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Abril Edição nº23 Distribuição a Nível Nacional com o Jornal Público. Encarte da responsabilidade de Página Exclusiva, Lda. Não pode ser vendido separadamente. Reflexo da excelência da Medicina Dentária portuguesa

Reflexo da excelência - perspetivas.ptperspetivas.pt/wp-content/uploads/2018/04/PERSP_23.pdf · ram ao título da especialidade, conferi-ram a Luís Bessa um elevado grau de di-

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nº23

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Reflexo da excelência da Medicina Dentária

portuguesa

Saúde Instituto de Reabilitação Orofacial do Norte2

Abr2018

Poderemos descrever o Instituto de Reabilitação Orofacial do Norte - IRON como o resultado da aliança entre o ar-rojo e a capacidade técnica e científica dos seus mentores, Luís Bessa e Luís Caetano. O caminho que conduziu ao projeto que hoje conhecemos foi curto, mas verdadeiramente exponencial.

A experiência que adquiriu com os es-tágios realizados no Hospital Geral do Bomsucesso; sob a orientação do Pro-fessor Roberto Prado, ainda durante a sua graduação, e a posterior residência de três anos no Serviço de Cirurgia Ma-xilo-Facial da Universidade Federal do Rio de Janeiro, sob a orientação do Professor Ítalo Gandelaman, que o leva-ram ao título da especialidade, conferi-ram a Luís Bessa um elevado grau de di-ferenciação que não passou despercebi-do ao olhar atento do Professor Carlos Silva, “na altura diretor do curso de Me-dicina Dentária da Universidade Fer-nando Pessoa”, que logo lhe lançou o desafio de regressar a Portugal para dar aulas na Instituição.

o ICBAS — “onde somos sempre muito bem recebidos no Departamento de Anatomia dirigido pelo Professor Artur Águas” — e com a empresa Extracut.

Com o sucesso dessa primeira iniciati-va, desde logo o IRON começou a ser contactado por representantes de diver-sas marcas com o objetivo de verem aí lecionados cursos de formação de im-plantes. Não considerando ser o tempo certo para dar esse passo, “a persistên-cia de João Ferreira”, comercial de uma marca de implantes, que durante cerca de quatro meses se sentou du-rante uma manhã, por semana, na sa-la de espera do Instituto aguardando a oportunidade de convencer Luís Bessa a apostar na formação com a marca, saiu vencedora — tanto mais que esse curso já vai na sua 8ª edição. “Esse cur-so foi o mote para entrarmos em força na formação com implantes”, recorda Luís Bessa.

A vertente clínica e de formação foi crescendo, de tal forma que em 2017 surge a necessidade de inaugurar um

Já no Porto, juntamente com Luís Caetano, que estava a terminar o seu Master de Endodontia na Universidade Internacional da Catalunha, Barcelona, alugaram um consultório no Avis — “es-se foi o início daquele que viria a ser o IRON”.

Quando, em 2013, surgiu a oportuni-dade de reabrir as instalações da ex-clí-nica do Professor Carlos Silva na rua da Boavista, cinco médicos dentistas com formação pós-graduada uniram-se na missão de dar início a um projeto dife-renciador — “cada um assumia a clínica um dia por semana, um projeto de ar-quitetura financeira que nasceu e cres-ceu por força do trabalho dos seus só-cios”, recorda Luís Bessa.

Ao mesmo tempo em que nasce o IRON, Luís Bessa coloca em prática o objetivo de trazer para Portugal um cur-so de formação em cadáver, algo inco-mum no país. Esta combinação de acon-tecimentos associou desde logo o Insti-tuto à formação. Os cursos em cadáver são feitos em parceria institucional com

O Instituto de Reabilitação Orofacial do Norte (IRON) agrega as vertentes clínicas e de formação em Medicina Dentária. Um projeto inovador que tem captado a atenção de grandes nomes internacionais.

Reflexo da excelência da Medicina Dentária portuguesa

Apresentação:Dr. Luís Bessa – Mestrado Integrado em Medicina Dentária - Instituto Supe-

rior de Ciências da Saúde do Norte 2009– Especialista em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial - Universidade Fe-

deral do Rio de Janeiro– Pós-graduado em Cirurgia Ortognática pela Associação Brasileira de Cirurgia

Crânio-maxilo-facial.– Professor convidado da Pós-graduação Implantologia CESPU– Palestrante nacional e internacionalDr. Luís Caetano – Mestrado Integrado em Medicina Dentária - Instituto Su-

perior de Ciências da Saúde do Norte 2010– Master em Endodontia – Universidade Internacional da Catalunha 2012/14– Assistente convidado do Departamento de Conservadora no ISCS-N– Docente da Pós-Graduação em Endodontia na CESPU

novo espaço, desta feita apenas dirigido por Luís Bessa e Luís Caetano.

O novo edifício do IRON foi criado para oferecer todas as condições aos seus pacientes e profissionais. Gabine-tes amplos que permitem um melhor atendimento, uma sala cirúrgica espa-çosa e equipada para realizar trans-missões em direto para a sala de au-las, assim como um laboratório para confeção de próteses, com técnicos que auxiliam todo o trabalho na clíni-ca, são algumas das novas potenciali-dades deste Instituto que atua em to-das as áreas e especialidades da Medi-cina Dentária e que, por isso, é refe-renciado para o tratamento de casos complexos. Ao especialista Luís Bes-sa, por exemplo, chegam pacientes referenciados de Portugal e do estran-geiro para realizar reconstrução óssea dos maxilares.

A Medicina Dentária é uma área mui-to abrangente e o caminho da superes-pecialização acaba por ser seguido por muitos profissionais que optam por de-

Luís Caetano e Luís Bessa

SaúdeInstituto de Reabilitação Orofacial do Norte 3

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dicar-se profundamente a uma especia-lidade.

No IRON cada elemento da equipa é responsável por uma dessas áreas. Nu-ma atmosfera que beneficia da relação de grande companheirismo entre todos os membros, o ambiente de trabalho que se vive é assumidamente informal, o que agrada aos pacientes, na medida em que a vinda ao dentista está muitas vezes associada a momentos de tensão e desconforto.

Diferenciador tanto na forma, como no conteúdo, neste espaço os profissio-nais têm acesso às mais atuais técnicas e tecnologias que os auxiliam na abor-dagem diária aos seus pacientes, como por exemplo, o diagnóstico por imagem 3D. Todas as cirurgias são realizadas com recurso a técnicas de microcirur-gia, que são muito menos invasivas usando auxílio de ampliação. Os trata-mentos endodônticos são na totalidade realizados com recurso a microscópio, uma valência que aporta referenciações dos seus pares a Luís Caetano.

Cada tratamento realizado tem como objetivo primordial alcançar a relação perfeita entre a estética e a função. Pa-ra isso todas as especialidades comuni-cam entre si. Desde a colocação de fa-cetas para harmonização do sorriso; or-todontia invisível, cirurgias de carga imediata, assegurando dentes fixos no

mação de excelência, através de um en-sino personalizado e muito dirigido.

Esta é uma vertente que apoia tam-bém a parte clínica do Instituto na medi-da em que, não trabalhando com qual-quer tipo de acordo ou protocolos com seguradoras, sempre que se entenda ne-cessário, os especialistas do IRON refe-renciam alguns pacientes que, sem pos-sibilidade para suportar os custos de de-terminados procedimentos, são trata-dos por alunos destas formações com a permanente supervisão dos seus mento-res.

Todos os anos o IRON traz a Portugal algumas das mais reputadas figuras in-ternacionais da Medicina Dentária com trabalhos publicados e que conferem verdadeiro valor às formações ministra-das. A título de exemplo, este ano tere-mos, pela terceira vez consecutiva, a presença do especialista brasileiro, Dr. José Carlos Martins da Rosa, que volta ao IRON para formar na técnica de Restauração Dentoalveolar Imediata (RDI) que desenvolveu. Assim como dos periodontologistas e autores do livro Sorriso Gengival, Sérgio Kahn e Ale-xandra Tavares Dias, que retornam a Portugal para fazer formação nesta área.

Para além do Curso Básico de Im-plantologia, que em 2018 terá duas edi-ções, e do Curso Seios Maxilares, este

ano o Instituto vai acolher um curso com base na técnica Root Membrane Kit que vai contar com a presença de um dos seus criadores. Acresce ainda a Residência Clínica de 10 meses de for-mação cirúrgica que vai já na sua segun-da edição. Destaque-se também que pa-ra além da formação no Instituto, Luís Caetano, através do FromRoots, minis-tra formação em Endodontia e Reabili-tação um pouco por toda a Europa.

Falamos de dois jovens especialistas portugueses que a par da experiência clínica e de formação no IRON, são do-centes convidados em instituições de ensino superior. Confessam que a apos-ta na formação foi fundamental para entrarem neste mercado altamente competitivo e conquistarem o reconhe-cimento dos seus pares. A par destas iniciativas não descuram o trabalho in-vestigativo, tendo em curso alguns pro-jetos.

mesmo dia; cirurgia ortognática, que trata do reposicionamento dos maxila-res em concordância com a face; e todo o tipo de tratamento de harmonização facial como, por exemplo, ácido hialu-rónico, botox, bichectomia ou cirurgia de reposicionamento do lábio,

Assim, a filosofia deste projeto é a prática de Medicina Dentária de alta qualidade e muito personalizada. Cada especialista atende entre 4 a 5 pacien-tes por dia, num espaço onde as consul-tas têm o tempo mínimo de uma hora. “Não é possível ouvir o problema da pessoa, tratá-la, medicá-la e instruí-la em 30 minutos. Nós praticamos uma medicina dentária moderna que visa re-solver o problema de fundo, tratando a boca das pessoas como um todo e fa-zendo tratamentos globais”, sublinha Luís Bessa.

FormaçãoComo referido inicialmente a compo-

nente da formação está intrínseca ao projeto IRON. Como tal, ao longo de cada ano, surgem várias formações que dão resposta às necessidades dos profis-sionais de Medicina Dentária. É eviden-te que a formação assume um forte complemento financeiro na dinâmica empresarial deste projeto, no entanto realce-se que estes cursos visam a for-

Rua da Boavista 364, 4050-107 Porto

Tel.: 22 203 2088

www.instituto-iron.pt

Saúde Clínica Alcoforado4

Abr2018

Falar em Gil Alcoforado é fazer alusão a um nome especialmente marcante e pioneiro da Periodontologia nacional. Formado em 1980 pela Escola Superior de Medicina Dentária (que, mais tarde, daria lugar à Faculdade de Medicina Den-tária da Universidade de Lisboa), cedo o nosso interlocutor compreendeu a mais--valia de apostar, entre 1981 e 1983, nu-ma especialização em Periodontologia pela Universidade de Bergen, na Norue-ga, regressando a Portugal como o pri-meiro médico dentista devidamente capa-citado para proporcionar o melhor acom-panhamento e o mais sofisticado trata-mento para os problemas e doenças dos tecidos gengivais.

“Durante sete anos, fui o único perio-dontologista em Portugal, até que conse-gui motivar outros colegas a irem para o estrangeiro fazer a especialização”, recor-da Gil Alcoforado, antes de lembrar o êxi-

por oposição a uma prática mais genera-lista da Medicina Dentária. Concomitan-temente, e quando abriu portas, em 1998, a Clínica Alcoforado estava essen-cialmente concentrada na realização de tratamentos periodontais, refletindo a imagem e currículo do seu fundador. Em-bora, por razões óbvias, este espaço de saúde oral tenha estado desde o início apoiado por uma forte equipa de Higiene Oral, só com o avançar dos anos acabaria por integrar os departamentos que hoje a compõem, cobrindo a totalidade das va-lências da Medicina Dentária, nomeada-mente Endodontia, Dentisteria, Prosto-dontia e Ortodontia.

O doente como um todoDe facto, “já há alguns anos que come-

çámos a introduzir outras especialidades, mas não o fizemos rapidamente porque estava à espera das pessoas certas”, subli-nha o diretor clínico, que faz questão de lembrar a forma como alguns destes pro-fissionais o acompanham há décadas. Nesse contexto, e entre os especialistas que atuam na Clínica Alcoforado encon-tram-se outros elementos que também di-videm o seu dia-a-dia enquanto médicos dentistas com interessantes carreiras aca-démicas que se cruzam com algumas das principais instituições mundiais de Ensino Superior, da Universidade de Washington (Dr. Nuno Guilherme) à Universidade de Harvard (Dra. Mariana Alves), nos Esta-dos Unidos e à Universidade de Frankfurt, na Alemanha (Dr. Frederico Catalão).

Claro está que o valor do corpo clínico e da equipa de assistentes se traduz numa mais-valia para o paciente porque existe uma profunda “partilha de um conceito”, baseado numa filosofia de atendimento e acompanhamento o mais individualizado e personalizado possível.

“Cada doente é um doente, ou seja, uma pessoa que tem de ser tratada como um caso único”, evidencia Gil Alcofora-do, antes de sublinhar que esta é uma cli-nica “totalmente contra a adoção de pla-nos de tratamento protocolizados”.

“Embora nos possamos fazer valer de vários meios auxiliares de diagnóstico es-tes não devem ser usados como mais do que meios auxiliares, tendo sempre em conta o principal objetivo do paciente e ajustando o que é medicamente recomen-dado com o que é pretendido pelo doen-te.”

Nunca é, todavia, demais enfatizar a importância da primeira consulta, que de-ve ser longa por natureza, na medida em que se privilegia o desenvolvimento de uma verdadeira ligação entre médico e paciente para que ambos se possam co-nhecer e delinear expectativas em torno do tratamento que seja necessário. Assim sendo, e em consonância com o preen-chimento de uma ficha clínica, a primeira abordagem ao doente pressupõe a revista a esse mesmo historial e aos antecedentes familiares, na medida em que “algumas si-tuações acabarão por influenciar, de for-ma direta, tudo o que poderemos fazer” e, caso seja necessário, poderão ser pres-critas análises ou consultas junto de médi-cos de outras especialidades antes de se iniciar o tratamento da cavidade bucal.

Atitude preventivaUm elemento que desde logo se procu-

ra incutir é a importância de uma atitude preventiva face aos problemas da Saúde Oral que se espera ver concretizada não apenas durante a época de tratamento, mas ao longo de toda a vida. “Quando termina a primeira consulta, o doente le-va consigo algumas medidas de preven-ção adaptadas ao seu problema – que foi

to com que o curso de pós-graduação nesta área acabaria por ser posteriormen-te recebido em Portugal, não tendo sido pequeno o contributo que o nosso entre-vistado desempenhou para tamanho ru-mo de acontecimentos. Por outro lado, e paralelamente a uma carreira académica de renome internacional, que o levaria a marcar presença em inúmeros congres-sos e eventos científicos em todo o mun-do (tendo-se doutorado em Periodontolo-gia e alcançado, inclusivamente, o estatu-to de Professor Catedrático), o fundador da Clínica Alcoforado acabaria por criar a Sociedade Portuguesa de Periodontolo-gia, tendo assumido, inclusivamente, a presidência da Federação Europeia de Periodontologia em 2003.

Não deverá, posto isto, constituir sur-presa que o percurso profissional de Gil Alcoforado se tenha circunscrito ao exer-cício da supramencionada especialidade,

Fazendo da prevenção a sua grande filosofia, a Clínica Alcoforado é um espaço de saúde oral que reúne uma equipa de especialistas e profissionais que acreditam na virtude de um acompanhamento e tratamento humano e adaptado às necessidades de cada paciente.

Prevenção: o melhor remédio para a saúde oral

SaúdeClínica Alcoforado 5

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de prevenção vão acabar por reduzir, largamente, o número de horas de ca-deira de dentista, o que acho extraordi-nário”. Como tal – e uma vez que nun-ca é demais realçar uma informação que se considera importante – “é preci-so entender que, utilizados conveniente-mente, as escovas, a fita dentária e os escovilhões têm uma potência extraor-dinária para condicionar positivamente o futuro dos dentes e dos implantes, re-duzindo o número de horas de trata-mento, o número de tratamentos e os custos”, conclui Gil Alcoforado.

observado sob o ponto de vista clínico e radiográfico”. Essas mesmas recomenda-ções poderão oscilar em torno de simples instruções para o alcance de uma melhor higiene oral embora, noutras situações, se afigure necessária “uma mudança com-portamental, seja nos métodos de higiene que se utilizam, seja na alteração de hábi-tos de tabagismo ou de nutrição”, alerta o porta-voz.

