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Governo dos Açores Escola Básica e Secundária de Velas
REGULAMENTO DA FORMAÇÃO EM CONTEXTO DE TRABALHO REGULAMENTO ESPECÍFICO DOS CURSOS PROFISSIONAIS (Portaria n.º 74-A/2013, de 15 de fevereiro, na sua redação atual)
ANO LETIVO 2015/2016
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REGULAMENTO ESPECÍFICO DA FORMAÇÃO EM CONTEXTO DE TRABALHO (Estágio)
Artigo 1.º
Âmbito 1. O presente documento regulamenta a formação em contexto de trabalho (FCT) dos cursos
profissionais, criados ao abrigo do decreto-lei n.º 139/2012, de 5 de junho, na sua redação
atual e considerando o disposto na Portaria n.º 74-A/2013, de 15 de fevereiro, na sua
redação atual.
Artigo 2.º Definição
1. A FCT é um conjunto de atividades profissionais desenvolvidas sob coordenação e
acompanhamento da escola, que visam a aquisição e o desenvolvimento de competências
técnicas, relacionais e organizacionais relevantes para o perfil de desempenho à saída do
curso frequentado pelo aluno.
2. A FCT realiza-se em locais de trabalho, em entidades de acolhimento diversificadas
(empresas ou outras organizações), sob a forma de experiências de trabalho por períodos
de duração variável ao longo da formação ou sob a forma de estágio em etapas
intermédias e/ou na fase final do curso.
3. Na Escola Básica e Secundária de Velas (EBSV), a FCT realiza-se preferencialmente, em
empresas e/ou organizações, designadas por entidades de acolhimento da FCT, que se
desenvolve no final do 2º e 3º ano do curso.
4. A FCT pode assumir, parcialmente, a forma de simulação de um conjunto de atividades
profissionais (prática simulada) a desenvolver em condições similares à do contexto real de
trabalho, mas só em casos excecionais, devidamente fundamentados e autorizados pelo
conselho pedagógico (CP) e ratificado pelo conselho executivo (CE).
5. A classificação da FCT é autónoma e integra o cálculo da média final do curso nos termos
previstos na Portaria n.º 74-A/2013, de 15 de fevereiro, na sua redação atual.
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Artigo 3.º Objetivos
1. A FCT tem como grande meta, criar a oportunidade ao aluno para uma aproximação à
realidade do mundo do trabalho, sensibilizando-o para o que o espera, quando terminar a
sua formação e simultaneamente contribuir para que as suas atitudes na escola se vão
aproximando do que mais tarde lhe será exigido, em termos relacionais dentro da
organização onde vier a ser integrado.
2. A partir do acompanhamento e análise do desempenho do aluno e das tarefas que lhe são
atribuídas pela entidade de acolhimento, a escola poderá avaliar o nível de adequação da
formação recebida ao longo do curso às necessidades reais do mundo do trabalho. Assim
poderão ser identificadas insuficiências e serem perspetivados aperfeiçoamentos no
sentido de reajustar os perfis de saída do respetivo curso e adaptar os conteúdos da
formação às necessidades profissionais.
3. Os objetivos gerais da FCT são:
3.1. Para o aluno:
a) Conhecer a realidade técnica, profissional e social da entidade de acolhimento;
b) Vivenciar situações profissionais em contexto real, descobrindo o mundo do
trabalho e suas regras;
c) Motivar a aprendizagem, explicitando a utilidade dos diversos saberes;
d) Desenvolver e consolidar em contexto real os conhecimentos e competências
adquiridas ao longo do curso;
e) Aperfeiçoar o seu desempenho numa perspetiva formativa;
f) Desenvolver competências pessoais e sociais, tais como:
i. Sentido de responsabilidade;
ii. Capacidade de cooperar com os outros;
iii. Capacidade de inovar e resolver problemas.
g) Favorecer a futura integração no mundo do trabalho, com experiências de
caráter socioprofissional;
h) Desenvolver aprendizagens no âmbito da saúde, higiene e segurança no
trabalho.
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3.2. Para a escola:
a) Avaliar a necessidade de adaptação de métodos de ensino às necessidades
profissionais;
b) Identificar insuficiências e reajustar os perfis de saída dos respetivos cursos;
c) Envolver as entidades de acolhimento na definição dos perfis de saída e das
necessidades formativas;
d) Sensibilizar as entidades de acolhimento para a importância da formação
profissional.
