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Relatório de Actividades 2011 – 2012

Relatório de Actividades 2011 – 2012 - CEJ - Centro de ... · 1.1.1.1 Segundo Ciclo do Curso de Formação Teórico-Prática ... renovável, por despacho conjunto do Primeiro-Ministro

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Relatório de

Actividades 2011 –

2012

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Título: Relatório de Actividades 2011-2012

Autor: CEJ

Ano de Publicação: 2012

Centro de Estudos Judiciários

Largo do Limoeiro

1149-048 Lisboa

[email protected]

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Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2011-2012 3

I Índice

I ÍNDICE ................................................................................................................................ 3

II INTRODUÇÃO E ASPECTOS GERAIS ...................................................................................... 5

1. SEGUNDOS CICLOS E ESTÁGIOS ......................................................................................... 11

1.1 MAGISTRATURA JUDICIAL E MAGISTRATURA DOS TRIBUNAIS ADMINISTRATIVOS E FISCAIS ....................... 12

1.1.1 Magistratura Judicial...................................................................................................... 14

1.1.1.1 Segundo Ciclo do Curso de Formação Teórico-Prática .......................................... 14

1.1.1.2Fase de Estágio de Ingresso ................................................................................... 15

1.1.2 Magistratura dos Tribunais Administrativos e Fiscais .................................................... 17

1.1.2.1Segundo Ciclo do Curso de Formação Teórico-Prática ........................................... 17

1.1.2.2Fase de Estágio de Ingresso ................................................................................... 18

1.2 MINISTÉRIO PÚBLICO ................................................................................................................. 19

1.2.1 Segundo Ciclo do Curso de Formação Teórico-Prática ................................................... 20

1.2.2 Fase de estágio de ingresso ............................................................................................ 24

2. FORMAÇÃO CONTÍNUA..................................................................................................... 28

2.1 AÇÕES DE FORMAÇÃO PREVISTAS ................................................................................................. 29

2.2 AÇÕES DE FORMAÇÃO REALIZADAS ............................................................................................... 32

2.3 INSCRIÇÕES E PRESENÇAS – MAGISTRADOS E OUTROS PROFISSIONAIS .................................................. 34

2.4 LOCAIS DE REALIZAÇÃO DAS AÇÕES DE FORMAÇÃO ........................................................................... 39

2.5 TEMÁTICAS ABORDADAS ............................................................................................................. 43

2.6 ORADORES CONVIDADOS ............................................................................................................ 44

2.7 INOVAÇÕES INTRODUZIDAS ......................................................................................................... 45

3. DEPARTAMENTO DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS ............................................................ 47

3.1 ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO INTERNA DO DRI ................................................................................ 49

3.2 REDE EUROPEIA DE FORMAÇÃO JUDICIÁRIA.................................................................................... 49

3.2.1 Estrutura organizativa da REFJ ....................................................................................... 49

3.2.2 Grupo ‘Programas’ e Sub-Grupos ‘Civil’ e ‘Administrativo’ ............................................ 50

3.2.3 Programa Justiça Penal .................................................................................................. 50

3.2.4 Concurso Themis ............................................................................................................ 51

3.2.5 Catálogo ......................................................................................................................... 51

3.2.6 Programa ‘PEAJ’ ............................................................................................................. 52

3.2.7 Outras Redes Internacionais de Formação ..................................................................... 53

3.3 PAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESA .................................................................................................. 54

3.3.1 Brasil ............................................................................................................................... 54

3.3.2 Outros países da CPLP .................................................................................................... 55

3.4 ATIVIDADES BILATERAIS.............................................................................................................. 56

3.4.1 Escolas espanholas e francesa ....................................................................................... 56

3.4.2 Academia de Direito Europeu (ERA) ............................................................................... 56

3.4.3 Instituto Europeu de Administração Pública (EIPA) ........................................................ 56

3.4.4 Organização Internacional do Trabalho (OIT) ................................................................ 57

3.4.5 Visitas ao CEJ de entidades estrangeiras ........................................................................ 57

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Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2011-2012 4

4. GABINETE DE ESTUDOS JUDICIÁRIOS ................................................................................ 58

4.1 RECURSOS HUMANOS DO GAEJ .................................................................................................. 59

4.2 ACTIVIDADE DESENVOLVIDA ........................................................................................................ 59

4.2.1 Estudos ........................................................................................................................... 59

4.2.2 Organização e apoio à realização de actividades sociais e culturais ............................. 61

4.2.3 Intervenção do GAEJ em outras actividades .................................................................. 61

5. DIVISÃO DO CENTRO DE DOCUMENTAÇÃO....................................................................... 62

5.1 VERTENTE ARQUIVO .................................................................................................................. 63

5.1.1 Gestão do Arquivo .......................................................................................................... 63

5.1.2 Apoio aos Utilizadores .................................................................................................... 63

5.1.3 Instalações ...................................................................................................................... 64

5.1.4 Grupo de trabalho para a Gestão Documental .............................................................. 64

5.2 VERTENTE BIBLIOTECA ............................................................................................................... 64

5.2.1 Gestão do Fundo Documental ........................................................................................ 64

5.2.1.1Aquisições de publicações (1-9-2011 a 31-8-2012) ................................................ 64

5.2.1.2Registo de documentos em base de dados ............................................................ 67

5.2.1.3Documentos catalogados, indexados, correspondentes a registos em base de

dados (valores absolutos) ......................................................................................... 67

5.2.1.4Abate e reparações de documentos ....................................................................... 68

5.2.2 Apoio aos Utilizadores .................................................................................................... 68

5.2.2.1Movimento das requisições (consulta e empréstimo) de documentos .................. 68

5.2.2.2Quadro de movimento de utilizadores - pedidos de digitalizações de documentos

.................................................................................................................................. 69

5.2.2.3Quadro de movimento de utilizadores - pedidos de pesquisas .............................. 69

5.2.2.4Quadro de movimento de utilizadores - pedidos de consulta e empréstimo de

documentos .............................................................................................................. 69

5.2.2.5Tratamento do inquérito ........................................................................................ 70

5.3 GESTÃO DE PUBLICAÇÕES ........................................................................................................... 72

5.4 RECURSOS HUMANOS ................................................................................................................ 72

6. DEPARTAMENTO DE APOIO GERAL ................................................................................... 73

6.1 ÁREA DE RECURSOS HUMANOS .................................................................................................... 74

6.2 ÁREA DE PATRIMÓNIO E CONTABILIDADE ....................................................................................... 75

6.3 ÁREA DO APOIO JURÍDICO .......................................................................................................... 76

6.4 OUTRAS ACÇÕES NA ÁREA DO DEPARTAMENTO DE APOIO GERAL ....................................................... 78

7. DIVISÃO DE INFORMÁTICA E MULTIMÉDIA ....................................................................... 79

7.1 SOFTWARE .............................................................................................................................. 80

7.2 HARDWARE ............................................................................................................................. 80

7.3 AUDIOVISUAIS .......................................................................................................................... 81

7.4 OUTROS .................................................................................................................................. 81

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Relatório de Actividades 2011-2012 5

II Introdução e aspectos gerais

[1] Tendo iniciado funções como Director do Centro de Estudos Judiciário em 1 de Outubro de

2011, complementado pela posse dos Senhores Directores Adjuntos em 15 de Novembro de 2011, os

compromissos fundamentais do discurso de posse, reiterados no Projecto Estratégico entretanto

aprovado, foram os seguintes: restaurar o prestígio e a credibilidade do CEJ; reforçar a identidade do CEJ

como escola de formação; abrir o CEJ ao exterior; contribuir para a confiança nos tribunais e na

legitimidade do poder judicial; apostar na complementaridade das profissões jurídicas; definir um

projecto pedagógico coerente, assente nas virtualidades do e-b-learning; cultivar o carácter e a

independência de espírito.

Ao apresentar agora ao Conselho Geral o Relatório de Actividades correspondente ao período de

Outubro de 2011 a Julho de 2012, este é um primeiro momento de balanço e de prestação de contas.

Em cumprimento de um dever legal, mas igualmente por se entender que as instituições públicas e os

seus responsáveis devem cultivar uma política empenhada de avaliação e de responsabilização pelos

resultados, que permita melhorar o funcionamento das instituições e verificar o cumprimento das suas

metas institucionais.

[2] De acordo com a Lei Orgânica do Ministério da Justiça, o Centro de Estudos Judiciários é uma

estrutura do Ministério da Justiça, a qual tem por missão a formação profissional de juízes, magistrados

do Ministério Público, assessores judiciais e outros profissionais da justiça, para além de desenvolver

estudos e investigações. A Lei Orgânica do CEJ (Lei n.º 2/2008, de 14 de Janeiro) estabelece o seguinte

quadro orgânico (art. 93.º): a) O Director; b) O conselho geral; c) O conselho pedagógico; d) O conselho

de disciplina.

O Director é nomeado de entre magistrados, professores universitários ou advogados, em

comissão de serviço, pelo período de três anos, renovável, por despacho conjunto do Primeiro-Ministro

e do Ministro da Justiça, ouvido o conselho geral.

[3] De acordo com a Lei, o Director é coadjuvado por quatro Directores-Adjuntos. Estes não são

considerados órgãos do CEJ e são nomeados de entre magistrados, docentes universitários, advogados

ou personalidades de reconhecido mérito. O Conselho Geral deve igualmente dar parecer sobre a sua

nomeação, que compete ao Ministro da Justiça. São designados de entre a magistratura judicial; a

magistratura do Ministério Público; a docência e a advocacia.

No entanto e no quadro da política de redução de cargos dirigentes no Estado, apenas viriam a

ser nomeados dois Directores-Adjuntos.

[4] Como aspectos que condicionam o exercício normal de actividades, para além da redução no

quadro de Directores-Adjuntos, realça-se um Plano de Actividades preparado por uma equipa dirigente

que entretanto cessou funções na íntegra e o pequeno número de docentes que assegurou, com a

Direcção e os Coordenadores, a execução do Plano de Formação Contínua, a preparação do concurso

para o 30.º Curso normal, as actividades de cooperação internacional e outras matérias da competência

do Centro de Estudos Judiciários. Também a falta de mais pessoal qualificado em sectores essenciais às

funções pode ser indicado como um factor que afectou a realização das finalidades programáticas

definidas, nomeadamente o cumprimento do Plano de Actividades já aprovado pelo Conselho Geral

quando a nova direcção do Centro de Estudos Judiciários tomou posse.

[5] Já em Julho de 2012 o Conselho Geral aprovou o Plano Estratégico do CEJ, habilitando a

instituição a iniciar um processo de reformas interno, fixando objectivos claros a cada um dos serviços.

Desde Outubro de 2011, no entanto, que a estratégia adoptada para cumprimentos das prioridades da

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Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2011-2012 6

Direcção se orientava de acordo com aquelas linhas estratégicas. Assim, foram definidos e executados

os seguintes eixos de reforma, que entroncam nos acima referidos compromissos estratégicos definidos

em Outubro de 2011: reforçar a capacidade institucional do CEJ para responder às solicitações para

formação de magistrados, iniciar uma política de inovação no plano da transmissão do conhecimento e

do saber fazer e valorizar o capital humano.

[6] Assinala-se, assim, o desenvolvimento de metodologias originais de formação contínua de

magistrados judiciais e do Ministério Público, não apenas de formação a distância, mas ferramentas

relacionadas com o saber fazer específico dos magistrados.

As metodologias definidas são originais no quadro europeu e do ponto de vista técnico e

tecnológico apenas foram possíveis dadas as parcerias estabelecidas. Em poucos meses foi assim

possível iniciar uma política de formação assente na preparação dos seguintes materiais formativos:

Guias jurídicos em matérias com relevo para a prática judicial;

Vídeo-gravações de acções de formação contínua e sua disponibilização na página do CEJ;

Vídeo-conferências das acções de formação contínua e de outras iniciativas;

Livros digitais (ebooks);

Vídeos formativos (vídeo-livros).

As ferramentas utilizadas na produção de conteúdos formativos originais, não são apenas

atinentes à divulgação de um saber académico, mas sobretudo preocupadas com o saber fazer

específico da função jurisdicional.

[7] Assinala-se, deste modo, a construção dos dossiers de formação contínua, na qual cada

magistrado interessado pode encontrar um conjunto vasto de informação atinente a cada uma das

matérias das acções de formação: legislação nacional, europeia e internacional; jurisprudência europeia;

jurisprudência do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem; jurisprudência do Supremo Tribunal de

Justiça, do Supremo Tribunal Administrativo e do Tribunal Constitucional; estatísticas da justiça.

Estes dossiers são, em regra, de acesso universal a todos os interessados. Para além do serviço

que assim se presta a todos os interessados, pretende demonstrar-se transparência dos conteúdos de

formação do CEJ.

[8] Assim, com o lançamento dos primeiros Guias Práticos inicia-se uma série de publicações e

outros recursos on-line de utilidade prática para magistrados judiciais e do Ministério Público. Estão

disponíveis, entre outros, os seguintes documentos:

Guia Prático do Reenvio Prejudicial (http://www.cej.mj.pt/cej/home/fich-

pdf/recursos_didaticos/guia.pratico.reenvio.prejudicial.pdf)

Guia Prático do Divórcio e Responsabilidades Parentais

(http://www.cej.mj.pt/cej/recursos/ebooks/GuiaDivorcioRespParent_v102.pdf)

Não se trata apenas de formação, mas de prática jurídica em matérias que não colidem com a

independência judicial nem com a autonomia do Ministério Público.

Para a produção destes documentos é de realçar o contributo de grande qualidade, não apenas

dos docentes do CEJ, mas também de magistrados em funções nos tribunais e de académicos de relevo.

[9] Foi iniciada a preparação, com diversas entidades, dos seguintes guias e manuais para

magistrados:

Manual de formação no domínio da recuperação de activos

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Relatório de Actividades 2011-2012 7

Manual de formação para magistrados no domínio da violência doméstica

Guia do processo de inventário

Guia do novo processo civil

Estes projectos serão publicados durante o ano académico 2012-2013.

Deste modo e de acordo com o definido anteriormente, pretende colocar-se o CEJ como

instituição de referência no domínio da formação dos magistrados para os novos diplomas legislativos.

[10] Resultante da parceria com a FCCN, que disponibiliza gratuitamente o software e o

armazenamento da informação, sem limite, o CEJ iniciou a política de proceder à gravação das mais

importantes iniciativas que realiza, disponibilizando-as, após tratamento das mesmas, através da sua

página.

Para este efeito foi adquirido equipamento específico. Os programas utilizados são gratuitos. A

orientação superiormente definida foi a de que o CEJ recorra fundamentalmente a programas open

source (Educast, Moodle, etc.).

De outro lado e resultante da parceria com a FCCN, estas gravações são disponibilizadas na

plataforma desta instituição e estão acessíveis a todos os interessados. Só excepcionalmente e quando o

conteúdo da informação deva ser considerado de acesso restrito são exigíveis palavras passe

administradas pelo Departamento de Informática.

Estas gravações constam da página do CEJ, são identificadas por um ícone específico e dizem

respeito, entre outras, às seguintes matérias:

Insolvência (http://elearning.cej.mj.pt/course/view.php?id=4&username=guest)

Imigração ilegal e tráfico de seres humanos

(http://elearning.cej.mj.pt/course/view.php?id=6&username=guest)

Jurisprudência do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem

(http://elearning.cej.mj.pt/course/view.php?id=5&username=guest)

Questão prejudicial

(http://elearning.cej.mj.pt/course/view.php?id=7&username=guest)

Stalking

(http://elearning.cej.mj.pt/course/view.php?id=11&username=guest)

Direito da Saúde

(http://elearning.cej.mj.pt/course/view.php?id=15&username=guest)

Direito Administrativo

(http://elearning.cej.mj.pt/course/view.php?id=24&username=guest)

[11] Iniciou-se, assim, a constituição de uma biblioteca de conteúdos digitais que, com os

dossiers de formação contínua, permite criar um conjunto de recursos práticos formativos para os

magistrados.

Os resultados são manifestamente relevantes, após escassos meses de utilização.

Mais de 7900 visualizações dos vídeos, dados transmitidos pela FCCN, demonstram a criação de

hábitos de consulta da página do CEJ para descarregar conteúdos formativos.

A possibilidade de descarregar gratuitamente conteúdos formativos exprime a preocupação

expressa desde o compromisso de posse e reiterada no Plano Estratégico: permitir aos magistrados

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Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2011-2012 8

aceder a conteúdos formativos a distância, conteúdos não estritamente educativos mas também

profissionais, cujo valor acrescentado esteja relacionado com o conteúdo e actividade prática das

magistraturas.

Estes conteúdos estão a ser trabalhados tendo em vista a publicação de vídeo-livros digitais,

conjugando textos, vídeos e apresentações, de modo a potenciar a sua ligação à prática jurídica.

[12] Foi também iniciada uma parceria com a Justiça TV, permitindo a transmissão em directo de

acções de formação e outras iniciativas realizadas pelo CEJ, as quais chegam por esta via (Internet) a um

número maior de destinatários, quer directamente quer através de acesso posterior às respectivas

gravações.

[13] Para a concretização destes projectos, foram desenvolvidas parcerias estratégicas para o

saber fazer: para além da Fundação para a Computação Científica Nacional, com o Instituto de Educação

da Universidade de Lisboa (eLab) e com a Universidade Aberta.

Permitiu-se assim padronizar um conjunto de procedimentos internos e estabelecer os critérios

para a definição do projecto pedagógico específico do CEJ, por ora circunscrito à formação contínua. A

partir de Janeiro de 2013 e com o saber fazer adquirido e a requalificação dos quadros o CEJ deverá

estar em condições de prosseguir estas actividades com autonomia.

[14] Para a concretização destes objectivos, a Plataforma do CEJ foi constituído como repositório

das actividades realizadas. Aboliu-se a publicação em papel de apresentações e de outros textos. E

definiu-se uma metodologia de contacto directo do CEJ – através dos seus docentes organizadores dos

colóquios – com os magistrados inscritos nas acções de formação, de modo a que estas acções

correspondam aos reais problemas e interesses formativos dos magistrados em funções nos tribunais.

[15] Foi também iniciada no ano académico 2011-2012, como um conjunto de experiências

piloto, a política de realização de vídeo-conferências das acções de formação contínua para os tribunais.

Pretende-se, na medida do possível, conciliar a formação profissional oferecida pelo CEJ com a

agenda dos próprios magistrados e as necessidades da vida privada.

Para este efeito, foram definidos procedimentos e foi obtida a colaboração de outros organismos

do Estado, designadamente o ITIJ e a DGAJ, bem como dos tribunais para os quais foram direccionadas

as conferências – sublinhando-se o contributo dos juízes presidentes que facultam salas e meios para a

vídeo-conferência.

Com estas experiências ficaram claras as potencialidades do sistema, até agora não explorado.

Para 2012 está prevista a realização de vídeo-conferências para pelo menos 17 tribunais e outros locais,

tendo sido feito, no período a que se reporta o presente Relatório, um inventário dos problemas

técnicos e materiais, tendo em vista melhorar a qualidade das transmissões para que os magistrados

possam ter acesso a estes conteúdos com o maior conforto e qualidade.

[16] Em qualquer caso, os conteúdos formativos estão acessíveis on-line, de modo a permitir a

sua utilização por magistrados que não possam assistir presencialmente às acções de formação.

De outro lado, esta transparência para com o exterior é também uma forma de responder quer

às acusações de falta de transparência por parte do CEJ quer às acusações de que o CEJ é responsável

por criar uma mentalidade própria dos magistrados, corporativa e fechada ao exterior. Apenas pela

transparência de procedimentos e pela divulgação de conteúdos, também por uma política de inovação,

será possível responder a estas críticas.

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Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2011-2012 9

[17] Para a criação destes conteúdos têm sido chamados outros profissionais do direito.

O CEJ é procurado por diversas instituições do mundo jurídico e não jurídico.

Sublinham-se as seguintes parcerias e a participação de diferentes entidades.

Em primeiro lugar, o Protocolo entre o CEJ e a CIG que tem como finalidade o estabelecimento

de acções de cooperação no âmbito do IV Plano Nacional Contra a Violência Doméstica (2011-2013) e

do II Plano Nacional Contra o Tráfico de Seres Humanos (2011-2013), designadamente no

desenvolvimento de um conjunto de módulos de formação nas áreas da Violência Doméstica e Tráfico

de Seres Humanos; no desenvolvimento de acções de formação/sensibilização sobre as áreas da

Violência Doméstica e Tráfico de Seres Humanos; na participação em projectos, programas e actividades

implementadas pelo CEJ nas áreas da Violência Doméstica e Tráfico de Seres Humanos; na troca de

informação sobre projectos /programas em domínios que forem considerados de interesse mútuo.

Para o desenvolvimento de projectos de interesse mútuo, foram igualmente estabelecidas

parcerias com o Conselho Distrital de Lisboa da Ordem dos Advogados; a Ordem dos Notários; a Câmara

dos Solicitadores; a Ordem dos Engenheiros; o Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida; o

Conselho Nacional de Educação; a Entidade Reguladora da Comunicação Social; a Escola Superior de

Teatro (IPL); a Autoridade Tributária; a Comissão do Mercado dos Valores Mobiliários; a Autoridade da

Concorrência.

[18] Para este primeiro ano de mandato, uma das prioridades consistiu na formação dos

funcionários do CEJ, nomeadamente através de parcerias com outras instituições públicas, aproveitando

o respectivo saber e saber-fazer, frequentemente disponibilizado de modo gratuito. Assim, com o

Instituto de Registos e Notariado, INA, ElearningLab, FCCN, Escola Superior de Teatro, entre outras

entidades, desenvolveu-se um programa ambicioso de requalificação profissional.

As áreas prioritárias definidas articulam-se com as necessidades imperativas de qualificação do

pessoal do CEJ, especialmente as tecnologias de informação, designadamente programas de

processamento de texto; também as ferramentas próprias de gestão financeira, sem as quais não será

possível responder com qualidade e precisão às exigências da moderna gestão pública.

Foram lançados procedimentos de mobilidade interna para requalificar os recursos humanos do

CEJ, especialmente nos departamentos de Formação e Informático. Contudo, verificaram-se dificuldades

na selecção de pessoal qualificado através dos instrumentos de mobilidade interna, que afectaram os

cronogramas estabelecidos. Apesar do muito elevado número de candidatos a todos os procedimentos

de mobilidade lançados pelo CEJ, verificou-se que os serviços de origem dificilmente autorizam os

funcionários qualificados a mudar de instituição. Não tendo os serviços de origem autorizado a

deslocação dos funcionários, foi necessário lançar concursos de recrutamento, que só no final do ano

estarão concluídos.