Acima de tudo, “sou um grande defen-sor da prevenção, seja a nível oral, seja a nível médico”, afirma Gil Alcoforado, que encara a primeira consulta junto de cada paciente como uma importante oportuni-dade para “fazer o despiste de uma série de situações e problemas que possam es-tar ainda por descobrir”. A título exempli-ficativo, “faço um enorme esforço para que os meus doentes deixem de fumar, pois o tabaco influi imenso nos problemas da cavidade oral mas, obviamente, afeta todo o resto do organismo”. Por outro la-do, e pese embora nos encontremos nu-ma conjuntura em que “a informação es-tá mais acessível” aos pacientes, o espe-cialista aponta como, por vezes, se pode-rá constatar que essa informação é muitas vezes contraditória ou de difícil com-preensão.

De resto, e apesar da especial ênfase que se atribui à primeira consulta, impor-ta lembrar que na Clínica Alcoforado exis-te a preocupação de monitorizar, de for-ma constante, “as modificações do estado de saúde das pessoas”, assegurando que a manutenção e bem-estar oral do paciente se assumam como uma constante para toda a vida, num trabalho ao qual não se-rá alheia a especial dedicação e contribu-to da equipa de higienistas que, diaria-mente, marca presença neste espaço.

“Costumo dizer que se os resultados dos tratamentos acabam por durar muito mais tempo do que era suposto, tal é devido a toda a componente de prevenção e acom-panhamento diligente que os higienistas fazem, capacitando o paciente para me-lhor cuidar da sua saúde oral”, atesta o nosso interlocutor.

Lembrando que “não devem existir protocolos estritos, pois o intervalo de tempo deverá ser adaptado a cada pes-soa”, Gil Alcoforado acredita que, por norma, “qualquer paciente deveria ir duas vezes por ano ao médico dentista”, ainda que “os mais suscetíveis devam ir com mais frequência”. Mas porque a prevenção corresponde não apenas a uma linha-mestra que pautou a sua car-reira, mas também a um valor comum a toda a equipa clínica e a uma mentalida-de que se procura partilhar com cada paciente, o especialista recorda que “aqueles que interiorizam os processos

Sempre num esforço para divul-gar a importância da prevenção no bem-estar oral, Gil Alcoforado tem contribuído para a dinamização da ONG Mundo a Sorrir, que – entre outras iniciativas – tem procurado sensibilizar as comunidades mais desfavorecidas para a importância da Medicina Dentária. “A nível da prevenção infantil, iniciámos, em Cascais, um projeto de introdução de escovagem em escolas carencia-das”, recorda o nosso especialista. “Começámos por ajudar 184 crianças num projeto que, hoje em dia, já abarca mais de 12.000 crianças”, numa atividade que já levou a divulgação de boas práti-cas e a sensibilização para a pre-venção a países como São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Guiné-Bis-sau ou Moçambique. Essencial para o materializar desta missão solidária é o contributo assumido por muitos jovens portugueses recém-forma-dos em Medicina Dentária, a quem Gil Alcoforado elogia a “dinâmica extraordinária” e o espírito de “ab-negação” por eles demonstrado em torno de uma causa social que não lhes proporciona qualquer dividen-do financeiro.

Saúde Bonfante Dental Clinic6

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Situada em Carcavelos, e resumindo três décadas de experiência e know--how, a Bonfante Dental Clinic “nasceu de um sonho antigo”, partilhado pelos médicos dentistas Fernando e Dhebora Bonfante, cujo foco principal é o de “oferecer tratamentos de excelência aos nossos pacientes, através da mais alta tecnologia e de técnicas inovadoras”, contextualizam os nossos entrevistados. Somando nada mais, nada menos do que uma média de dez mil pacientes ob-servados num intervalo de três anos, a clínica tem visto uma série de elementos que caracterizam o seu trabalho – da constante aposta nos novos equipamen-tos à procupação de proporcionar um acompanhamento marcado pela quali-dade – ser reconhecida e elogiada.

Importa, nesse contexto, lembrar que a Bonfante Dental Clinic foi uma das entidades distinguidas na mais recente edição dos prémios DentalPro, onde ve-tores como a inovação e a excelência

tro elemento que jamais poderia ser descurado: a importância de uma boa relação entre o médico e o paciente. De facto, “aqui cada paciente é unico e faz parte da nossa ‘família’”, constatando--se a existência de uma grande “proxi-midade” que, nascendo “de uma forma natural”, permite marcar todos os dias a diferença. Criada e alimentada ao longo de quase três décadas, esta mesma liga-ção é, por vezes, “difícil de explicar” aos que se encontram do lado de fora, embora dúvidas não existam de que a presença desta mesma dinâmica no consultório “contagia todos aquele que trabalham connosco”, ajudando o pró-prio corpo clínico a chegar cada vez mais longe no desempenho da sua arte.

Gerir expectativas continua a ser, por seu turno, um interessante desafio. “Hoje em dia, existe uma maior preocu-pação e procura relativamente à estéti-ca do sorriso, sendo que nunca podere-mos esquecer que o fator da saúde e do

bem-estar têm de estar associados à mesma”, alertam Fernando e Dhebora Bonfante. Ainda assim, é o elemento funcional que deve falar mais alto: “Aqui cuidamos principalmente da sáude dos nossos pacientes e procuramos resolver os seus problemas e reabilitamos os pa-cientes nos mínimos detalhes”. No en-tanto, e fruto da elevada experiência e do acesso às mais altas tecnologias, “é--nos possível realizar grandes reabilita-ções – e até algumas complexas – num curto período de tempo, sempre com privisibilidade, devolvendo as funções mastigatórias, fonéticas e estéticas aos nossos pacientes”.

Por outro lado, e no que concerne à sensibilização das pessoas para fatores como a prevenção dos problemas e pa-tologias na cavidade bucal, os especia-listas verificam como “tudo mudou”, sendo que “hoje temos em implementa-ção um programa de prevenção para desportistas – ‘Saúde Oral 360º’ – que

subjacente ao modelo de gestão tam-bém são criteriosamente avaliados. “Es-te prémio foi uma boa surpresa para nós”, revelam os especialistas, antes de acreditar que “tudo isto se deve a todo o empenho e profissionalismo da nossa equipa”. Nesse sentido, Fernando e Dhebora Bonfante sublinham o papel de todos os elementos deste corpo clíni-co e grupo de profissionais, que “se de-dicam a cada dia, de forma a aprimora-rem o seu trabalho” numa luta para “sermos sempre melhores e nos dife-renciarmos pelo tratamento dado aos pacientes que nos procuram”. Dito por outras palavras, “todos são especiais para nós”.

Proximidade para com o paciente

Claro está que para o sucesso e reco-nhecimento do trabalho desempenhado na Bonfante Dental Clinic existe um ou-

Assumindo uma forte aposta nos mais recentes equipamentos tecnológicos, mas sem nunca subestimar a importância de ter um corpo clínico em constante formação, a Bonfante Dental Clinic garante um acompanhamento oral de excelência, com trinta anos de provas dadas.

Alta tecnologia em reabilitação oral

“Confiança: esta é a base que define a nossa relação com o paciente.”

SaúdeBonfante Dental Clinic 7

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Medicina Dentária mais associadas ao tra-balho e currículo da Bonfante Dental Cli-nic, o diretor clínico verifica que “a maior diferenciação que podemos notar desde que começámos em 1996 com a Cirurgia de Implantes é que não foram só as técni-cas que mudaram; houve alterações quan-to às características das formas, superfí-cies e conexões dos implantes”, fatores aos quais se veio acrescentar “o maior co-nhecimento adquirido por todos os profis-sionais, tornando muito mais previsíveis os resultados finais das reabilitações, com um maior conforto para os pacientes”.

Já no que diz respeito à especialidade de Ortodontia, “houve uma evolução muito grande nestes últimos anos, tam-bém devido ao aumento da exigência estética por parte dos pacientes”, asse-gura Dhebora Bonfante. “Inicialmente, existiam os brackets metálicos; depois disso, os cerâmicos e, agora, com a téc-nica Invisalign houve, em Portugal, uma revolução ainda maior na Ortodontia Estética, sendo uma técnica pratica-mente invisível e muito confortável para o dia-a-dia do paciente”, conclui.

Por fim, e a funcionar de forma para-lela aos serviços de saúde oral, o Bon-fante Health Care surgiu “para que pu-déssemos oferecer aos nossos pacientes de cirurgia e de implantes um espaço de recuperação”, assente na “drenagem linfática e repouso após cirurgia”. A aceitação foi tão grande que esse espa-ço oferece, hoje em dia, um vasto leque de tratamentos na área da estética, no-meadamente a harmonização facial com ácido hialurónico (BOTOX) e lif-ting de pele.

www.bonfante.pt

vai possibilitar aos nossos parceiros manterem os seus atletas sem proble-mas orais, ajudando-os na conquista de melhores resultados”.

Apostar na evoluçãoUma vez referido o modus operandi,

atente-se agora na heterogeneidade de serviços aqui disponibilizados. “Na Bon-fante Dental Clinic abraçamos um largo leque de especialidades e tratamentos, como a Implantologia, as várias técni-cas de Ortodontia – em que nos foca-mos essencialmente na técnica Invisa-lign”, introduzem os diretores clínicos, antes de acrescentarem que “temos a mais alta tecnologia para realizar uma Reabilitação Oral em pouco tempo e com a maior comodidade para o pa-ciente”. Paralelamente, existe o devido espaço para consultas de “todas as ou-tras especialidades da Medicina Dentá-

ria, como a Endodontia, em que possuí-mos também as últimas novidades no que toca à sua tecnologia”.

Tão valorizado quanto o investimento nos mais recentes avanços técnicos e ino-vações do mercado é a aposta numa equi-pa de profissionais sempre a par dos no-vos paradimas da sua profissão. “Hoje e sempre, procuramos estar atualizados e acompanhar sempre a evolução do se-tor”, num esforço para garantir que todo e qualquer paciente tenha acesso ao mais perfeito dos sorrisos. É, de resto, na pros-secução desse objetivo que “os profissio-nais da Bonfante Dental Clinic estão em constante atualização e aprendizagem dentro de ‘casa’, pois temos o segmento da Bonfante Advanced Training, onde partilhamos cursos internacionais e na-cionais com os colegas”, lembram os nos-sos interlocutores.

Por outro lado, e falando mais concre-tamente sobre duas das especialidades de

Henry Schein: um parceiro e uma garantia de sucesso

Hoje em dia, a Bonfante Dental Clinic trabalha com vários parcei-ros para o alcance de uma estrutu-ra com alta tecnologia. A Henry Schein é, nesse sentido, um dos seus principais parceiros, suprin-do a clínica com todos os mate-riais e equipamentos da mais alta tecnologia existentes no mercado – desde os Scaners intraorais às fresadoras, impressoras 3D, mi-croscópios, TAC, ou materiais de consumo diário, permitindo que este espaço de saúde oral, através de um único parceiro, tenha ma-teriais de elevada qualidade e as-suma a inovação no mercado.

A Bonfante Dental Clinic está, neste momento, a implementar um software de gestão clínica dos mais avançados do setor: o Info-med, fornecido pela Henry Schein. Esta tecnologia permitirá extinguir o uso de papéis na clíni-ca e possibilitar uma análise finan-ceira e de gestão transversal e on-line. Ela possibilitará, também, uma maior interação com os pa-cientes e mais rapidez nos proces-sos, assegurando que os profissio-nais possam dedicar uma quanti-dade de tempo ainda maior aos pacientes.

Saúde Centro Clínico Santos Ferreira8

Abr2018

Ortodontia é uma especialidade da medi-cina dentária que faz o diagnóstico através do estudo e da interpretação cefalométrica, utilizando Rxs como a Telerradiografia late-ral e a Ortopantomografia, assim como a elaboração do plano de tratamento das alte-rações dentárias e das disfunções dentofa-ciais a corrigir, como por exemplo: dentes tortos, diastemas (espaços abertos entre os dentes), falta de espaço, agenesias (ausên-cias de dentes nas arcadas dentárias), tração de dentes inclusos, discrepância entre os maxilares, etc.

A Ortodontia procura gerar harmonia en-tre os dentes, os lábios e os ossos maxilares, com o pressuposto de aliar a função à esté-tica. Uma especialidade cada vez mais pro-curada numa sociedade que atribui grande valor ao aspeto físico dos indivíduos, princi-palmente no desempenho de profissões que exigem contato com o público.

Esta é uma especialidade muito vasta que exige uma atualização constante. Foi com esse intuito que a nossa interlocutora, médi-ca dentista com mestrado e pós-graduação em Ortodontia, marcou presença, em 2015, numa formação intensiva na Funda-ção Tweed (Charles H. Tweed International Foundation), nos EUA. Aí integrou uma equipa composta por ortodontistas de todo o mundo, tendo a oportunidade de aprimo-rar os seus conhecimentos com alguns dos mais aclamados nomes da Ortodontia ame-ricana.

de pessoas por não ser visível a distân-cias sociais. Falamos de um tratamento que responde a um grande nível de tec-nologia e minúcia. Os moldes são cuida-dosamente feitos e enviados para os EUA, onde serão digitalizados através de uma imagem computarizada em 3D; mediante a análise computacional dos mesmos é planeado o tratamento e cria-do um pack de goteiras, que se chamam aligner, a aplicar durante o tratamento ortodôntico. Um tratamento completo

demora, geralmente, entre 9 a 18 me-ses dependendo de caso específico.

A Dra. Sandra Santos também trabalha com outros sistemas, como por exemplo, o  DAMON®SYSTEM que também está muito em voga. Este sistema funciona através de um sistema de baixa fricção, que tem tido bastante procura e revelado excelentes resultados num menor espaço de tempo. Além disso, as consultas de controlo decorrem em períodos mais es-paçados (dois em dois meses).

OrtodontiaEm traços gerais, podemos dividir a Or-

todontia em três grandes áreas: Ortodon-tia Preventiva; Ortodontia Intercetiva; Or-todontia Fixa.

Alguns problemas dentários, como a má oclusão, podem ter origem hereditária e/ou em hábitos parafuncionais. Como hábitos parafuncionais, podemos referen-ciar o uso prolongado de chupeta ou de biberão, hábito de roer canetas, colocar o dedo na boca, interposição da língua, etc. Nem só os hábitos parafuncionais e altera-ções genéticas podem interferir no corre-to crescimento do rosto e dos dentes, os problemas de caráter respiratório também podem provocar severas alterações na ca-vidade oral. Conscientes desta realidade são cada vez mais os pais que procuram o apoio do ortodontista numa ação preven-tiva que pode evitar o uso de aparelho or-todôntico fixo ou minimizar as alterações dentárias ou esqueléticas. Porém, “por ve-zes a ansiedade é tão grande que não se apercebem que há um momento para as coisas acontecerem. Na Ortodontia os passos têm que ser realizados com calma e no momento próprio”, explica a Dra. Sandra Santos. Nem sempre se pode ini-ciar um tratamento ortodôntico com a co-locação de um aparelho ortodôntico fixo, cada caso é um caso e deve ser abordado de forma diferenciada – Ortodontia inter-cetiva.

Para que todos os processos tenham o melhor fim é necessário que as crianças sejam seguidas o mais cedo possível pelo médico dentista.

Fora do universo da Ortodontia infan-til, hoje são cada vez mais os adultos que decidem colocar aparelho ortodôntico. Estes pacientes procuram uma alternati-va ao aparelho ortodôntico fixo conven-cional, optando frequentemente pela Ortodontia “Transparente”. Neste cam-po o INVISALIGN® revela-se inovador e tem conquistado um crescente número

Dada a amplitude de áreas que abrange, a Medicina Dentária divide-se em especialidades. No Centro Clínico Santos Ferreira, a Dra. Sandra Santos tem-se especializado em Ortodontia.

