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Relatório Agrupamento de Escolas Coimbra Oeste COIMBRA AVALIAÇÃO EXTERNA DAS ESCOLAS Área Territorial de Inspeção do Centro 2014 2015

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Relatório

Agrupamento de Escolas

Coimbra Oeste

COIMBRA

AVALIAÇÃO EXTERNA DAS ESCOLAS

Área Territorial de Inspeção

do Centro

2014 2015

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Agrupamento de Escolas Coimbra Oeste – COIMBRA

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CONSTITUIÇÃO DO AGRUPAMENTO

Jardins de Infância e Escolas EPE 1.º CEB 2.º CEB 3.º CEB ES

Escola Secundária D. Duarte, Coimbra

• •

Jardim de Infância de Ameal, Coimbra •

Jardim de Infância de São Bento, Coimbra •

Jardim de Infância de Vila Pouca do Campo, Coimbra •

Escola Básica de Arzila, Coimbra • •

Escola Básica de Ribeira de Frades, Coimbra • •

Escola Básica de Almas de Freire, Coimbra • •

Escola Básica de Póvoa, Coimbra • •

Escola Básica n.º 1 de Taveiro, Coimbra • •

Escola Básica de Ameal, Coimbra

Escola Básica de Cruz de Morouços, Coimbra

Escola Básica de Fala, Coimbra

Escola Básica de Casais, Casais do Campo, Coimbra

Escola Básica de Espírito Santo das Touregas, Coimbra

Escola Básica de São Martinho do Bispo, Coimbra

Escola Básica Inês de Castro, São Martinho do Bispo, Coimbra

• •

Escola Básica n.º 2 de Taveiro, Coimbra

• •

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Agrupamento de Escolas Coimbra Oeste – COIMBRA

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1 – INTRODUÇÃO

A Lei n.º 31/2002, de 20 de dezembro, aprovou o sistema de avaliação dos estabelecimentos de educação

pré-escolar e dos ensinos básico e secundário, definindo orientações gerais para a autoavaliação e para a

avaliação externa. Neste âmbito, foi desenvolvido, desde 2006, um programa nacional de avaliação dos

jardins de infância e das escolas básicas e secundárias públicas, tendo-se cumprido o primeiro ciclo de

avaliação em junho de 2011.

A então Inspeção-Geral da Educação foi

incumbida de dar continuidade ao programa de

avaliação externa das escolas, na sequência da

proposta de modelo para um novo ciclo de

avaliação externa, apresentada pelo Grupo de

Trabalho (Despacho n.º 4150/2011, de 4 de

março). Assim, apoiando-se no modelo construído

e na experimentação realizada em doze escolas e

agrupamentos de escolas, a Inspeção-Geral da

Educação e Ciência (IGEC) está a desenvolver

esta atividade consignada como sua competência

no Decreto Regulamentar n.º 15/2012, de 27 de

janeiro.

O presente relatório expressa os resultados da

avaliação externa do Agrupamento de Escolas

Coimbra Oeste – Coimbra, realizada pela equipa

de avaliação, na sequência da visita efetuada

entre os dias 4 e 8 de maio de 2015. As

conclusões decorrem da análise dos documentos

fundamentais do Agrupamento, em especial da

sua autoavaliação, dos indicadores de sucesso

académico dos alunos, das respostas aos

questionários de satisfação da comunidade e da

realização de entrevistas.

Espera-se que o processo de avaliação externa

fomente e consolide a autoavaliação e resulte

numa oportunidade de melhoria para o

Agrupamento, constituindo este documento um

instrumento de reflexão e de debate. De facto, ao

identificar pontos fortes e áreas de melhoria,

este relatório oferece elementos para a

construção ou o aperfeiçoamento de planos de

ação para a melhoria e de desenvolvimento de

cada escola, em articulação com a administração

educativa e com a comunidade em que se insere.

A equipa de avaliação externa visitou a escola-

sede do Agrupamento, o Jardim de Infância de

São Bento e as escolas básicas de Arzila, São Martinho do Bispo, Fala, n.º 2 de Taveiro e Inês de Castro.

A equipa regista a atitude de empenhamento e de mobilização do Agrupamento, bem como a colaboração

demonstrada pelas pessoas com quem interagiu na preparação e no decurso da avaliação.

ESCALA DE AVALIAÇÃO

Níveis de classificação dos três domínios

EXCELENTE – A ação da escola tem produzido um impacto

consistente e muito acima dos valores esperados na melhoria

das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos

respetivos percursos escolares. Os pontos fortes predominam

na totalidade dos campos em análise, em resultado de

práticas organizacionais consolidadas, generalizadas e

eficazes. A escola distingue-se pelas práticas exemplares em

campos relevantes.

MUITO BOM – A ação da escola tem produzido um impacto

consistente e acima dos valores esperados na melhoria das

aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos

percursos escolares. Os pontos fortes predominam na

totalidade dos campos em análise, em resultado de práticas

organizacionais generalizadas e eficazes.

BOM – A ação da escola tem produzido um impacto em linha

com os valores esperados na melhoria das aprendizagens e

dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos

escolares. A escola apresenta uma maioria de pontos fortes

nos campos em análise, em resultado de práticas

organizacionais eficazes.

SUFICIENTE – A ação da escola tem produzido um impacto

aquém dos valores esperados na melhoria das aprendizagens

e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos

escolares. As ações de aperfeiçoamento são pouco

consistentes ao longo do tempo e envolvem áreas limitadas

da escola.

