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CGT Previne: Greve Gera! Contra Agitação Golpista Taita m 2'aétMa ^^^^^^^^.. _ . ... ^H ^^. ^^^v- AWm ^&mm ^^k..^^^k..^^^H ANOV Rio da Jonairo, umono dt 5 II do abril do 1943 N' 215 Usineiros Golp istas MOBILIZAÇÃO POPULAR PARA DERROTAR OS GORILAS e Tramam Intervenção Federal em Pernambuco B^J Povo Mobilizado Derrotará Manobras da Reação e Conquistará as Reformas Reaçã o e Carestia ot. Taxta na S'aiglaa t*tf^.%$&cyfy(^*i »&'t< ,»&,'$j Tablóide conta como foi Congresso Realizou-se o Congresso Continental de Solidarieda- de a Cuba. Mais de 1.000 delegados do Brasil«. do ex- terlor i cerca de 300) parti- doaram do certame em que aprovaram * ''Declaração de Niterói", em defesa da soberania,-4a .Cuba. e ,do. d>. reito de autodeterminaçá»^ constituiu mais uma vitoria ' das . forcas democráticas e ' pacificas do Brasil, uma derrota dos setores mais re- ' acionários da vida brasilei- e do próprio imperialls- mo. A realização do Con- gresso levou o desespero aos agentes ianques no Bra- sil, notadamente o provoca' dor e fascista Carlos Lacei- da. que praticou as maiores violências tentando impedir a sua realização. Furam frustrados os seus planos. A foto diz bem da represen- tatlvidade do certame, do êxito que êle obteve. Km virtude da importância da manifestação. NR publica junto com esta edição um tablóide que não podo ser vendido separadamente. B %y ?>.£ mmW#. y>y : %r$ity ¦tyíy. ..m m ¦:sí>, »- '/!$*¦. _, ':^f ;íft*ii .\^yyÀ &&m 'ÍV.Si''' %&,:¦%< km mi '.& ryn'' ¦¦' íi^y." ò-4w .'.v.sW, mk,i ¦¦¦t'. && Aa torranciala disaartapões do professor San Tiaio Dan- ta» (alias preocupadiulmo am justificar por que o sr. Keu- nedjr nio pôde ir além das migalhas prometidasi sào insuficientes para desviar a atenção pública daa desas- t rosas conseqüências da política econômica e financeira do Oowrno. Os resultados ai estào. bem visíveis em qual- 2uer IUU de preços. 8e estabilização existe, é a dos gor- ot h. roa, considerados intocáveis, dos monopólios cs- tranittiot e de seua associados. Porque a verdade é que, com a carestla crescendo sem parar, em ritmo que nâo diminui, o valor real dos salário* e vencimentos oontl- nua «tafuaado, on proporção que também nào dimi- nui. I, no que dia respeito a salários e veoalmantos. a Intenção do Oovêrno nào é a de mantè-los Intocáveis mas, ao eontrário. a de golpear seu poder de compra, impondo reajustamento» Inferiores à elevaaio do cust» da vida. Veja-se o que ocorre com o funcionalismo civil e militar. Agravam-se. assim, sem «assar, oom Plano Trienal e "ajuda" norte-americana, as condições em que vivem na massas trabalhadoras e populares, sobre cujos ombro.-, pretende o Governo descarregar o peso de sua polltlc.i de "combater a Inflação sem deter o deeenvolvimento' t nessa situação que as forças mais reacionárias so articulam e manobram, buscando reforçar suas posições e ganhar terreno. Lacerda, na Guanabara, se atira com ódio nazista contra as liberdades democráticas c os dt- reltos sindicais, ao mesmo tempo que se lança a unia desvairada campanha de provocações e de preparação golpista. Em Pernambuco, os derrotados Cleófas c Ckl Sampaio, à frente do que existe de mais retrógrado no Estado, se esforçam, para afastar Arraes do governo. Num caso qomo noutro, a mesma cínica tentativa de utilizar como cobertura o anticomunismo da mesma maneira que em torno de-ambos os casos, se levanta uma mobiliza- çáo nacional dos grupos reacionários, que também no .Parlamento atuam em função dos teus torpes efetivos. iante desse quadro, que taaer? Evidentemente, os •-• -'úipTO-nào pwfem suportar' da teaço.* >te piOramento-daa suas oondlçõe» de \~PWttc* econômica e financeira do --T—.-y^— ».«. desastrosos resultados, deixa de ser um direito para transformar num dever. À inflação sempre foi acompanhada, para cs que vivem de sala- rios e vencimentos, de crescentes privações, ao mesmo tempo qi|e canalisou milhões para as burras de uma minoria privilegiada e exploradora. E o que se pretende açora é conter a Inflação em benefício exatamente des- sa minoria e .tornando maiores ainda as privações dos que vivem -de salários e. vencimentos. A essa orientação uma resposta imediata pode ser dada: a organização ..eo dfsencadeamento de-lutas contra a carestia, em de- . feea do poder aquisitivo das musas. Também não se pode. deixar o campo aberto ás ai- ticulaeões e manobras da camarilha reacionária. Cada violação das liberdades democráticas deve merecer ime- dlata.e vigorosa resposta E todas as forças patriótica.- e progressistas devem unir-se e opor-se, como barreira Intransponível, aos desígnios, que Lacerda, seus sócios e patrões alimentam, de fazer retroceder a vida politl- ca do Pai*. A situação, tudo indica, tende a ágravar-se, no ter- reno econômico e no terreno político. Da ação das mas- sas. em defesa dos seus Interesses imediatos e da de- mocracla, dependerá, fundamentalmente, o rumo do; acontecimentos, E os comunistas saberão sem duvids compreender o papel que devem representar, pela sui lnlclwivai pela iJUt.combativldade, pelo seu espirito uni- ;t^,;^Wò.aeu fafõrço aglutlnador de todas as forca- . nartjpifUJitaa e .democráticas. M,.cruavoo-o creacei C ggppMfl-aM»''hfl>' íSb ' ',;.«>.» glçjpWÕS»* arris: Trabalhadores Enfrentam Violência Policial Corri Ampla X frente de Luta e Solidariedade M _3I i'1*-¦-' H;¦¦¦:!*>.IS' Taxta na 2* página \%m Kruschiov Falando à URSS Disposta a Incrementar o Comércio (om o Brasil BE aamW&'y' âfakw . -..^wx^^^mMmwsamSitf. «. .¦¦--*•¦-• *• fÇtS. ^i**.-. - ¦- Ir Yit *¦'- "ai iaariéi i Gimoon na Ttrra: Lunik IV no Céu Enquanto Popovich e K - kolalèv, os gêmeos do espa- ço. visitam o Brasil, aa agências noticiosas anun- cia.:n que mais um "Lunik" foi lançado pelos soviéticos em direção ao nosso saté- lite. Os dois astronautas so- viéticos, que estiveram em São Paulo. Brasília, Belo Horizonte e Niterói, foram alvo de calorosas manifes- taçóes; Encontram-se ho Rio. de onde deverão partir de regresso a Mos- cou. Viram praias, conver- saram com os trabalhado- res ia foto è da homena- gem prestada pelos opera* rios guanabarinos aos dois cosmonautas i, a t r avessa- ram a Baia de barca e, no Maracanã, viram Pele e companhia dar "show" do bola. O "Lunik IV". que pesa 1.350 quilos, r que foi cha- mado de "estação espacial", navega a estas horas em di- reçãn á Lua, onde deverá chegar no próximo sábado. K

Reação e Carestia Manobras da Reação e Conquistará as Reformas · A situação, tudo indica, tende a ágravar-se, no ter-reno econômico e no terreno político. Da ação das

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Page 1: Reação e Carestia Manobras da Reação e Conquistará as Reformas · A situação, tudo indica, tende a ágravar-se, no ter-reno econômico e no terreno político. Da ação das

CGT Previne: Greve Gera! Contra Agitação Golpista Taita m2'aétMa

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ANOV — Rio da Jonairo, umono dt 5 • II do abril do 1943 — N' 215

Usineiros GolpistasMOBILIZAÇÃO POPULAR PARA DERROTAR OS GORILAS

eTramam IntervençãoFederal em Pernambuco B^J

Povo Mobilizado DerrotaráManobras da Reaçãoe Conquistará as Reformas

Reação e Carestiaot.

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Tablóide

conta como

foi CongressoRealizou-se o Congresso

Continental de Solidarieda-de a Cuba. Mais de 1.000delegados do Brasil«. do ex-terlor i cerca de 300) parti-doaram do certame em queaprovaram * ''Declaraçãode Niterói", em defesa dasoberania,-4a .Cuba. e ,do. d>.reito de autodeterminaçá»^

constituiu mais uma vitoria' das . forcas democráticas e '

pacificas do Brasil, umaderrota dos setores mais re-' acionários da vida brasilei-rá e do próprio imperialls-mo. A realização do Con-gresso levou o desesperoaos agentes ianques no Bra-sil, notadamente o provoca'dor e fascista Carlos Lacei-da. que praticou as maioresviolências tentando impedira sua realização. Furamfrustrados os seus planos.A foto diz bem da represen-tatlvidade do certame, doêxito que êle obteve. Kmvirtude da importância damanifestação. NR publicajunto com esta edição umtablóide que não podo servendido separadamente.

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Aa torranciala disaartapões do professor San Tiaio Dan-ta» (alias preocupadiulmo am justificar por que o sr. Keu-nedjr nio pôde ir além das migalhas prometidasi sàoinsuficientes para desviar a atenção pública daa desas-t rosas conseqüências da política econômica e financeirado Oowrno. Os resultados ai estào. bem visíveis em qual-2uer

IUU de preços. 8e estabilização existe, é a dos gor-ot h. roa, considerados intocáveis, dos monopólios cs-tranittiot e de seua associados. Porque a verdade é que,com a carestla crescendo sem parar, em ritmo que nâodiminui, o valor real dos salário* e vencimentos oontl-nua «tafuaado, on proporção que também nào dimi-nui. I, no que dia respeito a salários e veoalmantos.a Intenção do Oovêrno nào é a de mantè-los Intocáveismas, ao eontrário. a de golpear seu poder de compra,impondo reajustamento» Inferiores à elevaaio do cust»da vida. Veja-se o que ocorre com o funcionalismo civile militar.

Agravam-se. assim, sem «assar, oom Plano Trienale "ajuda" norte-americana, as condições em que vivem namassas trabalhadoras e populares, sobre cujos ombro.-,pretende o Governo descarregar o peso de sua polltlc.ide "combater a Inflação sem deter o deeenvolvimento'

t nessa situação que as forças mais reacionárias soarticulam e manobram, buscando reforçar suas posiçõese ganhar terreno. Lacerda, na Guanabara, se atira comódio nazista contra as liberdades democráticas c os dt-reltos sindicais, ao mesmo tempo que se lança a uniadesvairada campanha de provocações e de preparaçãogolpista. Em Pernambuco, os derrotados Cleófas c CklSampaio, à frente do que existe de mais retrógrado noEstado, se esforçam, para afastar Arraes do governo. Numcaso qomo noutro, a mesma cínica tentativa de utilizarcomo cobertura o anticomunismo da mesma maneira queem torno de-ambos os casos, se levanta uma mobiliza-çáo nacional dos grupos reacionários, que também no

.Parlamento atuam em função dos teus torpes efetivos.iante desse quadro, que taaer? Evidentemente, os— •-• -'úipTO-nào pwfem suportar' da teaço.*

>te piOramento-daa suas oondlçõe» de\~PWttc* econômica e financeira do

--T—.-y^— ».«. desastrosos resultados, deixa de serum direito para sé transformar num dever. À inflaçãosempre foi acompanhada, para cs que vivem de sala-rios e vencimentos, de crescentes privações, ao mesmotempo qi|e canalisou milhões para as burras de umaminoria privilegiada e exploradora. E o que se pretendeaçora é conter a Inflação em benefício exatamente des-sa minoria e .tornando maiores ainda as privações dosque vivem -de salários e. vencimentos. A essa orientaçãosó uma resposta imediata pode ser dada: a organização

..eo dfsencadeamento de-lutas contra a carestia, em de-

. feea do poder aquisitivo das musas.

Também não se pode. deixar o campo aberto ás ai-ticulaeões e manobras da camarilha reacionária. Cadaviolação das liberdades democráticas deve merecer ime-dlata.e vigorosa resposta E todas as forças patriótica.-e progressistas devem unir-se e opor-se, como barreiraIntransponível, aos desígnios, que Lacerda, seus sóciose patrões alimentam, de fazer retroceder a vida politl-ca do Pai*.

A situação, tudo indica, tende a ágravar-se, no ter-reno econômico e no terreno político. Da ação das mas-sas. em defesa dos seus Interesses imediatos e da de-mocracla, dependerá, fundamentalmente, o rumo do;acontecimentos, E os comunistas saberão sem duvidscompreender o papel que devem representar, pela suilnlclwivai pela iJUt.combativldade, pelo seu espirito uni-;t^,;^Wò.aeu fafõrço aglutlnador de todas as forca-. nartjpifUJitaa e .democráticas.

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Gimoon naTtrra:Lunik IVno Céu

Enquanto Popovich e K -kolalèv, os gêmeos do espa-ço. visitam o Brasil, aaagências noticiosas anun-cia.:n que mais um "Lunik"foi lançado pelos soviéticosem direção ao nosso saté-lite.

Os dois astronautas so-viéticos, que já estiveramem São Paulo. Brasília, BeloHorizonte e Niterói, foramalvo de calorosas manifes-taçóes; Encontram-seho Rio. de onde deverãopartir de regresso a Mos-cou. Viram praias, conver-saram com os trabalhado-res ia foto è da homena-gem prestada pelos opera*rios guanabarinos aos doiscosmonautas i, a t r avessa-ram a Baia de barca e, noMaracanã, viram Pele ecompanhia dar "show" dobola.

O "Lunik IV". que pesa1.350 quilos, r que foi cha-mado de "estação espacial",navega a estas horas em di-reçãn á Lua, onde deveráchegar no próximo sábado.

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n- ! NOVOS RUMOS W© •aj mfm^wifwf sitio II de abril de IféJ —

COT Prevlne: Grevekli gravai áaa te*», kaaa, *a^ toatata a IraUafa

Trabalhadoras Enfrentam ásméM.mmi rAMu.Lacerda Com Ampla Franta ?*.r.*Lr?¦)!'* . .de Luta e Solidariedade AgltaQAo GolpistaVlsorosss greves de solida-

rledade estso se msnifes-tando detde a semana pas-sada no Estado da Guana-fonra. em virtuds da hitte-ria com que o governadorLacerda Investiu contra dl-reltos dos trabalhadores daempresa de trofiey-bus, depropriedade do Betado.

— Lacerda nào pode e nàovai prejudicar o pessoal daCompenhla de Transportesl'o|t>ilvog — é a palavra deordem dominante nos sin-dicatos. desde que Lacerdae seus acólitos se lançaramcontra oa trabalhadores.

Na quarta-feira passada,entraram em greve os tro-listas. Na quinta, o pessoaldos carrls.

Eram aproximadamente 6mil e SOO homens que cru-savam os braços, t e melomilhares ca trabalhadoresenfrentando a prepotêncialacerdlana e a boçalldadopolicial do seu governo.Em defesa dos trollstas ecarrls acorreram outras ca*tegorias profissionais. Nasexta-feira foram imobili-tados os trens da Leopoldl.su. tanto os suburbanos co-mo os Interestaduais; nosábado seria a ves da Cen-trai do Brasil manifestar\sua solidariedade. Na têr-ça-feira seguinte, esta se-mana, eelodia a greve dosrodoviários da OB, parall*sendo, por 11 horas, todo osistema de transportas decidade.

E enquanto tudo isso oeor-re. os demais sindicatos es-tão alertas: irromperá agreve geral se Lacerda ia-tlstir em espezinhar impor-tentes conquistas dos tra-balhadores.

eCANALHICE»

O velho funcionário daUght. eom mais de 30 anosde serviço como condutor,saiu do escritório eapuman-do de raiva. Acabava de terama conversa com o coro-nel Fontene», um dos Mg-anote da CTC.Ble me propôs uma ca-aalhlce — gritava o traba-•aador, cercado por compe-nheiros.

Uma canalhice! êle que-•te qas eu assinasse um do-eemento desistindo de to-das os meus direitos; êleejeerla qee eu renunciassetos 30 anos de serviço quedei à Ught!

O homem estava indigna-de.

Logo-mais, Idêntica -conesta frente aos escritórios da

empresa. Desta ves, um mo-torista de trolley era o plvêda questão.Sào uns canslhss! Que-riam me Impingir um con-

trato de experiência, comduração, de I meses. Osmeus oito meses de casaseriam despresados, eu nàoteria nenhum direito sobreesses meses ds trabalho.Foi com manifestaçõesdessa natureza que os tro-listas da Guanabara co-meçâram a se movimentar.Irredutíveis e Ignorantes, oshomens do governo Insls-tlam em engodar os traba-Ihadores. A onda de pro-««Jo cresceu, agigantou-se.Três dias depois entravamem greve os trollstas. Istona quarta-feira passada:no dia seguinte, paravam oscarrls. Nesta mesmo dia La-certa a» entregava: abriamão das exigências Ilegaisfeitas aos trollstas. e pediaqus voltassem so trabalho.Nio! foi a resposta vi-gorosa.

Vamos continuar cmgreve. Agora em soiidarie-2f°A *?5 «oropanhelros ear-ris. A cidade continuará semtrolleysj sem bondes stéque os direitos de todos se-jam reconhecidos e atendi-dos.. A.«pârt,r déM« momentoa OB passou a oferecer umcomovente espetáculo defraternidade operária e defirme unidade entre os sin-dicatos.PARAM OS BONDES

A historia dos carrls, quemovimentam aproximada-mente 1200 bondes da ei-dade, é um pouco dlferen-te. Identifica-se, antretan-to. eom a dos trollstas. por-que o patrão é o mesmo: oEstado dominado por Lacer-da.Que pretendem os condu-tores e motomelros da Ught,conservadores de linhas,

pessoal das oficinas, fun-clonários dos escritórios,turmas de sinalização, etc?Rosa gente toda, cerca de6 mil homens, quer o eum-primento do acordo firma-do no Departamento Nacio-nal do Trabalho, pelo qualteriam um aumento de M%a.parte 6> janeiro, aindanão efetivado por exerosl-va culpa de Lacerda.

Por isso foram à greve oscarrls."A volte ao trabalho de-pende da palavra de- ordemdo Comando de Greve, nãodevendo nenhum trabalha-der da eatsgorta der ouvi-

SANTOS: REPULSA DO POVOA INTERVENÇÃO DE GORDON

SANTOS (Da sucursal) —Indignação e repulsa eau-atiram em todas as camadassociais de Santos as decla-rações do embaixador ian-que Lincoln Oordon, bemeomo a "nota de explica-Éis"

do Departamento detado, sobre problemas ati-

isentas apenas ao povo bra*eUelro. A "dupla lnterven-eão", eomo multo bem ca-racterisou tais fatos umJornal cubano, provocou,ain''-.i no dia 18, quando fo-sem oonhecldas, uma ondade protestos, enviados aoPalácio da Alvorada, exi-eindo do presidente JoãoOoulart a expulsão de.mr.Gordon e a suspensão dasvergonhosas negociaçõesque o sr. San Tiago Dantasestava efetuando em Was-hlngton e Nova York.

As primeiras manifesta-eôes saíram dos órgãos daclasse operária, especial-mente dos trabalhadores doporto: os sindicatos doaoperários e empregados por-tuirios, dos estivadores eas delegadas locais dos sin-dicatos de marítimos (ma-rlnhelros, taifeiros e foguis-tas) fizeram ouvir as suasvozes. Também os trabalha-dores em petróleo enviaram

NOVOSRUMOS

DiretorOrlando Bomflm Júnior

Diretor ExtcativoFragmon Borge;

Radator Chtf«Lult Gaszaneo

GaranteGutttmberg Cavalcanti

Redação: At. Mo Hranro,SS! IV andar R/171!

TcL: 411144 —Gerência: At . JU« Braaea,

SS1 - S» andar B/MBavorasAL ns aso vavvo-.Boa is.de Nmmbra, ItS

St andar -8/8*5Tal.: SS-S4SS _

Endereço tr.iagrifleo«Novosnntos»

ASSINATURAS:

(i'óm«ntt- a edlcto íemanal)Cr*

Anual . JOOO.ooSemestiül BOO.OOTrimestral JS0.C0

AS.Sr\ATlBA A*B£ACrS

Anual 3 300,00Semeatr.i 1300,00Trimestral 600.00Número avulío .... 30.00Súmno atrasado ... 30,00

violento telegrama ao pre-sldente da República, exi-glndo em nome do seu pa-triotlsmo e da soberania dopais a expulsão de Oordon,que se revelava um simplesespia a serviço do Pentágo-no e dos círculos reacioná-rios dos Estados Unidos.Idêntica foi a manifestaçãoda Associação dos Servido-res Municipais.

As entidades estudantistambém se manifestaram:telegramas do Centro do Es-tudantas de Santos, do Cen-tro dos Estudantes Vlcen-Unos, da Aliança Estudantile do OS,. José Bonifácioforam enviadosJ. Jnngo.Uma caravana do C. A. Ale-xandre de Gusmão, da Fa-cuidado de Direito, que sedirigia naquele momentopara Brasília, levou men-sagem ao chefe do governofederal, dando-lhe apoionu medidas anunciadas epedindo respeito às nossasprerrogativas de nação In-dependente e soberana.

Por último, em nome demais de sessenta entidadespopulares, a União das So-ciedades de Melhoramentosdoe Bairros, Vilas e Morrosdas Cidades da BaixadaSantista dirigiu-se a Jan-go, pedindo-lhe que ouvts-se a vos do povo brasileiroe se tentasse o seu intér-preto, expulsando daqui oembaixador do imperialis-mo ianque.

Um requerimento solici-tando do presidente daRepública medidas contra a -atitude de Lincoln Gordonfoi apresentado na Cama-ra Municipal pelo vereadorAntônio Rodrigues, do PTB,estando o trabalho em dis-ensaio no momento em queredigíamos esta nota. Con-tlnuavam, também, sendoenviados telegramas de ou-trás entidades, cujos textosnão'nos haviam chegado àsmãos.

METALÚRGICOS

O fato mais comovente,que revelou o sentimen-to antilmperlalista dos tra-balhadores aantlstas, deu-sena assembléia dos opera-rios metalúrgicos: estes seencontravam em greve pormelhorias salariais, quandoestourou a noticia da in-tromissão ianque em nos-aos negócios internos. Tãologo foi proposto o envio detelegrama de repúdio, aassembléia toda 'mais dequatro niii homens) levan-tou-se c aprovou por uns-nimidade.

dos a boatos, que nestasocasiões são divulgados pe-Ia Imprensa escrita e fala-da — anuncia o documen-to ordenando a paralisação.

A partir da zero hora dequinta-feira nenhum bon-dr dslxou as 10 estaçõesdistribuídas por diferenteszonas da cidade; os que,àquela hora. se encontravamnn tráfego, foram recolhi-dai. Piquetes fixos forampostados nas portas de to-das as garagens e escritóriosdn empresa, enquanto ou-tros, em automóveis e ca-mlnhôps. corriam a cidadeinteira, a fim de atender aqualquer emergência.

Uma frase:— Piquete em greve decarrís é quase desnecessá-

rio: o pessoal é bom. Ospoucos podres, tém .medo deprejudicar a saúde .."

Foi um conservador dr li-nha que disse.

IM LONGO APITOAs greves dos trollstas e

carrls da Guanabara foramdeflagradas nos dias emque grande tensão políticadominava a cidade e o pais,como conseqüência das po-licialescas medidas de La-cerda contra o Congresso deSolidariedade a Cuba.-

Tropas embaladas' sitia-vam sindicatos, edifícios po-bllcos e praçu da cidade.Um ambiente de guerraiminente dominava o cario-

ca.Com a eclosão das grevesdos trollstas e carrls a tru-

culèncla lacerdlana encon-trou pasto favorável. Pri*soes em massa, ameaças, In-timidacóes.

Mas nada impediu o avan-ço do movimento. Quandoas violências alcançaram umgrau Insuportável, a Leopol-dina parou.

"Com um longo apito deuma locomotiva, no páteode manobras da Estação Ba-rào de Mauá, teve Inicio agreve da Estrada de PerroLeopoldlna. em solldsrieda-de aos carrls da Ouanaba-ra — anunciaram o% jor-nals.

