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REGULAMENTO PEDAGÓGICO (APROVADO NO CONSELHO CIENTÍFICO 08_2009 DE 29 DE JULHO DE 2009) (ALTERADO NOS CONSELHOS CIENTÍFICOS 09_2009 DE 23 DE SETEMBRO DE 2009 E 10_2009 DE 28 DE OUTUBRO) PORTO SETEMBRO 2009

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REGULAMENTO PEDAGÓGICO

(APROVADO NO CONSELHO CIENTÍFICO 08_2009 DE 29 DE JULHO DE 2009)

(ALTERADO NOS CONSELHOS CIENTÍFICOS 09_2009 DE 23 DE SETEMBRO DE 2009 E 10_2009 DE 28 DE OUTUBRO)

PORTO SETEMBRO 2009

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Regulamento Pedagógico da Universidade Portucalense 2009-10-28

1

ÍNDICE

CAPÍTULO 1 — OBJECTO DE APLICAÇÃO .................................................................................................. 3

Artigo 1.º— Objecto ................................................................................................................................... 3

Artigo 2.º — Conceitos .............................................................................................................................. 3

CAPÍTULO 2 — MATRÍCULAS E INSCRIÇÕES ........................................................................................... 5

Artigo 3.º — Condições de admissão à matrícula .......................................................................... 5

Artigo 4.º — Obrigatoriedade da matrícula ..................................................................................... 5

Artigo 5.º — Anulação da matrícula .................................................................................................... 5

Artigo 6.º — Limites quantitativos ...................................................................................................... 5

Artigo 7.º — Inscrição no ano lectivo ................................................................................................. 6

Artigo 8.º — Inscrição em unidades curriculares .......................................................................... 6

Artigo 9.º — Inscrição em unidades curriculares de estudantes em mobilidade ............ 6

Artigo 10.º — Inscrição em unidades curriculares de ciclos de estudos subsequentes 6

Artigo 11.º — Realização e prazos da inscrição ............................................................................. 6

Artigo 12.º — Documentação ................................................................................................................. 7

Artigo 13.º — Alteração e anulação da inscrição ........................................................................... 7

Artigo 14.º — Regime de prescrições ................................................................................................. 7

CAPÍTULO 3 — REGIME DE ESTUDOS ......................................................................................................... 7

Artigo 15.º — Regime lectivo ................................................................................................................. 7

Artigo 16.º — Planos de estudo ............................................................................................................ 8

Artigo 17..º — Frequência de uma unidade curricular................................................................ 8

Artigo 18.º — Actividades lectivas....................................................................................................... 8

Artigo 19.º — Métodos de ensino ......................................................................................................... 8

Artigo 20.º — Calendário Lectivo ......................................................................................................... 8

Artigo 21.º — Ficha da unidade curricular ....................................................................................... 9

CAPÍTULO 4— REGIME DE AVALIAÇÃO DO APROVEITAMENTO DOS ESTUDANTES ............ 9

Artigo 22.º — Avaliação ........................................................................................................................... 9

Artigo 23.º — Elementos de avaliação ............................................................................................. 10

Artigo 24.º — Tipos de avaliação ....................................................................................................... 10

Artigo 25.º — Períodos de avaliação ................................................................................................. 11

Artigo 26.º — Período de avaliação normal ................................................................................... 11

Artigo 27.º — Período de avaliação de recurso ............................................................................ 11

Artigo 28.º — Inscrição nos exames no período de avaliação de recurso ......................... 11

Artigo 29.º — Período de avaliação especial ................................................................................. 12

Artigo 30.º — Objecto dos elementos de avaliação .................................................................... 12

Artigo 31.º — Calendário dos momentos de avaliação ............................................................. 12

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Artigo 32.º — Intervalo entre os momentos de avaliação ....................................................... 13

Artigo 33.º — Sobreposição de provas de avaliação .................................................................. 13

Artigo 34.º — Realização das provas de avaliação ...................................................................... 14

Artigo 35.º — Desistência de provas de avaliação ...................................................................... 14

Artigo 36.º — Faltas a provas de avaliação .................................................................................... 14

Artigo 37.º — Publicação dos resultados da avaliação.............................................................. 15

Artigo 38.º — Consulta de provas ...................................................................................................... 15

Artigo 39.º — Classificação das unidades curriculares ............................................................. 16

Artigo 40.º — Melhoria de classificação .......................................................................................... 16

Artigo 41.º — Classificação final ......................................................................................................... 16

Artigo 42.º — Escala Europeia de comparabilidade de classificações ................................ 17

Artigo 43.º — Nomeação, composição e presidência dos júris de provas ......................... 17

Artigo 44.° — Fraudes ............................................................................................................................. 17

Artigo 45..º — Diplomas ......................................................................................................................... 17

Artigo 46..º — Processo de acompanhamento pelos órgãos pedagógico e científico ... 17

CAPÍTULO 5 — ESTUDANTES ....................................................................................................................... 18

Artigo 47..º — Regimes especiais ....................................................................................................... 18

Artigo 48.º — Trabalhador-estudante ............................................................................................. 18

Artigo 49.º — Regalias do Trabalhador-estudante ..................................................................... 19

Artigo 50.º — Cessação das regalias do Trabalhador-estudante .......................................... 19

Artigo 51.º — Dirigente associativo jovem .................................................................................... 19

Artigo 52.º — Regalias do Dirigente associativo jovem ............................................................ 19

Artigo 53.º — Regalias dos Militares ................................................................................................ 20

Artigo 54.º — Estudantes com necessidades educativas especiais...................................... 20

Artigo 55.º — Regalias do Estudantes com necessidades educativas especiais ............. 20

Artigo 56.º — Atletas de alta competição ....................................................................................... 21

Artigo 57..º — Regalias dos Atletas de alta competição ............................................................ 21

Artigo 58.º — Mães e pais estudantes e grávidas ........................................................................ 21

Artigo 59.º — Regalias de mães e pais estudantes e grávidas................................................ 21

Artigo 60.º — Regalias especiais da estudante grávida ............................................................ 22

CAPÍTULO 6 — DISPOSIÇÕES FINAIS ........................................................................................................ 22

Artigo 61.º — Lacunas e dúvidas de interpretação e aplicação ............................................. 22

Artigo 62.º — Entrada em vigor e revisão ...................................................................................... 22

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CAPÍTULO 1 — OBJECTO DE APLICAÇÃO

ARTIGO 1.º— OBJECTO

O presente regulamento pedagógico é aplicável aos 1.º e 2º ciclos de estudos dos cursos ministrados na Universidade Portucalense Infante D. Henrique (UPT). Este regulamento estabelece um conjunto de normas e orientações gerais sobre o processo pedagógico e as relações entre os membros da comunidade escolar, tendo em vista a promoção da qualidade no processo de ensino-aprendizagem.

