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DISTRIBUIÇÃO INTERNA E GRATUITA - A NO III - Nº 09 - MARÇO/ABRIL 2007 EDITORA REGIONAL:LUIZA BRAGION - EDITOR NACIONAL: MILTON SALDANHA - [email protected] Completo na Internet www.jornaldance.com.br O melhor jornal de dança do interior de SP! Vem aí o 7º Campinas Street Dance Festival Meninos Sapateadores do São Marcos vão para NY APDS realiza primeiro baile na cidade Tudo sobre o Dançando a Bordo e Baila Floripa Companhia Eclipse Cultura e Arte

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DISTRIBUIÇÃO INTERNA E GRATUITA - AN O III - Nº 09 - MARÇO/ABRIL 2007EDITORA REGIONAL:LUIZA BRAGION - EDITOR NACIONAL: MILTON SALDANHA - [email protected]

Completo naInternet

www.jornaldance.com.br

O melhor jornal de dança

do interior de SP!

Vem aí o 7º Campinas Street Dance Festival

Meninos Sapateadores doSão Marcos vão para NY

APDS realiza primeirobaile na cidade

Tudo sobre oDançando a Bordo e

Baila Floripa

Companhia Eclipse Cultura e Arte

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Milton Saldanha Luiza Bragion

Campinasprecisa de maisfestivais dedança

Março e Abril/2007

Aqueça ealongue antesde dançar

O jornal Dance Campinas é bimestral e distribuído gratuitamente nas principais instituições de dança, públicas e privadas, da RegiãoMetropolitana de Campinas. Com tiragem de 5 mil exemplares, pode ser encontrado nas melhores academias, bailes, casas noturnas,festivais de dança, eventos, restaurantes e outros locais, inclusive não dançantes, como bares, padarias, lojas, etc. Está também completona Internet.

Editor nacional e idealizador: Milton Saldanha (MTb. 3.419; matr. Sindicato dos Jornalistas 4.119-4). Editora Regional eresponsável: Luiza Bragion (Mtb. 43.249). Repórter Especial: Rubem Mauro Machado (Rio). Editoração Eletrônica: LuizaBragion e Alexandre Barbosa da Sila. Impressão: LTJ Editora Gráfica. Reg. INPI: 820.257.311.

Endereço: Avenida Brasil, 1544 - Guanabara Campinas-SP Cep:13073-001 Tels./Fax (19)3241-5399 ou (19)91254015

Site: www.jornaldance.com.br (Parceira na Internet: Agenda da Dança de Salão Brasileira)E-mail: [email protected] reprodução total ou parcial, exceto quando autorizada pelo editor. Nenhuma pessoa que não conste neste Expediente estáautorizada a falar em nome do jornal.

Em 1976 eu era editor nos jornais “MetrôNews” e “Guaru News”, em Guarulhos,quando o Sindicato dos Jornalistas

organizou um campeonato de futsal, naqueletempo ainda chamado de futebol de salão.Saímos vice-campeões, perdendo para a“Gazeta Esportiva” e depois de darmos umagoleada histórica de 19 a 2 no “Jornal da Tarde”.Tudo uma maravilha, não fosse um detalhe:terminei o torneio comandando a equipe dobanco, com a perna direita apoiada e engessadaaté o joelho. Causa: no mesmo jogo da grandegoleada entrei sem aquecimento para substituirum jogador. Em menos de dois minutos estoureio joelho e nunca mais pude jogar futebol. Menosmal que posso dançar, mas jamais poderia fazerjazz ou street dance, por exemplo, queenvolvem alto impacto. Tudo bem, vá lá, naminha idade, 61 anos, não praticaria mesmodanças como estas. Naquele ano eu tinha 31,certamente também não faria mais tais opções.Mas imagine se eu tivesse estourado o joelhodo mesmo jeito aos 15 ou 18 anos. E se, derepente, ficasse impossibilitado para dançaraté um suave bolero. É impossível, no planodas hipóteses, imaginar a extensão de talfrustração. Se disserem que foi uma imensa burrice sereio primeiro a concordar. O problema das grandesburrices que todos cometemos, algum dia ouaté com absurda freqüência, é que a experiênciadela decorrente quase sempre não serve paramais nada, como no caso deste irremediávelacidente. Ou serve muito, como nestescomentários, em que posso afirmar o quanto éimportante o aquecimento antes de qualqueratividade física, inclusive para dançar. Nos bailes ninguém liga para isso, quandoo ideal seria que todos fossem chamados parao centro da pista para uma sessão inicial dealongamento, e não só de pernas, como tambémde tronco, braços e pescoço. Desde, claro, queconduzida por profissional devidamentehabilitado, que saiba o que está fazendo. Ou,na falta de tal profissional, com exercíciossimples e leves, já popularizados, que qualquerfreqüentador de academia conhece. A grande verdade é que a maioria dasacademias e professores não estão prestandoatenção a este detalhe tão importante para seusalunos. Percebe-se inclusive nas pessoas quefazem alongamento antes das aulas e bailes umcerto desconforto com os olhares ao redor. Nasanta ignorância alguns interpretam isso comose a pessoa estivesse “querendo aparecer”,quando deveria ser uma atitude coletiva,

habitual e rotineira, sem causar qualquer espéciede leitura maldosa e muito menos de espanto.Tão simples e aceitável como beber água ou irao banheiro fazer xixi.Precisamos deixar de frescura e alongar mesmo,ninguém vai pagar mico por agir assim.Lamentável é se arrebentar num pisoinadequado, áspero ou liso demais, forçar umjoelho que já pode estar comprometido,contundir um tornozelo, comprometer juntas eligamentos, forçar a frio feixes musculares quedepois precisam de longo tempo deimobilização, uma vez rompidos, até serecompor por memória genética. Além, ainda,de ter que suportar dor e todos os demaisincômodos que uma contusão acarreta. O preçomínimo a pagar por tal negligência é a renúnciacompulsória à dança, por semanas ou até meses. O processo de conscientização precisacomeçar. Palestras de especialistas,recomendações em cartazes, demonstraçõespráticas, e o principal: aquecimento ealongamento antes das aulas e bailes. Isso nãosignifica ficar correndo de um lado para outro,como fazem os jogadores profissionais defutebol, ou escalar a parede do clube. Calma.Estou falando de exercícios discretos, leves,suaves, tranqüilos para a transição daimobilidade para o movimento. E não importao ritmo. O tango tem a vantagem de permitiruma boa caminhada antes da entrada em passose movimentos mais complexos, mas percebonos bailes e aulas que poucos fazem isso. Amaioria entra sem aquecimento e já parte parasacadas, ganchos e até volcadas, que exigemmais da coluna. O nosso corpo é o nosso maior bem. Nossomeio de transporte e fonte dos melhoresprazeres. Então ele precisa ser respeitado,preservado, protegido. Quem se atraca comoum glutão numa mesa farta, na ânsia de saciarum desejo e um prazer fugaz, o da gula, condenaseu corpo. Claro que a boa mesa é um prazertodo especial e maravilhoso. Mas para assimser tem que respeitar certos rituais, primandopelo comedimento da serena degustação. Tudocom classe e refinamento. E não se trata deluxo. Uma mesa simples pode ser assim, terrequinte. Depende só da nossa educação edaquilo que queremos para o nosso corpo.Cuidados alimentares e exercícios. Os leves econstantes são preferíveis aos pesados eesporádicos. A dança está na primeira opção.Quem dança pelo menos uma vez por semanapremia seu corpo. Aquecendo e alongando antesde dançar, mais ainda.

Poucos dias antes do fechamento destaedição do jornal Dance Campinas, aconversa com um amigo empresário do

ramo de artigos para dança e de promoção deeventos do gênero me despertou algumasreflexões sobre os festivais de dança em nossaregião. Ele falava entusiasmado de certo projetoque colocaria mostras de dança na praçaprincipal de Campinas. E, ao mesmo tempo,demonstrava certo desânimo no que tange aosapoios culturais (tão difíceis de conseguir) eapoio da própria prefeitura de Campinas que,por ocasião do carnaval de rua, solicitou oadiamento do evento (para data sem previsão),já que estaria “sem condições” de arcar com asdespesas e com o trabalho no dia marcado parao festival. Uma pena. Sim, Campinas é carentede investimentos e iniciativas na área, assimcomo de integração entre as escolas ecompanhias para a promoção de festivais.

