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1 RELATÓRIO DE ACTIVIDADES 2013 Lisboa, 14 de Abril 2014

RELATÓRIO DE ACTIVIDADES 2013 - Fundação António Silva ... · 3 Mensagem do Conselho de Administração No âmbito da divulgação do Relatório e Contas de 2013, bem como deste

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RELATÓRIO DE ACTIVIDADES 2013

Lisboa, 14 de Abril 2014

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RELATÓRIO DE ACTIVIDADES 2013

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Mensagem do Conselho de Administração

No âmbito da divulgação do Relatório e Contas de 2013, bem

como deste Relatório de Actividades, a Fundação António Silva

Leal, não só cumpre uma das regras de transparência publica, a

que se encontra vinculada pela Lei, mas, e sobretudo, a

explanação que decorre da sua analise crítica, releva a

assumpção das nossas responsabilidades gestionárias, como

desiderato do seu ADN funcional, cuja práxis sempre lhe foi

recorrente desde a sua génese até aos dias de hoje.

A FASL, tratando-se de uma Organização do espectro da

Economia Social, integra-se no rol das Instituições Privadas de

Solidariedade Social, com tudo o que essa pertença lhe carreia;

nos valores, nos princípios, nas práticas e nos objectivos, da sua

Missão.

Na economia social combinam-se projectos individuais e

coletivos, que concorrem para o bem comum. Daí que a questão

das soluções colectivas, como são as Respostas Sociais da

Fundação, se colocarem de forma mais categórica e mais

exigente, na primeira linha da nossa responsabilização.

Num mundo em permanente evolução, a FASL, no cumprimento

dos seus objectivos, pautou-se pelo rigor no controle dos custos

de estrutura – condição fundamental em tempos de maior

incerteza – sem no entanto se desviar do cumprimento

escrupuloso de todas as suas obrigações quer fiscais, quer

técnicas, mantendo um rumo solidamente coerente no seu

desenvolvimento sustentado.

Aumentámos as respostas sociais quando os tempos

aconselharíam a maior contenção na acção, mas, em momentos

de crise, o espirito de solidariedade deve ser mais pró-activo e

mais redentor.

Interagimos com novas parcerias em projectos direccionados aos

sectores mais vulneráveis da sociedade, que dependem

grandemente do apoio mútuo e do trabalho conjunto,

redimensionando serviços e espaços, de forma a dar uma mais

ampla e cabal resposta à enorme complexidade dos novos

desafios que nos foram presentes.

Aguardamos, no âmbito do novo quadro legislativo em

implementação para as Fundações e IPSSs, o aprofundamento do

nosso modelo organizativo, resultante das consequentes

alterações estatutárias introduzidas, de modo a que esse reajuste

se processe em consonância com as realidades programáticas do

nosso escopo social.

Na Fundação António Silva Leal, todos: administradores,

dirigentes, técnicos e demais colaboradores, estamos conscientes

da plêiade das exigências e metas que novas propostas e

caminhos nos impelem a percorrer.

Mas estamos preparados para os aceitar com humildade e

abnegação, conscientes de que tudo daremos em prol dos

princípios que assumimos ao entrarmos para esta grande

família, cujos valores de vida, são a nossa Razão de Ser.

“A esperança é o sonho do homem acordado”

Aristóteles

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ÍNDICE INTRODUÇÃO…………………………………………………………………………………………………………………. 5

ALBUFEIRA……………………………………….……………………………………………………………………….…. 5

CENTRO INFANTIL “O BÚZIO”……………………………………………………………………………..…………. 5

COLÓNIA DE FÉRIAS “O BÚZIO”……………………………………………………………………………………… 6

REFEITÓRIO SOCIAL “O BÚZIO”…………………………………………………………………….………………. 9

ATENDIMENTO PSICOSSOCIAL………………………………………………………………………………..……… 10

CRECHE “OS AMENDOINHAS”…………………………………………………………………………………………. 10

LAR “NOSSA SENHORA DA VISITAÇÃO”……………………………………………………………….……….. 12

UNIDADE DE LONGA DURAÇÃO E MANUTENÇÃO DE ALBUFEIRA……………………………..….. 17

CANTINA SOCIAL “ALBUFEIRA”……………………………………………………………………..……………... 19

FARO………………………………………………………………………………………….………………………………. 21

CENTRO INFANTIL “ESTRELA-DO-MAR”……………………………………………………………….……. 21

CASA ABRIGO “SOL NASCENTE”……………………………………………………………………..……………. 22

CENTRO COMUNITÁRIO DA “HORTA DA AREIA”…………………………………….……………………… 29

CRECHE “MALTA PEQUENA”………………………………………………………………………………..…………. 32

OUTRAS ACTIVIDADES E PROJECTOS (FARO)……………………………………………………..………….. 34

-SERVIÇOS DE FORMAÇÃO…………………………………………………………………………………….. 34

-BANCO ALIMENTAR / DONATIVOS FARO ……………………………………………………………. 39

SINTRA…………………………………..…………………………………………………………………………….……. 40

LAR “QUINTA DO OITÃO”……………………………………………………………………………….……..………… 40

CANTINA SOCIAL “SINTRA”………………………………………………………………………………………..…… 40

LISBOA………………..…………………………………………………………………………………………………….. 42

ESCOLA PROFISSIONAL IDS……………………………………………………………………………………………… 42

CASA DE ACOLHIMENTO DE EMERGÊNCIA “CASA DA LUZ”……………………………………….….. 43

LAR DE INFANCIA E JUVENTUDE “LAR ADOLFO COELHO”………………..………………….……….. 45

CANTINA SOCIAL “QUINTA DA LUZ”………………………………………………………………….…………… 47

APARTAMENTO DE AUTONOMIZAÇÃO “PASSOS EM VOLTA”………………………………………… 48

PROJETOS PAQIEF……………………………………………………………………………………………….…………. 51

CRECHE “ALGODÃO DOCE”…………………………………………………………………………………………….. 52

LEIRIA……………………………………………………………………………….………………………………..………. 54

LAR DE INFÂNCIA E JUVENTUDE – “COLÉGIO D. DINIS”……………………………………….………. 54

OUTROS INDICADORES DE GESTÃO………………………………………………………………….………… 58

NÚMERO DE UTENTES NAS RESPOSTAS SOCIAIS…………………………………………………….……… 58

RECURSOS HUMANOS…………………………………………………………………………..………………………… 60

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INTRODUÇÃO

O presente relatório tem por objetivo efetuar uma caracterização das principais atividades

desenvolvidas no ano de 2013.

Ao longo do presente relatório, serão identificadas diferentes formas de caracterização, resultante do

âmbito nacional da nossa ação e, das características específicas que cada tipologia de resposta social

apresenta.

O relatório de atividades encontra-se estruturado pelas cinco cidades onde a Fundação tem a sua

atividade, sendo no seu final feita uma abordagem sobre os utentes abrangidos pelas atividades

desenvolvidas, bem como, uma caracterização dos seus recursos humanos.

ALBUFEIRA

CENTRO INFANTIL “O BÚZIO”

O Centro Infantil tem como objetivo principal dar uma resposta de qualidade no âmbito socioeducativo,

proporcionando às crianças condições adequadas a um crescimento saudável e oferecendo aos pais a

tranquilidade de saberem que os filhos estão num ambiente seguro, controlado, estimulante e

promotor de um desenvolvimento harmonioso. Tendo sempre em conta o processo evolutivo das

crianças, prima-se por um atendimento personalizado e de estreita colaboração com as famílias, numa

partilha de cuidados e responsabilidades.

Em estreita colaboração com os outros equipamentos da área da Infância da Fundação, o Centro

Infantil dispõe de um sólido projeto pedagógico e de uma equipa de profissionais qualificados,

experientes, motivados e empenhados em proporcionar todo o tipo de situações pedagógicas,

fomentando o questionamento crítico da criança, a exploração e resolução cooperada de problemas

promovendo desta forma a autonomia, a iniciativa e a responsabilização.

A resposta social de Creche é composta por:

• 1 Sala de aquisição da marcha 1 – 2 anos com capacidade para 10 crianças;

• 1 Sala de 2-3 anos com capacidade para 15 crianças.

A resposta social de Pré-escolar é composta por:

• 4 Salas heterogéneas com capacidade para 90 crianças.

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Enquadramento

O ano de 2013 foi a imagem de continuidade e de afirmação da estratégia delineada para este

equipamento, tendo como objetivos principais a qualificação dos serviços prestados aos seus utentes e

a garantia da sustentabilidade financeira do equipamento.

Vários são os fatores que justificam alterações na dinâmica e estrutura de um equipamento desta

natureza. O atual contexto do sector da educação no concelho de Albufeira, a situação económica do

país, a elevada percentagem de desemprego, fatores internos à organização e o clima de

competitividade entre equipamentos de natureza semelhante, tudo isto veio acelerar um processo já

delineado e sinalizado pela direção técnica do Centro Infantil “O Búzio” tendo como único objetivo a

estabilidade financeira do Equipamento.

Alterações na dinâmica e organização do Equipamento

Se por um lado a reorganização das salas da Reposta social de Pré-escolar para salas heterogéneas veio

garantir qualidade tanto na vertente pedagógica como na vertente operacional, por outro, a análise

ponderada e real da oferta do equipamento à comunidade, os índices de frequência do mesmo e a

atual procura na Resposta Social de Pré-escolar determinaram que, em Agosto de 2013, anunciássemos

o encerramento de uma das salas como forma de garantir que as restantes tivessem um funcionamento

em pleno.

COLÓNIA DE FÉRIAS “O BÚZIO”

A Colónia de Férias surge como uma resposta a funcionar desde 1993, situada em local privilegiado em

Albufeira, junto ao mar, destinada à satisfação de necessidades de lazer e quebra de rotina, essenciais

ao equilíbrio físico e psicológico dos seus utilizadores.

A Colónia de Férias dispõe de três salas de lazer interiores e esplanada com vista mar, espaços

exteriores e piscina.

Este equipamento encontra-se estrategicamente localizado, a 5 minutos do centro da cidade e a 20

minutos de parques temáticos e aquáticos.

Com uma capacidade para 90 utentes num local aprazível, os serviços prestados são alojamento,

alimentação, atividades de lazer como jogos no interior e no exterior do equipamento, karaoke, festas

temáticas, entre outros.

O nosso alojamento é em regime de quartos e camaratas com capacidade desde as duas às doze camas

individuais por quarto.

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Inclui o serviço de cozinha, 5 refeições diárias, limpeza, higiene e tratamento de roupa de cama e de

casa de banho.

É objetivo geral desta valência é de fornecer aos seus utilizadores um espaço de lazer, e quebra de

rotina, onde estejam garantidas todas as necessidades básicas elementares: alojamento, alimentação,

higiene e tratamento de roupas. Concomitantemente é prestado o serviço de atividades de animação,

adequadas aos grupos de colonos que veem.

O trabalho desenvolvido permite o acesso a um sitio de férias a baixo custo, reduzindo a exclusão

social, permitindo um maior acesso por parte de todos a uma estadia de qualidade, com atividades

diferentes e adequadas tanto a faixas etárias como aos grupos, apresentando determinadas

problemáticas como a deficiência físico-motora ou mental.

A valência encontra-se enquadrada em Albufeira, onde existem disponíveis uma série de equipamentos

culturais, festas e atividades do próprio município, bem como o fácil acesso à praia, aproveitando assim

a época balnear no seu melhor.

Pretende-se proporcionar com esta valência um espaço securizante para todos os utilizadores,

fomentar tanto quanto possível um ambiente de convívio e lazer, fomentando a participação nas

atividades e no conhecimento e exploração do município de Albufeira.

Não esquecer que toda a dinâmica da Colónia deve ser efetuada com a preocupação de manter esta

estrutura em bom estado de conservação e em condições de higiene e segurança.

De referir que esta população é muito diversificada. Acolhemos colonos de todo o país, de todas as

faixas etárias e crianças menores de idade de ambos os sexos, bem como grupos de outros

equipamentos sociais com necessidades especiais (caso de alguns idosos, e alguns colonos com

deficiências que poderão restringir o acesso a algumas atividades)

2. Áreas de intervenção

Grupos

De Colonos Objetivos específicos

IDOSOS

- Proporcionar momentos de convívio e espaços lúdicos e lazer;

- Dar a conhecer a cidade, e apresentar as diversas estruturas que na mesma

constam;

- Oferecer atividades de lazer adequadas à faixa etária;

- Dar acesso aos acontecimentos culturais, romarias e festas que estejam a decorrer

no momento na cidade.

- Garantir uma estadia em que possam usufruir dos diversos espaços, com o

acompanhamento de funcionários dinamizadores.

- Oferecer um espaço e equipamentos adequados às necessidades da faixa etária.

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CRIANÇAS E JOVENS

- Proporcionar momentos de convívio e espaços lúdicos e lazer;

- Dar a conhecer a cidade, e apresentar as diversas estruturas que na mesma

constam;

- Oferecer atividades de lazer adequadas à faixa etária;

- Dar acesso aos acontecimentos culturais, romarias e festas que estejam a decorrer

no momento na cidade.

- Garantir uma estadia em que possam usufruir dos diversos espaços, com o

acompanhamento de funcionários dinamizadores.

Grupos de Outras

Valências da

Fundação Silva Leal

- Proporcionar momentos de convívio e espaços lúdicos;

- Dar a conhecer a cidade, e apresentar as diversas estruturas que na mesma

constam;

- Oferecer atividades de lazer adequadas à faixa etária;

- Dar acesso aos acontecimentos culturais, romarias e festas que estejam a decorrer

no momento na cidade.

- Garantir uma estadia em que possam usufruir dos diversos espaços, com o

acompanhamento de funcionários dinamizadores.

- Permitir uma continuidade dos trabalhos desenvolvidos pelas valências permitindo

o acompanhamento dos utentes nas férias.

- Reduzir processos de exclusão social e marginalidade e pré-delinquência garantindo

um acompanhamento continuo durante o período de férias e permanências nas

outras valências da FASL

GRUPO ETÁRIO

DIVERSIFICADO

COM DEFICIÊNCIA

OU

MULTIDIFICIENCIA

- Proporcionar momentos de convívio e espaços lúdicos;

- Dar a conhecer a cidade, e apresentar as diversas estruturas que na mesma

constam;

- Oferecer atividades de lazer adequadas à faixa etária;

- Dar acesso aos acontecimentos culturais, romarias e festas que estejam a decorrer

no momento na cidade.

- Garantir uma estadia em que possam usufruir dos diversos espaços, com o

acompanhamento de funcionários dinamizadores.

- Permitir uma continuidade dos trabalhos desenvolvidos pelos equipamentos de

onde provêm os colonos, permitindo o acompanhamento dos utentes nas férias.

- Reduzir processos de exclusão social garantindo o acesso a período de férias com

atividades diferentes do quotidiano, permitindo um acompanhamento contínuo

durante o período de férias com os respetivos monitores, e com os funcionários da

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colónia.

- Garantir um espaço adequado às necessidades especiais, permitindo a realização de

todas as atividades em segurança, através de espaço e equipamentos adaptados.

A Colónia Férias durante o ano de 2013 desenvolveu diversas atividades lúdicas, culturais e de convívio.

Entre estas destacam-se aquelas que os grupos de colonos mais solicitaram e aderiram, como por

exemplo, os Passeios Pedestres (pela zona Antiga de Albufeira visitando Monumentos (Igreja Matriz,

Torre do Relógio; Torre Sineira; Capela da Misericórdia; Edifício Antiga Albergaria; Igreja de São

Sebastião; Muralha do Castelo; Bateria de Albufeira; Arco da Travessa da Igreja Velha; Igreja Santana;

Ermida da Nª Srª da Orada; Porta Santa); Noites de Jogos lúdicos e convívio com música e dança (jogos

de cartas e dominó); Idas a Parques de diversões e aquáticos da zona (Zoomarine); Festas Temáticas

(anos 80); Visitas a exposições (GALERIA MUNICIPAL DE ALBUFEIRA Exposição de Pintura; “MORADAS

ONÍRICAS”, de Maria José Caetano (até 6 de abril); Exposição de Escultura “SPIRITUAL DOLLS”, de Jorge

Matias (12 de abril a 11 de maio); GALERIA PINTOR SAMORA BARROS Exposição de Escultura; “A ARTE

DE TRABALHAR A MADEIRA”, de José Vieira (1 a 29 de abril).

REFEITÓRIO SOCIAL “O BÚZIO”

O Refeitório Social “O Búzio” foi criado em Julho de 1996 com o objetivo de constituir um apoio social

de primeira linha a pessoas em situação de extrema carência económica e social, tais como pessoas

sem-abrigo ou em risco de marginalização, temporária ou permanente, com incapacidade para

assegurar as suas necessidades básicas.