INSUFICIENTE – A ação da escola tem produzido um impacto

muito aquém dos valores esperados na melhoria das

aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos

percursos escolares. Os pontos fracos sobrepõem-se aos

pontos fortes na generalidade dos campos em análise. A

escola não revela uma prática coerente, positiva e coesa.

O relatório do Agrupamento apresentado no âmbito da

Avaliação Externa das Escolas 2014-2015 está disponível na página da IGEC.

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Agrupamento de Escolas Coimbra Oeste – COIMBRA

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2 – CARACTERIZAÇÃO DO AGRUPAMENTO

O Agrupamento de Escolas Coimbra Oeste foi criado em 26 de junho de 2012, por agregação dos

Agrupamentos de Escolas Inês de Castro e Escolas de Taveiro) e da Escola Secundária D. Duarte. É

constituído por três jardins de infância, seis escolas básicas do 1.º ciclo, cinco escolas básicas com

educação pré-escolar e 1.º ciclo, duas escolas básicas com 2.º e 3.º ciclos e por uma escola secundária

(escola-sede), dispersas pelo território de três uniões de freguesias (Taveiro, Ameal e Arzila; Ribeira de

Frades e S. Martinho do Bispo e Santa Clara e Castelo Viegas).

No ano letivo 2014-2015 o Agrupamento é frequentado por 1956 crianças e alunos: 192 da educação pré-

escolar (10 grupos); 758 do 1.º ciclo (36 turmas); 183 do 2.º ciclo (nove turmas, das quais duas de ensino

artístico especializado do curso básico de música); 355 do 3.º ciclo (18 turmas, duas das quais de ensino

artístico especializado do curso básico de música), uma de percursos curriculares alternativos, uma dos

cursos vocacionais e uma dos cursos de educação e formação); 205 dos cursos científico-humanísticos do

ensino secundário (oito turmas) e 263 dos cursos profissionais (onze turmas). Do total de alunos do

Agrupamento, 4,2% não possuem nacionalidade portuguesa e 64,1% não beneficiam de auxílios

económicos da ação social escolar, sendo que 18,6% dos alunos do ensino básico e 13,5% do ensino

secundário não têm computador com ligação à Internet.

A análise dos indicadores relativos às habilitações académicas dos pais e encarregados de educação

mostra que a percentagem com formação superior é de 21% no ensino básico e 7,6% no ensino

secundário e com formação secundária de 23% e 11%, respetivamente. No que respeita à sua ocupação

profissional, 26,1% dos pais dos alunos do ensino básico e 19,2% do ensino secundário exercem

atividades profissionais de nível superior e intermédio – 89,6%; não docentes – 74,4%).

A educação e o ensino são assegurados por 201 docentes e 82 trabalhadores não docentes, dos quais 64

assistentes operacionais, 15 assistentes técnicos e três técnicos superiores (psicólogos).

Maioritariamente, apresentam experiência profissional igual ou superior a dez anos de serviço (docentes

- 89,6%; não docentes - 74,4%).

De acordo com os dados de referência disponibilizados pela Direção-Geral de Estatísticas da Educação e

Ciência (DGEEC) relativamente ao ano letivo de 2012-2013, os valores das variáveis de contexto do

Agrupamento, quando comparados com os das outras escolas públicas, são favoráveis, embora não seja

dos mais favorecidos. Refere-se, em particular, a percentagem de docentes do quadro dos 2.º e 3.º ciclos e

do ensino secundário, as habilitações académicas dos pais e das mães dos alunos no ensino básico, a

média do número de alunos por turma no ensino básico e a percentagem de raparigas no 9.º e 12.º anos.

3 – AVALIAÇÃO POR DOMÍNIO

Considerando os campos de análise dos três domínios do quadro de referência da avaliação externa e

tendo por base as entrevistas e a análise documental e estatística realizada, a equipa de avaliação

formula as seguintes apreciações:

3.1 – RESULTADOS

RESULTADOS ACADÉMICOS

Na educação pré-escolar, a aprendizagem e o desenvolvimento das crianças são adequadamente

avaliados. De acordo com a avaliação interna do Agrupamento, o indicador de sucesso global utilizado

neste nível de educação superou, em 2013-2014, os 97%.

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Agrupamento de Escolas Coimbra Oeste – COIMBRA

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Nos ensinos básico e secundário, no ano letivo de 2012-2013 (ano mais recente para o qual há

indicadores contextualizados), observa-se que as taxas de conclusão se situaram acima dos

correspondentes valores esperados nos 4.º e 12.º anos de escolaridade, e aquém deste indicador de

referência nos 6.º e 9.º anos. Nas provas finais de Português e de Matemática dos 1.º, 2.º e 3.º ciclos e nos

exames nacionais do ensino secundário de Português, Matemática A e História A, a média das

classificações situou-se acima dos valores esperados, com exceção da Matemática do 2.º ciclo, cujo

resultado ficou aquém do valor esperado. De entre este conjunto de resultados, sobressaem, pela

positiva, os obtidos a Português, no 3.º ciclo, e a História A, no ensino secundário.

