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Governo dos Açores Escola Básica e Secundária de Velas REGULAMENTO DA FORMAÇÃO EM CONTEXTO DE TRABALHO REGULAMENTO ESPECÍFICO DOS CURSOS PROFISSIONAIS (Portaria n.º 74-A/2013, de 15 de fevereiro, na sua redação atual) ANO LETIVO 2015/2016

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Governo dos Açores Escola Básica e Secundária de Velas

REGULAMENTO DA FORMAÇÃO EM CONTEXTO DE TRABALHO REGULAMENTO ESPECÍFICO DOS CURSOS PROFISSIONAIS (Portaria n.º 74-A/2013, de 15 de fevereiro, na sua redação atual)

ANO LETIVO 2015/2016

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REGULAMENTO ESPECÍFICO DA FORMAÇÃO EM CONTEXTO DE TRABALHO (Estágio)

Artigo 1.º

Âmbito 1. O presente documento regulamenta a formação em contexto de trabalho (FCT) dos cursos

profissionais, criados ao abrigo do decreto-lei n.º 139/2012, de 5 de junho, na sua redação

atual e considerando o disposto na Portaria n.º 74-A/2013, de 15 de fevereiro, na sua

redação atual.

Artigo 2.º Definição

1. A FCT é um conjunto de atividades profissionais desenvolvidas sob coordenação e

acompanhamento da escola, que visam a aquisição e o desenvolvimento de competências

técnicas, relacionais e organizacionais relevantes para o perfil de desempenho à saída do

curso frequentado pelo aluno.

2. A FCT realiza-se em locais de trabalho, em entidades de acolhimento diversificadas

(empresas ou outras organizações), sob a forma de experiências de trabalho por períodos

de duração variável ao longo da formação ou sob a forma de estágio em etapas

intermédias e/ou na fase final do curso.

3. Na Escola Básica e Secundária de Velas (EBSV), a FCT realiza-se preferencialmente, em

empresas e/ou organizações, designadas por entidades de acolhimento da FCT, que se

desenvolve no final do 2º e 3º ano do curso.

4. A FCT pode assumir, parcialmente, a forma de simulação de um conjunto de atividades

profissionais (prática simulada) a desenvolver em condições similares à do contexto real de

trabalho, mas só em casos excecionais, devidamente fundamentados e autorizados pelo

conselho pedagógico (CP) e ratificado pelo conselho executivo (CE).

5. A classificação da FCT é autónoma e integra o cálculo da média final do curso nos termos

previstos na Portaria n.º 74-A/2013, de 15 de fevereiro, na sua redação atual.

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Artigo 3.º Objetivos

1. A FCT tem como grande meta, criar a oportunidade ao aluno para uma aproximação à

realidade do mundo do trabalho, sensibilizando-o para o que o espera, quando terminar a

sua formação e simultaneamente contribuir para que as suas atitudes na escola se vão

aproximando do que mais tarde lhe será exigido, em termos relacionais dentro da

organização onde vier a ser integrado.

2. A partir do acompanhamento e análise do desempenho do aluno e das tarefas que lhe são

atribuídas pela entidade de acolhimento, a escola poderá avaliar o nível de adequação da

formação recebida ao longo do curso às necessidades reais do mundo do trabalho. Assim

poderão ser identificadas insuficiências e serem perspetivados aperfeiçoamentos no

sentido de reajustar os perfis de saída do respetivo curso e adaptar os conteúdos da

formação às necessidades profissionais.

3. Os objetivos gerais da FCT são:

3.1. Para o aluno:

a) Conhecer a realidade técnica, profissional e social da entidade de acolhimento;

b) Vivenciar situações profissionais em contexto real, descobrindo o mundo do

trabalho e suas regras;

c) Motivar a aprendizagem, explicitando a utilidade dos diversos saberes;

d) Desenvolver e consolidar em contexto real os conhecimentos e competências

adquiridas ao longo do curso;

e) Aperfeiçoar o seu desempenho numa perspetiva formativa;

f) Desenvolver competências pessoais e sociais, tais como:

i. Sentido de responsabilidade;

ii. Capacidade de cooperar com os outros;

iii. Capacidade de inovar e resolver problemas.

g) Favorecer a futura integração no mundo do trabalho, com experiências de

caráter socioprofissional;

h) Desenvolver aprendizagens no âmbito da saúde, higiene e segurança no

trabalho.