Em qualquer caso, anote-se que o parque informático e os programas utilizados são obsoletos,

quer quanto a magistrados docentes quer quanto aos recursos utilizados pelos funcionários,

designadamente dos sectores de pessoal e financeiro. Prosseguiu-se, assim, um projecto de actualização

que tornará possível em 2013 a reforma orgânica do Centro de Estudos Judiciários, agora com mais

competências no sector técnico. Dado este passo de requalificação dos recursos humanos e de

actualização dos recursos técnicos, como consta do Projecto Estratégico, será o momento para avançar

para a reforma interna do CEJ.

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Relatório de Actividades 2011-2012 10

[19] Selecção dos docentes.

Embora legalmente a designação dos docentes seja uma competência do Director, ouvido o

Conselho Pedagógico, pertencendo a nomeação ao Ministro da Justiça, realizou-se pela primeira vez na

história do CEJ a escolha dos docentes na sequência de uma apreciação curricular dos candidatos.

Concorreram 44 magistrados para as 18 vagas a concurso. Assinale-se a grande qualidade do

currículo profissional dos candidatos.

O júri do procedimento de selecção foi constituído pelo Director e pelos Directores-Adjuntos; por

um Juiz Conselheiro, um Procurador-Geral Adjunto e um advogado.

As regras do procedimento de selecção, melhor identificadas no respectivo Aviso de Abertura,

foram as seguintes: Avaliação meramente curricular; para uniformizar o processo e estabelecer critérios

claros quanto à apresentação de candidaturas, foram definidas regras assentes nos seguintes critérios:

classificações da Faculdade e do CEJ; serviço judicial; publicações; conferências e formação. Foi

solicitado aos interessados uma carta de intenções. A informação foi tratada de modo confidencial até à

divulgação final da lista dos candidatos admitidos.

[20] Concurso para o 30.º Curso

Por Despacho de 17 de Abril de 2012, proferido ao abrigo do disposto no artigo 8.º da Lei n.º

2/2008, a Ministra da Justiça determinou a abertura de curso de ingresso na magistratura para o

preenchimento de um total de 80 vagas, sendo 40 na magistratura judicial e 40 na magistratura do

Ministério Público.

Por despacho de 24 de Abril de 2004 foi aberto o respectivo concurso e publicado o seu

regulamento (Aviso (extracto), n.º 6281/2012).

Cabe ao Ministro da Justiça fixar anualmente o montante da comparticipação no custo deste

procedimento (art. 11.º da Lei n.º 2/2008). Esta competência veio a ser delegada no Director do CEJ,

conforme Despacho de delegação de competências n.º 5828/2012, publicado no Diário da República n.º

86, II.ª série, de 3 de Maio de 2012. Foi assim necessário encontrar as soluções para assegurar a

sustentabilidade financeira do concurso e do próprio CEJ, verificado que não existia cobertura

orçamental fazer face a todas as despesas necessárias à organização do concurso, nem, no curto prazo

de 30 dias para o respectivo lançamento, possibilidade de obter reforço de verbas para fazer face a

essas despesas.

O procedimento foi fixado em valor próximo do custo real (230 Euros).

Tendo o concurso decorrido em grande parte já fora do período abrangido pelo presente

Relatório de Actividades, apenas será objecto de posterior informação. A respectiva Avaliação externa e

interna já está em curso.

[21] Finalmente, deram-se os primeiros passos para um sistema de garantia de qualidade. Para

além dos inquéritos aos inscritos nas acções de formação contínua, desenvolveram-se ferramentas de

garantia de qualidade da formação presencial e a distância, nomeadamente através de processos de

diálogo entre docentes e inscritos, na avaliação pelos pares e na avaliação dos resultados. Procedeu-se à

audição dos antigos auditores, desde 2008, e ao inquérito dos presidentes e membros dos júris dos

exames, avaliação que se considera essencial e prévia à apresentação de qualquer proposta de reforma

da Lei orgânica do Centro de Estudos Judiciários e dos respectivos regulamentos.

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Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2011-2012 11

1. Segundos ciclos e

estágios

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Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2011-2012 12

1.1 Magistratura Judicial e Magistratura dos

Tribunais Administrativos e Fiscais Durante o período a que se reporta o presente relatório – e que, nos termos do n.º 1 do artigo

4.º da Lei n.º 2/2008, de 14 de Janeiro, corresponde ao ano de actividades do CEJ iniciado em 1 de

Setembro de 2011 e findo em 31 de Julho de 2012 (ao qual, por comodidade, nos passaremos a referir

como ano lectivo) – frequentaram os diferentes ciclos formativos em curso um número global de 205

formandos, entre auditores de justiça de 2º ciclo e estagiários, destinados a ingressarem como juízes

nas magistraturas judicial e dos tribunais administrativos e fiscais.

Esse vasto número de formandos desdobrou-se pelas fases e vias que se passam a indicar:

a) Magistratura judicial (total de 139):

fase de estágio da via académica do XXVII Curso: 36 (concluída em 29/2/2012);

fase de estágio da via profissional do XXVIII Curso: 11 (concluída em 29/2/2012,

excepto quanto a 1 estagiário, que a findou em 15/7/2012, por efeito de

prorrogação);

fase de estágio da via académica do XXVIII Curso: 37 (concluída em 15/7/2012, por

efeito do encurtamento determinado pelo Decreto-Lei n.º 168/2012, de 1 de

Agosto);

2.º ciclo da via profissional do XXIX Curso: 19 (concluído em 29/2/2012, com

passagem para a fase de estágio, a terminar em 28/2/2013; com a excepção de 2

auditores, que findaram o 2.º ciclo em 15/7/2012, por efeito de prorrogação);

2.º ciclo da via académica do XXIX Curso: 36 (concluído em 15/7/2012, com

passagem para a fase de estágio, a terminar em 15/7/2013, havendo

encurtamento);

b) Magistratura dos tribunais administrativos e fiscais (total de 66):

fase de estágio da via profissional do I Curso: 15 (concluída em 29/2/2012);

fase de estágio da via académica do I Curso: 9 (concluída em 15/7/2012, por

efeito do encurtamento determinado pelo Decreto-Lei n.º 168/2012, de 1 de

Agosto);

2.º ciclo da via profissional do II Curso: 30 (concluído em 29/2/2012, com

passagem para a fase de estágio, a terminar em 28/2/2013; com a excepção de

2 auditores, sendo que um deles findou o 2.º ciclo em 15/7/2012, por efeito de

prorrogação, e o outro apresentou desistência do curso de formação teórico-

prática);

2.º ciclo da via académica do II Curso: 12 (concluído em 15/7/2012, com

passagem para a fase de estágio, a terminar em 15/7/2013, por efeito do

encurtamento determinado pelo Decreto-Lei n.º 168/2012).

Perante este quadro é de concluir que, no período a que se reporta o presente relatório e até ao

termo do mesmo, a actividade formativa do CEJ produziu um significativo reforço dos quadros das

magistraturas judicial e dos tribunais administrativos e fiscais, mediante o preenchimento de vagas de

juízes em regime de efectividade (e na medida em que não houve casos de exclusão) nos seguintes

termos:

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Relatório de Actividades 2011-2012 13

a) juízes dos tribunais judiciais (total de 84):

em 29/2/2012: 46

em 15/7/2012: 38

b) juízes dos tribunais administrativos e fiscais (total de 24):

em 29/2/2012: 15

em 15/7/2012: 9

Acrescente-se que, por efeito do culminar dos estágios ainda em curso, se perspectiva um novo

reforço desses mesmos quadros a breve trecho, e pelo seguinte modo:

c) juízes dos tribunais judiciais (total de 55):

em 28/2/2013: 17

em 15/7/201338

d) juízes dos tribunais administrativos e fiscais (total de 41):

em 28/2/2013: 28

em 15/7/2013: 13

Uma vez que a actual Direcção do CEJ iniciou funções já no decurso do ano lectivo a que nos

estamos reportando (o Director em 1/10/2011 e os Directores-Adjuntos em 15/11/2011), constituiu sua

preocupação evitar que essa mudança directiva produzisse qualquer perturbação do normal

desenvolvimento das actividades formativas já a decorrer.

Tendo presentes os objectivos específicos estabelecidos para o 2.º ciclo do curso de formação

teórico-prática e para a fase de estágio de ingresso, respectivamente nos artigos 49.º e 69.º da Lei n.º

2/2008, pretendeu-se dar-lhes execução com estabilidade e máxima eficácia.

Garantida a normalização administrativa dos processos de nomeação dos magistrados

formadores colocados nos tribunais (designadamente junto do Conselho Superior da Magistratura), foi

possível dar continuidade a um profícuo trabalho de colaboração com esses formadores no necessário

acompanhamento formativo de auditores e estagiários, sob a orientação dos 4 Coordenadores Distritais

(no caso da magistratura judicial) e dos 2 Coordenadores Regionais (no caso da magistratura dos

tribunais administrativos e fiscais), supervisionados pelo Director-Adjunto para o 2.º ciclo do curso de

formação teórico-prática e para a fase de estágio das magistraturas judicial e dos tribunais

administrativos e fiscais.

Cumprido o desiderato de estabilidade formativa, é possível afirmar que, no caso da magistratura

judicial, para tanto muito contribuiu a continuidade de funções dos Coordenadores Distritais, de

designação anterior à da actual Direcção e que foi entretanto renovada pelo CSM quanto a dois deles

(dos Distritos do Porto e de Évora, com efeitos, respectivamente, a 1/5/2012 e 1/4/2012). E se, no caso

da magistratura dos tribunais administrativos e fiscais, não foi possível assegurar plenamente essa

continuidade (assim quanto à Região Norte, por força da saída, por sua iniciativa, do anterior

Coordenador Regional), o certo é que a celeridade da substituição e a qualidade desta permitiram

reduzir ao mínimo o efeito turbativo que uma tal mudança no decurso do ano lectivo necessariamente

comporta. Neste quadro foi possível dar plena satisfação aos objectivos formativos traçados na Lei e no

Plano de Actividades para 2011-2012.

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Relatório de Actividades 2011-2012 14

1.1.1 Magistratura Judicial

1.1.1.1 Segundo Ciclo do Curso de Formação Teórico-Prática

O segundo ciclo de formação para futuros juízes dos tribunais judiciais decorre em tribunais

de 1.ª instância, sendo essa formação assegurada por magistrados formadores, mediante a

orientação de coordenadores distritais (um por cada distrito judicial) e sob a supervisão de um

Director-Adjunto oriundo da magistratura judicial – em conformidade com o disposto nos artigos

50.º, 52.º, 84.º, 86.º e 95.º da Lei n.º 2/2008. Esses juízes formadores são designados pelo

Conselho Superior da Magistratura, sob proposta do Director do CEJ, tendo em conta a sua

qualidade de desempenho, experiência profissional e motivação, como estabelece esse artigo 86.º

No âmbito desse segundo ciclo, os auditores de justiça ainda não exercem sob

responsabilidade própria as funções inerentes à respectiva magistratura, mas desenvolvem

actividades de preparação e coadjuvação ou assistência de intervenções processuais dos seus

formadores, designadamente elaborando projectos de peças processuais, sendo tudo objecto de

avaliação por parte dos coordenadores, com base nos elementos obtidos por estes ou prestados

pelos formadores, e sob orientação do aludido Director-Adjunto – tudo nos termos do disposto nos

artigos 51.º e 52.º da referida lei. A essa avaliação corresponde a atribuição de uma classificação e

uma graduação de todos os auditores, que são propostas ao conselho pedagógico e por este

aprovadas – segundo os artigos 53.º e 54.º da mesma lei.

Este segundo ciclo decorre, em regra, em tribunais de comarca de competência genérica ou

desdobrados em juízos de competência especializada cível e criminal, sem prejuízo da deslocação

dos auditores, ainda que por períodos curtos, a tribunais de competência especializada, como os

de instrução criminal, de família e menores e do trabalho. Trata-se de levar em linha de conta o

entendimento, que se afigura consensualmente reconhecido, de que a formação teórico-prática de

magistrados se desenvolve com mais eficácia e qualidade pedagógica em tribunais de competência

genérica (ou o mais próximos possível desse modelo). Em qualquer caso, o auditor é sempre

orientado por um formador do tribunal ou juízo respectivo. E, por princípio, a cada juiz formador

corresponde em cada momento apenas um auditor, como condição de uma relação de formação

dedicada e mais personalizada.

Há que referir neste ponto as dificuldades de selecção de formadores mais experientes, por

força de uma orgânica judiciária que compele os juízes a aceder a tribunais especializados ou de

competência mais restrita a partir dos 10 anos de carreira. Porém, no difícil balanço das diferentes

condicionantes, procurou-se promover a melhor qualidade possível da formação e, nesse contexto,

crê-se terem sido cumpridos satisfatoriamente os objectivos legalmente estabelecidos para esta

fase.

Em conformidade, foram os auditores do XXIX Curso das duas respectivas vias de acesso

submetidos a esse processo formativo e avaliativo – os da via profissional até 29/2/2012 e os da via

académica até 15/7/2012, sem prejuízo de prorrogações –, que culminou com a atribuição de

classificações e pertinentes graduações por referência a essas datas, ou seja, em dois momentos

distintos do período a que se reporta o presente relatório.

Em ambas as ocasiões desenvolveu-se um conjunto de procedimentos tendentes a uma

mais criteriosa avaliação dos auditores, segundo parâmetros de uniformização de critérios e de

justiça relativa, que passaram designadamente pela realização de reuniões de trabalho do

Director-Adjunto com os Coordenadores e com todos os formadores. E haverá ainda que assinalar

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Relatório de Actividades 2011-2012 15

os contactos regulares que cada Coordenador estabeleceu com os respectivos formadores e

auditores, ao longo do processo formativo, em outras tantas visitas aos tribunais, em que foram

analisados e discutidos com os auditores os trabalhos por estes realizados. Faça-se notar, a este

propósito, que os Coordenadores Distritais (apenas com a excepção do de Lisboa) desempenham

essas funções em regime de acumulação de serviço, ainda que com parcial redução do mesmo.

Durante o 2º ciclo, e em cumprimento da exigência legal de realização de estágios de curta

duração junto de entidades e instituições não judiciárias (artigo 51.º, nº 2, da Lei n.º 2/2008),

foram ainda organizadas ou promovidas pelos Coordenadores Distritais um conjunto de visitas

formativas a diferentes entidades, em função do enquadramento territorial de cada auditor ou

grupo de auditores, que abrangeram, entre outros, desde delegações dos serviços de reinserção

social, de segurança social ou de protecção de menores até conservatórias de registo civil ou

predial e cartórios notariais ou instalações prisionais e de organismos policiais.

Por último, e com base na previsão legal de participação em acções formativas específicas

ou conjuntas (artigo 51.º, nº 5, da Lei n.º 2/2008), foi promovida a comparência de auditores de

justiça nas seguintes acções, realizadas no CEJ:

«Insolvência e consequências da sua declaração» (em 13, 20 e 27/1/2012);

«Cooperação e Coordenação Internacional em Matéria Penal: o Sistema de

Informação Schengen e o gabinete Nacional SIRENE; a Eurojust» (em 30/3/2012);

«Apreciação dos meios de prova e fundamentação da matéria de facto» (em

1/6/2012);

«Teleassistência. Vigilância Electrónica. Programa para Agressores de Violência

Doméstica» (em 28/6/2012).

1.1.1.2 Fase de Estágio de Ingresso

A fase de estágio dos futuros juízes dos tribunais judiciais decorre em tribunais de

característica semelhantes àqueles em que decorre o segundo ciclo, mas os magistrados em

regime de estágio já exercem sob responsabilidade própria as funções inerentes à respectiva

magistratura, ainda que com a assistência de formadores, numa lógica de aprofundamento das

competências e capacidades para o respectivo desempenho profissional, e num regime de

observação partilhada pelo CEJ e pelo Conselho Superior da Magistratura – em conformidade com

o disposto nos artigos 69.º e 71.º da Lei n.º 2/2008.

A designação de formadores, a colocação dos juízes estagiários e organização do estágio

obedecem, genericamente, aos critérios já definidos para o segundo ciclo e supra referidos. E,

quanto ao acompanhamento individual desses estagiários, são ainda atendidos os elementos

consignados nos Planos Individuais de Estágio (PIE), elaborados pelo CEJ (na articulação entre

Director, Director-Adjunto respectivo e coordenadores distritais), com o parecer favorável do

conselho pedagógico, e homologados pelo Conselho Superior da Magistratura.

No desenvolvimento da fase de estágio, o CEJ, através da actividade dos seus

coordenadores distritais, procura assegurar o cumprimento dos objectivos legalmente

estabelecidos para esta fase, que não se compaginam com um exercício funcional que se confunda

com o desempenho próprio de um juiz auxiliar.

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Relatório de Actividades 2011-2012 16

Durante o período a que se reporta o presente relatório decorreu a fase final dos estágios

da via académica do XXVII Curso e da via profissional do XXVIII Curso (terminados em 29/2/2012),

todo o estágio da via académica do XXVIII Curso (terminado em 15/7/2012, por efeito do

respectivo encurtamento) e a fase inicial do estágio da via profissional do XXIX Curso (começado

em 1/3/2012, para terminar em 28/2/2013).

Esta múltipla actividade determinou o desenvolvimento de contactos regulares de cada

Coordenador com os respectivos formadores e estagiários, em outras tantas visitas aos tribunais,

após o que foram produzidas em diferentes ocasiões, e em relação a todos os juízes estagiários

envolvidos, as necessárias informações periódicas e finais legalmente previstas. Essas informações

foram comunicadas ao Director-Adjunto e por este ao Director, que as transmitiu

tempestivamente ao Conselho Superior da Magistratura.

Durante as diferentes fases de estágio em curso no período a que se reporta o presente

relatório, e com base na previsão legal de participação em acções formativas específicas ou

conjuntas (artigo 70.º, nº 4, da Lei n.º 2/2008), foi promovida a comparência de juízes estagiários

nas seguintes acções, realizadas no CEJ:

«Insolvência e consequências da sua declaração» (em 13, 20 e 27/1/2012);

«Cooperação e Coordenação Internacional em Matéria Penal: o Sistema de

Informação Schengen e o gabinete Nacional SIRENE; a Eurojust» (em 30/3/2012).

E foi especialmente organizada para os juízes estagiários, em vista da sua próxima

integração na carreira judicial em regime de efectividade, uma acção de formação, em dupla

apresentação – uma dirigida aos dos Distritos Judiciais de Porto e Coimbra, no Tribunal da Relação

de Porto (em 11/7/2012), e outra aos dos Distritos Judiciais de Lisboa e Évora, no Tribunal da

Relação de Lisboa (em 12/7/2012) –, subordinada ao tema «Inspecções Judiciais e Gerações em

Diálogo», com a presença dos Ex.mos

Vice-Presidente e Presidente do Conselho Superior da

Magistratura, respectivamente.

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1.1.2 Magistratura dos Tribunais

Administrativos e Fiscais

1.1.2.1 Segundo Ciclo do Curso de Formação Teórico-Prática

O segundo ciclo de formação para futuros juízes dos tribunais administrativos e fiscais

decorre nos tribunais administrativos de círculo e tribunais tributários, sendo essa formação

assegurada por magistrados formadores, mediante a orientação de coordenadores regionais (um

por cada área de jurisdição dos tribunais centrais administrativos, actualmente em número de

dois) e sob a supervisão de um Director-Adjunto oriundo da magistratura judicial – em

conformidade com o disposto nos artigos 50.º, 52.º, 84.º, 86.º e 95.º da Lei n.º 2/2008. Esses juízes

formadores são designados pelo Conselho Superior dos Tribunais Administrativos e Fiscais, sob

proposta do Director do CEJ, tendo em conta a sua qualidade de desempenho, experiência

profissional e motivação, como estabelece esse artigo 86.º

No âmbito desse segundo ciclo, os auditores de justiça ainda não exercem sob

responsabilidade própria as funções inerentes à respectiva magistratura, mas desenvolvem

actividades de preparação e coadjuvação ou assistência de intervenções processuais dos seus

formadores, designadamente elaborando projectos de peças processuais, sendo tudo objecto de

avaliação por parte dos coordenadores, com base nos elementos obtidos por estes ou prestados

pelos formadores, e sob orientação do aludido Director-Adjunto – tudo nos termos do disposto nos

artigos 51.º e 52.º da referida lei. A essa avaliação corresponde a atribuição de uma classificação e

uma graduação de todos os auditores, que são propostas ao conselho pedagógico e por este

aprovadas – segundo os artigos 53.º e 54.º da mesma lei.

Este segundo ciclo é repartido, em tempos iguais, pelas áreas administrativa e fiscal de cada

um dos tribunais territorialmente definidos (sendo certo que essas duas áreas se integram, na

generalidade do território, em tribunais que recebem a designação de «Tribunal Administrativo e

Fiscal», com a excepção de Lisboa, em que coexistem separadamente um Tribunal Administrativo

de Círculo e um Tribunal Tributário). A essas duas áreas correspondem, em regra, juízes diferentes,

pelo que a cada auditor é normalmente atribuída uma dupla de juízes formadores. E, por princípio,

a cada juiz formador corresponde em cada momento apenas um auditor, como condição de uma

relação de formação dedicada e mais personalizada.

Em execução deste programa legal, procurou-se assegurar a melhor qualidade possível da

formação e crê-se terem sido cumpridos satisfatoriamente os objectivos legalmente estabelecidos

para esta fase.

Em conformidade, foram os auditores do II Curso das duas respectivas vias de acesso

submetidos a esse processo formativo e avaliativo – os da via profissional até 29/2/2012 e os da via

académica até 15/7/2012, sem prejuízo de prorrogações –, que culminou com a atribuição de

classificações e pertinentes graduações por referência a essas datas, ou seja, em dois momentos

distintos do período a que se reporta o presente relatório.

Em ambas as ocasiões desenvolveu-se um conjunto de procedimentos tendentes a uma

mais criteriosa avaliação dos auditores, segundo parâmetros de uniformização de critérios e de

justiça relativa, que passaram designadamente pela realização de reuniões de trabalho do

Director-Adjunto com os Coordenadores e com todos os formadores. E haverá ainda que assinalar

os contactos regulares que cada Coordenador estabeleceu com os respectivos formadores e

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Relatório de Actividades 2011-2012 18

auditores, ao longo do processo formativo, em outras tantas visitas aos tribunais, em que foram

analisados e discutidos com os auditores os trabalhos por estes realizados. Faça-se notar, a este

propósito, que os Coordenadores Regionais desempenham essas funções em regime de

acumulação de serviço, sem qualquer redução do mesmo.

Durante o 2º ciclo, e em cumprimento da exigência legal de realização de estágios de curta

duração junto de entidades e instituições não judiciárias (artigo 51.º, nº 2, da Lei n.º 2/2008),

foram ainda organizadas ou promovidas pelos Coordenadores Regionais um conjunto de visitas

formativas a diferentes entidades, em função do enquadramento territorial de cada auditor ou

grupo de auditores, que abrangeram, entre outros, desde repartições de Finanças até organismos

autárquicos ou entidades reguladoras de natureza administrativa.