ARTIGO 2.º — CONCEITOS

Entende-se por: a) «1º ciclo» o conjunto de unidades curriculares totalizando:

i. 180 ECTS correspondentes a um curso de 1º ciclo com uma duração normal de seis semestres curriculares ou aos 180 créditos correspondentes ao total das unidades curriculares dos três primeiros anos de um curso integrado.

ii. 240 ECTS correspondentes a um curso de 1º ciclo com uma duração normal de oito semestres curriculares.

b) «2º ciclo» o conjunto de unidades curriculares totalizando: i. 90 ECTS correspondentes a um curso de 2º ciclo com uma duração normal

de três semestres curriculares. ii. 120 ECTS correspondentes a um curso de 2º ciclo com uma duração

normal de quatro semestres curriculares de trabalho, ou aos 120 créditos correspondentes ao total das unidades curriculares dos dois últimos anos de um curso integrado.

c) «Ano curricular», «semestre curricular» e «trimestre curricular» as partes do plano de estudos do curso que, de acordo com o respectivo instrumento legal de aprovação, devam ser realizadas pelo estudante, quando em tempo inteiro e regime presencial, no decurso de um ano, um semestre ou um trimestre lectivo, respectivamente.

d) «Ano do curso que o estudante frequenta» definido no início do ano lectivo de acordo com a seguinte regra:

AC= mínimo dos valores [inteiro (nº ECTS obtido + nº ECTS em que se inscreve)/60 + 1] e do (nº de anos do curso).

e) «Ano lectivo» o período temporal que tem início em 1 de Setembro de um ano civil e termina no dia 31 de Julho do ano seguinte.

f) «Coordenador de curso» um docente, nomeado pela Direcção do Departamento, a quem compete a coordenação pedagógica e científica do curso.

g) «Créditos de uma área científica» o valor numérico que expressa o trabalho que deve ser efectuado por um estudante numa determinada área científica.

h) «Créditos de uma unidade curricular» o valor numérico que expressa o trabalho que deve ser efectuado por um estudante para realizar uma unidade curricular.

i) «Curso de primeiro ciclo» o ciclo de estudos conducente ao grau de licenciado, organizado nos termos do artigo 9º do DL 107/2008 de 25 de Junho.

j) «Curso de segundo ciclo» o ciclo de estudos conducente ao grau de mestre, organizado nos termos do artigo 18º do DL 107/2008 de 25 de Junho.

k) «Curso integrado» o ciclo de estudos conducente ao grau de mestre, organizado nos termos do artigo 19º do DL 107/2008 de 25 de Junho.

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l) «Duração normal de um ciclo de estudos» o número de anos, semestres e ou trimestres lectivos em que o ciclo de estudos deve ser realizado pelo estudante, quando a tempo inteiro e em regime presencial.

m) «Elemento de avaliação» qualquer componente que seja passível de ser avaliada e que ocorra, quer em regime presencial, quer em regime de ensino a distância. Inclui elementos como a assiduidade, a participação nas aulas, a elaboração de trabalhos ou projectos, as provas práticas, as provas orais e as provas escritas.

n) «Época de exames» o intervalo de tempo onde decorrem os exames e que ocorre logo após o período lectivo.

o) «Estudante em mobilidade» o que está matriculado e inscrito num estabelecimento de ensino superior e curso e que realiza parte dele noutro estabelecimento de ensino superior.

p) «Estudante ordinário» o que frequenta as aulas nos diferentes cursos, mediante prévia inscrição e matrícula, nos termos fixados nas normas legais, estatutárias e regulamentares aplicáveis, e se subordina às provas de avaliação exigidas com o objectivo de obter os graus académicos que a UPT confere.

q) «Ficha de Unidade Curricular» o documento privilegiado para a informação dos objectivos de aprendizagem e métodos de avaliação das unidades curriculares, que permite ao estudante planear em devido tempo o seu estudo e acompanhamento das aulas.

r) «Horas de contacto» o tempo utilizado em sessões de ensino de natureza colectiva, designadamente em salas de aula, laboratórios ou trabalhos de campo, e em sessões de orientação pessoal de tipo tutorial.

s) «Horas de trabalho do estudante» o tempo que inclui todas as formas de trabalho previstas, designadamente as horas de contacto e as horas dedicadas a estágios, projectos, trabalhos no terreno, estudo e avaliação.

t) «Inscrição em unidades curriculares» o acto que permite ao estudante a frequência das unidades curriculares, ser avaliado e ter a respectiva classificação registada no seu processo académico.

u) «Inscrição no ano lectivo» o acto que permite ao estudante, depois de matriculado, inscrever-se nas diversas unidades curriculares do currículo dos cursos/ano/semestre.

v) «Matrícula» o acto pelo qual o estudante ingressa na UPT onde pretende frequentar um curso.

w) «Momento de avaliação» o momento onde ocorre qualquer elemento de avaliação que tenha de ser realizado num tempo-espaço agendado e na presença de docentes.

x) «Período de avaliação de recurso» a época de exames logo a seguir ao período de avaliação normal.

y) «Período de avaliação especial» o período de exames para alunos com estatuto especial ou finalistas que deverá ocorrer no início do ano lectivo seguinte.

z) «Período de avaliação normal» o período lectivo mais a época normal de exames.

aa) «Período lectivo» o intervalo de tempo em que decorrem as aulas de um semestre. bb) «Plano de estudos de um curso» o conjunto organizado de unidades curriculares

em que um estudante deve ser aprovado para: i. Obter um determinado grau académico. ii. Reunir uma parte das condições para obtenção de um determinado grau

académico. cc) «Prescrição» o acto pelo qual é suspensa a matrícula de um aluno na sequência de

insucesso escolar repetido. dd) «Semestre lectivo» o tempo que compreende o período lectivo e período de

exames.

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ee) «Unidade curricular obrigatória» uma unidade incluída no plano de estudos que o estudante é obrigado a frequentar e na qual tem de obter aproveitamento, sem possibilidade de substituição por outra.

ff) «Unidade curricular optativa» uma unidade que o estudante pode escolher de entre um elenco limitado.

gg) «Unidade curricular» a unidade de ensino com objectivos de formação próprios que é objecto de inscrição administrativa e de avaliação traduzida numa classificação final.

hh) «Unidade de crédito ECTS – European Credit Transfer System» a unidade de medida do trabalho do estudante sob todas as suas formas, designadamente, sessões de ensino de natureza colectiva, sessões de orientação pessoal de tipo tutorial, estágios, projectos, trabalhos no terreno, estudo e avaliação.

CAPÍTULO 2 — MATRÍCULAS E INSCRIÇÕES

ARTIGO 3.º — CONDIÇÕES DE ADMISSÃO À MATRÍCULA

1. A realização da matrícula depende da verificação das seguintes condições: a) Satisfação cumulativa dos requisitos estabelecidos no regulamento de ingresso para

cada um dos regimes. b) Entrega da documentação necessária de acordo com as normas legais e

regulamentares em vigor à data da respectiva candidatura. c) Cumprimento prévio das condições administrativas, definidas no respectivo

Regulamento em vigor na UPT, a qual só tem validade enquanto o estudante frequentar a UPT ininterruptamente, isto é, sem deixar de frequentar a UPT por um período igual ou superior a um ano lectivo.

ARTIGO 4.º — OBRIGATORIEDADE DA MATRÍCULA

A matrícula é obrigatória para todos os estudantes que ingressam pela primeira vez num estabelecimento de ensino superior ou que reingressem, por terem interrompido a frequência do ensino, quer por um período igual ou superior a um ano lectivo, quer por anulação de matrícula.

ARTIGO 5.º — ANULAÇÃO DA MATRÍCULA

A matrícula é anulada quando se verificar umas das seguintes situações: a) Forem prestadas falsas declarações relativamente às condições referidas no artigo 3.º

do presente regulamento. b) Se o estudante tiver cometido faltas susceptíveis de grave sanção na decorrência de um

processo disciplinar.

ARTIGO 6.º — LIMITES QUANTITATIVOS

O acesso a qualquer curso ministrado na UPT, através dos vários regimes previstos de ingresso, está condicionado aos limites quantitativos fixados na lei para o efeito.

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ARTIGO 7.º — INSCRIÇÃO NO ANO LECTIVO

1. Os estudantes podem-se inscrever em regime de tempo inteiro ou parcial. 2. Pode inscrever-se em regime de tempo parcial qualquer estudante que expressamente

o indique no início do ano lectivo, no acto de inscrição, desde que exista essa opção no ciclo de estudos referentes à inscrição.

3. A mudança do regime de tempo inteiro para o regime de tempo parcial, ou vice-versa, apenas pode ocorrer no acto de inscrição no ano lectivo.

4. Não é permitida a mudança para o regime de tempo parcial quando o número de créditos para a conclusão do curso seja igual ou inferior a 30 ECTS.

