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Relatório de Atividades 2015.2016

Relatório de Atividades 2015 - CEJ - Centro de Estudos ... · Relatório de Atividades 2015.2016 9 1.2.2. 2.º Ciclo [4] tribuDurante o ano 2015/2016, e em sede de formação inicial,

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Relatório de Atividades

2015.2016

Título: Relatório de Atividades 2015-2016

Autor: Centro de Estudos Judiciários

Ano de Publicação: 2016

Centro de Estudos Judiciários

Largo do Limoeiro

1149-048 Lisboa

[email protected]

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2015.2016 3

ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................................. 7

1.1. Aspetos gerais ....................................................................................................................................................... 7

1.2. Formação inicial ................................................................................................................................................... 8

1.2.1. 1.º ciclo .................................................................................................................................................. 8

1.2.2. 2.º Ciclo ................................................................................................................................................. 9

1.2.3. Novo modelo de avaliação dos Auditores de Justiça (2.º ciclo) .................................................. 9

1.3. Prestígio social e abertura ao exterior............................................................................................................. 10

1.4. Divulgação externa ............................................................................................................................................ 10

1.4.1. A página do CEJ ................................................................................................................................ 12

1.5. Formação contínua ............................................................................................................................................ 13

1.6. Parcerias com entidades externas .................................................................................................................... 14

2. FORMAÇÃO INICIAL DE MAGISTRADOS.............................................................................. 17

2.1. Fase teórico-prática (Segundo ciclo) ............................................................................................................... 17

2.1.1. Generalidades ..................................................................................................................................... 17

2.1.2. Magistratura Judicial .......................................................................................................................... 18

2.1.2.1. Generalidades ........................................................................................................................ 18

2.1.2.2. Particularidades dos dois cursos da magistratura judicial .............................................. 18

2.1.3. Magistratura do Ministério Público ................................................................................................ 23

3. FORMAÇÃO CONTÍNUA ........................................................................................................... 27

3.1. Ações de Formação Contínua previstas e realizadas, por tipologia .......................................................... 27

3.2. Ações de Formação Contínua realizadas, por jurisdição e tipologia ........................................................ 28

3.3. Inscrições e Presenças – Juízes e Magistrados do Ministério Público ...................................................... 28

3.3.1. Ações de formação ............................................................................................................................ 30

3.4. Locais de realização das ações de formação contínua ................................................................................. 36

3.5. Publicação de livros digitais - E-books ............................................................................................................ 37

3.6. Formação Contínua - Em síntese ................................................................................................................... 42

4. DEPARTAMENTO DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS ...................................................... 43

4.1. Introdução ........................................................................................................................................................... 43

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4.2. Estrutura e organização interna ....................................................................................................................... 44

4.3. Rede Europeia de Formação Judiciária .......................................................................................................... 45

4.3.1. Estrutura organizativa da REFJ ...................................................................................................... 45

4.3.2. Grupo ‘Programas’ e Sub-Grupos ‘Civil’ e ‘Administrativo ’ .................................................... 45

4.3.3. Programa Justiça Penal ..................................................................................................................... 46

4.3.4. Concurso Thémis ................................................................................................................................ 46

4.3.5. Catálogo .............................................................................................................................................. 47

4.3.6. Programa de intercâmbios (Exchange Programme) ......................................................................... 47

4.3.7. Outras Redes Internacionais de Formação ................................................................................... 49

4.4. Países de Língua Portuguesa ............................................................................................................................ 50

4.4.1. Brasil .................................................................................................................................................... 50

4.4.2. Outros países da CPLP .................................................................................................................... 50

4.5. Atividades bilaterais ........................................................................................................................................... 52

4.5.1. Escolas espanhola e francesa ........................................................................................................... 52

4.5.2. Academia de Direito Europeu (ERA) ........................................................................................... 53

4.5.3. Visitas ao CEJ de entidades estrangeiras ....................................................................................... 53

5. GABINETE DE ESTUDOS JUDICIÁRIOS ................................................................................ 55

5.1. Recursos Humanos do GAEJ ......................................................................................................................... 55

5.2. Atividade desenvolvida ..................................................................................................................................... 56

5.2.1. Estudos e trabalhos de investigação............................................................................................... 56

5.2.2. Atividades de apoio à formação de magistrados .......................................................................... 58

5.2.3. Organização e apoio à realização de atividades sociais e culturais ........................................... 59

5.2.4. Intervenção do GAEJ em outras atividades ................................................................................. 60

6. DIVISÃO DO CENTRO DE DOCUMENTAÇÃO ..................................................................... 63

6.1. Introdução ........................................................................................................................................................... 63

6.2. Vertente Arquivo ............................................................................................................................................... 63

6.2.1. Gestão do Arquivo ............................................................................................................................ 64

6.2.2. Apoio aos Utilizadores ..................................................................................................................... 64

6.3. Vertente Biblioteca ............................................................................................................................................ 65

6.3.1. Gestão do Fundo Documental ....................................................................................................... 65

6.3.1.1. Aquisições de publicações (1-9-2015 a 31-8-2016) ........................................................ 65

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Relatório de Atividades 2015.2016 5

6.3.1.2. Documentos catalogados, indexados, correspondentes a registos em

base de dados ........................................................................................................................ 68

6.3.1.3. Abate e reparações de documentos................................................................................... 68

6.3.2. Apoio aos Utilizadores ..................................................................................................................... 69

6.3.2.1. Movimento das requisições (consulta e empréstimo) de documentos ....................... 69

6.3.2.2. Quadro de movimento de utilizadores - pedidos de digitalizações ............................. 69

6.3.2.3. Quadro de movimento de utilizadores - pedidos em empréstimos

interbibliotecas (EIB)........................................................................................................... 70

6.3.2.4. Quadro de movimento de utilizadores - pedidos de digitalização de

documentos ........................................................................................................................... 70

6.3.2.5. Quadro de movimento de utilizadores - pedidos de pesquisas .................................... 70

6.4. Qualidade dos Serviços ..................................................................................................................................... 70

6.4.1. Recolha e tratamento de informação estatística ........................................................................... 70

6.4.2. BiblioNet ............................................................................................................................................. 71

6.5. Gestão de publicações ....................................................................................................................................... 71

6.6. Outras atividades ................................................................................................................................................ 72

6.7. Infraestruturas .................................................................................................................................................... 73

6.8. Recursos Humanos ............................................................................................................................................ 73

7. DEPARTAMENTO DE APOIO GERAL .................................................................................... 75

7.1. Introdução ........................................................................................................................................................... 75

7.2. Atividades cometidas ao DAG pelos Estatutos do CEJ ............................................................................. 76

7.2.1. Área de recursos humanos e expediente ....................................................................................... 76

7.2.2. Área de Contabilidade ...................................................................................................................... 77

7.2.3. Área Patrimonial e de Contratação Pública .................................................................................. 78

7.2.3.1. Área patrimonial ................................................................................................................... 78

7.2.3.2. Contratação pública: ............................................................................................................ 79

7.2.4. Apoio Jurídico .................................................................................................................................... 79

7.2.4.1. Procedimento Extraordinário e Urgente de Formação de

Administradores Judiciais ................................................................................................... 80

7.2.4.2. Curso de Formação para a Gestão dos Tribunais de 1.ª Instância .............................. 80

7.2.4.3. Concursos de Ingresso na Formação Inicial de Magistrados ....................................... 81

7.2.4.4. Processos jurisdicionais ....................................................................................................... 81

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Relatório de Atividades 2015.2016 6

7.2.4.5. Mediação e resolução extrajudicial de conflitos .............................................................. 81

7.2.4.6. Produção legislativa .............................................................................................................. 81

7.2.4.7. Protocolos .............................................................................................................................. 82

7.2.4.8. Outros assuntos .................................................................................................................... 82

7.2.4.9. Contratação Pública ............................................................................................................. 82

7.2.4.10. Recursos humanos ............................................................................................................... 82

7.2.4.11. Regulamentação interna ...................................................................................................... 83

7.2.4.12. Outras atividades .................................................................................................................. 83

7.3. Ações de formação ............................................................................................................................................ 85

7.4. Outras atividades ................................................................................................................................................ 85

7.5. Divisão de Informática e Multimédia ............................................................................................................. 86

7.5.1. Informática ......................................................................................................................................... 86

7.5.2. Multimédia .......................................................................................................................................... 88

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Relatório de Atividades 2015.2016 7

1. Introdução

1.1. Aspetos gerais

[1] Foi aprovado pelo Conselho Geral o

Relatório Anual de Atividades respeitante ao ano

académico 2015-2016, de acordo com o disposto

nos artigos 94.º e 97.º, n.º 5, da Lei n.º 2/2008, de

14 de janeiro.

