos resultados.

Se, num período subsequente, a quantia da perda por imparidade diminuir e tal facto for objetivamente relacionado com um acontecimento que ocorra após o reconhecimento da imparidade, a perda por imparidade anteriormente reconhecida é revertida, não excedendo contudo o custo amortizado que resultaria caso a imparidade não tivesse sido reconhecida à data em que a mesma foi revertida.

No caso de investimentos em instrumentos de capital próprio que sejam mensurados pelo custo, bem como, de investimentos em instrumentos de capital próprio classificados como disponíveis para venda, as perdas de imparidade reconhecidas não são reversíveis. No caso de instrumentos de dívida classificados como disponíveis para venda, a reversão dessas perdas é efetuada por via dos resultados.

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2n - Outras contas a receber

As contas a receber são mensuradas inicialmente pelo seu justo valor e mensuradas subsequentemente pelo custo amortizado usando o método do juro efetivo. As perdas por imparidade verificadas são reconhecidas nos resultados.

O ajustamento por imparidade das contas a receber é estabelecido quando há evidência objetiva de que o Grupo PARPÚBLICA não receberá parte ou a totalidade dos montantes em dívida, nos termos acordados. Dificuldades financeiras significativas por parte do devedor, probabilidade de o devedor se tornar insolvente ou falha sucessiva de pagamentos por parte do devedor, são considerados indicadores de que a conta a receber está numa situação de imparidade.

2o – Inventários

Os Inventários são mensurados ao menor entre o seu custo de aquisição e o valor realizável líquido. O custo dos inventários inclui todos os custos de compra, custos de conversão e outros custos incorridos para colocar os inventários no seu local e na sua condição atual.

O valor realizável líquido é o preço de venda estimado no decurso normal da atividade deduzido dos respetivos custos de venda.

As diferenças positivas entre o custo e o valor realizável líquido, encontram-se registadas na rubrica ajustamentos em inventários.

O método de custeio adotado para a valorização das saídas de armazém é o custo médio ponderado.

Os inventários relativos aos ativos biológicos relacionados com a atividade agrícola e os produtos agrícolas na altura das colheitas são tratados pelo disposto na IAS 41, conforme referido na Nota 2l.

2p - Caixa e depósitos bancários

Caixa compreende o dinheiro em caixa e em depósitos à ordem. Equivalentes de caixa consistem em investimentos a curto prazo, altamente líquidos que sejam prontamente convertíveis para quantias conhecidas de dinheiro e que estejam sujeitos a um risco insignificante de alterações de valor.

2q - Ativos não correntes detidos para venda e passivos relacionados

O Grupo PARPÚBLICA classifica um ativo não corrente ou um grupo para alienação como detido para venda se a sua quantia escriturada vai ser recuperada principalmente através de uma transação de venda em vez de através de uso continuado.

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Os ativos não correntes ou grupos para alienação assim classificados estão disponíveis para venda imediata na sua condição presente e a venda desses ativos ou grupos para alienação é altamente provável.

Espera-se que as vendas dos ativos não correntes ou dos grupos para alienação sejam concluídas até um ano a partir da data da respetiva classificação como detidos para venda. Podem existir acontecimentos e circunstâncias fora do controlo do Grupo PARPÚBLICA que obrigam a estender o período para concluir as vendas para lá de um ano, apesar de se manter comprometimento com a venda dos ativos ou dos grupos para alienação; nestes casos, é mantida a classificação como detidos para venda.

Os ativos não correntes ou grupos para alienação classificados como detidos para venda são mensurados pelo menor valor entre as respetivas quantias escrituradas e os respetivos justos valores menos os custos de venda. Antes da classificação inicial dos ativos ou grupos para alienação como detidos para venda, as respetivas quantias escrituradas foram mensuradas de acordo com as IFRS aplicáveis. Por outro lado, são reconhecidas perdas por imparidade relativamente a reduções do ativo ou grupo do ativo para alienação para o justo valor menos os custos de vender e são reconhecidos ganhos para qualquer aumento no justo valor menos os custos de vender dos ativos até à quantia inicial.

2r - Instrumentos de capital próprio da entidade

Um instrumento financeiro é classificado como sendo um instrumento de capital próprio, quando o mesmo evidencia um interesse residual nos ativos de uma entidade após dedução de todos os seus passivos. Os custos diretamente atribuíveis à emissão de instrumentos de capital próprio são registados como dedução ao valor da emissão.

As distribuições aos detentores dos instrumentos de capital próprio do Grupo PARPÚBLICA apenas são reconhecidas (como passivo ou pagamento) e debitadas diretamente no capital próprio da entidade, no exercício em que essas distribuições são aprovadas pelo acionista do Grupo PARPÚBLICA.

2s- Provisões, ativos contingentes e passivos contingentes

As provisões são reconhecidas para passivos de tempestividade ou quantia incerta como resultado de acontecimentos passados e são reconhecidas pelo seu valor descontado quando o efeito do valor temporal do dinheiro for material.

Os ativos e passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras. Nos casos em que a possibilidade de um exfluxo de recursos que incorporem benefícios económicos for remota ou se for pouco provável que ocorra o influxo de benefícios económicos, os respetivos passivos contingentes ou ativos contingentes não são divulgados.

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2t - Instrumentos financeiros derivados e contabilidade de cobertura

Os instrumentos financeiros derivados são reconhecidos na data da sua negociação pelo seu justo valor. Subsequentemente, o justo valor dos instrumentos financeiros derivados é apurado numa base regular, sendo os ganhos ou perdas resultantes registados diretamente em resultados do período, exceto no que se refere aos derivados de cobertura. Os derivados embutidos em instrumentos financeiros são tratados separadamente sempre que os riscos e benefícios económicos do derivado não estejam relacionados com os do instrumento principal, desde que este não esteja contabilizado ao justo valor com impacto em resultados do exercício. Os derivados embutidos são registados ao justo valor com as suas variações registadas em resultados do exercício.

O justo valor dos instrumentos financeiros derivados corresponde ao seu valor de mercado, quando disponível, ou na sua ausência é determinado por entidades externas tendo por base técnicas de valorização, incluindo modelos de desconto de fluxos de caixa e modelos de avaliação de opções conforme seja apropriado, que tem em conta inputs como curvas de taxas de juro, ativos subjacentes e volatilidades.

O Grupo PARPÚBLICA utiliza instrumentos financeiros derivados para cobertura de riscos. Os derivados que não se qualificam para contabilidade de cobertura são registados como de negociação.

Os derivados de cobertura são registados ao seu justo valor e os ganhos ou perdas são reconhecidos de acordo com o modelo de contabilidade de cobertura adotado pelo Grupo.

Um relacionamento de cobertura qualifica-se para contabilidade de cobertura quando forem satisfeitas todas as seguintes condições:

• No início da cobertura, existir designação e documentação formais do relacionamento de cobertura e do objetivo e estratégia da gestão de risco para levar a efeito a cobertura. Essa documentação inclui a identificação do instrumento de cobertura, o item ou transação coberto, a natureza do risco a ser coberto e a forma como vai ser avaliada a eficácia do instrumento de cobertura na compensação da exposição a alterações no justo valor ou fluxos de caixa do item coberto atribuíveis ao risco coberto.

• Existir a expectativa que a cobertura seja altamente eficaz ao conseguir alterações de compensação no justo valor ou fluxos de caixa atribuíveis ao risco coberto, consistentemente com a estratégia de gestão de risco originalmente documentada para esse relacionamento de cobertura em particular.

• Quanto a coberturas de fluxos de caixa, uma transação prevista que seja o objeto da cobertura tem de ser altamente provável e tem de apresentar uma exposição a variações nos fluxos de caixa que poderia em última análise afetar os resultados.

• A eficácia da cobertura poder ser fiavelmente mensurada, isto é, o justo valor ou os fluxos de caixa do item coberto que sejam atribuíveis ao risco coberto e ao justo valor do instrumento de cobertura poderem ser fiavelmente mensurados.

• A cobertura ser avaliada numa base contínua e efetivamente determinada como sendo altamente eficaz durante todo o período de relato financeiro para o qual a cobertura foi designada.

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Numa operação de cobertura de justo valor de um ativo ou passivo, a quantia escriturada desse ativo ou passivo, determinada com base na respetiva política contabilística, é ajustada por forma a refletir a variação do seu justo valor atribuível ao risco coberto. As variações do justo valor dos derivados de cobertura são reconhecidas em resultados, conjuntamente com as variações de justo valor dos ativos e passivos cobertos atribuíveis ao risco coberto. Se a cobertura deixar de cumprir com os critérios exigidos para a contabilidade de cobertura, o instrumento financeiro derivado é classificado como instrumento de negociação e a contabilidade de cobertura é descontinuada prospectivamente e o ativo ou passivo coberto passam a ser mensurados em conformidade com a categoria onde se enquadram.

Numa operação de cobertura da exposição à variabilidade de fluxos de caixa futuros de elevada probabilidade, a parte efetiva das variações de justo valor do derivado de cobertura é reconhecida no capital próprio, sendo transferida para resultados nos períodos em que o respetivo item coberto afeta resultados. A parte não efetiva da cobertura é registada em resultados do período. Quando um instrumento de cobertura expira ou é vendido, ou quando a cobertura deixa de cumprir os critérios exigidos para a contabilidade de cobertura, as variações de justo valor do derivado acumuladas em reservas são reconhecidas em resultados quando a operação coberta também afetar resultados. No caso de a cobertura estar associada a uma operação futura, se for previsível que a operação futura não se efetuará, os montantes registados no capital próprio são imediatamente reconhecidos em resultados no período.

As operações de cobertura de um investimento líquido numa unidade operacional estrangeira, incluindo uma cobertura de um item monetário que seja contabilizada como parte do investimento líquido, são contabilizadas de forma semelhante às coberturas de fluxo de caixa, ou seja:

(i) a porção do ganho ou perda resultante do instrumento de cobertura que seja determinada como uma cobertura eficaz é reconhecida diretamente no capital próprio; e

(ii) a porção ineficaz é reconhecida nos resultados.

O ganho ou perda resultante do instrumento de cobertura relacionado com a porção eficaz da cobertura que tenha sido reconhecida diretamente no capital próprio é reconhecido nos resultados aquando da alienação da unidade operacional estrangeira.

2u - Outros passivos financeiros

Um instrumento é classificado como um passivo financeiro quando existe uma obrigação contratual da sua liquidação ser efetuada mediante a entrega de dinheiro ou de outro ativo financeiro, independentemente da sua forma legal. Estes passivos financeiros são mensurados inicialmente pelo seu justo valor deduzido dos custos de transação diretamente atribuíveis à emissão do passivo financeiro e subsequentemente mensurados pelo custo amortizado usando o método do juro efetivo.

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2v - Benefícios dos empregados

O Grupo PARPÚBLICA atribui benefícios pós-emprego a parte dos seus colaboradores, através de planos de benefícios definidos, nomeadamente planos de pensões que garantem complementos de reforma por idade, invalidez e sobrevivência, pensões de reforma antecipada e cuidados de saúde durante o período de reforma e de reforma antecipada. Porém, além dos planos de benefícios definidos, algumas subsidiárias do Grupo PARPÚBLICA atribuem benefícios pós-emprego aos seus colaboradores, através de planos de contribuição definida.

Os planos de benefícios definidos são financiados através de fundos de pensões complementados por provisões específicas quando necessário.

Neste contexto, o Grupo PARPÚBLICA reconhece como um passivo a diferença entre o valor presente da obrigação de benefícios definidos à data do balanço e o justo valor dos ativos do plano (quando existentes) à custa dos quais vão ser liquidadas as obrigações.

Os ganhos e perdas atuariais determinados anualmente são reconhecidos como um rendimento ou como um gasto no período em que ocorrem.

As responsabilidades do Grupo PARPÚBLICA são regularmente calculadas por peritos independentes, individualmente para cada plano, com base no método da Unidade de Crédito Projetada, sendo assim determinado o valor presente das suas obrigações de benefícios definidos e respetivo custo do serviço corrente. Para esse efeito, são usados determinados pressupostos atuariais. Os pressupostos atuariais são as melhores estimativas da entidade sobre as variáveis que determinarão o custo final de proporcionar benefícios pós-emprego. Os pressupostos atuariais compreendem:

• pressupostos demográficos acerca das características futuras de empregados (e seus dependentes) correntes e antigos que sejam elegíveis para os benefícios. Os pressupostos demográficos tratam matérias tais como:

(i) mortalidade, tanto durante como após o emprego;

(ii) taxas de rotação, de incapacidade e de reforma antecipada dos empregados;

(iii) a proporção dos membros do plano quando dependentes que sejam elegíveis para os benefícios; e

(iv) taxas de reivindicação segundo os planos médicos.

• pressupostos financeiros, tratando de itens tais como:

(i) a taxa de desconto;

(ii) níveis de ordenados futuros e de benefícios;

(iii) no caso de benefícios médicos, custos médicos futuros incluindo, quando material, o custo de administrar reivindicações e pagamentos de benefícios; e

(iv) taxa esperada de retorno dos ativos do plano.

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2w – Locações

O Grupo PARPÚBLICA classifica as operações de locações como locações financeiras ou locações operacionais, em função da sua substância e não da sua forma legal, dando cumprimento aos critérios estabelecidos na IAS 17.

Os contratos de locação financeira são registados, na data do seu início, no ativo e no passivo, pelo custo de aquisição da propriedade locada, ou pelo montante atual das rendas de locação vincendas, se menor. As rendas são constituídas: (i) pelo encargo financeiro que é debitado em resultados; e (ii) pela amortização financeira do capital que é deduzida ao passivo. Os encargos financeiros são reconhecidos como gastos ao longo do período de locação, a fim de produzirem uma taxa de juro periódica constante sobre o saldo remanescente do passivo em cada período.

Os pagamentos de locação ao abrigo de contratos de locação operacional, são registadas como um gasto no período em que ocorrem, numa base de linha reta durante o período de locação.

O Grupo PARPÚBLICA apresenta no balanço os ativos locados a terceiros (locação operacional) de acordo com a natureza do ativo.

Os rendimentos provenientes de contratos de locação operacional, são reconhecidos no rendimento numa base de linha reta durante o prazo da locação.

Os custos diretos iniciais incorridos são adicionados à quantia escriturada do ativo locado e reconhecidos como um gasto durante o prazo da locação, na mesma base do rendimento da locação.

Por forma a determinar se o ativo locado ficou em imparidade, aplica-se o disposto na IAS 36.

2x - Reconhecimento de gastos e perdas e de rendimentos e ganhos

Os gastos e rendimentos são registados no período a que se referem independentemente do seu pagamento ou recebimento, de acordo com o regime contabilístico do acréscimo. As diferenças entre os montantes pagos e recebidos e os respetivos gastos e rendimentos são registados no passivo e no ativo respetivamente.

O rédito proveniente das vendas de bens é reconhecido quando forem satisfeitas todas as condições seguintes:

• O Grupo PARPÚBLICA tenha transferido para o comprador os riscos e vantagens significativos da propriedade dos bens;

• O Grupo PARPÚBLICA não retenha envolvimento continuado de gestão com grau geralmente associado com a posse nem o controlo efetivo dos bens vendidos;

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• A quantia do rédito seja fiavelmente mensurada;

• Seja provável que os benefícios económicos associados com a transação fluam para o Grupo; e

• Os custos incorridos ou a serem incorridos referentes à transação possam ser fiavelmente mensurados.

O rédito associado com uma transação que envolva prestação de serviços é reconhecido quando o desfecho dessa transação possa ser fiavelmente estimado, isto é, quando:

• A quantia de rédito seja fiavelmente mensurada;

• Seja provável que benefícios económicos associados com a transação fluam para o Grupo;

• A fase de acabamento da transação à data do balanço seja fiavelmente mensurada; e

• Os custos incorridos com a transação e os custos para concluir a transação sejam fiavelmente mensurados.

O rédito proveniente do uso de ativos do Grupo PARPÚBLICA que produzam juros, royalties e dividendos é reconhecido quando:

• Seja provável que os benefícios económicos associados com a transação fluam para o Grupo; e

• A quantia do rédito possa ser fiavelmente mensurada.

O rédito proveniente do uso desses ativos é reconhecido nas seguintes bases:

• Os juros são reconhecidos utilizando o método do juro efetivo;

• Os royalties são reconhecidos num regime de acréscimo de acordo com a substância do acordo relevante; e

• Os dividendos são reconhecidos quando for estabelecido o direito do Grupo PARPÚBLICA (enquanto acionista) de receber o pagamento, exceto nas associadas em que o rédito corresponde ao resultado atribuível à participação.

Os rendimentos e gastos dos contratos de construção são reconhecidos de acordo com o método da percentagem de acabamento.

Os trabalhos para a própria entidade correspondem essencialmente aos gastos associados à execução e reparação de equipamentos próprios e incluem gastos com materiais, mão-de-obra direta e gastos gerais.

Os custos de empréstimos obtidos que sejam diretamente atribuíveis à aquisição, construção ou produção de um ativo que se qualifica como parte do custo desse ativo são objeto de capitalização. Os outros custos de empréstimos obtidos são reconhecidos como um gasto no período em que sejam incorridos, de acordo com o princípio da especialização dos exercícios e em conformidade com o método da taxa de juro efetiva.

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Os subsídios do Governo são reconhecidos pelo seu justo valor quando existe segurança razoável de que serão recebidos e que o Grupo PARPÚBLICA cumprirá as condições inerentes aos mesmos. Os subsídios do Governo recebidos para financiamento de aquisições de ativos são registados como um rendimento diferido no passivo e reconhecidos em resultados, proporcionalmente às depreciações dos ativos subsidiados. Os subsídios do Governo relacionados com rendimentos, são reconhecidos como créditos na demonstração dos resultados pelo período necessário para os balancear com os gastos que se destinem a compensar. Os subsídios do Governo relacionados com ativos biológicos têm o tratamento descrito na nota 2l.

2y - Imposto sobre o rendimento

Os impostos sobre o rendimento compreendem os impostos correntes e os impostos diferidos. Imposto corrente é a quantia a pagar ou a recuperar de impostos sobre o rendimento respeitante ao lucro ou à perda tributável de um período. Os impostos diferidos são calculados para as diferenças temporárias entre os valores contabilísticos dos ativos e passivos e a sua base fiscal, utilizando as taxas de imposto aprovadas ou substancialmente aprovadas à data de balanço em cada jurisdição e que se espera que venham a ser aplicadas quando as diferenças temporárias se reverterem.

São reconhecidos para todas as diferenças temporárias e reportes fiscais dedutíveis até ao ponto em que seja provável que exista um lucro tributável ao qual a diferença temporária dedutível possa ser usada, a não ser que o ativo por impostos diferidos resulte do reconhecimento inicial de um ativo ou passivo numa transação que:

• Não seja uma concentração de atividades empresarias; e

• No momento da transação, não afete o lucro contabilístico nem o lucro tributável.

São reconhecidos para todas as diferenças temporárias tributáveis exceto quando esse imposto diferido resultar de:

• Reconhecimento inicial do goodwill; ou

• Reconhecimento inicial de um ativo ou passivo numa transação que não seja uma concentração de atividades empresariais e não afete, no momento dessa transação, nem o lucro contabilístico nem o lucro tributável.

Os Ativos por Impostos Diferidos relativos a prejuízos fiscais reportáveis e crédito de imposto são reconhecidos quando exista uma expectativa razoável de haver lucros tributáveis futuros. A incerteza de recuperabilidade de prejuízos fiscais reportáveis e crédito de imposto é considerada no apuramento de ativos por impostos diferidos.

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2z - Transações em moeda estrangeira

As transações em moeda estrangeira são convertidas à taxa de câmbio em vigor à data de transação. Os ativos e passivos monetários expressos em moeda estrangeira são convertidos para euros à taxa de câmbio em vigor na data do balanço. As diferenças cambiais resultantes desta conversão são reconhecidas em resultados. Os ativos e passivos não monetários registados ao custo histórico, expressos em moeda estrangeira são convertidos à taxa de câmbio à data da transação. Ativos e passivos não monetários expressos em moeda estrangeira registados ao justo valor são convertidos à taxa de câmbio em vigor na data em que o justo valor foi determinado.

As demonstrações financeiras das subsidiárias, empreendimentos conjuntos e associadas cuja moeda funcional difere do euro são transpostas para euros da seguinte forma:

• Os ativos e passivos de cada balanço são transpostos à taxa de câmbio na data desse balanço;

• Os rendimentos, gastos e fluxos de caixa evidenciados em cada demonstração financeira são transpostos às taxas de câmbio nas datas das transações; e

• Todas as diferenças de câmbio resultantes são reconhecidas no capital próprio.

2aa – Atividade regulada – reconhecimento de ativos e passivos regulatórios

As empresas gestoras de SMM (sistemas multimunicipais) do Grupo AdP atuam no âmbito das atividades reguladas. O maior efeito da regulação sobre a atividade das empresas está no escrutínio que a entidade reguladora (ERSAR) faz da tarifa a aplicar aos serviços prestados aos utilizadores e bem como do respetivo orçamento anual. De acordo com este escrutínio, as tarifas a praticar pelas empresas carecem da aprovação pelo órgão que exerce o poder concedente, mediante o parecer do regulador sobre a sua adequação.

Tendo em conta a hierarquia definida no IAS 8, as empresas com atividades reguladas adotaram como politica contabilística as regras definidas pelo FAS 72 emitido pelo FASB (com o quais converge o ED/2009/8 emitido pelo IASB). Assim, são definidos um conjunto de critérios para o reconhecimento de ativos e passivos relacionados com regras regulatórias. Essas regras prescrevem que uma empresa deva reconhecer nas suas demonstrações financeiras os efeitos da sua atividade operacional, desde que preste serviços cujos preços estejam sujeitos a regulação.

Só são passíveis de serem reconhecidos ativos e passivos regulatórios se, e só se: (i) um órgão credenciado (por exemplo, o regulador) determinar o preço que uma entidade deve cobrar aos seus clientes pelos bens ou serviços que esta presta, e que esse preço vincula os clientes a aceitá-lo, e (ii) o preço estabelecido pela regulação (a tarifa) é determinado de modo a recuperar custos específicos incorridos de modo a prestar os bens ou serviços e a obter uma determinada remuneração.

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A atividade das empresas de sistemas multimunicipais do Grupo AdP é regulada, no sentido de que os preços são fixados por uma terceira entidade (Governo) sob parecer do Regulador – ERSAR, estando deste modo enquadrada no âmbito deste normativo.

Resumidamente, é requerido que uma empresa reconheça ativos regulatórios ou passivos regulatórios se o regulador permitir a recuperação de custos anteriormente incorridos ou impuser o reembolso de montantes anteriormente cobrados, e permitir remuneração sobre as suas atividades reguladas, através de ajustamentos ao preço cobrado aos seus clientes. Ou seja, quando existe o direito a aumentar ou a obrigação de diminuir as tarifas em períodos futuros em resultado da prática atual ou expectável do regulador, (i) uma entidade deve reconhecer um ativo regulatório de modo a recuperar um custo anteriormente incorrido e obter uma determinada remuneração, ou; (ii) uma entidade deve reconhecer um passivo regulatório de modo a reembolsar valores previamente cobrados e a pagar uma determinada remuneração. O efeito de aplicar os requisitos referidos corresponde ao reconhecimento inicial de um ativo (ou passivo), que de outro modo seriam reconhecidos em resultados, como um gasto (ou um rendimento).

Além dos efeitos de desvios tarifários são tratados como acréscimos de custos os efeitos de investimento contratual futuro. Assim, de acordo com a regra de reconhecimento de ativos e passivos regulatórios, estes ativos (e/ou passivos) deverão ser reconhecidos em balanço uma vez que a recuperação do seu custo (e/ou reembolso do passivo) é elegível para efeito da determinação da tarifa pelo regulador em períodos subsequentes.

É entendido que os contratos de concessão das empresas do Grupo AdP estabelecem os critérios para a fixação das tarifas ou valores garantidos, em termos anuais, baseados na completa recuperação dos custos de investimento, operacionais, financeiros e também a adequada remuneração dos capitais próprios das concessionárias. Potencialmente, a esta remuneração ainda pode acrescer uma remuneração relativa a ganhos de produtividade.

Assim, anualmente o Grupo AdP efetua o cálculo da diferença entre o resultado gerado pelas operações e a remuneração garantida ao capital acionista investido, sendo o valor bruto registado numa conta de rendimentos – desvios tarifários – e o imposto induzido por estes numa conta de imposto diferido, por contrapartida no reconhecimento de ativos e passivos regulatórios.

O valor do rédito do desvio tarifário corresponde ao crédito ou ao débito a fazer ao rédito das atividades reguladas para que este revele os proveitos necessários ao cumprimento do disposto contratualmente relativamente à recuperação integral dos custos, incluindo impostos sobre o rendimento (IRC) e remuneração anual garantida.

Se a diferença for positiva (tarifa praticada> tarifa necessária) gera-se um desvio tarifário negativo que deve ser levado a débito dos rendimentos. Este registo dá lugar ainda ao reconhecimento de um ativo por impostos diferidos, relativos à correção do imposto associada ao débito dos rendimentos. O efeito líquido corresponde à correção do resultado líquido para a recuperação integral dos custos e a remuneração acionista garantida anualmente.

Se a diferença for negativa (tarifa praticada <tarifa necessária) gera-se um desvio tarifário positivo que deve ser levado a crédito dos rendimentos. Este registo dá lugar ainda ao reconhecimento de um passivo

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por impostos diferidos, relativos à correção do imposto associada ao crédito dos rendimentos. O efeito líquido corresponde à correção do resultado líquido para a recuperação integral dos custos e a remuneração acionista garantida anualmente.

Perante o estipulado nos contratos de concessão e gestão de parcerias e com as regras regulatórias, e sempre que aplicável, o Grupo AdP reconhece como gasto a quota-parte anual dos custos estimados para fazer face às despesas contratuais em investimentos ainda não realizados (regulados) ou em investimentos de expansão (regulados) da concessão e da parceria.

Para os bens (que se materializarão em direitos de utilização de infraestruturas – IFRIC 12) com vidas úteis superiores ao período da concessão, as amortizações de investimentos iniciais ou os que venham a ser posteriormente aprovados ou impostos pelo Concedente e que materializem em expansão ou modernização das obrigações iniciais, deverão, normalmente fazer-se pelo prazo da concessão. No entanto, os investimentos adicionais de expansão ou modernização, cuja vida útil se prolongue para além do prazo da concessão, e que apresentam valor residual darão lugar a uma indemnização equivalente ao valor ainda não amortizado à data do fim da concessão. As amortizações são calculadas tendo em conta os investimentos iniciais e ainda por realizar, que constam do estudo de viabilidade económico e financeira utilizado, tendo como base os caudais de efluente faturados nesse exercício e os efluentes a faturar até ao final da concessão previstos no estudo de viabilidade.

O procedimento de reconhecimento de acréscimos de custos para investimentos contratuais é justificado com a necessidade de garantir a especialização dos exercícios e o balanceamento, durante o prazo de vigência dos contratos de concessão com o Estado, dos proveitos (tarifas) e dos custos (incorridos e a incorrer) que constituem a sua base de cálculo. É entendido que estes acréscimos, correspondem a uma responsabilidade por reembolso a tarifas futuras, permitindo um nível de estabilização das mesmas, bem como o balanceamento, durante o prazo de vigência dos contratos de concessão com o Estado, dos proveitos (tarifas) e dos custos (incorridos e a incorrer) referidos anteriormente.

Estes acréscimos são reconhecidos em custos na rubrica amortizações do exercício e no passivo (não corrente), sendo transferido o passivo para amortizações acumuladas aquando da concretização do investimento subjacente.

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2ab – Serviços no âmbito das concessões de serviços multimunicipais

As empresas concessionárias do Grupo AdP exercem atividades que constituem serviços de interesse económico geral (30 concessões multimunicipais e parcerias - 11 de resíduos e 19 de água e saneamento).

Água e saneamento Concessão/

Prazo Período Remuneração acionista

Parceria Taxa Incidencia (1) Águas do Algarve Concessão 35 anos 2001-2037 OT 10 anos + 3% C.Social+ Res. Legal Águas do Centro Concessão 30 anos 2001-2031 OT 10 anos + 3% C.Social+ Res. Legal Águas do Centro Alentejo Concessão 30 anos 2003-2032 OT 10 anos + 3% C.Social+ Res. Legal Águas do Douro e Paiva Concessão 30 anos 1996-2026 OT 10 anos + 3% C.Social+ Res. Legal Águas do Mondego Concessão 35 anos 2004-2039 OT 10 anos + 3% C.Social+ Res. Legal Águas do Norte Alentejano Concessão 30 anos 2001-2030 OT 10 anos + 3% C.Social+ Res. Legal Águas do Noroeste Concessão 50 anos 2010-2060 OT 10 anos + 3% C.Social+ Res. Legal Águas do Oeste Concessão 30 anos 2001-2030 OT 10 anos + 3% C.Social+ Res. Legal Águas da Região de Aveiro Parceria 50 anos 2009-2059 OT 10 anos + 3% C.Social+ Res. Legal Águas de Santo André Concessão 30 anos 2001-2030 OT 10 anos + 3% C.Social+ Res. Legal Águas de Trás-os Montes Concessão 30 anos 2001-2031 OT 10 anos + 3% C.Social+ Res. Legal Águas do Zêzere e Côa Concessão 30 anos 2000-2030 OT 10 anos + 3% C.Social+ Res. Legal Águas Públicas do Alentejo Parceria 50 anos 2009-2059 OT 10 anos + 3% C.Social+ Res. Legal Sanest Concessão 25 anos 1995-2020 TBA + 3% C.Social+ Res. Legal Simarsul Concessão 30 anos 2004-2034 OT 10 anos + 3% C.Social+ Res. Legal Simdouro Concessão 50 anos 2009-2059 OT 10 anos + 3% C.Social+ Res. Legal Simlis Concessão 30 anos 2000-2029 OT 10 anos + 3% C.Social+ Res. Legal Simria Concessão 50 anos 2000-2049 OT 10 anos + 3% C.Social+ Res. Legal Simtejo Concessão 43 anos 2001-2044 OT 10 anos + 3% C.Social+ Res. Legal

Resíduos Concessão/

Prazo Período Remuneração acionista

Parceria Taxa Incidencia (1) Algar Concessão 25 anos 1996-2021 TBA + 3% C.Social+ Res. Legal Amarsul Concessão 25 anos 1997-2022 TBA + 3% C.Social+ Res. Legal Ersuc Concessão 33 anos 1997-2030 TBA + 3% C.Social+ Res. Legal Resiestrela Concessão 25 anos 2003-2027 TBA + 3% C.Social+ Res. Legal Resinorte Concessão 30 anos 2009-2039 OT 10 anos + 3% C.Social+ Res. Legal Resulima Concessão 25 anos 1996-2021 TBA + 3% C.Social+ Res. Legal Suldouro Concessão 25 anos 1996-2021 TBA + 3% C.Social+ Res. Legal Valorlis Concessão 25 anos 1996-2021 TBA + 3% C.Social+ Res. Legal Valorminho Concessão 25 anos 1996-2021 TBA + 3% C.Social+ Res. Legal Valorsul Concessão 25 anos 2011-2034 OT 10 anos + 3% C.Social+ Res. Legal Valnor Concessão 35 anos 2001-2036 OT 10 anos + 3% C.Social+ Res. Legal

(1) A remuneração acionista incide, para além do capital social e da reserva legal, quando aplicável, sobre a remuneração e dívida (dividendos não distribuídos).

Das atividades exercidas pelo Grupo são reguladas as atividades desenvolvidas em regime de concessão pelos sistemas multimunicipais de abastecimento de água, saneamento de águas residuais e tratamento e valorização de resíduos (serviços em “alta”). Estas atividades são desenvolvidas num contexto definido pela legislação e regulamentação em vigor, pelo disposto nos contratos de concessão de serviço público celebrados com o Estado e pelas disposições e recomendações emitidas pela Entidade Reguladora dos

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Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR). No balanceamento do interesse público com o equilíbrio económico-financeiro das empresas nos termos do contrato de concessão, o regulador pode tomar medidas com impacto negativo no cash-flow, com todas as consequências adversas que daí resultam.

As concessões geridas pelo Grupo AdP são do tipo BOT (Built-Operate-Transfer), e genericamente incluem a receção de infraestruturas já edificadas pelos municípios (mediante o pagamento ou não de uma contrapartida), a construção de novas infraestruturas, a manutenção das mesmas e a sua operação. No final do prazo da concessão estas infraestruturas são transferidas de novo ao concedente em pleno estado de utilização. Por não deter o pleno usufruto das infraestruturas (por exemplo existem restrições no que concerne à sua venda, dação como garantia, etc.), estas são classificadas como ativo intangível ao abrigo da IFRIC 12 – Contratos de concessão de serviços.

Contratualmente, as concessões assentam em modelos tendentes à classificação da infraestrutura como ativo financeiro, uma vez que não apresentam risco, tendo direito a uma remuneração (mínima) anual garantida contratualmente, cujo recebimento pode ser diferido no tempo, mas que está assegurado. No entanto, a definição de ativo financeiro, estabelecida pelo IAS 32, não está associada ao risco mas ao direito presente e incondicional a receber dinheiro ou outro ativo financeiro. De entre os vários mecanismos de reequilíbrio dos contratos de concessão das empresas do Grupo AdP, aumento de tarifas, indemnização direta do concedente e/ou extensão do prazo de concessão, a extensão de prazo não cumpre com os requisitos previstos naquela norma (IAS 32), uma vez que constitui um direito futuro a cobrar aos utilizadores, inviabilizando a opção pelo reconhecimento do ativo financeiro. Deste modo, as empresas do Grupo AdP concessionárias de SMM ou gestoras de parcerias classificam as infraestruturas dos sistemas que exploram como ativos intangíveis – Direito de utilização de infraestruturas.

De acordo com o IFRIC 12, o rédito dos serviços de construção deve ser reconhecido de acordo com o IAS 11 – Contratos de construção. Saliente-se ainda que o Grupo AdP, na fase de construção das infraestruturas atua como um “agente”/intermediário, transferindo os riscos e os retornos a um terceiro (que constrói), sem apropriação de qualquer margem, no decurso da sua atividade operacional, pelo que o rédito e os encargos com a aquisição de infraestruturas apresentam igual montante. Assim, e tendo em conta a atividade regulada das empresas do Grupo AdP, o rédito reconhecido é aquele que resulta estritamente da aplicação das tarifas aprovadas pelo concedente e escrutinadas pelo regulador, mais ou menos o desvio tarifário subjacente, tal como previsto nos contratos de concessão, pelo que não é reconhecido o rédito de serviços de construção.

Os ativos intangíveis são registados ao custo de aquisição ou produção, incluindo os custos e proveitos (líquidos) diretos e indiretamente relacionados com os projetos de investimento, que são capitalizados em imobilizações em curso. Os custos que podem ser capitalizados são os relacionados com a realização do investimento. Os custos operacionais são afetos ao ativo intangível em curso através de uma percentagem calculada em função da afetação do pessoal aos respetivos projetos. Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos para financiamento do investimento em curso são capitalizados na sua totalidade até à sus disponibilização para uso.

As despesas que se materializem em expansão ou modernização das infraestruturas iniciais, por via da regulação económica das concessões, são especificamente remuneradas na medida em que concorrem

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para a formação da tarifa (ou seja, têm uma recuperação implícita na aceitação da amortização pelo regulador), sendo desta forma contabilizadas como parte do ativo intangível. As despesas de conservação e manutenção correntes, são reconhecidas em custos nos respetivos exercícios em que ocorrem.

Os investimentos adicionais de expansão ou modernização aprovados ou impostos pelo concedente, cuja vida útil se prolongue para além do prazo da concessão, poderão apresentar valor residual que dará lugar a uma indemnização equivalente ao valor não amortizado a essa data, pelo que estes montantes são classificados como ativos financeiros (valor a receber, descontado).

O ativo intangível, direito de utilização de infraestruturas, é amortizado numa base sistemática de acordo com o padrão de obtenção de benefícios económicos associados ao mesmo, e são determinados pela regulação económica e pela aceitação dos gastos de amortização na formação anual das tarifas por parte do regulador.

As amortizações nas empresas da UNA-PD são calculadas pelo método da soma das unidades, isto é, pela amortização dos investimentos contratuais, que constam do estudo de viabilidade económico e financeira utilizado, tendo como base os caudais de efluente faturados nesse exercício e os efluentes a faturar até ao final da concessão previstos no estudo de viabilidade económico e financeiro anexo ao contrato de concessão. As amortizações nas empresas da UNR são calculadas tendo por base o prazo da concessão previstos no estudo de viabilidade económico e financeiro.

2ac – Serviços no âmbito de concessões aeroportuárias

Pelas obrigações de expansão ou requalificação das infraestruturas do estabelecimento da concessão atribuído à ANAM, SA, e pela aplicação da IFRIC 12, é reconhecido o rédito de serviços de construção por contrapartida do registo de um incremento ao montante do direito de concessão obtido.

As responsabilidades reconhecidas com base no plano de renovações a efetuar nas infraestruturas aeroportuárias, que são o estabelecimento da concessão, de forma a manter o nível de prestação de serviços previsto no contrato de concessão são mensuradas pelo valor presente, considerando o prazo de realização estimada.

2ad - Juízos de valor, estimativas e pressupostos críticos

A preparação de demonstrações financeiras consolidadas de acordo com as IFRS requer que o Grupo PARPÚBLICA efetue julgamentos e estimativas e utilize pressupostos que afetam a aplicação das políticas contabilísticas e os montantes de rendimentos, gastos, ativos e passivos. Alterações em tais pressupostos ou diferenças destes face à realidade poderão ter impacto sobre as atuais estimativas e julgamentos. As áreas que envolvem um maior nível de julgamento e complexidade, ou onde são utilizados pressupostos e estimativas significativas na preparação das demonstrações financeiras consolidadas, são as seguintes:

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Prazo de uma concessão

O prazo inicial da concessão atribuída à ANAM, SA é de 25 (vinte e cinco) anos a partir de 1 de outubro de 1993. Contudo com base no Decreto Legislativo Regional nº 7-A/2000/M, de 15 de março, é permitida a renovação do contrato de concessão por períodos sucessivos de 5 anos até ao limite de 15 anos, consoante a taxa interna de rentabilidade nominal dos investimentos efetuados que deverá atingir os 7,1% + 0,4% para cada período de renovação e a amortização integral do serviço da dívida que foi contratada para o projeto de ampliação do Aeroporto de Santa Catarina.

A Assembleia Geral de Acionistas, na sua reunião de 26 de março de 2010, encarregou o Conselho de Administração da ANAM de iniciar o processo de renegociação do Contrato de Concessão, nomeadamente quanto ao alargamento do seu prazo, tendo em vista o reequilíbrio financeiro da concessão.

A proposta de alteração ao contrato de concessão consagra o alargamento do prazo de concessão por mais 20 anos, ou seja, até 2053 e encontra-se em análise no Governo Regional, na qualidade de concedente. A ANAM já recebeu indicações de que, apesar de não haver um prazo previsto para a conclusão do processo de análise, seria previsível a extensão do prazo de concessão conforme proposto pela empresa. Desta forma, foi assumido como pressuposto o prazo de concessão da ANAM até 2053.

Vidas úteis dos ativos fixos tangíveis e intangíveis

A determinação das vidas úteis dos ativos, bem como o método de depreciação ou amortização, é essencial para determinar o montante de depreciações ou amortizações a reconhecer na demonstração dos resultados consolidados. Estes dois parâmetros são definidos de acordo com o melhor julgamento da Administração para os ativos e negócios em questão, podendo, no entanto, virem a ser alterados se a prática internacional do sector, para situações idênticas, apontar para um benchmark diferente.

Justo valor de propriedades de investimentos e ativos biológicos

As propriedades de investimento e os ativos biológicos mensurados pelo justo valor são objeto de avaliações por avaliadores independentes com adequada qualificação profissional, realizadas de forma regular. As referidas avaliações foram realizadas com base no método dos fluxos de caixa descontados

Imparidade

O Grupo testa a imparidade de acordo com a política contabilística indicada na nota 2K. As quantias recuperáveis dos ativos ou das unidades geradoras de caixa são determinados com base no cálculo de valores de uso ou de valores de mercado baseados nas melhores estimativas.

Justo valor dos instrumentos financeiros

O justo valor dos instrumentos financeiros que não têm mercado ativo é determinado com base em avaliações que refletem o “mark-to-market” desses instrumentos. São usadas técnicas de avaliação e pressupostos para a avaliação dos derivados contratados à data do reporte financeiro, com apoio de especialistas, tendo como inputs designadamente, curvas de taxas de juro, ativos subjacentes e volatilidades.

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Pensões

A obrigação dos planos de benefícios definidos é calculada anualmente por atuários independentes, utilizando o método do crédito da unidade projetada. O valor presente da obrigação do benefício definido é determinado pelo desconto dos pagamentos futuros dos benefícios, utilizando a taxa de juro de obrigações de elevada qualidade denominadas na mesma moeda em que os benefícios serão pagos e com termos de maturidade que se aproximam dos da responsabilidade assumida.

Provisões

As provisões são reconhecidas quando o Grupo tem: i) uma obrigação presente legal ou construtiva resultante de eventos passados; ii) para a qual é mais provável de que não que seja necessário um dispêndio de recursos internos no pagamento dessa obrigação; e iii) o montante possa ser estimado com razoabilidade. Sempre que um dos critérios não seja cumprido ou a existência da obrigação esteja condicionada à ocorrência (ou não ocorrência) de determinado evento futuro, o Grupo PARPÚBLICA divulga tal facto como um passivo contingente, salvo se a avaliação da exigibilidade da saída de recursos para pagamento do mesmo seja considerada remota.

Imposto sobre o rendimento

O Grupo reconhece passivos para liquidações adicionais de impostos que possam resultar de revisões pelas autoridades fiscais. Quando o resultado final destas situações é diferente dos valores inicialmente registados, as diferenças terão impacto no imposto sobre o rendimento e nas provisões para impostos, no exercício em que tais diferenças se constatam.

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3 - Reexpressões e reclassificações

Valores em Milhares Euros

ATIVO

Ativo não correnteAtivos fixos tangíveis 3 144 987 59 100 3 085 887 Propriedades de investimento 468 509 - 468 509 Goodwill 327 728 - 327 728 Ativos intangíveis 4 764 834 - 4 764 834 Ativos biológicos 23 109 - 23 109 Participações financeiras em associadas 3 051 672 (273) 3 051 945 Outras participações financeiras 1 329 630 (1 365) 1 330 995 Outros ativos financeiros 1 432 799 (32 875) 1 465 674 Ativos por impostos diferidos 300 876 (1 831) 302 707 Outras contas a receber 143 862 (13 769) 157 631 Diferimentos 332 895 22 125 310 770

15 320 900 31 112 15 289 788

Ativo correnteInventários 1 456 646 - 1 456 646 Ativos biológicos 2 733 - 2 733 Clientes 613 469 13 769 599 700 Adiantamentos a fornecedores 12 635 - 12 635 Estado e outros entes públicos 43 094 (3 312) 46 406 Outras contas a receber 374 928 (1 200) 376 128 Diferimentos 26 205 - 26 205 Outros ativos financeiros 10 926 (11 263) 22 189 Caixa e depósitos bancários 901 944 (5 000) 906 944

3 442 581 (7 006) 3 449 587 Ativos não correntes detidos para venda - - -

3 442 581 24 106 6 899 174 Total do ativo 18 763 481 24 106 18 739 375

Reexpressões31-Dez-10 (final

de n-1)RUBRICAS 31-Dez-10

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO

Capital próprioCapital realizado 1 027 151 - 1 027 151 Reservas legais 725 084 - 725 084 Outras reservas 106 414 - 106 414 Excedentes de revalorização (0) (21 359) 21 359 Ajustamentos em ativos financeiros (467 963) - (467 963) Resultados transitados 1 097 368 33 242 1 064 126 Resultado l íquido do período atribuível aos detentores do capital da empresa-mãe 94 981 (3 236) 98 217

Total do capital próprio atribuível aos detentores do capital da empresa-mãe 2 583 034 8 647 2 574 387 Interesses que não controlam 551 594 551 594 Total do capital próprio 3 134 629 8 647 3 125 981

Passivo não correnteProvisões 196 917 - 196 917 Financiamentos obtidos 8 304 187 (13 529) 8 317 715 Responsabil idades por benefícios pós-emprego 126 690 (3 766) 130 456 Passivos por impostos diferidos 369 794 21 801 347 993 Acionistas / sócios 190 - 190 Outras contas a pagar 194 022 - 194 022 Outros passivos financeiros 16 107 - 16 107 Diferimentos 2 619 229 (7 815) 2 627 044

11 827 135 (3 309) 11 830 444

Passivo correnteProvisões - - - Fornecedores 243 524 (72) 243 596 Adiantamentos de clientes 3 628 (177) 3 805 Estado e outros entes públicos 234 256 (3 085) 237 340 Acionistas / sócios 18 - 18 Financiamentos obtidos 1 884 593 51 952 1 832 641 Outras contas a pagar 1 349 052 (38 174) 1 387 226 Outros passivos financeiros 8 324 8 324 - Diferimentos 78 325 - 78 325

3 801 718 18 768 3 782 950 Passivos relacionados com ativos não correntes detidos para venda - - -

3 801 718 18 768 3 782 950 Total do passivo 15 628 853 15 459 15 613 394

Total do capital próprio e do passivo 18 763 481 24 106 18 739 375

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As reexpressões e reclassificações envolveram as seguintes quantias principais:

• Reclassificação de 59 100 milhares de euros relativos ao contrato promessa de compra e venda celebrado entre o Estado Português e o Grupo Baía do Tejo para aquisição dos imóveis do Complexo da Margueira de Outros ativos financeiros – ativo não corrente- para Ativos fixos tangíveis.

• Reclassificação de 21 225 milhares de euros, relativo às notes de securitização da SAGESECUR da rubrica de Outros ativos financeiros – ativo corrente - para Outros ativo financeiros – ativo não corrente.

• Reclassificação de 5 milhões de euros da INCM relativos a obrigações adquiridas ao BPN, de caixa e depósitos bancários para em Outros ativos financeiros.

• Reexpressão de 7 080 milhares de euros em Ativos por impostos diferidos na INCM por contrapartida de Resultados Transitados decorrentes do reconhecimento de Responsabilidades por benefícios pós-emprego.

• Reexpressão de 7 815 milhares de euros em Ativos por impostos diferidos por contrapartida de Diferimentos passivos – não corrente – e de 22 125 milhares de euros em Passivos por impostos diferidos por contrapartida de Diferimentos ativos – não corrente –, ambos do Grupo AdP, devido à correção da metodologia adotada na determinação dos impostos diferidos ativos e passivos relacionados com os desvios de tarifário.

Valores em Milhares Euros Valores em Milhares Euros ros

RUBRICAS 2010 Reexpressões2010

(final de n-1)

Vendas e serviços prestados 3 577 489 - 3 577 489 Subs ídios à exploração 14 767 (1 200) 15 967 Ganhos e perdas imputados de associadas 181 133 (1) 181 134 Dividendos de participações ao custo e ao justo va lor 45 186 1 45 185 Variação nos inventários da produção (1 974) - (1 974)Trabalhos para a própria entidade 38 142 (283) 38 425 Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas (289 675) - (289 675)Fornecimentos e serviços externos (1 764 913) 426 (1 765 339)Gastos com o pessoal (881 306) (2 230) (879 076)Ajustamentos de inventários (10 163) - (10 163)Imparidade de dívidas a receber (802) - (802)Provisões 28 187 - 28 187 Imparidade de investimentos não depreciáveis / amortizáveis (231 768) - (231 768)Aumentos / reduções de justo va lor 159 738 (4 784) 164 521 Outros rendimentos e ganhos 165 177 30 098 135 079 Outros gastos e perdas (98 453) 1 615 (100 068)

Resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos 930 765 23 643 907 122

Gastos/reversões de depreciação e de amortização (453 119) - (453 119)Imparidade de investimentos depreciáveis / amortizáveis (19 654) (1 340) (18 314)Subs ídios ao investimento 78 114 - 78 114 Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) 536 105 22 303 513 803

Juros e rendimentos s imi lares obtidos 3 551 (32 793) 36 344 Juros e gastos s imi lares suportados (314 344) 7 204 (321 548)

Resultado antes de impostos 225 313 (3 286) 228 599

Imposto sobre o rendimento do período (70 030) 51 (70 081)

Resultado líquido do período 155 283 (3 235) 158 518

Resultado l íquido dos interesses que não controlam 60 301 - 60 301

Resultado líquido dos detentores do capital da empresa-mãe 94 982 (3 235) 98 217

Resultado bás ico e di luído por ação (euros):Proveniente de unidades operacionais em continuação e de unidades operacionais desconti 0,24 0,25Proveniente de unidades operacionais descontinuadas 0,08

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• Reclassificação de 13 769 milhares de euros de Clientes – corrente – para não corrente referente a saldos em situação de injunção do Grupo AdP.

• Reclassificação de 21 359 milhares de euros em Resultados transitados por contrapartida de Excedentes de revalorização por não ter sido adotado pelo Grupo PARPÚBLICA o modelo de revalorização subsequente em ativos fixos.

• Reclassificação de 13 529 milhares de euros da classe não corrente para a corrente do passivo de financiamentos da SPE e do Grupo ANA que não cumpriam com os critérios da alínea c) e da alínea d) do parágrafo 60 da IAS 1.

• Reclassificação de 8 324 milhares de euros relativos a swaps (derivados) da PARPÚBLICA registados em ativos e passivos financeiros (em 2010 encontravam-se apresentados pelo valor líquido, no ativo corrente).

• Reexpressão de 15 435 milhares de euros relativos ao ajustamento do valor da participação (custo aquisição) da PARPÚBLICA na EDP à data de transição (1jan2011).

• Reclassificação de 38 423 milhares de euros relativos às quantias de 2010 da rubrica Outras contas a pagar para Financiamentos obtidos, por se ter passado a integrar a parte dos juros de cupão imputável ao exercício como integrante da mensuração pelo custo amortizado pelo juro efetivo.

• Reclassificação de 4 633 milhares de euros relativos às variações de justo valor dos derivados (swaps) do Grupo AdP, de Rendimentos e gastos financeiros por contrapartida de Aumentos / reduções de justo valor.

• Reclassificação do montante global de 29 947 milhares de euros de Juros e rendimentos similares obtidos por contrapartida de Outros rendimentos e ganhos, relativo a juros não referentes a aplicações financeiras decorrentes unicamente da aplicação temporária dos montantes de empréstimos obtidos e ainda não utilizados.

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4 - Fluxos de caixa

A preparação da Demonstração consolidada dos fluxos de caixa obedeceu às disposições da IAS 7.

Os fluxos de caixa relativos à atividade operacional respeitam essencialmente ao segmento das atividades aeronáuticas, traduzindo os Recebimentos de clientes 75% (31DEZ10: 74%) sobre o total. Nos Pagamentos a Fornecedores e ao Pessoal este segmento tem um peso de 78% (31DEZ10:68%) e de 79% (31DEZ10:78%), respetivamente.

As atividades de financiamento e de investimento respeitam essencialmente a operações do Grupo AdP, do Grupo TAP e do Grupo ANA.

5 - Ativos fixos tangíveis

Terrenos e recursos naturais

Edifícios e outras

construções

Equipamento básico

Equipamento de transporte

Ferramentas e utensílios

Equipamento administrativo

Outras imobilizações

corpóreas

Imobilizações em curso

Adiantamentos por conta de

imobilizações corpóreas

Total

Ativo brutoSaldo inicial 327 563 1 730 501 3 707 593 42 416 35 454 174 850 145 156 201 052 74 706 6 439 291

Adições 20 639 12 150 1 420 1 063 3 088 7 846 112 979 745 139 950

Transferência para "Detidos para venda" (69 321) (1 411 278) (2 644 591) (32 866) (35 995) (125 469) (24 540) (164 300) (8 021) (4 516 381)

Perdas Imparidade reconhecidas (sinal -) (3 570) (568) (2 350) - - - - - - (6 488)Alienações (1 132) - (16 776) (745) (1) (42) (2) (559) (1 317) (20 574)Outras transferências/ abates 8 827 35 702 58 419 (875) 446 (6 218) 1 368 (135 571) (2 156) (40 057)

Diferenças câmbio (112) (360) (1 636) (8) (894) (414) 8 (294) - (3 710)

Saldo final 262 276 354 636 1 112 809 9 342 73 45 795 129 836 13 307 63 957 1 992 032

Depreciações acumuladasSaldo inicial 450 866 975 2 117 368 33 772 20 704 154 370 61 180 (23) - 3 254 795

Adições 553 46 179 171 696 3 200 2 031 7 402 6 217 - - 237 279

Transferência para "Detidos para venda" - (733 237) (1 713 458) (26 885) (22 319) (109 652) (19 576) - - (2 625 127)

Alienações - - (12 701) (675) (1) (36) (1) - - (13 414)Outras transferências/ abates (269) (2 430) (341) (1 101) (42) (10 510) (513) 24 - (15 182)Diferenças câmbio - (104) (1 240) (7) (310) (363) 8 - - (2 016)

Saldo final 734 177 383 561 324 8 304 63 41 210 47 316 1 - 836 335

Perdas de imparidade acumuladasSaldo inicial 25 889 12 282 48 - - - 1 292 - - 39 511

Adições 931 - 122 - - 8 1 608 - - 2 669 Transferência para "Detidos para venda" - - (170) - - (8) - - - (178)Perdas imparidade reconhecidas 508 - - - - - - - - 508 Perdas imparidade revertidas (1 924) - - - - - - - - (1 924)

Saldo final 25 405 12 282 - - - - 2 900 - - 40 587

Valor líquido (IFRS) 236 137 164 971 551 485 1 039 10 4 585 79 621 13 306 63 957 1 115 111

2011

Ativos fixos tangíveis

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Os Terrenos e Edifícios a 31 de dezembro de 2011 incluem na sua maioria:

• 246 milhões de euros (31DEZ10: 252 milhões de euros) relativos a infraestruturas de produção, transporte e distribuição de água; e

• 61 milhões de euros (31DEZ10: 53 milhões de euros) relativos ao Grupo Baía do Tejo.

No exercício de 2011, o Grupo TAP procedeu ao reconhecimento de uma perda por imparidade nos terrenos no montante de 3,4 milhões de euros tendo em conta uma avaliação realizada por uma entidade externa, a 31 de dezembro de 2011, na qual foi utilizado o método do rendimento. A taxa de desconto aplicada no método de rendimento reflete as características e o risco de investimento, a qual ascende a 5%. Adicionalmente, na sequência de um acidente verificado num reator, o Grupo TAP procedeu ao reconhecimento de uma perda por imparidade, no montante de 2,35 milhões de euros em equipamento básico.

O Grupo Baía do Tejo procedeu ao reconhecimento de uma perda de imparidade nos Terrenos e Edifícios e outras construções do Parque do Barreiro, nos montantes de 170 milhares de euros e 568 milhares de euros, respetivamente. O método de avaliação utilizado nos edifícios foi o método do custo e nos terrenos o método comparativo de mercado.

O Equipamento básico inclui essencialmente 544 milhões de euros (31DEZ10: 550 milhões de euros) respeitante a equipamento de produção, transporte e distribuição de água.

Terrenos e recursos naturais

Edifícios e outras

construções

Equipamento básico

Equipamento de transporte

Ferramentas e utensílios

Equipamento administrativo

Outras imobilizações

corpóreas

Imobilizações em curso

Adiantamentos por conta de

imobilizações corpóreas

Total

Ativo brutoSaldo inicial 329 239 1 661 498 3 677 678 42 627 23 653 170 264 135 853 183 674 14 883 6 239 369

Variação do perímetro de consolidação - (0) (1 352) (784) - (604) (32) 5 - (2 767)

Adições (121) 2 436 15 712 1 528 2 248 3 451 1 842 159 420 60 966 247 482

Transferência para "Detidos para venda"(288) (1 345) - - - - - - - (1 633)

Revalorizações (500) (440) - - - - - - - (940)

Alienações (753) (489) (949) (668) (2) (216) (21) - - (3 098)

Outras transferências/ abates (173) 68 587 13 777 (299) 8 408 (245) 7 514 (142 284) (1 142) (45 857)

Diferenças câmbio 159 255 2 727 12 1 147 2 200 - 238 - 6 738

- 327 563 1 730 501 3 707 593 42 416 35 454 174 850 145 156 201 053 74 707 6 439 294

Depreciações acumuladasSaldo inicial 444 819 892 1 951 654 31 909 16 392 146 764 49 295 - - 3 016 349

Variação do perímetro de consolidação - (0) (237) (645) - (408) - (23) - (1 313)

Adições 21 44 331 190 212 3 299 1 201 8 405 5 937 - - 253 406

Transferência para "Detidos para venda"

- (312) - - - - - - - (312)

Alienações - (80) (886) (625) (3) (181) (17) - - (1 791)

Outras transferências/ abates (15) 3 073 (25 410) (176) 2 840 (2 049) 5 964 - - (15 772)

Diferenças câmbio - 71 2 034 10 274 1 840 0 - - 4 229

450 866 975 2 117 368 33 772 20 704 154 370 61 180 (23) - 3 254 795

Perdas de Imparidade AcumuladasSaldo inicial 20 298 - - - - - - - - 20 298

Adições - - - - - - 1 292 - - 1 292

Perdas Imparidade reconhecidas 5 592 12 144 - - - - - - - 17 736

Perdas Imparidade revertidas - 138 48 - - - - - - 186

25 889 12 282 48 - - - 1 292 - - 39 511

Valor Liquido 301 224 851 244 1 590 177 8 644 14 750 20 480 82 683 201 076 74 707 3 144 987

Ano 2010

Ativos fixos tangíveis

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As adições de Equipamento básico, no montante de 12,1 milhões de euros, referem-se, essencialmente, à aquisição pelo Grupo TAP, de sobressalentes, equipamentos de frota e equipamento de manutenção. As alienações de Equipamento básico, no montante de 16,8 milhões de euros, referem-se, essencialmente, ao Grupo TAP, das quais se destacam a alienação de um simulador de voo.

O montante líquido de Transferências e abates de Equipamento básico, inclui essencialmente:

• Entrada em exploração de equipamentos do Grupo ANA, no montante de 46 milhões de euros positivos;

• 19,5 milhões de euros provenientes do Grupo AdP, relativos à transferência de ativos;

• 6,7 milhões de euros relativos ao abate, pelo Grupo TAP, de sobressalentes por sucata e outros equipamentos diversos de manutenção.

Na rubrica de Imobilizações em curso salienta-se as adições realizadas pelo Grupo AdP no montante de 15 milhões de euros, bem como as adições verificadas no Grupo ANA, no montante de 89 milhões de euros, que respeitam essencialmente ao Plano de Expansão do Aeroporto de Lisboa e de Faro.

A redução desta rubrica inclui, essencialmente: (i) o montante de 23,9 milhões de euros que advém do Grupo AdP, correspondente na sua maioria à remodelação da antiga estação elevatória dos Olivais, à recuperação do troço final de Castelo de Bode, à reabilitação do reservatório de Vila Franca de Xira e à finalização da duplicação do troço de Monte V. Chaminés; e (ii) o montante de 105,6 milhões de euros provenientes do Grupo ANA, que correspondem na sua maioria aos investimentos no sistema de informação geográfica (SIG), no equipamento Stand das plataformas ECO e ALFA N e S, na rede de média tensão em Lisboa, na ampliação da sala de embarque do AJP, na ampliação da Plataforma W e caminhos de circulação D e E e na reabilitação do pavimento da pista CC Turn Pad em Ponta Delgada.

O montante de Equipamento administrativo advém maioritariamente do Grupo AdP (3,2 milhões de euros).

A rubrica de Outras imobilizações corpóreas inclui essencialmente: (i) 67,5 milhões de euros de material circulante em operação no Eixo Ferroviário Norte-Sul respeitante à SAGESECUR; (ii) 8,7 milhões de euros referentes à INCM; e (iii) 3,3 milhões de euros do Grupo AdP.

A rubrica de Adiantamentos por conta de imobilizações corpóreas refere-se a: (i) adiantamentos efetuados pelo Grupo Baía do Tejo, relacionados com o valor (59,3 milhões de euros) do contrato promessa de compra e venda, celebrado entre o Grupo Baía do Tejo com o Estado Português para a aquisição dos imóveis do complexo da Margueira; e (ii) adiantamentos efetuados pela Lazer e Floresta (4,6 milhões de euros), relacionados com a aquisição de propriedades, aguardando-se a efetivação da escritura.

O saldo inicial das perdas por imparidade acumuladas está maioritariamente relacionado com ativos da Companhia das Lezírias e do Circuito Estoril. Em relação ao Circuito Estoril, estimou-se que uma subida de 1% na taxa de desconto agravaria a perda por imparidade acumulada em 2,2 milhões de euros. Em relação ao aumento da rubrica das perdas de imparidade, em 2011, corresponde na sua maioria: (i) ao montante de 1,6 milhões de euros relativos à imparidade registada pela SAGESECUR de acordo com o teste de imparidade efetuado ao seu material circulante; e (ii) ao montante de 931 milhares de euros relativos à

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imparidade registada pela Lazer e Floresta de acordo com o teste de imparidade efetuado aos terrenos classificados como ativos fixos tangíveis.

Para o cálculo do teste de imparidade efetuado pela SAGESECUR, determinou-se o valor de uso, de acordo com o método dos fluxos de caixa descontados, dado que o justo valor menos os custos de alienação da UGC não é determinável porque se tratam de ativos que servem e estão subordinados ao contrato de concessão de operação no eixo ferroviário norte-sul de que a SAGESECUR não é parte. Os fluxos de caixa ao longo dos anos de prorrogação do contrato, relativos a receitas dos alugueres e a despesas com as revisões, foram atualizados à taxa de juro dos suprimentos (5,25%), dado que esta UGC corresponde a uma atividade em que o Grupo entrou instrumentalmente e que está ligada a um contrato de concessão envolvendo o Estado. Estimou-se que uma subida de 1% na taxa de desconto agravaria a perda por imparidade acumulada em 3,4 milhões de euros.

