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Rede de Capacitação para Implementação dos Planos Diretores Participativos Ministério das Cidades Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional Avaliação do Plano Diretor do Município Itaboraí Pesquisadores: Cristina Nacif, Doutora em Geografia (UFRJ), Professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFF Leonardo Name, Doutor em Geografia (UFRJ), Professor do Departamento de Geografia da PUC-Rio Julho de 2009

REDE DE AVALIAÇÃO E CAPACITAÇÃO PARA A IMPLEMENTAÇÃO … · 2010-03-15 · REDE DE AVALIAÇÃO E CAPACITAÇÃO PARA A IMPLEMENTAÇÃO DOS ... setoriais, tornadoo de difícil

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Rede de Capacitação para Implementação dos 

Planos Diretores Participativos 

Ministério das Cidades

Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional 

Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional

Avaliação do Plano Diretor do Município Itaboraí

Pesquisadores:

Cristina Nacif, Doutora em Geografia (UFRJ), Professora da Faculdade de 

Arquitetura e Urbanismo da UFF

Leonardo Name, Doutor em Geografia (UFRJ), Professor do Departamento de 

Geografia da PUC­Rio

Julho de 2009

REDE DE AVALIAÇÃO E CAPACITAÇÃO PARA A IMPLEMENTAÇÃO DOS PLANOS DIRETORES PARTICIPATIVOS

Roteiro para Avaliação dos Planos Diretores

Nome do pesquisador: Cristina NacifE­mail e telefone de contato: [email protected] (21­ 2537­3665)

Município: Itaboraí ­ RJ

Número da lei: LEI COMPLEMENTAR Nº 5/06

Data da aprovação do Plano Diretor: 27 DE SETEMBRO DE 2006Estado: Rio de Janeiro

A. Informações gerais do município.

1. Caracterização socio­demográfica e econômica do município. 

Itaboraí pertence à Região Metropolitana, que também abrange os municípios 

de Rio de Janeiro, Belford Roxo, Duque de Caxias, Guapimirim, Japeri, Magé, 

Mesquita, Nilópolis, Niterói, Nova Iguaçu, Paracambi, Queimados, São Gonçalo, São 

João de Meriti, Seropédica e Tanguá.

O   município   tem   uma   área   total   de   429,3   quilômetros   quadrados, 

correspondentes a 9,2% da área da Região Metropolitana. Os limites municipais são: 

Guapimirim,   Cachoeiras   de   Macacu,   Tanguá,   Maricá,   São   Gonçalo   e   Baía   de 

Guanabara.

O município é cortado pelo leito da Estrada de Ferro da Leopoldina, fator que 

condicionou sua ocupação. O principal acesso à cidade é realizado através da BR­

101,  que vem de São Gonçalo  e segue para Tanguá,  a  oeste.  A RJ­104 é  outra 

importante via  de acesso para São Gonçalo e Niterói.  A  BR­493 vem de Magé  e 

Guapimirim, a leste. Essas três rodovias se encontram no importante entroncamento 

de Manilha.  A RJ­116 segue  rumo norte para Cachoeiras  de Macacu e a RJ­114 

alcança a fronteira de Maricá, na localidade de Pacheco.

Fonte: DER­RJ (2006)

De acordo com o Censo, em 2000, Itaboraí tinha uma população de 187.479 

habitantes,   correspondentes  a  1,8% do contingente  da  Região  Metropolitana,  com 

uma proporção de 97,8 homens para cada 100 mulheres. A densidade demográfica 

era de 463 habitantes por  km²,  contra 2.380 habitantes por km²  de sua região.  A 

população estimada de Itaboraí em 2007 é de 215.792 pessoas. O município tem um 

contingente de 134.745 eleitores, correspondentes a 62% do total da população.

Segundo   o   levantamento   do   IBGE   em   2000,   o   município   possuía   65.609 

domicílios, dos quais 24,2% tinham acesso à rede geral de abastecimento de água, 

28,2% estavam ligados à rede geral de esgoto sanitário, e 60,1% tinham coleta regular 

de   lixo,  segundo  a  do Caderno  Itadados,  organizado  pela  Secretaria  Municipal  de 

Planejamento e Coordenação de Itaboraí.

Segundo   informações   integrantes   do   Perfil   do   Município   elaborado   pelo 

Tribunal  de Contas do Estado do Rio de Janeiro em 2008,   Itaboraí,  com base no 

levantamento   de   1994,   tinha   sua   área   distribuída   da   seguinte   maneira:   14%   de 

vegetação secundária, 18% de área urbana, outros 18% de área agrícola e 39% de 

pastagens. Já em 2001, ocorreu redução de formações pioneiras de 6% para 4% do 

território   municipal,   como   também   de   vegetação   secundária   para   7%.   Em 

contrapartida,   houve   crescimento   da   área   com   ocupação   urbana   para   23%   do 

território, de área agrícola para 21% e de campo/pastagem para 44%. 

Itaboraí teve um total de 51.860 matrículas no ensino regular em 2007, o que 

significa uma variação de 1,8% em relação às 50.955 ocorridas em 2006.

O primeiro  nível  de  atendimento  escolar  é   a   creche,  que   teve  234  alunos 

matriculados em 2007, sendo 33% na rede municipal. Em seguida, a pré­escola teve 

3.821 matrículas em 72 escolas. Para este nível de ensino, a Prefeitura atende 42% 

dos alunos em 39% dos estabelecimentos.

O Ensino Fundamental teve 40.169 estudantes inscritos em 2007. A Prefeitura 

ofereceu  66% das  vagas  em  62  estabelecimentos.  A   rede  estadual  ainda  atende 

outros 19% dos alunos em 21 unidades próprias.

O Ensino Médio foi oferecido em 26 estabelecimentos para 7.636 alunos. O

Governo Estadual foi responsável por 88% das matrículas.

Na área da saúde, segundo informações do DATASUS, Itaboraí contava, em 

2007, com 39 Centros de Saúde, cinco Postos de Saúde, dois Prontos de Socorro 

Especializados,   13   Clínicas   especializadas/ambulatórios,   além   de   consultórios 

isolados.  

A frágil dinâmica econômica do Município de Itaboraí  pode ser verificada na 

tabela  a  seguir.  As  informações estão organizadas  segundo a produção por  setor 

econômico no ano 2006 e sua posição no conjunto dos 92 municípios do Estado do 

Rio nos últimos seis anos.

Setor Econômico Ranking no ano Valor PIB 2006

R$ mil2001  2002 2003 2004 2005 2006

Agropecuária 73  69 64 67 67 66 2.845

Extração de outros minerais  25 24 22   29 18 19 1.642

Indústria de transformação  25 23 25 24 23 27 40.791

Comércio atacadista  20 21 17 15 15 15 33.126

Comércio varejista  20 22 21 21 16 16 50.118

Construção civil 25 25 24 23 21 20 126.745

Serviços industriais de utilidade pública 

23 23 21 19 19 17 76.367

Transportes 18 23 22 25 24 24 37.239

Comunicações 19 19 20 19 20 19 39.783

Instituições financeiras 23 26 21 25 24 23 14.277

Administração pública 21 20 12 12 12 12 279.780

Aluguéis 12  12 12 12 12 12 306.906

Outros serviços 25 25 28 28 29 29 87.629

Total 1.070.639

Fonte:. Tribunal de contas do Estado do Rio de Janeiro, 2008

No entanto, o COMPERJ – Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro – será 

construído   numa   área   igual   a   45   milhões   de   metros   quadrados,   localizada   no 

município  de  Itaboraí,   com  investimentos  previstos  em  torno  de US$ 8,38 bilhões 

deverá  alterar  a  dinâmica  econômica  atual.  Com  início  de  operação  previsto  para 

2012,   tem   como   principais   objetivos:   aumentar   a   produção   nacional   de   produtos 

petroquímicos e gerar cerca de 200 mil empregos diretos, indiretos e efeito renda, em 

âmbito nacional. 

Por sua dimensão, o COMPERJ deverá impactar não só Itaboraí, mas a região 

de influência direta do empreendimento – Cachoeira de Macacu, Guapimirim, Magé, 

Rio Bonito, São Gonçalo e Tanguá.  Estudo da FIRJAN estima que 46% das novas 

indústrias do setor deverão se  instalar  nos sete municípios que  foram demarcados 

pelo  estudo  como   região  de   influência  direta  do  Complexo.  No  entanto,   impactos 

sociais   negativos   provavelmente   farão   parte   da   região   caso   não   sejam   tomadas 

medidas de antecipação dos mesmos.

2. Localização do município em tipologia a ser utilizada na metodologia de avaliação.

Segundo a tipologia produzida pelo Observatório sobre o grau de integração 

dos municípios às metrópoles Itaboraí conta com  ALTA INTEGRAÇÃO  e grau  MÉDIO 

quando considerado na perspectiva de condição social.

4. Verificar se o município já possuía Plano Diretor antes da elaboração deste.

Segundo informações de técnicos da Prefeitura o município contava com um 

PD de 1979, elaborado pela FUNDREM, provavelmente não aprovado e uma Lei de 

1984, referente ao parcelamento do solo (LEI N. º 769 DE 10 DE JULHO DE 1998).

5. Ao final da leitura do Plano Diretor, com foco nos aspectos elencados nesse roteiro, solicita­se uma avaliação sintética, buscando refletir sobre o sentido geral do Plano, procurando responder às seguintes questões: (O item está apresentado a seguir)

(i)  Conteúdo:  O Plano  apresenta  uma estratégia  econômica/sócio­territorial  para  o desenvolvimento  do município? Quais  são os elementos centrais  desta estratégia? Caso não apresente uma estratégia de desenvolvimento econômico/sócio/territorial, qual é o sentido do plano?

O PD de Itaboraí é bastante genérico, define princípios para diversas políticas 

setoriais, tornado­o de difícil implementação.

  No   que   diz   respeito   aos   aspectos   físicos­territoriais,   apesar   de   definir   um 

Macrozoneamento  e  Zoneamento  o  PD não  aprofundou  os  possíveis   impactos  do 

Comperj   –   Complexo   Petroquímico   do   Rio   de   Janeiro na   medida   em   que   sua 

aprovação,   para   atender   as   determinações   de   prazos   do   Ministério   das   Cidades, 

deixou para os Planos Regionais tal tarefa. No entanto, o PD observou o traçado do 

Arco Rodoviário1, uma das principais obras inclusas no Programa de Aceleração do 

1  Com 29,6 quilômetros de extensão, as obras de duplicação e ampliação da capacidade da rodovia abrangem o trecho que vai  de Santa Cruz ao acesso a Mangaratiba/Itacuruçá  e acesso ao Porto de Itaguaí (BR­493).

Crescimento   –   PAC,   intervenção   que   deverá   alterar   a   estrutura   dos   municípios 

diretamente beneficiados conforme podemos visualizar no esquema gráfico abaixo.

No nosso entendimento o PD não enfatizou no texto legal a inserção regional 

de   Itaboraí.   Assim,   definiu   de   forma   genérica   no   Art.   14:”é   objetivo   do 

desenvolvimento   econômico   e   social   sintonizar   o   desenvolvimento   econômico   da  

Cidade e a sua polaridade como centro  industrial,  comercial  e  de serviços com o 

desenvolvimento social e cultural, a proteção ao meio ambiente, a configuração do  

espaço   urbano   pautado   pelo   interesse   público   e   a   busca   da   redução   das  

desigualdades sociais e regionais presentes no Município”.

Da mesma forma são genéricas as diretrizes do desenvolvimento econômico e 

social,  expressas no Art.  15.  São elas:  organização das atividades econômicas no 

Município; orientação das ações econômicas municipais a partir de uma articulação 

metropolitana   para   a   mediação   e   resolução   dos   problemas   de   natureza   supra 

municipal; desenvolvimento de relações nacionais e internacionais com associações e 

instituições   multilaterais,   bem   como,   com   organismos   governamentais   de   âmbito 

federal, estadual e municipal, no intuito de ampliar parcerias e convênios de interesse 

da Cidade e viabilizar financiamentos e programas de assistência técnica nacional e 

internacional,   fomento   a   iniciativas   que   visem   a   atrair   investimentos,   públicos   ou 

privados,   nacionais   e   estrangeiros;   estímulo   e   o   apoio   ao   acesso   e   ao 

desenvolvimento do conhecimento científico e tecnológico, pelos micros e pequenos 

empreendimentos   e   cooperativas;   articulação   das   diversas   políticas   sociais   e 

ambientais   com   a   política   econômica,   potencializando   as   ações   públicas   e 

compatibilizando crescimento econômico com justiça social;  desenvolvimento social, 

cultural e equilíbrio ambiental e atração de investimentos produtivos nos setores de 

alto  valor  agregado,  gerando condições  para  a  criação  de um parque   tecnológico 

avançado.

E, as ações estratégicas no campo do desenvolvimento econômico e social 

previstas,   no   Art.   16,   seguem   o   mesmo   grau   de   generalidade:   criar   sistemas 

integrados  de  administração  orçamentária  e   financeira,  vinculando  planejamento  e 

gestão; modernizar a administração tributária, gerar mecanismos setoriais de controle 

e racionalizar a fiscalização; manter centralizados os sistemas gerais e descentralizar 

os sistemas operacionais e gerenciais regionais para as Subprefeituras;  investir em 

infra­estrutura   urbana   de   forma   a   minimizar   e   corrigir   as   deseconomias   de 

aglomeração   presentes   no   Município;   implementar   operações   e   projetos   urbanos, 

acoplados à política fiscal e de investimentos públicos, com o objetivo de induzir uma 

distribuição mais eqüitativa das empresas no  território urbano,  bem como alcançar 

uma   configuração   do   espaço   mais   equilibrada;   investir   em   infra­estrutura, 

principalmente nos setores de transporte coletivo e acessibilidade de cargas; estimular 

a descentralização e articular as atividades de desenvolvimento e difusão científica e 

tecnológica por meio de incubadoras de micros e pequenas empresas e cooperativas; 

propor e apoiar todas as iniciativas que contribuam para a eliminação da guerra fiscal; 

incrementar   o   comércio   e   as   exportações   em   âmbito   municipal   e   metropolitano; 

incentivar o turismo rural, cultural e de negócios em âmbito municipal e metropolitano; 

desenvolver programas de trabalho, por meio de ações coordenadas entre o Poder 

Público e a iniciativa privada e promover a articulação entre as políticas econômica, 

ambiental,  urbana  e  social,   tanto  no planejamento  municipal  e   regional  quanto  na 

execução das ações.

 (ii) Linguagem: Verificar se o plano traz um glossário ou um documento explicativo.Verificar se a linguagem predominante no plano é excessivamente técnica, dificultando sua compreensão pela população, ou se procura uma linguagem mais acessível.

No corpo do PD encontramos uma Seção (Art. 145) dedicada às definições e 

um glossário um glossário bastante modesto.

Quanto à linguagem, não se poderia considerá­lo de excessivamente técnico 

nem   de   possuir   linguagem   extremamente   rebuscada.   Adota   linguagem   similar   a 

maioria dos planos estudados.

(iii) Relação do Plano Diretor com o Orçamento Municipal. Verificar se o plano define prioridades  de  investimentos,   relacionando­as  ao ciclo  de elaboração  orçamentária subseqüente.

No § 1º do Art. 1º é definido que: Plano Diretor é parte integrante do processo 

de planejamento municipal, devendo o Plano Plurianual, as Diretrizes Orçamentárias e 

o Orçamento Anual incorporar as diretrizes e as prioridades nele contidas. Mas, as 

prioridades não aparecem de forma clara, apenas como princípio como, por exemplo, 

prioridade ao transporte coletivo público; implantar o programa de ruas de lazer, com 

prioridade para a periferia, entre outros aspectos.