Nunca é tarde para alcançar o sorriso perfeito

Rua Godinho, 676 • 4450-147 MatosinhosT. +351 229 350 097 • [email protected]

Passos fundamentais em ortodontiaA profissional explica-nos a importância de reunir a informação necessária para

se escolher o tratamento mais indicado para o paciente – “um diagnóstico mal pla-neado pode alterar o perfil mole do paciente”, nesse sentido é fundamental, numa primeira consulta fazer a recolha de material. Falamos de fotos extraorais (face, per-fil direito e esquerdo), fotos intraorais, RX- ortopantomografia e telerradiografia – es-tes exames concedem as medidas cefalométricas necessárias para fazer o plano de tratamento e perceber se o caso é cirúrgico ou não cirúrgico. Nessa consulta são fei-tos os moldes à maxila e à mandíbula assim como registo de mordida. “Sem este ma-terial o ortodontista não pode iniciar o seu trabalho”, sublinha a médica dentista, que revela efetuar os mesmos passos findo o processo por forma a obter um termo de comparação – “este é um tratamento médico e tem que ser conduzido com essa se-riedade”, reitera.

Posteriormente, numa segunda consulta, analisados os dados é feita a apresenta-ção do estudo ao paciente (tipo de má oclusão que apresenta, qual o tratamento ade-quado, custos associados, etc.). Durante o tratamento, novas fotos são tiradas a ca-da consulta, de forma a manter o registo da evolução. No final, o paciente segue com uma série de recomendações e boas práticas, sendo aconselhada a visita regu-lar ao ortodontista.

Alerte-se que se os dentes tendem a movimentar-se ao longo da vida, numa pes-soa que se sujeitou a um tratamento ortodôntico a probabilidade é aumentada. Nes-se sentido é fundamental que os pacientes respeitem as normativas dadas pelo orto-dontista, utilizando corretamente os aparelhos de contenção superior e/ou inferior (fixa ou amovível). De seis em seis meses é primordial realizar o controlo, sendo pos-sível atuar perante alguma irregularidade.

SaúdeAssociação Portuguesa de Psicanálise e Psicoterapia Psicanalítica 9

Abr2018

A Associação Portuguesa de Psicanálise e Psicoterapia Psicanalítica (AP) é uma or-ganização científica que assume a missão de formar psicanalistas e psicoterapeutas, assim como desenvolver e divulgar conheci-mento nestas áreas do Saber.

Perante a lacuna na formação e no de-senvolvimento do conhecimento sobre a Psicoterapia, em 2005, o Prof. Amaral Dias, em conjunto com outros psicanalistas e psicoterapeutas, onde se incluía a nossa interlocutora, criam a Sociedade de Psicote-rapia Psicanalítica que, em 2008, se integra na Associação Portuguesa de Psicanálise e Psicoterapia Psicanalítica, reunindo assim Carlos Amaral Dias, Coimbra de Matos e outros psicanalistas e psicoterapeutas des-contentes com as respostas existentes.

A comemorar dez anos de existência, Cristina Nunes adjetiva este percurso como “positivíssimo”. Falamos de uma associa-ção científica e profissional com mais de 300 associados (entre os quais cerca de 100 especialistas e mais de 20 didatas). Pa-

avançado de autores – Grupo de Estudos sobre o pensamento de Coimbra de Matos, Grupo de Estudos sobre o pensamento de Bion pelo olhar de Amaral Dias, Grupo de Estudos sobre o pensamento de Martin Hei-degger, Grupo de Estudos sobre o pensa-mento de Winnicott – que estão abertos a outros profissionais interessados.

A nossa interlocutora, como porta-voz destes profissionais, revela a preocupação permanente pela falta de intervenção do Estado, nomeadamente, na criação de me-didas que facilitem o acesso dos cidadãos a estes cuidados que preveniriam enorme-mente a doença mental e os enormes cus-tos desta no orçamento nacional. Tornar as consultas de psicoterapia acessíveis a todos é uma medida preventiva urgente.

Com o intuito de estreitar a sua relação com a sociedade civil, a AP, por via do me-canismo Bolsa Social, disponibiliza consul-tas de especialidade a preços mais inclusi-vos, ao mesmo tempo que enceta esforços “no sentido de alargar as parcerias com or-ganismos da administração pública e insti-

tuições de cariz social”. A presidente da AP reforça ser esta uma dimensão na qual pre-tendem apostar, dada a sua importância pa-ra a comunidade: “Queremos integrar e es-tar integrados, não queremos ser elitistas”.

X EncontroAtiva e interventiva, a AP tem apresenta-

do conferências com uma periodicidade mensal onde alguns associados, com grau de titular, ou autores estrangeiros, são convi-dados a comunicar trabalhos com nível de inovação. Tem realizado também com regu-laridade colóquios que primam pela descen-tralização, tendo passado por cidades como Régua, Coimbra, Évora e Ponta Delgada A par destas iniciativas, todos os anos a asso-ciação organiza um encontro nacional.

O X Encontro da AP subordinado ao te-ma “O Tempo: Análises do Passado, Vivên-cias do Presente e Sonhos do Futuro” vai decorrer entre os dias 20 e 21 de abril no Auditório da Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa. Contando com a participação de vários figuras da AP, assim como outros destacados convidados, como Maria Belo, Fernando Rosas ou Carvalho Rodrigues, “este tempo de reflexão, que vai ser o X Encontro subordinado ao Tempo, vai dar-nos a oportunidade de pensar sobre o passado e pensar para onde queremos ir”, comenta a presidente da AP.

A par deste evento decorrem as VI Jorna-das Clínicas, reflexão sobre um caso clínico por Amaral Dias, Ana Almeida e Conceição Almeida.

ra além de portugueses, destacam-se perso-nalidades oriundas, principalmente, do Bra-sil, mas também da Argentina e USA, des-tacados pensadores internacionais que se deslocam a Portugal a convite da associa-ção, tornando-se sócios correspondentes.

Como um dos objetivos que conduziu à sua criação, a formação começou a ser mi-nistrada pela AP em setembro de 2008, tendo obtido, com o tempo, o reconheci-mento da Ordem dos Psicólogos, da Fede-ração Portuguesa de Psicoterapia (FEPPSI) e, em termos internacionais, da Federação Internacional das Sociedades de Psicanáli-se. Cristina Nunes não deixa de salientar es-te percurso: “Temos crescido com dignida-de e com uma expansão enorme em ter-mos da aceitação e do reconhecimento na-cional e internacional. Somos, sem dúvida, um parceiro, inquestionavelmente, impor-tante a nível da Psicoterapia e da Psicanáli-se em Portugal”.

Os formandos da AP são psicólogos, psi-quiatras ou outros profissionais de saúde que demonstraram saber desenvolver-se co-mo pessoas e como profissionais por via da sua própria análise, ou através de psicotera-pia feita com um didata. Falamos, geral-mente de “pessoas preocupadas com a sua própria formação e em contribuir para uma sociedade melhor”. Nesse sentido, procu-ram um grupo de pertença onde podem re-fletir conjuntamente e crescer neste espírito de partilha e de reflexão.

Para além da formação, a AP aposta na reflexão desenvolvida em grupos de estudo

Em ano de comemoração do décimo aniversário da Associação Portuguesa de Psicanálise e Psicoterapia Psicanalítica, a presidente, Cristina Nunes, faz uma apresentação da associação e lança o convite para o X Encontro da AP.

A Psicanálise e a Psicoterapia Psicanalítica em Portugal

“A AP tem crescido a bom ritmo e cumprido a sua função, em ordem e progresso.”

“Ao fazer dez anos impõe-se uma avaliação. É um trabalho para depois deste décimo Encontro. Aos putativos críticos diremos: cal-ma, virão avaliadores externos.”

António Coimbra de Matos, presidente da Comissão de Ensino da AP

X ENCONTRO AP

O TEMPO ANÁLISES DO PASSADO

VIVÊNCIAS DO PRESENTE SONHOS DO FUTURO

Co-organização

Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa

20 e 21 de Abril 2018

Auditório da Faculdade de Psicologia

Universidade de Lisboa

Saúde 23ªs Jornadas de Cardiologia em Medicina Geral e Familiar10

Abr2018

Mantendo o mesmo objetivo desde 1995, este é um espaço de interação entre a Medi-cina Geral e Familiar (MGF) e a Cardiologia, de discussão e atualização de conhecimen-tos e de abertura para novos temas e áreas da Medicina. Este ano, para além das mesas relacionadas com temas práticos que são re-correntes e necessários discutir, teremos duas mesas para refletir e atualizar conheci-mentos. Esperamos alcançar ou ultrapassar o sucesso dos anos anteriores.

A primeira mesa, moderada pelo Sr. Prof. Dr. Luís Bronze e pela Sra. Dra. Helena Boavida, abordará o tema “Coração, Arté-rias e Metabolismo”, com casos clínicos que reproduzam o que os médicos encontram na sua prática clínica. Iremos ao encontro da necessidade de abordar o diagnóstico e as alternativas terapêuticas de situações, com destaque para a angina de peito no doente já revascularizado, a disfunção erétil no doente com hipertensão arterial e diabe-tes, ou a abordagem terapêutica das dislipi-demias em doentes com e sem aterosclero-se.

A segunda mesa abordará um tema desa-fiante para toda a classe médica e a saúde em geral. Com a moderação do Prof. Dr. Germano de Sousa, teremos o tema da “Medicina Personalizada – o futuro já come-çou”. A importância que a genética tem e que promete vir a ter no futuro – no que res-peita ao diagnóstico, identificação, caracte-rização e auxílio na decisão terapêutica – é

terno (DAE) e será feito um concurso e dis-tribuídos prémios para os melhores desem-penhos.

Discussão de postersA apresentação de posters é um momen-

to nobre destas Jornadas. Nem sempre é justamente reconhecida a importância do trabalho por detrás de um poster: é a capa-cidade de estar atento a questões clínicas, a curiosidade em estudar temas diferentes, a capacidade do ponto de vista científico em organizar e concretizar para chegar ao mo-mento da apresentação e discussão. Por is-so, também a atribuição de um prémio para os “melhores” posters tem a intenção de es-timular a continuação desta atividade.

2º Curso de Hipertensão ArterialA HTA continua a ser uma doença de

grande prevalência na sociedade e de im-portância na morbilidade e mortalidade car-diovascular. Com a colaboração de especia-listas clínicos, teremos a segunda edição do curso. Como o programa indica, privilegia--se a abordagem prática e direta de temas relacionados com a necessidade do profis-sional de saúde em saber diagnosticar, ca-racterizar e tratar a grande variedade de doentes com HTA: as crianças e grávidas, dos jovens aos muito idosos, até aos doentes com outras morbilidades, como a doença

coronária, valvular, diabetes mellitus, insufi-ciência renal.

Diálogo entre especialidadesNão é possível pensar que a saúde se faz

por segmentos profissionais estanques. O doente é um todo e tem de ser abordado como tal e a MGF ocupa uma posição es-tratégica fundamental, pelo que a estrutu-ração de um sistema de saúde tem de co-meçar por ela e a relação com outras es-pecialidades só pode trazer benefícios. To-dos ganhamos com estas relações profissionais, em conhecimentos, expe-riência e autoestima. Estas Jornadas já ul-trapassaram a relação entre a MGF e o Cardiologista, pois temos investido nou-tras áreas, como médicos de outras espe-cialidades, a Enfermagem e com os Técni-cos de cardio-pneumologia e de Imagiolo-gia Cérebro Cardiovascular.

Posto isto, gostaria de convidar todos os que se interessam por estas temáticas a es-tar presentes nas 23ªs Jornadas, que se rea-lizam na bela cidade de Olhão, num local maravilhoso “debruçado” sobre a Ria For-mosa e, em conjunto, podermos partilhar não só ciência, mas também momentos de conversa informal, encontros e emoções. Também gostaria de agradecer o apoio im-portante da indústria farmacêutica, que per-mitiu manter vivas as Jornadas de Cardiolo-gia e concretizar as atuais.

certamente um tema aliciante que interessa-rá a todos os que se dedicam a cuidar dos utentes.

Uma terceira mesa, sob minha responsa-bilidade e moderada pela Sra. Dra. Isabel Brak-Lamy, abordará um tema prático e de grande relevância: “Ecocardiografia na Hi-pertensão Arterial”, com a apresentação de Casos Clínicos. Com a ajuda de Televoter, será feita uma viagem abordando o tema da Hipertensão Arterial (HTA), da sua fisiopa-tologia e da importância que a ecocardiogra-fia tem no diagnóstico e estadiamento desta doença. Uma revisão sobre os objetivos da ecocardiografia, quando pedir o exame, co-mo interpretar e integrar a informação na decisão terapêutica será de grande utilidade para todos os que, no dia-a-dia, abordam os doentes com HTA.

As novas janelas terapêuticas que se abrem para o tratamento dos doentes com patologia valvular são o tema da quarta me-sa, da responsabilidade do Dr. Sílvio Leal - Novas abordagens na Terapêutica Valvular - “Estenose Aórtica” - Inserção Percutânea de Válvula Aórtica – TAVI e “Insuficiência Mi-tral” - “Clip Mitral”. A abordagem transcutâ-nea para colocação de prótese valvular aór-tica (sem necessidade de cirurgia cardiotorá-cica) será apresentada e discutidos os seus resultados atuais. Também o tratamento da insuficiência da válvula mitral através de no-vas tecnologias não cirúrgicas será outro te-ma atual e de grande interesse para todos os médicos que não lidam regularmente com estes procedimentos.

Por último, teremos uma área inovadora nestas Jornadas e de grande importância: o Suporte Básico de Vida. Teremos, em cola-boração com a Empresa Seni-Life e com a Fundação Portuguesa de Cardiologia, o “Challenge - Suporte Básico de Vida”. Aproveitaremos para sensibilizar os profis-sionais para a necessidade de formação em suporte Básico de Vida. Serão efetuadas si-mulações com desfibrilhador automático ex-

O Prof. Dr. José Coucello apresenta as 23ªs Jornadas de Cardiologia em Medicina Geral e Familiar, que decorrerão nos dias 25 e 26 de maio.

Uma ponte entre a Cardiologia e as outras especialidades médicas

Algarve, Olhão, Hotel Real Marina, 25 e 26 de Maio de 2018

23AS JORNADAS DE CARDIOLOGIAEM MEDICINA GERAL E FAMILIAR

SECRETARIADO E ORGANIZAÇÃOPrismédica - Departamento Médico de Congressos

Av. Miguel Bombarda, 61 - R/c Esq. 1050-161 Lisboa T. 21 358 43 80 | M. 91 849 44 68

[email protected] / www.prismedica.pt

Ensino

Ensino Universidade dos Açores12

Abr2018

Constituindo-se um dos pilares essen-ciais da autonomia dos Açores, a Univer-sidade dos Açores tem vindo a desempe-nhar um papel fundamental no desenvol-vimento socioeconómico da Região Au-tónoma dos Açores, em particular, pelo seu contributo central para a qualificação dos açorianos, e do país, em geral. Dou-torados, mestres, licenciados e outro pes-soal especializado encontram-se hoje a exercer as mais diversas funções nos ór-gãos de poder nacional, regional e local, em empresas e instituições públicas e pri-vadas e em institutos de investigação cien-tífica, no país e no estrangeiro.

Desde a sua fundação a Universidade dos Açores tem dado resposta às necessi-dades de qualificação dos residentes nos

com sucesso, num prazo de tempo curto e na respetiva área de formação.

Importa referir, ainda, que obviamente a Universidade dos Açores não pretende responder só às necessidades formativas da Região Autónoma dos Açores, e os seus cursos atraem estudantes provenien-tes de outras paragens, o que demonstra de alguma forma o alinhamento com a tendência de procura nacional e mesmo internacional.

A Universidade dos Açores conta, atual-mente, com cerca de 2700 estudantes, dos quais aproximadamente 80% prosse-guem licenciaturas e 18% pós-gradua-ções, mestrados e doutoramentos. O cor-po docente é composto por cerca de 220 professores e investigadores, 93% dos

quais são doutorados. Considerando uni-camente o universo constituído pelos do-centes integrados na carreira docente uni-versitária constata-se que cerca de 100% são doutorados.

Áreas e níveis de formação

Congregando valências de ensino uni-versitário e politécnico, a Universidade dos Açores conta hoje com quatro facul-dades, duas escolas politécnicas e doze unidades de investigação e desenvolvi-mento, nas áreas das Ciências Sociais e Humanas, da Economia e da Gestão, das Ciências e Tecnologias, das Ciências Agrárias e do Ambiente e da Saúde. Nes-te âmbito, oferece atualmente 27 licen-ciaturas, 11 pós-graduações, 29 cursos de mestrado e nove de doutoramento, as-sim como cinco cursos técnicos superio-res profissionais. Alguns dos cursos de graduação são oferecidos no âmbito de convénios de colaboração interuniversitá-ria, nomeadamente com as Universidades de Lisboa e do Porto, assim como com o ISCTE - IUL.