5. Os estudantes finalistas de um curso de 1º ciclo, mantêm a sua inscrição válida até ao período de avaliação especial destinado a finalistas, para conclusão da licenciatura.

ARTIGO 8.º — INSCRIÇÃO EM UNIDADES CURRICULARES

1. O estudante em regime de tempo inteiro pode inscrever-se em cada semestre até ao limite máximo de 48 ECTS devendo procurar seguir a sequência na realização das unidades curriculares que resulta do plano indicativo.

2. O estudante em regime de tempo parcial pode inscrever-se em unidades curriculares cujo somatório de ECTS não ultrapasse 50% do número máximo de ECTS a que é permitida a inscrição a um aluno em regime de tempo inteiro, devendo procurar seguir a sequência na realização das unidades curriculares que resulta do plano indicativo.

3. A inscrição nas unidades curriculares, constantes dos planos de estudos dos diversos cursos, pode ser anual ou semestral e torna-se válida após o cumprimento prévio das condições administrativas, definidas no respectivo Regulamento em vigor na UPT.

4. Os estudantes são responsáveis pela correcta inscrição. Em qualquer instante são anuladas não só as inscrições feitas irregularmente, mas também todos os actos realizados ao abrigo das mesmas.

5. O Conselho Científico da UPT só garante a compatibilidade dos horários das unidades curriculares e respectivas provas de avaliação previstas para o mesmo semestre desde que façam parte do mesmo plano de estudos.

ARTIGO 9.º — INSCRIÇÃO EM UNIDADES CURRICULARES DE ESTUDANTES EM MOBILIDADE

1. A UPT faculta aos estudantes de outros estabelecimentos de ensino superior nacionais ou estrangeiros a inscrição em unidades curriculares dos ciclos de estudo dos cursos que ministra.

2. As unidades curriculares em que o estudante se inscreve em regime sujeito a avaliação, sempre que obtenha aprovação são objecto de certificação através do sistema europeu de transferência e acumulação de créditos.

3. As condições de inscrição dos estudantes de ensino superior estrangeiro são as constantes do regulamento de mobilidade da UPT.

ARTIGO 10.º — INSCRIÇÃO EM UNIDADES CURRICULARES DE CICLOS DE ESTUDOS SUBSEQUENTES

Aos alunos inscritos no 1º ciclo de estudos pode ser autorizada a inscrição em unidades curriculares do 2º ciclo.

ARTIGO 11.º — REALIZAÇÃO E PRAZOS DA INSCRIÇÃO

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1. As inscrições devem ser realizadas na Secretaria Académica da UPT, pelo candidato ou por um seu representante legal, nos prazos fixados para o efeito.

2. Os estudantes, que sejam autorizados a matricular-se na UPT ao abrigo dos concursos especiais de ingresso, só poderão inscrever-se após reunir as condições exigidas no ingresso.

ARTIGO 12.º — DOCUMENTAÇÃO

A inscrição obriga à entrega da documentação necessária de acordo com a legislação vigente e os regulamentos de ingresso e administrativo da UPT.

ARTIGO 13.º — ALTERAÇÃO E ANULAÇÃO DA INSCRIÇÃO

1. Qualquer alteração à inscrição só pode ser efectuada no período fixado para o efeito. 2. A anulação da inscrição só pode ser efectuada mediante requerimento, ficando, no

entanto, o estudante sujeito às condições previstas no regulamento administrativo.

ARTIGO 14.º — REGIME DE PRESCRIÇÕES

A inscrição nas unidades curriculares dos cursos da UPT está sujeita ao regime de prescrições disposto sobre esta matéria na Lei n.º 37/2003, de 22 de Agosto (com alterações introduzidas pela Lei n.º 49/2005, de 30 de Agosto): 1. O direito à inscrição em cada ano ou semestre lectivo dos cursos de licenciatura na

UPT exerce-se no respeito pelos critérios fixados na tabela do §4. 2. A tabela do §4 estabelece o número máximo de inscrições que podem ser efectuadas

por um estudante no curso frequentado na UPT, considerando-se prescrito o direito à matrícula e inscrição nesse curso no caso de incumprimento dos critérios aplicáveis e o estudante impedido de se candidatar de novo a esse ou outro curso nos dois semestres seguintes.

3. No caso de o aluno beneficiar do Estatuto do Trabalhador-Estudante, ou no caso de estudante que se encontre em regime de estudo a tempo parcial, bem como em outras situações a regulamentar pelos órgãos de direcção da UPT, para efeito da aplicação da tabela do §4 apenas é contabilizado 0,5 por cada inscrição que tenha efectuado nessas condições.

4.

Número máximo de inscrições em anos lectivos

Cursos organizados por unidades de crédito ECTS - Créditos ECTS obtidos

4 60 a 119 5 120 a 179 6 180 a 239 8 240 a 359 9 360

CAPÍTULO 3 — REGIME DE ESTUDOS

ARTIGO 15.º — REGIME LECTIVO

O regime normal dos cursos supõe a divisão do ano lectivo em dois semestres. a) Para o 1º ciclo, deverá ser garantido um mínimo de 15 (quinze) semanas lectivas

por semestre.

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b) Para o 2º ciclo o número de semanas será definido nas normas regulamentares de cada curso.

ARTIGO 16.º — PLANOS DE ESTUDO

1. Os planos de estudo em vigor e a carga horária das unidades curriculares são os fixados, para cada curso, no respectivo diploma legal que os aprovou. Sob proposta das Direcções de Departamento o Conselho Científico da UPT definirá quais as unidades curriculares optativas que serão leccionadas em cada semestre, em função da procura registada e dos meios disponíveis. Estas unidades optativas deverão comunicadas ao Conselho Científico, pelo menos com um semestre, preferencialmente um ano, de antecedência relativamente à sua leccionação.

2. A UPT pode estabelecer um limite máximo, para o número de estudantes inscritos em cada unidade curricular optativa, e um limite mínimo para a sua efectiva leccionação.

ARTIGO 17..º — FREQUÊNCIA DE UMA UNIDADE CURRICULAR

1. A frequência das actividades lectivas é um direito e um dever, podendo ser obrigatória quando tal for previsto nas normas regulamentares do respectivo curso.

2. O regime de frequência, diurna ou nocturna, dos cursos da UPT é, em geral, de tempo inteiro presencial, mas, poderá também ser a distância, quer em e-learning puro, quer em blended learning, ou seja regime híbrido.

3. A frequência de uma unidade curricular depende da inscrição na mesma, nas condições previstas no regime de inscrição.

4. O estudante que frequentar as actividades lectivas de quaisquer unidades curriculares em que não esteja inscrito, ou se submeta à respectiva avaliação, terá os resultados obtidos nessas circunstâncias considerados nulos e de nenhum efeito.

ARTIGO 18.º — ACTIVIDADES LECTIVAS

1. As actividades lectivas são todos os momentos de aprendizagem na presença de um membro do corpo docente.

2. As actividades lectivas constam de aulas teóricas (T), teórico-práticas (TP), práticas laboratoriais (PL), trabalho de campo (TC), orientação tutorial (OT) e seminários (S), cuja carga semanal é a que consta do plano de estudos.

3. Poderão, ainda, existir outros tipos de actividades não especificadas no § anterior, como, por exemplo, as visitas de estudo. Todas as actividades lectivas que não se insiram nas tipificadas no § 2 ou estejam para além das horas de contacto da unidade curricular deverão ser aprovadas pela Direcção do Departamento.

4. Para cada actividade lectiva deverá ser elaborado, pelo responsável, o seu sumário com a indicação da matéria ministrada ou com a síntese dos trabalhos realizados.

ARTIGO 19.º — MÉTODOS DE ENSINO

Os métodos de ensino a usar na UPT podem ser presenciais e a distância, quer e-learning, quer híbrido, devendo proporcionar aos estudantes o desenvolvimento das competências, em que as componentes de trabalho experimental ou de projecto, entre outras, ou a aquisição de saberes transversais têm um papel decisivo.

