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GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DA CIÊNCIA TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO FACULDADE DE ENGENHARIA QUÍMICA DE LORENA – FAENQUIL DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE MATERIAIS – DEMAR PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE MATERIAIS – PPGEM Dissertação de Mestrado RECICLAGEM DE PNEUS ATRAVÉS DA CONVERSÃO EM BAIXA TEMPERATURA Isaías de Oliveira Lorena – SP, Brasil 2003

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GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA DA CIÊNCIA TECNOLOGIA E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

FACULDADE DE ENGENHARIA QUÍMICA DE LORENA – FAENQUIL

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE MATERIAIS – DEMAR

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE MATERIAIS – PPGEM

Dissertação de Mestrado

RECICLAGEM DE PNEUS ATRAVÉS DA CONVERSÃO EM BAIXA TEMPERATURA

Isaías de Oliveira

Lorena – SP, Brasil

2003

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FACULDADE DE ENGENHARIA QUÍMICA DE LORENA – FAENQUIL

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE MATERIAIS – DEMAR

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE MATERIAIS

TÍTULO

RECICLAGEM DE PNEUS ATRAVÉS DA CONVERSÃO EM BAIXA TEMPERATURA

Isaías de Oliveira

Dissertação apresentada à Comissão Examinadora do Programa de Pós-Graduação em

Engenharia de Materiais da Faculdade de Engenharia Química de Lorena para obtenção do

grau de Mestre em Engenharia de Materiais.

Área de Concentração:

Materiais Aplicados ao Meio Ambiente

Orientador: Dr. Daltro Garcia Pinatti

Comissão examinadora : Dr. Daltro Garcia Pinatti

Dr. Amilton Martins dos Santos

Dr. Gilberto Alves Romeiro

Lorena – SP, 08 / Agosto / 2003

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DedicoA Minha esposa Ana Paula de Sousa Oliveira

e meu filho Ivan de Sousa Oliveira pelos

momentos de apoio, compreensão e amor.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus pelo amor e pela oportunidade de crescimento trilhando este

caminho.

A toda minha família pela dedicação, compreensão e cuidados, principalmente minha

esposa Ana Paula de Sousa Oliveira, meus pais Marilda de Oliveira, Lairto Tomas de Oliveira

e minhas irmãs Rejane Maria de Oliveira e Adriana Luzia de Oliveira Faria.

Ao meu orientador Dr. Daltro Garcia Pinatti pelo seu brilho e capacidade em ser um

instrumento da manifestação do conhecimento e sabedoria que tanto contribui para a melhoria

da pesquisa em nosso país, sendo um exemplo a ser seguido.

À Drª Rosa A. Conte, Dr Sebastião Ribeiro e funcionários do Departamento de

Engenharia de Materiais pela ajuda e convivência durante este trabalho.

A toda equipe da RM – Materiais Refratários Ltda, em especial ao pesquisador Álvaro

Guedes Soares pelo apoio dado no início deste trabalho, aos técnicos Luiz Gonzaga Pereira de

Castro e Luiz Carlos de Souza na construção da planta piloto de Conversão de Baixa

Temperatura e companheirismo nos momentos de dificuldade.

Aos amigos Dora Bento, Luís Homero e João Carlos pelo carinho e acolhimento em

Lorena.

À RM – Materiais Refratários Ltda, empresa do Grupo Peixoto de Castro (GPC) pelo

apoio financeiro e pela brilhante contribuição ao crescimento de nosso país através das

pesquisas desenvolvidas nestes últimos 12 anos de existência.

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo FAPESP pelo apoio

financeiro dado ao projeto nº 00/10827-0

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“Na natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma.”

Antoine Laurent Lavoisier (1743 – 1794)

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- I -

ÍNDICE

ÍNDICE DE TABELAS............................................................................................ IV

ÍNDICE DE FIGURAS............................................................................................ VII

NOMENCLATURA................................................................................................. IX

RESUMO................................................................................................................... X

ABSTRACT............................................................................................................... XI

1 INTRODUÇÃO................................................................................................. 1

1.1 Breve Histórico da CBT............................................................................ 1

1.2 Reciclagem do Pneu Através da CBT....................................................... 2

1.3 Objetivo do trabalho.................................................................................. 4

1.4 Justificativas para Realização do Trabalho............................................... 4

1.5 Processamento Integrado do Lixo............................................................. 7

2 REVISÃO BIBLIOGÁFICA........................................................................... 10

2.1 Tecnologia da Borracha............................................................................ 10

2.1.1 Polímeros utilizados em Formulação de Borrachas.................... 10

2.1.2 Cargas e Químicos Utilizados nas Borrachas............................. 16

2.1.2.1 Agentes de Vulcanização............................................. 16

2.1.2.2 Aceleradores de Vulcanização..................................... 19

2.1.2.3 Ativadores de Vulcanização......................................... 19

2.1.2.4 Retardantes de Vulcanização....................................... 22

2.1.2.5 Antidegradantes............................................................ 23

2.1.2.6 Cargas e Pigmentos...................................................... 24

2.1.2.7 Plastificantes................................................................. 31

2.1.2.8 Auxiliares de Processamento....................................... 32

2.1.2.9 Adesivos....................................................................... 33

2.1.3 Fabricação dos Artefatos de Borracha........................................ 33

2.2 Tecnologia de Reciclagem da Borracha.................................................... 35

2.2.1Dibenzo Dioxinas Policloradas (PCDD) e Dibenzo - Furanos

Policlorados (PCDF)................................................................... 35

2.2.2 Descarte em Aterros e Lixões..................................................... 41

2.2.3 Reutilização de Pneus.................................................................. 41

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- II - 2.2.4 Indústria de Cimento e Termoelétricas....................................... 42

2.2.5 Pirólise......................................................................................... 43

2.2.6 Utilização do Pneu no Asfalto..................................................... 45

2.2.7 Devulcanização........................................................................... 45

2.2.8 Moagem e Cominuição de Pneus................................................ 47

2.2.9 Conversão em Baixa Temperatura.............................................. 51

3MATERIAIS E MÉTODOS............................................................................ 53

3.1 Recebimento dos Pneus............................................................................. 53

3.2 Modificação da Planta CBT – Piloto......................................................... 53

3.3 Conversão em baixa Temperatura do Pneu............................................... 54

3.4 Operações Unitárias da CBT – Pneu......................................................... 56

3.4.1 Separação do Óleo e dos Gases Não Condensáveis.................... 56

3.4.2 Descarga do Negro de Fumo Recuperado................................... 57

3.5 Métodos Utilizados na CBT – Pneu......................................................... 58

3.6 Métodos Utilizados para os Produtos da CBT – Pneu.............................. 59

3.6.1 Análise Química do NFR............................................................ 59

3.6.2 Adsorção de Iodo do NFR........................................................... 61

3.6.3 Análise da Superfície específica do NFR.................................... 62

3.6.4 Análise Microscópica do NFR.................................................... 63

3.6.5 Ensaio de Compactação............................................................... 63

3.6.6 Realização de Ensaios Físicos em Borrachas com NFR............. 64

3.6.7 Análise Química do Óleo da CBT-Pneu..................................... 65

4RESULTADOS E DISCUSSÕES.................................................................... 66

4.1 Dados Experimentais................................................................................. 66

4.1.1 Resultados Obtidos em Condições Não Isotérmicas................... 66

4.1.2 Resultados Obtidos em Condições Isotérmicas.......................... 67

4.1.2.1 Definição das Temperaturas Reacionais...................... 67

4.1.2.2 Balanço de Massa e Térmico da CBT – Pneu.............. 68

4.1.2.3 Moagem e Classificação do NFR da CBT – Pneu....... 70

4.2 Cálculo Cinético Proposto por Teng......................................................... 71

4.2.1 Aplicação dos Resultados Não Isométricos no Modelo

Cinético Proposto por Teng......................................................... 73

4.3 Modelo Cinético para as Condições Isotérmicas...................................... 74

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- III - 4.3.1 Aplicação dos Resultados Obtidos com temperatura Constante

ao Modelo Cinético Isotérmico.................................................. 75

4.4 Caracterização do Negro de Fumo Recuperado........................................ 77

4.4.1 Análise Química.......................................................................... 77

4.4.2 Adsorção de Iodo........................................................................ 78

4.4.3 Área Superficial Específica do NFR........................................... 80

4.4.4 Análise Microscópica.................................................................. 81

4.4.5 Análise das Curvas de Compactação.......................................... 84

4.5 Elasticidade das Borrachas........................................................................ 85

4.6 Caracterização do Óleo............................................................................. 93

4.6.1 Análise do Óleo Formado pela Pirólise....................................... 93

4.6.2 Análise do Óleo Formado pela CBT – pneu............................... 97

5 CONCLUSÃO.................................................................................................. 100

5.1 Trabalhos Futuros...................................................................................... 100

6 ANEXOS............................................................................................................ 104

7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................ 116

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- IV - ÍNDICE DE TABELAS

Tab. 1.1 Formulação representativa para carros de passeios em parte por peso de

borracha............................................................................................................ 2

Tab. 1.2 Peso de borracha em pneus............................................................................... 3

Tab. 1.3 Porcentagem de uso de borracha natural em [phr] nos pneus de alto

desempenho...................................................................................................... 3

Tab. 1.4 Tecnologias de reciclagem de pneus................................................................ 5

Tab. 2.1 Especificação da borracha padrão da Malásia.................................................. 10

Tab. 2.2 Propriedades físicas de borracha natural não vulcanizada................................ 11

Tab. 2.3 Propriedades da borracha vulcanizada.............................................................. 11

Tab. 2.4 Principais monômeros utilizados na síntese de borrachas sintéticas................ 12

Tab. 2.5 Aplicações do SBR produzido via polimerização por emulsão........................ 13

Tab. 2.6 Comparação das propriedades da NR e de Outras SR`s* após a vulcanização. 14

Tab. 2.7 Temperatura de dissociação (Tdiss) e energia de ativação (Ea) típica de

algumas ligações químicas................................................................................ 15

Tab. 2.8 Resistência ao calor de alguns elastômeros de engenharia............................... 15

Tab. 2.9 Limite de temperatura de alguns elastômeros de engenharia........................... 15

Tab. 2.10 Tensão de resistência a tração de alguns elastômeros de engenharia............... 16

Tab. 2.11 Doadores de enxofre......................................................................................... 18

Tab. 2.12 Agentes de interligação sem enxofre................................................................ 19

Tab. 2.13 Aceleradores orgânicos de vulcanização.......................................................... 20

Tab. 2.14 Sistema de vulcanização típica para elastômetros com carga de negro de

fumo.................................................................................................................. 22

Tab. 2.15 Tipos de antioxidantes utilizados...................................................................... 23

Tab. 2.16 Propriedades e significados das cargas............................................................. 24

Tab. 2.17 Tipos de negro de fumo.................................................................................... 26

Tab. 2.18 Composição química dos negros de fumo........................................................ 27

Tab. 2.19 Classificação dos negros de fumo..................................................................... 28

Tab. 2.20 Efeito do negro de fumo na borracha................................................................ 29

Tab. 2.21 Propriedades e aplicações com negro de fumo................................................. 30

Tab. 2.22 Área superficial e diâmetro médio de diferentes cargas................................... 31

Tab. 2.23 Tipos de óleos minerais.................................................................................... 32

Tab. 2.24 Classificação dos auxiliares de processamento de acordo com o Uso............. 32

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- V - Tab. 2.25 Classificação dos auxiliadores de acordo com a composição química............. 33

Tab. 2.26 Toxidade relativa de algumas substâncias....................................................... 36

Tab. 2.27 Fatores de Toxidez equivalente das PCDD, PCDF e PCB.............................. 37

Tab. 2.28 Participação das diversas fontes de emissão de dioxinas e furanos................. 40

Tab. 2.29 Critérios de emissão das normas européias...................................................... 41

Tab. 2.30 Formas de disposição dos pneus inservíveis..................................................... 41

Tab. 2.31 Percentagem de pneus dispostos, reciclados..................................................... 42

Tab. 2.32 Comparação entre alguns mercados de pneus usados nos EUA de 1990,

1992 e 1994....................................................................................................... 42

Tab. 2.33 Composição elementar de pneus usados........................................................... 43

Tab. 2.34 Comparação do teor energético de vários combustíveis................................... 43

Tab. 2.35 Custo dos combustíveis.................................................................................... 43

Tab. 2.36 Classificação segundo o meio reacional dos principais tipos de pirólise......... 43

Tab. 2.37 Óleos e auxiliares de processamento para digestão da borracha...................... 46

Tab. 2.38 Formulação para recuperação integral de pneus SBR...................................... 46

Tab. 2.39 Formulação para recuperação da borracha natural neutra................................ 46

Tab. 2.40 Formulação para recuperação de negro de fumo da borracha natural.............. 47

Tab. 2.41 Formulação para recuperação de borracha butílica.......................................... 47

Tab. 2.42 Propriedades da borracha recuperada............................................................... 47

Tab. 2.43 Equipamentos utilizados instalação de comunuição......................................... 48

Tab. 2.44 Orçamento da unidade de cominuição de pneus e resíduos.............................. 49

Tab 2.45 .Destruição de organoclorados no lodo do esgoto............................................ 52

Tab 2.46 Balanço de massa da LTC pneu na temperatura de 450ºC............................... 52

Tab 2.47 Conversão em baixa temperatura de pneu........................................................ 52

Tab. 4.1 Acompanhamento das temperaturas reacionais e taxas de aquecimento das

CBT-pneus..................................................................................................... 66

Tab. 4.2 Relação da temperatura com a produção de voláteis..................................... 68

Tab. 4.3 Balanço de massa de CBT-pneu.................................................................... 69

Tab. 4.4 Balanço térmico da CBT-pneu...................................................................... 70

Tab. 4.5 Classificação granulométrica do NFR da CBT-pneu.................................... 70

Tab. 4.6 Aplicação dos dados não isotérmicos ao modelo proposto por Teng,H........ 73

Tab. 4.7 Variação da constante de velocidade da CBT-pneu com a temperatura........ 75

Tab. 4.8 Dados das curvas de calibração..................................................................... 77

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- VI - Tab. 4.9 Concentração de Zinco e Enxofre do NFR.................................................... 77

Tab. 4.10 Balanço de massa Zn e S............................................................................... 78

Tab. 4.11 Resultados das análises sobre adsorção de Iodo............................................ 79

Tab. 4.12 Superfície específica do NFR e NFC............................................................. 81

Tab. 4.13 Condições de operação do JEOL JSM-6330F............................................... 81

Tab. 4.14 Elasticidade dos emborrachados.................................................................... 86

Tab. 4.15 Formulação das borrachas e caracterização mecânica................................... 87

Tab. 4.16 Efeito do negro de fumo nos elastômeros (NBR e SBR).............................. 88

Tab. 4.17 Concentração dos PAH no óleo de pirólise em função da temperatura

reacional......................................................................................................... 94

Tab. 4.18 Produtos obtidos sobre várias condições de pirólise a vácuo........................ 96

Tab. 4.19 Sustâncias identificadas no óleo CBT – pneu................................................ 97

Tab. 4.20 Identificação dos principais componentes do óleo obtido durante a CBT-

pneu 380ºC e 420ºC....................................................................................... 98

Tab. 5.1 Caracterização por adsorção de Iodo dos três tipos de NFR......................... 103

Anexo I Histórico da Borracha.................................................................................... 104

Anexo II.I Nomenclatura................................................................................................. 105

Anexo II.II Designação de grupos de borracha de acordo com a estrutura química........ 106

Anexo II.III Usos da borracha sintética (88%-indústria automobilística)......................... 106

Anexo II.IV Produção total de borracha e borracha sintética............................................ 106

Anexo II.V Principais fabricantes de pneus...................................................................... 106

Anexo II.VI Usos técnicos da borracha.............................................................................. 106

Anexo III Fluxograma de Reciclagem por Digestão...................................................... 107

Anexo IV.I Memorial de cálculo do balanço de massa da CBT-pneu a 380oC................ 108

Anexo IV.II Memorial de cálculo do balanço de massa da CBT-pneu 420oC................... 108

Anexo V.I Memorial de cálculo do balanço térmico da CBT-pneu a 380oC.................. 109

Anexo V.II Memorial de cálculo do balanço térmico da CBT-pneu 420oC..................... 110

Anexo VI.I Cálculos cinéticos em condições não isotérmicas......................................... 111

Anexo VI.II Comprovação do teorema da conversão cinética........................................... 112

Anexo VI.III Cálculos cinéticos em condições isotérmicas.............................................. 113

Anexo VII.I Cromatograma geral dos componentes do óleo CBT – pneu 380ºC........... 114

Anexo VII.II Cromatograma dos componentes orgânicos do óleo CBT – pneu 420ºC.... 115

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- VII - ÍNDICE DE FIGURAS

Fig.1.1

Estrutura do pneu radial............................................................................2

Fig. 1.2 Dados sobre o mercado nacional de pneumáticos..................................... 6

Fig. 1.3 Ciclo global dos materiais ........................................................................ 8

Fig. 1.4 Análise do ciclo de vida dos materiais do lixo.......................................... 9

Fig. 2.1 Formação de rede por vulcanização.......................................................... 17

Fig. 2.2 Tipos de ligações formadas durante a vulcanização acelerada do

elastômero.................................................................................................. 17

Fig. 2.3 Curva de vulcanização............................................................................... 17

Fig. 2.4 Efeitos da vulcanização............................................................................. 18

Fig. 2.5 Classificação das cargas............................................................................ 25

Fig. 2.6 Diagrama de blocos da manufatura do pneu............................................. 34

Fig. 2.7 Fórmulas estruturais genéricas das dioxinas e furanos.............................. 36

Fig. 2.8 Processo Tosco II...................................................................................... 44

Fig. 2.9 Descrição de uma instalação para reciclagem de pneus velhos e outros

tipos específicos de resíduos sólidos......................................................... 50

Fig. 3.1 Planta piloto de CBT................................................................................. 55

Fig. 3.2 Reator de conversão em baixa temperatura – CBT................................... 55

Fig. 3.3 Alimentação do reator CBT....................................................................... 55

Fig. 3.4 Reator CBT carregado com pneu.............................................................. 56

Fig. 3.5 Instalação para separar e condensar os gases da CBT............................... 57

Fig. 3.6 Descarga do negro de fumo recuperado.................................................... 57

Fig. 3.7 Negro de fumo agregado ao aço................................................................ 57

Fig. 3.8 Mesa de peneiras....................................................................................... 58

Fig. 3.9 Moinho de martelo.................................................................................... 58

Fig. 4.1 Acompanhamento das temperaturas reacionais......................................... 67

Fig. 4.2 Variação da produção de voláteis com a temperatura............................... 68

Fig. 4.3 Balanço de massa das duas temperaturas reacionais................................. 69

Fig. 4.4 Curva de moagem do NFR da CBT-pneu................................................. 71

Fig. 4.5 Efeito da temperatura na fração convertida Xv em relação ao tempo....... 76

Fig. 4.6 Microestrutura do negro de fumo comercial N339................................... 82

Fig. 4.7 Microestrutura do negro de fumo recuperado CBT-pneu 380ºC.............. 83

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- VIII - Fig. 4.8 Microestrutura do negro de fumo recuperado CBT-pneu 420ºC.............. 83

Fig. 4.9 Estágios de compactação........................................................................... 85

Fig. 4.10 Curvas de compactação do NFC e NFR-380°C e NFR-420ºC................. 85

Fig. 4.11 Tensão de ruptura versus massa molecular média das cadeias

moleculares da borracha entre dois Cross-Link........................................ 89

Fig. 4.12 Valores de tensão de ruptura versus massa molecular entre duas

ligações de reticulação............................................................................... 89

Fig. 4.13 Formas de representação das cadeias livres presentes na rede

vulcanizada : a) excesso de cadeia bifuncionais; b) cadeias

monofuncionais......................................................................................... 90

Fig. 4.14 Microestrutura da superfície de fratura (ensaio de tração = 19,2MPa)

do corpo de prova da borracha formulada com negro de fumo comercial 91

Fig. 4.15 Microestrutura da superfície de fratura (ensaio de tração = 3,6 MPa)

do corpo de prova da borracha formulada com negro de fumo

recuperado pela CBT-380ºC...................................................................... 92

Fig. 4.16 Microestrutura da superfície de fratura (ensaio de tração = 4,8 MPa)

do corpo de prova da borracha formulada com negro de fumo

recuperado pela CBT-420ºC...................................................................... 92

Fig. 5.1 Microestrutura do NFR-380ºC moído por atrito....................................... 101

Fig. 5.2 Microestrutura do NFR-420ºC moído por atrito....................................... 101

Fig. 5.3 Microestrutura do NFR-420ºC aquecido a 850ºC e moído por atrito....... 102

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- IX - NOMENCLATURA

BR Polibutadieno

CA Carvão ativo

CBT Conversão em Baixa Temperatura

DBP Dibutilftalato

GLP Gás Liquefeito de Petróleo

GNC Gases não condensáveis

HAF Negro de fumo do Tipo fornalha de Alta Abrasão

ICP Inductively Coupled Plasma (Plasma acoplado indutivamente)

MEV Microscopia Eletrônica de Varredura

NBR Copolímero(butadieno-acrilonitrila)

NFR Negro de fumo Recuperado pela CBT

phr “Parts per hundred rubber” (partes por cem de borracha)

SBR Copolímero(estireno-butadieno)

SR Borracha Sintética

Densidade da Borracha

Ea Energia de Ativação

G Módulo de Cisalhamento

k Constante Cinética da Conversão em Baixa Temperatura

kb Constante de Boltsmam

ko Fator Pré Exponencial da Constante Cinética

Extensão da Borracha

Mc Peso Molecular Médio Entre dois “Cross-Link “

N Número de Cadeias por Unidade de Volume

Q Taxa de Aquecimento da Conversão em Baixa Temperatura

R Constante Universal dos Gases

Tensão de Tração

T Temperatura

t Tempo

ts “Scorchtime” – Tempo de Chamuscamento

V Quantidade de Voláteis Produzida no Tempo “t”

Vfinal Quantidade Máxima de Voláteis Produzida

XV Conversão cinética da CBT-pneu relativa ao teor de voláteis

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- X -

RESUMOAtualmente as três principais tecnologias para reciclagem dos pneus inservíveis que

atendem à resolução CONAMA nº 258 de 26/08/99, publicada no Diário Oficial da União de

02/12/99 [CONAMA-Brasília-DF.] são: queima de pneus picados em fornos de cimento com

custo de U$ 113,00/tonelada, a Conversão em Baixa Temperatura e aplicação em asfalto. Os

resultados economicamente positivos da técnica de CBT se devem a produção de negro de

fumo recuperado (NFR), óleos leves, gases não condensáveis (GNC) e aço.

A possibilidade de gerar a partir do pneu produtos mais valorizados como

negro de fumo recuperado e óleos combustíveis através da conversão em baixa temperatura

CBT, faz desta tecnologia uma atividade economicamente viável (baixo custo e lucro

líquido). Ressalta-se que tal técnica estudada neste trabalho, não requer picagem do pneu

dispensando-se assim, esta onerosa operação.

Para aplicar a tecnologia CBT ao pneu, foi necessário alterar o reator piloto já

existente na RM - Materiais Refratários LTDA, para que o mesmo pudesse ser alimentado

com o pneu inteiro. Durante a a reação de CBT o sistema foi mantido hermético (livre da

presença de oxigênio) com fluxo de N2 no interior do equipamento, utilizou-se duas

temperaturas de conversão (380 e 420ºC) visando obter dois tipos de negro de fumo.

Os produtos da CBT-pneus foram divididos em três blocos, a saber: NFR, óleo e GNC.

O primeiro deles foi caracterizado quanto a superfície específica, microestrutura, composição

química e aplicação como carga reforçante. Analisou-se os constituintes químicos do óleo,

que evidenciaram a aplicação do mesmo não só como combustível, mas também, como fonte

de matéria prima para a indústria química. O terceiro bloco refere-se aos GNC que foram

adsorvidos em leito de carvão ativado e não fazem parte do estudo deste trabalho.

Verificou-se também que a reação de conversão do pneu ocorre sobre influência

catalítica necessitando assim de baixas energias de ativação para promover a decomposição

dos pneus.

Foi possível, portanto, alcançar com a conversão em baixa temperatura do pneu a

rentabilidade econômica na reciclagem deste material sem causar poluição.

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- XI - ABSTRACT

Presently the three principal technology for used tire recycling that meets the

CONAMA resolution nº 258 from 08/26/99 published in “Diário Oficial da

União”[CONAMA-Brasília-DF] are: burning of tire’s pieces in cement kilms at a cost of US$

113,00/ton, the low temperature conversion (LTC) with production of recovered carbon black

(RCB), light oil and non condensable gases (NCG) and asphalt applications.

The possibility to generate from used tires, upgraded products such as recovered

carbon black and light fuel oil through LTC opens the possibility of a new economic activity.

A strong point of the LTC developed in this work is the avoidance of tire chopping, a very

expensive operation.

A pilot furnace for LTC of used tires was modified as part of the technology

development. This furnace has a annular tube geometry for whole tire feeding. Inert

atmosphere with N2 gas flux was maintained inside the furnace. It was used two temperature

of conversion (380ºC and 420ºC) in order to obtain two types of RCB. The NCG was

absorved in a activated carbon bed, liberating only CO2 and N2 to the atmosphere. During the

reactions there was not odor release to the atmosphere showing that they were completely a

absorved by the activated carbon.

The products of LTC was divided in three blocks: RCB, oil and NCG. The first was

characterized by surface area, microstructure and composition showing its application as filler

material. The oil composition shows application as fuel and as prime material for the chemical

industry. The NCG are burned in the LTC furnace followed by chemical analysis of the

combustion gases.

It was verified that the LTC thermo – chemical reactions are cathalictc with low

energy of activation.

It was possible with LTC of tires to reach zero pollution and economic rentabilty.

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- 1 -

1. INTRODUÇÃO

1.1. Breve Histórico da CBT

A conversão de baixa temperatura é um processo termo-catalítico que inicialmente

aplicava-se na conversão de lodos de esgoto em óleo. Seus estudos foram iniciados por

Sibatta (1939, França), porem o desenvolvimento só ocorreu por completo com Bayer e

Kutubuddin da Unidersidade de Tübigen na Alemanha que patentiaram o processo em 1981

[Bayer 1981].

Na mesma época a WTC (Wastewater Technology Centre) de Toronto Canadá iniciou

os primeiros testes de batelada em escala laboratorial. No ano de 1984 começaram os estudos

em bancada do processo contínuo, porem foi somente em 1986 que os pesquisadores Bridle e

Campbel desenvolveram a patente do processo contínuo, que resultou na construção da

primeira planta piloto.[Bridle et al. 1986].

Em 1988 a ESI (Enviromental Solutions International Ltda) da Austrália construiu a

planta piloto. Foi desenvolvido em 1989 pela ESI o PDI (Process Development Unit) que

resultou na primeira planta de demostração com capacidade de 60t/dia. [Pinatti et al. 1996].

Com a cooperação Brasil–Alemanha em pesquisas e tecnologia ambiental [Projeto

CNPQ ENV-49], a técnica de CBT foi introduzida no Brasil visando a integração da CBT na

co-geração de energia elétrica [Pinatti et al.1996]. Com a técnica de CBT dominada,

iniciaram-se então os estudos da sua aplicação em outros tipos de resíduos, dentre eles, o

pneu.

As reações de CBT-pneus mostraram que a borracha vulcanizada do pneu comporta-

se de maneira similar a CBT–lodo. Os produtos da CBT-pneu foram obtidos na seguinte

proporção: gases não condensáveis 5%, óleos leves 48%, aço 12% e carvão 35%, que no caso

do pneu, foi classificado como negro de fumo recuperado.

A conversão do pneu, material que atualmente é descartado em aterros, lixões,

queimado em fornos de cimento ou asfalto abriu a possibilidade de geração de lucro, a partir

de seus derivados: óleos leves e uma forma nobre de carbono que é o negro de fumo

recuperado. Os resultados obtidos neste estudo mostraram a validade da técnica de CBT no

tratamento dos pneus inservíveis, indicando que ela é uma das principais soluções técnico-

econômicas ambientais, tendo em vista seu baixo custo, recuperação de materiais, geração de

energia e ausência de poluentes.

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- 2 -

1.2. Reciclagem do Pneu Através da CBT

A figura 1.1 ilustra a estrutura de um pneu [Gent 1988] e as Tabelas de 1.1 a 1.3

mostram a composição dos materiais utilizados na manufatura destes artefatos de borracha

[Cyr 1990].

Tabela 1.1. Formulação representativa para carros de passeio em partes por peso [Gent 1988]

Componente % (p/p)Borracha natural 12,72SBR (75/25) 16,77Cis-1,4-polibutadieno 21,75Óleo aromático 6,45Negro de fumo N330 29,49Óleo de processamento 6,41Óxido de Zinco (ZnO) 2,05Ácido esteriárico 0,51Enxofre 1,03Acelerador de vulcanização(a) 0,51Antioxidante(b) 1,28Graxa protetora 1,03(a) Exemplo : N-ciclohexil-2-benzotiazoleamida sulfonada(b) Exemplo : N-(1,3-dimetilbutil)-N-fenildiamina-parafenilenoA mistura é convertida em um sólido elástico resistente através da interligação das moléculas da borracha (vulcanização) pelo aquecimento por 20 min., à temperatura de 150ºC num molde de pneu.

Fig. 1.1. Estrutura do pneu radial [Gent 1988]

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- 3 -

Tabela 1.2. Peso médio de borracha em pneus [Cyr 1990]

Borracha-(kg)PneusNatural Sintética

Carro de passeio 1,59 3,39Caminhão leve 2,17 6,32Caminhão médio/pesado 11,13 9,97

Tabela 1.3. Porcentagem do uso de borracha natural em [phr] nos pneus de alto

desempenho (heavy duty) [Cyr 1990]

Pneu de caminhão Componentes

Radial DiagonaisOutros

produtosBanda de rolamento 82 47 -Manta do colar 90 65 -Manta da banda de rolamento 100 70 -Lateral 58 43 -Banda de rolamento de pneus de caminhão fora de estrada

- -100

Pneus de avião - - 100Suspensão de motores de carro - - 100Luvas e máscaras cirúrgicas - - 100Rolos de pintura - - 100Mangueiras - - 100Elásticos - - 100Revestimento de tanques - - 100Bolas de tênis - - 100Moldes e extrudados - - 100Características principais da borracha natural: maior resistência a verde e de rasgamento, arrumação, coesão e menor taxa de aquecimento.

A evolução tecnológica do pneu tornou-o mais resistente e com isso, sua

reciclabilidade foi proporcionalmente dificultada. Destacam-se para este caso, os pneus

radiais, que são constituídos de borracha mais manta de aço e tecido. Para eles, as técnicas

convencionais de reciclagem enfrenta o problema de separar os componentes do compósito

(borracha+aço) requerendo assim um maior investimento.

A tecnologia que soluciona este dilema é a CBT-pneu, que promove a quebra das

ligações heterogêneas como: (C—S, C—N, C—P, C—O), mantendo as ligações homogêneas

(C—C) da borracha. Os compostos químicos inorgânicos presentes nos pneus tais como ZnO,

Silicatos e Metais de transição, atuam como catalisadores da reação permanecendo

integralmente no produto sólido não sendo volatilizados durante a reação[Bayer 1982, Brible

et al. 1986, Vieira 2001, Portilho 2002].

