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RECUPERAÇÃO ESTRUTURAL – CAIXA D’ÁGUA – SERTE - 1. PREPARAÇÃO: Deverão fazer parte desta recuperação estrutural a caixa d’água elevada e a laje de concreto perimetral a ela. Deverão ser procedidos os escoramentos da estrutura, que forem julgados necessários e deverão ser procedidas as limitações das áreas de trabalho. Providenciar a colocação de uma caixa d’água sobressalente e as devidas ligações e desvios para que se possa proceder o esvaziamento da caixa existente. A caixa d’água e a laje perimetral deverão ser descascadas, retirando-se todo e qualquer revestimento existente, de modo a apresentarem “no osso”. 2. PREPARO E LIMPEZA DOS SUBSTRATOS A caixa d’água deverá ser recuperada tanto interna como externamente (incluindo teto do barrilete), e a laje perimetral, tanto pela face inferior, como pela face superior, devendo-se proceder a retirada de todo o concreto solto, mal compactado e segregado até atingir o concreto são, utilizando-se escarificação mecânica e manual, conforme o local. Todo ponto com eflorescência de resíduos de carbonatação ou corrosão deverá ser tratado ou examinado com atenção, além de outros pontos onde forem detectados lascamentos, desagregações, trincas, fissuras, estufamentos, som cavo à percussão, ou qualquer outro sinal patológico. Promover a retirada do concreto deteriorado ou contaminado em volta das barras de aço para permitir a correta limpeza das mesmas. Em razão da espessura da laje perimetral, deverá ser observada a relação custo benefício da sua recuperação, depois de realizado o procedimento acima descrito, tendo-se claro se a execução completa (concretagem total) de uma nova laje não se mostra melhor opção. Dever-se-á promover a limpeza das armaduras através de escovamento manual, lixamento elétrico ou utilização de pistola de agulha até a retirada de todo o material oxidado. Toda a carepa de laminação e produtos da corrosão deverão ser completamente removidos, de modo que o metal apresente apenas leves manchas na superfície. Após a limpeza, a área da armadura deverá estar livre de resíduos visíveis e apresentar coloração cinza claro. (Padrão SA da norma Sueca SIS 055900 de 1967). Nos casos onde a seção transversal da ferragem tenha perdido mais de 20% da área original da bitola do ferro, será adicionado o reforço por meio de barra de mesmo diâmetro, tipo e qualidade da barra corroída, com traspasse de 30 vezes o diâmetro da barra para cada lado do ponto de emenda.

Recuperação Estrutural - Procedimento

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Page 1: Recuperação Estrutural - Procedimento

RECUPERAÇÃO ESTRUTURAL – CAIXA D’ÁGUA – SERTE -

1. PREPARAÇÃO:

Deverão fazer parte desta recuperação estrutural a caixa d’água elevada e a laje de concreto perimetral a ela.Deverão ser procedidos os escoramentos da estrutura, que forem julgados necessários e deverão ser procedidas as limitações das áreas de trabalho.Providenciar a colocação de uma caixa d’água sobressalente e as devidas ligações e desvios para que se possa proceder o esvaziamento da caixa existente.A caixa d’água e a laje perimetral deverão ser descascadas, retirando-se todo e qualquer revestimento existente, de modo a apresentarem “no osso”.