Durante a conversa com esse amigo o quenão faltou foi exposição de inúmeros projetosligados a essa arte, que tanto nos encanta.Projetos, projetos e projetos. Já é possívelencontrar pessoas dispostas a trabalhar peladança em nossa região em uma perspectiva maissistêmica, menos fechada em sua própria salade aula, apenas com seus alunos e praticantes.Festivais das escolas são bem vindos, mas nãopodemos nos limitar a isso.

No Brasil, ao longo de toda a trajetória dequase 13 anos do jornal Dance nacional e umano e meio do Dance Campinas, o públicoleitor pode acompanhar a cobertura de váriosfestivais e congresso de dança no país, quereúnem toda a comunidade dançante,independente de escola, nível de conhecimentoou local. Joinville, Baila Floripa, Congresso deZouk, Brasil Salsa Open são alguns exemplosnacionais de sucesso e empenho por parte deseus organizadores. Na região, Passo de Arte,Pouco de tudo...Tudo de Dança, DançaCampinas, Campinas Street Dance Festival sãooutras iniciativas que merecem destaque. Noentanto, carecemos de mais encontros, mais

festivais ou mostras – não necessariamentecompetitivas, eventos que trabalhem com maiorprofundidade as diversas modalidades de dançae não só isso, a diversidade de abordagens eprocessos criativos em cada gênero de expressãocorporal entre os professores, alunos ecompanhias. Para isso, ressalto a necessidadeurgente de amadurecimento entre nossosprofissionais de dança, que busquem não apenaso crescimento de seus negócios particulares masda dança em um contexto geral. Ressalto tambémo árduo trabalho junto a patrocinadores empotencial, convencendo-os de maneira precisae eficaz da importância social e cultural de seapoiar um evento dançante.

Nesse sentido, vejo com bons olhos asiniciativas das associações de dança que, unindofiliadas, podem trabalhar e muito para ampliarhorizontes e desenvolver a cultura na cidade. AAMDC (Associação Movimento DançaCampinas), por exemplo, deu um grande passocom a criação do Pouco de Tudo...Tudo deDança e, junto com ele, o Fórum de Dança,trazendo discussões teóricas sobre as temáticasque envolvem o setor. No entanto, a AMDCpode e sabe que pode fazer ainda mais. Aliás,sei que projetos não faltam. A APDS(Associação de Profissionais de Dança de Salão),recém criada em nossa região, nasce com essamissão e objetivo de integração, mesmo que emcurto prazo pareça uma tarefa impossível. Os festivais trazem um retorno muitopositivo para o setor, especialmente porquepassam a ser assunto de debate entreespecialistas e leigos no tema. Participar de umfestival representa a confraternização entre osenvolvidos, sejam eles bailarinos, coreógrafos,produtores de espetáculos, críticos de arte, entreoutros. É uma festa em que, por um momento,é possível somar forças para contribuir navalorização desta arte e também de firmar seupapel no cenário econômico nacional. O jornalDance, nesse sentido, se coloca como grandeincentivador de iniciativas como essas.

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03Março e Abril/2007

APDS define objetivos e realiza primeiro evento na cidade

Mais uma opção de casa noturna para bailar.OVideokê Club, localizado no bairro Chácara daBarra em Campinas, começa a promover noitesdançantes em março, todas as quartas, a partirdas 20h30. Segundo o proprietário da casanoturna, Astor Franchi, as noites são voltadaspara o público da dança de salão, com o melhorda música nacional e internacional. “Damosdestaque para o repertório de qualidade, paraagradar o público adulto”, afirma. Haverá músicaao vivo com a banda Esquina 2 e DJ nosintervalos. A casa oferece serviço de bar completoe os ingressos também têm desconto. Endereço:Rua Oriente, 35 - esq. Norte Sul. (19)3251-3101

Videokê Club promove noites dançantes

Baile de lançamento daassociação será dia 31 demarço, no clube União dos

Veteranos

Foto: Luiza Bragion

Baile de Lançamento

31 de março, sábado

Local: União dos Veteranos

Banda Help

Informações e convites: (19)3241-5399/9125-4015

Correção

Free Dancers buscammaior reconhecimento

Essa é a opinião do free dancer FrancescoFailla, nascido na Itália, mas radicado no Brasil.Para ele, os profissionais da área sofrem muitadiscriminação: “Não existe reconhecimento denosso trabalho. Falta respeito”. A discussãosobre o trabalho de free dancer vai longe.

Muitas discussões, oportunas para aspróximas edições do jornal, giram em torno daqualidade do trabalho oferecido, público queprocura o serviço até questões como a falta derespeito, colocada por Failla.

Francesco gosta de dançar desde menino.Trabalha com três aspectos, que considerafundamentais: postura, visual e pontualidade.Já fez aulas com vários professores deCampinas e em poucos anos consegue notarsua evolução. Seu ritmo preferido é bolero. Hojefaz aulas com Rodrigo de Oliveira, no TênisClube e é free dancer fixo do Clube União dosVeteranos e Paróquia Santa Isabel, em BarãoGeraldo. Está lançando seus dois filhos no ramoda dança de salão. Contato: 9104-7233

Na última edição do jornal DanceCampinas, página 5, ao contrário do queestá na legenda da foto do InformativoACED, os integrantes fazem parte da ACED- Associação Campinas em Dança e não daAMDC, conforme divulgado.

Vanderlei Falcão, professor de dança daPUC-Campinas acaba de criar o cursoRedescobrindo o Corpo, para público a partirdos 45 anos de idade ou Terceira Idade, deambos os sexos. A oficina tem a proposta deredescobrir a si mesmo por meio do prazer dedançar, com ritmos diversificados com os quaiso participante pode movimentar-se de umaforma nova. Dançando, ele exercita o corpo e amente e, ao mesmo tempo, fortalece partesfundamentais de seu corpo, nas quais ocorremincidências de lesões (pés, costas, quadris,joelhos, etc.). Também leva o participante abuscar, por meio do contato com seusparceiros, uma desinibição corporal, ajudando-o na busca de novos caminhos para a vida, comuma ligação na arte de dançar. As vagas sãolimitadas. Maiores informações pelos telefones:(19)3287-5664 ou (19)9179-0225

Redescobrindo o Corpopara a Terceira Idade

O República Cênica, grupo de pesquisa emdança e teatro em Campinas, acaba de completardez anos. O resultado são bases seguras, quegarantem a continuidade de um trabalho sério,que envolve, além da pesquisa, formação,criação e circulação de espetáculos. Formadopor cinco alunos do curso de artes cênicas daUnicamp, o grupo hoje é composto pelo atorFernando Aleixo e pela bailarina e atriz AnaCarolina Mundim, que costumam convidaroutros profissionais para trabalharem em suasproduções. As comemorações do aniversáriodurarão o ano todo e serão marcadas poroficinas, estréias, lançamentos de livros eDVDs e inauguração de uma sala multiuso, comcamarim, onde serão realizadas apresentaçõesdo grupo e de outras companhias. O RepúblicaCênica também está com vários cursos ligadosà dramaturgia, abertos à comunidade.Informações: (19)3295-8503

República Cênica completa 10 anosde pesquisa em dança e teatro

Com algumas mudanças de foco e depessoal, a APDS – Associação deProfissionais de Dança de Salão, que

integra Campinas e região, dá início às suasatividades em 2007. Para abrir o ano, a associaçãorealiza, em 31 de março, seu primeiro baile, noclube União dos Veteranos, ao som da bandaHelp e outros estilos de dança de salão (comozouk, tango e samba rock), nos intervalos.Haverá também apresentações de dança comprofessores associados. Será o primeiro grandeencontro das escolas associadas e convidados,unindo, em fato inédito, a maior diversidade deprofessores da cidade e de cidades comoIndaiatuba, Jundiaí, Cosmópolis e Piracicaba.Os convites estão à venda e são limitados àcapacidade do local. Presidida por Vanea Santos, do ZAP Centrode Danças, a APDS prioriza o estudo dosproblemas relativos as melhorias e aspiraçõescoletivas e específicas da dança de salão, odesenvolvimento de atividades recreativas,sociais, esportivas, culturais e assistenciais queestiverem ao seu alcance e a promoção de festas,com o intuito de angariar fundos para despesasgerais e melhoria do conjunto habitacional noqual está inserida. A criação da Associação foiidealizada principalmente com o objetivo de

fortalecer a dança de salão na região de Campinas.Por isso mesmo, conta com diretoria de eventos,marketing e projetos paralelos.

