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i Instituto Politécnico de Viana do Castelo Escola Superior Agrária Relatório de Concretização do Processo de Bolonha Ano lectivo 2010/2011 CURSO DE LICENCIATURA ENGENHARIA DO AMBIENTE Ponte de Lima Dezembro de 2011

Relatorio Bolonha Eamb 2010-2011 6Jan - ipvc.pt · Económico-empresariais mas em particular em Ciências do Ambiente (Quadro 1.1). Os Os Quadros 1.2, 1.3 e 1.4 apresentam o Plano

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Instituto  Politécnico  de  Viana  do  Castelo    

Escola  Superior  Agrária            

Relatório de Concretização do Processo de Bolonha

Ano lectivo 2010/2011

     

CURSO  DE  LICENCIATURA      

ENGENHARIA  DO  AMBIENTE              

 

 

 

Ponte  de  Lima  

Dezembro  de  2011  

ii  

 

 

 

 

ii  

 

ÍNDICE

PÁG.

ENQUADRAMENTO iii

CAPÍTULO I: ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DO CURSO 1

I.1 Plano de Estudos 1

I.2 Estruturas de Coordenação e de Acompanhamento 6

I.3 Estruturas de Orientação Escolar dos Alunos e de Apoio Pedagógico 7

CAPÍTULO II: AVALIAÇÃO DO FUNCIONAMENTO DO CURSO 8

II.1 Caracterização da População Estudantil 8

II. 2 Tipologia dos Alunos de Ingresso 10

II.3 Aproveitamento Escolar 13

II.4 Avaliação da Relação Pedagógica 29

II.4.1 Opiniões dos Alunos sobre o Curso 29

II.4.2 Avaliação dos ECTS Atribuídos às Unidades Curriculares 34

II.5 Medidas de Promoção do Sucesso 38

II.6 Competências Extracurriculares e Estímulo à Vida Activa 44

II.7 Mobilidade 51

II.8 Empregabilidade 51

iii  

 

ENQUADRAMENTO

O Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC) é uma instituição de Ensino Superior

Público, criado pelo Decreto-Lei n.º 380/80, de 16 de Agosto. É uma pessoa colectiva de direito

público, dotada de autonomia estatutária, administrativa, financeira e patrimonial tendo os seus

estatutos sido homologados pelo Despacho Normativo nº 23/95, de 9 de Maio. Integra seis

unidades orgânicas orientadas para projectos de ensino – as Escolas Superiores de Educação

(ESE), Escola Superior Agrária (ESA), Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG), Escola

Superior de Ciências Empresariais (ESCE) e Escola Superior de Saúde (ESS) e a Escola

Superior de Desporto e Lazer (ESDL), e ainda os Serviços de Acção Social Escolar,

vocacionados para a prestação de serviços sociais aos estudantes. Ao Instituto cabe, de uma

forma genérica, assegurar a coordenação institucional das actividades de gestão de pessoal,

patrimonial, administrativa, financeira, planeamento global e apoio técnico, tendo como missão

criar e gerir conhecimento e cultura, através de processos de formação e de investigação e de

transferência de tecnologia, de qualidade, acreditados, em interacção com o tecido social. Para

tal, construiu um novo modelo organizacional, já superiormente promulgado, centrado no

estudante e assente na optimização de recursos e no desenvolvimento humano. Como valores,

elege, prioritariamente, a qualidade, a inovação, o espírito de pertença, o sentido crítico, a

cidadania, a solidariedade e a multiculturalidade.

O IPVC promove uma formação integral dos estudantes, em conhecimentos, valores e

competências incentivadora da auto-aprendizagem e do empreendedorismo. Dispõe de uma

oferta formativa e processos de I+D+i diversificados, inovadores e proactivos, que respondem

aos desafios contemporâneos. O estudante, é a referência central do seu modelo

organizacional e dispõe, ainda, de um Sistema de Gestão de Desenvolvimento Humano o qual,

promovendo as pessoas, integra-as também na sua missão. O IPVC dispõe de uma estrutura

que configura um todo, único e coeso, construído de recursos e competências, organizado por

áreas de actividade, dispondo de um sistema de direcção estratégica e de qualidade ágeis, que

distribui os recursos disponíveis de modo orientado e eficiente face aos seus objectivos

estratégicos e à sua missão.

Uma nova realidade emerge no Ensino Superior, fruto de diferentes factores como a

massificação, a globalização e a internacionalização, o advento das novas tecnologias e,

particularmente, de estratégias comuns como as observadas na Declaração de Bolonha

(1999), reforçada por políticas de gestão de qualidade (Declaração de Dubrovnick, 2002) e

consubstanciada em diferentes resoluções emanadas da União Europeia, bem vincadas na

Estratégia de Lisboa (2000) e, mais recentemente, no documento prospectivo, “Europa 2020”.

O enquadramento legislativo desta mudança de paradigma (DL nº 42/2005 de 22 de Fevereiro;

DL nº 74/2006 de 24 de Março; DL nº 107/2008 de 25 de Junho), incorpora o compromisso

nacional da adequação ao novo modelo de Bolonha de todos os ciclos de estudo, o que

iv  

 

implica, segundo o art.º 66º-A do DL nº 76/2006, a evidenciação de políticas, estratégias, e

resultados, tendo em vista a concretização dos objectivos inerentes ao referido Processo de

Bolonha. É, neste pressuposto, que se apresenta o relatório do curso de Licenciatura em

Engenharia do Ambiente da Escola Superior de Agrária do Instituto Politécnico de Viana do

Castelo (ESA-IPVC) para o ano lectivo 2010/11.

A crescente procura de cursos na área genérica do ambiente por parte de jovens que

ingressavam no ensino superior, a adequação da formação, a constituição do corpo docente, a

qualidade dos recursos materiais existentes destinados às exigências científicas e pedagógicas

do ensino, justificaram a criação do Curso de Licenciatura em Ambiente na Escola Superior

Agrária do Instituto Politécnico de Viana do Castelo, com início no ano lectivo de 2006/2007. O

Despacho n.º 12 813/2006 (2ª Série), de 20 de Junho, definiu o processo de adequação do

anterior curso de Engenharia do Ambiente e dos Recursos Rurais ao presente curso de

Engenharia do Ambiente.

O presente documento tem como objectivo assegurar a conformidade com o Decreto-Lei nº

107/2008, de 25 de Junho de 2008, nos termos do artigo 66º-A, mediante a elaboração de um

relatório referente à concretização do processo de Bolonha no que diz respeito ao 1º Ciclo em

Engenharia do Ambiente da ESA-IPVC. É importante salientar que este Relatório de

Acompanhamento do Processo de Bolonha, relativo ao ano lectivo de 2010/2011, se refere ao

quinto ano de funcionamento deste curso de Licenciatura da ESA-IPVC, permitindo, por esse

facto, obter uma leitura retrospectiva de médio prazo, a qual permite identificar desde já

algumas tendências de fundo do referido curso.  

O presente relatório foi elaborado com base nas seguintes fontes de informação:

i) Proposta de candidatura e o documento de aprovação do curso de licenciatura em

Engenharia do Ambiente;

ii) Planos de Unidades Curriculares (UC);

iii) Dados fornecidos pelo Observatório do IPVC relativos aos resultados da 1ª e da 2ª fase de

candidatura ao CNAES e Concursos Especiais;

iv) Dados fornecidos pelos Serviços Académicos relativos ao nº de inscrições no curso,

estatuto de frequência, avaliações e classificações;

v) Relatórios de auto-avaliação da ESA-IPVC, relativos ao ano lectivo de 2010/2011;

vi) Relatório “Balanço da Qualidade” da ESA-IPVC, publicado em Dezembro de 2010;

vii) Relatório de Actividades do Curso de Licenciatura em Engenharia do Ambiente – 2010.

A licenciatura em Engenharia do Ambiente desenvolve-se através de um programa curricular

de três anos. Pretende formar profissionais de engenharia com conhecimentos técnico-

científicos multidisciplinares conferindo-lhes competências para analisar disfunções ambientais

e gerir recursos, capacidade para planear e executar projectos e implementar tecnologias que

operacionalizam soluções eficientes nas dimensões sócio-económica, ecológica e social.

v  

 

O curso de Engenharia do Ambiente da ESA-IPVC apresenta como objectivo principal qualificar

os estudantes com competências para a:

i. inovação de tecnologias e desenvolvimento de metodologias de trabalho suportadas

por uma integração científica crescente, com possibilidades de actuação ao nível da

política e gestão ambiental, em particular na implementação de sistemas de auditoria,

certificação, acreditação e sensibilização ambiental;

ii. formação de princípios e implementação de modelos holísticos de caracterização,

modelação e gestão dos sistemas ambientais, através da aplicação de conhecimentos

de solos, da água e atmosfera, dos ecossistemas, do património natural, biodiversidade

e paisagem relativamente às dinâmicas populacionais e representações sociais;

iii. formação de métodos de investigação nas ciências de ambiente associados à

concepção, dimensionamento e gestão de tecnologias ambientais com possibilidade de

evolução na formação e actuação técnico-científica em fases posteriores;

iv. identificação e aplicação de instrumentos para a limitação e remediação dos processos

de degradação ambiental, adoptando soluções técnicas preventivas nas fases de

planeamento, execução e gestão de projectos, designadamente no tratamento de

resíduos sólidos e efluentes, no controlo da qualidade do ar e ambiente sonoro, na

gestão energética, na conservação e recuperação de ecossistemas;

v. compreensão e aplicação dos paradigmas e modelos de desenvolvimento sustentável

com a capacidade de avaliação histórica e prospectiva da diferenciação espacial das

relações de dependência entre o meio natural e a componente humana traduzidos na

condução e avaliação de processos de planeamento e ordenamento do território;

vi. valorização dos recursos endógenos e gestão de recursos naturais com a articulação

entre as actividades humanas e as aptidões naturais do meio, em particular dos

recursos hidrológicos desde a sua relação com o clima, as componentes hidrológicas,

os sistemas de abastecimento e de tratamentos de águas.

No que concerne ao plano de estudos, o curso de licenciatura em Engenharia do Ambiente é

constituído por 28 Unidades Curriculares, sendo 5 optativas, escolhidas a partir de dois grupos

disciplinares, I e II, conforme se tratam de UC do 1º e do 2º semestre respectivamente, e um

Estágio/Projecto Individual. Deste modo, confere-se ao estudante a possibilidade de optar entre

percursos formativos alternativos, segundo os interesses académicos e profissionais do próprio

aluno e as linhas de orientação definidas no designado Modelo de Bolonha.

 

1  

 

CAPÍTULO I: ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DO CURSO

I.1. Plano de Estudos

O Curso de Engenharia do Ambiente apresenta natureza e organização multidisciplinar com

diversas áreas cientificas com destaque para as Ciências Exactas, Naturais, de Engenharia,

Económico-empresariais mas em particular em Ciências do Ambiente (Quadro 1.1). Os

Quadros 1.2, 1.3 e 1.4 apresentam o Plano de Estudos do Curso de Engenharia do Ambiente

da ESA-IPVC e os Quadros 1.5 e 1.6, as unidades curriculares optativas para as UC do 1º e do

2º semestre. O Plano de Estudos apresentado, em vigor desde 2009/2010, resultou de uma

reestruturação ao aprovado em 2006/2007, em resultado adequação do curso ao modelo de

Bolonha, que se traduziu em alterações na distribuição da carga lectiva pelas diversas

tipologias de contacto, como aulas teóricas, aulas teórico-práticas e aulas tutoriais. Esta

reestruturação incidiu na diminuição do número de aulas tutoriais, aumentando o nº de horas

de aulas teóricas nas UC das ciências de base e aumentando, nas UC de natureza mais

estruturante e aplicada, o nº de horas de aulas práticas.

Quadro 1.1 – Áreas científicas e créditos necessários à obtenção do grau ou diploma

CRÉDITOS ÁREA CIENTÍFICA SIGLA

OBRIGATÓRIOS OPTATIVOS

Ciências Exactas CE 24 0

Ciências Naturais CN 36 0

Ciências da Engenharia ENG 24 12

Ciências Económicas e Empresariais CEE 17 0

Ciências Sociais CS 6 5

Ciências do Ambiente AMB 30 0

Ciências Agrárias AGR 0 30

Ciências Animais 0 11

Ciências Biotecnológicas 0 18

TOTAL 137 76

 

2  

 

Quadro 1.2 – Plano de Estudos do 1º ano curricular do Curso de Engenharia do Ambiente

Tempo de trabalho (horas)

Unidade Curricular

Área científica

Tipo

Total Contacto

Créditos Observações

1º Semestre curricular

Matemática CE Semestral 162

T: 16 TP: 32 PL: 32 OT:16

6

Biologia CN Semestral 162 T: 16

PL: 48 OT: 16

6

Química CE Semestral 162

T: 16 PL: 48 OT: 16

6

Bioquímica CN Semestral 162 T: 32

PL: 32 OT: 16

6

Climatologia e Geomorfologia CN Semestral 162

T: 32 PL: 32

S: 7 OT: 16

6

2º Semestre curricular

Sociedade e Informação CS Semestral

162

T: 16 TP: 32 PL: 16 OT: 16

6

Física CE Semestral 162 TP: 32 PL: 48 OT: 16

6

Ciências do Solo CN Semestral 162

T: 32 PL: 32 TC: 16 OT: 16

6

Ecologia CN Semestral 162

T: 32 PL: 28 OT: 16 O: 20

6

Microbiologia CN Semestral 162 T: 32

PL: 32 OT: 16

6

T – Teórica, TP – Teórico-prática; TC – Trabalho de Campo; P – Prática; PL – Prática laboratorial; OT – Orientação tutória; O - outra

3  

 

Quadro 1.3 – Plano de Estudos do 2º ano curricular do Curso de Engenharia do Ambiente

Tempo de trabalho (horas)

Unidade Curricular

Área científica

Tipo

Total Contacto

Créditos Observações

3º Semestre curricular

Estatística e Delineamento Experimental

CE Semestral 162

T: 16 TP: 16 PL: 48 OT: 16

6

Hidrologia ENG Semestral 162 TP: 32 PL: 48 OT: 16

6

Cartografia e Desenho Técnico

ENG Semestral 162

T: 16 TP: 16 PL: 32 TC: 16 OT: 16

6

Qualidade do Ar e Ambiente Sonoro

AMB Semestral 162

T: 16 PL: 48 OT: 16

O: 8 S: 8

6 Ou opção do grupo 1

Economia e Gestão CEE Semestral 162

T: 16 PL: 42 OT: 16

S: 6

6

4º Semestre curricular

Hidráulica e Gestão da Água

ENG

Semestral

162

T: 32 PL: 48 OT: 16

6

Ecologia da Paisagem AMB Semestral

162

T: 16 PL: 24 OT: 16 O: 24

6 Ou opção do grupo 2

Tecnologias de Informação Geográfica

ENG Semestral 162 T: 16

PL: 64 OT: 16

6

Planeamento do Uso do Solo

AMB Semestral 162 T: 16

PL: 48 OT: 16

6

Política e Economia Ambiental

CEE Semestral 162

T: 16 TP: 56 OT: 16

O: 8

6

T – Teórica, TP – Teórico-prática; TC – Trabalho de Campo; P – Prática; PL – Prática laboratorial; OT – Orientação tutória; O - outra