Açoriana por natureza, Atlântica por geografia e vocação e Universal por missão, a Universidade dos Açores sou-be edificar laços científicos e culturais intrailhas e interilhas, e ao mesmo tem-po potenciar a relevância que a sua na-tureza atlântica lhe confere: uma verda-deira ponte entre a Europa, as Améri-cas e outras geografias do saber, confir-mando que, nela, a Scientia Lucet, como afirma no seu lema.

Colhendo no meio circundante moti-vo e inspiração para as atividades que desenvolve, a Universidade dos Açores afirma-se como instituição de referência no ensino e na investigação das ques-

Açores, quer daqueles que completam os respetivos estudos secundários e transi-tam de imediato para a Universidade, quer de ativos já inseridos no mercado de trabalho e que desejam adquirir compe-tências ao nível graduado ou pós-gradua-do.

A comprovar a relevância e a capacida-de de resposta às necessidades da Região deve atender-se ao facto de numerosos quadros que exercem a sua atividade pro-fissional nos setores público e privado nos Açores serem antigos alunos da institui-ção. Por outro lado, a caracterização da empregabilidade dos recém-licenciados pela Universidade dos Açores evidencia que a grande maioria dos graduados con-seguem inserir-se no mercado de trabalho

A Universidade dos Açores é uma instituição relativamente jovem no contexto das instituições de ensino superior portuguesas. Fundada em 1976, a instituição tomou o nome do Arquipélago onde se localiza e possui polos nas ilhas de São Miguel, Terceira e Faial.

“Açoriana por natureza, Atlântica por geografia e vocação e Universal por missão”

EnsinoUniversidade dos Açores 13

Abr2018

MobilidadeOs principais fatores diferenciadores da

Universidade dos Açores, assim como a qualidade do ensino e investigação levada a cabo, explicam a atração de um núme-ro crescente de estudantes estrangeiros, polvilhando os seus campos com tonali-dades culturais e sonoridades linguísticas diversas. Nos últimos quatro anos, as mo-bilidades incoming de estudantes estran-geiros aumentaram 135%, com alunos

tões insulares, marítimas e transatlânti-cas, em todas as suas dimensões. Na ri-queza dos ambientes naturais insulares e marinhos, os seus investigadores e es-tudantes encontram espaço e oportuni-dade para o aprofundamento do conhe-cimento em áreas que vão da biodiversi-dade, à biotecnologia, da agricultura à pecuária, dos recursos geológicos aos energéticos. No enquadramento geo-gráfico e geodinâmico do Arquipélago, encontram um laboratório natural privi-legiado para o estudo e acompanha-mento de fenómenos e riscos naturais, nas áreas da vulcanologia e da sismolo-gia, da climatologia e da meteorologia, e do seu impacto ambiental, social, eco-nómico e cultural.

DiferenciaçãoAs mais-valias de estudar na Universi-

dade dos Açores podem ser analisadas a vários níveis, na medida que decorrem das especificidades da instituição, da qua-lidade dos seus equipamentos e da sua in-serção geográfica.

A média dimensão da instituição é uma vantagem acrescida para os seus estudantes, possibilitando uma maior interação professor-aluno, assim como um estudo mais acompanhado. A quali-ficação do corpo docente é muito eleva-da, com professores na esmagadora maioria habilitados com o doutoramen-to, e as atividades letivas são levadas a cabo num ambiente enriquecido por in-vestigação científica de relevo. As in-fraestruturas, assim como os equipa-

provenientes de 26 países, em particular de Itália, Polónia, EUA, República Checa, Roménia, Turquia, Grécia, França e Ale-manha. São sem dúvida mais os estudan-tes que procuram a Universidade dos Açores do que os que saem para o estran-geiro, mas os números revelam um au-mento significativo do interesse dos seus estudantes numa experiência académica no estrangeiro, na ordem dos 116% no mesmo período. São destinos preferen-ciais a Espanha, Polónia, os EUA, Itália Roménia, Grécia, República Checa, Estó-nia e Lituânia.

Investigação e Desenvolvimento

A Universidade dos Açores conta com dois institutos de investigação, respetiva-mente nas áreas da vulcanologia e riscos geológicos e das ciências agrárias e do ambiente. Possui, ainda, cerca de uma dezena de centros e núcleos de investiga-ção e desenvolvimento, em áreas diversas como a biodiversidade e biotecnologia, as humanidades, a história, a economia, as ciências sociais, e-saúde e estudos da criança e do adolescente.

mentos de apoio, nomeadamente bi-bliotecas, laboratórios, cantinas e resi-dências estudantis, são modernos, alicerçando um ambiente académico frutuoso e enriquecedor para os alunos.

A inserção geográfica nos três princi-pais centros urbanos do Arquipélago dos Açores, nomeadamente Ponta Delgada, Angra do Heroísmo e Horta, e os seus polos aprazíveis e de fácil acesso, são também fatores que justificam a escolha da Universidade dos Açores para prosse-guir estudos.

Por fim, não é demais relembrar que os Açores constituem um verdadeiro labora-tório natural nalgumas áreas de estudo, como por exemplo nas ciências naturais e do ambiente, nas ciências do mar e nas ciências agrárias, o que muito favorece as dimensões experimental e prática do en-sino ministrado.

Ensino Universidade da Madeira14

Abr2018

Nestes quase 30 anos de existência, a UMa pode orgulhar-se de estar cada vez mais enraizada na sociedade madeirense, tendo já formado milhares de alunos, muito dos quais nunca teriam acesso a um curso superior se a Universidade não existisse.

“É fundamental que os Governos da República e da Região disponibilizem os meios necessários, nomeadamente finan-ceiros, para que a UMa possa cumprir a sua missão, seja garantindo a possibilida-de de acesso aos fundos estruturais em

datos provenientes do ensino secundário. Estes cursos têm uma faceta mais imedia-tista, dando resposta a solicitações indivi-duais ou institucionais que consideram uma mais-valia a aprendizagem ao longo da vida e a atualização e aquisição de no-vos conhecimentos e competências.

A UMa procura contribuir para o de-senvolvimento equilibrado da Região e para as aspirações e aptidões diversas dos seus cidadãos, oferecendo cursos nas principais áreas do saber, nomeadamente no que respeita aos ciclos de estudos de formação inicial.

Sem prejuízo da indispensável manuten-ção desta formação transversal, a Universi-dade pretende diferenciar-se em áreas e ei-xos estratégicos essenciais para a RAM, co-mo, por exemplo: turismo, conservação da natureza e biodiversidade, agroalimentar, energia e alterações climáticas, mar e eco-nomia azul, saúde, bem-estar e envelheci-mento saudável, TIC e competências digi-tais. De entre todas estas áreas, assume particular importância o desenvolvimento das competências digitais e o reforço das

atividades de formação, investigação e valo-rização do conhecimento nas áreas do turis-mo e da saúde.

Oferta Formativa A UMa oferece todos os graus de ensi-

no superior (licenciaturas, mestrados e doutoramentos), bem como cursos técni-cos superiores profissionais, estes no âm-bito das suas escolas politécnicas.

A instituição cobre as principais áreas científicas universitárias, no quadro das suas Faculdades: Faculdade de Artes e Humani-dades (Arte e Design; Línguas, Literaturas e Culturas; e Psicologia), Faculdade de Ciên-cias Exatas e da Engenharia (Engenharias Civil, Eletrotécnica e Informática; Física; Matemática; e Química), Faculdade de Ciências Sociais (Ciências da Educação; Educação Física e Desporto; Economia e Gestão) e Faculdade de Ciências da Vida (Biologia e Ciclo Básico de Medicina). A UMa oferece ainda cursos politécnicos na Escola Superior de Saúde e na Escola Supe-rior de Tecnologias e Gestão.

condições de equidade com as suas con-géneres, seja implementando mecanis-mos compensatórios para as universida-des situadas em territórios com maior difi-culdade de atração de estudantes e com custos de formação superiores, e demais dificuldades acrescidas das regiões ultra-periféricas”, alerta o reitor, Professor Jo-sé Carmo.

A afirmação e sustentabilidade da Uni-versidade da Madeira assentam em duas vertentes fundamentais: internacionaliza-ção e capacidade de se constituir como um dos motores do desenvolvimento so-cial, cultural e económico da RAM.

A UMa contribui desta forma para o re-forço da cidadania ativa, da coesão social e da realização pessoal, no sentido da consolidação dos avanços nas diversas áreas do saber, com o objetivo de trans-formar a sociedade numa verdadeira so-ciedade do conhecimento. Assim, dispo-nibiliza também uma oferta direcionada para o público não tradicional, que inclui grupos com expetativas sociais, profissio-nais e académicas distintas das dos candi-

A Universidade da Madeira (UMa) foi criada em 1988, fazendo 30 anos em setembro de 2018. Em 1989/90, a instituição iniciou o seu primeiro curso, a licenciatura em Educação Física e Desporto, e, a 13 de maio de 1996, viu os seus primeiros estatutos serem homologados.

30 anos a formar quadros qualificados da Madeira para o Mundo

EnsinoUniversidade da Madeira 15

Abr2018

A partir do presente ano letivo, a UMa passou a oferecer três licenciaturas leciona-das em língua inglesa: Eng. Civil, Eng. Ele-trónica e Telecomunicações, e Matemática. Estes cursos estão a ser frequentados por estudantes nacionais e internacionais, no-meadamente da Província do Free State da África do Sul. As restantes licenciaturas mantêm-se lecionadas em português, pro-curando-se, no entanto, aumentar a sua procura por parte de estudantes internacio-nais e, em particular, oriundos de países da CPLP e da diáspora.

A Universidade dispõe igualmente do mestrado de Nanoquímica e Nanomate-riais, lecionado em inglês, com uma liga-ção privilegiada à Universidade de Don-ghua (China).

Oferece, ainda, dois doutoramentos que resultam de parcerias internacionais: Ilhas Atlânticas: História, Património e Marco Jurídico-Institucional, em associação com

I&DA Universidade dispõe de três Centros

de Investigação FCT, nas áreas da Educa-ção (CIE), Interação Humano-Computa-dor (M-ITI) e Química (CQM), e participa em 5 centros partilhados, nas áreas do Desporto, Economia, Física dos Plasmas, Matemática e Saúde.

Existem ainda outros grupos de investi-gação em áreas como Agroalimentar, Bo-tânica, Biodiversidade, Genética, Huma-nidades, Mar, Psicologia, entre outras.

Para efeitos da transferência de conhe-cimento para a sociedade, é fundamental a colaboração estreita que se tem manti-do com a generalidade dos laboratórios regionais e outros organismos públicos dedicados a investigação, desenvolvimen-to e inovação.

Neste sentido poderemos referir que a UMa participa em várias redes internacio-nais e gere 34 projetos de investigação de diversos programas de financiamento (FCT, Fundação Bial, Horizonte 2020, ERASMUS+ - KA2, ARDITI, PCT-MAC 2014-2020, Madeira 14-20, Madeira 14-20 – PROCIÊNCIA, INTERREG-ATLAN-TIC), num montante global de cerca de seis milhões de euros; e 6 projetos de mo-bilidade financiados pelo Programa Eras-mus e pelo Banco Santander Totta, num montante global de meio milhão.

as Universidades de La Laguna, de Las Pal-mas de Gran Canaria, e dos Açores; e Lite-ratura e Cultura Insulares, em associação com as Universidades dos Açores, de Pas-quale Paoli da Córsega e o INLCO da Uni-versidade de Sorbone-Paris.

A existência de estudantes estrangeiros na UMa, para além de outros benefícios, permite um contacto muito enriquecedor entre estudantes com diferentes culturas e vivências. Por sua vez, a saída dos seus es-tudantes durante um semestre, ou um ano, em mobilidade, contribui, ainda, para a di-vulgação da UMa e para o aumento da con-fiança dos nossos alunos, em si e na quali-dade da formação que receberam.

No que diz respeito à investigação cien-tífica, a UMa tem demonstrado grande capacidade de integrar os seus docentes em projetos com parcerias internacionais que muito contribuem para a visibilidade tanto da Instituição quanto da Madeira.

Mobilidade incoming e outgoing

- Incoming: cerca de 75 alunos (cor-respondente a 2,7% dos alunos regula-res) e entre 20 e 30 docentes e funcio-nários, por ano académico;

- Outgoing: em 2017/2018, saíram 50 alunos, 12 docentes e 7 funcioná-rios; e 30 estágios.

Principais destinos e origens dos alu-nos Erasmus: Eslovénia, Espanha, Itá-lia, República Checa e Polónia.

“É fundamental que os Governos da República e da Região disponibilizem os meios necessários, nomeadamente financeiros, para que a UMa possa cumprir asua missão”

Ensino Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa16

Abr2018

A Faculdade de Direito da Universi-dade de Lisboa (FDUL), fundada em ju-nho de 1913, encontra-se instalada desde 1958 no campus da Cidade Uni-versitária. A FDUL é, pois, uma insti-tuição centenária, sendo, indiscutivel-mente, quase desde a sua fundação, a maior Faculdade de Direito do país, atualmente com mais de 4000 alunos e com um corpo docente que ultrapassa as duas centenas, dos quais mais de cem são doutorados.

Na FDUL formaram-se juristas rele-vantes, de entre os quais se contam três Presidentes da República (Mário Soa-res, Jorge Sampaio e Marcelo Rebelo de Sousa) e nove chefes do Governo (Afonso Costa, Marcello Caetano, Ade-lino da Palma Carlos, Francisco Sá

fundamento do conhecimento e a ino-vação, e assentando na liberdade inte-lectual e científica.

A FDUL caracteriza-se por ser uma escola tradicionalmente direcionada pa-ra a licenciatura. Mas nos últimos anos foi possível enveredar pelo caminho da investigação e pela aposta nos 2.º e 3.º ciclos de estudos. A aposta em novos Mestrados e Doutoramentos e em con-teúdos inovadores e únicos no panora-ma académico nacional é revelada, des-de logo, no novo quadro regulamentar, aprovado em abril de 2016 e que en-trou em vigor no ano letivo 2016/2017. Todas as aulas de Mestrado e de Douto-ramento são lecionadas por Doutores em Direito da área respetiva, que re-presenta uma garantia da qualidade da oferta formativa.

Na oferta pós-graduada que, como referido, tem sido uma aposta desta Fa-culdade nos últimos anos, cabe aludir ao Mestrado em Direito e Prática Jurí-dica e ao Mestrado em Direito e Ciên-cia Jurídica. Para cada um destes ciclos de estudo passaram a constar várias es-pecialidades, que podem ser consulta-das em www.fd.ulisboa.pt. Acresce ain-da uma variedade de Cursos de Pós--graduação – não inseridos nos 2.º e 3.º ciclos mencionados – organizados pelos diferentes Institutos e Centros de investigação da FDUL. Nesses cursos são abordadas matérias nem sempre explanadas em ciclos de estudos, como arbitragem, exploração petrolífera ou aproveitamento de recursos hídricos, assim como questões jurídicas tradicio-nais, no âmbito fiscal, penal ou laboral.

Sendo a maior faculdade de Direito do país em número de alunos e docen-tes é também a faculdade onde há tradi-cionalmente uma maior participação

dos alunos na vida académica, com uma associação de alunos centenária e especialmente ativa (a AAFDL), e em que se verifica uma efetiva e constante participação dos alunos nos órgãos de gestão da Escola. Acresce ainda o pa-pel relevante da Associação de Antigos Alunos da Faculdade de Direito, que tem promovido várias ações de interli-gação com a sociedade e de promoção dos licenciados por esta Escola.

Estão em fase de lançamento obras de alargamento e de remodelação dos edifícios da FDUL, mais concretamente de ampliação da biblioteca e de reestru-turação energética.

A terminar cabe fazer menção à in-ternacionalização da Faculdade de Di-reito. Ainda que o Direito tenha um cunho particularmente nacional, os alu-nos da FDUL, ao abrigo do programa Erasmus têm acesso à maior rede de Faculdades de Direito, com destaque para Faculdades de Direito da União Europeia, mas igualmente em outros continentes, como América do Sul e Ásia, onde podem cursar um semestre ou mesmo dois semestres letivos. Por outro lado, o número de estudantes es-trangeiros na Faculdade, nos três ciclos de estudos, ultrapassa as cinco cente-nas. É ainda de referir a cooperação ju-rídica – já histórica – nos países de lín-gua oficial portuguesa, onde têm sido ministrados cursos em associação com faculdades de direito desses países; e esta cooperação, que se tem realizado todos os anos, vai desde o Brasil, pas-sando pelos vários países africanos, até Goa, Macau e Timor.