1.1.2.2 Fase de Estágio de Ingresso

A fase de estágio dos futuros juízes dos tribunais administrativos e fiscais decorre em

tribunais de característica semelhantes àqueles em que decorre o segundo ciclo, mas os

magistrados em regime de estágio já exercem sob responsabilidade própria as funções inerentes à

respectiva magistratura, ainda que com a assistência de formadores, numa lógica de

aprofundamento das competências e capacidades para o respectivo desempenho profissional, e

num regime de observação partilhada pelo CEJ e pelo Conselho Superior dos Tribunais

Administrativos e Fiscais – em conformidade com o disposto nos artigos 69.º e 71.º da Lei n.º

2/2008.

A designação de formadores, a colocação dos juízes estagiários e organização do estágio

obedecem, genericamente, aos critérios já definidos para o segundo ciclo e supra referidos. E,

quanto ao acompanhamento individual desses estagiários, são ainda atendidos os elementos

consignados nos Planos Individuais de Estágio (PIE), elaborados pelo CEJ (na articulação entre

Director, Director-Adjunto respectivo e coordenadores regionais), com o parecer favorável do

conselho pedagógico, e homologados pelo Conselho Superior dos Tribunais Administrativos e

Fiscais.

No desenvolvimento da fase de estágio, o CEJ, através da actividade dos seus

coordenadores regionais, procura assegurar o cumprimento dos objectivos legalmente

estabelecidos para esta fase, que não se compaginam com um exercício funcional que se confunda

com o desempenho próprio de um juiz auxiliar.

Durante o período a que se reporta o presente relatório decorreu a fase final do estágio da

via profissional do I Curso (terminado em 29/2/2012), todo o estágio da via académica do I Curso

(terminado em 15/7/2012, por efeito do respectivo encurtamento) e a fase inicial do estágio da via

profissional do II Curso (começado em 1/3/2012, para terminar em 28/2/2013).

Esta múltipla actividade determinou o desenvolvimento de contactos regulares de cada

Coordenador com os respectivos formadores e estagiários, em outras tantas visitas aos tribunais,

após o que foram produzidas em diferentes ocasiões, e em relação a todos os juízes estagiários

envolvidos, as necessárias informações periódicas e finais legalmente previstas. Essas informações

foram comunicadas ao Director-Adjunto e por este ao Director, que as transmitiu

tempestivamente ao Conselho Superior dos Tribunais Administrativos e Fiscais.

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Relatório de Actividades 2011-2012 19

1.2 Ministério Público Durante o período a que se reporta o presente relatório que, nos termos do n.º 1 do artigo 4.º da

Lei n.º 2/2008, de 14 de Janeiro, corresponde ao ano de actividades do CEJ iniciado em 1 de Setembro

de 2011 e findo em 31 de Julho de 2012, frequentaram os diferentes ciclos formativos um número

global de 148 formandos, entre auditores de justiça de 2º ciclo e estagiários, destinados a ingressarem

na Magistratura do Ministério Público.

Esse número de formandos desdobrou-se pelas fases e vias que se indicam:

Fase de estágio da via académica do XXVII Curso, concluída em 29/2/2012: 35

Fase de estágio da via profissional do XXVIII Curso, concluída em 29/2/2012: 14

Fase de estágio da via académica do XXVIII Curso, concluída em 15/7/2012, por

efeito do encurtamento determinado pelo Decreto-Lei n.º 168/2012, de 1 de

Agosto: 36

2.º Ciclo da via profissional do XXIX Curso, concluído em 29/2/2012, com passagem

para a fase de estágio, a terminar em 28/2/2013: 16, em virtude de ter ocorrido

uma desistência

2.º Ciclo da via académica do XXIX Curso, concluído em 15/7/2012, com passagem

para a fase de estágio, a terminar em 15/7/2013, havendo encurtamento: 47, em

virtude de ter ocorrido uma exclusão.

Perante este quadro é de concluir que no período a que se reporta o presente relatório e até ao

termo do mesmo, a actividade formativa do CEJ produziu um significativo reforço dos quadros da

magistratura do Ministério Público mediante o preenchimento de vagas de procuradores adjuntos em

regime de efectividade no total de 85 e conforme o seguinte calendário:

Em 29/2/2012: 49

Em 15/7/2012: 36

Acrescente-se que, por efeito do culminar dos estágios ainda em curso, se perspectiva a curto

prazo um novo reforço desses mesmos quadros, conforme se indica:

Procuradores adjuntos (total de 63):

Em 28/2/2013: 16

Em 15/7/2013: 47

Tendo presente os objectivos específicos estabelecidos para o 2º ciclo do curso de formação

teórico-prática e para a fase de estágio de ingresso, conforme respectivamente artigos 49º e 69º da lei

nº 2/2008, pretendeu-se dar-lhes execução com estabilidade e máxima eficácia, garantindo ainda que a

mudança directiva ocorrida não produzisse qualquer perturbação no normal desenvolvimento das

actividades formativas já iniciadas.

Garantida a normalização administrativa dos processos de nomeação dos magistrados do

Ministério Público formadores, colocados nos tribunais, foi dada continuidade a profícuo trabalho de

colaboração com os formadores no necessário acompanhamento formativo de auditores e estagiários,

sob a orientação dos 4 Coordenadores Distritais e supervisão da Directora-Adjunta para o 2.º ciclo do

curso de formação teórico-prática e para a fase de estágio da magistratura do Ministério Público.

Cumprido o desiderato de estabilidade formativa, é possível afirmar que para tanto muito

contribuiu a continuidade de funções dos Coordenadores Distritais, de designação anterior à da actual

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Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2011-2012 20

Direcção e que foi entretanto renovada pelo CSMP quanto a dois deles (dos Distritos do Porto e de

Coimbra), tendo ocorrido plena satisfação dos objectivos formativos traçados na Lei e no Plano de

Actividades para 2011-2012.

1.2.1 Segundo Ciclo do Curso de Formação Teórico-Prática

O 2º ciclo de formação para futuros magistrados do Ministério Público decorreu junto de

tribunais de 1ª instância, sendo essa formação assegurada por magistrados formadores, mediante

orientação dos coordenadores distritais e sob supervisão do Director-Adjunto oriundo da

Magistratura do Ministério Público – artigos 50º, 52º, 84º, 86º e 95º da lei 2/2008, no respeito e

metodologias definidos no Plano de Actividades para o ano de 2011/2012. Quando necessário, esta

actividade formativa decorreu junto de tribunais de competência especializada, mediante

programação efectuada pelos respectivos Coordenadores Distritais em consonância com

orientações prévias e uniformes.

Os magistrados do Ministério Público formadores são designados pelo Conselho Superior do

Ministério Público, sob proposta do Director do CEJ, tendo em conta a qualidade do desempenho,

experiência profissional e motivação, conforme artigo 86º do mencionado diploma legal. As

actividades relativas à formação do 2º Ciclo durante o ano de actividades 2011/2012, visaram o

acompanhamento, supervisão, coordenação e avaliação dos auditores de justiça do XXIX Curso

Normal de Formação de Magistrados, em conformidade com o Plano de Actividades para o ano

2011/2012.

O 2º Ciclo de actividades da fase teórico-prática do XXIX Curso Normal de Formação de

Magistrados decorreu portanto entre 1 de Setembro de 2011 e 28 de Fevereiro de 2012 para os 16

(dezassete) auditores de justiça que optaram pela Magistratura do Ministério Público e que

ingressaram no curso ao abrigo do disposto na segunda parte da alínea c) do artigo 5º da Lei nº

2/2008, de 14 de Janeiro (via profissional).

E decorreu entre 1 de Setembro de 2011 e 15 de Julho de 2012, para os 47 (quarenta e sete

auditores de justiça) que optaram também pela Magistratura do Ministério Público mas que

ingressaram ao abrigo do disposto na 1ª parte do referido preceito legal (via académica).

A formação no 2º Ciclo dos 64 (sessenta e quatro auditores de justiça) desenvolveu-se nos

quatro distritos Judiciais, assim distribuídos:

18 auditores de justiça (14 da via académica e 4 da via profissional) foram

colocados em comarcas do distrito judicial do Porto (comarcas de Gondomar;

Penafiel; Guimarães; Famalicão; Esposende; Espinho; Valongo; paços de Ferreira;

Braga; Matosinhos; Barcelos e S: João da Madeira).

16 auditores de justiça (13 da via académica e 3 da via profissional) foram

colocados em comarcas do distrito judicial de Coimbra (comarcas de Montemor-o-

Velho; Torres Novas; Pombal; Figueira da Foz; Aveiro; Santa Comba Dão; Anadia;

Leiria; S. Pedro do Sul; Tomar e Tondela).

15 auditores de justiça (12 da via académica e 3 da via profissional) foram

colocados em comarcas do distrito judicial de Lisboa (Barreiro, Seixal, Oeiras,

Cascais, GLN-Sintra, Loures, Peniche, Caldas da Rainha e Benavente).

16 Auditores de Justiça (9 da via académica e 7 da via profissional) foram

colocados em comarcas do distrito judicial de Évora (comarcas de Évora;

Portalegre; Setúbal; Faro; Santarém; Santiago do Cacém, Albufeira; Loulé e Beja).

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Relatório de Actividades 2011-2012 21

No âmbito do 2º Ciclo de formação teórico-prática os auditores de justiça ainda não

exercem, sob responsabilidade própria, as funções inerentes à magistratura do Ministério Público.

Teve assim esta fase como finalidade conferir ao auditor de justiça maior proximidade e

consciência das diversas actuações inerentes à magistratura do Ministério Público, através da

elaboração de projectos de peças processuais, intervenção em actos preparatórios do processo,

coadjuvação do formador nas tarefas de direcção e instrução do processo e assistência às diversas

diligências processuais sendo que, com base nos elementos obtidos por estes ou prestados pelos

formadores, tudo foi objecto de avaliação por parte dos coordenadores, sob a orientação da

Directora-Adjunta, conforme artigos 51º e 52º da referida lei.

Em regra, cada formador assegurou a formação de um auditor de justiça e de um

procurador-adjunto em regime de estágio. O auditor de justiça acompanha o formador nas

diligências processuais de forma a em sede de estágio se e4ncontrar preparado para ter

intervenção mais directa, embora ainda com alguma tutela do formador.

Os Coordenadores Distritais, privilegiando o contacto pessoal, visitaram os auditores de

justiça periodicamente, (em regra mensalmente) discutindo os trabalhos simulados ao mesmo

tempo que acompanharam a formação dos procuradores adjuntos em regime de estágio.

Nestas visitas de trabalho os coordenadores preocuparam-se não só com as deficiências ou

mesmo desacertos dos trabalhos, mas também indicaram o sentido da solução mais adequada ao

caso concreto. Também estas visitas tiveram como escopo prioritário indagar e interpelar os

formadores acerca da evolução do desempenho dos formandos, captando, através de diálogo, as

circunstâncias relevantes para a correcta compreensão e avaliação do desempenho.

Ao longo do ano formativo realizaram-se várias reuniões entre a Directora-Adjunta e os

Coordenadores Distritais. Procedeu-se, por essa via, à avaliação, concepção e planificação de todas

as actividades formativas, tendo sido identificadas algumas questões que importava resolver,

designadamente:

Necessidade de ser criado um forte canal de comunicação entre o 1º ciclo

formativo e o 2º ciclo formativo, canal que permita a transmissão de informação

relativa a cada um dos auditores de justiça;

Necessidade de uniformizar critérios de avaliação, independentemente do distrito

judicial onde seja desenvolvida a formação.

Com vista a dar impulso à criação do mencionado canal de comunicação entre os 1º e 2º

ciclos formativos, os Coordenadores Distritais estiveram presentes em algumas das reuniões

avaliativas do 1º ciclo formativo, tendo recebido de cada um dos Docentes das várias jurisdições,

um relatório descritivo das matérias leccionadas e peças processuais exercitadas pelos Auditores

de Justiça no 1º ciclo.

Com o objectivo de uniformizar critérios avaliativos, foram planificadas e operacionalizadas

actividades transversais a todos os auditores de justiça do XXIX Curso Normal de formação de

Magistrados do Ministério Público, via académica, designadamente a elaboração, ao longo do ano

formativo, de um trabalho teórico-prático por parte de cada auditor, sobre um dos seguintes

temas:

“O crime de exercício ilícito de segurança privada”;

“Relações entre o Ministério Público e órgãos de polícia criminal no processo

penal”;

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Relatório de Actividades 2011-2012 22

“Responsabilidade penal médica”;

“Crimes fiscais e o princípio da adesão”;

“O crime de incêndio/explosão”;

“Proibições de prova. Videovigilância. Prática e gestão do inquérito”;

“As recentes alterações legislativas às soluções de consenso e celeridade no

Processo Penal”;

“A livre apreciação da prova na fase do inquérito, problemas na valoração da prova

e na determinação dos limites da fundamentação da convicção do Ministério

Público”;

“O pressuposto da Suspensão Provisória do Processo consistente na ausência de

aplicação anterior de suspensão provisória de processo por crime da mesma

natureza”;

“Os meios ocultos de prova – as acções encobertas”;

“Competência do Tribunal de estrutura singular por via do disposto no artigo 16.º,

n.º 3 do Código de Processo Penal”;

“Cash-Trapping”.

Tais trabalhos, para além de terem sido apresentados na sua versão escrita, foram também

objecto de apresentação oral na semana de 21 a 25 de Maio de 2012, no Centro de Estudos

Judiciários, perante a Directora-Adjunta, os quatro Coordenadores Distritais de Estágio e todo o

grupo de auditores de justiça do XXIX Curso Normal de formação de Magistrados do Ministério

Público, tendo-se traduzido esta semana de trabalho numa semana formativa e num relevante

contributo para a uniformização de critérios de avaliação, objectivo que, como referido, sempre

constituiu prioridade ao longo do trabalho desenvolvido neste ano formativo.

Todos os trabalhos e apresentações orais, suportadas também por ferramentas como o

“power point”, foram posteriormente partilhados por todos os coordenadores, formandos e

formadores do respectivo curso.

Em conformidade com o disposto no artigo 51º da Lei nº 2/2008 de 14 de Janeiro e com o

art. 50º do Regulamento do CEJ, bem como com o respectivo Plano de Actividades 2011-2012,

foram levados a efeito estágios de curta duração.

Tais estágios, que decorreram entre 05 e 23 de Março de 2012, foram planeados e

executados pelos coordenadores distritais em estreita e directa articulação com a Directora

Adjunta, tendo abrangido as seguintes áreas:

Órgãos de Polícia Criminal (OPC), através de contactos formativos, nomeadamente

com a PJ, PSP, GNR, SEF, ASAE e Autoridade Marítima

Entidades de apoio à aplicação de penas e medidas, através de contactos

formativos com a Direcção-Geral de Reinserção Social e com diversos

estabelecimentos prisionais

Vertente do crime económico, através de contactos formativos com diversas

Direcções Distritais de Finanças (em especial com os respectivos Núcleos de

Investigação Criminal).

Dos estágios de curta duração foram elaborados pormenorizados relatórios pelos

coordenadores.

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Relatório de Actividades 2011-2012 23

A Directora-Adjunta para a magistratura do Ministério Público realizou reuniões intercalares

e finais com todos os Formadores e Coordenadores Distritais, com vista a salientar a estruturante

importância do papel do formador, destacar os objectivos da formação, traçar as diferenças entre

o 2º Ciclo da formação teórico-prática para os auditores de justiça provenientes da via académica e

para os oriundos da via profissional, face à menor duração de permanência destes nos tribunais

nesta fase e implementar, como prioridade, uniformização de critérios avaliativos, destacando-se

as seguintes:

No mês de Novembro de 2011, após a presentação das informações previstas no

artigo 52º, nº 4, do Regulamento do CEJ, as reuniões de avaliação intercalar dos

dezassete Auditores de Justiça provenientes da via profissional, seguindo-se a

elaboração dos respectivos relatórios intercalares;

No mês de Janeiro de 2012, após apresentação das informações previstas no artigo

52º, nº 3, do Regulamento do CEJ, as reuniões de avaliação intercalar dos quarenta

e sete auditores de justiça provenientes da via académica, seguindo-se a

elaboração dos respectivos relatórios intercalares;

No mês de Fevereiro de 2012 as reuniões de avaliação final dos auditores de justiça

do XXIX Curso Normal provenientes da via profissional;

No dia 06 de Fevereiro de 2012, a reunião entre a Directora-Adjunta e os

Coordenadores Distritais visando, através da uniformização de critérios de

avaliação, proceder à apreciação global das informações sobre os auditores

oriundos da via profissional;

No mês de Maio de 2012, após apresentação das informações previstas no artigo

52º, nº 3, do Regulamento do CEJ, as reuniões de avaliação final dos quarenta e

sete auditores de justiça provenientes da via académica, as quais contaram com a

presença da Directora-Adjunta desta área, Coordenadores Distritais e Formadores.

No dia 11 de Junho de 2012, a Directora-Adjunta reuniu com os Coordenadores

Distritais visando, através da uniformização de critérios de avaliação, a apreciação

global das informações sobre os auditores oriundos da via académica.

Ao longo do ano formativo, ainda com base na previsão legal de participação em acções

formativas específicas ou conjuntas (artigo 51.º, nº 5, da Lei n.º 2/2008, planificaram-se e

realizaram-se igualmente várias visitas, intervenções e contactos com as mais diversas entidades e

instituições relacionadas com a futura actividade de magistrados do Ministério Público,

destacando-se:

No dia 20 de Outubro de 2011 acção de formação “A Autoridade de Segurança

Alimentar e Económica (ASAE) e o Ministério Público”, que se destinou aos

Procuradores Adjuntos em regime de estágio (2011 – 2012) oriundos dos XXVII e do

XXVIII Curso de Formação e Auditores de Justiça do XXIX Curso de Formação, 2º

Ciclo, seguida de uma visita de Estudo e de Trabalho ao Centro Hospitalar

Psiquiátrico de Coimbra;

No dia 6 de Dezembro de 2011 acção de formação sobre o tema “Violência

Doméstica” no Auditório da Ordem dos Advogados em Coimbra;

No dia 11 de Março de 2012 participação no evento «Profissões & Profissionais no

Direito», organizado pela Universidade Católica, tendo o Coordenador Distrital do

Porto apresentado uma exposição sobre o regime de acesso às magistraturas;

No dia 30 de Março de 2012 acção de formação na qual participaram Auditores de

Justiça do XXIX Curso Normal e Procuradores-Adjuntos em regime de estágio dos

XXVIII e XXIX Cursos Normais, subordinada ao tema “Cooperação e Coordenação

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Relatório de Actividades 2011-2012 24

Internacional em Matéria Penal - O Sistema de Informação Schengen e o Gabinete

Nacional Sirene – A Eurojust”;

No dia 17 de Abril de 2012 visita de estudo e de trabalho ao Instituto Nacional de

Medicina Legal, em Coimbra;

No dia 2 de Maio de 2012 participação na sessão sobre «Saídas profissionais e

formação jurídica», que teve lugar na Escola de Direito, da Universidade do Minho,

no Campus de Gualtar, enquadrada na "Semana do Direito" organizada pela

Associação de Estudantes de Direito (AEDUM) e cujo objectivo consistiu no

esclarecimento genérico, pelo Coordenador Distrital do Porto, de questões

relacionadas com a adequação dos licenciados ao mercado de trabalho e às

exigências específicas deste;

No dia 8 de Maio de 2012 acção de formação denominada “A Actividade da

Delegação Regional do Centro da Direcção Geral de Reinserção Social como Órgão

de Assessoria Técnica aos Tribunais” e “O Centro Educativo dos Olivais”;

No dia 30 de Maio de 2012 deslocação de Auditores de Justiça do XXIX Curso

Normal, ao Estabelecimento Prisional de Sintra, local onde contactaram com a

realidade diária de um Estabelecimento Prisional;

No dia 22 de Junho de 2012 acção de formação complementar na qual

participaram Auditores de Justiça do XXIX Curso Normal e 9 Procuradores-Adjuntos

em regime de estágio dos XXVIII e XXIX Cursos Normais, subordinada ao tema “A

Investigação Criminal em Ambiente Digital”;

No dia 29 de Junho de 2012 acção de formação complementar na qual

participaram Auditores de Justiça do XXIX Curso Normal e Procuradores-Adjuntos

em regime de estágio dos XXVIII e XXIX Cursos Normais e subordinada ao tema “A

Vítima e os Processos de Vitimização”;

No dia 12 de Julho de 2012 acção de formação complementar na qual participaram

Auditores de Justiça do XXIX Curso Normal e Procuradores-Adjuntos em regime de

estágio dos XXVIII e XXIX Cursos Normais e subordinada ao tema “O Ministério

Público na Organização Judiciária – Aspectos em Perspectiva”.

Uma vez completado o 2º Ciclo, o Conselho Pedagógico procedeu à avaliação do

aproveitamento e adequação dos auditores de justiça do XXIX Curso Normal de Formação de

Magistrados oriundos da via profissional, com base na análise dos elementos colhidos, relatórios

elaborados e respostas dos auditores de justiça, tendo em consideração os parâmetros de

avaliação constantes do Regulamento Interno do Centro de Estudos Judiciários. As classificações no

2º Ciclo desses auditores de justiça foram fixadas entre 14,166 e 12,154 valores.

Por seu turno o Conselho Pedagógico acolheu favoravelmente as propostas de notação

positiva dos auditores de justiça oriundos da via académica, os quais considerou habilitados a

frequentar a fase de estágio. As classificações no 2º Ciclo desses auditores de justiça foram fixadas

entre 14,540 e 12,447 valores.

1.2.2 Fase de estágio de ingresso

Tratando-se da última fase da formação inicial, a actividade formativa dos procuradores-

adjuntos em regime de estágio decorreu de modo a que fossem adquiridos quadros estruturais e

orgânicos que facilitem a integração na sua vida activa profissional, sendo o estágio orientado de

modo a que, uma vez concluído, o estagiário fique apto para o exercício cabal das funções de

procurador-adjunto numa comarca de primeiro acesso.

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Relatório de Actividades 2011-2012 25

A fase de estágio dos futuros magistrados do Ministério Público decorreu em tribunais de

características semelhantes àqueles em que decorre o segundo ciclo, preferencialmente em

tribunais de competência genérica, junto de magistrados do Ministério Público formadores, de

elevada competência técnica, mérito e experiência prática, escolhidos e propostos pelo Centro de

Estudos Judiciários ao Conselho Superior do Ministério Público, que os nomeia.

Quando necessário, tal actividade decorreu junto de tribunais de competência

especializada, mediante programação efectuada pelos respectivos Coordenadores Distritais em

consonância com orientações prévias e uniformes.