4  

 

Quadro 1.4 – Plano de Estudos do 3º ano curricular do Curso de Engenharia do Ambiente

Tempo de trabalho (horas)

Unidade Curricular

Área científica

Tipo

Total Contacto

Créditos Observações

5º Semestre curricular

Conservação e Recuperação Biofísica

ENG Semestral 162

T: 16 PL: 56 OT: 16

O: 8

6 Ou opção do grupo 1

Gestão de Resíduos Sólidos

AMB Semestral 162

T: 16 PL: 32

S: 6 O: 10

OT: 16

6

Tratamento de Águas de Abastecimento e Efluentes

AMB Semestral 162

T: 16 PL: 54 OT: 16 O: 10

6

Projecto de Instalações e Equipamentos

ENG Semestral 162

T: 16 PL: 64 OT: 16

6 Ou opção do grupo 1

Ordenamento do Território AMB

Semestral

162

T: 16 PL: 64 OT: 16

6

6º Semestre curricular

Avaliação e Gestão Ambiental

AMB Semestral 162

T: 16 TP: 16 PL: 38 OT: 16

O: 5 S: 5

6

Energia e Ambiente AMB Semestral 108

T: 16 PL: 27 OT: 16

O: 5

4 Ou opção do grupo 2

Planeamento e Análise de Projectos

CEE Semestral 135

T: 16 TP: 32 PL: 16 OT: 16

5

Estágio e Projecto Individual

15

T – Teórica, TP – Teórico-prática; TC – Trabalho de Campo; P – Prática; PL – Prática laboratorial; OT – Orientação tutória; O - outra

5  

 

Quadro 1.5 – Unidades Curriculares optativas (grupo 1) do Curso de Engenharia do Ambiente

Tempo de trabalho (horas)

Unidade Curricular

Área científica

Tipo

Total Contacto

Créditos Observações

Opções do grupo 1

Etologia e Comportamento Animal

CA Período de 10

semanas 135

T: 16 PL: 16 TC: 16

O: 8 OT: 16

5

Construção e Manutenção de Espaços Verdes

AGR Semestral 162

T: 16 TP: 32 TC: 32 OT: 16

6

Higiene, Saúde e Segurança CA

Período de 10

Semanas 162

T: 32 PL: 26

S: 6 OT: 16

6

Gestão Florestal AGR Semestral 162

T: 16 TP: 16 TC: 24 OT: 16 O: 16

6

Aquacultura e Cinegética AGR Semestral 162

T: 32 PL: 30 TC: 16 OT: 16

O: 8

6

Engenharia Genética ENG Semestral 189

T: 16 PL: 64 OT: 16

S: 8 O: 8

7

Biotecnologia Ambiental CBT Semestral 324

T: 32 PL: 98

S: 4 OT: 32 O: 10

12

Auditorias de Qualidade ALI

Outro

(9 semanas) 243

T: 16 TP: 48 OT: 16 O: 32

9

T – Teórica, TP – Teórico-prática; TC – Trabalho de Campo; P – Prática; PL – Prática laboratorial; OT – Orientação tutória; O - outra

6  

 

Quadro 1.6 – Unidades Curriculares optativas (grupo 2) do Curso de Engenharia do Ambiente

Tempo de trabalho (horas)

Unidade Curricular

Área científica

Tipo

Total Contacto

Créditos Observações

Opções do grupo 2

Protecção Integrada AGR Semestral 162

T: 32 PL: 32 OT: 16

O: 8

6

Material Vegetal em Espaços Verdes

AGR Semestral 162 T: 16

TP: 48 OT: 16

6

Politicas Agrárias e Desenvolvimento Rural

CS Semestral 135 T: 32

TP: 32 OT: 16

5

Modelação de Processos ENG Semestral 162

T: 16 PL: 54 OT: 16 O: 10

6

Legislação e Bioética CS Semestral 81

T: 16 TP: 32 OT: 16

3

Biotecnologia Agrícola CBT Semestral 162

T: 16 PL: 48 OT: 16 O: 16

6

T – Teórica, TP – Teórico-prática; TC – Trabalho de Campo; P – Prática; PL – Prática laboratorial; OT – Orientação tutória; O - outra

I.2 Estruturas de Coordenação e de Acompanhamento

A Comissão de Curso de Engenharia de Ambiente teve, de 22 de Fevereiro de 2010 a 15 de

Dezembro de 2011 seguinte constituição:

- Fernando Jorge Simões de Sousa Nunes (Coordenador)

- Jorge Manuel Ferreira da Silva Agostinho

- Ana Cristina Pontes de Barros Rodrigues

- Ana Isabel Oliveira Faria Ferraz

- Joaquim Mamede Alonso

Integram ainda a Comissão de curso o aluno representante do curso de Engenharia do

Ambiente no Conselho Pedagógico, e um aluno eleito pelos seus pares como delegado do

7  

 

curso. A 15 de Dezembro de 2011 foi nomeada como Coordenadora de Curso a docente Ana

Isabel Oliveira Faria Ferraz.

I.3 Estruturas de Orientação Escolar dos Alunos e de Apoio Pedagógico

Para além das estruturas de apoio institucionalizadas na ESA para todos os seus alunos, os

alunos do Curso de Engenharia do Ambiente beneficiam de apoios específicos, essencialmente

estruturados nos seguintes níveis: i) Comissão de Curso; ii) Conselho Pedagógico; iii) aulas de

atendimento, e; iv) aulas tutoriais. Cada Docente disponibiliza um número de horas semanais

de atendimento aos alunos, de acordo com o seu regime contratual, cujo horário se encontra

disponível na página web da ESA (www.esapl.pt).

As aulas de acompanhamento tutorial destinam-se essencialmente a: i) orientar o aluno no

planeamento dos seus estudos; ii) esclarecer o aluno acerca das matérias (teóricas ou

práticas) ministradas nas aulas; iii) acompanhar e orientar o aluno em trabalhos práticos

individuais ou de grupo; iv) explicitar acerca do funcionamento de equipamento específico, e; v)

acompanhar a evolução do aluno ao longo do curso.

8  

 

CAPÍTULO II AVALIAÇÃO DO FUNCIONAMENTO DO CURSO

O presente capítulo incide sobre a caracterização da população estudantil do Curso de

Licenciatura em Engenharia do Ambiente e da atractividade institucional e científica do Curso,

a análise do aproveitamento escolar dos alunos e dos diplomados, e por fim a apresentação

dos resultados da avaliação pedagógica.

A análise realizada tem por base documentos disponíveis nos Serviços Académicos da ESA-

IPVC sobre as classificações curriculares dos alunos, dados da Direcção Geral do Ensino

Superior relativos ao Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior, os resultados de

inquéritos dirigidos aos alunos, a avaliação interna realizada pelos docentes às actividades de

ensino desenvolvidas no ano lectivo 2010/2011 e o relatório “Balanço da Qualidade” da ESA-

IPVC, publicado em Dezembro de 2010.

   II.1 Caracterização da População Estudantil

No ano de 2010/2011, encontravam-se inscritos no curso de Engenharia do Ambiente 104

alunos, correspondendo a cerca de 25 % no número total de alunos inscritos nos cursos de 1º

Ciclo da ESA-IPVC (423 alunos). A caracterização da população estudantil que agora se

apresenta incide na análise da evolução do número de alunos no Curso de Licenciatura em

Engenharia do Ambiente e na distribuição dos alunos por ano curricular e número de inscrições

no curso por estatuto de frequência (Quadro 2.1), número de diplomados (Quadro 2.2), e na

distribuição dos alunos por idade e género (Quadro 2.3).

A análise dos dados apresentados aponta para o facto de o número de alunos matriculados e o

nº de inscrições no 3º ano se manterem próximos dos anos lectivos anteriores, revelando uma

tendência de estabilização do Curso após a adequação ao modelo de Bolonha, em 2006/07.

Verifica-se que 84 % dos alunos tem até 4 matrículas no curso, com casos pontuais em que o

conclusão do curso se prolonga. De acordo com o seu histórico académico constata-se que

estas situações correspondem a casos de alunos de reingresso, anteriormente inscritos na

licenciatura bietápica de Engenharia do Ambiente e dos Recursos Rurais (de 5 anos),

traduzindo-se num nº de matrículas elevado. Verifica-se ainda que a maior parte dos alunos

têm estatuto de frequência de Trabalhador Estudante (TE), sem disponibilidade de dedicação

total ao curso e que também se reflecte na extensão do período de entrega do trabalho final de

curso por parte de alunos que ingressam na vida activa. Estas situações carecem de uma

análise caso a caso, para identificação das causas do atraso na conclusão do curso de forma

individualizada que resultem na definição de medidas que permitam a estes alunos concluir o

9  

 

curso, nomeadamente através de pedidos de creditação de competências por experiência

profissional.

Quadro 2.1 – Alunos inscritos (normais e trabalhadores-estudantes) e número de inscrições Número Inscrições Estatuto de frequência Ano

Curso Número Alunos

1 2 3 4 5 6 7 8 9, ou mais Normal Trab. Est.

1 30 23 5 2 23 7 2 29 16 9 4 27 2 3 45 13 15 5 4 4 1 3 31 14

Conforme se pode observar pelos dados de diplomados do curso em Engenharia do Ambiente

apresentados no Quadro 2.2, a eficiência formativa do curso tem vindo a melhorar, verificando-

se em 2010/2011 que 57 % dos diplomados concluíram o curso em 3 anos, e que a totalidade

dos alunos concluiu o curso até N + 2 anos. Para tal poderá contribuir o carácter

profissionalizante do curso reforçado no período de estágio, durante o qual também os alunos

com estatuto de TE são incentivados a desenvolver, tanto quanto possível e desejável, um

plano de trabalhos integrado na sua actividade profissional.

Quadro 2.2 – Alunos diplomados do curso de Engenharia de Ambiente

Engenharia do Ambiente 2007/08 2008/09 2009/10 2010/11 N.º diplomados 28 24 18 21 N.º diplomados em N anos 1 3 0 12 N.º diplomados em N +1 anos 2 7 11 6 N.º diplomados N+2 anos 8 7 3 3 N.º diplomados em mais de N+2 anos 17 7 4 0

O curso de Engenharia do Ambiente apresenta-se equilibrado na distribuição dos alunos por

género, com uma pequena vantagem no número de alunos do género feminino. Relativamente

à faixa etária, predominam alunos entre os 20 e os 23 anos, com cerca de 46 %, tendo 64,4 %

dos alunos inscritos no curso até 23 anos, uma idade que pode ser considerada típica para

alunos do 1º ciclo de estudos considerando que ingressam anualmente no curso alguns alunos

via candidaturas especiais, nomeadamente detentores de diplomas de Cursos de

Especialização Tecnológica.

A frequência no curso de 35,6 % de alunos com 24 ou mais anos pode justificar-se em parte

pelo ingresso de alunos via candidaturas especiais, com particular destaque neste caso para

os maiores de 23 anos, e os casos de reingresso e mudança e transferência de curso. A

população de alunos Trabalhadores Estudantes é, historicamente, na ordem dos 20 %, o que

também pode contribuir para uma distribuição dos alunos por faixas etárias mais elevadas.

10  

 

Quadro 2.3 – Alunos inscritos: distribuição por idade e género

Idade % Até 20 anos 18,3 20-23 anos 46,1 24-27 anos 15,4 28 e mais anos 20,2 Género % Masculino 45,8 Feminino 54,2

II.2 Tipologia dos Alunos de Ingresso

A evolução da oferta e procura do Curso é analisada através dos dados disponibilizados pela

Direcção Geral do Ensino Superior relativamente ao Concurso Nacional de Acesso ao Ensino

Superior (CNAES) e através dos valores inscritos no documento “Balanço da Qualidade”.

A caracterização dos alunos que ingressaram em 2010/2011, representada na Figura 2.1,

considera o número de vagas disponibilizadas e o número candidatos e de alunos colocados

na 1ª fase. O Quadro 2.4 apresenta o resumo dos indicadores que permitem avaliar a oferta e

procura do Curso de Licenciatura em Engenharia do Ambiente.

 

Figura 2.1 – Número de vagas, candidatos e alunos colocados no Curso de Licenciatura em Engenharia do Ambiente: 1ª fase do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior de 2008/09 a 2010/11.

24

153

17 24 11

130,2 130,9

24

111

14 24 11

120,9 129,1

24

83

8 21 8

115,2

0

20

40

60

80

100

120

140

160

vagas Candidatos Candidatos 1.ªOpção

Colocados Colocados 1.ª opção

Nota de Candidatura do

Último Colocado pelo Contingente

Geral

Nota de média de Entrada

2008/09

2009/10

2010/11

11  

 

Observa-se, nos 3 anos lectivos em análise, uma tendência para a diminuição do nº de

candidatos na 1ª fase do CNAES, que pode ser justificada pelo aumento do nº de vagas

disponíveis no ensino superior, provocando a dispersão dos candidatos pelas novas ofertas

formativas. De facto, segundo a lista de vagas para o ensino superior universitário e politécnico

divulgada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, em 2010/2011 abriram

53410 vagas, o que representa um crescimento de 2058 vagas em relação ao ano anterior.

Sendo também tradicional a procura dos estudantes ser maior para o sistema de ensino

universitário, justifica-se neste cenário uma menor procura no ensino politécnico em ofertas

formativas disponíveis também nas universidades, onde em particular na área da Engenharia

do Ambiente predomina a oferta de cursos de mestrado integrado inexistente no ensino

superior politécnico (Figura 2.2).

Não obstante este cenário, o curso preencheu 21 das 24 vagas disponíveis na 1ª fase do

CNAES, correspondente a uma taxa de ocupação relativa de 87,5 %, preenchendo 95,8 % das

vagas nas restantes fases do concurso geral de acesso ao ensino superior e nos concursos

para alunos com diploma de especialização tecnológica e para os candidatos maiores de 23

anos (Quadro 2.4). Salienta-se ainda que todos os candidatos com 1ª opção para o curso de

Engenharia do Ambiente foram de facto colocados.