Estudar Direito na FDUL – em qual-quer dos três ciclos de estudo ou nas pós-graduações – é uma aposta no futu-ro!

Carneiro, Francisco Pinto Balsemão, Mário Soares, José Manuel Durão Bar-roso, Pedro Santana Lopes e António Costa), a que acrescem insignes magis-trados, advogados e outros juristas. É relevante mencionar que, na área do Direito, a FDUL tem a menor taxa de diplomados desempregados do País, como decorre das estatísticas divulga-das pela Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência.

A Faculdade de Direito tem como missão criar, transmitir e difundir co-nhecimento e cultura no domínio das Ciências Jurídicas e das demais discipli-nas com elas conexas. No cumprimen-to da sua missão, a FDUL orienta-se pela tradição, rigor e inovação, preco-nizando a excelência do ensino, o apro-

A Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa é uma instituição de incontornável prestígio, dotada de uma ampla história e de uma oferta formativa de excelência, comprovada pelo cariz inovador dos seus cursos de Mestrado e Doutoramento.

Mestrados e Doutoramentos que elevam a arte do Direito

EnsinoFaculdade de Direito da Universidade de Lisboa 17

Abr2018

Mensagem do Prof. Doutor M. Januário da Costa Gomes (Professor Coordenador dos Estudos Pós-Graduados)

Enquanto Professor Coordenador dos Estudos Pós-Graduados da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, destaco, em especial, os cursos conferen-tes de grau disponibilizados para o ano letivo 2018-2019.

Avultam, neste domínio, os ciclos de estudo de Mestrado em Direito e Práti-ca Jurídica, de Mestrado em Direito e Ciência Jurídica e de Doutoramento. Em cada um destes ciclos há um amplo leque de especialidades, todas elas atentas – naturalmente em termos diferentes entre si – à complexa e viva realidade que é o Direito. Escolhido o ciclo e a especialidade, os mestrandos e os doutoran-dos podem, através das unidades curriculares de opção disponíveis, compor o “quadro curricular” da especialidade, sem quebra da sua identidade.

Um primeiro passo para uma boa escolha é a leitura atenta dos regulamen-tos, designadamente do Regulamento do Mestrado e do Doutoramento, em or-dem à identificação dos requisitos de candidatura e de frequência em cada ciclo de estudos. Imprescindível é também, conforme ensina a experiência, uma ta-refa de autoavaliação por parte do candidato, designadamente em termos de “perfil” ou vocação e também de disponibilidade. Essencial será ainda uma “au-torresposta” ao “porquê e para quê” do curso pós-graduado de que se trate.

A Comissão Científica dos Estudos Pós-Graduados está presente para, dentro das suas competências, auxiliar os órgãos da Faculdade e os estudantes, contri-buindo, assim, para que a formação e os graus conferidos pela Faculdade de Di-reito da Universidade de Lisboa continuem marcados pelos timbres da exigên-cia, da qualidade e da excelência.

O parecer dos alunos do Mestrado em Direito e Prática Jurídica, do Mestrado em Direito e Ciência Jurídica e do Doutoramento em Direito

Tanto na licenciatura, como nas pós--graduações e nos cursos de mestrado e de doutoramento, o ensino na Facul-dade de Direito da Universidade de Lis-boa resume-se numa palavra: excelên-cia. Quanto ao curso de doutoramento em particular, é a escolha certa para quem, num mercado cada vez mais exi-gente, pretenda uma formação de ele-vadíssimo rigor científico. (Tiago Ser-rão, Assistente Convidado e Douto-rando da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa)

O estudo da Ciência do Direito em Portugal é reconhecido mundialmente por sua qualidade e tradição. A escolha pela Faculdade de Direito da Universi-dade de Lisboa foi decorrente de uma análise apurada sobre a credibilidade e resultados da Instituição. Acredito que a formação oferecida pela Faculdade é séria, renomada e essencial no desen-volvimento da carreira acadêmica. (Paolla Bertoloze, Mestranda em Di-reito e Ciência Jurídica da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa)

Prosseguir o 2.º ciclo de estudos na FDUL configura um certificado de qua-lidade na nossa formação académica. A exigência e um corpo docente ímpar, firmará em cada aluno e ex-aluno a marca da excelência. (João Martinho Marques, Mestrando em Direito e Prática Jurídica da Faculdade de Di-reito da Universidade de Lisboa)

Ensino Departamento de Economia, Gestão, Engenharia Industrial e Turismo da Universidade de Aveiro18

Abr2018

Visitamos aquele que se apresenta co-mo o maior departamento da Universida-de de Aveiro, revelando nos últimos anos um crescimento suportado por “indicado-res excecionais”, que abrangem quer o número de alunos (1400) como os índices de investigação e internacionalização.

Atualmente o DEGEIT mantém em fun-cionamento três licenciaturas (Economia, Gestão e Turismo), quatro mestrados (Economia, Gestão, Sistemas Energéticos Sustentáveis e Turismo), um mestrado in-tegrado em Engenharia e Gestão Indus-trial, seis programas doutorais (Ciências Económicas e Empresariais, Contabilida-de, Engenharia e Gestão Industrial, Mar-keting e Estratégia, Sistemas Energéticos e Alterações Climáticas, Turismo) e um Curso de Formação Avançada em Turis-mo.

Carlos Costa, diretor do departamento, reeleito no final do ano transato, avança

passado, o diretor entende que “deverão ser acrescentadas novas políticas suscetí-veis de fazer com que o ‘Ciclo de Vida do Produto DEGEIT’ não entre numa fase de estagnação ou mesmo de declínio. Bem pelo contrário, deverão ser feitas apostas inteligentes que assegurem a continuação do processo de crescimento que vem do passado e revitalizem a UO para que esta possa encarar o futuro de uma forma

proativa e com novas soluções para as novas realidades económicas, sociais e ci-vilizacionais”. Para que se possam atingir estes objetivos é necessário criar-se um novo quadro de crescimento, que deve to-mar em consideração a capacidade de carga física do edifício; a capacidade dos seus recursos humanos; a atual elevada dimensão em termos de oferta formativa; e os objetivos de excelência que têm vin-

para este novo ciclo que, defende, deverá ser entendido “como uma fase de cresci-mento, consolidação e rentabilização do trabalho que foi lançado nos últimos anos”.

Tendo em consideração a atual dimen-são do DEGEIT e a necessidade de asse-gurar que o crescimento no futuro se faça de forma sustentada e que venha qualifi-car ainda mais o trabalho produzido no

Em ano de comemoração do seu 30º aniversário o Departamento de Economia, Gestão, Engenharia Industrial e Turismo (DEGEIT) da Universidade de Aveiro revela índices de crescimento que reforçam a sua posição de Escola reconhecida dentro das suas áreas de Saber.

“Bons alunos fazem boas escolas”

N.º de candidatos ao DEGEIT Rácio candidaturas/vagas

“Se criarmos sistemas abertos, sem medo da concorrência, tornamo-nos mais atrativos. O movimento é para fora e para dentro. Temos conseguido fazer isso com grande sucesso”.

EnsinoDepartamento de Economia, Gestão, Engenharia Industrial e Turismo da Universidade de Aveiro 19

Abr2018

vê-se que o número de alunos inscritos nos programas doutorais atinja, nos pró-ximos anos, as duas centenas.

Estes doutoramentos possibilitam à ins-tituição destacar-se como centro de co-nhecimento e de investigação de alto ní-vel, à escala mundial, favorecendo o re-forço de uma rede de parcerias que se es-tendem desde as empresas, passando pelas associações industriais até outras instituições de vários quadrantes – recen-temente, as associações empresariais do Turismo sentaram-se para definir qual a estratégia que devem seguir no futuro e decidiram aliar-se à Universidade de Avei-ro, nomeadamente ao DEGEIT, como re-conhecido centro de conhecimento. Esta posição permite ao departamento “che-gar às empresas, criar emprego e desen-volver projetos voltados para a prática. Os alunos têm assim que aprender e sa-ber resolver. Se conseguirmos ensinar e eles conseguirem aprender a resolver pro-blemas então temos aqui a fórmula cer-ta”, reforça Carlos Costa.

O conceito passa assim por revelar uma arquitetura e um posicionamento que possibilite ao departamento, “como num jogo de xadrez”, manter-se no centro de uma rede “de pessoas, de universidades, de académicos e de conhecimento”, criar ligações para todas as áreas e com isso evoluir. Dentro desta estratégia está a aposta na aquisição de novas bases de da-dos de apoio aos alunos – por exemplo, “da Organização Mundial do Turismo que permite o acesso a tudo o que é publica-do na área do Turismo”.

do a nortear a oferta de ensino e da inves-tigação realizadas.

“Afirmar o DEGEIT como uma escola incontornável na área da Economia e Gestão aplicada à (engenharia) indústria(l) e ao turismo” é o lema deste mandato. Para isso, é fundamental que os esforços erigidos assentem em dois grandes objeti-vos estratégicos: consolidação do trajeto de sucesso conseguido nos últimos anos nas áreas do ensino e da investigação, e criação de novos vetores de crescimento e de redescoberta do DEGEIT – criação de uma “Escola” de Doutoramento de re-ferência nas áreas de Economia, Gestão, Engenharia Industrial e Turismo; imple-mentação de uma rede de referência com as empresas e organizações; comunicar para o exterior e disseminar conhecimen-to.

No primeiro ponto é de realçar que “o DEGEIT se encontra numa fase muito po-

sitiva em termos de capacidade de atra-ção de alunos ao nível do 1º Ciclo e do Mestrado Integrado, sendo todas as vagas preenchidas na 1ª fase de candidaturas”. Os cursos ministrados no departamento têm também evoluído nos rankings nacio-nais (Universidades e Institutos Politécni-cos), encontrando-se Turismo habitual-mente posicionado entre o 1º e 2º luga-res; Gestão e Engenharia Industrial em 4º lugar; e Economia em 5º lugar. Assim, “todas as políticas deverão apontar no sentido de se continuar a trabalhar para se fazer cada vez mais e melhor na atra-ção em número e qualidade de alunos”, ressalva o diretor, afirmando que “bons alunos fazem boas escolas”. Igual cami-nho tende a ser apontado ao ensino ao nível do 2º Ciclo.

No último ponto, reflexo do trabalho de afirmação deste espaço “como escola de pós-graduação ao mais alto nível”, ante-

% de estudantes estrangeiros por ciclo de estudos

InternacionalizaçãoVetor de suma importância e revelador da

dinâmica global das instituições de ensino superior, a internacionalização tem lugar de destaque no plano estratégico do DEGEIT revelando percentagens acima da média da universidade. “O objetivo é ter mais e me-lhores alunos e abrir ao exterior”, sublinha Carlos Costa. Continuando: “Se criarmos sistemas abertos, sem medo da concorrên-cia, tornamo-nos mais atrativos. O movi-mento é para fora e para dentro. Temos conseguido fazer isso com grande sucesso”. Este facto é comprovado, por exemplo, pe-la percentagem de 48% de alunos estran-geiros que frequentam o programa doutoral em Turismo.

Este sucesso é fruto de um forte trabalho de incremento da imagem da cidade e da universidade além-fronteiras. Mais-valias que o departamento tem aproveitado de forma exemplar com a oferta alargada de programas doutorais, lecionados em inglês, que atraem pessoas de todo o mundo. Des-de a China, Brasil, Malásia, Filipinas e até Irão. “Aveiro está a crescer e a promoção da universidade é fortemente realizada por estes alunos. Este efeito da conectividade é excecional”, conclui.

Ensino Departamento de Engenharia Eletrotécnica e de Computadores da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto20

Abr2018

Apresentamos um departamento que foi ajustando a sua oferta formativa às necessi-dades e evolução da sociedade. Tendo co-meçado com a Energia, setor que revela inovação recente com a assunção das ener-gias renováveis, no ciclo da história o DEEC vê alargada a sua esfera de intervenção às telecomunicações e eletrónica e, mais tar-de, aos computadores. Já no final dos anos 70, alarga a sua oferta de formação com o aparecimento da área da automação, na se-quência daquela que ficou designada como a terceira revolução industrial.

Anualmente, o DEEC da FEUP forma 200 engenheiros por ano, profissionais muito requisitados pelo tecido empresarial que procura mão-de-obra especializada, facto que se pode comprovar pela adesão das empresas às feiras de emprego organi-zadas tanto pela Faculdade como pela sua

específicas. “Cumprimos estas três missões e os alunos beneficiam obviamente com is-so. Na engenharia não chega saber, é preci-so saber fazer, portanto, na vertente da in-vestigação, docentes, e discentes na parte final do curso, ganham competências a fa-zer engenharia moderna e a desenvolver conhecimentos e metodologias para proje-tar”, expõe Adriano Carvalho. Nesta tenta-tiva de ensinar a “saber fazer”, o nosso in-terlocutor explica que, no final de cada mes-trado integrado, os estudantes têm que criar um projeto de engenharia que é levado a validação e experimentação de modo a apurar se os protótipos desenvolvidos fun-cionam de acordo com os requisitos técni-cos de engenharia.

Toda a investigação gerada no DEEC concentra-se em três organismos. Adria-no Carvalho revela que a maioria dos pro-

jetos de investigação concebidos pelos docentes do departamento têm sede no INESC TEC, Instituto de interface da FEUP, numa ação multidisciplinar com in-vestigadores de outras áreas, nomeada-mente, a informática e a gestão.

Numa unidade interna surge outro nú-cleo de suma importância, o SYSTEC – Centro de Investigação em Sistemas e Tecnologias. Este centro tem uma ação muito focada nas áreas da robótica, indus-trial e autónoma, quer aérea quer subma-rina, da produção de energia renovável, e da mobilidade elétrica.

Por fim, numa terceira unidade, “dimen-sionalmente mais pequena, mas grande em termos internacionais”, no IT - Instituto de Telecomunicações trabalham no desenvol-vimento de sistemas inovadores nas áreas das telecomunicações.

Associação de Estudantes. Adriano Carva-lho realça a qualidade técnica destes jovens que, considera, ser uma das razões que leva grandes empresas internacionais a fixarem--se em Portugal: “Um dos maiores fabrican-tes de sistemas eólicos mundiais instalou em Matosinhos recentemente um centro de en-genharia e desenvolvimento de produto que prevê empregar 400 engenheiros. Esco-lhem Portugal não apenas com base em cri-térios económicos e financeiros, mas tam-bém técnicos”.

Aos docentes, enquanto elementos chave na dinâmica das instituições de ensino, compete a importante missão de ensinar, investigar e transferir conhecimento, auxi-liando as empresas na resolução de proble-mas práticos. São 80 os professores que in-tegram o DEEC, para além de alguns espe-cialistas convidados que ministram matérias

O Departamento de Engenharia Eletrotécnica e de Computadores da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto centra a sua atividade numa área de amplo espetro. Após conversa com o diretor, o Prof. Doutor Adriano Carvalho, revelamos alguns pontos diferenciadores desta instituição.

O motor do desenvolvimento económico centra-se nas Universidades

“Na engenharia não chega saber, é preciso saber fazer, portanto, na vertente da investigação, docentes e discentes ganham competências na parte final do curso a fazer engenharia moderna e a desenvolver conhecimentos metodológicos para projetar”.

EnsinoDepartamento de Engenharia Eletrotécnica e de Computadores da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto 21

Abr2018

transformação, auxiliando a manutenção da qualidade de serviço – recorde-se que as energias renováveis “do lado da oferta de energia elétrica” são inconstantes. Espera--se que esta solução possa ser aplicada tam-bém aos transportes.

Ainda neste campo, foi tornado público a entrada da FEUP num consórcio com o Grupo PSA Mangualde que está em pro-cesso de renovação da sua linha de pro-dução. A FEUP assume-se como parceiro principal na área da investigação e resolu-ção de problemas específicos.

De relevante destaque são também proje-tos no domínio da robótica com diversas empresas, em particular na robótica subma-

Importante ponte entre a investigação que se produz nestes centros e o mercado de trabalho é o UPTEC - Parque de Ciên-cia e Tecnologia da Universidade do Por-to, um dos melhores polos tecnológicos europeus, galardoado pelo desempenho, que serve de incubadora a mais de 100 empresas.

