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RECUPERAÇÃO ESTRUTURAL DE LAJE EM CONCRETO ARMADO Alan Flávio Damasceno Gomes 1 Eduardo Souza do Nascimento 2 Elisandro Pinheiro Duque 3 Emerson Morais Paixão 4 Juliane Ribeiro Oliveira 5 Resumo: Este trabalho tem por finalidade apresentar as técnicas de recuperação de laje em concreto armado, bem como, as definições e as sequências de execuções com o menor custo possível e garantia da segurança. O sonho de todo o cidadão é ter sua casa própria, independente da forma em que ela conquiste patologias este sonho, seja por finanças próprias, herança, ou financiamento bancário, porém por questões financeiras ou falta de conhecimento da construção civil, muitas pessoas acabam tendo algumas complicações de seus sonhos no futuro, como infiltrações e fissuras em paredes ou lajes denominadas como patologias. Hoje, o aparecimento de principalmente em estruturas de laje em concreto é um desafio que se divide em duas etapas sendo a primeira de identificar antecipadamente as possíveis falhas e corrigir durante o serviço e a segunda de recuperação das patologias com o menor custo possível e garantia da segurança. Palavras-chave: Recuperação, Técnicas, Definições e Segurança Abstract: The dream of every citizen is to have his or her own home, regardless of the way in which they achieve this dream, be it for their own finances, inheritance, or bank financing, but for financial reasons or lack of knowledge of construction, many people end up having some complications of their dreams in the future, such as infiltrations and cracks in walls or slabs called pathologies. 1 Pós Graduando do curso de Auditoria e perícia na Civil, Universidade , Faserra – AM email: [email protected] 2 Pós Graduando do curso de Auditoria e perícia na Civil, Universidade , Faserra – AM email: [email protected] 3 Pós Graduando do curso de Auditoria e perícia na Civil, Universidade , Faserra – AM email: [email protected] 4 Pós Graduando do curso de Auditoria e perícia na Civil, Universidade , Faserra – AM email: [email protected] 5 Pós Graduando do curso de Auditoria e perícia na Civil, Universidade , Faserra – AM email: [email protected]

RECUPERAÇÃO ESTRUTURAL DE LAJE EM CONCRETO ARMADO

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Page 1: RECUPERAÇÃO ESTRUTURAL DE LAJE EM CONCRETO ARMADO

RECUPERAÇÃO ESTRUTURAL DE LAJE EM CONCRETO ARMADO

Alan Flávio Damasceno Gomes1

Eduardo Souza do Nascimento2

Elisandro Pinheiro Duque3

Emerson Morais Paixão4

Juliane Ribeiro Oliveira5

Resumo: Este trabalho tem por finalidade apresentar as técnicas de recuperação de

laje em concreto armado, bem como, as definições e as sequências de execuções com o

menor custo possível e garantia da segurança.

O sonho de todo o cidadão é ter sua casa própria, independente da forma em que

ela conquiste patologias este sonho, seja por finanças próprias, herança, ou financiamento

bancário, porém por questões financeiras ou falta de conhecimento da construção civil,

muitas pessoas acabam tendo algumas complicações de seus sonhos no futuro, como

infiltrações e fissuras em paredes ou lajes denominadas como patologias.

Hoje, o aparecimento de principalmente em estruturas de laje em concreto é um

desafio que se divide em duas etapas sendo a primeira de identificar antecipadamente as

possíveis falhas e corrigir durante o serviço e a segunda de recuperação das patologias

com o menor custo possível e garantia da segurança.

Palavras-chave: Recuperação, Técnicas, Definições e Segurança

Abstract: The dream of every citizen is to have his or her own home, regardless of

the way in which they achieve this dream, be it for their own finances, inheritance, or bank

financing, but for financial reasons or lack of knowledge of construction, many people end

up having some complications of their dreams in the future, such as infiltrations and cracks

in walls or slabs called pathologies.

1 Pós Graduando do curso de Auditoria e perícia na Civil, Universidade , Faserra – AM email:

[email protected] 2 Pós Graduando do curso de Auditoria e perícia na Civil, Universidade , Faserra – AM email:

[email protected]

3 Pós Graduando do curso de Auditoria e perícia na Civil, Universidade , Faserra – AM email:

[email protected]

4 Pós Graduando do curso de Auditoria e perícia na Civil, Universidade , Faserra – AM email:

[email protected]

5 Pós Graduando do curso de Auditoria e perícia na Civil, Universidade , Faserra – AM email:

[email protected]

Page 2: RECUPERAÇÃO ESTRUTURAL DE LAJE EM CONCRETO ARMADO

Today, the appearance of pathologies mainly in concrete slab structures is a

challenge that is divided into two stages, the first being to identify in advance the possible

flaws and correct them during the service, and the second to recover the pathologies with

the lowest possible cost and guarantee safety.

The purpose of this work is to present the techniques for the recovery of reinforced

concrete slabs, as well as the definitions and sequences of executions with the lowest

possible cost and guarantee of safety.

Translated with www.DeepL.com/Translator (free version)

Keywords: Recovery, Techniques, Definitions and Security.

1

Page 3: RECUPERAÇÃO ESTRUTURAL DE LAJE EM CONCRETO ARMADO

AGRADECIMENTOS

A Deus por ter nos dado saúde e forças para superar as dificuldades pessoais,

profissionais, financeiras e de saúde, principalmente neste período de pandemia do COVID-19.