ARTIGO 20.º — CALENDÁRIO LECTIVO

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1. O calendário lectivo baseia-se numa estrutura semestral e define o início e fim dos períodos lectivos, época de exames e férias escolares.

2. O calendário lectivo será aprovado anualmente, nos termos da legislação em vigor, pelo Conselho Científico, sob proposta do Conselho Pedagógico.

3. O Conselho Pedagógico pode propor ao Conselho Científico quaisquer alterações ao calendário que tenham que ser efectuadas por motivos de força maior.

4. Para o 1.º ciclo o ano lectivo começa em Setembro e termina em Julho, contemplando períodos lectivos e época de exames.

5. Para o 2.º ciclo os períodos lectivos e a época de exames são definidos nas normas regulamentares de cada curso.

ARTIGO 21.º — FICHA DA UNIDADE CURRICULAR

1. O modo de funcionamento de cada unidade curricular é descrito na respectiva ficha, pelo docente responsável nos termos da distribuição de serviço docente.

2. Na ficha da unidade curricular, aprovada pelo Conselho Escolar do Departamento, deve constar a seguinte informação:

a) Objectivos de aprendizagem. b) Competências desenvolvidas. c) Programa e métodos de ensino. d) Pré-requisitos recomendados para a frequência. e) Tipo de actividades (lectivas e de trabalho independente). f) Regime de avaliação do aproveitamento e fórmula de cálculo da

classificação final. g) Fontes de referência de informação (como, por exemplo, bibliografia,

Webgrafia).

CAPÍTULO 4— REGIME DE AVALIAÇÃO DO APROVEITAMENTO DOS ESTUDANTES

ARTIGO 22.º — AVALIAÇÃO

1. O regime de avaliação de conhecimentos e competências de cada curso é explicitado nas respectivas normas regulamentares, nos termos da lei.

2. A avaliação de conhecimentos e de competências é feita, regra geral, por unidade curricular. O Conselho Escolar de cada Departamento poderá aprovar o agrupamento de duas ou mais unidades curriculares para efeitos de avaliação.

3. A avaliação das unidades curriculares tem como finalidade aferir as competências e os conhecimentos adquiridos pelos estudantes, ou seja, a satisfação dos objectivos da unidade curricular. A avaliação baseia-se em dois componentes: os elementos de avaliação e os critérios.

4. A avaliação é da competência dos docentes responsáveis pela unidade curricular. 5. Os elementos e critérios de avaliação relativos a cada unidade curricular são da

responsabilidade do respectivo docente, de acordo com as disposições do presente Regulamento.

6. Para efeitos de aprovação na unidade curricular o docente pode fixar uma nota mínima para cada um dos elementos de avaliação.

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7. Os elementos e critérios de avaliação são descritos na ficha da unidade curricular e são divulgados na primeira aula da respectiva unidade.

8. A avaliação só é válida se forem previamente cumpridos os requisitos administrativos da UPT.

9. As unidades curriculares do tipo estágio, projecto, seminário ou dissertação podem adoptar um regime próprio de avaliação, fixado nos termos das normas regulamentares do respectivo curso.

ARTIGO 23.º — ELEMENTOS DE AVALIAÇÃO

1. Os elementos de avaliação são a forma de aferir parte ou a totalidade dos conhecimentos e competências de um estudante no âmbito de uma unidade curricular.

2. A prova escrita é um elemento individual de avaliação de conhecimentos e competências em que é solicitado aos estudantes a resposta escrita a um enunciado. Estas provas incidem sobre a totalidade ou parte dos objectivos da unidade curricular, passíveis de avaliação escrita. As provas escritas são tipificadas da seguinte forma:

a) Exames: realizam-se num dado momento de avaliação, englobam normalmente todos os objectivos; a duração máxima não deverá exceder três horas. São elementos de avaliação usados nas avaliações do tipo final e mista.

b) Fichas e mini-testes: Provas que incidem sobre uma parte dos objectivos; devem ser realizadas durante a aula respectiva, ocupando-lhe o período de tempo adequado. São elementos de avaliação usados nas avaliações do tipo contínua e mista.

3. A prova oral é um elemento de avaliação em que o estudante deverá responder a questões colocadas por um júri, composto, no mínimo, por dois docentes, devendo um destes ser o responsável da unidade curricular. A apresentação oral de trabalhos ou projectos e a sua discussão também são consideradas provas orais.

4. A prova prática é um elemento de avaliação em que o estudante deverá resolver um problema que lhe é apresentado, utilizando os recursos indicados pelo docente responsável.

5. A elaboração de trabalhos ou projectos é um elemento de avaliação que pode ser realizado individualmente ou em grupo; este elemento pode incluir visitas de estudo, seminários, experiências, projectos de estágio ou quaisquer outras actividades, para as quais deve ser elaborado um relatório, e ainda artigos, monografias e dissertações.

6. Assiduidade é um elemento de avaliação que mede a presença do estudante nas actividades lectivas. Considera-se que um estudante cumpre a assiduidade a uma unidade curricular se não exceder o limite de faltas que é correspondente a 25% das horas de contacto.

ARTIGO 24.º — TIPOS DE AVALIAÇÃO

1. No período de avaliação normal a avaliação pode ser contínua, mista ou final. 2. O docente, responsável nos termos da distribuição de serviço docente, define o tipo de

avaliação do §1 da unidade curricular. 3. A avaliação contínua:

a) Realiza-se durante o período lectivo em que a unidade curricular ocorre e é um processo contínuo e sistemático, sendo um elemento a assiduidade, que vai fornecendo informação a docentes e estudantes sobre o modo como está a ocorrer o processo de aquisição de competências.

b) Deve incluir, pelo menos, três elementos de avaliação definidos pelo docente, sendo os resultados dessa avaliação sucessivamente comunicados aos estudantes.

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c) O docente pode definir notas mínimas para alguns elementos de avaliação. d) A avaliação contínua com sucesso obriga à obtenção duma média positiva

(maior ou igual a dez valores) de todos os elementos de avaliação que a constituem, nos termos do Art-º 39-º deste regulamento.

e) Os alunos com unidades curriculares em atraso e que comprovem a sobreposição de horários serão, para efeitos de avaliação, equiparados a trabalhadores-estudantes.

4. A avaliação mista ocorre durante o período de avaliação normal e envolve, pelo menos, um elemento de avaliação realizado durante o período lectivo e um elemento de avaliação realizado durante a época normal de exames.

5. A avaliação final pode envolver vários elementos de avaliação, que ocorrem na época de exames, sendo que pelo menos um tem de ser uma prova individual e presencial.

ARTIGO 25.º — PERÍODOS DE AVALIAÇÃO

1. Existem três períodos de avaliação: a) Período de avaliação normal. b) Período de avaliação de recurso. c) Período de avaliação especial.

2. A avaliação fora dos períodos definidos no número anterior só é possível nos casos previstos na lei ou no presente regulamento.

ARTIGO 26.º — PERÍODO DE AVALIAÇÃO NORMAL

1. A avaliação das unidades curriculares no período de avaliação normal é contínua ou mista ou final, conforme o estabelecido pelo docente na ficha da unidade curricular.

2. O período de avaliação normal compreende a época normal de exames que tem lugar no período imediatamente subsequente ao período lectivo.

ARTIGO 27.º — PERÍODO DE AVALIAÇÃO DE RECURSO

1. O período de avaliação de recurso realiza-se no período imediatamente subsequente ao período de avaliação normal.

2. A avaliação das unidades curriculares no período de avaliação de recurso é final. O docente poderá considerar elementos de avaliação relativos ao período de avaliação normal, desde que assim o defina na ficha da unidade curricular.

3. Não há limite máximo de ECTS estabelecido para a inscrição em período de avaliação de recurso mas o estudante só pode realizar avaliação nas unidades curriculares em que esteve inscrito.

