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Redução de Desastres em África -EIRD Informes, 5 Edição, dezembro 2005 1 EDITORIALEDITORIAL Do Editor Redução de Desastres em África EIRD INFORMS Produzido pelo Escritório Regional de África da Estratégia Internacional para a Redução de Desastres das Nações Unidas (EIRD/NU) Oficial Senior para África da EIRD/NU Feng Min Kan Editor Alain Valency R. Produção Geral Noroarisoa Rakotondrandria Desenho e esboço Mário Barrantes Noroarisoa Rakotondrandria Fotografia EIRD/NU ÁFRICA, Kids (Imagine GTZ), WFP Circulação Ib Knutsen e Pamela Mubuta Imprimido pela UNON Print Shop, Nairobe, Quénia Renúncia A informação e opiniões expressas nesta publicação não refletem necessariamente as políticas do Secretariado da EIRD/NU Ache mais informação sobre a redução de desastres no Secretariado da EIRD/NU UN Palais des Nations CH 1211 Genebra, 10 Suiça Tel: + 506-224-6941, 224-6395, 224-6690, Fax: + 506-224-7758 [email protected] www.unisdr.org EIRD/NU ÁFRICA UNEP HQ, UN Complex Gigiri P.O.Box 47074 Nairobe, Quénia Tel: (254-2) 624568 ou 624119 E-mail [email protected] www.unisdrafrica.org Unidade Regional para a América Latina & Caraíbas Caixa Postal 3745-1000 San José, Costa Rica Fax: (506) 224-7758, Tel: (506) 224-1186 Elina [email protected], Margarita [email protected] [email protected] www.eird.org www.crid.or.cr Para assinaturas gratuitas Envie por favor o seu nome completo, instituição ou organização em que trabalha (não é essencial) e mande para o seguinte endereço: [email protected] Desenvolvendo a redução de desastres… Dezesseis dias depois do tsunami do Oceano Índico, a 11 de janeiro de 2005, 717 milhões de dólares americanos foram especificadamente mandados como ajuda humanitária pós-desastre. “Isto, nunca antes acontecera,” disse o Sub- secretário Geral para os Assuntos Humanitários das Nações Unidas Jan Egeland. Se só essa quantia pudesse estar disponível para a redução de desastres a nível mundial, não nos próximos 16 dias mas nos próximos 16 meses… Mas não é provável que isto aconteça. A redução de desastres não tem e/ou a emocional atracção política de um evento de desastres. Porque a redução de desastres (DR) não é um evento de desastre, mas um evento “excepcional”, estamos nós absolutamente certos para perceber isto como um assunto “humanitário” ? A verdade é que a redução de desastres tem mais a ver com o desenvolvimento do que com assuntos humanitários. Esta é a razão da redução de desastres permanecer como um novato solitário no mundo dos negócios humanitários. Enquanto a redução de desastres fôr percebida como um “assunto humanitário”, os recursos serão alocados numa base “humanitária”. Ainda, não há muito entusiasmo “humanitário” para um evento não excitante como reduzir o risco de desastres. É verdade, que a redução de desastres pode beneficiar de distribuição de recursos humanitários pós-desastre. Mas não é a única área da qual pode beneficiar. De facto, as primeiras áreas a beneficiar são as áreas de desenvolvimento como da saúde, saneamento, desenvolvimento de infra- estruturas, etc. Também pode ser argumentado que a redução de desastres é ainda um assunto pouco conhecido, e que uma perspectiva humanitária ajudaria a promovê-lo melhor. O problema é que tal perspectiva humanitária não ajudaria a consequir recursos estáveis, previsíveis e a longo prazo. Ainda, são necessários recursos estáveis para uma consciência sistemática e contínua e promoção de maior atenção. Culparemos nós “a política de desastres” para a presente situação? Até agora, é também um facto que nós, seres humanos, enfocamos de modo crescente mais no “urgente” que no “importante”? Entretanto, África parece ter optado gradualmente para o “importante”: A sua marcha na redução de desastres é mais resoluta e mais rápida que aquela fixada no programa de trabalhos de redução de desastres a nível mundial. Mas o mundo sendo como é, nós deveríamos jogar ambas as cartas. Nós deveríamos procurar obter a maior parte do presente estatuto humanitário da redução de desastres. O antigo Presidente dos Estados Unidos da América o Sr. Bill Clinton, agora Enviado Especial da Organização das Nações Unidas para a Recuperação do Tsunami, disse a 14 julho: “Nós não podemos deixar este ano passar sem algum progresso real na redução do risco de desastres… 2005 é um ano chave para o programa de trabalhos de redução do risco.” Por que não fazer o uso da consciência desta liderança de alto-nível? Por exemplo virar a África altamente vulnerável com repetidos desastres causados, com precárias perdas de vidas humanas e meios de sustento, com recursos arduamente ganhos e com o desenvolvimento de lucros num principal desafio para a sabedoria humanitária? Estamos nós enfrentando, neste continente, “o maior desastre fabricado do mundo”? Enquanto isso, estão sendo feitos esforços para enquadrar a redução de desastres no desenvolvimento. Vários países africanos já incorporaram a redução de desastres nas estratégias de redução da sua pobreza… com a bênção de alguns principais parceiros financeiros mundiais. Isto é encorajador. Nós deveríamos avançar depressa nessa direcção. Realmente, o enquadramento da redução de desastres no desenvolvimento é neste momento, a melhor opção disponível para o desenvolvimento da redução de desastres. R. Alain Valency [email protected]

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Redução de Desastres em África -EIRD Informes, 5 Edição, dezembro 2005 1

EDITORIALEDITORIAL

Do EditorRedução de Desastres em ÁfricaEIRD INFORMS

Produzido pelo Escritório Regional de África daEstratégia Internacional para a Redução de Desastres das

Nações Unidas (EIRD/NU)

Oficial Senior para África da EIRD/NUFeng Min Kan

Editor Alain Valency R.

Produção GeralNoroarisoa Rakotondrandria

Desenho e esboçoMário Barrantes

Noroarisoa Rakotondrandria

FotografiaEIRD/NU ÁFRICA, Kids (Imagine GTZ), WFP

CirculaçãoIb Knutsen e Pamela Mubuta

Imprimido pelaUNON Print Shop, Nairobe, Quénia

RenúnciaA informação e opiniões expressas nesta publicação nãorefletem necessariamente as políticas do Secretariado da

EIRD/NUAche mais informação sobre a redução de desastres no

Secretariado da EIRD/NUUN Palais des Nations

CH 1211 Genebra, 10 SuiçaTel: + 506-224-6941,224-6395, 224-6690,Fax: + 506-224-7758

[email protected] www.unisdr.org

EIRD/NU ÁFRICAUNEP HQ, UN Complex Gigiri

P.O.Box 47074 Nairobe, QuéniaTel: (254-2) 624568 ou 624119E-mail [email protected]

www.unisdrafrica.org

Unidade Regional para a América Latina & CaraíbasCaixa Postal 3745-1000San José, Costa RicaFax: (506) 224-7758,Tel: (506) 224-1186

Elina [email protected], Margarita [email protected]

[email protected]

Para assinaturas gratuitasEnvie por favor o seu nome completo, instituição ou

organização em que trabalha (não é essencial) e mandepara o seguinte endereço: [email protected]

Desenvolvendo a redução dedesastres…Dezesseis dias depois do tsunami do Oceano Índico, a 11 de janeiro de 2005,717 milhões de dólares americanos foram especificadamente mandados comoajuda humanitária pós-desastre. “Isto, nunca antes acontecera,” disse o Sub-secretário Geral para os Assuntos Humanitários das Nações Unidas JanEgeland.Se só essa quantia pudesse estar disponível para a redução de desastres anível mundial, não nos próximos 16 dias mas nos próximos 16 meses… Masnão é provável que isto aconteça. A redução de desastres não tem e/ou aemocional atracção política de um evento de desastres.Porque a redução de desastres (DR) não é um evento de desastre, mas umevento “excepcional”, estamos nós absolutamente certos para perceber istocomo um assunto “humanitário” ? A verdade é que a redução de desastres temmais a ver com o desenvolvimento do que com assuntos humanitários. Esta é arazão da redução de desastres permanecer como um novato solitário no mundodos negócios humanitários.Enquanto a redução de desastres fôr percebida como um “assuntohumanitário”, os recursos serão alocados numa base “humanitária”. Ainda, nãohá muito entusiasmo “humanitário” para um evento não excitante como reduziro risco de desastres.É verdade, que a redução de desastres pode beneficiar de distribuição derecursos humanitários pós-desastre. Mas não é a única área da qual podebeneficiar. De facto, as primeiras áreas a beneficiar são as áreas dedesenvolvimento como da saúde, saneamento, desenvolvimento de infra-estruturas, etc.

Também pode ser argumentado que a redução de desastres é ainda umassunto pouco conhecido, e que uma perspectiva humanitária ajudaria apromovê-lo melhor. O problema é que tal perspectiva humanitária não ajudariaa consequir recursos estáveis, previsíveis e a longo prazo. Ainda, sãonecessários recursos estáveis para uma consciência sistemática e contínua epromoção de maior atenção.Culparemos nós “a política de desastres” para a presente situação? Até agora,é também um facto que nós, seres humanos, enfocamos de modo crescentemais no “urgente” que no “importante”?Entretanto, África parece ter optado gradualmente para o “importante”: A suamarcha na redução de desastres é mais resoluta e mais rápida que aquelafixada no programa de trabalhos de redução de desastres a nível mundial.Mas o mundo sendo como é, nós deveríamos jogar ambas as cartas. Nósdeveríamos procurar obter a maior parte do presente estatuto humanitário daredução de desastres.O antigo Presidente dos Estados Unidos da América o Sr. Bill Clinton, agoraEnviado Especial da Organização das Nações Unidas para a Recuperação doTsunami, disse a 14 julho: “Nós não podemos deixar este ano passar semalgum progresso real na redução do risco de desastres… 2005 é um ano chavepara o programa de trabalhos de redução do risco.”Por que não fazer o uso da consciência desta liderança de alto-nível? Porexemplo virar a África altamente vulnerável com repetidos desastres causados,com precárias perdas de vidas humanas e meios de sustento, com recursosarduamente ganhos e com o desenvolvimento de lucros num principal desafiopara a sabedoria humanitária? Estamos nós enfrentando, neste continente, “omaior desastre fabricado do mundo”?Enquanto isso, estão sendo feitos esforços para enquadrar a redução dedesastres no desenvolvimento. Vários países africanos já incorporaram aredução de desastres nas estratégias de redução da sua pobreza… com abênção de alguns principais parceiros financeiros mundiais.Isto é encorajador. Nós deveríamos avançar depressa nessa direcção.Realmente, o enquadramento da redução de desastres no desenvolvimento éneste momento, a melhor opção disponível para o desenvolvimento da reduçãode desastres.

R. Alain [email protected]

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Nesta edição

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Do Editor

3 A Redução de Desastres em África 3 MOÇAMBIQUE: Projecto-Piloto Comunitário que integra a Gestão do Risco de Desastres num próspero desenvolvimento

comunitário – Doutor Wolfgang Stiebens 6 NIGÉRIA:Em direcção a uma Plataforma Nacional dos interessados pela Redução do Risco de Desastres - Doutor Olusegun E.

Ojo 9 O SENEGAL procura enquadrar a redução do risco de desastres na estratégia de redução da pobreza- Sr. Abdoulaye Ndiaye 10 GANA: As iniciativas de redução do risco de desastres nos campos da governação e da redução da pobreza - Brigadeiro General

(Rtd) Joseph Odei 13 SEICHELES: A Secretaria Nacional de Risco e Gestão de Desastres institui o Fundo de Gestão de Desastres -

Sr. .Michel Vielle 15 MADAGASCAR aloca percentagem do fundo de “Resposta ao Choque” na redução do risco – Sr. Jacky Roland Randimbiarison 17 SENEGAL: Realizado o seminário sobre a redução de desastres para jornalistas – Sr. Abdoulaye Ndiaye 18 GABON: Alcançada uma próspera redução do risco de desastres nos bairros da lata da cidade capital – Doutora Evelyne Solange

N. Loubamono

20 Opiniões e Retrospectiva 20 Vislumbres de preocupações sobre os desastres hidrometeorológicos em África – Doutor Yinga R. Adebayo 22 Necessidades de informação para a redução do risco de desastres, governação & desenvolvimento na Nigéria – Prof. ‘Bola

Ayeni 26 Potencial Tsumani na costa da África Oriental e Estados–Ilha do Oceano Índico Ocidental – Doutor Chris Hartnady

29 EIRD/NU Mundial em Acção 29 A Conferência Mundial sobre a Redução de Desastres & seus resultados – Secretarido da EIRD 31 Declaração de Hyogo 32 ÁSIA CENTRAL : Realizada segunda reunião consultiva regional sobre a redução do risco de desastres para os países da Ásia

Central – Sra. Tine Ramstad 35 A NU/EIRD abre programa regional na Ásia e Pacífico – Sra. Christel Rose Campanha Mundial 2005 sobre a consciência de redução de desastres – Sra. Brigitte Leoni

37 Plataformas Nacionais da NU/EIRD África em Acção 37 UGANDA: inicia a implementação do Quadro Geral de Acção de Hyogo da Estratégia Regional de África –

Sr. Martin Owor 38 QUÉNIA: Política Nacional de Redução de risco de desastres esperada este ano para adopção – Sr. S. K. Maina 39 MALI: Lançada a Plataforma Nacional para a redução de desastres – Col. Mamadou Traoré 41 CONGO: A Plataforma Nacional dificultada por falta de reconhecimento legal e recursos - Sr. Edmond Makimouha 42 SENEGAL: Estabelecida Plataforma Nacional da EIRD - Sr. Abdoulaye Ndiaye 44 NIGER: Porque o país procura estabelecer uma plataforma nacional da EIRD – Sra. Mariama Ousseini

46 NU/EIRD África em Acção 46 Jornalistas Africanos empenhados na promoção da cultura de prevenção – NU/EIRD África 48 As plataformas nacionais africanas realizam a primeira reunião consultiva - NU/EIRD África 52 “Estabelecido o Grupo Consultivo de África sobre a Redução de Risco de Desastres” - NU/EIRD África

54 Os Decisores Políticos Pronunciam-se sobre a Redução de Desastres 54 Discurso do Presidente do Quénia Mwai Kibaki. 20ª sessão do Conselho Administrativo do Habitat-ONU, Complexo da ONU,

Nairobe, Quénia 56 A advocacia de alto-nível da NU/EIRD África começa de forma encorajadora – Sra. Feng Min Kan 58 Bill Clinton insisti que se avance depressa num programa de redução de risco global – Sr. Alain Valency

61 Os Parceiros em Acção 61 “Primeiro Forum sobre a Seca em África” urge uma abordagem holística sobre os assuntos de risco de seca – Doutor Eric

Patrick 63 O Mali procura capacitar-se em assuntos sobre desastres naturais – Sra. Aida M’bo Ndembele 65 ECOWAS: Reunião de Peritos para o Estabelecimento de um Mecanismo de Gestão de Desastres para a África Ocidental –

NU/EIRD África 67 Pronto o plano de formação regional da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral para a gestão de informação – Sr.

Benedict Tembo

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Doutor Wolfgang StiebensCoordenador do Programa,GTZ (PRODER),Maputo, Moçambique

O projecto sobre a gestão do risco dedesastres com assistência alemã,iniciou em 2001 na região central deMoçambique. Em 2004, foi lançadauma iniciativa para integrar a gestãodo risco de desastres nodesenvolvimento rural. A iniciativateve um grande êxito. A seguirapresenta-se um relatório baseadonuma recente avaliação da respectivainiciativa.

Um projecto piloto da AgênciaAlemã para a CooperaçãoTécnica(GTZ) que integra a gestãodo risco de desastres nodesenvolvimento rural foi bemsucedido. Isto, emerge dum relatóriode Março de 2005 sobre a avaliaçãodo projecto lançado em 2004 nascomunidades do Distrito do Buzi,Província de Sofala (Centro deMoçambique).

A avaliação foi julgada apropriadapor causa da possível ameaça decheias devido aos ascendentes níveisdo rio Buzi. As recomendações dorelatório incluem a possibilidade deampliar as actividades para outrasáreas vulneráveis e incorporar aquestão da seca nas futurasactividades de gestão de risco dedesastres.

AntecedentesDepois das cheias e ciclones de 2000e 2001 nas zonas sul e centro deMoçambique, os governos deMoçambique e da Alemanha (BMZ)concordaram em implementar umprojeto entre 2001 a 2003 de

fornecimento de assistência técnicaatravêz da GTZ (Agência Alemãpara a Cooperação Técnica) e emcoordenação com INGC (InstitutoNacional de Gestão deCalamidades). O projecto de gestãode risco de desastres(DRM)promoveu actividades como a análisede risco,a mitigação de desastres, odesenvolvimento de um sistema deaviso prévio e a prontidão dedesastres. O projeto trabalhouintimamente e cautelosamente comtodos os níveis do governo e com ascomunidades do distrito do Buzi. Oprojeto tinha uma base comunitaria ereconhece o importante papel jogadopelas comunidades do districto doBuzi através da adopção do projectoe da sua activa participação nomesmo.O projeto de gestão de risco dedesastres da GTZ trabalhouconjuntamente com a Cruz Vermelhade Moçambique (CVM) a nível dacomunidade, pois esta organizaçãotem desde há muito tempo estado atrabalhar na área de desenvolvimento

das comunidades nos distritos. Aregião geográfica de Buzi foisobretudo identificada devido a suaextrema vulnerabilidade aos ciclonese cheias. Em 2004, a gestão de riscode desastres (DRM) foraincorporado no programa dedesenvolvimento rural existente(PRODER) que já estava sendoimplementado pela Agência Alemãpara a Cooperação Técnica (GTZ) naProvíncia de Sofala.

Porque a alta vulnerabilidade aosdesastres naturais fora consideradacomo tendo um impacto negativo navida das pessoas nas áreas de altorisco. A inclusão da gestão de riscode desastres no PRODER (Programade Desenvolvimento Rural) foravisto como uma área crítica deintervenção tendo como principalobjetivo aplicar as medidas de gestãode risco de desastres (DRM) naszonas de alto risco possuindo comobase os planos de desenvolvimentodo distrito e tendo como “os actoreslocais” (o governo do distrito doBuzi e as comunidades).

MOÇAMBIQUE: Projeto-piloto comunitário que integraa Gestão de Risco de Desastres num prósperodesenvolvimento rural

Mapa da região do Buzi, Moçambique

A redução de desastres em África

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Os comitês locais de gestão dorisco de desastres operacionais emnove comunidadesPara se alcançar este objectivo, oPrograma de Desenvolvimento Rural-Gestão de Risco de Desastres(PRODER-DRM) deu assistência noestabelecimento de um sistema degestão de risco de desastres local emzonas altamente vulneráveis, comouma componente da Política Nacionalde Gestão de Risco de Desastres. Umadas actividades chave para se atingireste objectivo era a formação deComitês Locais de Gestão de Risco deDesastres tendo como base ascomunidades vulneráveis. O papel doscomitês fora definido como sendo oresponsável por transmitir informaçãorelativa ao risco de desastres eassegurar que a comunidade sejasuficientemente aconselhada no quefazer em caso de desastre. Os ComitêsLocais de Gestão de Risco deDesastres estão actualmente afuncionar em nove comunidades naBacia do Rio Buzi.O Programa de DesenvolvimentoRural-Gestão de Risco de Desastres(PRODER-DRM) também está dandoassistência no melhoramento do fluxode informação a respeito da gestão dorisco de desastres, incluindo ainformação sobre os sistemas de avisoprévio. Além disto, a Agência Alemãpara a Cooperação Técnica-Gestão deRiscos de Desastres (GTZ-DRM) estájogando um papel importante nofornecimento de assistência técnicapara a incorporação da gestão de riscosde desastres nos planos dedesenvolvimento de distrito.

O propósito da avaliaçãoO propósito da avaliação do projectoem março de 2005 era o de monitoraro impacto da componente de gestão derisco de desastres (DRM ), da AgênciaAlemã para a Cooperação Técnica(GTZ) – Programa de DesenvolvimentoRural (PRODER) em relação aprontidão de todos os actoresenvolvidos na gestão de riscos dedesastres na Bacia do Rio Buzi emqualquer altura do ano que houverrisco de cheias e/ou de ciclones.

A avaliação procurou tratar de quatroassuntos chave com respeito asintervenções da gestão de risco dedesastres (DRM):

• As comunidades estão usando osComitês Locais de Gestão de Riscode Desastres (DRM) efectivamentepara a informação, a coordenação eo apoio em caso de emergências?

• A Gestão de Risco de Desastres(DRM) está correctamenteintegrado nos planos do distritocom base numa análise de risco?

• Há ou não um substancial fluxo deinformação e cooperação entre ascomunidades e as instituiçõespertinentes?

• As comunidades estãopositivamente motivadas econscientes para o cabaldesempenho das suas tarefas?

Os achados da avaliaçãoOs achados mostram que asactividades levadas a cabo pelascomunidades selecionadas tiveram umgrande êxito. Os Comitês Locais deGestão de Risco de Desastres (DRM)existem e funcionam com uma boaaceitação nas comunidades. Ascomunidades disseram que elasestavam agora mais atentas,conscientes, e capazes de responderaos desastres naturais. As comunidadestambém disseram que estavam melhorpreparadas para se organizarem, aoinvés da situação do ano 2000/2001onde elas “só esperaram que fossemditas o que fazer.” Além disto, comoresultado da informação disseminadapor um dos comitês, alguns membrosda comunidade tinham sidotransferidos para áreas mais seguras.As autoridades ao nível do distritoestavam conscientes e concordavamcom os Comitês Locais de Gestão deRisco de Desastres de que ainformação e comunicação tinhammelhorado bastante. O processo deplaneamento do desenvolvimento dodistricto do Buzi em 2004 tinha feitoesforços por incorporar as actividadesde gestão de risco de desastres (DRM)no plano que tinha sido submetido paraa sua aprovação.

Foi proposta a inclusão de mensagensde gestão de risco de desastres (DRM)em currículos escolares. Porém, comoisto poderia funcionar na prática nãofora claramente definido.

Ao nível da província de Sofala, oconceito de utilização dascomunidades locais foi bem aceite ecriou uma oportunidade para umvínculo mais forte entre ascomunidades e as instituições quecontribuem para a área de gestão derisco de desastres (DRM). Porém,existe ainda algumas preocupaçõesrelativas à confiabilidade dainformação que é transmitida e é aindanecessária para um adicionaldesenvolvimento nesta área.

Relativamente ao fluxo de informaçãoe cooperação entre as comunidades eas instituições pertinentes, háevidências de que a comunidade sente-se actualmente bem informada emassuntos relativos ao risco de desastresque antes do projeto. Isto foi atribuídoem parte ao aumento da consciência dacomunidade, que resulta duma melhorcompreensão da informaçãotransmitida pela rádio. Um membro dacomunidade disse: “Antes, nósouviamos as mensagens da rádio masrealmente não pensavamos para quemeram as mensagens. Agora nóssabemos que essas mensagens são paranós”. A transmissão atravêz da rádiofoi claramente identificada assimcomo, os meios principais de recepçãode informação que dizem respeito aorisco de um desastre pendente. Oscomitês eram as fontes de informaçãorelativo a prevenção, preparação eorganização.

Os membros dos comitês estavamatentos e conscientes do SistemaNacional de Aviso Prévio de Ciclonese poderiam descrever o uso dasbandeiras coloridas para fornecer umaadequada advertência. A comunicaçãoentre a comunidade e o distrito foramregulares, consistiram, tanto de, visitasda equipa de trabalho da gestão derisco de desastres (DRM)acompanhados ou não pelos membrosdo Comitê de Gestão de Riscos deDesastres da Comunidade a cidade doBuzi para se encontrarem com as

A redução de desastres em África

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Redução de Desastres em África -EIRD Informes, 5 Edição, dezembro 2005 5

autoridades do distrito do Buzi, assimcomo vice-versa.

Os Comitês de Gestão de Risco deDesastres (DRM) das comunidadesestão positivamente motivadas econscientes para o cabal desempenhodas suas tarefas? Poderia parecer queos comitês locais estão motivados econscientes sobre a área de gestão deriscos de desastres(DRM). Durantealguns meses que precederam o mês demarço de 2005 que fora o período detempo mais vulnerável as cheias eciclones, os Comitês Locais de Gestãode Risco de Desastres (DRM)convocaram por sua própria iniciativareuniões com as suas comunidades. OComitê e os membros da comunidadeforam também informados para queparticipassem activamente nosseminários e reuniões sobre a gestãode risco de desastres (DRM) eestiveram entusiasmados emempenharem-se nos assuntos que ospreocupa com os representantes dodisrito e da província.

Conclusões & recomendaçõesÉ considerado, que a componente degestão de risco de desastres (DRM)esteja dando uma grande e valiosacontribuição ao sustento dascomunidades envolvidas. Com aintrodução duma componente que temcomo enfoque o nível de baseaumentou deste modo, o estado e valorda comunidade com respeito às váriasautoridades que agora não só ospercebem como beneficiários mastambém como um activo membrocontribuinte com conhecimentos quepodem ser usados para odesenvolvimento de estratégias deprevenção de desastres.Porém, com base nos achados, foramfeitas algumas recomendações,incluindo o seguinte:

O potencial de recaplicabilidade domodelo de gestão de risco de desastresA reprodução do modelo de gestão derisco de desastres deveria ser tomadaem consideração noutras comunidadesdo Distrito do Buzi e noutros distritoscom pessoas que vivem em áreas dealto risco. Vários factores contribuírampara o sucesso obtido da componente

de gestão de risco de desastres, umacaracterística chave foi o compromissoda administração do districto do Buzi.Isto é, por causa da localizaçãogeográfica e o nível de vulnerabilidadedo distrito do Buzi, o que resultounuma alta sensibilidade ao risco. Esteaspecto pode ser necessário tomar emconta quando selecionarmos outraszonas para implementação.

Expandindo a definição de “desastre”Embora as comunidades estivessemconscientes dos riscos das cheias eciclones, a questão da seca era de igualou maior preocupação. A componentede gestão de risco de desastres (DRM)se expandiu para abordar assuntos demudança de clima e já sugeriu umapesquisa sobre o conhecimento localno que diz respeito a este assunto. Érecomendado que seje dado uma maiorprioridade ao risco de seca.

O melhoramento do fluxo de informação

Poderia parecer que a componente degestão de risco de desastres (DRM)tem representado um papel deimportância fulcral na criação deligações de comunicação e informaçãopartilhada entre os três níveisadministrativos nomeadamente o nivelda comunidade, distrito e província.Foram realizados vários semináriosafim de capacitar os vários grupos deactores. Há dois assuntos principaispara ser discutidos:1) A melhoria da qualidade de

informação,

2) A melhoria da estrutura decomunicação.

A sustentabilidade da iniciativa daGestão de risco de DesastresA sustentabilidade da iniciativa degestão do risco de desastres (DRM)ainda não está completamente provadae uma nova e clara estratégia precisade ser desenvolvida se quisermos queos resultados realizados sejansustentaveis. Idealmente, a importânciadada a gestão do risco de desastres(DRM) pelo distrito precisa de estarrefletida no seu plano distrital. Oprocesso de planeamento do districto éconsiderado então de importânciafulcral em termos de assegurar umasustentabilidade de longo termo doprocesso de gestão de risco dedesastres (DRM).Semelhantemente, a continuação doapoio aos comitês locais, aincorporação da sociedade civil eparceiros locais e a alocação edistribuição de recursos adicionais sópode ser satisfeita dentro dum quadrogeral do plano do distrito.

O processo de planeamento do Distrito

O processo de incorporar a gestão dorisco de desastres no plano do districojá foi iniciado. Porém, é difícil, nestafase, fazer um comentário sobrequalquer impacto, porque o planotem que ser ainda implementado. Énecessário, continuar a defender ainclusão e a importância da gestão derisco de desastres(DRM) ao níveldas províncias e a nível nacional.

As autoridades locais e membros da comunicade em treino deinformação/comunicação

A redução de desastres em África

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Doutor Olusegun E. OjoDirecto-Adjunto,Assistência e ReabilitaçãoAgência Nacional de Gestão de Emergências(NEMA),A Presidência, Abuja, Nigéria

Uma discussão em mesa redonda sobreo tema “Em direcção a uma efectivaPlataforma Nacional dos interessadospela Redução do Risco de Desastres naNigéria” foi realizada na capitalfederal da Nigéria, Abuja, a 11 demarço de 2005.

O encontro foi organizado pelaAgência Nacional de Gestão deEmergências da Nigéria (NEMA). Oobjectivo geral da reunião eraestabelecer sinergias entre as váriaspartes interessadas e as diversasdisciplinas profissionais envolvidas naredução de desastres no país. Oencontro de um dia foi realizado nasede da Agência Nacional de Gestãode Emergências da Nigéria (NEMA) eestiveram presentes mais de 50participantes.

Os desastres & emergências naNigériaNa Nigéria, as ocorrências de desastrese emergências aumentaram emfreqüência e intensidade na últimadécada, especialmente nos recentestempos. Os frequentes derramamentosde petróleo dentro do Delta de Níger(Nigéria meridional) conduz a danosirreparáveis as biosferas costeiras. Oaquecimento global e o fenômenocomo o do El Nino têm estado ligadosà subida rápida do número e aseveridade das recentes inundaçõesem Jigawa, Kano (estados na Nigériado norte), Gomba (estado a nordesteda Nigéria) e a alguns dos Estados asul da Nigéria. A expansão dossectores industriais também temresultado em níveis crescentes deemergências tecnológicas como apoluição industrial e o lixo.

Consequentemente, a Nigéria tem setornado de modo crescente num paísde risco a um vasto número de perigosnaturais com a urbanizaçãopressionando as pessoas a construiremcasas descontroladamente ao longo dasconhecidas planícies de inundação ecolinas altamente instáveis. Háactualmente um maior reconhecimentodos sectores públicos e privados que oúnico modo para se abordar a escaladados custos não é uma reactivadistribuição de ajuda, mas sim, umapreventiva e inclusiva abordagem delongo prazo sobre as questões relativasaos desastres naturais.

Porém, vários Estados, e a maior partedas autoridades governamentais locaise das comunidades no país ainda estãopor institucionalizar e enquadrar agestão de desastres nos planos dedesenvolvimento globais. Para reduzir(mitigar) e gerir as perdas humanas,econômicas, sociais e ambientais eoutras conseqüências dos desastres asestratégias de desenvolvimentointegradas devem ser desenvolvidasem colaboração com os vários niveisdo governo e pela sociedade civil.

Nos últimos quatro anos da suatransformação e operação, asexperiências da Agência Nacional deGestão de Emergências da Nigéria(NEMA), têm mostrado que amultiplicidade de emergênciasevitáveis pelo país e as suasimplicações orçamentais para osgovernos e indivíduos está se tornandopreocupante. É então suprema, anecessidade urgente de abraçar a trocaconceitual do paradigma de redução deriscos de desastres para médio/longotermos.

A maioria dos desastres devastadorespodem ser prevenidos e podem serevitados se os relevantesdepartamentos governamentaistrabalharem em sinergias com asOrganizações Não-Governamentais(NGOs), Organizações de Base

Comunitária (CBOs) e outras partesinteressadas e preocupadas em abordaros riscos dos desastres naturais,fornecendo previsões de tempo e avisoprévio, ajudando as comunidades aprevinerem-se e a recuperarem dosdesastres, e a construireminfraestruturas resistentes, bem como aterem uma adequada educação eapropriado esclarecimento público.

Para estabelecer sinergias apropriadasentre as diversas partes interessadas edisciplinas profissionais, a AgênciaNacional de Gestão de Emergências daNigéria (NEMA), em concordânciacom as diretrizes da EstratégiaInternacional de Redução de Desastresdas Nações Unidas (EIRD/NU),identificou a necessidade de lutar pelasseguintes metas:

1. Aumento da consciência públicadas autoridades públicas;

2. Obtenção do compromisso dasautoridades públicas;

3. Estímulo de parcerias inter-disciplinares e inter-sectoriais; e o

4. Melhoramento do conhecimentocientífico sobre as causas dosdesastres naturais e seusrespectivos impactos.

Foi na perseguição destas metas que aAgência Nacional de Gestão deEmergências da Nigéria (NEMA), foraanfitrião da discussão da mesa redonda“Em direcção a uma efectivaPlataforma Nacional dos interessadospela Redução de Risco de Desastres naNigéria” que teve lugar a 11 de marçode 2005.

ProcedimentosA discussão a mesa redonda foiprojectada de modo a que as partesinteressadas podessem compartilhar assuas visões e experiências nestaemergente área sobre a redução dorisco de desastres, governação edesenvolvimento. A Estratégia

NIGÉRIA: Em direcção a uma Plataforma Nacional dosinteressados pela Redução do Risco de Desastres

A redução de desastres em África

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Redução de Desastres em África -EIRD Informes, 5 Edição, dezembro 2005 7

Internacional de Redução de Desastresdas Nações Unidas (EIRD/NU) África,ponto focal do sistema daOrganização das Nações Unidas para aredução de risco de desastres emÁfrica, fez uma apresentação nareunião, com os membros daAssembleia Nacional sobre adiscussão d e apropriada legislação e oseu respectivo endosso.

O Diretor Geral da Agência Nacionalde Gestão de Emergências da Nigéria(NEMA), Alhaji S. Makarfi, observoua mudança global em foco comoresposta para a redução do risco dedesastres e acentuou que a Nigéria nãodeveria ficar atrás. Ele destacou que aAgência, sendo o ponto focal para agestão de desastres no país, tem aresponsabilidade de mobilizar odiverso público e privados, as partesinteressadas e colaborar com aEstratégia Internacional de Redução deDesastres das Nações Unidas (EIRD/NU) afim de estabelecer umaestratégia de redução de risco dedesastres sustentável para o país. Eleconcluiu encorajando que osparticipantes assegurassem que acorrente discussão em mesa redondadeveria conduzir em última instância, àformação de uma plataforma nacionaldas partes interessadas na redução dorisco de desastres no país.

O Presidente observou a necessidadeda descentralização da gestão dedesastres até as autoridades locais e ascomunidades. Ele também observou anecessidade de um fundo apropriadopara o apoio institucional e oenquadramento do paradigma daredução do risco de desastres nodesenvolvimento nacional atravêz dapertinente prevenção, mitigação e areabilitação de potenciaisvulnerabilidades e perigos. Maisadiante, ele informou aos participantesque era imperativo que o seu comitê,em colaboração com a AgênciaNacional de Gestão de Emergências daNigéria (NEMA), deveria procurar ecriar a nova legislação e políticas parafortalecer as operações existentes, eintegrar a redução do risco dedesastres nos planos dedesenvolvimento nacional e na agenda

econômica das necessidades contínuasdo programa de trabalho. Ele concluiu,afirmando o apoio da AgênciaNacional de Gestão de Emergências daNigéria (NEMA) ao Comitê Interinopara a formação duma colaborativaplataforma nacional das partesinteressadas na redução do risco dedesastres no país.

Discussão & resoluçãoA reunião estiveram presentes 53participantes provenientes do público,sector privado, Organizações Não-Governamentais (NGO’s) e sociedadecivil, que apoiaram e votaram porunanimidade no movimento para oestabelecimento duma PlataformaNacional das Partes Intessadas para aRedução do Risco de Desastres.

Para além da Agência Nacional deGestão de Emergências da Nigéria(NEMA) foram selecionadas cincoorganizações, para constituirem umComitê Interino afim de prôpor asmodalidades para a PlataformaNacional: a sociedade civil érepresentada pela Cruz Vermelha daNigéria, os meios de comunicação sãorepresentados pela Voz da Nigéria e aAgência de Televisão da Nigéria, obraço executivo de governo érepresentada pelo Instituto de Paz eResolução de Conflitos e pela AgênciaNacional de Gestão de Emergências da

Nigéria (NEMA), e o poder legislativopelo Comitê de Emergência eProntidão de Desastres.

ConclusãoA realização destas metas requer umcompromisso político como tambémabordagens participativas e amobilização activa de todas as partesinteressadas relevantes para aconceptualização de programas e suaexecução. A habilidade dos indivíduospara apreciar as causas de raiz dosperigos poderá promover a longoprazo a redução do risco de desastres eo desenvolvimento sustentável. Asinstituições existentes serãofortalecidas através de legislaçãoapropriada a vários níveis do governo.

Para demonstrar as lições aprendidas,os projetos de redução de desastresrazoaveis seriam lançados num novoempreendimento em algumascomunidades vulneráveis selecionadaspara propósitos de replicação noutrasáreas.

A Plataforma Nacional embarcarianuma avaliação das capacidadestécnicas e de recursos das partesinteressadas para tratar de emergênciase desastres no país, e assim prosseguircom um programa nacional deimplementação conjunta.

Sua Exc. Doutor Gyang D. Dantong, Presidente da mesa redonda (agarrando ummicrofone) e alguns nacionais interessados pela redução do risco de desastres na

Nigéria

A redução de desastres em África

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“… Devido à responsabilidade constitucional de qualquer paísproteger os seus cidadãos de desastres naturais e artificiais, oComité de Emergência e Prontidão de Desastres foi colocado naCâmara Federal dos Representantes para poder oferecer apoiolegislativo e exercer a função de supervisão bem como depreencher o vazio da prevenção e gestão de desastres na Nigéria.Isto, foi feito atravêz de várias reuniões de advocacia naPresidência e atravêz da mobilização e apoio aos distritoseleitorais devastados pelos desastres.