A esta instituição, seu corpo docente, direção e administração que oportunizaram a janela

que nos vislumbramos um horizonte superior, enviada pela acendrada confiança no mérito e

ética aqui presente.

Aos nossos pais, pelo amor, incentivo e apoio incondicional.

Ao nosso orientador Robson Edgard Faria, pelo suporte no pouco tempo que lhe coube,

pelas suas correções, orientações e incentivos.

Ao Diretor Mequias Fonseca Lima, pelo esforço em desenvolver as atividades de pós

graduação na instituição e manter as atividades mesmo nos períodos de quarentena causada

pelo COVID19.

E a todos que direta e indiretamente fizeram parte de nossa formação, o nosso muito

obrigado.

Page 4: RECUPERAÇÃO ESTRUTURAL DE LAJE EM CONCRETO ARMADO

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Cobrimento da armadura fora dos parâmetros ......... Erro! Indicador não definido.

Figura 2 – Patologia “corrosão da armadura” ........................... Erro! Indicador não definido.

Figura 3- Mapeamento das patologias de armadura exposta na laje ......... Erro! Indicador não

definido.

Figura 4 – Identificação das patologias em lajes de concretos .. Erro! Indicador não definido.

Figura 5 - Limpeza de concreto da armadura exposta .............................................................. 19

Figura 6 - Espaçamento entre a armadura e o concreto ............. Erro! Indicador não definido.

Figura 7 - Aplicação de produto inibidor de corrosão ............... Erro! Indicador não definido.

Figura 8 - Limpeza do concreto na área da patologia................ Erro! Indicador não definido.

Figura 9 - Umidificação da área a ser recuperada ..................... Erro! Indicador não definido.

Figura 10 - Aplicação da argamassa ......................................................................................... 20

Figura 11 - Realização do adensamento .................................... Erro! Indicador não definido.

Figura 12 - Acabamento com a desempenadeira.............................................................

Erro! Indicador não definido.

Page 5: RECUPERAÇÃO ESTRUTURAL DE LAJE EM CONCRETO ARMADO

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas.

cm Centímetros (unidade de medida de comprimento).

COVID-19: Corona Vírus Disease (Doença do Coronavírus), 19 se refere ao ano do

surgimento do primeiro caso, em 2019 em Wuhan na China.

Kg Quilo grama (unidade de medida de massa).

mm Milímetros (unidade de medida de comprimento).

m² Unidade padrão de área corresponte a um quadrado de 1m de lado.

m Metro (unidade de medida de comprimento).

NBR Norma Brasileira.

Page 6: RECUPERAÇÃO ESTRUTURAL DE LAJE EM CONCRETO ARMADO

SUMÁRIO

Introdução ................................................................................................................................... 7

1 Desenvolvimento .............................................................................................................. 11

2.1 MÉTODOLOGIA PARA IDENTIFICAR E CORRIGIR CORROSÕES NA

ARMADURA ...................................................................................................................... 16

2.1.1 DENTIFICAÇÃO DAS PATOLOGIAS NA LAJE ....................................... 16

2.1.2 REMOÇÃO DO CONCRETO DO LOCAL AFETADO .............................. 17

2.1.3 ESPAÇAMENTO ENTRE A ARMADURA E A LAJE ................................ 18

2.1.4 APLICAÇÃO DE PROTEÇÃO NA ARMADURA ...................................... 19

2.1.5 LIMPEZA DO CONCRETO ........................................................................... 19

2.1.6 UMiDIFICAÇÃO DA ÁREA A SER TRATADA .......................................... 20

2.1.7 APLICAÇÃO DO TRATAMENTO COM ARGAMASSA .......................... 20

2.1.8 AREALIZAÇÃO DO ADENSAMENTO ....................................................... 21

2.1.9 ACABAMENTO ............................................................................................... 22

2.1.10 RESULTADOS .................................................................................................. 23

Conclusão ................................................................................................................................. 24

REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 25

Glossário ................................................................................................................................... 26

Page 7: RECUPERAÇÃO ESTRUTURAL DE LAJE EM CONCRETO ARMADO

INTRODUÇÃO

APRESENTAÇÃO

Conforme a sociedade vai evoluindo no mundo globalizado onde os costumes do capitalismo

preza pelo conforto e bem-estar das pessoas, a moradia se contextualiza nesses padrões soci-

ais de consumismo, onde as residências evoluem saindo das estruturas de madeira e constru-

ções horizontais para estruturas de concreto armado, tijolos, rebocos e acabamentos. Desde tempos imemoráveis, o concreto tem sido utilizado como elemento de

construção: uma substância simples composta de água, areia, brita e cimento que se

tornou o bloco construtor da civilização, um material amplamente utilizado na

construção civil. Com o advento do mundo moderno, o desenvolvimento deste

material vem permitindo novos avanços na área, com edificações cada vez mais

arrojadas e duráveis. (SOARES, VASCONCELOS E NASCIMENTO, 2015, p. 179)