Embora a votação das decisões seja realizadapelos membros da diretoria, qualquer escola ouprofessor de dança pode associar-se e desfrutarde benefícios para seu negócio e seus alunos,assim como dar opiniões e sugestões paraevolução do grupo. Os profissionais que aindanão se associaram poderão se inscrever com adireção da associação ou no Departamento de

Imprensa e Marketing, representado por LuizaBragion, editora deste jornal. A partir de suainscrição o professor poderá distribuir acarteirinha da APDS aos seus alunos, quepassarão, automaticamente, a receber váriosbenefícios. Nenhuma anuidade será cobrada,bastando o associado entrar da divisão de cotamínima e excedente da venda de convites doseventos promovidos pelo grupo. Para 2007, várias atividades estão previstascomo bailes bimestrais, viagens dançantes para

associados, mostras de dança, entre outros.Além disso, a associação a cada dia temconquistado maior número de parceiros, quedão descontos e benefícios para os queapresentarem a carteirinha. A equipe deparceiros, ainda em formação, já conta comcasas noturnas, clínicas de estética eprofissionais liberais. Além da parte administrativa/executiva, aAPDS também conta com Diretoria de Eventos.Em breve, o site da APDS estará no ar paraesclarecer maiores dúvidas aos seus associados,assim como para divulgar seus eventos. Muitacoisa vem por aí.

Confira quem está na equipe da APDS

Alguns dos integrantes da APDS: diretoria e associados em clima de união e muito trabalho

Presidente: Vanea SantosDemais Membros da Diretoria: Rodrigode Oliveira, Paulo Oya, Antonio Godoy,Léo Carioca, Nelson Costa, JulianaGianessi, Solange Cazzaro, Luiza BragionConselho Fiscal: Rodrigo Vecchi, BrunoFranchi, Raphael Thomé, AmauryFernandes, Henrique Carioca, AndersonAntonio CeraProfessores Associados: Cleuza Almeida,Teresa Villas Boas, Carlos Henrique Souza,Vitor França, Sandro Andriotti, AnísioJunior, Mauro Rocha, Luis Santos, AdrianoOliveira, Adolfo Tufaile Junior

Maiores informações: 3241-5399/3229-1770

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4 Março e Abril/2007

ZAP Centro de Danças emociona em seu primeiro festival

Sapateado leva grupo de meninos do São Marcos aos EUAFoto: Luiza Bragion

Integrantes do Grupo Meninos Sapateadores do São Marcos: Tiago Rodrigues,DiogoSouza, Lucas Rosa, Luiz Guilherme Paula, Lucas Silva, Deyvidson Pereira da Silva,

Diego Souza, Henrique Gabriel, Gabriel Gilbertoni, Jonathas de Paula Miranda,Anderson Santos e a menina Isabela Targino. Maioria dos garotos deseja seguir carreira

profissional no sapateado. Trabalho de Luizz Baldijão com crianças entre 10 e 16 anosrendeu convites para NY City Tap Festival, que acontece em julho deste ano

ServiçoABC - Associação Beneficente CampineiraMeninos Sapateadores do Jd. S. Marcos

R. Luiz Aristeu Nucci, 115(19) 3231-1809/ 3246-0361/ 9247-5430

E-mail: [email protected]

O garoto Tiago Rodrigo Alves dosSantos emocionou Campinas quandosaiu do modesto Jardim São Marcos

para participar do New York City Tap Festival,o maior festival de sapateado dos EUA. Osucesso foi tão grande que os organizadoresdo Tap City convidaram Tiago e outros 11adolescentes do grupo para a versão 2007 doevento, marcado para julho. Tiago e os amigos têm histórias de vidasemelhantes. Todos eles nasceram em famíliascarentes e aprenderam a sapatear nas aulasministradas voluntariamente pelo professorLuizz Baldijão na Associação BeneficenteCampineira (ABC), mantida pela IgrejaMetodista. Na entidade, os garotos recebemgratuitamente, no período em que não estão naescola, alimentação e orientação escolar eprofissional, além de oficinas de artesanato,sapateado, informática, coral, inglês,brinquedoteca e leitura. No ano passado, a viagem de Tiago foipatrocinada pela comunidade. Luizz Baldijãosaiu pedindo contribuição de empresáriosdispostos a pagar os US$ 4 mil necessáriospara a passagem área e a hospedagem. Osoutros sapateadores campineiros no Tap City2006 (alunos de uma academia privada)bancaram as próprias despesas,individualmente. Para 2007, a situação é bemmais animadora. “A ABC procura ajuda paraos gastos com alimentação do grupo epassagens, mas já foram firmados patrocíniosque vão cobrir aulas de sapateado ehospedagem”, fala, entusiasmado, Baldijão, quejá sapateou nos EUA e atualmente conta comuma companhia de dança na capital paulista.

O grupo Meninos Sapateadores do JardimSão Marcos, criado em 2002, atende jovenscom idades entre 7 e 16 anos. O jovem TiagoRodrigo Alves dos Santos, de 16 anos, que fezsucesso sapateando em palcos norte-americanos em 2006, acaba de receber o BusterBrown Award, prêmio concedido pelaAssociação Internacional de Sapateado adestaques do setor. O reconhecimento garantea ele uma bolsa de estudos para participar doTap City 2007. Entusiasmado com a notícia,Tiago se uniu a dois amigos, os irmãos Diogo eDiego Ananias, para formar um trio desapateado, o Flat, que apresenta coreografiaspróprias em eventos pela cidade.

Para 2007, novas turmas de sapateadoforam criadas na entidade. As aulas acontecemàs terças e quartas, no período da tarde.“Atualmente temos 64 sapateadores. Sãomeninos e meninas, mas os meninos semprese destacam mais e por isso dos dozeintegrantes do nosso grupo de apresentações,temos apenas uma garota”, conta Baldijão. Asturmas também são abertas à comunidade. Ocurso é gratuito, com vagas limitadas. Baldijãorelata como as aulas têm modificado a vida dosadolescentes: “A transformação dos alunos énotável, especialmente nas escolas, na famíliae o respeito com os colegas, pois aprendem atrabalhar em equipe. Além disso, há a elevaçãoda auto-estima”.

Um tangoestilizado narebuscadacoreografia Pas deDeux “A Dois” ouapresentação debalê clássico,fechando oespetáculo: aemoção foi notávelem todos osnúmeros doprimeiro FestivalZAP Centro deDanças

Fotos: Divulgação

Emoção, aplausos e a consciência de que a primeira vez de um grande espetáculo sempreapontará novos desafios e possibilidades de evolução. Tais elementos marcaram oprimeiro Festival ZAP Centro de Danças, realizado em dezembro para fechar as

atividades de 2006. Em dois dias de apresentações, o Teatro Castro Mendes lotou de pessoase pais ansiosos para assistir “Caiu do Céu”.

A história, que norteou os diversos números de dança, contou o drama de um menino derua chamado Rafael. Acompanhado por seu anjo da guarda, divertido e atrapalhado, o garotoencontrou na dança a virada de sua vida, a partir da simulação de um anúncio de audição parabailarinos, divulgado no jornal Dance Campinas. Foi uma homenagem carinhosa a este jornal.

As apresentações de dança envolveram alunos de todas as idades, desde o balê baby atécoreografias de dança de salão mais complexas. A escola também trouxe convidados especiaispara dançar como a dançarina do ventre Dákiny Keller, Marcelo Cunha e Karina Sabah– doCentro Jaime Arôxa de São Paulo, Ricardo e Kleire – vencedores do último Salsa Open, ÉrikaNovachi e seu grupo de jazz Galpão 1, Emerson Moreira e Sara Megumi com a dança esportiva,entrr outros. O espetáculo foi encerrado com uma linda mensagem de paz e apresença de todosos dançarinos no palco, interagindo com o público.

Agora a escola toma fôlego e já se prepara para seu segundo espetáculo, em 2007, quepromote várias surpresas, novos convidados especiais e um enredo igualmente emocionante.