A constituição recente do Agrupamento não permite uma análise comparativa, consolidada (duas

escolas com 2.º e 3.º ciclos), dos indicadores estatísticos dos resultados no triénio 2010-2011 a 2012-2013

relativos ao ensino básico. Os dados disponíveis evidenciam que os anteriores agrupamentos de escolas

de Taveiro e de Inês de Castro obtiveram, em 2010-2011 e em 2011-2012, alguns resultados em linha ou

aquém do esperado (p. ex., a Matemática do 6.º ano), mas estas fragilidades foram parcialmente

superadas no ano seguinte (p. ex., na Matemática do 4.º ano e no Português do 9.º ano). Nesta linha de

análise, pode concluir-se que ocorreu uma melhoria global dos resultados do Agrupamento entre 2010-

2011 e 2012-2013. Neste mesmo período, nos cursos científico-humanísticos do ensino secundário, todos

os indicadores estatísticos (taxa de conclusão e médias das classificações de exame nas disciplinas de

Português, Matemática A e História A) se situaram acima dos respetivos valores esperados, o que

evidencia a existência de práticas consolidadas de muito boa qualidade neste nível de ensino.

Considerando os cursos profissionais que completaram, em 2013-2014, mais de dois ciclos de formação,

observa-se uma variabilidade significativa nas respetivas taxas de conclusão, mais elevadas nos cursos

de técnico de Restauração - variante Cozinha/Pastelaria e de Animador Sociocultural, e mais baixas nos

cursos de técnico de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos e de Restauração - variante

Restaurante/Bar. Verifica-se, por outro lado, que o último ciclo de formação (2011-2012 a 2013-2014) foi

o que obteve, globalmente, os melhores resultados. De acordo com os dados da avaliação interna do

Agrupamento, a taxa de sucesso no 3.º ano, nos últimos três anos letivos, foi sempre superior à média

nacional. As taxas de empregabilidade são muito variáveis neste período, consoante os cursos e os ciclos

de formação, alcançando o valor mais elevado no curso de técnico de Restauração - variante

Restaurante/Bar (92,3%) e o mais baixo no curso de técnico de Animador Sociocultural (28%). Os alunos

com necessidades educativas especiais de caráter permanente, que representam 9,1% da população

escolar, alcançaram, nos últimos três anos letivos, níveis de sucesso apreciáveis (respetivamente, 79,5%,

91,6% e 87,5%).

Em 2013-2014 não se registou abandono escolar no ensino básico e, nas diferentes ofertas formativas do

ensino secundário, o mesmo representou 1%.

São recolhidos, sistematizados e analisados regularmente elementos diversificados relativos às

aprendizagens e aos resultados das crianças e dos alunos, existindo um conhecimento apreciável por

parte das lideranças de topo e intermédias dos principais pontos fortes e fragilidades do Agrupamento

no campo dos resultados académicos, bem como de alguns fatores internos explicativos para os mesmos

(p. ex., mudança de docente; insuficiente articulação disciplinar interciclos). Apesar da melhoria global

dos resultados face ao 1.º ciclo da avaliação externa, realizada no biénio 2009-2010 a 2010-2011 nas três

unidades orgânicas que estão na génese do Agrupamento, persistem algumas fragilidades,

nomeadamente ao nível das provas finais de Matemática do 2.º ciclo e das taxas de conclusão nos 2.º e

3.º ciclos, o que evidencia a necessidade do Agrupamento continuar a investir na prestação do serviço

educativo enquanto estratégia de melhoria consolidada e sustentável dos resultados.

RESULTADOS SOCIAIS

As crianças e os alunos participam na organização das suas salas de atividade e de aula e na vida

escolar através do envolvimento em diversas atividades pedagógicas. Na educação pré-escolar e no 1.º

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ciclo são, frequentemente, designados chefes/delegados de turma, a quem são atribuídas tarefas de apoio

concretas, ajustadas às suas idades (p. ex., marcação diária de presenças e distribuição e recolha de

materiais). Nalgumas salas encontram-se afixadas as regras de comportamento e os discentes

demonstram conhecê-las.

Os alunos dos 1.º, 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e do ensino secundário foram auscultados através de

inquéritos de satisfação, incluindo em dimensões de prestação do serviço educativo. Existe uma prática

regular de reuniões entre os responsáveis pelas diferentes escolas/diretora, os representantes das

turmas e a associação de estudantes para debate de assuntos diversos. A atividade Tenho a palavra!!,

desenvolvida no passado mês de novembro, constitui um exemplo de uma iniciativa devidamente

programada e orientada de debate com os alunos da Escola Secundária D. Duarte e que, no caso, visou a

identificação de estratégias de prevenção e/ou resolução de situações problemáticas neste

estabelecimento de ensino. Os delegados de turma são convocados, também, para as reuniões dos

conselhos de turma intercalares e outras de carácter extraordinário, onde participam com regularidade.

Acresce a estas formas de participação, a responsabilização dos alunos dos anos mais avançados por

algumas atividades de integração dos mais jovens nas suas novas escolas (p. ex., visita guiada às

instalações no início do ano letivo). Os discentes demonstram conhecer os aspetos fundamentais da

organização e as regras de funcionamento das suas escolas e atividades, incluindo os critérios

específicos de avaliação nas disciplinas.

A participação das crianças e alunos em iniciativas nos domínios desportivo, cultural, artístico, de

solidariedade e outros, algumas delas abrangendo todas as escolas e jardins de infância, diversifica e

desenvolve os seus conhecimentos e aptidões, tendo um impacto muito positivo na sua formação pessoal

e social (atividades do Programa de Educação para a Saúde, do projeto de Desporto Escolar, dos clubes

Escola Solidária e de Música, do gabinete de apoio ao aluno e à família (GAAF), entre muitas outras).