Já dentro desse time line da construção evolutiva, a indústria da construção civil utiliza a me-

todologia da construção vertical, construindo mais m² para cima e menos m² para os lados,

como são os casos dos duplex, triplex, condomínios residências/ industriais de 4 ou mais an-

dares. Os apartamentos duplex associavam-se à ideia de morar moderno, com as

possibilidades de viver em espaços funcionais e racionais. O primeiro exemplar que

se utilizou da tipologia dos apartamentos duplex foi o conjunto Narkomfin, realizado

em 1928 pelo Comitê de Construções Estatais na região central de Moscou. Projetado

pelo arquiteto Moisei Guinzburg. (COSTA, 2017 p.3)

Com o crescimento desses novos padrões de construção vertical, houve uma grande procura

pela sociedade em geral para evoluir suas construções, porém grande parte desta sociedade opta

por realizar construções de forma rápida e barata, isso implica em utilização de mão de obra

não qualificada que executam as obras sem seguir os parâmetros estabelecidos por normas para

uma construção segura, causando patologias que podem comprometer a estética ou o uso da

laje.

A corrosão de armadura da laje é uma patologia que pode gerar grandes riscos, pois a

finalidade de uma laje é sustentar o peso de determinado material colocado sobre sua superfície,

além do próprio peso.

Lajes são estruturas que realizam a interface entre pavimentos de uma edificação,

podendo dar suporte a contra pisos ou funcionar como teto. Geralmente, apoiam-se

Page 8: RECUPERAÇÃO ESTRUTURAL DE LAJE EM CONCRETO ARMADO

em vigas, que por sua vez, apoiam-se em pilares e realizam a distribuição adequada

da carga da edificação.

Sua concepção estrutural é de uma placa em que duas dimensões (comprimento e

largura) são muito superiores à terceira, que é a espessura, com cargas transversais a

ela e submetida à flexão. (PEREIRA, 2019)

SITUAÇÃO PROBLEMA

As armaduras inseridas nas estruturas de concreto estão inicialmente protegidas pelo

cobrimento regulamentado em projeto, que forma uma barreira física aos fatores externos. A

perda desta proteção pode desencadear e acelerar um processo corrosivo. A corrosão ocorre

quando o concreto é permeável o suficiente para permitir que íons penetrem até a armadura

(estes íons, juntamente com água e oxigênio, dão início ao processo de corrosão).

Já por corrosão, problema aplicado às armaduras em estudo, pode-se definir como

sendo um processo resultante da interação de um material com o meio ambiente,

acarretando reações de natureza química ou eletroquímica, associadas ou não a ações

físicas ou mecânicas, levando a destruição do material em questão. Nas armaduras em

concreto, este problema se manifesta em manchas superficiais, fissuras, destacamento

do cobrimento de concreto da ferragem e perda de massa das armaduras, resultando

em redução na secção de seus componentes. (SOARES, VASCONCELOS E

NASCIMENTO, 2015, p. 181)

Os metais possuem uma proteção (passivação) feita por uma fina camada protetora na superfí-

cie do mesmo devido a presença da base Ca(OH)2 – de pH = 13. Se o pH da camada passiva-

dora cair para abaixo de 11, há formação de compostos ferrosos expansivos, resultando em

um aumento no volume do aço original, o que causa fissuração e lascamento no concreto, de-

sencadeando o problema. A passivação da estrutura deve estar garantida pela vida útil do con-

creto. O cobrimento de cada estrutura deve ser pensado, buscando atingir esta lei, e sempre

levando em consideração o ambiente e as condições de exposição às quais o concreto armado

está submetido. Desde a década de 1980, a comunidade técnica internacional vem estudando o

problema da corrosão no concreto armado, procurando melhores especificações para

projeto e técnicas de reparo. O problema, no entanto, encontra-se na conscientização.

Por ser um problema que geralmente demora a se tornar visível (10 a 15anos), há uma

dificuldade por parte dos profissionais de engenharia e arquitetura, em adotarem

Page 9: RECUPERAÇÃO ESTRUTURAL DE LAJE EM CONCRETO ARMADO

medidas que possam reduzir a ocorrência do problema. (SOARES, VASCONCELOS

E NASCIMENTO, 2015, p. 182)

A corrosão de metais causa grandes prejuízos em estruturas, tanto do ponto de vista social

quanto econômico. Além dos custos diretos, existem os indiretos que são mais complexos de

avaliar e não constam nas estatísticas, sendo na maioria das vezes impossíveis de serem conta-

bilizados com precisão, e em alguns casos irressarcíveis. Em 2004, somente a Alemanha gas-

tou aproximadamente 90 bilhões de euros com manutenção e reparo de estruturas de concreto

armado. Além disso, a parcela dos gastos realizados com reparos e manutenção frente ao total

gasto pela indústria da construção civil é, em muitos países, superior a 15%, podendo chegar a

superar o montante gasto com construções novas, como é o caso da Itália, onde a parcela dos

gastos com manutenção e reparo chega a 57% (VEDA & TAKEWAKA, 2007).

Soluções simples poderiam diminuir a frequência, como o aumento da resistência do con-

creto, redução da relação água/cimento, projeto de rufos, pingadeiras e detalhes que impeçam

a infiltração de água, aumento da espessura de cobrimento (e devida fiscalização em obra para

garantir correta execução), e impermeabilização de superfícies com contato direto com o meio

ambiente.

OBJETIVO

Com base nas informações descritas anteriormente referentes a patologia da laje com perda da

proteção pode desencadear e acelerar um processo corrosivo que causa grandes prejuízos de

estrutura.