Os magistrados em regime de estágio já exercem, sob responsabilidade própria, as funções

inerentes à respectiva magistratura ainda que com a assistência de formadores, numa lógica de

aprofundamento das competências e capacidades para o respectivo desempenho profissional e

num regime de observação partilhada pelo CEJ e pelo Conselho Superior do Ministério Público, tal

como dispõem os artigos 69.º e 71.º da Lei n.º 2/2008.

No desenvolvimento da fase de estágio, o CEJ através da actividade dos seus coordenadores

distritais, procura assegurar o cumprimento dos objectivos legalmente estabelecidos para esta

fase, que não se compaginam com um exercício funcional que se confunda com o desempenho

próprio de um magistrado do Ministério Público auxiliar.

O estágio é desenvolvido e executado segundo um Plano Individual de Estágio (PIE),

elaborado pelo Centro de Estudos Judiciários, na articulação entre Director, Director-Adjunto

respectivo e Coordenadores Distritais, com o parecer favorável do Conselho Pedagógico e

homologação do CSMP. É traçado com base no conhecimento das áreas ou matérias em que cada

procurador-adjunto estagiário apresenta maiores lacunas ou dificuldades, quer ao nível teórico,

quer ao nível da exercitação prática.

Os magistrados do Ministério Público formadores verificam o trabalho desenvolvido pelo

procurador-adjunto estagiário de forma ajustada ao conhecimento que dele vai tendo,

incentivando-o e apoiando-o na adopção das suas próprias apreciações e conclusões, desde que se

mostrem sensatas e devidamente fundamentadas, mesmo que não coincidam com as do

magistrado formador, que lhe dá a conhecer o seu ponto de vista, para que a decisão daquele seja

assumida de forma completamente esclarecida e reflectida.

Os procuradores-adjuntos em regime de estágio desenvolveram serviço genericamente

distribuído, em quantidade e complexidade adequados à capacidade já demonstrada, que vão

aumentando à medida que o estágio vai evoluindo, responsabilizando-se, assim, pela direcção e/ou

acompanhamento dos processos, pelo despacho dos que lhes foram atribuídos e pela realização ou

participação nos respectivos actos processuais, sem prejuízo de, em face da observação do

trabalho desenvolvido, lhes poder ser determinado o despacho pontual de outros processos ou a

realização pontual de certas diligências que se mostrem adequadas a uma mais completa e

abrangente formação.

Os procuradores-adjuntos em regime de estágio participaram, igualmente assistidos pelos

respectivos formadores, nos turnos de serviço (seja de serviço urgente, de despacho de expediente,

de fins de semana ou férias judiciais), no atendimento ao público, nos contactos com os órgãos de

polícia criminal, comissões de protecção de crianças e jovens e outras entidades cuja actividade se

inter-relaciona com as competências do Ministério Público. Acompanham igualmente os

magistrados formadores nas reuniões de trabalhos ao nível da Procuradoria do Círculo ou mesmo

da Procuradoria Distrital.

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Relatório de Actividades 2011-2012 26

Na fase de estágio os magistrados do Ministério Público Formadores e os procuradores-

adjuntos estagiários dedicaram especial atenção às questões respeitantes à integração funcional

(compreensão prática do estatuto e da estrutura orgânica do Ministério Público), ao

relacionamento com os outros profissionais do foro, à atitude profissional, à organização e

controlo dos serviços e à auto-organização.

Os procuradores – adjuntos estagiários beneficiaram ainda, como participantes directos,

nuns casos, e como meros assistentes, noutros, de algumas das actividades levadas a efeito pelo

CEJ, nomeadamente em acções de formação destinadas ao 2º Ciclo, que contribuíram para a

complementaridade e elevação da qualidade da sua formação. Concretamente durante as

diferentes fases de estágio no período a que se reporta o presente relatório, com base na previsão

legal de participação em acções formativas específicas ou conjuntas (artigo 70.º, nº 4, da Lei n.º

2/2008), para além das acções acima identificadas que envolveram igualmente o 2º ciclo,

participaram também nas seguintes actividades:

Dia 23 de Setembro de 2011 teve lugar em Évora a habitual cerimónia de

apresentação dos novos Procuradores-Adjuntos em regime de estágio nas

Comarcas do Distrito Judicial de Évora (9), com a presença do Senhor Procurador

Geral Distrital de Évora, do Director-Adjunto e de Inspector do Mistério Público,

com distribuição de documentação para organização do estágio e entrega do plano

individual de estágio, palavras de boas-vindas e palestra sobre inspecções

Dia 26 de Setembro de 2011 teve lugar em Coimbra, uma Recepção aos

Procuradores Adjuntos em regime de estágio (2011 – 2012) oriundos dos XXVIII

Curso de Formação e Auditores de Justiça do XXIX Curso de Formação, 2º Ciclo.

No período considerado no presente relatório, decorreu a fase de estágio relativamente a:

35 Procuradores-adjuntos em regime de estágio do XXVII curso normal (via

académica) – nomeados por despacho de 4 de Agosto de 2010 do Conselheiro

Vice-Procurador-Geral da República publicado no DR, 2ª série n.º 160 de 18 de

Agosto de 2010 (Despacho nº 13362/2010), a pág. 44188 - “com efeitos a partir de

15 de Julho de 2010” até 29 de Fevereiro de 2012, data em que, completando 18

meses legais de estágio, foram nomeados procuradores adjuntos efectivos com

efeitos a partir de 1/03/2012 e integraram o movimento do Ministério Público de

10 de Julho de 2012;

14 Procuradores-adjuntos em regime de estágio do XXVIII curso normal (via

profissional), nomeados por despacho da Conselheira Vice-Procurador-Geral da

República de 11 de Março de 2011, (no uso da competência que lhe foi delegada),

despacho n.º 4913/2011, publicado no DR 2.ª Série n.º 56 de 21 de Março de 2011

(a pág. 13300), tendo sido nomeados e colocados como procuradores adjuntos

efectivos a partir de 1 de Março de 2012;

36 procuradores-adjuntos em regime de estágio do XXVIII curso normal (via

académica), nomeados com efeitos a partir de 15 de Julho de 2011, por despacho

de 19 de Julho de 2011 da Conselheira Vice-Procurador-Geral da República, que

iniciaram o seu estágio no início de Setembro de 2011, tendo sido nomeados e

colocados como magistrados efectivos no movimento do MP de 10/07/2012 ma

sequência de ter sido antecipado o final do estágio pela Lei nº. 168/2012 de 1 de

Agosto.

16 procuradores-adjuntos em regime de estágio do XXIX curso normal (via

profissional) nomeados, com efeitos a partir de 1 de Março de 2012, procuradores-

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Relatório de Actividades 2011-2012 27

adjuntos em regime de estágio e colocados nas respectivas comarcas por despacho

da Conselheira Vice - Procuradora Geral da República de 6 de Março de 2012 (DR,

2ª série nº 53 de 14 de Março de 2012, a pág. 9642). Encontram-se ainda no

decurso da sua formação, terminando o seu estágio em 28 de Fevereiro de 2013.

47 procuradores-adjuntos em regime de estágio do XXIX curso normal (via

académica), nomeados procuradores adjuntos em regime de estágio com efeitos a

partir de 15 de Julho de 2012, por despacho de 31 de Julho de 2012, da Conselheira

Vice – Procuradora Geral da República (DR 2ª série nº 154 de 9 de Agosto de 2012).

Estes formandos tomaram posse como procuradores adjuntos em regime de

estágio no início de Setembro de 2012 e prosseguem a sua formação em sede de

estágio até 28.02.2014, caso não ocorra nenhum encurtamento do período

formativo.

Esta múltipla actividade determinou o desenvolvimento de contactos regulares de cada

Coordenador com os estagiários e respectivos formadores, fundamentalmente através de

contactos directos durante visitas aos tribunais de estágio, após o que foram produzidas, em

diferentes ocasiões e em relação a todos os procuradores adjuntos estagiários, as necessárias e

legalmente previstas informações periódicas e finais.

Essas informações foram comunicadas ao Director-Adjunto e por este ao Director, que as

transmitiu tempestivamente ao Conselho Superior do Ministério Público.

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Relatório de Actividades 2011-2012 28

2. Formação contínua

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Relatório de Actividades 2011-2012 29

O Plano de Formação Contínua 2011-2012 foi aprovado em reunião do Conselho Geral do Centro

de Estudos Judiciários, em 27 de julho de 2011, tendo iniciado a sua implementação a 28 de outubro de

2011, terminando-a a 10 de julho de 2012.

2.1 Ações de formação previstas Relativamente a anos anteriores, este Plano de Formação teve como objectivo inovar e incluir

novas tipologias e formatos de formação, assim procurando aumentar a motivação e a participação dos

intervenientes.

Dadas as limitações logísticas, foi definido um numerus clausus de participantes a admitir

(magistrados ou outros profissionais).

Foram então definidos estes tipos de formação :

Tipo A – ações de formação em colóquio de 1 dia (250 magistrados; 50 não

magistrados);

Tipo B – seminários integrados de 2 dias (80 magistrados; 40 não magistrados);

Tipo C – Cursos de Especialização de 2 a 5 dias (80 magistrados);

Tipo D – workshops de 1 dia (60 magistrados; 20 não magistrados);

Tipo E – Cursos online (60 magistrados; 20 não magistrados)

Cursos Complementares - de 2 a 5 dias.

O Plano de Formação Contínua 2011-2012 previa a realização de um total de 37 ações de

formação contínua (todas abertas a outros profissionais, com exceção dos Cursos de Especialização),

assim distribuídas:

13 ações de formação Tipo A

0 Seminários Tipo B

7 Cursos de Especialização Tipo C

3 ações de formação Tipo D (workshops)

4 Cursos online Tipo E

5 Cursos Complementares.

A sua cronologia e local previsto de realização é a que consta dos quadros seguintes.

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Relatório de Actividades 2011-2012 30

Quadro 1 – Ações de formação contínua Tipo A

Quadro 2 – Ações de formação contínua Tipo B

Tipologia Ação de formação Data nº de dias Local

B1 Direito do urbanismo 26, 27 jan

2012 2 Lisboa

B2 O Direito, a Internet e as novas tecnologias 24,25 nov

2011 2 Coimbra

B3 Direito bancário 1,2 mar

2012 2 Lisboa

B4 Rapto parental 24,25 nov

2011 2 Faro

B5 Intervenção de promoção e protecção de crianças e jovens em perigo

19,20 jan 2012

2 Lisboa

B6 Imigração ilegal e tráfico de seres humanos 2,3 fev 2012 2 Lisboa

B7 Novos problemas de Direito Fiscal 15,16 dez

2011 2 Porto

B8 Inglês Jurídico jan-julho

2012 jan-julho

2012 Lisboa

B9 Ética e deontologia 10,11 mai

2012 2 Leiria

B10 O regime dos recursos nos Tribunais da Relação e Tribunais Centrais Administrativos

9,16 mar 2012

2 Lisboa

Tipologia Ação de formação Data nº de dias Local

A1 O Processo Civil Experimental – teoria e prática 18-Nov-11 1 Porto

A2 Tratamento processual da pequena e média criminalidade 16-Dez-11 1 Lisboa

A3 O despedimento colectivo 06-Jan-12 1 Coimbra

A4 O bullying e as novas formas de violência 23-Jan-12 1 Lisboa

A5 A adopção e o apadrinhamento civil 10-Fev-12 1 Faro

A6 Os Tribunais nacionais como Tribunais comuns da ordem jurídica da EU

17-Fev-12 1 LIsboa

A7 Stalking: abordagem penal e multidisciplinar 16-Mar-12 1 Braga

A8 Jurisprudência do TEDH 10-Fev-12 1 Lisboa

A9 Execução de Penas 13-Abr-12 1 Porto

A10 Reforma do Processo Executivo 6jul 2012 1 Lisboa

A11 Regime geral das taxas 18-Mai-12 1 Lisboa

A12 Apreciação dos meios de prova 01-Jun-12 1 Lisboa

A13 Gestão processual 22-Jun-12 1 Porto

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Relatório de Actividades 2011-2012 31

Quadro 3 – Ações de formação contínua Tipo C

Tipologia Ação de formação Data nº de dias Local

C1 Temas de Direito Penal 28 out-4,11,18,25

nov 2011 5 Porto

C2 Temas de Direito do Trabalho 2,9,16,23 mar 2012 4 Aveiro

C3 Insolvência e consequências da sua declaração 13,20,27 jan 2012 3 Lisboa

C4 Temas de Direito Administrativo 25 mai-1,15,22 jun

2012 4 Lisboa

C5 Temas de Direito Fiscal 11,18,25 mai 2012 3 Lisboa

C6 Temas de Direito da Família 27 abril-4,11 mai

2012 3 Aveiro

C7 Temas Direito Fiscal Penal 15,22,29 jun,6 jul

2012 4 Lisboa

Quadro 4 – Ações de formação contínua Tipo D

Tipologia Ação de formação Data nº de dias Local

D1 Cooperação judiciária internacional 17-Fev-12 1 Lisboa

D2 Intervenção do MºPº na tutela dos interesses difusos

18-Nov-11 1 Porto

D3 Prescrição das obrigações tributárias 25-Mai-12 1 Lisboa

Quadro 5 – Ações de formação contínua Tipo E

Tipologia Ação de formação Data

E1 Inventário e questões práticas sobre o Direito das Sucessões

07-Nov-12

E2 Juiz de Instrução Criminal 09-Jan-12

E3 Divórcio e exercício das responsabilidades parentais 5 mar 2012=26 mar

2012

E4 Contra-ordenações – regime geral, laboral e fiscal 07-Mai-12

Quadro 6 – Cursos Complementares

Tipologia Ação de formação Data nº de dias Local

CC1 Curso de Formação de Formadores a definir - Lisboa

CC2 Cursos de Gestão e Administração Judiciária Nov-11 - Lisboa

CC3 Curso de Gestão Judiciária a definir - Lisboa

CC4 Direito do Desporto 27 jan-3,10,17,24 fev

2012 5 Lisboa

CC5 Direito da Saúde 19,20 abril 2012 2 Lisboa

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Relatório de Actividades 2011-2012 32

2.2Ações de formação realizadas Relativamente ao que programado estava foram realizadas 31 ações de formação e 2 Cursos

Complementares, tendo acrescido ao programa inicial:

Um colóquio de 1 dia, subordinado ao tema “Novos modelos e tendências na

regulação do exercício das responsabilidades parentais – residência alternada” ;

e

Um encontro sobre “A Reforma do Código de Processo Civil”, com três sessões.

Sublinhando-se que a taxa de execução das ações tipo C e D foi de 100%, refira-se que aquelas

que não foi possível levar a cabo, resultaram de opções tomadas pela Direcção, em função, quer da

existência de processos legislativos de alteração de regimes legais em curso (que tornavam as acções

inúteis, na falta de projectos/propostas de lei ainda com contornos bem definidos), quer da insuficiência

de meios humanos ao dispor (o CEJ teve até Julho de 2012 apenas seis docentes a tempo inteiro) que

permitissem a preparação e construção das acções com o grau de exigência e profundidade expectável.

Quadro 7 – ações de formação previstas e realizadas

Tipologia Nº dias de formação Previstas Realizadas

Tipo A 1 13 12

Tipo B 2 10 8

Tipo C 3-5 7 7

Tipo D 1 3 3

Tipo E Aprox. 60 4 1

CC 2-5 5 2

Extra Plano 1-3 --- 2

Totais Aprox. 80 42 35

Os gráficos abaixo dão conta da taxa de execução das ações de formação contínua previstas no

Plano de Formação Contínua em análise.

De salientar que a taxa de execução foi de 100% nas ações de Tipos C e D, sendo que a maior

quebra se verificou nos Cursos Tipo E, cursos online, dos quais foi apenas possível realizar 1 (25%).

O cancelamento dos restantes cursos foi motivado pelas alterações legislativas propostas nas

matérias destes cursos (inventário, instrução criminal, contra-ordenações).

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Relatório de Actividades 2011-2012 33

13

12

10

8

7 7

3 3

4

1

5

2 2

0

2

4

6

8

10

12

14

Tipo A Tipo B Tipo C Tipo D Tipo E CC Extra Plano

Gráfico 1 - Ações previstas e realizadas

Previstas

Realizadas

Gráfico 2 - Taxa de execução

92,3%

80,0%

100,0%

100,0%

25,0%

40,0%

100%

7,7%

20,0%

75,0%

60,0%

Tipo A

Tipo B

Tipo C

Tipo D

Tipo E

CC

Extra

Realizadas Não realizadas

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Relatório de Actividades 2011-2012 34

2.3 Inscrições e presenças – Magistrados e

outros profissionais As ações de formação contínua de Tipo A (colóquios de 1 dia) previstas no Plano tiveram um

total de 2911 inscrições, sendo 2809 magistrados (1558 magistrados judiciais e 1251 magistrados do

Ministério Público) e 102 outros profissionais da área forense.

Em termos de participantes, apuraram-se 1994 presenças efetivas, sendo 1896 magistrados

(941 Juízes e 955 Magistrados do Ministério Público) e 98 outros profissionais.

Quadro 8 –Ações de formação contínua Tipo A

Ação de formação Inscrições Presenças

Magistrados Outros prof. Magistrados Outros prof.

O Processo Civil Experimental – teoria e prática 251 5 178 5

Tratamento processual da pequena e média criminalidade

250 13 198 12

O despedimento colectivo 181 3 136 3

O bullying e as novas formas de violência 185 9 150 9

A adopção e o apadrinhamento civil - cancelada 114 0 0 0

Os Tribunais nacionais como Tribunais comuns da ordem jurídica da UE

268 10 175 10

Stalking: abordagem penal e multidisciplinar 252 8 175 7

Jurisprudência do TEDH 265 8 206 9

Execução de Penas 255 11 196 9

Reforma do Processo Executivo 210 7 103 7

Regime geral das taxas 168 3 89 1

Apreciação dos meios de prova 158 23 102 22

Gestão processual 252 2 188 4

Totais 2911 1994

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Relatório de Actividades 2011-2012 35

As ações de formação Tipo B (seminários integrados de 2 dias) tiveram um total de 912

inscrições, sendo 792 magistrados (450 magistrados judiciais e 342 magistrados do Ministério Público) e

120 outros profissionais.

Os seminários realizados tiveram um total de 545 participantes, dos quais 440 eram magistrados

(235 Juízes e 205 magistrados do Ministério Público) e 105 outros profissionais.

Quadro 9 –Ações de formação contínua Tipo B – seminários integrados

Ação de formação Inscrições Presenças

Magistrados Outros prof. Magistrados Magistrados

Direito do urbanismo 107 13 65 14

O Direito, a Internet e as novas tecnologias 70 14 52 14

Direito bancário 73 8 57 8

Rapto parental 63 8 48 8

Intervenção de promoção e protecção de crianças e jovens em perigo

80 6 68 7

Imigração ilegal e tráfico de seres humanos 80 42 57 25

Novos problemas de Direito Fiscal - adiado 108 0 0 0

Inglês Jurídico 73 19 43 20

Ética e deontologia - cancelado 56 0 0 0

O regime dos recursos nos Tribunais da Relação e Tribunais Centrais Administrativos

82 10 50 9

Totais 912 545

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Relatório de Actividades 2011-2012 36

Os Cursos de Especialização Tipo C tiveram um total de 591 inscrições, sendo 580 magistrados

(345 magistrados judiciais, 235 magistrados do Ministério Público) e 11 não magistrados.

Estes Cursos de Especialização tiveram um total de 421 participantes, dos quais 412 eram

magistrados – 224 Juízes e 188 magistrados do Ministério Público, e 9 outros profissionais. De referir

que o número de outros profissionais inclui a participação de magistrados e outros funcionários judiciais

dos PALOP que estiveram presentes em algumas sessões dos cursos em apreço, nomeadamente do

Curso Temas de Direito Fiscal Penal.

Quadro 10 –Ações de formação contínua Tipo C – Cursos de Especialização

Ação de formação Inscrições Presenças

Magistrados Outros prof. Magistrados Magistrados

Temas de Direito Penal 80 0 74 0

Temas de Direito do Trabalho 60 0 59 0

Insolvência e consequências da sua declaração 81 0 66 0

Temas de Direito Administrativo 107 1 72 1

Temas de Direito Fiscal 107 0 67 0

Temas de Direito da Família 80 0 74 0

Temas Direito Fiscal Penal 65 10 46 8

Totais 591 421

Já os workshops – ações de formação contínua de Tipo D – tiveram uma procura de 224

interessados, correspondente ao número total de inscritos – 212 magistrados (97 Juízes, 115

magistrados do Ministério Público) e 12 outros profissionais.

Do número apresentado, a participação efetiva foi de 132, dos quais 48 eram Juízes, 72

magistrados do ministério Público e 12 outros profissionais.

Quadro 11 –Ações de formação contínua Tipo D – workshops

Ação de formação Inscrições Presenças

Magistrados Outros prof. Magistrados Magistrados

Cooperação judiciária internacional 60 6 44 6

Intervenção do MºPº na tutela dos interesses difusos 60 4 37 4

Prescrição das obrigações tributárias 92 2 39 2

Totais 224 132

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Relatório de Actividades 2011-2012 37

Os cursos Tipo E – cursos online – registaram um total de 299 inscrições, das quais 178 eram

Juízes e 121 magistrados do Ministério Público.

Deste total, a participação foi de 33 presenças, respeitante ao único curso realizado, sendo 20

magistrados judiciais e 13 magistrados do Ministério Público. Estes Cursos não tiveram inscrições de

outros profissionais.

Quadro 12 –Ações de formação contínua Tipo E – Cursos online

Ação de formação Inscrições Presenças

Magistrados Outros prof. Magistrados Magistrados

Inventário e questões práticas sobre o Direito das Sucessões – adiado

61 0 0 0

Juiz de Instrução Criminal 65 0 0 0

Divórcio e exercício das responsabilidades parentais 60 0 33 0

Contra-ordenações – regime geral, laboral e fiscal 113 0 0 0

Totais 299 33

Os Cursos Complementares realizados – Curso de Direito do Desporto e Curso de Direito da

Saúde – tiveram um total de 198 inscritos, dos quais 177 magistrados (100 Juízes e 77 magistrados do

Ministério Público) e 21 não magistrados.

O total de presenças ficou pelos 162 participantes, sendo 141 magistrados (72 juízes e 69

magistrados do Ministério Público) e 21 não magistrados.

No quadro abaixo indicam-se apenas os dados relativos aos Cursos realizados, uma vez que não

foram recolhidas inscrições para os restantes Cursos previstos e não realizados.

