Relatorio Da Bacia Do Rio GoianaGL6[1]

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  • Srie Bacias Hidrogrficas de Pernambuco N 2

    Recife - 2005

    BACIA HIDROGRFICA DO RIO GOIANA E SEXTO GRUPO DE PEQUENOS

    RIOS LITORNEOS - GL 6

  • 2

    GOVERNO DO ESTADO DE PERNAMBUCO SECRETARIA DE PLANEJAMENTO SEPLAN

    AGNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO CONDEPE/FIDEM

    BACIA HIDROGRFICA DO RIO GOIANA E SEXTO GRUPO DE BACIAS HIDROGRFICAS DE PEQUENOS RIOS LITORNEOS GL6

    Srie Bacias Hidrogrficas de Pernambuco n 2

    Recife - 2005

  • 3

    AGNCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISAS DE PERNAMBUCO CONDEPE/FIDEM Rua das Ninfas n 65 Boa Vista Recife Pernambuco Brasil CEP: 50070-050 Telefone: (81) 33035200 Fax: (81) 3222.0793 E-mail: [email protected]

    Agncia CONDEPE/FIDEM. Rio Goiana e GL 6. Recife: 2005. 65 p. (Srie Bacias Hidrogrficas de Pernambuco, 2.) 1. HIDROGRAFIA; 2. BACIA HIDROGRFICA; 3. RIO GOIANA E GL6 ; 4. PERNAMBUCO I. Srie CDU 550.1 (8/3.4)

  • 4

    GOVERNO DO ESTADO

    GOVERNADOR Jarbas de Andrade Vasconcelos

    VICE-GOVERNADOR Jos Mendona Bezerra Filho

    SECRETRIO DE PLANEJAMENTO Raul Henry

    AGNCIA CONDEPE/FIDEM

    DIRETORA PRESIDENTE Sheilla Pincovsky de Lima Albuquerque

    DIRETOR DE PRODUO DE INFORMAES, ESTUDOS E PESQUISAS Ney Eduardo Wanderley Gonalves

    GESTOR DE ESTUDOS E PESQUISAS Maurlio Soares de Lima

    EQUIPE TCNICA ngela Maria de Almeida Neves

    Rosa Maria Gonalves Cavalcanti

    Srgio Ferreira Soares de Oliveira

    Wellington Eliazar da Silva (Coordenao)

    COLABORADORES AMUNAM (Associao das Mulheres de Nazar da Mata)

    Equipe Tcnica de Contas Regionais da GESP

    Luis Cunha de Oliveira (SECTMA)

    Maria Carolina Agra

    Rinaldo Pereira de Almeida

    CAPA E DIAGRAMAO Margareth Monteiro

    Maria Luiza Rangel

  • 5

    SUMRIO APRESENTAO .............................................................................................................................................................................................. 07 1. CONSIDERAES GERAIS SOBRE O ESTADO DE PERNAMBUCO ............................................................................................... 08

    1.1 Localizao, Limites e rea .................................................................................................................................................................... 08

    1.2 Regies Fisiogrficas ............................................................................................................................................................................... 08

    1.3 Regies Geogrficas e Diviso Poltico-Administrativa ....................................................................................................................... 11

    1.4 Regies de Desenvolvimento ................................................................................................................................................................... 17

    1.5 Rede Hidrogrfica ................................................................................................................................................................................... 19 2. GESTO DOS RECURSOS HDRICOS ..................................................................................................................................................... 22 3. BACIA HIDROGRFICA DO RIO GOIANA E GRUPO DE BACIAS GL 6 ......................................................................................... 24

    3.1 Aspectos Geoambientais e Socioeconmicos .......................................................................................................................................... 24

    3.1.1 Localizao ........................................................................................................................................................................................... 24

    3.1.2 Rede Hidrogrfica ................................................................................................................................................................................ 29

    3.1.3 rea ...................................................................................................................................................................................................... 31

    3.1.4 Relevo .................................................................................................................................................................................................. 36

    3.1.5 Geologia ............................................................................................................................................................................................... 36

    3.1.6 Ocorrncias Minerais ........................................................................................................................................................................... 38

    3.1.7 Caractersticas Climticas .................................................................................................................................................................... 39

    3.1.8 Vegetao ............................................................................................................................................................................................. 39

    3.1.9 rea de Proteo Ambiental ................................................................................................................................................................ 40

  • 6

    3.1.10 Solos ................................................................................................................................................................................................... 41

    3.1.11 Uso e Ocupao do Solo .................................................................................................................................................................... 41

    3.1.12 Monitoramento Quantitativo e Qualitativo dos Recursos Hdricos ................................................................................................... 43

    3.1.13 Uso da gua ....................................................................................................................................................................................... 47

    3.1.14 Resduos Slidos ................................................................................................................................................................................ 48

    3.1.15 Impactos nos Recursos Hdricos da Bacia Hidrogrfica ................................................................................................................... 49

    3.1.16 Populao ........................................................................................................................................................................................... 53

    3.1.17 Informaes Educacionais ................................................................................................................................................................. 55

    3.1.18 Sade Estabelecimentos, Servios e Principais Doenas ............................................................................................................... 58

    3.1.19 Malha Viria ...................................................................................................................................................................................... 61

    3.1.20 Economia ........................................................................................................................................................................................... 61

    3.2 Instituies e Instrumentos de Gesto .................................................................................................................................................... 63

    3.2.1 Comit de Bacia Hidrogrfica ............................................................................................................................................................. 63

    3.2.2 Conselho de Usurios de gua ............................................................................................................................................................ 63

    3.2.3 Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente COMDEMA .................................................................................................... 63

    3.2.4 Plano Diretor ........................................................................................................................................................................................ 64 4. REFERNCIAS BIBLIOGRAFICAS .......................................................................................................................................................... 65

  • 7

    APRESENTAO

    Nesta oportunidade, a Agncia Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco CONDEPE/FIDEM, disponibiliza sociedade

    pernambucana, com o apoio do Comit da Bacia Hidrogrfica do Rio Goiana (COBH-Goiana), a Srie Bacias Hidrogrficas de Pernambuco -

    Volume n 2 - Rio Goiana e Grupo de Bacias GL 6.

    Trata-se de um conjunto de informaes sobre os aspectos geoambientais e socioeconmicos da Bacia Hidrogrfica do Rio Goiana e do Grupo

    de Bacias Hidrogrficas de Pequenos Rios Litorneos GL 6, unidades hdricas estas, localizadas no espao territorial do Estado.

    Com estas informaes, reafirma-se o desejo de contribuir com mais um instrumento de auxlio visualizao da Poltica, do Sistema de

    Gerenciamento Integrado dos Recursos Hdricos e do Comit de Bacia Hidrogrfica como espao de inovao e participao. Enfim, que

    garanta o direito de acesso informao e co-responsabilidade cidad no que tange ao meio ambiente e aos recursos hdricos, que sirva de

    suporte para a orientao de polticas pblicas para o recorte (bacia hidrogrfica) e elaborao de documentos tcnicos sobre o tema, e que

    seus benefcios sejam distribudos por toda a sociedade.

    Sheilla Pincovsky de Lima Albuquerque Diretora Presidente

  • 8

    1. CONSIDERAES GERAIS SOBRE O ESTADO DE PERNAMBUCO

    1.1 Localizao, Limites e rea O Estado de Pernambuco situa-se na poro oriental do Nordeste, a menos de 10 de latitude sul, em plena Zona Tropical, o que lhe confere um clima tropical, onde as temperaturas so elevadas durante todo o ano, com mdias trmicas anuais que variam entre 25 a 31C. As precipitaes pluviomtricas no so uniformemente repartidas, sendo mais abundantes no litoral, reduzindo-se proporo que se dirigem para oeste. O regime pluviomtrico tem influncia direta sobre o sistema hdrico do Estado, uma vez que todos os rios dependem diretamente da distribuio e da intensidade das chuvas. Limita-se ao norte, com os Estados da Paraba e do Cear; ao sul, com os Estados de Alagoas e da Bahia; a leste, com o Oceano Atlntico; e a oeste, com o Estado do Piau. Com uma rea de 98.311,66 km2 um Estado relativamente pequeno quando comparado aos demais Estados brasileiros, e de mdia extenso em relao aos do Nordeste. Possui uma configurao espacial estreita no sentido norte-sul, apresentando uma faixa martima de apenas 187 km de extenso. No sentido leste-oeste alonga-se consideravelmente, chegando a 784 km de extenso. Essa projeo para oeste faz com que cerca de 80% de seu territrio se situe em regio de clima semi-rido, onde as chuvas so poucas e mal distribudas, ocorrendo, periodicamente, o fenmeno das secas. 1.2 Regies Fisiogrficas Em decorrncia dessa configurao longitudinal e do processo de povoamento, Pernambuco apresenta, do litoral para o interior, uma sucesso de paisagens e de formas diferenciadas de organizao do espao. Da ter sido seu territrio dividido pelo IBGE em trs regies fisiogrficas: Litoral-Mata, Agreste e Serto (Mapa 1). A Regio Litoral-Mata corresponde faixa de terra que vai da costa atlntica aos primeiros contrafortes do Planalto da Borborema. a menor das trs regies fisiogrficas, apresentando uma rea um pouco superior a 11 mil km2; entretanto, a mais importante do Estado, tanto do ponto de vista demogrfico quanto econmico.

  • 9

    MAPA 1

  • 10

    Apresenta um clima tropical quente e mido, com temperaturas mdias anuais em torno de 24C e precipitaes pluviomtricas abundantes, variando entre 800mm a mais de 2.000mm anuais, sobretudo na poro sul dessa regio. O relevo dessa regio modesto. De uma plancie litornea, quase ao nvel do mar, vai se elevando progressivamente, chegando a altitudes em torno de 600m, nas reas prximas ao Planalto da Borborema. Ao norte, a plancie costeira interrompida por formas de relevo aplainadas _ a Formao Barreiras _ cujos nveis oscilam entre 40m a 130m, constituindo os chamados tabuleiros e as chs. Logo aps essas formaes, sobretudo na poro sul do Estado, aparecem as colinas arredondadas de formas mamelonares, separadas umas das outras por vales fluviais. Os solos arenosos da faixa litornea do lugar aos solos argilosos das encostas dos morros e colinas de formas brandas e arredondadas. A rede hidrogrfica nessa regio apresenta-se perene e caudalosa, drenando extensas reas, em conseqncia de maiores cotas pluviomtricas. O revestimento vegetal representado pela floresta tropical (Mata Atlntica), hoje bastante reduzida, restando vestgios em reas de mais difcil acesso. A Regio do Agreste, com uma extenso um pouco superior a 24 mil km2, uma rea de transio entre a Mata (a leste) e o Serto (a oeste). Esse espao localiza-se quase inteiramente sobre o Planalto da Borborema, relevo mais representativo do Estado, apresentando climas que vo do tropical mido da Mata ao semi-rido do Serto. Em reas de maiores cotas altimtricas, principalmente nas vertentes expostas aos ventos alsios de sudeste, surgem os brejos de altitude (pores mais midas em relao s reas circundantes), verdadeiros microclimas, cuja atividade agrcola bastante diversificada e que, como conseqncia, apresentam maior densidade demogrfica. Nas reas mais secas a vegetao de caatinga, que varia de porte e densidade na dependncia tanto da quantidade quanto da distribuio das chuvas, alm da profundidade dos solos. A Regio do Serto, que se localiza inteiramente no semi-rido do Estado, possui uma vasta extenso territorial, abrangendo cerca de 63 mil km2; o clima quente e seco, com temperaturas elevadas e chuvas escassas e mal distribudas durante o ano. Essas condies climticas refletem-se na vegetao, nos solos e no regime dos rios, bem como na produo agrcola e na mobilidade da populao. Os solos, em sua maior extenso, so rasos e s vezes at inexistentes, uma vez que apresentam grandes afloramentos rochosos.