Como em Relatórios Anuais, importa

avaliar o cumprimento dos compromissos

fundamentais do Projeto Estratégico do Centro

de Estudos Judiciários: restaurar o prestígio e a

credibilidade do CEJ; reforçar a identidade do

CEJ como escola de formação; abrir o CEJ ao

exterior; contribuir para a confiança nos tribunais

e na legitimidade do poder judicial; apostar na

complementaridade das profissões jurídicas;

definir um projeto pedagógico coerente, assente

nas virtualidades do e-b-learning; cultivar o caráter e

a independência de espírito.

O presente Relatório compõe-se das

seguintes partes:

1. Introdução

2. Formação Inicial

3. Formação Contínua

4. Departamento de Relações

Internacionais

5. Gabinete de Estudos Judiciários

6. Divisão do Centro de Documentação

7. Departamento de Apoio Geral

[2] De acordo com a Lei Orgânica do

Ministério da Justiça, o Centro de Estudos

Judiciários é uma estrutura do Ministério da

Justiça, com a missão a formação profissional de

juízes, magistrados do Ministério Público,

assessores judiciais e outros profissionais da

justiça, para além de desenvolver estudos e

investigações. A Lei Orgânica do CEJ (Lei n.º

2/2008, de 14 de janeiro) estabelece o seguinte

quadro orgânico (art.º 93.º): a) O diretor; b) O

conselho geral; c) O conselho pedagógico; d) O

conselho de disciplina.

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Relatório de Atividades 2015.2016 8

[3] No período 2015-2016 foram

assumidas as seguintes prioridades:

▪ Acompanhamento do período de

formação teórico-prática – 2.º ciclo –

dos magistrados saídos do 31.º Curso

Normal de formação para os Tribunais

Judiciais;

▪ Acompanhamento do período de

formação teórico-prática – 2.º ciclo –

dos magistrados saídos do 3.º Curso de

Formação para os Tribunais

Administrativos e Fiscais;

▪ Realização integral do Plano de

Formação Contínua aprovado pelo

Conselho Geral;

▪ Conclusão do programa de publicações

referentes ao plano de formação

contínua;

▪ Consolidação do modelo formativo

e-b-learning;

▪ Preparação da formação dos futuros

magistrados do Ministério Público de

Angola;

▪ Conclusão do concurso de seleção e

formação de administradores judiciais.

1.2. Formação inicial

1.2.1. 1.º Ciclo

Durante o período temporal a que se

reporta este Relatório de atividades, não

decorreram atividades de formação do 1.º Ciclo

no CEJ.

No entanto, na sequência da publicação de

Aviso de abertura de concurso público de

ingresso do 32.º Curso de Formação de

Magistrados para os Tribunais Judiciais e do 4.º

Curso de Formação de Magistrados para os

Tribunais Administrativos e Fiscais procedeu-se

ao recrutamento e seleção de 126 auditores de

justiça, sendo, 56 para o Ministério Público, 28

para a magistratura judicial e 42 para juízes dos

tribunais administrativos e fiscais, cujo

procedimento decorreu entre fevereiro e agosto

do ano em curso.

Para responder às necessidades de

formação dos dois cursos, o CEJ selecionou, por

procedimento concursal, 6 novos docentes, todos

a tempo inteiro, e convidou dois outros, um para

a jurisdição do Trabalho e da Empresa na

sequência de deserção do procedimento quanto à

jurisdição em causa, e uma magistrada da

jurisdição administrativa e fiscal, para exercício de

funções a tempo parcial e em acumulação nesse

domínio.

Os sete docentes a tempo inteiro são

originários da magistratura judicial (3, sendo dois

para a área penal e um para a área civil) e do

Ministério Público (4, um para cada uma das

jurisdições – Civil, Penal, Família e Crianças e

Trabalho).

A fase teórico-prática dos dois cursos de

formação teve início em 15 de setembro passado.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2015.2016 9

1.2.2. 2.º Ciclo

[4] Durante o ano 2015/2016, e em sede

de formação inicial, apenas se acompanhou o 2.º

Ciclo dos dois cursos CEJ – 31.º Curso para os

Tribunais Judiciais e o 3.º Curso para aos TAF,

não tendo havido atividades de 1.º ciclo.

Recorde-se que as orientações

estabelecidas para a formação de magistrados

assentam nas seguintes ideias fundamentais:

▪ Articulação entre ciclos de formação;

▪ Articulação entre formação inicial e

formação contínua;

▪ Inovação no plano dos métodos e na

transmissão crítica dos conteúdos;

▪ Aprendizagem contínua e avaliação

global dos auditores.

Foram estas ideias que se desenvolveram

no ano académico 2015-2016.

Em primeiro lugar, pretendeu-se

ultrapassar a rígida separação entre ciclos de

formação, concretizando o diálogo colaborativo

entre formadores no CEJ e formadores nos

tribunais. Os docentes do 1.º ciclo poderão ter

acesso aos trabalhos profissionais dos auditores

do 2.º ciclo e dos magistrados em regime de

estágio, de modo a poder fazer-se uma avaliação

crítica e global de todo o ciclo formativo do CEJ

(1.º ciclo, 2.º ciclo, estágio); do mesmo modo, os

formadores nos tribunais terão também acesso

aos elementos formativos disponibilizados pelos

docentes do 1.º ciclo.

[5] Magistratura judicial

No período a que se refere o presente

Relatório, foi executado o Manual de Organização

do 2.º Ciclo – 31.º Curso Normal e 3.º Curso

TAF, bem como o Guia de Boas Práticas

respetivo, que são documentos inovadores na

história do CEJ.

[6] Magistratura do Ministério Público

Do mesmo modo, foi objeto de

atualização o Manual de Organização do 2.º Ciclo

– 31.º Curso Normal - para o Ministério Público.

1.2.3. Novo modelo de avaliação dos

Auditores de Justiça (2.º ciclo)

[7] A fórmula aprendizagem contínua e

avaliação global dos auditores.

Verificado o peso excessivo que

a avaliação de conhecimentos e de

competências tem nos processos formativos

de magistrados, reiteraram-se em

relação aos dois cursos de formação (31.º

Curso Normal e 3.º Curso TAF) as orientações

estratégicas relativas à introdução de uma nova

metodologia de avaliação dos Auditores de

Justiça.

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Relatório de Atividades 2015.2016 10

1.3. Prestígio social e abertura ao exterior

[8] Como salientado nos anteriores

Relatórios Anuais de Atividades, uma das

preocupações nucleares é a da abertura do CEJ ao

exterior, condição para o prestígio e

reconhecimento social.

A par de parcerias estratégicas já

estabelecidas e que se mantiveram, da

preocupação com a transparência de

procedimentos, foram publicados inúmeros

materiais formativos, com relevo para todas as

profissões jurídicas.

Neste âmbito releva salientar a realização

de conferências e a publicação de edições com a

colaboração de entidades externas, entre as quais

de podem destacar a Ordem dos Advogados, a

Ordem dos Notários, as Faculdades de Direito, o

Conselho Superior da Magistratura, a Comissão

para a Cidadania e Igualdade de Género e com

outros organismos do Ministério da Justiça (INPI,

DGAJ).

[9] As Conferências do Centro de Estudos

Judiciários

Tal como nos anos de 2013 e 2014, para

além da divulgação online em

http://www.cej.mj.pt/cej/estudos-e-publica/con-

ferencias.php, das conferências realizadas

(disponibilizando os vídeos), foi também editada,

já em 2016, a obra As Conferências do CEJ 2014-

2015 (Almedina, 2016), que, na sequência da

prática do ano anterior, incorpora todas as

conferências do último ciclo que, pela sua

qualidade excecional, se reputou deverem ser

compiladas em livro.

1.4. Divulgação externa

[10] No ano anterior deu-se continuidade

ao uso de metodologias inovadoras de

formação contínua de magistrados judiciais

e do Ministério Público, aqui incluindo

a formação a distância, mas também

a disponibilização de ferramentas

relacionadas com o saber fazer específico dos

magistrados.

Tais metodologias são avançadas no plano

europeu, sendo possíveis do ponto de vista

técnico e tecnológico, mercê das parcerias

estabelecidas.

Às solicitações significativas de ações

de formação transmitidas por videoconferência

nem sempre correspondeu uma qualidade

desejável de receção da emissão em

diversos locais, reflexo dos problemas sofridos

com a rede informática do Ministério da Justiça.

O CEJ continuou a organizar muitas das

suas ações de formação em articulação com a

Justiça TV, aproveitando a parceria estabelecida

com esta entidade, embora, sempre que a

transmissão foi feita para os tribunais, com as

dificuldades de receção acima referidas.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2015.2016 11

Os elementos estatísticos mais relevantes

são descritos mais abaixo.

