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RELAÇÃO ENTRE O EVA ® E OS INVESTIMENTOS EM RESPONSABILIDADE
SOCIAL COORPORATIVA DAS INSTITUIÇÕES BANCÁRIAS DO B RASIL NO
PERIODO DE 1997 A 2006
Autor:
SÉRGIO RAMOS FIGUEIREDO (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS) RESUMO
Uma questão que sempre acompanha o tema Responsabilidade Social é o seu relacionamento com desempenho econômico-financeiro das empresas, ou seja, as atitudes sociais adotadas pelas organizações podem ou não gerar um melhor resultado financeiro. O presente trabalho realizou análises dos Indicadores Sociais Balanço Social e o desempenho do EVA® (Economic Value Added) das instituições bancárias do Brasil no período de 1997 a 2006, buscou-se verificar empiricamente as relações existentes entre os investimentos sociais internos, externos e ambientais com o EVA® (Economic Value Added). Dessa forma utilizou-se da metodologia de avaliação quantitativa com o emprego da técnica de regressão múltipla procurando descrever e compreender a suposta existência de relacionamento entre essas variáveis. Dividiu-se a análise em duas partes na primeira montou-se uma regressão múltipla para cada um dos bancos, na segunda construiu-se uma regressão que fez uso em conjunto todos os dados dos vários bancos da amostra. Temos que, do total dos modelos montados 63%, rejeitaram a hipótese de relacionamento entre as variáveis, apenas 37%, aceitaram a hipótese de relacionamento entre as variáveis. A partir dos resultados encontrados pode-se notar que os investimentos em Responsabilidade Social não explicam de forma significativa em uma melhora no desempenho do Valor Econômico Agregado dos bancos, embora a Responsabilidade Social não explique o desempenho do EVA® (Economic Value Added), os modelos de regressão montados não demonstraram relacionamento negativo entre os Indicadores Sociais e o EVA® (Economic Value Added). Palvras-chave: Indicadores Responsabilidade Social, Valor Econômico Agregado.
1 INTRODUÇÃO
Desenvolvimento social é um tema que vem ganhando foco no em todo o mundo, a
cada dia fica mais claro para a sociedade a importância de se cobrar
Responsabilidade Social-Ambiental das empresas.
Com a internacionalização dos mercados, ocorreram grandes mudanças no
comportamento dos consumidores em todo mundo que passaram a exigir das
2
empresas uma postura social e ambientalmente correta. Esta mudança no
comportamento fez com que os executivos e empresários adotassem um novo
posicionamento para as organizações.
Kroetz (2000, p.107), defensor da idéia de investimento em Responsabilidade Social,
ressalta que:
... o investimento efetuado na questão ambiental e social vem prevenir possíveis gastos adicionais, perdas, desperdícios e multas, além de melhorar a qualidade de vida da população e do pessoal interno. Por conseguinte, melhora a imagem e a qualidade do produto e da entidade, podendo inclusive aumentar a produtividade e a lucratividade.
São vários os ganhos empresariais a partir da Responsabilidade Social, afirmam
Schroder e Lorenço (2007). Ganhos com imagem e em vendas, valorização da
empresa na sociedade e no mercado, geração de mídia espontânea, isenção fiscal,
maior empenho e motivação dos funcionários e o principal dentre esses, são os
ganhos sociais com a mudança do comportamento da sociedade.
Arantes (2006), teve como objetivo principal apresentar a relação entre o
investimento em Responsabilidade Social e o desempenho econômico das
empresas. Foi analisada a valorização das ações negociadas na bolsa de valores de
Nova Iorque e São Paulo comparando a valorização das empresas que investiram
em Responsabilidade Social e as que não efetuaram esses investimentos. O autor
concluiu que as empresas que demonstram ser socialmente responsáveis tiveram
valorização das ações acima das empresas que não investiram em
Responsabilidade Social.
Pressupõe-se que as instituições, ao adotarem a sustentabilidade como prática
inserida no negócio, conquistam o mercado internacional e a preferência, gerando
assim uma maior valorização das ações.
Marques (2001), em seu estudo, procurou demonstrar se as ações das empresas
que estão no índice “Dow Jones Sustainability Global” tem melhor desempenho que
as ações das instituições que pertencem ao índice “Dow Jones Global”. O autor
concluiu que as empresas do índice “Dow Jones Sustainability Global” obtiveram
3
maior valorização das ações que as empresas pertencentes ao índice “Dow Jones
Global”.
Verificando empiricamente as relações existentes entre os investimentos sociais
internos, externos e ambientais com o Economic Value Added (EVA®) termo em
inglês para Valor Econômico Agregado, Bernardo et tal (2005), revelou em seu
estudo que os investimentos sociais internos e ambientais apresentam uma relação
direta com a criação de valor para os acionistas. Porém, os investimentos sociais
externos demonstraram uma relação inversa com a geração de valor para os
acionistas.
Esses autores em seus trabalhos concluíram que, os investimentos sociais efetuados
pelas empresas influenciaram tanto na valorização das ações, quanto na geração de
valor para os acionistas, demonstrando assim que investimentos em
Responsabilidade Social são extremamente úteis para as organizações.
Autores como Guimarães e Leite Filho (2006) e Calil (2006), obtiveram resultados
diferentes dos apresentados até aqui. Guimarães e Leite Filho (2006) analisaram se
as empresas consideradas modelo de Responsabilidade Social teriam um
desempenho econômico financeiro diferente das empresas não modelo, chegando
ao resultado em seu estudo de que a Responsabilidade Social não é um fator
diferencial para a obtenção de diferentes resultados econômico–financeiros.
Calil (2006), buscou um entendimento quanto à possível existência de um impacto
positivo no desempenho das empresas correlacionado com a adoção de uma
estratégica focada em práticas socialmente responsáveis. Averiguou que não há
diferença significativa de desempenho, ou seja, o posicionamento social não é
certificado como diferencial competitivo e fator determinante para o desempenho.
O mesmo, em seus estudos concluiu que a Responsabilidade Social, não é um fator
que proporciona influência expressiva no desempenho financeiro da organização.
4
Segundo Kono (2006), o ponto positivo para as empresas que empregam o
desenvolvimento sustentável, a preocupação das instituições financeiras em buscar
não conceder créditos a projetos empresariais que não adotam as práticas de
sustentabilidade empresarial.
Ainda Kono (2006), atualmente, o financiamento de projetos empresariais,
desempenha um papel importante no desenvolvimento financeiro em todo o mundo.
Os bancos ao proporcionarem financiamentos empresariais, têm se deparado com
questões de política ambiental e social, principalmente em países emergentes como
o Brasil.
Em seu trabalho Kono (2006), o que os bancos têm notado é que, enquanto
financiadores, o seu papel é proporcionar oportunidades significativas de promoção
de gestão ambiental e desenvolvimento com Responsabilidade Social.
Com essa preocupação, em 2003, dez instituições financeiras de vários países do
mundo, que procuravam garantir que os projetos por elas financiados fossem
desenvolvidos de forma socialmente responsáveis, criaram “Os Princípios do
Equador”.