2. PREPARO E LIMPEZA DOS SUBSTRATOS

A caixa d’água deverá ser recuperada tanto interna como externamente (incluindo teto do barrilete), e a laje perimetral, tanto pela face inferior, como pela face superior, devendo-se proceder a retirada de todo o concreto solto, mal compactado e segregado até atingir o concreto são, utilizando-se escarificação mecânica e manual, conforme o local.Todo ponto com eflorescência de resíduos de carbonatação ou corrosão deverá ser tratado ou examinado com atenção, além de outros pontos onde forem detectados lascamentos, desagregações, trincas, fissuras, estufamentos, som cavo à percussão, ou qualquer outro sinal patológico.Promover a retirada do concreto deteriorado ou contaminado em volta das barras de aço para permitir a correta limpeza das mesmas. Em razão da espessura da laje perimetral, deverá ser observada a relação custo benefício da sua recuperação, depois de realizado o procedimento acima descrito, tendo-se claro se a execução completa (concretagem total) de uma nova laje não se mostra melhor opção. Dever-se-á promover a limpeza das armaduras através de escovamento manual, lixamento elétrico ou utilização de pistola de agulha até a retirada de todo o material oxidado. Toda a carepa de laminação e produtos da corrosão deverão ser completamente removidos, de modo que o metal apresente apenas leves manchas na superfície. Após a limpeza, a área da armadura deverá estar livre de resíduos visíveis e apresentar coloração cinza claro. (Padrão SA da norma Sueca SIS 055900 de 1967).Nos casos onde a seção transversal da ferragem tenha perdido mais de 20% da área original da bitola do ferro, será adicionado o reforço por meio de barra de mesmo diâmetro, tipo e qualidade da barra corroída, com traspasse de 30 vezes o diâmetro da barra para cada lado do ponto de emenda. Deve se utilizar o produto SIKADUR 31, para promover a fixação da nova barra ao concreto são, após a realização dos furos onde as novas barras serão abrigadas. Observar que a furação de um dos lados deverá ser mais profunda que a oposta, para permitir a manobra de colocação da nova ferragem.Em seguida, aplicar PRIMER monocomponente, com alto teor de zinco para proteção catódica galvânica localizada das barras de aço, contra a corrosão eletroquímica (NITOPRIMER ZN).

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3. REPAROS SUPERFICIAIS LOCALIZADOS (e < = 40 mm)

Será aplicada ponte de aderência constituída por pasta de cimento aditivada com adesivo polimérico de base acrílica (NITOBOND AR ou NITOBOND EP).Em seguida será aplicada argamassa a base de cimento e polímero, pré-dosada e bi-componente, isenta de retração, atingindo elevada resistência inicial e final com excelente aderência, resistência à flexão e baixíssimos níveis de permeabilidade, garantindo a durabilidade do material (RENDEROC S2).

4. REPAROS PROFUNDOS (e > 40 mm)

Montagem e posicionamento das armaduras de reforço.Execução de formas estanques e rígidas com cachimbo e funil alimentador, se necessário. As formas serão fixadas com buchas e parafusos ao substrato.Reconcretagem com microconcreto fluido de alto desempenho. O material é uma combinação de cimento PORTLAND, agregados devidamente graduados e aditivos especiais que controlam a fluidez e a expansão no estado fresco, minimizando a demanda de água, garantindo sua excelente qualidade (RENDEROC RG).Baseado na vistoria realizada, os reparos com profundidade maior que 40 mm deverão ser raros ou inexistentes, assim os materiais destinados a esses reparos, somente deverão ser adquiridos durante o andamento da recuperação estrutural.

5. TERCEIRA FASE – IMPERMEABILIZAÇÃO

A caixa d’água e a laje perimetral, após a conclusão dos serviços de recuperação estrutural, devem ser objetos de impermeabilização.

5.1 CAIXA D’ÁGUA:

Haja vista que o reservatório foi recuperado estruturalmente, suas faces internas devem se encontrar “no osso”.Regularizar locais com afundamentos ou irregularidades nas paredes internas da caixa com argamassa de cimento e areia, arredondando os cantos horizontais e verticais e dando os caimentos necessários;Proceder as devidas providências de preparo em tubulações emergentes ou de saída da caixas d’água;Eliminar tubulações já não mais usadas e providenciar o tamponamento das passagens com flange cego ou com reparo em concreto armado.Executar a impermeabilização das paredes, fundo e teto da caixa elevada com produto “NÃO TÓXICO”, próprio para reservatórios de água potável estruturado com tela de poliéster;As superfícies devem estar molhadas.Aplicar nas paredes e fundo do reservatório, com trincha, duas demãos de uma mistura com DENVERLIT (impermeabilizante rígido, à base de cimentos especiais e aditivos minerais), ÁGUA E DENVERFIX (emulsão adesiva não reemulsionável em água), na proporção 25:8:2. A face inferior da laje superior do reservatório (teto do reservatório) deve também fazer parte da impermeabilização e deve receber duas demãos cruzadas da mistura acima.Deverá ser aguardada a secagem entre demãos. (3h)Aplicar na seqüência, uma demão de DENVER LP54 (resina termoplástica superflexível, com certificado de atoxidade), aguardando sua secagem.