O desenvolvimento do comportamento cívico dos alunos é uma das componentes do currículo

especificamente trabalhada, quer nas suas dimensões formativas e de prevenção geral quer na sua

dimensão corretiva/sancionatória. As matrizes curriculares dos 1.º, 2.º e 3.º ciclos do ensino básico

integram a disciplina de Educação para a Cidadania, para a qual foram definidos conteúdos, objetivos e

estratégias próprias. O serviço de psicologia e orientação (SPO), bem como outras estruturas do

Agrupamento (p. ex., o GAAF), colabora ativamente no apoio aos alunos ao nível das relações

interpessoais e dos afetos, em articulação com os professores, com os quais se definem, também,

estratégias globais de intervenção para as problemáticas específicas de algumas turmas. São

programadas e desenvolvidas inúmeras atividades e projetos de sensibilização e formação neste âmbito,

de que o Projeto A violência não é a nossa praia constitui um exemplo. Foram criados os quadros de

Mérito Cívico e outros que premeiam os discentes que se distinguem pelo seu comportamento exemplar

ou progressos excecionais nestas áreas da sua formação.

O pessoal docente e não docente mantém-se vigilante e proactivo na identificação e regulação dos

comportamentos disruptivos dos alunos e, perante a violação grave dos seus deveres, a direção atua

disciplinarmente. No ano letivo transato foi implementada uma metodologia de reporte, registo e

sistematização de dados relativos à indisciplina escolar, comum a todas as escolas do Agrupamento, que

possibilita a monitorização e avaliação global de algumas das suas vertentes. De acordo com estes

elementos, no 1.º ciclo do ensino básico e nos cursos científico-humanísticos do ensino secundário, as

participações disciplinares são nulas ou residuais. Os incidentes mais significativos estão focalizados

num grupo restrito de alunos/turma, particularmente no 3.º ciclo. Num universo de 567 participações

disciplinares aos diretores de turma no ano letivo de 2013-2014, 510 determinaram a aplicação de uma

medida disciplinar corretiva ou sancionatória. Apesar deste volume de incidentes, refletido nalguns

documentos de autoavaliação do Agrupamento, o ambiente geral vivido nas escolas e jardins de infância

é de segurança e tranquilidade.

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São recolhidos alguns elementos sobre o impacto da escolaridade após a conclusão do ensino secundário

pelos alunos, designadamente em termos de prosseguimento de estudos e empregabilidade nos cursos

profissionais. Nos últimos três anos letivos, a taxa de colocação dos alunos dos cursos científico-

humanísticos (internos e externos) na 1.ª fase do concurso de acesso ao ensino superior foi elevada

(sempre acima dos 89%), sendo igualmente considerável a percentagem de alunos dos cursos

profissionais que prosseguem os seus estudos neste nível de ensino (superior a 28%).

RECONHECIMENTO DA COMUNIDADE

A satisfação manifestada pela comunidade educativa sobre o serviço prestado pelo Agrupamento,

apurada através de questionários elaborados pela IGEC aplicados no âmbito do presente processo de

avaliação, é elevada.

De entre os grupos de inquiridos, os alunos revelam-se os mais críticos. No 1.º ciclo do ensino básico,

afirmam perceber bem os que os seus professores explicam nas aulas, gostam das atividades de

expressão plástica que fazem na sua escola e conhecem as regras de comportamento, aspeto este

também partilhado pelos seus colegas dos 2.º e 3.º ciclos e do ensino secundário. Contudo, uma parte

significativa discorda que utilize o computador na sala de aula todas as semanas/com alguma

frequência, que utilize a biblioteca para realizar trabalhos e leituras e que goste do almoço que é servido

na escola. A existência de um ambiente de tranquilidade e respeito nas aulas merece, também, um juízo

de discordância por parte de uma percentagem apreciável dos respondentes.

Os pais e encarregados de educação das crianças da educação pré-escolar manifestam-se bastante

agradados com todos os aspetos do serviço prestado pelo Agrupamento, perceção que é partilhada

globalmente pelos pais dos alunos dos ensinos básico e secundário. De sublinhar, os níveis de

concordância relativamente a itens com elevado significado pedagógico, como sejam a disponibilidade

manifestada pelos diretores de turma e a ligação que fazem com a família, e o incentivo dado aos alunos

para trabalhar e ter bons resultados. Os pais partilham com os seus filhos/educandos dos ensinos básico

e secundário a insatisfação com o serviço de refeitório.

Os educadores e professores valorizam em particular a abertura ao exterior e a existência de uma boa

liderança, salientando, também, a exigência do ensino na escola. O conforto das salas de aula e a

adequação dos espaços de desporto e de recreio constituem os itens com maior nível de insatisfação. Os

trabalhadores não docentes mostram-se satisfeitos em trabalhar no Agrupamento e consideram que a

escola é limpa e segura. O respeito dos alunos pelo pessoal não docente, a adequação dos espaços de

desporto e de recreio e o conforto das salas de aula constituem os aspetos de menor satisfação.

Os resultados académicos e sociais são reconhecidos e valorizados sob várias formas. Foram criados

Prémios de Mérito que distinguem os alunos que se evidenciam pelos seus conhecimentos, capacidades e

realizações, dentro ou fora da escola, em diferentes domínios, existindo uma preocupação clara de

abrangência e equidade (p. ex., quadro de Mérito Artístico e quadro de Mérito de Progressão). São

desenvolvidos concursos, provas desportivas e outras atividades que culminam com a atribuição de

prémios e diplomas de participação (p. ex., Da imagem ao Texto e VIII Concurso de Fotografia

Matemática no Quotidiano). Também a participação do Agrupamento em projetos e iniciativas externas

tem um efeito muito positivo na multiplicação de experiências de aprendizagem e de oportunidades para

evidenciar as capacidades e aptidões dos alunos numa grande diversidade de áreas do seu interesse e

onde obtêm, frequentemente, distinções várias (p. ex., Minicongresso de Ciência por Jovens, Prémio

Fundação Ilídio Pinho, Congresso de Jovens Geocientistas, Coimbra in Motions, colaborações diversas

em áreas específicas dos cursos profissionais). A página web do Agrupamento é explorada na divulgação

das realizações escolares e dos êxitos dos alunos em todos os níveis de educação e ensino.