Os produtos da reação CBT-pneu consiste basicamente de GNC, óleos leves e um

sólido que se apresenta bastante friável (mistura de carvão + manta de aço). A separação

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- 4 -

integral do aço da manta e do talão do produto carbonoso ocorre através de uma simples

operação de britagem e posterior peneiração. O sólido final remanescente consiste

basicamente de uma forma nobre de carbono, o negro de fumo recuperado, que foi moído e

peneirado. Obtendo-se assim, um pó com granulometria abaixo de 325Mesh (0,044mm). No

futuro espera-se alcançar pó com agregados sub-micrométrico através de ativação com vapor

e posterior moagem por atrito. O óleo produzido durante a CBT–pneu é do tipo Limoneno,

podendo ser utilizado posteriormente como combustível de caldeira. Já os GNC, foram

adsorvidos em um leito de carvão ativado durante as reações, mas futuramente, estes gases

serão queimados no combustor da campânula.

Alcançou-se com a tecnologia de CBT-Pneus a reciclagem total de todos os tipos de

pneus, e a conversão deste tipo de resíduo em produtos vendáveis como: aço, negro de fumo

recuperado e óleo tipo limoneno.

1.3. Objetivo do Trabalho

Atualmente, a tecnologia de conversão em baixa temperatura é empregada em alguns

países do mundo na conversão de lodos de esgotos em óleo e carvão. O presente trabalho tem

como meta aplicar esta técnica na reciclagem dos pneus inservíveis. Para atingir tal objetivo

este projeto foi dividido em duas fases.

Primeira: parametrização da conversão em baixa temperatura do pneu visando obter

os dados reacionais como: temperatura, tempo, balanço de massa e balanço térmico

Segunda: cálculo cinético da CBT-pneu, caracterização do produto carbonoso

(adsorção de Iodo, superfície específica, Microscopia Eletrônica de Varredura, ensaio de

compactação, composição química e ensaios físicos em elastômeros que utilizaram o NFR

como carga reforçante) e composição química do óleo

1.4. Justificativas para Realização do Trabalho

Os pneus inservíveis são responsáveis por um problema ambiental gravíssimo. Pois a

disposição indevida deste resíduo serve de abrigo para mosquitos vetores de doenças como o

Aedes aegypti, que é o transmissor da dengue e febre amarela, alem da poluição química

(ZnO, compostos aromáticos e fuligem produzida durante a sua queima).

A indústria automotiva instalada no Brasil é de grande porte (atualmente, 2 milhões de

veículos/ano). Para suprir esta demanda, a produção e o consumo de pneus no Brasil [ANIP-

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- 5 -

São Paulo-SP] totalizam 217000 t/ano das quais 100500 t destinam-se à reposição. Estes

dados são mostrados na figura 1.2, admitindo-se como padrão o peso médio de 5 kg/pneu.

Para o ano de 2003 há uma estimativa de crescimento de 10% segundo a Anip [ANIP-São

Paulo-SP].

As Leis de Reciclagem de pneus no Brasil são as mais rigorosas em todo mundo, caso

venham a ser cumpridas. Dentre elas, destaca-se a resolução CONAMA nº 258 de 26/08/99,

publicada no Diário Oficial da União em 02/12/99, que passou a exigir das empresas

(produtoras, revendedoras e usuárias) a reciclagem na proporção de 1 em 4 pneus fabricados

em 2002, 2 em 4 em 2003 , 3 em 4 em 2004, 4 em 4 em 2005 e 5 em 4 em 2006, visando

assim reprocessar o estoque de pneus usados no passado [CONAMA-Brasília-DF.]. Leva-se

ainda em conta que a lei 9.795 de 27/04/99 que institui a política nacional de educação

ambiental, prevê punições que podem chegar a R$ 50 milhões para os infratores.

Dentre as formas de reciclagem de pneus (Tabela 1.4), destacam-se as seguintes:

Conversão de Baixa Temperatura (CBT), gaseificação, hidrogenação, combustão em fornos

de cimento, pulverização criogênica, retalhamento, granulação para utilização em asfalto de

rodovias, devulcanização e aterro industrial.

Das tecnologias mencionadas a única técnica econômica e ecologicamente correta é a

reciclagem CBT. A outra tecnologia de reciclagem é a queima em fornos de cimento porém,

este método requer picagem e transporte dos pneus até as cimenteiras elevando sensivelmente

o custo desta técnica.

A vantagem da CBT sobre as outras técnicas se deve, a possibilidade de não mais

exigir gastos com a reciclagem do pneu, mas a geração de lucro, uma vez que, seus sub-

produtos (óleos leves, negro de fumo recuperado e aço) possuem alto valor de mercado.

Tabela 1.4. Tecnologia de reciclagem de pneus [Caponero et al. 2000]

1) Aterros e pilhas 2) Co-processamento em cimenteiras 3) Co-processamento na Indústria de Papel 4) Co-processamento em termoelétricas 5) Pirólise6) Agricultura7) Artezanatos, Recifes, Quebra ondas e Barreiras 8) Industria Civil 9) Devulcanização10) CBT – Conversão em Baixa Temperatura

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- 6 - E PNEUMÁTICOS

PRODUÇÃO: 41,3 MILHÕES UNIDADES

INMETROCERTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA DE QUALIDADE

PNEUMÁTICOS PARA CAMINLHÕES, ÔNIBUS, CAMINHONETAS, AUTOMÓVEIS E MOTOCICLETAS

ANIP - INDUSTRIA NACIONAL D DE

VENDAS: 43,4 MILHÕES DE UNIDADES

EXPORTAÇÃO

15,2 MILHÕES35,0 %

DIVISASUS$ 523 MILHÕES

100 PAÍSESAmérica do Norte 45%

Mercosul 27%America Latina 12%

Europa, Asia e outros 16%

INDUSTRIA NO BRASILInstalada desde 1936

17100 empregos diretos11 empresas18 fabricas

14 Municípios e 6 Estados

MONTADORAS

8,1 MILHÕES18,7 %

TRIBUTOS DIRETOSR$ 1,1 BILHÃO( ICMS + IPI )

RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDAR$ 4,0 BILHÕES

REPOSIÇÃO

20,1 MILHÕES46,3 %

300 MIL

Trator / Terraplanagem

2,8 MILHÕES

Caminhões / Ônibus

11,9 MILHÕES

Automóveis

2,9 MILHÕES

Outros

2,2 MILHÕES

Caminhonetas

REDE DE DISTRIBUIÇÃO

1200 Empresas4000 Pontos de Venda

40000 Empregos

Fig. 1.2. Dados sobre o mercado nacional de pneumáticos [ANIP-São Paulo-SP]

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- 7 -

1.5. Processamento Integrado do Lixo

A Conversão em baixa temperatura do pneu é uma das operações existente dentro do

CEPIB – Centro de Processamento Integrado da Biomassa da RM-Materiais Refratários

pertencente ao Grupo GPC. Para entender o que é o CEPIB, deve-se primeiramente,

mencionar o projeto que o originou ao qual deu-se o nome de PROBEM – Biomassa Energia

e Materiais [Pinatti 2000].

O PROBEM foi fundamentado na aplicação da ciência e tecnologia de metais

refratários para fabricação de reatores químicos para processamento de biomassa. A

finalidade do programa é explorar o potencial produtor de biomassa do Brasil, o maior país

tropical do planeta, para resolver, de maneira auto-sustentada, dois grandes problemas

brasileiros que são a escassez energética e a falta de algumas matérias-primas químicas

industriais, bem como a correta manipulação da biomassa residual. O PROBEM foi

conseqüência do domínio e aplicação de vários ramos da Ciência e Tecnologia, tais como:

Ciência e Engenharia de Materiais Especiais (Nb, Ta, Ti, suas ligas cerâmicas), Engenharia,

Biologia, Química, Física, Tecnologia de Vácuo e Economia, buscando equacionar o

desenvolvimento de uma tecnologia de aproveitamento integral da biomassa e também do lixo

urbano. O aproveitamento de resíduos sob a forma de biomassa num país com as

características do Brasil, tem forte impacto nos segmentos ambientais, sociais e econômicos,

pois a tecnologia do PROBEM permite que alcancemos um projeto ambiental ecológico e

econômico (conceito eco-eco).

Uma das conseqüências da pesquisa desenvolvida pelo PROBEM, foi mostrar um

novo caminho para o reciclagem dos materiais (figura 1.3). Pelo ciclo global da matéria na

Terra, verificou-se o desafio enfrentado por este projeto, visando assim alcançar a reciclagem

total e poluição nula.

A figura 1.4 apresenta a análise do ciclo de vida dos materiais do lixo, e os resultados

propostos pela pesquisa no CEPIB (Centro de Processamento Integrado da Biomassa) são

comparados como antes e depois do PROBEM. Pelos dados obtidos com a reciclagem do

pneu, constatou-se que a mesma só será rentável se for acoplada ao CEPIB e sua

Termoelétrica. Com tal tecnologia, alcançou-se então, nível total de reciclagem de resíduos

domésticos e industriais (lixo, lodo municipal e industrial, pneus, reuso das águas e

recuperação de CO2).

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Fig. 1.3. Ciclo global dos materiais [Pinatti 2000]

CIÊNCIA E ENGENHARIA DO MEIO AMBIENTE

MATÉRIA PRIMAINDUSTRIAL

cristais, ligas, tecidos, cerâmicas, plásticos,

chapas

TRANSFORMAÇÃOOU

PROCESSAMENTO

EXTRAÇÃOOU

REFINO OU PROCESSAMENTO

FABRICAÇÃOOU

MONTAGEM

USO OU SERVIÇO OU

DESEMPENHODESCARTE

MATÉRIA PRIMA

BRUTAcarvão, minérios,

madeira, petróleo, rochas,plantas argilas

A TERRA

SUCATAOU

RESÍDUOS

BENS DE CONSUMOCarros, pontes,

relógios,equipamentos

PROSPECÇÃOOU

MINERAÇÃOOU COLHEITA

CIÊNCIA E ENGENHARIA DOS

MATERIAIS

MATÉRIA PRIMA BÁSICA

metais, papel, cimento, fibras, produtos

químicos

RECICLAGEM(química;engenharia química,

materiais e biotecnologia) Mineralogia(técnicas mineraisaplicadas à reciclagem); Hidrometalurgia; Pirometalurgia; Pré-Hidrólise Ácida; Desidratação (furfural e outros) Pirólises (conversão de baixa

temperatura, gaseificação) Termoelétrica Autosustentável; Fermentações(álcool,xilitol,etc.)Destilações.

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Coletae

Separação

Reciclagemde Materiais

Compostagem

TratamentoBiológico

Incineração sem Recuperação de Energia

Resíduos

Energia

Outros Materiais

Dinheiro

Materiais Secundários

Emissões no Ar

Adubo Energia Útil

Emissões Líquidas

Materiais Inertespara Aterros

Coletae

Separação

Compostagem

TratamentoBiológico

Incineração sem Recuperação de Energia

Resíduos

Energia

Outros Materiais

Dinheiro

MateriaisSecundários

EmissõesLimpas no Ar

Adubo Energia Útil

Emissões Líquidas(Nula)

Materiais Inertespara Aterros

(Nula)

Entradas Emissões

Entradas

TratamentoTérmico Aterros

AterrosTratamentoTérmico

Alumínio Solventes En. elétrica

Polímeros Plástico Entulho

Vidro Ferro Papel Vapor

ProdutosQuímicos(furfural e outros)

Celulignina Insumos, óleo, Carvão Ativado

CO2

Produtos Químicos(Furfural e Outros)

CeluligninaCarvõesÓleos

Dinheiro

Emissões

Produtos

Produtos

[1] - Antes do Programa BEM

[2] - Depois do Programa BEM

(a)

(b)

Ref.: F. Mc Dougall - Corporate Sustainable Development Procter & Gamble Technical Centres, UK.Seminário Lixo Municipal - Gerenciamento Integrado. São Paulo, Brasil, 23/Maio/2000, CEMPRE/IPT.

D.G. Pinatti. CEPIL - Centro de Processamento Integrado de LIxo. Lorena - SP, Brasil, 2000(b)

(a)

Uso de Gásde Aterros

Biogasei-ficação

Queima deCombustível

Queimade Massa

Uso de Gásde Aterros

Biogasei-ficação

Queima deCombustível

Queimade Massa

Reciclagemde Materiais

Resíduospara

Energia

Fig.1.4. Análise do ciclo de vida dos materiais do lixo

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- 10 -

2. REVISÃO BIBLIOGÁFICA

2.1. Tecnologia da borracha

A literatura sobre pneus e CBT é enorme, motivo pelo qual será concentrado neste

trabalho apenas aos conceitos relacionados com a reciclagem de pneus através da CBT. O

Anexo I apresenta o histórico da borracha, bem como, o fracasso brasileiro na tecnologia de

manufatura desse material [Greve, Bayer 1993]. O Anexo II mostra a nomenclatura e

classificação das borrachas e a distribuição do seu consumo [Obrecht et al. 1993]. Será

apresentado de forma resumida neste estudo os principais materiais e processos utilizados na

manufatura dos artefatos de borrachas.

2.1.1. Polímeros Utilizados nas Borrachas

O desenvolvimento tecnológico ocorrido na ciência dos polímeros teve como

resultante a descoberta de inúmeras macromoléculas para as mais variadas aplicações. No

presente trabalho será dada atenção somente aos principais elastômeros utilizados na

manufatura da borracha. Dentre estes elastômeros destaca-se a borracha natural (NR), que

representa uma importante matéria-prima para a indústria da borracha. As tabelas de 2.1 a 2.3

apresentam as especificações e as propriedades físicas deste material.

Tabela 2.1. Especificação da borracha padrão Malásia [Kuczkanwski 1990]

Grau latex Grau campo Grau SMR-

CVASMR-

LASMR-WFA

SMR-5

SMR-10

SMR-20

SMR-50 SMR-GPB

1)Sujeira retida na malha de 44 m(% p/p máxima) 0,03 0,03 0,03 0,05 0,10 0,20 0,50 0,10

2) Teor de cinzas (% p/p máxima) 0,50 0,50 0,50 0,60 0,75 1,00 1,50 0,753) Matéria volátil (% p/p máxima) 0,80 0,80 0,80 0,80 0,80 0,80 0,80 0,804) Plasticidade Wallace, min., Po - 30 30 30 30 30 30 39

5)Índice de retenção da plasticidade (PRI), min. % 60 60 60 60 50 40 30 50

6) Teor de nitrogênio (% p/p máx.) 0,60 0,60 0,60 0,60 0,60 0,60 0,60 0,607) Limite de cor (escala Lovibond) - 6,0 - - - - - -

8)Viscosidade Mooney a 100ºC ML (1 + 4) 55-65C - - - - - - 58,72

A) Obtidas a partir de um reômetro B) Produzida da combinação de látex + coagulo de campo. C) CV 50 e CV 70 são disponíveis com limites de viscosidade de 45-55 e 65-75 respectivamente.

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Tabela 2.2. Propriedades físicas da borracha natural não vulcanizada [Cyr 1990]

Propriedade Unidade ValorDensidade específica --

a 0ºC g/cm3 0,950a 20ºC g/cm3 0,934

Índice de refração a 20ºC --RSS Graus 1,5195Crepe pálido Graus 1,5218

Coeficiente de expansão cúbica ºC-1 0,00062Calor de combustão, J/ga 44,129Calor específico J/(g*K)a 0,502Condutividade térmica W/(m*K) 0,13Constante dielétrica -- 0,14 – 0,20 Resistividade volumétrica .cm 10Resistência dielétrica V/mm 3,937Densidade de corrente coesiva J/cm3 a 266,5Temperatura de transição vítrea ºC -72a) Para converter J para cal dividir por 4,184.

Tabela 2.3. Propriedades da borracha vulcanizada [Cyr 1990]

Propriedades Goma vulcanizadaVulcanizado com carga de

negro de fumo Densidade, [g/mL] 0,95 1,12Módulo de Young, [MPaa] 2 6Módulo volume específico [MPaa] 2000 2200Coeficiente de Poisson 0,49980 0,4995Velocidade de transmissão do som, [m/s] 54 37Temperatura de transmissão vítrea, [ºC] -70 -70Calor específico, [J/(g.K)b] 1,83 1,50Condutividade térmica, [W/(m.K)] 0,15 0,28Coeficiente de expansão cúbica, [10-5/ºC] 67 56Resistividade volumétrica, [ohm.m] 1014 10Constante dielétrica 3 15Constante de Potência 0,002 0,1a) Para converter MPa para psi, multiplicar por 145. b) Para converter J para cal. dividir por 4,185.

O termo (SR) não serve apenas para especificar o cis-1,4-polisopreno (IR) que é

análogo NR, mas, a grande variedade de elastômeros produzidos via síntese-química

[Hoffmann 1989],vide tabela 2.4 que apresenta os principais monômeros utilizados na

fabricação das SR., os quais são classificados de acordo com as normas D1418-ASTM ou

pela ISO R1629/1987. Destaca-se entre as borrachas sintéticas, o SBR devido a sua

importância para indústria de pneus. As propriedades e aplicações do SBR são apresentadas

na tabela 2.5 [Hoffmann 1989].

A comparação das propriedades físicas, químicas e mecânicas de diferentes tipos de

SR e a NR, encontra-se apresentada em termos relativos na tabela 2.6.

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Tabela 2.4. Principais monômeros utilizados nas borrachas sintéticas [Hoffmann 1989]

Nome Químico Estrutura Química Ponto de

Ebulição (ºC)

Etileno -104

Propileno -50

Isobutileno ‘ -6

1,3-Butadieno -4,5

Isopreno 34

Cloropreno 59

Estireno

CH2CH

145

Acetato de vinila 72

Acrilato de metila 80

Acrilonitrila 77

2CH 2CH

CH3

CH CH 2

2CHC CH

3

3CH

2CH CH CH

2CH

3CH

2C CH

2CH

CH

CH2

CHC2

CH

Cl

A temperatura de serviço é um importante dado na escolha do tipo de elastômero a ser

utilizado, já que todas as borrachas sofrem degradação térmica, isto se deve a dissociação das

ligações químicas das cadeias reticuladas do polímero [Hoffmann 1989]

A tabela 2.7 mostra os valores da Temperatura de Dissociação (temperatura máxima

que a ligação química pode suportar em condições anaeróbicas) e a Energia de Ativação da

CHCH

O2

O 3C CH

CH CH

OO

C2

3CH

2CH

C N

CH

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- 13 -

respectiva ligação química. A tabela 2.8 apresenta o limite de temperatura de vários polímeros

na presença de oxigênio [Hoffmann 1989]

Tabela 2.5. Aplicações do SBR polimerizado por emulsão [Hoffmann 1989]

Óleo Negro de fumo Tipos (SBR)

Emulsi-ficante

Viscosidade de Mooney ML(1+4) a

100ºC

CorTipo

Concen-tração(PHR)

Tipo Concen-tração(phr)

Aplicações

1500 R 50-52 S - - - -Banda de rodagem do pneu, borracha de boas aplicações técnicas.

1502 F 50-52 NS - - - -

1507 F 30-35 NS - - - -

Para Blendas que requerem boas propriedades de fluxo na injeção em moldes ou calandragem.

1509 F 30-35 NS - - - -Cabos elétricos , indústria eletrônica

1516 F 40 NS - - - -1573 R 115 NS - - - -

Correias, fitas adesivas, coxim

1707 R 49-55 NS NAPH 37,5 - -Pisos, calçados, perfis Banda de rodagem de pneus, correias,

1712 F 49-55 S HAR 37,5 - -Banda de rodagem de pneus, correias,

1778 F 49-55 NS NAPH 37,5 - -Pisos, calçados, perfis Banda de rodagem de pneus, correias

1609 R 61-68 S HAR 5,0 N110 401618 F 70 NS NAPH 5,0 N550 50

Pneus e recauchutagem de pneus

1808 F 48-58 S HAR 47,5 N330 76Pneus de carros de passeio, e produtos elétricos

1843 F 86 NS NAPH 15,0 N770 100 Correias em V R Resina ácida; F ácido graxos; S colorido; NS sem cor; NAPH naftênico; HAR óleo altamente aromático

Certas aplicações técnicas necessitam de borrachas que resistam a baixas temperaturas

e o conhecimento do comportamento dos polímeros em condições criogênicas revela ser um

importante dado na escolha do elastômero. A tabela 2.9 mostra a temperatura-limite de

flexibilidade de vários polímeros. Salienta-se que a temperatura mensionada não refere-se a

temperatura de transição vítrea (Tg), mas sim à temperatura frágil (Ts), a qual relaciona-se

com a perda de flexibilidade do polímero [Hoffmann 1989].

As propriedades mecânicas das borrachas são determinadas pela microestrutura e pelo

tipo de ligação de reticulação. Dentre elas, destaca-se a tensão de resistência à tração e a

resistência ao rasgo como as mais importantes na escolha do tipo de polímero a ser utilizado.

A tabela 2.10 compara a tensão de resistência de várias borrachas com e sem adição de carga

reforçante [Hoffmann 1989].

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- 14 - Tabela 2.6. Comparação das propriedades da NR e de outras SR`s* após a vulcanização [Hoffmann 1989]

Tipos de Borrachas Propriedades NR IR SBR BR NBR ACM CR ECO CSM FKM IIR EPDM EAM PVMQ TM SBS AU

Tensão de resistência (goma) 1 2 5 6 5 6 3 4 5 5 4 5 5 6 6 3 1

Tensão de resistência com negro de fumo 1 2 2 4 2 3 2 3 3 3 3 3 3 4 4 1 1

Elongação máxima 1 1 2 3 2 4 2 3 3 3 2 3 3 4 4 1 2

Resistência a abrasão com carga reforçante 4 4 3 1 2 4 3 3 3 4 4 3 2 5 5 5 1

Resistência ao rasgo 2 2 3 5 3 3 2 3 3 4 3 3 3 5 4 3 1

Resiliência (rebote) 2 2 3 1 3 4 3 3 4 5 6 3 3 3 5 4 3

Flexibilidade a baixa temperatura 2 2 3 2 3 5 3 3 5 5 2 2 4 1 4 2 4

Resistência ao calor 5 5 4 4 3 2 3 2 3 1 3 2 2 1 5 6 5

Resistência a oxidantes 4 4 3 2 3 2 2 1 2 1 2 1 1 1 1 5 1

Resistência à radiação ultravioleta 4 4 3 3 2 2 1 2 1 2 1 1 1 1 1 5 1

Resistência ao ozônio 4 4 4 3 3 2 2 1 2 1 2 1 1 1 1 5 1

Resistência ao óleo 6 6 5 6 1 1 2 1 2 1 6 4 4 1 1 6 1

Resistência a combustíveis de motores 6 6 6 6 2 3 3 1 2 1 6 5 5 6 1 6 1

Resistência ao ataque ácido 3 3 3 3 4 5 2 2 2 1 2 1 3 5 6 2 6

Resistência a álcalis 3 3 3 3 4 5 2 2 2 4 2 1 3 5 6 2 6

Resistência a chama 6 6 6 6 6 6 2 2 3 3 6 6 6 6 6 6 6

Resistividade elétrica 1 1 2 2 5 5 4 4 4 4 2 2 3 1 4 2 4

Penetração de gases 5 5 4 4 2 3 3 1 3 3 1 4 2 6 1 4 1

Deformação durante a compressão (–40ºC) 3 3 3 3 3 5 5 5 6 6 5 4 6 3 5 4 5

Deformação durante a compressão ( 20ºC) 2 2 3 3 2 3 3 2 5 4 4 3 5 2 4 3 3

Deformação durante a compressão (100ºC) 6 6 5 5 3 5 4 2 6 3 2 2 1 1 4 6 5

* 1 = Excelente; 6 = Insuficiente

Obs. A nomenclatura dos polímeros citados encontra-se no Anexo II

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- 15 -

Tabela 2.7. Temperatura de dissociação (Tdiss) e energia de ativação (Ea) típica de

algumas ligações químicas [Hoffmann 1989].

Tdiss. (ºC) Tipo de Ligação Química EA (kJ/mol)

500 400

500 400

420 380

400 320

390 300

380 300

345 330

330 280

160 120

Tabela 2.8. Resistência ao calor* de alguns elastômeros de engenharia [Hoffmann 1989].

Temperatura limite (ºC) Tipo de Elastômero 100 AU/EU, NR (IR), OT, SBR,PNR 125 CR, NBR, H-NBR

150CO, ECO, EPDM, EPM, EVA, CM, CSM, H-IIR, H-NBR

175 ACM, EAM, PNF 200 FVMQ225 MVQ250 FKM

* Classificação após ISO/TR8461, em condições aeróbicas, método ISO 4632/1 com 3 dias. Obs. A nomenclatura dos polímeros citados encontra-se no Anexo II

Tabela 2.9. Limite de temperatura de alguns elastômeros [Hoffmann 1989].

Temperatura Limite de Flexibilidade (ºC)

Tipo de Elastômero

-75 Q

-55NR, IR, BR, CR, SBR, H-IIR, EPDM, EPM, CM, CSM, FVMQ, PNF

-40 ECO, NBR, FKM, AU/EU -25 ACM, NBR, OT,-10 CO, TM,

Obs. A nomenclatura dos polímeros citados encontra-se no Anexo II

2CF 2CF

O

Si Si

2CH

CH2 2CH

CH2 2

CH CH CH

SC S C

O2

CH

CH2

CH CO2

2CH xS

2CH

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- 16 -

Tabela 2.10. Tensão de resistência a tração de alguns elastômeros de engenharia

[Hoffmann 1989].

Tensão de Resistência a Tração (MPa) Tipo de Elastômero Sem Carga de

ReforçanteCom Carga Reforçante

BR 3 20NR 20 22IR 20 22CR 20 22SBR 6 20NBR 7 20H-IIR 14 18EPDM 7 18EPM 7 18CSM 18 20EVA 4 15ACM 2 15FKM 12 15ECO 6 15CO 6 15OT 6 10VMQ 3 10Obs. A nomenclatura dos polímeros citados encontra-se no Anexo II

2.1.2. Cargas e Químicos Utilizados nas Borrachas

A ampla possibilidade de aplicação dos elastômeros se deve em parte aos numerosos

compostos químicos e cargas que compõem as borrachas. Em princípio, a natureza dos

elastômeros determina as propriedades básicas dos produtos manufaturados. Tais

características podem ser significativamente modificadas devido ao tipo, quantidade de cargas

e químicos utilizados. Nos itens seqüentes serão descritos os principais químicos e cargas

utilizadas na borracha. [Hoffmann 1989].

2.1.2.1. Agentes de Vulcanização

A vulcanização é a conversão das moléculas da borracha em uma rede tridimensional

devido à formação das ligações cruzadas, este fato é representado na figura 2.1. Os principais

agentes de vulcanização são o enxofre e os peróxidos que promovem as ligações de

reticulação, modificando o polímero de termoplástico para termorrígido [Kuczkanwski 1990].

O número de ligações de reticulação depende dos seguintes fatores: quantidade, atividade do

agente de vulcanização e do tempo reacional. A reação com o enxofre produz vários tipos de

conexões cruzadas as quais encontram-se representadas na figura 2.2 [Kuczkanwski 1990,

Hoffmann 1989].

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- 17 -

Molécula de borrocha

Rede não vulcanizada Rede vulcanizada

Ligaçãocruzada

Fig. 2.1. Formação de rede por vulcanização [Kuczkanwski 1990]

As propriedades da borracha vulcanizada dependem em grande parte do número e tipo

de ligações cruzadas. Embora o efeito das cargas e dos plastificantes terem um maior efeito

nas características da borracha que a densidade de ligações de reticulação. Os estágios da

vulcanização são mostrados na figura 2.3 que refere-se à tensão versus tempo de reticulação.

Essa curva é de fundamental importância para a manufatura dos artigos de borracha, pois

determina o tempo (ts – chamuscamento), de injeção no molde. O efeito da densidade das

ligações cruzadas nas propriedades da borracha e representada pela figura 2.4 [Kuczkanwski

1990, Hoffmann 1989].

Sx Sx

SxS2 S

S

Acelerador

Fig. 2.2. Tipos de ligações formadas durante a vulcanização acelerada do elastômero

[Kuczkanwski 1990]

Inícioda cura Sub-cura

Curaótima Supercura

Módulo deamassamento

Plato Reversão

t = tempo de chamuscamento (Scorchtime)

sF max.

F min.

F90

F50

F10

t. min.t10ts t50 t90

F iN

Fig. 2.3. Curva de vulcanização [Kuczkanwski.1990]

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- 18 -

Fig. 2.4. Os efeitos da vulcanização [Kuczkanwski 1990]

Os polímeros insaturados como: NR, SBR, NBR são vulcanizados com enxofre. Para

este tipo de reticulação pode-se utilizar dois tipos de agentes a saber: enxofre (alta pureza,

insolúvel e coloidal) ou doadores de enxofre os quais encontram-se apresentados na tabela

2.11 [Engels, Abele 1993].

Por conseqüência, a vulcanização sem o enxofre é utilizada para promover as ligações

de reticulação nos polímeros de cadeia saturada como: EVA, CM, Q, e outros;estes agente são

mostrados na tabela 2.12 [Hoffmann 1989].

Tabela 2.11. Doadores de enxofre [Engels, Abele 1993].

Estrutura Química Nome Químico

Dissulfito demorfílico (ditioldimorfolina) – DTDM

Morfolinoditiobenzotiazole – MBSS.

Dissulfeto de coprolactan – DTDC

Tetrasulfeto de dipentametilenotiuran – DPTT

CH

CH

CH

O

C

S

S

S

C

O

CH

CH

CH

4

3

3

3

3

Tetrasulfeto de isopropilxanteno

Densidade de ligações cruzadas

Tração

Dureza

Histerese, deformaçãopermanente e coeficientede fricção

Tensão de rasgamento,vida de fadiga,tenacidade

Moduloelástico Módulo dinamico

de alta velocidade

Pro

prie

dade

sdo

vul

cani

zado

S

OCN

O

SC

N

O

1

N SS

N O

S

N

2

SS

N O

S

CN4-6

S

CS

N

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- 19 -

Tabela 2.12. Agentes de interligação sem enxofre [Engels, Abele 1993].

Tipos Nome dos Compostos Di-acetilperóxidoCom o grupo

carboxila Di-benzoilperóxidoDi-(terc-butilperóxido)

PeróxidosSem o grupo

carboxila Di-cumilperóxido Quinone dioxinas p-Benzoqinona-dioxina + óxido de Chumbo

Tolueno di-Isocianato TDI Isocianatos

Trifenil-metano-tri-isocianato Resinas poli(metil-oliofenólicas)

2.1.2.2 - Aceleradores de Vulcanização

A reticulação somente com o enxofre leva 5 horas a 140ºC no caso da NR e para a

borracha sintética, este tempo é ainda maior. Tal parâmetro só foi otimizado com a adição dos

aceleradores de vulcanização. A complexidade da reação de cura mostrou que para alcançar

os mesmos efeitos em diferentes materiais seria necessário desenvolver um grande número de

compostos. A tabela 2.13 apresenta a classificação dos principais aceleradores orgânicos de

vulcanização e a tabela 2.14 mostra os sistemas de vulcanização típicos para elastômeros

tendo o negro de fumo como carga [Engels, Abele 1993].

2.1.2.3. Ativadores de Vulcanização

Para promover a vulcanização da borracha com os aceleradores de reticulação é

necessário o uso de ativadores. São utilizados vários tipos de compostos dentre eles

destacamos: ZnO, MgO, Ca(OH)2, PbO e Pb3O4. Atualmente, o mais usado é o ZnO e o seu

sistema borracha-enxofre-acelerador-ZnO se torna ainda mais ativado com a adição dos

ácidos graxos (ácido esteárico, esteralato de zinco e laurato de zinco). Os ativadores

promovem uma melhora na resistência mecânica do material final e o encurtamento do tempo

de vulcanização. Já os ácidos graxos bem como seus sais melhoram a processabilidade e

promovem a incorporação das cargas e aditivos químicos na borracha antes da vulcanização

[Hoffmann 1989].

