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Psicologia Cognitiva II Acções/Inacções e as suas consequências 1 1 – ENQU ADRAMENT O TEÓRICO  Cada vez mais tem havido um crescente interesse no estudo do pensamento contrafactual, em diversos domínios, destacando-se a cognição social. É comum no nosso quotidiano recorrermos a este tipo de pensamento, sendo que, na sua origem semntica pode ser entendido como um pensamento que ! contr"rio aos factos.  # principal função deste tipo de pensamento ! preparat$ria, ou se%a, permite-nos supo r como ! que as coisas poderiam ter decorrido de uma melhor maneira, preparando-nos futuramente para outras situaç&es id'nticas. ()*rne + uelhas, /. #l!m disso, a%uda as pessoas a esta0elecerem a causa de determinados eventos. 1m contr apar tida, este ti po de pensamento, pode tam0!m desempenhar uma função afectiva, na qual o su%eito imagina uma outra situação mais grave do que a real, o que resulta numa maior satisfação pessoal. 2 raciocinar so0re factos e raciocinar so0re possi0ilidades e impossi0ilidades, 0aseia-se nos mesmos tipos de representação mentais e processos cognitivos. uer isto dizer que, as pessoas raciocinam atrav!s da construção e revisão de modelos mentais.  #s condicionais contrafactuais requerem que as pessoas tenham em mente não apenas o que ! suposto ser verdadeiro, mas tam0!m o que ! supostamente verdadeiro mas factualmente falso. 2 pensamento contrafac tual est" relacionado com pensamentos comuns, a%udando as pessoas a aprenderem atrav!s da e3peri'ncia. Influencia tam0!m diversas actividades cognitivas, desde a criatividade a %ulgamentos pro0a0ilísticos. É de referir que h" toda uma ordem temporal su0%acente na criação deste modelo específico de pensamento, sendo que numa sequ'ncia de eventos, d"-se pri vil !gi o aos acontecimentos mais rec entes. 2s ind iví duos criam pens amentos contrafactuais, tanto deli0erada como automaticamente, principalmente depois de algo negativo ter acontecido ()*rne, 4554/. Por norma, as pessoas geram mais pensamentos contrafactuais ascendentes, ou se%a, a altern ativa imaginad a ! mais favor"v el do que a realid ade (e.g.6 7e eu tivesse tomado mais atenç ão teri a compreendido a mat !ria./, por!m, quando es tão de 0om humor geram pensamentos contrafactuais descendentes, ou se%a, piores do que a realidade (e.g.6 7e não me tivesse aplicado tanto durante o ano, não teria 0ons resultados./. Considera-se que as acç&es t'm um maior impacto emocional e geram com mais frequ'ncia pensamentos contrafactuais do que as inacç&es, se%a numa perspectiva a longo ou curto prazo

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Psicologia Cognitiva IIAcções/Inacções e as suas consequências

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1 – ENQUADRAMENTO TEÓRICO

  Cada vez mais tem havido um crescente interesse no estudo do pensamento contrafactual, em

diversos domínios, destacando-se a cognição social. É comum no nosso quotidiano recorrermos a

este tipo de pensamento, sendo que, na sua origem semntica pode ser entendido como um

pensamento que ! contr"rio aos factos.

 # principal função deste tipo de pensamento ! preparat$ria, ou se%a, permite-nos supor como !

que as coisas poderiam ter decorrido de uma melhor maneira, preparando-nos futuramente para

outras situaç&es id'nticas. ()*rne + uelhas, /. #l!m disso, a%uda as pessoas a esta0elecerem a

causa de determinados eventos. 1m contrapartida, este tipo de pensamento, pode tam0!m

desempenhar uma função afectiva, na qual o su%eito imagina uma outra situação mais grave do que a

real, o que resulta numa maior satisfação pessoal.

2 raciocinar so0re factos e raciocinar so0re possi0ilidades e impossi0ilidades, 0aseia-se nos

mesmos tipos de representação mentais e processos cognitivos. uer isto dizer que, as pessoas

raciocinam atrav!s da construção e revisão de modelos mentais.

