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REGRAS DE PESQUISA Novo Hamburgo, abril de 2013. FUNDAÇÃO ESCOLA TÉCNICA LIBERATO SALZANO VIEIRA DA CUNHA Rua Inconfidentes, 395 – Caixa Postal 621 - Novo Hamburgo - RS - CEP 93340-140 Telefone: (51) 3584-2000 - Fax: (51) 3584-2008 - CNPJ 91683474/0001-30 www.liberato.com.br [email protected] www.mostratec.com.br

REGRAS DE PESQUISA DEFINITIVA PORTUGUES · REGRAS DE PESQUISA Novo Hamburgo, abril de 2013. FUNDAÇÃO ESCOLA TÉCNICA LIBERATO SALZANO VIEIRA DA CUNHA Rua Inconfidentes, 395 –

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REGRAS DE PESQUISA

Novo Hamburgo, abril de 2013.

FUNDAÇÃO ESCOLA TÉCNICA LIBERATO SALZANO VIEIRA DA CUNHA Rua Inconfidentes, 395 – Caixa Postal 621 - Novo Hamburgo - RS - CEP 93340-140 Telefone: (51) 3584-2000 - Fax: (51) 3584-2008 - CNPJ 91683474/0001-30 www.liberato.com.br [email protected] www.mostratec.com.br

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SUMÁRIO

REGRAS DA MOSTRATEC 2013...........................................................................................3

I-REGRAS DE PESQUISA COMUNS A TODOS OS PROJETOS.....................................3

1 CONSIDERAÇÕES ÉTICAS .............................................................................................3

2 ELEGIBILIDADE E LIMITAÇÕES ..................................................................................3

3 EXIGÊNCIAS E REGULAMENTAÇÕES ........................................................................4

4 APROVAÇÃO E DOCUMENTAÇÃO..............................................................................5

5 PROJETOS DE CONTINUIDADE ....................................................................................6

6 PROJETOS EM GRUPO ....................................................................................................7

II - O PAPEL E AS RESPONSABILIDADES DOS ESTUDANTES PESQUISADORES E DOS ADULTOS..........................................................................................................................7

1 O(S) ALUNO(S) PESQUISADOR(ES)..............................................................................7

2 O ORIENTADOR ...............................................................................................................8

3 O CIENTISTA QUALIFICADO ........................................................................................8

4 O SUPERVISOR DESIGNADO.........................................................................................9

III – COMITÊS REGULAMENTADORES DE PESQUISA ................................................9

1 O COMITÊ DE REVISÃO INSTITUCIONAL (CRI) .......................................................9

2 O COMITÊ DE REVISÃO CIENTÍFICA DA FEIRA AFILIADA.................................10

3 O COMITÊ DE REVISÃO CIENTÍFICA DA MOSTRATEC ........................................11

IV - PESQUISA COM SERES HUMANOS..........................................................................11

1 ALGUNS TERMOS E DEFINIÇÕES (RESOLUÇÃO CNS 196/96) .............................12

2 ESTUDOS ISENTOS DE CONSENTIMENTO ..............................................................13

3 REGULAMENTAÇÕES ..................................................................................................14

V - PESQUISA COM ANIMAIS VERTEBRADOS.............................................................18

1 REGRAS PARA TODOS OS ESTUDOS COM ANIMAIS VERTEBRADOS..............18

2 LEIS E REGRAS ADICIONAIS PARA PROJETOS CONDUZIDOS EM CASA NA ESCOLA OU EM CAMPO (LOCAIS NÃO REGULAMENTADOS) ..............................20

VI- PESQUISAS COM AGENTES BIOLÓGICOS POTENCIALMENTE PERIGOSOS OU PREJUDICIAIS.................................................................................................................24

1 REGULAMENTAÇÃO ....................................................................................................24

2

2 REGRAS ADICIONAIS PARA PROJETOS ENVOLVENDO MICROORGANISMOS DESCONHECIDOS.............................................................................................................27

3 REGRAS ADICIONAIS PARA PROJETOS ENVOLVENDO TECNOLOGIAS DE DNA RECOMBINANTE (r-DNA)......................................................................................27

4 REGRAS ADICIONAIS PARA PROJETOS COM TECIDOS E FLUIDOS CORPORAIS, INCLUINDO SANGUE E SEUS PRODUTOS..........................................28

5 AVALIAÇÃO DE RISCOS PARA AGENTES BIOLÓGICOS POTENCIALMENTE PERIGOSOS ........................................................................................................................30

6 PRINCIPAIS FONTES DE CONSULTA TÉCNICA, RECOMENDADAS PARA ESCLARECIMENTOS ADICIONAIS................................................................................32

VII - PESQUISAS COM SUBSTÂNCIAS CONTROLADAS.............................................33

1. REGULAMENTAÇÕES .................................................................................................33

2. FORMULÁRIOS REQUERIDOS ...................................................................................33

VIII-PESQUISAS COM SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS, ATIVIDADES OU EQUIPAMENTOS PERIGOSOS...........................................................................................34

1. REGULAMENTAÇÕES .................................................................................................34

2. FORMULÁRIOS REQUERIDOS ...................................................................................34

3. GUIA PARA AVALIAÇÃO DE RISCOS ......................................................................35

IX-REGRAS DE EXPOSIÇÃO E SEGURANÇA ..............................................................36

1 REQUISITOS PARA MONTAGEM DOS ESTANDES NA MOSTRATEC .................36

5 ITENS ACEITÁVEIS COM RESTRIÇÕES - PARA EXPOSIÇÃO NO ESTANDE.....38

6 ITENS PROIBIDOS PARA EXPOSIÇÃO NO ESTANDE.............................................39

GLOSSÁRIO: ...........................................................................................................................40

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REGRAS DA MOSTRATEC 2013

AS REGRAS DA MOSTRATEC 2013 SÃO BASEADAS NO REGULAMENTO

OFICIAL DA INTEL ISEF - Feira Internacional de Ciências e Engenharia 2013. A MOSTRATEC É AUTÔNOMA E RESERVA-SE AO DIREITO DE ADOTAR MODIFICAÇÕES CONFORME A LEGISLAÇÃO BRASILEIRA, OU CONFORME MELHOR ADEQUAÇÃO À SUA REALIDADE.

Os objetivos estabelecidos pela Comissão Organizadora ao propor o Regulamento para a MOSTRATEC 2013 são:

• determinar a elegibilidade para participação na MOSTRATEC 2013;

• proteger os direitos e o bem estar do(s) estudante(s) pesquisador(s);

• reconhecer os direitos e o bem estar do(s) ser(s) humano(s) enquanto sujeito(s) da pesquisa;

• considerar a saúde e o bem estar do(s) animal(s) vertebrado(s) em estudo;

• assegurar o cumprimento de Leis Estaduais, Federais e Internacionais relacionadas à pesquisa;

• verificar o uso de práticas seguras e responsáveis de laboratório, de equipamentos, ou de qualquer atividade que possa oferecer risco ao(s) estudante(s) pesquisador(s);

• destacar os deveres de cada estudante pesquisador com o meio ambiente (descarte adequado, reutilização e redução de quantidades);

• divulgar e orientar o cumprimento dos deveres e direitos dos orientadores envolvidos nas pesquisas;

• divulgar e orientar o cumprimento dos deveres dos estudantes pesquisadores frente aos seus orientadores, Instituições a que estão vinculados, ao meio ambiente e ao País no qual os alunos estão desenvolvendo sua pesquisa e, no qual estão expondo a mesma (Brasil).

I-REGRAS DE PESQUISA COMUNS A TODOS OS PROJETOS

1 CONSIDERAÇÕES ÉTICAS

Fraudes científicas e má conduta não serão toleradas em nenhum estágio da pesquisa ou

durante a competição, incluindo plágio, falsificação, uso ou apresentação de pesquisa ou trabalho de outros pesquisadores como sendo próprio e/ ou a manipulação de dados. Projetos fraudulentos serão rejeitados para participar na MOSTRATEC. A Comissão Organizadora reserva-se ao direito de revogar o reconhecimento de um projeto baseado em fraude.

2 ELEGIBILIDADE E LIMITAÇÕES

O projeto poderá concorrer à participação da MOSTRATEC através de dois processos:

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- inscrição e seleção em Feira afiliada a MOSTRATEC. Cada feira afiliada à MOSTRATEC pode credenciar o número de projetos autorizados de acordo com a carta de afiliação (http://www.mostratec.com.br/pt-br/edicao-atual/afiliacao-a-mostratec);

- para concorrer no Processo de Seleção da MOSTRATEC, a inscrição é feita diretamente no site www.mostratec.com.br . O CRC – Comitê de Revisão Científica faz a seleção dos projetos de acordo com o número de vagas disponíveis.

O link para fazer a inscrição: (http://www.mostratec.com.br/pt-br/edicao-atual/inscricao-de-projetos). Todos os estudantes pesquisadores que pretendem participar da MOSTRATEC devem

atender aos seguintes pré-requisitos: - matrícula e frequência regular em Instituição de Ensino Médio/Técnico ou equivalente;

- faixa etária de 14 anos completos até 21 anos incompletos;

- inscrição de somente um projeto por aluno (individual ou em equipes de até três pessoas);

- submeter projetos desenvolvidos no período máximo de 12 meses (consultar item 5 PROJETOS DE CONTINUIDADE, quando for o caso);

- em caso de projetos elaborados em equipes, estes podem ser submetidos quando estas forem compostas por até três (3) integrantes. Nenhum membro pode ter sido substituído no período em que a pesquisa foi desenvolvida, de maneira a ser observada a autoria do trabalho;

- são considerados inapropriados para a MOSTRATEC: os projetos com característica principal a demonstração, as pesquisas apenas bibliográficas, os projetos informativos, os modelos ‘explicativos’ ou os “kit building” (kits de construção). Deste modo, antecipadamente informamos que trabalhos assim caracterizados, não serão aceitos para a Mostra;

- um projeto de pesquisa pode integrar um estudo maior ou pesquisa elaborada por um cientista profissional, mas o projeto apresentado pelo estudante inscrito na MOSTRATEC deve ser somente a parte do estudo desenvolvida pelo próprio estudante.

3 EXIGÊNCIAS E REGULAMENTAÇÕES

As exigências e regulamentações são:

a) todos os alunos participantes em uma feira afiliada a MOSTRATEC e todos os alunos pesquisadores finalistas da MOSTRATEC devem aderir a todas as normas descritas neste documento.

b) todos os projetos devem aderir às Considerações Éticas aqui descritas;

c) todos os projetos devem aderir às exigências da(s) feira(s) afiliada(s) na qual competem para a qualificação para participar da MOSTRATEC ou às exigências da própria MOSTRATEC, quando o projeto participar do processo de seleção da mesma. O conhecimento das exigências é de responsabilidade do aluno e do orientador;

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d) projetos devem aderir às leis e condições locais, estaduais e federais do Brasil. Além disso, projetos desenvolvidos fora do Brasil precisam aderir às leis brasileiras e de sua jurisprudência;

e) o uso de métodos de pesquisa que não façam o uso de experiências com animais e que encontrem alternativas para a sua substituição são altamente recomendados e devem ser previstos antes de conduzir um projeto que possa envolver animais vertebrados;

f) é proibida a exposição de espécies vegetais, agentes patogênicos, produtos químicos tóxicos ou substâncias que possam ocasionar algum risco a todos os envolvidos e ao ambiente da MOSTRATEC;

g) as exibições na MOSTRATEC devem aderir às Regras de Exposição e Segurança e ao Contrato de Convivência, Responsabilidade e Publicidade: (http://www.mostratec.com.br/pt-br/edicao-atual/projetos-finalistas/regras-de-exposicao) (http://www.mostratec.com.br/pt-br/edicao-atual/desenvolva-seu-projeto/formularios).

4 APROVAÇÃO E DOCUMENTAÇÃO

Antes do início dos experimentos um Comitê de Revisão Institucional (CRI), local ou

regional deve avaliar e aprovar todos os projetos envolvendo seres humanos, animais vertebrados e agentes biológicos potencialmente prejudiciais ou perigosos. Recomenda-se enfaticamente que cada Instituição Educacional busque organizar seu Comitê de Revisão Institucional (CRI).

Cada aluno deve preencher o FORMULÁRIO DE REVISÃO DO ALUNO (1A) - o Plano de Pesquisa e o Formulário de Aprovação de Pesquisa (1B) e revisar o projeto com o ORIENTADOR, no momento em que o Formulário 1 seja preenchido.

É exigida a participação de um cientista qualificado para acompanhar as pesquisas dos estudantes que envolvem os agentes biológicos potencialmente perigosos e prejudiciais de NBS-2 (Nível de Biossegurança 2) e substâncias controladas pelo exército e, em especial, aquelas que possuem restrição pela Legislação Brasileira e/ou Internacional, bem como para a maioria dos estudos envolvendo seres humanos ou animais vertebrados.

Depois da aprovação inicial pelo CRI (exigência fundamenta para a submissão de trabalhos na MOSTRATEC) e de todas as propostas de mudança no Formulário de Revisão do Aluno (1A) e do Plano de Pesquisa, os mesmos devem passar por uma nova análise antes da execução dos experimentos de laboratório ou outra forma de coleta de dados.