Este trabalho concerne à proposição dos seguintes métodos de recuperação de lajes seguindo

etapas:

Etapa 1 – identificação das patologias na laje;

Etapa 2 – remoção do concreto do local afetado;

Etapa 3 – espaçamento entre a armadura e a laje;

Etapa 4 – aplicação de proteção na armadura;

Etapa 5 – limpeza do concreto;

Etapa 6 – umidificação da área a ser tratada;

Page 10: RECUPERAÇÃO ESTRUTURAL DE LAJE EM CONCRETO ARMADO

Etapa 7 – aplicação do tratamento com argamassa;

Etapa 8 – a realização do adensamento;

Etapa 9 – acabamento .

Utiliza-se um método de revestimento que acaba impedindo o contato do oxigênio do ar com

o ferro por muitos anos, aplicando-se uma tinta protetora, como o zarcão (Pb3O4) ou outras

tintas mais eficientes à base de polímeros. Pode-se, também, revestir de estanho, como é o

caso da folha de Flandres usada em enlatados. Ela pode ser recoberta por uma camada extra

de polímeros na parte interna, pois o ácido cítrico presente nos alimentos guardados pode rea-

gir com o estanho e com o ferro, contaminando a comida.

Outra técnica bastante aplicada é a galvanoplastia, também conhecida como “metais de sacri-

fício”, onde se utiliza um metal para ser oxidado no lugar do ferro. Nele, aplica-se um revesti-

mento metálico, colocando-o como cátodo (pólo negativo) em um circuito de eletrólise. Esse

metal perde elétrons para o ferro, mantendo-o protegido.

O método mais utilizado é um bom cobrimento das armaduras, com um concreto de alta com-

pacidade, sem “ninhos”, com teor de argamassa adequado e homogêneo, garante, por imper-

meabilidade, a proteção do aço ao ataque de agentes agressivos externos. Esses agentes po-

dem estar contidos na atmosfera, em águas residuais, águas do mar, águas industriais, dejetos

orgânicos etc. Não deve, tampouco, conter agentes ou elementos agressivos internos, eventu-

almente utilizados no seu preparo por absoluto desconhecimento dos responsáveis, sob pena

de perder, ou nem mesmo alcançar, essa capacidade física de proteção contra a ação do meio

ambiente (E-CIVIL, 2015)

Page 11: RECUPERAÇÃO ESTRUTURAL DE LAJE EM CONCRETO ARMADO

11

1 Desenvolvimento

1.1LAJES

Para falarmos da recuperação de laje, primeiramente precisamos saber qual a sua definição e

os tipos. São estruturas que realizam a interface entre pavimentos de uma edificação, podendo

dar suporte a contrapisos ou funcionar como teto. Geralmente, apoiam-se em vigas, que por

sua vez, apoiam-se em pilares e realizam a distribuição adequada da carga da edificação.

Sua concepção estrutural é de uma placa em que duas dimensões (comprimento e largura) são

muito superiores à terceira, que é a espessura, com cargas transversais a ela e submetida à fle-

xão.

Os critérios de projeto são a resistência à ruptura e a espessura em si. Lajes mais esbeltas po-

dem ser seguras à ruptura, mas causam insegurança ao usuário por conta de flechas muito

grandes ou vibrações excessivas.

Quando não são apoiadas sobre vigas, mas apenas sobre pilares, ainda deve-se contar com o

efeito de puncionamento. Para isso, dimensiona-se e constrói-se capitéis na interface pi-

lar/laje.

1.1.1 TIPOS DE LAJE

Os principais tipos de lajes utilizados são a laje maciça, laje cogumelo, laje nervurada, laje

treliçada e laje alveolar.

1.1.2LAJE MACIÇA

O estudo de caso foi executado em uma laje maciça.

As lajes maciças compostas por pelas de concreto armado ou protendido. Elas foram durante

muitas décadas o sistema estrutural mais utilizado nas construções em concreto armado. Po-

rém, esse tipo de laje não possui uma grande capacidade de suportar cargas devido a relação

rigidez/peso, ou seja, ela não possui uma alta rigidez e o seu peso é elevado.

Page 12: RECUPERAÇÃO ESTRUTURAL DE LAJE EM CONCRETO ARMADO

12

Como a sua capacidade portante (capacidade de suportar cargas) é baixa os vãos em que se

utiliza esse tipo de laje são pequenos, geralmente, entre 3 e 6 metros, podendo chegar até 8

metros.

Figura 2 – Laje maciça

Page 13: RECUPERAÇÃO ESTRUTURAL DE LAJE EM CONCRETO ARMADO

13

Figura 3 – formas para estrutura de laje maciça

O sistema é feito no canteiro de obras com a montagem de estruturas de madeira que dão

apoio a laje, entre os espaços são distribuídos vergalhões de metal, para aumentar a resistên-

cia, e em seguida a estrutura é preenchida com concreto, após a secagem do concreto as estru-

turas de madeira são removidas.

A vantagem desse tipo de estrutura é que após a secagem a laje se torna uma peça única de

concreto e se contrai uniformemente, logo, é menos suscetível a trincas e fissuras. Mas, como

utiliza uma grande quantidade de concreto acaba tendo um custo elevado quando comparado a

outros tipos.