Os métodos significativos aplicados, pela Lazer e Floresta, na determinação das perdas por imparidade ocorridas em 2011 são descritos de seguida:

a) Na avaliação dos terrenos que têm produção (Eucalipto, Pinho Bravo, Pinho Manso ou Sobro), efetuou-se a estimativa de valores separadamente a partir da respetiva produtividade anual média. Sempre que justificável, foi tido em consideração o investimento inicial preparatório para a atividade florestal do eucalipto, localização e acessibilidades.

b) Quando a ocupação do solo é com outras espécies florestais (como por exemplo Olival ou Azinheira) ou com aptidões agrícolas, o valor atribuído ao terreno pondera a incorporação dessas existências.

c) Se a ocupação do solo não é nenhuma das anteriormente referidas optou-se por utilizar apenas o valor de mercado. Excetuam-se as ocupações/áreas identificadas como “matos”, “incultos”, “afloramentos rochosos” e “áreas de proteção”. Nestes casos específicos houve a necessidade de se ponderar em função de um valor de referência médio por hectare e atribuiu-se um valor unitário significativamente inferior ao valor médio do terreno.

d) A taxa de atualização foi igualmente de 5,25%, utilizando o método do rendimento.

Na sequência de uma nova avaliação dos terrenos da Companhia das Lezírias, com referência a 31 de dezembro de 2011, foram revertidas perdas por imparidade num montante líquido de 1 416 milhares de euros. A avaliação realizada por uma entidade externa foi efetuada utilizando o método do rendimento e considerando uma taxa de desconto de 5,25%. O aumento da taxa de desconto em 1% significaria o reconhecimento de uma imparidade no montante total de 2,3 milhões de euros, enquanto que, uma diminuição da taxa de desconto em 1% implicaria o registo de uma reversão no montante total de 8,1 milhões de euros.

O montante identificado como Transferência para “Detidos para venda” inclui 952 332 milhares de euros relativos aos ativos do Grupo TAP e 938 922 milhares de euros relativos aos ativos do Grupo ANA, que foram incluídos no grupo para alienação detido para venda de acordo com a IFRS 5 conforme descrito na Nota 21.

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6 - Propriedades de investimento

As Propriedades de investimento respeitam às seguintes entidades:

O valor de perdas líquidas em ajustamentos de justo valor, no montante de 9,4 milhões de euros, corresponde essencialmente a:

• 9,5 milhões de euros de perdas provenientes da Companhia das Lezírias, relativos a terrenos alugados cuja exploração se encontra a ser efetuada por terceiros e a terrenos loteados ou em fase de conclusão de loteamento e destinados à venda;

• 2,2 milhões de euros de perdas provenientes do Grupo SAGESTAMO, relativos a imóveis e terrenos em carteira;

• 1,2 milhões de euros de perdas provenientes do Fundo IIF Estamo, relativos a imóveis em carteira;

• 3,3 milhões de euros de ganhos provenientes da Lazer e Floresta.

Os aumentos do ano no montante de 2,9 milhões de euros referem-se essencialmente a aquisições do Grupo SAGESTAMO (1,3 milhões de euros) e do Grupo Baía do Tejo (1,5 milhões de euros).

O montante identificado como Transferências para “Detidos para venda” corresponde aos ativos do Grupo TAP incluídos no grupo para alienação detido para venda de acordo com a IFRS 5 conforme descrito na Nota 21.

Os métodos significativos aplicados na determinação do justo valor de Propriedades de investimentos são descritos de seguida:

Propriedades de investimento Ao justo valor Ao custo Ao justo valor Ao custo

Saldo inicial 467 248 1 261 458 852 1 262 Ajustamentos de justo va lor - ganhos e perdas l íquidos (9 369) 6 187 - Aumentos - aquis ições 2 856 - 271 - Al ienações (s ina l -) (210) - - - Transferências para e de inventários e propriedade ocupada pelo dono - - 390 - Transferências para ativos tangíveis - - (971) - Depreciações (s ina l -) - (1 305) - (1) Transferência para "Detidos para venda" (2 862) - - - Outras variações 529 1 209 2 519 -

Saldo final 458 193 1 165 467 248 1 261 Total 459 358 468 509

2011 Ano 2010

Propriedades de Investimento por entidade 31-Dez-11 31-Dez-10

Grupo Sagestamo 179 550 180 799Grupo Baía do Tejo 133 367 131 646Companhia das Lezírias 53 302 62 865Fundo II Estamo 46 897 48 009Lazer & Floresta 45 077 41 238ENVC 0 84Grupo AdP 1 165 1 261Grupo TAP 0 2 607Total 459 358 468 509

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• Método de Comparação de Mercado - Consiste em relacionar o valor de um imóvel com os dados de mercado relativos à transação recente de propriedades na mesma área de localização cujas características sejam comparáveis ou semelhantes.

• Método do Custo - Considera-se o somatório dos gastos necessários para reproduzir uma propriedade com as mesmas características da avaliada, de acordo com os preços vigentes no mercado.

• Método do Rendimento - Considera-se que o valor do imóvel é equivalente ao investimento necessário para obter o rendimento real gerado pela exploração do negócio, sendo calculado através do desconto desse rendimento por uma taxa yield (binómio risco/rendimento associado ao investimento) adequada às características do imóvel e ao nível de risco do investimento imobiliário. É um método indireto, comum na aferição do valor de mercado de ativos suscetíveis de gerar rendimento em função da utilização para a qual estarão mais vocacionados.

• Método do Valor Residual - Baseia-se no princípio da máxima e melhor utilização de um terreno urbano, segundo as premissas aprovadas pelas entidades com jurisdição sobre o imóvel e considerando que o mesmo se encontra expectante, isto é livre de construções, salvaguardas e compromissos urbanísticos de carácter público. O valor do solo urbano determina-se deduzindo ao conjunto das receitas potencialmente geradas pelo empreendimento (apuradas através do Método de Comparação de Mercado e/ou do Rendimento), os gastos necessários à execução física do edificado, infraestruturas e obras de urbanização, bem como os gastos indiretos afetos, como projetos, taxas, encargos de gestão, fiscalização, promoção e comercialização (obtidos através do Método dos Custos). Tendo em atenção o carácter temporal de desenvolvimento do empreendimento o estudo da rentabilidade global decorre de uma análise de fluxos de caixa (cash-flow), sendo utilizada uma taxa de atualização correspondente à rentabilidade mínima exigida pelo investidor/promotor.

Os principais pressupostos assumidos na utilização do Método do Valor Residual e do Método do Rendimento, são os seguintes:

Taxas de atualização por método/Subsidiária

Método do Rendimento Método do Valor Residual

Grupo SAGESTAMO Entre 6% e 9% Entre 8% e 10% Grupo Baía do Tejo Entre 7% a 10% 4,4% Companhia das Lezírias 5,25% 15% Fundo II Estamo n.a. 10% Lazer & Floresta 5,25% n.a.

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7 - Goodwill

As outras variações incluem o montante de 4,6 milhões de euros referente à variação cambial do goodwill da Aero-LB que se encontra denominado em Reais (124 880 960 BRL).

Para efeitos de testes de imparidade, o valor recuperável das unidades geradoras de caixa (UGCs) Reaching Force, AERO LB e PORTUGÁLIA foi determinado com base no valor em uso, de acordo com o método dos fluxos de caixa descontados. Os cálculos basearam-se no desempenho histórico e nas expectativas de desenvolvimento do negócio com a atual estrutura produtiva, sendo por norma utilizado o orçamento para o ano seguinte e uma estimativa dos fluxos de caixa para um período subsequente de 4 anos.

No caso da unidade de negócio da TAP Manutenção e Engenharia Brasil, S.A. foi utilizado um orçamento para o ano seguinte, e uma estimativa para o período subsequente de 9 anos que incorporou, nomeadamente, a recuperação dos prejuízos fiscais existentes na estimativa de fluxos de caixa.

Em resultado dos testes de imparidade efetuados às diferentes UGCs, não foram identificadas perdas por imparidade no goodwill. Os principais pressupostos utilizados para efeitos de testes de imparidade foram os seguintes, tendo em conta o país em que se inserem cada uma das UGCs:

31 -Dez-2011 Portugal Brasil

Taxa de Desconto* 8,90% 14,50% CAGR da receita ** 8,30% 14,20% Crescimento da perpetuidade 0,00% 4,00% Taxa de Imposto 26,50% 34,00%

31 -Dez-2010 Portugal Brasil

Taxa de Desconto* 8,90% 14,50% CAGR da receita ** 0,00% 13,20% Crescimento da perpetuidade 0,00% 4,00% Taxa de Imposto 26,50% 34,00% *Taxa de desconto líquida de impostos ** Compound Annual Groowth Rate da receita – taxa de crescimento ano após ano de um investimento durante um determinado período de tempo

Saldo inicia l

Outras variações

Sa ldo fina l

Reaching Force 91 605 - (91 605) - 91 605 - - 91 605 Aero -LB 56 311 (4 620) (51 691) - 49 728 - 6 583 56 311 Portugál ia 63 099 - (63 099) - 63 099 - - 63 099 AdP 95 005 - 95 005 95 005 - - 95 005 Va lorsul 3 307 - 3 307 3 307 - - 3 307 Algar 130 - 130 130 - - 130 Aquas is 210 - 210 210 - - 210 ANA 15 850 - 15 850 15 850 - - 15 850 NAER - Novo Aeroporto 690 - (690) - 690 - - 690 Portway Handl ing de Portugal 1 430 - (1 430) - 1 430 - - 1 430 Lazer e Floresta , S.A. - - - 4 515 (4 515) - - Companhia das Lezírias , S.A. - - - 318 (318) - - Ba ía do Tejo 91 - 91 91 - - 91

327 727 (4 620) (208 515) 114 593 325 978 (4 833) 6 583 327 727

Saldo inicia l

2011

Goodwill

Ano 2010

Perdas de imparidade do exercício

Outras variações

Sa ldo fina lTransferência para "Detidos para venda"

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Os testes de imparidade realizados em 2011 sustentam a recuperação da quantia escriturada das referidas unidades geradoras de caixa. Em 31 de dezembro de 2011 e em 31 de dezembro de 2010, os valores escriturados da unidade do transporte aéreo ascendem a 119 202 milhares de euros e 110 257 milhares de euros, respetivamente. O valor escriturado da unidade de Manutenção do Brasil, em 31 de dezembro de 2011 e em 31 de dezembro de 2010, é negativo em 168 757 milhares de euros e 118 707 milhares de euros, respetivamente.

Refira-se que em 31 de dezembro de 2011, os ativos do Grupo TAP foram incluídos no grupo para alienação detido para venda de acordo com a IFRS 5 conforme descrito na Nota 21.

O teste ao goodwill da AdP foi baseado numa avaliação realizada com a metodologia sum-of-the-parts, com os seguintes principais pressupostos:

• Sistemas municipais de água e saneamento e tratamento e valorização de resíduos sólidos urbanos: o apuramento do valor teve por base os contratos de concessão em que se pressupõe a rentabilidade fixa garantida aos acionistas (aplicação, ao capital social e reserva legal de uma taxa indexante acrescida de 3 pontos percentuais a título de prémio de risco). Foi apurado um intervalo de valor para o conjunto das entidades com concessões, tendo por base três cenários de taxa de desconto compreendidos nos intervalos de 0,75% a 1,75% de spread acima da taxa de juro sem risco.

• EPAL: a avaliação foi realizada na ótica do rendimento, considerando-se uma taxa de atualização entre 6,9% e 7,4% e uma taxa de crescimento real em perpetuidade variando entre 1,9% e 2,4%.

A avaliação demonstrou que os valores excedem largamente a quantia escriturada dos ativos, incluindo o goodwill.

Relativamente ao goodwill da Valorsul, Algar e Aquasis, foram efetuados testes a imparidade tendo como referencia o valor recuperável da unidade geradora de caixa que o gerou. O valor recuperável corresponde ao seu valor de uso, e este por sua vez corresponde à remuneração garantida (dividendo) em cada um dos anos ao longo do prazo da concessão. Estes montantes fazem parte dos EVEF (estudo de viabilidade económica e financeira) anexos aos contratos de concessão que são reenviados anualmente para o regulador do sector. A remuneração garantida é calculada com base na yield das obrigações de tesouro a 10 anos (5,42% em 2010; 10,4% em 2011) acrescidas de um spread de 3% definido contratualmente, ou através da TBA acrescidas de um spread de 3%. Esta remuneração (paga sob a forma de dividendo; fluxo de caixa gerado), é de valor consideravelmente superior ao valor da unidade geradora de caixa (neste caso, a empresa concessionária) mais o valor do goodwill, ou seja, o valor recuperável é maior que o valor corrente. Nas empresas em causa o fluxo de caixa gerado tem sido superior ao contratualmente definido, tendo sido já pagos adicionais remuneratórios a título de ganhos de produtividade.

O teste ao goodwill da ANA foi baseado numa avaliação realizada com a metodologia dos fluxos de caixa descontados, tendo sido utilizados os seguintes principais pressupostos: taxa de atualização de 7,1% e uma taxa de crescimento dos cash flows entre -1% e 1%.

O goodwil apurado com referência à NAER, resultou da participação da ANA no aumento de capital de 14 milhões de euros, em Dezembro de 2007, tendo subscrito, para além da parte correspondente à sua

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percentagem de participação (80%), a parte correspondente à participação do Estado (10%). Este goodwill encontra-se ainda em fase de apreciação, tendo em conta a envolvente relacionada com o novo aeroporto de Lisboa.

O goodwill apurado com referência à Portway foi gerado em janeiro de 2006, data em que a ANA adquiriu a totalidade da participação que a Fraport detinha naquela empresa, ficando assim como seu único acionista. A participação de capital adquirida de 40%, foi avaliada em 2 704 milhares de euros, valor entregue em numerário pela ANA. No final do ano foi realizado o teste de imparidade a este goodwill usando os seguintes pressupostos:

• Para a estimativa do valor da Portway, acolheu-se uma série esperada de fluxos de caixa livres determinada a partir das últimas projeções definidas (admitiu-se que o valor residual dos negócios da empresa corresponderia ao valor contabilístico projetado para as suas aplicações afetas).

• Método: fluxos de caixa descontados

• Período: 2012 a 2050

• Custo de Capital do Grupo ANA: 7,5%

• Análise de sensibilidade aos pressupostos utilizados: foram efetuadas análises de sensibilidade que ponderaram as condições atualmente prevalecentes nos mercados financeiros, caracterizadas por elevados níveis de aversão ao risco, ponderando igualmente a situação do mercado Português de ground handling, bem como, a posição competitiva da Portway.

Convém realçar que o desempenho futuro da Portway, e a sua avaliação, estão dependentes do grau de concorrência e disciplina comercial do mercado.

Refira-se que em 31 de dezembro de 2011, os ativos do Grupo ANA foram incluídos no grupo para alienação detido para venda de acordo com a IFRS 5 conforme descrito na Nota 21.

8 - Ativos intangíveis

Com vida uti l indefinida

Com vida uti l fini ta

Tota l Tota l

Sa ldo inicia l 3 4 764 831 4 764 834 3 4 210 358 4 210 361 Variação do perímetro de consol idação (s ina l + ou -) - 21 21 - -

Transferência para "Detidos para Venda" - (194 520) (194 520) - - - Adições - 479 539 479 539 - 568 128 568 128 Outras transferências/ abates - (88 508) (88 508) - 81 249 81 249 Amortizações - (169 069) (169 069) - (94 904) (94 904)

Sa ldo fina l 3 4 792 294 4 792 297 3 4 764 831 4 764 834

Com vida uti l fini ta

Ano 20102011

Ativos intangíveis (valores líquidos) Com vida uti l indefinida

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Os ativos intangíveis advêm essencialmente do Grupo AdP num montante de 4,8 mil milhões de euros (31DEZ10: 4,6 mil milhões de euros). Estes ativos intangíveis correspondem maioritariamente a direitos de utilização de infraestruturas (IFRIC 12) das unidades de negócios UNA-PD (águas) e UNR (resíduos).

Os Ativos intangíveis provenientes do Grupo ANA totalizam o montante de 193 milhões de euros (31DEZ10: 192 milhões de euros) referentes a:

• Ativos intangíveis resultantes do Direito de Concessão afeto à ANAM (185 milhões de euros); e • Dispêndios com software (7,9 milhões de euros).

O montante identificado como Transferência para “Detidos para venda” corresponde aos ativos do Grupo ANA (193,1 milhões de euros) e Grupo TAP (1,4 milhões de euros) incluídos no grupo para alienação detido para venda de acordo com a IFRS 5 conforme descrito na Nota 21.

As adições advêm essencialmente do Grupo AdP (478,7 milhões de euros), bem como as Outras transferências / abates (97,5 milhões de euros negativos) e as amortizações (160 milhões de euros), em resultado do contínuo volume de investimento que as empresas do Grupo AdP têm vindo a efetuar nos últimos anos. As unidades de negócio que mais contribuíram para este volume de investimentos foram a UNA-PD (unidade de negócios de produção e depuração de água) e a UNR (unidade de negócios de resíduos).

9 - Ativos biológicos

Ativos biológicos não correntes Saldo inicial Aumentos derivados

de aquisiçõesDiminuições devidas

a colheitas

Variações do exercício derivadas de alterações no JV

menos custos estimados no ponto

de venda

Alienações Depreciações Outras variações Saldo final

Ativos - mensurados ao JV

Floresta - - - - - - - Pinhal 10 372 - (104) (740) (3) 400 9 924 Euca l ipta l 10 459 - - 667 (831) (600) 9 695 Montado de sobro - - - - - - -

Bovinos reprodutores 914 - - (141) - - 772 21 744 - (104) (214) (834) - (200) 20 392

Ativos - mensurados ao custo

Ol iva l 170 40 - - (6) 172 376 Vinha 1 164 - - - (51) (348) 764 Outros 32 21 - - - (32) 21

1 365 61 - - - (57) (208) 1 160

Total 23 109 61 (104) (214) (834) (57) (408) 21 552

2011

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Considerando as atividades desenvolvidas, distinguem-se como principais Ativos biológicos a floresta (sobretudo pinhal, eucaliptal e montado de sobro), olival e vinha e ainda bovinos reprodutores.

A floresta encontra-se registada ao justo valor calculado através do método do valor atual dos fluxos de caixa descontados, conforme previsto na IAS 41. A área afeta é: (i) de Pinheiro e outras resinosas, 3 726 hectares (3 709 hectares a 31DEZ10); (ii) de Eucalipto, 7 718 hectares (8 880 hectares a 31DEZ10); (iii) de Sobreiros, 8 421 hectares (8 759 hectares a 31DEZ10).

Em virtude do montado de sobro ser um ativo sujeito a regime condicionante, o ativo montado de sobro encontra-se classificado como um ativo fixo tangível.

Os Ativos biológicos olival e vinha encontram-se valorizados ao custo depreciado (considerando uma vida útil de 20 e 25 anos, respetivamente), dado não ser possível estimar com fiabilidade o respetivo justo valor.

Ativos - mensurados ao JVFloresta

Pinhal 1 364 - - - - - (564) 800 Euca l ipta l 774 - - - - - 226 1 000

Bovinos reprodutores 851 - - 82 - - - 933 2 990 - - 82 - - (339) 2 733

Ativos biológicos correntes

Ano 2010

Outras variações Saldo finalDepreciaçõesDiminuições devidas

a colheitas

Variações do exercício derivadas

de alterações no justo valor menos

custos estimados no ponto de venda

Alienações Saldo inicialAumentos derivados

de aquisições

Ativos biológicos correntes Saldo inicialAumentos derivados

de aquisiçõesDiminuições devidas

a colheitas

Variações do exercício derivadas

de alterações no justo valor menos

custos estimados no ponto de venda

Alienações Depreciações Outras variações Saldo final

Ativos - mensurados ao JV

FlorestaPinhal 800 - - - - (400) 400 Euca l ipta l 1 000 - - - - 600 1 600

Bovinos reprodutores 933 - - (74) - - 859

Total 2 733 - - (74) - - 200 2 859

2011

Ativos - mensurados ao JVFloresta

Pinhal 10 921 - (556) (351) (207) - 564 10 372 Euca l ipta l 11 146 - - (36) (432) - (219) 10 459

Bovinos reprodutores 1 016 - - (102) - - - 914 23 083 - (556) (489) (639) - 346 21 744

Ativos - mensurados ao custoOl iva l 180 - - - - (10) - 170 Vinha 807 389 - - - (32) - 1 164 Outros - 32 - - - - - 32

987 421 - - - (42) - 1 365

Total 24 070 421 (556) (489) (639) (42) 346 23 109

Ativos biológicos não correntes

Ano 2010

Diminuições devidas a colheitas

Variações do exercício derivadas de alterações no JV

menos custos estimados no ponto

de venda

Saldo finalAumentos derivados

de aquisiçõesSaldo inicial Alienações Depreciações Outras variações

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No que diz respeito aos animais de trabalho e bovinos reprodutores estes encontram-se valorizados ao justo valor.

O justo valor dos Ativos biológicos foi determinado por avaliadores independentes, adotando indicadores físicos, temporais e valorimétricos relevantes para os tipos de ativos. Para o apuramento do justo valor, foi utilizado o método dos fluxos de caixa descontados e uma taxa de atualização de 5,25%.

10 - Participações financeiras em associadas

Sa ldo inicia l

Al ienaçõesMovimentos de

equiva lência patrimonia l

Transferência para "Detidos para venda"

Perdas imparidade

reconhecidas

Perdas imparidade revertidas

Outras transferências

Sa ldo fina l

EDP - Energias de Portugal , S.A. 1 890 089 - (27 936) (1 868 078) - 5 925 - - REN – Rede Eléctrica Nacional , S.A. 631 060 - (4 128) (626 932) - - - - Parca ixa , SGPS, SA 495 349 - 5 338 - - - - 500 687 CVP - Sociedade de Gestão Hospi ta lar, S.A. 9 893 - 387 - - - - 10 280 Credip - Insti tuição Financeira de Crédi to 2 341 - 39 - - - - 2 379 ISOTAL - Imobi l iário do Sotavento Algarvio, S.A. 71 - (5) - - - - 66 Multicert - Serviços de Certi fi cação Electrónica 580 - 86 - - - - 666 ORIVÁRZEA, S.A. 1 417 - 50 - - - - 1 467 PORTOSIDER - - - - - - - - GALP - - - - - - - - INAPA - Invest. Part. E Gestão, SA 18 407 - 13 231 - (24 766) - - 6 872 ADA - Adminis tração Aeroportos , Lda 1 382 (1 382) - - - - - - Trevoeste, S.A. 550 - - - (550) - - - Águas de Timor 5 - - - - - - 5 Águas da Região de Aveiro - - - - - - - - Águas Públ icas do Alentejo - - - - - - - - Mieses 187 - - - - - - 187 Clube Gol f das Amoreiras 250 - - - - - (250) - Netdouro 86 - - - - - (86) - CLR - Comp. Lezírias e Associados Renováveis , Lda 1 - - - - - - 1 Sociedade Mineira do Lucapa 0 - - - - - - 0 ACEs Quimiparque, Snesges Urbindustria , Portos ider 4 - - - - - - 4

3 051 672 (1 382) (12 938) (2 495 010) (25 316) 5 925 (336) 522 613

2011

Participações financeiras em associadas

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Das principais variações ocorridas destacam-se:

• A Transferência para “Detidos para Venda” das participações na EDP e na REN uma vez que está prevista no Programa do Governo a sua privatização em prazo que não ultrapassam um ano, encontrando-se em 31 de dezembro de 2011 reunidos os requisitos da IFRS 5 para classificação como ativos não correntes detidos para venda, conforme descrito na Nota 21.

• Reversão de perda por imparidade que a PARPÚBLICA tinha reconhecido na EDP antes da transferência para “Detidos para Venda”.

• Reconhecimento de perda por imparidade da INAPA de forma que o valor da participação corresponda ao justo valor (cotação a 31 de dezembro de 2011) menos os custos de vender (considerados imateriais). Estimou-se que uma descida de 1% na cotação agravaria a perda por imparidade em 74 milhares de euros.

• Reconhecimento de perda por imparidade na totalidade do investimento que o Grupo AdP detém na Trevoeste.

• O investimento que o Grupo AdP detém no Clube de Golf das Amoreiras, no montante de 250 milhares de euros, já se encontrava totalmente provisionado, sendo que durante 2011, o Grupo AdP reclassificou esta provisão para a conta do investimento. O investimento detido na NetDouro foi liquidado no exercício de 2011.

• Aplicação do método de equivalência patrimonial.

Perdas imparidade

reconhecidas

Outras transferências

EDP - Energias de Portugal , S.A. 1 011 712 575 904 84 419 (145 866) 363 920 - 1 890 089 REN – Rede Eléctrica Nacional , S.A. 621 336 - 9 724 - - - 631 060 Parca ixa , SGPS, SA 500 071 - (4 722) - - - 495 349 CVP - Sociedade de Gestão Hospi ta lar, S.A. 9 369 - 524 - - - 9 893 Credip - Insti tuição Financeira de Crédi to 2 209 - 132 - - - 2 341 ISOTAL - Imobi l iário do Sotavento Algarvio, S.A. 101 - (30) - - - 71 Multicert - Serviços de Certi fi cação Electrónica 420 - 160 - - - 580 ORIVÁRZEA, S.A. 1 385 - 32 - - - 1 417 PORTOSIDER (3) - - - 3 - - GALP 426 671 - 14 498 - (441 169) - - INAPA - Invest. Part. E Gestão, SA 31 414 - 2 392 (15 400) - - 18 407 ADA - Adminis tração Aeroportos , Lda 1 341 - (78) - - 119 1 382 Trevoeste, S.A. 550 - - - - - 550 Águas de Timor 5 - - - - - 5 Águas da Região de Aveiro 7 768 - - - (7 768) - - Águas Públ icas do Alentejo 256 - - - (256) - - Mieses 40 - - - 147 - 187 Clube Gol f das Amoreiras 250 - - - - - 250 Netdouro 86 - - - - - 86 CLR - Comp. Lezírias e Associados Renováveis , Lda 1 - - - - - 1 Sociedade Mineira do Lucapa 15 388 - - (15 388) - - 0 ACEs Quimiparque, Snesges Urbindustria , Portos ider 4 - - - - - 4

- 2 630 373 575 904 107 052 (176 654) (85 123) 119 3 051 672

Sa ldo fina l

Ano 2010

Saldo inicia l AdiçõesMovimentos de

equiva lência patrimonia l

Di ferenças de câmbio

Participações financeiras em associadas

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Em relação à PARCAIXA, estimou-se que se o valor dos ativos suscetíveis de imparidade reduzisse mais de 7%, passaria a ter-se perda por imparidade.

Em 2011 a ANA alienou a participação de 49% que detinha na ADA – Administração de Aeroportos, Lda pelo valor de 1 898 milhares de euros À CAM – Soc. Aeroporto Internacional de Macau.

11 - Outras participações financeiras

As ações da EDP e da GALP encontram-se subjacentes à opção de permuta no reembolso de empréstimos obrigacionistas (vide nota 25).

As participações na HCB e no Futuro, SGFP foram transferidas para Ativos não correntes detidos para venda, conforme descrito na Nota 21.

As variações ocorridas no justo valor encontram-se registadas na rubrica de Aumentos/reduções de justo valor (vide nota 44), havendo ainda rendimentos com dividendos registados na rubrica de Dividendos de participações ao custo e ao justo valor (vide nota 34).

A estimativa utilizada para o cálculo do justo valor das Participações financeiras foi baseada nas referências de mercado (sempre que disponível cotação desses ativos), em transações recentes ou em avaliações técnicas.

No ano de 2011 foram reconhecidas perdas de imparidade na Participação financeira HCB – Hidroeléctrica Cahora Bassa no montante de 29,2 milhões de euros, tendo por base estudos específicos de avaliação realizados por entidades independentes.

Outras participações financeiras 31-Dez-11 31-Dez-10

Valorizadas ao justo valorEDP - Energias de Portugal , S.A. 362 277 377 429 GALP 660 945 832 861 Portugal Telecom e ZON Multimédia 3 828 7 098 Futuro, SGFP - 372

1 027 050 1 217 760

Valorizadas ao custoSoc. Parque Industria l de Vendas Novas 34 59 Ins ti tuto da Habitação e Reabi l i tação Urbana 11 468 11 468 HCB-Hidroelectrica Cahora Bassa - 100 000 Portos ider 290 277 Outros 66 66

11 858 111 870

1 038 908 1 329 630

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12 - Outros ativos financeiros

A quantia de 1 872 milhões de euros em adiantamentos relativos a privatizações (31DEZ10: 1 272 milhões de euros), respeita a entregas de receitas de reprivatizações ao Estado for força da Lei n.º 11/90, de 14 de abril, a compensar nos termos do art. 9.º do Decreto-Lei n.º 209/2000, de 2 de Setembro e a quantias não compensadas pelo Estado em resultado da intervenção da PARPÚBLICA na liquidação da ex-IPE. Não estão definidos termos da compensação que permitam mensuração pelo custo amortizado e para aferição de imparidade.

Os fundos de renovação e reconstituição são constituídos ao abrigo dos contratos de concessão e correspondem a aplicações financeiras de médio e longo prazo.

Os swaps - ativo corrente – no montante de 7 439 milhares de euros (31DEZ10: 9 209 milhares de euros) são provenientes da PARPÚBLICA e respeitam ao justo valor de estruturas de swaps de taxa de juro, com vista à dispersão do risco de taxa de juro.

A rubrica de outros investimentos financeiros pelo justo valor por via dos resultados – ativo corrente-, corresponde a unidades de participação detidas pela SAGESECUR no Fundo Fundiestamo I (3 363 unidades de participação) e no Fundo Imopoupança (1 970 unidades de participação), no montante global de 3 201 milhares de euros.

O valor constante na rubrica Outros ativos financeiros - detidos até à maturidade - no montante de 1 700 milhares de euros, refere-se à aquisição, pela INCM, de obrigações do tesouro.

Em 31 de dezembro de 2010 a rubrica de Outros ativos financeiros disponíveis para venda - ativo não corrente - incluía o montante de 2,9 milhões de euros correspondentes ao Grupo TAP. Em 31 de dezembro de 2011, os Outros ativos financeiros do Grupo TAP totalizam 3,3 milhões de euros e foram incluídos no grupo de empresas para alienação detido para venda conforme descrito na Nota 21.

Outros ativos financeiros CorrentesNão

correntes

Investimentos financeiros pelo justo va lor através de resul tadosDetido para negociação

Apl icações de Tesouraria - - Swaps de taxa de juro 7 439 - 9 209 2 228 Outros 3 201 - 1 717 192

Detidos até à maturidade - - - - Outros - 1 700 - 5 000

Empréstimos correntes e contas a receberCeltejo - - - 22 500 Fundo de renovação - 4 316 - 7 980 Fundo de reconsti tuição - 105 635 - 96 910 Outros - 966 - 1 412 Adiantamentos relativos a privatizações - 1 871 833 - 1 272 376

Disponíveis para vendaNotes de securi ti zação de crédi tos do Estado - - - 21 225 Outros 57 8 - 2 976 Adiantamentos por conta de investimentos - 41 - -

10 697 1 984 499 10 926 1 432 799

Correntes Não correntes

31-Dez-11 31-Dez-10

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13 - Ativos e Passivos por impostos diferidos

A variação ocorrida nos prejuízos fiscais reportáveis em ativos por impostos diferidos, no montante de 13,6 milhões de euros, provém essencialmente do Grupo SAGESTAMO, e do facto dos prejuízos fiscais do Grupo TAP no montante de 2,1 milhões de euros terem sido incluídos num grupo para alienação detido para venda de acordo com a IFRS 5, conforme descrito na Nota 21.

Os Ativos por impostos diferidos incluem 14,9 milhões de euros (31DEZ10: 26,3 milhões de euros) relativos ao reconhecimento de responsabilidades com benefícios de reforma não aceites fiscalmente, sendo que a variação do período provém na sua maioria da INCM (6,1 milhões de euros), bem como, do facto das responsabilidades com benefícios de empregados do Grupo TAP (15,5 milhões de euros) e Grupo ANA (1,5 milhões de euros) terem sido incluídas num grupo para alienação detido para venda de acordo com a IFRS 5, conforme descrito na Nota 21.

A variação ocorrida nos ativos por impostos diferidos por via de perdas de imparidade em existências, advém na sua totalidade do Grupo TAP.

A variação ocorrida nos ativos por impostos diferidos por via de alterações de justo valor, no montante de 1,1 milhões de euros, é proveniente do Grupo SAGESTAMO e da Lazer & Floresta, decorrente da perda do justo valor em propriedades de investimento e ativos biológicos.

O aumento ocorrido nos ativos por impostos diferidos por via de provisões, no montante de 2,8 milhões de euros, provém essencialmente do Grupo AdP (2,7 milhões de euros).

O aumento significativo dos outros impostos diferidos ativos e passivos, é em parte explicado pela aplicação da IFRIC 12 no Grupo AdP, onde existem diferenças temporais significativas, entre as amortizações contabilísticas e fiscais, e com impacto equivalente os impostos diferidos associados aos subsídios ao investimento.

Saldo inicia l

Variações com efei tos em resul tados

Variações com efei tos no

capi ta l próprio

Transferência para "Detidos para venda"

Saldo fina l

Sa ldo inicia l

Variações com efei tos em resul tados

Variações com efei tos no

capi ta l próprio

Sa ldo fina l

Ativos por impostos diferidos

Não correntesPrejuízos fi sca is reportáveis 30 341 13 590 - (2 082) 41 849 7 721 22 615 5 30 341 Responsabi l idades com benefícios de reforma 26 345 (496) 6 081 (16 959) 14 971 21 678 3 950 716 26 345 Perdas de imparidade em exis tências 7 283 1 595 - (6 220) 2 658 10 906 (3 623) - 7 283 Ajustamentos de trans ição e variações de justo va lor 935 1 102 9 - 2 046 640 295 - 935 Outras provisões e a justamentos não acei tes fi sca lmente 3 446 2 848 - (2 581) 3 712 1 887 1 605 (46) 3 446 Outros 232 526 22 577 538 (21 623) 234 018 65 425 167 880 (779) 232 526

300 876 41 216 6 629 (49 465) 299 255 108 257 192 722 (104) 300 876 Passivos por impostos diferidos

Não correntesAjustamentos de trans ição e variações de justo va lor 86 904 (2 964) (2 012) (25 310) 56 618 85 603 (114) 1 416 86 904 Reinvestimento de va lores de rea l i zação 155 (31) - - 123 186 (31) - 155 Subs ídios ao investimento 2 463 (81) - (2 382) - 2 463 - - 2 463 Anulação de provisões 20 - - - 20 25 (5) - 20 Al teração de perímetro (15) - - - (15) - (15) - (15) Outros 280 267 33 761 172 (5 670) 308 530 122 422 158 510 (665) 280 267

369 794 30 684 (1 840) (33 362) 365 276 210 699 158 344 751 369 794

2011 Ano 2010

Impostos diferidos

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PARPÚBLICA – PARTICIPAÇÕES PÚBLICAS (SGPS), S. A.

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A variação ocorrida nos passivos por impostos diferidos por via de alterações de justo valor, no montante de 4,9 milhões de euros negativos, é proveniente na sua maioria da Companhia das Lezírias e do Grupo SAGESTAMO decorrente da perda do justo valor em propriedades de investimento e ativos biológicos.

Conforme anteriormente referido, os montantes transferidos para “Detidos para venda” correspondem aos saldos no final do período dos ativos e passivos por impostos diferidos afetos ao Grupo TAP (23,8 milhões de euros em ativos e 24 milhões de euros em passivos) e Grupo ANA (25,7 milhões de euros em ativos e 9,4 milhões de euros em passivos), os quais foram incluídos num grupo para alienação detido para venda de acordo com a IFRS 5, conforme descrito na Nota 21.

14 - Adiantamentos a fornecedores

Em 31 de dezembro de 2010 a rubrica de Adiantamentos a fornecedores – ativo corrente - incluía o montante de 3,5 milhões de euros correspondentes ao Grupo TAP. Em 31 de dezembro de 2011, os Adiantamentos a fornecedores do Grupo TAP, que totalizam 11,2 milhões de euros, foram incluídos num grupo para alienação detido para venda de acordo com a IFRS 5, conforme descrito na Nota 21. Desse modo, o saldo da rubrica Adiantamentos a fornecedores em 31 de dezembro de 2011, corresponde na sua maioria ao Grupo AdP com 2,5 milhões de euros (31DEZ10: 9 milhões de euros). A diminuição do valor dos adiantamentos é explicada pela desaceleração do volume de investimentos tendo em conta a conjuntura atual.

15 - Estado e outros entes públicos

31-Dez-11 31-Dez-10

Adiantamentos a fornecedores

Conta corrente 953 3 572 De imobi l i zado 1 711 9 063

2 664 12 635

Adiantamentos a fornecedoresCorrentes

31-Dez-11 31-Dez-10

AtivoEstado e outros entes públ icos

Imposto sobre o rendimento a receber 25 700 2 168 Outros 13 471 40 926

39 171 43 094 PassivoEstado e outros entes públ icos

Imposto sobre o rendimento a pagar 35 383 56 901 Outros 39 724 177 355

75 107 234 256

Estado e outros entes públicosCorrentes

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PARPÚBLICA – PARTICIPAÇÕES PÚBLICAS (SGPS), S. A.

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A variação registada no imposto sobre o rendimento a receber advém, essencialmente, da PARPÚBLICA que em 2011 regista um montante de 22,5 milhões de euros (em 31DEZ10 não apresentava valores de imposto a receber).

O montante registado na rubrica Outros - ativo corrente - inclui na sua maioria 11,7 milhões de euros relativos ao Grupo AdP, dos quais 11,5 milhões de euros correspondem a IVA a recuperar (31DEZ10: 10,6 milhões de euros).

O montante registado na rubrica Outros - passivo corrente - inclui na sua maioria: (i) 29,2 milhões de euros relativos ao Grupo AdP, dos quais 22 milhões de euros correspondem a retenções da taxa de recursos hídricos e da taxa de gestão de resíduos (31DEZ10: 22 milhões de euros); e (ii) 7,3 milhões de euros provenientes da PARPÚBLICA, dos quais 6,7 milhões de euros de retenções de imposto de selo de garantias bancárias (31DEZ10: zero).

Em 31 de dezembro de 2010 a rubrica de Estado e outros entes públicos incluía, respetivamente no ativo corrente e passivo corrente, o montante de 15,8 milhões de euros e 147 milhões de euros correspondentes ao Grupo TAP, e o montante de 3,4 milhões de euros e 8,5 milhões de euros correspondentes ao Grupo ANA. Em 31 de dezembro de 2011, a rubrica de Estado e outros entes públicos do Grupo TAP e do Grupo ANA que totaliza 23,4 milhões de euros em ativo e 125,7 milhões de euros em passivo, foi incluída num grupo para alienação detido para venda de acordo com a IFRS 5, conforme descrito na Nota 21.

16 - Outras contas a receber

A rubrica de Clientes – ativo não corrente - corresponde na sua totalidade a saldos com clientes do Grupo AdP resultantes da assinatura de acordos de pagamentos.

A rubrica de Subsídios ao investimento a receber – ativo corrente e ativo não corrente - é proveniente do Grupo AdP e está relacionada com os subsídios a receber do Fundo de Coesão.

A rubrica de Outros em outras contas a receber – ativo corrente - inclui essencialmente 89,2 milhões de euros (31DEZ10: 63,2 milhões de euros) resultantes do Grupo AdP, destacando-se o aumento proveniente

Correntes Não correntes

Entidades participadas e participantes 1 820 - 75 245 3 700 Pessoal 485 - 12 956 - Consul tores , assessores e intermediários - - 33 - Cl ientes - 50 436 - 21 231 Fornecedores c/c 202 - 13 - Outros 101 904 24 242 116 625 41 066 Outras despesas antecipadas 7 17 744 - 23 910 Ajustamentos por imparidade de outros devedores (4 881) - (14 510) (1 921) Acréscimos de rendimentos 6 737 - 24 489 - Subs ídios ao investimento a receber 138 446 50 853 150 580 55 876 Venda de imóveis 35 274 25 029 9 498 -

279 995 168 304 374 928 143 862

Outras contas a receber31-Dez-11 31-Dez-10

Correntes Não correntes

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do débito da multa à construtora Opway relativamente à ETAR da Guia no montante de 10,1 milhões de euros.

A rubrica de Venda de imóveis – ativo corrente e ativo não corrente - corresponde a quantias devidas à ESTAMO pela venda de imóveis, que serão liquidadas em prestações.

A rubrica de Outros em outras contas a receber – ativo não corrente - inclui essencialmente 17,5 milhões de euros (31DEZ10: 15 milhões de euros) provenientes do Grupo AdP, que corresponde ao valor residual a receber no final da concessão, relativos a bens de modernização e expansão.

As Outras despesas antecipadas no montante de 17,7 milhões de euros incluem essencialmente os encargos com as concessões do Grupo AdP (31DEZ10: 18 milhões de euros).

A rubrica de Acréscimos de rendimentos – ativo corrente - inclui:

• 2,7 milhões de euros referentes à INCM, dos quais 1,3 milhões de euros respeitam a juros a receber; • 913 milhares de euros relativos à Companhia das Lezírias; e • 1,7 milhões de euros relacionados essencialmente com juros a receber por parte da ESTAMO e com

comissões de gestão dos fundos a receber da Fundiestamo.

Em 31 de dezembro de 2010 a rubrica de Outras contas a receber incluía os montantes de 27,2 milhões de euros em ativo não corrente e de 124,7 milhões de euros em ativo corrente correspondentes ao Grupo TAP, bem como, os montantes de 5,7 milhões de euros em ativo não corrente e 17,5 milhões de euros em ativo corrente correspondentes ao Grupo ANA. Em 31 de dezembro de 2011, a rubrica de Outras contas a receber do Grupo TAP (que inclui 34,4 milhões de euros em ativo não corrente e de 156,6 milhões de euros em ativo corrente) e do Grupo ANA (que inclui 1 milhão de euros em ativo não corrente e 23,7 milhões de euros em ativo corrente) foi incluída num grupo para alienação detido para venda de acordo com a IFRS 5, conforme descrito na Nota 21.

17 - Diferimentos

Correntes Não correntes Correntes Não correntes

Ativo regulatório - desvio tari fário - 430 171 - 332 888 Outros gastos di feridos 11 962 - 24 993 7 Excesso de cobertura de responsabi l idades pós-emprego 455 - 1 212 -

12 417 430 171 26 205 332 895

Diferimentos - ativo31-Dez-11 31-Dez-10

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As rubricas de Ativo regulatório – desvio tarifário e Passivo regulatório – desvio tarifário, advém na totalidade do Grupo AdP e detalham-se como se segue:

ATIVO ATIVO PASSIVO PASSIVO Efeito Efeito Desvio

ativo imposto diferido

Desvio passivo

imposto diferido

líquido balanço

em resultados

Produção, Tratamento e Transporte Águas do Algarve, S.A. 12 280 - - (3 254) 9 026 3 166 Águas do Centro Alentejo, S.A. 7 491 - - (1 985) 5 506 146 Águas do Centro, S.A. 48 089 - - (12 744) 35 345 11 499 Águas do Douro e Paiva, S.A. 264 - - (70) 194 3 707 Águas do Mondego, S.A. 7 829 - - (2 075) 5 754 2 577 Águas do Norte Alentejano, S.A. 26 630 - - (7 057) 19 573 3 666 Águas do Noroeste, S.A. 80 224 - - (21 259) 58 965 14 674 Águas do Oeste, S.A. 42 839 - - (11 352) 31 487 16 170 Águas de Trás-os-Montes e Alto Douro, S.A.

67 361 - - (17 851) 49 510 9 794

Águas do Zêzere e Côa, S.A. 41 833 - - (11 086) 30 747 5 091 Águas Públicas Alentejo, S.A 1 028 - - (290) 738 345 Sanest, S.A. - 6 812 (25 707) - (18 895) 4 111 Simarsul, S.A. 26 549 - - (7 035) 19 513 8 285 Simdouro, S.A. 3 173 - - (841) 2 332 2 478 Simlis, S.A. 16 826 - - (4 459) 12 367 98 Simria, S.A. 28 102 - - (7 447) 20 655 4 275 Simtejo, S.A. - 6 550 (24 716) - (18 166) (4 149) Total Produção, Tratamento e Transporte

410 517 13 362 (50 423) (108 805) 264 652 85 934

Resíduos Sólidos Algar, S.A. - 1 634 (5 600) - (3 966) (1 666) Amarsul, S.A. - 548 (1 511) - (963) 1 273 Ersuc, S.A. - 2 692 (8 263) - (5 571) (2 232) Resiestrela, S.A. - 368 (2 013) - (1 645) (726) Resinorte,S.A. 1 719 - - (656) 1 063 2 408 Resulima, S.A. - 434 (1 739) - (1 306) (1 755) Suldouro, S.A. - 1 423 (5 267) - (3 844) (1 799) Valnor, S.A. - 988 (4 169) - (3 181) 401 Valorlis, S.A. - 796 (3 001) - (2 205) (1 104) Valorminho, S.A. - 233 (1 078) - (844) (611) Valorsul, S.A. - 12 788 (29 424) - (16 636) 22 577 Total Resíduos Sólidos 1 719 21 905 (62 066) (656) (39 098) 16 766 Distribuição e Recolha AdRA – Águas da Região de Aveiro, S.A. 17 936 - - (5 130) 12 805 9 597 Total Distribuição e Recolha 17 936 (5 130) 12 805 9 597 Total 430 171 35 267 (112 489) (114 591) 238 359 112 297

Correntes Não correntes Correntes Não correntes

Rendimentos di feridos 28 439 1 950 805 78 187 1 920 672 Subs ídios relacionados com ativos 2 164 1 950 805 5 281 1 917 564 Outros 26 275 - 72 906 3 108

Pass ivo regulatório - desvio tari fário - 112 489 - 127 502 Outros 107 - 137 - Investimentos contratuais - 546 009 571 055

28 546 2 609 303 78 325 2 619 229

Diferimentos - passivo31-Dez-11 31-Dez-10

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A rubrica de Outros gastos diferidos correntes inclui:

• 8,3 milhões de euros referentes ao Grupo AdP; e • 1,7 milhões de euros provenientes da PARPÚBLICA , relacionados essencialmente com gastos

relativos a comissões bancários por reconhecer.

O Excesso de cobertura de responsabilidades pós-emprego encontra-se detalhado na Nota 26.

Os Rendimentos diferidos não correntes correspondem na sua maioria a Subsídios de investimento registados pelo Grupo AdP, conforme se segue:

31-Dez-11 31-Dez-10 Subsídios ao Investimento - Fundo Coesão 1 659 095 1 577 458 Subsídios ao Investimentos - Outros 27 985 16 612 Integração de património 263 704 248 402 1 950 784 1 842 472

Fundo de coesão – movimentos do período 31-Dez-11 31-Dez-10 Subsídios ao investimento (ano N-1) 1 577 458 1 497 814 Reconhecimento de direito a fundo 148 316 177 921 Reconhecimento de proveito (62 246) (56 474) Correcções a reconhecimentos (a) (4 433) (41 803) Subsídios ao investimento (ano N) 1 659 095 1 577 458 Recebimentos no período 150 407 173 789

A rubrica de Rendimentos diferidos – Outros passivos correntes - inclui:

• 22 milhões de euros (31DEZ10: 8,6 milhões de euros) provenientes do Grupo AdP;

• 2,9 milhões de euros relativos ao Grupo Baía do Tejo; e

• 1,1 milhões de euros provenientes de rendas recebidas antecipadamente pela ESTAMO.

A rubrica de Investimentos contratuais - passivo não corrente - referem-se unicamente ao Grupo AdP e detalham-se como se segue:

31-Dez-11 31-Dez-10 Água - Produção, Tratamento e Transporte 325 578 361 531 Água - Distribuição e Recolha 10 767 4 098 Resíduos Sólidos 209 664 205 425 546 009 571 055

Em 31 de dezembro de 2010 a rubrica de diferimentos incluía os seguintes montantes: (i) 11,8 milhões de euros de Diferimentos em ativo corrente e 52,6 milhões de euros de Diferimentos em passivo corrente relativos ao Grupo TAP; e (ii) 2,1 milhões de euros de Diferimentos em ativo corrente, 78,2 milhões de euros de Diferimentos em passivo não corrente e 8,5 milhões de euros de Diferimentos em passivo corrente relativos ao Grupo ANA. Em 31 de dezembro de 2011, a rubrica de Diferimentos do Grupo TAP (que inclui 10,2 milhões de euros em ativo corrente e 65,4 milhões de euros em passivo corrente) e do Grupo ANA (que inclui 2,6 milhões de euros em ativo corrente, 75,6 milhões de euros em passivo não

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corrente e 8,3 milhões de euros em passivo corrente), foi incluída num grupo para alienação detido para venda de acordo com a IFRS 5, conforme descrito na Nota 21.

18 - Inventários

As Mercadorias incluem, essencialmente, o montante de 807,3 milhões de euros de imóveis de propriedade da ESTAMO (31DEZ10: 609 880 milhares de euros) e as propriedades da Lazer e Floresta no montante global de 12,3 milhões de euros (31DEZ10: 10,9 milhões de euros).

Os Produtos acabados e intermédios correspondem na sua maioria a 8,7 milhões de euros referentes à INCM (31DEZ10: 8,5 milhões de euros), dos quais 3,2 milhões de euros relativos a livros diversos (31DEZ10: 3,1 milhões de euros), 1,5 milhões de euros relativos a moeda comemorativa de coleção (31DEZ10: 1,4 milhões de euros) e 1,3 milhões de euros relativos a cartões em PVC (31DEZ10: 1,2 milhões de euros).

A rubrica de Produtos e trabalhos em curso compreende, essencialmente, 16,1 milhões de euros de projetos de loteamento relacionados com o Grupo Baía do Tejo, dos quais 8,4 milhões de euros (31DEZ10: 9,3 milhões de euros) em projetos em fase de infraestruturação e 6,8 milhões de euros (31DEZ10: 7,8 milhões de euros) em terrenos com infraestruturas.

As Matérias-primas, subsidiárias e de consumo incluem essencialmente:

• moedas e outros bens afetos à INCM, no montante de 19,2 milhões de euros; e • reagentes e contadores provenientes do Grupo AdP, no montante global de 6,7 milhões de euros.

Os Adiantamentos por conta de compras correspondem na sua totalidade a imóveis da ESTAMO.

Em 31 de dezembro de 2010 a rubrica de Inventários incluía 148,6 milhões de euros relativos ao Grupo TAP, dos quais: (i) 11,5 milhões de euros em mercadorias; (ii) 15,2 milhões de euros em produtos e trabalhos em curso; e (iii) 121,9 milhões de euros em matérias-primas. Em 31 de dezembro de 2011 a classe de Inventários do Grupo TAP, que inclui o montante de 142,4 milhões de euros, foi incluída num grupo para alienação detido para venda de acordo com a IFRS 5, conforme descrito na Nota 21.

Em 31 de dezembro de 2010 a rubrica de Inventários incluía 789 milhares de euros relativos ao Grupo ANA, dos quais: (i) 83 milhares de euros em mercadorias; (ii) 713 milhares de euros em matérias-primas; e (iii) 7 milhares de euros em perdas por imparidade de existências. Em 31 de dezembro de 2011 a classe de

Inventários

Mercadorias 820 484 633 303 Produtos acabados e intermédios 10 005 9 959 Subprodutos , desperdícios . res íduos e refugos 2 342 1 945 Produtos e trabalhos em curso 16 861 33 036 Matérias -primas , subs idiárias e de consumo 26 871 165 090 Adiantamentos por conta de compras 369 193 638 141 Ajustamentos acumulados em inventários (73 047) (24 829)

TOTAL 1 172 709 1 456 646

31-Dez-1031-Dez-11

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Inventários do Grupo ANA, que inclui o montante de 530 milhares de euros, foi incluída num grupo para alienação detido para venda de acordo com a IFRS 5, conforme descrito na Nota 21.

19 - Clientes

A rubrica de Clientes c/c inclui dívidas de:

• Clientes do Grupo AdP no montante de 385,6 milhões de euros (31DEZ10: 279,3 milhões de euros) que está maioritariamente relacionado com dívidas de municípios de 345,8 milhões de euros (31DEZ10: 237,3 milhões de euros);

• Clientes do Grupo SAGESTAMO com um montante total de 44,7 milhões de euros (31DEZ10: 30,7 milhões de euros), respeitando essencialmente a serviços prestados a entidades do Estado Português;

• Serviços de Estrangeiros e Fronteiras no montante de 7,4 milhões de euros (31DEZ10: 5,6 milhões de euros) e Instituto de Registos e Notariado no montante de 7,7 milhões de euros, relativos à INCM;

• Clientes do Grupo Baía do Tejo com uma quantia global de 2,9 milhões de euros (31DEZ10: 2,5 milhões de euros).

O saldo de Clientes de cobrança duvidosa advém essencialmente do Grupo AdP, com 15 milhões de euros (31DEZ10: 10,3 milhões de euros).

A água em contador por faturar corresponde à estimativa de água a 31 de dezembro de 2011 que só será faturada após essa data.

A evolução das Perdas por imparidade dos saldos de clientes apresenta-se na Nota 41.

Em 31 de dezembro de 2010 as dívidas de clientes incluíam 222,9 milhões de euros provenientes do Grupo TAP e 29,8 milhões de euros provenientes do Grupo ANA. Em 31 de dezembro de 2011, as dívidas de clientes do Grupo TAP (que totalizam 250,4 milhões de euros) e do Grupo ANA (que totalizam 31,3 milhões de euros) foram incluídas num grupo para alienação detido para venda de acordo com a IFRS 5, conforme descrito na Nota 21.

Clientes 31-Dez-11 31-Dez-10

Clientes c/c 459 080 632 103 Clientes de cobrança duvidosa 17 846 57 279 "Água em contador" por facturar 21 128 15 963 Perdas de imparidade acumuladas (15 828) (91 876)

482 226 613 469

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20 - Caixa e depósitos bancários

As disponibilidades apresentadas pelo Grupo PARPÚBLICA correspondem essencialmente a aplicações efetuadas em Depósitos a prazo e Depósitos bancários imediatamente disponibilizáveis, destacando-se os saldos do Grupo AdP (285,6 milhões de euros), da PARPÚBLICA (98,9 milhões de euros), da INCM (63,4 milhões de euros) e do Grupo SAGESTAMO (38,1 milhões de euros).

Em 31 de dezembro de 2010 as Disponibilidades incluíam 222,7 milhões de euros relativos ao Grupo TAP e 53,4 milhões de euros relativos ao Grupo ANA. Em 31 de dezembro de 2011, as disponibilidades do Grupo TAP (que totalizam 167,4 milhões de euros) e do Grupo ANA (que totalizavam 54,4 milhões de euros) foram incluídas num grupo para alienação detido para venda de acordo com a IFRS 5, conforme descrito na Nota 21.

Caixa e depósitos bancários 31-Dez-11 31-Dez-10

Apl icações financeiras 477 - Depós i tos a prazo 404 698 751 254 Depós i tos bancários imediatamente mobi l i záveis 113 490 148 403 Numerário 1 759 2 287

520 424 901 944

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21 - Ativos não correntes detidos para venda e passivos relacionados

No Programa do Governo encontrava-se previsto reprivatizar a totalidade das participações na REN e EDP (entretanto já celebrado os contratos de alienação – vide nota 57), bem como a totalidade da participação na TAP e na ANA. Internamente, no Grupo PARPÚBLICA, está ainda considerada a alienação da participação na HCB dentro de um ano (entretanto já realizada a alienação). Desta forma, a classificação de ativos e grupos para alienação como detidos para venda foi reportada a 31 de dezembro de 2011 e, por juízo da gestão, abrangeu como ativo individual a EDP, a REN e a HCB e como grupo para alienação a TAP e a ANA.

As participações classificadas como ativo não corrente detido para venda são mensuradas pela menor entre a quantia no momento da classificação e a quantia correspondente ao justo valor menos custos de venda.

A HCB estava registada na rubrica Outras participações financeiras tendo, antes da transferência para Ativos não correntes detidos para venda, uma quantia escriturada de 70 817 milhares de euros, que incluía

Ativos e passivos detidos para venda 31-Dez-11

Ativos EDP 2 057 546 - HCB 70 817 - REN 626 932 - TAP -

TAP - Propriedades de investimento 2 862 - TAP - Ativos fixos tangíveis 952 332 - TAP - Goodwill 206 395 - TAP - Outros ativos intangíveis 1 424 - TAP - Outros ativos financeiros 3 258 - TAP - Ativos por impostos di feridos 23 758 -

TAP - Outras contas a receber (não corrente e corrente) e di ferimentos 201 116 -

TAP - Inventários 142 429 - TAP - Cl ientes e adiantamentos a fornecedores 261 664 - TAP - Es tado e outros entes públ icos 18 620 - TAP - Ca ixa e depós i tos bancários 167 365 -

1 981 223 - ANA -

ANA - Activos fixos tangíveis 938 744 - ANA - Goodwi l l 2 120 - ANA - Outros activos intangíveis 193 096 - ANA - Participações financeiras - outros métodos 363 - ANA - Outros activos financeiros 97 - ANA - Activos por impostos di feridos 25 707 - ANA - Outras contas a receber (não corrente e corrente) e di ferimentos 27 345 - ANA - Inventários 530 - ANA - Cl ientes e adiantamentos a fornecedores 31 288 - ANA - Es tado e outros entes públ icos 4 734 - ANA - Ca ixa e depós i tos bancários 54 351 -

1 278 374 - 6 014 893 -

PassivosTAP -

TAP - Responsabi l idade por benefícios pós-emprego 78 540 -

TAP - Provisões , pass ivos por impostos di feridos e Estado e outros entes públ icos 295 974 - TAP - Financiamentos obtidos (correntes e não correntes ) 1 230 918 - TAP - Fornecedores e adiantamento de cl ientes 158 299 - TAP - Outras contas a pagar (não correntes e correntes ) e di ferimentos 551 824 -

2 315 555 - ANA

ANA - Provisões , pass ivos por impostos di feridos e Estado e outros entes públ icos 22 616 ANA - Financiamentos obtidos (correntes e não correntes ) 697 814 ANA - Fornecedores e adiantamento de cl ientes 27 005 ANA - Outras contas a pagar (não correntes e correntes ) e di ferimentos 156 108 ANA - Outros pass ivos financeiros 2 874

906 417 -

3 221 972 -

31-Dez-10

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uma perda de imparidade acumulada de 69 425 milhares de euros da qual 29 183 milhares de euros foi reconhecida em 2011.

A EDP e a REN, anteriormente registadas como associadas, antes da transferência para Ativos não correntes detidos para venda tinham as seguintes quantias escrituradas:

• 2 058 milhões de euros da EDP, que inclui uma reversão de perda de imparidade acumulada de 145,9 milhões de euros;

• 626,9 milhões de euros da REN.

22 - Capital próprio

O Capital nominal no montante de 2 000 000 milhares de euros é composto por 400 000 000 ações nominativas de 5 euros cada, está realizado em 1 027 151 milhares de euros e é detido pelo Estado Português.

A rubrica Reservas não distribuíveis é composta essencialmente pela reserva legal constituída em conformidade com o artigo 295º do Código das Sociedades Comerciais, o qual prevê que esta seja dotada com um mínimo de 5% do resultado líquido do período até à concorrência de um valor correspondente à quinta parte do capital social. Esta reserva não é distribuível a não ser em caso de liquidação da empresa, mas pode ser utilizada para absorver prejuízos depois de esgotadas as outras reservas, ou incorporada no capital.

Em Ajustamentos em ativos financeiros são registados os ajustamentos ao justo valor dos instrumentos financeiros de cobertura de fluxos de caixa, bem como as diferenças de câmbio resultantes da transposição de unidades operacionais em moeda estrangeira.

A rubrica Ajustamentos em ativos financeiros corresponde essencialmente a:

• Ajustamentos decorrentes da aplicação do método da equivalência patrimonial previsto na IAS 28;

• Ajustamentos ao justo valor dos ativos financeiros disponíveis para venda previstos na IAS 39.

A rubrica resultados transitados corresponde aos resultados líquidos dos períodos anteriores, conforme deliberações efetuadas nas assembleias gerais. Encontram-se ainda registadas nesta rubrica as alterações decorrentes da aplicação pela primeira vez das Normas Internacionais de Relato Financeiro e os efeitos da fusão do Grupo Capitalpor (diminuição de 291,5 milhões de euros).

O outro rendimento integral respeita essencialmente ao reconhecimento de outro rendimento integral de associadas pela aplicação do método de equivalência patrimonial.

A 31 de dezembro de 2011 o outro rendimento integral incluía também ganhos e perdas de instrumentos de cobertura relativos a swaps de cobertura do preço de jet fuel.

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23 - Interesses que não controlam – Balanço

24 - Provisões

Interesses que não controlam (balanço) 31-Dez-11 31-Dez-10

Cateringpor 2 509 2 614 LFP 5 292 4 741 APIS 97 94 ENVC 1 1 SAGESECUR 6 573 7 097 ECODETRA 1 008 1 008 Margueira 289 267 Grupo ANA 118 244 106 963 ANAM 2 193 585 NAER 2 586 2 754 Grupo AdP 488 555 427 358 SPE (1 887) (1 887)

625 460 551 594

Provisões (balanço) Saldo inicia l

AumentosDiminuições

por uti l i zação

Montantes não uti l i zados revertidos

Efei to da passagem do

tempo e de a l terações na

taxa de desconto

Outros movimentos

Transferência para "Detidos para venda"

Saldo fina l

Provisões

Provisão para processos judicia is em curso 48 352 3 180 (481) (19 614) (1 920) 1 941 (25 824) 5 634 Fianças a associadas - - - - - - - - Processos ambienta is 9 016 - (2 286) - - - - 6 730 Remoção de materia is 499 - - - - - - 499 Benefícios de reforma e equiva lentes / pensões 353 103 (43) - - - - 413 Provisões para investimentos financeiros 116 159 11 124 - - - - (126 785) 498 Impostos 1 932 12 - - - - (1 470) 474 Acidentes no trabalho e doenças profiss ionais 150 - - - - 5 - 155 Outras provisões 20 455 4 505 (3 745) (156) (319) 2 140 (5 477) 17 403 Provisão para contingências labora is - 784 - - - - - 784

196 917 19 707 (6 555) (19 770) (2 239) 4 086 (159 556) 32 590

2011

Provisões (balanço) Saldo inicia l

Al terações ao perímetro de consol idação

AumentosDiminuições

por uti l i zação

Montantes não uti l i zados

revertidos

Efei to da passagem do tempo e de

a l terações na taxa de desconto

Outros movimentos

Sa ldo fina l

Provisões

Provisão para processos judicia is em curso 57 103 (56) 12 994 (206) (27 157) 3 301 2 372 48 352 Fianças a associadas 387 - - - (387) - - -

Processos ambienta is 9 016 - - - - - - 9 016 Remoção de materia is 499 - - - - - - 499 Benefícios de reforma e equiva lentes / pensões 396 - - (43) - - - 353 Provisões para investimentos financeiros 72 603 - 43 556 - - - - 116 159 Impostos 1 470 - 462 - - - - 1 932 Acidentes no trabalho e doenças profiss ionais 142 - - - - - 8 150 Outras provisões 42 914 (713) 3 798 (1 070) (17 600) 3 170 (10 043) 20 455 Provisão para contingências labora is - - - - - - - -

184 530 (769) 60 810 (1 319) (45 144) 6 471 (7 663) 196 917

2010

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Processos judiciais em curso

As Provisões para processos judiciais em curso são constituídas de acordo com as avaliações de risco efetuadas pelas empresas do Grupo PARPÚBLICA e pelos seus consultores legais, baseadas em taxas de sucesso históricas por natureza de processo e probabilidade de desfecho desfavorável, destinando-se as provisões existentes em 31 de dezembro de 2011 a fazer face essencialmente a processos judiciais em curso relativos a IRC, no montante de 3,8 milhões de euros, no âmbito da INCM.