O Principio do Equador são acordos firmados entre várias instituições financeiras do
mundo, que buscam a adoção voluntária de critérios de Responsabilidade Social e
ambiental para concessão de créditos. Pelo acordo, as instituições financeiras se
comprometem a fazer uma avaliação crítica dos projetos que não atendam às
melhores práticas de sustentabilidade.
Em seu trabalho Kono (2006) diz que supondo que as instituições financeiras
brasileiras têm tomado consciência da importância das questões sócio-ambientais. O
que é percebido pela adesão por parte de seis dos dez maiores bancos do mercado
brasileiro, aos Princípios do Equador, tornando o Brasil o país líder, entre os
emergentes, em número de signatários.
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Busca-se descobrir e compreender a relação entre os investimentos em
responsabilidade Sócio–Ambiental e o retorno financeiro das instituições bancárias
do Brasil. Escolheu-se esse tipo de instituição como objeto do nosso estudo, pelo
papel importante que os bancos exercem no desenvolvimento financeiro e
econômico do país.
A Justificativa desse trabalho se dá pela demonstração detalhada da verdadeira
ralação entre desenvolvimento econômico e os investimentos sociais, utilizando-se
de ferramentas estatística buscou-se provar que os investimentos sociais acarretam
na elevação econômica dos bancos.
Sobre o aspecto econômico das instituições bancárias, entendeu-se que o Valor
Econômico Agregado (EVA®) poderia ser o indicador que evidenciasse os retornos
gerados pelos investimentos efetuados pelos acionistas, por ser um instrumento
capaz de resumir todas as considerações essenciais relativas ao risco, rentabilidade
e ao custo de oportunidade dos acionistas.
O EVA® demonstra se a empresa está ganhando mais do que o custo de capital
mínimo exigido pelos acionistas. Permite também que o administrador saiba
exatamente se a sua administração está criando ou destruindo riqueza para os
acionistas.
Diante do exposto, a situação problema a ser analisada foi verificar qual a relação
entre os investimentos em Responsabilidade Social Empresarial e o Valor
Econômico Agregado das instituições bancárias do Brasil.
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 Responsabilidade Social Empresarial
O termo Responsabilidade Social vem assumindo as mais variadas definições
conceituais. Temos aqui o conceito dado pelo Instituto Ethos:
6
A Responsabilidade Social das Empresas é a coerência ética nas práticas e relações com seus diversos públicos, contribuindo para o desenvolvimento contínuo das pessoas, das comunidades e dos relacionamentos entre si e com o meio ambiente. Ao adicionar às suas competências básicas a conduta ética e socialmente responsável, as empresas conquistam o respeito das pessoas e das comunidades atingidas por suas atividades, o engajamento de seus colaboradores e a preferência dos consumidores.
O Instituto Ethos defende o pensamento de que as empresas que tenham atitudes
éticas com o público ganham o respeito e a preferência destes.
Responsabilidade Social Empresarial consiste em:
Gerar renda e emprego distribuídos de forma mais eqüitativa do que vem ocorrendo, a todos os envolvidos em sua geração, propiciando àqueles que estão afastados de seus postos de trabalho e do mercado, perspectivas de ingresso neste (...). As empresas devem satisfazer adequadamente às demanda de seus clientes e de seus parceiros nos negócios e atividade e especialmente divulgar e dar transparência aos agentes sociais e a toda a sociedade de suas inserções no contexto das relações econômicas, financeiras, sociais, ambientais e de responsabilidade pública (TINOCO, 2001, P. 114).
Nessa definição apresentada por Tinoco, a organização, carece ser mais justa e
mais transparente a toda a sociedade. Czinkota (2001, p.50 apud MARQUES, 2001 ,
p.2), entende que, “Responsabilidade Social é o conjunto de filosofias, políticas,
procedimentos e ações adotas pela organização dentro e fora da empresa com a
intenção primordial de melhorar o bem estar social”. Oliveira (1984, p.205 apud
Guimarães e Leite Filho, 2006, p.3), define que Responsabilidade Social “é a
capacidade que a empresa tem de colaborar com a sociedade, considerando seus
valores, normas e expectativas para o alcance de seus objetivos”
Sobre Responsabilidade Social, é observada da seguinte forma:
Um dos maiores desafios que o mundo enfrenta nesse novo milênio é fazer com que as forças de mercado protejam e melhorem a qualidade do ambiente, com a ajuda de padrões baseados no desempenho e uso criterioso de instrumentos econômicos, num quadro harmonioso de regulamentação. O novo contexto econômico caracteriza-se por uma rígida postura dos clientes, voltadas à expectativa de interagir com organizações que sejam éticas, com boa imagem institucional no mercado, e que atuem de forma ética (TACHIZAWA, 2006, P.23).
Sobre as vantagens de uma empresa socialmente responsável Pitangueira et al
(2002) diz que, “existindo a coerência ética nas práticas e nas relações com seus
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diversos públicos à empresa ganha confiança dos consumidores melhorando sua
imagem e aumentando as vendas”.
Com uma visão contrária às definições apresentadas aqui, Aragão (2000, apud
KARKOTLI, 2002, p. 20), defende que há uma e apenas uma Responsabilidade
Social para a empresa que é usar seus recursos e sua força em atividades
destinadas a acrescer seus lucros, contanto que obedeça às regras do jogo com
uma competição aberta e livre, sem enganos e fraudes.
Com a opinião de que a empresa tem interesses econômicos na Responsabilidade
Social (Certo; Peter, 1993, p.29), definem Responsabilidade Social como, “o grau em
que os administradores de uma organização realizam atividades que protejam e
melhoram a sociedade além do exigido para atender aos interesses econômicos e
técnicos da organização". Para esses dois autores a Responsabilidade Social é um
meio, dentro os vários, que a empresa pode maximizar sua riqueza gerada e
melhorar seu desempenho.
Observando todos esses conceitos podemos resumir que responsabilidades sociais
são atitudes éticas e morais adotadas pela empresa com o objetivo principal de
tornar melhor a relação com todos os agentes que são afetados por ela de certa
forma, sejam eles fornecedores, clientes, acionistas, credores, empregados ou
sociedade, mas que tais atitudes sejam além das já exigidas por lei.
Notamos que o papel das organizações empresariais é de suma importância para o
desenvolvimento social. Borba (2005) diz que, a discussão que existe sobre os
investimentos em Responsabilidade Social e o seu desempenho financeiro é toda
cercada por um debate acadêmico sobre qual a função-objetivo da empresa.
Silveira et al (2005), destaca duas correntes ideológicas, a teoria da maximização da
riqueza para os acionistas, que defende que as decisões corporativas sejam
tomadas visando sempre maximizar o valor da empresa, e a teoria do equilíbrio dos
interesses dos stakeholders, que defende que as decisões sejam tomadas para
equilibrar e satisfazer os interesses de todos públicos envolvidos com a corporação.
8
A respeito sobre do retorno dos investimentos sociais Neto expõe em seu trabalho
que:
O investimento se torna atrativo para o acionista somente quando a remuneração oferecida for suficiente para remunerar o custo de oportunidade do capital próprio aplicado no negocio. O valor da empresa excederia ao da realização de seus ativos, indicando esse resultado adicionado uma agregação de riqueza pelo mercado conhecida por goodwill, (ASSAF NETO, 2001, P.242).
