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Título: Relatório de Atividades 2016-2017
Autor: Centro de Estudos Judiciários
Ano de Publicação: 2017
Centro de Estudos Judiciários
Largo do Limoeiro
1149-048 Lisboa
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2016.2017 3
ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 7
1.1. Aspetos gerais ....................................................................................................................................................... 7
1.2. Formação inicial ................................................................................................................................................... 8
1.2.1. Primeiro ciclo .......................................................................................................................................... 8
1.2.2. Segundo ciclo ........................................................................................................................................... 9
1.2.3. Estágio de ingresso ............................................................................................................................... 10
1.3. Prestígio social e abertura ao exterior............................................................................................................. 10
1.4. Divulgação externa ............................................................................................................................................ 11
1.4.1. A página do CEJ ................................................................................................................................... 13
1.5. Formação contínua ............................................................................................................................................ 14
1.6. Parcerias com entidades externas .................................................................................................................... 15
2. FORMAÇÃO INICIAL DE MAGISTRADOS.............................................................................. 19
2.1. Fase teórico-prática (primeiro ciclo) ............................................................................................................... 19
2.1.1. Primeiro Ciclo do 32.º Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais Judiciais ........ 20
2.1.1.1. Destinatários e início das atividades ........................................................................................ 20
2.1.1.2. Organização por matérias e áreas............................................................................................. 21
2.1.1.3. Métodos pedagógicos, avaliação e duração das matérias ..................................................... 25
2.1.1.4. Estágio intercalar junto dos tribunais ...................................................................................... 28
2.1.1.5. Avaliação sumária do primeiro ciclo do 32.º Curso .............................................................. 28
2.1.2. Primeiro Ciclo do 4.º Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais
Administrativos e Fiscais ..................................................................................................................... 29
2.1.2.1. Destinatários e início das atividades ........................................................................................ 29
2.1.2.2. Organização por matérias e áreas............................................................................................. 30
2.1.2.3. Métodos pedagógicos, avaliação e duração das matérias ..................................................... 30
2.1.2.4. Estágios intercalares junto dos tribunais ................................................................................ 33
2.1.2.5. Avaliação sumária do primeiro ciclo do 4.º curso TAF ....................................................... 34
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2016.2017 4
2.2. Estágios ................................................................................................................................................................ 34
2.2.1. Magistratura Judicial ............................................................................................................................. 34
2.2.2. Magistratura do Ministério Público ................................................................................................... 35
3. FORMAÇÃO CONTÍNUA ........................................................................................................... 37
3.1. Breve nota introdutória ..................................................................................................................................... 37
3.2. Ações de formação contínua previstas e realizadas, por tipologia ............................................................ 37
3.3. Ações de formação contínua realizadas, por jurisdição e tipologia .......................................................... 39
3.4. Inscrições e presenças – Juízes e Magistrados do Ministério Público ...................................................... 39
3.5. Locais de realização das ações de formação contínua ................................................................................. 44
3.6. Publicação de livros digitais - e-books .............................................................................................................. 45
3.7. Formação contínua - em síntese ..................................................................................................................... 48
4. DEPARTAMENTO DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS ...................................................... 51
4.1. Introdução ........................................................................................................................................................... 51
4.2. Estrutura e organização interna ....................................................................................................................... 52
4.3. Rede Europeia de Formação Judiciária .......................................................................................................... 53
4.3.1. Estrutura organizativa da REFJ ......................................................................................................... 53
4.3.2. Grupos ‘Programas’ e ‘Metodologias’; Sub-Grupos ‘Civil’, ‘Justiça Criminal, ‘Direitos
Humanos’ e ‘Linguística’ ’ ................................................................................................................... 53
4.3.3. Concurso Thémis.................................................................................................................................. 54
4.3.4. Catálogo Plus .......................................................................................................................................... 54
4.3.5. Programa de intercâmbios (Exchange Programme) ............................................................................. 55
4.3.6. Outras Redes Internacionais de Formação ...................................................................................... 56
4.4. Países de Língua Portuguesa ............................................................................................................................ 57
4.4.1. Brasil........................................................................................................................................................ 58
4.4.2. Outros países da CPLP ........................................................................................................................ 58
4.5. Atividades bilaterais ........................................................................................................................................... 60
4.5.1. Escolas espanhola e francesa .............................................................................................................. 60
4.5.2. Academia de Direito Europeu (ERA) ............................................................................................... 60
4.5.3. Visitas ao CEJ de entidades estrangeiras .......................................................................................... 61
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Relatório de Atividades 2016.2017 5
5. GABINETE DE ESTUDOS JUDICIÁRIOS ................................................................................ 63
5.1. Recursos humanos ............................................................................................................................................. 63
5.2. Atividade desenvolvida ..................................................................................................................................... 63
5.2.1. Estudos, trabalhos de investigação e relatórios ............................................................................... 64
5.2.2. Atividades de apoio à formação de magistrados ............................................................................. 65
5.2.3. Atividades sociais e culturais ............................................................................................................... 66
5.2.4. Comunicação institucional e imagem ................................................................................................ 68
5.2.5. Intervenção do GAEJ em outras atividades .................................................................................... 71
6. DIVISÃO DO CENTRO DE DOCUMENTAÇÃO ..................................................................... 73
6.1. Introdução ........................................................................................................................................................... 73
6.2. Vertente Arquivo ............................................................................................................................................... 73
6.2.1. Gestão do arquivo ................................................................................................................................ 74
6.2.2. Apoio aos utilizadores .......................................................................................................................... 74
6.3. Vertente Biblioteca ............................................................................................................................................ 75
6.3.1. Gestão do fundo documental ............................................................................................................. 75
6.3.1.1. Aquisições de publicações (1-9-2016 a 31-8-2017) ............................................................... 75
6.3.1.2. Documentos catalogados, indexados, correspondentes a registos em base de dados .... 78
6.3.1.3. Abate e reparações de documentos ......................................................................................... 78
6.3.2. Apoio aos Utilizadores......................................................................................................................... 79
6.3.2.1. Movimento das requisições (consulta e empréstimo) de documentos .............................. 79
6.3.2.2. Quadro de movimento de utilizadores por grupo - pedidos de consulta e
empréstimo de documentos ...................................................................................................... 79
6.3.2.3. Quadro de movimento de utilizadores - pedidos em empréstimos
interbibliotecas (EIB) ................................................................................................................. 79
6.3.2.4. Quadro de movimento de utilizadores - pedidos de digitalização de documentos......... 80
6.3.2.5. Quadro de movimento de utilizadores - pedidos de pesquisas .......................................... 80
6.4. Qualidade dos serviços ..................................................................................................................................... 80
6.4.1. Recolha e tratamento de informação estatística .............................................................................. 80
6.4.2. BiblioNet .................................................................................................................................................. 80
6.5. Gestão de publicações ....................................................................................................................................... 81
6.6. Outras atividades ................................................................................................................................................ 81
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2016.2017 6
6.7. Infraestruturas .................................................................................................................................................... 82
6.8. Recursos humanos ............................................................................................................................................. 83
7. DEPARTAMENTO DE APOIO GERAL .................................................................................... 85
7.1. Introdução ........................................................................................................................................................... 85
7.2. Atividades cometidas ao DAG pelos estatutos do CEJ .............................................................................. 86
7.2.1. Área de recursos humanos e expediente .......................................................................................... 86
7.2.2. Área de Contabilidade .......................................................................................................................... 87
7.2.3. Área Patrimonial e de Contratação Pública ..................................................................................... 88
7.2.3.1. Área patrimonial .......................................................................................................................... 88
7.2.3.2. Contratação pública .................................................................................................................... 89
7.2.4. Apoio Jurídico ....................................................................................................................................... 89
7.2.4.1. Apoio jurídico .............................................................................................................................. 89
7.2.4.2. Apoio geral ................................................................................................................................... 92
7.3. Outras atividades ................................................................................................................................................ 93
7.4. Divisão de Informática e Multimédia ............................................................................................................. 94
7.4.1. Informática............................................................................................................................................. 94
7.4.2. Multimédia ............................................................................................................................................. 95
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2016.2017 7
1. Introdução
1.1. Aspetos gerais
[1] O Relatório Anual de Atividades que
se apresenta para apreciação, projeta-se como
uma prestação de contas da execução do Plano
Anual de Atividades de 2016-2017 do Centro de
Estudos Judiciários, em face do preceituado nos
artigos 94.º, nº 4, alínea e), e 97.º, n.º 5, alínea a),
da Lei n.º 2/2008, de 14 de janeiro.
Na linha de anteriores relatórios, releva
considerar os termos da execução dos eixos
estruturantes do Projeto Estratégico do Centro de
Estudos Judiciários: restaurar o prestígio e a
credibilidade do CEJ, nos quais se inserem:
reforçar a identidade do CEJ como escola de
formação; abrir o CEJ ao exterior; contribuir para
a confiança nos tribunais e na legitimidade do
poder judicial; apostar na complementaridade das
profissões jurídicas; definir um projeto
pedagógico coerente, assente nas virtualidades do
e-b-learning; cultivar o caráter e a independência
de espírito.
Na sua estrutura, o Relatório de Atividades
integra as partes que, a seguir se enunciam, que
correspondem, no essencial, às áreas
fundamentais das atribuições do Centro de
Estudos Judiciários:
1. Introdução
2. Formação Inicial
3. Formação Contínua
4. Departamento de Relações Internacionais
5. Gabinete de Estudos Judiciários
6. Divisão do Centro de Documentação
7. Departamento de Apoio Geral
[2] À luz do preceituado na Lei Orgânica
do Ministério da Justiça, o Centro de Estudos
Judiciários é uma estrutura do Ministério da
Justiça, com a missão de formação profissional de
juízes, magistrados do Ministério Público,
assessores dos tribunais e outros profissionais da
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2016.2017 8
justiça, para além de estabelecer relações de
cooperação e desenvolver estudos e investigações
(Artigos 7.º, alínea a), e 18.º do Decreto-Lei n.º
123/2011, de 26 de dezembro).
Essas atribuições são desenvolvidas na Lei
do CEJ (Lei n.º 2/2008, de 14 de janeiro), que
estabelece o quadro orgânico próprio para o seu
cumprimento: a) O diretor; b) O conselho geral;
c) O conselho pedagógico; d) O conselho de
disciplina.
[3] No período 2016-2017 foram
assumidas as seguintes prioridades:
▪ Formação inicial: o novo plano de
estudos para o 1.º Ciclo da Formação
Inicial (32.º Curso Normal de
Formação para os Tribunais Judiciais
▪ Formação Inicial: o novo plano de
estudos para o 1.º ciclo do 4.º Curso
para os Tribunais Administrativos e
Fiscais
▪ Estágio de Ingresso (31.º Curso de
Formação Normal para os Tribunais
Judiciais e 3.º Curso de Formação para
os Tribunais Administrativos e Fiscais
▪ Realização integral do Plano de
Formação Contínua, aprovado pelo
Conselho Geral
▪ Conclusão do programa de publicações
referentes ao plano de formação
contínua
▪ Consolidação do modelo formativo e-b-
learning
▪ Preparação da formação dos futuros
magistrados do Ministério Público de
Cabo Verde
▪ Organização e conclusão do Curso de
formação específico para o exercício
de funções de presidente do tribunal,
de magistrado do Ministério Público
coordenador e de administrador
judiciário previsto nos artigos 97.º,
102.º e 107.º da Lei n.º 62/2013, de 26
de agosto.
1.2. Formação inicial
1.2.1. Primeiro Ciclo
[4] A formação inicial de Magistrados para
os tribunais judiciais compreende um curso de
formação teórico-prática, organizado em dois
ciclos sucessivos, e um estágio de ingresso, sendo
que o primeiro ciclo desse curso se realiza na sede
do CEJ, com a ressalva dos estágios intercalares
de curta duração, que decorrem nos tribunais – tal
como se estabelece nos n.os 1 e 2 do artigo 30.º da
Lei n.º 2/2008, de 14 de janeiro.
Em 12 de fevereiro de 2016, foram
abertos dois concursos para ingresso em dois
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2016.2017 9
novos cursos de formação de magistrados,
respetivamente para os Tribunais Judiciais e para
os Tribunais Administrativos e Fiscais.
Findos os concursos, o primeiro ciclo do
32.º Curso de formação de futuros Magistrados
para os Tribunais Judiciais decorreu entre 15 de
setembro de 2016 e 15 de julho de 2017. Tratou-
se de um curso destinado a preencher um total de
84 vagas, sendo 28 na magistratura judicial e 56 na
magistratura do Ministério Público.
Do mesmo modo, o primeiro ciclo do 4.º
Curso de formação teórico-prática de futuros
Magistrados para os Tribunais Administrativos e
Fiscais decorreu entre 15 de setembro de 2016 e
15 de julho de 2017. O curso teve um total de 42
vagas.
[5] Recorde-se que para responder às
necessidades de formação destes dois cursos, em
Julho de 2016, o CEJ selecionara, por
procedimento concursal, 6 novos docentes, todos
a tempo inteiro, e convidou dois outros, um para
a jurisdição do Trabalho e da Empresa na
sequência de deserção do procedimento quanto à
jurisdição em causa, e uma magistrada da
jurisdição administrativa e fiscal, para exercício de
funções a tempo parcial e em acumulação nesse
domínio.
Os sete docentes a tempo inteiro eram
originários da magistratura judicial (3, sendo dois
para a área penal e um para a área civil) e do
Ministério Público (4, um para cada uma das
jurisdições – Civil, Penal, Família e Crianças e
Trabalho).
Note-se que ainda este ano – em Junho de
2017 - e para assegurar as acrescidas necessidades
de formação do 33.º Curso de formação teórico-
prática de futuros Magistrados para os Tribunais
Judiciais, que iniciou funções em 15 de setembro
de 2017, o CEJ selecionou, por procedimento
concursal, mais duas novas docentes a tempo
inteiro, tendo convidado quatro outros
magistrados a desempenhar funções docentes a
tempo parcial, e em acumulação de funções, dois
para a Jurisdição Penal, um para a Jurisdição de
Família e um para a Jurisdição do Trabalho e da
Empresa, todos da Magistratura do Ministério
Público.
Fez também entrar no seu corpo de
docentes duas magistradas que tinham ficado
graduadas como suplentes no procedimento
concursal de 2016, uma – Juíza - para a Jurisdição
Civil e outra – Procuradora da República – para a
Jurisdição Penal.
As duas docentes a tempo inteiro são
originárias da magistratura judicial (um para a
Jurisdição de Família e das Crianças e outro para a
Jurisdição do Trabalho).
1.2.2. Segundo Ciclo
[6] Durante o período temporal a que se
reporta este Relatório de atividades, não
decorreram atividades de formação do 2.º Ciclo
nos tribunais.
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2016.2017 10
1.2.3. Estágio de ingresso
[7] Orientações
A preparação do estágio foi feita em
especial pelos diretores-adjuntos de cada uma
das magistraturas, com a colaboração de
coordenadores regionais.
Magistratura judicial
No período a que se refere o presente
Relatório, e seguindo o manual de Organização
do 2.º Ciclo, o Guia de Boas Práticas respetivo e
o Guia de Estágio do 3.º Curso TAF, que
continuaram a ser documentos inovadores na
história do CEJ, estiveram em estágio 18 juízes
oriundos do 31.º Curso de Formação para os
Tribunais Judiciais e 39 juízes oriundos do 3.º
Curso para os Tribunais Administrativos e
Fiscais, tendo todos concluído com sucesso o
seu estágio.
Magistratura do Ministério Público
Do mesmo modo, e nos termos
explicitados no respetivo Manual de Estágios, no
que se refere ao Ministério Público, estiveram
em estágio 20 Procuradores-Adjuntos oriundos
do 31.º Curso para os Tribunais Judiciais.
Este estágio veria a sua duração
encurtada em 6 meses por força do disposto no
artigo 2.º, n.º 1, do Decreto-Lei n.º 23/2017, de
23 de fevereiro, tendo terminado, por isso, em
28 de fevereiro de 2017, ao invés da data
inicialmente prevista de 31 de agosto de 2017.
Não se verificou nenhuma situação de
exclusão neste ciclo final de estudos tendo, não
obstante, sido proposta a manutenção integral
do período normal de estágio relativamente a um
procurador-adjunto estagiário, ou seja até 31 de
agosto de 2017, a qual viria a ser homologada
pelo Conselho Pedagógico na sua reunião de 16
de fevereiro de 2017. Também esse estágio
decorreu com sucesso, tendo o referido
estagiário sido subsequentemente nomeado em
efetividade de funções.
1.3. Prestígio social e abertura ao exterior
[8] Constitui umas das preocupações
principais do CEJ a sua abertura ao exterior,
condição fundamental para o seu prestígio e
reconhecimento social.
De modo sintético, e a par de parcerias
estratégicas que se constituíram e outras já
estabelecidas e que se mantiveram, da
preocupação com a transparência de
procedimentos, continuou a produção e
publicação de diversos materiais formativos, com
relevância e interesse para todas as profissões
jurídicas.
Neste contexto e no período em apreço,
releva salientar a realização de conferências e a
publicação de edições com a colaboração de
entidades externas, entre as quais se podem
destacar a Ordem dos Advogados, a Ordem dos
Notários, as Faculdades de Direito e o Conselho
Superior da Magistratura, e com outros
organismos do Ministério da Justiça (INPI,
DGAJ, DGPJ).
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2016.2017 11
[9] As Conferências do Centro de Estudos
Judiciários
As Conferências do Centro de Estudos
Judiciários têm-se imposto como ponto de cultura
e reflexão, tendo conquistado um espaço de
afirmação.
No cumprimento do Plano de Atividades
de 2016-2017, as Conferências do CEJ,
preparadas e dirigidas primordialmente para os
auditores de justiça, têm também conquistado
outros públicos da comunidade jurídica, nacional
e estrangeira, que as segue em direto, através do
canal CEJ.
Para além da divulgação em direto, as
mesmas encontram-se disponíveis on-line, em
http://www.cej.mj.pt/cej/estudos-e-
publica/conferencias.php, pela sua qualidade
excecional está em preparação, para edição em
livro, o conjunto das conferências realizadas
durante o ano.
1.4. Divulgação externa
[10] No período em apreço prosseguiu o
uso de metodologias inovadoras de formação
contínua de magistrados judiciais e do Ministério
Público, aqui incluindo a formação a distância,
mas também a disponibilização de ferramentas
relacionadas com o saber fazer específico dos
magistrados.
Tais metodologias são avançadas no plano
europeu, nas quais o CEJ tem intervenção e
participação assinalável, e sendo possíveis do
ponto de vista técnico e tecnológico, mercê das
parcerias estabelecidas.
Às solicitações significativas de ações de
formação transmitidas por videoconferência nem
sempre correspondeu uma pretendida qualidade
de receção da emissão em diversos locais, reflexo
dos problemas sofridos com a rede informática
do Ministério da Justiça.
O CEJ continuou a organizar muitas das
suas ações de formação em articulação com a
Justiça TV, aproveitando a parceria estabelecida
com esta entidade, embora, sempre que a
transmissão foi feita para os tribunais, com as
dificuldades de receção antes referidas.
No entanto, com o recurso a pen’s
adquiridas e disponibilizadas nas circunscrições
com maior número de presenças, tem-se logrado
obter qualidade de receção.
A experiência recolhida e a satisfação dos
resultados permitirão exportar a solução para
todas as demais circunscrições onde idênticas
carências se manifestam
Os elementos estatísticos mais relevantes
são descritos mais abaixo.
[11] A par da transmissão em direto para a
Internet, o CEJ iniciou em 2012 uma biblioteca de
recursos digitais, sendo hoje um dos mais
relevantes criadores de conteúdos de formação
jurídica em língua portuguesa.
A página de e-learning reflete o esforço que
tem vindo a ser feito (http://elearning.cej.mj.pt/).
Os dois gráficos seguintes mostram a
evolução havida do ano transato para este ano,
tendo evoluído significativamente o número de
acessos, quando, no ano anterior era de cerca de
um milhão de acessos todos os meses.
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2016.2017 12
Pela monitorização do CEJ aos acessos
pode compreender-se quais os temas que
interessam à comunidade jurídica ou que esta
procura na página, nela se incorporando
conteúdos gratuitos como um contributo de
relevo para a comunidade jurídica.
A produção de vídeos encontra-se
associada a livros digitais, que permitem ao leitor,
desde que tenha uma ligação à Internet, abrir de
imediato as conferências e outros recursos
multimédia a que pretende aceder.
Continuou a manter-se a possibilidade
oferecida aos consumidores das publicações
digitais do CEJ poderem optar pela visualização
em 3 suportes diferentes, Flash, Quicktime e iPod.
O esforço realizado é, portanto, o de adequar e
flexibilizar a oferta formativa de acordo com o
tipo de audiência, permitindo aos senhores
magistrados, advogados e outros profissionais
acompanharem as publicações do CEJ nos seus
computadores, tablets e telemóveis,
independentemente dos programas operativos.
Vídeos mais visualizados
Título do vídeo N.º de visua-
lizações
Direito da Família e das Crianças - Simulação
4944
A revisão do Código de Processo nos Tribunais Administrativos - Alteração da instância e convolação no Código de Processo nos Tribunais Administrativos
3659
A revisão do Código de Processo nos Tribunais Administrativos - Alterações ao contencioso pré-contratual
2798
A revisão do Código de Processo nos Tribunais Administrativos - A nova ação administrativa
2691
O Novo Código do Procedimento Administrativo
2341
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2016.2017 13
1.4.1. A página do CEJ
[12] A página Internet do CEJ, apesar de
obsoleta e das suas limitações técnicas, representa o
meio fundamental de divulgação das atividades
desenvolvidas e das publicações ali alojadas.
Através da página, editou-se periodicamente
um catálogo das publicações e disponibilizou-se a
publicação de uma agenda mensal, enviada pela
Internet e alojada igualmente na página do CEJ.
Manteve-se a padronização das séries de
publicações e das publicações conforme o modelo
definido e adotado em 2012, que vem sendo
seguido.
Uma consulta à página do CEJ assinala
milhares de visitas mensais, provenientes
maioritariamente de Portugal, mas também com
origem em diversos outros países, factos que podem
ser observados no mapa e nos gráficos abaixo,
comparando os valores homólogos de dois anos
seguidos
Se, como se referiu, não é possível, por
limitações técnicas, proceder ao descarregamento
de vídeos, os materiais formativos
disponibilizados são intensamente consultados e
descarregados, em qualquer das suas espécies, em
particular, os dossiês de formação, os guias
jurídicos, e manuais de formação.
Os instrumentos disponibilizados
privilegiam a divulgação do saber fazer específico
das magistraturas, mas sem esquecer o saber
académico, e a sua utilidade para outros
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2016.2017 14
profissionais do direito, em particular os
advogados.
No quadro seguinte, mostra-se o número
de descarregamento de e-books no período
considerado e idêntico valor para as mesmas
espécies no ano transato.
Os e-books são instrumentos de apoio aos
magistrados e à comunidade jurídica que o CEJ
tem acarinhado e desenvolvido, tendo concluído e
publicado na sua página na Internet, nesta ano, 42
e-books, todos de descarregamento gratuito.
Por último, releva destacar que o CEJ está
a trabalhar num projeto para a conceção,
preparação e execução de modernização
tecnológica de ferramentas indispensáveis ao
cumprimento das suas missões, onde se incluem,
além de um modelo de gestão documental, a
atualização da página da Internet, tornando-a mais
amigável na perspetiva do utilizador e mais
flexível do ponto vista do gestor e administrador.
Download de e-books (setembro de 2016 a agosto de 2017)
E-book N.º de
descar- regamentos
Direito Estradal 1702
Caderno I – O Novo Processo Civil – Contributos da doutrina para a compreensão do Novo Código de Processo Civil (2.ª Edição)
1376
Trabalhos Temáticos de Direito e Processo Penal – Volume I
1345
Caderno V – O Novo Processo Civil – Textos e Jurisprudência (Jornadas de Processo Civil – janeiro 2014 e Jurisprudência dos Tribunais Superiores sobre o novo CPC)
1151
Catálogo de Publicações do Centro de Estudos Judiciários (outubro de 2016)
1105
O Processo de Insolvência – Prontuário de decisões judiciais e peças processuais do Ministério Público – Volume I
1010
Direito Penal e Processual Penal (2012-2015)
989
Família e Crianças: As novas Leis - Resolução de questões práticas
988
Guia Prático do Novo Processo de Inventário – 2ª Edição
931
As Leis das Crianças e Jovens – Reforma de 2015
929
1.5. Formação contínua
[13] No âmbito da formação contínua, as
atividades programadas (78, 82 em 2016) foram
realizadas 72 (74 em 2016), nalguns casos
excecionais em datas diversas, deslizando-as no
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2016.2017 15
tempo, de modo a enquadrá-las no plano de
cursos de formação, como ocorreu com Comunicar
a Justiça, por ter sido incluída no Curso de
Formação Específico para o Exercício das
Funções de Presidente do Tribunal e de
Magistrado do Ministério Público Coordenador.