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5Março e Abril/20007

Dançando a Bordo 2007:banquete está cada vez mais saboroso

Novidades esquentam a dança em Indaiatuba

A Escola de Dança Rodrigo de Oliveiraestá com novidades especiais para2007. A partir do dia 7 de março das

19h00 às 20h30 começa uma turma deiniciantes para as aulas de dança de salãocom diferentes ritmos. Salsa, samba, forró,zouk, entre outros, são os estilos que serãopassados para a turma. Além disso, a escolapromove curso de tango às segundas equintas, das 20h30 às 21h30. A grande novidade para este ano é aberturade vagas para bolsistas. Além de não pagarpara fazer as aulas, os bolsistas vão receberaulas especiais voltadas só para eles. Umaótima oportunidade para quem gostaria deinvestir na dança mas não tem condiçõesfinaceiras. E para quem quiser fazer parte daCompanhia de Dança Rodrigo de Oliveira eparticipar as coreografias e competições podese inscrever na escola ou pelo [email protected]

Escola de Dança Rodrigo de OliveiraRua São Sebastião, 395

Vila de Todos os Santos - Indaiatuba(19) 3885-0366 / (19) 8123-1364

Foto: Divulgação

Rodrigo de Oliveira e Fernanda Araújo, em coreografia campeã do Passo de Arte 2006

Via das Artes abre cursos dedança contemporânea

O Espaço Via das Artes abre curso com oNúcleo de Ensino Terraço Teatro. As aulasacontecem às terças e quintas, das 19h30 às 22h.As inscrições vão até 30 de março. Maioresinformações pelo site www.terracoteatro.comou 9117-6766.

A III Noite do Tango, promovida pelo JornalDance Campinas, acontece dia 19 de maio,sábado, no Clube Nipo Brasileiro. O baile terátodos os ritmos de dança de salão, além do tango.Haverá show com a Cia. Tango e Paixão, deMárcia Mello e Nelson Lima. O cardápio seráde empanadas argentinas e outros quitutestípicos. No mesmo dia do evento, Márcia Melloe Nelson Lima ministram dois workshops paraos tangueiros de Campinas: adornos paramulheres e tango intermediário para casais.Ambos focarão o tango de salão e acontecem noAteliê Solange Cazzaro. As reservas pro baile e/ou workshops já podem ser feitas pelo telefone(19)3241-5399 ou pelo email do jornal:[email protected]

III Noite do Tango acontece emmaio no clube Nipo Brasileiro

Por Rubem Mauro Machado(especial para Dance Campinas)

Quem participou dos quatro Dançandoa bordo realizados nos últimos quatroanos – e não é pouca gente, quem vai

uma vez quer sempre repetir a dose e não é àtoa que o número de participantes cresce deano para ano, só não sendo maior porque osnavios lotam, havendo sempre lista de espera,já que é sempre o primeiro a ser totalmentevendido – pôde comprovar a capacidade quetem o cruzeiro temático de se renovar, paraficar melhor, melhor e ainda melhor.Desde o primeiro, realizado no simpático e hoje“pequeno” Costa Tropicale, a cada ano ocruzeiro consegue se superar. Novidades, comoa criação de um espaço de tango em 2005, aintrodução de novas modalidades de dança,como a country em 2006, com oscampeoníssimos Euler e Bel (novidades essasmantidas e incorporadas), e a inserção de umespaço dedicado apenas à salsa e outros ritmoslatinos em 2007, além da promoção deatividades paralelas, como palestras queextrapolam o interesse apenas de dançarinospara atingir o público em geral, são exemplosde uma busca permanente de melhoria, paraoferecer o máximo de satisfação aosparticipantes. Na grade de aulas diárias, sob aorientação e o comando de Theo e Mônica,afora a vinda de renomados professoresestrangeiro, como os argentinos Juan Copes,Aurora Lubz e Hugo Daniel, são introduzidosa cada ano novos ritmos, como foi o caso dozouk este ano, a cargo dos professores Philip eAnna Miha, inclusive com aula só para mulheres,e sem falar nas inéditas aulas de dançasgauchescas, patrocinadas pelo casal dos pampasFernando Campani e Daniela Dias, para dar sódois exemplos.

Os bailes temáticos desse recém findo 4ºDançando a bordo apresentaram grandevariedade, satisfazendo todos os gostos: Bailedos Autógrafos (quando foi lançada a biografiade Jaime Aroxa escrita pelo editor deste jornal,Milton Saldanha), Noche Latina, Noite do Forró/Festa Baiana, Gran Milonga, Baile de Máscaras/Carnaval, Festa Revival, Luau do Zouk e Noitedo Flash Back. O entusiasmo contagiante leva aque muitos casais e grupos façam nos bailesapresentações informais que não constam daprogramação oficial. Por outro lado, os músicose bandas do navio estiveram mais do que nuncafocados num repertório essencialmente dançante,o que contribuiu para que se dançasse o tempotodo, não só nos grandes espaços como tambémnos espaços mais íntimos dos piano-bares. Tevegente que saiu de pé inchado.Quem gosta de dançar também gosta de ver bonsespetáculos de dança. Em 2006 foi um grandefeito a presença a bordo dos dois maiores nomesda nossa dança de salão, Carlinhos de Jesus eJaime Aroxa, para apresentações com suasparceiras, Vanessa Nascimento e BiancaGonzales, respectivamente. Como se fossepouco, este ano não só o cruzeiro voltou a contarcom a presença dos dois como também de suascompanhias de dança. Além dos espetáculos devariedades do corpo de baile do navio e dodivertido show oferecido todos os anos pelosprofissionais do Dançando a bordo (e quecontou com uma exibição não prevista doimpressionante Jomar Mesquita e sua parceiraFernanda), os viajantes-dançarinos puderamdesfrutar, no excepcional Teatro Rex, para 1.350pessoas sentadas, dos extraordináriosespetáculos “Isto é Brasil”, com a companhiade Carlinhos e “Com o brilho de seu olhar”, deJaime, que levantaram o público em duas noitesinesquecíveis. Que outro cruzeiro seria capazde oferecer um banquete desses?

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6 Março e Abril/2007

ENERGIA em MOVIMENTO

Lian GongEm 18 Terapias

Ginástica terapêutica Chinesa. Exercício para dores em geral, articulações, tendõese disfunção dos órgãos internos.

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7Março e Abril/20007

Escola de Dança de Salão Paulo Zanandré

Rua Inês de Castro, 574 – Taquaral Fone: (19) 3242-0186

tradiçãoconfiabilidade

ótima localização e espaço físicoexcelentes professores

todos os ritmos de dança desalão e bailes mensais!

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Considerada a melhor escola de dança de salão pelarevista Veja 2006/2007, pela terceira vez consecutiva!

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8 Março e Abril/2007

Pesquisa sobre dança sinaliza importância da produção brasileiraAbordar a sistematização da técnica

desenvolvida pelo bailarino KlaussVianna e registrar seus conceitos

inovadores sobre dança foram os objetivos doestudo desenvolvido pela coreógrafa epesquisadora em dança contemporânea, JussaraMiller. Realizado como pesquisa de mestrado noInstituto de Artes na Unicamp, em 2005, otrabalho de Miller será publicado como livro,com lançamento previsto para 2007. A escuta do corpo: sistematização da técnicaKlauss Vianna trará não apenas a abordagem datécnica criada pelo coreógrafo, mas uma pesquisahistórica sobre Klauss, sua mulher Angel e seufilho Rainer, também bailarinos. “Esse trabalhode pesquisa é importante, pois valida a história ea técnica criada por um bailarino brasileiro.Precisamos valorizar o que é nosso, pois na áreade dança muitos voltam-se para a produçãoexterna, em detrimento da brasileira. Ainda temosum olhar colonizado”, argumenta Miller. Segundo a pesquisadora, o mineiro KlaussVianna revolucionou a dança em todo o Brasil,ao questionar a rigidez do ensino da dança nadécada de 1940. Ele propunha maior liberdadede criação de movimentos, a partir da consciênciacorporal. Isso porque a técnica Klauss Viannapressupõe que, antes de aprender a dançar, énecessário que se tenha consciência do corpo,como ele é, como funciona, quais suas limitaçõese possibilidades. Propõe princípios da física eda anatomia para o estudo dos ossos e suasarticulações, que segundo ele, funcionam comoalavancas e dobradiças que levam ao movimento.

Miller explica que com o aprofundamentodos estudos em anatomia e nas artes plásticas,o bailarino passou a estudar uma nova maneirade ensinar dança. Rainer Vianna sistematizou atécnica criada pelo pai e fez uma elaboraçãodidática da pesquisa.

A técnica Klauss Vianna é aplicável nãoapenas na dança, mas no teatro, para músicos etodos que buscam qualidade de vida, na medidaem que trabalha com a reeducação postural. Atécnica não exclui outros estilos de dança, e nãoé direcionada ape apenas para as artes cênicas.