Para o cálculo do EVA® é necessário o conhecimento do custo total de capital da
empresa, o qual é determinado pelo custo de cada fonte de financiamento
ponderado pela participação do respectivo capital no total do investimento realizado
(ASSAF NETO, 2005, p.180).
De acordo com Alves e Licks (p. 7, 1998), “a legislação brasileira já inclui os custos
de capital de terceiros (despesas financeiras) no resultado operacional líquido, a
equação seria a seguinte”:
EVA® = LOLAI – (CCP% * PL)
Onde:
LOLAI = Lucro Operacional Líquido após os Impostos;
CCP% = Custo de Capital Próprio (em porcentagem);
PL = Patrimônio Líquido.
Considerou-se a Taxa SELIC (Sistema Especial de Liquidação e Custódia) do
Governo Federal como custo de capital próprio mínimo exigido pelos acionistas, já
que o investimento do acionista revela atratividade econômica somente quando a
remuneração oferecida for suficiente para remunerar o custo de oportunidade do
capital próprio aplicado no negócio.
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3 ASPECTOS METODOLÓGICOS
Quanto ao aspecto metodológico, utilizou-se da metodologia de avaliação
quantitativa. A escolha por este método foi sugerida por utilizar-se de instrumentos
estatísticos no tratamento dos dados. Conforme Longaray et al (2003) “essa
metodologia é muito utilizada nos estudos descritivos que buscam descobrir e
classificar as relações entre duas ou mais variáveis”.
A estratégica de pesquisa documental teve como principais fontes: teses, livros,
monografias, artigos e internet. Os principais tipos de documentos analisados para
coleta de dados foram: publicações anuais das Demonstrações Contábeis que
utilizamos para estimar o Valor Econômico Agregado e as publicações do Balanço
Social que foram utilizadas para mensurar o valor dos investimentos em
responsabilidade sócio–ambiental.
O universo da pesquisa foram todas as empresas do setor financeiro do Brasil, que
publicaram seus Balanços Sociais de acordo com o modelo IBASE (Instituto
Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas). A utilização do modelo IBASE foi de
suma importância por facilitar a coleta de dados e principalmente por padronizar os
investimentos das empresas em responsabilidade sócio-ambiental.
Empregaram-se os dados constantes nos Balanços Sociais dos anos de 1996 até o
ano de 2006. Porém, no Brasil, poucas empresas publicam o Balanço Social
anualmente, desde 1996, ano em que foi concebido pelo IBASE.
Foram obtidos dados de quatorze bancos, sendo o Banco do Brasil a empresa em
que conseguimos o maior número de publicações consecutivas do Balanço Social e
o Banco Rural com o menor número de publicações. O quadro 01 demonstra os
anos dos Balanços Sociais de cada banco.
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Banco do Brasil 1997 a 2006
Banco Itaú 1998 a 2006
Unibanco 2000 a 2006
Bradesco 2001 a 2006
Banco Santander 2001 a 2006
Banco do Estado do Rio Grande do Sul 2000 a 2005
BNDES 2001 a 2005
Banco Amazonas 2001 a 2004
Banco do Nordeste 2002 a 2005
Caixa Econômica Federal 2003 a 2006
Banco de Brasília 2005 e 2006
HSBC 2004 e 2005
Banco do Estado de Santa Catarina 2005 e 2006
Banco Rural 2003
Quadro 01 – Ano de Publicações dos Balanços Sociais Fonte: Intituto Ethos
Após a coleta dos Balanços Sociais na página eletrônica do IBASE, recolheu-se no
site dessas empresas, as Demonstrações Contábeis dos referentes anos, para
estimar-se o Valor Econômico Agregado (EVA®) de cada empresa.
Os valores dos três grupos do Balanço Social, foram considerados como variáveis
explicativas Indicadores Sociais Interno (ISI), Indicadores Sociais Externos (ISE) e
Indicadores Sociais Ambientais (ISA) para o modelo de regressão múltipla.
O EVA® mensurado foi o resultado do lucro operacional após impostos subtraídos do
custo de capital próprio dos acionistas (Alves e Lincks, 1998), em seguida extraiu-se
do Balanço Social os Indicadores Sociais Internos, Externos e Ambientais.
Logo após determinamos o Valor Econômico Agregado e os Indicadores Sociais do
Balanço Social, procuramos descrever e compreender a suposta existência de uma
relação entre essas variáveis, para isso foi utilizada uma técnica denominada
regressão.
Dividiu-se a análise em duas partes: na primeira montou-se uma regressão múltipla
para cada um dos bancos que proporcionasse dados consecutivos em um período
11
superior a quatro anos, na segunda construiu-se uma regressão que fez uso em
conjunto todos os dados dos vários bancos da amostra.
A análise de regressão tem como consequência uma equação matemática que
apresenta os relacionamentos entre duas ou mais variáveis. O seu objetivo consiste
em estimar valores de uma variável, chamada dependente (EVA®), com base nos
valores conhecidos de outra, denominada variável independente (ISI, ISE e ISA)
coletadas dos Balanços Sociais das empresas selecionadas.
Após terem sido coletados, registrados, classificados e organizados todos os dados,
esses foram processados empregando o software Microsoft Excel®, utilizando a
ferramenta análise de Regressão Linear Múltipla.
Para que os testes estatísticos tenham plena validade, é necessário que o modelo
siga alguns pressupostos econométricos básicos referentes à regressão. Neste
trabalho trataremos os principais pressupostos que são: autocorrelação serial,
homocedasticidade ou heterocedasticidade e da normalidade.
Na autocorrelação os resíduos não devem ser correlacionados uns com os outros.
Utilizamos o Teste de Durbin – Watson (DW) e o gráfico de plotagem de resíduos
para que detectar se há presença de autocorrelação.
Para o pressuposto da homocedasticidade é utilizado o teste de Pesaran – Pesaran,
que detecta a presença de heterocedasticidade, com base nos resultados da
regressão, em que a variável dependente representa os valores dos quadrados dos
resíduos, e a variável independente é estabelecida pelos valores estimados da
variável independente.
Acerca do pressuposto da normalidade, que segundo o qual o comportamento dos
resíduos deve seguir uma distribuição normal de probabilidade, é utilizado o gráfico
de probabilidade normal, que demonstra-se os pontos plotados estão
aproximadamente alinhados.
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4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS
A explanação dos dados será apresentada em duas etapas: na primeira avaliamos a
regressão individualmente de cada banco, em seguida analisamos a regressão
desempenhada para os quatorze bancos da amostra em conjunto.
4.1 Banco do Brasil
Para o Banco do Brasil temos os dados dos anos de 1996 a 2006. Construímos o
modelo de regressão múltipla que determinou a equação matemática:
EVA = -5.043.654,01 + 2,03*ISI + 0,03*ISE + 25,47*ISA.
O resultado da regressão demonstrou um R2ajustado de 0,7006, o que pressupõe
relação entre os Indicadores Sociais e o EVA®. O valor F de significação é igual a
0,016, assim sendo o modelo apresentou-se significativo como um todo.
Depois de observar o Valor de F de significação, é analisado o Valor de P de cada
variável independente, o que vai confirmar se cada um dos Indicadores Sociais
relaciona significativamente como o Valor Econômico Agregado.