  • 11

    Nessa regio o relevo formado por vastas superfcies pediplanizadas, apresentando maiores elevaes ao norte, onde se localiza a Chapada do Araripe, e na serra da Baixa Verde, onde se localiza a cidade de Triunfo, um microclima muito especial, procurado pelos turistas, por causa de suas condies climticas diferenciadas no contexto semi-rido. Na maior parte da regio, onde predomina um clima mais seco, aparece caatinga hiperxerfila, enquanto nas reas onde as chuvas se distribuem de forma menos irregular, a caatinga do tipo hipoxerfila. Nos trechos mais elevados aparece a vegetao de transio floresta-caatinga. 1.3 Regies Geogrficas e Diviso Poltico-Administrativa Tendo por base a classificao em regies fisiogrficas e levando-se em considerao os processos socioeconmicos e as especificidades locais e regionais do sistema produtivo, o espao pernambucano dividido pelo IBGE em cinco mesorregies e 19 microrregies geogrficas (Tabela 1 e Mapas 2 e 3). Nessa dinmica espacial destaca-se a Mesorregio Metropolitana do Recife que possui 3.601.461 habitantes em 2005 (estimativa do IBGE), o que corresponde a 42,81% da populao estadual. a rea de maior concentrao demogrfica, industrial e de servios de Pernambuco, caracterizada pela conurbao entre as cidades e pelo elevado grau de urbanizao. A Mesorregio da Mata Pernambucana apresenta 1.254.046 habitantes, em 2005, o que corresponde a 14,90% da populao estadual. Nessa rea os problemas sociais so muito graves, principalmente no perodo da entressafra da cana-de-acar, quando grande parte dos trabalhadores ficam desempregados. A Mesorregio do Agreste Pernambucano, por sua diversificao mesolgica e econmica, apresenta uma populao superior da Mata. Em 2005, possui 2.103.740 habitantes, correspondendo a 25,00% do contingente do Estado. As modificaes no complexo agrrio vm provocando uma forte emigrao no meio rural e, em conseqncia, um crescimento urbano acelerado. Com uma economia urbana diversificada, o Agreste possui um nmero significativo de expressivos centros regionais. A Mesorregio do So Francisco Pernambucano, apesar de apresentar a menor populao total entre todas as mesorregies (518.727 habitantes em 2005, o que corresponde a apenas 6,17% do total do Estado), a rea que possui as mais elevadas taxas de crescimento da populao, inclusive na rea rural, ao passo que as outras mesorregies do Estado apresentam taxas de crescimento negativas nesse segmento do espao. Esse desempenho fruto do desenvolvimento simultneo da agricultura irrigada e do setor industrial.

  • 12

    TABELA 1 Pernambuco

    Diviso do Estado em Mesorregies e Microrregies Geogrficas

    Mesorregio Microrregio Municpios

    Itamarac Araoiaba, Igarassu, Itamarac e Itapissuma.

    Recife Abreu e Lima, Camaragibe, Jaboato dos Guararapes, Moreno, Olinda, Paulista, Recife e So Loureno da Mata.

    Suape Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca. Metropolitana do Recife

    Fernando de Noronha Arquiplago de Fernando de Noronha (Distrito Estadual)

    Mata Setentrional Aliana, Buenos Aires, Camutanga, Carpina, Condado, Ferreiros, Goiana, Itamb, Itaquitinga, Lagoa de Itaenga, Lagoa do Carro, Macaparana, Nazar da Mata, Paudalho, Timbaba, Tracunham e Vicncia.

    Vitria de Santo Anto Ch de Alegria, Ch Grande, Glria do Goit, Pombos e Vitria de Santo Anto. Mata Pernambucana

    Mata Meridional gua Preta, Amaraji, Barreiros, Belm de Maria, Catende, Corts, Escada, Gameleira, Jaqueira, Joaquim Nabuco, Maraial, Palmares, Primavera, Quipap, Ribeiro, Rio Formoso, So Benedito do Sul, So Jos da Coroa Grande, Sirinham, Tamandar e Xexu.

    Vale do Ipanema guas Belas, Buque, Itaba, Pedra, Tupanatinga e Venturosa

    Garanhuns Angelim, Bom Conselho, Brejo, Caets, Calado, Correntes, Garanhuns, Iati, Jucati, Jupi, Jurema, Lagoa do Ouro, Lajedo, Palmeirina, Paranatama, Salo, So Joo, Terezinha e Canhotinho.

    Brejo Pernambucano Agrestina, Altinho, Barra de Guabiraba, Bonito, Camocim de So Flix, Cupira, Ibirajuba, Lagoa dos Gatos, Panelas, Sair e So Joaquim do Monte.

    Vale do Ipojuca Alagoinha, Belo Jardim, Bezerros, Brejo da Madre de Deus, Cachoeirinha, Capoeiras, Caruaru, Gravat, Jataba, Pesqueira, Poo, Riacho das Almas, Sanhar, So Bento do Una, So Caetano e Tacaimb.

    Alto Capibaribe Casinhas, Frei Miguelinho, Santa Cruz do Capibaribe, Santa Maria do Cambuc, Surubim, Taquaritinga do Norte, Toritama, Vertente do Lrio e Vertentes.

    Agreste Pernambucano

    Mdio Capibaribe Bom Jardim, Cumaru, Feira Nova, Joo Alfredo, Limoeiro, Machados, Orob, Passira, Salgadinho e So Vicente Frrer.

    Araripina Araripina, Bodoc, Exu, Granito, Ipubi, Moreilndia, Ouricuri, Santa Cruz, Santa Filomena e Trindade.

    Salgueiro Cedro, Mirandiba, Parnamirim, Salgueiro, So Jos do Belmonte, Serrita e Verdejante.

    Paje Afogados da Ingazeira, Brejinho, Calumbi, Carnaba, Flores, Iguaraci, Ingazeira, Itapetim, Quixaba, Santa Cruz da Baixa Verde, Santa Terezinha, So Jos do Egito, Serra Talhada, Solido, Tabira, Triunfo e Tuparetama.

    Serto Pernambucano

    Moxot Arcoverde, Betnia, Custdia, Ibimirim, Inaj, Manari e Sertnia.

    Petrolina Afrnio, Cabrob, Dormentes, Lagoa Grande, Oroc, Petrolina, Santa Maria da Boa Vista e Terra Nova. So Francisco Pernambucano

    Itaparica Belm do So Francisco, Carnaubeira da Penha, Floresta, Itacuruba, Jatob, Petrolndia e Tacaratu.

    Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica - IBGE Elaborao: Agncia CONDEPE/FIDEM

  • 13

    MAPA 2

    MATA

  • 14

    MAPA 3

    BAHIABAHIAALAGOAS

    ALAGOASBARRAGEM DE PAULO AFONSO

    PIAU

    PARABAPARABA

    BARRAGEM DEITAPARICA

    OCEANO

    ATLNTICO

    CEAR

    RECIFE

    R

    I

    IO

    O

    S

    S

    O

    FRA N

    C

    C

    1 7 6 -ARARIP IN A1 7 7 -SALGUE IRO1 7 8 -PA JE1 7 9 -SERTO DO MO XO T1 8 0 -PETRO LIN A

    1 8 1 -ITAPARICA1 8 2 -VALE DO IPAN EMA1 8 3 -VALE DO IPO JUCA1 8 4 -ALTO CAP IBARIBE

    1 8 5 -MDIO CAP IBARIBE1 8 6 -GARANH UNS1 8 7 -BREJO PERNAMBUCANO1 8 8 -MATA SETENTRIO NAL1 8 9 -VIT RIA DE STO . ANTO1 9 0 -MATA MERIDIO NAL PERNAMBUCANA

    1 9 1 -ITAMARAC 1 9 2 -RECIFE 1 9 3 -SUAPE 1 9 4 -FERNANDO DE NO RONH A

    BARRAGEM DESOBRADINHO

    193

    192

    FERNADO DE NORONHA

    194

    191

    189

    176

    180

    185177

    181

    178

    179

    182

    183

    186

    190

    188

    184

    187

    MICRORREGIESElaborao: Agncia Condepe/Fidem

  • 15

    Convm ressaltar que nessa mesorregio a populao est concentrada, basicamente, na poro meridional, banhada, em toda a sua extenso, pelo rio So Francisco. A Mesorregio do Serto Pernambucano localiza-se inteiramente na poro setentrional do espao semi-rido, o que lhe confere condies ecolgicas desfavorveis s atividades agrcolas e fixao das populaes. a mais extensa das mesorregies do Estado, abrangendo 39% do seu territrio. Sua populao estimativa para 2005, de 935.619 habitantes, o que corresponde a 11,12% do total estadual (Tabela 2). O Estado de Pernambuco dividido poltico-administrativamente em 184 unidades municipais e um distrito estadual (Arquiplago de Fernando de Noronha). O maior municpio Petrolina (4.558,54 km2), enquanto Toritama o municpio que apresenta a menor rea (30,93 km2).

    TABELA 2 Pernambuco

    Populao Residente por Mesorregies 2005

    Mesorregies Populao (hab.) %

    Pernambuco 8.413.593 100,00

    Serto Pernambucano 935.619 11,12

    So Francisco Pernambucano 518.727 6,17

    Agreste Pernambucano 2.103.740 25,00

    Mata Pernambucana 1.254.046 14,90

    Metropolitana do Recife 3.601.461 42,81

    Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica-IBGE Elaborao: Agncia CONDEPE/FIDEM

  • 16

    GRFICO N 1 Pernambuco

    Participao da Populao Residente no Estado por Mesorregies 2005

    Fonte: IBGE

    METRO. DO

    RECIFE

    42,81%

    SERTO

    11,12%

    SO FRANCISCO

    6,17%

    AGRESTE

    25,00%MATA

    14,90%

  • 17

    1.4 Regies de Desenvolvimento Em dezembro de 1999, atravs da Lei Estadual n 11.725, o Governo de Pernambuco dividiu o Estado com o objetivo de regionalizar as aes de governo. Assim, foram criadas as Regies de Desenvolvimento - RD (Mapa 4), cujas denominaes e os municpios que as compem so apresentados na Tabela 3.