Para assegurar o apoio específico a estas pessoas em situação de extrema carência, o Refeitório Social

“O Búzio” proporciona alimentação, higiene pessoal, roupa e tratamento de roupa. Procura ainda

estabelecer um processo de comunicação que, visa a realização de um diagnóstico social/concretização

de projeto de vida de inclusão social.

Atualmente, o Refeitório Social constitui uma resposta social para a população economicamente

desfavorecida, proporcionando um conjunto de apoios de âmbito social, que a seguir se enumeram:

• São servidas 38 refeições diárias, constituídas por sopa, prato quente, bebida, pão e sobremesa,

acrescida de lanche ou de jantar (caso possuam casa onde possam acondicionar a refeição);

• É facultada a realização de higiene pessoal a pessoas sem-abrigo ou que não possuem

condições habitacionais, com disponibilização de gel banho, champô, pasta e escova de dentes, toalhas,

lâminas de barbear, gel de barbear (cerca de 792 pessoas/ano);

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• São entregues géneros alimentares a 65 famílias carenciadas para confeção de refeições no seu

domicílio, duas vezes por mês;

• Foi organizado um “Banco de Roupa”, no qual são recolhidos donativos de artigos de vestuário

que são distribuídos por 20 a 25 beneficiários do Refeitório Social e ainda a 65 famílias carenciadas.

Atendendo ao acentuado crescimento populacional do concelho de Albufeira, fruto da forte

atratividade deste território, o que conjuntamente com razões específicas da conjuntura

socioeconómica atual, permite compreender a confluência de indivíduos ou famílias sem retaguarda

familiar, faz aumentar os riscos de exclusão social face a contextos de sazonalidade do emprego, baixas

qualificações escolares e/ou profissionais e outros fenómenos de desfiliação, tendo no ano de 2013 a

resposta social focalizado a sua atividade nestas novas problemáticas sociais.

ATENDIMENTO PSICOSSOCIAL

Esta resposta social possui uma ligação muito forte com a resposta social acima descrita.

Tem como objetivo primordial atender e acompanhar os indivíduos encaminhados para o Refeitório

Social. São identificados os problemas/situações desfavoráveis para a plena concretização de um

projeto de vida coeso, e pretende-se a minimização/resolução dos mesmos, através do

encaminhamento para diversas instituições/serviços do concelho de Albufeira.

CRECHE “OS AMENDOINHAS”

O edifício da Creche “ Os Amendoinhas” foi cedido pela câmara Municipal de Albufeira a 26 de Agosto

de 2005, situada em Vale Pedras – Albufeira.

Está composto por nove salas – dois berçários, duas salas de 1 a 2 anos e três de 2 a 3 anos. Esta

resposta social tem apenas 82 utentes abrangidos pelo acordo de cooperação com ISS, IP, apesar de ter

capacidade para um total de 99 utentes.

Este espaço educativo vai de encontro às necessidades e interesses da criança respeitando sempre o

seu grau de desenvolvimento.

No ano letivo 2012/2013, a creche “Os Amendoinhas”, desenvolveu o Projeto Educativo “A brincar

Reduzimos, Reciclamos e Reutilizamos”. Este surgiu na necessidade de sensibilizar as crianças bem

como toda a comunidade educativa para o reaproveitamento de materiais reciclados bem como a

preservação do Meio Ambiente. Tendo este como objetivos gerais:

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• Promover a formação de cidadãos éticos e conscientes frente à preservação do meio ambiente,

desenvolvendo a criatividade na produção de objetos úteis e decorativos, a partir do

reaproveitamento de materiais reciclados;

• Sensibilizar a comunidade escolar e sociedade civil para a importância de um trabalho voltado

para o aumento da consciência ambiental;

• Sensibilizar as crianças para a preservação do meio ambiente;

• Dar a conhecer às crianças no que consiste a reciclagem;

• Motivar as crianças para a reciclagem.

• Numa sociedade em mudança, pretende-se cada vez mais que a função pedagógica esteja

vinculada à função social, assim sendo formar “cidadão do futuro” mais consciente.

• Ao longo do ano realizaram-se atividades cujos os objetivos vão de encontro ao projeto

curricular de sala e ao projeto educativo.

• Para concretizar os objetivos pretendidos realizámos as seguintes atividades:

• Setembro – Período de adaptação (criar laços afetivos entre criança/adulto, adulto/criança e o

meio envolvente).

• Outubro – Exploração do Outono, através das diversas áreas curriculares;

• Comemoração do Dia das Bruxas.

• Novembro – O dia de S. Martinho foi comemorado com a realização de um magusto onde

estivemos a presença do assador e vendedor de castanhas.

• Dezembro – Exploração da temática Natal, realização de uma festa de convívio com as crianças

e a família;

• Janeiro – Exploração da estação do ano Inverno, observando as transformações que esta

apresenta, sendo também abordado o dia de Reis.

• Fevereiro – Exploração do Carnaval; onde realizámos um desfile e um baile de máscaras.

• Março – Comemoração da chegada da Primavera observando e preservando a natureza

dinamizando diversas atividades na educação ambiental.

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• O dia do Pai foi presenteado com a vinda dos pais à instituição onde se manteve o binómio

pai/filho.

• Abril – Realização de diversas atividades relacionadas com a Páscoa.

• Maio – Celebrou-se o Dia da Mãe realizando um convívio na praia entre mães/filhos, onde se

realizou diversos jogos e brincadeiras.

• Junho – Demos as boas vindas à chegada da nova estação do ano o Verão, onde realizamos

diversas atividades.

• No dia da criança fomos comemorar este dia ao Zoomarine com as crianças das salas de 2/3

anos, as crianças com a faixa etária de 1/2 anos celebraram o dia na instituição.

• A festa final de ano foi de encontro ao projeto educativo, sendo esta realizada na instituição,

onde cada sala nos presenteou com uma fantástica atuação. Os pais também colaboraram e

mostraram os seus dotes artísticos. No final realizou-se um lanche convívio.

• Julho – Continuação da exploração da estação do ano – Verão.

• Exposição dos registos elaborados ao longo do ano letivo.

Ao longo do ano letivo visitámos ainda outros locais (G.N.R., passeio no comboio turístico; passeio de

autocarro, visita ao Jardim de Infância de Vale Pedras, visita aos ecopontos, etc) tendo estas como

objetivo levar a criança a uma aprendizagem direta e vivenciar o meio natural.

Tivemos a presença de alguns pais na creche, o que nos permitiu contatar “in loco” com algumas das

suas profissões.

Concluindo, pode-se referir que foi mais uma experiência maravilhosa, que nos permitiu ver

concretizado aquilo a que nos tínhamos proposto, pois conseguimos sensibilizar a criança, bem como a

comunidade educativa para a urgência da reciclagem.

EQUIPAMENTO “NOSSA SENHORA DA VISITAÇÃO”

O Lar Nossa Senhora da Visitação localiza-se na freguesia da Guia, concelho de Albufeira e destina-se à

população idosa. A gestão do edifício foi entregue à Fundação António Silva Leal, através de protocolo,

pela Câmara Municipal de Albufeira em 1997.

Situa-se numa zona de características rurais, onde é possível avistar espaços verdes e usufruir de um

ambiente calmo e sereno, tornando-se deste modo num local aprazível e acolhedor.

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Dirigido a toda a população idosa e privilegiando sempre os mais carenciados, proporciona aos seus

utentes a possibilidade de viver com dignidade e qualidade a fase mais vulnerável das suas vidas e de os

proteger de situações dramáticas de exclusão social.

A MISSÃO do Lar Nª Sr.ª da visitação é promover a prestação de serviços humanizados e de qualidade

aos utentes, garantindo a resposta às suas necessidades bio psicossociais, tendo como valor principal a

ética e o respeito pelo utente.

Este Equipamento desenvolve várias atividades de apoio à população idosa, através das seguintes

respostas sociais:

• Lar de Idosos

• Centro de Dia

• Apoio Domiciliário Durante o ano de 2013 foram concretizadas diversas ações ao nível dos equipamentos, recursos

humanos, animação e donativos para as quais foram desenvolvidas as seguintes atividades:

EQUIPAMENTOS - REPARAÇÃO E MANUTENÇÃO DE EQUIPAMENTO

EQUIPAMENTOS - AQUISIÇÃO DE EQUIPAMENTO

ACTIVIDADE OBJECTIVOS PARCERIAS Reparação de fogão

Melhoramento

devido a

deterioração

A cargo da

Fundação

Inspeções periódicas de Gás, extintores e desinfestação

Reparação de Máquina de Lavar Louça

Reparação de Máquina de Lavar Roupa

Substituição de filtros da Máquina da água

Reparação de estores fechaduras e fechos de portas

Reparação da rede elétrica (campainhas de chamadas e

tomadas elétricas)

Alteração do sistema hidráulico de água quente sanitária

e retificação de isolamento do mesmo

Substituição de borracha vedante de arca frigorífica

ACTIVIDADE OBJECTIVOS PARCERIAS

Aquisição de secador de roupa elétrico Melhoramento dos serviços A cargo da

Fundação Aquisição de termoacumulador

Substituição devido a deterioração

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EQUIPAMENTOS – REQUALIFICAÇÃO DO ESPAÇO EXTERIOR

RECURSOS HUMANOS - CELEBRAÇÃO DE PROTOCOLOS

ACTIVIDADE OBJECTIVOS PARCERIAS

Continuação da prestação de serviço comunitário por ordem judicial por parte de 2 cidadãos

Admissão de 3 cidadãos para cumprimento de serviço comunitário por ordem judicial

Reforço dos serviços prestados aos utentes

Centro de Reinserção

Social

RECURSOS HUMANOS - FORMAÇÃO

ACTIVIDADE OBJECTIVOS PARCERIAS

Psicologia do Luto Qualificação profissional

Servilusa

Ergonomia A cargo da Instituição

ANIMAÇÃO - ACTIVIDADES ORGANIZADAS PELO EQUIPAMENTO ANIMAÇÃO - ACTIVIDADES ORGANIZADAS PELA FUNDAÇÃO

ACTIVIDADE OBJECTIVOS PARCERIA

FESTAS: Janeiras/Reis (actuação do grupo ACRODA)

Carnaval / Aniversário do Lar (Baile de Máscaras com organista)

Páscoa (caça ao Ovo da Páscoa com os meninos do ATL das férias do Espaço Multiusos da Guia)

Festa da Família (caracolada) Festa de São João (atuação da academia Dance in, do Grupo de Marchas populares dos Olhos D’ Água e da Banda Ká vai disto) Dia da 3ª Idade ( Dia da Beleza) – (Cabeleireiro, maquilhagem,

massagem e sessão fotográfica) Festa de Natal (Banda SOS, Rancho Folclórico dos Olhos

D`Água, Atuação de funcionários)

-Convívio -Recreação -Assinalar datas -Interação com familiares e/ou comunidade - Convívio intergeracional

- ACRODA - Câmara Municipal de Albufeira -Rancho folclórico dos Ohos D’Água - Dance In Banda Ká vai disto - Fotografo Ricardo - Fisio center - Cabeleireiro SOLEDADE - Banda SOS - Junta de Freguesia da Guia

PASSEIOS: Armação de pêra

Praia da Galé Algarve shooping Carnaval da Guia

Sagres Exposição de presépios da Guia

Marcado da Guia

Junta de Freguesia da Guia

ACTIVIDADE OBJECTIVOS PARCERIAS

Hortas Comunitárias – celebração de protocolo de cooperação com a CM de Albufeira

Apoio às famílias carenciadas

A cargo da Fundação, CM de Albufeira e Junta

de Freguesia

Horta do lar Recreação

Cimentar o chão da zona do estendal e acesso ao canil Melhoramentos

Construção de um alpendre de apoio Melhoramentos

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ACTIVIDADE OBJECTIVOS PARCERIAS

Magusto (comemoração do Dia de São Martinho com a visita de utentes da ULDMA)

-Convívio -Recreação -Assinalar datas -Interação com a comunidade - Convívio intergeracional

-ULDMA

ACTIVIDADES INTERGERACIONAIS Visita do IDS

-IDS

ANIMAÇÃO - ACTIVIDADES PROPOSTAS PELA COMUNIDADE

ACTIVIDADE OBJECTIVOS PARCERIAS

Dia da Solidariedade – visita ao Fiesa

-Convívio -Recreação

Fiesa

Sensos Sénior de Albufeira - Sinalização de casos sociais - Estatística

CMA

Acão de Sensibilização da GNR– “Programa Apoio 65” Informação Sensibilização Esclarecimento

GNR

Certame Sénior de Albufeira

-Convívio -Recreação -Informação -Sensibilização -Esclarecimento

Grupo de Trabalho dos Idosos (rede

social de Albufeira)

Dia mundial do Idoso (integrada no certame sénior) – “Gerações de Mãos dadas”

-Convívio intergeracional Informação Sensibilização Esclarecimento -Recreação

GNR GTI

Albufeira Solidária

-Convívio -Recreação -realização de atividade física -Rastreio de parâmetros vitais

Santa Casa da Misericórdia de

Albufeira

Acão de Folclore e Relaxamento – atividades de animação para a 3ª idade

-Convívio -Recreação -realização de atividade física

Alunos de Curso de Animação

Projeto “Avós em Movimento (gero-motricidade)

-Convívio -Recreação -realização de atividade física

Departamento de desporto da

Câmara Municipal de Albufeira

Projeto “A Leitura não tem idade” ( tertúlias sobre o antigamente)

-Convívio -Recreação - Fomentar a criatividade -Recolha de historias de vida - Introdução à informática

Espaço Multiusos da Guia – Câmara

Municipal de Albufeira

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DONATIVOS DE ENTIDADES PÚBLICAS E PRIVADAS - DOAÇÕES PONTUAIS

ACTIVIDADE OBJECTIVOS PARCERIAS

APOIO NAS FESTAS Bolos

Frangos Bebidas

Outros géneros alimentares

Criação de redes de ajuda com a comunidade envolvente

-Pastelarias Locais -Restaurantes Locais - Empresas do ramo das Bebidas - Familiares e amigos

DONATIVOS DE ENTIDADES PÚBLICAS E PRIVADAS - DOAÇÕES REGULARES

ACTIVIDADE OBJECTIVOS PARCERIAS

REFORÇO ALIMENTAR - Géneros alimentares - Suprimir necessidades - Criação de redes de ajuda com a comunidade envolvente

Pingo Doce

DONATIVOS DE ENTIDADES PÚBLICAS E PRIVADAS - DOAÇÕES DE EQUIPAMENTOS E OUTROS BENS

ACTIVIDADE OBJECTIVOS PARCERIAS

BANCO DE DONATIVOS Produtos de Desgaste Vestuário e outros

Criação de redes de ajuda com a comunidade envolvente

-Pingo Doce -Doações de particulares

Durante o ano de 2013 continua-se a destacar o forte investimento na requalificação dos espaços

exteriores que a Fundação levou a cabo com a ajuda da Câmara Municipal de Albufeira e da Junta de

Freguesia

Na área da animação, continua-se a apostar nas atividades de grande envolvência com a família e

comunidade dando ênfase aos projetos com a comunidade.

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UNIDADE DE LONGA DURAÇÃO E MANUTENÇÃO DE ALBUFEIRA

A Fundação abraçou em 2007 uma nova área social, que visa dar apoio a pessoas com doenças ou

processos crónicos, com diferentes níveis de dependência que necessitam de cuidados clínicos, de

manutenção e de apoio psicossocial em regime de internamento de longa duração.

Desta forma, foi em Novembro de 2007 que a Fundação em parceria com a Administração Regional de

Saúde do Algarve e o Instituto de Segurança Social e, no âmbito da Rede Nacional de Cuidados

Continuados Integrados (RNCCI), inaugurou a Unidade de Longa Duração e Manutenção de Albufeira,

adiante designada por (ULDMA).

A ULDMA é uma unidade de internamento, de carácter temporário ou permanente, que dispõe de 20

camas, sendo uma dessas camas destinada á vaga de Descanso do Cuidador. Durante o período de

internamento, são proporcionados cuidados que previnam e retardem o agravamento da situação de

dependência, favorecendo o conforto e a qualidade de vida dos utentes.

A ULDMA dispõe de uma Equipa Interdisciplinar (Diretor Técnico, Médico, Enfermeiro, Fisioterapeuta,

Técnico Superior de Serviço Social, Animador Sociocultural, Psicólogo, Auxiliar de Acão Direta) que

acompanha a evolução do utente e elabora um plano individual de intervenção, durante o período de

internamento, conjuntamente com o utente e/ou familiar responsável de forma a garantir uma

intervenção e encaminhamento adequados às suas necessidades.