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3.2. Para a escola:

a) Avaliar a necessidade de adaptação de métodos de ensino às necessidades

profissionais;

b) Identificar insuficiências e reajustar os perfis de saída dos respetivos cursos;

c) Envolver as entidades de acolhimento na definição dos perfis de saída e das

necessidades formativas;

d) Sensibilizar as entidades de acolhimento para a importância da formação

profissional.

Artigo 4.º

Competências da escola

1. São responsabilidades específicas da escola:

a) Assegurar a realização da FCT, nos termos definidos na lei e nos regulamentos

aplicáveis;

b) Assegurar a elaboração dos protocolos com as entidades de acolhimento;

c) Estabelecer os critérios e distribuir os alunos pelas entidades de acolhimento;

d) Assegurar a elaboração e a assinatura dos contratos de formação com os alunos e

seus encarregados de educação, se aqueles forem menores;

e) Assegurar a elaboração do plano de trabalho do aluno, bem como a respetiva

assinatura por parte de todos os intervenientes;

f) Assegurar o acompanhamento da execução do plano de trabalho do aluno, bem

como a avaliação de desempenho dos alunos, em colaboração com a entidade de

acolhimento;

g) Assegurar que o aluno se encontre coberto por seguro em todas as atividades da

FCT;

h) Assegurar, em conjunto com a entidade de acolhimento e o aluno, as condições

logísticas necessárias à realização e ao acompanhamento da FCT;

i) Designar o professor orientador da FCT, ouvido o diretor de curso, de entre os

professores que lecionam as disciplinas da componente de formação técnica;

j) Assinar o protocolo e o plano de formação com a entidade de acolhimento da FCT.

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Artigo 5.º Competências do diretor de curso

1. São responsabilidades específicas do diretor do curso:

a) Articular com o CE, bem como com as estruturas intermédias de articulação e

coordenação pedagógica, no que respeita aos procedimentos necessários à

realização da FCT;

b) Organizar e supervisionar as diferentes ações, articulando-se com o professor

orientador, alunos e tutor;

c) Manter a direção da escola ao corrente das ações desenvolvidas, apresentando-

lhes os problemas que surgirem e que necessitem de resolução pontual;

d) Servir de elo de ligação entre os vários intervenientes.

e) Contatar previamente as entidades e propor ao CE a distribuição dos alunos pelas

mesmas.

Artigo 6.º Competências do professor orientador da FCT

1. São responsabilidades específicas do professor orientador da FCT:

a) Elaborar o plano de trabalho do aluno, em articulação com o diretor de curso e,

quando for o caso, com os demais órgãos ou estruturas de coordenação e

supervisão pedagógica, bem como com os restantes professores do curso e o tutor

designado pela entidade de acolhimento do aluno;

b) Acompanhar a execução do plano de trabalho do aluno, nomeadamente através

de deslocações periódicas aos locais em que a mesma se realiza, previamente

definido no plano da FCT;

c) Avaliar, em conjunto com o tutor designado pela entidade de acolhimento, o

desempenho do aluno;

d) Acompanhar o aluno na elaboração dos relatórios da FCT;

e) Propor ao conselho de turma de avaliação, ouvido o tutor, a classificação do aluno

na FCT.

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Artigo 7.º Competências da entidade de acolhimento da FCT

1. São responsabilidades específicas da entidade de acolhimento:

a) Designar o tutor;

b) Colaborar na elaboração do protocolo e plano de trabalho do aluno;

c) Atribuir ao aluno tarefas que permitam a execução do seu plano de trabalho;

d) Colaborar no acompanhamento e na avaliação do desempenho do aluno na FCT;

e) Assegurar o acesso à informação necessária ao desenvolvimento da FCT,

nomeadamente no que diz respeito à integração socioprofissional do aluno na

entidade;

f) Controlar a assiduidade e a pontualidade do aluno;

g) Assegurar, em conjunto com a escola e o aluno, as condições logísticas necessárias

à realização e ao acompanhamento da FCT.

Artigo 8.º Competências do tutor da entidade de acolhimento da FCT

1. São responsabilidades específicas do tutor da entidade de acolhimento:

a) Prestar todo o apoio possível;

b) Colaborar com o professor orientador da FCT;

c) Colaborar na elaboração do plano da FCT;

d) Ser agente transmissor de saberes;

e) Avaliar quantitativamente e qualitativamente o aluno em conjunto com o professor

orientador da FCT.