[11] Para além da transmissão em direto

para a Internet, o CEJ iniciou em 2012 uma

biblioteca de recursos digitais, projetando-o como

um dos mais importantes criadores de conteúdos

de formação jurídica em língua portuguesa.

A página de e-learning reflete o esforço que

tem vindo a ser feito (http://elearning.cej.mj.pt/).

Em especial, o gráfico com o número de

acessos documenta esta realidade, aproximando-

-sede um milhão de acessos todos os meses.

* Uma vez que foi feita a migração para a nova versão da Moodle em Fevereiro, só estão disponíveis dados sobre o número e acessos a partir dessa data

Do mesmo modo, o CEJ monitoriza os

acessos e pode compreender quais são os temas

que interessam à comunidade jurídica ou que esta

procura na página.

Por outro lado, o CEJ tem incorporado

nas suas missões oferecer à comunidade jurídica

conteúdos gratuitos.

Assim, a produção destes vídeos encontra-

se associada a livros digitais, que permitem ao

leitor, desde que tenha uma ligação à Internet,

abrir de imediato as conferências e outros

recursos multimédia.

Vídeos mais visualizados

Título do vídeo N.º de visua-

lizações

A Insolvência: A Exoneração do Passivo Restante; O Plano de Pagamentos

5972

A Responsabilidade Civil Contratual e Extracontratual do Profissional de Saúde

4042

A prova nas ações de impugnação de atos disciplinares

3489

Identificação de Ativos Produto do Crime

3291

Projeto Fénix 3089

Manteve-se a possibilidade oferecida aos

consumidores das publicações digitais do CEJ

poderem optar pela visualização em 3 suportes

diferentes, Flash, Quicktime e iPod. O esforço

realizado é, portanto, o de adequar e flexibilizar a

oferta formativa de acordo com o tipo de

audiência, permitindo aos senhores magistrados,

advogados e outros profissionais acompanharem

as publicações do CEJ nos seus computadores,

tablets e telemóveis, independentemente dos

programas operativos.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2015.2016 12

1.4.1. A página do CEJ

[12] A página do CEJ, apesar das suas

limitações técnicas, é o local fundamental e a

janela através da qual se expõem as atividades da

instituição e as suas publicações.

Publicou-se periodicamente um catálogo

das publicações.

Disponibilizou-se a publicação de uma

agenda mensal, enviada por e-mail e alojada

igualmente na página do CEJ.

A padronização das séries de publicações e

das publicações manteve-se, de acordo com um

modelo definido no início de 2012.

A página do CEJ assinala milhares de

visitas mensais, provenientes maioritariamente de

Portugal, mas com origem em diversos outros

países, factos que podem ser observados no mapa

e nos gráficos seguintes.

Se não é possível, tecnicamente, o

descarregamento de vídeos, assinala-se, de outro

lado, que os materiais formativos são muito

consultados e descarregados, sejam os dossiês de

formação, guias jurídicos, manuais de formação e

outros elementos.

As ferramentas utilizadas na produção de

conteúdos formativos originais não são apenas

relativas à divulgação de um saber académico, mas

sobretudo preocupadas com o saber fazer

específico da função jurisdicional.

De outro lado, o CEJ tem procurado

exercer de modo exigente a sua tarefa de

formação, não apenas de juízes e de magistrados

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2015.2016 13

do Ministério Público, mas também de advogados

e de outros profissionais do Direito.

O quadro ao lado demonstra o número de

descarregamentos de e-books (a sua mera

visualização fica registada nos acesos à página).

Os e-books são instrumentos de apoio aos

magistrados e à comunidade jurídica que o CEJ

tem acarinhado e desenvolvido, tendo concluído e

publicado na sua página na Internet, nesta ano, 28

e-books, todos de descarregamento gratuito (infra

3.6).

Manteve-se a publicação e periodicidade

da Revista do CEJ, com renovado prestígio

científico, e foram envidados esforços no sentido

da retoma da publicação do Prontuário de Direito

do Trabalho, procurando-se solução de

continuidade em razão das convulsões por que

passou a empresa que o editava.

Prosseguiu a publicação da série As

Conferências do Centro de Estudos Judiciários

(Almedina, 2016), designadamente contendo o

texto das conferências proferidas pelos

Professores José de Faria Costa e Jorge Miranda,

e pela Dra. Assunção Esteves, ao tempo

presidente da Assembleia da República.

Download de e-books (setembro de 2015 a agosto de 2016)

E-book N.º de

descar- regamentos

Caderno V -O Novo Processo Civil - Textos e Jurisprudência (Jornadas de Processo Civil – janeiro 2014 e Jurisprudência dos Tribunais Superiores sobre o novo CPC)

2951

Caderno I - O Novo Processo Civil - Contributos da doutrina para a compreensão do Novo Código de Processo Civil (2ªEdição)

2337

Guia Prático das Custas Processuais (3.ª edição)

2294

Direito Administrativo 1450

Processo de insolvência e ações conexas

1393

As Leis das Crianças e Jovens – Reforma de 2015

1375

Caderno III - O Novo Processo Civil - Trabalhos elaborados pelos Auditores de Justiça do 30.º Curso de Formação de Magistrados do Centro de Estudos Judiciários

1263

Direito Bancário 1256

O Dano na Responsabilidade Civil 1209

Contencioso Tributário 1096

1.5. Formação contínua

[13] Neste domínio, prosseguiu

a construção dos dossiês de formação

contínua, onde cada magistrado interessado pode

encontrar um conjunto vasto de informações

relativas a cada uma das matérias das ações de

formação: legislação nacional, europeia e

internacional; jurisprudência europeia;

jurisprudência do Tribunal Europeu dos Direitos

do Homem; jurisprudência do Supremo Tribunal

de Justiça, do Supremo Tribunal Administrativo e

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2015.2016 14

do Tribunal Constitucional; e estatísticas da

justiça.

[14] Para a concretização desses objetivos,

a Plataforma e-learning do CEJ tem-se constituído

como o repositório das atividades realizadas. O

recurso a este meio conduziu à eliminação do uso

do papel em apresentações e outros textos. Por

outro lado, foi definida uma metodologia de

contacto direto do CEJ – através dos seus

docentes organizadores dos colóquios – com os

magistrados inscritos nas ações de formação, para

que estas correspondam aos reais problemas e

interesses formativos dos magistrados em funções

nos tribunais.

[15] Os conteúdos formativos estão

acessíveis online, prosseguindo orientação já

consolidada, de modo a permitir a sua utilização

por magistrados que não possam assistir

presencialmente às ações de formação.

1.6. Parcerias com entidades externas

[16] Nesta rubrica releva assinalar que se

mantêm atuais as considerações tecidas no

Relatório anterior.

Governos e conselhos superiores

estrangeiros, em especial de países de língua

oficial portuguesa, têm vindo a contactar o CEJ

para ser a entidade formadora dos seus altos

quadros jurídicos e das magistraturas.

Em especial, devem ser realçados os

contactos e projetos já desenvolvidos com

instituições similares de Moçambique, Macau,

Timor, S. Tomé e Príncipe, Cabo Verde e Angola.

Com mais detalhe, serão assinalados no

local próprio as atividades desenvolvidas em

matéria de formação de magistrados de Angola,

Cabo Verde e Moçambique.

Do mesmo modo, foi possível continuar a

colaboração com outras entidades, em especial, a

Ordem dos Advogados, a Ordem dos Notários e

a Câmara dos Solicitadores.

[17] Consolidaram-se metodologias para

um sistema de garantia de qualidade. Para além

dos inquéritos aos inscritos nas ações de

formação contínua, desenvolveram-se ferramentas

de garantia de qualidade da formação presencial e

a distância, nomeadamente através de processos

de diálogo entre docentes e inscritos, na avaliação

pelos pares e na avaliação dos resultados.

[18] Uma referência final a questões

financeiras e de pessoal.

Apesar da conjuntura adversa, foi possível

cumprir os objetivos a que o CEJ se propôs,

especialmente os planos de formação contínua.

Concluiu-se o ano orçamental de 2015 sem

dívidas a fornecedores.

Manteve-se a política de formação dos

funcionários e concluíram-se os procedimentos

concursais antes iniciados.

Foram realizadas obras de manutenção no

edifício do Limoeiro com utilização de verbas

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2015.2016 15

próprias prosseguindo a recuperação e pintura do

muro envolvente.

Os serviços da Biblioteca satisfazem com

grande celeridade pedidos de informação

bibliográfica e de digitalização de textos de

magistrados de todo o país.

[19] Institucionalmente ou através dos

seus docentes, coordenadores e formadores, o

CEJ participou em diversas iniciativas que

importa assinalar:

▪ O CEJ foi eleito para a direção da Rede

Europeia de Formação Judiciária e tem

vindo a colaborar na definição do plano

estratégico e do plano anual de atividades.