As condições financeiras da população de classe média baixa e a falta de conhecimento téc-

nico do concreto armado contribuem para a realização de construção de lajes com materiais

inadequados e mão-de-obra não qualificada, que constroem as lajes sem especificações técni-

cas, aparecendo no futuro as patologias, essas patologias aparecem após messes ou até anos

depois da construção da laje, obrigando o dono da edificação a recorrer para a recuperação da

laje.

Para construção de lajes de estrutura maciça há uma série de parâmetros normativos que ga-

rante a qualidade e segurança da construção, a não observância desses parâmetros tais como a

questão do cobrimento da armadura, podem gerar patologias de corrosão da armadura.

Page 14: RECUPERAÇÃO ESTRUTURAL DE LAJE EM CONCRETO ARMADO

14

Para a tecnologia do concreto armado em lajes o cobrimento é fundamental para proteger as

armaduras da laje contra a oxidação, conforme Botelho & Marchetti (2002), as armaduras de-

vem possuir um revestimento de 0,5 cm em lajes no interior de edifícios e de 1,5 cm em lajes

ao ar livre.

O aço é um material facilmente oxidável e atacável na atmosfera comum e por meio

agressivo. O Concreto é mais inerte a esses ataques. É de boa norma não se expor o

aço ao tempo. A solução é dotar o aço de um recobrimento (cobertura). (BOTELHO

& MARCHETTI, 2002, p. 130)

Quando não há esse espaçamento no cobrimento da armadura, ela fica exposta ao tempo so-

frendo oxidações, que diminuem a resistência estrutural, podendo causar patologias ainda pio-

res ou o colapso da estrutura.

A corrosão das armaduras além de ser um fenômeno que apresenta um maior índice

de ocorrência nas estruturas de concreto, tal tipo de degradação pode reduzir

significativamente a vida útil das mesmas (HELENE, 1993; MEHTA, 1994;

ANDRADE, 1997).

A oxidação de armadura é um problema muito comum nas edificações com estrutura de con-

creto armado e um dos principais tipos de corrosão é a oxidação de armadura que acontece em

estruturas de aço para concreto armado. De maneira geral, pode ser definida como uma intera-

ção destrutiva entre o ambiente e um material. Este fenômeno pode acontecer por reação ele-

troquímica ou química.

Este tipo de corrosão acontece bem lentamente. Quando exposta a umidade, gases nocivos ou

demais intempéries, a armadura de aço oxida. Por isso, realizar o tratamento adequado para

esta patologia é fundamental para aumentar a vida útil do edifício.

Se a estrutura da edificação é feita de concreto armado, a oxidação da armadura pode ocorrer

de maneira superficial ou em pontos de corrosão – mais profundos e pontuais. O processo de

degradação da estrutura de uma laje pode gerar muitos prejuízos financeiros.

É importante enfatizar que a oxidação de armaduras só acontece quando as condições de

proteção oferecidas pela estrutura de concreto armado são insuficientes.

Figura 1 – Cobrimento da armadura fora dos parâmetros

próprio autor

Page 15: RECUPERAÇÃO ESTRUTURAL DE LAJE EM CONCRETO ARMADO

15

Figura 2 – Patologia “corrosão da armadura”

Próprio autor

Esse tipo de avaliação é realizado pelo engenheiro civil ou pelo perito em auditoria de cons-

trução civil que realiza o mapeamento e o zoneamento dos locais a serem corrigidos, em se-

guida o tratamento deve ser realizado de forma intermitente, para não comprometer a estru-

tura da laje vindo a colapsar.

Corrosão de armadura em laje

Idade do elemento estrutural na vistoria: 30 anos Período da vistoria: Maio de 2020 Na fi-

guras aparecem as armaduras de lajes maciças em processo de corrosão por umidade de con-

densação e também pela falta de espaçadores.

Características: A corrosão da armadura de uma laje normalmente ocorre pela omissão de

espaçadores. A corrosão ocorre também em lajes de porão onde existe bastante umidade de

condensação, bem como em lajes superiores de banheiros (edifícios de múltiplos pavimentos),

pois o cloro da água favorece a corrosão. A corrosão da armadura pode ocorrer quando em

contato com o gesso que se aplica como revestimento inferior da laje. Nas lajes superiores de

edifícios de múltiplos pavimentos podem existir forros de gesso, assim, devem-se fazer aber-

turas para observar se a armadura esta sofrendo corrosão por umidade de condensação.

Importância: A corrosão é lenta e progressiva. A falha ocorre por perda de aderência, porém

antes que se produza, pode aparecer deformações na laje. Nas corrosões generalizadas por es-

foliação, a armadura se desprende ao desconectar-se do concreto.

Causas mais provável:

Armadura baixa por omissão de espaçadores;

Umidade de condensação elevada;

Concreto de baixa alcalinidade;

Concreto muito poroso e pouco compacto;

Má execução.