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- 20 -

Tabela 2.13. Aceleradores orgânicos de vulcanização[Engels, Abele 1993]

Monossulfeto de Tetra-Metil- Tiuran

DissulfetoTetrametil- Tiuran

Zinco-2- Mercapto-Benzotiazole

Dissulfeto deDibenzotiazole

2-Mercapto-Benzotiazole

N,N-Diciclo-2- Benzotiazil- Sulfonamida

2-Morfolinotio- Benzotiazole- Sulfonamida

NomeQuímico

TMTMTiurans

ZMBT

TMTD

MBTS

MBT

Tiazoles

AbreviaçãoInternacional

Grupo

DCBS

MBS

TBBS

CBS

Sulfena-midas

N-Terc-Butil-2- Benzotiazil- Sulfonamida

N-Ciclohexil-2- Benzotiazil- Sulfonamida

[97-74-5]

[137-26-8]

[155-04-4]

[120-78-5]

[149-30-4]

Formula Químicanº registro CAS

[4979-32-2]

[102-77-2]

[95-31-8]

[95-33-0]

N

SC S N

H

SN

CS

HN

CCH3

3CHCH3

SS

C

N

N O

SC

NS N

SC

N

SH

S

N

C S

N

SCS

N

SSC - Zn

2+

2

CH

CH

CN

3

3

S

S S C

S

N

CH3

3CH

CHCH

SN

CH3

3C

S

C

S

N

CH

3

3

TETDDissulfeto de Tetra-Etil-

Tiuran

[97-77-8]

CHHC

SSN2

C

S

C

S

N

CH

2

2

HC3

3HC

2HC

3CH

3CH

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- 21 -

N,N-difenil- guanidina

DPG

Guanidi- nas

[96-45-7]

Zinco - DibenzilDitiocarbamato

ZBEC [14726-36-4]

Dissulfeto deDibenzotiazole

Zinco-Pentametileno-Ditiocarbamato

tiocar-matos

Z5MC

MBTS

[13878-54-1]

[120-78-5]

Zinco-DieDitiocarbamato

Zinco-DietilDitiocarbamato

Diba

ZDBC

ZDEC

2

2+

Zn

[136-23-2]

[14324-

Tertrassulfeto deDipentametil Tiuran

Zinco-DimetilDitiocarb

Tiurans

DPTT

[137-30

[120 4-7] C

S

SN C

S

N-5

til55-1]

Dissulfeto deTetra - Benzil Tiuran

TBZTD [137-30-4]

amatoZDMC -4]

4-6

C

HC2

SSN C

CH2

N

2HC SS CH2

C S

S

N

HC3

3HC

-

ZnN

HC2 2

HC2

2+3

HC

3

S

CN

HC2 2

HC

2HC

2HC

S Zn

2

2+-3

HCHC2

HC3

HC2

C S-

SHC

S

CN3

HC2

HC

S Zn

2

2+-

N

S2

- 2+

ZnSC

HC2

N

S2

- 2+

ZnSC2

HC

NH

C NH

NH

DOTG N,N-di-o-toluidina [105-55-5]

HHC NN

NH3CH CH3

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- 22 -

D

ETU

Ganidi-nas

OTBG

[96-45-7]Etilenotiurea

o-Toluil-Biguanidinas [102-08-9]

3

PTU N,N-Difenil [102-08-9]

DETU Dietilenotirea [105-55-5] HC HC3 2

N NC

Tiurea

S

CH

H

C NHN

NH H

N N

S

H H

H HCHT

N

2 3CHiureas

NH

C

S

H

T Si ção típica para elastômetros com carga de o de

m 3]-(phr – parts per hundred rubber)

Compone R IIR

abela 2.14. stema de vulcaniza negr

fu o [Engels, Abele 199

ntes [phr] NR SBR NB EPDMEnxofre 2,0 1,5 2,02,5 1,5Óxido de zinco 5 5 5 3 5Ácido Esteáric 1 2o 2 2 1CBS - -0,6 1,0 -MBTS - - 1,5 0,5 -MBT -- - 1,5TMDT - - 1,0- 0,5ZDBC - - - - 1,5Obs. A nomencla ra-se no Anexo II tura dos polímeros citados encont

2.1.2.4 - Retardantes de Vulcanização

A especificação dos agentes de vulcanizantes muitas vezes refere-se ao sistema de

aceleração da vulcanização. Entretanto o tempo (ts) pode ser insuficiente para garantir que

não ocorra reticulação da borracha antes do envasamento na cavidade do molde. Necessita-se

portanto, adicionar algum tipo de retardante de vulcanização. O efeito provocado por estes

compostos repercurtem no aumento do (ts) que facilita a processabilidade da borracha virgem.

Os principais retardantes são: NDPA (N-Nitro-difenilamina), PTA (Anidrido ftálico), BES

(ácido benzóico) e CTP (N-Cicloexil-tioftalimida) [Hoffmann 1989].

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- 23 -

2.1.2.5. Antidegradantes

Devido a fatores externos, o envelhecimento da borracha é definido como a mudança

das propriedades deste material com o tempo. As principais modificações ocorridas no

vulcan

+ vapor), fratura devido a tensão dinâmica (fadiga) e fratura sob ação

e tensão (estática ou dinâmica) na presença de ozônio[Engels, Abele 1993, Hoffmann 1989].

A agentes

degradantes é determinada prim processos de

ser retardados m d ionados ao

elastômero nas proporções de 1-3 p r r a 5 phr ou mais. O

grau de proteção depende principalm nte, os tipos de

os na borracha ã 1989].

Tabela 2.15. Tipos d n

oímico

Abreviatura

izado são: aumento da dureza, queda da resistência mecânica e redução da elasticidade,

fratura do material e modificações na superfície. Estas alterações podem afetar os artefatos de

borracha na sua totalidade ou somente a sua superfície. Os processos de envelhecimento

ocorrido nos materiais elastoméricos são divididos em grupos a saber: oxidação a baixa ou

alta temperatura, oxidação acelerada por compostos de metais pesados, envelhecimento

devido a mistura (água

d

estabilidade dos vulcanizados contra a ação (simples ou combinada) de

eiramente pelo tipo de borracha. Estes

degradação podem co a adição de antioxidantes, que são a ic

h e em alguns casos, podendo chega

ente da composição do antidegrada

antioxidantes utilizad s o apresentados na tabela 2.15 [Hoffmann

e a tioxidantes utilizados [Hoffmann 1989]

GrupQu Composto Químico

InternacionalN-Isopropil-N-fenil-p-fenilenodiamina IPPDN-(1,3-dimetil-but 6PPDil)-N-fenil-p-fenilenodiamina N,N-di-(1,4-dimeti 77PDl-pentil)-p-fenilenodiamina N,N-difenil-p-fenilenodiamina DPPD N,N-ditoluil-p-fenilenodiamina DTPD

p-fenileno-diaminas

N,n-di- -naftil-p-fenilenodiamina DNPDFenil- -naftilaminas PAN

Naftilaminas Fenil- -naftilaminas PBNOctilato-difenilamina ODPA Estirinato-difenilamina SDPA Difenilaminas Acetona/produtos da condensação difenilamina ADPA2-Mercaptobenzimidazole MBI Zinco-2-mercaptobenzimidazole ZMBI Metil-2-mercaptobenzimidazole MMBI

Benzimidazole

Zinco-2-metil-mecaptobenzimidazole ZMMBI 2,2-metileno-di-(4-metil-6-tercbutil-fenol) BPH 2,2-metileno-di-(4-metil-6-cicloexil-fenol) CPH Difenois2,2-Isobutileno-di-(4-metil-6-tercbutil-fenol) IBPH 2,6-di(tercbutil-p-cresol) BHT Alquilato-fenol APH Estirinato e Alquilato – fenol SAPH

Fenois

Estirinato-fenol SPH

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2.1.2.6. Cargas e Pigmentos

s propriedades das borrachas industriais e seus vulcanizados não são determinados

apenas pela natureza dos polímeros, sistemas de ligações cruzadas, plastificantes e

antidegradantes, mas também, pela natureza e quantidade de cargas utilizadas (negro de fumo

e cargas brancas). As cargas são classificadas como: cargas ativas que visam melhorar as

propriedades específicas do vulcanizado e as inativas ou de enchimentos destinadas ao

barateamento do produto. As propriedades das borrachas afetadas são: tenacidade, resistência

à ruptura, resistên resiliência (poder

de recuperação) não são modificadas. As principais características das cargas são: tamanho,

forma

equer

A

cia ao rasgo, viscosidade e dureza, já o elongamento e a

geométrica (estrutura) e composição das partículas. A tabela 2.16 apresenta o

significado das características das cargas e a figura 2.5 mostra a classificação das cargas em

função do tamanho. Será abordado neste estudo somente a principal carga reforçante utilizada

na indústria de pneus, que é o negro de fumo.

O negro de fumo é um termo genérico usado para identificar uma ampla variedade de

materiais carbonáceos finamente divididos, produzidos pela decomposição térmica controlada

de hidrocarbonetos aromáticos. É largamente utilizado como agente reforçante para

compostos de borrachas, pigmentos para indústria de tintas e de plásticos, proteção contra

degradação por ultravioleta (UV) em certos polímeros e aplicações onde se r

condutividade elétrica.

Tabela 2.16. Propriedades e significados das cargas [Engels, Abele 1993]

Área superficial - Inativos BET ou nº de Iodo = 0 a 10 m2/g- Semi ativos BET ou nº de Iodo = 10 a 90 m2/g- Ativos BET ou nº de Iodo = 90 a 250 m2/g

Tamanho da partícula - Particulados primários (15 a 20 nm) - Aglomerados ( estruturas secundárias) forças de Van der Walls

determinados por espalhamento de laser

Adsorção de Líquidos - DBP – Dibutilftalato - Negro de Fumo DBP ( 60 a 150 ML/100g) - Sílicas DBP ( 150 a 250 ML/100g )

Colorimetria - Negro de fumo e pigmentos brancos - Quanto mais fino maior é a intensidade da cor

pH-Ácidos - Ácidos e básicosDureza - Peletas de carbono Resíduo de processamento - Problemas em processos, s transporte ou e tocagem.

Densidade--

Natural ( derramado) Aparente (volumétrica)

Há cinco tipos de negro de fumo a saber: Lampblack lblack, T ck,

mundial em 1990 foi de 6 x 106t, sendo 95% de

, Cana er lamalb

Acetilenoblack e Furnaceblack. A produção

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furnaceblack cuja classificação segue a norma D-1765 elaborada pelo comitê D-24 ASTM. O

etra e três dígitos, a letra que precede os algarismos é

nifica velocidade normal de cura, o “S” denota que a

rimeiro dígito indica a variação do tamanho de partícula em

), os demais dígitos não possuem ne ignificado e os

negro de fumo [Columbian-São Paulo-SP]. Encontra-se apresentado na

o de fumo na classificação antiga como na ASTM D1765

3].

g. 2.5. Classificação das cargas [Engels, Ab 93]

sico-químicas do negro de fumo divide-se em dois blocos: tamanho

e partícula e superfície específica. Os métodos utilizados para determinar o tamanho de

partícu

de da superfície,

presenç

sistema de código consiste de uma l

sempre “N” ou “S”. O “N” sig

velocidade de cura foi lenta e o p

dezenas de nanométros (nm nhum s m term

de propriedades de

tabela 2.17 os vários tipos de negr

[Barnhart 1982, Enge ells, Ab e 199

Fi ele 19

As propriedades fí

Nãoreinforçante

Sulfato de BárioCarbonato deCálcio (seco)

Caolim mCaolim d

Caolim calcinado

SemireinforçanteCarbonato de cálcio precipitado

Silicato de alumínio

Silicato de cálcio

ReinforçanteSilica precipitadaSilica pirogênica

0 N 55

aciouro

Negro de fumo N 990

N115

0

5000

500

1000

10

50

0

Tam

anho

de

partí

cula

(nm

)

NãoReforçante

Semi-Reforçante

Reforçante

d

la são: a microscopia eletrônica (utilizada desde 1938), poder de tingimento, que

estima o diâmetro da partícula pela capacidade que o material tem de pigmentar uma mistura

padrão de óxido de zinco e óleo. Outro método utilizado para determinar o tamanho de

partícula, é a profundidade de cor que se relaciona com a tonalidade (negridão) a qual é

função da adsorção da luz visível e de sua difusão. Tal característica possibilita que a

profundidade de cor seja usada como uma medida da dimensão da partícula cuja extensão de

sua dispersão é fundamentalmente função de seus tamanhos [Columbian-São Paulo-SP]

A superfície específica dos negros de fumo difere não somente em consideração à área

externa e interna, como também influenciam nesta medida: a rugosida

a de estruturas e de conexões capilares no interior das partículas. A área superficial

total dos negros de fumo geralmente é determinada pela técnica de adsorção de nitrogênio que

se baseia no procedimento de Brunaur, Emmett e Teller (BET). Um outro teste desenvolvido

para a medição da área superficial do negro de fumo é denominado número de CTAB

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(Brometo de cetiltrimetilamônio), cujo método tem como característica principal a medição

apenas da área superficial disponível ou acessível as moléculas do polímero. O resultado em

ambos os métodos são expressos em metros quadrados por grama [Columbian-São Paulo-SP].

Tabela 2.17. Tipos de negro de fumo [Engels, Abele 1993]

Tipo Classificação ASTM D 1765

Classificação antiga da indústria

Fuligem de Fornalhas altamente reforçante Fornalha super abrasiva N 110 SAFFornalha super abrasiva, alta estrutura N 121 SAF-HSFornalha i -LSntermediária super abrasiva, estrutura média N 219 ISAFFornalha s Fuper abrasiva intermediária N 220 ISAFornalha super abrasi ermediária, baixo mó -Lva int dulo N 231 ISAF M Fornalha super abra rmediária siva inte N 234 Fornalha super abrasiva intermediária, alta estrutur N AF-Ha 242 IS SFornalha altamente abrasiva, baixa estrutura N CRF 326Fornalha de alta abrasão - Baixa estrutura N AF-LS 327 HFornalha de alta abrasão N HAF330Fornalha de alta abrasão N 332Fornalha de alta abrasão - Alta estrutura N AF-HS 347 HFornalha de alta abrasão N 339Fornalha de super processamento N SPF 358 Fornalha de alta abrasão N 351 Fornalha de alta abrasão N 375 Fuligem de fornalha - Reforçante média Fornalha de extrusão fina, baixa estrutura N 539 FEF-LSFornalha de extrusão fina N 550 FEFFornalha de extrusão fina, alta estrutura N 568 FEF-HSFornalha de alto módulo N 601 HMF Fornalha de uso geral, alta estrutura N 650 GPF-HSFornalha de uso geral N 660 GPFFornalha para todo uso N 683 APFFornalha semi-reforçada, baixa estrutura N 754 SRF-LS Fornalha semi-reforçada N 762 SRF-LM Fornalha semi-reforçada, alta estrutura N 765 SRF-HS Fornalha reforçada N 770 SRF Fornalha reforçada N 774 SRF-NS Fornalha multiuso N 785 MPFF orçada N 787 SRF-HM ornalha semi-refNegro de fumo térmico Térmico fino N 880 FTTérmico médio N 990 MT Negro de fumo condutivo Fornalha condutiva N 293 CF Fornalha supercondutivo N 294 SCF Fornalha extra-condutivo 4 ECF N 72N e fuegro d mo de canal C fác S 30anal de il processamento 0 EPC Canal de mé to S 301 dio processamen MPC

Existe rios teste ra control rugosida o negro umo, os quais

cionam om a superfície específica calculada pela adsorção de nitrogênio. Por outro

simplicidade e precisão do método de adsorção de Iodo (ASTM D1510) tornou este

m vá s pa ar a de d de f

correla - cse

lado a

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tipo de contr ma técnica plamente ada [Colu n-São Pa P]. A natureza

das p las de ca em gera sido referenciada com croestrutura. O

estrutura fere-se a ten cia das par las de negro de fumo unir se em agregados

s ou em achos, cuja riedade te sido cham

o tem s feita atualm pelo méto

xpresso cm3/100g gro de fum olumbian Paulo-SP

As principais propriedades químicas do negro de fumo são: acidez, umidade e

ividade rica. A acid ssocia-se c a quantidade de oxigênio volátil na superfície

ro de fu A tabela 2 presenta a posição q ca de vários tipos de negros de

A umidade relaciona-se com a higroscopicidade deste material sendo os principais

que alt esta medição são: área superficial, porosidade, teor de cinza e oxigênio. A

desta p riedade tem feita pela rda de peso 25ºC confo método ASTM

. As pr iedades elé do negro de fumo são geralmente expressas em term de

cia ôhm para 1cm3 de amostra e quanto mais alto for esse núm de resistiv de,

será a ndutividade amostra. purezas

) aume a resistivida enquanto q o aumento do grau de estrutura e diminuição

anho de partícula reduz significativam e a resistivi e [Columbian-São Paulo-SP].

Tabela 2.18. Composição química dos negros de fumo [Donnet et al 1990]

ole u am utiliz mbia ulo-S

interna artícu rbono l m te o mi

termo re dên tícu em-

fibroso c prop m ada de estrutura reticulada. A sua

mediçã ido ente do de adsorção de Dibutilftalato (ASTM D2414),

que é e em de ne o [C -São ]

condut elét ez a om

do neg mo. .18 a com uími

fumo.

fatores eram

medida rop sido pe a 1 rme

D-1509 opr tricas os

resistên ica ero ida

menor co da A presença de voláteis (oxigênio e im

oleosas nta de ue

do tam ent dad

TiposCarbono

(%)Hidrogênio

(%)Oxigênio

(%)Enxofre

(%)Cinza (%)

Medio Termalblack (N990) 99,4 0,3 0,1 0,0 0,3 Fornalha semireforçante (N770) 98,6 0,4 0,2 0,6 0,2 Fornalha de uso geral (N660) 98,6 0,4 0,2 0,6 0,2 Fornalha de extrusão (N550) 98,4 0,4 0,4 0,7 0,2 Fornalha de alta abrasão (N330) 98,0 0,3 0,8 0,6 0,3 Fornalha condutiva (N294) 97,4 0,2 1,2 0,6 0,6 Acetileno-black 99,8 0,1 0,1 0,0 0,0

Dentre as propriedades físicas do negro de fumo destacamos as seguintes: forma,

resíduo em peneira, dureza de grão, densidade aparente e teor de cinza. O negro de fumo

apresenta-se em forma de pó ou pelletes. Utiliza-se o pó em sistemas de dispersão com baixo

cisalhamento, enquanto que o pelletizado não possui esta restrição, além de causar menor

empoeiramento e ser de fácil manuseio. O resíduo de peneira é constituído de coque formado

no reator, ou de alguma contaminação metálica do processo. A dureza é medida segundo o

método ASTM D 3313, e o resultado expresso em gramas. Valores altos de dureza de grão,

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normalmente, ocasionam problemas de dispersão, principalmente em compostos com baixa

viscosidade.

Tabela 2.19. Classificação dos negros de fumo ASTM D1765 [Hoffmann 1989].

Valores Padronizados

Tipo Adsorção de Iodo (D1510)

Número de DBP (D2414)

Número de DBP em Amostra

Compactada

Adsorção de Adsorção de

[g/kg] [cm3/100g](D3493)

CTAB(D3765)[m2/g]

Nitrogênio(D3037)[m2/g]

Poder de Tingimento

(D3265)

[cm3/100g]N110 4 145 113 98 126 143 12S212 -- 85 11982 117 115N220 121 114 0 11110 119 115 N231 121 92 6 108 117 117 8N234 120 125 00 119 1241 126N242 121 124 06 1111 125 116 N293 145 100 114 11792 130S315 -- 79 95 --75 88N326 82 72 69 83 84 112 N330 82 102 83 10388 83N332 84 101 0 -- 9 -- 118 N339 90 120 101 95 96 110N347 90 124 0 88 10 90 103 N351 68 120 7 74 1009 73N358 84 150 112 88 87 99 N375 90 114 97 98 100 115 N472 250 178 114 145 270 -- N539 43 11 84 41 41 -- N550 43 121 88 42 42 -- N630 36 78 62 38 38 -- N642 36 64 62 37 37 -- N650 36 122 87 38 38 -- N660 36 90 75 35 35 -- N683 35 133 -- 39 37 -- N754 24 58 57 29 -- -- N762 27 65 57 29 28 --N765 31 115 86 33 31 -- N 29 --774 29 72 62 29N 32 --787 30 80 74 30N908 -- 34 -- -- -- -- N990 -- 43 40 9 9 -- N991 -- 35 38 8 7 --

isan o custo

fumo é fornecida sob a form densidade aparente entre 300 a 540kg/m3. O teor

de con variam

principalmente de sais solúveis de Cálcio, Magnésio e Sódio, provenientes da água utilizada

V do facilitar o manuseio e reduzir

a peletizada com

de transporte, a maioria dos negros de

cinza tido nos negros de fumo comerciais entre 0,1 a 1,0% em peso, consistindo

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para resfriam entes na

ma ra na n

Pa ]. A AS o

algumas das características anteriorm

bo co el a

pelo uso do a aplicação específica para aquele tipo de

borracha, co tabela 2.21

lica racha s ,

os quais são precipitados a partir de soluções alcalinas (vidro-água), já as sílicas produzidas

po sso d

sílicas produzidas por processos pirogênicos, parte

hidrogênio - oxigênio estas são fornecidas na forma tado) e

icro-contas com 4 a 7% de umidade adsorvida [Engels, Abele 1993].

5% em

sapatos

de Fumo

ento. Podem também estar pres

deste material cuja medida baseia-se

s cinzas, óxidos metálicos oriundos da

orma ASTM D 1506 [Columbian-Sãonufatu

ulo-SP tabela 2.19 mostra a classificação TM para o negro de fumo, segund

ente citadas. As propriedades influenciadas nas

m estas cargas estão apresentadas na tabrrachas a 2.20. O tipo de propriedade alcançad

negro de fumo relaciona-se com um

mo expõem a

Sí e silicatos mais utilizados em bor ão produzidos pela rota química úmida

r proce s térmicos, são utilizadas em borrachas e silicones e como tintas para papel. As

m da reação SiCl4 com a chama de

de pó granulado (pó compac

m

As Sílicas são utilizadas na produção de borrachas tenazes (Transparentes ou

coloridas) e para a manufatura dos seguintes produtos: bolas, saltos de sapatos, mangueiras,

perfis, isolamento de cabos elétricos, câmaras de pneus (bicicletas e carros). Atualmente, a

indústria da borracha utiliza 67% da sílica precipitada produzida distribuída em: 6

, 25% em pneus e 10% em produtos técnicos.

Tabela 2.20. Efeito do negro de fumo na borracha [Columbian-São Paulo-SP]

Propriedade Nº Iodo Nº DBP Tipo de NegroA , N326, N375 lta tensão de ruptura Alto --- N115, N220, N234Boa resistência ao rasgo Alto Baixo N326A N326, N660, N762 lto alongamento -- BaixoA N234, N339, N347, N375, N683 lto módulo -- Alto Alta resiliência Baixo -- N660, N762 Baixo desenvolvimento de calor Baixo -- N660, N762 Resistência dinâmica ao calor Alto Baixo N326Boa resistência a fadiga Alto N550, N683 BaixoResistência a ab lto Alt 375rasão A o N115, N220, N234, N339, NBoa qualidade nos extrudados/calandrado -- Alto s N234, N347, N550, N683 Dureza Alto N115, N220, N234, N339, N375 AltoMédia condutividade elétrica to Alto 15, N220, N234 Al N1

tos possuem menor área específica e menor atividade resultando em

vulcanizados mais macios e elásticos. Os principais produtores de sílica precipitada e

pirogênicas são: Akzo, Bayer, Crosfield Chemical, Huber, Nipon Silica, PPG, Rhône-Poulene

Os silica

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& W ie. A tabela 2.22 apresenta a área superficial e o diâmetro médio de

diferentes tipos de cargas[Barmhart 1982].

1. Propriedades e cações com negro de fu Donnet et al 1990]

Tipneg

fuEfeitos produzidos nas Borrachas cações Típicas

acker Chem

Tabela 2.2 apli mo [

o de ro de mo

Apli

Norço, baixo (módulo, dureza,

e tensão de resis ia); alta elongação.

Isolação elétrica, capas, boas aplicações para (calçados, cintos, mangueiras, graxetas, O-rings, câmaras de pneus)

990 hiBaixo ref

sterese tênc

N880

Baixo reforço, Baixo (módulo, dureza, histerese, resistência a tração); alto

resistência ao rasgo e e)

Boas aplicações para (luvas, bexigas, tubos e calçados especiais) (elongação,

flexibilidad

SerieN700

Médio reforço, alto (elongação e resiliência), baixa deformação durante compressão.

Boas aplicações para calçados, câmaras de pneus, pisos.

N660Médio reforço, médio módulo, boa flexibilidade e resistência a fadiga, baixa liberação de calor.

Pneus (carcaças, camisas e lateral), proteção de objetos, capas para cabos, mangueiras

N665Médio reforço, alto (módulo e dureza), estabilidade dimensional, fácil extrusão.

Partes(carcaça, lateral, camisa) no pneu radial, mangueiras, artigos extrusados.

N550Médio alto reforço, alto(módulo e dureza) baixa expansão em molde e fácil extrusão.

Pneus (camisa, carcaça e lateral) mangueirasboas aplicações para artigos extrusados.

,

N326Médio alto reforço, baixo módulo, alta elongação, boa (resistência ao rasgo e flexibilidade)

Pneus(camisa, carcaça, lateral)

N339N347N375

Alto reforço, alto(modulo e dureza), excelente processabilidade.

Padrão de banda de rodagem para pneus

N220Altoproc

us de ônibus, fora rviços especiais.

reforço, alta resistência ao rasgo, boa essabilidade.

Banda de rodagem de pnede estrada e pneus para se

N110 Alto reforço viões,

fora de estrada, carros de corrida) Aplicações que sujeitas a alta abrasão.

Banda de rodagem(pneus especiais, a

As principais cargas inativas utilizadas em borrachas são: carbonato de cálcio (giz,

caolins, quartzo (SiO2), sulfato de bário e hidróxido de alumínio

etardante de chama através da liberação de água), já o ácido esteário e silanos são usados

omo “coatings” para melhorar a superfície das cargas inativas [Engels, Abele 1993].

em borrachas são: litopone (sulfeto de zinco e sulfato

de bári

calcáreo e mármore),

(r

c

Os principais pigmentos usados

o), TiO2, pigmentos de ferro (vermelho, marrom, bege e amarelo), óxido de cromo

(amarelo-verde), cobalto (azul), cádmio e cromo (amarelo) e pigmentos orgânicos (azo).

Impurezas de Cu e Mn são “venenos” para as borrachas [Engels, Abele 1993]

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As principais cargas orgânicas são: produtos fenólicos, resinas estireno, celulose,

lignina e cortiça [Engels, Abele 1993, Hoffmann 1989]

Tabela 2.22. Área superficial e diâmetro médio de diferentes cargas [Barmhart 1982]

TipoÁrea superficial,

2 Diâmetro médio de partícula, nm m /g

Negro de fumoCC 250-125 -20 10S-301 MPC 100-90 25-30S-300 EPC 90-80 30-33N-440 FF 70 36N-601 HMF 50-6060-50N-770 SRF 42-30 70-90N-880 FT 20-15 150-200N-990 MT 250-50010-5Acetileno 64 43 BranqueadoresWitco AA 0,55 3900Micronizado 1,4 1500Witcarb R-12 13 145W 50itcarb R 32Purecal V 40Purecal M 1500Atomite 1500C 100alcene TM 15ArgilasCatalpo 800 Dixie 1000 SílicaHi-Sil 110 25 Silicato de cálcio Silene EF 80 30

2.1.2.7. Plastificantes

Os plastificantes são os principais aditivos químicos utilizados nas borrachas depois

lhora da

elhoram a

icam as p idade,

iais eguintes condições:

límero; 2º) não in m com o sistema de ligações cruzadas;

o du o. Os

is plastificantes são os óleos minerais os quais estão expostos na tabela 2.23. Além

inerais, utiliza se plastificantes sintéticos especialmente nas borracha polares

BR, CR e EVA) são eles: éteres (dienzil, BCF), éter-tioéter, poliésteres e parafinas

ele 1993]

das cargas [Engels, Abele 1993] pois me

viscosidade), baix

m a processabilidade (através da redução

inuiçãoam o custo (através da dim do teor de elastômero), m

distribuição das cargas e intensif ropriedades dos vulcanizados (flexibil

elasticidade e extensibilidade). Estes mater

1º) compatibilidade com o po

necessitam preencher as s

teragire

3º) possuirem baixa ou nula volatilizaçã

principa

rante a vulcanização; 4º) não ser tóxic

dos óleos m

(N

cloradas[Engels, Ab

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Tabela 2.23. Tipos de óleos minerais [Engels, Abele 1993]

Tipo VGC – Constante de Viscosidade GravidadeParafinicos 0,790 - 0,819 Relativamente naftênicos 0,820 – 0,849 Naftênicos 0,850 – 0,899 Relativamente aromáticos 0,900 – 0,939 Aromáticos 0,940 – 0,999 Altamente aromáticos 1.000 e maior

2.1.2.8. Auxiliares de Processamento Alguns auxiliares de processamento são utilizados em pequenas dosagens para

melhorar o processo e a produção. A manufatura da borracha envolve amassamento,

laminação, calandragem, extrusão e injeção em molde. A processabilidade abrange as

guintes ações: mistura dos polímeros, incorporação e dispersão das cargas, extrudabilidade,

justamento a matrizes, formação do biscoito, flexibilidade durante prensagem e cura. As

auxiliares de processamento de acordo com o

so Exemplo

se

a

Tabelas 2.24 e 2.25 mostram a classificação dos

uso e composição química [Engels, Abele 1993]

Tabela 2.24. Classificação dos auxiliares de processamento de acordo com o uso

[Engels, Abele 1993]

UPepitizante(

Pentaclorotiofenolconversão em Hidrosol) Dissulfeto de Arila

Agente dispersante

Ácidos graxos Sabões (sais de acido graxos + metal) Esteres de ácidos graxos Álcoois graxos

LubrificantesSabões metálicos (sais de acido graxos + metal) Aminas de ácidos graxos / Esteres de ácidos graxos Hidrocarbonetos de baixa massa molecular

Homogenezador Resinas de hidrocarbonetos Derivados de ácidos graxos

LResinas polifenólicas

igantes Resinas cumaronicas Resinas de hidrocarbonetos

Agentes de Reforço Resinas poliméricas Resinas polifenólicas

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Tabela 2.25. Classificação dos auxiliadores de acordo com a composição química

[Engels, Abele 1993]

Grupo Exemplo

Hidrocarbonetos vaselinas, parafinasCompostos orgânicos com grupos funcionais contendo oxigênio

ácidos graxos, esteres de ácidos graxos, álcool graxo

Sabões metálicos (sais metálicos de ácidos graxos) sabão de zinco de ácidos graxos

Resinasresinas hidrocarbonetos, resinas cumaron, resinas fenólicas, betumem

Triglecerídeos com ligações cruzadas, óleo de plantas ou animais instauradas

factice

Polímeros de baixa massa molecular polietileno, polibutileno Outros compostos orgânicos contendo hetero-átomos

amidas de ácidos graxos, dissulfeto de aril, pentaclorotiofenol, etc

2.1.2.9 - Adesivos

Os artigos de borrachosos como pneus, correias em V, esteiras transportadoras, etc.

estão sujeitos durante seu uso a ciclos periódicos de tensões com cargas muitas vezes

superiores ao limite de resistência elástica destes materiais. Por estas razões, estes artefatos

são construídos sob a forma de compósitos (borrachas+material de reforço); os principais

materiais de reforço são: as fibras (rayon, nylon, poliéster e fibra de vidro) e o aço. Vários

sistemas são utiliza ais de reforço e a

borracha dentre ele sorcinol-Resina de

ante) utilizado como agente impregnante de

dos atualmente para promover a adesão entre os materi

s, destacamos os seguintes: sistema RFL-Dip (Re

Formaldeido em combinação com enxofre lig

têxteis desde 1935; RFS (Resorcinol-Resina de Formaldeido-Hexametilenotetramina)

utilizado na impregnação tanto de fibras sintéticas bem como de aço sendo que a principal

vantagem deste sistema relaciona-se com a possibilidade do RFS poder ser adicionado

durante a mistura da borracha [Engels, Abele 1993].