Quadro 2.4 – Indicadores de avaliação da oferta e procura do curso

2008/09 2009/10 2010/11

Taxa de ocupação relativa (%) 100,0 100,0 87,5

Taxa de ocupação efectiva (%) 79,2* 75,0* 95,8**

Taxa de ocupação efectiva (2.ª fase) (%) 160,0 133,3

Candidatos por vaga, na 1ª fase 6,4 4,6 3,46

Índice ocupação candidatos em 1ª opção por vaga 0,7 0,6 0,33

Taxa de candidatos em 1ª opção (%) 11,1 12,6 9,63

Taxa de colocação em 1ª opção, na 1ª fase (%) 7,2 9,9 9,63

Exigência de acesso (último colocado) 1.ª fase 130,2 120,9 115,2

* Considerando a 1ª fase do CNAES

** Considerando as fases do CNAES e os concursos para alunos com diploma de

especialização tecnológica e para os candidatos maiores de 23 anos

No que respeita aos indicadores de avaliação da oferta formativa do curso, constata-se uma

dimininuição da classificação do último colocado, em 2010/2011 inferior à média nacional

(124,3) e do índice de ocupação dos candidatos em 1ª opção por vaga, também inferior ao

nacional (0,559). É no entanto de realçar que face ao panorama nacional do aumento do nº de

12  

 

vagas disponíveis, e aos resultados de colocações em cursos de Engenharia do Ambiente, a

atractividade da ESA-IPVC destaca-se pela positiva de entre outras instituições de Ensino

Superior, em particular do ensino politécnico onde a oferta é equivalente, ou seja, corresponde

a cursos de Licenciatura, uma vez que a oferta no ensino superior universitário é

predominantemente de mestrados integrados (Figura 2.2).

Figura 2.2 – Número de vagas e colocações em cursos de Licenciatura e Mestrado integrado em Engenharia do Ambiente na 1ª fase do CNAES em 2010/2011.

Os dados relativos à morada dos alunos colocados no curso de Engenharia do Ambiente

identificam 23 e 27 % dos alunos colocados respectivamente na 1ª fase e 2ª fase do CNAES

como sendo do distrito de Viana do Castelo, apontando uma atractividade regional de

destaque.

É ainda de salientar, no que diz respeito à atractividade da ESA-IPVC nas áreas das Ciências e

Tecnologias do Ambiente, o que se verifica com os alunos desta instituição que frequentaram

alguns Cursos de Especialização Tecnológica (CET) convergentes a evoluir para a licenciatura

e mesmo depois, para o Curso de Mestrado de Gestão Ambiental e Ordenamento do Território.

Desta forma, a licenciatura de Engenharia do Ambiente insere-se em simultâneo numa oferta

formativa transversal a diversos graus de ensino e que no seu conjunto permitem responder a

um número alargado e crescente de interessados e reforçar o número e qualidade dos

recursos humanos e materiais nestas áreas de ensino. Não obstante os dados apresentados

justificam a definição de soluções que visem uma maior divulgação e procura junto de públicos

escolares e aceitação junto dos futuros e potenciais empregadores em simultâneo a

30

50 40

25 20 35

70 43 40 45

25 5

50

5 3 20

35

70

43 40 45

18 0

10

20

30

40

50

60

70 Vagas

13  

 

adequações internas com vista ao reforço das dinâmicas positivas e ganhos de eficácia e

eficiência.

II.3 Aproveitamento Escolar

Neste subcapítulo, apresentam-se e analisam-se os indicadores que reflectem o

aproveitamento escolar dos alunos para cada unidade curricular do Curso, de modo a avaliar o

respectivo desempenho escolar. De entre estes indicadores, destacam-se as Classificações

médias, máximas e mínimas dos alunos com aproveitamento assim; a Taxa de Avaliação [(n.º

alunos avaliados/n.º alunos inscritos)x100]; a Taxa Relativa de Aproveitamento [(n.º alunos

com aproveitamento/n.º alunos avaliados)x100]; a Taxa Efectiva de Aproveitamento [(n.º de

alunos com aproveitamento/n.º de alunos inscritos)x100]); e a Taxa de Reprovação [n.º de

alunos reprovados/n.º de alunos inscritos) x100]. Apresentam-se ainda as Taxas Relativas de

Aproveitamento para cada época de avaliação realizada (Avaliação Contínua, Frequência,

Exame – Época Normal ou Época Especial Trabalhador Estudante, e Outros – Época Especial

de Finalistas), creditação de competências ou Programa de Mobilidade Erasmus.

O Quadro 2.5 mostra as médias globais por ano, os respectivos valores máximos, mínimos e

desvio padrão. As Figuras 2.3 a 2.8 representam graficamente as classificações médias,

máximas e mínimas e o respectivo desvio padrão para as unidades curriculares do 1º ano, 2º

ano e 3º ano do Curso.

Quadro 2.5 – Evolução das médias globais por ano dos últimos 3 anos lectivos, e valores máximos, mínimos e desvio padrão das classificações de 2010/2011 do Curso de Licenciatura em Engenharia do Ambiente

Média global 2010/2011

2008/2009 2009/2010 2010/2011 Max Min Desv.Padrão

1º ano 12,3 12,0 12,3 19,0 11,0 1,5

2º ano 13,0 13,5 12,9 19,0 10,0 1,1

3º ano 13,7 13,5 13,9 19,0 10,0 1,3

Global 13 13 13

14  

 

Figura 2.3 – Classificação média, máxima e mínima para as unidades curriculares do 1º semestre do 1º ano do Curso de Licenciatura em Engenharia do Ambiente.

Figura 2.4 – Classificação média, máxima e mínima para as unidades curriculares do 2º semestre do 1º ano do Curso de Licenciatura em Engenharia do Ambiente.

 

 

11,11

13,04

11,68 12,38

12,76

14,00

17,00

16,00 16,00

17,00

10,00 10,00 10,00 10,00 10,00

8,00

10,00

12,00

14,00

16,00

18,00

20,00

Matemática Climatologia e Geomorfologia

Química Bioquímica Biologia

Classificação Curricular Média Máximo Mínimo

12,17 12,39 12,64

12,00 12,71

17,00

15,00

19,00

18,00

17,00 17,00 17,00

10,00

11,00

10,00 10,00 10,00

17,00

8,00

10,00

12,00

14,00

16,00

18,00

20,00

Sociedade e Informação

Microbiologia Física Ciências do Solo Ecologia Opção I: Construção e

Manutenção de Espaços Verdes

Classificação Curricular Média Máximo Mínimo

15  

 

 

Figura 2.5 – Classificação média, máxima e mínima para as unidades curriculares do 1º semestre do 2º ano do Curso de Licenciatura em Engenharia do Ambiente.

 

 

Figura 2.6 – Classificação média, máxima e mínima para as unidades curriculares do 2º semestre do 2º ano do Curso de Licenciatura em Engenharia do Ambiente.

12,56

14,14

13,39

11,57 12,00

15,00

14,00

17,00

16,00

17,00

16,00

15,00 15,00 15,00

10,00

13,00

11,00

10,00 10,00

15,00

13,00

8,00

10,00

12,00

14,00

16,00

18,00

20,00

Hidrologia Cartografia e Desenho Técnico

Qualidade do Ar e Ambiente

Sonoro

Economia e Gestão

Estatística e Delineamento Experimental

Opção II: Protecção Integrada

Opção II: Aquacultura e

Cinegética Classificação Curricular Média Máximo Mínimo

13,81 13,64

11,64

13,43

12,06

19,00

17,00

14,00

16,00

17,00

10,00

11,00

10,00 10,00 10,00

8,00

10,00

12,00

14,00

16,00

18,00

20,00

Ecologia da Paisagem

Hidraulica e Gestão da Água

Tecnologias de Informação Geográfica

Planeamento do Uso do Solo

Política e Economia Ambiental

Classificação Curricular Média Máximo Mínimo

16  

 

 

Figura 2.7 – Classificação média, máxima e mínima para as unidades curriculares do 1º semestre do 3º ano do Curso de Licenciatura em Engenharia do Ambiente.

12,92

13,64 14,00

15,00

13,59

15,17 15,00

18,00

17,00

15,00

17,00

18,00

11,00

10,00

11,00

15,00

10,00

12,00

8,00

10,00

12,00

14,00

16,00

18,00

20,00

Conservação e Recuperação

Biofísica

Gestão de Resíduos Sólidos

Tratamento de Águas de

Abastecimento e Efluentes

Projecto de Instalações e Equipamentos

Ordenamento do Território

Opção I: Gestão Florestal

Classificação Curricular Média Máximo Mínimo

17  

 

Figura 2.8 – Classificação média, máxima e mínima para as unidades curriculares do 2º semestre do 3º ano do Curso de Licenciatura em Engenharia do Ambiente.  

A classificação média global do curso (considerando os três anos curriculares) manteve-se

inalterada no período de 2008/2009 a 2010/2011, correspondente a 13 valores. É ainda

possível constatar que se mantém a tendência de aumento do valor da classificação média à

medida que os estudantes evoluem no curso, com a crescente adaptação ao sistema de ensino

e avaliação do ensino superior e a especificidade das UC com competências que se vão

tornando mais estruturantes e aplicadas aos domínios da engenharia do ambiente, em

particular no que respeita às tecnologias ambientais, planeamento e gestão de recursos

hídricos, ordenamento do território e gestão ambiental.

Apenas 4 UC registaram classificações abaixo dos 12 valores, duas das quais (Matemática e

Química) integram o 1º semestre do 1º ano lectivo. O facto de este ser o semestre em que

sucessivamente os alunos apresentam o pior desempenho é atribuído à adaptação dos alunos

ao ensino superior e à entrada de alunos nas 2ª e 3ª fases de candidatura do CNAES, algumas

semanas após o início das aulas. Não obstante, em 2010/2011 a classificação média nas UC

do 1º ano foram, em geral, superiores às de 2009/2010.

É também nos dois últimos anos lectivos que se encontram as classificações médias mais

elevadas do curso, designadamente, nas UC de Tratamento de Águas de Abastecimento e

Efluentes (14,0), Cartografia e Desenho Técnico (14,14), Gestão Florestal (15,7). É no Estágio

e Projecto Individual que se verificam as classificações mais elevadas, com uma média de

13,37

12,33 12,79

16,56

17,00

18,00

16,00

19,00

11,00

10,00 10,00

14,00

8,00

10,00

12,00

14,00

16,00

18,00

20,00

Avaliação e Gestão Ambiental

Energia e Ambiente Planeamento e Análise de Projectos

Estágio e Projecto Individual

Classificação Curricular Média Máximo Mínimo

18  

 

16,56. Dando consistência à situação verificada nos anos lectivos anteriores, constata-se que o

desempenho dos alunos melhora nas unidades curriculares das áreas científicas mais

específicas deste Curso de Licenciatura, especificamente nas Ciências da Engenharia, nas

Ciências e Tecnologias do Ambiente, as quais dominam no 2º e no 3º ano do respectivo plano

curricular.

Os resultados apresentados, relativos a 2010/2011 e à evolução face aos anos anteriores,

permite constatar que, de uma forma global, o curso de Engenharia do Ambiente se encontra

numa fase de assumida consolidação programática e pedagógica, revelando que a adaptação

às metodologias de ensino e de avaliação inerentes ao designado Modelo de Bolonha, bem

como as medidas adoptadas para a promoção do sucesso escolar, foram bem sucedidas. A

alteração curricular implementada em 2009/2010, traduzida no aumento de horas teóricas e

práticas de algumas UC (conforme apresentado em I.1) também contribuiu para um melhor

desempenho dos estudantes em 2010/2011.

As Figuras 2.9 a 2.14 mostram o número de alunos inscritos, o número de alunos avaliados,

número de aprovações por época de avaliação e número de reprovados para cada unidade

curricular do Curso de Licenciatura em Engenharia do Ambiente. As taxas de avaliação, de

aproveitamento por época de avaliação, e de reprovação para cada unidade curricular são

apresentadas nas Figuras 2.15 a 2.20.

Figura 2.9 – Número de alunos inscritos e avaliados, número de aprovações por época de

avaliação e número de reprovados – 1º semestre/1º ano.

0 10 20 30 40 50 60 70 80

Inscritos

Avaliados

Total aprovados

Frequência

Exame Normal

Exame TE

Outro

Alu

nos

Apr

ovad

os

Rep rov.

Alunos Aprovados Reprov.

Inscritos Avaliados Total aprovados Frequência Exame

Normal Exame TE Outro

Biologia 34 32 29 22 4 1 2 5

Bioquímica 29 26 16 8 7 0 1 13

Química 31 24 19 15 1 2 1 12

Climatologia e Geomorfologia 27 26 24 7 14 2 1 3

Matemática 74 43 18 11 5 0 2 56

19  

 

Figura 2.10 – Número de alunos inscritos, número de alunos avaliados, número de aprovações

por época de avaliação e número de reprovados - 2º semestre/1º ano.

Figura 2.11 – Número de alunos inscritos, número de alunos avaliados, número de aprovações por época de avaliação e número de reprovados - 1º semestre/2º ano.

0 10 20 30 40 50 60

Inscritos

Avaliados

Total aprovados

Frequência

Exame Normal

Exame TE

Outro A

luno

s A

prov

ados

R

epr

ov.

Alunos Aprovados Reprov.

Inscritos Avaliados Total aprovados Frequência Exame Normal Exame TE Outro

Ecologia 29 28 24 10 13 0 1 5

Ciências do Solo 28 24 13 2 8 2 1 15

Física 56 34 22 18 3 1 0 34

Microbiologia 34 31 28 17 10 0 1 6

Sociedade e Informação 27 25 24 21 0 1 2 3

Opção I: Construção e Manutenção de Espaços Verdes 2 1 1 0 0 0 1 1

0 5 10 15 20 25 30 35 40 45

Inscritos

Avaliados

Total aprovados

Frequência

Exame Normal

Exame TE

Outro

Alu

nos

Apr

ovad

os

Rep rov.

Alunos Aprovados Reprov.

Inscritos Avaliados Total aprovados Frequência Exame

Normal Exame TE Outro

Estatística e Delineamento Experimental 34 28 24 20 2 0 2 10

Economia e Gestão 42 18 14 9 2 1 2 28

Qualidade do Ar e Ambiente Sonoro 31 25 23 12 10 1 0 8

Cartografia e Desenho Técnico 27 21 14 7 6 0 1 13

Hidrologia 37 29 18 2 14 1 1 19

Opção II: Aquacultura e Cinegética 5 4 4 4 0 0 0 1

Opção II: Protecção Integrada 1 1 1 0 0 0 1 0

20  

 

Figura 2.12 – Número de alunos inscritos, número de alunos avaliados, número de aprovações por época de avaliação e número de reprovados - 2º semestre/2º ano.

Figura 2.13 – Número de alunos inscritos, número de alunos avaliados, número de aprovações por época de avaliação e número de reprovados - 1º semestre/3º ano.

0 5 10 15 20 25 30 35 40

Inscritos

Avaliados

Total aprovados

Frequência

Exame Normal

Exame TE

Outro

Alu

nos

Apr

ovad

os

Rep rov.

Alunos Aprovados Reprov.

Inscritos Avaliados Total aprovados Frequência Exame

Normal Exame TE Outro

Política e Economia Ambiental 27 24 16 3 11 2 0 11

Planeamento do Uso do Solo 31 27 23 15 8 0 0 8

Tecnologias de Informação Geográfica 29 22 14 4 9 1 0 15

Hidraulica e Gestão da Água 36 23 14 2 9 2 1 22

Ecologia da Paisagem 23 21 21 20 1 0 0 2

0 5 10 15 20 25 30 35

Inscritos

Avaliados

Total aprovados

Frequência

Exame Normal

Exame TE

Outro

Alu

nos

Apr

ovad

os

Rep

rov

.