Se considerarmos as ações estratégicas definidas  setorialmente no Título   II 

referente às Políticas Públicas, então podemos dizer que o PD define prioridades. A 

título exemplar transcrevemos o item referente à habitação:

Segundo o Art. 81 são ações estratégicas da Política Habitacional:I ­ realizar o diagnóstico das condições de moradia no Município identificando seus  diferentes  aspectos,  de   forma a  quantificar  e  qualificar  no  mínimo os problemas relativos às moradias em situação de risco, loteamentos irregulares, favelas,   sem­teto,   cortiços,   cohabitações   e   casas   de   cômodos,   áreas   que apresentam ocorrências de epidemias,  áreas com alto  índice de homicídios, áreas com solo contaminado, áreas de interesse para preservação ambiental ocupadas por moradia em bairros com carência de infra­estrutura, serviços e equipamentos;II ­ atuar em conjunto com o Estado, a União e a Caixa Econômica Federal para a criação de um banco de dados de uso compartilhado com informações sobre a demanda e oferta de moradias, programas de financiamento, custos de produção e projetos;III ­ elaborar o Plano Municipal de Habitação, com participação social e que considere:a) o diagnóstico das condições de moradia no Município;b) a articulação com os planos e programas da região metropolitana;c) a definição de metas de atendimento da demanda até 2008 e 2012;d)   a   definição   de   diretrizes   e   a   identificação   de   demandas   por   região, subsidiando a formulação dos planos regionais;IV ­ elaborar e tornar público o Plano Municipal de Habitação até 30 de abril de2008;

V ­ buscar a integração dos três níveis de governo para a formulação de um plano de ação conjunta para a promoção de Habitação de Interesse Social no Município;VI   ­   reservar   parcela   das   unidades   habitacionais   para   o   atendimento   aos idosos, aos portadores de necessidades especiais e à população em situação de rua;VII ­ aplicar nas Zonas Especiais de Interesse Social – ZEIS, os instrumentos relativos  à   regularização   fundiária  e,  quando  couber,  a  concessão  especial para fim de moradia, previstos na Lei Federal nº 10.257, de 10 de julho de 2001 – Estatuto da Cidade;VIII ­ divulgar, de forma acessível, a legislação pertinente a empreendimentos e projetos habitacionais;IX   ­   agilizar   a   aprovação   dos   empreendimentos   de   interesse   social estabelecendo acordos de cooperação técnica entre os órgãos envolvidos;X ­ investir no sistema de fiscalização integrado nas áreas de preservação e proteção ambiental constantes deste plano, de forma a impedir o surgimento de ocupações irregulares;XI ­ reformar imóveis da Prefeitura destinados a programas de locação social;XII ­ nas Operações Urbanas priorizar o atendimento habitacional às famílias de baixa renda, que venham a ser removidas em função das obras previstas no respectivo   Programa   de   Intervenções,   devendo   preferencialmente,   ser assentadas   no   perímetro   dessas   operações,   nas   proximidades   ou,   na impossibilidade   destas   opções,   em   outro   local   a   ser   estabelecido   com   a participação das famílias;XIII   ­   apoiar   a   formação  de   técnicos  na  área  de   habitação,  estabelecendo parcerias com universidades,  centros de pesquisa tecnológica,  entidades de classe, iniciativa privada e organizações não­governamentais;XIV   ­   implementar   subsídio   direto,   pessoal,   intransferível   e   temporário   na aquisição ou locação social, bem como criar instrumentos que possibilitem a inserção de todos os segmentos da população no mercado imobiliário;XV ­ compatibilizar a legislação de Habitação de Interesse Social ­ HIS com as diretrizes estabelecidas neste plano;XVI ­ realizar, periodicamente, as Conferências Municipais de Habitação para definição   da   política   municipal   de   habitação,   e   para   implantar   o   Conselho Municipal   de   Habitação,   democrático   e   representativo,   que   administre   os recursos destinados aos programas para produção de moradia em Itaboraí.

 (iv) Relação entre o Plano Diretor e o PAC ou outros grandes investimentos. Caso o município   seja   atingido   por   algum   investimento   importante   em   infra­estrutura   de logística/energia, avaliar se o Plano diretor leva em consideração estes investimentos e seus impactos.

O  traçado   do   Arco   Rodoviário2  é   uma   das   principais   obras   inclusas   no 

Programa de Aceleração do Crescimento – PAC. Com 29,6 quilômetros de extensão, 

as obras de duplicação e ampliação da capacidade da rodovia abrangem o trecho que 

vai de Santa Cruz ao acesso a Mangaratiba/Itacuruçá e acesso ao Porto de Itaguaí 

(BR­493).

B. Acesso à terra urbanizada

Questões centrais:

I. A Função Social da Propriedade1. O Plano estabelece como objetivo ou diretriz o cumprimento da função social dapropriedade? De que forma?

O Art 3º apresenta dentre os princípios do PD o cumprimento da função social 

da cidade e a função social da propriedade. E, segundo o Art. 11 a propriedade urbana 

cumpre sua função social quando atende, simultaneamente, segundo critérios e graus 

de exigência estabelecidos em lei, no mínimo, os seguintes requisitos: o atendimento 

das necessidades dos cidadãos quanto à qualidade de vida, à justiça social, o acesso 

universal aos direitos sociais e ao desenvolvimento econômico; a compatibilidade do 

uso   da   propriedade   com   a   infra­estrutura,   equipamentos   e   serviços   públicos 

disponíveis; a compatibilidade do uso da propriedade com a preservação da qualidade 

do   ambiente   urbano   e   natural;  a   compatibilidade   do   uso   da   propriedade   com   a 

segurança, bem estar e a saúde de seus usuários e vizinhos.

II. Controle do Uso e Ocupação do Solo1. O Plano estabelece macrozoneamento? Da zona urbana e rural?

O PD apresenta o Macrozoneamento do município sem definir uma zona rural, 

delimitando apenas uma Zona Especial de Produção Agrícola – ZEPAG integrante da 

Macrozona Especial.

2. Estão definidos os objetivos do macrozoneamento? Quais?

2  Com 29,6 quilômetros de extensão, as obras de duplicação e ampliação da capacidade da rodovia abrangem o trecho que vai  de Santa Cruz ao acesso a Mangaratiba/Itacuruçá  e acesso ao Porto de Itaguaí (BR­493).

Em um primeiro plano, segundo o Art. 146 o território do Município está dividido 

em duas macrozonas:

I ­ Macrozona Especial;

II ­ Macrozona de Estruturação e Qualificação Urbana.

A   Macrozona   Especial   (Art.   149),   apresenta   diferentes   “condições   de 

preservação do meio ambiente”, e foi subdividida, segundo graus de proteção e para 

orientar  a  aplicação dos  instrumentos  ambientais,  urbanísticos e   jurídicos  em  seis 

zonas especiais, a saber:

I – Zona de Especial Interesse Social ­ ZEIS;II – Zona Especial de Preservação do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural­ZEPAC;III – Zona Especial de Preservação Ambiental – ZEPAM;IV – Zona Especial de Produção Agrícola – ZEPAG;V – Zona Especial de Produção Mineral – ZEPM;VI – Zona Especial de Preservação Permanente ­ ZEPP.

A  Macrozona   de   Estruturação   e   Qualificação   Urbana,   apresentando 

diferentes graus de consolidação e qualificação, fica dividida em  quatro zonas, 

para orientar o desenvolvimento urbano:

I – Zona Urbana ­ ZURB;II – Zona de Uso Diversificado ­ ZUD;III – Zona de Uso Predominantemente Industrial ­ ZUPI;IV – Zona de Uso Estritamente Industrial ­ ZEI.

E a Zona Urbana – ZURB se divide em três áreas, segundo o Art. 157:

I – A Área de Reestruturação e Requalificação Urbana;II – Área de Urbanização Consolidada;III – Área de Urbanização em Consolidação.IV – Zona Urbana Especial

3. O macrozoneamento está demarcado em mapas? Delimitado por perímetros?

O Macrozoneamento e o Zoneamento Municipal estão demarcados em mapa, 

mas o PD não apresenta a descrição de perímetros.

4. Além do Macrozoneamento o plano estabelece alguma outra forma de regulação do uso e ocupação do solo ou remete a uma revisão/elaboração de lei de uso e ocupação do solo?

O   PD   remete   para   a   revisão   da   Lei   de   Uso   e   Ocupação   do   Solo,   cujo 

Anteprojeto deveria ter sido enviado ao Legislativo Municipal  até  10 de outubro de 

2007. Segundo informações de técnicos da Prefeitura o anteprojeto já foi elaborado.

III. Perímetro Urbano e Parcelamento do Solo

1. O Plano estendeu (ou diminuiu) o perímetro urbano? Criou alguma regra para aextensão do perímetro? Qual?

Ao que tudo indica o perímetro foi ampliado.

2. O plano incluiu regras para o parcelamento do solo urbano ou remeteu para legislação específica? Criou regras específicas para parcelamento de interesse social?

O   PD   remete   para   lei   específica   a   revisão   das   normas   disciplinadoras   do 

parcelamento, uso e ocupação do solo com a indicação de que nas Zonas de Uso 

Predominantemente Industrial – ZUPI não será permitido o parcelamento da terra do 

qual   resultem  lotes  de  dimensão   inferior  a  5000m²   (cinco  mil  metros   quadrados), 

enquanto não for elaborado o Plano de Ocupação de Zona Industrial.

3. Identificar a previsão de área de expansão urbana e sua definição.

O PD não conta com área de expansão. 

4. Verificar se o plano estabelece que os novos loteamentos devem prever percentuais para área de habitação de interesses social. 

Segundo o Art. 174 a legislação que disciplinará o uso e ocupação do solo, em 

conformidade com os Planos Regionais,  não condiciona,  mas  indica que a mesma 

poderá delimitar reservas de terra para habitação de interesse social.

Segundo o Art. 5º a Lei deveria ter sido encaminhada ao legislativo até 10 de 

outubro  de  2007.  Segundo   informações  de   técnicos  da  Prefeitura  a  mesma  já   foi 

elaborada, mas ainda não encaminhada para apreciação dos vereadores.

IV. Coeficientes e Macrozonas:

1. Verificar quais são os tipos de zona e/ou macrozonas definidos no Plano.

O PD, no Art. 146, divide o território do Município em duas macrozonas:I ­ Macrozona Especial;II ­ Macrozona de Estruturação e Qualificação Urbana.

Segundo  o   texto   legal,  na  Macrozona  Especial  os  núcleos  urbanizados,  as 

edificações, os usos e a intensidade de usos, e a regularização de assentamentos, 

subordinar­se­ão  à   necessidade  de  manter  ou   restaurar  a  qualidade  do  ambiente 

natural   e   respeitar   a   fragilidade   dos   seus   terrenos,   respeitando   parâmetros 

urbanísticos determinados pelo ITA­URBE. (Art. 147). 

Na Macrozona de Estruturação e Qualificação Urbana, as edificações, usos e 

intensidade de usos subordinar­se­ão a exigências relacionadas com os elementos 

estruturadores e integradores, à função e características físicas das vias, e aos planos 

regionais  a serem elaborados pelas Subprefeituras ou Regiões Administrativas dos 

Distritos, respeitando parâmetros urbanísticos determinados pelo ITA­URBE. (Art. 148) 

A Macrozona Especial, por sua vez, segundo o Art. 149, subdivide­se em:

I – Zona de Especial Interesse Social ­ ZEIS;II – Zona Especial de Preservação do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural­ ZEPAC;

III – Zona Especial de Preservação Ambiental – ZEPAM;IV – Zona Especial de Produção Agrícola – ZEPAG;V – Zona Especial de Produção Mineral – ZEPM;VI – Zona Especial de Preservação Permanente ­ ZEPP. 

Já a Macrozona de Estruturação e Qualificação Urbana, em acordo com o Art. 

156, subdivide­se em:

I – Zona Urbana ­ ZURB;II – Zona de Uso Diversificado ­ ZUD;III – Zona de Uso Predominantemente Industrial ­ ZUPI;IV – Zona de Uso Estritamente Industrial ­ ZEI.

2.   Definição   de   coeficientes   de   aproveitamento   básico   e   máximo   (se   não   forem definidos   esses   coeficientes,   verificar   quais   são   os   parâmetros   utilizados   para   o controle do uso e ocupação do solo).

Segundo o Art. 282, nas zonas definidas na legislação de Parcelamento, Uso e 

Ocupação do Solo em vigor, o coeficiente de aproveitamento básico poderá, mediante 

a redução da taxa de ocupação permitida, segundo a equação expressa no artigo 149 

do PD e a manutenção de área permeável equivalente a no mínimo 15% (quinze por 

cento) da área do lote e a reserva de no mínimo 50% ((cinqüenta por cento) da área 

não ocupada para jardim, ser beneficiado de acréscimo, podendo chegar a:

a) 4,0 (quatro), no exercício de 2007;

b) 3,0 (três), no exercício de 2009.

  E ainda, segundo o Art. 138, nas áreas verdes de propriedade particular que 

são classificadas como clubes de campo, a taxa de ocupação do solo não poderá 

exceder a 0,2 (dois décimos) da área total, para edificações cobertas, ou 0,4 (quatro 

décimos) da área total, para qualquer tipo de instalação, incluindo edificações, áreas 

de estacionamento, áreas esportivas ou equipamentos de lazer ao ar livre, devendo, 

no   mínimo,   0,6   (seis   décimos)   da   área   total,   ser   livre,   permeável   e   destinada   à 

implantação   e   preservação   de   ajardinamento   e   arborização,   e   o   coeficiente   de 

aproveitamento não poderá ser superior a 0,4 (quatro décimos).

No  Art.  139  está   definido  que  nas  áreas  verdes  de  propriedade  particular, 

classificadas como clubes esportivos sociais, a taxa de ocupação do solo não poderá 

exceder a 0,3 (três décimos) para instalações cobertas ou a 0,6 (seis décimos) para 

qualquer tipo de instalação, incluindo edificações, áreas de estacionamento, quadras 

esportivas  e  equipamentos   de   lazer  ao  ar   livre,  devendo,  no  mínimo,   0,4   (quatro 

décimos)  da   área   total   permanecer   livre,   permeável   e   destinada  à   implantação   e 

preservação de ajardinamento e arborização e o coeficiente de aproveitamento não 

poderá ser superior a 0,6 (seis décimos).

Nas Áreas de Intervenção Urbana poderão ser estabelecidos Coeficientes de 

Aproveitamento Máximo limitados a 4,0 (quatro), que poderão ser atingidos mediante

Outorga Onerosa de Potencial  Construtivo e Transferência do Direito de Construir, 

bem como o estoque de potencial a eles relativos, com base nos estudos técnicos de 

capacidade   de   suporte   da   infra­estrutura   de   circulação   e   nas   finalidades   da 

intervenção.

Nas áreas de Operações Urbanas Consorciadas, conforme o Art. 209, a serem 

definidas   por   lei   específica,   ficam   estabelecidos   os   seguintes   coeficientes   de 

aproveitamento:

I ­ mínimo – 0,2 (dois décimos);II ­ básico – correspondente ao definido nesta Lei Complementar para a zona em que se situam os lotes; III ­ máximo – 4,0 (quatro).

3. Definição do que é subutilização, não utilização e terreno vazio.

Segundo   os   parágrafos   do   Art.   184:   são   considerados   solo   urbano   não 

edificado   terrenos   e   glebas   com   área   superior   a   250m²   onde   o   coeficiente   de 

aproveitamento utilizado é igual a zero e são considerados solo urbano subutilizado, 

os terrenos e glebas com área superior a 250m², onde o coeficiente de aproveitamento 

não atingir o mínimo definido para o lote na zona onde se situam, excetuando:

I ­ os imóveis utilizados como instalações de atividades econômicas que não necessitam de edificações para exercer suas finalidades;II ­ os imóveis utilizados como postos de abastecimento de veículos;III ­ os imóveis integrantes do Sistema de Áreas Verdes do Município.