Das ações programadas cinco foram
adiadas, tendo ainda sido realizadas mais 3 ações
sobre matérias que se reputaram relevantes.
Continua a verificar-se uma discrepância
significativa entre os candidatos inscritos (10606,
6038, em 2016) e presentes 5849 (55,4%, por
comparação com 3435 – 56,9% - em 2016), como
os mapas relativos às aludidas ações melhor
demonstram, matéria a que o CEJ está atento e
que importa superar em articulação com os
Conselhos Superiores.
Importa ainda deixar uma nota do
resultado da avaliação dada pelos presentes a cada
ação, sendo em regra assinalada a pertinência e
qualidade das mesmas, e que, não obstante o
merecimento constitui fator estímulo para um
continuado melhor esforço da missão do CEJ
nesta área de intervenção.
[14] Prosseguiu a preparação de dossiês de
formação contínua, onde cada magistrado
interessado pode encontrar um conjunto vasto de
informações relativas a cada uma das matérias das
ações de formação: legislação nacional, europeia e
internacional; jurisprudência europeia;
jurisprudência do Tribunal Europeu dos Direitos
do Homem; jurisprudência do Supremo Tribunal
de Justiça, do Supremo Tribunal Administrativo e
do Tribunal Constitucional; e estatísticas da
justiça.
A Plataforma e-learning do CEJ tem-se
constituído como o repositório das atividades
realizadas, com a consequente nota de uma
melhor disponibilização dos matérias e de um
benefício ambiental significativo, mercê da
eliminação do uso do papel em apresentações e
outros textos. Por outro lado, foi definida uma
metodologia de contacto direto do CEJ – através
dos seus docentes organizadores dos colóquios –
com os magistrados inscritos nas ações de
formação, para que estas correspondam aos reais
problemas e interesses formativos dos
magistrados em funções nos tribunais.
Os conteúdos formativos estão acessíveis
on-line, prosseguindo orientação já consolidada, de
modo a permitir a sua utilização por magistrados
que não possam assistir presencialmente às ações
de formação.
1.6. Parcerias com entidades externas
[15] Não ocorreram alterações
significativas no domínio das parcerias do CEJ
com entidades externas, pelo que se reproduz, no
essencial, o que se assinalou no ano transato.
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2016.2017 16
Prosseguiram os contactos de Governos e
conselhos superiores estrangeiros, em especial de
países de língua oficial portuguesa, com o CEJ
para ser a entidade formadora dos seus altos
quadros jurídicos e das magistraturas.
Neste âmbito assinalam-se os contactos e
projetos já desenvolvidos com instituições
similares de Macau, Moçambique, Timor, S.
Tomé e Príncipe, Cabo Verde e Angola.
Com mais detalhe, serão assinalados no
local próprio as atividades desenvolvidas em
matéria de formação de magistrados dos PALOP,
Macau e Timor-Leste, sendo de destacar, pela
relevância, o Projeto de Apoio à Consolidação do
Estado de Direito nos PALOP e em Timor Leste,
designado PACED, com financiamento da União
Europeia, com o objetivo geral de contribuir para
a afirmação e consolidação do Estado de Direito
naqueles Países, através da prossecução do
objetivo específico de prevenir e lutar eficazmente
contra a corrupção, o branqueamento de capitais
e o crime organizado, especialmente no que toca
ao tráfico de estupefacientes.
Do mesmo modo, foi possível continuar a
colaboração com outras entidades, em especial, a
Ordem dos Advogados, a Ordem dos Notários e
a Ordem dos Solicitadores e dos Agentes de
Execução.
Consolidaram-se metodologias para um
sistema de garantia de qualidade. Para além dos
inquéritos aos inscritos nas ações de formação
contínua, como antes se assinalou,
desenvolveram-se ferramentas de garantia de
qualidade da formação presencial e a distância,
nomeadamente através de processos de diálogo
entre docentes e inscritos, na avaliação pelos pares
e na avaliação dos resultados.
[16] Uma nota final sobre questões
orçamentais, financeiras e de recursos humanos.
Não obstante constrições orçamentais
Apesar da conjuntura adversa, foi possível
cumprir os objetivos a que o CEJ se propôs, quer
os cursos de formação inicial como os planos de
formação contínua, encerrando o ano orçamental
de 2016 sem dívidas a fornecedores.
Continuou a fomentar-se a formação dos
funcionários e iniciaram-se e concluíram-se os
procedimentos concursais abertos.
Foram realizadas obras de conservação no
edifício, bem como foram renovados
equipamentos de informática e multimédia de
apoio à formação.
Os serviços da Biblioteca satisfazem com
grande celeridade pedidos de informação
bibliográfica e de digitalização de textos de
magistrados de todo o país.
[17] Institucionalmente ou através dos
seus docentes, coordenadores e formadores, o
CEJ participou em diversas iniciativas, de que
sumariamente se destacam as seguintes, sem
embargo de maior desenvolvimento nos locais
respetivos:
▪ O CEJ integra a direção da Rede
Europeia de Formação Judiciária (EJTN)e tem
vindo a colaborar na definição do plano
estratégico e do plano anual de atividades. No
âmbito destas, assinala-se a organização de
diversos seminários em Lisboa e a colaboração de
docentes e magistrados portugueses, como
oradores, em diversos programas realizados em
Portugal e no estrangeiro;
▪ Academia de Direito Europeu (ERA):
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2016.2017 17
para além de desenvolvimentos do projeto Better
applying the EU Regulations on Family and Succession
Law: Development of training materials and organisation
of interactive seminars, realizado em parceria com o
CEJ, releva destacar a colaboração na organização
de encontros aqui realizados, nomeadamente os
seguintes: International Surrender of Persons – a
transcontinental approach, Special Investigation
Techniques to Tackle Internet Crimes e Competition Law;
▪ Conselho da Europa e Tribunal Europeu
dos Direitos do Homem: participação no
programa HELP (European Programme for Human
Rights Education for Legal Professionals);
▪ Centro de Formação Jurídica e Judiciária
de Macau: colaboração na organização e
participação em ações de formação;
▪ Guarda Nacional Republicana:
colaboração na docência da sua escola e na
organização de concursos na área penal e
processual penal;
▪ Participação na Comissão de
Acompanhamento do Regime de Internamento
Compulsivo;
▪ Associação Portuguesa de Direito do
Trabalho (APODIT): participação em colóquios;
▪ CITE: programa e formação acerca de
discriminações no local de trabalho;
▪ Projeto Justiça para Tod@s: participação
em todas as fases do programa;
▪ Polícia Judiciária: colaboração em
formações para inspetores.
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2016.2017 19
2. Formação inicial de magistrados
2.1. Fase teórico-prática (Primeiro ciclo)
Após a conclusão dos respetivos
concursos de admissão ao Centro de Estudos
Judiciários iniciaram funções, no dia 15 de
Setembro de 2016, 84 Auditores de Justiça, 28
para a magistratura judicial e 56 para a
magistratura do Ministério Público), no âmbito do
32.º Curso de Formação de Magistrados para os
Tribunais Judiciais.
No âmbito do 4.º Curso para os Tribunais
Administrativos e Fiscais (Magistratura Judicial)
iniciaram funções na mesma data 42 Auditores de
Justiça.
Este primeiro ciclo da fase de formação
teórico-prática terminou no dia 15 de julho de
2017.
No que se refere ao Curso de Formação
de Magistrados para os Tribunais Judiciais
concluíram-no, com êxito, 27 Auditores de Justiça
no âmbito da Magistratura Judicial (ocorrendo
uma exclusão no final do curso) e 55 no que se
refere à Magistratura do Ministério Público (já que
se verificou uma desistência durante o mesmo).
No 4.º Curso para os Tribunais
Administrativos e Fiscais, terminaram 41
auditores o seu 1.º Ciclo, na medida em que
também aqui ocorreu uma desistência.
As metodologias formativas assentaram
nas seguintes ideias-chave: desenvolvimento pelas
equipas de docentes de materiais disponibilizados
na plataforma de e-learning para a formação inicial;
realização das sessões presenciais;
aprofundamento dos materiais e disponibilização
de elementos por parte dos Auditores de Justiça
também na plataforma.
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2016.2017 20
Deste modo, obtiveram-se os seguintes
resultados:
▪ Os docentes funcionaram em equipa e
os materiais formativos representam o
saber fazer de toda a equipa.
▪ Alguns terão divulgação externa na
coleção de e-books “Formação Inicial”;
▪ Todos os docentes têm acesso a todos
os elementos avaliativos feitos pelos
auditores.
Ao longo do curso, designadamente com a
realização de reunião com representantes dos
Auditores e com o recurso a inquéritos, foram
diagnosticadas as situações de maiores
necessidades de formação dos Auditores e
também corrigidas opções formativas iniciais.
No caso do 4.º Curso TAF assinale-se a
opção - que decorreu do respetivo Plano de
Estudos - de dar peso idêntico à formação em
Direito e Processo Civil e em Direito e Processo
Administrativo e Direito e Processo Tributário.
Anote-se ainda a preocupação da Direção
do CEJ com a identidade da instituição e dos seus
auditores, independentemente do curso
frequentado. Deste modo, diversas disciplinas,
seminários e conferências integrantes da área de
estudos da componente geral e de especialidade
foram simultaneamente de presença obrigatória
para o 32.º Curso e para o 4.º Curso TAF.
Os resultados finais, quer em termos
avaliativos, quer de conhecimentos adquiridos
foram muito positivos.
A conclusão a retirar com base nestes
elementos é a da justeza e adequação das opções
tomadas quanto à reforma da Lei do CEJ, à
organização dos ciclos de estudo e quanto ao
novo sistema de avaliação dos auditores.
2.1.1. Primeiro Ciclo do 32.º Curso de
Formação de Magistrados para os Tribunais Judiciais
2.1.1.1. Destinatários e início das
atividades
Os 84 Auditores de Justiça foram
admitidos a frequentar o curso no âmbito do
concurso de ingresso aberto pelo Aviso n.º
1756-B/2016, publicado no Diário da República,
2ª Série, de 12 de fevereiro de 2016.
Note-se que uma das vagas foi ocupada
por candidato de anterior concurso, autorizado a
frequentar o curso seguinte, ao abrigo do n.º 4, do
artigo 28.º, da Lei n.º 2/2008, de 14 de janeiro.
Frequentaram ainda o 32.º Curso, no
âmbito da cooperação na formação judiciária com
os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa,
2 Auditores de Justiça Cooperantes da República
de São Tomé e Príncipe.
Tendo em conta a circunstância de a
formação estar programada de acordo com
módulos de formação comum a ambas as
Magistraturas e módulos de formação específica
de acordo com a opção de Magistratura
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2016.2017 21
correspondente, os Auditores de Justiça foram
integrados em duas espécies de grupos, com
composição diferenciada:
1. Para efeitos de formação na
Magistratura escolhida (formação
específica), os Auditores de Justiça
foram integrados em seis grupos de 14
elementos cada, identificados por
números, distribuídos aleatoriamente
por escalões definidos em função das
classificações obtidas pelos candidatos
no concurso de ingresso,
independentemente da sua via de
acesso (académica ou profissional) e de
forma a permitir uma constituição
qualitativa o mais homogénea possível
de todos os grupos;
2. Para efeitos de formação comum, os
Auditores de Justiça foram integrados
em seis grupos identificados pelas
letras A a F, igualmente distribuídos de
forma aleatória por escalões definidos
em função das classificações obtidas
pelos candidatos no concurso de
ingresso, independentemente da sua
via de acesso (académica ou
profissional) e de forma a permitir uma
constituição qualitativa o mais
homogénea possível de todos os
grupos.
Os Auditores cooperantes provenientes
dos PALOP foram integrados em dois grupos
respeitando-se, para integração nos grupos de
formação específica, a opção que fizeram para
frequência das unidades letivas de formação
específica da Magistratura do Ministério Público.
O início das atividades teve lugar no dia 15
de setembro de 2016, pela manhã, com uma
sessão de “Boas Vindas”, apresentada pela
Direção do Centro de Estudos Judiciários, a que
se seguiu uma sessão de apresentação geral do
Curso.
No dia 16 de setembro de 2016 teve lugar
a Sessão Solene de Abertura do Curso, na qual
participaram Suas Excelências o Presidente do
Supremo Tribunal de Justiça, o Presidente do
Supremo Tribunal Administrativo, a Ministra da
Justiça e a Procuradora-Geral da República; a
conferência de abertura esteve a cargo do
Conselheiro, jubilado, Dr. José Narciso da Cunha
Rodrigues.
Sem prejuízo da realização do estágio
intercalar junto dos Tribunais, as atividades
teórico-práticas do Primeiro Ciclo decorreram na
sede do Centro de Estudos Judiciários, de 15 de
setembro de 2016 a 15 de julho de 2017, num
total de cerca de 36 semanas.
Oitenta e dois auditores terminaram o
primeiro ciclo com aproveitamento, tendo havido
uma exclusão na Magistratura Judicial e uma
desistência no Ministério Público.
2.1.1.2. Organização por matérias e áreas
Quadro geral
O primeiro Ciclo do 32.º Curso de
Formação Teórico-Prática de Magistrados para os
Tribunais Judiciais, cujo plano de estudos foi
aprovado pelo Conselho Pedagógico em 8 de
julho de 2016, integrou duas componentes
formativas, a denominada componente
profissional e a componente geral e de
especialidade.
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2016.2017 22
Todas as matérias integrantes destas áreas
de estudos foram de frequência obrigatória.
Tendo em atenção a natureza das matérias
a abordar e a diferenciação funcional das duas
Magistraturas, o programa das matérias abaixo
indicadas integrou módulos, divididos em
unidades letivas, de formação comum e de
formação específica:
Na componente formativa profissional:
▪ Direito Civil e Processual Civil e
Comercial;
▪ Direito Penal e Processual Penal;
▪ Direito da Família e das Crianças;
▪ Direito do Trabalho e da Empresa.
Na componente formativa geral e de
especialidade:
▪ Direito Constitucional;
▪ Direito Europeu e Internacional;
▪ Inglês Jurídico;
▪ Tecnologias de Informação e
Comunicação;
▪ Ética e Deontologia;
▪ Psicologia Judiciária;
▪ Jurisprudência do TEDH e do TJUE
em matéria de Direitos Fundamentais.
As matérias da componente profissional
foram integradas em unidades orgânicas
designadas por Jurisdições: a Jurisdição Cível, a
Jurisdição Penal, a Jurisdição do Direito de
Família e das Crianças e a Jurisdição do Trabalho
e da Empresa.
As matérias integradas nas componentes
formativas, geral e de especialidade, com
lecionação autónoma foram ministradas em
módulos formativos próprios e tiveram, nalguns
casos, avaliação própria, mediante provas de
aferição de conhecimentos, que ditaram uma
apreciação de natureza qualitativa, integrada de
forma relevante, mas sem peso percentual
específico (e sem caráter por si só excludente), na
avaliação global de cada auditor.
Em cada um dos programas foram
estabelecidos os respetivos conteúdos
pedagógicos, as metodologias, os métodos de
avaliação, bem como a distribuição das cargas
horárias na abordagem de temas de formação
comum e específica, em conformidade com as
linhas gerais do Plano de Estudos, sem prejuízo
do cumprimento dos objetivos gerais e específicos
legalmente assinados ao primeiro ciclo da
formação inicial dos Auditores de Justiça.
O modelo avaliativo atualmente em vigor
foi interpretado e aplicado no sentido de acentuar
o papel formativo dos docentes e uma ideia de
aprendizagem contínua dos auditores, em que
formadores e formandos estejam mais
preocupados com a formação dos futuros
Magistrados para o seu próximo desempenho
funcional, e menos com a avaliação destes e a sua
classificação ou graduação.
Nessa medida, o processo avaliativo
centrou-se numa prognose da ocorrência dos
requisitos éticos e técnicos que caracterizam um
desempenho profissional exemplar.
Como se sublinha no Projeto Estratégico
do CEJ, a avaliação deve estar «centrada na
realização de objetivos claros, atinentes ao
conjunto de requisitos técnicos e morais que
caracterizam os bons Magistrados», sendo que «o
regime de avaliação deve contribuir para a
orientação identitária dos Magistrados, em
especial, pela sua independência e
responsabilidade, capacidade de decisão e de
fundamentação».
Consequentemente, e mantendo a
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2016.2017 23
necessária individualização dos docentes enquanto
avaliadores responsáveis pela concreta avaliação,
nos termos legais estabelecidos em cada
momento, o método de avaliação contínua foi
convolado para uma avaliação global, em que
todos os fatores de avaliação relevaram para a
aferição daqueles requisitos éticos e técnicos que
foram considerados e em que os juízos
formulados por todos os docentes que
interagiram funcionalmente com cada um dos
auditores foram ponderados, sempre com
salvaguarda da total transparência do processo
avaliativo.
As atividades formativas foram
organizadas numa lógica de aquisição de
competências para o saber fazer, numa perspetiva
de cumprimento da ética profissional e de
respeito pelo cidadão, enquanto destinatário da
atividade dos tribunais, em que têm papel
essencial vários aspetos a desenvolver:
▪ Formação adequada nos domínios da
ética e deontologia profissionais e dos
direitos humanos;
▪ Estudo e assimilação de boas práticas
profissionais;
▪ Preparação para a especialização;
▪ Exercitação das capacidades de
compreensão e valoração da prova, e
de ponderação e decisão, segundo o
direito e o bom senso;
▪ Elaboração de materiais de formação
comuns dentro de cada área formativa
e dirigidos a todos os auditores;
▪ Mobilização dos formandos para o seu
próprio processo formativo;
▪ Valorização da ponderação e análise
crítica das matérias e materiais
formativos pelos auditores.
Acresce que, para atingir níveis
satisfatórios de desenvolvimento dos aspetos
referidos, mostrou ser de particular relevância os
procedimentos utilizados e tendentes a reforçar a
perspetiva formativa prática, os contactos com a
atividade dos tribunais, o aprofundamento do
modelo de estágio intercalar já existente (previsto
no n.º 1 do artigo 42.º da Lei n.º 2/2008), a
utilização em sessão das gravações resultantes do
projeto de vídeo-gravação de audiências judiciais
já em curso (e referenciado desde o Plano de
Atividades para 2012-2013), o estudo integrado (e
não estanque) das matérias das componentes
formativas geral e de especialidade numa lógica de
interdisciplinaridade e complementaridade com as
áreas da componente profissional (embora, neste
ponto, com a vantagem de significar a
desnecessidade de autonomização de várias
daquelas matérias, tratadas no âmbito das áreas da
componente profissional, daí resultando um
ganho em termos de gestão da carga horária).
Todas as anteriores considerações
implicaram que a organização das atividades
formativas fosse estruturada segundo os critérios
que se passam a descrever.
a) Para efeitos da lecionação das áreas da
componente formativa profissional,
que constituem o núcleo central da
formação, organizou-se o 32.º Curso
Normal de formação teórico-prática
em 6 grupos de 14 elementos, com
duas composições alternativas: ou
como grupos mistos, para os módulos
de formação comum (identificados
pelas letras A a F); ou como grupos
específicos, para os módulos
especificamente dirigidos a
determinada magistratura
(identificados pelos n.ºs 1, 2, 3, 4, 6 e 8
sendo os de número ímpar compostos
por auditores destinados à magistratura
judicial e os de número par compostos
por auditores destinados à magistratura
do Ministério Público).
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2016.2017 24
b) O horário semanal-tipo comportou,
em regra, a seguinte distribuição de
carga horária pelas quatro áreas da
componente profissional, em número
de unidades letivas (UL’s), de 90
minutos cada, e no conjunto da
formação comum e específica: 3/4
UL’s para as Áreas de Direito Civil,
Direito Comercial e Direito Processual
Civil (doravante, e por facilidade,
Jurisdição Civil) e de Direito Penal e
Direito Processual Penal (ou Jurisdição
Penal); e 1/2 UL’s para as Áreas de
Direito da Família e das Crianças (ou
Jurisdição de Família) e de Direito do
Trabalho e da Empresa (ou Jurisdição
do Trabalho).
c) A planificação de sessões das
diferentes jurisdições, que integrou o
Plano de Estudos aplicável, obedeceu à
divisão da programação geral pelo
tempo letivo disponível, o que
correspondeu a 35 semanas ou
módulos letivos, acrescendo-lhes uma
semana dedicada ao estágio intercalar
(que teve lugar em momento em que
os auditores já adquiriram, pelo
processo formativo, a maturidade
adequada a uma melhor perceção
prática da atividade judiciária, e
realizada de 15 a 19 de maio de 2017) e
ainda os períodos dedicados às
atividades próprias de abertura e
encerramento do primeiro ciclo.
d) A área do Direito contraordenacional
substantivo e processual, integrada na
componente profissional da formação,
continuou a ser repartida entre a
Jurisdição Penal e a Jurisdição do
Trabalho, nos termos já constantes do
anterior Plano de Estudos.
e) A ocupação letiva normal com as áreas
da componente profissional reportou-
se, normalmente, a 4 de 5 dias úteis,
tendo ficado, por vezes, livre a 6.ª feira,
sendo que esse dia da semana foi
preenchido com a assistência dos
auditores a ações de formação
contínua (ainda que estas sejam
preferencialmente dirigidas a
Magistrados já em exercício de
funções), que em regra têm lugar nesse
dia, sempre que essas ações tivessem
interesse pedagógico para os auditores
e complementassem com utilidade a
sua formação curricular, ou com a
participação em atividades
enquadradas no âmbito das
componentes formativas geral e de
especialidade ou em módulos
temáticos pluridisciplinares.
f) As áreas da componente profissional,
quando necessário e com salvaguarda
de uma gestão equilibrada da carga
horária de cada concreto grupo de
auditores, designaram sessões
suplementares para períodos
disponíveis do normal horário letivo
diário, com vista à realização de
trabalhos escritos ou outras
exercitações práticas.
g) As matérias integradas nas
componente formativa geral e de
especialidade, cuja ministração não
justificou uma lecionação autónoma
relativamente às áreas da componente
profissional, por essa autonomia gerar
uma duplicação temática face a estas
áreas, foram incorporadas nas
correspondentes áreas da aludida
componente profissional – sem
prejuízo da participação, quando
entendido necessário como
complemento de formação, em ações
de formação contínua pertinentes (v.g.,
em matéria de Instituições e
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2016.2017 25
Organização Judiciárias, Organização e
Métodos e Gestão do Processo ou
Investigação Criminal e Gestão do
Inquérito) ou em sessões
ou conferências especificamente
organizadas.
h) As matérias relativas à Medicina Legal
e Ciências Forenses serão ministradas
no segundo ciclo, em função dos bons
resultados verificados com o 31.º
Curso, no qual se tornou possível
ministrar estas matérias de modo
descentralizado e em pequenos grupos
nos departamentos do Instituto de
Medicina Legal de Lisboa, Porto e
Coimbra.
i) Mereceram uma lecionação autónoma
as seguintes áreas integrantes da
componente formativa geral e de
especialidade:
▪ Direito Constitucional (DFDC);
▪ Direito Europeu e Internacional
(DEI);
▪ Língua estrangeira (Inglês);
▪ Tecnologias de Informação e
Comunicação (TIC)
▪ Psicologia Judiciária (PJ)
▪ Jurisprudência do TEDH e
TJUE em matéria de Direitos
Fundamentais (JDF)
▪ Ética e Deontologia
j) A abordagem das matérias relativas às
áreas de DFDC, PJ, JDF e a primeira
parte de DEI foi realizada em Plenário.
As restantes – TIC, Inglês, Ética e
Deontologia e DEI (partes relativas à
cooperação judiciária em matéria civil e
em matéria penal) foram objeto de
trabalho em grupos específicos ou
mistos.
k) Finalmente a assinalar que as atividades
integrantes deste 1.º Ciclo
compreenderam ainda uma semana
dedicada á participação dos auditores
nas atividades do Programa AIAKOS
da Rede Europeia de Formação
Judiciária e que tiveram lugar na
semana de 10 a 14 de outubro de 2016.