2.1.3 - Fabricação dos Artefatos de Borracha

Como o enfoque desta dissertação refere-se a reciclagem de pneus através da CBT,

será enfocado somente do processo de fabricação deste artefato. Os pneus veiculares são os

mais importantes artefatos de borracha devido ao volume. Uma vez que metade dos

elastômeros (NR e SR´s) produzidos no mundo são consumidos pela indústria de pneumáticos

[Hoffmann 1989].

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- 34 -

Dentre os artigos de borracha o pneu é o que apresenta a construção mais complicada.

Devido tal complexidade, os pneus são atualmente classificados de várias formas onde a

primeira refere-se ao processo de fabricação como (diagonais e radiais), a segunda classifica

de acordo com o material de reforço utilizado (têxteis, fios de aço e fibra de vidro) e a terceira

classificação divide os pneus de acordo com o uso (pneus de bicicleta, carros de passeio,

caminhões leves e pesados, equipamentos de terraplanagem, agrícolas, aviões e veículos

ilitares) [Hoffmann 1989].

s

âng

ão [Hoffmann 1989].

Fig 2.6. Diagrama de blocos da manufatura do pneu

[General Tire & Rubber Co. aplud Shreve 1997]

m

Os pneus diagonais são construídos apartir de tecidos (fibras sintéticas) impregnada

em ulo na borracha podendo ter de 2 a 4 camadas nos carros de passeio e de 6 a 10 nos

pneus de caminhões. Na manufatura deste artigo as partes como, carcaças, banda de rodagem,

lateral e talão, são primeiramente moldados separadamente para só então serem montados e

prensados em molde onde ocorre a vulcanizaç

Os pneus radiais foram introduzidos no ano de 1948 pela Michelin. Ele caracteriza-se

pela utilização de cintas de aço no lugar dos tecidos sintéticos, devido a sua durabilidade e

menor custo conquistaram um amplo mercado. A figura 2.6 mostra as etapas de manufatura

do pneu radial [Hoffmann 1989].

Picadorde Fardos

NR

SBR

MisturadorBambury

Cargas

Aditivos químicos

MoinhoBambury

MoinhoCortador

Moinho de Carga

CalandraTecido

CalandraFios de aço

Montagem do Talão

Cilindreira daBanda

Registro decomprimento

Resfriamento

Registro decomprimento final

Corte da bandade Rodagem

Montagem do pneu

Prensa devulcanização

Balanceamento

Acabamento

Embalagem

Pneu

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- 35 -

2.2 - T

eposição em aterros para pneus é de

S$ 0,10 a 3,00/pneu, para a incineração é de US$ 0,35 – 0,70/pneu [Paul 1990], o transporte

é da o se na

faixa de US kg [Paul 199 pneus tem 66,5%

ate 4,5% são reutilizad ostram essidade de

desenvolvimento das tecnologias de recic deste resíduo [Blumental aplud Caponero

20

ico serão abordadas as ipais tecnologias de reciclagem de pneus

utilizadas atualmente no Brasil. Para detalhar tais processos, não se deve deixar de citar o

pro Di-Benzo-Dioxinas-Policlor (PCDD) e Di-Benzo-Furanos-policlorados

(PCDF), que relacionam-se em grande part o lixo urbano. Em virtude do pneu ser um

do do lixo urbano, o monitoramento de tais poluentes nas técnicas de

ciclagem deste material é de grande importância ambiental

2.2.1. Dibenzo Dioxinas Policloradas (PCDD) e Dibenzo-Furanos Policlorados (PCDF)

Os organoclorados são substâncias que resultam da união de um ou mais átomos de

cloro em um composto orgânico sendo que esse último constitui a base da matéria viva, a qual

é formada por átomos de carbono e hidrogênio. As dioxinas e os furanos fazem parte desta

família de compostos [Assunção et al 1999].

As PCDD e os PCDF são duas classes de compostos aromáticos tricíclicos de função

éter com estrutura quase planar e com propriedades físicas e químicas semelhantes. O termo

PCDD refere-se a alguns compostos químicos extremamente estáveis e muito similares entre

si. Diferem-se apenas na posição e quantidade de átomos de cloro, o seu grupo possui cerca

de 75 tipos de substâncias. Os PCDF apresentam grande similaridade estrutural entre eles e

alta toxidade e possuem uma família química um pouco mais ampla com 135 compostos

ecnologia de Reciclagem da Borracha

Antes do advento da borracha sintética, e pelo alto custo da borracha natural, esta era

reciclada de várias formas. Atualmente, não há nenhum incentivo técnico-econômico para

reciclagem da borracha, especialmente pneus, visto que a sua reciclagem somente passa a ser

competitiva com o custo do óleo a partir de US$ 30,00/barril. Somente os polímeros caros tais

como silicones e as borrachas fluoradas são reciclados.

O tempo médio de vida de um pneu é próximo de um ano, o qual após ser utilizado é

descartado como resíduo sólido classe II. O custo de d

U

rdem de US$ 0,04/kg e a despesa operacional de picamento/cominuição encontra-

$ 0,20-0,60/ 0]. Hoje em dia, os o seguinte destino:

rros/lixões e 3 os. Tais índices m ca ne

lagem

00]

Neste tóp princ

blema das adas

e com

s componentes

re

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- 36 -

químicos. A figura 2.7 apresenta de forma genérica as estruturas das PCDD e PCDF

[Assunção et al.1999].

Das 210 PCDD e PCDF existentes somente 17 compostos são considerados

potencialmente tóxicos, dentre estes destaca-se a 2,3,7,8 Tetracloro-dibenzo-p-dioxina

(2,3,7,8TCDD) a qual possui toxidade aguda. A comparação dos níveis de toxidez de várias

substâncias encontra-se na tabela 2.26.

OO O

12

346

7

89

PCDD

12

34

9

67

8

PCDFFig. 2.7. Estrutura simbólica das PCDDs e PCDFs

Em virtude da elevada toxidez da 2,3,7,8 TCDD convencionou-se para ela um fator de

toxidez equivalente igual a 1,0. A tabela 2.27 apresenta os índices de toxides equivalente

internacional e da Organização Mundial da saúde (OMS). Para obter o valor da concentração

de qualquer PCDD ou PCDF em relação ao 2,3,7,8 TCDD basta multiplicar o valor do I-TEF

pela concentração do congênere (PCDD ou PCDF) em questão. O resultado de tal

multiplicação recebe o nome de equivalente tóxico (TEQ). Salienta-se que as 193 (210-17)

substâncias restantes dos PCDD e PCDF possuem índices de toxidez equivalente (I-TEF)

igual a zero ou seja não são tóxicos [McKay, G. 2001].

Tabela 2.26. Toxidade relativa de algumas substâncias [Assunção et al 1999]

Substância Massa Molecular Dose Letal ( g/kg)Botulinustxina A 900.000 0,00003Tetanustoxina 150.000 0,0001Ricina 66.000 0,02Crotoxina 30.000 0,2Difteriotoxina 72.000 0,32,3,7,8-TCDD 320 1Tetradoxina 319 10Aflatoxina B1 312 10Curanina 696 500Estriquinina 334 500Nicotina 162 1.000Cianeto de Sódio 49 10.000Fenobarbital 232 100.000

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- 37 -

Tabela 2.27. Fatores de Toxidez equivalente das PCDD, PCDF e PCBs [Mckay G. 2002]

Tipo Sigla Nome Químico Formula Química I-TEF OMSTEF

2,3,7,8 - TCDD2,3,7,8 - Tetracloro-Dibenzo Dioxina O

OCl

Cl Cl

Cl1 1

1,2,3,7,8 - PCDD1,2,3,7,8 - Pentacloro- Dibenzo Dioxina

OCl Cl

Cl O ClCl0,5 1

1,2,3,4,7,8 - HCDD1,2,3,4,7,8 - Hexacloro- Dibenzo Dioxina

Cl

Cl

Cl

O Cl

O

Cl

0,1 0,1

1,2,3,4,7,9 - HCDD1,2,3,4,7,9 - Hexacloro- Dibenzo Dioxina

ClOCl

Cl Cl ClO

Cl0,1 0,1

1,2,3,4,6,7,9 - HpCDD 1,D

ClClCl

Dioxinas

Cl

2,3,4,6,7,9 - Heptacloro-ibenzo Dioxina O ClCl

O0,01 0,01

ClOClCl

ClCl

OCDD Octacloro- Dibenzo Dioxina

Cl

Cl Cl

Cl

Cl

Cl O

ClO

Cl

0,001 0,0001

2,3,7,8 - TCDF 2,3,7,8 - Tetracloro- Dibenzo Furano OCl Cl

Cl Cl

0,1 0,1

2,3,4,7,8 - PCDF2,3,4,7,8 - Pentacloro- Dibenzo Furano

Cl

ClCl O

Cl

Cl0,5 0,5

1,2,3,4,7,8 - HCDF 1,2,3,4,7,8 - Hexacloro- Dibenzo Furano Cl

ClCl

ClCl O

Cl

0,1 0,1

1,2,3,7,8,9 - HCDF 1,2,3,7,8,9 - Hexacloro- Dibenzo Furano

Cl

ClCl O

ClCl

Cl

0,1 0,1

1,2,3,6,7,8, - HCDF 1,2,3,6,7,8 - Hexacloro- Dibenzo Furano

ClClCl

0,1 0,1

Furanos

2,3,4,6,7,8, - HCDF2,3,4,6,7,8 - Hexacloro- Dibenzo Furano

Cl

ClCl

Cl

ClCl O 0,1 0,1

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- 38 -

Continuação da tabela 2.27

1,2,3,4,6,7,8 - HpCDF 1,2,3,4,6,7,8 - Heptacloro- Dibenzo Furano

Cl

ClO

ClCl

0,01 0,01

Cl ClCl

1,2,3,4,6,8,9 - HpCDF 1,2,3,4,6,8,9 - Heptacloro-Cl

ClCl Cl

0,01

OCDF Octacloro- Dibenzo Furano O

ClCl Cl

ClCl

Cl

0,01

Fu

3,4,4`, 5 - Tetracloro de bifenila

Cl

ClClCl0,0001

3,3`,4,4` - TCB 3,3`,4,4` - Tetracloro

Cl

Cl

Cl

Cl 0,0001

4,4` ,5 - Pentracloro

Cl

Cl

ClCl0,1

1

Cl

ClCl

Cl

Cl Cl

0,0001

2,3,3`,4,4`,5 - HCB 2 ,4`,5 - Hexaclorobifenila Cl

Cl Cl

C --- 0,0005

Dibenzo Furano

ClClO Cl

0,01

Cl

ranos

Cl0,01

3,4,4`, 5 - TCB ---

de bifenila---

3,3`,4,4`, 5 - PCB 3,3`, de bifenila

Cl---

3,3`,4,4`, 5,5` - HCB 3,3`,4,4` ,5,5` - Hexaclorode bifenila

ClCl

Cl

Cl

Cl

Cl--- 0,01

2,3,3`,4,4` - PCB 2,3,3`,4,4` - Pentacloro de bifenila

Cl

Cl

ClCl

Cl--- 0,000

PCBs

2,3,4,4`,5` - PCB 2,3,4,4`,5`- Pentaclorode bifenila

Cl Cl Cl

Cl --- 0,0005

2,3,4,4`,5 - PCB 2,3,4,4`,5 - Pentaclorode bifenila

ClCl

Cl--- 0,0001

2`,3,4,4`,5 - PCB 2`,3,4,4`,5 - Pentacloro de bifenila

Cl ---

Cl

,3,3`,4ed

Cl

lCl

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- 39 -

Continuação da tabela 2.27

2,3,3`,4,4`,5` - HCB 2,3,3`,4,4`, de

5`- Hexacloro bifenila

ClCl

Cl --- 0,0005

5` - HpCB 2,3,3`,4,4`,5,5`- Hexacloro de bifenila

Cl

Cl ClClCl

Cl --- 0,00001

-TEF : Índice Internacional de Toxidez EquivalenteOMS

Cl ClCl

2,3,4,4`,5,5` - HCB 2,3`,4,4`,5,5`- Hexacloro de bifenila

Cl

Cl

Cl ClCl

Cl

PCBs --- 0,00001

2,3,3`,4,4`,5,

Cl

I: Organização Mundial de Saúde

Vá s humanos expostos à mistura de PCDD,

PCDF e o ncer em

iferentes locais do corpo. Segundo a Usepa, as evidências disponíveis apontam fortemente

que a 2

era industrial, em especial no século XX. Foram formados como

subprodutos não intencionais de vários processos que envolvem o cloro ou substancias que o

contenham. A formação dos PCDD/F exige em geral a presença de cloro, compostos

adores (ex: Cobre), meio reacional oxidante (presença de O2) e

mper

m mecanismo conhecido como síntese “de Novo”. As fontes de PCDD e

CDF podem ser divididas em dois grandes grupos a saber: a) produtos químicos: PCB

(Di rano

com b) Pr os de co ais com o

rios estudos epidemiológicos em sere

utros produtos químicos têm observado o aumento da incidência de câ

d

,3,7,8 TCDD exerce efeito cancerígeno, principalmente através da efetiva ação como

agente promotor de estimulação e de replicação de células de maneira reversível, e inibindo a

poptosis [Usepa aplud Assunção et al 1999].

As pesquisas têm mostrado que esses compostos não ocorrem naturalmente, são os

frutos principais da

orgânicos do tipo fenol, catalis

te aturas entre 200 e 600ºC.

Verifica-se portanto, que a técnica de CBT apesar de ocorrer a 420ºC não forma

PCDD/F devido a hermeticidade do reator (ausência de oxigênio) fazendo com que o meio

reacional se torne altamente redutor. Tal condição, do meio reacional impede a formação das

PCDD/F uma vez que a formação das mesmas está intimamente ligada a existência de um

meio oxidante. As reações elementares entre carbono hidrogênio, oxigênio e o cloro são

propostas por u

P

fenil-Policlorado) (formação dos fu

pentaclorofenol, hexaclorofenol, herbicidas

s somente), componentes do agente laranja,

do grupo difenil-eter, benzenos clorados,

postos de cloro e bromo; ocess mbustão t o incineradores de lix

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- 40 -

m i ores de resídu ndu cineradores d lodos, ciner res

o , plantas de preparação de carvão, carvão upera de a es,

produção de ose, qu ao ulos

automotores, fumaça de cigarro, lareiras que q re e

utros. [Usep ção et al. 1 .

Um levantamento recém-completado é o da Usepa (“United State Eviromental

1997 encontra-se apresentado na tabela 2.28

[Usepa aplud Assunção et all. 1999]

Fonte Participação

unicipais, ncinerad os i striais, in e in ado

h spitalares termoelétricas a , rec ção ram

papel e celul eima ar livre de resíduos de madeira, veíc

ueimam madeira, aciarias, fundições de cob

o a aplud Assun 999]

Agency”) cujo relatório foi emitido em junho de

cujas emissões referem-se ao ano de 1990. As rotas de exposição incluem via direta pelas

emissões atmosféricas e de chaminés, como também indiretamente pela contaminação do

solo, produtos alimentícios, água e outros [Usepa aplud Assunção et al. 1999]. Depois de

conhecido o perigo das dioxinas e furanos no início dos anos 80 os países industrializados,

começaram-se a investigar processos de formação e conseqüentemente as fontes de diferentes

setores industriais.

Tabela 2.28. Participação das diversas fontes de emissão de Dioxinas e Furanos

(%) Incineração do lixo municipal 60,18Incineração de resíduos de serviços de saúde 10,88Fornos de produção de cimento com queima de resíduos perigosos 7,85Queima de carvão residencial 3,85Fundição secundária de alumínio 3,16Outras incinerações biológicas 2,64Termelétricas a carvão 2,47Outras fontes 2,36Queima de madeira e de resíduos de madeira na indústria 1,86Incêndios florestais e queima prescrita 1,57Fornos de produção de cimento sem queima de resíduos perigosos 0,99Tratamento e preservação da madeira 0,63

Nos anos seguintes, os cientistas, as autoridades e a indústria procuraram meios para

atingir o mínimo de impacto. Estas modificações nos processos industriais visavam impedir a

liberação das PCDD e PCDF. Através da adaptação dos equipamentos de tratamento de gases

de pro olog al.

1999]. A s critérios issões

das PCDD/F e de outros poluentes.

Antigamente as emissões das centrais de incineração de resíduos urbanos/perigosos

contribuíram em grande parte no total das emissões destes poluentes. Atualmente, estas

cesso, conhecidos como tecn

tabela 2.29 apresenta o

ia de “adsorção em carvão ativado”[Assunção et

das normas européias que controlam as em

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- 41 -

centrais de incineração, reduziram as emiss tor das

tecno dsorção rvão ativo al. 1999].

2.29. Cr os de emiss s européias [Mck 2002]

BPM 11/3, 15ºC

990 O2, ar seco)

EEC3, 11% O2 ar seco)

ões por um fa de 100 devido a adaptação

logias de a em ca [Assunção et

Tabela itéri ão das norma ay G.

Poluente89 Taluft 1

3, 11%(ng/m 1 bar) (mg/m (mg/mHCl 100 510SO 2) -- 25x (SO 35HF 5 1 1 NOx ---- 200 CO -- --50SO3 total 7 -- --50PCDD/PCDF (ng/Nm3 TEQ) -- 0,1 0,1BPM: Valor médio p e Airbildung Luft, EEC: Comuni conômica Européia.raticável, Taluft: Technisch dade E

2.2.2 - Descarte

A tabela enta ção em adas atualmente aos

pneus inservívei ente utilizados

evido ao baixo custo de capital. Porem internacionalmente cresce a aversão de se enterrar o

ido aos problemas associados como: alto consumo de espaço e danificação da

em Aterros e Lixões

2.30 apres as quatro formas de disposi preg

s [Caponero et al. 2000], sendo os três primeiros amplam

d

pneu inteiro dev

cobertura dos aterros.

Tabela 2.30. Formas de disposição dos pneus inservíveis [Caponero et al. 2000].

1) Em pilhas por um empreendimento comercial 2) Em pilhas já existentes em aterros 3) Permanecem no local de geração 4) Descartados indiscriminadamente em lixões e beiras de rios e estradas

As pilhas de pneus são a forma adotada principalmente nos paises desenvolvido

a como uma destinação

s,

porém ela não deve ser considerad final, mas sim, transitória devido

as: proliferação de insetos vetores de doenças e alto risco de incêndio.

asil é comum as

tais de casas.

2.2.3 - Reutilização de Pneu

A tabela 2.31 apresenta a quantidade relativa de reciclados ou reusados nos EUA (o

maior reciclador de pneus) em 1990 [Caponero et al. 2000], por ela verifica-se que somente

34,5% dos pneus são reciclados. Já a tabela 2.32 apresenta a evolução dos mercados que

aos seguintes problem

No Br disposições em locais impróprios como lixões, beira de rios, estradas

ou quin

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- 42 -

utilizam os pneus descartados [Smith et al. 1995]. O aumento vertiginoso no início da década

passada se deve a criação de novos mercados consumidores deste tipo de descarte. No Brasil,

70% da frota de transporte de carga e passageiros é recauchutada fato que prolonga a vida do

pneu em 40% .

Tabela 2.31 Percentagem de pneus dispostos/reciclados

[Blumental aplud Caponero et al. 2000].

Tabela 2.32 Comparação entre alguns mercados consumidores de pneus usados nos EUA de 1990, 1992 e 1994 [Smith et al. 1995]

Destino dos Pneus usados (%) Descarte /Aterro 66,5

Asfalto 0,9 Recauchutagem 13,7 Recuperação 1,0 Combustível 9,4 Prod. Industrializados 4,3 Exportação 4,3

Reciclagem/ Reuso

(34,5%)

Outros 0,9

Milhões de Pneus/Ano Mercado

1990 1992 1994 Produtosa - - 26 Engenharia Civilb - 18 20 Combustíveisc 24 50 80 a)-Borracha granulada e produtos industrializados b)-Usos em pavimentação e outros c)-Usos na indústria de cimento, papel, geração de eletricidade

2.2.4. Indústrias de Cimento e Termoelétricas

A recuperação de energia tem sido uma das principais formas de reciclagem de pneus.

Isto se deve em parte a sua composição elementar que encontra-se apresentada na tabela 2.33

[Gonzalez et al. 2001]. Verifica-se por ela que o pneu possui baixos teores de enxofre, fato

que viabiliza a sua aplicação como combustível. A comparação do pneu com outros tipos de

combustíveis foi feita na tabela 2.34 [Blumental aplub Caponero 2000], nota-se através dela

que o valor energético do pneu encontra-se superior a muitos combustíveis tradicionalmente

utilizados. Comparando-se o custo da energia apresentada na tabela 2.35 constata-se que para

o pneu picado o valor de US$ 7,10/MBTU não é competitivo com o gás natural no Brasil

S$ 2,16/MBTU).

O co-proc como uma das

rincipais rotas de destinação dos pneus. Esta técnica possui entretanto, alguns

inconv

ada em US$ 13,00/t), a indústria de

(U

essamento na indústria de cimento tem sido apontado

p

enientes, a saber: picagem, transporte e máximo teor de ferro aceitável no cimento

(somente no Brasil, pais do concreto, é possível alcançar um equilíbrio entre produção e o

consumo na indústria cimenteira). A tendência de utilizar pneus picados em fornos de cimento

tem como custo o picamento e o transporte até a cimenteira. Tomando como base o valor de

US$ 2,16/MBTU para o gás natural o pneu tem um valor energético de 2,2 x 0,014 BTU/kg x

US$ 2,16/MBTU = US$ 0,07/kg (US$ 70,00/t). Considerando o custo de picamento (estimado

em US$ 100,00/t) e o custo do frete (cuja média é estim

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- 43 -

pneus terá que pagar US$ 43,00/t (equivalente a US$ 0,20/pneu) para a queima dos pneus em

fornos de cimento. Na verdade o custo real será de US$ 113,00/t (equivalente a US$

0,60/pneu) tendo em vista que as fábricas de cimento não pagarão nada pelo combustível.

Tabela 2.33 Composição elementar de pneus usados

[Gonzalez et al. 2001]

Tabela 2.34 Comparação do teor energético de vários combustíveis

[Blumental aplub Caponero et al. 2000]Elemento % (m/m)

Carbono 86,7

Hidrogênio 8,1

Oxigênio 1,3

Enxofre 1,4

Nitrogênio 0,4

Cinzas 2,1

Combustível Poder Calorífico (MJ/kg)Madeira 10,18 Lixo Urbano 12,37Lignina 16,98Carvão Sub-Betuminoso

24,42

Carvão Betuminoso 29,65Pneu Inteiro 33,03Pneu livre do aço 36,05

Tabela 2.35 Custo dos combustíveis [Paul 1990]

Fonte Energia [U$/GJa]

Carvão (US$ 36,60/t) 1,32Óleo(nº 6-óleo combustível). a US$ 0,079/L 1,89 Gás natural (US$ 153,60/103 m3) 4,15

Pneu picado a US$ 0,20/kg 6,77 Borracha

Pneu inteiro a US$ 0,06/kg 2,03 a) Para converter US$/GJ para US$/106 BTU multiplicar por 1,054.

2.2.5 - Pirólise

Outra forma de reciclagem de pneus é a pirólise na qual ocorre a quebra das ligações

químicas da cadeia pelo calor, que normalmente é realizada na faixa de 250ºC a 1000ºC. A

quantid

o o meio reacional dos principais tipos de pirólise

[Caponero et al. 2000]

Tipo de meio reacional Características

ade produzida de cada sub-produto encontra-se na faixa de 33-38% de sólidos,

38-55% de óleos e 10-30% de gases, os quais relacionam-se com os parâmetros de processo

tais como: temperatura, velocidade de aquecimento e tipo de meio reacional. Os vários tipos

de pirólise utililisados atualmente estão apresentados na tabela 2.36 [Caponerpo et al. 2000].

Tabela 2.36 Classificação segund

Inerte Utiliza-se fluxo de Argônio ou Nitrogênio Oxidante Utiliza-se oxigênio ou vapor de água em condições sub-estequiométricas. Redutora Atmosfera com Hidrogênio Vácuo Grande produção de óleo.

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- 44 -

A figura 2.08 ilustra o processo Tosco II de pirólise que acontece em um ta

ºC – 550ºC

mbor

rotativo com bolas de cerâmica a 480 [Paul 1990]. As bolas cerâmicas são

do Tromme s e retornadas ao tambor de pirólise. O Trommel faz a

moagem e a separação do resíduo sólido dos vapores de óleo e gás os quais foram

são constituídos de etileno, propileno e butileno e

on stitut

t de pneus/dia produzia 0,55 m3 de óleo (4%), 1

1,5 de vidro (1,2%

e r

ga a pri

idade 0,9 t/h (7.000 t/ano). A ren lantas industriais é de 30% em

e fumo.

Fig. 6.8 Fluxograma do processo Tosco II [Paul 1990]

irólise ref e a real s temperaturas (1000ºC),

desenvolvida por Mariotoni [Mariot 01] que de

a de ta alumina é revolvida durante

o injeta-se GLP (gás liquefeito de petróleo),

levando a temperatura no interior do reator até 1000ºC. Introduz-se então no interior do

ator os pneus fragmentados que se decompõem termicamente ao final do processo, obtendo-

três subprodutos (negro de fumo, óleo e gás metano).

separadas l, reaquecida

condensados no trocador de calor. Os gases

os óleos c têm 1% de S podendo ser sub o de óleo combustível. A planta piloto de 13,5

,4 t de negro de fumo recuperado (10,4%), 0,2

). (os dados fornecidos não permitem fechar ot de aço ( %) e 0,17 t de fibra

balanço d massa). O negro de fumo recupe ado produzido poderia ser utilizado somente

como car

uma capac

de baixo grau e não como carg mária. O investimento é de US$ 2,3 x 106 para

tabilidade das pde

óleo e 40% em negro d

PicadorPneu

Outro tipo de p ere-s izada com alta

oni 20 consiste em expandir alumina (Trióxido

lumínio) através de ar comprimido no interior

quecime

um reator. Es

a nto do reator até 700ºC e neste instante,

e

re

se

Secadorpreaquecedor Separador

Lavador de gases

Aquecedor debolas

GCo

ás dembustão

ArTambor de

pirólise

Acumulador(trommel)

Elevador de bolas

R eesfriador dcarvão

Condensador

Emissão gasosa

Nafta

Gás óleo

Resíduo

Carvão

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- 45 -

2.2.6. Utilização do Pneu no Asfalto

Atualmente, a principal forma de utilização

deste ao asfalto. Para poder ser utilizado, o pneu dev iramente amento no

materiais de reforço (aço+fibras) são retirados. Em seguida ele é adicionado na

o asfalto a um mperatur 0ºC. Os problemas relacionados com

écnica referem-se a alta viscosidade apresentada pela m

rad tura apresentaram

uídas pe

2.2.7. Devulcanização

gestã u to a e

revitalizada através das técnicas avançadas atuais. O anexo III mostra fluxogra o

oces gestão oodyear [P 1990] e ela 2.3 esenta o ncipais ó e

de proc ento utilizados na digestão. A devulcanização pode ser feita

nte de trê as: tratam o quími ltra-so bio-reaçã [CEMPR ão

é feita com vapor a (175 a 205ºC) e pressão de 10 atm com duração

.42 que apresentam exemplos de formulações que utilizaram a borracha digerida

aul 1990]. No Brasil já existem tecnologias em escala industrial que regeneram a borracha,

-RJ. que patenteou a técnica de devulcanização

catalisa

mecâni

vulcan

microo

polimé

escala

do pneu na indústria civil é pela mistura

e sofrer prime um trat

qual os

proporção de 25% a a te a de 20

esta t istura que dificulta a

as construídas com a mispavimentação. As análises das primeiras est

durabilidade duas vezes superior as constr lo método convencional

A di o foi muito tilizada antes do adven da borrach sintética pode ser

o ma d

pr so de di da G aul a tab 7 apr s pri leos

auxiliares essam

basicame s form ent co, u m e o E-S

Paulo-S.P.2000].

A devulcanização

em torno de 5 horas, utilizando-se 2 a 4% de óleo em relação à borracha. As tabelas 2.38 a

2

[P

como a Tridente S.A. do Rio de Janeiro

da (U.S. Pat. 5.677.354).

Outra forma de devulcanização é pela clivagem das ligações (C—S) de forma

ca com a utilização de ultra-som, produzindo uma borracha passível de ser novamente

izada. Dos processos citados, o mais seletivo é a bio-reação que utiliza

rganismos que metabolizam somente as ligações (C—S) sem causar dano a cadeia

rica. Tanto o processo bio-reativo como o ultra-sônico ainda não possuem plantas em

industrial operando no Brasil.

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- 46 -

Tabela 2.37 Óleos e auxiliares de processamento para digestão da borracha

[Paul 1990].

Material Composição Ação

PepitizantesSaturado, polimerizado, petróleo e hidrocarbonetos plastificante

Alcatrão,Tareno

mistura de terpenosalcatrão de pinho

, plastificantes na dispersão de elhora o processamento

, produto de extensor, auxiliarescargas; amacia o produto e m

Solvenol tarpeno monocíclico solvente sem mancha, penetra e incha a borracha, dissolve e dispersa óleos pesados.

auxiliares de processamento, recuperação de óleo e

Pitt Consol 500

Dissulfeto aril em óleo de petróleo pepitiza, encurta o tempo de devulcanização pela oxidação das ligações da borracha.

Borrachamineral 300º

inos sso)

Produto betum o de petróleo extensor, plastificar e amolecer, (auxilia no procede recuperação

resorcinol resorcinol para formulação de pneus, promove a adesão da

pneuborracha aos fios, reduz mdos

anchas em faixas brancas s quando usado com formaldeído.

Corray 40 Hidrocarbonetos, c n

cladoicloparafínicos

auxiliarreci

o processamento, amolece, incha e amacia o .

Triton x 100 s ar ulsifi

aHidrocarbonetoPoliésteres, Álcois

omáticos Empartícul

ca, auxilia na dispersão dos óleos sobre as s de borracha

Argila silicato de alumínio a inecarg rte, endurece e enrijece o reciclado.

calcáreo carbonato de cálcio carga inerte, endurece e enrijece o reciclado

solução de 30% NaOH

sódioe o enxofre livre e atua

hidróxido de agente devulcanizante, removcomo auxiliar de cura.

Tabela 2.38. Formulação para recuperação pneus

90]

Tabela 2.39. Formulação para natural neutraa

In

integral de SBRa recuperação da borracha[Paul 19 . [Paul 1990].

grediente PartesSBRb 100,0Parafluxo 5,4Alcatrão 6,0Solvenol 2,0Pitt Consol 500 2,0Borracha mineral 300º 1,7Negro de fumo 4,0Resorcinol 0,06 Triton x 100 0,06a) Digestão por 5 h com vapor a p(10 atm).

ressão de 1,01 MPa

b) SBR moído diâmetro < 1,19mm (16-mesh)

PartesIngredienteNR neutrab 100Corray 40 3Argila 2 Soda líquida 2c

Água 2 a) Devulcanizada por 5 h com vapor a pressão de 1,4 MPa (14 atm).b) Bandas elásticas e bandas de rolamento de NR reduzidas a tamanho de partículas de 6,25 mm. c) 30% NaOH.