Relativamente ao Plano de Atividades do ano de 2013, continuou-se a investir na qualificação

profissional através da promoção de formações (internas e externas) e a integração de estagiários de

enfermagem e de técnicos auxiliares de saúde.

Como já tem sido habitual, todos os colaboradores participaram, ao longo do ano, nas atividades

desenvolvidas com e para os utentes com objetivo máximo de conseguir responder às necessidades

individuais e contribuir para o bem - estar geral dos mesmos.

Neste sentido apresentamos de seguida as atividades que fizeram parte do Plano de Atividades 2013:

Fisioterapia/ Animação Sociocultural

• Passeios – passeios ao exterior com atividades lúdicas;

• Ginástica de grupo/ Geromotricidade;

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• Sessões individualizadas;

• Atividades socioculturais com utentes e familiares;

Atividades organizadas pela Instituição

• Comemoração dos Aniversários dos utentes;

• Janeiras/Reis (atuação do grupo ACRODA);

• Carnaval - Baile de Máscaras e atividades Lúdicas;

• Páscoa (Lanche Convívio);

• Comemoração do Dia da Família (Lanche Convívio com os familiares);

• Arraial (Banda Ká Vai Disto e atuação dos colaboradores);

• Visita do IDS;

• Comemoração do Dia Internacional do Idoso (Visita ao Certame Sénior de Albufeira- “O Outono

da Vida”);

• Magusto (Almoço e Lanche no Lar Nossa Sra. Da Visitação);

• Festa de Natal (atuação da cantor José Praia, atuações de danças de Salão da Associação Luel,

atuações dos colaboradores).

Formação

Interna

• Controlo de Infeção “Higiene das Mãos”III

• Posicionamentos, Transferências e Posturas IV

• Isolamento de Contato

• Alimentação Entérica

• Curso de Socorrismo Geriátrico

• Curso de Formação Inicial de Formadores

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• Desobstrução das vias aéreas - Suporte Básico de Vida

Externa

• Plano Individual de Intervenção

• Planeamento e Gestão de Altas

• Curso Avançado em Dor Crónica

• Curso Multiprofissional de Cuidados Paliativos

• Boas práticas em Tratamento de Feridas

• Emergências Cardiológicas com interpretação de ECG

• Psicologia do Luto

• Fórum Ibérico de Feridas e Ulceras

• Suporte Básico de Vida e SIEM

• Ergonomia

• Terapia Manual Ortopédica

Estágios

• Integração de 2 estágios do Curso de Enfermagem 2º ano (Instituto Superior de Saúde Jean

Piaget);

• Integração de 1 estágio do Curso Técnico Auxiliar de Saúde do Centro de Formação IEFP de

Aljustrel.

CANTINA SOCIAL DE ALBUFEIRA

O XIX Governo Constitucional definiu no seu programa, como um dos seus objetivos estratégicos, um

amplo modelo de inovação social, que permitisse dar auxílio e resposta a situações de grave carência

social e económica.

Neste sentido é criado o Programa de Emergência Alimentar (PEA) inserido na Rede Solidária de

Cantinas Sociais, que permite garantir às pessoas e/ou famílias que mais necessitam, o acesso a

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refeições diárias gratuitas, cujo número, dada a sua duração anual e natureza transitória, será definido

de acordo com as características especifica do equipamento social que o vai operacionalizar, mas que

terá como referencial 50 a 80 refeições diárias, que se destinarão preferencialmente, a consumo

externo/domicilio.

Foi neste contexto que no dia 01 de Junho de 2012, a Fundação António Silva Leal honrou o Protocolo

de Colaboração no âmbito da convenção da Rede Solidária de Cantinas Sociais, com o Centro Distrital

de Segurança Social de Faro.

Neste primeiro passo, a Fundação comprometeu-se a disponibilizar 65 refeições diárias, destinadas a

consumo no domicílio, durante 7 dias por semana, disponibilizadas a nível gratuito. Iniciou-se o apoio

em 18 de Junho de 2012, com apenas 5 agregados familiares, servindo 15 refeições diárias e 430

mensais.

Em 30 de Novembro do mesmo ano, com o objetivo de minorar o impacto da crise económico-

financeira e de acordo com o aumento acentuado da procura de apoio alimentar, foi assinada uma

Adenda ao Protocolo de Colaboração, com o objetivo de aumentar a distribuição de refeições diárias de

65 para 80.

Em Janeiro de 2013 foi revisto novamente o acordo da cantina social, passando de 80 para 100

refeições.

Neste sentido, em Dezembro de 2013, usufruíam do apoio 28 agregados familiares, correspondendo à

distribuição de 100 refeições diárias.

Os agregados familiares inseridos nesta medida são encaminhados por instituições locais que detêm

parcerias informais com a Fundação António Silva Leal. A par deste apoio alimentar, os agregados

familiares usufruem de um acompanhamento a nível social, que tem como objetivo primordial orientar

os indivíduos/famílias para a procura de condições que possam minorar as fragilidades sociais a que

estão expostos.

21

FARO

CENTRO INFANTIL “ESTRELA DO MAR”

Creche “Estrela do Mar”

Pré-Escolar “Estrela do Mar”

No ano de 2013, a equipa do Centro Infantil Estrela do Mar continuou a desenvolver a sua função

pedagógica vinculando-a à função social, pretendendo ser impulsionadora de experiências que

proporcionassem uma formação integral, sólida e individualizada às crianças.

As nossas crianças encontram-se numa faixa etária em que são produzidos múltiplos progressos ao nível

do desenvolvimento orgânico, psicomotor, psicossocial, afetivo e emocional. Ao caminhar para um

processo de individualização e socialização, é necessária a sua participação ativa no meio que as

envolve.

Este foi o ano em que se deu o culminar do projeto “Ser Cidadão”, o qual teve como objetivos

promover a formação de uma consciência cívica na criança, desenvolver o espírito cooperativo, a

função simbólica, e descobrir o mundo que a rodeia.

Neste sentido, foram realizadas atividades que proporcionaram uma interação com a comunidade e

com o meio envolvente, visando não só promover o desenvolvimento pessoal da criança e a sua

formação cognitiva, mas também fomentar aquisições culturais. Estabelecemos, portanto, parcerias

com algumas entidades, nomeadamente a Biblioteca Municipal de Faro, o Museu Municipal, entre

outras.

A nossa intervenção constituiu uma política de equidade, que assenta na valorização e no respeito das

características individuais de cada um de nós. Pretendemos estabelecer as bases para que a criança

desenvolva as suas capacidades, aprenda a relacionar-se com os seus semelhantes e a integrar-se na

sociedade.

Um meio favorável ao crescimento e à aprendizagem, é um meio que proporciona experiências ricas e

variadas mas também que conta com um suporte afetivo e efetivo das pessoas que nele participam,

sendo a família o contexto mais determinante para a criança. Posteriormente, surgirá o Centro Infantil,

que dará continuidade à ação da família, logo, é fundamental promover um espírito de cooperação

entre ambos.

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Foi com base neste princípio que foram planificadas e realizadas diversas atividades com o

envolvimento e participação das famílias, as quais, na sua maioria, compreenderam a necessidade de

cooperar e participar na dinâmica do Centro Infantil em vários momentos do calendário escolar.

De modo a proporcionar a cada família a oportunidade de interagir com o grupo de crianças,

partilhando as suas experiências e vivências, foi criada a Semana da Família, que deu lugar a diversos

momentos de grande riqueza e diversidade de valores, culturas e ideias.

Em 2013 emergiu ainda uma nova dinâmica, através da implementação de um novo Projeto Educativo,

que tem como título “Educar com Arte”. Este projeto visa favorecer o desenvolvimento integral de cada

criança, possibilitando a expressão livre do pensamento e das emoções, o que promove o

desenvolvimento do seu raciocínio com criatividade e imaginação.

Consideramos a educação artística o eixo de aprendizagem para a criança, em que a palavra, a imagem,

a música e o movimento são os meios de que a criança dispõe para expressar tudo o que sucede ao seu

redor, constituindo a base da intercomunicação futura.

De acordo com a observação, análise e avaliação de cada criança e do grupo em geral, cada educadora

elaborou um projeto pedagógico/curricular de sala, onde definiu a sua intervenção pedagógica com

base no ritmo, interesses e necessidades do grupo.

Por sua vez, de acordo com as características individuais de cada criança, que justificam delineamentos

organizativos e curriculares específicos, foi elaborado e avaliado trimestralmente um plano individual.

Em suma, procuramos ao longo do ano promover uma ação educativa adaptada às peculiaridades de

cada criança, em que oferecemos a cada uma delas o apoio e as estratégias para que sejam

protagonistas da sua própria aprendizagem.

CASA ABRIGO “SOL NASCENTE”

É objetivo geral desta resposta social de acolhimento temporário, fornecer aos seus utilizadores um

espaço onde estejam garantidas todas as necessidades básicas elementares: alojamento, alimentação,

higiene pessoal, tratamento de roupas de uso comum e fornecimento de todos os géneros de primeira

necessidade como sejam roupas e produtos de higiene. Concomitantemente, é prestado o apoio

psicológico, social e jurídico no processo de reformulação dos projetos de vida das utilizadoras.

O trabalho com esta produção tem-se situado, numa primeira fase, na intervenção em situação de

crise, restabelecimento do equilíbrio emocional e psicológico das mulheres e crianças vítimas de

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violência doméstica e, numa segunda fase, promover e apoiar a criação de condições para a pré-

inserção social e profissional das utilizadoras com vista à autonomização.

Assim, desde a abertura desta resposta social que se continua a desenvolver ações e atividades muito

direcionadas para aquisição de competências a todos os níveis da população alvo “Mulheres e Crianças”

mas, também dirigida a necessidades específicas de cada grupo, de cada agregado e de cada utente.

A Casa Abrigo “Sol Nascente”, enquadrada no âmbito das atribuições e competências previstas no

Decreto Regulamentar n.º 1/2006 de 25 Janeiro, da nova Lei n.º 112/2009 de 16 de Setembro que

estabelece o regime jurídico aplicável à prevenção da violência doméstica, à proteção e à assistência

das suas vítimas, bem como ao Plano Nacional contra a Violência Doméstica, procura com a sua ação

combater a violência contra as mulheres, considerando violência em razão do sexo nomeadamente a

violência doméstica, como um dos principais obstáculos ao pleno gozo dos direitos humanos das

mulheres e das liberdades funcionais.

Insistiu-se na consolidação de uma política de prevenção e combate à violência doméstica, através da

promoção de uma cultura para a cidadania e para a igualdade, através de uma intervenção direcionada

para a reinserção e autonomia. Assim sendo, todas as atividades desenvolvidas foram ao encontro

destas necessidades e objetivos.

Atividades Desenvolvidas

JANEIRO

Em Família:

• Comemoração do Dia dos Reis- Esta ação visava a comemoração de um dia festivo, respeitando

a tradição e conferindo ambiente familiar e lúdico. Os objetivos foram alcançados.

• Jogos interativos e lúdicos, trabalhos manuais e ditados- Estas ações de caráter semanal, visam

a proximidade entre utentes e filhos, bem como entre utentes e as crianças. Promove também

uma responsabilização das utentes no processo escolar e educativo dos filhos. Foram sempre

monitorizadas por funcionárias. Os objetivos foram alcançados.

• Leitura de textos e Apoio Escolar - As ações são de caráter semanal, visam o desenvolvimento e

acompanhamento das crianças no percurso escolar, a criação de uma rotina estável, e a

responsabilização das utentes no processo escolar dos filhos. Foram sempre monitorizados por

funcionários. Os objetivos foram concretizados.

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Com Crianças e Mães:

• Ateliê de atividades plásticas par assinalar o dia de Reis. Esta atividade com carácter

meramente lúdico, cumpriu os objetivos propostos, concretamente o de incentivar a

participação e interação entre as crianças, com o apoio das mães e funcionários.

• Educação Parental Informal. Sessões realizadas entre a equipa técnica da Casa Abrigo e as

utentes, que relembram e ensinam as diversas competências parentais às utentes.

Os profissionais:

• Entrega, do Relatório de Atividades de 2012 à Direção.

FEVEREIRO

Em Família:

• Ateliê de construção de máscaras e de decoração Carnavalesca . Esta ação visava sensibilizar

as crianças e as mães para a importância de reciclar e reaproveitar materiais, num sentido

lúdico e pedagógico, promovendo igualmente um momento de partilha criativa, relaxamento e

convívio entre todos. Monitorizado por funcionárias. Objetivos alcançados.

Com Crianças e Mães:

• Inscrição e Visita à Biblioteca Municipal de Faro- Apesar de ter sido concretizada, não foi

orientada por funcionárias. As utentes, entre elas, e devido ao pedido das crianças, dirigiram-se

sozinhas ao local. Por norma, individualmente por agregado, ainda mais que a Biblioteca é

próxima da Segurança Social, e as utentes este ano, foram recorrentemente a esta última,

aproveitando para ir a Biblioteca.

• Educação Parental Informal. Sessões realizadas entre a equipa técnica da Casa Abrigo e as

utentes, que relembram e ensinam, as diversas competências parentais às utentes.

MARÇO

Em Família:

• Os Jogos interativos e lúdicos, os trabalhos manuais, os ditados, as leituras de textos e apoio

escolar continuaram a decorrer como no mês anterior. Objetivos alcançados

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Com Crianças e Mães:

• Sinalização do Dia Internacional da Mulher - Foi feito um lanche comemorativo de utentes e

Equipa da Casa Abrigo.

• Cine falante. Visionamento e discussão de um filme de carácter pedagógico. Consiste num

projeto de visionamento de filmes sobre um tema elegido pelas utentes (drogas, violência,

sexualidade, infância, etc.). O objetivo, é despertar o sentido crítico sobre o tema escolhido e

com isso criar um espaço de debate e reflexão. A atividade foi bem aceite pelas utilizadoras.

ABRIL

Em Família:

• Sinalização do dia da Páscoa. Á semelhança do que se sucede em anos anteriores, é preparada

uma mesa especial para comemoração da Sexta-Feira Santa. Revela-se importante esta

sinalização pois promove o convívio e as relações interpessoais entre as utilizadoras.

• Atelier Comemorativo do 25 de Abril. Foram realizados trabalhos manuais com as crianças e

com as mães sobre o 25 de Abril. Fez-se um passeio em Faro para ver as festividades. Promove

a cidadania e inserção na comunidade, e fomenta a proximidade de mães e filhos

• Realização de Piquenique com as utentes e crianças na Alameda e Faro. Momento lúdico e de

relaxamento, com jogos no exterior em que mães e filhos participaram.

Com Crianças e Mães:

• Educação Parental informal. Sessões realizadas entre a equipa técnica da Casa Abrigo e as

utentes, que relembram e ensinam, as diversas competências parentais às utentes.

Os profissionais:

• Pedido de informação às escolas. No fim de cada período a Casa Abrigo solicita às escolas

informação respetiva aos alunos, para avaliar o grau de desenvolvimento/comportamento,

estado emocional e grau de integração no meio escolar. O objetivo desta aproximação com a

escola consistia em melhorar a articulação entre a Casa Abrigo e a escola, favorecendo o

aproveitamento escolar a todos os níveis.

MAIO

Em Família:

• Celebração do Dia da Mãe- Foi feita sessão fotográfica de utentes com filhos, posterior atelier

de trabalhos manuais em que as crianças fizeram molduras para as fotografias. No dia da Mãe

organizou-se piquenique de todas as utentes e crianças no Parque da Alameda, com diversos

jogos organizados.

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Com Crianças e Mães:

• Educação Parental Informal. Sessões realizadas entre a equipa técnica da Casa Abrigo e as

utentes, que relembram e ensinam, as diversas competências parentais às utentes.

JUNHO

Em Família:

• Passeios ao final de tarde na mata do Liceu utilizando equipamento de ginástica da mesma.

Ação que promove hábitos de vida saudáveis, momento de relaxamento e socialização e

permite às crianças terem atividades no exterior. Objetivos concretizados.

Com Crianças e Mães:

• Sinalização do Dia da Criança. Distribuição simbólica de presentes e realização de trabalhos

manuais das Mães para os filhos.

• “Cine falante”- Visionamento e discussão de um filme. Neste caso, foi selecionado um filme de

Animação, para celebrar o Dia da Criança, pelo que não ocorreu discussão de filme.

• Idas à praia durante a semana as crianças com apoio dos ATL's e aos fins-de-semana, as utentes

com as crianças. Não foi possível um total apoio da instituição nestas atividades, pela

dificuldade de conciliar os horários da utentes e dos tempos livres das crianças.

Os profissionais:

• Pedido de informação às escolas. No fim de cada período a Casa Abrigo solicita às escolas

informação respetiva aos alunos, para avaliar o grau de desenvolvimento/comportamento,

estado emocional e grau de integração no meio escolar. O objetivo desta aproximação com a

escola consistia em melhorar a articulação entre a Casa Abrigo e a escola, favorecendo o

aproveitamento escolar a todos os níveis.