Artigo 4.º
Competências da escola
1. São responsabilidades específicas da escola:
a) Assegurar a realização da FCT, nos termos definidos na lei e nos regulamentos
aplicáveis;
b) Assegurar a elaboração dos protocolos com as entidades de acolhimento;
c) Estabelecer os critérios e distribuir os alunos pelas entidades de acolhimento;
d) Assegurar a elaboração e a assinatura dos contratos de formação com os alunos e
seus encarregados de educação, se aqueles forem menores;
e) Assegurar a elaboração do plano de trabalho do aluno, bem como a respetiva
assinatura por parte de todos os intervenientes;
f) Assegurar o acompanhamento da execução do plano de trabalho do aluno, bem
como a avaliação de desempenho dos alunos, em colaboração com a entidade de
acolhimento;
g) Assegurar que o aluno se encontre coberto por seguro em todas as atividades da
FCT;
h) Assegurar, em conjunto com a entidade de acolhimento e o aluno, as condições
logísticas necessárias à realização e ao acompanhamento da FCT;
i) Designar o professor orientador da FCT, ouvido o diretor de curso, de entre os
professores que lecionam as disciplinas da componente de formação técnica;
j) Assinar o protocolo e o plano de formação com a entidade de acolhimento da FCT.
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Artigo 5.º Competências do diretor de curso
1. São responsabilidades específicas do diretor do curso:
a) Articular com o CE, bem como com as estruturas intermédias de articulação e
coordenação pedagógica, no que respeita aos procedimentos necessários à
realização da FCT;
b) Organizar e supervisionar as diferentes ações, articulando-se com o professor
orientador, alunos e tutor;
c) Manter a direção da escola ao corrente das ações desenvolvidas, apresentando-
lhes os problemas que surgirem e que necessitem de resolução pontual;
d) Servir de elo de ligação entre os vários intervenientes.
e) Contatar previamente as entidades e propor ao CE a distribuição dos alunos pelas
mesmas.
Artigo 6.º Competências do professor orientador da FCT
1. São responsabilidades específicas do professor orientador da FCT:
a) Elaborar o plano de trabalho do aluno, em articulação com o diretor de curso e,
quando for o caso, com os demais órgãos ou estruturas de coordenação e
supervisão pedagógica, bem como com os restantes professores do curso e o tutor
designado pela entidade de acolhimento do aluno;
b) Acompanhar a execução do plano de trabalho do aluno, nomeadamente através
de deslocações periódicas aos locais em que a mesma se realiza, previamente
definido no plano da FCT;
c) Avaliar, em conjunto com o tutor designado pela entidade de acolhimento, o
desempenho do aluno;
d) Acompanhar o aluno na elaboração dos relatórios da FCT;
e) Propor ao conselho de turma de avaliação, ouvido o tutor, a classificação do aluno
na FCT.
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Artigo 7.º Competências da entidade de acolhimento da FCT
1. São responsabilidades específicas da entidade de acolhimento:
a) Designar o tutor;
b) Colaborar na elaboração do protocolo e plano de trabalho do aluno;
c) Atribuir ao aluno tarefas que permitam a execução do seu plano de trabalho;
d) Colaborar no acompanhamento e na avaliação do desempenho do aluno na FCT;
e) Assegurar o acesso à informação necessária ao desenvolvimento da FCT,
nomeadamente no que diz respeito à integração socioprofissional do aluno na
entidade;
f) Controlar a assiduidade e a pontualidade do aluno;
g) Assegurar, em conjunto com a escola e o aluno, as condições logísticas necessárias
à realização e ao acompanhamento da FCT.
Artigo 8.º Competências do tutor da entidade de acolhimento da FCT
1. São responsabilidades específicas do tutor da entidade de acolhimento:
a) Prestar todo o apoio possível;
b) Colaborar com o professor orientador da FCT;
c) Colaborar na elaboração do plano da FCT;
d) Ser agente transmissor de saberes;
e) Avaliar quantitativamente e qualitativamente o aluno em conjunto com o professor
orientador da FCT.