Dos movimentos ocorridos na rubrica, os montantes não utilizados revertidos e os aumentos incluem 14,6 milhões de euros e 2,1 milhões de euros, respetivamente, respeitantes a processos judiciais intentados contra o Grupo TAP, em Portugal e no estrangeiro.

Processos ambientais

As Provisões para responsabilidades ambientais e remoção de materiais advêm do Grupo Baía do Tejo e destinam-se a acautelar os encargos que irão ser suportados com a recuperação ambiental do território que lhe está afeto, incluindo igualmente os custos com a demolição e desmantelamento de antigas instalações siderúrgicas e remoção de resíduos e escombros, com destino a aterro.

No âmbito do desenvolvimento do projeto de recuperação ambiental encontram-se em desenvolvimento, através de dois Agrupamentos Complementares de Empresas, constituídos entre a Baia do Tejo e a Empresa Geral de Fomento, processos de candidatura a apoios comunitários no âmbito do QREN. Em resultado dos trabalhos desenvolvidos até ao final do exercício de 2011, foi apurado que as responsabilidades a suportar pela Empresa, pelos trabalhos realizados pelos ACE´s ascendem a 2 286 milhares de euros.

Provisões para investimentos financeiros

O aumento registado nesta rubrica respeita na sua totalidade à apropriação da totalidade do prejuízo da SPdH, pela TAP.

Outras Provisões

A rubrica de Outras provisões corresponde maioritariamente a provisões do Grupo AdP no montante de 14 892 milhares de euros (31DEZ10: 12 631 milhares de euros), essencialmente para fazer face: (i) às dívidas que se encontram em processo de injunção, (ii) aos custos com tratamento de lamas das ETAR, tendo ocorrido um reforço da provisão em 2011 de 2,2 milhões de euros; (iii) ao desempenho negativo que ocorreu na Delegação da EGF – Maputo, tendo ocorrido um reforço da provisão em 2011 de 600 milhares de euros.

O Grupo AdP procedeu ainda ao reforço da provisão no montante de 428 milhares de euros para estudos efetuados para a atividade de “baixa”, onde a probabilidade de gerar benefícios económicos futuros é bastante reduzida e constituiu uma provisão no montante de 528 milhares de euros para fazer face a contingências fiscais. Adicionalmente foi efetuada a reversão do montante de 1 219 milhares de euros da provisão constituída em anos anteriores para fazer face aos projetos em curso e que se verificou em 2011, que não iriam ter continuidade.

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Estão ainda incluídas provisões do Grupo SAGESTAMO no montante de 2 226 milhares de euros (31DEZ10: 2 226 milhares de euros) que visam cobrir a responsabilidade assumida contratualmente, no momento da compra ao Estado, de partilhar com este a mais-valia obtida com a venda de alguns imóveis.

A diminuição por utilização das outras provisões inclui a redução ocorrida na provisão do Grupo TAP para contingências tributárias relacionadas com a TAP ME Brasil, por via de pagamentos efetuados em 2011.

Em 31 de dezembro de 2010 as provisões incluíam os montantes de 159 575 milhares de euros e de 1 470 milhares de euros relativos ao Grupo TAP e ao Grupo ANA, respetivamente. Em dezembro de 2011 as provisões do Grupo TAP e do Grupo ANA foram incluídos num grupo para alienação detido para venda de acordo com a IFRS 5, conforme descrito na Nota 21.

25 - Financiamentos obtidos

Os empréstimos respeitam essencialmente a obrigações e financiamentos junto de instituições de crédito nacionais e estrangeiras.

A análise por maturidade da dívida, a valores nominais em 31 de dezembro de 2011, pode ser efetuada como se segue:

Passivo corrente Passivo não corrente

Pass ivos por locação financeira 3 768 22 352 114 660 583 632 Empréstimos por obrigações 37 752 4 532 784 38 423 4 892 770 Papel comercia l 1 055 082 5 000 1 054 000 1 563 Empréstimos bancários 392 540 1 866 447 473 540 2 805 102 Descobertos bancários 235 458 - 203 879 - Outros empréstimos obtidos 71 15 020 90 21 120

1 724 671 6 441 603 1 884 593 8 304 187

Passivo corrente Passivo não corrente

Financiamentos obtidos

31-Dez-11 31-Dez-10

Financiamentos obtidos 31-Dez-11 31-Dez-10

Por maturidadesAté 1 ano 1 724 670 1 917 763 De 1 ano até 2 anos 111 034 245 356 De 2 anos até 3 anos 133 276 1 153 863 De 3 anos até 4 anos 108 337 1 300 709 De 4 anos até 5 anos 930 215 321 605 Superior a 5 anos 5 158 741 5 249 483

8 166 273 10 188 779

Por tipo de taxa de juroTaxa variável

Expira num ano 629 285 1 765 155 Expira entre 1 e 2 anos 48 349 100 852 Expira entre 2 e 3 anos 49 456 113 037 Mais de 3 anos 5 268 296 1 919 811

5 995 386 3 898 855 Taxa fixa

Expira num ano 1 095 385 160 301 Expira entre 1 e 2 anos 62 685 137 406 Expira entre 2 e 3 anos 83 820 1 040 230 Mais de 3 anos 928 998 4 951 986

2 170 888 6 289 922 8 166 273 10 188 779

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Os Empréstimos obrigacionistas, contraídos na sua maioria pela PARPÚBLICA, são mensurados pelo custo amortizado e a opção embutida em dois deles está mensurada pelo justo valor. Em 31 de dezembro de 2011 e 31 de dezembro de 2010 eram os seguintes:

31-Dez-11 31-Dez-10 PARPÚPLICA Empréstimo de 500,0 milhões de euros emitido em 2004 502 773 499 129 Empréstimo de 500,0 milhões de euros emitido em 2005 504 067 499 102 Empréstimo de 150,0 milhões de euros emitido em 2005 150 047 150 000 Empréstimo de 250,0 milhões de euros emitido em 2006 251 295 250 000 Empréstimo de 1 015,2 milhões de euros emitido em 2007

Obrigação base 988 830 982 530 Opção embutida Despesas -1 777 Juros do empréstimo 1 475

Empréstimo de 800,0 milhões de euros emitido em 2009 812 619 797 735 Empréstimo de 885,7 milhões de euros emitido em 2010

Obrigação base 847 807 847 567 Opção embutida 124 497 Juros corridos

Juros a liquidar de obrigações de acordo com o custo amortizado

11 624

-5 120

38 423 Sub-total PARPÚBLICA 4 070 536 4 182 085 Grupo AdP 500 000 500 000 Grupo ANA (a) 249 108 Total 4 570 536 4 931 193

(a) O Grupo ANA apresenta o montante de 249 388 milhares de euros de empréstimos obrigacionistas, que foram incluídos num grupo para alienação detido para venda de acordo com a IFRS 5, conforme descrito na Nota 21.

Os dois contratos de emissão dos empréstimos obrigacionistas não convertíveis de 500,0, o de 150,0 e o de 250,0 milhões de euros, emitidos em 14 de outubro de 2004, 22 de setembro de 2005, 28 de dezembro de 2005 e 16 de novembro de 2006, respetivamente, preveem entre outras cláusulas, a possibilidade de os obrigacionistas exercerem o direito de reembolso antecipado das obrigações se o Estado deixar de deter a totalidade do capital da PARPÚBLICA e/ou perder o controlo direto ou indireto da sociedade e/ou ainda se os artigos 501º a 503º do Código das Sociedades Comerciais deixarem de se aplicar nas relações entre o Estado e a sociedade. Adicionalmente, a PARPÚBLICA tem a obrigação de reembolsar os obrigacionistas em caso de vencimento antecipado de outras dívidas financeiras, de insolvência, de cessação total ou substancial dos negócios e de sujeição a processos que afetem os ativos e os réditos.

O empréstimo de Euro Medium Term Notes de 800 milhões de euros foi emitido em julho de 2009 ao abrigo de um Programa no montante global de 1 500 milhões de euros, pelo prazo de quatro anos, com vencimento em 2013, e com um cupão de 3,5% ao ano. Prevê a possibilidade de os obrigacionistas exercerem o direito de reembolso antecipado das obrigações se o Estado deixar de deter a totalidade do capital da PARPÚBLICA e/ou perder o controlo direto ou indireto da sociedade e/ou ainda se os artigos 501º a 503º do Código das Sociedades Comerciais deixarem de se aplicar nas relações entre o Estado e a sociedade. Adicionalmente, a PARPÚBLICA tem a obrigação de reembolsar os obrigacionistas em caso de

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vencimento antecipado de outras dívidas financeiras, de insolvência, de cessação total ou substancial dos negócios e de sujeição a processos que afetem os ativos e os réditos.

O empréstimo de 1 015,15 milhões de euros foi emitido na sequência do Decreto-Lei n.º 382/2007, de 15-11, sobre a 7.ª fase de reprivatização de capital da EDP, conferindo o instrumento de emissão aos obrigacionistas o direito de reembolso pelo valor nominal das obrigações ou em função do valor corrente das ações da EDP, se superior. No caso de o reembolso ser determinado pelo valor das ações subjacentes, a PARPÚBLICA tem a opção de escolha entre a entrega das ações ou da quantia em dinheiro correspondente. Os investidores têm o direito de pedir o reembolso antecipado das obrigações em 18-12-2012, ou a sua troca a partir de 18-12-2013. Prevê a possibilidade de os obrigacionistas exercerem o direito de reembolso antecipado das obrigações se o Estado deixar de deter a totalidade do capital da PARPÚBLICA e/ou perder o controlo direto ou indireto da sociedade e/ou ainda se os artigos 501º a 503º do Código das Sociedades Comerciais deixarem de se aplicar nas relações entre o Estado e a sociedade ou da ocorrência de um evento de mudança do controlo da EDP. Adicionalmente, a PARPÚBLICA tem a obrigação de reembolsar os obrigacionistas em caso de vencimento antecipado de outras dívidas financeiras, de insolvência, de cessação total ou substancial dos negócios e de sujeição a processos que afetem os ativos e os réditos.

O empréstimo de 885,65 milhões de euros foi emitido na sequência do Decreto-Lei n.º 185/2008, de 19-09, sobre a 5.ª fase de reprivatização de capital da GALP, conferindo o instrumento de emissão aos obrigacionistas o direito de reembolso pelo valor nominal das obrigações ou em função do valor corrente das ações da GALP, se superior. No caso de o reembolso ser determinado pelo valor das ações subjacentes, a PARPÚBLICA tem a opção de escolha entre a entrega das ações ou da quantia em dinheiro correspondente. Os investidores têm o direito de pedir o reembolso antecipado das obrigações em 28-09-2015, ou a sua troca a partir de 28-03-2013. A PARPÚBLICA tem a possibilidade de reembolsar as obrigações, se o valor das mesmas for igual ou superior a 30%, em pelo menos 20 dias úteis durante 30 dias úteis consecutivos, a partir de 13-10-2013. Prevê a possibilidade de os obrigacionistas exercerem o direito de reembolso antecipado das obrigações se o Estado deixar de deter a totalidade do capital da PARPÚBLICA e/ou perder o controlo direto ou indireto da sociedade e/ou ainda se os artigos 501º a 503º do Código das Sociedades Comerciais deixarem de se aplicar nas relações entre o Estado e a sociedade ou da ocorrência de um evento de mudança do controlo da GALP. Adicionalmente, a PARPÚBLICA tem a obrigação de reembolsar os obrigacionistas em caso de vencimento antecipado de outras dívidas financeiras, de insolvência, de cessação total ou substancial dos negócios e de sujeição a processos que afetem os ativos e os réditos.

A opção embutida nos dois empréstimos com opção de conversão e as ações subjacentes estão mensuradas pelo justo valor através de resultados (vide Nota 11). Os efeitos nos resultados ao longo dos anos das alterações no justo valor dos empréstimos e das ações, incluindo os de um empréstimo já reembolsado, são:

2011 2010 2009 2008 Até 2007 Variação do valor das opções 124 497 -54 671 64 792 147 108 180 508 Variação do valor das ações subjacentes -190 337 246 754 124 044 -134 222 312 000 Ganho líquido/Perda Líquida -65 840 192 083 188 836 12 886 131 492

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A evolução das quantias escrituradas dos empréstimos com opção embutida vivos é a seguinte:

Empréstimo de 1 015 150 m€ 31-Dez-11 31-Dez-10 31-Dez-09 31-Dez-08 Data Emissão

Obrigações no passivo: 990 305 982 216 980 816 998 168 1 012 474

Obrigação (incluindo juros corridos) 990 305 982 216 973 000 965 559 958 671

Opção 0 0 7 817 32 609 53 803

Acções no activo 362 277 377 429 471 218 407 581 693 948

Passivo - Activo 628 028 604 787 509 599 590 587 318 526

Empréstimo de 886 650 m€ 31-Dez-11 31-Dez-10 31-Dez-09 31-Dez-08 Data Emissão

Obrigações no passivo: 859 431 971 764 885 650

Obrigação (incluindo juros corridos) 859 431 852 942 841 127

Opção 0 124 197 38 083

Acções no activo 660 898 832 801 713 747

Passivo - Activo 198 533 138 963 171 903

A rubrica Empréstimos bancários – passivo não corrente - inclui o montante de 1 646 960 milhares de euros (31DEZ10: 1 606 083 milhares de euros), relativos a financiamentos do Banco Europeu de Investimento ao Grupo AdP.

Os Passivos por locação financeira, incluídos na rubrica de outros empréstimos obtidos, respeitam basicamente ao Grupo AdP e detalham-se como se segue:

Passivos por locação financeira 31-Dez-11 31-Dez-10

Locações financeiras

Dívidas respeitantes a locação financeiraTerrenos e recursos natura is 340 - Edi fícios e outras construções 22 205 23 023 Equipamento bás ico 2 383 671 634 Equipamento de transporte 1 162 2 487 Equipamento adminis trativo 30 1 148

26 120 698 292

Futuros pagamentos mínimosAté 1 ano 4 247 115 105 De 1 ano até 5 anos 10 012 390 487 Mais de 5 anos 14 730 194 968

28 989 700 560 Juros

Até 1 ano 479 445 De 1 ano até 5 anos 1 361 1 012 Mais de 5 anos 1 028 811

2 868 2 268 Va lor presente dos pagamentos mínimos

Até 1 ano 3 768 114 660 De 1 ano até 5 anos 8 650 389 475 Mais de 5 anos 13 702 194 157

26 120 698 292

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Em 31 de dezembro de 2010 a rubrica de Financiamentos obtidos incluía os montantes de 275 milhões de euros e 1 691 milhões de euros, respeitantes a passivo corrente e não corrente, respetivamente. Em 31 de dezembro de 2011, os Financiamentos obtidos do Grupo TAP e do Grupo ANA, que totalizam 245 milhões de euros - passivo corrente - e 978 milhões de euros - passivo não corrente –, no Grupo TAP, e 26 milhões de euros - passivo corrente - e 672 milhões de euros - passivo não corrente –, no Grupo ANA, foram incluídos num grupo para alienação detido para venda de acordo com a IFRS 5, conforme descrito na Nota 21.

26 - Responsabilidades por benefícios pós-emprego

Evolução das Responsabilidades nos últimos 5 anos:

Responsabilidades por benefícios pós-emprego 31-Dez-11 31-Dez-10

Responsabi l idade por serviços passados no início do período 162 479 161 041

Custo de juros 15 828 15 453 Custo do serviço corrente 3 535 3 682 Contribuições para fundo de pensões - empregador (14 638) (15 982) Ganhos e perdas atuaria is (3 389) 3 275 Al terações cambia is nos planos mensurados numa moeda di ferente (2 303) 3 586 Rendimento ativos do fundo (7 779) (5 300) Benefícios pagos (6 514) (7 190) Reconhecimento custo do serviço passado 4 058 2 132 Outros 582 1 781 Transferência para "Detidos para venda" (78 540)

Responsabi l idade por serviços passados no fina l do período 73 320 162 479

Excesso de cobertura (EGF)Excesso de cobertura (EGF) (2 729) (3) Va lor no início do período 36 920 36 168 Retorno efetivo 1 590 1 794 Contribuição ao fundo 1 376 2 131 Benefícios pagos (2 305) (2 181) Outros (1 167) 215

33 685 38 124

Excesso de cobertura 455 1 212

Responsabil idades por benefícios pós-emprego 41 898 126 690

31-Dez-11 31-Dez-10 31-Dez-09 30-Dez-08 31-Dez-07

Valor presente das responsabi l idades 87 631 289 840 267 939 228 788 216 426Valor dos ativos dos fundos 46 188 160 597 139 306 113 215 106 310Défices dos planos 41 443 129 243 128 633 115 573 110 116

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O Justo valor dos ativos dos planos eram os seguintes:

Por força do estipulado em acordos de empresa, o Grupo PARPÚBLICA mantém em algumas das empresas (PARPÚBLICA, por via da fusão com a Portucel, Companhia das Lezírias, Lazer e Floresta, EPAL, EGF e INCM) um conjunto de obrigações de benefícios definidos, para com os seus empregados, que são tratadas nos termos previstos na IAS 19.

O retorno real dos ativos do plano foi de 9 419 milhares de euros (31DEZ10: 7 678 milhares de euros). A taxa de retorno dos ativos do plano é determinada com base no retorno expectável, de acordo com a política de investimentos estabelecida. São utilizadas yields de OT’s de longo prazo, Euribor 6 meses (yield de curto prazo), taxas de retorno de instrumentos de capital e de propriedades de investimento que reflitam taxas reais de longo prazo, com base na experiência e maturidade dos respetivos mercados.

Nos termos do Regulamento dos Benefícios Sociais em vigor, os empregados do quadro permanente da ex-Portucel, SGPS com mais de cinco anos de serviço têm direito após a passagem à reforma ou em situação de invalidez, a um complemento mensal de pensão de reforma ou de invalidez. Esse complemento está definido de acordo com uma fórmula que tem em consideração a remuneração mensal ilíquida atualizada para a categoria profissional do empregado à data da reforma e o número de anos de serviço, no máximo de 30, sendo ainda garantidas pensões de sobrevivência ao cônjuge e a descendentes diretos. Para cobrir esta responsabilidade existe um fundo de pensões autónomo, gerido por uma entidade externa.

A EPAL dispõe de um plano de benefícios sociais para os seus trabalhadores, o qual tem inerente o compromisso do pagamento de um complemento da pensão de reforma (por idade e invalidez) atribuída pela Segurança Social. Adicionalmente, suporta ainda as responsabilidades decorrentes de situações de pré-reforma. As responsabilidades decorrentes do Plano de Pensões são financiadas através do Fundo de Pensões EPAL, constituído em novembro de 1990, sendo as pré-reformas suportadas diretamente pela empresa. As responsabilidades globais da empresa são cobertas através dos ativos do Fundo de Pensões e de uma provisão específica, registada no passivo da empresa. Em 22 de março de 2008, a EPAL alterou o plano de pensões de benefício definido para um plano misto de benefício definido e contribuição definida.

Relativamente às pré-reformas, no decurso do primeiro semestre de 2008, a EPAL alterou os critérios/pressupostos relacionados com contabilização das responsabilidades da empresa para com os pré-reformados. Até esse momento, era pressuposto que anualmente passaria à situação de pré-reforma um conjunto de colaboradores representativos de 10% da massa salarial elegível para pré-reforma, contribuindo esse pressuposto para o cálculo das respetivas responsabilidades. Como esta situação se mostra desajustada da realidade, apenas passaram a ser consideradas como provisão, as responsabilidades

Justo valor por categoria dos ativos dos planos (em valor) 2011 2010

Ins trumentos de capi ta l próprio 9 665 34 840 Ins trumentos de dívida 32 828 109 659 Propriedade 678 3 980 Outros ativos 3 017 12 118

46 188 160 597

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efetivas de pré-reforma, sendo que quando um colaborador entra em situação de pré-reforma, é reconhecida no ano a totalidade da responsabilidade correspondente.

Ainda durante o primeiro semestre do ano, foi alterado o Plano de Pensões, passando de um Plano de Benefício Definido (“BD”), para um Plano Misto de Benefício Definido e Contribuição Definida (“CD”). Nessa sequência, a porção das responsabilidades BD da empresa correspondente aos colaboradores atualmente em CD foi reduzida, bem como o correspondente valor do fundo, pois o mesmo foi transferido para contas individuais dos colaboradores afetos ao Plano CD, conforme acordo firmado entre Empresa e Organizações Representativas do Trabalhadores da EPAL.

A INCM tem responsabilidades relativamente a cuidados de saúde com o pessoal ativo e não ativo abrangido pelo regime da função pública e pelo regime geral, não tendo fundo afeto, sendo que as responsabilidades estão reconhecidas no passivo.

A Companhia das Lezírias atribui benefícios pós-emprego a parte dos seus colaboradores, através de planos de benefícios definidos, nomeadamente planos de pensões que garantem complementos de reforma por idade, invalidez e sobrevivência, pensões de reforma antecipada e cuidados de saúde durante o período de reforma e de reforma antecipada.

As responsabilidades das diversas empresas do Grupo PARPÚBLICA foram determinadas por estudos atuariais elaborados por entidades independentes, individualmente para cada uma das empresas, utilizando o método “Unidade de Crédito Projetado” e com os seguintes pressupostos dominantes:

Portugal 31-dez-11

Portugal 31-dez-10

Brasil 31-dez-11

Brasil 31-dez-10

Tábua de mortalidade TV 88/90 TV 88/90 AT 83 AT 83 Tábua de invalidez EVK80 EVK80 IAPB – 57 IAPB – 57 Taxa de rendimento 4,50%/4,75% 4,75% 11,64% 10,90% Taxa de crescimento Salários 1,5% - 2,5% 1,50% - 2,5% 7,10% 6,49% Pensões 1,25% - 1,5% 1,00% - 2,5% 5,00% 4,40% Pensão de reforma da Segurança Social

2,5% 2,0%

Custos médicos 1,50%-3%

Em 31 de dezembro de 2010 a rubrica de Responsabilidades com benefícios pós-emprego incluía o montante de 88,4 milhões de euros correspondentes do Grupo TAP. Em 31 de dezembro de 2011, as Responsabilidades com benefícios pós-emprego do Grupo TAP, que totalizam 79 milhões de euros, foram incluídos num grupo para alienação detido para venda de acordo com a IFRS 5, conforme descrito na Nota 21.

27 - Adiantamentos de clientes

Os Adiantamentos efetuados por clientes são de 1 820 milhares de euros (31DEZ10: 3 628 milhares de euros).

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28 - Fornecedores

O montante em dívida a fornecedores c/c resulta sobretudo de valores a pagar pela AdP (44 279 milhares de euros), pela INCM (5 173 milhares de euros), pelo Circuito Estoril (3 781 milhares de euros) e pelo Grupo SAGESTAMO (1 254 milhares de euros) no desenvolvimento da sua atividade operacional.

Em 31 de dezembro de 2010 a rubrica de Fornecedores incluía o montante de 142,6 milhões de euros correspondentes ao Grupo TAP e o montante de 24,8 milhões de euros referentes ao Grupo ANA. Em 31 de dezembro de 2011, os Fornecedores do Grupo TAP e do Grupo ANA, que totalizam 157,1 milhões de euros e 27 milhões de euros respetivamente, foram incluídos num grupo para alienação detido para venda de acordo com a IFRS 5, conforme descrito na Nota 21.

29 - Outras contas a pagar

Os Adiantamentos por conta de vendas relacionam-se essencialmente com a venda de propriedades pelo Grupo SAGESTAMO, incluindo 26 milhões de euros (o mesmo montante em 2010) referente ao Imóvel do Pavilhão do Conhecimento.

As dívidas a Fornecedores de imobilizado advêm essencialmente do Grupo AdP com 79 029 milhares de euros em passivo corrente e 30 684 milhares de euros em passivo não corrente (31DEZ10: 92 539 milhares de euros em passivo corrente e 32 253 milhares de euros em passivo não corrente).

A rubrica de Acréscimos de gastos – passivo corrente - inclui:

• 41 446 milhares de euros referentes ao Grupo AdP (31DEZ10: 52 556 milhares de euros); e

• 4 449 milhares de euros da SAGESECUR (31DEZ10: 1 947 milhares de euros) referentes a juros de empréstimos a liquidar.

Fornecedores31-Dez-11 31-Dez-10

Fornecedores c/c 56 652 207 746 Fornecedores - facturas em recepção e conferência 3 537 35 777

60 189 243 524

Outras contas a pagar

Adiantamentos por conta de vendas 62 606 - 45 986 477 Fornecedores de imobi l i zado 79 966 30 684 136 961 32 253 Entidades do grupo/fi l ia i s 2 - 137 - Entidades participantes e participadas 2 213 - 543 - Pessoal 8 860 - 20 852 - Documentos pendentes de voo - - 239 237 - Acréscimos de gastos 49 049 - 242 878 12 256 Outros 79 795 157 802 201 734 149 036 CGD e Parca ixa - ações da EDP 516 175 - 460 724 Adiantamento da a l ienação da EDP 600 000 - -

1 398 666 188 486 1 349 052 194 022

31-Dez-11 31-Dez-10

Correntes Não correntes Correntes Não correntes

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A rubrica Outros – passivo corrente-, inclui basicamente:

• 63 169 milhares de euros (31DEZ10: 41 471 milhares de euros) respeitantes ao Grupo AdP;

• 13 749 milhares de euros, referentes ao Grupo SAGESTAMO, respeitando essencialmente a dívidas ao Estado Português por aquisição de imóveis pela ESTAMO, tal como acontecia em 2010; e

• 2 414 milhares de euros da PARPÚBLICA (31DEZ10: 223 milhares de euros) referentes a comissões a pagar relativas a emissões de papel comercial.

A rubrica Outros – passivo não corrente-, inclui essencialmente:

• 152 934 milhares de euros (31DEZ10: 138 559 milhares de euros) relativos ao Grupo AdP, respeitando a dívida aos municípios pela integração do património nos sistemas Multimunicipais;

• 4 846 milhares de euros (31DEZ10: 4 646 milhares de euros) correspondentes à dívida líquida do Grupo Baía do Tejo à Direção Geral do Tesouro.

O montante de 516 175 milhares de euros (31DEZ10: 460 724 milhares de euros) é proveniente da PARPÚBLICA e respeita à parte em dívida por aquisições de ações em reforço de posições em associadas, tendo em vista a reprivatização.

O montante de 600 milhões de euros é proveniente da PARPÚBLICA e respeita ao adiantamento efetuado pela China Three Gorges na aquisição da participação da EDP.

Em 31 de dezembro de 2010 a rubrica de Outras contas a pagar incluía os montantes totais de 540,3 milhões de euros e 18 milhões de euros, referentes a passivo corrente e não corrente do Grupo TAP e do Grupo ANA, respetivamente. Em 31 de dezembro de 2011, o saldo das Outras contas a pagar do Grupo TAP, que totalizam 487 milhões de euros - passivo corrente - e 1 958 milhares de euros - passivo não corrente – e do Grupo ANA, que totalizam 53 milhões de euros - passivo corrente – e 19,1 milhões de euros – passivo não corrente -, foram incluídos num grupo para alienação detido para venda de acordo com a IFRS 5, conforme descrito na Nota 21.

30 - Outros passivos financeiros

Outros passivos financeiros Correntes

Não correntes

Correntes Não correntes

Swaps 3 666 38 456 8 324 16 107

31-Dez-11 31-Dez-10

A quantia registada em Outros passivos financeiros em passivo não corrente, no montante de 38 456 milhares de euros (31DEZ2010: 16 107 milhares de euros), corresponde aos swaps de taxa de juro do Grupo AdP, não integrados na contabilidade de cobertura mensurados pelo justo valor à data de balanço,

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com base em valorizações indicadas por entidades independentes. Estes swaps estão associados a um montante nocional global de 295 000 000 euros.

Os saldos em Outros passivos financeiros em passivo corrente respeitam ao justo valor de estruturas de swaps de taxa de juro, com vista à dispersão do risco de taxa de juro na PARPÚBLICA.

31 - Vendas e serviços prestados

Rédito das vendas e dos serviços prestados 2011 2010

VendasMercado interno 571 947 545 618 Mercado externo 183 984 141 341

755 931 686 958

Prestações de serviçosMercado interno 1 019 404 940 210

Das quais : rendas de propriedade de investimento 56 147 28 989 Mercado externo 2 124 157 1 950 321

3 143 561 2 890 531

Total 3 899 491 3 577 489

Pelo relato por segmentos de negócio apresentado na Nota 1, as Atividades Aeronáuticas evidenciam-se como o segmento mais significativo contribuindo com cerca de 2 793 milhões de euros (2010: 2 653 milhões de euros), correspondentes a 72% (2010: 74%) do total de Vendas e prestações de serviços. Todo este segmento respeita a atividades descontinuadas pelo facto dos seus ativos e passivos terem sido incluídos num grupo para alienação detido para venda de acordo com a IFRS 5. O segundo segmento mais significativo é o de Águas e Resíduos contribuindo com cerca de 834 milhões de euros (2010: 723 milhões de euros), correspondentes a 21% (2010: 20%) do total de Vendas e prestações de serviços.

O aumento verificado na rúbrica prestações de serviços (rendas de propriedade de investimento) diz respeito ao Grupo SAGESTAMO, o qual registou o montante de 44 298 milhares de euros (2010: 15 980 milhares de euros). Essa variação, deveu-se ao aumento do valor de compensações por ocupação de espaço, previstas nos novos contratos promessa de compra e venda, debitadas pelo Grupo SAGESTAMO às entidades que ocupam os imóveis, sem que a aquisição dos mesmos tenha ainda sido formalizada e sem que os contratos de arrendamento tenham sido celebrados.

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32 - Subsídios à exploração

Os subsídios à exploração relacionados com ativos biológicos dizem respeito, maioritariamente, à atividade operacional da Companhia das Lezírias.

Os Outros rendimentos e ganhos dizem respeito aos Subsídios à exploração provenientes, essencialmente, das seguintes empresas:

• Circuito Estoril - 2 652 milhares de euros (2010: 2 659 milhares de euros) de subsídios destinados à realização do Moto GP organizado pelo Circuito Estoril;

• INCM - 2 662 milhares de euros (2010: 5 502 milhares de euros) de subsídios de exploração atribuído pelo Estado a título de compensação indemnizatória relativo ao acesso universal e gratuito do Diário da República Electrónico, bem como pelo serviço público prestado pelas Contrastarias; e

• Grupo TAP - 3 131 milhares de euros (2010: 4 101 milhares de euros) de subsídios a receber do Estado relativamente à comparticipação no preço de venda do bilhete para passageiros com destino ou origem no arquipélago dos Açores, desde que os passageiros se enquadrem no regime legal aplicável. O montante reconhecido em cada exercício corresponde à estimativa do Grupo TAP da quantia a receber por bilhetes voados no próprio exercício por passageiros abrangidos pelo benefício.

Subsídios à exploração 2011 2010

Relacionados com ativos biológicos 1 876 1 843 Outros rendimentos e ganhos 8 694 12 924

Total 10 571 14 767

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33 - Ganhos e perdas imputados de associadas

Ganhos/perdas imputados de associadas 2011 2010

Ganhos pela aplicação do método de equivalência patrimonialA.A.E. – Academia Aeronáutica de Évora, S.A. - 319 CVP - Sociedade de Gestão Hospi ta lar, S.A. 745 606 Credip - Insti tuição Financeira de Crédi to 39 132 EDP - Energias de Portugal , S.A. 127 322 140 006 Multicert - Serviços de Certi fi cação Electrónica 86 160 ORIVÁRZEA, S.A. 36 30 PORTOSIDER - 3 REN – Rede Eléctrica Nacional , S.A. 34 082 55 023 GALP - 24 864 INAPA - Invest. Part. E Gestão, SA 0 1 200 Parca ixa , SGPS, SA 11 357 2 866 ADA - Adminis tração Aeroportos , Lda 1 372 340

Subtotal 175 039 225 549 Perdas pela aplicação do método de equivalência patrimonialGrupo TAP - -

SEAP - 829 ISOTAL - Imobi l iário do Sotavento Algarvio, S.A. 5 30 SPdH - Serviços Portugueses de Handl ing, S.A. 11 124 43 556 INAPA - Invest. Part. E Gestão, SA 2 016 - Parca ixa , SGPS, SA - -

Subtotal 13 145 44 415

TOTAL 161 894 181 133

34 - Dividendos de participações ao custo e ao justo valor

Dividendos de participações ao custo e ao justo valor 2011 2010

EDP - Energias de Portugal , SA 25 758 43 852PT - Portugal Telecom, SA 1 042 1 280GALP 8 131 0IHRV (ex-INH) 59 0HCB 3 055 0ZON Multimédia 18 54Futuro SGFP 12

38 074 45 186

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35 - Variação nos inventários da produção

Produtos acabados e intermédios

Subprodutos , desperdícios ,

res íduos e

Produtos e trabalhos em

curso

Produtos acabados e intermédios

Subprodutos , desperdícios ,

res íduos e

Produtos e trabalhos em

curso

Inventários inicia is (9 959) (1 945) (16 076) (11 774) (769) (8 895) Regularização de inventários (2 561) (17) 2 300 (605) 14 (7 926) Transferência para "Detidos para venda" 23 431 Exis tências fina is 10 006 2 342 803 9 959 1 945 16 076

Variação da produção (2 515) 380 10 458 (2 421) 1 191 (745)

8 323 (1 974)

Variação nos inventários da produção (variação da produção)

2011 2010

36 - Trabalhos para a própria entidade

Trabalhos para a própria entidade 2011 2010

Ativo não correnteAtivos fixos tangíveis 1 765 2 211 Outros ativos não correntes 30 523 33 525

32 288 35 736 Ativo corrente

Inventários 950 2 406 950 2 406

TOTAL 33 238 38 142

Os Trabalhos para a própria entidade, relativos aos Ativos fixos tangíveis, incluem essencialmente a

capitalização de custos diretos relacionados com as áreas técnicas envolvidas na construção dos ativos do

Grupo ANA, no montante de 1 704 milhares de euros (2010: 2 148 milhares de euros), assim decompostos:

• Mercadorias vendidas e matérias consumidas – 15 milhares de euros;

• Fornecimentos e serviços externos – 323 milhares de euros; e

• Outros gastos – 1 366 milhares de euros.

Os Trabalhos para a própria entidade relativos aos Outros ativos não correntes, no montante de

30 523 milhares de euros respeitam à capitalização de gastos incorporados na formação do custo dos

direitos de utilização de infraestruturas do Grupo AdP, assim decompostos:

• Gastos com o pessoal – 8 330 milhares de euros (2010: 9 826 milhares de euros);

• Fornecimentos e serviços externos – 5 421 milhares de euros (2010: 7 157 milhares de euros);

• Gastos financeiros – 16 513 milhares de euros (2010: 16 541 milhares de euros); e

• Outros gastos e ganhos capitalizados – 259 milhares de euros.

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Os Trabalhos para a própria entidade relativos a Inventários, no montante de 950 milhares de euros, dizem respeito a Gastos com o pessoal e Outros gastos incluídos no custo de aquisição / produção de inventários do Grupo TAP (2010: 2 406 milhares de euros).

37 - Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas

Mercadorias Matérias -primas ,

subs idiárias e de consumo

Mercadorias Matérias -primas ,

subs idiárias e de consumo

Inventários inicia is 644 558 223 828 390 958 168 193 Compras 375 330 109 180 399 455 204 033 Regularização de exis tências 9 510 9 753 8 545 (13 123) Transferência para "Detidos para venda" (13 048) (164 223) Inventários fina is (836 542) (26 845) (644 558) (223 828)

Inventários consumidos e vendidos 179 808 151 693 154 400 135 276

331 502 289 675

20102011

Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas (CMVMC)

O Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas em 2011, no montante de 331 502 milhares de euros (2010: 289 675 milhares de euros), incluem, essencialmente:

• 188 272 milhares de euros (2010: 175 829 milhares de euros), maioritariamente relacionados com material técnico para utilização na reparação de aeronaves do Grupo TAP;

• 76 727 milhares de euros (2010: 60 647 milhares de euros) de imóveis do Grupo SAGESTAMO;

• 32 937 milhares de euros (2010: 30 364 milhares de euros) relativos a reagentes e contadores do Grupo AdP; e

• 27 983 milhares de euros (2010: 17 481 milhares de euros) de moedas e outros bens relativos à INCM.

Os movimentos de regularização de existências respeitam essencialmente ao Grupo TAP (20 736 milhares de euros de ajustamentos positivos em 2011) e Grupo Baía do Tejo (1 174 milhares de euros de ajustamentos negativos em 2011).

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38 - Fornecimentos e serviços externos

Fornecimentos e serviços externos2011 2010

Combustíveis 728 386 533 119 Outros materia is e serviços consumidos 221 283 242 504 Trabalhos especia l i zados 135 886 162 727 Ass is tência por tercei ros nos aeroportos 149 436 142 247 Taxas de navegação aérea 135 318 130 121 Rendas e a lugueres 66 305 69 844 Subcontratos 67 462 67 134 Comissões 64 698 64 387 Conservação e reparação de equipamento de voo 69 564 66 114 Conservação e reparação de outros ativos 69 249 73 163 Locação operacional de aviões 50 293 56 298 Encargos especia is da atividade de venda - atividade de transporte aereo 39 409 36 705 Despesas a bordo 42 662 41 929 Vigi lância e segurança 29 308 3 811 Taxas de aterragem 26 965 24 688 Seguros 19 247 20 887 Honorários 8 629 7 839 Alojamento e a l imentação nas esca las 20 850 21 395

1 944 948 1 764 913

O segmento de atividade que mais contribuiu para esta rubrica da demonstração dos resultados foi o sector de atividades aeronáuticas, representando 87% (85% em 2010) dos gastos incorridos.

Os Combustíveis são o gasto mais representativo, 37% do total de Fornecimentos e serviços externos.

O acréscimo dos Fornecimentos e serviços externos resulta maioritariamente do aumento da atividade do Grupo TAP face ao período homólogo acompanhada pelo aumento do preço médio do jet fuel.

Os Outros materiais e serviços consumidos advêm essencialmente do Grupo AdP com 92 808 milhares de euros, do Grupo TAP com 84 544 milhares de euros e do Grupo ANA com 28 918 milhares de euros.

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39 - Gastos com o pessoal

Gastos com o pessoal 2011 2010

Remunerações 603 478 649 862 Encargos socia is 121 776 129 888 Outros gastos com o pessoal 66 876 79 366 Gastos com benefícios de reforma 18 289 22 191

810 420 881 306

As retribuições atribuídas aos membros dos órgãos sociais da PARPÚBLICA e das suas subsidiárias em 31 de Dezembro de 2011, foram:

Mesa da Assembleia Geral: 17 milhares de euros

Conselho de Administração: 6 797 milhares de euros

Revisor Oficial de Contas: 528 milhares de euros

Os Gastos com pessoal de 2011, no montante de 810 milhões de euros (2010: 881 milhões de euros), evidenciaram uma redução de 71 milhões de euros face ao período homólogo. A variação líquida advém essencialmente da diminuição do Grupo TAP de 36 milhões de euros (2011: 524 milhões de euros; 2010: 560 milhões de euros), da redução do Grupo AdP de 18 milhões de euros (2011: 140 milhões de euros; 2010: 158 milhões de euros) e da redução do Grupo ANA de 12 milhões de euros (2011: 108 milhões de euros; 2010: 120 milhões de euros).

Os outros gastos com o pessoal advêm, essencialmente, do Grupo TAP (42 166 milhares de euros), assim decompostos:

• Gastos de ação social – 9 996 milhares de euros (2010: 12 657 milhares de euros); • Seguros – 14 865 milhares de euros (2010: 11 564 milhares de euros); • Comparticipações de refeições – 4 639 milhares de euros (2010: 4 900 milhares de euros); • Seguros de acidentes de trabalho – 2 904 milhares de euros (2010: 3 464milhares de euros); • Outros gastos com o pessoal – 9 762 milhares de euros (2010: 20 273 milhares de euros).

Por força do estipulado em acordos de empresa, o Grupo PARPÚBLICA mantém um conjunto de obrigações de benefícios definidos, para com os seus empregados, que são tratadas nos termos previstos na IAS 19.

Gastos com benefícios de reforma 2011 2010

Custo do serviço corrente 3 549 3 748 Custo de juros 16 421 15 504 Retorno esperado dos ativos do plano (9 368) (12 337) Ganhos e perdas actuaria is 4 235 12 934 Custo do serviço passado 2 876 2 132 Outros 625 209

TOTAL 18 289 22 191

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Os Gastos com benefícios de reforma, incluem 12 682 milhares de euros respeitantes ao Grupo TAP, 4 122 milhares de euros respeitantes à INCM e 1 109 milhares de euros respeitantes ao Grupo AdP. O movimento ocorrido no ano relativamente aos passivos de benefícios definidos, bem como os principais pressupostos atuariais utilizados na elaboração dos estudos, são apresentados na Nota 26.

40 - Ajustamentos de inventários (perdas / reversões)

Ajustamentos em inventários

Mercadorias 49 259 818 14 753 93 Produtos acabados e intermédios 51 234 44 1 063 Subprodutos , desperdícios . res íduos e refugos 3 - - 13 Matérias -primas , subs idiárias e de consumo 3 337 753 11 559 15 024 Adiantamentos por conta de compras 16 243 - - -

68 893 1 805 26 356 16 193 (67 087) (10 163)

Perdas em inventários

Reversão de a justamentos

em inventários

Perdas em inventários

Reversão de a justamentos

em inventários

2011 2010

As quantias registadas na rubrica de Inventários (vide Nota 18) encontram-se líquidos das perdas de imparidade acumuladas.

As perdas e reversões de imparidade em mercadorias e adiantamentos por conta de compras são registadas em função do valor realizável líquido, o qual se encontra estimado em 31 de Dezembro de 2011 com base em avaliações efetuadas por peritos avaliadores independentes. O aumento das perdas em mercadorias deve-se sobretudo à variação ocorrida no Grupo SAGESTAMO, com 47 627 milhares de euros (2010: 14 753 milhares de euros).

As perdas e reversões de imparidades em inventários de matérias-primas, subsidiárias e de consumo referem-se maioritariamente a ajustamentos nas subsidiárias do Grupo TAP.

41 - Imparidade de dívidas a receber

Imparidade de dívidas a receber (perdas/reversões)

Cl ientes 10 056 6 794 12 461 12 911 Contas a receber - não corrente 207 - 207 - Outras contas a receber - correntes 6 291 540 3 066 322 Outros ativos e pass ivos financeiros 958 - 92 1 791

17 512 7 334 15 826 15 024 (10 178) (802)

Ajustamentos em contas a

receber

Reversão de a justamentos em contas a

receber

Ajustamentos em contas a

receber

Reversão de a justamentos em contas a

receber

2011 2010

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As quantias registadas nas rubricas de Clientes e de Outras contas a receber (vide Notas 19 e 16) encontram-se líquidos das perdas de imparidade acumuladas.

O reforço efetuado em Ajustamentos em contas a receber resulta essencialmente de: (i) 5 769 milhares de euros efetuados pelo Grupo AdP; (ii) 4 754 milhares efetuados pelo Grupo TAP; (iii) 3 546 milhares de euros efetuados pelo Grupo ANA; e (iv) 1 326 milhares efetuados pela ENVC.

A Reversão de ajustamentos em contas a receber de 2011 respeita, essencialmente, a: (i) 5 342 milhares de euros no Grupo TAP e (ii) 1 320 milhares de euros no Grupo ANA.

42 - Provisões

Provisões (gastos / reversões) 31-Dez-11 31-Dez-10

Provisão para processos judicia is em curso 11 689 14 162 Fianças a associadas - 387 Benefícios de Reforma e Equiva lentes / Pensões - 25 Impostos (12) (462) Outras provisões (2 548) 14 075 Provisão para contingências fi sca is - Bras i l (304) - Provisão para contingências labora is - Bras i l (784) -

8 041 28 187

As principais variações encontram-se discriminadas na Nota 24 - Provisões, destacando-se os montantes mais significativos no Grupo TAP, resultantes de Processos judiciais em curso.

43 - Imparidade de investimentos

Imparidade de outros investimentos não depreciáveisPerdas por imparidade

Reversão das perdas por imparidade

Perdas por imparidade

Reversão das perdas por imparidade

Ativos fixos não depreciáveis

Terrenos e recursos natura is 3 908 1 924 500 - Outros ativos financeiros - - - -

EDP - Energias de Portugal , S.A. - 145 866 145 866 - INAPA - Invest. Part. E Gestão, SA 24 766 - 15 400 - Sociedade Mineira do Lucapa 12 288 - 24 358 - HCB - Hidroeléctrica de Cahora Bassa, S.A 29 183 - 40 242 - Li snave – Infraestruturas Navais - - 529 - Companhia das Lezírias , S.A. - - 318 - Lazer e Floresta - Empresa de Desenvolvimento Agro-Flores - - 4 515 - Trevo Oeste 550 - - Outros ativos financeiros 5 096 13 41 -

75 792 147 803 231 768 - 72 011 (231 768)

2011 2010

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As perdas por imparidade em terrenos e recursos naturais respeitam, essencialmente, ao Grupo TAP que procedeu ao reconhecimento de uma perda por imparidade nos terrenos no montante de 3,4 milhões de euros tendo em conta uma avaliação realizada por uma entidade externa, a 31 de dezembro de 2011.

As reversões de perdas por imparidade em terrenos e recursos naturais respeitam à Companhia das Lezírias.

Os métodos utilizados para a determinação das perdas e das reversões de imparidades encontram-se discriminados na Nota 5 (Ativos Fixos Tangíveis).

As perdas por imparidade da INAPA foram consideradas após a aplicação do método de equivalência patrimonial nessa associada. Assim, o montante de Perdas por imparidade de 24 766 milhares de euros referente à INAPA, corresponde à diferença entre a quantia escriturada após a aplicação do método de equivalência patrimonial e o justo valor (dado pela cotação das ações da INAPA), à data de 31 de Dezembro de 2011, menos os custos estimados de vender.

O montante de 145 866 milhares de euros de Reversão da perda por imparidade referente à EDP resulta do valor de venda da participação, fixado em dezembro de 2011, ser superior à quantia escriturada após a aplicação do método de equivalência patrimonial.

A perda por imparidade relativa à HCB considera o justo valor menos custos de vender tendo por base a abordagem pelo mercado e considerando o preço comprometido na transação de toda a participação em março de 2012, evidenciando a necessidade de reforço do ajustamento por imparidade acumulado em 29 183 milhares de euros.

Foi reconhecida uma imparidade ao valor total da participação financeira da SPE na associada Sociedade Mineira do Lucapa (SML), em função dos testes de imparidade realizados.

A rubrica Outros ativos financeiros compreende uma imparidade de 5 milhões de euros relativa a obrigações detidas pela INCM, contabilizadas em Outros ativos financeiros detidos até à maturidade pela empresa.

Imparidade de outros investimentos depreciáveisPerdas por imparidade

Reversão das perdas por imparidade

Ativos fixos tangíveis depreciáveisTerrenos e recursos natura is 1 101 - 5 592 - Edi fícios e outras construções 568 - 12 722 - Equipamento bás ico 2 472 - 48 - Equipamento Adminis trativo 8 - - - Outras imobi l i zações corpóreas 1 608 - 1 292 -

5 757 - 19 654 -

2011

Perdas por imparidade

Reversão das perdas por imparidade

2010

As perdas por imparidade registadas em 2010 respeitam maioritariamente ao Autódromo do Estoril (17 736 milhares de euros), tendo por base uma avaliação das suas unidades geradoras de caixa (vide Nota 5 – Ativos fixos tangíveis).

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As perdas por imparidade registadas em 2011, incluem 2,35 milhões de euros respeitam a equipamento básico do Grupo TAP (perdas registadas na sequência de um acidente verificado num reator, tendo em conta o respetivo valor realizável líquido estimado), 1 608 milhares de euros respeitam a outras imobilizações corpóreas da Sagesecur e 931 milhares de euros respeitam a terrenos e recursos naturais da Lazer e Floresta (Nota 5– Ativos fixos tangíveis).

44 - Aumentos / reduções de justo valor

Aumentos / reduções de justo valor2011 2010

Ajustamentos positivosPropriedades de investimento 6 288 7 421 Ativos biológicos 6 826 4 004 Ganhos de outras participações va lorizadas ao justo va lor através de resul tados 127 385 428 682 Ganhos de outros investimentos financeiros 1 - Outros 228 -

140 728 440 107

Ajustamentos negativosPropriedades de investimento 15 550 1 233 Activos biológicos 3 985 4 090 Perdas de outras participações va lorizadas ao justo va lor através de resul tados 190 339 539 689 Perdas de Investimentos financeiros pelo justo va lor por via do - (269 433) Perdas de Activos financeiros Disponíveis para Venda 1 - Outros 25 769 4 791

235 645 280 369 (94 917) 159 738

Os ajustamentos positivos e negativos de justo valor em propriedades de investimento respeitam às seguintes entidades (valores líquidos):

• Grupo TAP – 255 milhares de euros positivos; • Grupo SAGESTAMO – 2 246 milhares de euros negativos (2010: 504 milhares de euros negativos); • Grupo Baía do Tejo - 296 milhares de euros positivos (2010: 306 milhares de euros positivos); • Companhia das Lezírias – 9 563 milhares de euros negativos (2010: 8 milhares de euros negativos); • Fundo IIF Estamo - 1 190 milhares de euros negativos (2010: 3 189 milhares de euros positivos); • Lazer e Floresta - 3 270 milhares de euros positivos (2010: 3 121 milhares de euros positivos).

Os métodos utilizados para a determinação do justo valor encontram-se discriminados na Nota 6 (Propriedades de Investimento).

Os ajustamentos positivos e negativos de justo valor em ativos biológicos respeitam às seguintes entidades (valores líquidos):

• Companhia das Lezírias – 3 114 milhares de euros positivos (2010: 1 976 milhares de euros positivos);e

• Lazer e Floresta – 273 milhares de euros negativos (2010: 2 062 milhares de euros negativos).

Os métodos utilizados para a determinação do justo valor encontram-se discriminados na Nota 9 (Ativos Biológicos).

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Os Ganhos/perdas de outras participações valorizadas ao justo valor através de resultados decorrem, essencialmente, do reconhecimento de:

• Variação positiva de justo valor da opção de permuta num empréstimo emitido pela PARPÚBLICA, de 127 385 milhares de euros de ganhos, e variação negativa das ações da GALP classificadas como subjacentes a essa opção, de 171 915 milhares de euros;

• Variação positiva de justo valor de swaps da PARPÚBLICA no montante de 2 888 milhares de euros;

• Variação negativa das ações da EDP, classificadas como subjacentes à opção de permuta num dos empréstimos emitidos pela PARPÚBLICA, de 15 152 milhares de euros (2010: variação positiva de justo valor das opções dos empréstimos permutáveis no montante de 7 817 milhares de euros e variação negativa das ações no montante de 93 789 milhares de euros de perdas);

As outras reduções de justo valor (25 769 milhares de euros em 2011, 4 633 milhares de euros em 2010) resultam da variação do valor dos swaps do Grupo AdP.

45 - Outros rendimentos e ganhos

Outros rendimentos e ganhos operacionais 2011 2010

Rendimentos suplementares 58 604 73 520 Ganhos em exis tências 2 072 2 530 Ganhos em imobi l i zações 5 427 7 933 Outros rendimentos e ganhos de propriedades de investiment 2 553 5 057 Rendimentos de juros e outros rendimentos financeiros 58 759 42 259 Outros rendimentos e ganhos financeiros 26 874 22 661 Di ferenças de câmbio favoráveis 686 11 217

Total 154 975 165 177

Os Rendimentos suplementares advêm, maioritariamente, do segmento de atividades aeronáuticas e referem-se, entre outros, a venda de milhas do programa TAP Victoria a parceiros de 15 060 milhares de euros (2010: 12 185 milhares de euros), a vendas de material de armazém recuperado de 5 560 milhares de euros (2010: 19 592 milhares de euros), rendimentos com publicidade de 4 403 milhares de euros (2010: 3 671 milhares de euros), rendas e sublocações de 3 853 milhares de euros (2010: 2 334 milhares de euros). Incluem ainda 7 226 milhares de euros relativos ao Grupo ANA (2010: 7 538 milhares de euros) e 5 498 milhares de euros referentes ao Grupo AdP (2010: 6 956 milhares de euros).

A rúbrica de Rendimentos de juros e outros rendimentos financeiros é composta essencialmente por outros juros obtidos, no montante de 57 404 milhares de euros, os quais incluem essencialmente:

• 37 058 milhares de euros do Grupo AdP (2010: 17 197 milhares de euro), cuja variação face a 2010 é explicada pelo aumento do nível de aplicações e também pelo aumento das taxas de juro aplicadas a depósitos.

• 8 596 milhares de euros de juros de investimentos do Grupo TAP (2010: 6 896 milhares de euros); e

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• 5 626 milhares de euros do Grupo SAGESTAMO (2010: 3 765 milhares de euros).

Os Outros rendimentos e ganhos financeiros, no montante de 26 619 milhares de euros são compostos maioritariamente pelo Grupo AdP no montante de 10 284 milhares de euros (2010: 4 825 milhares de euros), Grupo ANA em 7 022 milhares de euros (2010: 2 258 milhares de euros) e pela PARPÚBLICA em 5 320 milhares de euros (2010: 7 714 milhares de euros).

A rubrica de Ganhos em imobilizações advém essencialmente do Grupo TAP no valor de 2 606 milhares de euros (2010: 2 547 milhares de euros), da Lazer e Floresta com 1 455 milhares de euros (2010: 750 milhares de euros) e do Grupo AdP em 1 177 milhares de euros (2010: 4 304 milhares de euros).

A rubrica de Outros rendimentos e ganhos de propriedades de investimento, no montante de 2 553 milhares de euros, referem-se na sua maioria, a montantes da Companhia das Lezírias, 1 912 milhares de euros (2010: 2 113 milhares de euros). A variação ocorrida nesta rúbrica, face a 2010, é essencialmente proveniente do decréscimo de rendimentos no Grupo SAGESTAMO, o qual registou o montante de 146 milhares de euros (2010: 2 340 milhares de euros). Esses mesmos rendimentos resultam de alienações de propriedades de investimento.

46 - Outros gastos e perdas

Outros gastos e perdas operacionais 2011 2010

Impostos 23 097 23 868 Perdas em imobi l i zações 4 447 2 170 Uti l i zação fraudulenta de cartões de crédi to - 120 Perdas em exis tências 4 163 10 999 Multas e penal idades 1 158 4 593 De propriedades de investimento que não geraram rendimentos de rendas durante o período (inclui r reparações e manutenções) 40 - Di ferenças de câmbio desfavoráveis 5 735 1 223 Gastos e perdas de serviços financeiros 10 103 15 646 Outros 25 150 39 834

73 893 98 453

A rubrica de Impostos inclui, essencialmente, 9 316 milhares de euros do Grupo AdP (2010: 9 446 milhares de euros), 7 884 milhares de euros do Grupo TAP (2010: 7 937 milhares de euros) e 4 174 milhares de euros da INCM (2010: 4 611 milhares de euros).

As Perdas em imobilizações referem-se essencialmente ao Grupo TAP, ao Grupo AdP e ao Grupo ANA, com um total de perdas de 3 196 milhares de euros (2010: 1 732 milhares de euros), de 730 milhares de euros (2010: 408 milhares de euros) e de 430 milhares de euros (2010: 78 milhares de euros), respetivamente.

Relativamente às Perdas em existências, estas referem-se na sua maioria ao Grupo TAP e à INCM (2 882 milhares de euros e 1 145 milhares de euros, respetivamente).

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A rubrica de Outros inclui, essencialmente:

• 15 584 milhares de euros do Grupo ANA, dos quais 13,5 milhões de euros (2010: 10,2 milhões de euros) dizem respeito a incentivos a companhias aéreas e que têm como objetivo a captação de tráfego, designadamente, formação de novas rotas e/ou frequências e a otimização da capacidade oferecida nos aeroportos do Grupo ANA;

• 2 595 milhares de euros (2010: 15 278 milhares de euros) do Grupo AdP;

• 2 540 milhares de euros (2010: 6 312 milhares de euros) referentes ao Grupo TAP.

As Diferenças de câmbio desfavoráveis são provenientes na sua quase totalidade do Grupo TAP.

Os Gastos e perdas financeiros respeitam essencialmente ao Grupo TAP, 9 541 milhares de euros (2010: 15 031 milhares de euros) relativos a serviços financeiros.

47 - Gastos/reversões de depreciação e de amortização

Gastos/reversões de depreciação e de amortização 2011 2010

Ativos fixos tangíveisTerrenos e recursos natura is 545 463 Edi fícios e outras construções 46 180 44 940 Equipamento bás ico 171 705 184 486 Equipamento de transporte 3 200 3 644 Ferramentas e utens íl ios 2 031 1 231 Equipamento adminis trativo 7 402 8 558 Outras imobi l i zações corpóreas 6 221 8 188

237 285 251 510 Outros ativos intangíveis

Gerados internamente - - Com vida uti l indefinida - 668

Outros ativos fixos intangíveis - Com vida uti l indefinida 509 - Com vida uti l fini ta 225 229 200 898

225 738 201 566 Propriedades de investimento (método do custo) 1 1 Ativos biológicos (método do custo) 57 42

Total 463 081 453 119

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48 - Subsídios ao investimento

Subsídios ao investimento 2011 2010

Subs ídios ao investimento 85 459 78 114 Total 85 459 78 114

Os Subsídios ao investimento advêm maioritariamente do segmento das águas e resíduos (95% do montante dos subsídios) e do segmento das atividades aeronáuticas (5% do montante dos subsídios).

49 - Juros e rendimentos e gastos similares obtidos / suportados

Juros e outros rendimentos e gastos de financiamento 2011 2010

Rendimentos e ganhosJuros obtidosJuros de invest. finan. não regis tados pelo justo va lor através de resul tados 279 436 Outros juros 1 063 942 Rendimentos de participação de capi ta l - 1 125 Di f. de câmbio favoráveis - 626 Outros rendimentos e ganhos financeiros 80 422

1 422 3 551 Gastos e perdasJuros suportados 380 676 291 047 Perdas de participações de capi ta l 236 - Di f. de câmbio desfavoráveis 8 195 3 159 Outros gastos e perdas financeiros 26 733 20 138

415 840 314 344

Os Juros suportados de financiamentos no montante de 380 676 milhares de euros incluem:

• 210 959 milhares de euros da PARPÚBLICA (2010: 150 965 milhares de euros);

• 103 598 milhares de euros do Grupo AdP (2010: 74 983 milhares de euros);

• 44 524 milhares de euros do Grupo TAP (2010: 44 977 milhares de euros); e

• 17 488 milhares de euros do Grupo ANA (2010: 16 023 milhares de euros).

O aumento dos juros suportados pela PARPÚBLICA está relacionado com o aumento e permanência dos empréstimos de curto prazo que em 2011 ascenderam a 1 054 milhões de euros (710 milhões de euros em 2010) e da subida das taxas de juros.

O aumento dos juros suportados no Grupo AdP, é explicado pelo crescimento significativo dos spreads pagos, bem como o aumento dos empréstimos de curto prazo para fazer face à degradação da tesouraria em resultado do crescimento do prazo médio de recebimento de clientes. Saliente-se ainda o aumento dos

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financiamentos junto do BEI. Os juros pagos ao BEI em 2011 ascenderam ao montante de 50 595 milhares de euros (37 602 milhares de euros em 2010).

As Diferenças de câmbio desfavoráveis resultam na sua totalidade do Grupo TAP.

Os Outros gastos e perdas financeiros, no montante de 26 733 milhares de euros, referem-se:

• 14 654 milhares de euros ao Grupo AdP (2010: 6 215 milhares de euros);

• 4 530 milhares de euros à PARPÚBLICA (2010:3 139 milhares de euros);

• 3 545 milhares de euros ao Grupo SAGESTAMO (2010:5 308 milhares de euros);

• 2 313 milhares de euros ao Grupo TAP (2010: 2 757 milhares de euros); e

• 1 690 milhares de euros ao Grupo ANA (2010: 2 307 milhares de euros).

50 - Imposto sobre o rendimento do período

Impostos sobre o rendimento (DR) 2011 2010

Gasto/rendimento por impostos correntes 100 654 101 765 Ajustamentos reconhecidos no período de impostos correntes de períodos anteriores

94 (62)

Gasto/rendimento relacionada com a origem e reversão de di ferenças temporárias

(9 734) (34 629)

Benefícios provenientes de di ferença temporária de um período (54) (401) Gasto provenientes de redução ou reversão de um ativo por impostos di feridos

(392) 673

Outros (357) 2 685

TOTAL 90 211 70 030

Impostos sobre o rendimento - relação entre o gasto de impostos e o lucro contabilístico

2011 2010

Resultado antes de imposto 165 280 228 599 Taxa 24,1% 32,5%Produto 39 885 74 287 Rendimentos e gastos não dedutíveis ou não tributáveis (76 270) (194 859) Gastos não dedutíveis 158 826 166 696 Ativos e pass ivos por impostos di feridos 289 1 479 Derrama 12 693 8 837 Tributações autónomas 4 310 3 940 Di ferenças temporárias 19 594 43 066 Amortizações não acei tes fi sca lmente + taxa 247 215 Uti l i zação de prejuízos fi sca is não reconhecidos anteriormente (23 437) (42 110) Atua l i zação de encargos com explorações agrícolas (majoração encargos dedutíveis )

152 (327)

Outros (46 078) 8 805 TOTAL 90 211 70 030

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Prejuízos fiscais não relevados como ativos por impostos diferidos (por data de extinção):

31-Dez-11 30-Dez-10

N 15 053 8 380 N+1 49 598 26 350 N+2 64 076 18 599 N+3 70 528 33 077 N+4 16 104 24 573 N+5 6 033 17 837

TOTAL 221 393 128 816

Os Impostos sobre o rendimento do período no montante de 90 211 milhares de euros correspondem na generalidade ao Grupo AdP (57 025 milhares de euros), à ANA (25 766 milhares de euros) e à INCM (15 611 milhares de euros).