JULHO

Em Família:

• Lanches diversos no Parque da Alameda ao fim-de-semana promovendo espaço de convívio e

relaxamento entre utentes e espaço recreativo entre as crianças.

Com Crianças e Mães:

• Férias escolares – Atividades em parceria com o Projeto CRIA - Programa Escolhas

• Educação Parental Informal. Sessões realizadas entre a equipa técnica da Casa Abrigo e as

27

utentes, que relembram e ensinam, as diversas competências parentais às utentes.

AGOSTO

Em Família:

• Os Jogos interativos e lúdicos passaram a decorrer preferencialmente no exterior. As leituras de

textos continuaram, mas menos recorrentes. Objetivos alcançados.

• Passeio final de tarde na mata do Liceu utilizando equipamento de ginástica da mesma. Ação

que promove hábitos de vida saudáveis, momento de relaxamento e socialização e permite às

crianças terem atividades no exterior. Objetivos concretizados.

Com Crianças e Mães:

• Colónia de Férias “O Búzio” em Albufeira. Permitiu as utentes passarem férias com as crianças,

participar em convívios com outros grupos de colonos, conhecer outra localidade do Algarve.

Algumas utentes não foram por questões profissionais e de saúde. Objetivos alcançados.

Os profissionais:

• Apoio e participação da equipada Casa Abrigo em deslocações e visitas a efetuar na Casa Abrigo

no âmbito das atividades Lúdico pedagógicas

SETEMBRO

Em Família:

• Comemoração do dia da Cidade. Lanche no Jardim da Alameda de Faro. Promoção da cidadania

e espirito de pertença na comunidade.

• Os Jogos interativos e lúdicos e atividades manuais, continuaram a decorrer, intercalando

exterior com atividades nas Casas, gradualmente retomou-se o hábito de leitura e ditados.

Objetivos expostos anteriormente alcançados.

Com Crianças e Mães:

• Elaboração/Celebração do compromisso escolar. Estabeleceu-se um compromisso escolar

entre os alunos e a Casa Abrigo, com o objetivo de responsabilizar as crianças pela sua

performance académica

• Preparação e Orientação para o início do ano letivo. A sessão cumpriu com os objetivos de

esclarecer algumas dúvidas levantadas pelas mães, no que respeita a horários e procedimentos

para matrículas

• Educação Parental Informal. Sessões realizadas entre a equipa técnica da Casa Abrigo e as

utentes, que relembram e ensinam, as diversas competências parentais às utentes.

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OUTUBRO

Em Família:

• Sinalização do Dia das Bruxas. A confeção de máscaras e decorações alusivas à data, com

posterior distribuição de doces pelas crianças.

• Os Jogos interativos e lúdicos, os trabalhos manuais, os ditados, as leituras de textos e apoio

escolar continuaram a decorrer como anteriormente. Objetivos alcançados.

Com Crianças e Mães:

• Educação Parental Informal. Sessões realizadas entre a equipa técnica da Casa Abrigo e as

utentes, que relembram e ensinam, as diversas competências parentais às utentes.

NOVEMBRO

Em Família:

• Para comemoração do magusto foram assadas castanhas em casa. As crianças já tinham feito

no exterior nas escolas.

• Os Jogos interativos e lúdicos, os trabalhos manuais, os ditados, as leituras de textos e apoio

escolar continuaram a decorrer como no mês anterior. Objetivos alcançados

Com Crianças e Mães:

• Sessões realizadas entre a equipa técnica da Casa Abrigo e as utentes, que relembram e

ensinam, as diversas competências parentais às utentes.

Os profissionais:

• Sinalização do Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres. O

Objetivo foi Sinalizar o referido dia e divulgar o trabalho da Casa Abrigo no problemática da

Violência Doméstica. Realizou-se almoço das utentes e Equipa.

DEZEMBRO

Em Família:

• Os Jogos interativos e lúdicos, os trabalhos manuais, os ditados, as leituras de textos e apoio

escolar continuaram a decorrer como no mês anterior. Objetivos alcançados

• Organização da Ceia de Natal e distribuição de presentes para as mulheres e crianças.

• Visita ao Fórum para ver o Pai Natal, as crianças aderiram muito bem e apreciaram a tarde em

família.

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Com Crianças e Mães:

• Confeção do Jantar de Ano Novo.

• Educação Parental Informal. Sessões realizadas entre a equipa técnica da Casa Abrigo e as

utentes, que relembram e ensinam, as diversas competências parentais às utentes.

Os profissionais:

• Pedido de informação às escolas. No fim de cada período a Casa Abrigo solicita às escolas

informação respetiva aos alunos, para avaliar o grau de desenvolvimento/comportamento,

estado emocional e grau de integração no meio escolar. O objetivo desta aproximação com a

escola consistia em melhorar a articulação entre a Casa Abrigo e a escola, favorecendo o

aproveitamento escolar a todos os níveis.

• Participação de todos os colaboradores na preparação e organização da festa de Natal e de ano

novo, na valência.

CENTRO COMUNITÁRIO DA “HORTA DA AREIA”

Mais de uma década e meia passaram desde a abertura das suas portas à comunidade. O Centro

Comunitário “Horta da Areia” mantém-se fiel aos princípios que levaram à sua criação: a luta contra a

pobreza e exclusão social. O caráter polivalente do Centro Comunitário obriga a uma intervenção

integrada e transversal sobre, se não todas, a maioria das dimensões da vida social: A promoção da

saúde, da ocupação de tempos livres para crianças, da educação formal e não-formal, a promoção de

atividades recreativas, de ações no campo da intervenção urbana e da requalificação ambiental, a

promoção do voluntariado e da participação de toda a comunidade envolvente. Segue o registo de

algumas das áreas com maior expressão decorridas ao longo de 2013. Algumas delas surgem porque

foram iniciadas nesse ano, outras porque tiveram ou ganharam uma importância particular.

Projeção Internacional

O ano de 2013 marcou o início do processo de internacionalização da rede de parcerias internacionais.

Durante o mês de Maio decorreu uma visita de viabilidade, em Rennes, França, com uma comitiva

portuguesa composta por um elemento do Centro Comunitário. O objetivo principal desta ação,

organizada ao abrigo do Programa Juventude em Ação, foi o de por em contacto entidades de

diferentes países cujas ações, população-alvo e/ou objetivos fossem similares, tendo em vista a

organização de ações conjuntas, num futuro próximo. Desta ação surgiu a oportunidade de criar um

projeto de intercâmbio internacional de jovens que juntou entidades de Portugal (Centro Comunitário

Horta da Areia), Hungria (Artmezzio) e França (Prisme). Ainda ao nível internacional, 2013 marca a

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conclusão do processo de acreditação do Centro Comunitário enquanto Entidade Acreditada para o

Acolhimento de Voluntários Internacionais (Programa Juventude em Ação) iniciado em 2012. Em Março

de 2013, o Centro Comunitário acolhe o seu primeiro voluntário internacional, estando já previsto o

acolhimento de mais um, em Outubro.

Projetos de Âmbito Local/Nacional

O ano de 2013 marca o início da segunda edição dos Contratos Locais de Desenvolvimento Social

(CLDS). Tal como na edição anterior, a entidade promotora, neste caso, a Associação “In Loco”, solicitou

a parceria do Centro Comunitário Horta da Areia, uma vez que contempla na sua zona de intervenção, o

Bairro “Horta da Areia”. No que respeita ao tipo de intervenção a realizar no Bairro e considerando a

experiência da associação promotora, o caminho apontado vai na direção na disseminação do projeto

de Hortas Familiares, iniciado em 2010 pelo Centro Comunitário.

Viveiro Comunitário

O projeto de Viveiro Comunitário surge da reconversão da ideia inicial de Horta Comunitária. Com

efeito, as dimensões limitadas do espaço agrícola não permitiam dar resposta à população local, no que

refere à viabilidade da doação generalizada dos bens produzidos. No entanto, as dimensões e as

caraterísticas do espaço permitiram a sua conversão em viveiro. Assim, no Viveiro, são criadas plantas e

legumes para consumo humano cujo principal objetivo é atingirem a idade de serem transplantadas

para serem doadas aos moradores. O fim último foi inspirar a população em construir as suas próprias

hortas familiares, considerando que existe terreno disponível. Ao longo do ano, o Viveiro Comunitário

suportou a construção ou manutenção de uma dúzia de iniciativas agrícolas.

Ações em destaque Áreas de Atividade

Mediação

A mediação manteve-se como uma das ações mais requisitadas tanto pelos parceiros locais como pela

generalidade da população, quer seja ao nível da saúde, formação e emprego, educação, serviços

sociais e habitação. De referir que esta atividade é alargada a outros locais que não a zona do bairro,

como sejam acampamentos ciganos do concelho.

Donativos e Apoio Alimentar

À semelhança dos anos anteriores, o Centro Comunitário recebeu e reencaminhou donativos advindos

de particulares e empresas, não só à população residente no Bairro Horta da Areia, como a entidades

parceiras, famílias carenciadas sinalizadas ou famílias ciganas residentes em acampamentos.

Relativamente ao Banco Alimentar Contra a Fome, o Centro Comunitário manteve ações de

acompanhamento e encaminhamento dos anos anteriores.

Saúde

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O Projeto de Saúde Comunitária HA_SAÚDE, em parceria com Centro de Saúde de Faro, manteve-se

ativo ao longo do ano, registando-se, para além das ações de prestação de cuidados primários, ações de

informação e sensibilização, tanto para crianças como para adultos, como sejam, os primeiros socorros

ou a preparação para o parto. O Centro Comunitário manteve ainda, no seu plano de ação, os

Programas SNIPI (Sistema Nacional de Intervenção Precoce na Infância) e MISA (Massagem nas Escolas).

Voluntariado

O Centro Comunitário sempre se assumiu como entidade promotora do voluntariado local e, durante

este ano, na sequência da acreditação do Centro Comunitário enquanto entidade de acolhimento (no

âmbito do Programa Europeu Juventude em Ação - SVE) iniciou-se o processo de acolhimento de

voluntários internacionais, sendo os primeiros oriundos de Espanha e da República Checa.

Relativamente ao voluntariado realizado por nacionais, a estratégia passa pelo aproveitamento e

maximização das competências pessoais e profissionais, em diversas áreas (saúde, educação, animação

sociocultural, entre outras) com a perspetiva de aumentar o grau de qualidade e a diversidade dos

serviços prestados à comunidade.

Atividades Culturais e Recreativas

Nesta área de ação, destaca-se a consolidação da parceria entre o Centro Comunitário e a Cooperativa

Cultural Mandacaru. O resultado desta parceria tem-se vindo a traduzir numa forte aposta na formação

de crianças e jovens utilizando as artes performativas como metodologia de educação não-formal.

Assim, ao longo do ano, foram apresentadas diversas peças de teatro e dança um pouco por toda a

região e, ainda os preparativos para o intercâmbio internacional de jovens a realizar em 2014, em

França.

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Outras ações

Acolhimento de estudantes universitários (ESEC – UALG)

À semelhança dos anos anteriores, o Centro Comunitário acolheu e orientou um grupo de práticas do

curso de Educação Social da Escola Superior de Educação da Universidade do Algarve. A duração do

estágio correspondeu sensivelmente ao ano escolar 2013/2014.

Acolhimento de indivíduos para prestação de trabalho comunitário (IRS)

O Centro Comunitário manteve as ações de acolhimento e supervisão de indivíduos em regime de

serviço comunitário encaminhados pelo Instituto de Reinserção Social.

Representação Institucional

Os elementos da equipa técnica do Centro Comunitário Horta da Areia continuam a representar a

Fundação António Silva Leal em diversos organismos de âmbito local, a saber:

• Conselho Local Ação Social de Faro;

• Comissão de Proteção de Crianças e Jovens em Risco de Faro;

• Rede Europeia Anti Pobreza (Núcleo de Faro);

CRECHE “MALTA PEQUENA”

A Creche “Malta Pequena” abriu portas em Setembro de 2011, com o objetivo de ser uma resposta

social desenvolvida num equipamento de natureza socioeducativa para proporcionar o bem-estar e o

desenvolvimento integral da criança, para colaborar numa partilha de cuidados e responsabilidades em

todo o processo evolutivo da criança com outros.

Para além dos objetivos educativos propostos, a creche “Malta Pequena” destina-se a garantir um

ambiente físico agradável e o atendimento das necessidades básicas.

Para tal, a creche contém um berçário com capacidade para 10 utentes, uma sala de 1 ano com

capacidade para 14 utentes, uma sala de 1 e 2 anos com capacidade para 16 utentes, uma sala de 2

anos com capacidade para 18 utentes, uma sala de isolamento, um refeitório, uma sala de Educadoras,

uma casa de banho para funcionários, uma casa de banho para as crianças, uma casa de banho para

visitantes, um amplo espaço exterior com parque, um escritório e um espaço de arrumos.

O objetivo educativo a que a creche se propôs atingir, provém de um projeto anual, geral da creche,

projeto este que dá as linhas orientadoras para os projetos de sala. Estes, sendo mais específicos para o

grupo, estão adequados tanto às suas idades, como às suas capacidades e grau de desenvolvimento.

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Para tal acontecer, trabalhou-se de forma a integrar a família/equipa com o utente, tentando assim

colmatar o fosso existente entre as duas realidades criando desta forma um espírito de coexistência e

interajuda que seja benéfico para o utente.

O ano lectivo inicia-se com a adaptação em todas as salas. Na creche, notou-se a importância desta fase

de integração da criança a este novo espaço e a estas novas pessoas, pois o facto de se conseguir criar

laços efetivos, de proximidade e um ambiente acolhedor, é indicador de um ano lectivo promissor.

Apresenta-se de seguida as principais atividades realizadas durante o ano:

• Brincadeiras livres de exploração do espaço;

• Organização do ambiente educativo: salas e espaços comuns;

• Negociação de regras de organização e arrumação do grupo e espaços;

• Observação da paisagem e das mudanças que acontecem com a chegada do Outono;

• Exploração e prova de frutos do Outono;

• Início do projeto “O Espantalho em Família”;

• Recolha e exploração de folhas seca;

• Dramatização da Lenda de São Martinho pelos docentes e crianças da creche;

• Lanche/magusto, castanhas cozidas;

• Exploração de canções alusivas ao S. Martinho;

• Continuação das atividades alusivas ao Outono: carimbagem de folhas secas, elaboração

da árvore do Outono em 3D e colagem de ouriços caixeiros;

• Elaboração de elementos natalícios para decoração da creche;

• Construção de um presépio em tamanho real com materiais recicláveis/reutilizáveis;

• Colaboração das famílias na realização de elementos decorativos natalícios com

materiais recicláveis/reutilizáveis e criativos;

• Preparação para a festa de Natal: elaboração do cenário e ensaios com os grupos de

crianças e pessoal docente;

• Festa de Natal com a participação das famílias;

• Observação da paisagem e das mudanças que acontecem com a chegada do Inverno;

• Elaboração de elementos que caracterizem o Inverno: chuva, nuvens, bonecos de neve,

chapéu-de-chuva;

• Exploração da tradição dos reis magos através de uma história;

• Elaboração de coroas para o lanche dos reis;

• Lanche dos reis;

• Exploração do dia de S. Valentim: debate sobre os sentimentos amor e amizade;

34

• Exploração da História “O Carnaval Está a Chegar”;

• Elaboração de elementos alusivos ao Carnaval;

• Baile de Carnaval;

• Elaboração do presente e de atividades para o Dia do Pai;

• Preparação para a festa do Dia do Pai;

• Festa do Dia do Pai;

• Observação da paisagem e das mudanças que acontecem com a chegada da Primavera;

• Elaboração de elementos primaveris: flores, borboletas, abelhas, folhas verdes, etc.

• Exploração do tema “os animais da quinta” através de histórias, audição dos sons dos

animais e observação de imagens;

• Construção de uma quinta em 3D;

• Observação/interação de um coelho e uma galinha;

• Início da plantação da horta pedagógica.

No plano anual de atividades, tentou-se incorporar todas as áreas de desenvolvimento humano, fossem

elas de carácter social ou de carácter cognitivo, para que a criança tivesse oportunidade de se

desenvolver da melhor forma, em sintonia com os outros e o mundo em seu redor, tendo sempre os

pais como parceiros nesta aquisição de novos conhecimentos e maturação dos já descobertos.