    TABELA 3 Pernambuco

    Regies de Desenvolvimento e seus Municpios

    Regies de Desenvolvimento

    Municpios

    Serto de Itaparica Belm de So Francisco, Carnaubeira da Penha, Floresta, Itacuruba, Jatob, Petrolndia e Tacaratu.

    Serto do So Francisco Afrnio, Cabrob, Dormentes, Lagoa Grande, Oroc, Petrolina, Santa Maria da Boa Vista.

    Serto do Araripe Araripina, Bodoc, Exu, Granito, Ipubi, Moreilndia, Ouricuri, Santa Cruz, Santa Filomena e Trindade.

    Serto do Paje Afogados da Ingazeira, Brejinho, Calumbi, Carnaba, Flores, Iguaraci, Ingazeira, Itapetim, Quixaba, Santa Cruz da Baixa Verde, Santa Terezinha, So Jos do Egito, Serra Talhada, Solido, Tabira, Triunfo e Tuparetama.

    Serto do Moxot Arcoverde, Betnia, Custdia, Ibimirim, Inaj, Manari e Sertnia.

    Serto Central Cedro, Mirandiba, Parnamirim, Salgueiro, So Jos do Belmonte, Serrita, Terra Nova e Verdejante.

    Agreste Meridional guas Belas, Angelim, Bom Conselho, Brejo, Buque, Caets, Calados, Canhotinho, Capoeiras, Correntes, Garanhuns, Iati, Itaba, Jucati, Jupi, Jurema, Lagoa do Ouro, Lajedo, Palmeirina, Paranatama, Pedra, Salo, So Joo, Terezinha, Tupanatinga e Venturosa.

    Agreste Central Agrestina, Alagoinha, Altinho, Barra de Guabiraba, Belo Jardim, Bezerros, Bonito, Brejo da Madre de Deus, Cachoeirinha, Camocim de So Flix, Caruaru, Cupira, Gravat, Ibirajuba, Jataba, Lagoa dos Gatos, Panelas, Pesqueira, Poo, Riacho das Almas, Sair, Sanhar, So Bento do Una, So Caetano, So Joaquim do Monte e Tacaimb.

    Agreste Setentrional Bom Jardim, Casinhas, Cumaru, Feira Nova, Frei Miguelinho, Joo Alfredo, Limoeiro, Machados, Orob, Passira, Salgadinho, Santa Cruz do Capibaribe, Santa Maria do Cambuc, So Vicente Frrer, Surubim, Taquaritinga do Norte, Toritama, Vertente do Lrio e Vertentes.

    Mata Sul gua Preta, Amaraji, Barreiros, Belm de Maria, Ch Grande, Catende, Corts, Escada, Gameleira, Jaqueira, Joaquim Nabuco, Maraial, Palmares, Pombos, Primavera, Quipap, Ribeiro, Rio Formoso, So Benedito do Sul, So Jos da Coroa Grande, Sirinham, Tamandar, Vitria de Santo Anto e Xexu.

    Mata Norte Aliana, Buenos Aires, Camutanga, Carpina, Ch de Alegria, Condado, Ferreiros, Glria de Goit, Goiana, Itamb, Itaquitinga, Lagoa do Carro, Lagoa de Itaenga, Macaparana, Nazar da Mata, Paudalho, Timbaba, Tracunham e Vicncia.

    Metropolitana Abreu e Lima, Araoiaba, Cabo de Santo Agostinho, Camaragibe, Igarassu, Ipojuca, Itamarac, Itapissuma, Jaboato dos Guararapes, Moreno, Olinda, Paulista, Recife, So Loureno da Mata e o Distrito Estadual de Fernando de Noronha.

    Fonte: Agncia CONDEPE/FIDEM

  • 18

    MAPA 4

    RD SERTO DO ARARIPE

    RD SERTO CENTRAL

    RD SERTO DO PAJE

    RD AGRESTE SETENTRIONAL

    RD AGRESTE CENTRAL

    RD SERTO DO MOXOT

    RD SERTO DO S. FRANCISCORD SERTO DE ITAPARICA

    RD MATA NORTE

    RD AGRESTE MERIDIONAL

    RD MATA SUL

  • 19

    1.5 Rede Hidrogrfica Com relao aos recursos hdricos, o Estado de Pernambuco no apresenta rios de grande extenso, nem de grande volume de gua, excetuando-se apenas o So Francisco, limite natural entre os Estados de Pernambuco e da Bahia, na regio sertaneja. O espao territorial pernambucano dividido fisicamente, no sentido norte-sul, pelo grande Planalto da Borborema. Assim, os rios da parte oriental tm seu escoamento realizado no sentido oeste-leste, desaguando diretamente no Oceano Atlntico; so os denominados rios litorneos. Na parte ocidental da Borborema, localizam-se os rios que apresentam as maiores reas de drenagem e tm escoamento no sentido norte-sul, desaguando no So Francisco; so os denominados rios interiores (Mapa 5). A grande maioria dos rios que compem a rede hdrica do Estado tm sua bacia hidrogrfica localizada integralmente dentro do espao territorial pernambucano (so os denominados rios estaduais), enquanto outros, em menor escala, tm partes de suas bacias alcanando reas de estados vizinhos (neste caso recebem a denominao de rios federais). De acordo com o Plano Estadual de Recursos Hdricos de Pernambuco - PERH-PE, a bacia hidrogrfica a unidade geogrfica utilizada para planejar, avaliar e controlar os recursos hdricos. Para atender a essa determinao o territrio pernambucano foi dividido em 29 Unidades de Planejamento UP, das quais 13 bacias (rios Goiana, Capibaribe, Ipojuca, Sirinham, Una, Munda, Ipanema, Moxot, Paje, Terra Nova, Brgida, Gara e Pontal), so as que apresentam maior relevncia em relao ao contexto hdrico do Estado. Alm dessas bacias existem outras que foram agrupadas, em funo de seu pequeno tamanho, constituindo os assim chamados grupos de bacias hidrogrficas de pequenos rios. De um total de 16 grupos, seis so formados por pequenos rios litorneos (GL), nove por pequenos rios interiores (GI), alm de uma bacia de pequenos cursos dgua que formam a rede de drenagem da Ilha de Fernando de Noronha (Mapa 6).

  • 20

    MAPA 5

  • 21

    MAPA 6

  • 22

    2. GESTO DOS RECURSOS HDRICOS

    Com a instituio da Poltica e do Sistema Nacional de Gerenciamento dos Recursos Hdricos, atravs da Lei Federal n 9.433/97, o Pas posicionou-se legalmente com relao gesto dos recursos hdricos nacionais.

    Sistema Nacional de Gerenciamento dos Recursos Hdricos

    No Estado de Pernambuco, o marco legal para a gesto dos recursos hdricos foi a Lei Estadual n 11.426/97, que institui a Poltica, o Sistema Estadual de Recursos Hdricos e o Plano Estadual de Recursos Hdricos, e da tambm Lei Estadual n 11.427/97, que trata da Conservao e Proteo das guas Subterrneas em Pernambuco. A partir desse momento, e seguindo as exigncias oriundas da legislao, j em vigor, foi elaborado o Plano Estadual de Recursos Hdricos - PERH/PE, criados o Conselho e o Fundo Estadual de Recursos Hdricos e dado incio a todo o processo de implantao dos Comits de Bacias Hidrogrficas, dos Conselhos de Usurios de gua e das Agncias de Bacias (as quais exercem a funo de Secretaria Executiva dos Comits). Essas aes esto sendo implementadas pela Secretaria Estadual de Cincia, Tecnologia e Meio Ambiente (rgo gestor do planejamento e

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    execuo de atividades vinculadas aos recursos hdricos), atravs do Programa de Gesto Participativa dos Recursos Hdricos, que tem, como objetivo maior, criar condies e instrumentos efetivos para o gerenciamento integrado e descentralizado, com a participao dos usurios. Os mencionados Comits de Bacias Hidrogrficas - COBH so colegiados democrticos, deliberativos e tripartites, integrados por representantes do governo estadual, governos municipais e membros de entidades e organizaes da sociedade civil, todos com paridade de voto. Tendo como rea de atuao a bacia hidrogrfica, o COBH tem entre outras atribuies:

    promover o debate das questes relacionadas a recursos hdricos e articular a atuao das entidades intervenientes; arbitrar, em primeira instncia administrativa, os conflitos relacionados aos recursos hdricos; aprovar o Plano de Recursos Hdricos da Bacia Hidrogrfica, acompanhar a execuo e sugerir as providncias necessrias ao

    cumprimento de suas metas;

    estabelecer os mecanismos de cobrana pelo uso dos recursos hdricos e sugerir os valores a serem cobrados, entre outros encargos; e promover a divulgao e debates na regio dos programas de servios e obras a serem realizadas no interesse da comunidade, definindo

    metas, benefcios e custos, e riscos sociais, ambientais e financeiros. De forma concomitante ao trabalho de formao dos comits, deu-se prioridade tambm formao dos Conselhos de Usurios de gua, os quais tm o seu credenciamento ligado diretamente ao COBH de sua rea de abrangncia, para tratar como interlocutores dos assuntos referentes administrao, conservao e operao dos audes, trechos de rios, vales perenizados entre outros. Sob essa tica, os Conselhos de Usurios de gua se destacam como importante instrumento para a gesto participativa, tanto no controle dos reservatrios, quanto no enfrentamento dos conflitos decorrentes das disputas pelas guas nos seus diversos usos.

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    3 . BACIA HIDROGRFICA DO RIO GOIANA (UP 1) e GRUPO DE BACIAS - GL 6 (UP 19)

    3.1 Aspectos Geoambientais e Socioeconmicos 3.1.1 Localizao - Rio Goiana A bacia hidrogrfica do rio Goiana est situada entre 7o 2220 e 7o 54 47 de latitude sul, e 34o 4906 e 35o 4143 de longitude a oeste de Greenwich. Desta forma encontra-se localizada dentro do espao territorial do Estado de Pernambuco na sua poro oriental norte. Estende-se desde a regio Agreste at a Zona da Mata, tendo como conseqncia parte de sua superfcie inserida no Polgono das Secas. As terras pertencentes a esta bacia fazem parte de reas de 03 Mesorregies (Agreste Pernambucano, Mata Pernambucana e Metropolitana do Recife), de 4 Microrregies (Alto Capibaribe, Mdio Capibaribe, Mata Setentrional Pernambucana e Itamarac) e de 3 Regies de Desenvolvimento, quais sejam: Agreste Setentrional, Mata Norte, do Agreste Setentrional e numa pequena parcela da Metropolitana (Mapas 7, 8, 9 e 10). So os seguintes os seus limites:

    ao norte, com o Estado da Paraba e com o sexto grupo de bacias hidrogrficas de pequenos rios litorneos - GL6; ao sul, com a bacia hidrogrfica do rio Capibaribe e o primeiro grupo de bacias hidrogrficas de pequenos rios litorneos - GL1; a leste, com o oceano Atlntico e o primeiro grupo de bacias hidrogrficas de pequenos rios litorneos - GL1; e a oeste, com o Estado da Paraba e a bacia hidrogrfica do rio Capibaribe.