O Grupo PARPÚBLICA está sujeito a tributação em sede de Impostos sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC) e correspondente Derrama. O cálculo do Imposto corrente do exercício até 31 de Dezembro de 2011 corresponde à taxa anual de 25%, acrescida de Derrama. A partir do exercício de 2008 a Derrama passou a ser calculada até ao limite máximo de 1,5% sobre o lucro tributável, podendo assim o imposto atingir a taxa máxima agregada de 26,5%.

As declarações de autoliquidação, do Grupo PARPÚBLICA ficam sujeitas a inspeção e eventual ajustamento pelas Autoridades Fiscais durante um período de quatro anos.

51 - Interesses que não controlam – Resultado Líquido

Interesses que não controlam (resultado líquido) 2011 2010

Interesses que não controla (resultado líquido)Cateringpor 450 584 LFP 4 154 3 604 ENVC (1) 1 SAGESECUR (436) 1 058 ECODETRA (20) (17) Margueira 36 15 ANA, SA 24 059 17 482 ANAM 1 608 235 NAER (169) (713) Grupo AdP 75 322 38 052

105 004 60 301

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52 - Unidades operacionais descontinuadas

As unidades operacionais descontinuadas têm correspondência nos ativos não correntes detidos para venda: (i) o Grupo TAP, foi classificado como grupo (subsidiária) para alienação detido para venda com referência a 30 de junho de 2011; e (ii) o Grupo ANA foi classificado como grupo (subsidiária) detido para venda, com referência a 31 de dezembro de 2011. De acordo com a informação disponível, prevê-se que as vendas e consequentes perdas de controlo no Grupo TAP e no Grupo ANA, que integravam o segmento operacional "Atividades aeronáuticas" estejam concluídas no período de um ano. Os detalhes dos ativos e passivos relacionados detidos para venda estão apresentados na Nota 21.

Os resultados e fluxos de caixa das unidades operacionais descontinuadas classificadas como tal em 2011 são os seguintes:

RUBRICAS 2011 2010

Vendas e serviços prestados 2 792 732 2 652 849 Subs ídios à exploração 3 131 4 108 Ganhos/perdas imputados de subs idiárias , associadas e empreendimentos conjunto 151 652 151 303 Dividendos de participações ao custo e ao justo va lor 28 825 43 852 Variação nos inventários da produção 10 512 (838)Trabalhos para a própria entidade 2 654 4 554 Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas (190 606) (177 812)Fornecimentos e serviços externos (1 687 045) (1 492 981)Gastos com o pessoal (631 969) (680 127)Ajustamentos de inventários (perdas/reversões) (2 441) 3 963 Imparidade de dívidas a receber (perdas/reversões) - - Provisões (aumentos / reduções) 12 603 3 701 Imparidade de investimentos não depreciáveis / amortizáveis (gastos/reversões) 111 645 (181 957)Aumentos / reduções de justo va lor 253 - Outros rendimentos e ganhos 70 991 92 281 Outros gastos e perdas (49 652) (59 724)

Resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos 623 286 363 173

Gastos/reversões de depreciação e de amortização (206 034) (213 253)Imparidade de investimentos depreciáveis / amortizáveis (gastos/reversões) (2 480) (488)Subs ídios ao investimento 4 502 4 158

Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) 419 274 153 590

Juros e rendimentos s imi lares obtidos 1 063 942 Juros e gastos s imi lares suportados (74 210) (69 733)

Resultado antes de impostos 346 127 84 799

Imposto sobre o rendimento do período (33 466) (29 813)

Resultado líquido do período das unidades operacionais descontinuadas 312 661 54 986

Resultado l íquido dos interesses que não controlam 30 102 21 192

Resultado líquido dos detentores do capital da empresa-mãe 282 559 33 793

Fluxos das:

Atividades de exploração 260 817 333 933 Atividades de investimento 44 249 (116 798) Atividades de financiamento (162 376) (98 811)

RUBRICAS 2011 2010

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100

53 - Entidades relacionadas

Os saldos e transações entre as empresas do Grupo que integram o perímetro de consolidação são eliminados no processo de consolidação, não sendo alvo de divulgação na presente nota. Os saldos e transações das principais empresas do Grupo PARPÚBLICA com entidades relacionadas são:

Os termos ou condições praticados entre o Grupo PARPÚBLICA e as partes relacionadas são substancialmente idênticos aos termos que normalmente seriam contratados entre entidades independentes em operações comparáveis.

Saldos e transações com entidades relacionadas em 31-Dez-11 TotalEstado e Outras

Empresas Públicas

Entidades com controlo conjunto ou influência significativa sobre a

entidadeAssociadas

Gerência da entidade ou da

respetiva entidade-mãe

Outras partes relacionadas

Saldos ativos 2 421 334 1 872 592 1 149 126 274 - 421 319 Sa ldos pass ivos 653 145 516 175 - 8 021 - 128 949 Rendimentos 693 347 - - 15 213 - 678 134 Gastos (108 312) - 19 81 482 524 (190 337)

Saldos e transações com Entidades Relacionadas em 31-12-2010 TotalEstado e Outras

Empresas Públicas

Entidades com controlo conjunto ou influência significativa sobre a

entidadeAssociadas

Gerência da entidade ou da

respetiva entidade-mãe

Outras partes relacionadas

Saldos Ativos 1 619 388 1 273 588 1 149 78 750 - 265 901 Sa ldos Pass ivos 615 945 460 724 (8 637) 13 595 - 150 263 Rendimentos 693 216 - 118 307 - 574 909 Gastos 80 840 - 79 659 681 501

3 009 390 1 734 312 (7 488) 290 311 681 991 574

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54 - Ativos e passivos financeiros

Nível 1 Nível 2 Nível 3 Total

Ativos financeiros ao justo va lor por via de resul tados 1 030 292 7 439 - 1 037 731 Ativos financeiros ao justo va lor - derivados de cobertura - 429 - 429 Ativos financeiros disponíveis para venda - jus to va lor - - - -

1 030 292 7 868 - 1 038 160

Pass ivos financeiros ao justo va lor por via de resul tados - 248 213 - 248 213 Pass ivos financeiros ao justo va lor - derivados de cobertura - 1 665 - 1 665

- 249 878 - 249 878

NÍVEL NA HIERARQUIA DO JUSTO VALOR NA QUAL AS MENSURAÇÕES DO JUSTO VALOR SÃO CATEGORIZADAS NA SUA TOTALIDADE, SEPARANDO AS

MENSURAÇÕES DO JUSTO VALOR EM CONFORMIDADE COM OS NÍVEIS DEFINIDOS NO PARÁGRAFO 27A DA IFRS 7

31-Dez-11

Empréstimos concedidos e

contas a receber

Ativos financeiros disponíveis para venda

Ativos financeiros ao justo valor por via de

resultados

Passivos financeiros ao justo valor por via

de resultados

Passivos financeiros mensurados pelo custo

amortizadoTotal

Ativos

Ativo não correnteParticipações financeiras - outros métodos - 11 858 1 027 050 1 038 908 Outros ativos financeiros 1 982 750 8 41 1 984 499 Outras contas a receber 168 304 - - 168 304

2 151 054 11 866 1 027 091 - - 3 191 711 Ativo corrente

Clientes 482 226 - - 482 226 Adiantamentos a fornecedores 2 664 - - 2 664 Outras contas a receber 279 995 - - 279 995 Outros ativos financeiros - 57 10 640 10 697 Caixa e depósitos bancários 520 424 - - 520 424

1 285 309 57 10 640 - - 1 296 006

Total do ativo 3 436 363 11 923 1 037 731 - - 4 487 717

PASSIVOS

Passivo não correnteFinanciamentos obtidos 206 091 6 235 512 6 441 603

Acionistas / sócios - - - Outras contas a pagar - 188 486 188 486 Outros passivos financeiros 38 456 - 38 456

- - - 244 547 6 423 998 6 668 545 Passivo corrente

Fornecedores - 60 189 60 189 Adiantamentos de clientes - 1 820 1 820 Acionistas / sócios - 18 18 Financiamentos obtidos - 1 724 671 1 724 671 Outras contas a pagar - 1 398 666 1 398 666 Outros passivos financeiros 3 666 - 3 666

- - - 3 666 3 185 364 3 189 030

Total do passivo - - - 248 213 9 609 362 9 857 575

Valor Liquido 3 436 363 11 923 1 037 731 (248 213) (9 609 362) (5 369 858)

31-Dez-11

Ativos e Passivos Financeiros

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Total

Ativos

Ativo não correnteParticipações financeiras - outros métodos - 112 242 1 217 388 - - 1 329 630 Outros ativos financeiros 1 401 178 24 201 7 420 - - 1 432 799 Outras contas a receber 143 862 - - - - 143 862

1 545 040 136 443 1 224 808 - - 2 906 290 Ativo corrente

Clientes 613 469 - - - - 613 469 Adiantamentos a fornecedores 12 635 - - - - 12 635 Outras contas a receber 374 929 - - - - 374 929 Outros ativos financeiros - - 10 926 - - 10 926 Caixa e depósitos bancários 901 944 - - - - 901 944

1 902 978 - 10 926 - - 1 913 904

Total do ativo 3 448 018 136 443 1 235 734 - - 4 820 194

PASSIVOS

Passivo não correnteFinanciamentos obtidos - - - - 8 304 187 8 304 187

Acionistas / sócios - - - - 190 190 Outras contas a pagar - - - - 194 022 194 022 Outros passivos financeiros - - - 16 107 - 16 107

- - - 16 107 8 498 399 8 514 506 Passivo corrente

Fornecedores - - - - 243 524 243 524 Adiantamentos de clientes - - - - 3 628 3 628 Acionistas / sócios - - - - 18 18 Financiamentos obtidos - - - - 1 884 593 1 884 593 Outras contas a pagar - - - - 1 349 052 1 349 052 Outros passivos financeiros - - - 8 324 - 8 324

- - - 8 324 3 480 814 3 489 138

Total do passivo - - - 24 431 11 979 212 12 003 643

Valor Liquido 3 448 018 136 443 1 235 734 (24 431) (11 979 212) (7 183 449)

31-Dez-10

Passivos financeiros ao justo valor por via

de resultados

Passivos financeiros mensurados pelo custo

amortizadoAtivos e Passivos Financeiros

Empréstimos concedidos e

contas a receber

Ativos financeiros disponíveis para venda

Ativos financeiros ao justo valor por via de

resultados

Nível 1 Nível 2 Nível 3 Total

Ativos financeiros ao justo va lor por via de resul tados 1 224 297 11 437 - 1 235 734

Ativos financeiros ao justo va lor - derivados de cobertura - - - -

Ativos financeiros disponíveis para venda - jus to va lor - - 372 372

1 224 297 11 437 372 1 236 106

Pass ivos financeiros ao justo va lor por via de resul tados - 24 431 - 24 431

Pass ivos financeiros ao justo va lor - derivados de cobertura - - - -

- 24 431 - 24 431

NÍVEL NA HIERARQUIA DO JUSTO VALOR NA QUAL AS MENSURAÇÕES DO JUSTO VALOR SÃO CATEGORIZADAS NA SUA TOTALIDADE,

SEPARANDO AS MENSURAÇÕES DO JUSTO VALOR EM CONFORMIDADE COM OS NÍVEIS DEFINIDOS NO PARÁGRAFO 27A DA IFRS 7

31-Dez-10

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55 - Perspetiva sobre os riscos em instrumentos financeiros

Os riscos a que as organizações se encontram expostas podem ter origem em fatores externos e internos. A identificação dos riscos relevantes assenta num conhecimento profundo da organização, da atividade e do mercado onde essa atividade é desenvolvida. Os riscos materialmente relevantes a que o Grupo está exposto, com base na perspetiva de perda que cada um deles pode representar, são os seguintes:

• Risco de mercado, o qual inclui três tipos de risco: (i) risco cambial – é o risco de que a quantia de um instrumento financeiro venha a flutuar devido a alterações nas taxas de câmbio; (ii) risco de taxa de juro – é o risco de que a quantia de um instrumento financeiro venha a flutuar devido a alterações nas taxas de juro do mercado; e (iii) risco de preço – é o risco de que a quantia de um instrumento financeiro venha a flutuar como resultado de alterações nos preços de mercado, quer essas alterações sejam causadas por fatores específicos do instrumento individual ou do seu emitente, quer por fatores que afetem todos os instrumentos negociados no mercado.

• Risco de crédito – é o risco de que um participante de um instrumento financeiro não venha a cumprir uma obrigação e faça com que o outro participante incorra numa perda financeira. O Grupo PARPÚBLICA encontra-se sujeito a risco de crédito que concede aos seus clientes. Contudo, as vendas a crédito estão sujeitas a regras que asseguram que estas são efetuadas a clientes com um histórico de crédito apropriado e que se encontram dentro dos limites da exposição dos saldos máximos pré-definidos e aprovados para cada cliente.

• Risco de liquidez (também referido como risco de financiamento) – é o risco de que o Grupo venha a encontrar dificuldades na obtenção de fundos para satisfazer compromissos associados aos instrumentos financeiros. O risco de liquidez pode resultar de uma incapacidade de vender rapidamente um ativo financeiro no fecho do mercado pelo seu justo valor.

Pela sua expressão no Grupo PARPÚBLICA, merecem referência as seguintes entidades: PARPÚBLICA, Grupo AdP, Grupo ANA e Grupo TAP.

PARPÚBLICA

No exercício da sua atividade a PARPÚBLICA identifica as seguintes áreas de riscos financeiros que podem afetar o seu valor patrimonial ou o interesse de terceiros: (i) risco de crédito, (ii) risco de liquidez, e (iii) risco de mercado, pela taxa de juro e pelo preço.

i) Risco de Crédito

O risco de crédito, associado à possibilidade de uma das partes envolvidas num instrumento financeiro não honrar a sua obrigação, apresenta-se quanto às aplicações financeiras dos seus excedentes de tesouraria, aos swaps contratados e aos suprimentos concedidos.

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Os suprimentos são concedidos a empresas cujas políticas financeiras são controladas (subsidiárias) para aplicação em investimentos com retorno adequado. Os suprimentos são aprovados Comissão Executiva da PARPÚBLICA e são remunerados.

ii) Risco de Liquidez

O risco de liquidez está mitigado pela existência de quatro programas de Papel Comercial no montante total de 2 000 milhões de euros, os quais estão contratados com instituições financeiras de reconhecida solidez, à semelhança do que já existia em 2010. Estes instrumentos permitem à PARPÚBLICA um acesso imediato à liquidez.

A segmentação da dívida por natureza de instrumentos e por tempo remanescente até à maturidade é a seguinte (valores nominais em milhões de euros):

31-12-2011

1-3 meses 4-12 meses 1-2 anos 2-5 anos > 5 anos Total

Financiamentos 5 149,8

Papel Comercial 920,0 130,0 1 050,0

Eurobonds 800,0 499,0 900,0 2 199,0

Obrigações Permutáveis EDP 1 015,2 1 015,2

Obrigações Permutáveis Galp 885,7 885,7 31-12-2010

1-3 meses 4-12 meses 1-2 anos 2-5 anos > 5 anos Total

Financiamentos 4 810,9

Papel Comercial 710,0 710,0

Eurobonds 800,0 500,0 900,0 2 200,0

Obrigações Permutáveis EDP 1 015,2 1 015,2

Obrigações Permutáveis Galp 885,7 885,7

As cláusulas de covenant existentes nos instrumentos de dívida são os seguintes:

Financiamentos Covenants

Eurobonds

EMTN 800M€ - 2009 due 2013 Cross Default / Negative Pledge

Bonds 500M€ - 2004 due 2014 Cross Default / Force Majeure

Bonds 500M€ - 2005 due 2020 Cross Default / Force Majeure

Bonds 150M€ - 2004 due 2020 Cross Default

Bonds 250M€ - 2006 due 2026 Cross Default

Obrigações Permutáveis EDP - 2007 due 2014 Cross Default

Obrigações Permutáveis GALP - 2010 due 2017 Negative Pledge / Restriction on Activities

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iii) Risco de Mercado

Risco de Taxa de Juro

O risco de taxa de juro respeita à possibilidade de, por alteração das taxas de juro no mercado, existir variação da remuneração de instrumentos financeiros a taxa variável ou variação no justo valor de instrumentos financeiros a taxa fixa.

A dívida de médio e longo prazo, no que respeita ao tipo de taxa de juro contratada, manteve a distribuição existente em 31-12-2010, ou seja de 96,3% em taxa fixa e o restante em taxa variável.

Assim, com uma tão elevada percentagem de dívida emitida a taxa fixa a PARPÚBLICA tem, em termos fluxos de caixa, uma reduzida exposição à flutuação de taxa de juro. Quanto ao risco de justo valor, não é relevante para os financiamentos existentes, mas é pelo efeito que tenha em yields no mercado secundário que condicionem novas emissões de dívida.

A PARPÚBLICA tem contratadas três estruturas de swaps de taxa de juro, com vista à dispersão do risco de taxa de juro (swap de taxa fixa para taxa variável, swap de taxa variável para taxa variável e swap de taxa fixa para taxa fixa). O montante nocional total das estruturas é de 550 milhões de euros. O conjunto das três estruturas teve os seguintes impactos, com efeitos nos resultados (milhares de euros):

2011 2010

Fluxos de caixa líquidos 3 503,0 4 964,9

Variação do justo valor 2 887,7 -822,7

O único financiamento a taxa de juro variável é no montante de 150 milhões de euros e paga juros anuais iguais a Euro Mid Swap a 10 anos - 0,48%. Uma variação de 1% na taxa indexante traduz-se numa alteração no montante anual de juros a pagar de 1 500 milhares de euros. Releva que este financiamento tem associado um swap no qual a PARPÚBLICA recebe anualmente taxa Euro Mid Swap a 10 anos – 0,48% e paga trimestralmente Euribor a três meses + 0,02%, com um limite de 8%, o qual apresentou um comportamento favorável para a PARPÚBLICA.

Os fluxos previsionais, não descontados, dos juros da dívida de médio e longo prazo existente e dos swaps contratados, são os seguintes (milhares de euros):

31-12-2011

<1 ano 1 a 5 anos >5 anos Total

Juros da divida a média/longo prazo -159 690,6 -482 559,4 -239 256,2 -881 506,2

Fluxos dos swaps 1 663,7 7 557,4 5 117,8 14 338,9

31-12-2010

<1 ano 1 a 5 anos >5 anos Total

Juros da divida a média/longo prazo -160 965,5 -538 717,3 -327 726,5 -1 027 409,3

Fluxos dos swaps 3 864,0 8 087,4 5 611,2 17 562,6

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Para minimizar o risco na taxa de juro pelo aumento dos spreads em financiamentos de curto prazo, os Programas de Papel Comercial existentes em 31-12-2011 tinham um spread fixo, até ao limite de 1 050 milhões de euros, que vigora até à data da sua renovação.

Risco de preço

O risco de preço entende-se pela possibilidade do valor de um instrumento financeiro flutuar como resultado de alterações nos preços de mercado, quer essas alterações sejam causadas por fatores específicos do instrumento individual ou do seu emitente, quer por fatores que afetem todos os instrumentos negociados no mercado. Coloca-se nos dois empréstimos obrigacionistas de montantes nominais de 1 015,15 milhões de euros e de 885,65 milhões de euros, com opções embutidas em favor dos investidores de permutarem as obrigações, respetivamente por ações da EDP e da GALP detidas na carteira, pelos efeitos na variação da cotação destas ações.

O financiamento de 1 015,15 milhões de euros tem vencimento em 18-12-2014, com a possibilidade de os investidores poderem pedir o reembolso das obrigações a partir de 18-12-2012. Se na data de reembolso das obrigações o valor das ações que constituem o ativo subjacente foi superior ao preço de conversão (6,70 euros por ação) e a PARPÚBLICA optar por pagar o reembolso em dinheiro, o montante do reembolso pode ser ajustado ao valor das ações.

O financiamento de 885,65 milhões de euros tem vencimento em 28-09-2017, com a possibilidade de (i) os investidores poderem trocar as obrigações por ações a partir de Março de 2013, (ii) a empresa exercer uma call e reembolsar as obrigações a partir de 13-10-2013, e (iii) os investidores poderem pedir o reembolso das obrigações a partir de 28-09-2015. Se na data de reembolso das obrigações o valor das ações que constituem o ativo subjacente foi superior ao preço de conversão (15,25 euros por ação) e a PARPÚBLICA optar por pagar o reembolso em dinheiro, o montante do reembolso pode ser ajustado ao valor das ações.

A componente base e a opção embutida destes empréstimos estão separadas contabilisticamente.

Pela mensuração pelo justo valor das opções e também das ações subjacentes, são reconhecidos os efeitos líquidos anuais decorrentes da evolução das cotações do cativo subjacente. Esses efeitos foram os seguintes (em milhões de euros):

2011 2010

Variação do valor das opções 124,5 -54,67

Variação do valor do ativo subjacente -187,1 252,43

Ganho líquido/ Perda Líquida -62,6 197,76

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Os efeitos na opção embutida nas obrigações permutáveis em ações da Galp por variações positivas e negativas de 15% na cotação das ações em 31-12-2011 seriam os seguintes:

Cotação Valor (M€) Variação Valor % Valor (M€) Variação

11,38 660,9 - 6,0% 52,9 - -

13,09 760,2 15,0% 11,3% 99,8 88,8% 52,4

9,67 561,6 -15,0% 2,5% 22,1 -58,1% -68,6

Obrigações convertíveis em ações da GALP

Acções da GALP OpçãoVar. líquida

(M€)

Os efeitos na mesma opção por variações no spread de crédito e na volatilidade implícita seriam os seguintes:

Pontos base Valor % Valor (M€) Variação Valor % Valor (M€) Variação

1525 6,0% 52,9 - 22% 6,0% 52,9 -

1754 6,7% 59,3 12,2% 37% 11,7% 103,6 96,0%

1296 5,4% 47,7 -9,7% 7% 0,8% 7,4 -85,9%

Obrigações convertíveis em ações da GALP

Spread de crédito Volatilidade implicita

Relativamente à opção embutida nas obrigações permutáveis em ações da EDP, a variação na mesma ordem percentual da cotação, do spread de crédito ou da volatilidade não alterariam o valor nulo que tem em 31-12-2011.

Grupo AdP

Fatores de risco

As atividades do Grupo AdP estão expostas a uma variedade de fatores de risco financeiro: risco de crédito, risco de liquidez e risco de fluxos de caixa associado à taxa de juro. É prática corrente no Grupo AdP, entre outros instrumentos, a contratação de instrumentos financeiros derivados para minimizar alguns dos riscos a que se encontra exposto. O Grupo AdP desenvolveu e implementou um programa de gestão do risco que, conjuntamente com a monitorização permanente dos mercados financeiros, procura minimizar os potenciais efeitos adversos na performance financeira da AdP e suas participadas. A gestão do risco é conduzida pelo departamento central de tesouraria com base em políticas aprovadas pela Administração. A tesouraria identifica, avalia e realiza operações com vista à minimização dos riscos financeiros, em estrita cooperação com as unidades operacionais do Grupo AdP.

O Conselho de Administração providencia princípios para a gestão do risco como um todo e políticas que cobrem áreas específicas, como o risco cambial, o risco de taxa de juro, risco de crédito, o uso de derivados,

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outros instrumentos não estruturados e o investimento do excesso de liquidez. O Conselho de Administração tem a responsabilidade de definir princípios gerais de gestão de riscos, bem como limites de exposição. Todas as operações realizadas com instrumentos derivados carecem de aprovação prévia do Conselho de Administração, que define os parâmetros de cada operação e aprova documentos formais descritivos dos objetivos das mesmas.

i) Risco de crédito

O risco de crédito está essencialmente relacionado com o risco de uma contraparte falhar nas suas obrigações contratuais, resultando uma perda financeira para o Grupo AdP. O Grupo AdP está sujeito ao risco de crédito nas suas atividades operacionais, de investimento e de tesouraria.

O risco de crédito relacionado com operações está essencialmente relacionado com créditos de serviços prestados a clientes (serviços de água, saneamento e resíduos). Este risco é reduzido dadas as características do serviço prestado (a entidades estatais – municípios). No entanto dada a situação económica e financeira particular do país no último ano, com consequências diretas junto das autarquias locais, o montante de saldos vencidos tem vindo a crescer significativamente.

O grupo AdP tem vindo a alertar o Governo Central para a insustentabilidade da atual situação de mora junto de alguns municípios, no sentido de encontrar alternativas que permitam cobrar os valores em dívida.

Os ajustamentos de imparidade para contas a receber são calculados considerando: i) o perfil de risco do cliente, consoante se trate de cliente institucional ou empresarial; ii) o prazo médio de recebimento, o qual difere de negócio para negócio; e iii) a condição financeira do cliente.

A seguinte tabela representa a exposição máxima do Grupo a risco de crédito (não incluindo saldos de clientes e de outros devedores) a 31 de dezembro de 2011, sem ter em consideração qualquer colateral detido ou outras melhorias de crédito. Para ativos no balanço, a exposição definida é baseada na sua quantia escriturada como reportada na face do balanço.

Ativos financeiros bancários 31-dez-2011 Depósitos à ordem 47 587 Depósitos prazo 238 009 Fundo de renovação do equipamento 4 316 Fundo de reconstituição do capital 105 636 Outros 36 Total 395 582

Rating 31-dez-2011 A1 1 423 A2 15 037 Aa3 9 439 Ba2 252 825 Ba3 88 778 Baa2 27 315 Sem rating conhecido 764 Total 395 582 Nota: notação de rating obtida nos sites das instituições financeiras em janeiro de 2012.

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ii) Risco de taxa de câmbio

A exposição ao risco de câmbio do Grupo AdP não é relevante. Este risco consubstancia-se em futuras transações comerciais, ativos e passivos reconhecidos, bem como investimentos líquidos em operações estrangeiras que não foram incorridas ou expressas na moeda funcional do Grupo AdP. A Tesouraria Central do Grupo AdP é responsável pela gestão da exposição líquida do Grupo AdP em cada divisa, contratando swaps centralmente, com vista a minimizar os riscos comerciais, ativos e passivos reconhecidos. O Grupo AdP possui investimentos denominados em moeda estrangeira, cujos ativos líquidos estão expostos ao risco de taxa de câmbio pela conversão, bem como financiamentos em moeda estrangeira expostos ao risco de taxa de câmbio. A exposição cambial inerente aos ativos líquidos em moeda estrangeira é gerida através da contratação de empréstimos na mesma moeda, e dos empréstimos com swaps de cobertura de taxa de câmbio.

iii) Risco de liquidez

A gestão do risco de liquidez implica a manutenção das disponibilidades a um nível razoável, a viabilidade da consolidação da dívida flutuante através de um montante adequado de facilidades de crédito e a habilidade de liquidar posições de mercado. Em virtude da dinâmica dos negócios subjacentes, a tesouraria do Grupo AdP pretende assegurar a flexibilidade da dívida flutuante, mantendo para o efeito as linhas de crédito disponíveis. O Grupo AdP efetua a gestão do risco de liquidez através da contratação e manutenção de linhas de crédito e facilidades de financiamento com compromisso de tomada firme junto de instituições financeiras nacionais e internacionais de elevada notação de crédito que permitem o acesso imediato a fundos. Neste último exercício esta prática tem sido altamente condicionada pelas conhecidas dificuldades em aceder aos mercados de crédito em Portugal, bem como pelo crescente aumento das dívidas de clientes.

A tabela abaixo apresenta as responsabilidades do Grupo AdP por intervalos de maturidade residual contratual. Os montantes apresentados na tabela são os fluxos de caixa contratuais, não descontados a pagar no futuro (sem os juros a que estão a ser remunerados estes passivos).

< 1 ano 1 a 5 anos > 5 anos Financiamentos 612 838 322 852 2 042 212 Fornecedores e outros passivos 262 849 111 803 71 815

Não se anteveem quaisquer problemas no pagamento das responsabilidades a curto prazo.

iv) Risco de fluxos de caixa e de justo valor associado à taxa de juro

O risco da taxa de juro do Grupo AdP advém, essencialmente, da contratação de empréstimos de longo prazo. Neste âmbito, empréstimos obtidos com juros calculados a taxas variáveis expõem o Grupo AdP ao risco de fluxos de caixa e empréstimos obtidos com juros à taxa fixa expõem o Grupo AdP ao risco do justo valor associado à taxa de juro. O Grupo AdP gere o risco de fluxos de caixa associado à taxa de juro, mediante a contratação de swaps que permitam a conversão de empréstimos com juros calculados à taxa variável em empréstimos com juros calculados à taxa fixa. Igualmente associado à volatilidade das taxas de juro está a remuneração garantida dos contratos de concessão, e consequentemente o desvio tarifário.

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A tabela abaixo apresenta a análise de sensibilidade dos encargos financeiros do Grupo AdP.

31-dez-2011 Taxa Média + 1% Taxa Média - 1% Juros suportados 103 598 131 837 89 320

v) Risco de capital

O objetivo do Grupo AdP em relação à gestão de capital, que é um conceito mais amplo do que o capital relevado na face do balanço é manter uma estrutura de capital ótima, através da utilização prudente de dívida que lhe permita reduzir o custo de capital.

O objetivo da gestão do risco do capital é salvaguardar a continuidade das operações do Grupo, com uma remuneração adequada aos acionistas e gerando benefícios para todos os terceiros interessados.

A política do Grupo AdP é contratar empréstimos com entidades financeiras, ao nível da empresa-mãe, a AdP, SGPS, S.A. (exceção feita à EPAL e aos empréstimos ao investimento), que por sua vez fará empréstimos às suas filiais. Esta política visa a otimização da estrutura de capital com vista a uma maior eficiência fiscal e redução do custo médio de capital.

31-dez-2011 31-dez-2010 Empréstimos não correntes 2 365 064 2 416 058 Empréstimos correntes 612 838 509 375 Disponibilidades (286 274) (478 840) Dívida 2 691 628 2 446 593 Subsídios ao investimento 1 950 784 1 842 472 Total do capital próprio 1 034 439 928 470 Capital e subsídios 5 676 851 5 217 535 Dívida/total do capital 0,47 0,47

O modelo de financiamento do Grupo AdP assenta tipicamente em dois tipos. O financiamento bancário remunerado com particular incidência nos financiamentos contraídos junto do BEI, e no capital próprio e subsídios ao investimento não reembolsáveis.

vi) Risco regulatório

A regulação é a mais significativa relativamente à restrição à rendabilidade das atividades económicas desenvolvidas pelo grupo. O regulador pode tomar medidas com impacto negativo no cash-flow, com todas as consequências adversas que daí resultam. De forma a minimizar estes riscos, o Grupo tem procurado acompanhar mais de perto as atividades do regulador, procurando, assim, antecipar potenciais impactos negativos nas empresas decorrentes das regras emanadas pela ERSAR.

Grupo ANA

As atividades do Grupo ANA estão expostas a uma variedade de fatores de riscos financeiros: risco de crédito, risco de liquidez e risco de fluxos de caixa associado à taxa de juro. O Grupo detém um programa de gestão do risco que foca a sua análise nos mercados financeiros procurando minimizar os potenciais efeitos adversos, utilizando instrumentos financeiros derivados para efetuar a cobertura a certos riscos a

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que se encontra exposta. Sendo que os derivados são contratados apenas com a intenção de cobertura económica de riscos financeiros a que o Grupo se encontra exposto, em particular, do risco de taxa de juro.

i) Risco de mercado – Taxa de juro

Como o Grupo não tem ativos significativos remunerados, o lucro e os fluxos de caixa operacionais são substancialmente independentes das alterações da taxa de juro de mercado.

O risco da taxa de juro do Grupo advém de empréstimos de longo prazo, obtidos. Sendo que os emitidos com taxas variáveis expõem-no ao risco de fluxos de caixa associado à taxa de juro e os emitidos com taxas fixas expõem-no ao risco do justo valor da dívida.

O Grupo gere o risco de fluxos de caixa associado à taxa de juro, contratando instrumentos derivados que permitam a transformação de taxas de juro variáveis em taxas de juro fixas.

A análise de sensibilidade a variações de taxa de juro permite obter os seguintes impactos em resultados:

Natureza Cenário c/ Taxa Atual

Cenário +1% Cenário -1%

Financiamentos à Tx. Variável (5 288) (3 125) 3 125 Financiamento à Tx. Fixa (14 170) - - Juros S/ Locação Financeira (155) (13) 13 Juros Obtidos D.P. 833 - - Impacto Aproximado em Resultados /

Cenário Taxa Atual (3 138) 3 138

ii) Risco de crédito

O Grupo ANA encontra-se sujeito a risco de crédito que concede aos seus clientes. Contudo, as vendas a crédito estão sujeitas a regras que asseguram que estas são efetuadas a clientes com um histórico de crédito apropriado e que se encontram dentro dos limites da exposição dos saldos máximos pré-definidos e aprovados para cada cliente. No que se refere aos saldos a receber de instituições financeiras, a tabela seguinte apresenta um resumo da qualidade de crédito dos depósitos e das aplicações:

Rating

Quantias a receber de instituições de crédito 31-dez-11 31-dez-10

Equivalentes de Caixa AA - 1 A - 52 897

<A - 227 Aa3 5 560 - Ba2 23 473 - Ba3 21 111 -

Baa2 3 800 - Outros 348 221

54 292 53 346

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iii) Risco de capital

O objetivo do Grupo ANA em relação à gestão do capital, que é um conceito mais lato do que o capital próprio relevado na face do balanço é de salvaguardar a capacidade do Grupo continuar a sua atividade e efetuar os investimentos necessários à prossecução do objeto da concessão, manter uma estrutura de capital ótima que lhe permita reduzir o custo de capital e criar valor a longo prazo para os acionistas.

Esta gestão é efetuada através de medidas como a emissão de instrumentos de dívida (empréstimo obrigacionista), a negociação e o reescalonamento da dívida e entradas de capital dos acionistas.

Em 2011, a estratégia do Grupo foi manter um gearing entre 60% e 70%. Os rácios de gearing em 31 de dezembro de 2011 e 2010 foram os seguintes:

31-dez-11 31-dez-10 Empréstimos totais 698 708 690 456 Caixa e equivalentes de caixa (54 351) (53 406) Dívida líquida 753 059 743 862 Capitais próprios 380 872 343 550 Capital Total 1 133 931 1 087 412 Gearing (%) 66,4 68,4

A política de financiamento da ANA contemplou os seguintes princípios e condicionantes:

• Manutenção de uma estrutura equilibrada de capitais;

• Cumprimento dos níveis de rácios de endividamento assumidos com as entidades financiadoras;

• Limites previstos no Despacho n.º 510/10 da Secretaria de Estado do Tesouro e das Finanças, que estatuiu um conjunto de determinações relativas aos limites máximos de crescimento anual do endividamento previstos no Programa de Estabilidade e Crescimento 2010-2013, onde se estabelece que o crescimento médio do endividamento no período 2010-2013 não ultrapasse os 5,5%;

• Revisão para downgrade do rating da dívida do Estado Português e eventual repercussão na ANA;

No decorrer do ano o endividamento do Grupo (passivo financeiro remunerado), no montante de 698 milhões de euros, aumentou cerca de 1,2% face ao final de 2010. Na ANA o endividamento total no montante de 514,1 milhões de euros representou um acréscimo de 3,7%.

O aumento do passivo financeiro remunerado na ANA resultou em 2011 de uma nova contratação junto do BEI, no montante de 32 milhões de euros, com condições de custo e de prazo muito competitivas, só possíveis com uma instituição com os princípios e objetivos do BEI.

No final do ano de 2011, os empréstimos de médio e longo prazo do Grupo ANA representavam 672,2 milhões de euros num total de 698 milhões de euros e um peso de 96% do total da dívida.

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Em 31 de dezembro de 2011 o peso da dívida a taxa variável no Grupo era de 49,4%. A cobertura do risco desta componente é balanceada entre o hedging natural do negócio e a contratação de instrumentos derivados à luz dos requisitos da IAS 39.

Uma vez que a maior parte da dívida do Grupo se encontra contratada com o Banco Europeu de Investimentos (BEI), que prevê a fixação direta das taxas de juro sem quaisquer custos acrescidos, o Grupo privilegia esta opção sempre que possível.

Na fixação de taxas de juro sem recurso ao BEI, o Grupo privilegiará a contratação de instrumentos de cobertura que cumpram os requisitos da IAS 39.

Tratando-se de um negócio de capital intensivo, o Grupo ANA tem privilegiado soluções de financiamento dirigidas para a estabilidade dos capitais empregues.

A minimização da afetação de capitais alheios à cobertura financeira dos investimentos anuais e plurianuais tem sido conseguida através do autofinanciamento e da adoção de uma política de pró-atividade na captura de apoios comunitários, sem deixar de ter em conta a minimização do WACC.

Grupo TAP

A gestão de risco financeiro foi, em 2011, uma das pedras angulares da gestão do Grupo TAP, dado o contexto de crescentes dificuldades da economia e o comportamento adverso dos mercados financeiros. Num clima geral, em que as empresas foram sendo crescentemente pressionadas entre a quebra da atividade económica e a subida dos custos de exploração, e num contexto financeiro de forte restrição de crédito por parte da banca nacional e internacional, o Grupo tentou encontrar as soluções mais adequadas para manter a estabilidade financeira indispensável ao prosseguimento da sua atividade.

i) Risco de preço

Os riscos, associados ao comportamento da procura, aumentaram consideravelmente durante o ano, na sequência do clima de forte instabilidade vivido pela economia europeia, com a progressiva desaceleração do PIB europeu ao longo do ano, e com a ameaça de impactos negativos dessa situação para o conjunto da economia mundial.

O comportamento da economia europeia foi, sobremaneira, determinado pelo alastrar da crise das dívidas públicas, com subidas constantes de juros nos leilões de obrigações soberanas, e nos mercados secundários, quer nos países intervencionados como Grécia e Portugal, quer, nomeadamente, em Espanha, Itália e Bélgica. As principais variáveis económicas, desde o consumo ao investimento e do emprego aos salários e impostos, refletiram de forma violenta as políticas de correção estrutural dos países mais endividados, e continuaram ainda condicionadas pelas dificuldades de financiamento extremas que se verificaram.

A economia portuguesa, em particular, esteve por diversas ocasiões, ao longo do ano, sob pressão dos mercados financeiros, tendo sido intervencionada pelo FMI/BCE/CE em maio. As medidas orçamentais,

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fiscais e salariais postas em prática, tiveram como corolário lógico uma significativa contração do PIB, próxima da verificada em 2009. A todo este cenário de dificuldades, juntou-se o choque energético, com uma média do preço do petróleo, para o conjunto do ano, idêntica à registada em 2008. Em resumo, verificou-se num mesmo ano a conjugação de uma significativa retração da atividade, a segunda em 3 anos, com um novo choque petrolífero, o segundo em 4 anos.

A par destes desenvolvimentos, os mercados emergentes conseguiram manter uma dinâmica que contrastou com a dos mercados desenvolvidos. Não obstante, de 2010 para 2011, a economia brasileira, o mercado externo mais importante do Grupo TAP, registou uma desaceleração do crescimento do PIB, ainda assim com um crescimento do consumo interno. Os mercados africanos, em particular Angola, que representa grande parte das vendas de África, mantiveram-se dinâmicos.

As vendas de passagens, no mercado nacional, representam um pouco mais da quarta parte do total de vendas, os restantes mercados europeus cerca de 37% do total, representando a Europa, no seu conjunto, pouco menos de 2/3 do total de receita efetiva. O Brasil disputa com o mercado português a liderança em termos de vendas, também próximo de 25% do total. África representa uma receita um pouco superior a 6% do total. O mercado dos EUA tem um peso acima de 3% e o da Venezuela acima dos 2%. Esta distribuição das vendas, refere-se a valores efetivamente voados pelo Grupo, expurgados, portanto, de vendas que não resultaram em transporte. Por exemplo, algum tráfego das rotas brasileiras, com origem em diversos pontos não servidos pelo Grupo, é vendido por este, mas só o troço intercontinental de ligação a Portugal se materializa em receita efetiva. As vendas no mercado brasileiro são, desse modo, por norma, mais elevadas que os valores voados, existindo ganhos comerciais para além dos rendimentos de passagens.

Apesar dos diferentes ritmos das economias das múltiplas áreas geográficas onde o Grupo opera, o crescimento da atividade de transporte aéreo, a nível global e em cada mercado, está também muito dependente da política comercial e da política de preços praticada, bem como da oferta programada para cada um dos mercados em cada época IATA, o que condiciona load factors e yields. Refira-se a este nível, e em termos globais, que o tráfego premium, por exemplo, apresentou crescimento acima da média em receita efetiva no ano (embora com redução do número de bilhetes vendidos), tal como as tarifas mais baixas, tendo-se reduzido significativamente as tarifas da classe intermédia.

Do efeito conjugado da oferta programada, com os respetivos ajustamentos ao longo do ano, das diversas tarifas praticadas, e da intensidade da procura registada em cada mercado resultam os principais valores e indicadores da atividade de transporte aéreo.

Globalmente, a tarifa média registou uma subida, de 2010 a 2011, tendo o load factor global crescido para um nível médio acima de 75%. A atividade global, medida pelo número de passageiros por quilómetros utilizados (“PKU”), subiu, no ano, quase 10%, tendo a receita efetiva subido em percentagem equivalente.

A nível da Europa, registaram-se crescimentos de atividade e receita elevados, à exceção de Portugal, mercado onde a desaceleração, da atividade e da receita, se fez sentir com mais intensidade.

No mercado brasileiro, o crescimento da receita foi expressivo, a dois dígitos, tendo a receita subido mais do que a atividade (medida por PKU) e do que o número de passageiros.

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Os mercados africanos apresentaram um crescimento de receita bastante diverso de mercado para mercado, com o crescimento de Angola a ser em parte contrariado pela redução de receita de Moçambique e África do Sul, tendo esta última linha sido mesmo encerrada. EUA e Venezuela, por seu turno, cresceram significativamente.

Refira-se, ainda, que, a nível de receitas de carga, por contraponto à receita de passagens, a distribuição das vendas por mercados tem um peso relativo menor no Brasil, enquanto que, nos EUA o peso da carga é muito superior ao das passagens. A Europa, incluindo Portugal, pesa quase 80% a nível da carga e África (contabilizada como mercado emissor, ou seja no sentido África-Portugal) tem ainda uma expressão diminuta nestas vendas. Em termos gerais, a atividade da carga cresceu, registando um comportamento positivo face ao ano anterior, a nível de receita, incluindo nesta a receita de sobretaxas de combustível, embora o volume transportado tenha sido inferior, fruto da crise económica.

No cômputo global, tendo presente o complexo clima económico vivido, os resultados da atividade e rendimentos do Grupo, resultantes da sua atividade principal, foram claramente positivos, podendo referir-se que a internacionalização e a diversificação de mercados, continuam a ser um meio importante no combate aos riscos de mercado do Grupo.

ii) Risco cambial

Apesar de toda a instabilidade registada nos mercados financeiros e dos níveis elevados do preço das matérias-primas, o comportamento do Euro face ao Dólar acabou por não apresentar excessiva volatilidade ao longo do ano. No início e no fim do ano, que corresponderam às fases de maior tensão na crise da dívida europeia, o Euro enfraqueceu e situou-se em torno de 1,30, tendo registado uma subida a 1,40-1,45 em meados do ano, numa fase de maior acalmia dos mercados. Também face ao Real brasileiro se verificou uma subida do Euro, durante o ano. Em qualquer caso, as volatilidades nos mercados cambiais foram menores do que as verificadas nos anos anteriores.

Mais de metade das vendas de passagens aéreas do Grupo, são realizadas na área do Euro, divididas de forma equilibrada entre Portugal e restantes países da zona Euro e ainda incluindo mercados africanos com moedas em paridade fixa com a divisa europeia. Para além das vendas em euros, as vendas em outras divisas europeias, libra, franco suíço, divisas nórdicas e do leste europeu, representam aproximadamente 10% do total da receita de passagens. Na generalidade, e à exceção do franco suíço, as várias divisas europeias depreciaram-se face ao Euro em meados do ano, tendo-se revalorizado no final do ano.

As vendas no mercado brasileiro têm, subjacente, um cálculo tarifário em Dólares, e em conjunto com o mercado norte-americano e com Angola implicam uma exposição, direta e indireta, ao Dólar, no montante de aproximadamente 1/3 do total. Existe ainda exposição da receita, embora marginal, a outras divisas, como o bolívar e o metical.

Do lado dos custos, a principal fonte de exposição ao risco cambial advém da fatura com combustíveis que, neste ano, tal como no anterior, sofreu um aumento muito significativo, com níveis médios de preços muito elevados. Ao contrário dos preços, sempre altos ao longo de todo o ano, a volatilidade foi menor do que em anos anteriores. A fatura com combustíveis aproximou-se de mil milhões de dólares e superou o valor record de 2008, acima dos 700 milhões de euros, representando uma proporção muito significativa

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do total de gastos do Grupo. De referir outras rubricas de menor expressão, de encargos denominados em Dólares, tais como: leasings operacionais, gastos com manutenção, compra de equipamentos sobressalentes, formação com simulador de voo, taxas de navegação e aeroportuárias e seguros.

No que se refere à dívida, também o montante denominado em Dólares subiu, no final de ano, face ao ano anterior, pela contração de novas operações de leasing financeiro, representando agora o peso total do Dólar, no passivo remunerado, cerca de 13% face aos 3% de 2010.

A exposição do Grupo ao risco de taxa de câmbio, a 31 de dezembro de 2011 e 2010, com base nos valores da posição financeira, dos ativos e passivos financeiros do Grupo, em divisas, convertidos para euros aos câmbios em vigor à data de relato, apresenta-se como segue:

Ativos e Passivos em Divisas 31-dez-2011

USD BRL Outras TOTAL ATIVOS Caixa e equivalentes de caixa 11 435 6 741 31 548 49 724 Contas a receber - Clientes 54 782 89 468 14 864 159 114 Contas a receber - outros 24 010 24 032 2 825 50 867 90 227 120 241 49 237 259 705 PASSIVOS Passivos remunerados 155 083 155 083 Contas a pagar - fornecedores 24 040 15 602 5 147 44 789 Contas a pagar-outros 8 451 4 043 725 13 219 187 574 19 645 5 872 213 091

Ativos e Passivos em Divisas 31-dez-2010

USD BRL Outras TOTAL ATIVOS Caixa e equivalentes de caixa 18 449 12 610 20 973 52 032 Contas a receber - Clientes 29 912 97 523 24 969 152 404 Contas a receber - outros 22 042 17 892 4 135 44 069 70 403 128 025 50 077 248 505 PASSIVOS Passivos remunerados 38 792 - - 38 792 Contas a pagar - fornecedores 15 865 13 967 3 994 33 826 Contas a pagar-outros 159 4 697 268 5 124 54 816 18 664 4 262 77 742

Em 31 de dezembro de 2011, uma variação (positiva ou negativa) de 10%, de todas as taxas de câmbio com referência ao Euro, resultaria num impacto nos resultados do exercício de, aproximadamente, 4 661 milhares de euros.

iii) Risco de taxa de juro

Num cenário de desaceleração generalizada das economias dos países desenvolvidos, as taxas de juro diretoras dos principais bancos centrais, mantiveram-se baixas, ou mesmo próximas de zero, como nos Estados Unidos. Na zona Euro, as taxas oficiais subiram em meados do ano de 1% para 1,5% mas voltaram

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ao nível de 1% no final do ano. As taxas de mercado replicaram muito de perto este movimento, em particular a Euribor a 3 meses.

Por um lado, os mercados obrigacionistas europeus sofreram um ano verdadeiramente tumultuoso, com as taxas de juro de diversos países a sofrerem enormes subidas, no caso português nas taxas da dívida pública a 10 anos, de 7% no início do ano para 14% no final do ano.

Por outro lado, e como resultado das enormes tensões vividas nos mercados obrigacionistas e consequentes dificuldades de refinanciamento dos Estados e dos bancos, verificou-se uma contração brusca do crédito disponível, em particular nos países intervencionados, ou com deficits públicos elevados, provocando fortes subidas de margens no crédito a empresas ainda com acesso a financiamentos e, para a grande maioria, em especial pequenas e médias empresas, a quase impossibilidade de acesso a crédito.

Neste quadro de adversidade, também no Grupo, se registaram subidas de spread nas linhas de curto prazo existentes. O facto de as linhas de curto prazo, representarem apenas cerca de 6% do passivo remunerado do Grupo permitiu, de novo, neste ano, minimizar o impacto negativo das revisões de margens praticadas pelos bancos. Por outro lado, o facto de se terem concretizado diversas operações financeiras de médio e longo prazo, ao longo do ano de 2010, permitiu, igualmente, limitar a necessidade de recurso a novos empréstimos. Somente, no final do ano, se tornou aconselhável concretizar uma operação de financiamento, necessária, dado o consumo de recursos financeiros adicionais provocados pela alta, muito pronunciada e prolongada, do preço dos combustíveis. Consistiu esta operação num conjunto de leasings financeiros internacionais, a médio prazo, em Dólares, envolvendo 9 aviões de médio e longo curso, propriedade do Grupo, na sequência do terminus de diversos leasings de longo prazo.

O endividamento global do Grupo tem-se mantido em torno de 1,2 mil milhões de euros, desde o ano transato, embora com flutuações decorrentes dos timings de amortização e renegociação de dívida, bem como resultantes da utilização de novos financiamentos. A exposição a taxa fixa e flutuante alterou-se, face ao ano anterior, passando a parcela a taxa variável de 46% em 2010 para 42% no ano, subindo a proporção a taxa fixa para 58% no final do ano, alteração essa que se deveu, sobretudo, à contratação dos novos leasings.

A margem média da dívida continua a manter-se em níveis moderados, embora tenha subido por força das novas operações e das significativas revisões em alta de spread em linhas de curto prazo. O prazo médio ponderado da dívida no final do ano era de 3 anos, assumindo nessa estimativa o reembolso das linhas de crédito de curto prazo durante o decurso de 2012. Caso isso não suceda e as linhas de curto prazo mantenham alguma permanência, a duração média dos financiamentos será ligeiramente superior. Excluídas as linhas de crédito, com um peso pouco significativo no quadro da dívida total, os montantes programados de reembolso dos empréstimos e leasings financeiros de médio e longo prazo estão distribuídos de forma equilibrada durante os próximos 6 anos, de 2012 a 2017, excetuando-se o ano de 2015, com a liquidação bullet de uma operação contraída em 2010, no montante de 52 milhões de euros. A dívida existente continua a ter um prazo máximo até 2020.

No quadro do passivo remunerado abaixo, englobando capital e juros, assumiram-se os pressupostos relativos a taxas de juro de mercado e câmbio do Eurodólar, como segue: 3% para a Euribor, 1,75% para a

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Libor do Dólar e 1,2939 no Eurodólar. Os valores de passivo expressam os valores a pagar nos prazos indicados, incluindo a estimativa de todos os fluxos de caixa contratuais com amortização e juros, não descontados, até ao final da vida dos empréstimos. Considerou-se um pressuposto simplificador de ritmo de amortização intra-anual linear para efeito de cálculo dos juros futuros:

31-dez-2010

< 1 ano 1- 2 anos 3 - 5 anos 6 - 10 anos TOTAL Empréstimos 160 565 85 607 310 878 135 671 692 721 Locações Financeiras 131 747 119 340 321 236 190 979 763 302 Total 292 312 204 947 632 114 326 650 1 456 023 Empréstimos taxa fixa 51 747 51 748 205 703 98 134 407 332 Locações Financeiras taxa fixa 72 906 49 609 158 039 106 791 387 345 Total 124 653 101 357 363 742 204 925 794 677

O Grupo TAP utiliza a técnica da análise de sensibilidade que mede as alterações estimadas nos resultados, de um aumento ou diminuição imediato das taxas de juros de mercado, com todas as outras variáveis constantes. Esta análise é apenas para fins ilustrativos, já que na prática as taxas de mercado raramente se alteram isoladamente.

A análise de sensibilidade é baseada nos seguintes pressupostos:

- Alterações nas taxas de juro de mercado afetam os rendimentos ou despesas de juros de instrumentos financeiros variáveis; - Alterações nas taxas de juro de mercado apenas afetam os rendimentos ou despesas de juros, em relação a instrumentos financeiros com taxas de juro fixas, se estes estiverem reconhecidos ao justo valor.

Sob estes pressupostos, um aumento ou diminuição de 0,5% em taxas de juro de mercado, para todas as moedas em que o Grupo TAP tem empréstimos, a 31 de dezembro de 2011, resultaria numa diminuição ou aumento do lucro antes de imposto de, aproximadamente, 6 441 milhares de euros.

iv) Risco de preço de combustível

Ao contrário do ano de 2010, em que uma proporção muito significativa do consumo de combustível foi objeto de hedging, em 2011 tal não sucedeu, em parte devido à subida “intempestiva” de preços registada no final de 2010, e sobretudo no início do ano, aparentemente causada pelas revoltas nos vários países do norte de África e Médio-Oriente. Mesmo depois de passada a fase mais crítica da primavera árabe e da

31-dez-2011

< 1 ano 1- 2 anos 3 - 5 anos 6 - 10 anos TOTAL Empréstimos 151 328 96 471 310 254 50 204 608 257 Locações Financeiras 137 371 133 065 324 397 189 238 784 071 Total 288 699 229 536 634 651 239 442 1 392 328 Empréstimos taxa fixa 51 747 51 648 203 143 49 047 355 585 Locações Financeiras taxa fixa 67 168 67 212 193 499 137 717 465 596 Total 118 915 118 860 396 642 186 764 821 181

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guerra na Líbia, outros fatores de instabilidade continuaram a afetar os mercados petrolíferos, com destaque, em final de ano, para a tensão militar crescente entre Irão e Estados Unidos, o que contribuiu para manter um elevado prémio de risco geopolítico no preço do petróleo.

A agravar a fatura de combustível do Grupo TAP estiveram também presentes, outros fatores, como o aumento de consumo devido ao aumento da operação, em cerca de 5%, e o comportamento do Euro face ao Dólar, que, ao contrário de ocasiões anteriores de subida do preço do petróleo, registou uma valorização mais limitada, tendo atingido picos muito inferiores aos registados em 2008, por exemplo. A subida média do preço do jet fuel em Dólares, medida pelo referencial de mercado da Platts, foi de 40% face ao ano anterior, depois de já em 2010 se ter registado uma subida média de 30% do preço médio face a 2009. O preço médio do combustível de avião, no ano, foi de 1.015 USD/tonelada, ligeiramente acima do valor médio registado em 2008, aquando do último choque petrolífero. Muito embora os máximos de 2011 tenham ficado aquém dos níveis extremos ocorridos em meados de 2008, próximos de 1.500 USD/tonelada, já os valores mínimos do ano, cerca de 850 USD/tonelada, se situaram muito acima dos mínimos de 2008 (450 USD/tonelada), conduzindo a um resultado médio muito semelhante para o conjunto do ano.

A sensibilidade da exploração do Grupo TAP a esta componente da estrutura de gastos continua muito elevada, com impactos significativos nas contas do Grupo TAP. Para um consumo padrão de 900 mil toneladas por ano, uma variação de 100 USD no preço da tonelada de jet fuel, provoca uma variação nos custos de 90 milhões de USD, equivalente a cerca de 70 milhões de euros, considerando um câmbio de 1,30 no Eurodólar.

De referir que, além das atuações em mercado, decorrentes das oportunidades que as oscilações de preço possam proporcionar, existem ainda defesas endógenas do Grupo TAP face ao risco de preço, embora de impacto limitado, que consistem na modulação das sobretaxas de combustível. Estas sobretaxas representam, presentemente, um valor com alguma expressão na receita, mas claramente insuficiente para mitigar o efeito da alta de preços, como se pode constatar com o seu aumento de 2010 para 2011, aproximadamente, 50 milhões de euros, muito inferior ao aumento de gasto registado.

Para o ano de 2012 foram levadas a cabo, no final do ano de 2011, diversas operações de cobertura de preço que deverão mitigar o impacto de novas subidas das cotações nos primeiros meses de 2012. As contrapartes nestas operações apresentavam, no ano, ratings da Standard & Poor’s entre BB e A+.

A exposição ao preço do combustível é, ao nível dos custos, o fator mais importante gerador de exposição cambial do Grupo TAP (especialmente quando as cotações do combustível estão elevadas) dado que o mercado de jet fuel é denominado em Dólares e o combustível é a principal rubrica de gastos variáveis. Uma baixa considerável no preço do combustível, por seu turno, reduz significativamente a exposição líquida do Grupo face ao Dólar.

v) Risco de crédito e de liquidez

Possivelmente, nunca o risco associado a níveis de liquidez baixos foi tão grande, para as empresas portuguesas, como no ano de 2011. As dificuldades de financiamento da economia portuguesa e europeia, bem como as exigências de desalavancagem das instituições bancárias nacionais, por força da

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implementação do memorando assinado pelo governo português com o FMI/BCE/CE, determinaram restrições drásticas ao crédito disponível às empresas nacionais.

A crise das dívidas soberanas esteve presente como pano de fundo dos mercados de capitais ao longo de todo o ano, repercutindo-se em elevadíssimas taxas de juro de longo prazo e em indicadores de risco de incumprimento a níveis record, tal como os Credit Default Swap da República Portuguesa, que subiram de 500 pontos base em início do ano para 1 000 pontos base no final do ano. Outros mercados, como o de ações, foram também penalizados em Portugal, em boa parte desvalorizados pelos títulos da banca, setor muito atingido pela própria crise de dívida soberana.

Além do agravamento das dificuldades de financiamento verificadas no ano, que se somaram às dificuldades crescentes de obtenção de financiamento já registadas em anos anteriores, a tesouraria das empresas foi, ainda, claramente pressionada em resultado do duplo choque da retração económica e da alta de preços de combustível, o que exigiu da gestão de tesouraria uma redobrada prudência e atenção, bem como a aceitação de custos marginais de financiamento mais elevados do que seria razoável em condições de estabilidade dos mercados.

Embora registando sazonalidade e descontinuidades, resultantes da atividade e da calendarização das amortizações de dívida, e resultantes ainda da contração das novas operações, a liquidez do Grupo permitiu manter o normal funcionamento de toda a atividade e ainda alimentar o esforço de expansão do transporte aéreo, além de acomodar a realização de investimentos indispensáveis, alguns dos quais imprevistos, a nível de reatores de reserva, por exemplo.

Manteve-se, ainda, o esforço de tesouraria necessário ao financiamento das atividades do Grupo que se têm revelado deficitárias nos últimos anos. No que se refere à aplicação dos montantes disponíveis de excedentes de liquidez do Grupo, verificou-se, ao longo do ano, uma saudável diversificação na sua colocação entre as diversas contrapartes, tirando partido da significativa competição registada entre entidades bancárias nesta matéria, procurando-se mitigar o efeito adverso das descidas de rating verificadas na banca nacional em geral.

No final de 2011, e após as alterações na dívida verificadas ao longo do ano, as responsabilidades de curto prazo do passivo remunerado, incluindo a estimativa de todos os fluxos de caixa contratuais com amortização e juros, não descontados, atingiram os valores constantes do quadro seguinte:

1º Semestre 2º Semestre Amortização Empréstimos 95 714 34 123 Locações financeiras 49 244 60 822

Total 144 958 94 945 Juros

Empréstimos 11 955 9 536 Locações financeiras 13 299 14 006 Total 25 254 23 542

No que se refere, ainda, à gestão das operações de financiamento no longo e no curto prazo, esta teve, também, a preocupação de manter uma razoável diversificação das entidades financiadoras, nacionais e estrangeiras, tendo-se verificado alguma recomposição no portfólio de contrapartes bancários, em função

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das dificuldades próprias de algumas entidades nacionais. Por exemplo, a nível de recebíveis ligados às vendas em Portugal, utilizados como colateral de linha de curto prazo em vigor, foram estes afetos a nova operação negociada, em meados do ano, com nova instituição financeira do mercado português.

Além da gestão financeira, no curto e longo prazo, e da gestão de tesouraria, também no âmbito da gestão do ativo circulante foi sendo dado um acompanhamento rigoroso à monitorização das posições de clientes e à repercussão dos efeitos da crise económica na qualidade creditícia destes, tendo sido possível limitar o agravamento, por exemplo, dos ajustamentos a um valor pouco significativo para a dimensão da atividade.

O quadro seguinte apresenta elementos relativos à posição de liquidez do Grupo TAP a 31 de dezembro de 2011 e 2010, bem como saldos de contas a receber, que refletem o risco máximo de crédito nessas mesmas datas:

31-dez-11 31-dez-10 Ativos não correntes Depósitos Judiciais – Brasil 22 221 16 283 Associadas e outros ativos não correntes 15 435 13 914 Ativos correntes Caixa e equivalentes de caixa 167 365 222 677 Contas a receber – clientes 250 482 223 212 Associadas e outros ativos correntes 167 836 128 134 623 339 604 220 Exposição ao risco de crédito fora de balanço Garantias prestadas 44 849 37 999 Outros compromissos 218 876 241 871 263 725 279 870

A qualidade de risco de crédito e liquidez do Grupo TAP, em 31 de dezembro de 2011 e 2010, face a ativos financeiros (caixa e equivalentes de caixa e instrumentos financeiros derivados), cujas contrapartes sejam instituições financeiras, detalha-se como segue:

31-dez-11 31-dez-10 AA - 290 AA- 1 107 373 A+ 81 20 006 A 15 765 487 A- - 59 391 BBB+ - 2 125 BBB 4 087 5 183 BBB- 32 339 96 709 BB+ 1 088 - BB 52 773 - BB- 25 050 - Outros 35 289 37 935 167 579 222 499 Instrumentos financeiros derivados 429 Depósitos bancários 167 150 222 499 167 579 222 499

A rubrica “Outros” contém valores referentes a diversas instituições internacionais, para as quais não foi possível obter a notação de rating.