Alunos Aprovados Reprov.

Inscritos Avaliados Total aprovados

Frequência

Exame Normal Exame TE Outro

Ordenamento do Território 32 31 29 14 11 2 2 3

Projecto de Instalações e Equipamentos 5 2 2 0 1 0 1 3

Tratamento de Águas de Abastecimento e Efluentes 30 28 25 8 13 3 1 5

Gestão de Resíduos Sólidos 25 24 22 9 10 0 3 3

Conservação e Recuperação Biofísica 28 25 25 14 7 0 4 3

Opção I: Gestão Florestal 19 18 18 10 7 0 1 1

21  

 

Figura 2.14 – Número de alunos inscritos, número de alunos avaliados, número de aprovações

por época de avaliação e número de reprovados - 2º semestre/3º ano.

Figura 2.15 – Taxas de avaliação, de aproveitamento por época de avaliação e de reprovação para cada unidade curricular: 1º semestre/1º ano.

0 10 20 30 40 50

Inscritos

Avaliados

Total aprovados

Frequência

Exame Normal

Exame TE

Outro A

luno

s A

prov

ados

R

ep rov.

Alunos Aprovados Reprov.

Inscritos Avaliados Total aprovados Frequência Exame

Normal Exame TE Outro

Planeamento e Análise de Projectos 25 24 24 13 8 2 1 1

Energia e Ambiente 29 27 27 22 4 1 0 2

Avaliação e Gestão Ambiental 28 27 27 15 9 1 2 1

Estágio e Projecto Individual 47 9 9 0 0 0 0 0

0,00 20,00 40,00 60,00 80,00 100,00

Avaliação

Aprov. Relativa

Aprov. Efectiva

Reprovação

Freq.

Exame Normal

Exame TE

Outro

Taxa

s (%

)

Apr

ovei

tam

ento

po

r épo

ca d

e av

alia

ção

(%)

Taxas (%) Aproveitamento por época de avaliação (%)

Avaliação Aprov. Relativa

Aprov. Efectiva Reprovação Freq. Exame

Normal Exame TE Outro

Biologia 94,12 90,63 85,29 14,71 75,86 13,79 3,45 6,90

Bioquímica 89,66 61,54 55,17 44,83 50,00 43,75 0,00 6,25

Química 77,42 79,17 61,29 38,71 78,95 5,26 10,53 5,26

Climatologia e Geomorfologia 96,30 92,31 88,89 11,11 29,17 58,33 8,33 4,17

Matemática 58,11 41,86 24,32 75,68 61,11 27,78 0,00 11,11

22  

 

Figura 2.16 – Taxas de avaliação, de aproveitamento por época de avaliação e de reprovação para cada unidade curricular: 2º semestre/1º ano.

0,00 20,00 40,00 60,00 80,00 100,00

Avaliação

Aprov. Relativa

Aprov. Efectiva

Reprovação

Freq.

Exame Normal

Exame TE

Outro

Taxa

s (%

)

Apr

ovei

tam

ento

por

ép

oca

de a

valia

ção

(%)

Taxas (%) Aproveitamento por época de avaliação (%)

Avaliação Aprov. Relativa

Aprov. Efectiva

Reprovação Freq. Exame

Normal Exame TE Outro

Sociedade e Informação 92,59 96,00 88,89 11,11 87,50 0,00 4,17 8,33

Microbiologia 91,18 90,32 82,35 17,65 60,71 35,71 0,00 3,57

Física 60,71 64,71 39,29 60,71 81,82 13,64 4,55 0,00

Ciências do Solo 85,71 54,17 46,43 53,57 15,38 61,54 15,38 7,69

Ecologia 96,55 85,71 82,76 17,24 41,67 54,17 0,00 4,17

Opção I: Construção e Manutenção de Espaços Verdes 50,00 100,00 50,00 0,00 0,00 0,00 0,00 100,00

23  

 

Figura 2.17 – Taxas de avaliação, de aproveitamento por época de avaliação e de reprovação para cada unidade curricular: 1º semestre/2º ano.

0,00 10,00 20,00 30,00 40,00 50,00 60,00 70,00 80,00 90,00 100,00

Avaliação

Aprov. Relativa

Aprov. Efectiva

Reprovação

Freq.

Exame Normal

Exame TE

Taxa

s (%

) A

prov

eita

men

to p

or é

poca

de

ava

liaçã

o (%

)

Taxas (%) Aproveitamento por época de avaliação (%)

Avaliação Aprov. Relativa

Aprov. Efectiva Reprovação Freq. Exame

Normal Exame TE

Estatística e Delineamento Experimental 82,35 85,71 70,59 29,41 83,33 8,33 0,00

Economia e Gestão 42,86 77,78 33,33 66,67 64,29 14,29 7,14

Qualidade do Ar e Ambiente Sonoro 80,65 92,00 74,19 25,81 52,17 43,48 4,35

Cartografia e Desenho Técnico 77,78 66,67 51,85 48,15 50,00 42,86 0,00

Hidrologia 78,38 62,07 48,65 51,35 11,11 77,78 5,56

Opção II: Protecção Integrada 100,00 100,00 100,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Opção II: Aquacultura e Cinegética 80,00 100,00 80,00 20,00 100,00 0,00 0,00

24  

 

Figura 2.18 – Taxas de avaliação, de aproveitamento por época de avaliação e de reprovação

para cada unidade curricular: 2º semestre/2º ano.

0,00 20,00 40,00 60,00 80,00 100,00

Avaliação

Aprov. Relativa

Aprov. Efectiva

Reprovação

Freq.

Exame Normal

Exame TE

Taxa

s (%

)

Apr

ovei

tam

ento

po

r épo

ca d

e av

alia

ção

(%)

Taxas (%) Aproveitamento por época de avaliação (%)

Avaliação Aprov. Relativa

Aprov. Efectiva Reprovação Freq. Exame

Normal Exame TE

Política e Economia Ambiental 88,89 66,67 59,26 40,74 18,75 68,75 12,50

Planeamento do Uso do Solo 87,10 85,19 74,19 25,81 65,22 34,78 0,00

Tecnologias de Informação Geográfica 75,86 63,64 48,28 51,72 28,57 64,29 7,14

Hidraulica e Gestão da Água 63,89 60,87 38,89 61,11 14,29 64,29 14,29

Ecologia da Paisagem 91,30 100,00 91,30 8,70 95,24 4,76 0,00

25  

 

Figura 2.19 – Taxas de avaliação, de aproveitamento por época de avaliação e de reprovação

para cada unidade curricular: 1º semestre/3º ano.

Figura 2.20 – Taxas de avaliação, de aproveitamento por época de avaliação e de reprovação

para cada unidade curricular: 2º semestre/3º ano.

0,00 20,00 40,00 60,00 80,00 100,00

Avaliação

Aprov. Relativa

Aprov. Efectiva

Reprovação

Freq.

Exame Normal

Exame TE

Taxa

s (%

)

Apr

ovei

tam

ento

po

r épo

ca d

e av

alia

ção

(%)

Taxas (%) Aproveitamento por época de avaliação (%)

Avaliação Aprov. Relativa

Aprov. Efectiva Reprovação Freq. Exame

Normal Exame TE

Conservação e Recuperação Biofísica 89,29 100,00 89,29 10,71 56,00 28,00 0,00

Gestão de Resíduos Sólidos 96,00 91,67 88,00 12,00 40,91 45,45 0,00

Tratamento de Águas de Abastecimento e Efluentes 93,33 89,29 83,33 16,67 32,00 52,00 12,00

Projecto de Instalações e Equipamentos 40,00 100,00 40,00 60,00 0,00 50,00 0,00

Ordenamento do Território 96,88 93,55 90,63 9,38 48,28 37,93 6,90

Opção I: Gestão Florestal 94,74 100,00 94,74 5,26 55,56 38,89 0,00

0,00 20,00 40,00 60,00 80,00 100,00

Avaliação Aprov. Relativa Aprov. Efectiva

Reprovação Freq.

Exame Normal Exame TE

Taxa

s (%

)

Apr

ovei

tam

ento

por

ép

oca

de

aval

iaçã

o (%

)

Taxas (%) Aproveitamento por época de avaliação (%)

Avaliação Aprov. Relativa

Aprov. Efectiva Reprovação Freq. Exame

Normal Exame TE

Avaliação e Gestão Ambiental 96,43 100,00 96,43 3,57 55,56 33,33 3,70

Energia e Ambiente 93,10 100,00 93,10 6,90 81,48 14,81 3,70

Planeamento e Análise de Projectos 96,00 100,00 96,00 4,00 54,17 33,33 8,33

Estágio e Projecto Individual 19,15 100,00 19,15 0,00 0,00 0,00 0,00

26  

 

Da análise aos dados apresentados anteriormente neste sub-capítulo, e comparando os

valores relativos à evolução da Taxa Efectiva de Avaliação (TEA) que constam na Figura 2.21

com os de 2009/2010, onde se constatou um aumento progressivo no sucesso da avaliação de

semestre para semestre, verifica-se que em 2010/2011 os resultados relativos ao 2º ano do

curso não seguem a tendência esperada. Este facto poderá relacionar-se com as

características dos alunos de ingresso em 2009/2010, pois as classificações médias dos alunos

então no 1º ano foi a mais baixa dos últimos 3 anos, e no 1º e 2º semestre a TEA foi,

respectivamente, de 49,1 e 56,7 %. Ao transitarem para o 2º ano, estes alunos melhoram o seu

desempenho (o valor da TEA do S3 e S4 apresentado na Figura 2.21 é de 55,4 e 60,3 %), com

o incremento observado colocando-os a par dos alunos que frequentaram em 2010/2011 o 1º

ano. Já com os alunos que frequentaram o 2º ano em 2009/2010 se verificou a classificação

média mais elevada dos 3 anos lectivos em análise, desempenho que em 2010/2011 se

traduziu num aumento da classificação média para 13,9, o valor mais elevado até ao momento.

Importa referir que a TAE do S6 apresentada no gráfico da Figura 2.21 foi calculada sem

considerar o Estágio e Projecto Individual pois a data limite de entrega do Relatório é a 15 de

Dezembro, sendo frequente a defesa do mesmo decorrer durante o mês de Janeiro, não sendo

possível, à data de realização do relatório, dispor da informação do nº de alunos aprovados

realista.

Figura 2.21 – Evolução, por semestre, da Taxa Efectiva de Aproveitamento, do Curso de

Licenciatura em Engenharia do Ambiente no ano lectivo 2010/2011.

Em 2010/2011 a TEA do 1º semestre, geralmente a mais baixa do curso, aumentou

relativamente a 2009/2010. Para tal contribuiu o aumento da TEA a Biologia (de 68,4 para 85,3

54,4 63,6

55,4 60,3

87,1 95,1

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

S1 S2 S3 S4 S5 S6

Taxa

de

Apr

ovei

tam

ento

Efe

ctiv

a (%

)

Semestre

27  

 

%) e também de matemática que, mantendo-se com resultados inferiores à média do curso,

aumentou a TEA para 24,3 %. Este resultado deve-se em parte à reduzida taxa de avaliação

nesta UC, com o maior nº de alunos inscritos. A transição de ano com esta UC em atraso

poderá justificar a maior dificuldade dos alunos em dedicarem tempo ao estudo e preparação

para a avaliação. No entanto, estes resultados, a par do aumento da Taxa Relativa de

Avaliação (TRA) de 32,5 para 41,9 %, indicam que as medidas implementadas para apoiar a

docência da UC de Matemática, nomeadamente o aumento do nº de horas semanais desta UC

em resultado da reestruturação curricular do curso, e para a promoção do sucesso escolar,

foram bem sucedidas.

Também no 2º semestre de 2010/2011 é notória uma melhoria do desempenho dos

estudantes, em particular a microbiologia, cuja TEA passou de 56,1 para 82,3 %, e a Física,

tradicionalmente com valores de TEA abaixo da média do curso, aumentando de 29,1 para

39,3 %. A Física é a 2ª UC com mais alunos inscritos e, apresentando geralmente taxas de

avaliação baixas tem valores TRA que se aproximam da média das restantes UC do curso.

No ano lectivo em análise verifica-se, como foi já referido, para o 2º ano curricular do curso, um

decréscimo no aproveitamento e desempenho dos alunos. A TEA foi para a generalidade das

UC inferior à de 2009/2010, destacando-se Economia e Gestão, com TEA de 33 % e taxa de

avaliação de 42,3 % (a mais baixa do curso), e Hidráulica e Gestão da Água, com TEA de 38,9

%.

Atendendo a que valores de TEA mais baixos se relacionam com reduzidas taxas de avaliação,

e que estas seguem tendem a ser mais baixas nas UC do 1º ano, e em particular no 1º

semestre, verificando-se no gráfico da Figura 2.22 que é quando se registam mais

reprovações. Sendo este um período de adaptação dos novos alunos ao sistema de ensino

superior, sendo que os alunos que ingressam na 2ª e 3ª fase iniciam a frequência às aulas

algumas semanas após o início do semestre, os resultados apontam para a necessidade de

desencadear medidas para incentivar os alunos à avaliação. Apesar do comportamento atípico

verificado em 2010/2011 para o 2º ano do curso, verifica-se nos semestres do 3º ano que as

taxas de avaliação e aproveitamento vão sendo sucessivamente mais elevadas, atingindo os

100 % para várias unidades curriculares.

28  

 

Figura 2.22 – Evolução, por semestre, e por UC, do número de inscrições, aprovações e reprovações do Curso de Licenciatura em Engenharia do Ambiente no ano lectivo 2010/2011.

É ainda de salientar que no 1º semestre do 2º ano e do 3º ano, os alunos se distribuem por

várias unidades curriculares de opção do plano curricular do Curso, nomeadamente Gestão

Florestal, que se destaca por ter o maior número de alunos inscritos (19). Verifica-se que as

taxas de avaliação e de aproveitamento dos alunos nas unidades curriculares opcionais são

superiores às das unidades curriculares de carácter obrigatório. No entanto estes valores

resultam frequentemente do reduzido nº de alunos inscritos (geralmente < 5), sendo frequente

a aprovação a estas UC por processos de creditação de competências.

No que diz respeito ao aproveitamento por época de avaliação, destaca-se que para a

generalidade das UC o aproveitamento através do regime de frequência é superior a 50 %,

revelando e eficácia do sistema de avaliação contínua como medida de promoção do sucesso.

Finalmente, no que concerne ao sucesso escolar dos alunos com regime de frequência de TE,

no ano lectivo 2010/11 das 134 inscrições em UC do curso de Engenharia do Ambiente,

verificaram-se 86 aprovações (64,2 %), aumentando face a 2009/2010 (46,9%). A Figura 2.23

mostra que o nº de alunos TE inscritos é maior no 1º ano, em resultado do elevado nº de

alunos com este estatuto inscritos às UC de Matemática e Física, respectivamente 19 e 14. A

aprovação dos TE a estas UC é inferior à média (31,6 % a Matemática e 28,6 % a Física), o

que pode estar associada à maior necessidade de dedicação e estudo destas UC, que as

actividades profissionais dos alunos não permitem proporcionar, e ao facto de cerca de 50 %

dos alunos TE terem ingressado no curso via concurso especial para maiores de 23 anos, que

pelo percurso académico anterior apresentam mais dificuldades nestas ciências de base.