A variável ISI demonstrou um Valor P de 0,13, ou seja, as estimativas encontradas
não foram suficientes para explicar o relacionamento entre o variáveis Valor
Econômico Agregado e Indicador Social Interno.
O valor P de 0,95, da variável independente ISE indica que a os Indicadores Sociais
Externos não contribuem para aumentar a habilidade preditiva da regressão, ou seja,
não é confiável o relacionamento entre o EVA® e esta variável explicativa.
Pode-se, pelo que foi demonstrado no Valor P da variável ISA igual a 0,22, concluir
que não existe relacionamento significativo entre o Valor Econômico Agregado e o
Indicador Social Ambiental.
13
O modelo como um todo mostrou ser confiável, contudo, ao avaliar o relacionamento
isolado entre cada variável explicativa com o Valor Econômico Agregado, não foi
encontrada nenhuma variável explicativa que se relaciona significativamente com o
variável dependente.
Optou-se por pela utilização do modelo de regressão simples para explicar os
motivos da não significância dos modelos múltiplos, ou explicar porque o modelo
como um todo é confiável para a analise. Segundo Corrar, Theóphilo (2004),
podemos calcular as correlações simples possíveis entre as variáveis do Modelo
utilizando-se a Ferramenta de Correlação do Excel. O resultado encontrado é
demonstrado a seguir:
Tabela 01 – Correlações Variáveis Explicativas Banc o do Brasil
Variáveis ISI ISE ISA
ISI 1
ISE 0,8445 1
ISA -0,3654 0,0520 1
Fonte: elaborado pelo autor
Como podemos observar pelo tabela 01, que existe relacionamento entre variáveis
independentes ISI e ISE, ou seja, uma explica a outra em 0,8445. Portanto, fornecem
informações similares para explicar o comportamento do Valor Econômico Agregado.
A colinearidade entre ISI e ISE é o motivo pelo qual a regressão não se mostrou
significativa.
Por apresentar uma colinearidade entre as variáveis explicativas, o modelo de
regressão múltipla não é apropriado para afirmar a hipótese de um relacionamento
entre Valor Econômico Agregado e os Indicadores Sociais Internos, Externos e
Ambientais do Banco do Brasil.
Como o modelo não é significativo, escolheu-se por não utilizar os testes dos outros
pressupostos, já que estes testes são utilizados apenas para a confirmação da
validade do modelo.
14
Assim sendo, conclui-se que não existe relacionamento significativo entre o
desempenho dos Indicadores do Balanço Social e o comportamento do Valor
Econômico Agregado.
O resultado que encontramos para o Banco do Brasil vai contra outros autores como
Bernardo (2005), que revelaram a existência de relacionamento entre os
investimentos em Responsabilidade Social e o desempenho econômico-financeiro.
Em seu trabalho Bernardo revelou a existência de uma relação positiva entre os
Indicadores Sociais e o Valor Econômico Agregado.
Estes resultados estão de acordo com outros, como Guimarães e Leite Filho (2006),
que discordam da existência de qualquer relação entre o desempenho econômico
com investimentos sociais. Estes autores concluíram que os investimentos em
Responsabilidade Social não são fatores diferenciais para a obtenção de melhores
ou piores resultados financeiros para a empresa.
4.2 Banco Itaú
Com os dados dos anos de 1998 a 2006, foi concebido um R2ajustado de 0,5009, o que
revela relação entre os Indicadores Sociais e o Valor Econômico Agregado. A
definição da equação matemática e determinada por:
EVA = 3.876.317,06 – 6,69*ISI + 2,72*ISE + 80,06*ISA.
O modelo como um todo é significativo pelo que foi expresso no valor F de
significação igual a 0,097. Analisou-se também o relacionamento de cada variável
explicativa com o Valor Econômico Agregado, para observar se a regressão múltipla
é eficiente. Para isso, analisamos o Valor de P das variáveis independentes do
modelo.
O Valor P da variável ISI foi de 0,1314. Tal valor, acima de 10%, explana que não se
deve aceitar a hipótese de que o Indicador Social Interno se relaciona
significativamente com o Valor Econômico Agregado.
15
O Valor P do Indicador Social Externo, igual a 0,088, determina que a variável
explicativa tem um relacionamento significativo com a variável dependente EVA®, ou
seja, esta variável independente (ISE) deve ser aceita no modelo de regressão.
O Indicador Social Ambiental demonstrou um Valor P igual a 0,083. Deste modo, o
relacionamento entre o Valor Econômico Agregado e o ISA é confiável ao nível de
10%, o que leva a aceitar esta variável explicativa no modelo.
O resultado da Multicolinearidade da tabela abaixo, pode informar por que o
Indicador Social Interno não se relaciona significativamente com o Valor Econômico
Agregado.
Tabela 02 – Correlação Variáveis Explicativas Banco Itaú
Variáveis ISI ISE ISA
ISI 1
ISE 0,9807 1
ISA -0,1552 -0,3107 1
Fonte: elaborado pelo autor
Pode-se observar que existência de relacionamento entre as variáveis ISI e ISE, ou
seja, uma variável independente explica a outra em 0,9807, o que pressupõe alto
grau de relacionamento, confirmando a multicolinearidade entre as variáveis ISI e
ISE. Este é o motivou que levou à não significância da variável explicativa ISE.
A multicolinearidade dificulta a separação do efeito que cada uma das variáveis
explicativas exerce sobre o Valor Econômico Agregado, o que prejudicou a
habilidade preditiva da regressão, fazendo como que a utilização do modelo não seja
viável.
Não se utilizou dos testes para os outros pressupostos, já que estes servem apenas
para a confirmação da validade do modelo, e como as variáveis ISI e ISE
apresentam colinearidade entre si, já torna o modelo inválido.
16
Assim sendo, pode-se concluir com base nos resultados apresentados, que o
modelo não demonstra relacionamento significativo entre os Indicadores do Balanço
Social e o desempenho do Valor Econômico Agregado do Banco Itaú.
4.3 Unibanco
A fim de demonstrar a possível existência de relacionamento confiável entre o Valor
Econômico Agregado e os Indicadores Sociais, montamos um modelo de regressão,
que utilizou os dados dos anos de 2000 a 2006. O resultado expressou um R2ajustado
de 0,8172, o que indica relação entre os Indicadores Sociais e o EVA®.
O valor de F de significação de 0,0456, expressa a significância do modelo por
completo, confirmando até aqui um relacionamento significativo ao nível de 10%
entre os Indicadores Sociais e o Valor Econômico Agregado. A equação matemática
pode ser representada por:
EVA = - 1.772.397,03 + 4,547*ISI – 0,908*ISE – 95,007*ISA.
Analisamos o Valor P das variáveis independentes, que demonstra a significância do
relacionamento de cada variável explicativa com a performance Valor Econômico
Agregado.
Para a variável ISI tem-se o Valor P igual a 0,0291, o que confirma o relacionamento
linear significativo ao nível de 10% entre a variável explicativa (ISI) e a atuação do
Valor Econômico Agregado.
Já para a variável explicativa ISE, obteve o Valor P de 0,3279, conseqüentemente
maior que 10%, portanto o Indicador Social Externo não aumenta em nada a
habilidade preditiva do modelo de regressão.