Artigo 9.º
Competências do aluno na FCT
1. São responsabilidades específicas do aluno:
a) Colaborar na elaboração do seu plano de trabalho;
b) Participar nas reuniões de acompanhamento e avaliação da FCT para que for
convocado;
c) Cumprir, no que lhe compete, o seu plano de trabalho;
d) Respeitar a organização do trabalho na entidade de acolhimento e utilizar com
zelo os bens, equipamentos e instalações da mesma;
e) Não utilizar, sem prévia autorização da entidade de acolhimento, a informação a
que tiver acesso durante a FCT;
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f) Ser assíduo e pontual e adotar comportamentos que permitam uma boa relação
de trabalho;
g) Justificar as faltas perante o diretor de turma, o diretor de curso e o tutor, de
acordo com as normas internas da escola e da entidade de acolhimento;
h) Elaborar os relatórios intercalares e o relatório final da FCT, de acordo com o
estabelecido neste regulamento.
Artigo 10.º
Modalidades
1. Independente das formas da FCT a adotar (dependendo de cada contexto social e
económico), as mesmas podem, todavia, ao longo do período de formação assumir
diferentes modalidades:
a) Estágio;
b) Prática simulada de um conjunto de atividades profissionais relevantes para o perfil
de saída do curso a desenvolver em condições similares à do contexto real de
trabalho;
c) Realização de projetos interdisciplinares de todas as componentes de formação;
d) Realização de projetos articulados com as disciplinas da formação técnica.
Artigo 11.º Organização e desenvolvimento da FCT
1. Toda e qualquer atividade da FCT deve fazer parte do somatório das horas de formação,
pelo que a FCT não deve ser entendida como um acréscimo de horário ao plano curricular,
mas antes uma estratégia na gestão do currículo, considerando-a uma “formação em
alternância” flexível, mas integrada no processo de ensino-aprendizagem.
2. A FCT deve ser planificada em articulação com as disciplinas da formação técnica do curso
e integrada no plano de atividades da escola e do respetivo curso.
3. A FCT tem a duração de 600 horas distribuídas pelos dois últimos anos do ciclo de
formação, com uma duração nunca inferior a duas semanas. A FCT é definida pelo plano
curricular de cada curso. Salvaguardam-se os casos em que, excecionalmente, se entender
por bem realizar estágios no primeiro ano do curso. A duração dos estágios será acordada
e definida de acordo com a disponibilidade das entidades de acolhimento, por um lado e,
por outro, pela calendarização das diversas atividades curriculares.
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4. São objetivos da FCT, em contexto de estágio:
a) Contactar com tecnologias e técnicas que se encontram para além da formação escolar,
face aos meios disponíveis;
b) Aplicar atividades concretas, no mundo real do trabalho, dos conhecimentos adquiridos;
c) Desenvolver hábitos de trabalho, espírito empreendedor e sentido de responsabilidade
profissional;
d) Proporcionar vivências inerentes às relações humanas no trabalho;
e) Conhecer a forma como são organizadas e geridas as empresas/organizações;
f) Promover a autonomia, a responsabilidade, a iniciativa, o trabalho em equipa e a
flexibilidade à inovação científica e tecnológica.
5. Os locais da FCT em modalidade de estágio deverão situar-se preferencialmente no
concelho onde se localiza a escola ou ainda na área de residência do aluno.
6. O acompanhamento deve ser efetuado pelo professor orientador e por um tutor da
entidade de acolhimento.
7. A organização e o desenvolvimento da FCT obedece a um plano de trabalho que deve
identificar os objetivos, os conteúdos a desenvolver, a programação das atividades, o
período, horário e local de realização das atividades, as formas de monitorização e
acompanhamento do aluno, com a identificação dos responsáveis, bem como os direitos
e deveres dos diversos intervenientes, da escola e da entidade onde se realiza a FCT,
considerado parte integrante do protocolo.
8. O plano de trabalho deverá ser assinado pelo aluno e pelo encarregado de educação,
quando o aluno é menor, até cinco dias úteis antes do início do mesmo, pelo orientador da
FCT, diretor do curso, entidade de acolhimento e presidente do conselho executivo.
9. A concretização da FCT em modalidade de estágio será antecedida de um protocolo
celebrado entre a escola e as entidades de acolhimento, as quais deverão desenvolver
atividades profissionais compatíveis e adequadas ao perfil de desenvolvimento visado
pelo curso frequentado pelo aluno.
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10. O protocolo inclui o plano de trabalho da FCT, as responsabilidades das partes
envolvidas e as normas do seu funcionamento, sendo assinado pelo orientador da FCT,
entidade de acolhimento, o aluno, o encarregado de educação quando o aluno é menor
e o diretor de curso.