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    MAPA 7

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    MAPA 8

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    MAPA 9

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    MAPA 10

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    - Grupo de Bacias GL 6 Este grupo das bacias hidrogrficas de pequenos rios litorneos localiza-se nos Estados de Pernambuco e Paraba. No territrio pernambucano est situado entre 72020 e 73015 de latitude sul, e 345506 e 351022 de longitude a oeste de Gr., isto , no extremo norte do Estado. Com essas coordenadas seu espao territorial fica totalmente inserido em reas da Mesorregio da Mata Pernambucana, na Microrregio da Mata Setentrional Pernambucana e na Regio de Desenvolvimento da Mata Norte (Mapas 7, 8, 9 e 10). So os seguintes os seus limites:

    ao norte, com o Estado da Paraba; ao sul, com a bacia hidrogrfica do rio Goiana; a leste, com o Estado da Paraba; e a oeste, com a bacia hidrogrfica do rio Goiana.

    3.1.2 Rede Hidrogrfica - Rio Goiana O rio Goiana formado a partir da confluncia dos rios Capibaribe Mirim e Tracunham. Sua extenso de 19 km e nos seus ltimos 10,5 km limite entre os Estados da Paraba e Pernambuco (Mapa Rede Hidrogrfica, Anexo). O rio Capibaribe Mirim nasce a uma altitude de 700m nos contrafortes da Serra Pirau, no municpio de So Vicente Frrer. Drena a maior parte da bacia e tem uma extenso de 83km. O sentido oeste-leste a sua direo geral. O seu regime fluvial intermitente at as proximidades da cidade de Timbaba onde se torna perene at a sua foz localizada a 4 km montante da cidade de Goiana. A partir da sua nascente at sua foz drena as cidades de So Vicente Frrer, Macaparana e Timbaba, alm de reas que compem o espao territorial dos seguintes municpios: Aliana, Ferreiros, Condado, Itamb e Goiana. Os principais tributrios do rio Capibaribe Mirim so:

    pela margem direita, o rio Cruanji e rio Siriji; e pela margem esquerda, o rio Itamb, rio Ferreiros, riacho Tima e riacho Mulungu.

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    O rio Tracunham outro rio importante no contexto desta bacia. Nasce na Serra Verde, a uma altitude de 300m, em reas do municpio de Orob, e tem uma extenso de 115km. Seu curso tem direo geral sudoeste-nordeste, drenando desta forma desde sua nascente at a foz (localizada a 4 km montante da cidade de Goiana), as reas dos seguintes municpios: Limoeiro, Carpina, Nazar da Mata, Tracunham, Itaquitinga e Goiana. Seus os principais tributrios so:

    pela margem direita, o rio Canguengo, rio Sampaio e rio Curau; e pela margem esquerda, o rio Maraj, rio Orob, , rio Ribeiro e rio Aca.

    - Grupo de Bacias GL 6 A rede hidrogrfica do GL 6 (Mapa 11), est inserida em uma regio onde a pluviosidade regularmente distribuda, fazendo com que o regime fluvial dos cursos dgua formadores desta unidade hdrica seja de perenidade. So os seguintes rios os seus principais cursos dgua:

    rio Cupissuva; e rio Muzumba (nas nascentes se denomina riacho Meirim)

    Os dois rios acima mencionados so afluentes do rio Papocas (tributrio pela margem esquerda do rio Abia) e tm o curso de aproximadamente 12km no espao territorial pernambucano. Um fato marcante a ser mencionado que, a caracterstica diferenciadora desta unidade hdrica, em relao aos outros grupos de bacias de pequenos rios litorneos, est no fato de no pertencer totalmente ao Estado de Pernambuco e por desembocar no oceano Atlntico na regio litornea do Estado da Paraba.

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    MAPA 11

    3.1.3 rea - Rio Goiana Esta bacia cobre uma superfcie de 2.829,04km2. Nesse estudo foram identificados espaos territoriais de 26 municpios inseridos total ou parcialmente na rea da bacia. Dentre estes apenas 19 possuem suas sedes em reas da bacia (Tabela 4).

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    O municpio com maior rea pertencente bacia Timbaba (320,50km2) e com menor rea Salgadinho com 1,27km2 (Mapa Diviso Poltico-Administrativa, Anexo).

    TABELA 4

    Pernambuco Bacia Hidrogrfica do Rio Goiana

    Mesorregies, Microrregies, Regies de Desenvolvimento, Municpios Drenados Pela Bacia

    rea do Municpio

    Pertencente Bacia Mesorregies Microrregies Regies de

    Desenvolvimento (RD)

    Municpios Total (km2)

    km2 %

    Mata Pernambucana Mata Setentrional Pernambucana Mata Norte

    Aliana(*) Buenos Aires(*) Camutanga(*) Carpina Condado(*) Ferreiros(*) Goiana(*) Itamb(*) Itaquitinga(*) Lagoa do Carro(*) Macaparana(*) Nazar da Mata(*) Paudalho Timbaba(*) Tracunham(*) Vicncia(*)

    266,40 87,40 38,00 153,80 90,90 86,00 494,20 306,30 117,00 59,70 100,20 141,90 270,30 320,50 141,60 250,30

    266,40 87,40 38,00 117,77 90,90 86,00 226,58 181,22 56,53 27,29 100,20 141,90 2,32

    320,50 122,05 250,30

    100,00 100,00 100,00 76,57 100,00 100,00 45,85 59,16 48,32 45,71 100,00 100,00 0,86

    100,00 86,19 100,00

    Agreste Pernambucano Mdio Capibaribe Agreste Setentrional

    Bom Jardim(*) Joo Alfredo(*) Limoeiro Machados(*) Orob(*) Salgadinho So Vicente Frrer(*)

    208,30 150,00 277,50 5,10

    126,30 71,90 120,20

    156,72 91,17 134,54 45,10 126,30 1,27

    120,20

    75,24 60,78 48,48 100,00 100,00 1,77

    100,00

    Agreste Pernambucano Alto Capibaribe Agreste Setentrional Casinhas 140,00 13,55 9,68

    Metropolitana do Recife Itamarac Metropolitana Araoiaba Igarassu

    70,00 331,10

    15,76 9,07

    22,28 2,73

    Total - 2.829,04 -

    Fonte: IBGE / Agncia CONDEPE/FIDEM Elaborao: Agncia CONDEPE/FIDEM (*) Municpio com sede inserida na bacia.

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    - Grupo de Bacias GL 6 Esta grupo de bacias apresenta uma rea de 129,64 km2. Os municpios de Goiana e Itamb tm reas localizadas no GL6, entretanto nenhum tem sua sede inserida na bacia (Tabela 5 e Mapa 12).

    TABELA 5 Pernambuco

    Grupo de Bacias Hidrogrficas de Pequenos Rios Litorneos GL 6 Mesorregies, Microrregies, Regies de Desenvolvimento, Municpios Drenados Pelo Grupo de Bacias

    rea do Municpio

    Pertencente Bacia Mesorregies Microrregies Regies de

    Desenvolvimento (RD)

    Municpios Total (km2)

    km2 %

    Goiana 494,2 18,58 3,76 Mata Pernambucana Mata Setentrional Pernambucana Mata Norte

    Itamb 306,3 111,06 36,26

    Total 129,64 -

    Fonte: IBGE / Agncia CONDEPE/FIDEM Elaborao: Agncia CONDEPE/FIDEM

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    MAPA 12

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    3.1.4 Relevo A regio onde esto localizadas as duas unidades hdricas apresenta um relevo cujas menores altitudes (com cotas altimtricas sempre inferiores a 100m) correspondem plancie costeira e vale do rio. Por outro lado, na poro central da rea em estudo, observa-se a presena da superfcie formada por tabuleiros e chs, assentadas, respectivamente, nos terrenos sedimentares e nas reas do cristalino. Na poro noroeste, na regio que serve de limite com o Estado da Paraba, so encontradas as maiores altitudes com cotas altimtricas que alcanam at 700m, localizadas mais precisamente no espao territorial dos municpios de Macaparana e So Vicente Frrer. 3.1.5 Geologia - Rio Goiana A rea da Bacia do Rio Goiana representada em grande parte por rochas cristalinas e cristalofiliana. Essas rochas so, na sua maioria, do Pr-Cambriano Indiviso, representadas pelo Complexo Migmattico-Granitide - pCmi e Complexo Gnissico-Migmattito - pCgn, secundados pelos xistos e gnaisses indistintos do Pr-Cambriano Superior - pCAx.

  • 37

    Na poro mais setentrional, em reas dos municpios de Timbaba, Ferreiros e Camutanga, observa-se a ocorrncia de granitos que se deslocam sobre os gnaisses com calcrios cristalino, atravs de uma falha de empurro. Quase todo o complexo cristalino constituindo do Macio Mediano Pernambuco-Alagoas (Brito Neves, 1975), tambm conhecido como Batlito Pernamubco-Alagoas (Sobral & Ritcher in Schaller, 1969), sendo cortado por uma faixa de direo E-W do Sistema de Dobramentos Paje-Paraiba. O Complexo Migmattito-Granitide - pCmi composto de um grupo de rochas granitizadas dos mais variados tipos texturais, com predominncia de migmatitos, cujo tipo mais freqente o estromtico, alm dos tipos nebultico, diadistico e polimigmattico, em escalas menores. Sua composio predominantemente granodiortica, com paleossoma anfiboltico e neossoma quartzo-feldsptico. Ocorrem freqentemente granitizados com incluso de corpos granticos de difcil separao e mapeamento. No Complexo Gnissico-Migmattico - pCgn, predominam rochas gnissicas de composio grantica a granodiortica e complexos migmatticos com palesossoma anfiboltico ou biottico. Os xistos e gnaisses indiferenciados - pCAx, de ocorrncia na regio de Vicncia, Aliana e Condado, associados a metagrauvacas, quartzitos e calcrios cristalinos, podem ser considerados como correlatos do Grupo Salgueiro, de grande ocorrncia na regio oeste do Estado. Nas rochas sedimentares, predominam os sedimentos areno-argilosos da Formao Barreiras, de idade Plio-Pleistocnica. Observa-se ainda, recobrindo todo o pacote de rochas sedimentares, os aluvies recentes areno-argilosos do Rio Goiana. - Grupo de Bacias GL 6 O GL6 representado geologicamente na sua maioria por sedimentos areno-argilosos da Formao Barreiras, depositados sobre o embasamento cristalino pr-cambriano. A constituio lito-estratigrfica e estrutural desse embasamento cristalino do Complexo Gnissico-Migmattico - pCgn, secundados pelos xistos e gnaisses indistintos do Pr-Cambriano Superior - pCAx. Os primeiros se acham basicamente recobertos pela Formao Barreiras e o segundo ocorre numa restrita rea ao sul do municpio de Itamb. No Complexo Gnissico-Migmattico - pCgn, predominam rochas gnissicas de composio grantica a granodiortica e complexos migmatticos com palesossoma anfiboltico ou biottico. Os xistos e gnaisses indiferencaidos - pCAx, que ocorrem, associados a metagrauvacas, quartzitos e calcrios cristalinos, podem ser considerados como correlatos do Grupo Salgueiro, de grande ocorrncia na regio oeste do Estado. Os aluvies, so muito restritos, ocupando apenas as calhas fluviais em ocorrncias descontnuas e heterogneas.

