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Redes Sociais em Saúde: Redes Sociais em Saúde: Desafios conceituais Desafios conceituais Paulo Henrique Martins Paulo Henrique Martins UFPE -Universidade Federal de UFPE -Universidade Federal de Pernambuco Pernambuco NUCEM- Núcleo de Cidadania e NUCEM- Núcleo de Cidadania e Processos de Mudança Processos de Mudança 2007 2007

Redes Sociais em Saúde: Desafios conceituais Paulo Henrique Martins

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Redes Sociais em Saúde: Desafios conceituais Paulo Henrique Martins. UFPE -Universidade Federal de Pernambuco NUCEM- Núcleo de Cidadania e Processos de Mudança 2007. Redes Sociais ? Mais um conceito em moda?. Um novo paradigma explicativo dos sistemas complexos - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: Redes Sociais em Saúde: Desafios conceituais Paulo Henrique Martins

Redes Sociais em Saúde: Redes Sociais em Saúde: Desafios conceituaisDesafios conceituais

Paulo Henrique MartinsPaulo Henrique Martins

UFPE -Universidade Federal de UFPE -Universidade Federal de PernambucoPernambuco

NUCEM- Núcleo de Cidadania e NUCEM- Núcleo de Cidadania e Processos de MudançaProcessos de Mudança

20072007

Page 2: Redes Sociais em Saúde: Desafios conceituais Paulo Henrique Martins

Redes Sociais ? Mais um Redes Sociais ? Mais um conceito em moda?conceito em moda?

Um novo paradigma explicativo dos Um novo paradigma explicativo dos sistemas complexossistemas complexos

Um conceito fundamental para se Um conceito fundamental para se repensar o Sujeito da ação coletivarepensar o Sujeito da ação coletiva

Page 3: Redes Sociais em Saúde: Desafios conceituais Paulo Henrique Martins

Um novo paradigma explicativo dos Um novo paradigma explicativo dos sistemas complexos:sistemas complexos:

Teorias vigentes sobre o assuntoTeorias vigentes sobre o assunto Rede Social Rede Social

Cibernética: Disciplina que estuda as Cibernética: Disciplina que estuda as comunicações e sistemas de controle de comunicações e sistemas de controle de seres vivos e máquinas (ex: rede ferroviária);seres vivos e máquinas (ex: rede ferroviária);

Teoria dos sistemas: Disciplina que estuda as Teoria dos sistemas: Disciplina que estuda as disposições das partes de um todo, que são disposições das partes de um todo, que são coordenadas entre si, e que funcionam como coordenadas entre si, e que funcionam como estrutura organizada (ex: sistema estatal);estrutura organizada (ex: sistema estatal);

Teorias interacionistas: Disciplinas que Teorias interacionistas: Disciplinas que valorizam mais as relações que os atores valorizam mais as relações que os atores envolvidos (Ex: redes de vizinhos);envolvidos (Ex: redes de vizinhos);

Page 4: Redes Sociais em Saúde: Desafios conceituais Paulo Henrique Martins

Redes sociais: um conceito Redes sociais: um conceito fundamental para se repensar fundamental para se repensar

o sujeito da ação coletivao sujeito da ação coletiva

A questão do descentramento do A questão do descentramento do sujeitosujeito

A questão das mutações dos A questão das mutações dos movimentos sociaismovimentos sociais

A questão da institucionalizaçãoA questão da institucionalização

Page 5: Redes Sociais em Saúde: Desafios conceituais Paulo Henrique Martins

Definição de Rede SocialDefinição de Rede Social

““Trata-se de um conjunto de métodos, Trata-se de um conjunto de métodos, modelos e teorias utilizado pela sociologia e modelos e teorias utilizado pela sociologia e outras disciplinas que toma por objetos de outras disciplinas que toma por objetos de estudo não os atributos dos indivíduos (idade, estudo não os atributos dos indivíduos (idade, profissão etc.), mas as relações entre profissão etc.), mas as relações entre indivíduos e os elementos que essas relações indivíduos e os elementos que essas relações oferecem para descrição como as oferecem para descrição como as regularidades das trocas, a formação e a regularidades das trocas, a formação e a transformação do sistema de relação, seus transformação do sistema de relação, seus efeitos sobre os comportamentos individuais” efeitos sobre os comportamentos individuais” (Mercklé, P. (Mercklé, P. Sociologie des réseaux sociaux, Sociologie des réseaux sociaux, Paris, La Découverte, 2004, p.3);Paris, La Découverte, 2004, p.3);