Crusaram os braços Mmil ferroviários — com umlongo apito que repercutiupor todo o pais.Isso na sexta-feira.

No sábado, chegava a ves.de parar a"Central do Brar-dl. . .... ,.'. iOe Jornais não. registramse a Central também parou"com um apito". Sabe-se,entretanto, que muitos tale-fones tUlntaram nas cabl-nes das estações. A Central,pode-se dlser, parou eom ai-guns telefonemas, autentl-aedos por senhas determl-nadas.

O IMPASSE

Quanto aos bondes, o im-passe foi criado pelo gover-nador Carlos Lacerda, quese recusa a pagar aumentode salário aos carrls.

O aumento das passagens.aliás. Já fora previsto pelasautoridades, Aparentemen-

to não haveria resto mais.forte para manter o "sita-do de guerra" entre os ear*ris e o governo do Esto*do.

O próprio governo fede*ral se ofereceu para com*plementar as dsspssss como aumento dos canis, su*p'.ementando os recursosnecessários ao pagamentodos novos salários.

Mas a verdade é que La-cerda nio queria acordo,

.não queria atender os com*promlsso* com.os trabalha-dores. Levantou a tese• "mais uma eanalhlee" —disse um motomelroí da"verdade tarifária".

Que é verdade tarifária?Segundo o "qulallag"

guanabarino, verdade tan*faria é aumentar as passa,gens dos bondes — atual*menta Cri 10, 8, 11, e II —psra S0, 26. 4S e M crase!*

.ros, respectivamente."Eu só aumento as pas-sagens dentro desse gabsri-to — insiste Lacerda.

O governo federal tentoucriar recursos para o Esta-do, permitindo um pequenoaumento nu tarifas dsenergia elétrica, para mraplicado no acordo salarial.Foi ai que Lacerda ficoumais histérico, pois. disse,

."a Indústria seria prejudica-da, o comércio nio poderiasuportar o ônus".Como se vê, a preocupa-

ção de Lacerda pelo bem.estar dos seus patrões estáimpedindo que os trabalha-dores recebam o aumentoconquistado.

ALERTA GERAL

As greves dt Leopoldlna eCentral do Brasil, bem eomoa dos rodoviários, foram docurta duração, conforme es-tava combinado. Duraramdoze horas.

Mas os movimentos doscarrls e dos trollstas eontl-núam. Firmes e fortes, comocomeçaram.

E os demais sindicatos?Em reuniões sucessivas o

Comando Oeral dos Traba-ihadores vem planejandosuas acõss futuras, mobtlt-rendo os tnbalhadons pa-ra qualquer emergência.A Comissão Permanentedas Organlsaoóes Man..cais do Estado dt Oue-nabara, também vive deperto e situação. Os slndl-cates encontram-se om ss*

estaduais, quo queremtransformar o Atado dtGuanabara ao centro dareação do pais, para anularas conquistas sociais daclasse operária brasileira, oo progresso alcançado pelemovimento sindical", con-forme dls o manifesto doscarrls.

Pelos mesmos motives te-dos os trabalhadores da OBpoderão ir à greve a qual-quer momento.

A Lacerda não resta outrorecurso, senão o de sempre:desistir das suas Imposiçõese, mais uma ves, fugir paraas amenidades da Ilha deBrocoió.

O «mando Oertl dosTitJtlaadseaj lançou Im-portento proslsmacio àNacio r aos Wabelhadoreana noite de sexta-feira dia20, dstondo-M principal*men na agitação golpistaaue envolto deis dos prin*ttpuls Istadts da l/nláo. NaOuaasbara a pregaçãosubversiva 4 comandada ps-Io próprio governador, o"qulsllni" Lacerda. Inquls-te ws criar um clima pro-t. tio a tra golpe fascista. Eem Pernambuco, as mesmasforçss que apoiam Lacerda,sob a orientação direta doscírculos lmperlalUtas norte-americanos, procuram im-pedir que o gevernador Ml-fas! Ames cumpra seuprograma democrático degovlmo.

O manifesto, que ss soll-darias com os estudantesatacados por Lacerda o eomos trabalhadores cm greve,assinala a resolução do COTde manter-se em sessão per-manento, convoca es to-mandos estaduais para reu-nlôss Imediatas e prevlneaue o prosseguimento daagitação goipteta poderáocasionara deflagração deffímmM

Publicamos abaixo a Inte-gra da proclamaçào:

TugpffiSaS níuaSo £»r*-«!Í&»'lament« tt setada CNTI, ees» a istrtlclpa.

de reprcseoitttos de

a ._ da OuanaegrX além B?'K StpBBesSr-J^«»^,^_d»

-ártos lameatares *

ostrtttsiros gás pcasuiám•Isto regular conaedldosBflas

tutorldsde* ttmpe-ntes • sulmlnandt eom o

«regei própria .tojsenbléla

pais, para es*.mWmJtmtftTmttodas da Ousnabart e defsratmbuco, resolveu ator-tor os trebelhaoores e todoo povo brasileiro para agravidade dos acoutocimen-tos que se estão desenrolaa-do em nossa pátria.Na Guanabara, a pretextoda realização de um Con-gresso de Solidariedade aCuba. que proibido nesteEstado, decorre normaknen-te no vlslnho Estado do Riode Janeiro, sob as garan*tias constitucionais assegu-radas pelo governador Bad*ger Silveira, desencadeou-seuma série de violências,com a intervenção policialna União Nacional dos Es-tudantes, na faculdade Ha-cional de Direito, no Slndl.cate dos Metalúrgicos o emoutras entidades sindicaisde trabalhadores, com a pri*são e espancamento empraça pública de centenasde cidadãos, reernsarcando

¦ V CONFERÊNCIA DOSMETALÚRGICOS DA GB

instala-se sexta-feira, dia5, às 19 horas, a- IV Conie-rência dos Trabalhadores.- nas Indústrias Metalúrgicas,

Mecânicas e de Material Ele-tricô do Estado da Guana-bara e Extensões de Bsseno Estado do Rio de Jenei-ro. O conclave estonderseáde 5 a 0 de abril, reallzan-do-se suas sessões no Pala-cio do Metalúrgico, rua AnaNeri 192, em S. Cristóvão-

A Conferência para suarealização, baseou-se no tre-balho de Comissão Organi-zadora composta por LauroFigueiredo de Andrade, pre-sldente; Lenine Reli, vice-presidente; Raimundo dosSantos, 1* secretário; ÁureoPterein, * secretário; Ma-noel Martins, 1* tesoureiro;Juvenal José dos Santos, Vtesoureiro; Diste Melo, re-lator; Lu» Virtuoso des San-tos .Roberto Asevedo. Nel-sori Monteiro, José. Paixãode «Iveire, Américo R. Ro-d^Udfi. Jesenomo deProaça. Paulo Upss. Alme-rindo Antônio t José Ferrei-re Nobre.TBMAWO

Os debates des delegados àConferência obedecerão aeseguinte temário:1 — Estrutura sindical;

— Justiça do Trabalho eLegislação do Trabalho;S — Situação econômica eteus reflexos na vida- dotrabalhador e problemas es-

peclfieos do setor metalúr-gico;

— Exame da aplicaçãoda Lei Orgânica da Previ-dêneia Sodal:

— Plebiscito de 31 deabril sobro a discussão de

em municípiosEstado da Guana

oudivisãonâo dobara;

6 — Proposições e mensa-gens.PROGRAMA

Os delegsdos à Conferén-ds terão um longo progra-ma a cumprir, atslm orga-nizado:Dia 6 — Sexta-Felra:Das 18 àt 19 horas - En-

trega de credencieis: ás 19horas — I — Reunião pie-nária. para deliberar o se-gulnte:a) — Prestação de contosda Comissão Organizadora

e Relatório de Diretoria doSindicato; b) — Discussãodo Regimento interno; e> —Eleição de Coralasào Exe.cutlvo: d) — Leitura dos re-letérios referentes ees S pri-metro» itens do temário; e>— Irtieào das 5 comissõesde teses e da Comissão de

do Hino Nacional Brasileiro.Dia • - Sábado:Das 8 as 13 horas — Reu-

nião das Comissões; Das 14às 18 horas — Encerramen-to das reuniões du Comia-soes; às 10 horas — II —Reunião Plenárls, pars dis-cutir os relatórios referen-tes às S comissões de teses.D!a 7 — Domingo:

Das 13 às 15 horas — III-- Reunião Plenária paradiscutir ss proposições eMensagens; às 17 horas —IV — Reunião Plenária pa-ra apresentação do Relato-rio final.Dia 0 às 10 horas — Ses-sào solene de encerramento.

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Bt_L_L____Bsufl Mm\ 'Kíw m- flensaeT.^liaOsn LatRaeVwllPs_y*m ¦, .^SgusW .'-'ffiSajÉ^W sTWSáfusPTasus! ^suTl^aK osususuk mU situar H sV^jl a^aMuR ^MM Junslau^-JuJalfia' Av-twlf»nnasaasl asasl^ssr ^bsubububububububu) ^bsuw'Já-Ssum ssuna ."*v Ha-tul Lr^laUâV-snlut Umàum.u>'Ài-'*J3SuM u\-^ '4SUM Ha-tuusui LTaW^Ll aVeXt^mi Lv ¦ susaal

Ka-aV- -fl sen tÜH K Aum^uwuwr^mm LLsm Ilov'

'^B Ba sbsv4uuf 'asafa_af C^Ll s*r^rX

Santos: 1SOO Pessoas na PraçaPedem a Posse Dos EleitosSANTOS (Da sucursal) —

Vibrante comiclo foi reali-zado, no último dia 22, natradicional Praça da Repú-blica, em Santos, em defesados mandatos dos depu-tados operários, intelec-tuals e sargentos, eleitos noúltimo pleito pelo povo, masnão empossados pela Justi-ça Eleitoral. Cerca de 1.500pessoas compareceram aoato, que foi patrocinado pe-ia Comissão Santista deDefesa do Voto Popular.Êsse órgão, como noticia-mos anteriormente, foi elei-to em gigantesca assem-bléia, realizada dia 16 defevereiro no Sindicato dosOperários Portuários, daqual participam, entre ou-trás pessoas, as seguintes:Nelson Cassetari, represen-tando o prefeito municipal;José Gomes Vieira, prest-dente da Câmara Munlci-pai; deputado federal Má-rio Covas Jr., deputado es-tadual Osvaldo RodriguesMartins; Vitelbino Ferreirade Sousa, presidente do Fo-rum Sindical dc Debates;Manoel de Almeida, presi-dente da União dos Sindl-catos riu Orla Marítima,além dr representantes>deestnípp*e . sociedades c!rmr-ih" ;<"vr,to» de bairros cmono», etc.

i

o comício foi irradiadopela Rádio Cacique de San-tos, tendo alcançado, porisso, grande repercussão emtodo o município.ORADORES

Na oportunidade, usaramda palavra os seguintesoradores: Alberto . PiresBarbosa, em nome da Co-missão de Defesa do VotoPopular e do Fórum Sin-dical, definindo o duplo ob-jetivo da concentração, queera exigir a posse dos elei-tos e o.combate à carestiae às medidas preconisadas,para o campo econômico-financeiro, pelo Fundo Mo-netáriò Internacional; Ai-berto Amorim Filho, presi-dente da União das Socle-dades de Melhoramentosdos Bairros, Vilas e Morrosdas Cidades da BaixadaSantista, entidade qae re-presenta mais de eô órgãospopulares da região; Vlcen-ic Mamede da Silva secre-tário-geral do D. M. do Par-tido Socialista Brasileiro erepresentante oficial dessaagremiação política; Orlan-do Sposito. presldeate doSindicato dos Gráficos;Luis Rodrigues Corvo, re-presentan»c do Centro riosE-stiKlan!r~ de Santo?: Gil-hr-rlo F ri'nx Gtflwnràes,advogado, eminente «sprs*

\ >

sentante do movimento Ja-nista local; Vitelbino Fer-reira de Sousa, presidente doFórum Sindical ds Debates;Nelson Cassetari, represen-.tante do prefeito munlci-.pai; Paulo Ferreira Lima,vice-presidente da Câmarae presidente da ComissãoEspecial, que a edilldadeelegeu para representar oseu plenário no comício;deputado estadual OsvaldoRodrigues Martins, do PST;Geraldo Rodrigues dos San-tos e Osvaldo Lourenço,deputados federal c esta-dual eleitos e nao empos-,.sádos.PRESENTES

Alem dos oradores reíe-ridos, flseram-se presentes,entre outros, no palanque:Antônio Rodrigues, verea-

.dor, membro da ComissãoEspecial, juntamente, com oedil Álvaro Pontes, outrodos representantes da cá-mara: José Melo Oliveira,da sucursal da Associação

.dos Cabos e Soldados daForça Pública: Adhton

Dias. representante do Sin-dicato dos Trabalhadoresem Petróleo: José FerreiraCampos e Val,domir0 Mane-te da SHvn, respectlvamcn-to, ren 7í:»!-»ntcs das tlrir-«árias Inr 's do.s sindlüMo*mtíimià ds marinheiro* s

fogulstas; Manoel Silvestreda Silva, presidente da As-sociação dos Feirantos deSantos e S. Vicente; Eucll-

.dia de Jesus Jeremias, pre-sldente ds Associação dasEmpregadas Dom esticas;José Alves Paiva, presiden-te do Sindicato dos Tintu-relros: José Martins, repre-

.séntahte do Sindicato dosCarregadores e Ensacado-res de Café; Ernesto Mar-tins, da Associação dos Ser-vidores Municipais; JoséAntônio de Macedo, do Sin-.dicato dos Ferroviários;Manoel Simões, presidenteda Associação dos Servido-res do Saneamento; Valde-mar Fernandes, do Sindica-to dos Arrumadores. e.Jonas Sobrinho, secretáriogeral do Sindicato dos Me-talúrgicos.MOÇÕES

Ao término do ato publi-co, decidiu-se. por unani-mídade. enviar moções aopresidente da República,exigindo a expulsão do em-baixador Lincoln Gordon,medidas contra a carestiae a posse dos operários esargentos eleitos. Nestesentido, decidiu-se, tam-bém. r-.vinr representaçãoao Supremo Tribunal Fe-dcral, piTiifr-çtandn o.s sen-Umsatas do povo saousta.

Simultaneamente, preton-de o governador gnular osdireitas adquiridas pelostrtatlhadores dos ônibuselétricos o carrls ds Outns-atra, demltindo-os depoisde deienas de anes de tra-balho.

Também em Pernambuco,onde o governador MiguelArraea Inicia o cumprlmen-to de seu programa de go-vêrno, as mesmas forças dareação se articula» ostenst*vãmente pare o fechaiuen*to do comércio e da Indús-tria, com o objetivo clarode lançar aquele Estado amcrise profunda que Justlfl-que a deposição de seu go-vernador democrata.

A conspiração vem se es-tendendo t outros Estadosda Federação, através dearticulação promovida pelosconhecidos Inimigos do nos-so povo. Diante desta gravesituação, o Comando- Oeraldos Trabalhadores resolveu:

— solidarizar-se com asmanifestações dos bravosestudantes, eom os eompa-nheiros trabalhadores emgreve, com a posição firmedos parlamentares que de-tendem os direitos demo-eróticos, bem como a todasas manifestações popula-res de resistência a taisarbitrariedades e desman-dos;

— apoiar decisivamentea posição do governo fe-dera! através do Ministérioda Justiça o do Trabalho emdefesa du garantias demo-cráticat e sindicais assegu-radas na Constituição daRepública:

— proclamar que qual-quer tentativa que vise aimpedir a realização do pro-grama democrático em Per-nambuco, determinará a de-flagração de uma greve ge-ral nadonal de apoio ao go-vêrno democrático daqueleEstado;

4 — determinar so» Ce.msndos Estaduais'dc Traba-íhadorr» que te rrúnam irne<diatamonlc om assembléiasperm agentes, Junta»mento com todas st fortesdemocráticas e uopuieres,para que estejam prontospara uma ução em qualquermomento que seja nocetSsVrio;

5 — que tóiiüH a* eniMs»des sindicais da Guanabarapromovam imediatamentercunioe», prepsrsndo . ummovimento geral de apoioaut companheiros cm grevee aos estudantes em lutapelai: liberdades democrá-tlcasi

O Comando Geral dos Tra-balhadores resolveu tambémmanter-se em sessão permn-nente para determinar aocüo adequada aos aeonteci-mentos.

Trabalhadores — dirijam-se aos seus sindicatos e emm'us locais de trabalho mar:tenham-se mobilizados e vi-Rllantes"-

Tnbalhatforti...iConelutão dê •• cáffifw'

ca para o debate da mo-mentosa questão, estiveramPentes dois membros doComando Geral dos Traba-lhadordes (CGT): os lideressindicais Newton Eduardode Oliveira e Severino Shl-naipp, respectivamente pre-aldentes da Federação Na-cional dos Trabalhadoresna Indústria Gráfica c daFederação Nacional dos Ar-rumadores.

Usando da palavra naocasião, tiveram a oportu-nidade de declarar que nComando Geral dos Traba*Ihadores estava em assem-bléia permanente e que niopermitiria nenhuma Inter-venção federal em Pernam-buco. seja qua' fôsse o pre-texto. E mais: a i ? o povo pernambucano ficns.e tran(|üi-lo. pois o governo do sr. Mi-guel Arraes. caso necessitasseseria defendido por todos ostrabalhadores b r a s i lelros.que. para inicio de luta. de-flagrariam uma greve geralno pais.

COSIPA: TRABALHADORESDERROTAM ADEMAR E .QUEBRAM O FLANO TRIENAL

_ SANTOS (D« sucursal) -«Sjtataètlar vitória obtive-rem os tnbsJhadores na in-dostrla metalúrgica da Bal-xada Santista, após sais diasde greve unitária. Relvindi-cando aumento de IS%. fé-rias remuneradas em dobro,salário familia e adicionalpor. tempo de serviço, osoperários recorreram à ar-ma da paralisação, após te-rem os empregadores sabo-tado todas as tentativas deentendimento, feitos atra-vás de mesas-redondas.

A assembléia que decre-tou a paralisação contoueom quase 5 mil trabalha-dores. Além de 18 outrasfirmas menores, foi parall-sada a Cia. SiderúrgicaPaulista. locallsada emPiassaguera (Cubatão), quereúnem mais de 17 mil tra-balhadores.

Ao término da sus luta,os operários conseguiramderrotar uma deelsao doTribunal Regional do Tra-balho, de 8. Paulo.- íste,examinando apenas o pro-blema salarial, sem tomarconhecimento das outrasreivindicações, decidiu con-ceder um aumento de ape-nas 70% sobre o salário ba-se, eom as conpensaoões dereajuste, o que significava,na verdade um aumento mé-dlo de pouco mais de 20%,sendo que os trabalhadoresde remuneração menor re-caberiam uma majoraçãosalarial nào superior a 5 e10%.

Evidentemente, tal deel-são não poderia ser aceita.Apesar da declaração de"ilegalidade" da parede, omovimento continuou firme.Boletins impressos eramemitidos diariamente peloComando de Greve, man-tendo os operários em es-tado de alerta. À noite,assemblélas-monstro (sem-pre mais de 3.500 homens)eram, realizadas, para con-tróle da situação.VIOLÊNCIAS DEADEMAR

O governador de S. Pauloléz-se presente ao movi-mento através da... polícia.O velho fascista mandoudescarregar nos trabalhado-res todo o seu ódio à classeoperária. Na "gare" da San-tos-Jundlai ique conduz osoperários à COSIPA) os be-legins não deixavam os tra-balhadores nem falar, im-pedindo Inteiramente aação esclarecedora dos pi-quètos, enquanto os patrões

tinham os jornais para dl-vulgar as suas mentiras. EmCubatão, os famosos "bru-eutus" eram lançados con-tra os operários, ao mesmotempo em que se feriam de-renas e dezenas a cassetetese outros tantos eram presos.A brutalidade chegou atal ponto que, no quartodia do movimento, traba-ihadores foram furados abaioneta, num choque de umpiquete com policiais. Aviolência provocou umareação generalizada emtodas as pessoas progressls-tas da cidade, sendo que aCâmara Municipal de San-tos constituiu Comissão Es-peci'al de Vereadores paraapurar as arbitrariedades,chegando ela a conclusõesImpressionantes, responsa-bilizando o governo estadualpelo ocorrido durante osdias de paralisação.

CARAVANAEM BRASÍLIA

po-No

Não se intimidaram,rém, os trabalhadores,quinto dia do movimento,seguiu para Brasília u.nacaravana composta do pre^sidente do Sindicato dosMetalúrgicos, que é tambémpresidente do Fórum Sindi-cal de Debates, do deputadoeleito e não empossado Os-valdo Lourenço, dos lideresGeraldo Sllvino de Oliveira,dos trabalhadores de petró-leo, e outros. Nessa oca-slào, já o Fórum Sindicalse reunira, hipotecara soli-darledade aos grevistas, de-nunciara as violências dapolicia ademarista e ma-nifestava sua disposição de,após o dia 25, caso nào seresolvesse o problema, Ir àgreve geral em defesa dosmetalúrgico e contra as ar-bitrariedades dos esbirrosdo governo d0 Estado.

Tanto não foi preciso,todavia O governo federal,representado pelo presiden-te do BNDE, sr. LeocádioAntunes, pelo gen. AlbinoSilva, da Çasa Militar daPresidência da República,e pelo sr. Gilberto K. de Sa,concederam u'a majoraçãosalarial que. sem ofender adecisão do TRT paulista,daya aos trabalhadoresaquilo que eles tinham pe.flido. Constltuiu-se, demaisdisso, uma comissão p&ritâ»ria para examinar as ou»trás reivindicações dos tra*balhadores.

Ajuda a NOVOS RUMOSMarítimo patriota íRlo - GB) loonnaAmigos de Olaria (Rio - GB) l«2MBaneárlos fRlo -i GB) gnnnnBancários de Nova Friburgo (RJ) ....."!.'.'!.'•.'!" i

"co 08Helen (Rio — GBi onnnnAlbatroz .Rio - GBi ;.'.'.'.". oooocPaisano (Rio ¦•- GB) . 100"c

Artèaio Fernandes iittplra «- SPÍ ...'.'.'.'.'.. iCüduí

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Page 3: Reação e Carestia Manobras da Reação e Conquistará as Reformas · A situação, tudo indica, tende a ágravar-se, no ter-reno econômico e no terreno político. Da ação das

- Rio dt Janeiro, Mmano ds S a 11 dc abril dt 1963 NOVOS RUMOS 3 —

Povo Mobilizado Derrotara ARRAES: INCONFORMADOS NÃO PODERÃOAFETAR A PAZ DE PERNAMBUCO

ManobrasConquistará

da Ras

eaçao eReformas

ai «.tá sendo levado à prá-.tica, hoje, no Pais, nm pia-no de provocações petasforcas reacionárias, coloprincipal objetivo é Impe-dir a aprovação das refor-.mu de estrutura, perpetuarm privilégio. antl-soctaUresultantes da espoliaçãoimperialista e do monopó-lio da terra e, assim, au-,mentar mais ainda a mi-séria e os sofrimentos dopovo brasileiro.

Presentemente, esse pia-no se concentra principal-mente na Ouanabara, emPernambuco e em Brasília.Seu centro diretor é o1BAD. a conhecida agênciada embaixada norte-ameri-cana.

PAPEL DE LACERDAComo sempre acontece

em tais situações, o papelde tropa de choque cabe aoapátrida Carlos Lacerda.Foi assim em 1954, foi as-sim em 1081. Também comodas vezes anteriores, o pre-texto agitado por Lacerda,repetindo as lnsolênclasproferidas pelo embaixadorianque Lincoln Gordon nosEstados Unidos, é a supôs-ta "Infiltração comunista"no governo federal. Na se-mana passada, Lacerda im-plantou o terror policial naGuanabara: pro iblndo oCongresso de Solidariedadea Cuba cercou militarmentea UNE, a Assembléia Esta-dual, a ABI e o Sindicatodos Metalúrgicos, féz deze-nas de prisões, não perml-,tiu que desembarcassem noBrasil democratas latino-anerlcanos que vieram par-ticipar do Congresso pró-Cuba, insultou chefes mili-.tares e o presidente da Re-pública, numa aberta pro-vocação. Dias depois, pro-moveu uma "ho.nenagem" asi mesmo em frente ao Pa-,lácio da Guanabara, comoumà oportunidade para re-petlr todos os conhecidoschavões de Inimigo da de-mocracla e traidor da Pá-.tria.