Projetos que dão continuidade às pesquisas realizadas em anos anteriores e que exigem aprovação do CRI/CRC, precisam passar pelo processo de revisão antes da experimentação/ coleta de dados do ano em questão.

Qualquer projeto que dê continuidade a um determinado estudo precisa provar com documentação que a pesquisa adicional é nova e diferente daquela desenvolvida em período anterior. (ver Formulário de Continuidade de Projeto (7) (http://www.mostratec.com.br/pt-br/edicao-atual/desenvolva-seu-projeto/formularios).

Se a pesquisa foi feita em uma Instituição de Pesquisa Regulamentada, em um setor industrial ou qualquer outro local de trabalho não sendo o da casa, da escola ou do campo, o Formulário (1C) de Instituição de Pesquisa Regulamentada ou de Setor Industrial deve ser preenchido e exposto no estande na MOSTRATEC.

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Cada estudante ou grupo deve fazer um resumo (abstract) de no mínimo 250 palavras e no máximo 350, numa página em que sintetize o trabalho desenvolvido durante o período de pesquisa em questão. No resumo (abstract), o(s) autor(es) do projeto, deve(m) descrever a pesquisa conduzida pelo aluno e não pelo orientador. O RESUMO NECESSITA SER CLARO, COM DADOS FUNDAMENTAIS QUE FAVOREÇAM O ENTENDIMENTO DO PROJETO SUBMETIDO À MOSTRATEC. RESUMOS QUE NÃO TRAGAM INFORMAÇÕES RELEVANTES E/OU QUE NÃO FAVOREÇAM A COMPREENSÃO DA PESQUISA PODEM COMPROMETER A CLASSIFICAÇÃO DO TRABALHO PARA A MOSTRATEC.

A MOSTRATEC considera O CADERNO DE CAMPO OU DIÁRIO DE BORDO documento OBRIGATÓRIO. Todos os alunos pesquisadores interessados em participar da MOSTRATEC, assim como os orientadores de pesquisas, devem estar cientes da importância deste instrumento e dos registros realizados neste ao longo da pesquisa.

Todos os formulários necessários para a inscrição do projeto devem ser enviados até a data limite estabelecida pelo CRC da MOSTRATEC. (http://www.mostratec.com.br/pt-br/edicao-atual/inscricao-de-projetos).

Todos os prazos estabelecidos no cronograma devem ser rigorosamente atendidos.

5 PROJETOS DE CONTINUIDADE

Do mesmo modo que na pesquisa acadêmica e no mundo profissional, trabalhos de

pesquisa podem ser construídos com base em trabalhos feitos anteriormente. Um projeto de CONTINUIDADE é considerado quando tem um empenho científico sólido. Na MOSTRATEC, estudantes pesquisadores serão avaliados com base na coleta de dados retroativos para até 12 meses anteriores a sua submissão no evento.

Qualquer projeto baseado em uma pesquisa anterior do estudante pode ser considerado projeto de continuação. Se o projeto do ano em questão não puder ser desenvolvido sem os resultados do projeto de pesquisa do ano anterior, então é considerado continuação e pode participar. Estes projetos precisam documentar que a pesquisa adicional é uma expansão substancial de um trabalho anterior (exemplo, testar uma nova variável ou uma nova linha de investigação). A repetição de uma investigação anterior, com a mesma metodologia e os mesmos questionamentos de pesquisa, mesmo aumentando o “tamanho do trabalho”, não aprofundam a pesquisa, assim este trabalho não será aceito, pois não configura continuidade.

O banner, o pôster ou o display e o abstract ou resumo devem refletir o projeto do período em questão. De maneira que o título do projeto exibido no estande deve mencionar a continuidade. Exemplo: Construção de uma Cadeira de Rodas de Menor Custo II. Cadernos de campo da pesquisa anterior correlacionada devem ser exibidos devidamente titulados como tais.

Estudos longitudinais são aceitos como continuidade sob as seguintes condições:

• o estudo é um ensaio de muitos anos de estudo ou documentação das mesmas variáveis no qual o tempo é uma variável crítica. (Exemplos: efeito de chuva em excesso ou seca no solo em uma determinada bacia, o retorno da fauna e flora, com o passar do tempo, em uma área devastada pelo fogo);

• cada ano consecutivo demonstre a mudança com base no tempo (time-based change);

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• o banner, pôster ou display deve estar baseado na coleta de dados definitivos do passado e comparado com os dados do período em questão. Nenhum dado de pesquisas de anos anteriores pode ser exposto sem a devida referência ou como resultado da pesquisa do ano atual.

Todos os projetos de continuidade devem ser revisados e aprovados a cada período máximo de 12 meses e para isso os formulários devem novamente ser preenchidos.

NOTA: Para participar da MOSTRATEC, os documentos devem incluir o Formulário de Continuidade de Projeto (7), o resumo, o Formulário de Revisão para Aluno Pesquisador 1A e o Plano de Pesquisa do(s) ano(s) anterior(es). A documentação deve ser titulada claramente (Ex: 2011- 2012). A documentação de todos os anos anteriores deve ser guardada e ser apresentada ao CRC da MOSTRATEC quando solicitado.

6 PROJETOS EM GRUPO

Os projetos em grupo devem observar o seguinte: a) projetos de grupo participam e são avaliados em sua área de pesquisa na MOSTRATEC com as mesmas regras e critérios de avaliação de um projeto individual.

b) projetos em grupo podem ter dois ou três membros e não podem ter tido mais membros em qualquer nível do desenvolvimento da pesquisa. Projetos de grupo não podem substituir membros durante o período em que foi realizada a pesquisa. Também é vedada, ao longo do período da pesquisa, a mudança de um projeto de caráter individual para grupo ou vice-versa. (Nota: entende-se por período da pesquisa o limite máximo de 12 meses);

c) cada grupo que apresenta um projeto é encorajado a eleger um líder para sua coordenação e atuar como porta-voz. Entretanto, cada membro do grupo deve ser capaz de atuar como tal, estar totalmente envolvido com o projeto e familiarizado com todos os aspectos do mesmo. O trabalho final deve refletir os esforços coordenados de todos os membros;

d) Cada membro do grupo deve submeter o Formulário de Aprovação (1B). Os membros em conjunto devem apresentar o Formulário de Revisão do Orientador (1), um Formulário de Revisão do Aluno (1A), o Plano de Pesquisa, o Contrato de Convivência, Responsabilidade e Publicidade e outros formulários exigidos;

b) Os nomes completos de todos os membros devem constar em todos os formulários.

II - O PAPEL E AS RESPONSABILIDADES DOS ESTUDANTES PESQUISADORES E DOS ADULTOS

1 O(S) ALUNO(S) PESQUISADOR(ES)

O estudante pesquisador é responsável pelo atendimento aos diversos aspectos da

pesquisa, incluindo a busca pelos adultos supervisores necessários (Orientador, Cientista Qualificado, etc), a obtenção das aprovações exigidas, (CRC, CRI), o atendimento aos Regulamentos e Guias da MOSTRATEC, além da execução da pesquisa em si.

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Fraude científica e má conduta não serão toleradas em qualquer nível da pesquisa e competição, incluindo plágio, falsificação, uso ou apresentação de trabalhos de outros pesquisadores como sendo próprio e fabricação de dados. Projetos fraudulentos serão desqualificados para competir em feiras afiliadas e na MOSTRATEC. A MOSTRATEC se reserva o direito de revogar o reconhecimento de um projeto fraudulento.

Observação: durante a MOSTRATEC o aluno pesquisador deve trazer e manter consigo todos os formulários originais.

2 O ORIENTADOR

O orientador: a) pode ser professor, pai ou mãe, um professor universitário e/ou um cientista qualificado em cujo laboratório o estudante esteja trabalhando. É exigido que o orientador tenha 21 anos completos.

b) deve possuir uma sólida base científica e acompanhar adequadamente o aluno durante o período do projeto. É responsável por trabalhar com o aluno para avaliar quaisquer riscos que possam estar presentes, assegurando a saúde e a segurança do aluno que está conduzindo a pesquisa, os humanos e/ou os animais envolvidos no estudo.

c) estar familiarizado com os regulamentos que regem pesquisas potencialmente perigosas e como elas se aplicam a um projeto específico do aluno. Isto pode envolver produtos químicos ou uso de equipamentos, técnicas de experimentação, pesquisa envolvendo humanos e/ou animais vertebrados, culturas de células, micro-organismos ou tecidos de animais. Os regulamentos devem ser discutidos com o aluno ao preencher o Plano de Pesquisa, pois alguns experimentos envolvem procedimentos ou materiais que são regulamentados por lei. Se o orientador não estiver totalmente familiarizado com as mesmas, ele deve ajudar o aluno indicando a ajuda de um Cientista Qualificado.

d) é responsável por garantir a elegibilidade do projeto de pesquisa do aluno pesquisador para participar da MOSTRATEC.

3 O CIENTISTA QUALIFICADO

O Cientista Qualificado deve possuir formação profissional científica específica

relacionada com a área de pesquisa do aluno. São recomendados profissionais com titulação como especialização, mestrado ou doutorado, mas também o Comitê de Revisão Científica (CRC), para esta função, poderá aceitar os profissionais com experiência comprovada na área de pesquisa do estudante pesquisador. Fica a critério do CRC a exigência da documentação que comprove a titulação e/ou experiência do profissional. É fundamental que o Cientista Qualificado esteja totalmente familiarizado com os regulamentos locais, estaduais e federais que regem a área de pesquisa do aluno.

O Cientista Qualificado e o Orientador pode ser a mesma pessoa, desde que esta possua as qualificações citadas no item anterior. Um aluno pode trabalhar com um Cientista Qualificado numa cidade, estado ou país diferente de sua residência. Neste caso, o aluno deve trabalhar localmente com um Supervisor Designado (funções apresentadas no item 4) que tenha sido treinado nas técnicas a serem aplicadas em sua pesquisa.

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4 O SUPERVISOR DESIGNADO

O Supervisor Designado é um adulto diretamente responsável por acompanhar a

execução do experimento realizado do aluno. O Supervisor Designado não precisa ter uma formação avançada, mas deve estar totalmente familiarizado com o projeto do aluno e estar treinado na área de pesquisa deste. O Orientador pode atuar como Supervisor Designado.

Se um aluno estiver fazendo experimentos com vertebrados e animais vivos ou, se seu comportamento, seu habitat é influenciado por seres humanos, o Supervisor Designado deve ter conhecimento dos cuidados com o manuseio dos animais.

III – COMITÊS REGULAMENTADORES DE PESQUISA

1 O COMITÊ DE REVISÃO INSTITUCIONAL (CRI)

Um Comitê de Revisão Institucional é um comitê de ética que todas as Instituições de

Ensino, que visam qualificar suas pesquisas são recomendadas a ter. O CRI deve avaliar todo e qualquer tipo de risco, seja físico, psicológico, social ou moral, tanto para o pesquisado (sujeito da pesquisa) quanto para o pesquisador. Toda pesquisa proposta com humanos deve ser revisada e aprovada por um CRI antes dos experimentos serem iniciados. Isso inclui a revisão de qualquer entrevista de levantamento de dados ou questionário a ser usado no projeto.

Se necessário, o CRC local ou o CRC da Feira Afiliada à MOSTRATEC podem servir como CRI, desde que tenha os membros exigidos. Um CRI precisa ser constituído de no mínimo três membros:

- um educador;

- um administrador de escola (preferencialmente o diretor ou o vice-diretor);

- um indivíduo que tenha conhecimento sobre o assunto e capacidade de avaliar os riscos físicos e/ou psicológicos envolvidos em uma determinada pesquisa (pode ser um médico, enfermeiro, psicólogo, um assistente social ou um terapeuta clínico com formação).

Especialista adicional: se não houver um especialista disponível na área, recomenda-se contato documentado com um especialista externo. Uma cópia de todos os documentos (exemplo e-mails) deve ser anexada ao Formulário 4 e pode substituir a assinatura daquele especialista.

É altamente recomendável que nenhum Orientador, parente do aluno, Cientista Qualificado ou Supervisor Designado dos projetos de uma instituição atuem no CRI. Recomenda-se membros adicionais para evitar conflitos de interesse e melhorar o grau de especialização do comitê.

Comitês de Revisão Institucional existem em instituições de pesquisa federais (exemplo, universidades, centros médicos, institutos nacionais de pesquisa, estabelecimentos prisionais). O CRI deve inicialmente revisar e aprovar todas as propostas de pesquisa conduzidas ou realizadas na instituição. O Orientador e o CRI são responsáveis em assegurar que o projeto

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seja apropriado para alunos de ensino médio ou técnico e esteja de acordo com os regulamentos da MOSTRATEC.

O CRI é responsável por avaliar os riscos e determinar os níveis dos mesmos no Formulário 4 (PESQUISA COM SERES HUMANOS). Porém, um CRC revisando um projeto antes da feira e entendendo que os seres humanos envolvidos foram colocados em situação de risco, pode revogar a decisão do CRI e desclassificar o projeto para participar da competição. Aconselha-se que o CRI consulte o CRC da feira local ou o da feira afiliada e/ou CRC da MOSTRATEC em casos de dúvida.