Artigo 9.º

Competências do aluno na FCT

1. São responsabilidades específicas do aluno:

a) Colaborar na elaboração do seu plano de trabalho;

b) Participar nas reuniões de acompanhamento e avaliação da FCT para que for

convocado;

c) Cumprir, no que lhe compete, o seu plano de trabalho;

d) Respeitar a organização do trabalho na entidade de acolhimento e utilizar com

zelo os bens, equipamentos e instalações da mesma;

e) Não utilizar, sem prévia autorização da entidade de acolhimento, a informação a

que tiver acesso durante a FCT;

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f) Ser assíduo e pontual e adotar comportamentos que permitam uma boa relação

de trabalho;

g) Justificar as faltas perante o diretor de turma, o diretor de curso e o tutor, de

acordo com as normas internas da escola e da entidade de acolhimento;

h) Elaborar os relatórios intercalares e o relatório final da FCT, de acordo com o

estabelecido neste regulamento.

Artigo 10.º

Modalidades

1. Independente das formas da FCT a adotar (dependendo de cada contexto social e

económico), as mesmas podem, todavia, ao longo do período de formação assumir

diferentes modalidades:

a) Estágio;

b) Prática simulada de um conjunto de atividades profissionais relevantes para o perfil

de saída do curso a desenvolver em condições similares à do contexto real de

trabalho;

c) Realização de projetos interdisciplinares de todas as componentes de formação;

d) Realização de projetos articulados com as disciplinas da formação técnica.

Artigo 11.º Organização e desenvolvimento da FCT

1. Toda e qualquer atividade da FCT deve fazer parte do somatório das horas de formação,

pelo que a FCT não deve ser entendida como um acréscimo de horário ao plano curricular,

mas antes uma estratégia na gestão do currículo, considerando-a uma “formação em

alternância” flexível, mas integrada no processo de ensino-aprendizagem.

2. A FCT deve ser planificada em articulação com as disciplinas da formação técnica do curso

e integrada no plano de atividades da escola e do respetivo curso.

3. A FCT tem a duração de 600 horas distribuídas pelos dois últimos anos do ciclo de

formação, com uma duração nunca inferior a duas semanas. A FCT é definida pelo plano

curricular de cada curso. Salvaguardam-se os casos em que, excecionalmente, se entender

por bem realizar estágios no primeiro ano do curso. A duração dos estágios será acordada

e definida de acordo com a disponibilidade das entidades de acolhimento, por um lado e,

por outro, pela calendarização das diversas atividades curriculares.

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4. São objetivos da FCT, em contexto de estágio:

a) Contactar com tecnologias e técnicas que se encontram para além da formação escolar,

face aos meios disponíveis;

b) Aplicar atividades concretas, no mundo real do trabalho, dos conhecimentos adquiridos;

c) Desenvolver hábitos de trabalho, espírito empreendedor e sentido de responsabilidade

profissional;

d) Proporcionar vivências inerentes às relações humanas no trabalho;

e) Conhecer a forma como são organizadas e geridas as empresas/organizações;

f) Promover a autonomia, a responsabilidade, a iniciativa, o trabalho em equipa e a

flexibilidade à inovação científica e tecnológica.

5. Os locais da FCT em modalidade de estágio deverão situar-se preferencialmente no

concelho onde se localiza a escola ou ainda na área de residência do aluno.

6. O acompanhamento deve ser efetuado pelo professor orientador e por um tutor da

entidade de acolhimento.

7. A organização e o desenvolvimento da FCT obedece a um plano de trabalho que deve

identificar os objetivos, os conteúdos a desenvolver, a programação das atividades, o

período, horário e local de realização das atividades, as formas de monitorização e

acompanhamento do aluno, com a identificação dos responsáveis, bem como os direitos

e deveres dos diversos intervenientes, da escola e da entidade onde se realiza a FCT,

considerado parte integrante do protocolo.

8. O plano de trabalho deverá ser assinado pelo aluno e pelo encarregado de educação,

quando o aluno é menor, até cinco dias úteis antes do início do mesmo, pelo orientador da

FCT, diretor do curso, entidade de acolhimento e presidente do conselho executivo.

9. A concretização da FCT em modalidade de estágio será antecedida de um protocolo

celebrado entre a escola e as entidades de acolhimento, as quais deverão desenvolver

atividades profissionais compatíveis e adequadas ao perfil de desenvolvimento visado

pelo curso frequentado pelo aluno.