Embora tenha sido contl-do nessa investida, devidoà firmeza com que as fõr-«as nacionalistas responde-ram á sua provocação, La-eerda está decidido a .prosseguir cumprindo a suaparta no plano do IBAD.

PERNAMBUCOIm Pernambuco, a tátl-

ea das forças reacionáriasconsiste em fazer crer à.opinião pública que existenaquele Estado, em virtudeda orientação democráticaseguida pelo governador Ml-guel Arraes, - um perigoso,"clima de Insegurança" eforçar, dessa maneira, aderrubada do chefe do go-vêrno pernambucano. To-dos se recordam que a ofen-,siva contra Arraes data des-

de o dia do sua posse: oataUfundlárlos de Pernam-buco, w lado doe monopó-.lios norte-americano» quo,eomo a Sanbra e a Ander-son Clavton. saqueiam oNordeste, nlo admitem quea frente daquele Estado aeencontre um homem nlo

.comprometido com os seusInteresses, mas decidido arealizar uma administraçãohonesta e voltada para opovo. Para essa gente oNordeste deve permanecer oque tem sido: atraso, mi-séria, doenças, ignorância e,de outro lado, o luxo dos"senhores da terra" e a es-pollaçlo dos monopóliosnorte-americanos.

Nova ofensiva teve Ini-cio há dias, dirigida osten-sivamente pelo IBAD. As or-ganlzações dos uslnelros eIndustriais, desesperadasem face da reivindicação,dos trabalhadores do cam-po de receber o salário mi-nlmo legal e o 13.° sala-rio, assim como, da exten-são dada pelo sr. Miguel Ar-raes ao crédito rural, pas-saram a conspirar. MobUi-zando uma enorme máquinapublicitária em todo o pais,multo bem paga pelo IBAD,assoalharam a existência emPernambuco de um "climade insegurança", que pre-tensamente impossibilitavao normal funcionamento da.industria, do comércio e dalavoura. Tramaram então adecretação de um "lock-out" ,que paralisaria todoo Estado, Indefinidamente,,até que o sr. Miguel Arraesrenunciasse ou o governofederal intervlesse no Esta-do. Simultaneamente, seusporta-vozes atuavam tanto,na Câmara como dirctainen-te junto ao sr. João Gou-lart. O "clima de inseguran-ça", na verdade, consisteapenas no fato de que o.atual governo pernambuca-no nlo reprime a luta dostrabalhadores pelo recebi-mento daquilo que a lei.lhes garante: o salário mi-nlmo e o 13.° salário.

Logo aos primeiros lns-tantas, entretanto, puderamos reacionários sentir a re-pulsa do povo pernambuca-no às suas manobras ódio-sas e provocadoras. A opi-nllo publica de Pernambu-co manifestou-se em pesoao lado do sr. Miguel Ar-raes, saindo à rua em ma-nifestações dé repúdio àreacio. Na Câmara, o ar.Lima Cavalcanti denun-ciou a todo o pais a tramaurdida, em Pernambuco,enquanto na Guanabara ostrabalhadores, através doCGT, e os estudantes atra-vés da UNE, hipotecaram oseu apoio ao governador Ar-raes e advertiam o govémode que lançariam mão de to-dos os recursos, Inclusive agreve geral, no caso de severificar um atentado con-

tra a autonomia de Per-nambuco e os direitos desua população. Os provoca-dores nlo puderam realizaro "lock-our, mas nlo desis-tiram de mus sinistros ob-Jetivos.BRASÍLIA

Outro núcleo da artl-culaçlo reacionária é a ca-pitai do pais. Trata-se aqui,fundamentalmente, de nãopermitir que o CongressoNacional ouça o clamor dopovo brasileiro e aprove arealização urgente das re-formas de base, a partir dareforma agrária. Campeõesdo entregulsmo e da reaçãocomo Herbert Levy, Ar-mando Falcão, João Mendese Adauto Cardoso artl-culam-se visando derrotarIniciativas como a revisãodos artigos da Constituiçãoque impossibilitam, na prá-

tica, a efetivação da refor-ma agrária, além de ou-trás 'reformas de estrutura.Os lidere, reacionários doParlamento, conhecidosagente, dos trustes norte-americanos e do latifúndio,procuram confundir a opl-nllo pública, criando a lm-pressão de que há uma"ameaça contra o Congres-so". Nesse sentido, concen-tram os seus ataques sóbreo deputado Leonel Brizola.Terça-feira, vários desseslideres reuniram-se com osenador Auro de Moura An-drade, presidente do Con-gresso, que em seguida dl-vulgou uma nota contendoclaras ameaças àqueledeputado e, em geral, aomovimento democrático queexige do Congresso a apro-vação das reformas. Osrea eionários "denunciam"supostas "subversões", mas

Ne 25 de mercoPOVO SANTISTA RECLAMAREGISTRO PARA O PCB

SANTOS (Da sucursal)— A cidade amanheceu, dia25, nlo apenas com carta-ses de solidariedade ao po-vo cubano. Também deze-nas de inscrições exigindoo registro do PCB, formu-lado perante a Justiça Elel-toral por Luiz Carlos Pres-tes e outros, eram vistos emvários lugares, dando mos-tra do sentimento demo-crátlco da gente da terrade Brás Cubas. Ao ladudisso, por volta das 6 horas,o bairro proletário do Ma-cuco e a beira do cais eramabalados per centenas derojões, que explodiam mar-cando a passagem do 41.°aniversário do Partido Co-munista. Nos locais de tra-balho, pelo chão da cidade,eram vistos milhares de vo-lentes: "Salve o 41.° anl-versário do PCB 25-3-22 —25-3-83".

No dia anterior, em ma-nlfesto público nos jornaispelos comunistas, sob a res-ponsabUldade de Antôniode Brito Lopes, distam osmarxistas de Santo., apósreferirem-se ao papel hl»-tórico do P. O, às suas lu-tag contra o Imperialismoe o latifúndio, aos seuscombatentes que tombaramna luta contra os Inimigosda nação: "a maior partedo povo brasileiro não com-preende, já, porque se de-mora tanto em conceder oregistro do Partido Comu-nista Brasileiro, conformefoi formulado em petiçãoao Tribunal Superior Elel-toral, por Luís Carlos Pres-tes e outros, acompanhadosde todos os requisitos le-gais".

Joivé âhntidi-

As promessas deWashington e oacordo com a URSS

O problema da deterioração dos termosde intercâmbio — baixa do» preços dos pro-dutos que exportamos e simultânea eleva-ção dos preços daquilo que Importamos —não é o mais grave dentre todos os que nosafligem apenas pelas conseqüências lmedla-tas que acarreta. É também o mais graveporque não existe para éle — e para oBrasil — solução a curto prazo na realida-de econômica mundial de hoje. Tem sidodito e repetido que se fossem mantidos atu-almente os preços pagos pelos nossos pro-dutos no ano de 1054, ou de 1055, ou, sepreferirem, no quadrlênio de 1050-53, en-tão não teríamos qualquer dos problemascambiais que hoje afligem o pais. Pode-sedemonstrar matematicamente que existin-do aquela premissa seriamos hoje talvezcredores e não devedores dos Estados Uni-dos, dos países da Europa Ocidental, etc.Inversamente, desde que não consigamosestabilizar os preços dos nossos produtosde exportação, isto é, se tivermos que con-tlnuar vendendo maiores volumes de mer-¦adorias para obter as mesmas receitascambiais, ou receitas menores, é certo tam-bém que só tenderão a agravar-se os nossosproblemas cambiais.

Está longe de ser uma fatalidade quede anos em anos, a intervalo, mais curtos,ministros brasileiros tenham que ir aoscentros da finança internacional pleiteardólares, e sempre em posturas humilhantes.Fatais serão essas viagens desde que nãonos seja possível Inverter a tendência à de-terioração das relações de intercâmbio eem geral colocar em termos de vantagensreciprocas as nossas relações econômicascom o mundo capitalista. Não há méritoalgum na previslo de que assim como ago-ra o sr. San Tiago Dantas foi a Washingtonpleitear créditos, dentro de mais algunsmeses ou de um ano o mesmo sr. San Tiagoou outro ministro qualquer terá que repetiras melancólicas gestões — se náo conse-guirmos aquelas modificações.

Pretendendo negar a Importância desseiroblema, afirmam algumas pessoas queèle não fornece a explicação principal parais dificuldades econômicas que atravessa-mes — a Inflação, os defklts no balançolc pagamentos, etc. Partem da tese de quet dsterioracão c um fenômeno histórico eraie. se sempre existiu, não se deve ver neleenão uma componente secundária — emodo o caso não a principal — das presen-es dificuldades. Esquecem-se, entretanto,le oue co é real o caráter histórico da de-lerioraçaõ, nos últimos anos ela assumiu

proporções tais que lhe dão um significadoqualitativamente diverso. E' evidente quese em 1061 exportamos 8 milhões de tone-ladas de mercadorias a mais do que em1054 para obter uma receita cambial 20%menor do que em 54; que se entre 1054 e1061 a taxa de deterioração da relação detrocas foi sensivelmente mais.elevada doque a do aumento da produção nacional,é evidente que êáse quadro não encontraparalelo com o que se apresentava emoutras fases mais elementares do desen-volvlmento econômico do pais. Pelo con-tràrio, retrata um terrível agravamento,mostra que a economia nacional está sendoespoliada agora numa ordem de grandezae numa proporção como talvez jamais te-nhamos conhecido antes.

O fato de que estejamos convencidos dainexistência de uma solução a curto prazopara o problema da deterioração dos têr-mos de Intercâmbio não quer dizer que nàopossam ser adotadas medidas no sentidode resistir àquela tendência e pelo menosparcialmente neutralizá-la.

Seria ingenuidade esperar que os gover-nos dos paises imperialistas, que se bene-flciam com esse tipo de relações comer-ciais, reconhecessem seu caráter nocivo aospaises subdesenvolvidos e renunciassem atal tipo de exploração Entretanto, nas con-dlções internacionais de hoje é possível aossubdesenvolvidos arrancar dos primeiros de-terminadas concessões e, principalmente,assestar alguns golpes nos grilhões a que ossubmete o imperialismo. Certamente, nadaé mais eficaz nesse sentido do que a ruturados vínculos monopolistas ao longo dosquais se desenvolve o comércio exterior dospaíses subdesenvolvidos com os paises im-periallstas. Fugir ao monopólio, obter a dl-versiflcação de mercados, conseguir, quan-do possível, uma certa estabilização demercados e de preços para os seus produ-tos e, ao mesmo tempo, um acesso real àposse de meios de produção modernos —esse o conteúdo principal do comércio dospaises subdesenvolvidos com o mundo so-cialista. Por esta razão, o sucessivo adia-mento na assinatura do acordo comercialcom a URSS é um atentado aos mais legi-tlmos Interesses nacionais. Eqüivale a optarpela sujeição econômica ao Imperialismo erejeitar uma via independente de desen-volvlmento econômico. E por mais juros ouefaça o sr. San Tiago de que não aceitou'con-diçoes políticas para obter promessas emWashington, é Impossível dissociá-las dasabotagem Já visível ao acordo, antes mes-mo de que ele venha a ser assinado.

CONFERÊNCIANa tarde do dia 24, no sa-

lão nobre da sucursal deNOVOS RUMOS, realizou-se um ato público pelo re-gistro do PCB. Na ocasião,pronunciou uma conferén-cia o eminente cientista emédlco-pslqulatra João Bel-lini Burza. Êste, após re-portar-se aos feitos herói-cos dos comunistas dc San-tos. como Hcrculano deSousa; L':oclécío dc Augus-to Santana, Pedro Uodoy cDtego Pires de Campos, fa-lou da sua formação comomilitante comunista, dosêxitos do socialismo em es-cala internacional, dos pro-blemas do povo brasileirona época presente e na ne-cessldade de conceder-se re-gistro ao PCB, a fim de queuma grande corrente daopinião, pública possa fazer-se representar na vida po-Htlca, dentro das normaslegais.

Após a conferência, quefoi multo aplaudida porcerca de duaa centenas depessoas, que^tote^mTutenralmenta o auditório santls-ta de NR, foi servido umcoquetel aos presentes, quese divertiram até ao anol-tecer.

CAMINHOSOCIALISTAIUGOSLAVO

Amanhã, sexta-feira, dia5, ás 20 horas, rio ISEB iruadas Palmeiras, 55), o embai-xador da Iugoslávia, Mari-jan Barisic, pronunciaráconferência sobre o tema "Ocaminho socialista da lu-goslávla". A entrada é fran-queada ao público.

PUNOTRIENAL:CONFERÊNCIA

Amanhã, sexta-feira, às10 horas na sede do Sln-dlcato dos Bancários ( ave-nlda Presidente Vargas,502, 20.° andar — EdifícioSisal).,: o economista Inácio.Rangel proferirá, a convi»te daquela entidade sindl»cal, uma palestra sóbre oPlano Trienal. Estão con-virlados todos os interessa-dos.

o que fazem mesmo é tor-pedear as reformas dc base,c defender os piwileglosdos esfomeadores do povo.E O GOVERNO?

Que faz o governo diun-te desse quadro? Insistecm sua política dc concilia-çáo, quando os fatos estãomostrando que o único ca-minho Justo a seguir é cn-frentar claramente a cons-plração reacionária c rom-per com a subordinação aoimperialismo. O que faz ogoverno, entretanto, é lm-por ao pais uma políticaeconómlcu-financelra anti-popular, consubstanciada noplano de contenção e noscompromisso, assumidospelo sr. San Tiago Dantasnos Estados Unidos, em tro-ca de uma humilhante es-mola de 80 milhões de dó-lares. Os sucessivos dlscur-sos do ministro da Fazen-da nào conseguem alterar aessência das coisas: en-quanto se mantiver a de-pendência aos banqueiros emonopólios norte-america-nos, as medidas contra a in-fiação são medidas única-mente contra o povo, quesó resultam em desemprê-go e mais carestia de vida.Desse modo, a conduta con-ditadora do sr. João Oou-lart funciona, na realidade,como um estimulo aos pro-vocadores e golpistas.POVO REAGE

As forças nacionalistas ede-.nocrat.cas tèm adverti-do o povo brasileiro para aseriedade da situação emque nos encontramos, aler-tando a todos os patriotaspara a necessidade de rc-dobrar a sua luta contra asmanobras rea eionários epela uuçao dc uma políticaindependente e progrcssls-ta, aplicada em função dosinteresses do pois e do po-vo. Êsse é o sentido da lutaem que se empenham, hoje,todas as correntes naciona-listas e democráticas.

Os trabalhadores, agru-pados em torno do COT, es-tão vigilantes e prontos pa-ra recorrer à greve geral,assim que se torne necessá-rio. Os estudantes, atravésde sua fortaleza democráti-ca — a UNE — estão tam-bém mobilizados, defenden-do- veJorosamente as liber-dades democráticas. A UNE,em aliança com outras fõr-ças progressistas, realizouum ato público, de que par-ticlparam também parla-mentares e lideres sindicais,protestando energicamentecontra as violências cometi-das pelo governador Lacer-da, defendendo as liberda-des democráticas e exlgin-do a urgente aprovação dasreformas de base. Na Cá-mara, intensifica-se a atl-vidade da Frente Parla-mentar Nacionalista.

O povo brasileiro tem jáa consciência de que estáem sua mobilização e emsua luta em todo o pais —a luta dos operários, doacamponeses, dos estudantes,de todos os setores demo-cráticos — a garantia deque serão esmagadas as In-vestidas de seus inimigos eseus esfomeadores e de quepoderão ser aprovadas peloParlamento e o governomedidas como a reformaagrária, a cessação da es-pollação imperialista e acontenção da carestia devida. Por isso mesmo é qúese impõe, como ¦¦ uma - lna-dlável necessidade, ò revi-goramento das ações demassas, por suas reivlndi-cações, contra as manobrasda reação e do entreguis-mo e pela urgente aprova-ção das reformas de base.

"Todo o Estado esteve eesta em calma, pois a lnsa*tlsiuçáo de alguns contra-vmores" Jr.mata poderiaafetar a pas de Pernambu-eo. O que não vai bem é atensão social nas usinas, éo inconformltmo de alguns— talvez os mesmo, que an-dam sugerindo a desordemartificiai — para com asnecessldudcs mínimas dostrabalhadores' — declarouo governador Miguel Arme»a correspondentes da lm-prensa guanabarlna, dia 30dc março, a respeito deafirmações feitas por pro-corei, ligados ao IBAD c aogolplsmu, dc que "em Per-nambuco as autoridades es-tuduuir: instigam a subver-sáo e prepara n a sovletiza-çáo do Brasil".

"Se tudo, porém, está empaz, nem tudo anda bemno plano social. Como te-mos sempre acentuado, •—¦prosseguiu o governador —,a tensão na região das uai-nas é séria e exige medi-das que estão sendo acer-tadas com o governo fede-ral e que virão, sem dúvida,atenuar a crise. Um traba-lhador ganha nos canaviaisapenas 200 ou 300 cruselrospor dia e nio pode, porconseguinte, apresentar pro-dutivldade, se está mal ali-mentado e doente. Nas cl-dades cresce o desempregoe milhares de famílias nloganham sequer o salário--mínimo fixado por lei.Nem tudo vai bem, comovêem. Mas tudo está emcalma, à espera de medidasque não podem tardar".AS GREVES '

Respondendo às acusa-ções segundo as quais o go-

vérno seria o Insuflador dosmovimento, grevista* ucor-ridos ultimamente no Esta-do, disse Sua Exa.:

"As greves deflagradasdurante meu governo foramde caráter estritamente*reivlndlcatórlo, a .umellian*ça do qun vem ocorrendono» outros Estado», itcssoi*tose a particularidade doquo os movimento, parcdl».tas aqui verificados fórumsuperados em i«m|w recor*de. No episódio da greve ro*merclária, por exemplo, és*se espirito prevaleceu e con*trlhuiu para que o. empre*gado. demorassem apenas24 hora* fora de sua. atlvi*dade. o que não ocorreuem 1958, no governo do ar.i'ordeiro dc Farias, da par*te dos empregadores. Êste.,como sc .abe, pleiteandouma revisão tributária, per*maneceram quase tré. diasconsecutivos em greve. Tam*bém junto aos camponesestemo. Influído para evitarque se agravem o. antago*nismo. de classe, sem feriros seus direitos de organl*zação. Deles, conseguimosuma trégua de 90 dia. pa*ra o estudo do problemaagrário em sua. diversasImplicações. Todas estas

f;reves encerram um» lição

mportante: a de que é pos-slvel a um governo popularagir com equilíbrio, cum-prindo a lei, garantindo aordem pública e o» direitosdo. trabalhadores sem ado*tar uma política de contra*diçoes".TÊM MEDODAS REFORMAS

"Entendo — ¦ continuouAmei •— que éue falso di-

ma de agitação que algunspolítico» inconformado, cosan derrota eleitoral preten*ilem kugcrlr em Pernam*buco "» atitude resultantedo desespero de que seurdam possuídos, diante daperspectiva nacional da. re*formas do ba.e.

Mas nn que depender demou governo - envidarei to*dos ns esforço, no sentidodo vê-las realizada., nãoimportando que, para tanto,soja compelido a ferir pri*vlléglos".

APOIO POPULAR

Após referir-se brevemente á pretendida, pelo» seu.opositores, ela.v.iiieaçâo de'seus colaboradores mal.imediatos como i-omunlttas,dizendo que nfto discute afir*maçôes que fazem a re.peitede auxiliarei, seus. pois elaspartem das mesma, pessoasque o acusam de comunis*ta. "tal como o fazem comtodos os que lutam contraos seus privilégios desejan-do a renovaçfto da pais pa*ra que o povo sobreviva",o governador Miguel Arraesassegurou: "O governo dePernambuco nfto perderá emnenhuma hipótese a serenl*dade indispensável ao fielcumprimento do seu manda*to popular. Seja qual fór aconjuntura, atuará com fnsmeza, resguardando lua autoridade, obedecendo ãa norma» constitucionais que Ju*rou defender. Já está prova*do que nlo lhe faltarão osmeios nem, multo menos, oapoio do povo, p-r-. reali*zar sua tarefa".

GuatemalaUma Séria

e Arsentina:Advertência

Mais dois golpes mlllta*res ocorreram esta semanana América Latina': Argen*tina c (iiiniomala. Na Ar*geiitina, grupos de generaisno comando de diferentesguarniçôes lançam ultima*tos entre si é ao ditadorGuido, exigindo cada grupoqUe passe todo o Poder pa-ra as suas mãos. Reacioná*rios uns e outros, o que osassusta verdadeiramente éa força do povo argentino,inconformado com a situa*ção de descalabro a que es-tá arrastado o seu Pais. NaGuatemala um dos cam*peões do anticomunismo naAmérica Central, o titereianque Ydigora. Fuentes, édeposto pelo ministro daGuerra sob o pretexto deque "o governo estava sen*do tolerante e complacentecom os comunistas". Asai-nale-se que, ainda há pouco,foi editado nos Estados Uni*dos um livro do tiranete de*posto: "Minha luta contrao comunismo".

Os "pronunciamentos" daArgentina e da Guatemalaseguem-se. com uma dlfe*rença de poucos dias, à Con*feréncia de San José, pre*sidida pessoalmente porKennedy, através dà qualforam transmitidas as últl*mas ordens de Washingtonpara o "aperto do cerco"em tomo de Cuba e o refor*çamento da chamada "po*Htlca dura"- Os dois golpe.se verificam ao mesmo tem-po em que são evidentes, emmuitos outros paises latino*americanos, os sinais deendurecimento dos cir eu*los entreguistas e mais rea*cionário». Na Venezuela, Ro-mulo Betancourt espanca efuzila da maneira maiscruel, em nome de "salvaro Pais da ameaça comunis-ta". No Chile, os grupos po-liticog reacionários no Po*der desencadeiam uma viru*lentar ofensiva exigindo orompimento de relações comCuba e medidas de caráterfascista para impedir a vi-

tórla da Fronte Popular riaseleições do próximo ano. NoMéxico, os agentes do im-poriali.smo e do latifúndio,sempre om nome do antlcó-munismo, deflagram o terror no campo e atacam a su-posta "complacência" do go-vêrno em relação aos "elo-mentos subversivos". NoPeru. og "gorilas" que seacham no Poder, através deum golpe de força, anulameleições e preparam novasfarsas visando perpetuar-sena direção do Estado. NoParaguai, redobra-se o ter*ror policial contra os pa-triotas e democratas, quais**auec.>que aetani<,«»aua*,ii'liações partidárias.**nriH\rrf]f\ *iv(«ii •••*!» •mim'-»»«sm

Êste i, muito sumiria-mente, um panorama daAmérica Latina no momen-to em que a Argentina e aGuatemala se vêem engol-fadas em novos golpes, Aoutra face da medalha- é oatraso e a miséria dos pai-ses latino-americanos, a fo-me e a doença dizimandomassas sempre crescentesde nossas populações. E ospropagandistas do Departa-mento de Estado norte-ame-rlcano e da Standard Oil, osLacerdas e Herbert Levy, o.sfollculários de "O Globo" e"O Estado de São Paulo"exaltam a "democracia re-presenta-tiva" sustentada pe-lõs dólares ianques na Amé*rica Latina.

Os acontecimentos polltl*oos hoje em curso no Brasil

Fora de Rumo

nfto se excluem desse qua-dro. Quando Lacerda invés-le furioso contra o Congres-so de Solidariedade a Cubae instaura o terror armadona Guanabara, quando oIBAD planeja e executauma histérica ofensiva coma finalidade dc afastar dogoverno de Pernambuco osr, Miguel Arraes, quandoos fascistas Armando Fal*cão e João Mendes organl*zam a resistência á revoga*ção dos artigos da Constl*tuição que vedam a reformaagrária — o que há é umatentativa desesperada do en*treguismo e da reação pa*r»„«ubmeter..ta/nMmio no.*so Paia aos eaquema. da•politlea dura" «"implantar

a ditadura que nao conse*guiram em agoato de 1961.

Os exemplos da Argenti-na, Guatemala, Peru, Ver*zuela e outros paises daAmérica Latina devem ser*vir de grave advertência atodos o. democrata, e pa*triotas brasileiros para overdadeiro sentido do anti*comunismo — máscara soba qual se escondem tantoos Peralta e Montero, comoos Lacerda. Cordeiro de Fa-rias e Armando Falcão. Oque uns c outros querem, narealidade, é impedir que o.povos conquistem uma vi-da melhor e que os palseida América Latina se libertem ò>. espoliação de seu»patrões, os Imperialista»norte-americanos.