2 O COMITÊ DE REVISÃO CIENTÍFICA DA FEIRA AFILIADA

O Comitê de Revisão Científica (CRC) é um grupo de indivíduos qualificados que é

responsável pela avaliação de pesquisas de alunos, de formulários, de planos de pesquisa e do cumprimento das regras, das leis e regulamentos aplicáveis em cada nível de competição das feiras de ciências.

A maioria dos projetos propostos envolvendo animais vertebrados e/ou agentes biológicos potencialmente prejudiciais ou perigosos devem ser analisados e aprovados ANTES da experimentação. Para estudos envolvendo seres humanos previamente analisados e aprovados por um CRI apropriadamente constituído não é necessária a revisão prévia de um CRC local ou regional.

Todos os projetos, incluindo aqueles previamente revisados e aprovados por um CRI devem ser revisados e aprovados por um CRC após a experimentação e antes de competir em uma feira afiliada da MOSTRATEC.

Projetos que foram conduzidos em uma Instituição de Pesquisa Regulamentada (não em casa, na escola ou em campo) e que foram revisados e aprovados pelo Comitê de Revisão Institucional apropriado, antes da experimentação, também devem ser aprovados pelo CRC da feira afiliada à MOSTRATEC.

Um CRC de uma feira afiliada deve:

- incluir no mínimo três pessoas;

- incluir um cientista biomédico (doutor ou mestre);

- incluir um educador;

- incluir no mínimo um Especialista Adicional.

Observação: para a viabilização de muitos projetos pode ser necessário um especialista adicional (por exemplo, na biossegurança e/ou em grupos humanos de risco). Se o CRC precisar de um especialista como um de seus membros e se o mesmo não for encontrado na área científica apropriada, o projeto deve ser submetido a um especialista externo e todos os contatos devem ser documentados e encaminhados. Se o projeto envolver pesquisa com animais, pelo menos um membro deve conhecer os procedimentos apropriados em relação aos cuidados com aqueles. Dependendo da natureza do estudo, essa pessoa pode ser um veterinário ou um profissional com experiência e/ou treinamento com a espécie sendo estudada.

Um Comitê de Revisão Científica (CRC) examina projetos em relação aos seguintes itens:

- evidência de pesquisa bibliográfica apropriada;

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- evidência de supervisão adequada;

- uso de técnicas de pesquisa reconhecidas e adequadas;

- formulários completos, assinaturas e datas comprovando no máximo 12 meses de pesquisa e datas de pré-aprovação (quando necessário);

- evidência de pesquisa de alternativas para o uso de animais;

- tratamento digno para os animais quando aplicável;

- observância dos regulamentos e regras que regem pesquisas com seres humanos e/ou com animais e aquelas que envolvem agentes biológicos potencialmente prejudiciais;

- documentação de expansão substancial para projetos de continuidade;

- observância das regras da declaração de ética da MOSTRATEC.

3 O COMITÊ DE REVISÃO CIENTÍFICA DA MOSTRATEC

Todos os projetos são analisados pelo Comitê de Revisão Científica da MOSTRATEC

antes da competição através de: RESUMOS, OS PLANOS DE PESQUISA, (por isso devem estar muito CLAROS e bem escritos), e todos os documentos que são exigidos para garantir a observância dos regulamentos da MOSTRATEC.

O CRC da MOSTRATEC é a autoridade final para qualificar os alunos pesquisadores a participar e poderá exigir informações adicionais dos alunos antes da MOSTRATEC ou poderá entrevistar os participantes na MOSTRATEC para assegurar que eles estão qualificados para participar da feira.

O CRC da MOSTRATEC, como qualquer CRC de uma feira afiliada, é constituído de adultos sabedores dos regulamentos de pesquisa.

Além da revisão de todos os projetos na MOSTRATEC, os membros do comitê esclarecem dúvidas de professores e alunos sempre que solicitado. O CRC da MOSTRATEC pode ser contatado através do [email protected]. Os membros do Comitê de Revisão Científica da MOSTRATEC 2013 estão relacionados no site (www.mostratec.com.br).

IMPORTANTE: Todos os projetos que concorrem à participação da MOSTRATEC devem estar de acordo com as regras contidas neste documento, OU SEJA, TANTO OS PROJETOS ENVIADOS POR FEIRAS AFILIADAS QUANTO OS PROJETOS INSCRITOS PELO PROCESSO DE SELEÇÃO, DEVEM ESTAR DE ACORDO COM AS REGRAS AQUI ESTABELECIDAS, FICANDO AO ENCARGO DO CRC, ANALISAR TODOS OS DOCUMENTOS NECESSÁRIOS DE CADA PROJETO. SE FOR EVIDENCIADO O NÃO CUMPRIMENTO DAS REGRAS, O PROJETO É DESCLASSIFICADO.

IV - PESQUISA COM SERES HUMANOS

As pesquisas dos alunos devem seguir a Resolução do Conselho Nacional de Saúde

(CNS) 196/96 (diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos pela Legislação Brasileira) e as regras internacionais equivalentes para cada área temática de investigação e cada modalidade de pesquisa, além de respeitar os princípios emanados dessa

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resolução. Devem cumprir com as exigências setoriais e regulamentações específicas para proteger os seres humanos envolvidos e o aluno pesquisador durante o desenvolvimento da pesquisa. Quando alunos fazem pesquisa envolvendo seres humanos, os direitos e o bem estar dos participantes devem ser garantidos. A maioria dos estudos envolvendo seres humanos precisam de pré-aprovação de um Comitê de Revisão Institucional (CRI) e documento informando consentimento do participante na pesquisa.

1 ALGUNS TERMOS E DEFINIÇÕES (RESOLUÇÃO CNS 196/96)

a) Pesquisa - classe de atividades cujo objetivo é desenvolver ou contribuir para o conhecimento generalizável. O conhecimento generalizável consiste em teorias, relações ou princípios ou no acúmulo de informações sobre as quais estão baseados, que possam ser corroborados por métodos científicos aceitos de observação e inferência.

b) Pesquisa envolvendo seres humanos: investigação que, individual ou coletivamente, envolva o ser humano de forma direta ou indireta, em sua totalidade ou partes dele, incluindo o manejo de informações ou materiais.

c) Protocolo de Pesquisa: Documento contemplando a descrição da pesquisa em seus aspectos fundamentais, informações relativas ao sujeito da pesquisa, à qualificação dos pesquisadores e à todas as instâncias responsáveis (para a MOSTRATEC, o protocolo de pesquisa é o conjunto dos documentos: Plano de Pesquisa, Formulário de Pesquisa com Seres Humanos (4), Formulário de Avaliação de Riscos (3), Formulário de Cientista Qualificado (2) quando necessário e, qualquer outra documentação que o Comitê de Ética (CRI e/ou CRC) julgue necessário.

d) Pesquisador responsável: pessoa responsável pela coordenação e realização da pesquisa e pela integridade e bem-estar dos sujeitos da pesquisa. Para a MOSTRATEC, se enquadram como pesquisador responsável: ESTUDANTES PESQUISADORES e ORIENTADOR.

e) Instituição de pesquisa: organização, pública ou privada, legitimamente constituída e habilitada na qual são realizadas investigações científicas.

f) Risco da pesquisa: possibilidade de danos à dimensão física, psíquica, moral, intelectual, social, cultural ou espiritual do ser humano, em qualquer fase de uma pesquisa e dela decorrente.

g) Dano associado ou decorrente da pesquisa: agravo imediato ou tardio, ao indivíduo ou à coletividade, com nexo causal comprovado, direto ou indireto, decorrente do estudo científico.

h) Sujeito da pesquisa: é o (a) participante pesquisado (a), individual ou coletivamente, de caráter voluntário, vedada qualquer forma de remuneração.

i) Consentimento livre e esclarecido: anuência do sujeito da pesquisa e/ou de seu representante legal, livre de vícios (simulação, fraude ou erro), dependência, subordinação ou intimidação, após explicação completa e pormenorizada sobre a natureza da pesquisa, seus objetivos, métodos, benefícios previsto, potenciais riscos e o incômodo que esta possa acarretar, formulada em um termo de consentimento, autorizando sua participação voluntária na pesquisa.

j) Comitês de Ética em Pesquisa: CEP: colegiados interdisciplinares e independentes, com “munus publico”, de caráter consultivo, deliberativo e educativo, criados para defender os interesses dos sujeitos da pesquisa em sua integridade e dignidade e para contribuir no

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desenvolvimento da pesquisa dentro de padrões éticos. A MOSTRATEC CONSIDERA COMO COMITÊS DE ÉTICA OS CRI´S E OS CRC’S.

k) Vulnerabilidade: refere-se a estado de pessoas ou grupos, que por quaisquer razões ou motivos, tenham a sua capacidade de autodeterminação reduzida, sobretudo, no que se refere ao consentimento livre e esclarecido.

l) Incapacidade: refere-se ao possível sujeito da pesquisa que não tenha capacidade civil para dar o seu consentimento livre e esclarecido, devendo ser assistido ou representado, de acordo com a legislação brasileira vigente.

2 ESTUDOS ISENTOS DE CONSENTIMENTO

Os estudos isentos de consentimento são aqueles que não precisam de uma pré-

aprovação de um Comitê de Revisão Institucional e documentação dos seres humanos, são eles: 2.1 Pesquisa isenta de risco

Alguns estudos envolvendo seres humanos estão isentos da pré-aprovação de um Comitê de Revisão Institucional e de formulários adicionais dos seres humanos. Projetos isentos de riscos para a MOSTRATEC e feiras afiliadas são:

- apuração de uma invenção, de um programa, de um conceito, etc. feita pelo aluno, onde o feedback recebido seja uma direta referência sobre o produto, onde dados pessoais não sejam coletados e onde o teste não signifique RISCO ALGUM, OU SEJA, A PESQUISA DEVE SER DECLARADA COMO UMA PESQUISA ISENTA DE RISCO PELO ORIENTADOR E ESTUDANTES PESQUISADORES. É recomendado que um Formulário de Avaliação de Risco (3) seja preenchido.

2.2 Estudos de revisão de registros/dados

Estes estudos (exemplo: estatísticas de esportes, estatísticas de crimes) nos quais os dados obtidos são de um conjunto de dados pré-existentes, que estão publicamente disponíveis e/ou publicados, e que não envolvam nenhuma interação com humanos ou coleta de qualquer tipo de dado de um participante humano com o propósito de servir para a pesquisa do aluno. 2.3 Observações de comportamento de setores públicos irrestritos

Os setores, como shoppings ou parques públicos, nas quais os seguintes itens podem ser aplicados:

a) pesquisador não tem interação com os indivíduos a serem observados;

b) o pesquisador não manipula o meio de forma alguma e;

c) o pesquisador não registra nenhum dado pessoal identificável.

2.4 Dados de origem anônima

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Os projetos nos quais os alunos recebem dados de forma anônima ou não identificados e que estão de acordo com as duas condições a seguir:

- o profissional que fornece os dados deve certificar por escrito, que os mesmos não estão identificados e que estão de acordo com a CNS 196/96 e, leis federais e internacionais de respeito a privacidade.

- o ORIENTADOR DEVE assegurar que os dados foram devidamente tornados anônimos pela revisão dos documentos fornecidos.

3 REGULAMENTAÇÕES

3.1 Uso de seres humanos em projetos de pesquisa

O uso de seres humanos em projetos de ciência é permitido sob as condições e regras das seguintes seções. Baseado na Resolução CNS 196/96, seguindo as definições já citadas. Estes projetos requerem a revisão e a pré-aprovação de um COMITÊ DE ÉTICA (Comitê de Revisão Institucional), e podem também requerer documento por escrito informando consentimento. Exemplos de estudos que podem ser considerados pesquisa com seres humanos requerendo a pré-aprovação de um Comitê de Revisão Institucional (CRI) incluem:

- sujeitos participantes em atividades físicas (exemplo: esforço físico, ingestão de qualquer substância, qualquer procedimento médico);

- estudos psicológicos, educacionais e de opinião (exemplo: investigações, questionários, testes);

- estudos nos quais o pesquisador é o sujeito da pesquisa.

3.1.1 Observações comportamentais a) Há interação do estudante pesquisador com o(s) indivíduo(s) observado(s) ou, onde o pesquisador modificou o ambiente (exemplo: coloca uma placa indicativa, posiciona um objeto);

b) Ocorrem em setores não públicos ou de acesso restrito (exemplo: creches, consultórios médicos);

c) Envolvem o registro de informações pessoais e identificáveis.