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10. O protocolo inclui o plano de trabalho da FCT, as responsabilidades das partes

envolvidas e as normas do seu funcionamento, sendo assinado pelo orientador da FCT,

entidade de acolhimento, o aluno, o encarregado de educação quando o aluno é menor

e o diretor de curso.

11. Durante as atividades no âmbito da FCT, a orientação e o acompanhamento do aluno são

partilhados, sob coordenação da escola, entre esta e o tutor da entidade de acolhimento.

12. Os protocolos referidos nos números anteriores não geram, nem titulam relações de

trabalho subordinado e caducam com a conclusão da formação para que foram

celebrados.

Artigo 12.º Distribuição dos alunos pela entidade de acolhimento

1. O conselho de turma pode, na reunião do final do segundo período, ponderar, sob

proposta do diretor de curso, a não colocação de um aluno numa entidade de

acolhimento da FCT, tendo em conta o número de módulos em atraso, a assiduidade e o

empenho do aluno.

2. A distribuição do aluno pelas diferentes entidades de acolhimento será feita mediante as

indicações do diretor do curso e do professor orientador, dados os conhecimentos

privilegiados que possuem, quer do aluno, quer das entidades promotoras da FCT e o

interesse manifestado pelo aluno, sabendo que deverão ser tidos em conta os seguintes

critérios:

a) Adequação do perfil do aluno às solicitações das entidades de acolhimento;

b) Média aritmética das classificações obtidas nos módulos de todas as disciplinas do

curso do aluno à data de início da FCT;

c) Média aritmética das classificações obtidas nos módulos das disciplinas de formação

técnica até à data de início da FCT;

d) A proximidade geográfica entre a entidade de acolhimento e o local de residência.

3. O critério estabelecido na alínea a) do número dois deste artigo é o que define a seriação

para efeitos de colocação na entidade de acolhimento. Em caso de empate dever-se-ão

utilizar os critérios seguintes pela ordem apresentada.

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4. Poderá ainda o aluno diligenciar junto de entidades públicas ou privadas no sentido de

obter para si um estágio, desde que estas exerçam atividades na área de especificação do

curso. Nestes casos deverá o candidato submeter atempadamente essa intenção à

aprovação do diretor de curso e do professor orientador, devendo para o efeito

apresentar um requerimento onde indique o nome da identidade, o nome do responsável

a contactar, as atividades a desenvolver, para que a escola proceda à assinatura do

protocolo. A escola reserva-se ao direito de recusar a proposta feita, se esta não obedecer

aos pressupostos deste documento e da legislação em vigor.

5. O aluno deve, no segundo e terceiro ano, realizar estágio em diferentes entidades e não

devem existir relações familiares entre o aluno e os responsáveis pela organização ou o

tutor do estágio.

6. No caso de o aluno ser menor de idade, o requerimento será apresentado pelo

encarregado de educação.

Artigo 13.º Requisitos de acesso à FCT

1. Os requisitos de acesso dos alunos para aceder à FCT são as seguintes:

a) No segundo ano não existem quaisquer requisitos;

b) No terceiro ano, ter concluído à data de início da FCT, 75% dos módulos da formação

sociocultural e científica e 90% dos módulos da formação técnica.

2. Não ter sido aplicada a medida disciplinar sancionatória de suspensão da escola no ano

em curso da FCT.

3. Em caso de aplicação da medida sancionatória de suspensão escolar, poderá propor-se o

acesso do aluno à FCT, cuja decisão é do CE.

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Artigo 14.º Assiduidade

1. A assiduidade do aluno é controlada pelo preenchimento da folha de registo das

atividades desenvolvidas pelo aluno, pelo tutor, a qual deve ser entregue ao professor

orientador da FCT.

2. Para efeitos de conclusão da FCT, deve ser considerada a assiduidade do aluno, a qual não

pode ser inferior a 95% da carga horária prevista para a FCT;

3. As faltas dadas pelo aluno devem ser justificadas perante o tutor e o professor orientador,

de acordo com as normas internas da entidade da FCT e da escola;

4. Em situações excecionais, quando a falta de assiduidade do aluno for devidamente

justificada, será cumprido o disposto na alínea b), do ponto 3, do artigo 9º da Portaria n.º

74-A/2013 de 15 de fevereiro, na sua redação atual.