  • 38

    3.1.6 Ocorrncias Minerais As principais ocorrncias minerais encontradas na reas destas unidades hdricas, so: calcreo para cimento, fosfato, argila e argila refratria, areia para construo civil e fundio, granito ornamental e para brita, minrio de silcio e de ferro, gua mineral e termal, e sienito ornamental entre outros.

  • 39

    3.1.7 Caractersticas Climticas Os trechos mdio e sub-mdio da bacia do rio Goiana esto localizados na regio Agreste do Estado de Pernambuco. Essa regio considerada intermediria entre as reas de clima mido (Zona da Mata) e de clima seco (Serto), apresentando caractersticas ora de uma, ora de outra. Assim, nas reas mais prximas ao Serto (trechos superior e parte do mdio) o clima quente e seco, e o perodo mais chuvoso vai de fevereiro a junho (chuvas de vero/outono); no trecho sub-mdio (mais prximo da Zona da Mata), a estao chuvosa se estende de maro a julho (chuvas de outono/inverno). O trecho inferior da bacia do rio Goiana, e na rea onde se localiza o Grupo de bacias GL 6 (cuja maior parte se localiza na Zona da Mata, nela includa a faixa litornea), apresenta caractersticas de clima quente e mido, com mdias pluviomtricas superiores a 1.000mm anuais, alcanando mais de 2.000mm nas reas litorneas. O perodo chuvoso dura seis meses (de maro a agosto). 3.1.8 Vegetao Na parte oriental e nas reas elevadas, situadas a oeste da bacia, a vegetao predominante composta pelas espcies pereniflias. regio central, onde h uma diminuio das taxas pluviomtricas, a vegetao torna-se menos densa, aparecendo as espcies caduciflias com maior freqncia. Em outras reas surge, em menor escala, nos municpios situados ao norte e sudoeste da bacia, uma cobertura vegetal representada pela caatinga do agreste do tipo hipoxerfila. Na parte leste, nas reas litorneas, predomina a vegetao de mangue e, em uma rea mais restrita, no municpio de Goiana, observa-se a presena de vegetao de cerrado nas reas de tabuleiros. Vale salientar o elevado grau de devastao destas reas, devido ao predatria do homem e aos interesses econmicos (explorao da carcinocultura e cana-de-acar). Com relao ao GL 6, vale mencionar que sua antiga cobertura vegetal sofreu ao longo do tempo, grande devastao, at ser gradualmente substituda pela cultura da cana-de-acar.

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    3.1.9 rea de Proteo Ambiental Na reas destas unidades hdricas (Rio Goiana e Grupo de Bacias GL 6), so encontradas as seguintes reas de proteo ambiental:

    Estao Experimental de Itapirema; Mata de Mega; Mata da Companhia Agroindustrial de Goiana (CAIG); Esturio do rio Goiana e Mega (localizada no extremo norte do Estado, no municpio de Goiana); e Reserva Particular do Patrimnio Natural (RPPN) - Fazenda Tabatinga (localizada no municpio de Goiana).

  • 41

    3.1.10 Solos No espao territorial destas unidades hdricas ocorrem os Podzlicos Vermelho-Escuros, cujo relevo em alguns casos se apresentam plano e suave ondulado, muito embora, em sua maioria, predominem os relevos movimentados que vo do ondulado ao montanhoso. De uma maneira geral sua ocorrncia est associada aos Podzlicos Vermelho-Amarelo, e em outros casos com os Brunizens Avermelhados (Mapa de Solos, Anexo). Os Brunos no Clcicos ocorrem em expressivas reas, apresentam boa fertilidade natural, entretanto sua restrio ao uso agrcola decorre do fato de que seu relevo que predominantemente movimentado. Os Latossolos Amarelos ocorrem, associados aos materiais sedimentares dos tabuleiros costeiros, nas suas partes mais altas, planas e preservadas, enquanto os Podzlicos Amarelos esto relacionados as partes mais dissecadas desses mesmos tabuleiros, tendo como conseqncia relevos movimentados. Encontram-se ainda, reas com ocorrncias dos Solos Litlicos, Aluviais, Gleissolos e Planossolos Soldicos. Nas regies prximas da praia e restinga, na rea litornea, encontram-se Areias Quartzozas Marinhas (utilizadas como rea de pastagem e mais recentemente para ocupao urbana loteamentos), Podzois Hidromrficos, alm de Mangues com solos indiscriminados (sofrem influncia da gua e do movimento das mars, tendo melhor uso para a preservao da fauna e flora, j que so ricos em espcies prprias do mangue). 3.1.11 Uso e Ocupao do Solo Na rea das unidades hdricas em estudo, o uso e ocupao do solo o seguinte:

    Ocupao Urbana e Industrial; reas exploradas com a cultura da cana-de-acar; Policultura e Pecuria; reas de Vegetao Arbrea Fechada, Arbrea Aberta e Arbustivo-Arbrea Fechada; Manguezal e Aqicultura (carcinocultura) na regio litornea; Barramentos; e Areial.

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    3.1.12 Monitoramento Quantitativo e Qualitativo das guas - Rio Goiana e Grupo de Bacias GL 6 Monitoramento Quantitativo No espao territorial pertencente ao GL 6 no existem barramentos, enquanto que na rea da bacia hidrogrfica do rio Goiana esto localizados 33 audes. Dentre estes os principais so apresentados a seguir (Tabela 6).

    TABELA 6 Pernambuco

    Bacia Hidrogrfica do Rio Goiana Principais Audes Existentes

    Nome Localizao Capacidade

    Mxima (m3) Finalidade

    Pindoba Carpina 18.000.000 Abastecimento

    Stio Cacimba Cercada So Vicente Frrer 17.260.000 Abastecimento

    Palmeirinha Bom Jardim 6.500.000 Abastecimento

    Tima Timbaba 6.109.159 Abastecimento

    Canguengo Joo Alfredo 997.793 Abastecimento

    So Vicente Frrer So Vicente Frrer 595.350 Abastecimento

    Boca de Dois Rios Bom Jardim 372.880 Abastecimento

    Palma Orob 279.696 Abastecimento

    Cip Branco So Vicente Frrer 269.580 Abastecimento

    Engenho Brilhante Nazar da Mata 250.000 Abastecimento

    Ferreiros Ferreiros 139.142 Abastecimento

    Sirigi Macaparana 104.260 Abastecimento

    Gravat Orob 100.980 Abastecimento

    Fonte: Secretaria de Cincia, Tecnologia e Meio Ambiente - SECTMA Elaborao: Agncia CONDEPE/FIDEM

    O monitoramento quantitativo das guas dos barramentos realizado com periodicidade semanal pela equipe tcnica da Secretaria de Cincia, Tecnologia e Meio Ambiente-SECTMA, no aude Palmeirinha localizado no municpio de Bom Jardim.

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    Monitoramento Qualitativo O servio de monitoramento da qualidade das guas dessa bacia hidrogrfica realizado pela Agncia Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hdricos-CPRH. Para tanto, utilizada uma rede de coleta dirigida, elaborada para identificar/caracterizar fontes de poluio e avaliar os usos pretendidos para o manancial. Nessa rede so coletadas amostras em sete estaes, sendo uma localizada no rio Capibaribe Mirim (Macaparana, Timbaba, Ferreiros e Goiana), enquanto as trs restantes se distribuem da seguinte forma: duas ao longo do rio Tracunham (uma na divisa dos municpios de Itaquitinga e Condado, e outra no municpio de Goiana), e uma ao longo do rio Goiana, no municpio de mesmo nome (Tabela 7). A coleta de material nessas estaes tem a seguinte freqncia:

    Coleta bimensal para o conjunto bsico (temperatura, pH, Oxignio Dissolvido-OD, Demanda Bioqumica de Oxignio-DBO, condutividade eltrica, cloreto, fsforo e salinidade); e

    Coleta quadrimensal para coliformes fecais. A qualidade da gua (julho/2005) nas sete estaes de monitoramentos localizadas na bacia em estudo apresentada na tabela 7.

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    TABELA 7

    Pernambuco Bacia Hidrogrfica do Rio Goiana

    Estaes de Monitoramento da Qualidade da gua (Resultado do Monitoramento de Julho/2005)

    Fonte: Agncia Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hdricos CPRH Elaborao: Agncia CONDEPE/FIDEM (*) Classificao da qualidade das Bacias Hidrogrficas (Avaliao da qualidade da gua com base nos usos preponderantes, de modo a atender ao uso mais restritivo estabelecido no grupo) Moderadamente comprometida - Enquadram-se, nesta categoria, os corpos de gua que apresentam condies de qualidade de gua compatveis com os limites para a classe 3 das guas doces e a classe 2 das guas salinas e salobras (Resoluo CONAMA n 357/05). Estes corpos dgua apresentam qualidade da gua regular, com nveis aceitveis de poluio. Poluda - Enquadram-se, nesta categoria, os corpos de gua que apresentam condies de qualidade de gua compatveis com os limites estabelecidos para a classe 4 das guas doces e a classe 3 das guas salinas e salobras (Resoluo CONAMA n 357/05). Estes corpos dgua apresentam qualidade da gua ruim, com poluio acima dos limites aceitveis.

    Estao Rio Municpio Local Classificao de Qualidade (*)

    GO-05 Capibaribe Mirim Macaparana A jusante da cidade de Macaparana e a montante da Usina N. Sra. De Lourdes, em Macaparana.