Na Nigéria, desde a vinda da Lei12 do NEMA de 1999 e rectificadapela Lei 50, ela observa a necessidade para descentralizar agestão de desastres para as comunidades locais quenormalmente são o palco dos desastres. Ela observa anecessidade dum financiamento apropriado e o fortalecimentoinstitucional atravêz dum apoio legislativo e enquadramento daredução do risco de desastres no plano de desenvolvimentonacional da Nigéria. Finalmente, ela apoia a necessidade deacompanhar o custo efectivo do paradigma de redução de riscode desastres atravêz duma pertinente prevenção, mitigação ereabilitação de potenciais vulnerabilidades e perigos no país.Portanto, em concordância com as resoluções da EstratégiaInternacional de Redução de Desastres das Nações Unidas(EIRD/NU), e considerando que a gestão de desastres émultidisciplinar e com multiplas partes interessadas, a CâmaraFederal dos Representantes apoia a formação de uma plataformanacional das partes interessadas sobre a redução de riscos dedesastres no país.

A Gestão de Deasatres na Nigéria: Uma aborgagemLegislativaOs principais tipos de desastres na Nigéria incluem inundações,desertificação, ravinas e erosão litoral, doenças e epidemias,perturbações etno-religiosas, desastres causados pelo fogo,colapsos de edifícios e de represas, tempestades destrutivas,seca, explosão de munições, acidentes de aviação, marítimos eviação e de terramotos.

O estabelecimento do Comitê de Emergência e Prontidão deDesastres pela Câmara dos Representantes no dia 30 de marçode 2004, colocou a gestão de desastres e a redução do risco dedesastres pela primeira vez numa estável posição na história daNigéria. A criação do Comitê foi a resposta oficial do poderlegislativo ao assunto da emergência e gestão de desastres nahistória da Nigéria desde a independência. O Comitê, com umasupervisão primária da Agência Nacional de Gestão deEmergências da Nigéria (NEMA), tem preservado a efectiva e

adequada delegação de poderes da Agência Nacional de Gestãode Emergências da Nigéria (NEMA), atravêz dum adequadofinanciamento na posse do projecto de lei. Assim, o Comitê temverificado que os helicópteros de busca muito necessários parao salvamento foram fornecidos atravêz do anterior orçamentode 2005. O Comitê tem feito arranjos com o Presidente pararealizar uma Cimeira Nacional de Emergência no próximotrimestre, do qual a Agência será o principal actor representandoo principal papel.

O Comitê de Emergência e Prontidão de Desastres desejaordenar a Agência para estar consciente da necessidade de criaras suas capacidades para a avaliação, previsão e prevençãodos perigos com a participação das efectivas partesinteressadas. Também, tem que mobilizar efectivamente asoutras fileiras do governo para estarem sensiveis à suaresponsabilidade constitucional de proteger o cidadãocolectivamente dos desastres. Em termos específicos, o Comitêprecisa de prosseguir o seguinte programa de trabalho emcolaboração com a Agência Nacional de Gestão de Emergênciasda Nigéria (NEMA):

• A formulação de uma Política Nacional de Gestão deDesastres baseado no estabelecimento da redução do riscoe desenvolvimento sustentável;

• A revisão da existente legislação para estar em conformidadecom as presentes normas democráticas e tambémdesenvolver um novo pacote de leis em conformidade coma mudança de paradigma de mera resposta aos desastrespara o aumento da prontidão e da pró-actividade de todosos gestores de segurança;

• A cooperação com a Agência Nacional de Gestão deEmergências da Nigéria (NEMA) e todas as outras agênciasde segurança para alcançar a máxima segurança de vidase propriedades;

• A integração da redução de risco de desastres no plano dedesenvolvimento nacional e nas necessidades contínuas daagenda econômica; e

• A elevação da consciência da população e proseguimentocom a descentralização da gestão de desastres para ascamadas mais desprotegidas.

Para realizar tudo isto, o Comité terá sempre que ter a certezaque a Agência Nacional de Gestão de Emergências da Nigéria(NEMA) obtenha financiamento estável e adequado atravêz dasLeis adoptadas pela Assembleia Nacional …

A Gestão de Desastres & o Desenvolvimento: PerspectivaExcerto da Apresentação de

Sua Exc. Doutor Jerry Sonny UgokwePh.D., Presidente,

Comitê de Emergência & Prontidão de Desastres,Câmara Federal dos Representantes,

Assembleia Nacional, Nigéria,

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Redução de Desastres em África -EIRD Informes, 5 Edição, dezembro 2005 9

Sr. Abdoulaye Ndiaye,Director da Protecção Civil,Ministério do Interior,Ponto Focal Nacional da EIRD,Dakar, Senegal

Uma  “Reunião Técnica deEnquadramento da Redução doRisco de Desastres no Processo deActualização do Documento sobre aEstratégia de Redução da Pobreza(PRSP)” realizou-se em Dakar a 1 dejunho de 2005, organizado peloMinistério das Finanças do Senegal.

A reunião era parte dum semináriode três dias para o estabelecimentoda Plataforma Nacional da EstratégiaInternacional de Redução deDesastres do Senegal. Este semináriofoi organizado pela Direcção deProteção Civil e a EstratégiaInternacional de Redução deDesastres das Nações Unidas para aÁfrica (EIRD/NU) África. Aoseminário estiveram presentesrepresentantes dos ministériosgovernamentais que têm haver com aredução de desastres.

A reunião começou com umaapresentação do Documento sobre aEstratégia de Redução da Pobreza(PRSP). Da apresentação, emergiuque o Documento sobre a Estratégiade Redução da Pobreza (PRSP) dopaís tinha sido adoptado pelogoverno do Senegal em dezembro de2001 e que tinha sido tambémaprovado pelos parceiros em 2002.O Documento sobre a Estratégia deRedução da Pobreza (PRSP) era:

1) uma estratégia global paraestabelecer as condiçõesconducentes ao crescimentosustentável e a uma efectiva lutacontra a pobreza, mas não umprograma anti-pobrezaespecífico;

2) a consideração de políticassectoriais e descentralizadas

como parte das ferramentas degestão do desenvolvimento dopaís; e

3) um quadro geral de referênciapara as intervenções dosparceiros de desenvolvimento.

A ligação entre a pobreza e avulnerabilidade apresentado peloPRSPA apresentação acima foi seguida porricas discussões sobre assuntos degestão de risco de desastres.

Das discussões emergiu que oDocumento sobre a Estratégia deRedução da Pobreza (PRSP)destacara o vínculo muito claro entrea pobreza e a fraca capacidade deresistência e recuperação nasociedade. A vulnerabilidade sendoum racio entre risco/capacidade degestão do risco, deveria seridentificado e avaliado em todos ossectores. A sua identificação é umimperativo para a redução dedesastres. É então um dado chave domecanismo de redução de desastres.Todos os locutores acentuaram anecessidade então dum relevantebanco de dados para apoiar o aEstratégia de Redução da Pobreza(PRSP).

Os participantes a reunião disseram:“Aqui nós temos o genuíno alicerce

da plataforma (para a redução dedesastres) o qual nós pretendemospôr em funcionamento. Noutraspalavras, a plataforma nacional é oponto de partida para a capacitaçãoem gestão de desastres e acidentes. Aplataforma desempenha um papelinter-sectorial e transversal tal quedeveria ser um estratégico eunificante elemento para as váriasactividades do Documento sobre aEstratégia de Redução da Pobreza(PRSP).”

O enquadramento da Redução doRisco de Desastres na Estratégia deredução da Pobreza em dezembro de2005

As seguintes recomendações, entreoutras, foram feitas pelosparticipantes para enquadrar aredução do risco de desastres (DRR)no Documento sobre a Estratégia deRedução da Pobreza (PRSP):

1. Há necessidade de estabeleceruma plataforma nacional para aredução de desastres.

2. Um calendário deve ser fixadopara se ter uma plataformanacional e uma estratégianacional e enquadrá-losposteriormente no Documentosobre a Estratégia de Redução daPobreza (PRSP) em dezembro de2005.

3. A redução do risco de desastresdeve ser uma prioridade nacionale local.

4. Um sólido quadro geralinstitucional deve serestabelecido para uma prósperaimplementação das necessáriasactividades.

5. A redução de desastres deve serdissociada da proteção social.

6. Às comunidades locais deve serproporcionado um fundo especialpara a gestão da redução do riscode desastres.

O SENEGAL procura enquadrar a redução do risco dedesastres na estratégia de redução da pobreza

Sr. Abdoulaye Ndlaye, Director de Proteção Civil

A redução de desastres em África

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Redução de Desastres em África -EIRD Informes, 6 Edição, dezembro 2005 10

Brig-Gen (Rtd) Joseph OdeiCoordenador nacional,Organização Nacional de Gestão de Desastres(NADMO),Accra, Gana

O Gana precisa de mudar da gestãode desastres para a redução do riscode desastres. As iniciativas foramlevadas a cabo para facilitar amudança. O que se segue é umaversão abreviada de um documentoapresentado pelo coordenadornacional da Organização Nacional deGestão de Desastres do Gana em 16de maio de 2005.

IntroduçãoNos tempos actuais, os desastres têmcausado grandes perturbações nodesenvolvimento econômico e socialdos países em desenvolvimento,inclusive o Gana, especialmentedevido a nossa inabilidade deefectivamente poder arcar com osperigos naturais e riscos criadosatravés de processos dedesenvolvimento sócio-econômicos epolíticos. Os desastres tornaram piora situação dificil do ambiente pobrerural e urbano, tendo reivindicadopor muitas vidas humanas, causadomuitas perdas materiais e desviadoos escassos recursos de programas deredução de pobreza para areabilitação das vítimas econsertação ou substituição dasinfraestruturas sociais e econômicasdanificadas.Embora o perfil dos perigos e ahistória de desastres no Gana nãotenham sido tão calamitosos comoem alguns países em desenvolvimento,os recentes desastres naturais eartificiais como as cheias, os fogosdomésticos, industriais e florestais,os conflitos comunais e tribais, asepidemias e as ameaças devido a umpossível terremoto fizeram com quefosse importante trocar a ênfase de

resposta de desastres e alívio deemergência para a redução de riscode desastres e mitigação atravêz daintegração da redução do risco dedesastres no desenvolvimentosustentável.

A redução de risco de desastressignifica prevenção dos perigos e atomada de medidas para prevenir oumitigar os seus impactos atravêzduma adequada e efectivapreparação e resposta. Isto, em troca,envolve a identificação dos perigos eo prognóstico dos prováveisiminentes eventos que podem causardanos as vidas humanas, aspropriedades, as infraestruturas ouao ambiente; o processamento e adisseminação de advertências ouinstruções para as apropriadasautoridades ou populações, comotambém o empreendimento deadequadas e oportunas acções parareduzir o risco ou mitigar o impactode iminentes desastres.

Para facilitar uma mudança deparadigma de gestão de desastres(DM) para a redução de risco dedesastres (DRR), as seguinteslacunas precisam de ser preenchidas:

• A falta duma política clara eestratégia efectiva para a reduçãodo risco de desastres, prevenção,resposta e reabilitação.

• A falta de integração dosprogramas de redução do risco dedesastres no desenvolvimentosustentável.

• A inadequada entrega de recursospara a redução do risco e gestãode desastres.

• O limitado sentido de possenational/público dos programasde redução do risco e de gestãode desastres.

Para abordar estas lacunas econstrangimentos, um seminárionacional com a duração de três diasfora organizado na cidade de Accraem 2004, pelo Ministério do Interiordo Gana e a Estratégia Internacionalde Redução de Desastres das NaçõesUnidas em África (EIRD/NU). Osparticipantes do seminário de três-dias eram provenientes dosministérios, departamentosgovernamentais, agências desegurança, agências da Organizaçãodas Nações Unidas (ONU) e daOrganização Nacional de Gestão deDesastres do Gana (NADMO).

Os objetivos do seminário foram osseguintes:Rever as políticas nacionais e oquadro geral legal da gestão dedesastres e redução de risco.Compreeender a redução do risco dedesastres e saber como integrá-la nodesenvolvimento sustentável.Formar uma coligação de interessespara a redução do risco de desastresentre o Governo, os ministérios, asagências de segurança, asautoridades locais e as organizaçõesde base comunitária para a reduçãodo risco de desastres.Construir consensos sobre o caminhoa seguir.

As Initiativas de GovernaçãoA recomendação mais importante doseminário foi a necessidade deenvolvimento mais activo dos

GANA: As iniciativas de redução do risco de desastresnos campos da governação e da redução da pobreza

Brig-Gen (Rtd) Joseph Odei, que é também o pontofocal nacional da Estratégia Internacional de

Brig-Gen (Rtd) Joseph Odei, Ponto FocalNacional da EIRD

A redução de desastres em África

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Redução de Desastres em África -EIRD Informes, 5 Edição, dezembro 2005 11

ministérios e departamentosgovernamentais, e das agências,organizações não-governamentais(NGOs) e organizações da sociedadecivil (CSOs) ligadas a gestão dedesastres no estabelecimento de umaPlataforma Nacional para a Reduçãode Risco de Desastres (NPDRR),para facilitar a boa governação e aredução da pobreza, de acordo com aEstratégia de Redução da Pobreza doGana (GPRS).

Foram feitas várias propostas comconseqüências de longo alcance nagovernação. Estas propostascompreendem:

• Liderança política forte ecompromisso com uma visãoclara e pragmática sobre aredução de desastres.

• A formulação de uma PolíticaNacional Integrada de Reduçãode Risco de Desastres.

• O fortalecimento dacomplacência e execução deregulamentos incluindo a revisãodo poder legislativo daOrganização Nacional de Gestãode Desastres do Gana (NADMO)para uma execução mais efectiva.

• A promoção da redução de riscode desastres a nível nacional,regional e de distrito.

• O aumento da capacidade dosgrupos voluntários de desastresde base comunitária (DVGs)como uma base para fortalecer oenvolvimento local na redução dedesastres, na geração de empregoe redução da pobreza.

• O desenvolvimento de umprograma de acção para avançarcom a transformação do sistemade gestão de desastres.

• A provisão de recursosadequados para as instituiçõesenvolvidas em programas deredução de risco de desastres nopaís, particularmente daOrganização Nacional de Gestãode Desastres do Gana (NADMO)que é a agência de liderança daprevenção de desastres e gestão.

A governação significa relaçõesresponsavéis entre o estado, o sectorprivado, a sociedade civil e aadministração local tal que asegurança, o bem estar social, ajustiça social e a equidade sejamconsequidas e mantidas numambiente contínuo de redução derisco e gestão de desastres. Nopassado, a efectiva prevenção egestão nacional de desastres ocorreusobretudo sob sérias críticas devidoaos existentes defeitos estruturais epolíticos inerentes ao processo. Isto,conduziu a um esforço conscientepara se revêr as políticas e estruturasafim de colocar a gestão de desastresem concordância com as modernaspráticas.

A troca de paradigma tambémnecessitou duma revisão da Lei (Lei517) de 1996, que instituiu aOrganização Nacional de Gestão deDesastres do Gana (NADMO). Foimudada a ênfase para a coordenação,a prevenção e a criação dumaconsciência atravêz da disseminaçãode informação, comunicação eeducação, geração de emprego eredução da pobreza.

As actuais iniciativas de governaçãoA gestão de desastres é de naturezamulti-sectoral e inter-disciplinar eenvolve uma larga variedade deactividades inter-relacionadas a nívelnacional e local. Algumas dasmudanças propostas pela actual leirevista no campo da governaçãoincluem o seguinte:

a) Política clara e pragmática deredução do risco de desastres.

b) O estabelecimento do ComitêNacional de Gestão de Desastressob a presidência do Ministro doInterior.

c) O estabelecimento de um Conselhode Gestão de Desastres que será oresponsável pela formulação dapolítica, gestão e supervisão, eassegurará a implementação daspolíticas e programas sob apresidência do Ministro do Interior.

d) O estabelecimento de ComitêsTécnicos Regionais e Distritais deGestão de Desastres.

e) O Estabelecimento de umefectivo processo participativo.

f) A delegação de podereslegislativos atravêz daimunização do pessoal e agentesda Organização Nacional deGestão de Desastres do Gana(NADMO) no desempenho dosseus deveres.

g) A revisão e o fortalecimento dosComitês Técnicos afim de poderproporcionar aconselhamentoespecializado em programaseconômicos, sociais e ambientais.

h) O estabelecimento de um Fundode Desastres para mobilizar maisapoio financeiro para a reduçãode risco e gestão de desastres.Isto é necessário para podersubsidiar recursos governamentaisque não cobrem emergênciasimprevistas.

i) O estabelecimento de gruposvoluntários de desastres de basecomunitária para gerar aparticipação da comunidade naredução de risco e gestão dedesastres.

j) O estabelecimento de uma redede internet local (www.nadmo.org)da Organização Nacional deGestão de Desastres do Gana(NAMO) afim de colocar asactividades da organização napublicidade internacional,procurando a colaboração e oapoio da comunidadeinternacional, bem como apartilha de conhecimentos eexperiências.

k) Como parte das iniciativas, paraaumentar o desempenho, oGoverno forneceu 100 veículos eoutro equipamento para fortalecera capacidade da OrganizaçãoNacional de Gestão de Desastresdo Gana (NADMO), afim depoder enfrentar os desafios degestão de desastres no Gana.

As Iniciativas de Redução daPobrezaNo Gana, a Estratégia de Redução dePobreza (GPRS) que é o programade trabalho do governo para o

A redução de desastres em África

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Redução de Desastres em África -EIRD Informes, 6 Edição, dezembro 2005 12

crescimento e prosperidade,identificou a pobreza como uma dascausas principais dos desastresprovocadas pelo homen no país,desde o pobre ambiente rural,degradado e sobre-explorado atravêzde deficientes e más práticasagrícolas e de criação de animais,más praticas de mineração asuperfície, sobre-exploração florestalpara a produção de lenha e carvãovegetal, queimadas, etc., tudo isto,para poder suprir a sua existência.Além, dos perigos naturaisabrangendo os terremotos, as secas,as tempestades e as cheias quetendem a prejudicar os pobres poiseles geralmente vivem em áreas demaior densidade populacional, fracasinfraestruturas, más condições dehabitação e más instalaçõessanitárias.

A Mobilização SocialEm concordância com estastendências, a Organização Nacionalde Gestão de Desastres do Gana(NADMO) adoptou a mobilizaçãosocial como uma estratégia chavepara a redução do risco de desastrese redução da pobreza. Isto, envolve aorganização, treinamento eequipamento dos grupos voluntáriosde desastres de base comunitária(DVGs) compostos por homens emulheres jovens; o apoio naidentificação de riscos; prevenção ena gestão de desastres; e noempreendimento de programas deredução da pobreza e dedesenvolvimento da comunidade.O conceito de voluntário de desastresde base comunitária tem comoobjectivo assegurar a participaçãoactiva da comunidade no processo degestão de desastres. Inclui, entreoutras coisas, o seguinte:

• A mobilização e treinamento dajuventude e dos desempregadoscom a finalidade de os equiparcom conhecimentos técnicosnecessários que os habilite aparticipar na gestão de desastres,geração de emprego edesenvolvimento da comunidade.

• A sensibilização das comunidadeslocais para identificar as suas

potenciais capacidades, comouma força real motivadora dodesenvolvimento, tomada dedecisões e desenvolvimento dosmeios de subsistência dacomunidade.

• O apoio às comunidades carentesde oportunidades para embarcarna provisão de emprego eserviços sociais como escolas,sanitários públicos, poços,represas, construção deinfrastruturas de saúde, centrosde cuidados médicos como umaestratégia de redução da pobreza.

• O encorajamento das comunidadesa compreenderem e a participaremnos programas e actividadesgovernamentais.

Rapidamente, foi desenvolvido oconceito de grupos voluntários dedesastres de base comunitária (DVG)e foi adoptado, entre outras coisas,como uma estratégia de redução dapobreza para ajudar os voluntários aempreenderem actividades geradorasde rendimento que os habilite apermanecerem nas suas comunidadespara poderem apoiar a OrganizaçãoNacional de Gestão de Desastres doGana (NADMO) na prevenção egestão de desastres nas suascomunidades. O conceito de gruposvoluntários de desastres de basecomunitária também foi projectadocom a finalidade de integrar eenquadrar os voluntários que estãosobretudo desempregados e carentes,em actividades econômicas que oshabilite a ter vantagens dasoportunidades criadas pelas váriasintervenções governamentais sob aEstratégia de Redução da Pobreza doGana (GPRS).

Os grupos voluntários de desastresde base comunitária servem de canalpara a educação pública nas áreas desaúde, prevenção de queimadas,plantação de árvores, HIV/SIDA,ambiente e governação.

As Actuais Iniciativas de Reduçãoda Pobreza da NADMOHá aproximadamente quinhentos(500) grupos voluntários, com um

total de cerca de 12,000 membrosindivíduos, no país, trabalhando sobos auspícios e direcção daOrganização Nacional de Gestão deDesastres do Gana (NADMO).Foram implementados os seguintesprojectos:1. A plantação de mais de 9,000,000

sementes de várias espécies deárvores, inclusive caoba, wawa,emire, kushea, cedrella, ceiba,etc. para apoiar o programa deplantação florestal do governo.Para cima de 3 bilhões foramganhos pelo projeto dos gruposvoluntários de desastres de basecomunitária por todo o país em2004.

2. A compra e distribuição de nove(9) tratores com os fundos daHIPC (Iniciativa dos PaísesPobres Altamente Endividados)para apoiar as actividadesagrícolas dos grupos voluntáriosde desastres de base comunitária(DVGs) nas regiões em 2003.

3. O treinamento e o equipamenentodos grupos voluntários dedesastres de base comunitária(DVGs) das comunidades quehabitam na orla das reservas defloresta em projetos de sustentoalternativos de agricultura,indústrias caseiras e de pequenaescala, pois as actividadeseconômicas das zonas ruraispobres como a caça, o abateindiscriminado de árvores paralenha e carvão vegetal resultamem queimadas e destruição deflorestas.

4. Um vasto projecto de vegetais naestação de importânciasecundária no Gana meridional ecultivo de feijão-soja nas trêsregiões do norte para um total de158 grupos voluntários dedesastres de base comunitária(DVGs) em 2003 e 2004.

5. O apoio a mais de 50,000ganenses retornados/deportadospor realocá-los, pessoas que sãointernamente deslocadas (IDPs) erefugiados que fogem de guerrase conflitos das várias partes domundo.

A redução de desastres em África

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Redução de Desastres em África -EIRD Informes, 5 Edição, dezembro 2005 13

6. Em 2005, a OrganizaçãoNacional de Gestão de Desastresdo Gana (NADMO) continuará afacilitar a implementação devários projectos de redução dapobreza, de desenvolvimento dascomunidades, da agricultura e deempreendimentos econômicos depequena escala.

ConclusãoPorque que a redução de risco egestão de desastres são umaresponsabilidade compartilhada e umprocesso contínuo, a efectivaimplementação de plataformasnacionais, a revisão regular e omonitoramento de programaspolíticos, o claro entendimento dopapel das principais partesinteressadas e o apoio activo daliderança política de alto nível e dasautoridades locais poderiamassegurar o desenvolvimento de umacultura de prevenção numa sociedaderesistente.O desafio óbvio é fornecer o apoiofinanceiro e material adequado,

assegurar a coordenação efectiva e acooperação entre as principais partesinteressadas.

A redução do risco de desastres éainda em grande parte suportada,pelos auspícios das autoridades dosector público e o estabelecimentode prioridades é a chave para agestão efectiva dos desastres. Asopiniões de peritos e acadêmicos e

As mulheres e raparigas estão lutando contra apobreza no Gana

das organizações liderando odesenvolvimento terãoinfluência, mas não seráadequado extrair recursoscríticos e esforços combinadosrequeridos para a efectivaredução do risco e gestão dedesastres.

É então imperativo que nósintroduzamos e sustentemos onovo conceito de gestão dedesastres estabelecendo umaPlataforma Nacional forte,efectiva e influente para aRedução do Risco de Desastres epara o desenvolvimento

sustentável. Tal plataforma eliminaráas frustrações, a falta de coordenaçãoe os erros desnecessários entre aspartes interessadas, que têm dealguma maneira atormentado oprocesso de gestão de desastres. Istocriará uma sociedade resistente econscientemente preparada paraenfrentar a ameaça de desastres queconfrontam as suas vidas.

Sr. Michel VielleDirector-geral, Secretaria Nacional de Risco e Gestão deDesastres,Mahe, Seicheles

As Seicheles está longe das zonas dedesastres mais proeminentes. Atéeste momento, o Governoestabeleceu uma agência nacional derisco e gestão de desastres, eproporcionou 4 milhões…de dólaresamericanos para o fundo nacional dedesastres.

Embora as Seicheles permaneça foradas zonas de desastres mais

SEICHELES: A Secretaria Nacional de Risco e Gestãode Desastres instituiu o Fundo de Gestão de Desastres

proeminentes, a frequência e aintensidade de tempestades e outrosperigos que afectam o país estãoaumentando. As provas que suportamisso são os sequintes eventos comoas cheias de 1997, as queimadas de1999, a depressão tropical de 2002com ventos excedendo 120 km porhora, as cheias de 2004, o tsunamiem dezembro de 2004 e assubsequentes chuvas torrenciais.

Ainda, muitos indivíduos e organizaçõesno país têm permanecido relutantesem aplicar-se na redução do riscocomo um objectivo chave, ou atémesmo de proteger os seus própriosprojectos contra os potenciais perigos.

Enquanto isso, iniciativas dedesenvolvimento têm sido afectadasde tempos a tempos por desastres, aomesmo tempo que a ajuda emrecursos já comprometidos com osprojectos de desenvolvimento temsido realocados aos esforços dereabilitação. Assim, há umanecessidade de integrar a redução dorisco de desastres no plano dedesenvolvimento.

A Agência Executiva do ComitêNacional de Desastres

Em outubro de 2004, a SecretariaNacional de Risco e Gestão de

A redução de desastres em África

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Desastres foi criada pelo Gabinetedo Presidente com a nomeação do Sr.Michel Vielle como Director-Geral atempo integral para o Risco e Gestãode Desastres e também nomeadocomo o ponto focal para acoordenação de desastres nasSeicheles.

Esta Secretaria age como umaagência executiva do ComitêNacional de Desastres (NDC), que épresidida pelo Gabinete do Presidente.Este comitê tem se reunidoteoricamente uma vez de cada dois atrês meses e é composto por altosfuncionários do Gabinete doPresidente, Polícia/Departamento deBombeiros, Exército, Departamentodo Ambiente, Departamento dosTransportes, Departamento doGoverno Local, Departamento deCultura e o Departamento da Saúde.

As funções imediatas da secretariasão estas, contudo não se se limitamsomente a isto:

• Rever e finalizar o PlanoNacional de Prontidão deDesastres;

• Promover o desenvolvimentoduma cultura de consciência eemergência nas Seicheles;

• Assegurar a coordenação, acooperação, a consistência e assinergias entre as actividades deprevenção/planeamento e deprontidão;

• Promover a melhor utilização dosrecursos e procurar maisrecursos;

• Assegurar a organização detreinamento conjunto e deactividades de simulação dedesastres;

• Assegurar a presença de planosde prontidão e resposta aemergências a nível ministerial edistrital;

• Ver se é levada a cabo a análisede perigos, que conclua com alocalização, freqüência,probabilidade (quando possível)e potenciais impactos dosdiferentes perigos/riscos;

• Desenvolver um instrumentolegal para a prontidão dedesastres e resposta.

Abordando o assunto da reduçãode risco de desastresPara que seja possivel alcançar estesobjectivos, a Secretaria Nacional deRisco e Gestão de Desastres criouum Sub-comitê de Planeamento deDesastres e Resposta que abordaria oassunto da redução de risco dedesastres duma maneira holística easseguraria a integração da mitigaçãode desastres nos planos dedesenvolvimento. Para facilitar esteprocesso, cinco grupos de trabalhoformados pelo Sub-comitê dePlaneamento de Desastres eResposta foram encarregues decumprir com uma tarefa específicacada grupo como se segue:

Primeiro Grupo de Trabalho: Aconsciência & a campanha desensibilização a população   O grupo é responsável pelodesenvolvimento da consciência,educação e programas desensibilização da população. Umadas suas tarefas imediatas era depreparar material para a exposiçãopor ocasião do Dia Nacional queteve lugar em junho e que foi umgrande sucesso. Vários cartazes efolhetos foram preparados edistribuídos, e as pessoas quevisitaram a exposição puderam ver eouvir atravêz da ajuda de algunsinstrumentos audio-visuais algumasretrospectivas de desastres ocorridosno passado.

Segundo Grupo de Trabalho: Osistema de aviso prévio de múltiplosperigosO grupo está considerando osprotocolos de desenvolvimento dumsistema nacional de aviso prévio demúltiplos perigos. 

Terceiro Grupo de Trabalho: Oplaneamento & a respostaO grupo está olhando pelas directizessobre o planeamento e resposta quepossam ser incorporadas no processo

de planeamento e desenvolvimento.Este grupo também será responsávelpelo mapeamento das áreas de perigoe de risco.

Quarto Grupo de Trabalho: AcomunicaçãoO grupo está olhando para asinstalações de telecomunicaçõesexistentes que possam ser usadaspara a prontidão de desastres eresposta e terão que propôr umsistema de telecomunicaçõesfidedigno e de custo efectivo para oestabelecimento dum novo Centro deComando bem como pôr em redetodos os serviços de emergência e osprimeiros replicadores num únicosistema de telecomunicações.

Quinto Grupo de Trabalho:O grupo está a trabalhar nodesenvolvimento dum quadro gerallegal para a gestão de desastres nasSeicheles.

O Fundo Nacional de Geatão deDesastresEm 2005, o Governo pôs de lado asoma de 4 milhões de dólaresamericanos como Fundo Nacional deDesastres.

O Fundo Nacional de Desastres égerido pela Secretaria Nacional deRisco e Gestão de Desastres. Ocapital é usado para a prevenção, amitigação e para as actividades deprontidão.

A redução de desastres em África

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Sr. Jacky Roland RandimbiarisonSecretário executivo,Conselho Nacional de Socorro (CNS),Madagáscar

Madagáscar uniu-se aos esforços daEstratégia Internacional de Reduçãode Desastres (EIRD/NU) depromover, regionalmente einternacionalmente, a redução dorisco de desastres (DRR) e oenquadramento da redução do riscode desastres em actividades dedesenvolvimento especialmente emÁfrica.

O Presidente do Madagáscar MarcRavalomanana doou a 06 de maio de2005, em nome do seu país, 20,000dólares Americanos para a EstratégiaInternacional de Redução deDesastres das Nações Unidas para aÁfrica (EIRD/NU) África destinadosas actividades relacionadas a reduçãode desastres em África (veja o artigona página…).

Tal gesto proveniente dum líder deum país africano menos desenvolvidocomo Madagáscar é reflexo daimportância que o país dá a reduçãodo risco de desastres nodesenvolvimento.

De facto, como comprovado pelasvárias iniciativas e esforçosconsideráveis empenhados durante aSegunda Conferência Mundial sobrea Redução de Desastres, em janeiro2005, na qual a redução de desastreshoje está arrastando uma crescenteatenção e consideração pelo mundointeiro.

A redução de risco de desastresem MadagáscarMadagáscar está exposta a váriosperigos naturais, os mais frequentessão: os ciclones, as cheias, asqueimadas, a invasão de gafanhotose a seca. O país tem uma Estratégia

MADAGÁSCAR aloca percentagem do fundo de“Resposta ao Choque” na redução do risco

Nacional para a Redução de Risco deDesastres (SNGRC em francês) queproporciona os alicerces para a sua“Lei de Redução de Risco deDesastres” votada no Parlamento em2002 (alguns meses depois do Sr.Ravalomanana estar no poder).Madagáscar também é um dosprimeiros países africanos aincorporar a redução do risco dedesastres no Documento daEstratégia de Redução da Pobreza(PRSP) – também depois do Sr.Ravalomanana estar no poder.

O sistema de provisão de emergênciae alívio do país está completamenteoperacional. O governo, atravêz doConselho Nacional de Socorro (CNSem francês) que opera sob as ordensdo Ministério do Interior e ReformaAdministrativa, coordena todas asacções com base na estratégianacional acima mencionada. Em casode emergência, o CNS está no localno espaço de tempo mais curto paraavaliar os danos e proporcionaralívio imediato.

Relativo a coleta de informação, oCNS preside a plataforma nacionalde risco e gestão de desastreschamada CRIC (Comité das PartesInteressadas sobre os Desastres) que

é composto por todas as partesinteressadas: o Gabinete doPresidente, o Gabinete doPrimeiro-Ministro, osministérios técnicos, as agênciasde implementação da ONU, asassociações nacionais einternacionais, as organizaçõesnão-governamentais e osdoadores. Várias confissõesreligiosas também estãorepresentadas atravêz de algumasassociações ou organizaçõesnão-governamentais. As tarefas edeveres de todos os membros da

CRIC estão de acordo com todos ecada um dos meios disponíveis erecursos.

Para uma óptima eficiência, asacções são coordenadas localmentepor estas partes interessadas queestão presentes nas zonas de risco,em colaboração com as autoridadeslocais e alguns funcionários dasestruturas de provisão de alíviodescentralizadas e estabelecidas acada nível de gestão territorial:região, distrito, comunidade efokontany (aldeia em áreas rurais ebairros em centros urbanos).

Enquanto as operações, demonitoramento e missões deavaliação estão sendo levadas acabo, as descobertas encontradassão discutidas e são analisadas anível central para determinar-se aspossíveis medidas corretivas.

Quando um desastre natural oucausado pelo homen acontece, assolicitações das pessoas sãoenviadas ao Gabinete doPresidente, ao Gabinete doPrimeiro-Ministro e ao Ministro doInterior que é representado peloConselho Nacional de Socorro(CNS), que posteriormenteproporciona liderança para aorganizada acção.

Sr. Jacky Roland Randimbiarison,Secretário Executivo do CNS

A redução de desastres em África

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O projeto de instituição dum fundoespecialAs acções para restabelecer ascondições de vida das vítimas dedesastres a normalidade têm comobase a informação disseminada peloConselho Nacional de Socorro(CNS). Mas informação que serve atodos os projectos e programasexistentes são originados apartir doComité das Partes Interessadas sobreos Desastres (CRIC).

Relativamente aos recursos, muitosdoadores e partes interessadasofereceram em 2004 todos os tiposde contribuições – comida e outrosbens – para restabelecer as vidas daspessoas à normalidade. O mesmoaplica-se a saúde e sectores agrícolasna provisão de medicamentos esementes.

Novamente em 2004, o BancoMundial – financiou o projecto FID(Fundo de Intervenção para oDesenvolvimento) com um capitalespecial garantido de 50 milhões dedólares americanos para os danos dociclone, e o PSDR (ProgramaSectorial para o DesenvolvimentoRural), projecto também com umcapital de 5 milhões de dólaresamericanos garantidos pelo BancoMundial para os danos do ciclone. Agarantia destes empréstimosadicionais tinham requerido algunsajustes nos documentos técnicos dosdois projectos.

Com a ajuda do capital acimareferido, o FID (Fundo deIntervenção para o Desenvolvimento)cobriu a reabilitação de infraestruturassociais e sócio-econômicas básicasdanificadas (edifícios escolares,centros primários de saúde esistemas de abastecimento de águapotável, mercados, estruturas,estradas rurais, e até mesmo edifíciosgovernamentais). O ProgramaSectorial para o DesenvolvimentoRural (PSDR), pela sua parte, tratouda reabilitação de infraestruturashidro-agrícolas.

No início de 2005, a parte meridionaldo país foi atingida por dois ciclonestropicais conhecidos como “Ernest”

e “Felapi.” Estando em presençaduma revisão de meio-termo doprojecto FID (Fundo de Intervençãopara o Desenvolvimento) financiadopelo Banco Mundial, o ConselhoNacional de Socorro (CNS) solicitouo apoio do Banco Mundial paraacções de reabilitação deinfraestruturas. O Banco Mundialconcordou. Então, uma novacomponente chamada “Resposta deChoque” foi estabelecida no projetodo Fundo de Intervenção para oDesenvolvimento. Aquela percentagemde financiamento do projecto estáadjudicada a acções que visam orestabelecimento da vida das vítimasdo desastre à normalidade.

Tal percentagem de financiamentodo projecto adjudicada a redução dorisco de desastres é essencial porquecobre o planeamento de toda aenvergadura do seguinte ciclo dedesenvolvimento do projecto:Prevenção – Previsão & Planeamento– Alerta - Intervenções & Reabilitação– Avaliação – Retorno das Experiências.

As vítimas de desastres aclamamos serviços de alívioÉ de notar, que as pessoas afectadaspelos impactos dos desastrescomeçaram a integrar-se, atravêz daparticipação, na gestão do risco dedesastres. De facto, as pessoas já nãovacilam em expressar as suas visõessobre a qualidade das intervenções.

Desde os princípios de 2005, umgrande número de comunidades,distritos e regiões enviaram cartasque têm expressado os seusagradecimentos, o que reflete asatisfação das vítimas de desastrespelas intervenções acima referidas.