No âmbito destas, assinala-se a

organização de diversos seminários em

Lisboa e a colaboração de docentes e

magistrados portugueses, como oradores,

em diversos programas realizados em

Portugal e no estrangeiro;

▪ Academia de Direito Europeu (Trier):

colaboração na organização, redação de

textos e dinamização de seminário no

âmbito do programa Using EU Civil Justice

Instruments; participação na conferência

Annual Conference on Rights of Persons with

Disabilities 2014;

▪ Conselho da Europa: participação no

programa HELP;

▪ Tribunal Europeu dos Direitos do

Homem: participação no programa Human

Rights for EU Judicial Trainers;

▪ Procuradoria-Geral da República:

colaboração em ações de formação

dirigidas a magistrados dos países de

língua oficial portuguesa;

▪ Centro de Formação Jurídica e Judiciária

de Macau: colaboração na organização e

participação em ações de formação;

▪ Guarda Nacional Republicana:

colaboração na docência da sua escola e na

organização de concursos na área penal e

processual penal;

▪ Direcção-Geral de Reinserção Social e dos

Serviços Prisionais: colaboração no âmbito

do Plano Nacional de Reabilitação e

Reinserção 2013-2015;

▪ Instituto Nacional de Medicina Legal e

Ciências Forenses: colaboração e

participação em ações e seminários

especializados.

▪ Participação na Comissão de

Acompanhamento do Regime de

Internamento Compulsivo;

▪ Associação Portuguesa de Direito do

Trabalho (APODIT): participação em

colóquios;

▪ CITE: programa e formação acerca de

discriminações no local de trabalho;

▪ Projeto Justiça para Tod@s: participação em

todas as fases do programa;

▪ Polícia Judiciária: colaboração em

formações para inspetores.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2015.2016 17

2. Formação inicial de magistrados

2.1. Fase teórico-prática (Segundo ciclo)

2.1.1. Generalidades

Transitaram para o 2.º Ciclo do 31.º Curso

para os Tribunais Judiciais 19 e 20 auditores de

justiça, respetivamente para a Magistratura Judicial

e para a Magistratura do Ministério Público, tendo

logrado obter aprovação, respetivamente, 18 e 20.

Para o 2.º Ciclo do 3.º Curso TAF

transitaram 40 auditores, tendo obtido aprovação

39.

A preparação do 2.º ciclo de formação foi

objeto pelos Diretores-adjuntos de cada uma das

magistraturas, com a colaboração dos

coordenadores distritais, dos quais, 2 a tempo

inteiro na Magistratura do Ministério Público

(todos procuradores) e 4 a tempo parcial na

Magistratura Judicial (todos desembargadores).

Quanto aos formadores nos tribunais,

esclareceu-se e confirmou-se o processo de

nomeação perante os Conselhos Superiores e

iniciou-se, quanto a novos formadores, uma nova

metodologia de designação.

As novas orientações quanto à

organização dos 2.ºs ciclos passaram pela

divulgação pública dos métodos de trabalho dos

auditores e por um novo sistema de avaliação dos

Auditores de Justiça.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2015.2016 18

2.1.2. Magistratura Judicial

2.1.2.1. Generalidades

No período a que se refere o presente

Relatório, foi aprovado o manual de Organização

do 2.º Ciclo – 31.º Curso Normal e 3.º Curso

TAF, bem como os Guias de Boas Práticas

respetivos.

O período de formação teve início no dia

1 de setembro de 2015 e terminou no dia 15 de

julho de 2016.

Excecionalmente, o período de formação

poderia ser prorrogado em função do

aproveitamento do Auditor de Justiça, mediante

deliberação do Conselho Pedagógico, sob

proposta do Diretor do Centro de Estudos

Judiciários, o que não aconteceu este ano.

No decurso desta fase de formação,

pretendeu-se que os Auditores de Justiça, sob

orientação e assistência permanente de um Juiz

Formador, adquirissem e aprofundassem os

conhecimentos necessários à aplicação prática do

Direito no exercício da atividade judicial em

diversas jurisdições.

Para a prossecução de tais objetivos, a

atividade do Auditor de Justiça centrou-se na

assistência a julgamentos e outras diligências,

normalmente mas não necessariamente, presididas

pelo próprio Juiz Formador, e na simulação de

sentenças e despachos judiciais de todo o tipo,

com especial atenção à organização e gestão do

expediente diário e da agenda.

Visou-se, desta forma, garantir que, no

final do 2.º ciclo de formação, o Auditor de

Justiça esteja apto a assumir competências

próprias enquanto Juiz Estagiário, já dotado de

conhecimentos teóricos e práticos que lhe

permitam, de imediato, desempenhar funções

como juiz em todas as vertentes da intervenção

que lhe é própria.

Constituiu objetivo de idêntica

importância o conhecimento e assimilação de

regras éticas e deontológicas, que permitam ao

futuro Juiz o exercício da magistratura com

perfeita noção das responsabilidades que assume

perante a sociedade, atuando sempre com sentido

de responsabilidade, isenção, imparcialidade e

respeito pelos direitos fundamentais.

2.1.2.2. Particularidades dos

dois cursos da

magistratura judicial

No 31.º Curso, a formação decorreu

predominantemente em tribunais ou instâncias de

competência especializada cível e crime, mediante

programação efetuada pelos respetivos

Coordenadores Regionais em articulação com os

Juízes Formadores e de acordo com orientações

prévias e uniformes.

A intervenção nas diversas áreas e nos

diferentes processos aconteceu, sempre que as

condições o permitiram, em simultâneo, com a

finalidade de fomentar um contacto tão constante

quanto possível com as jurisdições civil e criminal,

ou obedecendo a um esquema de rotatividade

quinzenal ou mensal entre uma e outra jurisdição,

sem prejuízo da conclusão dos trabalhos

pendentes.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2015.2016 19

Sem prejuízo do regular acompanhamento

dos julgamentos e demais diligências do Juiz

Formador, o Auditor de Justiça assistiu a

julgamentos do tribunal coletivo e à

correspondente deliberação, por forma a

conhecer outras formas de condução das

audiências e adquirir hábitos de trabalho conjunto

com outros colegas de profissão.

Os Auditores de Justiça completaram a sua

formação com estágios em tribunais ou instâncias

de Família e Menores, Trabalho, Execução de

Penas, Comércio e Instrução Criminal.

O acompanhamento das atividades de

formação junto da Magistratura Judicial

desenvolvidas no 2.º Ciclo (atividades nos

tribunais) foi feito pessoalmente pelo

Coordenador de cada uma das quatro Delegações

Regionais do Centro de Estudos Judiciários para a

Magistratura Judicial (no caso do 31º Curso) e

pelo Coordenador de cada uma das duas

Delegações Regionais do Centro de Estudos

Judiciários para a Magistratura Judicial da

Jurisdição Administrativa e Tributária (no caso do

3.º Curso TAF), em articulação com os Juízes

Formadores.

No 3.º Curso TAF, a formação decorreu

em Tribunais Administrativos e Fiscais, mediante

programação efetuada pelos respetivos

Coordenadores Regionais em articulação com os

Juízes Formadores e de acordo com orientações

prévias e uniformes.

A intervenção nas diversas áreas e nos

diferentes processos aconteceu, sempre que as

condições o permitiram, em simultâneo, com a

finalidade de fomentar um contacto tão constante

quanto possível com a jurisdição administrativa e

fiscal, ou obedecendo a um esquema de

rotatividade [mensal/bimensal ou outro que, em

função das particularidades e especificidades do

tribunal, veio a ser definido pelo Coordenador

Regional, ouvidos os Juízes Formadores] entre

uma e outra área da jurisdição, sem prejuízo da

conclusão dos trabalhos pendentes.

Todos os trabalhos elaborados, incluindo

os de mero expediente, foram organizados

cronologicamente e divididos entre decisões de

fundo, decisões de questões incidentais (“meio

fundo”) e de mero expediente.

Depois de vistos e rubricados pelo Juiz

Formador, foram arquivados numa pasta

(Dossier), que permaneceu na posse do Auditor

de Justiça e que foi analisada pelo Coordenador

Regional sempre que o entendeu e,

designadamente, por ocasião das deslocações ao

tribunal ou juízo em que se encontravam

colocados.

Dessa pasta constava uma listagem de

todos os trabalhos, organizada à medida que iam

sendo realizados, tendo tal lista sido

provisoriamente entregue ao Coordenador

Regional com cada remessa de trabalhos e,

completa, no final da fase de formação do 2.º

ciclo junto da magistratura judicial.

À semelhança dos trabalhos e com

idêntica finalidade, foram igualmente inseridos

por cada Auditor de Justiça na plataforma

“moodle”.