    Poluda

    GO-15 Capibaribe Mirim Timbaba A jusante da cidade de Timbaba, em Timbaba. Poluda

    GO-55 Capibaribe Mirim Ferreiros Aps receber o desge do rio gua Torta, na propriedade de Alagamar, em Timbaba. Poluda

    GO-67 Capibaribe Mirim Goiana Na ponte da BR 101, a jusante da Usina N. Sra. das Maravilhas, em Goiana. Moderadamente Comprometida

    GO-75 Tracunham Itaquitinga/Condado A jusante da Usina Matary, na divisa dos municpios de Itaquitinga e Condado. Poluda

    GO-80 Tracunham Goiana Na ponte da antiga estrada de acesso a Goiana, a jusante da Usina Santa Tereza, em Goiana. Poluda

    GO-85 Goiana Goiana Aps receber seus formadores e o Canal de Goiana no Engenho Barreirinha, em Goiana. Moderadamente Comprometida

  • 46

    MAPA 13

  • 47

    3.1.13 Uso da gua Os principais usos das guas destas duas unidades hdricas so:

    Explorao da Carcinocultura; Consumo humano e abastecimento pblico; Consumo animal; Turismo, recreao e lazer; Recepo de efluentes domsticos, industriais e agroindustriais; Irrigao; Uso industrial; Limpeza; e Pesca;

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    3.1.14 Resduos Slidos De acordo com o Diagnstico de Resduos Slidos do Estado de Pernambuco da SECTMA, nas reas dos municpios que compem estas unidades hdricas, a sua gesto tem as seguintes caractersticas:

    o servio de coleta dos resduos, na grande maioria dos municpios, realizado de forma conjunta entre a prefeitura e empresas contratadas com aluguel de equipamento complementar e pessoal;

    as reas onde so depositados os resduos slidos urbanos (lixes) da maioria dos municpios so inadequadas, pois localizam-se prximas a cursos dgua, margem de estradas e habitaes;

    a cobertura dos servios de limpeza urbana de uma maneira geral considerada satisfatria na maioria dos municpios; o custo da limpeza urbana maior para os municpios menores; a presena de catadores uma constante em quase todos os lixes; e s existe na rea em estudo aterro sanitrio no municpio de Goiana.

    As informaes sobre a destinao final e tratamento dos resduos slidos depositados na rea da bacia hidrogrfica, so apresentados na Tabela 8 e Mapa Resduos Slidos, Anexo.

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    TABELA 8 Pernambuco

    Bacia Hidrogrfica do Rio Goiana e Grupo de Bacias GL 6 Destino Final e Tratamento dos Resduos Slidos, por Municpio, na rea das Unidades Hdricas

    Destino Final Municpios

    Tipo Tratamento

    Distncia de curso dgua

    Distncia de

    Habitaes Impacto Ambiental

    Aliana Lixo Nenhum 300m 500m Alto

    Bom Jardim LIxo Nenhum 800m 200m Alto

    Buenos Aires Lixo Nenhum 1km 400m Baixo

    Camutanga Lixo Nenhum 300m 100m Alto

    Carpina Lixo Nenhum 2km 400m Alto

    Condado Lixo Nenhum 5km 2km Baixo

    Ferreiros Lixo Nenhum 1km 2km Baixo

    Goiana Aterro Sanitrio Reator anaerbio, seguido de charcos artificiais 1,2km 500m Baixo

    Itamb Lixo Nenhum 2km 1,2km Baixo

    Itaquitinga Lixo Nenhum 1km 2km Baixo

    Joo Alfredo Lixo Nenhum 150m 200m -

    Macaparana Lixo Nenhum 1km 800m Alto

    Machados Lixo Nenhum - 700m Mdio

    Nazar da Mata Lixo Nenhum 500m 100m Baixo

    Orob Lixo Nenhum 1km 500m Baixo

    So Vicente Frrer Lixo Nenhum 400m 800m Alto

    Timbaba Lixo Nenhum 300m 200m Alto

    Tracunham Lixo Nenhum 3km 200m Mdio

    Vicncia Lixo Unidade de Triagem 100m 100m Alto

    Fonte: Diagnstico de Resduos Slidos no Estado de Pernambuco-SECTMA Elaborao: Agncia CONDEPE/FIDEM

  • 50

    3.1.15 Impactos nos Recursos Hdricos da Bacia Hidrogrfica Os principais impactos ambientais que afetam os recursos hdricos da bacia do rio Goiana e Grupo de Bacias GL 6 so:

    Lavagem de pulverizadores, polvilhadeiras e embalagens de defensivos agrcolas nas guas dos rios; Descarga de efluentes domsticos; Retirada de areia do leito de vrios rios da bacia; Construo de edificaes (residncias, entre outras), prximas aos cursos dgua e nas reas de proteo dos barramentos (nas margens a

    montante);

    Poluio atmosfrica produzida pela emisso de fuligem decorrente da queima do bagao de cana nas caldeiras das usinas de acar;

  • 51

    Plantio de cana-de-acar e outras culturas s margens dos rios; Lanamento de efluentes oriundos de matadouros pblicos e matadouros clandestinos localizados s margens dos rios em vrios

    municpios;

    Captao desordenada de gua dos rios; Uso de agrotxicos nos plantios de cana-de-acar localizados s margens dos rios; Desmatamento das reas de nascentes e das matas ciliares; Presena de lixes nas proximidades de cursos dgua;

  • 52

    Criatrio de sunos, bovinos e aves nas reas ribeirinhas, com os seus dejetos lanados nos rios; Lanamento de lixo domstico, pela populao, diretamente na calha dos rios e riachos; Descarga de efluentes da lavagem de veculos (lava-jato) nos cursos dgua; Lanamento de esgoto pblico nos mananciais; e Efluentes de curtumes lanados nos rios.

  • 53

    3.1.16 Populao Levando-se em considerao que as bacias hidrogrficas no tm os seus limites naturais coincidindo com a rea administrativa e territorial dos municpios, optou-se pela apresentao dos dados referentes populao total residente, utilizando-se a rea total dos municpios que compem a bacia do rio Goiana e Grupo de Bacias GL 6. A populao total foi estimada para 2005 pelo IBGE, e a urbana e rural pela Agncia CONDEPE/FIDEM, tendo por base os dados do IBGE para o mesmo ano. Desta forma a populao total residente nos municpios da bacia do rio Goiana e GL 6 estimada em 805.574 habitantes (Tabela 9).

  • 54

    TABELA 9 Pernambuco

    Bacia Hidrogrfica do Rio Goiana e Grupo de Bacias GL 6 Populao Residente e rea dos Municpios Drenados pelas Unidades Hdricas

    2005

    Populao (hab.) Municpios

    Total Urbana Rural

    rea dos Municpios(*) (km2)

    Densidade Demogrfica (hab./km2)

    Aliana 37.022 18.141 18.881 266,4 138,9

    Araoiaba 17.475 14.120 3.355 70,0 249,6

    Bom Jardim 37.148 14.302 22.846 208,3 178,3

    Buenos Aires 11.722 7.725 3.997 87,4 134,1

    Camutanga 8.067 6.486 1.581 38,0 212,2

    Carpina 69.342 67.331 2.011 153,8 450,8

    Casinhas 13.836 1.619 12.217 140,0 98,8

    Condado 23.894 21.457 2.437 90,9 262,8

    Ferreiros 10.602 7.273 3.329 86,0 123,2

    Goiana 75.579 45.347 30.232 494,2 152,9

    Igarassu 90.904 90.904 - 331,1 274,5

    Itamb 35.441 28.814 6.627 306,3 115,7

    Itaquitinga 15.528 11.615 3.913 117,0 132,7

    Joo Alfredo 26.775 11.995 14.780 150,0 178,5

    Lagoa do Carro 14.372 8.724 5.648 59,7 240,7

    Limoeiro 57.238 43.730 13.508 277,5 206,2

    Macaparana 23.521 15.218 8.303 100,2 234,7

    Machados 10.722 6.573 4.149 45,1 237,7

    Nazar da Mata 30.955 27.488 3.467 141,9 218,1

    Orob 23.084 6.163 16.921 126,3 182,7

    Paudalho 48.603 36.987 11.616 270,3 179,8

    Salgadinho 7.901 2.702 5.199 71,9 109,8

    So Vicente Frrer 17.152 10.686 6.466 120,2 142,7

    Timbaba 56.687 46.200 10.487 320,5 176,8

    Tracunham 12.682 10.894 1.788 141,6 89,5

    Vicncia 29.322 11.230 18.092 250,3 117,1

    Total 805.574 573.724 231.850 4.464,90 180,4

    Fonte: IBGE (estimativa da populao total para 2005) e Agncia CONDEPE/FIDEM (estimativa da populao urbana e rural considerando os dados bsicos do IBGE, para o mesmo ano) Elaborao: Agncia CONDEPE/FIDEM (*)

    rea dos municpios conforme Resoluo N 05, de 10 de outubro de 2002, do IBGE.

  • 55

    3.1.17 Informaes Educacionais As informaes concernentes educao com a dependncia administrativa estadual e municipal, na rea das unidades hdricas em estudo, como: estabelecimentos de ensino, nmero de alunos, professores em atividade docente so apresentadas na Tabela 10 e as escolas referentes dependncia administrativa particular, na Tabela 11.