Paulo Mttte Um

DESMANCHADA A PROVOCAÇÃO CONTRAA «SINO-BRASILEIRA»: JUIZ DETERMINAARQUIVAMENTO DO INQUÉRITO

S. PAULO) — (Da sucur-sal) — A sede ãa SociedadeSino-Brasileira. nesta clda-de. sofreu em 1962 uma Ue-gal e brutal invasão de suasdependências por parte detiras do DOPS que poste-riormente, informaram ha-ver encontrado ali "fartomaterial subversivo". Perso-nalidades de renome, comoa prestigiosa escritora He-lena Silveira, então presi-dente da União Brasileira deEscritores vlram-se envolvi-das em Inquérito aberto naocasião. Vem agora a Jus-tiça e joga por terra a es-túpida provocação arma-da.

PARECERO parecer do Ministério

Público foi exarado nos es-guintes termos:

Sm aparatosa diligênciaprocedida na sede da Soeis-dade Cultural Sino-Brasl-leira, na avenida Nove deJulho n.° 40 — 12.° andar,nesta capital foram apre-endidos por agentes doDOPS inúmeros livros epanfletcs de teor subversivo."Tal fato motivou o indi-«lamento, neste inquérito, àê

Helena Silveira e Rui NunesMaciel, presidente e secre-tário da referida Socleda-de respectivamente, que fo-ram considerados Incursosnas sanções do art. 11. pa-rágrafo 3° da Lei n.° 1.802,de 5 de janeiro de 1953 (Leide Segurança Nacional)."A reprovação da lei, nodispositivo que se diz viola-do. Incide sobre a distribui-ção, dolosa, de boletins epanfletos por meio dosquais se faça a propagan-da condenada, que, "incasu", seria a de processosviolentos para. a subversãodá ordem politlea ou social."Vale dizer: o que se visacoibir é a difusão dos bole-tins e panfletos. É Impedirque um grande número depessoas venha a ter conhe-cimento da propagandasubversiva.

"Estabelecida essa pre-missa e tendo em conta queo crime é fato típico, in-dicada a conduta punivelpelo verbo, núcleo do tipo,fácil se nos afigura o desa-te do riso "sub Judlce"."De i feito: no crime-ti-po do art. 11, parágrafo 3.°,da Lei de Segurança Na-cional, o núcleo, que aponta

a ação sujeita a-repressão,é representado pelo verbodistribuir, donde concluir-se que infringe o citado dis-positivo legal aquele que faza distribuição dos boletinse panfletos subversivos."Ora, embora sabido queforam apreendidos boletinse panfletos na sede da So-ciedade Cultural Slno-Bra-sileira, nenhuma prova foifeita de que êsse materialse destinava ã distribuição,ou de que chegaram a serdistribuídos boletins e pan-fletos semelhantes, de for-ma que somos levadas aconcluir que nlo há subjun-ção do fato á norma lnerl-mlnadora.

"Manter em depósitoguardar ou ter consigo bO'fetins e panfletos subversi-vos é conduta atépica, quenão enseja punição."Bem por isso, fica reque-rido o arquivamento do in-quérito".«ARQUIVE-SE»

Concordando lnteiramen-te com o parecer do promo-tar. o Juiz ds Direito Ricar-do Couto determinou o ar-qulvamento do inquérito.

Jânio Quadros, através de entrevista de Imprensa, ma-nifestou-se mais uma vez contra os partidos. Discorda oex-presidente da República de que somente através dospartidos possa haver pregação de programas políticos. BeIsso fosse verdade — disse o Jânio Quadros — o melhor se-ria sepultar as Idéias, pois os nossos partidos, na sua quasegeneralidade, estão inteiramente ultrapassados. "Venceu-oso povo — continua o ex-presidente — na rápida poUtisaeloque o suicídio de Vargas e a minha renuncia poariblll-taram".

Condenando os partidos, em mais uma demonstraçãode que se julga invencível campeão do poder carismático,Jânio oferece seu pensamento político e sua experiência

. "a todos, onde quer que se encontrem e, especialmente,aos trabalhadores, aos estudantes e à nossa classe média".

Perguntam-se se éle é candidato e o grande homemresponde, sem o menor temor do ridículo: "Nlo sou candl-dato a nada e nada peço para mim. Dou, apenas".

Um dos traços marcantes de Jânio Quadros é seu des-prezo aos partidos. Êsse desprezo poderia ser resultado deuma incompreensão, em face de tantas debilidades dos par-tidos de nossas classes dominantes, que não praticam a de-mocracla Interna. Mas não se trata disso. O ataque é ge-nerallzado. * o ataque de um homem que quer, em lugarda democratização, a destruição de todos os partidos. Nesseataque, feito por cálculo, Jânio, deliberadamente, deixa delado fatos notórios.

Como negar, por exemplo, a vitalidade da vanguardapolítica da classe operária e dos demais setores progres-slstas de nosso povo? Como obscurecer a resistência domovimento comunista a todos os golpes. Como negar seudesenvolvimento? Como negar, por exemplo, que apesar detantas debilidades, também cresce o PTB, hoje transfor-mado em segunda força política da Câmara e colocado apouca distância do antigo partido majoritário, o PSD? Opróprio exemplo negativo da UDN. que cresce para baixo,como rabo de cavalo, contraria a tese de Jânio, pois a doen-ça principal da UDN é o caudiihismo de suas principaisfiguras; Não nasceu a UDN á sombra do prestigio, logoa seguir minguante, do brigadeiro Eduardo Gomes?

Nlo é verdade que os partidos em geral estejam ul-trapassados. Seria mais justo afirmar-se que ultrapas-sados estão os caudilhos, que ultrapassado está Jânio, de-pois de haver sofrido, na disputa do governo de São Pau-Io, a primeira derrota eleitoral de sua carreira.Hoje. sempre cercado de homens como Pedroso d'Hor-ta, Qulntanllha e outras pessoas ligadas a grupos econó-micos, Jânio passou à reserva. Não mais se encontra naativa, como político sempre disposto a oferecer seu pensa-mento e sua experiência, não aos trabalhadores, náo ao

povo e sim, aos reacionários.

,i,

Page 4: Reação e Carestia Manobras da Reação e Conquistará as Reformas · A situação, tudo indica, tende a ágravar-se, no ter-reno econômico e no terreno político. Da ação das

- '4NOVOS RUMOS lio de Janeiro, itmono dt 5 a 11 dt abril dt 1963 —

Knischiov à Imprensa: URSS Dispostaa Incrementar Comércio Com o Brasil

Em lin» dt fevereiro, o primeiro-miniotro NUtítaKrtoehiov. da URSS, concedeu entrevista ao diretorrio Jornal brasileiro ULTIMA HORA. Nela, além dtabordar diversos aspectos relacionado* com a situa-çào internacional e a eriae cubana. Kruschiov detém*se particularmente sobre as possibilidades da amplia-çáo do comércio entre o Braail e a Iniio Soviética.

Afirma, que o seu paia «ati disposto a incrementaras importações e a exportar produtos e maquinariasnecessários ao desenvolvimento do Brasil. Pela im*porlAnciã de que ae revestem as declarações do pri*meirominislro da União Soviética. NR publica abaixoo texto integral da entrevista por éle concedida aoreferido jornal brasileiro.

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PERGUNTA: Quais, a se*ver. e« reanltados diretas eIndiretos «o reatamento derelações diplomáticas entro• Brasil • a URSS e quaisa« perspectivas de amplia-çáo do Intercâmbio comer-.oial doa dfois paises em ta-taro próximo?

RESPOSTA: O reatamentodas relações diplomáticasentre s União Sovlétics,grande potência socialista,e o Brasil, o maior país daAmérica Latina, criou con-die&es favoráveis para o ne-ssnvolvtmonto du relaçõesde amiaade e confiança en-tn Os nossos países, relsoflssbaseadas na nlo intsrferén-ela nos assuntos internos deTsm para o outro, no raspei-to aca' sans direito» sobera-nos.

Então os nossos países naohá Matam promessa em

ia obstacnliaarvlmento das rela-

entre êle*.certos de one o

Brasil e a ünilo Soviéticapodem ser bons amigos eque assa anüsade sar* mgrande eontrlbuiçlo à causado deeepvolvlmonto de eoo-poraelo Internacional e daprteemoio da pas em todoo mando, t nisso que nosvemos, antas de tado, a sig-ntftaaoào positiva do reata-mento das relações diploma-Mcas entra os nossoa dois

Na ¦sedado, há quem nlo¦note de que a União Sovié-loa estabeleça boas relaçõeseom os países da AméricaLatina, e nlo somente comeles. Mae — pergunta-se —poderá alguém que real-monte deseje uma verdade*-ra cooperação internacional.temer as boas relações daUnião Soviética com ostrospaises? Nós. por euempJo,nlo somos contrários a que,digamos, os Estados Dnl-dos da América estabeleçam«nas relações oom outrospaises à base dos princípiosda Carta da ONU: viver empaa nos oom os outros, eomobons vMnhoE, nao interferirnos assuntos internos deoada um, respeitar a inde-pendência e a soberania dospaíses. Ao oontráiio, nósaplaudimos isto integral-mente."~Nóg

mesmos realiaamosnma política orientada nosentido de manter boas re-laoões, também, com o seuvizinho do Norte — os Bsta-dos Unidos -- e com outrospaises. Se sp participasse,entretanto, do ponto de vis-ta contrário, Isto significa-ria tomar o eaminho de atl-car uns paises contra os ou-tros, semear sementes desuspeita e desconfiança en-tre os paises. entre os po-vos. Mas este nâo é o cami-nhó da paz. da segurançados povos, e nós nâo temosdúvidas dc que o Brasil par-tlcipa da mesma opiniãoneste sentido.

COMPRAR E VENDER

A influência favorável da»relações amistosas, estsbe-lecldas entre a URSS e oBrasil, Ia tem produsidoefeito sôbrr o desenvolvi-mento do comercio entre osnossos paises.

Durante o tempo quetranscorreu desde o mo-mento em que restabelece-toca rdf£Õe* — ealeula-seêste tempo em pouco maisde nm ano — o volume docomércio entre os nossospaises aumentou, em com-paração com 19*-. mais de1.5 vezes. NOs esperamos queo novo acordo comercial ede pagamentos, cuja çonclu-=ão está sendo

"negociada no**io de Janeiro, constituaorna base para cflosadaravel

ampliação futura das reis-ções comerciais soviético-brasileiras.

Estamos dispostos a con-trlbuir para o crescimentodo intercâmbio comercisl.A Uniáo Soviética é umgrande exportador de má-quinai e equipamentos. Nos-sas organizações comerciaistém possibilidade de ofere-cer ao Brasil um amplo sor-tlmento de produtos da In-rtústria de maquinaria. Nóslemos, também, boas posai-hálldadas para o comércione HMrcadorlas. como o pe-•roieo e derivados, cereais eimitas outras Ao mesmotempo, nos poderlsmos au-manter o volume de com-a

dos produtos da expor-tradicional brasileira.

ctujtô- em~irlo, etc.Em outras palavras, as

possibilidades de ampliaçãodas relações comerciais en-tre es nossos países estlolonge de ser esgotadas.

Assinalamos com satlsfa-çáo que, no oltlmo ano. ve-rtfleou-se. também, umareativação dos contatos so-vlétlco-bmsilelros em ou-tros campos. Tornou-se esdaves mais freqüente o inter-câmbio de delegações depersonalidades políticas, decientistas e artistas. Cau-¦ou-nos nm sentimento desatisfação o interesse revê-lado pelos brasileiros emtiOrno da Exposiç&o Indus-trial e Comercial Soviéticano Rio de Janeiro. Nossagente aplaudiu calorosa-mente as apresentações detalentosos artistas do Brasilna Untlo Soviético, onde seaprecia altamente a cultu-ra rim o original do povobrasileiro.

Desta modo, o reatamentodas relações diplomáticasentre a Unilo Soviética e oBrasil abriu amplas posslbi-lidados para a cooperaçãoamistosa dos nossos paises.O sentado da política de coe-xlsténela pacifica consistejustamente em que os paísesde distinta estrutura .socialprocuram e encontram oscaminhos do eooperaç&o quetratem benefícios para o*dois. Nós somos a favor detal soopsracao.

COLABORAÇÃO

Pergunta: Além do inter-câmbio comercial, consideraa URSS possível a adoçãode ama politloa de intensaeooperaç&o econômica eome Brasil, emu vistas a eete-berar eom o nosso país paraacelerar o seu processo dedesenvolvimento econômico?

Resposta: A União Sovié-tica trata com compreen-sáo a aspiração de outrospaises de desenvolver a suaeconomia nacional, elevar obem-estar de seus povos. Porisso, o nosso pais presta co-laboração econômica e téc-nica a outros paises e ofere-ce parte da sua experiênciano campo do desenvolvi-mento econômico. Prestandocolaboração a outros paísesro desenvolvimento da suaeconomia, nós nâo estabele-remos quaisquer condiçõespolíticas ou de qualquer ou-tro caráter que violem a so-berania do pais, mas bases-mos nossas relações mútuasno fundamento da iffusldt-de e beneficio reciproco.

t justamente nesta baseque a URSS está prestando,atualmente, c o 1 a b o raçãoeconômica e técnica a mui-tos países estrangeiros, temconstruído e está constru-indo em outros países emestreita cooperação com eles,mais de 480 empresas in-dustriais. usinas elétricas eou!ros pslabeleclninntos. Jánâo falo da ajuda fraternal

que a União Soviética prestaaos paises da comunidadesocialista.

Estamos Informados deque o Governo do Brasil, vi-sando ao fortalecimento edesenvolvimento da econo-mia nacional sem dependerdo capital monopolista es-trangelro. elaborou o PlanoTrienal para os anos 1063-1965, que prevê o aumentoda produção nacional, notranscurso deste período, naproporção de 7 por cento soano. Desejamos ao povobrasileiro todos os êxitos narealização deste Plano.

O Governo soviético estádispostos discutir eom oOovèmo do Brasil a quês-tio da cooperação eeonoml-ca e procurar as formasaceitáveis para as duas par-tes da colaboração no de-¦envolvimento industrial doBrasil. Poder-se-ia, porexemplo, combinar sobre asremessas da URSS de má-quinas e equipamentos ne-ceasários. sobre o envio soBrasil de técnicos soviéticos,«Abre. a preparação # forma-ção de técnicos brasileirosna URSS.

Acredito que o. soviéticos.também, poderiam obtermuitos ensinamentos ateis•sobre,o que »e fas no Brasil,por exemplo, no campo daconstrução e da arquiteto-ra. Assim sendo, em nossaopinião, existe uma basereal para o desenvolvimentods cooperação econômicaentre os nossos paises.

BRASIL E PAZ

Pergunta: De seu ponta deviste, qual seria a influên-cia dos países laUno-ameri-canos o, am particular, doBrasil, no encaminhamentodos mais importantes pro-blemas internacionais domomento?

Resposta: Os paises lati-íio-amerlcanos, que repre-sentam uma quinta partedos Estados-membros daONU. constituem uma forçaconsiderável nas relações In-ternaclonals. Tém amplaspossibilidades de exerceruma influência real sóbrea solução positiva dos im-portantes problemas inter-nacionais do momento.Constatamos, com sátisfa-ção, que alguns países daAmérica Latina e. em parti-cular, o Brasil, atuam atl-vãmente neste sentido. Jánão quero falar de Cuba.cujas pronunciamentos emdefesa da/p*z e da eoexis-tência pacifica encontraramum vivo eco nos corações demilhões e milhões de ho-mens.

Só merecem louvor os es-forços do Presidente do Bra-.sil. Sr. João Ooulart, e doGoverno do Brasil na lutapela normalização das re-laçóes internacionais. Ospronunciamentos ativos doBrasil em prol da soluçãodas questões lltiglosas atra-vés de negociações, em proldo desarmamento geral ecompleto e da prescrição dasexperiências nucleares'cons-tituem uma ponderável con-tribuição para o arrefeci-mente da tensão internaclo-nal. £ conhecido o papel po-si tivo do Brasil no traba-lho do Comitê dos 18 para odesarmamento. Como o se- .nhor tabe, a Unlfto Soviéti-ca apoiou a proposta doBrasil, do México c dt ou-tros paises neutralistas, nes-te Comitê, a qual tem o pro-pósito de colaborar no sen-tido de poder-se chegar aum acordo sóbre a cessaçãode todos cs tipos de provasde armas nucleares.

Há pouco, o Congresso Na-cionol do México d:ri<>ui-seaos Parlamentares de todos

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os paises. eonelamando-os àpas. ao desarmamento gerale completo e á proibição dasprovas atômicas com finsmilitares. Isto testemunhaa erescente compreensão, naAmérica Latina, do perigopara a humanidade que con-tém em si a desenfreadacarreira armamentlsta. Oapelo do Congresso Nado-nal do México é uma nobreaspiração de dar uma con-tribuição. proporcional ássuas.possibilidades, à causado alivio da tensão interna-eionsl.

Nós apreciamos muito taispassos dos países latino-americanos, que refletemum rssoável tratamento doImportantíssimo problemada atualidade: o desarma-mento.

DESARMAMENTOE PROGRESSO

A União Soviética propôsum programa concreto dsdesarmamento geral e com-pleto, sob efetivo controleInternacional. A base desteprograma e levando emconta os votos de váriospaíses, foi elaborado e pro-posto por nós. para dlseus-são no Comitê dos 18, emOenebra. o projeto de acordosobre o desarmamento gerale completo. A realizaçãodas disposições deste acordolivraria a humanidade daameaça da exterminaçãonuclear s. para sempre, ex-aluiria a guerra da vida dahumanidade.

A efetivação do desar-mamento permitiria utilizaranualmente, para a satis-facão das necessidades vi-tais dos povos, enormes so-mas — cerca de 190 bilhõesde dólares que se gastam,no momento, para fins mlll-tares. Se, ao menos, umapequena parte desta somafosse aplicada para ajudaros paises subdesenvolvidos,venceriam estes, ainda navida da presente geração,seU atraso econômico e seaproximariam do nivel atualda produção industrial dospaises desenvolvidos, como aInglaterra ou a França.

Não se pode, (• claro,esperar que os imperia-listas e militaristas, quei-ram desarmar-se. Os circu-los agressivo» do Ocidentefazem e farão, tudo pa.raque fracasse a causa do dc-«armamento. Para conseguiro desarmamento e a pazfirme entre os Estados,ações efetivas das massassão necessárias. Somente ospovos, pela suas atividadesenérgicas, poderão barraro caminho à guerra mundiale conquistar o desarmamen-to.

Km conclusão, desejaria,em nome do povo soviético,transmitir por intermédio doseu jornal, ao povo brasllri-ro. os sinceros votos de fe-licidade e êxito em sua lu-ta pelo progresso econômicodo Brasil e pela crescenteconsolidação da sua inde-pendência.

CUBA

PERGUNTA: Aeha que •nova orfanimç&o social eeconômica de Cuba podeapresentar resultados posl-Uvos, apesar do isolamentoestabelecido pelos EstadosUnidos em torno daquelepaís?

RE8POSTA: . Durante operíodo que se seguiu à vi-tória da revolução cubana,que desde o Início foi umarevolução dos trabalhadorese para os. traba-thndores; aRepúbüc^ rir Cuba ."Wneougrandes ...ultados posiU-

vos. Isto é ums conseqüén*cia, antes de tudo. do pró-prio caráter verdadelramen-te popular e socialista daestrutura social, que garan-te a utilização das riquezasnacionais e dos frutos dotrabalho nos Interesses detodo o povo cubano. O fatordeterminante foi a passa-gem dos principais lrutru-mentos e meios da produ-çào às mãos dos trabalhado-res. Foi realizada no pnisuma reforma igrária radi-cal e a terra passou a per-tencer aos que a cultlvsm.O povo cubano tornou-se,em conseqüência da nacio*nalizaçáo o dono das gran-des empresas industriais,comerciais e financeiras que,antes, pertenciam aosmonopólios estrangeiros¦ - Ouba foi o primeiro pais da-America Latina a acabarcom o analfabetismo da pe-pulaçáo.

Sob a direção do Oovèr-no revolucionário encabeça-do por seu lider Fldel Cai-tro o povo cubano tem ai-rançado êxitos maravilhososna causa da liquidação dsherança onerosa do passado,que foi o caráter monoeul-tor da agricultura; foramcriadas as bases para o de-senvolvimento multifacéticoulterior da economia nacio-nal, para a elevação do pa-drão material e cultural dostrabalhadores do pais.

Estes êxitos seriam, semdúvida ainda maiores se sCuba soberana não tivesseque enfrentar, constante-mente, ss grandes dificul-dades criadas pelas açõesagressivas por parte dos cir-culos imperialistas dos Es-tados Unidos da América.

Agora, que está supe-rada por meios pacíficos acrise perigosa da zona doCaribe e eliminado o perigoimediato da guerra pode-seconsiderar què s situaçãonessa região está completa-mente normalizada?

Infelizmente, somos obrl-gados a dar uma resposta

jiegatlvaji esta pergunta.*~Os Estados Unidos, após

assumirem o compromissode não-lnvasão de Cuba, nãoabandonam, ao mesmo tem-po, conforme os aconteci-mentos provam, sua políticahostil em relação à Repúbli-ca dc Cuba , seus planos dcliquidar o regime vigentecm Cuba e de restaurar odomínio dos monopolistasamericanos.

Está sendo exercida sóbreos governos de outros pai-ses uma pressão visando àcessação do comércio comCuba. o rompimento dasrelações diplomáticas, eco-nómlcas e outras. Há pouco,o Governo dos EE. UU. ado-tou novas medidas, no sen-tido da limitação do Comer-cio de Cuba com outros pai-ses. Em outras palavras, háquem procure, nos EE. UU..-colocar Cuba na posição deisolamento no campo da po-litica exterior, particular-mente na América Latina.

Multo mais ainda: os cir-culos americanos maisauressivos. os "hidrófobos",como os chamam, inclusive,nos próprios Estados Unidos,pressionam atualmente oGoverno norte - americanopara que tome o caminhocriminoso e pérfido da In-vasão armada de Cuba. Elesdizem que não é possívelsuportar um vizinho quetem um pensamento distintoe afirmam que Cuba criauma ameaça para os Esta-dos Unidos. Mas. será quepode a pequena Cuba amea-car os Estado-. Unidos? Se ospaíses estrvHTp-rem suasrelaeóp.s uns c^m os outrosCuiando-w por "princípios"

deste gênero, a que levariaisto? Se o vlsinho nlo atra*da. manda-ie eontra éle ocxérelto. Se nào gostam domodo de pensar do governode outro pais, declara-se*lhea guerra e envls-se eontraêle forças armadas. Isto. po*rém, é livre arbítrio, poli-tica de Intsrferênela brutalnos assuntos lotemos despaises soberanos. Como éque pode ser compatível istocom o respeito aos prinei-pios da carta da ONU, prin-ciplos de respeito e (gualda-de dos direitos soberano*, detodos os pe<«es7

Por que é que o povo deCuba deve resolver os seusproblemas Internes nlo pelasua determinação, mas eomoeonvenha aos monopóliosnorta-smsricsnos? Se sdmi-Urmos que um grande paisimponha pela força a suaventada ao pais pequeno eprocure sufocá-lo, porquesua política ou sua estrutu-ra scclal nào agradam aosmonopólios Impe rlsllstss,então Cuba, hoje. amanhã,outro, e depois de amanhaum terceiro pais latino-americano converter-se-lsmem vitlmss do livre arbi-trio e da violência nos ss--»untos Internacionais. Masa estrutura oolitico-soclalque o povo cubano estabele-eeu em seu psU é seu ss-sunto interno. Cuba perten-ce eo povo cubano e sòmrn-te êle é dono do seu des-tino. «emente éle tem o dl-retto de decidir sóbre a or-dem que deve prevalecer emsua easa. Defendendo a suasoberania. Cuba deseje man-ter relações norma's de boavizinhança eom todos ospaíses, o que foi formulsdo,com a máxima ela reta, noseineo pontos justos spre-sentados pelo Governo deCuba visando à completanormalização da situação nazona do Mar das Carsibes.