Possíveis soluções de reparo:

Eliminar a umidade de condensação;

Eliminar a corrosão, aplicar uma pintura passiva e revestir com argamassa predosifi-

cada;

Page 16: RECUPERAÇÃO ESTRUTURAL DE LAJE EM CONCRETO ARMADO

16

Repor a seção da armadura que há desaparecido;

Em casos de início de corrosão sem comprometimento do concreto e das barras de

aço, recuperar o componente estrutural mantendo as dimensões originais através de:

argamassa polimérica, argamassa epóxi, argamassa poliéster, eventualmente aplicar

argamassa em todas as superfícies para aumentar o cobrimento e proteger o compo-

nente estrutural (atingindo a espessura mínima de cobrimento especificada na NBR

6118 (ABNT [9]);

Em casos avançados de corrosão, reforçar o componente estrutural aumentando as di-

mensões originais através de reforço em: vigas, pilares e lajes; Aplicar revestimento

de proteção;

Eventualmente, demolir ou reconstruir.

Dependendo da complexidade da corrosão e do desgaste da estrutura de concreto, é preciso

realizar uma intervenção maior – como a troca da armadura já instalada. Investindo na Recu-

peração Estrutural de Concreto a durabilidade da edificação aumenta e as condições de uso se

restabelecem.

Figura 3- Mapeamento das patologias de armadura exposta na laje

Próprio autor

2.1 METODOLOGIA PARA IDENTIFICAR E CORRIGIR CORROSÕES NA

ARMADURA

2.1.2 IDENTIFICAÇÃO DAS PATOLOGIAS NA LAJE

Para fazer uma recuperação estrutural, inicie pela avaliação das possíveis causas, como fissu-

ras e trincas, corrosões de armadura, manchas na superfície e falhas de concretagem. As fissu-

ras são muito comuns e bem superficiais! Elas atingem na maioria das vezes apenas o acaba-

mento (tinta, massa corrida, gesso, pastilhas, azulejos, pisos, etc.). É bem fina e alongada não

possuindo nenhum tipo de gravidade. Porém, é necessário e importante, o acompanhamento

Page 17: RECUPERAÇÃO ESTRUTURAL DE LAJE EM CONCRETO ARMADO

17

da mesma, observando se há alguma alteração nessas características, sendo que a fissura é o

primeiro estágio de uma rachadura. As trincas se diferenciam das fissuras, por serem mais

abertas (variando de 1 a 3 mm), profundas e acentuadas. A identificação a olho nu já é mais

fácil de uma certa distância por ser maior que a fissura, o que traz consigo uma maior preocu-

pação, podendo contribuir com a ruptura dos elementos (pilares, vigas e lajes) e afetar conse-

quentemente toda a estrutura da edificação.

As rachaduras são o estágio final, onde a ruptura dos elementos é iminente. Possui abertura

acima de 3 mm e sua identificação é clara e de longe, por ser bem mais aberta, profunda e

acentuada que os casos anteriores, sendo possível a passagem de corrente de ar, água ou luz

através dessa patologia. Em alguns casos, é possível também até a passagem do próprio dedo.

Requer cuidado imediato por estar à beira da ruína!

Microfissuras (aberturas inferiores a 0,05 mm), fissuras (aberturas inferiores a 0,5 mm) e trin-

cas (aberturas de até 1 mm) são as ocorrências mais comuns. Elas surgem quando as deforma-

ções do material superam as tensões que ele é capaz de suportar.

O aparecimento dessas complicações superficiais também está ligado às infiltrações, ataques

químicos (quando o ambiente está contaminado por sulfato, por exemplo), dilatações e retra-

ções térmicas. Em casos mais críticos, as aberturas permitem a passagem de substâncias

agressivas que corroem as armaduras de aço e podem evoluir para rachaduras ou fendas peri-

gosas.

Figura 4 – Identificação das patologias em lajes de concretos

Fonte: quartzolit.weber

2.1.3 REMOÇÃO DO CONCRETO DO LOCAL AFETADO

A análise da trinca ou fissura também é importante, pois interfere na escolha do material a ser

utilizado, no seu preenchimento ou adaptação. Trincas ou fissuras ativas (que se movimen-

tam) ou passivas (que não se movimentam), na presença ou não de umidade, são critérios de-

terminantes para essa escolha. Lembrando que essa análise e reparo precisam ser feitos por

um profissional especializado.

Page 18: RECUPERAÇÃO ESTRUTURAL DE LAJE EM CONCRETO ARMADO

18

Após o diagnóstico, escolha a argamassa que melhor atenda às necessidades da obra. Limpe a

área criando uma superfície aderente. Com um martelo, apicoe e elimine todas as áreas deteri-

oradas ou não aderidas, formando arestas retas.

Nessa etapa, é fundamental tomar cuidado para não atingir a armadura.

Figura 5 - Limpeza de concreto da armadura exposta

Fonte: quartzolit.weber

2.1.4 ESPAÇAMENTO ENTRE A ARMADURA E A LAJE

Retire o concreto em volta das armaduras corroídas, deixando, no mínimo, 2 cm livres em seu

contorno. Em seguida, delimite a região que precisa ser recuperada, fazendo um corte com a

serra elétrica de, no mínimo, 5 mm de profundidade. O objetivo aqui é formar arestas retas na

seção a ser reparada. Se a armadura estiver muito deteriorada e com perdas, troque-a.

Se houver comprometimento do aço das armaduras deve-se remover profundamente

o concreto danificado por meio de um martelo demolidor (massa entre 6 a 10 kg) indo

além das armaduras em profundidade, pelo menos 2 cm ou o diâmetro da barra

(HELENE e PEREIRA, 2003).