Como explicar tal satisfação? Trêsfactores são de notável valor: asestruturas acima mencionadas; aparticipação da comunidade de baseem algumas áreas de risco; e acapacidade de mobilização a nívelcentral.

As lições aprendidasA redução de risco de desastres é umprocesso multi-sectorial e multi-disciplinar que é parte essencial dapolítica de desenvolvimento do país.Mas emerge da nossa experiência eobservações, que pelo menos noMadagáscar os seguintes doiselementos são imperativos:

• O compromisso político para quea acção seje aceite pelos líderesdo país e das partes interessadas;

• A mobilização de recursosprimeiro a nível nacional nointeresse da propriedade, então anível internacional em nome dasolidariedade e como uma formade envolvimento dos doadores einstituições financeirasinternacionais nodesenvolvimento nacional.

Reabilitação de uma casa após a passagem de um ciclone

A redução de desastres em África

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Redução de Desastres em África -EIRD Informes, 5 Edição, dezembro 2005 17

Sr. Abdoulaye NdiayeDirector da Protecção Civil,Ministério do Interior,Ponto Focal Nacional da EIRD,Dakar, Senegal

Um seminário intitulado «ProteçãoCivil–Ambiente–Meios de Comunicação »foi realizado nos dias 22 e 23 de marçode 2005, para os jornalistas da“Association des communicateurs enenvironnement et développementdurable” , ACED [Associação dosprofissionais de comunicação doAmbiente e DesenvolvimentoSustentável].

O seminário foi organizado pelaDirecção de Protecção Civil doMinisterio do Interior do Senegalcomo parte dos programas decapacitação em curso sobre a reduçãode desastres.

Na parte final do seminário, osjornalistas adoptaram um plano deacção e emitiram várias recomendações.

Na ceremónia de abertura do semináriono dia 22 de março de 2005, o Sr.Abdoulaye Ndiaye, Director para aProteção Civil do Senegal, disse: “Osmeios de comunicação têm a importantemissão de informar e sensibilizar apopulação sobre a redução dedesastres e proteção ambiental”.

No seu discurso, o representante daUnião dos Profissionais da Informação eMeios de Comunicação do Senegal,Synpics (em francês), focalizou onaufrágio do navio conhecido pelonome de «Le Joola» a 26 de setembrode 2002, um acidente que causara amorte de muitas pessoas econsideráveis danos materiais.

O quadro geral e o plano de acçãoda associaçãoO líder da união disse: “Este desastrecomo também outros desastres taiscomo a desertificação, as queimadas,

SENEGAL: Realizado o seminário sobre a redução dedesastres para jornalistas

as pragas de gafanhotos, a erosãocosteira, as cheias, as tempestades, apoluição marinha e urbana, osdesastres químicos, os acidentes deaviação, não só constituem um desafiopara o governo mas também para osjornalistas.”

Os seguintes tópicos foramapresentados pelos representantesestatais e por alguns jornalistas:

• “A Política de Redução de Riscono Senegal” pelo representante daDirecção de Proteção Civil;

• “A Organização do Socorro emcaso de Desastres” pelo representanteda Brigada Nacional de Bombeiros;

• “ A Rádiodifusão e o Tratamentoda Informação Ambiental” pelorepresentante da Rádio e TelevisãoNacional do Senegal;

• “ Os Meios de Comunicação e asZonas em Risco” pelo representantedo jornal diário privado “SudQuotidien”;

• “Como Comunicar com a Imprensadurante os Desastres” pelo gerenteda estação da rádio privada “FMEnvironnement”.

No parte final do seminário, osmembros da “Association descommunicateurs en environnement etdéveloppement durable” ACED[Associação dos profissionais decomunicação do Ambiente eDesenvolvimento Sustentável] e osrepresentantes do estado definiramuma estrutura geral para a associação edesenvolveram um plano de acção acurto prazo cuja implementação seriasupervisado por um comitê presididopelo gerente da estação da rádio “FMEnvironnement”.

Foram também emitidas váriasrecomendações no término doseminário que compreendem: odesenvolvimento duma cultura deprevenção de risco a todos os níveis; oenvolvimento dos jornalistas na

definição e implementação deprogramas, políticas e estratégias deredução de desastres; o enquadramentoda redução de desastres nodesenvolvimento sustentável, e nosprogramas, políticas e estratégias deredução da pobreza; a organização desessões de treinamento e visitas àsáreas de risco.

Recomendações

1. Melhor compreensão dos assuntosde proteção civil, especialmente daredução de desastres

• Capacitação dos profissionais dainformação e meios de comunicação.

• Organização de sessões detreinamento sobre os métodos degestão dos principais riscos: osacidentes industriais, os acidentesdomésticos, os afogamentos, asepidemias, os acidentes de viação,etc.

• Organização duma visita de campoàs zonas de risco.

• O desenvolvimento de conhecimentosdos membros da Associação dosprofissionais de comunicação doAmbiente e DesenvolvimentoSustentável (ACED) e da Uniãodos Profissionais da Informação eMeios de Comunicação do Senegal(Synpics) em assuntos sobre aredução de desastres.

2. O processamento de informaçãonas áreas de redução de desastres• Capacitação dos profissionais da

informação e meios de comunicação.

• Organização de sessões detreinamento em gestão de informaçãodurante as crises de desastres.

3. Melhor consideração dos assuntosde proteção civil pelos meios decomunicação

• Trabalho de advocacia dirigida aosdepartamentos governamentais.

A redução de desastres em África

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• Desenvolvimento dum guia sobre aredução de desastres parajornalistas.

• Melhor receptividade dosrepresentantes dos meios decomunicação pelos Departamentosgovernamentais.

4. Informação e educação dapopulaçãoElevação da consciência

• Envolvimento da Associação dosprofissionais de comunicação doAmbiente e DesenvolvimentoSustentável (ACED) nodesenvolvimento e implementaçãode programas de prevenção.

• Assegurar que a ACED tome partenos exercícios de implementaçãodo plano da ORSEC (provisão dealívio).

• Participação de jornalistas numseminário de apresentação dasconclusões da ConferênciaMundial sobre a Redução deDesastres que teve lugar em Kobe,Japão, em janeiro de 2005.

• Participação dos líderes de opinião.

Desenvolvimento duma cultura deprevenção de risco entre a população

• Participação dos profissionais deinformação e meios de comunicaçãonum seminário de estabelecimento

duma plataforma nacional para aprevenção de risco de desastres noSenegal.

• Envolvimento de jornalistas nodesenvolvimento de uma estratégiaintegrada para a redução dedesastres no Senegal.

• Fortalecimento dos planos deinformação/relações públicas daUnidade da ORSEC (provisão dealívio).

• Solicitar a alocação de umafrequência de rádio da Agência deControle de Telecomunicações(ART em francês), uma frequênciaque estaria somente em uso nassituações de emergência.

5. O desenvolvimento de uma culturade prevenção de risco entre apopulação

• Utilização dos meios decomunicação privados para adisseminação de informação emsituações de emergência.

• Organização de programas de rádioe televisão sobre a redução dedesastres em francês e nos idiomasnacionais.

• Informação adicional eenvolvimento dos meios decomunicação em actividades decomemoração dos diasinternacionais de redução de

desastres organizados pelaOrganização das Nações Unidas ea Organização Internacional deProteção Civil.

6. Melhor envolvimento da ACED emactividades de redução de desastresDescentralização

• Fortalecimento da ACED e dospolos regionais.

• Estabelecimento duma Divisão deComunicação na Direcção deProteção Civil.

• Fortalecimento das relações entre aACED e a Agência de RelaçõesPúblicas da Brigada dosBombeiros.

• Organização de reuniões entre ospolos regionais da ACED e ascomissões regionais de proteçãocivil.

Seguimento do plano de acção

• Propriedade do plano de acção.• Avaliação.• Estabelecimento dum comitê de

direcção.• Promoção do plano de acção para

o governo, União dos Profissionaisda Informação e Meios deComunicação do Senegal(Synpics), parceiros de desenvol-vimento, etc.

• Desenvolvimento de um livro deimprensa e relatório de actividades.

Doutora Solange N. LoubamonoDirectora Geral Adjunta,Ministério do Ambiente,Libreville, Gabão

A capital de Gabão, Libreville, écomposta de um grande número debacias hidrográficas cujos osprincipais rios fluem no Estuário deComo. Cinco dos rios citados são a

GABÃO: alcançada uma próspera redução do risco dedesastres nos bairros da lata da cidade capital

causa de grande preocupação doslíderes locais. Ao longo dos anos aspessoas, financeiramente ematerialmente desprovidas oriundasdas zonas rurais das nove provínciasdo país se instalaram no fundo dosvales à procura duma vida melhor. Oresultado das grandes aglomeraçõestransformaram o fundo dos vales emzonas de alto risco expostas a vários

riscos. Ainda pior, os residentes dofundo dos vales pantanosos têminvariavelmente estado expostos e demodo crescente vulneráveis aosriscos de cheias.

De facto, actualmente tais ambientesinstáveis são reais “complexosriscos” onde um grande número deriscos, especialmente de cheias,

A redução de desastres em África

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Os riscos progressivamentealarmantes

As medidas preventivas deimplementação tornaram-se destemodo uma necessidade urgente noVale de Batavea. Realmente, ofenômeno teve invariavelmente umimpacto sério no geosistema,sóciosistema e nas pessoas.Relativamente ao geosistema, ascheias fizeram proliferar algumasespécies vegetais, cujo crescimentodestas de princípio foi mais fácildevido a forma do fundo de vale. Ascheias normalmente eramacompanhadas através dumaconsiderável erosão. Relativamenteao sóciosistema, foram arrastadasmuitas habitações precárias, bemcomo pontes de madeira que unem asduas margens do rio. Relativamenteaos seres humanos, a força dacorrente de água matou pessoas,especialmente crianças, que muitasvezes se têm afogado.

Na frente da saúde, o período decheias agravou os perigos de saúde,especialmente as doençastransmitidas atravêz da água como abilharziose, a febre tifóide, ashepatites virais, a disenteria e adiarrea. O risco epidêmico erarealmente significante. A malária quese desenvolvera facilmente por causado crescente número de lagoas eraum real perigo de saúde. Além disso,os répteis podiam proliferarfacilmente em algumas partes dovale. Na estação chuvosa, a águapoderia transportar os répteis para ascasas das pessoas onde eles sepoderiam esconder e enrolarem-sedebaixo das camas e nos lugaresescuras. Os répteis constituiam umperigo real para as pessoas expostasa eles, agravando assim os riscos desaúde existentes.

Estabelecendo alguns ajustes no rio

As autoridades locais decidiramtomar medidas preventivas eficientesdado a ascensão dos riscos e afim dereduzir os seus possíveis efeitos. Asmedidas enfocaram em fazer algunsajustes no rio, especialmenteprotegendo algumas partes da bacia

com um sistema de canalização. Estamedida de proteção também visavalimpar partes da zona insalubre paramelhorar o ambiente da população.

Alcançada a redução das cheias

O sistema de canalização ajudou areduzir os impactos das cheiasprejudiciais no fundo do vale. Hoje,em períodos de inundação, a águaainda pode subir mas semconsequências prejudiciais. Emboraas cheias ocasionais aindaaconteçam, sérias conseqüênciascomo as perdas humanas ou osafogamentos desapareceram. Foramdesta forma mitigadas as desastrosascheias.

As medidas preventivas levadas acabo tiveram êxito embora oaumento de depósitos dedesperdícios em muitas seções da viafluvial conduza a subida do nível deágua. Isto é, foi dada umaconsideração apropriada a subidamáxima da água, aquando daconstrução do sistema decanalização.

Em conclusão, é de notar, que porcausa da solução acima só se tratouexclusivamente do aspecto de cheiase seus existentes riscos, que é umacomponente de prevenção. Para sealcançar melhor e duradourosresultados, é aconselhávelimplementar outras componentes deprevenção como a precaução.

Mas para este fim, a consciênciapública é necessária para os riscosque prevalecem na área.

erosão e de poluição, surgem einteragem. Um dos tais ambientes é oVale de Batavea onde algumasmedidas preventivas foram tomadaspara superar o fenômeno das cheiasanuais.

As cheias anuais de Bataveia

O vale de Batavea é habitado poruma densa população dispersamenteinstalada no leito de inundação, nasmargens instáveis dos numerosossub-tributários e cursos de água amontante do rio de Batavea.Particularmente, estes fundos devales pantanosos e abandonados nemsempre têm sido atraentes. Acrescente população é sempreexposta as cheias anuais queacontecem durante as duas estaçõeschuvosas locais (setembro–dezembroe março–junho). Tais inundaçõesresultam das fortes chuvas sobreLibreville, especialmente em toda abacia hidrográfica. As cheias sãoagravadas devido as habitaçõeshumanas discrepantes no leito deinundação que, durante as estaçõeschuvosas, aumentam o nível básicodo rio e o fluxo da via fluvial.

Também, os lixos não processadosdas casas, garagens, hospitais,fábricas, necrotérios, etc., fluem nasvias fluviais transformando-se emlixeiras, especialmente no Vale deBatavea, efectando as mudançashidrodinâmicas devido a fortesedimentação. Então Batavea tornou-se num real reservatório de alto riscoonde as marcas das inundações,especialmente vários desperdíciosarrastados se depositam durante asestações de cheias, piorando oprocesso de poluição que, em troca,agrava o fenômeno das cheias.

Como resultado, as cheias anuais sãomais frequentes e muitas vezesdesastrosas no Vale de Batavea. Atémesmo no passado, quando nãohavia nenhuma colonização humanadensa na área, as cheias sempreforam particularmente severas comalgum impacto no ambiente e naspessoas, especialmente crianças queconstituem invariavelmente o grupoetário mais vulnerável.

A redução de desastres em África

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Yinka R. Adebayo, Ph.D.Oficial Planeador Estratégico Sénior,Organização Meteorológica Mundial (WMO),Genebra, Suíça

Talvez é já conhecido o facto de quemais de 90 por cento de todos osdesastres naturais são de origemhidrometeorológica. Poucoconhecido é o seguinte: as mudançasde clima podem exprimirr problemasmais sérios para a África. O OficialSenior da Organização Mundial deMeteorologia (WMO) Yinka Adebayodiz que a África deveria ser “maisconsciente”e olhar a todas asoportunidades disponíveis…

Entre os desafios mais urgentes que aÁfrica enfrenta, isto é, o alívio dapobreza, que gerou entre outros ainsegurança alimentar e a gestãosustentável de recursos agrícolas enaturais.

Realmente, dado que as actividadessócio-econômicas de vários paísesafricanos são largamente baseadas naagricultura, o papel do estado dotempo e do clima no desenvolvimentosustentável não pode ser superenfatizado. Então, devido a estasituação é importante perceber anecessidade de concentrar uma maioratenção nas políticas e acçõesoperacionais pois elas estãorelacionadas as preocupações acercados desastres hidrometeorológicos.

Geralmente, a agricultura é o sectormais sensível a variabilidade dotempo e clima. É então necessárioque mais trabalho seja feito paraassegurar que estas preocupaçõessejam tratatas atravêz duma pesquisamelhorada e dum adequadoplaneamento. Alguns dos problemasque impedem o desenvolvimento deÁfrica têm a ver com os efeitosnegativos do tempo e clima sobre avida humana e propriedade.

Vislumbres de preocupações sobre os desastreshidrometeorológicos em África

Acima de 90% de todos osdesastres naturais são de origemmeteorológica ou hidrológica

Enquanto avaliam a importância doprocedimento com os desastresnaturais dentro da estrutura geral devariabilidade do clima, tambémdeveria haver hoje em dia umaavaliação clara dos impactos potenciaisdas mudanças de clima. O assunto damudança de clima é indubitavelmenteuma preocupação principal por causados esperados efeitos sobre o bem-estar humano e o ambiente.

Nesta conexão, é necessário examinarvárias preocupações que têm a suabase na compreensão dos climasglobais e regionais, com vista a daradequada resposta ao presente e aosantecipados futuros cenários. Umaárea específica de preocupação é oefeito provável da mudança de climasobre a natureza, magnitude, coberturaespacial e periodicidade dos desastresde origem hidrometeorológica.Infelizmente, nós temos um longocaminho a percorrer quanto acompreensão e a gestão de desastresnaturais conhecidos, sob o cenáriodo actual tempo e clima.

Nesta conjuntura, é útil fazer referênciaas estatísticas durante as últimasdécadas que mostram que mais de 90por cento de todos os desastres

naturais são de origem meteorológicaou de origem hidrológica. A África foiidentificada como um continente ondeos efeitos dos desastres causados peloestado do tempo e os desastresrelacionados ao clima têm sepronunciado na maior parte dasvezes sobre as fontes de sustento daspessoas.

Receia-se que as mudanças declima tragam sérios problemaspara a África

Além disso, sobre as mudanças declima, o Terceiro Relatório deAvaliação (TAR) da OrganizaçãoMundial de Meteorologia/Programadas Nações Unidas para o Ambiente(WMO/UNEP), o PainelIntergovernamental sobre asMudanças de Clima (IPCC) projetouque haveria um aquecimento globalde 1.4 a 5.8 graus centígradosdurante os próximos 100 anos.

É esperado que as mudanças declima conduzam a um ciclohidrológico mais vigoroso com osprovavéis resultados em África, emque acontecerão secas mais severasem alguns lugares e inundaçõesnoutros lugares. As pequenasmudanças num clima médio podemproduzir mudanças relativamentegrandes na freqüência de eventos detempo extremos como inundações esecas. De uma ponta a outra da zonalitoral, o surgimento de um nível demar mais alto combinado com umaumento de tempestades e uma maréalta poderia conduzir regularmente auma inundação litoral extensa comoacontece nas cidades litorais daÁfrica Ocidental.

Compreensivelmente, hápreocupações sérias de que asmudanças de clima tragamproblemas mais sérios para a África.As secas do Sahel nos últimos anos

Doutor Yinka Adebayo

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da década sessenta e os primeirosanos da década setenta exaltaram apreocupação pelas potenciaismudanças de clima enquanto osrecentes desastres naturais devido aorelacionado tempo atmosférico eclima têm tido impactos muito sériosnas vidas e propriedades das pessoaspara focalizar-se igualmente aatenção dos cientistas e decisorespolíticos sobre os vários assuntosrelacionados ao tempo atmosférico eclima.

A severa seca tem estado a devastarmuitas partes do Corno de África, eas partes orientais e meridionais docontinente nos últimos anos. Outrosexemplos de tais eventos na regiãoincluem as cheias em Moçambiqueno ano 2000 que reduziram o seuproduto nacional bruto por mais de10%. Os ciclones tropicais tambémsão uma ameaça constante nosEstados-Ilha do Oceano Índico.

Novamente, são as sociedades quedependem em grande parte daagricultura que sofrerão muito mais,especialmente porque eles são menoscapazes de poder arcar com oscaprichos e extravagâncias dascondições climáticas. A razão, entreoutras, sendo aquele continente emque possui um limitado conhecimentotecnológico, um limitado podereconômico, e onde também existeproblema duma adequada capacidadede recursos humanos, cujashabilidades não podem competiradequadamente no mercadoeconômico mundial. A maior partede África cai nesta categoria sócio-económica.

É “essencial” que os assuntoscientíficos mereçam adequada econtínua atenção

Em consideração do que foianteriormente dito, há a necessidadede assegurar uma colaboraçãoprodutiva entre as nações, particularmenteao nível do comércio, transferênciade tecnologia e capacitação.

É necessário estabelecer a colaboraçãoentre as pessoas envolvidas emprojecções de mudança de clima,

avaliação de impacto e estratégias deresposta relacionados a redução dedesastres. Neste contexto, é urgenteimplementar medidas relacionadasao planeamento ambiental,agrupamento de dados e informação,melhoramento dos sistemas deobservação, troca de informaçãosobre as boas práticas, fortalecimentoda cooperação técnica, e acooperação estreita com os decisorespolíticos e o sector privado.

Há várias ideias de como adquirir ainformação certa, refinada e transmitidaaos desejaveis consumidores/utilizadores. Assim, também énecessário considerar como oproblema da capacitação poderia serabordado. Talvez, a mais importantegama de assuntos tem a ver com adescoberta de meios para construiras infraestruturas e para otreinamento.

Além disso, na base das evidênciascientíficas disponíveis, como nósconseguiremos que os decisorespolíticos adoptem apropriadas epraticavéis políticas paraimplementação? No tratamentodestes assuntos com respeito aosdesastres causados pela água, e osdesastres relacionados ao tempoatmosférico e ao clima, nósprecisamos de entre outros assuntosassegurar que nós continuemos aprestar adequada atenção aosassuntos científicos essenciaisapoiando o desenvolvimento deinfraestrutura para a advertênciaprévia e sua relacionada análise.Fazendo ao contrário, é equivalente aperder vidas humanas, propriedadese o ambiente a favor dasextravagâncias destrutivas danatureza.

O desafio para a África

Dado o perigo de não se fazerbastante para salvar os paísesafricanos da obstrução dosproblemas sócio-econômicos, é hojeem dia obrigatório, os países fazeremum maior uso de productos dacomunidade hidrometeorológica eagir com maior eficiência, falar emvoz alta sobre a optimização de

oportunidades pendentes que sãocriadas potencialmente pelascondições favoravéis de tempo eclima.

Portanto, o desafio e a questãoandam ao redor do facto de quefazendo maiores contribuições àsociedade, os decisores politicos atodos os níveis - e igualmente ostécnicos - deveriam identificar ondeexistem tais excelentesoportunidades, com o objectivo deproduzir uma efectiva estratégia paraa incorporação dos modos e meiosde aproveitá-los para o óptimobenefício da humanidade.

Em África, é essencial que umamelhor olhadela seja feita a todas asoportunidades disponíveis devido aofacto de que durante anos, os váriosefeitos das condições atmosféricasforam tidos como pressupostos; arazão para esta negligência aparenteé que realmente toda a humanidade eespécie biológica tem aprendido aviver sob condições diferentes detempo e clima.

Porém, com os efeitos crescentes dasforças motoras económicas etecnológicas e o aumento dasofisticação social, o mundoapercebeu-se que os recursosatmosféricos não são inesgotáveis, eeles têm grandes impactos em todosos empenhos da vida humana eambiental.

O desafio é hoje em dia trabalharcom os serviços hidrometeorológicos,percebendo o grande valor dapromoção da advertência préviahidrometeorológica nos váriosesforços dos sectores da sociedade.

Novo e grande programa da WMOsobre a prevenção e mitigação dedesastres

Uma das mais importantes instalaçõesrespeitantes a cooperação mundial éexemplificado pela existência daOrganização Mundial de Meteorologia(WMO), com a sua consideravélinfraestrutura espalhada por todo omundo, especialmente no domínio deseus 187 países membros (como em2004), estados e territórios. A

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cooperação entre os membros daOrganização Mundial de Meteorologia(WMO) tem estipulado um melhorentendimento das condiçõesatmosféricas, clima e recursos deágua, para o benefício do bem-estarhumano e do ambiente.

Transmitido isto, muito mais deveriaser feito para assegurar a melhorcobertura da terra e oceano emtermos de colecção de dados, comotambém a necessidade de treinarrecursos humanos para lidar comestas instalações, não há nenhumadúvida que a capacitação permaneceum assunto crítico de que nósprecisamos de fazer algo acercadisso.

Consciente do rápido crescimentodestas necessidades, o novo epríncipal Programa da OrganizaçãoMundial de Meteorologia (WMO)para a Prevenção de DesastresNaturais e Mitigação, aprovado no14º Congresso MeteorológicoMundial em 2003, foi formuladopara jogar um papel importante. Esteprograma contribuirá para aidentificação das principais ameaças

como também de adequadas medidasa serem levadas a cabo a váriosníveis, e claro poder fazer mais.

O Programa também é projetado parapromover a troca de conhecimentos eexperiências. A nível nacional,aumentará as capacidades dosServiços Nacionais Meteorológicos eHidrológicos (NMHS) como umaparte essencial da infraestruturanacional para a redução do risco dedesastres e mais amplo planeamentosócio-econômico.

A África deveria fazer o melhoruso possível do novo Programa daWMO

O novo Programa também promoveráo estabelecimento de adequadas esinergéticas parcerias a nívelinternacional, regional e nacionalpara agrupar os conhecimentos, asexperiências e as habilidades dasdiferentes organizações envolvidasneste campo afim de se alcançarobjectivos comuns.

Será útil, para os países africanosfazerem o melhor uso possível deste

Programa de forma a que nóspossamos, juntos, atingir o maiorsucesso no fornecimento dos nossosvários serviços a nível nacional einternacional.

Com o novo Programa da OrganizaçãoMundial de Meteorologia (WMO), nósesperamos melhor resposta de totalimpacto sobre as necessidadeshumanas, especialmente no que dizrespeito a protecção da vida humana,ambiente e desenvolvimento sócio-econômico.

Deve ser notado, que há váriosprogramas em curso que lidam comdesastres naturais. A este respeito, onovo Programa da WMO visafortalecer as acções em curso. Demodo plausivel, porque os paísesafricanos potencialmentecandidatam-se para ganhar a maiorparte das actividades do novoPrograma da WMO sobre osdesastres naturais, todas as partesinteressadas são chamadass paraapertarem as mãos assegurando o seumáximo impacto sobre as actividadesde desenvolvimento em África.

Prof ‘Bola AyeniUniversidade de Ibadan, Nigéria

O que se segue é um extracto dumaapresentação mais abrangente eampla.

As causas e os efeitos dos desastres,sejam eles naturais, tecnológicos,biológicos ou originados porconflitos internos dentro das nações,são frequentemente influenciadaspela disposição social, políticaeconómica e ambiental das pessoas.

Assim, as actividades e acçõeshumanas podem provocar catástrofesglobais da mesma maneira que o fortetsunami do Oceano Índico a 26 dedezembro de 2004. O impacto humanocausado por ocasião duma subida donível do mar ou o crescentedesflorestamento pode fornecerresultados desagradaveis. As ameaçasde colapso ambiental causadas pelohomen tornaram-se mais persistentesda mesma maneira que os problemasda pressão ambiental que surgemdevido a superpopulação.

A abordagem tradicional sobre agestão de desastres tem sido adistribuição de ajuda após umdesastre. Embora o socorro emdesastres permaneça extremamenteimportante, a abordagem só, nãotrata de forma pró-activa anecessidade de reduzir os impactoshumanos e ambientais de futurosdesastres. O recente pensamento nocampo da gestão de desastres éindicativo da necessidade dum novoparadigma que enfoque na reduçãodo risco de desastres e no

Necessidades da informação para a redução do riscode desastres, governação & desenvolvimento naNigéria

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envolvimento da participação localna gestão dos efeitos dos desastres(Shaw e Okasaki, 2004).

Este emergente paradigma expressa aopinião de que os países e ascomunidades precisam de colocarmais ênfase numa abordagem maisholística da redução do risco dedesastres. Esta abordagem envolve aavaliação do risco, a redução dorisco, o aviso prévio e a prontidão dedesastres com o fim de abordar aredução efectiva dos custos sociais,econômicos e ambientais dosdesastres.

A redução do risco de desastres,governação & elos dedesenvolvimento

Os desastres não são eventos isoladosmas pelo contrário são resultados deprocessos de profundas acumulaçõesde riscos embutidos nocontemporâneo e nas decisões dedesenvolvimento históricas. Eles sãoo resultado de uma combinação deperigos que estão potencialmentedanificando eventos ou processos, ea vulnerabilidade das pessoas paracom esses perigos (DFID, 2004).

Embora um único perigo podeprevalecer quando um desastreacontece, eventos de grandesdesastres são compostos de muitospequenos eventos activados por umasérie de perigos. Por exemplo,deslizamentos de terra ou incêndiospodem ser activados por impactos defuracões ou terramotos. A maioriados perigos são produtos deprocessos de desenvolvimento.

Os desastres são de modo crescentereconhecidos como uma potencialameaça ao desenvolvimentosustentável, as iniciativas de reduçãoda pobreza e a realização de váriasmetas de desenvolvimento.

A redução do risco de desastres

A redução do risco de desastresprocura substituir antecipadamenteum desastre e também instalar nolugar algo a seguir a um desastre, umprocesso de reabilitação quereconstrói o poder de resistência erecuperação para os futuros

desastres. Por conseguinte, a reduçãodo risco de desastres tem o enfoqueem políticas e práticas queminimizam as perdas nos desastrestratando-se de intervenções em trêsamplas áreas de minimização deperigos, redução da exposição esusceptibilidade; e aumento dacapacidade de adaptação e de poderarcar com desastres.

A Governação

A governação geralmente se refereao jogo de instrumentos pelas quaisas pessoas vivendo num estado eacreditando em valores essenciaiscomuns se governam por meio deleis, regras e regulamentos impostospelo aparato estatal (UN/ISDR,2004). A governação representa umsistema de valores, políticas einstituições pelas quais a sociedadeadministra os seus negócioseconômicos, políticos e sociaisatravêz da interação entre o estado, asociedade civil e o sector privado.Também indica aqueles processos einstituições pelas quais os cidadãos egrupos articulam os seus interesses,exercitam os seus direitos legais,cumprem com as suas obrigações, emedeiam as suas diferenças.

A boa governação envolve aexistência de compromisso político ede instituições fortes como uma áreachave para o sucesso efectivo econtínuo da redução do risco dedesastres. A boa governaçãopromoverá a redução do risco dedesastres como uma prioridadepolítica, alocando os recursosnecessários para redução do risco dedesastres, obrigando aimplementação de medidas deredução do risco de desastres,determinando responsabilidade paraos fracassos, e facilitando aparticipação da sociedade civil.Além disso, a boa governação uniráos componentes econômicos,políticos e administrativos dagovernação mais directamente com aredução do risco de desastres atravêzda política e planeamento,apropriados quadros geraisreguladores e legais, e pelamobilização de recursos, organizaçõese estruturas. Quando a boa governação

está ausente, essas condições fazemcom que habitantes queiram migrar atodo custo, lutem por causa da terra eoutros recursos, comecem guerrascivis ou causem conflitos étnicos einiciam outras agitações edesassossegos. Estas condições sãoagravadas mais adiante pela pobreza,superpopulação e tensão ambiental(Diamante, 2005).

O Desenvolvimento

Sem entrar em controvérsias nossignificados e nas interpretações dedesenvolvimento, nós gostariamos decompreender isto, como se referindoa situações onde o crescimentoeconômico é acompanhado porpadrões reais e melhorados. Porconseguinte, o desenvolvimentopode ser visto como o aperfeiçoa-mento da sociedade em termos daprovisão de serviços sociais,aquisição de recursos econômicos,maior produtividade e redução davulnerabilidade (UN/ISDR, 2004). Arelação de desenvolvimento-desastreé descrita na Tabela 1abaixo.

A importância da tabela 1 reside nasua ênfase em destacar de como odesastre pode limitar ou podepromover o desenvolvimentodependendo de como os impactossão tratados ao nível político e deimplementação do governo. Quandopositivamente aplicado, odesenvolvimento, como no caso demelhorar o acesso ou de introduzirtecnologias novas, pode reduzir orisco enquanto a ocorrência dedesastres pode criar oportunidadesnovas para se fazer istocorrectamente.

Os assuntos levantados na Tabela 1ajudam a harmonizar e sistematizaros vários elementos requeridos paraa compreesão da redução do risco dedesastres. Além de servir como umjogo de critérios para referenciar asmedidas de efectividade de reduçãodo risco de desastres e umaferramenta para monitorar oprogresso, estas discussões sãoindicativas da gama de dados einformação exigida para a reduçãode risco de desastres, governação edesenvolvimento.

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O lugar da informação

Tem sido declarado que é necessárioum novo paradigma para aconceptualização da gestão dedesastres e que tal paradigma verá aredução do risco como seu enfoquesem negligenciar os elementos deprovisão de alívio e resposta rápida.Este novo paradigma (vejaAriyabandu et al, 2005)compreenderá os desastres comoparte da ecologia que deveria sergerida em lugar de controlada. Alémdisso, tratará os desastres comoassuntos de desenvolvimento egovernação e fará os correspondentesestados e governos locais, sensíveis eresponsáveis pelos pedidos,necessidades e direitos dascomunidades e áreas propensas adesastres.

Por conseguinte, as políticas degestão de desastres para redução davulnerabilidade serão redirecionadasem vez de mera compensação erespostas de socorro. As estratégiasde gestão de desastres integrarãomedidas estruturais (construção derepresas, diques, edifícios resistentesetc.) com medidas não-estruturaiscomo aumentar os direitos e negociaro poder das comunidades e grupossubordinados mais vulneráveis.

Finalmente, serão engajadasequitativamente as comunidadespropensas a desastres no processo dedecisão dos assuntos relacionadas adesastres, planeamento dodesenvolvimento, implementação emonitoramento.

A redução do risco e estudos devulnerabilidade tomarão comorgulho o lugar da gestão dedesastres e ficarão proeminentes nasua complexa e multifacetadanatureza que requerão análises esoluções de prespectivas sociais,económicas e ambientais.

O primeiro passo na identificaçãodas necessidades de informação deriscos relacionados aos perigosnaturais seria então empreendidocomo parte do processo de revisãoambiental que envolverá a colecta deinformação sobre os potenciaisperigos, probabilidades deocorrência e a responsabilidadeinicial da avaliação davulnerabilidade. Idealmente, aanálise ambiental em relação aperigos incluiria a colecta de dadosbásicos de perigos ao nível local,estatal, regional e nacional. Aavaliação de perigos naturais e arelacionada vulnerabilidade seriaentão gerida como parte de todas asoutras formas de avaliação do

projeto. A avaliação de impactoambiental completa seria exigidapara os novos projectos em áreas dealto risco.

O trabalho seria necessário parafortalecer as comunicações, diálogoe a partilha de informação sobre avulnerabilidade e as iniciativas deredução de risco e responsabilidadesdentro das agências responsáveispelos perigos e gestão de desastres.Portanto, estas agências envolvidasprecisariam de estabelecer algumaforma de pontos focais comresponsabilidade de providenciarliderança sobre a apreciação etratamento dos riscos relacionados aperigos naturais e disseminação deinformação.

O monitoramento e a avaliação(M&E)

As necessidades de informação serãoenfatizadas na redução de desastres enos métodos de colecionar e analisaros dados para o monitoramento eactividades de avaliação de reduçãodo risco serão desenvolvidas. Emparticular, uma orientação énecessária na identificação deapropriados indicadores para asvárias e diferentes formas que aredução de desastres pode tomar.

Tabela 1: A Relação Desenvolvimento - Desastre Os desastres limitam ou destroem o desenvolvimento

• Destruição de recursos físicos e perda de capacidade de produção, acesso ao mercado e investimento de materiais.

• Danos das infraestruturas, erosão dos meios de subsistência e poupanças. • Destruição das infraestruturas da saúde ou educação e pessoal de desenvolvimento. • Mortes, invalidez ou migração da força laboral produtiva.

O desenvolvimento causa risco de desastres

• Práticas de desenvolvimento não–sustentáveis que criam condições de funcionamento inseguras e degradam o ambiente.

• Padrões de desenvolvimento geradores de desigualdade, promoção do isolamento social ou exclusão política,

O desenvolvimento reduz risco de desastres

• Acesso a água potável, alimentação e habitação segura que aumenta o poder de resistência e recuperação de pessoas aos desastres.

• Justo e sério comércio e tecnologia podem reduzir a pobreza, e o seguro social pode reduzir a vulnerabilidade.

• Desenvolvimento pode construir comunidades e pode alargar a provisão de oportunidades para a participação e o envolvimento no processo de decisão de grupos reconhecidamente excluídos como mulheres, aumentam a educação e a capacidade de saúde.

Os desastres criam oportunidades de desenvolvimento

• Ambiente favorável para advocacia de medidas de redução de risco de desastres. • Decisores com maior vontade de alocar recursos após um desastre. • Reabilitação e criação de actividades de reconstrução • Oportunidades para integrar medidas de risco de desastres.

Adoptado de " Reduzir o Risco de Desastres: Um Desafio para o Desenvolvimento” (UNDP 2004, p.20)

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Todavia, os sistemas de aviso prévioe de informação são ferramentaschaves para mitigar os impactos dedesastres. Muito progresso está aindapor ser feito na Nigéria para omelhoramento dos sistemas defornecimento de informaçãodesenvolvida num curto espaço detempo, em condições extremas detempo, inundações, erupçõesvulcânicas e crises alimentares quepermitem oportunamente levar acabo acções de gestão de desastres.Além disso, há também anecessidade dos sistemas deinformação apoiarem a avaliação derisco de longo termo e omonitoramento, focando navulnerabilidade como também nosperigos, como uma base para asiniciativas de redução do risco dedesastres dentro dum quadro geral dedesenvolvimento.

O esforço considerável que foraempreque nos sistemas de avisoprévio da segurança alimentar emmuitas partes de África, tem setornado geralmente efectivo noproporcionamento de avaliaçõesoportunas das condições sazonaispara as colheitas e pastos, gerandoestimativas nacionais de equilíbriosalimentares, e mais recentementeidentificando as consequências paraos diferentes grupos de subsistência.Enquanto esta permanece umarealização recomendável, éindicativo que a pessoa possaalcançar resultados semelhantes nocaso de outros perigos e desastresonde uma função importante dossistemas de aviso prévio seriacomunicar as advertênciasdiretamente as populações afectadas.