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- 47 -

Tabde n

Ingrediente Partes

ela 2.40. Formulação para recuperação egro de fumo da borracha naturala

[Paul 1990].

Tabela 2.41. Formulação para recuperação de borracha butílicaa

[Paul 1990].

NRb 100Tareno 3 Carbonato de cálcio 10Soda c 2Água 2a) Devulcaniz ressão de 1,01

)ada por 5 h com vapor a p

MPa (10 atm .b) NR moído a tamanho de partículas de 6,25 mm. c) 30 Solução ( % NaOH).

Ingrediente Partes IIRb 100Corray 40 2Argila 3Água 2 a) Devulcanizada por 5 h com vapor a pressão de 1,01 MPa (10 atm). b) Partículas de IIR moídas 6,25 mm.

Tabela 2.42. Propriedades da borracha recuperada [Paul 1990].

oElongação

(%) Cinzas

(%) acetona

(%) Polímer

Densidadeespecífica

Viscosidade( M L)

TraçãoMPa

Extrato em

Neu 29tra 1,19 45 9,0 500 9NR

t 13b

Pre a 1,19 25 8,6 400 11SBR, pneu in 7tegralb 1,18 50 6,9 280 22

I 9,0 540 7 11 IR, tubosc 1,17 65 a) Para converter MPa em psi, multiplicar por 145. b) p cuperação de Borracha para recuperação de NR emc) pa uperação de Borracha para recuperação de IRR. C1

o

Praticamente em todas as tecn c

c ura 2.9 mostra o fluxogram

st ade de 12.000

descrição dos equipamentos encontra-se aprese A

mostra a composição dos preços em marcos alemã he

Para a instalação de corte, granulação e classificação de pneus, o total de investimento

é de DM 6.271.500,00 (US$ 3.500.000,00). Para uma produção de 12000 t/ano,

tomando os juros de 12,5% a.a. com período de financiamento de 10 anos tem-se um

custo anual de US$ 633.500 (US$ 53,00/t).

Admitindo um gasto O&M da mesma ordem que o do investimento, chega-se a

um valor de US$ 106,00/t para obtenção de pó de borracha ( <5mm) e para o de <

0,3 mm o custo seria de US$ 230,00/t. Este valor é considerado baixo perante o negro

Formulação ara teste de cura da Associação de Re elastômeros istos. Cura 30 min. a 160ºC.

ra teste de cura da Associação de RecFormulação ura 30 min. a60ºC.

2.2.8 - M agem e Cominuição de Pneus

ologias de reciclagem de pneus e borra ha em geral é

ne essário o picamento e moagem. A fig a de uma

in alação completa de reciclagem de pneus com capacid t/ano cuja

ntada na tabela 2.43. tabela 2.44

es [TEXPROJET-C mnitz 2000].

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- 48 -

de fumo (US$ 1.100,00/t), porém muito alto comparado com custos de materiais para

aplicações alternativas tais como cerâmica, cimento, madeira e plás s reciclados

(US$ 130,00/t).

Tabela 2.43. Equipamentos utilizados instalação de cominuição

[TEXPROJET- Chemnitz 2000]

A instalação tem capacidade de 6000t/ano até 18000t/ano dependendo de sua configuração.

tico

Pneus velhos

de todos os tipos e dimensões(diâmetro máximo m e largura máxima de 1000mm), ou seja desde pneus de carros, caminhões até de grandes máquinas como por exemplo as de construção e de mineradoras.

de 3200m

Cabos elétricos com isolação Materiais plásticos de grande porte ( para choques, caixas plásticas) Resíduos domiciliares (comrádios, TV e eletrodom

putadores,ésticos)

Materiais de Entrada

Outros tipos específicos de Resíduos sólidos.

podem também ser tratados na instalação e devem ser enviados diretamente ao “Shreddermaster” (equipamento de corte) entre estes resíduos sólidos podemos destacar:

Artigos de madeira (mpaletes)

oveis velhos e

Beadmaster Equip.separação de cinta de aço dos pneus

Shredmaster Equip. de corte de pneus em pedaços < 80mm

Granmaster Equip. de granulação grosseira (70% de 10 a 25m ) e (30% de 5 a 9 mm)

m

Magmaster Separador eletromagnético de metais ferrosos Granmaster II Equipamento de granulação fina – fase 1 <10mmGranmaster III Equipamento de granulação fina – fase 2 < 5mm

Sepmaster Separador de materiais têxteis e separador de meletromagnético de materiais ferrosos

aterial

Screenmaster Sistema de peneiramento e qualificação do material em diferentes granulometria .

Pressmaster Sistema de prensa do granulado em uma duas ou até três camadas, inclusive com a possibilidade de aberturas de fendas e a formação de rolos, quando houver necessidade.

ProcessoEquipamentos

Gummifräser Sistema de abrasão: Sistema de produção de umborracha (OILHUNTER) de 0,1 a 0,3 mm

pó especial de

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- 49 -

Tabela 2.44. Orçamento em Marcos Alemães da unidade de cominuição de pneus e

r

I

esíduos especiais [TEXPROJET- Chemnitz 2000] (DEM – Marcos Alemães)

tem nº Descrição Preço [DEM]

100T000 Instalação de corte, granulação e separação de pneus velhos

100T100 Pré tratamento dos Pneus velhos 622.500,00

100T200 Linha de granulação 4.576.500,00

100T300 Sistema de transporte do granulado 87.600,00

100T400 Instalação central de exaustão e filtração 487.500,00

100T500 Instalação de armazenamento dos granulados 139.900,00

100T600 Central de controle SPS / material de instalação 357.500,00

200T000 Instalação de Manufatura do granulado

200T100 Manufatura do granulado, Linha 01- produção de mantas 2.125.000,00

2 1.026.000,0000T200 Manufatura do granulado, Linha 02 – Prensagem das mantas

3 brasão para produção do pó de borracha 00T000 Instalação de a 559.500,00

400T000 Instalações de processo secundário

400T100 Transporte interno na fábrica 586.500,00

400T200 Instalação de ar comprimido 42.500,00

400T300 Oficina 370.000,00

500T000 Componentes Reservas 844.500,00

600T000 Fornecimento de material para o início de produção 285.000,00

Soma das Máquinas e Equipamentos 12.110.500,00

7 756.000,0000T000 Know-how / Documentação do projeto

800T000 Chefe de Montagem, Assistente Técnico e Treinamento 773.500,00

Soma Total [DEM] 13.640.000,00

Soma Total [US$] 7.620.111,73

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- 50 -

Fig 2.9. Descrição uma instalaçã eciclagem de p e outros tipos específicos de resídu lidos

[TEXPROJET- 00]

de o para r neu

Che

s velhos

mnitz 20

os só

Silo

2

1

Beadmaster

Shred

Esteira nte Se

master

Rola paradora

3

Granm r Iaste

4

Magmaster 5

Gr asteranm II

Exautão de partícular textis e de borracha

4

Magmaster

r III

6

ranmasteG

7

Sepmaster

ResíduosTextis

RM

esíduosetálicos

Re atóriode Material

serv

Sist gr

em geanula fica

M ador

enmas

a de edos

mdos

stocaquali de

istur

Scre ter

8

9Sistema de prensas

Sist de abertura de fendasormação de rolos

emae f

M sde borracha

anta

Siststos d

emacagee bor

smr

dede

achae

Sistema de asão 10abr

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- 51 -

2.2.9 - Conversão em Baixa Temperatura

temperatura –CBT é um processo termo-catalítico simples e

eficien

) que transformam através de baixos

íveis de energia as proteínas e lipídios da matéria orgânica em óleo e os carbohidratos em

arvão. Tais processos ocorrem sob ação catalítica que no caso do pneu são: óxido de zinco,

tes por sua vez promovem a quebra das ligações

heterog

a 2.45. Quanto aos hidrocarbonetos

poliaro

estabilizando-os como óxidos nas cinzas do carvão impedindo

que oco

não condensáveis e 12% de aço. O número de iodo permite classificar o negro de

fumo r

A conversão em baixa

te que imita com perfeição a síntese natural do petróleo. Este foi formado ao longo das

eras geológicas pela decomposição anaeróbica dos detritos animais que resultou em uma

mistura de hidrocarbonetos saturados e insaturados. Segundo Bayer 1981 a CBT caracteriza-

se por ser um processo hermético (ausência de oxigênio

n

c

silicatos e outros metais de transição, es

êneas a saber: C-S, C-N, C-P, C-O, e preservam as ligações homogêneas (C-C). Os

principais produtos da CBT são o carvão e o óleo este último apresenta características que o

torna muito similar ao petróleo. As pesquisas feitas pela Universidade de Tubigen mostraram

que a faixa de temperatura para os processos de CBT varia de 280ºC a 450ºC para a

conversão de lodos e era mantida uma posição de que CBT não se aplica a pneus [Bayer

1981, Bridle et al. 1986].

Os recentes desenvolvimentos da CBT confirmaram que a conversão catalítica

promove dealogenação de todos os organoclorados presentes no material. Este mecanismo

ocorre devido a ação do meio altamente redutor (H2 + CO2) presente no interior do reator.

Uma vez que as dioxinas apresentam estabilidade térmica somente em atmosferas oxidativas,

os resultados destes testes estão apresentados na tabel

máticos (PHA), foram também destruídos durante a conversão da matéria orgânica. O

processo de conversão em baixa temperatura imobiliza completamente os metais pesados

presentes na matéria orgânica

rra a contaminação ambiental [Bridle et al. 1990].

A tabela 2.46 apresenta os resultados obtidos pela conversão em baixa temperatura do

pneu realizados em um reator contínuo piloto [Portilho, 2001].

Os resultados preliminares do processo CBT realizado na R.M. Materiais Refratários

LTDA encontram – se na tabela 2.47 verifica-se número de Iodo similar ao negro de fumo

comercial com recuperação de 35% de sólidos (negro de fumo reciclado), 48% de óleos, 5%

de gases

ecuperado como semi ativo (Tabelas 2.16) [Pinatti 1996, Soares 2001]. Comparando os

resultados apresentados na tabela 2.46 com os obtidos no ensaios preliminares da conversão

do pneu no reator da RM verifica-se uma diferença entre os valores das proporções de óleo e

GNC. Tal fato se deve em parte pela diferença dos tipos de reatores utilizados em cada caso.

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- 52 -

Os reatores batelada possuem rendimento em óleo 50% superior aos conversores

contínuos [Vieira 2001].

Reação

Tabela 2.45 Destruição de organoclorados no lodo do esgoto[Bridle et al. 1990]

Lodo Óleo Carvão Água de

HCB (mg/kg) 1,3 1,0 <0,004 <0,01mg HCB/kg lodo 1,3 0,14 <0,002 <0,0016

(%) 100 10,7 <0,15 <0,12 PCB (mg/Kg) 0,32 0,48 <0,012 <0,016

mg PCB/Kg lodo 0,32 0,067 <0,007 <0,0025

LodoDoméstico

(%) 100 20,9 <2,2 <0,78 PCB (mg/Kg) 0,3 <0,1 nd <0,003

mg PCB/Kg lodo 0,3 <0,0125 nd <0,0004 Lodo

Industrial(%) 100 <4,2 nd <0,145

n d = não detectado

Tabela 2.46 Balanço de massa da Conversão em Baixa Temperatura do pneu com um

reator contínuo a 430ºC com tempo de residência de 13 min. [Portilho 2001]

Material Massa [ g ] Procentagem [ % ] Pneu 670,00 100,00Carvão 311,70 46,52Óleo 25,00 3,73GNC 333,30 79,75

Tabela 2.47 Conversão em baixa temperatura do pneu [Soares 2001]

Material Pneu picado (5 a10cm ) fornecido pela RECOM [RECON – Lorena - SP] Número de reações 9 com 600g/reação

325ºC na mufla Dados Experimentais Temperaturas

393ºC no interior de reator 35% material Carbonoso

Sólidos (47% p/p) 12% de fios de aço

Condensados (48%p/p) Óleo leve Produtos

Gases (5,0% p/p) Não foi executada medida direta > 75 m 65,8%

44 m< <75 m 23,1% Moagem do Carvão Moinho de bolas(por 16 horas)

<44 m 11,1% <44 m 22

44 m< <75 m 19CBT-325ºC> 75 m 17<44 m 44

44 m< <75 m 41CBT–500ºC> 75 m 40

Adsorção de Iodo no carvão(g/Kg de carvão)

Negro de fumo Comercial 83

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- 53 -

3. MATERIAIS E MÉTODOS

3.1. Recebimento dos Pneus

Os pneus foram fornecidos gratuitamente pela RECOM (fabrica de Pneus),

revendedores e borracharias. Para execução deste trabalho selecionaram-se somente os pneus

servíveis do aro 13 ao aro 15 que correspondem aos carros de passeio e utilitários que juntos

presentam os maiores consumidores de pneus no país.

.2. Modificação da Planta Piloto-CBT

A planta piloto de CBT existente na RM-Materiais Refratários LTDA tinha como

bjetivo desenvolver a tecnologia industrial de fabricação de carvão ativo, peneira molecular

e carbono e conversão de lodos [Soares 2001] em processos que envolviam uma escala de

rodução maior. Ela foi construída com base na experiência adquirida em montagens de

boratório do pesquisador Álvaro Guedes Soares, Mestre da RM-Materiais Refratários Ltda.

urante execução da sua tese de doutorado [Soares 2001].

O reator utilizado na planta de CBT não estava dimensionado para receber o pneu

teiro o que inviabilizaria a execução desta dissertação de Mestrado. Para solucionar este

oblema, decidiu-se construir com recursos da RM-Materiais Refratários LTDA um novo

ator piloto. Este novo equipamento deveria atender dois princípios básicos: otimização da

ansferência de calor e alimentação com o pneu inteiro.

Foi construído um reator anular para atender os requisitos citados no parágrafo

anterior, este consistia de dois om esta modificação uma alta

taxa de transferência de calor.

Para alimentar o reator com pneu inteiro, pesquisou-se junto a ANIP sobre o maior

diâmetro externo do pneu de aro 15 e o menor diâmetro interno do pneu de aro 13. Utilizou-se

a faixa dos aros 13 ao 15 que representa os grupos de carros de passeio e utilitários, usados no

Brasil, os quais correspondem juntos a mais de 65% do total de pneus fabricados por ano no

país. A altura do reator foi fixada em 1200mm, pois este comprimento representa a altura

máxima permitida pela campânula da planta piloto de CBT da RM – Materiais Refratários

LTDA.

O material a ser utilizado para este reator foi o aço inox austenitico 310, pois nele a

corrosão inicia-se som acima de 1100ºC [Telle

peraturas utilizadas na CBT-pneu são todas inferiores a 500ºC, o aço inox

310 supre com tranqüilidade as condições de temperatura do processo. Para o processamento

in

re

3

o

d

p

la

d

in

pr

re

tr

tubos concêntricos que obteve c

ente com temperaturas s 1985]. Levando-se em

conta que as tem

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- 54 -

do lodo

tubos internos e externos do reator encontravam-se fora das especificações de

normas de construção de tubos. Decidiu-se pela compra de chapas de aço inox 310 de

espessura 3,2 mm e confeccionar movos tubos. Os flanges também foram construídos em aço

inox 310, de espessura 19mm e seguiram a norma ANSI 16.5, classe 150lb.

As espessuras tanto da parede dos tubos quanto dos flanges foram reduzidas, devido

ao fato do reator operar à pressão atmosférica, isto é, com pressão manométrica próxima de

zero.

Visando assegurar que o selo da junta não vazaria, devido à redução da espessura do

flange, foi aumentado o número de parafusos do mesmo. A quantidade de parafusos a ser

acrescentada, foi calculada a partir da flecha entre dois parafusos tendo a flecha especificado

pela norma como padrão.

A figura 3.1 de CBT da RM-Materiais

efratários e a figura 3.2 apresenta o reator CBT, sendo a tubulação inferior responsável pelo

ubulação superior, responsável pela exaustão dos

nox 304.

ntrada um rotâmetro que estava ligado a uma garrafa de N2. Manteve-se no

interior

e o trocador de calor, a campânula foi

baixada e iniciou-se o aquecimento com a ignição do GLP no queimador. As temperaturas da

ampânula e do reator foram acompanhadas durante o aquecimento e a conversão por meio de

termopares do tipo K. Caso houvesse necessidade de modificar a taxa de aquecimento, esta

de esgoto será estudada a estabilização do inox 310 com Ti e Nb visando aumentar

sua resistência a corrosão do cloro devido ao sal de cozinha.

Os

mostra o desenho esquemático da planta

R

fluxo de gás inerte (N2 comercial) e a t

vapores da reação, ambas as tubulações foram feitas em aço i

3.3. Conversão em Baixa Temperatura do Pneu

Iniciou-se a alimentação do forno piloto–CBT manualmente a qual é representada pela

figura 3.3. A figura 3.4 apresenta o reator carregado com aproximadamente 40Kg de pneu.

A conversão em baixa temperatura do pneu foi dividida em oito operações:

alimentação, aquecimento, conversão, resfriamento, descarga, britagem, separação do aço e

moagem. Após a alimentação o reator foi levado para a campânula e acoplou-se a válvula da

tubulação de e

do reator um fluxo de gás de 3,15x10-5m3/s (4ft3/h) com uma pressão de saída na

garrafa de nitrogênio de 0,25 MPa. A segunda válvula que recebe a tubulação de exaustão foi

conectada ao trocador de calor, e uma terceira válvula foi também conectada a tubulação de

exaustão e ligada ao manômetro de coluna que funcionava também como válvula de

segurança. Após as conexões com o nitrogênio

a

c

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- 55 -

seria feita mediante regulagem da válvula de controle de GLP. Após atingir as temperaturas

de 380.ºC ou 420.ºC no interior do reator reduziu-se a chama do queimador para manter a

temperatura de conversão constantes. O aquecimento durou aproximadamente 60 minutos e a

etapa de conversão 30 minutos.

]

Fig. 3.1. Planta piloto de CBT

12 4

6

3

10

Esquema do Reator de Pirólise Piloto para Pneu

1

Fig. 3.2. Reator de CBT Fig. 3.3. Alimentação de reator CBT

A

8

7

A

Corte - AA

2 5 reação8 - Manômetro9 - Condensador10 - Tanque coletor de

condensáveis11 - Saída de gases

não condensáveis1c

Legenda:

1 - R tor

4 - Queimador5 - Exaustão de gases

de combustão6 - Entrada de gás inerte7 - Saída de gases de

2 - Entrada de GLP e Gases nãoondensáveis

Água9

11

ea2 - Campânula3 - Base refratários

Esquema da Planta Piloto de CBT

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- 56 -

Terminada a conversão interrompeu-se o aquecimento elevou-se a campânula para

resfriar o reator e manteve-se o fluxo de N2 visando impedir a entrada de oxigênio no interior

do reator.

Fig.3.4 Reator CBT carregado com pneu

3.4. Operações Unitárias da CBT-pneu

3.4.1 - Separação do Óleo e dos Gases Não Condensáveis

Durante a conversão os vapores orgânicos produzidos saíram por meio da tubulação de

exaustão e foram condensados em um trocador de calor casco tubo aletado modelo

(TA 600-5) fabricado pela Apema – LTDA, com água no interir dos tubos e vapores pelo

casco. A prática mostrou que o condensador casco tubo aletado não foi adequado para

condensação de vapores de CBT devido a alta taxa de incrustação nas aletas, que impedia o

fluxo dos vapores. Visando impedir que a incrustação provocasse o entupimento do

condensador, este foi devidamente lavado com auxílio de uma bomba centrífuga de 0,33HP

fabricada pela Dancor com 30,0 L de solução alcalina (NaOH 5% v/v) por 30 minutos a cada

duas reaç

O óleo presente no vapor da CBT foi condensado e armazenado em reservatório

róprio como mostra a figura 3.5. A fração dos hidrocarbonetos que não puderam ser

ses não condensáveis (GNC), os quais

após se

ões.

p

condensados no trocador de calor foi denominada de ga

paração do óleo foram adsorvidos em um leito de carvão ativado. No futuro os GNC

retornarão para campânula para serem queimados.

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- 57 -

Fig. 3.5. Instalação para separar e condensar os gases da CBT

.4.2. Descarga do Negro de Fumo Recuperado

da campânula, aberto e basculado com

3.7.

3

Após o resfriamento do forno, este foi retirado

auxílio de um hidráulico apropriado como mostra a figura 3.6. Inicialmente, o produto

retirado nesta etapa consiste basicamente de NFR agregado ao aço que compõe o talão em

todos os pneus e as cintas nos radiais, como apresenta a figura

Fig. 3.6. Descarga do negro de fumo recuperado Fig. 3.7. Negro de fumo agregado ao aço

Após o descarregamento, o NFR agregado ao aço foi encaminhado para a operação de

britagem, separação do aço, moagem e classificação granulométrica. Durante a britagem o

composto (NFR + aço) foi britado com auxílio de um compactador manual desagregando-se

totalmente o aço do NFR e a separação final se deu mediante auxílio de uma mesa vibratória

com uma peneira de 4 Mesh (5mm) que reteve o aço. O aço separado foi compactado e

estocado e o NFR encaminhado para a etapa de moagem com moinho de martelo do tipo

.

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- 58 -

(C-12) fabricado pela Tigre [Tigre – São Paulo – SP]. Esta operação ocorreu em duas etapas

sendo a primeira com peneira de saída de 3mm e a segunda com peneira de saída de 0,3mm.

Esta operação será melhor estudada no futuro.

ara as peneiras de laboratório. As figuras 3.8 e 3.9 apresentam as fotos da mesa de

pen

A classificação do NFR nas faixas granulométricas foi feita mediante uso de peneiras

de laboratório (130mm de diâmetro e 50mm de altura) fabricadas pela BERTEL – Ltda.

Utilizou-se uma mesa vibratória construída na própria RM - Materiais Refratários com

adaptação p

eiras e do moinho utilizado nesta etapa respectivamente.

Fig. 3.8 Mesa de peneiras Fig. 3.9 Moinho de martelo

3.5. Métodos Operacionais Utilizados na CBT-pneu

tor, iniciaram-se as primeiras reações de CBT-pneu com

o o eações

de

descon e reação, quantidade de produto carbonoso

produzido, teor de voláteis e tempo reacional na isoterma, só foram obtidos após o término de

Logo após a construção do rea

bjetivo de explorar as diversas temperaturas de reação. Necessitou-se fazer várias r

CBT-pneu para coletar os dados reacionais. Uma vez que o reator utilizado era do tipo

tínuo e os dados como temperatura d

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- 59 -

cad

pneu/ b 10 K/s (fornecida pela combustão do GLP no

que para atingir

a is

escolhi

A q cada reação, e em

seguida

utos o negro de fumo

recu r icas utilizadas na

cara

3.6.1. A

: As

amo a

indutiv usando um espectrômetro modelo 3410 mini-tocha de 650W,

fab

o DEMAR é um espectrômetro seqüencial de emissão óptica

ipamento, a amostra

quida foi succionada por um sistema pneumático e nebulizada com auxílio do fluxo de

rgônio na câmara de nebulização. Após ter sido nebulizada, a amostra foi arrastada com o

o plasma os analítos, junto com os concomitantes, sofrem

atomiz

transformados em corrente elétrica que é amplificada e processada pelo computador de

a reação. Visando padronizar as reações fixou-se a massa de pneus por reação (40Kg de

atelada) e a taxa de aquecimento em 0,

imador). Ao atingir as temperaturas de conversão o fluxo de GLP foi reduzido

oterma desejada fixou-se o tempo de 10 minutos de permanência nas faixas térmicas

das.

uantidade de voláteis foi determinada através da pesagem do reator após

cada produto foi separado e o consumo de GLP foi calculado pela diferença de peso

do botijão. Com estes dados foi possível detalhar os balanços de massa e térmicos da CBT-

pneu.

3.6. Métodos Utilizados para os Produtos da CBT

A conversão a baixa temperatura do pneu tem como sub-prod

pe ado, óleo, GNC e aço. Neste item serão abordadas as técn

cterização dos produtos sólidos e líquidos da conversão.

nálise Química do NFR.

Utilização do Equipamento de ICP-OES para Análise dos Inorgânicos

str s foram analisadas por espectrometria de emissão óptica com plasma acoplado

amente (ICP-OES),

ricado pela ARL (Applied Research Laboratories, Inc.).

O ICP-OES utilizado n

que utiliza o plasma de Argônio como fonte de excitação. Neste equ

A

Argônio para a tocha de plasma. N

ação e excitação térmica. A energia absorvida para excitar os átomos é devolvida sob a

forma de fótons, quando do decaimento. A luz gerada pela excitação dos constituintes é uma

luz policromática e necessita ser difratada para que a fotomultiplicadora conte somente os

fótons referentes ao comprimento de onda do analito presente na amostra. A grade de difração

é responsável pela difração dos comprimentos de onda selecionados através de um conjunto

de espelhos no interior do monocromador. Os fótons contados pela fotomultiplicadora são

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- 60 -

controle do espectrômetro. A nebulização de soluções de concentrações conhecidas permite

encontrar uma relação entre quantidade de luz emitida e concentração do analíto [Evans et al,

995].

minar quantitativamente o Zn e o S usando o ICP-OES foi necessário

con

curvas foi necessário seguir uma seqüência de procedimentos comuns às análises feitas no

ICP

a) ecer a referência do espectrômetro usando a linha do argônio (I=355,431nm)

n e S) no livro de referência optando pelas

aos

são selecionada para

ostra. Se ocorrer

e linhas de emissão, será

olução do branco de análise.

e) Construir a curva de calibração com as soluções de concentrações conhecidas dos

analitos (Zn e S ). Ajustar a curva, ex: por regressão linear. Analisar a amostra e

interpolando a emissão encontrada, na

de calcinação oxidativa (ao ar). A amostra ao ser aquecida promove a oxidação

u-se o recipiente com a amostra para a mufla numa temperatura de 600ºC

3. Durante a calcinação, tanto o carbono quanto o enxofre foram oxidados e

volatilizados sob a forma de CO2 e SO2

1

Para deter

struir as curvas de calibração para o Zinco e o Enxofre. Porém para confeccionar tais

-OES.

Estabel

b) Escolher as linhas de leitura dos analítos (Z

linhas mais sensíveis, quando livres de interferência espectral devido

concomitantes.

c) Fazer uma varredura de (0,020nm) em torno das linhas de emis

verificar se há interferência espectral ou não espectral.

d) Caso haja interferência não espectral (devido aos concomitantes), será corrigida

preparando-se soluções de calibração similares a solução da am

interferência espectral com superposição direta d

desconsiderada caso a emissão do interferente for menor que 10% da emissão do

analito. Interferências espectrais que causam um deslocamento de fundo

(“background”) poderão ser corrigidas utilizando a s

determinar a concentração do analito,

respectiva curva de calibração.

Preparação das Amostras para determinação de Zinco: Para definir o método de

preparação da amostra de negro de fumo recuperado e determinar o teor de Zinco, selecionou-

se o método

do Carbono e do Enxofre que são volatilizados sob a forma de (CO2 e SO2).O zinco foi

analisado a partir das cinzas deste material, cuja preparação para determinação deste elemento

são relatadas abaixo:

1. Pesou-se 0,2000g da amostra

2. Levo

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- 61 -

4. Ao final da calcinação, encontra-se no recipiente, somente as cinzas da amostra

dro. Porém ao

util

6. O sal remanescente era solúvel em água e foi diluído com 100mL de água deionizada

em balão volumétrico.

a etapa de análise quantitativa no ICP

(constituintes inorgânicos da amostra).

5. As cinzas foram digeridas com 10mL de HCl concentrado (37-39% m/m)

6. Após a digestão com o HCl concentrado, a solução foi avolumada para 100mL com

água deionizada em balão volumétrico

7. Levou-se a solução para ser analisada no equipamento de ICP-OES

Preparação de Amostra Para Determinação de Enxofre: A determinação de

enxofre é sempre problemática, pois durante a preparação da amostra podem ocorrer perdas.

Optou-se pelo método de fusão alcalina ao ar, pois neste caso o enxofre presente seria fixado

na amostra através de uma reação com o Carbonato de Sódio (Na2CO3) ani

izar fusão alcalina é provável que uma interferência espectral apareça, devido ao

Carbonato de Sódio a qual foi minimizada com sua adição no branco da análise. As etapas da

preparação da amostra para determinar o Enxofre são descritas abaixo.

1. Pesou-se uma amostra de Negro de Fumo Recuperado de 0,2000g

2. Adicionou-se ao recipiente da amostra 2,0000g de Na2CO3 anidro. Este sal atuará

como fundente da amostra.

3. Levou-se o recipiente com a amostra para uma mufla, na temperatura de 600ºC, com

rampa lenta de aquecimento.

4. Manteve-se a 600ºC até completar a eliminação do carbono sob a forma de CO2

5. Após a liberação do carbono, o enxofre apresentava-se fixado no sal remanescente sob

a forma de sulfato.

Com a amostra pronta, iniciou-se

3.6.2. Adsorção de Iodo do NFR

A medida do número de Iodo (NI) é uma técnica amplamente adotada na

caracterização do negro de fumo. O ensaio segundo a norma ASTM D-1510 da

[Ruber,v 9.01, 1987], consiste em se fazer adsorver uma solução de Iodo pré- definida em

uma quantidade de negro de fumo devidamente moída e de quantidade previamente medida

num dado intervalo de tempo. Em seguida faz-se a separação da solução residual não

adsorvida e procede-se à titulação desta solução residual com solução de Tio-sulfato de Sódio

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- 62 -

normalizada. O NI é um número definido como sendo a massa (em g) de Iodo adsorvida por

quilograma de negro de fumo.

A seguir são apresentados os passos para medida do número de Iodo segundo a norma

1510 – ASTM

norma ASTM D1509 (125oC

Pipetar 10cm3 de solução 0,0473N de Iodo

4)

ugado em um Becker de 50cm3

7)

incolor. Ler na bureta, o volume

gasto d

nálise da Superfície específica do NFR

Nit MP. O

Inst

mostra do aparelho.

de

dete

esp

D

1) Secar a amostra de negro de fumo recuperado segundo a

por 30 minutos)

2) Pesar a amostra seca (0,2g de NFR) para ser analisado em um frasco de vidro com

tampa

3)

Agitar vigorosamente para misturar a solução de Iodo com o NFR por 1 minuto.

5) Centrifugar por 3 minutos a 2000 rpm a solução imediatamente após a agitação.

6) Separar o sobrenadante do centrif

Pipetar 8cm3 do sobrenadante em um erlemeyer de 250cm3

8) Titular a solução remanescente de Iodo com o Tiosulfato de Sódio 0,03N até o ponto

em que a solução apresentar cor amarelada.

9) Adicionar então, 5 gotas de Indicador a base de amido

Continuar a titulação com o Tiosulfato de Sódio.A solução passará pela cor azul e o final da

titulação se dará no ponto em que solução apresentar –se

e Tiosulfato de Sódio para titular a solução de Iodo.

3.6.3. A

A análise da superfície específica do NFR foi feita pela técnica de adsorção de

rogênio pelo método BET, na Central Analítica do Instituto de Química da UNICA

modelo do equipamento utilizado foi o Flowsorb - 2300 fabricado pela Micromerits

rument.