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Em 31 de dezembro de 2011 e 2010, os saldos a receber de clientes apresentavam a seguinte estrutura de antiguidade, considerando como referência a data de vencimento dos valores em aberto:

31-dez-11 31-dez-10 Valores não vencidos 180 782 107 359 de 1 a 90 dias 44 810 39 994 de 91 a 180 dias 7 407 8 920 de 181 a 270 dias 10 982 6 161 de 271 a 365 dias 1 330 53 890 a mais de 366 dias 73 908 77 781 319 219 294 105 Imparidades (68 737) (70 893) Saldo líquido 250 482 223 212

Os valores apresentados correspondem aos valores em aberto, face aos prazos de vencimento contratados. Apesar de existirem atrasos na liquidação de alguns valores face a esses prazos, tal não resulta na identificação de situações de imparidade para além das consideradas através das correspondentes perdas.

Do valor total de contas a receber de clientes, os saldos das companhias de aviação e de agências de viagens, são regularizados, principalmente, através do sistema IATA Clearing House, o que minimiza, substancialmente, o risco de crédito do Grupo TAP.

56 - Ativos e passivos contingentes

Grupo AdP

i) Outros ativos e passivos contingentes Águas do Algarve, S.A.

A AdA tem três ações a decorrer em tribunal já devidamente contestadas. A primeira refere ao Sistema do Sotavento, a qual está a decorrer no Tribunal Administrativo do Circulo de Lisboa, no valor de 2 662 385,97 euros. A 2ª ação refere-se ao Sistema de Barlavento e decorre no Tribunal Administrativo de Circulo de Lisboa no valor de 1 909 823,20 euros. A 3 ª ação (Processo 516/09.3 Belle – Somague, Engigás, Neopul, Construtores ACE, no valor de 9 191 597,54 euros e tem como fundamento a alegada inexequibilidade técnica das travessias da Ria Formosa. Por seu lado, e alem da contestação desta Acão a Aguas do Algarve instaurou uma Ação no valor de 1 894 762,79 euros por incumprimento do contrato de empreitada imputável ao empreiteiro. Em todos os processos, a AdA entendeu que não são devidos nem exigíveis quaisquer quantias referentes a estes litígios, pelo que não se constituiu qualquer provisão para o efeito.

Águas do Centro, S.A.

Estão pendentes os seguintes processos: 420/09.5BECTB do TAFCB; 633/09.0BECTB do TAFCB; 687/09.9BECTB do TAFCB; 640/09.2BECTB do TAFCB; 241/10.2BECTB do TAFCB; 314/09.4BECTB do TAFCB; 98/10.3BECTB do TAFCB; 920/09.7TBTMR do 3 JTCT; 472/11.8TBTMR do 2 JTCT; 458/11.2BECTB do TAFCB; 688/10.4BECTB do TAFCB; 238/11.5BECTB do TAFCB; 688/10.4BECTB do TAFCB; 68/11.4BECTB do TAFCB;

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1288/10.4TYLSB do 1º JTCL; 198/07.7TBTMR do 1º JTJT; 897/08.6TBCTB do 1º JTJCB e de contra ordenação: Nº.200003630900 – IMTT; Nº.071000281 – ACT; Nº.071000282 – ACT; Nº.071000283 – ACT.

Águas do Douro e Paiva, S.A.

Processo n.º (1960) - Injunção n.º 345189/10.7YIPRT- Requerida: Dstelecom, SGPS, S.A. - Balcão Nacional de Injunções.

Pedido: A Sociedade apresentou a 27 de outubro de 2010, requerimento de Injunção contra a Dstelecom, SGPS, S.A., solicitando o pagamento da quantia de 245 241,50 euros.

A Requerida deduziu oposição, tendo apresentado um pedido reconvencional no valor de 642 655,00 euros. A Sociedade pronunciou-se sobre a reconvenção e a sua falta de fundamento.

Foi realizada audiência preliminar no dia 12 de maio de 2011, na qual apresentaram as partes o seguinte acordo:

- A Sociedade reduziu o pedido para 121 319,76 euros;

- A Requerida comprometeu-se a pagar à Sociedade aquela quantia em 12 prestações mensais, iguais e sucessivas, no valor de 10 109,98 euros, cada uma.

O acordo foi homologado pelo Juiz do processo e já transitou em julgado.

No dia 23 de agosto de 2011 procedeu o Instituto de Gestão Financeira e de Infraestruturas da Justiça, I.P. à restituição, à ordem da Sociedade, das custas por ela suportadas.

Processo n.º 1301201001421859 (1990) - Autora: Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social, IP - Tribunal Administrativo e Fiscal do Porto e Secção de Processos de SP Porto I – 1301.

Pedido: A Autora instaurou o processo de execução fiscal supra identificado, para pagamento da quantia exequenda de 197 524,12 euros, acrescidos no valor de 51 710,80 euros, perfazendo o valor total de 249 234,82 euros.

A Sociedade requereu, junto da Secção de Processo competente a anulação da dívida, por indevida, e, simultaneamente, impugnou judicialmente a execução.

Aguarda-se decisão em ambos os processos.

Processo n.º1395/11.6BEPRT (2007) - Requerido: Município de Espinho - Tribunal Administrativo e Fiscal do Porto.

Pedido: A Sociedade apresentou a 03 de março de 2011, requerimento de Injunção contra o Município de Espinho, solicitando o pagamento da quantia de 341 253,11 euros.

O Requerido deduziu oposição.

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Entretanto chegaram as partes a acordo, comprometendo-se o Município, a pagar o valor peticionado de 504 309,57 euros em 36 prestações mensais iguais e sucessivas.

Por sentença de 21 de junho de 2011 notificada com data de 01 de setembro de 2011, foi proferida sentença homologando a desistência da instância, com custas pelo Réu Município.

Processo Findo.

Processo 2019 - Requerentes: Conduril – Engenharia, S.A. e - Camilo Sousa Mota & Filhos, S.A. - Tribunal Arbitral.

Pedido: No âmbito do contrato de empreitada “Interligações das origens do Douro e Paiva – Troço Ramalde/Galegos e Estação Elevatória de Ramalde”, vieram as adjudicatárias peticionar a condenação da Sociedade no pagamento da quantia de 1 151 176,36 euros e ser reconhecido o direito às verbas pretendidas.

A Sociedade apresentou contestação, tendo as Requerentes respondido.

Em 14 de novembro de 2011, foi a Sociedade notificada da seleção dos factos provados e da base instrutória.

Não concordando com o seu teor foi apresentada reclamação quanto às mesmas.

As Requerentes responderam à reclamação.

Foi marcada audiência de produção de prova testemunhal, para o dia 11 de janeiro de 2012.

Processo n.º 5453/11.9TBVFR (2022) - Requerente: Manuel Maria Mourão Correia de Sá - Tribunal Judicial de Santa Maria da Feira

Pedido: O Requerente solicitou judicialmente a promoção da constituição e funcionamento da arbitragem referente ao “Processo de Expropriação por Utilidade Pública da Parcela de Terreno para execução do Reservatório de Vila Nova em Santa Maria da Feira”.

Recebido este pedido, ordenou a Sr.ª Juíza do processo, a notificação da Sociedade para se pronunciar. O que foi feito.

Aguarda-se desenvolvimento no processo.

Águas do Mondego, S.A.

Processo n.º 1747/10.9YYPRT - Processo de execução para pagamento de quantia certa, a correr termos nos Juízos de Execução do Porto – 2.º Juízo/2.ª Secção, proposto pela BNP PARIBAS FACTOR, INSTITUIÇÃO

FINANCEIRA DE CRÉDITO, S.A. contra a ÁGUAS DO MONDEGO. Através deste processo, a BNP pretende o pagamento, pela ÁGUAS DO MONDEGO, de determinadas quantias, pagamentos esses que resultariam da fatura n.º E010411, remetida por JOÃO SALVADOR, S.A. à ÁGUAS DO MONDEGO e de diversas faturas, remetidas pela LEIRISLENA – ENGENHARIA E CONSTRUÇÕES, S.A. à ÁGUAS DO MONDEGO. O processo ficou suspenso, atenta a

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apresentação de oposição à execução pela ÁGUAS DO MONDEGO e a prestação de caução pela ÁGUAS DO

MONDEGO;

Processo n.º 1747/10.9YYPRT-A – processo de oposição à execução para pagamento de quantia certa desencadeado pela ÁGUAS DO MONDEGO, junto dos Juízos de Execução do Porto – 2.º Juízo/2.ª Secção, na sequência do desencadeamento, pela BNP, do Processo n.º 1747/10.9YYPRT (processo de execução para pagamento de quantia certa), mencionado na alínea a) supra. A ÁGUAS DO MONDEGO apresentou oposição à execução proposta pela BNP, informando ter requerido a apensação dos autos ao processo de consignação em depósito que instaurou no Tribunal Administrativo e Fiscal de Coimbra (Processo n.º 330/10.3BECBR) e, por isso, requereu a suspensão da instância. A BNP apresentou contestação. Por despacho de 13 de julho de 2010, a instância foi suspensa até que fosse proferida decisão no processo de consignação em depósito. Após (i) a remessa dos autos do Processo n.º 330/10.3BECBR (processo especial de Consignação em depósito), referido na alínea e) infra, ao Processo n.º 1747/10.9YYPRT dos Juízos de Execução do Porto – 2.º Juízo/2.ª Secção e (ii) a determinação de que as questões relativas aos depósitos seriam apreciadas neste Processo n.º 1747/10.9YYPRT-A, e por sentença de 12 de janeiro de 2012, o pedido formulado no apenso de consignação em depósito foi julgado improcedente e a oposição à execução foi julgada parcialmente improcedente. O prazo para interposição de recurso desta sentença está em curso;

Processo n.º 1747/10.9YYPRT-B (Incidente de prestação de caução) – Desencadeado pela Águas do Mondego junto dos Juízos de Execução do Porto – 2.º Juízo/2.ª Secção, tendo em vista a determinação da suspensão do Processo n.º 1747/10.9YYPRT (Processo de execução para pagamento de quantia certa), mencionado na alínea a) supra. Notificada para se pronunciar, a BNP nada disse. Por sentença de 22 de agosto de 2011, o incidente foi julgado procedente e a caução indicada considerada idónea. A BNP interpôs recurso da sentença e a ÁGUAS DO MONDEGO contra-alegou. Por acórdão do Tribunal da Relação do Porto – 5.ª Secção, de 16 de janeiro de 2012, o recurso interposto pela BNP foi julgado improcedente e a sentença de 22 de agosto de 2011 foi confirmada. Aguarda-se uma eventual interposição de recurso por parte da BNP;

Processo n.º 1747/10.9YYPRT-C – Decorrente da remessa dos autos do Processo n.º 330/10.3BECBR (processo especial de consignação em depósito), referido na alínea e) infra, ao Processo n.º 1747/10.9YYPRT dos Juízos de Execução do Porto – 2.º Juízo/2.ª Secção. Por despacho de 9 de setembro de 2011, determinou-se que as questões relativas aos depósitos seriam apreciadas no Processo n.º 1747/10.9YYPRT-A (Oposição à execução para pagamento de quantia certa), referido na alínea b) supra, para a qual nos permitimos remeter;

Processo n.º 330/10.3BECBR – Processo especial de Consignação em depósito, a correr termos na 1.ª Unidade Orgânica do Tribunal Administrativo e Fiscal de Coimbra, em que é requerente a ÁGUAS DO

MONDEGO e em que são citadas as entidades BNP Paribas Factor, Instituição Financeira de Crédito, S.A.; António José Matos Loureiro, na qualidade de Administrador da Insolvência da Leirislena – Engenharia e Construções, S.A.; Andaluga – Aluguer de Andaimes e Máquinas para a Construção, Ld.ª; Aqualis Captações – Hidrogeologia e Sondagens, Ld.ª; Aplitinta - Proteção e Revestimentos de Betão, Lda.; Arcopintura – Construções, Pintura, Tacos e Lacagem Unipessoal, Lda.; Areia Centro - Construções, S.A.; Brastec – Construção, Ld.ª; Eliseu & Filhos, Lda.; Ernesto Alves Pinto e C.ª, Lda.; Gistec – Técnicas Cartográficas e Fotogramétricas, Ld.ª; Luís Monsanto, Unipessoal, Ld.ª; Mortelas – Construção Civil, Lda.; Nogueira

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Fernandes, Ld.ª; Noráqua – Consultores de Engenharia, Ld.ª; Rui Paulo – Muros – Construções, Ld.ª; Sodrenagens – Drenagens, Ld.ª; Soplacas – Sociedade de Placas de Betão, S.A. e Terraplanagens Oliveira e Sequeira, Lda.. A ÁGUAS DO MONDEGO desencadeou este processo em virtude da objetiva e legítima ausência de segurança na identificação do credor (ou dos credores) de determinados pagamentos, relativos a três diferentes contratos de empreitada de obras públicas: (i) EMPREITADA DA BOAVISTA; (ii) EMPREITADA DA

RONQUEIRA e (iii) EMPREITADA DO ROXO). Através deste processo, a ÁGUAS DO MONDEGO pretende que sejam declaradas extintas as obrigações pecuniárias referentes às referidas empreitadas, mediante a autorização do depósito, ainda por efetuar pela ÁGUAS DO MONDEGO, no valor de 848 351,78 euros (oitocentos e quarenta e oito mil trezentos e cinquenta e um euros e setenta e um cêntimos). Foram apresentadas cinco contestações e réplica da ÁGUAS DO MONDEGO. Por despacho de 16 de maio de 2011, os depósitos requeridos pela ÁGUAS DO MONDEGO foram admitidos. A ÁGUAS DO MONDEGO demonstrou a realização dos depósitos em 26 de maio de 2011. Por sentença de 31 de maio de 2011, a 1.ª Unidade Orgânica do Tribunal Administrativo e Fiscal de Coimbra determinou a remessa dos autos ao Processo n.º 1747/10.9YYPRT dos Juízos de Execução do Porto – 2.º Juízo/2.ª Secção, mencionado na alínea b) supra, para a qual nos permitimos remeter;

Processo n.º 154067/10.1YIPRT – Processo resultante de injunção instaurada pela BNP PARIBAS FACTOR, INSTITUIÇÃO FINANCEIRA DE CRÉDITO, S.A. contra a ÁGUAS DO MONDEGO, e que, na sequência de oposição da ÁGUAS DO MONDEGO, foi remetido para a 1.ª Secção, da 5.ª Vara do Tribunal Judicial do Porto. Através deste processo, a BNP pretende que a ÁGUAS DO MONDEGO lhe pague o montante de 174 585,64 euros (cento e setenta e quatro mil, quinhentos e oitenta e cinco euros e sessenta e quatro cêntimos), resultante da fatura n.º 1.3.20090213 e da nota de crédito n.º 4.1.20090029, ambas emitidas pela LEIRISLENA – ENGENHARIA E

CONSTRUÇÕES, S.A. – pagamento esse que é pretendido, quer pela BNP, quer por várias outras entidades, que o reclamaram junto da ÁGUAS DO MONDEGO. A ÁGUAS DO MONDEGO apresentou oposição ao requerimento de injunção, onde alegou a exceção de litispendência entre esta ação e o processo de consignação em depósito, mencionado na alínea e) supra. Por despacho de 24 de janeiro de 2011, o processo foi remetido para as Varas Mistas de Coimbra, tendo o processo sido distribuído, em concreto, à 2.ª Secção da Vara de Competência Mista de Coimbra. Para efeitos, designadamente, de saneamento do processo, teve lugar uma audiência preliminar em 3 de Junho de 2011. Por despacho de 12 de novembro de 2011, foi determinada a suspensão da instância até à decisão do Processo n.º 330/10.3BECBR (processo especial de consignação em depósito), mencionado na alínea e) supra. Relativamente ao desfecho do processo, não podemos antecipar o sentido das decisões judiciais, mas podemos adiantar que, no caso de procedência do mesmo, a ÁGUAS DO MONDEGO terá de pagar à BNP a quantia (ou parte dela) por esta peticionada, bem como as custas processuais, a serem calculadas a final;

Processo n.º 2394/10.0TBGDM – A ÁGUAS DO MONDEGO foi chamada a este processo, em que é requerente DOMINGOS LOPES – SERRALHARIA CIVIL, LDA. e requerida NORLABOR – ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO, S.A., no âmbito de arresto de créditos, por alegadamente dever à requerida o montante de 225 612,66 euros. O processo está a correr termos no 3.º Juízo Cível do Tribunal Judicial de Matosinhos. A ÁGUAS DO MONDEGO apresentou declarações relativas ao arresto de créditos, as quais foram enviadas ao Agente de Execução. Aguarda-se, neste momento, a decisão do Tribunal. Relativamente ao desfecho do processo, não podemos antecipar o sentido da decisão do Tribunal, mas podemos adiantar que, no caso de procedência do mesmo, a ÁGUAS DO

MONDEGO terá de pagar a quantia (ou parte dela) referente ao crédito arrestado.

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Águas do Norte Alentejano, S.A.

No ano de 2011 encontram-se a decorrer vários processos de injunção, relativos à reclamação de saldos em dívida por parte de alguns municípios.

Águas do Noroeste, S.A.

Autor Proc. Valor Situação em 31-dez-2011 Alberto Martins de Mesquita & Filhos, S.A. 113/10.0TYVNG 8 457 484,60 Aguarda-se desenvolvimento do processo

Alberto Martins de Mesquita & Filhos, S.A. 1636/08.7BEBRG 3 649 442,68 Aguarda-se nova continuação da audiência preliminar

Construtora do Tâmega, S.A. e Outros 256/06.5BERG 3 326 979,76 Aguarda-se nova marcação da audiência preliminar

Alexandre Barbosa Borges, S.A. 1380/11.8BEBRG 3 230 064,75 Aguarda-se desenvolvimento no processo Construtora do Tâmega, S.A. e Outros 515/05.4BERG 2 965 665,87 Aguarda-se novo julgamento Isolux Inginieria, S.A. 476/10.8BEBRG 1 578 627,90 Aguarda-se desenvolvimento no processo Município de Caminha 144/09.3BEBRG 1 073 485,23 Aguarda-se desenvolvimento no processo Maria José Maio Dias Veloso e Outros (ação contra Município da PV) 2166/08.2BEPRT 560 000,00 Aguarda-se desenvolvimento no processo BANCO BPI, S.A. 372/11.1TVPRT 343 896,58 Aguarda-se desenvolvimento no processo Município de Caminha 947/10.9BEBRG 187 773,39 Aguarda-se desenvolvimento no processo Município de Caminha 1744/11.7BEBRG 186 928,28 Foi apresentada réplica Município de Caminha 1838/11.9BEBRG 185 246,12 Aguarda oposição Município de Caminha 914/11.2BEBRG 177 287,07 Foi apresentada réplica Município de Caminha 937/10.9BEBRG 160 714,78 Aguarda-se desenvolvimento no processo Município de Caminha 1217/11.8BEBRG 157 797,87 Foi apresentada réplica Município de Caminha 1473/11.1BEBRG 151 112,57 Foi apresentada réplica Município de Caminha 1192/11.9BEBRG 146 490,23 Foi apresentada réplica Município de Caminha 183/11.4BEBRG 143 585,97 Aguarda-se desenvolvimento no processo Município de Caminha 1936/10.6BEBRG 142 186,17 Aguarda-se desenvolvimento no processo BANCO BPI, S.A. 1185/10.3TBSTS 141 526,00 Aguarda-se sentença Município de Caminha 1671/10.5BEBRG 136 337,24 Aguarda-se desenvolvimento no processo Município de Caminha 1846/11.0BEBRG 127 364,50 Aguarda oposição Município de Caminha 940/11.1BEBRG 125 673,94 Foi apresentada réplica Município de Caminha 1246/10.9BEBRG 125 602,59 Aguarda-se desenvolvimento no processo Município de Caminha 2018/10.6BEBRG 123 434,37 Aguarda-se desenvolvimento no processo Município de Caminha 1082/11.5BEBRG 116 009,30 Aguarda oposição Município de Caminha 2102/11.9BEBRG 115 893,63 Aguarda contestação Município de Caminha 1672/10.3BEBRG 115 763,26 Aguarda-se desenvolvimento no processo

AdP Serviços, S.A.

À data da elaboração das presentes demonstrações financeiras, encontra-se em curso um processo em litígio com a Construtora Abrantina e com a empresa Sociedade Fernandes e Vasconcelos, não existindo à data deste relatório qualquer conclusão sobre o mesmo.

AdRA - Águas Região de Aveiro, S.A.

ARH Centro - Proc. n.º JCT-2011-0005 ARH Centro Contraordenação ambiental Notificação10.01.2011 15 dias úteis (até 31.01.2011) Violação art. 81º, n.º 3, al. a) do DL n.º 226-A/2007, de 31.05 “A utilização dos

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recursos hídricos sem o respetivo título” constitui contraordenação muito grave, punível com coima de 38 500,00 euros – 70 000,00 euros (negligência) e 200 000,00 euros a 2 500 000,00 euros (dolo); violação 81º, 1, al. a) (comunicação prévia” e violação de 81º, n.º 3, al. u), rejeição águas degradadas sem tratamento. Sílvia M. Pires (31.01.2011) Pendente (espera resposta ARH).

ARH Centro - Proc. n.º JCT-2011-0077 ARH Centro Contraordenação ambiental Notificação25.02.2011 15 dias úteis (até 18.03.2011) Violação art. 81º, n.º 3, al. u) do DL n.º 226-A/2007, de 31.05: “Rejeição de águas degradadas sem tratamento”… Sílvia M. Pires (18.03.2011) Pendente (espera resposta ARH).

MAOT – IGAOT - CO/000825/11 (ref. S/7855/u/SE) MAOT – IGAOT); Contraordenação ambiental prevista no art. 5º, n.º 3 e punida pelo art. 67º, n.º 1, al. a) do DL n.º 178/2006, de 05.09; Recebida a 11.04.2011 (notificação a 14.04.2011) 15 dias úteis (até 09.05.2011) art. 5º, n.º 3 e punida pelo art. 67º, n.º 1, al. a) do DL n.º 178/2006, de 05.09. Violação do dever de assegurar a gestão dos resíduos Sílvia M. Pires. 09.05.2011 via email e fax. 0.05.2011 via CTT CR/AR Pendente (espera resposta IGAOT).

CMA - Câmara Municipal de Aveiro - 90/CO/2011.

CMA Contraordenação: art. 3º, n.º 1 e art. 28º, n.º 1, al. a) e n.º 3 do mesmo artigo, todos do Regula// de Obras e Trabalhos na Via Pública do município de Aveiro Recebida a 07.10.2011 20 dias úteis (até 07.11.2011) No dia 08.02.2011, na rua da Molareira, Sta. Joana, Aveiro, a AdRA procedeu ao corte de pavimento para execução de ramais de água, sem autorização municipal Sílvia M. Pires 03.11.2011 via CTT CR/AR Pendente (espera resposta CMA).

CMA - Câmara Municipal de Aveiro - 103/CO/2011: CMA Contraordenação: art. 3º, n.º 1 e art. 28º, n.º 1, al. a) e n.º 3 do mesmo artigo, todos.

Águas de Santo André, S.A.

- Processo n.º 102/09.8 BEBJA – Município de Sines, referente à Ação Administrativa Comum em Processo Ordinário no valor de 128 450,69 euros.

- Processo n.º 231/09.8 BEBJA – Município de Sines, referente à Ação Administrativa Comum em Processo Ordinário no valor de 359 200,72 euros.

- Processo n.º 232/09.6 BEBJA – Município de Santiago do Cacem, referente à Acão Administrativa Comum em Processo Ordinário no valor de 101 426,95 euros.

- Processo n.º 429/09.9 BEBJA – Município de Santiago do Cacem, referente à Acão Administrativa Comum em Processo Ordinário no valor de 109 719,44 euros.

- Processo n.º 428/09.0 BEBJA – Município de Sines, referente à Ação Administrativa Comum em Processo Ordinário no valor de 247 082,83 euros.

- Processo n.º 171/10.8 BEBJA – Município de Santiago do Cacém, referente à Ação Administrativa Comum em Processo Ordinário no valor de 127 518,02 euros.

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- Processo n.º 172/10.6 BEBJA – Município de Sines, referente à Ação Administrativa Comum em Processo Ordinário no valor de 206 619,09 euros.

- Processo n.º 396/10.6 BEBJA – Município de Sines, referente à Ação Administrativa Comum em Processo Ordinário no valor de 301 566,34 euros.

- Processo nº 397/10.4 BEBJA – Município de Santiago do Cacém, referente à Ação Administrativa Comum em Processo Ordinário no valor de 142 910,18 euros.

- Processo n.º 3/11.0 T2SNS – Ricardo Jorge Chester Correia Marcelino, referente à Ação de Impugnação Jud. Regul. e Licitude do Despedimento, sem valor.

Neste último processo a Empresa entende que não são devidos nem exigíveis quaisquer quantias, pelo que não se constituiu qualquer provisão para o efeito.

- Processo n.º 133/10.8 BEBJA – Município de Santiago do Cacém, referente à Ação Administrativa Comum em Processo Ordinário no valor de 119 666,74 euros.

- Processo n.º 134/11.6 BEBJA – Município de Sines, referente à Ação Administrativa Comum em Processo Ordinário no valor de 228 237,26 euros.

- Processo n.º 294/11.6 BEBJA – Município de Sines, referente à Ação Administrativa Comum em Processo Ordinário no valor de 122 884,33 euros.

- Processo n.º 293/10.8 BEBJA – Município de Santiago do Cacém, referente à Ação Administrativa Comum em Processo Ordinário no valor de 227 371,92 euros.

Águas do Zêzere e Côa, S.A.

- Proc. n.º 99/08.1 - BECTB - Tribunal Administrativo de Castelo Branco: Ação intentada contra a Águas do Zêzere e Côa, S.A., pelo empreiteiro Construtora Abrantina e Marsilop, relativo ao concurso H, onde é peticionado o pagamento da quantia global de 2 285 321,63 euros, relativo a custos de paragem, diferencial do cálculo de revisão de preços, indemnização por danos emergentes e lucros cessantes e custos financeiros, a que acresce o pagamento dos juros comerciais vencidos desde 31 de março de 2008. O processo aguarda despacho saneador e marcação de julgamento.

- Proc. n.º 313/08.3 - BECTB - Tribunal Administrativo de Castelo Branco: Ação intentada contra a Águas do Zêzere e Côa, S.A., pelo empreiteiro Lambelho & Ramos, Constrobi e Ecotécnica, relativo ao concurso M, onde, para além da prorrogação do prazo da empreitada, é peticionado a revogação da aplicação de multas contratuais no valor 489 410,46 euros e o pagamento de sobrecustos no valor de 321 959,08 euros. O processo aguarda despacho saneador e marcação de julgamento.

- Proc. n.º 38/09.2 - BECTB - Tribunal Administrativo de Castelo Branco: Ação intentada contra a Águas do Zêzere e Côa, S.A., pelo empreiteiro Abrantina / Marsilop, relativo ao concurso de Saneamento 10 – Subsistema do Fundão, onde estes peticionam o pagamento da quantia global de 3 254 767,52 euros, relativa a indemnização por agravamento de custos de estaleiro, de encargos de estrutura, gastos gerais e

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gastos de oportunidade, compensação por alteração ao projeto, atualização de custos e a título de reembolso de custos financeiros incorridos até 31 de dezembro de 2008, acrescidos dos vincendos até integral pagamento. O processo aguarda despacho saneador e marcação de julgamento.

- Proc. n.º 55/09.2 - BECTB - Tribunal Administrativo de Castelo Branco: Ação intentada contra a Águas do Zêzere e Côa, S.A., pelo empreiteiro Marsilop, Constrope e Águas em Processo, relativo à empreitada de condutas, reservatórios e estações elevatórias do Subsistema Sra. do Desterro – Lote III –, onde estes peticionam, para além da prorrogação legal do prazo da obra, o pagamento da quantia global de 512 798,35 euros, relativa ao ressarcimento dos sobrecustos e prejuízos por eles suportados em consequência da verificação de situações que comprometeram o equilíbrio económico e financeiro do contrato de empreitada, acrescida dos juros de mora sobre a quantia que a AdZC venha a ser condenada a pagar, contados desde a citação (02.02.09) até integral pagamento. O processo aguarda despacho saneador e marcação de julgamento.

- Proc. n.º 71/09.4 - BECTB - Tribunal Administrativo de Castelo Branco: Ação intentada contra a Águas do Zêzere e Côa, S.A., pelo empreiteiro Marsilop, Constrope e Águas em Processo, relativo à empreitada de condutas, reservatórios e estações elevatórias do Subsistema Sra. do Desterro – Lote II –, onde estes peticionam, para além da prorrogação legal do prazo da obra, o pagamento da quantia global de 539 454,26 euros, relativa ao ressarcimento dos sobrecustos e prejuízos por eles suportados em consequência da verificação de situações que comprometeram o equilíbrio económico e financeiro do contrato de empreitada, acrescida dos juros de mora sobre a quantia que a AdZC venha a ser condenada a pagar, contados desde a citação (13.02.09) até integral pagamento. O processo aguarda despacho saneador e marcação de julgamento.

- Proc. n.º 225/09.3 - BECTB - Tribunal Administrativo de Castelo Branco: Ação intentada contra a Águas do Zêzere e Côa, S.A., pelo empreiteiro Abrantina / Marsilop, relativo ao concurso I, onde estes peticionam o pagamento da quantia global de 6 077 796,43 euros, relativa a indemnização por prejuízos com meios diretos parados em obra, custos de estaleiro e de estrutura, gastos gerais, custos financeiros, custos de garantias bancárias, indemnização e juros até integral pagamento. O processo aguarda despacho saneador e marcação de julgamento.

- Proc. n.º 475/08.0 BECTB - Tribunal Administrativo de Castelo Branco: Ação intentada contra a Águas do Zêzere e Côa, S.A., pelo empreiteiro Abrantina / Marsilop, relativo ao concurso L, onde estes peticionam o pagamento da quantia global de 551 542,90 euros, relativa a custos de paragem de mão-de-obra e equipamento, diferencial do cálculo da revisão de preços, trabalhos a mais, compensação pelos danos emergentes e lucros cessantes sofridos com atrasos, custos financeiros e juros vencidos, calculados até 30 de novembro de 2008, acrescido dos vincendos, até integral pagamento. O processo aguarda despacho saneador e marcação de julgamento.

- Proc. n.º 889/09.8 - BECBR - Tribunal Administrativo de Coimbra: Ação intentada contra a Águas do Zêzere e Côa, S.A., pela Novabeira, S.A., relativa a pagamento de serviços de RSU no valor global de 3 068 508,18 euros, acrescido de juros de mora vencidos no montante de 493 185,54 euros. O processo aguarda despacho saneador e marcação de julgamento. Não obstante esta ação correr termos em Tribunal em nome da AdZC, uma vez que, à data dos contratos invocados nos autos, era esta sociedade a concessionária

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do sistema multimunicipal de tratamento de resíduos sólidos, o certo é que, por força do contrato de trespasse celebrado, em janeiro de 2009, entre a AdZC e a Resiestrela, S.A., entidade a quem foi, entretanto, atribuída a concessão, este processo, que diz respeito ao sector dos resíduos, foi transmitido a esta sociedade.

- Proc. n.º 730/09.1 - BECTB - Tribunal Administrativo de Castelo Branco: Acão intentada contra a Águas do Zêzere e Côa, S.A., pelo empreiteiro Lambelho & Ramos, relativo à empreitada de saneamento 14, onde é peticionado o pagamento uma indemnização por custos de paralisação no valor 649 644,34 euros, acrescida dos juros vencidos no montante de 158 788,54 euros e dos vincendos até integral pagamento.

- Processo de Contraordenação n.º JCT-2009-0051, onde foi levantado um auto cuja infracção pode levar a aplicação de uma coima entre 60 000 euros a 70 000,00 euros em caso de negligência e de 500 000 euros a 2 500 000 euros em caso de dolo. Foi apresentada defesa escrita na entidade administrativa, encontrando-se o processo a aguardar decisão de aplicação de coima ou de arquivamento.

- Processo de Contraordenação n.º JCT-2009-129, onde foi levantado um auto cuja infração pode levar a aplicação de uma coima entre 60 000 euros a 70 000,00 euros em caso de negligência e de 500 000 euros a 2 500 000 euros em caso de dolo. Foi apresentada defesa escrita na entidade administrativa, encontrando-se o processo a aguardar decisão de aplicação de coima ou de arquivamento.

- Processo de Contraordenação n.º JCT-2009-642, onde foi levantado um auto cuja infração pode levar a aplicação de uma coima entre 38 500 euros a 70 000,00 euros em caso de negligência e de 200 000 euros a 2 500 000 euros em caso de dolo. Foi apresentada defesa escrita na entidade administrativa, encontrando-se o processo a aguardar decisão de aplicação de coima ou de arquivamento.

- Processo de injunção n.º 390003/08.9 YIPRT, instaurado pela AdZC, em 18.11.08, contra o município da Mêda, onde é peticionada a quantia global de 357 952,48 euros [273 983,54 euros (capital) + 83 512,94 euros (juros de mora) + 456 euros (taxa de justiça)]. O processo corre termos no Tribunal Administrativo e Fiscal de Castelo Branco sob o nº 63/09.3 BECTB, onde foi proferida sentença de absolvição da instância do município por idoneidade do meio utilizado (injunção), cujo recurso foi favorável à AdZC. O Município liquidou o capital, encontrando-se em dívida o valor dos juros.

- Acão n.º 608/09.9 BECTB, instaurada pela AdZC, em 30.09.09, contra o município de Almeida, onde é peticionada a condenação deste no pagamento do valor de 214 647,56 euros (capital) + 2 768,07 euros (juros de mora). O Tribunal proferiu sentença onde condena o município a pagar à AdZC a quantia de 209 319,73 euros por dívida de capital, acrescida dos juros moratórios vencidos e vincendos, à taxa de 0,5%, por mês ou fração, desde o vencimento até efetivo e integral pagamento, condenando ainda o município a pagar a quantia de 5 327,83 euros, por dívida de taxa de recursos hídricos, acrescida de juros moratórios vencidos e vincendos, à taxa de 4% ao ano. Foi instaurada execução, onde veio a ser realizado acordo de pagamento em prestações.

- Processo de execução n.º 702/09.6 BECTB, instaurado pela AdZC, em 17.11.09, contra o município de Penamacor, onde é peticionado o pagamento da quantia global de 315 540,21 euros. O Município liquidou, entretanto, o montante de 131 202,62 euros, encontrando-se por pagar a quantia de 184 337,59 euros. O processo aguarda decisão de recurso pela AdZC quanto à questão dos juros (anatocismo).

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- Ação n.º 613/09.5 BECTB, instaurada pela AdZC, em 30.09.09, contra o município de Gouveia, onde é peticionada a condenação deste no pagamento do valor de 128 356,28 euros + 1 605,18 euros (juros de mora). O Tribunal condenou o município a pagar à AdZC a quantia de 124 387,79 euros por dívida de capital, acrescida dos juros moratórios vencidos e vincendos, à taxa de 0,5%, por mês ou fração, desde o vencimento até efetivo e integral pagamento, condenando ainda o município a pagar a quantia de 3 968,49 euros, por dívida de taxa de recursos hídricos, acrescida de juros moratórios vencidos e vincendos, à taxa de 4% ao ano. Foi instaurada execução.

- Ação n.º 611/09.9 BECTB, instaurada pela AdZC, em 30.09.09, contra o município de Figueira de Castelo Rodrigo, onde é peticionada a quantia de 209 225,59 euros (capital) + 2 734,17 euros (juros de mora). Sentença condenatória já transitada. Aguarda pagamento ou instauração de execução.

- Ação n.º 612/09.7 BECTB, instaurada pela AdZC, em 30.09.09, contra o município da Mêda, onde é peticionada a quantia de 127 760,98 euros (capital) + 1 533,67 euros (juros de mora). Aguarda despacho saneador e marcação de julgamento.

- Ação n.º 762/09.0 BECTB, instaurada pela AdZC, em 16.12.09, contra o município da Mêda, onde é peticionada a quantia de 167 936,64 euros (capital) + 1 654,85 euros (juros de mora). O Tribunal condenou o município a pagar à AdZC a quantia de 167 936,64 euros por dívida de capital de fornecimento, acrescida dos juros moratórios vencidos e vincendos, à taxa prevista no art. 3º do DL 73/99, de 16/03. Foi instaurado recurso.

- Ação n.º 607/09.0 BECTB, instaurada pela AdZC, em 30.09.09, contra o município de Manteigas, onde é peticionada a quantia de 171 533,56 euros (capital) + 2 453,44 euros (juros de mora). O processo aguarda despacho saneador e marcação de julgamento.

- Ação n.º 764/09.6 BECTB, instaurada pela AdZC, em 17.12.09, contra o município de Manteigas, onde é peticionada a quantia de 137 705,31 euros (capital) + 1 531,21 euros (juros de mora). O processo aguarda despacho saneador e marcação de julgamento.

- Processo de Contraordenação n.º 01/2006 - PNSE, onde foi levantado um auto pela ICNB cuja infração pode levar a aplicação de uma coima entre 2 493,99 euros a 2 493 989,49 euros. Foi apresentada defesa escrita na entidade administrativa, encontrando-se o processo a aguardar decisão de aplicação de coima ou de arquivamento.

- Proc. n.º 240/10.4 BECTB - Tribunal Administrativo de Castelo Branco: Ação intentada contra a Águas do Zêzere e Côa, S.A., pelo empreiteiro Constrobi/Lambelho & Ramos, Lda., relativo à empreitada de abastecimento de água à Central de Compostagem e Souto Alto e Reforço de Abastecimento de Água a Caria, onde estes peticionam o pagamento da quantia de 241 002,02 euros respeitantes ao preço de trabalhos adicionais executados e 95 737,95 euros de juros de mora vencidos, acrescido dos vincendos, até integral pagamento.

- Proc. n.º 314/10.1 BECTB - Tribunal Administrativo de Castelo Branco: Ação intentada contra a Águas do Zêzere e Côa, S.A., pelos empreiteiros Ramalho Rosa Cobertar e Conduril, relativo à empreitada de

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Saneamento – Concurso H – Lote I – Vale do Mondego e Alto Zêzere, onde estes peticionam o pagamento da quantia global de 332 857,39 euros, relativa a juros por atrasos no pagamento de faturas.

- Ação n.º 194/10.7 BECTB, instaurada pela AdZC, em 31.03.10, contra o município de Mêda, onde é peticionada a quantia de 189 133,39 euros (capital) + 3 631,39 euros (juros de mora). Aguarda despacho saneador e marcação de julgamento.

- Ação n.º 195/10.5 BECTB, instaurada pela AdZC, em 31.03.10, contra o município de Figueira de Castelo Rodrigo, onde é peticionada a quantia de 209 516,51 euros (capital) + 3 584,18 euros (juros de mora). Foi instaurada execução face à sentença condenatória no pagamento da quantia devida a título de capital e de 3 569,02 euros a título de juros, por entender que os juros calculados pela AdZC não estavam corretos. Foi efetuado acordo de pagamento em prestações.

- Ação n.º 198/10.0 BECTB, instaurada pela AdZC, em 31.03.10, contra o município de Gouveia, onde é peticionada a quantia de 242 438,17 euros (capital) + 5 785,13 euros (juros de mora). Foi proferida sentença que condenou o município a pagar à AdZC a quantia de 188 828,44 euros por dívida de capital de fornecimento, acrescida dos juros moratórios vencidos e vincendos, à taxa de 0,5% por mês ou fração, desde o vencimento até efetivo e integral pagamento, condenando ainda o município a pagar a quantia de 4 870,57 euros, por dívida de taxa de recursos hídricos, acrescida de juros moratórios vencidos e vincendos, à taxa de 4% ao ano. Foi instaurada execução.

- Ação n.º 381/10.8 BECTB, instaurada pela AdZC, em 24.06.10, contra o município de Gouveia, onde é peticionada a quantia de 226 449,86 euros (capital) + 2 887,91 euros (juros de mora). Foi proferida sentença que condenou tal município a pagar à AdZC a quantia de 221 416,40 euros por dívida de capital de fornecimento, acrescida dos juros moratórios vencidos e vincendos, à taxa de 0,5% por mês ou fração, desde o vencimento até efetivo e integral pagamento, condenando ainda o município a pagar a quantia de 5 033,46 euros, por dívida de taxa de recursos hídricos, acrescida de juros moratórios vencidos e vincendos, à taxa de 4% ao ano. Foi instauração execução.

- Ação n.º 382/10.6 BECTB, instaurada pela AdZC, em 24.06.10, contra o município de Figueira de Castelo Rodrigo, onde é peticionada a quantia de 353 031,06 euros (capital) + 4 589,04 euros (juros de mora). Aguarda marcação de julgamento.

- Ação n.º 383/10.4 BECTB, instaurada pela AdZC, em 24.06.10, contra o município de Mêda, onde é peticionada a quantia de 225 629,21 euros (capital) + 2 989,99 euros (juros de mora). Foi proferida sentença que condenou o município a pagar à AdZC a quantia de 225 629,21 euros por dívida de capital de fornecimento, acrescida dos juros moratórios vencidos e vincendos, à taxa prevista no art. 3º do DL 73/99, de 16/03. Foi interposto recurso da sentença.

- Ação n.º 384/10.2 BECTB, instaurada pela AdZC, em 24.06.10, contra o município de Celorico da Beira, onde é peticionada a quantia de 103 941,51 euros (capital) + 1 313,54 euros (juros de mora). Foi instaurada execução face à sentença condenatória.

- Ação n.º 385/10.0 BECTB, instaurada pela AdZC, em 24.06.10, contra o município de Penamacor, onde é peticionada a quantia de 240 888,95 euros (capital) + 2 692,93 euros (juros de mora). Foi proferida

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sentença que condenou o município a pagar à AdZC a quantia de 170 160,52 euros por dívida de capital de fornecimento, acrescida dos juros moratórios vencidos e vincendos, à taxa prevista no art. 3º do DL 73/99, de 16/03. Foi interposto recurso da sentença.

- Ação n.º 557/10.8 BECTB, instaurada pela AdZC, em 30.09.10, contra o município de Penamacor, onde é peticionada a quantia de 224 507,22 euros (capital) + 2 598,32 euros (juros de mora). Aguarda marcação de julgamento.

- Ação n.º 558/10.6 BECTB, instaurada pela AdZC, em 30.09.10, contra o município de Mêda, onde é peticionada a quantia de 164 947,04 euros (capital) + 1 859,36 euros (juros de mora). Foi proferida sentença condenatória. O município interpôs recurso da sentença.

- Ação n.º 559/10.4 BECTB, instaurada pela AdZC, em 30.09.10, contra o município de Gouveia, onde é peticionada a quantia de 207 031,64 euros (capital) + 2 415,08 euros (juros de mora). Foi instaurada execução face à sentença condenatória.

- Processo de Contraordenação n.º 91/PCO/10, onde foi levantado um auto pela ARH cuja infração pode levar a aplicação de coima entre 38 500 euros a 70 000 euros (no caso de negligência) e de 200 000 euros a 2 500 000 euros (no caso de dolo). Foi apresentada defesa escrita na entidade administrativa, encontrando-se o processo a aguardar decisão de aplicação de coima ou de arquivamento.

- Ação n.º 561/10.8 BECTB, instaurada pela AdZC, em 30.09.10, contra o município de Belmonte, onde é peticionada a quantia de 252 382,90 euros (capital) + 4 655,87 euros (juros de mora). Aguarda despacho saneador e marcação de julgamento.

- Processo de Contraordenação n.º 91/PCO/10, onde foi levantado um auto pela ARH cuja infração pode levar a aplicação de coima entre 38 500 euros a 70 000 euros (no caso de negligência) e de 200 000 euros a 2 500 000 euros (no caso de dolo). Foi apresentada defesa escrita na entidade administrativa, encontrando-se o processo a aguardar decisão de aplicação de coima ou de arquivamento.

- Ação n.º 690/10.6 BECTB, instaurada pela AdZC, em 20.12.10, contra o empreiteiro Abrantina /Marsilop, relativa ao concurso ES10, onde é peticionado o pagamento da quantia global de 944 194,68 euros, correspondente aos custos de reparação da ETAR do Fundão no montante de 111 264,65 euros e aos lucros cessantes no valor de 832 930,03 euros, acrescida de juros, à taxa legal, desde a data da citação até efetivo e integral pagamento.

- Ação n.º 69/11.2 BECTB, instaurada pela AdZC, em 31.01.11, contra o município de Belmonte, onde é peticionada a quantia de 209 719,18 euros (capital) + 3 949,72 euros (juros de mora). O Tribunal condenou o município a pagar à AdZC a quantia de 209 719,18 euros por dívida de capital de fornecimento, acrescida dos juros moratórios vencidos e vincendos, à taxa prevista no art. 3º do DL 73/99, de 16/03. Aguarda pagamento ou instauração de execução.

- Ação n.º 70/11.6 BECTB, instaurada pela AdZC, em 31.01.11, contra o município de Figueira de Castelo Rodrigo, onde é peticionada a quantia de 200 707,35 euros (capital) + 3 228,47 euros (juros de mora). Aguarda marcação de julgamento.

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- Ação nº 71/11.4 BECTB, instaurada pela AdZC, em 31.01.11, contra o município de Penamacor, onde é peticionada a quantia de 275 556,41 euros (capital) + 5 048,32 euros (juros de mora). Tem julgamento marcado.

- Ação n.º 72/11.2 BECTB, instaurada pela AdZC, em 31.01.11, contra o município de Manteigas, onde é peticionada a quantia de 117 067,00 euros (capital) + 1 833,62 euros (juros de mora). Aguarda despacho saneador e marcação de julgamento.

- Ação n.º 330/11.6 BECTB, instaurada pela AdZC, em 17.05.11, contra o município de Almeida, onde é peticionada a quantia de 439 113,67 euros (capital) + 15 763,25 euros (juros de mora). Aguarda despacho saneador e marcação de julgamento.

- Ação n.º 331/11.4 BECTB, instaurada pela AdZC, em 17.05.11, contra o município de Belmonte, onde é peticionada a quantia de 111 250,20 euros (capital) + 2 774,20 euros (juros de mora). Aguarda trânsito da sentença condenatória.

- Ação n.º 332/11.2 BECTB, instaurada pela AdZC, em 17.05.11, contra o município de Figueira de Castelo Rodrigo, onde é peticionada a quantia de 167 793,70 euros (capital) + 4 183,83 euros (juros de mora). Aguarda despacho saneador e marcação de julgamento.

- Ação n.º 333/11.0 BECTB, instaurada pela AdZC, em 17.05.11, contra o município de Manteigas, onde é peticionada a quantia de 133 052,60 euros (capital) + 3 284,25 euros (juros de mora). Aguarda trânsito da sentença condenatória.

- Ação n.º 334/11.9 BECTB, instaurada pela AdZC, em 17.05.11, contra o município de Penamacor, onde é peticionada a quantia de 123 235,35 euros (capital) + 3 093,26 euros (juros de mora). Aguarda despacho saneador e marcação de julgamento.

- Ação n.º 335/11.7 BECTB, instaurada pela AdZC, em 17.05.11, contra o município de Celorico da Beira, onde é peticionada a quantia de 224 580,06 euros (capital) + 8 115,45 euros (juros de mora). Aguarda trânsito da sentença condenatória.

- Ação n.º 338/11.1 BECTB, instaurada pela AdZC, em 17.05.11, contra o município de Gouveia, onde é peticionada a quantia de 339 202,21 euros (capital) + 11 919,99 euros (juros de mora). Aguarda despacho saneador e marcação de julgamento.

- Ação n.º 339/11.0 BECTB, instaurada pela AdZC, em 17.05.11, contra o município de Mêda, onde é peticionada a quantia de 341 480,78 euros (capital) + 12 222,67 euros (juros de mora). Aguarda trânsito da sentença condenatória.

- Ação n.º 413/11.2 BECTB, instaurada pela AdZC, em 30.06.11, contra o município de Almeida, onde é peticionada a quantia de 192 654,27 euros (capital) + 2 490,13 euros (juros de mora). Aguarda despacho saneador e marcação de julgamento.

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- Ação n.º 414/11.0 BECTB, instaurada pela AdZC, em 30.06.11, contra o município de Belmonte, onde é peticionada a quantia de 229 936,45 euros (capital) + 2 981,74 euros (juros de mora). Aguarda trânsito da sentença condenatória.

- Ação n.º 415/11.9 BECTB, instaurada pela AdZC, em 30.06.11, contra o município de Celorico da Beira, onde é peticionada a quantia de 142 088,33 euros (capital) + 1 788,00 euros (juros de mora). Aguarda despacho saneador e marcação de julgamento.

- Ação n.º 416/11.7 BECTB, instaurada pela AdZC, em 30.06.11, contra o município de Figueira de Castelo Rodrigo, onde é peticionada a quantia de 303 117,91 euros (capital) + 3 914,71 euros (juros de mora). Aguarda despacho saneador e marcação de julgamento.

- Ação n.º 417/11.5 BECTB, instaurada pela AdZC, em 30.06.11, contra o município de Gouveia, onde é peticionada a quantia de 245 879,64 euros (capital) + 3 179,47 euros (juros de mora). Aguarda despacho saneador e marcação de julgamento.

- Ação n.º 418/11.3 BECTB, instaurada pela AdZC, em 30.06.11, contra o município de Manteigas, onde é peticionada a quantia de 182 339,30 euros (capital) + 2 346,20 euros (juros de mora). Aguarda trânsito da sentença condenatória.

- Ação n.º 419/11.1 BECTB, instaurada pela AdZC, em 30.06.11, contra o município de Mêda, onde é peticionada a quantia de 196 780,42 euros (capital) + 2 540,37 euros (juros de mora). Aguarda despacho saneador e marcação de julgamento.

- Ação n.º 420/11.5 BECTB, instaurada pela AdZC, em 30.06.11, contra o município de Penamacor, onde é peticionada a quantia de 245 808,10 euros (capital) + 3 155,33 euros (juros de mora). Aguarda despacho saneador e marcação de julgamento.

- Processo de Contraordenação n.º 150/PCO/2011, onde foi levantado um auto pela ARH cuja infração pode levar a aplicação de coima entre 38 500 euros a 70 000 euros (no caso de negligência) e de 200 000 euros a 2 500 000 euros (no caso de dolo). Foi apresentada defesa escrita na entidade administrativa, encontrando-se o processo a aguardar decisão de aplicação de coima ou de arquivamento.

- Proc. n.º 621/11.6 - BECBR - Tribunal Administrativo e Fiscal de Coimbra - Ação interposta pela Quercus contra, entre outros, a Águas do Zêzere e Côa, S.A., onde é peticionado que seja ordenada a paragem da construção e/ou da exploração da ETAR de Alvôco das Várzeas, determinando-se a demolição da construção já erigida. Aguarda despacho saneador e marcação de julgamento.

- Ação n.º 568/11.6 BECTB, instaurada pela AdZC, em 30.09.11, contra o município de Mêda, onde é peticionada a quantia de 264 813,64 euros (capital) + 4 076,65 euros (juros de mora). Aguarda despacho saneador e marcação de julgamento.

- Ação n.º 569/11.4 BECTB, instaurada pela AdZC, em 30.09.11, contra o município de Belmonte, onde é peticionada a quantia de 285 641,33 euros (capital) + 4 324,01 euros (juros de mora). Aguarda despacho saneador e marcação de julgamento.

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- Ação n.º 570/11.8 BECTB, instaurada pela AdZC, em 30.09.11, contra o município de Penamacor, onde é peticionada a quantia de 333 860,03 euros (capital) + 5 341,72 euros (juros de mora). Aguarda despacho saneador e marcação de julgamento.

- Ação n.º 571/11.6 BECTB, instaurada pela AdZC, em 30.09.11, contra o município de Almeida, onde é peticionada a quantia de 223 843,11 euros (capital) + 3 679,64 euros (juros de mora). Aguarda despacho saneador e marcação de julgamento.

- Ação n.º 572/11.4 BECTB, instaurada pela AdZC, em 30.09.11, contra o município de Figueira de Castelo Rodrigo, onde é peticionada a quantia de 446 714,62 euros (capital) + 7 001,23 euros (juros de mora). Aguarda despacho saneador e marcação de julgamento.

- Ação n.º 573/11.2 BECTB, instaurada pela AdZC, em 30.09.11, contra o município de Manteigas, onde é peticionada a quantia de 279 041,65 euros (capital) + 4 253,44 euros (juros de mora).

- Ação n.º 574/11.0 BECTB, instaurada pela AdZC, em 30.09.11, contra o município de Celorico da Beira, onde é peticionada a quantia de 214 322,28 euros (capital) + 3 187,35 euros (juros de mora). Aguarda despacho saneador e marcação de julgamento.

- Ação n.º 575/11.9 BECTB, instaurada pela AdZC, em 30.09.11, contra o município de Pinhel, onde é peticionada a quantia de 454 912,63 euros (capital) +11 256,48 euros (juros de mora). Aguarda despacho saneador e marcação de julgamento.

- Ação n.º 643/11.7 BECTB, instaurada pela AdZC, em 17.10.11, contra o município de Gouveia, onde é peticionada a quantia de 296 910,91 euros (capital) + 5 893,76 euros (juros de mora). Aguarda despacho saneador e marcação de julgamento.

Amarsul, S.A.

No decorrer de um Pedido de Informação Vinculativo (PIV) submetido pelo grupo AdP, foi entendimento das autoridades fiscais que os acréscimos de custos do investimento contratual deixassem de ser fiscalmente aceites com a extinção do POC, e consequentemente, da Diretriz Contabilística n.º 4, e, a sua substituição pelas normas internacionais de contabilidade (IFRS/IAS). Saliente-se que a prática contabilística se mantem inalterada, tendo em conta o enquadramento contabilístico e regulatório a que a Amarsul está vinculada.

As alterações que resultaram do facto anteriormente descrito foram contabilizadas retrospetivamente, conforme preconizado nas normas, tendo as empresas aplicado o regime transitório previsto no artigo 5º do Decreto-Lei n.º 159/2009, de 13 de julho. O regime transitório prevê que os efeitos nos capitais próprios decorrentes da adoção do novo normativo (IFRS), que sejam considerados fiscalmente relevantes nos termos do Código do IRC e respetiva legislação complementar, concorrem, em partes iguais, para a formação do lucro tributável do primeiro período de tributação (exercício de 2010) e dos quatro períodos de tributação seguintes.

A Amarsul é de opinião que este entendimento coloca em causa o princípio de balanceamento dos proveitos (tarifas) e dos custos (incorridos e a incorrer), na medida em que, durante o prazo de vigência dos

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contratos de concessão celebrados com o Estado Português, não se justifica que as Concessionárias tenham de pagar impostos nos próximos 5 exercícios respeitantes a períodos de tributação anteriores, dentro de um horizonte temporal que excede claramente os 5 exercícios.

Neste contexto, a AdP - Águas de Portugal, SGPS, S.A., procedeu à entrega de uma exposição em 5 de abril de 2011 junto da DGCI com conhecimento dos Ministérios das Finanças e do Ambiente, solicitando que as correções retroativas decorrentes da alteração das políticas contabilísticas devam concorrer, em partes iguais, para a formação do lucro tributável ao longo do prazo de concessão.

Ersuc, S.A.

No âmbito dos processos de expropriação de terrenos, dada a utilidade pública, há processos que correm em tribunal, derivados da discordância entre preços dos terrenos atribuídos a algumas parcelas.

A ERSUC interpôs um processo à Agência Portuguesa do Ambiente pela cobrança da Taxa de Gestão de Resíduos e da Taxa de Gestão de Resíduos agravada.

Resiestrela, S.A.

Processo n.º 64/10.9BECTB do TAF de Castelo Branco - Executado: Município de Celorico da Beira - Data de entrada: 26/01/2010 - Valor da ação: 1 112 709,52 euros - Taxa de justiça paga: 408,00 euros Natureza e estado do processo: Ação Executiva respeitante a diversas faturas.

De acordo com a sentença proferida, em 23/04/2010, a ação foi totalmente procedente. Posteriormente à sentença, o município liquidou algumas faturas, tal como acima indicado. Para além de tais faturas, o município liquidou ainda a nota de débito n.º 2300000048, no montante de 34 824,42 euros, relativa a juros de mora.

Sendo certo que esta nota de débito não consta de qualquer dos reconhecimentos de dívida que serviram de base à ação executiva, a realidade é que a quantia de juros de mora titulada por este documento corresponde a parte da quantia de juros de mora respeitante a parte das faturas acima mencionadas e peticionadas na ação.

Entretanto foi penhorada uma conta do município, tendo o Instituto de Gestão Financeira e de Infraestruturas da Justiça (IGFIJ), em 23/08/2011, transferido 392 065,84 euros para a Resiestrela. Segundo informação do Tribunal, o IGFIJ irá, ainda, transferir 8 690,61 euros para a Resiestrela, após o que o processo ficará definitivamente concluído.

Processo n.º 66/09.8BECTB, do TAF de Castelo Branco - Réu: ADC – Águas da Covilhã, E.M. - Data da entrada: 19/11/2008 - Valor da Ação: 1 028 129,28 euros, Taxa de Justiça Paga: 1 152,00 euros + 1 152,00 euros + 1 152,00 euros.

Natureza e estado do processo: Processo resultante do requerimento de injunção intentado pela Águas do Zêzere e Côa, S.A., tendo, posteriormente, havido habilitação da Resiestrela (aceite em sentença de 31/03/2009), respeitante às faturas emitidas entre 31/07/2007 e 31/05/2008, no montante global de 950 126,26 euros.

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Por sentença 16/12/2010, foi a Ré absolvida do pedido, com fundamentação no facto de o Tribunal entender que, inexistindo contrato de entrega e receção de resíduos sólidos urbanos, inexiste, também, suporte contratual de base que legitime a emissão e a cobrança das faturas cujo pagamento é peticionado nos autos.

Por não se conformar com tal sentença, a Resiestrela, S.A. interpôs o competente recurso junto do Tribunal Central Administrativo Sul, que aí se encontra a correr termos normais.

Processo n.º 539/11.2BECTB, do TAF de Castelo Branco - Requerida: ADC – Águas da Covilhã, E.M. - Valor da Injunção: 274 442,19 euros.

Natureza e estado do processo: Requerimento de injunção respeitante às faturas n.º 5260380498, 5260380528, 5260380566, 5260380631, 5260380663 e 5260380686.

Em 29/11/2011, a Resiestrela apresentou réplica com ampliação do pedido, tendo em conta as faturas n.º 5260380969 e n.º 5260380984.

Injunção n.º 539854/9100498 - Réu: ADC – Águas da Covilhã, E.M. - Valor da Ação: 446 864,29 euros - Taxa de Justiça Paga: 153,00 euros.

Natureza e estado do processo: Requerimento de injunção respeitante às seguintes faturas: n.º 5260380727, n.º 5260380761, n.º 5260380798, n.º 5260380828, n.º 5260380854, n.º 5260380888 e n.º 5260380920.

O processo encontra-se a seguir os trâmites normais.

Processo n.º 533/08.0BECTB, do Tribunal Administrativo e Fiscal de Castelo Branco - Impugnante: Resiestrela, S.A. - Impugnado: município do Fundão - Data da entrada: 15/12/2008 - Valor da Ação: 105 931,92 euros.

Natureza e estado do processo: Ação de Impugnação da Taxa Ambiental liquidada pelo município do Fundão, intentado pela Águas do Zêzere e Côa, S.A., tendo havido posteriormente habilitação da Resiestrela, S.A. O processo encontra-se a correr os trâmites normais.

Processo n.º 1290/07.3TBCVL-B do Tribunal Judicial da Covilhã

Embargos de terceiro deduzidos pela Resiestrela, S.A. no âmbito da Ação Executiva movida pela Novaflex, S.A. à Associação de Municípios da Cova da Beira, opondo-se à penhora da Estação de Transferência de Trancoso.

O processo encontra-se a seguir os termos normais.

NUIPC 581/09.3TAGRD - Processo de Inquérito, cuja investigação se encontra a ser levada a cabo pela GNR do Fundão, motivado por denúncia efetuada pela Resiestrela, em relação à destruição, por desconhecidos, de ecopontos da sua propriedade. Uma vez que a queixa foi apresentada contra desconhecidos, afigura-se pouco provável que a Resiestrela, S. A. venha a ser ressarcida dos seus prejuízos.

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Processo n.º 300.05.21, n.º 444-E/11 da GNR da Soalheira - Processo de Inquérito, cuja investigação se encontra a ser levada a cabo pela GNR da Soalheira, motivado por denúncia efetuada pela Resiestrela, em relação à destruição, por desconhecidos, de ecopontos da sua propriedade. Uma vez que a queixa foi apresentada contra desconhecidos, afigura-se pouco provável que a Resiestrela, S.A. venha a ser ressarcida dos seus prejuízos.

Processo de contraordenação n.º CO/001811/11 da IGAOT - Contraordenação em que é imputada à Resiestrela a conduta de ter transportado resíduos de madeira provenientes da demolição do Hospital Sousa Martins na Guarda sem se fazer acompanhar de uma guia de modelo previsto na Portaria n.º 417/2008 de 11/06, sendo-lhe imputada a prática da contraordenação prevista no artigo 12º, n.º 2 do Decreto-Lei n.º 46/2008 de 12/03 e punida pelo 18.º, n.º 2, alínea h) do mesmo diploma. Foi apresentada defesa escrita, não tendo havido decisão até ao momento.

Processo de contraordenação n.º 344/2011/DSAJAL da CCDRC - Contraordenação em que é imputada à Resiestrela a conduta de ter transportado resíduos resultantes de triagem e destinados a operações de valorização sem se fazer acompanhar de uma guia de acompanhamento de resíduos, sendo-lhe imputada a prática da contraordenação prevista no art. 67º, n.º 3, al. d) e art. 21º do Decreto-Lei n.º 178/2006 de 05/09, conjugados com o disposto no n.º 2 do art. 5º da Portaria n.º 335/97, de 16/05.. Foi apresentada defesa escrita em 08/11/2011, não tendo havido decisão até ao momento.