Page 19: RECUPERAÇÃO ESTRUTURAL DE LAJE EM CONCRETO ARMADO

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Figura 6 - Limpeza de concreto da armadura exposta

Fonte: quartzolit.weber

2.1.5 APLICAÇÃO DE PROTEÇÃO NA ARMADURA

Se a armadura estiver com uma agressão apenas superficial, limpe a ferrugem com uma es-

cova de aço. Aplique sobre toda a armadura, com pincel, uma camada de um produto inibidor

de corrosão ou resina epoxídica rica em zinco. Evite manchar o concreto durante esse pro-

cesso e deixe o produto secar por, no mínimo, 1 hora.

Figura 6 - Limpeza de concreto da armadura exposta

Fonte: quartzolit.weber

2.1.6 LIMPEZA DO CONCRETO

A superfície deve estar resistente, rugosa, limpa e isenta de partículas soltas, pintura ou óleos

que impeçam a aderência do produto.

Após essa remoção, a superfície será limpa por: jatos de areia, ar comprimido e água,

sucessivamente (SILVA, 2006).

Figura 7 - Limpeza do concreto na área da patologia

Fonte: quartzolit.weber

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2.1.7 UMIDIFICAÇÃO DA ÁREA A SER TRATADA

Molhe a área a ser recuperada. Isso deve ser feito instantes antes da aplicação da argamassa de

reparo que melhor atender às necessidades da obra. Um projeto com altas taxas de armadura,

estruturas complexas e locais de difícil acesso pode precisar de um concreto autoadensável

com mais fluidez ou groute, enquanto reparos localizados se beneficiam mais com uma arga-

massa moldável ou tixotrópica, por exemplo. Dê preferência a argamassas industriais e res-

peite a dosagem recomendada pelo fabricante.

Para obter a melhor qualidade final de recuperação da estrutura deve-se

adotar a melhor técnica de acordo com o tipo de patologia e com o trabalho

bem aprimorado que será executado (HELENE e PEREIRA, 2003).

Figura 8 - Umidificação da área a ser recuperada

Fonte: quartzolit.weber

2.1.8 APLICAÇÃO DO TRATAMENTO COM ARGAMASSA

Aplique o reparo estrutural e, depois, molde com colher ou mesmo com as próprias mãos pro-

tegidas com luvas.

Um elemento de concreto armado como sendo aquele cujo desempenho estrutural de-

penda da solidariedade da armadura com o concreto e não existam forças de tração

aplicadas previamente no aço antes da existência desta aderência. A NBR 6118 (AS-

SOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2014, p. 3)

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Figura 9 - Aplicação da argamassa

Fonte: quartzolit.weber

2.1.9 AREALIZAÇÃO DO ADENSAMENTO

O adensamento de concreto consiste na movimentação do material em questão, tendo a finali-

dade de diminuir o número de vazios, bolhas de ar e excesso de água do interior da massa, de

tal forma que se obtenha um concreto denso e compacto.

O processo deve ser feito durante e imediatamente após o lançamento do concreto. Essa com-

pactação pode ser feita por meio de processos manuais ou mecânicos.

O correto adensamento do concreto evita que a mistura fique porosa e desuniforme, influenci-

ando, justamente e diretamente, na durabilidade e resistência.

Na recuperação da laje optou pelo processo manuais de adensamento.

Esse tipo de processo pode ser feito com peças de madeira ou barras de aço que atuam como

soquete e empurram o concreto para baixo, expulsando o ar incorporado e eliminando os va-

zios. A camada de concreto deve ser submetida a choques repetidos, sendo mais importante o

número de golpes do que a energia de cada um desses golpes.

O adensamento manual do concreto é feito por camadas do material, com espessura máxima

de 15 a 20 cm para concreto sem slump. Já para um concreto mais trabalhável, de 5a 12 cm. O

processo de adensamento deve cessar assim que aparecer na superfície do concreto uma ca-

mada lisa de cimento e elementos finos.

Os especialistas advertem para um cuidado especial no enchimento de peças de grande altura,

como pilares. Nesses casos, deve-se acompanhar o enchimento com batidas de martelo na fô-

rma de modo a escutar onde possam ter ficado espaços vazios.

Trata-se de um processo que exige experiência e tem baixa eficiência, e que só deve ser usado

em casos de emergência ou em locais de pouca importância devido à dificuldade de um cor-

reto acabamento.

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O adensamento e a regularização são feitos com régua de madeira ou alumínio.

Figura 10 - Realização do adensamento

Fonte: quartzolit.weber

2.1.10 ACABAMENTO

Aplique em camadas de 0,5 a 5 cm, no máximo. Para espessuras maiores que 5 cm, fazer em

duas camadas, com espaço de tempo entre as camadas de, aproximadamente, 6 hora. Respeite

o tempo de vida útil (tempo em aberto) e de “puxamento” de 1 a 3 horas (para que a massa

endureça naturalmente) e execute o acabamento com a desempenadeira.

Por fim, inicie a cura úmida da região recuperada por um período de, no mínimo, sete dias

para impedir o surgimento de fissuras de retração.

Figura 11 - Acabamento com a desempenadeira

Fonte: quartzolit.weber

Existem diversas outras técnicas de reforço e recuperação estrutural envolvendo a colocação

de mantas de fibra de carbono, resinas sintéticas de alto desempenho ou graute epóxi, cada

uma adequada a uma determinada situação. Porém todas devem seguir a principal norma refe-

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rente ao concreto armado que é a NBR 6118/2003 – Projeto de estruturas de concreto – Proce-

dimento. Entretanto, várias outras normas são utilizadas no momento da concepção do pro-

jeto, importante observar qual atende as peculiaridades de cada obra.

