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A navegação consulta e descarregamento dos títulos inseridos nas Bibliotecas Digitais UC Digitalis, UC Pombalina e UC Impactum, pressupõem a aceitação plena e sem reservas dos Termos e Condições de Uso destas Bibliotecas Digitais, disponíveis em https://digitalis.uc.pt/pt-pt/termos. Conforme exposto nos referidos Termos e Condições de Uso, o descarregamento de títulos de acesso restrito requer uma licença válida de autorização devendo o utilizador aceder ao(s) documento(s) a partir de um endereço de IP da instituição detentora da supramencionada licença. Ao utilizador é apenas permitido o descarregamento para uso pessoal, pelo que o emprego do(s) título(s) descarregado(s) para outro fim, designadamente comercial, carece de autorização do respetivo autor ou editor da obra. Na medida em que todas as obras da UC Digitalis se encontram protegidas pelo Código do Direito de Autor e Direitos Conexos e demais legislação aplicável, toda a cópia, parcial ou total, deste documento, nos casos em que é legalmente admitida, deverá conter ou fazer-se acompanhar por este aviso. [Recensão a] OSÓRIO, D. Jerónimo - Carta à Rainha da Inglaterra Autor(es): Torrão, João Manuel Nunes Publicado por: Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, Instituto de Estudos Clássicos URL persistente: URI:http://hdl.handle.net/10316.2/29296 Accessed : 21-Jul-2020 04:16:12 digitalis.uc.pt

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UC Pombalina e UC Impactum, pressupõem a aceitação plena e sem reservas dos Termos e

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acesso restrito requer uma licença válida de autorização devendo o utilizador aceder ao(s)

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documento, nos casos em que é legalmente admitida, deverá conter ou fazer-se acompanhar por

este aviso.

[Recensão a] OSÓRIO, D. Jerónimo - Carta à Rainha da Inglaterra

Autor(es): Torrão, João Manuel Nunes

Publicado por: Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, Instituto de EstudosClássicos

URLpersistente: URI:http://hdl.handle.net/10316.2/29296

Accessed : 21-Jul-2020 04:16:12

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Por último, Isaías da Rosa Pereira, sagaz e paciente investigador dos escaninhos do Santo Ofício, descreve-nos as vicissitudes de «Damião de Góis perante o tribunal da Inquisição», desde a prisão em 4 de Abril de 1571 até 16 de Dezembro de 1572.

Recorda os pergaminhos da família, a vida do pagem da Corte, a frequência da Universidade para receber lições de gramática latina, a saída para Antuérpia, as deslocações diplomáticas e particulares, a amizade com Erasmo, os contactos com letrados e reformadores, o retorno à pátria, os privilégios e favores régios, histo­riando de seguida o processo inquisitorial, iniciado em 1545, mas retardado nos seus efeitos até 26 anos mais tarde.

Se a razão do desencadeamento processual emperrado se relacionará com a publicação das Crónicas e o despeito dos Braganças, ou com os factos acentuados por Borges de Macedo e atrás aludidos, só quando a edição crítica chegar ao cabo haverá talvez possibilidade de discernir. Sobre um Góis luterano ou hereje, Rosa Pereira, como canonista que também é, comprova não existirem elementos que induzam a tal aceitação.

Enfim, cinco peças variegadas de cinco mestres do saber goisiano que, apesar de desiguais no valor, ou até por isso, compõem um retrato mais moderno, contras­tante de cores, enriquecido de elementos e, sob certas reservas, mais autêntico do nosso grande humanista e cosmopolita de Quinhentos.

AMADEU TORRES

D. JERóNIMO OSóRIO, Carta à Rainha da Inglaterra. Introdução de José V. de Pina Martins. Crítica e modernização do texto, tra­dução e notas de Sebastião de Pinho. Biblioteca Nacional, Lis­boa, 1981, 252 pp. (incluindo 89 fotocópias).