Colocou-se 0,70 g de NFR previamente seca no tubo de a

Aqueceu-se o tubo da amostra com auxílio de uma manta de aquecimento até a temperatura

300ºC por 15 min visando completar a desidratação. Após resfriamento do tubo

rminou-se a quantidade de água e iniciou-se os ensaios de medida da superfície

ecífica.

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- 63 -

3.6.4. Análise Microscópica do NFR

Dando seqüência as análises feitas no NFR da CBT-pneu, foi proposto analisar a

roestrutura deste material via microscopia eletrônica de varredura (MEVmic ). Foram

mo

(faixa granulométrica abaixo de 44 m ) em recipientes de vidro 250mL com boca e tampa

carb oduziram-se então as

2)-O equipamento utilizado para gerar as imagens foi um microscópio eletrônico de

arredura de alta resolução (Field Emission) modelo JSM-6330F de 30kV fabricado pela

nton, Campinas-SP.

3)-Fechou-se então a câm

adas na tabela 4.12 e referem-se as melhores condições obtidas. Dentre elas

aração de seus

ompo

Estes testes foram realizados no Departamento de Engenharia de Materiais Refratários

a matriz em aço carbono com diâmetro interno de 14,5mm

om duplo pistão e uma máquina universal de ensaios modelo MTS fabricada pela ERNIC

as seguintes condições: carga máxima aplicada 80 kN correspondendo a 450MPa, avanço do

m/min e tomada de dados em intervalos de 1 segundo. A partir do software que

erencia a máquina de testes foi obtido os dados referentes ao deslocamento do pulsão com a

spectiva pressão aplicada. Foi calculada com as informações obtidas do computador a

comparadas as micrografias do negro de fumo comercial com as do NFR. A seguir serão

stradas as etapas da análise via Microscopia Eletrônica de Varredura [Rodrigues 2001].

1)-Preparação das amostras: separou-se o NFR após operação de moagem e classificação

esmerilhada, secando-as em uma estufa a 80ºC durante 12 horas. Utilizou-se uma fita de

ono dupla face para aderir o NFR e o NFC ao porta amostra, intr

amostras na câmara de varredura e iniciaram-se as análises pelo microscópio.

v

JEOL Inc. do Laboratório Nacional de Luz Síncro

ara de amostra e acionou-se as bombas de vácuo e no momento

em que foi estabelecido o vácuo, o feixe de elétrons foi ligado iniciando-se a geração das

imagens microestruturais. As condições de operação do microscópio para geração de imagem

estão detalh

destaca-se a utilização de elétrons secundários ou topográficos, já que o interesse nas imagens

resumia-se em determinar apenas a superfície da microestrutura e não a composição do

material e utilização de baixa voltagem no feixe (3kV) visando minimizar a interferência de

elétrons retroespalhados. As imagens geradas são mostradas nas figuras de 8.06 a 8.08.

3.6.5. Ensaio de Compactação

Foram feitas as curvas de compactação do NFR e NFC para comp

c rtamentos.

da FAENQUIL, utilizando-se um

c

n

pistão de 0,5m

g

re

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- 64 -

variação da massa aparente específica (kg/m3) com a pressão aplicada. As curvas referente a

se encontra-se no item 4.4.4.

orrachas com NFR

As borrachas formuladas a partir de SBR com a adição do NFR foram ensaiadas

ecanicamente de acordo com as normas da ASTM. Estes testes foram realizados no

Pesquisa Tecnológicas) de São

ulo.

s. Em seguida o material foi levado para o misturador bunbury (Elétrico com

mporizador, fabricado pela Farrel) que completou a formulação da borracha. Os materiais

u

Após a confecção das mantas ela as para a prensa de aquecimento onde

oco vulca 6 t l sp

2,5m os tarug conf os co prov s ens tão de a

segu

1) O primeiro teste realizado foi o de dureza ( -A) que iu a nor STM D 00

do-se o d tro digi

2) e de resi à abra uiu a DIN 53516/87 que utilizou para isto um

ho de abr modelo S 56B4 fabricado pelo Centro de Couros e Calçados do IPT e

alança an eletrôni odelo H ricado p ettler.

3) cas vulcan adas foram izadas p eterminar a resistência a tração de acordo

norma ASTM D412 utilizando-se os seguintes equipamentos: m quina universal de

odelo MEM2000 tipo eletrom o à tração e compressão com células de

analógicas fabricada pela ENIC, medidor de espessura com resolução de 0,01mm

analógico fabricado pela Mitutoyo e um termohigrômetro fabricado pela Homis.

) A resistência ao rasgo foi determinada segundo a norma ASTM D624/00 utilizando os

mesmos equipamentos do ensaio de tração.

estes ensaios bem como sua análi

3.6.6. Realização de Ensaios Físicos em B

m

Laboratório de Plásticos e Borrachas do IPT (Instituto de

Pa

Foram utilizados três tipos de formulações, a saber: a primeira com o NFR obtido pela

CBT-pneu a 380ºC, a segunda com o NFR produzido na CBT-pneu 420ºC e por último com o

negro de fumo comercial do tipo N347.

A preparação da manta de borracha seguiu a norma ASTM D3182-89 cuja

incorporação das cargas ao polímero, ocorreu inicialmente em um misturador aberto cilindro

aberto modelo 6FF350/6VF350, fabricado pela Farrel e refrigerado a água durante 20

minuto

te

tilizados no elastômero estão apresentados na tabela 4.14.

s foram levad

rreu a nização a 1 0ºC por 10 minutos. Ob eve-se as p acas com e essuras de

m e o ras pa e dcção r depos a te. Es a sios e s s crito

ir:

Shore segu ma A 2240/

utiliza urôme tal modelo Shore A–35123 fabricado pela Mitutoyo.

O test stência são seg norma

aparel asão

uma b alítica ca m 6 fab ela M

As pla iz ilut ara d

com a á

ensaios m ecânic

carga

4

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- 65 -

5 O ensaio de resiliência por rebote foi determinado seguindo a norma DIN 53512/00 que

utilizou os seg bote modelo EP-

50772.10 fabricado pela Heckert e um termohigrômetro fabricado pela Homis.

são foi quantificado segundo a norma

AS

) O NFR-380ºC foi também testado pela Flesys [Flesys - Santo André-SP] um laboratório

de assistência técnica que utilizou formulações e métodos próprios.

no capítulo resultados e discussões.

ricado pela

Shimad

os com a análise do óleo estão apresentados no item 8.08.

)

uintes equipamentos: aparelho para determinação por re

6) O teste de deformação permanente devido à compres

TM D395/98 utilizando os seguintes equipamentos: estufa eletrônica fabricado pela

Fanem, paquímetro digital fabricado pela Digimess e um termohigômetro fabricado pela

Homis.

7

Os resultados obtidos com os testes estão relatados

3.6.7. Análise Química do Óleo da CBT-pneu

A análise do óleo foi feita pela técnica de cromatografia gasosa associada à

espectroscopia de massa (CG/MS) na Central Analítica do Instituto de Química da

UNICAMP. O modelo do equipamento de CG/MS utilizado foi o Class 5000 fab

su.

Primeiramente o óleo foi diluído a 4% em metanol e logo em seguida injetou-se a

solução da amostra na coluna do cromatógrafo cujo injetor encontrava-se na temperatura de

285ºC. A coluna utilizada possuía 130 m de comprimento com 0,25 mm (diâmetro interno)

com filme de 25μm de sílica fundida (modelo DB), fabricada pela SUPELCO sendo mantida

sob um fluxo 1mL/min de hélio. A temperatura inicial da coluna foi de 50ºC por 3 minutos,

seguindo-se aquecimento até 300ºC a uma taxa de 5ºC/min permanecendo nesta temperatura

por 5min. O detector encontrava-se no final da coluna a uma temperatura de 280ºC, e a faixa

de varredura do espectrômetro de 35 a 400 u.m.a (unidade de massa atômica).

Os resultados obtid

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- 66 -

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

4

Os dados experimentais referentes a execução da técnica de reciclagem de pneus

através do CBT foram obtidos e divididos em dois blocos, a saber: não isotérmico

ão).

4.1.1. Resultados Obtidos em Condições Não Isotérmicas

resultad tidos ndições não isotérmicas referem-se ao aquecimento do

reator até a tem ra d ersão com uma determinada taxa de aquecimento.

Considerou-se estes dados devido ao fato de ocorrer produção de voláteis antes de atingir a

temp ra de con o, qu cterizava a existência de reações químicas durante esta

etapa. A tabela 4.1 apresenta o acompa

spe s taxas uecim e cada reação de CBT enquanto a figura 4.1 mostra

aixa isotérmica de cada reação CBT-

eu.

.1. Resultados Experimentais

(aquecimento) e isotérmicos (convers

Os os ob em co

peratu e conv

eratu versã e cara

nhamento da temperatura com o aquecimento e as

re ctiva de aq ento d

graficamente os dados da tabela 4.1 como também a f

pn

Tabela 4.1 Acompanhamento das temperaturas reacionais e taxas de aquecimento das

CBT-pneus

Tempo[s]

CBT-pneu230ºC

CBT-pneu310ºC

CBT-pneu330ºC

CBT-pneu360ºC

CBT-pneu380ºC

CBT-pneu420ºC

0 24,0 24,0 24,0 22,0 21,5 25,0 300 29,0 27,9 36,0 30,7 30,1 29,0 600 48,3 41,5 58,0 47,1 45,2 46,3 900 71,4 64,0 85,0 72,3 60,8 68,5

1200 103,8 94,5 108,9 94,8 74,0 100,8 1500 131,8 122,5 137,3 111,8 96,4 131,1 1800 167,1 155,6 163,7 131,1 131,7 188,1 2100 210 189,5 192,1 156,6 146,0 235 2400 228 200 280 240 223 185,7 2700 23 222 270 300 0 280 2503000 310 286 274 330 340 3300 30 320 380 390 33600 360 420

TaxasAquecimento

[K/s]0,077 0,095 0,093 0,094 0,107 0,110

de

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- 67 -

0 10 20 30 40 50 60 70 800

50

100

150

200

250

300

350

400

450

CBT250 CBT310 CBT330 CBT360 CBT380 CBT400 CBT420

Tem

pera

tura

[OC

]

Tempo [m

Fig. 4.1. Acompanhamento d c

4.1.2. Resultados Obtidos em Condições Isotérmicas

Definiu-se como resultado isotérmico o grupo de dados obtidos a partir das reações de

CBT-p

.1.2.1. Definição das Temperaturas Reacionais

dos sólidos obtidos após cada uma das

terial produzido com temperaturas acima de 420ºC apresentava–se

talmente carbonizado com a desagregação aço-carvão extremamente facilitada.

Tais características foram relacionadas com a tabela 4.2 que apresenta a produção de

voláteis para cada temperatura de conversão. Através dela verificou-se que a temperatura de

in]

a temp ra reaeratu ional

neus com temperatura constante. Salienta-se que a isoterma mencionada anteriormente

refere-se a faixa reacional alcançada apos o aquecimento descrito no sub item 4.1.1.

4

Através da análise das características físicas

reações, verificou-se os seguintes fatos: o sólido da CBT-pneus 380ºC ainda apresentava um

certo aspecto borrachoso, apesar de desagregar facilmente do aço, já o carvão obtido com

temperaturas inferiores a 360ºC não separou-se do aço mesmo após a operação de britagem.

Por outro lado o ma

to

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- 68 -

380°C seja

50% do total extraído. Por outro lado convertendo o pneu com tem no de

420ºC a quantid d o pr

zido. mencion a 4.2 s em

(temperatura versus a quantidade acumula roduzidos- qual

representado na fig 4.2. ou-se a pr acum da d is v va co

mperatu até um erto p o, ap ual torna const e in nte

aumento da temperatura.

def s te tur nai 0ºC C q ne s da

relativos ao balanço de massa e térmic nve

correspondia a uma produção de voláteis da ordem de 30% em peso de pneu ou

peraturas em tor

ade de voláteis obti

Os dados

a foi de 50% em pes

ados na tabel

da de

do pneu sendo

foram plotado

óxima de 100%

um gráfico

encont

do total produ

voláteis p % p/p) o ra-se

ura Verific que odução ula e voláte aria m a

te ra c ont ós o q ela se va ant depende do

Foram inidas a mpera as reacio s de 38 e 420º ue for ceram o dos

o da co rsão.

0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 5500

10

20

30

40

50

60

Por

cent

agem

acu

mul

ad

Temperatura [ °C ]

T 4.2 ão

voláteis

)

p/p

]

abela . Relaç da

temperatura com a produção de

a de

Vol

átei

s [ %

TemperaturaºC

TemperaturaK

Teor de

voláteis

( % p/p

235 508 1,00313 586 5,45323 596 14,96360 633 27,58380 653 32,75400 673 37,56420 693 53,00440 713 57,00500 773 58,80510 783 59,40

Fig. 4.2. Variação da produção de voláteis com a temperatura.

4.1.2.2 - Balanço de Massa e Térmico da CBT-pneu

Com os parâmetros reacionais da CBT definidos, necessitava-se quantificar os sub

produtos obtidos em cada faixa de conversão. A quantificação foi feita a partir do balanço de

massa da CBT-pneus (380ºC e 420ºC) o qual encontra-se na tabela 4.3. Verificou-se por esses

dados que a diferença entre as duas temperaturas de conversão refere-se a quantidade de

voláteis extraída. A figura 4.3 apresenta o fluxograma de blocos do balanço de massa dos dois

parâmetros reacionais.

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- 69 -

Visando complementar o balanço de massa da CBT-pneu (380ºC e 420ºC) propôs-se

um balanço térmico para as duas temperaturas de CBT. Os dados experimentais encontram-se

na tabela 4.4 os quais referem –se as potências térmicas globais envolvidas no processo de

CBT.

Tabela 4.3. Balanço de massa da CBT-pneus Massa Inicial Produtos Kg %

NFR 19,9 49,6Sólidos

4,7 11,7AçoÓleo 12,5 31,2

VoláteisGNC 3,0 7,5

40,1 kg

Total 40,1 100,0

CBT-Pneu380ºC

sumida 0,29 --Massa de Nitrogênio ConNFR 13,8 34,5

SólidosAço 5,0 48,0Óleo 19,5 5,0

VoláteisGNC 1,9 12,5

40,2 kg

Total 40,2 100,0

CBT-Pneu420ºC

Massa de Nitrogênio Consumida 0,22 --

Reator de CBT55 min. aquecimento

65 min. conversãoCondensador GNC = 3,0kg

N2 = 0,29kg

ÓleoM = 12,5kgBritagem e

Peneiração AçoM = 4,7kg

NFRM = 19,9kgMoagem

NFR + Aço

VoláteisPneu (M=40kg)N2 = (0,29kg)

ama de blocos do balanço de massa da CBT-pneu 380º

Reator de CBT60 min. aquecimento

30 min. conversãoCondensador GNC = 1,9kg

N2 = 0,22kg

a) Fluxogr

o0kg

Moagem NFRM = 13,8kg

ÓleoM = 19,5kgBritagem e

Peneiração AçM = 5,

NFR + Aço

VoláteisPneu (M=40kg)N2 = (0,22kg)

Fig. 4.3. Balanço ssa das duas temperaturas de cB)Fluxograma de blocos do balanço de massa da CBT-pneu 420ºC

de ma onversão

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- 70 -

Tabela 4.4. Balanço térmico da CBT-pneu

Potência necessária [kW] Equipamentos / Combustíveis

CBT-pneu 380ºC CBT-pneu 420ºCGLP 20,76 27,68Aquecimento do forno 5,44 8,08Aquecimento da massa de pneu 2,96 4,39Aquecimento da campânula 12,36 15,21

Os cálculos utilizados para obter os resultados referentes ao balanço de massa

anexo V.

moagem e classificação granulométrica estão

curvas de moagem da CBT (380ºC e 420ºC)

-se representadas na figura 4.4 que mostra a porcentagem acumulada de um certo

anho de partícula.

Tabela 4.5. Classificação granulométri

encontram-se no anexo IV, já o memorial de cálculo do balanço térmico encontra-se no

4.1.2.3. Moagem e Classificação do NFR da CBT

Os resultados obtidos após as etapas de

apresentados na tabela 4.5. As respectivas

encontram

tam

ca do NFR da CBT-pneu 380°C e 420°C

CBT-pneu 380ºC CBT-pneu 420ºC

Material retido entre as peneiras

Materialacumulado abaixo da

granulometria especificada

Material retido entre as peneiras

Materialacumulado abaixo

granulometria especifica

da

daPen(M

-

)

eirasesh)

Abertura(mm)

Massa(g)

Porcen-tagem (%)

Massa(g)

Porcen-tagem (%)

Massa(g)

Porcen-tagem (%)

Massa(g)

Porcentagem(%

Total -- -- -- 250,01 100,00 -- -- 250,02 100,00

48 0,300 2,13 0,85 247,88 99,15 1,08 0,43 248,94 99,5780 24,13 9,65 223,75 89,50 23,30 9,32 225,64 90,25 0,180

150 0,106 52,00 20,80 171,75 68,70 25,43 10,17 200,21 80,08 200 0,075 68,9087,70 35,08 84,05 33,62 27,95 11,18 172,26

250 45,170,063 23,25 9,30 60,80 24,32 59,33 23,73 112,93

325 0,044 20,65 8,26 16,0 18,6740,15 6 46,68 66,25 26,50 400 0,038 26,00 ,40 5,66 14,10 14,15 37,15 86 29,10 11,64

Fu 14,15 5,66 -- 29,10 11,64 -- -- ndo -- --

Pela curva de em ve e que 90% terial encontra-se abaixo de

o de p a em que a porosidade interna começa a ter efeitos catalíticos em

ualquer utilização(combustão, reações, etc.) [Viera 2000].

moag rificou-s do ma

200 m, tamanh artícul

q

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- 71 -

100

90

70

80

60

0,00 0,05 0,10 0,15 0,20 0,25 0,300

10

20

30

40

50 CBTpneu380 CBTpneu420

ulad

a [%

]

ente 25% abaixo de 44 m. Isto sugere três contribuições do presente trabalho, a saber:

°) o custo de moagem abaixo de 200 m para combustão catalítica [Viera 2000] é muito

teratura e industria de que o negro de

mo r

4.2. Cá

grupos de reaçõ et

al. 1987; Suberg et al. 1979 aplud Teng, H. et al 1995]. Os voláteis da pirólise de pneu foram

sentação se deu por reações de 1º ordem [Teng et al.1995]. No estudo

feito por Teng et al. a evolução dos voláteis durante a pirólise mostrou a presença de três

picos distintos. Tal fato caracterizou a existência de três mecanismos independentes e

Por

cent

agem

Tamanho da partícula [mm]

Fig. 4.4. Curva de moagem do NFR da CBT-pneu

Notou-se também que o CBT-pneu 420ºC possui 76% do material abaixo de 100 m e

acu

m

som

1

baixo (moinho de martelo); 2º) justifica o “tabu” na li

fu ecuperado não tem granulometria abaixo de 44 m exigido pelas normas de fabricação

de borracha; 3º) os desenvolvimentos seguintes serão com moagem em moinho de atrito para

se obter uma maior porcentagem de material abaixo de 44 m

lculo Cinético Proposto por Teng

A cinética de formação dos produtos durante a pirólise do carvão foi modelada usando

es de primeira ordem, independentes e paralelas [Solomon et al.1988; Serio

utilizados para modelar a própria reação através da divisão da evolução dos mesmos em

varias frações cuja repre

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- 72 -

paralelos de 1º ordem [Teng et al. 1995]. A

ser representada da seguinte forma:

m em relação aos voláteis é dada

por:

produção dos voláteis em cada mecanismo pode

Pneu Voláteis i=1, 2 e 3

A equação de primeira orde

)VV(kdt/dV final

)RT/E(EXPk

, com a constante cinética representada pela seguinte formula:

Teng et al.1995]. po

Vfinal

A pirólise foi realizada com taxa de aquecimento constante a qual foi vinculada a

equação cinética de pri

k ao [ Sendo V a quantidade acumulada de voláteis no tem

t, a máxima quantidade de voláteis produzida no t = , T é a temperatura absoluta em

[K], R a constante dos gases, ko é o fator pré-exponencial e Ea é a energia de ativação da

reação.

meira ordem. Deixando a expressão da seguinte forma:

Q

)VV

dT

dV final sendo Q a taxa de aquecimento = dT/dt (4.2.1)

Integrando a equação (4.2.1) temos:

(k

dTRT

Eexp

Q

k

)VV(

dV aV T

o

final RT

Eexp

QE

RTkexp

V

VV

a

2o

final

final

0 0

a (4.2.2)

segunda derivada da equação (4.2.1) igual a zero (vide figura 4.02).

A temperatura em que ocorre a máxima produção de voláteis foi obtida fazendo a

0dT

dk

Q

)VV(

dT

dV

Q

k

dT

Vd final2

(4.2.3) 2

Derivando em relação a temperatura a equação da constante cinética temos:

RT

Eexp

RT

Ek

dT

dk a2

ao (4.2.4)

Substituindo-se as equações (4.2.4) e (4.2.1) na equação (4.2.3) temos:

maxamax RTE

lnT (4.2.5) a2 EkRQln

o os cinéticos de primeira ordem co Ea e ko

puderam ser determ os s [1/T]

versus [ln ] [Teng l.1995]. alham cá o -se no

anexo VI.I

Pela equaçã (4.2.5) parâmetros mo:

inados a partir do ajuste linear dos pont plotados da grandezas

(QT2) et a O det ento deste lculo cinétic encontra

.

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- 73 -

4.2.1. Aplicação dos Resultados Não Isotérmicos no Modelo Cinético Proposto por Teng.

Ve u-se pel ica exp tal co es de C pneus a o rência de

certa p

rifico a prát erimen m as reaçõ BT- cor

rodução de voláteis durante o aquecimento do reator caracterizando-se assim a

existência de reações químicas. Visando definir tal mecanismo reacional aplicou-se os dados

obtidos em condições não isotermas (aquecimento) ao modelo cinético proposto por Teng.

Os dados não isotérmicos foram aplicados para os valores máximos das grandezas

ln(QT2) e 1/T para cada reação de CBT. A partir das diferentes taxas de aquecimento ajustou-

se uma reta aos pontos pela qual obteve-se o valor das constantes termodinâmicas mostrados

na tabela 4.6

Tabela 4.6. Aplicação dos dados não isotérmicos ao modelo proposto por Teng

1/Tmax

x10 [K ] ln(QT ) Reta obtida E

3 -12 a

[kcal/mol]ko

[s ]-1

CBT-pneu 230ºC 1,987 9,878CBT-pneu 310ºC 1,715 10,383CBT-pneu 330ºC 1,658 10,429CBT-pneu 360ºC 1,579 10,526CBT-pneu 380ºC 1,500 10,729CBT-pneu 420ºC 1,443 10,875

Y=13,378 – 1765,364Xr=0,995

3,5 1,137x109

Os resultados obtidos na tabela 4.6 foram aplicados na equação cinética proposta por

Teng et al, que resultaram nas seguintes expressões:

1)Em termos de fração convertida:

RT

3500exp

Q3500

RT10x137,1exp1X

29

V . A comprovação do teorema da fração convertida

encontra-se no anexo VI.II.

2)Em termos de produção de voláteis

RT

3500exp

Q3500

RT10x137,1exp1VV

29

final

Comparando os resultados obtidos pela aplicação do modelo cinético proposto por

Teng et al, aos dados não isotérmicos verificou-se que a energia de ativação média encontrada

está na ordem de 3,5 kcal/mol uma ordem de grandeza inferior ao valor obtido por Teng et al

que varia de 30 a 60kcal/mol. Tal disparidade se deve ao fato de que no estudo feito por Teng

et al o pneu encontrava-se na forma granulada (130-350 m) e no presente trabalho

converteu-se o pneu inteiro. Segundo Teng et al ao pirolisar partículas maiores de pneu os

fenômenos de transferência de calor e de massa (voláteis produzidos) entre as partículas irão

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- 74 -

interferir na energia de ativação do sistema. Outro motivo é a diferença existente entre CBT e

pirólise de alta temperatura.

4.3-Modelo Cinético para as Condições Isotérmicas

O modelo cinético isotérmico refere-se a faixa reacional que ocorreu com temperatura

constante sem os efeitos da taxa de aquecimento. Considerou-se para este cálculo que a reação

ocorrida com o pneu caracterizava-se por ser uma reação de primeira ordem do tipo:

kPdt

dP (4.3.1)

Sendo P a carga do pneu inicial, dp/dt é a variação da massa do pneu em relação ao

tempo e k é a constante de velocidade da reação de CBT a qual é representada pela equação:

)E

(EXPkk ao RT

(4.3.2)

Após a integração da equação (4.3.1) obteve-se as equações cinéticas da CBT-pneu em

icas.

1º)Em termos de fração convertida

condições isotérm

exptkexp1X oV RT

Ea (4.3.3)

sendofinal

V V

VX = fração convertida e t o tempo na isoterma.

2º)Em termos de voláteis produzidos

RT

Eaexptkexp1VV ofinal (4.3.4)

As constantes termodinâmicas como(Ea e k m

d mo neperiano na equação (4.3.2) obtendo a

seguinte eq

o) do modelo cinético isotérmico fora

eterminadas a partir da aplicação do logarit

uação:

oa kln

T

1

R

Ekln (4.3.5)

Através do ajuste linear aos pontos da reta ico s [1/T contr se

d vação e d onstante pr enc

Com as equações cinéticas definidas iniciou-se a aplicação dos dados isotérmicos ao

modelo cinético. O cálculo detalhado encontra-se n o VI

do gráf [lnk] versu ], en ou-

os valores a energia de ati a c é-expon ial.

o anex .III.

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- 75 -

4.3.1. Aplicação dos Resultados Obtidos c Temperatura Constan o M o

Cinético Isotérmico

Após o aquecimento iniciou-se a etapa de conversão “propriamente dita” que

caracte

modelo cinético isotérmico, aos pontos das grandezas [1/T] e [lnk] fez-se um

ajuste linear obtendo a reta abaixo cujos cálculos estão apresentados na tabela 4.7.

Y = 7,2866 – 9080,84X; r =0,998

temperatura

om te a odel

rizou-se pela elevada produção de voláteis e por ocorrer em temperatura constante.

Os dados obtidos com temperatura constante mencionados na tabela 4.2 foram

aplicados ao

Tabela 4.7. Variação da constante de velocidade da CBT-pneu com a

Temperatura Tempo Conversãot

)X1ln( Vk(ºC) (segundos) XV [V/Vfinal]

I/T[K-1]

lnk

235 600 0,018 2,8068x10-5 1,9685E-3 -10,4808 313 600 0,091 1,5865x10-4 1,70648E-3 -8,7488 323 600 0,249 4,7725x10-4 1,67785E-3 -7,6475 360 600 0,460 1,0269x10-3 1,57977E-3 -6,8811 380 600 0,546 1,3169x10-3 1,53139E-3 -6,6330 400 600 0,626 1,6391x10-3 1,48588E-3 -6,4136 420 600 0,880 3,5337x10-3 0,001443 -5,6454440 600 0,950 4,9929x10-3 -- -- 500 600 0,980 6,5230x10-3 -- -- 510 600 0,990 7,6753x10 -- -- -3

da na isoterma que por sua vez

influenciou de forma efetiva a energia de ativação. Comparando-se com a energia de ativação

obtida pelo modelo de Teng verificou-se que as condições operacionais tais como,

transferência de calor, transferência de massa e morfologia do pneu a ser convertido

fluenciaram no sentido de reduzir a energia de ativação no processo de CBT. Por outro lado,

comparando a energia de com a energia de ligação

(C—S) (tabela 2.7; 120 kJ/mol = 28 ou-s gações

heterogêneas do pneu ocorrida durante a reação de CBT, sofreu ação catalítica; os possíveis

catalizadores am a redução são os m e transição presente neu, a

saber: zinco e ferro. Substituiu-se então a energia de ativação e a constante pré exponencial

nas equações o as segu xpressõ

Através da equação da reta encontrou-se o valor das constantes termodinâmicas: Ea =

18,16kcal/mol e ko = 1460,59 s-1. A energia de ativação obtida pelo modelo cinético

isotérmico é maior que a encontrada pelo modelo não isotérmico. Isto se deve a maior

transferência de massa (produção de voláteis) ocorri

in

ativação do modelo cinético isotérmico

,66 kcal/mol), verific e que a quebra das li

que promover etais d s no p

propostas obtend intes e es:

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- 76 -

1º)Em termos de fração convertida te de voláte duzido2º)Em rmos is pro s

T

9082expt59,1460exp1XV

T

9082expt59,1460exp160V

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

0,8

0,9

1,0

0 20 40 60 80 100 120 140 160 1800,0

0,1

0,2

CBTpneu250 CBTpneu300 CBTpneu320 CBTpneu350 CBTpneu380 CBTpneu400 CBTpneu420

oco

nve

ento da fração convertida (X ) em condições

isotérm

temperaturas inferiores a esta, o tempo necessário para obtenção de

conversões próximas de 100% se torna muito alto, comprometendo seriamente a economia do

processo produção por reação. Em

tempos reacionais não interferem mais nos tem ic du ga,

aquecimento, co e e descarga) isto os o ores

dom cl A torno oi o ura

indicada na literatura para o CBT.

rtida

[XV ]

Fraç

ã

Tempo [ min ]

Fig. 4.5. Efeito da temperatura na fração convertida (Xv) em relação ao tempo

Com as equações cinéticas relacionando a fração convertida (Xv) e a produção de

voláteis com a temperatura e o tempo definidas, analisou-se as melhores condições de

operação para a CBT-pneu. O comportam v

icas nas diferentes temperaturas de conversão em relação ao tempo reacional encontra-

se apresentado na figura 4.5. Foi verificado que a temperatura mínima para o CBT-pneu seria

de 380°C, pois com

contrapartida, com temperaturas superiores a 420°C os

pos da c

é,

de 380ºC c

lagem in

tempos dos

ncide com

strial (car

utros fat

a temperat

nversão, r sfriamento

inam o ci o industrial. temperatura em

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- 77 -

4.4. Caracterização do Negro de Fumo Recuperado

4.4 Q

ete nc de zin e enxofre NFR fo ssário ir as

cur calibraçã dos resp tivos elem tos. A tabela 4.8 apresenta os dados de

oncentração utilizados na calibração e as retas obtidas para cada curva. Após a calibração

mediu-

.1. Análise uímica

Para d rminar a co entração co no i nece constru

vas de o ec en

c

se o teor de Zn e S do NFR da CBT-pneu a 380ºC e 420ºC e de acordo com a faixa

granulométrica, estes dados estão apresentados na tabela 4.9.

Tabela 4.8 Dados das curvas de calibração Tabela 4.9 Concentração de Zinco e

Enxofre do NFR

0

100Concentração

[mg/mL] 150Zinco

RetaY= 3,4X – 60 ,

com r = 0,9990..

0

200Concentração

[mg/mL] 400Enxofre

RetaY= - 0,01575X +

0,05,0,999

com r =

Faixa granulométrica

[μm]

Zn[% p/p]

S[% p/p]

Saída do moinho

2,6 2,0

300<Ø>77 2,5 -- 77>Ø>44 2,7 --

CBT-pneus380ºC

Ø<44 2,8 2,1 Saída do moinho

3,0 2,2

300<Ø>77 3,1 -- 77>Ø>44 2,9 --

CBT-pneus420ºC

Ø<44 3,2 2,3

Dos resultados apresentados foi construída a tabela 4.10 que relaciona a massa original

de Zinco e Enxofre no pneu original (tabela 1.1) com a massa encontrada no negro de fumo

recuperado.

O teor apresentado na tabela 1.1 refere-se ao óxido de zinco (ZnO) e a concentração

descrita na tabela 4.9 refere-se somente ao elemento Zinco. A conversão da concentração de

ZnO para Zn foi feita da seguinte forma:

1) Massa molecular do ZnO = 81,37 uma (unidade de massa atômica).