  #s condicionais contrafactuais requerem que as pessoas tenham em mente não apenas o que !

suposto ser verdadeiro, mas tam0!m o que ! supostamente verdadeiro mas factualmente falso.

2 pensamento contrafactual est" relacionado com pensamentos comuns, a%udando as

pessoas a aprenderem atrav!s da e3peri'ncia. Influencia tam0!m diversas actividades cognitivas,

desde a criatividade a %ulgamentos pro0a0ilísticos. É de referir que h" toda uma ordem temporal

su0%acente na criação deste modelo específico de pensamento, sendo que numa sequ'ncia de

eventos, d"-se privil!gio aos acontecimentos mais recentes. 2s indivíduos criam pensamentos

contrafactuais, tanto deli0erada como automaticamente, principalmente depois de algo negativo ter 

acontecido ()*rne, 4554/.

Por norma, as pessoas geram mais pensamentos contrafactuais ascendentes, ou se%a, a

alternativa imaginada ! mais favor"vel do que a realidade (e.g.6 7e eu tivesse tomado mais atenção

teria compreendido a mat!ria./, por!m, quando estão de 0om humor geram pensamentos

contrafactuais descendentes, ou se%a, piores do que a realidade (e.g.6 7e não me tivesse aplicado

tanto durante o ano, não teria 0ons resultados./.

Considera-se que as acç&es t'm um maior impacto emocional e geram com mais frequ'nciapensamentos contrafactuais do que as inacç&es, se%a numa perspectiva a longo ou curto prazo

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()*rne + 8c1lene*, 4555/ 9 efeito do agente. uer isto dizer que, quando pensamos

contrafactualmente so0re situaç&es, frequentemente invalidamos eventos, tais como as inacç&es,

sendo que o maior foque de interesse são as acç&es especialmente quando envolvem valores como

a vida humana e direitos civis. )*rne (4554/ d"-nos o e3emplo de que as pessoas preocupam-se

mais e consequentemente dão mais importncia a malefícios provocados por acç&es, como a morte

causada por uma vacina (acção/, do que a morte causada por uma doença que podia ter sido evitada

com vacinação (inacção/.

8uitas das vezes os indivíduos optam por não agir, mesmo quando essas acç&es podem

conduzir : mudança, pois preferem conformar-se com a sua situação ha0itual, mesmo que por vezes

não se%a positiva, do que correr o risco de mudar e sofrerem consequ'ncias desfavor"veis. ;uma

perspectiva a logo prazo essa forma de pensar inverte-se, o que leva as pessoas a aperce0erem-se

das suas falhas. <este modo, a longo prazo concentramo-nos mais nas inacç&es, o que leva :

criação de pensamentos contrafactuais que muitas vezes causam estados de melancolia e fraqueza,

na impossi0ilidade de com0atermos a in!rcia.

1m0ora muitos arrependimentos recaíam so0re as inaç&es, em grande parte são as acç&es que

 %ulgamos com mais rigor e intensidade. # fonte de arrependimento das acç&es pode ser a sua

consequ'ncia factual, enquanto a fonte de arrependimento das inacç&es pode ser a sua

consequ'ncia contrafactual.

  2 arrependimento relativamente :s acç&es ou inacç&es est" associado a emoç&es fortes, como

a raiva, a culpa, o arrependimento, o desespero e a responsa0ilidade em formar um sentido !tico.

 #profundando, as inacç&es estão muitas vezes associadas a emoç&es mais melanc$licas, como a

nostalgia e um sentimento de vazio.

  #os desconstruirmos a realidade contrafactualmente, h" uma tend'ncia para não alterarmos as

leis da natureza, tal como a lei da gravidade, por e3emplo. #s pessoas desconstroem a representação

dos aspectos da situação factual (causa=efeito/ que correspondem :s categorias centrais da vida

mental, tais como causal, temporal, espacial e intencional.

