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A navegação consulta e descarregamento dos títulos inseridos nas Bibliotecas Digitais UC Digitalis, UC Pombalina e UC Impactum, pressupõem a aceitação plena e sem reservas dos Termos e Condições de Uso destas Bibliotecas Digitais, disponíveis em https://digitalis.uc.pt/pt-pt/termos. Conforme exposto nos referidos Termos e Condições de Uso, o descarregamento de títulos de acesso restrito requer uma licença válida de autorização devendo o utilizador aceder ao(s) documento(s) a partir de um endereço de IP da instituição detentora da supramencionada licença. Ao utilizador é apenas permitido o descarregamento para uso pessoal, pelo que o emprego do(s) título(s) descarregado(s) para outro fim, designadamente comercial, carece de autorização do respetivo autor ou editor da obra. Na medida em que todas as obras da UC Digitalis se encontram protegidas pelo Código do Direito de Autor e Direitos Conexos e demais legislação aplicável, toda a cópia, parcial ou total, deste documento, nos casos em que é legalmente admitida, deverá conter ou fazer-se acompanhar por este aviso. [Recensão a] Cícero, Tratado da República. Tradução do latim, introdução e notas de Francisco de Oliveira Autor(es): Catroga, Fernando Publicado por: Imprensa da Universidade de Coimbra URL persistente: URI:http://hdl.handle.net/10316.2/41589 DOI: DOI:https://doi.org/10.14195/2183-8925_29_30 Accessed : 24-Mar-2021 17:05:33 digitalis.uc.pt impactum.uc.pt

[Recensão a] Cícero, Tratado da República. Tradução do ... · Revista de Historia das Ideias da continuidade do debate, que já vinha da Grécia, acerca da melhor forma política

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[Recensão a] Cícero, Tratado da República. Tradução do latim, introdução e notas deFrancisco de Oliveira

Autor(es): Catroga, Fernando

Publicado por: Imprensa da Universidade de Coimbra

URLpersistente: URI:http://hdl.handle.net/10316.2/41589

DOI: DOI:https://doi.org/10.14195/2183-8925_29_30

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Revista de Historia das Ideias

Vol. 29 (2008)

RECENSÕES CRÍTICAS E NOTAS DE LEITURA

Esta nota não é uma recensão, mas, tão só, um mero registo e uma saudação. Para recensear a obra citada, falta ao anotador suficientes conhecimentos de latim para poder emitir juízos acerca do valor da tradução. No entanto, as qualidades profissionais de quem a fez, bem como a garantia indirecta que advém do prestígio da escola em que o seu autor se integra - recorde-se que Francisco de Oliveira dedica o seu trabalho a Maria Helena da Rocha Pereira - são certificações seguras do seu rigor científico.

Igualmente se pretende saudar o aparecimento da colecção em que ela se integra. Dirigido por Diogo Pires Aurélio, o projecto visa tornar acessíveis alguns dos textos que, desde a Antiguidade até aos nossos dias, marcaram a história do pensamento político europeu.

Mas a feitura desta nota também foi incitada pela certeza de que a importância do Tratado da República ultrapassa a esfera dos especialistas. Tanto o aparato erudito como a elucidação internalista da terminologia usada por Cícero apontam para algo de decisivo na cultura ocidental, a saber: a latinização da linguagem grega que nasceu do governo político da polis e que teve no adversário de Catilina um dos seus mais profundos conhecedores entre os intelectuais romanos. E, através dele, esse património será reinventado pelos prolongamentos da sua herança no Renascimento e, mais tarde, no pensamento político moderno.

Levando em conta a excelente e iluminadora introdução de Francisco de Oliveira, pode mesmo afirmar-se que se está perante um esclarecedor exercício de história conceptual, em ordem a melhor se inteligir o significado

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Cícero, Tratado da República. Tradução do latim, introdução e notas de Francisco de Oliveira, Lisboa, Círculo de Leitores-Ternas & Debates, 2008

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Revista de Historia das Ideias

da continuidade do debate, que já vinha da Grécia, acerca da melhor forma política para se evitar a tirania. O que, em Cícero, passava pela demonstração da superioridade das formas mistas, ponderadas e equilibradas de distri­buição do poder na politela.

Ora, numa conjuntura em que a política parece carecida de virtù - termo preferido de Maquiavel e Montesquieu, discípulos confessos de Cícero - e em que as lógicas identitárias parecem estar imbuídas de sentimentos de pertença localistas e naturalizados, a leitura do Tratado será um bom ponto de partida sobre a necessidade de se dar primazia a sentimentos de pertença que estejam polarizados pelo ideal de patria civitatis, isto é, pelo apego ao império da Lei e do Direito. Limiar superior de sociabilidade e de participação cívica que, em Cícero, era sinónimo de Res publica.

Fernando Catroga

Alain Talion (ed.), Le sentiment national dans l'Europe méridionale aux XVIe etXVIIe siècles, Madrid, Casa de Velázquez, 2007

Blythe Alice Raviola (ed.), Lo spazio sabaudo. Intersezioni, frontiere e confini inetà moderna, Milano, Franco Angeli, 2007

Le sentiment national dans l'Europe méridionale aux XVIe et XVIIe siècles é um volume de estudos, reunidos e apresentados por Alain Talion, cujos autores são: Tamar Herzog ("Être Espagnol dans un monde moderne et transatlantique"), Arlette Jouanna ("Le thème de la liberté française dans les controverses politiques au temps des guerres de Religion"), Gianvittorio Signorotto ("Identità e interessi nell' Italia dei potentati"), Jean-Pierre Dedieu ("Comment l'État forge la nation. L"Espanhe' du XVIe siècle au début du XIXe siècle"), Bertrand Haan ("L'affirmation d'un sentiment national espagnol face à la France du début des guerres de Religion"), Jean-François Dubost ("Enjeux identitaires et politiques d'une polémique. Français, Italiens et Espagnols dans les libelles publiés en France en 1615"), Pablo Fernández Albaladejo ("Entre 'godos' y 'montañeses'. Avatares de una primera identidad española"), Jean-Frédéric Schaub ("Le sentiment national est-il une catégorie pertinente pour comprendre les adhésions et les conflits sous l'Ancien Régime?"), Adriano Prosperi ("Alle origini di una identità nazionale. L'Italia fra l'antico e i 'barbari' nella storiografia dell'Umanesimo e della Controriforma"), Cesare Vasoli ("Unità o disunione deUTtalia? Uno storiografo della Controriforma, Scipione Ammirato e la sua replica al Mchiavelli"), Richard L. Kagan ("Nación y patria en la

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