A Resiestrela, S.A. é ainda interessada em alguns processos, que seguidamente se enumeram, nos quais não se apresenta como parte, uma vez que a parte é a Águas do Zêzere e Côa, S. A., mas cuja decisão final poderá vir a ter repercussão na contabilidade da Resiestrela, S.A., face ao disposto no contrato de trespasse da concessão do sistema multimunicipal de triagem, recolha seletiva, valorização e tratamento de resíduos sólidos urbanos da Cova da Beira:

Processo nº 889/09.9BECBR, do Tribunal Administrativo e Fiscal de Coimbra - Autor: Nova Beira – Gestão de Resíduos, S.A. - Réu: Águas do Zêzere e Côa, S.A. - Data da entrada: dezembro de 2009 - Valor da Ação: 3 561 693,72 euros - Natureza e estado do processo: Ação Administrativa Comum, sob a forma de Processo Ordinário, em que a Autora peticiona a condenação da Ré no pagamento da quantia supra mencionada, com base em prestações de serviço que não lhe teriam sido pagas. Foi requerida a habilitação da Resiestrela, S.A. neste processo, sendo que, até ao momento, não houve qualquer pronúncia por parte do Tribunal.

Processo n.º 439/08.3BECTB, do Tribunal Administrativo e Fiscal de Castelo Branco - Impugnante: Águas do Zêzere e Côa, S.A. - Impugnado: município do Fundão - Valor da Ação: 105 931,92 euros - Natureza e estado do processo: Ação de Impugnação da Taxa Ambiental liquidada pelo município do Fundão, intentado pela Águas do Zêzere e Côa, S.A. O processo encontra-se a correr os trâmites normais.

Listagem de potenciais reclamações:

Em 27/12/2011 foi recebida uma carta da Nova Beira, S.A., na qual, com referência ao contrato de prestação de serviços e de execução da exploração e gestão do sistema integrado de recolha de resíduos sólidos urbanos para o sistema de tratamento de resíduos sólidos urbanos da Cova da Beira, vem peticionado o pagamento de 4 030 862,38 euros.

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Encontra-se pendente no Tribunal Administrativo e Fiscal de Coimbra o processo n.º 889/09.8BECBR, supra descrito sob o n.º 33, em que a Nova Beira peticiona o pagamento de 3 561 693,72 euros à Águas do Zêzere e Côa, S.A. por conta da execução do mesmo contrato, desconhecendo-se se, desta feita, a Resiestrela, S.A. irá ser demandada judicialmente.

Entende-se que a Nova Beira não é credora do montante peticionado à Resiestrela, S.A., não se encontrando esta em dívida em relação ao mesmo. Acresce que, nunca a Nova Beira faturou qualquer serviço à Resiestrela, S.A., pelo que não existe qualquer crédito daquela empresa em relação a esta, não se encontrando a Resiestrela, S.A. em situação de incumprimento.

Resulima, S.A.

Impugnação judicial contra o ato administrativo da APA de liquidação definitiva da TGR, ano 2010, que corre termos no Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga.

Sanest, S.A.

Na sequência da entrada em vigor da Lei 12/2008 de 26 de fevereiro, a SANEST instaurou processos de injunção contra o município de Sintra e município de Oeiras, para recuperação de dívidas dos respetivos SMAS relacionadas com a prestação de serviços de recolha de efluentes na área do respetivo concelho, conforme Contrato de Concessão e Contrato de Recolha de Efluentes.

Na sequência do decaimento processual na injunção contra o município de Oeiras, com a absolvição do Réu (M. Oeiras) da Instância, por alegado erro na forma de processo, a SANEST interpôs uma ação comum de condenação, por forma a salvaguardar a não prescrição da dívida em questão.

No processo de injunção contra município de Sintra, a SANEST reclama o pagamento de uma dívida no montante de 1 845 277,04 euros, a que acrescem juros vencidos e vincendos, referente à faturação de janeiro de 2006 a maio de 2008, incluindo o acerto da faturação de 2006.

Na ação comum contra o município de Oeiras, a SANEST reclama o pagamento de uma divida no montante de 495 533,65 euros, a que acrescem juros vencidos e vincendos, referente ao acerto da faturação de 2006.

Simarsul, S.A.

Proc. n.º 459/11.0BEALM - processo de injunção cujo requerido é o município de Alcochete, reclamando-se o pagamento de dívida no montante de 112 566,50 euros: o Município apresentou a oposição à nossa injunção, tendo o processo sido remetido para distribuição e correndo termos no Tribunal Administrativo e Fiscal de Almada.

PROC n.º 799/11.9BEALM - processo de injunção cujo requerido é o município de Alcochete, reclamando-se o pagamento de dívida no montante de 170 257,91 euros: o Município apresentou a oposição à nossa injunção, tendo o processo sido remetido para distribuição e correndo termos no Tribunal Administrativo e Fiscal de Almada.

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PROC n.º 315245/11.0YIPRT - processo de injunção cujo requerido é o município de Alcochete, reclamando-se o pagamento de dívida no montante de 255 754,67 euros.

Proc. n.º CO/001132/09 - relativamente à ETAR da Fonte da Prata, sendo imputada à SIMARSUL uma contra-ordenações a que cabe a coima entre 60 000,00 euros a 70 000,00 euros, em caso de negligência, e de 500 000,00 euros a 2 500 000,00 euros, no caso de dolo e Proc. n.º CO/001142/09 - relativamente à ETAR da ZIA, sendo imputada à SIMARSUL uma contra-ordenações a que cabe a coima entre 60 000,00 euros a 70 000,00 euros, em caso de negligência, e de 500 000,00 euros a 2 500 000,00 euros, no caso de dolo. A IGAOT procedeu à apensação dos dois processos, condenando a SIMARSUL na pena única de 180 000,00 euros, tendo sido impugnada judicialmente a decisão.

Proc. n.º CO/15/2010 – relativamente à ETAR da Lagoinha, sendo imputada à SIMARSUL uma contra-ordenações a que cabe a coima entre 38 500 000,00 euros a 70 000,00 euros, em caso de negligência, e de 200 000,00 euros a 2 500 000,00 euros, no caso de dolo. A IGAOT condenou a SIMARSUL na coima de 38 500,00 euros, acrescida de custas de 100,00 euros, tendo sido impugnada judicialmente a decisão.

Proc. n.º CO/32/2010 – relativamente à ETAR da Quinta do Conde, sendo imputada à SIMARSUL uma contra-ordenação a que cabe a coima entre 38 500 000,00 euros a 70 000,00 euros, em caso de negligência, e de 200 000,00 euros a 2 500 000,00 euros, no caso de dolo. A IGAOT condenou a SIMARSUL na coima de 38 500,00 euros, acrescida de custas de 100,00 euros, tendo sido impugnada judicialmente a decisão.

Simlis, S.A.

Desses processos não existe qualquer expetativa que a SIMLIS vá incorrer em custos. A 31 de dezembro de 2011 estavam pendentes os seguintes processos:

Proc. n.º 441 / 06.0BELRA - TAFLeiria - Acão administrativa comum, com a forma ordinária, intentada por Construtora Abrantina, S.A., reclamando à SIMLIS a quantia de 319 967,44 euros relativamente a diferença de medições na empreitada “Execução da Rede de Saneamento de Maceira - 1.ª e 2.ª fases”. Foi paga a taxa de justiça inicial de 1 068,00 euros. Na Contestação, apresentada em 18-05-2006, deduz-se a caducidade do direito à ação e pugnamos pela improcedência do pedido. -Até à presente data não houve de qualquer despacho.

Proc. 1554/09.1BELRA – TAFLeiria - Ação administrativa comum sob a forma ordinária intentada por Construtora Abrantina, S.A., em 29-09-2009, pedindo a condenação à SIMLIS no pagamento da quantia de 139 793,28 euros relativa a custos de estaleiros e juros - “Empreitada de Execução da Rede de Saneamento de Maceira - 1.ª e 2.ª fases”.

Proc. 1552/09.5BELRA – TAFLeiria - Acão administrativa comum sob a forma ordinária intentada por Construtora Abrantina, S.A., em 29-09-2009, pedindo a condenação da SIMLIS no pagamento da quantia de 3 099 892,27 euros e juros, relativa a prejuízos com perdas de rendimento, permanência em obra, lucros cessantes, encargos financeiros e prejuízos com montagem e desmontagem de estaleiro - “Empreitada de Execução da Rede de Saneamento de Maceira- 3.ª,5.ª e 6.ª fases”.

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Proc. 1553/09.3BELRA – TAFLeiria - Acão administrativa comum sob a forma ordinária intentada por Construtora Abrantina, em 29-09-2009, pedindo a condenação de SIMLIS no pagamento da quantia de 389 165,21 euros, relativa a indemnização nos termos do n.º2 do art. 234.º do DL 59/99, por rescisão do contrato - “Empreitada de Execução da Rede de Saneamento de Maceira - 3.ª,5.ª e 6.ªfases”. Destas ações judiciais não há qualquer expectativa que venham a reverter em custos para a SIMLIS.

Simria, S.A.

a) Processos em que a SIMRIA, S.A. é demandada:

- Ação administrativa comum na forma ordinária n.º 760/05.2BEVIS, a correr seus termos no Tribunal Administrativo e Fiscal de Viseu, movida pelas sociedades CONSTRUTORA ABRANTINA, S.A. e JAIME RIBEIRO & FILHOS, S.A. em que, no âmbito da empreitada denominada “Sistema Multimunicipal de Saneamento da Ria de Aveiro – Interceptores Sul e Vouga – Condutas”, se pede que a SIMRIA, S.A. seja condenada a reconhecer o direito das Autoras à prorrogação legal do prazo daquela empreitada até abril de 2003 e a pagar a estas uma indemnização no valor de 8 896 803,00 euros, acrescida dos respetivos juros vencidos e vincendos à taxa legal.

Neste processo a SIMRIA, S.A. deduziu pedido reconvencional contra as Autoras, reclamando destas uma indemnização no valor de 7 820 565,53 euros, acrescido de juros, a título de multas aplicadas ao empreiteiro por atraso na execução da obra, lucros cessantes, danos de imagem e outros.

Nesta ação, aguarda-se a elaboração do despacho saneador pelo tribunal e respetiva notificação às partes, posto o que prosseguirão os ulteriores termos processuais.

- Ação administrativa comum na forma ordinária n.º 1075/08.0BEVIS, a correr seus termos no Tribunal Administrativo e Fiscal de Viseu, movida pelas sociedades CONSTRUTORA ABRANTINA, S.A. e JAIME RIBEIRO & FILHOS, S.A. em que, no âmbito da empreitada denominada “Sistema Multimunicipal de Saneamento da Ria de Aveiro – Interceptores Sul e Vouga – Condutas”, se pede que a SIMRIA, S.A. seja condenada a reconhecer o direito das Autoras à prorrogação legal do prazo daquela empreitada até 24 de setembro de 2004 e a pagar a estas a quantia de 4 407 430,48 euros, a título de indemnização por prejuízos alegadamente sofridos pelo empreiteiro na referida empreitada, trabalhos a mais, revisão de preços e juros de mora por alegado desfasamento entre os pagamentos contratualmente esperados e os realmente verificados.

Nesta ação, aguarda-se a elaboração do despacho saneador pelo Mmo. Juiz, seguindo-se os ulteriores termos processuais.

- Ação ordinária n.º 5688/10.1TBVFR, a correr seus termos no 2.º Juízo Cível do Tribunal Judicial de Santa Maria da Feira, movida por Carlos Leandro Melo e esposa, em que se pede a condenação da SIMRIA, S.A. no pagamento aos Autores da quantia global de 105 376,00 euros, acrescida de juros à taxa legal, a título de indemnização pelos danos alegadamente sofridos em propriedade daqueles, no decurso da empreitada denominada “Sistema Multimunicipal de Saneamento da Ria de Aveiro – Subsistema da Barrinha de Esmoriz – Interceptores de Silvalde e Beire”. Neste processo, foi elaborado despacho saneador pelo Mmo.

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Juiz e, subsequentemente, foram indicados os meios de prova pelas partes, aguardando-se que seja deferida a realização de prova pericial ao prédio dos autos.

- Execução Comum n.º 6023/09.7T2OVR, a correr seus termos na Comarca do Baixo Vouga, Ovar – Juízo de Execução, proposta por Saul Coutinho de Almeida e esposa, em que é dada à execução uma sentença em que foram solidariamente condenadas a SIMRIA, S.A., Construtora Abrantina, S.A., Jaime, Ribeiro & Filhos, S.A., CME – Construção e Manutenção Eletromecânica, S.A. e a Companhia de Seguros Tranquilidade, S.A. a reparar todos os danos sofridos pela moradia dos Exequentes, e a indemnizá-los por todos os danos patrimoniais e não patrimoniais, a liquidar na execução. O valor da execução é de 159 540,00 euros. Neste processo foi deduzida oposição à execução, estando neste momento em curso a realização de prova pericial.

b) Processos em que a SIMRIA, S.A. é Autora:

- Ação administrativa comum na forma ordinária n.º 994/09.0BEAVR, a correr seus termos no Tribunal Administrativo e Fiscal de Aveiro, proposta contra o município de Vagos, em que se pede a condenação do referido município no pagamento da quantia total de 179 037,36 euros, acrescida de juros, referente a serviços de recolha, tratamento e rejeição de efluente, prestados pela SIMRIA, S.A. e não pagos por aquela autarquia. Neste processo, encontra-se agendada a Audiência de Discussão e Julgamento para o próximo dia 27 de setembro de 2011, posto o que seguir-se-ão os ulteriores termos processuais.

- Injunção n.º 293757/11.8YIPRT, a correr seus termos no Balcão Nacional de Injunções, proposta contra o município de Vagos, em que se pede a condenação do referido município no pagamento da quantia total de 223 854,44 euros, e juros vincendos contados à taxa legal comercial, referente a serviços de recolha, tratamento e rejeição de efluente, prestados pela SIMRIA, S.A. e não pagos por aquela autarquia. Neste processo, aguarda-se o decurso do prazo da oposição do requerido.

Valorminho, S.A.

Impugnação Judicial contra o ato administrativo da APA de liquidação definitiva da Taxa de Gestão de Resíduos, referente ao ano de 2010 que corre termos no Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga.

ii) Direitos e Obrigações

Águas do Algarve, S.A.

De acordo com o n.º12 da Cláusula 17ª protocolado com o INAG (Instituto da Água), a Águas do Algarve, S.A. tem um custo de 1 000 000,00 euros/ano, destinado à comparticipação nas despesas das obras e manutenção do Sistema de Odeleite-Beliche. Este custo encontra-se refletido na contabilidade, conta 62 - FSE. A Águas do Algarve tem um protocolo com o ICNB - Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade, o qual pressupõe uma contribuição anual de 280 000 euros, atualizado à taxa de inflação, destinada à exploração e manutenção do Centro Nacional de Reprodução do Lince Ibérico.

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Águas de Trás-os-Montes, S.A.

Os principais direitos e obrigações da empresa podem ser sistematizados no seguinte: Aprovação por Bruxelas das candidaturas submetidas pelo estado português, no âmbito do QREN 2007-2013, com vista ao desencadear das iniciativas previstas para o setor, assim como a aprovação do PEAASAR II. Finalizar com alguns municípios, o processo de adesão às baixas, e preparar com os mesmos o plano de ação a desencadear. Consolidar o modelo organizacional recentemente implementado com as opções estratégicas, assim como promover ações com vista ao desenvolvimento pessoal dos colaboradores. Dar continuidade ao plano de investimentos assegurando a execução das infraestruturas, dentro dos prazos contratualizados. Promover a operacionalidade dos sistemas de abastecimento de água e de saneamento com eficácia, garantindo a qualidade do processo. Prosseguir com o plano de ações de sensibilização ambiental, assim como do uso racional e eficiente dos recursos disponíveis. Prosseguir com a contratualização de recursos financeiros, de médio o longo prazo, assim como obter, dentro dos prazos previstos, os apoios aprovados para o investimento elegível.

Simlis, S.A.

Como factos mais relevantes do primeiro semestre de 2011 destacam-se: débito dos estudos e projetos das Redes de Saneamento Doméstico “em Baixa” aos municípios; volume de negócios: 7,9 milhões de euros; volume de efluente tratado: 11,6 milhões de metros cúbicos, dos quais 19 mil metros cúbicos são efluente suinícola; Foi assinado acordo transacional de dívida com o município de Ourém no valor de 220 047,84 euros.

Grupo ANA

Descrição 2011 2010

Processos de natureza labora006C 1 563 240

Processos de natureza cível 0 210

Processos de expropriação 510 512

Processo de indemnização por anulação de adjudicação de contrato 134 134

Custas contingentes do processo de propriedade dos terrenos do ALS movido pela Câmara Municipal de Lisboa contra o Estado, ANA, EP e TAP

150 150

Processo de indemnização por acidentes de Viação 314 314

Acção Administrativa por danos causados pela inviabilização de loteamento 103 103

Acções contra a ANAM, no âmbito do Projecto de ampliação do Aeroporto do Funchal 299 299

Acções de contestação à aplicação da taxa de tráfego 266 266

Acções de contestação à revogação de licenças de ocupação 0 92

Acções Administrativas 34 810 + 1 370 / mês até fim processo

34 810 + 1 370 / mês até fim processo

Acções de Indemnização por danos 589 0

Acções de insolvência 133 0

Processo de concurso para licenciamento 468 0

Outras responsabilidades 615 435

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O Município de Lisboa instaurou contra o Estado, ANA Aeroportos de Portugal, SA e TAP Portugal, SA uma ação relativa à titularidade dos terrenos do aeroporto de Lisboa, que corre termos no Tribunal Judicial de Lisboa (processo n.º 301/1995), pedindo ao Estado, no que respeita aos terrenos afetos à atividade aeroportuária uma indemnização no valor de 390 milhões de euros, a que acresceriam juros compensatórios de 15%, pela alegada expropriação ou mutação do domínio municipal para o domínio público, e, no que respeita às áreas não afetas à atividade aeroportuária, o reconhecimento da titularidade do município de Lisboa e a sua imediata restituição. Tratando-se de uma ação que respeita essencialmente a um litígio entre o Município de Lisboa e o Estado, a responsabilidade patrimonial da ANA, em caso de procedência da ação, corresponderia apenas às custas.

Grupo TAP

i) Ativos contingentes

Em 31 de dezembro de 2011 e 2010 o Grupo não possuía ativos contingentes.

ii) Passivos contingentes

A subsidiária brasileira TAP ME Brasil possui ações de naturezas tributária, cívil e laboral, envolvendo riscos de perda classificados pela Administração como possíveis, com base na avaliação dos seus consultores jurídicos, para as quais não foi constituída provisão.

Ações laborais

(i) FGTS não depositado entre 2002/2004 e Periculosidade/Insalubridade

Valor: 75 212 milhares de euros

A principal ação laboral trata-se de um processo movido pelo sindicato onde é reclamado o depósito do FGTS entre o período 2002 e 2004 de todos os funcionários de Porto Alegre.

A outra ação refere-se, ao requerimento de pagamento adicional de insalubridade e periculosidade, para todos os funcionários que exercem a função de auxiliar de manutenção de aeronaves em Porto Alegre. Após análise da prova pericial, foi concluído que as atividades exercidas não se caracterizam como perigosas ou insalubres. O processo encontra-se no TST (Brasília) com recurso do Sindicato para ser julgado.

A TAP ME Brasil entende, baseada em informações provenientes dos seus advogados, que destes processos não resultarão impactos materialmente relevantes, suscetíveis de afetar as suas demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2011.

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Ações fiscais

(ii) Execução fiscal de obrigação de pagamento de ICMS – Imposto na importação de mercadorias

Valor: 117 260 milhares de euros

Em março de 2009, foi lavrado um auto de infração contra a TAP ME Brasil sobre a suposta exigência do pagamento de ICMS, o qual incide sobre a importação de mercadorias. A subsidiária apresentou impugnação administrativa sobre o auto de infração que foi julgado procedente. Em dezembro de 2009, o recurso do Estado foi julgado procedente no Conselho de Contribuintes. De acordo com os advogados desta subsidiária, a probabilidade de perda é possível na esfera administrativa e remota na esfera judicial.

(iii) Execução fiscal de obrigações acessórias de ICMS – Imposto na importação de mercadorias

Valor: 10 708 milhares de euros

Em dezembro de 2007, a subsidiária foi notificada, no âmbito de uma execução fiscal, proposta pela Fazenda do Estado de São Paulo (Guarulhos), relativa a obrigações acessórias de ICMS. A subsidiária realizou a penhora de 2% da faturação, bem como a suspensão da execução com as razões para a revisão da execução fiscal. Atualmente, a subsidiária está a aguardar a decisão do Juiz em relação à suspensão da execução. A probabilidade de êxito por parte da subsidiária é considerada possível.

(iv) Auto de infração de II/IPI/PIS/COFINS – Importação

Valor: 82 299 milhares de euros

A subsidiária foi notificada pela Reserva Federal, em 16 de outubro de 2007, que entendeu não serem aplicáveis às operações de importação da subsidiária a isenção de II e IPI e a alíquota 0% de PIS e COFINS. Aguarda-se o julgamento da defesa apresentada pela subsidiária. A TAP ME Brasil entende, baseada em informações provenientes dos seus advogados, que deste processo não resultarão impactos materialmente relevantes, suscetíveis de afetar as suas demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2011. A probabilidade de êxito por parte da subsidiária é considerada possível.

Outras

(v) Fundo AERUS - fundo de pensões Brasil

Valor: 16 500 milhares de euros

Em 2009, a sociedade gestora do fundo AERUS (fundo de pensões Brasil) alegou que a TAP ME Brasil possuía dívidas, não reconhecidas na transferência de responsabilidades com benefícios pós-emprego para o referido fundo, de cerca de 16,5 milhões de euros (40 milhões de Reais), por ser co-responsável pelo deficit dos fundos de pensões de outros patrocinadores (VARIG e VASP). Segundo a avaliação da Administração da TAP ME Brasil, fundamentada na opinião dos seus assessores jurídicos, a dívida apresentada pela AERUS não possui fundamentação legal. A estimativa de probabilidade de que a TAP ME Brasil venha a pagar essa dívida é remota. Consequentemente, em 31 de dezembro de 2011, a subsidiária não registou qualquer provisão para fazer face a esta contingência.

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(vi) Ativos penhorados

Valor: 21 384 milhares de euros

A subsidiária TAP ME Brasil possui diversos bens ativos penhorados, no valor de 21 384 milhares de euros (25 852 milhares de euros em 2010), que se referem a garantias requeridas em processos fiscais e laborais. Entre os bens encontram-se veículos, computadores, componentes, itens dos hangares do Rio de Janeiro e Porto Alegre, entre outros.

A divulgação do passivo contingente, efetuada em 31 de dezembro de 2010, referente ao auto de infração IRPJ/CSLL/PIS/COFINS do exercício de 2002, não é aplicável à data de 31 de dezembro de 2011, dado que em 2011 foi realizado um trabalho para identificação de documentação comprovativa das despesas. Em posse da documentação, os advogados da subsidiária TAP ME Brasil classificam as probabilidades de perda como remotas, em 31 de dezembro de 2011.

A Câmara Municipal de Lisboa interpôs, em exercícios anteriores, no Supremo Tribunal Administrativo, um recurso que se encontra pendente da decisão do Governo Português, consubstanciado no Decreto-Lei n.º 351/89, de 13 de outubro, ao abrigo do qual se processou a transferência para a propriedade da TAP S.A. dos terrenos, edifícios e outras construções, utilizados pelo Grupo TAP, e localizados junto do Aeroporto de Lisboa, desafetando-os do domínio público. Paralelamente, foi colocada uma ação cível, cuja tramitação depende do desfecho do processo atrás referido. A TAP S.A. entende, baseada em informações provenientes dos seus advogados, que, do desfecho destes processos judiciais, não resultarão impactos materiais, suscetíveis de afetar as suas demonstrações financeiras, em 31 de dezembro de 2011.

Grupo Baía do Tejo

i) Passivos contingentes

Em 31 de dezembro de 2011 existe uma responsabilidade contingente correspondente a uma contraordenação ambiental que a Inspeção Geral do Ambiente manifestou intenção de aplicar, que se encontra reclamada no Ministério do Ambiente. Em Fevereiro de 2011 em decisão do Tribunal foi aplicado uma coima de 15 milhares de euros à Baia do Tejo que foi impugnada, encontrando-se em fase de audiência de julgamento. Não foi constituída qualquer provisão para esta ação por haver incerteza acerca da tempestividade ou da quantia do dispêndio futuro necessário para a sua liquidação, caso esta venha efetivamente a ocorrer, embora seja convicção do Conselho de Administração que tal não ocorra.

Em 31 de Dezembro de 2011 existem ainda vários processos judiciais em curso com um fornecedor que reclama o pagamento de faturas em dívida e respetivos juros de mora, bem como de outros trabalhos prestados, sendo o montante global da ação de 4 732 milhares de euros. Em resultado da decisão do tribunal proferida em Junho de 2010 e relativa a um dos processos, a Baía do Tejo foi condenada ao pagamento de faturas em dívida. Contudo foi interposto recurso, requerendo efeito suspensivo e prestada garantia bancária no montante de 1 666 milhares de euros. Contudo, foi também proferida sentença

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favorável à Baía do Tejo relativa a uma das ações em que são reclamados juros por atraso no pagamento de faturas.

Salienta-se que, do valor da dívida reclamada a Empresa tem registada uma fatura no montante de 635 milhares de euros. Por outro lado, uma vez que este assunto está relacionado com o processo de despoluição dos pós históricos da Maia, todos os gastos deste processo foram assumidos pelo Estado, por Despacho do Senhor Secretário de Estado do Tesouro e Finanças nº 814/08-SETF, de Outubro, pelo que não foi constituída qualquer provisão.

Ainda relacionado com o processo dos Pós históricos da Maia decorre em contencioso um processo, interposto em Julho de 2008, contra a Urbindústria, Snesges, SN Longos e o fornecedor acima referido, referente a um pedido de suposta remoção de resíduos depositados indevidamente nos terrenos do autor da ação. O pedido da ação ascende a 1 045 milhares de euros. Tal como na situação acima referida, assume-se que os eventuais encargos que possam ocorrer serão assumidas pelo Estado, não sendo por isso constituída qualquer provisão para o efeito.

Aspetos gerais

No âmbito do processo de liquidação da Siderurgia Nacional, SGPS, S.A., foram assumidas pela Urbindústria, mediante Despacho Conjunto dos Secretários de Estado do Tesouro e das Finanças e da Indústria e Energia, as responsabilidades que aquela Empresa tinha assumido, no âmbito dos acordos celebrados em Julho de 1995, com a Lusosíder, Aços Planos, S.A., com a Siderurgia Nacional – Empresa de Produtos Longos, S.A., e com a Siderurgia Nacional – Empresa de Serviços, S.A., (posteriormente transformada em SNESGES), relacionadas com ações de descontaminação ambiental, tratamento de resíduos sólidos e sedimentos nas instalações destas sociedades, no Seixal e na Maia, que tivessem sido gerados antes da constituição das mesmas.

No âmbito dos mencionados acordos de 1995 a então Siderurgia Nacional – Empresa de Serviços, S.A., também assumiu responsabilidades ambientais de natureza semelhante.

Deste modo, e face ao processo de fusão operado em 2009, as referidas responsabilidades foram todas integradas na Baía do Tejo.

Por sua vez, a ex-Quimiparque, ao integrar no seu património uma área industrial, no Barreiro, onde, ao longo dos anos, se desenvolveram diversas indústrias químicas, assumiu igualmente responsabilidades decorrentes dos diversos resíduos e sedimentos existentes no referido território.

Instalações siderúrgicas da Maia

Em 1998 deu-se início ao processo de descontaminação ambiental dos resíduos da fábrica da Maia, pertencente à SN Longos.

No entanto, na sequência de uma determinação da Direção Regional do Ambiente e Ordenamento do Território – Norte, foram suspensos os trabalhos de remoção de resíduos, para clarificação de dúvidas relacionadas com as quantidades e classificação dos resíduos removidos e a remover. Em resultado desta decisão, o Conselho de Administração da altura decidiu suspender o pagamento de faturas apresentadas

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diretamente pela entidade responsável pela remoção dos resíduos, até completo esclarecimento da situação.

Em consequência da suspensão dos trabalhos e do pagamento das faturas foram, entretanto e numa primeira fase, intentados processos de injunção por parte da empresa responsável pela remoção dos resíduos, no valor global de 1 648 milhares de euros, reclamando o pagamento das faturas vencidas.

A Empresa deduziu oposição, tendo em consideração as dúvidas existentes relacionadas com as quantidades de resíduos removidos, tendo prestado garantia pelo montante global reclamado pelo fornecedor.

Entretanto, uma das faturas em causa, no montante de 1 013 milhares de euros, foi devolvida, por se entender que não correspondia a serviços efetivamente prestados.

Os restantes 635 milhares de euros encontram-se registados em Fornecedores conta corrente, muito embora não estejam a ser reconhecidos juros vencidos.

Adicionalmente, a empresa prestadora dos serviços de remoção intentou ainda mais três ações judiciais contra a Empresa, requerendo o pagamento de juros de mora pelo atraso no pagamento das faturas, nos montantes de 1 606 milhares de euros, 46 milhares de euros e 1 285 milhares de euros.

O Tribunal proferiu, em Junho de 2010, decisão desfavorável à Baia do Tejo, tendo esta interposto recurso, requerendo efeito suspensivo e prestado garantia bancária. Contudo, foi também proferida sentença favorável à Baía do Tejo, em sede de tribunal da Relação, relativa a uma das ações em que são reclamados juros por atraso no pagamento de faturas.

As demonstrações financeiras não refletem qualquer responsabilidade relacionada com estes processos, entendendo o Conselho de Administração que assiste razão à Empresa. No entanto, ainda que tal não se verifique, qualquer responsabilidade adicional que recaia sobre a Baia do Tejo será repercutida sobre o Estado, atendendo a que se trata de responsabilidade ambientais por factos ocorridos no período pré-privatização.

Entretanto, foi já concluída a empreitada de remoção dos pós históricos remanescentes que ainda permaneciam nas instalações da SN-Longos Maia, tendo sido emitido pela Agência Portuguesa do Ambiente o Atestado de Não Contaminação da área de intervenção em causa, nos termos previstos no Acordo celebrado em Dezembro de 2009 entre a Urbindústria, a SN-Longos e a Parpública. No âmbito da assunção, pelo Estado, destas responsabilidades, esta empreitada não gera qualquer impacte sobre a conta de exploração da Baia do Tejo.

Instalações siderúrgicas do Seixal

Com a transformação da Siderurgia Nacional, Empresa de Serviços, S.A., dando origem à SNESGES, operada em 2005, os principais objetivos da gestão centraram-se no desenvolvimento do estudo de Ordenamento Urbano e Paisagístico de reconversão da área afeta à atividade siderúrgica do Seixal, perspetivando-se a criação nesta zona de um Pólo Empresarial, no qual venham a sediar-se novas unidades empresariais destinadas à indústria, comércio e serviços, zonas de habitação, de recreio e de lazer junto ao rio.

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Neste contexto, foi celebrado um Protocolo, em 5MAI2005, com as Câmaras Municipais do Seixal e do Barreiro, visando a elaboração do Estudo Preliminar de Acessibilidades Rodoviárias e Ferroviária Ligeira entre estes dois Concelhos. Em 2006 foi aprovado em sessão camarária da Câmara do Seixal o referido Estudo, de forma a integrar o Plano Diretor Municipal.

Ainda em 2005 foi adjudicado a uma empresa qualificada a realização de um estudo de enquadramento estratégico dos terrenos da antiga Siderurgia Nacional e da Quimiparque, tendo sido definidas como prioridades do estudo a requalificação ambiental dos terrenos, o conjunto de acessibilidades aos referidos parques empresariais e infraestruturas necessárias às utilizações previstas para os referidos terrenos.

A Câmara Municipal do Seixal comunicou, através de ofício datado de 15MAR2007, que tinha sido aprovado a elaboração do Plano de Pormenor da área da ex-Siderurgia Nacional, tendo ficado concluído, no decurso de 2008, a primeira fase do plano, com a entrega do estudo preliminar.

Entretanto, foram concluídas, no decurso do exercício de 2009, as ações relativas às demolições de parte significativa dos edifícios desativados e ao desmantelamento dos equipamentos afetos à antiga atividade siderúrgica, bem como à respetiva limpeza dos terrenos.

Na sequência do Despacho Conjunto nº 28.176/2007, de 24 de Agosto, dos Ministérios do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional e da Economia e da Inovação, visando a inventariação, qualificação e quantificação dos passivos ambientais por solos contaminados em zonas agrícolas, industriais e de exploração mineira, entre outras, e consequente aplicação de um plano de investimento para a sua recuperação, foi constituído um Grupo de Trabalho para definir orientações e prioridades no domínio da reabilitação das áreas contaminadas e enquadrar o programa de investimento neste domínio a submeter a financiamento comunitário no âmbito dos Programas Operacionais do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN 2007-2013).

Neste contexto, foi constituído, em Dezembro de 2008, um ACE juntamente com a Empresa Geral de Fomento, com o objetivo de coordenar e preparar a candidatura ao Programa Operacional de Valorização do Território, com vista à obtenção de financiamento comunitário necessário à realização do programa de requalificação ambiental dos terrenos anteriormente afetos à atividade siderúrgica no Seixal.

No âmbito deste ACE foi adjudicado o Estudo final de caraterização do estado de contaminação dos solos e águas subterrâneas e definição dos usos futuros do território, avaliação do risco e definição de cenários de descontaminação e respetiva estimativa de custos, bem como a prestação de serviços de fiscalização deste estudo.

A candidatura deste Estudo aos apoios do POVT teve decisão favorável, envolvendo um contrato de financiamento de 500 milhares de euros já assinado, com uma comparticipação de 350 milhares de euros.

O referido Estudo foi concluído no 4º trimestre de 2011 e encontra-se em elaboração o Plano Diretor de Intervenção a apresentar à Agência Portuguesa do Ambiente e ao P.O.V.T./Q.R.E.N. para validação e posterior apresentação de novas candidaturas a fundos comunitários no sentido de prosseguir com as ações de remoção de resíduos e de descontaminação de solos e águas subterrâneas.

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Entretanto, em 2010, foi apresentada uma segunda candidatura ao POVT, envolvendo a remoção dos resíduos depositados no Vazadouro Central e no Vazadouro I, as respetivas ações de fiscalização, bem como do seu transporte e entrega em destino final adequado para valorização / tratamento / eliminação. Esta candidatura, que já foi objeto de decisão favorável de financiamento, contempla uma estimativa de investimento de 12 974 milhares de euros, com uma comparticipação comunitária estimado de 9 082 milhares de euros.

Encontra-se constituída uma provisão no montante de 9 016 milhares de euros, para fazer face às responsabilidades ambientais decorrentes em questão. Adicionalmente, existe ainda uma outra provisão, destinada a acautelar encargos com desmantelamento de instalações, no montante de 499 milhares de euros, totalizando 9 515 milhares de euros.

Deste modo, o Conselho de Administração não se encontra ainda em condições de avaliar se a provisão constituída será, ou não, suficiente para fazer face aos encargos envolvidos de responsabilidade da empresa.

Instalações industriais do Barreiro

O processo relativo às responsabilidades ambientais decorrentes da atividade industrial desenvolvida nos terrenos do Parque industrial do Barreiro tem muitas semelhanças com o referido a propósito dos terrenos do Seixal.

Na sequência do referido Despacho Conjunto nº 28.176/2007, de 24 de Agosto, foi igualmente constituído, no final de 2008, um outro ACE, envolvendo também a Empresa Geral de Fomento, com o objetivo de coordenar e preparar a candidatura ao Programa Operacional de Valorização do Território, com vista à obtenção de financiamento comunitário necessário à realização do programa de requalificação ambiental da zona industrial do Barreiro pertencente à Baia do Tejo.

O trabalho desenvolvido por este ACE conduziu à adjudicação do estudo final de caraterização do estado de contaminação dos solos e águas subterrâneas e definição dos usos futuros do território, avaliação do risco e definição de denários de descontaminação e respetiva estimativa de custos, bem como a prestação de serviços de fiscalização deste estudo.

A candidatura deste Estudo aos apoios do POVT teve decisão favorável, envolvendo um contrato de financiamento de 500 milhares de euros, assinado em Setembro passado, com uma comparticipação de 350 milhares de euros.

O referido Estudo foi concluído no 3º trimestre de 2011 e encontra-se em elaboração o Plano Diretor de Intervenção a apresentar à Agência Portuguesa do Ambiente e ao P.O.V.T./Q.R.E.N. para validação e posterior apresentação de novas candidaturas a fundos comunitários no sentido de prosseguir com as ações de remoção de resíduos e de descontaminação de solos e águas subterrâneas.

Entretanto, e na sequência do concurso realizado, foi já adjudicada e concluída a empreitada de remoção dos resíduos depositados no Parque de Lamas de Zinco. Este investimento foi contratualizado por

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4 355 milhares de euros, tendo merecido uma decisão favorável de cofinanciamento, no montante de 3 048 milhares de euros.

Não obstante os trabalhos em curso contribuírem para a redução das responsabilidades ambientais, não é ainda possível estimar o volume global de encargos que resultarão para a Baía do Tejo, decorrentes das responsabilidades ambientais, não se encontrando constituída qualquer provisão específica para as responsabilidades existentes no território do Barreiro.

Contudo, e conforme referido em iii), encontram-se constituídas provisões, no montante de 7 229 milhares de euros (9 515 milhares de euros em 2010), para fazer face a responsabilidades de natureza ambiental.

57 - Eventos subsequentes relevantes

i) PARPÚBLICA

À data de emissão das demonstrações financeiras relativas ao período findo em 31-12-2011 haviam sido celebrados contratos relativos à venda de 40% das ações da REN e dos 15% do capital detido na HCB. Quanto à REN o preço foi superior ao custo da participação o que indiciou não haver situação de imparidade para a participação. Para a HCB o preço foi indicador para reconhecimento de perda por imparidade adicional.

ii) Grupo AdP

O Orçamento de Estado para 2012, no n.º 1 do artigo 58º estabelece que as autarquias locais que tenham dívidas vencidas às entidades gestoras dos sistemas multimunicipais do setor da água, do saneamento básico e dos resíduos devem apresentar até ao dia 15 de fevereiro, ao ministério da tutela setorial, as condições de regularização dos respetivos débitos.

Para esse efeito o Grupo AdP, através da holding, informou os Senhores Ministros da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território e do Estado e das Finanças, das dívidas vencidas e totais dos municípios às empresas do grupo Águas de Portugal, onde se encontram as devidas a esta empresa, bem como de uma proposta com as condições por ora praticadas pelas empresas do Grupo nos casos em que existem dívidas vencidas e sobre as quais já foram firmados acordos de pagamento que se encontram em integral cumprimento, e que incluem entre outros, os seguintes pressupostos:

- pagamento regular e dentro dos prazos fixados do serviço regular contratualizado; - pagamento da dívida apurada a 31 de dezembro de 2011, num prazo máximo que equivale ao dobro dos meses em atraso; - pagamento de juros financeiros calculados com base na média das taxas de juro bancário, para operações de curto prazo, praticadas pelas instituições bancárias comerciais com quem a empresa tem em vigor contratos de financiamento; - as prestações a definir no plano de pagamentos serão pagas através de transferência bancária;

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- o atraso no pagamento das prestações definidas no plano de pagamentos, por um período superior a 60 dias, equivale ao incumprimento total do presente acordo e confere o direito ao recebimento das prestações vencidas e vincendas; e - autorização para que possam ser cedidos os créditos previstos e reconhecidos nos acordo, no todo ou em parte, a terceiros.

Na presente data, e tanto quanto é do nosso conhecimento, essa proposta de recuperação das dívidas está em discussão entre o Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território e a Associação Nacional de Municípios Portugueses, de modo a que a proposta final permita comprometer decisivamente as Autarquias Locais a esses Planos de Recuperação de Dívidas. No dia 2 de fevereiro de 2012, em Assembleia Geral da AdP – Águas de Portugal, SGPS, S.A., foram eleitos novos membros dos órgãos sociais.

iii) Grupo TAP

Na sequência do acordo de venda de 50,1% do capital da SPdH, os empréstimos concedidos pela TAP SGPS a esta associada, no montante total de 119 379 milhares de euros, até 31 de dezembro de 2011, foram convertidos em prestações acessórias, para cobertura de prejuízos, por decisão da Assembleia Geral realizada em 31 de janeiro de 2012.

58 - Divulgações de natureza não contabilística

i) Garantias prestadas

Grupo AdP

As Responsabilidades por garantias bancárias prestadas por unidades de negócio das empresas incluídas no perímetro de consolidação demonstram-se como se segue:

UN Tribunais Instituições financeiras

Entidades concedentes Outros 31-dez-2011 31-dez-2010

UNAPD 10 118 259 278 20 634 31 289 45 156 EPAL 5 433 25 652 - 275 31 360 47 878 UNADR - - - 78 78 - UNR 153 41 668 1 912 4 671 48 404 43 876 UNI - - - 2 768 2 768 1 429 Corporativos - 400 499 312 1 211 805 TOTAL 15 704 67 979 2 689 28 737 115 110 139 144

A holding do Grupo AdP (AdP SGPS), no âmbito dos financiamentos contraídos junto do BEI, constitui-se como garante do bom cumprimento das obrigações contratadas.

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Grupo ANA

31-dez-2011 Aumentos Reduções 31-dez-2010

Financiamento BEI 203 157 11 825 214 982

IRC 2 979 866 1 077 3 190

Processos litigiosos de expropriação 492 492

Gestão dos entrepostos aduaneiros 718 718

Outros 167 718 345

207 513 866 13 080 219 727

Grupo TAP

31-dez-2011 31-dez-2010 Garantias bancárias prestadas pela Sede da TAP S.A.

Estado Português - Exploração das linhas dos Açores 2 715 4 460 Natwest - Acquiring referente a cartões de crédito 2 514 5 855 Tribunal do Trabalho 3 440 2 674 Aeronaves 15 891 10 318 Combustíveis 4 317 2 997 Outras 8 646 4 198 Garantias bancárias prestadas pela L.F.P., S.A.

Contratos de concessão de licenças de exploração das lojas francas 6 336 6 336 Garantias bancárias prestadas por outras Empresas do Grupo 393 399 Cauções prestadas a seguradoras 162 762 Total 44 414 37 999

O reforço efetuado, durante o corrente exercício, nas garantias bancárias prestadas pelo Grupo TAP, referentes a aeronaves, prende-se, essencialmente, com os novos contratos de locação operacional.

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Grupo Baía do Tejo

Em 31 de dezembro de 2011, as garantias bancárias prestadas a terceiros são as seguintes:

Beneficiário Natureza Montante

Câmara Municipal do Seixal Boa execução das obras de infraestruturas. 141

Tribunal Cível da Comarca do Seixal Caução para que seja atribuído efeito suspensivo ao recurso interposto relacionado com o processo da Terriminas (Pós da Maia)

1 666

BESLEASING - Imobiliária, S.A. Garantir uma eventual restituição do preço de venda de um dos lotes do Parque Industrial do Seixal (PIS), vendido pela Ex Urbindústria, S.A.

249

Administração do Porto de Lisboa (APL)

Garantir despesas relacionadas com a utilização do terminal do Seixal 68

Administração do Porto de Lisboa (APL)

Utilização de área de domínio público 42

EDP Garantir infraestruturas elétricas no Parque Industrial do Seixal - Processo EDP-RCLER.

21

Tribunal do Trabalho de Almada Caução de um processo envolvendo um ex-trabalhador 19

SLE Fornecimento de energia elétrica às instalações localizadas no parque do Barreiro.

7

2 213

Adicionalmente, a Empresa tem outorgado em contratos-promessa de compra e venda de frações situadas no PIS, celebrados entre a Ex-Urbindústria e particulares, garantias solidárias, para assegurar eventuais indemnizações a pagar aos ex-proprietários dos terrenos da antiga Siderurgia Nacional, S.A.

Por sua vez, prometeu, a título de garantia, à Câmara Municipal do Seixal, efetuar a dação em cumprimento de 10 lotes de terreno no Parque Industrial do Seixal – 3ª fase (PIS III) em caso de incumprimento do compromisso de boa execução das infraestruturas a efetuar no referido parque, orçadas em 4 660 milhares de euros.

Companhia das Lezírias

Na data das presentes demonstrações financeiras, a Companhia das Lezírias detém as seguintes garantias bancárias que lhe foram prestadas:

• Garantia (1) bancária no valor de 49 milhares de euros, no BPI, destinada a caucionar a execução das obras de urbanização do loteamento industrial sito no núcleo fabril de Salvaterra de Magos;

• Garantia (1) bancária no valor de 2,5 milhares de euros, no BPI, destinada a caucionar a exportação de vinhos;

• Garantia (1) bancária no valor de 15 mil euros, no BCP, destinada a caucionar o fornecimento de gasóleo pela BP.

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ii) Compromissos financeiros assumidos que não figuram no balanço

Grupo AdP

Investimento contratual

A estimativa de compromissos financeiros assumidos pelo grupo AdP não relevados no balanço, decorrentes da celebração dos contratos de concessão relativamente a investimentos iniciais, de substituição, renovação e expansão a efetuar no decorrer do período remanescente de concessão, apresenta-se do seguinte modo:

Investimento

contratual Investimento

já efetuado Investimento

em curso

Investimento contratual

Investimento contratual

Investimento contratual

-2012 (2013 .. 2016) (>2016) UNA-PD 6 511 155 4 005 862 647 195 340 148 455 473 1 064 700 UNA-DR 467 499 2 587 6 497 18 358 102 648 337 409 UNR 1 437 434 943 783 97 582 93 729 112 128 225 155

8 416 088 4 952 232 751 274 452 234 670 249 1 627 264

Empresas Abastecimento /

Saneamento Resíduos

Distribuição e recolha

31-dez-2011 31-dez-2010

Investimento contratual 6 511 155 1 437 434 467 499 8 416 088 8 394 120 Investimento já efetuado 4 005 862 943 783 2 587 4 952 232 4 487 136 Investimento em curso 647 195 97 582 6 497 751 274 757 443 Investimento contratual

Investimento contratual - N

Investimento contratual (N+1) 340 148 93 729 18 358 452 234 701 262 Invest. contratual (N+2 .. N+5) 455 473 112 128 102 648 670 249 998 020 Investimento contratual (>N+5) 1 064 700 225 155 337 409 1 627 264 1 487 582

No mapa seguinte encontram-se apresentados os compromissos futuros do Grupo relativos às rendas a pagar aos municípios, conforme definido nos contratos de concessão.

Rendas já

reconhecidas

Rendas reconhecidas

em dívida

Rendas futuras -

(N+1)

Rendas futuras -

Restantes 31-dez-2011 31-dez-2010

Águas do Algarve, S.A. 457 - 96 3 225 3 778 3 778 Águas do Centro Alentejo, S.A. 1 100 - 173 4 517 5 790 5 790 Águas do Mondego, S.A. 28 611 - 1 389 6 267 36 267 36 267 Águas do Norte Alentejano, S.A. 262 - 53 1 075 1 391 1 391 Águas do Noroeste, S.A. 3 419 209 215 3 918 7 760 7 488 Águas do Oeste, S.A. 31 - 5 122 158 158 Águas de Santo André, S.A. 4 788 - 479 9 098 14 365 14 365 Águas de Trás-os-Montes e Alto Douro, S.A. 2 806 874 651 14 103 18 434 18 985 Águas do Zêzere e Côa, S.A. 6 207 1 019 786 21 847 29 859 27 174 Águas Públicas Alentejo, S.A. 82 381 320 15 024 15 806 6 235 Simarsul, S.A. 1 824 255 289 6 617 8 985 12 132 Simdouro, S.A. 22 977 - 6 770 41 796 71 543 1 285 Simlis, S.A. 1 062 - 101 1 715 2 879 2 879 Simtejo, S.A. 38 887 5 519 2 866 - 47 272 46 898

112 511 8 257 14 193 129 325 264 286 184 824

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Grupo ANA

Compromissos financeiros assumidos que não figuram no balanço 31-dez-2011 31-dez-2010 Com contratos firmados com realização em curso 98 934 90 111

Grupo TAP

Em 31 de dezembro de 2011 existiam compromissos financeiros, assumidos pela subsidiária TAP S.A., relativos a rendas de locação operacional de aviões, no montante de 218 876 milhares de euros (241 871 milhares de euros em 31 de dezembro de 2010).

Adicionalmente, está contratada com a Airbus a compra futura de doze aeronaves Airbus A350, com mais três de opção, a receber entre 2015 e 2017.

Grupo Baía do Tejo

Em 31 de dezembro de 2011 existem os seguintes compromissos financeiros que não figuram no balanço:

Natureza Montante

Pagamento de IMT associado à aquisição do "Complexo da Margueira" 3 781

Estimativa de pagamento por benefícios de cessão de trabalho aos trabalhadores da ex-Quimigal 2 350

Contratos de renting 152

6 284

Como referido acima existem ainda responsabilidades assumidas para execução de infraestruturação dos terrenos do PIS III que se estimam em cerca de 10 180 milhares de euros.

Companhia das Lezírias

O Plano de Fomento, aprovado pela Lei n.º 2058, de 29 de Dezembro de 1952, incluía o projeto de defesa e enxugo da Lezíria Grande de Vila Franca de Xira. As obras realizadas foram financiadas pelo Estado Português, sendo responsabilidade dos proprietários o reembolso das verbas emprestadas pelo Estado, respondendo os terrenos pelo bom pagamento dos compromissos.

A execução das obras foi confiada à então denominada Associação de Defesa da Lezíria Grande de Vila Franca de Xira, atualmente Associação dos Beneficiários da Lezíria Grande de Vila Franca de Xira.

A aprovação destes financiamentos está definida nos seguintes diplomas: Decreto-lei n.º 39601, de 3 Abril de 1954; Decreto-lei n.º 41956, de 12 Novembro de 1958 e Decreto-lei n.º 840/76, de 4 de Dezembro.

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159

Atualmente a responsabilidade da Companhia das Lezírias ascende a 19 mil euros, a serem pagos em 2 anuidades de 3 642,72 euros e 19 anuidades de 617,21 euros.

iii) Trabalhadores ao serviço

Durante os exercícios de 31 de dezembro de 2011 e 31 de dezembro de 2010 o número médio de trabalhadores ao serviço do Grupo PARPÚBLICA foi de 20 109 e de 20 387, respetivamente.

iv) Honorários e serviços do Revisor Oficial de Contas (ROC)

Os honorários das sociedades de Revisores Oficiais de Contas das empresas do Grupo PARPÚBLICA no exercício de 2011 foram os seguintes:

• Relativos à revisão legal das contas – 1 245 milhares de euros; • Relativos a outros serviços de garantia de fiabilidade – 244 milhares de euros

APROVAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

As presentes demonstrações financeiras foram aprovadas em reunião do Conselho de Administração de 10 de Maio de 2012, sendo sua opinião que as mesmas refletem de forma completa, verdadeira, atual, clara, objetiva e lícita as operações da PARPÚBLICA, bem como a sua posição e performance financeira e os fluxos de caixa.

O Conselho de Administração

Joaquim Oliveira Reis, Presidente Carlos Durães da Conceição José Manuel Barros Fernanda Mouro Pereira Pedro Soares e Vasquez Mário Duarte Donas Pedro Nascimento Ventura

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RELATÓRIO ANUAL DE 2011

Demonstrações Financeiras Separadas

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1

DEMONSTRAÇÃO DA POSIÇÃO FINANCEIRA Unidade: Euro

31-12-201131-12-10 (com

reclassificações) 31-12-2010

ACTIVO

Ativo não corrente

Ativos fixos tangíveis 4 93.899,05 165.102,70 165.102,70

Ativos intangíveis 5 7.681,69 2.599,07 2.599,07

Participações financeiras 6 2.537.403.873,88 5.658.713.291,01 5.658.713.291,01

Empréstimos concedidos 6 1.179.067.304,16 962.092.304,16 962.092.304,16

Outras contas a receber 7 543.023,77 725.814,97 725.814,97

Outros ativos financeiros 8 1.872.375.805,26 1.272.375.805,26 1.272.375.805,26

5.589.491.587,81 7.894.074.917,17 7.894.074.917,17

Ativo corrente

Clientes 9 508.089,87 1.672.395,84 1.672.395,84

Estado e outros entes públicos 10 22.764.242,67 2.832.552,54 2.832.552,54

Outras contas a receber 7 94.033.681,38 30.401.106,84 30.401.106,84

Diferimentos 11 2.108.511,33 764.492,38 764.492,38

Ativos financeiros detidos para negociação 12 7.438.970,43 9.208.948,55 884.979,55

Ativos não correntes detidos para venda 13 2.845.917.817,43

Caixa e depósitos bancários 14 98.908.959,94 14.828.702,80 14.828.702,80

3.071.680.273,05 59.708.198,95 51.384.229,95

Total do Ativo 8.661.171.860,86 7.953.783.116,12 7.945.459.147,12

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO

Capital próprio

Capital realizado 1.027.151.031,48 1.027.151.031,48 1.027.151.031,48

Reservas legais 695.688.928,89 695.688.928,89 695.688.928,89

Resultados transitados 341.691.402,52 593.560.786,55 593.560.786,55

2.064.531.362,89 2.316.400.746,92 2.316.400.746,92

Resultado líquido do período -16.838.393,69 64.645.278,39 64.645.278,39

Total do capital próprio 15 2.047.692.969,20 2.381.046.025,31 2.381.046.025,31

Passivo

Passivo não corrente

Provisões 16 498.000,00 205.124.565,63 205.124.565,63

Financiamentos obtidos 17 4.032.784.363,22 4.143.662.762,06 4.143.662.762,06

Outras contas a pagar 18 22.334,80 22.334,80 22.334,80

4.033.304.698,02 4.348.809.662,49 4.348.809.662,49

Passivo corrente

Fornecedores 19 546.481,58 1.196.438,45 1.196.438,45

Estado e outros entes públicos 10 7.301.085,46 862.493,82 862.493,82

Financiamentos obtidos 17 1.091.895.673,84 748.423.488,60 710.000.000,00

Outras contas a pagar 18 1.125.718.723,76 465.121.038,45 503.544.527,05

Passivos financeiros detidos para negociação 12 3.666.229,00 8.323.969,00

Passivos associados a ativos não correntes detidos para venda 13 351.046.000,00 0,00

2.580.174.193,64 1.223.927.428,32 1.215.603.459,32

Total do Passivo 6.613.478.891,66 5.572.737.090,81 5.564.413.121,81

Total do capital próprio e do Passivo 8.661.171.860,86 7.953.783.116,12 7.945.459.147,12

Rubricas Notas

Posição

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DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS Unidade: Euro

Ano de 2011 Ano de 2010

Vendas e serviços prestados 20 455.670,42 721.585,84

Dividendos obtidos 21 274.938.266,37 215.133.714,98

Fornecimentos e serviços externos 22 -2.118.566,15 -3.401.338,89

Gastos com pessoal 23 -2.158.353,81 -3.459.023,00

Imparidade de dividas a receber 24 -203.466,14 -3.627,56

Provisões 16 -146.419.434,37 77.850,06

Imparidade de investimentos não depreciáveis/amortizáveis 24 73.795.889,62 -211.374.865,84

Aumentos/reduções de justo va lor 25 -62.952.207,92 196.937.854,86

Outros rendimentos e ganhos 26 64.542.249,92 24.863.086,39

Outros gastos e perdas 27 -248.377,83 -541.449,60

Resultados antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos 199.631.670,11 218.953.787,24

Gastos/reversões de depreciação e de amortização 28 -76.191,83 -182.382,68

Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) 199.555.478,28 218.771.404,56

Juros e gastos s imi lares suportados 29 -215.489.106,63 -154.103.901,67

Resultado antes de impostos -15.933.628,35 64.667.502,89

Imposto s/ rendimento do período 30 -904.765,34 -22.224,50

Resultado líquido do período -16.838.393,69 64.645.278,39

Resultados das atividades descontinuadas (l íquido de imposto) incluído no resul tado l íquido

31 177.634.913,65 -92.340.565,10

Resul tado bás ico por ação -0,04 0,16

Rubricas NotasPeríodos

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DEMONSTRAÇÃO DO RENDIMENTO INTEGRAL

Unidade: Euro

Rubricas Ano de 2011 Ano de 2010

Resultado Liquido do período -16.838.393,69 64.645.278,39

Outro Rendimento integral 0,00 0,00

-16.838.393,69 64.645.278,39

Rendimento integral -16.838.393,69 64.645.278,39

Atribuição do rendimento integra l

Detentores de capi ta l -16.838.393,69 64.645.278,39

Interesses que não controlam 0,00 0,00

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DEMONSTRAÇÃO DAS ALTERAÇÕES DO CAPITAL PRÓPRIO

Unidade: Euro

Capital Reservas legaisResultados transitados

Resultado líquido do período

Total

Posição em 01-01-2010 1 1.027.151.031,48 695.688.928,89 408.198.461,46 298.497.194,50 2.429.535.616,33 2.429.535.616,33

Alterações no período

Primeira adoção do normativo das IFRS 0,00 0,00

2 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Resultado líquido do período 3 64.645.278,39 64.645.278,39 64.645.278,39

Rendimento integral 4=2+3 0,00 0,00 0,00 64.645.278,39 64.645.278,39 64.645.278,39

Operações com detentores de capital

Distribuições 185.362.325,09 -298.497.194,50 -113.134.869,41 -113.134.869,41

5 0,00 0,00 185.362.325,09 -298.497.194,50 -113.134.869,41 -113.134.869,41

Posição em 31-12-2010 6=4+5 1.027.151.031,48 695.688.928,89 593.560.786,55 64.645.278,39 2.381.046.025,31 2.381.046.025,31

Unidade: Euro

Capital Reservas legaisResultados transitados

Resultado líquido do período

Total

Posição em 01-01-2011 1 1.027.151.031,48 695.688.928,89 593.560.786,55 64.645.278,39 2.381.046.025,31 2.381.046.025,31

Alterações no período

0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

2 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Resultado líquido do período 3 -16.838.393,69 -16.838.393,69 -16.838.393,69

Rendimento integral 4=2+3 0,00 0,00 0,00 -16.838.393,69 -16.838.393,69 -16.838.393,69

Operações com detentores de capital

Distribuições 39.645.278,39 -64.645.278,39 -25.000.000,00 -25.000.000,00

Fusão da CAPITALPOR -291.514.662,42 -291.514.662,42 -291.514.662,42

5 0,00 0,00 -251.869.384,03 -64.645.278,39 -316.514.662,42 -316.514.662,42

Posição em 31-12-2011 6=4+5 1.027.151.031,48 695.688.928,89 341.691.402,52 -16.838.393,69 2.047.692.969,20 2.047.692.969,20

Descrição

Capital Próprio atribuído aos detentores da empresaTotal do Capital

Próprio

Descrição

Capital Próprio atribuído aos detentores da empresaTotal do Capital

Próprio

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DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA

Unidade: Euro

Rubricas Notas Ano de 2011 Ano de 2010

Atividades Operacionais:

Recebimentos de cl ientes 2.133.298,47 2.291.605,95

Pagamentos a fornecedores -3.348.141,76 -2.355.869,66

Pagamentos ao pessoal -2.068.678,15 -2.223.676,55

Caixa gerada pelas operações -3.283.521,44 -2.287.940,26

Pagamento/Recebimento Imposto s/rendimento -19.358.071,66 1.389.470,34

Outros recebimentos/pagamentos relat à atividade operacional -5.212.920,86 -1.258.354,81

Fluxos de caixa das atividades operacionais -27.854.513,96 -2.156.824,73

Atividades de Investimento:

Recebimentos provenientes de:

Investimentos financeiros 642.625.000,00 652.426.722,87

Ativos fixos tangíveis 11.000,00 22.400,00

Juros e rendimentos s imi lares 10.890.220,85 18.723.465,08

Dividendos 274.574.575,42 217.060.670,29

928.100.796,27 888.233.258,24

Pagamentos respei tantes a :

Investimentos financeiros -932.020.973,71 -1.961.474.396,51

Ativos fixos tangíveis e intangíveis -12.640,79 -84.152,12

-932.033.614,50 -1.961.558.548,63

Fluxos de caixa das atividades de investimento -3.932.818,23 -1.073.325.290,39

Atividades de Financiamento:

Recebimentos provenientes de:

Financiamentos obtidos 340.000.000,00 1.589.219.253,60

340.000.000,00 1.589.219.253,60

Pagamentos respei tantes a :

Financiamentos obtidos -705.000,00 -519.568.384,10

Juros e gastos s imi lares -198.535.211,81 -127.456.208,50

Dividendos -25.000.000,00 -107.000.000,00

-224.240.211,81 -754.024.592,60

Fluxos de caixa das atividades de financiamento 115.759.788,19 835.194.661,00

Variações de caixa e seus equivalentes 83.972.456,00 -240.287.454,12

Caixa e seus equiva lentes no inicio do período 14.936.503,94 255.116.156,92Caixa e seus equiva lentes no fim do período 14 98.908.959,94 14.828.702,80

Fluxos de ca ixa das operações descontinuadas 31 230.623.418,69 70.515.223,89

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NOTAS 1. Apresentação da empresa e do referencial de relato financeiro

A PARPÚBLICA – Participações Públicas, SGPS, S.A. é uma Sociedade Gestora de Participações Sociais de capitais exclusivamente públicos, criada pelo Decreto-Lei n.º 209/2000, de 2 de Setembro, constituindo um instrumento do Estado para atuação nos seguintes domínios:

(i) Gestão de participações em empresas em processo de privatização ou privatizáveis a prazo;

(ii) Desenvolvimento dos processos de privatização, no quadro determinado pelo governo;

(iii) Reestruturação de empresas transferidas para a sua carteira para o efeito;

(iv) Acompanhamento de participações em empresas privatizadas que conferem direitos especiais ao Estado;

(v) Gestão de património imobiliário público excedentário, através de empresas subsidiárias de objeto especializado;

(vi) Apoio ao exercício pelo Ministro das Finanças da tutela financeira sobre empresas do Estado e empresas concessionárias de serviços de interesse económico geral;

(vii) Promoção da utilização das parcerias público-privadas para o desenvolvimento de serviços públicos em condições de maior qualidade e eficiência;

As missões cometidas à PARPÚBLICA pelo diploma que a constituiu desenvolvem-se, quer através dos mecanismos próprios de uma SGPS, ou seja, da sua carteira de participações, quer através da prestação de serviços ao Ministério das Finanças. A empresa apresenta as suas demonstrações financeiras em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (International Financial Reporting Standards - IFRS), Normas Internacionais de Contabilidade e Interpretações (International Accounting Standards and Interpretations), coletivamente denominadas IFRS, emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB), tal como adotadas na União Europeia (UE), doravante designadas por IFRS/UE. As IFRS/UE foram adotadas em 01 de Janeiro de 2010 por opção em relação ao Sistema de Normalização Contabilística, ao abrigo do n.º 3 do art.º 4.º do Decreto-Lei n.º 158/2009, de 13 de Julho, tendo em conta que a empresa prepara demonstrações financeiras consolidadas de acordo com as IFRS/UE. Considerando que a empresa detém investimentos em subsidiárias, está sujeita à preparação de demonstrações financeiras consolidadas, pelo que a presente informação respeita a demonstrações financeiras separadas, nos termos da IAS 27 Demonstrações Financeiras Consolidadas e Separadas, sendo preparadas por força do estabelecido no Código das Sociedades Comerciais e de outras

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disposições legais. Estas demonstrações financeiras relacionam-se com as demonstrações financeiras consolidadas da PARPÚBLICA, que acompanham. As presentes demonstrações financeiras separadas respeitam ao período anual findo em 31 de Dezembro de 2011, foram preparadas a partir dos registos contabilísticos da empresa efetuados no pressuposto da continuidade das operações e do acréscimo e estão apresentadas em euros, salvo quando referida outra unidade. 2. Normas alteradas e introduzidas com eficácia nos períodos iniciados em 01-01-2011 ou posteriormente O conjunto das novas normas, interpretações e alterações, com data de entrada em vigor a partir de 1 de Janeiro de 2011 está identificado nas demonstrações financeiras consolidadas que as presentes demonstrações acompanham. A entrada em vigor ou alterações verificadas das normas acima referidas, não provocou impactos significativos nas demonstrações financeiras.