2) Porcentagem molecular do Zinco = 80,34%

3) Porcentagem molecular do Oxigênio = 19,66%

4) Concentração de ZnO = 2,05%

5) Concentração do Zinco = 0,8034 x 2,05 = 1,65%

Os dados apresentados na tabela 4.10 referem-se à média de três reações de CBT-

pneu. Salienta-se com isto que as concentrações médias utilizadas na tabela 1.1 para o Zinco e

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- 78 -

para o Enxofre no pneu original referem-se às formulações utilizadas na manufatura do pneu,

podendo estas variar de acordo com o fabricante.

Com os dados do balanço de massa do Zinco e do Enxofre verificou-se que a maior

parte do Zinco e do Enxofre presentes no pneu original permaneceram no NFR da CBT-pneu,

porem, tais dados não permitem fechar o balanço de massa destes elementos. Um estudo

sistemático do balanço de massa do Zn e S será feito no doutoramento tendo em vista exigir

análise do pneu na entrada e NFR, óleo e gases na saída.

Os resultados da tabela 4.10 apontam para o que diz a teoria de CBT sobre o

omportamento dos metais pesados durante a conversão, os quais foram em sua maioria

stabilizados no carvão[Misra et al 1993].

c

e

Tabela 4.10. Balanço de massa Zn e S

CBT – pneu a 380ºC CBT – pneu a 420ºC

Pneu original NFR Pneu original NFR Massa inicial (kg) 121,70 58,80 117,50 47,60

%(p/p) Zinco 1,64 2,70 1,64 3,20

Massa Zinco (kg) 1,99 1,59 1,93 1,52 ZnRecup 78,92eração % Zn -- 79,90 -- %(p/p) Enxofre 2,21,03 2,00 1,03

Massa Enxo 1,25fre (kg) 1,18 1,21 1,04 SRecuperaçã -- 93,81 85,95o % S --

Tais resultados versatilidade da tecnolog conversão em baixa

temperatura, pois inicialmente objetiva-se somente a conversão de lodos do esgoto em

óleo[Bayer 1981]. Neste estudo verificou-se sua ef

baixa temperatura se comportam de

aneira única.

Após titular o excesso da solução de Iodeto de Potássio com o Tiosulfato de Sódio os

mostram a ia de

iciência na conversão de pneus. Este fato é

uma das originalidades do presente trabalho, alem de constatar a similaridade entre a CBT-

lodo e a CBT-pneu confirmando que tanto matéria orgânica quanto a borracha ao serem

submetidas ao processo termo-catalítico de conversão em

m

4.4.2 - Adsorção de Iodo

volumes obtidos foram aplicados na expressão:

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- 79 -

91,126NVSB

NIWB

nálise em [cm3], que é o volume gasto de Na2S2O3 para titular a solução de Iodo sem a

presença da amost a titular a solução

de Iodo com a presença da amostra de NFR em [cm3 do da solução de

Iodo em cm3,W é o pe m [g solução de Iodo

[N] e 126,91 é o equivalente grama do Iodo.

A seguir são apresentados na tabela 4.11 os resultados obtidos na determinação do

Número de Iodo f arbonos – Materiais Refratários

LTDA.

Tabela 4.11. Resultado das análises sobre adsorção de Iodo

Amostra

Tdo

A( m)

ostra

me daSolução de

(mL)

VoT

soluçãIod

0.04(mL)

mede

osulfatoSódio

(mL)

Adsorçãode Iodo

g/Kg“Númerode Iodo”

, sendo NI o número de adsorção de Iodo (g/Kg), B o branco da

a

ra de NFR em [cm3], S é o volume gasto de Na2S2O3 par

], V é o volume pipeta

so em gramas da amostra e ], N e daé a normalidad

eitos no laboratório de materiais c os da RM

amanhoMassa d

gregado am (g)

aIodo

utilizado

Volu

0,04N

lumeVolu

ituladoda

gasto

o dede

oN

0.01N

Ti

NFR 380 <44 0,1731 10 8 31,2 22,00NFR 380 44< <77 0,1731 10 8 31,5 19,00NFR 380 77< <300 0,1731 10 8 31,8 17,00NFR 420 <44 0,1731 10 8 28,7 44,00NFR 420 44< <77 0,1731 10 8 29,0 41,00NFR 420 77< <300 0,1731 10 8 29,6 36,00NFO = 1000 0,1731 10 8 24,5 83,00Branco - - - 8 33,7 -

Para entendermos o significado dos dados obtidos, deve-se primeiramente

compreender o significado da adsorção de Iodo, para relacioná-la a alguma característica do

negro de fumo ensaiado. Tal relação foi descrita no prefácio da norma D1510– ASTM,

segundo ela, a adsorção de Iodo está associada à morfologia da superfície do material a ser

analisado. Tal caracterí ficial que por sua vez

define o grau de atividade da carga. O NI refere-se a reação química ocorrida entre o Iodo e as

uplas ligações carbono-carbono presentes na superfície do material. Devido a essas

aracterísticas o método de adsorção de Iodo, tem sido utilizado por muitas vezes como forma

direta na determinação da área superficial em algumas amostras. Desta forma, pode-se

oncluir que, quanto maior a adsorção de Iodo, isto é, um número alto de Iodo, maior será a

stica é diretamente proporcional à área super

d

c

in

c

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área superficial e maior será o grau de atividade do negro de fumo. Comparando o negro de

fumo recuperado proveniente da CBT–pneu processada a 380ºC e 420ºC com o negro de

fumo comercial, foi concluído que:

1)-Tanto o NFR-380ºC quanto o NFR-420ºC possuem um número de Iodo

significativamente menor que o negro de fumo original. Tal diferença decorre do fato de o

negro de fumo original (N339) apresentar em sua superfície um maior número de duplas

ligações disponíveis para reagir com o Iodo. Como o número de hetero-ligações é menor que

o de homo-ligações (C-C) a presença de duplas ligações na superfície provalvelmente da cisão

(C-Cl, C-S, C-Zn etc.) é menor se comparada a do negro de fumo original (formado pela

queima incompleta de óleo aromático). Por este fato os NFR obtidos pelas conversões a

380ºC e 420ºC apresentaram número de Iodo menor que o negro de fumo original.

2)-O NFR convertido a 420ºC possui número de Iodo maior que o NFR 380ºC e

conseqüentemente, uma superfície mais rugosa que decorre de uma maior volatilização

(extração de voláteis) ocorrida na CBT-pneus feita a 420ºC. Este aumento da quantidade de

voláteis extraído durante a CBT provoca a quebra de uma quantidade muito maior de ligações

heterogêneas que resultam em um aumento da morfologia da superfície. Sobre a adsorção de

Iodo pelo negro de fumo recuperado da CBT-pneu 380oC e 420oC foi possível classifica-los

como cargas semi-ativas as quais possuem número de Iodo entre 10 e 90g/kg (tabela 2.16).

Tal grau de atividade possibilita o uso do negro de fumo recuperado como carga reforçante de

elastômeros cujas aplicações não sejam de alto desempenho.

Na seqüência dos desenvolvimentos futuros o negro de fumo recuperado será ativado

com vapor a 800ºC, similar a tecnologia de produção de carvão ativado. Já foi alcançado na

CBT-pneu 420ºC número de Iodo igual a 44 necessitando que seja apenas dobrado (NI 90)

para que se atinja a especificação de ativos (Tabela 2.16). Ativações típicas de carvões geram

(NI = 1000), bastando portanto uma ativação relativamente branda para alcançarmos NI 90

e gerando assim negro de fumo recuperado substituto do negro de fumo comercial.

4.4.3 – Área Superficial Específica do NFR

Os resultados da análise da superfície específica do NFC e dos dois tipos de NFR

encont

).

ram –se na tabela 4.12. Pelos dados fornecidos da referida tabela pode-se verificar que:

O NFR – 420ºC enquadra-se como carga semi-ativa. Já o NFR – 380ºC devido a baixa área

superficial específica possui características de carga inativa (tabela 2.16

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- 81 -

Tabela 4.12. Superfícies específicas do NFR e NFC

Material Área Superficial específica [ m2/g ]

NFC – 339 84,20NFR – 380ºC 8,36NFR – 420ºC 23,80

A proporcionalidade do NI / superfície específica foi verificado com o NFC – 339 que

apresentou NI = 83,00 g/kg e área específica = 84,20 m2/g. Tal fato mostra a versatilidade da

técnica d

acoplada a

As imagens geradas, figuras 4.6 a 4.8 comparam as microestruturas obtidas do NFR

das conversões a 380ºC e 420ºC com o NFC. As condições de operação do microscópio JEOL

a 4.13. Pelas imagens geradas foi verificado

ue:

e adsorção de Iodo para as cargas ativas, porém esta metodologia agrega erros ao

tentar analisar materiais com baixa atividade.

A elevação da superfície específica do NFR poderá ser alcançada através de dois

métodos que se complementam a saber: implementação da moagem (alto impacto)

um sistema de microclassificação e por último ativação com vapor a 800ºC por 0,5 h

4.4.4 – Análise Microscópica

JSM-6330F encontra-se apresentadas na tabel

q

Tabela 4.13. Condições de operação do JEOL-6330FNFR da CBT- 380ºC NFR da CBT- 420ºC Condições operacionais

Negro de fumo comercial

Vácuo no filamento (Pa) 5,0 x10-8

Vácuo na coluna (Pa) 5,0 x10-6

Vácuo na câmara de amostra (Pa) 5,0 x10-5

Spot size 8Distância de trabalho (mm) 5Voltagem (kV) 3Brilho (%) 50Contraste (%) 60Tipo de elétrons utilizados SecundáriosTipo de filamento Field Emission

Escala 10 m x1000Escala 1 m x15000MagnificaçãoEscala 100nm x50000

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- 82 -

Fig. 4.6. Microestrutura do negro de fumo

comercial tipo N339

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Fig. 4.7 Microestrutura do nego de fumo recuperado da CBT-pneu 380ºC

Fig. 4.8 Microestrutura do nego de fumo recuperado da CBT-pneu 420ºC

A figura 4.6 apresenta a microestrutura do negro de fumo comercial tipo N339, onde

verifica-se que as partículas microestruturais de NFC encontram-se na faixa de ( 30nm),

confirmando o que diz a teoria sobre o tamanho médio deste material.

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- 84 -

As figuras 4.7 e 4.8 apresentam as microestruturas do NFR após peneiração (380ºC e

420ºC) após peneiração respectivamente. Por elas verificou-se que os dois NFRs encontram-

se sobre a forma de aglomerados, com tamanho médio em torno de 10 m, os quais são

rmados por partículas nanométricas. Sendo o NFR-380ºC com tamanho médio de partículas

da ordem d m). Isto se

deve ao fato de ter ocorrido uma maior volatização na CBT-pneu a

tamanho de partícula do referido NFR.

Com bém o tama édio de part c o NF

do tamanho médio encontrado para o negro de fum

). Este fato confirma s resultados obtidos com dsorç e iodo

gro de fumo recuperado enquadra-se com arga se

carga ativa este mate deverá ssar pr ente por uma

m vapor para reduzir o tamanho médio de partícula em seguida, realizar a moagem

ra reduzir o tamanho do aglom do at 0,5 m stes es s serã lizado

os futuros (a nível de doutora ).

nálise das Curvas de Compactação

A figura 4.9 apresenta a variação da massa ecífica função da comp ão, qu

formações sobre Verif e por a exi a de stágios

er: 1º estágio, e o e r jo d rãos com

terí leve pressão de comp ão. No 2º está corre

tação dos grãos que promove redu e volu e do ta nho do

s; neste estágio ainda existe as interfaces entre os aglomerados. No 3

nsificação do ma l devido a alta pressão aplicada, que promove

ais terfa ntre

grãos cífica aparente s alt rtu ra uç olu

mpactação.

Os ensaios de compactação realizados co R -p ºC C

-se apresentados na figu 0. A s da análise da de ctaçã

material verificou-se que: 1º gro de fum ercial apresentou baixas

densida

fo

e ( 200nm) e o NFR-420ºC com tamanho médio da ordem de ( 100n

420ºC que reduziu o

parando tam nho m ícula en ontrado n s dois Rs

verificou-se que ambos estão acima o

comercial (30 nm o a a ão d

reafirmando que o ne o c mi-ativa.

Para transformar o NFR em rial pa imeiram

ativação co

por atrito pa era é (< ), e tudo o rea s

em trabalh mento

4.4.5 – A

esp em ress e

fornece importantes in o pó. ica-s ela stênci três e

de com

carac

p a sabactação, ocorr fluxo earran os g te ond o

stica a baixa densidade com actaç gio o a

deformação e compac alta ção d me ma s

poros intergranulare º

estágio predomina a de teria o

deslizamento e rearranjo das partículas; nesta etapa não existe m as in ces e os

, e a massa espe e torna a em vi de da g nde red ão do v me

causada pela co

m o NF da CBT neu 380 e 420º e o

NFC encontram ra 4.1 travé curva compa o

de cada ) o ne o com

des tanto no primeiro estágio como no terceiro estágio devido ao tamanho

nanométrico, e a atividade das cargas na superfície da partícula do NFC. A baixa densidade

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- 85 -

no primeiro estágio se deve a grande mobilidade dos aglomerados/ partículas (devido ao

tamanho dos mesmos). Já a baixa densidade obtida no terceiro estágio mostra a presença das

cargas repulsivas na superfície das partículas que impediam a completa densificação do

material. 2º) Os NFRs (380ºC e 420ºC) apresentaram um primeiro estágio com densidade

superior a do NFC devido a existência de grandes aglomerados que dificultaram a mobilidade

do mesmo e elevaram a densidade inicial. Notou-se também que os NFRs apresentaram

densidades superiores ao NFC no terceiro estágio, tal fato se deve a baixa atividade das cargas

na sup

1015202530

erfície das partículas que não impediram a densificação do material. Com estas

informações obtidas a partir da curva de compactação pode-se verificar a importância deste

tipo de ensaio aliado a microscopia eletrônica de varredura, adsorção de Iodo e superfície

específica como parâmetro de controle e caracterização das propriedades destes pós.

3540455055606570

0,01 0,1 1 10 100

3º Estágio2º Estágio1º Estágio

Den

sida

dede

Com

pact

ação

[%]

Compressão [MPa]

400

600

800

1000

0,010

200

0,1 1 10 100 1000

1200

1400

1600

1800

2000

NFR- 420oC

NFR-380ºC

Apar

ente

[kg

/m3 ]

NFC-N33

Ma 9ss

a E

spec

ífica

Compressão [MPa]

Fig. 4.9. Estágios da compactação[Reed, 1995]

ig. 4.10. C ctação d C eNFR-380°C e NFR-420ºC

4.5 - Elasticidade das Borrachas

A tabela 4.14 a nta equações ica bo as s s

[Kirk-O -a . A ta 4.15 stra a formulação da borracha e os ensaios mecânicos

os quai ram rma ASTM D3182-89 (revisada em 1994) que foram

ma tabela mo ambé ma segunda formulação comercial da [Flexsys-Santo

André- ta .16 a enta eito rio s d de adicionados em

lastômeros de NBR e SBR [Kirk-Othmer-b 1995]. Utilizou-se a equação (4.14.5) para

calcular o peso molecular médio (Mc) das cadeias moleculares da borracha entre dois “cross-

F urvas de compa o NF

prese as elást s das rrach e imilare

thmer 1995] bela mo

s segui a no realizadas no IPT.

A mes stra t m u

SP.]. A bela 4 pres o ef de vá s tipo e negro fumo

e

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- 86 -

link” (ligação de reticulação). A figura 4.11 apresenta o gráfico dos parâmetros MC versus

tensão de resistência. Da análise dos resultados segue-se as seguintes conclusões:

1º) Os dados do IPT e da literatura [Kirk-Othmer-b 1995] ajustam-se sobre a mesma

curva (fig. 4.11). Elas são similares a fig. 4.12 para os tipos de PDMS-poli(dimetil-silano),

unimodal (polímeros de cadeia longa), bimodal (mistura de longa e curtíssimas cadeias) e os

vulcanizados por peróxidos ou por radiação [Mark et al. 1988]. A acentuada queda de R em

função de Mc deve-se a irregularidades “Dangling-Chains”(cadeias livres) (figura 4.13). Caso

a carga adicionada ao composto estiver acima do tamanho crítico a mesma atuará como

defeito promovendo a elevação do Mc e consequente redução da tensão de ruptura. O NFR

por não ser ativo interrompe a ligação de reticulação da borracha gerando o mesmo

comportamento.

Tabela 4.14. Elasticidade dos emborrachados [Kirk Othmer-a 1995]

Trabalho de deformação por

genérico

(4.14.1)Sendo: 1, 2 e 3 as três principais razões de extensão um cubo de

número cadeias por unidade de am e T a Temp xtrusão simples a equação sereduz a : (4.14.2)

)3(TNk)2/1(W 23

22

21b

de

1 unidade de volume, tipo mais

borracha ( =L/Lo; Lo é o comprimento da amostra não deformada); N é o volume; kb a constante de Boltsm

eratura absoluta [300K]. No caso de e))32(TNk(2/1W 2

b

2

Força por unidade de área seccional não deformada( )considerando umcubo unitário não

deformado

)1

(TNkd/dW2b (4.14.3)

3

Modulo de cisalhamento G em função de NKT e peso

molecular médioentre cross-links

Cb M/RTTNkG (4.14.4) Sendo: a densidade da borracha (950kg/m3), R constante de gás perfeito (8,3145kJ/kmolK = 8,3145kNm/kmolK) e Mc o peso molecular médio das cadeias moleculares de borracha entre dois sítios de cross-link

Substituindo (8.13.4) em (8.13.3)

)1

(M

RT2

C

; )1

(RT

M2C (4.14.5)

2º) As baixas tensões de ruptura e alongamento ocorridos devido ao peso molecular da

cadeia entre “cross-link” foram maiores para o NFR, indicando irregularidades na ligação

borracha-NFR.

SXMc SX

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- 87 -

3º) A formulação Flexsys possui maiores quantidades de NFC, NFR, elastômero,

cido esteriárico, óleos naftênicos/aromáticos e enxofre do que a formulação IPT resultando

m menores irregularidades “Danpling-Chain” e maiores tensões de rupturas.

Tabela 4.15. Formulação das borrachas e caracterização mecânica

Formulação IPT Formulação Flexsys

á

e

(ASTM D3182-89) Ingredientes

[ PHR ] NFCN337

NFR380ºC

NFR420ºC

NFCN339/80

NFR-380ºC

NF

40/40

R-380ºC

80Copolímero(estireno-butadieno) –SBR-1502 100 100 100 -- -- --SBR-1712 -- -- -- 110 110 110BR 45 -- -- -- 20 20 20Negro de Fumo Comercial 40 -- -- 80 40 --NFR obtido pela CBT-pneu 380ºC -- 40 -- -- 40 80NFR obtido pela CBT-pneu 420ºC -- -- 40 -- -- --Óxido de Zinco 5,0 5,0 5,0 3,0 3,0 30Ácid 1,0 1,0 1,0 1,5 1,5 1,5o EsteriáricoSantoflex -- -- -- 0,5 0,5 0,56PPDÓleo Naftênico 10,0 10,0 10,0 -- -- --Óleo Aromático -- -- -- 13,0 13,0 13,0Enxofre 1,5 1,5 1,5 2,0 2,0 2,0Acelerador TMTD 1,5 1,5 1,5 -- -- --Acelerador Perkalcit TMTD -- -- -- 0,1 0,1 0,1Anti-oxidante 1,0 1,0 1,0 -- -- --Sant 1,1ocure -- -- -- 1,1 1,1

PropriedadesResistência à Tração [MPa] 19,2 3,6 4,8 18,9 16,6 8,8Alongamento na Ruptura (%) 420 350 370 580 897 1038

Carga [N] 60,3 28,7 34,6 -- -- --Resistênciaao Rasgo Resistência ao Rasgo[N/mm] 26,7 13,3 16,0 44,6 43,4 26,3Dureza shore-A 62 49 55 63 43 30Resistência à Abrasão [mm3] 104 193 186 -- -- --Resi 49 54 54 18 25 30liência por rebote [%]Deformação permanente[imposta a 25%, 22h a 70ºC]

7,5 8,9 7,5 -- -- --

Módulo a 300% -- -- -- 86,1 28,9 16,3Cálculo de Mc (4.14.5) )10x(RT 6 [kg/m2*kN/kmol] 2,3696 2,3696 2,3696 2,3696 2,3696 2,3696

= elongamento +1 5,2 4,5 4,7 6,80 9,97 11,38

2

15,1630 4,4506 4,6547 6,7784 9,9599 11,3723

R [ MPa – 106N/m2] 19,20 3,6 4,8 18,90 16,60 8,8 MC (103 g/mol) 0,637 2,939 2,323 0,850 1,422 3,062

4º) As figuras de 4.14 a 4.16 apresentam as microestruturas da superfície de fratura

(ensaio de tração) dos corpos de prova das borrachas formuladas com o NFC e NFRs (380ºC

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- 88 -

e 420ºC) respectivamente. Estas imagens for geradas com auxílio de um microscópio

eletrônico de varredura (filamento de Tungstênio) modelo 1450VP fabricado pela LEO Inc.

do DEMAR-FAENQUIL. Através delas podemos verificar que na figura 4.14 a quantidade de

defeitos que geraram uma trinca foi muito pequena. Isto se deve em parte ao tamanho de

partícula/agregado do NFC que foram totalmente incorporados na matriz polimérica e

atuaram com carga de reforço e não como defeito resultando assim em uma alta resistência

mecânica (19,2MPa).

Analisando as imagens microestruturais das figuras 4.15 e 4.16 verificou-se a

existência de inúmeros defeitos que geraram uma grande quantidade de trincas. Tais defeitos

ocorreram devido ao tamanho dos agregados de NFRs ( 20 m) que não foram incorporados a

borracha e aturam como nucleadores de trincas abaixando a resistência mecânica do material

(3,6 MPa e 4,8 MPa). Com as micrografias apresentadas no item 4.4.4 (fig. 4.7 e 4.8),

podemos verificar nas figuras 4.15 e 4.16 que os maiores agregados ( > 20 m) apesar de

terem sofrido uma redução de tamanho devido as forças de cizalhamento promovidas pelo

cilindro durante a mistura da borracha, ainda permaneceram em um tamanho que as impediam

de ser incorporadas a matriz polimérica. Já as demais partículas abaixo deste tamanho foram

todas incorporadas ao elastômero.

Tabela 4.16. Efeito do negro de fumo nos elastômeros (NBR e SBR)

[Kirk-Othmer-b 1995]

Resistên. a Tração

[MPa]

Alonga-mento[%]

DurezaShore

A

Resili-ência[%]

Módu-lo a

300%[MPa]

[kg/m *kN/kmol]

=elon-gamen-

to +1

am

)10x(RT 6

2 2

1 MC

(103

g/mol)

N110 30,9 530 66 62,2 13,6 2,3696 6,30 6,27 0,481N242 27,4 490 67 64,8 14,8 2,3696 5,90 5,87 0,508N347 26,6 460 67 70,4 16,2 2,3696 5,60 5,57 0,496N440 29,7 580 57 77,3 10,5 2,3696 6,80 6,78 0,541N770 25,9 570 57 80,9 11,0 2,3696 6,70 6,68 0,612

NBR

N990 20,9 0 7,18 0,814620 49 83,6 4,7 2,3696 7,2N110 32 6,07 0,448,1 510 69 51,8 16,2 2,3696 6,10N242 30 5,87 0,464,0 490 69 54,5 17,2 2,3696 5,90N347 28, 0 5,67 0,4706 470 69 59,6 18,1 2,3696 5,7N440 26,2 560 58 61,3 10,0 2,3696 6,60 6,58 0,592N770 21,2 600 60 67,8 9,7 2,3696 7,00 6,98 0,780

SBR

N990 11,0 750 48 67,7 2,8 2,3696 8,50 8,49 1,829

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- 89 -

Peso Molecular Médio - Mc [ x 10 g/mol ]1,0

Tens

ão d

e ru

ptur

a [

MP

a ]

00

4

8

12

20

24

28

32

36

40

-3

Flexsys

NBR ( Tabela 4.16)SBR (Tabela 4.16)

IPT

2,0 3,0 4,0 4,0

16

Fig. 4.11. Tensão de ruptura versus massa molecular média das cadeias moleculares da

borracha entre dois “cross-link”

0 10 20 4030 6050 70 80 90 1000

2

4

6

8

10

12

18

14

16

20

Peso Molecular Médio - Mc [ x 10 g/mol ]-3

Tens

ão d

e ru

ptur

a [

MP

a ]

SeletivoUnimodalSeletivoDimodal

Fig. 4.12. Valores da tensão de ruptura versus peso molecular entre duas ligações de

reticulação do PDMS – poli (dimetil silano) [Mark et al. 1988]

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- 90 -

des de aumentar o número de grupos hidroxílicos na superfície e diminuir o

mero

Fig. 4.13. Formas de representação das cadeias livres presentes na rede vulcanizada: a)

excesso de cadeias bifuncionais; b) cadeias monofuncionais. [Mark et al. 1988]

b)a)

5º) Estes resultados sugerem a realização dos testes de ativação parcial com vapor para

aumentar o número de Iodo do NFR (superfície específica) de 44 para 90 e também executar a

moagem em moinho de atrito para reduzir o tamanho dos aglomerados. A ativação deve ser

modesta para não diminuir as taxas de recuperação do NFR (49,6% em NFR na CBT-pneu

380ºC e 34,5% na CBT-pneu 420ºC).

6º) A maioria dos aglomerados de NFR-380ºC e NFR-420ºC (fig. 4.7 e 4.8) estão na

mesma faixa de 10μm e tamanho de partícula da ordem de 200nm para o NFR-380ºC e

100nm para o NFR-420ºC. A ativação com vapor e moagem por atrito têm boas

possibilida

nú de irregularidades “dangling-chains” devido ao menor tamanho de partícula.

7º) O enxofre e o Zinco do NFR estão na forma de ZnS em partículas nanométricas,

não devendo ser ativas como agente vulcanizante (S) e acelerador de vulcanização (Zn).

Novas adições de S e Zn devem ser efetuadas. Objetiva-se inicialmente a substituição parcial

do negro de fumo. Como a ativação com vapor é um processo oxidativo espera-se alguma

fração de oxidação do Zn.

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- 91 -

Fig. 4.14. Microestrutura da superfície de fratura (ensaio de tração = 19,2MPa) do corpo de prova da

borracha formulada com negro de fumo comercial

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- 92 -

Fig. 4.15. Microestrutura da superfície de fratura (ensaio de tração = 3,6 MPa) do

corpo de prova da borracha formulada com negro de fumo recuperado pela

CBT-380ºC

Fig. 4.16. Microestrutura da superfície de fratura (ensaio de tração = 4,8 MPa) do

corpo de prova da borracha formulada com negro de fumo recuperado pela CBT-420ºC

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- 93 -

4.6 - Caracteriz

4.6.1 - Análise do Óleo Formado pela Pirólise

dos principais produtos da pirólise são os óleos formados por ela, os PTO´s -

“Tyre is qu ã ac mazenados e transportados e não

nece amente serem utilizados próximo a usina produtora. O PTO pode ser

o com tível ou como uma importante fonte de matéria prima para a industria

ic ode do P J apresentando em sua composição

áticos de valor comercial tais como: benzeno, xileno, tolueno,

stiren l-limo o.[Caponero et al. 2001]

áticos (PAH) os

uais p uem atividade mutagênica [Pakdel et al. 2001] cuja concentração aumenta com a

leva tem

once o nç p

ados rtir a atização dos hidrocarbonetos alifáticos

ecani Diel-Alder) em altas temperaturas e longos tempos de residência no reator

áticos também encontrados no PTO são os PANH e

ANSH q ã o os ligados aos elementos nitrogênio e/ou

O PTO possui t ém um importante composto orgânico o dl-limoneno que é o

rincipa ponente do óleo formado pela pirólise do poliisopreno. Atualmente o limoneno

C solvente ecológico

plam a volatilidade a temperatura

biente. Estas características provocaram a elevação do preço deste solvente no mercado

undial que era de 1,00US$/kg no período de 1986 a 1988 para 9,00US$ no intervalo de

izando em 10US$/kg a partir de novembro de 1999 [Pakdel et al. 2001].

é da pres po de residência

como tamanho e natureza do ma

2001]. Baixas tem ressões de p ise aliad tempos de residência

a ntam

m re te a

m cio i ormados terão uma

a azã /H n a s ados serão do tipo

limoneno que possuem

ação do Óleo

Um

Pyrolys Oil”

ssari

e s o f ilmente manipulados, ar

necessitam

usado com

quím

altas concentrações de arom

e

q

e

c

potencial perigo a saúde são form

(m

[Pakdel et al. 2001]. Outros tipos de arom

P

enxofre.

p

é extraído da casca da laranja ou lim

am

am

m

1

no interior do reator bem

bus

r caa. O p lorífico TO é cerca de 42M /kg,

o e d

Outros arom

oss

nen

áticos presentes no PTO são os hidrocarbonetos poli-arom

ção da

ntraçã

smo

peratura de pirólise [Caponero et al. 2001]. A tabela 4.17 apresenta a

s PAo d Hs em fu ão da

a pa

tem eratura [Cunliffe A.M. 1998] Os PAHs com

da rom

ue s o hidrocarb

amb

onet s poli-aromátic

l com

ente utilizado na indústria devido a

ão. ara

sua baixíssim

cteriza-se por ser um

995 a 1996 e es

A formação do lim

tabil

oneno dependente são, temperatura e tem

terial pirolisado [Pakdel et al.

eq

car

pe

aciona

etido a um

, porem

ratur

is

c

baixa razão C/H.

a

oco

aso

s e p

oneno [Pakdel et al. 2001]. Isto se deve ao fato de que os

rri

a

a e

iról

pirólise são em

os a p

sua m

dro

ue

bo

nos

aioria radiciais e caso o

net

ume

ecanism

aterial seja subm

lta r

a produção do lim

os

o C

do

al

s d

ta

ergi

uran

energia rea

eja baixa os hidrocarbonetos form

nal os h os f

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- 94 -

Tabela 4.17. Concentração dos PAHs no óleo de pirólise em função da temperatura

reacional [Cunliffe A.M. et al 1998]

Naftaleno

Concentração [ ppm ] PAHHidrocarbonetospoli-aromáticos

Formula Química450ºC 500ºC 600ºC

465 725 1630

2-metil-NaftalenoCH

3 650 730 2365

1-metil-Naftaleno

CH3

460 625 1570

Bifenileno 1030 1630 3000

1-Etil-NaftalenoCH

2 3CH

430 690 1335

2,6-Dimetil-NaftalenoCH

3

3CH

565 855 1990

1,7-Dimetil-Naftaleno3CH

CH3 550 365 560

1,6-Dimetil-Naftaleno

CH

3CH

3

275 595 1085

1,5-Dimetil-Naftaleno

CH

3CH

3

190 375 880

1,2-Dimetil-NaftalenoCH

3CH

3

770 600 1385

1,8-Etileno-Naftaleno 560 635 1070

Fluoreno 115 220 745

2-Metil-Fluoreno 3CH

260 370 555

Fenantreno 95 200 315

Antraceno 85 125 295

1-Metil-fenantreno 595 315 12403

CH

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- 95 -

Continuação tabela 4.17

603530

11405004552-Metil-antraceno 3CH

Criseno

115120530Pireno

3CH

1075174012552,7-Dimetil-fenantreno

555470595

3CH

2-Metil-fenantreno

7301403554-Metil-fenantreno

3CH

CH3

A faixa de temperatura em que ocorre a formação de dl-limoneno é de 350ºC a 450ºC,

acima desta temperatura o limoneno sofre um processo de aromatização transformando-se em

trimetil – benzeno. Os dados sobre a concentração do dl-Limoneno bem como os balanços de

massa de diversas reações de pirólise a vácuo encontram – se na tabela 4.18 [Pakdel et al.