2.1.11 RESULTADOS

O resultado obtido nesse trabalho diz respeito a aplicação de técnicas de recuperação de laje

em concreto armado, apresentado em tópicos diferentes de execução onde cada etapa obteve

resultado específico, e ao final de todos passos realizados a junção dos resultados foi a restau-

ração civil de uma laje em concreto armado.

O resultado do trabalho de forma geral dependeu da perfeita execução técnica das ações defi-

nidas após estudos e pesquisas em artigos, sites e literaturas, que se iniciou com a identifica-

ção das patologias, momento esse, fundamental para que as tomadas de ações fossem eficazes

de modo que eliminasse futuros surgimentos dos mesmos problemas.

O segundo passo após a identificação das patologias se deu com a remoção do concreto no lo-

cal afetado, apresentando a limpeza ideal para a aplicação da argamassa.

Para que a aplicação de proteção na armadura fosse eficaz o passo anterior teve que ter o es-

paçamento de no mínimo 2cm livres em seu contorno, formando arestas retas na sessão que

foi separada.

Após a umidificação da área, a aplicação do tratamento com a argamassa, com utilização de

colher, seguiu-se com a realização do adensamento utilizando régua de alumínio que garantiu

o perfeito acabamento, sendo umedecido a região por um período de sete dias impedindo as-

sim o surgimento de fissuras de retração.

Mesmo tendo outras técnicas de reforço e recuperação estrutural, a aplicação das etapas apre-

sentadas nesse trabalho garantiu o resultado de uma laje esteticamente admirável e com a se-

gurança solida de um serviço de qualidade.

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CONCLUSÃO

A preocupação em ter uma obra ou serviço estrutural finalizado dentro do tempo programado

e com a qualidade esperada é um dos primeiros pontos a se pensar quando se tem um projeto

em construção civil, a fim de se evitar transtornos e muitos mais gastos com o surgimento de

patologias causadas por diversos motivos.

Para o sucesso de toda estrutura é necessário ter em mãos um bom projeto estrutural para ga-

rantia da segurança e economia da obra.

Outro ponto fundamental para uma estrutura de concreto armado é a utilização de materiais de

construção de qualidade.

A qualidade do material dependerá muito da sua origem e da maneira como foi armazenado

na obra. Materiais de ótima qualidade podem perder suas boas características se armazenados

de maneira inadequada.

Após o surgimento de patologias em lajes o que resta a fazer é a recuperação estrutural em

concreto armado, onde apresentamos nesse trabalho desde as identifiçoes das patologias e

suas possíveis causas, as análises realizadas e as etapas de execução para recuperação estrutu-

ral de laje no concreto armado, mostrando de forma simples e exequível a solução para corre-

ção dos problemas.

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REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT 6118 Projeto de

estruturas de concreto - Procedimento: Detalhamento de lajes, Rio de Janeiro, 2002.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT 14724 Informação e

documentação: Trabalhos acadêmicos: apresentação, Rio de Janeiro, 2011.

BOTELHO, M. H. C. & MARCHETTI O. Concreto armado eu te amo: Cobertura da

armadura. Rio de Janeiro, 2002.

QUARTZOLIT. Como recuperar e reforçar estruturas de concreto, 2020, disponível em:

<https://www.quartzolit.weber/solucoes-tecnicas-quartzolit-para-reparos-protecao-e-

reforco/como-recuperar-e-reforcar-estruturas-de-concreto#>

Page 26: RECUPERAÇÃO ESTRUTURAL DE LAJE EM CONCRETO ARMADO

GLOSSÁRIO

Concreto armado: Concreto armado é uma estrutura que utiliza armações feitas de barras de

aço em conjunto com o concreto. As ferragens têm como objetivo resistir

aos esforços de tração e tornar a edificação mais resistente.

Time line: Timeline, ou Linha do Tempo em português, é basicamente a forma gráfica

e linear de representar uma sequência de eventos em ordem cronológica.

Duplex: Duplex ou apartamento duplex refere-se a um apartamento repartido por

dois andares e conectados por uma escada ou ligação interior.

Triplex: Refere-se a um apartamento, distribuídos por três andares de um edifício.

Patologias: O termo ‘patologia’, é da palavra derivada da língua grega e pode ser

traduzida como o estudo (lógos) das doenças (páthos). As

CHAMADAS PATOLOGIAS NA CONSTRUÇÃO CIVIL: tratam-se

de problemas que ocorrem na estrutura das edificações.

Armadura: Segundo definição proposta por FUSCO (1975), “é o componente

estrutural de uma estrutura de concreto armado, formado pela associação

de diversas peças de aço”

Cobrimento: Espessura de concreto entre a face interna da forma e a armadura.

Infiltração: É a ação de algum fluido que permeia pelos espaços vazios de algum

corpo sólido.

Dilatação térmica: É o processo na qual os materiais se expandem quando aquecidos.

Retração térmica: É o processo de redução de volume que ocorre na massa de concreto,

ocasionada principalmente pela saída de água por exsudação

(retração plástica e por secagem ou hidráulica).