Precisão traz subjetividade ao movimento

Na opinião de Miller, o trabalho de Viannaliberta o corpo de qualquer maneirismo ouconcepção graças à oposição de movimentosdo osso sacro e do crânio. A partir da idéia deque os movimentos do corpo sãoproporcionados pelo direcionamento ósseo,Vianna mapeou oito vetores de força no corpohumano, distribuídos dos pés à cabeça:metatarsos, calcâneos, púbis, sacro, escápulas,cotovelos, metacarpos e sétima vértebracervical. Para o bailarino, esses vetores estão

Pesquisa em dança noBrasil é crescente, mas

pouco difundidaArte e ciência têm uma estreita relação no

âmbito acadêmico, no ensino e na pesquisa.Isso se reflete no número crescente de cursosde graduação e pós-graduação em dança no país,a exemplo da Unicamp, USP, Unesp, UFBAentre outras. Para Eusébio Lobo, do Institutode Artes da Unicamp, as pesquisas na áreaestão ampliando e o Brasil pode ser consideradoum país de excelência: “Temos inúmeraspesquisas em arte, que se intensificaram apartir da década de 90. Nessa época, muitosmestres e doutores foram formados e a relaçãodança-universidade intensificou-se. Em termosde quantidade, Europa e EUA são mais ricosdevido a questões históricas que influem nesselevantamento. Mas quando falamos emqualidade, nossos trabalhos não deixam adesejar”, afirma. Segundo Lobo, um dosmaiores problemas enfrentados é a ausência deuma bibliografia popularizada sobre dança.“Temos muito material de pesquisa, aocontrário do que as pessoas imaginam. Oproblema é que isso fica restrito aos bancos dedados das universidades, pois o mercadoeditorial valoriza pouco esse filão”, opina.

inter-relacionados, compondo a direção óssea.No processo de vetores, o intuito écompreender que cada um deles acionamusculaturas específicas e que juntos, formamo movimento. A partir dessa consciência, oexecutor inicia o processo de criação da dança.Essa consciência oferece maior liberdade aocriador e o professor torna-se mero facilitadordo movimento, ao invés de dar as regras dojogo. A técnica, mais difundida a partir dosanos 1990, foi bem recebida no meio acadêmico,por ter cunho científico e aplicar a anatomiaao movimento.

Jussara Miller também coordena o Salãodo Movimento, em Barão Geraldo. O espaçofoca a reflexão do corpo e o estudo domovimento, por meio de atividades como aulaprática de movimentos baseados na técnica deKlauss Vianna, além de grupos de pesquisa ede estudos dida´ticos, ligados ao tema. O Salãodo Movimento atende estudantes eprofissionais da saúde, das artes cênicas,terceira idade e todos os interessadosemconhecer e melhorar seu desempenho corporale qualidade de vida, inclusive crianças que,por meio de atividades lúdicas, conhecem seucorpo e suas possibilidades.

Salão do Movimento

R. Abílio Vilela Junqueira, 712 -Barão Geraldo

(19)3287-8861

Com o inédito Baile de Autógrafos, norequintado salão Conte di Savoia, nanoite de 4 de fevereiro, navegando para

Salvador, foi lançado no navio Costa Fortuna olivro “As 3 Vidas de Jaime Arôxa”, de autoriado jornalista Milton Saldanha, pela EditoraSenac Rio, com patrocínio da Costa Cruzeiros.Tem 144 páginas e nasce já com duas edições, aespecial para distribuição de cortesia aosparticipantes do cruzeiro Dançando a Bordo, eoutra destinada às livrarias e academias de dançade todo o Brasil, totalizando 4 mil exemplares.A orelha é assinada pelo publicitário FranciscoAncona Lopez, consultor de marketing daempresa italiana, que opera 11 transatlânticospelo mundo. Jaime Arôxa é um ícone da dança de salãobrasileira. Já montou espetáculos internacionaisna Ásia e Europa e dá nome a uma rede deescolas de dança em diversos estados, sendo asprincipais no Rio e São Paulo. Atualmente, entreoutras atividades, é jurado no programa“Bailando por um Sonho”, do SBT,apresentado por Silvio Santos. O autor, MiltonSaldanha, depois de 35 anos de carreira nagrande imprensa, criou e edita há 12 anos ojornal Dance. Depois deste lançamento no navio estãosendo programados outros, em diversas cidadesbrasileiras. O livro traz episódios inéditos da

vida de Jaime Arôxa, desde os tempos difíceisda sua infância, no Recife, até transformar-seno grande artista hoje famoso, além deempreendedor cultural de sucesso. Emlinguagem leve, coloquial e factual transita dodrama ao humor, da denúncia sutil das mazelassociais ao brilho e luzes dos palcos, da realidadeaos sonhos, repassando notável experiênciade vida. É a história de um vencedor, que podeservir de referência principalmente para asnovas gerações que buscam espaço no mundodas artes. Porque não é uma história de sucessofácil. Ali está a vitória da obstinação, sob todotipo de risco; do talento e da coragem; dotrabalho árduo e da seriedade profissional,mesmo quando o entorno de cada

acontecimento é um cenário de alegria e atéirreverência. “As 3 Vidas de Jaime Arôxa” está ilustradocom três seções de fotos, das mais variadasfases do personagem, onde aparecem tambémsuas principais parceiras, atual e ex-mulheres,Maria Roza, Bianca Gonzalez e Patrícia, todasmuito citadas ao longo da obra. O livro foi escrito em menos de um ano,com longas seções de entrevistas em São Pauloe no Rio, além de viagem do autor e biografadoao Recife, onde durante uma semana visitaramlugares de infância e reencontraram pessoasque marcaram a vida de Jaime. Trata-se de um livro escrito com paixão, doautor e personagem. Pela vida e a dança. Mastodo o tempo “com o pé no freio”, como dizMilton de brincadeira, para não cair napieguice. Em certos momentos a linguagem éseca, com frases curtas, sem compromisso comglamour e sim com a realidade social de umpovo sofrido. A dura vida no Recife e as difíceisrelações com o pai marcam o início do livro,que aos poucos vai se abrindo para a escaladaem busca do sucesso, no Rio de Janeiro, edepois no plano internacional. Por tudo isso, é um livro que tem tudopara agradar a quem dança e também a quemnão dança. É, em suma, um livro sobre afascinante aventura de viver.

“As 3 Vidas de Jaime Arôxa” é lançado no Costa Fortuna

Foto: Divulgação

A coreógrafa Jussara Miller, durante performance de dança contemporânea

Serviço

Foto: Divulgação

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Março e Abril/2007 9

I Fórum de Street Dance em Campinas acontece em março

A necessidade do sapato adequado

Foto: Divulgação

Produtos e artigos para as diversas categoriasde dança estão recebendo atenção especial

das industrias e pesquisadores de novastecnologias. A expressão corporal da dança temuma relação direta com os recursos disponíveisde cada época. Nos primórdios das civilizações,atabaques e pés descalços criavam os sons ecoreografias de cada povoado. No curso dahistoria da humanidade, cada povo introduziuna sua dança, instrumentos, figurinos epeculiaridades do seu cotidiano. Vivemos hoje em um mundo de grandesavanços tecnológicos que também beneficiam adança e os dançarinos. Os avanços tecnológicosda medicina proporcionam uma melhorrecuperação em caso de lesões e um fantásticoaperfeiçoamento do desempenho físico, quecontribui para a evolução dos praticantes. A

eletrônica oferece um fantástico suportesonoro, alem de constantes lançamentos eaperfeiçoamentos que contribuem com amelhoria da qualidade musical .Uma verdadeira revolução da industria têxtil,contribui com tecidos mais confortáveis, dealta transpirabilidade, que além dosbenefícios trazem beleza estética àperformance dos dançarinos. Novoscalçados, específicos para dança, contribuemcom a segurança dos pés e desenvoltura dascoreografias. Os avanços também aparecemem acessórios, enfeites, palmilhas, novoslivros, cds, dvds e meios de comunicação. Fica a critério do praticante optar porprodutos de melhor qualidade ou porprodutos de preços mais acessíveis. Oimportante é que a dança cresça e sedesenvolva dentro de um cenário moderno,com avanços tecnológicos que coloquem nocentro deste palco, a figura mais importantepara a dança, o dançarino.