Page 6: Redes Sociais em Saúde: Desafios conceituais Paulo Henrique Martins

Impacto sobre as Impacto sobre as ORGANIZAÇÕESORGANIZAÇÕES

Os movimentos nas sociedades complexas Os movimentos nas sociedades complexas são redes submersas de grupos, de pontos são redes submersas de grupos, de pontos de encontro, de circuitos de solidariedade de encontro, de circuitos de solidariedade que diferem profundamente da imagem do que diferem profundamente da imagem do ator coletivo politicamente organizado. ator coletivo politicamente organizado. Trata-se de uma transformação profunda Trata-se de uma transformação profunda do modelo organizativo que se apresenta do modelo organizativo que se apresenta como uma estrutura qualificante das como uma estrutura qualificante das formas emergentes de conflitos em formas emergentes de conflitos em sociedades de alta complexidade” (Melucci, sociedades de alta complexidade” (Melucci, A invenção do presente, A invenção do presente, Vozes, 2001: 97)Vozes, 2001: 97)

Page 7: Redes Sociais em Saúde: Desafios conceituais Paulo Henrique Martins

Impactos sobre a categoria Impactos sobre a categoria INDIVÍDUOINDIVÍDUO

““Em ressonância com a proposta de Em ressonância com a proposta de Gregory Bateson de que as fronteiras do Gregory Bateson de que as fronteiras do Indivíduo não estão limitadas por sua pele Indivíduo não estão limitadas por sua pele mas incluem tudo aquilo com que o sujeito mas incluem tudo aquilo com que o sujeito interage – família, meio físico, etc.)-, interage – família, meio físico, etc.)-, podemos acrescentar que as fronteiras do podemos acrescentar que as fronteiras do sistema significativo do indivíduo não se sistema significativo do indivíduo não se limitam à família nuclear ou extensa, mas limitam à família nuclear ou extensa, mas incluem todo o conjunto de vínculos incluem todo o conjunto de vínculos interpessoais do sujeito” (Sluzki, C. interpessoais do sujeito” (Sluzki, C. A rede A rede social na prática sistêmica, social na prática sistêmica, São Paulo, Casa São Paulo, Casa do Psicólogo, 1997: 37);do Psicólogo, 1997: 37);

Page 8: Redes Sociais em Saúde: Desafios conceituais Paulo Henrique Martins

Impacto sobre as Impacto sobre as IDEOLOGIAS INDIVIDUALISTASIDEOLOGIAS INDIVIDUALISTAS

““No fundo, a teoria da rede social revela a No fundo, a teoria da rede social revela a preocupação de explicar o fato social não a preocupação de explicar o fato social não a partir da liberdade individual (como partir da liberdade individual (como insistem sempre os teóricos liberais), mas, insistem sempre os teóricos liberais), mas, de uma injunção coletiva que se impõe às de uma injunção coletiva que se impõe às vontades individuais (mesmo que esta vontades individuais (mesmo que esta injunção não elimine a liberdade dos atores injunção não elimine a liberdade dos atores de participarem de diversos círculos de de participarem de diversos círculos de trocas)” (Martins, P.H. trocas)” (Martins, P.H.

““As redes sociais, o sistema da dádiva e o paradoxo As redes sociais, o sistema da dádiva e o paradoxo sociológico” In Martins, P.H. e Fontes, B. sociológico” In Martins, P.H. e Fontes, B. Redes sociais e Redes sociais e saúde: novas possibilidades teóricas, saúde: novas possibilidades teóricas, Recife, Ed. Da UFPE, Recife, Ed. Da UFPE, 2004, p.22);2004, p.22);

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Unidades Elementares da Rede (1)Unidades Elementares da Rede (1)

A forma sociológica mais simples do ponto A forma sociológica mais simples do ponto de vista metodológico para existir a rede é de vista metodológico para existir a rede é não a forma díade (reconhecimento de dois não a forma díade (reconhecimento de dois elementos: A e B) mas de três elementos elementos: A e B) mas de três elementos (A, B e o vínculo que se estabelece entre (A, B e o vínculo que se estabelece entre eles) eles) (Michel Forsé citado por Mercklé);(Michel Forsé citado por Mercklé);

““A socialização apenas se apresenta quando A socialização apenas se apresenta quando a coexistência isolada dos indivíduos a coexistência isolada dos indivíduos assume formas mais determinadas de assume formas mais determinadas de cooperação e colaboração que se sujeitam cooperação e colaboração que se sujeitam ao conceito geral da ação recíproca” ao conceito geral da ação recíproca” (Simmel, (Simmel, G. G. Sociologia: estúdios sobre las formas de socialización, Sociologia: estúdios sobre las formas de socialización,