4. Definição de como se calculam os coeficientes de aproveitamento.

Sim. Segundo o Art. 145, o Coeficiente de Aproveitamento é a relação entre a 

área edificada, excluída a computável, e a área do lote podendo ser:

a)  básico,  que  resulta  do potencial  construtivo gratuito   inerente  aos   lotes  e glebas urbanos;b) máximo, que não pode ser ultrapassado;c) mínimo, abaixo do qual o imóvel poderá ser considerado subutilizado.

5. Definição das macrozonas e/ou zonas e seus coeficientes e/ou parâmetros de

utilização.

Os parâmetros de utilização das zonas serão estabelecidos na Lei de Uso e 

Ocupação do Solo. 

6. Identificar o estabelecimento de zoneamento e políticas específicas para as áreascentrais e sítios históricos.

Segundo o Art. 78, dentre as ações estratégicas da Política de Urbanização e 

Uso do Solo está previsto no item VI ­ requalificar o Centro Histórico e seu entorno. Já 

o  Art.  89 ao  tratar  das diretrizes para a política  relativa  ao Patrimônio  Histórico  e 

Cultural prevê a revitalização de áreas degradadas, em especial a área central e a 

área da estrada de ferro Niterói/Venda das Pedras, sem maiores detalhamentos.

Também   são   definidas   Zonas   Especiais   de   Preservação   do   Patrimônio 

Histórico,   Artístico   e   Cultural   –   ZEPAC’s   (Art.   151)   como   porções   de   território 

destinadas à preservação, recuperação e manutenção do patrimônio histórico, artístico 

e arqueológico,  podendo se configurar  como sítios,  edifícios ou conjuntos  urbanos 

para  as  quais   será   permitida  a   transferência  do potencial   construtivo,   conforme o 

disposto nos artigos 200, 201 e incisos I e II do artigo 202 do PD.

7.   Identificar  o estabelecimento  de zoneamento  específico  para áreas de proteção ambiental.

O PD definiu as Zonas Especiais de Preservação Ambiental ZEPAM’s como 

porções do território destinadas a proteger ocorrências ambientais isoladas, tais como 

remanescentes  de vegetação significativa  e  paisagens  naturais  notáveis,  áreas  de 

reflorestamento   e   áreas   de   alto   risco   onde   qualquer   intervenção   será   analisada 

especificamente.

Os imóveis localizados nas ZEPAM’s que forem utilizados para fins de proteção 

ou recuperação ambiental, enquanto mantiverem essas funções, poderão transferir de 

forma gradativa o Direito de Construir definido pelo Potencial Construtivo Virtual, de 

acordo com critérios, prazos e condições a serem definidos em lei específica.

Na Zona Especial de Preservação Ambiental de que fazem parte as reservas 

florestais,   os   parques   estaduais,   os   parques   naturais   municipais,   as   reservas 

biológicas   e   outras   unidades   de   conservação   que   tenham   por   objetivo   básico   a 

preservação da natureza, são admitidos apenas os usos que não envolvam consumo, 

coleta, dano ou destruição dos recursos naturais, sendo vedados quaisquer usos que 

não estejam voltados à pesquisa, ao ecoturismo e à educação ambiental, mediante 

definição caso a caso do coeficiente de aproveitamento a ser utilizado conforme a 

finalidade específica.

V. ZEIS

O Plano conceitua ZEIS 1 e 2 ainda que não estejam definidas. As mesmas 

estão demarcadas em mapa, sem definição de perímetros e tipologias habitacionais. 

O PD define que os de Planos de Urbanização necessários para a implantação das 

ZEIS serão estabelecido por decreto do Poder Executivo Municipal (§ 8º do Art. 150), 

prevendo:

I  –  diretrizes,   índices  e parâmetros urbanísticos  para o  parcelamento,  uso e ocupação do solo e instalação de infra­estrutura urbana respeitadas as normas básicas   estabelecidas  no   artigo  183   do  PD,   na   legislação  de   Habitação   de Interesse Social e nas normas técnicas pertinentes;

II   –  diagnóstico   da  ZEIS   que  contenha   no  mínimo:   análise   físico­ambiental, análise urbanística e fundiária e caracterização socioeconômica da população residente;

III – os projetos e as intervenções urbanísticas necessárias à recuperação física da   área,   incluindo,   de   acordo   com   as   características   locais,   sistema   de abastecimento de água e coleta de esgotos, drenagem de águas pluviais, coleta regular  de   resíduos sólidos,   iluminação  pública,  adequação  dos sistemas de circulação   de   veículos   e   pedestres,   eliminação   de   situações   de   risco, estabilização de taludes e de margens de córregos, tratamento adequado das áreas   verdes   públicas,   instalação   de   equipamentos   sociais   e   os   usos complementares ao habitacional;

IV – instrumentos aplicáveis para a regularização fundiária;

V – condições para o remembramento de lotes;

VI   –   forma   de   participação   da   população   na   implementação   e   gestão   das intervenções previstas;

VII   –   forma   de   integração   das   ações   dos   diversos   setores   públicos   que interferem na

ZEIS objeto do Plano;

VIII – fontes de recursos para a implementação das intervenções;

IX – adequação às disposições definidas neste Plano e nos Planos Regionais;

X – atividades de geração de emprego e renda;

XI – plano de ação social.

E ainda o Art. 150, § 2º, estabelece que devem ser utilizados, prioritariamente, 

nas ZEIS os seguintes instrumentos:

I – Planos de Urbanização específicos;II  –  Outorga onerosa do direito  de construir  com valores  mais   reduzidos  nos fatores de planejamento e interesse social;III – Áreas de Intervenção Urbana;IV – Eixos e Pólos de Centralidades;V – Parques Lineares;VI – Preferência para a utilização dos recursos do Fundo de DesenvolvimentoUrbano em urbanização e qualificação de assentamentos populares e transporte coletivo;VII – Prioridade para implantação de equipamentos sociais, incluindo os Centros de Educação Unificados;VIII – Usucapião especial de imóvel urbano e concessão de uso especial;IX – Direito de preempção;X – Outros  instrumentos previstos na Lei  Federal  nº  10.257/01 –  Estatuto da Cidade.

VI. Avaliação geral do zoneamento em relação ao acesso à terra urbanizada.

1. Qual o significado do zoneamento proposto sob o ponto de vista do acesso à terra urbanizada? 

Conforme já explicitado, o PD propõe um Zoneamento Municipal, mas remete à 

Lei  de Uso, Ocupação e Parcelamento do Solo o detalhamento que permitiria 

responder mais detalhadamente à questão. No entanto, na Zona Urbana e suas 

sub­áreas   (Área   de   Urbanização   Consolidada;   Área   de   Urbanização   em 

Consolidação) está previsto a aplicação de vários instrumentos: parcelamento e 

edificação   compulsórios;   IPTU   progressivo   no   tempo;   desapropriação,   com 

chances de ampliar o acesso á terra urbanizada.

2.  Avaliar  este  zoneamento  do ponto  de vista  quantitativo   (percentual  do   território urbanizável destinado ao território popular frente ao percentual de população de baixa renda no município) e qualitativo (localização deste território no município)

Informação não disponível.

VII. Instrumentos de Política Fundiária

1. Para cada um dos instrumentos de políticas de solo listados abaixo, é necessário verificar:

QuestãoInstrumentoParcelamento,   edificação   e   utilização compulsórios

Identificar se os instrumentos listados abaixo estão apenas listados/mencionados ou se sua forma de aplicação específica no município está prevista.

Aplicação prevista.

Caso esteja especificada sua forma de aplicação, identificar se esta é remetida à legislação complementar específica ou se é auto­aplicável através do próprio plano.

Art.   184   –   São   consideradas   passíveis   de parcelamento, edificação e utilização compulsórios os imóveis   não   edificados,   subutilizados,   ou   não utilizados localizados nas ZEIS, delimitadas no Mapa MZ02 integrantes do PD e na Área de Reestruturação e   Requalificação   Urbana   devem   ser   utilizados, prioritariamente,   os   seguintes   instrumentos urbanísticos e jurídicos. (Art. 158)

E ainda no §  3º,  do Art,  184,  está  previsto  que os Planos   Regionais   definirão   as   condições   e   a localização   em   que   os   terrenos   não   edificados   ou subutilizados ocupados por estacionamentos e outras atividades   econômicas   que   não   necessitam   de edificação   poderão   ser   considerados   subutilizados, ficando sujeitos às penalidades impostas pelos artigos 189, 190, 191, 192 e 193 do PD.

Se for remetido para uma lei específica, se foi ou não definido um prazo para sua edição/regulamentação e qual é este prazo.

Não foram definidos prazos.

Se for autoaplicável, identificar se está definido o perímetro aonde a lei se aplica (se esta definição faz parte de mapa anexo ao plano e/ou descrição de perímetro).

Sim. Delimitado em mapa anexo.

Identificar se a utilização do instrumento está explicitamente vinculada a um objetivo/estratégia do plano ou a seu macrozoneamento. Qual?

Em   princípio   o   instrumento   está   definido   para aplicação em ZEIS e na Área  de Reestruturação e Requalificação Urbana.

Identificar se estão definidos prazos para o monitoramento do instrumento.

Não

Caso auto­aplicável, identificar se está previsto um prazo de transição entre a norma atual vigente e o novo plano.

Não

 Identificar se estão definidos prazos para revisão dos instrumentos.

Não estão definidos prazos, mas, o PD como um todo tem   revisão   prevista   para   dezembro   de   2009   (Art. 277).

Identificar se está definido quem aprova a sua utilização.

No caso de envolver pagamentos de contrapartida, identificar se estão definidos critérios de isenção.

Identificar se está especificada a fórmula de cálculo e Identificar para onde vão os recursos.e cálculo da contrapartida.Identificar qual a destinação dos recursos e suas finalidades

Identificar quem é responsável pela gestão dos recursos.

Identificar se o Plano diretor prevê ou define lei específica para o instrumento em questão.

Sim

IPTU progressivo no tempo

Instrumento

Questão IPTU progressivo no tempo

Identificar se os instrumentos listados abaixo estão apenas listados/mencionados ou se sua forma de aplicação específica no município está prevista.

Aplicação prevista

Caso esteja especificado sua forma de aplicação, identificar se esta é remetida à legislação complementar específica ou se é autoaplicável através do próprio plano

Segundo o PD, Lei baseada no artigo 8º da Lei Federal nº 10.257, de 10 de julho de 2001 – Estatuto da Cidade estabelecerá as condições para aplicação deste instituto.

Se foi remetido para uma lei específica, se foi ou não definido um prazo para suaedição/regulamentação e qual é este prazo.

Remete para lei específica.

Se for auto­aplicável, identificar se está definido o perímetro aonde a lei se aplica (se esta definição faz parte de mapa anexo ao plano e/ou descrição de perímetro).

Na Área de Reestruturação e Requalificação UrbanaNa Área de Urbanização em Consolidação

Identificar se a utilização do instrumento está explicitamente vinculada a um objetivo/estratégia do plano ou a seu macrozoneamento. Qual?

Identificar se estão definidos prazos para o monitoramento do instrumento;

Não especificamente, mas o PD como um todo tem revisão prevista para dezembro de 2009 (Art. 277).

Caso auto­aplicável, identificar se está previsto um prazo de transição entre a norma atual vigente e o novo plano.

 Identificar se estão definidos prazos para revisão dos instrumentos.Identificar se está definido quem aprova a sua utilização.

 Identificar se está definido o procedimento para sua utilização.

Estão definidos procedimentos.

No caso de envolver pagamentos de contrapartida, identificar se estão definidos critérios de isenção.

Identificar se está especificada a fórmula de cálculo e Identificar para onde vão os recursos.e cálculo da contrapartida.

No Art. 185 está definido que lei específica estabelecerá a gradação anual das alíquotas progressivas e a aplicação do instrumento.

Identificar qual a destinação dos recursos e suas finalidades

Identificar quem é responsável pela gestão dos recursos.

Identificar se o Plano diretor prevê ou define lei específica para o instrumento em questão.

Sim. (Art. 186).

IdIdentificar se estão definidos prazos.

Outorga Onerosa 

QuestãoInstrumentoOutorga Onerosa 

Identificar se os instrumentos listados abaixo estão apenas listados/mencionados ou se sua forma de aplicação específica no município está prevista.

Aplicação prevista.

Caso esteja especificado sua forma de aplicação, identificar se esta é remetida à legislação complementar específica ou se é auto­aplicável através do próprio planoSe foi remetido para uma lei específica, se foi ou não definido um prazo para suaedição/regulamentação e qual é este prazo.

A   regulamentação   do   instituto   da   outorga   onerosa deveria ter sido elaborada até dezembro de 2007.

Se for autoaplicável, identificar se está definido o perímetro aonde a lei se aplica (se esta definição faz parte de mapa anexo ao plano e/ou descrição de perímetro).

Segundo o Art. 194, fica delimitada a Macrozona de Qualificação e Estruturação Urbana, demarcadas no Mapa MZ03, integrantes da Lei Complementar, como passível   de   aplicação   da   Outorga   Onerosa   de Potencial Construtivo Adicional.

Identificar se a utilização do instrumento está explicitamente vinculada a um objetivo/estratégia do plano ou a seu macrozoneamento. Qual?

Identificar se estão definidos prazos para o monitoramento do 

No Art. 195, § 3º – O impacto na infra­estrutura e no meio ambiente da concessão de outorga onerosa de 

instrumento; potencial  construtivo  adicional  e da  transferência do direito   de   construir   deverá   ser   monitorado permanentemente   pelo   Executivo,   que   deverá periodicamente   tornar   públicos   relatórios   deste monitoramento,   destacando   as   áreas   críticas próximas da saturação.Caso o monitoramento a que se refere o parágrafo 3º mencionado revele que a tendência de ocupação de determinada área da Cidade a levará à saturação no período de um ano, a concessão da outorga onerosa do potencial construtivo adicional e a transferência do direito de construir poderão ser suspensas 180 (cento e oitenta) dias após a publicação de ato do Executivo neste sentido.

Caso auto­aplicável, identificar se está previsto um prazo de transição entre a norma atual vigente e o novo plano.

Não

 Identificar se estão definidos prazos para revisão dos instrumentos.

Não, mas, o PD como um todo tem revisão prevista para dezembro de 2009 (Art. 277).

Identificar se está definido quem aprova a sua utilização.

 Identificar se está definido o procedimento para sua utilização.

Os procedimentos estão definidos.

No caso de envolver pagamentos de contrapartida, identificar se estão definidos critérios de isenção.

Identificar se está especificada a fórmula de cálculo e Identificar para onde vão os recursos e cálculo da contrapartida.

Sim. Art. 196 – A contrapartida financeira, que corresponde à outorga onerosa de potencial construtivo adicional, será calculada segundo a seguinte equação: Ct = Fp x Fs x BOnde: Ct = contrapartida financeira relativa a cada m² de área construída adicional.Fp = fator de planejamento, entre 0,5 e 1,4.Fs = fator de interesse social, entre 0 e 1,0.B = benefício econômico agregado ao imóvel, calculado segundo a seguinte equação: vt ÷ CAb, sendo vt = valor do m² do terreno fixado na Planta Genérica de Valores –PGV e CAb = Coeficiente de Aproveitamento Básico

Identificar qual a destinação dos recursos e suas finalidadesIdentificar quem é responsável pela gestão dos recursos.Identificar se o Plano diretor prevê ou define lei específica para o 

instrumento em questão.IdIdentificar se estão definidos prazos.

DO DIREITO DE PREEMPÇÃO 

QuestãoInstrumentoDO DIREITO DE PREEMPÇÃO 

Identificar se os instrumentos listados abaixo estão apenas listados/mencionados ou se sua forma de aplicação específica no município está prevista.