A variável independente ISA demonstrou um Valor P de 0,8720, o que indica que a
variável explicativa Indicador Social Externo não contribui com a previsão do Valor
Econômico Agregado.
17
Para entender os motivos da não significância das variáveis ISE e ISA, calculou-se a
relação simples entre as variáveis independentes do modelo. O resultado é expresso
na tabela abaixo.
Tabela 03 – Correlação Varáveis Explicativas Uniban co
Variáveis ISI ISE ISA
ISI 1
ISE 0,8112 1
ISA -0,3007 -0,5902 1
Fonte: elaborado pelo autor
A tabela 03 demonstra que existe relacionamento entre as variáveis ISI e ISE
0,8112, indicando que uma variável independente explica a outra. Pode-se deduzir
então que este seja o motivo que acarretou a não significância da variável explicativa
ISE.
A multicolinearidade faz como que as variáveis explicativas apresentem informações
semelhantes para explicar o comportamento da variável independente, o que dificulta
a separação do efeito que cada uma delas exerce sobre o Valor Econômico
Agregado, invalidando assim a regressão.
Já que a presença de colinearidade entre as variáveis ISI e ISE já torna o modelo
inválido, não é necessário empregar os testes para os outros pressupostos, já que
estes são utilizados apenas para a confirmação da plena validade do modelo.
Conclui-se que os Indicadores Sociais do Balanço Social não influenciam
significativamente no desempenho do Valor Econômico Agregado do Unibanco.
4.4 Banco Santander
Obtivemos do Banco Santander dados referentes aos anos de 2001 a 2006, a
variável explicativa Indicador Social Interno afetou a construção do modelo,
conseqüentemente optou-se pela exclusão dessa da regressão. A regressão múltipla
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determinou um coeficiente R2ajustado de 0,29, indicando que os investimentos em
responsabilidade explicam 29% da variação do Valor Econômico Agregado.
A determinação de uma relação entre o EVA® e os Indicadores Sociais não se
mostrou significativa ao nível de 10%, por apresentar um F de significação igual a
0,27. Assim sendo, não consideramos o modelo adequado para prever o
comportamento do Valor Econômico Agregado do Banco Santander. A relação pode
ser definida pela equação matemática:
EVA = - 557.451,72 + 2,37*ISE – 4,03*ISA.
Buscou-se explicar o motivo que originou a não significância do modelo através do
cálculo da correlação simples entre as variáveis. Os resultados são demonstrados na
tabela a seguir.
Tabela 04 – Correlação Variáveis Explicativas Santa nder
Variáveis ISE ISA
ISE 1
ISA 0,1088 1
Fonte: elaborado pelo autor
Verificou-se que não existe alta correlação entre as variáveis do modelo, o que é
demonstrado no tabela 04. Portanto pressupõe-se que o motivo da não significância
da regressão não é a colinearidade entre as variáveis independentes.
O F de significância tornou o modelo invalido. Assim sendo, não se empregou os
testes para a verificação dos pressupostos, uma vez que a utilização desses serve
apenas para confirmar a validade do modelo.
Com os resultados obtidos, pode-se concluir que o modelo de regressão múltipla não
explica o desempenho do Valor Econômico Agregado com base nos Indicadores do
Balanço Social do Banco Santander.
19
4.5 Banco do Estado do Rio Grande do Sul – BANRISUL
Na análise do BANRISUL, utilizou-se os dados pertencentes aos anos de 2000 a
2005. Os resultados expressados pela regressão múltipla determinam a seguinte
equação matemática:
EVA = 73.394,12 – 2,31*ISI + 1,26*ISE – 132,08*ISA.
A regressão demonstra um coeficiente de determinação R2ajustado de 0,9912, ou seja,
as variáveis independentes explicam 99% da variação do desempenho do EVA®.
Esse resultado indica uma relação entre o Valor Econômico Agregado e os
Indicadores Sociais.
O F de significação igual a 0,005, determina que o modelo encontra-se dentro do
nível de aceitação. O que se tem, é uma relação dos Indicadores Sociais do Balanço
Social com o Valor Econômico Agregado, significativo ao nível de 10% de confiança.
A partir da confirmação da validade completa do modelo, por meio do valor F,
observa-se a validade da relação isolada de cada indicador social com o Valor
Econômico Agregado, por intermédio do Valor P produzido.
A variável ISI obteve um Valor P igual a 0,021. portanto pode-se considerar como
confiável, a relação entre o Indicador Social Interno com o desempenho do Valor
Econômico Agregado.
O Indicador Social Externo tem Valor P igual a 0,0041, indicando que a variável
explicativa se relaciona significativamente com o Valor Econômico Agregado. Desse
modo, aceita-se a relação entre a variável independente ISE e o EVA®.
Como as demais variáveis independentes do modelo, o Indicador Social Ambiental
indicou, do mesmo modo, estar dentro do nível de confiança, divulgando um Valor P
20
de 0,017. Sendo assim aceitamos a relação entre a variável explicativa ISE com o
Valor Econômico Agregado.
Empregaram-se apenas os testes dos pressupostos, não sendo necessário
demonstrar a presença de colinearidade entre as variáveis explicativas, já que o
modelo e também as variáveis independentes demonstraram estar dentro do nível de
confiança.
A aplicação do Teste de Durbin – Watson serve para detectar a presença de
autocorrelação residual. Temos para o modelo um limite crítico inferior (dL) igual a
0,610 e um limite crítico superior (dU) igual a 1,40.
Tabela 05 – Regiões do Teste de Durbin-Watson.BANRI SUL
Autocorrelação
Positiva
Região não
conclusiva
Ausência de
Autocorrelação
Região não
conclusiva
Autocorrelação
Negativa
0 a dL dL a dU dU a 4 - dU 4 - dU a 4 - dL 4 - dL a 4
Fonte: Corrar e Theóphilo (2004)
A regressão obteve um valor de Durbin Watson igual a 2,73, ou seja, resultado acima
do 4-dU (2,60) é abaixo de 4-dL (3,39). Desse modo, o valor Durbin Watson situa-se
em região não conclusiva. Portanto pode-se afirmar que o Teste Durbin – Watson
obteve resultado não ser conclusivo.
Além do Teste Durbin – Watson, pode-se utilizar os gráficos de plotagem de resíduos
para observar a ausência de autocorrelação residual. Têm-se abaixo os gráficos de
plotagem de resíduos de cada variável independente:
21
-10000
-5000
0
5000
10000
0 50.000 100.000 150.000 200.000
ISI
Res
íduo
s
Gráfico – 01 Plotagem de Resíduos do ISI BANRISUL ( Fonte: elaborado pelo autor)
No gráfico acima, é possível notar que os resíduos plotados para a variável
explicativa ISI não se concentram sequer acima ou abaixo da reta horizontal. Eles
são distribuídos de forma aleatória ao longo da reta. Pressupõe-se desse modo, que
não exista autocorrelação residual para o Indicador Social Interno.
-10000
-5000
0
5000
10000
0 100.000 200.000 300.000 400.000 500.000
ISE
Res
íduo
s
Gráfico – 02 Plotagem de Resíduos do ISE BANRISUL ( Fonte: elaborado pelo autor)
O gráfico acima indica que não existe autocorrelação residual para a variável
explicativa ISI. Observa-se que os resíduos estão se distribuindo aleatoriamente ao
longo da reta, sendo plotados tanto sobre, quanto por baixo da reta horizontal.