Editora Espasa Calpe, Buenos Aires, 1939, p.14;Editora Espasa Calpe, Buenos Aires, 1939, p.14;

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Indicadores de RedeIndicadores de Rede

Conexividade ou densidade– nível de Conexividade ou densidade– nível de interação entre as pessoas da “grande interação entre as pessoas da “grande família” ou do “grande grupo”família” ou do “grande grupo”

Tamanho – número de pessoas da redeTamanho – número de pessoas da rede Dispersão – distâncìa geográfica entre os Dispersão – distâncìa geográfica entre os

membrosmembros Hemogeneidade demográfica e sócio-Hemogeneidade demográfica e sócio-

cultural – sexo, idade, renda etc.cultural – sexo, idade, renda etc.

Page 11: Redes Sociais em Saúde: Desafios conceituais Paulo Henrique Martins

Sobre as Interfaces entre Dádiva e Sobre as Interfaces entre Dádiva e Redes Sociais (1)Redes Sociais (1)

“ “A rede é o conjunto de pessoas com quem o A rede é o conjunto de pessoas com quem o ato de manter relações de pessoa a pessoa, de ato de manter relações de pessoa a pessoa, de amizade ou de camaradagem, permite amizade ou de camaradagem, permite conservar e esperar confiança e fidelidade. A conservar e esperar confiança e fidelidade. A única coisa que falta a priori a essas análises é única coisa que falta a priori a essas análises é reconhecer que essa aliança generalizada em reconhecer que essa aliança generalizada em que consistem as redes, tanto hoje como nas que consistem as redes, tanto hoje como nas sociedades arcaicas, não é criada senão a partir sociedades arcaicas, não é criada senão a partir da aposta no dom e na confiança” (Caillé, A. da aposta no dom e na confiança” (Caillé, A. Antropologia do dom: o terceiro paradigma, Antropologia do dom: o terceiro paradigma, Petrópolis, Editora Vozes, 2000, p.65);Petrópolis, Editora Vozes, 2000, p.65);

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Sobre as Interfaces entre Dádiva e Sobre as Interfaces entre Dádiva e Redes Sociais (2)Redes Sociais (2)

““Ao estabelecerem relações determinadas Ao estabelecerem relações determinadas pelas obrigações que contraem quando se pelas obrigações que contraem quando se aliam e se darem uns aos outros, aliam e se darem uns aos outros, submetendo-se à lei dos símbolos que criam e submetendo-se à lei dos símbolos que criam e põem em circulação, os seres humanos põem em circulação, os seres humanos produzem simultaneamente sua produzem simultaneamente sua individualidade, sua comunidade e o conjunto individualidade, sua comunidade e o conjunto social em cujo seio se exerce a sua rivalidade. social em cujo seio se exerce a sua rivalidade. Eis mais ou menos o que poderia dizer um Eis mais ou menos o que poderia dizer um Marx colorido por Mauss e tendo alguns Marx colorido por Mauss e tendo alguns harmônicos do lado do atual pensamento das harmônicos do lado do atual pensamento das redes” (Caillé, A., op.cit., p.67); redes” (Caillé, A., op.cit., p.67);

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Tipos de RedesTipos de Redes

Redes Sócio-TécnicasRedes Sócio-Técnicas

Redes Sócio-InstitucionaisRedes Sócio-Institucionais

Redes Sócio-HumanasRedes Sócio-Humanas

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Redes Sociais e Saúde: Repensando o Redes Sociais e Saúde: Repensando o Planejamento (1)Planejamento (1)

““O conceito de rede social é estratégico para se O conceito de rede social é estratégico para se pensar a formação de uma Rede de Vigilância pensar a formação de uma Rede de Vigilância em Saúde auxiliar do SUS, que podemos definir em Saúde auxiliar do SUS, que podemos definir provisoriamente como o sistema complexo provisoriamente como o sistema complexo formado pela articulação institucional de ações formado pela articulação institucional de ações envolvendo ao mesmo tempo governo, envolvendo ao mesmo tempo governo, comunidades, organizações civis e instituições comunidades, organizações civis e instituições cientificas...Como lugar próprio de organização cientificas...Como lugar próprio de organização da sociedade, a instância do social contempla a da sociedade, a instância do social contempla a dinâmica individual, mas tem como prioridade as dinâmica individual, mas tem como prioridade as exigências de organização da vida coletiva, do exigências de organização da vida coletiva, do que Marcel Mauss denomina de “fato social que Marcel Mauss denomina de “fato social total” total” (Martins, P.H. e Fontes, B. “Construindo o conceito (Martins, P.H. e Fontes, B. “Construindo o conceito de redes de vigilância em saúde” In Martins, P.H. e de redes de vigilância em saúde” In Martins, P.H. e Fontes, B. (organizadores) op. cit., 2004, p.109); Fontes, B. (organizadores) op. cit., 2004, p.109);