3. Bases de apresentação e principais políticas contabilísticas aplicadas 3.1. Ativos fixos tangíveis e ativos intangíveis Os ativos fixos tangíveis e os ativos intangíveis são mensurados pelo modelo do custo, com dedução das depreciações ou amortizações acumuladas e perdas por imparidade acumuladas, quando aplicável. As despesas subsequentes com os ativos fixos tangíveis são reconhecidas no ativo apenas se for provável que delas resultarão benefícios económicos futuros. As despesas com a manutenção e reparação corrente dos ativos são reconhecidas como gasto. Se existirem indícios de que um ativo, ou uma unidade geradora de caixa, possa estar em imparidade, é estimada a sua quantia recuperável, sendo reconhecida, com efeitos nos resultados, perda por imparidade sempre que a quantia escriturada exceda a quantia recuperável. Por princípio, a quantia recuperável é determinada como o mais elevado entre o justo valor menos os custos de vender e o seu valor de uso, sendo este calculado com base no valor atual dos fluxos de caixa futuros estimados que se esperam vir a obter do uso continuado do ativo e da sua alienação no fim da sua vida útil. Porém, será considerado apenas o valor de uso caso o justo valor fiável não seja determinável com fiabilidade e pode ser considerado apenas o justo valor menos os custos de vender quando se anteveja que o valor de uso não o excede por quantia materialmente relevante. A quantia escriturada de um item do ativo fixo tangível ou do ativo intangível é desreconhecida no momento da sua alienação ou quando não se esperam futuros benefícios económicos do seu uso ou

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alienação. O ganho, ou a perda, decorrente do desreconhecimento é incluído nos resultados quando o item é desreconhecido, sendo determinado como a diferença entre o produto líquido da alienação, se o houver, e a quantia escriturada do item. A empresa calcula as depreciações dos seus ativos tangíveis de acordo com o método das quotas constantes, de acordo com os seguintes períodos de vida útil esperados dos bens (em anos): Vida Útil

Equipamento de transporte 4- 8 Equipamento administrativo e utensílios 4-12 Outros ativos fixos tangíveis 4-10

3.2. Investimentos financeiros em subsidiárias e associadas São consideradas subsidiárias nas demonstrações financeiras separadas todas as entidades em que a PARPÚBLICA tenha diretamente participação no capital e nas quais exerça controlo, direta e indiretamente. Por controlo entende-se o poder de gerir as políticas financeiras e operacionais de uma entidade de forma a obter benefícios das suas atividades. Presumiu-se a existência de controlo quando a PARPÚBLICA é titular, direta e indiretamente através de subsidiárias, de mais de metade do poder de voto de uma entidade. São consideradas associadas nas demonstrações financeiras separadas todas as entidades em que a PARPÚBLICA tenha diretamente participação no capital e nas quais exerça influência significativa, direta e indiretamente, e que não sejam subsidiárias nem interesses em empreendimentos conjuntos. Influência significativa é considerada como sendo o poder de participar nas decisões das políticas financeiras e operacionais das investidas mas que não constitui controlo nem controlo conjunto sobre essas políticas. Considerou-se a existência de influência significativa quando a PARPÚBLICA detém, direta e indiretamente, 20% ou mais do poder de voto da investida. Os investimentos em subsidiárias e associadas estão mensurados pelo custo de aquisição e são sujeitos a testes de imparidade. Os investimentos em subsidiárias e associadas são revistos quanto à imparidade sempre que eventos ou alterações nas condições envolventes indiquem que a quantia pela qual se encontram registados nas demonstrações financeiras possa não ser recuperável, designadamente comparando a quantia escriturada com a quantia pela qual concorram para as demonstrações financeiras consolidadas, nos termos do parágrafo 12, alínea (h) da IAS 36 Imparidade dos Ativos. É reconhecida perda por imparidade pelo montante do excesso da quantia escriturada do cativo face à sua quantia recuperável. A quantia recuperável é determinada de acordo com os procedimentos referidos para os ativos fixos tangíveis e intangíveis. O teste de imparidade é anual para os investimentos em subsidiárias que tenham goodwill associado.

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3.3. Outros ativos e passivos financeiros Os ativos financeiros enquadráveis na IAS 39 e IFRS 9 são classificados de acordo com cada uma das seguintes categorias, dependendo da sua génese ou do objetivo para o qual foram adquiridos:

− Ativos financeiros pelo justo valor por via dos resultados são ativos financeiros que foram designados como tal ou estão classificados como detidos para negociação, pelo que são detidos pela empresa com o objetivo principal de gerar lucro a curto prazo e incluem todos os derivados que sejam cativo. São mensurados inicialmente pelos seus justos valores e quaisquer alterações subsequentes aos seus justos valores são reconhecidas diretamente na demonstração de resultados.

− Investimentos detidos até à maturidade são ativos financeiros não derivados com pagamentos fixados ou determináveis e maturidade fixada em que existe intenção positiva e a capacidade de detenção até à maturidade. Estes ativos são mensurados inicialmente pelos seus justos valores acrescidos dos custos de transação diretamente atribuíveis à sua aquisição e são mensurados subsequentemente pelo custo amortizado através do método do juro efetivo.

− Empréstimos concedidos e contas a receber são ativos financeiros não derivados com pagamentos fixados ou determináveis que não estão cotados num mercado ativo. Estes ativos são mensurados inicialmente pelos seus justos valores e, quando adquiridos, acrescidos dos custos de transação, sendo mensurados subsequentemente pelo custo amortizado através do método do juro efetivo;

− Ativos financeiros disponíveis para venda são incluídos os ativos financeiros que não satisfaçam os requisitos para classificação em outra categoria.

Nos ativos financeiros ao justo valor através de resultados estão incluídos, por designação, as ações da EDP e da GALP subjacentes a opções em dois empréstimos obrigacionistas, para evitar o mismatch na mensuração entre as opções e os ativos que determinam o seu valor. Não são utilizados instrumentos financeiros derivados para cobertura de riscos, pelo que todos os derivados são classificados como de negociação. O justo valor dos ativos financeiros mensurados pelo justo valor corresponde ao seu valor de mercado, quando disponível, ou na sua ausência é determinado por entidades externas tendo por base técnicas de valorização, incluindo modelos de desconto de fluxos de caixa, designadamente para a avaliação swaps e de opções. Os investimentos em instrumentos de capital próprio não tratados no âmbito de participações em subsidiárias ou associadas, que não tenham um preço de mercado cotado num mercado ativo e cujo justo valor não possa ser fiavelmente mensurado, são mensurados pelo custo.

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A empresa avalia regularmente se existem indícios de imparidade para os ativos financeiros que não sejam mensurados pelo justo valor através de resultados, e em caso afirmativo, determina os fluxos de caixa futuros descontados e reconhece a perda nos resultados. Se num período subsequente a quantia da perda por imparidade diminuir e tal facto for objetivamente relacionado com um acontecimento que ocorra após o reconhecimento da perda, esta é revertida, até ao ponto em que não exceda o custo ou o custo amortizado que resultaria caso a imparidade não tivesse sido reconhecida. As perdas de imparidade em investimentos em instrumentos de capital próprio mensurados pelo custo não são reversíveis. Um ativo financeiro é desreconhecido quando (i) os direitos contratuais aos fluxos de caixa resultantes desse ativo expiram, (ii) tenham sido transferidos substancialmente todos os riscos e benefícios associados à detenção desse ativo; ou (iii) apesar dos riscos e benefícios não terem sido substancialmente transferidos, a sociedade não reteve o controlo sobre esse ativo. Os swaps com quantia escriturada ativa e passiva passaram a ser apresentados separadamente, tendo sido reclassificados de Outros ativos financeiros para Outros passivos financeiros 8.323.969,00€ em 31-12-2010 e 6.428.651,00€ em 01-01-2010. 3.4. Ativos não correntes detidos para venda e passivos relacionados São classificáveis como detidos para venda ativos não correntes ou grupos para alienação se a sua quantia escriturada vai ser recuperada principalmente através de uma transação de venda em vez do uso continuado e se estiverem em condições para venda imediata e esta seja altamente provável e concretizável dentro de um ano após a classificação. 3.5. Caixa e seus equivalentes Caixa compreende o dinheiro em caixa e em depósitos à ordem. Como equivalentes de caixa são apresentados investimentos a curto prazo, altamente líquidos que sejam prontamente convertíveis para quantias conhecidas de dinheiro e que estejam sujeitos a um risco insignificante de alterações de valor. 3.6. Instrumentos de capital próprio emitidos Os instrumentos de capital próprio emitidos respeitam exclusivamente às ações do capital social A quantia do capital não realizado é apresentada em dedução ao capital emitido. As distribuições de dividendos são reconhecidas como um passivo e debitadas diretamente no capital próprio no período em que essas distribuições são aprovadas pelo acionista.

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3.7. Financiamentos obtidos e contas a pagar Os financiamentos obtidos e outras dívidas a terceiros são mensurados, inicialmente pelo justo valor resultante da transação que os origina e, subsequentemente pelo custo, ou custo amortizado pelo método do juro efetivo. Para os empréstimos obrigacionistas com opção de reembolso em ações da carteira é feita a separação entre a componente base e a componente da opção por se considerar que os riscos e benefícios económicos do derivado não estão relacionados com os do instrumento principal. A componente base é mensurada pelo custo amortizado e a opção embutida é mensurada ao justo valor através de resultados, o qual é também aplicado às ações subjacentes para minimizar o mismatch na mensuração (ver nota 17). Os juros de cupão imputáveis ao exercício passaram a integrar-se na quantia escriturada dos empréstimos mensurados pelo custo amortizado, tendo sido reclassificados de Outras contas a pagar para Financiamentos obtidos 38.423.488,60€ em 31-12-2010 e 27.908.611,35€ em 01-01-2010. 3.8. Provisões e contingências As provisões são reconhecidas para passivos de tempestividade ou quantia incerta como resultado de acontecimentos passados e são mensuradas pela melhor estimativa e pelo valor descontado quando o efeito do valor temporal do dinheiro se considere material. Os ativos e passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras. Os passivos contingentes são divulgados, excerto se for remota a possibilidade de um exfluxo de recursos que incorporem benefícios económicos, e os ativos contingentes são divulgados apenas quando não for pouco provável que ocorra o influxo de benefícios económicos. 3.9. Benefícios dos empregados Nos termos do Regulamento dos Benefícios Sociais em vigor, os empregados do quadro permanente da ex-Portucel, SGPS com mais de cinco anos de serviço têm direito após a passagem à reforma ou em situação de invalidez, a um complemento mensal de pensão de reforma ou de invalidez. Esse complemento está definido de acordo com uma fórmula que tem em consideração a remuneração mensal ilíquida atualizada para a categoria profissional do empregado à data da reforma e o número de anos de serviço, no máximo de 30, sendo ainda garantidas pensões de sobrevivência ao cônjuge e a descendentes diretos. Para cobrir esta responsabilidade existe um fundo de pensões autónomo, gerido por uma entidade externa. O plano de pensões é de benefícios definidos, uma vez que define os critérios de determinação do valor das pensões e benefícios que os empregados receberão durante a reforma e pré reforma,

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usualmente dependente de um ou mais fatores como sejam idade, anos de serviço e retribuição na data da reforma. A empresa reconhece, presentemente ainda como ativo, a diferença entre o valor presente da obrigação de benefícios definidos à data do balanço e o justo valor dos ativos do plano à custa dos quais vão ser liquidadas as obrigações. Os ganhos e perdas atuariais determinados anualmente são reconhecidos como um rendimento ou como um gasto no período em que ocorrem. Anualmente, na data de fecho de contas, as responsabilidades da empresa são calculadas por um perito independente, com base no método da Unidade de Crédito Projetada, sendo assim determinado o valor presente das suas obrigações de benefícios definidos e respetivo custo do serviço corrente. Para esse efeito, são usados determinados pressupostos atuariais como as melhores estimativas da empresa das variáveis que determinarão o custo final de proporcionar benefícios pós-emprego. Os pressupostos atuariais compreendem:

− Pressupostos demográficos acerca das características futuras de empregados (e seus dependentes) correntes e antigos que sejam elegíveis para os benefícios. Os pressupostos demográficos tratam matérias tais como:

• Mortalidade, tanto durante como após o emprego; • Proporção dos membros do plano quando dependentes que sejam elegíveis para os benefícios.

− Pressupostos financeiros, tratando de itens tais como:

• Taxa de desconto, • Níveis de ordenados futuros e de benefícios; e • Taxa esperada de retorno dos ativos do plano.

3.10. Reconhecimento de gastos e perdas e de rendimentos e ganhos Os gastos e rendimentos são registados no período a que se referem independentemente do seu pagamento ou recebimento, de acordo com o regime contabilístico do acréscimo. As diferenças entre os montantes pagos e recebidos e os respetivos gastos e rendimentos são registadas no passivo e no ativo respetivamente. O rédito associado com uma transação que envolva prestação de serviços é reconhecido quando o desfecho dessa transação possa ser fiavelmente estimado, isto é, quando:

− A quantia do rédito seja fiavelmente mensurada;

− Seja provável que benefícios económicos associados com a transação fluam para a empresa;

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− A fase de acabamento da transação à data do balanço seja fiavelmente mensurada; e

− Os custos incorridos com a transação e os custos para concluir a transação sejam fiavelmente mensurados.

O rendimento proveniente de ativos que produzam juros, royalties e dividendos é reconhecido quando seja provável que os benefícios económicos associados com a transação fluam para a sociedade e a quantia do rédito possa ser fiavelmente mensurada. Adicionalmente:

− Os juros são reconhecidos utilizando o método do juro efetivo;

− Os royalties são reconhecidos num regime de acréscimo de acordo com a substância do acordo relevante; e

− Os dividendos são reconhecidos quando for estabelecido o direito da Empresa de os receber.

Tratando-se de demonstrações financeiras separadas, não é aplicado o método da equivalência patrimonial pelo que os ganhos respeitantes a participações no capital de subsidiárias e associadas são, tal como os das demais participações financeiras, reconhecidos em função dos direitos a dividendos. Os custos de empréstimos obtidos são reconhecidos como um gasto no período em que sejam incorridos, não existindo razões para capitalização. Os gastos de financiamento são reconhecidos com base no juro efetivo através da mensuração dos passivos financeiros ao custo amortizado. Embora a taxa de juro das obrigações com opção embutida tenha sido fixada tendo em conta também as perspetivas de evolução do valor das ações subjacentes e logo do valor da opção, a diferença entre as variações de justo valor nas opções e nas ações são incluídas na rubrica “variações de justo valor” da demonstração dos resultados e não como complemento ou atenuação dos juros reconhecidos nos gastos de financiamento, por se considerar que tais variações têm relação próxima com as operações de reprivatização de ativos que suportam. 3.11. Imposto sobre o rendimento Os impostos sobre o rendimento compreendem os impostos correntes relativos ao resultado do período e os impostos diferidos expressando quantias dedutíveis ou pagáveis no futuro por diferenças entre valores contabilísticos e bases fiscais ou direito de reporte de prejuízos ou a créditos fiscais. Pelas particularidades do regime fiscal das sociedades gestoras de participações sociais e as condições de detenção das participações, é pouco provável que se verifiquem condições para reconhecimento de impostos diferidos, não resultando efeitos da aplicação das normas contabilísticas sobre a matéria.

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3.12. Ajuizamentos e estimativas A preparação das demonstrações financeiras de acordo com as IFRS/UE requer julgamentos e estimativas e a utilização de pressupostos que afetam a aplicação das políticas contabilísticas e os montantes de rendimentos, gastos, ativos e passivos. As áreas que envolvem maior nível de complexidade, ou onde são utilizados pressupostos e estimativas significativas na preparação das demonstrações financeiras, a requerer ajuizamento da gestão, são as seguintes:

− Determinação das vidas úteis dos ativos fixos tangíveis e definição do método de depreciação;

− Determinação do justo valor dos instrumentos financeiros que não têm mercado ativo através de avaliações de entidades financeiras, refletindo o mark-to-market desses instrumentos com ajuizamento para a seleção das técnicas e dos pressupostos a utilizar na avaliação dos derivados à data do reporte financeiro;

− Determinação de fluxos de caixa futuros, de taxas de desconto e de justo valor para determinação de perdas por imparidade em investimentos financeiros e ativos não correntes detidos para venda;

− Análise de indícios de imparidade em investimentos financeiros e de incobrabilidade de créditos;

− Determinação das responsabilidades do plano de benefícios definidos, estimadas por estudo de um atuário independente.

4 – Ativos fixos tangíveis Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2011, o movimento ocorrido nos ativos fixos tangíveis, bem como as respetivas depreciações acumuladas foi o seguinte:

Edificios e Equipamento Equipamento Outros Activos TotalOutras Transporte Administ. Fixos

Construções TangiveisActivo Bruto Saldo inicial 2.569,99 147.832,66 914.316,85 4.803,18 1.069.522,68 Adições 3.989,47 1.027,78 5.017,25 Alienações -2.569,99 -38.400,00 -40.969,99 Saldo final 0,00 109.432,66 918.306,32 5.830,96 1.033.569,94

0,00 109.432,66 918.306,32 5.830,96 1.033.569,94Depreciações Acumuladas Saldo inicial 103.446,98 796.571,93 4.401,07 904.419,98 Adições 14.795,22 57.675,97 1.179,72 73.650,91 Alienações -38.400,00 -38.400,00 Saldo final 0,00 79.842,20 854.247,90 5.580,79 939.670,89Quantia escriturada 0,00 29.590,46 64.058,42 250,17 93.899,05

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5 – Ativos intangíveis Durante o período findo em 31 de Dezembro de 2011, o movimento ocorrido nos ativos intangíveis, bem como as respetivas amortizações acumuladas foi o seguinte:

Programas de Outros Activos TotalComputador Intangiveis

Activo Bruto Saldo inicial 4.075,62 2.599,07 6.674,69 Adições 7.623,54 7.623,54 Saldo final 11.699,16 2.599,07 14.298,23Depreciações Acumuladas Saldo inicial 4.075,62 0,00 4.075,62 Adições 2.540,92 2.540,92 Saldo final 6.616,54 0,00 6.616,54Quantia escriturada 5.082,62 2.599,07 7.681,69

Os outros ativos intangíveis têm vida indefinida, não tendo sido sujeitos a teste de imparidade atenta a imaterialidade da quantia escriturada. 6– Participações financeiras e suprimentos As empresas em que a PARPÚBLICA detém diretamente participação no capital e que se qualificam como subsidiárias – excluindo aquelas cuja participação está classificada nos ativos não correntes detidos para venda (ver nota 13) - são as seguintes:

Empresa Sede Social Actividade Principal% do Capital detido em

2011

% do Capital detido em

2010

Adp - Aguas de Portugal (SGPS), SA. Lisboa Gestão de Participações Sociais 72,17% 72,17%

Baia do Tejo, SA Barreiro Desenvolvimento e gestão de parques empresariais 100,00% 100,00%

CE - Circuito do Estoril Alcabideche Organização de eventos desportivos 100,00% 100,00%

Companhia das Lezirias, SA Samora Correia Produção agricola e animal 100,00% 100,00%

ENVC - Sociedade Imobiliária, SA. Viana Castelo Desenvolvimento e projectos imobiliários 99,80% 99,80%

INCM - Imprensa Nacional Casa da Moeda, SA. Lisboa Produção de moeda, impressos e publicações 100,00% 100,00%

Lazer e Floresta Lisboa Desenvolvimento agro florestal Imobiliário 100,00% 100,00%MARGUEIRA - Sociedade Gestora Fundos Investimento Imobiliário, SA. Almada Gestora do fundo de investimento imobiliário Margueira Capital 51,00% 51,00%SAGESECUR - Sociedade de Estudos, Desenvolvimento e Participação em Projectos, SA. Lisboa Estudo desenvolvimento e participação em investimentos imob. 80,50% 80,50%SAGESTAMO - Sociedade Gestora Participações Sociais Imobiliárias, SA. Lisboa Gestão de Participações Sociais e prestação de serviços 100,00% 100,00%

SPE - Sociedade Portuguesa de Empreendimentos, SA. Lisboa Minas/Minérios 81,13% 81,13% As empresas em que a PARPÚBLICA detém diretamente participação no capital e que se qualificam como associadas - excluindo aquelas cuja participação está classificada nos ativos não correntes detidos para venda (ver nota 13) - são as seguintes:

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Empresa Sede Social Actividade Principal% do Capital detido em

2011

% do Capital detido em

2010

CVP - Sociedade de Gestão Hospitalar, SA Lisboa Administração de unidades de cuidados de saude 45,00% 45,00%

CREDIP - Instituição Financeira de Credito, SA a) Lisboa Exercicio de Actividade Bancária 20,00% 20,00%

INAPA - Investimentos de Participação e Gestão, SA. Lisboa Gestão de Participações Sociais 32,72% 32,72%

ISOTAL - Imobiliário do Sotavento Algarvio, SA Faro Desenvolvimento de Empreendimentos turisticos 31,05% 31,05%

PARCAIXA, SA. Lisboa Gestão de Participações Sociais 49,00% 49,00%

(a) Dissolvida em 30-12-2011 As designações das subsidiárias, associadas e outras empresas participadas - incluindo aquelas cuja participação está classificada nos ativos não correntes detidos para venda -, as respetivas moradas, as percentagens de interesse e as quantias dos capitais próprios e dos resultados são:

Corrente Não corrente Corrente Não corrente

Adp - Aguas de Portugal, SA. (a)Rua Visconde Seabra n.º 3 Lisboa

72,17% 1.034.439 139.996 746.555 952.743 6.540.208 925.738 5.532.775

ANA - Aeroportos de Portugal, SA.Aeroporto de Lisboa-Ed 120 Lisboa

68,56% 380.872 77.964 261.126 127.492 1.161.188 127.085 780.723

Baia do Tejo, SA Largo Alexandre Herculano, Barreiro

100,00% 239.110 1.334 239.110 29.145 256.025 8.604 37.456

CE - Circuito do Estoril, SA. (a)E.N. 9, Km 6 Alcabideche

100,00% 14.099 419 14.099 7.305 13.321 6.527 0

CL - Companhia das Lezirias, SA (a)Largo 25 de Abril, 17 Samora Correia

100,00% 78.523 -5.349 78.523 11.947 86.882 2.973 17.333

CREDIP - Instituição Financeira de Credito, SA (b) (c )

Rua Barata Salgueiro, 33 Lisboa

20,00% 11.895 193 2.379 235 12.008 348 0

CVP - Sociedade de Gestão Hospitalar, SARua Duarte Galvão, 54 Lisboa

45,00% 11.912 1.656 5.361 36.503 14.905 27.983 11.513

EDP - Energias de Portugal, SA. (d) Praça Marquês Pombal, 12 Lisboa

25,49% 11.386.779 1.331.979 2.902.490 6.969.520 34.311.057 7.398.590 22.495.208

ENVC - Sociedade Imobiliária, SA.Av. da Praia Norte Viana do Castelo

99,80% 12.670 -3.284 12.645 540 12.295 47 117

INAPA - Investimentos, Participações e Gestão, SA.

Rua do Salitre, 142 Lisboa

32,72% 203.254 -5.978 66.505 299.000 389.928 265.395 220.279

INCM - Imprensa Nacional Casa da Moeda, SA.Av. António José Almeida Lisboa

100,00% 112.458 26.074 112.458 120.739 68.666 35.793 41.154

ISOTAL - Imobiliária do Sotavento do Algarve, SA

Rua Rebelo da Silva, 3 - 2º Lisboa

31,05% 213 -17 66 169 48 4 0

Lazer e Floresta, SA.Rua Laura Alves n.º4 -10ª Lisboa

100,00% 102.852 129 102.852 26.040 86.868 2.019 8.037

MARGUEIRA - Sociedade Gestora Fundos Investimento Imobiliário, SA. (b)

Avenida Aliança Povo-MFA Almada

51,00% 589 73 300 674 6 90 1

PARCAIXA, SGPS, SA. (b) Av. João XXI, 63 Lisboa 49,00% 1.022.320 23.687 500.937 268.328 760.055 131 5.932

REN - Redes Electricas Nacionais, SGPS, SA.Avenida EUA, 55 Lisboa

49,90% 1.037.439 120.588 517.682 314.984 4.158.691 559.965 2.876.271

SAGESECUR - Sociedade de Estudos, Desenvolvimento e Participação em

Rua Laura Alves, 4 Lisboa

80,50% 32.984 -2.235 26.553 42.330 67.639 4.453 72.531

SAGESTAMO - Sociedade Gestora Participações Sociais Imobiliárias, SA.

Rua Laura Alves, 4 Lisboa

100,00% 151.681 -65.512 151.681 1.243.012 230.779 862.818 459.292

SPE - Sociedade Portuguesa de Empreendimentos, SA.

Rua dos Fanqueiros, 12-2º Lisboa

81,13% -5.361 -13.262 -4.349 1.321 9.955 402 16.235

TAP - SGPS, SA.Aeroporto Lisboa-Ed 25 -8º Lisboa

100,00% -343.245 -72.203 -343.245 757.537 1.224.427 992.115 1.333.094

Notas:

(d) Inclui 151.517.000 ações afetas a opções embutidas em empréstimo obrigacionista

Activo Passivo

(a) Os dados apresentados diferem dos das Demonstrações Financeiras apresentadas pela subsidiária porque esta utiliza o referencial contabilististico SNC ou políticas diferentes das definidas pelo Grupo no seu RC

(b) Os dados apresentados diferem dos das Demonstrações Financeiras apresentadas pela associada porque esta utiliza o referencial contabilististico NCA ou políticas diferentes das definidas pelo Grupo no seu RC.

(c ) Empresa dissolvida em 30-12-2011

Empresas Sede social% do capital

detidaCapitais

próprios 2011Resultado

Líquido 2011Interesse no

capital próprio

Os saldos de transações com subsidiárias e associadas – incluindo aquelas cuja participação está classificada nos ativos não correntes detidos para venda - tinham a seguinte composição no final do exercício findo em 31-12-2011:

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Empresa

Credores p/ subscrições

não liberadas Clientes

Outras contas a

pagar/receber

Suprimentos

Gastos suportado

s

Prestação de

serviços

Juros de supriment

osDividendo

s

Adp - Aguas de Portugal, SA. 27.761,32 25.271,06 19.488.071,19

ANA - Aeroportos de Portugal, SA. 27.084.881,52

BAIA DO TEJO, SA 6.887.020,00

CL - Companhia das Lezirias, SA 543.023,77

CE - Circuito do Estoril, SA. 954.145,98 58.000,00 50.487,09

CVP - Sociedade de Gestão Hospitalar, SA 232.761,63 363.690,95 363.690,95

CELTEJO, SA. 661.900,63

EDP - Energias de Portugal, SA 155.716.191,6

GALP Energia SGPS, SA. 8.131.131,9

INCM - Imprensa Nacional Casa da Moeda, SA. 10.476.143,23

MARGUEIRA - Sociedade Gestora Fundos Investimento Imobiliário, SA. 32.764,80 14.288,71

PARCAIXA, SGPS, SA. 4.319.715,1

REN - Redes Electricas Nacionais, SGPS, SA. 44.767.185,12

SAGESECUR - Sociedade de Estudos, Desenvolvimento e Participação em Projectos, SA. 3.521.681,43 57.700.879,22 3.521.681,43 402.500,00

SAGESTAMO - Sociedade Gestora Participações Sociais Imobiliárias, SA. 81.503.770,09 1.121.308.424,94 50.997.357,54

SPE - Sociedade Portuguesa de Empreendimentos, SA. 203.466,14 8.590.973,71 199.611,35 O detalhe das participações e empréstimos reportado a 31 de dezembro de 2011 é o seguinte:

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PARPÚBLICA – PARTICIPAÇÕES PÚBLICAS (SGPS), S. A.

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Entidades Nº acções Valor Aquisição Imparidades Quantia Escriturada Fusão CAPITALPOR Valor unitário

Investimentos em subsidiárias

AdP 62.722.718 457.577.715,39 457.577.715,39 7,30

BAIA DO TEJO 29.525.000 158.431.318,50 158.431.318,50 5,37

Cª DAS LEZIRIAS 1.000.000 33.443.379,47 33.443.379,47 33,44

CE - Circuito Estoril 15.000.000 39.307.523,61 25.221.523,61 14.086.000,00 0,94

ENVC - Sociedade Imobiliária, SA 2.595.000 12.937.686,77 12.937.686,77 0,00 0,00

INCM 5.500.000 68.072.266,00 68.072.266,00 12,38

LAZER e FLORESTA 11.577.527 57.394.783,06 57.394.783,06 4,96

MARGUEIRA 51.000 259.279,00 259.279,00 5,08

SAGESECUR 3.622.500 18.112.500,00 18.112.500,00 5,00

SAGESTAMO 36.800.000 184.000.000,00 184.000.000,00 5,00

SPE 8.113.415 28.187.883,58 28.187.883,58 0,00 0,00

1.057.724.335,38 66.347.093,96 991.377.241,42

Investimentos em Associadas

CREDIP - Inst.Financ. Crédito 400.000 2.000.000,00 2.000.000,00 5,00

CVP - Soc. Gestão Hospitalar 225.000 8.000.000,00 8.000.000,00 35,56

INAPA, SA 49.084.738 52.964.720,64 45.602.009,89 7.362.710,75 0,15

ISOTAL - Imobiliária do Sotavento do Algarve 18.632 144.375,00 144.375,00 7,75

PARCAIXA, SGPS, SA 490.000.000 490.000.000,00 490.000.000,00 1,00

553.109.095,64 45.602.009,89 507.507.085,75

Outras participações financeiras

EDP - Acções subjacentes 151.517.000 377.428.847,00 362.277.147,00 2,39

GALP Energia SGPS 4.105 58.865,70 46.714,90 11,38

GALP Energia SGPS - Acções subjacentes 58.075.409 832.801.365,06 660.898.154,42 11,38

IHRU - Intituto da Habitação e da Reabilitação Urbana 377.590.008 11.467.500,00 11.467.500,00 0,03

LISNAVE 106.000 528.725,78 528.725,78 0,00 0,00

LISNAVE - Prestações suplementares --- 53.563.033,08 53.563.033,08 0,00

PORTUGAL TELECOM 801.332 6.715.162,16 3.565.927,40 4,45

ZON 112.870 382.629,30 261.858,40 2,32

OUTRAS 216.512,70 214.268,11 2.244,59

1.283.162.640,78 54.306.026,97 1.038.519.546,71

Ativos não correntes detidos para venda:

EDP 780.633.782 2.018.332.867,42 2.018.332.867,42 2,59

HCB 4.121.323.887 140.242.272,44 69.424.859,66 70.817.412,78 0,02

REN 266.471.340 556.163.151,64 556.163.151,64 2,09

TAP (SGPS) 1.500.000 15.000.000,00 15.000.000,00 0,00 0,00

ANA 27.422.096 200.604.385,59 200.604.385,59 7,32

2.930.342.677,09 84.424.859,66 2.845.917.817,43

Empréstimos Concedidos

CAPITALPOR 60.000.000,00 -60.000.000,00

CE ESTORIL 58.000,00 58.000,00

CELTEJO, SA

SAGESECUR-Soc.Estudos, Des. E Part. Projectos, SA 57.700.879,22 57.700.879,22

SPE - Sociedade Portuguesa de Empreendimentos, SA 8.590.973,31 8.590.973,71 0,00

SAGESTAMO 1.121.308.424,94 1.121.308.424,94

1.247.658.277,47 8.590.973,71 1.179.067.304,16 -60.000.000,00 0,00

Total das participações financeiras 5.824.338.748,89 250.679.990,48 5.383.321.691,31 0,00 0,00

Total dos empréstimos 1.247.658.277,47 8.590.973,71 1.179.067.304,16 -60.000.000,00 0,00

As participações financeiras em subsidiárias e associadas são mensuradas pelo custo, aferido pelo justo valor da retribuição dada para aquisição ou pelo justo valor quando reclassificados de ativos financeiros ao justo valor através de resultados. Os montantes resultantes de entregas de fundos ou de outras relações financeiras com as subsidiárias que tenham cariz de suprimentos e que não tenham reembolso previsto a menos de um ano são apresentados como empréstimos concedidos no ativo não corrente. Sobre estes empréstimos, são calculados juros a taxas que têm em atenção as condições de mercado.

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As alterações nas rubricas do ativo relativas a participações financeiras por aquisições, classificações como ativos ou grupos de alineação detidos para venda e mensurações foram as seguintes:

(Des)reconhe-cimentos

Ajustamentos (a)

TAP (SGPS) -15.000.000,00

ANA -200.604.305,59

CAPITALPOR -1.900.000.000,00

BAIA DO TEJO 176.600.000,00 -96.805.701,50

BAIA DO TEJO 78.637.020,00

LAZER E FLORESTA 85.300.000,00 -27.905.216,94

Sub-Total das subsidiárias -215.604.305,59 0,00 0,00 0,00 -1.559.462.980,00 -124.710.918,44

EDP - Energias de Portugal, SA -993.202.916,55 1.034.600.000,00 -34.453.595,43

INAPA -11.044.066,00

REN - Redes Electricas Nacionais 603.500.000,00 -111.897.448,36

Sub-Total das associadas -993.202.916,55 0,00 -11.044.066,00 0,00 1.638.100.000,00 -146.351.043,79

EDP - Energias de Portugal, SA -15.151.700,00

GALP Energia SGPS -171.903.210,64

GALP Energia SGPS -12.150,80

PT - Portugal Telecom, SA -3.149.234,76

ZON Multimédia, SGPS -120.770,90

Lisnave Infraestruturas Navais

HCB, SA -140.242.272,44

Sub-Total das outras empresas -140.242.272,44 0,00 0,00 -190.337.067,10 0,00 0,00

Total -1.349.049.494,58 0,00 -11.044.066,00 -190.337.067,10 78.637.020,00 -271.061.962,23

Imparidade Alterações de justo

valor

Fusão CapitalporEmpresas participadas Reclassifi cações Aquisições

(a) Eliminação, por contrapartida de Resultados transitados, da diferença entre as quantias das participações recebidas e a quantia (custo de aquisição) que tinham antes da entrega para realização do capital da CAPITALPOR em 2008.

As reclassificações respeitam às participações que foram consideradas como ativos não correntes detidos para venda ou grupos de alineação detidos para venda por estarem envolvidas nos planos de privatização do Governo com expetativas de concretização da venda dentro de um ano (ver nota 13). As perdas por imparidade e reversões do exercício estão incluídas na rubrica Imparidade de investimentos não depreciáveis/amortizáveis da demonstração dos resultados (ver nota 24). Relativamente às participações materialmente relevantes em situação de imparidade não total (excluindo a detida na HCB, por ter sido vendida em 2012) ou cuja quantia recuperável não excede significativamente a quantia escriturada em 31-12-2011 tem-se:

− CE: Estimou-se que uma subida de 1% na taxa de desconto agravaria a perda por imparidade em 2,2 milhões de euros;

− INAPA: Estimou-se que uma descida de 1% na cotação agravaria a perda por imparidade em 74 mil euros;

− PARCAIXA: Estimou-se que se o valor dos ativos suscetíveis de imparidade reduzisse mais de 7% passaria a ter-se perda por imparidade;

− SAGESECUR: Estimou-se que uma subida de 1% na taxa de desconto agravaria a perda por imparidade acumulada em 3,4 milhões de euros;

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− SAGESTAMO: Estimou-se que se os valores dos imóveis descessem em média acima de 9% passaria a ter-se perda por imparidade.

Os movimentos relativos a rendimentos e gastos e a fluxos de caixa ocorridos na CAPITALPOR desde 01-01-2011 até à data da efetiva integração contabilística pela fusão estão considerados como movimentos ocorridos na PARPÚBLICA, por aplicação supletiva do disposto nos parágrafos D8-D14 da SFAS 141. 7 – Outras contas a receber O detalhe das quantias apresentadas no ativo corrente e não corrente é o seguinte:

Correntes Não Correntes Correntes Não Correntes

Clientes com reestruturação do crédito 543.023,77 725.814,97

Devedores por acréscimos de rendimentos 345.948,20 592.939,97

Juros de suprimentos concedidos 81.636.738,15 28.549.524,56

Outras contas a receber 12.050.995,03 1.258.642,31

94.033.681,38 543.023,77 30.401.106,84 725.814,97

31-12-2011 31-12-2010

A rubrica Outras contas a receber está líquida de perdas de imparidade estimadas em função da realização (ver nota 24). 8 – Outros ativos financeiros O saldo respeita a entregas de receitas de reprivatizações ao Estado for força da Lei n.º 11/90, de 14 de abril, a compensar nos termos do art. 9.º do Decreto-Lei n.º 209/2000, de 2 de Setembro e a quantias não compensadas pelo Estado em resultado da intervenção da PARPÚBLICA na liquidação da ex-IPE (2011: 1.872.375.805,26 €; 2010: 1.272.375.805,26 €). Não estão definidos termos da compensação que permitam mensuração pelo custo amortizado e para aferição de imparidade. 9 – Clientes Os saldos de clientes têm a seguinte composição:

31-12-2011 31-12-2010

Prestações de serviços a participadas 495.022,00 1.657.177,97

Clientes de empresas extintas (FMG e SGA) 211.211,49 213.361,49

706.233,49 1.870.539,46

Perdas por Imparidade acumuladas (SGA) 198.143,62 198.143,62

508.089,87 1.672.395,84Total

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10 – Estado e outros entes públicos O detalhe das rubricas no ativo e no passivo é o seguinte, não contendo no passivo dívidas vencidas:

Activo

Imposto s/Rendimento 22.452.045,93 2.518.605,80

IVA a recuperar 312.196,74 313.946,74

22.764.242,67 2.832.552,54

Passivo

Retenções na fonte 564.096,35 115.445,21

Retenção na Fonte - selo de garantias bancárias 6.698.196,95

IVA a pagar 10.177,57 710.631,99

Segurança social e outros regimes complentares 28.614,59 36.416,62

7.301.085,46 862.493,82

31-12-2011 31-12-2010

Pela fusão da CAPITALPOR, foi incorporada em 01-01-2011 na rubrica Imposto sobre o rendimento a quantia de 3.655,10€ relativos a pagamentos especiais por conta e retenções na fonte efetuadas por terceiros. 11- Diferimentos As quantias cujo gasto não seja de reconhecer no ano são as seguintes:

Excedentes de coberturas de responsabilidades de benefícios pós-emprego

451.883,30 674.760,71

Seguros 34.088,05 61.638,03

Despesas com reprivatizações em curso 557.016,13

Comissões bancárias 1.028.771,60

Diversos 36.752,25 28.093,64

2.108.511,33 764.492,38

31-12-2011 31-12-2010

Esta rubrica inclui o excedente da cobertura financeira sobre as responsabilidades de planos de benefícios definidos de pós-emprego (cujas variações anuais reconhecidas gastos com o pessoal), as despesas com as reprivatizações em curso em 31-12-2011 (EDP, REN e HCB) e comissões bancárias relacionadas com os programas de papel comercial. As responsabilidades e o valor dos ativos do Fundo que as sustenta eram a seguinte, em milhares de euros:

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2011 2010 Responsabilidades por serviços passados 12.312 12.930 Valor do Fundo afeto 12.764 13.604 Excesso de cobertura 452 674

A decomposição do justo valor do fundo de pensões afetos às responsabilidades da PARPUBLICA é a seguinte, em milhares de euros:

31-12-2011 31-12-2010

Justo valor por categoria dos ativos do plano

Instrumentos de capital próprio 853 4.051

Instrumentos de divida 10.586 7.936

Propriedade 668 678

Outros ativos 657 939

12.764 13.604 A evolução das responsabilidades, em milhares de euros, justifica-se por:

As responsabilidades foram determinadas por entidade independente tendo por base os seguintes pressupostos principais: 31-12-2011 31-12-2010

Tábua de mortalidade TV 88/90 TV 88/90 Tábua de invalidez --- --- Taxa de crescimento salarial 2,50% 2,50% Taxa de crescimento das pensões 1,50% 1,50% Taxa de rendimento 4,75% 4,75% Taxa de desconto 4,75% 4,75%

A evolução das responsabilidades e valores dos ativos do fundo ao longo dos anos foi o seguinte, em milhares de euros:

Responsabilidades: 2011 2010Responsabil idade por serviços passados no início do período 12 930 12 218

Custo de juros 594 594Custo do serviço corrente 14 106Ganhos (-) e perdas actuariais (+) -335 931Benefícios pagos -890 -919

Responsabil idade por serviços passados no final do período A 12 312 12 930

Valor dos ativos:Valor dos ativos do fundo no início do período 13 604 14 085

Retorno/rendimento dos ativos do fundo 50 438Benefícios pagos -890 -919

Valor dos ativos do fundo no final do período do período B 12 764 13 604

Excesso de cobertua C=B-A 452 674

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31-12-2011 31-12-2010 31-12-2009 31-12-2008 31-12-2007

Valor presente das responsabilidade 12.312 12.930 11.961 11.360 11.655

Valor dos ativos do fundo 12.764 13.604 13.827 13.820 16.242

Excesso de cobertura 452 674 1.866 2.460 4.587 12 - Ativos financeiros e passivos financeiros para negociação Os saldos de 7.438.970,43 € (2010: 9.208.948,55 €) no ativo e de 3.666.229,00 € (2010: 8.323.969,00 €) no passivo respeitam ao justo valor de estruturas de swaps de taxa de juro, com vista à dispersão do risco de taxa de juro. (ver nota 32.2). 13 - Ativos não correntes detidos para venda e passivos associados As empresas com participação no capital pela PARPÚBLICA e/ou CAPITALPOR e que se qualificam como ativos não correntes detidos para venda por estarem em processo de privatização com perspetivas de conclusão para reconhecimento dentro de um ano são as seguintes:

Empresa Sede Social Actividade Principal Detentores de Capital

% do Capital detido em

2011

% do Capital detido em

2010

CAPITALPOR, SGPS, SA. -- 11,18%

EDP - Energias de Portugal, SA. Lisboa Comercialização e distribuição de energia eléctrica PARPUBLICA, SGPS, SA. 21,35% 9,73%

HCB - Hidroelectrica de Cahora Bassa Songo Produção, transporte e comercialização de energia PARPUBLICA, SGPS, SA. 15,00% 15,00%

REN - Redes Electricas Nacionais, SGPS, SA. Lisboa Gestão global do sistema energético de abastecimento público CAPITALPOR, SGPS, SA. -- 46,00%

PARPUBLICA, SGPS, SA. 49,90% 3,90%

TAP - Transportes Aéreos Portugueses SGPS, SA. Lisboa Gestão de Participações Sociais PARPUBLICA, SGPS, SA. 100,00% 100,00%

ANA - Aeroportos de Portugal, SA. LisboaExploração do serviço público aeroportuário de apoio à aviação

civil em Portugal PARPUBLICA, SGPS, SA. 68,56% 68,56% As participações classificadas como ativo não corrente detido para venda são mensuradas pela menor entre a quantia no momento da classificação e a quantia correspondente ao justo valor menos custos de vender. As alterações nas rubricas dos ativos não correntes detidos para venda foram os seguintes:

ANA - Aeroportos de Portugal, SA. 200.604.385,59EDP - Energias de Portugal, SA (a) 993.202.916,55 55.451.540,00 107.246.716,55HCB, SA 140.242.272,44 -29.182.587,22REN - Redes Electricas Nacionais 64.560.600,00 15.366.800,00TAP (SGPS) 15.000.000,00Fusão Capitalpor:REN - Redes Electricas Nacionais 491.602.551,64EDP - Energias de Portugal, SA 969.678.410,87

Total 2.874.891.137,09 55.451.540,00 93.430.929,33(a) Aquisição à PARCAIXA de 0,4% do capital para inclusão na transação de reprivatização.

Empresas participadas Reclassificações Aquisições Imparidades

Os movimentos nos passivos associados a ativos não correntes detidos para venda foram os seguintes:

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31-12-2010 Reclassificações Aumentos 31-12-2011

0,00 204.626.565,63 146.419.434,37 351.046.000,00

0,00 204.626.565,63 146.419.434,37 351.046.000,00Totais

Rubricas

Responsabilidades nos termos dos art. 491.º, 501.º e 502.º do Código das Sociedades Comerciais

14 – Caixa e depósitos bancários O detalhe é o seguinte, estando imediatamente disponíveis todas as quantias:

31-12-2011 31-12-2010

Caixa 400,00 364,58

Depósitos Bancários 6.408.559,94 14.828.338,22

Depósitos a Prazo 92.500.000,00

98.908.959,94 14.828.702,80 O saldo de Caixa e seus equivalentes em 01-01-2011 é composto por:

Caixa e seus equivalentes - PARPÚBLICA 14.828.702,80 Caixa e equivalentes - CAPITALPOR (por fusão) 107.801,14 Total 14.936.503,94

15 – Capital próprio Os saldos e movimentos nas rubricas do capital próprio, incluindo os efeitos da fusão da CAPITALPOR, são:

Rubricas 31-12-2010Fusão CAPITALPOR (01-

01-2011)Aumentos Diminuições 31-12-2011

Capital 1.027.151.031,48 1.027.151.031,48

Reservas Legais 695.688.928,89 695.688.928,89

Resultados transitados 593.560.786,55 -291.514.662,42 64.645.278,39 25.000.000,00 341.691.402,52

Resultado Líquido 2010 64.645.278,39 64.645.278,39 0,00

Resultado Líquido 2011 16.838.393,69 -16.838.393,69

Total 2.381.046.025,31 -291.514.662,42 64.645.278,39 106.483.672,08 2.047.692.969,20

O capital da PARPÚBLICA é de 2.000.000.000,00 € de euros é composto por 400.000.000 ações nominativas de 5 euros, está parcialmente realizado e é detido pelo Estado Português. As reservas legais estão constituídas em conformidade com o artº 295º do Código das Sociedades Comerciais, o qual prevê que esta seja dotada com um mínimo de 5% do resultado líquido do período até à concorrência de um valor correspondente à quinta parte do capital social, que está superado.

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Estas reservas não são distribuíveis a não ser em caso de liquidação da empresa, mas pode ser utilizada para absorver prejuízos depois de esgotadas as outras reservas, ou incorporada no capital. Os movimentos em resultados transitados correspondem aos efeitos da fusão da CAPITALPOR e à adição e aplicação do resultado líquido de 2010. Os movimentos respeitantes à fusão da CAPITALPOR são os seguintes: − Diferença entre a participação detida pela PARPÚBLICA (1.900.000.000,00 €) e o capital próprio à

data de reporte da fusão (1.879.547.299,81€), de 20.452.700,19 €; − Eliminação da diferença entre o custo das ações recebidas pela CAPITALPOR em 2008 para

realização do capital (1.900.000.000,00 €) e o custo que tinham antes na PARPÚBLICA (1.598.470.044,07 €), de 301.529.955,93 €;

− Eliminação dos ajustamentos de imparidade reconhecidos nas subsidiárias pela CAPITALPOR, face ao custo de entrada das participações recebidas para realização do capital, de 30.467.993,70 €.

Estes movimentos por fusão não se enquadram nas situações previstas na IAS 8, pelo que não se efetuou reexpressão nos dados comparativos. A diminuição em resultados transitados por distribuição de dividendos ao acionista relativos a 2010 foi de 25.000.000,00 €. 16 – Provisões As provisões acumuladas apresentam o seguinte detalhe e movimentos no exercício findo em 31-12-2011:

31-12-2010 Reclassificações 31-12-2011

204.626.565,63 -204.626.565,63 0,00

498.000,00 498.000,00

205.124.565,63 -204.626.565,63 498.000,00Totais

Rubricas

Responsabilidades nos termos dos art. 491.º, 501.º e 502.º do Código das Sociedades ComerciaisLiquidações contestadas de imposto de selo da ex-PORTUCEL, SGPS

A reclassificação foi efetuada para a rubrica de Passivos associados a ativos não correntes detidos para venda. (ver nota 13). 17 – Financiamentos obtidos Os financiamentos obtidos têm as seguintes naturezas e classificação:

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Corrente Não corrente Corrente Não corrente

Empréstimos por obrigações 4.032.784.363,22 4.143.662.762,06

Juros corridos dos empréstimos 37.751.890,07 37.738.238,06

Papel Comercial 1.050.000.000,00 710.000.000,00

Juros corridos do papel comercial 4.143.783,77 685.250,54

1.091.895.673,84 4.032.784.363,22 748.423.488,60 4.143.662.762,06

31-12-2011 31-12-2010

Os empréstimos respeitam essencialmente a obrigações e financiamentos junto de instituições de créditos nacionais e estrangeiras. A segmentação das quantias nominais da dívida por maturidades e tipos de taxa de juro é a seguinte (em milhões de euros):

31-12-2011 31-12-2010Empréstimos totais Até 1 ano 1.050,00 710,00 De 1 ano até 2 anos 800,00 0,00 De 2 anos até 3 anos 1.514,15 800,00 De 3 anos até 4 anos 1.515,15 De 4 anos até 5 anos 0,00 Superior a 5 anos 1.785,65 1.785,65

5.149,80 4.810,80Empréstimos com taxa de juro fixa Até 1 ano 0,00 De 1 ano até 2 anos 800,00 0,00 De 2 anos até 3 anos 1.514,15 800,00 Superior a 3 anos 1.635,65 3.150,80

3.949,80 3.950,80 Os empréstimos e respetivas quantias de detalhe em 31-12-2011 eram as seguintes: - Obrigações não convertíveis de 500,0 M€ emitido em 2004 Obrigação base 498.347.006,81 Juros corridos 4.425.581,22 502.772.588,03 - Obrigações não convertíveis de 500,0 M€ emitido em 2005 Obrigação base 499.181.013,12 Juros corridos 4.886.301,37 504.067.314,49 - Obrigações não convertíveis de 150,0 M€ emitido em 2005 Obrigação base 150.000.000,00 Juros corridos 46.516,67 150.046.516,67 - Obrigações não convertíveis de 250,0 M€ emitido em 2006 Obrigação base 250.000.000,00 Juros corridos 1.294.520,56 251.294.520,56

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- Obrigações convertíveis de 1.015,2 M€ emitido em 2007 Obrigação base 988.830.383,30 Opção embutida 0,00 Juros corridos 1.474.814,00 990.305.197,30 - EMTN de 800,0 M€ emitido em 2009 Obrigação base 798.618.719,57 Juros corridos 14.000.000,00 812.618.719,57 - Obrigações convertíveis de 885,6 M€ emitido em 2010 Obrigação base 847.807.240,42 Opção embutida 0,00 Juros corridos 11.624.156,25 859.431.396,67 4.070.536.253,29 Os dois contratos de emissão dos empréstimos obrigacionistas não convertíveis de 500,0, o de 150,0 e o de 250,0 milhões de euros, emitidos em 14 de Outubro de 2004, 22 de Setembro de 2005, 28 de Dezembro de 2005 e 16 de Novembro de 2006, respetivamente, preveem entre outras cláusulas, a possibilidade de os obrigacionistas exercerem o direito de reembolso antecipado das obrigações se o Estado deixar de deter a totalidade do capital da PARPÚBLICA e/ou perder o controlo direto ou indireto da sociedade e/ou ainda se os artigos 501º a 503º do Código das Sociedades Comerciais deixarem de se aplicar nas relações entre o Estado e a sociedade. Adicionalmente, a PARPÚBLICA tem a obrigação de reembolsar os obrigacionistas em caso de vencimento antecipado de outras dívidas financeiras, de insolvência, de cessação total ou substancial dos negócios e de sujeição a processos que afetem os ativos e os réditos. O empréstimo de Euro Medium Term Notes de 800 milhões de euros foi emitido em Julho de 2009 ao abrigo de um Programa no montante global de 1.500 milhões de euros, pelo prazo de quatro anos, com vencimento em 2013, e com um cupão de 3,5% ao ano. Prevê a possibilidade de os obrigacionistas exercerem o direito de reembolso antecipado das obrigações se o Estado deixar de deter a totalidade do capital da PARPÚBLICA e/ou perder o controlo direto ou indireto da sociedade e/ou ainda se os artigos 501º a 503º do Código das Sociedades Comerciais deixarem de se aplicar nas relações entre o Estado e a sociedade. Adicionalmente, a PARPÚBLICA tem a obrigação de reembolsar os obrigacionistas em caso de vencimento antecipado de outras dívidas financeiras, de insolvência, de cessação total ou substancial dos negócios e de sujeição a processos que afetem os ativos e os réditos. O empréstimo de 1.015,15 milhões de euros foi emitido na sequência do Decreto-Lei n.º 382/2007, de 15-11, sobre a 7.ª fase de reprivatização de capital da EDP, conferindo o instrumento de emissão aos obrigacionistas o direito de reembolso pelo valor nominal das obrigações ou em função do valor corrente das ações da EDP, se superior. No caso de o reembolso ser determinado pelo valor das ações subjacentes, a PARPÚBLICA tem a opção de escolha entre a entrega das ações ou da quantia em dinheiro correspondente. Os investidores têm o direito de pedir o reembolso antecipado das obrigações em 18-12-2012, ou a sua troca a partir de 18-12-2013. Prevê a possibilidade de os obrigacionistas exercerem o direito de reembolso antecipado das obrigações se o Estado deixar de deter a totalidade do capital da PARPÚBLICA e/ou perder o controlo direto ou indireto da sociedade e/ou ainda se os artigos 501º a 503º do Código das Sociedades Comerciais deixarem de se aplicar nas relações entre o Estado e a sociedade ou da ocorrência de um evento de mudança do controlo da EDP. Adicionalmente, a PARPÚBLICA tem a obrigação de reembolsar os obrigacionistas em caso de

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PARPÚBLICA – PARTICIPAÇÕES PÚBLICAS (SGPS), S. A.

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vencimento antecipado de outras dívidas financeiras, de insolvência, de cessação total ou substancial dos negócios e de sujeição a processos que afetem os ativos e os réditos. O empréstimo de 885,65 milhões de euros foi emitido na sequência do Decreto-Lei n.º 185/2008, de 19-09, sobre a 5.ª fase de reprivatização de capital da GALP, conferindo o instrumento de emissão aos obrigacionistas o direito de reembolso pelo valor nominal das obrigações ou em função do valor corrente das ações da GALP, se superior. No caso de o reembolso ser determinado pelo valor das ações subjacentes, a PARPÚBLICA tem a opção de escolha entre a entrega das ações ou da quantia em dinheiro correspondente. Os investidores têm o direito de pedir o reembolso antecipado das obrigações em 28-09-2015, ou a sua troca a partir de 28-03-2013. A PARPÚBLICA tem a possibilidade de reembolsar as obrigações, se o valor das mesmas for igual ou superior a 30%, em pelo menos 20 dias úteis durante 30 dias úteis consecutivos, a partir de 13-10-2013. Prevê a possibilidade de os obrigacionistas exercerem o direito de reembolso antecipado das obrigações se o Estado deixar de deter a totalidade do capital da PARPÚBLICA e/ou perder o controlo direto ou indireto da sociedade e/ou ainda se os artigos 501º a 503º do Código das Sociedades Comerciais deixarem de se aplicar nas relações entre o Estado e a sociedade ou da ocorrência de um evento de mudança do controlo da Galp. Adicionalmente, a PARPÚBLICA tem a obrigação de reembolsar os obrigacionistas em caso de vencimento antecipado de outras dívidas financeiras, de insolvência, de cessação total ou substancial dos negócios e de sujeição a processos que afetem os ativos e os réditos. A opção embutida nos empréstimos com opção de conversão e as ações subjacentes estão mensuradas pelo justo valor através de resultados (ver notas 3.3. e 3.7.). Os efeitos nos resultados ao longo dos anos das alterações no justo valor dos empréstimos e das ações, incluindo os de um empréstimo já reembolsado, são:

2011 2010 2009 2008 Até 2007

Variação do valor das opções 124.497.097 -54.670.672 64.792.041 147.108.152 180.508.432

Variação do valor das acções subjacentes -190.337.067 246.753.590 124.044.403 -134.222.039 312.000.000

Ganho líquido/Perda líquida -65.839.970 192.082.917 188.836.444 12.886.113 131.491.568 A evolução das quantias escrituradas dos empréstimos com opção embutida vivos é a seguinte: Emprest de 1.015.150 m€ 31-12-2011 31-12-2010 31-12-2009 31-12-2008 Data de emissão

Obrigações no passivo: 990.305.197 982.215.542 980.816.488 998.167.733 1.012.473.590

Obrigação (incluindo juros corridos) 990.305.197 982.215.542 972.999.833 965.558.502 958.670.640

Opção 0 0 7.816.655 32.609.231 53.802.950

Acções no activo 362.277.147 377.428.847 471.217.870 407.580.730 693.947.860

Passivo - Activo 628.028.050 604.786.695 509.598.618 590.587.003 318.525.730

Emprest de 885.650 m€ 31-12-2011 31-12-2010 Data de emissão

Obrigações no passivo: 859.431.397 971.764.147 885.650.000

Obrigação (incluindo juros corridos) 859.431.397 852.942.132 841.127.077

Opção 0 124.197.097 38.082.950

Acções no activo 660.898.154 832.801.365 713.746.777

Passivo - Activo 198.533.243 138.962.782 171.903.223

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18 – Outras contas a pagar Os saldos e movimentos nas rubricas de Outras contas a pagar são:

Correntes Não Correntes Correntes Não Correntes

Obrigacionistas (ex: Portucel) 22.334,80 22.334,80

Fornecedores investimentos financeiros 1.116.175.292,72 460.723.752,72

Remunerações a pagar 105.428,82 238.630,57

Credores por subscrições não liberadas 6.887.020,00 3.830.000,00

Outros acréscimos de gastos 2.550.982,22 328.655,20

1.125.718.723,76 22.334,80 465.121.038,49 22.334,80

31-12-2011 31-12-2010

O saldo de fornecedores respeita à parte em dívida por aquisições de ações em reforço de posições em associadas, tendo em vista a reprivatização (31-12-2011: 55.451.540,00 €; 31-12-2010: 460.732.752,72 €) e ao adiantamento relativo à venda das ações da EDP (31-12-2011: 600.000.000,00 €). Esta venda respeitou a 21,35% das ações do capital pelo preço de 2.693.186.547,90 €, sendo reconhecida em 2012 após satisfeitas condições relevantes para o reconhecimento. Por fusão da CAPITALPOR, em 01-01-2011 foram incorporadas as quantias de 8.637.020,00€, relativa a capital da Baía do Tejo não realizado (31-12-2011: 6.887.020,00 €), e de 68.344,77€, respeitante a acréscimos de gastos. O saldo em 31-12-2010 de credores por subscrições não liberadas respeitava a capital da CE – Circuito do Estoril. 19 – Fornecedores Os saldos nesta rubrica (31-12-2011: 546.481,58 €; 31-12-2010: 1.196.438,45 €) proveem de transações comerciais, essencialmente por consultorias e despesas com reprivatizações. Pela fusão da CAPITALPOR, foi incorporado em 01-01-2011 o montante de 27.817,96€. 20 – Vendas e serviços prestados Os saldos respeitam a serviços debitados a participadas e por apoio ao Estado no domínio das Parcerias

Público-Privadas (2011: 455.670,42€; 2010: 721.585,84€).

21 – Dividendos de participações ao custo e ao justo valor

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No âmbito das demonstrações financeiras separadas, os dividendos, incluindo os provenientes da operação de fusão com a CAPITALPOR, constituem a fonte relevante do rendimento da exploração dos ativos da PARPÚBLICA e para relato segmental por relação com os ativos. Os dividendos reconhecidos durante o ano de 2011 e a sua expressão face à quantia escriturada das respetivas participações financeiras (considerando a integração da CAPITALPOR em 01-01-2011) são:

Quantia Taxa de retorno

(1) (2) (3) (4)=(3)/(1)ADP - Aguas de Portugal 457.577.715,39 19.488.071,19 4,3%ANA - Aeroportos de Portugal 200.604.385,59 27.084.881,52 13,5%CVP - Sociedade Gest Hospitalar 8.000.000,00 363.690,95 4,5%EDP-Energias de Portugal 2.018.332.867,42 155.716.191,66 7,7%Galp Energia 660.898.154,42 8.131.131,96 1,2%HCB 140.242.272,44 69.424.859,66 3.055.160,39 2,2%IHRU 11.467.500,00 59.515,73 0,5%INCM 68.072.266,00 10.476.143,23 15,4%MARGUEIRA 259.279,00 14.288,71 5,5%PARCAIXA 490.000.000,00 4.319.715,11 0,9%PT Portugal Telecom 3.565.927,40 1.041.731,60 29,2%REN - Redes Electricas Nacionais 556.163.151,64 44.767.185,12 8,0%SAGESECUR 18.112.500,00 402.500,00 2,2%ZON MULTIMEDIA 261.858,40 18.059,20 6,9%

274.938.266,37

Dividendos Quantia escriturada em 01-01-2011

Perdas por imparidade em 2011

22 – Fornecimentos e serviços externos O detalhe dos fornecimentos e serviços externos relativos a consultorias necessárias às atividades e ao funcionamento corrente é o seguinte:

2011 2010

Trabalhos Especializados 1.422.304,08 2.568.780,16

Honorários 159.192,00 283.124,96

Rendas e Alugueres 238.416,75 261.549,45

Diversos 75.090,80 79.387,07

Conservação e Reparação 50.471,43 62.011,96

Comunicação 41.914,85 34.216,72

Electricidade/água/segurança 28.588,66 28.141,93

Seguros 44.441,52 21.446,14

Material de escritório 16.226,82 20.495,07

Limpeza e conforto 21.201,22 16.540,24

Combustiveis 13.648,36 12.871,54

Deslocações e estadas 7.069,66 12.773,65

2.118.566,15 3.401.338,89 23 – Gastos com pessoal O detalhe dos gastos com os órgãos sociais e com o pessoal é o seguinte:

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Remunerações 1.586.844,67 1.917.850,87

Beneficios pós-emprego 254.618,86 1.192.315,21

Encargos sobre Remunerações 264.332,99 284.702,07

Seguros 10.524,77 8.013,10

Outros Gastos com o Pessoal 42.032,52 56.141,75

2.158.353,81 3.459.023,00

2011 2010

As remunerações brutas atribuídas aos membros dos órgãos sociais da PARPÚBLICA, foram:

2011 2010

Conselho de administração 374.896,17 413.526,23

Conselho Fiscal

Assembleia Geral 1.824,65 2.578,97

Roc a) 84.375,00 75.000,00

a) Inclui 16.875,00 € relativos à CAPITALPOR.