A integração dos sistemas de avisoprévio com o alerta público, sistemasde evacuação e resposta deemergência por sectores tornar-se-ácrucial para a gestão de desastres. Aeste ponto, deveriam ser sistemas debase comunitária pois eles são maisefectivos que os sistemascentralizados do topo para a base eporque eles podem ser integradosmais directamente nas estratégias deredução de risco e de resposta local.Enquanto, os sistemas de aviso

prévio e de informação têm-setornado bastante úteis, porém, oprincipal defeito é o seu potencial degerar ou de adquirir grandes volumesde dados, incluindo dados de“remote sensing”, e a inerentefraqueza de análise e interpretaçãodos mesmos, que é as vezes aindamais fraca na comunicação dos seusresultados duma forma útil e quepossa conduzir a acção as partesmais interessadas .

Todavia, a redução do risco dedesastres reconhece e outorga com odevido orgulho o valor da coleção,processamento e armazenamento dosdados para a recuperação em temporeal e investe na concepção,planeamento, implementação eavaliação do impacto de qualquerprojeto de desenvolvimentorelacionado ao ambiente.

Ao longo destas linhas, é necessáriouma matriz de informação econhecimento sobre as váriasperspectivas no espaço e tempocomo também é requerida aavaliação das interações inerentes deum para outro.

A determinação das necessidades deinformação é então uma exigênciafundamental para a benéficaincorporação da informação sobre osrecursos e ambiente na redução dorisco de desastres e nos processos degovernação e desenvolvimento. Odesenvolvimento sustentável requeruma controlada informação técnica,científica e ambiental sobre anatureza, localização, extensão,qualidade, capacidade, taxa de uso eos impactos das mudanças naturais einduzidas pelo homen.

Dados requiridos

A interdependente natureza dosassuntos em discussão exigi soluçõesinter-disciplinares e inter-sectoriaisque em troca requerem a coleção,integração e gestão de uma variedadede dados. As exigências de dadospara os estudos de redução dedesastres, governação edesenvolvimento incluem mas não selimitam ao seguinte:

a) Mapas nos quais providenciembásica informação política,topográfica, hidrográfica,demográfica, etc de regiões,estados e áreas governamentais;

b) Inventários de componentesbiofísicos do ambiente, porexemplo solos, água, vegetação,geologia, clima, etc. providenciarinformação de referência sobre alocalização, a extensão, aspropriedades e características docomponente;

c) Informação necessária sobre ouso actual, capacidade e ossistemas de gestão de recursos;

d) Informação sobre as actividadesde desenvolvimento humano queconduzem frequentemente amudanças dinâmicas no estadodos recursos naturais eambientais o qual culmina naindução de perigos e geração dedesastres;

e) Parâmetros de monitoramentopara determinar ou identificar, aolongo do tempo, impactospositivos e negativos gerados poractividades de desenvolvimento egovernação sobre a redução dorisco e gestão de desastres.

A magnitude dos dados exigidos paragerar informação relevante e ogrande número de interesses porsatisfazer para se poder fazer planossustentáveis de redução do risco dedesastres requer o desenvolvimentode tecnologias de geo-informaçãotais como o “Remote Sensing”, oSistema de Posicionamento Global(GPS) e o Sistema de InformaçãoGeográfica (GIS). Estas tecnologiasde geo-informação sãocomplementadas pela relacionadatecnologia de comunicação desatélite que aumenta a transmissão deinformação. Os recentesdesenvolvimentos na NEMA(Agência Nacional de Gestão deEmergência), a colocação do Centrode Controle de Missão, e amontagem dum Laboratório deSistemas de Informação Geográficacompletamente equipado, tem postoa Agência a beneficiar tremenda-mente do uso destas tecnologias.

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Este porém, é o tempo e a oportunidadepara começar a enfatizar a necessidadede capacitação para a Agência emgeral e para o Departamento dePlaneamento, Pesquisa e Previsãoem particular, para assim poderavaliar a mudança de enfoque dagestão de desastres e os benefíciosque estas tecnologias modernasproporcionam em particular.

Conclusão

Este artigo indica claramente anecessidade duma sistemáticacoleção de dados e apresentação emforma de informação de perigos edesastres, perfis e mapas. O enfoquena criação de sistemas de informaçãopara a gestão de desastres e perigosconduzirão ao desenvolvimento deperigos relacionados a desastres,vulnerabilidade e ferramentas deavaliação de risco que possibilitarãoa informação periódica por um ladoda exposição aos perigos naturais; epor outo lado a padrões e tendênciasou mudanças na exposição. Estesdesenvolvimentos, ajudarão naevolução duma rede de informaçãointegrada de perigos de desastres evulnerabilidade necessária, para os

vários níveis de governo, do sectorprivado, do público em geral e detodas as partes interessadas.

O sistema de informação facilitará apesquisa de factores que contribuemao perigo de desastres, a vulnerabili-dade e as medidas para aliviar a suavulnerabilidade. O sistema deinformação conduzirá ao desenvolvi-mento de metodologias para aanálise de perigos relacionados adesastres, e para a vulnerabilidade eindicadores de risco. Permitirá adisseminação de resultados depesquisa e metodologias atravêz darede de informação de desastres eoutros canais para promover oaumento da consciência e prontidãoaos perigos tanto naturais como oscausados pelo homen.

Além disso, providenciandoinformação sobre as característicasfísicas e sócio-econômicas daspessoas e das áreas de existência dosperigos e a ocorrência de desastres, osistema de informação pode gerar umatlas que mostra a ocorrência dedesastres neste país e nas suas sub-unidades (estados e áreasgovernamentais). Tal atlasproporcionará orientação para o

governo e as pessoas da Nigériasobre a incidência de desastres.Também mostrará quais têm sido asprincípais consequências; gerandoconsciência e prontidão para osperigos e como os combater.

Referências BibliográficasAriyabandu, M.A; T. Dissanaike and R.L.Weragoda eds. (2005) Meeting the Challenge ofDisasters - ITDG South Asia Publication.

DFID (2004) Disaster Risk Reduction: ADevelopment Concern: A Scoping Study on theLink Between Disaster Risk Reduction, Povertyand Development. Department for InternationalDevelopment

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Rajib Shaw and Kenji Okazaki (2004) SustainableCommunity Based Disaster Management (CBDM)Practices in Asia. A User’s Guide. UNCRDDisaster Management Planning Hyogo Office,Kobe Japan.

UN/ISDR (2004) Disaster Risk Reduction,Governance and Development. InternationalStrategy for Disaster Reduction (ISDR) AfricaEducational Series, Volume 2, Issue 4

UN/ISDR (2004) Poverty Reduction and DisasterRisk Reduction. International Strategy for DisasterReduction (ISDR) Africa Educational Series,Volume 2, Issue 5

Doutor Chris HartnadyUmvoto África (Pty) Ltd,PO Box 61, Muizenberg,Africa do Sul 7950

Há um íngreme declive continental evulcões isolados de tipo ilhaoceânica situados na parte Ocidentaldo Oceano Índico, (WIO). As suaspartes adjacentes apresentamperigos de tsunami locais e regionaispara a costa da Africa Oriental e paraos EstadosIlha do Oceano IndicoOcidental? O geo-cientista Dr. ChrisHartnady diz que numa curta respostaé “Sim”’…

Observando o gigante terramoto deSumatra-Andaman de Mw9.3 queocorreu a 26 de dezembro de 2004, e osubsequente tsunami devastador no doOceano Índico, mais particularmentenas suas orlas orientais e do norte, umapergunta chave surge para os cientistasda terra africanos: As partes adjacentesdo íngreme declive e os vulcõesisolados de tipo ilha oceânica noOceano Índico Ocidental (WIO)apresentam perigos de tsunami locais eregionais para a costa da ÁfricaOriental e para os Estados-Ilha doOceano Índico Ocidental? A resposta écurta ‘Sim! ‘

Há três classes significantes defontes de tsunami no Oceano ÍndicoOcidental (WIO), isto é: 1) Ofalhamento de compressãorelacionado a zona de subdução nazona de Makran entre as placasÁrabe e Eurasia (rectângulo azul;Figura 1); 2) A ampla-escala dedeslizamento submarino em margenscontinentais íngremes, geralmenteherdados das amplas-escalas delimites transformes durante aevolução primitiva (proto -) doOceano Índico (rectângulos verdes;Figura 1); e 3) A erupção do flancoou colapso da ilha oceânica activa ou

Potencial Tsunami na costa da África Orientale Estados-Ilha do Oceano Índico Ocidental

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“hotspot” vulcões no Oceano ÍndicoOcidental (WIO) (círculosvermelhos; Figura 1).

O tsunami de 1945 na zona deMakran resultou em 4,000 mortes

Observando o grande terramoto deMw8.0, a zona de Makran foi a fontede um tsunami ocorrido a 28 denovembro de 1945. O tsunamialcançou uma altura de mais de 10 mao longo da costa do Paquistão noKutch, Gujarat e Índia. A aldeiapesqueira de Khudi, a umas 30milhas a oeste de Karachi(Paquistão), estava completamenteobliterada. Ao todo, mais de 4,000pessoas foram mortas pelo tsunamide e/ou terramoto.

Porque ao longo da história, a zonade Makran tem sido tsunamigénica,deveria ser medido o potencial detsunami das outras fontes deevidência geológica e marinho-geofísicas. As duas áreas potencial-mente amplas de deslizamentossubmarinhos são: 1) a zona doGraben de Kerimbas, ao longo damargem continental da Tanzâniameridional e norte de Moçambique;2) a grande zona baixa da costaagreste na costa Sul Africana entre asprovíncias do Kwazulu-Natal e CaboOriental. Uma depressão submarinhafoi observada de factoindirectamente ao redor da zona deKerimbas: o maior terremoto comMs7.4, ocorreu a 13 de dezembro de1910 (Ambraseys, 1991), na distanteárea interior ao redor do Lagomeridional da Tanganyika e do LagoRukwa tendo causado correntes deturbidez e desabamentos nuncavistos, que cortaram o cabotelegráfico da cidade da Beira acidade de Dar-Es Salaam em cincolugares. Porém, nenhuma onda detsunami foi observada, ou pelomenos não foi registada, ao longo dolitoral adjacente.

O futuro potencial paradeslizamentos e desabamentos degrande escala no Graben dasKerimbas (rectângulo verde a norte;Figura 1) está baseado na conjunçãode: 1) a declividade relativa do

declive continental que foi formadacomo uma margem de falhatransforme durante a abertura daBacia da Somália entre a África eMadagáscar (Martin e Hartnady,1986); 2) a reactivação sísmica destaZona da Fractura de Davie comoparte do desenvolvimento do limiteda placa da Somália-Rovuma(Hartnady, 2002; Calais et al., 2005);e 3) a sedimentação Pleistocénica-Holocénica Recente aumenou a taxade sedimentação ao redor daplataformma continental do delta doRio Rovuma devido ao aumento dolevantamento e erosão ao redor dassuas águas a montante do “RiftValley”. Além disso, há evidênciasde reflexão sísmica duma recentedeformação geológica na base dodeclive continental, por exemplo, asenormes “chevauchementsgravitaires” (gravitational thrusts;Raillard, 1990).

O Vulcão das Comores a maiorpreocupação

Dingle (1977) primeiro anunciouevidências marinho-geofísicas degrande escala, recentesdeslizamentos submarinhos nodeclive continental perto da Costa

Agreste Sul Africana (rectânguloverde meridional; Figura 1). Asestruturas aparecem nos perfis dereflexão sísmica para a exploraçãocosteira de petróleo (Ben-Avraham alde et., 1998, Figura 5). O cruzeiro depesquisa RV Professor Logachev(Hartnady et al., 1992) providenciouperfis de reflexão sísmica adicionaisdas suas margens exteriores (Niemiet al., 2000; Reznikov et al., 2005,Fig. , 4-7). Esta área representa umaextensão costeira ou a propagaçãodos limites da placa tectónica Nubia-Somália meridional (Hartnady,2002).

A terceira classe de perigos detsunami está relacionada aos activos,vulcões de ilha oceânica intraplacasno Oceano Índico Ocidental (WIO),isto é Karthala nas Comores, Pitonde la Fournaise na Ilha de Reunião, eMarion, a uns 2,000 km a sul daCidade do Cabo, África do Sul (trêscírculos vermelhos; Figura 1,seguindo a ordem de norte para o sulrespectivamente). Destes, o vulcãoKarthala é presentemente o de maiorpreocupação. Durante a sua recenteerupção (ocorrida de 17 a 19 de abrilde 2005), o Relatório da Situaçãodos Escritórios da Organização dasNações Unidas para a Coordenação

WIOPerigos

Subducão

Deslizamentode terras

Vulcõesoceânicos

Figure 1. Fontes de perigo de tsunami no Oceano Índico Ocidental. Veja texto com explicação

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dos Assuntos Humanitários (OCHA),(datado de 1 a 18 de abril) notouque, entre outros assuntos, que asautoridades das Comores estavampreocupadas acerca do possível“fluxo de lava subterrânea que podiaser expelido no mar e podiaaumentar a dimensão de umapequena ilha que emergira a 15 kmda costa nos recentes meses”.

A carta de navegação hidrográficaexistente cobrindo o Arquipélago dasComores, por exemplo do britânicoAlmirantado BA563, com data de1993, mostra o banco de RecifeVailheu alcançando 5 metros debaixodo nível de mar, aproximadamente a15 km da linha de costa ocidental daIlha dos Grandes Comores. Épresumivelmente esta característicaque “emergiu” como uma “pequenailha”.

É necessária uma urgenteinvestigação de campo

Evidentemente, na última décadaocorrera nesta região umlevantamento vertical de pelo menos5 metros, sem qualquer expressãoóbvia de efusão de lava submarinha(vapor, descoloração, etc.) queparece implicar que tenha havidouma recente inflação significativa deuma câmara de magma maisprofunda junto da base dotopograficamente complexo íngremeflanco ocidental do massivovulcânico. Dado o perigo doconhecido tsunami associado aerupção/colapso do flanco degrandes (vulcões submarinhos) emarinhos e a proximidade dasmaiores cidades portuárias da ÁfricaOriental a esta área (os tempos deadvertência máxima as cidades dePemba, Dar es Salaam e Mombasasão de <  0.5 hr, ~1 hr e ~1.5 hrrespectivamente; Figura 2), asituação parece requerer uma urgenteinvestigação de campo, tendo comobase a terra e um navio.

Como consequências da catástrofedo Oceano Índico a 26 de dezembrode 2004, é importante que osplaneadores do proposto Sistema deAdvertência do Tsunami do Oceano

Índico (IOTWS) não se coloquem naposição do “exército que sempre estáse preparando para lutar a últimaguerra”. O próximo desastre detsunami nesta região pode ter umaorigem diferente, não relacionado aoutro granse evento de subdução aolongo da Índia Oriental ou dos

Africa: New Geological Research Developments.S. Afr. J. Sci., 88, 534-539.

Martin, A.K., and Hartnady, C.J.H., 1986. PlateTectonic Development of the South West IndianOcean, A Revised Reconstruction of EastAntarctica and Africa, Journal of GeophysicalResearch, 91, 4767-4786.

Niemi, T.M., Ben-Avraham, Z., Hartnady, C.J.H.,and Reznikov, M., 2000. Post-Eocene SeismicStratigraphy of the Deep-Ocean Basin Adjacent tothe Southeast African Continental Margin: ARecord of Geostrophic Bottom-Current Systems.Marine Geology, 162, 237-258.

Raillard, S. 1990. Les marges de l’Afrique de l’Estet les zones de fracture associées: Chaîne Davieet Ride du Mozambique - Campagne MD-60/MACAMO-II, Thesis, Université Pierre et MarieCurie, Paris, 272 pp.

Reznikov, M., Ben-Avraham, Z., Hartnady, C., andNiemi, T.M., 2005. Structure of the Transkei Basinand Natal Valley, Southwest Indian Ocean, FromSeismic Reflection and Potential Field Data.Tectonophysics, 397, 127-141. (doi:10.1016/j.tecto.2004.11.002).

FIGURE 2. Modelo de Tsunami para o colapso do flanco submarinoa oeste do Vulcão de Karthala; Hartnady, Annunziato and Best, em preparação.

Isócronos vermelhos a 1hora de intervalos de tempo de origem. Veja a páginada internet do Centro de Pesquisa Conjunta da Comissão Europeia

(http://tsunami.jrc.it/model/Reports/16340/report.asp?id=16340).

Referências Bibliográficas

Ambraseys, N.N., 1991. The Rukwa Earthquakeof 13 December 1910. Terra Nova 3, 203-208.

Ben-Avraham, Z., Hartnady, C.J.H., and Kitchin,K., 1998. Structure and Tectonics of the Agulhas-Falkland Fracture Zone. Tectonophysics, 282, 83-98.

Calais E., Ebinger, C., Hartnady, C., and Nocquet,J-M., 2005. Kinematics of the East African Riftfrom GPS and Earthquake Slip Vector Data.Geological Society of London, Special Publication,submitted.

Dingle, R.V., 1977. The Anatomy of a LargeSubmarine Slump on a Sheared ContinentalMargin (SE Africa). Journal of the GeologicalSociety of London, 134, 293-310.

Hartnady, C.J.H., 2002. Earthquake Hazard inAfrica: Perspectives on the Nubia-SomaliaBoundary. South African Journal of Science, 98,425-428.

Hartnady, C.J.H., Ben-Avraham, Z., and Rogers,J., 1992. Deep-Ocean Basins and SubmarineRises Off the Continental Margin of South-Eastern

limites da placa da Austrália. Odesenvolvimento do Sistema deAdvertência do Tsunami do OceanoÍndico (IOTWS) terá que sercompreensivo no que diz respeito anatureza, e também tomar em contaas fontes do Oceano ÍndicoOcidental (WIO) aqui discutidos.

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Secretariado do EIRDGenebra, Suíça

A Segunda Conferência Mundialsobre a Redução de Desastres(WCDR II) teve lugar em Kobe,Hyogo, Japão, de 18 a 22 de janeirode 2005. A Conferência teve mais de4,000 participantes querepresentaram 168 países, 78organizaçõesna qualidade deobservadores, 161 organizações não-governamentais e aproximadamente154 organizações dos meios decomunicação. A conferência entrouem acção apartir do progressorealizado sobre a redução de risco dedesastres apartir da Conferência deYokohama em 1994 e que fez planospara os próximos 10 anos.

A Segunda Conferência Mundialsobre a Redução de Desastres(WCDR II) era composta por trêsprocessos principais: o segmentoIntergovernamental, o segmentotemático e o Forum Público.

O Segmento IntergovernamentalO Segmento Intergovernamental,com delegações de mais de 160Estados membros da Organizaçãodas Nações Unidas (ONU),proporcionou foro para que osdelegados fizessem declaraçõesgerais sobre os assuntos de reduçãode desastres. Além do plenário, umComitê Principal (Comitê deredação) foi criado para anegociação e para fazer o esboço dosobjectivos. O presidente do Comitêde redação apresentou os textosfinais dos resultados dos documentosnegociados na conferência (QuadroGeral da Acção de Hyogo, e aDeclaração de Hyogo) para que noúltimo dia pudessem ser adoptadospela Segunda Conferência Mundialsobre a Redução de Desastres(WCDR II).

A Conferência Mundial sobre a Redução de Desastres& seus resultados

O Segmento TemáticoO Segmento Temático foi formatadopara complementar as discussões dosresultados do programa a nívelintergovernamental.

O Segmento Temático consistiu detrês Mesas Redondas de Alto-Nível evárias Sessões Temáticas agrupadasem cinco Painéis Temáticos, assimcomo também por SessõesRegionais. Um grande número deeventos aconteceram neste segmentoque proporcionou uma partesubstancial da Conferência, em todasas áreas relacionadas a redução dorisco de desastres. Os painéis foramconduzidos por representantesgovernamentais com o apoio dasagências.

Forum Público

O Forum Público, aberto ao públicogeral e participantes da Conferência,consistiu de Seminários, Exposiçõesem Tendas, e Sessões de Cartazes.Com aproximadamente 40,000participantes gerais e visitantes, oForum Público proporcionouoportunidades para promover as

actividades das próprias organizaçõesatravêz de apresentações, cartazes euma exposição pública , bem comotravando debates abertos, seminários euma variedade de eventos. Osorganizadores incluíram os governos,agências da Organização das NaçõesUnidas, organizações internacionais,organizações não-governamentais,instituições técnicas e o sector privado.

Os Objectivos

A Segunda Conferência Mundial sobrea Redução de Desastres foi convocadapor decisão da Assembleia Geral daOrganização das Nações Unidas, comcinco objectivos específicos:(a) concluir e informar sobre a revisão

da Estratégia de Yokohama e seuPlano de Acção, com a prespectivade actualizar o Quadro Geral Guiasobre a Redução de Desastresdurante o século XXI;

(b) identificar as actividadesespecíficas que têm comoobjectivo assegurar aimplementação de providênciaspertinentes do Plano de

A ceremónia de abertura da Segunda Conferência Mundial de Reduçãode Desastres (WCDR II) em Kobe, Japão

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Implementação da CimeiraMundial sobre o DesenvolvimentoSustentável de Johannesburg noque diz respeito a vulnerabilidade,a avaliação de risco e a gestão dedesastres;

(c) compartilhar as boas práticas elições aprendidas parar avançarcom a redução de desastres dentrodo contexto de alcance dodesenvolvimento sustentável, eidentificar as falhas e os desafios;

(d) aumentar a consciência daimportância das políticas sobre aredução de desastres, facilitando epromovendo assim aimplementação dessas políticas;

(e) aumentar a confiabilidade edisponibilidade de informaçãoapropriada relacionada aosdesastres ao público e agênciasde gestão de desastres em todasas regiões, como foraestabelecido nas providênciaspertinentes do Plano deImplementação da CimeiraMundial sobre o DesenvolvimentoSustentável de Johannesburg.

Os Resultados esperados

Tomando em conta estes objetivos, eutilizando as conclusões da revisãoda Estratégia de Yokohama, osEstados e outros actoresparticipantes na ConferênciaMundial sobre a Redução deDesastres resolveram lutar pelosseguintes resultados esperados paraos próximos 10 anos: a reduçãosignificativa nos desastres de perdas,de vidas humanas e de recursossociais, econômicos e ambientais dascomunidades e países.

A realização deste resultadorequererá o inteiro compromisso e oenvolvimento de todos os actoresinteressados, inclusive governos,organizações regionais einternacionais, sociedade civil

inclusive os voluntários, o sectorprivado e a comunidade científica.

A Estratégia de Yokohama: aslições aprendidas e as lacunasidentificadas

A Estratégia de Yokohama para umMundo mais Seguro: As Diretrizespara Prevenção de DesastresNaturais, Prontidão e Mitigação e oseu Plano de Acção (“Estratégia deYokohama”), adoptada em 1994,proporciona pontos de referênciaguias de como reduzir o risco dedesastres e os seus impactos.

A revisão de progresso para aimplementação da Estratégia deYokohama identifica os princípaisdesafios para os próximos os anos,assegurando uma acção maissistemática ao abordar os riscos dedesastres no contexto dodesenvolvimento sustentável econstituindo um maior poder deresistência e recuperação atravêz doaumento das capacidades nacionais elocais de gerir e reduzir o risco.

A revisão acentua a importância deredução do risco de desastres que ésuportada por uma abordagem maispró-activa de informação, motivaçãoe envolvimento de pessoas de todosos aspectos de redução de risco dedesastres nas suas própriascomunidades locais. Tambémdestaca a escassez de recursosespecificamente alocada eorçamentos planificados para arealização de objectivos de reduçãode risco, tanto a nível nacional comoao nível regional ou mesmo atravêzda cooperação internacional emecanismos financeiros, enquanto seobserva o significante e relevantepotencial a fim de melhor explorar-seos recursos existentes e práticasestabelecidas para uma redução derisco de desastres mais efectiva.

Foram identificadas lacunasespecíficas e desafios nas seguintes

cinco áreas principais: (a) Agovernação: o quadro geralorganizacional, legal e de política;(b) A identificação de risco,avaliação, monitoramento e avisoprévio; (c) A gestão do conhecimentoe a educação; (d) A redução dosfactores de risco subjacentes; (e) Aprontidão para uma resposta efectivae recuperação.

Estas são as áreas chaves para odesenvolvimento de um pertinentequadro geral de acção para adécada 2005–2015.

Os Resultados da ConferênciaMundial sobre a Redução deDesastres

Os seguintes quatro documentosforam o resultado principal daConferência Mundial sobre aRedução de Desastres. Estesdocumentos representam um fortecompromisso da comunidadeinternacional de abordagem daredução de desastres e se ocupamde um determinado, plano de acçãocom os resultados orientados para apróxima década:1. A Revisão da Estratégia de

Yokohama e Plano de Acçãopara um Mundo mais Seguro

2. A Declaração de Hyogo (Vejatexto integral na páginaseguinte)

3. O Quadro Geral de Acção deHyogo 2005-2015: Construindoo Poder de Resistência eRecuperação aos Desastres deNações e Comunidades.

4. A Declaração Comum da SessãoEspecial sobre o Desastre doOceano Índico: A Redução deRisco para um Futuro maisSeguro.

Para mais informações sobre a ConferênciaMundial sobre a Redução de Desastres (WCDR)e seus resultados, por favor visite a página dainternet www.un.org/wcdr /

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Nós, delegados à Conferência Mundial sobre a Redução deDesastres, reunimo-nos de 18 a 22 de janeiro de 2005, na Cidadede Kobe, na Prefeitura do Hyogo no Japão, que demonstrou umanotável recuperação do Grande Terramoto de Hanshin-Awajiocorrido a 17 de janeiro de 1995.

Nós expressamos as nossas sinceras condolências, simpatia, esolidariedade para com as pessoas e comunidades adversamenteafectadas pelos desastres, particularmente essas devastadas peloterramoto sem precedentes e pelo desastre de tsunami no OceanoÍndico ocorrido a 26 de dezembro de 2004.

Nós elogiamos os esforços feitos por essas pessoas, pelos seusos Governos e pela comunidade internacional ao responder esuperar esta tragédia. Em resposta a Reunião Especial dosLíderes da Associação das Nações Asiáticas do Sul-Este sobreas Consequências do Terramoto e do Tsunami, que teve lugarem Jakarta a 6 de janeiro de 2005, nós nos compremetemos aapoiá-los, incluindo no que diz respeito a medidas relevantes eapropriadas para a redução de desastres. Nós, tambémacreditamos que as lições aprendidas deste desastre sãoimportantes para as outras regiões. Nesta conexão, uma sessãoespecial sobre o recente terramoto e o desastre de tsunami, reuniunesta Conferência Mundial para rever aquele desastre numaperspectiva de redução de risco e entregou a Declaração Comumda Sessão Especial sobre o Desastre do Oceano Índico.

A Redução de Risco para um Futuro mais Seguro comoseu resultado

Nós reconhecemos que a comunidade internacional temacumulado muita experiência sobre a redução de risco dedesastres atravêz da Década Internacional para a Redução deDesastres Naturais e a bem sucedida Estratégia Internacionalpara a Redução de Desastres. Em particular, tomando medidasconcretas em concordância com a Estratégia de Yokohama e oPlano de Acção para um Mundo mais Seguro, nós aprendemosmuito, incluindo as lacunas e desafios desde a Conferência deYokohama em 1994. Não obstante, nós estamos profundamentepreocupados porque as comunidades continuam experimentandoperdas excessivas de preciosas vidas humanas e valiosaspropriedades como também pelos sérios danos e deslocamentosdevido aos vários desastres em todo o mundo.

Nós estamos convencidos que os desastres minam seriamenteos resultados de investimentos para o desenvolvimento num curtoespaço de tempo, e então, permanece assim um principalimpedimento ao desenvolvimento sustentável e a erradicação dapobreza. Nós também estamos cientes, que os investimentos parao desenvolvimento que não consideram adequadamente os riscosde desastres podem aumentar a vulnerabilidade. Arcar com aredução de desastres para habilitar e fortalecer o desenvolvimentosustentável das nações é portanto, um dos desafios mais críticosque enfrenta a comunidade internacional.

Nós estamos determinados em reduzir as perdas de vidas eoutros recursos sociais, econômicos e ambientais em todo omundo, causados pelos desastres, dando atenção a importânciada cooperação internacional, a solidariedade e a parceria, comotambém a boa governação a todos os níveis. Nós reafirmamos opapel vital do sistema das Nações Unidas na redução do riscode desastres.

Assim, nós declaramos o seguinte:

1. Nós estabeleceremos os relevantes compromissos e quadrosgerais internacionais, como também as metas dedesenvolvimento internacionalmente acordadas, incluindo oscontidos na Declaração do Milênio, afim de fortalecer asactividades mundiais de redução de desastres do século vinte eum. Os desastres têm um tremendo impacto prejudicial aosesforços globais a todos os níveis para a erradicação da pobreza;o impacto dos desastres continua a ser um significante desafiopara o desenvolvimento sustentável.

2. Nós reconhecemos a relação intrínseca entre a redução dedesastres, o desenvolvimento sustentável e a erradicação dapobreza, entre outros, e a importância de envolver todas as partesinteressadas, inclusive os governos, as organizações regionaise internacionais, as instituições financeiras, a sociedade civil,inclusive as organizações não-governamentais e os voluntários,o sector privado e a comunidade científica. Nós, portanto,recebemos com agrado todos os pertinentes eventos econtribuições que se realizaram ao longo da Conferência e doseu processo preparatório.

3. Nós reconhecemos também que uma cultura de prevençãode desastres e poder de resistência e recuperação aos desastres,associadas as estratégias pré-desastre, que são investimentossólidos, devem ser promovidos a todos os níveis, estentendo-sedesde o nivel indivídual até aos níveis internacionais. Associedades humanas têm que viver com o risco de perigosimpostos pela natureza. Porém, nós estamos muito incapazesde preparar e mitigar os impactos de desastres. Nós podemos etemos que aliviar o sofrimento provenientes dos perigos reduzindoa vulnerabilidade das sociedades. Nós podemos e temos queedificar uma melhor capacidade de resistência e recuperaçãodas nações e comunidades aos desastres atravêz de sistemasde aviso prévio centradas nas pessoas, avaliação do risco,educação e outras abordagens e actividades, pró-activas,integradas, multisectoriais e que envolvam perigos múltiplos, nocontexto do ciclo de redução de desastres que consiste naprevenção, prontidão, e resposta de emergência como tambémna recuperação e reabilitação. O risco de desastres, os perigos,e os seus impactos impõem uma ameaça, mas uma respostaapropriada a estes podia e deveria no futuro conduzir a acçõesde redução de riscos e de vulnerabilidade.

Declaração de Hyogo

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4. Nós afirmamos que os Estados têm a responsabilidade primáriade proteger as pessoas e as suas propriedades no território emperigo, e assim, é vital dar grande prioridade a redução do risco dedesastres na política nacional, consistente com as suascapacidades e os recursos a eles disponíveis. Nós concordamosque é necessário o fortalecimento dos níveis das capacidades dacomunidade para reduzir o risco de desastres especialmente aonível local, considerando que as medidas apropriadas de reduçãode desastres aquele nível, permita as comunidades e os indivíduosde reduzir significantemente a sua vulnerabilidade aos perigos. Osdesastres permanecem como as príncipais ameaças àsobrevivência, dignidade, sustento e segurança de pessoas ecomunidades, em particular dos pobres. Então, há uma urgentenecessidade de aumentar a capacidade dos países emdesenvolvimento propensos a desastres em particular, os paísesmenos desenvolvidos e os estados das pequenas ilhas emdesenvolvimento, de reduzir o impacto dos desastres, atravêz dofortalecimento dos esforços nacionais e o aumento da cooperaçãobilateral, regional e internacional, que inclui a ajuda técnica efinanceira.

5. Por isso, nós adoptamos, o Quadro Geral de Acção de Hyogo2005-2015: O Estabelecimento das Capacidades de Resistência ede Recuperação aos Desastres das Nações e das Comunidadescom os seus esperados resultado, metas estratégicas, e prioridadesde acção, como também as estratégias de implementação e odevido acompanhamento no futuro do assunto, como um quadrogeral quia sobre a redução de desastres para a próxima década.

6. Nós acreditamos que é extremamente importante que o QuadroGeral de Acção de Hyogo de 2005-2015: O Estabelecimento dasCapacidades de Resistência e de Recuperação aos Desastres dasNações e das Comunidades seja traduzido em acções concretas atodos os níveis e que as realizações sejam seguidas pela EstratégiaInternacional para a Redução de Desastres afim de se reduzir os

riscos de desastres e a vulnerabilidade. Nós tambémreconhecemos a necessidade de se desenvolver indicadorespara acompanhar o progresso das actividades de redução derisco de desastres como apropriados para particularescircunstâncias e capacidades como parte do esforço pararealizar os esperados resultados e metas estratégicas fixadasno Quadro Geral de Acção de Hyogo de 2005-2015: OEstabelecimento das Capacidades de Resistência e deRecuperação aos Desastres das Nações e das Comunidades.Nós sublinhamos a importância do fortalecimento cooperativoe de interações sinergéticas entre as várias partes interessadase a promoção de parcerias voluntárias para a redução dedesastres. Nós também resolvemos desenvolver mais osmecanismos de partilha de informação sobre os programas,as iniciativas, as boas práticas, as lições aprendidas e astecnologias de apoio a redução de risco de desastres de formaa que a comunidade internacional possa compartilhar osresultados e os benefícios destes esforços.

7. Agora nós pedimos acção de todas as partes interessadas,pedindo as contribuições daqueles com relevantescompetências específicas e experiências, conscientes de quea realização dos resultados da Conferência Mundial dependedos nossos incessantes e incansáveis esforços colectivos, eduma vontade polít ica forte, como também dumaresponsabilidade compartilhada e o respectivo investimento,constituir um mundo mais seguro do risco de desastres napróxima década para o benefício das gerações presentes efuturas.

8. Nós expressamos a nossos mais profundos agradecimentosao Governo e ao povo do Japão por serem anfitriões daConferência Mundial sobre a Redução de Desastres, eagradecemos particularmente ao povo da Prefeitura de Hyogopela sua hospitalidade.

Sra. Time RamstadEIRD/NU Ásia CentralDushanbe, Tajikistan

A “Segunda Reunião ConsultivaRegional sobre a Redução do Riscode Desastres para os Países da ÁsiaCentral” realizou-se em Almaty,Kazakhstan, de 24 a 26 de maio de2005.

Baseada na “Declaração de Hyogo”e no “Quadro Geral de Acção deHyogo (HAF) para a década 2005-2015 - Construindo o Poder deresistência e recuperação das Naçõese Comunidades para com osDesastres” adoptada pela SegundaConferência Mundial de Redução deDesastres (WCDR II) ocorrida emKobe, Japão, de 18 a 22 de janeiro

de 2005, os participantesreconheceram a necessidade deacarretar com a responsabilidadepelas efectivas medidas de reduçãodo risco de desastres.

Os participantes concordaram que oobjectivo primário seria de protegera população, infraestrutura eterritórios, lembrando-se dacrescente interdependência global e

Ásia Central: Realizada segunda reunião consultivaregional sobre a redução do risco de desastres paraos países da Ásia Central

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o facto de que a cooperaçãointernacional e a partinha deconhecimentos, experências etecnologias inovadoras são todos osfatores que contribuem para umasegura redução sustentável de perdasde vidas humanas e de recursossociais, econômicos e ambientaisameaçados por situações deemergência.

É de notar, que a Primeira ReuniãoConsultiva Regional da Ásia Centralsobre a Redução do Risco deDesastres foi realizada no dia 1 e 2de dezembro de 2004 na capital deTajik, Dushanbe, algumas semanasdepois de se ter estabelecido namesma cidade os escritóriosregionais da Estratégia Internacionalde Redução de Desastres das NaçõesUnidas (EIRD/NU) para a ÁsiaCentral.

No término dos três dias de reunião,os participantes fizeram as seguintesrecomendações.

As Recomendações

1. As agências governamentaisresponsáveis pela prevenção deemergência e de realizar as políticas,juntamente com as organizaçõesregionais e nacionais que operam naregião da Ásia Central, deveriam ter comoobjectivo adoptar o conjunto dedirectrizes dispostos na Declaração deHyogo e Quadro Geral de Acção deHyogo para assegurar que a suaimplementação esteja de acordo com assuas condições específicas ecapacidades respectivas.

Estes documentos definem oseguinte:

Os resultados esperadosA redução sustentável de perdas devidas humanas e de recursos sociais,econômicos e ambientais provocadospelos desastres.

As metas estratégicas• Uma integração mais efectiva da

redução do risco de desastres naspolíticas de desenvolvimentosustentáveis e planeamento;

• Desenvolvimento e fortalecimentodas instituições, mecanismos ecapacidades para construir o

Os participantes da Reunião Consultiva Regional da Ásia Central

poder de resistência e recuperaçãoaos perigos;

• A incorporação sistemática deabordagens sobre a redução derisco nos programas de desenvol-vimento e implementação daprontidão, emergência, resposta erecuperação.

As áreas prioritárias de acção

• Assegurar que a redução do riscode desastres seja uma prioridadenacional e local com um sólidoquadro geral institucional para asua implementação.

• A identificação, avaliação emonitoramento dos factores derisco de desastres e a melhoria doaviso prévio.

• A utilização do conhecimento,soluções inovadoras e educaçãopara criar condições seguras ecapacidade de poder deresistência e recuperação a todosos níveis.

• A redução da linha de base dosfactores de risco.

• O fortalecimento da prontidão dedesastres para assegurar umaefectiva resposta a todos osníveis.