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Redes Sociais e Saúde: Redes Sociais e Saúde: Repensando o Planejamento (2)Repensando o Planejamento (2)

““Diferentemente, da rede de movimentos, a Rede de Diferentemente, da rede de movimentos, a Rede de Vigilância em Saúde apresenta como característica uma Vigilância em Saúde apresenta como característica uma maior presença das instituições formais, sobretudo o maior presença das instituições formais, sobretudo o Estado e a Ciência, na sua constituição e Estado e a Ciência, na sua constituição e funcionamento. Isto significa dizer que a Rede de funcionamento. Isto significa dizer que a Rede de Vigilância em Saúde deve constituir na prática um Vigilância em Saúde deve constituir na prática um sistema de ação mais formalizado que aqueles próprios sistema de ação mais formalizado que aqueles próprios da Sociedade Civil, que são mais marcadamente da Sociedade Civil, que são mais marcadamente espontâneos. Por se constituir em um espaço espontâneos. Por se constituir em um espaço intermediário entre a Sociedade Civil, o Estado e a intermediário entre a Sociedade Civil, o Estado e a Ciência, essas Redes de Vigilância podem ser vistas Ciência, essas Redes de Vigilância podem ser vistas como próprias de uma nova forma de organização da como próprias de uma nova forma de organização da vida, a «esfera cívica», um espaço híbrido e inédito, vida, a «esfera cívica», um espaço híbrido e inédito, propiciado pela mundialização, que integra propiciado pela mundialização, que integra simultaneamente funções de aparelhos e de redes simultaneamente funções de aparelhos e de redes (Martins, P.H. e Fontes, B. “Construindo o conceito de redes de (Martins, P.H. e Fontes, B. “Construindo o conceito de redes de vigilância em saúde” In Martins, P.H. e Fontes, B. (organizadores) vigilância em saúde” In Martins, P.H. e Fontes, B. (organizadores) op. cit., 2004, p.109);op. cit., 2004, p.109);

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Redes Sociais e Saúde: Redes Sociais e Saúde: Repensando o Planejamento (3)Repensando o Planejamento (3)

““Construir sistêmicamente as Redes de Vigilância Construir sistêmicamente as Redes de Vigilância Sanitária significa, também, pensar nas conexões Sanitária significa, também, pensar nas conexões destas redes com aquelas estabelecidas na destas redes com aquelas estabelecidas na sociedade civil: redes associativas as mais sociedade civil: redes associativas as mais diversas possíveis (movimentos de bairro, igreja, diversas possíveis (movimentos de bairro, igreja, clube de mães, amigos, familiares etc), que clube de mães, amigos, familiares etc), que capilarisam os processos comunicativos e capilarisam os processos comunicativos e conseqüentemente potencializam a mobilização conseqüentemente potencializam a mobilização de recursos nos níveis locais e supra-locais” de recursos nos níveis locais e supra-locais” (Martins, P.H. e Fontes, B. “Construindo o conceito de redes (Martins, P.H. e Fontes, B. “Construindo o conceito de redes de vigilância em saúde” In Martins, P.H. e Fontes, B. de vigilância em saúde” In Martins, P.H. e Fontes, B. (organizadores) op. cit., 2004, p.110); (organizadores) op. cit., 2004, p.110);

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1. Redes Sócio-Técnicas1. Redes Sócio-Técnicas

Tipo de rede que se institui no interior dos Tipo de rede que se institui no interior dos sistemas organizacionais altamente sistemas organizacionais altamente regulamentados, públicos ou privados, regulamentados, públicos ou privados, visando responder à necessidade de visando responder à necessidade de planejamento de ações intersetoriais planejamento de ações intersetoriais complexas que criam tensões na base e complexas que criam tensões na base e repercutem verticalmente no interior do repercutem verticalmente no interior do sistema organizacional; este tipo de rede sistema organizacional; este tipo de rede surge de uma exigência de melhor surge de uma exigência de melhor articulação de políticas, visando responder articulação de políticas, visando responder a demandas sociais cada vez mais a demandas sociais cada vez mais complexas em termos de complexas em termos de intersetorialidade e interdisciplinaridade; intersetorialidade e interdisciplinaridade;