3.1.2 Projetos de revisão de dados e/ou registros

São aqueles que incluem dados que são identificáveis e não anônimos (exemplo: nomes, datas de nascimento, números de telefone e/ou outras variáveis identificáveis). 3.2 Coleta de dados em pesquisa com seres humanos

O aluno pesquisador precisa completar TODOS os elementos referentes ao item Seres Humanos nas Instruções do Plano de Pesquisa que estão disponíveis no site da MOSTRATEC

(http://www.mostratec.com.br/pt-br/edicao-atual/desenvolva-seu-projeto/plano-de-pesquisa),

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avaliar e minimizar riscos físicos, psicológicos e de privacidade dos seres humanos envolvidos. (Ver Avaliação de Risco e o Guia de Avaliação de Risco para orientações adicionais, no final desta seção).

O estudo de pesquisa deve estar de acordo com a resolução CNS 196/96 e, leis federais e internacionais de respeito à privacidade à medida que elas se aplicam ao projeto (exemplo: o projeto envolve informações médicas).

Todos os projetos envolvendo seres humanos, incluindo quaisquer revisões, PRECISAM SER REVISADOS E APROVADOS POR UM COMITÊ DE REVISÃO INSTITUCIONAL (CRI) ANTES DE O ALUNO INICIAR O RECRUTAMENTO E/OU A INTERAÇÃO COM OS SUJEITOS DA PESQUISA. O CRI deve avaliar o risco e documentar a determinação do mesmo no Formulário 4. Após a aprovação inicial do CRI, um aluno pesquisador com qualquer proposta de mudança no Plano de Pesquisa precisa repetir o processo de aprovação e ganhar novamente aprovação, antes da experimentação e/ou coleta de dados.

Pesquisa conduzida por um estudante pré-universitário numa Instituição de Pesquisa Federal (exemplo: universidade, centro médico, laboratório do governo, instituição correcional) precisa ser revisado e aprovado pelo Comitê de Ética da Instituição. É exigida uma cópia da aprovação inicial do CRI, do projeto como um todo (que devem incluir os procedimentos e medidas que o aluno está usando na pesquisa). Uma carta de orientador não é documento suficiente para provar a revisão e aprovação do CRI.

Os participantes da pesquisa devem voluntariamente dar consentimento e/ou permissão (em alguns casos com permissão parental) antes de participar do estudo. Participantes adultos na pesquisa podem dar seu próprio consentimento. Participantes menores de 18 anos e/ou indivíduos que não são capazes de dar seu próprio consentimento (exemplo: indivíduos com deficiências mentais desenvolvidas) dão sua permissão com o consentimento dos seus pais ou responsáveis. O CRI vai definir se a autorização será verbal ou se deverá ser feita por escrito dependendo do nível de risco da pesquisa.

Um aluno pode observar e coletar dados para análise de procedimentos médicos e administração de medicamentos somente com a supervisão direta de um profissional da área médica. Esse profissional precisa ser mencionado no protocolo da pesquisa aprovado pelo CRI. Alunos estão proibidos de administrar medicamentos e/ou fazer procedimentos invasivos em participantes humanos. O CRI também precisa confirmar que o aluno não está violando práticas médicas no estado ou país no qual está sendo realizada a pesquisa.

Estudantes pesquisadores NÃO podem publicar ou exibir informações em um relatório, que identifiquem diretamente ou através de identificadores ligados aos participantes (incluindo fotografias), sem o consentimento por escrito do participante(s).

Estudos que envolvam a coleta de dados através do uso da internet (exemplo: e-mail, pesquisas baseadas na web) são permitidas, mas pesquisadores precisam estar cientes que eles podem ter desafios em: i) coletar dados anônimos, ii) obter consentimento informado, iii) assegurar que os participantes têm idade apropriada para dar consentimento informado. Veja AVALIAÇÃO DE RISCO PARA SERES HUMANOS, no final desta seção.

Após a experimentação e antes da competição na MOSTRATEC, o CRC da MOSTRATEC revisa e ratifica a aprovação de projetos para assegurar que os alunos seguiram o Plano de Pesquisa aprovado previamente e todas as regras da MOSTRATEC.

3.2.1 Formulários exigidos

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a) Formulário de Revisão para Orientador (1).

b) Formulário de Revisão para o Aluno Pesquisador(1A) .

c) Plano de Pesquisa.

d) Formulário de Aprovação (1B).

e) Formulário para Pesquisa com Seres Humanos (4) com o consentimento quando aplicável a pesquisa.

f) Formulário para Pesquisa em Instituição Regulamentada (1C), quando necessário.

g) Formulário de Avaliação de Risco (3).

h) Formulário de Cientista Qualificado (2), quando necessário.

Observação: fontes de pesquisa referentes à Regulamentação estão disponíveis, como

seção em separado, no final deste documento.

3.3 Casos em que o CRI dispensa o consentimento por escrito. O CRI pode dispensar a exigência do documento por escrito de consentimento e/ou

permissão e/ou permissão parental se a pesquisa envolver risco mínimo e coleta de dados anônimos e se for um dos itens a seguir:

a) pesquisa envolvendo práticas educacionais normais ou características;

b) pesquisa de comportamento individual ou de grupo ou características de indivíduos em que o pesquisador não manipula comportamentos dos participantes e o estudo não envolve mais do que risco mínimo;

c) investigações detalhadas com perguntas, questionários, ou atividades determinadas pelo CRI envolvendo percepção, cognição, ou teoria de jogos e NÃO envolvam o levantamento de informações pessoais, invasão de privacidade ou que podem causar insatisfação emocional;

d) estudos envolvendo atividades físicas onde o CRI informa que não existe mais que risco mínimo e onde a probabilidade e magnitude de risco ou desconforto, antecipado na pesquisa, não são maiores que aqueles normalmente encontrados NA VIDA DIÁRIA ou durante a atividade física.

3.3.1 Casos especiais

Se houver qualquer dúvida se a dispensa do documento por escrito de consentimento

e/ou permissão é apropriada ou não, é altamente recomendado que o documento seja obtido. No caso do projeto envolver não mais que risco mínimo e aqueles com mais que risco mínimo são permitidos, desde que sigam as orientações previstas no item seguinte. 3.4 Avaliação do risco para seres humanos

“Não mais que risco mínimo” existe quando a probabilidade e magnitude de danos e desconforto, previstos na pesquisa, não forem maiores (em si) que aqueles encontrados na vida diária ou durante a execução de testes ou exames físicos ou psicológicos.

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Mais que risco mínimo existe quando a possibilidade de dano físico ou psicológico ou dano relacionado à quebra de sigilo ou invasão de privacidade é maior que aquele encontrado no dia-a-dia. A maioria desses estudos requer um documento de consentimento ou um documento de consentimento para menor com a permissão dos pais ou responsável (quando for o caso). 3.4.1 Exemplos de riscos físicos maiores que mínimos:

a) Exercícios diferentes que aqueles encontrados na vida diária;

b) Ingestão, degustação, inalação ou aplicação de uma substância;

c) Exposição a qualquer substância potencialmente prejudicial.

3.4.2 Exemplos de riscos psicológicos maiores que mínimos

Uma atividade de pesquisa (investigação, questionário, visualização de estímulos) ou

uma condição experimental que pode resultar em estresse emocional. Alguns exemplos incluem:

a) responder perguntas relacionadas a experiências pessoais tais como abuso físico ou sexual, divórcio, depressão, ansiedade;

b) responder perguntas que podem levar a sentimentos de depressão, ansiedade, baixa autoestima;

c) visualizar imagens de vídeo violentas ou aflitivas.

3.5 Preocupações com a Privacidade

O aluno pesquisador, o Orientador e o CRI devem avaliar se uma atividade poderia

resultar em consequências negativas para o participante devido à invasão de privacidade ou quebra de sigilo. Proteger a confidencialidade requer medidas que asseguram que dados de pesquisa identificáveis não sejam divulgados para o público ou para indivíduos não autorizados.

Níveis de risco podem ser reduzidos protegendo a confidencialidade ou coletando dados que sejam estritamente anônimos. Isso requer que a coleta durante a pesquisa seja de maneira que os dados não possam ser ligados ao indivíduo que os forneceu.

3.5.1 Grupos de Risco

Se o estudo de pesquisa envolver qualquer participante dos seguintes grupos, o CRI e o

estudante pesquisador devem avaliar se a natureza do estudo requer acomodação ou proteção especiais:

a) qualquer membro de um grupo que for naturalmente de risco (exemplo: mulheres grávidas, pessoas portadoras de deficiência mental, pessoas em desvantagem econômica ou educacional, indivíduos com doenças como câncer, asma, AIDS, dislexia, problemas cardíacos, problemas psiquiátricos, problemas de aprendizagem, etc.)

b) grupos especiais que são protegidos por regulamentos ou leis federais (exemplo: crianças/menores, prisioneiros, mulheres grávidas, alunos com necessidades especiais).

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V - PESQUISA COM ANIMAIS VERTEBRADOS

A utilização de animais em atividades educacionais fica restrita a: - estabelecimentos de ensino superior;

- estabelecimentos de educação profissional técnica de nível médio da área biomédica.

Além disso, as Instituições passíveis de realizarem pesquisas com animais vertebrados devem ser registradas junto ao CONCEA (Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal) ou órgão similar no país. Quando as pesquisas forem realizadas em Instituições regulamentadas pelo CONCEA, as mesmas terão os documentos regulamentares assinados pelos respectivos CEUA´s (Comissões de Ética no Uso de Animais).

A MOSTRATEC estimula o uso de métodos de pesquisa em que não sejam envolvidos animais e encoraja aos estudantes a fazer uso de alternativas na metodologia de seus projetos. Se o uso de animais vertebrados for necessário, estudantes devem seguir a Lei Federal Brasileira Nº 11.794/2008, ou equivalente para estudantes de outros países.

Todos os projetos envolvendo animais vertebrados precisam aderir às leis e às Regras Internacionais, de acordo com a natureza do estudo e do campo de pesquisa.

Um projeto é considerado um estudo de tecido e não um estudo de um animal vertebrado, quando o tecido foi obtido de um animal sacrificado por outros motivos e não pelos da pesquisa do estudante. (Documentação de aprovação do CEUA é exigida para provar a origem dos tecidos a serem estudados). Em casos de estudo de tecidos, um estudante pode observar uma experimentação sendo realizada, mas não pode manipular ou ter qualquer envolvimento direto nos procedimentos experimentais do animal vertebrado.

1 REGRAS PARA TODOS OS ESTUDOS COM ANIMAIS VERTEBRADOS

O uso de animais vertebrados em projetos de ciência é permitido conforme exposto na

Lei Federal No 11.794/2008, da Presidência da República do Brasil. Para as finalidades desta Lei entende-se por:

a) Filo Chordata: animais que possuem, como características exclusivas, ao menos na fase embrionária, a presença de notocorda, fendas branquiais na faringe e tubo nervoso dorsal único;

b) Subfilo Vertebrata: animais cordados que têm, como características exclusivas, um encéfalo grande encerrado numa caixa craniana e uma coluna vertebral.

1.1 Experimentos

São considerados experimentos os procedimentos efetuados em animais vivos, visando à elucidação de fenômenos fisiológicos ou patológicos, mediante técnicas específicas e preestabelecidas.

No caso de morte por meios humanitários: a morte de um animal em condições que envolvam, segundo as espécies, um mínimo de sofrimento físico ou mental.

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1.2 Alternativas ao uso de animais vertebrados

As alternativas para a substituição de animais vertebrados devem ser exploradas e

discutidas no plano de pesquisa. Alternativas incluem os “4 itens” a seguir: a) substituir animais vertebrados por invertebrados, formas de vida menos desenvolvidas, culturas de tecido e/ou células e/ou simulações de computador, quando possível;

b) reduzir o número de animais sem comprometer a validade estatística;

c) refinar o protocolo da experimentação para minimizar dor ou angústia do animal;

d) respeitar os animais e suas contribuições para a pesquisa.

1.3 Revisão dos trabalhos com animais vertebrados

Todos os estudos sobre animais vertebrados devem ser revisados e aprovados antes do início da experimentação. Uma CEUA (Comissão de Ética de Uso de Animais) DEVE PRÉ-APROVAR A PESQUISA. A CEUA é o corpo institucional de supervisão, revisão e aprovação para estudos sobre animais de uma Instituição de Pesquisa Regulamentada pelo CONCEA.

Todos os estudos com animais vertebrados, desde que sigam a Lei No 11.794/2008, devem ter um plano de pesquisa que inclui:

- justificativa do por que da utilização do animal, incluindo as razões da escolha da espécie, a fonte e o número de animais a ser utilizado. Descrever qualquer alternativa considerada ao uso do animal e porque essas alternativas foram inaceitáveis. Descrever o impacto e as contribuições principais que essa pesquisa possa ter nos campos da medicina e da biologia;

- descrição da maneira que os animais serão utilizados na pesquisa. Incluir métodos e procedimentos, tais como delineamento experimental e análise de dados. Descrever os procedimentos que vão minimizar a possibilidade de desconforto, angústia, dor ou ferimentos aos animais durante o curso do experimento. Identificar a espécie, o sexo, a idade, o peso, a fonte e o número de animais a serem utilizados.