Quadro 13 – Cursos Complementares

Ação de formação Inscrições Presenças

Magistrados Outros prof. Magistrados Magistrados

Direito do Desporto 85 14 77 14

Direito da Saúde 92 7 64 7

Totais 198 162

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Relatório de Actividades 2011-2012 38

Nas duas ações extra-Plano de Formação realizadas pelo Centro de Estudos Judiciários

estiveram envolvidos mais de 200 magistrados e quase 100 profissionais do direito e outras áreas:

No colóquio Novos modelos e tendências na regulação do exercício das

responsabilidades parentais – a residência alternada (1 de Junho), inscreveram-se 97

interessados (73 magistrados - 32 Juízes e 41 magistrados do Ministério Público ; 24

advogados e juristas), tendo efetivamente participado 92 (68 magistrados - 29 Juízes e

39 magistrados do Ministério Público ; 24 advogados e juristas);

Nas Jornadas sobre A Reforma do Código de Processo Civil (22 e 29 de Junho e 6 de

Julho), inscreveram-se 113 interessados (48 magistrados - 44 Juízes e 4 magistrados do

Ministério Público ; 65 outros profissionais), tendo estado presentes 75 (29 Juízes, 3

magistrados dos Ministério Público e os restantes 43 de outras profissões).

Quadro 14 – ações de formação extra Plano de Formação

Ação de formação Inscrições Presenças

Magistrados Outros prof. Magistrados Magistrados

Novos modelos e tendências na regulação do exercício das responsabilidades parentais – a residência alternada

73 24 68 24

A Reforma do Código de Processo Civil 32 7 32 43

Totais 210 167

Apurou-se assim, um total de 3454 participantes em todas as ações de formação realizadas

(previstas ou extra Plano de Formação), dos quais 3142 magistrados e 312 outros profissionais.

Quadro 15 – total de participantes nas ações de formação realizadas

Ações de formação realizadas Magistrados Outros profissionais

35 3142 312

Total de participantes 3454

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Relatório de Actividades 2011-2012 39

2.4 Locais de realização das ações de formação

O Plano de Formação Contínua 2011-2012 previa uma maior descentralização física das acções

de formação, relativamente a anos anteriores.

As contingências orçamentais levaram, todavia, a que não tenha sido possível cumprir na íntegra

essa descentralização, tendo havido necessidade de deslocalizar algumas ações de formação para Lisboa

(sendo, em todo o caso, atendidos aspetos como a localização do Tribunal onde os inscritos exerciam

funções, a facilidade de acesso, a disponibilidade do Auditório do CEJ, e ainda a possibilidade de

transmissão por videoconferência).

Quadro 16 – Locais de realização das ações de formação contínua Tipo A

Ações de formação – Tipo A Local previsto Local onde se realizou

O Processo Civil Experimental – teoria e prática Porto Porto

Tratamento processual da pequena e média criminalidade

Lisboa Lisboa

O despedimento colectivo Coimbra Coimbra

O bullying e as novas formas de violência Évora Lisboa

A adopção e o apadrinhamento civil Faro cancelada

Os Tribunais nacionais como Tribunais comuns da ordem jurídica da UE

Lisboa Lisboa

Stalking: abordagem penal e multidisciplinar Braga Braga

Jurisprudência do TEDH Lisboa Lisboa

Execução de Penas Porto Porto

Reforma do Processo Executivo Santarém Lisboa

Regime geral das taxas Aveiro Lisboa

Apreciação dos meios de prova Lisboa Lisboa

Gestão processual Porto Porto

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Relatório de Actividades 2011-2012 40

Quadro 17 – Locais de realização das ações de formação contínua Tipo B

Ações de formação – Tipo B Local previsto Local onde se realizou

Direito do urbanismo Lisboa Lisboa

O Direito, a Internet e as novas tecnologias Coimbra Coimbra

Direito bancário Lisboa Lisboa

Rapto parental Faro Faro

Intervenção de promoção e protecção de crianças e jovens em perigo

Évora Lisboa

Imigração ilegal e tráfico de seres humanos Santarém Lisboa

Novos problemas de Direito Fiscal – adiado Porto adiada

Inglês Jurídico Lisboa Lisboa

Ética e deontologia Leiria cancelada

O regime dos recursos nos Tribunais da Relação e Tribunais Centrais Administrativos

Lisboa Lisboa

Quadro 18 – Locais de realização das ações de formação contínua Tipo C

Ações de formação – Tipo C Local previsto Local onde se realizou

Temas de Direito Penal Porto Porto

Temas de Direito do Trabalho Aveiro Aveiro

Insolvência e consequências da sua declaração Santarém Lisboa

Temas de Direito Administrativo Lisboa Lisboa

Temas de Direito Fiscal Coimbra Lisboa

Temas de Direito da Família Aveiro Aveiro

Temas Direito Fiscal Penal Leiria Lisboa

Quadro 19 – Locais de realização das ações de formação contínua Tipo D

Ações de formação – Tipo D Local previsto Local onde se realizou

Cooperação judiciária internacional Lisboa Lisboa

Intervenção do MºPº na tutela dos interesses difusos Porto Porto

Prescrição das obrigações tributárias Lisboa Lisboa

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Relatório de Actividades 2011-2012 41

Quadro 20 – Locais de realização dos Cursos Complementares

Cursos Complementares Local previsto Local onde se realizou

Direito do Desporto Lisboa Lisboa

Direito da Saúde Lisboa Lisboa

Quadro 21 – Ações de formação extra Plano

Cursos Complementares Local previsto Local onde se realizou

Novos modelos e tendências na regulação do

exercício das responsabilidades parentais – a

residência alternada

Lisboa Lisboa

A Reforma do Código de Processo Civil Lisboa Lisboa

Quadro 22 – número de ações de formação por local (só ações presenciais)

Local Tipo A Tipo B Tipo C Tipo D Cursos

Complementares extra Total

Lisboa 7 6 4 2 2 2 23

Porto 3 0 1 1 0 0 5

Aveiro 0 0 2 0 0 0 2

Coimbra 1 1 0 0 0 0 2

Braga 1 0 0 0 0 0 1

Faro 0 1 0 0 0 0 1

Total 34

De sublinhar, neste ponto, que se aproveitou para, em termos experimentais, iniciar a

concretização do que o Plano de Formação 2012-2013 já prevê de forma sistematizada, em termos de

transmissão por videoconferência do maior número possível de acções de formação, para o maior

número de locais, permitindo que os interessados possam a elas assistir dos Tribunais em que estão

colocados (ou com maior proximidade relativamente a estes).

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Relatório de Actividades 2011-2012 42

Assim:

O Curso de Especialização Temas de Direito Fiscal (11, 18 e 25 de Maio), teve

videotransmissão para Aveiro (5 magistrados), Coimbra (22 magistrados) e Porto

(23 magistrados);

O Curso de Especialização Temas de Direito Fiscal Penal (15, 22, 29 de Junho e 6 de

Julho), teve videotransmissão para Coimbra (11 magistrados) e Porto (2

magistrados);

O Curso de Inglês Jurídico teve videotransmissão para o Fundão (uma magistrada).

As ocorrências e incidentes detectados permitiram uma aprendizagem de enorme utilidade

para a correcção de anomalias.

Paralelamente, e na sequência de um Protocolo estabelecido com a Justiça TV, uma grande

parte das acções de formação realizadas pelo CEJ passou a ser também transmitida através deste canal,

assim permitindo a sua maior difusão quer por Juízes e Magistrados do Ministério Público, quer pelos

outros profissionais do Direito e de outras áreas que, desse modo, também puderam aceder aos

conteúdos em causa.

O CEJ passou ainda a gravar as suas acções de formação de forma a poder disponibilizá-las na sua

página, para que, quem não estivesse inscrito ou presente pudesse, posteriormente, via internet,

acompanhar o que foi dito pelos oradores.

Optou-se pelo formato e programas Educast, disponibilizado gratuitamente em Portugal pela

FCCN.

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Relatório de Actividades 2011-2012 43

2.5 Temáticas abordadas As ações de formação realizadas abordaram as variadas temáticas previstas (e onde se

procurou corresponder ao que havia sido sugerido pelos Conselhos Superior da Magistratura, dos

Tribunais Administrativos e Fiscais e do Ministério Público, bem como pelas estruturas associativas

das magistraturas).

Quadro 23 – Ações por matérias

Matéria Nº de ações de formação

Jurisdição

Cível 7

Penal 7

Família 5

Trabalho 2

Genéricas

Regime dos recursos 1

Apreciação dos meios de prova 1

Gestão processual 1

Tutela dos interesses difusos 1

Inglês Jurídico 1

Específicas

Direito Comunitário 2

Direito Fiscal 4

Direito Administrativo 1

Direito do Desporto 1

Direito da Saúde 1

Total 35

De forma a que o trabalho realizado em cada acção de formação não ficasse reduzido apenas

ao benefício que dele tiraram os magistrados e outros profissionais que a ela assistiram, passou a existir,

para cada uma, uma página na Plataforma de e-learning do CEJ (em resultado de um Protocolo de

Cooperação estabelecido com a FCCN), na qual passou a constar não apenas o programa, como a

bibliografia aconselhada, a jurisprudência recolhida, os sumários, as apresentações feitas, os textos

disponibilizados, e os vídeos das intervenções.

O resultado final deste esforço começou a ser desde logo trabalhado para, com os conteúdos

obtidos, se elaborarem e-books ou vídeo-books, que espelhassem o resultado final de cada acção de

formação.

O que começou neste período a ser feito de uma forma experimental está já no Plano de 2012-

2013 a ser feito de forma parametrizada.

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Relatório de Actividades 2011-2012 44

2.6 Oradores convidados Dando cumprimento ao inicialmente estabelecido, o Centro de Estudos Judiciários convidou

vários elementos do meio académico e outros profissionais de reconhecido mérito e também

Magistrados Judiciais e do Ministério Público para intervirem nas diferentes ações de formação

organizadas.

Procurou-se não apenas obter uma grande variedade de experiências, como um nível de

exigência de excelência, sem prejuízo da necessária capacidade de comunicação.

Fez-se ainda uma opção pela presença de magistrados de referência (não apenas dos Tribunais

Superiores), seja como oradores, seja como moderadores (dado o seu contributo particular em face da

sua experiência e proximidade com as questões em abordagem).

Do mesmo modo, sempre que o tema o permitia, optou-se por incluir nos painéis de oradores e

moderadores, personalidades de reconhecido mérito de outros saberes, que pudessem dar um

contributo útil e de abertura de horizontes às concretas acções de formação.

Quadro 24 – oradores convidados, por categoria

Oradores Total

Magistrados Judiciais 91

149 MºPº 58

Professores Universitários 74

Principal atividade – Advogado 9

Outras profissões 49

Total de oradores 281

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Relatório de Actividades 2011-2012 45

2.7 Inovações introduzidas Procurando corresponder o mais possível às necessidades dos Juízes e Magistrados do

Ministério Público, introduziram-se algumas inovações ao nível da disponibilização de conteúdos na

página do CEJ na Internet, deu-se início ao processo de transmissão por videoconferência das ações de

formação, iniciou-se a gravação sistemática destas ações e sua posterior disponibilização e estabeleceu-

se um Protocolo com a Justiça TV.

De forma a que o trabalho realizado em cada ação de formação não ficasse reduzido apenas ao

benefício que dele tiraram os magistrados e outros profissionais que a ela assistiram, passou a existir,

para cada uma, uma página na Plataforma de e-learning do CEJ (em resultado do Protocolo de

Cooperação estabelecido com a FCCN), na qual passou a constar não apenas o Programa, como a

Legislação fundamental, a Bibliografia aconselhada, a Jurisprudência recolhida (nomeadamente dos

Tribunais Superiores), os Sumários, as Apresentações feitas, os Textos disponibilizados, e os Vídeos das

intervenções (os gravados pelo CEJ ou os emitidos pela Justiça TV).

A partir de Janeiro, quando o CEJ passou a poder gravar as suas ações de formação, foi possível

começar a disponibilizá-las na sua página , para que, quem não estivesse inscrito ou presente pudesse,

posteriormente, via internet, acompanhar o que foi dito pelos oradores.

Este acervo de gravações passou a estar incluído na Plataforma de e-learning do CEJ, relativo a

cada ação de formação (em 24 dossiers de ações de formação estão seis com gravação vídeo disponível

em www.cej.mj.pt e elearning.cej.mj.pt).

De referir que na Plataforma de e-learning do CEJ e nos vários dossiers de formação, ocorreram

7900 visualizações dos vídeos.

O objectivo fixado foi o de, no final da execução de cada Plano Anual de Formação e como

resultado deste esforço global, poderem os conteúdos obtidos ser trabalhados, para a elaboração de e-

books ou vídeo-books, respeitantes a cada uma das referidas ações.

Tudo o que começou neste período a ser feito de uma forma experimental está já no Plano de

2012-2013 a ser feito de forma parametrizada para todas as ações de formação.

Em termos de conteúdos iniciou o CEJ a produção regular de Guias Práticos que, para concretas

matérias, pudessem servir de auxiliar útil para a comunidade jurídica.

Esta iniciativa, insere-se na estratégia definida no sentido de aproveitar todo o trabalho

desenvolvido dentro do CEJ, disponibilizando-o quer aos Juízes e Magistrados do Ministério Público,

quer aos outros profissionais do Direito, constituindo este um primeiro passo para a padronização de

uma produção regular de conteúdos.

Foram assim já disponibilizados (com a possibilidade de serem descarregados) :

O Guia Prático do Reenvio Prejudicial (http://www.cej.mj.pt/cej/home/fich-

pdf/recursos_didaticos/guia.pratico.reenvio.prejudicial.pdf); e

O Guia Prático do Divórcio e das Responsabilidades Parentais

(http://www.cej.mj.pt/cej/home/fich-

pdf/recursos_didaticos/GuiaDivorcioRespParent_v103.pdf).

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Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2011-2012 46

Em termos de experimentação, iniciou-se a transmissão por videoconferência do maior

número de ações de formação e para o maior número de locais, deste modo se logrando que os

interessados pudessem a elas assistir dos Tribunais em que estivessem colocados, ou de outros com

maior proximidade geográfica (no Plano de 2012-2013, estas transmissões estão já feitas de forma

sistemática e para 17 pontos do território nacional).

Em concreto, deu-se início a este processo com:

O Curso de Especialização Temas de Direito Fiscal (11, 18 e 25 de Maio), que teve

videotransmissão para Aveiro (5 magistrados), Coimbra (22 magistrados) e Porto

(23 magistrados);

O Curso de Especialização Temas de Direito Fiscal Penal (15, 22, 29 de Junho e 6 de

Julho), que teve videotransmissão para Coimbra (11 magistrados) e Porto (2

magistrados);

O Curso de Inglês Jurídico teve videotransmissão para o Fundão (uma magistrada).

A experiência feita permitiu uma aprendizagem de enorme utilidade para a correcção de

anomalias, que se procuraram eliminar logo na/s sessão/ões seguinte/s (em termos de condições de

transmissão e da logística de recepção).

Paralelamente, e na sequência de um Protocolo estabelecido com a Justiça TV, uma grande

parte das ações de formação realizadas pelo CEJ passou a ser também transmitida através deste canal,

assim permitindo a sua maior difusão quer por Juízes e Magistrados do Ministério Público, quer pelos

outros profissionais do Direito e de outras áreas que, desse modo, também puderam aceder aos

conteúdos em causa, em directo ou, posteriormente, através do seu arquivo.

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Relatório de Actividades 2011-2012 47

3. Departamento de

Relações

Internacionais

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Relatório de Actividades 2011-2012 48

As competências funcionais do Departamento de Relações Internacionais do Centro de Estudos

Judiciários (DRI) encontram-se enunciadas no art.º 4º dos Estatutos do CEJ, aprovados pela Portaria nº

965/2008, de 29 de Agosto, sendo essa a base legal que determinou a definição dos objetivos

estratégicos do Departamento, acolhidos no Plano de Actividades para 2011/2012, e que aqui se

relembram:

Cumprir os Acordos e Protocolos anteriormente celebrados no âmbito de relações

bilaterais, directamente pelo CEJ ou por intermédio do Estado Português;

Honrar os compromissos assumidos no âmbito das Redes Internacionais das Escolas de

Formação, nomeadamente no que respeita à Rede Europeia de Formação Judiciária

(REFJ), à Rede Ibero-Americana de Escolas Judiciais (RIAEJ), e à RECAMPI1;

Manter uma postura de iniciativa na conceção e proposta de execução de ações de

formação para magistrados nacionais e estrangeiros, individualmente ou em parceria

com instituições congéneres e com recurso, ou não, a financiamento comunitário;

Reforçar a cooperação que se vem estabelecendo no âmbito do Conselho da Europa

com os países que não pertencem à União Europeia, nomeadamente no que toca à

execução de projectos de formação de formadores e ao acolhimento das diversas

delegações que nos visitam;

Manter os laços de cooperação bilateral, no que toca à concretização de actividades

de formação inicial e contínua, com as instituições congéneres de Espanha e França,

com o Centro de Formação Jurídica e Judiciária de Macau, e com a Academia de

Direito Europeu de Trier;

Desenvolver e dinamizar as relações de cooperação estabelecidas com entidades de

formação judiciária do Brasil, e de outros países de língua portuguesa;

Continuar a promover a participação de docentes e outros magistrados portugueses

em Seminários e demais programas internacionais de formação, designadamente

aqueles que são executados no quadro institucional da REFJ.

Em linhas gerais, pode afirmar-se que a intervenção do DRI ocorre sempre que uma actividade formativa ou um compromisso institucional do CEJ de alguma forma assumem contornos internacionais, de forma bilateral ou multilateral, quer as mesmas tenham por destinatários diretos magistrados portugueses, quer se traduzam em ações de cooperação com congéneres estrangeiras ou com delegações que nos visitam.

À semelhança do ocorrido em anos anteriores, no plano de actividades para o ano 2011/2012 o Departamento definiu os referidos objetivos estratégicos, e de acordo com os mesmos enunciou as actividades que deveriam nortear a sua acção, correspondentes a compromissos assumidos ou que se anteviam como de provável execução, e sempre tendo em conta os custos orçamentais que as mesmas poderiam envolver.

Com o presente relatório visa-se assim constituir a memória descritiva das diversas atividades

que, no âmbito das suas relações internacionais, o CEJ veio a desenvolver durante aquele ano letivo,

abrangendo consequentemente o período compreendido entre 15 de Setembro de 2011 e 31 de Julho

de 2012. Nele importa destacar, como tópicos nucleares, e para além da estrutura e organização interna

do DRI, as actividades desenvolvidas no âmbito da Rede Europeia de Formação Judiciária, as actividades

de cooperação com países de língua portuguesa, e as relações bilaterais estabelecidas com instituições

de formação nossas congéneres.

1 ‘Rede de Capacitação de Ministérios Públicos Iberoamericanos’

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Relatório de Actividades 2011-2012 49

3.1 Estrutura e organização interna do DRI

Funcionando o DRI na dependência directa do Director do CEJ, o respectivo quadro é composto

por um Coordenador, e por uma técnica superior, enquanto assessora, que têm assegurado a

planificação das atividades e a execução das diversas competências legais do Departamento. No

entanto, e dadas as múltiplas solicitações que lhe são endereçadas, exigindo com frequência a

disponibilidade simultânea de várias pessoas, no ano lectivo 2011/2012 o DRI continuou a contar com a

colaboração ativa de duas docentes do CEJ (Juíza de Direito Dr.ª Helena Bolieiro, e Procuradora da

República Dr.ª Helena Leitão, neste âmbito designadas como ‘Responsáveis de Projecto’), que

exerceram tais funções em acumulação com as demais que lhe estão cometidas no âmbito da docência

na instituição.

Pontualmente, e sempre que a especificidade do tema ou a sobreposição de agendas o exigiu,

em estreita articulação com a Direção do CEJ foi também solicitada a colaboração de outros docentes,

tendo em conta designadamente as respetivas capacidades linguísticas e a sua especialização na matéria

em causa.

3.2 Rede Europeia de Formação Judiciária

No âmbito da Rede Europeia de Formação Judiciária (REFJ), organização que congrega as diversas

instituições de formação judiciária e todos os Estados-membros da União Europeia, e conta ainda com a

Academia de Direito Europeu de Trier (ERA) entre os seus membros efectivos, a participação de CEJ

desdobrou-se em três vertentes essenciais: a) na estrutura organizativa da Rede; b) nas acções de

formação promovidas pela Rede e pelos seus membros; c) nos programas de intercâmbio para

magistrados.

3.2.1 Estrutura organizativa da REFJ

No período em causa o CEJ fez-se representar e participou ativamente em todas as reuniões

ordinárias dos diferentes órgãos estatutários e grupos de trabalho da REFJ de que faz parte, para

os quais foi eleito para o triénio 2011/2014: Assembleia Geral, Grupo de Trabalho ‘Programas’,

Sub-Grupo ‘Civil’, Sub-Grupo ‘Administrativo, e Grupo de Trabalho ‘PEAJ’. Duas dessas reuniões,

aliás, tiveram lugar na sede do CEJ: a do Sub-grupo ‘Administrativo’, a 31 de janeiro, e a do Sub-

Grupo ‘Civil’, a 14 de fevereiro.

Por outro lado, o CEJ participou ainda na reunião extraordinária de Diretores das

instituições de formação, realizada em Paris a 21/22 de novembro, e promovida pela REFJ na

sequência da Comunicação da Comissão Europeia sobre Formação Judiciária de 13/9/2011, onde

foram debatidas as grandes orientações a seguir na formação inicial e contínua de magistrados, a

nível europeu e no médio prazo.

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Relatório de Actividades 2011-2012 50

3.2.2 Grupo ‘Programas’ e Sub-Grupos ‘Civil’ e ‘Administrativo’

A participação nas atividades inseridas no âmbito do Grupo de Trabalho ‘Programas’

verificou-se fundamentalmente ao nível dos Sub-Grupos ‘Civil’ e ‘Administrativo’, que o CEJ integra

na sequência de candidatura apresentada e acolhida pelo plenário do Grupo, reunido em abril de

2011.

Neste domínio, importa antes de mais destacar a nossa contribuição para a elaboração das

denominadas ‘Linhas Gerais’ (‘guidelines’) sobre formação em Direito Administrativo à escala

europeia, trabalho já disponível no sítio da REFJ, e em que ao CEJ foi atribuída a responsabilidade

pelo capítulo relativo ao sistema judiciário da União Europeia.

Paralelamente, o CEJ propôs-se também organizar dois seminários internacionais no âmbito

de cada um dos dois referidos Sub-grupos: sobre ‘Obrigações de alimentos no espaço europeu’,

agendado para 18/19 Outubro de 2012; e sobre ‘Direito do Ambiente’, já programado para

Outubro de 2013.