Prevista aplicação.

Caso esteja especificado sua forma de aplicação, identificar se esta é remetida à legislação complementar específica ou se é auto­aplicável através do próprio plano

Os Planos Regionais poderão definir novas áreas para aplicação do direito de preempção. (Art. 188)

Se foi remetido para uma lei específica, se foi ou não definido um prazo para suaedição/regulamentação e qual é este prazo.Se for auto­aplicável, identificar se está definido o perímetro aonde a lei se aplica (se esta definição faz parte de mapa anexo ao plano e/ou descrição de perímetro).

Identificar se a utilização do instrumento está explicitamente vinculada a um objetivo/estratégia do plano ou a seu macrozoneamento. Qual?

O direito de preempção será exercido sempre que o Poder Público necessitar de áreas para:I ­ regularização fundiária;II ­ execução de programas e projetos habitacionais de interesse social;III ­ constituição de reserva fundiária;IV ­ ordenamento e direcionamento da expansão urbana;V ­ implantação de equipamentos urbanos e comunitários;VI ­ criação de espaços públicos de lazer e áreas verdes;VII ­ criação de unidades de conservação ou proteção de outras áreas de interesseambiental;VIII ­ proteção de áreas de interesse histórico, cultural ou paisagístico. (Art. 187)

Identificar se estão definidos prazos para o monitoramento do instrumento.

Não.

Caso auto­aplicável, identificar se  Não.

está previsto um prazo de transição entre a norma atual vigente e o novo plano.

 Identificar se estão definidos prazos para revisão dos instrumentos.

Não, mas o PD como um todo tem revisão prevista para dezembro de 2009 (Art. 277).

Identificar se está definido quem aprova a sua utilização.

 Identificar se está definido o procedimento para sua utilização.

Estão definidos procedimentos.

No caso de envolver pagamentos de contrapartida, identificar se estão definidos critérios de isenção.Identificar se está especificada a fórmula de cálculo e Identificar para onde vão os recursos e cálculo da contrapartida.Identificar qual a destinação dos recursos e suas finalidadesIdentificar quem é responsável pela gestão dos recursos.

O Fundo de Desenvolvimento Urbano – FURBI.

Identificar se o Plano diretor prevê ou define lei específica para o instrumento em questão.

IdIdentificar se estão definidos prazos.

EIV – Estudos de Impacto de Vizinhança

QuestãoInstrumentoEIV – Estudos de Impacto de Vizinhança

Identificar se os instrumentos listados abaixo estão apenas listados/mencionados ou se sua forma de aplicação específica no município está prevista.

Aplicação prevista.

Caso esteja especificado sua forma de aplicação, identificar se esta é remetida àlegislação complementar específica ou se é autoaplicável através do próprio plano

Segundo o Art. 240, quando o impacto ambiental previsto corresponder, basicamente, a alterações das características urbanas do entorno, os empreendimentos ou atividades especificados em lei municipal estarão dispensados da obtenção da Licença Ambiental referida no artigo anterior, mas estarão sujeitas à avaliação do Estudo de Impacto de Vizinhança e seu respectivo Relatório de Impacto de Vizinhança (EIVI/RIV) por parte do órgão ambiental municipal competente, previamente à emissão das licenças ou alvarás de construção, reforma ou funcionamento, conforme dispõem a Lei Orgânica do Município e o Estatuto da Cidade.

Se foi remetido para uma lei específica, se foi ou não definido um prazo para suaedição/regulamentação e qual é este prazo.

Lei definirá os empreendimentos e atividades, públicos ou privados, referidos no “caput” deste artigo, bem como os parâmetros e os procedimentos a serem adotados para sua avaliação, conforme disposto no artigo 159 da Lei Orgânica do Município.

Se for autoaplicável, identificar se está definido o perímetro aonde a lei se aplica (se esta definição faz parte de mapa anexo ao plano e/ou descrição de perímetro).

Identificar se a utilização do instrumento está explicitamente vinculada a um objetivo/estratégia do plano ou a seu macrozoneamento. Qual?Identificar se estão definidos prazos para o monitoramento do instrumento;Caso autoaplicável, identificar se está previsto um prazo de transição entre a norma atual vigente e o novo plano.

 Identificar se estão definidos prazos para revisão dos instrumentos.

Não

Identificar se está definido quem aprova a sua utilização.

 Identificar se está definido o procedimento para sua utilização.

Art. 241 – O Executivo, com base na análise dos estudos ambientais apresentados, poderá exigir do empreendedor, a execução, às suas expensas, das medidas atenuadoras e compensatórias relativas aos impactos decorrentes da implantação da atividade.

No caso de envolver pagamentos de contrapartida, identificar se estão definidos critérios de isenção.Identificar se está especificada a fórmula d Identificar para onde vão os recursos e cálculo da contrapartida.Identificar qual a destinação dos recursos e suas finalidadesIdentificar quem é responsável pela gestão dos recursos.Identificar se o Plano diretor prevê ou define lei específica para o instrumento em questão.

IdIdentificar se estão definidos prazos.No caso do EIV, incluir a definição da 

linha de corte do empreendimento que estaria sujeito ao EIV.Como se aplica, onde se, aplica 

quando se aplica:

Segundo o § 1°, do Art. 240, Lei específica definirá os empreendimentos e atividades, públicos ou privados, referidos no “caput” deste artigo, bem como os parâmetros e os procedimentos a serem adotados para sua avaliação, conforme disposto no artigo 159 da Lei Orgânica do Município.

Insumos para o Quadro Resumo dos Instrumentos do Estatuto da Cidade

Observações:(1) Como se aplica – fazer uma descrição sucinta do funcionamento do instrumento.

(2) Onde se aplica – identificar a relação com o zoneamento ou macrozoneamento.

(3) Quando se aplica – verificar se a aplicação ocorre a partir da data de aprovação do plano; se há prazo para regulamentação; ou se há outras definições.

Quadro resumo da regulamentação dos instrumentos do Estatuto da Cidade

Instrumento Como se aplica¹ onde se aplica² quando se aplica³

Edificação/Parcelamento CompulsóriosIPTU progressivo no tempo

O PD remete para Lei específica as condições para aplicação deste instituto (os Planos Regionais definirão as condições e a localização em que os terrenos não edificados ou subutilizados  ocupados por  estacionamentos  e  outras atividades econômicas que não necessitam de edificação poderão ser considerados subutilizados)

Os proprietários notificados deverão, no prazo máximo de um ano a partir do recebimento da   notificação,   protocolizar   pedido   de   aprovação   e   execução   de   parcelamento   ou edificação, sendo que os parcelamentos e edificações deverão ser  iniciados no prazo máximo de dois anos a contar da aprovação do projeto.

As edificações enquadradas deverão estar ocupadas no prazo máximo de um ano a partir do recebimento da notificação.No caso de descumprimento das etapas e dos prazos estabelecidos o Município aplicará alíquotas progressivas de  IPTU,  majoradas anualmente,  pelo  prazo de 5  (cinco)  anos consecutivos até que o proprietário cumpra com a obrigação deparcelar, edificar ou utilizar conforme o caso.

Lei específica baseada no artigo 7º da Lei Federal nº 10.257/2001 – Estatuto da Cidade estabelecerá a gradação anual das alíquotas progressivas e a aplicação deste instituto.

 Caso a obrigação de parcelar, edificar e utilizar não esteja atendida no prazo de 5 (cinco) anos o Município manterá a cobrança pela alíquota máxima, até que se cumpra a referida obrigação, garantida a aplicação da medida prevista no artigo 186 desta LeiComplementar.

É vedada a concessão de isenções ou de anistias relativas à tributação progressiva de que trata este artigo.

Decorridos   os   cinco   anos   de   cobrança   do   IPTU   progressivo   no   tempo   sem   que   o proprietário   tenha   cumprido   a   obrigação   de   parcelamento,   edificação   e   utilização,   o Município poderá  proceder a desapropriação do  imóvel  com pagamento em títulos da dívida pública..

São   consideradas   passíveis   de   parcelamento,   edificação   e utilização   compulsórios   os   imóveis   não   edificados, subutilizados, ou não utilizados localizados nas ZEIS e na Área de Reestruturação e Requalificação Urbana. (Art. 158)

Não estão definidos prazos.

Outorga Onerosa  A Prefeitura poderá outorgar onerosamente o exercício do direito de construir, mediante contrapartida   financeira   a   ser   prestada   pelo   beneficiário,   conforme   disposições   dos artigos 28, 29, 30 e 31 da Lei Federal n° 10.257, de 10 de julho de 2001 – Estatuto da Cidade e de acordo com os critérios e procedimentos definidos no PD.

O potencial construtivo adicional passível de ser obtido mediante outorga onerosa será limitado: nos lotes, pelo Coeficiente de Aproveitamento Máximo definido para a zona, área de Operação Urbana ou Área de Intervenção Urbana; nas zonas ou parte delas, distritos   ou   sub­perímetros   destes,   áreas   de   Operação   Urbana   Consorciada   e   de Projetos Estratégicos ou seus setores, pelo Estoque de Potencial Construtivo Adicional.

Os estoques estabelecidos deverão valer para um período não inferior a dois anos.O impacto na infra­estrutura e no meio ambiente da concessão de outorga onerosa de potencial   construtivo   adicional   e  da   transferência  do  direito  de  construir   deverá   ser monitorado   permanentemente   pelo   Executivo,   que   deverá   periodicamente   tornar públicos   relatórios   deste   monitoramento,   destacando   as   áreas   críticas   próximas   da saturação.

A   Macrozona   de   Qualificação   e   Estruturação   Urbana, demarcada no Mapa MZ03, é  aquela passível de aplicação da Outorga Onerosa de Potencial Construtivo Adicional.

Os estoques de potencial construtivo   adicional   a serem   concedidos através   da   outorga onerosa,   deverão   ser estabelecidos   na   Lei   de Parcelamento,   Uso   e Ocupação   do   Solo, calculados   e periodicamente reavaliados,   em   função da capacidade do sistema de   circulação,   da   infra­estrutura   disponível,   das limitações   ambientais   e das   políticas   de desenvolvimento   urbano, podendo   ser 

Caso o monitoramento revele que a tendência de ocupação de determinada área da Cidade a levará à saturação no período de um ano, a concessão da outorga onerosa do potencial   construtivo   adicional  e  a   transferência  do  direito   de  construir   poderão  ser suspensas  180  (cento  e  oitenta)  dias  após  a  publicação de  ato  do Executivo  neste sentido.Os estoques de potencial construtivo adicional serão determinados também nas leis de Operações Urbanas, Projetos Estratégicos e nos Planos Regionais.

diferenciados   por   uso residencial   e   não­residencial.

Operação Urbana Consorciada

As Operações Urbanas Consorciadas são criadas por leis específicas.

Poderão ser previstas nas Operações Urbanas Consorciadas: a modificação de índices e   características   de   parcelamento,   uso   e   ocupação   do   solo   e   subsolo,   bem   como alterações das normas edilícias, considerado o impacto ambiental delas decorrente e o impacto   de   vizinhança   e   a   regularização   de   construções,   reformas   ou   ampliações executadas em desacordo com a legislação vigente.

A lei específica que criar a Operação Urbana Consorciada poderá prevera   emissão   pelo   Município   de   quantidade   determinada   de   Certificados   de   Potencial Adicional   de   Construção   ­   CEPAC,   que   serão   alienados   em   leilão   ou   utilizados diretamente no pagamento das obras, desapropriações necessárias à própria Operação, para   aquisição   de   terreno   para   a   construção   de   HIS   na   área   de   abrangência   da Operação, visando ao barateamento do custo da unidade para o usuário final e como garantia para obtenção de financiamentos para a sua implementação.

Os   Certificados   de   Potencial   Adicional   de   Construção   –   CEPAC   serão   livremente negociados, mas convertidos em direito de construir unicamente na área objeto daOperação.

Apresentado   pedido   de   licença   para   construir   ou   para   modificação   de   uso,   os Certificados   de   Potencial   Adicional   de   Construção   –   CEPACs   serão   utilizados   no pagamento  da  contrapartida  correspondente  aos  benefícios  urbanísticos  concedidos, respeitados os limites estabelecidos nas leis de cada Operação Urbana Consorciada.

.

Nas  áreas  de  Operações Urbanas Consorciadas,  a   serem definidas por lei específica,

Transferência do Direito de Construir

Os imóveis enquadrados como ZEPAC, poderão transferir a diferença entre o Potencial Construtivo Utilizado existente e o Potencial Construtivo Máximo;

Os imóveis enquadrados como ZEPAC, incluídos na Operação Urbana Centro podem transferir  potencial construtivo na forma definida na Lei nº 12.349, de 6 de  junho de 1997;

Os imóveis doados para o Município para fins de HIS localizados nas ZEIS poderão transferir o correspondente ao valor do imóvel;

Os   imóveis,   lotes  ou  glebas   localizados   na   Macrozona  de  Proteção  Ambiental,   em ZEPAM e em propriedade particular enquadrada no Sistema de Áreas Verdes doMunicípio   poderão   transferir   de   forma   gradativa   o   Potencial   Construtivo   Virtual,   de acordo com critérios, prazos e condições definidas em lei;

Os imóveis, lotes ou glebas localizados nas faixas aluviais dos parques lineares poderão transferir potencial construtivo para as faixas de até 200 metros localizadas no interior dos mesmos parques lineares, de acordo com o que dispuser lei específica.

São passíveis de receber o potencial construtivo transferido de outrosimóveis os lotes em que o Coeficiente Básico pode ser ultrapassado, situados nas Áreas dos Projetos Estratégicos, nas faixas de até 300 (trezentos) metros ao longo dos eixos 

Na ZEPAC, Macrozona de Proteção Ambiental, em ZEPAM e em propriedade particular enquadrada no Sistema de Áreas Verdes doMunicípio

de transporte público de massa e os situados na área definida por circunferências com raio  de   até   600   (seiscentos)   metros,   tendo  como   centro  as  estações  de   transporte metroviário ou ferroviário excluídas as áreas de Operações Urbanas Consorciadas.

EIV – Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança

O   Estudo   de   Impacto   de   Vizinhança   referido   contemplará   os   efeitos   positivos   e negativos do empreendimento ou atividade quanto à qualidade de vida da população residente na área e suas proximidades.

Lei  definirá  específica  os  empreendimentos  e  atividades    públicos  ou  privados  bem como   os   parâmetros   e   os   procedimentos   a   serem   adotados   para   sua   avaliação, conforme disposto no artigo 159 da Lei Orgânica do Município.

O Executivo, com base na análise dos estudos ambientais apresentados, poderá exigir do   empreendedor,   a   execução,   às   suas   expensas,   das   medidas   atenuadoras   e compensatórias relativas aos impactos decorrentes da implantação da atividade.

 O órgão público responsável pelo exame do Relatório de Impacto de Vizinhança – RIV deverá   realizar   audiência   pública,   antes   da   decisão   sobre   o   projeto,   sempre   que sugerida, na forma da lei, pelos moradores da área afetada ou suas associações.

 

Quando   o   impacto   ambiental   previsto   corresponder, basicamente,   a   alterações   das   características   urbanas   do entorno, os empreendimentos ou atividades especificados em lei  municipal  estarão dispensados da obtenção da Licença Ambiental referida no artigo anterior, mas estarão sujeitas à avaliação   do   Estudo   de   Impacto   de   Vizinhança   e   seu respectivo Relatório de Impacto de Vizinhança (EIVI/RIV) por parte do órgão ambiental municipal competente, previamente à emissão das licenças ou alvarás de construção, reforma ou funcionamento,   conforme   dispõem   a   Lei   Orgânica   do Município e o Estatuto da Cidade.