A ação do Agrupamento tem produzido um impacto consistente e acima dos valores esperados na

melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. Os pontos

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fortes predominam na totalidade dos campos em análise, em resultado de práticas organizacionais

generalizadas e eficazes. Tais fundamentos justificam a atribuição da classificação de MUITO BOM no

domínio Resultados.

3.2 – PRESTAÇÃO DO SERVIÇO EDUCATIVO

PLANEAMENTO E ARTICULAÇÃO

O planeamento do currículo sustenta-se no trabalho dos grupos de área disciplinar e dos departamentos

curriculares. As reuniões iniciais do ano letivo, permitem uniformizar ações e documentos de trabalho,

proceder à elaboração das planificações de médio e longo prazo, discutir procedimentos da avaliação dos

alunos e analisar as iniciativas a propor para o plano anual de atividades. As orientações estabelecidas

pelos coordenadores dos diretores de turma e o trabalho desenvolvido pelos departamentos curriculares

da educação pré-escolar e do 1.º ciclo e pelos conselhos de turma têm um papel importante no apoio e

harmonização das práticas educativas.

Na educação pré-escolar e no ensino básico as equipas pedagógicas elaboram planos de trabalho de

grupo/turma que asseguram uma adequada gestão do currículo e a coerência com os objetivos definidos

no projeto educativo do Agrupamento. É a este nível que se desenvolve, por excelência, a articulação

horizontal através da concretização de diversificadas atividades/projetos que envolvem diferentes

disciplinas áreas de conhecimento e disciplinas (p. ex., Matemática e Geografia, Português e História).

A implementação de diversificadas iniciativas previstas no plano anual de atividades, que envolvem os

diferentes níveis de educação/ensino (p. ex., ações promovidas pela biblioteca, celebração de

festividades) é o campo privilegiado para o desenvolvimento da articulação curricular. Porém, ainda se

evidenciam algumas dificuldades, ao nível da articulação disciplinar interciclos, designadamente, entre

o 1.º e o 2.º ciclos, que se refletem nos resultados dos alunos nas provas finais de Matemática do 2.º ciclo

do ensino básico. Na transição de nível de educação/ensino e a integração dos alunos nas suas novas

escolas assegura-se a adequada transmissão de informação essencial acerca do percurso escolar dos

alunos e das suas turmas.

Algumas dimensões transdisciplinares, como o domínio da língua materna e a educação para a saúde,

são estrategicamente tidas em conta no planeamento, na organização do currículo e da sua articulação

com outras atividades (p. ex., Semana do livro, Semana da Europa e comemorações do Dia da Escola

Secundária D. Duarte e do dia 25 de Abril). É dada uma atenção especial à contextualização do currículo

e abertura ao meio, sendo diversificadas as iniciativas, por norma de carácter interdisciplinar, ligadas à

realidade local e do concelho de Coimbra, (p. ex., no âmbito do projeto Eco Museu, as atividades Mostra

Escolar de curtas metragens, projeto “riocEAnos - Coimbra do Mondego”, Do Choupal até à Lapa…), o

que têm contribuído significativamente para o reforço dos laços com a comunidade, a valorização do

património a promoção da dimensão inclusiva.

No ano letivo de 2013-2014 foram adotados pelo Agrupamento novos instrumentos de recolha e

sistematização de elementos relativos ao percurso escolar das crianças/alunos, que potenciaram a

reflexão e a tomada de decisões das equipas pedagógicas relativamente ao planeamento das atividades e

estratégias de ensino e aprendizagem, bem como à adoção de medidas de diferenciação pedagógica.

O trabalho colaborativo dos docentes ao nível do respetivo departamento curricular/área disciplinar

reflete-se positivamente na organização e execução articulada das atividades pedagógicas, produção e

partilha de materiais e no grau de reflexão da eficácia das estratégias aplicadas, sendo uma prática

ainda em consolidação, mas com reflexos nos bons resultados alcançados.

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PRÁTICAS DE ENSINO

O Agrupamento apresenta uma oferta educativa muito diversificada, visando a adequação das

atividades educativas e de ensino às necessidades e interesses dos seus alunos. Oferece ainda o ensino

artístico especializado (curso básico de música) na modalidade de regime articulado, em parceria com o

Conservatório Regional de Coimbra.

As atividades de ensino revelam-se adequadas às capacidades e ritmos de aprendizagem das crianças e

dos alunos, o que se reflete, globalmente, na qualidade dos seus resultados, designadamente em termos

da avaliação externa. É dado um especial relevo ao desenvolvimento de um conjunto de estratégias de

diferenciação em sala de atividades e de aula (p. ex., trabalho em pequenos grupos, trabalho a pares,

apoio individualizado, realização de tarefas diferenciadas).