O diretor do DEEC fala com conheci-mento de causa sobre um mercado em que muitas empresas ligadas a indústrias tradicionais desapareceram, dando lugar a outras “modernas e competitivas”: “As empresas portuguesas estão a vender no mercado externo, alcançando níveis nun-ca vistos na nossa história, nomeadamen-te, no volume de exportações em percen-tagem do PIB. Isto não se deve apenas a medidas políticas ou aos empresários, mas também ao know-how e à qualidade dos profissionais formados nas universi-dades. Neste último ponto, falo com co-nhecimento de causa. Estamos a cumprir. A maior parte das empresas que sai daqui são de facto competitivas (UPTEC), os engenheiros que concorrem às empresas são tecnicamente muito bons e ajudam--nos a ser competitivos”.

Transferência de conhecimentoAbordando a questão da transferência de

conhecimento das universidades para as empresas, Adriano Carvalho toma como exemplo a questão da Energia. Contextuali-zando: Portugal tem 18 gigawatts de potên-cia instalada ao longo do país, entre ener-gias renováveis, gás, carvão, etc.

rina com as Forças Armadas, e da indústria 4.0, bem como nas áreas das telecomunica-ções e multimédia, nomeadamente em coo-peração com as operadoras e forte envolvi-mento no desenvolvimento da cidade inteli-gente e no domínio da biomedicina, em ar-ticulação com as escolas de Medicina.

Muitos projetos de menor dimensão têm forte impacto nas economias locais e são desenvolvidos com estudantes dos últimos anos. Destacamos como exemplo a desbac-terização de alimentos frescos para efeitos de conservação, uma área nova a que a en-genharia eletrotécnica pode trazer novas e sustentáveis soluções, com aplicação na descontaminação da castanha, em colabo-ração com a UTAD, cujos resultados serão significativos para a economia transmonta-na ou na do mel biológico cujos resultados serão relevantes no tratamento de feridas dos doentes diabéticos.

O DEEC revela-se assim uma institui-ção ativa que reforça a sua missão de ensinar com a componente prática e de apoio às empresas, quer desenvolvendo projetos conjuntos quer promovendo o lançamento de start-ups, quer transfe-rindo conhecimento numa área de am-plo espetro, contribuindo para uma for-mação em engenharia de elevada quali-dade.

“Se há 10 anos o peso da aquisição de carvão, gás e petróleo na balança de tran-sações correntes era muito elevado, o in-vestimento em energias renováveis está a permitir inverter esse panorama. Atual-mente, para além da energia hídrica, te-mos um terço da potência instalada de energia renovável – fotovoltaico, eólico e biomassa – e, acredito, dentro de 10 anos estaremos a exportar energia regular-mente”, prevê o diretor.

Entre inúmeros projetos realizados em parceria com empresas nacionais, o DEEC tem trabalhado nesta área. Adriano Carva-lho revela a parceria com a EFACEC e o Departamento de Engenharia Química, que tem como objetivo o desenvolvimento de tecnologia de baterias para a rede elétrica. “Esta é a nossa missão: o problema ainda não chegou, mas nós já o estamos a anteci-par”, sublinha Adriano Carvalho. Este con-sórcio permitiu criar uma solução de bateria que tem um tempo de vida muito maior, po-dendo ser aplicada nos atuais postos de Departamento de Engenharia

Eletrotécnica e de Computadores

Ensino Departamento de Engenharia Civil da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto22

Abr2018

O Departamento de Engenharia Civil (DEC) da Faculdade de Engenharia da Uni-versidade do Porto (FEUP) cumpre as três dimensões a que se propõe: ensino, investi-gação e transferência de conhecimento. Pa-ra responder aos desafios que se apresen-tam ao universo da Engenharia Civil, o de-partamento integra um importante espaço de cinco mil metros quadrados de laborató-rios, elemento fundamental no desenvolvi-mento da sua atividade nas três vertentes acima referenciadas.

EnsinoNo que concerne ao ensino, o DEC tem

vindo a alargar a sua oferta que “repousa-va”, essencialmente, no mestrado integrado de Engenharia Civil. Fruto da crise que se

captar um número crescente de alunos in-ternacionais, propósito presente no plano estratégico da instituição.

O objetivo centra-se assim na internacio-nalização do departamento, tendo para isso sido alargado o número de vagas para estu-dantes internacionais já a partir do primeiro ano de ensino, e que no próximo ano letivo ascenderá às 60. Para além de estudantes oriundos do Brasil e de outros países, o DEC iniciou um programa com a África do Sul que contempla a integração de 13 estudan-tes sul-africanos que já iniciaram o ano zero de adaptação à língua portuguesa e cultura europeia.

Também no próximo ano letivo o DEC vai inaugurar o ensino totalmente em inglês numa turma de primeiro ano do mestrado integrado. Estes esforços permitem com-

pensar “alguma falha momentânea de estu-dantes nacionais”, aproveitando todas as potencialidades do departamento. Silva Car-doso entende que a internacionalização me-rece um destaque no planeamento estratégi-co do DEC na medida em que confronta a instituição com novas realidades e instiga a sua dinâmica e evolução.

InvestigaçãoNo campo da investigação o DEC tem

colaboradores alocados a três organis-mos. Falamos do CONSTRUCT (Institu-to de I&D em Estruturas e Construções) vocacionado para investigação pluridis-ciplinar no domínio das infraestruturas e dos edifícios, do risco associados às construções, do desenvolvimento de no-

desenvolveu a partir do ano de 2008, o nú-mero de candidatos a Engenharia Civil pas-sou de 2500 para 300, facto que afetou to-dos os cursos a nível nacional, com menor incidência nas instituições do Porto e de Lis-boa. Pese embora o preenchimento de to-das as vagas, a DEC viu-se confrontado com a redução de vagas no mestrado integrado impulsionando o departamento a abrir a sua oferta – Mestrados em Planeamento e Pro-jeto Urbano, em Mecânica dos Solos e En-genharia Geotécnica, em Projeto Integrado na Construção de Edifícios, em Estruturas Engenharia Civil, em Gestão da Mobilidade Urbana e em Energias Renováveis Maríti-mas. O Prof. Doutor António Silva Cardo-so, diretor do DEC, revela que esta aposta, nomeadamente, o Mestrado em Planea-mento e Projeto Urbano, tem conseguido

A Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto é, entre outras áreas do saber, reconhecida pela qualidade do ensino ministrado no campo da Engenharia Civil. Esta visibilidade tem captado o interesse de um crescente número de estudantes internacionais, assim como fomentado a transferência de conhecimento para a sociedade civil. Uma Escola moderna, aberta e atenta aos atuais problemas da civilização que atende.

A ponte entre o ensino, a investigação e a aplicação do conhecimento

Para além de estudantes oriundos do Brasil e de outros países, o DEC iniciou um programa com a África do Sul que contempla a integração de 13 estudantes sul-africanos que já iniciaram o ano zero de adaptação à língua portuguesa e cultura europeia.

EnsinoDepartamento de Engenharia Civil da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto 23

Abr2018

so de Ética na Construção, instituído em associação com a AICCOPN - Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas, uma matéria importante no movimento de internacionalização das empresas.

Com regularidade o departamento sai das suas portas e através da iniciativa Sebentas d’Obra conduz o público em geral a visitas a obras de engenharia civil, com o apoio de profissionais e académicos das áreas de en-genharia e da arquitetura. A essas visitas es-tá associada uma publicação – a Sebenta d’Obra – em que se descreve com a profun-didade técnico-científica adequada o que foi observado.

vos materiais para a construção, da área da ferrovia, da observação e monitoriza-ção de estruturas e do património edifi-cado, e da gestão e manutenção das construções; do CITTA (Centro de In-vestigação do Território, Transportes e Ambiente) que reúne investigadores cuja atividade de investigação se centra nos domínios do planeamento do terri-tório, dos transportes e do ambiente; e o CIIMAR (Centro Interdisciplinar de In-vestigação Marinha e Ambiental), uma instituição multidisciplinar que cobre uma vasta gama de especialidades cien-tíficas que partilham a visão comum de contribuir para o conhecimento do Oceano como base para uma sustentá-vel gestão e exploração dos recursos e da qual fazem parte alguns investigado-res da área da hidráulica pertencentes ao DEC-FEUP. Nestes espaços amadu-recem-se ideias inovadoras que têm con-quistado o mercado além-fronteiras. Um caso de sucesso é a BERD (Bridge Engi-neering Research  & Design), uma em-presa de engenharia portuguesa funda-da por um doutorado do DEC. O proje-to de doutoramento, assente num méto-do inovador de construção de pontes, refletiu-se numa patente que tem cativa-do diferentes mercados.

Nesta esfera, o DEC trabalha em vá-rios projetos financiados, nacionais e in-ternacionais, porém Silva Cardoso la-menta que a instituição não consiga fi-nanciamento europeu por parte do Nor-te 2020, dado que, na preparação do atual quadro da Estratégia Regional de Especialização Inteligente, esta “enten-deu que a Engenharia Civil não era de todo prioritária, mesmo em áreas como os edifícios energicamente inteligentes

Falamos de um departamento que aco-lhe mais de 100 os colaboradores e cerca de 1000 discentes que se dividem entre Mestrado Integrado de Engenharia Civil (800), programas doutorais (100) e novos mestrados (80).

O nosso interlocutor, naturalmente atento às questões do ensino e da empregabilidade em Engenharia Civil, aponta que o mercado já sente falta de mão-de-obra qualificada tão importante nesta fase de ressurgimento do setor imobiliário. Poderemos entender os engenheiros civis como “os médicos de clí-nica geral da sociedade”, nomeadamente nas questões relativas às águas, aos esgotos, às ruas e aos edifícios.

ou as questões da ferrovia”. Esta limita-ção torna-se mais incompreensível quando falamos de uma instituição que tem vindo a ser reconhecida nacional e internacionalmente pela excelente clas-sificação do seu ensino, investigação e laboratórios associados.

Transferência de conhecimentoA ligação à sociedade promovida pela

FEUP “faz parte da constituição da pró-pria faculdade e em particular do DEC, cuja relação com a sociedade civil é talvez a mais antiga”. Essa ligação efetua-se atra-vés da faculdade ou dos organismos per-tencentes à universidade que servem de interface com sociedade civil - Instituto da Construção, Instituto de Hidráulica e Re-cursos Hídricos e Laboratório de Ensaio de Materiais de Construção.

Incluídas na terceira missão da universi-dade estão as ofertas formativas diferen-ciadas inseridas numa lógica de formação contínua. Disso é exemplo recente o cur-

A ligação à sociedade promovida pela FEUP “faz parte da constituição da própria faculdade e em particular do DEC, cuja relação com a sociedade civil é talvez a mais antiga”

Departamento de Engenharia Civil

Ensino Departamento de Engenharia Mecânica da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra24

Abr2018

O DEM, por via de projetos de investi-gação financiados pelo programa Portu-gal 2020, ou através de contratos de con-sultadoria e prestação de serviços espe-cializados, tem revelado grande atividade na transferência de conhecimento para as empresas, que conta com o importante envolvimento de alunos.

Estes projetos de investigação desen-volvem-se em dois grandes centros de in-vestigação: o Centro de Engenharia Me-cânica, Materiais e Processos (CEMM-PRE) e a Associação para o Desenvolvi-mento da Aerodinâmica Industrial ADAI-LAETA.

O Departamento de Engenharia Mecânica da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra vive momentos de grande dinamismo no campo da investigação direcionada para as áreas da Indústria 4.0.

Investigação sobre as grandes questões apresentadas à Indústria

Amílcar Ramalho, subdiretor, José Costa subdiretor, Martins Ferreira, diretor, Adélio Gaspar, subdiretor e Miguel Panão, subdiretor

Transferência de conhecimentoFindo o ciclo de estudos, é comum, através de progra-

mas de estágio desenvolvidos em empresas da região, os alunos do DEM servirem de ponte entre a Universidade e a Indústria, nomeadamente no apoio à resolução de pro-blemas práticos, aproveitando o Saber e a tecnologia pre-sentes na instituição. Nesta imagem, vemos um exercício realizado por um aluno que, beneficiando de um dos mui-tos equipamentos disponíveis nos laboratórios do DEM, está a tentar melhorar a rentabilidade de um processo de fabrico de uma das maiores empresas nacionais.

Energia - Prof. Doutor Manuel GameiroA “Energia para a Sustentabilidade” (EfS) é uma iniciativa interdisciplinar que conta com a participação das Faculdades de

Ciências e Tecnologia, Economia, Psicologia e Direito da Universidade de Coimbra. Esta abordagem interdisciplinar das questões da energia é, no entender de Manuel Gameiro, docente e investigador para as áreas da Energia, uma das vantagens competitivas da instituição. Dentro deste grande universo a energia pode ser dividida em três grandes fatias: “edifícios; trans-portes; indústria/agricultura”. Dentro de cada um deles o DEM, em profunda relação com o tecido industrial, assume-se co-mo importante player na prestação de serviços e no desenvolvimento de projetos de investigação que respondem às neces-sidades da indústria. A Sustentabilidade do Ambiente Construído e a Mobilidade Sustentável são duas das muitas áreas em constante estudo.

Em todos os projetos em que participa, o DEM garante a relação dos alunos com o tecido industrial. Para isso foi criado um conselho externo de acompanhamento da iniciativa EfS, que é composto por uma série de empresas e de instituições lo-cais e nacionais. Todos os anos encontros promovidos entre departamento e essas instituições culminam com a apresenta-ção de trabalhos desenvolvidos pelos estudantes de mestrado e de doutoramento e que visam responder a algumas das ne-cessidades da indústria.

Neste momento, o DEM já atingiu um grau de internacionalização na ordem dos 40% nos programas associados à inicia-tiva da Energia para a Sustentabilidade — falamos de um doutoramento que está inserido no programa MIT Portugal e que funciona em associação com a Universidade de Coimbra, a Universidade de Lisboa (Instituto Superior Técnico e a Faculda-de de Ciências) e a Universidade do Porto; e de um mestrado em Energia para a Sustentabilidade.

EnsinoDepartamento de Engenharia Mecânica da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra 25

Abr2018

Robótica Industrial – Prof. Doutor Norberto Pires

O Laboratório de Robótica Industrial (LRI) surge na década de 90 assente nu-ma lógica de relação estratégica entre a Universidade de Coimbra e a indústria. Norberto Pires, coordenador do LRI, fala-nos da dinâmica deste espaço que se distingue pelo forte trabalho de I&D realizado em parceria direta com a in-dústria.

Estes projetos nascem numa lógica de inovação para resolução de proble-mas e não de concorrência à indústria já fixada, contando com a preciosa co-laboração dos alunos do DEM.

A Indústria 4.0 nasceu na Alemanha no início desta década para dar respos-ta às solicitações da indústria, envelhe-cida e com falta de mão-de-obra qualifi-cada, fruto da globalização e da deslo-calização do tecido empresarial para países com custos de produção mais baixos. Neste sentido, está previsto (até 2030) o investimento anual de perto de 60 mil milhões de euros para que o país

alcance um elevado grau de automação. “Isso serve a indústria alemã, a sua compe-titividade, a sua indústria assente nos sistemas embebidos, o que forçou o desenvol-vimento de sistemas automatizados baseados em rede, cada vez mais inteligentes (In-ternet of Things). “Mas não interessa diretamente a Portugal”, alerta o investigador. Defendendo a ideia de que o país tem uma indústria de nicho que exige capacidade técnica e mão-de-obra especializada – são disso exemplo as indústrias metalomecâ-nica, dos moldes ou da cerâmica –, esta tem que viver da aliança entre a automatiza-ção e o trabalho manual. “A Indústria 4.0 em Portugal tem que ser adaptada. Se en-trarmos na lógica de automatizar tudo destruímos a nossa força”. Nesse sentido es-tão em curso no DEM projetos que pretendem dar resposta aos desafios do concei-to da Indústria 4.0, nomeadamente, na área da robótica colaborativa, que permitirá que robots e humanos partilhem o mesmo espaço de trabalho, aproveitando assim o melhor de cada agente, operador e robot, explorando as capacidades cognitivas e a destreza dos humanos e a capacidade dos robôs de produzirem trabalho repetitivo.