Entre os dias 9 e 11 de março, a Eclipse Culturae Arte, companhia de dança e cultura hip hop,realiza o 7° Campinas Street Dance Festival,para promover e potencializar energias sociaise culturais. O evento acontece na EstaçãoCultura (Praça Floriano Peixoto, s/nº, Centro)e no Teatro Castro Mendes (Praça Corrêa deLemos, s/nº, Vila Industrial). Neste ano o festival foi ampliado para trêsdias unindo todos os estilos da dança de ruacom alguns dos principais professores,dançarinos e companhias de dança do gênero,realizando o 1º Fórum de Dança de Rua, comdestaque especial para a presença do B.BoyCrumbs (www.bboycrumbs.com), vindo de LosAngeles, pela primeira vez no Brasil. B. Boy édançarino do filme “You Got Served” (Entrenessa dança). O festival também conta com aparceria da Action Now para exibições decampeonato de skate e street ball (USC). O principal objetivo do evento, segundo osorganizadores Kiko e Ana Cristina, éproporcionar a confraternização dosprofissionais do gênero com o papel de oferecera este público o que há de melhor em temas,

conteúdos, estudos, produtos e serviços,valorizando a cultura hip hop, além de propiciara população atividades gratuitas e acesso ainformações. Serão ministradas aulas abertas epalestras, como a “Cultura Hip Hop e Dançade Rua na atualidade”, “Educação e Hip Hop”e “O papel do professor de Street Dance”.Também acontecem as mostras livres - nãocompetitivas, cursos (Breaking e Hip HopDance), competições em grupo (freestyle emelhor show crew), batalhas em duplas (locking,popping, breaking e freestyle) e sorteio demuitos prêmios.

Maiores informações: 3387-6069 / 9277-0773 / 9251-4603

[email protected] organizadores do evento Ricardo Cardoso e Ana Cristina, da Eclipse Cultura e Arte

A primeira edição do “Campinas StreetDance Festival” foi realizada em 1999 noginásio do Taquaral com apoio da prefeitura deCampinas. Desde então o evento segueanualmente, integrando toda a região.

7º Campinas Street Dance Festival

Vítor Costa e Margareth Kardosh em Campinas

O casal Vítor Costa e Margareth Kardosh

Vítor Costa e Margareth Kardosh, estrelasdo tango paulistano, ministram

workshops de tango no ZAP Centro deDanças este ano. São seis aulas de nívelintermediário I e II e avançado (voltado paraprofessores e assistentes). O curso para nívelintermediário é voltado para pessoas comrazoável conhecimento em tango, que poderãoaprender, entre outras coisas, várias figurasde tango de salão, postura e giros. Já para nívelavançado, serão trabalhadas figuras maiscomplexas, voltadas para tango show eeletrônico. Os participantes também receberãoseis DVDs com o conteúdo de cada aula, alémde movimentos adicionais relacionados ao tematrabalhado no workshop. As aulas acontecemno dias 15 de abril, 13 de maio, 10 de junho,12 de agosto, 16 de setembro e 14 de outubro,no período da tarde. Haverá descontos parapacotes de seis e dezoito aulas. Maioresinformações e matrículas pelo telefone(19)3229-1770.

Por Carlos Henrique Gomes( promotor de dança e tecnólogo do

vestuário com ênfase em artigos de dança)

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LEVEZA DO SERTango de Ouro 2006

Novo site da Confraria do Tango já está no ar.A página divulga informações como onde bailar,restaurantes argentinos, escolas e professores,além de eventos paulistanos. O endereço éwww.confrariadotango.com.br

Café Tablao realiza workshop internacionalcom o bailaor Pol Vaquero entre os dias 14 e 16de março, para alunos de nível iniciante,intermediário e avançado. Quem se inscreveraté 15 de fevereiro terá desconto. Maioresinformações (19)3294-1650 ou pelo [email protected].

Março e Abril/200710

Foto: Milton Saldanha

La Milonga, promoção de Nelson Lima,Marcelo Cunha, Karina Sabah e Márcia Mello,no salão de festas do Centro de Dança JaimeArôxa Campo Belo, em São Paulo, definiu suasdatas para 2007: 24 de março, 19 de maio, 14de julho, 22 de setembro e 10 de novembro.(11)5561-5561 ou 3858-2783.

Tanghetto, de Moacir de Castilho, que aconteceaos domingos na Dançata, Itaim Bibi, a partirde 7 de março terá uma edição também nasquartas, no salão de Jorge Abduch, nas Perdizes.Será das 21h à 1:30. Na inauguração dançamMaurício Saraceni e Maria Odete, mais o casalmirim Gabriel Mota e Vanessa Lourenço. Paradetalhes ligue (11)3289-8502.

Neste março, a Escola do Teatro Bolshoi, emJoinville, completa sete anos de sua instalaçãono Brasil. Segue o modelo da tradicional escolade Moscou. No final do ano formará suaprimeira turma, com alunos de diversos estadose alguns estrangeiros. Com mestres russos ebrasileiros, ensina balé clássico com técnicaVaganova, música, elementos de circo,sapateado, dança popular, história da arte emuitas outras matérias. Os alunos contam compsicólogo, nutricionista, pediatra, ortopedista,dentista, fisioterapeuta e outros profissionaisnas áreas de apoio. A escola recebe visitantes,com agendamento. (47) 3422-4070.

15ª edição do Cuballet, do Espaço CulturalEldorado, com direção da mestra cubana LauraAlonso, do Centro Pro Danza, montou durantecurso e apresentou no Teatro do Tuca a versãocompleta do clássico Giselle. É uma tradiçãodo Cuballet, coordenado por Célia Veríssimo eRuy Sitta, a montagem completa de um balé derepertório. O evento acontece sempre emjaneiro e os bailarinos premiados ganham bolsaspara longos estágios em Cuba, país famoso pelaqualidade das suas danças clássicas e populares.

Confraria do Tango realiza seu próximo bailedia 17 de março, sábado, no Clube Homs. Amilonga será beneficente. Reservas já estão seesgotando.

Gisele Thibes, bailarina clássica campineira,começa seu curso de especialização emarteterapia, em Paulínia. Também está dandoaulas no Círculo Militar de Campinas.

Mariana Maekawa, que acaba de se formarem Educação Física pela Unicamp, embarcouem janeiro para o Canadá. Em Las Vegas, nosEstados Unidos, estréia na companhiacanadense Cirque du Soleil, após realizar ummês de treinamento, assumindo uma vaga deartista circense. Outros dois selecionados paraintegrar o elenco do Cirque du Soleil,pertencentes ao Grupo Ginástico da Unicamp,são Gabriel Granau Luz e Héber Teixeira Pinto.Ambos aguardam o chamado para o início dostreinamentos.

Juliana Gianessi, professora de dança desalão, está com nova turma de tango na escolaStudio Mix. Avenida dos Esportes, 345 –Valinhos. (19)9733-8363

Diálogos sobre o corpo feminino no Tango-dança

A história popular do tango nosconfronta com a questão dos gêneros(feminino-masculino) colocando-os

sempre em um primeiro plano dentro da cenacoreográfica. Existe uma constante repetiçãode movimentos, uma invariável “encenação”de papéis: a moça caindo nos braços de seuparceiro, a “milonguita” independente fazendooitos, a experiente loba adornando sutilmenteos fortes passos de seu parceiro. Essarecorrência dentro do produto cultural do tangopermite visualizar e diferenciar entre asbailarinas que seguem os “fetiches ou clichês”e as que criam seu próprio estilo. Na passagem da professora Maria Muñozpela Unicamp, convidada pela Típica TangoStudio, muitos desses tópicos foramabordados em relação às técnicas femininas. Oobjetivo foi visualizar a diferença que existeentre a repetição dos clichês e as possibilidadesde criação no tango-dança. O trabalho foimaravilhoso! Até os mais iniciantes no bailede tango manifestaram a grande emoção dianteda arte e da pedagogia desenvolvida noSeminário por Maria e seu parceiro Germán.