2. Aprovar as Recomendações do esboçoda Segunda Reunião Consultiva Regionaldos Países da Ásia Central, submetidapela delegação de Tajik. As agênciasgovernamentais dos países da Ásia

Cental responsáveis pela implementaçãoda política na área de prevenção deemergência e liquidação:

• Rêver as Recomendações doesboço e submeter as suaspropostas ao escritório da EIRD/NU dentro de um mês;

• Tomar conta das ditasRecomendações enquanto sedesenvolvem as plataformasnacionais da área de redução dorisco de desastres como tambémos mecanismos de coordenaçãonacionais e planos nacionais, e:

• Assegurar a implementação dasactividades de acompanhamentocom o objectivo de apoiar osobjetivos estratégicos e as áreasprioritárias para a década 2005-2015 com base numaabordadgem multi-sectorial,coordenação mútua e cooperaçãoconstrutiva;

• Integrar os factores relacionadosa redução do risco de desastresnas políticas de desenvolvimentosustentáveis e planeamento atodos os níveis;

• Facilitar uma coordenaçãoestratégica mais íntima deredução de risco de desastres nabase da Estratégia Internacionalpara a Redução de Desastres dasNações Unidas (EIRD/NU),fortalecre a capacidade dosmecanismos regionais eorganizações no desenvolvimento

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Redução de Desastres em África -EIRD Informes, 6 Edição, dezembro 2005 34

de planos regionais, advocacia,coordenação, troca de informaçãoe perícia, monitoramento baseadona ciência dos perigos evulnerabilidades, e odesenvolvimento da capacidadeinstitucional para abordarassuntos sobre o risco dedesastres.

3. Sob a área de acção prioritária 1do Quadro Geral de Acção deHyogo para a década 2005-2015

Recomendar as agênciasgovernamentais dos países da ÁsiaCentral responsáveis pelaimplementação das políticas na áreade prevenção de emergência eliquidação:

• Revêr a conveniência dodesenvolvimento e adopção deleis de “proteção contraterramotos”;

• Prestar atenção à necessidade dedesenvolver mais e harmonizar alegislação nacional na esfera dasemergências e pôr emconformidade com osregulamentos e padrõesinternacionais com a finalidade

de promover processos deintegração entre países;

• Rêver a necessidade de mudançase emendas nos acordosintergovernamentais existentes ea conveniência de desenvolvernovos acordosintergovernamentais na esfera daprevenção de emergência eliquidação, e submeter propostasaté certo ponto determinadas pelalegislação nacional.

4. Sob a área de acção prioritária 5do Quadro Geral de Acção deHyogo para a década 2005-2015

• Aprovar a iniciativa doMinistério para a Emergência daRepública do Kazakhstan deestabelecer um Centro deCoordenação de Resposta aosDesastres da Ásia Centralproposto no Kazakhstan, e presteatenção, que as propostas práticase detalhadas bem como asactividades relacionadas aoestabelecimento do acimareferido centro serão submetidaspelo Kazakhstan para discussão eserão revistas durante a próxima(terceira) reunião consultiva

regional dos países da ÁsiaCentral.

• O Ministério para a Emergênciada República do Kazakhstansubmeterá dentro de um mêspropostas da estrutura e planos detrabalho para a fase inicial deoperações do Centro deCoordenação de Resposta aosDesastres da Ásia Centralproposto para revisão pelosoutros ministérios para aemergência dos países da ÁsiaCentral.

5. Aceitar a proposta da delegaçãode Kyrgyz de realizar a TerceiraReunião Consultiva Regional noKyrgyzstan

Os participantes apelam a todas aspartes interessadas por este meiopara impulsionar as suas actividadese lhes pede persistentemente quefaçam as suas contribuições relativasa implementação dos objectivosestratégicos e das áreas prioritáriasdispostas na Declaração de Hyogo eno Quadro Geral de Acção deHyogo. O documento resultante foiadoptado a 25 de maio de 2005 nasessão plenária.

Sra. Christel RosaOficial de Programa Regional,EIRD/NU Ásia e Pacífico,Bangkok, Tailândia,

A Estratégia Internacional deRedução de Desastres das NaçõesUnidas (EIRD/NU) abre umprograma de alcance regional para aÁsia e o Pacífico em Bangkok,Tailândia, como resposta directa aSegunda Conferência Mundial sobrea Redução de Desastres que tevelugar em janeiro de 2005, em Kobe,Japão e da tragédia do Tsunami de26 dezembro de 2004. A EIRD/NU

Ásia-Pacífico tem como anfitrião aComissão Econômica e Social dasNações Unidas para a Ásia e oPacífico (UNESCAP).

A história tem mostrado que a regiãoda Ásia-Pacífico é a área maispropensa a desastres no mundo. Sãotestemunhas as cheias de 2004 noBangladesh, China, Índia, Indonésiae Filipinas, os ciclones no Japão eVietname, os terramotos naIndonésia, Irão e Japão e ocatastrófico tsunami de 26 de janeirode 2005 que atingiu os países doOceano Índico. A alta densidade dapopulação urbana, o desigual nível

de desenvolvimento dentro e entre ospaíses e a extensão da pobreza maisexacerbada pelo cumulativo impactodos desastres no desenvolvimentosustentável dos países asiáticos.

As pessoas da Região de Ásia-Pacífico estão alertas, beminformadas e extremamente activasnos assuntos sobre a redução dorisco de desastres. Actualmente,significantes iniciativas de multi-perigo estão realmente a acontecerao nível regional, apoiado por umnúmero crescente de doadoresbilaterais e multilaterais, agências daOrganização das Nações Unidas,

A EIRD/NU abre programa regional na Ásia e Pacífico

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Redução de Desastres em África -EIRD Informes, 5 Edição, dezembro 2005 35

organizações regionais e nacionais eorganizações não-governamentais,entre outros. Desnecessário é dizer,que o tsunami de 26 dezembroexaltou até mesmo mais actividadesde alto-nível, a consciência pública ea receptividade aos assuntosrelacionados a desastres da região.

Pretende-se que a EIRD/NU Ásia-Pacífico sirva como uma estruturageral para facilitar, promover edefender o fortalecimento dascapacidades de redução de desastresna região. Isto, está sendo feito emcolaboração com a Parceria Asiática

de Redução de Desastres quecompreende o Programa das NaçõesUnidas para o Desenvolvimento(PNUD), a Organização das NaçõesUnidas para a Coordenação dosAssuntos Humanitários (OCHA),Comissão Econômica e Social dasNações Unidas para a Ásia e oPacífico (UNESCAP), CentroAsiático de Prontidão de Desastres(ADPC) e o Centro Asiático deRedução de Desastres (ADRC). AEIRD/NU Ásia-Pacífico trabalhaconjuntamente com as principaispartes interessadas a nível regional e

nacional bem como com o sistemadas Nações Unidas na região,governos, comunidades locais, osmeios de comunicação eorganizações não–governamentais(NGOs) facilitando a implementaçãodo Quadro Geral de Acção de Hyogopara promover a redução do risco dedesastres como também o Programade Sistema de Aviso Prévio deTsunami para o Oceano Índico.

Para mais informação, por favor dirija o seupedido a [email protected] ou [email protected].

Sra. Brigitte Leoni,Secretariado da EIRD,Genebra, Suíça

Este ano, o tema do DiaInternacional e a campanha para aRedução de Desastres da EstratégiaInternacional de Redução deDesastres (EIRD) visam o aumentodo poder de resistência e recuperaçãode desastres usando as microfinançase redes de segurança. O nossoobjetivo é duplo: sensibilizar ascomunidades e instituições sociais efinanceiras sobre o seu potencialpapel na redução do risco dedesastres, e elevar a consciência dascomunidades sobre a gestão do riscode desastres, e sobre a utilidade dasexistentes ferramentas e redes desegurança existentes para reduzir avulnerabilidade das populaçõespropensas a perigos.

Os perigos são os principais riscospara os pobres e os marginalizados

Enfoque nas Ferramentas de Microfinanças & Redesde Segurança

A CAMPANHA MUNDIAL 2005 SOBRE ACONSCIÊNCIA DE REDUÇÃO DE DESASTRES

que já são os mais vulneráveis nasociedade; a destruição depropriedades e dos meios desubsistência piora o seu descendenteciclo de pobreza. O recente tsunamie os terramotos no Oceano Índicosão exemplos trágicos devulnerabilidade aos desastres e comopodem ser reduzidas as comunidadesa extrema pobreza em questão dehoras.

O investimento na redução do riscode desastres reduz a vulnerabilidadedas pessoas para os perigos e ajuda equebra o ciclo maligno da pobreza.

Para alcançar as Metas deDesenvolvimento do Milênio ereduzir a pobreza antes de 2015, nóstemos que encontrar mecanismos quefuncionem e implementá-losactivamente.

O micro-crédito provou o seu valorem muitos países como uma armacontra a pobreza e a fome. Com

acesso ao micro-crédito, as pessoascom baixas rendas podem ganharmais e podem se proteger melhorcontra os retrocessos e perdasinesperadas. Em geral, o micro-crédito e as microfinanças não estãoainda a ser inteiramente utilizadascomo ferramentas para reduzir osimpactos dos desastres, mas algumasexperiências concretas na Índia eBangladesh mostraram o seupotencial e destacaram a necessidadede explorar mais estasoportunidades. O uso demicrofinanças para a gestão do riscode desastres ainda foi poucoexperimentado, contudo ascomunidades deveriam explorar assuas várias flexíveis abordagens eimpactos na redução da pobreza.

A Assembleia Geral da Organizaçãodas Nações Unidas designou o ano2005 como o Ano Internacional doMicro-crédito (Resolução 53/197),declarando que o Ano proporcionará

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Redução de Desastres em África -EIRD Informes, 6 Edição, dezembro 2005 36

uma importante oportunidade para sedar ímpeto aos programas demicrofinanças espalhados por todo omundo.

O Fundo de Desenvolvimento dasNações Unidas (UNCDF) e oDepartamento dos AssuntosEconômicos e Sociais das NaçõesUnidas (UNDESA) estácoordenando o Ano e estáorganizando uma série de eventos emtodo o mundo. Para maisinformações sobre a campanha, porfavor veja a página da internet: http://www.yearofmicrocredit.org

Os cinco principais objectivos para oAno foram designados na reuniãopelos Estados Membros , Agênciasda Organização das Nações Unidas eos Membros de Microfinanças. Parafinalmente se alcançar as Metas deDesenvolvimento do Milênio(MDGs), o Ano Internacional doMicro-crédito tem por objectivos:

1. Avaliar e promover acontribuição da microfinança emicrocrédito para se atingir asMetas de Desenvolvimento doMilênio (MDGs);

2. Aumentar a consciência pública eo entendimento da microfinança emicrocrédito como partes vitaisda equação de desenvolvimento;

3. Promover os sectores financeirosabrangentes;

4. Apoiar o acesso sustentável aosserviços financeiros, e

5. Encorajar a inovação e novasparcerias, promovendo e apoiandoas parcerias estratégicas paraconstruir e ampliar a extensão esucesso do microcrédito emicrofinança.

No Ano Internacional do Micro-crédito 2005, o Secretariado emembros da Estratégia Internacionalde Redução de Desastres (EIRD)gostariam de estimular um debate epromover um diálogo de como asredes de segurança, o micro-crédito eo micro-seguro podem contribuirpara a redução do risco de desastres.

• Contribuindo à campanha, aEstratágia Internacional de

Redução de Desastres vai realizaro seguinte:

• Encorajar os parceiros e peritospara inspecionarem as redes desegurança disponíveis paratratarem assuntos devulnerabilidade e redução dapobreza, e procurar novospotenciais mecanismos quepodem reduzir o impacto dosperigos.

• Promover mesas redondasnacionais e locais cominstituições de microfinanças,bancos comerciais, companhiasde seguros, organizações não-governamentais (NGOs),organizações de base comunitária(CBOs) e peritos de redução dedesastres.

• Convidar as plataformasnacionais para a redução dedesastres e outras contraparteslocais e nacionais a discutirem edesenvolverem programas deredes de segurança sociais eeconómicas para os pobresaumentarem o seu poder deresistência e capacidade derecuperação aos desastres.

• Colecionar as boas práticas eexperiências: você é convidado aenviar-nos o seu estudo de caso eexperiências para serem incluídosnos nossos produtos deinformação e resumos dos meiosde comunicação.

• Convidar os decisores e NGOs aenvolverem-se nos esforços derecuperação do tsunami do

Oceano Índico e terramotos paradesenvolverem capacidades deredução do risco de desastres alongo prazo. Por favorcompartilhe conosco as suasvisões de como as microfinançase redes de segurança poderiamser ferramentas úteis no processode recuperação.

Para alargar a base de conhecimentoe inovação, nós encorajamos asnomeações de candidatos comexperiências pertinentes e boaspráticas relacionadas asmicrofinanças, redução da pobreza,redes de segurança e redução dedesastres para concorrerem aoconcurso de nomeação do PrêmioSasakawa 2005 para Redução deDesastres.

O Secretariado da EstratégiaInternacional de Redução deDesastres (EIRD), em colaboraçãocom outras agências da Organizaçãodas Nações Unidas e organizaçõesnão-governamentais que trabalhamem microfinanças, contribuirão parao Ano Internacional do Micro-crédito, organizando eventos emvárias partes do mundo queculminarão com o Dia Internacionalpara Redução de Desastres no dia 12de outubro de 2005.

O Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas(UNCDF) e o Departamento dos AssuntosEconômicos e Sociais das Nações Unidas(UNDESA) está coordenando o Ano e estáorganizando uma série de eventos em todo omundo. Para mais informações sobre acampanha, por favor veja a página da internet:http://www.yearofmicrocredit.org

(Fotografia Imagine da GTZ: Thomas, Quénia)

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Redução de Desastres em África -EIRD Informes, 5 Edição, dezembro 2005 37

Sr. Martin OworComissário Adjunto,Ministério de Prontidão de Desastres eRefugiados,Ponto Focal Nacional da EIRD,Kampala, Uganda

O Governo do Uganda reconhece queas intervenções de redução do riscode desastres são actividades dedesenvolvimento e que as estratégiasde desenvolvimento e programasprecisam de ser sensíveis ao risco dedesastres para evitar ou minimizar osimpactos negativos dos perigosnaturais e causados pelo homensobre os meios de subsistência dosseus cidadãos.

Documento informativo submetidoao Parlamento, documento dogoverno submetido aoSecretariado do Gabinete doGoverno

Prosseguindo com a conclusão da 2ªConferência Mundial de Redução deDesastres (WCDR II) ocorrida emjaneiro de 2005, um documentoinformativo sobre os seus resultadosda 2ª Conferência Mundial foipreparado pelo Ponto Focal Nacionale foi submetido ao Parlamento e atodos relevantes MinistériosGovernamentais. Um Documento doGabinete do Governo que recomendao Governo a adaptar as cinco acçõesprioritárias do Quadro Geral deAcção de Hyogo (HFA) para adécada 2005-2015 lado a lado comas seis metas estratégicas do Planode Acção da Nova Parceria para oDesenvolvimento de África/UniãoAfricana (NEPAD/UA), foisubmetido ao Secretariado doGabinete do Governo para a devidaconsideração.

No seu regresso da 2ª ConferênciaMundial de Redução de Desastres(WCDR II), o Vice-1ºMinistro e o

UGANDA inicia a implementação do Quadro Geral deAcção de Hyogo da Estratégia Regional de África

Ministro da Prontidão de Desastresinformaram o Presidente daRepública sobre como decorreu e osresultados da 2ª ConferênciaMundial e pediram-lhe que pusesseas recomendações do Quadro Geralde Acção de Hyogo (HFA) na agendade trabalhos da Cimeira da UniãoAfricana de julho de 2005 emTripoli, Líbia.

A consciência pública orientadasegundo o Quadro Geral de Acçãode Hyogo

Imediatamente depois da 2ªConferência Mundial de Redução deDesastres (WCDR II), foi realizadauma reunião com o pessoal dosmeios de comunicação queparticiparam no “Seminário sobre osMeios de Comunicação & Reduçãode Risco de Desastres para osJornalistas dos países da ÁfricaOriental & África Austral” que tevelugar em Nairobe em dezembro de2004 (veja artigo na página 39).Então, o pessoal dos meios decomunicação desenvolveramprogramas de consciência públicasobre o Quadro Geral de Acção deHyogo (HFA) nos meios electrónicose de impressão no Uganda.

O ponto focal nacional para aredução do risco de desastres noUganda, o Sr. Martin Owor quetambém participou na 2ª ConferênciaMundial de Redução de Desastres(WCDR II) foi entrevistado pelaRádio Nacional do Uganda quecobre o país inteiro, num programaque compreendia uma conversa aovivo onde os ouvintes puderam fazerdeterminadas perguntas sobre oQuadro Geral de Acção de Hyogo eobter imediatamente as respostas.

Também foram publicados artigos doQuadro Geral de Acção de Hyogonos principais jornais, e houvevárias discussões entre o pessoal dosmeios de comunicações na rádio FMdas estações locais.

O plano de acção emdesenvolvimento integrando asprioridades do Quadro Geral deAcção de Hyogo (HFA)

O Governo do Uganda, com o apoiodo Programa das Nações Unidaspara o Desenvolvimento (PNUD),contratou dois consultores paradesenvolverem um plano de acçãocom resultados orientados para aimplementação das metas

O sr. Félix Osike, Editor da “New Vision”, Uganda e o Sr. Martin Owor,ponto focal nacional da EIRD no Uganda

Plataforma Nacional do NU/EIRD África em Acção

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Redução de Desastres em África -EIRD Informes, 6 Edição, dezembro 2005 38

estratégicas e prioridades do QuadroGeral de Acção de Hyogo (HFA).

Os consultores trabalharão por umperíodo de 12 meses eprovidenciarão apoio ao Escritóriodo primeiro-ministro, Departamentode Gestão de Desastres adaptando eorientando a implementação doQuadro Geral de Acção de Hyogo(HFA), através da integração dascinco prioridades do Quadro Geralde Acção de Hyogo (HFA) nosprogramas e planos dos principaisministérios responsáveis.

A Plataforma Nacional do Ugandapara a Redução de Desastres, que sereune todos os meses dedicou duas

das suas reuniões para discutir asactividades que se relacionam a cadauma das cinco prioridades de acçãodo Quadro Geral de Acção de Hyogo(HFA). Os dois consultores estãotrabalhando com os relevantesministérios para identificar osministérios que já estão agindo sobos programas em curso e os queestão omissos para a sua inclusão nomomento apropriado.

Outras tarefas dadas aos doisconsultores inclue odesenvolvimento de estratégias para:

• A defesa da integração daredução do risco de desastres(DRR) em todos os programas e

actividades das organizações não-governamentais, parceiros dedesenvolvimento, autoridadesgovernamentais locais e sectorprivado;

• O esboço dum plano sensívelpara promover uma cultura deredução de risco de desastres eacções na comunidade.

• O desenho dum compreensivo erelevante banco de dados para ainformação sobre a redução derisco de desastres no Uganda.

Sr. S.K. MainaSecretária Adjunta,Gabinete do Presidente,Ponto Focal nacional da EIRD,Quénia

A Política Nacional do Quênia sobrea Redução do Risco de Desastres éesperada este ano para adopção. Istoemergiu duma reunião que teve lugarna capital do Quénia, Nairobe a 10de março de 2005, sobre a PlataformaNacional de Redução do Risco deDesastres.

A reunião examinou o progresso dassuas actividades, e especificamenterecebeu um relatório dos membrosque participaram na SegundaConferência Mundial sobre a Reduçãode Desastres (WCDR II) em Kobe,Japão, em janeiro de 2005.

A delegação do Quénia à Conferênciaera composto por três funcionáriosdo Gabinete do Presidente, inclusiveum secretário permanente, um oficialda Autoridade Nacional de Gestãodo Ambiente (NEMA) e o embaixadordo Quénia no Japão.

QUÉNIA: Política nacional de redução de risco dedesastres esperada este ano para adopção

Durante a reunião de Nairobe, osparticipantes foram divididos em trêsgrupos e a cada grupo foi entrequeuma pergunta para discutirem. Astrês perguntas foram:

• Como poderiam os membros daPlataforma Nacional facilitar oenquadramento da redução dorisco de desastres nas suasrespectivas áreas de actividade?

• Como seriam os principais resul-tados da Segunda ConferênciaMundial sobre a Redução deDesastres (WCDR II) aplicáveisno Quénia?

• Quais são as prioridades imediataspara que a Plataforma Nacionalpossa implementar a Política Nacionalde Redução do risco de Desastresesperada para adopção este ano?

A Oficial Senior Regional do EIRD África, a Sr. Feng Min Kan e o Secretário Permanente o Sr. MahboubMaalim, Ministério dos Programas Especiais, Gabinete do Presidente, Quénia

Plataforma Nacional do NU/EIRD África em Acção

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Redução de Desastres em África -EIRD Informes, 5 Edição, dezembro 2005 39

Defesa da promulgação doProjecto-Lei 2005 sobre a Gestãode Desastres

Depois das discussões, os membrosdos grupos apareceram com asseguintes recomendações:1. A Plataforma deveria defender a

promulgação do Projecto-Lei2005 sobre a Gestão deDesastres.

2. Institucionalizar a PlataformaNacional e estabelecer umaAgência Nacional de Gestão deDesastres (NADIMA) e Unidadesde Gestão de Desastres em todosos Ministérios e Departamentosde relevante importância.

3. Levar a cabo o mapeamento derisco e a respectiva avaliação davulnerabilidade.

4. Mobilizar recursos para aPlataforma Nacional.

5. Montar unidades sectoriais degestão de desastres e unidades decoordenação, e estabelecerapropriadas ligações e colaboraçõescom as mais importantes partesinteressadas nestes assuntos.Cada organização/sector deveriadesignar um ponto focal para aPlataforma Nacional e deveriamanter os outros membrosinformados sobre qualquermudança.

6. Engajar se na advocacia e criaçãoda consciência, educação ecapacitação.

7. Desenvolver e fortalecer as políticassectoriais de redução do risco dedesastres, quadros gerais legais ea execução.

8. Estabelecer a gestão de desastrese um banco de dados para ainformação, por exemplo dossistemas de aviso prévio,mapeamento de recursos, etc.

9. Integrar as estratégias de reduçãode desastres no núcleo dasfunções sectoriais.

10.Pôr a circular um relatório doesboço do estado da redução dorisco de desastres (DRR) pelosmembros do Secretariado daPlataforma Nacional paracomentários e refinamento, comvista a ser apresentado na reuniãode avaliação nacional de base a30 de abril de 2005. Depoisdisso, o relatório serádisseminado localmente,nacionalmente, regionalmente einternacionalmente.

11.O Secretariado devecontinuamente juntar informaçãoproveniente de todos os membrosda Plataforma Nacional ecompilar relatórios anuais sobre aRedução de Risco de Desastres(DRR).

Col Mamadou TraoreDirector Executivo,Protecção Civil,Ministério da Segurança interna e Protecção CivilBamako, Mali

O Mali estabeleceu uma plataformanacional da Estratégia Internacionalde Redução de Desastres (EIRD). Oevento aconteceu durante umseminário nacional que teve lugar nacapital do Mali, Bamako, nos dias 26e 27 de maio de 2005.

O seminário começou comcomentários do coordenadorresidente do sistema da Organizaçãodas Nações Unidas no Mali, Sr.Joseph Bill-Cataria, que realçou agrande importância do semináriofocalizando a prevenção do risco,aumento da cooperação, parceriasaos nível local, nacional e

MALI: Lançada a plataforma nacional para a reduçãode desastres

internacional e fixação deprioridades para a década 2005–2015.

O Sr. Anatole Sangare, o SecretárioPermanente do Ministério daSegurança Interna e Proteção Civilque também presidiu a ceremónia,fez o discurdo de abertura doseminário após ter dado as boasvindas e agradecer a participação dosconvidados e participantes.

O perfil de desastres do Mali

Nos últimos 30 anos, o Mali tem sidoseriamente afectado pelos efeitos damudança de clima. A seca instalou-segradualmente, piorado pelo usoexcessivo da cobertura vegetal queconduz a degradação dos solos.

Em 2003, como resultado de chuvaexcessiva, o Mali, como vários

países da sub-região, sofreramconsideráveis danos, porque as áreasprivadas de água durante vários anosreceberam uma quantidade excessivade água. Além disso, as colheitas sãoameaçadas todos os anos por invasãode gafanhotos e várias outrasepidemias, como foi o caso em 2004.

As conseqüências imediatas disto sãomás, se não a perda de colheitas (queresulta frequentemente em escassezde comida e fome) e perda de gado.Estas duas consequências corrompema economia nacional que tem comobase principal as actividades ruraislevadas a cabo por 80 por cento dapopulação. O país também enfrentaoutros perigos naturais compartilhadospela região, como a seca e asfumarolas extremamente quentes(emissão de gás) que atingem 500graus centígrados e estão localizadasna região nordeste do país.

Plataforma Nacional do NU/EIRD África em Acção

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Redução de Desastres em África -EIRD Informes, 6 Edição, dezembro 2005 40

Todas as calamidades e desastresacima citadas fizeram com que fossenecessário estabelecer adequadossistemas de resposta e incitaram oMinistério da Segurança Interna eProteção Civil para instalar umaplataforma nacional no Mali.

Os procedimentos

O discurso de abertura do Sr.Anatole Sangare foi seguido porapresentações dos participantes, aadopção do programa de trabalho doseminário, e uma revisão da situaçãoda gestão de risco de desastresrealizada pelo Director Geral daProteção Civil o Sr. MamadouTraore.

A revisão da situação da gestão dorisco de desastres foi seguida porapresentações das actividades dosvários ministérios: Ministério daAgricultura (pela Direcção deControle do Gafanhoto), Ministérioda Saúde (pela Direcção Nacional deSaúde), e Ministério do Ambiente eServiços de Saúde Pública (pelaDirecção Nacional para aConservação da Natureza).

Também foram feitas outrasapresentações pela Comissão deSegurança Alimentar, o Ministério deEquipamento e Transportes (pelaDirecção Nacional de Meteorologia)e o Ministério de Minas (pelaDirecção Nacional de Águas).

As actuais fraquezas

As seguintes fraquezas da área degestão de desastres, surgiram dasvárias apresentações e discussões:

• Dados insuficientes sobre aredução e gestão de desastres;

• A falta de um banco de dadoscentralizado sobre a redução egestão de desastres;

• O baixo conhecimento sobre osriscos;

• A deficiente política nacionalsobre a redução e gestão dedesastres;

• A deficiente coordenação dagestão de desastres;

• A fraca execução da legislação eregulamentos existentes a níveladministrativo nas seguintesáreas: terra, ambiente e serviçosde saúde pública, saúde,agricultura, segurançaalimentar, transportes, minas,energia e águas, desenvolvimentosocial e industria;

• A insuficiente informação ecomunicação bem como asensibilização do público; 

• Os insuficientes recursoshumanos, materiais, financeiros,logísticos e técnicos.

Os princípais factores quecontribuem para as fraquezas

• O grande número de riscos e faltade avaliação de risco;

• A deficiente colecta deinformação, comunicação edisseminação;

• A falta duma estrutura geral paraconsultas;

• A falta de adequado equipamentopara armazenar e processar dados(ferramentas de informática,computadores e softwares;Sistema de InformaçãoGeográfica, GIS);

• A falta de formação einformação ;

• A redução do risco e gestão nãoenquadrada no plano dedesenvolvimento;

• A falta de planos estratégicos quetomam em conta todos osprogramas;

• A deficiente communicação;• A fraca vivacidade

(espirutosidade) pública dapopulação;

• A falta de exatidão na execuçãoda legislação e regulamentos;

• O fraco envolvimento dos meiosde comunicação;

• A informação não é disseminadanas línguas  nacionais;

• O baixo nível deprofessionalismo na área dainformação e comunicação.

São necessárias acções urgentes• O estabelecimento duma

plataforma nacional para aredução de desastres;

• A identificação de zonas de riscode desastres;

• O desenvolvimento dum planoestratégico para a redução dorisco e gestão de desastres;

• A capacitação técnica de todos osactores envolvidos na redução egestão de desastres;

Oficiais durante a ceremónia de abertura do seminário de estabelecimento da plataforma nacional do Mali

Plataforma Nacional do NU/EIRD África em Acção

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Redução de Desastres em África -EIRD Informes, 5 Edição, dezembro 2005 41

• O estabelecimento dum sistemade monitoramento e dum sistemade aviso prévio;

• O estabelecimento duma rede decomunicação entre as instituiçõesespecializadas ao nível sub-regional, regional e internacional;

• A promoção da cooperação eparcerias para fortalecer a

pesquisa na área de redução dedesastres.

As recomendações• O estabelecimento dum modo

formal no Mali duma plataformanacional da EstratégiaInternacional de Redução deDesastres (EIRD);

• A mobilização de recursos paraapoiar as acções prioritárias naárea de redução e gestão dedesastres;

• A aceleração da aprovação doplano geral e sectorial da reduçãodo risco de desastres.

Sr. Edmond MakimouhaDirector, Direito Internacional e Ambiente,Ministério da Economia Florestal e Ambiente,Ponto Focal Nacional do EIRD,Brazavile, República do Congo

A plataforma nacional da Repúblicado Congo para a gestão de desastres(PFNGC em francês) não pôdeoperar devido a falta dereconhecimento legal e recursos.

A Plataforma foi estabelecida emagosto de 2004 no fim dumseminário que reuniu osrepresentantes dos departamentosgovernamentais, as organizações nãoGovernamentais (NGOS) e váriasassociações envolvidas em assuntosde gestão de desastres e assuntos defilantropia. O seminário foiorganizado pelo Ministério deEconomia Florestal e Ambiente como apoio financeiro e técnico daEstratégia Internacional de Reduçãode Desastres das Nações Unidas(EIRD/NU) África.

Para contactos permanentes entre aPlataforma e a EIRD/NU África, umponto focal nacional da EstratégiaInternacional de Redução deDesastres (EIRD/NU) foi designadopela Direcção Geral do Ambiente.Isto permitiu ao Congo de poderparticipar em várias reuniões

CONGO: A plataforma nacional dificultada por falta dereconhecimento legal e recursos

internacionais sobre a redução egestão de desastres.

Enquanto isso, um quadro geral legalfoi desenvolvido para assegurar quea Plataforma fosse reconhecidalegalmente e o papel do governo ecomunidades fossem constituidasefectivas. O quadro geral legal estábaseado num esboço de decretosobre a criação, deveres, composiçãoe funcionamento da PlataformaNacional sob a autoridade máximado Governo apoiados por três vice-presidentes, na qual um é o actualministro do ambiente. A PlataformaNacional foi dotada de umsecretariado permanente e decomitês de alívio ou ajuda deemergência.

Antes de submeter o esboço dodecreto ao governo, uma consultanacional foi realizada parapossíveis emendas. Porém, osmembros da Plataforma nãopuderam realizar nenhuma acçãopor causa da falta de recursosoperacionais. Este foi o caso, porexemplo, quando a doença deébola reapareceu na baciaocidental.

Ainda, uma secção sobre“Operações de Desastres Naturais”

foi introduzida no orçamento de2005 do Fundo de ProteçãoAmbiental, segundo o Artigo 88 daLei sobre a Proteção Ambiental N°003/91 de 23 de abril de 1991.

É de notar, que só depois de serinstitucionalizado, reconhecido eaceite é que a Plataforma Nacionalpode desenvolver o seu programa deactividades anuais em concordânciacom a Declaração de Hyogo, oQuadro Geral de Acção de Hyogopara a década 2005-2015 e aEstratégia Regional de África para aRedução do Risco de Desastres.

Sr. Edmond Makimouha, Ponto Focal Nacional doEIRD

Plataforma Nacional do NU/EIRD África em Acção

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Sr. Abdoulaye Ndiaye,Director da Protecção Civil,Ministério do Interior,Ponto Focal Nacional da EIRD,Senegal

O Senegal estabeleceu uma PlatformaNacional da Estratégia Internacionalde Redução de Desastres  durante umseminário nacional que teve lugar emDakar, nos dias 1 e 3 de junho de2005. O seminário foi organizado peloMinistério do Interior do Senegal(atravêz da sua Direcção para aProteção Civil) com o apoio doSistema da Organização das NaçõesUnidas no Senegal e da EstratégiaInternacional de Redução de Desastresdas Nações Unidas para a África(EIRD/NU) África.

Os desastres naturais como asinundações, as secas e outros desastresvividos frequentemente pelo Senegaltêm afectado as pessoas, as suaspropriedades e seriamente o ambiente,destruindo os esforços dedesenvolvimento. Para ajudar a reduzirestes efeitos negativos, as autoridadesdo Senegal decidiram estabelecer umaplataforma nacional de redução dedesastres. Isto, está em completaconformidade com as conclusões erecomendações da SegundaConferência Mundial sobre a Reduçãode Desastres realizada am Kobe,Japão, em janeiro de 2005.

O seminário nacional para oestabelecimento da PlataformaNacional do Senegal reuniu 35participantes de vários ministériosgovernamentais, sociedade civil, meiosde comunicação e o Sistema daOrganização das Nações Unidas noSenegal.

O enquadramento da redução dorisco de desastres nodesenvolvimento sustentávelA cerimônia de abertura do semináriofoi presidida pelo chefe do Gabinetedo Ministro do Interior, o Sr. NdariToure. No seu discurso de abertura, o

SENEGAL: Estabelecida plataforma nacional da EIRD

Sr. Toure recordou aos participantesque tinham sido adoptados muitosprogramas sectoriais sobre a reduçãode desastres, como a carta régiaassinada pela Federação dosEmpregadores sobre a prevenção egestão de danos profissionais, e oacordo protocolar sobre a prevençãode acidentes por afogamento assinadapela Associação dos Presidentes dasCâmaras Municípais.

Porém, ele disse, que foramobservadas falhas no que diz respeitoao enquadramento do risco dedesastres no desenvolvimentosustentável e nas estratégias e políticasde redução da pobreza.

Ele também disse que os países emdesenvolvimento muitas vezesencontravam difículdades namobilização de recursos técnicos efinanceiros necessários paraimplementar os programas de reduçãodo risco de desastres e os planos deintervenção em situações humanitáriasde emergência.

As fraquezasNo fim das discussões de grupo, osparticipantes notaram várias fraquezase insuficiências no campo da gestão dedesastres do Senegal, especialmente oseguinte:  • A falta de consultas entre os

departamentos governamentaisenvolvidos na redução e gestão dedesastres;

• As dificuldades na identificaçãodo risco e no mapeamento daszonas de vulnerabilidade;

• A falta de um quadro geral legalque defina a área e tipo deintervenção para cada estrutura;

• Observados problemas decoordenação na gestão de desastresdentro do estado e das suas váriascomponentes;

• A falta de estruturas adequadas anível da comunidade de redução dedesastres;

• A falta de visão dos decisoressobre os assuntos de prevenção(baixa consciência, problemas depriorização, fraca propriedadesobre as políticas de redução derisco);

• A falta de estatísticas fidedignassobre as zonas de risco e o númeroe tipo de desastres experimentadospelo Senegal para efeitos deinformação informação;

• A falta dum sistema decomunicação rápido em caso deum grande desastre o quefrequentemente conduz adificuldades de transmição deinformações das zonas de desastrespara os locais de intervenção;

• A grande falta de consciência sobrea utilidade de informaçãometeorológica para os desastres eprevenção de acidentes;

• A falta de consciência pública dosmeios de comunicação;

• A falta de educação sobre aprevenção (por exemplo oPrograma de TreinamentoAmbiental e Informação);

• A falta de um sistema de avisoprévio e de monitoramento naszonas de risco;

• A deficiente qualidade deassistência de emergência em casode desastres e acidentes,especialmente o aspecto de socorromédico por exemplo em acidentesde viação;

• A dificil acesso para chegar aalgumas comunidades oupovoações em caso de acidentesdevido a maior parte das ruasserem muito estreitas: este é o casodas aldeias tradicionais em Dakar(Yarakh, Hann, Ouakam, Ngor eYoff) ;

• A falta de recursos ao nível dogoverno central, governo localdescentralizado e população paralidar com alguns tipos de desastres.Este problema é piorado pela faltade sinergias e consultas entre as

Plataforma Nacional do NU/EIRD África em Acção

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Redução de Desastres em África -EIRD Informes, 5 Edição, dezembro 2005 43

estruturas e orgãos envolvidos emoperações de campo;

• A falta dum controle efectivo dequalidade nos edifícios velhos enovos e nas obras em construção;

• O uso descontrolado (como emDakar) das margens e leitos dosprincipais rios para a habitação depessoas e plantação de hortículaspara a comercialização (porexemplo o niayes);

• O deficiente controle da subidasúbita dos níveis dos rios, comosão os casos dos rios de São-Louis, Podor, Matam e Bakel e aolongo do Rio de Senegal.

• O desflorestamento em algumaspartes das bacias hidrográficas,especialmente a montante dos riosnas zonas de alta pluviosidade;

• A falta de adequadomonitoramento do comportamentodas vias fluviais navegáveis;

• A fraca gestão dos vários tipos dedesastres (queimadas, inundações,protrusão do mar, etc.);

• A fraca execução da legislação eregulamentos (urbanismo, serviçosde saúde pública e códigosambientais, etc.).