ARTIGO 28.º — INSCRIÇÃO NOS EXAMES NO PERÍODO DE AVALIAÇÃO DE RECURSO

1. Podem inscrever-se nos exames do período de avaliação de recurso os estudantes que: a) Não tenham obtido aprovação no período de avaliação normal. b) Não se tenham submetido a avaliação no período de avaliação normal. c) Pretendam efectuar melhoria de classificação. d) Tenham ficado impossibilitados de prestar prova na época normal de exames, no

caso de sobreposição de datas de exame, nos termos do § 1 do artigo 33.º. 2. A inscrição nos exames do período de avaliação de recurso deve ser feita até vinte e quatro horas

antes da hora prevista para o exame, e cumpridas previamente as condições definidas no regulamento administrativo para o acto. A inscrição fora de prazo não é admitida e

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implica a proibição de o estudante realizar o exame e a anulação da prova caso ele a realize.

ARTIGO 29.º — PERÍODO DE AVALIAÇÃO ESPECIAL

1. A avaliação das unidades curriculares no período de avaliação especial é final. 2. A existência de uma época especial tem como finalidade permitir que os estudantes

finalistas de cursos de 1º ciclo, possam concluir o seu curso sem esperar pelo ano lectivo seguinte.

3. Para efeitos do número anterior, consideram-se estudantes finalistas aqueles a quem, à data do início do período de avaliação especial, faltem no máximo 30 ECTS ou até 5 unidades curriculares para conclusão de licenciatura.

4. O período de avaliação especial aplica-se também: a) aos trabalhadores-estudantes. b) aos estudantes que não tenham obtido aprovação ou não tenham

comparecido à época de recurso, tendo esta funcionado como época normal nos termos do § 1 d) do artigo 28.º.

5. Os estudantes finalistas podem utilizar o período de avaliação especial, quer para realizar exames para conclusão do curso quer para efectuar melhoria de classificação.

6. No período de avaliação especial, os estudantes finalistas podem inscrever-se no máximo a 30 ECTS ou a 5 unidades curriculares, excluindo os créditos relativos a exames para melhoria de classificação. Os restantes estudantes só podem inscrever-se no máximo a 18 ECTS ou 3 unidades curriculares.

7. Só podem ser requeridos e realizados exames, no período de avaliação especial, das unidades curriculares em que os estudantes tenham estado inscritos no ano lectivo anterior.

ARTIGO 30.º — OBJECTO DOS ELEMENTOS DE AVALIAÇÃO

1. Os elementos de avaliação de uma unidade curricular versam sobre a matéria leccionada e sumariada durante o semestre em que os mesmos são prestados e que consta do respectivo programa, em conformidade com o estabelecido pelo docente na ficha da unidade curricular.

2. Os elementos de avaliação realizados durante o período de avaliação especial versam sobre a matéria leccionada e sumariada durante o ano lectivo imediatamente anterior em que os mesmos são prestados.

ARTIGO 31.º — CALENDÁRIO DOS MOMENTOS DE AVALIAÇÃO

1. No tipo de avaliação contínua os momentos de avaliação devem ser previamente agendados e ter lugar durante o período lectivo, preferencialmente, no horário normal das aulas.

2. No tipo de avaliação mista os elementos que ocorrem durante o período lectivo devem ser previamente agendados e ter lugar, preferencialmente, no horário normal das aulas.

3. De acordo com os §1 e §2 os docentes devem enviar, durante a primeira quinzena de cada semestre curricular, a proposta de calendarização dos momentos de avaliação, ao Coordenador de Curso.

4. O mapa de exames a realizar nos períodos de avaliação normal e de recurso é elaborado pela Direcção do Departamento, ouvidos os docentes interessados e o Conselho Pedagógico.

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5. O mapa de exames, quando as unidades curriculares têm provas orais ou práticas, devem marcar o seu início e fim e não apenas a realização das provas escritas.

6. A calendarização de todas as provas de avaliação deve ser afixada pelos serviços académicos no prazo máximo de um mês após o início das actividades lectivas.

7. Uma vez aprovados e publicados, os calendários das provas só podem ser alterados por determinação da Reitoria, ouvidos os docentes e departamento interessados.

ARTIGO 32.º — INTERVALO ENTRE OS MOMENTOS DE AVALIAÇÃO

1. Se possível, deve ser respeitado um intervalo de vinte e quatro horas entre os momentos de avaliação do tipo exame de unidades curriculares pertencentes ao mesmo semestre do curso.

2. Os estudantes não são obrigados a prestar mais do que uma prova de avaliação no mesmo dia.

ARTIGO 33.º — SOBREPOSIÇÃO DE PROVAS DE AVALIAÇÃO

1. Considera-se haver sobreposição de provas se: a) Entre as provas de avaliação de unidades curriculares pertencentes ao mesmo

semestre do curso, não seja respeitado um intervalo de vinte e quatro horas. b) Algum estudante tiver de prestar mais do que uma prova de avaliação no mesmo dia

relativamente a provas de avaliação de unidades curriculares pertencentes a semestres diferentes.

2. Havendo sobreposição de provas de avaliação, o estudante deve apresentar-se: a) À prova da unidade curricular do ano do curso que frequenta. b) Sendo ambas do mesmo ano, deve apresentar-se à prova que foi marcada em primeiro

lugar. c) Verificando-se sobreposição entre prova escrita, prova oral e prova prática, deve

apresentar-se à prova escrita. 3. Para que possa beneficiar da possibilidade de realizar um exame no período de

avaliação de recurso como período de avaliação normal, no caso de ter havido coincidência nos termos do §1 do presente artigo quanto às datas de realização de exame, o estudante deve no início da época normal de exames comunicar à Secretaria Académica, nos termos definidos pelos serviços, que opta pela realização de um dos exames sobrepostos na época normal e transfere o outro para o período de avaliação de recurso.

4. A comunicação das situações de sobreposição na época normal de exames deve ser feita pelos estudantes, na Secretaria Académica, nos termos definidos pelos serviços, para todas as unidades curriculares, até 15 dias antes do final do período lectivo.

5. A comunicação das situações de sobreposição no período de avaliação de recurso deve ser obrigatoriamente feita pelos estudantes até 48 horas após a saída dos resultados da época normal de exames, cumprindo com o procedimento enunciado no número anterior.

6. O direito à realização dos exames sobrepostos fica condicionado à presença do estudante no exame ao qual se devia apresentar, nos termos do §2 do presente artigo.

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ARTIGO 34.º — REALIZAÇÃO DAS PROVAS DE AVALIAÇÃO

1. Durante a realização de uma prova escrita estará presente pelo menos um docente, preferencialmente da unidade curricular ou da respectiva área científica, que responde pelo normal decorrer da prova.

2. A duração das provas escritas não pode exceder as três horas, podendo o docente conceder um período de tolerância não superior a quinze minutos.

3. Os estudantes que careçam de tempo superior ao definido no número anterior devem solicitar ao Director de Departamento um regime especial, em requerimento devidamente fundamentado, entregue até três dias úteis antes do início da época de exames.

4. Pode ser autorizado a prestar prova o estudante que se apresente na sala até 30 minutos depois do seu início. O estudante a quem for concedida esta autorização não goza, por esse facto, de tempo suplementar para terminar a prova.

5. Nas provas escritas o estudante que desiste da sua realização só pode abandonar a sala depois de autorização expressa do docente e decorridos 30 minutos após o início da prova.

6. Os docentes de cada unidade curricular devem informar os estudantes sobre os elementos de consulta e equipamentos autorizados no decorrer da prova.

7. Nas provas orais e práticas deve ser constituído um júri composto por um mínimo de dois docentes, sendo pelo menos um docente da respectiva unidade curricular.