1.5 Observação do comportamento animal e isenção de revisão de um Cientista Qualificado

Estudos envolvendo observações de comportamento de animais estão isentos de uma revisão de um Cientista Qualificado, se TODOS os itens a seguir forem aplicáveis:

- não há qualquer interação com o animal a ser observado;

- não há qualquer manipulação do ambiente do animal;

- o estudo segue a lei federal brasileira (ou equivalente internacional) exposta, além de estar de acordo com todos os regulamentos da agricultura, piscicultura, da caça e da vida selvagem.

1.6 Restrição de pesquisa com animais

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Os projetos de pesquisa que causam angústia, dores leves ou momentâneas são

proibidos. Se houver uma doença ou perda de peso inesperada, deve haver uma investigação e um veterinário precisa ser consultado para indicar assistência. Esta investigação precisa ser documentada pelo Cientista Qualificado ou Supervisor Designado que seja qualificado para determinar a doença ou um veterinário. Se a doença ou a angústia foi causada pelo estudo, a experiência deve ser interrompida imediatamente.

NÃO SÃO PERMITIDOS MORTES DE ANIMAIS, DE QUALQUER GRUPO OU SUBGRUPO. Caso o estudo seja aprovado por um CEUA, todos os animais devem ser monitorados para verificar se há sinais de angústia, como a perda significativa de peso. A perda máxima de peso tolerada ou atraso no crescimento comparado a controles, de qualquer experimento é de 15%. 1.7 Proibição da pesquisa com animais vertebrados

Os estudantes pesquisadores são proibidos de desenvolverem ou participarem de

experimentos associados aos seguintes tipos de estudos em animais vertebrados: a) estudos sobre toxicidade induzidas, com substâncias conhecidas como tóxicas que poderiam enfraquecer a saúde ou terminar com a vida incluindo, mas não limitados ao, álcool, chuva ácida, pesticidas ou metais pesados;

b) experiências sobre comportamentos usando condicionamentos com estímulos adversos, separação de mãe/filhote ou abandono induzido;

c) estudos sobre a dor;

d) experimentos de caça a vertebrados;

e) experimentos predador-presa.

1.8 Supervisão da pesquisa com animais

Um Cientista Qualificado ou um Supervisor Designado deve supervisionar diretamente toda a pesquisa envolvendo animais vertebrados.

Após a aprovação inicial do CRI, um estudante, que tenha qualquer proposta de mudança no plano de pesquisa do projeto, deve repetir o processo de aprovação antes de reiniciar os experimentos de laboratório e/ou coleta de dados.

2 LEIS E REGRAS ADICIONAIS PARA PROJETOS CONDUZIDOS EM CASA NA ESCOLA OU EM CAMPO (LOCAIS NÃO REGULAMENTADOS)

Alguns estudos sobre animais vertebrados podem ser conduzidos em casa, escola,

fazenda, chácara, em campo, etc. Pela Lei Federal Nº 11.794, as seguintes práticas não são consideradas experimentos:

a) a profilaxia e o tratamento veterinário do animal que deles necessite;

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b) o anilhamento, a tatuagem, a marcação ou a aplicação de outro método com finalidade de identificação do animal, desde que cause apenas dor ou aflição momentânea ou dano passageiro;

c) as intervenções não experimentais relacionadas às práticas agropecuárias.

2.1 Revisão e aprovação de projetos em locais não regulamentados

Projetos que se enquadram neste critério devem ser revisados e aprovados por um CRI no qual um dos membros seja um veterinário ou biólogo.

Esses projetos devem observar AMBAS as diretrizes abaixo: a) a pesquisa somente envolve estudos agrícolas, comportamentais, observacionais ou suplementações nutricionais em animais;

b) a pesquisa envolve somente métodos não invasivos, não intrusivos que não afetam, negativamente, o bem-estar e a saúde de um animal.

Os estudos que observam as diretrizes gerais, mas não os critérios mencionados acima

para pesquisas em casa, na escola ou em campo, precisam ser conduzidos em uma Instituição de Pesquisa Regulamentada (Ver seção 3). 2.5 Tratamento e cuidados com os animais

Os animais devem ser tratados bem e receber cuidados adequados. O animal deve ser mantido em um ambiente ventilado, limpo, confortável e apropriado à espécie. A estes deve ser dado um suprimento contínuo de água limpa (não contaminada) e comida. Gaiolas, cercados e tanques de peixe devem ser limpos com frequência. Cuidados adequados devem ser dados em tempo integral, incluindo finais de semana, feriados e período de férias. Os animais precisam ser observados diariamente para avaliar sua saúde e seu bem-estar. Um Supervisor Designado é exigido para vigiar os cuidados diários dos animais. 2.6 Da determinação de certificação veterinária para o plano de pesquisa

O Comitê de Revisão Científica da MOSTRATEC deve verificar se um certificado de um veterinário é necessário para assegurar que no Plano de Pesquisa os cuidados com os animais são adequados. Este certificado é exigido antes da aprovação para iniciar a experimentação, antes da aprovação do CRI e deve ser documentado no Formulário 5A para Pesquisa com Animais Vertebrados. Um veterinário deve certificar experimentos que envolvem suplementação nutricional, administração de drogas prescritas e/ou atividades que não são normalmente encontradas na vida diária do animal. 2.7 Em casos de emergência ou doença no animal estudado

Se uma doença ou emergência ocorrer, o animal afetado deve receber assistência médica e de enfermagem dirigida por um veterinário. O aluno pesquisador deve interromper a experimentação se houver perda inesperada de peso ou morte. O experimento somente pode ser retomado quando a causa da doença ou morte não estiver relacionada aos procedimentos da experimentação e quando procedimentos apropriados são tomados para eliminar os fatores

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causadores. Se a morte for o resultado de procedimentos experimentais, o estudo deve ser encerrado e não estará qualificado para participar de uma competição.

O destino do animal deve ser descrito no Formulário 5A para Animais Vertebrados. A eutanásia, para remoção de tecido e/ou análise patológica, não é permitida.

2.8 Formulários exigidos

a) Formulário de Revisão para Orientador (1).

b) Formulário de Revisão para Aluno Pesquisador (1A).

c) Plano de Pesquisa.

d) Formulário de Aprovação (1B).

e) Formulário para Animal Vertebrado (5A);.

f) Formulário para Cientista Qualificado (2), quando for o caso.

3 REGRAS ADICIONAIS PARA PROJETOS REALIZADOS EM UMA INSTITUIÇÃO DE PESQUISA REGULAMENTADA

Todos os estudos que não estão contemplados pelos critérios da Seção 1, mas que são

permitidos pelas regras da MOSTRATEC, devem ser realizados em uma Instituição de Pesquisa Regulamentada, conforme já disposto, no Brasil, pela Lei No 11.794, são Instituições que possuem o registro junto ao CONCEA. Para projetos estrangeiros, uma Instituição de Pesquisa Regulamentada seria comparada a uma instituição de pesquisa que observa leis do país, as quais regem o uso e os cuidados com animais vertebrados. 3.1 Da aprovação dos projetos pelo CEUA

A CEUA (Comissão de Ética de Uso de Animais), ou um comitê de fiscalização de animais similar, deve aprovar todos os projetos de pesquisa de estudantes, antes do início da experimentação. O Comitê de Revisão Científica da MOSTRATEC também deve revisar o projeto de pesquisa para certificar que o mesmo está de acordo com as regras da MOSTRATEC.

Principalmente, em relação à pesquisa com animais, frisamos que estudantes pesquisadores estão proibidos de fazer eutanásia e desde já trabalhos que evidenciem esta prática estão desqualificados para a participação na MOSTRATEC.

3.2 Da exigência de formulários

São exigidos os seguintes formulários:

a) Formulário de Revisão para Orientador (1);

b) Formulário de Revisão para Aluno Pesquisador (1A);

c) Plano de Pesquisa;

d) Formulário de Aprovação (1B);

e) Formulário para Instituição de Pesquisa Regulamentada (1C);

f) Formulário para Pesquisa com Animais Vertebrados (5B);

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g) Formulário para Cientista Qualificado (2).

h) Permissão de estudos envolvendo animais vertebrados, conforme Tabela 1.

Tabela 1: Permissão de estudos envolvendo animais vertebrados. CATEGORIAS DE DOR

DEFINIÇÃO REGRAS

Categoria A Animais vivos que recebem manipulação sem dor. Os animais podem passar por eutanásia, realizada somente por profissionais treinados em Instituições de Pesquisa Regulamentadas, para obtenção de tecidos, células, etc.

Permitida com retrições e aprovações prévias do Comitê de Revisão

Categoria B Animais vivos que recebem dor ou estímulos estressantes por momentos, sem passarem por eutanásia, o que resulta numa resposta a curto prazo. Exemplos incluem, mas não estão limitados a: injeções, a testagem sanguínea e a práticas padrões de pecuária.

Permitida

Categoria C Animais vivos que sofrerem manipulação significativa, cirurgia sob o efeito de anestesia. Os animais serão mortos no final do procedimento sem recobrar a consciência.

Permitida somente em Instiuição Regulamentada, com tratamento adequado e certificações.

Categoria D Animais vivos que serão manipulados enquanto anestesiados e poderão se recuperar e/ou animais que desenvolverão sinais clínicos visíveis de dor, estresse, ou mudanças espontâneas fisiológicas ou como resultado de experimentos específicos. Exemplos: sobrevivência a procedimento cirúrgico de qualquer tipo e estudos que incluem o desenvolvimento de tumor. TODOS OS ESTUDOS ASSIM DESCRITOS DEVEM INCLUIR UM TRATAMENTO PARA ALIVIAR A DOR E/OU O ESTRESSE.

Procedimentos limitados da categoria D são permitidos com treino e certificação próprios. O projeto deve aderir a todas as normas estabelecidas pelas Leis Brasileiras e Internacionais. GRANDE PARTE DOS ESTUDOS DA CATEGORIA D SÃO CONSIDERADOS INAPROPRIADOS PARA ESTUDANTES DE ENSINO MÉDIO. RECOMENDA-SE CONSULTAR O CRC ANTES DO INÍCIO DOS EXPERIMENTOS.

Categoria E Animais vivos que experienciarão dor ou estresse (desconforto) significante e/ou severa sem o benefício de anestésicos, tranquilizantes ou analgésicos.

PROIBIDO

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VI- PESQUISAS COM AGENTES BIOLÓGICOS POTENCIALMENTE PERIGOSOS OU PREJUDICIAIS

Pesquisas usando micro-organismos (incluindo bactérias, viroides, príons, rickettsia,

fungos e parasitas), tecnologias de DNA recombinante (rDNA) ou tecidos humanos ou animais, sangue ou fluidos corporais podem envolver agentes biológicos potencialmente perigosos ou prejudiciais. Estudantes têm permissão de fazer projetos de pesquisa com agentes biológicos potencialmente perigosos ou prejudiciais seguindo as condições e regras descritas abaixo, as quais foram planejadas para protegê-los e garantir adesão aos regulamentos e diretrizes federais e internacionais de biossegurança.

1 REGULAMENTAÇÃO

Ao lidar com agentes biológicos potencialmente perigosos ou prejudiciais, o estudante e

todos os adultos envolvidos em um projeto de pesquisa são responsáveis por conduzir e documentar, através de uma avaliação de riscos (Formulário 6A), o nível potencial de dano, ferimento ou incômodo físico que podem sofrer plantas, animais e seres humanos. A avaliação de riscos determina o nível de biossegurança que, por sua vez, estabelece se o projeto pode prosseguir e, se este for o caso, as instalações de laboratório, equipamentos, treinamento e supervisão necessária. 1.1 Projetos que envolvem micro-organismos, tecnologias de DNA, tecidos humanos ou animais

Todos os projetos envolvendo micro-organismos, tecnologias de DNA recombinante e tecidos humanos ou animais, sangue ou fluidos corporais devem aderir às regras abaixo e, dependendo do estudo, às regras adicionais das Seções 2, 3 e 4. 1.2 Projetos isentos de revisão de um CRI

Os seguintes tipos de estudo estão isentos de uma revisão prévia por um Comitê de

Revisão Institucional e não requerem formulários adicionais: a) estudos que envolvam Sacharomises Cereviseae e levedura de cerveja, exceto quando usados em estudos com rDNA;

b) estudos que envolvam Lactobacilalus, Bacillus thurgensis, fixadores de nitrogênio, bactérias que se alimentam de petróleo e bactérias que se alimentam de algas introduzidas no seu ambiente natural. (Não isentos se cultivados em um ambiente de Placa de Petri);

c) estudos de crescimento de fungos em alimentos se o experimento terminar na primeira evidência de aparecimento destes.

1.3 Projetos isentos de revisão de um CRI, mas com Formulário de Avaliação de Riscos (3)

Os seguintes tipos de estudo estão isentos de revisão prévia de um Comitê de Revisão

Institucional, mas requerem um Formulário de Avaliação de Riscos (3):

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a) estudos envolvendo protistas, archaea e micro-organismos similares;

b) pesquisa usando fezes animais para compostagem, produção de combustível ou de outros experimentos isentos de cultivo;

c) Kits de teste de coliformes para água que são disponíveis comercialmente e que envolvem mudança de cor. Tais kits devem permanecer selados e dever ser devidamente descartados;

d) estudos envolvendo decomposição de organismos vertebrados (tais como pesquisas na área de ciências forenses).