2.1.1.3. Métodos pedagógicos, avaliação e duração das matérias
Matérias da componente
formativa profissional
Todas as matérias da componente
profissional foram ministradas em unidades
letivas (sessões com a duração de 1,5 horas) de
frequência obrigatória tendo como objeto temas
de formação comum e temas de formação
específica de cada uma das duas Magistraturas de
destino dos Auditores.
O tratamento das questões substantivas
foi, preferencialmente, feito na ótica do seu
tratamento processual, sendo a abordagem
casuística orientada no sentido de proporcionar a
consolidação sistematizada dos conhecimentos
jurídicos, bem como o domínio prático dos
métodos jurídico e judiciário na análise e
resolução de casos.
O método de avaliação do aproveitamento
dos Auditores utilizado nas matérias da
componente profissional foi o da avaliação
contínua (artigo 43.º, n.º 3 da Lei nº 2/2008, de
14 de janeiro), que integrou para além da
componente da intervenção oral, simulações de
despachos e exercitações escritas ao longo de
todo o primeiro Ciclo. O resultado da avaliação
foi expresso através da atribuição de uma menção
qualitativa no final do primeiro trimestre e de uma
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2016.2017 26
notação quantitativa final, numa escala de 0 a 20
valores.
a) Direito Civil e Processual Civil e
Comercial
A formação em matéria de Direito Civil e
Processual Civil e Comercial desenvolveu-se ao
longo de todo o primeiro Ciclo, sendo a formação
comum e específica ministrada em todos os
trimestres, num total de 36 UL de formação
comum e 48 UL de formação específica para a
magistratura judicial e 37 UL de formação
específica para a magistratura do Ministério
Público.
b) Direito Penal e Processual Penal
A formação em matéria de Direito Penal e
Processual Penal desenvolveu-se ao longo de todo
o primeiro Ciclo, sendo a formação comum e
específica ministrada em todos os trimestres, num
total de 53 UL de formação comum e 33 UL de
formação específica para cada uma das
magistraturas.
c) Direito da Família e das Crianças
A formação em matéria de Direito da
Família e das Crianças desenvolveu-se ao longo
de todo o primeiro Ciclo, sendo a formação
comum e específica ministrada em todos os
trimestres, num total de 31 UL de formação
comum e 28 UL de formação específica para cada
uma das magistraturas.
d) Direito do Trabalho e da Empresa
A formação em matéria de Direito do
Trabalho e da Empresa desenvolveu-se ao longo
de todo o primeiro Ciclo, sendo a formação
comum e específica ministrada em todos os
trimestres, num total de 34 UL de formação
comum e 23 UL de formação específica para cada
uma das magistraturas.
Assim, e em termos percentuais, a
distribuição da carga horária da formação
profissional foi a seguinte:
▪ Para a Magistratura Judicial: Penal
30,06%, Civil 29,37%, Família e
Crianças 20.62%, e Trabalho e
Empresa 19,95%.
▪ Para a Magistratura do Ministério
Público: Penal 31,27%, Civil 26,54%,
Família e Crianças 21,45%, e Trabalho
e Empresa 20,74%.
Matérias da componente
formativa geral e de especialidade
a) Direito Constitucional
A matéria de Direito Constitucional,
conforme ao Plano de Estudos, foi ministrada por
Docentes Universitários, em sessões destinados a
ambas as Magistraturas. Tiveram lugar seis
unidades letivas (9 horas) de formação
integralmente comum, no decurso do primeiro
trimestre.
b) Inglês Jurídico
Nesta matéria pretendeu-se proporcionar
aos Auditores de Justiça o domínio de uma língua
estrangeira (no caso, a língua inglesa), quer no
plano da conversação oral, quer no plano da
leitura e prática da expressão escrita, em termos
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2016.2017 27
de lhes fornecer uma base indispensável à
compreensão das realidades jurídicas e judiciárias,
em especial nos cada vez mais frequentes
contactos internacionais.
Os vários temas abordados foram
selecionados em função da sua ligação à prática
judiciária, com leitura de textos visando o
alargamento vocabular e o desenvolvimento da
capacidade de expressão.
Tiveram lugar dez unidades letivas (15
horas) de formação. As sessões foram ministradas
a grupos de Auditores, sendo o aproveitamento
avaliado através de provas escritas de aferição de
conhecimentos.
c) Tecnologias de
Informação e de Comunicação
Na matéria de tecnologias de informação e
comunicação, dados os conhecimentos que a
generalidade dos Auditores de Justiça tem de um
número razoável de aplicações informáticas, na
ótica do utilizador, visou-se proporcionar-lhes a
familiarização com as novas aplicações
informáticas de uso mais frequente nos tribunais,
em especial quanto à aplicação informática Citius,
quanto a registos comercial e predial on-line e
custas judiciais.
As matérias em referência foram
ministradas em três unidades letivas (4,5 horas),
no primeiro trimestre, por formadores da
Direção-Geral da Administração da Justiça
(DGAJ), em sessões de sala para dois grupos de
Auditores de Justiça, e o aproveitamento foi
apurado com base em créditos de frequência.
d) Direito Europeu e Direito Internacional
Na matéria de Direito Europeu e Direito
Internacional foi estabelecido o objetivo de
proporcionar aos Auditores de Justiça a
familiarização com os Institutos de Direito
Europeu e Internacional e com os procedimentos
da sua aplicação prática, o aprofundamento dos
conhecimentos nos domínios das instituições e do
Direito ao nível Internacional e Europeu, o
conhecimento dos mecanismos de Cooperação
Civil e Penal Europeus e Internacionais, numa
perspetiva da sua utilização e aplicação prática.
A primeira parte da matéria, conforme ao
Plano de Estudos, foi ministrada por docente
universitário, em sessões plenárias destinadas a
ambas as Magistraturas, em seis unidades letivas
(9 horas) que decorreram durante o 1.º Trimestre.
As segundas e terceiras partes (cooperação
judiciária em matéria civil e penal) e que
decorreram no segundo e terceiro trimestres,
foram ministradas em grupos de 14 ou 28
auditores, em sessões dirigidas por magistrados e
docentes universitários num total de 16 unidades
letivas (24 horas).
e) Psicologia Judiciária
As matérias correspondentes à área de
Psicologia Judiciária, conforme ao Plano de
Estudos, foram objecto de abordagem em
seminário que decorreu no 3.º Trimestre e a que
correspondeu uma carga horária de 8 unidades
letivas (12 horas).
f) Jurisprudência do TEDH e do
TJUE em matéria de Direitos
Fundamentais
Esta nova área de Estudos, instituída pela
primeira vez com o 32.º Curso Normal de
Formação, foi ministrada em Plenário por
magistrados e docentes universitários, durante o
2.º trimestre, sendo dirigida a ambas as
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2016.2017 28
magistraturas, tendo compreendido um total de
14 unidades letivas (21 horas).
g) Ética e Deontologia
As matérias abrangidas nesta área,
conforme ao Plano de Estudos, foram dirigidas
por magistrados. Compreenderam uma sessão
plenária com a duração aproximada de 2 UL
tendo as restantes sessões – 8 UL - decorrido em
pequenos grupos compostos por auditores
direcionados a ambas as magistraturas.
2.1.1.4. Estágio intercalar junto dos Tribunais
Com o estágio intercalar no primeiro
Ciclo, introduzido pela Lei n.º 2/2008, de 14 de
janeiro, pretendeu-se que os Auditores de Justiça
tivessem o primeiro contacto, no âmbito da sua
formação teórico-prática inicial, com o exercício
das funções inerentes à Magistratura escolhida,
visando uma primeira abordagem das matérias
com maior incidência na prática judiciária.
Os Auditores de Justiça foram colocados
sob a orientação de Magistrados Formadores
junto de Tribunais, maioritariamente, do Distrito
Judicial de Lisboa, do Porto e de Coimbra.
Nessa fase, os Auditores de Justiça
assistiram às diligências processuais, em particular
no domínio da produção da prova e realização de
audiências de julgamento, em termos semelhantes
aos que irão reger o segundo Ciclo da fase
teórico-prática, com as adaptações impostas pela
sua curta duração.
Neste período de estágio, os Magistrados
Formadores, em conjugação com os
Coordenadores Distritais, elaboraram uma
informação sobre o desempenho do Auditor, cujo
teor foi considerado na avaliação global do
primeiro Ciclo.
O estágio intercalar junto dos Tribunais
teve lugar no período de 15 a 19 de maio de 2017.
2.1.1.5. Avaliação sumária do primeiro Ciclo do 32.º Curso
Mantiveram-se em vigor os critérios e
parâmetros de avaliação fixados por despacho do
Diretor do Centro de Estudos Judiciários, de 31
de maio de 2013.
Ao longo do período de atividades do
primeiro Ciclo, procedeu-se à avaliação do
aproveitamento e adequação dos Auditores de
Justiça, em conformidade com os critérios
enunciados no artigo 43.º da Lei n.º 2/2008, de 14
de janeiro.
O Conselho Pedagógico na sua sessão de 7
de julho de 2017 aprovou as classificações
propostas pelo Diretor e as listas graduadas
referentes do primeiro Ciclo do 32.º Curso tendo,
em face das mesmas, ocorrido uma exclusão de
um auditor destinado à Magistratura Judicial
(média final de 9,23 valores).
Houve, paralelamente, uma desistência de
uma auditora destinada ao Ministério Público.
Em resultado das classificações obtidas,
constata-se a seguinte distribuição das
classificações finais pelos níveis de
aproveitamento definidos:
1. Quanto aos Auditores destinados à
Magistratura Judicial:
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2016.2017 29
Avaliação igual ou superior a 14,0
valores: 13 auditores (notas finais
entre 14,02 e 15,88 valores);
Avaliação superior a 12,50 e
inferior a 14,0 valores: 10 auditores
(notas finais entre 12,88 e 13,90
valores);
Avaliação inferior a 12,50 valores: 4
auditores (notas finais entre 11,45 e
12,20 valores)
2. Quanto aos Auditores destinados à
Magistratura do Ministério Público:
Avaliação igual ou superior a 14,0
valores: 11 auditores (notas finais
entre 14,02 e 15,77 valores);
Avaliação superior a 12,50 e
inferior a 14,0 valores: 27 auditores
(notas finais entre 12,57 e 13,98
valores);
Avaliação inferior a 12,50 valores:
17 auditores (notas finais entre
11,15 e 12,48 valores).
No final do mesmo período, os Auditores
Cooperantes tiveram aproveitamento global
positivo, o que foi comunicado aos organismos
competentes dos respetivos países de origem de
língua oficial Portuguesa.
2.1.2. Primeiro Ciclo do 4.º Curso de Formação de
Magistrados para os Tribunais Administrativos e Fiscais
2.1.2.1. Destinatários e início das atividades
No período de 15 de setembro de 2016 a
15 de julho de 2017 decorreu, na sede do Centro
de Estudos Judiciários, o primeiro Ciclo de
atividades do 4.º Curso TAF, frequentado por 42
auditores de justiça, admitidos ao mesmo na
sequência do concurso de ingresso aberto pelo
Aviso n.º 1756-A/2016, publicado no Diário da
República, 2ª Série, de 12 de fevereiro de 2016.
Note-se que duas das vagas foram
ocupadas por candidatos de anterior concurso,
autorizados a frequentar o curso seguinte, ao
abrigo do n.º 4, do artigo 28.º, da Lei n.º 2/2008,
de 14 de janeiro.
O início das atividades teve lugar no dia 15
de setembro de 2016, pela manhã, com uma
sessão de “Boas Vindas”, apresentada pela
Direção do Centro de Estudos Judiciários, a que
se seguiu uma sessão de apresentação geral do
Curso.
No dia 16 de setembro de 2016 teve lugar
a Sessão Solene de Abertura do Curso, na qual
participaram Suas Excelências o Presidente do
Supremo Tribunal de Justiça, o Presidente do
Supremo Tribunal Administrativo, a Ministra da
Justiça e a Procuradora-Geral da República; a
conferência de abertura esteve a cargo do
Conselheiro, jubilado, Dr. José Narciso da Cunha
Rodrigues.
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2016.2017 30
Sem prejuízo da realização do estágio
intercalar junto dos Tribunais, as atividades
teórico-práticas do Primeiro Ciclo decorreram na
sede do Centro de Estudos Judiciários, de 15 de
setembro de 2016 a 15 de julho de 2017, num
total de cerca de 36 semanas.
2.1.2.2. Organização por matérias e áreas
Quadro geral
O primeiro Ciclo do 4º Curso Normal de
Formação de Magistrados para os Tribunais
Administrativos e Fiscais, cujo Plano de Estudos
foi aprovado pelo Conselho Pedagógico na sua
reunião de 8 de julho de 2016 integrou duas
componentes formativas:
a) A componente profissional, que incluiu:
Direito Administrativo,
Substantivo e Processual;
Direito Tributário, Substantivo e
Processual;
Direito Civil, nos domínios dos
contratos e da responsabilidade
Civil e Direito Processual Civil e
Responsabilidade Civil e
Extracontratual do Estado.
b) A componente formativa geral e de
especialidade, que incluiu:
b1) Matérias específicas do Curso TAF
Contabilidade e Gestão e princípios
de contabilidade financeira e fiscal;
Organização Administrativa;
Direito do Urbanismo
Direito do Ambiente;
Direito Contraordenacional,
substantivo e processual;
Contratação Pública;
Direito das relações laborais na
Administração Pública;
Regimes Jurídico dos Impostos e
Direito Aduaneiro e Contencioso
Aduaneiro;
Responsabilidade Civil dos Poderes
Públicos;
b2) Matérias Comuns ao 32º Curso
Direito Constitucional;
Inglês Jurídico;
Tecnologias de Informação e
Comunicação;
Direito Europeu e Internacional
(primeira parte);
Jurisprudência do TEDH e do
TJUE relativa a Direitos
Fundamentais.
Todas as matérias da componente
profissional e da componente formativa geral e de
especialidade foram de frequência obrigatória.
No programa de cada uma das matérias,
tal como referido no Plano de Estudos, foram
estabelecidos os respetivos conteúdos
pedagógicos, as metodologias, os métodos de
avaliação, bem como a distribuição das cargas
horarias, em conformidade com as linhas gerais
do plano de atividades.
2.1.2.3. Métodos pedagógicos, avaliação e duração das matérias
Matérias da componente
formativa profissional
Todas as matérias da componente
profissional foram ministradas em unidades
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2016.2017 31
letivas (UL), ou seja, sessões com a duração de 1,5
horas e de frequência obrigatória.
Quer quanto a metodologia utilizada, quer
quanto aos processos de avaliação, foram seguidas
as mesmas linhas de orientação já expostas a
propósito do 32.º Curso de Formação de
Magistrados para os Tribunais Judiciais,
importando apenas sublinhar, de novo, que todas
elas decorreram em grupos compostos por 14
auditores de justiça.
As três grandes áreas integradas nesta
componente, à semelhança do que ocorrera com
o 3.º Curso TAF, foram as de Direito
Administrativo, substantivo e processual, de
Direito Tributário, substantivo e processual, e de
Direito Civil, no domínio dos contratos e
responsabilidade civil, e Direito Processual Civil.
a) Direito Administrativo, Substantivo e
Processual
A formação em matéria de Direito
Administrativo, Substantivo e Processual
desenvolveu-se ao longo de todo o primeiro
Ciclo compreendendo um total de 80 UL,
sendo ministrada por docentes do CEJ.
b) Direito Tributário, Substantivo e
Processual
A formação em matéria de Direito
Tributário, Substantivo e Processual
desenvolveu-se ao longo de todo o primeiro
Ciclo e abrangeu um total de 33 UL,
exclusivamente a cargo de docentes do CEJ.
c) Direito Civil, nos domínios dos contratos
e da responsabilidade Civil e Direito
Processual Civil e Responsabilidade
Civil e Extracontratual do Estado
A formação em matéria de Direito Civil
desenvolveu-se também ao longo de todo o
primeiro Ciclo abarcando 34 UL em sessões
dirigidas apenas por docentes do CEJ.
Matérias da componente formativa geral e
de especialidade
a) Contabilidade e Gestão e princípios de
contabilidade financeira e fiscal
Na matéria da Contabilidade e Gestão e
princípios de contabilidade financeira e fiscal
a formação teve por objetivo proporcionar
aos Auditores de Justiça conhecimentos
teórico-práticos em matéria de contabilidade
que lhes permitam apreender o estado atual
da normalização contabilística em Portugal e
da harmonização contabilística internacional.
A formação foi dada numa perspetiva
prática, com recurso a discussão de casos de
estudo e exercícios, tendo ocupado 16 UL.
O aproveitamento foi avaliado através de
prova escrita de aferição de conhecimentos.
b) Organização Administrativa
Pretendeu-se dotar os Auditores de Justiça
de conhecimentos teórico-práticos
aprofundados em matéria de organização
administrativa, permitindo-lhes a
compreensão das formas de organização
administrativa tradicionais e dos novos
fenómenos de atuação dos poderes públicos.
A formação decorreu em 8 unidades letivas
(12 horas) e culminou com a respetiva
avaliação através de uma prova de aferição
de conhecimentos.
c) Direito do Urbanismo
A formação em matéria de Direito do
Urbanismo foi, no 4.º Curso TAF,
autonomizada da relativa ao Direito do
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2016.2017 32
Ambiente. De acordo com o currículo e
objetivos melhor descritos no referido Plano
de Estudos, a formação ocupou uma carga
horária correspondente a 12 UL.
d) Direito do Ambiente
A formação em matéria de Direito do
Ambiente ocupou uma carga horária
correspondente a 8 UL.
e) Direito Contraordenacional, substantivo
e processual
A matéria do Direito Contraordenacional,
substantivo e processual foi configurada
como uma componente formativa da
especialidade, que embora autónoma,
integrava matérias comuns ao Direito
Administrativo e ao Direito Tributário.
Teve por objetivo dotar os Auditores de
Justiça do domínio dos conhecimentos
teórico-práticos em matéria do regime geral
das contraordenações, assim como o
enquadramento e a compreensão dos
diversos regimes jurídicos das
contraordenações tributárias e das
contraordenações administrativas.
Decorreu durante 12 UL, culminando com a
respetiva avaliação através de uma prova de
aferição de conhecimentos.
f) Contratação Pública
Pretendeu-se uma formação integrada e
consolidada da matéria da Contratação
Pública, que abrangesse não só os princípios
gerais da contratação pública, como também
os procedimentos pré-contratuais e o direito
substantivo dos contratos administrativos,
conforme regulação no seu respetivo
Código.
Tiveram lugar 20 UL de formação, sendo o
aproveitamento avaliado através de prova
escrita de aferição de conhecimentos.
g) Direito das relações laborais na
Administração Pública
Pretendeu-se uma formação que permitisse a
compreensão e familiarização com o regime
instituído pela Lei n.º 12-A/2008, de 27 de
fevereiro e a sua articulação com o regime
geral do contrato de trabalho, numa
perspetiva teórico-prática, assim como a
compreensão integrada dos vários institutos
do direito laboral da Administração Pública.
A formação decorreu em 15 UL.
h) Regimes jurídicos dos impostos e
Direito Aduaneiro e Contencioso
Aduaneiro
A componente formativa da especialidade
dos Regimes Jurídicos dos Impostos e do
Direito Aduaneiro e Contencioso
Aduaneiro, visa dotar os Auditores de
Justiça de conhecimento atualizado sobre os
vários regimes dos Impostos - Imposto
sobre o Rendimento das Pessoas Singulares,
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas
Coletivas, Imposto sobre Valor
Acrescentado, Imposto sobre Valor
Acrescentado nas transações
intracomunitárias, Imposto Municipal sobre
os Imóveis, Imposto Municipal sobre as
Transmissões Onerosa de Imóveis e do
Imposto de Selo e Impostos Especiais sobre
o Consumo - com enfoque nos princípios
que o enformam e nos aspetos teóricos mais
candentes e dotar os Auditores de Justiça de
conhecimento atualizado dos princípios que
enformam o direito e contencioso aduaneiro
e dos aspetos teóricos mais candentes.
A formação foi assegurada por docentes
externos, desenvolvendo-se ao longo de
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2016.2017 33
todo o 1.º ciclo de formação teórico-prática,
com a seguinte carga horária parcelar:
Imposto sobre o Rendimento das
Pessoas Coletivas (IRC) – 16 UL
Imposto sobre o Rendimento das
Pessoas Singulares (IRS) – 16 UL
Tributação do património. Imposto
Municipal sobre os Imóveis (IMI),
Imposto Municipal sobre as
Transmissões Onerosas de Imóveis
(IMT) e Imposto do Selo (IS) – 16 UL
Imposto sobre o Valor Acrescentado
(IVA) – 16 UL
Imposto sobre o Valor Acrescentado
nas transações Intracomunitárias
(RITI) – 8 UL
Impostos especiais de consumo – 16
UL
Direito e Contencioso Aduaneiro – 8
UL
Direito Fiscal Internacional – 8 UL
Direito fiscal europeu – 8 UL
i) Responsabilidade Civil dos Poderes
Públicos
Esta nova área instituída para o 4.º Curso
TAF abrangeu uma carga horária
correspondente a 16 UL.
j) Matérias de formação geral e de
especialidade comuns ao 32.º Curso
Os auditores de justiça do 4.º TAF
participaram ainda nas sessões referentes às áreas
da componente formativa geral e de especialidade
que compuseram o Plano Curricular do 32.º
Curso Normal nas vertentes do Direito
Constitucional (6 UL), do Direito Europeu e
Internacional-Parte I (6 UL), da Jurisprudência do
TJU e do TEDH relativa a Direitos Fundamentais
(14 UL) e das Tecnologias de Informação e
Comunicação (3 UL), nos moldes atrás
explanados neste relatório.
2.1.2.4. Estágios intercalares junto dos Tribunais
Com o estágio intercalar no primeiro
Ciclo, introduzido pela Lei nº 2/2008, de 14 de
janeiro, pretendeu-se que os Auditores de Justiça
tivessem o primeiro contacto, no âmbito da sua
formação teórico-prática inicial, com o exercício
das funções inerentes à Magistratura escolhida,
visando uma primeira abordagem das matérias
com maior incidência na prática judiciária.
Cada um dos Auditores de Justiça foi
colocado junto de Magistrados Formadores,
tomando contacto com processos da área
administrativa e da área fiscal.
Nessa fase, os Auditores de Justiça
assistiram as diligências processuais, em particular
no domínio da produção da prova e realização de
audiências de julgamento, em termos semelhantes
aos que irão reger o Segundo Ciclo da fase
teórico-prática, com as adaptações impostas pela
sua curta duração.
Neste período de estágio, os Magistrados
Formadores, em conjugação com os
Coordenadores Distritais, elaboraram uma
informação sobre o desempenho do Auditor, cujo
teor foi considerado na avaliação global do
primeiro Ciclo.
O estágio intercalar junto dos Tribunais
teve lugar no período de 15 a 26 de maio de 2017.
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2016.2017 34
2.1.2.5. Avaliação sumária do primeiro Ciclo do 4.º Curso TAF
Ao longo do período de atividades do
primeiro Ciclo, procedeu-se à avaliação do
aproveitamento e adequação dos Auditores de
Justiça, em conformidade com os critérios
enunciados no artigo 43.º da Lei n.º 2/2008, de 14
de janeiro, e definidos pelo Conselho Pedagógico.
O Conselho Pedagógico na sua sessão de 7
de julho de 2017 aprovou as classificações do
primeiro Ciclo do 4.º Curso TAF, tendo
terminado 41 auditores (ocorreu uma desistência).
Em resultado das classificações obtidas,
constata-se a seguinte distribuição das
classificações finais pelos níveis de
aproveitamento definidos:
Avaliação igual ou superior a 14,0
valores: 29 Auditores (notas finais
entre 14,00 e 16,38 valores);
Avaliação superior a 12,50 e inferior a
14,0 valores: 8 Auditores (notas finais
entre 12,70 e 13,84 valores);
Avaliação inferior a 12,50 valores: 4
Auditores (notas finais entre 11,11 e
12,47 valores).
2.2. Estágios
2.2.1. Magistratura Judicial
Como se viu, neste período em causa, o
CEJ desenvolveu intensa atividade formativa de
novos juízes, quer para os tribunais judiciais quer
para os tribunais administrativos e fiscais, a qual
permitiu reforçar os quadros da magistratura em
18 novos juízes para os tribunais judiciais e 39
novos juízes para os tribunais administrativos e
fiscais.