11. Durante as atividades no âmbito da FCT, a orientação e o acompanhamento do aluno são
partilhados, sob coordenação da escola, entre esta e o tutor da entidade de acolhimento.
12. Os protocolos referidos nos números anteriores não geram, nem titulam relações de
trabalho subordinado e caducam com a conclusão da formação para que foram
celebrados.
Artigo 12.º Distribuição dos alunos pela entidade de acolhimento
1. O conselho de turma pode, na reunião do final do segundo período, ponderar, sob
proposta do diretor de curso, a não colocação de um aluno numa entidade de
acolhimento da FCT, tendo em conta o número de módulos em atraso, a assiduidade e o
empenho do aluno.
2. A distribuição do aluno pelas diferentes entidades de acolhimento será feita mediante as
indicações do diretor do curso e do professor orientador, dados os conhecimentos
privilegiados que possuem, quer do aluno, quer das entidades promotoras da FCT e o
interesse manifestado pelo aluno, sabendo que deverão ser tidos em conta os seguintes
critérios:
a) Adequação do perfil do aluno às solicitações das entidades de acolhimento;
b) Média aritmética das classificações obtidas nos módulos de todas as disciplinas do
curso do aluno à data de início da FCT;
c) Média aritmética das classificações obtidas nos módulos das disciplinas de formação
técnica até à data de início da FCT;
d) A proximidade geográfica entre a entidade de acolhimento e o local de residência.
3. O critério estabelecido na alínea a) do número dois deste artigo é o que define a seriação
para efeitos de colocação na entidade de acolhimento. Em caso de empate dever-se-ão
utilizar os critérios seguintes pela ordem apresentada.
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4. Poderá ainda o aluno diligenciar junto de entidades públicas ou privadas no sentido de
obter para si um estágio, desde que estas exerçam atividades na área de especificação do
curso. Nestes casos deverá o candidato submeter atempadamente essa intenção à
aprovação do diretor de curso e do professor orientador, devendo para o efeito
apresentar um requerimento onde indique o nome da identidade, o nome do responsável
a contactar, as atividades a desenvolver, para que a escola proceda à assinatura do
protocolo. A escola reserva-se ao direito de recusar a proposta feita, se esta não obedecer
aos pressupostos deste documento e da legislação em vigor.
5. O aluno deve, no segundo e terceiro ano, realizar estágio em diferentes entidades e não
devem existir relações familiares entre o aluno e os responsáveis pela organização ou o
tutor do estágio.
6. No caso de o aluno ser menor de idade, o requerimento será apresentado pelo
encarregado de educação.
Artigo 13.º Requisitos de acesso à FCT
1. Os requisitos de acesso dos alunos para aceder à FCT são as seguintes:
a) No segundo ano não existem quaisquer requisitos;
b) No terceiro ano, ter concluído à data de início da FCT, 75% dos módulos da formação
sociocultural e científica e 90% dos módulos da formação técnica.
2. Não ter sido aplicada a medida disciplinar sancionatória de suspensão da escola no ano
em curso da FCT.
3. Em caso de aplicação da medida sancionatória de suspensão escolar, poderá propor-se o
acesso do aluno à FCT, cuja decisão é do CE.
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Artigo 14.º Assiduidade
1. A assiduidade do aluno é controlada pelo preenchimento da folha de registo das
atividades desenvolvidas pelo aluno, pelo tutor, a qual deve ser entregue ao professor
orientador da FCT.
2. Para efeitos de conclusão da FCT, deve ser considerada a assiduidade do aluno, a qual não
pode ser inferior a 95% da carga horária prevista para a FCT;
3. As faltas dadas pelo aluno devem ser justificadas perante o tutor e o professor orientador,
de acordo com as normas internas da entidade da FCT e da escola;
4. Em situações excecionais, quando a falta de assiduidade do aluno for devidamente
justificada, será cumprido o disposto na alínea b), do ponto 3, do artigo 9º da Portaria n.º
74-A/2013 de 15 de fevereiro, na sua redação atual.
5. Se por algum motivo imprevisto, nomeadamente por doença comprovada ou acidente,
falecimento de familiar nos termos estabelecidos para a administração pública e
impedimento comprovado ou cumprimento de obrigações legais, o aluno faltar à FCT,
deverá justificar as suas faltas, através de documento comprovativo e idóneo.