    TABELA 10 Pernambuco

    Bacia Hidrogrfica do Rio Goiana e Grupo de Bacias GL 6 Estabelecimentos de Ensino Localizados na rea das Unidades Hdricas

    Estadual Municipal

    Municpio Na Bacia Municpio Na Bacia Municpios / Dependncia Administrativa

    Escolas Alunos Docentes Escolas Alunos Docentes Escolas Alunos Docentes Escolas Alunos Docentes

    Aliana 3 3.152 70 3 3.152 70 21 8.562 300 21 8.562 300

    Araoiaba 2 2.200 36 8 3.135 123

    Bom Jardim 3 2.919 73 2 2.290 54 70 8.841 322 57 7.178 266

    Buenos Aires 2 1.943 43 2 1.943 43 18 2.568 112 18 2.568 112

    Camutanga 1 672 22 1 672 22 12 2.328 86 12 2.328 86

    Carpina 9 8.726 237 29 9.201 311 6 735 31

    Casinhas 1 468 9 30 5.349 276 3 208 11

    Condado 2 2.619 59 2 2.619 59 16 3.743 138 16 3.743 138

    Ferreiros 1 873 19 1 873 19 13 2.567 118 13 2.567 118

    Goiana 6 6.556 158 5 5.888 143 34 16.412 581 17 8.563 301

    Igarassu 10 13.131 273 45 14.996 530

    Itamb 5 3.148 88 4 2.979 80 25 7.271 230 21 6.013 192

    Itaquitinga 1 1.201 24 1 1.201 24 12 3.969 152 10 3.838 146

    Joo Alfredo 3 2.655 68 3 2.655 68 40 6.287 287 29 4.968 230

    Lagoa do Carro 1 876 19 18 3.562 125 7 279 15

    Limoeiro 13 9.686 311 3 3.717 114 36 6.415 248 14 2.579 105

    Macaparana 5 3.920 95 5 3.920 95 23 5.099 194 23 5.099 194

    Machados 1 1.285 30 1 1.285 30 15 1.608 79 15 1.608 79

    Nazar da Mata 6 4.429 148 6 4.429 148 18 5.129 180 18 5.129 180

    Orob 3 2.085 74 3 2.085 74 36 7.719 340 36 7.719 340

  • 56

    Estadual Municipal

    Municpio Na Bacia Municpio Na Bacia Municpios / Dependncia Administrativa

    Escolas Alunos Docentes Escolas Alunos Docentes Escolas Alunos Docentes Escolas Alunos Docentes

    Paudalho 6 5.297 115 27 11.797 362

    Salgadinho 20 2.382 101 2 110 7

    So Vicente Frrer 2 1.701 41 2 1.701 41 23 4.073 157 23 4.073 157

    Timbaba 7 6.913 174 7 6.913 174 42 8.860 398 42 8.860 398

    Tracunham 2 1.512 37 2 1.512 37 12 1.976 78 9 1.822 71

    Vicncia 2 2.491 57 2 2.491 57 31 8.301 317 31 8.301 317

    TOTAL 97 90.458 2.280 55 52.325 1.352 674 162.150 6.145 443 96.850 3.794

    Fonte: Gere (Gerncia Regional de Educao) - Secretaria de Educao e Cultura do Estado de Pernambuco (as informaes apresentados foram levantadas no segundo semestre de 2004 e fazem parte dos dados preliminares do Censo Escolar 2004) e Secretarias Municipais de Educao. Elaborao: Agncia CONDEPE/FIDEM Nota: Na rea do Grupo de Bacias GL 6 s existem 03 estabelecimentos de ensino de dependncia municipal, com 103 alunos e 04 professores em atividade docente, todos pertencentes ao municpio de Itamb, j includas no total do municpio.

    Os estabelecimentos de ensino localizados nos municpios que compem a bacia do Rio Goiana e o GL 6, esto totalizadas da seguinte forma: na dependncia administrativa estadual (97), municipal (674) e particular (203). Desses, esto inseridas diretamente no recorte das unidades hdricas em estudo, 55 estaduais, 443 municipais e 93 particulares representando respectivamente 56,7%, 65,7% e 45,8% do total dos estabelecimentos de ensino. Os alunos atendidos nas unidades de ensino instaladas nas reas da bacia e do GL 6, esto assim representados: na rede estadual e municipal respectivamente 57,8% e 59,7% e 52,8% na rede particular em relao ao total dos alunos dos municpios.

  • 57

    TABELA 11 Pernambuco

    Bacia Hidrogrfica do Rio Goiana e Grupo de Bacias GL 6 Estabelecimentos de Ensino Localizados na rea das Unidades Hdricas

    Particular

    Municpio Na Bacia Municpios / Dependncia

    Administrativa Escolas Alunos Docentes Escolas Alunos Docentes

    Aliana 13 1.293 70 13 1.293 70

    Araoiaba 13 286 25

    Bom Jardim 3 550 42 3 550 42

    Buenos Aires 1 100 6 1 100 6

    Camutanga 1 251 6 1 251 6

    Carpina 32 4.033 345

    Casinhas

    Condado 5 1.142 59 5 1.142 59

    Ferreiros 3 310 24 3 310 24

    Goiana 22 3.720 244 21 3.518 236

    Igarassu 29 4.681 249

    Itamb 6 666 45 5 590 38

    Itaquitinga 2 191 15 2 191 15

    Joo Alfredo 4 592 37 4 592 37

    Lagoa do Carro 3 362 25

    Limoeiro 20 3.465 255

    Macaparana 3 315 17 3 315 17

    Machados 2 172 17 2 172 17

    Nazar da Mata 9 2.003 121 9 2.003 121

    Orob 3 203 14 3 203 14

    Paudalho 10 851 62

    Salgadinho 1 83 5

    So Vicente Frrer 1 82 8 1 82 8

    Timbaba 12 3.336 185 12 3.336 185

    Tracunham 3 500 26 3 500 26

    Vicncia 2 580 33 2 580 33

    TOTAL 203 29.767 1935 93 15.728 954 Fonte: Gere (Gerncia Regional de Educao) - Secretaria de Educao e Cultura do Estado de Pernambuco (as informaes apresentados foram levantadas no segundo semestre de 2004 e fazem parte dos dados preliminares do Censo Escolar 2004) e Secretarias Municipais de Educao. Elaborao: Agncia CONDEPE/FIDEM Nota: Na rea do Grupo de Bacias GL 6 no existe estabelecimento de ensino de dependncia particular.

  • 58

    Os estabelecimentos de ensino superior localizados dentro da rea das unidades hdricas em estudo, encontram-se nos seguintes municpios: Carpina (1), Goiana (1), Nazar da Mata (1) e Timbaba (1). So oferecidos os seguintes cursos: Administrao, Cincias Contbeis, Geografia, Histria, Biologia, Matemtica, Pedagogia, Cincias Biolgicas, Letras e Ps-Graduao em Metodologia de Ensino. 3.1.18 Sade - Estabelecimentos, Servios e Principais Doenas As condies de sade de uma rea esto profundamente relacionadas ao nvel socioeconmico de sua populao, expressando-se atravs de indicadores como poder aquisitivo, escolaridade, condies de habitao, saneamento, etc. O Programa de Sade da Famlia PSF atende com 194 equipes de sade os municpios que compem a bacia do Rio Goiana e o GL 6. No rea dessas unidades hdricas atuam 121 equipes representando 62,3% do total (Tabela 12). O PACS e PSF atendem a rea da bacia e do GL 6 com 892 agentes de sade que correspondem a 59,0% do total. Existem em funcionamento na rea das unidades hdricas em estudo 212 unidades de sade e 712 leitos.

  • 59

    TABELA 12 Pernambuco

    Bacia Hidrogrfica do Rio Goiana e GL 6 Programas / Equipamentos de Sade Localizados na rea das Unidades Hdricas

    Programas / Equipamentos de Sade

    Programa de Sade da Famlia - PSF Programa de Sade da Famlia PSF e Programa

    de Agentes Comunitrios de Sade - PACS

    Equipes(Quantidade) Agentes de Sade (Quantidade)

    Unidades de Sade (Quantidade)

    Leitos Municpios

    Municpio Bacia Municpio Bacia Municpio Bacia Municpio Bacia

    Aliana 7 7 71 71 15 15 37 37

    Araoiaba 4 27 2 6 9

    Bom Jardim 9 6 82 57 29 16 33 33

    Buenos Aires 3 3 22 22 5 5 12 12

    Camutanga 3 3 14 14 4 4 15 15

    Carpina 2 53 34 44 3 107

    Casinhas 6 1 34 4 11 2 22

    Condado 5 5 34 34 9 9 24 24

    Ferreiros 3 3 24 24 6 6 4 4

    Goiana 17 11 139 79 30 17 86 65

    Igarassu 21 209 38 60

    Itamb 11 10 80 75 16 15 43 43

    Itaquitinga 3 3 25 25 6 6 9 9

    Joo Alfredo 3 3 59 43 23 16 50 50

    Lagoa do Carro 4 2 21 10 9 3 12 Limoeiro 17 6 110 24 36 6 151

    Macaparana 7 7 45 45 9 9 64 64

    Machados 3 3 22 22 4 4 31 31

    Nazar da Mata 8 8 54 54 11 11 51 51

    Orob 8 8 53 53 17 17 6 6

    Paudalho 17 116 20 117

    Salgadinho 2 1 18 9 4 1 4 4

    So Vicente Frrer 6 6 38 38 9 9 31 31

    Timbaba 13 13 71 71 16 16 139 139

    Tracunham 4 4 31 24 7 7 15 15

    Vicncia 8 8 58 58 15 15 79 79

    Total 194 121 1.510 892 399 212 1.211 712 Fonte: Secretarias Municipais de Sade / Secretaria de Sade do Estado de Pernambuco (levantamento realizado no segundo semestre de 2004). Elaborao: Agncia CONDEPE/FIDEM Nota: As unidades de sade localizadas na rea da bacia hidrogrfica so dos seguintes tipos: postos de sade, unidade mvel, hospitais, centros de sade, policlnicas, laboratrios, ambulatrios especializados, unidades de fisioterapia, casas de sade e/ou maternidades, unidades mistas, unidades de sade com o Programa de Sade da Famlia PSF. A rea do Grupo de Bacias GL 6 atendida por uma equipe do PSF com 7 agentes de sade, pertencentes ao municpio de Itamb.

  • 60

    Com relao s enfermidades observa-se uma maior incidncia de doenas infecciosas e parasitrias como a diarria e verminose, devido contaminao das guas e ausncia de esgotamento sanitrio adequado. Outras doenas detectadas so apresentadas na Tabela 13 .

    TABELA 13 Pernambuco

    Bacia Hidrogrfica do Rio Goiana e GL 6 Principais Doenas Detectadas nos Municpios Pertencentes s Unidades Hdricas

    2003

    Municpios Esquistosomose Dengue Hepatite (viral) Leptospirose

    Aliana 161 01 10 0

    Araoiaba 58 03 02 0

    Bom Jardim 118 21 12 0

    Buenos Aires 28 0 01 0

    Camutanga 31 01 02 0

    Carpina 0 03 03 0

    Casinhas 0 05 0 0

    Condado 101 0 11 0

    Ferreiros 02 02 01 0

    Goiana 87 21 22 0

    Igarassu 33 20 05 02

    Itamb 378 22 14 0

    Itaquitinga 05 02 01 0

    Joo Alfredo 04 05 01 0

    Lagoa do Carro 302 03 09 0

    Limoeiro 23 09 19 0

    Macaparana 44 12 01 0

    Machados 72 03 0 0

    Nazar da Mata 187 24 0 0

    Orob 130 04 0 0

    Paudalho 80 20 6 0

    Salgadinho 0 0 0 0

    So Vicente Frrer 51 18 0 01

    Timbaba 215 46 05 0

    Tracunham 37 02 15 0

    Vicncia 95 02 07 0

    Total 2.242 249 147 3

    Fonte: Secretaria de Sade do Estado de Pernambuco (Doenas de Notificao Compulsria) Elaborao: Agncia CONDEPE/FIDEM

  • 61

    3.1.19 Malha Viria A regio onde est situada a bacia do rio Goiana e o Grupo de Bacias GL 6 cortada por rodovias federais, estaduais e vicinais. Por isso, seu sistema rodovirio de expressiva importncia no s para o seu desenvolvimento, como tambm pelo fato de interligar seus municpios com o restante do Estado e do Pas, auxiliando desta forma o escoamento da produo e a circulao de cargas e passageiros, merecendo destaque a BR 101. As principais rodovias que compem a malha viria das unidades hdricas so:

    Rodovias Federais BR 101, BR 408; e Rodovias Estaduais PE 005, PE 041, PE 052, PE 059, PE 062, PE 074, PE 075, PE 082, PE 088, PE 089 e PE 090.