As atividades decorreram sob a orientação
direta dos respetivos magistrados formadores, sob
a supervisão global do Diretor-Adjunto
coadjuvado pelos seus quatro coordenadores
regionais.
Embora nesta fase os estagiários já
exerçam competências processuais próprias,
fazem-no ainda com a assistência de formadores e
sob um regime de observação partilhado entre o
CEJ, o Conselho Superior da Magistratura (CSM)
e o Conselho Superior dos Tribunais
Administrativos e Fiscais (CSTAF), numa lógica
de aprofundamento das suas competências e
capacidades tendo em vista um adequado
desempenho profissional futuro.
Tal como previsto, o estágio foi
desenvolvido e executado de acordo com os
Planos Individuais de Estágio (PIE) elaborados
pelo Centro de Estudos Judiciários, numa
articulação entre Diretor, Diretor-Adjunto e
respetivos coordenadores distritais, os quais
mereceram oportunamente o parecer favorável do
Conselho Pedagógico e a sua homologação por
parte do CSM e do CSTAF.
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2016.2017 35
2.2.2. Magistratura do Ministério Público
Durante o período a que se reporta o
presente relatório frequentaram este Ciclo
formativo 20 Procuradores-Adjuntos em regime
de estágio.
As atividades decorreram sob a orientação
direta dos respetivos magistrados formadores, sob
a supervisão global do Diretor-Adjunto
coadjuvado pelos seus dois coordenadores
regionais.
Embora nesta fase os estagiários já
exerçam competências processuais próprias,
fazem-no ainda com a assistência de formadores e
sob um regime de observação partilhado entre o
CEJ e o Conselho Superior do Ministério Público,
numa lógica de aprofundamento das suas
competências e capacidades tendo em vista um
adequado desempenho profissional futuro.
O estágio foi desenvolvido e executado de
acordo com os Planos Individuais de Estágio
(PIE) elaborados pelo Centro de Estudos
Judiciários, numa articulação entre Diretor,
Diretor-
-Adjunto e respetivos coordenadores
distritais, os quais mereceram oportunamente o
parecer favorável do Conselho Pedagógico e a sua
homologação por parte do CSMP.
Contudo, por iniciativa do CSMP, o qual
para tanto alegou existir uma manifesta carência
de quadros na magistratura do Ministério Público,
tiveram início em janeiro de 2016 os
procedimentos tendentes a encurtar o período de
estágio dos Procuradores Adjuntos do 31.º Curso
ao abrigo do disposto no artigo 30.º, n.º 4, da Lei
n.º 2/2008.
Tal iniciativa mereceu o parecer
concordante do Centro de Estudos Judiciários,
não só tendo em atenção os motivos invocados
mas também o facto de os relatórios de
informação intercalar sobre a idoneidade, mérito e
desempenho dos Procuradores-Adjuntos em
regime de estágio lhe permitirem a emissão de um
juízo de prognose favorável sobre a qualidade do
seu desempenho futuro, o que levou o CSMP a
concluir terem sido executados e cumpridos os
objetivos traçados nos respetivos Planos
Individuais de Estágio.
O encurtamento do período de estágio,
fixando o seu final para o dia 28 de Fevereiro de
2017, viria a ser determinado por força do
disposto no artigo 2.º, n.º 1, do Decreto-Lei n.º
23/2017, de 23 de fevereiro.
Não se verificou nenhuma situação de
exclusão neste ciclo final de estudos tendo, não
obstante, sido proposta a manutenção integral do
período normal de estágio relativamente a um
procurador-adjunto estagiário, ou seja até 31 de
agosto de 2017, a qual viria a ser homologada pelo
Conselho Pedagógico na sua reunião de 16 de
fevereiro de 2017. Também esse estágio decorreu
com sucesso, tendo o referido estagiário sido
subsequentemente nomeado em efetividade de
funções.
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2016.2017 37
3. Formação Contínua
3.1. Breve nota introdutória
Neste ponto apresentar-se-ão os dados
relativos à execução do Plano de Formação
Contínua 2016-2017, o qual teve início a 3 de
novembro de 2016, com a primeira sessão do
Seminário sobre “Aplicação do Direito da
concorrência da UE pelos Tribunais Nacionais” e
teve a sua conclusão a 29 de setembro de 2017,
com o Colóquio sobre Ética e Deontologia
(adiado de 19 de maio para 29 de setembro, por
motivos imprevistos dos oradores convidados).
3.2. Ações de Formação Contínua
previstas e realizadas, por tipologia
O Plano de Formação Contínua 2016-
2017 manteve o modelo implementado no ano
transato, em termos de tipologias e formatos de
formação:
▪ Tipo A – Colóquios de 1 dia;
▪ Tipo B – seminários de 2 dias;
▪ Tipo C – Cursos de Especialização
de 3 a 4 dias;
▪ Tipo D – workshops de 1 dia.
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2016.2017 38
Quadro – total de ações de formação previstas e realizadas, por tipologia
Tipologia Total de ações de formação
previstas Total de ações de formação
realizadas
Tipo A Colóquios de 1 dia 27 25
Tipo B Seminários de 2 dias 15 14
Tipo C Cursos de Especialização,
de 3 e 4 dias 6 6
Tipo D Workshops de 1 dia 25 23
Tipo E Cursos online 3 2
Outras ações de formação
Iniciativas várias 0 0
Extra Plano Seminário e workshops 2 2
Total 78 72
Para além das ações de formação contínua
previstas, tipificadas e calendarizadas, o CEJ levou
ainda a efeito dois Seminários (incluídos no
quadro acima) subordinados, um ao tema da
“União Bancária Europeia e Instituições de
Crédito em Risco de Insolvência -Os Novos
Poderes de Supervisão e Resolução”, “História
Judiciária” e outro sob a temática “Processo
Eleitoral para os Órgãos das Autarquias Locais”.
Das ações de formação previstas apenas
não se realizaram:
▪ Um Colóquio – A24 “Magistraturas em
debate – do século XIX ao século XXI”;
▪ Um Colóquio – A20 “Faces da
Retórica”;
▪ Um workshop sobre “Gestão do Stress”
que se repartiria em dois workshops
descentralizados a realizar em Faro e
Guarda;
▪ Um Seminário – B1 “A revisão dos
contratos públicos”;
▪ Um curso online – E3 “Contabilidade
básica para juristas”.
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2016.2017 39
3.3. Ações de Formação Contínua realizadas, por
Jurisdição e Tipologia
Quadro – total de ações de formação realizadas por jurisdição e tipologia
Tipologia
Jurisdição
Total
Tribunais Administrativos
e Fiscais
Tribunais Judiciais
Outras Ações de Formação
Penal e Processual
Penal
Civil e Processual
Civil Família e Crianças
Trabalho e Empresa
A 3 4 6 2 3 7 24
B 1 2 2 2 2 4 15
C 2 1 1 1 1 --- 6
D 7 6 3 2 2 2 23
E --- 1 --- --- --- 1 2
Total 13 14 12 7 8 14 72
3.4. Inscrições e Presenças – Juízes e
Magistrados do Ministério Público
As inscrições nas diversas ações de
formação contínua promovidas pelo CEJ
decorreram junto dos Conselhos Superiores. A
maioria das ações de formação realizadas teve
também a participação de Advogados e de outros
profissionais da área forense que se inscreveram
junto do CEJ utilizando a ficha de inscrição
disponibilizada para o efeito aquando da divulgação
do programa.
As ações de formação contínua de previstas
no Plano de Formação tiveram um total de 10606
inscrições, 6897 inscrições de Juízes e 3709
inscrições Magistrados do Ministério Público. A
participação efetiva resultou num total de 5849
Magistrados, 3614 Juízes e 2235 Magistrados do
Ministério Público. Para além destes participantes,
e como foi referido anteriormente, as ações de
formação tiveram também a procura de
Advogados e outros profissionais – 587 inscrições
e 483 presenças. De entre os diversos profissionais
que frequentaram as ações de formação
promovidas pelo CEJ, há também a registar a
participação de Técnicos da Procuradoria-Geral da
República, do Núcleo de Assessoria Técnica da
PGR, de Técnicos da Autoridade Tributária e de
Inspetores da Polícia Judiciária.
Nos totais indicados, vão já incluídas todas
as inscrições e presenças nas ações de formação
que, muito embora não viessem calendarizadas
e/ou previstas no Plano de Formação. O Quadro
abaixo reflete o total de inscritos e presentes em
cada Tipologia de ação de formação contínua
realizada ao longo do Plano de Formação
2016_2017, ordenado de forma cronológica.
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2016.2017 40
Ano de 2016 Inscritos Presentes
Mês Dia (s) Tipologia Tema da AFC Jurisdição Local OBSERVAÇÕES MP JUIZES OUTROS MP JUIZES OUTROS
No
vem
bro
3, 4 e 5 B14 Aplicação do Direito da concorrência da UE pelos Tribunais Nacionais Civil Porto Sem transmissão 3 25
2 6
11 A8 Migrações TAF Lisboa Com transmissão 39 48 12 24 20 11
11 A19 Negociação e Contratação Coletiva Trabalho e Empresa
Lisboa Com transmissão 19 22 15 14 15 13
11 D9.A Negligência médica – aspetos penais Penal Coimbra Sem transmissão 19 23 13 6
18 D9.B Negligência médica – aspetos penais Penal Porto Sem transmissão 21 21 16 16
18 A4 Instrumentos e formas de composição não jurisdicional de conflitos: mediação e conciliação
Civil Lisboa Com transmissão 64 69 13 43 33 6
25 A1 Tutela urgente e cautelar no processo tributário TAF Lisboa Com transmissão 28 37 28 21 37 21
25 A11 Direito probatório, substantivo e processual penal Penal Lisboa Com transmissão 268 240 12 194 219 8
Dez
emb
ro
16 A14 Processos especiais decorrentes da dissolução da sociedade conjugal Família e Crianças
Lisboa Com transmissão 21 123 5 17 96 5
16 A27 A proteção multinível dos direitos e a jurisprudência Nacional Trabalho e Empresa
Porto (UCP)
Com transmissão 6 34
2 8
16 A3 Tráfico de seres humanos Penal Lisboa Com transmissão 166 111 3 20 67 2
16 D14 Responsabilidade civil médica Civil Lisboa Sem transmissão 8 62
6 30
Ano de 2017
Mês Dia (s) Tipologia Tema da AFC Jurisdição Local OBSERVAÇÕES MP JUIZES OUTROS MP JUIZES OUTROS
Jan
eiro
6 A5 Violência doméstica e de género e mutilação genital feminina Penal e Familía
Lisboa Com transmissão 157 124 5 89 76 5
6 A6 Comunicar a Justiça Outras Lisboa Com transmissão 56 101 2 24 24 2
12 e 13 B10 Direito Europeu do Trabalho Trabalho e Empresa
Lisboa Com transmissão 17 59 5 15 23 5
13 A23 A nova orgânica judiciária – uma realidade em movimento Outras Lisboa Com transmissão 140 117 42 33
20 A7 Confiança na justiça Outras Lisboa
6, 13, 20 e 27
C5 Temas de Direito Tributário TAF Lisboa Com transmissão 10 64 78 10 45 75
20 e 27 C6 Temas de Direito da Família e das Crianças Família e Crianças
Porto Com transmissão 48 116 19 37 84 19
27 A10 Direito probatório, substantivo e processual civil Civil Lisboa Com transmissão 98 404 13 54 205 5
27 A25 A função e poderes dos órgãos de gestão de comarcas Outras Lisboa Com transmissão 22 55 4 12
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Relatório de Atividades 2016.2017 41
Ano de 2017
Fev
erei
ro
3 D6.A Revisão do Estatuto dos Tribunais Administrativos e Fiscais e do Código do Processo dos Tribunais Administrativos
TAF Porto Sem transmissão 3 30 3 32
3 e 10 C2 Temas de Direito penal e Processual Penal Penal Porto Com transmissão 224 259 120 194
10 D11 Contratos de trabalho de duração determinada Trabalho e Empresa
Braga Sem transmissão 7 12 4 9
10 A16 Direito bancário e financeiro Civil Lisboa Com transmissão 90 259 29 55 148 21
10 D6.B Revisão do Estatuto dos Tribunais Administrativos e Fiscais e do Código do Processo dos Tribunais Administrativos
TAF Lisboa Sem transmissão 10 42 4 31
17 D5.A Concurso de crimes e cúmulo jurídico de penas Penal Lisboa Sem transmissão 25 31 1 16 24 1
17 e 24 C6 Temas de Direito da Família e das Crianças Família e Crianças
Lisboa Com transmissão 47 116 37 84
24 A9 Direito Registal Civil Lisboa Com transmissão 39 177 43 16 117 36
Mar
ço
3 A12 A reforma do processo de trabalho Trabalho e Empresa
Lisboa Com transmissão 44 87 7 31 58 7
3 e 10 C2 Temas de Direito penal e Processual Penal Penal Lisboa Com transmissão 224 259 1 120 194 0
10 A22 Direito da Concorrência Civil Santarém Com transmissão 8 34 1 4 17 1
16 e 17 B5 Direito do urbanismo TAF Lisboa Com transmissão 23 46 5 18 32 5
17 D12 Reparação de danos não patrimoniais laborais Trabalho e Empresa
Setúbal Sem transmissão 9 12 6 5
17 e 24 C1 Temas de Direito Civil e Processual Civil Civil Lisboa Com transmissão 23 313 12 19 224 8
21 A26 Justiça e Poesia – entre a emoção e a razão Outras Lisboa Com transmissão 40 63 26 33
23 e 24 B2 O projeto de vida e interesse da criança: a criança em situação Família e Crianças
Lisboa Com transmissão 64 91 13 40 45 8
24 D1.A Violência doméstica Penal Castelo Branco
Sem transmissão 5 9 5 3
30 e 31 B7 Psicologia Judiciária Penal e Familía
Lisboa Com transmissão 101 251 20 68 168 17
31 A17 Execução de sentenças nos Tribunais Administrativos TAF Lisboa Com transmissão 27 94 28 16 56 26
Ab
ril
6 e 7 B11 Conferência com a OIT Trabalho e Empresa
Lisboa Com transmissão 3 21
7 A18 Perda ampliada de bens e recuperação de ativos Penal Lisboa Com transmissão 256 162 8 158 67 8
7 D13 Tutela geral e especial da personalidade humana Civil Porto Sem transmissão 15 46 9 24
21 D1.B Violência doméstica Penal Faro Sem transmissão 7 13 4 5
21 D2 Direito Internacional da Família Família e Crianças
Lisboa Sem transmissão 20 21 2 10 9 2
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Relatório de Atividades 2016.2017 42
Ano de 2017
21 e 28 C1 Temas de Direito Civil e Processual Civil Civil Lisboa Com transmissão 149 313 8 117
27 e 28 B1 A revisão do Código dos contratos públicos TAF Lisboa Com transmissão 23 73 38
28 A20 Faces da Retórica Outras Lisboa Com transmissão 34 61
Mai
o
4 e 5 B4 Matérias da competência do Tribunal de Comércio Civil Lisboa Com transmissão 19 111 4 16 68 4
5 D1.C Violência doméstica Penal Leiria Sem transmissão 16 13 10 7
5 e 12 C4 Temas de Direito do Trabalho e de Processo do Trabalho Trabalho e Empresa
Porto Com transmissão 18 79 15 55
24 e 25 B15 União Bancária Europeia Outras Lisboa 25 13 24 10
11 e 12 B6 Cooperação Judiciária Internacional em Matéria Penal Penal Lisboa Com transmissão 224 223 28 200 142 26
12 D10.A A impugnação judicial no contencioso tributário TAF Lisboa Sem transmissão 5 11 3 1
19 A2 Ética e deontologia Outras Lisboa Com transmissão 64 82
19 D10.B A impugnação judicial no contencioso tributário TAF Porto Sem transmissão 4 26 3 17
19 e 26 C3 Temas de Direito Administrativo TAF Lisboa Com transmissão 9 54 45 7 22 38
26 D10.C A impugnação judicial no contencioso tributário TAF Leiria Sem transmissão 3 7 6 3 6 6
26 A15 Direitos das pessoas com deficiência Civil Lisboa Com transmissão 69 511 1 43 29 1
26 D5.B Concurso de crimes e cúmulo jurídico de penas Penal Aveiro Sem transmissão 25 25
19
Jun
ho
1 e 2 B9 Direito Societário Civil Lisboa Com transmissão 4 190 2 4 112 2
2 D5.C Concurso de crimes e cúmulo jurídico de penas Penal Vila Real Sem transmissão 18 11 11 4
2 e 9 C3 Temas de Direito Administrativo TAF Lisboa Com transmissão 9 54 7 24
2 e 9 C4 Temas de Direito do Trabalho e de Processo do Trabalho Trabalho e Empresa
Lisboa Com transmissão 18 79 25 15 55 21
20 D7.A Domínio Público e Privado da Administração TAF Loulé Sem transmissão 3 1
23 A13 Humor, Direito e Liberdade de expressão Outras Lisboa Com transmissão 214 276 3 122 136 3
23 D7.B Domínio Público e Privado da Administração TAF Lisboa Sem transmissão 8 22 4 15
29 e 30 B8 Princípios de contabilidade financeira e contabilidade fiscal Outras Lisboa Com transmissão 38 52 34 27 37 32
30 D8.A Gestão do Stress Outras Faro Sem transmissão 11 15
30 D8.B Gestão do Stress Outras Aveiro Sem transmissão 18 17 10 5
30 A24 Magistraturas em debate – do século XIX ao século XXI Outras Lisboa Com transmissão 47 54
30 D3 Regime geral do processo tutelar cível Família e Crianças
Lisboa Sem transmissão 21 8 6 8 11 6
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Relatório de Atividades 2016.2017 43
Ano de 2017
Julh
o 7 D8.C Gestão do Stress Outras Guarda Sem transmissão 2 8
1
7 D8.D Gestão do Stress Outras Braga Sem transmissão 10 21 6 13
7 A21 Imagem e voz Outras Lisboa Sem transmissão 49 117
janeiro a julho
B12.A Curso Breve de Inglês Jurídico (pós-laboral) Outras Lisboa Sem transmissão 3 8 2 4
Maio
B12.B Curso Breve de Inglês Jurídico Outras Porto Sem transmissão 9 30 5 13
Fevereiro - Março
B13 Curso Avançado de Inglês Jurídico (pós- laboral) Outras Lisboa Sem transmissão 6 11 5 6
Fevereiro 21 e 22 B3 Fundamentos do Direito Fiscal Internacional TAF Lisboa Com transmissão 10 29 4 10
Total 3709 6897 582 2235 3614 478
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Relatório de Atividades 2016.2017 44
3.5. Locais de realização das ações de
formação contínua
Na sequência da experiência de anos
anteriores, com agrado geral de formandos e
Conselhos e de forma a ir ao encontro de um maior
número de interessados nas ações de formação
contínua promovidas e realizadas pelo CEJ, apostou-
se, de novo, na transmissão por videoconferência da
maior parte das ações de formação contínua,
sobretudo das Tipologias A, B e C. As ações de
formação contínua Tipo A realizadas – 36 – foram
na maioria transmitidas a distância, conforme quadro
supra. As ações de formação contínua Tipo B
realizadas – 16 – foram também transmitidas a
distância, com exceção dos Cursos de Inglês
Jurídico. Dos Cursos de Especialização Tipo C,
foram todos transmitidos à distância.
A Delegação do CEJ no Porto consolidou- -
se como um ativo centro de formação no Norte do
País pelas condições que reúne. Os locais escolhidos
para a receção da transmissão de cada ação de
formação foram, na maioria, Tribunais Judiciais. No
entanto, também se apostou em alguns Tribunais de
Família e Menores, sobretudo para a transmissão das
ações de formação específicas para esta jurisdição.
As ações de formação contínua da área
administrativa e tributária, foram, na maioria,
transmitidas para os Tribunais Administrativos e
Fiscais.
As transmissões a distância foram efetuadas
através do sistema de videoconferência da rede do
Ministério da Justiça, com meios próprios do CEJ e
com recurso ao Canal da Justiça TV.
A transmissão por videoconferência
mostrou-se globalmente eficaz, tendo sido detetadas
falhas pontuais que advieram de problemas da rede
do Ministério da Justiça, mas de fácil resolução.
As transmissões efetuadas pela Justiça TV
mostraram-se pouco eficazes para os objetivos do
CEJ, dado que na maior parte dos casos, os pontos
de receção recorriam à rede informática do
Ministério da Justiça (nos Tribunais) e esta não
comportava a sobrecarga inerente às transmissões.
Preventivamente, por forma a minimizar
estes problemas, o CEJ providenciou pelo bloqueio
no acesso a esta via de transmissão – Justiça TV –
dentro da rede do Ministério da Justiça, pelo que,
apenas computadores identificados podiam a ela
aceder. Tratou-se de uma medida de difícil
implementação, tendo que ser pedidos os IP’s dos
computadores disponíveis nas salas que acolhiam os
Magistrados em cada tribunal, tendo havido um
louvável esforço de todos os funcionários que nos
vários locais asseguravam o apoio. Ainda assim, este
esforço, se bem que nos locais com mais formandos
tenha resultado (que eram os que tinham uma
largura de banda superior) nos outros, mais para o
interior do País nem assim os problemas foram
superados e a transmissão era frequentemente
interrompida com cortes.
A situação, da responsabilidade do IGFEJ, a
quem foram sempre relatadas as ocorrências e
solicitadas providências, pelo prejuízo causado à
formação levou a que o CEJ tivesse desde o
primeiro trimestre de 2016, iniciando os
procedimentos de aquisição de material que
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2016.2017 45
permitisse a autonomização da rede informática do
MJ, no que respeita à receção das transmissões por
streaming. Assim neste momento já estão em
utilização nove pen´s 4G que permitem uma receção
sem falhas nos locais em que estão colocadas.
Também se verificou que em situações em
que o bloqueio se concretizou, a melhoria na
transmissão não se fez, situação que nos foi sendo
reportada por telefone, pelos funcionários
envolvidos e muitas vezes pelos próprios
Magistrados que, estando interessados na formação,
se sentiam prejudicados e impedidos de acompanhar
a formação a distância.