Direito de superfície

O Município poderá receber em concessão, diretamente ou por meio de seus órgãos, empresas ou autarquias, o direito de superfície, nos termos da legislação em vigor, para viabilizar a implementação de diretrizes constantes desta Lei Complementar, inclusive mediante a utilização do espaço aéreo e subterrâneo.

Este instrumento poderá ser utilizado onerosamente peloMunicípio também em imóveis integrantes dos bens dominiais do patrimônio público, destinados à implementação das diretrizes do PD.

ZEIS – Zonas de Especial Interesse Social

Direito preempção

O Executivo deverá notificar o proprietário do imóvel localizado em área delimitada para o exercício do direito de preempção, dentro do prazo de 30 dias a partir da vigência da lei  que a delimitou.    No caso de existência de  terceiros  interessados na compra do imóvel   nas   condições   mencionadas   no   PD,   o   proprietário   deverá   comunicar imediatamente, ao órgão competente, sua intenção de alienar onerosamente o imóvel.

  O  decurso  de  prazo  de   trinta  dias  após  a  data  de   recebimento  da  notificação  do proprietário   sem a  manifestação  expressa  da  Prefeitura  de  que  pretende  exercer  o direito  de preferência   faculta  o proprietário  a alienar  onerosamente o  seu  imóvel  ao proponente interessado nas condições da proposta apresentada sem prejuízo do direito da Prefeitura exercer a preferência em face de outras propostas de aquisições onerosas futuras dentro do prazo legal de vigência do direito de preempção.

Concretizada   a   venda   a   terceiro,   o   proprietário   fica   obrigado   a   entregar   ao   órgão competente da Prefeitura cópia do  instrumento particular ou público de alienação do imóvel dentro do prazo de trinta dias após sua assinatura, sob pena de pagamento de multa diária em valor equivalente a 0,66% (sessenta e seis centésimos por cento) do valor total da alienação.

C. Acesso aos serviços e equipamentos urbanos, com ênfase no acesso à habitação, ao saneamento ambiental e ao transporte e à mobilidade.

Questões centrais:I – O Plano Diretor e a Integração das Políticas Urbanas

1. Definições, diretrizes e políticas que expressem essa abordagem integrada2. A criação de programas e a instituição de instrumentos visando a integração da políticas urbanas.3. Identificar eventuais contradições e dicotomias entre as definições e instrumentos relativos às políticas setoriais previstas no Plano.

Ainda que a ementa da Lei faça referência ao “Plano Diretor do Município de 

Itaboraí” o Título I apresenta a conceituação, abrangência, princípios fundamentais e 

objetivos   gerais   do   PLANO   DIRETOR   DE   DESENVOLVIMENTO   INTEGRADO, 

detalhado no Capítulo II. A única referência encontrada quanto à integração está no 

Art. 8º: XII ­ aumentar a eficácia da ação governamental, promovendo a integração e a 

cooperação   com   os   governos   federal,   estadual   e   com   os   municípios   da   Região 

Metropolitana e da Bacia ou Região Hidrográficas a que Itaboraí está  integrado, no 

processo de planejamento e gestão das questões de interesse comum. Mas, ao longo 

do PD observamos referências como no Art. 16, dentre outros, em relação às ações 

estratégicas no campo do desenvolvimento econômico e social:

I ­ criar sistemas integrados de administração orçamentária e financeira, vinculando 

planejamento e gestão; ou no Art. 81, inciso V: buscar a integração dos três níveis de 

governo   para   a   formulação   de   um   plano   de   ação   conjunta   para   a   promoção   de 

Habitação de Interesse Social no Município;

II – O Plano Diretor e a Política de Habitação.Buscar­se­á identificar:1. A existência de diagnóstico identificando a situação habitacional do município, com ênfase nas desigualdades sociais nas condições de moradia e no déficit habitacional.Identificar se essa avaliação incluiu levantamentos específicos ou se o plano prevê a elaboração de cadastros de moradias precárias.

No Caderno Itadados consta referência a um diagnóstico realizado como parte 

integrante de uma pesquisa de avaliação de experiências recentes de municipalização 

de  políticas  de  habitação,   implementada   a   partir   das   mudanças   introduzidas   pela 

Constituição de 1988, realizada pelo IPPUR, com base nos dados do censo do IBGE 

de 1991.

De acordo com o estudo, o déficit habitacional total era de 2.951domicílios.

Segundo informações da Prefeitura, entre 1997 a 2001, o Município aplicou recursos 

na   função   Habitação   e   Urbanismo   conforme   tabela   a   seguir,   sendo   o   percentual 

relativo à participação da despesa na função em relação ao total das despesas:

Ano

Gasto na função (R$ milhões)

Participação no total das despesas

1997

1,0 4%

1998

1,8 5%

1999

1,1 2%

2000

2,0 3%

2001

3,9 6%

As informações carecem de atualização. Segundo técnicos do NEPHU, Núcleo 

de Projetos Habitacionais e Urbanos (UFF)  a Prefeitura vem desenvolvendo o Projeto 

de Assistência Técnica para implementação de instrumentos de política fundiária dos 

planos diretores participativos ­ Plano de urbanização para o assentamento Engenho 

Velho, Itaboraí, com assessoria do Núcleo em convênio com Ministério das Cidades. O 

projeto volta­se para a regularização fundiária,  cadastros de famílias,   levantamento 

das condições das moradias do assentamento, etc. Porém a Prefeitura de Itaboraí já 

realizou em Convênio com a UFF um levantamento das chamadas subnormalidades 

do Município.

2. As diretrizes estabelecidas para a política de habitação.

As 27 ações estratégicas da Política Habitacional são: (Art. 81)

I   ­   realizar   o   diagnóstico   das   condições   de   moradia   no   Município identificando   seus   diferentes   aspectos,   de   forma   a   quantificar   e qualificar no mínimo os problemas relativos às moradias em situação de risco, loteamentos irregulares, favelas, sem­teto, cortiços, cohabitações e casas de cômodos, áreas que apresentam ocorrências de epidemias, áreas   com   alto   índice   de   homicídios,   áreas   com   solo   contaminado, áreas de interesse para preservação ambiental ocupadas por moradia em bairros com carência de infra­estrutura, serviços e equipamentos;II   ­  atuar em conjunto com o Estado,  a União e a Caixa  Econômica Federal para a criação de um banco de dados de uso compartilhado com informações sobre a demanda e oferta de moradias, programas de financiamento, custos de produção e projetos;III ­ elaborar o Plano Municipal de Habitação, com participação social e que considere:a) o diagnóstico das condições de moradia no Município;b) a articulação com os planos e programas da região metropolitana;c) a definição de metas de atendimento da demanda até 2008 e 2012;d) a definição de diretrizes e a identificação de demandas por região, subsidiando a formulação dos planos regionais;IV ­ elaborar e tornar público o Plano Municipal de Habitação até 30 de abril de2008;V ­ buscar a integração dos três níveis de governo para a formulação de um plano de ação conjunta para a promoção de Habitação de Interesse Social no Município;VI   ­   reservar parcela das unidades habitacionais  para o atendimento aos idosos, aos portadores de necessidades especiais e à população em situação de rua;VII   ­   aplicar   nas   Zonas   Especiais   de   Interesse   Social   –   ZEIS,   os instrumentos   relativos  à   regularização   fundiária  e,  quando  couber,  a concessão especial  para fim de moradia, previstos na Lei Federal  nº 10.257, de 10 de julho de 2001 – Estatuto da Cidade;VIII   ­   divulgar,   de   forma   acessível,   a   legislação   pertinente   a empreendimentos e projetos habitacionais;

IX   ­   agilizar   a   aprovação   dos   empreendimentos   de   interesse   social estabelecendo   acordos   de   cooperação   técnica   entre   os   órgãos envolvidos;X   ­   investir   no   sistema   de   fiscalização   integrado   nas   áreas   de preservação e proteção ambiental constantes deste plano, de forma a impedir o surgimento de ocupações irregulares;XI ­ reformar imóveis da Prefeitura destinados a programas de locação social;XII   ­  nas Operações Urbanas priorizar  o atendimento habitacional  às famílias de baixa renda, que venham a ser removidas em função das obras   previstas   no   respectivo   Programa   de   Intervenções,   devendo preferencialmente, ser assentadas no perímetro dessas operações, nas proximidades ou, na impossibilidade destas opções, em outro local a ser estabelecido com a participação das famílias;XIII   ­   apoiar   a   formação   de   técnicos   na   área   de   habitação, estabelecendo   parcerias   com   universidades,   centros   de   pesquisa tecnológica, entidades de classe, iniciativa privada e organizações não­governamentais;XIV ­ implementar subsídio direto, pessoal, intransferível e temporário na   aquisição   ou   locação   social,   bem   como   criar   instrumentos   que possibilitem   a   inserção   de   todos   os   segmentos   da   população   no mercado imobiliário;XV ­ compatibilizar a legislação de Habitação de Interesse Social ­ HIS com as diretrizes estabelecidas neste plano;XVI ­ realizar, periodicamente, as Conferências Municipais de Habitação para definição da política municipal  de habitação, e para  implantar  o Conselho  Municipal  de  Habitação,  democrático  e  representativo,  que administre  os   recursos  destinados  aos  programas para  produção  de moradia em Itaboraí.

3. A definição de objetivos (e o grau de concretude dos mesmos) e o eventual estabelecimento de metas concretas.

Ao   que   parece,   em   vários   aspectos   a   política   de   habitação   poderá   ser 

implementada.

4.   A   definição   de   uma   estratégia   de   aumento   da   na   cidade   pela   intervenção regulatória, urbanística e fiscal na dinâmica de uso e ocupação do solo urbano.

Ao que parece, o Macrozoneamento, seus desdobramentos, os instrumentos 

previstos, e, a articulação entre os mesmos  atendem a pergunta.

5. A definição de instrumentos específicos visando a produção de moradia popular.

Verificar se o plano define instrumentos específicos voltados para cooperativas populares.

O PD prevê no Art. 81: atuar em conjunto com o Estado, a União e a Caixa 

Econômica Federal para a criação de um banco de dados de uso compartilhado com 

informações sobre a demanda e oferta de moradias,  programas de  financiamento, 

custos de produção e projetos.

6. A criação de programas específicos (urbanização de favelas, regularização deloteamentos, etc.)

Não   foi   identificada   a   criação   de   programas   específicos   (urbanização   de 

favelas, regularização de loteamentos, etc.), mas, no Art. 175 a legislação o PD prevê 

que lei específica possibilitará a regularização das edificações, parcelamento, uso e 

ocupação   do   solo,   em   situações   tecnicamente   viáveis   e   compatíveis   com   as 

prioridades e diretrizes definidas na Lei Complementar, condicionada à realização de 

obras   e   ações   necessárias   para   garantir   estabilidade   jurídica,   estabilidade   física, 

salubridade e segurança de uso de forma a incorporar os assentamentos e imóveis ao 

tecido urbano regular.

7. A utilização dos instrumentos previstos no Estatuto da Cidade – em especial, 

(i) a  instituição de ZEIS – Zonas Especiais de Interesse Social,   inclusive em áreas vazias;

(ii) a demarcação de áreas dotadas de infra­estrutura, inclusive em centrais, para fins de habitação popular; 

(iii) o estabelecimento de parâmetros de uso e ocupação do solo condizentes com os princípios da função social da propriedade; 

(iv) a outorga onerosa do direito de construir; 

(v) o parcelamento compulsório e o IPTU progressivo – e sua relação com a política de habitação definida no plano diretor, observando a aplicação desses instrumentos em áreas definidas, seus objetivos e o estabelecimento de prazos.

Não observado.

8.   O   uso   de   outros   instrumentos   voltados   para   a   política   habitacional   tais   como consórcios   imobiliários,  operações  interligadas  com destinação de  recursos para o Fundo de Habitação, etc.

Indefinido. 

9. O estabelecimento de plano municipal de habitação, a definição de objetivos, diretrizes e o estabelecimento de prazos.

Segundo o Art. 81 está prevista a elaboração, até 30 de abril de 2008, do Plano 

Municipal de Habitação, com a participação social, considerando:

a) o diagnóstico das condições de moradia no Município;b) a articulação com os planos e programas da região metropolitana;c) a definição de metas de atendimento da demanda até 2008 e 2012;d)   a   definição   de   diretrizes   e   a   identificação   de   demandas   por   região, subsidiando a formulação dos planos regionais.

10. A existência de princípios e objetivos que visem a ação articulada com os níveis de governo estadual e federal.

Segundo o Art. 81 estão previstos:  atuar em conjunto com o Estado, a União e 

a   Caixa   Econômica   Federal   para   a   criação   de   um   banco   de   dados   de   uso 

compartilhado com informações sobre a demanda e oferta de moradias, programas de 

financiamento,   custos   de   produção   e   projetos;   elaborar   o   Plano   Municipal   de 

Habitação, com participação social e que considere: a articulação com os planos e 

programas da região metropolitana e buscar a integração dos três níveis de governo 

para a formulação de um plano de ação conjunta para a promoção de Habitação de 

Interesse Social no Município.

11. A instituição de fundo específico de habitação de interesse social, ou de fundo de desenvolvimento urbano (desde que também seja destinado à habitação), e suas fontes de recursos, observando: 

(i) o detalhamento da destinação dos recursos do Fundo; 

Os recursos do Fundo de Desenvolvimento Urbano ­ FURBI serão aplicados 

com   base   na   Lei   Federal   nº   10.257,   de   10   de   julho   de   2001,   e   nesta   Lei 

Complementar, em:

I   ­   execução   de   programas   e   projetos   habitacionais   de   interesse   social, incluindo a regularização fundiária e a aquisição de imóveis para constituição de reserva fundiária;II ­ transporte coletivo público urbano;III   ­   ordenamento   e   direcionamento   da   expansão   urbana,   incluindo   infra­estrutura, drenagem e saneamento;IV ­ implantação de equipamentos urbanos e comunitários, espaços públicos de lazer e áreas verdes;V ­ proteção de outras áreas de  interesse histórico,  cultural  ou paisagístico, incluindo  o  financiamento  de obras em  imóveis  públicos  classificados  como ZEPAC;VI ­ criação de unidades de conservação ou proteção de outras áreas de interesse ambiental. 

(ii) quem gere o Fundo criado: 

O FURBI será administrado por um Conselho Gestor, composto por membros 

indicados pelo Executivo, garantida a participação da sociedade.

(iii) quais são as receitas do Fundo; 

O Fundo de Desenvolvimento Urbano ­ FURBI será  constituído de recursos 

provenientes de:

I   ­   dotações   orçamentárias   e   créditos   adicionais   suplementares   a   ele destinados;II ­ repasses ou dotações de origem orçamentária da União ou do Estado de Itaboraí a ele destinados;III ­ empréstimos de operações de financiamento internos ou externos;IV ­ contribuições ou doações de pessoas físicas ou jurídicas;V ­ contribuições ou doações de entidades internacionais;VI ­ acordos, contratos, consórcios e convênios;VII ­ rendimentos obtidos com a aplicação do seu próprio patrimônio;VIII ­ outorga onerosa do direito de construir;IX ­ contribuição de melhoria decorrente de obras públicas realizadas com base na lei do Plano Diretor, excetuada aquela proveniente do asfaltamento de vias públicas;X ­ receitas provenientes de concessão urbanística;XI ­ retornos e resultados de suas aplicações;XII   ­  multas,  correção monetária  e  juros recebidos  em decorrência  de suas aplicações;XIII ­ de transferência do direito de construir;

XIV ­ outras receitas eventuais.

Os recursos financeiros advindos da aplicação do Termo de Compromisso 

Ambiental – TCA e do Termo de Ajustamento de Conduta – TAC constituirão receita 

que integrará o Fundo de Desenvolvimento Urbano ­ FURBI.

 (iv) a necessidade de legislação específica; 

Não identificado

(v) prazos estabelecidos.