8. No 1-º ciclo de estudos a prova oral tem a duração máxima de uma hora. 9. No 2-º ciclo de estudos as provas de apreciação da dissertação, trabalho de projecto ou

relatório de estágio, tem a duração máxima de 90m. 10. A prova prática tem a duração máxima de duas horas. 11. Os estudantes convocados para uma prova oral ou prática serão considerados

faltosos se à hora marcada para o início do período definido para as provas nesse dia não responderem à respectiva chamada.

12. Durante a realização das provas individuais é vedada aos estudantes toda a comunicação entre si que, directa ou indirectamente, permita obter ou recolher informação sobre o conteúdo das mesmas, não sendo nomeadamente permitido o uso de telemóveis ou quaisquer outros equipamentos de comunicação.

13. Para prestação de qualquer prova de avaliação é obrigatória a apresentação do cartão de estudante actualizado ou excepcionalmente de qualquer outro documento de identificação legal, com fotografia.

14. Os estudantes que não apresentem tal identificação, quando solicitado, podem ser impedidos de realizar a prova.

ARTIGO 35.º — DESISTÊNCIA DE PROVAS DE AVALIAÇÃO

1. O estudante tem o direito de desistir das provas de avaliação, podendo anunciar a sua desistência desde o início da prova até ao momento em que esta é declarada finda, através de declaração escrita. Porém, se o elemento de avaliação for a prova oral é suficiente a declaração verbal.

2. A desistência produz os mesmos efeitos que uma falta (embora não passível de justificação nos termos do artigo seguinte) ao elemento de avaliação em questão.

3. A desistência implica uma classificação de zero valores no elemento de avaliação que é realizado durante o período lectivo em que decorre a avaliação contínua.

ARTIGO 36.º — FALTAS A PROVAS DE AVALIAÇÃO

1. Consideram-se causas justificativas das faltas a provas de avaliação:

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a) Falecimento de cônjuge ou unido de facto, ou de parente ou afim até ao 2º grau da linha recta ou colateral.

b) Doença infecto-contagiosa, internamento hospitalar ou outras situações incapacitantes devidamente comprovados.

c) Cumprimento de obrigações legais. 2. A justificação das faltas referidas no número anterior deve ser feita por escrito,

instruída com os respectivos documentos comprovativos e apresentada no prazo máximo de cinco dias úteis após ter cessado o impedimento do estudante.

3. Cumprido o disposto nos números anteriores, o estudante tem direito a requerer nova prova em data a definir pela Secretaria Académica ouvido o docente e direcção do departamento responsável.

4. São indeferidos os pedidos de marcação de novas datas de exame, por motivo de desistência, por indisposição física ocorrida durante a prova escrita de exame, ou por falta à prova escrita de exame, decorrente de doença, ainda que documentadas por atestado médico, porque tais situações não dão direito à realização de nova prova de exame.

ARTIGO 37.º — PUBLICAÇÃO DOS RESULTADOS DA AVALIAÇÃO

1. Os resultados de avaliação devem ser comunicados pelo docente à Secretaria Académica, nos termos e protocolo em vigor, que os processará e publicitará.

2. Nos casos em que a nota final resulta da ponderação de mais do que um elemento de avaliação, os resultados de cada um desses elementos devem ser divulgados.

3. De modo a reforçar a componente formativa de todos os tipos de elementos de avaliação realizados e descritos neste regulamento, os prazos de divulgação dos seus resultados devem ser o mais curtos possível, de preferência, não excedendo 15 dias após a realização da prova.

4. Se a decisão de comparecer a uma prova de avaliação depender de classificações anteriores, estas devem ser divulgadas com uma antecedência mínima de dois dias úteis.

5. A publicação dos resultados do período da avaliação normal deverá ser feita respeitando cinco dias consecutivos de antecedência relativamente ao momento de avaliação da unidade curricular no período de avaliação de recurso.

6. A publicação dos resultados das provas escritas das unidades curriculares com prova oral ou prática deverá ser feita com um mínimo de 48 horas de antecedência relativamente à hora marcada para a prova oral ou prática.

7. A publicação dos resultados dos períodos de avaliação deverá ser feita no prazo de cinco dias úteis após o termo do respectivo período.

ARTIGO 38.º — CONSULTA DE PROVAS

1. Os estudantes têm o direito de consultar a correcção de qualquer prova escrita e trabalho ou projecto por si realizado, bem como serem esclarecidos sobre os critérios de correcção, não sendo, admitido recurso hierárquico ou outro com a finalidade de submeter o exame à reavaliação e reclassificação por outrem.

2. A consulta da correcção decorrerá individualmente, na presença de um elemento do corpo docente responsável pela unidade curricular.

3. A consulta deverá ser solicitada até 15 (quinze) dias após a publicação da classificação final do respectivo período de avaliação.

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ARTIGO 39.º — CLASSIFICAÇÃO DAS UNIDADES CURRICULARES

1. A fórmula de cálculo da classificação final da unidade curricular é definida na respectiva ficha, devendo especificar-se os elementos de avaliação a aplicar nos diferentes períodos de avaliação.

2. Têm aprovação na unidade curricular os estudantes que obtenham uma classificação final igual ou superior a 10 valores.

3. As classificações dos elementos de avaliação de cada unidade curricular são expressas na escala numérica de 0 a 20 valores.

4. A classificação final da unidade curricular é expressa na escala numérica inteira de 0 a 20 valores.

5. O docente responsável da unidade curricular deve assinar as respectivas pautas no prazo de cinco dias úteis após o termo do período em que se realizou a avaliação.

6. Nas pautas finais deverá ser lançada a classificação final da unidade curricular, ou Faltou, Desistiu, Anulado, de acordo com a situação verificada.

ARTIGO 40.º — MELHORIA DE CLASSIFICAÇÃO

1. O estudante que pretender melhorar a classificação final de qualquer unidade curricular poderá fazê-lo na época de recurso do respectivo semestre do mesmo ano lectivo ou no mesmo semestre do ano subsequente àquele em que tiver obtido aprovação na unidade curricular em causa, caso ela se mantenha em funcionamento.

2. Os estudantes não perdem o direito a efectuar melhorias de nota pelo facto de se encontrarem em situação de mobilidade, podendo melhorar as suas classificações nas duas épocas de exame seguintes à data de regresso da situação de mobilidade, mesmo que se trate de unidades curriculares cuja avaliação decorreu no ano lectivo anterior ao da mobilidade.

3. A classificação final é a mais elevada das classificações obtidas. 4. Para a melhoria de classificação o estudante terá de se submeter a todos os elementos de

avaliação definidos, para esse tipo de avaliação, pelo docente, na ficha da unidade curricular.

5. A inscrição em prova escrita para melhoria de classificação deve ser requerida nos mesmos prazos estabelecidos para as restantes provas, mediante requerimento apresentado na Secretaria Académica da UPT.

6. Para requerer melhoria de classificação é necessária a verificação cumulativa dos seguintes requisitos:

a) Obtenção de aprovação na unidade curricular em causa, por prova realizada na UPT e não através de equivalência.

b) Obtenção de aprovação na unidade curricular em causa há menos de um ano. c) Não realização anterior de melhoria de classificação na unidade curricular em

causa. d) Cumprimento prévio das condições administrativas para o acto.

ARTIGO 41.º — CLASSIFICAÇÃO FINAL

1. A classificação final de um estudante num curso corresponde à média pesada das classificações obtidas nas várias unidades curriculares, de acordo com o seu peso relativo em ECTS, salvo o expressamente indicado nas normas regulamentares do curso.

2. A classificação final do estudante é expressa no intervalo de 10 a 20, da escala numérica inteira de 0 a 20 excepto nos casos previstos na lei (por exemplo, concurso de colocação de professores) onde pode ser calculada até às milésimas.

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3. Às classificações finais de graduação é associada uma menção qualitativa com quatro classes:

a) 10 a 13 - Suficiente. b) 14 e 15 - Bom. c) 16 e 17 - Muito bom. d) 18 a 20 - Excelente.