Os factores principais quecontribuem para as fraquezasO grupo notou vários factores quepioram a situação no que diz respeito aredução e gestão desastres, inclusive oseguinte:

Aos níveis do governo central eorgãos governamentais• A insuficiência ou falta absoluta de

informação e treinamento para osdecisores, o sector privado e atémesmo a sociedade civil sobre osassuntos de prevenção;

• A falta de documentos legaisadaptados aos assuntos deprevenção (por exemplo sobre otransporte de substânciasprejudiciais ou nocivas em grandescidades como Dakar);

• A falta de meios de intervençãorápida durante os desastres(helicópteros de operação desocorro por exemplo) ;

• A fraca de capacidade de

acomodação das vítimas dedesastres nas estruturas de Saúde;

• Os meios inadequados deintervenção no caso de, porexemplo, de uma inundação (porexemplo bombeamento de água sóé efetuado quando ocorre umainundação);

• A deficiente definição eorganização do âmbito dasactividades das estruturas deintervenção;

• A falta de respeito das zonas desegurança localizadas entre asáreas industriais e dos programasde desenvolvimento de habitação.

Aos nívies do governo localdescentralizado e da população• Os problemas de informação sobre

a consciência pública e educaçãono que diz respeito a noções deprevenção;

• A ignorância ou falta deconhecimento sobre a noção derisco como resultado de crenças emitos culturais enraizados.

• A falta de estudos sobre aavaliação de impacto ambientalnos projetos urbanos em geral(bens imóveis, trabalhos públicos,habitação, etc.)

• Nenhum respeito pelos planos deuso da terra (planos de urbanismo ede uso da terra);

• Habitação descontrolada emalgumas zonas (antigos lagos,cursos fluviais navegáveis, niayes,dunas litorais, etc.).

Exigidas acções urgentesA luz das observações acima, osparticipantes do semináriorecomendaram as seguintes acçõesurgentes para implementação imediataou a curto/médio prazos:1. Em primeiro lugar educação,

ampla sensibilização e informaçãoa todas as componentes dasociedade (desde os decisores aohomem comum);

2. A realização imediata duminventário das zonas de risco detodo o país e especificação danatureza do risco que prevalece emcada zona;

3. A realização dum mapeamentoexaustivo e detalhado das zonas derisco;

4. A organização de advocaciadirigida aos decisores (Gabinete doPresidente da República,Assembleia Nacional, Conselho daRepública e o Conselho para osAssuntos Econômicos e Sociais,líderes locais eleitos, etc.);

5. A revisão do quadro geral legalcom o acréscimo de alguns pontosespecíficos que podem ajudar apromoção duma boa política deredução do risco de desastres.

6. O estabelecimento dum sistema deadvertência e de redução dedesastres;

7. O deslocamento e realocação detodas as pessoas que habitam naszonas de risco;

8. A construção de estruturasadaptadas a prevenção deinundações e protrusão do mar;

9. O uso eficaz de todos os meiosoferecidos pelas novas tecnologiasde informação e comunicação(ITC);

10.O estabelecimento dum mecanismode monitoramento para os dadosmeteorológicos e de pluviosidadeafim de fazer-se uma claraobservação do comportamento dasvias fluviais navegáveis;

11.A realização duma compreensivarevisão das várias acções e tipos deintervenção levadas a caboanteriormente contra os desastresjá experimentados pelo Senegal;

12.A aprovação do plano parareorganização da Brigada Nacionaldos Bombeiros (GNSP emFrancês) ;

13.A verificação dos riscosenfrentados nos planos deorganização internos das empresas;

14.O estabelecimento dumainformação inclusiva e programasde comunicação para asensibilização e educação do povodo Senegal sobre a prevenção derisco e gestão de desastres, com aampla ajuda das estações detelevisão, rádio e outros meios decomunicação, como também porseminários e foruns.

Plataforma Nacional do NU/EIRD África em Acção

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Redução de Desastres em África -EIRD Informes, 6 Edição, dezembro 2005 44

Sra. Mariama OusseiniOficial de Programa,Unidade de Monitoramento,Coordenação do Sistema de Aviso Prévio,Gabinete do Primeiro-Ministro,Niamey, Niger

O Níger é um vasto país africano doSahel Ocidental (1,267,000kilómetros quadrados), cercado porterra, com o porto mais próximo auns 1,000 km da sua capital, Niamey.A maior parte do território (trêsquartos) é de constituição desértica,inclusindo o Deserto de Tenere, umdos desertos mais severos do mundo.

Como o Níger é localizado numa dasáreas mais quentes do globo, o seuclima é geralmente árido. Dois tiposde clima prevalecem no país: umclima de tipo desértico que se registana maior parte do território, e umclima tropical com uma únicaestação chuvosa no resto do país. Achuva do país é caracterizada porfortes variações no tempo e noespaço.

Um grande número de desastresreincidentes

O Níger enfrenta um grande númerode desastres naturais ou artificiaisreincidentes como a seca, inundações,queimadas, epidemias, conflitossociais e especialmente ataques porpredadores de culturas durante osperíodos de colheita.

Fora da preocupação de fundo, sobrea freqüência e seriedade das suascrises, o Níger, como muitos outrospaíses africanos, se compremeterama desenvolver resolutamente e acapacitar-se para tratarem dassituações de emergência atravêz daprevenção e capacitaçãoinstitucional, especialmente do seusistema de aviso prévio.

NÍGER: Porque o país procura estabelecer umaplataforma nacional do EIRD

As crises alimentares

O governo tem tomado medidaspertinentes para o estabelecimentode mecanismos de redução e gestãode desastres atravêz duma Unidadede Coordenação do Sistema de AvisoPrévio (CC/SAP em francês) e dumaUnidade de Coordenação de CrisesAlimentares (CCA em francês).

O sistema de aviso prévio foiestabelecido, no Gabinete doPrimeiro-Ministro, a 23 de agosto de1989. Ele foi modificado a 31 demaio de 1995 com a adição de umacomponente de resposta para váriosdesastres (gestão de desastres). Oobjectivo do sistema é contribuirpara a prevenção de crisesalimentares e de nutrição.

Portanto, ele monitora e providencialiderança para todas as actividadesde aviso prévio e de gestão dedesastres para evitar ou reduzir osriscos de desastres ou efeitos nasáreas alimentares, sócio-econômicas,saúde e de nutrição.

Com o apoio da comunidadeinternacional, o governo tem, desdedezembro de 1998, se esforçado por

aplicar soluções técnicas einstitucionais que possibilitam umamelhor gestão das crises alimentares- sem danificar a capacidade deresposta familiar ou doméstica - e amelhoria contínua da segurançaalimentar.

Um mecanismo nacional limitadoa crise alimentar

O governo de Níger e seus doadoresprincipais estabeleceram ummecanismo de prevenção de crisealimentar e de gestão cujos os pilaressão:

Um corpo comum: a ComissãoConjunta para Consultas dosEstados-Doadores (CMC emfrancês) que é uma estrutura dedecisão e de coordenação de todo omecanismo;

Uma riqueza comum: a ReservaNacional de Provisão (SNR emfrancês) que pode ser mobilizadaquando uma séria crise alimentaracontece. A provisão é composta de:

1. Uma provisão física: a ProvisãoNacional de Segurança (SNS emfrancês);

2. Uma provisão financeira: oFundo de Segurança Alimentar(FSA em francês);

3. Um fundo de intervenção para asacções de mitigação de crise emcaso de crises localizadas. Ofundo é composto do FundoComun dos Doadores (FCD emfrancês) e dum Fundo daContraparte de Ajuda Alimentarde Gestão Bilateral.

Também, foi desenvolvido um Planode Emergência Nacional (PNU emfrancês) na estrutura geral consertadada Política Nacional para aPrevenção e Gestão de CrisesAlimentares e foram aumentadas as

A Sra. Mariama Ousseini, Unidade deMonitoramento, Coordenação do Sistema de

Aviso Prévio, Gabinete do Primeiro-Ministro, Niger

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Redução de Desastres em África -EIRD Informes, 5 Edição, dezembro 2005 45

consultas entre o Níger e os seusdoadores principais.

Enquanto isso, uma grande discussãoestá sendo realizada para odesenvolvimento dum Plano deIntervenção de Emergência Nacional(na área da crise alimentar). O planode emergência tornou-se para oNiger uma necessidade urgenteporque:

• Foram observadas negligênciasna gestão das várias crisesalimentares;

• É necessário estabelecer umquadro geral adequado para aimplementação de uma EstratégiaNacional para a Prevenção eGestão de Crises;

• Há necessidade duma melhorcoordenação das intervençõesatravés da redefinição dos papéisdos vários actores.

O objectivo principal do plano deemergência é possibilitar o processode tomada de decisõessadequadamente, rapidamente eorientadas para as necessidadesatravêz da:• A identificação dos vários tipos

de crise e os seus respectivosriscos;

• A identificação das medidas deprevenção necessárias;

• A identificação dos pontostrignométricos da crise;

• A mobilização das ferramentasmais importantes dependendo da

natureza da crise e da escala daintervenção;

• A definição de medidas eprocedimentos organizacionais aserem seguidos em caso de crisealimentar;

• O melhoramento dos alvos oumetas a atingir pelosbeneficiários.

Está claro que o mecanismo actualestá estritamente limitado a crisealimentar.

Em direcção a um mecanismoalargado a vários tipos dedesastres

O Níger embarcou na procura demodos e meios satisfatórios para aredução e gestão de desastresnaturais que, hoje em dia, se tornouum fardo insuportável para ahumanidade. Nesta conexão, o paísestá a planear o estabelecimento deuma plataforma nacional decoordenação da redução do risco dedesastres e actividades de gestão dedesastres.

Como semelhantes plataformasnacionais já estão em funcionamentoem muitos países africanos, taliniciativa ajudará a harmonizar asestratégias adicionais de intervençãona sub-região da África Ocidental.

Realmente, a experiência e análisetêm mostrado, que seja qual forem asmedidas a serem tomadas, somente aestratégia nacional de redução e

gestão de desastres não é suficientepara mitigar o impacto do desastrena maioria das pessoas afectadas.

Os planos, projetos erecomendações para a plataformanacional

Uma tarefa principal que espera aenunciada plataforma nacional doNiger é o desenvolvimento do Planode Intervenção de Emergência acimamencionado, que cobre qualquer tipode desastres que possam acontecerno país. Os objectivos do Plano sãosemelhantes aos do Plano de CriseAlimentar mas esses objectivos sãoestendidos a todos os tipos dedesastres.

Os princípios básicos propostos noPlano são:

• Espera-se que os níveis local,nacional e sub-regional sejaminteiramente e gradualmenteresponsabilizados, dependendoda seriedade do desastre;

• Uma abordagem participativa econsultiva que necessita doenvolvimento dos actores decampo e dos beneficiários;

• Uma abordagem holística sobre asegurança alimentar para avaliaro risco de deterioração dassituações alimentares;

• Uma abordagem aberta que deixeespaço para futuros ajustes emelhorias impelidos pelosdesenvolvimentos no mecanismode informação e contextoeconômico;

• A adopção do Plano por todos osactores envolvidos na gestão dedesastres;

• O reconhecimento legal do Planodo país, aos níveis nacional,regional e sub-regional.

A principal recomendação é que osistema de informação e o programade monitoramento e avaliaçãodeveriam ser fortalecidas.

Crianças malnutridas no Niger (Foto:Fundação Eden)

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EIRD/NU ÁfricaNairobe, Quênia

Os desastres não são meros eventosque surgem de repente num momentoparticular mas o resultado de váriosprocessos. Os jornalistas deveriamentão mudar de uma abordagem de“evento” para um “processo”, deuma reportagem de desastres“sensacional” para “contextual”. Aseguir apresenta-se uma reportagemdum seminário com jornalistasafricanos selecionados sobre aredução de desastres.

“Nós reconhecemos os esforçosglobais contínuos feitos em relação aredução do risco de desastres. Nósacreditamos que a iniciativa é crucialpara o desenvolvimento sustentável.… Nós prometemos trabalhar demãos dadas com o Secretariado daEstratégia Internacional de Reduçãode Desastres das Nações Unidas(EIRD/NU) e Governos Africanospara alcançar as metas fundamentais.Nós apelamos a todos os jornalistasdo mundo a unirem-se a esteesforço…”

A declaração acima foi feita porjornalistas africanos algumassemanas antes da SegundaConferência Mundial sobre aRedução de Desastres em janeiro de2005. A chamada “Declaração deNairobe sobre a Consciência daRedução de Risco de Desastres”, foiemitida no término de um“Seminário sobre os Meios deComunicação & Redução de Riscode Desastres para os jornalistas daparte Oriental e Austral de África”que teve lugar em Nairobe, Quênia,de 14 a 17 de dezembro de 2004.

O seminário de quatro dias foiorganizado pela InWent(Capacitação Internacional, daRepública da Alemanha) e a

Jornalistas africanos empenhados na promoção dacultura de prevenção

Estratégia Internacional de Reduçãode Desastres das Nações Unidas paraa África (EIRD/NU). Ao seminárioestiveram presentes 20 participantes,incluindo repórteres ambientais dosmeios de comunicação do estado edo sector privado, jornalistas dedesenvolvimento, editores denotícias, repórteres de agências denotícias e funcionários da área dainformação. Também esteve presenteum proprietário dos meios decomunicação. Os participantesprovinham dos seguintes oito paísesda África Oriental e Austral: Uganda,Quénia, Tanzânia, Zimbabwe,Zâmbia, Malawi, Lesoto que sãofalantes da língua inglesa eMoçambique que é falante da línguaPortuquesa.O seminário tinha por objectivosensibilizar os jornalistas para quepossam jogar um papel essencial napromoção duma mudança de culturade reacção aos desastres para umacultura de prevenção de desastres emÁfrica – atravêz duma melhorreportagem dos desastres.

Antecedentes & Contexto

Em África, o interesse pela reduçãode desastres está crescendo

progressivamente. A nível nacional,foram estabelecidas PlataformasNacionais para a Redução deDesastres em vários países africanos,e muito mais plataformas irão serestabelecidas em 2005. Em algunspaíses, foi votada a legislação sobrea gestão de desastres e foramreestruturadas os orgãos de gestão dedesastres dando mais enfoque aredução de desastres. A nívelcontinental, grandes passos têm sidodados nos últimos dois anos sob aliderança da União Africana (AU),do Secretariado da Nova Parceriapara o Desenvolvimento (NEPAD) edo Banco de Desenvolvimentoafricano (BAD), com o apoio daEstratégia Internacional de Reduçãode Desastres das Nações Unidas paraa África (EIRD/NU).

De facto, uma Estratégia AfricanaRegional para a Redução de Desastres,foi desenvolvida por peritosafricanos e foi adoptada pelaConferência Ministerial Africanasobre o Ambiente em junho de 2004,bem como fora submetida àAssembleia de Chefes de Estado eGovernos da União Africana (AU)em julho de 2004. Os lideresafricanos aceitaram positivamente aEstratégia e apelaram para o

Participantes de seminário

NU/EIRD África em Acção

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Redução de Desastres em África -EIRD Informes, 5 Edição, dezembro 2005 47

desenvolvimento dum relacionadoPlano de Acção para África.

Porém, tais grandesdesenvolvimentos não seriamefectivos sem uma consciênciapública. Como os meios decomunicação podem desempenharum papel essencial na elevação daconsciência pública geral,especialmente tapando a lacuna entrea informação disponível e ainformação recebida, os jornalistasafricanos tiveram que sersensibilizados. Consequentemente, aideia de se organizar um semináriosobre a redução de desastres parajornalistas foi o primeiro passo parase abordar o assunto. O ponto departida deste processo foi o“Seminário sobre os Meios deComunicação & Redução deDesastres para os Jornalistas daAfrica Oriental e Austral” decorridoem dezembro de 2004.

Os procedimentos

O seminário de quatro-dias foiorientado por dois facilitadores: peloSr. R. Alain Valency (facilitadorprincipal), que é jornalistainternacional e editor das versõesinglesas e francesas da EstratégiaInternacional de Redução deDesastres das Nações Unidas para aÁfrica (EIRD/NU) da revista“Redução de Desastres em África”;e o Sr. Ib Knutsen, jornalista eoficial de informação da (EIRD/NU)África.

O primeiro dia tinha como objectivopermitir os jornalistas decompreenderem o que é a reduçãode desastres, que a redução dedesastres é uma actividadetransversal, multi-sectorial e multi-disciplinar, e que, para ser efectiva,tinha que ser completada pelaconsciência dos decisores políticos eo público em geral.

Para este propósito, foram feitasapresentações respectivamente pelaOficial Senior Regional da EIRD/NUÁfrica Sra. Feng Min Kan, oConselheiro Regional do Programadas Nações Unidas para o

Desenvolvimento (PNUD) para aRedução de Desastres em África Sr.Kenneth Westgate, o ClimatologistaSr. Zachary Atheru da IGAD Centrode Previsão e Aplicações do Clima(ICPAC), e o Coordenador doPrograma InWent Moçambique Sr.Torsten Wegner.

O segundo dia começou com umaapresentação sobre a “Governação& a Redução de Desastres” pelo Sr.Ron Cadribo, consultor dedesenvolvimento sobre a governaçãoe administração pública. A seguir,foi a apresentação intitulada “Osmeios de Comunicação & a Reduçãode Desastres–Redefinição daReportagem de Desastres” pelo Sr.R. Alain Valency, jornalistainternacional e editor das versõesinglesas e francesas da EstratégiaInternacional de Redução deDesastres das Nações Unidas para aÁfrica (EIRD/NU) da revista“Redução de Desastres em África”.

A apresentação do Sr. Valencyforneceu uma nova abordagem paraa reportagem dos desastres. Eledisse que os desastres não eramsomente eventos que surgem derepente num momento particularmas o resultado de vários processosque envolvem perigos,vulnerabilidade, e governação, etc.Então, ele disse, os jornalistasdeveriam mudar duma abordagemde “evento” para um abordagem de“processo”. Ele disse que aabordagem do “processo”,possibilitou uma troca de jornalismo“sensacional” para um jornalismomais responsável o jornalismo“contextual” que permite perguntar/explicar porque é que acontecem osdesastres, perguntar/explicar comoos seus impactos poderiam serevitados ou pelo menos reduzidos. OSr. Valency explicou, com o apoiode vários exemplos, que aabordagem do “processo” ofereciaoportunidades ilimitadas para váriosartigos: artigos politica/governação,social, econômica, ambiental,técnica, científica e também artigosde interesse humano.

A apresentação do Sr. Valency foiseguida por um aceso debate sobre a

cobertura jornalística prioridades econflitos de interesses com osgestores de desastres na maneira decomo anunciar a informação. Odebate foi seguido por discussões degrupo sobre tópicos específicos eactividades jornalísticas práticas.

O terceiro dia iniciou com umaapresentação intitulada “UmaProposta duma Rede deConsciencialização de Jornalistassobre a Redução de Desastres emÁfrica” pelo Sr. R. Alain Valency.Ele disse que tal estrutura eranecessária para consolidar os ganhosdo seminário. Para este fim, disseele, a proposta rede deveria ajudarcom material jornalístico eeducacional. O Sr. Valency disse quepara qualquer instituição sersustentável, tem que procurarpromover e proteger valor(es) etambém responder as necessidadespráticas.

A apresentação do Sr. Valency foiseguida por discussões de grupo.Para a rede foi selecionado oseguinte nome: “Rede dos Jornalistasde África de Redução de Risco deDesastres” (JADRR Net). O esboçodos termos de referência da Rede foifinalizado por um comitê de redaçãoque tinha de submeter as discussõesplenárias para a devida aprovação nodia seguinte. O comitê tambémtraçou um Programa de Acção paraRede e uma Declaração a ser emitidopela Rede.

No quarto dia, o último dia, começoucom uma sessão plenária paraaprovar os Termos de Referência daRede, Programa de Acção eDeclaração. As discussões plenáriascomeçaram com o esboço final dosTermos de Referência. Depois dediscussões adicionais, foramadoptados os Termos de Referência,o Programa de Acção e aDeclaração.

O ponto seguinte da agenda detrabalho foi o esboço de slogans emensagens que capturassem aessência do vínculo entre a reduçãode desastres e o desenvolvimentosustentável.

NU/EIRD África em Acção

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Redução de Desastres em África -EIRD Informes, 6 Edição, dezembro 2005 48

O seminário terminou com umdiscurso dum dos participantes, ojornalista Henry Baguma do Uganda,e com observações finais feitas peloSr. Torsten Wegner da InWentMoçambique, e também deobservações finais feitas pela Sra.

Feng Min Kan da EstratégiaInternacional de Redução deDesastres das Nações Unidas para aÁfrica (EIRD/NU) que saudou osresultados alcançados no seminário.

Os Resultados

• Os jornalistas ficaram maisconscientes sobre a necessidadeda redução do risco de desastrese sua importância para odesenvolvimento sustentável. Dosslogans e mensagens que elestinham traçado no último diaemergiu que eles tinhamalcançado uma “avançada”consciência do tópico. De facto,vários participantes começaram a

promoção da consciência sobre aredução de desastres no segundodia do seminário despachandoreportagens de notícias sobre oseminário para os seusrespectivos meios decomunicação.

• Os jornalistas entenderamclaramente a mudança desejadade abordagem de um “evento”para a abordagem dum“processo” ao se informar sobreos desastres. Por causa dacontinuidade e da aprendizagemno futuro, eles estabeleceramuma rede conhecida como os “Jornalistas de África para aRedução do Risco de Desastres”,JADRR Net, dotado de seuspróprios Termos de Referência edum Programa de Acção para2005.

• Os jornalistas expressaram ocompromisso em difundir a suaconsciência aos membros dacomunidade dos meios de

comunicação, decisores e opúblico em geral, comomencionado nos Termos deReferência da sua Rede, noPrograma de Acção e nadeclaração formal (veja primeiroparágrafo do presente artigo).

• Os jornalistas foram bem maislonge expressando o seucompromisso abertamente epublicamente numa declaraçãoformal a ser mostrada àcomunidade mundial de gestão dedesastres durante a SegundaConferência Mundial sobre aRedução de Desastres que tevelugar no Japão em janeiro de2005.

1. A declaração da visão e missão da Rede deJADRR: A Rede será uma voz forte eIndependente promovendo a consciencializaçãoda Redução de Risco de Desastres. Isto seráfeito atravêz da advocacia e cobertura de notíciassobre a importancia da redução davulnerabilidade para se alcançar odesenvolvimento sustentável em África.

EIRD/NU ÁfricaNairobe, Quénia

A primeira reunião consultiva sobreas plataformas nacionais para aredução do risco de desastres emÁfrica foi realizada nos dias 21 a 23de abril de 2005, em Nairobe, Quéni.A reunião atraiu um total de 27participantes representando nove das11 plataformas nacionais existentes(Comores, República do Congo,Gabão, Gana, Quénia, Madagáscar,Mali, Senegal e Uganda) e quatropaíses (Chade, Níger, Nigéria e asIlhas das Seicheles) que têm intensãode estabelecer plataformas nacionaisnum futuro próximo.

Entre os 27 participantes estiveramtambém dois jornalistas um daZâmbia e outro do Uganda (ambossão membros da Rede dos JornalistasAfricanos para a Redução do riscode Desastres), o representanteregional para o Programa deDesenvolvimento das Nações Unidaspara a Prevenção de Crises eRecuperação (UNDP-BCPR), ooficial responsável pelas plataformasnacionais da Estrátégia Internacionalde Redução de Desastres das NaçõesUnidas (EIRD/NU) em Genebra, e oresponsável pelo pessoal daEstratégia Internacional de Reduçãode Desastres das Nações Unidas paraa África (EIRD/NU).

As plataformas nacionais: osantecedentes

Desde a sua criação em outubro de2002, a Estrátégia Internacional deRedução de Desastres das NaçõesUnidas para África (EIRD/NU), temlevado a cabo as suas actividades nabase dos seus princípios defuncionamento, trabalho em rede,maior alcance, coordenação, ecolaboração com as princípais partesinteressadas para progredir com oprocesso de redução do risco dedesastres em África. Uma das áreasprincipais de trabalho da EstrátégiaInternacional de Redução deDesastres das Nações Unidas paraÁfrica (EIRD/NU) é o

As plataformas nacionais africanas realizam aprimeira reunião consultiva

NU/EIRD África em Acção

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estabelecimento de relações defuncionamento formais com osGovernos Nacionais para promovero direito de posse da redução dorisco de desastres e o seuenquadramento nos planos eprogramas de desenvolvimento.

O estabelecimento de plataformasnacionais na região representa ummeio de gerar tal direito depropriedade ao nível nacional. Destemodo, a EIRD/NU África respondeua onze pedidos dos GovernosNacionais para o apoio noestabelecimento de plataformasnacionais.

Os objectivos da reuniãoconsultiva

A reunião consultiva visava osseguintes específicos:

• O Proporcionamento dum forumdos pontos focais das plataformasnacionais de África paracompartilharem os seus sucessose lições aprendidas nacoordenação das plataformasnacionais de redução do risco dedesastres;

• A revisão da efectividade erelevância das diretrizesexistentes para o estabelecimentode plataformas nacionais;

• A discussão sobre os modos decomo avançar com a redução dorisco de desastres a nívelnacional;

• A discussão das possíveismaneiras de melhorar o trabalhoem rede entre os pontos focaisdas plataformas nacionais emÁfrica;

• A revisão da relevância daspublicações da EIRD/NU sobre aligação da redução do risco dedesastres com o desenvolvimentosustentável; e

• A discussão do Quadro Geral deAcção de Hyogo, a EstratégiaRegional de África para a Reduçãodo Risco de Desastres e o Planode Acção de África para aRedução do Risco de Desastres.

Os resultados

A reunião consultiva resultou numasérie de recomendações (veja oquadro abaixo) para as plataformasnacionais, Programa de Desenvol-vimento das Nações Unidas para aPrevenção de Crises e Recuperação(UNDP-BCPR) e EstrátégiaInternacional de Redução deDesastres das Nações Unidas paraÁfrica (EIRD/NU).

Também teve sucessos ao alcançaros sequintes resultados: elhoramentoda rede de trabalho entre asplataformas nacionais, maiorentendimento das experiências enecessidades das plataformasnacionais, ideias de como avançarcom a redução do risco de desastresao nível nacional, e recomendaçõesacordadas para o fortalecimento dasplataformas nacionais além daimplementação do Quadro Geral deAcção de Hyogo (HFA), a EstratégiaRegional de África e o Plano deAcção de África.

No que diz respeito aimplementação do Quadro Geralde Acção de Hyogo (HFA),Estratégia Regional de África ePlano de Acção de África, emergiuo seguinte da reunião

O Quadro Geral de Acção de Hyogo(HFA)

Os participantes concordaram que ospaíses africanos não apresentaramuma posição comum na SegundaConferência Mundial sobre a Reduçãode Desastres (WCDR II) em janeirode 2005, que teve lugar em Kobe,Japão. Isto não deveria ser vistocomo ausência de liderança dasorganizações regionais durante aConferência. Isto, também nãodeveria ser visto como um factorlimitante para a participação deÁfrica nas actividades internacionais;pelo contrário, pode ser usado comouma oportunidade para abordaroutros actores regionais que asplataformas nacionais estão emposição de influenciar.

A responsabilidade primária parainfluenciar os chefes é das

plataformas nacionais. Porém, paraum adicional apoio aos esforços deadvocacia das plataformas nacionais,foi proposto que a EstratégiaInternacional de Redução deDesastres das Nações Unidas (EIRD/NU) participe na próxima Cimeira daUnião Africana (UA) apresentandoos resultados da Segunda ConferênciaMundial sobre a Redução deDesastres (WCDR II) e recordandoos Chefes de Estado do que eles secomprometeram em Kobe e o que énecessário fazer para aimplementação do Quadro Geral deAcção de Hyogo (HFA). A próximaCimeira do G-8 poderia tambémestar sugeito a uma oportunidadesemelhante para advogar os Chefesde Estado Africanos que assim, elespodem assegurar um adequadoacompanhamento do assunto.

Porque os países africanos podemsentir mais direitos de propriedadeem relação a Estratégia Regional deÁfrica para a Redução do Risco deDesastres que para o Quadro Geralde Acção de Hyogo (HFA), elesprecisam de falar a linguagem dospaíses doadores quando forem àprocura dos seus apoios (os paísesdoadores estão mais familiarizadoscom HFA).

A Estratégia Regional de Áfricapara a DRR & o Plano de Acção deÁfrica para a Redução de Risco deDesastres (DRR)

Houve consenso comum de que portoda a parte de África existe uminadequado comprimisso político dealto nível para a redução do risco dedesastres, e que havia umanecessidade de identificar os pontosde entrada para a advocacia nacionale influência da liderança política. Porexemplo, esforços de advocaciaespecificamente direccionados aosministérios das finanças e planopodem assegurar que a redução dedesastres seja colocada à consideraçãonas agendas políticas e legislativas eque em troca sejam refletidos nodesenvolvimento de políticasnacionais e estratégias.

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Outros meios de entrada podem serpor um processo semelhante a esseda redução da pobreza querecentemente obteve o compromissodos decisores de alto nível que estãoagora abordando o assunto de umaforma pró-activa. Iniciativas de altonível também oferecemoportunidades para uma influênciade alto nível, como a Comissão paraa África, a Commonwealth e os G-8.

A Estrátégia Internacional deRedução de Desastres das NaçõesUnidas para África (EIRD/NU)poderá além disso completar e apoiaros esforços de advocacia nacionaisinfluenciando os políticos de altonivel a nível nacional, usandosimultaneamente a sua posição nosistema da Organização das NaçõesUnidas para advocar nos escritóriosnacionais da Organização dasNações Unidas.

Uma abordagem de baixo para cimasobre a advocacia da redução dedesastres pode além disso, completaros esforços nacionais existentes. Ageração da consciência pública numaampla audiência pode em trocapressionar os decisores para odesenvolvimento de políticas eestratégias de redução de desastres.Semelhantemente, a consciênciapode ser aumentada como resultadoimediato de um desastre, quando osmeios de comunicação e a atençãodo público é mais alta.

Outras oportunidades de elevação daconsciência incluem a promoção doslaureados africanos do PrêmioSasakawa da ONU sobre a Reduçãode Desastres. Por exemplo em 2003,o Prêmio foi apresentado a Sra.Esther Tadzong dos Camarões.

A pergunta se a redução de risco dedesastres poderia incluir a prevençãode conflitos foi levantada entre osparticipantes, considerando ocontexto africano onde pode ser ditoque conflito é um desastre. Conflitoàs vezes pode ser activado por umdesastre; desastres às vezes podemrepresentar meios de solucionarconflitos – portanto, a redução dorisco e da vulnerabilidade também

podem ser aplicados a conflitos.

No caso do sistema da Organizaçãodas Nações Unidas (ONU), aAssembleia Geral da ONU divideclaramente os mandatos daEstrátégia Internacional de Reduçãode Desastres das Nações Unidas(EIRD/NU), Programa das NaçõesUnidas para o Desenvolvimento(PNUD) e do Escritório para aCoordenação dos AssuntosHumanitários (OCHA). O Escritóriopara a Coordenação dos AssuntosHumanitários (OCHA) é oresponsável por avançar na situaçãopós-conflito. Os desastres afectamseis a sete vezes mais pessoas que osconflitos.

Também foram discutidos os meiosde mobilização de fundos, com asplataformas nacionais a seremencorajadas a estarem preparadas asolicitar apoio financeiro paraprojetos específicos e iniciativasatravêz de submissão de propostas aOrganização das Nações Unidas e asorganizações doadoras. Asplataformas nacionais podemmobilizar capitais comunicando comclareza as iniciativas e necessidadesde redução de desastres aos doadoresque indicarão os seus interesses emapoiar tais projectos. As plataformasnacionais deveriam notar, que essescapitais e recursos que estãotradicionalmente disponíveis para aredução de desastres vêm do sectorhumanitário que necessariamente nãoé o mesmo disponível para areconstrução e desenvolvimento.

A avaliação Comum do país (CCA) /Quadro Geral de Assistência aoDesenvolvimento das Nações Unidas(UNDAF) são ferramentas querepresentam uma oportunidadeconcreta para defender a redução derisco de desastres por sua inclusão naequipe do país das Nações Unidaspara o Desenvolvimento deprogramas e plano.

O Quadro Geral de Assistência aoDesenvolvimento das Nações Unidas(UNDAF) é uma estrutura geralestratégica comun para asactividades operacionais do sistema

das Nações Unidas a nível do país.Ele proporciona uma colectiva,coerente e integrada resposta dosistema da Organização das NaçõesUnidas as necessidades e prioridadesnacionais incluindo os PRSP’s (osDocumentos da Estratégia deRedução da Pobreza) e estratégiasNacionais equivalentes dentro doquadro geral das Metas deDesenvolvimento do Milénio(MDGc) e os comprimissos, metas ealvos da Declaração do Milénio, dasconferências internacionais,cimeiras, convenções e instrumentosdos direitos humanos do sistema dasNações Unidas. A UNDAF emergeapartir das análises da CCA(Avaliação Comum do país) e é opróximo passo na preparação dosprojectos e programas do pais nosistema das Nações Unidas para acooperação.

Em apoio da redução de desastres aonível nacional, a EIRD/NU estátrabalhando actualmente com oPrograma das Nações Unidas para oDesenvolvimento (PNUD) parapromover o enquadramento daredução do risco de desastres noprocesso de CCA/UNDAF. AsPlataformas nacionais deveriamfamiliarizar-se com CCA/UNDAFpara maximizar as oportunidades degerar apoios para os seus esforços deredução de desastres.

Os diferentes países africanos têmexperiências diferentes com CCA/UNDAF, de acordo com o grau aqual as equipas dos países da ONUestão sensibilizadas para a reduçãodo risco de desastres e o seu papelno desenvolvimento. O Programa deDesenvolvimento das Nações Unidaspara a Prevenção de Crises eRecuperação (UNDP/BCPR), aEIRD/NU África e as plataformasnacionais podem influenciar esteprocesso atravêz das actividades deadvocacia acima descritas.

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Preâmbulo

Nós, os participantes da Primeira Reunião Consultiva de África das PlataformasNacionais para a Redução do Risco de Desastres (DRR), tomando emconsideração os importantes compromissos internacionais sobre a redução dorisco de desastres (DRR) e o desenvolvimento sustentável como expressos noscomprimissos das Metas de Desenvolvimento do Milênio, Plano de Implementaçãode Johannesburg, União africana (UA)/Nova Parceria para o Desenvolvimentode África (NEPAD) refletidos na Estratégia de África para redução do risco dedesastres e seu Programa de Acção; como também o recentemente adoptadoQuadro Geral de Acção de Hyogo (HFA) para 2005-2015,

Recomendamos as seguintes acções urgentes dentro do contexto dos PrincípiosOrientadores para as Plataformas Nacionais da EIRD/NU.

Primeira Parte – Pelas Plataformas Nacionais

1. Identifique os pontos de entrada para influenciar a liderança política taiscomo os designados legisladores (Membros do Parlamento) e sensibilizá-los atravêz de seminários e mecanismos semelhantes. Tempo de execução:até outubro de2005.

2. Desenvolva projectos e propostas para incorporar a redução de riscos dedesastres nos programas de desenvolvimento afim de poder atrair apoiosdos doadores. Tempo de execução: junho de 2006.

3. Apresente um plano coordenado para influenciar as iniciativas internacionaisde alto nível, tais como os Observadores de África a Cimeira do G-8,Comissão para a África, Comemwealth e Agência da Francofonia. Tempode execução: outubro de 2006.

4. Lique a redução do risco de desastres aos importantes assuntos temáticoscomo a redução da pobreza e governação que abordam as Metas deDesenvolvimento do Milênio (MDGs) a níveis de implementação locais,nacionais e regionais atravêz dos métodos recomendados nas Diretrizespara a Integração da Avaliação do Risco de Desastres no Desenvolvimento.

5. Mantenha o contacto com as ferramentas de desenvolvimento da EIRD/NUe UNDP-BCPR para poder comunicar as necessidades dos países aosdoadores, inclusive o Banco Mundial e outras instituições financeirasinternacionais.

6. Esboce modos práticos de aumentar constantemente a consciência públicana redução de riscos de desastres, incluindo aquelas oportunidades em quea atenção dos meios de comunicação e do público são altas, tal como oresultado imediato de um desastre.

7. Ajude os outros países africanos sem um ponto focal nacional ou umaplataforma nacional de redução do risco de desastres a estabelecermecanismos semelhantes.

8. Considere os princípios da Lei Humanitária no desenvolvimento dedocumentos e directrizes de redução de risco de desastres.

9. Participe activamente nos processos de Avaliação Comum do País (CCA) eQuadro Geral de desenvolvimento da Organização das Nações Unidas(UNDAF).

10. Assegure que as actividades nacionais de redução do risco de desastressejam sensíveis ao gênero e inclusive aos grupos vulneráveis incluindocrianças.

Segunda Parte - Pela EIRD/NU África e UNDP-BCPR

A. A Rede11. Institucionalize reuniões consultivas duas vezes por ano para as plataformas

nacionais, com a segunda reunião consultiva a ser realizada em outubro de2005.

12. Estabeleça uma exclusiva “ListServe” (lista de serviços) ligado a página daInternet da EIRD/NU e UNDP-BCPR.

13. Desenvolva uma colectânea de textos das capacidades africanas sobre aredução de risco e gestão de desastres, ao longo das linhas da EstratégiaNacional para o Desenvolvimento Sustentável (NSSD) Livro de Recursos(desenvolvida pela Organização para a Cooperação Econômica eDesenvolvimento, OECD), que pode ser publicado periodicamente no futurocom assuntos de Redução de Desastres em África–ISDR Informs e comampla circulação.