3.6. Publicação de livros digitais - E-books
Consta nos quadros seguintes, o ponto da
situação de e-books concebidos entre setembro de
2016 e julho de 2017:
Jurisdição Civil e Processual Civil e Comercial
Formação contínua
Designação do e-book Mês/Ano
Direito dos Contratos - O Contrato de Mediação Imobiliária na Prática Judicial: uma abordagem jurisprudencial
novembro 2016
A Interação do Direito Administrativo com o Direito Civil dezembro 2016
Responsabilidade Civil Profissional março 2017
Insolvência e processo especial de revitalização março 2017
Caderno Especial
Designação do e-book Mês/Ano
Balanço do Novo Processo Civil março 2017
Total (Jurisdição Civil e Processual Civil e Comercial)… 5
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Relatório de Atividades 2016.2017 46
Jurisdição da Família e das Crianças
Formação inicial
Designação do e-book Mês/Ano
Família e Crianças: As novas Leis - Resolução de questões práticas janeiro 2017
A Mediação nos Conflitos Familiares Transfronteiriço maio 2017
Total (Jurisdição da Família e das Crianças)… 2
Jurisdição Penal e Processual Penal
Formação contínua
Designação do e-book Mês/Ano
Direito Estradal novembro 2016
Direito Penal e Processual Penal (2012-2015) dezembro 2016
Violência doméstica e de género e mutilação genital feminina janeiro de 2017
Caderno especial
Designação do e-book Mês/Ano
Trabalhos Temáticos de Direito e Processo Penal – Volume I dezembro 2016
Total (Jurisdição Penal e Processual Penal)… 4
Jurisdição do Trabalho e da Empresa
Formação inicial
Designação do e-book Mês/Ano
Prontuário de Direito do Trabalho 2016 - janeiro de 2017
Total (Jurisdição do Trabalho e da Empresa)… 1
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Relatório de Atividades 2016.2017 47
Jurisdição Administrativo e Fiscal
Formação contínua
Designação do e-book Mês/Ano
O contencioso do direito de asilo e proteção subsidiária setembro 2016
O contencioso de direito administrativo relativo a cidadãos estrangeiros e ao regime da entrada, permanência, saída e afastamento do território português, bem como do estatuto de residente de longa duração
setembro 2016
Temas de Direito Tributário: IRC, IVA e IRS outubro 2016
Contraordenações tributárias e temas de direito processual tributário outubro 2016
O Novo Código do Procedimento Administrativo novembro 2016
Tutela Cautelar no Contencioso Tributário dezembro 2016
Direito e Processo Administrativo dezembro 2016
Insolvência e Contencioso Tributário janeiro 2017
Contraordenações Tributárias – 2016 janeiro 2017
Contencioso Pré-Contratual fevereiro 2017
Procedimento e Processo Tributário – 2016 fevereiro 2017
Contratação Pública – I fevereiro 2017
A Revisão do Código de Processo nos Tribunais Administrativos - I março 2017
A Revisão Do Código De Processo Nos Tribunais Administrativos – II maio 2017
Total (Jurisdição Administrativo e Fiscal)… 14
Outras
Designação do e-book Mês/Ano
Guia Prático das Custas Processuais (4.ª edição) setembro 2016
Violência Doméstica: Implicações sociológicas, psicológicas e jurídicas do fenómeno
setembro 2016
Humor, Direito e Liberdade de Expressão dezembro 2016
Faces da Retórica junho 2017
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2016.2017 48
Guias práticos
Designação do e-book Mês/Ano
Guia de Orçamento e Contabilidade dos Tribunais – 3.ª edição janeiro 2017
Guia de Gestão de Recursos Orçamentais, Materiais e Tecnológicos (3.ª edição)
maio 2017
Caderno Especial
Designação do e-book Mês/Ano
A intervenção do Ministério Público na Jurisdição Cível em Moçambique janeiro 2017
Guia Prático das Custas Processuais (4.ª edição) janeiro 2017
Quem São Os Futuros Magistrados – Caracterização Sociográfica dos Auditores de Justiça do 32.º Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais Judiciais (2016-2018)
fevereiro 2017
Quem São Os Futuros Magistrados – Caracterização Sociográfica dos Auditores de Justiça do 4.º Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais Administrativos e Fiscais (2016-2018)
fevereiro 2017
Teleassistência a Vítimas de Violência Doméstica - Protocolo de Implementação [no âmbito da Lei n.º 112/2009, de 16 de setembro (alterada pela Lei n.º 82-B/2014, de 31.12, Lei n.º 19/2013, de 21.02 e Lei nº 129/2015, de 03.09) e da Portaria n.º 220-A/2010, de 16 de abril (alterada pela Portaria n.º 63/2011, de 03.02)]
maio 2017
Cadernos Associação Cultural C.E.J. - Fac simile do N.º 0 – Edição de 1983
junho 2017
Total (Outros)… 12
3.7. Formação Contínua - Em síntese
Dando continuidade ao trabalho realizado
e à aposta feita nos anos transatos, o CEJ
continuou a apostar nos meios de formação à
distância, de modo a facilitar a autoformação e a
conjugação entre a atividade profissional e as
necessidades de formação.
Foi clara a adesão a esta metodologia,
sendo que com o balanço feito prevê-se a sua
continuação otimizada no futuro. O modelo de
formação adotado foi baseado quer em dossiês de
formação prévios a cada ação de formação (com
jurisprudência, legislação e outros elementos
documentais relevantes), quer numa escolha
criteriosa e variada de formadores, tendo-se
mantido a preocupação em trazer ao CEJ
magistrados dos tribunais superiores e em associar
académicos de grande mérito.
A página web do CEJ foi utilizada como
repositório científico dos textos, estando o CEJ a
utilizar a Plataforma Moodle que se revela de fácil
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2016.2017 49
manuseamento e é eficaz no que diz respeito a
divulgação das apresentações e outros
documentos relativos a cada uma das ações de
formação, possibilitando uma maior abertura da
formação ministrada à comunidade jurídica, para
além de permitir a disponibilização de todas as
videogravações das intervenções dos oradores.
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2016.2017 51
4. Departamento de
Relações Internacionais
4.1. Introdução
As competências funcionais do
Departamento de Relações Internacionais (DRI)
do Centro de Estudos Judiciários tal como estão
enunciadas no art.º 4º dos Estatutos do CEJ,
aprovados pela Portaria n.º 965/2008, de 29 de
agosto, constituem a base legal daqueles que são
os objetivos estratégicos do Departamento, a
saber:
▪ Dinamizar em todas as suas vertentes a
intervenção internacional do Centro de Estudos
Judiciários, contribuindo ativamente para a
afirmação e reforço do prestígio do CEJ,
enquanto instituição de formação judiciária de
qualidade reconhecida;
▪ Potenciar os recursos humanos
disponíveis, incrementando a participação de
magistrados nacionais em acções de formação de
âmbito internacional, dentro e fora do país, e a
participação de magistrados estrangeiros em ações
de formação realizadas em Portugal;
▪ Contribuir decisivamente, na área da
formação de magistrados e de outros profissionais
da Justiça, para o reforço das relações de
cooperação e de amizade que unem Portugal a
terceiros países, em particular àqueles a que nos
ligam especiais laços históricos e culturais.
Em linhas gerais, pode afirmar-se que a
intervenção do DRI ocorre sempre que uma
atividade formativa ou um compromisso
institucional do CEJ de alguma maneira assumem
contornos internacionais, de forma bilateral ou
multilateral, quer as mesmas tenham por
destinatários diretos magistrados portugueses,
quer se traduzam em ações de cooperação com
congéneres estrangeiras ou com delegações que
nos visitam.
Norteado por aqueles objetivos
estratégicos, e tendo sempre em conta os custos
orçamentais que as mesmas poderiam envolver, o
Departamento desenvolveu durante o ano letivo
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2016.2017 52
de 2016/2017 as atividades programadas para as
diversas áreas em que ocorre a sua intervenção, e
que em síntese poderão referenciar-se a quatro
domínios fundamentais: a participação na Rede
Europeia de Formação Judiciária (EJTN), a
cooperação com países de língua oficial
portuguesa, o relacionamento bilateral
estabelecido com instituições de formação
estrangeiras congéneres do CEJ e a cooperação
com outras entidades vocacionadas direta ou
indiretamente para a formação, como a Academia
de Direito Europeu (ERA).
Com o presente relatório visa-se assim
constituir a memória descritiva das diversas
atividades que, no âmbito das suas relações
internacionais, o CEJ veio a desenvolver durante
o referido ano letivo, abrangendo
consequentemente o período compreendido entre
1 de setembro de 2016 e 31 de julho de 2017.
Nele importa destacar, como tópicos nucleares,
aquelas quatro grandes áreas de intervenção,
fazendo ainda uma breve referência inicial à
estrutura e organização interna do Departamento.
4.2. Estrutura e organização interna
Funcionando o DRI na dependência direta
do Diretor do CEJ, o respetivo quadro formal foi
composto entre 2012 e 2015 por um/a
Coordenador/a e por uma Técnica Superior, que
asseguravam a planificação das atividades e a
execução das diversas competências legais que ao
Departamento estão cometidas. Porém,
considerando o aumento exponencial de trabalho
a cargo do DRI, nomeadamente no que toca à
formação a assegurar aos PALOP’s e as múltiplas
solicitações que lhe eram (e são) continuamente
endereçadas por outras entidades, v.g. a REFJ,
exigindo a disponibilidade permanente e
simultânea de várias pessoas, no CEJ e/ou no
estrangeiro, houve necessidade de aumentar o
número de colaboradores do DRI, de forma a
poder continuar a assegurar a imagem de prestígio
internacional que é apanágio do CEJ.
Nesse sentido, a partir de 27 de outubro
de 2015 e por despacho do Exmo. Diretor do
CEJ, o DRI passou a contar com a colaboração
ativa do Dr. Diogo Alarcão Ravara, juiz docente
na área de direito do trabalho e da Dra. Maria
Perquilhas, juiz docente na área de família e
crianças, na qualidade de ‘responsáveis de
projeto’, os quais à data colaboravam já
pontualmente com o DRI. Também o Dr.
Alexandre Oliveira, juiz docente na área de direito
penal começou a colaborar com o DRI a partir de
janeiro de 2017.
Desde dezembro de 2015, o DRI passou
igualmente a contar com uma segunda Técnica
Superior para trabalhar com a Dra. Cristina
Messias, a Dra. Ana Inácio.
Para além disso, e sempre que a
especificidade do tema ou a sobreposição de
agendas o exige, é ainda solicitada a colaboração
de outros docentes, considerando as respetivas
capacidades linguísticas e a sua especialização na
matéria em causa.
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2016.2017 53
4.3. Rede Europeia de Formação Judiciária
No quadro da Rede Europeia de Formação
Judiciária (REFJ), organização que congrega as
diversas instituições de formação judiciária de
todos os Estados-membros da União Europeia, e
que conta ainda com a Academia de Direito
Europeu de Trier (ERA) entre os seus membros
efetivos, a participação de CEJ desdobrou-se em
três vertentes essenciais: a) na estrutura
organizativa da Rede; b) nas ações de formação
promovidas pela REFJ e pelos seus membros; c)
nos programas de intercâmbio para magistrados.
Para além de tais aspetos, importa referir
que o CEJ desempenha ainda um papel ativo na
difusão de todas as atividades formativas
promovidas no âmbito da REFJ em que foi
admitida a participação de juízes e procuradores
nacionais, designadamente veiculando as mesmas
junto das magistraturas através do CSM, PGR e
CSTAF, e solicitando às mesmas entidades a
centralização e a graduação das candidaturas
apresentadas.
4.3.1. Estrutura organizativa da REFJ
Em reunião da Assembleia Geral, em
Amesterdão, decorrida em junho de 2016, o CEJ
foi novamente eleito para integrar o ‘Steering
Committee’ no período 2017-2019.
Para o mesmo período, foi igualmente
eleito para integrar os Grupos ‘Programas’,
‘Programa de Intercâmbios’ e ‘Metodologias’. No
âmbito do Grupo ‘Programas’, que se subdivide
em subgrupos que trabalham as diferentes áreas
formativas, o CEJ está ainda representado nos
subgrupos ‘Civil’, ‘Justiça Criminal’, ‘Direitos
Humanos’ e ‘Linguística’. Até final de 2016,
manteve também a sua participação no subgrupo
‘Administrativo’, para o qual tinha sido eleito em
2011.
No período em causa, o CEJ fez-se
representar e participou ativamente em todas as
reuniões ordinárias dos diferentes órgãos
estatutários e grupos de trabalho da REFJ de que
faz parte.
4.3.2. Grupos ‘Programas’ e ‘Metodologias’; Sub-Grupos
‘Civil’, ‘Justiça Criminal, ‘Direitos Humanos’ e ‘Linguística’ ’
No âmbito do Grupo ‘Metodologias’,
importa destacar a realização, no CEJ, do
seminário sobre “Judgecraft”, nos dias 17 e 18 de
novembro 2016.
No que concerne ao Grupo ‘Programa de
Intercâmbios’, o CEJ organizou e acolheu, nos
dias 8 a 10 de março 2017, a reunião deste Grupo
e dos seus respetivos Pontos de Contacto.
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2016.2017 54
Da participação nas atividades formativas
inseridas no âmbito do Grupo ‘Programas’
salientam-se de seguida as que tiveram lugar no
CEJ.
No âmbito do sub-grupo Civil, destaca-se
a realização em Lisboa do seminário europeu
sobre Building a new European Labour Law in the light
of the EU and the CoE’s legal frameworks, nos dias 3 e
4 de abril de 2017, com a intervenção de três
conferencistas nacionais, e a presença de 50
magistrados oriundos de diferentes Estados--
Membros.
Ainda no quadro das atividades do sub-
grupo ‘Administrativo’, teve lugar em Lisboa, nos
dias 23 e 24 de fevereiro 2017, o seminário sobre
Data Protection and Privacy Rights, com a presença de
quatro conferencistas nacionais e dirigido a 45
magistrados oriundos de diferentes Estados-
-Membros.
4.3.3. Concurso Thémis
O concurso Themis, também promovido
pela REFJ, traduz-se numa competição
envolvendo equipas provenientes de instituições
de formação europeias, compostas por três
auditores de justiça com não mais de dois anos de
percurso formativo, a quem incumbe a redação
prévia de um trabalho que deverá incidir sobre
um assunto à sua escolha inserido num dos quatro
grandes temas propostos (Cooperação Judiciária
Internacional em Matéria Penal, Cooperação
Judiciária Internacional em Matéria Civil,
Interpretação e Aplicação dos artigos 5.º e 6.º da
Convenção Europeia dos Direitos do Homem, e
Ética e Deontologia). Cada uma dessas áreas
temáticas constitui o objeto das quatro meias-
finais do concurso, sendo aí apresentada
oralmente pelas equipas concorrentes e depois
discutida com os membros do Júri.
Na 12.ª Edição do Themis, o CEJ
participou nas seguintes meias-finais, com equipas
constituídas por auditores de justiça do 32.º Curso
Normal:
Meia-final A: Sófia, 10-13 abril 2017, uma
equipa, com um trabalho sobre ‘The European
Supervision Order: from discrimination to equality’,
Meia-final B: Bruxelas, 15-18 maio 2017, duas
equipas com trabalhos sobre os temas
“Children in Post-Modern Families – the right of
children to have contact with attachment figures” e
“Surrogacy – a clash of competing rights (with
particular reference to the ECHR’s case of Paradiso
and Campanelli vs. Italy)”.
Esta 12.ª Edição do Themis contou com
um total de 36 equipas nas 4 meias-finais.
4.3.4. Catálogo Plus
No Catálogo Plus da REFJ inserem-se
todas as atividades de formação interna que as
diversas instituições componentes da Rede
decidiram abrir à participação de magistrados
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2016.2017 55
judiciais e do Ministério Público dos restantes
países-membros.
O DRI, por regra, introduz neste Catálogo
todas as atividades constantes do seu programa de
formação contínua que se vislumbrem de
interesse na perspetiva do magistrado estrangeiro,
excluindo por isso todas aquelas em que a
componente é de exclusivo reporte à aplicação da
lei nacional.
Desde 2011, no denominado ‘Catálogo
Plus’, a REFJ passou a financiar também a
interpretação simultânea e a participação de dez
magistrados estrangeiros em tais atividades
formativas (ao invés do que sucede com as ações
do Catálogo Geral, cujas despesas de deslocação
são exclusivamente suportadas pelos próprios),
desde que os respetivos países de origem incluam
também ações de formação abertas à participação
de estrangeiros e que como tal sejam admitidas
pela Rede, designadamente tendo em conta a
relevância da temática a abordar.
Nessa medida, o CEJ propôs e logrou ver
incluídas no ‘Catálogo Plus’ de 2017 duas ações
de formação contínua.
A primeira decorreu nos dias 30 e 31 de
março 2017, sobre o tema ‘Judicial Psychology”; a
segunda teve lugar nos dias 21 e 22 de Setembro
2017 sobre o tema ”Conference in collaboration with
ILO”. Embora esta última tenha decorrido em
momento posterior ao período em análise neste
Relatório de Atividades, inicialmente a ação de
formação esteve agendada para dias 6 e 7 de abril
2017.
Em cada uma destas ações de formação
estiveram presentes 10 magistrados estrangeiros,
assim garantindo a participação de outros tantos
magistrados portugueses em iniciativas formativas
semelhantes promovidas por congéneres nossas
que tiveram lugar ao longo do ano.
4.3.5. Programa de intercâmbios (Exchange Programme)
O Programa de Intercâmbios da REFJ
comporta a realização de diferentes ações de
intercâmbio, nelas assumindo particular relevância
os estágios propriamente ditos destinados a
magistrados judiciais e do Ministério Público em
funções, junto de colegas estrangeiros em
exercício numa jurisdição afim e com a duração
de uma ou duas semanas, e os estágios orientados
para formadores, com a duração de uma semana
junto de instituições de formação judiciária de
outro Estado-Membro da União Europeia.
Cerca de dois mil magistrados europeus
participam anualmente nas atividades das
diferentes valências do Programa de
Intercâmbios. Em estreita articulação com o
CSM, a PGR e o CSTAF, o CEJ tem promovido,
em 2017, a participação de:
▪ 27 magistrados portugueses em estágios de
duas semanas, em língua inglesa, junto de
colegas estrangeiros de jurisdições afins;
▪ 10 magistrados portugueses em estágios de
uma semana, em língua inglesa, junto de
colegas estrangeiros de jurisdições afins;
▪ 1 magistrado num estágio de longa duração (4
meses) na EUROJUST;
▪ 1 magistrado num estágio de longa duração;
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2016.2017 56
(12 meses) no Tribunal Europeu dos Direitos
do Homem;
▪ 1 magistrado num estágio de longa duração
(12 meses) no Tribunal de Justiça da União
Europeia;
▪ 4 magistrados formadores em estágios de uma
semana, em língua inglesa, junto de colegas de
outras instituições congéneres;
▪ 8 magistrados em visitas de estudo de 2 dias
ao Tribunal de Justiça da União Europeia
(TJUE);
▪ 4 magistrados em visitas de estudo de 2 dias
ao Tribunal Europeu dos Direitos do Homem
(TEDH);
▪ 3 magistrados em visitas de estudo de 2 dias a
instituições de Bruxelas.
▪ 2 magistrados formadores em visita de estudo
de 2 dias à Agência dos Direitos
Fundamentais
Quanto ao número de magistrados
estrangeiros que vieram a ser colocados pelo DRI
para realização de estágios em Portugal,
assinalam-se as seguintes participações:
▪ 5 magistrados colocados em diferentes
tribunais do país, para um estágio individual
de duas semanas em língua portuguesa;
▪ 6 magistrados para um estágio individual de
uma semana, nos tribunais e em inglês;
▪ 8 magistrados formadores para um estágio em
grupo, no CEJ, de uma semana e em língua
inglesa.
No que respeita à formação inicial, em
2013 a REFJ implementou o designado programa
‘AIAKOS’ que pretendeu institucionalizar de
forma generalizada em todo o espaço europeu as
visitas de intercâmbio dos candidatos às carreiras
na magistratura, dando desta forma resposta às
preocupações da Comissão quanto ao incremento
da formação em Direito Europeu e aos
intercâmbios de profissionais do foro junto de
instituições congéneres de outro Estado-Membro.
As visitas de intercâmbio no âmbito do
programa AIAKOS ocorrem habitualmente no
último trimestre de cada ano.
Assim, na semana de 10 a 14 de outubro
de 2016, o CEJ acolheu 27 auditores de justiça
estrangeiros (1 esloveno, 2 italianos, 6 alemães, 5
belgas, 9 polacos, 1 checo e 1 eslovaco), enquanto
31 auditores de justiça do 32.º Curso se
deslocaram, em diferentes grupos, às nossas
congéneres de Alemanha, França, Polónia,
Bélgica, Espanha e República Checa, na semana
de 21 a 25 de novembro 2016.
4.3.6. Outras Redes Internacionais de Formação
Para além da REFJ, o CEJ é igualmente
membro da Rede de Lisboa, da Rede
Ibero-Americana de Escolas Judiciais (RIAEJ), e
da RECAMPI (Rede de Capacitação de
Ministérios Públicos Ibero-americanos).
A Rede de Lisboa, estrutura participada
pelas instituições de formação judiciária de todos
os países membros do Conselho da Europa,
encontra-se hoje integrada na CEPEJ (Comissão
Europeia para a Eficácia da Justiça), não dispondo
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2016.2017 57
de órgãos próprios com capacidade para
promover autonomamente quaisquer atividades
formativas entre os respetivos membros. Nessa
medida, qualquer iniciativa que nesse âmbito
venha a ter lugar está dependente da promoção e
do suporte financeiro que à mesma venha a ser
concedido pelo Conselho da Europa.
Deste modo, e no âmbito do Conselho da
Europa, o CEJ participa nas atividades do
Programa HELP (European Programme for Human
Rights Education for Legal Professionals), no quadro
das quais decorre anualmente uma Conferência da
Rede HELP. O Programa HELP tem como
finalidade apoiar os Estados-Membros do
Conselho da Europa na implementação da
Convenção Europeia dos Direitos do Homem ao
nível nacional, o que se pretende conseguir
através das conferências anuais da Rede HELP
onde representantes das instituições nacionais de
formação dos 47 Estados-Membros do Conselho
da Europa discutem formas de promover e
melhorar a formação na área dos Direitos
Humanos e aprofundar a cooperação entre as
diversas instituições envolvidas.
Nesse contexto, o CEJ fez-se representar
na Conferência anual da Rede HELP que teve
lugar em Estrasburgo nos dias 16 e 17 de junho
de 2016, e que abordou a temática ‘HELP,
Leading The Way Towards National Case Law
Harmonisation’.
No âmbito da parceria HELP in the 28,
concebida para aprofundar a temática dos
Direitos Humanos, o Dr. Diogo Ravara
frequentou um curso de atualização de
formadores em Estrasburgo nos dias 3 e 4 de
março de 2016. Este curso, organizado na
sequência de uma primeira Formação de
Formadores no âmbito dos Direitos Humanos e
reconhecida pelo CoE, destinou-se aos pontos de
contacto nacionais e visou implementar
estratégias para o desenvolvimento de quatro
cursos-modelo, um deles a decorrer a partir de
janeiro de 2017 em formato b-learning, organizado
pelo CEJ e dedicado ao tema ‘Os Direitos dos
Trabalhadores Enquanto Direitos Humanos’.
Ainda no âmbito do Programa HELP in
the 28, a docente do CEJ, Dr.ª Helena Susano,
esteve presente no seminário europeu ‘Fight against
racism, xenofobia, homophobia’, organizado
conjuntamente pelo CoE e pela Escuela Judicial de
Barcelona e que teve lugar nesta cidade nos dias
25 e 26 de julho de 2016.
Quanto à RIAEJ e à RECAMPI, a
inexistência de recursos financeiros próprios e a
dispersão geográfica são fatores que limitam
fortemente a realização de qualquer iniciativa
conjunta que possa ter lugar no âmbito das
mesmas.
4.4. Países de Língua Portuguesa
O relacionamento estreito com os países
integrantes da CPLP e com as instituições de
formação judiciária que deles fazem parte sempre
constituiu uma das prioridades do CEJ e um meio
de afirmação do prestígio internacional da
instituição, pelos particulares laços históricos e
culturais que a todos unem. Aos mais diversos
níveis, têm sido desenvolvidas atividades de
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2016.2017 58
natureza formativa e de cooperação com os países
de língua portuguesa e respetivas instituições
judiciárias e magistraturas.
Nesse âmbito, e utilizando as listas de
endereços que para o efeito organizou, o DRI tem
ainda estabelecido contactos com juízes e
procuradores desses países de forma regular,
designadamente mantendo-os informados sobre
as atividades inseridas no plano anual de
formação contínua e dando-lhes também a
conhecer o catálogo de edições disponíveis no
sítio do CEJ.
4.4.1. Brasil
As relações de amizade e de cooperação
com o Brasil têm tido tradução nos vários
protocolos estabelecidos com diferentes escolas
de formação, de âmbito federal ou estadual, e nas
visitas de grupo que várias dessas instituições
nossas congéneres têm solicitado ao CEJ e cuja
promoção sempre assegurámos.
4.4.2. Outros países da CPLP
No âmbito do relacionamento com os
PALOP, a atuação do CEJ continua a
desenvolver-se em estreita colaboração com a
DGPJ, entidade que tem centralizado ao nível
governamental a cooperação para a área da Justiça
com os países africanos de expressão portuguesa,
com Macau e com Timor-Leste, bem como com
o “Camões, Instituto da Cooperação e da
Língua”.
1. No que aos PALOP diz respeito e no
período em apreciação, em setembro de 2016 foi
celebrado um protocolo tripartido entre o
“Camões, Instituto da Cooperação e da Língua”,
o Centro de Estudos de Judiciários e a Escola da
Polícia Judiciária, no sentido de ser implementado
o Projeto de Apoio à Consolidação do Estado de
Direito nos PALOP e em Timor Leste, designado
PACED, com financiamento da União Europeia.
É objetivo geral do PACED contribuir
para a afirmação e consolidação do Estado de
Direito nos PALOP e em Timor Leste, através da
prossecução do seguinte objetivo específico -
prevenir e lutar eficazmente contra a corrupção, o
branqueamento de capitais e o crime organizado,
especialmente no que toca ao tráfico de
estupefacientes.
Para o efeito, o projeto em causa prevê a
concretização dos seguintes três resultados:
O reforço e a modernização do
quadro jurídico e regulamentar e
a organização administrativa dos
PALOP e de TL em matérias de
prevenção e luta contra a
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2016.2017 59
corrupção, branqueamento de
capital e crime organizado,
especialmente tráfico de
estupefacientes;
A atualização dos procedimentos
operacionais das instituições
relevantes dos PALOP e de TL,
bem como o reforço das suas
capacidades técnicas e humanas;
O fortalecimento da cooperação
entre instituições homólogas dos
PALOP e de TL, bem como
entre si e das organizações
externas e internacionais
relevantes com base em diretrizes
comuns.
