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Ela meu treino de futebolEla meu domingo de sol
Ela meu esquema
Ela meu concerto de rock'rollNao, minha torcida gritando gol
Minha Ipanema
Ela meu curso de anatomiaEla meu retiro espiritual
Ela minha histria
Ela meu desfile internacionalEla meu bloco de carnaval
Minha evoluo...
GalegaTento descrever o que estar
com voc
PrincesaTodos vo saber que eu estou
muito bem com voc
Ela minha ilha da FantasiaA mais avanada das terapias
Meu Playcenter
Ela minha pista alucinadaA mais concorrida das baladas
Meu inferninho
Ela meu esporte radicalPoderosa, viciante, mas no faz mal
Meu docinho
Ela o que meu mdico receitouRivaldo Maravilha mandando um gol
Minha chapao...
GalegaNem d pra dizer o que estar com voc
PrincesaTodo mundo v que eu sou mais...
Meu EsquemaMundo Livre S.A.
UFSCAR 2008
Texto 01
Lili remodelou os olhos. Shuang tem uma testa nova. Qian estreitou o nariz. Na China, as cirurgias plsticas viraram uma
febre entre mulheres que buscam melhores empregos e maridos ricos. Agora, elas at comemoram suas novas
aparncias no primeiro concurso de Miss Cirurgia Plstica do pas. Marie Claire foi ver a coroao de perto. Wang Yuan, 18 anos, sorri radiante no palco. Sua me est na platia e no disfara o orgulho que sente pela filha. No para menos. A me de Yuan cirurgi plstica e, 11 meses atrs, usou seu
bisturi para refazer o rosto da filha.
Foram quatro operaes para remodelar os olhos, o nariz, as mas do rosto e o queixo. Implorei minha me para fazer isso em mim. No entendia por que eu
tinha de ser uma mulher comum, se podia ser linda, diz Yuan. Entrei no concurso para provar que a cirurgia no
modifica quem voc , s corrige as imperfeies, afirma. As imperfeies incluem as feies clssicas
chinesas, como nariz pequeno, rosto largo e olhos estreitos. Como a maioria das jovens, Yuan admira a
aparncia das mulheres do Ocidente.
(Marie Claire, nov. 2005.)
Texto 02
A onda atingiu a televiso japonesa, onde h dois anos o programa Beauty Colosseum sucesso de audincia. Num
cenrio kitsch, com cores gritantes e colunas gregas de papelo, mulheres desesperadas contam suas histrias ao casal de apresentadores. So chamados um estilista, um
cabeleireiro, uma maquiadora e um cirurgio plstico. Um ms depois, elas voltam ao programa para mostrar como uma boa
cirurgia esttica torna qualquer um feliz. O cirurgio que participa do programa se tornou uma estrela e dirige uma rede
de 14 clnicas.
Antigamente, intervenes estticas eram o tipo de coisa que s artistas ou prostitutas de luxo faziam. Hoje, a plstica
mais popular e menos dramtica, diz. Na China, para crescer at 10 centmetros, a populao se submete a uma cirurgia
dolorosa e arriscada. A perna quebrada em vrias partes e estendida com o auxlio de pinos no processo de calcificao.
Popular tambm a cirurgia na lngua, que facilita a pronncia do ingls.
(poca, 21.05.2007.)
Texto 03
Branquear-se a obsesso de milhes de africanas que, diariamente, untam a pele com produtos abrasivos para tornar-se um pouco menos negras, para ascender na
hierarquia social e alcanar seu objetivo final: tornar-se mais desejveis, agradar mais e aumentar sua prpria auto-estima.
Nessa corrida em direo ao triunfo social, elas perdem melanina e contraem doenas de pele que vo desde
queimaduras, estrias e acne at alergias e mesmo cncer de pele.
um fenmeno presente em parte da frica, sendo descrito por alguns estudiosos como o trauma ps-colonial. A prtica
no nova comeou no final dos anos 60 , mas os nmeros no param de crescer, e, nos ltimos anos,
alcanaram nveis preocupantes, segundo a Associao Internacional de Informao sobre a Despigmentao Artificial (Aiida), presente no Senegal, na Frana e em Mali. Hoje, diz a entidade, 67% das mulheres senegalesas despigmentam sua
pele. Em Togo, 58% o fazem, e, em Mali, 25%.
(Folha de S.Paulo, 03.04.2004.)
Texto 04
O socilogo Shinji Kamikawa, 48, crtico de TV no Japo, diz que o oriente parece perdido em muitos aspectos. A
influncia no s de quem vai ao exterior e volta, mas est em todos os lugares, principalmente na televiso. Parece que
estamos desenvolvendo um complexo de inferioridade, de que aquilo que falado em ingls melhor, os costumes
estrangeiros so melhores. Ele reclama do fato de os desenhos animados japoneses no apresentarem personagens
com olhos puxados. S pode prejudicar o processo de identificao de nossas crianas, que comeam a invejar os
traos ocidentais.