7e falarmos numa perspectiva a curto prazo as pessoas mentalmente desfazem acç&es porque o

pensamento contrafactual ! guiado pelo que ! representado e3plicitamente. >" numa perspectiva a

longo prazo ! construído um pensamento contrafactual se houver um foco nas inacç&es, porque a

curto prazo a disparidade mant!m-se escondida entre acção e inacção.

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;um cen"rio de resultado positivo o actor feliz pode ser %ulgado como considerar ?7e eu tivesse

ficado em # teria sido infeliz@, enquanto o não actor feliz pode ser %ulgado como pensando ?7e eu

tivesse mudado para ) tanto podia ter sido infeliz ou feliz@, ou se%a, a possi0ilidade contrafactual de

felicidade não faz com que o resultado real de felicidade pareça pior para o não actor do que para o

actor ()*rne + 8c1lene*, 4555/.

  #o falar de um cen"rio positivo, considera-se que os participantes mentalmente desfazem

acç&es tanto a curto, como a longo prazo. <esta forma, o factor tempo não assume relevncia dado

um cen"rio positivo.

1.1 PRO!EMA

  ;um cen"rio positivo, ser" que a vertente temporal (curto e longo prazo/ influencia a escolha dos

inquiridos, entre o indivíduo que agiu (Paulo/ e o que não agiu (>oão/A

1." – #ARI$#EI% E A %UA OPERACIONA!I&A'(O

  #a)i*+e, In-een-ene

  1spaço temporal (i.e. curto e longo prazo/

  Oe)aciona,i0aço -a #a)i*+e, In-een-ene

  # amostra foi dividida em dois grupos, sendo que metade dos participantes preencheu a Bersão

que continha um cen"rio a longo prazo (#ne3o #/, em contrapartida, da versão 4 com um cen"rio a

curto prazo (#ne3o )/

  #a)i*+e, Deen-ene

 #cção ou inacção por parte dos su%eitos

  Oe)aciona,i0aço -a #a)i*+e, Deen-ene

  ;o fim do question"rio pede-se aos participantes para assinalarem uma das seguintes hip$teses6>oão ou Paulo, sendo que a primeira representa a acção e a segunda a inacção.

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1." – 2IPÓTE%E EMP3RICA

  7endo este um cen"rio positivo, espera-se que a escolha dos indivíduos recaia so0re a acção

(Paulo/, em detrimento da inacção (>oão/, não se verificando varia0ilidade das respostas em função

da vertente temporal, uma vez que h" uma tend'ncia maior a %ulgar mais as acç&es tanto a curto,

como a longo prazo.

". M4TODO

".1. DE%CRI'(O DA AMO%RTRA

  oram inquiridos D5 indivíduos, EFG do g!nero feminino e FG do g!nero masculino, com idades

compreendidas entre E e os H5 anos, sendo que a m!dia de idades ! de 4H,5F anos e o desvio

padrão de H,F anos. # amostra foi recolhida na aculdade de 8edicina da niversidade de Jis0oa, a

alunos da respectiva licenciatura. 2s inqu!ritos realizaram-se no m0ito da nidade Curricular de

Psicologia Cognitiva II.

".". MATERIA!

  2s question"rios usados na e3peri'ncia, como ! possível atestar nos ane3os # e ), tinham duas

vers&es. 1m am0as estava relatada uma hist$ria inicial 0astante id'ntica, sendo as duas de cen"rio

positivo, mudando somente o tempo (i.e. longo prazo vs.curto prazo/. #p$s a leitura atenta da hist$ria,

tal como foi solicitado encarecidamente aos alunos para o fazerem, reforçando com as instruç&es que

se encontram no início dos question"rios de am0as as vers&es (#ne3o # e )/, surgem,

posteriormente, duas opç&es para os alunos escolherem apenas uma (>oão vs. Paulo/. 1stas opç&es

são iguais de uma versão para a outra, contudo o que as difere ! a questão temporal (longo prazo vs.curto prazo/. É de referir tam0!m que nos question"rios ! questionada tanto a idade como o g!nero

dos participantes.