Não identificado

12. A existência de definições relativas ao orçamento municipal (PPA, LDO e LOA), como tornar obrigatório a existência de um Programa de Habitação a ser contemplado nos instrumentos orçamentários PPA, LDO e LOA ou a determinação de prioridades de investimentos, a definição de obras e investimentos concretos na área habitacional, por exemplo.

Não   foram   identificadas   determinações   de   prioridades   de   investimentos,   a 

definição de obras e investimentos concretos, mas, considerando os Fundos integram 

o orçamento municipal e que FURBI diretrizes para aplicação. 

13. A definição de critérios de gênero, etnia/raça ou de outras políticas afirmativas.

Não observado. 

14. O grau de auto­aplicabilidade das definições estabelecidas na política habitacional.

Especialmente no que se refere às ZEIS o PD nos parece que as definições 

estabelecidas na política habitacional são auto aplicáveis.

15.  A  definição  dos   instrumentos  e   mecanismos  de  controle   social   na   política  de habitação.

No Art.  80,  dentre as diretrizes para a Política Habitacional  está  previsto:  a 

consolidação do Conselho Municipal de Habitação e demais instâncias de participação 

do setor como as Conferências Municipais de Habitação e o Orçamento Participativo.

III – O Plano Diretor e a Política de Saneamento Ambiental.

Buscar­se­á identificar:1.   A   existência   de   diagnóstico   identificando   a   situação   do   município   na   área   do saneamento   ambiental,   com   ênfase   nas   desigualdades   sociais   no   acesso   ao abastecimento de água, à rede de esgotos e à coleta de resíduos sólidos, bem como a situação social relativa à gestão de recursos hídricos, em especial à drenagem urbana e seus impactos sobre as áreas sujeitas às enchentes.

Itaboraí não contou com diagnóstico detalhado, conforme já comentado.

2. As diretrizes estabelecidas para a política de saneamento ambiental, identificando se o PD apresenta uma visão integrada de saneamento ambiental.  Aqui também é fundamental   verificar   se   na   política   de   uso   do   solo   há   definições   relativas   à disponibilidade de infra­estrutura de saneamento

O   PD   de   Itaboraí   criou   subseções   para   Recursos   Hídricos,   Saneamento 

Básico, Drenagem e resíduos Sólidos.Vejamos:

Os objetivos relativos aos Recursos Hídricos, previstos no Art. 61, são:

I   ­   assegurar   a   existência   e   o   desenvolvimento   das   condições   básicas   de produção, regularização, disponibilização e conservação de recursos hídricos necessários  ao atendimento  da população  e das  atividades  econômicas do Município;II   ­ garantir  a participação do Município na gestão da Bacia Hidrográfica da Bacia   do   Caceribú/Macacú   e   no   conjunto   das   suas   Áreas   de   Proteção   e Recuperação de Mananciais ­ APRMs, assegurando maximização econômica, social   e   ambiental   da   produção   de   água   nos   mananciais   e   aqüíferos   que abastecem o Município.

O PD definiu, no Art. 64, objetivos para os Serviços de Saneamento, a saber:

I ­ assegurar a qualidade e a regularidade plena no abastecimento de água para consumo humano e outros fins, capaz de atender as demandas geradas em seu território;II ­ reduzir as perdas físicas da rede de abastecimento;III ­ completar as redes de coleta e afastamento dos esgotos, encaminhando­os para tratamento nas atuais estações;IV ­ incentivar a implantação de novos sistemas de tratamento de esgotos e de abastecimento de água;V ­ despoluir cursos de água, recuperar talvegues e matas ciliares;VI ­ reduzir a poluição afluente aos corpos de água através do controle de cargas difusas;

VII ­ criar e manter atualizado cadastro das redes e instalações. 

No Art. 67, objetivos para o Sistema de Drenagem Urbana:

I   ­   equacionar   a   drenagem   e   a   absorção   de   águas   pluviais   combinando elementos naturais e construídos;II   ­  garantir  o  equilíbrio  entre absorção,   retenção e escoamento de águas 

pluviais;III ­ interromper o processo de impermeabilização do solo;IV   ­   conscientizar   a   população   quanto  à   importância   do   escoamento   das 

águas pluviais;V ­ criar e manter atualizado cadastro da rede e instalações de drenagem em 

sistema georeferenciado.

E, no Art. 70, são definidos objetivos relativos à política de Resíduos Sólidos:

I  ­  proteger a saúde humana por meio do controle de ambientes  insalubres derivados de manejo e destinação inadequados de resíduos sólidos;II ­ promover um ambiente limpo e bonito por meio do gerenciamento eficaz dos resíduos sólidos e recuperação do passivo paisagístico e ambiental;III ­ erradicar o trabalho infantil pela inclusão social da família que sobrevive com a comercialização de resíduos;IV   ­   implantar   mecanismos   de   controle   social   do   Estado   e   dos   serviços contratados;V   ­   preservar   a   qualidade   dos   recursos   hídricos   pelo   controle   efetivo   do descarte de resíduos em áreas de mananciais;VI ­ implementar uma gestão eficiente e eficaz do sistema de limpeza urbana;VII ­ promover oportunidades de trabalho e renda para a população de baixa renda   pelo   aproveitamento   de   resíduos   domiciliares,   comerciais   e   de construção civil, desde que aproveitáveis, em condições seguras e saudáveis;VIII ­ minimizar a quantidade de resíduos sólidos por meio da prevenção da geração excessiva, incentivo ao reuso e fomento à reciclagem;IX  ­  minimizar  a  nocividade  dos  resíduos sólidos  por  meio  do controle  dos processos de geração de resíduos nocivos e fomento à busca de alternativas com menor grau de nocividade;X  ­   implementar  o  tratamento e o depósito  ambientalmente  adequados  dos resíduos remanescentes;XI ­ controlar a disposição inadequada de resíduos pela educação ambiental, oferta de instalações para disposição de resíduos sólidos e fiscalização efetiva;XII ­ recuperar áreas públicas degradadas ou contaminadas;XIII ­ repassar o custo das externalidades negativas aos agentes responsáveis pela produção de resíduos que sobrecarregam as finanças públicas.

3.   A   definição   de   objetivos   (e   o   grau   de   concretude   dos   mesmos)   e   o   eventual estabelecimento de metas concretas. Verificar se o PD apresenta alguma definição sobre a titularidade municipal do serviço ou sobre o papel do município na gestão dos serviços,  se   traz  alguma  indicação  de privatização  dos mesmos,  ou ainda  se  traz alguma informação relativa ao contrato com a prestadora de serviços.

Não observado.

4. A definição de instrumentos específicos visando a universalização do acesso aos serviços de saneamento ambiental.

 A previsão de saneamento ambiental para todos é um princípio do PD ainda 

que não tenham sido observados instrumentos específicos para sua concretização.

5. A utilização dos instrumentos previstos no Estatuto da Cidade – em especial, 

(i) a  instituição de ZEIS – Zonas Especiais de Interesse Social,   inclusive em áreas vazias; 

O PD delimitou ZEIS 1 e 2.

(ii) a demarcação de áreas dotadas de infra­estrutura, inclusive em centrais, para fins de habitação popular; 

Ainda que não esteja, demarcadas o PD prevê que áreas com predominância 

de terrenos ou edificações subutilizados situados em áreas dotadas de infra­estrutura, 

serviços  urbanos  e  oferta  de  empregos,  ou  que  estejam  recebendo   investimentos 

desta natureza, onde haja interesse público, expresso por meio desta lei, dos planos 

regionais   ou   de   lei   específica,   em   promover   ou   ampliar   o   uso   por   Habitação   de 

Interesse  Social  –  HIS  ou  do Mercado  Popular  –  HMP,  e  melhorar  as  condições 

habitacionais da população moradora.

(iii) o estabelecimento de parâmetros de uso e ocupação do solo condizentes com os princípios da função social da propriedade; 

(iv) a outorga onerosa do direito de construir; 

Previsto.

(v) o parcelamento compulsório e o IPTU progressivo – e sua relação com a política de saneamento ambiental definida no plano diretor, observando a aplicação desses instrumentos em áreas definidas, seus objetivos e o estabelecimento de prazos.

Não observado na perspectiva do saneamento ambiental.

6.   A   utilização   de   outros   instrumentos   para   viabilizar   a   política   de   saneamento ambiental , tais como direito de preempção sobre áreas destinadas a implementação de estação de  tratamento  de efluentes;   transferência  de direito  de construir  sobre perímetros   a   serem   atingidos   por   obras   de   implementação   de   infra­estrutura   de saneamento, etc.

Indefinido. 

7. O estabelecimento de plano municipal de saneamento ambiental, a definição de objetivos, diretrizes e o estabelecimento de prazos.

Não.

8. A existência de princípios e objetivos que visem a ação articulada com os níveis degoverno estaduais e federal.

No   Art.   65,   voltado   para   a   definição   de   diretrizes   para   Serviços   de 

Saneamento:  prevê   no   inciso   X:   o   estabelecimento   de   programa   articulando   os 

diversos  níveis  de governo e  concessionária  para   implementação de cadastro das 

redes e instalações existentes.

9.   A   instituição   de   fundo   específico   de   saneamento   ambiental,   ou   de   fundo   de desenvolvimento   urbano   (desde   que   também   seja   destinado   ao   saneamento ambiental), e suas fontes de recursos, observando: (i) o detalhamento da destinação dos recursos do Fundo; (ii) quem gere o Fundo criado; (iii) quais são as receitas do Fundo; (iv) a necessidade de legislação específica; (v) prazos estabelecidos.

Não foi observado.

10. A existência de definições relativas ao orçamento municipal (PPA, LDO e LOA), como a  determinação  de prioridades  de   investimentos,  ou  a  definição  de  obras  e investimentos concretos na área de saneamento ambiental, por exemplo.

Não foi observado. 

11. A definição de critérios de gênero, etnia/raça ou de outras políticas afirmativas.

Segundo   o   Art.   22,   as   ações   do   Poder   Público   devem   garantir   a 

transversalidade   das   políticas   de   gênero   e   raça,   e   as   destinadas   às   crianças   e 

adolescentes,  aos  jovens,  idosos e pessoas portadoras de necessidades especiais, 

permeando   o   conjunto   das   políticas   sociais   e   buscando   alterar   a   lógica   da 

desigualdade e discriminação nas diversas áreas.

12. O grau de auto­aplicabilidade das definições estabelecidas na política de saneamento ambiental.

Indefinido. 

13.  A definição de uma política  de extensão da  rede de serviços de saneamento ambiental na expansão urbana.

Não foi identificada uma política propriamente dita, apenas algumas indicações 

como no Art. 65, onde dentre as diretrizes para Serviços de Saneamento, encontra­se: 

o estabelecimento de programa de  implantação de sistemas alternativos de coleta, 

afastamento   e   tratamento   de   esgotos,   principalmente   em   assentamentos   isolados 

periféricos, mediante entendimentos com a concessionária.

14.  A  definição  dos   instrumentos  e   mecanismos  de  controle   social   na   política  de saneamento ambiental.

Não foi observado. 

IV – O Plano Diretor e a Política de Mobilidade e Transporte.Buscar­se­á identificar:1.   A   existência   de   diagnóstico   identificando   a   situação   do   município   na   área   da mobilidade e do transporte, com ênfase nas desigualdades sociais no acesso as áreas centrais (trabalho, escola e lazer). 

Não foi identificado diagnóstico.

2. A s diretrizes estabelecidas para a política de mobilidade e transporte, com ênfase na inclusão social. Identificar­se­á a existência de alguma política ou diretrizes relativa às tarifas.

No Art. 84, dentre as ações estratégicas da Política de Circulação Viária e de 

Transportes está previsto: implantar sistema diferenciado de transporte coletivo com 

tarifas especiais para atrair o usuário de automóvel.

3. Deve ser avaliado se as diretrizes e os objetivos de intervenção visam: a) conformar

o sistema de transportes pela definição de modais com funções diferentes; c) definição do modal prioritário a ser estimulado pelo poder público; c) a existência de princípios regulatórios; d) a existência de diretrizes para integração de modais; e) a definição de uma hierarquização do sistema viário.

A hierarquização do sistema viário está prevista e mapeada (Art. 110) e no Art. 

125 está definido que a Rede Estrutural de Transporte Público Coletivo dará suporte 

físico ao Sistema Integrado de Transporte Coletivo, a ser criado por Lei Municipal, e 

composto por:

I ­ Subsistema Estrutural, definido pelo conjunto de linhas de Transporte Coletivo Público de Passageiros, que atendem a demandas elevadas e integram as diversas regiões da Cidade;II ­ Subsistema Local, formado pelo conjunto de linhas de Transporte Coletivo Público de Passageiros, que atendem a demandas internas de uma mesma região e alimentam o Subsistema Estrutural.

Os demais itens não foram observados. 

4.   A   definição   de   objetivos   (e   o   grau   de   concretude   dos   mesmos)   e   o   eventual estabelecimento de metas concretas.

Indefinido. 

5.  A definição  de   instrumentos  específicos  visando  a  ampliação  da mobilidade  da população e promoção de serviços de transporte público de qualidade (identificando a existência de política de promoção de ciclovias e transportes não­poluentes e/ou não­motorizados).

A idéia de construir ciclovias ao longo dos parques lineares está atrelada aos 

objetivos do Programa de Recuperação Ambiental de Cursos de Água (Art. 107).

6. A utilização dos instrumentos previstos no Estatuto da Cidade – em especial,  (i) a instituição de ZEIS – Zonas Especiais de Interesse Social, inclusive em áreas vazias;

Foram previstas ZEIS 1 e 2.

(ii) a demarcação de áreas dotadas de infra­estrutura, inclusive em centrais, para fins de habitação popular; 

Apenas a ZEIS 2.

(iii) o estabelecimento de parâmetros de uso e ocupação do solo condizentes com os princípios da função social da propriedade; 

A definir na lei de uso e ocupação do solo.

(iv) a outorga onerosa do direito de construir; 

Previsto.

(v) o parcelamento compulsório e o IPTU progressivo – e sua relação com a política de mobilidade e transportes definida no plano diretor, observando a aplicação desses instrumentos em áreas definidas, seus objetivos e o estabelecimento de prazos.

Não observado.

7. A utilização de outros instrumentos vinculados à política de transporte/mobilidade, tais como: operações urbanas consorciadas para viabilizar  intervenções no sistema viário e/ou sistemas de transporte coletivo, transferência de potencial construtivo de perímetros a serem atingidos por obras de implementação de infra­estrutura, outorga onerosa de potencial construtivo etc.

Não observado.

8. O estabelecimento de plano municipal de mobilidade e/ou de plano viário da cidade, seus objetivos, suas diretrizes e o estabelecimento de prazos.

Não.

9. A existência de princípios e objetivos que visem a ação articulada com os níveis de governo estaduais e federal.  No caso de municípios  integrantes de RM, verificar a existência de propostas referentes à integração do sistema, integração tarifária, etc

Segundo o Art.  82 dentre os objetivos da política de Circulação Viária e de 

Transportes o inciso XV, define: garantir e melhorar a ligação do Município de Itaboraí 

com a região metropolitana, com o país e com o exterior.

10.  A  instituição de  fundo específico de mobilidade e  transportes,  ou de  fundo de desenvolvimento urbano (desde que também seja destinado a área de transporte e mobilidade), e suas fontes de recursos, observando: (i) o detalhamento da destinação dos recursos do Fundo; (ii) quem gere o Fundo criado; (iii) quais são as receitas do Fundo; (iv) a necessidade de legislação específica; (v) prazos estabelecidos.

Não observado.

11. A existência de definições relativas ao orçamento municipal (PPA, LDO e LOA), como a  determinação  de prioridades  de   investimentos,  ou  a  definição  de  obras  e investimentos concretos na área de mobilidade e transportes, por exemplo.