É de referir ainda a colaboração prestada pelo CEJ na conceção de dois dos três cursos de

ensino à distância até à data disponibilizados pela REFJ (sobre ‘Responsabilidades parentais face ao

Regulamento Bruxelas II bis’, e ‘Procedimento europeu para créditos não contestados’), ambos

elaborados por magistrados portugueses nossos formadores.

3.2.3 Programa Justiça Penal

O Programa ‘Criminal Justice’, no qual o CEJ desempenhou um papel ativo desde o seu

início, visou a formação na área do Direito Europeu e da Cooperação Internacional em Matéria

Penal, e contou com uma participação financeira da União Europeia que cobriu 70% dos seus

custos.

Durante o período de dois anos que se completou em junho de 2012, participaram no

mesmo um total de 129 magistrados judiciais e do MºPº portugueses, oportunamente indicados

pelo CSM e pela PGR. Nesse âmbito, e no período ora em análise, tiveram lugar seminários em

Fischbachau – Alemanha (24-26/10/2011), Roma (24-26/10/2011), Lisboa (5-7/3/2012), Roma (5-

7/3/2012), Madrid (18-20/4/2012), Cracóvia (23-25/4/2012), Tartu – Estónia (9-11/5/2012),

Bucareste (11-13/6/2012), e Roma (27-29/6/2012), todos eles contando com a presença de grupos

de magistrados nacionais, na qualidade de participantes ou de meros observadores.

O sucesso alcançado pelo programa, designadamente pela inovadora metodologia

formativa utilizada, levou a REFJ a prolongá-lo para 2013, e bem assim a lançar o Programa

‘Criminal Justice II’, que decorrerá também no próximo ano, envolvendo porém em cada seminário

um maior número de instituições de formação. Em ambas as iniciativas está já garantida a

participação do CEJ, que para o efeito garantiu também dela não decorrerem quaisquer encargos

financeiros acrescidos.

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Relatório de Actividades 2011-2012 51

3.2.4 Concurso Themis

O concurso Themis, também promovido pela REFJ, traduz-se numa competição envolvendo

equipas provenientes de instituições de formação europeias, compostas por três auditores de

justiça, com não mais de dois anos de percurso formativo, a quem incumbe a redacção prévia de

um trabalho escrito que deverá incidir sobre um assunto à sua escolha inserido num dos quatro

grandes temas propostos (Cooperação Judiciária Internacional em Matéria Penal, Cooperação

Judiciária Internacional em Matéria Civil, Ética e Deontologia, e Interpretação e Aplicação dos

artigos 5º e 6º da Convenção Europeia dos Direitos do Homem) o qual será depois, no decurso da

atividade, apresentado oralmente e discutido com os membros do Júri.

A 6ª edição do concurso decorreu em 2011, e contou com a participação de uma equipa de

auditoras de justiça do XXIX Curso Normal. Na meia final realizada em Lisboa, a equipa do CEJ

logrou ser apurada para a final da competição, que viria a ter lugar na Holanda de 3 a 7 de outubro,

onde obteve um honroso 4º lugar, entre oito concorrentes.

Para a 7ª edição do ‘Themis’, não obstante as dificuldades inerentes ao facto de não haver

auditores em 1º ciclo de formação, dificultando a necessária articulação entre os membros de uma

mesma equipa, o CEJ concorreu de novo com uma equipa formada por auditoras do XXIX Curso

Normal.

Neste ano de 2012, em que pela primeira vez a língua inglesa foi instituída como único

idioma de trabalho, o Themis registou um número recorde de participações, que ascenderam a um

total de 29 equipas, provenientes de 17 diferentes países.

A equipa portuguesa concorreu na categoria ‘Cooperação Judiciária Internacional em

Matéria Civil’, e compareceu na meia final realizada em Bucareste, a 18/22 de junho. Não logrou o

apuramento para a final da competição, sendo no entanto unanimemente reconhecido o mérito e

a qualidade da prestação apresentada na Roménia.

3.2.5 Catálogo

No Catálogo Anual de Actividades de Formação da REFJ inserem-se todas as actividades de

formação interna que as diversas instituições componentes da Rede decidiram abrir à participação

de magistrados judiciais e do Ministério Público dos restantes países membros.

O DRI tem por hábito introduzir no Catálogo todas as actividades constantes do seu

programa de formação contínua que se vislumbrem de interesse na perspectiva do magistrado

estrangeiro, excluindo por isso todas aquelas em que a componente é de exclusivo reporte à

aplicação da lei nacional.

A partir de Setembro de 2011, no denominado ‘Catálogo+’ a REFJ passou a financiar

também a tradução simultânea e a participação de dez magistrados estrangeiros em tais

actividades formativas (cujos despesas de deslocação eram antes exclusivamente suportadas pelos

próprios), desde que os respectivos países de origem incluam também acções de formação abertas

à participação de estrangeiros.

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Relatório de Actividades 2011-2012 52

Nessa medida, o CEJ incluiu no Catálogo a ação de formação contínua realizada em Faro, a

24/25 de novembro de 2011, (subordinada ao tema ‘Rapto parental internacional – cooperação

internacional em matéria de deslocação e retenção ilícita de crianças’), o que permitiu também a

participação, nos referidos termos, de dez magistrados portugueses em ações de formação

realizadas por congéneres nossas até ao final do mesmo ano.

Da mesma forma, em 2012 foi inserido no Catálogo+ o seminário sobre ‘Imigração ilegal e

tráfico de seres humanos: investigação, prova, enquadramento jurídico e sanções’, que teve lugar

em Lisboa a 9/19 de fevereiro, assim garantindo a participação financiada de mais dez magistrados

nacionais em iniciativas formativas semelhantes.

3.2.6 Programa ‘PEAJ’

O Programa ‘PEAJ’ da REFJ comporta a realização de diferentes ações de intercâmbio, entre

as quais assumem particular relevância os estágios propriamente ditos, destinados a magistrados

judiciais e do MºPº em funções, junto de colegas estrangeiros em exercício numa jurisdição afim, e

com a duração de duas semanas, e os estágios orientados para formadores, com a duração de uma

semana, junto de instituições de formação judiciária doutro Estado-Membro da União Europeia.

Para além disso, a partir de 2010, e no que respeita à formação inicial, foram também

incluídas no âmbito do ‘PEAJ’ as visitas de grupos de auditores de justiça a instituições congéneres

de formação judiciária doutro Estado-Membro.

As actividades mencionadas, que decorrem com referência a cada ano civil, são financiadas

pela União Europeia a 80%, sendo os salários pagos pelas entidades nacionais durante o período de

estágio assim contabilizados para efeitos do cálculo dos 20% remanescentes, que se encontram a

cargo dos países participantes.

Para 2012, foram nomeados para fazer em Portugal o estágio de duas semanas, em língua

portuguesa, seis magistrados de diferentes países europeus que para tal efeito se candidataram

junto da REFJ, e que ao longo do ano vieram a ser colocados pelo DRI junto de colegas portugueses

de jurisdições afins, em tribunais de diferentes pontos do nosso país. Em paralelo, dez magistrados

nacionais foram designados para estágio em diferentes países europeus, para os quais se haviam

candidatado aquando do lançamento anual do programa.

A par de duas docentes do CEJ que puderam beneficiar no estrangeiro do estágio orientado

para formadores, seis formadores europeus foram também apontados para em 2012 fazer o

estágio de uma semana no CEJ, em grupo e em língua inglesa. A incerteza quanto à data do início

do XXX Curso Normal, aliada à manifesta vantagem em que o estágio pudesse decorrer em

simultâneo com a realização de sessões normais do 1º ciclo da formação inicial, levou a que a data

da visita de intercâmbio fosse retardada para depois de Setembro. A necessidade de concluir o

programa até ao final do ano, e a dificuldade em compatibilizar datas convenientes para os

diversos participantes, levou porém a que a semana de estágio viesse a ficar agendada para o mês

de outubro.

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Relatório de Actividades 2011-2012 53

A relativa escassez de magistrados europeus interessados e disponíveis para realizar

estágios de intercâmbio, noutros Estados-membros da UE, em idiomas diversos do inglês e do

francês, levou a REFJ, como forma de obviar ao bloqueamento da expansão do programa, a apelar

às diversas instituições que dela fazem parte para procederem à abertura de vagas suplementares

para estágio naquelas línguas. Para o efeito invocando o princípio da reciprocidade, foi

designadamente sugerido que como magistrados de acolhimento fossem seleccionados os

participantes nacionais em anteriores edições do PEAJ, que então tivessem também utilizado um

daqueles idiomas quando deslocados.

Correspondendo a tal solicitação, pese embora as dificuldades inerentes à concretização de

semelhante possibilidade, o CEJ disponibilizou-se a receber em Lisboa um grupo de três

magistrados, para aqui fazerem um estágio de duas semanas em língua inglesa. Tendo aqueles

lugares sido entretanto preenchidos pela REFJ, a realização do intercâmbio ficou de realizar-se em

outubro de 2012, com a primeira semana a decorrer em conjunto com o estágio para formadores,

e a segunda em tribunais, junto de magistrados portugueses de jurisdições afins.

No que toca à formação inicial, as visitas de intercâmbio envolvidas no PEAJ ocorrem

habitualmente na parte final de cada ano. Assim, na semana de 14 a 18 de Novembro de 2011 o

CEJ acolheu um grupo de auditores de justiça franceses, ao mesmo tempo que dois grupos de

auditores portugueses do XXIX Curso Normal, respectivamente de oito e de cinco elementos, se

deslocaram às nossas congéneres Escuela Judicial de Barcelona (magistratura judicial), e Centro de

Estudos Jurídicos de Madrid (MºPº). Por sua vez, de 5 a 9 de Dezembro do mesmo ano foi a vez de

serem recebidos em Lisboa dois grupos de auditores espanhóis, de Barcelona e de Madrid, e de

mais oito auditores portugueses visitarem a ENM de Bordéus.

Para 2012, e de modo a não interromper a nossa participação nestes visitas de intercâmbio,

em que o CEJ foi pioneiro, optou-se por integrá-las de novo com candidatos à magistratura

provenientes do mesmo Curso Normal, ainda que já na fase de estágio. Para o efeito, foi

atempadamente obtido o assentimento do CSM e da PGR, que concordaram com o inegável

interesse formativo envolvido nas mesmas, sendo depois selecionados os participantes, e estando

as visitas programadas para ocorrerem novamente em novembro/dezembro.

3.2.7 Outras Redes Internacionais de Formação

Para além da REFJ, o CEJ é igualmente membro da Rede de Lisboa, da Rede Ibero-Americana

de Escolas Judiciais (RIAEJ), e da RECAMPI.

A Rede de Lisboa, estrutura participada pelas instituições de formação judiciária de todos os

países membros do Conselho da Europa, encontra-se hoje integrada na CEPEJ (Comissão Europeia

para a Eficácia da Justiça), não dispondo de órgãos próprios com capacidade para promover

autonomamente quaisquer atividades formativas entre os respetivos membros. Nessa medida,

qualquer iniciativa que nesse âmbito venha a ter lugar está dependente da promoção e do suporte

financeiro que à mesma venha a ser concedido pelo referido Conselho.

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Relatório de Actividades 2011-2012 54

Nesta conformidade, e no período em análise, a atividade da Rede de Lisboa limitou-se à

realização em Estrasburgo, a 5/6 de junho, de uma conferência do Programa ‘HELP’,

principalmente direcionada a membros do Conselho da Europa que não integram a UE, e onde foi

feita a divulgação dos recursos disponíveis em matéria de formação judiciária no domínio dos

Direitos Humanos e da jurisprudência do TEDH.

Quanto à RIAEJ e à RECAMPI, a inexistência de recursos financeiros próprios, e a dispersão

geográfica, são fatores que limitam fortemente a realização de qualquer iniciativa conjunta que

possa ter lugar no âmbito das mesmas.

Ainda assim, e por ocasião das comemorações do 10º aniversário da organização, o CEJ

participou na Assembleia Geral da RIAEJ, realizada a 10/11 de outubro de 2011 em Cartagena –

Colômbia, onde teve oportunidade de apadrinhar a admissão da ENAMAT (Escola Nacional de

Formação de Magistrados do Trabalho, do Brasil) como novo membro da Rede, assim reforçando a

componente lusófona da mesma. Paralelamente à AG, decorreu uma feira bibliográfica, em que o

CEJ assumiu também posição destacada.

3.3 Países de Língua Portuguesa

O relacionamento estreito com os países integrantes da CPLP, e com as instituições de formação

judiciária que deles fazem parte, pelos particulares laços históricos e culturais que a todos unem,

sempre constituiu uma das prioridades do CEJ, e um meio de afirmação do prestígio internacional da

instituição. Muito embora não tivéssemos contado com a presença no CEJ de auditores cooperantes em

formação inicial durante o ano 2011/2012, aos mais diversos níveis foram desenvolvidas outras

actividades no âmbito formativo e da cooperação com os países, as instituições judiciárias, e as

magistraturas dos países de língua portuguesa.

3.3.1 Brasil

As relações de amizade e de cooperação com o Brasil têm tido tradução, por parte do CEJ,

nos vários protocolos estabelecidos com diferentes escolas de formação brasileiras, de âmbito

federal ou estadual.

No período em análise, merece especial referência a formalização de dois novos convénios

de cooperação, celebrados pelo CEJ com a já citada ENAMAT, e com a Escola da Advocacia-Geral

da União, instrumentos que permitirão intensificar a troca de experiências e a colaboração

recíproca, de forma regular, em iniciativas formativas e editoriais de ambas as instituições, ou com

elas organizadas conjuntamente.

Para além disso, e à semelhança do que já sucedera no início de 2011, em Fevereiro de 2012

o CEJ teve oportunidade de acolher uma delegação alargada de magistrados oriundos da ESMAPE

(Escola Superior da Magistratura de Pernambuco), ocasião em que teve lugar um colóquio sobre

recrutamento, selecção, e formação de magistrados em Portugal.

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Relatório de Actividades 2011-2012 55

3.3.2 Outros países da CPLP

No âmbito do relacionamento com os PALOP, a atuação do CEJ continuou a desenvolver-se

em estreita colaboração com a DGPJ, entidade que tem centralizado a nível governamental a

cooperação para a área da Justiça com os países africanos de expressão portuguesa.

Nessa medida, o CEJ promoveu, em conjunto com o Centro de Formação Jurídica e

Judiciária de Moçambique, o ‘I Curso de Capacitação de Juízes Desembargadores e Sub-

Procuradores Gerais Adjuntos’, destinado a 33 magistrados recém-promovidos à segunda

instância, e que decorreu naquele país africano em novembro/dezembro de 2011, com a

participação de oito formadores portugueses, todos magistrados judiciais ou do MºPº. A formação

em causa desenvolveu-se nas áreas do direito civil e processual civil, direito penal e processual

penal, direito do trabalho e processual do trabalho, e direito da família e das crianças.

Também no CFJJ de Moçambique teve lugar, em dezembro de 2011, assegurada por um juiz

desembargador em representação do CEJ, um curso de formação de formadores subordinado ao

tema ‘A fundamentação das decisões judiciais’, cujos destinatários foram maioritariamente

docentes e formadores daquela instituição nossa congénere.

Na Guiné-Bissau, teve por sua vez lugar, também em novembro de 2011, uma acção de

formação ministrada por 4 docentes indigitados pelo CEJ, nas áreas do direito civil e processual

civil, penal e processual penal, de cariz essencialmente prático, e que visou sobretudo responder às

dúvidas suscitadas pelos magistrados guineenses e decorrentes da sua prática judiciária.

Um dos formadores portugueses envolvidos nesta acção desenvolveu concomitantemente

um processo de assessoria ao Centro de Formação Judiciária (CENFOJ) daquele país, que numa

primeira fase se traduziu no apoio à organização administrativa do Centro, bem como em auxílio

na elaboração do programa de formação complementar a desenvolver durante o ano de 2012.

No âmbito do relacionamento estabelecido também com o Conselho Superior da

Magistratura Judicial Administrativa (CSMJA) de Moçambique, o CEJ teve ainda a oportunidade de

acolher, em duas visitas sucessivas, dois grupos de juízes dos tribunais fiscais moçambicanos, que

em Lisboa frequentaram os cursos sobre ‘Direito Penal Fiscal’, e sobre ‘Temas de Direito Fiscal’,

inseridos no nosso programa de formação contínua para 2011/2012. Para aqueles magistrados o

CEJ organizou ainda visitas de estudo a instituições judiciárias portuguesas, da jurisdição

administrativa e tributária, permitindo-lhes assim um contacto direto e estreito com colegas

portugueses em funções semelhantes.

De referir também que em julho de 2012 o CEJ participou na visita a Portugal de um grupo

proveniente do Centro de Formação Jurídica e Judiciária de Macau, constituído pelo respectivo

Director, pelos membros do Conselho Pedagógico, e pelos estagiários do 4º Curso de Formação de

Magistrados. Para além de uma visita às instalações do CEJ, onde decorreu uma apresentação

sobre a formação de magistrados em Portugal, e sobre a organização judiciária portuguesa, foram

ainda organizadas pelo CEJ, para o mesmo grupo, visitas ao Supremo Tribunal de Justiça, e à

Procuradoria-Geral da República.

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Relatório de Actividades 2011-2012 56

3.4Atividades Bilaterais

3.4.1 Escolas espanholas e francesa

As tradicionais relações de intercâmbio com as escolas de formação judiciária de Espanha

e de França, de que o CEJ foi pioneiro a nível europeu, encontram-se hoje enquadradas no

Programa PEAJ, como já se referiu.

Deste modo, as visitas de intercâmbio de auditores de justiça entre aquelas instituições

são hoje objecto de financiamento por parte da REFJ, o que se traduz naturalmente num

considerável alívio nos encargos financeiros do CEJ.

Mantendo-se todavia as relações privilegiadas a nível bilateral, é de destacar a realização

conjunta com o Centro de Estudos Jurídicos de Madrid, no âmbito do protocolo estabelecido com

aquela instituição, de um seminário de formação contínua sobre ‘Segurança e sinistralidade

rodoviária’, que teve lugar em março de 2012 em Badajoz. Aí estiveram presentes 15 magistrados

do MºPº portugueses, que debateram com colegas espanhóis um fenómeno com particulares

incidências judiciárias transfronteiriças, que urge abordar de maneira concertada, e que se espera

possa ser objeto de iniciativas similares num futuro próximo.

Foram para além disso firmadas diversas parcerias com o CEJ de Madrid, com a Escuela

Judicial de Barcelona, e com a ENM francesa, visando a elaboração e a promoção conjunta de

módulos e acções de formação judiciária, em torno de diferentes temáticas a nível do direito

europeu.

Foram para além disso firmadas diversas parcerias com o CEJ de Madrid, com a Escuela

Judicial de Barcelona, e com a ENM francesa, visando a elaboração e a promoção conjunta de

módulos e acções de formação judiciária, em torno de diferentes temáticas a nível do direito

europeu.

3.4.2 Academia de Direito Europeu (ERA)

Para 2012 foi possível renegociar e renovar o Protocolo celebrado entre o CEJ e a ERA, no

âmbito do qual é facultada a presença de magistrados nacionais em iniciativas de formação

promovidas por aquela Academia, em Portugal ou no estrangeiro, sem pagamento de qualquer

taxa de inscrição.

Foram ainda estabelecidas parcerias para a realização de ações de formação em quatro

áreas concretas (Regulamento Bruxelas I, Direito Europeu do Ambiente, Prevenção do tráfico de

seres humanos, e Uso ilegal da internet), que permitirão ao CEJ acolher em Lisboa seminários

especializados nos referidos temas, neles permitindo também a participação privilegiada de

magistrados portugueses.

3.4.3 Instituto Europeu de Administração Pública (EIPA)

Para 2012 foi possível renegociar e renovar o Protocolo celebrado entre o CEJ e a ERA, no

âmbito do qual é facultada a presença de magistrados nacionais em iniciativas de formação

promovidas por aquela Academia, em Portugal ou no estrangeiro, sem pagamento de qualquer

taxa de inscrição.

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Relatório de Actividades 2011-2012 57

Foram ainda estabelecidas parcerias para a realização de ações de formação em quatro

áreas concretas (Regulamento Bruxelas I, Direito Europeu do Ambiente, Prevenção do tráfico de

seres humanos, e Uso ilegal da internet), que permitirão ao CEJ acolher em Lisboa seminários

especializados nos referidos temas, neles permitindo também a participação privilegiada de

magistrados portugueses.

3.4.4 Organização Internacional do Trabalho (OIT)

Por ocasião das comemorações do 10º aniversário do Escritório de Lisboa da OIT, que

decorrerão até meados de 2013, foi também pela primeira vez estabelecido um relacionamento

institucional com aquela entidade, tendo em vista uma futura colaboração que privilegie acções de

formação judiciária que incidam sobre Direito Internacional do Trabalho, e sobre Convenções da

mesma organização.

Foram assim lançadas as base para a realização no CEJ de um seminário internacional

integrado nas referidas comemorações, já agendado para ter lugar em fevereiro de 2013.

3.4.5 Visitas ao CEJ de entidades estrangeiras

Procurando permanentemente dar resposta positiva a solicitações no sentido acolher

visitas de entidades interessadas em melhor conhecer o sistema português de formação de

magistrados, durante o ano 2011/2012 o CEJ recebeu acolheu a visita, entre outras das seguintes

personalidades e delegações estrangeiras:

a 28 de setembro, de um grupo de 25 magistrados estagiários alemães;

a 14/16 de dezembro, da equipa holandesa vencedora do concurso ‘Themis’ em 2010,

nesse âmbito premiada com a vista a uma instituição de formação europeia, à sua

escolha; a opção pelo CEJ deveu-se às boas referências dadas por outras equipas

participantes no concurso;

a 2 de fevereiro, de uma delegação de magistrados brasileiros da ESMAPE (Escola

Superior da Magistratura de Pernambuco);

a 7/10 de maio, de um grupo de magistrados dos Tribunais fiscais de Moçambique;

a 12 de junho, do Diretor da ENAMAT (Escola Nacional de Formação de Magistrados do

Trabalho, do Brasil), Ex.º Ministro Dr. Aloysio Correia da Veiga;

a 9 de julho, de uma delegação do Centro de Formação Jurídica e Judiciária de Macau,

composta pelo seu Ex.º Diretor, Dr. Manuel Escovar Trigo, pelos membros do conselho

Pedagógico, e pelos estagiários do 4º Curso de Formação de Magistrados;

a 10 de julho, do Ex.º Procurador-Geral da República de Angola, Dr. João Maria Moreira

de Sousa.

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Relatório de Actividades 2011-2012 58

4. Gabinete de Estudos

Judiciários

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Relatório de Actividades 2011-2012 59

4.1 Recursos Humanos do GAEJ O GAEJ encontra-se neste momento sob a alçada directa do Director do CEJ uma vez que o cargo

de Director-Adjunto para a área de estudos e investigação previsto na al. c), nº 1 do 95º da LOCEJ foi

extinto.