É de saudar a edição de uma obra de D. Jerónimo Osório com a respectiva tradução. Mas não se compreende muito bem a escolha desta Carta, pois ela é, dentro das obras do «Cícero português», uma das menos significativas e até contri­buiu, dado o seu teor altamente polémico, para o enfraquecimento da fama do Bispo de Silves além fronteiras, sobretudo em Inglaterra. Aliás, o simples facto de o autor ter escrito esta obra a pedido do Cardeal D. Henrique dá a entender que D. Jerónimo Osório não se sentiria muito inclinado para a sua redacção.

Seria, pois, de desejar a escolha, por parte do editor, de uma obra mais importante na bibliografia de D. Jerónimo Osório.

Esta edição da Carta à Rainha da Inglaterra inclui uma nota introdutiva, o fac­simile da l.a edição em latim, o texto latino com aparato crítico, a tradução e notas.

A introdução apresenta alguns aspectos da vida e da obra de D. Jerónimo Osório, tendo, em seguida, uma análise a esta Carta.

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Pensamos que esta Nota Introdutiva poderia ter um pouco mais de profundi­dade, mas compreendemos que tal não tenha acontecido, tendo em atenção a impor­tância da obra publicada. Já não compreendemos, e lamentamos, um descuido em que incorreu José V. de Pina Martins. De facto, na p. 16, diz: «A Epistola Hieronymi Osorii ad serenissimam Elisabetam Angliae reginam,..., que agora se reproduz anas-taticamente e se verte em português também pela vez primeira,...». Ora, esta afir­mação não é correcta, se dermos fé às seguintes palavras de Barbosa Machado (Biblio-theca Lusitana, III, Lisboa, 1752, s.u. Pedro Alvares Landim):

«Traduzido elegantemente na lingoa Portugueza a Carta que o Bispo D. Jero-nymo Osório escreveo á Rainha de Inglaterra, e sahio com o seguinte titulo. Epistola ad Serenissimam Elisabetham Angliae Reginam, Ulyssipone apud Joannem Bla-vium, 1562.4.»

Desta tradução só possuímos esta notícia, mas Barbosa Machado fala tão categoricamente que não parece justo pô-lo em dúvida.

Sebastião de Pinho, com a sua tradução, conseguiu alcançar os objectivos que se propôs. De facto, o conteúdo foi transmitido com rigor científico e apareceu enriquecido estilisticamente com o movimento largo dado às frases e com o vocabu­lário e a sintaxe escolhidos. A tradução apresenta, de facto, um nítido sabor qui­nhentista, que assim compensa o que, irremediavelmente, se terá de perder ao traduzir um autor como D. Jerónimo Osório.

A crítica e a modernização do texto foram realizadas com rigor e o aparato crítico aparece-nos com uma singeleza que alivia o aspecto gráfico do texto.

Pena foi que a todo este trabalho do tradutor não tivesse correspondido a Biblio­teca Nacional com uma melhor revisão de provas. De facto, as gralhas foram tantas que o tradutor se viu obrigado, já depois da obra encadernada — como ele próprio declara —, a elaborar uma enorme Corrigenda (75 remissões), pois o seu trabalho tinha ficado nitidamente prejudicado.

Esperemos, agora, que a publicação desta Carta seja o início da edição das Opera Omnia de um dos nossos maiores humanistas.

JOãO MANUEL NUNES TORRãO

AMéRICO DA COSTA RAMALHO, Estudos Camonianos, 2.a ed., Lisboa, Instituto Nacional de Investigação Científica, 1980, XII + 139 pp.

Trata-se de um volume de grande interesse, que reúne trabalhos publicados nas décadas de 60 e 70, em diversas revistas (o I também editado, em tradução inglesa, em The Journal of the American Portuguese Society, vol. VIII, n.° 1, de New York, 1974) e actualizados para esta edição. Contém notas abundantes, seis reproduções foto­gráficas de pinturas, um índice dos versos citados, um índice onomástico e um índice geral.