A elevada taxa de aprovação dos alunos TE na generalidade das UC da ESA denota o

empenho destes alunos na conclusão do curso e a eficácia das ferramentas e medidas de

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

200

S1 S2 S3 S4 S5 S6

nº A

luno

s

Semestre

Aprovados

Reprovados

Inscritos

29  

 

apoio à promoção do sucesso implementadas e adoptadas pelos docentes, destacando-se a

plataforma de e-learning, o apoio tutorial, a avaliação contínua, das alternativas definidas para

cada UC, para colmatar a impossibilidade de os alunos assistirem à totalidade das aulas

práticas, e do carácter prático, aplicado e profissionalizante que se imprime aos trabalhos

curriculares desenvolvidos e ao Estágio e Projecto Individual.

Figura 2.23 – Número de inscrições e respectivos níveis de aproveitamento escolar por parte de Trabalhadores Estudantes, no curso de Engenharia do Ambiente, no ano lectivo 2010/2011.

II.4 Avaliação da Relação Pedagógica

II.4.1 Opiniões dos Alunos sobre o Curso

A participação dos alunos na resposta ao inquérito de avaliação da satisfação no 1º semestre

aumentou face a 2009/2010, permitindo a análise da totalidade das UC leccionadas. No

entanto, verificou-se uma reduzida participação dos alunos no processo de auto-avaliação no

2º semestre, pelo que a análise das opiniões dos alunos sobre o Curso de Licenciatura em

Engenharia do Ambiente para este semestre deve enquadrar-se no quadro do número reduzido

de respostas obtidas.

Uma vez mais, e à semelhança dos relatórios dos anos lectivos anteriores, identifica-se a

necessidade de criar estratégias e mecanismos facilitadores e incentivadores de participação

dos alunos nestes processos de avaliação. Face à diminuta participação dos alunos no

preenchimento do inquérito, em particular no 2º semestre, não obstante constante o empenho

da Coordenação de Curso e a Direcção da ESA, no processo de sensibilização dos docentes e

dos discentes para esta necessidade de implementar os inquéritos, identifica-se a necessidade

0

5

10

15

20

25

30

35

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45

50

S1 S2 S3 S4 S5 S6

TE

TE Aprovados

30  

 

de reforçar algumas das medidas implementadas e encontrar soluções mais eficazes. Sem

prejuízo de outras apostas entende-se a necessidade de salvaguardar nos planos curriculares

datas específicas e um período de tempo lectivo programado e dedicado exclusivamente para

este efeito, tendo sempre a preocupação de elucidar os alunos e garantir o funcionamento do

sistema informático de suporte.

No que respeita à opinião dos alunos sobre as UC do curso, mantém-se, à semelhança de

anos anteriores, a apreciação geral positiva das UC do 1º semestre, que se acentua à medida

que as disciplinas analisadas se inserem em semestres de anos lectivos mais avançados. Tal

situação, presume-se, deverá ter a ver com o facto de os alunos já estarem mais evoluídos no

seu processo formativo (como alunos, mas também como cidadãos), e, também, porque estão

em causa UC mais específicas ao âmbito do curso e de aplicação dos actos de engenharia que

lhe estão implícitos.

Salienta-se, para além do elevado grau de apreciação que os alunos inquiridos referem para as

UC mais terminais e específicas do curso, que a apreciação face ao ano 2009/2010 melhorou

para a generalidade das UC, especialmente positivo para a análise em questão dado que

resulta de um aumento do nº de alunos inquiridos.

No que diz respeito à UC de Matemática, que em 2009/2010 obteve nas questões “O programa

despertou o meu interesse” e “Tive facilidade em compreender os conteúdos abordados”

resultados abaixo da média, apresentou globalmente uma melhoria na apreciação, mantendo

apenas as respostas à 2ª questão abaixo da média, traduzindo as dificuldades dos alunos

neste domínio. Esta evolução, a par da melhoria no aproveitamento a esta UC, apontam para o

sucesso das medidas implementadas para apoiar a docência da UC de Matemática,

nomeadamente o aumento do nº de horas semanais desta UC em resultado da reestruturação

curricular do curso, e para a promoção do sucesso escolar que devem ser mantidas,

adequando-se às especificidades identificadas anualmente.

Das restantes 15 UC, mais 2 evidenciam a mesma tendência a esta questão: Química, e

Economia e Gestão, sendo de considerar o recurso a metodologias de ensino que facilitem o

processo de compreensão e aprendizagem. No caso de Economia e Gestão, que contrariou a

tendência globalmente observada de melhoria na apreciação dos alunos, apresentando

resultados abaixo da média a todas as questões colocadas, estas medidas deverão ser

reforçadas pelo maior empenhamento dos intervenientes de forma a aumentar o interesse e o

envolvimento dos alunos nas temáticas em causa.

No que diz respeito ao 2º semestre, apenas 4 das 13 UC tiveram uma participação que permitiu

o tratamento dos resultados do inquérito (requer mínimo de 10 respostas), todas com uma

apreciação globalmente positiva. No entanto considera-se que o reduzido nº de alunos que

efectivamente participaram no inquérito de auto-avaliação não permite obter conclusões sobre

o mesmo.

31  

 

Nas Figuras 2.24 e 2.25 apresentam-se os resultados do inquérito de opinião sobre o curso,

que teve a participação de apenas 11 alunos (cerca de 10 % do nº de alunos que frequentam o

curso). A análise destes resultados está portanto condicionada pela reduzida participação dos

alunos. Os indicadores globais de satisfação, específicos do curso de Engenharia do Ambiente,

evidenciam uma apreciação positiva por parte dos alunos. Constata-se que desde a data da

alteração curricular do curso, em 2009/2010, a percentagem de alunos que considera que a

carga horária anual do curso é adequada é crescente (foi de 75 % em 2009/2010 e 50 % em

2008/2009). Esta satisfação e a melhoria do desempenho dos alunos também identificada

traduzem o sucesso do reforço de carga horária introduzido.

Também no que respeita à resposta às expectativas dos alunos e à dimensão teórica do curso,

a satisfação global aumentou, para cerca de 90 % das respostas. Estes resultados parecem

contraditórios aos das 2 questões seguintes, esperando-se uma apreciação mais elevada na

avaliação da componente prática/laboratorial do curso (pois seria coerente com as respostas

às questões C1 e C3) e na resposta às necessidades da vida profissional, uma vez que os

alunos globalmente concordam que o curso corresponde efectivamente às suas expectativas,

sendo natural que estas incluam uma adequada preparação para a vida activa. Sendo reduzido

o nº de respostas obtido, e desconhecido o ano curricular que estes alunos frequentam, estas

respostas podem resultar de um conhecimento ainda incipiente no que respeita às

competências a adquirir e ao programa curricular das UC que constituem o curso que, em

algumas situações, não se coadunam com uma componente laboratorial, mas incidem em

componentes práticas que implicam o desenvolvimento de trabalhos de projecto

eminentemente práticos e aplicados a situações reais.

Figura 2.24 – Resultado do Inquérito de Opinião sobre o Curso de Licenciatura em Engenharia do Ambiente da ESA-IPVC (nº inquiridos: 11).

32  

 

Figura 2.25 – Resultados do inquérito de opinião sobre o Curso de Licenciatura em Engenharia do Ambiente da ESA-IPVC (Valoração Qualitativa) (nº inquiridos: 11).

À semelhança dos anos lectivos anteriores, os resultados do inquérito relativamente à opinião

dos alunos sobre a disponibilidade e desempenho dos docentes ao nível das metodologias de

ensino a que recorrem, o grau de exigência, a pontualidade/assiduidade, a dinamização do

processo ensino-aprendizagem, e os elementos de apoio ao estudo, evidenciam um quadro

muito positivo. Este aspecto mostra, em termos gerais, um contexto muito interessante na

relação entre os docentes e os alunos que interessa explorar nas estratégias e projectos

educativos actuais e futuros da instituição.

O grau de satisfação da actividade lectiva foi avaliado através das respostas às seguintes

questões colocadas aos alunos no Inquérito de Auto-Avaliação da ESA:

D01 – O docente dinamiza adequadamente o processo ensino/aprendizagem (rigor, clareza,

interacção, ritmo);

D02 – O docente fornece/indica os elementos de estudo em tempo oportuno;

D04 – O docente é exigente e justo;

D13 – A componente teórica foi adequada aos objectivos da Unidade Curricular;

D14 – A componente prática foi adequada aos objectivos da Unidade Curricular.

As respostas a estas questões, para o 1º e 2º semestre, são apresentadas nos Quadros 2.6 e

2.7. Considerando-se a média das percentagens relativas às questões supracitadas, o grau de

satisfação da actividade lectiva da Escola Superior Agrária é, para o 1º semestre, de 78,8 % e

para o 2º semestre, de 83,6 %.

33  

 

Quadro 2.6 – Resultados do Inquérito de opinião sobre o grau de satisfação da actividade lectiva para os cursos leccionados na ESA. Fonte: Relatório de Auto-avaliação da Escola Superior Agrária, Ano Lectivo 2010/2011, 1º Semestre.

Quadro 2.7 – Resultados do Inquérito de opinião sobre o grau de satisfação da actividade lectiva para os cursos leccionados na ESA. Fonte: Relatório de Auto-avaliação da Escola Superior Agrária, Ano Lectivo 2009/2010, 2º Semestre.

O grau de satisfação do atendimento aos alunos foi efectuado considerando as horas de

contacto lectivo definidas no horário do curso, assim como nos horários de atendimento dos

docentes, tendo ainda em conta a qualidade desse atendimento. Para tal, foram consideradas

as seguintes questões relativas a todas as disciplinas, do 1º semestre e do 2º semestre,

estando os resultados das respostas obtidas apresentados nos Quadros 2.8 e 2.9:

D01 – O docente dinamiza adequadamente o processo ensino/aprendizagem (rigor, clareza,

interacção, ritmo);

D03 – O docente é pontual e cumpre o horário.

34  

 

Quadro 2.8 – Resultados do Inquérito de opinião sobre o grau de satisfação do atendimento aos alunos para os cursos leccionados na ESA. Fonte: Relatório de Auto-avaliação da Escola Superior Agrária, Ano Lectivo 2009/2010, 1º Semestre.

Quadro 2.9 – Resultados do Inquérito de opinião sobre o grau de satisfação do atendimento aos alunos para os cursos leccionados na ESA. Fonte: Relatório de Auto-avaliação da Escola Superior Agrária, Ano Lectivo 2009/2010, 2º Semestre.

Considerando-se a média das percentagens das questões supracitadas, o grau de satisfação

relativo ao atendimento dos alunos, na Escola Superior Agrária, é de 83,7 % no 1º semestre, e

de 86,8 % no 2º semestre.

II.4.2 Avaliação dos ECTS Atribuídos às Unidades Curriculares

A avaliação dos ECTS às Unidades Curriculares das Licenciaturas ministradas na Escola

Superior Agrária realizada em 2010/2011 pelos alunos, foi efectuada através dos resultados

dos Inquéritos à Qualidade do Ensino, e consta dos Relatórios de Auto-avaliação da Escola

Superior Agrária, Ano Lectivo 2010/2011, para o 1º e o 2º Semestre, publicado pelo Gabinete

de Avaliação do IPVC. Nestes documentos, a apresentação dos resultados é realizada de

acordo com o número de horas semanais dedicadas ao estudo para todas as Unidades

Curriculares de cada Curso (Figuras 2.26 e 2.27) e o número de horas semanais dedicadas a

cada Unidade Curricular de cada Curso (Figuras 2.28 2 2.29).

No que respeita à avaliação das horas de trabalho autónomo dos alunos por parte dos

docentes, apresentam-se, no Quadro 2.10, os resultados do inquérito realizado em 2008/2009,

considerando-se que se mantêm actualizados uma vez que as alterações ao plano curricular

do curso incidiram sobre uma re-organização da distribuição do nº e tipologia de horas de

contacto com o objectivo de aumentar o sucesso escolar pelo acompanhamento mais efectivo

nas horas presenciais face a situações de diminuta assistência a essas aulas pelos alunos,

35  

 

sem alterar os conteúdos programáticos das UC. No referido inquérito, os docentes

responsáveis das unidades curriculares identificaram as horas de trabalho autónomo dos

alunos, considerando: i) a leitura individual (e.g. livros, artigos, sebentas jornais, internet,

outros); ii) a elaboração de trabalhos escritos individuais (e.g., relatórios de trabalhos,

resolução de problemas); iii) a elaboração de trabalhos escritos em grupo (e.g. relatórios de

trabalhos, resolução de problemas); iv) a elaboração de outro tipo de trabalhos (não textuais)

(produção de software, etc.); v) Orientação docente e esclarecimento de dúvidas (extra sala de

aula); vi) Preparação de apresentações (power point e/ou orais); e vii) outras.

Os alunos do curso de Engenharia do Ambiente indicam um nº de horas de dedicação às UC

idêntico em ambos os semestres, entre as 8 e as 9 h semanais, valor inferior ao estimado em

2009/2010 e ao tempo semanal de trabalho autónomo pelos alunos estimado pelos docentes

que, de acordo com os resultados ao inquérito que realizaram é, em média, de 0,59 h/ECTS, o

que corresponde a 15,9 h semanais/semestre. A distribuição destas horas por unidade

curricular é apresentada nas Figura 2.28 e 2.29.

 

Figura 2.26 - Horas de dedicação a todas as Unidades Curriculares dos Cursos. Fonte: Relatório de Auto-avaliação da ESA, Ano Lectivo 2010/2011, 1º Semestre.

Figura 2.27 - Horas de dedicação a todas as Unidades Curriculares dos Cursos. Fonte:

Relatório de Auto-avaliação da ESA, Ano Lectivo 2009/2010, 2º Semestre.

36  

 

Quadro 2.10 – Opinião dos docentes sobre o número de horas semanais que o aluno despende com cada unidade curricular (Dados de 2008/2009).

 

A análise das Figuras 2.28 e 2.29 evidencia o facto de que, para a generalidade das unidades

curriculares, os alunos indicam um número de horas de trabalho individual inferior à estimada

pelos docentes. De entre as várias UC do curso, destaca-se, no 1º semestre, Economia e

Gestão como sendo a UC à qual é associada um maior nº de horas de trabalho semanais,

cerca de 3 h, ainda assim inferior à previsão dos docentes, de 4,5 h.

37  

 

Figura 2.28 - Horas de dedicação às unidades curriculares da Licenciatura em Engenharia do Ambiente. Fonte: Relatório de Auto-avaliação da ESA, Ano Lectivo 2010/2011, 1º Semestre.