ARTIGO 42.º — ESCALA EUROPEIA DE COMPARABILIDADE DE CLASSIFICAÇÕES

A aplicação da escala europeia de comparabilidade de classificações segue o disposto no DL 42/2005 de 22 de Fevereiro.

ARTIGO 43.º — NOMEAÇÃO, COMPOSIÇÃO E PRESIDÊNCIA DOS JÚRIS DE PROVAS

1. Compete à Direcção do Departamento nomear os júris de provas para as unidades curriculares que integram o respectivo plano de estudos e que incluem como elementos de avaliação provas orais e práticas, dando disso conhecimento ao Conselho Científico.

2. Os júris integrarão sempre o regente da unidade curricular e, pelo menos, mais um elemento sempre que possível da mesma área de conhecimento.

3. A presidência dos júris compete sempre ao docente que na hierarquia académica ocupa a posição mais elevada.

ARTIGO 44.° — FRAUDES

1. A fraude cometida em qualquer prova de avaliação implica a anulação da avaliação nesse período de avaliação.

2. Verificada a fraude, o docente deve terminar a prova do estudante escrevendo anulada na prova e, caso se justifique, comunicar o facto ao Director do Departamento, o qual, dependendo da gravidade do facto ocorrido, o remeterá ao Reitor para efeitos disciplinares tendo o estudante direito ao exercício do contraditório.

3. Comprovada a fraude, o estudante ficará sujeito às sanções disciplinares determinadas de acordo com o número anterior.

ARTIGO 45..º — DIPLOMAS

1. O grau de licenciado é titulado por um diploma a emitir pelos serviços académicos da Universidade Portucalense, no prazo máximo de 20 dias após a sua requisição pelo interessado.

2. A Carta de Curso será emitida pelos serviços respectivos da Reitoria da Universidade Portucalense, no prazo máximo de um ano, após a sua requisição pelo interessado.

3. O Suplemento ao diploma será emitido pelos serviços académicos da Universidade Portucalense, no prazo máximo de 20 dias após a sua requisição pelo interessado. O Suplemento ao diploma só pode ser requisitado após conclusão de todas as épocas de avaliação do ano lectivo de conclusão do plano de curso.

ARTIGO 46..º — PROCESSO DE ACOMPANHAMENTO PELOS ÓRGÃOS PEDAGÓGICO E CIENTÍFICO

1. Nos termos dos Estatutos da UPT e no que concerne ao acompanhamento dos cursos de Licenciatura, compete:

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a) ao Conselho Científico deliberar sobre a orientação pedagógica e os métodos de ensino e aprovar o plano de estudos, mediante proposta da Direcção de Departamento;

b) ao Conselho Pedagógico apreciar a orientação pedagógica definida pelo Conselho Científico, emitindo pareceres sobre a sua adequação aos fins da UPT e apresentar propostas para a sua alteração, quando for caso disso.

CAPÍTULO 5 — ESTUDANTES

ARTIGO 47..º — REGIMES ESPECIAIS

1. Para efeitos do disposto neste regulamento, consideram-se regimes especiais os seguintes:

a) Estudantes em mobilidade. b) Trabalhadores-estudantes. c) Dirigentes associativos jovens. d) Militares. e) Estudantes com necessidades educativas especiais. f) Estudantes com estatuto de atletas de alta competição. g) Mães e pais estudantes e grávidas.

2. Por despacho do Reitor, podem ser contempladas, a título excepcional, situações especiais não previstas no número anterior.

3. A Secretaria Académica entregará a cada docente, após o período de inscrições nas unidades curriculares, a lista dos estudantes com regime especial nelas inscritos. Nas listas de discentes disponibilizadas aos docentes constará o seu estatuto ou a sua alteração.

4. Para poder beneficiar dos direitos estabelecidos neste regulamento, deverá o estudante com regime especial requerer o respectivo estatuto na Secretaria Académica, comprovando a sua qualidade, dentro dos prazos estabelecidos para o efeito, de acordo com o Regulamento Administrativo.

5. Os direitos dos estudantes com regimes especiais cessam imediatamente no semestre em causa quando se comprove a omissão de dados, a falsificação de documentos e a prestação de falsas declarações relativamente aos factos de que depende a concessão do estatuto ou a factos constitutivos de direitos, bem como quando tenham sido utilizados para fins diversos.

ARTIGO 48.º — TRABALHADOR-ESTUDANTE

1. Considera-se trabalhador-estudante todo o estudante da UPT que se encontre numa das seguintes situações:

a) Seja trabalhador por conta de outrem ao serviço de uma entidade pública ou privada.

b) Seja trabalhador por conta própria. c) Frequente um curso de formação profissional ou programa de ocupação temporária

de jovens, desde que com duração igual ou superior a seis meses. 2. Não perdem o direito ao estatuto de trabalhador-estudante aqueles que, estando por ele abrangidos, sejam entretanto colocados numa situação de desemprego involuntário e esteja

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inscrito em centro de emprego, sabendo-se que este direito refere-se apenas ao ano lectivo em que se encontram inscritos.

ARTIGO 49.º — REGALIAS DO TRABALHADOR-ESTUDANTE

1. Para efeitos de avaliação nas unidades curriculares que incluem a assiduidade como elemento de avaliação, os trabalhadores-estudantes não estão sujeitos a este elemento. Este elemento deverá ser substituído por outro, conforme o estabelecido pelo docente na ficha da unidade curricular. 2. O trabalhador-estudante pode ainda:

a) Requerer e realizar exames no período de avaliação especial. b) Inscrever-se em mais unidades curriculares, após a realização do período de

avaliação especial, desde que tenha obtido aprovação nos exames e não exceda o número de ECTS definido no artigo 8º.

ARTIGO 50.º — CESSAÇÃO DAS REGALIAS DO TRABALHADOR-ESTUDANTE

No semestre subsequente àquele em que cessaram os direitos previstos neste regulamento, pode ao trabalhador-estudante ser novamente concedido o exercício dos mesmos.

ARTIGO 51.º — DIRIGENTE ASSOCIATIVO JOVEM

1. Considera-se dirigente associativo jovem todo o estudante que: a) Seja eleito membro dos órgãos sociais da associação de estudantes da UPT, inscrita

no Registo Nacional do Associativismo Jovem (RNAJ), cabendo à direcção da associação, nos termos dos estatutos da associação, comunicar quais os dirigentes que gozam do respectivo estatuto.

b) Seja eleito membro dos órgãos sociais de outras associações de estudantes reconhecidas pela UPT.

c) Seja eleito representante estudantil nos diversos órgãos da UPT. 2. O número de dirigentes que beneficiam do presente estatuto será estabelecido de acordo

com a lei reguladora do regime jurídico do associativismo jovem. 3. O presente estatuto é aplicável com as devidas adaptações aos bolseiros da UPT.

ARTIGO 52.º — REGALIAS DO DIRIGENTE ASSOCIATIVO JOVEM

1. O dirigente associativo jovem goza dos seguintes direitos: a) Relevação das faltas, quando motivadas pela comparência em reuniões dos órgãos a

que pertençam, no caso de estas coincidirem com o horário lectivo. b) Relevação de faltas às actividades lectivas motivadas pela comparência em actos de

manifesto interesse associativo. c) Requerer até cinco exames em cada ano lectivo, para além dos exames nos períodos

de avaliação normal e de recurso, com um limite máximo de dois por unidade curricular.

d) Adiar a apresentação de trabalhos e de relatórios escritos, mediante acordo prévio com o docente.

e) Realizar, em data a fixar pela Direcção do Departamento e com o acordo do professor, as provas escritas a que não tenha podido comparecer devido ao exercício de actividades associativas inadiáveis.

2. A relevação de faltas depende da apresentação à Direcção do Departamento de documento comprovativo da comparência nas actividades referidas nas alíneas a) e b)

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do n.º 1. À Direcção do Departamento compete informar o docente das faltas justificadas.