Nào pode existir nenhu-ma dúvida de que o dovoheróico de Cuba sustentaráas conquistas de tua glorio-sa revolução, alcançará no-vos êxitos maravilhosos eveneerá todos os obstáculose dificuldades que se eneon-tram no seu eaminho. Quais-quer esforços des Imperialis-tas nlo poderio impedir oglorioso povo cubano deconstruir seu Betado inde-pmfmam^.:.. : -, ¦ ¦

ftnstiá Justa luta, caba :não está oo. Ba conta eomo apoio fraternal e a soli-dariedade da poderosa eo-munldade dos paises soeis-listas, des povos da AméricaLatina, de toda a humanl-dade progressista. No qusse refere ao povo soviético,então, posso declsrsr, maisuma vez, que a União Sovié-

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Uea tem sido e continua aser a amiga fiel da Cuba re*voluclonárla. Asseguramosso povo cubano que èle sem-pre poderá contar com nos*sa ajuda e apoio. Nào aban*donaremos nossos amigoscubanos na desgraça.

MERCADO COMUMPergunta: Qual a sua onl-

niàe sébre o Mercado Co*mun Europeu e seus refle*

.soo sobre a economia dospaises <c outros continentesque, por tradição, são for-neeedores de matérias-pri-mas?

Resposta: O Mercado Co-mum Europeu nasceu à ba-se da feroz concorrênciaentre ss potências imperia-listas. Um dos objetivosprincipais de suas atividn-des con*!st: na luta econó-m!ca e política contra ospai-es do campo socialista,assim como contra os pai-ses da Ásia, África e Ame-rica Latins.

No que diz respeito anefeito do Mercado CcmumEuropeu sobre o estado dasrelações econômicas inter-nacionais, pode ser éle ca-racterlzado como prejudiciale danoeo pr-a as normaisrelações eeenômicas.

A União Soviética está le-vando a efeito uma lutaconseqüente, cujo objetivo éo desenvolvimento do co- •mércio internacional e dacooperação econômica à ba-?e da igualdade e do bene-fido mutuo, S3m discrimino-çôes e barreiras artificieis.Tal cooperação econômicaconstitui o fundamento dapolítica de coexistência pa-e.lflea dos paises com distin-tos slstemss sociais. A Co-munidade Econômica Euro-pela está realizando sua po-litiea em direção completa-mente oposta. Isto é o qusdetermina nossa posição ne- .gattva em relação ao Mer-eado Comum Europeu.

Os paises europeus mem-bros do Mercado Comum, to-dos de alto desenvolvlmen-to industrial, necessitam"apêndices" fornecedores dematéria-prima e meresdospara a venda de seus produ-tos industriais. Estão inte-ressados em manter, ainda

por muitos ano*, a í.tui;.oatual dos paises ds AVs,África e Amirica Latina eussào produtores e fornecedo-res de matérlat-nrimas c, aomesmo tempo, compradoresdo< produtos IndustrlsU dsoutros paises. t, em rjallda-de. uma forma também decolonialismo, que leva ospaises colonizadores a snrl>quecerem e os pais:*, dosquais os primeiros tiram me-térlas-prlmas, a continua-rrm pobres. Segundo osmsis modestos cálculo, doseconomistas, os paises lstl-no-amerleanes sofrem umnreluizo anusl. devido à dWferenea de preços entre etprodutos fabricados e aimatérias-primas de. aprosl-msdnmente, 1, 5 bilhões dec'ólaree.

Nos próprios pair.es lati-no - americanos, evidente-mente, compreende-se Isso.O delegado do Brasil à ses-são da Assembléia Gerei daONU. em srtembro do anopa.-rado . fa1 ando das eon-seqüências prejudiciais dodesequilíbrio de preços, ss-yina!ou que os países lafnn-americanos "vêem eom re-ceio o fato de ter sido. n*stinimos 10 anos. a ajudae-trangeira prestada ao nos-.«o continente multo menorque as perdes mie sofr*-mos em conseqüência daqueda, dos preços dos n;s-;os produtos no meresdomundial".

A União Soviética consl-dera que é necersárlo de-•envolver uma luta pela li-quldação desta Injustiça. AUnião Soviética é contráriaa agrupamentos Isclsdosque prejudicam o comére'ointernacional, t por istoque o governo soviético to-mou a iniciativa de eonvo-rar uma conferência inter*nacional sóbre o comércio.Como se sabe, a XVH sessãoda Assembléia Oeral daONU aprovou ama remiu»ção correspondente a estaquestão e, no memento, jáse prepara esta conferên-cia. Ela poderá ser o foram,internacional onde seriam-estabelecidos os princípiosdo comércio, de acordo com

.os interesses de tedos ospaises. sem qualquer dlscrl-minaçào.

Teoria o Prática

ApoléRlt dt UVImshM

OS COMUNISTAS E OSMOVIMENTOS DE MASSAS

(Resposta ao leitor Abílio Soares, de CruzAlts, Rio Grande do Sul)

O proletariado brasileiro existe há maisde um século, mas o Partido Comunista doBrasil tem 41 anos, apenas. O Partido nàonasee eom a classe: surge a certa etapa deseu desenvolvimento, a determinado graude experiência social acumulada, a deter-minado nivel de sua luta contra a explora-çào. Sua criação só se Impõe quando, atra-vés de seus combatentes mais avançados,o proletariado compreende as limitações daação puramente econômica e percebe quea ação .isolada de cada patrão se prolongana ação organizada do Estado. Instrumentode todos os patrões. Só então, a luta peloPoder político aparece como condição eInstrumento decisivo para a emancipaçãoda classe operária e o avanço da sociedadeem seu conjunto.

O partido político revolucionário surge,assim, como arma de luta pelo Poder po-litico. A conquista do Poder náo pode provir,porém, apenas-da açào isolada da força devanguarda. Só pode ser alcançada atravésda luta do conjunto do proletariado, apoia-do no conjunto das musas trabalhadoras enas demais forçai interessadas na revoiu-ção. Eis porque nào se pode desligar o cum-primento da missão do psrtido político dsciasse operária — como vanguarda da forçamais svsnçsds de nossa sociedade — dosmovimentos de massas, da ação revoiu-cionária das massas trabalhadoras e popu-lares. Eis porque a forca e a Influência deum partido político se medem pelo alcance* pela amplitude das ações de massas queéle é capaz de organizar e dirigir.

A unidade e a organização da classeoperária, a orientação conseqüente de sualuta de classes, a direção das ações popu-lares em seu conjunto, nào se fazem, porém,espontaneamente. Necessitam do estímulo,do apoio e da experiência de uma organi-zaçào mais avançada. E só ganham a con-fiança c a participação das grandes massasdo povo se chamam á luta por soluçõesjustas e sentidas, se contam com formasde organização acessíveis, se apontam ca-minhos viáveis para a ação coletiva.

Ora, a definição justa dessas soluções edesses caminhos só é possível se o estudoda vida social é feito em bases cientificas,através de sua estrutura econômica, de suaestrutura de classes e de suas instituições;se, com apoio nessa análise materialista,se conhecem e se determinam os principaisobstáculos ao desenvolvimento da sociedadee ao interesse popular; se se definem asclasses e camadas sociais, com seu carátere seus interesses — e. assim, a força socialnece«?nrlR às transformações revoluciona-riu já msduru.

E' esse o pspei do Partido Comunista.Por isso mesmo, éle nasce indlssolüvelmenteligado à ciência social marxista, a um pro*grama de soluções para os problemu depais e do povo e a caminhos precisos eviáveis para a conquista dessas soluções.

O "Manifesto do Partido Comunista"mostra-o de maneira multo clara. Seus 4capitulos dão-nos, sucesslvsmente, a aná-Use e a critica cientifica da sociedade ca*pitallsta; as características e os objetivosda vanguarda comunista; o programa dosoluções para os problemu da cluse ope-rária e das massas populares, sob a ban*deira do socialismo cientifico; e, finalmen*te. as fôrçu aliadu, Interessadas nessecaminho, com suu característicu, perspee*Uvas e limitações.

O papel e a ação do militante oomt-nlsta definem-se. sssim, pelos Interesses deuma classe avançada, por uma teoria eien-tifica e de vanguarda e por um programade soluções concretas, baseadas nos inte-rêsses do povo e voltadas para o progressosocial. Dai, suas característicu essenciais:o estudo permanente da teoria msrxista-le-ninlsta, aplicada à realidade social em «ueatua; e à açào política permanente Juntoa classe operária e junto ao povo, eomapoio nun programa de soluções concretase viáveis, ligadas aos problemu de Inte-lesse geral. Dai. sua presençs ativa nesmovimentos de massas, eomo força Pronul-sora de sim oreanização. do seu nivel deconsciência, dos caminhos que abrem Cam-po a sua experiência política progressiva ea sua Influencia na vida nacional.

A partir de agosto de 1961, as forçaspopulares tem uma participação crescentena vida política do pais. A experiênciamostra que esse avanço provém, fundamsn-talmente, de que as massu populares vêmsabendo contrapor — ao caráter sspontl-neo e precário du ações isoladu —a forçados movimentos orgsnlsados, uma eonsel-ência mais sita dos seus Interesses e objs-tivos. uma poslçào independente face àstentativas de tutela do Estado e das demaisorganizações patronais. r

Essa nova qualidade do movimento po*pular não surge do nada: ela decorre dspresença ativa e crescente de alguns fa-tõres novos e decisivos: o crescimento donivel e du formas de organização da classeoperária, das massu camponesas, estu*dantis, femininas, de bairro; o nivel maisalto de consciência dos seus interesses es-peciflcos e dos interesses nacionais; e ainfluência crescente dos representantesdas forças revolucionárias, em suas dire-çoes.

Veremos, „ seguir, como se apresentamesses fatores novos no selo da cluse ope-rana e das massas camponesas da nosso.

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Page 5: Reação e Carestia Manobras da Reação e Conquistará as Reformas · A situação, tudo indica, tende a ágravar-se, no ter-reno econômico e no terreno político. Da ação das

•- 'Mk 'és Janolrt, tmonsoo 5 a 11 d* abril da 1963 , ; t \ ;

MAMADO NA GUANABARA I ENCONTRO PELAUmOAOE DOS PRESOS POÜTICOS PARAGUAIOS

Como dslagaêoi eapedaUestiveram praeeates rtprt*MntaaUa da Onlio Inter-

NOVOS RUMOS

MIW sigiaiSEr88¦ -tom, à

íente, noBancários do——~ da Ouanabara. do I«Wpg Utlno-Amertcano

pjabWrdade dos PretosFoUleoe do Paraguai. Ocmdavo fora instaladotma-Mia, dia 9, na Asso-daflo Brasileira de Im*

Mala de treientos mani*festantea Mtlveram pre-•«Ue à Inatalaeio. entre•IM 01 generais luis Oon-taga «o Oliveira Uite,SasMon Sampaio. Oliber*to Alvim e Sousa Mendes,

prtildente da Associa-BraaUeim de Solldarie*

Povo Paraguaio.Também compareceram aoato a tomaram lugar à Mc*sa que dirigiu os trabalhos• coronel Luis Bayardo(presidente da ADI8EB), o

E1

•nlvenMAito Vtnktoe Cal*detm Brant (pimtdsnte daWE). a vereadora paulUu-naMaUlde do Carvalho, a es*fritam Aatonlote Maa deMorais e oe dirigentes sin-Sleais

Antônio Ferelra Ne->, Arthur canulice, fer*

nando Autnn, José CarlosBarreto e Gabriel Alves deOliveira. Representando oConselho Mundial da Pu,compareceu o poeta arten*Uno Norberto FranUnl. In-tre oe delegados dos paisesirmàos do continente ae fl*seram notar: Ramon Art»*na. de Porto Rieo: MariaEster Nlcolinl, do Uruguai;Marcos Diaz, César Pelaese Pmnels Cabrera, e odeputado argentino Iduar*do Rosencrantz. A repre-scntaçio paraguaia estavaconstituída por EWio Home*ro. Orlando Bojas. AmandoOrtlz, Jacinto Villalba eAntônio Ramlrez.

MAIS PATRIOTAS ESPANHÓISANTE OS CONSELHOS

DE GUERRA DE FRANCOA medida que se Intensl*

fica a luta do povo espanholcontra a ditadura franquis-ta, sào mais freqüentes asnotieiaa que chegam da Bs-penha, falando de Conse-Umo do Ouorra sumarisslmoscontra os abnegados pátrio-tas espanhóis. Rectntemen-te, em Madri, foram Julga-dos diversos operárias dasfábricas Ericson e Cons-truclones Aeronáuticas,. riBncsde OeUfe. Todos mantive-iam a mais digna atitudeante o Tribunal Militar,destacando-se Eugênio Ruis,de Ja anos. cuia serenidadeempolgo» eeus compenhet*ros de trabalho que assls-tlam ao Julgamento e queo aplaudiram. A sala foidesocupada, mas nas ruasadjacentes, os operários sereuniram para ver sair osaeueadoa. A policia políticaatacou ee grupos de traba-madoree. os «neto se rea-graeram na Pnn da Es-psaSa e dali saudaram seuscompanheiros.

Ün t de fevereiro, noQuartel de Artilharia deCartafona (Múreia), efr-tuM*ae um Conselho de

JSS.Z»£U1B.de. aansado do -delito- deter ayüdpado na PrantoPtwwr Se 1100 ecos© mem-btaêe m mrtuia ropobll-«•no. Lontra» andfron pa»a AftfV* do Horta . dondengreeasà amanha em 1M>.O Conooiho de Ouerra ceie-brot-se asm pttHeo. O pro-motor pediu a.pena de JO.aaea So reeluaào e a sen-tensa está pendente daapravaoào do eapttào gene-rfilSiT* Reglàò Militar.

CONSELHOS

Ha M de fevereiro, na-Usou-m um Conselho deOuerra contra 1? antlfran-quietas catalàes. que, se-gundo a imprensa, estavamflliadm à frente de Li-bsftaaio Popvlar, à rrenteOperária Català. à Associa-çto Democrática PopularOatall e à Nova EsquerdaDemocrática. Entre esteshavia quatro advogados.

Em 35 de fevereiro foramJulgados, como sempre porum Conselho de Ouerra. oescritor e advogado de SàoSebastlào, José Ramón Be-

Quanto aos Conselhos deOuerra recentes, é precisoobservar aue, em primeirolugar, muitos dos condena-dos sào Jovens operários eestudantes. Em segundo, hámuitos católicos militantes,o que prova uma evoluçãode marcado caráter antl*franquista entre a Juventu-de católica. Aliás, tendopresente a posição social devários condenados, aprecia-se a amplitude que toma aoposição antlfranqutsta.

No que se refere à su-pressão da Jurisdição espe-ciai .Já houve tomadas deposição na própria Espanha,como é o caso de SOO advo-gados de Madri, de IM má-dlcos de Barcelona a favordo dr. Gutlérret Diaz e odos Intelectuais e profisslo-nsls de Barcelona, que sesoltdarimram eom oa máil*cos.

A atividade doa Pensemosde Ouerra. na Bspaaha. étanto mala monstruosaquando se raeorda ene hámais de M anos que terml-nou a guerra civil. Isso nàoimpede que Pranoo enviepara a Juriedlção militaracusados de "delitos" comoa distribuição de boletins desolidariedade eom mineirosasturianos quando ãstee seencontravam em greve.

Em Madri, nu últimas se*manas, a famigerada Brl-gada Politico-Social prendeuseis operários e mais a Jo-vem Maria Sánchn. filhado dirigente comunista Sán-ehes Viedma. assassinadopela polida política fran-qulsta de Madri.

Um dos presos, EnriqueLarma. foi objeto de bruUisespancamentos. Oa esbirrosda policia política, porém,tiveram cuidado de lhe pou-por a cara e as mãos, parapoder desvirtuar as denún-cias contra estas monstruo-•idades.

i iW^n I

11

"0 PâSADOR" NA POLÔNIA

Inter*!>•«*•«>•• ** Estudantes eCalifórnia", raspectlvamen-te Nardao Bavel o Oui*lhermo Martlnet.

LIBERTAÇÃO

calde. conhecido nos elr*culoa. católicos; Pablo Bor-donave estudante e maistrês cujos nemes te igno-ram, condenados a diversaspenas. São apresentadoscomo militantes da rrentede Libertação Popular.

D;poIs desta série de Con-.selhos de Ouerra. Informa-se que em breve serão Jul-gados alguns mineiros astu-

' Mttraeu dia ti de detembro e continua em cartat na Po-tàniã a peça "O Pagador de Promessas", do dramaturgobrasileiro Dujt Oomee.*Q Pagador" está sendo apresentado pelo Teatro Po-pular de Nowa Huta, em tradução de Witold Wojciechowskie Demite Zmy, sob a direção de Krystyna Skuszanka, e>-tando a cenografia a cargo de Marian Garlíeki.

Os dois principais personagens da peça, "Zé do Bur-ro" e "Rosa" sáo interpretados cada uvvpar dois atores quest revezam. Francúten Piectka e Edward Raczkowski sãoo "Zé", enquanto Irena Jun e Anua Lutoüawska defendeme figura feminina.

Na foto acima, a cena da morte de "Zé do Burro" nattu&o polonesa.

Um grande retrato deAntônio Maldana, líder dopovo guarani, mantido on*careerado pelo ditadorStroessMr, estava colocadopor trás da mem, presidi*da pelo general Sousa Men*des. O ilustre militar foi oprimeiro orador a pronun*cier-se. Em seu discurso,longo e multo aplaudido,discorreu sobre a situaçãode miséria e de total ausén-cia de liberdades deinocrá*tlcai. sofrida pelo povo pa*ragualo. falou das lutassustentadas conti*nuadamente através dosmos pelos patriotas do paisvizinho e concluiu faaendoum apelo aoa povoa do eon*tlnente para que ajudempor todos oa. meios ao seualcance a libertação do Pa-ragual.

Falaram em seguida:.Marco» Diaz ique comoveuo plenário relatando rc*cente visita sua ao Para-gual, onde viu crianças de14 anos forçadas a servirao exército ditatorial semreceber soldo, tendo comopaga apenas uma mísera-vel alimentação», o deputa-do Rosencrantz, o generalGilberto Alvim,. NobertoFrontlnt. Ramon Arbona,Narciso Babel, César Pe-lacz, Vinícius Caldei-ra Brant iquc expressou oapoio d o s universitáriosbrasileiros ao povo para-guaio) e. em nome da re-presentaçào guarani. Or-lando Bojas.

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FILOSOFIA HUMANISTA,-¦ **¦ Paule (Da sucursal* — Promo*vido pelo Centro de Estudos Sociais, rea*liíou-se.de 11 a 29 de março, em SãoPaulo, um cur»o sobre o Uma "O marxismo,como filosofia humanista de nossa época",

professado por Jacob Oorender.Essa iniciativa despertou o maior Inte*résse nos círculos estudantis e intelectuaisde Sào Paulo. 420 pessoas se matricularam

para assistir o curso, pagando taxas de 1.000• estudantes) e 2.000 cruzeiros. Após cadaaula, reallsavam-se debates multo vivos,que contribuíam para esclarecer os aspee-tos mais controvertidos de cada tema.

O aspecto profundamente polemico.eatual do curso, em que se expôs a po--sição do marxismo diante das demais cor*rentes de pensamento, particularmente ocxistenclalismo, foi un dos fatores que con-tribulu pura que a série de palestras deJacob Oorender tivesse profunda ressonàn-cia nos meios Intelectuais.

O amplo salão do Instituto dos Arqul-tetas do Brasil, onde se realizou o curso,foi pequeno para receber os alunos inseri-tos. O eompareelmento atingiu a média de89% doa Inscritos, o que constitui um re-corde para cursos como este.

Entre u pessoassaure a* pessoas que assistiram asaulas, encontravam-se 267 estudantes, 41arquitetos, 7 professores universitários, •Jornalistas, 10 engenheiros, 11 médicos e 4advogados. Dos estudantes, 35 cursam ar-qultetura. 31 ciências sociais, 24 filosofia, 21engenharia, IS medicina e 14 direito.

.Além do curso professado na capital,Jacob Oorender foi solicitado, durante astrês semairas que aqui passou, a fáser gran-de número de conferências, tanto sobretemas filosóficos gerais quanto sobre quês-toei políticas atuais, particularmente emSanto André, Campinas e Otfuco. Na foto,aspecto de uma das aulas.

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COM AS BANDEIRAS, A AMIZADEDas mãos de uma operária metalúrgica, Pspsvkh N-cebe m bandeiras do Brasil, da Guanabara e do Sin*

dieato dos Trabalhadores Metalúrficoa, durante ahomenagem prestada aos cosmonautas paio* traba*lhadores cariocas.

Carinho do PNicolaiev eGuanabara

covo V-ercouPopovich na

eem NiteróiUma carinhosa home-

nagem dos trabalhado-res cariocas, no Paláciodos Metalúrgicos, uma vi-,

.sita ao ministro AraújoSuzano, da Marinha, e odeleite com o espetáculodado por Pele e compa-nheiros no jogo final daTaça Brasil, no Maraca-nã, marcaram os primei-

SINDICALIZADOÉM MASSA

BELO HORIZONTE (DaSucursal) — Os tecelóesdesta capital estão em cam-panha de sindicalização emmassa. Já foram feitas vi-sitas, com a distribuição deboletins, flámulas e carta-zes alusivos às fábricas daRenascença e da Cachoelri-nha e algumas inscriçõesmurais. A luta pèia con-quieta dos novos sócios co-meça a dar os primeirosresultados conforme disse áreportagem o sr. AntônioPereira dos Santos, presi-dente do Sindicato.PRÊMIO

O plano de sindicalização440.000,00, sendo 220.000,00para o novo associado e ou-tros restantes para o pro-ponentes.

Pelo plano, o novo asso-ciado receberá um cartãonumerado a ser sorteadopeja Loteria Federal, tãologo o número de novos-só-cios atinja a 1.000. Não ha-verá o risco do prêmio nãoser pago caso o cartão seperca, de vez que o seünúmero estará devidamenteregistrado na sede do Sin-dieato.

ros dias da estada no Riodos cosmonautas sovicti*cos Adrian Nicolaiev ePavcl Popovich, os gé*meos do espaço.

No Sindicato cios Me*talúrgicos Nicolaiev •Popovich ouviram dis*cursos dos operários Ulis.ses Lopes, em nome da.categoria anfitriã, e Pau-lo Santana, que falou pe-los aeronautas. Inúmerosdirigentes sindicais esti*veram presentes, entreeles Adalto Rodrigues,presidente do Sindicatodos Alfaiates, e RafaelMartineli, presidente daFederação Nacional dosFerroviários. O presiden-te dos metalúrgicos daGuanabara, José Lclis,dirigiu a solenidade. Osheróis do cosmos tambémdiscursaram. Amboscontaram um pouco desua vida e do seu feitoimpar. Nicolaiev trans*mitiu uma saudação es-pecial de Yuri Gagarinaos trabalhadores brasi-ldros. Os cosmonautasreceberam presentes edistribuíram escudinhos eflámulas alusivos à suamemorável façanha.

Com o ministro da Ma-rinha os desbravadoresdo espaço conversaram arespeito de seu vôo ¦ aocosmos, respondendo ainúmeras perguntas doalmirante Suzano, que «e

mostrou intereasadisaimona grande conquistacientifica.

No Maracanã, vibra-ram intensamente com oslancea emocionantes dapeleja entre Botafogo eSantos, aplaudindo as jo-gadas de ambos os lados,mas torcendo confessa-damente por Pele. Emmais de uma ocasião, du*rante a partida, foramvistos atirando os quê-

. pis para cima, numa de-monstraçáo de entusias-mo.

NO ESTADO DO RIO

Em Niterói íoi festivaa acolhida aos cosmonau-tas. Os dois foram rc-cepcionados na praçaMartim Afonso, onde de-sembarcaram de umalancha especial da Mari-nha, por grande multi-dão. Na estação das bar-cas foram saudados,com discursos, por di-versos lideres sindicais epor um representante dogoverno fluminense-

Do cais, Nicolaiev e Po.povlch dirigiram-se ao Pa-lácio do Ingá. Ali foramrecebidos pelo governa-dor Badger Silveira quelhes prestou significativahomenagem. A compa-nhava-os o embaixadorda URSS no Brasil, An-drei Fomin.

Os dominadores do c •paço ofertaram ao k •vernador do Estado daRio uma miniatura danave espacial Vostok III.O chefe do Executivo flu-m i n e n s e presenteou-os com. pedras preciosasdo subsolo de seu Esta-do.

Após distribuírem es-cudinhos e retratos au-tografados aos funciona-rios do Palácio do Ingá,os cosmonautas foram aoalmoço que lhes ofereceuo governo do Estado doRio no Clube de RegatasIcarai.