Figura 2.29 - Horas de dedicação às unidades curriculares da Licenciatura em Engenharia do Ambiente. Fonte: Relatório de Auto-avaliação da ESA, Ano Lectivo 2010/2011, 2º Semestre. Legenda: 1020064 - Avaliação e Gestão Ambiental; 1020061 - Política e Economia Ambiental; 1020043 - Aquacultura e Cinegética; 1020037 - Planeamento do Uso do Solo; 1020032 - Ecologia da Paisagem

38  

 

A redução do nº de horas de trabalho indicados pelos alunos do curso ocorre pelo segundo ano

consecutivo (em 2009/2010 foi mais evidente nas UC do 1º e do 2º ano). Assim, é de esperar

que a tendência observada resulte da já referida alteração da carga horária de algumas UC,

em particular aquelas de natureza estruturante e aplicada, reduzindo 1 h/semana às aulas de

orientação tutória para aumentar a carga horária das aulas práticas na mesma proporção. Esta

alteração resultou da análise aos Inquéritos à Qualidade do Ensino realizados aos alunos em

anos transactos, que apontavam a necessidade do reforço das aulas práticas, e dos Relatórios

Anuais de Concretização do processo de Bolonha, que sugeriam a revisão da carga horária e o

funcionamento das aulas de orientação tutória. Estas alterações foram implementadas segundo

as orientações da Presidência do IPVC e do Conselho Directivo da ESA, ao decidirem que o

número de semanas de aulas por semestre lectivo teria de evoluir de 15 para 16, com uma

carga horária de aulas de contacto, excepto nas aulas tutórias, de 24 a 25 h/semana, no

máximo. Verifica-se assim que o reforço de aulas práticas terá resultado na diminuição da

necessidade de trabalho individual dos alunos. O impacte desta alteração foi já notado e

comentado no que se refere ao aproveitamento escolar de algumas UC em 2010/2011,

revelando-se também benéfico quanto à satisfação dos alunos no que respeita à carga horária

do curso.

II.5 Medidas de Promoção do Sucesso

Na sociedade da aprendizagem e do conhecimento, as metodologias de ensino e o aluno

devem privilegiar a definição de competências numa matriz de mudanças constantes ao nível

tecnológico, metodológico e de gestão organizacional. Os temas e os métodos pretendem que

os alunos dominem conceitos e aspectos teóricos, para desenvolver capacitações em

aplicações práticas, conceber projectos, produtos e serviços, conduzir processos, definir

sistemas de gestão e organização em paralelo, ao desenvolvimento de capacidades de

comunicação e atitudes de investigação e inovação.

A adopção de um novo modelo de ensino-aprendizagem em que o aluno passa a ter um papel

nuclear, traduziu-se em mudanças expressivas nos métodos pedagógicos e na organização

das aulas. A componente lectiva de cariz teórico diminuiu, adoptando-se com maior expressão

o formato teórico-prático e prático e promovendo-se um maior trabalho do aluno fora do

ambiente de aula. Pretende-se uma abordagem em que se valoriza a interacção

docente/discente e o trabalho centrado no aluno. A missão dos docentes passa assim por

ensinar a pensar, a fazer, e a saber fazer, para além de fomentar a transferência de

conhecimento, tendo como principal objectivo uma aprendizagem centrada no aluno, baseada

no trabalho em equipa, no desenvolvimento da iniciativa e da criatividade, no aumento das

capacidades de comunicação, do trabalho de grupo, da partilha de tarefas, da gestão de

conflitos e da comunicação individual e em grupo.

39  

 

O sucesso do processo de ensino-aprendizagem, traduzido, muito em particular, na avaliação

final dos alunos, depende do programa e da dinâmica de cada unidade curricular e, acima de

tudo, do funcionamento de cada semestre, das acções, dos elementos e das iniciativas de

natureza transversal a todo o Curso de Licenciatura. A preocupação com a promoção do

sucesso escolar aconteceu desde a concepção e desenho do curso até ao desenvolvimento de

actividades de natureza operacional que visam a melhor apreensão das bases teóricas,

preparação para os actos profissionais e as competências inter-pessoais consideradas

necessárias para o curso.

Em termos programáticos, desenvolveu-se um conjunto de estratégias com vista à elaboração

do programa curricular do curso de licenciatura em Engenharia do Ambiente. Neste âmbito,

através do seu enquadramento técnico-científico, objectivos, competências, conteúdo,

extensão, sistema de avaliação e sequência das unidades de ensino, pretende-se evoluir

desde uma sólida formação inicial em ciências de base, até uma aplicação progressivamente

mais profissionalizante, nas diversas áreas das ciências e das tecnologias do ambiente

consideradas no curso, as tecnologias ambientais, a gestão ambiental, o planeamento, gestão

de recursos hídricos, o planeamento e o ordenamento do território.

O curso apresenta uma matriz de ensino-aprendizagem progressivamente focada em

competências profissionais sem perder a possibilidade de definição de percursos individuais.

Este desiderato obtém-se, seja pela possibilidade de realização de unidades curriculares

opcionais, pelo envolvimento em actividades (extra)curriculares específicas, internas e/ou

externas, seja ainda pela realização das actividades inerentes ao trabalho final de curso. Neste

nível, convém sublinhar o papel da coordenação de curso na distribuição da responsabilidade

de cada unidade curricular e no acompanhamento de cada docente com vista ao cumprimento

e ajustamento pontual dos objectivos iniciais em cada semestre.

Considerando, como atrás referido, que o sucesso ao nível do processo de ensino-

aprendizagem é uma preocupação central na gestão e funcionamento do curso de Engenharia

do Ambiente, desenvolveu-se um conjunto de actividades e acções, de que destacamos as

seguintes:

i. aposta em metodologias de avaliação contínua com um peso significativo e crescente

de tempo, que incluem elementos de natureza prática desenvolvidos ao longo do

semestre e que facilitem a distribuição temporal das tarefas e um maior

envolvimento/abertura potencial dos discentes para estas actividades;

ii. desenvolvimento, pela coordenação de curso, de um Calendário da Avaliação Contínua

que tenta programar racionalmente as inúmeras actividades de avaliação de natureza

prática e teórica;

iii. inclusão nos programas curriculares de aulas tutórias de apoio, em cada unidade

curricular; as aulas tutórias apresentam um carácter complementar às aulas

40  

 

presenciais e ao trabalho autónomo do aluno, revelando-se fundamentais para a

discussão e apoio em aspectos ou elementos particulares da unidade curricular e das

temáticas associadas;

iv. continuação da exploração das potencialidades da plataforma e-learning Moodle, na

qual são disponibilizados os sumários, materiais pedagógicos de apoio e outra

informação; esta plataforma tem-se manifestado de enorme utilidade e utilização

crescente, por parte de toda a comunidade escolar, em particular pelos estudantes

trabalhadores;

v. desenvolvimento de horários escolares adequados às especificidades de unidades

curriculares com um número elevado de alunos, em particular, estudantes

trabalhadores, os quais, normalmente, apresentam taxas de insucesso mais elevadas;

para tanto, disponibilizam-se, em certas UC, aulas ao fim da tarde e noite, de forma a

possibilitar uma maior frequência presencial;

vi. manifestação de uma particular atenção aos estudantes trabalhadores, seja pelo

reforço e disponibilidade dos docentes em facultar materiais de apoio presencialmente

ou via plataforma e-learning, seja ao nível da formulação de horários adequados, seja

no apoio ao nível do período de recuperação que ocorre entre o período lectivo

presencial e o início do período normal de exames;

vii. participação activa no curso através da docência, acompanhamento de visitas e a

realização de eventos com a participação docentes, investigadores e técnicos de

outras instituições com experiência prática relevante;

viii. efectivação de acções formativas, auxiliadoras dos alunos na pesquisa, organização de

bibliografia, e elaboração de trabalhos práticos;

Ao nível das acções realizadas neste último ano podem destacar-se, as seguintes:

i. implementação de diversas acções integradas nas unidades curriculares

(conferências, visitas de estudo, etc.), as quais permitem alargar o âmbito de

competências em diversos temas, bem como promover o contacto e o interesse dos

alunos, que se reflecte na sua atitude ao nível das aulas teóricas e práticas;

ii. como a taxa de insucesso é maior nos primeiros anos, a Direcção da ESA-IPVC

conjuntamente com a Comissão de Curso de Licenciatura em Engenharia do Ambiente

e os Serviços de Acção Social do IPVC organizaram-se uma sessão de recepção aos

novos alunos, a qual visou a apresentação do programa e objectivos do curso, plano

de estudos, metodologias de trabalho e actividades extracurriculares a desenvolver;

nesta sessão, deu-se ainda particular destaque à explicitação e justificação dos actuais

modelos de ensino em vigor na ESA-IPVC, em particular, a consequente necessidade

41  

 

de desenvolvimento de trabalho autónomo por parte do aluno, e a possibilidade de

aprovação a grande parte das UC através de avaliação contínua;

iii. a concretização do projecto QREN-ON2-SAIECT-IETIEFE, visando a aquisição de

equipamento e material de laboratório, reforçando a capacidade lectiva e de

investigação da ESA-IPVC;

iv. reforço da bibliografia disponível na bibllioteca, frequentemente apontada pelos alunos

como um dos aspectos menos positivos nos inquéritos de auto-avaliação, onde se

pode destacar em 2011 do livro que aborda várias temáticas afins ao curso de

Engenharia do Ambiente: Ferraz A. I., Rodrigues A. C. (Coord.), 2011. Biotecnologia,

Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. Publindústria, Edições técnicas Técnicas,

Lda. (ed.), 262 pp. A concretização deste projecto contou com a colaboração de vários

docentes e investigadores do IPVC e de outras instituições de ensino superior e

centros de investigação, constituindo-se também como uma forma de estreitar relações

entre o IPVC e outras instituições de referência nesta área, na região;

v. realização de diversas reuniões da Comissão do Curso de Engenharia do Ambiente

com a presença dos representantes dos alunos para assegurar o bom funcionamento e

o alcance dos objectivos deste curso de Licenciatura e a organização de um evento

das 1as Jornadas em Ciências e Engenharia do Ambiente com o objectivo de

apresentar e discutir, com a comunidade académica e profissionais da área, temas

actuais do âmbito das áreas de competência do curso, contando com sessões de

seminário e exposições técnicas organizadas em colaboração com outras entidades da

Administração, empresas e sector associativo.

As 1as Jornadas em Ciências e Engenharia do Ambiente visaram a promoção da

conservação dos recursos naturais e funções ambientais no quadro dos novos

paradigmas e modelos de desenvolvimento sustentável que se confrontam com os

interesses económicos dominantes da organização social da sociedade. Nesta

interface o Curso de Engenharia do Ambiente da ESA-IPVC visa formar técnicos e

gestores com capacidade de compreensão, decisão e acção em diversos

domínios nomeadamente na caracterização, gestão de sistemas e recursos

ambientais, inovação de tecnologias ambientais, na avaliação de disfunções

ambientais e no planeamento e ordenamento do território. Estas Jornadas,

promovidas pela Comissão de Curso de Engenharia do Ambiente, pretenderam

apresentar e discutir temas actuais que incidem sobre as principais áreas de

competência deste Curso de Licenciatura. O evento contou no primeiro dia, com

sessões de natureza técnico científica organizadas em quatro painéis temáticos:

Tecnologias Ambientais, Energias Renováveis, Planeamento e Ordenamento do

Território e Avaliação e Gestão Ambiental. No segundo dia 23 teve lugar uma

42  

 

sessão de apresentação do Projecto Condomínio da Terra, Organizar a

Vizinhança Global, visando a reflexão e debate sobre os novos modelos de gestão

das Partes Comuns da Terra, assentes em conceitos como os Serviços de

Ecossistemas, a Soberania Complexa, a Economia de Simbiose, e a Valoração

dos Serviços Ambientais.

O programa das 1as Jornadas em Ciências e Engenharia do Ambiente é

apresentado na Figura 2.30.

Figura 2.30 – Programas das 1as Jornadas em Ciências e Engenharia do

Ambiente.

Os alunos de Engenharia do Ambiente participaram ainda de forma clara e activa

nas 1as Jornadas em Gestão Ambiental e Ordenamento do Território, realizadas na

Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Viana do Castelo a 29 de

Outubro de 2010, organizadas pela Comissão de Curso de Mestrado em Gestão

Ambiental e Ordenamento do Território (MGAOT) no âmbito das actividades com

vista a:

43  

 

i. apresentar e discutir temas actuais sobre processos centrais e transversais à

natureza e aos objectivos do Curso de Mestrado por individualidades de

reconhecido mérito académico e profissional;

ii. divulgar publicamente os objectivos, o desenvolvimento e o funcionamento das

actividades promovidas ao longo do MGAOT;

iii. discutir e avaliar a necessidade de competências e as perspectivas de saídas

profissionais nas áreas de gestão ambiental e sustentabilidade territorial.

Estas Jornadas pretendem responder aos interesses e expectativas dos alunos

deste Mestrado e dos restantes alunos da Academia, e visam a participação dos

docentes, investigadores e técnicos do IPVC com o envolvimento de todas as

entidades e profissionais com interesse nos temas que serão objecto de

apresentação e discussão.

O programa da 1as Jornadas em Gestão Ambiental e Ordenamento do Território é

apresentado na Figura 2.31.

Figura 2.31 – Programas das 1as Jornadas em Gestão Ambiental e Ordenamento

do Território.

O insucesso é um problema considerado por esta Comissão de Curso. Para tal, têm vindo a

ser desenvolvidas e propostas estratégias de (re)organização dos curricula, programação

atempada das actividades semestrais, acções centradas em grupos de alunos específicos

(turmas, trabalhadores estudantes, entre outros), ou mesmo, apoio individualizado. Face aos

indicadores de desempenho apresentados ao longo de todo este relatório, importa continuar

este trabalho e corrigir eventuais situações não conformes aos desejos de todos nós: o

sucesso académico e profissional dos nossos alunos e a sua realização plena como cidadãos.

44  

 

A Matemática é um dos casos de insucesso escolar já diagnosticado na ESA com alguma

tradição. Como estratégia para travar o insucesso nesta UC definiu-se para 2010/11 o aumento

do número de turmas de matemática (6 no total). Para além do aumento do número de turmas

acordou-se o melhor horário, ao fim da tarde e noite, para poder incorporar estudantes

trabalhadores e alunos com frequentar disciplinas de anos anteriores.

Relativamente ao abandono escolar por dificuldades económicas, este apresenta uma

dimensão residual mas, a dinâmica actual indica para um aumento potencial considerável.

Destacam-se que os alunos que no ano transacto estavam no limiar do escalão para obtenção

de bolsa, este ano não obtiveram bolsa de estudo. Esta situação é preocupante pois o contexto

de crise económica que se vive no país deixou muitas famílias em situação financeira critica e

está a contribuir para um aumento do abandono escolar, tendo as instituições de ensino

superior uma margem limitada de manobra para definir estratégias a este nível. A ESA-IPVC

através dos Serviços de Acção Social tenta apoiar estas situações através da Bolsa de

Emprego, na constituição de uma Bolsa de Colaboradores Bolseiros e na consideração de

apoio através da atribuição de diversas Bolsas de Estudo.