Nanotecnologia – Prof. Doutora Teresa Vieira

Coordenadora do grupo de Nanomateriais e Microfa-bricação, a Prof. Teresa Vieira é voz ativa em vários pro-jetos de investigação desenvolvidos no campo da nano-tecnologia dentro do Departamento de Engenharia Me-cânica. “Costumo dizer aos meus alunos que se antiga-mente se dizia que há os metais, os cerâmicos, os polímeros e os compósitos, agora há multimateriais. Um só faz tudo, basta que introduzamos as características desejadas, por exemplo desde iso-lante até condutor”, introduz a nossa entrevistada.

A nanotecnologia alcançou grande destaque no início dos anos 2000 por força das suas qualidades disruptivas: “Ou seja, propriedades que são verdadeiras até à escala na-nométrica (<10-7 metro ou seja 100 nanómetro) a partir daí alteram-se significativamen-te. O ouro é sempre dourado exceto se fornanocristalino. A cor, como efeito da luz so-bre os corpos, acaba por ser diferente, função do tamanho dos grãos (cristais) que os constituem serem ou não nanométricos”, explica a investigadora.

Esta técnica está a ser utilizada em diferentes áreas de investigação desde os plásticos, metais, cerâmicas… e oferecem novas perspetivas à indústria biomédica. “No ser huma-no a comunicação elétrica entre tecidos obriga a que os materiais abióticos sejam condu-tores elétricos. O desenvolvimento de novos polímeros sintéticos condutores permite, por exemplo, uma substituição eficaz dos músculos danificados”, salienta Teresa Vieira. O desafio atual é conseguir trabalhar com nanopartículas como aditivo de outros mate-riais, um caminho que derruba o “impossível” permitindo gerar multimateriais, que po-dem ser utilizados, quer na área da saúde ou outras áreas igualmente desafiantes como a aeronáutica.

Grande parte dos projetos de processos aditivos realizados no DEM surgem em par-ceria com a indústria dos metais, onde o grande desafio atual é o uso nesta técnica de multimateriais. Neste campo, a investigadora defende que “a indústria nacional deveria reforçar a aposta em processos SLM - Selective Laser Melting. Na verdade, as indústrias metalomecânicas, cada vez mais são confrontadas com o fabrico de componentes com geometrias e desempenhos em serviço impossíveis de poderem ser levadas a cabo com as técnicas até agora disponíveis. Aos multimateriais acresce a dificuldade do processo de fabrico. Por outro lado, as indústrias são obrigadas a trabalhar “just in time”, com di-ferentes tecnologias desde subtrativas, replicativas e aditivas, se falhar um componente nestes equipamentos, o industrial só necessita que o parceiro/fornecedor de equipamen-to forneça o seu desenho via nuvem.

De notar que as tecnologias aditivas vêm ao encontro das necessidades atuais do mer-cado — em contenção de custos, principalmente nas áreas de consumo de energia e de

material — pois permite para além de não criar aparas, economizando o consumo de material, diminuindo/aproveitando os resí-duos produzidos por outras técnicas. Cami-nhamos assim para uma indústria mais efi-ciente e mais amiga do ambiente”.

Ensino Escola Superior de Saúde do Norte26

Abr2018

dantes, que encontram na instituição as ferramentas necessárias para melhora-rem as suas qualificações académicas e por conseguinte progredirem na carreira – com as facilidades inerentes ao facto de serem estudantes de continuidade.

À semelhança do que vem sendo feito na Enfermagem é objetivo da Escola de-senvolver, no imediato, oportunidades de formação que potenciem desenvolvimen-to de competências pessoais e profissio-nais e, por conseguinte, das profissões de acupuntor e osteopata. “Não só formar profissionais com um diploma que lhes permita aceder a uma determinada pro-fissão, mas criar oportunidades para esses profissionais fazerem formação pós-gra-duada”, sublinha o presidente.

Neste caminho, naturalmente surgem novas oportunidades de expandir o es-pectro da investigação, “uma alavanca fundamental para o desenvolvimento das profissões nas perspetivas técni-ca/tecnológica, científica e de melho-ria das competências dos profissionais da área da saúde”. Também é impor-tante que se reforce a prestação de serviços à comunidade, através da res-posta a necessidades em cuidados de saúde e do compromisso efetivo com a ação social. Esta sinergia entre o en-sino e o trabalho social ajuda a melho-rar aspetos da comunidade a par do desenvolvimento de competências dos estudantes. “Esta política tem sido muito consistente e está muito bem estruturada, revelando-se uma mais--valia na integração e no desenvolvi-mento da capacidade de relação inter-pessoal dos nossos estudantes e na sua própria profissão”, explica Henri-que Pereira. Esta postura é diferencia-dora no mercado, na medida em que o

Ensino e InvestigaçãoA ampliação das instalações – que re-

sultou na construção de um novo edifício com dimensões iguais ao existente onde será inaugurado no próximo dia 25 de abril um centro de simulação – veio dar o impulso necessário para a concretização desta alteração, que possibilitou a submis-são à Agência de Acreditação e Avaliação do Ensino Superior (A3ES) de duas novas licenciaturas em Acupuntura e Osteopa-tia. “Cruzava-se aqui a ampliação das ins-talações e a melhoria das condições físi-cas e de equipamentos para o exercício da nossa atividade com questões relacio-nadas com o plano de desenvolvimento estratégico a médio e longo prazo”, expli-ca o presidente da ESSNorteCVP.

A expectável aprovação por parte da A3ES, para além de ampliar a oferta for-mativa ao nível dos 1ºs ciclos de estudos, vai alargar a já consistente relação com a comunidade, com IPSS e com instituições de saúde, potenciando uma cultura de multidisciplinariedade, de desenvolvimen-to e de sustentabilidade financeira da Es-cola. Para isso, a ESSNorteCVP está tam-bém a incrementar algumas áreas co-muns de ensino prático para as diferentes licenciaturas, criando sinergias na utiliza-ção dos espaços, dos equipamentos e dos recursos didáticos.

Esta nova fase apresenta-se como uma alavanca financeira e de rentabilização de recursos “interessante”, que não aconte-cia com a oferta de apenas uma área dis-ciplinar, pese embora a forte dinâmica da Escola no âmbito dos Cursos de Pós-Li-cenciatura de Especialização em Enfer-magem e de Cursos de Pós-graduação. Saliente-se que o trabalho erigido ao lon-go dos anos nesta área tem contribuído para a natural fixação dos antigos estu-

O Decreto-Lei n.º 155/2017 de 28 de dezembro transformou a Escola Superior de Enfermagem da Cruz Vermelha Portuguesa de Oliveira de Azeméis em Escola Superior de Saúde Norte da Cruz Vermelha Portuguesa. Este era, desde longa data, um desígnio da presidência de Henrique Pereira.

Ensino Superior da Saúde Cruz Vermelha Portuguesa

Com a criação da Escola Superior de Saúde estão criadas as condições para o desenvolvimento e a criação de novas li-cenciaturas na área das Terapêuticas Não Convencionais e Tecnologias da Saúde e os Cursos Técnicos Superiores

Profissionais (CTeSP) em Intervenção Co-munitária e Cuidados à População Sénior. Henrique Pereira, presidente da institui-ção, não esconde o objetivo de, a breve trecho, poder ter a funcionar outras licen-ciaturas.

EnsinoEscola Superior de Saúde do Norte 27

Abr2018

Empregabilidade No último triénio a Escola tem vindo a

aumentar o número de estudantes matri-culados. De acordo com a auscultação efetuada aos estudantes, o grau de satisfa-ção com a formação ministrada pela Es-cola é muito elevado (93% dos estudantes manifestam-se satisfeitos e muito satisfei-tos). A taxa de empregabilidade, aos seis meses após a conclusão da licenciatura é de 100%.

Incentivos à Formação ao Longo da Vida

O apoio social aos estudantes é uma preocupação permanente da Escola, neste sentido, assegura o suporte neces-sário ao processo de candidatura à bol-sa de estudo da Direção Geral do Ensi-no Superior (DGES), aplicável ao curso de licenciatura, e atribui incentivo à for-mação através da isenção ou redução de taxas nos cursos de pós-licenciatura e pós-graduação.

forte cariz social da Cruz Vermelha Por-tuguesa (CVP) beneficia e engrandece a conduta da Escola.

A abertura da Instituição como Escola Su-perior de Saúde, para além das mais-valias acima descritas, revela outras dimensões “bastante interessantes”: a possibilidade de “ampliar o leque de oportunidades e de di-versidade de áreas científicas na interação com outras universidades”; por outro lado, melhora a imagem da Escola, na medida em que se podem incrementar programas de mobilidade de docentes e discentes que reforçam a imagem da instituição no exte-rior.

Mais uma vez a investigação e a candi-datura a possíveis fundos de financiamen-to, tem agora a oportunidade de ser refor-çada: “Quando diversificamos a oferta formativa em diferentes áreas científicas, assumimos uma postura de maior inter-venção em termos internacionais de uma forma muito mais equilibrada e adequada às áreas científicas da maioria dos nossos parceiros internacionais”, salienta Henri-que Pereira.

Assumindo a ampliação das áreas científi-cas, a Escola está já a criar condições para que os docentes melhorem as suas compe-tências dentro da sua área profissional; por outro lado, pretende fomentar a partilha e a criação de competências transversais, dado que “a familiarização com outras áreas den-tro do mesmo contexto de ensino, potencia o trabalho em equipa entre professores, o que se reflete, naturalmente, na interação com os estudantes”.

Relação com a ComunidadeUma instituição de ensino superior pro-

move o desenvolvimento socioeconómico da região onde está inserida, do conheci-

InternacionalizaçãoA ESSNorteCVP participa num conjunto

de redes internacionais de excelência que têm possibilitado o desenvolvimento e dis-seminação de boas práticas na educação, formação e investigação de docentes e estu-dantes, no âmbito da saúde e das tecnolo-gias educativas, novas práticas de aprendi-zagem e métodos de ensino em saúde. “Destacamos a rede Joint International Project, onde desenvolvemos investigação conjunta em Health Promotion, Self-mana-gement e Positive Health. Somos membros do  Consortium of Institutes of Higher Edu-cation in Health and Rehabilitation in Euro-pe  - COHEHRE, que integra mais de 40 Universidades europeias, onde participa-mos ativamente em programas de Capacity Building, com um facilitador no Teacher for the Future, em reuniões temáticas com vis-ta à investigação e desenvolvimento, e na disseminação científica em Conferências in-ternacionais. Desenvolvemos investigação ação participativa no âmbito do Internatio-nal Collaboration for Participatory Health Research. Recentemente integramos a Re-de Iberoamericana de Universidad Promo-toras de la Salud”, refere o presidente.

Em 2017, a ESSNorteCVP verificou um aumento na participação de estudantes e docentes no programa ERASMUS+, com impacto na educação e formação pessoal e profissional e na criação de oportunidades de emprego. Tem sido ainda uma oportuni-dade para o desenvolvimento de competên-cias multiculturais, sociais e linguísticas.

mento da literacia e do desenvolvimento da sociedade em geral.

A relação direta da instituição com par-ceiros locais também dinamiza o desen-volvimento comunitário. Por exemplo, no campo da Higiene e Segurança no Traba-lho, a Escola serve de elo, num projeto de investigação, que une uma empresa de Lisboa e outras empresas da região. Este é apenas um exemplo das potencialidades desta instituição de ensino que assume uma postura proactiva na região. Integra e trabalha de forma ativa o Conselho Mu-nicipal de Educação, o Conselho Munici-pal Sénior, o Conselho Geral dos Agrupa-mentos Ferreira de Castro e Soares Bas-to, o Conselho Local de Ação Social de Oliveira de Azeméis, o Conselho Munici-pal da Juventude, o Conselho Municipal para a Promoção da Saúde, o Observató-rio de Monitorização e Observação do Projeto Educativo Municipal e o observa-tório de combate à Violência Doméstica. São estes exemplos concretos que evi-denciam a forte intervenção comunitária da Escola.

“Esta metodologia da Escola tem sido muito consistente, está muito bem estruturada, e revela-se uma mais valia na integração e no desenvolvimento da capacidade de relação interpessoal dos nossos alunos na sua própria profissão”

Ensino Escola Superior de Enfermagem São José de Cluny28

Abr2018

Texto

Fundada em 1940, a Escola Superior de Enfermagem São José de Cluny (ESESJC) dedica-se ao ensino da Enfermagem, tendo sido, ao longo de cinco décadas, a única Instituição da Região Autónoma da Madeira a fazê-lo. Nos últimos vinte anos, diversificou a oferta formativa, procurando responder à necessidade de cuidados altamente diferenciados e especializados.

Formar os enfermeiros para os desafios do futuro

dos em Enfermagem Médico-Cirúrgica e em Enfermagem de Reabilitação, com a du-ração de três Semestres.

Pelo feedback obtido das entidades em-pregadoras, a formação a nível das Pós-li-cenciaturas e Mestrados tem contribuí-do para o fortalecimento das equipas e me-lhoria do padrão de cuidados prestados a ní-vel das diferentes unidades e serviços de saúde. Por fim, importa sublinhar a forma-ção a nível do Curso Técnico Superior Pro-fissional, através do Curso de Gerontologia e Cuidados de Longa Duração, com a dura-ção de dois anos, atribuindo um diploma de “Técnico Superior Profissional”. Este curso inovador permitirá que as pessoas idosas ou com dependência sejam apoiadas por pro-fissionais preparados, em contextos de ins-tituições sociais ou nos seus domicílios.

Apoio à comunidadeUm dos pilares fundamentais da ESESJC

é a cooperação com a comunidade. É pro-va disso a diversidade de protocolos que possui junto de entidades regionais, nacio-nais e internacionais (com o Serviço Regio-nal de Saúde e com associações, institui-ções de saúde, autarquias, IPSS, Escolas

Superiores de Saúde e de Enfermagem, Universidades, etc.), beneficiando não ape-nas os utentes das múltiplas instituições, mas também os estudantes, pelas oportuni-dades de desenvolvimento de competências fora do campus.

Um dos projetos que tem vindo a adquirir maior projeção é o #Vibes4UNoDrugs, que surge de uma parceria com a Unidade Ope-racional de Intervenção em Comportamen-tos Aditivos e Dependências (UCAD), sen-do integrado no projeto “Peer-Education Engagement and Evaluation Research” (PEER). Esta iniciativa visa promover, na população mais jovem, a adoção de estilos de vida mais saudáveis, consciencializando--a para o perigo do consumo de substâncias psicoativas. Para além destes objetivos, de-senvolve ainda competências de interven-ção comunitária entre os estudantes volun-tários do projeto.

Desafios para o futuroÀ semelhança do que se passa na Euro-

pa, a Região Autónoma da Madeira con-fronta-se com o incremento da população idosa. Com o avançar da idade surgem as doenças crónicas e incapacitantes, aliadas a algum isolamento não apenas devido à dis-persão geográfica e ao tipo de orografia do território, mas também pela forte emigra-ção associada a esta região, fazendo com que muitos destes idosos não possuam uma rede de suporte familiar. Nos últimos três anos, todavia, tem-se verificado o regresso

Neste momento, a Escola disponibiliza uma Licenciatura em Enfermagem, com quatro anos de duração, assente numa for-mação que tem 50% de componente teóri-ca e 50% de prática. Na componente teóri-ca, são abordados temas que permitem a compreensão do Homem desde que nasce até ao fim da vida, no seu desenvolvimento normal e quando acometido de doença ou acidente. A componente prática é desen-volvida em centros de saúde e em serviços de internamento do Serviço Regional de Saúde da Madeira, de Portugal Continental ou no estrangeiro, no âmbito dos acordos como o Erasmus+.

A formação pós-graduada  é propor-cionada em diferentes áreas, consoante os indicadores de saúde da população e as ne-cessidades expressas pelos enfermeiros ou entidades prestadoras de cuidados. A título de exemplo, destacam-se os Cuidados Pa-liativos, o Cuidar para a Viabilidade Tecidu-lar, a Supervisão Clínica, ou a Enfermagem do Trabalho. Já em regime de Pós-Licen-ciatura existem os cursos em Enfermagem de Saúde Infantil e Pediatria, de Saúde Mental e Psiquiatria e de Saúde Comunitá-ria. Por outro lado, a Formação a nível de 2º Ciclo, concretiza-se através dos Mestra-

de muitos emigrantes a partir da Venezuela, sobretudo idosos e pessoas portadoras de algumas doenças crónicas, o que tem impli-cado a necessidade de reestruturação das respostas em Saúde.