Os gastos com benefícios pós-emprego respeitam à redução verificada no excedente de cobertura das responsabilidades reconhecido no ativo relativamente ao plano celebrado pela ex-Portucel (ver nota 11). 24 – Perdas e reversões de imparidade Dos testes efetuados resultaram os seguintes movimentos como perdas e reversões de imparidades (ver notas 6, 7 e 9):

2010Perdas Reversões Perdas

Dividas a receber: 203.466,14 0,00 3.627,56 Outros devedores (SPE) 203.466,14 3.627,56

Investimentos financeiros e ativos não corentes detidos para venda: 48.817.626,93 122.613.516,55 211.374.864,84 CE ESTORIL 25.221.523,61 EDP 107.246.716,55 107.246.715,55 HCB 29.182.587,22 40.242.272,44 INAPA 11.044.066,00 13.006.943,89 LISNAVE 528.725,77 REN 15.366.800,00 15.366.800,00 SPE 8.590.973,71 9.761.883,58

211.374.864,84

2011

73.592.423,48 As quantias recuperáveis dos ativos em que ocorreram perdas ou reversões por imparidade em 2011 foram determinadas nos seguintes termos:

− EDP: considerou-se a abordagem pelo mercado, baseada no preço comprometido na transação de toda a participação efetuada em dezembro de 2011;

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− HCB: considerou-se a abordagem pelo mercado, baseada no preço comprometido na transação de toda a participação em março de 2012;

− INAPA: considerou-se a abordagem pelo mercado, baseada na cotação em 31-12-2011;

− REN: considerou-se a abordagem pelo mercado, baseada no preço comprometido na transação de 40% das ações do capital e a cotação em 31-12-2011 para os restantes 9,9%;

− SPE: considerou-se a abordagem pelo mercado, suportada em avaliação €. 25 – Aumentos e reduções de justo valor Os ganhos e as perdas nos instrumentos financeiros mensurados pelo justo valor foram as seguintes:

Ganhos Perdas Ganhos PerdasOpções e activos subjacentes Obrigações devidas em 2010 Opção 23.926.820,00 Acções da EDP 83.381.546,48 Obrigações devidas em 2014 Opção 7.816.655,00 Acções da EDP 15.151.700,00 93.789.023,00 Obrigações devidas em 2017 Opção 124.497.097,30 86.414.147,30 Acções da Galp 171.915.361,44 430.172.824,44Swaps 2.887.761,88 822.721,58Outras Acções cotadas (a) 3.270.005,66 30.406,32 601.412,54

127.384.859,18 190.337.067,10 461.946.705,76 265.008.850,90Ganhos/Perdas liquidos

(a) Participações sociais em empresas que não se qualificam como subsidiárias e associadas

2011 2010

-62.952.207,92 196.937.854,86

O justo valor das ações é fundamentado na cotação na NYSE Euronext e o justo valor dos derivados é baseado no mark to market determinado por entidades financeiras internacionais. 26 – Outros rendimentos e ganhos Como outros rendimentos e ganhos estão considerados:

2011 2010

Rendimentos Suplementares 49.767,12 280.406,06

Rendimentos e ganhos outros activos financeiros 293.778,76 2.365.886,33

Rendimentos e ganhos de investimentos não financeiros 63.430,01 22.400,00

Juros obtidos 59.106.917,89 15.855.202,57

Rendimentos swaps 4.950.626,39 6.033.013,89

Outros 77.729,75 306.177,54

64.542.249,92 24.863.086,39

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Os juros obtidos respeitam essencialmente a suprimentos a subsidiárias (2011: 55.431.038,04 €; 2010: 13.872.803,99 €) 27 – Outros gastos e perdas Como outros gastos e perdas estão considerados:

2011 2010

Impostos 58.877,23 123.723,57

Correcções relativas a exercicios anteriores 153.938,21 47.508,26

Donativos 2.500,00 335.000,00

Diversos 33.062,39 35.217,77

248.377,83 541.449,60 28 – Gastos e reversões de depreciação e de amortização Os gastos por depreciações e amortizações foram:

2011 2010

Equipamento Transporte 14.795,22 14.795,22

Equipamento Administrativo 57.675,97 163.359,00

Outros Activos Fixos Tangiveis 1.179,72 151,94

73.650,91 178.306,16

Programas de computador 2.540,92 4.075,62

2.540,92 4.075,62

76.191,83 182.381,78

Activos Fixos Tangiveis

Activos Fixos Intangiveis

29 – Juros e gastos similares suportados Os juros e outros gastos similares suportados com os instrumentos de dívida emitidos foram:

2011 2010

Juros Suportados 210.958.912,48 150.965.312,90

Outros gastos e Perdas 4.530.194,15 3.138.588,77

215.489.106,63 154.103.901,67 Os gastos de juros são determinados com base na taxa do juro efetivo.

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30 – Imposto sobre o Rendimento do período A PARPÚBLICA está sujeita a tributação em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC) e correspondente Derrama, com taxas sobre o lucro tributável de 25% e de 1,5% respetivamente. As declarações de autoliquidação, da Empresa ficam sujeitas a inspeção e eventual ajustamento pelas Autoridades Fiscais durante um período de quatro anos. Pelo regime fiscal das SGPS e pela natureza das participações sociais detidas, a PARPÚBLICA não vê satisfeitos os requisitos para reconhecimento de impostos diferidos. Os gastos de imposto sobre o rendimento são compostos exclusivamente por impostos correntes cujo apuramento sinteticamente é o seguinte:

2011 2010

Resultado antes de imposto -15.933.628,35 64.667.502,89

Gastos não dedutiveis 59.732.087,17 -79.993.694,81

Resultado fiscal (lucro/prejuizo) 43.798.458,82 -15.326.191,92

Utilização de Prejuizos fiscais -43.798.458,82 15.326.191,92

Gasto de imposto antes das tributações autónomas -887.478,89 0,00

Gasto de imposto sobre as tributações autónomas -17.286,45 -22.224,50

Gasto de imposto após as tributações autónomas -17.286,45 -22.224,50 31 – Resultados e fluxos de caixa de unidades operacionais descontinuadas Os resultados obtidos de componentes consideradas como unidades operacionais descontinuadas em 2011 foram os seguintes:

2011 2010

Dividendos

ANA - Aeroportos de Portugal 27.084.881,52 18.689.525,77

EDP - Energias de Portugal 155.716.191,66 48.347.756,12

REN - Redes Elétricas Nacionais 44.767.185,12 3.477.942,00

HCB - Hidroelétrica Cahora Bassa 3.055.160,39 0,00

230.623.418,69 70.515.223,89Passivos associados a ANCDV

TAP, SGPS -146.419.434,37 0,00-146.419.434,37 0,00

ImparidadesEDP - Energias de Portugal 107.246.716,55 -107.246.716,55REN - Redes Elétricas Nacionais 15.366.800,00 -15.366.800,00HCB - Hidroelétrica Cahora Bassa -29.182.587,22 -40.242.272,44

93.430.929,33 -162.855.788,99Total 177.634.913,65 -92.340.565,10

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35

Os fluxos de caixa com componentes consideradas como unidades operacionais descontinuadas em 2011 respeitam exclusivamente a dividendos.

Empresa 2011 2010

ANA-Aeroportos de Portugal 27.084.881,52 18.689.525,77

EDP -Energias de Portugal 155.716.191,66 48.347.756,12

REN - Redes Elétricas Nacionais 44.767.185,12 3.477.942,00

HCB - Hidroelétrica Cahora Bassa 3.055.160,39 0,00

Total 230.623.418,69 70.515.223,89 32 – Instrumentos financeiros em geral Além das divulgações efetuadas em notas anteriores, relevam informações relativas ativos financeiros e passivos financeiros, quanto à posição financeira, aos efeitos nos resultados e à perceção sobe o risco. 32.1. Posição e efeitos nos resultados dos ativos e passivos financeiros Para as categorias e outros agregados relativos a ativos e passivos financeiros, excluindo os ativos que respeitam a investimentos em subsidiárias e associadas e para os efeitos nos resultados, tem-se (em milhares de euros):

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36

Empréstimos concedidos e

contas a receber

Activos financeiros disponíveis para

venda

Activos Financeiros ao justo valor

através de resultados

Passivos financeiros ao

justo valor através de resultados

Passivos financeiros

mensurados pelo custo amortizado

Total

ACTIVOS

Activo não correnteParticipações financeiras - outras empresas - 11.468 1.027.050 1.038.518 Outros activos financeiros 3.051.986 - - 3.051.986

3.051.986 11.468 1.027.050 - - 4.090.504 Activo corrente

Clientes 508 - - 508 Outras contas a receber 94.034 - - 94.034 Activos financeiros detidos para negociação - - 7.439 7.439 Caixa e depósitos bancários 98.909 - - 98.909

193.451 - 7.439 - - 200.890

Total do activo 3.245.437 11.468 1.034.489 - - 4.291.394

PASSIVOS

Passivo não correnteFinanciamentos obtidos - 4.032.784 4.032.784 Outras contas a pagar - 22 22 Outros passivos financeiros - - -

- - - - 4.032.806 4.032.806 Passivo corrente

Fornecedores - 546 546 Financiamentos obtidos - 1.091.896 1.091.896 Outras contas a pagar - 1.125.719 1.125.719

3.666 - 3.666 Outros passivos financeiros - - -

- - - 3.666 2.218.161 2.221.827

Total do passivo - - - 3.666 6.250.967 6.254.633

Valor Liquido 3.245.437 11.468 1.034.489 (3.666) (6.250.967) (1.963.239)

31-12-2011

Passivos financeiros detidos para negociação

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37

Total

ACTIVOS

Activo não corrente

Participações financeiras - outras empresas - 111.468 - - - 111.468

Outros activos financeiros 2.235.193 - 1.217.388 - - 3.452.581

2.235.193 111.468 1.217.388 - - 3.564.049

Activo corrente

Clientes 1.672 - - - - 1.672

Estado e outros entes públicos 2.833 - - - - 2.833

Outras contas a receber 30.401 - - - - 30.401

Activos financeiros detidos para negociação - - 885 - - 885

Caixa e depósitos bancários 14.828 - - - - 14.828

49.734 - 885 - - 50.619

Total do Activo 2.284.927 111.468 1.218.273 - - 3.614.668

PASSIVOS

Passivo não corrente

Financiamentos obtidos - - - - 4.143.662 4.143.662

Outras contas a pagar - - - - 22 22

- - - - 4.143.684 4.143.684

Passivo corrente

Fornecedores - - - - 1.196 1.196

Estado e outros entes públicos - - - - 862 862

Financiamentos obtidos - - - - 710.000 710.000

Outras contas a pagar - - - - 503.545 503.545

- - - - 1.215.603 1.215.603

Total do Passivo - - - - 5.359.287 5.359.287

Valor Liquido 2.284.927 111.468 1.218.273 - (5.359.287) (1.744.619)

Passivos financeiros ao justo valor através

de resultados

Passivos financeiros mensurados pelo custo

amortizado

31-12-2010

Empréstimos concedidos e contas a

receber

Activos financeiros disponíveis para

venda

Activos Financeiros ao justo valor através

de resultados

Os montantes dos ativos e passivos financeiros por níveis de enquadramento da determinação do justo valor são os seguintes em 31-12-2011 e 31-12-2010, em milhares de euros:

Nível 1 Nível 2 Total

Activos financeiros ao justo valor através dos lucros ou prejuízos 1.027.050 7.439 1.034.489 Activos financeiros ao justo valor - derivados de cobertura - - - Activos financeiros disponíveis para venda - justo valor - - -

1.027.050 7.439 1.034.489

Passivos financeiros ao justo valor através dos lucros ou prejuízos - 3.666 3.666 Passivos financeiros ao justo valor - derivados de cobertura - - -

- 3.666 3.666

31-Dez-11

Total

Activos financeiros ao justo valor através dos lucros ou prejuízos 1.575.600 - 1.575.600

Activos financeiros ao justo valor - derivados de cobertura - - -

Activos financeiros disponíveis para venda - justo valor - 9.209 9.209

1.575.600 9.209 1.584.809

Passivos financeiros ao justo valor através dos lucros ou prejuízos - 8.324 8.324

Passivos financeiros ao justo valor - derivados de cobertura - - -

- 8.324 8.324

31-12-2010

Nível 1 Nível 2

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38

32.2. Perspetiva sobre os riscos em instrumentos financeiros No exercício da sua atividade a PARPÚBLICA identifica as seguintes áreas de riscos financeiros que

podem afetar o seu valor patrimonial ou o interesse de terceiros: (i) risco de crédito, (ii) risco de

liquidez, e (iii) risco de mercado, pela taxa de juro e pelo preço.

(i) Risco de Crédito

O risco de crédito, associado à possibilidade de uma das partes envolvidas num instrumento financeiro

não honrar a sua obrigação, apresenta-se quanto às aplicações financeiras dos seus excedentes de

tesouraria, aos swaps contratados e aos suprimentos concedidos.

Os suprimentos são concedidos a empresas cujas políticas financeiras são controladas (subsidiárias)

para aplicação em investimentos com retorno adequado. Os suprimentos são aprovados Comissão

Executiva da PARPÚBLICA e são remunerados.

(ii) Risco de Liquidez

O risco de liquidez está mitigado pela existência de quatro programas de Papel Comercial no montante

total de 2.000 milhões de euros, os quais estão contratados com instituições financeiras de

reconhecida solidez, à semelhança do que já existia em 2010. Estes instrumentos permitem à

PARPÚBLICA um acesso imediato à liquidez.

A segmentação da dívida por natureza de instrumentos e por tempo remanescente até à maturidade é

a seguinte (valores nominais em milhões de euros):

31-12-2011

1-3 meses 4-12 meses 1-2 anos 2-5 anos > 5 anos Total

Financiamentos 5.149,8

Papel Comercial 920,0 130,0 1.050,0

Eurobonds 800,0 499,0 900,0 2.199,0

Obrigações Permutáveis EDP 1.015,2 1.015,2

Obrigações Permutáveis Galp 885,7 885,7

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39

31-12-2010

1-3 meses 4-12 meses 1-2 anos 2-5 anos > 5 anos Total

Financiamentos 4.810,9

Papel Comercial 710,0 710,0

Eurobonds 800,0 500,0 900,0 2.200,0

Obrigações Permutáveis EDP 1.015,2 1.015,2

Obrigações Permutáveis Galp 885,7 885,7

As cláusulas de covenant existentes nos instrumentos de dívida são os seguintes:

Financiamentos Covenants

Eurobonds EMTN 800M€ - 2009 due 2013 Cross Default / Negative Pledge

Bonds 500M€ - 2004 due 2014 Cross Default / Force Majeure

Bonds 500M€ - 2005 due 2020 Cross Default / Force Majeure

Bonds 150M€ - 2004 due 2020 Cross Default

Bonds 250M€ - 2006 due 2026 Cross Default

Obrigações Permutáveis EDP - 2007 due 2014 Cross Default

Obrigações Permutáveis GALP - 2010 due 2017 Negative Pledge / Restriction on Activities (iii) Risco de Mercado

Risco de Taxa de Juro

O risco de taxa de juro respeita à possibilidade de, por alteração das taxas de juro no mercado, existir

variação da remuneração de instrumentos financeiros a taxa variável ou variação no justo valor de

instrumentos financeiros a taxa fixa.

A dívida de médio e longo prazo, no que respeita ao tipo de taxa de juro contratada, manteve a

distribuição existente em 31-12-2010, ou seja de 96,3% em taxa fixa e o restante em taxa variável.

Assim, com uma tão elevada percentagem de dívida emitida a taxa fixa a PARPÚBLICA tem, em termos

fluxos de caixa, uma reduzida exposição à flutuação de taxa de juro. Quanto ao risco de justo valor, não

é relevante para os financiamentos existentes, mas é pelo efeito que tenha em yields no mercado

secundário que condicionem novas emissões de dívida.

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40

A PARPÚBLICA tem contratadas três estruturas de swaps de taxa de juro, com vista à dispersão do risco

de taxa de juro (swap de taxa fixa para taxa variável, swap de taxa variável para taxa variável e swap de

taxa fixa para taxa fixa). O montante nocional total das estruturas é de 550 milhões de euros. O

conjunto das três estruturas teve os seguintes impactos, com efeitos nos resultados (milhares de

euros):

2011 2010

Fluxos de caixa líquidos 3.503,0 4.964,9 Variação do justo valor 2.887,7 -822,7

O único financiamento a taxa de juro variável é no montante de 150 milhões de euros e paga juros

anuais iguais a Euro Mid Swap a 10 anos - 0,48%. Uma variação de 1% na taxa indexante traduz-se

numa alteração no montante anual de juros a pagar de 1.500 milhares de euros. Releva que este

financiamento tem associado um swap no qual a PARPÚBLICA recebe anualmente taxa Euro Mid Swap

a 10 anos – 0,48% e paga trimestralmente Euribor a três meses + 0,02%, com um limite de 8%, o qual

apresentou um comportamento favorável para a PARPÚBLICA.

Os fluxos previsionais, não descontados, dos juros da dívida de médio e longo prazo existente e dos

swaps contratados, são os seguintes (milhares de euros):

31-12-2011

<1 ano 1 a 5 anos >5 anos Total

Juros da divida a média/longo prazo -159.690,6 -482.559,4 -239.256,2 -881.506,2

Fluxos dos swaps 1.663,7 7.557,4 5.117,8 14.338,9

31-12-2010

<1 ano 1 a 5 anos >5 anos Total

Juros da divida a média/longo prazo -160.965,5 -538.717,3 -327.726,5 -1.027.409,3

Fluxos dos swaps 3.864,0 8.087,4 5.611,2 17.562,6

Para minimizar o risco na taxa de juro pelo aumento dos spreads em financiamentos de curto prazo, os

Programas de Papel Comercial existentes em 31-12-2011 tinham um spread fixo, até ao limite de 1.050

milhões de euros, que vigora até à data da sua renovação.

Risco de preço

O risco de preço entende-se pela possibilidade do valor de um instrumento financeiro flutuar como

resultado de alterações nos preços de mercado, quer essas alterações sejam causadas por fatores

específicos do instrumento individual ou do seu emitente, quer por fatores que afetem todos os

instrumentos negociados no mercado. Coloca-se nos dois empréstimos obrigacionistas de montantes

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41

nominais de 1.015,15 milhões de euros e de 885,65 milhões de euros, com opções embutidas em favor

dos investidores de permutarem as obrigações, respetivamente por ações da EDP e da GALP detidas na

carteira, pelos efeitos na variação da cotação destas ações.

O financiamento de 1.015,15 milhões de euros tem vencimento em 18-12-2014, com a possibilidade

de os investidores poderem pedir o reembolso das obrigações a partir de 18-12-2012. Se na data de

reembolso das obrigações o valor das ações que constituem o ativo subjacente foi superior ao preço de

conversão (6,70€ por ação) e a PARPÚBLICA optar por pagar o reembolso em dinheiro, o montante do

reembolso pode ser ajustado ao valor das ações.

O financiamento de 885,65 milhões de euros tem vencimento em 28-09-2017, com a possibilidade de

(i) os investidores poderem trocar as obrigações por ações a partir de Março de 2013, (ii) a empresa

exercer uma call e reembolsar as obrigações a partir de 13-10-2013, e (iii) os investidores poderem

pedir o reembolso das obrigações a partir de 28-09-2015. Se na data de reembolso das obrigações o

valor das ações que constituem o ativo subjacente foi superior ao preço de conversão (15,25€ por

ação) e a PARPÚBLICA optar por pagar o reembolso em dinheiro, o montante do reembolso pode ser

ajustado ao valor das ações.

A componente base e a opção embutida destes empréstimos estão separadas contabilisticamente

sendo mensuradas de acordo com o referido em 3.3. e 3.7.

Pela mensuração pelo justo valor das opções e também das ações subjacentes, são reconhecidos os

efeitos líquidos anuais decorrentes da evolução das cotações do cativo subjacente. Esses efeitos foram

os seguintes (em milhões de euros):

2011 2010

Variação do valor das opções 124,5 -54,67

Variação do valor do ativo subjacente -187,1 252,43

Ganho líquido/ Perda Líquida -62,6 197,76

Os efeitos na opção embutida nas obrigações permutáveis em ações da Galp por variações positivas e

negativas de 15% na cotação das ações em 31-12-2011 seriam os seguintes:

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PARPÚBLICA – PARTICIPAÇÕES PÚBLICAS (SGPS), S. A.

42

Cotação Valor (M€) Variação Valor % Valor (M€) Variação

11,38 660,9 - 6,0% 52,9 - -

13,09 760,2 15,0% 11,3% 99,8 88,8% 52,4

9,67 561,6 -15,0% 2,5% 22,1 -58,1% -68,6

Obrigações convertíveis em ações da GALPAcções da GALP Opção

Var. líquida (M€)

Os efeitos na mesma opção por variações no spread de crédito e na volatilidade implícita seriam os

seguintes:

Pontos base Valor % Valor (M€) Variação Valor % Valor (M€) Variação

1525 6,0% 52,9 - 22% 6,0% 52,9 -

1754 6,7% 59,3 12,2% 37% 11,7% 103,6 96,0%

1296 5,4% 47,7 -9,7% 7% 0,8% 7,4 -85,9%

Obrigações convertíveis em ações da GALPSpread de crédito Volatilidade implicita

Relativamente à opção embutida nas obrigações permutáveis em ações da EDP, a variação na mesma

ordem percentual da cotação, do spread de crédito ou da volatilidade não alterariam o valor nulo que

tem em 31-12-2011.

33 – Partes relacionadas Os efeitos de transações e os saldos com entidades relacionadas são os seguintes:

ANO DE 2011

Devedores Credores

600.000.000,00 1.872.375.805,26

455.670,42 216.375,00

49.767,12

460.723.752,72

55.451.540,00 55.451.540,00

1.872.592.180,26 516.175.292,72

Serviços prestados a subsidiárias e associadas

Aquisições de acções à CGD

Saldos em 31-12-2011Movimentos do ano

Adiantamentos ao Estado (artº9º DL 209/2000)

Serviços prestados ao Estado

Aquisições de acções à PARCAIXA

Total

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43

ANO DE 2010

Devedores Credores

730.822.858,33 1.272.375.805,26

1.102.053,84 1.213.115,35

575.904.690,90 460.723.752,72

1.273.588.920,61 460.723.752,72

Saldos em 31-12-2010Movimentos do ano

Adiantamentos ao Estado (artº9º DL 209/2000)

Serviços prestados ao Estado

Aquisições de ações à CGD

Total

34 – Ativos e passivos contingentes e acontecimentos subsequentes Não são conhecidos ativos e passivos contingentes além das eventuais responsabilidades por remunerações variáveis dos ex-administradores decorrentes dos contratos de gestão para o mandato 2007-2009, sobre as quais existe dúvida sobre o grau de certeza de serem passivos efetivos da empresa. Os prémios respeitam a 50% da remuneração variável de 2008 (77.850,06€) cujo pagamento fora diferido pelo acionista, bem como à remuneração variável de 2009 e por desempenho no mandato de 2007-2009. Em 2010 o acionista pronunciou-se no sentido da não atribuição de remuneração variável tendo em conta o disposto no artigo 172.º da Lei do OE/2010. À data de emissão das demonstrações financeiras relativas ao período findo em 31-12-2011 haviam sido celebrados contratos relativos à venda de 40% das ações da REN e dos 15% do capital detido na HCB. Quanto à REN o preço foi superior ao custo da participação o que indiciou não haver situação de imparidade para a participação. Para a HCB o preço foi indicador para reconhecimento de perda por imparidade adicional. 35 – Divulgações de natureza não contabilística A sociedade:

− Não é devedora em mora relativamente a impostos e a contribuições ou descontos para a segurança social (art.º 21 do Decreto-Lei n.º 411/91, de 17 de Dezembro);

− Não detém ações próprias nem efetuou qualquer negócio que as envolvesse (art.º 324.º, n.º 2, do Código das Sociedades Comerciais);

− Não realizou transações cujos efeitos não estejam reflectidos nas demonstrações financeiras (art.º 66.º-A, 1 a), do Código das Sociedades Comerciais).

Os membros dos órgãos sociais:

− Não efetuaram quaisquer negócios com a sociedade (art.º 397.º do Código das Sociedades Comerciais);

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PARPÚBLICA – PARTICIPAÇÕES PÚBLICAS (SGPS), S. A.

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− Não são, nem foram, titulares de acções ou obrigações da sociedade ou de outras com as quais esta mantenha relação de domínio, por si ou através de quaisquer outras pessoas ou sociedades, não sendo relevante a apresentação em anexo ao relatório do órgão de administração das listas de títulos e accionistas referidas nos art.ºs 447.º e 448.º do Código das Sociedades Comerciais;

Os honorários da sociedade de Revisores Oficiais de Contas em 2011 e em 2010 foram de 84 milhares de euros (incluindo ex-CAPITALPOR) em 2011 e 75 milhares de euros em 2010, respeitando exclusivamente a serviços de revisão legal das contas.

Durante o ano de 2011 e 2010 o número médio de trabalhadores ao serviço foi de 26 e de 23 respetivamente. Os trabalhadores em 31-12-2011 eram 25, estando 20 afetos a atividades corporate, 1 no apoio no domínio das parcerias-público privadas, 3 cedidos à Direcção-Geral e Tesouro e Finanças e 1 cedido a uma subsidiária. APROVAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As presentes demonstrações financeiras foram aprovadas em reunião do Conselho de Administração de 10 de maio de 2012, sendo sua opinião que as mesmas reflectem de forma completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita as operações da PARPÚBLICA, bem como a sua posição e performance financeira e os fluxos de caixa. O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração Vitor Saraiva Joaquim Oliveira Reis, Presidente Carlos Durães da Conceição José Manuel Barros Fernanda Mouro Pereira Pedro Soares e Vasquez Mário Duarte Donas Pedro Nascimento Ventura

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RELATÓRIO ANUAL DE 2011

Declaração do Conselho de Administração

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  RELATÓRIO ANUAL DE 2011   

 

 

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PARPÚBLICA – Participações Públicas, SGPS, SA

Sede: Rua Laura Alves, nº 4 ‐ 1050 – 138 Lisboa NPC e de Matrícula: 502 769 017

Declaração

nos termos da alínea c) do número 1 do artº 245º

do Código dos Valores Mobiliários

Nos termos e para os efeitos do disposto na alínea c) do número 1 do artigo 245º do

Código dos Valores Mobiliários, os membros do Conselho de Administração da

Parpública – Participações Públicas, SGPS, SA, abaixo identificados, na qualidade e no

âmbito das funções que lhes competem, tal como aí referidas, declaram que, tanto

quanto é do seu conhecimento:

(i) A informação constante do relatório de gestão, as contas anuais, a certificação

legal de contas e demais documentos de prestação de contas exigidos por lei ou

regulamento, relativamente ao exercício social findo em 31 de dezembro de

2011, foram elaborados em conformidade com as normas contabilísticas

aplicáveis, dando uma imagem verdadeira e apropriada do activo e do passivo,

da situação financeira e dos resultados da Parpública – Participações Públicas,

SGPS, SA e das empresas incluídas no respectivo perímetro de consolidação.

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(ii) O relatório de gestão relativo àquele exercício social expõe fielmente a evolução

dos negócios, do desempenho e da posição da Parpública – Participações

Públicas, SGPS, SA e das empresas incluídas no respectivo perímetro de

consolidação, contendo uma descrição dos principais riscos e incertezas com que

se defrontam.

Lisboa, 10 de maio de 2012

O Conselho de Administração

Joaquim José de Oliveira Reis

Presidente

Carlos Manuel Durães da Conceição José Manuel Pereira Mendes de Barros

Administrador Administrador

Fernanda Maria Mouro Pereira Pedro Miguel Rodrigues Soares Vasquez

Administradora Administrador

Mário Alberto Duarte Donas Pedro Miguel Nascimento Ventura

Administrador Administrador

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RELATÓRIO ANUAL DE 2011

Documentos de Certificação e Auditoria

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  RELATÓRIO ANUAL DE 2011   

 

 

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Grant Thornton & Associados – SROC, Lda. Edifício Amadeo Souza Cardoso Alameda António Sérgio, 22,11.º Miraflores – 1495-132 Algés – Portugal T +351 214 123 520 F +351 214 123 539 Avenida Arriaga, 30 – 1.º B – 9000-064 Funchal – Portugal

T +351 291 200 540 F +351 291 200 549 E-mail: [email protected]

Grant Thornton & Associados – SROC, Lda. Member firm of Grant Thornton International Ltd Capital Social:31.200 Euros . Contribuinte / Matricula n.º 502 286 784 . Inscrita na C.R.C. Cascais Inscrita na Ordem dos Revisores Oficiais de Contas sob o n.º 67, na C.M.V.M. sob o n.º 314

Certificação Legal das Contas e Relatório de Auditoria Demonstrações Financeiras Consolidadas Exercício findo em 31 de Dezembro de 2011

Introdução

1. Nos termos da legislação aplicável, apresentamos a Certificação Legal das Contas e Relatório de Auditoria sobre a informação financeira consolidada do exercício findo em 31 de Dezembro de 2011 contida no Relatório de Gestão e nas demonstrações financeiras consolidadas da Parpública – Participações Públicas (SGPS), S.A., as quais compreendem, a Demonstração Consolidada da posição financeira em 31 de Dezembro de 2011 (que evidencia um total de 19.484.714 milhares de euros e um total de capital próprio de 3.252.143 milhares de euros, incluindo um resultado líquido de 165.666 milhares euros), as demonstrações consolidadas dos resultados por naturezas, do rendimento integral, das alterações no capital próprio, dos fluxos de caixa do exercício findo naquela data, e o correspondente Anexo.

Responsabilidades 2. É da responsabilidade do Conselho de Administração:

a) a preparação de demonstrações financeiras consolidadas preparadas de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS) tal como adoptadas na União Europeia que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira do conjunto das empresas incluídas na consolidação, o resultado consolidado, o rendimento integral, as alterações no capital próprio e os fluxos de caixa;

b) que a informação financeira consolidada seja preparada de acordo com as Normas

Internacionais de Relato Financeiro (IFRS) tal como adoptadas na União Europeia e que seja completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme

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exigido pelo Código dos Valores Mobiliários; c) a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados;

d) a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado; e e) a informação de qualquer facto relevante que tenha influenciado a actividade do

conjunto das empresas incluídas na consolidação, a sua posição financeira ou resultados.

3. A nossa responsabilidade consiste em verificar a informação financeira contida nos

documentos de prestação de contas acima referidos, designadamente sobre se é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários, competindo-nos emitir um relatório profissional e independente baseado no nosso exame.

Âmbito

4. O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e as Directrizes de Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que o mesmo seja planeado e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras consolidadas estão isentas de distorções materialmente relevantes. Para tanto o referido exame incluiu: - a verificação de as demonstrações financeiras das empresas incluídas na

consolidação terem sido apropriadamente examinadas e, a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e divulgações constantes e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração utilizadas na sua preparação;

- a verificação das operações de consolidação e da aplicação do método da

equivalência patrimonial; - a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas e a sua

divulgação, tendo em conta as circunstâncias; - a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade;

- a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das

demonstrações financeiras consolidadas; e - a apreciação se a informação financeira consolidada é completa, verdadeira, actual,

clara, objectiva e lícita.

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5. O nosso exame abrangeu ainda a verificação da concordância da informação

financeira consolidada constante do Relatório de Gestão com os restantes documentos de prestação de contas, bem como as verificações previstas no número 5 do artigo 451º do Código das Sociedades Comerciais.

6. Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a

expressão da nossa opinião.

Opinião

7. Em nossa opinião, as referidas demonstrações financeiras consolidadas apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira consolidada da Parpública – Participações Públicas (SGPS), S.A. em 31 de Dezembro de 2011, o resultado consolidado das suas operações, o rendimento integral, as alterações nos capitais próprios e os fluxos de caixa no exercício findo naquela data, em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS) tal como adoptadas na União Europeia e a informação nelas constante é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita.

Relato sobre outros requisitos legais

8. É também nossa opinião que a informação constante do Relatório de Gestão é concordante com as demonstrações financeiras consolidadas do exercício e o Relatório sobre o governo da sociedade inclui os elementos exigíveis nos termos do artigo 245º A do Código dos Valores Mobiliários.

Ênfases

9. Sem afectar a opinião expressa nos parágrafos 7 e 8 acima, chamamos a atenção para os seguintes factos:

9.1 Conforme indicado na nota 17 do Anexo, as rubricas de acréscimos e

diferimentos activos e passivos não correntes incluem 430.171 milhares de euros e 112.489 milhares de euros, respectivamente, referentes ao valor das insuficiências e excessos das tarifas e dos preços praticados pelo Grupo AdP relativamente aos que seriam necessários para permitir a recuperação dos custos inerentes à concessão e remunerar os capitais investidos e, desta forma, assegurar o equilíbrio económico-financeiro das concessões, de acordo com os contratos de concessão existentes. Apesar de ainda não terem sido aprovados pelas entidades competentes os mecanismos tendentes a avaliar os eventuais excessos ou insuficiências das tarifas e dos preços, o Grupo AdP reconheceu aqueles valores nas demonstrações financeiras.

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9.2 As demonstrações financeiras da Empresa em 31 de Dezembro de 2011 foram

preparadas com base na continuidade das operações, a qual depende do suporte financeiro do Estado, da efectivação das privatizações, dos dividendos a receber das participações e do acesso da Empresa ao mercado de capitais.

Lisboa, 10 de Maio de 2012

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T +351 291 200 540 F +351 291 200 549 E-mail: [email protected]

Grant Thornton & Associados – SROC, Lda. Member firm of Grant Thornton International Ltd Capital Social: 31.200 Euros . Contribuinte / Matricula n.º 502 286 784 . Inscrita na C.R.C. Cascais Inscrita na Ordem dos Revisores Oficiais de Contas sob o n.º 67, na C.M.V.M. sob o n.º 314

Relatório do Revisor Oficial de Contas Demonstrações Financeiras Consolidadas Exercício findo em 31 de Dezembro de 2011 Exmo. Accionista Único da Parpública – Participações Públicas (SGPS), S.A. 1. De acordo com o artigo 446º, nº3 do Código das Sociedades Comerciais cumpre-nos,

na qualidade de Revisor Oficial de Contas da Parpública – Participações Públicas (SGPS), S.A., apresentar o relatório da nossa acção fiscalizadora sobre o relatório consolidado de gestão e as demonstrações financeiras consolidadas apresentados pelo Conselho de Administração da Parpública – Participações Públicas (SGPS), S.A. relativamente ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2011.

2. Acompanhámos com a periodicidade e a extensão que considerámos adequada a

actividade da Empresa e das suas subsidiárias e associadas mais significativas. Verificámos a regularidade da escrituração contabilística e da respectiva documentação. Averiguámos da observância do cumprimento da Lei e dos Estatutos.

3. No âmbito das nossas funções verificámos que:

a) A demonstração consolidada da posição financeira, as demonstrações consolidadas dos resultados por naturezas, do rendimento integral, das alterações do capital próprio, dos fluxos de caixa e o correspondente anexo, permitem uma adequada compreensão da situação financeira e dos resultados da Empresa e do conjunto das subsidiárias e associadas incluídas na consolidação;

b) As políticas contabilísticas e os critérios valorimétricos adoptados são adequados;

c) O relatório consolidado do Conselho de Administração é suficientemente

esclarecedor da evolução da evolução dos negócios e da situação da sociedade e do conjunto das subsidiárias e associadas incluídas na consolidação evidenciando os aspectos mais significativos.

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4. Como consequência do exame efectuado emitimos a Certificação Legal das Contas e o

Relatório de Auditoria das contas consolidadas.

Lisboa, 10 de Maio de 2012

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T +351 291 200 540 F +351 291 200 549 E-mail: [email protected]

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Certificação Legal das Contas e Relatório de Auditoria Demonstrações Financeiras Separadas Exercício findo em 31 de Dezembro de 2011

Introdução

1. Nos termos da legislação aplicável, apresentamos a Certificação Legal das Contas e Relatório de Auditoria sobre a informação financeira separada do exercício findo em 31 de Dezembro de 2011 da Parpública – Participações Públicas (SGPS), S.A. contida no Relatório de Gestão e nas demonstrações financeiras separadas as quais compreendem, a Demonstração da Posição Financeira (que evidencia um total de 8.661.171.860,86 euros e um total de capital próprio de 2.047.692.969,20 euros, incluindo um resultado líquido negativo de 16.838.393,69 euros), as Demonstrações dos Resultados, do Rendimento Integral, das alterações no capital próprio, dos fluxos de caixa do exercício findo naquela data, e o correspondente Anexo.

Responsabilidades 2. É da responsabilidade do Conselho de Administração:

a) a preparação de demonstrações financeiras separadas, de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS), tal como adoptadas na União Europeia, que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira da Empresa, o resultado das suas operações, o rendimento integral, as alterações no seu capital próprio e os fluxos de caixa;

b) que a informação financeira seja preparada de acordo com as Normas

Internacionais de Relato Financeiro (IFRS), tal como adoptadas na União Europeia, e que seja completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita,

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conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários; c) a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados; d) a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado e e) a informação de qualquer facto relevante que tenha influenciado a sua actividade,

posição financeira ou resultados. 3. A nossa responsabilidade consiste em verificar a informação financeira contida nos

documentos de prestação de contas acima referidos, designadamente sobre se é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários, competindo-nos emitir um relatório profissional e independente baseado no nosso exame.

Âmbito

4. O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e as Directrizes de Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que o mesmo seja planeado e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras separadas estão isentas de distorções materialmente relevantes. Para tanto o referido exame incluiu:

- a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e divulgações

constantes das demonstrações financeiras separadas e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração utilizadas na sua preparação;

- a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas e a sua

divulgação, tendo em conta as circunstâncias; - a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade; - a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das

demonstrações financeiras separadas; e - a apreciação sobre se a informação financeira separada é completa, verdadeira,

actual, clara, objectiva e lícita.

5. O nosso exame abrangeu ainda a verificação da concordância da informação financeira separada constante do Relatório de Gestão com os restantes documentos de prestação de contas, bem como as verificações previstas no nº 5 do artigo 451º do Código das Sociedades Comerciais.

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6. Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião.

Opinião

7. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras separadas referidas no parágrafo 1 acima, apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira separada da Parpública – Participações Públicas (SGPS), S.A. em 31 de Dezembro de 2011, o resultado das suas operações, o rendimento integral, as alterações no capital próprio e os fluxos de caixa no exercício findo naquela data, em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS), tal como adoptadas na União Europeia, e a informação nelas constante é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita.

Relato sobre outros requisitos legais

8. É também nossa opinião que a informação constante do Relatório de Gestão é concordante com as demonstrações financeiras do exercício e o Relatório sobre o governo da sociedade inclui os elementos exigíveis nos termos do artigo 245º - A do Código dos Valores Mobiliários.

Ênfase

9. Sem afectar a opinião expressa nos parágrafos 7 e 8 acima, chamamos a atenção para o facto de as demonstrações financeiras da Empresa em 31 de Dezembro de 2011 terem sido preparadas com base na continuidade das operações, a qual depende do suporte financeiro do Estado, da efectivação das privatizações, dos dividendos a receber das participações e do acesso da Empresa ao mercado de capitais.

Lisboa, 10 de Maio de 2012

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  RELATÓRIO ANUAL DE 2011   

 

 

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T +351 291 200 540 F +351 291 200 549 E-mail: [email protected]

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Relatório do Revisor Oficial de Contas Demonstrações Financeiras Separadas Exercício findo em 31 de Dezembro de 2011 Exmo. Accionista Único da Parpública – Participações Públicas (SGPS), S.A. 1. De acordo com o artigo 446º, nº 3 do Código das Sociedades Comerciais, cumpre-nos,

na qualidade de Revisor Oficial de Contas da Parpública – Participações Públicas (SGPS), S.A., apresentar o relatório da nossa acção fiscalizadora sobre o Relatório de Gestão e as demonstrações financeiras separadas apresentados pelo Conselho de Administração da Parpública – Participações Públicas (SGPS), S.A. relativamente ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2011.

2. Acompanhámos com a periodicidade e a extensão que considerámos adequada a

actividade da Empresa e das suas subsidiárias e associadas mais significativas. Verificámos a regularidade da escrituração contabilística e da respectiva documentação. Averiguámos da observância do cumprimento da Lei e dos Estatutos.

3. No âmbito das nossas funções verificámos que:

a) A demonstração separada da posição financeira, as demonstrações separadas dos resultados, do rendimento integral, das alterações no capital próprio, dos fluxos de caixa do exercício findo naquela data e o correspondente anexo, permitem uma adequada compreensão da situação financeira e dos resultados da empresa;

b) As políticas contabilísticas e os critérios valorimétricos adoptados são adequados; c) O relatório de gestão é suficientemente esclarecedor da evolução da actividade e da

situação da sociedade.

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4. Como consequência do exame efectuado emitimos a Certificação Legal das Contas e o Relatório de Auditoria das contas separadas.

Lisboa, 10 de Maio de 2012

____________________________________ Grant Thornton & Associados – SROC, Lda. Representada por Victor Domingos Seabra Franco

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RELATÓRIO ANUAL DE 2011

Relatórios e Pareceres das Comissões de

Auditoria e de Avaliação

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  RELATÓRIO ANUAL DE 2011   

 

 

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RELATÓRIO ANUAL DE 2011

Parecer da Comissão de Auditoria

Contas Consolidadas

� INTRODUÇÃO

A Comissão de Auditoria desenvolve a sua atividade de acordo com as competências

previstas no artigo 423.º-F do Código das Sociedades Comerciais e na legislação

aplicável ao Setor Empresarial do Estado, nomeadamente o n.º 1 do artigo 18.º-E do

Decreto-Lei n.º 558/99, de 17 de Dezembro, na redação dada pelo Decreto-Lei n.º

300/2007, de 23 de Agosto.

No exercício das suas competências, a Comissão de Auditoria acompanhou a evolução

da atividade da sociedade e suas empresas participadas, zelou pela observância da lei,

contrato de sociedade, normas das autoridades de supervisão, regulamentos e

estatutos da sociedade, supervisionou o cumprimento das políticas e práticas

contabilísticas e monitorizou o processo de preparação e divulgação da informação

financeira bem como o relatório de gestão, a revisão legal de contas, a eficácia do

sistema de controlo interno e gestão de riscos, bem como a independência e atividade

do Revisor Oficial de Contas.

As ações desenvolvidas pela Comissão durante o ano de 2011 estão descritas no

Relatório de Atividades anexo ao presente parecer.

� PARECER

Em cumprimento do disposto na alínea g) do artigo 423.º-F do Código das Sociedades

Comerciais, a Comissão de Auditoria da Parpública - Participações Públicas (SGPS), S.A.

apresenta o parecer sobre as demonstrações financeiras consolidadas e respetivas

notas anexas, o relatório de gestão e a proposta de aplicação de resultados nele

expressa referentes ao exercício de 2011.

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RELATÓRIO ANUAL DE 2011

A Comissão examinou o relatório de gestão e a proposta de aplicação de resultados

nele expressa, as demonstrações financeiras consolidadas e respetivas notas anexas, a

certificação legal das contas e o relatório do auditor externo elaborado pelo Revisor

Oficial de Contas e tomou conhecimento das ênfases neles expressas, tendo o

documento merecido o seu acordo.

Face ao exposto, e nos termos da alínea c), do n.º 1, do artigo 245.º do Código dos

Valores Mobiliários, os membros da Comissão de Auditoria da Parpública -

Participações Públicas (SGPS), S.A., abaixo identificados, declaram, na qualidade e no

âmbito das funções que lhes competem, que, tanto quanto é do seu conhecimento e

tendo por base a informação a que tiveram acesso no âmbito do exercício das suas

funções como membros da Comissão de Auditoria:

i) O relatório de gestão expõe fielmente a evolução dos negócios, do desempenho

e da posição económico-financeira da Parpública e das empresas incluídas no

respetivo perímetro de consolidação, e contém uma descrição dos principais

riscos e incertezas com que se defronta;

ii) As demonstrações financeiras consolidadas referentes ao exercício de 2011

estão de acordo com as normas legais e regulamentares aplicáveis, dando uma

imagem verdadeira e apropriada da situação patrimonial e financeira, bem

como dos resultados da Parpública e das empresas incluídas no respetivo

perímetro de consolidação, pelo que merecem aprovação em Assembleia Geral

de Acionistas.

Lisboa, 10 de Maio de 2012

Fernanda Maria Mouro Pereira, Presidente

Pedro Miguel Rodrigues Soares e Vasquez, Vogal

Pedro Miguel Nascimento Ventura, Vogal

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RELATÓRIO ANUAL DE 2011

Parecer da Comissão de Auditoria

Contas Separadas

� INTRODUÇÃO

A Comissão de Auditoria desenvolve a sua atividade de acordo com as competências

previstas no artigo 423.º-F do Código das Sociedades Comerciais e na legislação

aplicável ao Setor Empresarial do Estado, nomeadamente o n.º 1 do artigo 18.º-E do

Decreto-Lei n.º 558/99, de 17 de Dezembro, na redação dada pelo Decreto-Lei n.º

300/2007, de 23 de Agosto.

No exercício das suas competências, a Comissão de Auditoria acompanhou a evolução

da atividade da sociedade, zelou pela observância da lei, contrato de sociedade,

normas das autoridades de supervisão, regulamentos e estatutos da sociedade,

supervisionou o cumprimento das políticas e práticas contabilísticas e monitorizou o

processo de preparação e divulgação da informação financeira, a revisão legal de

contas, a eficácia do sistema de controlo interno e gestão de riscos, bem como a

independência e atividade do Revisor Oficial de Contas.

As ações desenvolvidas pela Comissão durante o ano de 2011 estão descritas no

Relatório de Atividades anexo ao presente parecer.

� PARECER

Em cumprimento do disposto na alínea g) do artigo 423.º-F do Código das Sociedades

Comerciais, a Comissão de Auditoria da Parpública - Participações Públicas (SGPS), S.A

apresenta o parecer sobre as demonstrações financeiras separadas e respetivas notas

anexas referentes ao exercício de 2011.

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RELATÓRIO ANUAL DE 2011

A Comissão examinou as demonstrações financeiras separadas, certificação legal das

contas e relatório do auditor externo elaborado pelo Revisor Oficial de Contas e tomou

conhecimento da ênfase nele expressa, tendo o documento merecido o seu acordo.

Face ao exposto, e nos termos da alínea c), do n.º 1, do artigo 245.º do Código dos

Valores Mobiliários, os membros da Comissão de Auditoria da Parpública - Participações

Públicas (SGPS), S.A., abaixo identificados, declaram, na qualidade e no âmbito das

funções que lhes competem, que, tanto quanto é do seu conhecimento e tendo por

base a informação a que tiveram acesso no âmbito do exercício das suas funções como

membros da Comissão de Auditoria, as demonstrações financeiras separadas referentes

ao exercício de 2011 estão de acordo com as normas legais e regulamentares aplicáveis,

dando uma imagem verdadeira e apropriada da situação patrimonial e financeira, bem

como dos resultados da Parpública, pelo que merecem aprovação em Assembleia Geral

de Acionistas.

Lisboa, 10 de Maio de 2012

Fernanda Maria Mouro Pereira, Presidente

Pedro Miguel Rodrigues Soares e Vasquez, Vogal

Pedro Miguel Nascimento Ventura, Vogal

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RELATÓRIO ANUAL DE 2011

Relatório de atividades da Comissão de Auditoria em 2011

� INTRODUÇÃO

De acordo com os estatutos da Parpública, a fiscalização da sociedade compete à

Comissão de Auditoria, composta por três membros não-executivos do Conselho de

Administração, nomeados em Assembleia Geral.

A Comissão de Auditoria desenvolve a sua atividade de acordo com as competências

previstas no artigo 423.º-F do Código das Sociedades Comerciais e na legislação

aplicável ao Setor Empresarial do Estado, nomeadamente o n.º 1 do artigo 18.º-E do

Decreto-Lei n.º 558/99, de 17 de Dezembro, na redação dada pelo Decreto-Lei n.º

300/2007, de 23 de Agosto.

A Comissão de Auditoria, formalmente composta por três administradores não

executivos, esteve a funcionar no exercício de 2011 apenas com dois elementos até à

eleição do Dr. Pedro Miguel Nascimento Ventura, em Dezembro.

� ATIVIDADE DESENVOLVIDA EM 2011

Ao longo de 2011, a Comissão de Auditoria reuniu com regularidade, num total de

onze sessões.

No desempenho das suas funções, a Comissão contou com o trabalho desenvolvido

pelo Prof. Dr. Victor Domingos Seabra Franco, Revisor Oficial de Contas (ROC) e, em

geral, pelos serviços internos da Parpública, com destaque para a Área de Auditoria

Interna, dirigida pelo Dr. João Miguel Mendes Gomes.

Por inerência de funções, os membros da Comissão de Auditoria participaram em

todas as reuniões do Conselho de Administração, sede em que foram apreciadas as

principais questões estratégicas da sociedade, designadamente as que se relacionaram

com as privatizações de empresas participadas previstas no Orçamento de Estado para

2011, bem como alienações e aquisições de outras participações.

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RELATÓRIO ANUAL DE 2011

A Comissão tomou conhecimento das principais decisões tomadas no âmbito do

exercício da função acionista, tendo em conta os constrangimentos em termos de

financiamento do Grupo decorrentes das alterações sentidas ao nível dos mercados

financeiros, bem como as dificuldades acrescidas resultantes das alterações ao rating

da República Portuguesa e da própria Parpública.

No âmbito das suas competências, durante o ano de 2011 a Comissão de Auditoria

atuou essencialmente nas seguintes áreas:

1. Vigiar pela observância da lei, do contrato de sociedade e das normas das

autoridades de supervisão

A Comissão de Auditoria esteve atenta ao cumprimento da legislação aplicável e das

normas das autoridades de supervisão, do contrato de sociedade e dos regulamentos

internos, designadamente dos deveres de informação para com o Tribunal de Contas,

Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, Banco de Portugal, Direção-Geral do

Tesouro e Finanças e Inspeção-Geral de Finanças.

A Comissão acompanhou a aplicação no Grupo Parpública do conjunto de medidas

adicionais de consolidação orçamental previstas no Programa de Estabilidade e

Crescimento 2010-2013 (PEC), aprovado pela Resolução da Assembleia da República

n.º 29/2010, de 12 de Abril, e pela Lei n.º 12-A/2010, de 30 de Junho.

A Comissão monitorizou ainda a aplicação no Grupo Parpública das medidas previstas

na Lei n.º 55-A/2010, de 31 de Dezembro, que aprovou o Orçamento de Estado para

2011, tendentes à maximização da eficiência operacional e redução das estruturas de

custos do SEE consubstanciadas no Despacho n.º 1315/2010, de 15 de Novembro, do

Secretário de Estado do Tesouro e Finanças, reforçadas pelo Despacho n.º 155/2011,

de 28 de Abril, do Ministro de Estado e das Finanças.

A Comissão de Auditoria promoveu a sistematização e acompanhamento dos

principais compromissos sob intervenção ou controlo direto pela Parpública

decorrentes do Memorandum of Understanding assinado entre o Estado Português, o

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RELATÓRIO ANUAL DE 2011

Banco Central Europeu, Comissão Europeia e Fundo Monetário Internacional, no

âmbito do Programa de Assistência Económica e Financeira a Portugal.

A Comissão acompanhou igualmente o cumprimento pela Parpública dos princípios de

bom governo, aprovados pela Resolução de Conselho de Ministros n.º 49/2007, de 28

de Março, reforçados por medidas de boa governança, transparência e racionalização

das estruturas societárias, previstas na Resolução da Assembleia da República n.º

53/2011, de 22 de Março.

2. Apreciação da qualidade e regularidade da informação financeira, dos registos

contabilísticos e documentos de suporte; supervisão do cumprimento das políticas e

práticas contabilísticas e dos critérios valorimétricos

A Comissão de Auditoria acompanhou os planos de trabalho e os procedimentos

adotados para a elaboração das contas separadas e consolidadas, bem como as

questões relativas aos principais critérios contabilísticos adotados. Apreciou o

cumprimento dos normativos relativos a todo o processo de encerramento de contas e

reporte, ao planeamento e afetação de recursos à elaboração da informação financeira

e à respetiva divulgação.

A Comissão apreciou favoravelmente os documentos de prestação de contas do

primeiro semestre de 2011.

A Comissão de Auditoria analisou, com os responsáveis da sociedade e com o Revisor

Oficial de Contas os procedimentos e práticas contabilísticas utilizados, bem como os

critérios valorimétricos adotados. Avaliou igualmente a conformidade, a qualidade e a

regularidade da informação contabilística e financeira da sociedade, tendo por base as

revisões e os relatórios produzidos.

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RELATÓRIO ANUAL DE 2011

3. Fiscalizar a eficácia do sistema de gestão de riscos e do sistema de controlo e

auditoria interna

A Comissão monitorizou o cumprimento das normas e procedimentos internos, bem

como dos princípios de gestão de riscos instituídos na Parpública, tendo dedicado

especial atenção à avaliação da eficácia dos sistemas de controlo interno dos principais

riscos da atividade: risco operacional, legal, financeiro e de compliance.

Em 2011, a Comissão de Auditoria deu seguimento ao aprofundar do conhecimento da

atividade das participadas mais relevantes, quer seja ao nível do seu impacto nos

resultados do Grupo Parpública, quer seja em termos de exposição ao risco de

atividade e financeiro.

A Comissão de Auditoria supervisionou a atividade da Área de Auditoria Interna, que

reporta funcionalmente à Comissão de Auditoria, através da monitorização

permanente do desenvolvimento das atividades previstas no respetivo Plano de

Atividades para 2011 aprovado ainda no final de 2010.

O Relatório de Atividades da Área de Auditoria Interna relativo ao ano de 2011 foi

favoravelmente apreciado pelo Conselho de Administração e Revisor Oficial de Contas,

no final de Fevereiro do ano corrente. De destacar, para além das principais atividades

desenvolvidas ao nível das participadas Lazer & Floresta e Estamo, a elaboração,

apresentação e análise do Manual de Procedimentos da Parpública, cuja redação final

mereceu aprovação pelo Conselho de Administração no início de Fevereiro do corrente

ano.

A Comissão de Auditoria promoveu a aprovação, em 15 de Novembro, do Plano de

Auditoria Interna para 2012 e 1º trimestre de 2013, que contempla diversas ações a

desenvolver junto das participadas Grupo Sagestamo, Lazer & Floresta, Circuito do

Estoril e Baía do Tejo.

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RELATÓRIO ANUAL DE 2011

Na sequência da aprovação do Plano de Prevenção de Riscos e Infrações Conexas, em

Março de 2010, bem como da atualização efetuada ao Código de Ética elaborado em

2008, ficou a Comissão de Auditoria responsável pela gestão dos mecanismos de

reporte de qualquer prática irregular que lhe seja comunicada.

4. Revisão legal e aprovação anual de contas separadas e consolidadas

A Comissão de Auditoria tem ainda por missão fiscalizar a execução da revisão oficial

de contas pelo Revisor Oficial de Contas (ROC), Prof. Dr. Victor Domingos Seabra

Franco. Nessa conformidade, a Comissão de Auditoria apreciou e discutiu com o ROC o

conteúdo das certificações legais das contas, separadas e consolidadas, relativas ao

exercício de 2011, nas quais se revê.

Já no corrente ano, e no quadro das suas competências, a Comissão participou na

reunião do Conselho de Administração em que foram discutidos e aprovados os

documentos de prestação de contas anuais referentes a 2011, nas versões de contas

separadas e consolidadas, tendo posteriormente emitido parecer sobre os mesmos,

nos termos da alínea g) do artigo 423.º-F do Código das Sociedades Comerciais.

Lisboa, 10 de Maio de 2012

Fernanda Maria Mouro Pereira, Presidente

Pedro Miguel Rodrigues Soares e Vasquez, Vogal

Pedro Miguel Nascimento Ventura, Vogal

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  RELATÓRIO ANUAL DE 2011   

 

 

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RELATÓRIO DA COMISSÃO DE AVALIAÇÃO

Exercício de 2011

I – Enquadramento

Compete à Comissão de Avaliação apresentar anualmente um relatório circunstanciado de avaliação

do grau e das condições de cumprimento pelos administradores executivos, em cada exercício, das

orientações de gestão definidas nos termos da lei, em cumprimento do disposto no artigo 18º-F do

Decreto-Lei n.º 558/99, de 17 de Dezembro, na redação dada pelo Decreto-Lei n.º 300/2007, de 23

de Agosto.

A Comissão de Avaliação, formada pelos membros não executivos do Conselho de Administração

tem o dever de emitir anualmente um relatório de avaliação do desempenho individual dos gestores

executivos, bem como uma apreciação global das estruturas e dos mecanismos de governo em vigor

na empresa, conforme o previsto no ponto 17 da Resolução do Conselho de Ministros n.º 49/2007,

de 28 de Março.

Considerando que:

1. Os órgãos sociais atuais iniciaram o mandato 2010-2012 em 17 de Maio de 2010 e que até à

data não foram fixadas orientações estratégicas específicas para a sociedade;

2. Até ao presente, não foram celebrados contratos de gestão entre os administradores

executivos e o acionista Estado, representado pelo Senhor Ministro de Estado e das

Finanças, pelo que não existem objetivos específicos cujo cumprimento possa ser aferido;

3. Se consideram aplicáveis, para efeito do disposto no artigo 11.º do Decreto-Lei n.º

300/2007, de 17 de Dezembro, as orientações estratégicas destinadas à globalidade do setor

empresarial do Estado, que foram aprovadas pela Resolução do Conselho de Ministros n.º

70/2008, de 27 de Março, dando-se cumprimento ao estabelecido no artigo 3º do Decreto-

Lei n.º 300/2007, de 23 de Agosto, bem como um conjunto de orientações para a

generalidade do setor empresarial do Estado, vertidas em vários diplomas legais,

designadamente:

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• Programa de Estabilidade e Crescimento 2010-2013 (PEC), aprovado pela Resolução da

Assembleia da República n.º 29/2010, de 12 de Abril, e pela Lei n.º 12-A/2010, de 30 de

Junho, que aprovou um conjunto de medidas adicionais de consolidação orçamental que

visam reforçar e acelerar a redução de défice excessivo e o controlo do crescimento da

dívida pública;

• Programa de Gestão do Património Imobiliário do Estado, aprovado pela Resolução do

Conselho de Ministros n.º 162/2008, de 24 de Outubro;

• Medidas previstas na Lei n.º 55-A/2010, de 31 de Dezembro, que aprovou o Orçamento de

Estado para 2011, tendentes à maximização da eficiência operacional e redução das

estruturas de custos do SEE consubstanciadas no Despacho n.º 1315/2010, de 15 de

Novembro, do Secretário de Estado do Tesouro e Finanças, reforçadas pelo Despacho n.º

155/2011, de 28 de Abril, do Ministro de Estado e das Finanças;

• Princípios de bom governo das empresas que integram o setor empresarial do Estado,

aprovados pela Resolução de Conselho de Ministros n.º 49/2007, de 28 de Março,

reforçados por medidas de boa governança, transparência e racionalização das estruturas

societárias, previstas na Resolução da Assembleia da República n.º 53/2011, de 22 de

Março.

O modelo de governo inclui um Conselho de Administração, composto por membros executivos,

que compõem a Comissão Executiva, e por membros não executivos, que integram uma Comissão

de Auditoria e uma Comissão de Avaliação, bem como um Revisor Oficial de Contas, que

funcionam com total independência em relação à Comissão Executiva.

II – Parecer

O modelo de governo em vigor na sociedade revela-se adequado à prossecução da sua missão, de

acordo com as orientações estratégicas definidas e em cumprimento da lei e dos princípios de bom

governo das empresas que integram o sector empresarial do Estado, aprovados pela Resolução de

Conselho de Ministros n.º 49/2007, de 28 de Março, reforçados por medidas de boa governança,

transparência e racionalização das estruturas societárias, previstas na Resolução da Assembleia da

República n.º 53/2011, de 22 de Março.

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Não existindo dados concretos que indiciem alguma razoabilidade na ponderação individualizada

do desempenho dos gestores executivos, não é possível recorrer a critérios de ponderação individual

para avaliação do desempenho.

Em face do exposto, a Comissão de Avaliação aprecia favoravelmente o desempenho da Comissão

Executiva e de cada um dos seus membros, considerando adequada a forma como foi desenvolvida

a sua ação durante o ano de 2011, a qual se revelou pautar pelos princípios da legalidade e de defesa

do interesse público, salvaguardando a sustentabilidade da sociedade e procurando aumentar os seus

níveis de eficiência e eficácia, no cumprimento geral das orientações estratégicas definidas para a

globalidade do sector empresarial do Estado, aprovadas pela Resolução do Conselho de Ministros

n.º 70/2008, de 27 de Março e demais legislação aplicável.

Lisboa, em 10 de Maio de 2012.

A COMISSÃO DE AVALIAÇÃO,

Mário Alberto Duarte Donas Fernanda Maria Mouro Pereira

Pedro Miguel Rodrigues Soares e Vasquez Pedro Miguel Nascimento Ventura