O quadro de pessoal afecto ao Gabinete de Estudos Judiciários (GAEJ) compreendeu, no ano

em análise, apenas um trabalhador.

O facto de o quadro de pessoal desta unidade orgânica ser bastante limitado acarreta toda uma

série de constrangimentos, limitações e dificuldades ao trabalho desenvolvido pelo GAEJ.

4.2 Actividade desenvolvida De acordo com as atribuições fixadas pelos Estatutos do Centro de Estudos Judiciários, o

Gabinete de Estudos Judiciários desenvolveu no ano lectivo de 2009/2010 as seguintes actividades:

4.2.1 Estudos

a) Estudos concluídos neste ano de actividades

Vias Académica e Profissional - Comparação Sociográfica (XXVII, XXVIII e XXIX Cursos

de Formação de Magistrados)

Magistraturas Judicial e do Ministério Público – Comparação sociográfica (XXVII, XXVIII

e XXIX Cursos de Formação de Magistrados)

Estudo sobre as classificações obtidas pelos auditores de justiça na perspectiva da via

de ingresso no Centro de Estudos Judiciários (27º, 28º e 29º Cursos de Formação de

Magistrados)

Formação Contínua de Magistrados 2011/2012 - Avaliação das acções de Formação

CEJ – Balanço Social 2011.

Foram igualmente concluídos mas com circulação restrita, os relatórios de avaliação das

seguintes acções de formação contínua de magistrados:

O Processo Civil Experimental – teoria e prática (Relatório nº 1/2012)

Imigração ilegal e tráfico de seres humanos: investigação, prova, enquadramento

jurídico e sanções (Relatório nº 2/2012)

Intervenção do Ministério Público na tutela dos interesses difusos (Relatório nº

3/2012)

Temas de Direito Penal e Processual Penal (Relatório nº 4/2012)

Jurisprudência do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem: casos nacionais (Relatório

nº 5/2012)

Direito do Desporto (Relatório nº 6/2012)

O Direito, a Internet e as novas tecnologias (Relatório nº 7/2012)

Rapto Parental Internacional – Cooperação judiciária em matéria de deslocação e

retenção ilícitas de crianças (Relatório nº 8/2012)

Tratamento processual da pequena e média criminalidade – consenso e simplificação

(Relatório nº 9/2012)

Direito Bancário – contratos bancários e meios de pagamento (Relatório nº 10/2012)

O despedimento colectivo (Relatório nº 11/2012)

Insolvência e consequências da sua declaração (Relatório nº 12/2012)

Cooperação Judiciária Internacional em matéria penal (Relatório nº 13/2012)

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Relatório de Actividades 2011-2012 60

Intervenção de promoção e protecção de crianças e jovens em perigo – desafios do

modelo vigente (Relatório nº 14/2012)

Direito do Urbanismo (Relatório nº 15/2012)

Os Tribunais nacionais como tribunais comuns da ordem jurídica da União Europeia – a

questão prejudicial na teoria e na prática (Relatório nº 16/2012)

Stalking: abordagem penal e multidisciplinar (Relatório nº 17/2012)

O bullying e as novas formas de violência entre os jovens – indisciplina e delitos em

ambiente escolar (Relatório nº 18/2012)

Temas de Direito do Trabalho e de Processo do Trabalho (Relatório nº 19/2012)

Execução de Penas: o novo Código e o direito penitenciário (Relatório nº 20/2012)

Apreciação dos meios de prova e fundamentação da matéria de facto (Relatório nº

21/2012)

Novos modelos e tendências na regulação do exercício das responsabilidades

parentais (Relatório nº 22/2012)

Temas de Direito da Família e das Crianças (Relatório nº 23/2012)

Regime dos recursos nos Tribunais da Relação e nos Tribunais Centrais Administrativos

(Relatório nº 24/2012)

Direito da Saúde: Responsabilidade civil, penal e profissional (Relatório nº 25/2012)

Temas de Direito Fiscal (Relatório nº 26/2012)

Temas de Direito Administrativo (Relatório nº 27/2012)

Gestão processual – agendas, conclusões, serviço urgente e serviço diário,

provimentos e ordens de serviço (Relatório nº 28/2012)

Temas de Direito Fiscal Penal (Relatório nº 29/2012)

Reforma do processo executivo (Relatório nº 30/2012)

A reforma do Código de Processo Civil (Relatórios nºs 31-A/2012, 31-B/2012 e 31-

C/2012)

Estes relatórios foram elaborados no âmbito das funções que o GAEJ continuou a

desempenhar no processo de avaliação das acções de formação contínua o que, neste ano em

análise implicou uma reformulação do questionário utilizado com vista a tornar mais objectivos

os dados recolhidos e do próprio sistema de recolha dos mesmos nas acções de formação de

forma a continuar a garantir o anonimato e a confidencialidade.

b) Estudos iniciados e não concluídos no ano de actividades

Relatório do Inquérito de opinião realizado junto dos magistrados dos 27º, 28º e 29º

cursos sobre os moldes do curso de formação teórico-prática da formação inicial de

magistrados definido pela Lei nº 2/2008, de 14 de Janeiro – este inquérito tem a

particularidade de ser o primeiro realizado no CEJ com base num questionário

preenchido electronicamente, utilizando a plataforma Sharepoint disponibilizada pelo

ITIJ.

O GAEJ participou ainda em reuniões da equipa que está a elaborar o manual de

formação sobre violência doméstica.

Ainda no âmbito dos estudos, foram realizados pelos GAEJ diversos pequenos estudos de

investigação, nomeadamente de carácter estatístico, elaborados ad hoc, em função das

necessidades de informação de apoio à decisão da Direcção do Centro de Estudos Judiciários e

do Departamento de Relações Internacionais.

Foram também iniciados neste período os trabalhos de reconfiguração dos questionários

e os procedimentos de recolha destes à nova realidade da formação à distância entretanto

adoptada pelo CEJ (vídeo-conferência e e-learning).

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Relatório de Actividades 2011-2012 61

4.2.2 Organização e apoio à realização de actividades sociais e

culturais

Durante o período em análise e dado que não houve nenhum curso de formação teórico-

prático a decorrer nas instalações da sede do CEJ não foram organizadas pelo GAEJ quaisquer

actividades de cariz cultural.

Ao nível social, o GAEJ colaborou na organização e preparação da conferência “Confiança na

Justiça” cuja realização decorreu posteriormente ao âmbito do período em análise neste documento.

O GAEJ organizou ainda a recepção de visitas de estudo de estudantes de diversos graus de

ensino ao CEJ. Neste âmbito foram recebidas as seguintes visitas

Escola Secundária José Falcão, de Coimbra;

Escola Secundária de Santa Maria do Olival, de Tomar;

Núcleo da European Law Students Association (ELSA) da Universidade Católica do Porto;

Núcleo da European Law Students Association (ELSA) da Faculdade de Direito de Lisboa.

O papel do GAEJ nestas visitas implica o acompanhamento dos visitantes em toda a visita e, na

primeira parte desta, uma breve apresentação da história do local onde se situa o CEJ (o “Limoeiro”). Na

segunda parte da visita, o assunto centra-se nos processos de recrutamento, selecção e formação de

magistrados e o papel do CEJ nestes, apresentação que é normalmente feita por um docente, cabendo

ao GAEJ um papel organizativo.

4.2.3 Intervenção do GAEJ em outras actividades

O GAEJ foi interveniente importante na implementação da formação contínua de magistrados à

distância, nomeadamente na articulação das unidades orgânicas do CEJ mais directamente ligadas a

este projecto (como o Departamento de Formação e a Divisão de Informática e Multimédia) com as

entidades parceiras do CEJ neste campo, particularmente o E-Learning Lab da Universidade de Lisboa e a

Fundação para a Computação Científica Nacional (FCCN).

Este projecto implicou e teve como consequência a reformulação da imagem externa do CEJ e

neste ponto o papel do GAEJ, além da participação nas reuniões, interveio ao nível da elaboração de

proposta de modelos de documentos (templates) e na sua implementação no CEJ, com a colocação

destes na intranet e a elaboração de uma ordem de serviço aprovada pelo Director que fixa os termos

da sua implementação.

O GAEJ participou ainda na organização e realização do concurso de ingresso no 30º Curso de

Formação de Magistrados para os Tribunais Judiciais bem como em processos de recrutamento e

selecção de pessoal (tanto por procedimento concursal, como por via de processos de mobilidade

interna), nomeadamente realizando e participando em entrevistas e reuniões.

O GAEJ desenvolveu ainda trabalho na compilação, organização e formatação de documentos

como planos estratégicos, de actividades e de estudos e na prestação de informação estatística relativa

à actividade formativa do CEJ a outras entidades oficiais.

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Relatório de Actividades 2011-2012 62

5. Divisão do Centro de

Documentação

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Relatório de Actividades 2011-2012 63

A Divisão do Centro de Documentação recolhe, trata, organiza, disponibiliza, fornece e preserva

os recursos informativos relevantes para as atividades formativas que decorrem no CEJ.

Tendo como orientação os objetivos que foram definidos no Plano de Atividades para a unidade

orgânica em análise, o presente relatório visa dar a conhecer a evolução da organização do arquivo, do

fundo documental e da gestão das publicações periódicas, a gestão dos diversos espaços, com vista à

melhoria da sua organização e condições de armazenagem, bem como, uma melhoria da prestação de

serviços à comunidade envolvente.

5.1 Vertente Arquivo As atividades desenvolveram-se enquanto arquivo intermédio e definitivo, isto é, recebendo,

tratando e preservando a documentação produzida e recebida pelos serviços do CEJ. Neste âmbito,

foram realizadas diversas tarefas.

5.1.1 Gestão do Arquivo

Conclusão do documento de trabalho “Relatório de Avaliação da Documentação

Acumulada”, em junho. Posteriormente, o mesmo foi divulgado entre os membros do

Grupo de trabalho para a Gestão Documental para sugestões e respetiva aprovação.

Conclusão do documento de trabalho “Tabela de seleção de documentos” de acordo com a

MEF que irá constar da Portaria de Gestão de Documentos do Centro de Estudos

Judiciários, em julho. Tendo sido divulgada por e-mail entre os membros do Grupo de

trabalho para a Gestão Documental para sugestões e respetiva aprovação em reunião

marcada para setembro;

Transferência de documentação pertencente a outros serviços: Secretariado dos Diretores-

Adjuntos (2), Secretariado da Direção (2), Secção de Património e Contabilidade (1), Secção

de Pessoal e Expediente (2) e Departamento de Relações Internacionais (1) acompanhados

das respetivas guias de remessa para o Arquivo do CEJ;

Divulgação da versão draft do Guia do fundo documental Associação Cultural e Desportiva

do CEJ, no sentido de recolher mais informações/documentação sobre a mesma;

Elaboração do Manual de Arquivo e respetiva divulgação pelos serviços;

Foram, ainda, concretizadas as ações inerentes à valorização, inventariação, classificação e

conservação do património arquivístico do CEJ;

Por proposta da Chefe de Divisão ao Senhor Diretor, à adesão ao Programa “Administração

Eletrónica e interoperabilidade semântica” por parte CEJ, que foi aceite pela da Comissão

Executiva no dia 10 de abril.

5.1.2 Apoio aos Utilizadores

Serviços de referência e leitura, consulta de documentos e de pesquisas específicas

disponibilizados aos serviços internos e cidadão. Resposta a 10 pedidos internos de consulta de

documentos à guarda do Arquivo, Verifica-se um aumento dos pedidos, que passou de 3 para 10,

relativamente ao ano anterior

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Relatório de Actividades 2011-2012 64

5.1.3 Instalações

Devido à desocupação do pólo localizado nas Escadinhas de São Crispim, onde se encontrava o

Arquivo, foi necessário trazer de volta a documentação tendo sido disponibilizado um espaço destinado

especificamente a custodiar a documentação de conservação permanente do CEJ, no edifício sede.

5.1.4 Grupo de trabalho para a Gestão Documental

Pelo Grupo foi proposto e aprovado pelo Senhor Diretor: o Calendário Anual de Transferências de

Documentação para o Arquivo, a uniformização de lombadas e a versão final do Relatório de

documentação acumulada do Arquivo do CEJ.

5.2 Vertente Biblioteca

5.2.1 Gestão do Fundo Documental

5.2.1.1 Aquisições de publicações (1-9-2011 a 31-8-2012)

As publicações dão entrada na Biblioteca por compra, produção própria, oferta e permuta. No

que respeita à aquisição de publicações por compra, em 2010/2011, baseou-se, tal como nos anos

transatos, nas necessidades dos utilizadores internos do CEJ e no enriquecimento de determinadas

áreas temáticas mais necessitadas de atualização.

As obras que deram entrada por oferta, resultaram de doações efetuadas por elementos

pertencentes ao CEJ, entidades externas e autores.

As obras que entraram por permuta basearam-se em protocolos estabelecidos com outras

instituições, em troca da Revista do CEJ, do Prontuário de Direito do Trabalho, ou outras publicações.

De salientar ainda, a produção interna (monografias e multimédia) que foi significativa e teve

muita procura, quer por utilizadores internos, como externos.

O quadro a seguir representa na sua globalidade, as publicações entradas na biblioteca, nas

quatro modalidades acima mencionadas e por tipo de documento.

Documentos N.º

Monografias 264

Multimédia 173

Publicações em série 42

Total 482

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Relatório de Actividades 2011-2012 65

O quadro seguinte apresenta o total das publicações entradas na Biblioteca por produção própria,

oferta e permuta.

A) Por oferta, permuta ou produção própria

Documentos N.º

Monografias 209

Multimédia 173

Publicações em série 14

Total* 394 *Dos quais 114 foram produzidos pelo CEJ (multimédia e monografias)

Permutas:

O Centro de Documentação mantém permutas de publicações com as seguintes entidades:

a. Associação Jurídica da Maia: Revista MaiaJurídica

b. Associação Sindical dos Juízes Portugueses: Revista Julgar

c. Autoridade da Concorrência: Revista da Concorrência e Regulação

d. Biblioteca da Faculdade de Direito da Universidade Católica de Lisboa: Revista Direito

e Justiça

e. Biblioteca da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra: Boletim da Faculdade

f. Biblioteca da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa: Revista da Faculdade de

Direito de Lisboa

g. Biblioteca da Facultad de Derecho da Universidad de Extremadura: Anuário de La

Facultad de Derecho

h. Biblioteca da Ordem dos Advogados: Revista da Ordem dos Advogados e Boletim da

Ordem dos Advogados

i. Biblioteca Geral da Universidade Portucalense Infante D. Henrique – Revista Jurídica

j. Cabo Verde – Praia: Revista Direito e Cidadania

k. Centro de Direito Biomédico: Lex Medicinae

l. Centro de Direito da Família: Lex Familiae

m. Centro de Estudos Sociais: Revista Crítica de Ciências Sociais

n. Conselho Superior da Magistratura: Boletim informativo

o. Direção-Geral da Qualificação dos Trabalhadores em Funções Públicas (INA): Revistas

Legislação – Cadernos de Ciência de Legislação e Cadernos INA

p. Direção-Geral de Reinserção Social: Ousar Integrar: revista de reinserção social e prova

q. Direção-Geral dos Serviços Prisionais: Revista Temas Penitenciários

r. École Nationale de la Magistrature (França) - Cahiers de la justice : revue trimestrielle

de l’École Nationale de la Magistrature

s. Editora da Meritum - Biblioteca da Faculdade de Ciências Humanas, Sociais e da Saúde

da Universidade FUMEC (Brasil) - Revista de Direito da Universidade FUMEC

t. Escola de Magistratura Federal da 5.ª Região (Brasil): Revista ESMAFE

u. Faculdade de Letras da Universidade do Porto: Sociologia

v. Gabinete de Estratégia e Planeamento (GEP)., do Ministério da Solidariedade e

Segurança Social (MSSS).: Sociedade e Trabalho

w. Mediateca da Universidade Lusíada – Minerva : revista de estudos laborais; Lusíada.

Direito

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Relatório de Actividades 2011-2012 66

x. Observatório da Imigração: Revista Migrações

y. Ordem dos Notários em Portugal: Revista do Notariado

z. Sindicato dos Magistrados do Ministério Público: Revista do Ministério Público

aa. Tribunal de Contas: Revista do Tribunal de Contas

bb. Universidade Autónoma de Lisboa: Galileu – Revista de Economia e Direito; Revista de

Direito Penal

Ao longo do período em apreciação, foram estabelecidas as seguintes permutas:

1. Associação Sindical dos Funcionários de Investigação Criminal da Polícia Judiciária: Revista de

investigação criminal (janeiro 2012)

B) Aquisições onerosas

Documentos N.º Valor

Monografias 55 1.735,00 €

Multimédia 0 0,00 €

Publicações em série 28* 3.208,00 €

Total 87 4.943,00 €

* Renovação de assinaturas

Como se pode verificar, registou-se um aumento significativo das aquisições das monografias por

compra em relação ao ano anterior, de 638,05€ para 1.735,00€. E continua a constatar-se um aumento

significativo de documentos produzidos a nível interno, nomeadamente de documentos multimédia. No

que diz respeito às publicações periódicas não se registaram alterações significativas no número de

títulos assinados pela biblioteca, mantendo-se em 28, menos 4 comparados relativamente ao ano

transato, devido ao cancelamento das assinaturas.

Assinaturas renovadas:

1. Cadernos de Direito Privado

2. Cadernos de Justiça Administrativa

3. CEDOUA - Revista do Centro de Estudos de Direito do Ordenamento do Urbanismo e do

Ambiente

4. Coletânea de Jurisprudência

5. Coletânea de Jurisprudência. Acórdãos do STJ

6. Desporto e Direito

7. Fiscalidade - Revista de Direito e Gestão Fiscal

8. Jueces para la democracia

9. O Direito

10. Questões Laborais

11. Revista de Derecho Comunitario Europeo

12. Revista de Direito e de Estudos Sociais

13. Revista de Direito Público

14. Revista de Legislação e de Jurisprudência

15. Revista Jurídica do Urbanismo e do Ambiente

16. Revista Portuguesa de Ciência Criminal

17. Revista Portuguesa de Direito do Consumo

18. Revue Interdisciplinaire d’Études Juridique

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Relatório de Actividades 2011-2012 67

19. Revue Internationale de Droit Comparé

20. Revue Internationale de Droit Penal

21. Revue Trimestrielle de Droit Civil

22. Revue Trimestrielle de Droit Europeen

23. Rivista di Diritto Civile

24. Rivista di Diritto Processuale

25. Rivista Internazionale di Filosofia del Diritto

26. Rivista Italiana di Diritto e Procedura Penale

27. Scientia Ivridica

28. Temas de Integração

Divulgação das novas aquisições:

Elaboração de uma publicação mensal que consiste num Boletim bibliográfico de novas

publicações que entram ao longo do mês na Biblioteca e a respetiva divulgação é através do e-mail do

Centro de Documentação ([email protected]).

5.2.1.2 Registo de documentos em base de dados

Foi efetuada a descrição bibliográfica de novos documentos, inserindo e validando os respetivos

registos na base de dados. No quadro seguinte pode observar-se o total das publicações que receberam

tratamento técnico documental na Biblioteca.

Documentos N.º

Monografias 264

Analíticos (revistas/livros) 1277

Multimédia 173

Publicações em série 14

Total 1728

5.2.1.3 Documentos catalogados, indexados, correspondentes a registos em base de dados (valores absolutos)

No dia 1 de setembro de 2012 a base de dados bibliográficos registava um total de 29478

registos bibliográficos, correspondente a:

Documentos N.º

Monografias 12033 Analíticos (monografias/publicações

em série) 16426

Multimédia 770

Publicações em série 249

Total 29478

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Relatório de Actividades 2011-2012 68

Nesta área concretizaram-se ainda as seguintes tarefas:

Assegurou-se o tratamento dos artigos das publicações periódicas, nacionais e estrangeiras,

entradas na Biblioteca;

Continuação do tratamento técnico documental das publicações periódicas, nacionais e

estrangeiras, existentes em depósito, já com cota, mas não inseridas no catálogo

informatizado;

Conclusão do tratamento retrospetivo dos Trabalhos de Projeto na Área de Investigação, quer

em suporte de papel ou em formato eletrónico, de forma a tornar a informação mais acessível;

Iniciou-se o tratamento dos artigos de monografias, nomeadamente, Estudos em Homenagem,

Comemorações, Colóquios, Jornadas, etc. que, pela sua importância, mereçam um tratamento

autónomo;

Iniciou-se o tratamento técnico dos documentos eletrónicos resultantes das ações de

formação, tendo em vista implementar a formação à distância;

Continuação do trabalho de uniformização dos índices de assunto (letras C - D) através da

implementação, correção e manutenção do ficheiro de autoridade.

5.2.1.4 Abate e reparações de documentos

Neste âmbito, realizaram-se 21 reparações de documentos, sem custos acrescidos, como se pode

verificar no quadro seguinte:

Reparações Total

volumes 21*

custo ( € ) 0 * Reparações realizadas internamente

5.2.2 Apoio aos Utilizadores

A biblioteca está aberta à Direção, a toda a comunidade docente, aos auditores de justiça e

cooperantes, bem como a utilizadores externos. Os pedidos dirigidos à Biblioteca, são registados no

módulo de empréstimo, que nos fornece, no período em análise, o total de 2430 registos.

5.2.2.1 Movimento das requisições (consulta e empréstimo) de documentos

Documentos N.º

Monografias 1331

Analíticos (revistas/livros) 978

Multimédia 121

Total 2430

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Relatório de Actividades 2011-2012 69

5.2.2.2 Quadro de movimento de utilizadores - pedidos de digitalizações de documentos

Digitalização N.º

Utilizador Interno 264

Utilizador Externo 280

Interbibliotecas 66

Total 610

5.2.2.3 Quadro de movimento de utilizadores - pedidos de pesquisas

Pesquisas N

Utilizador Interno 8

4

Utilizador Externo 1

89

Interbibliotecas 4

0

Total 3

16

5.2.2.4 Quadro de movimento de utilizadores - pedidos de consulta e empréstimo de documentos

Leitores N.º

Auditores 230

Dirigentes 135

Docentes 442

Funcionários 246

Externos 453

Entidades 141

Leitura de presença 783

Total 2430

Da análise destes quadros verificamos que, apesar dos auditores de justiça se encontrarem nos

tribunais, não deixaram de usufruir deste serviço. Verifica-se um aumento significativo dos utilizadores

externos, que passou de 232 para 453, relativamente ao ano anterior. Relativamente ao grupo dos

docentes, tendo em conta o número reduzido dos mesmos, revelou-se um grupo assíduo na utilização

dos recursos.