1.4 Permissão para o uso de agentes potencialmente perigosos ou prejudiciais

É permito o uso de micro-organismos (incluindo bactérias, vírus, viroides, príons, rickettsia, fungos e parasitas), tecnologias de DNA recombinante (rDNA) ou tecidos humanos ou animais frescos ou congelados, sangue ou fluidos corporais, com a obediência do seguinte:

a) o Comitê de Revisão Institucional, o Comitê de Biossegurança Institucional ou um Comitê de Ética no Uso de Animais de uma Instituição, deve aprovar toda a pesquisa antes que a experimentação inicie. A avaliação inicial de riscos determinada pelo estudante pesquisador e adultos que supervisionam o projeto deve ser confirmada pelo Comitê de Revisão Científica da MOSTRATEC;

b) experimentos envolvendo a cultura de agentes biológicos potencialmente perigosos, até mesmo organismos de Nível de Biossegurança 1 (NB-1), são proibidos em ambientes domésticos. Todavia espécimes podem ser coletados em casa, contanto que sejam imediatamente transportados para um laboratório com contenção de acordo com nível de segurança determinado nas Regras de Pesquisa disponibilizadas no site da MOSTRATEC e pelo CRI da Instituição onde está ocorrendo a pesquisa;

c) uma pesquisa de nível de biossegurança 1 (NBS-1) pode ser executada em um laboratório de NBS-1(laboratório básico) ou superior. A pesquisa deve ser supervisionada por um cientista qualificado ou um supervisor designado treinado. O aluno deve ser treinado em procedimentos microbiológicos básicos.

1.5 Pesquisa nível de Biossegurança 2 (NBS -2)

A Pesquisa pertencente ao nível de Biossegurança 2 (NBS-2) deve ser conduzida num laboratório de Nível de Biossegurança 2,onde são manipulados microrganismos da classe de risco 2. Aplica-se aos laboratórios clínicos ou hospitalares de níveis primários de diagnóstico, sendo necessário, além da adoção das boas práticas, o uso de barreiras físicas primárias (cabine de segurança biológica e equipamentos de proteção individual) e secundárias (desenho e organização do laboratório), o que comumente limita a uma Instituição de Pesquisa Regulamentada. A pesquisa deve ser revisada e aprovada pelo Comitê de Biossegurança Institucional (CBI) ou apresentar uma carta ou documento da Instituição de Pesquisa Regulamentada declarando que não é necessária revisão. A pesquisa deve ser supervisionada por um Cientista Qualificado. 1.6 Casos especiais ligados à biossegurança

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As pesquisas com níveis de biossegurança 3 ou 4 (NB-3 ou NB-4) são proibidas. Os Estudos de laboratório que desenvolvam culturas conhecidas como SARM

(Staphylococcus aureus resistente à Meticilina), ERV (Enterococos resistentes à vancomicina) e KPC (Klebsiellapneumoniae) devem ser conduzidos em um laboratório com Nível de Biossegurança 2 (NB-2) em uma Instituição de Pesquisa Regulamentada com revisão e aprovação documentada por um Comitê de Biossegurança Institucional (CBI).

Outros casos importantes relacionados à biossegurança: a) estudos que modifiquem geneticamente bactérias com resistência a múltiplos antibióticos são proibidos;

b) extrema cautela deve ser empregada para selecionar e sub-cultivar organismos resistentes a antibióticos. Estudos usando tais organismos requerem no mínimo contenção de Nível de Biossegurança 2;

c) patógenos de plantas de ocorrência natural podem ser estudados (não cultivados) em casa, mas estes não podem ser introduzidos em um jardim ou ambiente domiciliar;

d) o cultivo de resíduos humanos ou animais, incluindo lodo de esgoto, é considerado um estudo de Nível de Biossegurança 2;

e) todos os agentes biológicos potencialmente perigosos devem ser descartados ao final do experimento de acordo com o seu nível de biossegurança. Para organismos NB-1 ou NB-2: Autoclave a 120ºC por 20 minutos, uso de uma solução com 10% de desinfetante (1:10 de desinfetante doméstico, hipoclorito de sódio), incineração, hidrólise alcalina, coleta de biossegurança ou outras recomendações do fabricante são aceitáveis;

f) quaisquer mudanças propostas pelo estudante no Plano de Pesquisa após iniciado o processo de aprovação por um Comitê de Revisão Científica da MOSTRATEC ou do CRI da Instituição onde a pesquisa está sendo realizada devem ser submetidas à revisão e aprovação subsequente de um Comitê de Revisão Científica ou Comitê de Biossegurança Institucional antes que tais mudanças sejam feitas e antes de a pesquisa ser retomada.

1.6.1 Formulários exigidos para a pesquisa que envolve a biossegurança São exigidos os seguintes formulários: a) Formulário de Revisão para Orientador (1);

b) Formulário de Revisão para Aluno Pesquisador (1A);

c) Plano de Pesquisa;

d) Formulário de Aprovação (1B);

e) Formulário de Pesquisa em Instituto de Pesquisa ou Indústria (1C) – quando aplicável;

f) Formulário para Cientista Qualificado (2), quando aplicável;

g) Formulário para Avaliação de Riscos (3), quando aplicável;

h) Formulário de Avaliação de Riscos para Pesquisa com Agentes Biológicos Potencialmente Perigosos (6A), quando aplicável;

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i) Formulário para Pesquisa com Tecidos de Seres Humanos e de Animais Vertebrados (6B) – para todos os estudos que envolvam tecidos e fluidos corporais.

Fontes de informação estão disponíveis em uma seção no final deste documento.

2 REGRAS ADICIONAIS PARA PROJETOS ENVOLVENDO MICROORGANISMOS DESCONHECIDOS

Estudos envolvendo micro-organismos desconhecidos representam um desafio porque a

presença, concentração e patogenicidade de possíveis agentes são desconhecidas pela ciência. Em projetos de feiras de ciências, estes estudos tipicamente envolvem a coleta e cultura de micro-organismos do meio ambiente (por exemplo, do solo, de superfícies domésticas, da pele). 2.1 Pesquisa com micro-organismos em Nível de Biossegurança 1 (NB1)

A pesquisa com micro-organismos desconhecidos pode ser considerada como um estudo com Nível de Biossegurança 1 (NB1) nas seguintes condições:

a) o organismo é cultivado em uma placa plástica de Petri (ou outro recipiente padrão inquebrável) e selado. Outros recipientes aceitáveis são isoladores de plástico flexível selado;

b) experimento que envolva somente procedimentos nos quais a placa de Petri mantenha-se selada por todo o experimento (por exemplo, a contagem da presença de micro-organismos ou colônias);

c) a placa de Petri selada é descartada por autoclave ou esterilização sob a supervisão de um Supervisor Designado;

d) se o recipiente de uma cultura com micro-organismos desconhecidos for aberto por qualquer razão (exceto para esterilização para descarte), a pesquisa deve ser tratada como um estudo de Nível de Biossegurança 2 (NB-2) e envolver procedimentos laboratoriais desse mesmo nível.

3 REGRAS ADICIONAIS PARA PROJETOS ENVOLVENDO TECNOLOGIAS DE DNA RECOMBINANTE (r-DNA)

Estudos envolvendo tecnologias de DNA recombinante (r-DNA) nos quais os micro-

organismos tenham sido geneticamente modificados requerem revisão rigorosa para determinação do nível de risco. Alguns estudos com DNA recombinante podem ser conduzidos de forma segura em um laboratório escolar com Nível de Biossegurança 1 (NB-1) com revisão prévia por um Comitê de Revisão Institucional reconhecido:

a) todos os estudos de tecnologia de DNA recombinante envolvendo organismos e vetores hospedeiros de Nível de Biossegurança 1 (NB-1) devem ser conduzidos em um laboratório de Nível de Biossegurança 1 sob a supervisão de um Cientista Qualificado ou Supervisor Designado e devem ser aprovados por um Comitê de Revisão Institucional antes da experimentação. Exemplos incluem clonagem de DNA em E. Col iK12, S. cerevesiae e sistemas de vetor do B. subtilis.

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b) estudos que utilizem kits de DNA recombinante disponíveis comercialmente devem ser conduzidos em um laboratório com Nível de Biossegurança 1 (NB-1) sob a supervisão de um Cientista Qualificado ou Supervisor Designado treinado e devem ser aprovados por um Comitê de Revisão Institucional antes da experimentação.

c) um estudo com tecnologia de DNA recombinante que utilize agentes de Nível de Biossegurança 1 (NB-1) que podem se transformar em agentes de Nível de Biossegurança 2 (NB-2) no curso da experimentação deve ser conduzido inteiramente em uma instalação de Nível de Biossegurança 2 (NB-2).

d) todos os estudos de tecnologia de DNA recombinante envolvendo organismos com Nível de Biossegurança 2 (NB-2) e / ou sistemas vetores hospedeiros devem ser conduzidos em uma Instituição de Pesquisa Regulamentada e aprovados por um Comitê de Biossegurança Institucional (CBI) antes da experimentação.

e) a propagação de recombinantes contendo código de DNA para oncogenes ou outra toxina humana, vegetal ou animal (incluindo vírus) é proibida.

4 REGRAS ADICIONAIS PARA PROJETOS COM TECIDOS E FLUIDOS CORPORAIS, INCLUINDO SANGUE E SEUS PRODUTOS

Os estudos envolvendo tecidos frescos ou congelados, sangue ou fluidos corporais

obtidos de seres humanos e / ou animais vertebrados podem conter micro-organismos e ter o potencial de causar doenças. Portanto, uma AVALIAÇÃO DE RISCOS é necessária. 4.1 Tecidos considerados potencialmente não perigosos

Os seguintes tipos de tecido não necessitam ser tratados como agentes biológicos potencialmente perigosos:

a) tecidos vegetais;

b) coleções de cultura de tecidos e linhas de célula estabilizados de plantas e não-primatas. A fonte e / ou número de catálogo das culturas deve ser identificado no Plano de Pesquisa;

c) carne fresca ou congelada, subprodutos de carne, leite pasteurizado ou ovos obtidos de lojas de alimentos, restaurantes ou distribuidoras;

d) cabelo;

e) dentes que tenham sido esterilizados com o objetivo de eliminar quaisquer patógenos que possam ser transmitidos pelo sangue que venha estar presente. Desinfecção química ou por autoclave a 121ºC por 20 minutos são procedimentos recomendáveis;

f) tecidos fossilizados ou espécies arqueológicas;

g) tecidos fixados e preparados.

4.2 Coleções consideradas como Biossegurança 1 (NB-1) ou 2 (NB-2)

As pesquisas envolvendo coleções de cultura de tecidos e linhas de células estabilizados de humanos e / ou de primatas não-humanos devem ser consideradas como envolvendo

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organismos de Nível de Biossegurança 1 (NB-1) ou 2 (NB-2) como indicado pela fonte de informação e tratadas de acordo. A fonte e / ou número de catálogo das culturas devem ser indicados no Plano de Pesquisa.

Se os tecidos forem obtidos de um animal que foi sacrificado por outros propósitos que não o projeto do estudante, este pode ser considerado um estudo com tecidos. A documentação da aprovação do Comitê de Ética no Uso de Animais (CEUA) para o estudo com o animal original dos quais os tecidos foram obtidos é exigida.

Se algum animal for sacrificado somente em função do projeto do estudante pesquisador, o estudo deve ser considerado um projeto com animais vertebrados e estará sujeito às regras desse tipo de estudo e deverá ser conduzido em uma Instituição de Pesquisa Regulamentada (ver regras para projetos com animais vertebrados).

4.2.1 Estudos com tecidos de Nível de Biossegurança 1 (NB-1)

Os Estudos com tecidos de Nível de Biossegurança 1 (NB-1) são considerados aqueles

que envolvem a coleta e o exame de tecidos frescos ou congelados e / ou fluidos corporais (não incluindo sangue ou produtos do sangue, ver subitem 4.2.2) de uma fonte não infecciosa com pouca probabilidade de presença de micro-organismos. Estudos com Nível de Biossegurança 1 (NB-1) devem ser conduzidos em um laboratório com tal nível ou mais alto e devem ser supervisionados por um Cientista Qualificado ou por um Supervisor Designado treinado.