 

II.6 Competências Extracurriculares e Estímulo à Vida Activa

As competências extra-curriculares, muitas vezes ao nível do relacionamento inter-pessoal, são

promovidas e acontecem ao longo do percurso escolar dos alunos nomeadamente em

actividades e iniciativas da ESA, no conjunto do IPVC e outras entidades externas com as

quais o aluno toma contacto por forma institucional ou pessoal. No conjunto alargado destas

actividades destacam-se:

i. a participação de forma activa dos alunos, ao longo do seu percurso académico, em

órgãos estudantis e de gestão da ESA (Associação de Estudantes, Conselho

Pedagógico e Comissão de Curso);

ii. a concepção e a realização de actividades de promoção da ESA-IPVC junto da

comunidade e dos novos e potenciais alunos; desenvolvem-se, assim, hábitos de

comunicação e de interacção com o mundo profissional e os media;

iii. a realização de acções de empreendedorismo, por exemplo, no âmbito de projectos de

dinamização específicos (PoliEmpreende e Bioemprende) mas também em iniciativas

de prestação de serviços à comunidade , o qual contribuiu para conferir competências

extracurriculares aos alunos participantes, e se constituiu, também, como um estímulo

para a vida activa e um incentivo à iniciativa empresarial;

iv. o envolvimento na assistência, participação, promoção e/ou organização de vários

eventos internos de natureza técnico-científica inseridos em diversas unidades, em

45  

 

particular visitas de estudo, conferências de profissionais reconhecidos, e outras

actividades (extra)curriculares, nomeadamente:

a) Workshop “Os Sistemas de Informação Geográfica (SIG) na gestão da

Biodiversidade enquanto recurso para a Biotecnologia”, a 12 de Janeiro de

2011, Auditório Prof. Eugénio Castro Caldas da Escola Superior Agrária do

Instituto Politécnico de Viana do Castelo

b) Conferência “Importância da informação geográfica para Gestão Florestal”, a

11 de Fevereiro de 2011, Auditório Prof. Eugénio Castro Caldas da Escola

Superior Agrária do Instituto Politécnico de Viana do Castelo

c) 1as Jornadas em Gestão Ambiental e Ordenamento do Território, a 29 de

Outubro de 2011, Auditório Prof. Eugénio Castro Caldas da Escola Superior

Agrária do Instituto Politécnico de Viana do Castelo

d) 1as Jornadas em Ciências e Engenharia do Ambiente”, com a primeira sessão

a 15 de Março de 2011, Auditório Prof. Eugénio Castro Caldas da Escola

Superior Agrária do Instituto Politécnico de Viana do Castelo, e o Workshop:

“Condomínio da Terra - Organizar a Vizinhança Global”, Dr. Paulo Magalhães

(QUERCUS), a 23 de Março, Auditório Prof. Eugénio Castro Caldas da Escola

Superior Agrária do Instituto Politécnico de Viana do Castelo

e) Participação na organização do III Workshop do Projecto SI.ADD da ARH do

Norte, I.P. - Workshop Final do projecto (em elaboração)

f) Seminário INFOGEO "Geoportais e Sistemas de Informação Municipais para a

Gestão e Monitorização do Território". Promovido pela CIM Alto Minho e IPVC.

(Projecto ON2) Eixo 3 - Medida 3.4 POPH/QREN. Auditório VILLA MORAES,

15 de Julho de 2011, Ponte de Lima

g) “Small Scale Landscapes in Western Europe: methodological developments in

habitat recording and monitoring”, a 11 de Maio de 2011, Auditório Prof.

Eugénio Castro Caldas da Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de

Viana do Castelo

h) "Desenvolvimento e aplicações em Sistemas de Informação Geográfica para o

planeamento e gestão territorial", integrado no Dia Aberto da ESA-IPVC, 4 de

Maio de 2011, Ponte de Lima

i) Workshop "formação de utilizadores" no âmbito da Biblioteca da ESA,

realizado em Março de 2011

j) participação em várias visitas de estudo temáticas no âmbito de unidades

curriculares, nomeadamente:

-­‐ 3 visitas de estudo no âmbito da UC de Ecologia: a) Área Protegida das

46  

 

Lagoas de Bertiandos e S. Pedro d´Arcos (Ponte de Lima), b) Paisagem

Protegida de Corno de Bico (Paredes de Coura) e c) Parque Natural do Litoral

Norte (Esposende);

-­‐ 2 visitas de estudo no contexto da UC de Tratamento de Águas de

Abastecimento e Efluentes, à ETAR de Ponte de Lima – AdNoroeste e à ETA

de Areias de Vilar – AdNoroeste;

-­‐ 1 visita de estudo ao aterro sanitário da Braval, no âmbito da UC de Gestão de

Resíduos Sólidos;

-­‐ 1 visita de estudo, no quadro da UC de Ordenamento do Território, ao Parque

Natural de Baixa-Limia Xures (LÓBIOS), com o objectivo de conhecer o

modelo de gestão do Parque Nacional, os instrumentos de ordenamento

aplicados, as acções em curso na gestão de habitats e floresta autóctone, o

combate a invasoras e a gestão de capacidade de carga (turismo);

-­‐ 1 visita de estudo, integrada na UC de Conservação e Recuperação Biofísica,

ao Sistema Dunar de Cabedelo, Viana do Castelo, com vista ao

desenvolvimento do Projecto de Recuperação Biofísica de Sistema Dunar

(Projecto de Execução);

-­‐ 1 visita de estudo, na UC de Planeamento do Uso do Solo, à “Porta de

Lindoso”, Parque Nacional da Peneda-Gerês, freguesia de Ermida e Lindoso,

Município de Ponte da Barca. O objectivo da deslocação prendeu-se com a

visita à área que é objecto de estudo – Elaboração de proposta de Plano de

Acção no âmbito de um processo de AL21;

-­‐ 2 visitas de estudo, integradas na UC de Ecologia da Paisagem, à Freguesia

de Moreira do Lima, Ponte de Lima, para visitar a área que é objecto de

estudo – Elaboração de Estudo de Avaliação do Carácter da Paisagem

(identificação de Unidades de Paisagem) e à “Porta do Mezio”, no Parque

Nacional da Peneda-Gerês, com o objectivo de travar conhecimento com o

“Projecto Porta” do PNPG, ter contacto com a dinâmica de actuação da

Associação de Desenvolvimento Local ARDAL – Câmara Municipal dos Arcos

de Valdevez, tendo realizado uma visita guiada em percurso pedestre;

-­‐ 2 visitas de estudo, no âmbito da UC de Gestão Florestal, ao Centro de

Interpretação de Serra de Arga e ao Perímetro Florestal de Cabração.

k) Envolvência dos alunos no desenvolvimento de trabalhos no âmbito de

diversos projectos em curso na ESA-IPVC:

47  

 

- EcoSensing (Indicators, methods, and protocols for reporting and monitoring

the condition of biodiversity and ecosystems in changing rural

landscapes):PTDC/AGR-AAM/104819/2008

- BIOSOS (BIOdiversity multi-SOurce monitoring System: from space to

habitat): FP7-SPA-2010-1-263435

- EBONE (European Biodiversity Observation Network): ENV-CT-2008-212322

- PROTEC | GEORISK (Protecção Civil e Gestão de Riscos no Alto Minho):

ON2 Operação 01-03-01-37

- O Património Natural e Cultural como Factor de Desenvolvimento e

Competitividade do Território no Baixo Tâmega) financiado pela Associação

de Municípios do Baixo Tâmega

- Projecto “A agro-ecologia e a conservação da biodiversidade em paisagens

rurais de elevado valor natural no concelho de Melgaço”. IPVC e CIBIO.

Medida: Gestão Activa de Espaços Protegidos e Classificados do PO-NOR

- Sistema de Informação e Apoio à Decisão (SI.ADD) da ARH do Norte, do

processo de desenvolvimento e implementação do SIAD da ARH do Norte e

apoio na componente cartográfica dos PGRH. ARH do Norte I.P., IPVC, ESRI,

SIG2000, LNEC, CHIMP. [2009-2010]

- LANDCHANGE - Modelação e Previsão da Dinâmica de Sistemas

Ecológicos Adaptativos Complexos em Múltiplas Escalas. FCT; ICETA-Porto –

UP; IPBragança; IPVC; UA; UTAD; CIBIO/ICETA-Porto/UP. Projecto de

Investigação Científica e Desenvolvimento Tecnológico, 2010. Referência do

projecto: PTDC/AAC-AMB/120452/2010

- BIODIV_GNP (Biodiversidad vegetal amenazada Galicia-Norte de Portugal:

conocer, gestionar e implicar): POCTEP nº 0479_BIODIV_GNP_1_E

- Parecer Secretaria da Administração Interna - Gestão integrada de riscos e

implementação de sistemas de informação no território nacional

l) participação em congressos com trabalhos/apresentações, comunicações e

publicações associadas a unidades curriculares, resultantes de trabalhos de fim

de curso ou envolvendo alunos de licenciatura e inseridos em projectos

concretos:

- Alonso, J., Guerra, C., Mamede, J., Martins. M., Machado, A. and Brito, A.,

2011. Spatial Information System of Water Resources (North of Portugal -

SI.ADD): SDI local contributes and institutional capacity building. Proceeding of

the INSPIRE Conference, Edimburg, Scotland.

48  

 

- Costa, F., Marques, A., Arnaud-Fassetta, G., Alonso, J., Martins, I., Guerra,

C., 2011. Contribution méthodologique à l’analyse du risque d’inondation dans

le bassin du Lima (NW Portugal) dans la perspective d’application de la

Directive Cadre sur l’Eau (DCE). Universidade do Minho, Portugal; CEGOT –

Centro de Estudos em Geografia e Ordenamento do Território, Portugal;

Université Paris-Est Créteil Val-de-Marne (Paris 12), France; CNRS.

- Alonso, J., Castro, P., Ribeiro, J., Martins, I., Mamede, J., Machado, A., Brito,

A., 2011a. O sistema de informação e apoio à decisão [SI.ADD] da ARH do

Norte, I.P.: objectivos e desenvolvimento. Artigo publicado na Revista Recursos

Hídricos, Journal of water resources, Volume 32, N.º1, pp. 5-12, Maio de 2011.

Fundação para a Ciência e a Tecnologia. APRH, ISSN 0870-1741.

- Alonso, J., Castro, P., Ribeiro, J., Martins, I., Mamede, J., Machado, A., Brito,

A., 2011b. O Sistema de Informação e Apoio à Decisão [SI.ADD] da ARH do

Norte, I.P. 3º Seminário sobre Gestão de Bacias Hidrográficas "Os Estuários",

Auditório Prof. Lima de Carvalho, no Instituto Politécnico de Viana do Castelo, 2

e 3 de Junho, Livro de Resumos. Viana do Castelo.

- Alonso, J., Castro, P., Machado, S., Paredes, C., Santos, S., Martins, L.,

Guerra, C., Martins, I., 2011. INFOGEO - Geoportais e sistemas de informação

municipais para a gestão e monitorização do território. Relatório final. 167 pp +

Anexos (Projecto ON2) Eixo 3 - Medida 3.4 POPH/QREN. Auditório VILLA

MORAES, 15 de Julho de 2011, Ponte de Lima.

- Alonso, J., Guerra, C. e Honrado, J., 2010. SIMBioN: info | Sistema de

informação de apoio à monitorização da biodiversidade do Norte de Portugal,

Relatório Técnico do projecto SIMBioN, 30 pp.

- Alonso, J., Castro, P., Ribeiro, J., Martins, I., Mamede, J., Santos, S.,

Paredes, C., Guerra, C., Rafael, S., Machado, A., Brito, A., 2011ARH do Norte,

I.P., 2011. Plano de Gestão da Região Hidrográfica do Douro - RH3. Parte

complementar C - Sistema de informação e apoio à decisão (SI.ADD), pp 98 +

Anexos. (Versão para consulta pública). Administração da Região Hidrográfica

do Norte, I.P, Ministério da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do

Território, Setembro, Porto. Relatórios Técnico-científicos.

- Honrado, J., Alonso, J., Castro, P., Martins, L., Pôças, I., Gonçalves,

J., Guerra, C.& Marcos, B., 2011. The BIO_SOS metadata geoportal and the

external quality of pre-existing datasets. BIO_SOS Consortium. 120 pp +

annexes.

49  

 

- Honrado, J., Alonso, J., Guerra, C., Pôças, I., Gonçalves, J. & Marcos, B.,

2011. Report on pre-existing in situ and ancillary datasets for sites. BIO_SOS

Consortium. 98 pp + annexes.

- Guerra, C., Costa, C., Martins, I. Alonso, J., 2011. Relatório metodológico do

projecto PROTEC|GEORISK - Metodologia para a elaboração de cartografia de

susceptibilidade de erosão hídrica do solo. FFMD-IPVC-CIM.

- Alonso, J., Honrado, J., Paredes, C., Leitão, B., Santos, S., Martins, I., Guerra,

C., Costa, C., Gonçalves, J., Cerqueira, Y., Alves, P., Castro, C., Esteves, A.,

Cruz, P. & Marques, A., 2011. A Agro-Ecologia e a Conservação da

Biodiversidade em Paisagens Rurais de Elevado Valor Natural no Concelho de

Melgaço. CMM-CIBIO-IPVC, Relatório técnico de projecto, 120pp.

- Guerra, C., Costa, C. & Alonso, J., 2011. Linking ecosystem services and

heterogeneous landscapes in the North of Portugal. APEP Meeting 2011, Ponte

de Lima, Portugal.

- Guerra, C., Honrado, J., Martins, I. & Alonso, J., 2011. El papel de IDEs en la

aplicación de una estrategia regional de conservación. Procedings of the

Biosphere Reserves a spatial strategy for sustainability Conference, Lugo,

Spain.

v. realização de outros trabalhos curriculares com natureza profissionalizante,

nomeadamente projectos, permitindo e obrigando o aluno a estabelecer contactos com

entidades da administração local, central, e/ou empresas, que se podem prolongar

após o término do curso e que permitem uma percepção e vivência real das

actividades profissionais;

vi. trabalhos finais de curso que se traduzem em oportunidades para a realização de

actividades extracurriculares indutoras de experiências profissionais futuras, seja ao

nível da concepção, execução, exposição, gestão e avaliação, seja como incentivos à

capacidade de acção-decisão e à autonomia nos processos; em diversas situações os

alunos estagiários são convidados para dar continuidade ao trabalho por convite das

instituições acolhedoras através de estágios profissionais e como inicio de processo de

passagem a colaboradores efectivos; os temas e locais de estágio dos alunos inscritos

à UC de Estágio e Projecto Individual em 2010/2011 são apresentados no Quadro

2.11;

vii. participação em actividades culturais desenvolvidas por grupos e órgãos estudantis

(festival de tunas, feira de gastronomia, festival de jardins e feira do cavalo de Ponte de

Lima, divulgação da ESA-IPVC e do próprio curso), que desenvolvem sensibilidades e

criam competências interpessoais de natureza organizacional, de participação, e de

cidadania.