    3.1.20 Economia A economia da regio onde est localizada a bacia hidrogrfica do rio Goiana e o Grupo de Bacias GL 6 marcada historicamente por ser predominantemente agrcola, onde a explorao da cultura da cana-de-acar tornou-se sua principal atividade. Entretanto, vale ressaltar que o seu perfil produtivo vem mostrando uma tendncia diversificao, mesmo considerando as atividades agropecurias onde merecem ser destacadas a avicultura (municpio de Orob com 6% da produo estadual de ovos e Paudalho com 8%), a carcinocultura, a produo de banana (municpio de Machados com 5% da produo estadual, So Vicente Frrer com 10% e Vicncia com 11%), acerola, mamo, abacaxi, uva, inhame, mandioca e hortalias. Essa diversificao tambm demonstrada na indstria, onde toma vulto a indstria de transformao que, alm da aucareira, destacam-se: a metalrgica e qumica em Igarassu; cimento e papel/embalagem em Goiana; e a produo de raes em Carpina. No setor dos Servios o comrcio varejista e a prestao de servios, assumem uma maior dinmica nos chamados centros de comando regional (municpios de Timbaba, Goiana e Carpina). Ainda de importncia para a economia da regio vale mencionar o plo moveleiro de Joo Alfredo e a extrao mineral (granito) no municpio de Bom Jardim. Com relao ao turismo, a regio oferece diversos atrativos, merecendo destacar antigos engenhos de cana-de-acar, capelas, igrejas e casarios seculares, belas praias e grandes eventos como a Festa das Heronas de Tejucupapo e esportes nuticos em Goiana, campeonatos de Vo Livre no municpio de Vicncia, a Micaruba em Timbaba, Festa de Reis (Carpina), Festival de Maracatu (Nazar da Mata), Vaquejada de Limoeiro e manifestaes culturais como as festas religiosas, o cavalo marinho, a dana do coco, o mamulengo, a ciranda e a capoeira. O artesanato outro ponto de destaque na economia desta unidade hdrica, tendo com exemplo as peas de barro do municpio de Tracunham, calados de couro de Timbaba, artigos de palha de bananeira e papel de Vicncia, as peas de madeira de Paudalho e o bordado artesanal de Salgadinho e Paudalho. Com isto a regio torna-se um significativo celeiro de artistas plsticos e arteses. Todas essas atividades contribuem para que os municpios que compem a regio gerem um Produto Interno Bruto PIB de R$ 3,022 bilhes, representando 8,3% (dados de 2002) do PIB estadual, onde se destacam os municpios de Igarassu com 1,6% e de Goiana com 1,2% (Tabela 14).

  • 62

    TABELA 14 Pernambuco

    Bacia Hidrogrfica do Rio Goiana e Grupo de Bacias GL 6 Produto Interno Bruto PIB dos Municpios das Unidades Hdricas

    2002

    Participao Setorial (%) Municpios

    PIB (R$ milhes)

    Participao % no PIB do Estado

    Populao (umidade)

    Agropecuria Industria Servios

    PIB PER CAPITA

    (R$)

    Aliana 89.716 0,2 37.113 36,9 7,1 56,0 2.417

    Araoiaba 24.665 0,1 16.192 16,8 9,1 74,1 1.523

    Bom Jardim 237.995 0,7 71.005 8,2 36,5 55,3 3.352

    Buenos Aires 32.794 0,1 11.876 46,4 4,4 49,2 2.761

    Camutanga 84.962 0,2 7.946 9,1 65,2 25,8 10.692

    Carpina 212.563 0,6 66.344 9,7 30,6 59,7 3.204

    Casinhas 20.067 0,1 13.570 14,7 8,9 76,5 1.479

    Condado 41.151 0,1 22.757 28,2 5,2 66,6 1.808

    Ferreiros 30.839 0,1 10.670 31,7 17,3 51,0 2.890

    Goiana 444.492 1,2 73.193 16,2 39,1 44,7 6.073

    Igarassu 597.168 1,6 86.228 4,5 50,3 45,2 6.925

    Itamb 103.066 0,3 35.192 29,4 12,4 58,2 2.929

    Itaquitinga 40.907 0,1 15.215 1,0 38,4 60,6 2.689

    Joo Alfredo 47.727 0,1 26.909 10,0 55,2 34,8 1.774

    Lagoa do Carro 46.450 0,1 13.688 15,6 47,4 37,0 3.393

    Limoeiro 128.511 0,4 56.741 31,5 6,3 62,2 2.265

    Macaparana 51.303 0,1 22.965 43,0 5,7 51,3 2.234

    Machados 27.847 0,1 10.440 26,1 2,9 71,0 2.667

    Nazar da Mata 131.658 0,4 30.033 0,2 36,3 63,5 4.384

    Orob 60.252 0,2 22.551 52,6 5,0 42,4 2.672

    Paudalho 154.543 0,4 46.725 0,8 38,1 61,1 3.308

    Salgadinho 10.767 0,0 7.488 7,5 25,0 67,5 1.438

    So Vicente Frrer 60.095 0,2 16.530 10,7 18,1 71,2 3.636

    Timbaba 175.852 0,5 56.806 2,3 17,8 79,9 3.096

    Tracunham 45.590 0,1 12.526 4,0 30,4 65,6 3.640

    Vicncia 121.108 0,3 29.050 10,8 34,0 55,2 4.169

    Municpios da Bacia 3.022.089 8,3 819.753 5,6 36,4 58,0 3.687

    PERNAMBUCO 36.510.039 100,0 8.145.159 9,8 30,4 59,8 4.482

    Fonte:Agncia CONDEPE/FIDEM

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    3.2 INSTITUIES E INSTRUMENTOS DE GESTO 3.2.1 Comit da Bacia Hidrogrfica O comit da bacia do rio Goiana foi instalado no dia 02 de Junho de 2004, no municpio de Camutanga, tendo a Diretoria Executiva tomado posse no mesmo dia. A homologao foi concretizada atravs da Resoluo n 02/2004 de 03 de Setembro de 2004, do Conselho Estadual de Recursos Hdricos de Pernambuco, sendo devidamente publicada no Dirio Oficial do Estado em 08 de Outubro de 2004; desde ento, o comit vem realizando reunies peridicas itinerantes nas sedes dos municpios que compem a sua rea de abrangncia. A Diretoria Executiva formada por 01 (um) presidente, 01 (um) vice-presidente e 01 (um) Secretrio Executivo. O assim denominado Comit da Bacia Hidrogrfica do Rio Goiana COBH-Goiana constitudo por 30 (trinta) membros e representa os interesses diretos dos 25 municpios participantes da rea da bacia hidrogrfica, dos usurios de guas, da sociedade civil organizada, do Poder Legislativo (cmaras municipais), do Poder Executivo (prefeituras) dos respectivos municpios, dos rgos tcnicos representativos do Poder Pblico Estadual. A logomarca do comit a seguinte: 3.2.2 Conselho de Usurios de gua Na bacia do rio Goiana e no GL 6 no existe Conselho de Usurio de gua. 3.2.3 Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente COMDEMA O COMDEMA criado por lei municipal, integra o Sistema de Gesto Ambiental dos municpios. uma unidade colegiada, de carter consultivo, deliberativo, recursal e de assessoramento do Poder Pblico Municipal em questes concernentes ao equilbrio ambiental e

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    melhoria da qualidade de vida local. formado por uma estrutura paritria, composta por membros que representam o poder pblico, a sociedade civil organizada, podendo ainda ter representantes da iniciativa privada. Na rea da bacia hidrogrfica do Rio Goiana e do Grupo de Bacias GL 6 existem conselhos nos seguintes municpios;

    Igarassu - Lei Municipal n 1.524/1988; Macaparana - Lei Municipal n 465/2002; Nazar da Mata - Lei Municipal n 08/2000; Paudalho - Lei Municipal n 161/1983; Vicncia - Lei Municipal n 1.239/1998; e Carpina - Lei Municipal n 610/1986.

    3.2.4 Plano Diretor O Plano Diretor de Recursos Hdricos desta bacia ainda no foi elaborado. Para esta unidade hdrica s existe o documento tcnico intitulado Diagnstico dos Recursos Hdricos da Bacia Hidrogrfica do Rio Goiana e dos Grupos de Bacias de Pequenos Rios Litorneos GL 1 e GL 6, elaborado no ano de 2001, pela Secretaria Estadual de Cincia, Tecnologia e Meio Ambiente - SECTMA.

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    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    1. CONDEPE Perfil Fisiogrfico das Bacias Hidrogrficas de Pernambuco, 1980. 2. ____. Zoneamento Pedoclimtico do Estado de Pernambuco, 1987. 3. CPRH Relatrio de Monitoramento de Bacias Hidrogrficas do Estado de Pernambuco, 2003 e 2004.

    4. IBGE - Censo Demogrfico, 2000. 5. SECTMA Diagnstico dos Recursos Hdricos da Bacia Hidrogrfica do Rio Goiana e dos Grupos de Bacias de Pequenos Rios Litorneos GL 1 e GL 6, 2001.

    6. ____. Diagnstico de Resduos Slidos no Estado de Pernambuco, 2000.

    7. PNUD/FAO/IBAMA/BRA/87/007/GOVERNO DE PERNAMBUCO - Consumo de Energticos Florestais do Setor Industrial/Comercial no Estado de Pernambuco, 1998.

    8. ____ . Importncia Scio-Econmica dos Recursos Florestais do Estado de Pernambuco, 1998.

    9. SECTMA - Plano Estadual de Recursos Hdricos. Volumes - 2001.

    10. SECRETARIA DE RECURSOS HDRICOS DE PERNAMBUCO - Leis e Decretos, 1997.

  • AG NCIA ESTADUAL DE PLANEJAMENTO E PESQUISA S DE PERNAMBUCOhttp://www.condepefidem.pe.gov.br E-mail: [email protected]

    ANEXO -Rua Baro de So Borja, 526 - Boa Vista - Recife/ PE - Brasil CEP: 50.070-310 Pabx: (0**81) 3303.5200 Tel/Fax: (0**81) 3303.5275SEDE -Rua das Ninfas, 65 - Boa Vista - Recife/ PE - Brasil CEP: 50.070-050 Pabx: (0**81) 3303.5200 Fax: (0**81) 3222.0793