22
-10000
-5000
0
5000
10000
0 200 400 600 800
ISA
Res
íduo
s
Gráfico – 03 Plotagem de Resíduos da variável ISA d o BANRISUL (Fonte: elaborado pelo autor)
A variável ISA, da mesma forma que as duas outras variáveis, demonstra
distribuição aleatória dos resíduos ao longo da reta, pelo que notamos no gráfico
acima. Assim sendo, não existe autocorrelação para a variável Indicador Social
Ambiental.
Como o Teste Durbin – Watson não foi conclusivo, leva-se em consideração o
resultado encontrado nos gráficos das variáveis independentes, que indicam a não
existência de autocorrelação para o modelo de regressão.
Para detectarmos a presença da Heterocedasticidade ou da Homocedasticidade,
aplicamos o Teste de Pesaran – Pesaran, que indica se os resíduos estão ou não
aumentando ao mesmo tempo em que a variável independente cresce.
Caso os resíduos estiverem sendo plotados de uma forma homogênea à medida que
a variável independente aumenta, temos a Homocedasticidade. Porém, se os
resíduos estiverem aumentando ao mesmo tempo em que a variável independente
cresce temos portanto a Heterocedasticidade.
A regressão do Teste de Pesaran – Pesaran confirmou um valor P igual a 0,60, ou
seja, a regressão do teste não se mostrou significativa. Pela analise desses
parâmetros é possível afirmar que o modelo apresenta ausência de
23
Heterocedasticidade. Desse modo, temos que o pressuposto da Homocedasticidade
está satisfeito.
No pressuposto da Normalidade, temos que os resíduos plotados devem estar
aproximadamente alinhados, supondo que os resíduos poderão seguir uma
distribuição normal de probabilidades.
050000
100000150000200000250000300000
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Percentil da amostra
EV
A
Gráfico 04 - Plotagem de Probabilidade Normal BANRI SUL (Fonte: elaborado pelo autor)
Supõe-se pela análise do gráfico, que os resíduos seguem uma distribuição normal
de probabilidade, em que os resíduos plotados então aproximadamente alinhados
seguindo uma tendência linear.
Os Indicadores do Balanço Social exercem influências significativas no
comportamento do Valor Econômico Agregado do Banco do Estado do Rio Grande
do Sul. Entende-se que o investimento em Responsabilidade Social influência o
desempenho do Valor Econômico Agregado.
4.6 Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e S ocial – BNDES
Foram coletados dados referentes aos anos de 2001 a 2005 do BNDES. O modelo
de regressão utilizou apenas duas variáveis independentes, pois o Balanço Social
não disponibilizou o Indicador Social Ambiental, sendo usado apenas os Indicadores
Sociais Interno e Externo. A equação matemática pode ser expressa por:
24
EVA = - 2.244.117,98 + 2,81*ISI + 0,96*ISE.
O resultado do R2ajustado de 0,9989, sugere relacionamento entre as variáveis.
Entende-se que existe relação entre os Indicadores Sociais e o Valor Econômico
Agregado. O F de significação de valor 0,0006, indica que o relacionamento entre as
variáveis é confiável para o nível de 10%, assim, o modelo por completo está dentro
do nível de confiança exigido.
Foi analisada, através do Valor P do Indicador Social Interno, a avaliação da
significância do relacionamento entre essa variável independente e o EVA®. O P
expresso foi de 0,0009, logo, a variável explicativa ISE se relaciona
significativamente com o Valor Econômico Agregado.
O Indicador Social Externo teve um Valor P de 0,0003 indicando que esta variável
explicativa se relaciona significativamente com a performance do Valor Econômico
Agregado. Desse modo, aceita-se a variável independente ISE no modelo de
regressão.
Não foi necessário demonstrar a presença de colinearidade entre as variáveis
explicativas, já que o modelo e também as variáveis independentes, demonstram
estar dentro do nível de confiança. Contudo, para a plena validade do modelo de
regressão é necessário que seja verificado se a regressão segue alguns
pressupostos econométricos. Para isso, aplicaram-se alguns testes.
Foi feito uso do Teste de Durbin – Watson, utilizado para detectar a presença de
autocorrelação residual. O que temos para o modelo de regressão é um limite crítico
inferior (dL) igual a 0,610 e um limite crítico superior (dU) igual a 1,40.
Tabela 06 – Regiões do Teste de Durbin-Watson do BN DES
Autocorrelação
Positiva
Região não
conclusiva
Ausência de
Autocorrelação
Região não
conclusiva
Autocorrelação
Negativa
0 a dL dL a dU dU a 4 - dU 4 - dU a 4 - dL 4 - dL a 4
Fonte: Corrar e Theóphilo (2004)
25
O valor encontrado para o DW foi de 3,023. Observando a tabela acima, conclui-se
que o resultado do teste situa-se na região não conclusiva da tabela. Portanto
podemos dizer que o teste é não conclusivo.
Além do teste DW observou-se os gráficos de plotagem de resíduos para validar a
hipótese da ausência de aucorrelação residual.
-15000
-10000
-5000
0
5000
10000
15000
20000
- 100.000 200.000 300.000 400.000 500.000
ISI
Res
íduo
s
Gráfico – 05 Plotagem de Resíduos ISI BNDES (Fonte: elaborado pelo autor)
No gráfico 05, os resíduos se distribuem em uma proporção similar, tanto por cima
da reta quanto por baixo. Essa forma de distribuição dos resíduos demonstrados,
indica que os resíduos da variável Indicadores Sociais Internos não estão
correlacionados entre si, conseqüentemente, há ausência de autocorrelação para a
essa variável.
26
-15000
-10000
-5000
0
5000
10000
15000
20000
- 500.000 1.000.000 1.500.000 2.000.000 2.500.000
ISE
Res
íduo
s
Gráfico – 06 Indicadores Sociais Externos Plotagem de Resíduos (Fonte: elaborado pelo autor)
O gráfico 06 mostra que os resíduos se distribuem por cima e por baixo da reta de
regressão. O mesmo foi elaborado de forma que os resíduos se disponham em
seqüência cronológica, o que pressupõe ausência de autocorrelação para o
Indicador Social Externo do modelo.
Como as duas variáveis indicaram ausência de autocorrelação, partimos agora para
o pressuposto da Homocedasticidade, aplicando o Teste de Pesaran – Pesaran que
revela a existência de Homocedasticidade ou Heterocedasticidade.
Com base no teste aplicado para esse modelo, determinando um Valor P de 0,59,
que demonstra a ausência de relação entre os resíduos e o EVA® previsto, é
possível sugerir que o pressuposto da Homocedasticidade do modelo está satisfeito.
Analisamos o pressuposto da Normalidade por meio do gráfico a seguir:
27
-750000
-500000
-250000
0
250000
500000
750000
1000000
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Percentil da amostra
EV
A
Gráfico – 07 Plotagem de Probabilidade Normal (Font e: elaborado pelo autor)
Pela análise do gráfico 07, julga-se que os resíduos poderão seguir uma distribuição
normal de probabilidades. Observando os pontos plotados, nota-se que apesar do
número pequeno de resíduos eles estão aproximadamente alinhados, ou seja, é
possível traçar uma reta linear para definir o comportamento entre as variáveis.