5. Se por algum motivo imprevisto, nomeadamente por doença comprovada ou acidente,

falecimento de familiar nos termos estabelecidos para a administração pública e

impedimento comprovado ou cumprimento de obrigações legais, o aluno faltar à FCT,

deverá justificar as suas faltas, através de documento comprovativo e idóneo.

6. Quando a falta do aluno for devidamente justificada, a escola deverá assegurar o

prolongamento da FCT, a fim de permitir o cumprimento do número de horas

estabelecidas.

7. Caso os alunos sejam sujeitos a exames finais nacionais do ensino secundário, devem ser

dispensados no dia do exame e no dia imediatamente anterior, sem prejuízo do número

de horas de duração da FCT, o qual deverá ser prolongado pelo número de dias

suficientes, de forma a totalizar as horas previstas.

Artigo 15.º

Horário

1. Os alunos estão sujeitos a cumprir os horários laborais das entidades de acolhimento,

excluindo-se as horas extraordinárias.

2. Em situações que se justifiquem, a entidade de acolhimento pode acordar com o aluno

um horário mais flexível que se ajuste ao interesse de ambas as partes.

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Artigo 16.º

Acompanhamento e Orientação 1. A FCT deve ser transversalmente programada pelo diretor de curso e pelo professor

orientador da FCT, de modo a que as aprendizagens conseguidas possam ser avaliadas.

2. As horas atribuídas à FCT estão consolidadas nos respetivos planos curriculares de cada

curso.

3. Deve ser acordado entre o diretor de curso e o conselho executivo, um período para

contacto com as entidades de acolhimento, através do envio de ofício próprio, no qual se

solicite a aceitação do aluno para FCT.

4. O diretor de curso deverá enviar atempadamente à entidade de acolhimento uma cópia do

plano de trabalho individual do aluno, no qual estejam explicitadas as tarefas que o

mesmo está apto a desenvolver.

5. O aluno deve fazer-se acompanhar da “Pasta de Estágio”, que contém toda a

documentação relativa ao mesmo, nomeadamente o protocolo de estágio, o plano de

trabalho individual, folha de presenças, registo de observação semanal e grelhas de

avaliação.

6. O tutor da entidade de acolhimento deve manter o orientador da FCT informado do

desempenho do aluno e das tarefas que lhe são atribuídas e eventuais problemas que

possam surgir.

7. Cabe ao professor orientador da FCT acompanhar o registo de observação semanal

mantido pelo aluno e avaliar as competências técnicas e socioprofissionais, em ficha

própria criada para o efeito.

Artigo 17.º Avaliação da FCT

1. A avaliação no processo da FCT assume caráter contínuo e sistemático e permite, numa

perspetiva formativa, reunir informação sobre o desenvolvimento das aprendizagens,

possibilitando, se necessário, o reajustamento do plano da FCT.

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2. A avaliação assume também um caráter sumativo, conduzindo a uma classificação final da

FCT, na escala de 0 a 20 valores.

3. Os critérios de avaliação da FCT estão sujeitos à aprovação do conselho pedagógico, após

ouvido o conselho de turma.

4. Para cada curso, atendendo à sua especificidade, caberá ao respetivo diretor do curso, em

conjunto com o professor orientador da FCT, elaborar uma proposta com os critérios

específicos a observar, bem como a forma de os operacionalizar e os pesos a atribuir a

cada um dos domínios, para a atribuição da classificação final ou de cada uma das etapas

da FCT.

5. A proposta a que se refere o número anterior, após aprovação em Conselho Pedagógico é

anexada a este regulamento, passando a fazer parte integrante do mesmo.

6. São considerados instrumentos de avaliação em ambos os anos da FCT:

a) Registo semanal e/ou quinzenal do aluno;

b) Registo semanal do tutor e orientador da FCT;

c) Grelha de autoavaliação do aluno a ser entregue até 5 dias úteis após o termo da FCT;

d) Ficha de avaliação do tutor;

e) Relatório final do aluno, que deverá ser entregue até 5 dias úteis, após o termo da FCT.

7. A classificação é obtida, tendo em conta a sucessiva evolução do grau de exigência das

formas de FCT adotadas, de acordo com a seguinte ponderação: 1º ano de formação –

30% e 2º ano de formação – 70%.

8. No relatório final de estágio previsto na alínea e) do número seis, deverá ser resumido a

experiência pessoal enquanto estagiário, nomeadamente no que respeita às competências

adquiridas, às tarefas realizadas, e ao acompanhamento levado a cabo pelo tutor da

entidade de acolhimento e pelo professor orientador.