2001].

No estudo feito por Pakdel et al. a separação da fração de dl-limoneno presente no

óleo ocorreu m

elevada pureza (92% p/p) [Pakdel et al. 2001].

Na conversão em baixa temperatura do pneu feita por Márcio Portilho [Portilho 2002]

a 450ºC com tempo de residência de 13 a 17 minutos verificou-se a presença de limoneno e

estireno (tabela 4.19). O estireno encontrado refere-se ao monômero do copolímero SBR

utilizado no pneu, já os hidrocarbonetos de cadeia longa foram formados pela descarboxilação

dos ácidos carboxílicos e a formação do limoneno se deu devido a recombinação dos radicais

gerados no interior do reator durante a conversão [Portilho 2002].

ediante destilação simples a qual foi feita em uma coluna de vidro com 750mm

de comprimento, 45mm de diâmetro interno, tendo 25 pratos teóricos (recheio de material

metálico), e razão de refluxo de 1:30. A fração destilada de limoneno obtida apresentou

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- 96 - Tabela 4.18. Produtos obtidos sobre várias condições de pirólise a vácuo [Pakdel et al. 2001]

e Pn Caminhão PolisoprenoTipo d eu Carro

Tipo de reator

Múltiplouecimento i-contínuo Piloto

HorizontalSemi-contínuo

pilotoSe

aqSem

Horizontalmi-contínuo

piloto

HorizontalSemi-contínuo

piloto

Batelada1 L

atelada1 L

Batelada15 L

Batelada1 L

B

Média do volume das partículas [ cm3]

Cilí Grão < 3,8 Grão < 3,8 Grão < 3,8 ão < 3,8 Grão 2,0 ndrico 2,7 Grão < 3,8 Grão < 3,8 Gr

Pressão Total [ kPa] 12 13 10 12,0 1,3 21,3 28 1,3Temperatura [ ºC] 500 500a 570b 500c 510-570d 480c 431-471d 480 500 480 440 Massa alimentada

[ kg] 153 546 250 230 0,2 1,0 0,2 0,2

Fluxo máss[ kg/h]

ico25 33 -- -- -- 21 42 --

Óleo 40,9 53,7 n.ae 90,357,5 56,5 60,0 43,4Gases 11,7 7,0 n.a 5,9 11,9 10,1 3,6 3,2

Produ(m/m

síduoólido

38,4 39,4 n.a 3,8

tos%)f

ReS

30,6 33,4 36,4 53,4

Nafta 14,4 23,7 n.a 30,7 11,9 13,5 n.a n.aProdu(m/m dl-

oneno0,8 3,6 3,3 2,8 9,8

tos%)f

lim2,6 1,6 3,3

a Temp o berço b Temp o interior do reatc Temp o banho de sal d Medi erentes pontos doe Não af Com assa inicial de

eratura deratura neratura ddo de difvaliado

relação a m

or

interior do reator

matéria prima

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- 97 -

Tabela 4.19. Substâncias Identificadas no Óleo CBT – pneu a 450ºC com tempo de

residência de 13 a 17 min. [ Portilho 2002]

9526,15Trideceno4

n - Eicosano

8

7

Octadecanonitrila5

2 Estireno

Laurato de Metila

Substância

1 7,86

Retenção [min]

Formula QuímicaTempo de

Item

2CHCH3 C

O

3CH( )

10 O

Qualidade

93

10,36 96

CH CH2

31-Metil-4(1 metil etenil)

cicloexeno(Limoneno)

CH3

2CHC3CH

15,66 95

2CH CH

10( )CH

2 3CH

( )3 2CHCH C

16N30,22 97

6 2,4,5,7 - Tetrametil- fenatreno

933CH

CH3 3CHCH3

31,63

32,66 93 3CH18

( )CH2 CH3

Acetato de retinol 33,27 91 C3CHC H

O

O

28

O

20

4.6.2. Análise do Óleo Formado pela CBT-pneu

A caracterização dos componentes do óleo obtida pelo cromatógrafo modelo Class-

5000 fabricado pela Shimadzu é apresentada na tabela 4.20 e seus respectivos cromatogramas

encontram – se apresentados na anexo VIII.

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- 98 -

Tabela 4.20. Caracterização via CG/MS dos componentes do óleo obtido durante

a CBT-pneu 380ºC e 420ºC

3CH2CH CH

CH3

O

CH2 CH2 CH3

CH3 CH C

CH3

CH CH CH3

CH3

CH2 CH3

3CH

3CH

CH 3CHCH3

CH3

CH3CH2 C

C 2CHCH3

CH3

3CHC( )5

Item Substância CBT-380ºC (% p/p)

CBT-420ºC (% p/p)

Formula Química

1 2-Propoxi butano 2,7 --

2 3-Metil-2,4-hexadieno -- 6,42

3 Tolueno 3,06 10,56

4 Etil benzeno 5,67 9,34

5 1,2-Dimetil benzeno (Xileno)

6,27 7,43

6 1,3,5,7- Ciclo octraeno 3,20 --

7 1-Metil-3(isopropil) benzeno

9,91 8,14

8 2-Decino 5,35 --

9 1-Metil-4(1 metil etenil) cicloexeno (Limoneno)

63,84 58,11

Total 100,00 100,00

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- 99 -

Verificou-se que o afirmação da não formação

estes compostos durante a conversão em baixa temperatura. Ao contrário da pirólise de alta

temperatura que além de produzirem os PAHs formam também os compostos PANH e

PANSH. Isto se deve a baixa temperatura em que o processo ocorre (250ºC a 420ºC) não

havendo neste caso condições reacionais de temperaturas para iniciar a produção dos PAHs.

Comparando os resultados das análises composicionais dos óleos da CBT – pneu deste

trabalho com os resultados da pirólise a vácuo [Pakdel et al. 2001] verifica-se a existência de

imoneno nos dois processos, porem com concentrações bastantes distintas ( 58,11 % a

63,84 % deve a

faixa térmica da té á

na pirólise a tem contra-se norm 50

condições grande parte e degrada a trimetril benzeno [Pakdel et al. 200

lação a aná óleo feito p técnica CBT nuo [Portilh 02]

s difere se

gnificativamente dos componente do óleo da CBT-pneu. Tal diferença deve ser devido ao

tipo de

) que as da pirólise (30 – 50 kcal/mol) esta diferença faz com que o óleo produzido

pela técnica CBT – pneu tenha uma baixa razão C/H favorecendo a produção de Limoneno.

óleo não possui PAH evidenciando a

d

L

m/m na CBT – pneu e 2% m/m na pirólise (tabela 4.18). Tal diferença se

cnica CBT – pneu (350 a 450ºC) que maximiza os teores de Limoneno. J

peratura reacional en almente acima de 0ºC, nestas

1]. do Limoneno s

Com re lise do ela – contí o 20

verifica-se a presença de Limoneno entretanto os demais constituinte m –

si

reator (contínuo em [Portilho 2002] e batelada neste trabalho) e ao tempo de

residência (13 a 17 min em [Portilho 2002] e 90 minutos neste trabalho).

As energias reacionais envolvidas nos processos de CBT – pneu são menores

(3kcal/mol

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- 100 -

5. CONCLUSÃO

A tecnologia de reciclagem de pneus através da conversão em baixa temperatura

presentada nesta dissertação demonstrou com os dados experimentais obtidos que a

ciclagem de pneus é ecologicamente correta e rentável.

A CBT-pneu mostrou ser ecologicamente correta porque resolveu o problema da

al deste tipo de resíduo mantendo os elementos (Zn e S) presentes na

gro de fumo recuperado). A fração de carvão

n er

ado ação destes elementos

et como

PCDD, PC destruir tais poluentes devido

cter portante

estu da CBT-pneu não produzir hidrocarbonetos poliaromáticos

(PHA) co convencionais de pirólise de pneus.

A tecnologia de CBT-pneu demonstrou que é possível obter lucro com a reciclagem

material, pois transformou um resíduo que atualmente é lançado em aterros e lixões ou

zado dutos

com alto v óleo. O NFR (carvão da CBT-pneu) poderá futuramente

tuir ercial como carga reforçante. Os óleos

dos

utilizados com icos, uma vez que apresenta em sua composição

es p moneno, Xileno e Tolueno.

Tra

Co

feit o, faz-se necessário o estudo aprofundado de certos pontos

ente

1º) As figuras de 5.1 a 5.3 apresentam as micrografias realizadas com os NFR-380ºC e

ap apresentada na tabela 5.1 a comparação, via

dsorção de Iodo, entre os NFRs antes e após serem tratados .

As figuras 5.1 a 5.3 apresentam as micrografias do NFR-380ºC e 420ºC após moagem

or atrito. Verifica-se através delas que os agregados encontram-se na ordem de

,5 μm com tamanho de partícula de 100 nm. Observou-se pelos resultados da tabela 5.1 que

a

re

destinação fin

constituição do pneu estabilizados no carvão (ne

provenie te da CBT-pneu que não tiver aplicações diretas como carga reforçante poderá s

queim em caldeiras de recuperação (800ºC) sem qualquer volatiz

[Misra al. 1993]. A conversão de baixa temperatura além de não formar os compostos

DF e organoclorados, também mostrou ser capaz de

a cara ística redutora de seu meio reacional [Bridle et al 1990]. Outro dado im

deste do refere-se ao fato

muns aos processos

deste

valori s apenas pelo seu valor energético (queima em fornos de cimento), em pro

alor agregado como NFR e

substi integralmente o negro de fumo com

destila produzidos podem ser queimados em motores reciprocativos ou turbinas, ou serem

o fonte de produtos quím

grand orcentagens de dl-li

5.1 – balhos Futuros

m a aplicação da tecnologia de conversão em baixa temperatura para reciclagem de

pneus a no presente trabalh

pertin s a esta técnica, são eles:

420ºC ós certos tratamentos. Encontra-se

a

p

0

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- 101 -

o NFR após ser moído por atrito ainda enquadrava-se como carga semi-ativa (tabela 2.16),

om NI variando entre 35 a 55 g/kg. c

Figura 5.1. Microestrutura do NFR-380ºC Figura 5.2. Microestrutura do NFR-420ºC

moído por atrito moído por atrito

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- 102 -

Figura 5.3. Micro

aquec

estrutur

ido a 850ºC e moído por atrito

a 5.3 apresenta a micrografia do NFR após ativação e posterior moagem por

it u-se através dela que o gregados praticamente desapareceram e que o

ntra-se na ord 60 nm. Analisou-se a adsorção de Iodo deste

a do NFR-420ºC

A figur

atr o. Verifico s a

tamanho de partícula enco em de

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- 103 -

material cujo valor ficou acima de 110 g/kg. Tal resulta a que apó r

o NFR passou a se comportar como carga ativa.

bela 5.1. Caracterização p sorção de Iodo dos três tipos

Pneu Or : NF +S = 29,5% + 2,0%+1,0% = 32

do mostr s t atamento térmico

de NFR Ta or ad

iginal + ZnO ,5% (%p/p)Após CBT + moinho

de martelo (NFR + ZnS)

NúmeroIodo

t(NFR + ZnS)

o de Iodo

de Após moagem por

a ritoNúmer

NFR – 380ºC 56,1% 22 42,0% 35,3% 55e atrito 110

NFR – 420ºC 39,1% 44 29NFR – 420 + aquecimento a 850ºC + moinho de martelo + moinho d

As condições operacionais para realização dos tratamentos no NFR foram: moagem

or atrito (meio úmido – álcool etílico, rotação de 1200 rpm durante 2 horas), ativação

quecimento a 850ºC e permanência na temperatura durante 30 minutos sem adição de vapor

e água).

Com base nos resultados acima apresentados verifica-se a real necessidade de

esenvolvimento da ativação do NFR bem como sua moagem por atrito. Pois com a

timização destes tratamentos pode-se obter um NFR substituto do negro de fumo comercial

2º) Estudo analítico das emissões (gasosas, líquidas e sólidas) produzidas durante a

BT-pneus como também análise dos produtos da combustão dos GNC, óleos e carvões na

eração de energia. Tais resultados irão completar de forma definitiva o balanço de massa dos

lementos que constituem o pneu.

3º) Estudo da aplicação do óleo da CBT-pneu como combustível e análise da

iabilidade técnico - econômica para separar os componentes (dl-limoneno, Xileno e

olueno) para serem utilizados como matérias primas.

4º) Estudo e desenvolvimento dos mecanismos de fratura dos materiais elastoméricos

isando obter as relações matemáticas entre o tipo de carga utilizada e o peso molecular

édio entre cross-link.

p

(a

d

d

o

C

g

e

v

T

v

m

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- 104 -

6. ANEXOS

nexo I. Histórico da Borracha [Greve 1993]

1915-1918 Primeira fábrica de borracha em Bayer, Leverkusen – Alemanha para enfrentar o bloqueio da borracha natural devido à 1ª Guerra Mundial.

A

1929 W. Bock desenvolveu a borracha estireno-butadieno (SBR).

1930 Tschunkur descobriu a borracha nitrílica. W.H Carothers desenvolveu o poli-cloroprene resistente à ozonização e intemperização.

1937 Otto Bayer – borracha de poliuretano

1942 Borracha de silicone.

1943 Borracha butílica.

1948 Borracha fluorada.

1949 Borracha acrílica.

1953 Polietileno cloro-sulfonado.

1959 G. Natta e G. Cresby desenvolveram a borracha etileno-propileno baseada no catalisador Ziegler-Natta.

1961 Copolímero (etileno-acetato de vinila)

1962 o-butadiene-estireno – SBS (primeiro elastômero Copolimerização em bloco de estirentermoplástico).

1965 Poliepicloroidrina

1970 Poliuretano termoplástico

1973 Termoplástico copoliester.

1975 Borracha polinorborene e nitrila hidrogenada.

1978 Copolímero (etileno-acrilato de etila).

1979 Elastômero termoplástico baseado em borrachas etileno-propileno com ligação cruzada.

1981 Politetrafluoretileno.

1985 cha fluoralcoxifosfazene Elastômero termoplástico amorfo cloro-poliolefinas e borraaltamente resistente.

1989 Copolímero etileno-clorosulfonado

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- 105 -

A Borracha Sintética [Obrecht

et al. 1

II.I. No

es de monômeros que

nexo II. Nomenclatura, Designação, Usos e Produção da

993]

menclatura [Obrecht et al. 1993]

ACMCopolímero acrilato de etila ou outros acrilatos e pequenas quantidadfacilitam a vulcanização;

BR Polibutadieno

CR Policloropreno

CM Copolímero (etileno-clorinado).

CO Policlorometoxirano (borracha epicloroidrina).

CSM Terpolímero(etileno-clorosulfonado)

E-BR(a) Polibutadieno polimerizado por emulazo

ECO Copolímero (óxido de etileno-epicloroidrina).

H-NBR Copolímero (butadieno-acrilonitrila) hidrogenado.

H-IIR Copolímero (isopreno–isobuteno) hidrogenado

EAM Copolímero (etileno-acrilato de etila)

EPDM Terpolímero (etileno-propileno-dieno) EPM Copolímero (etileno-propileno).

E-SBR Copolímero(estireno butadieno) polimerizado por emulsão.

PUR Poliuretanos.EVA,EVM Copolímero (etileno-acetato de vinila).

FMQ,PVM Borracha de silicone

FMVQBorracha de silicone com grupos vinílicos, metílicos e fluorados substituídos na cadeia polimérica.

FPM,FKMBorracha fluorada com os grupos fluoalcóxicos ou fluoralquílicos ou fluorados substituídos na cadeia carbônica principal saturada.

IIR Copolímero (isopreno–isobuteno).

IR Polisopreno.

MQPolissiloxanos tendo unicamenpolisiloxano dimetílico.

te o grupo metíl substituídos na cadeia polimérica, tal como

NBR Copolímero (butadieno-acrilonitrila).

NR Borracha Natural (polisopreno)

OT Poliéteres

P s grupos metil e fenil substituídos na cadeia polimérica. MQ Borracha silicone tendo o

PNR Borracha polinorborene

SBR o)Copolímero (estireno butadien

S-S ) ieno) polimerização em bloco. BR(a Copolímero (estireno-butad

SBS estireno) polimerização em bloco (elastômero termoplástico)Copolímero (estireno-butadieno-

TM Borrachas polisulfídricas

X-NBR Terpolímero(butadieno-acrilonitrila-ácido acrílico)

Obs.: Principais borrachas sintéticas usadas em pneus: E-SBR, S-SBR, BR, NR(IR), IIR.

(a) Não estão aprovados oficialmente pela DIN/ISSO 1629

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- 106 -

II.II. Designação de grupos de borracha de acordo com a estrutura química

[Obrecht et al. 1993]

Desido grupo

Exemplosgnação

Estrutura química

MBorracha tendo u estrutura polimérica complet ente saturada do tipo polimetileno

EPM, EPDM, CM, CSM, AEM, ACM, EVA

ma am

N Borracha contendo nitrogênio NBR

OBorracha tendo átomos de oxigênio na estrutura polimérica (borracha poliéster) CO, ECO, GPO

QBorrachas contendo átomos de silício na estrutura (borracha silicone)

polimérica VMQ, MQ, FMVQ

R Borracha tendo carbono insaturado na cadeia principal NR, SBR, BR, NBR, CR, IIR T Borracha tendo o enxofre na estrutura polimérica (borracha politioeter) OT, EOT

UBorracha do tipo poliueretano contendo carbono, oxi nio e nitrogênio na estrutura poli ica AU, EU

gêmér

Z Borracha tendo fósforo e nitrogênio na estrutura polimérica FZ, PZ

II.III . Produção total mundial de borracha e rracha sintética [Obrecht et al. 1993]

Pneus 59% Construção 3%

. Usos da borracha sintética (88% - indústria automobilística) [Obrecht et al. 1993]

II.IVbo

Partes mecânica automobilística

10%Isolamento de

fio 2%

Partes mecânica

automnãoobilística

10% Adesivos 1%

Modificações de plástico

6% Outros 6%

Sapatos 4% Total 100%

Ano

Consumototal de

borracha,106t

Consumo de borracha

sintética (SR), 106t

% SR

1960 4.470 2.350 53 1965 6.190 3.730 60 1970 8.660 5.625 65 1975 10.460 7.045 67 1980 12.545 8.785 70 1985 13.305 8.960 67 1990 14.938 9.941 67

(1995) (16.923) (11.252) (66) (2000) (18.884) (12.519) (66)

Fonte: IISRP – Int. Inst. of Synthetic Rubber Estimativa

II.VI. Usos técnicos da borracha (exceto pneus) [Obrecht et al. 1993]

Posição Companhia % do

Producers/Parentesis –

II.V. Principais fabricantes de pneus [Obrecht et al. 1993]

mercado

1. Michelin 202. 19Goodyear3. Bridgstone/Firestone 164. Continental/General

Tire/Semperit 7

5. Pirelli/Armstrong 6,56. Sumitomo/Dunlop 67. Outros 25,5

Total 100,0

Mangueiras e

tubos27%

Extrudados 8%

Selos e

Vedações17%

Transmição de

potência e

correias

transportadoras

7%

Cabos e fios 16%

Amortecedores

de vibração 4%

Rolos e guias 9% Outros 12%

Total 100%

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- 107 -

Anexo III. Fluxograma de Reciclagem por Digestão[Paul 1990]

Picador de pneus

Remoção de fibrase pedaços de fios

Aditivos Remoção magnéticade metal

Digestão Metal

Lavagem

Secagem

rgas e aditivos

Extrusão

Moagem de

Desague

Ca

Coador

Moagem fina

acabamento

Empacotamento

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- 108 -

AIV.I. Memorial de Cálculo do Balanço de Massa da CBT-pneu a 380oC

nexo IV. Balanço de Massa

o1 ) Mao

ssa inicial de pneu Mo = 40,1kg

2 ) Cálculo da massa de voláteis (M

I. Peso do reator vazio = 255kg

II.

assa de voláteis MV = 295,1 – 279,6 = 15,5kg

3o

V)

Peso do reator carregado com 40,1kg de pneu = 295,1

III. Peso do reator após a reação = 279,6kg

IV. M

) Cálculo das massas de Negro de Fumo Recuperado (MNFR) e Aço (MA)

I. Peso do resíduo sólido produzido pela reação = 40,1 – 15,5 = 24,6kg

II.

NFR = 24,6 – 4,7 = 19,9kg

4o

Peso do aço separado magneticamente MA = 4,7kg

III. Peso do Negro de Fumo Recuperado M

)Cálculo da massa de óleo condensado (MC) e Gases Não Condensáveis (MGNC)

I. Peso do óleo condensado separado no reservatório MC = 12,5kg

II. Peso dos gases não condensáveis MGNC 15,5 – 12,5 = 3,0kg

5o

=

)Cálculo da massa de Nitrogênio consumida (MN2)

I. Fluxo no rotâm ft3/h = 3,15x10-5m3/s

II. Densidade do Nitrogênio a 25ºC = 1,296(23) kg/m3

III. Vazão mássica =

de N2 etro = 4

s/kg10x08,4m

kg296,1x

s

m10x15,3 5

3

35

IV. Massa consum 0min = 0,29kg

IV.II. Memorial de Cálculo do Balanço de Massa da CBT-pneu 420oCo

ida durante a reação de 12

1 ) Massa inicial de pneu M = 40,0kg o

2o) Cálculo da massa de voláteis (M )V

V. Peso do reator vazio = 255kg

VI. Peso do reator carregado com 40,1kg de pneu = 295,0

VIII. Massa de voláteis MV =o

VII. Peso do reator após a reação = 273,8kg

295,0 – 273,8 = 21,2kg

3 ) Cálculo das massas de Negro de Fumo Recuperado (MNFR) e Aço (M

VI.o

A)

IV. Peso do resíduo sólido produzido pela reação = 40,0 – 21,2 = 18,8kg

V. Peso do aço separado magneticamente MA = 5,0kg

Peso do Negro de Fumo Recuperado MNFR = 18,8 – 5,0 = 13,8kg

4 )Cálculo da massa de óleo condensado (MC) e Gases Não Condensáveis (MGNC)

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- 109 -

III. Peso do óleo condensado separado no reservatório MC = 19,2kg

IV. Peso dos gases não condensáveis MGNC = 21,2 – 19,2 = 2,0kg

5o)Cálculo da massa de Nitrogênio c

V. Fluxo de N2 no rotâmetro = 4ft /h = 3,15x10 m /s

VI.

onsumida (MN2)3 -5 3

Densidade do Nitrogênio a 25ºC = 1,296(23) kg/m3

VII. Vazão mássica = s/kg10x08,4m

kg296,1x

m10x15,3

35

s5

3

VIII. Massa consumida durante a reação de 90min = 0,22kg

6o)Fração mássica de voláteis; 53,00,40

2,21

M

MX

O

VV

Anexo V. Balanço Térmico

V.I- Memorial de Cálculo do Balanço Térmico da CBT-pneu 380oC

1o) Dados térmicos da CBT-pneu 380

I. Calor específico do aço inox 310 = 460J/kg K [Homan 1983].

II. Calor específico da borracha vulcanizada = 1500 J/kg K [Cry].

III. Calor de combustão do GLP = 49,82MJ/kg [Perry&Chilton].

IV. Consumo de GLP = 3 kg

VI. Peso do pneu = PP = 40kg

VII. Tempo reacional = 120 minutos

V. Peso do reator = PR = 240kg

2o) Potencia térmica do GLP

kg/MJ82,49HGLP

MJ46,149)kg3()kg/MJ82,49(H GLP

kW76,20s60120

MJ46,149GLP

3o) Potência térm

Forno

ica para aquecer o forno CBT a 380oC

TCp INOXPR/H ; )25380(460H PR/Forno

kg/J163300H PR/Forno ; MJ19,390H PR/Forno 163300 24

kW44,5s60120FornoJ39192000

4o) Potência térmica para aquecer o pneu até 380oC

;TCpH pneuPP/pneu )25380(1500H PP/pneu

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- 110 -

kg/J532500PP ; 30,2140532500HpneuH /pneu MJ

kW9,2 6s60120

J21300000pneu

o5 ) Potencia térmica necessária para aquecer a campânula

FornoGLP CampânulaPneu

Campânula96,244,576,20

kW36,12PCampânula

V.II. Memorial de Cálculo do Balanço Térmico da CBT-pneu a 420oCo1 ) Dados térmicos da CBT-pneu 420oC

IX. Calor específico da borracha vulcanizada = 1500J/kg K [Cry].

X. Calor de combustão do GLP = 49,82MJ/kg [Perry&Chilton].

XI. Consumo de GLP = 3,0kg

XII. Peso do reator = PR = 240kg

XIII. Peso do pneu = PP = 40kg

XIV. Tempo reacional = 90 minutos

2o

VIII. Calor específico do aço inox 310 = 460J/kg K [Homan 1983].

) Potencia térmica do GLP

; kg/MJ82,49HGLP MJ46,149)kg0,3()kg/J49822920(H GLP

kW68,27s6090

MJ46,149GLP

3o) Potência térmica para aquecer o forno CBT a 420oC

; TCpH INOXPR/Forno )25420(460H PR/Forno

kg/J181700H PR/Forno ; MJ61,43240181700H PR/Forno

kW08,8s60*90

J43608000Forno

4o) Potência térmica para aquecer o pneu até 420oC

TCpH pneuPP/pneu ;

;

)25420(1500H PP/pneu

kg/J592500H PP/pneu MJ70,2340592500H PP/pneu

kW39,4s6090

J23700000pneu

5o) Potencia térmica necessária para aquecer a campânula

CampânulaPneuFornoGLP

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- 111 -

Campânula39,408,868,27

kW21,15Campânula

Anexo VI – Cálculo Cinético

VI.I-Cálculos Cinéticos em Condições Não Isotérmicas [Teng et al 1995] Este cálculo foi iniciado a partir equação da seguinte equação:

VVkdt

dVfinal ; sendo:

Multiplicou-se ambos os membros desta equação por dt/dT. Sendo, dt =Intervalo de tempo;

dT =Intervalo de temperatura

)T(kk

dT

dt)VV(k

dT

dVfinal (01)

A taxa de aquecimento foi mantida constante durante a reações portanto;

Q

1

dT

dt (02)

ubstituindo-se na equação (01) a relação obtida na equação (02) obtemos:S

Q

)VV(k

dTfinal (03) dV

final

kdTQ

1

)VV(

dVTV

RT

Eexp

QE

RTkexp1VV a

a

ofinal (0

2980

A equação (04) relaciona a temperatura e sua taxa de aquecimento com

2

4)

a produção de

e conseqüentem ecanismo cinético não isotérmico.

voláteis. Derivando-se pela segunda vez a equação (03), encontraremos um ponto de inflexão

ente as constantes termodinâmicas deste m

dT

dk

Q

VV

dT

dV

Q

k

dT

Vd final2

2

(05)

Igualando a equação (05) a zero temos:

0dT

dk

QdT

dV

Q

k final (06)

Para resolver a

VV

equação diferencial (06) foi necessário encontrar os valores de: dV/dT

e dk/dT. Derivando a equação da constante de velocidade (k) em relação a temperatura

temos:

RT

Eexp

T

1

R

Ek

dk a2

aO =

dT RT

Eexp

RT

Ek

dT

dk a2aO (07)

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- 112 -

O valor dV/dT foi dado pela equação (03) e foram substituídas as equações (07) e (03)

quação diferencial (06) da seguinte forma:na e

0E

expEkVV)VV(k aaOfinalfinal

RTRTQQQ 2

k

RTTQ

k2

2 Eexp

R

Ek

Q

VV

Q

VV aaOfinalfinal ;E

expkEk a

Oa

2

RTRTQ 2

kRT

Ek2a

2

Q 2a

RT

E

Q

k2

a QEk

RT

]Tln[]Qln[R

Eln)]

RT

Eexp(kln[ 2aa

O RT

E]kln[]

R

Eln[]Tln[]Qln[ a

Oa2

RT

E]

E

Rkln[]T a

a

O2 ; reta do tipo Y = b - axQln[

Sendo ]QTln[y 2 ; b = ]E

Rkln[

a

O ; a = R

E a ; x = T

1

I-Comprovação do Teorema da Conversão CinéticaVI.I

pP

Seja a reação de CBT-pneu definida pela seguinte equação estequiométrica

cC + vV

Pela lei das proporções definidas temos [Brady 1981]:

v

nn

c

nn

p

nn0vv0ccp0p (08)

o grau de extensão ou avanço da reação; n , n e n são os números de moles de P, Sendo p0 c0 v0

respectivam po t desde o início da reação.

com

molecular desse reagente ou produto. Assim a reação de CBT-pneu poderá ser expressa da

C e V presentes no início da reação; np, nc e nv são os números de moles de P, C e V

ente, após decorrido um tem

Pode-se representar o grau de extensão da reação ( ) em função da massa de cada

ponente já que: n = m/M, sendo m a massa de um reagente ou produto e M o peso

seguinte forma:

V

0VV

C

0cc

p

p0p

Mv

mm

Mc

mm

Mp

mm (09)

Ao término da reação quando todo o reagente se transforma em produto encontramos o

valor de max. Este valor e dado pela equação:

V

V

C

C

P

0Pmax Mv

m

Mc

m

Mp

m (10)

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- 113 -

A fração convertida [X] da reação de CBT-pneu relaciona-se com o grau de extensão

eação num dado instante t com o grau máximo de extensão da reaçãda r o [Levenspiel 1974].

Esta conversão é dada pela seguinte fórmula:

max

Utilizando esta relação para encontrar as conversões XX p, Xc e XV temos:

0p

p0p

0p

p

p

p0pp m

mm

m

Mp

Mp

mmX

C

0CC

C

C

C

0CCC m

mm

m

Mc

Mc

mmX

V

0VV

V

V

V

0VVV mmMv

X

II- Cálculos Cinéticos em Condições Isotérmicas

mmMvmm

VI.I

kPdt

dP (11)

Sendo;dt

dP a variação da massa de pneus em relação ao tempo e k a constante cinética da

reação.Relacionando a equação (11) em termos de conversão XV temos:

)X1(kPdt

)X1(dPV

oVo

)X1(kdt

)X1(d V )X1(kdt

dXV

VV (12)

t

0

X

V

V dtk)X

dXV

kt)X1ln( V

01(

(13)

A equação (13) relaciona em condições isotermas a conversão da reação de CBT-pneu

com o tempo. Foi verificado que: Final

V VX Substituindo a relação acima na equação (12)

ntramos a segui

V

enco nte fórmula:

FinalFinal V

V1k

V

V

dt

d

Final

Final

Final V

VVk

dt

dV

V

1)VV(k

dt

dVFinal (14)

Integrando a equação (14) encontramos:

t

0Final

dtk)V

dVV

0V(

ktV

VVln

Final

Final (15)

enco

Aplicando as constantes termodinâmicas (Ea e ko) obtidos, nas equações (13) e (15)

ntramos:

T

9082expt59,1460exp1XV (06) )

Texp(t59,1460X1ln Vp

9082

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- 114 -

)T

9082exp(t59,1460

60

V60ln

T

9082expt59,1460exp160V (07)

Anexo VII. Cromatogramas dos compostos químicos encontrados no óleo CBT-pneu

Anexo VII.I. Cromatograma geral do óleo CBT – pneu 380ºC

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- 115 -

Anexo VII.II. Cromatograma geral do óleo da CBT – pneu 420ºC

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