A lista dos trabalhos foi organizada

separadamente para os despachos de fundo, de

"meio fundo" (isto é, na falta de melhor

terminologia, aqueles que envolvam a apreciação

de pretensão das partes e decisão fundamentada)

e despachos de mero expediente.

Da lista do 31.º Curso constavam, quanto

aos primeiros, o número e tipo de processo

(comum ou especial no crime, forma de processo

na ação declarativa comum ou tipo do processo

especial, providência cautelar, execução, oposição

à execução, etc.), o tipo de despacho elaborado

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2015.2016 20

(liminar, pré-saneador, saneador, saneador

sentença, sentença, decisão de incidente, decisão

da matéria de facto ou outro, na área cível; ou, na

área criminal, sentença, homologação de

contagem de pena, apreciação de questão

incidental do tipo do pagamento de multa em

prestações, declarações de contumácia, decisões

jurisdicionais em inquérito, etc.), o tipo de questão

objeto de apreciação e decisão (na área cível e no

caso de sentença se foi apreciada questão relativa

a responsabilidade civil, contrato promessa,

impugnação pauliana, empreitada, compra e

venda, arrendamento urbano, etc.; e na área penal

o tipo de crime ou ilícito contraordenacional em

causa ou da questão incidental decidida) e as datas

de recebimento dos trabalhos para elaboração e

da subsequente entrega ao Juiz Formador.

Da lista do 3.º TAF, constavam, quanto

aos primeiros, o número e tipo de processo, o

tipo de despacho elaborado (liminar, pré-

-saneador, saneador, saneador sentença, sentença,

decisão de incidente, decisão da matéria de facto

ou outro, etc.), o tipo de questão objeto de

apreciação e decisão (na área administrativa e no

caso de sentença se foi apreciada questão relativa

a responsabilidade civil, contratos, como

empreitada ou prestação de serviços, etc.; e na

área tributária o tipo de imposto ou taxa em causa

ou da questão incidental decidida) e as datas de

recebimento dos trabalhos para elaboração e da

subsequente entrega ao Juiz Formador.

Quanto aos despachos de mero

expediente, aqui incluídos os despachos de

recebimento de acusação ou outros meramente

tabelares, bastava a referência ao tipo de processo,

ao tipo do despacho e às datas de recebimento e

entrega.

O acesso ao dossier e à lista de trabalhos

foi igualmente disponibilizado ao Juiz Formador

sempre que este o solicitou.

A realização de um determinado número

de trabalhos não é o objetivo primeiro da

formação - do simples facto de o auditor ter feito

muitos trabalhos não quer dizer logo e

necessariamente que tenha feito uma boa

formação - e o Auditor de Justiça não fica

desobrigado das atividades de formação pelo

facto de o atingir e ultrapassar.

No entanto, a qualidade da formação

também passa pela quantidade e diversidade das

decisões a simular durante o 2.º ciclo, tanto ao

nível das sentenças e outros despachos de fundo,

como ao nível do expediente diário.

Neste contexto, e no 31.º Curso, os

Auditores de Justiça, na jurisdição cível,

elaboraram, no mínimo:

▪ 10 sentenças em ações contestadas,

aqui se incluindo os casos de saneador

sentença;

▪ 5 sentenças em ações não contestadas;

▪ 6 decisões, finais ou não, proferidas em

providências cautelares;

▪ 10 despachos saneadores com

enunciação dos temas da prova;

▪ 75 despachos de mero expediente.

Na jurisdição penal efetuaram, no mínimo:

▪ 15 sentenças;

▪ 4 sentenças em recursos de

contraordenação;

▪ 4 decisões instrutórias;

▪ 4 decisões de aplicação de medida de

coação no seguimento de

interrogatório judicial;

▪ 75 despachos de mero expediente.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2015.2016 21

No 3.º Curso TAF, os Auditores de

Justiça, na área administrativa da jurisdição,

elaboraram, no mínimo:

▪ 15 sentenças em ações contestadas,

aqui se incluindo os casos de saneador

sentença;

▪ 6 decisões, finais ou não, proferidas em

providências cautelares;

▪ 10 despachos saneadores com

enunciação dos temas da prova;

▪ 75 despachos de mero expediente.

Na área tributária da jurisdição, e

elaboraram, no mínimo:

▪ 18 sentenças (impugnação, oposição,

acção administrativa especial, etc);

▪ 4 sentenças em recursos de contra-

ordenação;

▪ 6 decisões, finais ou não, proferidas em

providências cautelares;

▪ 75 despachos de mero expediente.

As visitas aos locais de formação

ocorreram em datas ajustadas entre os

Coordenadores Regionais e os Juízes Formadores,

que foram comunicadas com a antecedência

possível aos Auditores de Justiça.

Tiveram lugar, preferencialmente, nas

quatro semanas subsequentes à receção dos

trabalhos pelo Coordenador Regional, que, nessa

oportunidade, foram comentados e debatidos

com os respetivos Auditores de Justiça em

conversa pessoal, na qual também tiveram

oportunidade de suscitar quaisquer questões

relativas à formação.

Sem prejuízo das deslocações periódicas

aos tribunais onde decorre a formação do 2.º

ciclo, os Coordenadores Regionais estiveram

permanentemente disponíveis para acompanhar e

debater com os Auditores de Justiça e Juízes

Formadores todos os assuntos relativos à

formação, incluindo os assuntos de natureza

organizativa e pedagógica.

Os Auditores de Justiça que frequentaram

o 2.º ciclo de formação foram avaliados e

classificados, de acordo com os parâmetros

previstos nos artigos 52.º a 54.º da Lei n.º 2/2008.

O juízo sobre a aptidão para o exercício de

funções na magistratura judicial assentou em dois

pilares de importância indissociável: adequação

(urbanidade, sociabilidade, cortesia, maturidade e

sensatez) e aproveitamento (capacidade de

investigação, de organização e método, nível de

cultura jurídica, capacidade de ponderação e

decisão, uso da língua portuguesa e atitude na

formação).

O primeiro significa que não é só a aptidão

cognoscitiva e prática que interessa à finalidade

formativa, sendo também o desenvolvimento de

qualidades humanas e duma consciência social

que permitam a observância de fins e valores

indispensáveis a um qualificado desempenho das

futuras funções, com rigoroso respeito dos

direitos fundamentais, designadamente de

cidadania, decorrentes da Constituição e da Lei.

É igualmente importante o incremento de

conhecimentos de cultura geral que permitam

contextualizar as situações da vida real com que se

depare, ou seja, desenvolver a capacidade para

apreender o contexto não jurídico do caso sob

apreciação – v.g. afetivo, familiar, sociocultural –

e aperceber-se das concretas consequências da

decisão a proferir.

No que respeita à aquisição dos

conhecimentos teórico-práticos essenciais ao

exercício de funções como Juiz de Direito,

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2015.2016 22

reveste-se de especial importância para a

formação a assistência a audiências de julgamento

e outras diligências, a aprendizagem dos modos de

relacionamento com os intervenientes

processuais, o aprofundamento das competências

ao nível da apreciação da prova produzida e da

fundamentação da respetiva decisão, o aprimorar

da seleção da matéria de facto e da técnica de

enunciação das questões a decidir e dos temas da

prova, o treino diário do despacho de mero

expediente, bem como o rigoroso cumprimento

dos horários estabelecidos no início do ano com o

Juiz Formador.

Reveste-se igualmente de importância

decisiva a capacidade de construção de um

discurso argumentativo suficientemente

fundamentado, mas objetivamente simples e

dirigido apenas à solução do caso concreto,

despojado de considerações teóricas e/ou

filosóficas que não sejam necessárias a esse fim,

isto é, pondo de parte um cariz

predominantemente académico em favor duma

visão prática que permita uma rápida e justa

composição do litígio.

A avaliação do desempenho dos

Auditores de Justiça durante o 2.º ciclo

processou-se em regime de avaliação contínua e

baseou-se nos elementos colhidos diretamente

pelo Coordenador Regional e nas informações

de desempenho prestadas pelos Juízes

Formadores e, na sequência de reuniões

periódicas, constando de relatórios intercalares e

finais elaborados por aquele.

A classificação final foi atribuída a cada

um dos Auditores de Justiça por deliberação

conjunta dos quatro Coordenadores Regionais

para o 31.º Curso e dos 2 para o 3.º Curso TAF –

que durante o ano acompanharam os trabalhos e

a evolução de todos os Auditores de Justiça e não

apenas os da sua área geográfica – em reunião

presidida pelo respetivo Diretor-adjunto.

Foi desenvolvido pelos seis

Coordenadores, em articulação com o Diretor-

-Adjunto, um aturado trabalho no sentido de

encontrar critérios justos e equilibrados de

aferição dos vários auditores, o que dificilmente

poderia ir ao encontro das expectativas ou

considerações subjetivas de cada um.

Com as alterações introduzidas na Lei n.º

2/2008 pela Lei n.º 45/2013, de 3/7, em

particular no citado artigo, foi reforçado o modelo

legal de avaliação, no sentido de tomar a

articulação entre os dois coordenadores ainda

mais estreita, através da consagração do conceito

de «avaliação global» e da previsão de uma

verdadeira e plena decisão colegial de todos os

avaliadores, que se alcança através do

procedimento estabelecido no artigo 53.º-A do

Regulamento Interno do CEJ.

Este modelo de avaliação, que tem como

pedra de toque o aprofundamento da

colegialidade da decisão avaliativa, assenta num

integral acesso de todos os avaliadores a todos os

elementos de avaliação – por isso é possível

afirmar que cada auditor se encontrava em pé de

igualdade com os demais e que os Coordenadores

tinham uma visão de conjunto do trabalho de

todos e cada um dos auditores, estando em

condições de atribuir as notações com o pleno

conhecimento das diferenças relativas entre

aqueles.

Neste contexto, fica sem sustentação

qualquer pretensão de prejuízo de um ou outro

auditor por ter feito a sua formação numa ou

noutra região e sob a orientação de um ou outro

coordenador ou formador.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2015.2016 23

2.1.3. Magistratura do Ministério Público

No que diz respeito ao Ministério Público,

a preparação das atividades do 2.º Ciclo de

formação inicial do 31.º Curso Normal de

Formação, cujo início teve lugar em 1 de

setembro de 2015, envolveram a atualização do

Manual de Organização de 2.º Ciclo, a redefinição

do número e área de competências dos

Coordenadores Regionais e a seleção dos

magistrados formadores, em circunstâncias que

ficaram descritas no anterior Relatório Anual.

No decurso do presente ano letivo, ainda

em sede de atividades preparatórias, e logo no

início do 2.º Ciclo, o Diretor-adjunto e os dois

coordenadores regionais realizaram reuniões

preparatórias, que tiveram lugar em Lisboa,

Coimbra e Porto, e para as quais foram

convocados todos os formadores nos tribunais,

durante as quais se deu a conhecer a filosofia

subjacente à atualização do Manual e se trocaram

impressões sobre os métodos de trabalho a

utilizar e os procedimentos que deveriam ser

observados por formandos, formadores nos

tribunais e coordenadores para a otimização deste

período formativo.

De igual forma, e com os mesmos fins,

cada um dos coordenadores regionais realizou

uma reunião preparatória, com os mesmos

objetivos, com os auditores de justiça que tinham

a seu cargo.

Todas as atividades de 2.º Ciclo

decorreram como inicialmente planeado tendo os

senhores auditores de justiça tido, em regra, o

seguinte tempo de permanência nos diversos

tribunais de competência especializada:

a) Na jurisdição de família e menores, um

período de 4 a 6 semanas, conforme as

necessidades individuais de formação.

b) Na jurisdição laboral, 1 semana.

c) Na jurisdição cível, um período mínimo

de 4 a 6 semanas conforme as

necessidades individuais de formação.

d) Na jurisdição de execução de penas, 1

semana.

e) Na jurisdição de comércio, 1 semana.

f) Na jurisdição de julgamento penal, 6

semanas.

g) Nos DIAP, o tempo remanescente, com

um mínimo de 20 semanas.

Visou-se que o Auditor de Justiça tivesse

contacto com as diferentes espécies de processos

em cada uma delas, por forma a aperceber-se dos

aspetos essenciais da sua tramitação,

designadamente a sequência dos atos e fases

processuais, a intervenção dos demais sujeitos

processuais, com especial destaque para as

diferentes funções e intervenções processuais do

Ministério Público.

Para tanto, incumbiu-lhes assistir os

respetivos formadores em atos de inquérito e de

instrução criminal, intervir em atos preparatórios

do processo não exclusivos da função

jurisdicional, mormente os de mero expediente, o

elaborar de projetos de peças processuais, quer

formalmente decisórias, quer de direção

processual e expediente, o assistir às diligências

processuais, ou outras, que os formadores

entendessem úteis para a formação, contactar as

entidades (e respetivos profissionais) que

colaboram com o tribunal no quadro institucional

e multidisciplinar da administração da justiça e da

execução das suas decisões, aproveitando para

conhecer o conteúdo das suas funções, a dinâmica

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2015.2016 24

da sua atividade, as condições em que a exercem,

num processo de compreensão prática do

funcionamento da justiça e de exercitação das

relações interpessoais e interinstitucionais. Para

além disso, estiveram ainda presentes nas reuniões

de coordenação da Comarca e acompanharam os

turnos agendados a cargo do respetivo formador.

Os auditores foram ainda convidados a

enviar todos os trabalhos realizados, quer se

tratassem de primeiras versões quer de

reformulações, numa pasta mensal, ao

coordenador regional.

Essa pasta devia conter ainda uma

demonstração estatística dos trabalhos realizados

nas várias jurisdições e ainda das visitas

formativas (em suporte Excel, e conforme ao

modelo que consta em anexo ao Manual do 2.º

Ciclo) divididas pelas seguintes áreas: a) Penal

inquérito; b) Penal classificado; c) Execução de

penas; d) Civil; e) Família e crianças; f) Trabalho;

g) Comércio; h) Totais.

Acrescia ainda uma menção das visitas

formativas realizadas (independentemente da

realização do respetivo relatório) bem como a

listagem ordenada e sequencial das diligências

assistidas, referenciando-se o tipo de jurisdição

que esteve em causa, a natureza da diligência, a

data em que esta se realizou, o número de

processo e, quando tal o justificasse, uma sintética

avaliação crítica da mesma diligência ou um

pequeno relatório a propósito dela.

Os trabalhos mensais (cujo mínimo

tendencial de 15 foi largamente ultrapassado)

foram apresentados com capa ou folha de rosto

de modelo idêntico ao fornecido em anexo ao

Manual e dele constando o número de trabalho, a

identificação do Auditor de Justiça, a data de

recebimento e de entrega do trabalho, as

observações do formador, seguidas do trabalho

propriamente dito.

Atento o tempo disponível para cada uma

das áreas entendeu-se dever fixar apenas objetivos

mínimos globais para a área penal os quais se

traduziam em 20 acusações (em processo comum

e por crimes variados), 20 Arquivamentos (com

arguido conhecido), 10 Suspensões provisórias do

processo, 5 Acusações em processo sumário, 5

Requerimentos de julgamento em processo

sumaríssimo, 5 Acusações em processo abreviado,

10 Requerimentos ao Juiz de Instrução, 5

Motivações (ou respostas) de recurso e ainda 25

Promoções em processo classificado, fase pós-

-condenatória (e.g. revogação de pena declarada

suspensa na execução, necessidade de cúmulo

jurídico, das quais 5 relativas a liquidação de

pena).

Objetivos que todos os Auditores

largamente ultrapassaram.

O 2.º Ciclo compreendeu ainda estágios de

curta duração junto de entidades e instituições

não judiciárias, com atividade relevante para o

exercício da magistratura do Ministério Público

ou ações formativas de carácter prático

organizadas em parceria com tais entidades ou

instituições, que decorreram nos respetivos

serviços, designadamente nos diversos órgãos de

polícia criminal.

Foi ainda solicitada a elaboração de um

trabalho a ser executado em grupo e que

obedeceu a regras específicas quanto ao seu

conteúdo e extensão, comunicadas em tempo

oportuno pela Direção de estágios, e que tiveram

a sua apresentação e discussão, na presença de

todos os auditores, no mês de maio, no decurso

de uma semana temática realizada na sede do

Centro de Estudos Judiciários.

Na avaliação global final, realizada em

junho de, foram ponderados os resultados das

reuniões intercalares de avaliação realizadas em

janeiro e junho em Lisboa, Porto e Coimbra, sob

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2015.2016 25

a orientação do Diretor-adjunto, nos termos do

artigo 52.º, n.º 4, da Lei n.º 2/2008, as

informações prestadas em relatório escrito pelos

magistrados formadores, a apreciação individual

que os Coordenador regionais fizeram da

prestação dos auditores objetivada, quer nos seus

trabalhos escritos, quer nos contactos diretos que

com eles estabeleceram e constante do relatório

individual que ambos elaboraram relativamente a

cada Auditor e que foram submetidos à

apreciação do conjunto de coordenadores e do

Diretor-adjunto.

Com base em tais elementos foi elaborado

pelo Diretor-adjunto o projeto de classificação e

de graduação final dos auditores de justiça, com

proposta de aprovação de todos eles, que foi

submetido ao Diretor do CEJ.

Esse projeto foi aprovado, sem alterações,

na reunião do Conselho Pedagógico do Centro de

Estudos Judiciários que se realizou no dia 8 de

julho de 2016.

Na mesma reunião o mesmo Conselho

deu parecer aos Planos Individuais de Estágio

relativamente a cada Auditor, elaborados pelos

coordenadores regionais e que viriam a ser

subsequentemente aprovados pelo Conselho

Superior do Ministério Público.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2015.2016 27

3. Formação Contínua

3.1. Ações de Formação Contínua

previstas e realizadas, por tipologia

O Plano de Formação Contínua 2015-

2016 ampliou o modelo implementado no ano

transato, em termos de tipologias e formatos de

formação, com o intuito de aumentar a motivação

e participação de todos os intervenientes, sendo

que na sua maioria, entre 80%, tiveram

transmissão para vários locais de forma a abranger

um vasto leque de Magistrados pelo País todo,

quer Continente, quer Ilhas, Açores e Madeira.

De registar que a Tipologia A (Colóquio) teve

uma taxa de transmissão a rondar os 95%.

O Plano de Formação em apreço previa a

realização de um total de 79 ações de formação,

divididas em 5 tipologias, tendo sido realizadas 74,

como indicado no quadro seguinte:

Quadro 1 – Total de ações de formação previstas e realizadas, por tipologia

Tipologia Total de ações de formação

previstas Total de ações de formação

realizadas

Tipo A Colóquios de 1 dia 36 32

Tipo B Seminários de 2 dias 16 16

Tipo C Cursos de Especialização, de 3

e 4 dias 6 6

Tipo D Workshops de 1 dia 20 19

Tipo E Cursos online 3 1

Total 81 74

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Relatório de Atividades 2015.2016 28

Foram realizados vários workshops

descentralizados com a deslocação dos Docentes

da Jurisdição Penal, Jurisdição cível e Jurisdição

do Trabalho, para locais determinados aquando

da divulgação do Plano de Formação 2015/2016 e

que se vieram a concretizar quase na sua plenitude

à exceção do Workshop D18 “O private enforcement

do direito da concorrência”, (atenta a existência

de um processo legislativo em curso até final de

2016, tendo-se optado pela sua realização já com

o quadro legislativo estabilizado).

3.2. Ações de Formação Contínua realizadas, por

Jurisdição e Tipologia

Quadro 2 – Total de ações de formação realizadas por jurisdição e tipologia

Tipologia Gerais e Comuns TAF

Tribunais Judiciais Outras

Ações de Formação Total Penal Civil

Família e Menores Trabalho

A -- 6 6 5 4 4 7 32

B -- 3 1 5 2 1 4 16

C -- 2 1 1 1 1 -- 6

D -- -- 8 3 -- 2 6 19

E 0 -- 1 -- -- -- 1 1

Total 0 11 16 14 7 8 16 74

3.3. Inscrições e Presenças – Juízes e

Magistrados do Ministério Público

Para cada tipologia de ações de formação

foram recolhidas inscrições de Juízes e Magistrados

do Ministério Público, com superior autorização

dos Conselhos Superiores, sendo que algumas das

ações de formação foram também abertas a

Advogados e a outros profissionais da área forense.

As ações de formação contínua de Tipo A

(colóquios de 1 dia) previstas no Plano tiveram um

total de 9598 inscrições de Magistrados. A

participação efetiva resultou num total de 6059

Magistrados.

O Quadro seguinte reflete o total de

inscritos e presentes em cada Tipologia de ação de

formação contínua realizada.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2015.2016 29

Quadro 3 - inscrições e presenças nas ações de formação contínua – por destinatários

Destina-

tários

Tipo A Tipo B Tipo C Tipo D Tipo E

Inscritos Presentes Inscritos Presentes Inscritos Presentes Inscritos Presentes Inscritos Presentes

Juízes 3519 1830 1400 727 809 637 369 219 50 22

TOTAL em todas as tipologias: 6038 Inscritos

3435 Presentes

Destina-

tários

Tipo A Tipo B Tipo C Tipo D Tipo E

Inscritos Presentes Inscritos Presentes Inscritos Presentes Inscritos Presentes Inscritos Presentes

Magis-

trados do

M.º P.º

2398 1778 449 301 354 326 285 202 30 17

TOTAL em todas as tipologias: 3560 Inscritos

2624 Presentes

Destina-

tários

Tipo A Tipo B Tipo C Tipo D Tipo E

Inscritos Presentes Inscritos Presentes Inscritos Presentes Inscritos Presentes Inscritos Presentes

Outros

profis-

sionais

373 294 250 215 191 156 0 0 10 7

TOTAL em todas as tipologias: 824 Inscritos

707 Presentes

O Quadro 4 reflete o número total de

inscrições e presenças em ações de formação

contínua do período em análise:

Quadro 4 – inscrições e presenças de 2015/2016

2015-2016

Total de Inscrições 10701

Total de Presenças 6776

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2015.2016 30

3.3.1. Ações de formação

Abaixo, apresentam-se os dados recolhidos

de inscrições e presenças, por tipologia,

respeitantes a cada ação de formação realizada.

Quadro das Ações de Formação Contínua Tipo A

Código e Tema da Ação de Formação Contínua Local Data Obs.*

Inscritos MJ

Inscritos MP

Outros profiss.

Total inscritos

Total presentes

A1

Proteção de direitos de personalidade dos sujeitos da relação laboral

Lisboa 20 nov

2015

sem transmissão

30 10 10 50 41

A2

Processos cautelares e contencioso

tributário

Lisboa 20 nov

2015 52 12 57 131 88

A3 Ética e deontologia 27 nov

2015 34 29 14 77 122

A4

Contratos públicos, em particular, o

equilíbrio contratual; a modificação do

contrato por alteração das

circunstâncias; ….”

Lisboa 27 nov

2015 39 36 27 102 27

A5 Tráfico de seres

humanos Lisboa

4 dez

2015 100 194 17 311 221

A6

A função e os poderes dos novos órgãos de gestão

das comarcas

Lisboa 4

dez 2015

Adiada/SD 78 27 105

A7 Confiança na Justiça Lisboa 11 dez

2015 Adiada/SD 37 37 74

A8 O Contrato de

seguro de acidente de trabalho

Lisboa 11 dez

2015 87 41 12 140 81

A9

Mediação familiar e técnicas de

mediação nas secções de família

Lisboa 18 dez

2015 117 70 25 213 135

A10

A nova orgânica judiciária em

balanço – pontos positivos e negativos

da reforma da organização judiciária e

sugestões para a sua melhoria

Lisboa 18 dez

2015 Adiada/SD 66 23 89

A11 Violência no quadro

familiar e para-familiar

Lisboa 8 jan 2016

114 183 6 303 254

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2015.2016 31

Código e Tema da Ação de Formação Contínua Local Data Obs.*

Inscritos MJ

Inscritos MP

Outros profiss.

Total inscritos

Total presentes

A12

Violência doméstica e de género e

mutilação genital feminina

22 jan

2016

com transmissão

para as Comarcas de Braga e de Aveiro

56 60 19 135 94

A13 Comunicar a

Justiça Lisboa

29 jan

Adiada/SD 29 30 59

A14 Parentalidade e

filiação Lisboa

5 fev 2016

66 75 6 147 141

A15 Doenças

profissionais Lisboa

12 fev

2016 59 32 1 92 70

A16

A interação do Direito

Administrativo com o Direito Civil

Lisboa 26 fev

2016 87 40 11 138 75

A17 O novo regime do

inventário Lisboa

4 mar 2016

201 92 21 314 205

A18 Crimes negligentes e, em especial, a

negligência médica Lisboa

11 mar 2016

sem transmissão/

103 101

5 209 163

A19 Direito Fiscal Internacional

Lisboa 11

mar 2016

58 27 7 92 42

A20

Implementação dos Direitos

Fundamentais: tendências

internacionais

Lisboa 18

mar 2016

70 31 6 107 59

A21 Direito probatório,

substantivo e processual

Lisboa 1 abr 2016

326 179 8 513 354

A22

Cooperação judiciária

internacional em matéria penal

Lisboa 15 abr

2016 212 222 15 449 298

A23 Humor, Direito e

Liberdade de expressão

Lisboa 22 abr

2016 162 98 7 267 177

A24

Terrorismo, criminalidade

violenta e organizada:

instrumentos legais

Lisboa 6 mai 2016

183 238 21 442 277

A25 Direitos das

pessoas com deficiência

Lisboa 6 mai 2016

16 20 3 39 24

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2015.2016 32

Código e Tema da Ação de Formação Contínua Local Data Obs.*

Inscritos MJ

Inscritos MP

Outros profiss.