6. Quando a falta do aluno for devidamente justificada, a escola deverá assegurar o
prolongamento da FCT, a fim de permitir o cumprimento do número de horas
estabelecidas.
7. Caso os alunos sejam sujeitos a exames finais nacionais do ensino secundário, devem ser
dispensados no dia do exame e no dia imediatamente anterior, sem prejuízo do número
de horas de duração da FCT, o qual deverá ser prolongado pelo número de dias
suficientes, de forma a totalizar as horas previstas.
Artigo 15.º
Horário
1. Os alunos estão sujeitos a cumprir os horários laborais das entidades de acolhimento,
excluindo-se as horas extraordinárias.
2. Em situações que se justifiquem, a entidade de acolhimento pode acordar com o aluno
um horário mais flexível que se ajuste ao interesse de ambas as partes.
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Artigo 16.º
Acompanhamento e Orientação 1. A FCT deve ser transversalmente programada pelo diretor de curso e pelo professor
orientador da FCT, de modo a que as aprendizagens conseguidas possam ser avaliadas.
2. As horas atribuídas à FCT estão consolidadas nos respetivos planos curriculares de cada
curso.
3. Deve ser acordado entre o diretor de curso e o conselho executivo, um período para
contacto com as entidades de acolhimento, através do envio de ofício próprio, no qual se
solicite a aceitação do aluno para FCT.
4. O diretor de curso deverá enviar atempadamente à entidade de acolhimento uma cópia do
plano de trabalho individual do aluno, no qual estejam explicitadas as tarefas que o
mesmo está apto a desenvolver.
5. O aluno deve fazer-se acompanhar da “Pasta de Estágio”, que contém toda a
documentação relativa ao mesmo, nomeadamente o protocolo de estágio, o plano de
trabalho individual, folha de presenças, registo de observação semanal e grelhas de
avaliação.
6. O tutor da entidade de acolhimento deve manter o orientador da FCT informado do
desempenho do aluno e das tarefas que lhe são atribuídas e eventuais problemas que
possam surgir.
7. Cabe ao professor orientador da FCT acompanhar o registo de observação semanal
mantido pelo aluno e avaliar as competências técnicas e socioprofissionais, em ficha
própria criada para o efeito.
Artigo 17.º Avaliação da FCT
1. A avaliação no processo da FCT assume caráter contínuo e sistemático e permite, numa
perspetiva formativa, reunir informação sobre o desenvolvimento das aprendizagens,
possibilitando, se necessário, o reajustamento do plano da FCT.
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2. A avaliação assume também um caráter sumativo, conduzindo a uma classificação final da
FCT, na escala de 0 a 20 valores.
3. Os critérios de avaliação da FCT estão sujeitos à aprovação do conselho pedagógico, após
ouvido o conselho de turma.
4. Para cada curso, atendendo à sua especificidade, caberá ao respetivo diretor do curso, em
conjunto com o professor orientador da FCT, elaborar uma proposta com os critérios
específicos a observar, bem como a forma de os operacionalizar e os pesos a atribuir a
cada um dos domínios, para a atribuição da classificação final ou de cada uma das etapas
da FCT.
5. A proposta a que se refere o número anterior, após aprovação em Conselho Pedagógico é
anexada a este regulamento, passando a fazer parte integrante do mesmo.
6. São considerados instrumentos de avaliação em ambos os anos da FCT:
a) Registo semanal e/ou quinzenal do aluno;
b) Registo semanal do tutor e orientador da FCT;
c) Grelha de autoavaliação do aluno a ser entregue até 5 dias úteis após o termo da FCT;
d) Ficha de avaliação do tutor;
e) Relatório final do aluno, que deverá ser entregue até 5 dias úteis, após o termo da FCT.
7. A classificação é obtida, tendo em conta a sucessiva evolução do grau de exigência das
formas de FCT adotadas, de acordo com a seguinte ponderação: 1º ano de formação –
30% e 2º ano de formação – 70%.
8. No relatório final de estágio previsto na alínea e) do número seis, deverá ser resumido a
experiência pessoal enquanto estagiário, nomeadamente no que respeita às competências
adquiridas, às tarefas realizadas, e ao acompanhamento levado a cabo pelo tutor da
entidade de acolhimento e pelo professor orientador.