Uma ofertaexcepcionaldePPS

Este anuncio e, particu-larmente, dirigido a voec.prezado leitor. Como vocêsabe, nenhuma publicaçãofaz milagres com os preçosatuais do papel e serviçosgráficos. Mas PPS pode-lhefazer uma oferta excepclo-nal: uma assinatura porapenas CrS 750,00. Você re-ceberá desde o número dejaneiro/63. Dirija o seu pe-dldo para rua da Assembléia,34, sala 304. Rio.'(GB). Va-tores em nome de H. Cor-deiro.

Conto dv Pagino

5 -

Selltferloái*l Ciibt

O que aconteceu todo* js sabem: prisões, a UNI, t$ me*talúrgicos, CACO, etc, com suai udai invadidas pala poli*ela, a proibição do Congresso de Solidariedade a Cuba nesta— coitada — guaaabarina cidade, Tudo dentro dos flgurl-nos fascistas com o governudor a bufar de ódio «sis ha»mem acumula em ti lodo o odlo do mundo contra o povo)e se nio vou aoui rememorar os fatos, um por um, sinto-men» obrigação geJOTUiUr, 1« que nio preciso afirmar mi*nha total solidariedade a Cuba, ao seu povo e ao, sau go-vénio. t saudar todos aqutle*. nacional* e eatffcngelros,que participando do Congresso demonstraram suas convtc-aos paiíf.s, diivlto* de escolherem sua forma de aovérnoe de viverem livres em pátria livre. s^nw

Nio sào compreensíveis nem aceitáveis as declaraçõesde Hermes Uma nem as do presidente Goulart, por aua•su pau, que abre os braços para oi cubanos fascistas, aosdelia «ue eles façam aqui toda a sorte de provocações. Dãoadmite que haja brasileiros e estrangeiros que lutem pelaliberdade e pelo direito de autodeterminação cubana? Afl-nal onde estamos? Que pais é este? Usam e abusam dapalavra democracia sem levá-la à prática. Ou será aue não«abem o que é democracia? i Hermes Uma — tenho a «ar*tesa — sabe multo bem.i O caso nio seria de asnaatarpois II noutro dia num tomai nue ha um deputado (deeeuU*pem. esqueci o nome do zebrai que não sabe o que é auto*determinação.

Mas • Congresso realisou-se plenamente, todo comuserano e elaro em Niterói. Pena que fosse longe, Uo lããpsque Impediu pessoas como eu, de comparecer como daria.Aqui deixo minha tristesa pelo fato. Mu vivi todos os mo-mentos do Congresso e deixo reafirmado aqui minha aoll*darledade á Cuba. ao seu governo, ao seu povo. Continuamirmãos: o ódio contra vocês nào impede que vocês eamt*nhem sempre em frente. Avante.

RUI FACÓ: MENSAGENSDE CONDOLÊNCIASContinuam chegando à

nossa redação Inúmeras¦unsagens de condolênciaspelo falecimento do eompa-nhelro Rui facó, trágica-mente desaparecido em de- .sastre aeronáutico na Boll-via.

Dentre as recebidas estasemana destacamos as doscomunistas da Brasília o doMo Orande do Sul, em tele-gramas assinados por Wal-ter Ribeiro e Eloy Martins,respectivamente.

Recebemos uma como-vente carta da advogadaMaria Ceailes, amiga do es-tinto, da «uai destacamoso seguinte trecho:"Morreu Rui Pfceò. Per*

deu o povo brasileiro umdefensor de sua libertação.Nio digo que perdes de m-do. pois Rui detsoo planta-da na eonsdinala de eadacamponês, de eada opee*-rio e Intelectual saa pa-senea e soa Idéia isiKkéunárta".

Chegaram-nos ainda «ar-tas e telegramas da vAHaaleitores e amigos de dlvaraosEstados, tais oomo WaldlrCorreia, de Bio Carlos (SP),Maria da Onça, de Brasl-lia, Antônio Rechla, de RiaOrande (RS), Sonsa Palmaa Lourdes Palma, de Una(SP) e Joaê Pereiradé Teraslna (PU.

rOilO MVOflOO

PROFXSSORA COM SAUDADB

,* '^^l^^^^waBÉlAdalia

sede da ..Comercial da Mo Paulo, a professora Nellda Qar_• foragida de Cuba) afirmou que o plano de erradicaçãodo analfabetismo adotado pela revolucio socialista cubanaé "uma farsa" o «ue a slttuglo edueookmal o» om mmpiorou eom Fidel Castro, pois ao tempo de Batista era ei*eelente.A professora Nellda Garmendia (prova de que malsmutonão * exclusividade nadonal) esU é oom saudade. Saa*dade de uma époea em «ue ela nio Unha alunos a «asavana ociosidade os gordos proventos «ne lhecofres públicos.

BN1RBOUIS. AS APOIAM RKPORMABIm reunlio nallaada em Brasília, ...

pamocrittea Parlamentar, grupo de representantes de lã-Mfúndio e da reaçio na Cimara Feder*', deddlu eeearre-gar o sr Allonar Baleeiro de redigir um manifesto ao amiManifestam apoto às reformas di base, desde «ne nio aamodifique o preceito constitucional que impede a dasaawprlaçio de latlfúndloe improdutivos pelo Estado, «ridndeque o Estado pague aoa latifundiários uma "prtrta todeni-açio am dinheiro", e desde que u reformas nao dependamde quorum e, assim, eles nio sejam obrigados a cnmpart-cer em maasa * Assembléia e a trabalhar *^Quer dlasr: é uma turminha que apoia u reformas debase, com a oondlçio de «ue elas nio sejam pra valer.Na mesma base, eu posso diser, desde Ja. oue apoio acandidatura do governador Carlos Lacerda à Presidência

da República. Desde «us renegue publicamente o aeu pas-sado pollelalcsco. desde que lidere uma campanha de amplaesclarecimento popular, desde que se transforme no —peio da luta antllmperiallsta e antifeudal, desde «ue ara*tique a política necessária à constituição de um govêmonacionalista e democrático, posso assegurar ao sr. Laewdaque êle contará com o meu apoio pessoal à sua candidatura.AGITAÇÃO EM LONDRES

Cerca de três mil desempregados provenienUe do Hortoda Inglaterra, da Irlanda e da Escócia tentaram entrar noprédio onde funciona o parlamento britânico, protestandocontra a situação de fome em que se encontravam (e aindase encontram) numerosos compatriota., seus. Os policiaismobilizados para Impedir a lnvas&o (aproximadamente 900policiais) foram alvejados com excrementos d» oavalo.Aqui na Guanabara, a arma uí!u«tcla pelos manlfes-

tantes não daria certo: Estou convencido de que, caso fossealvejado por combustível dessa espéi te, qualquer tira ípro-veltaria a manifestação de protesto para almoçar con-dignamente.CORÇAO CONTRA CATOUOOB

Realizou-se, recentemente, um Congresso do Movimen*to Operário de Ação Católica. Naa.conclusões de tal Con-gresso, ficou estabelecido que "a identificação da Igreja comas forças econômicas gera dificuldades aoa militante* ca*tolicos Junto ás massas" Uarnai do Brasil, 27/3/83).

O escritor Gustavo Corção (aquele que ama marinhei-ro americano) nâo concordou com esta conclusão do Con-gresso e disse que "a Igreja não se propõe a atuar Junto ásmassas, mas junto ás almas" (o que é um modo de decla-rar que as massas não são compostas de Indivíduos dota-dos de alma e que a alma é privilégio da gente de elite).acrescentando, ainda, que êsse negócio de falar em massase perigoso, pois é um "linguajar de esquerda", que "andasolto por ar e que "Influencia e prejudica multa gente".Os católicos que se propuserem a seguir as lições deabismo de mestre Corção, portanto, ficam prevenidos: emmatéria de massas, é necessário que se limitem aos talha-rins, as lasanhas e aos espaguetes.INDUSTRIA AUTOMOBILÍSTICA ,

Tendo sido o Ministro da Indústria e Comerei sr. An-tonlo Balblno) chamado a prestar esc'fireclmenV>.- e infor-inações à Câmara de Deputados sobre as Implicações daatividade da indústria automobilistica no que concerne aeconomia nacional, o secretário de indústria daquele Mi-nistério — o gordo sr. Sidney Latinl — apressou-se em de-clarar aos jornais que não podem ser revelados em seumontante os lucros que a indústria automobilística enviapara o exterior sob a forma de royalties, pois ela conta coma proteção do chamado sigilo estatístico da SUMOÇ.

Os jornalistas puderam observar que, quando o sr.Sidney Latlni se referia ao 'sigilo estatístico da 8UMOC",sua papada tremia de mal contida emoção.

Page 6: Reação e Carestia Manobras da Reação e Conquistará as Reformas · A situação, tudo indica, tende a ágravar-se, no ter-reno econômico e no terreno político. Da ação das

~0 NOVOS RUMOS Rio da Jantiro, umona dt 5 o 11 dt abril dt 1963 —

Uo Paulo: Tecelis Irào Com Fôr^a Totalá Conferência da Mulher Trabalhadora¦ PAULO (Da sucursal)

— Vai longo o tempo emque a mulher vivia princi*palmente para o lar. Hoje,nas fábrleaa. nos bancos,nas lojas, em todos os at-

atividades, empre-ga-se muito a mão-de-obrafeminina. A mulher quetrabalha enfrenta Inúmerosproblema*. Tendo isso emvista, o IV Encontro Sindi-cal resolveu promover emSfco Pa Jo. com o apoio doPacto de Unidade Intersln-d leal. a Conferência 'Na-cional da Mulher Traba-lhadora, nos dias 27 e 28 deabril.

TECELAS

As - empresas têxteis en-contram-se colocadas entreaquelas que utilizam maiorporcentagem de m&o-de-obra feminina. Levanta*mento realizado pela Fede-ração dos Trabalhadoresnas Indústrias de Fiação eTecelagem, no Estado de 8.Paulo, com a colaboraçãodo DIEKSE, nos fornece da-dos a respeito. Nas regiõesda Paulista, da Mogiana, edo Va!e do Mogl-Quaçu ul-trapnssavam a 70% o nú-mero tíe mulheres, no totalde operários. Na capital ai-eançavam a 673%. Dai apreocupação e o carinhocom que as direções sindi-eals da categoria encarama Conferência.

A Federação enviou a tó-das as organizações filia-

du uma circular, chaman-do a atenção para a Im*portancia do conclave queae aproxima. Oomo reepos*ta, choveram ae Inleiatl*vae: assembléias da catego-ria, palestras, reuniOes porempresas, listas nes fábrl-- cas e outras. Houve ave umplquenlque, em Batatais, or-Sentoado pelo Sindicato de

ilbelráo Prlto.

DELEGAÇÃO

Através de tudo isso, pre-para-se uma expressiva de-legaçáo. O Sindicato dosTêxteis da capital espera,sozinho, eredenclar mala de150 delegadas. Já forameleitas cerca de 50, inclutn-do as' componentes do De-parlamento Feminino doSindicato. A Federaçãocusteará as despejas de 30representantes do interior,sem contar as que virãopor conta dos sindicatoslocais. Ê extensa a relaçãodo que se encontra progra-mado para cobertura da co-ta de delegadas.

PROBLEMAS

A eleição de delegadas éacompanhada da discussãodo temário. O ponto quese refere a "trabalho igual,salário igual" vem suscl-tando muitos debates. Emmultas empresas as opera-rias são forçadas a- traba-lhar por tarefa. Em conse-

quência. para reeober omesmo pequeno salário queos demala trabalhadoresvêem-ae forcadas a dlspen-der uma soma de energiasbem superior. Freqüente-mente suas tarefas tãoacrescidas com o aumentode maquinas, sem que se*jam acompanhadas da ele*vação de salário.

As condições de trabalhosão as piores possíveis, nosetor. Destacam-se as lia-ções, onde as trabalhado-ras se vêm sujeitas a tmen-sas quantidades dc pó, quelhes prejudicam a saúde,A lei fixa o limite do pesoque pode ser transportadopelas mulheres, taie limitenão é respeitado na maio*ria das empresas.

A aposentadoria especialpara a mulher trabalhado-ra. aos 25 anos de serviço,é uma reivindicação mui*to sentida entn* as tece-lãs.

MENORES"Minha filha tem 13 anos

e não sabe ler" — diz donaFranclsca O. Ramires, ope-rária da Matarazzo Belen-zinho, quando Informada doponto do temário que tra-ta da proteção ao filhoda mulher.quc trabalha.Multas trabalhadoras vê-em-se forçadas a deixarseus filhos com pessoas es*tranhas, ás vezes em tro-ca de pagamentos que assacrificam ainda mais, por

nio haverem creches nasfábricas. Muitos patrões,aamantêm apenas de facha-da, pois não funcionam.

O menor que trabalha évitima de tremenda ixplo-ração. No setor de ficção •tecelagem observa-se bemisso, principalmente em re-laçáo ás mocinhas. Os pa-trões procuram sn.tntc-las,por tempo Indefinido, nacondição de "aprendizes",para pagarem a metade dosalário mínimo. Em váriasseções da Matarazzo Be*lenzlnho, existem mocinhaspercebendo a Irrisóriaquantia de 10.400 cruzeiros.

INTENSIFICAR"Nesses dias qu- faltam

para a instalação du Con-ferêncla. devemos intenslfl-car a nossa atividade, commaiores discussões, eleiçãode delegadas" — úrclara aNOVOS RUMOS a zrti. Eu-nlce Longo, diretora doSindicato dos Têxteis dacapital. Continuando, diz:"Dirijo-me, também, áscompanheiras dos setoresquímico, gráfico, bancário eoutros, que vêm realizandobom trabalho, no sentidode acelerarmos o ritmo.Nós, trabalhadoras e prin-clpalmente as dirigentessindicais, náo podemos per-der essa esplêndida o;» a-tunldade para debate denossas reivindicações e doencaminhamento de auassoluções".

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UTRE OUTRAS COISAS, POR SER PRÊT0...flagrante da homenagem prestada ao líder portuário e depu-tado dos trabalhadores de São Paulo, Geraldo Rodrigues dosSantos, pela coletividade negra do Estado bandeirante. Um

dos oradores da solenidade afirmou que Geraldo ainda nâofoi empossado porque, "além de operário, é preto". A fotoJoi feita quando discursava o homenageado.

Nova Manifestação em São PauloPela Posse Dos Eleitos: GeraldoRodrigues Dos Santos HomenageadoSAO PAULO (Da sucur-

aal) — Entre as numerosasiniciativas em defesa dosdeputados eleitos em outubro e não empossados, des-taca-se o trabalho que vemsendo desenvolvido pela co-letlvldade negra da capitalo do Interior de São Paulo.Im prosseguimento a êssetrabalho, realizou-se no úl-tüno sábado, no Sindicatodoe Bancários, um concor-rido ato público em home-nagem ao li der operário,Geraldo Rodrigues dos San-toa, único elemento negroeleito deputado federal, des-de há muitos anos. Tevetambém, a reunião, o pro-póslto de impulsionar acampanha pela posse de to-doe os eleitos, Inclusive ca

sargentos.A MESA

Participaram da m c s adiretora dos trabalhos, quefoi presidida pelo teatrólo-go Solono Trindade, o poe-ta Eduardo Oliveira, osdeputados não empossados,Luciano Lepera e MárioSchenberg, o Jornalista An-tônlo Nogueira Lúcio, re-presentando o deputado es-tadual Esmeraldo Tarqul-no, professor Aristldes Bar-bosa, dirigentes sindicaisJosé Xavier dos Santos eAdelço de Almeida, um re-presentante dos sargentose o poeta popular PompilioDlniz.

Após vários oradores, to-dos confiantes que através

de lutas o S.T.F. empossa-rá os eleitos, e a declama-ção pelo poeta Pompilio Dl-niz, de dois excelentes poe-mas de sua autoria, usouda palavra o homenageado.O portuário Geraldo Ro-drigues dos Santos, entreoutras coisas, disse da suaImensa satisfação e do seuorgulho em ter sido dlplo-mado pelos trabalhadoresna memorável assembléiarealizada no Teatro Para-mount, diploma êssse. afir-mou. que vários dos depu-tados diplomados pela Jus-tiça Eleitoral não teriamcondições de receber. Re-cordou que ós eleitos nãosão acusados de crime ai-gum. Náo são acusados de

peculatárlos, de corruptos,d» ladrões nem de vaga-bundos. O "crime" deles,segundo os Inimigos da de-mocracia e do povo, é se-rem subversores da ordem."S o m o s subversores sim,declarou. Mas dessa ordeminjusta e criminosa, ondeos filhos do povo não têmdireito a nada, a náo sersofrer toda sorte de precon-celtos, principalmente o ra-ciai. Mas a participação ca-da vez mais acentuada dascamadas populares e demo-orátlcas nas lutas antilmpe-ríallstas e antifeudais, nosdá a certeza que aproxima-se a época em que nos liber-taremos a exemplo do povocubano."

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A CONFIADA É ALEGREMilhares de jovens como esta bela operária da Matarazzodo Belenzinho arriscam a saúde, trabalhando intensamen-te em condições de Insegurança e intatubridade, recebendoapenas pouco mais de dez mü cruzeiros mensais, metade deum salário mínimo. Apesar de tudo ela sorri: é a confiançaem dias melhores; que virão, conquistados pela dura luta,y.ta e de suas companheiras.

Gráficos do Recife só Voltarãoao Trabalho Com Vitória Final

RECIFE (Do correspon-dentei — Ainda se encon-tram em greve geral poraumento de salários os2.500 gráficos pernambuca-nos, que, assim, juntamen-te com os jornaleiros, náopermitem a circulação dostrês jornais desta capital:"Jornal do Commérclo","Diário de Pernambuco" e«Ultima Hora".

A paralisação é total e osgrevistas só voltarão aotrabalho com o "atendlmen-to de sua reivindicação:80% de aumento sobre osatuais salários.CLÁUSULASREIVINDICATÓRIAS

A greve dos trabalhado-res gráficos foi decretadana assembléia do dia 20 demarço, sendo aa seguintesas cláusulas relvlndlcató-rias dos parediatas: a) —mínimo profissional de Cri26.400,00 (mensal), para osnão especializados; b) —mínimo dé Cri. 1.080,00 diá-rios para OS especializados;O — pagamento, dós diasde greve e não punição de

qualquer participante domovimento paredista; d) —taxa de Cri 1.000,00 descon-tável de umvt só vez de to-dos os gráficos para a cam-panha pró-construção desua sede própria e come-moraçáo do aniversário dosindicato, a ser descontadano primeiro pagamento dês-te acordo, pelos senhoresempregadores on lista es-pecial e, Inclusive, o des-conto das mensalidades sln-dicais; e) — este acordoterá sua vigência a partirde 1.° de Janeiro de 1903.sendo. válido por um ano,entrando em vigor na datada sua assinatura.

CRESCE ASOLIDARIEDADE

A solidariedade aos gre-vistas vem crescendo de In-tensldade, contando não sóeom o apoio Integral doConselho Sindical dea Tra-balhadores (CON8XNTRA)como doa sindicatos dosJornalista* e radialistas,quê se encontram em as-aembléla permanente. ,

Já cata nas livrarias a 5* edição do

MANIFESTO DOPARTIDO COMUNISTA

Karl Marx t Fritdrlch EngelsCotejada com a última edição em espanhol dasObras Escolhidas de Marx c Engels, publicada amMoscou, 1962.

Prtço: Cr$ 200,00Lançamento da

Editorial Vttória LimitadaRua Juui Pablo Duarte 50 sobradoTelefone 22-1613 — Caixa Postal 16S-ZCO0Rio de Janeiro/Estado da GuanabaraAtende-se pelo reembolso postal

Professores Pernambucanosem Greve Por Aumento SalarialRECIFE (Do correspon-• dente) — Encontram-se em

greve por aumento salarialoa professores do ciclo mé-dlo do ensino. A campanhaé comandada pelo órgãode classe dos grevistas, oSindicato dos ProfessoresSecundários do Estado dePernambuco, que colocouaté mesmo piquetes emfrente dos colégios, Impe-dindo que o movimentoseja ' furado". A unidadeda classe, em torno do seusindicato é grande.

APOIO DOSESTUDANTES

A greve dos professores,desde o primeiro momento,•ontou com a solidariedadedos estudantes secundários,

3"úe através de suas enti-

ades — Centro dos Eotu-dantes Secundários de Per-nambuco, União Brasileiradoa Estudantes Secunda -rios e Associação Recifen-ae dos Estudantes Secunda-rios — decretaram lítevede solidariedade, nãc c-nn-parecendo aos colégios atésjae os seus mestres te-abam atendidas suas relvin-

APOIO DOSTRABALHADORES .

O apoio maior dado aosprofessores em greve partiudo Conselho Sindicaldos Trabalhadores (CON-SINTRAi. que aprovou edeu publicidade à seguinteNota Oficia):"O Conselho Sindical dosTrabalhadores (CONSIN-TRAi, peio seu presidenteinfra-assinado, cumprindodecisão de representantesdas entidades sindicais;

CONSIDERANDO que osprofessores do ensino se-cundárlo e primário dePernambuco esgotaram to-dos os meios presuasóriospara entrar num entendi-mento amigável com os do-nos de colégios;

CONSIDERANDO que osaumentos escorchantes dasanuidades escolares estão,nada vez mais, dificultandoo ensino que, de um tempopara cá, tornou-se um luxode milionário, afastando so-btetudo os filhos dc traba-lhadores da educação pri-mária. e secundária;

CONSIDERANDO que opleito salarial dos professo-res, nas bases em que foiproposto, representa umareivindicação Justa e mui-to oportuna;

CONSIDERANDO que ai-guns colégios e ginásios au-mentaram a anuidade paiao ano letivo de 1963 em maisde 100% (cem por centot,o que implica em estorçáoe assalto à bolsa dos paisde alunos;

CONSIDERANDO que taisa u m entos de anuidadesproporcionariam um au-mento de salário-aula paraos professores em bases su-periores ao pedido pelesmesmos formulado, sem afe-tar grandes lucros pelos do-nos de colégios, resolve: hi-potecar irrestrita solidarle-dade aos professores do en-sino médio (secundário eprimário) de Pernambuco, oque faz. através desta Nota,em que exalta o espirito deluta da referida categoriaprofissional, que decretougreve compelida pela in-transigência dos patrões,que deixaram de aceitar amediação serena e constru-tiva do delegado Regionaldo Trabalho e do secretárioassistente do governo doEstado, os quais tudo fi-zerãm para promover umaconciliação amigável para omencionado pleito salarial".

O importante documentotrás a assinatura do presi-dente da entidade, o lídersindical portuário CíceroTarglno Dantas.

BsEíííijí^B sss»^«r ' \» ¦¦'¦ ¦'¦'^.jy&MS' ^*$flRB|^HÊÍkJvv!^sk'^^PM ssssP^W^SjsssssI MNIsaf^- ' «L :'-wfíl^Ê^ ; ;^ V<&-íjjPJlÍ^

i Vxiwliv^j^ssssUI H I m\ '¦¦' ', ' ¦ H«V Jfs^B#;lr^EíSP^' ';*

ATÉ QUE VENNA 0 AUMENTOAspecto'de uma da» assembléias promovi-da pelos professores do ciclo médio de en-

sino dc. Pernambuco, na sede de suu sindi-cato. A parede somente findará com a me-lhoria salarial assegurada.

Encampação da Força c Luz de Minas GeraisBELO HORIZONTE lDf|

sucursal) — Os hldrelêtri-cos fizeram dia 15 de mar-ço uma assembléia em quedeliberaram pugnar pelaencampação da Cia. Forçae Luz de Minas Gerais, emlugar da simples' eompfa

ventilada pelo governo fe-dosai.

Estão também pleiteandouma majoração salarial nabase de 33% devido à novaalta do custo de vida. Aliás,a nova pretensão é partede uni acordo assinado emsetembro último, e que ago-

i'a resolveram reivindicar.Nova assembléia deverá terfeita ainda êste mês sôb"ea assunto, sendo nue õ sr.Rui Dlniz, secretário doSindicato deverá ir ao Riode Janeiro para buscar osdados oficiais sabre o au-mento do custo de vida.