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A segunda demão de DENVER LP 54 deve ser aplicada incorporando-se uma tela de poliéster, com malha de 1 mm X 1 mm, aguardando-se sua secagem.Aplica-se então a terceira e a quarta demãos do LP54.As demãos do LP54 devem ser também aplicadas em sentidos cruzados.Deve-se aguardar o período de 5 (cinco) dias para que se realize o teste de estanqueidade, enchendo-se o reservatório e observando-o por 72h, eventuais falhas na impermeabilização. Deverá ser apresentado o CERTIFICADO DE ATOXIDADE DO MATERIAL empregado na impermeabilização do reservatório. Apresentar certificado de garantia de, no mínimo, 5 anos dos serviços executados;Apresentar A.R.T. execução da impermeabilização.

DETALHE GENÉRICO DA IMPERMEABILIZAÇÃO DO RESERVATÓRIO

5.2 LAJE PERIMETRAL AO RESERVATÓRIO:

A laje perimetral ao reservatório deverá ser impermeabilizada com manta asfáltica com acabamento aluminizado na face exposta, aderida ao substrato.Como a laje recebeu serviços de recuperação estrutural, deve encontrar-se “no osso” para o início da impermeabilização.Deverá ser executada a regularização da face superior da laje perimetral e de seus topos, com argamassa de cimento e areia, no traço 1:3, com caimento direcionado para o bordo livre da laje.Deverá ser executado o arredondamento dos cantos vivos e arestas, junto à caixa d’água. Após dever-se-á aplicar a imprimação da laje (PRIMER PARA MANTA ASFÁLTICA), aderindo-se sobre ela a manta asfáltica com acabamento aluminizado, com 3 mm de espessura, com uso de maçarico.As bobinas de manta devem ser desenroladas e enroladas, antes da aplicação e ainda procedido seu alinhamento.

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Todas as emendas da manta alumínio deverão ser pintadas com tinta aluminizada refletiva, composta por resina de petróleo e pasta de alumínio.A manta deverá ser encaixada em 3 cm, no mínimo, no revestimento externo da caixa d’água, após à virada de 20 cm de altura (rodapé), e na outra extremidade (bordo livre) a manta deverá ser arrematada na face de topo da laje.

6. QUARTA FASE – ACABAMENTOS E RECOMENDAÇÕES GERAIS

Recomendamos que em todo o reservatório seja executada pintura externa, após a conclusão dos serviços de recuperação estrutural e impermeabilização.Deve ser procedido o preparo das superfícies, com eliminação de trincas e fissuras de revestimento para posterior aplicação da pinturaSugerimos a aplicação de selador acrílico, sobre o qual deve ser aplicado acabamento texturado acrílico pigmentado.Nas partes internas do barrilete, recomendamos a aplicação do mesmo selador acrílico, e sobre ele pintura com tinta 100% acrílica, em duas demãos no mínimo.Sugerimos ainda a retirada e eliminação do quadro de comando elétrico, existente dentro do barrilete.A obra deve ser entregue limpa.

7. LISTAGEM DE PRODUTOS:

PRODUTO FABRICANTESIKADUR 31 SIKA IMPERMEABILIZANTESNITOPRIMER ZN FOSROC IMPERMEABILIZANTESRENDEROC S2 FOSROC IMPERMEABILIZANTESNITOBOND AR FOSROC IMPERMEABILIZANTESNITOBOND EP FOSROC IMPERMEABILIZANTESRENDEROC RG FOSROC IMPERMEABILIZANTESDENVERLIT DENVER IMPERMEABILIZANTESDENVERFIX DENVER IMPERMEABILIZANTESDENVER LP 54 DENVER IMPERMEABILIZANTESMANTA COM ACAB DE ALUMÍNIO 3 mm VÁRIOS FABRICANTESSELADOR ACRÍLICO VÁRIOS FABRICANTESTINTA 100% ACRÍLICA VÁRIOS FABRICANTESREVESTIMENTO TEXTURADO VÁRIOS FABRICANTESPRIMER PARA MANTA ASFÁLTICA VÁRIOS FABRICANTES

MARCO ANTONIO TEIXEIRA LOMBAENGº CIVIL CREA/RJ 52768-D