OUTRAS ACTIVIDADES E PROJECTOS (FARO)

SERVIÇOS DE FORMAÇÃO

A Fundação António Silva Leal está certificada em 9 áreas de educação e formação, tendo-lhe sido

reconhecida a qualidade técnica exigida pelo referencial de qualidade do sistema de certificação de

entidades formadoras:

010 – Programas de base

090 – Desenvolvimento pessoal

146 – Formação de professores e formadores de áreas tecnológicas

482 – Informática na óptica do utilizador

729 – Saúde – programas não classificados noutra área de formação

761 – Serviços de apoio a crianças e jovens

762 – Trabalho social e orientação

811 – Hotelaria e restauração

862 – Segurança e higiene no trabalho

O Serviço de Formação da FASL desenvolveu o seu plano de formação profissional do ano 2013 com

uma taxa global de concretização das metas propostas acima dos 80%, sendo as ações co-financiadas

35

destinadas a ativos desempregados aquelas que mais contribuem para a taxa de concretização dos

objetivos fixados no plano de formação anual.

Caracterização da formação desenvolvida

Formação Contínua Externa

A divulgação da oferta formativa da FASL através dos diversos meios publicitários, nomeadamente

através das redes sociais, foi uma forte aposta ao longo do ano 2013, tendo-se concretizado na

celebração de protocolos de parceria e colaboração com entidades locais e regionais, nomeadamente

com IEFP, IP e com o Centro de Formação de Professores de Faro.

Os Serviços de Formação atuam em várias modalidades de formação (financiada e não financiada) com

o objetivo de promover a qualificação das Organizações, através de oportunidades de formação

profissional que contribuam para o desenvolvimento de competências dos recursos humanos e para o

cumprimento do estabelecido pela atual legislação do trabalho que determina o cumprimento de 35

horas anuais de formação contínua.

Formação Pedagógica Inicial de Formadores – Com a publicação da Portaria n.º 214/2011, de 30 de

Maio e do novo referencial do Curso de Formação Pedagógica Inicial de Formadores, os Serviços de

Formação da FASL obteve o Certificado de Autorização de Funcionamento n.º C618005, emitido pelo

IEFP, IP em 2012. Ao longo de 2013 realizaram-se 3 ações, do Curso de Formação Pedagógica Inicial de

Formadores, em Faro e em Almodôvar, de 94 horas cada, tendo certificado 30 formandos num volume

de formação total de 2.820 horas. As referidas ações foram devidamente registadas no Portal NetForce

IEFP, tendo os ex-formandos adquirido o CCP – Certificado de Competências Pedagógicas com sucesso.

Curso de Professores e Mediadores de Cursos EFA – A ação resulta da certificação de acreditação

emitida pelo Conselho Cientifico-Pedagógico de Formação contínua de Professores em 2011. Enquadra-

se na modalidade de Formação Contínua e teve como destinatários Professores dos Ensinos Básico e

Secundário, Formadores e Mediadores de Formação Profissional. A pertinência desta formação

justifica-se pela crescente participação/atuação dos professores nos programas de formação

profissional e/ou de dupla certificação que decorrem nas Escolas do Ensino Público e noutras entidades

públicas e privadas. Esta formação tem por principais objetivos promover a aquisição, a atualização e o

aperfeiçoamento de competências pedagógicas potenciadoras de boas práticas profissionais,

nomeadamente no exercício das funções de formadores e mediadores de Cursos EFA – Educação e

Formação de Adultos, bem como, promover a reflexão sobre os programas e medidas de formação

profissional e desenvolver competências de intervenção, avaliação e mediação em ações de formação

36

da modalidade EFA. O curso decorreu no período de 18 de Fevereiro a 08 de Abril, num total de 30

horas distribuídas por sessões de 4 horas em horário pós-laboral, um dia por semana, em conformidade

com a planificação inicialmente prevista. A formação decorreu na sala de formação do Gabinete de

Bairro da Câmara Municipal de Faro, sita junto à sede da FASL em Faro. O grupo revelou-se muito

interessado e participativo, sendo este um elemento facilitador do relacionamento interpessoal e da

concretização das atividades propostas. O desempenho dos formandos revelou facilidade na

compreensão dos temas, recetividade face às metodologias de trabalho utilizadas, criatividade na

abordagem das temáticas, participação ativa e cumprimento das regras de assiduidade/pontualidade.

Todos os formandos entregaram o trabalho escrito final, no qual produziram uma reflexão crítica sobre

os temas desenvolvidos no curso, os quais mereceram apreciação positiva pela qualidade apresentada.

Pela análise da avaliação da ação emitida pelos formandos conclui-se que os objetivos foram

alcançados e que a formação pode ser impulsionadora de um melhor desempenho profissional dos

formandos abrangidos.

Projetos de Formação cofinanciados pelo QREN - POPH

Projeto de Formações Modulares Certificadas n.º 075013/2012/823: O Serviço de Formação deu

continuidade ao projeto de formação nas áreas de Saúde – programas não classificados e de Formação

de Base, num total de 9000 horas de volume de formação e 180 formandos. O curso de Técnico/a

Auxiliar de Saúde iniciou no dia 1 de Outubro 2012 em Albufeira na sala de formação da FASL, com a

participação de 15 formandos / UFCD (Unidade de formação de curta duração) todos em situação de

desemprego e inscritos no Centro de Emprego. O percurso formativo é constituído por 600 horas de

formação, das quais 200 horas de UFCD da componente de formação de base e 400 horas de UFCD da

componente tecnológica. A formação é desenvolvida em horário laboral, de 2ª a 6ª feira, tendo-se

distribuído a carga horária de cada UFCD´s em sessões teóricas e sessões práticas. As atividades práticas

são realizadas nos equipamentos sociais da Fundação, designadamente na ULDMA - Unidade de

Cuidados Continuados, no Lar de Idosos N.ª Sr.ª da Visitação e no Centro Infantil “O Búzio”. A formação

terminou no dia 04 de Março 2013, tendo-se realizado nesse ano um volume de formação de 3.469

horas, tendo-se obtido uma taxa de execução física total do projeto de 94,12% para um total de 200

formandos (111,11%). Relativamente à execução financeira, a FASL concretizou 89,03% do valor total

aprovado para os anos 2012/2013 de 64.366,82 euros. O projeto foi desenvolvido com sucesso, não

havendo desistências a registar e obteve uma avaliação final positiva quer ao nível das aprendizagens

dos formandos, quer ao nível da satisfação dos formandos e formadores, resultando na certificação de

15 formandas. De referir que algumas das ex-formandas obtiveram colocação no mercado de emprego

37

após a frequência da formação, sendo esta uma evidência de que a qualificação profissional é uma

ferramenta indispensável para a reintegração profissional da população em situação de desemprego.

Projeto de Formação para a Inclusão n.º 094470/2013/861: Iniciou-se no dia 01/10/2013 a ação de

Operador/a de Manutenção Hoteleira no âmbito do projeto aprovado pelo POPH na tipologia 8.6.1 –

Formação para a Inclusão. O projeto tem como destinatários a população residente no Concelho de

Albufeira em situação de desfavorecimento e exclusão social, designadamente, desempregados

inscritos no Centro de Emprego há mais de 1 ano, beneficiários do RSI, adultos sinalizados e

encaminhados pelas instituições de solidariedade social e segurança social. O principal objetivo do

projeto de formação é preparar os formandos para efetuar operações de manutenção e reparações

simples no âmbito da manutenção hoteleira, tendo em conta as normas de proteção do ambiente,

segurança, higiene e saúde no trabalho. Estruturou-se o projeto como um mecanismo facilitador da

reinserção social e profissional da população socialmente excluída ou em risco de exclusão abrangendo-

se as dimensões pessoais e sociais, profissionais e de inserção. Para o processo de divulgação,

recrutamento e seleção dos formandos contou-se com a colaboração de entidades parceiras,

designadamente com o IEFP, a AHSA – Associação Humanitária Solidariedade de Albufeira e o NLI –

Núcleo Local de Inserção de Albufeira, tendo-se integrado um total de 18 formandos/as que reúnem as

condições de elegibilidade da tipologia. O Curso aprovado tem um total de 600 horas de formação, das

quais 100 horas são de FPCT – formação prática em contexto de trabalho, distribuídas por 6 horas/dia

de 2ª a 6ª feira. A formação teórico-prática decorreu na sala de formação da Colónia de Férias da FASL,

proporcionando-se condições à equipa formativa e formandos para a aplicação prática dos

conhecimentos adquiridos. Em 2013 executou-se um volume de formação de 5.616 horas, que

correspondem a 52% do volume aprovado e 48,10% de execução financeira para um total aprovado de

75 142,48€. A formação tem continuidade em 2014, prevendo-se terminar em 28/02/2014.

Projeto de Formação para a Inclusão n.º 094630/2013/61: O presente projeto insere-se no âmbito da

tipologia de formação 6.1 – Formação para a Inclusão, destinando-se ao desenvolvimento do Curso de

Assistente Familiar e de Apoio à Comunidade na região do Baixo Alentejo. Foi desenvolvido em parceria

entre a Fundação S. Barnabé, na qualidade de entidade beneficiária e a FASL na qualidade de entidade

formadora certificada. A formação iniciou no dia 04/11/2013 com 15 formandas selecionadas em

parceria com o IEFP e o Núcleo de Acão Social da Câmara Municipal de Almodôvar, bem como com a

Segurança Social local, designadamente a equipa do RSI. O projeto tem como principal objetivo

proporcionar à população, sinalizada pela entidade beneficiária e respetivas parcerias, que reúnam os

requisitos de elegibilidade da tipologia, o desenvolvimento de competências profissionais, sociais e

pessoais por forma a facilitar a obtenção de uma certificação e a reintegração no mercado de trabalho.

38

O projeto prevê a realização de 600 horas de formação, das quais 100 horas são de FPCT, para 15

formandos num total de 9.000 horas de volume de formação aprovados. Durante o ano 2013 realizou-

se um volume de formação de 3.058 horas que correspondem a 33,98% do total aprovado. O projeto

prevê-se terminar em 04/04/2014 pelo que terá continuidade no ano 2014.

Medida Vida Ativa – Projeto n.º 4/VA-FASL/2013: No âmbito das parcerias ativas dos Serviços de

Formação da FASL, celebrou-se em Novembro de 2013 o Acordo de Cooperação entre a FASL e o IEFP;

IP – Delegação Regional do Algarve para a dinamização conjunta de ações de formação profissional no

quadro da Medida Vida Ativa criada pela Portaria n.º 203/2013, de 17 de Junho. A referida Medida visa

reforçar a qualidade, a eficácia e a agilidade das respostas no âmbito das medidas ativas de emprego,

particularmente no que respeita à qualificação profissional, através do desenvolvimento de percursos

de formação modular com base em unidades de formação de curta duração (UFCD) inseridas no

Catálogo Nacional de Qualificações (CNQ). O plano de formação aprovado para o ano 2013 foi

concretizado com o início de 4 percursos de formação de 200 horas/cada, nas áreas da Geriatria,

Técnico/a Auxiliar de Saúde e Operador/a de Manutenção Hoteleira. Realizou-se um total de 4.725

horas de volume de formação e abrangeram-se 100 formandos. As ações decorreram nos Concelhos de

Faro e Albufeira, sendo os destinatários a população desempregada inscrita nos Centros de Empregos

há mais de 6 meses e na sua maioria beneficiária de prestações sociais – subsídio de desemprego,

subsídio social de desemprego ou RSI. O plano de 2013 contou com um financiamento total de

27.981,96 euros. O referido projeto formativo transita para o ano 2014 estimando-se a realização de

41.525 horas de volume de formação e a execução de um orçamento de 215.871,71 euros.

Formação Contínua Interna

No que concerne à formação interna dos quadros de recursos humanos da FASL, os Serviços de

Formação apresentou um Plano de Formação para o ano 2013, dirigido a todos os colaboradores dos

Equipamentos Sociais do Algarve e Lisboa, constituído por um conjunto de ações de formação cuja

duração totaliza as 35 horas anuais previstas pela legislação laboral em vigor:

o Curso de Processo de Comunicação e Formas Relacionais e Pedagógicas da Criança (35

horas)

o Curso de Comunicação Interpessoal e Assertividade (35 horas)

39

Considerações sobre a atividade desenvolvida

À semelhança do que se verificou no ano anterior, continua a constatar-se que a adesão à formação

profissional está muito dependente do estímulo do financiamento, a não ser que lhe estejam associadas

garantias concretas de retorno do investimento, como por exemplo, acesso a uma nova certificação

escolar ou profissional e/ou emprego. Conclui-se que, quer ao nível de particulares, quer ao nível

empresarial, é cada vez maior a procura de formação financiada, sendo esta condição determinante

para a frequência de formação profissional.

Os Serviços de Formação pretendem consolidar esta vertente através da realização de novos projetos

de candidatura às tipologias de formação financiada pelo QREN-POPH, assim como às medidas de

formação/qualificação profissional do IEFP, IP para abranger o público desempregado e em situação de

desfavorecimento social, caracterizado pela baixa taxa de escolaridade e qualificação profissional bem

como o público ativo empregado no âmbito da formação para ativos. Pretende-se igualmente potenciar

a intervenção formativa junto do tecido empresarial, através do enquadramento da legislação do

trabalho que traz obrigações no que se refere à formação dos seus colaboradores, apresentando

propostas de formação contínua à medida das necessidades e interesses dos potenciais clientes.

BANCO ALIMENTAR / DONATIVOS FARO

Em Junho de 2007, a Fundação celebrou com o Banco Alimentar contra a fome do Algarve um acordo

na qualidade de Associação Beneficiária.

Esta parceria visa proporcionar os meios técnicos humanos e conhecimento social da cidade de Faro

para que se faça uma distribuição eficaz dos bens alimentares disponibilizados pelo Banco Alimentar.

O saldo desta parceria mostra-se positivo, atendendo a que desta forma a Fundação consegue dar

resposta às carências sociais existentes no concelho que, de outra forma, seria muito difícil de

responder.

A par desta parceria e de certa forma interligada, a Fundação iniciou no ano de 2008 a criação do Banco

de Donativos, que visa a recolha da sociedade civil de todos os donativos não alimentares e

canalizando-os para as famílias mais carenciadas do concelho.

Estas duas iniciativas permitiram aumentar o já importante papel de intervenção social que a Fundação

desenvolve no concelho de Faro.

No ano de 2013, esta resposta não financiada, mostrou ser de primordial importância para a população

da cidade de Faro, que a ela recorreram cada vez em maior número.

40

SINTRA

LAR “QUINTA DO OITÃO”

No ano civil de 2013 o Lar Quinta do Oitão manteve sempre a lotação máxima, (30 utentes). Existe

ainda lista de espera, para integração de Idosos/ dependentes no Lar.

Para uma melhor qualidade de vida dos utentes, temos várias atividades programadas ao longo do ano.

Essas atividades, são acompanhadas e desenvolvidas por uma Animadora Sociocultural, promovendo e

estimulando capacidades físicas, mentais e cognitivas, concentração e memória. Respeitando sempre,

os tempos e as vontades dos utentes.

As atividades desenvolvidas podem ser individuais, em grupo, no interior ou exterior da Instituição.

Temos contando ainda, com parcerias com Instituições locais.

Importa salientar três das atividades exteriores, com uma elevado número de participantes, o

Campeonato de Bolling (inter-instituições), os cantos corais promovidos pela Acão social da Camara

Municipal de Sintra e os almoços convívio (sardinhadas e arraiais).

No interior da Instituição, temos uma maior adesão por parte da população feminina, pois o Ateliê de

costura tem preenchido os dias de algumas utentes. Para que todos pudessem apreciar os trabalhos

efetuados, foi criado um expósitos no Hall de Entrada do Lar.

Importa referir, que a satisfação/motivação demostrada pelos utentes tem sido muito significativa,

falamos da oração semanal e da missa mensal, celebrada dentro da Instituição pelo Sr. Padre da

Paroquia de São Pedro e a Oração celebrada pela Congregação das irmãs Doroteias do Linhó, que tanto

conforto espiritual tem trazido aos nossos utentes. Este ano recebemos a visita do Sr. Bispo Auxiliar de

Lisboa, D. Joaquim Silva Mendes.

CANTINA SOCIAL

Esta valência da Fundação António Silva Leal – Lar Quinta do Oitão, foi iniciada no ano civil de 2012 com

80 refeições diárias, devido ao elevado número de procura, a capacidade foi alterada e aumentada para

100 refeições diárias, nos 7 dias da semana (2ª feira a Domingo), estando sempre lotados.

A Cantina Social tem articulado com os serviços de Acão Social da Camara Municipal de Sintra, Acão

Social de Freguesia de Rio de Mouro, Acão Social da Junta de Freguesia de São Pedro e Santa Maria.

Todas as situações têm inerente um estudo socioeconómico prévio (pelas entidades acima descritas).

41

No decorrer do ano, temos assistindo a pessoas/famílias a organizarem-se e a não necessitar mais desta

ajuda social.