(Folha de S.Paulo, 26.05.2002.)
Escreva um texto dissertativo sobre o tema:
GLOBALIZAO: A INFLUNCIA DO OCIDENTE NO PADRO DE BELEZA MUNDIAL CAUSAS E CONSEQNCIAS.
Unifesp 2003
INSTRUO: Sua redao dever ser realizada, tendo-se como textos de apoio fragmentos do artigo Polticas do Corpo, do escritor e frade dominicano Frei Betto (Carlos Alberto Libnio
Christo, 1944-), e um trecho da reportagem Corpos Venda, assinada por Anna Paula Buchalla e Karina Pastore.
Polticas do Corpo
(...) Uma pessoa o seu corpo.Vive ao nutri-lo e faz dele expresso do amor, gerando novos corpos. Morto o corpo,
desaparece a pessoa. Contudo chegamos ao sculo 21 e ao terceiro milnio num mundo dominado pela cultura necrfila
da glamourizao de corpos aquinhoados pela fama e riqueza e pela excluso de corpos condenados pela pobreza ou marcados por caractersticas que no coincidem com os
modelos do poder. (...) Os premiados pela loteria biolgica, nascidos em famlias que podem se dar ao luxo de comer
menos para no engordar, so indiferentes aos famintos ou dedicam-se a iniciativas caridosas, com a devida cautela de
no questionar as causas da pobreza.
Clonam-se corpos, mas no a justia. (...) Aougues virtuais, as bancas de revistas exaltam a exuberncia ertica de corpos, sem que haja igual espao para idias, valores,
subjetividades, espiritualidades e utopias. Menos livrarias, mais academias de ginstica. Morreremos todos esbeltos e saudveis; o cadver, impvido colosso, sem uma celulite. (...) Na prtica de Jesus, a justia encontra sua expresso
mais bela na sade dos corpos e na comensalidade, que faz da mesa comunho entre pessoas. A ponto de Cristo tornar
a partilha do po e do vinho, da bebida e da comida, sacramento de sua presena entre ns e em ns.
E nos ensinar a orao Pai nosso/ po nosso. Se o po s meu, como o Pai pode ser nosso? A poltica das naes pode ser justamente avaliada pela maneira como a economia lida com a concretude dos corpos, sem exceo. Um pas, como o Brasil, que segrega corpos, condenando-os ao desemprego
e misria, em nome da estabilidade da moeda e das imposies do FMI, ainda est longe do portal da civilizao.
(...)
(Frei Betto. Folha de S. Paulo. Tendncias/Debates, 13.02.2000)
Corpos venda
Movidos pelo desejo legtimo de ter uma aparncia melhor, milhares de brasileiros recorrem cirurgia plstica como quem
vai s compras. Para tudo, no entanto, h limite. Formas perfeitas ao alcance de todos. Tenha um corpo irresistvel. Beleza, harmonia, sensibilidade... Conceitos ligados arte, manejados por quem entende do que faz. As frases entre
aspas que voc acabou de ler parecem tiradas de propagandas de academia de ginstica, de comida light ou at de loja de decorao. So, na verdade, anncios de clnicas de cirurgia plstica, veiculados em revistas especializadas no
ramo, como Plstica & Beleza e Corpo & Plstica.
Essa uma das faces da popularizao das operaes estticas no pas. Para se ter uma idia, s no ano passado
350 000 brasileiros caram na faca para ficar mais bonitos. Ou seja, em cada grupo de 100 000 habitantes, 207 foram
operados. Os Estados Unidos, tradicionais lderes do ranking em nmeros absolutos, registraram no mesmo perodo 185 operados por 100 000. Isso significa que o Brasil se tornou campeo mundial da categoria. Desde 1994, quando entrou em cena o Plano Real, que estabilizou a economia e ampliou o poder de consumo, fazer plstica integra o rol de aspiraes
possveis da classe mdia. (...)
(Veja. So Paulo, 06.03.2002)
Com base nos textos apresentados, e procurando revelar seu ponto de vista sobre o assunto, realize uma redao, em
forma dissertativa, sobre o tema:
A REALIDADE DO SER E DO PARECER, NO BRASIL.
ITA 2007
INSTRUES PARA REDAO
Considere o trabalho de Barbara Kruger, reproduzido abaixo. Identifique seu tema e, sobre ele, redija uma dissertao em
prosa, na folha a ela destinada, argumentando em favor de um ponto de vista sobre o tema. A redao deve ser feita com
caneta azul ou preta.
(In: Mais! Folha de S. Paulo, 02/11/2003.)
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