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LATERORRINIA: RINOSSEPTOPLASTIA FUNCIONAL EM PACIENTE COM PARALISIA CEREBRAL. Autores: Ana Clara Ferrão, Susan Tabasnik, João Pedro de Oliveira. Palavras chaves: Laterorrinia; Rinosseptoplastia; Rinosseptoplastia funcional Introdução: O nariz torto ou laterorrinia é resultado de deformidades que podem envolver a pirâmide nasal, as cartilagens laterais superiores, alares e o septo nasal, causando não só queixas estéticas, mas também funcionais, com declínio da qualidade de vida do paciente, Por estes motivos, é que o médico tenha o amplo conhecimento da anatomia das estruturas nasais e das forças externas e internas que atuam sobre estas estruturas para a escolha correta das várias técnicas cirúrgicas existentes. Este trabalho tem como objetivo relatar uma rinosseptoplastia funcional aberta em paciente com laterorrinia e paralisia cerebral. Relato de caso: Paciente, 14 anos, sexo masculino, com história de paralisia cerebral por hipóxia neonatal, apresentava queixa de obstrução nasal, sialorreia e respiração oral. Exame físico evidenciava desvio septal importante à direita, com laterorrinia e hipertrofia de cornetos inferiores. Foi submetido à rinosseptoplastia funcional, técnica aberta, com correção de septo de acordo com Goldman. A definição da ponta nasal foi obtida com colocação de spreader graft bilateral, strut e batten graft. No procedimento foi realizada osteotomia lateral bilateral e paramediana à direita, além de discreta raspagem do dorso nasal. O enxerto foi obtido do septo a partir da septoplastia e turbinectomia. Evoluiu no pós operatório sem complicações com melhora importante das queixas funcionais, além de correção estética da laterorrinia (anexo 2 e 3). Comentários: A correção do nariz torto permanece sendo um desafio devido a força natural existente nas estruturas cartilaginosas e partes moles que continuam a atuar sobre o nariz que foi submetido à rinoplastia. Além disso, as queixas funcionais permanecem após o procedimento quando a abordagem não é feita de forma global. Por estes motivo, é fundamental avaliar a presença de desvio septal nos pacientes com laterorrinia para que a abordagem cirúrgica traga resultados satisfatórios do ponto de vista estético e funcional, trazendo melhorias à qualidade de vida do paciente. Anexo 1: Pré operatório. Anexo 2: 1 mês de pós operatório.

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LATERORRINIA: RINOSSEPTOPLASTIA FUNCIONAL EM PACIENTE COM PARALISIA CEREBRAL. Autores: Ana Clara Ferrão, Susan Tabasnik, João Pedro de Oliveira. Palavras chaves: Laterorrinia; Rinosseptoplastia; Rinosseptoplastia funcional Introdução: O nariz torto ou laterorrinia é resultado de deformidades que podem envolver a pirâmide nasal, as cartilagens laterais superiores, alares e o septo nasal, causando não só queixas estéticas, mas também funcionais, com declínio da qualidade de vida do paciente, Por estes motivos, é que o médico tenha o amplo conhecimento da anatomia das estruturas nasais e das forças externas e internas que atuam sobre estas estruturas para a escolha correta das várias técnicas cirúrgicas existentes. Este trabalho tem como objetivo relatar uma rinosseptoplastia funcional aberta em paciente com laterorrinia e paralisia cerebral. Relato de caso: Paciente, 14 anos, sexo masculino, com história de paralisia cerebral por hipóxia neonatal, apresentava queixa de obstrução nasal, sialorreia e respiração oral. Exame físico evidenciava desvio septal importante à direita, com laterorrinia e hipertrofia de cornetos inferiores. Foi submetido à rinosseptoplastia funcional, técnica aberta, com correção de septo de acordo com Goldman. A definição da ponta nasal foi obtida com colocação de spreader graft bilateral, strut e batten graft. No procedimento foi realizada osteotomia lateral bilateral e paramediana à direita, além de discreta raspagem do dorso nasal. O enxerto foi obtido do septo a partir da septoplastia e turbinectomia. Evoluiu no pós operatório sem complicações com melhora importante das queixas funcionais, além de correção estética da laterorrinia (anexo 2 e 3). Comentários: A correção do nariz torto permanece sendo um desafio devido a força natural existente nas estruturas cartilaginosas e partes moles que continuam a atuar sobre o nariz que foi submetido à rinoplastia. Além disso, as queixas funcionais permanecem após o procedimento quando a abordagem não é feita de forma global. Por estes motivo, é fundamental avaliar a presença de desvio septal nos pacientes com laterorrinia para que a abordagem cirúrgica traga resultados satisfatórios do ponto de vista estético e funcional, trazendo melhorias à qualidade de vida do paciente. Anexo 1: Pré operatório.

Anexo 2: 1 mês de pós operatório.

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Anexo 3: 1 ano de pós operatório.

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