Com base num levantamento pormenorizado de dificuldades de aprendizagem, foram implementadas

variadas medidas de promoção do sucesso escolar acessíveis a todos os alunos, dos quais se destaca:

apoio acrescido para alunos dos 2.º e 3.º ciclos e ensino secundário regular e profissional; salas de estudo

para os 2.º e 3.º ciclos em várias disciplinas (p. ex., Português, Matemática, Ciências Naturais); Projeto

para o Sucesso Educativo (PSE) nas disciplinas do ensino secundário regular (p. ex., Matemática A,

Biologia e Geologia). Disponibilizam-se, ainda, apoio aos alunos na preparação das provas/exames em

tempo pós-letivo. São ainda de salientar as boas práticas de ensino nos cursos científico-humanísticos do

ensino secundário, com impacto, nomeadamente, nos resultados alcançados pelos alunos nas avaliações

externas.

Apesar de não ser visível uma clara orientação estratégica para o desenvolvimento de alunos com

capacidades excecionais, as medidas de promoção do sucesso escolar disponibilizadas e a implementação

de diversificados projetos e atividades de enriquecimento curricular permitem que um conjunto

significativo de alunos possa explorar e aprofundar os seus conhecimentos e interesses.

Os alunos com necessidades educativas especiais de carácter permanente são devidamente apoiados

pelos docentes da educação especial, em colaboração com o SPO, e por técnicos externos (p. ex.,

terapeutas ocupacionais). É de relevar o trabalho desenvolvido na implementação dos programas

educativos individuais em que se prevê a intervenção do professor de educação especial junto dos

restantes professores para assegurar a concretização das respostas educativas e o acompanhamento dos

alunos com planos individuais de transição.

As bibliotecas escolares desenvolvem um vasto programa de ações transversais nos domínios da

promoção da leitura e da escrita, com considerável impacto nas aprendizagens, desempenhando um

papel aglutinador de atividades em torno de projetos comuns.

As metodologias ativas de ensino são incorporadas por educadores e professores na gestão do currículo

dos grupos/turmas. Existe uma estratégia do Agrupamento para fomentar a atitude positiva face à

pesquisa, à experimentação e à descoberta e a diversificação das experiências de aprendizagem,

designadamente através da implementação do projeto Acontece em Coimbra Oeste. As tecnologias de

informação e comunicação são utilizadas de forma diferenciada como meio de abordagem mais ativa dos

conteúdos programáticos e para facilitar a comunicação. Porém, apesar do esforço feito, não é evidente a

existência de uma estratégia concertada que promova a sua utilização mais generalizada,

nomeadamente com a utilização de computadores em sala de aula e das plataformas digitais como meio

de interação pedagógica entre alunos e professores.

A dimensão artística assume uma considerável relevância no desenvolvimento da formação integral dos

alunos. Encontra-se prevista na componente da oferta curricular e de enriquecimento curricular (ensino

articulado de música nos 2.º e 3.º ciclos, atividade de Expressão Musical no 1.º ciclo), sendo também

valorizada através da realização de múltiplas iniciativas culturais (p. ex., produções teatrais diversas,

atividades do Clube Música e o projeto Anima-te que envolve as crianças da educação pré-escolar).

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A monitorização da prática letiva, realiza-se nas estruturas de coordenação educativa e supervisão

pedagógica, designadamente através da aferição do planeamento, do cumprimento dos programas e da

análise de resultados da avaliação, continuando a não existir procedimentos sistemáticos e intencionais

de observação em sala de aula como forma de desenvolvimento profissional dos docentes e de melhoria

da qualidade do ensino.

MONITORIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DO ENSINO E DAS APRENDIZAGENS

Os critérios definidos para a organização do processo de avaliação das aprendizagens contemplam os

domínios a avaliar e os instrumentos a utilizar. Foram divulgados, no início do ano letivo, aos

encarregados de educação e aos alunos, encontrando-se disponíveis para consulta em papel nos

diferentes estabelecimentos que compõem o Agrupamento e na respetiva página da Internet.

Os departamentos curriculares, áreas disciplinares/ano e os conselhos de turma aferem os instrumentos

e os procedimentos a utilizar no sentido de salvaguardar a implementação das diferentes modalidades

de avaliação, tendo como referência o currículo e os critérios definidos para a sua concretização. Existem

práticas consistentes de avaliação diagnóstica, fundamentalmente no início do ano letivo, e de avaliação

formativa, utilizadas na avaliação inicial e contínua dos progressos das crianças e dos alunos, na

reformulação das planificações didáticas e na seleção/redefinição das estratégias de melhoria das

aprendizagens. Os alunos são regularmente envolvidos em práticas de autoavaliação.

O Agrupamento encontra-se a alargar progressivamente a aplicação de testes comuns a todos os níveis

de ensino e em todas as disciplinas, visando a aferição das aprendizagens. Na sequência da aplicação

destes testes, procede-se à análise de resultados, sendo o resultado da reflexão traduzido em medidas de

melhoria (p. ex., reformulação das planificações curriculares). Os procedimentos de validação e

determinação da fiabilidade dos critérios e instrumentos de avaliação, que assentam sobretudo na

análise dos resultados e na adoção de práticas comuns de avaliação, têm ajudado na adoção de

estratégias adequadas às dificuldades detetadas (p. ex., reformulação dos critérios de avaliação para

evitar a disparidade existente entre as classificações internas e externas).

As estruturas de coordenação educativa e supervisão pedagógica procedem à regular monitorização do

desenvolvimento do currículo, dos resultados de aprendizagem e da eficácia das medidas de promoção do

sucesso escolar. Esta atuação mostra-se determinante na identificação das razões do insucesso escolar e

no delinear de estratégias que permitam respostas positivas aos problemas do ensino e da

aprendizagem. A monitorização realiza-se de forma sistemática ao nível da implementação do plano

anual de atividades, com base nos relatórios das diferentes iniciativas/ações realizadas.