Ainda como terra de turismo, sublinha-se a população flutuante que apresenta algu-mas necessidades de assistência em termos de saúde. Os Enfermeiros desempenham, posto isto, um papel crucial – seja na imple-mentação de medidas preventivas, no so-corro, no cuidado reparador, na monitoriza-ção das situações de saúde física e emocio-nal ou na criação de condições para o re-gresso a casa e reinserção social das pessoas acometidas de doença ou de acidente. De salientar que, como arquipélago, a Região Autónoma da Madeira é obrigada a possuir unidades e serviços muito diferenciados, que requerem enfermeiros em quantidade adequada e com competências diferencia-das e especializadas.

O crescimento sustentado da ESESJC tem exigido, de resto, o desenvolvimento de um ciclo de melhoria contínua e da promo-ção de medidas necessárias à garantia da qualidade científica, pedagógica e cultural do ensino, da qualidade do ensino e investi-gação, da contínua qualificação dos recur-sos humanos, da melhoria das infraestrutu-ras e do aprofundamento do modelo de go-vernação e de gestão. Este esforço permitiu ver o Curso de Licenciatura em Enferma-gem e dois Mestrados acreditados pela A3es. A ESESJC tem também o privilégio de, num conjunto ainda pequeno de institui-ções de Ensino Superior portuguesas, ter o seu Sistema Interno de Garantia da Quali-dade certificado pela A3ES por seis anos.

A preparar-se para passar a Escola Supe-rior de Saúde, a instituição promete conti-nuar a sua missão no ano letivo de 2018/2019, procurando empreender as medidas necessárias à consecução do seu plano estratégico e à manutenção das certifi-cações obtidas. Para tal, a ESESJC conta com um corpo docente próprio, qualificado e com excelentes condições de ensino-aprendi-zagem, onde se destacam as várias valências do Laboratório de Prática Simulada.

EnsinoEscola Superior de Comunicação Social – Instituto Politécnico de Lisboa 29

Abr2018

A estratégia da Escola Superior de Co-municação Social (ESCS) assenta em pila-res fundamentais – ensino, investigação, internacionalização, relação com a comu-nidade e, um último tópico que está na base do seu sucesso, o rigor na gestão.

No que concerne ao primeiro ponto, apostando fortemente no incremento da qualidade do ensino ministrado, a ESCS erigiu esforços no sentido de integrar um crescente número de alunos, principal-mente de “primeira opção” – refira-se que, se em 2010 a ESCS acolhia cerca de 1100 alunos, em 2018 esse número aproxima-se dos 1500, numa taxa de crescimento que ronda os 40%.

Por outro lado, bem alicerçada nas suas licenciaturas e mestrados, a instituição optou por lançar, nos últimos quatro anos, três pós-graduações que respon-dem às mais prementes necessidades do mercado: Branding e Content Marke-ting, em parceria com a empresa multi-nacional de comunicação BAR Ogilvy; Storytelling, em colaboração com a pro-dutora SP Televisão; e, por fim, um curso de pós-graduação em Indústrias e Cultu-ras Criativas: Gestão e Estratégias, “um produto único em Lisboa” resultante da sinergia com as Faculdades de Belas-Ar-tes e de Letras da Universidade de Lisboa.

Todo este trabalho decorreu a par do aumento e valorização do corpo docente

exemplo); e, numa segunda vertente, através de um acompanhamento mais personalizado em língua inglesa. Para além desta estratégia de integração, o IPL oferece o curso de Língua Portuguesa a todos os alunos em mobilidade, que vêm hoje de todos os cantos da Europa, fruto de inúmeras parcerias estabelecidas.

Relação com o meioAvançando no seu discurso, Jorge Ve-

ríssimo foca a relação da ESCS com a so-ciedade. Ao contrário do que se verifica noutros estabelecimentos de ensino supe-rior, a Escola não inclui estágios curricula-res nos planos de estudos das suas licen-ciaturas, optando pelo “reforço da com-ponente aplicada na formação”. O presi-dente explica que “os cursos têm, ao longo de todo o ciclo de formação, unida-des curriculares de cariz muito laborato-rial, dadas por professores convidados, que são profissionais de referência, den-

tro de cada área de formação”. Esta prá-tica permite aos alunos manterem uma efetiva proximidade com a vida profissio-nal e todos os meios de apoio, sempre com o devido acompanhamento e super-visão. Englobada nesta estratégia, a insti-tuição mantém um grande contacto com a realidade, através da organização de co-lóquios e conferências, em que se deba-tem assuntos pertinentes nas áreas da Comunicação e que contam com a pre-sença de representantes dos principais players no mercado.

Gestão na base do futuroPor fim, no que concerne à gestão, o

grande objetivo desta presidência centra--se no constante investimento nas infraes-truturas e nos meios, nomeadamente na tecnologia – laboratórios equipados com software e hardware de topo, equipa-mentos audiovisuais de excelência, mo-dernos estúdios de televisão e rádio, as-sim como laboratórios de relações públi-cas.

Em jeito de conclusão, Jorge Veríssimo avança que “a ESCS está bem alicerçada na formação e tem como grande objetivo cimentar a investigação e a internaciona-lização, para que seja reconhecida dentro e fora de Portugal. Estes são os pilares para o futuro e darão a oportunidade de iniciar um doutoramento próprio, que, neste momento, é lecionado em parceria com o ISCTE”.

“que, desde 2010, passou de 14% de do-centes doutorados para uma percenta-gem de 48%”, sublinha o presidente, Jor-ge Veríssimo. Uma subida apreciável, principalmente se tivermos em considera-ção que metade do número dos seus pro-fessores são profissionais convidados.

InternacionalizaçãoComponente fulcral na projeção das

instituições de ensino superior, a interna-cionalização na ESCS mede-se, segundo Jorge Veríssimo, a dois níveis: pela inves-tigação e pela mobilidade de docentes e discentes (incoming e outgoing).

Reflexo do supracitado incremento da qualificação do seu corpo docente, a ESCS viu aumentada a sua capacidade de investigação que se espelha no número de projetos financiados pela FCT e pelo IPL. Dentro deste quadro, conciliando a vertente da investigação com a interna-cionalização, a própria Escola criou uma linha de apoio destinada a docentes que apresentem comunicações no exterior.

A mobilidade tem vindo igualmente a conquistar índices apreciáveis. Em 2010/11, apenas dois docentes estive-ram em projetos de mobilidade; este ano, o número é de 23. Um crescimento assi-nalável.

Em virtude da elevada procura da ESCS por parte de alunos estrangeiros no âmbi-to do programa Erasmus+, houve a ne-cessidade de limitar as vagas, de forma a não condicionar o bom funcionamento da instituição. A estratégia estabelecida reve-la-se “bem-sucedida” e centra-se hoje em duas vertentes: num primeiro ponto, na oferta aos alunos Erasmus de um conjun-to de unidades curriculares lecionadas em inglês, com forte incidência na compo-nente laboratorial (laboratórios multimé-dia, fotografia, fotojornalismo, a título de

A Escola Superior de Comunicação Social, unidade orgânica do Instituto Politécnico de Lisboa, assume-se como a única escola portuguesa criada de raiz para o ensino das grandes áreas da Comunicação.

O ensino da Comunicação por excelência

Jorge Veríssimo, Presidente da ESCS

Opinião30

Abr2018

Os exemplos supramencionados são apenas al-guns de muitos que permitem concluir que o en-sino universitário em Portugal está bem e reco-menda-se, apesar da crise e dos poucos recursos de que as universidades, principalmente as de ciências sociais e humanas, beneficiam. Com Portugal a destacar-se tanto nos rankings mun-diais apesar de todas as dificuldades, urge solu-cionar este obstáculo financeiro ao crescimento e desenvolvimento do ensino universitário para que, de facto, se veja o seu potencial aproveitado na totalidade.

No entanto, em torno de todo este discurso acerca dos rankings e de como as universida-des se destacam pela sua posição nos mesmos, surge uma questão fraturante que é a da rele-vância, importância ou mesmo legitimação destas classificações. Antes de deitar aos céus foguetes enchidos de orgulho, é preciso anali-sar e desconstruir os critérios destes rankings e verificar se, de facto, preenchem aquilo que consideramos ser essencial numa universidade com ensino de qualidade. Neste sentido, im-porta também o ponto de vista de quem anali-sa, uma vez que, por exemplo, ao aluno não importa tanto se a investigação científica é a melhor da Europa ou do mundo se depois os respetivos investigadores lecionam os conteú-dos de forma pouco eficaz ou pedagógica.

Para melhor explicar a importância de cada um olhar para os rankings consoante aquilo que real-mente refletem, foquemos o exemplo do ranking in-ternacional dos mestrados em Gestão do Financial Times, no qual a Nova School of Business and Eco-nomics ocupa a 17ª posição e a Católica School of Business and Economics a 52ª posição. Neste caso, os critérios são diversos e incluem medidas aos salá-rios dos alumnni; percentagem de mulheres tanto no corpo docente como no corpo discente; percenta-gem de estrangeiros no corpo docente e discente; custo do curso; número de alunos; número de línguas extra que são exigidas para a graduação. Ora, tudo isto indica apenas que as melhores faculdades deste ranking vão garantir que os seus alunos começam fa-cilmente uma vida profissional de qualidade ou que estas instituições de ensino contêm uma diversidade enorme de nacionalidades tanto nos seus alunos co-mo no corpo docente e as universidades que queiram entrar para estas tabelas classificativas e ganhar pres-tígio vão ter de ir atrás dos seus critérios. No entanto, nada garante que o aluno pode esperar aulas de uma qualidade elevada, onde os professores primam pela forma como transmitem a matéria aos seus ouvintes. Portanto, é crucial que cada se adeque as expectati-vas e perseptivas em torno de determinados cursos ou faculdades consoante o que os rankings realmen-te dizem ou, mais crucial ainda, que se foque sempre no que realmente importa numa universidade.

O ensino universitário em Portugal tem sido, nos últimos anos, reconhecido internacionalmente pela qualidade da oferta que possui. Nos dias que correm, é frequente dar de caras com notícias que dão conta de uma forte presença das universidades portuguesas nos respetivos rankings. Ainda no passado mês de junho a Universidade do Porto foi distinguida pelo QS World Ranking University 2018 e em maio a Universidade Católica de Lisboa voltou a marcar presença no top 50 do ranking do Financial Times para a área de formação de executivos (43ª a nível mundial e entre as 20 melhores a nível europeu).

Ensino Universitário: Um orgulho que sobe nos rankings (sim ou não?)

Propriedade: Página Exclusiva – Publicações Periódicas, Lda • Telefones: 22 502 39 07 / 22 502 39 09 • Fax: 22 502 39 08 • Site: www.perspetivas.pt • Email: [email protected] • Gestores de Processos Jornalísticos: José Ferreira e Nuno Sintrão • Periodicidade: Mensal • Distribui-ção: Gratuita com o Jornal “Público” • Depósito Legal: 408479/16 • Preço Unitário: 4€ / Assinatura Anual: 44€ (11 números)

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aqui vale a pena estudar! MAIÊUTICACampus Académico

Ano Letivo 2018/19

INSTITUTO UNIVERSITÁRIO DA MAIA - ISMAI INSTITUTO POLITÉCNICO DA MAIA - IPMAIA

1.º CICLO - LICENCIATURAS

ESCOLA SUPERIOR DECIÊNCIAS SOCIAIS, EDUCAÇÃO E DESPORTO

ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO

› SolicitadoriaRamos: Solicitadoria Empresarial; Solicitadoria de Execução.

2.º CICLO - MESTRADO

› Contabilidade e Gestão

› Condução de Obra e Reabilitação

› Design e Inovação Industrial

› Gestão Administrativa de Recursos Humanos

› Gestão Comercial e Vendas

› Gestão Industrial (1)

› Manutenção Industrial (1)

› Marketing Digital

› Produção Multimédia e Jogos Digitais

› Redes e Sistemas Informáticos

› Tecnologias e Programação de Sistemas de Informação

CURSOS TÉCNICOS SUPERIORES PROFISSIONAIS - CTeSP

1.º CICLO - LICENCIATURAS

› Acompanhamento de Crianças e Jovens

› Desporto e Turismo de Natureza

› Lazer Desportivo

› Serviço Familiar e Comunitário

› Serviços Jurídicos

› Treino Desportivo de Jovens

CURSOS TÉCNICOS SUPERIORES PROFISSIONAIS - CTeSP

* Consultar modalidades no site em www.ipmaia.pt

* Consultar modalidades no site em www.ipmaia.pt

fb.com/ipmaia.pt [email protected] 203 710 www.ipmaia.pt

INFORMAÇÕES

Departamento de Ciências da Educação Física e DesportoLICENCIATURAS (1.º CICLO)

› Educação Física e DesportoOpções: Ensino da Educação Física; Treino Desportivo; Exercício Físico e Saúde; Atividade Física Adaptada. (Confere grau I de treinador de futebol

entre outras modalidades*)

› Gestão do DesportoMESTRADOS (2.º CICLO)

› Ciências da Educação Física e Desporto - Especialização em Exercício Físico e Saúde

› Ciências da Educação Física e Desporto - Especialização em Treino Desportivo (Confere Grau II/III de treinador de futebol

entre outras modalidades *)

› Ensino da Educação Física nos Ensinos Básico e Secundário

› Gestão do Desporto (1)

DOUTORAMENTO (3.º CICLO) › Ciências do Desporto (3)

Especialidades: Exercício e Saúde; Rendimento Desportivo.

Departamento de Ciências EmpresariaisLICENCIATURAS (1.º CICLO)

› Energias Renováveis › Gestão de Empresas (2)

Opções: Marketing; Finanças; Contabilidade; Gestão Industrial.

› Gestão de Marketing › Gestão de Recursos Humanos › Turismo

MESTRADOS (2.º CICLO) › Gestão de Empresas (1) › Gestão Estratégica de Recursos

Humanos (1)

› Marketing (1)Ramos: On Corporation; On Consumer.

› Turismo, Património e Desenvolvimento (1)

Departamento de Ciências Sociais e do ComportamentoLICENCIATURAS (1.º CICLO)

› Criminologia › Psicologia (2)

MESTRADOS (2.º CICLO) › Criminologia (1)

Ramos: Justiça Penal; Polícia, Prevenção e Segurança.

› Psicologia Clínica Forense (3) - Intervenção com Agressores e Vítimas

› Psicologia Clínica e da Saúde (2) › Psicologia Escolar e da Educação(2)

DOUTORAMENTO (3.º CICLO) › Psicologia - Especialidade de

Psicologia Clínica

Departamento de Ciências da Comunicação e Tecnologias da InformaçãoLICENCIATURAS (1.º CICLO)

› Arte Multimédia › Ciências da Comunicação

Ramos: Comunicação Organizacional; Jornalismo; Marketing e Publicidade.

› InformáticaRamos: Computação Móvel; Geoinformática; Gestão; Redes de Nova Geração; Sistemas de Informação Empresariais; Sistemas de Informação e Software.

› Relações Públicas › Tecnologias de Comunicação

MultimédiaVariantes: Audiovisual; Computação Gráfica.

MESTRADOS (2.º CICLO) › Cinema Experimental (4)

› Jornalismo em Ambientes Multiplataforma (3)

› Tecnologias da Informação, Comunicação e Multimédia (1)

Áreas de especialização: Produção Multimédia; Informática; Segurança e Privacidade; Telecomunicações.

(1) Pós-laboral. (3) Acreditado por 6 anos.

fb.com/ismai.pt [email protected] 202 214 www.ismai.pt

INFORMAÇÕES

(Confere Grau II de Treinador de Futebol e

de outras Modalidades*)

* Consultar detalhes em: http://www.ismai.pt/pt/unidades-de-apoio/gabinetes/gaft

› Desporto, Condição Física e Bem-Estar (3)

› Solicitadoria (2)

› Treino Desportivo

› Contabilidade (2)

› Gestão da Manutenção e Segurança Industrial

› Negócios e Comércio Internacional

› Produção para Jogos Digitais (3)

› Tecnologias de Informação, Web e Multimédia

(2) Diurno e Pós-laboral. (1) Pós-laboral. (2) Diurno e Pós-laboral.

(Confere Grau I de Treinador *)

(4) Curso submetido a acreditação prévia à A3ES . (3) Curso submetido a acreditação prévia à A3ES .

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