O Centro de Estudos Judiciários foi
chamado a colaborar neste projeto como entidade
formadora, tendo por escopo a capacitação de
técnicos do sistema bancário e financeiro,
investigadores, magistrados do Ministério Público
e Juízes.
A formação foi ministrada especificamente
nas áreas do tráfico de estupefacientes, corrupção
e branqueamento de capitais, sendo abordados
transversalmente os instrumentos legais, nacionais
e internacionais e o tema da prova, à luz do
direito vigente em todos os países dos PALOP e
Timor Leste.
A primeira fase do projeto teve lugar no
CEJ, em novembro de 2016, sendo concretizada
através de uma ação de formação de formadores
com a duração de 20 dias úteis, e com 24
destinatários, sendo eles 6 técnicos bancários, 6
investigadores, 6 magistrados do Ministério
Público e 6 Juízes, oriundos em igual número e
profissão de Angola, Moçambique, Guiné, Cabo
Verde, São Tomé e Príncipe e Timor Leste.
Com a ação de formação de formadores
em causa pretendeu-se criar uma bolsa de
formadores dos PALOP e de Timor Leste nas
matérias de combate ao tráfico de estupefacientes,
corrupção, branqueamento de capitais e crime
organizado em geral.
A metodologia formativa utilizou a
plataforma informática do CEJ para nela serem
inseridos os materiais formativos mais relevantes,
tendo sido desenvolvida uma plataforma
formativa exclusivamente dedicada a este curso.
Foi produzido pelos docentes do curso em
causa - que incluiu uma importante vertente
pedagógica a cargo do Dr. Fernando Silva, do
Gabinete de Estudos Judiciários (GAEJ) do CEJ -
um manual de formação de formadores nas áreas
jurídicas objeto do curso, completamente inédito
e especificamente destinado aos países
destinatários da formação no âmbito do projeto
PACED.
A segunda fase do projeto teve início em
2017, com as primeiras ações de formação
nacionais a terem lugar em Angola, Cabo Verde e
São Tomé e Príncipe ao longo dos meses de maio,
junho e julho, por períodos de 3 semanas
(Angola) ou uma semana (os demais).
As ações em referência foram dinamizadas
por dois formadores internacionais docentes do
CEJ, na qualidade de tutores e pelos formadores
nacionais que tinham participado na ação de
formação de formadores no CEJ, em Novembro
de 2016.
Esta segunda modalidade de formação
desenvolvida nos diferentes países permite a
tutoria/apoio dos recém-formados formadores no
exercício das suas funções formativas e, dessa
forma, possibilita o desenvolvimento dos ganhos
teóricos práticos por eles assimilados durante a
fase de formação de formadores.
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2016.2017 60
No segundo semestre de 2017 decorreram
ainda outras formações nacionais em Timor-
Leste, Moçambique e Guiné Bissau.
À exceção de Moçambique e de São Tomé
e Príncipe, as formações nacionais têm duas
edições: uma primeira em 2017, e outra a realizar
em 2018, com o objetivo de atingir o maior
número de profissionais. Em Angola e em
Moçambique, as formações têm lugar em três
regiões diferentes.
2. Por solicitação da DGPJ, o CEJ
assegurou ainda a realização de um curso de
justiça constitucional, entre os dias 12 e 16 de
dezembro de 2016 a um grupo de magistrados e
juristas moçambicanos selecionados pelo
Ministério da Justiça, Assuntos Constitucionais e
Religiosos de Moçambique.
3. Para além destas atividades e do
relacionamento institucional, o CEJ acolheu
ainda, no período em causa, todos os magistrados
oriundos de países de língua portuguesa que
individualmente se nos dirigiram, manifestando
interesse em participar em ações de formação ou
simplesmente o desejo de melhor conhecer a
instituição.
4.5. Atividades bilaterais
4.5.1. Escolas espanhola e francesa
As tradicionais relações de intercâmbio
com as escolas de formação judiciária de Espanha
e de França, de que o CEJ foi pioneiro ao nível
europeu, encontram-se hoje enquadradas no
Programa de Intercâmbios da REFJ, como já se
referiu.
Deste modo, as visitas de intercâmbio de
auditores de justiça entre aquelas instituições são
hoje objeto de financiamento por parte da REFJ,
e a partir do final de 2013 passaram a inserir-se no
âmbito do Programa AIAKOS, a um nível
multilateral.
Mantêm-se, todavia, as relações
privilegiadas ao nível bilateral com o CEJ de
Madrid, com a Escuela Judicial de Barcelona e com
a École Nationale da la Magistrature francesa (ENM),
visando a elaboração e a promoção conjunta de
módulos e ações de formação judiciária em torno
de diferentes temáticas ao nível do direito
europeu.
4.5.2. Academia de Direito Europeu (ERA)
No período em análise e reportando-nos a
2016, o CEJ acolheu, nos dias 6 e 7 de outubro, a
realização de um seminário sobre “International
Surrender of Persons - a transcontinental approach”,
organizado conjuntamente com a ERA, e no qual
participou um conferencista nacional, além de 10
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2016.2017 61
outros magistrados portugueses, para o efeito
isentados da taxa de inscrição.
Nos dias 10 e 11 de novembro de 2016,
teve lugar, também no CEJ, um seminário sobre o
tema “Special Investigation Techniques to Tackle Internet
Crimes”, no qual participaram 10 magistrados
nacionais, para o efeito isentados de taxa de
inscrição.
Ainda em 2016, o CEJ fez-se representar
por um dos seus Diretores-Adjuntos na reunião
anual do Governing Board da ERA, que decorreu
em Trier no dia 10 de Outubro.
Já em 2017, concretamente nos dias 8 e 9
de maio, o CEJ acolheu a realização de mais um
seminário da ERA, desta feita sobre o tema
“Competition Law”, e no qual participaram 8
magistrados portugueses ao abrigo do acordo de
parceria celebrado entre ambas as instituições.
No quadro de uma outra parceria
celebrada entre o CEJ e a ERA, teve lugar em
Trier, nos dias 27 e 28 de março de 2017, uma
reunião de coordenação do projecto “Better
applying the EU Regulations on Family and Succession
Law: Development of training materials & organisation of
interactive seminars” na qual o CEJ se fez
representar por uma Docente da Jurisdição de
Família e Menores que coordenará a
implementação do seminário a decorrer em
Lisboa nos dias 29 e 30 de novembro 2017.
4.5.3. Visitas ao CEJ de entidades estrangeiras
Procurando permanentemente dar
resposta positiva a solicitações no sentido de
acolher visitas de entidades interessadas e de
melhor conhecer o sistema português de
formação de magistrados, durante o ano
2016/2017 o CEJ acolheu a visita, entre outras,
das seguintes personalidades e delegações
estrangeiras:
▪ 1 de setembro de 2016: dois Grupos
MOVEO (Advogados estagiários do
Tribunal Regional de Weisbaden e do
Tribunal de Hamburgo);
▪ 13 de setembro de 2016: Delegação da
Comissão para a Reforma Legislativa e do
Setor da Justiça (CRL) de Timor-Leste;
▪ 27 de setembro de 2016: Delegação do
Supremo Tribunal de Justiça da Rússia;
▪ 28 de setembro de 2016: Grupo MOVEO
(Advogados estagiários do Tribunal
Regional de Frankfurt);
▪ 6 e 7 de outubro de 2016: Delegação do
Centro de Formação Jurídica e Judiciária
(CFJJ) de Macau (5.º Curso de Formação);
▪ 27 e 28 de outubro 2016: Delegação da
Academia de Justiça da Arménia (EU and
CoE Joint Project);
▪ 14 de novembro de 2016: Grupo
MOVEO (Advogados estagiários do Court
of Appeal - Berlim);
▪ 24 de novembro de 2016: Grupo
MOVEO (Advogados estagiários do
District Court of Traunstein);
▪ 28 de novembro de 2016: Delegação do
Centro de Estudos Judiciários da
Indonésia;
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2016.2017 62
▪ 28 a 30 de novembro 2016: Delegação de
Magistrados da Academia de Justiça e
Quadros-Técnicos do Ministério da Justiça
do Azerbaijão;
▪ 5 a 7 de dezembro de 2016: Diretora do
Centro de Formação Jurídica e Judiciária
(CFJJ) de Moçambique, Dr.ª Vitalina
Papadakis;
▪ 24 de janeiro de 2017: Grupo MOVEO
(Advogados estagiários do Tribunal
Distrital de Colónia);
▪ 23 de fevereiro de 2017: Presidente do
Tribunal Constitucional de Cabo Verde,
Dr. João Semedo;
▪ 6 de março de 2017: Grupo MOVEO
(Advogados estagiários de Tribunal
Distrital de Berlim);
▪ 15 de março de 2017: Grupo MOVEO
(Advogados estagiários do Supremo
Tribunal de Berlim);
▪ 21 de março de 2017: Grupo MOVEO
(Advogados estagiários do Tribunal
Distrital de Frankenthal);
▪ 18 de abril de 2017: Delegação do
Supremo Tribunal do Povo da República
Popular da China;
▪ 2 a 5 de maio de 2017: Delegação da
Academia de Justiça da Geórgia;
▪ 29 de maio de 2017: Grupo MOVEO
(Advogados estagiários do Tribunal
Distrital de Munique);
▪ 30 de maio a 2 de junho 2017: Delegação
da Procuradoria-Geral da República do
Cazaquistão;
▪ 23 de junho de 2017: Grupo MOVEO
(Advogados estagiários do Supremo
Tribunal de Berlim);
▪ 26 a 30 de junho 2017: Delegação do
Montenegro;
▪ 28 de junho de 2017: Presidente do
Supremo Tribunal de Justiça de São Tomé
e Príncipe, Dr. Manuel da Silva Gomes
Cravid;
▪ 14 de julho de 2017: Delegação do Colégio
Nacional de Juízes da República Popular
da China.
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2016.2017 63
5. Gabinete de Estudos Judiciários
5.1. Recursos Humanos
O Gabinete de Estudos Judiciários
(GAEJ) é uma unidade orgânica nuclear que se
encontra na dependência direta do Diretor do
CEJ, na sequência da revogação da alínea c) do n.º
1 do artigo 95.º da Lei n.º 2/2008, de 14 de
janeiro, pela Lei n.º 45/2013, de 3 de julho.
O quadro de pessoal afeto ao Gabinete de
Estudos Judiciários (GAEJ) compreendeu, no ano
em análise, apenas um trabalhador com a
categoria de técnico superior, o que ocasiona
constrangimentos, limitações e dificuldades ao
trabalho desenvolvido por este Gabinete.
5.2. Atividade desenvolvida
De acordo com as atribuições fixadas
pelos Estatutos do Centro de Estudos Judiciários,
o Gabinete de Estudos Judiciários desenvolveu
no ano letivo de 2016/2017 diversas atividades
que podem que podem sistematizar-se nos
seguintes temas:
▪ Estudos e trabalhos de investigação;
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2016.2017 64
▪ Atividades de apoio à formação de
magistrados;
▪ Organização e apoio à realização de
atividades sociais e culturais;
▪ Comunicação institucional e imagem;
▪ Outras atividades.
Porém, como ponto prévio, refira-se que o
ano de atividades 2016/2017 do GAEJ foi
fortemente marcado pela intensa participação
desta unidade orgânica no Projeto de Apoio à
Consolidação do Estado de Direito (PACED),
projeto de cooperação financiado pela União
Europeia (no âmbito do 10.º FED - Fundo
Europeu de Desenvolvimento) e pelo Camões -
Instituto da Língua e da Cooperação e executado
por este instituto.
Toda a ação do GAEJ desenvolvida no
âmbito deste projeto foi realizada em muito
estreita colaboração e sob orientação do
Departamento de Relações Internacionais (DRI),
unidade orgânica do CEJ responsável pela gestão
e execução desta subactividade. As atividades
dinamizadas pelo GAEJ neste projeto serão
referidas transversalmente nos subtítulos
seguintes.
5.2.1. Estudos, trabalhos de investigação e relatórios
a) Estudos concluídos neste ano de atividades
▪ Quem São os Futuros Magistrados -
Caracterização Sociográfica dos Auditores de
Justiça do 32.º Curso de Formação de
Magistrados (2016-2018), trabalho que foi
publicado em formato e-book e apresentado
em sessão pública realizada no CEJ, dia
20 de fevereiro de 2016;
▪ Quem São os Futuros Magistrados -
Caracterização Sociográfica dos Auditores de
Justiça do 4.º Curso de Formação de Magistrados
para os Tribunais Administrativos e Fiscais
(2016-2018), trabalho que foi publicado
em formato e-book e apresentado em
sessão pública realizada no CEJ, dia 20 de
fevereiro de 2016;
▪ Open Day CEJ: Inquérito de Avaliação do
Evento (Relatório);
No âmbito do PACED, o GAEJ produziu
os seguintes trabalhos e relatórios:
▪ Manual de Formação de Formadores -
Capacitação nas Áreas do Tráfico de
Estupefacientes, da Corrupção e do
Branqueamento de Capitais e com conhecimento
dos instrumentos legais, administrativos e
processuais em vigor nos países de língua oficial
portuguesa, realizado em coautoria, cabendo
ao GAEJ a autoria do capítulo
“Enquadramento pedagógico”, obra que
será objeto, a breve trecho, de publicação
em livro pelo Camões, I.P.;
▪ Seis relatórios que, tendo como objeto a
ação de formação de formadores (1.ª fase)
do PACE, incidiram sobre:
- Diagnóstico de expectativas dos
formandos;
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2016.2017 65
- Diagnóstico de necessidades
de formação, competências,
atitudes e comportamentos dos
formandos;
- Avaliação final de expectativas dos
formandos;
- Avaliação final de necessidades,
competências, atitudes e
comportamentos de formação dos
formandos;
- Avaliação final da formação;
- Relatório de execução.
Foi ainda realizado no âmbito do PACED
um inquérito sobre necessidades de formação nas
áreas do tráfico de estupefacientes, da corrupção e
branqueamento de capitais aos tribunais
supremos, conselhos superiores das magistraturas,
procuradorias-gerais das respetivas repúblicas,
direções nacionais das polícias e serviços de
investigação criminal e unidades de informação
financeira dos países envolvidos neste projeto
(Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e
Príncipe e Timor-Leste) mas, dado o baixo
número de respostas (apenas seis) optou-se
(GAEJ, DRI e Camões, I.P.) por não se elaborar
um relatório estatístico e apenas fazer uma análise
individualizada das respostas recebidas.
b) Outros documentos
O GAEJ assegurou a compilação dos
diversos contributos que compõem o Plano de
Atividades e o Relatório de Atividades
Ainda no âmbito dos estudos, foram
realizados pelo GAEJ diversos pequenos estudos
de investigação, nomeadamente de caráter
estatístico, elaborados ad hoc, em função das
necessidades de informação de apoio à decisão da
Direção do Centro de Estudos Judiciários, do
Departamento de Formação e do Departamento
de Relações Internacionais, de apoio a
necessidades específicas de docentes ou na
sequência de pedidos de entidades externas e após
autorização da Direção.
5.2.2. Atividades de apoio à formação de magistrados
Nesta área, o GAEJ realizou um inquérito
de opinião/avaliação da formação juntos dos
Auditores de Justiça de Justiça do 32.º Curso
Normal de Formação de Magistrados para os
Tribunais Judiciais e do 4.º Curso de Formação de
Magistrados para os Tribunais Administrativos e
Fiscais sobre a formação ministrada no 1.º ciclo
(setembro de 2016 a julho de 2017). O respetivo
relatório está em fase de elaboração.
Relativamente ao PACED, o GAEJ
assegurou, sob supervisão do DRI e no âmbito da
formação de formadores (1.ª fase), as funções de
gestão da formação (administrativa, de recursos
logísticos e pedagógicos, acompanhamento da
ação e respetiva avaliação), a formação na
componente pedagógica (com a duração de 28
horas e disponibilizando um formador na pessoa
do técnico superior afeto ao GAEJ) e a gestão
(utilizadores e conteúdos) do curso
especificamente criado para esta ação de
formação na plataforma Moodle do CEJ.
No que toca à 2.ª fase do PACED
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2016.2017 66
(formações nacionais), o mesmo técnico superior
assegurou a tutoria na vertente pedagógica nas
ações de formação nacionais realizadas em Cabo
Verde (de 29 de maio a 2 de junho) e em São
Tomé e Príncipe (de 12 a 16 de junho) bem como
o apoio administrativo e técnico-pedagógico à
equipa tutora.
5.2.3. Atividades sociais e culturais
O GAEJ organizou, em conjunto com o
DEF, a exposição “O Que Ficou Por Dizer - A
Censura na Cultura e nas Artes • 1936-1974”, cedida
pela Sociedade Portuguesa de Autores, que esteve
patente na Sala Bocage, de 21 de junho a 14 de
julho e que integrou o programa do encerramento
das atividades formativas do 1.º ciclo dos cursos
de formação inicial de magistrados que
decorreram no período a que respeita o presente
relatório.
Esta exposição é composta por uma
reprodução em 26 telas de documentos (livros,
peças de teatro, filmes, discos e
material administrativo das entidades censoras) do
espólio da Sociedade Portuguesa de Autores,
documentos estes que têm em comum o facto de
terem sido censurados em registos ligados ao
teatro, à música e à literatura. Paralelamente, o
GAEJ, em colaboração com o Centro de
Documentação do CEJ, organizou uma exposição
bibliográfica com obras censuradas durante o
mesmo período.
A exposição despertou interesse e foi
visitada por um número de visitantes que não foi
possível apurar, principalmente visitantes internos
ao CEJ.
Ainda no âmbito sociocultural, o GAEJ
organizou a receção uma visita de cariz histórico-
-cultural ao CEJ, no âmbito das Comemorações
dos 150 Anos da Abolição da Pena de Morte em
Portugal (uma iniciativa conjunta da Assembleia
da República. Ministério da Justiça, Direção-Geral
do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas, Câmara
Municipal de Lisboa e Centro Cultural de Belém).
Esta visita às instalações do CEJ,
anteriormente ocupadas pela cadeia do Limoeiro,
intitulada “O Limoeiro, Um Carrasco e um Lobo - Os
Últimos Suspiros da Pena de Morte em Lisboa”,
realizou-se no dia 1 de julho e teve a participação
de cerca de 30 pessoas e foi objeto de reportagem
por um canal de televisão (SIC), tendo sido a
mesma sido transmitida em sinal aberto, em
horário nobre. A parceria do CEJ nestas
comemorações não está ainda concluída, estando
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2016.2017 67
prevista, no ano letivo 2017/2018, a realização de
mais três visitas semelhantes.
Ainda relacionado com a mesma iniciativa,
o GAEJ foi convidado e esteve presente, na
pessoa do seu trabalhador, na inauguração da
exposição "Morte à morte! 150 anos da Abolição da
Pena de Morte em Portugal / 1867-2017", que
decorreu na Assembleia da República, no dia 5 de
julho de 2017.
Para além desta e de cariz histórico e
cultural, o GAEJ organizou ainda a receção das
seguintes visitas:
1) Nos dias 4 de janeiro e 22 de março,
dois grupos no âmbito das “Visitas
comentadas”, solicitadas pela Divisão de
Promoção e Comunicação Cultural da
Direção Municipal de Cultura da Câmara
Municipal de Lisboa;
2) Um grupo de associados do Sindicato
dos Professores da Grande Lisboa (no
dia 11 de fevereiro);
3) Um grupo de associados da APPA -
Associação do Património e da
População de Alfama (no dia 18 de
março);
4) Um grupo de associados da Associação
Portuguesa de Recursos Hídricos (no dia
1 de abril);
5) Um grupo de jovens e crianças, em visita
solicitada pelo centro de estudos Atrium
7 (no dia 22 de agosto).
Com um pendor mais informativo e
formativo - particularmente centradas nos
processos de recrutamento, seleção e formação de
magistrados e dirigidas a estudantes de Direito e
aspirantes ao ingresso nas magistraturas - o GAEJ
organizou a receção e acompanhou as seguintes
visitas:
▪ No dia 18 de abril, um grupo de cerca de
60 visitantes integrados numa visita
solicitada pela ELSA-FDUC (European
Law Students' Association - Núcleo da
Faculdade de Direito da Universidade de
Coimbra);
▪ No dia 19 de abril, um grupo informal de
23 estudantes da Escola de Direito da
Universidade do Minho.
No total foram recebidas nove visitas,
abrangendo cerca de 270 visitantes.
Nestas atividades compete ao GAEJ
acompanhar os visitantes ao longo de todo o
percurso no CEJ. Estas visitas obedecem ao
seguinte modelo que é, contudo, adaptado caso a
caso aos objetivos da visita e ao público desta:
▪ Uma primeira parte, reforçada nas visitas
de cariz cultural e histórico, em que se
visitam alguns dos locais mais
emblemáticos do Limoeiro e se faz uma
apresentação da história do local onde se
situa o CEJ, desde o período tardo-
-romano até ao séc. XX, com especial
enfoque nas condições de vida dos
reclusos na cadeia;
▪ Uma segunda parte, com maior peso nas
visitas de cariz formativo e informativo,
centrada no recrutamento, seleção e
formação de magistrados e o papel do CEJ
nestes processos.
A visita mencionada em 4) foi uma
exceção a este modelo, pois tinha uma temática
específica (As Águas de Alfama) e inseriu-se num
percurso mais extenso - do qual o CEJ era apenas
uma parte - e centrado nas características
hidrográficas especiais das zonas do Castelo e
Alfama.
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2016.2017 68
No âmbito da abertura da 1.ª fase do
PACED, o GAEJ organizou uma visita dos
formandos ao Museu do Aljube - Resistência e
Liberdade, que foi guiada pelo próprio diretor do
museu, o Prof. Luis Farinha.
O GAEJ apoiou ainda, quando solicitado,
as atividades do projeto Justiça para Tod@s ou
outros visitas dinamizadas por docentes e que
foram decorrendo ao longo de todo o ano letivo.
5.2.4. Comunicação institucional e imagem
O GAEJ tem desenvolvido ao longo dos
últimos anos um trabalho ao nível da
comunicação institucional e imagem do CEJ que
tem vindo a ganhar relevância e peso na atividade
desta unidade orgânica.
À semelhança de anos transatos, o GAEJ
assegurou:
▪ A compilação, organização, formatação e
composição gráfica de documentos de
como o Plano de Atividades, o Relatório
de Atividades, os Planos de Estudos,
Caderno do Auditores de Justiça e
documentos similares. Inclui-se aqui a
compilação dos contributos dos diversos
coautores e a composição gráfica da
versão de trabalho do Manual de Formação
de Formadores - Capacitação nas Áreas do
Tráfico de Estupefacientes, da Corrupção e do
Branqueamento de Capitais e com conhecimento
dos instrumentos legais, administrativos e
processuais em vigor nos países de língua oficial
portuguesa, versão esta que se destinou a ser
utilizada ao longo da 2.ª fase do PACED,
previamente à versão final (que será
editada e publicada em livro pelo Camões -
Instituto da Cooperação e da Língua);
▪ Contribuição com conteúdos para a
Agenda do CEJ (newsletter eletrónica) e
distribuição da mesma pela comunicação
social e por subscritores particulares;
▪ A ligação com a comunicação social,
particularmente na divulgação de eventos e
outras informações sobre o CEJ, bem
como rececionando pedidos de
informação e respetivo encaminhamento,
bem como pedidos de informação de
outras entidades externas;
▪ Na organização d’As Conferências do CEJ,
nomeadamente na conceção da nova
imagem e respetivos suportes de
divulgação, bem como na divulgação das
mesmas junto da imprensa e de outras
entidades que nisso manifestaram
interesse;
▪ Coorganização, conceção da imagem e
material de comunicação (cartazes,
folhetos, e-cards e convites) de eventos
como:
. A Sessão Solene de Abertura do 32.º
Curso de Formação de Magistrados
para os Tribunais Judiciais e do 4.º
Curso de Formação de Juízes dos
Tribunais Administrativos e Fiscais;
. As Sessões de Abertura e
Encerramento da Ação de Formação
de Formadores na Área Penal, no
âmbito do PACED;
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2016.2017 69
. A Cerimónia de Encerramento do I
Curso de Formação de Magistrados de
Cabo Verde;
. A Sessão Solene de Encerramento do
1.º Ciclo do 32.º Curso de Formação
de Magistrados para os Tribunais
Judiciais e do 4.º Curso de Formação
de Juízes dos Tribunais
Administrativos e Fiscais.