9. A aprovação do aluno na FCT depende da obtenção de uma classificação igual ou superior
a 10 valores.
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10. A avaliação da FCT deverá obedecer à seguinte fórmula:
FCT = 0,8 AEA + 0,2 (0,2 AA+0,8 RF)
Sendo:
FCT = Formação em contexto de trabalho
AEA = Avaliação da entidade de acolhimento
AA = Autoavaliação do aluno
RF = Relatório final do aluno
Exemplo:
AEA = 16 valores x 0,8 = 128 pontos (13 valores)
AA = 20 valores 20 (ABS {AEA-AA})
RF = 17 valores x 0,8 = 13,6
SOMA = AA + RF x 0,2
Nota Final = AEA + Soma
11. A classificação final da FCT resultará da aplicação da seguinte fórmula:
FCT = 0,30 (FCT1) + 0,70 (FCT2)
Sendo:
FCT1 – Avaliação da FCT do 1º ano;
FCT2 – Avaliação da FCT do 2º ano.
12. A avaliação do relatório final de estágio e a apreciação da autoavaliação do aluno são da
responsabilidade do orientador da FCT:
a) Aluno deverá apresentar, ao professor orientador, um relatório que deverá ser
elaborado tendo em conta as indicações constantes nos critérios de avaliação da FCT.
b) O não cumprimento do prazo estipulado implica uma penalização em 20% da
classificação do relatório.
c) O relatório será avaliado em 80% no seu conteúdo e 20% na organização da informação
e apresentação gráfica.
13. A ficha de avaliação do professor orientador e do tutor são analisadas por ambos, que
elaboram uma informação conjunta/classificação final sobre o aproveitamento do aluno.
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14. Na sequência da informação referida no número anterior, o professor orientador propõe
ao conselho de turma, a classificação do aluno da FCT.
15. No final do curso, a classificação da FCT é tornada pública.
16. No caso de reprovação do aluno, poderá ser celebrado novo protocolo entre escola,
entidade da FCT e aluno, a fim de possibilitar a obtenção de aproveitamento na FCT, no
ano letivo subsequente.
Artigo 18.º Benefícios Financeiros
1. Os estágios não são remunerados e não acarretam para a entidade de acolhimento
quaisquer responsabilidades ou benefícios de natureza financeira.
Artigo 19.º Incumprimento
1. Por parte do aluno:
a) O incumprimento, do protocolo da FCT assinado pelo aluno, implica a anulação desta
formação;
b) O aluno que se encontre na situação prevista da alínea anterior terá de se sujeitar a outro
período da FCT, em tempo a definir pela direção da escola, caso pretenda terminar a sua
formação nesta escola.
2. Por parte da escola, esta compromete-se a:
a) Protocolar com uma nova identidade da FCT, preferencialmente com atividades
semelhantes às da 1ª entidade acolhedora;
b) Dar conhecimento à nova entidade de FCT da situação do aluno, através do professor
orientador da FCT, bem como toda a documentação produzida;
c) A abrir um novo ciclo de formação durante o período de tempo necessário até perfazer o
tempo legal de formação.
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Artigo 20.º Rejeição do aluno pela entidade de acolhimento
1. Perante uma situação de rejeição do aluno por parte da entidade de acolhimento,
devido a problemas relacionados com o comportamento ou atitudes, as medidas a adotar por
parte da escola são:
a) Com a maior brevidade possível, o diretor do curso e o professor orientador da FCT
devem recolher as alegações do aluno e do tutor a fim de elaborar um relatório da
situação e entregar ao presidente do conselho executivo;
b) Na posse do relatório, o presidente do CE decidirá, com respeito pelos princípios
estipulados no Estatuto dos alunos do ensino básico e secundário da RAA.
Artigo 21.º Disposições finais
Cabe ao Conselho Executivo da Escola Básica e Secundária de Velas deliberar acerca de qualquer situação omissa no presente regulamento.
Revisto pelo Conselho dos Cursos Profissionais Velas, 30 de outubro de 2015
Aprovado em Conselho Pedagógico em 05/11/2015
O Presidente do Conselho Pedagógico
(João Manuel Amaral da Silva)
Ratificado pelo Conselho Executivo em 05/11/2015
O Presidente do Conselho Executivo
(Rui Jorge Teixeira Moreira)