4.2.2 Estudos com tecidos de Nível de Biossegurança 2

Estudos com tecidos de Nível de Biossegurança 2 envolvem a coleta e o exame de

tecidos frescos ou secos ou fluidos corporais que possam conter micro-organismos que pertençam em Nível de Biossegurança 1 ou 2. Esses estudos devem ser conduzidos em laboratório com Nível de Biossegurança 2 (NB-2) de uma Instituição de Pesquisa Regulamentada e sob a supervisão de um Cientista Qualificado. São considerados estudos de Biossegurança 2:

a) todos os estudos que envolvem sangue ou seus produtos oriundos de seres humanos ou animais selvagens devem ser considerados como de Nível de Biossegurança 2 (NB-2) e devem ser conduzidos em um laboratório com Nível de Biossegurança 2 (NB-2) sob a supervisão de um Cientista Qualificado. Estudos envolvendo sangue de animais domésticos podem ser considerados como de Nível de Biossegurança 1 (NB-1). Todo o sangue deve ser manuseado de acordo com os padrões e orientações estabelecidos pela OSHA (Occupational Safety and Health Administration), órgão do Departamento do Trabalho dos Estados Unidos no documento 29CFR, subparte Z. (Consultar: http://www.osha.gov/pls/oshaweb/owadisp.show_document?p_table=STANDARDS&p_id=10051). Quaisquer tecidos ou instrumentos com o potencial de conter patógenos transmitidos pelo sangue (por exemplo, sangue e seus produtos, tecidos que possam liberar sangue quando comprimidos, instrumentos contaminados por sangue) devem ser apropriadamente descartados após a experimentação.

b) também os estudos envolvendo leite materno humano de origem desconhecida, a menos que seja certificado como livre de HIV e hepatite C e leite não pasteurizado de animais domésticos devem ser considerados como de Nível de Biossegurança 2 (NB-2).

4.3 Outras considerações sobre a Biossegurança

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Quaisquer estudos envolvendo a coleta e o exame de fluidos corporais que possam

conter agentes biológicos que pertençam ao Nível de Biossegurança 3 (NB-3) ou ao 4 (NB-4) são proibidos.

Estudos de fluidos corporais humanos em que é possível identificar o indivíduo devem ser revisados e aprovados previamente por Comitê de Revisão Institucional (CRI) e devem apresentar um Consentimento Informado. Alunos pesquisadores que utilizem seus próprios fluidos corporais estão isentos dessas exigências.

A coleta de autoamostra de sangue capilar para análise (por exemplo, utilizando glicosímetro) pode ser conduzida em um ambiente doméstico.

Os estudos envolvendo células estaminais embrionárias devem ser conduzidos em uma Instituição de Pesquisa Registrada e revisados e aprovados por um Comitê de Ética e pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa – Conep (http://conselho.saude.gov.br/web_comissoes/conep/index.html).

5 AVALIAÇÃO DE RISCOS PARA AGENTES BIOLÓGICOS POTENCIALMENTE PERIGOSOS OU PREJUDICIAIS

As informações nesta seção deverão ser utilizadas para completar o preenchimento do

Formulário para Pesquisa com Agentes Biológicos Potencialmente Perigosos – 6A.

A avaliação de risco define o nível potencial de dano ou doenças a plantas, animais e seres humanos que podem ocorrer quando se trabalha com substâncias biológicas. O resultado final de uma avaliação de risco é a designação de um Nível de Biossegurança que então determinará as instalações de laboratório, os equipamentos, treinamento e supervisão necessária.

5.1 Avaliação de risco

A avaliação de risco envolve a designação de um grupo de risco para substância biológica, tendo como base os seguintes critérios:

a) estudos que envolvam micro-organismos conhecidos devem iniciar com uma avaliação do micro-organismo em relação ao nível de risco em biossegurança baseado em pesquisa bibliográfica;

b) o estudo de micro-organismos desconhecidos e o uso de tecidos frescos dependem da formação do(s) adulto(s) que supervisiona(m).

c) determinação do nível de contenção biológica disponível para o estudante pesquisador conduzir o experimento. (Ver “item 5.2 Níveis de Contenção Biológica” para maiores detalhes).

d) a avaliação da experiência e formação do(s) adulto(s) que supervisiona(m) o aluno.

e) a atribuição de um nível de biossegurança para o estudo baseado no grupo de risco da substância biológica, nível de contenção biológica disponível e a experiência do Cientista Qualificado ou Supervisor Designado que irá supervisionar o projeto. Se o estudo for conduzido em um lugar não regulamentado (por exemplo, escola), o nível de

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biossegurança deve ser confirmada pelo Comitê de Revisão Científica de uma feira local ou afiliada.

Se a pesquisa for conduzida em uma Instituição de Pesquisa Regulamentada, o Nível de

Biossegurança deve ser atribuído por um Comitê de Biossegurança Institucional ou banca de aprovação equivalente ou uma carta de uma instituição representativa certificando que a pesquisa não requer revisão deve ser apresentada. Se não existe nenhuma banca de aprovação na Instituição de Pesquisa Regulamentada, uma carta da Instituição Regulamentada atestando que a pesquisa não requer revisão é exigida e o Comitê de Revisão Institucional (CRI) deve revisar o projeto e determinar um nível de biossegurança. Essa revisão deve obrigatoriamente ser feita antes da experimentação. 5.2 Classificação dos Grupos de Risco para Substâncias Biológicas

As substâncias biológicas, plantas ou animais, são classificados de acordo com seu

grupo de risco. Essas classificações preveem circunstâncias normais no laboratório de pesquisa, ou o crescimento de agentes em pequenos volumes com o propósito de diagnóstico e experimentação. Para isto, deve ser observado o NBS:

a) NBS-1: grupo de risco que abrange substâncias biológicas que oferecem um risco baixo àqueles que o manipulam e ao meio ambiente. Essas substâncias têm pouca probabilidade de causar doenças em humanos, plantas ou animais saudáveis. Requerem Nível de Contenção Biológica 1 (NCB-1). Exemplos de organismos de NBS-1: Agrobacterium radiobacter, Aspergillus niger, Bacillus thuringiensis, Escherichia Coli

K12, Lactobacillus acidophilus, Micrococcus leuteus, Neurospora crassa, Pseudomonas

fluorescens, Serratia marcescens.

b) NBS-2: grupo de risco que abrange substâncias biológicas que oferecem um risco moderado àqueles que o manipulam e ao meio ambiente. Se ocorrer exposição no ambiente do laboratório, o risco de disseminação é limitado e raramente causa infecção que leva à doença. Tratamento e prevenção efetiva devem estar disponíveis caso ocorra infecção. Essas substâncias requerem NCB-2. Exemplos de organismos de NBS-2: Mycobacterium, Streptococcus pneumonia, Salmonella choleraesuis.

c) ORGANISMOS E SUBSTÂNCIAS COM NBS-3 e NBS-4 SÃO PROIBIDOS!

5.2.1 Níveis de Contenção Biológica - NCB

Existem quatro Níveis de Contenção Biológica (NCB). Cada nível tem especificações de

laboratórios, equipamentos de segurança, práticas e técnicas, descritos a seguir: a) NCB-1 (Contenção de NBS-1): normalmente encontrado em laboratórios de análise de águas, escolas de ensino médio e universidades em que é ensinado Microbiologia Introdutória. O trabalho é feito em uma bancada aberta ou em uma capela. Quando trabalhar no laboratório, deve-se utilizar procedimentos padrão. Pode-se obter descontaminação através de autoclave ou desinfetantes químicos. O uso de jalecos laboratoriais e luvas são recomendados. O laboratório deve ser supervisionado por alguém com treinamento geral em microbiologia ou uma ciência relacionada.

b) NCB-2 (Contenção de NBS-2): é feito para maximizar a segurança quando se trabalha com agentes de risco moderado para humanos e ao meio ambiente. Acesso ao

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laboratório é restrito. Cabines de Segurança Biológicas (classe 2, tipo A, BSC) devem estar disponíveis. Um autoclave deve estar de prontidão para descontaminação do material residual. Jalecos laboratoriais, luvas e proteção facial são necessários. O laboratório deve ter a supervisão de um cientista que entenda o risco de trabalhar com os agentes envolvidos.

c) ORGANISMOS E SUBSTÂNCIAS COM NBS-3 (NCB-3) e NBS-4 (NCB-4) SÃO PROIBIDOS!

5.3. Formulários exigidos para a utilização de substâncias biológicas com potencial risco no projeto

São exigidos os seguintes formulários: a) Formulário de Revisão para Orientador – 1;

b) Formulário de Revisão para Aluno Pesquisador – 1A;

c) Plano de Pesquisa;

d) Formulário de Aprovação – 1B;

e) Formulário para Cientista Qualificado – 2 (se necessário ao projeto);

f) Formulário para Pesquisa em Instituto/Indústria – 1C (se necessário ao projeto);

g) Formulário para Avaliação de Risco – 3;

h) Formulário para Pesquisa com Agentes Biológicos Potencialmente Perigosos – 6A;

i) Formulário para Pesquisa com Tecidos de Seres Humanos e de Animais Vertebrados – 6B (para todos os projetos que envolvam tecidos e fluídos corporais).

6 PRINCIPAIS FONTES DE CONSULTA TÉCNICA, RECOMENDADAS PARA ESCLARECIMENTOS ADICIONAIS

São considerados fontes de pesquisa recomendadas para esclarecimentos adicionais

a) Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

Site: http://portal.anvisa.gov.br/wps/portal/anvisa/home

b) Organização Mundial de Saúde

Manual de Segurança em Laboratório

Site: http://www.who.int/csr/resources/publications/biosafety/BisLabManual3rdwebport.pdf

c) Comissão Técnica Nacional de Biossegurança – comissão que dá apoio ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação no que se refere à Biossegurança

Site: http://www.ctnbio.gov.br

d) Organização de Saúde e Segurança Ocupacional dos Estados Unidos (OSHA), Subseção que aborda o uso e a manipulação de sangue para pesquisas.

Site:http://www.osha.gov/pls/oshaweb/owadisp.show_document?p_table=STANDARDS&p_id=10051

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e) Conselho Nacional de Saúde - Comissão Nacional de Ética em Pesquisa

Site: http://conselho.saude.gov.br/web_comissoes/conep/index.html

f) Ministério da Saúde Diretrizes Gerais para o Trabalho em Contenção com Agentes Biológicos

Site: http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/dire_trabalho_agentes_biol_3ed.pdf

VII - PESQUISAS COM SUBSTÂNCIAS CONTROLADAS

Substâncias controladas, drogas receitadas, álcool e fumo devem ser adquiridas e

utilizadas de acordo com as leis locais, estaduais e federais.

1. REGULAMENTAÇÕES

A pesquisa envolvendo substâncias controladas deve ser aprovada pelo Conselho de

Revisão Institucional – CRI - antes de começar a experimentação e os estudantes pesquisadores devem observar todos os regulamentos federais que regem as substâncias controladas, em específico:

a) a produção de álcool está controlada por legislação federal e os estudantes devem contatar o órgão responsável pela regulamentação de álcool, tabaco e armas de fogo;

b) somente sob a supervisão direta de um Cientista Qualificado ou um Supervisor Designado o estudante poderá utilizar qualquer substância experimental para terapia sob controle de legislação federal;

c) estudantes menores de 21 anos estão proibidos, pelas leis federais e estaduais, de comprar e(ou) manusear pólvora negra ou pólvora sem fumaça para os projetos de ciência. Para mais regulamentos, comunique-se com a divisão de armas e explosivos do órgão competente.

d) qualquer mudança proposta pelo aluno no Plano de Pesquisa, depois da aprovação inicial do CRI, deve obter sua aprovação subsequente, antes que essas mudanças ocorram e antes de começar ou continuar a experimentação.

2. FORMULÁRIOS REQUERIDOS

São exigidos os seguintes formulários para a utilização de substâncias controladas: a) Formulário de Revisão para Orientador – 1;

b) Formulário de Revisão para Aluno Pesquisador – 1A;

c) Plano de Pesquisa;

d) Formulário de Aprovação – 1B;

e) Formulário para Pesquisa em Instituto/Indústria – 1C (se necessário ao projeto);

f) Formulário para Cientista Qualificado – 2 (se necessário ao projeto);

g) Formulário para Avaliação de Risco – 3.

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VIII-PESQUISAS COM SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS, ATIVIDADES OU EQUIPAMENTOS PERIGOSOS

São consideradas atividades perigosas aquelas que envolvem um risco maior que o

encontrado em atividades diárias do estudante. As regras, a seguir, se aplicam às pesquisas que envolvem substâncias químicas, equipamentos e/ou atividades perigosas.

Essas regras têm por objetivo proteger o aluno pesquisador, através da garantia de supervisão apropriada e de que todos os riscos foram considerados, de maneira que todas as precauções de segurança foram tomadas. Antes de iniciar uma pesquisa com equipamentos, atividades ou substâncias químicas perigosas, é necessário que o pesquisador consulte o CRI, ou às autoridades competentes para se informar se outras regras já estão em vigor em seu país/estado.

1. REGULAMENTAÇÕES

O uso de substâncias químicas e de equipamentos perigosos, bem como o envolvimento

com atividades de risco requerem supervisão direta de um Supervisor Designado, exceto aquelas que envolvem drogas controladas por leis federais. Estas devem ser acompanhadas diretamente por um Cientista Qualificado.

O Cientista Qualificado ou o Supervisor Designado DEVE fazer uma avaliação do risco do trabalho a ser feito, antes do início das experimentações. Esta avaliação é documentada no Formulário para Avaliação de Riscos (3). 1.3.1 Da aquisição ao uso de substâncias controladas

Os estudantes pesquisadores devem adquirir e utilizar substâncias controladas de acordo com as regulamentações de seu país. Para maiores informações, contatar os órgãos responsáveis por esse controle em seu país.