0 OPERÁRIO E âOALOISAO operário Manuel da Silva leu o artigo de Adaigisa

Nery, na Última Nora de 25-S-6S. e resolveu - responder-lhe. Publicamos na integra a cópia da carta que no* lolpor êle enviada:"Fretada Senhora:

Na qualidade de humilde operário cujo interesse é aemancipação do Brasil face a conjuntura político econô-mlca e social na era contemporânea, acompanho através daImprensa falada e escrita o desenrolar dos acontecimentos,a atuação e pronunciamentos de todas as camadas da so-cledade no mundo conturbado em que vivemos, multo cs-peclalmente dos brasileiros. Acompanho com especial aten-Cão, através de Última Hora, os colunistas Adalglsa Nery,Otávio Malta, e João Pinheiro Neto, de quem discordo no art,25-3-63 e no de V, Exa„ cujo titulo é: Lacerda e Prestes.

V. Exa. coloca Prestes no mesmo nivel dc Lacerda.Náo se Justifica tal combinação, partindo, dc uma pessoacomo a escritora e Jornalista que tem trabalhos em que ana-lisa com profundidade as questões em foco, fazer como oescritor apolitlco que, sem querer, faz o trabalho da reação.

Prestes, baseado no marxismo criador procura colocaro Brasil em igualdade de condições ás demais nações que selibertaram do Jugo colonialista, que V. Excia sabe melhordo que um simples operário, não pode ser comparado aLacerda, expulso do Partido Comunista do Brasil por traiçãoe infidelldade, que está a serviço do imperialismo norte*americano com os teus parceiros Levy, Falcão, c tam-bém outros vendilhões da Pátria Náo pode ser comparadoa um brasileiro como Prestes que tem um passado gloriosoem defesa do Brasil e que procura, através de peculiaridadesnacionais ombrear-nos com Cuba, marco da emancipaçãoda América Latina cuja soberania depende da nossa posiçãode resistência ao imperialismo ianque nc que diz respeitoà nossa soberania.

LACERDA EM BELO HORIZONTERecebemos noticia da visita de Lacerda a Belo-Horizon-

te. Noraldino Souto escreve contando-nos a manilestaçãoestudantil durante sua conferência na Secretaria de Saú-de: "...estudantes com dezenas de cartazes; como: ForaLacerda, Lacaio de Kennedy. Leiam os jornais daqui tverão."

PRINCÍPIOS SADIOS...Oámar Alves de Melo. do Rio de Janeiro, escreveu roministro do Trabalho e Previdência Suciai sóuic "o,* üiuíusprincípios da legislação social trabalhista. Cita depoimen-tos sobre a exploração de que sào vitimas nossos trabalha-dores: "Em Fortaleza — capital do Estado - o comerciode tecidos, bem como outras firmas, fazem constar na car-telra profissional do empregado o pagamento do salário-mínimo, quando, na verdade, convencionam outro paga-mento muito inferior. Dada a abundância de mão-de-obrae a inelastlcidade da procura, o empregado vê-se obrigadoa aceitar tal cláusula contratual, verbal ou tácita o quenao deixa de ser Ilegal segundo preceitos expressos e clarosda Consolidação das Leis do Trabalho. "Mas há outras ine-gularidades: "Há, também, empresas que despedem os seus«mP"íaaos antes que completem um ano de serviço, rea-dimltlndo-os em seguida, de modo a que não saiam do cha-mado período de experiência e não possam adquirir esta-biUdade. "E para completar o triste quadro, acresce aindasalientar que,, acobertados pela imunidade e dado o exce-dente de mão-de-obra à disposição do comércio e da indús-tna, oa empregadores demitem das empresas-que dirigempura o simplesmente empregados, sem obediência aos pre-ceitoa de aviso prévio, pagamento de férias ou indenização,

quando fôr o caso, num chocante e imperdoável desrespeitoaos princípios norteadores da matéria, o que se traduz emrevoltante injustiça social... Como se náo bastasse, a maioriados comerciantes e industriais locais não paga o salário-minimo da zona. O ano passado havia diversos comerciantesque pagavam aos seus empregados a irrisória quantia deoitocentosi cruzeiros (Cr$ 800,00) mensais, ou seja preci-semente, vinte e seis cruzeiros e sessenta ceniavos por dia."

VERSO POPULARNOVOS RUMOS recebeu os populares versinhos de ZéTimbira, que agora publicamos:

"O japonês rouba o Atum.Rouba a Lagosta o francês.

O americano há milênioRouba o nosso Tungstênio,

Torto, Ferro, Manganês,Rouba o Ouro, o Estanho, a Prata,Rouba o Níquel, o Cobre, a Mica,E pro povo brasileiro,

Sem comida e sem dinheiro,A miséria é só o que fica,Mas, há prá isto um remédioE que traz cura imediata: —

Ê o povo meter o peito.Pegar os ladrões a jeitoE tocar sem pena a CHIBATA.

0 VIGÁRIO DE IGUATUAlcides Salles, leitor de Itapajé, envia-nos uma crônica

do padre Antônio Vieira, de Iguatu e com;..ia: 'file temmuita razão quando diz que triste e desesperadora é a sortedo povo que venha a depender do vereíito de homens quefuncionam mais como caçadores de. níqueis do que comodistribuidores de justiça., "Referindo-se à nossa justiça co-"menta Pe. Vieira: ...a coisa tem piorado consideravelmentee vai tomando aspectos de calamidade Dública." «,

MINEIRINH0Um presidiário remeteu-nos uma resposta Dor êle es-crita ao catedrátlco de Direito Penal.' professor Benjainin

Morais, que "nâo vè crime na morte de Mineh inho". Escre-ve êle: "... por que autoridades idênticas não expõem meiospelos quali desapareçam vitimas como nós; enfermos e es-cravos de nós mesmos, por um propósito convenientementeorganizado pela minoria esperta burguesa, da qual nãopassamos de lacaios e simples infelizes, miseráveis, queoutra solução não existe senão a de viver-mos trancafiadosem míseros cárceres, ou sermos crivados de balas e tortü-rados impledosamente ate a morte?"

OPERÁRIO, SAMBA E FUTEBOLA. L, Mendonça é um operário de Q&valdo Cruz Gostade samba e esporte e gostaria de que houvesse uma colunasôbre estes assuntos em nosso jornal, e pergunte-nos- "Será

que os companheiros também pensam que nós operários nãogostamos de, em nossas horas de descanso e lazer loKarnossa "pelada" ou cantar o nosso "samba"? Os coínDa-nheiros de NOVOS RUMOS sabem como o 'samba" eãnelota sao importamos para o operário. Sào o único d-ya-timenco que ainda nodém ter. E gosteriamos de inceií-tiyi-lo, m?.s mo t»m« condiç5es. O leitor ocriei-uarir r enao ternos coluna paia teatro, cinema ou música FaJí-i u-sespaço e o que temos deve sei aproveitado para inío: ma-çoes que surgem toda semana O que fazemos, então é pu-bHcar reportagens sobre estes assuntos, quando, por algumacontecimento especial, eles se tornam matéria de repor*

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Page 7: Reação e Carestia Manobras da Reação e Conquistará as Reformas · A situação, tudo indica, tende a ágravar-se, no ter-reno econômico e no terreno político. Da ação das

i- Hlo dt Janeiro, .emano da 5 o 11 do abril do 1963 NOVOS RUMOS 7-

Calamidade Pública na GB: Lacerda Redobraas Violências Para Facilitar um Golpe Fascista

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Desventuras Permanentes¦et falta de segurança,

luz e água tio oa infortúnio*mais eandentas do momen-to, nao ttgniflea absoluta-mente que sejam os únicos.Outros há, tào Importantesquanto os primeiros, for-mando o conjunto que con-fere à Guanabara o estadode calamidade pública. Lem-bremos apenas mais três:carestla, limpeza urbana esaúde.

Que fiz Lacerda, porexemplo, para defender abolsa dos moradores da ci-dade contra o verdadeiroassalto praticado nas feirase armazéns?

Nãò se pode diser que na-da tenha feito.

Havia um mercado esta-dual em Madureira, aten-dendo à numerosa popula-ção dos subúrbios dia Cen-trai. Acontece, porém, queuma firma particular, naqual possuía fortes interés-ses o entáo secretário deAgricultura de Lacerda, opolicial Dahüo Nunes, resol-veu construir um super-mercado no mesmo bairro..0 governador nfio teve dú-vidas: mandou demolir omercado estadual de Madu-reira.

Não ficou nisso. Aumen-tou todos os impostos pagospela população, começandopelas tarifas dos serviçospúblicos, tornando difícil aosusuários o pagamento deágua, luz. telefone, gás.

Dai partiu para o aumen-to dos impostos tributários

mercantil, predial, em-placamento, taxa judiciáriatornando o carioca o po-vo que mais impostos esta-duais "per capita" paga naUnião. Assim, enquanto emSão Paulo tais impostos che-gam a CrS 8000,00. em Mi-nas a Cr$ 7 000,00 no Estadodo Rio a CrS 1 200,00, comum ano de Lacerda os ca-riocas estavam pagando CrS15 714,00.

A par disso, mostrandobem em defesa de que inte-résses governa, Lacerda,num dos maiores escánda-los dos muitos que caracte-rizam sua administração,

Íierdoou a divida de seis bl-

hões de cruzeiros dos ex-portadores de café (coita-dinhos...) e baixou os im-postos que êstes pagam, de4 para 1%. ¦

GOVERNO DO LIXOO lixo que atulha a ci-

dade é bem o retrato dosmonturos em que vive o go-vemador.

O setor de Limpeza Ur-bana é um caso de policia-Nunea a cidade esteve tãosuja, apesar dos fabulososrecursos de que dispõe odepartamento responsável,que só em 1M1 recebeumais de 400 milhões de cru-zeiros para limpar o Esta-do.

Há ruas na cidade queficam uma semana inteiragem ver o lixeiro passarpara recolher o lixo, e hábairros, naturalmente os

ate mesmo um «ao* coca osdetritos te amontoando,orlando problemas enoreaeepara a população, com eé-rios riscos para a tua aaú-de, ameaçada de eontami-naçõet e epidemias.

E Isso apetar dt eitar hámulto prevista a conitru-ção de.trég usinai de in-dustrialização do lixo, queaisegurariam diariamenteao Estado 424000 kw deenergia elétrica, '500 tone-ladas de adubo, 51 tonela-das de sucata de ferro e ..240 toneladas de escóriadestinadas à pavimentação.As usinas não são cons-truidas porque a Llght aelas se opõe ferrenhamen-te, de vez que seriam con-correntes no fornecimentode energia elétrica.SAÚDE ÉLUXO

É incrível o que sucedenos hospitais de pronto-so-corro. Chega um acidenta-do e é abandonado à suasorte, a nào ser que dispo-nha de recursos. Come-ça que não há água. De-pois, faltam esparadrapo,

¦ase. mereúrio creme, en-nm, até aeaae pequenina*•cisas 'Ut» stovandidascom qualquer maietidha deremiam Pari nio falarem eoroa antibiótico*,piuma t outrot medica-mentos indispensáveis.

Pior que a situação doshospital» que existem é acarência de meios paraatender ao grande númerodc habitantes portadoresde moléstias graves.Uma pequena lista: 20000 tuberculosos fazemfila* no Departamento deTuberculose para arranjaruma vaga num sanatório;o Hospital de Clinicas Pe-dro Ernesto reduziu de 600para 200 o número de lei-tos; cerca de dez mil lepro-sos vagueiam pela* ruas dacidade .sem direito a umavaga na Colônia de Curu-palti.

E multiplicam-se as re-beltõeg de internados con»tra a alimentação e o tra-tamento geral a que tãosubmetidos, fato revoltantee bem característico docuidado que Lacerda dis-pfnsa acs habitante* da el-dade que diz governar.

-ii laia-sesesses-MB-eii ¦ - m<*< ¦¦¦ — mi ¦¦ — ¦—¦«— ..—mi ¦¦¦¦mi—— mu

Triste metamorfose ndo Rio de Janeiro. Da cí-dadg Maravilhosii que foi,converteu-se em EstadoCalamidade aob o talnntcdo corvo que crocita noPalácio Guanabara, cm

Brocblô ou no< froqUentcs• hIiovvs» min çHtnçôcü dcTV cariocas.

Já antes de eleger-se,contra a vontade damnioria do eleitorado.Lacerda impingiu a po-pulnçao, fartamente fi-

nanclado om dólares, umaaluvIAo de promessas dcsolução dot problemas es-tadualt em tempo recorde,chegando metmo a aflr-mar que bastava êle sen»tar naa poltronaa pala-danas para que tudo en-

liiis,sp n*i«i eixos, Cnmo >.efòsst» um mágico.,.

K (Icjkjís? Rpm, depo.vaconleceu o que todos ea-peravam. Em pouco lem-po ficou comprovada suatotal Incompetência ad-mlnÍ8ti'aliva, os fracasso*

¦ ¦

'__ flQHA>————¦ —mmmmmmmmmmmmm^lmmmmmmM—-m.mw~m~m— ———I

muliiplinindo-ae, oom oagravamento a extramoade todos os rjdndpoitproblemas da populMjloo o surgimento de muitosoutros novos,

O revide ás criticaa ino-vitávels nâo sa fêz eopo-rar, (.) covernador deaan-dou a empurrar para ou-tios a i-csponsabilidgde deacua fracassos. Reapotvdendo. («ra (refenóor-aedo povo que o repudia,com at maiores violêndeaJamaia cometidas em qua*tro séculos c meio deBrasil.

Desde que se apoderoudo aparelho de Estado naGuanabara, a única prao-nipaçâo de Lacerda foiintensificar e aprimorarseu Rolpismo proflulona!a soldo doa imperialistainorte-americanos.

Enquanto a cidade eiencontra abandonada, ogovernador ocupa suashoras em provocaçõescontra o Kovêrn0 federal,em hostilizar oa atos depolítica externa indepen-(fonte adotados pelo go»vêrno. em intrigar as for-cas armadas,'em inventar«infiltrações comunistas»nos órgãos dirigentes dol»is e cm solidarizar-secom calhordas como ocori-espondente da revista«Time» qiip as divulgam,enfim, utiliza o poder nãopara governar, maa paracriar um clima de violén-cia p insegurança quepropico imii golpe que es-tabcleçu a ditadura emnossa terra.

Lei da SelvaDiante de tal etruação,

nada mais natural queaojam ;lraqüentat m ma-nifeotacõea do povo cario-eg para rjroteetar eontraoe desmandos de Lscer-da. E a resposta do go»vemador ao clamor pú-blico, em vez de visar ao-lucionar os problemas, éa violência indiscrimina-da sobre os que se ma-nifeatam e os que não semanifestam, q u e r e n -do com isto liquidar asliberdades e dando vazãoa seu ódio fascista aopovo-

Ocupa riamos o jornalinteiro se nog detivesse-mos na lista interminá-vel de atentados às liber.dades públicas e democrá»ticas cometidas pelo«fuehrer» da Guanabara.Lembremos apenas ai»guns casoa.

Por ocasião da criseoriginada pela renúnciado presidente Jânio Qua*dros, Lacerda prendeu a

esperneou trabsJhsooras,Invadiu lares, violou eor-rsopondenelu, censurou gImprensa, colocando,- 4ê ¦ímto, a Guanabara em es»tado de sitio para proeu»rar criar um etima pro-picio a dar cobertura aseus instintos golpistasde apoio aos miniatrotmilitares fascistas quedesejavam apoderar-se dogovêmo.

O povo carioca sabeperfeitamente a atuaçãodo governador na repres-são aos movimentos rei-vindicatórios dos traba-lhadores, quando chegamesmo a participar pes-soalmente das ações poli-ciais como o fêz na recen-te greve politica de 14 e15 de setembro do anopassado, quando foi es-corraçado e corrido aostrancos pelos bancáriosem greve.

Aliás, seu secretário deSegurança, o famigeradocoronel Gustavo Borges,fascista escolhido a dedopara o posto, já confessouque a cidade anda despo-lidada porque todas as

suas «Munas passam asemana procurando mo-virngDtos rolvindlcatórios

-elos-Jrrabalhaáorew parareprimi-los.

Incapaz de solucionaros problemss mais come-zinhos da cidade, tem adesfaçatez de solicitar doPoder Judiciário a per-missão para primeiro ati-rar e depois discutir epara acabar com o "ha-beas-corpus» e outros di-reitos dos cidadãos, como evidente propósito deficar com as mãos livrespara melhor perseguir eatropelar os trabalhado-rea, e principalmente oslideres populares que seopõem a seus desatinos.

Ainda recentemente vi-moi a cidade ser sitiadapela policia para garantirsua medida ilegal e fas-ciata de impedir a realiza-ção do Congresso Conti-nental de Solidariedade aCuba. • ¦¦: '

.Em sua alucinaçáo, o

governador cercou e ten-tou invadir a sede daUnião Nacional dos Estn-dantes, do Centro Acadé-

mie» da Faculdade deDireito, da FaculdadeNacional de Filosofia,, aiedr-a>n'áTie5 slndic-rtosrda Associação Brasileirade Imprensa, chegandomesmo ao despropósitode cercar a AssembléiaLegislativa e mesmo em-pancar alguns deputados.

E efetuou inúmerasprisões na Guanabara, aocúmulo de deter uma.de.legaçfio inteira de cam-poneses que esperavamna Praça Quinze — localtambém sitiado — a bar-ca para ir a Niterói.

E para culminar, a pa-lhaçada que nunca aban-dona o governador daGuanabara. Um grupo defanáticos de uma associa-çáo de congregados ma-rianos, a mando de La.cerda, ivsolveu organizarum ato de desagravo àshostilidades -íue o povomanifestou ao governa-dor durante os aconteci-mentos. Chegada a horada demonstração, nin-guém comparecia o foipreciso fornecei' condu-ção para ir ao Palácio.

Mem Matim aontMgulraiwampliar as adesões. So»correram-se então de•~^.rma^ifrnioneta" conforto-falante, qu« passou a per»correr a Cinelèndia con-viciando o povo. A rotpoa-ta foi o repúdio unanimedos pasoantes, que passa-ram a vaiar e a escorra-car o carro; A persegui-cão acnhou com ajudapolicial, que espancou eprendeu vários manifes-tantos.

Essa é a ideologia deLacerda.

A violência, que.' a""'n-inio. pureep apenasum revide para ocultar!..d nbsoluta incapacida-de de governar, é a baseem que se apoia o gover»nador da Guanabara paracriar condições que lhepermitam melhor servirseus patrões ianques. Comisso, o que deseja real-mente é facilitar a e!xe-cução de um golpe de Ea-tado fascista e, assim,ampliar a penetração e aespoliação imperialis.ia norte-americana emnosso pais.

Infortúnios RecentesNào tem ainda um mês

que explodiu a opinião pú-bllca do Estado, tradusldaem manchetes de todos otórgãos de imprensa, revol-tada com a onda de assai-tos que assola a cidadeabandonada.

Apanhados cm flagrante,Lacerda e seus asseclas res-ponsávels pela segurançapública não tiveram outraspalavras para defender-sesenão acusações ridículasaog comunistas, responsabl-lizando-os pelos crimes,

O escândalo teve comoconseqüência imediata prc-var que a única preocupa»cão do governador ao orga-nizar seu aparelho policialfoi d ot á- lo de todosos recursos exclusiva-mente para a perseguiçãoaos trabalhadores e a re-pressão a o * movimentoareivlndlcatórios da popula-ção sacrificada, deixandoos dental*setores sem.emi-nima assistência, ao arbi-trio de homens, por êlemantidos em posto* deehefla, que procuravam atsoluções mais simples e rá.pidat para o margtnalismo,tal como o assassinato demendigos na* águas doOuandu.

B Lacerda nâo perdeu aoportunidade para maisuma ridícula t aparaiosndemonstração, assistindo du

refúgio de um helicópteroàs violências inomináveisque sua policia, a pretextode caçar marginais, reali-zava contra pacíficos fa-balhadores nas favelas dncidade.

Tão logo, porém, amainoua grita nos jornais, cíòsiuo empenho da policia emcombater o crime.' Os as-saltos continuam tante oumais intensamente que an-tes.

Domingo mesmo, paraespanto dos que se encon-travam na Praça MarechalFloriano. cerca das 20 ho-ras, quando muito intensoé o movimento, houve uniacena a que nem na própriaChicago se pode ll0.ie aR-slstir. Momentos antes, doisindivíduos armados entra-ram no restaurante LaBela Itália, situado noedifício Avenida Central,bem no coração da cidade,e, armados de revólveres,assaltaram a caixa. Umdeles foi perseguido por po-pulares ao longo da Aveni-da Rio Branco até as esca-darias do Teatro Municipal.Quando sentiu que seriaalcançado o assaltante pa-rou, sacou o revólver, ar-mou-o e apontou para osperseguidores. B pftde tran-ãütlirniepie fugir por umarias run.s laterais ria nv:iça.teu que, durante Uxlu eu*

tempo, houvesse surgidopelo menos um policial.TERRA SECA

Na laitipanlia ele.toralLacerda deu grande ênfaseao problema da água, Ju-rando resolvé-lo em poucotdias de governo. Passadoscerca de cinco meses dt-pois da posse, a cidade seviu na mais absoluta secadurante três «emanas, oque obrigou Lacerda a pro-meter água dentro de seismeses (manchete da "Trl-buna da imprensa" de 28de abril de 19611. O povoque esperassr ...

Passaram-se os seis me-ses. Outubro de 1961. r na-ria de água. Depois mais«eis. e mais seis. Chegamosa abril de 1963. vinte c qua-tro meses, dois anos, apósa manchete do jornaleco dogovernador, e que aconte-ceu? Nada. A seca conli-nua.

Apesar do desplante dogovernador aumentando ataxa da água em 1.000'.;,o liquido sumiu completa-mente das torneiras.

Nem mesmo os hospitaissão poupados ao sacrifício,inúmeros estão com as ati-vidades inteiramente tu-multuadas. suspír.'1, ncio asoperações e iTdu;;:iri;-- aominimo os sei Ac > r,i |im-peta, como o* ho-pittia

Nossa Senhora do Socorro,São Sebastião. MoncorvoFilho e Santa Casa da Mi-•isricórdla.

Muitos edifícios, prinoi-palmente na Zona Sul. es-tào há vários dias .sem umagota dágua, com sériasameaças de epidemia.

Em diversos locais orga-nizam-se comissões de mo-radores para protestar con-tra o descaso dn governa-dor pelo funcionamento deum serviço básico á popu-lação, apesar dar vultpsasverbas — so em 1962 fo-iam 10 bilhões de cruzei-ros — dediendas á soluçãodo problema. Multiplicam-sr as maniíesfaeôes. cornosmoradores de alguns.bair-ros ameaçando deixar depagar a taxa cobrndü pnrum serviço que não existe.

A origem da falta dáguafoi apontada pelo Departa-mento de Águas: é que apopulação da Zona Nortetoma muitos banhos e be-be multa água. Tanto ri-nismo assim, só mesmo naadministração Lacerda.«BLACK-OU1*

Desde o tempo da guer-ra o Rio dé Janeiro nào co-nliecia uma escuridão tàodemorada quanto a da noi-te de sruunda-fcird i ?mtêrça-trira Va r i ¦¦ » ¦ ri»bairro para bairro da lo-

na sul, de quarenta minu-tos a mais de uma hnr».

E u interessante é que aluz faltou exatamente nahora em que Lacerda pro-curava dar mais um showna televisão, no momentoem que culpava o presi-dente da República pelafalta de luz.

Os jornais de rèrça feiraestamparam uma nota -ioDepartamento de Águasacusando a L i g h t de res-ponsável. com seu raciona-mento dc energia, pelo bai-xo fornecimento de água ãpopulação. Por sua vez. aRio Llght cl:z rjuc a colora-i"Ão do problema é inversa:falta luz porqur a áçua épouca. Lacerda • ;i Liglitsão sócios, cies lá que árentendam.

O qui- não e possível r aiwpulaçèo. ja tão atingidapelo flagelo que e Lacerda,tenha de suportar aindamais èsse crime que c afalta de energia elétricanuma cidade de quatro mi-Ihóes de habitantes.

Vários hospitais tiveramrie suspender suas ativida-des — quem sabe até mes-mo em meio a uma opera-ção cirúrgica - o. inúmeras 'pessoas passaram um tem-po enorme presas em ele-' vadbrçs pagiuido,quem sa-be i! crime c'- havei vo:;\-do em Lacerda.