Dando de imediato lugar a outros indivíduos mais carenciados.

Acrescentamos ainda, que as refeições são confecionadas no Lar, distribuídas no Mercado da Serra das

Minas, freguesia de Rio de Mouro, para consumo no domicílio (TAKE AWAY).

Referimos que são precisas 5 horas diárias, em média para a realização desta resposta social.

Programa “Direito à Alimentação” – Município de Sintra

Programa já iniciado no ano 2012 decorrendo dentro dos prossupostos propostos. Permitindo chegar a

mais indivíduos/ famílias, carenciadas do município de Sintra.

Disponibilizamos 3 refeições gratuitas de 2ª feira a 6 ª feira, para consumo no domicílio (TAKE AWAY).

Esta resposta encontra-se na lotação máxima diária.

Em suma, com as duas respostas sociais referidas anteriormente, o Lar Quinta do Oitão disponibiliza

diariamente 103 refeições gratuitas, aos Munícipes de Sintra. Referem-se que as refeições

disponibilizadas pelo Programa “Direito à Alimentação” da Camara Municipal de Sintra são na sua

totalidade financiadas pela Fundação António Silva leal.

Cuidados de Saúde/ enfermagem

Para uma boa qualidade dos cuidados de higiene e de saúde, são em média disponibilizados, para a

Higiene, pelos Ajudantes de Acão Direta:

Turno da Manhã – 5 horas; Turno da tarde – 4 horas; Turno da noite – 4 horas;

As restantes horas de serviço são disponibilizadas na alimentação e outras tarefas.

Podemos concluir que para uma boa saúde/ qualidade de vida é necessária uma atenção elevada a

cuidados de saúde.

Para tal contamos com a presença diária (5 horas) de enfermagem.

Para uma melhor comunicação é realizada mensalmente, uma reunião com os Técnicos (médico,

enfermeira, fisioterapeuta e assistente social).

42

LISBOA

ESCOLA PROFISSIONAL - INSTITUTO PARA O DESENVOLVIMENTO SOCIAL

Em 1 de Janeiro de 2003, a Fundação integrou na sua estrutura a Escola Profissional IDS – Instituto para

o Desenvolvimento Social, a qual foi transferida da antiga Fundação para a Inovação e Desenvolvimento

Social-FIDS.

É um estabelecimento de ensino, integrada no sistema de ensino português, de natureza privada, sem

fins lucrativos, que goza de autonomia pedagógica, administrativa e financeira, sujeita à tutela do

Ministério da Educação.

O IDS conduz a sua atividade no respeito de valores essenciais, que funcionam como guia e fonte de

inspiração, na atenção aos alunos, na busca do estímulo à criatividade e ao empreendedorismo,

assumindo o compromisso de boa cidadania perante o desafio de responsabilidade social da fundação

que o tutela (Fundação António da Silva Leal)

Procura responder aos interesses do seu público-alvo e às necessidades do tecido empresarial,

disponibilizamos-lhe a informação necessária para o acompanhamento destes percursos educativos e

formativos.

Tem como missão, sendo uma Escola Profissional, capacitar cidadãos para o mercado do trabalho

procurando, sempre, ajustar a sua formação quer às áreas do conhecimento quer nas aptidões e

atitudes de cada indivíduo.

No ano lectivo de 2012/2013, a escola, para além de dar continuidade aos ciclos anteriormente

definidos nas duas áreas – Animador Sociocultural e Artes do Espetáculo - que, atualmente a definem e

distinguem, com cerca de 150 alunos, aumentou a sua oferta com a criação de Cursos Vocacionais,

realizando várias atividades de acordo com o seu Plano Anual de Atividades e Calendário Escolar. O

Plano de Atividades operacionaliza o Projeto Educativo da Escola visa prosseguir os seguintes objetivos:

• Promover o sucesso educativo dos alunos, através do acompanhamento académico de um

corpo docente e técnico de elevada qualidade cuja missão visa a melhoria dos resultados

académicos e a redução do abandono escolar;

• Apostar na realização pessoal e no futuro profissional dos alunos, mediante a aquisição de um

Saber baseado na investigação, na reflexão e na experimentação, desenvolvendo

43

conhecimentos, capacidades destrezas, habilidades e hábitos de trabalho que facilitem uma

integração adequada na vida cativa;

• Incentivar uma maior aproximação entre a Escola e o mundo do trabalho, através da

planificação, acompanhamento e avaliação da Formação em Contexto de Trabalho;

• Facilitar a realização de visitas a entidades e instituições sociais;

• Integrar a participação de entidades locais no Conselho Consultivo da Escola em

colóquios/conferências organizados pela mesma;

• Avaliar as competências dos alunos, através das Provas de Aptidão Profissional – PAP;

• Promover a consciência ética, moral e social dos alunos, apoiando-os no desenvolvimento da

sua personalidade e nos valores essenciais ao exercício da cidadania.

• Proporcionar a orientação profissional adequada e o apoio e acompanhamento na procura e

seleção de emprego;

Os técnicos já formados fazem hoje um trabalho insubstituível na luta contra a pobreza, no apoio às

crianças, adolescentes e idosos e na dinamização das diversas vertentes do desenvolvimento

comunitário, bem como na área cultural e de apoio a serviços jurídicos. A presença da escola é uma

mais-valia para a comunidade em que se se encontra inserida, participando em múltiplos eventos,

demonstrando a maior disponibilidade, sempre que solicitada.

Comprometido com a excelência no desempenho da sua missão, posiciona-se como parceiro na

formação profissional em diversas áreas e na qualificação de recursos humanos do País.

O Instituto para o Desenvolvimento Social encontra-se sediado no espaço Quinta da Luz, em Carnide

desde o início de 2006.

CASA DE ACOLHIMENTO DE EMERGÊNCIA “CASA DA LUZ”

A Casa de Acolhimento de Emergência “Casa da Luz” consiste numa resposta social que foi pensada

para o acolhimento de crianças e jovens em situação de perigo imediato. A Casa de Acolhimento de

Emergência resulta dos acordos de gestão e cooperação celebrados entre o Instituto da Segurança

Social, entidade proprietária do Edifício, e a Fundação no ano de 2004.

44

Esta Resposta Social, com capacidade para 30 utentes, tem por objetivo o acolhimento de crianças e

jovens do sexo feminino, entre os 12 e os 18 anos, que se encontrem em situação de perigo, e crianças

do sexo masculino, com menos de 12 anos, desde que filhos ou irmãos das supra-referidas jovens.

Ao mesmo tempo que se pretende proporcionar às crianças/jovens todos os cuidados básicos

essenciais, a Equipa Técnica Multidisciplinar procede ao estudo com vista à definição do diagnóstico e

do encaminhamento mais adequado de cada criança e/ou jovem. A Equipa Técnica tem como fim

proteger e promover a inserção plena e sustentável na sociedade, através da articulação com as

entidades locais.

A Casa da Luz tem como objetivo principal dar resposta imediata e urgente a situações de crianças e

jovens em perigo, cuja manutenção no meio familiar não se mostra possível a curto prazo, por

situações de negligência, maus-tratos, inexistência de conteúdo familiar minimamente estruturado ou

comportamentos que coloquem a criança ou jovem em perigo.

No caso da proposta de encaminhamento ser a integração em Centro de Acolhimento Temporário

(CAT) ou Lar de Infância e Juventude (LIJ), as crianças e jovens devem ser rapidamente encaminhadas

para Instituições, com condições de vida mais adequadas às suas necessidades, permitindo uma

avaliação mais profunda de cada situação, bem como a consequente organização de um projeto de

promoção e proteção. Este encaminhamento institucional é da responsabilidade do Centro Distrital de

Lisboa, Núcleo de Infância e Juventude, Equipa de Admissões - Gestão Centralizada de Vagas.

Tendo em conta que a Casa da Luz é uma resposta de emergência e um acolhimento transitório, as

atividades desenvolvidas têm em conta o contexto e as necessidades específicas de cada criança e

jovem, procurando-se desenvolver projetos no quotidiano e não a longo prazo.

Assim, pode-se afirmar que em 2013 destacaram-se projetos que se consideram essenciais para as

crianças e jovens, nomeadamente:

o A (re)integração em estabelecimento de ensino ou em cursos de formação profissional,

verificando-se muitas situações em que as crianças e jovens são acolhidas com um registo de

absentismo ou abandono escolar.

o A promoção do estudo e de atividades de desenvolvimento de competências pessoais

através da dinamização da sala de estudo e do atelier.

o A integração em atividades extracurriculares na comunidade, em parceria com entidades

locais, promovendo a inserção na vida comunitária.

o A articulação, 24 horas/dia, com as famílias ou pessoas de referências das crianças e jovens,

45

promovendo-se uma intervenção conjunta e sustentável, através de contactos, reuniões,

visitas (dentro e fora da Instituição), consultas de terapia familiar.

o A celebração de dias festivos, pretendendo-se o amadurecimento intra cultural, a

valorização da auto-estima, o desenvolvimento das capacidades artísticas e motoras, bem

como o apreender formas de relacionamento interpessoal das crianças/jovens, para que

estas valorizem a sua gravitação e aceitação social dentro dos grupos, gerando,

naturalmente a melhoria do seu sentimento de pertença.

o A celebração de aniversários, promovendo-se a auto-estima da criança e jovem, através da

realização de uma festa com direito a bolo e prenda e com a participação de todas as

crianças e jovens acolhidas.

Para a intervenção técnica e quotidiana da Casa da Luz, são celebradas diferentes parcerias com

entidades locais, nomeadamente a Junta de Freguesia de Carnide, a ENTRAJUDA, a CEGOC, Centro de

Saúde do Lumiar – Extensão de Telheiras, Unidade de Saúde Domingos Barreiro, Clínica da Juventude,

Clínica Nova Era, Hospital de Santa Maria, Hospital da Cruz Vermelha, Farmácia Valentim, Direção

Regional de Educação de Lisboa, Instituto de Emprego e Formação Profissional, Banco de Voluntariado,

Instituto para o Desenvolvimento Social (FASL), entre outras. Todas estas parcerias apoiam a Equipa da

Casa da Luz a promover o bem-estar e o quotidiano das crianças e jovens acolhidas.

LAR DE INFANCIA E JUVENTUDE “LAR ADOLFO COELHO”

Esta resposta social, situada no concelho de Lisboa, freguesia de Carnide, destina-se ao acolhimento de

crianças e jovens do sexo feminino, em situação de vulnerabilidade social e no âmbito de uma medida

de promoção e proteção. O Lar de Infância e Juventude resulta dos acordos de gestão e cooperação

celebrados entre o Instituto da Segurança Social, entidade proprietária do Edifício Instituto Adolfo

Coelho, e a Fundação António Silva Leal.

Os referidos acordos destinam-se a permitir a realização de atividades e serviços de apoio a crianças e

jovens do sexo feminino em risco de exclusão social, com idades compreendidas entre os 12 e os 18

anos, salvaguardando-se também o acolhimento de irmãos e filhos destas, de menor idade e de ambos

os sexos, sendo que as crianças do sexo masculino nestas condições só poderão ser admitidas até aos

12 anos. O Lar Adolfo Coelho deverá dar prioridade ao acolhimento de jovens gestantes.

Com uma capacidade para 30 residentes, este espaço tem como objetivo proporcionar os meios que

contribuam para a valorização pessoal das jovens, ou seja, promover durante a permanência no Lar as

suas aptidões pessoais, profissionais e sociais, susceptíveis de evitar situações de exclusão social e

tendo em vista a sua efetiva (re)inserção social.

46

Tendo em conta que a missão do Lar Adolfo Coelho é proporcionar a satisfação das necessidades

básicas ao nível físico e psíquico, com vista a salvaguarda dos interesses, integração na família ou

comunidade, construindo a progressiva autonomização das nossas utentes, sentiu-se a necessidade de

elaborar um Plano de Atividades, que se encontra dividido em onze projetos, distribuindo-se da

seguinte forma: Acolhimentos de Crianças e Jovens, Cuidados Básicos, Formação Escolar e Profissional,

Sala de Estudo e Atelier; Integração na Comunidade, Assegurar o Contacto com a Família, Celebração de

dias festivos e dias temáticos, Ateliers de Culinária, Quartos de Autonomização, Projeto Crescer Bem e

o Projeto Saber Ser e Estar. Desta forma o Lar Adolfo Coelho propõe avançar num processo dinâmico e

participado, que envolva transversalmente técnicos e residentes, exercendo a sua função segundo

valores que regem a missão da Fundação.

Procura-se, com a intervenção técnica, contribuir para a implementação de estilos de vida saudáveis

das residentes, garantindo, com recurso aos serviços de saúde locais, os cuidados necessários a um bom

nível de saúde. Implica proporcionar uma alimentação saudável qualitativa e quantitativamente

adequada às respetivas idades, salvaguardando as situações que necessitem de alimentação especial.

De acordo com a população alvo, cada vez mais urge sensibilizar e orientar as crianças/jovens para o

planeamento familiar.

Em termos de projetos e áreas desenvolvidas em 2013, destacam-se:

• Formação escolar e profissional: através da integração das crianças/jovens na escola ou em

cursos de formação profissional, dando-lhes assim ferramentas para que no futuro possam estar

preparadas para integrar o mercado de trabalho. Promover a envolvência da família reforçando

a importância do seu papel no desenvolvimento sustentado das crianças e jovens acolhidas.

• Dinamização da sala de estudo: com o objetivo de implementar hábitos de estudo, motivando

desta forma para a aquisição dos conteúdos programáticos das diferentes disciplinas,

disponibilizando apoio regular ao longo do ano lectivo.

• Integração na comunidade: com o objetivo de promover a inclusão das crianças e jovens na

sociedade, investir desde o início do acolhimento na aquisição de competências que promovam

a integração social/profissional. Incentivar para integrar em projetos sociais desenvolvidos fora

da Instituição fundamentais para a aquisição de normas e valores ajustados à sociedade.

Participação em espaços e tempos de aprendizagem que possam ajudar a encontrar vias de

expressão das suas vivências, competências e saberes práticos, assim como desenvolver o

sentimento de pertença e entre ajuda.

• Articulação com as famílias das crianças e jovens, 24h/dia, que serão informadas da evolução

da criança/jovem devendo promover-se, sempre que possível e necessário, encontros regulares

com os seus familiares dentro e fora do lar. Incentivar a família a colaborar projeto de vida da

47

criança e jovem residente de forma a colaborar ativamente no desenvolvimento do projeto de

vida delineado.

• Celebração dos dias festivos, procurando-se o amadurecimento intracultural, a valorização da

autoestima, o desenvolvimento das capacidades artísticas e motoras, bem como o apreender

formas de relacionamento interpessoal, para que estas valorizem a sua gravitação e aceitação

social dentro dos grupos.

• Ateliers de culinária assegurando os meios necessários ao desenvolvimento pessoal da

criança/jovem, assim como desenvolver capacidades culinárias e promover o espírito de

entreajuda e o espírito de grupo.

• Quartos de pré-autonomia com o objetivo de assegurar os meios necessários à autonomização

e desenvolvimento pessoal das jovens com vista à sua integração na comunidade. Envolver a

residente, diariamente, na definição de estratégias que possibilitem o desenvolvimento de

competências pessoais e sociais de forma a garantir a sua autonomização social.

• Projeto “Crescer Bem” com o objetivo de promover relações parentais das atividades acolhidas,

através de atividades que permitam a aquisição de competências parentais, fomentando

comportamentos adequados nos cuidados básicos prestados aos filhos diariamente e que visem

o reforço da relação mãe-filho, salvaguardando o direito e bem-estar das jovens mães.

• Projeto “Saber Ser e Estar” para colmatar as dificuldades evidenciadas pelas residentes na

integração profissional. O objetivo principal passa por desenvolver competências e

comportamentos assertivos que facilitem a inserção no mercado de trabalho.

O Lar Adolfo Coelho tem como visão garantir que todas as crianças e jovens tenham um acolhimento e

permanência correspondente às suas necessidades e um Projeto de Vida delineado, acompanhado e

avaliado sempre que possível, com vista à reintegração familiar ou plena autonomia. Este Projeto de

vida é delineado, construído e operacionalizado com a participação de cada criança/jovem e as

respetivas famílias, considerando-se essencial o envolvimento dos elementos familiares no processo da

criança/ jovem.

CANTINA SOCIAL “QUINTA DA LUZ”

Em Novembro de 2012, no âmbito do Programa de Emergência Alimentar (PEA), a Fundação António

Silva Leal celebrou um protocolo de colaboração com o Instituto de Segurança Social, I.P. tendo assim

aberto mais uma resposta social na freguesia de Carnide, Concelho de Lisboa - Cantina Social, que

pressupõe a confeção e disponibilização de refeições, para o consumo no domicílio.