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1. Redes Sócio-Técnicas1. Redes Sócio-Técnicas

Difere de outros modelos pelo fato de o ambiente Difere de outros modelos pelo fato de o ambiente organizacional passa a se estruturar em elos organizacional passa a se estruturar em elos complexos e hierárquicos mais flexíveis, complexos e hierárquicos mais flexíveis, permitindo canalizar demandas mais complexas permitindo canalizar demandas mais complexas (Martins, P.H. e Fontes, B. “Construindo o conceito (Martins, P.H. e Fontes, B. “Construindo o conceito de redes de vigilância em saúde” In Martins, P.H. e de redes de vigilância em saúde” In Martins, P.H. e Fontes, B. (organizadores) op. cit., 2004); Fontes, B. (organizadores) op. cit., 2004);

Atores/agências implicadosAtores/agências implicados: : agências agências governamentais, especialistas e acadêmicos da governamentais, especialistas e acadêmicos da área, agências externas que financiam políticas área, agências externas que financiam políticas sociais; atores/agentes da sociedade civil , como sociais; atores/agentes da sociedade civil , como lideranças locais e técnicos das ONG,s que lideranças locais e técnicos das ONG,s que participam das instituições públicas na condição participam das instituições públicas na condição de especialistas, ocupando lugares em fóruns e de especialistas, ocupando lugares em fóruns e conselhos;conselhos;

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2.– Redes Sócio-Institucionais2.– Redes Sócio-Institucionais

Tipo de rede que se institui em sistemas Tipo de rede que se institui em sistemas organizacionais, medianamente regulamentados, organizacionais, medianamente regulamentados, visando responder a demandas e conflitos verticais, visando responder a demandas e conflitos verticais, surgidos de baixo para cima mas, também, horizontais surgidos de baixo para cima mas, também, horizontais entre agências governamentais e não governamentais; entre agências governamentais e não governamentais;

Objetiva a) a criação de uma plataforma de governança Objetiva a) a criação de uma plataforma de governança nos níveis municipal e distrital; b) enos níveis municipal e distrital; b) estimular stimular solidariedades sócio-institucionais e favorecer ações solidariedades sócio-institucionais e favorecer ações articuladas entre agências e atores implicados com a articuladas entre agências e atores implicados com a formação de uma esfera pública no plano local” formação de uma esfera pública no plano local” (Martins, P.H. e Fontes, B. “Construindo o conceito de (Martins, P.H. e Fontes, B. “Construindo o conceito de redes de vigilância em saúde” In Martins, P.H. e Fontes, redes de vigilância em saúde” In Martins, P.H. e Fontes, B. (organizadores) op. cit., 2004, p.112);B. (organizadores) op. cit., 2004, p.112);

Atores implicadosAtores implicados:: Governo, ONG,s, associações Governo, ONG,s, associações locais, lideranças comunitárias e Instituições Cientificas; locais, lideranças comunitárias e Instituições Cientificas;

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Redes Sócio-Humanas (3)Redes Sócio-Humanas (3)

Tipo de rede que existe, em geral, de modo submerso, Tipo de rede que existe, em geral, de modo submerso, na vida privada, articulando num plano pré-política os na vida privada, articulando num plano pré-política os indivíduos através de famílias, vizinhanças, amizades e indivíduos através de famílias, vizinhanças, amizades e camaradagens; o objetivo de tais redes que pré-camaradagens; o objetivo de tais redes que pré-existem ao aparelho estatal é de permitir que os existem ao aparelho estatal é de permitir que os indivíduos possam se socializar e adquirir um lugar no indivíduos possam se socializar e adquirir um lugar no interior do grupo de pertencimento. Esse tipo de rede é interior do grupo de pertencimento. Esse tipo de rede é estruturante da vida social e sem eles não existe esta estruturante da vida social e sem eles não existe esta categoria abstrata chamada indivíduo” (Martins, P.H. e categoria abstrata chamada indivíduo” (Martins, P.H. e Fontes, B. “Construindo o conceito de redes de Fontes, B. “Construindo o conceito de redes de vigilância em saúde In Martins, P.H. e Fontes, B. vigilância em saúde In Martins, P.H. e Fontes, B. (organizadores) op. cit., 2004, p.114-115); (organizadores) op. cit., 2004, p.114-115);

Atores implicadosAtores implicados:: sistemas sociais locais como as sistemas sociais locais como as famílias, as vizinhanças e as associações espontâneas. famílias, as vizinhanças e as associações espontâneas.

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GRATO!GRATO!