50  

 

Quadro 2.11 – Tema e local de estágio dos alunos inscritos à UC de Estágio e Projecto

Individual em 2010/2011

Tema de Estágio Local de Estágio

Percepção do Valor da Biodiversidade. Caso de estudo: População Escolar dos Concelhos abrangidos pelo Parque Nacional da Peneda- Gerês

ESA-IPVC

Efeito de Fontes de Carbono de Origem Proteica no Crescimento do Fungo Glactomyces Geotrichum

Centro de Engenharia Biológica, Instituto de Biotecnologia e Bioengenharia, Universidade do Minho

Inventário de Referencia das Emissões de CO2 nas áreas de Actividade de Competência da Autarquia de Vila Nova de Famalicão

Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão

Contributos para o Desenvolvimento de um Sistema de Gestão de Riscos Segundo o Referencial ISO 31000:2009 para a Região do Alto Minho

ESA-IPVC, integrado no Projecto PROTEC|GEORISK - Protecção Civil e Gestão de Riscos no Alto Minho

Estudo da Variação da Quantidade de Resíduos de Recolha Selectiva com o Aumento da Sensibilização Ambiental no Vale do Ave

RESINORTE - Pólo Vale do Ave

Contributos para a elaboração da Agenda 21 Local no município de Vila Nova de Famalicão

Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão

Avaliação do Estado Ecológico dos Rios Tuela e Macedo ION Environment & Business Consulting

Projecto de Educação e Sensibilização Ambiental no Concelho de Valença

Câmara Municipal de Valença

Contributo para a Melhoria Contínua do Sistema de Gestão Ambiental da VENAFIL-VLEANING AND GARDENS, LDA

Venafil - Cleaninig and Gardens, Lda

Caracterização e Monitorização da invasão de Jacinto de Água no Rio Ave

Centro Interdisciplinar Marinha e Ambiental (CIMAR)

Contributo para a implementação do Plano Específico de Intervenção Florestal na Zona de Intervenção Florestal (ZIF) de Monte de Roques.

Associação Florestal do Lima

Métodos Analíticos Aplicados à Arqueometria Centro para a Valorização de Resíduos

Modelação do Rico de Cheia da Bacia Hidrográfica do Rio Minho com base em SIG

Centro de Informação Geográfica da ESA-IPVC, integrado no Projecto PROTEC|GEORISK - Protecção Civil e Gestão de Riscos no Alto Minho

Novo Paradigma na Gestão dos Recursos Hídricos em Portugal - Caso de estudo do Município de Ponte de Lima

Câmara Municipal de Ponte de Lima

A norma de gestão florestal sustentável e a implementação da certificação regional

Centro de Informação Geográfica da ESA-IPVC e Centro Pinus

Desenvolvimento e aplicação da metodologia de classificação de habitats GHC pela metodologia EBONE

Centro de Informação Geográfica da ESA-IPVC e CIBIO integrado no projecto EBONE

Leitura Transparente da Lei da Água com uma Pequena Viagem pela Gestão de Recursos Hídricos em Portugal

ARH do Norte

Monitorização da Estação de Tratamento de Águas Residuais de Ponte de Lima

Águas do Noroeste

Modelação do Riscos Tecnológicos Centro de Informação Geográfica da ESA-IPVC, integrado no Projecto PROTEC|GEORISK -Protecção Civil e Gestão de Riscos no Alto Minho

51  

 

As melhorias a introduzir no futuro na área da promoção de competências extra-curriculares

implicam a criação de programas específicos de acção em torno da comunicação, cidadania,

empreendedorismo, gestão de projecto e responsabilidade social e ambiental que permitam a

integração das iniciativas dispersas que têm vindo a ser desenvolvidas e que devem ser

consubstanciadas numa valorização explícita do aluno através da inscrição das mesmas no

Suplemento ao Diploma.

II.7 Mobilidade

No ano lectivo de 2010/2011, e pelo segundo ano consecutivo, não se verificou a participação

de alunos da licenciatura em Engenharia do Ambiente no Programa de Mobilidade Erasmus,

por motivos relacionados com a desistência dos candidatos do processo de seriação. Já o

número de alunos estrangeiros recebidos na ESA inscritos nesta licenciatura tem registado

uma tendência crescente desde 2008/2009, com 5 alunos inscritos no ano lectivo de

2010/2011, dos quais 3 em programa de estudos: 2 provenientes da instituição parceira de

Wroclaw University of Environmental and Life Sciences, Polónia, e 1 de HAS Den Bosh,

University of Applied Sciences, Holanda; e 2 alunos em mobilidade de estágio, também de HAS

Den Bosh, University of Applied Sciences, desenvolvendo o trabalho de estágio na área do

Desenvolvimento Rural e Urbano.

No que respeita à mobilidade de docentes, foi atribuída uma bolsa de mobilidade a um docente

da ESA para a deslocação a Kassel University, Faculty of Organic Agricultural Sciences, com

os objectivos de: i) apresentar seminários técnicos temáticos; ii) divulgar os projectos de

ensino, de investigação e de inovação da ESA-IPVC; iii) reforçar a criação de parcerias nestes

domínios entre as duas instituições, nomeadamente no incentivo dos alunos da Instituição de

acolhimento a realizarem períodos de formação na ESA-IPVC; iv) potenciar a integração e o

reconhecimento da ESA-IPVC na rede de instituições Europeias com competências nos

domínios da agricultura biológica, biotecnologia agrícola, alimentar e ambiental, da engenharia

do ambiente, da engenharia agronómica e do ordenamento do território.

II.8 Empregabilidade

Os elementos fornecidos pelo IEFP, I.P. do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social

apresentam resultados apenas até Dezembro de 2010, o que é manifestamente insuficiente

para a análise detalhada do período a que este relatório se refere. Assim, espera-se que o

Observatório do IPVC possa a breve prazo recolher, tratar e divulgar informação mais

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actualizada e sistematizada sobre a empregabilidade dos seus alunos. Este ou outro sistema

de monitorização será fundamental para o real valor e interesse profissional das competências

adquiridas do presente curso e a respectiva empregabilidade efectiva, e para apoiar os alunos

na inserção profissional e também para a definição de formações pós-graduadas e de

mestrados que satisfaçam eventuais carências formativas identificadas nos diplomados do

IPVC.

Ainda assim, até Dezembro de 2010, existiam naqueles organismos, 14 registos de diplomados

desempregados (Figura 2.30), número igual ao de Dezembro de 2009, com o curso de

Engenharia do Ambiente da ESA-IPVC a totalizar já cerca de 100 diplomados. Os dados que

constam do Quadro 2.12, sobre o nº de desempregados com habilitação superior por áreas de

estudo e NUTS II, de Dezembro de 2010, indicam que na área de actividade “Engenharia e

técnicas afins”, a percentagem de desempregados na região norte, a mais elevada do país, era

de 40,3 %. Ainda que esta classificação seja muito mais abrangente do que a Engenharia do

Ambiente, e que os dados do IEFP, I. P. possam não estar actualizados, os dados disponíveis

apontam para uma empregabilidade dos diplomados neste curso da ESA-IPVC favorável.

Figura 2.30 – Diplomados de Engenharia do Ambiente do IPVC inscritos no IEFP, I.P. do

MTSS.

0

2

4

6

8

10

12

14

Dez/2008 Dez/2009 Dez/2010

nº R

egis

tos

no IE

FP, I

.P. d

o M

TSS

53  

 

Quadro 2.12 – Desempregados com habilitação superior por áreas de estudo e NUTS II,

Dezembro de 2010 (Continente)

Fonte: Instituto do Emprego e Formação Profissional, I.P. do Ministério do Trabalho e da

Solidariedade Social

À semelhança do ano lectivo anterior, verifica-se uma tendência crescente no sentido do

aumento do número de alunos que procuram e frequentam cursos pós-graduados, de 2º e 3º

ciclo, em áreas específicas como forma de especialização e inserção profissional, em diversas

instituições (inter)nacionais. Internamente, esta procura tem tradução ao nível da Pós-

graduação e Mestrado em Gestão Ambiental e Ordenamento do Território na ESA-IPVC. Este

Curso apresenta uma elevada atractividade mesmo para outras graduações exteriores à ESA-

IPVC. A possibilidade de continuidade de estudos para o 2º ciclo permite o aprofundamento

dos estudos em áreas complementares à licenciatura. Nos dois anos de funcionamento

verifica-se um aumento do número de alunos finalistas do curso de Engenharia do Ambiente da

ESA a frequentarem o Mestrado atrás referido.

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Ao longo deste período de tempo verifica-se a capacidade dos licenciados de Engenharia do

Ambiente em inserir-se e desenvolver actividades profissionais no meio empresarial mas

também na administração, em particular na administração regional e local. Nestes últimos

destacam-se as autarquias mas também as Comissões de Coordenação Regional, o Instituto

de Conservação da Natureza e Biodiversidade, a Autoridade Florestal Nacional, e o sector

associativo e as agências de desenvolvimento regional e local. Em simultâneo existe um

número considerável de alunos a trabalhar em empresas industriais, mesmo na implementação

e melhoria de sistemas de gestão ambiental, da qualidade, higiene e segurança, na gestão e

comercialização de diversas tecnologias ambientais; em empresas que actuam no sector do

saneamento e tratamento de águas residuais e no abastecimento de água, na produção e

gestão energética, e gestão ambiental; em gabinetes e equipas de planeamento e

ordenamento do território mas também na área da Cartografia Digital, Detecção Remota e

Sistemas de Informação Geográfica. A participação de licenciados de Engenharia do Ambiente

na concepção, leccionação e avaliação de acções de formação profissional e ensino

tecnológico continuam a ser uma das saídas profissionais. Concomitantemente, verifica-se o

desenvolvimento de projectos de empreendedorismo por parte de alguns licenciados em

Engenharia do Ambiente, particularmente, em empresas de cartografia digital, planeamento e

ordenamento do território, gestão de recursos naturais, higiene e segurança no trabalho,

auditoria/avaliação de eficiência e certificação energética, gestão e manutenção de espaços

verdes, recuperação de áreas degradadas, multiplicação vegetal assim como em planeamento

e gestão de projectos/assessoria ambiental. Ainda se pode referir a inserção de um número

crescente de alunos em projectos de investigação e serviços especializados à comunidade,

que decorrem no IPVC.

Além do sucesso da aprendizagem nas diversas unidades curriculares ao longo do curso,

importa:

i. conhecer as representações, opções e dificuldades dos alunos na fase de transição do

ensino para a vida profissional;

ii. acompanhar não só a taxa de empregabilidade, como a mobilidade profissional no

interior das áreas de empregabilidade e entre áreas profissionais dos jovens diplomados;

iii. verificar as maiores dificuldade técnicas e cientificas no acesso ao emprego mas

também, nas actividades profissionais que exercem;

iv. auscultar sobre as necessidades e preferências de formação adicional ao nível de graus

de ensino superiores adicionais ou mesmo em cursos de curta duração de âmbito

especifico e especializado;

v. manter contacto com os profissionais formados no sentido de potenciais colaborações

preferenciais em termos de I&D, inclusive com as entidades empregadoras, e na

interacção no desenho, revisão ou operacionalização de novos projectos de ensino.

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No futuro, face ao contexto económico que se vive, à estagnação da actividade industrial e

empresarial, e mesmo ao encerramento de algumas empresas, é expectável um futuro

aumento do número de diplomados desempregados, incluindo aqueles que estavam inseridos

no mercado de trabalho. As comissões de curso deverão analisar os seus planos de estudo e

todas as actividades extra-curriculares pois é importante que os nossos diplomados

desenvolvam capacidade de empreendedorismo e competências para a criação do próprio

emprego mas acima de tudo, sejam capazes de construir um percurso académico e

profissional compatível com as opções e esforços individuais devidamente apoiados e

informados.

No próximo ano e de forma continuada nos anos seguintes prevê-se a realização de pequenos

eventos que permita aos alunos ao longo do curso mas também dos recém-licenciados

tomarem contacto com:

i) as possibilidades, exigências e apoio à actividade profissional das respectivas

ordens profissionais;

ii) a evolução da natureza e solicitações do mercado de trabalho em termos da

Administração mas principalmente ao nível empresarial com a inventariação e

colaboração com potenciais empregadores nacionais e internacionais, em

particular empresas presentes em mercados emergentes, com destaque para os

países dos PALOP;

iii) programas, programas e instituições de apoio à iniciativa individual e colectiva seja

em termos de empreendedorismo empresarial ou social com o envolvimento dos

alunos na formação de spin-offs ou start ups com incidência de competências ao

nível da gestão de projecto e da propriedade intelectual;

iv) apresentação dos projectos e iniciativas (inter)nacionais de cooperação

internacional com países desenvolvidos ou em vias de desenvolvimento onde os

recém-licenciados possam ganhar uma experiência temporária ou permanente

fundamental para toda a sua vida profissional;

v) a diversidade de programas e a possibilidade de continuar a sua formação

académica ao nível do mestrado e doutoramento em simultâneo ao conhecimento

dos potenciais modelos de financiamento desde apoios financeiros directos, bolsas

de estudo institucionais ou de projectos de investigação mas também da

possibilidade e o interesse de conciliar processos de investigação/avanço

académico com ambiente e iniciativa empresarial.

No quadro do funcionamento do curso sublinha-se a necessidade de ganhos de eficácia e

eficiência dos recursos disponíveis ou a aceder com reflexos no sucesso escolar assim como,

na quantidade e qualidade da empregabilidade dos formandos. Estes objectivos e opções

devem nascer de uma monitorização efectiva dos processos no quadro de sistemas de

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natureza transversal ao IPVC sem prejuízo de iniciativas específicas no âmbito deste projecto

de ensino. A este nível destacamos o alcance e a importância de:

i. manter a excelente relação entre os docentes e discentes e o clima de abertura e

colaboração interna com outros projectos do IPVC e cooperação externa com agentes

sociais e económicos mas também o reforço da mobilidade de alunos e docentes no

quadro europeu, espaço lusófono e ibero-americano;

ii. continuar e aumentar a organização de eventos técnico-científicos pertinentes aos

âmbito do cursos de forma regular seja de âmbito geral (e.g. Jornadas de Ciências e

Tecnologias do Ambiente) ou âmbito especifico para públicos especializados (cursos,

workshops, entre outros.);

iii. aumentar e melhorar a capacidade de comunicação com os potenciais, actuais e

diplomados do cursos seja pela constituição e dinamização de associações de alunos

de Engenharia do Ambiente assim como, de redes digitais que equilibrem as

dimensões de conhecimento, trabalho e as relações pessoais e sociais em torno de

uma comunidade académica activa e responsável.

Ponte de Lima, 31 de Dezembro de 2011.

A Coordenadora do Curso,

Ana Isabel Oliveira Faria Ferraz