3. Para usufruir das regalias previstas no § 1 do presente artigo é necessário que o estudante tenha estado inscrito às unidades curriculares respectivas no semestre anterior e tenha realizado nova inscrição no semestre em curso.

4. Para efeito do disposto na alínea e) do § 1, o estudante que seja dirigente associativo obriga-se a, no prazo de quarenta e oito horas a partir do momento em que tenha conhecimento da actividade associativa, entregar documento comprovativo da mesma.

5. Os dirigentes associativos jovens podem exercer os seus direitos, ininterruptamente e por sua opção, durante o mandato e no prazo de um ano após o termo do mesmo, desde que este prazo não seja superior ao tempo em que foi efectivamente exercido o mandato.

ARTIGO 53.º — REGALIAS DOS MILITARES

1. Para efeitos de avaliação nas unidades curriculares que incluem a assiduidade como elemento de avaliação, os militares não estão sujeitos a este elemento. Este elemento deverá ser substituído por outro, conforme o estabelecido pelo docente na ficha da unidade curricular.

2. O militar pode ainda alterar os prazos para a apresentação e entrega de trabalhos e relatórios escritos, com o acordo do docente.

ARTIGO 54.º — ESTUDANTES COM NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS

1. Considera-se estudante com necessidades educativas especiais: a) O portador, comprovado por atestado médico, de afecções físicas ou psíquicas,

temporárias ou permanentes, que, dadas as suas especificidades, recomendam o recurso a procedimentos solidários na comunidade escolar, de modo a serem assegurados o respeito pela diferença e a igualdade de oportunidades.

b) O portador de problemas de visão (cegueira ou baixa cegueira), de audição (surdez severa ou profunda), motores, de comunicação, de linguagem e de fala, emocionais ou de personalidade, e de saúde física.

ARTIGO 55.º — REGALIAS DO ESTUDANTES COM NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS

1. Quanto às condições de frequência: a) Poderá haver reserva permanente de lugar em salas de aula para o estudante

abrangido por este estatuto. b) Poderão ser feitas gravações das aulas, desde que estas sejam usadas unicamente

para fins escolares. 2. Ao estudante abrangido pelo presente estatuto é conferida a possibilidade de ter uma avaliação sob forma e condição mais adequadas à sua situação. Assim, sob proposta da Direcção do Departamento, o Conselho Pedagógico poderá conceder aos estudantes abrangidos pelo presente estatuto, entre outras, as seguintes regalias:

a) Para efeitos de avaliação nas unidades curriculares que incluem a assiduidade como elemento de avaliação, podem não estar sujeitos a este elemento caso o desejem e o declarem por escrito. Este elemento será substituído por outro, conforme o estabelecido pelo docente na ficha da unidade curricular.

c) Alteração pontual das datas das provas de avaliação, que serão realizadas em data a fixar pela Direcção do Departamento com o acordo do docente.

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d) Alteração dos prazos para a apresentação e entrega de trabalhos e relatórios escritos, com o acordo do docente.

e) Substituição das provas escritas por trabalhos ou provas orais, mediante indicação do Conselho Pedagógico.

f) Aumento do tempo concedido para a realização das provas escritas ou práticas numa percentagem a definir pelo Conselho Pedagógico.

g) Adaptação de enunciados relativos a elementos de avaliação à deficiência em causa. 3. O Conselho Pedagógico poderá ainda especificar outras regalias conforme a deficiência, a requerimento do estudante.

ARTIGO 56.º — ATLETAS DE ALTA COMPETIÇÃO

1. Beneficiam deste estatuto os estudantes abrangidos pelos diplomas legais aplicáveis aos atletas de alta competição, considerando-se como tal todos aqueles que constarem do registo organizado pelo Instituto do Desporto.

2. Cabe ao Instituto do Desporto comunicar, no início do ano lectivo, à UPT a integração de estudantes seus no sistema de alta competição.

ARTIGO 57..º — REGALIAS DOS ATLETAS DE ALTA COMPETIÇÃO

1. Os estudantes abrangidos com o estatuto de atletas de alta competição gozam dos seguintes direitos:

a) Alteração das datas das provas de avaliação coincidentes com o período de preparação e participação em competições desportivas; a nova data será fixada pela Direcção de Departamento com o acordo do docente.

b) Para efeitos de avaliação nas unidades curriculares que incluem a assiduidade como elemento de avaliação, podem não estar sujeitos a este elemento caso o desejem e o declarem por escrito. Este elemento será substituído por outro, conforme o estabelecido pelo docente na ficha da unidade curricular.

2. A inscrição para a realização de provas em novas datas deverá ser apresentada na Secretaria Académica em impresso próprio. 3. O estudante atleta de alta competição deverá apresentar, até quinze dias após o período de avaliação, a declaração comprovativa de impedimento emitida pelo Instituto do Desporto.

ARTIGO 58.º — MÃES E PAIS ESTUDANTES E GRÁVIDAS

1. É estudante beneficiária deste estatuto a aluna que se encontrar grávida e apresentar na Secretaria Académica um atestado médico em que se declare a gravidez e o tempo de gestação; e, no caso de maternidade, a aluna que se encontrar no período de licença de parto e apresentar um documento oficial, atestando a sua situação, passado pelo serviço de saúde que a assistiu.

2. Beneficiam também deste estatuto todos os estudantes (pais e mães) cujos filhos tenham até três anos de idade, fazendo prova da sua situação mediante a exibição da respectiva cédula pessoal.

3. São ainda contemplados, com as devidas adaptações, os casos de adopção.

ARTIGO 59.º — REGALIAS DE MÃES E PAIS ESTUDANTES E GRÁVIDAS

1. Os estudantes abrangidos por este estatuto possuem os seguintes direitos:

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a) Substituição da avaliação contínua por trabalhos escritos ou por provas orais/escritas, nas unidades curriculares que o permitam, desde que o docente da unidade curricular esteja de acordo.

b) Para efeitos de avaliação nas unidades curriculares que incluem a assiduidade como elemento de avaliação, as mães em licença de parto podem não estar sujeitos a este elemento caso o desejem e o declarem por escrito. Este elemento será substituído por outro, conforme o estabelecido pelo docente na ficha da unidade curricular.

c) Para efeitos de avaliação nas unidades curriculares que incluem a assiduidade como elemento de avaliação, as faltas às actividades lectivas, sempre que justificadas, para consultas pré-natais, amamentação, doença e assistência a filhos, não devem ser consideradas.

d) Adiamento da apresentação e entrega de trabalhos nas situações referidas na alínea anterior.

ARTIGO 60.º — REGALIAS ESPECIAIS DA ESTUDANTE GRÁVIDA

1. A estudante grávida tem ainda o direito à antecipação ou ao adiamento da realização das provas de avaliação, desde que estas coincidam com o período (efectivo ou previsível) de licença de parto, mediante requerimento apresentado na Secretaria Académica e dirigido à Direcção de Departamento. As novas datas serão fixadas pela Direcção do Departamento com o acordo do docente.

2. No decurso das actividades lectivas, nas diversas unidades curriculares, deverão apenas ser pedidos exercícios que a estudante grávida possa executar sentada, caso esta o solicite expressamente.

CAPÍTULO 6 — DISPOSIÇÕES FINAIS

ARTIGO 61.º — LACUNAS E DÚVIDAS DE INTERPRETAÇÃO E APLICAÇÃO

Os casos omissos e as dúvidas de interpretação e aplicação do presente regulamento serão resolvidos pelo Conselho Pedagógico, ouvida a Reitoria.

ARTIGO 62.º — ENTRADA EM VIGOR E REVISÃO

1. O presente regulamento revoga os anteriores Regulamento Pedagógico e Regulamento de Avaliação de Competências e demais regulamentação sobre esta matéria até aqui em vigor na UPT.

2. O presente regulamento entrará em vigor no ano lectivo 2009/2010.