Page 8: Reação e Carestia Manobras da Reação e Conquistará as Reformas · A situação, tudo indica, tende a ágravar-se, no ter-reno econômico e no terreno político. Da ação das

Mobilização Popular Para Derrotar os GorilasUsineiros e Golpistas Planejam

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Intervenção Federal em Pernambuco••---¦-¦-----^•¦¦¦¦¦¦¦¦MíssBMBBIMBÉBBHi

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Deputado Gilberto Azevedo e Vereador Miguel Batista

Recrudesceu nos últimosdias — e agora em escalanacional e numa intenslda-de sem precedentes — acampanha desenvolvida pe-Ias forças antlnaclonals como fito golpista dc provocaruma Intervenção do IVExército em Pernambuco cde destituir, através dc lm-peachment ou dc qualqueroutra fórmula que lhes fórcolocada ao alcance pelosfabricantes dc artificies in-constitucionais, o governa-dor Miguel Arraes.

Diariamente sucedem-se,nos jornais, nas emissorasde rádio e televisão ligadosaos monopólios estrangeiros,

aos usineiros e senhores deengenho, as entrevistas epronunciamentos de conhe-cldos lideres da reação e dogorlllsmo e de comissões dcdirigentes das pòr-si-cha-madas classes produtoras.Pernambuco estaria mergu-lliado na "subversão". Oras-sarla ali', "um clima de In-tranqüilidade", provocadopelo atuar governo. "Iniml-go ostensivo da ordem cons-tltuida". Arraes estaria fo-mentando o "levante dccamponeses e a invasão deterras", incentivando "a agi-tação nos centros urbanos"e promovendo a "infiltraçãodos comunistas na adminis-tração do Estado". O próprio

Parlamentares PernambucanosDesmascaram a Trama do IBÁD"Vim ao Rio autorizado

pelo Conselho Sindical dosTrabalhadores de meu Esta-do a fazer a denúncia doclima de intervenção que seprepara em Pernambuco,porque c preciso que o apoioque se presta ao governo doEstado, enquanto éle viertomando aa posições queora perfilha, nlo fique res-trlto ao Estado de Pernam-buco. £ Importante que oapoio venha doa trabalha-dores do Brasil Inteiro" —declarou em nossa redaçãoo deputado estadual OU-berto Aievedo que nosconcedeu relevante entre-vista sobre a atual situa-ção-pórWea e social de Per-nammíj(kv" * *; •¦>* «-•»•-

O parlamentar eleito pe-los trabalhadores pernam-bueanos esteve no Rio in-tegrtndo uma comissão dedeputados encarregada deefetuar gestões junto aoInstituto do Açúcar e doÁlcool e ao Ministério daIndústria e Comércio sóbreproblemas relacionados camo Fundo de Consolidação eFomento da IndústriaAgrocanavleira. Acompa-nhava-o o vereador reci-fense Miguel Batista, dere-gresso do VI Congresso Na-cional dos Municípios, rea-Usado em Curitiba.

Continuando, afirmou cdeputado Gilberto Ase vedo:"Ja na Assembléia Legisla-tlva de Pernambuco tiveoportunidade de denunciaras manobras que a reaçãoestá tentando no sentidode incompatlbilizar o go-vêrno de Miguel Ar r ao acom a opinião pública per-nambucana e brasilei-ra,* conua. objetivo final .jle_afastar i sse governo-" que.vem procurando atender'os-anseios da maioria da po-pulação. através de umaintervenção federal ou deum impeexlmient a ser vo-tado pela Assembléia."

"Podemos assegurar —prosseguiu o parlamentar— que essa decisão foi to*mada abertamente numareunião realizada na Asso*clação Comercial no decor-rer da greve dos comercia*rios. Na ocasião, os comer-dantes ali reunido», ao In*vés de discutirem as reivin*dicaçóeg apresentadas pelo.seus empregado., ao invé»de tentarem fórmulas quepossibilitassem um acordo,mesmo que fosse na defesade seus interesses, limita-ram-se a examinar comocontribuir para a ampliaçãoda greve, como criar difi* .culdades ao . abastecimentoda cidade e como procederjunto ao comando do IVExército e ao governo cen*trai para provocar a inter-venção. Nos dias seguintescomeçaram ai pôr em execu-çlo os vários pontos do es*queroa golpista que elabo*raram".

CLEOFAS E CID"A partir da entrevista

dada por Cleofas ao jor-nal "O Globo" — adiantao deputado Gilberto Azeve-do, também prestigioso lidersindical da categoria dosbancários — realizam-se noRecife reuniões diárias, nacasa do ex-governador CidSampaio e sondagens vémgendo feitas visando a pa*ralisação geral das ativida*des econômicas do Estado,não apenas nas cidades masIgualmente no campo, paraservir de pretexto Justifica*dor de uma intervenção fe*deral"."Participei, como inte-erante de uma comissão daAssembléia Legislativa, ms*

tltuida para estudar o pro-blema do açúcar, de umareunião de fornecedores decana e usineiros. K nessaassembléia as mesmas vo-zes se levantaram, procu-rando convencer aos inte-grames daquelas classes deque deveriam ficar à frentedos trabalhadores, por oca*sião de eventuais paralisa-ções de trabalho".

.0 GOVERNODE ARRAES

Continua o deputado e dl-rigente sindical:"A coisa esta muito cia-

ra em Eernampueo. Mas épreciso que. todo o Brasil,especialmente og trabalha-dores das demais unidadesda Federação, conheça oque vem sucedendo em nos-so Estado, porque se essaIntervenção fosse tentada,se essa paralisação fossepossível, corno eles plaiio-jam, todo o povo se levan-tariá em defesa do govêr-no, em defesa da continua-çáo da politlea do governo.E é multo fácil de enten-der porque isso sucederia.O governo de Arraes, eleitonuma ampla frente única,da qual participaram fun-damentalmente operários ecamponeses, mas que con-tou também com o apoiod* industriais progressii-tas e mesmo de alguns se-tores de latifundiários, de-pois de eleito não defende,no básico, os Interessei da-

qutlas classes que de námulto espoliavam Pernam-buco. Vários são os sinaisdisso. Em nenhuma greve-deo-trabaUcadores' — « vá-r% foram- aT «atirar pa-rafisáratn"os trabalho;, apartir da posse do novo go-vérno os motoristas e tro*cadores de ônibus, o» tece-lões de Paulista, os gráf!.-cos. os oomerclários, cam-poneses em todas as áreasdo Estado, e, agora, os pro-fessôres — em nenhumadessas greves a policia foiusada para forçar os tra-balhadores a voltarem aotrabalho e sujeitarem-se, àscondições espoliativas quelhes impõem os patrões.Isso naturalmente é umacoisa nova lá no meu Es-tado como é,novo no Bra-sil. e faz com que os tra-balhadores apoiem um go-vêrno que assim age e o de-fendam se a reação preten-der atacá-lo.

Outro exemplo:, o planodc crédito direto aos peque-nus e médios agricultores,idealizado pelo governo doEstado, e que conta com acolaboração do governo fe-deral e do Banco do Brasilem particular, está atlngin-do em 40 dias, ou pretendeatingir em 40 dias, a 40 mlipequenos e médios agricul-tores, que pela primeira vezsão procurados nos pró-prios locais em que resideme são convencidos a rece-ber financiamentos para a

sua produção. E esta é ape-nas a primeira etapa doplano. Consiste em finan-ciar o.s forclros e pequenosproprietários, e assegurai acompra de sui produçãopor preços que garantamum lucro razoável c, final-mente , utilizando as orga-nizações estatais, aCompa-nhia de Revenda e Coloni-zação, a Companhia de Ar-mazéns Gerais de Peruam-buco. a Companhia deAbastecimento do Recife,utlllsando o Sindicato dosFelrantes, com os. quais ogoverno pretende estabele-cer convênio e utillzan-do os recursos da própriaSTTDENiVpretende^-io-v aresses- gêneros -produzido» noEstado diretamente I po-pulação consumidora, compequena margem de lucro.Com isso seriam elimina-dos o açambarcador e o es-peculador doa gêneros ali-mentidos. Uma medidadesse tipo faz, claro, comque os camponeses pobrese médios apólém o govêr-no em caso de necessida-de. Uma medida desse ti-po faz com que a popula-cão consumidora qde se irábeneficiar um tanto dessaredução dos preços dos gé-nevos alimentícios apóletambém o governo em ci-.'••p be necessidade. Os as-salariedos agriiolas for-mam também um setor quevê pela primeira vez umgoverno do Estado em Per-rambuco tomar posiçãofrontal contra a política deui.scria dos proprietáriosde terra, que deixam dccumprir leis que existemdesde 1943 quando foiapro-vada a Consolidação das,Leis do Trabalho

AS GREVES E Z £ 7,;OS DERROTADOS

Rechaçando hs afirmati-vas de Cleofas, e de ou-tros lideres golpistas, deque o governo promove gre-ves para "agitar e tumul*luar a ordem democrática",o deputado Gilberto Azevedoesclareceu: "As greves ha-vidas em meu Estado têmsido em geral cristallnamen-te justas c legais, refletin-do uma situação de angus-tia de todo o povo- O govêr-no está fazendo o que deve,não intervindo nelas e ga-rantindo aos trabalhadoreso direito constitucional dcgreve. Não tem havido ris-cos para a propriedade: odireito ri> propriedade nãovem sendo atingido. As gre-ves que sc têm realizadosão as mais pacificas atéhoje ocorridas no Estado.Essa posição dos grandescomerciantes, dos grandesproprietários de terra, dosfornecedores de cana e gran-des usineiros, especialmente,e do8 grandes Industriais,

, é voltada exclusivamente pa-ra a criação de uma apa-rência de intranqüilidade,para justificar o sonhado

afastamento do governadorArraes.O povo em geral vê essa

posição, particularmentetom relação a Cleolas, co*mo a de um derrotado. E' odireito de espernear dequem concorreu e perdeu,de quem pleiteou a confian-ça popular e não obteve.

O governo tem intervidoem todos esses fatos sociaisprocurando estabelecer en*tendlmentog, os mais rápi-dos, entre a. partes, procu-rando e.tabelecer acordos.A posição do governo emface de todas a. greves éque isso é de competênciado Ministério dó Trabalho, édá orbita federal/ è queniconcilia greves é o delega-do representante do mini.-tro do Trabalho em Per*nambuco. O governadoratua junto a uma parte eoutra procurando removerintransigências, se a-s hou-ver. Mas nunca como me-diádor, que não é de suacompetência a mediação"

"E' isto em linhas geraiso que vem acontecendo emPernambuco. Um governoque se volta para a maio-ria da população, que sãoos. desfavorecidos, e pre-tende fazer alguma coisaque melhore a situação dopovo, no âmbito de suasatribuições, e pretende tam-bém que todo o povo dePernambuco unido com ogoverno faça com que nos-»o Estado seja utilizado co-mo um baluarte nacionalna luta contra o imperia-lismo e contra o latifúndioem" nossa terra e por refoi -mas de estrutura que per-mitam o desenvolvimentoindependente do Brasil."< &-4**: j" »Í-- "O IBAD POR TRÁS

Falando em seguida sóbreas sucessivas deslocaçõesde lideres das "classes pro-dutoras" pernambucanas aoRio e a Brasília, onde cos-tumam emitir declaraçõessóbre a "subversão" eracurso em Pernambuco, aílr-mou Gilberto Azevedo: —"Essas comissões que avio-nam quase semanalmentepara dar entrevistas acu-sando o governador MiguelArraes de incentivar a "agi-taçào" e abrir as portas dePernambuco á "comuniza-çáo" são articuladas e fi-mandadas pelo IBAD. Ve-jamos, por exemplo, osdeputados que forttm aoCongresso dos Municípios,em Curitiba, e os que estãocomigo, no Rio, e que sãofornecedores de cana, ten-do um deles sido já o pie-sidente da Ação Democrá-tica Parlamentar em Per-nambuco. Todos eles, noRio, mantêm-se em cons-tantes contato com duasfiguras que ficaram bem

conhecidas em Pernambucodurante a campanha eleito-ral: Herculano Carneiro,

um carioca que se trans-feriu para lá, às rxpensasdo IBAD, e José EmílioCavalcanti, que foi apresen-tado nos comícios e volta aser apresentado agora aquina Guanabara como líderoperário, mas que de lideroperário não tem nada, nãotrabalha em lugar algum.E' o IBAD que financia tó-da essa gente" —.concluiu,

Complementando a tnfor-mação de seu companhei-ro, o vereador Miguel Ba-tista asseverou:

"Para saber os Intuitosdessa comissão que veio àGuanabara dar entrevistasno. jornais ligados aos in-tefétaés antlnaclonals bas-ta atentarmos para' a suacomposição. Todo o Estadode Pernambuco, e parti-cularmanta a cidade do Re-clfe, conhece de sobra oselementos que a compõem,como por exemplo, o velhopolicial Wandelhoc Wan-derley, o jornalista Severi-no Barbosa, ou José de 81-queira, um alto comerciai!-te, mais conhecido como so-negador e contrabandista.O que eles fazem é apenasfantasiar, a pretexto decombate ao comunismo,uma situação què náo exls-te. porque na verdade hojeos trabalhadores em Per-nambuco estão com a con-vicção de que têm hoje umgovernador que está respel-tando a lei, como ficou evi-dente por ocasião da grevecom que os trabalhadoresde Paulista paralisaram asatividades da tecelagem aliexistente. Durante sete diasos operários, reunidos emseu sindicato, permanece-ram irredutíveis, só voltan-do ao trabalho com o aten-dlmento de suas reivindica-ções. Fói-hos dito duranteuma assembléia no sindica-to que aquela era a primeiravez em que a policia nãofoi posta a serviço dos pa-trões, os Lundgren. Foi in-clusive aprovado por unani-mldade pelos trabalhadoresum voto de louvor ao go-vernador Arraes e ao secre-tá rio de Segurança Pública.Somente este fato ilustra arealidade de que os traba-lhadores querem apenas,para defender seus direitose suas reivindicações, os dl-reitos que lhes são garan-tidos pela lei. E isto o go-vernador assegura. E os tra-balhadores estão confian-tes em que o governadornão se afastará dessa posi-ção. Dai o ódio desses ele-mentos, que não sáo preci-samente aqueles que seidentificam com o desenvol-vimento e o progresso doEstado e da Nação. Verifl-ca-se pela própria comissãoque ve|o, que no que dizrespeito aos políticos e aoscomerciantes são os da piorespécie, conhecidos em todoo Estado e na cidade do Re-cife como sonegadores econtrabandistas".

governador — afirmou o sr.Joio Cleofas, em declara-çóes publicadas por "O Olo-bo" em manchete de oitocolunas na primeira página— não passaria de "um co-mlssárlo de Moscou para lm-plantar o regime soviéticono Brasil"

Na verdade o que preten-Lm Cleofas, Cld Sampaio, o

IBAD, os insensíveis usinei-ros e os outros promotoresc artlculadcres da trama In-tervencionista é impedir queseja cumprido o programapolítico e administrativo, dcalto cunho popular, anun-ciado e iniciado por Arraes.Mais do que isso, tenclonameliminar um exemplo con-

creto — que lhes aterroriza— de como Já é possível noBrasil, mesmo nos estreitoslimites constitucional, e no:quadros do regime vigente.Já é possível ao povo colo-car cm importantes posto.-do aparelho de Estadomandatários que assegurem-a garantia efetiva das liber-dades democráticas, promo-vam o atendimento' das le-gitlmas e legais reivindica-ções populares, respeitem eIncentivem o direito de reu-nllo e organização dos tra-balhadores da cidade e docampo e liquidem, nos qua-dros de sua Jurisdição, comos privilégio, dos explorado-res.

Sobre a real situação emPernambuco, e sobre a re-percussão obtida pela lnst-dlosa mistificação golpistapatrocinada pelos grandesderrotados do pleito de 7de outubro passado, publica-mos nesta edição dois seda-recedorea documentas: umpronunciamento feito pologovernador Miguel Arraessos correspondentes dosjornais cariocas no Recifei3>. página) e a entrevistaexclusiva que nos foi con-cedida no Rio pelos parla-mentares pernambuca-nos deputado Gilberto Ase-vedo e vereador (no Recife)Miguel Batuta (nesta pági-na).

Trabalhadores e Povo Firmesao Lado do Governo

Reportagem de RildO Moutl,correspondente de NR no Recife

Unidas em terno do go-vévno do sr. Misuel AnaesVio forçai nacionalistas edemocrátios de Pernambu-co vém conseguindo derro-tar as forças reacionáriasdo IBAD .c das chá .nadasclasses produtoras, que in-tentam conseguir uma in-tervençáo íede.'.;l no Esta-do, sob a falsa alegação daexistência aqui de um cll-ma de "agitação vermelha".

Na verdade, o que existeem Pernambuco é a garan-tia plena, por parte do go-vérno estadual, da maisampla liberdade democráti-ca; o respeito aos direitosdos operários e camponeses,notadãmente no que se re-fere ao direito de greve;uma campanha sistemáticacontra, os exploradores, do.pòvò, principalmente contraos sonegadores de impostosfiscais; estreita e. cada vezmaior, identidade de.pon-tos de vista entre o govêr-no e o povo.

Com isto, náo estão sa-tisfeltos os setores maisreacionários dos usineiros,dos senhores de engenho,dos industriais e dos comer-dantes, que tudo fazem nosentido de desacreditar,desmoralizar e tentar en-fraquecer o governo do sr.Miguel Arraes. E' uma ver-dadelra campanha sórdida,que empreendem, pois pãoestão satisfeitos com o quèvem acontecendo.

Tentaram e ainda ten-tam, por exemplo, realizarum criminoso "lockout" naindústria, fechando fábri-cas, usinas, bancos, enge-nhos, etc, afirmando aosquatro ventos não existirclima para o "desempenho"

.de suas atividades. Tenta-vam e tentam, assim, sub-vertendo a ordem e a tran-quilidade existentes, criarcondições para a derrubadado governador Arraes, ami-go do povo, dos trabalha-dores e dc*\campone.aí. ,.'•...»dtèt4ÇtIo}|v|fl*W Iniões vêni realizando na**'sede da Associação Comer-ciai, condicionando o "tér-mino" da luta ao imediatoaumento do preço do açu-car, Só assim — afirmam

¦•'— poderão pagar o 13.° sa-lário aos trabalhadores do

.campo.REAGEM OSTRABALHADORES

No entanto, tomando po-sição ao lado do governoque elegeram no memorávelpleito eleitoral de 7 de ou-tubro último, os trabalha-dores pernambucanos, atra-vés do Conselho Sindicaldos Trabalhadores (CON-SINTRAi. na iminência deuma intervenção federal noEstado, deram publicidade,no dia 28 de março, ao se-guinte manifesto, alertandoa população e as autoridadescontra o que pretendiam étramavam os Inimigos dopovo:"AS AUTORIDADES

AOS TRABALHADORESE AO POVO:Os setores mais rcaclonà-

rios dos usineiros, dos se-

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nhores do engenho, dos in-dustriais e comerciantes dePernambuco vém resistindo,desesperada mente, ao cum-primento das leis que bene-íiciain os trabalhadores.

O 13.° mês de salário pa-ra os trabalhadores agrico-Ias nàa está sendo pago in-tegralmcnte por grandenúmeio de usinas c de en-genhoü, motivando rcc.auia-ções e protesto» dos assala-riadós agrícola, que sé or-gsnlzsm pára exigir o quêa lei lhes gerente.

O salávlo-minimo náo épago aos trabalhadores ru-rais como preceitua a Lei.Se os trabalhadores recla-mam e exigem o seu paga-mento, sáo barbaramentemassacrados e assassinados,como ocorreu em janeiroúltimo, na Usina Estre-liana-

üs setores mais reacioná-rio* do» usineiros, dos senho-,res de engenho, üos indus*trials e comerciantes dePernambuco levantam umclamor contra o novo gòvur*no chefiauo pelo sr. lUigitelArraes, porque as liberdadesdemocráticas estão sendorespeitadas para iodos oscidadãos, ricos ou pobrescomo determina a (Jonsti'ui-ção Federal; porque o gover-nador Miguel Arraes asse-guia aos trabalhadores osseus direitos a lutarem pa-ciflcamente por melhorescondições de vk:a; porque cgovernador Miguel Arraoí,com o apoio do' governo ísderal, está executando u-napolítica de crédito de largaenvergadura que beiwfiLiaa dezenas dc milhares dnpequenos agricultores; poi-que o governador realizauma política- fiscal justa;porque encaminha providén-cias tendentes a regularizaro abastecimento das cida-tíe., a combater a carestarie vida e os especulaücveí.Por esses motivos, os .iéto*

/ps, mais reacionários doá1 ucmeiros, do. senhores de^«ngeriho. dosvindu*tn\aÍ6t a

dos comerciantes,: capitaiicados por políticos ínconfo:'*mados c repudiados pelo po*vo, estào forjando um di-ma artificial de inquietarãono Estado, a fim de desinorallzar o governador ?.li-guel Arraes, acusá-lo de in*capaz de manter a ordem pública, o livre funcionamentodas atividades produtivas e,por isto, solicitar das auto-ridades da União a intervea-çào federal em Pernambu-co,

Na realidade, us setoresmais reacionários dos usi-neiròs, dos senhores dr fn-genho, dós ihdusTnis e doscomerciantes o que' preten*dem realmente é rtemilax'as forças vitoriosas nas elcições de outubro último, atra-vés do tumulto Ua vidh éco-nômica de Pernambuco

As greves ultimamiMUverificadas em Pernambucodecorrem da situação de de-sajustamento socir) <uie nãose circunscreve i'* limitesdo nosso Estado, iras apre-senta uma notória ijoufiguração nacional, por i?£omesmo eclodindo cr. todo opais, sempre rigorosarient''com caráter orde.ro c pacifico.

Os trabalhad3i'?s denvii*ciam 8,0 povo per .if*mbuca-no, á classe operar h e aopovo brasileiro essa. ma-

quinaçóes tenebrosa» des.esst tores anliiiacioii «is que sedesesperam quando os tra*balhadores lém a garantiado poder público para quea Lei seja respeitada e cum*pri-Ja.

Os trabalhadores pernam*bueanos condenam a atitu*cie dos setores mais reacio-nários dos usineiros, dos se*nhores dc engenho, dos in*dustriais c dos comercian*tes no scntdo da paralisa*çfto iiaií aiivit.ades econômi-cas do Kslado.

Os trabalhadores pernam*bueanos manifestam o seufirme propósito de contri-bu.r para a manutenção daordem, da legalidade demo*crática c da tranqüilidadepública.

Os trabalhadoras pernam*bueanos manifestam su» so*lidariedade e apelo I politi*ca que vem r.allsando o go*vernador Miguel Arraes oapelam a s- exda. que ga*ranta a conUmiidade dasatividades produtivas, flnan*ceiras e comerciais do Esta*do.

us trabalhadores darão te*da a cooperação de que sãocapazes para assegurar Onormalidade das atividadeseconômicas do Estado.

Os trabalhadores pernam*bueanos apelam para as au*toridades federais no senti*eu de que garantam a auto*no mia cio balado e o respei-to à Constituição, que essessetores, ora denunciados, de*sejam violar.

Recomendamos a todasas organizações sindicaisqne promovam, ainda hoje,assembléias e reuniões, aíim dc examinar a situação.

Conclamamos, finalmente.todos os trabalhadores áque se unam em torno desuas organizações sindicai.»a lim dc estarmos em con*(lições, se. necessário, de res*ponder à altura a qualquerprovocação no aentido daviolação das liberdades de*mocráticas e da autonomiado Estado, confiantes, sobre*tudo, na nossa unidade e nasolidariedade dos demaistrabalhadores brasileiros.

Êste é o nosso chamamen*to à organização, á unidadee à luta.".OS ESTUDANTESE OUTRAS CAMADASDA POPULAÇÃO

Ao lado dos trabalhado*res, formam fileiras os es-tudames e outros setores dapopulação, que também Ian-çaram manifestos, ao povo,

. condenando a sinistra mano*bra arquitetada pelas torçasantinacionais e antidemocrá*ticas de Pernambuco. As*sim sendo, manifestaram-sejã ao lado do governo: aUnião dos Estudantes dePernambuco, o Centro dosEstudantes Secundários dePernambuco, a AssociaçãoRecifcnsc dos EstudantesSecundários, todos os dirc*tórios acadêmicos da Uni*versidade do Recife, o Cen*tro dc Estudos Médico So*ciais, o Clube Inapiários dePernambuco, a União dosServidores Municipais doEstado de Pernambuco, aFederação das" Associaçõesdo Bairros do Estado dePernambuco e um grandenúmero tle outras entidade*APOIO DO CGT

Na reunião ao ConselhoSindical dos Trabalhadores,realizada no dia 28 de mar-ço, na sede do Sindicato dosBancários, reunião especifi-

Conclui na 2a. página*

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