".5. PROCEDIMENTO E6PERIMENTA!

  Inicialmente contact"mos com a aculdade de 8edicina da niversidade de Jis0oa, a fim de

pedir autorização para realizar os inqu!ritos da nossa investigação. # Presidente da #ssociação de

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1studantes disponi0ilizou-se para cola0orar connosco e foi acordado um dia para realizar os

question"rios.

  ;o dia marcado dirigimo-nos : aculdade e fomos conduzidos at! : sala de alunos.

 #present"mo-nos aos inquiridos como sendo alunos do K ano do 8IP no I7P#-I e que a

e3peri'ncia em questão surgia no m0ito da nidade Curricular de Psicologia Cognitiva II. oi

esclarecido que não se tratava de qualquer tipo de avaliação de desempenho ou conhecimentos e

que a participação no estudo não colocaria em risco quaisquer dos inquiridos.

7alientou-se que era um te3to simples, mas caso houvesse dLvidas, as mesmas seriam esclarecidas

 %unto do aluno em questão. 7u0linhou-se que os alunos ao começarem a ler os te3tos, o deveriam

fazer com a m"3ima concentração, ainda que os mesmos tenham sido distri0uídos num am0iente

semi-ruidoso (i.e. sala de alunos da 8J/. #p$s toda a informação necess"ria para responder ao

estudo ter sido divulgada, foram distri0uídos os question"rios.

Como os alunos se encontravam dispersos na sala, não foi necess"ria uma divisão coerente

alternada das duas vers&es dos question"rios, sendo que os mesmo não foram distri0uídos aos

inquiridos precisamente ao mesmo tempo, desta forma os participantes não deram por terminada a

tarefa em con%unto no preciso momento, contudo, em m!dia, os alunos demoraram, a concrectizar a

e3peri'ncia, cerca de F minutos.

  #p$s a recolha dos question"rios, foi feito pelo grupo um debriefing da e3peri'ncia em estudo.

5 7 RE%U!TADO%

Cen*)io a ,on8o )a0o Cen*)io a cu)o )a0o Toa,

9oo : 5 1;

Pau,o 15 1: 5;

Toa, "; "; <;

=i8u)a 1> ;Lmero de respostas o0tidas nos dois inqu!ritos6 cen"rio a longo e curto prazo

É de salientar que do total de D5 participantes, 45 deles responderam ao inqu!rito com cen"rio a

longo prazo e os restantes 45 responderam ao inqu!rito com cen"rio a curto prazo.

Consoante os dados presentes na ta0ela, podemos concluir que a resposta com maior 

prefer'ncia foi ?Paulo@ tanto no cen"rio a curto prazo, como no cen"rio a longo prazo. ;o inqu!rito

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com cen"rio a longo prazo, HFG dos 45 inquiridos assinalaram a resposta ?>oão@ e MFG assinalou a

resposta ?Paulo@. >" no inqu!rito com cen"rio a curto prazo, apenas FG dos 45 inquiridos

assinalaram a opção ?>oão, enquanto EFG assinalou a opção ?Paulo@.

<e um modo geral, podemos dizer que 4FG dos participantes assinalaram a opção ?>oão@ e NFG

assinalaram a opção ?Paulo@.