Para produtos químicos, equipamentos ou atividades que requerem permissão federal/estadual para sua utilização/realização é necessário que o aluno e o supervisor tenham essa permissão antes do início das experimentações. Cópia dessa permissão deve ser anexada ao Formulário 3 para ser submetida à aprovação do CRC da MOSTRATEC.

O aluno pesquisador deve planejar seus experimentos de maneira que ele minimize o impacto ambiental dessas experiências. Por exemplo, utilizar quantidades mínimas de algum produto químico que vá ser utilizado, de maneira que o impacto causado na natureza quando ele for descartado, de maneira correta, seja mínimo.

2. FORMULÁRIOS REQUERIDOS

Para a aplicação de pesquisa que envolva substâncias controladas, são exigidos os

seguintes formulários: a) Formulário de Revisão para Orientador – 1;

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b) Formulário de Revisão para Aluno Pesquisador – 1A;

c) Plano de Pesquisa;

d) Formulário de Aprovação – 1B;

e) Formulário para Cientista Qualificado – 2 (se necessário ao projeto);

f) Formulário para Pesquisa em Instituto/Indústria – 1C (se necessário ao projeto);

g) Formulário para Formulário para Avaliação de Riscos – 3.

3. GUIA PARA AVALIAÇÃO DE RISCOS

É necessária a observação de critérios para a avaliação de riscos de produtos químicos,

equipamentos perigosos e radiação, que elucidamos nas próximas seções.

3.1 Para Produtos Químicos Perigosos A avaliação de riscos para produtos químicos perigosos deve incluir fatores como grau

de toxicidade, reatividade, corrosividade e flamabilidade.

Nesse tipo de pesquisa deve-se também adotar alguns princípios da Química Ambientalmente Responsável. O objetivo desses princípios é evitar o uso ou produção de substâncias perigosas durante o processo químico. Sempre que possível, os seguintes princípios devem ser incluídos no Plano de Pesquisa:

a) evitar desperdício de material e a formação de lixo;

b) utilizar substâncias químicas e produtos mais seguros;

c) planejar sínteses químicas menos perigosas;

d) utilizar materiais renováveis;

e) utilizar catalisadores;

f) utilizar solventes e condições de reação mais seguras;

g) aumentar a eficiência energética;

h) minimizar o risco de acidentes;

i) usar método de descarte adequado.

3.2 Para Equipamentos Perigosos

Uma avaliação de risco para projetos com equipamentos perigosos deve considerar

todos os riscos possíveis ao aluno durante o manuseio e operação do equipamento. Apesar de muitos equipamentos domésticos (furadeiras, serras, entre outros) apresentarem riscos se não utilizados da maneira correta, a documentação da avaliação de risco (Formulário 3) só é requerida quando o aluno opera equipamentos laboratoriais potencialmente perigosos, ou outros equipamentos que necessitem de um conhecimento moderado para sua operação segura. 3.3 Para radiação

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Uma avaliação de risco deve ser realizada quando o aluno utiliza em suas experiências radiação não ionizante além daquela encontrada no seu dia-a-dia. Radiações não ionizantes incluem o espectro do UV, da luz visível, do infravermelho (IR), micro ondas, RF e frequências extremamente baixas (ELF). Lasers normalmente emitem radiação ultravioleta ou infravermelha visível. Lasers são classificados em quatro níveis, de acordo com sua segurança, conforme descrevemos:

a) lasers Classe I: são encontrados em leitores de CD, impressoras laser, equipamentos de pesquisa geológica e em alguns equipamentos de laboratório. Não existem riscos conhecidos em manuseá-los;

b) lasers Classe II: são encontrados em canetas laser (apontadores), miras laser, etc. Apresentam riscos se o feixe for direcionado ao olho;

c) lasers Classe III: são encontrados em canetas laser (apontadores) mais potentes, impressoras e espectrofotômetros. Devem ser considerados como equipamentos perigosos que podem causar dano se direcionados ao olho, mesmo por um curto período de tempo;

d) lasers Classe IV: são utilizados em cirurgias, pesquisas e instalações industriais. São extremamente perigosos e podem causa danos à visão e à pele por exposição direta e indireta. O feixe também é um risco de incêndio.

Uma avaliação de risco deve ser realizada quando o aluno utiliza em seus experimentos radiação ionizante além daquela encontrada no seu dia-a-dia. Projetos utilizando radioisótopos e raios-X devem fazer uma meticulosa avaliação dos riscos envolvidos com o estudo. Dependendo do nível de exposição, a radiação liberada das fontes pode ser um risco à saúde. A maioria das instituições regulamentadas que trabalham com radiação tem comitês internos que verificam o cumprimento de regulamentações federais e internacionais dentro do instituto.

IX-REGRAS DE EXPOSIÇÃO E SEGURANÇA

O Comitê de Revisão Científica – CRC, a Comissão de Segurança, Saúde e Meio

Ambiente, assim como a Comissão de Tradução fazem o controle dos projetos em exposição para garantirem a adequação às regras da MOSTRATEC, conforme as orientações que seguem baseadas na RSI – 2005 (Regulamento Sanitário Internacional 2005 – ANVISA)

1 REQUISITOS PARA MONTAGEM DOS ESTANDES NA MOSTRATEC

Para a montagem dos estandes é necessário observar: a) a montagem dos estandes é permitida somente após a aprovação e liberação pelo Comitê de Revisão Científica no dia do credenciamento, conforme o cronograma;

b) os alunos pesquisadores devem trazer todo material necessário para a montagem do seu estande;

c) o banner, pôster ou display (suporte) pode ser de diversos materiais: acrílico, papelão, madeira, etc. O suporte para montagem, em papelão, pode ser adquirido na FENAC – APM – Associação de Pais e Mestres da Fundação Liberato, ou trazido pelos alunos, obedecendo às medidas do estande conforme disponibilizado no site e na Figura 1;

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Figura 1 - Layout do estande modelo padrão. Fonte: Comitê de Revisão Científica d) a apresentação visual deve ser em português, espanhol ou inglês;

e) o banner, pôster ou display e o abstract ou resumo devem refletir o projeto do ano em questão. O título do projeto exibido no estande do Aluno Pesquisador deve mencionar a continuidade (por exemplo, “Obtenção de álcool a partir de capim. Fase II”). Cadernos de campo de suporte (não o trabalho de pesquisa) da pesquisa anterior, correlacionada, devem ser exibidos se devidamente titulados como tais;

f) uma bandeira do país, nas medidas 50 cm x 35cm, pode ser colocada no local da exposição;

g) não são fornecidos equipamentos e/ou ferramentas, como monitores, notebooks, computadores, retroprojetor, regulador de tensão, transformadores, entre outros;

h) qualquer demonstração deve ter proteção adequada para a segurança do público visitante, e fica a critério da análise do CRC permiti-la ou não.

i) não devem ser feitas modificações no projeto ou no estande depois de este ser aprovado pelo CRC.

2 CADERNO DE CAMPO

O caderno de Campo é DOCUMENTO OBRIGATÓRIO PARA A MOSTRATEC e deve permanecer no estande. O mesmo será verificado pelo CRC, implicando na perda de pontos caso não esteja de acordo com o projeto. 3 POSTURA E HIGIENE DO ESTUDANTE PESQUISADOR

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A higiene e organização do estande são de responsabilidade dos estudantes pesquisadores que o estão alocando, de acordo com as normas do Contrato de Convivência, Responsabilidade e Publicidade (http://www.mostratec.com.br/pt-br/edicao-atual/desenvolva-seu-projeto/formularios).

A postura (linguagem, vestimenta, domínio frente a sua pesquisa), dos estudantes pesquisadores participantes da MOSTRATEC deve ser adequada, e pode influenciar na avaliação e pontuação do projeto. 4 SOBRE OS FORMULÁRIOS

O RESUMO deve estar presente no estande durante a exibição na MOSTRATEC; caso

o projeto seja de continuidade, faz-se necessário também a apresentação dos resumos dos anos anteriores no estande.

As cópias dos formulários devem ser enviadas previamente ao CRC da MOSTRATEC conforme o cronograma disponível no site (www.mostratec.com.br). Caso o CRC tiver alguma dúvida, entrará em contato para requisitar maiores esclarecimentos.

Todos os formulários devem ser retirados ao final da MOSTRATEC, conforme cronograma. Os formulários que ficarem sob domínio do CRC após a realização da feira serão descartados.

5 ITENS ACEITÁVEIS COM RESTRIÇÕES - PARA EXPOSIÇÃO NO ESTANDE

O CRC irá analisar todos os estandes, suas montagens, aparatos e afins. Cabe a todos os

estudantes pesquisadores buscarem em seu projeto a maior criatividade, conhecimento, diversão e entretenimento para o público visitante. Porém, a apresentação de cada projeto não poderá prejudicar nem por ruídos, nem por avanço de espaço, os projetos que estão ao seu redor.

Itens aceitáveis com restrições: a) endereços postais, de Internet, de e-mail, número de telefone e/ou fax somente dos alunos pesquisadores;

b) prêmios, medalhas, cartões de apresentação, bandeiras, propaganda e/ou agradecimentos estão sujeitos à avaliação;

c) fotografias ou apresentações visuais são permitidas se:

• elas não forem consideradas ofensivas ou inapropriadas pelo CRC;

• legendas com a origem (créditos) (“Fotografia tirada por...”, “Figura retirada de...”, etc.) da fotografia/imagem estiverem presentes. Se todas as fotografias presentes forem de crédito do Aluno Pesquisador ou da mesma fonte, uma legenda/crédito visível é suficiente;

• procederem de revistas, jornais, Internet, entre outras fontes, e houver legendas/créditos junto a elas. Se todas as fotografias/imagens forem da mesma fonte, uma legenda/crédito visível é suficiente;

• constituírem-se de fotografias/imagens do aluno pesquisador;

• consistirem em fotografias de pessoas cujos consentimentos assinados estão anexados ao relatório, bem como devidamente expostos no estande.

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d) Qualquer aparato com correias, polias, correntes, partes móveis, pontiagudas ou com tensão com proteção e sem ruído;

e) laser classe II se:

• a energia emitida for menor que 1 mW e se o laser for operado somente pelo aluno pesquisador;

• operados somente durante a inspeção do CRC e durante a avaliação;

• isolados em proteção contra acesso visual ou físico ao raio;

• desconectados quando não-operantes;

f) laser classe III e IV somente para exibição e não utilizados

g) amostras de água – desde que não contaminada- como parte de um equipamento e/ou em um recipiente fechado.

6 ITENS PROIBIDOS PARA EXPOSIÇÃO NO ESTANDE

Não devem ser expostos no estande: a) organismos vivos, incluindo plantas;

b) espécimes dissecados ou partes;

c) animais vertebrados ou invertebrados preservados;

d) partes ou fluidos corporais (sangue, urina...) de seres humanos ou animais;

e) todos os aparelhos ou substâncias perigosas, por exemplo: veneno, drogas, arma de fogo, munição ou produtos químicos que possam gerar riscos;

f) gelo seco ou qualquer outro sólido sublimado (sólidos que se transformam em gás sem passar pelo estado líquido);

g) materiais perfuro-cortantes;

h) chamas ou materiais altamente inflamáveis;

i) baterias com células expostas;

j) fotografias ou qualquer outra apresentação visual em que sejam mostrados animais vertebrados sendo submetidos a técnicas cirúrgicas, dissecações, necropsia, ou outras técnicas laboratoriais;

k) conexões de e-mail e/ou de Internet ao exibir o projeto;

l) material escrito e/ou visual de projetos de anos anteriores como parte do estande. (Exceção: o nome do projeto que deve denotar a continuidade do projeto);

n) vidro ou objetos de vidro, a menos que sejam considerados pelo CRC como uma parte integral e necessária do projeto. (Exceção: vidro que faça parte de um produto comercial, por exemplo, uma tela de computador.);

o) qualquer aparato considerado como não-seguro pelo CRC, Comissão de Segurança , Saúde e Meio Ambiente e Comissão de Tradução (por exemplo, tubos de vácuo grandes, aparelho geradores de raios perigosos, tanques vazios que continham combustíveis líquidos ou gasosos, tanques pressurizados, e outros);

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p) amostras de solo, areia, terra, rochas ou lixo;

q) amostras de água como parte de um equipamento ou em um recipiente fechado;

r) alimento humano ou animal (proibidos exposição e distribuição para o público).

GLOSSÁRIO

CRI - CONSELHO DE REVISÃO INSTITUCIONAL

CRC - COMITÊ DE REVISÃO CIENTÍFICA

CIUCA - COMITÊ INSTITUCIONAL PARA USO E CUIDADOS DE ANIMAIS

CQ - CIENTISTA QUALIFICADO

SD - SUPERVISOR DESIGNADO

CBI - COMITÊ DE BIOSSEGURANÇA INSTITUCIONAL

EPI’s - EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

NBS-1 - NÍVEL DE BIOSSEGURANÇA (BAIXO RISCO)

NBS-2 - NÍVEL DE BIOSSEGURANÇA (RISCO MODERADO)

NCB - NÍVEIS DE CONTENÇÃO BIOLÓGICA