Por Natacha Murielprofessora e pesquisadora em tango

Entre os professores de tango surge essequestionamento: ensinar a criação ou arepetição? Nesse sentido, não basta dizer queo tango é infinito enquanto se copiam figurasachadas em dvds.. Torna-se imprescindível queo professor de tango explore com seus alunostodas as potencialidades criativas do gênerodesde o começo do aprendizado. Esse conceitolúdico é, em essência, o motor e fundamento dosucesso mundial do tango argentino. O fato deconfrontar às pessoas com a criação e com aspossibilidades que cada bailarino “produz”dentro de sua cultura ao dançar o tango. Mas, como estimular a criação nas mulheresque dançam sempre as mesmas estruturas?Como fazer surgir “o novo” dentro do discursocoreográfico feminino do tango que, segundomuitos afirmam está limitado a “seguir” o seuparceiro? Existe atualmente um discurso oulinguagem coreográfico feminino no tango?Dispõe-se de um horizonte mais amplo demovimentos para o corpo feminino? Nossaresposta é positiva. Trata-se então de pensarno diálogo que os movimentos de tangoproduzem e comunicar novas idéias, formas eritmos a nosso parceiro, ao público e, emdefinitiva, a nós mesmos!. Em princípio ancorada em Buenos Aires, acultura do tango foi exportada, expatriada e

desterritorializada. Por tanto, o padrão do tangoportenho adquiriu múltiplas técnicas vindas deoutras culturas como a oriental, a européia ou anorte-americana. Assim, a cultura brasileiratambém pode introduzir novos movimentos aotango além de extrair dele movimentos parapoder coreografar boleros, sambas, etc.A antropologia, por exemplo, nos ensina queas técnicas corporais de uma sociedade são“transmitidas”, “apreendidas” e, por sua vez,“inconscientes” para quem as efetua. Mas, parao tango ser ensinado, algo dessa cultura popularde movimentos inconscientes teve que serlevado para o plano da consciência e organizadoem um método. Por tanto, a potencialidadefeminina do tango começa quando as bailarinasde “diversas” culturas desvendam suas práticasinconscientes, em um árduo trabalho dereconhecimento corporal formado de detalhes.Esse desvendamento produz um ganho duplo:no nível coreográfico, novas técnicas dedeslocamento, giros, musicalidade são geradas,criadas, ensinadas por bailarinas que podemfalar e transmitir sua práxis; passando, aliás, aserem incorporadas no discurso dançado dadupla. No corpo feminino existem característicasrelevantes que podem ser imitadas pelosbailarinos, sua sutileza rítmica em adornos, sua

explosão de salto e sua capacidade dissociativa,mas existem outras. É possível mostrarelementos não conduzidos pelo parceiro. Echegamos a um ponto candente: o maior prazerde uma bailarina de tango é surpreender seuparceiro sem derrubá-lo, isto é, que ele possacurtir “com ela”, sem a pretensão de fundir-senela. Elabora-se assim, certa consciência deliberdade. Por esse motivo é tão importante otrabalho técnico individual para dançar tango. O tango contemporâneo estabelece certasexigências corporais que levaram aos maestrosde tango a redefinir suas técnicas pedagógicasconstantemente. Alguns abordam a técnicadesde o aquecimento, outros deixam o corpose conectar com a linguagem do tango nodecorrer do tempo. O importante, em todocaso, é sair do famoso “esquema” do tangoshow (o tango para turistas) e substituí-lo pelomotor criativo que levamos dentro, umaverdadeira festa “a dois”.

A editora deste jornal, Luiza Bragion, foi agraciada em dezembro, durante baile do Tanghetto/Dançata, em São Paulo, com a comenda Tango de Oro, premiação internacional criada pela

Fundación Josué Quesada, de Buenas Aires. No Brasil seu júri é composto por quatro pessoas daárea artística, sob a presidência do poeta e escritor Iván Serra Lima. Na edição 2006 foramhomenageados também os tangueiros profissionais Maurício Saraceni e Maria Odete Bueno. OTango de Oro é entregue simultaneamente em Buenos Aires, São Paulo, Paris e Medelin (Colômbia).No Brasil seu júri é composto por Iván Serra Lima, arquiteta Elza Wolthers, pintor e escultorRoberto Vivas e pianista Antonia Tancredi, todos também praticantes de tango há muitos anos.Roberto Vivas, artista premiado e que já expôs em diversos países, autor da escultura “Tango”, naPraça Buenos Aires, em São Paulo, único monumento do mundo ao gênero musical, presenteouLuiza Bragion com um quadro a óleo.

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Março e Abril/2007 11

Túnel do Tempo: há 14 anos agitando as noites campineirasFoto: Divulgação

Túnel do TempoAv. Gov. Pedro de Toledo, 1730

Bonfim - Campinaswww.tuneldotempocampinas.com.br

Serviço

Se você pedir para dez pessoas escalarema sua seleção brasileira de futebolfavorita, com grande probabilidade

você terá dez times diferentes. O mesmoacontece se você pedir dez opiniões sobre oque seria uma boa seleção musical para ointervalo da orquestra num baile: a brigatalvez seja até maior.

De fato, cada um tem um gosto e pormais que um DJ – e aqui permitam-me umparênteses nacionalista: por que DJ, aabreviatura de “disc-jocquey”, ainda por cimapronunciada como em inglês, “di gei”? Porque essa frescura? Por que não adotar, porexemplo, PM, de programador musical? Ouse não quiser se ver confundido com aquelaturma armada que impõe respeito e às vezesmedo, por que não AM, de animador musical?

Por que temos de estar sempre macaqueandoos americanos, querendo ser o que não somos?Eu sou daquela turma que acha que “halloweené o cacete”. Fecho parênteses – por mais,repito, que um DJ (vá lá a expressão, fazer oquê!) seja considerado como muito bom, comoótimo, sempre haverá quem vai criticar as suasescolhas. Todo mundo sabe, é impossívelagradar a todos. Eu, por exemplo, detestomúsica brega. Mas estou cansado de ver o salãolotar quando alguns conjuntos apelam para ela.Ou seja, como AM eu talvez fosse consideradopor boa parte do público um bom jornalista(ou razoável, quem sabe).

Isso tudo posto, na qualidade de antigofreqüentador de bailes, vou tornar pública umaqueixa que tenho feito em particular a algunspobres DJs meus conhecidos; a queixa contra amesmice, contra a falta de imaginação.

Querem ver? É só começar uma seqüência(por que usar set, em inglês, se temos emportuguês seqüência?) de músicas lentas e lávem bolerão mexicano. Não, não sou contrabolero; pelo contrário, adoro vários. Mas cáprá nós, alguém ainda agüenta dançar o“Besame mucho” (aliás, ainda mais famoso poraqui depois que se tornou uma espécie de hinodo governo picareta do Collor de Melo, após a

ministra da Fazenda tê-lo dançado de caracolada com um outro integrante do Ministério,na nossa pândega capital federal!)? Alguémainda agüenta dançar o maravilhoso “La barca”?Até doce de coco quando é demais enjoa.

Para quase cem por cento dos nossoschamados DJs, música lenta é sinônimo debolero. Atribuo isso ao fato de que a grandemaioria deles não dança, não sabe dançar e nãogosta de dançar; assim, sem parâmetro, e comoé mais fácil um copiar o outro, ao invés deprocurarem se informar e conversarem com aspessoas para colher sugestões (brasileiro éauto-suficiente e sempre acha que sabe tudo, eque pedir uma sugestão é se rebaixar) começamlogo os trabalhos com .... sim, vocês acertaram,“Besame mucho”. E com isso nunca temosoportunidade de ouvir e dançar um de nossosmilhares de sambas-canções maravilhosos,desses que Lucio Alves e Dick Farneycostumavam cantar. E sempre que pergunto aesses DJs por que não tocam samba-canção,eles me olham com uma cara de profundoespanto, como se eu tivesse perguntado porque eles não tocam os sambas produzidos emMarte pelos compositores marcianos. Será queeles já ouviram falar em samba-canção?

Outros me respondem que sim senhor,eles conhecem sim e muito bem e tocamsamba-canção sim! Só que eu dou um azartremendo, eles só tocam o ritmo no dia emque não vou ao baile. De modo que nuncatenho o prazer de dançar uma música de AryBarroso, de Antonio Maria, de Caymmi, deLupiscínio, para citar uns poucos. Se um“Da cor do pecado” do Bororó, um“Mulher”, de Custódio Mesquita e SadyCabral, nunca é lembrado, se mesmo umbolerão brasileiro gostoso e de sucesso, como“Olhos nos olhos”, do Chico, não é tocado,o que dirá um Cartola ou um NelsonCavaquinho. E isso não tem nada a ver comnacionalismo; é que essa turma é boa prácaramba e é uma pena vê-la colocada paraescanteio. Aliás, mesmo o maravilhosocancioneiro norte-americano, um “Love ishere to stay” do Gershwin, um “Cheek tocheek” do Berlin, um “Begin the beguine”do Cole Porter, não soa em nossos salões, anão ser por milagre, uma vez em mil.Alô turma das carrapetas: que tal pesquisar,variar um pouquinho o cardápio? Osdançarinos penhorados agradecem.

Vamos dançar. Mas o quê mesmo?