< – DI%CU%%(O

  #o analisar os dados desta e3peri'ncia, pudemos concluir que os resultados suportam a nossa

hip$tese (?7endo este um cen"rio positivo, espera-se que a escolha dos indivíduos recaia so0re a

acção (Paulo/, em detrimento da inacção (>oão/, não se verificando varia0ilidade das respostas em

função da vertente temporal, uma vez que h" uma tend'ncia maior a %ulgar mais as acç&es tanto a

curto, como a longo prazo@/. ;este caso, os inquiridos optaram mais pela acção, em prol da inacção,

em0ora as consequ'ncias se%am positivas para am0os os cen"rios. Isto acontece porque, no caso da

acção as consequ'ncias factuais, 0em como as consequ'ncias contrafactuais das acç&es,

mentalmente desfeitas, são am0as conhecidas e as mesmas. Oodavia, as consequ'ncias factuais da

inacção são conhecidas, mas pelo contr"rio os contrafactos das inacç&es mentalmente desfeitas não

são conhecidos e possivelmente serão mais favor"veis. <esta forma, a escolha da acção, pelos

indivíduos, ! condicionada por um maior campo de informação fornecido pela mesma.

 # escolha dos inquiridos entre o actor e não actor tam0!m pode estar influenciada pela diferença

cognitiva com que %ulgamos a acção e a inacção. Isto !, associamos a acção : mudança do status

quo, enquanto o factor esta0ilidade est" inerente na inacção, ainda que possa conduzir : mudança.

  13peri'ncias anteriores demonstraram que o padrão temporal do efeito da acção s$ ocorre

dentro de um con%unto limitado de circunstncias ()*rne + 8c1lene* 4555/, sendo que uma dessas

circunstncias se verifica no nosso e3perimento6 as consequ'ncias contrafactuais das inacç&es são

desconhecidas e o resultado ! positivo. ;a vida real, podemos constatar que as consequ'ncias

contrafactuais das inacç&es são muitas vezes conhecidas, e s$ quando esta condição se verifica !

que e3iste um padrão temporal do efeito. #trav!s dos resultados o0tidos podemos concluir que a

vari"vel tempo (curto e longo prazo/ não produziu disparidade na escolha dos inquiridos.

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  É importante referir que a construção de pensamentos contrafactuais relativos a acç&es e

inacç&es depende crucialmente do modo como elas são mentalmente representadas, tendo em conta

que representamos muito mais facilmente as acç&es do que as inacç&es.

  uando e3iste um cen"rio positivo, as pessoas tendem a construir pensamentos contrafactuais

descendentes, isto !, com consequ'ncias contrafactuais piores do que a realidade, para se sentirem

melhor com as suas decis&es. Pode-se então afirmar que, o pensamento contrafactual ! sensível aos

tipos de causas particulares que o desencadeiam. <este modo as consequ'ncias imaginadas atrav!s

do pensamento contrafactual não serão melhores que as consequ'ncias reais.

  É relevante referir que o efeito do agente aca0a por condicionar a escolha dos inquiridos.

7ignifica isto que, tendemos a %ulgar frequentemente aquele que age. Isto verifica-se tanto a curto

como a longo prazo.

Por conseguinte, podemos constatar que os resultados o0tidos nesta investigação vão de

encontro aos artigos revistos e propostos no m0ito da nidade Curricular Psicologia Cognitiva II.

 #l!m disso, ao consultarmos tam0!m outras fontes relativas : tem"tica, ach"mos interessante

levantar novas quest&es que contri0uam para o aprofundamento deste campo de estudo.

  - 8odificando a constituição da amostra, ao nível da fai3a et"ria os resultados o0tidos estariam

de acordo com as teorias %" e3istentesA

  - Para futuras investigaç&es, seria relevante estudar as vari"veis motivacionais e at! que ponto

podem influenciar os resultados o0tidos.

  - #lterando a escolha da instituição, os resultados manter-se-iam iguaisA

  - elacionando duas fai3as et"rias num mesmo estudo que resultados se o0teriamA

  Por fim, podemos concluir que quando ! apresentado um cen"rio positivo, em0ora as opç&es

se%am positivas para am0os os su%eitos, h" uma tend'ncia para %ulgar como mais satisfeito aquele

que agiu, verificando-se o efeito do agente. 7ignifica isto que, valorizamos mais as acç&es porque são

estas que produzem mudanças de estado.

? – RE=ER@NCIA%

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)*rne, uth 8.>. (4554/. 8ental models and counterfactual thoughts a0out Qhat might have 0een.