Tem-se obtido bons resultados na prevenção da desistência e abandono escolares, o que resulta de uma

ação consistente na deteção e acompanhamento das situações de risco pelos diretores de turma e pela

direção, em colaboração com o SPO, a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Coimbra, o Centro

de Saúde e outras entidades do concelho. Tem ainda sido marcante a capacidade em envolver os pais e

encarregados de educação na procura das melhores soluções de integração, potenciadas pela oferta

educativa.

A ação da Agrupamento tem produzido um impacto consistente e acima dos valores esperados na

melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. Os pontos

fortes predominam na totalidade dos campos em análise, em resultado de práticas organizacionais

generalizadas e eficazes. Tais fundamentos justificam a atribuição da classificação de MUITO BOM no

domínio Prestação do Serviço Educativo.

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3.3 – LIDERANÇA E GESTÃO

LIDERANÇA

A diretora revela visão estratégica para o Agrupamento que se reflete em múltiplas áreas,

designadamente na construção de documentos estruturantes consistentes com o diagnóstico efetuado e

com as perspetivas de desenvolvimento da organização face às potencialidades e ameaças do meio. A sua

ação tem sido determinante, também, na consolidação e disseminação pelas diferentes escolas e jardins

de infância das boas práticas organizativas e pedagógicas existentes nas anteriores unidades orgânicas,

na ligação à comunidade e na construção da identidade do Agrupamento.

A direção revela dinamismo na organização e no apoio à realização de iniciativas mobilizadoras da

comunidade (p. ex., Dia da Escola, Cabazes de Natal, Chá dos Avós, Escola Solidária, Biblioteca

Solidariedade, entre outras), que constituem momentos de vivência comuns, ajudando a desenvolver

valores de cidadania e a cimentar laços e sentido de pertença. Os docentes e os trabalhadores não

docentes sentem-se valorizados pelo seu esforço e reconhecem que são ouvidos pela direção.

O projeto educativo fixa os eixos prioritários de ação, os objetivos gerais e estratégicos, que são

operacionalizados através do plano anual de atividades, cuja validação, avaliação e registo são feitos

sistematicamente numa plataforma informática (GARE), que potencia uma gestão e monitorização

contínuas das ações planeadas, bem como a adequada divulgação das mesmas. Encontram-se, também

previstas metas quantificadas para os resultados académicos (p. ex., aumentar a taxa de transição em

1% a 2%, atingir e/ou aumentar a taxa de sucesso educativo nas provas de aferição acima da média

nacional). Porém, a sua formulação, nomeadamente para os resultados internos, não promove a

mobilização das equipas pedagógicas em torno de referenciais comuns nem viabiliza uma efetiva

monitorização do cumprimento das metas ao longo do ano letivo.

O conselho geral acompanha regularmente a ação e os resultados do Agrupamento, envolvendo-se de

forma participativa no debate e/ou aprovação de documentos e linhas orientadoras (p. ex., projeto

educativo, orçamento, critérios para a constituição de turmas e elaboração de horários, atividades de

enriquecimento curricular do 1.º ciclo) e na procura de soluções conducentes à resolução de problemas

(p. ex., questões relativas à rede de transportes, refeições, apoio a situações de carência de alunos).

Dirige, também, recomendações internas, sempre que entende apropriado (p. ex., sobre a explicitação

das metas para os resultados académicos).

As lideranças existentes ao nível dos órgãos de direção, administração e gestão, bem como das

estruturas de coordenação educativa e supervisão pedagógica têm sido determinantes no

desenvolvimento das relações com a comunidade e no reforço das condições de prestação do serviço

educativo, nomeadamente através do envolvimento do Agrupamento em atividades e projetos em

múltiplas áreas (p. ex., Coimbra a Brincar, Escolas Associadas da UNESCO, Centro de Formação

Desportiva de Desportos Náuticos). Assumem especial relevância, neste campo, as parcerias e os

protocolos com a Câmara Municipal de Coimbra, as uniões de freguesias da área do Agrupamento, o

Conservatório Regional de Coimbra, a Escola Superior Agrária e a Escola Superior de Educação do

Instituto Politécnico de Coimbra, o Exploratório de Ciência Viva de Coimbra, a Fundação Bissaya

Barreto, a Universidade de Coimbra, o Diário de Coimbra e muitas outras entidades (públicas e

privadas), designadamente no âmbito de componentes práticas e estágios dos cursos profissionais.

GESTÃO

A gestão dos recursos tem em conta as pessoas, o que se reflete positivamente no bom ambiente

educativo vivido no Agrupamento e na motivação dos profissionais. A distribuição do serviço atende, em

geral, às competências pessoais e profissionais dos trabalhadores bem como às caraterísticas dos

contextos de trabalho em que desenvolvem as respetivas funções, promovendo a eficácia na realização

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das tarefas e o bom desempenho de cargos. Na atribuição de turmas e disciplinas procura-se assegurar a

continuidade pedagógica, de modo a reforçar a articulação curricular e a sequencialidade das

aprendizagens. O pessoal não docente é gerido com flexibilidade de modo a minimizar o impacto da falta

e/ou ausência temporária de trabalhadores. A distribuição de funções e tarefas é efetuada sob proposta

dos respetivos coordenadores. O Agrupamento tem um plano de formação cuja implementação responde

de forma eficaz às necessidades de formação regularmente identificadas. Os horários dos alunos estão

organizados de forma a potenciar a sua participação na diversidade de iniciativas em que estão

envolvidos (apoio educativo, atividades de enriquecimento curricular) e têm em conta as caraterísticas

da rede de transportes.