Por meio da regressão múltipla, buscou-se uma forma de investigar se existe relação
entre os Indicadores Sociais do Balanço Social e o Valor Econômico Agregado do
BNDES. Através da análise dos anos de 2001 a 2005, os resultados indicam que as
presunções podem ser aceitas, ou seja, os investimentos em Responsabilidade
Social realizados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social –
BNDES influenciaram de maneira significativa no desempenho do Valor Econômico
Agregado.
4.7 Bradesco
Para o Bradesco não se obteve os Indicadores Ambientais, por estes não se
encontrarem explanados no Balanço Social. Assim sendo, tendo dados dos
indicadores Internos e Externos dos anos de 2001 a 2006, o resultado da regressão
demonstra que a equação que assume a seguinte forma:
EVA = 1.881.448,29 + 1,83*ISI – 0,24*ISE.
28
O R2ajustado igual a 0,28, expressa existir baixa relação entre as variáveis
independentes e o EVA®. O F de significação demonstrou um valor igual a 0,28,
permitindo indicar que o modelo não pode ser utilizado para prever o Valor
Econômico Agregado através dos Indicadores Sociais.
No tabela abaixo são apresentados os resultados expressados pela ferramenta
correlação, que demonstra a possível existência de uma colinearidade entre as
variáveis do nosso modelo.
Tabela 07 – Correlação Variáveis Explicativas Brade sco
Variáveis ISI ISE
ISI 1
ISE 0,9313 1
Fonte: elaborado pelo autor
Pela análise do tabela 07, nota-se a presença de colinearidade entre as variáveis ISI
e ISE, o que leva a entender que uma variável independente explica a outra. Desse
modo, podemos expor que o que levou à não significância do modelo foi à
colinearidade entre as variáveis explicativas.
A colinearidade entre as variáveis dificulta a distinção do efeito que cada uma delas
exerce sobre o Valor Econômico Agregado, isso devido às variáveis explicativas
fornecerem informações semelhantes para explicar o EVA®, o que prejudica a
habilidade preditiva do modelo.
Já que o modelo não é adequado para prever o EVA®, optou-se por não utilizar os
testes para análise dos outros pressupostos, já que estes são utilizados apenas para
a confirmação da validade do modelo.
Para o Banco do Bradesco portanto, concluímos por meio dos resultados
encontrados, que não se pode construir um modelo de regressão múltipla confiável
que explique o comportamento do Valor Econômico Agregado através dos
Indicadores Sociais do Balanço Social.
29
4.8 Análise de Regressão Múltipla da Amostra
Foi desenvolvida uma regressão que utilizou-se de todos os dados coletados dos
quatorze bancos buscando explicar o desempenho do Valor Econômico Agregado
através dos Indicadores Sociais do Balanço Social das instituições bancárias. Foi
oferecido um total de 68 observações para o modelo.
O resumo dos resultados da regressão apresentou um R2ajustado de 0,4554. Pode-se
dizer que a variação dos investimentos em responsabilidade explicam 45,54% da
variação do Valor Econômico Agregado. A equação da regressão pode ser escrita
como:
EVA = -1.333,20 + 0,14*ISI + 0,45*ISE + 1,15*ISA.
A regressão expressou um F de significação de 0,00003, demonstrando assim que o
modelo todo é significativo, ou seja, aceita-se a hipótese de relacionamento entre os
Indicadores Sociais e o Valor Econômico Agregado.
A observação do Valor P de cada variável explicativa demonstra se o Valor
Econômico Agregado se relaciona significativamente com cada uma das variáveis
independentes do modelo de regressão.
Para o ISI um P igual a 0,29, indica que não é significativa a relação linear entre a
variável explicativa e o Valor Econômico Agregado, do mesmo modo o Indicador
Social Interno não está contribuindo para a habilidade de previsão do modelo.
O Indicador Social Externo, expressou ser bem significativo como demonstra o Valor
P de 0,00003, permitindo entender que existe relação confiável entre a variável
explicativa ISE e o Valor Econômico Agregado.
Para o ISA tem-se um valor P foi igual a 0,56, o Indicador Social Ambiental não
demonstra relacionamento confiável com o Valor Econômico Agregado, desse modo,
30
a variável explicativa ISA não contribui para o aumento da capacidade preditiva do
modelo de regressão.
Pelo cálculo do coeficiente de correlação simples das variáveis, pode-se detectar a
possível existência de colinearidade entre as variáveis explicativas, o que explica o
provável motivo da não significância da relação entre os ISI e ISA com o EVA®.
Conforme Corrar, Theóphilo (2004), caso haja correlação entre as variáveis
explicativas e esta exceda o valor de 80%, pode-se supor que exista colinearidade
entre as variáveis independentes, o que se buscou demonstrar através do tabela a
seguir.
Tabela 08 – Correlação Variáveis Explicativas Vário s Bancos
Variáveis ISI ISE ISA
ISI 1
ISE 0,7294 1
ISA -0,0396 -0,0480 1
Fonte: elaborado pelo autor
O tabela acima demonstra que as variáveis explicativas não apresentam
colinearidade para o modelo, logo, a correlação não foi o motivo do elevado valor P
das variáveis ISI é ISE do modelo.
Para a validade do modelo foi necessário afirmar através de alguns testes, que o
modelo passa por alguns pressupostos básicos. Aplicou-se o Teste de Durbin –
Watson (DW) para detectar a presença de autocorrelação nas variáveis explicativas
do modelo de regressão.
Tem-se como área de aceitação para esse modelo um limite inferior (dL) igual a 1,52,
e um limite superior (dU) igual a 1,70. O coeficiente DW obtido no teste foi de 1,17,
portanto, abaixo do limite mínimo de aceitação inferindo autocorrelação positiva.
Tabela 09 – Regiões do Teste de Durbin-Watson. Vári os Bancos
Autocorrelação
Positiva
Região não
conclusiva
Ausência de
Autocorrelação
Região não
conclusiva
Autocorrelação
Negativa
0 a dL dL a dU dU a 4 - dU 4 - dU a 4 - dL 4 - dL a 4
31
Fonte: Corrar e Theóphilo, (2004).
Nota-se na tabela 09, que o resultado do teste Durbin Watson adquirido pelo modelo,
situa-se na região de autocorrelação positiva, o que adverte para a presença de
relação linear direta entre os resíduos, ou seja, um resíduo positivo e seguido de
outro resíduo positivo.
A conseqüência de autocorrelação positiva no modelo pode provocar aumento
indevido na probabilidade de aceitação das variáveis explicativas, permitindo a
aceitação de uma variável independente que não é significativa. Dessa forma, o
modelo torna inadequado para prever o Valor Econômico Agregado.
Para o pressuposto de homocedasticidade utilizou-se o Teste de Pesaran – Pesaran,
que consiste em detectar a homocedasticidade com base na análise de regressão.
A regressão do Teste de Pesaran – Pesaran expressou um valor de P igual a
0,0181, demonstrando, ou seja, os resíduos são plotados em maior número a
medida que o Valor Econômico Agregado aumenta. Dessa maneira, rejeitou-se a
hipótese nula de ausência de heterocedasticidade.