No ano de atividades em apreço, o GAEJ
e ainda ao nível da comunicação institucional
desenvolveu trabalho na conceção do novo
modelo (template) de programa de formação para
as ações de formação continua organizadas pelo
CEJ.
Alguns exemplos dos trabalhos gráficos
desenvolvidos pelos GAEJ nesta área podem ser
vistos nas páginas seguintes.
No dia 3 de novembro, o técnico superior
afeto ao GAEJ assegurou ainda a realização de
uma sessão de apresentação sobre o CEJ, o
recrutamento, a seleção e a formação de
magistrados na Faculdade de Direito da
Universidade Nova de Lisboa, no âmbito da JOB
SHOP Nova Direito - a Feira das Saídas da FDUNL.
O GAEJ colaborou com o DRI na
receção à delegação da Escola Superior de Justiça
da Geórgia, intervindo em dois momentos:
▪ No dia 4 de maio, com uma apresentação
sobre as metodologias de avaliação da
formação (inicial e contínua) aplicadas no
CEJ;
▪ No dia 5 de maio, em conjunto com uma
docente do CEJ, uma apresentação sobre
o PACED e o papel do CEJ neste.
Por proposta do próprio GAEJ, este
organizou no dia 30 de março a primeira edição
do Open Day CEJ. Este evento consiste em abrir
as portas do CEJ ao público em geral, mas em
particular, aos estudantes de Direito das
faculdades e universidades de todo o país e
aspirantes ao ingresso nas magistraturas,
mostrando-lhes o CEJ, a sua organização e
atividades, com particular destaque para os
processos de recrutamento, seleção e formação
inicial, bem como a história do Limoeiro.
Visou-se com este evento contribuir para
aumentar a imagem e o prestígio do CEJ, dando a
conhecer os seus espaços e atividades incluindo
alguns aspetos que, normalmente, não são tão
conhecidos.
Este evento revelou-se um sucesso na
adesão. As 120 vagas previstas (divididas
equitativamente por duas visitas - às 9h30m e
14h30m) foram rapidamente ocupadas,
estimando-se que tenham sido recebidos mais de
trezentos pedidos de inscrição.
Em termos organizacionais, as visitas
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2016.2017 70
decorreram conforme o planeado, com grande
interesse e recetividade por parte dos visitantes,
mas sobressaíram - pelo interesse e interação que
despertaram junto dos visitantes - os momentos
em que alguns Auditores de Justiça (que, após
apelo do GAEJ, se voluntariaram para o fazer)
partilharam com os visitantes, em tom muito
informal, as suas experiências profissionais e
formativas no CEJ e no concurso de ingresso na
formação inicial de magistrados. Este momento
foi o mais bem avaliado no inquérito de opinião
que foi realizado junto dos visitantes que
compareceram no Open Day CEJ. Alias, neste
relatório, verifica-se que que todo o evento foi
avaliado a nível bom ou excelente por mais de
90% dos inquiridos em quase todos os aspetos e
pontos do programa. As únicas exceções a este
limiar de aprovação foram as questões sobre:
▪ A apresentação dos serviços da Biblioteca
(que, ainda assim, mereceu respostas
“Boa” ou “Excelente” de quase 70% dos
inquiridos);
▪ A exposição sobre a história do Limoeiro
(com 80% de respostas “Boa” ou
“Excelente”);
▪ A duração do Open Day CEJ (com 80% de
respostas a considerá-la “Adequada”).
Para concluir, é de mencionar ainda que a
já atrás mencionada visita ao CEJ realizada no dia
1 de julho e que foi incluída nas Comemorações
dos 150 Anos da Abolição da Pena de Morte em
Portugal (a visita intitulada “O Limoeiro, Um
Carrasco e um Lobo - Os Últimos Suspiros da Pena de
Morte em Lisboa”) foi objeto de reportagem por um
canal de televisão (SIC), tendo sido a mesa sido
transmitida em sinal aberto, em horário nobre.
Nessa reportagem foi entrevistado o trabalhador
afeto ao GAEJ.
Trabalhos gráficos desenvolvidos pelos GAEJ
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2016.2017 71
5.2.5. Intervenção do GAEJ em outras atividades
O trabalhador afeto ao GAEJ integrou o
grupo de trabalho especialmente criado para
assegurar a organização e realização do concurso
de ingresso no curso de formação inicial teórico-
-prática de magistrados. Ainda na esfera deste
concurso, coube ao GAEJ analisar as propostas
recebidas de várias entidades para a realização do
Exame Psicológico de Seleção, tendo elaborado, a
pedido da Direção, uma informação de
sistematização e de síntese das mesmas.
O GAEJ realizou ainda trabalho na
prestação de informação estatística relativa à
atividade do CEJ a outras entidades oficiais.
O trabalhador afeto ao GAEJ colaborou
ainda com o Departamento de Apoio geral
(DAG) no levantamento das necessidades do CEJ
em matéria de segurança e saúde no trabalho, com
vista a integrar o CEJ no concurso público
internacional a lançar pela Secretaria-Geral do
Ministério da Justiça para aquisição de serviços
nesta área. Neste âmbito, o trabalhador afeto ao
GAEJ representou o CEJ em reuniões realizadas
na Secretaria-Geral do Ministério da Justiça sobre
esta matéria.
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2016.2017 73
6. Divisão do Centro de
Documentação
6.1. Introdução
A Divisão do Centro de Documentação
recolhe, trata, organiza, disponibiliza, fornece e
preserva os recursos informativos relevantes para
as atividades formativas que decorrem no CEJ.
Tendo como orientação os objetivos que
foram definidos no Plano de Atividades para a
unidade orgânica em análise, o presente relatório
visa dar a conhecer a evolução da organização do
arquivo, do fundo documental e da gestão das
publicações periódicas, a gestão dos diversos
espaços, com vista à melhoria da sua organização
e condições de armazenagem, bem como, uma
melhoria da prestação de serviços à comunidade
envolvente.
6.2. Vertente Arquivo
As atividades desenvolveram-se enquanto
arquivo intermédio e definitivo, isto é, recebendo,
tratando e preservando a documentação
produzida e recebida pelos serviços do CEJ.
Neste âmbito, foram realizadas diversas tarefas.
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2016.2017 74
6.2.1. Gestão do Arquivo
• Os inventários iniciados e concluídos,
entre 1-9-2016 e 31-8-2017:
- PIR-PALOP;
- Pós-graduação em direito do
ambiente;
- Revisão do Código Penal;
- Revisão do Código de Processo
Penal;
- Equipa de projeto para a
desburocratização;
- Casas de função para Magistrados e
funcionários;
- Lei orgânica do Ministério da Justiça;
- Lei orgânica dos Tribunais Judiciais;
- Estatuto dos Magistrados Judiciais:
Exposição de motivos;
- Reforma do Código Civil;
- Revisão do Código de Processo do
Trabalho
- Revisão do Código Processo Civil;
• Transferência de documentação
pertencente a outros serviços:
Departamento de Relações
Internacionais (1) e Departamento de
Formação (1), acompanhados das
respetivas guias de remessa para o
Arquivo do CEJ;
• Foram, ainda, concretizadas as ações
inerentes à valorização, inventariação,
classificação e conservação do
património arquivístico do CEJ;
• No dia 26 de setembro recebemos o
relatório da visita técnica ao sistema de
arquivo por parte da DGLAB;
• No âmbito do Grupo de Trabalho de
Arquivos do Ministério da Justiça, foi
preenchido da FRD e Relatório de impacto
da nova lei de acesso aos documentos
administrativos (LADA).
.
6.2.2. Apoio aos Utilizadores
Serviços de referência e leitura, consulta de
documentos e de pesquisas específicas
disponibilizados aos serviços internos e ao
cidadão. Resposta a 14 pedidos internos de
consulta de documentos à guarda do Arquivo.
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2016.2017 75
6.3. Vertente Biblioteca
6.3.1. Gestão do Fundo Documental
6.3.1.1. Aquisições de
publicações (1-9-2016 a
31-8-2017)
As publicações dão entrada na Biblioteca
por compra, produção própria, oferta e permuta.
No que respeita à aquisição de publicações por
compra, em 2016/2017, baseou-se, tal como nos
anos transatos, nas necessidades dos utilizadores
internos do CEJ e no enriquecimento de
determinadas áreas temáticas mais necessitadas de
atualização.
As obras que deram entrada por oferta,
resultaram de doações efetuadas por entidades
externas e autores.
As obras que entraram por permuta
basearam-se em protocolos estabelecidos com
outras instituições, em troca da Revista do CEJ,
do Prontuário de Direito do Trabalho, ou outras
publicações.
De salientar ainda, a produção interna
(monografias e multimédia) que foi significativa e
teve muita procura, quer por utilizadores internos,
como externos.
O quadro a seguir representa na sua
globalidade, as publicações entradas na biblioteca,
nas quatro modalidades acima mencionadas e por
tipo de documento.
Documentos N.º
Monografias 464
Multimédia 46
Publicações em série 29
Total 539
O quadro seguinte apresenta o total das
publicações entradas na Biblioteca por produção
própria, oferta e permuta.
Por oferta, permuta ou produção própria
Documentos N.º
Monografias 323
Multimédia 46
Publicações em série 5
Total* 374
* Dos quais 23 foram produzidos pelo CEJ (e-books)
Permutas
O Centro de Documentação mantém
permutas de publicações com as seguintes
entidades:
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2016.2017 76
1. Associação Jurídica da Maia: Revista
MaiaJurídica
2. Associação Sindical dos Funcionários de
Investigação Criminal da Polícia
Judiciária: Revista de investigação
criminal
3. Associação Sindical dos Juízes
Portugueses: Revista Julgar
4. Autoridade da Concorrência – Revista
de concorrência e regulação
5. Biblioteca da Assembleia da República
6. Biblioteca da Faculdade de Direito da
Universidade Católica de Lisboa: Revista
Direito e Justiça
7. Biblioteca da Faculdade de Direito da
Universidade de Coimbra: Boletim da
Faculdade
8. Biblioteca da Faculdade de Direito da
Universidade de Lisboa: Revista da
Faculdade de Direito de Lisboa
9. Biblioteca da Ordem dos Advogados:
Revista da Ordem dos Advogados e
Boletim da Ordem dos Advogados
10. Biblioteca do Centro de Estudos Fiscais
e Aduaneiros – Boletim de Ciência e
Técnica Fiscal
11. Biblioteca Geral da Universidade
Portucalense Infante D. Henrique –
Revista Jurídica
12. Centro de Direito Biomédico: Lex
Medicinae
13. Centro de Direito da Família: Lex
Familiae
14. Centro de Estudos Sociais: Revista
Crítica de Ciências Sociais
15. Conselho da Justiça Federal (Brasil) –
Revista CEJ
16. Direção-Geral da Qualificação dos
Trabalhadores em Funções Públicas
(INA): Revistas Legislação – Cadernos
de Ciência de Legislação e Cadernos
INA
17. ERA - ERA-Forum : scripta iuris europaei
18. Editora da Meritum - Biblioteca da
Faculdade de Ciências Humanas, Sociais
e da Saúde da Universidade FUMEC
(Brasil) - Revista de Direito da
Universidade FUMEC
19. Escola de Direito da Universidade do
Minho – Scientia Ivridica
20. Faculdade de Letras da Universidade do
Porto: Sociologia
21. Fundação CEFA – Fundação para os
Estudos e Formação Autárquica
22. Gabinete de Estratégia e Planeamento
(GEP)., do Ministério da Solidariedade e
Segurança Social (MSSS) : Sociedade e
Trabalho
23. Mediateca da Universidade Lusíada –
Minerva: revista de estudos laborais;
Lusíada. Direito
24. Observatório da Imigração: Revista
Migrações
25. Sindicato dos Magistrados do Ministério
Público: Revista do Ministério Público
26. Tribunal de Contas: Revista do Tribunal
de Contas
27. Universidade Autónoma de Lisboa:
Galileu – Revista de Economia e Direito
28. Tribunal Supremo de Angola
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2016.2017 77
Aquisições onerosas
Documentos N.º Valor
Monografias 141 4.452,24€
Multimédia -- --
Publicações em série*
24 1.651,22€
Total 165 6.103,46€
* Renovação de assinaturas
Como se pode verificar, registou-se uma
diminuição das aquisições das monografias,
por compra, relativamente ao ano passado, de
5.630,69€ para 4.452,24€. Continua a constatar-
se um aumento significativo de documentos
produzidos a nível interno, nomeadamente de
e-books.
No que diz respeito às publicações
periódicas registaram-se alterações no número de
títulos assinados pela biblioteca, passando de 20
para 22, tendo-se realizado uma nova assinatura:
Coleção estudos [do] Instituto do Conhecimento
AB.
Assinaturas renovadas
1. Anatomia do Crime
2. Cadernos de Direito Privado
3. Cadernos de Justiça Administrativa
4. Cadernos de Justiça Tributária
5. CEDOUA - Revista do Centro de
Estudos de Direito do Ordenamento do
Urbanismo e do Ambiente
6. Coletânea de jurisprudência
7. Coletânea de jurisprudência. Acórdãos
do Supremo Tribunal de Justiça (em
papel e on-line)
8. Direito das Sociedades em Revista
9. Jueces para la democracia
10. O Direito
11. Questões Laborais
12. Revista de Contratos Públicos
13. Revista de Direito Civil
14. Revista de Direito e de Estudos Sociais
15. Revista de Direito Intelectual
16. Revista de Direito Público
17. Revista de Finanças Públicas e Direito
Fiscal
18. Revista de Legislação e de Jurisprudência
19. Revista Jurídica [da] AEFDL
20. Revista Portuguesa de Ciência Criminal
21. Revue Interdisciplinaire d'Etudes Juridiques
22. Rivista Otaliana di Diritto e Procedura Penale
Divulgação das novas aquisições:
Elaboração de uma publicação mensal que
consiste num Boletim bibliográfico de novas
publicações que entram ao longo do mês na
Biblioteca e a respetiva divulgação através dos e-
mails do Centro de Documentação (biblioteca-
[email protected] ou [email protected]).
Este a partir de abril passou a ter um formato de
e-book.
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2016.2017 78
6.3.1.2. Documentos
catalogados, indexados,
correspondentes a
registos em base de
dados
No dia 1 de setembro de 2017 a base de
dados bibliográficos registava um total de 36490
registos bibliográficos, correspondente a um
aumento de 1194,
Documentos agosto 2016 agosto 2017
Monografias 13924 14301
Analíticos (revistas/livros
20349 21113
Multimédia 753 800
Publicações em série
270 276
Total 35296 36490
Nesta área concretizaram-se ainda as
seguintes tarefas:
• Assegurou-se o tratamento dos artigos
das publicações periódicas, nacionais e
estrangeiras, entradas na Biblioteca;
• Continuação do tratamento técnico
documental das publicações periódicas,
nacionais e estrangeiras, existentes em
depósito, já com cota, mas não inseridas
no catálogo informatizado;
• Continuou-se o tratamento dos artigos
de monografias, nomeadamente,
Estudos em Homenagem,
Comemorações, Colóquios, Jornadas,
etc. que, pela sua importância, mereçam
um tratamento autónomo;
• Continuou-se o tratamento técnico dos
e-books, resultantes da formação inicial
ou das ações de formação continua.
Em junho foi concluído o grande trabalho
de arrumação das publicações periódicas em
depósito por ordem alfabética de publicações já
em depósito, de título /n.ºs que saíram da
biblioteca e ainda de um grande número de
publicações que tinham vindo de um sótão do
CEJ.
Na primeira semana de agosto foi
terminado um inventário geral de monografias.
Este era uma necessidade imperiosa, sobretudo
pelo espólio bibliográfico se encontrar dividido
entre a sala da biblioteca, sala de estudo e o
depósito. Este inventário permitirá assinalar no
respetivo registo bibliográfico a sua localização
(sala / sala de estudo /depósito / exposição) e ao
mesmo tempo o seu estado (desaparecido /
abatido).
6.3.1.3. Abate e reparações de
documentos
Neste âmbito, realizaram-se 58 reparações
de documentos (monografias e publicações
periódicas), sem custos acrescidos, como se pode
verificar no quadro seguinte:
Documentos N.º
Volumes 58
Custo (€) 0
* Reparações realizadas internamente
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2016.2017 79
6.3.2. Apoio aos Utilizadores
A biblioteca está aberta à Direção, a toda a
comunidade docente, aos auditores de justiça,
bem como a utilizadores externos. Os pedidos
dirigidos à Biblioteca, são registados no módulo
de empréstimo, que nos fornece, no período em
análise, o total de 3247 registos.
6.3.2.1. Movimento das
requisições (consulta e
empréstimo) de
documentos
Documentos N.º
Monografias 2043
Analíticos (revistas/livros)
1201
Multimédia 3
Total 3247
6.3.2.2. Quadro de movimento
de utilizadores por
grupo - pedidos de
consulta e empréstimo
de documentos
Da análise destes quadros verificamos que
a atividade deste serviço serve, essencialmente,
auditores de justiça e os docentes. Continua a
verificar-se uma grande afluência dos utilizadores
externos. De registar que houve um aumento
relativamente ao ano transato de 445
empréstimos, apesar da informação
disponibilizada na plataforma de e-learning para o
4.º Curso de Formação dos Tribunais
Administrativos e Fiscais e o 33.º Curso de
Formação dos Tribunais Judiciais.
Documentos N.º
Auditores 1432
Dirigentes 108
Docentes 741
Funcionários 56
Externos 416
Entidades 162
Leitura de presença 332
Total 3247
6.3.2.3. Quadro de movimento
de utilizadores - pedidos
em empréstimos
interbibliotecas (EIB)
Temos ainda que reportar 32 pedidos em
empréstimos interbibliotecas, acionados para os
nossos utilizadores internos, em que as
monografias e/ou publicações em série vieram ao
CEJ, e 125 que foram acionados via e-mail.
EIB N.º
Utilizador Interno 89
Utilizador Externo 26
Interbibliotecas 10
Total 125
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2016.2017 80
6.3.2.4. Quadro de movimento
de utilizadores - pedidos
de digitalização de
documentos
Digitalização N.º
Utilizador Interno 248
Utilizador Externo 208
Interbibliotecas 98
Total 554
6.3.2.5. Quadro de movimento
de utilizadores - pedidos
de pesquisas
Pesquisas N.º
Utilizador Interno 274
Utilizador Externo 133
Interbibliotecas 53
Total 460
6.4. Qualidade dos Serviços
6.4.1. Recolha e tratamento de informação estatística
Com o objetivo de aferir e melhorar a
qualidade dos serviços prestados, através da
avaliação do grau de satisfação dos utilizadores da
Biblioteca, foi elaborado e distribuído um
questionário, durante os meses de junho/julho,
junto dos utilizadores internos e externos.
Esta recolha de informação é muito
importante e relevante como forma de apoio à
gestão, pois permite ter dados quantitativos e
qualitativos sobre a utilização dos serviços e
instalações, permitindo assim apurar o grau de
satisfação dos utilizadores.
No questionário são avaliados os serviços
prestados, os recursos de informação existentes,
os equipamentos e instalações disponíveis.
6.4.2. BiblioNet
Foi atualizado o link do OPAC - catálogo
informatizado da biblioteca, para o site da Bases
Jurídico-Documentais: IGFEJ, em novembro de
2016.
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2016.2017 81
6.5. Gestão de publicações
O CEJ edita monografias, isoladamente ou
em parceria, abrangendo temáticas diversificadas
nas áreas jurídica e judiciária. Publica ainda, duas
publicações em série: a Revista do CEJ e o
Prontuário de Direito do Trabalho.
Assim sendo, a Divisão do Centro de
Documentação:
Procedeu à preparação, distribuição e
controle da Revista do CEJ n.ºs 1 e 2 (2016) e do
Prontuário de Direito do Trabalho n.ºs 1 e 2
(2016) através das ofertas institucionais e
permutas, como se pode verificar no quadro
seguinte.
Títulos Quantidade
Revista do CEJ n.º 1 (2015)
149
Revista do CEJ n.º 2 (2015)
144
Prontuário de Direito do Trabalho n.º 1 (2016)
95
Prontuário de Direito do Trabalho n.º 2 (2016)
95
Total 483
O quadro seguinte indica outras
publicações, editadas anteriormente pelo CEJ, que
foram oferecidas, permutadas ou vendidas.
Publicações/ipos Quantidade
Monografias 111
Periódicos 113
Total 244
6.6. Outras atividades
• Foi tornado público a versão 1 da Lista
consolidada para a classificação e
avaliação da informação pública no site
da DGLAB e em que o Centro de
Estudos Judiciários colaborou no âmbito
do Grupo de Trabalho de Arquivos do
Ministério da Justiça (GTAMJ), uma vez
que os contributos/comentários do
Ministério da Justiça à versão
consolidada da MEF/ASIA foram
enviados em conjunto, na sequência dos
trabalhos do Plano de Classificação e
Avaliação Documental do Ministério da
Justiça (PCA MJ).
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2016.2017 82
• Esteve patente no CEJ entre 12 e 23 de
setembro de 2016 a exposição
organizada pela Secretaria-Geral do
Ministério da Justiça comemorativa dos
“50 anos do Código Civil 1966_2006”.
• O Centro de Estudos Judiciários aderiu
ao Programa “Administração Eletrónica
e Interoperabilidade Semântica”
(PAEIS) em 2012, fazendo no ano em
análise, para além do Conselho de
Aderentes, da Comissão Executiva, após
apresentação de candidatura na eleição
para dos representantes do Conselho de
Aderentes na referida Comissão.
• Elaboração da versão 0 do Manual
norma portuguesa NP 405, com
exemplos práticos da realidade do CEJ,
com o intuito de ser futuramente
distribuído aos auditores de justiça.
• Participou nas reuniões do Património
Cultural Online da Justiça, vertente arquivo
e biblioteca.
6.7. Infraestruturas
Foi continuado o esforço de melhoria do
espaço de suporte à Biblioteca, designado de
Depósito, com a conclusão da colocação do teto
falso na garagem 3 onde ficam as publicações do
CEJ, que isolou o depósito da entrada de insetos e
poeiras e mantendo uma temperatura e humidade
mais constante.
Mas a grande melhoria do espaço da
Biblioteca, entre o mês de janeiro e fevereiro, foi
o aproveitamento do espaço em altura, através da
construção de uma mezzanine, permitindo por um
lado aumentar o número de postos de consulta de
4 para 8, as trabalhadoras terem sempre luz
natural.
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2016.2017 83
6.8. Recursos Humanos
Em 2016-2017, no mapa de pessoal não se verificou alterações na sua composição: 1 Chefe de
Divisão; 1 Técnica Superior; 2 Assistentes Técnicos.
Realizou-se entrevistas profissionais para posterior contrato por mobilidade de um Técnico Superior.
Quadro das ações de formação realizadas pelas trabalhadoras da Divisão:
Quadro das ações de formação realizadas pelas trabalhadoras da Divisão
Data Curso Instituição formadora
Funcionária
26 a 28 de outubro
Os arquivos e o tratamento de dados pessoais BAD Paula Tomás
24 de outubro a 30 de novembro
Introdução à arquivística BAD Isabel
Wheelhouse.
23 a 25 de novembro
Questionários em bibliotecas: elaboração, análise e apresentação de conclusões
BAD Isabel Ferreira
28 a 30 de novembro
Direito e difusão da informação BAD Paula Tomás
23 a 24 de fevereiro.
29 março
A nova lei de acesso aos documentos administrativos SGMJ Paula Tomás
18 e 19 de maio Conferência “10 anos do Koha em Portugal” Escola Superior Comunicação
Social Paula Tomás
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2016.2017 85
7. Departamento de Apoio Geral
7.1. Introdução
O Departamento de Apoio Geral (DAG)
foi criado pelos Estatutos do CEJ aprovados em
Anexo à Portaria n.º 965/2008, de 29 de agosto,
publicada no Diário da República, 1.ª Série, n.º
167, de 29 de agosto.
Nos termos do artigo 5º dos referidos
Estatutos, o DAG é a unidade orgânica
genericamente responsável pela conceção,
organização e manutenção do sistema de
informação do CEJ, pelo apoio jurídico e pelo
apoio, nas áreas da informática e multimédia e da
gestão financeira, patrimonial e de recursos
humanos, às atividades do CEJ.
Foi ainda prevista a criação de uma
unidade orgânica flexível, denominada divisão, e
de duas unidades flexíveis com o nível de secção.