B. A Promoção de Comprimisso Político14. O Director da Estratégia Internacional de Redução de Desastres EIRD/NU

(Genebra), trabalhando atravêz da Comissão da União Africana (AU), deveinfluenciar e advogar directamente a redução do risco de desastres aoslíderes políticos e comissões econômicas regionais, em colaboração comas plataformas nacionais existentes e as relacionadas instituições/pontosfocais de gestão de desastres naqueles países que não têm plataformasnacionais.

15. Apoio aos esforços de advocacia nacionais influenciando os líderes políticospara colocar a redução do risco de desastres no programa de trabalhos daCimeira da União Africana, incluindo uma apresentação da EIRD/NU àCimeira da União Africana fazendo uma ligação da redução do risco dedesastres com a segurança alimentar e temas de desenvolvimentosustentáveis.

16. Defenda os vínculos entre a redução do risco de desastres, o ambiente eoutros sectores ao níveis nacionais, sub-regionais e regionais emcolaboração íntima com o Programa das Nações Unidas para o Ambiente(UNEP).

17. Apoio as plataformas nacionais para transformar o Quadro Geral de Acçãode Hyogo, a Estratégia Regional de África para a Redução do Risco deDesastres e o seu Programa de Acção para a Redução do Risco deDesastres em projectos práticos a níveis nacionais e locais.

C. A Mobilização de Recursos

18. Em reconhecimento as promessas feitas pelos países doadores na SegundaConferência Mundial de Redução de Desastres (WCDR II) em janeiro de2005 de apoiar a redução do risco de desastres em África, ajude asplataformas nacionais a desenvolver programas de acção e planos deorçamento baseado nas suas estratégias nacionais e na Estratégia Regionalde África, e publicite-os nas potenciais fontes de financiamento. Tempo deexecução: junho de 2006.

19. Reúna os potenciais doadores e as plataformas nacionais num forum, naqual as plataformas nacionais apresentarão os seus programas de acção.Tempo de execução: setembro de 2006.

D. A Consciência Pública

20. Apoie o enguadramento da redução do risco de desastres e gestão dedesastres nos currículos educacionais a todos os níveis, atravêz da produçãoe disseminação de directrizes de material educacional para o ensinoprimário, secundário, terciário e educação de adultos.

21. Apoie o uso activo dos meios de comunicação para fazer publicidade sobrea redução de risco de desastres e gestão de desastres nos tempos de crisee como um assunto de rotina.

E. A Capacitação e Formação

22. Apoie as plataformas nacionais para projectar um programa de capacitaçãoe formação regional baseado na colectânea de textos africanos sobre aredução de risco de desastres descrito acima no parágrafo 3 e coordeneos fundos dos diferentes doadores em apoio a isto.

Primeira Reunião Consultiva das Plataformas Nacionais deRedução do Risco de Desastres em África

Recomendações

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EIRD/NU ÁfricaNairobe, Quénia

Uma estrutura recentementeestabelecida conhecida como “OGrupo Consultivo de África sobre aRedução de Risco de Desastres”realizou a sua primeira reunião emNairobe, Quénia, nos dias 10 e 11 dejunho de 2005 com a participaçãoactiva de um funcionário seniorrepresentante da União Africana(UA), representantes seniores dosGovernos da Nigéria, Senegal,Uganda e Madagáscar, e de peritosdo Gana e da África do Sul.

O Grupo Consultivo de África sobrea Redução de Risco de Desastresvisa facilitar a capacitação dasnações africanas e comunidades a termaior poder de resistência erecuperação aos desastres sob adireção da Estratégia Internacionalpara a Redução de Desastres (EIRD).

Porquê um Grupo Consultivo deÁfrica sobre a Redução de Riscode Desastres?

O Grupo Consultivo de África sobrea Redução de Risco de Desastres éum corpo acordado pela EstratégiaInternacional para a Redução deDesastres das Nações Unidas para aÁfrica (EIRD/NU). O propósito doGrupo Consultivo é aconselhar eapoiar as plataformas nacionais egovernos, assim como as autoridadessub-regionais e regionais para seremefectivas na implementação epromoção da redução do risco dedesastres em África (DRR). Isto,incluirá a integração da redução dorisco de desastres, nas numerosasiniciativas de redução da pobreza ede desenvolvimento sustentáveis emÁfrica, tendo como objectivo oalcance das Metas deDesenvolvimento do Milênio(MDGs). Sobre este aspecto, o

“Estabelecido o Grupo Consultivo de África sobre aRedução de Risco de Desastres”

Grupo Consultivo de África sobre aRedução de Risco de Desastres tomaconhecimemto dos conflitos daregião, dos seus impactos ambientaisnegativos e da consequentevulnerabilidade das pessoasdeslocadas pelos desastres.

O Grupo Consultivo existe na baseda efectividade do trabalho que faz, eé reconhecido pelas plataformasnacionais e pelas autoridades egovernos dos países africanos.

A meta do Grupo Consultivo deÁfrica sobre a Redução de Riscode Desastres

A meta do Grupo Consultivo deÁfrica é aconselhar e facilitar acapacitação e crescimento do poderde resistência e recuperação dasnações e comunidades de Áfricaatravêz de actividades de redução derisco de desastres.

Os objectivos específicos doGrupo Consultivo de África

1. Aconselhar e apoiar os governosnacionais, corpos sub-regionais e

Os membros do Grupo Consultivo de África sobre a Redução do Risco de Desastres

regionais e agências pertinentesdas Nações Unidas aimplementar a EstratégiaRegional de África para aRedução do Risco de Desastres eo Plano de Acção de África paraa Redução do Risco de Desastresno contexto do Quadro Geral deAcção de Hyogo (HFA) dejaneiro de 2005 para a realizaçãodas Metas de Desenvolvimentodo Milênio (MDGs) em África.

2. Aconselhar e providenciar apoiotécnico para a mobilização decompromisso político e recursospara a redução do risco dedesastres (DRR) apartir dasautoridades nacionais, sub-regionais e regionais (porexemplo ECOWAS, AU/NEPAD)no contexto dos programas eforuns regionais e internacionais.

3. Apoiar o estabelecimento deligações entre os governosnacionais, autoridades sub-regionais e regionais parapromover a integração eenquadramento dos programas deredução do risco de desastres naspolíticas e estratégias para a

NU/EIRD África em Acção

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redução da pobreza, boagovernação, desenvolvimentosustentável, integração do gêneroe educação entre outros.

Os Termos de Referência

O objectivo 1Aconselhar e apoiar os governosnacionais, organismos sub-regionaise regionais e agências relevantes daOrganização das Nações Unidas aimplementar a Estratégia Regionalde África para a Redução do Riscode Desastres e o Plano de Acção deÁfrica para a Redução do Risco deDesastres no contexto do QuadroGeral de Acção de Hyogo (HFA) dejaneiro de 2005 para a realização dasMetas de Desenvolvimento doMilênio (MDGs) em África.

• Promover e apoiar as plataformasnacionais (NPs) e parceiros dedesenvolvimento paraimplementar a EstratégiaRegional de África para aRedução do Risco de Desastres eo Plano de Acção de África paraa Redução do Risco de Desastres,inclusive o enfoque nasnecessidades específicas epreocupações do género.

• Apoiar as Plataformas Nacionaise parceiros de desenvolvimento areconhecer e abordar asnecessidades sócio-psicológicasdas comunidades afectadas pelosdesastres na implementação daredução do risco de desastres,especialmente durante a resposta,recuperação e reabilitação, eonde os desastres sãoexacerbados por conflitos oumovimento de refugiados.

• Apoiar e promover o perfil deconhecimentos e habilidadesafricanas sobre a redução de riscode desastres, e facilitar a activa ea concentrada participação destasperícias, habilidades ouconhecimentos nos foruns eprogramas nacionais, sub-regionais, regionais einternacionais.

• Assegurar que os conhecimentosde África contribuam para à

identificação de prioridades naredução do risco de desastres eque as necessidades de Áfricasejam abordados nos programasinternacionais e regionais atravêzdo reconhecimento eenvolvimento da perícia,habilidade ou conhecimentoafricano.

• Apoiar o desenvolvimentoadicional da capacitação africanaquando os programasinternacionais são implementadosatravés de agências internacionaisem África ou quando osresultados desses programassejam posteriormente aplicadosem África.

O objectivo 2

Aconselhar e providenciar apoiotécnico para a mobilização decompromisso político e de recursospara a redução do risco de desastres(DRR) apartir das autoridadesnacionais, sub-regionais e regionais(por exemplo. ECOWAS, AU/NEPAD) no contexto dos programase foruns regionais e internacionais.

• Facilitar o desenvolvimento deuma plataforma política de altonivel apoiando os ministros echefes de estado dos países quetêm Plataformas Nacionaisactivas na preparação dedeclarações destinadas aosadequados organismos.

• Promover o envolvimento deperitos africanos para apoiar asPlataformas Nacionais,organismos sub-regionais e ainteração de Nova Parceria para oDesenvolvimento de África(NEPAD) / União Africana (UA)com os parceiros internacionaisde desenvolvimento para aintegração de prioridades,conhecimentos e habilidadesafricanas sobre a redução de riscode desastres nos seus programas.

• Providenciar aconselhamento asPlataformas Nacionais afim deinfluenciar as direções políticasnacionais no enquadramento daredução do risco de desastres nas

políticas de desenvolvimento eprogramas como PRSPs(Documento da Estratégia deRedução da Pobreza) e o CCA daONU (Avaliação Comum do paísda Organização das NaçõesUnidas) e o processo da UNDAF(Quadro Geral de Assistência aoDesenvolvimento da Organizaçãodas Nações Unidas).

• Providenciar aconselhamento eapoio técnico para as PlataformasNacionais, organismos sub-regionais e regionais sobre osgeoperigos em África e dasmaneiras e meios para medir,monitorar e mitigar os impactosdos desastres que aparecematravêz destes com vista aaumentar o papel positivo que aciência e as tecnologias deinformação e de comunicação(ICT) podem desempenhar para aredução do risco de desastres.

O objectivo 3

Apoiar o estabelecimento de ligaçõesentre os governos nacionais,autoridades sub-regionais e regionaispara promover a integração eenquadramento dos programas deredução do risco de desastres nasestratégias de desenvolvimento dosdiferentes países.

• Apoiar as Plataformas Nacionaisna informação do progresso emonitoramento da redução dorisco de desastres usandoimportantes instrumentos eprocessos como o MDGs, PRSPs,CCD e o UNFCCC (QuadroGeral da Convenção sobre asMudanças Climáticas das NaçõesUnidas).

• Identificar os programasinternacionais relevantes eprovidenciar o aconselhamentode como estes programas podemser usados para apoiar asactividades de redução do riscode desastres em África.

• Proporcionar assistência asPlataformas Nacionais paradesenvolver os programas deacção e orçamentos para a

NU/EIRD África em Acção

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Redução de Desastres em África -EIRD Informes, 6 Edição, dezembro 2005 54

redução do risco de desastresbaseados na Estratégia Regionalde África e no Plano de Acção deÁfrica para a redução do risco dedesastres e apoiar a publicidadedestes programas nos potenciaisdoadores e agências daOrganização das Nações Unidas,por exemplo usando o“Consolidated Appeal” (CAP) e o“Flash Appeal Strategies”(UNOCHA–Escritório da ONUpara a Coordenação de AssuntosHumanitários).

O mecanismo de operação doGrupo Consultivo de África

Isto, tem que ser ainda decidido eacordado entre os membros doGrupo Consultivo de África sobre aRedução do Risco de Desastres, pelaEstratégia Internacional para aRedução de Desastres das NaçõesUnidas para a África (EIRD/NU) eoutros actores.

Qualidades dos associadosO Grupo Consultivo de África é

composto por pessoas quedemonstram compromisso pessoal eum conhecimento particular sobre aredução do risco de desastres (DRR)como também experiência noestabelecimento de PlataformasNacionais em África. Os Membrosdo grupo Consultivo estãofamiliarizados com os desafios dedesenvolvimento, pois elesrelacionam-se aos desastres nasdiferentes sub-regiões de África, esão apoiados pelos peritos africanosdas áreas de redução de desastres.

“Sr. Presidente, Distintos Delegados, Minhas Senhoras e Meus

Senhores,

É com grande prazer que discurso para a 20ª Sessão do ConselhoAdministrativo do HABITAT-ONU. Eu desejo as boas-vindas a todosos delegados que estão no Quênia e espero que vocês tenham umapermanência agradável no nosso bonito país.

A um mês atrás, vários de nós, presentes hoje, participaram na 23ªSessão do Conselho Administrativo da UNEP, um Programa irmão doHABITAT-ONU. O meu país se sente privilegiado por ser anfitrião dosdois programas das Nações Unidas.

Como nós reunimo-nos para compartilhar as melhores práticas eabordar os desafios para alcançar adequado abrigo e residênciashumanas sustentáveis, nós também nos lembramos das calamidadesque reduziram o impacto das nossas iniciativas.

Todos nós compartilhamos frescas recordações do mega terramotodo dia 26 de dezembro de 2004, que gerou um massivo tsunami queatingiu as ilhas distantes do Leste e a maior parte do litoral do OceanoÍndico. A catástrofe causou uma ampla devastação de vidas eresidências humanas em 12 países, inclusive o Quénia.

Bem mais de 150,000 pessoas perderam as suas vidas e muitos maisficaram sem abrigo. Ao todo, os meios de sobrevivência de perto de 5milhões de pessoas foram desfeitos por esta calamidade. Eu estendouma vez mais as nossas sinceras condolências para a fraternidade

O Presidente Mwai Kibaki discursou na 20ª Sessão do Conselho Administrativo do HABITAT – Organização dasNações Unidas a 4 de abril de 2005. O seu discurso estava dividido em duas partes. A segunda parte era sobre a“urbanização da pobreza”. A primeira parte era sobre a necessidade de reduzir o impacto dos desastres.

Discurso do Presidente do Quénia Mwai Kibaki20ª sessão do Conselho Administrativo do Habitat-ONU,

Complexo da ONU, Nairobe, Quénia4 de abril de 2005

(Fonte: página da internet do Governo do Quénia)

das Nações Unidas em geral e para os países e famílias afectadas emparticular.

Sr. Presidente,

Nós moramos num mundo no qual os conflitos e desastres continuamcausando imenso sofrimento inclusive a perda de vidas humans, e extensosdanos as infraestruturas, propriedades e ao ambiente. Sempre que estascalamidades acontecem, elas nos levam de volta para muitos anos atráscontra os nossos esforços de providenciar residências humanassustentáveis.

Os desastres naturais mais comuns incluem condições atmosféricasextremas que causam secas, incêndios, queimadas, cheias edeslizamentos de terra. Os países em desenvolvimento sofrem a maiordevastação destes desastres por causa do baixo nível de prontidão comotambém a inadequada capacidade para responder rapidamente eefectivamente.

Com respeito aos desastres causados pelo homen, o sério desafio temsido a dos conflitos civis que resultam em vastas populações internamentedeslocadas e de refugiados. Os conflitos civis aumentam a demanda depequenas armas illicitas que propulsionam a insegurança para além dasfronteiras dos estados envolvidos.

Minhas senhoras e meus senhores,

A África, mais do que qualquer outro continente tem sofrido os impactosadversos de conflitos e outras calamidades como a pandemia do HIV/

Os Decisores Políticos pronunciam-se sobre a redução de desastres

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Redução de Desastres em África -EIRD Informes, 5 Edição, dezembro 2005 55

requeridos para cumprir estes objectivos. Porém, para complementaro público doméstico e as fontes privadas, é imperativo que os parceirosde desenvolvimento façam esforços por cumprir o seu compromissode 0.7 por cento dos seus GNPs como assistência oficial aodesenvolvimento.

Além disso, a comunidade internacional deveria implementar o alívioda dívida, a troca da dívida e o cancelamento da dívida onde apropriado,como meios de mobilização de recursos para acelerar a realizaçãodas Metas de Desenvolvimento do Milênio no que diz respeito a água,serviços de saúde pública e habitação.Sr. Presidente,

Os bairros da lata são uma das arenas principais onde todas as Metasde Desenvolvimento de Milênio podem ser dirigidas. Emreconhecimento disto, o meu Governo assinou um Memorando deEntendimento no dia 15 de janeiro de 2003 com o HABITAT-ONU parasistematicamente melhorar os bairros da lata por todo o país atravêzdo Programa de Melhoramento dos Bairros da Lata no Quénia.O melhoramento das áreas dos bairros da lata tem sido dada altaprioridade e será empreendido com o mínimo de deslocamento dosmoradores desses bairros para satisfazer o planeamento formal e aprovisão de infraestrutura e serviços necessários. Eu lancei formalmentea fase de implementação do Programa por ocasião da observânciaglobal do Dia Mundial do HABITAT a 4 de outubro de 2004, no local derealojamento adjacente ao alargado bairro da lata de Kibera em Nairobe.

O meu Governo também estabeleceu o Melhoramento dos Bairros daLata, a Habitação de Baixo-custo e o Fundo de Infraestrutura das quaisas actividades de melhoramento dos bairros da lata serão financiados.Nesta comunicação oficial, eu apelo aos nossos parceiros dedesenvolvimento, localmente e internacionalmente para contribuir parao Fundo afim de possibilitar-nos melhorar as vidas dos moradores dosbairros da lata.Ao nível global, eu noto com apreço os esforços que são feitos peloDirector Executivo do HABITAT-ONU para fortalecer a Fundação doHabitat e Alojamento Humano das Nações Unidas, e especificamenteno estabelecimento do Melhoramento das Instalações dos Bairros daLata.

Portanto, eu urjo a comunidade doadora e países em posição de fazerassim, contribuir ao crédito para possibilitar o HABITAT-ONU de ajudaras actividades nacionais de melhoramento dos bairros da lata. Euespero que o HABITAT-ONU trabalhará de perto com as organizaçõesde dentro e fora do Sistema das Nações Unidas, particularmente como Banco Mundial e outros bancos regionais, em defesa dos programasnacionais de melhoramento dos bairros da lata.Como concluo as minhas observações, deixem-me reiterar isto paracumprir com os objectivos, metas e prazos fixados pela Cimeira doMilênio e a Cimeira Mundial para o Desenvolvimento Social, nóssolicitamos um maior compromisso por parte de todos envolvidos, seos objectivos acordados forem para ser cumpridos. Eu lhes desejo entãodeliberações frutíferas enquanto compartilham experiências no campodo alojamento humano.

Finalmente, minhas senhoras e meus senhores, permitam-memencionar que o Quénia, como um destino turístico nesta parte domundo, é dotado de pessoas hospitaleiras, uma variedade de vidaselvagem e amplas características físicas conducentes ao relaxamento.Então, eu estendo o meu convite a todos os delegados, para procuraremtempo e provarem a rica Cultura do Quénia.

Com estas observações, tenho a honra e prazer neste momento deoficialmente inaugurar a 20ª Sessão do Conselho Administrativo doHABITAT-ONU.

Obrigado.”

SIDA que actualmente ameaça inverter os prévios ganhos na saúde esectores econômicos. Isto, é o que mais embaraça. Não obstante, euestou certo que conflitos e desastres podem ser transformados emaberturas de novas oportunidades que darão um impulso aodesenvolvimento.

Porém, há necessidade do envolvimento dos governos em íntima parceriacom o sector privado, Organizações Não-governamentais, Organizaçõesde Base Comunitária e a comunidade internacional por causa dos altoscustos envolvidos na transição de alívio para o desenvolvimento apósum conflito ou desastre.

Além disso, nós precisamos de aumentar a prontidão de desastres aonível da comunidade atravêz dum adequado financiamento. Eu estousatisfeito por notar que um dos temas especiais desta Sessão do ConselhoAdministrativo do HABITAT-ONU enfocará sobre o pós-conflito e amitigação de desastres. Eu espero, que o resultado das deliberações,contribuirá significativamente para reduzir os impactos de desastres,particularmente nos países em desenvolvimento.

Sr.Presidente,

A noção de “aldeia global” coloca um maior desafio, particularmente paraos países em desenvolvimento. A maioria dos países em desenvolvimento,inclusive o Quénia, está urbanizando rapidamente e está testemunhandoum grande movimento de pessoas para as vilas e cidades. A implicação éque a maioria da população do mundo estará vivendo em áreas urbanasno ano 2020.

O movimento rural-urbano excede a capacidade dos gestores urbanosde proporcionar habitação, infraestrutura, serviços e oportunidades detrabalho. Esta situação está resultando no que foi conhecido como aurbanização da pobreza.

Por exemplo, os Serviços de Monitoramento da Assistência Social doQuénia mostraram que Kisumu registou uma prevalência mais alta dapobreza absoluta de 63 por cento, seguido por Nairobe com 50 por cento,Nakuru registou 41 por cento, enquanto Mombasa teve 38 por cento. Estasituação clama por esforços combinados que envolvem a redução dapobreza, facilitando o acesso a água potável e serviços de saúde pública,melhoramento dos bairros da lata e regularização do direito de posse daterra.

Porém, desde que a urbanização é uma realidade que é imparável eirreversível, nós também precisamos de adoptar políticas e programaspró-activos inclusive a boa governação e a capacitação dos gestores paraevitar o crescimento de bairros da lata e habitações informais.

Reduzindo a meio o número das pessoas sem acesso a água potável eadequados serviços de saúde pública no ano 2015 e melhorando as vidasde pelo menos 100 milhões de moradores nos bairros da lata em 2020 éum desafio desanimador para nós dos países em desenvolvimento. Nósreconhecemos que cada país tem a obrigação de juntar os recursos

Sua Excelência o Presidente da República do Quénia, Sr. Mwai Kibaki

Os Decisores Políticos pronunciam-se sobre a redução de desastres

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Sra. Feng Min KanOficial Sénior Regional,EIRD/NU África,Nairobe, Quénia

O Presidente do MadagascarRavalomanana contribuiu para oFundo da Estratégia Internacional deRedução de Desastres sobre aredução de desastres em África. OPresidente Ugandês Museveniescutou a “mensagem sobre aredução de desastres”. O Presidenteda Nigéria Obasanjo discursou sobrea redução de desastres na Cimeira daUnião Africana na Líbia em julho de2005…

A Segunda Conferência Mundialsobre a Redução de Desastres(WCDR II) realizada em janeiro de2005, concluiu com sucesso comdois documentos estratégicos: a“Declaração de Hyogo” e o “QuadroGeral de Acção de Hyogo (HFA)para a década 2005-2015 –Construindo o Poder de resistência erecuperação das Nações eComunidades para com osDesastres.” O primeiro anuncia umrenovado compromisso político aosassuntos relacionados aos desastres;o segundo estipula direcçõesestratégicas abordando a redução dorisco de desastres na década 2005-2015.

Para manter o impulso ganho naSegunda Conferência Mundial sobrea Redução de Desastres (WCDR II)e implementar as prioridades deacção sublinhadas no Quadro Geralde Acção de Hyogo (HFA) requer-seo aumento da compreensão einteresses entre os funcionáriosgovernamentais nacionais de altonivel, especialmente os chefes deestado e de governo. Isto éespecialmente verdade em Áfricaonde as pessoas estão morrendo

A advocacia de alto nível da EIRD/NU África começade forma encorajadora

diariamente de HIV/SIDA, fome econflitos armados. Entretanto,distinto de outros continentes, aredução do risco de desastres nãoesteve até agora na lista deconcorrência de prioridades doschefes de estado e de governo emmuitos países africanos.

A confiança e a parceria com osgovernos africanos

Para enfrentar este desafio, aEstratégia Internacional de reduçãode desastres das Nações Unidas paraa África (EIRD/NU África) forjouuma parceria muito saudável com osgovernos nacionais africanos eorganizações regionais parapromover a compreensão da reduçãodo risco de desastres (DRR) eabordá-la no contexto dodesenvolvimento sustentável emÁfrica. Esta parceria sã permite aEIRD/NU África de focalizar as suasintervenções estratégicas sobre aredução do risco de desastres.

Para o acompanhamento dosresultados da Segunda ConferênciaMundial sobre a Redução deDesastres (WCDR II) e para aimplementação do Quadro Geral deAcção de Hyogo (HFA), a EIRD/NUÁfrica estabeleceu um fórumregional de plataformas nacionais deÁfrica para a redução de desastres eum Grupo Consultivo de África(AAG) sobre a Redução do Risco deDesastres. O objectivo principaldestas acções é construir confiança eparceria com os governos nacionaispromovendo a Redução do Risco deDesastres (DRR) e o seuenquadramento no planeamento eprogramas de desenvolvimento.

Com a ajuda do Grupo Consultivo deÁfrica, a EIRD/NU África pôdelevar a cabo advocacia de alto nívelsobre a redução do risco de desastresdurante os últimos dois meses

O Presidente Ravalomanana doMadagáscar

A 6 de maio de 2005, uma equipa daEstratégia Internacional de Reduçãode Desastres das Nações Unidas paraa África (EIRD/NU África) foirecebida pela Sua Excelência oPresidente da República deMadagáscar, Sr. MarcRavalomanana. Durante a reunião, aequipa da EIRD/NU África informouao Presidente de Madagáscar omandato e funções fundamentais daEIRD/NU, bem como das suasactividades principais em África. OPresidente Marc Ravalomananamostrou grande interesse no assunto.Ele disse, que estava trabalhandocom os doadores de como construirestruturas resistentes aos ciclones

para as pessoas que vivem em áreaspropensas aos ciclones noMadagáscar.

Além disso, o presidente atribuiugrande importância a informação egestão de conhecimento sobre aredução do risco de desastres. E emapoio ao trabalho da EIRD/NU emÁfrica, o Presidente Ravalomanana,em nome do seu país, deu umacontribuição de 20,000 dólaresAmericanos para o Fundo

Sua Excelência o Presidente de Madagáscar,Sr. Marc Ravalomanana

Os Decisores Políticos pronunciam-se sobre a redução de desastres

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Internacional de Redução deDesastres que é o mecanismo definanciamento da EIRD/NU.

O Presidente Museveni do Uganda

A 24 de junho de 2005, a OficialRegional Sénior da EstratégiaInternacional de Redução deDesastres das Nações Unidas para aÁfrica (EIRD/NU África), a Sra.Feng Min Kan fez uma viagem deadvocacia de um dia a Kampala,Uganda. Durante a viagem ela pôdeconhecer vários funcionáriosséniores governamentais, inclusive oVice-Primeiro Ministro e também oMinistro de Estado para a Prontidãode Desastres, o SecretárioPermanente no Gabinete do PrimeiroMinistro e o Comissário para aGestão de Desastres.

O Vice-Primeiro Ministro do Ugandao Brigadeiro-General Moses Aliacentuou a importância da reduçãodo risco de desastres e expressoucompromisso pessoal pelo assunto.Ele disse a Oficial Regional Séniorda EIRD/NU África que eleinformaria a Sua Excelência oPresidente da República do Uganda,Sr. Yoweri Museveni, dos resultadosda Segunda Conferência Mundialsobre a Redução de Desastres que serealizou em janeito de 2005 eaconselharia o seu presidente adiscursar entre outros assuntos sobrea importância da redução do risco dedesastres, na Cimeira da UniãoAfricana (AU) a realizar-se em julhode 2005 e solicitaria o Comissário deGestão de Desastres a preparar odiscurso. O Vice-Primeiro Ministrodo Uganda também enfatizou aimportância e a necessidade deadvocacia para a redução do risco dedesastres entre os parlamentares doUganda.

O apoio do governo do Ugandatornou a missão de um dia muitoprodutiva. Mais tarde a EIRD/NUÁfrica, soube que o Vice-PrimeiroMinistro Brigadeiro-General MosesAli levara o assunto ao PresidenteYoweri Museveni.

O Presidente Obasanjo da Nigéria

No dia 1 de julho de 2005, a OficialRegional Sénior da EstratégiaInternacional de Redução deDesastres das Nações Unidas para aÁfrica (EIRD/NU África), a Sra.Feng Min Kan foi recebida por SuaExcelência o Presidente da NigériaOlusegun Obasanjo. Durante areunião, a funcionária senior daEIRD/NU África informou oPresidente da Nigéria sobre osobjectivos da sua missão, o mandatoda EIRD/NU, funções essênciais eas principais actividades em África,bem como dos resultados daSegunda Conferência Mundial sobrea Redução de Desastres, ocorrido emjaneiro de 2005. Relativo aoscontínuos esforços para promover aredução do risco de desastres emÁfrica, a funcionária da EIRD/NUÁfrica pediu ao Presidente daNigéria que promovesse e fizessepropaganda sobre o assunto aosoutros Chefes de Estado e deGoverno de África, pondo osassuntos de redução do risco dedesastres no programa de trabalhodas próximas Cimeiras da UniãoAfricana.

O Presidente da Nigéria OlusegunObasanjo demonstrou a suacompreensão atravêz da suaexperiência pessoal em gestão dorisco e realçou que os desastres

afectaram mais os pobres e que entãonós precisamos de abordar o assuntocom seriedade. A reunião foi bemsucedida e enrolada com o seguintecomentário do Presidente Obasanjo:“a Senhora procura dum defensor,você já tem um”.

Mais tarde a EIRD/NU África ficoua saber, que o Presidente Obasanjotinha discursado sobre a importânciado enquadramento da redução dorisco de desastres nas políticas eprogramas de redução da pobrezadurante a Cimera da União Africanaem Sirte, Líbia ocorrida em julho de2005.

No seu discurso como Presidente daCimeira da União Africana, disse ele:“Depois do desastre de tsunami queafectou a Ásia e África, a ONUEstratégia Internacional paraRedução de Desastres tem prestadomais atenção de como prepararadequadamente para os desastresnaturais e causados pelo homen.Nós, em África, devemos fazer partedeste exercício através doenquadramento da Redução doRisco de Desastres nas políticas eprogramas de redução da pobrezanos níveis nacionais e regionais.Nesta comunicação oficial, solicito acomunidade internacional paradestinar alguns recursos para estepropósito.”

O encontro com Sua Excelência o Presidente da República Federal da Nigéria, Chief Olusegun Obasanjo, no seu gabinete em Abuja, Nigéria

Os Decisores Políticos pronunciam-se sobre a redução de desastres

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Um início encorajador, “situaçãode ganho triplo”

O início da advocacia de alto nívelda EIRD/NU África está éencorajador. É mais encorajadorainda porque, qualquer sucesso de

A Sra. Feng Min Kan (EIRD/NU África) e o Sr. Alhaji S. Makarfi (Director Geral do NEMA)

elevação de consciência daimportância da redução do risco dedesastres e sólido e seguro apoiopolítico para o enquadramento daRedução do Risco de Desastres(DRR ) é, como o Doutor OlusegunE. Ojo da Agência Nacional de

Gestão de Emergência da Nigéria(NEMA) avalia, uma “situação deganho triplo”

Primeiro, torna mais fácil para aEstratégia Internacional de Reduçãode Desastres das Nações Unidas paraa África (EIRD/NU África)promover uma cultura de prevençãode desastres para a capacitação dasnações e comunidades em resistênciaaos desastres.

Segundo, permite as instituiçõesnacionais ou as agênciasresponsáveis pelos assuntosrelacionados aos desastres deabordar a redução do risco dedesastres de uma forma holística ecompreensiva em conjunto com osparceiros de desenvolvimento.

Em terceiro lugar, contribui para oalcance das Metas deDesenvolvimento de Milênio emÁfrica.

Sr. Alain ValencyEditor,“Redução de desastres em África”

O antigo Presidente de EstadosUnidos da América Bill Clinton,agora Enviado Especial das NaçõesUnidas para Recuperação doTsunami, disse: “eu acredito que nósprecisamos de avançar depressa paraum programa de trabalho de reduçãode risco global e melhorar ossistemas e políticas sobre osdesastres antes deles nos atingirem”.Ele também disse “nós não podemosdeixar este ano passar sem algumprogresso real sobre a redução dorisco de desastres”, ele tambémafirmara “2005 é o ano chave para oprograma de redução do risco”.

Bill Clinton insisti que se avance depressa numprograma de redução de risco global

Ele fez estes comentários na sede daOrganização das Nações Unidas(ONU) em Nova Iorque no dia 14 dejulho de 2005, nos seuspronunciamentos durante o paineldo Segmento Humanitário dasNações Unidas, o ConselhoEconômico e Social da Organizaçãodas Nações Unidas (ECOSOC)“Lições Aprendidas da Resposta aoTsunami do Oceano Índico”.

O Conselho Econômico e Social daOrganização das Nações Unidas(ECOSOC) é um dos seis orgãoscentrais da Organização das NaçõesUnidas (ONU), junto a AssembleiaGeral da Organização das NaçõesUnidas, o Conselho de Segurança daOrganização das Nações Unidas, oTribunal Internacional de Justiça daOrganização das Nações Unidas, o

Conselho de Administração doTerritório e o Secretariado daOrganização das Nações Unidas. OECOSOC coordena as actividadeseconômicas e sociais levadas a cabopelas agências especializadas daOrganização das Nações Unidas einstituições como o ILO (EscritórioInternacional de Trabalho), FAO(Organização para a Agricultura eAlimentação das Nações Unidas),UNESCO (Organização para aEducação, Ciência e Cultura dasNações Unidas), UNICEF (Fundodas Nações Unidas para a Criança),etc. O ECOSOC é composto porcomissões técnicas e cincocomissões econômicas regionais,inclusive a Comissão Econômicapara a África (ECA), cuja a sua baselocaliza-se na Etiópia.

Os Decisores Políticos pronunciam-se sobre a redução de desastres

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Bill Clinton estava dando informaçãodo que fora alcançado durante oscinco meses do seu trabalho noescritório, e o que será feito a seguir.

A seguir temos a primeira parte dodiscurso original que é composta por1,373 palavras do seu discursooriginal completo de 4,338 palavras,põe em foco a redução do risco dedesastres:

“ Sr. Presidente, Sr. vice-presidente,Funcionários e Membros doECOSOC, Sr. Sub-Secretário Geral,Minhas Senhoras e Meus senhores.

Eu estou muito honrado por meterem dado a oportunidade de dirigir-me a vocês hoje e eu tenho estado aser honrado por ser o EnviadoEspecial do Secretário Geral dasNações Unidas para a Recuperaçãodo Tsunami, um trabalho que eupretendo continuar durante pelomenos dois anos e talvez por maistempo dependendo de quanto tempodurará o trabalho. Eu aguardo comansiedade o nosso diálogo de hoje etentarei ser breve nas minhasobservações assim, nós poderemosgastar mais tempo conversando.

Durante os últimos cinco meses, eutrabalhei tentando fazer o que oSecretário-Geral me pedira quefizesse – “garanta que nós estejamosmais coordenados, bem organizados,tenhamos um processo maistransparente na fase de recuperação;

na fase de reconstrução de longoprazo, garanta que nós tenhamos umsistema uniforme de informação emonitoramento do nosso progresso;tenta ter a certeza que nós propomosuma prevenção e estratégia deredução de risco e procedimentos degestão de emergência melhores; eque nós deixamos este empenho comum leque das melhores práticas quepoderão ser usadas no futuro poroutros países que enfrentamproblemas semelhantes”.

Claro que todos nós usamos o ditado– reconstruamos melhor – nósqueremos reconstruir melhor. Euqueria dizer algumas palavras sobreisto. Sobre onde é óbvio e fácil eonde é difícil e incerto. Eu encontreiambas situações na região, aqui emNova Iorque e na Europa com osfuncionários governamentais afectos,organizações não-governamentais(ONGs), agências da Organizaçãodas Nações Unidas, líderesempresariais e cidadãos ordináriosque se preocupam com estesassuntos. Recentemente nósconcordamos aqui em Nova Iorquenum Consórcio Global que consistena maior multilateral e decontribuintes das Organizações Não-Governamentais (ONG’s) para aajuda do tsunami e os representantesdos países afectados, com umcompromisso comum de melhorar anossa coordenação, as nossasrealizações financeiras ecomunicações, e possuir um sistemauniforme para medir o progressosobre o qual eu falarei por mais umminuto.

Eu desfrutei muito a oportunidadeque tive de escutar os representantesdos países, as organizações não-governamentais, e outros sobre oscontínuos desafios operacionais.Estes cinco meses confirmaram aminha convicção no valor inerentedas Nações Unidas, a razão quetorna a cooperação internacionalpossível e eu quero agradecer, comoo fiz em ocasiões anteriores, ao Sr.Jan Egeland [o Sub-Secretário Geralda Organização das Nações Unidaspara os Assuntos Humanitários –autoridade debaixo da qual opera a

Estratégia Internacional de Reduçãode Desastres (EIRD/NU) - e oCoordenador de Alívio e Emergênciada Organização das Nações Unidas]e a Sra. Margareta Wahlstrom [aAssistente do Secretário Geral paraos Assuntos Humanitários daOrganização das Nações Unidas e oCoordenador - Adjunto do Alívio eEmergência da Organização dasNações Unidas] pelo maravilhosotrabalho que fizeram na coordenaçãodeste trabalho. Vocês deveriamsaber, pelo menos na minha opinião,que em cada país, as equipas daOrganização das Nações Unidas emconjunto com todas as agências estãorealizando um bom trabalho e têmtrabalhado arduamente no apoio aotrabalho dos governos implementandoos seus próprios planos. Mas euacredito, que nós precisamos deavançar depressa num programa detrabalho de redução do riscoMundial e melhorar os sistemas epolíticas de desastres antes de elesacontecerem, como também ajudar aacelerar o passo de recuperação dospaíses afectados.