Não.

12. A definição de critérios de gênero, etnia/raça ou de outras políticas afirmativas.

Não.

13. O grau de auto­aplicabilidade das definições estabelecidas na política de mobilidade e transportes.

Indefinido. 

14. A definição de uma política de extensão da rede de serviços de transportes públicos na expansão urbana.

O PD prevê no Art. 83 implantar novas vias ou melhoramentos viários em áreas 

em que o sistema viário estrutural se apresente insuficiente, em função do transporte 

coletivo;   e   no   Art   84,   adequar   o   sistema   viário,   tornando­o   mais   abrangente   e 

funcional,   especialmente   nas   áreas   de   urbanização   incompleta,   visando   à   sua 

estruturação e ligação interbairros.

15. A definição dos instrumentos e mecanismos de controle social na política de transporte e mobilidade.

O PD prevê, no Art. 84 implantar plano para monitoramento, regulação e 

controle da movimentação de cargas, bens e serviços.

V – O Plano Diretor e a Política de Meio Ambiente.Buscar­se­á identificar:1. A existência de diagnóstico identificando a situação do município na área do meio ambiente,   com   ênfase   nas   desigualdades   sociais   relacionadas   aos   impactos   da degradação do meio ambiente sobre as diferentes áreas da cidade (localização de depósitos   de   lixo   ou   de   resíduos   tóxicos,   disponibilidade   de   áreas   verdes,   por exemplo), na perspectiva da justiça sócio­ambiental.

Não observado.

2.   As   diretrizes   estabelecidas   para   a   política   de   meio   ambiente.   Verificar particularmente se existem dispositivos restritivos à  moradia de  interesse social  (por exemplo, remoções de moradias em áreas de preservação).

Segundo   o   Art.   54,   a   Política   Ambiental   no   Município   se   articula   às   diversas 

políticas   públicas   de   gestão   e   proteção   ambiental,   de   áreas   verdes,   de   recursos 

hídricos,  de saneamento básico,  de drenagem urbana e de coleta e destinação  de 

resíduos sólidos.

E o Art. 55 define os objetivos da Política Ambiental:

I ­ implementar as diretrizes contidas na Política Nacional do Meio Ambiente,Política Nacional de Recursos Hídricos, Política Nacional de Saneamento, Programa Nacional de Controle da Qualidade do Ar, Lei Orgânica do Município e demais normas correlatas e regulamentares da legislação federal, estadual e municipal, no que couber;II ­ proteger e recuperar o meio ambiente e a paisagem urbana;III ­ controlar e reduzir os níveis de poluição e de degradação em quaisquer de suas formas;IV ­ pesquisar, desenvolver e fomentar a aplicação de tecnologias orientadas ao uso racional e à proteção dos recursos naturais;V ­ ampliar as áreas integrantes do Sistema de Áreas Verdes do Município;VI ­ incentivar a adoção de hábitos, costumes, posturas, práticas sociais e econômicas que visem à proteção e restauração do meio ambiente;VII ­ preservar os ecossistemas naturais e as paisagens notáveis;VIII ­ garantir a produção e divulgação do conhecimento sobre o meio ambiente por um sistema de informações integrado.

As diretrizes da Política Ambiental do Município, Art. 56, envolvem:

I ­ a aplicação dos instrumentos de gestão ambiental, estabelecidos nas legislações federal, estadual e municipal, bem como a criação de outros instrumentos, adequando­os às metas estabelecidas pelas políticas ambientais;II ­ o estabelecimento do zoneamento ambiental compatível com as diretrizes para ocupação do solo;III ­ o controle do uso e da ocupação de fundos de vale, áreas sujeitas à inundação, mananciais, áreas de alta declividade e cabeceiras de drenagem;IV ­ a ampliação das áreas permeáveis no território do Município;V ­ a orientação e o controle do manejo do solo nas atividades agrícolas;VI ­ a minimização dos impactos negativos das atividades de mineração e movimentos de terra;VII ­ o controle da poluição da água, do ar e a contaminação do solo e subsolo;VIII ­ a definição de metas de redução da poluição;IX ­ a implementação do controle de produção e circulação de produtos perigosos.

3.   A   definição   de   objetivos   (e   o   grau   de   concretude   dos   mesmos)   e   o   eventual estabelecimento de metas concretas.

Indefinido. 

4. A definição de instrumentos específicos visando a sustentabilidade ambiental(zoneamento ambiental e instrumentos jurídicos e fiscais). Verificar se o plano tem definições – e quais – e relativas aos seguintes pontos:

(i) Delimitação de Áreas de restrição ambiental. (ii) Delimitação de Áreas de utilização e conservação dos recursos naturais. 

Não

(ii) Delimitação de Áreas de preservação permanente em função de situações críticas existentes.

 Sim.  Segundo o Art. 152 – As Zonas Especiais de Preservação Ambiental – 

ZEPAM’s – são porções do território destinadas a proteger ocorrências ambientais 

isoladas, tais como remanescentes de vegetação significativa e paisagens naturais 

notáveis, áreas de reflorestamento e áreas de alto risco onde qualquer intervenção 

será analisada especificamente.

(iv) Delimitação de Áreas a serem revitalizadas.

 Não

(v) Delimitação de Áreas a serem recuperadas ambientalmente. 

Não

(vi) Delimitação de unidades de conservação.

Sim Segundo o Art. 155 – A Zona Especial de Preservação Permanente – 

ZEPP – compreende, independentemente de sua localização: as florestas 

preservadas; as áreas situadas acima da cota de altitude de 100m (cem metros); bem 

como as faixas marginais de cursos d’água, medida a partir do nível mais alto, em 

projeção horizontal, com largura mínima de:

a) 30 (trinta) metros para cursos d’água com menos de 10 (dez) metros de largura;b) 50 (cinqüenta) metros para cursos d’água com 50 (cinqüenta) metros de largura;80c) 100 (cem) metros para cursos d’água com 50 (cinqüenta) a 200 (duzentos) metros de largura;d) 200 (duzentos) metros para cursos d’água com 200 (duzentos) a 600 (seiscentos) metros de largura;e) 500 (quinhentos) metros para cursos d’água com mais de 600 (seiscentos) metrose largura;f) 50 (cinqüenta) metros ao redor de nascente ou olho d’água, ainda que intermitente;g) 50 (cinqüenta) metros ao redor de lagoas, lagos ou reservatórios naturais e artificiais.

(vii) Delimitação de zonas de transição entre as Áreas a serem preservadas, conservadas e ocupadas.

Não.

(viii) Delimitação de Áreas de recuperação e proteção da Fauna e Flora. 

Apenas indicadas de forma genérica

(ix) Delimitação de Áreas de recuperação e proteção de Recursos Hídricos. 

Apenas   indicadas   de   forma   genérica   Segundo   o   Art.   155   ­   As   Áreas   de 

Proteção   e   Recuperação   dos   Mananciais,   estabelecidas   pelas   leis   estaduais, 

localizadas no território do Município de Itaboraí, ficam incluídas na Zona Especial de 

Preservação Permanente – ZEPP, podendo estar, conforme suas características de 

ocupação, inseridas nas demais zonas acima referidas.

O PD prevê a execução de Zoneamento Ambiental

5. A compatibilização do planejamento territorial com o diagnóstico ambiental, através das seguintes definições:

(i) Delimitação de Áreas de Risco de Inundação. 

Não

(ii) Delimitação de Áreas de Risco Geológico. 

Não

(iii) Mapeamento da geomorfologia dos solos e aptidões.

 Não

(iv) Mapeamento de declividades. 

Não

( vi ) Delimitação de Áreas com restrição de impermeabilização dos solos. 

Não

(v)Delimitação de Áreas de ocupação e de expansão urbana, considerando as condições dos ecossistemas  locais  e a capacidade de suporte da  infra­estrutura. 

Sim

(vi) Delimitação de Áreas de risco à ocupação humana. 

Não

(vii) Delimitação de Áreas de atividades agrícolas. 

Sim.

(ix) Delimitação de Áreas de atividades de exploração. 

Sim.

(x) Localização preferencial de comércio, indústria e serviços. Sim.

(xi) Áreas especiais instituídas em correspondência com as atividades econômicas geradoras de impacto nos ecossistemas locais.

 Não

(xii)  Áreas especiais   instituídas em correspondência  com as atividades  de  infra­estrutura urbana geradoras de impacto nos ecossistemas locais.

 Não

6.  O estabelecimento  de  plano  municipal  de  meio  ambiente,  seus  objetivos,  suas diretrizes e o estabelecimento de prazos.

Ao que parece Itaboraí já conta com um Plano de Recuperação Ambiental de 

Cursos de Água e o PD prevê  a elaboração de: Plano de Recuperação das Áreas 

Verdes e Fundos de Vales e Lei de Zoneamento Ambiental. (Art. 253)

7. A existência de princípios e objetivos que visem a ação articulada com os níveis de governo estaduais e federal.

Na perspectiva da Política de Meio Ambiente não foram identificados.

8.  A  instituição de  fundo específico  de meio  ambiente e suas  fontes  de  recursos, observando: (i) o detalhamento da destinação dos recursos do Fundo; (ii) quem gere o Fundo criado; (iii) quais são as receitas do Fundo; (iv) a necessidade de legislação específica; (v) prazos estabelecidos.

O PD apenas cita entre os instrumentos de gestão ambiental o Fundo Especial 

do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. (Art. 181)

9. A existência de definições relativas ao orçamento municipal (PPA, LDO e LOA), como a determinação de prioridades de investimentos, ou a definição de obras e investimentos concretos na área ambiental, por exemplo.

O PD remete aos Planos Distritais deverão constar, no mínimo: indicação de 

prioridades, metas e orçamento regional, para a Subprefeitura (Art. 260).

10. A definição de critérios de gênero, etnia/raça ou de outras políticas afirmativas.

Não.

11.  O grau de auto­aplicabilidade das definições estabelecidas na política de meio ambiente.

Indefinido. 

12. A definição dos instrumentos e mecanismos de controle social na política de meio ambiente.

O Art. 60 define, dentre as ações estratégicas, para as Áreas Verdes: implantar 

o Conselho Gestor dos Parques Municipais.

VI   –   O   Plano   Diretor   e   a   Política   Metropolitana   (apenas   para   os   municípios situados em regiões metropolitanas).

Segundo a tipologia produzida pelo Observatório sobre o grau de integração 

dos municípios às metrópoles Itaboraí conta com  ALTA INTEGRAÇÃO  e grau  MÉDIO 

quando considerado na perspectiva de condição social.

Segundo o Art. 14: é objetivo do desenvolvimento econômico e social sintonizar 

o desenvolvimento econômico da Cidade e a sua polaridade como centro industrial, 

comercial e de serviços com o desenvolvimento social e cultural, a proteção ao meio 

ambiente, a configuração do espaço urbano pautado pelo interesse público e a busca 

da   redução   das   desigualdades   sociais   e   regionais   presentes   no   Município.   Para 

alcançar o objetivo descrito no “caput” deste artigo, o Município deverá  articular­se 

com os demais municípios da Região Metropolitana do Rio de Janeiro e instâncias do 

governo estadual e federal.

1.   A   existência   de   diagnóstico   identificando   a   situação   do   município   no   contexto metropolitano,  com ênfase nos problemas de coordenação  e  cooperação entre  os municípios e nas desigualdades sociais existentes na metrópole.

Não um diagnóstico propriamente dito. A Prefeitura disponibilizou em CD, um 

trabalho descritivo contendo informações construídas para embasar o PD.

2. As diretrizes estabelecidas na perspectiva da integração do município à metrópole.

Dentre as diretrizes destacamos:

Art. 16 – São ações estratégicas no campo do desenvolvimento econômico e social:

IX   ­   incrementar   o   comércio   e   as   exportações   em   âmbito   municipal   e metropolitano;X ­ incentivos ao turismo rural, cultural e de negócios em âmbito municipal e metropolitano;

Art. 19 ­ São ações estratégicas para o turismo:I ­ apoiar e criar incentivos ao turismo cultural, ambiental, religioso, rural e de negócios em âmbito municipal e metropolitano;

Art. 83 ­ São diretrizes para a política de Circulação Viária e de Transportes:

I ­ a articulação de todos os meios de transporte que operam no Município em uma rede única, de alcance metropolitano, integrada física e operacionalmente;

Art.   84   –   São   ações   estratégicas   da   Política   de   Circulação   Viária   e   de Transportes:

I   ­   implantar   Rede   Integrada   de   Transporte   Público   Coletivo,   integrando   o sistema   metropolitano   e   o   sistema   municipal   de   ônibus,   reorganizado   e racionalizado;

Art. 246 – Os planos integrantes do processo de gestão democrática da Cidade 

deverão  ser   compatíveis  entre   si   e   seguir  as  políticas  de  desenvolvimento 

urbano  contidas  nesta  Lei  Complementar,   bem como  considerar  os  planos 

intermunicipais   e   metropolitanos   de   cuja   elaboração   a   Prefeitura   tenha 

participado.

3.   A   definição   de   objetivos   (e   o   grau   de   concretude   dos   mesmos)   e   o   eventual estabelecimento de metas concretas visando uma política metropolitana.

Indefinido. 

4.   A   definição   de   instrumentos   específicos   visando   a   gestão   compartilhada   e cooperativa   com   outros   municípios   metropolitanos   (por   exemplo,   a   definição   de consórcios municipais) e se envolve outros âmbitos federativos (estados e união).

Não foi identificado.

5.   O   grau   de   auto­aplicabilidade   das   definições   estabelecidas   na   política metropolitana.

Indefinido. 

D – Sistema de Gestão e Participação Democrática

Nesse item, a avaliação está centrada nos seguintes objetivos:(i) Identificar  os elementos presentes nos planos diretores que garantam a 

implementação do estatuto das cidades nos itens referentes à participação social no planejamento e gestão das cidades.

O Art. 263 prevê:

I ­ Conferência Municipal da Cidade;

II ­ Conferência Municipal de Desenvolvimento Urbano;III ­ Assembléias Regionais de Política Urbana;IV ­ Conselho Municipal de Política Urbana;V ­ audiências públicas;VI ­ iniciativa popular de projetos de lei, de planos, programas e projetos dedesenvolvimento urbano;VII ­ conselhos reconhecidos pelo Poder Executivo Municipal;VIII ­ assembléias e reuniões de elaboração do Orçamento Municipal;IX ­ programas e projetos com gestão popular;X ­ Comissão de Legislação Participativa da Câmara Municipal de Itaboraí.

(ii) Identificar se o plano regulamenta ou prevê a criação de Conselhos das Cidades e outros mecanismos de participação.

O   PD   define   no   Art.   269   competências   do   Conselho   Municipal   de Política Urbana – ITA ­ URBE:

I ­ debater relatórios anuais de Gestão da Política Urbana;II ­ analisar questões relativas à aplicação do Plano Diretor Estratégico;III ­ debater propostas e emitir parecer sobre proposta de alteração da Lei do Plano Diretor Estratégico;IV ­ acompanhar a implementação dos objetivos e diretrizes do Plano Diretor  e a execução dos planos,  programas e projetos de  interesse para o desenvolvimento urbano e ambiental;V   ­   debater   diretrizes   e   acompanhar   a   aplicação   dos   recursos   do FURBI;VI   ­   acompanhar   o   Planejamento   e   a   Política   de   Desenvolvimento Urbano doMunicípio;VII ­ coordenar a ação dos Conselhos Setoriais do Município, vinculados à política urbana e ambiental;VIII ­ debater as diretrizes para áreas públicas municipais;IX ­ debater propostas sobre projetos de lei de interesse urbanístico;X ­ elaborar e aprovar regimento interno.

(iii) Identificar a relação entre as ações do PD e o processo orçamentário (PPA, LDO eLOA).