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Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Actividades 2011-2012 70

5.2.2.5 Tratamento do inquérito

Foi ainda elaborado e distribuído um questionário, durante o mês de junho, junto dos

utilizadores: internos e externos, para aferir a satisfação dos serviços prestados, bem como a recolha de

sugestões para a sua continua melhoria. Este inquérito foi enviado por e-mail. Conseguiu-se assim uma

representação da comunidade servida pela biblioteca, com 38 inquéritos respondidos, correspondentes

a: 12 utilizadores internos e 26 utilizadores externos, tal como se apresenta no gráfico seguinte:

O modo de atendimento obteve, uma média de 95% de muito satisfeito, uma tendência de

subida comparativamente ao ano de 2011 (86%).

Relativamente à Rapidez no atendimento, obtivemos uma taxa de muito satisfeito na ordem dos

89 %, um valor bastante alto que continua a demonstrar o compromisso da equipa para com os

utilizadores e no que respeita ao Rigor e clareza da informação prestada pelos técnicos, conseguiu-se

81% de muita satisfação.

12

26

Utilizadores Internos

Utilizadores Externos

36

2

Muito satisfeito

Satisteito

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Relatório de Actividades 2011-2012 71

A análise da questão sobre a avaliação global da biblioteca revelou muito satisfeito na ordem dos

84%.

O espaço em aberto para os utilizadores poderem fazer outros comentários continua a ser muito

importante para conseguirmos ter uma maior sensibilidade face aos problemas e/ou sugestões

apresentadas. Observemos, assim, alguns dos comentários:

Comentário sobre a coleção:

Objeto de utilização: há muitos títulos desatualizados

Comentário sobre o espaço:

Necessidade de alargamento do espaço e melhorar equipamentos para consulta

Comentários sobre o atendimento

Excelente prontidão e eficácia na resolução de todos os pedidos efetuados.

Parabéns pelo excelente trabalho!

Uma das melhores biblioteca jurídicas, na vertente humana e bibliográfica

O serviço prestado pela biblioteca do CEJ é dos mais eficientes que até ao

momento experimentei. Acrescente ainda a admirável rapidez de resposta às

solicitações que lhes são formuladas e a constante atenção e simpatia que são

dispensas a todos os que se lhe dirigem

Serviço exemplar, oxalá assim fossem os demais da Administração Pública

portuguesa

Atendimento muito prestável e profissional. Continuem com o bom trabalho que

prestam à sociedade em geral

Serviço muito eficiente e prestável. Qualidade no atendimento

Como utilizador externo, tenho de realçar a rapidez da satisfação da consulta, sem

prejuízo da qualidade

Obrigado pelo apoio e disponibilidade demonstrados

(…)

84%

13%3%

Muito satisfeito

Satisteito

NS/NR

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Relatório de Actividades 2011-2012 72

5.3 Gestão de Publicações O CEJ edita monografias, isoladamente ou em parceria, abrangendo temáticas diversificadas nas

áreas jurídica e judiciária. Publica ainda, duas publicações em série: a Revista do CEJ e o Prontuário de

Direito do Trabalho.

Assim sendo, a Divisão do Centro de Documentação:

Assegurou a distribuição da Revista do CEJ n.º 14, através das ofertas

institucionais, permutas e vendas;

Procedeu à distribuição dos Prontuários de Direito do Trabalho nºs 88-89, através

das ofertas institucionais e permutas, como se pode verificar no quadro seguinte.

Títulos Quanti

dade

Prontuário de Direito do Trabalho n.º 88-

89 107

Revista do CEJ n.º 14* 387

Total 494

* 185 Exemplares foram enviadas aos formadores nos tribunais

O quadro seguinte indica outras publicações, editadas anteriormente pelo CEJ, que foram

oferecidas, permutadas ou vendidas:

Publicações / Tipos Quanti

dade

Monografias 63

Periódicos 115

Total 178

Outras atividades:

A) Designação da Chefe de Divisão como Introdutora para o Preenchimento do Diagnóstico

do questionário Situação arquivística do Estado – ACE. O mesmo foi submetido no portal

da entidade promotora do mesmo (DGARQ e AMA), no dia 4 de julho.

B) Colaboração com o Departamento de Formação na logística do lançamento da obra

“Prova por presunção no direito civil”, do Juiz de Direito Luís de Sousa, que teve lugar no

dia 20 de junho, pelas 16:00h, na Sala de Convívio do Centro de Estudos Judiciários.

5.4 Recursos Humanos Em 2011-2012 registaram-se alterações significativas no mapa de trabalhadores da Divisão do

Centro de Documentação: tendo 1 Técnico Superior se aposentando em setembro de 2011. Em janeiro

de 2012 foi afeta à biblioteca 1 Operacional Técnico. Por outro lado, deu-se a afetação a tempo inteiro,

de 1 Assistente Técnico ao setor do Arquivo. Deste modo, o mapa de pessoal passa a ter a com a

seguinte composição: 1 Chefe de Divisão; 1 Técnica Superior; 2 Assistentes Técnicos e 1 Operacional

Técnico.

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Relatório de Actividades 2011-2012 73

6. Departamento de

Apoio Geral

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Relatório de Actividades 2011-2012 74

O Departamento de Apoio Geral (DAG) foi criado, juridicamente, pelos Estatutos do CEJ

aprovados em Anexo à Portaria nº 965/2008, de 29 de Agosto, publicada no Diário da República, 1ª

Série, nº 167, de 29 de Agosto.

Nos termos do artº 5º dos referidos Estatutos, o DAG é a unidade orgânica genericamente

responsável pela conceção, organização, e manutenção do sistema de informação do CEJ, pelo apoio

jurídico, e pelo apoio, nas áreas da informática e multimédia e da gestão financeira, patrimonial e de

recursos humanos às atividades do CEJ.

Foi ainda prevista a criação duma unidade orgânica flexível, denominada divisão, e de duas

unidades flexíveis com o nível de secção.

Estas unidades orgânicas flexíveis foram criadas por despacho da diretora do CEJ, de 15 de

setembro de 2008.

Assim, de acordo com as atribuições fixadas pelos Estatutos do Centro de Estudos Judiciários e

com o plano de atividades aprovado para 2011/2012 o Departamento de Apoio Geral desenvolveu as

atividades que se a seguir se indicam:

6.1 Área de recursos humanos Foram executadas todas as tarefas de processamento de vencimentos, bolsas de formação e

outros abonos dos trabalhadores do CEJ e auditores de justiça e procedeu-se à liquidação dos respetivos

descontos.

Foram mantidos atualizados os processos individuais dos trabalhadores do CEJ.

Foi efetuado o controlo de assiduidade (faltas férias e licenças), feita a contagem de tempo de

serviço para efeitos de candidatura a procedimentos concursais e emissão de variadas declarações.

Foram asseguradas as ações necessárias em matéria de gestão e administração de recursos

humanos do CEJ, nomeadamente:

A tramitação e conclusão de três procedimentos para recrutamento e seleção de pessoal das

carreiras gerais.

A abertura, tramitação e conclusão de três procedimentos para admissão de pessoal para a

carreira (não revista) de informática.

A celebração de contratos de trabalho em funções públicas por tempo indeterminado, na

sequência de procedimentos concursal, num total de 2 contratos.

A avaliação do período experimental de dois trabalhadores e elaboração do respetivo

relatório de avaliação.

O levantamento de necessidades de formação dos trabalhadores do CEJ e elaborado o plano

anual de formação.

Até ao fim do ano de atividades (julho de 2012) e de acordo com o plano aprovado, os

trabalhadores frequentaram ações de formação num total de 380 horas, em Microsoft Excel e

nas áreas de Informática, de Gestão de Recursos Humanos, de Plataformas Eletrónicas, da

gestão Documental (Arquivo) e outras áreas transversais. Em cumprimento do Plano da

formação, estavam ainda inscritos outros trabalhadores, nas áreas da Contratação Pública e

da Contabilidade e da Gestão de Processos mas tais ações de formação foram adiadas.

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Relatório de Actividades 2011-2012 75

Foi efetuado o acompanhamento do Sistema de Avaliação do Desempenho dos trabalhadores

e definidos os objetivos para o ano de atividades 2011/2012. Foi também efetuado o reporte

à Secretaria-Geral do Ministério da Justiça.

Foi elaborado o mapa de pessoal do CEJ para 2013, tendo em conta os requisitos impostos pela

Lei nº 12-A/2008, de 27 de Fevereiro, os recursos disponíveis e os postos de trabalho necessários ao

desenvolvimento da atividade, que acompanhou o projeto de orçamento para o ano de 2013.

Foram assegurados os reportes de informação obrigatórios, em matéria de recursos humanos.

No âmbito da melhoria do funcionamento interno dos serviços, foram definidos e

implementados modelos de impressos relativos a assiduidade, faltas, férias e abono de vencimento de

exercício, e elaborado o guia de procedimentos do período experimental e respetivo Modelo de

Relatório.

Foi também elaborada uma proposta de regulamento interno da formação profissional, que

ainda se encontra em fase de discussão e melhoramentos, tendo em vista a sua aprovação.

Ainda no âmbito da melhoria do funcionamento interno dos serviços, foi elaborado um manual

para esclarecimentos de dúvidas sobre a aplicação do Regulamento Interno de funcionamento,

atendimento e horário de trabalho do Centro de Estudos Judiciários.

No que respeita à Higiene, Saúde e Segurança no Trabalho, mantiveram-se as vertentes Higiene

e Segurança, porquanto o procedimento aberto pela UCMJ, que inclui a vertente Saúde, ao qual o CEJ

aderiu, ainda não está concluído.

O sistema de informação do CEJ ainda não está totalmente desenvolvido, pelo que, a este nível,

também não foi possível dar cumprimento ao previsto no Plano de Atividades.

6.2 Área de Património e Contabilidade No que respeita a esta área, importa referir que o orçamento respeita ao ano económico, pelo

que não coincide com o período de atividades do CEJ. Ainda assim, dá-se uma perspetiva de execução

orçamental, tendo em conta as atividades que decorreram entre 1 de setembro de 2011 e 31 de agosto

de 2012.

Referem-se também as atividades mais relevantes, orientadas para a atividade principal do CEJ,

que foram as seguintes:

Foi elaborada e remetida à tutela a proposta de orçamento para o ano de 2013, tendo em

conta as despesas previstas com as atividades do 30º curso normal de formação de

magistrados, com os formadores dos magistrados em regime de estágio e com os formadores

da formação contínua.

Foi efetuado, dentro do prazo fixado, o respetivo carregamento no sistema de informação

contabilística.

Foi assegurada a gestão orçamental, através da contabilidade, da verificação, processamento,

liquidação e pagamento das despesas autorizadas, bem como através da proposta e instrução

das alterações orçamentais consideradas necessárias.

Foi elaborada e remetida ao Tribunal de Contas, dentro do prazo legal, a conta de gerência do

ano de 2011.

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Relatório de Actividades 2011-2012 76

Foram elaborados, nos prazos estipulados, os reportes periódicos (mensais e trimestrais) a

que se refere o decreto-lei de execução orçamental e demais legislação, de acordo com as

circulares da Direcção-Geral do Orçamento.

Foi assegurada a prestação de informação, em tempo útil, aos organismos exteriores ao CEJ.

Foi assegurada a constituição, liquidação e pagamento do fundo de maneio.

No que respeita à área patrimonial, foram assegurados os procedimentos aquisitivos de bens e

serviços não abrangidos pelo sistema de compras centralizadas e celebrados contratos e desenvolvidos

demais procedimentos relativos aos concursos levados a cabo pela Unidade de Compras do Ministério

da Justiça.

Foram geridos os contratos de fornecimento de serviços externos (assistência técnica,

manutenção de equipamentos, limpeza, segurança e comunicações).

Foram solicitados e obtidos os pareceres prévios vinculativos, nos termos legais, tendo em vista a

celebração/renovação de 5 contratos.

Foram efetuadas as comunicações obrigatórias de 1 contrato de manutenção técnica e da

prestação de serviços de formação, abrangidos pelo parecer genérico favorável.

Foi assegurada a manutenção das instalações e das viaturas afetas ao CEJ.

Tendo em vista a melhoria do funcionamento interno dos serviços, foram elaborados

regulamentos, circulares com definição de procedimentos e circuitos, propostas de despacho,

normalização de ofícios e formulários, melhor especificados e quantificados na área do Apoio Jurídico.

Quanto ao Inventário, não foi possível mantê-lo totalmento atualizado, uma vez que o CEJ não

dispõe de qualquer aplicação para o efeito e os recursos humanos afetos nesta área ficaram reduzidos

durante um período de sete meses, já que a trabalhadora que tem a seu cargo a área financeira esteve

de licença por gravidez de alto risco seguida de licença parental, pelo que as suas funções foram, em

grande parte, desenvolvidas por outra trabalhadora, que tinha a seu cargo, entre outras, aquela tarefa.

Ainda assim, foi feita a relação de todos os bens adquiridos no período em referência.

6.3Área do Apoio Jurídico Na área do Apoio Jurídico, as atividades desenvolvidas contribuiram para um maior controlo e

fiscalização da legalidade, na medida que a atividade do Departamento de Apoio Geral é transversal a

todas as unidades orgânicas do CEJ.

Neste âmbito, foram desenvolvidas as seguintes atividades:

Pareceres/Informações - No período em referência, foi prestada assessoria juridica à Direção do

CEJ, ao Departamento de Apoio Geral e ao Departamento da Formação, através da emissão de

pareceres e informações, em todos os processos e estudos que lhe foram submetidos, com vista à

tomada de decisão, designadamente no âmbito dos processos judiciais e administrativos graciosos e das

questões/pretensões dos auditores de justiça e ex-auditores de justiça, entre outras, relacionadas com a

Lei orgânica do CEJ (total de 26 pareceres/informações jurídicas).

No âmbito do DAG, foram emitidos outros pareceres/informações, em matérias relacionadas

com os regimes jurídicos contidos nos normativos legais relativos aos recursos humanos,

nomeadamente regimes de vinculação, regime do contrato de trabalho em funções públicas,

procedimento concursal, SIADAP e outra legislação transversal á administração Pública (total de 21).

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Relatório de Actividades 2011-2012 77

Contratação pública - Procedeu-se aos estudos necessários para a adequação dos processos

aquisitivos e de compras e de gestão de contratos no âmbito do Código dos Contratos Públicos,

aprovado pelo Decreto-Lei n.º 18/2008, de 29 de janeiro, desenvolvendo trabalhos na formação e

análise dos contratos em vigor, bem como no âmbito das novas contratações, a saber:

Análise de contratos em vigor (manutenção e vicissitudes contratuais e diversas informações),

num total de 29.

Procedimentos aquisitivos (elaboração de informações/propostas e demais peças

procedimentais, acompanhamento e controlo dos procedimentos e informações diversas.)

Procedimento para a formação de contrato ao abrigo de acordo quadro, nos termos do art.

259.º do CCP, para aquisição de serviços de viagens e acompanhamento e controlo do

procedimento.

Procedimento para a formação de contrato de prestação de serviços de produção editoral e

de distribuição da publicação semestral da “Revista do CEJ”.

Procedimento para a formação do contrato para a prestação de serviços de formação em

Microsoft-Office 2010 (Word e Outlook).

Produção normativa do CEJ – Na sequência da aplicação do Regulamento Interno de

Funcionamento, Atendimento e Horário de Trabalho do CEJ foram desenvolvidas várias atividades com

vista ao cumprimento de formalidades e trâmites legais, destacando-se o processo de conciliação,

referente ao Acordo Coletivo de Entidade Empregadora Pública (ACEEP) a celebrar entre o CEJ e a

Federação Nacional dos Sindicatos da Função Pública e a negociação direta do Acordo, bem como

informações diversas relacionadas com aplicação/interpretação do referido regulamento interno.

Procedimentos pra recrutamento de trabalhadores – Foram produzidas Informações, elaborados

os avisos de abertura e acompanhamento dos procedimentos relativos ao recrutamento de

trabalhadores.

Contencioso Administrativo – Foram desenvolvidas as seguintes atividades:

Colaboração nos processos pendentes na Secretaria-Geral do Ministério da Justiça, nos quais

o CEJ é parte.

Conta e guia de liquidação (custas) em processo findo.

Processo de Injunção: 1.

Ação Administrativa especial: 2.

Providência Cautelar: 1.

Ação Administrativa Comum: 1.

Recurso Jurisdicional: 1.

Normas e Instruções internas – Foram elaborados os seguintes regulamentos e guias:

Regulamento de Uso de Veículos do Centro de Estudos Judiciários;

Projeto de aviso “Receção e expedição da correspondência externa”;

Projeto de guia de procedimentos a observar na avaliação do período experimental;

Elaboração de modelos de relatório das atividades desenvolvidas durante o período

experimental pelos trabalhadores inseridos nas categorias de assistente técnico e assistente

operacional;

Proposta de obtenção de certificado digital para efeitos de acesso ao Sistema de Informação

dos Tribunais Administrativos e Fiscais para o as jurista do CEJ – SITAF;

Proposta de Regulamento de Formação Profissional do CEJ.

Acompanhamento Jurídico ao 30.º Curso - Foi prestada assessoria jurídica ao Concurso de

Ingresso no 30.º Curso normal de Formação de magistrados, no âmbito do qual foram prestadas

informações e pareceres, num total de 27.

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Relatório de Actividades 2011-2012 78

Protocolos - Foi feita a análise e apresentação de 2 contra-propostas e elaborada a minuta de

Protocolo de Colaboração/Cooperação e respetivas notas.

Outras atividades - Foram preparados despachos/avisos/deliberações/atas de

reuniões/autos/certidões, num total de 24.

Colaboração na intranet do CEJ, em coordenação com a Divisão de Informática e Multimédia.

Esta colaboração consubstanciou-se, designadamente, na disponibilização de informação nas áreas da

legislação, formulários e regulamentos.

Foram feitas proposta dos seguintes modelos e formulários:

Modelos na área patrimonial: Autos de abate;

Formulários na área dos recursos humanos: 5.

Foi elaborado o memorando (principais questões tratadas pelo Apoio Jurídico – no âmbito da Lei

orgânica do CEJ) e feita proposta de alteração ao estatuto de auditor de justiça, bem como

apresentação de sugestões suscitadas no memorando.

Foram redigidos vários ofícios, no âmbito dos diversos processos judiciais e administrativos

graciosos, e propostos ofícios–modelo na área dos procedimentos recursos humanos e na área

patrimonial.

6.4 Outras acções na área do Departamento de

Apoio Geral No ano de actividades 2011/2012, foram desenvolvidas outras actividades das quais se destacam:

Resposta a vários questionários, nomeadamente nomeadamente sobre a utilização das

tecnologias da informação e da comunicação na Administração Pública, solicitado pela UMIC

– Agência para a Sociedade do Conhecimento; Utilização da Aplicação GEADAP; INA; Recolha

de dados sobre efetivos da AP- DGAEP.

Foram elaboradas inúmeras propostas, informações e pareceres, sobre assuntos transversais

a todas as unidades orgânicas, tendo em vista decisão superior.

Foi prestada diversa informação à Inspecção-geral dos Serviços da Justiça, no âmbito do

acompanhamento, em outubro de 2011, da auditoria temática iniciada no ano de 2009.

Foi elaborado o Balanço Social Consolidado e enviado à Secretaria-geral do Ministério da

Justiça.

Foi preparada informação diversa, sobre execução orçamental, recursos humanos e compras

públicas e remetida às diferentes entidades, designadamente o Instituto de Gestão Financeira

e de Infraestruturas da Justiça, a Direção-Geral do Orçamento, a Secretaria - Geral do MJ e a

Direção-Geral do Emprego e da Administração Pública.

Foram secretariadas todas as reuniões dos Conselhos Geral e Pedagógico e elaboradas as

respetivas atas.

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7. Divisão de

Informática e

Multimédia

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Relatório de Actividades 2011-2012 80

A Divisão de Informática e Multimédia (DIM) é formada por 5 elementos, um deles o chefe de

divisão respetivo, com aptidões e funcionalidades distintas, dirigidas para funções específicas no

domínio da informática, multimédia e audiovisuais.

De acordo com as competências definidas para a Divisão, foram desenvolvidas e implementadas,

ao longo do ano de atividade, tarefas para assegurar a operacionalidade dos sistemas informáticos e de

telecomunicações, e a sua adequação às necessidades do CEJ.

De acordo com as competências definidas para a Divisão, foram desenvolvidas e implementadas,

ao longo do ano de atividade, tarefas para assegurar a operacionalidade dos sistemas informáticos e de

telecomunicações, e a sua adequação às necessidades do CEJ.

No âmbito do plano de atividades de 2011/2012, a DIM desenvolveu as seguintes atividades:

7.1 Software

Aquisição de licenciamento de software CZ Print Job Tracker;

Atualização dos servidores Windows 2000 para Windows 2008;

Adoção de ferramentas de produtividade Open Source;

Migração do serviço de correio eletrónico do Betamail para o novo serviço de correio

eletrónico do Microsoft Exchange 2010;

Melhoramento e consolidação do sítio da intranet desenvolvido em Open Source;

Manutenção das páginas do sítio de internet e intranet.

7.2 Hardware

Aumento da cobertura do serviço de rede sem fios em 90% da área do CEJ;

Reestruturação, reorganização e diagnóstico dos circuitos de fibra ótica e bastidores da

rede;

Consolidação e atualização tecnológica da infraestrutura de suporte ao sistema de

comunicações de voz e dados;

Modernização dos servidores e das estações de trabalho do parque informático;

Aquisição de 2 Kit’s audiovisual Educast, para produção em vídeo de conteúdos com

cariz pedagógico;

Aquisição de unidades de alimentação ininterrupta (UPS), para assegurar a

disponibilidade da infraestrutura de servidores e comunicações;

Abate de equipamento obsoleto e, ou, sem reparação.

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Relatório de Actividades 2011-2012 81

7.3 Audiovisuais

Na área de apoio audiovisual a DIM continuou a prestar serviço regular de apoio

audiovisual às aulas da formação inicial e contínua, bem como o acompanhamento e

apoio a outros eventos promovidos pelo CEJ, de acordo com protocolos institucionais,

através da disponibilização de videoprojectores e equipamentos de audiovisual;

Ações de manutenção nos equipamentos de audiovisual.

7.4 Outros

Deram entrada no Helpdesk, 1700 pedidos registados, solicitados pelas várias unidades

orgânicas, que incluem intervenções nas áreas de rede, software, hardware e

audiovisuais;

Migração do sistema tradicional de telecomunicações para o sistema de voz sobre ip

(Voip), que esta ligado ao ”Call Manager” do Ministério da Justiça;

Aumento das transmissões por videoconferências das ações de formação para diversas

locais do continente e ilhas;

Melhorias dos procedimentos de apoio as transmissões das ações de formação por

videoconferências

Extensão de serviço de assistência técnica:

Servidores da Dell;

Aplicação de relógio de ponto.

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