48

Os serviços da Cantina Social estão disponíveis todos os dias, das 14h15 às 15h00, sendo asseguradas

100 refeições diárias constituídas por uma dose de sopa, um prato principal e uma peça de fruta.

A admissão dos beneficiários será feita pela Fundação e de acordo com os seguintes critérios:

• Situação já sob apoio social, desde que o apoio atribuído não seja do âmbito alimentar;

• Situações recentes de desemprego múltiplo e com despesas fixas com filhos;

• Famílias/indivíduos, com baixos salários e encargos habitacionais fixos;

• Famílias/indivíduos, com reformas/pensões ou outro tipo de subsídios sociais baixos;

• Famílias monoparentais, com salários reduzidos, encargos habitacionais fixos e despesas fixas

com filhos;

• Situações de emergência temporária, tais como incêndio, despejo ou doença entre outras.

• Os beneficiários podem usufruir da Cantina Social através da procura direta ou sinalizados por

parceiros da Rede Social, principalmente a Junta de Freguesia de Carnide e os Serviços de

Acolhimento Social da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, sendo posteriormente a situação

avaliada pela Fundação.

Não podem beneficiar da Cantina Social, famílias que recebam apoio por qualquer outra via ao nível da

alimentação (como por exemplo: banco alimentar, outra cantina social, distribuição direta de alimentos

a sem-abrigo, entre outras).

Tendo em conta a situação de vulnerabilidade extrema verificada nos diversos agregados, as refeições

são totalmente gratuitas e é efetuado um acompanhamento próximo com as entidades que

acompanham os agregados familiares.

APARTAMENTO DE AUTONOMIZAÇÃO “PASSOS EM VOLTA”

O Projeto “Passos em Volta” – Apartamento de Autonomia para a autonomização progressiva de jovens,

vem dar cumprimento ao Artigo 45º da Lei nº 147/99 de 01 de Setembro – Lei de Proteção de Crianças e

Jovens em Perigo, tendo iniciado o seu funcionamento em dezembro de 2013 com uma capacidade de 5

jovens. Prevê-se a abertura de novo apartamento em 2014, tendo em conta a necessidade de existência

deste tipo de resposta social e a autonomização de jovens institucionalizadas.

49

OBJECTIVOS GERAIS

1. Proporcionar às jovens que estão privadas do seu meio natural de vida um apoio para a

preparação da sua independência e autonomia;

2. Promover uma resposta transitória entre a passagem de um sistema de acolhimento residencial

e a aplicação de uma medida para autonomia de vida;

3. Capacitar as jovens para o trabalho, para os afetos, para a família, para a saúde, de modo a que

consigam experienciar todas a as áreas da sua vida de uma forma mais autónoma e equilibrada;

4. Assegurar todas as condições favoráveis ao seu desenvolvimento pessoal que possibilitem uma

integração social harmoniosa e a consequente autonomização.

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS

• Proporcionar um ambiente acolhedor e propício à socialização;

• Promover o ingresso ou a continuação da formação escolar, profissional e laboral;

• Promover a valorização pessoal, social e familiar das jovens;

• Promover a educação para a saúde e sexualidade;

• Promover aprendizagens sociais (organização das atividades da vida diária) oferecendo

orientações nas escolhas individuais na educação e/ou no trabalho;

• Promover a educação para a cultura e para o lazer;

• Promover o conhecimento e a cidadania;

• Aprender a utilizar a rede social e institucional;

• Promover a gestão económica e doméstica;

• Proporcionar as condições adequadas para um crescimento afetivo e emocional;

• Apoiar a jovem na transição para a completa autonomia.

Para alcançar os objetivos propostos, a intervenção, que inclui apoio económico, inicia-se num apoio ao

nível da organização do Apartamento (espaço físico), em que são trabalhadas questões como:

• Coabitação conjunta;

• O respeito pelo espaço do outro;

• O espaço e privacidade de cada uma;

• A partilha versus espaço individual;

• A forma de organização das tarefas domésticas;

• Gestão da economia doméstica.

50

• Vínculos de referência e reparadores.

A intervenção direciona-se complementarmente com um apoio ao nível psicopedagógico e social, em

que são trabalhadas questões nas áreas:

• Da saúde;

• Da educação;

• Da profissionalização;

• Da gestão económica;

• Gestão das atividades de lazer;

• Gestão das atividades de cultura, entre outras.

Pretende-se um apoio psicológico pontual às jovens, nomeadamente da mediação de conflitos

interiores e relacionais sendo que, caso exista necessidade de um apoio continuado, este é prestado

através do Centro de Saúde ou outro recurso institucional existente na zona de implementação do

projeto.

Face às questões levantadas nesta fase da adolescência/entrada no estado adulto, entende-se como

pertinente elaborar um esquema de ações de formação sobre temáticas que interessem em particular a

estas jovens, tais como:

• Sexualidade;

• Comportamentos aditivos;

• Comportamentos alimentares;

• Relacionamento interpessoal, entre outras.

• E outras áreas específicas da formação profissional.

Em suma, pretende-se criar um ambiente contentor e acolhedor de tal forma que as jovens adquiram

competência para iniciar as suas vidas de forma autónoma e gratificante.

51

PROGRAMA DE APOIO E QUALIFICAÇÃO DA MEDIDA PIEF (PAQIEF)

A Fundação celebrou em Setembro de 2012 com o Instituto da Segurança Social, IP, quatro protocolos

de compromisso para o desenvolvimento do PROGRAMA “PAQIEF” nas escolas da área de Lisboa abaixo

indicados:

1. Agrupamento de Escolas de Algueirão – Escola Básica Mestre Domingos Saraiva – Sintra

Ocidental;

2. Agrupamento de Escolas Agualva – Mira-Sintra - Escola Secundária Matias Aires – Sintra-

Cacém;

3. Agrupamento de Escolas Agostinho da Silva – Casal de Cambra;

4. Agrupamento de Escolas de Benfica – Escola Básica 1 Arquiteto Gonçalo Ribeiro Teles – Bairro

da Boavista.

De referir que os 4 projetos funcionaram no ano lectivo 2012/2013, e que no ano letivo 2013/2014

funcionaram apenas os seguintes projetos:

1. Agrupamento de Escolas Agualva – Mira-Sintra - Escola Secundária Matias Aires – Sintra-

Cacém;

2. Agrupamento de Escolas de Benfica – Escola Básica 1 Arquiteto Gonçalo Ribeiro Teles – Bairro

da Boavista.

Os objetivos do programa assentam na promoção da inclusão social de crianças e jovens mediante a

criação de respostas integradas, designadamente socioeducativas e formativas de prevenção e combate

ao abandono e insucesso escolar, favorecendo o cumprimento da escolaridade obrigatória e a

certificação escolar e profissional dos jovens.

Os projetos têm capacidade para 30 alunos cada, tendo-se desenvolvido o conjunto de principais

atividades que abaixo se passa a descrever:

• Elaboração e implementação, com base em diagnóstico prévio, de planos

socioeducativos e formativos individualizados (PSEFI);

• Ações no âmbito da promoção da inclusão e da cidadania cativa de crianças e jovens;

• Ações de diagnóstico, intervenção e acompanhamento de alunos integrados nas

respostas socioeducativas e formativas;

• Ações de reforço das competências parentais, nomeadamente através de atividades de

mediação, sensibilização e informação de pais e encarregados de educação, de

articulação com as redes sociais, de animação socioeducativa, de promoção da relação

52

escola, família e comunidade através da realização de workshops que promovam a

capacitação parental e familiar diferenciada em função das necessidades identificadas;

• Ações de sensibilização e de mobilização da comunidade;

• Ações de dinamização e monitorização de medidas de intervenção socioeducativa e

formativa individualizada, com vista à certificação escolar e profissional dos jovens,

promovendo a inclusão e cidadania cativa dos mesmos;

• Desenvolvimento de estudos de diagnóstico, de metodologias e tecnologias de apoio, de

suporte às intervenções.

CRECHE “ALGODÃO DOCE”

A gestão da Creche Algodão foi cedida à Fundação pela Câmara Municipal de Lisboa, em 2013, através

do programa de Desenvolvimento de Creches em Lisboa - B.a.ba, cujo principal objetivo é o de dotar a

cidade de Lisboa com uma rede de creches através da criação de 60 unidades. Este espaço destina-se a

receber crianças com idades compreendidas entre 4 e os 36 meses, com capacidade total para 84

crianças.

A resposta social de Creche é composta por:

2 Salas de Berçário (4 meses até aquisição da marcha) – com capacidade de 10 crianças cada;

2 Salas de aquisição da marcha-24 meses – com capacidade de 14 crianças cada;

2 Salas dos 24-36 meses – com capacidade de 16 crianças cada.

A Creche Algodão Doce iniciou a sua prática educativa em outubro de 2013, com a abertura das 2 salas

de Berçário, 1 sala de aquisição da marcha-24 meses e 1 sala dos 24-36 meses. A equipa pedagógica da

creche defende os seguintes objetivos “proporcionar o atendimento individualizado de cada criança

num clima de segurança afetiva e física, que contribua para o seu desenvolvimento global; colaborar

estritamente com a família numa partilha de cuidados e responsabilidades em todo o processo

evolutivo de cada criança; estimular o desenvolvimento global da criança no respeito pelas suas

caraterísticas individuais, incutindo comportamentos que favoreçam aprendizagens significativas e

diferenciadas; proporcionar à criança um ambiente de estabilidade e segurança afetiva, que seja própria

ao desenvolvimento global e harmonioso de todas as suas capacidades; contribuir para uma boa

integração no meio físico e social envolvente, permitindo à criança oportunidade de observar e

compreender o que se passa à sua volta de forma a participar de maneira mais adequada; desenvolver

53

as capacidades de experimentação, comunicação e criatividade e incentivar a participação das famílias

no processo educativo.” (in Guião Técnico n. 4, editado pela ex-DGAS, aprovado em 29.11.1996).

O Projeto Educativo da creche intitula-se “À descoberta …”, que tem como eixo orientador a crença de

que a aprendizagem é um processo e não um produto acabado e o Plano Anual de Atividades foi

elaborado tendo em conta as efemérides e as festividades/acontecimentos a celebrar ao longo do ano

letivo, com um conjunto de atividades adequadas e apelativas a esta faixa etária. Além destes

documentos, cada sala possui um Projeto Curricular, elaborado pelas educadoras, onde consta a

caraterização do grupo, os seus interesses e necessidades e as atividades a desenvolver de acordo com

as competências e objetivos que se pretende alcançar até ao final do ano letivo.

54

LEIRIA

LAR DE INFÂNCIA E JUVENTUDE –“COLÉGIO D. DINIS”

Esta resposta social situa-se no concelho de Leiria e destina-se ao acolhimento de crianças e jovens do

género masculino em situação de vulnerabilidade ou exclusão social encaminhados por Tribunal ou

Comissões de Proteção de Crianças e Jovens através de medidas de Promoção e Proteção.

Este lar de infância e juventude resulta dos acordos de gestão e cooperação celebrados entre o Instituto

da Segurança Social, entidade proprietária do Edifício, e a Fundação António Silva Leal.

Com uma capacidade para 25 utentes, o Colégio D. Dinis acolhe crianças e jovens com necessidade de

substituição da família natural, com o objetivo de lhes garantir uma estrutura securizante e equilibrada

de forma a criar as condições ideais para o crescimento e desenvolvimento pleno e pró-ativo.

Tendo em vista a intervenção global da Fundação, bem como a especificidade da intervenção com cada

criança e jovem, são desenvolvidas diversas parcerias com entidades locais de forma a proporcionar

atividades e o acesso a consultas que promovam o bem-estar e a plena integração dos jovens no meio

que os rodeia, nomeadamente parcerias com: Câmara Municipal de Leiria, Junta de Freguesia de Leiria,

Junta de Freguesia de Marrazes, Instituto Politécnico de Leiria, Centro Hípico Dom Cavalo, Biblioteca

Municipal, Instituto Português do Desporto e da Juventude, Cruz Vermelha Portuguesa, EDP, Associação

Fazer Avançar, Clínica Dentária DentalCare, Polidiagnóstico, Centro Hospitalar Leiria / Pombal, Alexmel,

Panidor, Leirisport, Clube de Hóquei de Leiria, Associação Recreativa e Desportiva dos Outeiros da

Gândara, Leirigym, Bairro dos Anjos, Americana, Papelarias, S.A., Tecnitalentos e Visage. Para além

destas parcerias formais, contamos também com a colaboração de voluntários que, tão gentilmente,

cedem parte do seu tempo para ajudar as nossas crianças e jovens em atividades tão diversas como o

apoio ao estudo, atividades desportivas e de lazer ou simplesmente passar algum tempo de qualidade

conversando com os jovens e percebendo as suas motivações e ambições.

No âmbito do projeto escolar, encontra-se em funcionamento e em constante dinamização a Sala de

Estudo de forma a promover o sucesso escolar de cada criança e jovem. Para além de ser um espaço de

estudo, realização de trabalhos e organização de material escolar, esta sala passou a receber também

atividades lúdico-recreativas e a ser um espaço privilegiado para o debate de questões relativas à vida

escolar. Esta Sala é constituída pelo “Canto da Informática” equipado com computadores e impressora

onde os jovens podem realizar trabalhos ou até jogar jogos; o “Canto da Leitura” com uma biblioteca

com literatura infanto-juvenil onde todos podem requisitar livros, à semelhança de uma Biblioteca

55

Municipal; o “Canto dos Jogos” onde existem diversos jogos de tabuleiro disponíveis para requisição e o

“Canto da Fama” onde são afixados os trabalhos escolares e objetivos realizados pelos nossos jovens. A

Sala de Estudo tem como objetivo principal dotar as nossas crianças e jovens de hábitos de estudo e

trabalho, de cumprimento de compromissos e de responsabilização individual. Tem também como

objetivo um controlo mais eficaz do seu percurso escolar (quer a nível de comportamento da sala de

aula, quer a nível de sucesso escolar) pois, foram estabelecidos meios de comunicação rápidos e

eficazes com os professores que nos permitem saber, no próprio dia, se houve alguma anomalia

durante o período escolar. No âmbito da Sala de Estudo e com o objetivo principal de motivar as nossas

crianças e jovens para o sucesso escolar, foi também instituído um concurso de motivação escolar com

prémios para os melhores resultados escolares.

Durante os períodos de férias, interrupções da Páscoa e Verão, as crianças e jovens frequentaram a

Colónia de Férias “O Búzio” no Algarve, a Colónia de Férias na Torreira e a Colónia de Férias das Cáritas

onde puderam participar em atividades variadas que permitiram o estreitamento de relações, a partilha

de experiências e a ocupação de tempos livres. Para além disso, no âmbito das “Férias em Movimento”,

projeto implementado pelo Clube Académico de Leiria, usufruíram de atividades tão diversas como idas

à praia, piscina, corridas de moto 4, visualização de filmes, entre outras. Para além deste projeto, a

quatro dos nossos jovens entre os 16 e os 18 anos foi também proporcionada a possibilidade de

frequentarem um Curso de Monitor de Atividades, ministrado pelo Clube Académico de Leiria que

completaram com avaliação positiva.

É através de atividades lúdico-pedagógicas como as que se descrevem em seguida, que se pretende

aumentar a cumplicidade entre todas as crianças e jovens e também entre os profissionais com os

quais, partilham o dia-a-dia.

Durante a Colónia de Férias “O Búzio”, para além das incontornáveis idas à praia e piscina da Colónia,

foram realizados diversos passeios pedonais tanto pela cidade de Albufeira como ao longo do areal,

Torneios de Futebol, serões de Bingo, Paintball, passeio nocturno à zona comercial de Albufeira “às

barraquinhas”, jogos de cartas, sessões de cinema, karaoke ou simplesmente, tertúlias onde se

debatem assuntos atuais e do interesse da faixa etária da população. Conforme os anos anteriores,

também este ano, foi implementado o concurso dos “chefes de quarto” com um resultado bastante

positivo, responsabilizando-os para os cuidados a ter tanto com as instalações como com os objectos de

todos com que partilham o quarto ou camarata. Este concurso consiste na eleição de pares que

assumem a responsabilidade pela organização e limpeza diária das camaratas, de forma alternada

sendo que, no final da estadia, o par eleito como o mais eficaz na supervisão da camarata ganhou uma

saída aos clubes locais com os funcionários.

56

É de salientar que estes dias repletos de atividades realizadas em conjunto, e também o contacto com

outros grupos de jovens oriundos de outras zonas do país, resultam também num claro estreitamento

da sensação de pertença a um grupo. Para além do indivíduo em si, é feita uma importante

aprendizagem acerca de como o grupo interage com grupos diferentes.

Para além das atividades desenvolvidas nas colónias de férias, também durante o restante ano civil

foram desenvolvidas diversas atividades lúdico-pedagógicas dentro e fora do Colégio tais como idas ao

teatro e ao cinema, visita de exposições no Banco de Portugal, realização de trabalhos de expressão

plástica, piqueniques em parques de merendas, celebração de dias festivos como o Dia do Bolinho, Dia

da Criança, Dia Mundial da Árvore, entre outros, celebração dos aniversários e celebração do início do

Verão. Os nossos jovens tiveram também acesso a experiências tão diversas como aprender a cozer

pão, a fazer pizzas, passeios culturais de forma a conhecerem a história da cidade e da comunidade

onde estão inseridos, Laserquest, entre outras.

Entre Março e Setembro de 2013 usufruíram igualmente de aulas de música onde aprenderam a tocar

guitarra clássica e piano tendo sido dada continuidade a um grupo musical criado em 2012 por cinco

dos nossos jovens chamado Many Moore. Os Many Moore são compostos por elementos dos 10 aos 18

anos de idade e realizam covers de outras bandas juvenis. Assim, durante a interrupção escolar do

verão foi possível organizar um concerto num infantário de Leiria, onde os nossos jovens atuaram e

conviveram com crianças de cinco anos de idade.

À semelhança do ano anterior, foi desenvolvido um Projeto de Manutenção dos espaços físicos da

Instituição (quer interiores, quer exteriores) onde os utentes desempenham um papel fundamental,

recebendo para isso um incentivo semanal. Este projeto pretende incutir nos jovens o respeito pelo

espaço alheio e o respeito pelos outros. Para além disso, é incutido também o valor do trabalho e do

esforço pessoal em prol de um grupo e vice-versa contribuindo de forma fundamental para a

consciencialização do grupo e de pertença à nossa casa.

É de salientar que, o ano de 2013 ficou marcado pela intervenção realizada no edifício do Colégio D.

Dinis situado em Marrazes que consistiu na reformulação dos balneários e de uma intervenção

estrutural, principalmente ao nível do telhado. Estas obras, que pretenderam proporcionar às nossas

crianças e jovens melhores condições de habitabilidade e salubridade implicaram uma mudança

provisória das instalações do Colégio D. Dinis para a antiga Pousada de Leiria. Por sua vez, esta mudança

implicou um enorme esforço, quer da parte dos funcionários quer das crianças e jovens acolhidos no

Colégio D. Dinis pois implicou uma adaptação a novas instalações, a nova localização e a novas normas

e regras imprescindíveis devido a todas as alterações.

57

Esta mudança de instalações durante sete meses, aproximadamente, foi trabalhada como uma

aventura e um desafio que teve um desfecho positivo e que nos permitiu crescer e estreitar relações

com os nossos jovens através da superação de obstáculos e dificuldades.

A intervenção técnica no Lar de Infância e Juventude “Colégio D. Dinis” tem por base o superior

interesse de cada criança e jovem acolhida, sendo totalmente respeitados os seus direitos e sendo

delineado/construído e operacionalizado o respetivo Projeto de Vida, contando com a sua participação,

bem como envolvendo os agregados familiares.

A implementação de políticas sociais inovadoras e absolutamente pioneiras, apontam para uma

institucionalização diferente, basicamente securizante, contentora de angústias e promotora do

desenvolvimento pessoal e da construção da identidade e cujo objetivo último é sempre uma eficaz

integração social repleta de autonomia.

Consideramos que, cada criança e cada jovem que chega à nossa casa trás uma bagagem individual que

só a si diz respeito e consigo deve ser trabalhada de forma a conseguirmos abrir as portas e janelas

necessárias para a realização dos seus sonhos e objetivos.

58

OUTROS INDICADORES DE GESTÃO

Número de Utentes nas Respostas Sociais

RESPOSTAS SOCIAIS C/ACORDO S/ACORDO TOTAL

INFÂNCIA E JUVENTUDE

Creche “O Búzio” 25 0 25

Jardim-de-Infância “O Búzio” 105 0 105

Creche “Os Amendoinhas” 82 7 89

Creche “Estrela do Mar” 17 0 17

Jardim-de-Infância “Estrela do Mar” 20 0 20

Creche “ Malta Pequena” 48 8 56

Creche “ Algodão Doce” 52 0 52

TERCEIRA IDADE

Lar de Idosos “N. Sra. Visitação” 36 9 45

Centro de Dia “N. Sra. Visitação” 12 0 12

Apoio Domiciliário “N. Sra. Visitação” 28 0 28

Lar de Idosos “Quinta do Oitão” 30 0 30

Apoio Domiciliário “Quinta do Oitão” 5 0 5

SAÚDE

Unidade de Longa Duração e Manutenção de Albufeira 20 0 20

20 0 20

FORMAÇÃO

Escola Profissional - Instituto para o Desenvolvimento Social - IDS 169 0 169

Serviços de Formação* 16 0 16

FAMILIA E COMUNIDADE

Centro Comunitário “Horta da Areia” 60 0 60

Casa Abrigo “Sol Nascente” 18 0 18

Colónia de Férias “O Búzio” 48 0 48

Refeitório Social “ O Búzio” 40 0 40

59

Cantina Social “Albufeira” 100 0 100

Cantina Social “Sintra” 100 0 100

Cantina Social “Quinta da Luz” 100 0 100

INFÂNCIA E JOVENS EM PERIGO

Casa de Acolhimento de Emergência “Casa da Luz” 30 0 30

Lar de Infância e Juventude “Colégio Dinis” 25 0 25

Lar de Infância e Juventude “Instituto Adolfo Coelho” 30 0 30

Apartamento de Autonomização “ Passos em Volta” 5 0 5

PROJECTOS

PROJECTOS “PAQUIEF” 120 0 120

Distribuição dos utentes por tipologias de resposta

60

RECURSOS HUMANOS

No que respeita à componente Capital Humano, em 2013 não se verificaram alterações significativas,

para além das contratações diretamente relacionadas com a abertura dos novos serviços, mantendo-se

o nível da estrutura organizativa e hierárquica e os objetivos estratégicos enfocados na criatividade e

inovação.

Caracterização

Em 31 de Dezembro de 2013, a Fundação contava nos seus quadros com 253 colaboradores,

distribuídos conforme a seguir se apresenta:

• 249 Colaboradores contratados pela Fundação, incluindo efetivos e contratados a termo (certo

ou incerto);

• 2 Colaboradoras do Instituto de Segurança Social IP destacados no estabelecimento Centro

Infantil O Búzio;

• 2 Colaboradoras do Instituto de Segurança Social IP destacados no estabelecimento Colégio D.

Dinis.

Relativamente à distribuição por géneros, 213 do total de colaboradores eram mulheres e 36 homens,

mantendo-se a preponderância do sexo feminino no quadro de pessoal.

Por nível de qualificação, a Fundação apresenta uma estrutura baseada em quadros semiqualificados,

onde se enquadram as categorias profissionais com maior peso, designadamente as de ajudante de

ação direta e de ação educativa.

61

No que concerne às habilitações literárias dos recursos humanos, cerca de 42% do total de

colaboradores apresenta habilitações iguais ou inferiores ao 3.º ciclo do ensino básico, enquanto que

37% apresenta habilitações de nível superior.

Ao nível da distribuição etária, constata-se que 82% dos colaboradores têm idade compreendida

superior a 25 anos e inferior ou igual a 55 anos, correspondendo a um nível médio etário de 40,9 anos:

62

Estrutura Etária N.º Elementos %

Até 25 anos 16 6%

De 26 a 30 anos 30 12%

De 31 a 35 anos 48 19%

De 36 a 40 anos 46 18%

De 41 a 45 anos 24 10%

De 46 a 50 anos 28 11%

De 51 a 55 anos 29 12%

De 56 a 60 anos 19 8%

De 61 a 65 anos 6 2%

De 65 anos 4 2%

Total 250

No que respeita à antiguidade, 55% dos colaboradores trabalham na Instituição há 5 ou mais anos e

26% há mais de 10 anos, ao que corresponde a uma antiguidade média de 6,4 anos:

Antiguidade N.º Elementos %

Até 1 ano 42 22%

De 1 a 2 anos 21 11%

De 2 a 5 anos 41 21%

De 5 a 10 anos 82 43%

De 10 a 15 anos 47 24%

Mais de 15 anos 17 9%

Total 250

Relativamente ao regime de contratação, 73% dos colaboradores estão em situação de contrato

permanente – efetivos, correspondendo os contratos a prazo a um total de 67, sendo que destes, 8 são

contratos a termo incertos motivados pela necessidade de substituição de colaboradores ausentes

temporariamente, ao abrigo das alíneas a) a c) do n.º 2 do artigo 140.º do Código do Trabalho aprovado

pela Lei n.º 7/2009 de 12 de Fevereiro.

63

Absentismo

Tendo em vista o combate do elevado grau de absentismo verificado nos últimos anos, manteve-se a

opção adotada em 2012 de cumprir escrupulosamente a legislação laboral no que respeita ao regime

de faltas, tendo todas as ausências passado a ser alvo de desconto, com exceção, obviamente, daquelas

em que a lei não o permite, o que não se verificava anteriormente, existindo situações de ausências

justificadas e autorizadas que não eram alvo de desconto.

Pela análise do quadro em seguida apresentado, constata-se que o n.º de horas de ausência sofreu um

decréscimo de cerca de 6.000 horas face a 2012.

MotivoN.º horas

remuneradas - 2012

N.º horas não

remuneradas - 2012

N.º horas

remuneradas - 2013

N.º horas não

remuneradas - 2013

Acidente de trabalho 0 1481 1729

Doença não profissional 0 18422 0 13600

Assistência inadiável a filho, neto ou

membro do agregado0 642 0 525

Trabalhadores-estudantes 0 0 0 0

Falecimento de cônjuge, parente ou afim 235 0 170 0

Maternidade/paternidade 282 5779 696 3237

Outras ausências justificadas 415 620 858 1001

Ausências injustificadas 0 206 0 343

Total 932 27150 1724 20435

TOTAL GLOBAL 28082 22159

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Fluxo de entradas e saídas

Durante o ano de 2013, observaram-se 52 admissões, das quais 7 foram necessárias de modo a suprimir

ausências prolongadas, e 40 saídas, das quais 32 foram motivadas pela iniciativa dos respetivos

colaboradores.

Prestadores de serviços

Em 2013, a Fundação beneficiou de serviços regulares de 32 profissionais em regime de prestação de

serviços, em áreas diversas como enfermagem, fisioterapia, formação e consultadoria jurídica, bem

assim como serviços esporádicos prestados por 34 profissionais, também naquele regime.

Apoios e benefícios

Em 31 de Dezembro, no que respeita a apoios e benefícios relacionados diretamente com os Recursos

Humanos, a Fundação registava 5 colaboradores dos quais beneficiava da isenção da taxa contributiva,

seja no âmbito do Decreto-Lei n.º 89/95 de 6 de Maio, seja pela Portaria n.º 125/2010 de 30 de Janeiro.

A estes acresce 1 cujo benefício cessou no decorrer do ano. Estes apoios resultaram de candidaturas

apresentadas em 2010, 2011 e 2012 e originaram, neste ano, uma poupança em termos de encargos

patronais no montante de 18.691,27€.

Ainda no âmbito dos benefícios, e no que respeita às medidas ESTÍMULO 2013 e REEMBOLSO DA TAXA

SOCIAL ÚNICA publicadas nas Portarias n.º 106/2013, de 14 de Março e n.º 204-A/2013, de 18 de

Junho, respetivamente, a Fundação obteve um retorno de 7.285,45€ em apoios diretos do Instituto de

Emprego e Formação Profissional IP.

A Fundação teve ainda colaboradores ao abrigo de medidas promovidas pelo IEFP IP:

� Estágios Profissionais (Portaria n.º 92/2011, de 28 de Fevereiro):

• 0298/EST/13: 1 estagiária na área de psicóloga no Lar Adolfo Coelho, desde Junho, do

qual resultou uma comparticipação do IEFP IP no montante de 4.247,06€;

• 0345/EST/13: 1 estagiária na área de ajudante de ação educativa/vigilante de crianças no

Centro Infantil Estrela do Mar, desde Setembro, do qual resultou uma comparticipação

do IEFP IP no montante de 1.838,56€;

� Impulso Jovem (Portaria n.º 65-B/2013, de 13 de Fevereiro):

• 0004/IS/13: 1 estagiária na área de ajudante de ação educativa/vigilante de crianças no

Centro Infantil O Búzio, desde Abril, do qual resultou uma comparticipação do IEFP IP no

montante de 5.321,81€;

� Contratos Emprego-Inserção (Portaria n.º 128/2009, de 30 de Janeiro, alterada pela Portaria n.º

294/2010, de 31 de Maio, com a redação dada pela Portaria n.º 164/2011, de 18 de Abril):

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• 004/CEI/12: 4 colaboradores na área de pintores da construção civil, 3 colaboradores na

área de pedreiros e 2 colaboradores na área de carpinteiros de limpos, na Colónia de

Férias, até Março, cuja comparticipação correspondeu a 771,31€;

• 086/CEI/12: 1 colaborador na área de canalizador na Colónia de Férias O Búzio, entre

Fevereiro e Abril, cuja comparticipação correspondeu a 86,64€;

• 011/CEI/12: 1 colaborador na área de contínuo/auxiliar de apoio administrativo no

Instituto para o Desenvolvimento Social, até Setembro, cuja comparticipação

correspondeu a 347,93€;

• 216/CEI/12: 1 colaboradora na área de ajudante de ação educativa/vigilante de crianças

no Centro Infantil Estrela do Mar, desde Setembro, cuja comparticipação correspondeu

a 268,29€;

• 028/CEI/13: 4 colaboradoras na área de ajudante de cozinheiro/a e 1 na área de

trabalhador auxiliar de serviços gerais na Colónia de Férias O Búzio, entre Maio e

Novembro, cuja comparticipação correspondeu a 1.013,05€;

• 054/CEI/13: 1 colaborador na área de trabalhador auxiliar de serviços gerais no Lar de

Idosos Quinta do Oitão, desde Agosto, cuja comparticipação correspondeu a 174,66€.

Formação contínua

Em 2013, motivado pelo enfoque na formação externa enquanto entidade formadora certificada, a

Fundação registou um volume de formação de 105 horas, integralmente garantido por entidades

externas.

Destacamentos de funcionários do Instituto de Segurança Social IP

Por solucionar, mantém-se ainda o facto de alguns acordos de gestão celebrados com o ISS IP

contemplarem o destacamento de funcionários daquele instituto de modo a garantir a adequabilidade

da equipa e da prestação dos serviços, com a consequente redução na comparticipação financeira

estabelecida para a despectiva resposta social. Assim, estava previsto o destacamento das seguintes

unidades:

• Centro Infantil O Búzio: 11 funcionários

• Colégio D. Dinis: 7 funcionários

Como inicialmente referenciado, atualmente os funcionários destacados resumem-se a 2 no Centro

Infantil O Búzio e também a 2 no Colégio D. Dinis, devido a saídas que se tem verificado por diversas

razões. Com o objetivo de não comprometer a qualidade dos serviços prestados, a Fundação tem

assumido a substituição destes funcionários, através da contratação de colaboradores, com os

consequentes acréscimos nos gastos e sem qualquer contrapartida por parte deste Instituto. Esta é uma

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situação que se tem procurado alterar junto do ISS IP embora, até ao final de 2013, sem resultados

práticos.

Perspetivas futuras

Para o próximo ano, a política de recursos humanos não sofrerá alterações substanciais em termos

estratégico-políticos, mantendo-se focada na diminuição do nível de absentismo, assente na

proximidade com os equipamentos sociais, de modo a avaliar e identificar a existência de

condicionantes internas que originem estas ausências, seja ao nível de procedimentos diretamente

relacionados com as tarefas desempenhadas, seja ao nível da gestão motivacional.

Mantém-se a pretensão em resolver o impasse que resulta do incumprimento do ISS IP no que respeita

ao destacamento dos funcionários previstos, sendo que, como alternativa, poder-se-á considerar o

assumir definitivo por parte de Fundação da integração destes elementos, embora sujeito à devida

compensação financeira.

A maximização de recursos e a obtenção de benefícios com a contratação de pessoal continuará,

certamente, a ser tido em consideração, procurando-se tirar partido das iniciativas governamentais de

promoção ao emprego.

Considerando-se a formação contínua um fator decisivo no que respeita aos Recursos Humanos, dado

conferir aos seus quadros uma maior empregabilidade, aptidões e até motivação, o que se repercute

diretamente na qualidade dos serviços prestados, esta componente voltará a ser um objetivo concreto,

embora condicionado pela disponibilidade dos diversos serviços da Fundação.

Lisboa, 14 de Abril 2013