Não apresenta relação direta.

(iv) Identificar as referências e definições relativas à estrutura de gestão da Prefeitura e as condições para o planejamento das ações e seu monitoramento.

Segundo o Art. 263, é assegurada a participação direta da população em todas 

as fases do processo de gestão democrática da Política Urbana da Cidade mediante 

as seguintes instâncias de participação:

I – Conferência Municipal da Cidade;II ­ Conferência Municipal de Desenvolvimento Urbano;III ­ Assembléias Regionais de Política Urbana;IV ­ Conselho Municipal de Política Urbana;V ­ audiências públicas;VI ­ iniciativa popular de projetos de lei, de planos, programas e projetos de desenvolvimento urbano;VII ­ conselhos reconhecidos pelo Poder Executivo Municipal;VIII ­ assembléias e reuniões de elaboração do Orçamento Municipal;IX ­ programas e projetos com gestão popular;X ­ Comissão de Legislação Participativa da Câmara Municipal de Itaboraí.

E ainda: no Art. 34, ao definir as diretrizes da Saúde o PD prevê: a implantação 

e a regulamentação dos conselhos gestores distritais e locais de saúde, garantindo a 

participação da população nas deliberações e na execução das políticas públicas de 

saúde no Município.

 Questões centrais:1. A existência de previsão de audiências públicas obrigatórias. Se sim, em que casos?

Sim.   Segundo   o   Art.   271,   serão   realizadas   no  âmbito  do  Poder  Executivo 

audiências públicas referentes a empreendimentos ou atividades públicas ou privadas 

em   processo   de   implantação,   de   impacto   urbanístico   ou   ambiental   com   efeitos 

potencialmente negativos sobre a vizinhança no seu entorno, o meio ambiente natural 

ou construído, o conforto ou a segurança da população, para os quais serão exigidos 

estudos  e   relatórios  de   impacto  ambiental  e  de  vizinhança  nos   termos que   forem 

especificados em lei municipal.

2. As definições relativas às consultas públicas (plebiscito; referendo popular ou outras)

Segundo o Art. 274, o plebiscito e o referendo serão convocados e realizados 

com base na legislação federal pertinente e nos termos da Lei Orgânica Municipal.

3. As definições relativas às Conferências (identificar quais) e sua peridiocidade. 

No Art. 266 o PD prevê que as Conferências Municipais da Cidade de Itaboraí 

e as de Política Urbana ocorrerão ordinariamente a cada dois anos, alternadamente, e 

extraordinariamente quando convocadas e serão compostas por delegados eleitos nas 

assembléias   distritais   de   Política   Urbana   e   por   representantes   das   universidades 

situadas   no   Município   de   Itaboraí,   entidades   e   associações   públicas   e   privadas 

representativas de classe ou setoriais, por associações de moradores e movimentos 

sociais   e   movimentos   organizados   da   sociedade   civil.   (Parágrafo   único:   Poderão 

participar das assembléias regionais todos os munícipes).

4. A instituição de Conselho das Cidades e outros Conselhos ligados à política urbana (Conselho Gestor do Fundo de Habitação de Interesse Social, Conselho de Transporte, Conselho de Saneamento, de Desenvolvimento Urbano, etc.) e se existem conexões ou mecanismos de articulação entre estes.

No Art. 34, ao definir as diretrizes da Saúde o PD prevê: a  implantação e a 

regulamentação  dos  conselhos  gestores  distritais  e   locais  de  saúde,  garantindo  a 

participação da população nas deliberações e na execução das políticas públicas de 

saúde no Município.

No   Art.   44,   ao   definir   ações   estratégicas   no   campo   de   Esportes,   Lazer   e Recreação o PD prevê:

VII – instituir legislação para criar e reger o Conselho Municipal de Esportes e Lazer e consolidar a implantação do Fundo Municipal de Esportes e Lazer;

No Art. 47, ao definir ações estratégicas relativas à Segurança Urbana, o PD prevê:

VI   ­  criar  Conselho  Interdisciplinar  de Segurança  Urbana no Município, coordenado pela Secretaria de Segurança Urbana, a ser criada, composto por representantes dos  órgãos municipais  e de  todas as  instâncias  de governo relacionadas   à   área   de   segurança   urbana,   de   representantes   das subprefeituras e da sociedade civil;

No Art. 50 ao definir ações estratégicas relativas ao Abastecimento o PD prevê:

 XI ­ criar o Conselho Municipal de Segurança Alimentar.

No Art. 60, ao definir ações estratégicas para as Áreas Verdes o PD prevê:II ­ implantar o Conselho Gestor dos Parques Municipais;

No Art. 80, ao definir diretrizes para a Política Habitacional o PD prevê:IV ­ a consolidação do Conselho Municipal de Habitação e demais instâncias de participação do setor como as Conferências Municipais de Habitação e o OrçamentoParticipativo.

No Art. 87, ao definir ações estratégicas da política de Áreas Públicas o PD prevê:

V   –   criar   conselho   intersecretarial   de   áreas,   edifícios   e   equipamentos   públicos municipais,  composto por  técnicos das secretarias envolvidas e representantes das Subprefeituras e da Com relação às Zonas de Especial Interesse Social (Art. 150) o PD   define   no   §   9º,   que   deverão   ser   constituídos   em   todas   as   ZEIS,   Conselhos Gestores   compostos   por   representantes   dos   atuais   ou   futuros   moradores   e   do Executivo,  que  deverão  participar  de   todas as  etapas de elaboração  do  Plano  de Urbanização e de sua implementação.

O Art. 218 cria o Fundo de Desenvolvimento Urbano ­ FURBI, com a finalidade 

de apoiar ou realizar investimentos destinados a concretizar os objetivos, diretrizes, 

planos, programas e projetos urbanísticos e ambientais integrantes ou decorrentes da 

Lei  do  Plano  Diretor,  e  define  que  o  mesmo será  administrado  por  um Conselho 

Gestor, composto por membros indicados pelo Executivo, garantida a participação da 

sociedade.

5. Identificar para cada Conselho:a)   Composição   por   Segmento   (identificar   os   seguintes   segmentos:   (i)   governo, (ii)empresários, (iii) trabalhadores e entidades de ensino e pesquisa, (iv) movimento popular,   (v)   ONGs,   (vi)   outros   –   especificar,   (vii)   total.   Anotar   o   número   de representantes   por   segmento   e   o   percentual   sobre   o   total   de   conselheiros(as). Observação:   Estão   sendo   considerados   os   mesmos   segmentos   que   orientam   a composição do Conselho Nacional das Cidadesb) Composição do poder público e sociedade

Tabela – Composição poder público e sociedade

Conselho Municipal de Política Urbana – ITA ­ URBE 

Composição (Poder Público 50% e Sociedade Civil 50%)Segmentos sociais representados – 33%

Participação do Movimento Popular – 16,6%

Integram o ITA­URBE 24 representantes:

I – 4 (quatro) entidades de profissionais que tenham afinidade com o planejamento urbano;II – 4 (quatro) entidades empresariais;III – 4 (quatro) entidades comunitárias;IV – 12 (doze) órgãos municipais, entre as quais, obrigatoriamente:a) Secretaria Municipal de Planejamento e Coordenação;b) Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente;c) Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos;d) Secretaria Municipal de Transportes;e) Secretaria Municipal de Habitação, Trabalho e Renda;f) Secretaria Municipal de Agricultura, Indústria, Comércio e Turismo;g) Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social;h) Serviço Autônomo de Água e Esgoto.

(iii)  Participação do movimento popular: indicar o peso relativo (%) do segmento do movimento popular na composição total do Conselho das Cidades.

Quatro representantes: 16,6%.

c) Caráter (consultivo ou deliberativo ou ambos)

O ITA­URBE é consultivo e deliberativo. Vejamos.

Art. 147 – Na Macrozona Especial os núcleos urbanizados, as edificações, os usos e a intensidade   de   usos,   e   a   regularização   de   assentamentos,   subordinar­se­ão   à necessidade de manter ou restaurar a qualidade do ambiente natural e respeitar a fragilidade   dos   seus   terrenos,   respeitando   parâmetros   urbanísticos  determinados pelo ITA­URBE.

Art. 148 – Na Macrozona de Estruturação e Qualificação Urbana, as edificações, usos e intensidade de usos subordinar­se­ão a exigências relacionadas com os elementos estruturadores e integradores, à função e características físicas das vias, e aos planos regionais  a serem elaborados pelas Subprefeituras ou Regiões Administrativas dos Distritos, respeitando parâmetros urbanísticos determinados pelo ITA­URBE.

Art.   197  –   Deverão  ser   utilizados   para  o  cálculo  da   contrapartida   financeira,   que corresponde à  outorga onerosa do direito de construir,  segundo as disposições do artigo desta Lei, até sua revisão pela nova legislação de Uso e Ocupação do Solo ou por lei, os seguintes fatores Fp e Fs estabelecidos pelo ITA­URBE.

d) Atribuições (verificar se está prevista como uma das atribuições a iniciativa de revisão dos planos diretores)

O   PD   somente   define   o   Conselho   da   Cidade   e,   segundo   o   Art.   267   a 

Conferência Municipal de Política Urbana, entre outras funções, deverá:

I ­ apreciar as diretrizes da Política Urbana do Município;II ­ debater os Relatórios Anuais de Gestão da Política Urbana, apresentando críticas e sugestões;III ­ sugerir ao Poder Executivo adequações nas ações estratégicas destinadas à implementação dos objetivos, diretrizes, planos, programas e projetos;IV ­ sugerir propostas de alteração da Lei do Plano Diretor a serem consideradas no momento de sua modificação ou revisão.

Compete ao Conselho Municipal de Política Urbana – ITA – URBE, Art. 269:

I ­ debater relatórios anuais de Gestão da Política Urbana;II ­ analisar questões relativas à aplicação do Plano Diretor Estratégico;III ­ debater propostas e emitir parecer sobre proposta de alteração da Lei do Plano Diretor Estratégico;IV ­ acompanhar a implementação dos objetivos e diretrizes do Plano Diretor e a execução dos planos, programas e projetos de interesse para o desenvolvimento urbano e ambiental;V ­ debater diretrizes e acompanhar a aplicação dos recursos do FURBI;VI ­ acompanhar o Planejamento e a Política de Desenvolvimento Urbano doMunicípio;VII ­ coordenar a ação dos Conselhos Setoriais do Município, vinculados à política urbana e ambiental;VIII ­ debater as diretrizes para áreas públicas municipais;IX ­ debater propostas sobre projetos de lei de interesse urbanístico;X ­ elaborar e aprovar regimento interno.

E, o Parágrafo único define que: as deliberações do Conselho Municipal 

de Política Urbana deverão estar articuladas com os outros conselhos setoriais 

do   Município,   buscando   a   integração   das   diversas   ações   e   políticas 

responsáveis pela intervenção urbana, em especial as de transporte, habitação 

e meio ambiente, e garantindo a participação da sociedade em nível regional.

Art. 268 – O ITA­URBE terá participação paritária e será integrado por órgãos públicos municipais e pela sociedade civil organizada.

§ 1º ­ Integram o ITA­URBE:I – 4 (quatro) entidades de profissionais que tenham afinidade com o planejamento urbano;II – 4 (quatro) entidades empresariais;III – 4 (quatro) entidades comunitárias;IV – 12 (doze) órgãos municipais, entre as quais, obrigatoriamente:a) Secretaria Municipal de Planejamento e Coordenação;b) Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente;c) Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos;d) Secretaria Municipal de Transportes;e) Secretaria Municipal de Habitação, Trabalho e Renda;f) Secretaria Municipal de Agricultura, Indústria, Comércio e Turismo;g) Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social;h) Serviço Autônomo de Água e Esgoto.

e) A definição da forma de eleição dos conselheiros.

Não.

f) A definição de critérios de gênero na composição do conselho.

Não.

6. Previsão de participação da população e de entidades representativas dos vários segmentos da sociedade na formulação, execução e acompanhamento dos planos, programas e projetos de desenvolvimento urbano.

Já comentado nos itens acima.

7. A definição de criação de Fóruns entre governo e sociedade para debate de políticas urbanas.

Não.

8. A definição de criação de instâncias de participação social no orçamento público municipal   (definir   quais   instâncias   estão   previstas:   debates,   reuniões   periódicas, audiências,   consultas   públicas,   etc.   e   se   são   condição   obrigatória   para   o encaminhamento das propostas do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentária e do orçamento anual).

No Art. 283, inciso VIII será assegurada a participação direta da população em 

todas as  fases do processo de gestão democrática da Política Urbana da Cidade: 

assembléias e reuniões de elaboração do Orçamento Municipal.

9.   Verificar   no   plano   diretor   a   relação   que   existe   entre   a   definição   de   obras   e investimentos   propostos   com   a   capacidade   financeira   do   município   (se   existem definições relativas a essa relação e quais).

10. A definição de outras instâncias de participação

Já comentado.

11.  Identificar a existência no plano da  instituição de sistema de gestão, estrutura, composição e atribuições de cada órgão; as  formas de articulação das ações dos diferentes órgãos municipais.

Segundo  o  Art.  244  o  Executivo  promoverá  a  adequação  da  sua  estrutura 

administrativa,   quando   necessário,   para  a   incorporação   dos  objetivos,   diretrizes  e 

ações previstas no PD, mediante a reformulação das competências de seus órgãos da 

administração direta.

12. Identificar no plano diretor as formas de planejamento e execução das ações; se existem definições relacionadas às formas regionalizadas e centralizadas de gestão;Como está previsto a participação da sociedade neste processo?

Já comentado. Entre outros o Art. 256, define que os planos distritais deverão 

ser elaborados com a participação dos munícipes dos diversos bairros que compõem 

cada região, nos diagnósticos, concepção, aprovação, monitoramento, fiscalização e 

revisão   em  todas   as  ações,   com  base   em  plena   informação,   disponibilizada  pelo 

Executivo,   a   elas   concernentes,   em   tempo   hábil   para   subsidiar   o   processo   de 

discussão, elaboração e decisão.

13. Identificar, no plano, as formas de monitoramento das ações no território municipal; Está previsto a participação da sociedade?

Sim. Já comentado (entre outros Art. 267, 268 e 269)

14.   Identificar,   no   plano,   a   referência   a   existência   de   cadastros   (imobiliário, multifinalitário,   georeferenciados,   planta   de   valores   genéricos   e   as   formas   de atualização) e a implementação dos impostos territoriais (IPTU, ITR e ITBI).

Observação: O ITR pode não aparecer porque o plano pode ter sido aprovado antes do ITR ser passado para o município.

Ao que parece, pelas diferentes citações, Itaboraí carece de construir cadastro 

de várias informações: o cadastro de áreas contaminadas disponível à época de sua 

elaboração,  Cadastro  Geral  de Áreas Públicas  através de sistema de  informações 

georrefenciadas;   o   cadastramento   e   mapeamento   das   áreas   e   edifícios   públicos, 

implantando   e   mantendo   atualizado   sistema   único   informatizado   de   cadastro 

georreferenciado; entre outros.

Além   disso,   o   PD   prevê   no   Art.   267,  §   4º,   que   o   Sistema   Municipal   de 

Informações terá cadastro único, multi­utilitário, que reunirá informações de natureza 

imobiliária,   tributária,   judicial,   patrimonial,   ambiental   e   outras   de   interesse   para   a 

gestão municipal, inclusive sobre planos, programas e projetos.

15. Identificar a previsão no plano, de revisão do código tributário.

Não previsto.

Bibliografia

Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado de Itaboraí. Prefeitura Municipal de Itaboraí, RJ, 2006.

Caderno Itadados. Prefeitura Municipal de Itaboraí, RJ, 2006.

Perfil do Município de Itaboraí. Tribunal de contas do Estado do Rio de Janeiro, 2008.