Deixe me tentar ser tão específicoquanto eu posso. Em primeiro lugar,na necessidade para a prevenção dedesastres e mitigação. Embora adestruição física neste massivotsunami era inevitável, claramente onúmero de baixas humanas teria sidomais baixo se tivesse havido umadequado sistema de aviso prévio ese tivesssem sido organizadas outrasestratégias de prevenção. De BandaAceh [na Indonésia], nós temosevidências de códigos de construção,por exemplo, como muitos edifíciosde betão reforçado permaneceramintactos, enquanto outros foramvarridos.Os pára-choques devegetação parecem ter feito umadiferença significante na Indonésia eno Sri Lanka onde os mangaisparecem ter diluído o impacto dasondas no litoral em particular. Aprontidão terá sido um provávelfactor chave no número de baixashumanas contrastantes com ascomunidades do litoral da Índia nodistrito de Cuddalore de Tamil Nadu[Estado na Índia] e entre algumas

O antigo Presidente dos Estados Unidos daAmérica Bill Clinton, na sede das Nações Unidasem Nova Iorque (Fotografia: Eskinder Debede)

Os Decisores Políticos pronunciam-se sobre a redução de desastres

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aldeias que tinham recentementerecebido exercícios de treinamentosob os esforços patrocinados doPrograma de Desenvolvimento daOrganização das Nações Unidas e deoutras aldeias que não o tiveram. Éclaro, que a maior parte de nós,ouviu falar a pouco da meninaempreendedora da escola britânica,Tilly Smith que tinha aprendidosobre tsunamis na sua classe algumassemanas antes de estar de férias naTailândia. Ela reconheceu os sinaisde aviso, e salvou segundoinformações, cem pessoas queestavam na praia. Se o aviso préviofaz diferença na Tailândia, a 310milhas do epicentro, é também claroque poderiamos ter feito melhor naSomália, a quase 3,000 milhas doepicentro.

A menos de um mês depois do golpedo tsunami, 168 países juntaram-separa preparar o Quadro Geral deAcção do Hyogo, continuando com otrabalho iniciado em 1994 naconferência de redução de desastresde Yokohama. Este Quadro Geral deHyogo estabelece metas estratégicas,prioridades de acção, e passosacordados para a implementaçãopelos governos e por outras partesinteressadas. Eu tenho um só ponto adizer sobre isto. Nós não podemosdeixar este ano passar sem algumprogresso real na redução do risco dedesastres. Assim, eu insisto aosmembros deste Conselho queimplementem sistematicamente oPlano de Acção de Hyogo eespecificamente incluam as políticase práticas de redução do risco dedesastres nos esforços derecuperação para não reinstalar asantigas vulnerabilidades: instituir aeducação e consciência sobre o riscode desastres nos currículos escolares,apoiar os programas locais deavaliação do risco, elevar aconsciência da vulnerabilidade, etapar as lacunas da capacidadenecessária para tratar desses riscos, ecompletar os sistemas de avisoprévio, num sólido e fundamentotécnico sustentável, bem-integradocom os outros sistemas deadvertência, como desses dosciclones tropicais.

2005 é um ano chave para oprograma de trabalho de redução derisco. Eu tenho inteira confiança, deque nós nunca teremos as economiasturísticas que foram devastadascompletamente em Maldivas e nacosta da Tailândia recuperadas atéque cada país não só tenha umsistema de aviso prévio mas tambémhaja um sistema integrado de avisoprévio na Ásia do Sul que coordeneos sistemas de advertência de todasestas nações. Eu, na verdade,acredito que por causa davisibilidade adquirida, há um enormepotencial para o aumento do turismono Sri Lanka e Indonésia, porexemplo, como resultado do queaconteceu. Nada disto acontecerá, amenos, que nós tenhamos um sistemade aviso prévio bom e todostrabalhem em conjunto. Os paísesconcordaram em trabalhar emconjunto e montar tecnologiascompatíveis, mas nós precisamos determinar. Todo o mundo disse ascoisas certas mas é muito, muitoimportante ter este trabalho acabado,realizando isto agora.

Eu gostaria de dizerum par de palavrassobre a resposta aemergência. A respostahumanitária imediata esem precedentes foimaravilhosa. A políticae burocracia forampostas de lado, todo omundo trabalhou emconjunto, mas agoranós estamos na partemais difícil. Arecuperação é muito,muito mais complexa efrustrante. Todo o mundo quer estarnum abrigo temporário decente, masmuitas pessoas ainda estão vivendoem barracas. Algumas pessoas estãovivendo em abrigos temporários quetêm telhados de lata e estão emtemperaturas muito quentes. É umgrande problema. Em Aceh [naIndonésia] e Sri Lanka, uns 170,000e 70,000 pessoas ainda estão vivendoem barracas. Os governos estão semovendo depressa, mas nós sabemosque leva muito tempo para construirhabitações permanentes para todo omundo. Nós temos nos Estados

Unidos, pessoas do nosso últimofuracão que ainda não forampermanentemente abrigados. Assimeste é um grande assunto. Hárecursos suficientes disponíveis paraconstruir abrigos semi-permanentessatisfatórios. Assim, eu urjo a todosvocês para fazerem tudo o que vocêspoderem para assegurar que qualquercontínua falta de coordenação edisputas políticas existentes sobreeste assunto não vá impedir osesforços das pessoas de possuiragora um abrigo decente. Na minhaúltima viagem para a região, aprimeira frustração que eu encontrei,estava nas pessoas que estavam aviver em condições insuportáveis.Finalmente, eu estou preocupado quenós não estejamos aplicando o nossoconhecimento e perícias de respostaa emergência durante a fase derecuperação e deixem-me explicar oque eu quero dizer com isto. Não háprotocolos estabelecidos a operar,por exemplo, para desdobrar osprofissionais ou pôr um projecto ousistemas financeiros a funcionar só

O Antigo Presidente dos Estados Unidos daAmérica. o Sr. Bill Clinton com crianças no Sri

Lanka (Fotografia Clinton)

para esta fase, cobrindo o trabalho demédio a longo prazos. Nós sabemosque estas necessidades surgirãonovamente, eu urjo o Conselho paraapoiar os acordos institucionais epre-posicionando-se na prontidãopara a dimensão de recuperação que

nós estamos fazendo...”Para se obter o texto completo do EnviadoEspecial da ONU o Sr. Bill Clinton, contacte porfavor a EIRD/NU África.

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Dr. Eric PatrickEspecialista em políticasPNUD/Centro de Desenvolvimento de TerrenosÁridosNairobe, Quénia

Seca é o perigo natural maisamplamente relatado em África.Ainda que, o primeiro “Forum deRisco de Seca em África & Políticasde Desenvolvimento”que nuncaantes se tinha realizado teve lugarsomente em fevereiro deste ano. Aseguir um breve relatório do evento.“Risco de seca, como um assunto dedesenvolvimento, tem que ser tratadode uma maneira mais holístic que ode simplesmente um fenômenometeorológico ou perigo natural.”

O comentário acima, resume muitobem o espírito da reunião, emergidodo primeiro “Forum de Seca emÁfrica” realizado no continenteafricano. O Forum teve lugar de 31de janeiro a 2 de fevereiro de 2005,em Nairobe, Quénia. A reunião foiorganizada pela Programa dasNações Unidas para oDesenvolvimento (PNUD)-Centro deDesenvolvimento dos TerrenosÁridos, Programa das Nações Unidaspara o Desenvolvimento (PNUD)-Agência para a Prevenção de Crises& Recuperação (UNDP-BCPR) e aEstratégia Internacional de Reduçãode Desastres das Nações Unidas paraa África (EIRD/NU).

Ao forum estiveram presentesaproximadamente 45 participantes detodas as partes de África e tambémde fora de África. Os participanteseram compostos por profissionaismuito experientes emultidisciplinares, funcionáriosseniores de organizações sub-regionais, decisores políticos comrelevante experiência e parceiros de

“Primeiro Forum sobre a Seca em África” urge umaabordagem holística sobre os assuntos de risco deseca

posição estratégica interessados naredução de desastres. Porém, os altoscustos de tradução de lingua francesapara inglesa e vice-versa restringiu aparticipação dos países africanos deexpressão francesa onde existe umagrande e considerável experiência.

O contexto

A ideia de um forum de discussãosobre os assuntos de risco de seca epolíticas de desenvolvimento emÁfrica foi concebida em abril de2003 durante uma reunião, cuja aEstratégia Internacional de Reduçãode Desastres das Nações Unidas paraa África (EIRD/NU África) foianfitriã, do Grupo de Trabalho adhoc sobre a Seca das Nações Unidas.Uma grande variedades de peritos deseca de várias instituições estevediscutindo o assunto de seca comoum assunto de desenvolvimento.Ficou claro, que o assunto tinha queser tratado duma maneira maisholística que o de simplesmente umfenômeno meteorológico ou perigonatural. Um modelo “tipo ideal”duma sociedade vulnerável à seca euma sociedade resistente à secaparece ter emergido.

Os participantes à reunião de abril de2003 também concordaram que teriaque existir uma rede mundial deredes de seca, ou pelo menos deredes com maior enfoque napolítica, na redução de risco da secae nos aspectos de desenvolvimento.Em particular, sentiu-se até entãogrande falta duma rede pan-africanae foi feita uma recomendação de queisso fosse iniciado, e que teriaconjuntamente como anfitriões aPNUD-Centro de Desenvolvimentodos Terrenos Áridos e a EIRD/NUÁfrica (ambas as instituições têm asua base em Nairobe, Quénia).

Os participantes sentiam que dada alimitada ligação via internet na maiorparte de África, uma rede electrônicateria definitivamente que sercompletada por uma oportunidade dediscussão face-a-face anual que foidada o nome de “forum.” O primeirodesses foruns anuais é o denominado“Primeiro Forum sobre a Seca emÁfrica” que se realizou de 31 dejaneiro a 2 de fevereiro de 2005 –um evento que teve a duração de trêsdias em Nairobe, Quénia.

Os procedimentos

O Forum reuniu um grupo multi-disciplinar que trabalha nas áreas daseca e política que foi estruturado aoredor de vários assuntos. O programae procedimentos estão disponíveis napágina da internet www.undp.org/drylands. Oito (8) conjuntos deideias foram aglutinados apartir dasapresentações e discussões. Os oitoconjuntos de ideias estão a seguirdescritos:

1. O acesso ao mercado dosprodutos das terras áridas(investimentos e produções),incluindo informação.

2. A diversificação dos meios desubsistência, particularmente emtermos do grau de dependênciade tempo com os sistemas deprodução com valor acrescentadoem áreas propensas a seca.Noutras palavras, a que grau é ovalor do que é produzidoafectado pela variabilidade doclima. A pessoa pode olhar istolocalmente ou nacionalmente. Porexemplo, após a seca que atingiuo Zimbabwe em 1991, o ProdutoNacional Bruto (GDP) do país(temporariamente) desceu poruns 11% devido à sensibilidade

Os parceiros em acção

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do tempo atmosférico naeconomia: a seca atingiu aagricultura e a geração de energiaque combinados tiveram efeitosno sector de processamento agro-industrial.

3. Os modelos exigidos são os quenos permitem integrar/enquadraro risco de seca no

O Primeiro Forum sobre a Seca em ÁfricaDe 31 janeiro a 2 de fevereiro de 2005

Nairobe, Quénia

desenvolvimento, nas políticas epráticas, especialmente ao nívelestratégico. Isto, éparticularmente importante paraos países apertados ou atingidospor secas crónicas – que sãoinfelizmente muitos em África –o que se torna portanto umassunto de desenvolvimentocentral.

4. As relações entre a seca, o acessoaos recursos e o conflito violentono contexto das mudançashistóricas que têm reduzidoacesso devido a pressãoprovocada pelo aumento dapopulação. Também foramdiscutidos assuntos associados aprovisão de serviços móveis.

RECOMENDAÇÕES1. Nós reconhecemos a importância do contexto da economia política internacional de ajuda alimentar e

comércio e seus potenciais significantes impactos nas opções para a gestão de risco de seca aos níveislocal e nacional. Enquanto esta economia política fôr tomada como um “atributo” para propósitos deplaneamento só a curto prazo, ela deveria ser negociada para um termo mais longo contendo deste modouma visão de reforço as opções de gestão de risco

2. Nós enfatizamos a importância da vontade política no melhoramento da gestão de risco de seca, mas nãoassumimos a sua existência. É responsabilidade dos Governos criar um ambiente propício na qual asfamílias podem aumentar as suas opções de meios de sustento e em troca podem contribuir para aseconomias nacionais.

3. Nós afirmamos o valor das estratégias de gestão de risco tradicionais mas sem os romantizar,reconhecendo que eles são centrais a qualquer objectivo de gestão de risco bem sucedida e ainda podemprecisar de se adaptar as mudanças estruturais ocorridas. Muitos destes sistemas têm quebrado devido avárias pressões e ainda a sua natureza de adaptação é um recurso que ainda é viável mas tipicamentesubestimado

4. Nós insistimos numa visão holística de gestão de risco e de seca, e há então a necessidade de se engajaras perspectivas das múltiplas disciplinas e grupos de conceptualização e inventar estratégias paramitigar seca.

5. Nós defendemos fortemente uma abordagem orientada pela procura de intervenções e estratégias parareduzir o impacto da seca ao nível doméstico, destacando o marginalização política e econômica queenfrentam muitas comunidades afectadas pela seca. Só, atravês da sua desmarginalização seráassegurada a sua participação, e só com a sua participação serão os impactos de risco de secaabordados de maneiras de custo-efectivas.

6. Nós propomos a institutionalização e colaboração entre as partes que têm a ver com o risco de clima emÁfrica, particularmente a seca, identificando objectivos múltiplos que poderiam ser abordados com osvários calendários de um modo realista e focalizando primeiro os países mais afectados pelos impactosda seca .

7. Nós enfatizamos que o modo como as pessoas pensam sobre a seca, o modelo implícito aplicado -representando frequentemente um conjunto da suposições não examinadas - fortemente afecta, o que nósacreditamos serem as opções para a gestão de risco de seca. Além disso, dada a grande diversidade desituações mesmo dentro de um mesmo país, as perspectivas múltiplas devem ser encorajadas, uma gamade estratégias e opções desenvolvidas - com vantagens e desvantagens, custos e aplicabilidadeidentificados - em lugar de procurar uma única solução.

Os parceiros em acção

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5. A atracção/viabilidade dumaabordagem baseada em direitosaos serviços básicos, segurançaalimentar e desenvolvimento emgeral.

6. A natureza do mecanismo definanciamento, a estrutura e osincentivos institucionais nodesenvolvimento de burocraciascomo um obstáculo para superara renegociação da ajuda aodesenvolvimento no golfo.

7. Experiências regionais einternacionais para gerir o riscode seca como fontes deinspiração, inovando einventando soluções a nívelnacional. Colaboração emassuntos trans-fronteiriçostambém foi discutida.

8. A necessidade para unir o risco anível familiar aos processosdecisão governamentais e deplaneamennto dodesenvolvimento. Nóscomeçaremos pelo topo, pelomeio, por baixo ou faremos issosimultaneamente? O papel dasNGOs (Organizações Não-Governamentais) e CSOs(Organizações ao Serviço deComunidade) e outras “terceiraspartes” também forammencionadas. Quais são ospontos estratégicos e os pontosde entrada?

9. A necessidade de modelar asmensagens de risco de desastresaplicadas ao risco climático paraas diversas audiências.

Os resultados

O objectivo principal da reunião eraconseguir conhecermo-nos uns aosoutros e iniciar com uma rede detrabalho. Porém, a ênfase ao fim eramais no que cada parte ou indivíduopoderia fazer para promover amensagem geral de redução de riscode desastres no que respeita aaplicação ao risco climático emÁfrica.

As recomendações formais (vejacaixa abaixo) surgiram do Forum,baseadas num consenso implícitoque prevaleceu durante asdiscussões na reunião. Asrecomendações também poderiamser sugeridas como “declarações”de “garantia” da gestão de risco deseca em África.

Sra. Aida M’Bo NdembeleConselheira,Programa Ambiental,PNUD MaliBamako, Mali

Como resultado da sua localizaçãogeográfica tropical na ÁfricaOcidental, o Mali estápermanentemente exposta a riscos doclima (chuva incerta, frequentementeinsuficiente para a agricultura e aprodução de gado) e seus efeitosdesastrosos. Mas estes riscostambém são agravados por váriosfactores: (1) mais que metade do seuvasto território (1,241,000kilómetros quadrados) é um deserto;(2) a terra é de natureza continental eestá internamente e externamentecercada por terra firme.Também, os dois maiores rios naÁfrica Ocidental, o Rio Níger e oRio Senegal que atravessam o paísem mais de 2,200 kilómetros sãouma bênção e um recurso em tempos

O MALI procura capacitar-se em assuntos sobredesastres naturais

normais. Porém, quando a chuva éexcessivamente intensa e muita, elesagravam riscos climáticos e podemactivar inundações causando perdashumanas e materiais. Este foi o casodo Selingue em 2001, e em julho eagosto de 2002 em várias partes dopaís, especialmente no norte (numazona de lago) e na região de Kayes(no sudoeste).

Os efeitos da mudança de clima

Em 2003, como resultado de chuvaexcessiva, o Mali, como váriospaíses da sub-região, sofreu danosconsideráveis porque áreas privadasde água durante vários anosreceberam uma quantidade excessivade água. Além disso, as colheitas sãoameaçadas todos os anos por invasãode gafanhotos e várias epidemias,como foi o caso de 2004.

As conseqüências imediatas disto sãomás e desastrosas, se não perda decolheitas (que resulta frequentemente

escassez de comida e fome) e perdade gado. Estas duas conseqüênciascorrompem a economia nacional quetem como base principal asactividades rurais levadas a cabo por80 por cento da população do Mali.

O país, também enfrenta outrosperigos naturais compartilhados pelaregião, como a seca. Também, sãoobservadas fumarolas extremamentequentes (com emissão de gás) até500 graus centigrados na partenordeste do país.

E durante 30 anos, o Mali foiseriamente afectada pelos efeitos demudança de clima. A Seca instalou-se gradualmente, tornando-se cadavez pior devido ao uso excessivo dacobertura vegetal que conduz adegradação dos solos.

Todas as calamidades e desastresacima citadas fizeram com que fossenecessário estabelecer adequadossistemas de resposta.

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Estabelecido o organismo degestão de desastres

Em 1998, o governo do Maliestabeleceu uma Direção Geral deProteção Civil (DGPC em francês)cuja missão principal é gerir eprevenir desastres e coordenar asacções de proteção civil levadas acabo por vários departamentosnacionais e parceiros. As filiaisregionais também foramestabelecidas em várias partes dopaís. Porém, como uma estruturaresponsável por organizar ecoordenar a prevenção e acções dealívio, especialmente desenvolvendoe implementando planos de gestão dedesastres e de acidentes, a DireçãoGeral de Proteção Civil até agoranão pôde ainda executar o seu deverintegralmente.

O facto é que as estruturas acima nãoestão ainda suficientementeequipadas e capacitadas (capacidadehumana e operacional) para prevenire gerir os riscos e desastres tantonaturais como causadas pelo homen -como a crise da Costa do Marfim.

A intervenção do Programa dasNações Unidas para oDesenvolvimento (PNUD) no Mali

Um projecto de capacitação emgestão de desastres naturais foidesenvolvido para ser implementadocom base no Quadro Geral deAssstência ao Desenvolvimento dasNações Unidas (UNDAF) e emconformidade com a “AcçãoAmbiental & Condições de VidaSustentávies” pilar do Programa deCooperação para o período 2003-2007 assinado com o governo doMali. O projecto foi lançado emmaio de 2004 e foi implementadopela Direcção Geral para ProteçãoCivil (DGPC). O projecto possui osseguintes objectivos:

• A sensibilização/formação eeducação sobre os riscos edesastres dos vários parceiros(autoridades governamentaisestatais, locais, departamentosdescentralizados, sociedade civil,etc.), enquanto também realiza

trabalho de advocacia daprevenção.

• O desenvolvimento demecanismos para a troca deinformação sobre os assuntos derisco natural e gestão de desastresentre os níveis locais, regionais enacionais.

• O proporcionamento de apoiopara o estabelecimento dosesperados quadros gerais legais einstitucionais para ajudar aharmonizar as políticas dedesenvolvimento com as políticasde redução de risco.

• O desenvolvimento de planosparticipatórios e inter-sectoriaisde redução de risco regionais queaumentem o valor doconhecimento indígena outradicional.

• Desenvolvimento de um planonacional coerente para a reduçãoe gestão de desastres naturaiscom os beneficiários e osparceiros do sistema das NaçõesUnidas locais … e emcolaboração íntima com aEstratégia Internacional deRedução de Desastres das NaçõesUnidas para a África (EIRD/NUÁfrica), UNDP-BCPR (Agênciapara Prevenção de Crise eRecuperação) e UNITAR(Instituto da Organização dasNações Unidas para a Formaçãoe Pesquisa).

Os parceiros estratégicos

Para a sua implementação, o projetoenfatiza especialmente a parceriacom as organizações não-governamentais (NGOs), autoridadesgovernamentais locais, instituiçõesestatais e comunidades de base, quetêm como base principal funçõesclaras e bem-definidas para cada umdos actores acima citados.

Por exemplo, relativo a comunidadesde base, o enfoque é sobre o“desenvolvimento do conhecimentode risco”:

Atravêz da adopção das folhas deanálise de risco de desastres decomunidades (FICAR em francês)que estão actualmente sendodesenvolvidos para cada circlo/comunidade/região. Um mapa/planoregional dos principais riscos serádesenvolvido para ser enquadradomais tarde no plano nacional do Malisobre os principais riscos.Atravêz da implementação de talabordagem, o projeto visa capacitaro governo do Mali, autoridadesgovernamentais locaisdescentralizadas e comunidades debase para que deste modopossibilito-os de melhor prevenir egerir os desastres naturais.

O conhecimento dos riscos

Várias acções que estão a decorrerou estão planeadas, como o

Membros da estrutura geral da Direcção Geral de Protecção Civil do Mali e a Sra. Aida Ndembele doPrograma das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) do Mali

Os parceiros em acção

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inventário e análise do risco dedesastres naturais, odesenvolvimento de mapas de risconacional e a adopção de umalegislação com cláusulas de alívio dedesastres pela Assembleia Nacional,são todos os desenvolvimentospositivos do Mali. Entretanto, oPrograma das Nações Unidas para oDesenvolvimento (PNUD) emconjunto com o governo do Mali

asseguraram que fidedignainformação fosse disponível ecompartilhada e que adequadasmedidas de prevenção fossemtomadas e levadas ao conhecimentodaquelas comunidades envolvidas.

Após ter participado, com acomunidade internacional, naSegunda Conferência Mundial sobrea Redução de Desastres realizada em

janeiro de 2005, em Kobe, Japão,espera-se que o Mali implementeeficientemente as integradasestratégias para a adaptação asmudanças de clima em benefícioduma melhor gestão dos ecosistemase redução do risco de desastres. Defacto, as estratégias ajudariam o paísa atingir o desenvolvimentosustentável econômico e social.

EIRD/NU ÁfricaNairobe, Quénia

A Comunidade Econômica deEstados da África Ocidental,ECOWAS, planeiam estabelecer ummecanismo de gestão de desastrespara a África Ocidental. Para ssseefeito, foi realizada uma reunião deperitos em março de 2005, na Nigéria.A seguir apresenta-se o relatório finalda reunião.

Convencidos da necessidade urgentede aumentar a capacidade deprevenção e gestão de desastres naÁfrica Ocidental, a 51ª sessão doConselho de Ministros que teve lugarem Accra, Ghana, de 15 a 18 dedezembro de 2003, decidiuestabelecer um mecanismo sub-regional de gestão e prevenção dedesastres.

A primeira reunião de Embaixadoresrepresentando os quatro paísesdesignados como membros docomitê técnico nomeados para essepropósito, isto é a Costa de Marfim,a Gâmbia, o Níger e a Nigéria,realizou-se a 27 de maio de 2004 noSecretariado Executivo daComunidade Econômica de Estados

ECOWAS: Reunião de Peritos para o Estabelecimentode um Mecanismo de Gestão de Desastres para aÁfrica Ocidental

da África Ocidental (ECOWAS). Areunião recomendou que fosseconvocada uma reunião de peritosdos quatro Estados Membros para sepoder considerar as modalidadestécnicas para o estabelecimento domecanismo.

A reunião de Peritos realizou-se de 8a 10 de março de 2005 noSecretariado Executivo daComunidade Econômica de Estadosda África Ocidental (ECOWAS), efoi presidida pelo SecretárioExecutivo da ECOWAS, DoutorMohamed Ibn Chambas que estavaacompanhado por funcionáriosséniores do Secretariado Executivo.

No seu discurso de abertura, oSecretário Executivo sublinhou osefeitos devastadores dos desastresnas economias dos países africanosocidentais. Ele reiterou adeterminação da ComunidadeEconómica dos Estados da ÁfricaOcidental (ECOWAS) de não sóreduzir os desastres mas também osconflitos armados, e realçou anecessidade de integrar a prevençãode desastres e gestão de desastres daÁfrica Ocidental nos contínuosplanos e programas dedesenvolvimento. Para concluir, eleexpressou a esperança de que a

reunião podesse propôr relevantesrecomendações que assegurariam aimplementação efectiva do projecto.

No fim do discurso do SecretárioExecutivo, foi eleita nesta reuniãouma agência que será presidida peloNíger, actual Presidente daComunidade Econômica de Estadosda África Ocidental (ECOWAS).

As Agências de Nações unidas aEIRD/NU, o Escritório para aCoordenação dos AssuntosHumanitários (UN/OCHA), aUNHCR e as organizações dasociedade civil estiveramrepresentadas na reunião.

Os antecedentes

A sub-região da África Ocidentalteve a sua parte justa e certa dedesastres naturais e causados peloHomen. Estudos anteriormenterealizados, mostraram que asconsequências de tais ocorrênciassão mais desastrosas para os paísespobres do que para os países ricos.

Passados anos, o conceito edefinição de desastres como tambémas suas causas e efeitos mudaram eagora é colocada mais ênfase nosefeitos sociais dos desastres e na

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capacidade colectiva para arcar comeles.

Os desastres naturais que acontecemou podem acontecer na ÁfricaOcidental são: perigos climatoló-gicos, actividade sísmica, conflitos,infestação de peste e doença nasculturas, epidemias, acidentesindustriais e químicos, fracasso dossistemas tecnológicos, queimadas eincêndios.

O objectivo

A reunião foi convocada paraconsiderar as modalidades para oestabelecimento de um mecanismode gestão de desastres na ÁfricaOcidental.

O resultado das deliberações

As discussões centraram-seessencialmente nos seguintes quatropontos:• Um quadro geral institucional e

legal• Uma política comum• Um quadro geral operacional• A mobilização de recursos

A. O quadro geral institucional elegalA reunião concordou na necessidadede estabelecer uma Unidade bemfinanciada dentro do Departamentode Assuntos Humanitários doSecretariado Executivo daComunidade Econômica de Estadosda África Ocidental (ECOWAS) paracoordenar a prevenção e gestão dedesastres, e um Comitê Técnicocomposto por peritos dos EstadosMembros. A Unidade de Gestão deDesastres deveria organizarconsultas anuais com o ComitêTécnico.

B. Uma política comumA próspera Implementação domecanismo requer uma estratégiasub-regional comum que envolverá:

• A designação de pontos focaisnacionais

• A adopção de uma política deformação comum em assuntos

técnicos• A identificação de capacidades

C. O quadro geral operacionalO quadro geral operacional propostoé o seguinte:• Um orgão de coordenação central• Os países da sub-região• As Agências internacionais• As comunidades locais

D. A mobilização de recursosNo que diz respeito aos recursos, areunião acordou na necessidade de:

• Explorar a possibilidade definanciar o mecanismo atravêz doFundo da Paz da ComunidadeEconômica de Estados da ÁfricaOcidental ComunidadeEconômica de Estados da ÁfricaOcidental (ECOWAS)

• Estudar a possibilidade deorganizar sessões de formaçãoem mobilização de recursos

• Envolver outros parceiros para oestabelecimento de parceriasestratégicas

As observações

A. Os defeitos e falhas

• A ausência de uma visão comum• A falta de coordenação e

cooperação a nível regional• A inadequada informação

• A inadequada capacitação eformação a nível regional

B. As condições para o sucessoOs Estados Membros daComunidade Econômica de Estadosda África Ocidental (ECOWAS)indicaram que eles estavam dispostose prontos a apoiar qualquer medidaque o Secretariado Executivo daECOWAS possa adoptar parasuperar as negligências acimaanotadas.

As Recomendações

Os Peritos fizeram as seguintesrecomendações:

A. O quadro geral institucional• Deveria ser estabelecida uma

unidade de prevenção e gestão dedesastres dentro doDepartamento de AssuntosHumanitários do SecretariadoExecutivo da ECOWAS;

• Deveriam ser institucionalizadasreuniões do Comité Técnico;

• Os Estados Membros deveriamdesignar os seus pontos focaisnacionais.

B. Uma política comum• Um estudo deveria ser

empreendido sobre os principaisdesastres para se identificar as

Alguns participantes a reunião de peritos

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Redução de Desastres em África -EIRD Informes, 5 Edição, dezembro 2005 67

áreas com prioridade de acção anível regional;

• Uma estratégia de orientaçãosub-regional sobre a redução dedesastres deveria serdesenvolvida; a redução dedesastres deveria ser integradanos planos e programas dedesenvolvimento;

• Uma reunião consultiva regionaldeveria ser organizada paraenvolver os Estados Membros daComunidade Econômica deEstados da África Ocidental(ECOWAS) mais de perto nadefinição da estratégia dedesenvolvimento e iniciativassub-regionais;

• O apoio dos Chefes de Estado ede Governo deveria ser solicitadopara assegurar que as autoridadesa nível sub-regional participemactivamente na prevenção egestão de desastres para odesenvolvimento sustentável.

C. O quadro geral operacional

• Um estudo deveria serempreendido sobre a

vulnerabilidade dos países paradeterminar os seus principaisriscos que actualmente estãoenfrentando;

• Deveria ser preparada uma listadetalhada de ferramentas einstrumentos de gestão dedesastres disponíveis em cadapaís membro;

• Todo o esforço deveria ser feitopara assegurar a compatibilidadee a complementariedade dosequipamentos e materiais;

• Deveriam ser estabelecidasinstituições apropriadas;

• Deveriam ser envolvidas asforças de defesa e segurança nosesforços de gestão de desastres.

D. A mobilização de recursos

• A Comunidade deveriaconsiderar o que pode ser feitopara fortalecer o Fundo da Paz daComunidade Econômica deEstados da África Ocidental eampliar o seu âmbito de forma aque os recursos do fundo possamser usados para financiar asactividades de gestão dedesastres.

• Deveriam ser organizadosprogramas de formação demobilização de recursos emparceria com as agências daOrganização das Nações Unidas(ONU), outras organizaçõesinternacionais e organizaçõesnão-governamentais (NGOs).

E. Parceria

• Deveriam ser desenvolvidoslaços de cooperação mais íntimoscom os parceiros, incluindo asagências da Organização dasNações Unidas, organizaçõeshumanitárias e instituiçõesmultinacionais, organizações dosector privado, governos,organizações da sociedade civil,etc.

Os participantes expressaram aesperança de que as agências daOrganização das Nações Unidasproporcionariam a ajuda necessáriapara o estabelecimento domecanismo sub-regional de gestão dedesastres.

Sr. Benedict TemboJornalista,Lusaka, Zâmbia

As deficiências na partilha deinformação conduziram a mortesdesnecessárias na África Austral. Astais deficiências são declaradasserem ainda piores devido a falta deconhecimento e apropriadossistemas de comunicação. Os paísesda Comunidadede deDesenvolvimento da África Austral(SADC) estão abordando este

assunto, escreve o jornalistaZambiano Benedict Tembo.

Cinco horas depois de um terramotoatingir o noroeste de Sumatra,Indonésia, activando um grandetsunami com uma série de ondas quedepressa se propagaram pelo OceanoÍndico, atingindo alguns paísesafricanos.

A Somália estava entre os paísesafectados. Os outros paises foram aÁfrica do Sul, oMadagáscar, oQuénia e a Tanzânia.

A Tanzania, que perdeu 13 cidadãos,acredita que o movimento das ondasdo tsunami teria permitido bastantetempo para a advertência,especialmente para os paísesafectados, mas infelizmente nãohouve qualquer tal tipo deadvertência até o desastre atingí-los,resultando em mortes.

Defrontado com esta falta deinformação, os países membros daComunidade de Desenvolvimento daÁfrica Austral (SADC) aperceberam-se da grande e urgente necessidade

Pronto o plano de formação regional da Comunidadede Desenvolvimento da África Austral para a gestãode informação

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da partilha de informação em todosos aspectos de prevenção, prontidãoe resposta de desastres.

Vindo prestar ajuda ao grupo das 13nações, a Inwent , uma emopresa deconsultoria em capacitação daAlemanha que procura preencher alacuna da falta de informação entreos países da Comunidade deDesenvolvimento da África Austral(SADC) organizou um “PlanodeFormação Regional para aGestão de Informação” nos dias 19a 22 de abril de 2005 na Tanzânia.

A informação: a “chave” para osucesso das medidas contra osdesastres

O evento que teve lugar na cidadecosteira de Bagamoyo (porto desaída de escravos - um desastre dahumanidade), foi uma capacitação naqual se atravessou transversalmente ese uniu a gestão de informação com aprevenção, e a prontidão dedesastres.

Na abertura do seminário, a Sra.Rose Lugembe, SecretáriaPermanente ao Gabinete doPrimeiro-Ministro da Tanzânia disseque a gestão de desastres dependiada velocidade e da precisão dacolecta de informação exacta enecessária e da sua respectivadisseminação. “A razão para estaescola de pensamentos reside nofacto de que a informação é a chavede qualquer implementação prósperode medidas contra os desastres,”disse ela.

A Sra. Lugembe disse que osimpactos das cheias do ano 2000 emMoçambique poderiam ter sidoreduzidas se as pessoas tivessem sidoanteriormente fornecidas informaçãosobre a sua vulnerabilidade asiminentes cheias nas suas áreas deresidência. Ela disse, que embora oterramoto e o tsunami de 26 dedezembro de 2004 tivessem tido asua origem e acontecido a uns 5,000quilómetros, eles afectaram aTanzânia e levaram à morte de 13pessoas.

“Estes dois exemplos indicam as

deficiências em termos deinformação e sua disseminação paraas pessoas. As deficiências nacompartilha de informação trans-fronteiriça são ainda piores devido afalta de conhecimento e deapropriados sistemas decomunicação. Nós temos que acharum modo para superar isto, atravêzde mecanismos organizados e planosde implementação,” ela incitou aacção dos participantes.

Pronto o plano de formaçãoregional da Comunidade deDesenvolvimento da África Austral(SADC)

A gestora do projecto da Inwent, aSra. Sussane Breuer, que estábaseada em Berlim, disse que omundo se deu conta da importânciada redução de desastres por causa dotsunami que tinha acontecido diasantes do começo da ConferênciaMundial de Redução de Desastresem Kobe, Japão, em janeiro desteano.

A Sra. Breuer também afirmou oseguinte: “O mundo se deu conta daimportância das medidas contra osriscos e das medidas de prontidão eque o funcionamento dum sistema deaviso prévio era crucial para evitarou pelo menos mitigar os taisimpactos desastrosos dos desastresnaturais”.

Ela adicionou: “Aqui novamente, nósobservamos o seguinte: havia peritose especialistas que souberam a temposobre o referido evento, mas nãohavia nenhum sistema de informaçãoou estrutura para enviar oucomunicar a tal importanteadvertência as autoridadesresponsáveis, deixando só e dessamaneira as pessoas afectadas”.

Referindo-se ao seminário, a Sra.Breuer disse que tinham sidodesenvolvidas muitas ideias boassobre isto e nesta “idade de ouro”,acrescentando que a Inwentcomeçaria logo o planeamento dospróximos passos a dar.

O Sr. Florian Bemmerlein-Lux,

perito em gestão de desastres, disseque o seminário de Bagamoyo trouxefinalmente pelo menos trêsresultados bons. “O plano deformação está pronto e os primeirostrês cursos serão implementados. Jáfoi colecionado material suficientepara começar a escrever ideias parauma proposta de projeto assim queforem solicitadas propostas ,” dissedele.

O Sr. Bemmerlein-Lux, que tem asua base em Nürnberg na Alemanha,está gerindo uma firma deconsultoria chamada “Eco-institucional Development Consult”,Eco-Desenvolvimento Institucional.

O seminário de Bagamoyo era acontinuação de um processo que teveo seu começou em Pretoria, naÁfrica do Sul, em agosto de 2004. Oprocesso procurou desenvolver umplano de formação regional para agestão de informação em gestão derisco de desastres.

1. Benedict Tempo é um membro da “Rede deJornalistas sobre a Redução de Risco deDesastres em África” estabelecida em dezembrode 2004 com o apoio da Estratégia Internacionalde Redução de Desastres das Nações Unidaspara a África (EIRD/NU).

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