Trends in Cognitive Sciences, vol.M, no.5, p. D4M-DH

)*rne, uth 8. >. e 8c1lene* #lice (4555/, Counterfactual thinRing a0out actions and failures to act,

Journal of Experimental Psychology: Learning !emory and Cognition vol. 4M, no. F, p. HE-

HH

)*rne, uth 8. >. e uelhas, #na Cristina (/. aciocínio contrafactual e modelos mentais. "n#$

Psicol%gica, vol.N, no.D, p.NH-N4.

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6. ANEXOS

6.1 ANEXO A (VERSÃO 1)

Por favor leia com atenção a hit!ria "#e e e$#e% e no final re&on'a &er$#nta coloca'a%

ainalan'o com #ma cr# a #a o&ção.

Não h* re&ota certa nem erra'a% o "#e conta + a #a o&inião.,emore o tem&o "#e achar nece*rio. O-ri$a'o(a) &or &artici&ar

 

/#etion*rio o-re Acç0e2nacç0e e a #a 3one"#4ncia

1. Idade _____ anos 2. Sexo   Masculino

Feminino

  O João e o Paulo não sabem um do outro, mas ambos estão envolvidos no mesmo meio

universitário. mbos estão a!enas moderadamente satis"eitos com a #niversidade em $ue

estão e ambos !onderam trans"erir%se !ara outra !resti&iada #niversidade. Foi dito a ambos

$ue deveriam tomar uma decisão "inal antes do "im do ano. 'ada um so"re !ara decidir,

(esitando entre o !ensamento de "icar e o !ensamento de !artir. Por "im eles "a)em o!*+es

di"erentes o João o!ta !or "icar na mesma #niversidade, en$uanto o Paulo decide mudar.

  Su!on(a $ue as suas decis+es correram bem !ara ambos -o "inal do ano, o João está

ainda mais "eli) onde está e está contente !or ter "icado ali, e Paulo está ainda mais "eli) na

sua nova #niversidade e está contente !or ter mudado.

  'omo resultado, ambos tiveram sucesso na #niversidade e asse&uraram bons em!re&os

de!ois de se "ormarem.

  uem / $ue ac(a $ue se sentiu mel(or com a sua decisão, ao !ensar nisso de) anos

de!ois0

João  Paulo

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6.5. ANEXO (VERSÃO 5)

  Por favor leia com atenção a hit!ria "#e e e$#e% e no final re&on'a &er$#nta coloca'a%

ainalan'o com #ma cr# a #a o&ção.

Não h* re&ota certa nem erra'a% o "#e conta + a #a o&inião.

,emore o tem&o "#e achar nece*rio. O-ri$a'o(a) &or &artici&ar

/#etion*rio o-re Acç0e2nacç0e e a #a 3one"#4ncia

2. Idade _____ anos 2. Sexo   Masculino

Feminino

  O João e o Paulo não sabem um do outro, mas ambos estão envolvidos no mesmo meio

universitário. mbos estão a!enas moderadamente satis"eitos com a #niversidade em $ue

estão e ambos !onderam trans"erir%se !ara outra !resti&iada #niversidade. Foi dito a ambos

$ue deveriam tomar uma decisão "inal antes do "im do ano. 'ada um so"re !ara decidir,

(esitando entre o !ensamento de "icar e o !ensamento de !artir. Por "im eles "a)em o!*+es

di"erentes o João o!ta !or "icar na mesma #niversidade, en$uanto o Paulo decide mudar.

  Su!on(a $ue as suas decis+es correram bem !ara ambos -o "inal do ano, o João está

ainda mais "eli) onde está e está contente !or ter "icado ali, e Paulo está ainda mais "eli) nasua nova #niversidade e está contente !or ter mudado.

uem / $ue ac(a $ue se sentiu mel(or com a sua decisão ao !erceber $ue "oi a decisão

acertada0

João  Paulo