9. A aprovação do aluno na FCT depende da obtenção de uma classificação igual ou superior

a 10 valores.

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10. A avaliação da FCT deverá obedecer à seguinte fórmula:

FCT = 0,8 AEA + 0,2 (0,2 AA+0,8 RF)

Sendo:

FCT = Formação em contexto de trabalho

AEA = Avaliação da entidade de acolhimento

AA = Autoavaliação do aluno

RF = Relatório final do aluno

Exemplo:

AEA = 16 valores x 0,8 = 128 pontos (13 valores)

AA = 20 valores 20 (ABS {AEA-AA})

RF = 17 valores x 0,8 = 13,6

SOMA = AA + RF x 0,2

Nota Final = AEA + Soma

11. A classificação final da FCT resultará da aplicação da seguinte fórmula:

FCT = 0,30 (FCT1) + 0,70 (FCT2)

Sendo:

FCT1 – Avaliação da FCT do 1º ano;

FCT2 – Avaliação da FCT do 2º ano.

12. A avaliação do relatório final de estágio e a apreciação da autoavaliação do aluno são da

responsabilidade do orientador da FCT:

a) Aluno deverá apresentar, ao professor orientador, um relatório que deverá ser

elaborado tendo em conta as indicações constantes nos critérios de avaliação da FCT.

b) O não cumprimento do prazo estipulado implica uma penalização em 20% da

classificação do relatório.

c) O relatório será avaliado em 80% no seu conteúdo e 20% na organização da informação

e apresentação gráfica.

13. A ficha de avaliação do professor orientador e do tutor são analisadas por ambos, que

elaboram uma informação conjunta/classificação final sobre o aproveitamento do aluno.

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14. Na sequência da informação referida no número anterior, o professor orientador propõe

ao conselho de turma, a classificação do aluno da FCT.

15. No final do curso, a classificação da FCT é tornada pública.

16. No caso de reprovação do aluno, poderá ser celebrado novo protocolo entre escola,

entidade da FCT e aluno, a fim de possibilitar a obtenção de aproveitamento na FCT, no

ano letivo subsequente.

Artigo 18.º Benefícios Financeiros

1. Os estágios não são remunerados e não acarretam para a entidade de acolhimento

quaisquer responsabilidades ou benefícios de natureza financeira.

Artigo 19.º Incumprimento

1. Por parte do aluno:

a) O incumprimento, do protocolo da FCT assinado pelo aluno, implica a anulação desta

formação;

b) O aluno que se encontre na situação prevista da alínea anterior terá de se sujeitar a outro

período da FCT, em tempo a definir pela direção da escola, caso pretenda terminar a sua

formação nesta escola.

2. Por parte da escola, esta compromete-se a:

a) Protocolar com uma nova identidade da FCT, preferencialmente com atividades

semelhantes às da 1ª entidade acolhedora;

b) Dar conhecimento à nova entidade de FCT da situação do aluno, através do professor

orientador da FCT, bem como toda a documentação produzida;

c) A abrir um novo ciclo de formação durante o período de tempo necessário até perfazer o

tempo legal de formação.

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Artigo 20.º Rejeição do aluno pela entidade de acolhimento

1. Perante uma situação de rejeição do aluno por parte da entidade de acolhimento,

devido a problemas relacionados com o comportamento ou atitudes, as medidas a adotar por

parte da escola são:

a) Com a maior brevidade possível, o diretor do curso e o professor orientador da FCT

devem recolher as alegações do aluno e do tutor a fim de elaborar um relatório da

situação e entregar ao presidente do conselho executivo;

b) Na posse do relatório, o presidente do CE decidirá, com respeito pelos princípios

estipulados no Estatuto dos alunos do ensino básico e secundário da RAA.

Artigo 21.º Disposições finais

Cabe ao Conselho Executivo da Escola Básica e Secundária de Velas deliberar acerca de qualquer situação omissa no presente regulamento.

Revisto pelo Conselho dos Cursos Profissionais Velas, 30 de outubro de 2015

Aprovado em Conselho Pedagógico em 05/11/2015

O Presidente do Conselho Pedagógico

(João Manuel Amaral da Silva)

Ratificado pelo Conselho Executivo em 05/11/2015

O Presidente do Conselho Executivo

(Rui Jorge Teixeira Moreira)