Rubem Mauro Machado

Dançar é um tipo de diversão que reúnebenefícios físicos e mentais paraqualquer praticante, seja qual for a

modalidade escolhida. A dança de salão, emespecial, oferece tudo isso e ainda mais: aintegração social, independente de idade, classesocial e religião. Em Campinas, muito se falada necessidade de lugares para dançar, praticaro que foi visto em aula ou apenas um baile paradançar o dois pra lá dois pra cá, sem grandesregras. Há quatorze anos na cidade, o Túnel doTempo é uma das casas noturnas maisfreqüentadas da cidade, onde além de dançar, épossível conhecer pessoas novas, reunir amigosou “beliscar” um petisco. O Túnel do Tempo é uma das poucas casasnoturnas que sobreviveu às mudanças que adança de salão sofreu, tanto em termos deinovação de professores, como estilos erepertórios. Nasceu com o propósito de fazerbailes de dança de salão ao som de bandas aovivo, o que não persistiu em vários outroslugares campineiros, que, com o tempo, mudouo foco para bailões sertanejos, pagodes e músicaeletrônica. Segundo seu sócio proprietário, AntonioCarlos Oliverio, uma casa noturna deve terpersonalidade e acompanhar a evolução dostempos: “Não podemos tampar o sol com apeneira. As mudanças estão acontecendo. Opúblico de dança de salão está cada vez maisjovem, o repertório de bandas deve serconstantemente atualizado, agradar a todos,trazendo diversos ritmos e estilos, que não sãoos mesmos dos bailes do passado. E nós doTúnel do Tempo estamos sempre fazendo isso,

acompanhando tendências. Por isso é queestamos no mercado de entretenimento háquatorze anos. Quando criei a casa, pensei emum local que eu gostaria de ir, pois tambémsou adepto da dança e da vida noturna”, afirma.À frente da administração do Túnel do Tempo,Oliverio conta com a parceria de sua esposaDarlene, seu filho Felipe e de seu sócio, OsmarCupa. A casa noturna hoje movimenta muitospraticantes de dança de salão, em média novemil pessoas passam por lá a cada mês. Odiferencial, segundo Oliverio, é a presença de

bandas em todos os dias de funcionamento:quartas, sextas, sábados e domingos. A casaconta com cerca de quatorze bandas variadas,buscando atender a todos os gostos: Help,Mistura Paulista e Lance Livre são algunsexemplos sempre presentes. Nos intervalos, éa vez do DJ comandar a pista com ritmos dedance music e flash back. A casa oferece serviçode bar completo, free dancers e descontosespeciais para quem apresentar o convite naentrada. A novidade é o Túnel do Tempo Card,cartão VIP, pelo qual a pessoa paga apenas o

que consumir. O Túnel do Tempo, nos dias emque não há programação, também está abertopara locação, incluindo serviços de buffet e som.

Oliverio enfatiza a necessidade de integraçãoentre as escolas de dança e as casas noturnasem Campinas e aproveita para criticar: “Eudiscordo quando dizem que em Campinas nãohá onde dançar”.

Casa noturna oferece bailes com música ao vivo e repertório variado, atendendo a todos os gostos

Programação:Quartas: “Noite da Paquera”,

a partir das 21hSextas e Sábados: a partir das

21h30Domingo: a partir das 19hTúnel do Tempo: casa é opção para quem deseja dançar a dois ao som de música ao vivo

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12 Março e Abril/2007

Congresso Internacional de Tango : Color Tango desafinou

Ateliê Solange Cazzaro: espaço que une dança e artes plásticasImagine um lugar de energia

extremamente positiva, com cheiro dearte e diversão. Esse local é o Ateliê de

Arte Solange Cazzaro, localizado no bairroChácara da Barra, em Campinas. Fundadopela artista de quem leva o nome, existe háquase nove anos e oferece váriasatividades artísticas e culturais para opúblico em geral.

São ministradas aulas de arte ( pintura,desenho), artesanato em geral (mosaico edecóupage), aulas de moda (customizaçãoe desenhos estilísticos), além dos cursosque trabalham o corpo e a mente, comodança de salão e tango argentino, dançado ventre e yoga. As aulas de artesplásticas são ministradas pela própriaSolange, ao passo que as aulas de dançatambém contam com professoresconhecidos na região, como Léo Carioca,Celso Jacintho e Dákiny Keller. Para ospraticantes da dança de salão, é possíveladquirir sapatos e sandálias especiais paraa prática, comercializados no Ateliê, ao ladode objetos de artesanato, bijuteiras equadros assinados por Solange Cazzaro eoutros artistas.

Solange Cazzaro se formou em ArtesPlásticas pela PUC-Campinas e fez

especialização na Unicamp. Dá aulas hámais de 10 anos. Tem quadros emexposições internacionais, além de serjurada em exposições de arte. Ganhouvários prêmios, entre eles a Medalha

Carlos Gomes, em Campinas. Já expôs naSuécia, México, Argentina, Alemanha eoutros países. Como ídolo, a artista citaSalvador Dalí: “Gosto do ultra-realismo, doexotismo desse artista. Combina muito com

o meu trabalho, que é inspirado,geralmente, em cenários cotidianos. Porexemplo, fiz uma série de obras sobre águae peixes, partindo da observação de umacena no Bosque. Até hoje faço trabalhossobre isso e tenho sucesso. São desenhosabastratos sobre essa visão da natureza”,explica a artista, apaixonada pela cor azul.

Antes de mergulhar no mundo da arteSolange Cazzaro chegou a ter empresaligada a eventos e também uma floricultura,mas quando foi para o exterior, percebeuque seu destino era mesmo os pincéis:“Nunca coloquei a arte em primeiro plano,sempre tive um trabalho paralelo. Achavaque no Brasil jamais seria reconhecida.Mas quando morei na Suécia, percebi quenão tinha como fugir. Voltei para cá eacreditei no meu sonho”, conta. Hoje, Solange também dá aulas de dança desalão e promove, periodicamente, práticas detango em seu espaço, além de vernissages eexposições de arte, trazendo para dentro deseu ambiente um momento de integração social,aquisição de cultura e amizades. O AteliêSolange Cazzaro está com matrículas abertaspara todos os cursos mencionados. Oatendimento é feito com hora marcada.

A artista Solange Cazzaro: dividida entre a dança e as artes plásticas. Difícil escolha.

Foto: Luiza Bragion

Só tenho elogios ao brasileiro FabianoSilveira e a seus parceiros argentinosMiguel Angel Zotto e Lorena Ermocida,

organizadores da segunda edição do CongressoInternacional de Tango – Florianópolis Tango2007. O evento, de 21 a 25 de fevereiro, noresort Jurerê Beach Village, na mais sofisticadapraia da Ilha de Santa Catarina, superou de formageral e na maioria dos detalhes o do ano passado.E se caracterizou por momentos muitoagradáveis, em clima descontraído e de realconfraternização e amizade entre todos osparticipantes. Tudo correu muito bem até o bailefinal, de encerramento, tendo como principalatração a orquestra argentina Color Tango, semdúvida uma das melhores do mundo, sob a direçãodo maestro e arranjador Roberto Daniel Alvarez. Aí veio a decepção. A Color Tango, que nanoite anterior havia arrebatado o público nolotado Teatro Ademir Rosa, como parte vitalde um dos mais lindos espetáculos de tango jávistos naquele palco em todos os tempos, nãolevou o baile a sério. Quase 11 da noite e osmúsicos ainda não tinham assumido seuslugares. Bateu 23:15 e eles ainda faziam testese ajustes no equipamento de som.

Para completar o absurdo da situação, o maestrodirigiu-se ao microfone para suas saudações depraxe e cometeu a gafe de dizer que estavam alitocando como “regalo”, um presente. O que sei éque ganharam alto cachê para o espetáculo no teatro,transporte aéreo, traslado, hospedagem no hotel,de alta categoria, com grande tempo livre para curtira praia e passeios, mais alimentação. Jamais omaestro poderia dizer isso, como quem anunciafazer um favor. Sua desastrada atitude representouuma humilhação para os organizadores do eventoe uma indelicadeza com os dançarinos. Para muitas pessoas esses incidentespassaram desapercebidos. O baile rolou muitolindo e inesquecível. Os CDs bem selecionadosgarantiram o resto da festa. Mas sei que FabianoSilveira e Miguel Zotto ficaram bastanteincomodados com estes fatos, e nem poderiaser diferente, depois de todo o esforço namontagem de um grande evento. No próximoano será contratada outra orquestra, segundoFabiano. Apesar da indiscutível qualidade daColor Tango, eles querem renovar o repertório,para que o evento não caia na mesmice. Essadecisão já estava tomada antes do baile. Mas

certamente se tornou irreversível .Nota da Redação: este texto foi passado previamente, dia 28/fev., ao maestro Roberto Alvarez,por e-mail, para direito de resposta. Até o fechamento, dia 7/março, não houve manifestação.

Por Milton Saldanha