Os circuitos de comunicação interna e externa implementados são diversificados e geralmente eficazes,

apoiando-se também em meios informáticos (p. ex., correio eletrónico institucional, portal do

Agrupamento, endereço da turma na Internet, ferramentas partilhadas como a Dropbox) que asseguram

a divulgação dos documentos orientadores, das atividades, projetos e seus resultados, fomentam a

partilha de materiais e permitem aos serviços atender e dar respostas a solicitações feitas à distância (p.

ex., pedidos de certidões). Algumas destas ferramentas possibilitam um acompanhamento próximo do

percurso escolar dos alunos pelos respetivos encarregados de educação (p. ex., a consulta das faltas às

aulas, classificação de testes e fichas de trabalhos).

AUTOAVALIAÇÃO E MELHORIA

Existe uma equipa de autoavaliação que foi constituída na sequência da reconfiguração do

Agrupamento. É composta por docentes de todos os níveis e ciclos de ensino e um elemento do pessoal

não docente, estando prevista a integração de um encarregado de educação e de um aluno. Com base

num plano de trabalho, esta equipa acolheu a experiência das anteriores unidades de gestão neste

domínio e elaborou o atual modelo de avaliação interna, contando com a colaboração de um amigo

crítico. Especificamente, em colaboração com outras estruturas de orientação educativa e supervisão

pedagógica, produziu um relatório de autoavaliação de 2013-2014 e uma análise dos dados obtidos com

a aplicação dos inquéritos de satisfação à comunidade educativa que foram discutidos internamente no

Agrupamento e tiveram reflexos na elaboração/reformulação do projeto educativo e do plano anual de

atividades. As práticas de autoavaliação implementadas são regularmente acompanhadas pelos órgãos

de administração e gestão e pelas estruturas de coordenação educativa e supervisão pedagógica.

O processo de autoavaliação é complementado com outras atividades de monitorização e autorregulação,

desenvolvidas por diversas estruturas de orientação educativa em domínios como os resultados

académicos, a execução do plano de atividades e a eficácia dos apoios educativos.

No seu conjunto, os procedimentos implementados têm constituído uma base importante para a

identificação de pontos fortes, de pontos menos conseguidos, de progressos alcançados, bem como para a

definição de estratégias e metas de promoção do sucesso escolar e de melhoria do funcionamento do

Agrupamento.

A ação do Agrupamento tem produzido um impacto consistente e acima dos valores esperados na

melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. Os pontos

fortes predominam na totalidade dos campos em análise, em resultado de práticas organizacionais

generalizadas e eficazes. Tais fundamentos justificam a atribuição da classificação de MUITO BOM no

domínio Liderança e Gestão.

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4 – PONTOS FORTES E ÁREAS DE MELHORIA

A equipa de avaliação realça os seguintes pontos fortes no desempenho do Agrupamento:

Oferta diversificada de iniciativas nos domínios desportivo, cultural, artístico e de solidariedade

promotora do desenvolvimento dos conhecimentos e aptidões dos alunos, com um impacto muito

positivo na sua formação pessoal e social e na valorização do património e dos recursos locais;

Adequação das atividades de ensino às capacidades e ritmos das crianças e dos alunos o que se

reflete na melhoria global dos resultados escolares, designadamente na qualidade dos

resultados da avaliação externa dos alunos do ensino secundário;

Monitorização sistemática das atividades, dos resultados e das medidas de promoção do sucesso

com efeitos positivos na identificação dos aspetos que condicionam as aprendizagens e na

adoção de estratégias e ações para as dificuldades detetadas;

Prevenção da desistência e do abandono centrada numa ação consistente na deteção e

acompanhamento das situações e reorientação do percurso escolar dos alunos em risco;

Lideranças dos órgãos de administração e gestão bem como das estruturas de coordenação e

supervisão no desenvolvimento das relações com a comunidade e reforço das condições para a

melhoria da prestação do serviço educativo;

A equipa de avaliação entende que as áreas onde o Agrupamento deve incidir prioritariamente os seus

esforços para a melhoria são as seguintes:

Redefinição e implementação de estratégias de ensino que permitam a melhoria da

aprendizagem nos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico, de modo a ultrapassar as fragilidades

evidenciadas pelos resultados dos alunos, designadamente ao nível das taxas de conclusão e da

prova final de Matemática do 6.º ano de escolaridade;

Rendibilização das novas tecnologias de informação e comunicação enquanto recurso educativo,

designadamente na utilização de computadores em sala de aula e no recurso a plataformas

digitais como meio de interação pedagógica entre alunos e professores, visando a motivação

para a aprendizagem e a promoção do sucesso;

Definição de metas de sucesso académico em todas as disciplinas/anos de escolaridade que

promovam a mobilização das equipas pedagógicas em torno de referenciais comuns e

enriqueçam a monitorização dos resultados académicos ao longo do ano letivo.

08-07-2015

A Equipa de Avaliação Externa: Branco Silva, José Brites e José Lebre

Concordo. À consideração do Senhor

Secretário de Estado do Ensino e da

Administração Escolar, para homologação.

O Inspetor-Geral da Educação e Ciência

Homologo.

O Secretário de Estado do Ensino e da

Administração Escolar