Pode-se observar a presença da heterocedasticidade através dos gráficos de
plotagem de resíduos apresentados a seguir.
-2000000
-1500000
-1000000
-500000
0
500000
1000000
1500000
2000000
2500000
3000000
- 500.000 1.000.000 1.500.000 2.000.000 2.500.000 3.000.000 3.500.000 4.000.000 4.500.000
ISI
Res
íduo
s
Gráfico 08 – Plotagem de Resíduos ISI Heterocedasti cidade (Fonte: elaborado pelo autor)
32
Pode-se notar pelo gráfico 08 de Plotagem de Resíduos ISI Heterocedasticidade,
que os resíduos se concentram no início da reta horizontal e se distribuem em menor
quantidade ao longo dela, não se distribuindo uniformemente ao longo da reta,
indicando que o pressuposto da homocedasticidade não foi satisfeito.
Conseqüentemente, temos então a heterocedasticidade para a variável explicativa e
dessa forma os erros não são independentes.
-2000000
-1500000
-1000000
-500000
0
500000
1000000
1500000
2000000
2500000
3000000
(1.000.000) - 1.000.000 2.000.000 3.000.000 4.000.000 5.000.000 6.000.000
ISE
Res
íduo
s
Gráfico 09 – Plotagem de Resíduos ISE Homocedastici dade (Fonte: elaborado pelo autor)
É possível deduzir, pela observação do gráfico 09, que os resíduos plotados para a
variável explicativa ISE se concentram em sua maioria, no início da reta horizontal.
Nota-se que os resíduos apresentam um comportamento tendencialmente
decrescente sendo distribuídos em maior número no início da reta e em menor
número no final dela. Nesse sentido, infere-se que a variável explicativa não satisfaz
o pressuposto da homocedasticidade.
33
-2000000
-1500000
-1000000
-500000
0
500000
1000000
1500000
2000000
2500000
3000000
- 50.000 100.000 150.000 200.000 250.000 300.000
ISA
Res
íduo
s
Gráfico 10 – Plotagem de Resíduos ISA Homocedastici dade (Fonte: elaborado pelo autor)
O gráfico 10, expressa a plotagem de resíduos da variável independente Indicador
Social Ambiental, pode-se notar que a distribuição dos resíduos concentra-se em
maior numero no início da reta horizontal.
No mesmo gráfico, os resíduos têm uma tendência decrescente, indicando a
violação da hipótese de homocedasticidade, que é confirmado pelo Teste de
Pesaran – Pesaran feito anteriormente.
Conclui-se que o modelo de regressão múltipla demonstra a presença de
hetercidasticidade, o que induz ao comprometimento da eficiência do nosso modelo
de regressão.
Para testarmos o pressuposto da normalidade utilizou-se o gráfico de plotagem de
probabilidade normal, que demonstra se os resíduos plotados estão
aproximadamente alinhados.
34
-1500000
-1000000
-500000
0
500000
1000000
1500000
2000000
2500000
3000000
3500000
4000000
4500000
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 90 95 100
ISI-ISE-ISA
EV
A
Gráfico 11 – Plotagem Probabilidade Normal Dados de Todos os Bancos (Fonte: elaborado
pelo autor)
Nota-se no gráfico 11, que os resíduos plotados estão aproximadamente alinhados e
se distribuem naturalmente ao longo de todo o percurso da reta, mostrando indícios
de que os resíduos se comportam seguindo uma distribuição normal.
A presença de autocorrelação para a regressão, pode produzir um intervalo de
confiança superestimado para o modelo, ou talvez levar a aceitar uma variável
explicativa que deveria ser excluída da regressão.
O resultado encontrado pelo Teste de Pesaran – Pesaran, o qual expressou uma
violação do pressuposto de homocedasticidade, pode levar ao comprometimento da
eficiência deste modelo de regressão.
Conclui-se assim que, para a finalidade de previsão do EVA®, o modelo de regressão
proposto mostrou-se não ser significativo. Portanto, rejeita-se a hipótese de
relacionamento entre os Indicadores Sociais e o desempenho do Valor Econômico
Agregado das instituições bancárias.
35
5 CONCLUSÕES E SUGESTÕES
O presente trabalho realizou análises dos investimentos em Responsabilidade Social
e o seu retorno para as instituições bancárias. Buscou-se neste estudo verificar
empiricamente as relações existentes entre os investimentos sociais internos,
externos e ambientais com o Valor Econômico Agregado.
Um dos maiores fatores limitativos da pesquisa, foi a indisponibilidade de um período
amplo de publicações do Balanço Social, o que restringiu o número de observações
das análises de regressão.
Tem-se que, do total de modelos montados, 63% demonstram que os Indicadores de
Responsabilidade Social não explicaram o comportamento do Valor Econômico
Agregado, o que pressupõe que os investimentos em responsabilidade sócio-
ambiental efetuados não influenciaram no desempenho do Valor Econômico
Agregado.
Dos modelos montados 37%, demonstraram em seus resultados que os Indicadores
Sociais do Balanço Social influenciam no comportamento do Valor Econômico
Agregado, o que indica que os investimentos realizados na área sócio-ambiental
elevaram o desempenho do Valor Econômico Agregado destas instituições.
Respondendo ao questionamento do estudo, nota-se que, apesar dos Indicadores
Sociais apresentarem alto poder de explicação, o que é indicado pelo R2 ajustado,
ainda assim, os modelos não se demonstraram adequados para confirmar a previsão
do EVA®. Deste modo, não existe relacionamento significativo entre os Indicadores
Sociais do Balanço Social e o desempenho do Valor Econômico Agregado.
Embora os modelos não confirmem a relação entre os Indicadores Sociais e o EVA®,
os resultados das análises não culminaram na aceitação de uma relação negativa
entre a atuação social e a performance do Valor Econômico Agregado. O que supõe
que as iniciativas de sustentabilidade adotadas não necessariamente significam
maiores custos e menores retornos para as instituições.
36
Para estudo futuros pode-se sugerir:
• Investigar quais as ações de Responsabilidade Social adotadas pelas maiores
empresa do Brasil e suas influências no desempenho financeiros;
• Qual a Importância da Responsabilidade Social Para Implementação do
Marketing Social nas Empresas;
• Investimentos em Responsabilidade Social e Sua Relação com o
Desempenho Econômico das Maiores Organizações do Brasil.
37
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALVES, Maria Elena G. D.; LICKS, Gustavo. EVA Economic Value Added – Teoria
e Prática. 1998, disponível em
http://www.licksassociados.com.br/docs/ARTIGO_EVA.pdf. Acessado em
14/09/2007.
ARANTES, Elaine. Investimento em Responsabilidade Social e sua Relação com o
Desempenho Econômico das Empresas. Conhecimento Interativo . V. 2, n. 1, p. 03-
09, jan/jun. 2006.
ASSAF NETO, Alexandre. Estrutura e Análise de Balanços : Um Enfoque
Econômico-Financeiro. 6 ed. São Paulo: Atlas, 2001.
ASSAF NETO, Alexandre. Finanças Corporativas e Valor . 2 ed. São Paulo: Atlas,
2005.
BACKES, Jorge André. EVA - Valor Econômico Agregado . 2001 disponível em
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