Estas unidades orgânicas flexíveis foram
criadas por despacho da Diretora do CEJ, de 15
de setembro de 2008.
Assim, tendo em conta as atribuições
definidas pelos Estatutos do Centro de Estudos
Judiciários, bem como o Plano de Atividades para
o ano 2016/2017, apresenta-se o relatório das
atividades realizadas pelo Departamento de Apoio
Geral.
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2016.2017 86
7.2. Atividades cometidas ao DAG pelos
Estatutos do CEJ
7.2.1. Área de recursos humanos e expediente
▪ Foram executadas todas as tarefas
inerentes ao processamento de
vencimentos, bolsas de formação e
outros abonos dos trabalhadores do CEJ
e auditores de justiça e procedeu-se à
liquidação dos respetivos descontos.
▪ No âmbito do processamento de
vencimentos, foram elaborados,
mensalmente, os ficheiros RIGORE
para envio aos serviços da contabilidade,
unidade orgânica competente para o
pagamento das remunerações.
▪ Procedeu-se, mensalmente, ao
preenchimento e envio dos ficheiros
relativos às entregas de contribuições
para a ADSE, CGA e Segurança Social.
▪ Foi elaborada, mensalmente, e
transmitida por via eletrónica, à
Autoridade Tributária e Aduaneira, a
Declaração Mensal de Remunerações.
▪ Foi feito o envio mensal da relação de
descontos efetuados pelos trabalhadores,
docentes e auditores de justiça às
respetivas entidades.
▪ Foi efetuada a emissão mensal dos
Documentos Únicos de cobrança (DUC)
relativos a penhoras.
▪ Foram mantidos atualizados os
processos individuais dos trabalhadores
e auditores de justiça do CEJ.
▪ Foi efetuado o controlo da pontualidade
e assiduidade dos trabalhadores, bem
como a criação de horários e justificação
de ausências, de acordo com as normas
legais aplicáveis, através do sistema
informático em uso no CEJ.
▪ Foram elaboradas declarações e outros
documentos, designadamente notas
biográficas.
▪ Foi prestada a colaboração solicitada na
tramitação dos procedimentos
concursais.
▪ Foram asseguradas as ações necessárias
em matéria de gestão e administração de
recursos humanos do CEJ.
▪ Foram assegurados os reportes de
informação obrigatórios, em matéria de
recursos humanos, designadamente:
O registo trimestral e semestral
de Recursos Humanos no
Sistema de Informação da
Organização do Estado (SIOE-
RH);
O envio trimestral, ao IGFEJ, do
mapa de controlo de efetivos,
nos termos do disposto no n.º 3
da Resolução de Conselho de
Ministros nº 22/2012, de 9 de
março;
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2016.2017 87
▪ Foram processadas as remunerações e
ajudas de custo aos formadores nos
tribunais, designadamente honorários,
ajudas de custo e transportes e enviados
os respetivos ficheiros para a área da
contabilidade, tendo em vista os registos
em GERFIP e posterior pagamento
através do homebanking.
▪ Foram processadas as despesas com
transportes relativamente aos
formadores da formação contínua, aos
membros dos júris das provas escritas e
orais do 33º Curso de Formação Inicial
de Magistrados e enviados os respetivos
ficheiros para a área financeira, tendo em
vista os registos em GERFIP e posterior
pagamento através do homebanking.
No que se refere ao expediente apresenta-
se o gráfico do registo de entradas e saídas entre 1
de setembro de 2016 e 31 de agosto de 2017:
7.2.2. Área de Contabilidade
Referem-se também as atividades mais
relevantes, orientadas para a atividade principal do
CEJ, que foram as seguintes:
▪ Foi elaborada e remetida ao Tribunal de
Contas a Conta de Gerência do ano de
2016
▪ Foram elaborados, nos prazos
estipulados, os seguintes reportes
periódicos obrigatórios permanentes,
mensais, trimestrais e anuais:
Compromissos Plurianuais [SCEP]
– informação permanente;
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2016.2017 88
Fundos disponíveis – informação
mensal;
Pedido de Libertação de Créditos –
Informação mensal;
Necessidades relativas a despesas
com o pessoal – Informação
mensal;
Pagamentos em Atraso –
Informação mensal;
Envio de faturas registadas através
do e-fatura – Informação Mensal;
Deslocações em Território
Nacional e Estrangeiro –
Informação Mensal;
Previsão Mensal da Execução –
Informação mensal;
Fluxos financeiros para as
Autarquias Locais (cooperação
técnica e financeira) – Informação
trimestral;
Unidade de Tesouraria –
Informação Trimestral;
Contrapartidas Financeiras Mensais
– Informação Trimestral;
Conta Geral do Estado –
Informação Anual;
Transferência para organizações
internacionais – Informação Anual.
No âmbito da execução do orçamento
foram efetuados:
497 Cabimentos,
695 Compromisso;
576 Autorizações de Despesa;
606 Autorizações de Pagamento;
109 Alterações Orçamentais.
▪ Foi garantida a legalidade de todas as
despesas.
▪ Foram efetuados diversos pedidos de
abertura de crédito especial
▪ Foi registada no Sistema de Gestão de
Receitas, da Direção Geral do
Orçamento, liquidada e cobrada toda a
receita própria.
▪ Foram emitidas faturas de todos os
serviços prestados.
▪ Foram enviadas à Unidade de Compras
do Ministério da Justiça, os
levantamentos de necessidades
solicitados, no âmbito dos
procedimentos centralizados, bem como
os relatórios de execução dos respetivos
contratos.
7.2.3. Área Patrimonial e de Contratação Pública
7.2.3.1. Área patrimonial
▪ Foi assegurada a manutenção das
instalações e da viatura afeta ao CEJ.
▪ Foram elaborados autos de abate
relativos a equipamentos obsoletos e
sem reparação, para abater ao inventário.
▪ Foram registadas todas as entradas
e saídas de material de stock em
armazém.
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2016.2017 89
▪ Foram efetuados todos os reportes
obrigatórios mensais.
▪ Foram providenciadas as autorizações
necessárias à condução dos veículos
afetos ao Centro de Estudos Judiciários
por trabalhadores que não exercem as
funções de motorista.
▪ Foram satisfeitas 238 requisições
internas de material
▪ Foram produzidas 28 informações
▪ Foram emitidas 1.508 faturas
▪ Foram realizados 155 carregamentos de
passes de transporte aos Senhores
Docentes.
7.2.3.2. Contratação pública
▪ Foram remetidas à Secretaria de Estado
da Administração Pública as
comunicações ao abrigo da Portaria n.º
16/2013, de 17 de janeiro, relativas a um
contrato de assistência técnica e à
aquisição de serviços de formação
contínua, cujas ações se realizam
permanentemente.
▪ Foram enviados à Unidade de Compras
do Ministério da Justiça os
levantamentos de necessidades relativos
aos procedimentos centralizados, bem
como os relatórios de execução dos
respetivos contratos.
▪ Foram realizados 2 ajustes diretos e 43
ajustes diretos simplificados.
▪ Foram enviados 1.960 ofícios.
7.2.4. Apoio Jurídico
7.2.4.1. Apoio jurídico
O apoio jurídico, materializado em
funções de serviços jurídicos e de contencioso e
tendo como principal objetivo contribuir para o
controlo da legalidade dos procedimentos
institucionais e para a prossecução dos princípios
e valores que orientam a atuação do Centro de
Estudos Judiciários, tem como principais
atividades:
▪ Assegurar o apoio jurídico necessário à
tomada de decisão por parte da direção
do Centro de Estudos Judiciários,
mediante a emissão de estudos,
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2016.2017 90
pareceres e informações, com a
profundidade e o rigor necessários;
▪ Preparar projetos de diplomas legais, de
regulamentos e outros instrumentos
normativos, elaborando os necessários
estudos, bem como pronunciar-se sobre
projetos de diplomas;
▪ Promover estudos de avaliação e
impacto legislativo relativos à aplicação
de legislação, que não se inscrevam nas
atribuições e competências de outras
unidades orgânicas do Centro de
Estudos Judiciários;
▪ Contribuir para fixar a interpretação dos
diplomas próprios que regem a atividade
do Centro de Estudos Judiciários, bem
como preparar normas e instruções
destinadas a assegurar a sua aplicação,
sem prejuízo das competências de outras
unidades orgânicas;
▪ Acompanhar os processos jurisdicionais
e graciosos em que o Centro de Estudos
Judiciários seja interveniente através da
elaboração, atempada e com a
fundamentação e a qualidade adequadas,
de peças processuais e jurídicas;
▪ Elaborar informações e prestar
esclarecimentos visando assegurar a
correta execução das decisões judiciais;
▪ Prestar o apoio técnico-jurídico
necessário à prossecução das atribuições
das demais unidades orgânicas do
Centro de Estudos Judiciários.
Seguidamente são abordadas as áreas mais
relevantes de atuação e uma síntese dos principais
trabalhos desenvolvidos.
Concurso de ingresso no 33.º Curso de
Formação de Magistrados para os Tribunais
Judiciais
Foi prestado apoio jurídico no âmbito do
regime aprovado pela Lei n.º 2/2008, de 14 de
janeiro, destacando-se a elaboração de respostas a
perguntas frequentes sobre a candidatura à
formação inicial de magistrados, a análise do aviso
de abertura e demais expediente, a revisão do guia
de boas práticas relativo ao concurso de ingresso
à formação inicial de magistrados (Concurso de
Ingresso – Guia de Boas Práticas), bem como a
assessoria prestada durante o decurso do
concurso, a qual envolveu, além da emissão de
inúmeros pareceres e informações, o
acompanhamento de todas as fases do concurso –
realçando que, após a publicitação das listas
provisórias dos candidatos admitidos e não
admitidos, foram analisadas inúmeras reclamações
– e a elaboração de despachos e atas.
No âmbito do concurso, destaca-se, ainda,
o tratamento das seguintes temáticas:
▪ Acesso aos documentos administrativos;
▪ Legalização de documentos estrangeiros;
▪ Regime jurídico do reconhecimento de
graus académicos superiores
estrangeiros.
Finalmente, salienta-se o apoio jurídico em
sede de impugnações administrativas apresentadas
pelos candidatos aptos mas não habilitados à
frequência do curso e candidatos excluídos.
Concurso de ingresso no 32.º Curso de
Formação de Magistrados para os Tribunais
Judiciais e concurso de ingresso no 4.º Curso
de Formação de Magistrados para os
Tribunais Administrativos e Fiscais
Foi prestado apoio jurídico em sede de
impugnações administrativas apresentadas por
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2016.2017 91
candidatos aptos mas não habilitados à frequência
dos cursos e por candidatos excluídos.
Curso de formação específico para
o exercício de funções de presidente do
tribunal e de magistrado do Ministério
Público coordenador
Foi assegurado o apoio à gestão da fase
formativa do curso de formação específico para o
exercício de funções de presidente do tribunal e
de magistrado do Ministério Público coordenador
previsto nos artigos 97.º e 102.º da Lei n.º
62/2013, de 26 de agosto, e determinado pelo
Despacho n.º 2724/2017, de 10 de março, de Sua
Excelência a Ministra da Justiça.
Procedimento extraordinário e urgente de
formação de administradores judiciais
Continuação da prestação de assessoria
jurídica no âmbito deste procedimento,
prosseguindo o acompanhamento dos processos
jurisdicionais em que o Centro de Estudos
Judiciários é interveniente.
Processos jurisdicionais
Desenvolveu-se a intervenção, expressa
num total de 86 peças/impulsos processuais, do
Centro de Estudos Judiciários em 25 processos da
jurisdição administrativa:
▪ 15 ações administrativas especiais;
▪ 4 procedimentos de massa;
▪ 3 providências cautelares;
▪ 1 ação administrativa;
▪ 1 intimação para a prestação de
informações, consulta de processos ou
passagem de certidões;
▪ 1 intimação para proteção de direitos
liberdades e garantias.
Dos referidos processos, 5 encontram-se
em fase de recurso e 5 findaram durante o
período de referência.
No âmbito do tratamento dos processos
em que o Centro de Estudos Judiciários é parte, e
ainda pendentes na Secretaria-Geral do Ministério
da Justiça, foi prestada a colaboração necessária e
foram desenvolvidas várias diligências em
articulação com aquela Secretaria.
Mediação e resolução extrajudicial de
conflitos
Operou-se a mediação e a resolução de
conflitos em 2 processos.
Protocolos
Foi prestado apoio jurídico no âmbito da
elaboração e celebração dos seguintes protocolos:
▪ Protocolo entre o Centro de Estudos
Judiciários e a Associação Portuguesa de
Apoio à Vítima celebrado a 25 de
outubro de 2017;
▪ Protocolo entre o Centro de Estudos
Judiciários e o Instituto dos Notários de
Portugal, Associação – I.N.P. celebrado
a 4 de outubro de 2017;
▪ Protocolo entre o Centro de Estudos
Judiciários e a Lusa – Agência de
Notícias de Portugal, S.A..
Outras atividades
- Concurso para recrutamento de peritos
avaliadores
Foi prestado apoio jurídico em todos os
assuntos em que o mesmo foi solicitado no
âmbito do concurso para recrutamento de peritos
avaliadores aberto pelo Aviso n.º 2178/2015,
publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 41,
de 27 de fevereiro.
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2016.2017 92
- Secretariado
Designação para o exercício das funções
de secretariado das reuniões dos presidentes dos
júris de seleção das provas orais e das provas de
avaliação curricular do concurso de ingresso no
33.º curso de formação de magistrados para os
tribunais judiciais.
7.2.4.2. Apoio geral
No período em referência, foi prestada
assessoria jurídica no âmbito do desenvolvimento
de outras competências do Departamento de
Apoio Geral, designadamente em matéria de
contratação pública e de recursos humanos.
Referem-se, seguidamente, os principais trabalhos
desenvolvidos.
Contratação pública
Foi solicitado apoio no âmbito do
procedimento de formação de contrato de
prestação de serviços de formação nas áreas de
combate à corrupção, branqueamento de capitais
e crime organizado, em particular tráfico de
estupefacientes, no âmbito do Projeto de Apoio à
Consolidação do Estado de Direito (PACED) nos
PALOP e em Timor-Leste, e de contrato de
aquisição de serviços de tradução.
Recursos Humanos
- Informações e pareceres
Foi prestada assessoria jurídica através da
emissão de informações, pareceres e projetos de
despacho, em todos os processos e estudos em
que essa assessoria foi solicitada. Tendo-se
continuado o desenvolvimento de instrumentos
de trabalho anotados e comentados, tendo em
vista a sua utilização pelos serviços competentes,
no âmbito da Lei Geral do Trabalho em Funções
Públicas, aprovada pela Lei n.º 35/2014, de 20 de
junho.
- Recrutamento e seleção
Foram assegurados os trabalhos inerentes
aos seguintes procedimentos de recrutamento de
trabalhadores, incluindo a integração dos júris
designados, e aos procedimentos a observar na
avaliação do período experimental, incluindo a
integração dos respetivos júris:
▪ Concurso interno para preenchimento
de posto de trabalho na categoria de
especialista de informática da carreira
(não revista) de especialista de
informático aberto pelo Aviso n.º
4236/2016, publicado no Diário da
República, 2.ª série, n.º 61, de 29 de
março de 2016;
▪ Procedimento concursal comum para o
preenchimento de dois postos de
trabalho na categoria de assistente
técnico da carreira geral de assistente
técnico, incluindo a integração do júri
designado, aberto pelo Aviso n.º
4826/2017, publicado no Diário da
República, 2.ª série, n.º 86, de 4 de maio
de 2017.
Foi, ainda, prestado apoio jurídico e
administrativo no procedimento de seleção para
recrutamento de docentes abertos pelo Aviso n.º
5540/2017, publicado no Diário da República, 2.ª
série, n.º 96, de 18 de maio de 2017.
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2016.2017 93
Regulamentação interna
Conclusão da adaptação do regulamento
interno de funcionamento, atendimento e horário
de trabalho aplicável a todos os trabalhadores do
Centro de Estudos Judiciários à Lei n.º 18/2016,
de 20 de junho.
Instrumentos de regulamentação
coletiva de trabalho
Desenvolvimento dos trabalhos tendentes
à adaptação do acordo coletivo de entidade
empregadora pública celebrado entre o Centro de
Estudos Judiciários e a Federação Nacional dos
Sindicatos dos Trabalhadores em Funções
Públicas e Sociais.
Informação legal, Internet e Intranet
Procedeu-se à divulgação, junto das
unidades orgânicas/trabalhadores competentes,
das novidades legislativas e jurisprudenciais, com
direta influência no desenvolvimento da atividade
do Centro de Estudos Judiciários. Promoveu-se,
ainda, a atualização das áreas «Legislação» e
«Documentos de Publicitação Legal» da página
eletrónica do Centro de Estudos Judiciários, bem
como das áreas «Informações», «Legislação» e
«Regulamentos» da Intranet, disponibilizando-se,
designadamente, versões atualizadas de diplomas
legais com relevância no desenvolvimento da
atividade deste Centro.
7.3. Outras atividades
No ano de atividades 2015/2016 foram,
ainda, desenvolvidas outras atividades das quais se
destacam:
▪ Resposta a vários Questionários e/ou
Inquéritos, nomeadamente de satisfação
de entidades públicas e privadas
designadamente da Secretaria-Geral do
Ministério da Justiça e empresas
prestadoras de serviços ao CEJ.
▪ Reporte trimestral e anual das ações e
valores despendidos em publicidade
institucional, na Plataforma eletrónica
sobe Publicidade Institucional do
Estado.
▪ Foram elaboradas inúmeras propostas,
informações e pareceres, sobre assuntos
transversais a todas as unidades
orgânicas, tendo em vista decisão
superior.
▪ Foram elaborados e remetidos, a
diferentes entidades, inúmeros ofícios
relativos a todas as áreas funcionais do
CEJ;
▪ Foi elaborado e enviado à Secretaria -
Geral do Ministério da Justiça o Balanço
Social Consolidado;
▪ Foi preparada informação diversa, sobre
execução orçamental, recursos humanos
e compras públicas e remetida às
diferentes entidades, designadamente o
Instituto de Gestão Financeira e
Equipamentos da Justiça, a Direção-
Geral do Orçamento, a Secretaria - Geral
do MJ e a Direção-Geral do Emprego e
da Administração Pública.
▪ Foram secretariadas todas as reuniões
dos Conselhos Geral e Pedagógico e
elaboradas as respetivas atas.
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2016.2017 94
7.4. Divisão de Informática e Multimédia
A Divisão de Informática e Multimédia
(DIM) é constituída por seis elementos, o chefe
de divisão e cinco elementos da área de
informática e multimédia.
De acordo com as competências definidas
para a Divisão, foram desenvolvidas e
implementadas, ao longo do ano de atividade,
tarefas para assegurar a operacionalidade dos
sistemas informáticos, de multimédia e de
telecomunicações e a sua adequação às
necessidades do CEJ.
Dispomos de um serviço interno de apoio
a utilizadores (helpdesk) que no período em apreço
recebeu 1072 pedidos, o que representou um
aumento de 15% relativamente ao período
anterior. Estes pedidos são solicitados pelas várias
unidades orgânicas, que incluem intervenções nas
áreas de software, hardware, rede estruturada e wifi, e-
learning e multimédia.
7.4.1. Informática
Ao longo do período em análise salientam-
se diversas tarefas realizadas pela DIM na área do
hardware e software, nomeadamente:
▪ Avaliação do equipamento e
infraestrutura informática e multimédia
existentes no CEJ, tendo resultado no
abatimento de equipamento obsoleto;
▪ Acompanhamento e resolução de casos
pontuais na rede estruturada. Instalação
de novo comutador de rede no edifício
da direção;
▪ Revisão do plano de cobertura da rede
sem fios nos edifícios, principal e da
direção. Colocação e configuração de
seis novos ponto de acesso sem fio;
▪ Suporte, administração e backup das
aplicações em funcionamento no CEJ,
em particular da aplicação em
funcionamento na biblioteca, Bibliosoft
e da aplicação de controlo de
assiduidade, PI;
▪ Desenvolvimento de novo módulo na
base de dados entidades, que permitiu a
consolidação das bases de dados de
entidades, existentes em cada unidade
orgânica. Desenvolvimento e instalação
nessas unidades, de nova aplicação
distribuída que permite o acesso e
atualização dos dados de forma
centralizada;
▪ Desenvolvimento de novo módulo
“Júris – distribuição de provas escritas”
na aplicação informática de gestão do
concurso de ingresso de novos auditores;
▪ Construção de base de dados e aplicação
informática para registo do equipamento
informático e multimédia existente;
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2016.2017 95
▪ Manutenção e atualização de bases de
dados e aplicações de desenvolvimento
interno;
▪ Manutenção e atualização do sítio de
internet, resultando numa frequente
disponibilização na internet de toda a
informação relativa às atividades das
unidades orgânicas do CEJ;
▪ Manutenção da intranet e atualização dos
conteúdos da responsabilidade da DIM;
▪ Apoio no concurso de ingresso para o
33.º curso de formação de magistrados
para os tribunais judiciais;
▪ Preparação para a formação em
Informática dos cento e vinte e seis
portáteis pertencentes aos auditores que
integram os cursos de formação para
magistrados a decorrer no CEJ;
▪ Apetrechamentos das oito salas de
formação com equipamento fixo - tela,
colunas de som projetor e portátil.
No período em análise o sítio de internet
teve um total de 340 299 sessões. A percentagem
referente a utilizadores portugueses é de 95,79 e o
seu tempo médio de 4 minutos e 26 segundos,
como se pode visualizar na tabela anexa.
Segundo os indicadores de disponibilidade
do sítio de internet, o número de utilizadores foi de
135.830, obtendo o seu pico máximo no mês de
janeiro, como se pode observar no gráfico
seguinte:
7.4.2. Multimédia
Nesta área a DIM continuou a prestar
serviço regular de apoio às sessões da formação
inicial e ações da formação contínua, bem como o
acompanhamento e apoio a outros eventos
promovidos pelo CEJ. Destacam-se a realização
de algumas tarefas essenciais:
▪ Filmagem, edição e pós-produção em
formato digital de várias ações do plano
de formação contínua, nas suas várias
tipologias: conferências, seminários,
colóquios, workshops, cursos de
especialização e cursos on-line, e sua
disponibilização no sítio de e-learning
(consultar gráfico “Vídeos produzidos
por mês”);
Centro de Estudos Judiciários
Relatório de Atividades 2016.2017 96
▪ Com a colaboração da DIM foram
realizadas 44 ações de formação a
distância, emitidas por videoconferência
ou através da Justiça TV;
▪ Apoio na produção de e-books de suporte
às ações de formação para as áreas Civil,
Família, Trabalho, Penal, Administrativo
e Fiscal e outras;
▪ Serviço regular de apoio audiovisual às
aulas da formação inicial e formação
contínua, bem como o
acompanhamento e apoio a outros
eventos promovidos pelo CEJ, de
acordo com protocolos institucionais,
através da disponibilização de
videoprojectores e equipamentos de
audiovisual;
▪ Participação na produção de publicações
físicas do CEJ (Revista e Prontuário);
▪ Elaboração de documentos específicos
(avaliação, cálculo, formulários) em
diversas aplicações (Acrobat, Excel e
Google Docs) para apoio a formação
presencial e a distância;
▪ Criação na plataforma de e-learning de
diversos cursos correspondentes às
ações de formação do plano de
formação contínua do ano 2016/2017;
▪ Criação na plataforma de e-learning das
áreas para apoio à formação do 32.º
curso de formação de Magistrados para
os Tribunais Judiciais e 4.º curso de
formação de Magistrados para os
Tribunais Administrativos e Fiscais;
▪ Aquisição e instalação de microfones
sem fios, nova mesa de mistura de som e
púlpito no auditório;
▪ Aquisição e instalação de mesa de
mistura de som na delegação do Porto;
▪ Aquisição de nova misturadora de vídeo
e áudio para a sala de vídeo, que nos vai
permitir, melhorar a qualidade das
formações transmitidas por
videotransmissão, sem afetar a captura
de imagem que realizamos, para
posteriormente editar e disponibilizar na
plataforma Educast.
No gráfico seguinte pudemos consultar o
número de acessos mensal à plataforma de
e-learning:
O número de vídeos produzidos diminuiu
ligeiramente relativamente ao período anterior,
tendo sido produzidos neste período 1063 vídeos.
O gráfico seguinte ilustra o número de vídeos
produzidos mensalmente: