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ESCOLA BÁSICA E SECUNDÁRIA DE VELAS RELATÓRIO DE APOIO EDUCATIVO Ano Letivo 2015-2016

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ESCOLA BÁSICA E SECUNDÁRIA DE VELAS

Ano Letivo

2015-2016

RELATÓRIO DE APOIO EDUCATIVO

Ano Letivo

2015-2016

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Índice

1. Introdução ............................................................... ……………………………………………………………..1

2. Pedagogia diferenciada na sala de aula ................................................................................... 4

3. Apoio pedagógico/individualizado ........................................................................................... 4

4. Projeto Fénix/ Modalidade de Apoio Ninho………………………………………………………………...…….15

5. Professor DA……………………………………………………………………………………………………………..…….…18

6. Estratégias pedagógicas e organizativas específicas…………………………………………….……….……19

7. Adaptações programáticas……………………………………………………………………………………………..…19

8. Condições especiais de avaliação…………………………………………………………………………..………....19

9. Alunos integrados no regime Educativo Especial (REE)………………………………………….…………..20

10. Medidas de Promoção do Sucesso Escolar ......................................................................... .21

11. Apoio ao estudo no 1º CEB . …………………………………………………………………………………………….22

12. Aulas de Substituição………………………………………………………………………………………………………..22

13. Reposição de aulas………………………………………………………………………………………………..………....23

14. Atividades de complemento curricular……………………………………………………………………...….….23

15. Atividades desportivas escolares……………………………………………………………………………..……....25

16. Atividades oficinais………………………………………………………………………………..…………….….….…….28

17. Leitura orientada / orientação em tarefas de pesquisa bibliográfica e na internet…………...30

18. Desenvolvimento de competências não cognitivas………………………………………………….….….…31

19. Apoio psicopedagógico……………………………………………………………………………………….………..…..34

20. Apoio da Equipa Multidisciplinar de Apoio Socioeducativo………………………………….……………35

21. Apoio do Gabinete de Pedagogia Social…………………………………………………………….………….…..37

22. Proposta de modalidades de apoio educativo para o próximo ano letivo ……………….…………40

23. Objetivos e estratégias para a implementação das diferentes modalidades de apoio

educativo………41

24. Conclusão…………………………………………………………………………………………………………………………..42

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1. Introdução

O presente relatório tem como objetivo proceder a uma apreciação global de todos os

apoios disponibilizados, nos diversos níveis de ensino, pela Escola Básica e Secundária de Velas,

no ano escolar 2015/2016. Assim sendo, esta unidade orgânica elaborou um projeto de apoio

educativo aprovado pelo Conselho Executivo (CE), após o parecer favorável do Conselho

Pedagógico (CP). Este foi devidamente enquadrado no Projeto Educativo de Escola (PEE), no qual

foi definido um conjunto de estratégias e atividades de apoio de caráter pedagógico e didático,

organizado de forma integrada, para complemento e adequação do processo de ensino e

aprendizagem.

Deste modo, o projeto de apoio educativo visa contribuir para o aumento do sucesso

educativo dos alunos, através da melhoria da aquisição de conhecimentos e competências e o

desenvolvimento das capacidades, atitudes e valores consagrados nos currículos em vigor e ainda,

minorar as consequências das faltas e impedimentos do pessoal docente no regular

funcionamento da unidade orgânica, a prevenção da exclusão, do abandono escolar, mas também

a orientação educativa, a deteção, o enquadramento e a prevenção de comportamentos de risco

e de exclusão social. Nesta perspetiva, os apoios educativos devem materializar-se num conjunto

de medidas variadas que constituem uma resposta articulada e integrada aos problemas e

necessidades sentidas pela Unidade Orgânica (UO).

O Governo dos Açores lançou, através da Secretaria Regional da Educação e Cultura, o

plano integrado de promoção do sucesso escolar (ProSucesso), cujo lema principal se resume à

melhoria da qualidade das aprendizagens dos alunos para se alcançar o sucesso escolar. Assim, e

tentando assegurar uma verdadeira educação, partindo dos problemas mais prementes

diagnosticados, nomeadamente os interesses e as diferenças dos alunos no seu contexto

económico, cultural e social e indo ao encontro do ProSucesso e dos objetivos do PEE, foram

executados projetos e medidas na EBS de Velas, entre os quais o Projeto Fénix e o professor

qualificado na resolução de dificuldades de aprendizagem (Professor DA).

O apoio educativo pretendeu responder às dificuldades de aprendizagem, caracterizadas

como constrangimentos temporários ao processo de ensino e aprendizagem, destinando-se

prioritariamente aos alunos que revelassem graves dificuldades de aprendizagem ou que

estivessem em risco de abandono escolar. Foi dada prioridade aos alunos que estavam em risco

de retenção ou de abandono escolar e ainda aos que manifestaram interesse na sua aplicação e

que revelaram assiduidade regular. O apoio educativo assegurou, ainda, as condições essenciais

para o desenvolvimento com sucesso do ensino e aprendizagem e para a integração na

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comunidade escolar de alunos cuja língua materna não fosse a portuguesa e que manifestassem

dificuldades de acompanhamento dos programas curriculares, bem como para os alunos

portadores de dislexia, disgrafia e disortografia e que, por força da lei deixaram de beneficiar de

medidas de apoio enquadradas no Regime Educativo Especial. Face ao exposto, a EBS de Velas

estipulou as seguintes modalidades de Apoio Educativo:

Pedagogia diferenciada na sala de aula.

Apoio pedagógico.

Apoio individualizado.

Projeto Fénix / Modalidade de Apoio Ninho.

Professor DA.

Estratégias pedagógicas e organizativas específicas.

Adaptações programáticas.

Condições especiais de avaliação.

Alunos integrados no Regime Educativo Especial (REE).

Medidas de Promoção do Sucesso Escolar.

Apoio ao estudo no 1º CEB.

Aulas de Substituição.

Reposição de aulas.

Atividades de complemento curricular

Atividades desportivas escolares.

Atividades oficinais.

Leitura orientada / orientação em tarefas de pesquisa bibliográfica e na internet.

Desenvolvimento de competência não cognitivas.

Apoio psicopedagógico.

Apoio da equipa multidisciplinar da unidade orgânica.

Apoio do Gabinete de Pedagogia Social.

Todas estas modalidades foram realizadas em horário próprio, compatível com o horário

da turma e dos alunos envolvidos.

Ao longo deste relatório, pretende-se refletir, de forma global, sobre o trabalho

pedagógico desenvolvido nos apoios educativos, nos diversos estabelecimentos de ensino da

unidade orgânica, ao longo do ano letivo de 2015/2016. Neste sentido, foi fundamental a

organização de todos os intervenientes do processo educativo tendo em conta as sugestões

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efetuadas no ano anterior, assim como as dificuldades diagnosticadas ao longo do ano letivo em

cada turma.

2. Pedagogia diferenciada na sala de aula

A pedagogia diferenciada na sala de aula foi aplicada em todas as turmas da Escola, tendo

sido aplicada, de acordo com as necessidades dos alunos das turmas, no decorrer do ano letivo, e

definidas pelos Conselhos de Turma, conforme o Projeto Curricular de Escola (PCE).

Refira-se que as maiores evidências desse tipo de apoio encontram-se na turma A do 6º

ano, que beneficiou de Projeto Curricular Diferenciado (PCD); nas turmas A e B do 7º Ano, nas

quais foi aplicado o Projeto Fénix e a modalidade de Apoio Ninho; no 7º C, um aluno com Projeto

Educativo Individual (PEI) abrangido pelo Regime Educativo Especial (REE); dois alunos do 8º A, e

um do 9º B, não abrangidos pelo REE, com condições especiais de avaliação; um aluno do 10º A,

com apoio individualizado a várias disciplinas.

3. Apoio pedagógico/individualizado

Os pontos fortes e fracos da modalidade de apoio pedagógico encontram-se registados na

tabela que se segue.

Pontos fortes Pontos fracos

- Ensino mais direcionado a cada aluno,

tendo em conta as suas dificuldades;

- A cooperação entre professor titular e

professor de apoio e par pedagógico;

- Relação professor/aluno.

- Elevada carga burocrática;

- Desinteresse por parte de alguns alunos.

Tabela 1 – Pontos fortes e pontos fracos do apoio pedagógico.

O apoio pedagógico é uma medida proposta por decisão do conselho de turma/núcleo,

tendo em vista colmatar as dificuldades de um aluno ou de um grupo de alunos, do mesmo nível

ou similar, consistindo em aulas de apoio suplementar, no presente ano letivo, às disciplinas de

Português, Matemática, Inglês, Ciências Naturais e História e Geografia de Portugal.

O apoio pedagógico também funcionou sobretudo em contexto de sala de aula, num

trabalho cooperativo entre os docentes e também, no caso do apoio fora de sala de aula, em

diálogo estreito entre o titular da disciplina e o docente de apoio educativo. Este apoio teve como

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principal objetivo, ajudar os alunos a superarem as suas dificuldades, adaptando as estratégias às

dificuldades por eles sentidas.

Tendo em conta as dificuldades diagnosticadas pelos docentes de cada disciplina e as

apresentadas pelos alunos, foram desenvolvidas diversas atividades consideradas adequadas.

3.1. Apoio par pedagógico

A modalidade de apoio par pedagógico foi aplicada, neste ano letivo, a várias turmas do

2º CEB e 3º CEB.

3.1.1 Apoio par pedagógico em contexto de sala de aula – 2º CEB

Português

O Apoio pedagógico em contexto de sala de aula, na modalidade de par pedagógico, foi

atribuída a todas as turmas do 2º ciclo (excetuando o 6º A – PCD). As aulas decorreram com um

efetivo trabalho cooperativo, para colmatar as dificuldades sentidas pelos alunos. Permitiram um

trabalho mais individualizado, quando necessário, e assim responder às necessidades imediatas

dos mesmos. Permitiram de igual forma estabelecer com mais rigor regras na sala de aula e assim

influenciar o comportamento de alunos com comportamento irregular. Foi prestado mais atenção

aos alunos com condições especiais de avaliação por serem portadores de dislexia, na sua forma

mais moderada, no que se refere ao controlo da caligrafia e dos erros ortográficos do caderno

diário, trabalhos individuais, leitura e apoio aos testes de avaliação.

Número de alunos envolvidos nas aulas de Apoio Pedagógico (em contexto de sala de aula)

Docente responsável de Apoio

5ºA Português 20 Anabela Costa e Alberto

Bettencourt

5ºB Português 21 Alberto Bettencourt e

Paulo Ribeiro

6ºB Português 20 Paulo Ribeiro e Carla

Ramires

6ºC Português 20 Ana Paula Silva e Anabela

Costa

Tabela 2 – Apoio par pedagógico a Português (2º CEB)

Inglês

O apoio pedagógico em contexto de sala de aula na disciplina de Inglês foi atribuído às

turmas do 5º ano atendendo à heterogeneidade dos elementos que as constituem e aos ritmos

de aprendizagem muito diferenciados. As dificuldades específicas diagnosticadas centraram-se ao

nível organizacional e também no cumprimento atempado das tarefas. Na turma do 6ºC, as

docentes centraram este apoio nas necessidades de uma aluna que sofre de graves dificuldades

motoras. Refira-se que alguns alunos revelaram muitas dificuldades em trabalhar de forma

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autónoma, daí que o apoio prestado tenha sido fundamental para que obtivessem um

desempenho satisfatório, quer ao nível da escrita, quer da compreensão e aplicação dos

conteúdos gramaticais e na construção de textos e discursos coerentes.

Número de alunos envolvidos nas aulas de Apoio Par Pedagógico (em contexto de sala de aula)

Docente responsável de Apoio

5ºA Inglês 21 Anabela Sousa e Isabel Arezes

5ºB Inglês 21 Carla Ramires e Isabel Arezes

6ºC Inglês 20 Isabel Arezes e Natalie Borges

Tabela 3 – Apoio par pedagógico a Inglês (2º CEB)

Matemática

O trabalho em par pedagógico permitiu prestar um maior acompanhamento a todos os

alunos e, em particular, aos alunos que manifestaram mais dificuldades. Nos momentos da

aplicação e consolidação de conhecimentos os docentes conseguiram chegar de forma mais

consistente a um maior número de alunos, esclarecendo dúvidas e explicando de diferentes

formas os conteúdos trabalhados, fazendo-se uma sistematização em grande grupo dos

conhecimentos permitiu um acompanhamento mais próximo dos alunos menos autónomos, com

maiores dificuldades de aprendizagem e ritmos de trabalho mais lentos, nesta medida esta

modalidade de apoio ajudou a que alguns alunos conseguissem obter um desempenho mais

satisfatório.

Número de alunos envolvidos nas aulas de Apoio par pedagógico (em contexto de sala de aula)

Docente responsável de Apoio

5ºB Matemática 21 Isabel Ramos e Marta

Rodrigues

6ºB Matemática 20 Marta Rodrigues e Ana Gil

6ºC Matemática 20 Patrícia Picas / Ana Gil /

Maria Mira

Tabela 4 – Apoio par pedagógico a Matemática (2º CEB)

Ciências da Natureza

Atendendo à heterogeneidade dos elementos que constituem a turma B do 5º ano, esta

forma de apoio revelou-se fundamental para apoiar os alunos com mais dificuldades permitindo

um trabalho mais individualizado quando necessário e, assim, responder as necessidades

imediatas dos mesmos que conseguiram adquirir novas aprendizagens de forma mais consistente.

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Tabela 5 - Apoio par pedagógico a Ciências da Natureza (2º CEB)

3.1.2. Apoio par pedagógico em contexto de sala de aula – 3º CEB

No que se refere ao 3º CEB, o apoio Par Pedagógico destinou-se apenas à disciplina de

Matemática, ministrado pela professora Marta Oliveira, nas turmas A e B do oitavo ano de

escolaridade e nas turmas A e B do nono ano. Nas turmas A e B do 8º ano de escolaridade, a

referida modalidade de apoio aplicou-se apenas num bloco de 90 minutos por semana. No 9º ano

de escolaridade, a turma A beneficiou de dois blocos de 90 minutos semanais, enquanto que a

turma B beneficiou de apoio pedagógico, na modalidade de par pedagógico – nos três blocos de

90 minutos. Foram atribuídos mais segmentos letivos ao 9º ano de escolaridade, pois trata-se de

um ano terminal de ciclo, permitindo, assim, uma melhor preparação dos alunos para a realização

da prova final de ciclo desta área curricular.

De uma forma geral, sempre que possível, foi dado um apoio mais individualizado aos

alunos, criando mais momentos de interatividade entre professor/aluno. Permitiu, ainda, um

maior aprofundamento e consolidação dos conteúdos lecionados, possibilitando aos alunos o

esclarecimento das suas dúvidas e, consequentemente, obtendo uma resposta mais imediata às

suas solicitações. De um modo geral, verificou-se um aumento da solicitação e participação dos

alunos, o que se refletiu de forma positiva nas suas aprendizagens.

3.2. Apoio pedagógico individualizado

O apoio pedagógico individualizado (API) é uma medida proposta por decisão do conselho

de turma/núcleo, visando minimizar as dificuldades de aprendizagem comprometedoras do

processo de ensino/ aprendizagem e explicitar conteúdos insuficientemente apreendidos na aula

ou trabalhar competências cognitivas para o desenvolvimento dos alunos. Destina-se,

analogamente, a alunos com Português como língua não materna, bem como a alunos portadores

de dislexia e que por força da legislação em vigor deixaram de beneficiar de apoio no âmbito do

regime educativo especial.

Relativamente aos pontos fortes e fracos desta modalidade de apoio educativo verificou-

se o seguinte:

Número de alunos envolvidos nas aulas de Apoio par pedagógico (em contexto de sala de aula)

Docente responsável de Apoio

5ºB Ciências da Natureza 21 Marta Rodrigues e Ana Gil

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Pontos fortes Pontos fracos

- Ensino mais direcionado a cada aluno, tendo em

conta as suas dificuldades;

- A cooperação entre professor titular e professor

de apoio;

- Relação professor/aluno.

- Ausência do docente de apoio em virtude de se

encontrar a fazer substituições, nas turmas do 1º

ciclo e da UNECA, o que inviabilizou a

continuidade do mesmo apoio.

Tabela 6 – Pontos fortes e pontos fracos do API

3.2.1. Apoio pedagógico individualizado – Educação Pré- Escolar e 1º ciclo

No Ensino Pré-Escolar e no 1º ciclo do ensino básico existiram duas docentes de apoio

individualizado e três educadoras com as funções de apoio em contexto de sala de aula.

As docentes prestaram apoio ao seguinte número de alunos conforme indica a tabela 3:

Estabelecimento de ensino Docente responsável Nº de alunos

EB1/JI de Velas Clara Cabeceiras 3 Alunos - 4º Ano T1

3 Alunos - 4º Ano T2

EB1/JI de Velas Olga Silveira

1 Aluno – 1º Ano T1

4 Alunos - 2º Ano T1

5 Alunos - 2º Ano T2

3 Alunos – 3º Ano T2

4 Alunos – 3º ano T1

EB1 de Urzelina Clara Cabeceiras 3 Alunos – 2ºAno

3 Alunos – 3º Ano

EB1/JI de Beira/ EB1/Santo

Amaro Rosa Sousa Grupo (Pré-escolar)

EB1/JI de Velas Fátima Simas Grupo (Pré-escolar)

EB1/JI de Santo Amaro Regina Aguiar Grupo (Pré-escolar)

Tabela 7 - Apoio individualizado no Pré-escolar e no 1º ciclo.

Ao longo deste ano escolar, as professoras de apoio prestaram apoio pedagógico

individualizado aos alunos com dificuldades de aprendizagem e insucesso escolar, com a

finalidade de colmatar dificuldades específicas, utilizando estratégias e atividades adaptadas às

competências pretendidas para o pré-escolar e o 1º ciclo do ensino básico.

O referido apoio teve também como objetivo estimular e reforçar estratégias,

desenvolver as competências e aptidões envolvidas na aprendizagem, assim como os conteúdos

lecionados na turma.

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O trabalho desenvolvido pelas docentes de apoio incidiu, basicamente, nas áreas de

Português e Matemática.

Em relação à área de Português foram desenvolvidas atividades de desenvolvimento da

consciência fonológica, através de lengalengas e trava-línguas, foi efetuada a exploração

ideológica de imagens e histórias para o desenvolvimento da oralidade e da produção escrita,

realizou-se a leitura e interpretação/compreensão de textos e efetuaram-se exercícios de

consolidação das regras gramaticais.

Relativamente à área de Matemática, foram consolidados os temas: “Números e

Operações”, através da resolução de exercícios que permitiram a leitura e escrita de números,

contagens progressivas e regressivas, composições e decomposições de números; “Geometria e

Medida” com os tópicos, dinheiro, comprimento, massa, capacidade e área e organização e

tratamento de dados, através da realização de exercícios práticos variados e de fichas de trabalho.

Nesta área foram, ainda, realizadas atividades que permitiram aos alunos um maior

desenvolvimento do raciocínio e cálculo mental, através da resolução de situações problemáticas.

As tarefas propostas nas diferentes turmas pelas docentes de apoio cingiram-se sempre

às orientações fornecidas pelas docentes titulares, assim como os conteúdos que se encontravam

a ser lecionados na sala de aula.

Quanto aos recursos, as estratégias e metodologias utilizadas no âmbito do apoio

prestado aos alunos permitiram favorecer a sua autoestima, o reforço curricular de conteúdos,

treinar diferentes exercícios de aplicação, proporcionar leitura de textos de vários géneros,

experimentar múltiplas situações que desenvolveram o gosto pela leitura e escrita, proporcionar

situações de cooperação, treinar exercícios de aplicação de conhecimentos, fazer jogos de cálculo

mental, realizar jogos de raciocínio lógico e refletir sobre as aprendizagens, bem como promover

atitudes de civismo, responsabilidade e interesse.

Foi tido em conta a preocupação de adequar as metodologias e estratégias, de maneira a

criar condições para que os alunos desenvolvessem competências e a sua capacidade de

autonomia, adquirindo hábitos e métodos de trabalho e estudo. Na generalidade, os alunos

alcançaram progressos na sua aprendizagem, sobretudo, na leitura, na organização e

sequenciação de ideias, na autonomia e na organização dos trabalhos elaborados. Os resultados

obtidos foram positivos, nas diversas turmas, podendo concluir-se que esta modalidade de apoio

foi adequada, uma vez que a maioria dos alunos obteve resultados satisfatórios.

Saliente-se que este apoio pedagógico nem sempre teve a frequência desejada, porque os

docentes de apoio envolvidos tiveram que assegurar os impedimentos de outros docentes de

turmas da educação pré-escolar, do 1º ciclo do ensino básico, da UNECA Ocupacional e da UNECA

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Transição Para a Vida Ativa (TVA). Este facto implicou que os professores de apoio se

encarregassem das turmas que tiveram que substituir comprometendo, deste modo, o ritmo de

trabalho e a continuidade do mesmo.

3.2.2. Apoio Pedagógico Individualizado – 2º ciclo

Português

O apoio pedagógico individualizado (API) de Português foi ministrado por 2 docentes da

disciplina, tendo beneficiado um total de 9 alunos: 4 alunos do 5º ano e 5 alunos do 6º ano

(tabela 8).

TURMAS Docente

responsável

Nº de alunos

propostos

Nº de alunos que frequentaram o

API

Nº de alunos que frequentaram o API e

obtiveram nível igual ou superior a 3

Percentagem de sucesso

(%)

5º A Anabela Costa 2 2 2 100,0

5º B Anabela Costa 2 2 2 100,0

6º B Anabela Sousa 2 2 1 50,0

6º C Ana Paula Silva e

Anabela Costa 3 3 3 100,0

Tabela 8 – Apoio pedagógico individualizado fora da sala de aula à disciplina de Português no 2º ciclo

Na área curricular de Português as principais dificuldades diagnosticadas prenderam-se

essencialmente com a compreensão/interpretação de enunciados orais e escritos, o domínio de

regras gramaticais, a expressão escrita e a leitura algumas destas dificuldades estão relacionadas

com o diagnóstico de dislexia (em alguns casos moderada).

Na turma A do 5º ano, os alunos que frequentaram este apoio fizeram-no de forma

sempre assídua e pontual tentando ultrapassar as suas dificuldades relacionadas com a dislexia.

Na turma B do 5º ano, os alunos que frequentaram este apoio fizeram-no de forma

sempre assídua e pontual.

Na turma B do 6º ano, só um dos alunos conseguiu superar algumas das suas dificuldades

tendo obtido nível 3. Registaram-se alguns problemas ao nível do comportamento durante as

aulas, sendo registado que os alunos são demasiado faladores e não encararem esta medida

como forma de alcançar o sucesso escolar.

Na turma C do 6º ano a aluna que frequentou o apoio necessita do mesmo por ter

dificuldades graves ao nível da motricidade fina.

Todos os alunos frequentaram o apoio assiduamente.

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No sentido de superar as principais dificuldades diagnosticadas, no API de Português,

realizaram-se atividades de leitura, interpretação e produção de textos; fichas de trabalho com

exercícios gramaticais; exercícios de produção escrita; aumento da frequência de interações

verbais estimulantes; incentivo aos hábitos de estudo e métodos de trabalho.

Constata-se que o apoio pedagógico individualizado à disciplina de Português do 2º ciclo

surtiu efeito.

História e Geografia de Portugal (HGP)

As principais dificuldades diagnosticadas da aluna na disciplina de HGP prenderam-se com

dificuldades ao nível da aquisição, compreensão e aplicação de conhecimentos na localização de

acontecimentos/factos no espaço e no tempo, na aplicação da terminologia específica da

disciplina e na contextualização, corretamente os acontecimentos/ factos.

Assim sendo, o apoio pedagógico foi proposto para uma aluna do 5º ano fora da sala de

aula. As sessões de apoio estiveram sob a responsabilidade da docente Anabela Costa.

Para que a aluna superasse as dificuldades diagnosticadas, realizou-se o reforço dos

conteúdos ministrados em sala de aula. Esse reforço foi feito com ajuda da resolução de fichas de

trabalho, sopa de letras, explicação sumária dos conteúdos e interpretação de mapas e/ou

documentos. Constata-se que o apoio pedagógico à disciplina de HGP surtiu o efeito pretendido.

Matemática

Os docentes da disciplina de Matemática diagnosticaram dificuldades ao nível do

raciocínio lógico e abstrato, resolução de problemas, interpretações de diferentes representações

matemáticas, noções de cálculo, análise, síntese e avaliação de situações, comunicação

matemática, resolução e interpretação de enunciados, operações com números racionais, prática

compreensiva de procedimentos diversificados e uso de instrumentos auxiliares, tendo

beneficiado um total de 3 alunos: 2 alunos do 5º ano e 1 aluno do 6º ano (tabela 9).

TURMAS Docente

responsável

Nº de alunos

propostos

Nº de alunos que frequentam o

apoio pedagógico

Nº de alunos que frequentaram o apoio

pedagógico e obtiveram nível igual ou superior a

3

Percentagem de sucesso

(%)

5º B Isabel Ramos 2 2 1 50,0

6º C Patrícia Picas / Mª José Mira

1 1 1 100,0

Tabela 9 – Apoio pedagógico individualizado à disciplina de Matemática no 2º ciclo.

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Na turma B do 5º ano, as alunas que frequentaram este apoio fizeram-no atendendo a

circunstâncias muito particulares: uma por doença prolongada, a outra por ter sido transferida, no

segundo período letivo, e ter um percurso escolar muito irregular.

Na turma C do 6º ano, a aluna que frequentou o apoio necessitou do mesmo por ter

dificuldades graves ao nível da motricidade fina.

Salienta-se que todos os alunos frequentaram o apoio assiduamente.

Na disciplina de Matemática, para colmatar as dificuldades evidenciadas, foram executadas

atividades que incentivassem e reforçassem os métodos de estudo/hábitos de trabalho, dando

ênfase à resolução de exercícios de consolidação de conteúdos lecionados, fichas de trabalho

para aplicação de conhecimentos e também foram efetuados jogos didáticos sobre a matéria

lecionada, com vista a aumentar a motivação dos alunos face a esta área curricular. Procurou-se

promover a atenção e concentração, a leitura e interpretação de enunciados, a comunicação e o

desenvolvimento do raciocínio, criando mais oportunidades de aprendizagem e fomentando a

consolidação de conhecimentos. Procurou-se, ainda, abordar determinados conteúdos

programáticos de forma diferente às atividades letivas, recorrendo a exemplos do quotidiano,

criatividade e história da Matemática. Os docentes procuraram promover a

atenção/concentração, a leitura e interpretação de enunciados, a comunicação e o

desenvolvimento do raciocínio, criando mais oportunidades de aprendizagem e fomentando a

consolidação de conhecimentos.

De uma forma geral, verifica-se que o apoio pedagógico individualizado à disciplina de

Matemática surtiu o efeito desejado.

Ciências da Natureza

A proposta, atribuição e frequência deste apoio pedagógico individualizado, fora da sala

de aula, a uma aluna prende-se com o facto de esta sofrer de graves dificuldades ao nível da

motricidade fina, necessitando, por isso, de um acompanhamento mais personalizado para que

possa acompanhar o ritmo de lecionação. Convém referir que, para além das graves dificuldades

motoras, que são colmatadas com a ajuda das auxiliares de ação educativa, acrescem as

dificuldades ao nível da motricidade fina e alguns períodos de ausência justificada por motivos de

saúde. Assim, este apoio serviu para que fossem revistos conteúdos lecionados nas aulas e para

que fosse estruturado o seu caderno diário e realizados alguns exercícios de caráter prático.

Promoveu-se a leitura e a interpretação de textos, criando mais oportunidades de aprendizagem

e fomentando a consolidação de conhecimentos.

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A aluna demonstrou empenho e interesse na resolução das tarefas propostas e no

esclarecimento de dúvidas, tendo atingido sucesso na disciplina.

3.2.3. Apoio pedagógico individualizado (API) a Português – 3º ciclo

A tabela seguinte mostra o número de alunos propostos para API à disciplina de

Português no 3º ciclo. É possível, também, observar o número de alunos que prescindiram do

referido apoio por terem superado as dificuldades diagnosticadas, bem como o número de alunos

com sucesso no final de cada período letivo à disciplina de Português.

1º Período 2º Período 3º Período

Turma Alunos

propostos Alunos

retirados

Alunos com

sucesso

Alunos propostos

Alunos retirados

Alunos com

sucesso

Alunos propostos

Alunos retirados

Alunos com

sucesso

7º C 3 0 3 3 1 3 2 0 2

8º A 2 0 1 2 0 1 2 0 1

9º B 1 0 1 1 0 1 1 0 1

Tabela 10 - Apoio Pedagógico Individualizado à disciplina de Português no 3º ciclo.

Na turma C do 7º ano frequentaram este apoio três alunos, ministrado pela docente Ana

Paula Silva, tendo estes realizado as atividades propostas com empenho e interesse e como forma

de atenuar e/ou colmatar as suas dificuldades, foram desenvolvidas atividades que incidiram na

leitura e interpretação de textos diversos, resolução de fichas de consolidação de conteúdos

gramaticais, redação e revisão de textos escritos.

Um dos alunos realizou algumas atividades específicas para alunos disléxicos,

nomeadamente exercícios de treino de atenção e de concentração, preenchimentos de espaços,

sopa de letras e palavras cruzadas. Foram ainda realizados alguns exercícios de conteúdos

gramaticais. Um outro discente realizou vários exercícios de disgrafia, também efetuou cópias de

texto com a contabilização temporal, isto é, um número de palavras por minuto, mostrando

empenho em superar as suas dificuldades, tendo o mesmo evoluído, em termos de rapidez na

escrita, logo deixou de frequentar este apoio a 15 de fevereiro.

Ao nível do 8º ano de escolaridade, usufruíram de API a Português dois alunos da turma A,

por serem portadores de dislexia moderada.

Como forma de atenuar e/ou colmatar as dificuldades destes alunos, foram desenvolvidas

atividades que incidiram na leitura e interpretação de textos diversos; resolução de fichas de

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consolidação de conteúdos gramaticais, redação e revisão de textos escritos, assim como algumas

atividades específicas para alunos disléxicos, nomeadamente, exercícios de treino de lógica e de

memória visual, preenchimentos de espaços, simetrias e sopa de letras.

Os alunos realizaram todas as atividades propostas com empenho e interesse, colocando

dúvidas e/ou questões sobre conteúdos lecionados nas aulas. Contudo, o apoio apenas surtiu

efeito na avaliação de um dos alunos nos três períodos, na medida em que o outro aluno obteve

nível inferior a 3 nos três períodos letivos.

Beneficiou, também, de API a Português um aluno do 9ºB, o qual é portador de dislexia

moderada, não beneficiando de apoio do REE. O aluno correspondeu de forma positiva às

atividades propostas. Desenvolveram-se atividades como leitura de enunciados em voz alta, o

aluno expôs dúvidas quer relativamente a palavras cujo significado desconhecia, quer

relativamente a conteúdos. Procurou resolver as questões sozinho e, apenas quando não

compreendia o enunciado, pedia ajuda; aprofundou o estudo dos conteúdos lecionados nas aulas

da professora titular de turma e resolveu exercícios digitais online sobre os conteúdos abordados.

O aluno cumpriu com todas as tarefas, tendo obtido sucesso na disciplina.

3.2.4. Apoio pedagógico – Ensino Secundário

Nas disciplinas de Filosofia, Inglês, Matemática, Geometria Descritiva–A e Biologia

Geologia, foi ministrado um apoio em contexto de sala de aula a um aluno de origem chinesa,

devido ao mesmo revelar graves lacunas da língua portuguesa em geral. Este apoio incidiu no

esclarecimento de vocabulário fundamental e específico das áreas do currículo, correção

ortográfica; esclarecimento de dúvidas sobre os conteúdos lecionados; inferências e leitura de

textos.

O discente trouxe, por vezes, o material necessário para a aula; cumpriu com muitas

dificuldades as atividades propostas; revelou alguma falta de atenção e concentração na

realização das tarefas; participou com pouco empenho nas atividades propostas; respeitou as

regras de convivência e revelou algum espírito de cooperação. Não obstante, revelou pouca

autonomia no desenvolvimento das tarefas precisando sempre de algum apoio por parte dos

docentes. Esta medida não surtiu o efeito desejado, pois é de salientar que o aluno convivia

pouco com os restantes alunos da turma, preferindo os jogos/ouvir música no telemóvel, o que

não lhe facilitou a aprendizagem da língua portuguesa; não fala, ouve ou lê em português, a não

ser na escola, manifestando desconhecimento de termos básicos necessários ao convívio social e

às tarefas do quotidiano.

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3.2.5. Apoio de Português Língua Não Materna – Ensino Secundário

Em Português Língua Não Materna, um aluno usufruiu, desde o início do segundo período

letivo, de apoio à quinta – feira, um tempo letivo de quarenta e cinco minutos semanais, para

trabalhar vocabulário específico, elaborar um portfólio e esclarecer dúvidas das diversas

disciplinas.

Durante este período de tempo trabalhou-se vocabulário específico das diversas

disciplinas e procedeu-se à elaboração e organização de um portfólio, onde foram arquivados

materiais como a ficha autobiográfica do aluno; fichas formativas e sumativas realizadas pelo

discente; testes sumativos; relatórios de avaliação e ficha de autoavaliação do aluno.

O aluno demonstrou pouco empenho e pouco interesse, bem como falta de

responsabilidade, por não trazer o material necessário para as sessões de apoio. Por tal, o apoio

ao aluno não surtiu o efeito desejado.

4. Projeto Fénix / Modalidade de Apoio Ninho

O Projeto Fénix foi desenhado na premissa de que a escola possa responder a contextos

escolares de grande diversidade, de diferentes ritmos de aprendizagem, interesses e motivações,

proporcionando uma educação de todos e para todos e garantindo a qualificação das

aprendizagens, para que cada aluno, ao seu ritmo, possa atingir o seu sucesso.

No ano letivo 2015-2016, no âmbito do ProSucesso da EBS de Velas, implementou-se este

projeto, o qual assentou num modelo organizacional de escola que permitiu dar um apoio mais

personalizado aos alunos que evidenciassem muitas dificuldades de aprendizagem nas disciplinas

de Português e Matemática; neste ano letivo definiu-se pelo “arranque” do projeto no 7º ano de

escolaridade e na modalidade de apoio Ninho, nos termos do artigo 4º do Despacho Normativo nº

31/2015, de 26 de agosto.

O Projeto foi posto em prática desde o início do ano letivo, tendo os docentes de

Português e Matemática das turmas do 7º ano reunido semanalmente para planificarem,

produzirem materiais e delinearem estratégias adequadas e diversificadas para os alunos. Os

docentes responsáveis pela modalidade de apoio Ninho, nas disciplinas de Matemática e

Português, começaram por comparecer alternadamente às aulas das duas turmas fénix (7º A e 7º

B) a fim de conhecerem os alunos e, com base numa avaliação diagnóstica, formativa e sumativa,

detetar as suas dificuldades. Foram realizados exercícios de expressão escrita, leitura, gramática,

compreensão e produção oral, na disciplina de Português; na disciplina de Matemática foram

realizados exercícios de revisão sobre adição e subtração de números racionais relativos, tendo-se

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detetado grandes dificuldades a esse nível e ao nível do cálculo básico, nomeadamente na

tabuada e operações aritméticas com números inteiros relativos.

4.1. Modalidade de Apoio Ninho

Foram identificados os alunos que usufruíram da modalidade de apoio Ninho nas duas

disciplinas, tendo como base os resultados dos testes diagnósticos, a observação direta na sala de

aula e o apoio individual aos alunos que manifestavam mais dificuldades.

Nas disciplinas de Matemática e Português, os docentes responsáveis pela modalidade de

apoio Ninho lecionaram os conteúdos abordados pelos professores da turma Fénix, trabalhando,

ao longo de cada aula, outros que consideraram pertinentes, bem como os previstos nos

contratos de aprendizagem de cada aluno. Desta forma, os referidos docentes tiveram a

oportunidade de confrontar os alunos com as suas dificuldades numa tentativa de as superarem.

É de referir também que os alunos, neste contexto, foram mais participativos, expondo as

dificuldades por eles sentidas. Estas dificuldades, ao serem esclarecidas, inviabilizaram, de algum

modo, o cumprimento da planificação anual, em Matemática, o que levou a que a equipa

considerasse importante a promoção do trabalho, por vezes, diferenciado como por exemplo

jogos matemáticos, rotinas de cálculo mental, reforçando os conteúdos com fichas e exercícios

específicos para os alunos.

Com a implementação desta modalidade verificou-se uma melhoria na postura dos alunos

em contexto de sala de aula, um esforço para estarem mais atentos o que resultou numa

melhoria dos resultados obtidos, com exceção dos alunos que não se empenharam o suficiente

para superar as suas dificuldades.

4.1.1. Modalidade de Apoio Ninho – Português

1º Período 2º Período 3º Período

Turma Alunos

propostos Alunos

retirados

Alunos com

sucesso

Alunos propostos

Alunos retirados

Alunos com

sucesso

Alunos propostos

Alunos retirados

Alunos com

sucesso

7º A 3 3 2 2 1 1 3 0 3

7º B 3 3 2 2 1 1 1 1 1

Tabela 11 - Alunos propostos/retirados e com sucesso da Modalidade de Apoio Ninho a

Português

Observação: O facto de haver alunos retirados na Modalidade de Apoio Ninho a

Português deve-se à falta de interesse e empenho nas aulas do referido apoio ou por terem

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superado as dificuldades diagnosticadas que constavam nos contratos de aprendizagem, como se

encontra registado nas atas das turmas que beneficiam do Projeto Fénix.

Na área curricular de Português foi prestado um apoio individual, foram elaborados

materiais específicos, exercitou-se a produção escrita de textos, procedeu-se à verificação

constante dos registos/conteúdos da matéria no caderno diário, permitindo um reforço de todas

as competências da disciplina, tendo os alunos revelado empenho e cooperação na realização das

atividades propostas.

Os resultados obtidos foram considerados satisfatórios quer nas turmas mãe, quer no

grupo de alunos que beneficiou da modalidade de Apoio Ninho a Português.

4.1.2. Modalidade de Apoio Ninho a Matemática

1º Período 2º Período 3º Período

Turma Alunos

propostos Alunos

retirados

Alunos com

sucesso

Alunos propostos

Alunos retirados

Alunos com

sucesso

Alunos propostos

Alunos retirados

Alunos com

sucesso

7º A 3 1 2 2 2 2 3 1 3

7º B 5 1 4 5 0 5 5 1 5

Tabela 12 - Alunos propostos/retirados e com sucesso da Modalidade de Apoio Ninho a

Matemática

Observação: O facto de haver alunos retirados na Modalidade de Apoio Ninho a

Matemática deve-se à falta de interesse e empenho nas aulas do referido apoio ou por terem

superado as dificuldades diagnosticadas que constavam nos contratos de aprendizagem, como se

encontra registado nas atas das turmas que beneficiam do Projeto Fénix.

De uma forma geral, a maioria dos alunos evoluíram positivamente, desde que integraram

o Ninho, revelando um aproveitamento satisfatório, ainda que alguns alunos apresentassem

dificuldades na aplicação de conhecimentos e necessitassem de adquirir maturidade e

responsabilidade, nomeadamente ao nível do estudo diário, de modo a consolidar conteúdos e

obter maior destreza perante situações novas. Os resultados satisfatórios obtidos pela maioria

dos alunos devem-se, em grande parte, à aplicação de fichas de revisão com a mesma estrutura

da dos testes de avaliação, tendo nestes sido aplicados exercícios similares ou iguais aos daquelas

fichas. A partir do 2º Período letivo, esta estratégia fez transparecer a falta de interesse e de

estudo dos alunos, na medida em que, nas aulas dedicadas à resolução das fichas de revisão, os

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alunos demonstraram acentuada apatia e, por consequência, os resultados foram muito abaixo

do expectável, o que se refletiu também nas turmas mãe, principalmente no 7º B.

No 3º Período, verificou-se que os alunos mostraram evidente desinteresse,

despreocupação em relação aos elementos de avaliação, quer formativos, quer sumativos, bem

como às estratégias utilizadas pelos docentes. No entanto, salvaguardaram uma vez mais que o

grau de complexidade na abordagem destas metas curriculares foi baixo, pois só desta forma se

conseguiu que os alunos acompanhassem as tarefas propostas. Assim, para além da dificuldade

que os alunos demonstraram na compreensão dos conceitos base, manifestaram ainda uma

grande falta de persistência perante as situações que exigiram uma aplicação menos direta dos

mesmos conceitos. Por outro lado, não revelaram a autonomia necessária ao desenvolvimento de

um raciocínio matemático consistente. Isto aconteceu quer nas turmas mãe quer na Modalidade

de apoio Ninho.

Os resultados obtidos foram considerados satisfatórios, quer nas turmas Mãe, quer no grupo

que beneficiou da modalidade de Apoio Ninho a Matemática.

5. Professor DA

Ao longo do ano letivo a ação da professora DA incidiu nas turmas do 1º ano de

escolaridade. Refira-se que no 3º período letivo, a docente passou a trabalhar, de igual modo,

com a turma 2 do 2º ano da EB1/ JI de Velas, uma vez que se evidenciou necessidade de apoio por

parte desta docente, face às especificidades dos discentes.

Nas turmas do primeiro ano, desenvolveu-se um trabalho contínuo dos números até ao

100, sendo feito paragens estratégicas para introduzir outros subdomínios. Também

comprimento e área e dinheiro. Saliente-se que a caminhada do 20 ao 100 foi realizada com

bastante apoio de esquematização, desenhos, composição da dezena e dispositivos de algarismos

móveis. Face ao subdomínio comprimento e área abordou-se a importância da escolha da

unidade de medida e efetuaram-se medições. Relativamente ao subdomínio tempo, fez-se só o

reforço de alguns conteúdos. O subdomínio dinheiro foi trabalhado na última semana de aulas.

Na sua maioria, os alunos corresponderam satisfatoriamente ao esperado, manifestando

gosto pelas aulas de matemática, revelando-se participativos, dinâmicos e competentes. Deu-se

mais atenção aos alunos com mais dificuldades que necessitaram de mais tempo para interiorizar

os conteúdos trabalhados. Os resultados foram bastante positivos.

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6. Estratégias pedagógicas e organizativas específicas

Relativamente às estratégias pedagógicas e organizativas específicas, foram criadas, para

a turma A do 6º ano, áreas curriculares específicas e diferentes do ensino regular, tais como:

Oficina de Artes, Oficina de Música, Gerar Percursos Sociais (GPS) e Tutoria.

7. Adaptações programáticas

Face às especificidades dos alunos do 1º ciclo, houve necessidade de tomar medidas de

apoio educativo para colmatar as suas dificuldades. Beneficiaram do Artigo 36º, nº6 da alínea f)

adaptações programáticas, num total de 7 alunos, distribuídos por 4 turmas.

Neste sentido, as referidas medidas foram aplicadas na área de português e de

matemática.

8. Condições especiais de avaliação

No 1º CEB, em relação à adoção de condições especiais de avaliação, estas contemplaram:

leitura de prova, alteração da prova quanto ao tipo de itens, à sua estrutura e ao tempo de

realização das provas. Beneficiaram do Artigo 36º, nº6 da alínea i) adoção de condições especiais

de avaliação, num total de 9 alunos, distribuídos por 4 turmas.

Este apoio contribuiu para os alunos terem melhor desempenho académico, sendo o seu

balanço positivo.

No decorrer deste ano letivo, são de destacar as condições especiais de avaliação

aplicadas no 6º A, por ter sido uma turma integrada num PCD. Assim, a avaliação dos alunos foi

feita a partir de fichas e trabalhos individuais e/ou de grupo aplicados aula após aula. Nesta

turma, o domínio cognitivo correspondeu a 60% e o domínio atitudinal a 40% da avaliação final de

cada período letivo.

Beneficiou de condições especiais de avaliação um grupo de alunos que apresentaram

dislexia ligeira ou moderada, não abrangidos pelo REE, mas que continuaram a beneficiar de

condições especiais de avaliação, nomeadamente a aplicação de testes com questões

maioritariamente de escolha múltipla, itens de tipo Verdadeiro/Falso, exercícios de

correspondência e de completamento, não contabilização de erros de ortografia e leitura na

íntegra dos testes de avaliação. Saliente-se, também que se facultou mais tempo para a realização

dos momentos de avaliação formativa e sumativa dos mesmos.

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9. Alunos integrados no Regime Educativo Especial (REE)

No 1º e 2º ciclo do ensino básico, houve alunos que beneficiaram de apoio do Núcleo de

Educação Especial (NEE) prestado por seis docentes, os quais usufruíram das seguintes medidas:

Apoio Pedagógico Personalizado (APP); Adequações Curriculares Individuais (ACI); Adequações no

Processo de Avaliação (APA); Adequações no Processo de Matrícula (APM); Currículo Específico

Individual (CEI) e programas específicos do regime educativo especial (PEREE).

1º Ciclo do Ensino Básico Estabelecimento de

ensino Docente responsável Nº de alunos

EB1/JI de Santo Amaro

EB1/JI de Urzelina

Maria Natal Machado

1 Aluno – APA/APA/ACI – 4º ano 1 Aluno – CEI Int. 4 º Ano 1 Aluno - CEI - Int. 3º Ano

1 Aluno – 3º Ano - APP/APA 1 Aluno – 3º ano- APP/ ACI

2 Alunos – 4º Ano - APP/APA

EB1/JI de Beira

EB1/JI de Velas

Marcela Almada

1 aluno –1º ano - APP/ APA/ ACI 1 aluno – 2º ano - APP/ APA/ ACI

1 Aluno – 2º ano - APP/ APA 3 Alunos – 3º ano - APP/ APA

1 Aluno – 3º ano – APP/ APA/ ACI 1 Aluno – 4º ano – APP/ APA

EBS de Velas UNECA Socioeducativa

EB1/JI de Velas

Maria Adelaide Silveira

6 alunos – PEREE SE

3 Alunos do 4º ano – APP/ APA 1 Aluno do 2º ano - APP/ APA

EBS de Velas UNECA Ocupacional

Margarida Fernandes 4 alunos - CEI

EBS de Velas UNECA TVA/ DOV

Filomena Maciel 5 alunos - PEREEDOV

2º Ciclo do Ensino Básico Estabelecimento de

ensino Docente responsável Nº de alunos

EBS de Velas

Aida Vieira

1 Aluno - 5º ano – APP/ APA/ACI/APM 1 Aluno - 6º ano – APP/ APA/ACI

1 Aluno – 7º ano – APP/ APA

Tabela 13 – Alunos integrados no REE no 1º e 2º ciclo do ensino básico.

Os apoios por parte do NEE abrangeram todas as escolas do 1º ciclo do ensino básico e

todas as turmas, à exceção de 3 turmas, uma na EB/JI de Velas, outra na EB/JI de Beira e outra na

EB/ JI de Urzelina. Também compreendeu o 2º e 3º ciclo do ensino básico; 1 aluno do 5º ano,

outro do 6º ano e ainda outro do 7º ano de escolaridade.

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Relativamente às medidas menos restritivas: APP / APA foram abrangidos 8 alunos; APP /

APA / ACI, 5 alunos e 1 aluno APP / APA / ACI / APM. Face às medidas mais restritivas do REE,

beneficiaram destas 17 alunos.

Refira-se que alguns alunos passaram para medida mais restritiva, pelo facto das que

estavam a usufruir não serem suficientes, face às suas necessidades.

Um aluno da turma C do 7º ano beneficiou, durante este ano letivo, de apoio prestado

por um docente do Regime Educativo Especial (REE), beneficiando de Projeto Educativo Individual

(PEI), tendo sido uma das medidas aplicadas o apoio individualizado dentro e fora de sala de aula.

Serviu o apoio individualizado dentro da sala de aula para reforçar as orientações dos docentes

titulares e a promoção da progressão e conclusão das tarefas propostas. De outro modo, o aluno

não seria capaz de cumprir em tempo útil as atividades propostas pois, na maioria das vezes,

revelou-se bastante desatento. Nos momentos de apoio fora do contexto da sala de aula,

reforçou-se a realização de exercícios de treino da escrita, com a prévia organização de ideias;

exercícios de discriminação visual e auditiva e exercícios de treino da atenção/concentração,

procurando colmatar as dificuldades do aluno nestas áreas.

O balanço do trabalho realizado, por todos os docentes do NEE foi positivo, concretizando

atividades de caráter dinâmico, interativo, colaborativo, entre todos os elementos da comunidade

educativa, com o intuito de promover o aluno a nível pessoal e social.

10. Medidas de promoção do sucesso escolar

Para os alunos retidos do 9º ano de escolaridade, a escola implementou, de acordo com

orientações da tutela, um programa específico de recuperação para alunos retidos no ano letivo

anterior.

No presente ano letivo, apenas se aplicou este programa a três alunos da turma B do 9º

ano de escolaridade. Assim, no horário destinado à área curricular não disciplinar de Cidadania,

foram dinamizadas as medidas “Oficina da escrita” e “Jogos matemáticos”, em sistema rotativo

quinzenal. A avaliação das atividades implementadas foi de caráter formativo.

Relativamente à Oficina de Escrita, os discentes apresentaram dificuldades na escrita,

tanto a nível da construção frásica como ao nível da organização das ideias. Apresentaram um

vocabulário muito elementar e falta de conhecimentos gerais, o que os impedia de

desenvolverem os temas apresentados. A professora aprofundou os conteúdos lecionados nas

aulas da professora titular e aplicou alguns testes do modelo da prova final de ciclo. Apesar de

revelarem uma atitude de colaboração e realizarem as tarefas propostas, os alunos continuaram a

revelar muitas dificuldades na aplicação dos conteúdos gramaticais e nos exercícios de escrita.

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Ao nível de Jogos Matemáticos, foram aplicados jogos de memória, de cálculo mental e de

lógica. Foram ainda abordados jogos do campeonato nacional de jogos matemáticos. Sempre que

os alunos solicitaram, foram esclarecidas dúvidas, bem como resolvidas tarefas de consolidação

dos conteúdos programáticos dados na aula de Matemática.

Os alunos revelaram sempre uma atitude de colaboração e participação ativa nas tarefas

propostas, quer em Oficina de Escrita, quer em Jogos Matemáticos.

11. Apoio ao estudo no 1º CEB

Na área de apoio ao estudo, os tempos dedicados a esta área foram distribuídos pelas

áreas de português e de matemática, havendo docentes que trabalharam mais tempos a

matemática, uma vez que os alunos manifestaram mais dificuldades nesta área.

Os alunos corresponderam de forma satisfatória às solicitações efetuadas através das

diversas atividades realizadas, que complementaram os conteúdos lecionados. Na área de

português desenvolveram-se atividades de leitura e compreensão de textos, planificação,

textualização e revisão de textos e consolidação dos conteúdos de gramática. Na área de

matemática o trabalho consistiu em executar/concluir tarefas, finalizar trabalhos, realizar

exercícios de cálculo, resolver situações problemáticas, corrigir os trabalhos de casa, esclarecer

dúvidas e ainda se realizaram atividades de sistematização e consolidação dos conteúdos

lecionados.

12. Aulas de Substituição

Destinadas a colmatar as ausências imprevistas e de curta duração dos docentes em

atividades letivas, as aulas de substituição foram incluídas na componente não letiva dos horários

dos docentes, tendo sido as mesmas asseguradas por professores de diversas áreas curriculares.

No 1º CEB, quatro docentes realizaram atividades de substituição necessárias para

preencher a ausência dos docentes titulares, o que permitiu assim a continuidade das atividades

letivas dos alunos em questão, de modo a não prejudicar todo um processo de

ensino/aprendizagem. Estas substituições foram baseadas em planos de aula facultados pelos

docentes que faltaram ou recorrendo a atividades elaboradas pelo próprio professor substituto.

Em relação ao 2º e 3º CEB, as aulas de substituição foram asseguradas nos termos legais.

Para esta função, foi destacado um número heterogéneo e alargado de professores, de forma a

dar uma resposta eficaz e abrangente, em termos de áreas curriculares, para os vários níveis de

ensino. Sempre que estas aulas eram lecionadas pelo professor da própria turma surtiam o efeito

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desejado uma vez que permitia o avanço na matéria ou o reforço de conteúdos lecionados

anteriormente.

É de realçar que, sempre que os professores titulares deixavam atividades a serem

desenvolvidas na aula, a maior parte dos alunos participavam de forma mais interessada e

empenhada. Deste modo, esta produzia mais efeito comparativamente àquelas aulas em que não

era indicada qualquer atividade por parte do professor titular.

13. Reposição de aulas

Para além da obrigatoriedade de se cumprir um total de 90% de horas letivas

efetivamente ministradas, através dos mecanismos previstos no artigo 39º do RGAPA, alguns

docentes apresentaram propostas de aulas de reposição ao CE, tendo este órgão desenvolvido

todos os mecanismos para a reposição de aulas não dadas de forma a proporcionar aos alunos a

lecionação de matérias não dadas por ausência de docente.

14. Atividades de complemento curricular (ACC)

As ACC consistem em atividades que têm por natureza uma vertente lúdica, formativa,

cultural e desportiva, com o objetivo de proporcionar aos alunos oportunidades de aprendizagem

e de participação na vida cívica e, no caso do 1º CEB, possibilitar, também, o prolongamento do

horário até às 17.00h. Importa salientar que as ACC decorreram apenas na EB1/JI de Velas. Estas

atividades visavam a promoção da educação em áreas que se consideram relevantes para a

formação integral do cidadão, devidamente definidas no PCE e permitem aos alunos aprender /

fazendo com responsabilidade, mas com uma certa liberdade criativa, possibilitando o

aproveitamento das capacidades dos alunos, através de realizações práticas e do

desenvolvimento de projetos que não possam ser realizados nas áreas curriculares. No presente

ano letivo, as ACC consistiram em oficina de artes, oficina de leitura, jogos de matemática, clube

de xadrez e oficina de música.

Considera-se que os objetivos propostos foram alcançados em todas as ACC, uma vez que

se verificou uma adesão significativa às atividades, atendendo ao facto de estas serem de

prolongamento de horário.

Os alunos participaram com interesse, revelando certo espírito de entreajuda e

cooperação.

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14.1. ACC - 1º Ciclo

14.1.1. Oficina de artes

A oficina de artes abrangeu os alunos dos quatro anos de escolaridade. Ao longo do ano

letivo os alunos participaram com empenho, determinação e bom comportamento em todas as

atividades propostas nesta oficina. Demonstraram, no decorrer das aulas, uma grande evolução

ao nível do interesse, criatividade e uma maior abertura para a realização de novas tarefas

referentes à expressão plástica. Aperfeiçoaram técnicas diversas. Os trabalhos realizados

passaram por atividades de desenho criativo-mindfullness, construção de zoetropes e outras

construções, animações com plasticina, pinturas, colorações, decorações, trabalhos temáticos

segundo a época do ano, recorte, colagem, dobragem e encadernações.

14.1.2. Oficina de leitura

Relativamente à oficina de leitura, esta compreendeu os quatro anos de escolaridade. No

geral os alunos participaram com interesse e empenho nas atividades propostas. Foram

desenvolvidas diversas atividades com o objetivo de incentivar e promover o gosto pela leitura,

desenvolver a criatividade e a oralidade, através da interpretação das histórias lidas e atividades

lúdicas. Assim, e para concretizar esses objetivos, realizaram-se diversas atividades de leitura e

interpretação de histórias e/ou contos e visualização de diversos filmes animados. Também

ouviram-se histórias de vários livros do Plano Nacional de Leitura, através do site de bibliotecas

digitais, fez-se o reconto e respetivas ilustrações.

14.1.3. Jogos de matemática

Na atividade de complemento curricular “Jogos de matemática”, destinada ao 1º e 2º

anos de escolaridade, ao longo do ano letivo, de um modo geral, os alunos frequentaram a

atividade com assiduidade e pontualidade. Desenvolveram-se várias atividades e jogos com a

finalidade de incentivar o gosto pela matemática de uma forma lúdica e motivadora e

desenvolver a capacidade de raciocínio e de atenção/concentração. Para concretizar os objetivos

propostos, realizaram-se jogos de memorização, de orientação espacial, de cálculo mental e

escrito, composição e decomposição de números utilizando diversos materiais: cartões com

números, cartões com somas e diferenças, cartas, dominós, bingos, figuras geométricas e fichas.

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14.1.4. Clube de xadrez

O Clube de Xadrez do 1º CEB foi um espaço onde os alunos do 3º e 4º anos de

escolaridade tiveram a oportunidade de continuar a promover a prática desta modalidade. O

desenvolvimento dos trabalhos, ao longo do ano letivo, permitiu a perceção das seguintes

realidades: os alunos mostraram interesse pelo xadrez; desenvolveram a capacidade de atenção e

o poder de concentração, a criatividade e a imaginação, bem como as suas as suas capacidades

intelectuais e esforçaram-se para aceitar desportivamente o resultado das partidas.

14.1.5. Oficina de música

Ao longo do ano letivo, os alunos inscritos na oficina de música desenvolveram atividades

ajustadas à sua faixa etária, as quais permitiram exteriorizar, criar e desenvolver as suas

capacidades musicais e funcionar como grupo. Foram ainda desenvolvidas as seguintes

atividades: técnica vocal – entoação de canções escolhidas pelos alunos; acompanhamento

rítmico de peças instrumentais com timbres corporais; visionamento de filmes e de concertos de

várias culturas musicais no Mundo; audição de diferentes tipos de músicas; sessões de karaoke.

15. Atividades Desportivas Escolares (ADE)

As ADE constituem-se como o primeiro nível de realização do desporto escolar, inserindo-

se nas atividades de enriquecimento do currículo, desenvolvendo-se para além da carga horária

semanal global definida nos desenhos curriculares aplicáveis, sendo abrangidos os alunos

matriculados nos três ciclos do Ensino Básico. Por tal, as ADE têm como objetivos:

Contribuir para o desenvolvimento global do aluno, respeitando as etapas de formação e

os níveis de aptidão motora;

- Fomentar o hábito e a apetência pela prática regular de atividades físicas;

- Proporcionar aos alunos a prática de atividades desportivas e expressivas;

- Proporcionar a realização das Atividades Desportivas nos contextos de animação ou

formais específicos de cada modalidade.

Não sendo as ADE componente letiva na carga horária dos horários dos docentes, não

foram propostos pelos professores titulares e/ou diretores de turma alunos para estas atividades.

Deste modo, os alunos que se inscreveram nestas atividades de complemento curricular fizeram-

no por opção, visto não ser de caráter obrigatório.

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15.1. ADE - 1º Ciclo

As atividades desenvolvidas ao longo do 1º período englobaram Jogos Pré-Desportivos,

Futebol, Mini-Basquetebol, Mini Voleibol e Andebol. Por sua vez, no 2º período, Jogos Pré-

Desportivos, futebol, Mini-Basquetebol, Mini Voleibol, Andebol e Ginástica. Para finalizar, no 3º

período foram realizados Jogos Pré-Desportivos, Patinagem, Futebol, Mini-Basquetebol, Mini

Voleibol, Andebol e Ginástica.

As referidas atividades foram desenvolvidas pelas professoras de Educação Física, tendo

sido atribuído um bloco de sessenta minutos semanais (quartas- feiras das 16.00H às 17:00H).

Nº sessões Nº alunos inscritos Nº de presenças

1º P 2ºP 3ºP 1ºP 2ºP 3ºP 1ºP 2ºP 3ºP

14 10 9 35 35 32 33 33 30

Tabela 14 - Número de sessões, alunos inscritos e número de presenças de alunos que

frequentaram ADE do 1º ciclo.

De um modo geral, poder-se-á dizer que, os alunos participaram com bastante empenho

e motivação nas atividades desportivas propostas, verificando-se uma grande assiduidade por

parte dos alunos inscritos. Contudo, no 2º e 3º períodos, alguns alunos demonstraram uma

postura pouco correta no decorrer destas atividades, faltando ao respeito para com colegas,

funcionários e professoras. Neste sentido, e em documento próprio e para conhecimento dos

encarregados de educação ficou assente que os alunos em questão deveriam rever a sua postura

quanto ao saber ser e estar, na medida em que nem sempre evidenciaram espírito desportivo.

15.2. ADE - 2º ciclo

No que diz respeito às atividades desenvolvidas ao longo do primeiro período, estas

abrangeram atividades desportivas, Torneios de Basquetebol, Voleibol, Futebol, Atletismo (salto

em altura), tendo sido uma sessão destinada à preparação para o Mega Salto e Mega Sprinter. De

igual modo, foi realizada a prova de Corta Mato, Mega Sprinter e Mega Salto, fase de escola. Por

sua vez, no segundo período foram compreendidas atividades desportivas, Torneios de

Basquetebol, Voleibol, Futebol, Atletismo, bem como a participação no Mega Salto, Mega Sprinter

e Corta Mato fase de ilha. Para finalizar, foram realizadas no terceiro período atividades

desportivas, Torneios de Basquetebol, Voleibol, Futebol, Patinagem e Atividades Rítmicas.

As referidas Atividades foram desenvolvidas no primeiro período pelos professores de

Educação Física (na sua maioria pela professora Teresa Bettencourt) que lecionam o segundo

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ciclo, tendo sido atribuído um bloco de noventa minutos semanal da componente não letiva

(sextas feiras das 12:00H às 13:30H), exceto para a professora Manuela Sousa, que só teve

quarenta e cinco minutos semanais.

Nº sessões Nº alunos inscritos

(média por sessão)

Nº de presenças

(média por sessão)

1º P 2ºP 3ºP 1ºP 2ºP 3ºP 1ºP 2ºP 3ºP

13 11 9 24 18

Tabela 15 - Número de sessões, alunos inscritos e número de presenças de alunos que frequentaram ADE

do 2º ciclo.

Em geral, os alunos participaram com empenho e motivação nas atividades desportivas

propostas. No entanto, no primeiro e segundo períodos verificou-se uma quebra na assiduidade

por parte dos alunos inscritos, possivelmente devido à hora da atividade e por conhecimento da

não participação nos Jogos Desportivos Escolares.

15.3. ADE - 3º Ciclo

Com intuito de desenvolver os domínios socio-afetivo, psicomotor e cognitivo com vista a

melhorar a prestação desportiva dos alunos, as atividades desenvolvidas ao longo do primeiro

período compreenderam as modalidades desportivas coletivas de Voleibol, Andebol e Futsal. No

que concerne ao segundo período, estas englobaram Voleibol, Andebol, Basquetebol e Futsal. No

terceiro período foram trabalhadas as modalidades desportivas coletivas de Voleibol e Futsal e

individuais de Atletismo, de acordo com o projeto das Atividades Desportivas Escolares.

Tabela 16 - Número de sessões, alunos inscritos e número de presenças de alunos que

frequentaram ADE do 3º ciclo.

Verificou-se que os alunos foram bastante participativos e empenhados nas atividades

propostas, tendo sido as atividades desenvolvidas adequadas ao nível etário, às competências

físicas e desportivas, respeitando, na globalidade, as características dos participantes.

Nº sessões Nº alunos inscritos Nº de presenças

1º P 2ºP 3ºP 1ºP 2ºP 3ºP 1ºP 2ºP 3ºP

13 11 9 22 24 24 16 16 13

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16. Atividades Oficinais

16.1. Oficina de Português

No 2º CEB, a Oficina de Português constituiu um espaço para esclarecer dúvidas aos

alunos, quer na realização dos trabalhos de casa, quer na explicação de conteúdos gramaticais,

onde os alunos manifestavam maior dificuldade de aplicação. Para tal foram realizados exercícios

de treino/aplicação, sempre antecedidos de uma explicação prévia e de acompanhamento

individualizado.

É de referir que este período apenas uma aluna de 5º ano teve uma participação regular

na Oficina. Três alunos do 2º CEB compareceram duas vezes na Oficina quando sentiram

dificuldade em realizar um trabalho de casa e uma ficha de trabalho.

Relativamente ao 3º CEB, a Oficina de Português serviu para esclarecer dúvidas dos

alunos, para os incentivar para o estudo da disciplina, para recuperar conteúdos a alunos que

faltaram a aulas. Assim, foram trabalhados conteúdos dos diferentes domínios da disciplina

(escrita, oralidade, leitura e gramática), consoante as dificuldades apresentadas pelos alunos que

comparecem à aula.

Esta modalidade surtiu algum efeito, na medida em que se torna um espaço onde os

alunos tiveram um apoio mais individualizado e puderam ser estimulados para o estudo da língua

portuguesa.

16.2. Oficina de Línguas

Os alunos que frequentaram a oficina de línguas revelaram-se participativos, interessados

em superar as suas dificuldades e empenhados em todas as atividades propostas, propõe-se que

a mesma continue a funcionar dentro dos mesmos moldes. Este espaço foi aproveitado para

preparar apresentações orais e composições que foram avaliadas posteriormente nos testes bem

como para esclarecer dúvidas sobre os conteúdos lecionados em sala de aula e realizar exercícios

de consolidação gramatical e lexical.

16.3. Oficina de Matemática

A Oficina de Matemática foi criada com o objetivo de aumentar o gosto e o sucesso em

matemática, tendo sido trabalhados alguns objetivos específicos, junto dos alunos que

participaram, tais como: desmistificar ideias erróneas em relação à Matemática; estimular o

processo cognitivo dos alunos, sobretudo nos que demonstram mais dificuldades, através de uma

maior contextualização dos conceitos Matemáticos e da sua aplicabilidade prática; desenvolver

competências, capacidades e habilidades necessárias à aprendizagem da matemática; articular a

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parte lúdica da matemática com o despertar da curiosidade e o interesse pelo estudo de novos

desafios cognitivos.

Por forma a atingir tais objetivos, os docentes colocaram-se sempre como parceiros dos

alunos com dificuldades de aprendizagem, para que estes conseguissem ultrapassar tais

dificuldades e alcançassem os objetivos propostos.

Foram criadas condições favoráveis aos alunos para o esclarecimento das suas dúvidas e

interajuda entre eles. Foram trabalhados conteúdos lecionados na disciplina, por forma a existir

uma maior consolidação dos mesmos; resolução de exercícios/atividades;

construção/manipulação de modelos geométricos e recorreu-se a jogos didáticos.

A Oficina de Matemática teve 1 174 presenças, durante o ano letivo, distribuídos

conforme o gráfico abaixo, sendo de destacar a frequência de 24 alunos com uma presença

assídua.

Gráfico 1 - Número de alunos que frequentaram a Oficina da Matemática.

Pela análise, quer dos gráficos quer do feedback dos alunos e professores, verificou-se

que esta foi uma mais-valia para toda a comunidade escolar, tendo, no entanto, constatado que

os alunos que melhor aproveitaram este espaço foram os que apresentaram melhores índices de

aprendizagem e que se encontravam mais motivados para o estudo. Daí se considerar de toda a

pertinência a continuidade deste espaço, para os próximos anos letivos.

0

100

200

300

400

500

600

1º PER 2º PER 3º PER TOTAL

146 180

129

455

215 235

134

584

58 54 23

135

Nº de alunos que frequentaram a Oficina de Matemática

2º ciclo 3º ciclo secundário

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17. Leitura orientada / orientação em tarefas de pesquisa bibliográfica e na

internet

As atividades inseridas neste âmbito destinaram-se a fomentar o gosto pela leitura, com o

objetivo de aumentar os níveis de proficiência das línguas, com destaque para a Língua

Portuguesa, bem como a orientação na pesquisa bibliográfica e na Internet que contribuísse para

o desenvolvimento do processo ensino e aprendizagem dos alunos. Esta modalidade de apoio

educativo foi coordenada entre os docentes afetos à biblioteca, docentes de Português e

docentes titulares do 1º CEB e EPE, dado que se enquadra no eixo principal do ProSucesso:

promover a competência leitora.

Ao longo do ano letivo foram desenvolvidas diversas atividades para promover essa

mesma competência no 1º CEB, nomeadamente: Cantinho da leitura; Hora do conto; Eu li um

livro; Vamos contar histórias; Leitura compartilhada; Um escritor na escola e Concursos de leitura.

O balanço do trabalho desenvolvido pelos docentes titulares foi bastante positivo e

interativo com diferentes intervenções da escola e da sociedade. Os alunos aderiram a todas as

atividades solicitadas com entusiasmo e dedicação. Refira-se que os alunos que não revelavam

gosto pela leitura despertaram para a mesma. Esta foi uma mais-valia para todos os discentes, a

nível cognitivo, social, afetivo e intelectual. A competência leitora é transversal, quer no seu

desempenho pessoal quer académico, possibilitando conhecimento, domínio das situações com

mais clareza, acesso a informação, troca de ideias, abertura de horizontes, aquisição de

vocabulário e fluência na leitura. Implicitamente a competência de escrita também beneficiou

com todo o trabalho desenvolvido, no decorrer do ano escolar.

No 2º e 3º CEB, ao longo do ano letivo os docentes de Português desenvolveram

atividades diversas relativamente à competência leitora, no sentido desta ser melhorada.

A este respeito, os docentes de Português solicitaram aos alunos, no primeiro período, a

escolha de um livro para lerem e ser alvo de uma breve apresentação e preenchimento de uma

ficha de leitura, no segundo e terceiro períodos.

No sentido de melhorar a leitura por parte dos alunos, desenvolveram-se atividades

como: leitura e interpretação de notícias, leitura de enunciados em voz alta sempre que possível,

documentários, crónicas, pequenos contos, artigos científicos e históricos, leitura de textos

literários (narrativos e poéticos), uma vez que grande parte dos alunos apresentavam dificuldades

ao nível da leitura expressiva e interpretativa.

Na modalidade de apoio Ninho também se promoveu a leitura expressiva, a declamação

de poemas e a leitura das obras que faziam parte do programa para o 7º ano de escolaridade.

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31

Assim, os alunos demonstraram interesse relativamente às atividades propostas e melhoraram a

prática da leitura.

18. Desenvolvimento de competências não cognitivas

18.1. Projeto TUTAL

O projeto TUTAL foi criado com o objetivo de colmatar a falta de motivação dos alunos

para o estudo, principal problema de alguns alunos que frequentaram este estabelecimento de

ensino, bem como ajudar os alunos a criar rotinas e hábitos de estudo, por forma a reduzir o

insucesso escolar, incutir nestes a valorização do saber/ser e estar, não descurando o saber/fazer

e promover a aprendizagem dos conteúdos lecionados.

Durante o ano letivo 2015/2016, dentro do projeto TUTAL, foram acompanhados 12

alunos do 2º e 3º CEB com tutoria individual, tendo sido responsáveis por este tipo de apoio os

docentes Mário Lopes, Pedro Bispo, Sandra Pedroso, António Soares, António Azevedo, Bruno

Oliveira e Rúben Serpa. A tutoria individual incidiu especialmente nos anos iniciais de ciclo (5º e

7º anos de escolaridade) e por se considerar que os efeitos da Tutoria se podem refletir ao longo

do percurso escolar. Deste modo, considerou-se adequado desenvolver no aluno estas

capacidades não cognitivas o mais cedo possível.

TURMAS Nº de alunos

propostos

Nº de alunos que

frequentaram a medida

Alunos que

nunca

compareceram

Nº de alunos

que

transitaram

5º A 2 2 ----- 2

5º B 1 1 ----- 1

6º B 5 4 1 5

7º A 3 3 ----- 3

8º A 1 ----- 1 1

Tabela 17 – Número de alunos que tiveram apoio de Tutoria do 5º ao 8º anos.

Esta tutoria teve como objetivo ultrapassar as dificuldades de aprendizagem, assim como

trabalhar a motivação e os métodos e hábitos de trabalho. Este apoio tutorial foi semanal,

quinzenal ou mensal, conforme se considerou pertinente.

Este incidiu especialmente nos anos iniciais de ciclo e no 2º ciclo do ensino básico por se

considerar que os efeitos da Tutoria se podem refletir ao longo do percurso escolar. Deste modo,

considerou-se adequado desenvolver no aluno estas capacidades não cognitivas o mais cedo

possível.

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Por forma a serem trabalhadas competências não cognitivas, nomeadamente motivação,

empenho e envolvimento parental, foi solicitado pelos conselhos de turma e pelo conselho

executivo a dinamização de sessões que colmatassem tais dificuldades.

Com o objetivo de dar resposta ao solicitado, a equipa TUTAL considerou de maior

pertinência a realização de reuniões com os encarregados de educação das turmas dos 7º A e B,

de modo a que estes passassem a ter um papel mais ativo no processo de ensino aprendizagem

dos seus educandos. Foram trabalhados também, em contexto grupo/turma, a motivação, os

métodos e hábitos de trabalho e o domínio das atitudes e valores, quer na escola quer em família

e/ou em sociedade, com as turmas dos 7º e 8º, turmas A e B; tendo-se dado grande ênfase ao

saber-ser e ao saber-fazer de todos os alunos.

Contudo, os resultados atingidos não corresponderam ao esperado, nomeadamente com

os grupos turma, os quais exigem um maior trabalho junto destes, sendo necessário um trabalho

mais colaborativo de todos os intervenientes do processo aprendizagem destes alunos.

Quanto às sessões de tutoria individualizada, esta é vista pelos alunos como uma

sobrecarga semanal, pois é considerada como mais um tempo letivo a acrescer à carga horária já

existente.

Saliente-se, contudo, que em casos pontuais poderá existir a necessidade de se continuar

com este tipo de apoio, por forma a colmatar dificuldades mais específicas e intrínsecas de cada

aluno. O projeto TUTAL deve assim continuar com o objetivo de acompanhar, de forma

individualizada, o processo educativo do aluno, aconselhá-lo e orientá-lo no estudo e nas tarefas

escolares, salientando-se que este deve estar predisposto a ser ajudado, ou se encontre numa

fase motivacional passível de obter sucesso através desta metodologia de trabalho.

18.2. Programa Gerar Percursos Sociais (GPS)

O programa Gerar Percursos Sociais (GPS) teve no seu cerne a prevenção e reabilitação

psicossocial para jovens em risco ou que apresentem comportamentos desviantes. Foi concebido

de forma a poder ser utilizado em contextos de prevenção do comportamento desviante,

antissocial ou delinquente, bem como em contextos de reabilitação para jovens com marcado

desvio social.

Neste sentido, e em contextos de prevenção, constituiu numa oferta de intervenção

grupal estruturada, que poderia sofrer adaptações de acordo com as necessidades de cada caso

ou contexto particular de aplicação, desde que fosse respeitada a sequência dos módulos que o

constituíam.

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Os conteúdos abordados, as características do programa, bem como a estrutura das

sessões permitiram a sua utilização em diversos contextos de prevenção (por exemplo, na

prevenção primária da toxicodependência e do comportamento antissocial ou desviante ou, em

contexto escolar, na prevenção da indisciplina e do abandono escolar).

O programa desenrola-se, no mínimo, em 40 sessões semanais, de hora e meia cada,

obrigando cada sessão à presença de dois técnicos, um dos quais com formação de base em

psicologia. As sessões estavam agrupadas em cinco módulos sequenciais: Comunicação,

Relacionamento Interpessoal, Distorções Cognitivas, Significado das Emoções e Crenças

Disfuncionais (Armadilhas do Passado).

Atendendo ao perfil dos alunos da turma 6ºA, turma com Projeto Curricular Diferenciado,

mais concretamente: a faixa etária, as fracas competências de relação interpessoal, de

comunicação, o sistema de crenças de fracasso muito enraizado, os estilos educativos parentais

pouco protetores, os comportamentos de risco e os fatores ambientais que os circundam,

implementou-se um programa de prevenção e reabilitação que abordasse todas estas questões,

por forma a desmistificar as crenças enraizadas, devolver modelos corretos de relacionamento e

comunicação e promover estilos de vida e escolhas saudáveis.

Ao longo do ano letivo foram dinamizadas 32 sessões de 90 minutos. De uma forma geral

inicialmente os alunos tiveram dificuldade em aceitar este projeto, por visar apenas a sua turma,

reagindo com muita resistência às atividades propostas. Realça-se que um aluno apenas

compareceu às primeiras duas sessões, recusando terminantemente participar nas restantes, até

à data da sua transferência de escola. A maioria dos alunos compareceu a todas as sessões de

forma assídua e pontual. A implementação e dinamização das atividades propostas pautou-se

pelo constante reforço e apelo à colaboração dos alunos, por parte dos dinamizadores, sendo

que, sobretudo no 1º Período, foi constante a adoção de comportamentos de tentativa de

boicote às mesmas, por parte de dois/ três alunos. Ao longo do ano esta resistência inicial foi

sendo menos sentida, embora nem sempre tenham aderido às tarefas que lhes foram propostas

de forma espontânea.

Por último, destaca-se que ao nível da dinâmica entre pares persistiu a constante

agressividade verbal, o que associado às limitações cognitivas comprometeu o alcance dos

objetivos das sessões.

Atendendo a que este programa teve destinatários muito específicos, os responsáveis

consideram que não faz sentido a implementação do mesmo no próximo ano letivo.

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Turma Nº Alunos Nº Professores Nº Sessões

6º A 1ºP 2ºP 3ºP

2 32 8 7 7

Tabela 18 - Público-alvo, número de alunos, professores e sessões da disciplina Gerar Percursos

Sociais (GPS).

19. Apoio psicopedagógico

Ao longo do ano letivo, o trabalho do Serviço de Psicologia e Orientação (SPO)

compreendeu as seguintes situações:

Questões emocionais: foram acompanhados 31 alunos;

Sinalização para eventual integração no REE, de 23 alunos, sendo sujeitos a

avaliação do SPO, no âmbito da elaboração do Relatório Técnico-Pedagógico (RTP). Foram

concluídas as avaliações e elaborados os RTP de todos os alunos sinalizados.

Avaliação e reavaliação de 15 alunos da EB/JI Velas, de acordo com a

implementação do projeto de desenvolvimento da literacia no pré-escolar, após devida

autorização do Encarregado de educação;

Rastreio dos alunos das EB1/JI de Velas, Santo Amaro e Beira que, no próximo ano

letivo, ingressarão no 1º Ciclo do Ensino Básico;

Parecer face ao pedido de adiamento de matrícula de 2 alunos;

Entrega do relatório de orientação escolar e vocacional para os alunos do 9ºA/B;

Parecer, no âmbito de possíveis encaminhamentos para cursos PROFIJ de 3

alunos;

Aqui, procedeu-se a reuniões com 3 encarregados de educação por questões relacionadas

com o bem-estar dos seus educandos. Ainda o SPO convocou um encarregado de educação, em

relação às atitudes e comportamentos do educando;

Realização de 7 intervenções em crise, situações que não estão previamente

agendadas, que se cingiram a autorregulação de questões emocionais;

Solicitação, por parte de 10 alunos do ensino secundário, de sessões pontuais de

aconselhamento vocacional. Também 8 alunos do mesmo nível de ensino solicitaram sessões de

aconselhamento vocacional e sistema de atribuição de bolsas;

Sessões de esclarecimento sobre organização curricular do ensino secundário

para todos alunos do 9º ano, do 2º ano do PROFIJ nível 2 e 3 alunos do 10ºA.

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Para além do que estava proposto no PAA, realizou-se, ainda, no decorrer do ano escolar

o seguinte:

Sessão de métodos e hábitos de estudo a todos os alunos das turmas 7ºB/C e a

todas as turmas de 8º ano e do 9º ano;

Realização de duas sessões de motivação para a turma do 8ºB, no âmbito da

promoção da responsabilização pessoal/turma pelos resultados escolares;

Sessões de tutoria, no âmbito do TUTAL para um aluno;

Sessão de esclarecimento sobre organização curricular do ensino secundário para

Encarregados de Educação dos alunos do 9º ano, do 2º ano do PROFIJ nível 2 e de alguns alunos

do 10ºD;

Dinamização conjuntamente com os SPO da EBS Calheta e EBI Topo, da “I feira das

profissões” para os alunos do 9º ao 12º ano;

Dinamização de reunião a 7 alunos interessados no curso de Criminologia com

uma Criminologista;

Disseminação da oferta formativa, cursos profissionais e PROFIJ, aos alunos da

EBS Calheta, à turma de PROFIJ II tipo 2 de informática, ao 9 º ano regular, a 1 aluno e ao 6º e 7º

anos, 8 alunos.

20. Apoio da Equipa Multidisciplinar de Apoio Socioeducativo (EMASE)

A EMASE executa as políticas de combate à exclusão social e de apoio socioeducativo aos

alunos, nomeadamente, a prevenção do abandono escolar, o acompanhamento de alunos

carenciados e dos seus agregados familiares e a verificação da aplicação das medidas da ação

social escolar.

Esta equipa é formada pelos seguintes elementos: um elemento do CE, um elemento do

SPO da Escola, um técnico Superior de Educação, um elemento da Associação de Pais e

Encarregados de Educação da Escola, um elemento do Centro de Saúde, dois elementos da

Assembleia de Escola, um técnico da Ação Social Escolar, um representante do Instituto da Ação

Social, um elemento da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens em Risco, um elemento do

Instituto de Santa Catarina, um elemento da Santa Casa da Misericórdia e um elemento da Casa

de Repouso João Inácio de Sousa (Isabel Marques, Tânia dos Santos Radich, Marisela da

Conceição Medeiros Serpa, Berta Vieira, Maria dos Santos, Alda Padrela Silveira, Janete Fonseca,

António Faustino Borges, Lorena Freitas, Márcia Azevedo, Paulo Prudêncio, Maria Helena Roque e

Paulo Silveira).

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Ao longo do ano letivo a equipa multidisciplinar de apoio socioeducativo reuniu onze

vezes, tendo efetuado as seguintes ações:

Elaboração do PAA;

Plano de ação da equipa multidisciplinar de apoio socioeducativo do ano letivo

2015/2016;

Revisão do documento relativo às medidas de assiduidade;

Revisão dos escalões da ação social escolar promovendo uma correta atribuição

dos escalões;

Criação de mecanismos destinados a apoiar alunos e os seus agregados familiares

tendo como objetivo a diminuição da exclusão social;

Promoção do sucesso escolar com acompanhamento de alunos em absentismo

escolar;

Acompanhamento das medidas de ação social escolar nomeadamente o

fornecimento do pequeno-almoço, almoço, lanche e jantar a alunos carenciados;

Conjugação entre a EMASE, CE e CPCJ, de procedimentos a serem efetuadas pelos

DT;

Acompanhamento de diretrizes emanadas pelo Conselho Pedagógico – Código de

Conduta.

Das ações acima mencionadas, os dados fornecidos foram os seguintes: usufruíram do

acompanhamento das medidas de ação social escolar nomeadamente o fornecimento do

pequeno-almoço, almoço, lanche e jantar a alunos carenciados, 26 alunos; da promoção do

sucesso escolar com acompanhamento de alunos em absentismo escolar, 11 alunos e da criação

de mecanismos destinados a apoiar alunos e os seus agregados familiares tendo como objetivo a

diminuição da exclusão social, 6 alunos.

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37

0

5

10

15

20

25

30

Acomp. Med. Ação Social

Alimentação

Criação Mecanismos Apoio Família

Promoção Sucesso Escolar

26

6

11

Alunos Acompanhados pela EMASE

Gráfico 2 – Números de

alunos acompanhados pela

EMASE, de acordo com os

dados fornecidos.

21. Apoio do Gabinete de Pedagogia Social

Ao longo do corrente ano letivo foram propostos pelos Professores Titulares e Diretores

de Turma catorze alunos, 10 do sexo masculino e 4 do sexo feminino, com idades compreendidas

entre os 8 e 16 anos de idade, matriculados nesta unidade orgânica para aconselhamento e

acompanhamento individual pela Técnica Superior de Educação do Gabinete de Pedagogia Social.

Relativamente ao número de sessões, estas dependeram de vários fatores,

nomeadamente de interrupções letivas por feriados, bem como das problemáticas identificadas

nos alunos. No entanto, poder-se-á estimar que estavam previstas entre quatro a quinze sessões

de quarenta e cinco minutos para cada aluno, sendo pois uma sessão semanal, à exceção de um

aluno do sexo feminino que usufruiu de duas sessões semanais.

Neste sentido, foram identificadas como problemáticas: absentismo escolar; insucesso

escolar; desmotivação/desinteresse escolar; dificuldades na realização/organização das tarefas

escolares; comportamentos desadequados perante adultos; baixa autoestima; problemas de

higiene e de socialização; adaptação a nova situação familiar; bem como dificuldades de

cumprimento de regras e dificuldades de atenção e concentração.

Por tal, face às problemáticas identificadas nos alunos foram abordadas as seguintes

temáticas/conteúdos: causas e consequências do insucesso e absentismo escolar; importância da

escolarização no desenvolvimento e formação do ser humano; importância da socialização e

inclusão social; importância da gestão do tempo – elaboração de um horário de tarefas/estudo e

dicas para um estudo eficaz; elaboração de um calendário de testes; regras de

conduta/comportamento; objetivos/expetativas do aluno; reflexão sobre as necessidades

sentidas no seu processo/percurso de aprendizagem e o modo como ultrapassar essas mesmas

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dificuldades; técnicas de estudo facilitadoras do processo de aprendizagem; reflexão sobre

comportamentos desviantes e o modo como estes poderiam influenciar o seu sucesso escolar;

comportamento – exemplos de comportamentos adequados e considerados desadequados;

motivar o aluno para o processo de aprendizagem – mudar o ambiente e a situação; saber lidar

com a mudança; desenvolvimento de competências de comunicação; gestão de sentimentos e

emoções; gestão/prevenção de conflitos; desenvolvimento de competências de relacionamento

interpessoal tais como o respeito, responsabilidade e autoconsciência; regras básicas de higiene

pessoal; bem como atividades de promoção de atenção/concentração.

No que concerne às técnicas/estratégias utilizadas pela Técnica de Educação para abordar

as temáticas, estas centraram-se sobretudo no diálogo, em discussão de dilemas, na apresentação

de problemas e na resolução destes pelos alunos, bem como na pintura, e realização de jogos

relacionados com as temáticas no caso dos alunos do ensino básico.

É de salientar que dos 14 alunos que usufruíram dos serviços prestados pelo Gabinete de

Pedagogia Social, a maioria realizou as sessões que estavam previstas para si.

Considerando a especificidade do caso de cada aluno, poder-se-á dizer que foi possível

verificar que todos os alunos progrediram relativamente às suas problemáticas. Neste sentido,

enfatiza-se que dos catorze processos encaminhados, quatro foram encerrados, tendo ficado

salvaguardado que os seus processos caso se justifiquem poderão ser reabertos e dez deverão

continuar a usufruir dos serviços prestados pelo Gabinete de Pedagogia Social. Assim sendo, e em

relatório próprio, foi aconselhado aos Diretores de Turma e Professores Titulares que os alunos

prosseguissem com o aconselhamento e acompanhamento individualizado prestado pela Técnica

no próximo ano letivo.

Períodos

Processos

Encami-

nhados

Intervalo

de Idades

Nº de alunos por sexo Processos

Suspensos

Provisoria-

mente

Processos

Reabertos

Processos

Encerrados

Processos

Sugeridos

2016/2017

Masculino Feminino

1º 7 8-16 anos 4 0 0 0 0 -

2º 6 8-14 anos 5 1 1 0 1 -

3º 1 9 anos 1 0 0 1 3 10

Tabela 19 - Processos de Alunos Acompanhados pelo Gabinete de Pedagogia Social.

O mesmo Gabinete acompanhou em Tutoria dois alunos, estes do sexo masculino e com

idades compreendidas entre os treze e os quinze anos. Relativamente a estes alunos, trabalhou-

se sobretudo a organização do caderno escolar, a elaboração de um calendário de testes/estudo,

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reflexão sobre as dificuldades sentidas no seu processo/percurso de aprendizagem,

comportamentos desviantes que poderiam influenciar o seu sucesso escolar, regras de conduta e

de comportamento em comunidade, bem como o desenvolvimento de competências de

relacionamento interpessoal.

De igual modo, foram encaminhados para o Gabinete de Pedagogia Social pelos

Professores, Professores Titulares e/ou Diretores de Turma 35 alunos que manifestaram

comportamentos incorretos dentro da sala de aula. No que concerne a estes alunos, 32 eram do

sexo masculino e 15 do sexo feminino.

Considera-se importante referir que alguns destes alunos foram, pelo menos duas vezes,

ao Gabinete de Pedagogia Social por motivos de comportamento desadequado em contexto de

sala de aula. No caso destes alunos, os professores que os encaminhavam, por norma, mandavam

trabalhos para estes realizarem.

Importa referenciar que este mesmo gabinete recebeu igualmente dois alunos, um do

sexo masculino e um do sexo feminino por medida disciplinar – incumprimento de assiduidade.

Neste sentido, foi desenvolvido uma sessão de sensibilização com a durabilidade de quarenta e

cinco minutos para a necessidade do aluno cumprir com o dever da assiduidade, bem como

tentar perceber qual o motivo para o seu desinteresse, falta de empenho e desmotivação, e quais

os seus objetivos num futuro próximo.

Gráfico 3 – Serviços Prestados Pelo Gabinete de Pedagogia Social.

0

5

10

15

20

25

30

35

Tutoria Med. disc. incump./assid.

Acomp./acons. individualizado

Med. disc. incump. regras

2 2

14

35

Serviços prestados pelo Gabinete de Pedagogia Social

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22. Proposta de modalidades de apoio educativo para o próximo ano letivo

Pedagogia diferenciada na sala de aula.

Apoio pedagógico no contexto de sala de aula.

Apoio pedagógico individualizado.

Projeto Fénix – Modalidade de Apoio Ninho.

Professor DA.

Estratégias pedagógicas e organizativas específicas.

Adaptações programáticas.

Condições especiais de avaliação.

Apoio ao estudo no 1º CEB.

TUTAL.

GAME.

Apoio do Gabinete de Pedagogia Social.

Apoio da Equipa Multidisciplinar de Apoio Socioeducativo (EMASE).

23. Objetivos e estratégias para a implementação das diferentes modalidades de

apoio educativos

Possibilitar que todos os alunos se tornem leitores e escritores competentes.

Recorrer à Biblioteca Escolar em tempos letivos para o desenvolvimento de atividades

de leitura.

Promover a partilha de leituras e a participação em atividades relacionadas com a

leitura.

Estabelecer relações, formular hipóteses e resolver problemas diversos para

compreensão de conceitos.

Desenvolver formas de raciocínio, fazer analogias e estimativas utilizando conceitos de

procedimentos matemáticos.

Desenvolver no aluno hábitos e métodos de estudo.

Sugerir métodos de organização.

Utilizar os reforços positivos e estimular a autoestima e a autonomia.

Promover a predisposição para aprender.

Aplicar metodologias ativas e diversificadas nas sessões de apoio.

Estimular a persistência no trabalho.

Ajudar os alunos a desenvolverem um projeto de vida.

Reduzir o insucesso escolar.

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Incutir nos alunos a valorização do saber/ser e estar, assim como o saber/fazer.

Conhecer o aluno, analisá-lo, física e emocionalmente, bem como o seu percurso

escolar, o seu meio familiar, a sua relação com os outros (alunos, professores, funcionários,

comunidade...).

Estimular e reforçar as competências e aptidões envolvidas na aprendizagem.

Diferenciar o apoio, indo ao encontro das necessidades dos alunos.

Diversificar materiais didáticos.

Manter um reduzido número de alunos por grupo de apoio.

Afetar um maior número de professores às modalidades de apoio.

Limitar o número de alunos com NEE por turma.

Envolver os encarregados de educação no processo ensino-aprendizagem.

24. Conclusão

O presente relatório refere as diferentes modalidades de apoio disponibilizadas aos alunos para

que estes realizassem as aprendizagens, desenvolvessem as competências/metas curriculares e se

autorresponsabilizassem pelo seu processo de aprendizagem. Este documento tende a sistematizar o

trabalho desenvolvido nesta Unidade Orgânica ao longo do ano letivo de 2015 /2016.

Os pontos fortes e fracos descritos em algumas das modalidades de apoio deverão ser entendidos

como linhas orientadoras para a implementação das mesmas, reforçando os pontos fortes e definindo

estratégias mitigadoras dos pontos fracos.

Da análise e do balanço feitos de todo o trabalho desenvolvido e com base nos resultados obtidos

durante este ano letivo, poder-se-á dizer que estes contribuíram para o sucesso da maioria dos alunos que

usufruíram destas medidas de apoio educativo.

Assim, este relatório poderá futuramente constituir uma mais-valia para a elaboração do projeto

de apoio educativo do próximo ano letivo.

Sugere-se uma reflexão sobre a possível repetição neste relatório de itens que já se mencionam

em outros relatórios, como por exemplo, no relatório final do Plano Anual de Atividades ou no relatório do

ProSucesso, caindo-se em redundância.

Velas, 07 de julho de 2016

A equipa dos apoios educativos

Aprovado em reunião do Conselho Pedagógico de 22-07-2016 Pelo Conselho Pedagógico

(O Presidente)

João Manuel Amaral Silva