Total inscritos

Total presentes

A26

Direito bancário – novas tendências face à atual crise

financeira e às suas repercussões jurídicas, em

especial, os swaps

Lisboa 13 mai

2016 230 34 264 97

A27

Nova Lei Geral do Trabalho em

Funções Públicas – Lei n.º 35/ 2014, de

20 de junho

Lisboa 13 mai

2016 49 23 27 99 47

A28 A vítima em Direito

Penal Lisboa

20 mai

2016 161 178 1 340 183

A29 Insolvência e contencioso

tributário Lisboa

20 mai

2016 95 40 8 143 90

A30

Ações especiais: divisão de coisa comum/ fixação judicial de prazo/

prestação de contas

Lisboa 27 mai

2016 229 6 0 235 142

A31

O regime jurídico dos acidentes em

serviço e das doenças

profissionais no âmbito da

Administração Pública

Lisboa 27 mai

2016 49 24 26 99 42

A32 Gestão do Stress Lisboa 3 jun 2016

s/ transmissão

52 38 2 92 135

A33 Novas realidades

laborais Lisboa

3 jun 2016

78 33 2 113 72

A34

Direito Internacional da Família – alguns

instrumentos internacionais e sua

concretização judiciária (casos

práticos)

Lisboa 17 jun

2016 87 61 3 151 79

A35 Faces da Retórica Lisboa 17 jun

2016 36 14 6 56 15

A36 Imagem e voz Lisboa 8 jul 2016

71 40 111 31

TOTAIS 3519 2398 373 6290 3902

* Todas as ações de tipologia A foram transmitidas à exceção das assinaladas

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2015.2016 33

Quadro das Ações de Formação Contínua Tipo B

Código e Tema da Ação de Formação Contínua

Local Data Obs.* Inscritos MJ

Inscritos MP

Outros profiss.

Total inscritos

Total presentes

B1

Ações de indemnização por

violação das regras de

concorrência

Porto UCP

20 e 21 nov

2015

Sem transmissão

1 3 0 4 4

B2 Seminário sobre

Migrações Lisboa

23 e 24 nov

2015

com transmissão

17 9 24 50 43

B3

História da Justiça: a

organização da justiça do

absolutismo ao século XXI (com a FDUL, FDUNL e a Rede Ibérica de

Investigadores de História Judiciária)

Lisboa

1 e 2 dezembro 2015

com transmissão

16 2 0 18 13

B4 Insolvência e

Processo Especial de Revitalização

Lisboa 3 e 4 dez

2015

sem transmissão

85 15 10 110 99

B5 A Reforma do

Direito Processual Administrativo

Lisboa

17 e 18 dez

2015

com transmissão

52 25 21 98 90

B6 Contraordenações

tributárias Lisboa

14 e 15 jan

2016

com transmissão

54 14 13 68 46

B7 Direito europeu Lisboa

18 e 19 fev

2016

com transmissão

113 9 3 122 84

B8 Psicologia Judiciária

Lisboa 3 e 4 mar 2016

com transmissão

183 44 27 227 158

B9 Balanço do Novo

Processo Civil Lisboa

10 e 11

mar 2016

com transmissão

249 14 0 263 173

B10 Código de

Procedimento Administrativo

Lisboa

17 e 18

mar 2016

com transmissão

55 6 30 61 25

B11

Prova em Direito Penal,

cibercriminalidade e prova digital

Lisboa 7 e 8 abr

2016

com transmissão

252 276 21 528 351

B12 Arrendamento Lisboa

14 e 15 abr

2016

com transmissão

264 4 7 268 181

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2015.2016 34

Código e Tema da Ação de Formação Contínua

Local Data Obs.* Inscritos MJ

Inscritos MP

Outros profiss.

Total inscritos

Total presentes

B13

Conferência em colaboração com

a OIT para inclusão no

Catálogo+ da Rede Europeia de

Formação de Magistrados

(Trabalho Digno, Trabalho no Domicílio, Mobilidade Geográfica)

Lisboa

21 e 22 de

abril 2016

com transmissão

25 6 7 31 13

B14 Curso Breve de Inglês Jurídico (pós-laboral)

Lisboa

janeiro a julho de

2016

Calendário de sessões

15 2 10 17 10

B15/16 Curso Avançado de Inglês Jurídico

(pós- laboral) Lisboa

janeiro a julho de

2016

Calendário de sessões

19 5 1 24 12

TOTAIS 1400 449 250 2099 1278

Quadro das Ações de Formação Contínua Tipo C

Código e Tema da Ação de Formação Contínua

Local Data Obs. Inscritos MJ

Inscritos MP

Outros profiss.

Total inscritos

Total presentes

C1 Temas de Direito Civil e Processual

Civil Lisboa

8, 15, 22 e 29 jan

2016

com transmissão

275 27 4 306 249

C2 Temas de Direito

Penal e Processual Penal

Lisboa 5, 12, 19 e 26 fev

2016

com transmissão

242 226 46 514 429

C3 Temas de Direito

Administrativo Lisboa

5, 12, 19 e 26 fev

2016

com transmissão

37 5 18 60 48

C4

Temas de Direito do Trabalho e de

Processo do Trabalho

Lisboa

4 e 11 mar e 1 e

8 abr 2016

com transmissão

69 27 10 106 90

C5 Temas de Direito

Tributário Lisboa

1, 8, 15 e 22 abr 2016

com transmissão

66 12 105 183 122

C6 Temas de Direito da Família e das

Crianças Lisboa

6, 13, 20 e 27 mai

2016

com transmissão

120 57 8 185 147

TOTAIS 809 354 191 1354 1085

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2015.2016 35

Quadro das Ações de Formação Contínua Tipo D*

Código e Tema da Ação de Formação Contínua Local Data

Inscritos MJ

Inscritos MP

Total inscritos

Total presentes

D1 Violência doméstica e de género Lisboa 22 jan 2016

20 20 40 33

D2 Violência doméstica e de género Comarca de Braga

22 jan 2016

20 20 40 21

D3 Violência doméstica e de género Comarca de Aveiro

22 jan 2016

8 14 22 17

D4 Insolvência e Processo Especial de

Revitalização Porto

8 abril 2016

20 7 27 20

D5 Insolvência e Processo Especial de

Revitalização

Comarca de

Coimbra

5 mai 2016

12 6 18 13

D6 Proteção de direitos de personalidade

dos sujeitos da relação laboral Comarca de Braga

12 mai 2016

12 2 14 6

D7 Insolvência e Processo Especial de

Revitalização Comarca de Faro

19 mai 2016

6 6 12 7

D8 Proteção de direitos de personalidade

dos sujeitos da relação laboral

Comarca de

Coimbra

26 mai 2016/não

se realizou

5 1 6

D9

“Direito dos Estrangeiros”: regime de entrada, permanência, saída e afastamento de estrangeiros do

território nacional – primeiros interrogatórios judiciais e julgamento

Lisboa 3 junho 2016

44 23 67 35

D10 Crimes negligentes e, em especial, a

negligência médica Comarca de Faro

16 jun 2016

14 15 29 12

D11 Gestão do Stress Porto 17 jun 2016

35 26 61 47

D12 Crimes negligentes e, em especial, a

negligência médica

Comarca de Viana

do Castelo

23 jun 2016

20 20 40 5

D13 Gestão do Stress Comarca

de Coimbra

24 jun 2016

12 7 19 16

D14 Gestão processual (MJ) Lisboa

24 jun 2016

Adiada 23

setembro

65 n/t 65 45

D15 Métodos de Organização e Gestão

Processual (MP) Lisboa

24 jun 2016

Adiada 23

setembro

n/t 25 25 20

D16 Crimes negligentes e, em especial, a

negligência médica Comarca de Viseu

30 jun 2016

12 14 26 18

D17 Os institutos da simplificação e

consensualização Lisboa 1 jul 2016 30 31 61 47

D18 O private enforcement do Direito da

Concorrência Santarém -

anulada 1 jul 2016 9 3 12

D19 Revisão do código de processo nos

tribunais administrativos cpta Lisboa

25 nov 2015

20 20 40 38

D20 Revisão do código de processo nos

tribunais administrativos cpta Porto

4 dez 2015

15 15 30 21

TOTAIS 369 285 654 421

* As ações de formação Tipo D não têm transmissão à distância

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2015.2016 36

Quadro das Ações de Formação Contínua Tipo E

Código e Tema da Ação de Formação Contínua

Data de início Obs.

Inscritos MJ

Inscritos MP

Total de inscritos

Total de presenças

E1 Recuperação de ativos Não se realizou

com avaliação 18 52 70

E2 Inglês Jurídico b-learning Com sessão

presencial final obrigatória

50 30 80 47

E3 Contabilidade básica

para juristas Não se realizou

com avaliação 82 55 127

TOTAIS 150 137 287 47

3.4. Locais de realização das ações de

formação contínua

Na sequência da experiência de anos

anteriores, com agrado geral de formandos e

Conselhos e de forma a ir ao encontro de um

maior número de interessados nas ações de

formação contínua promovidas e realizadas pelo

CEJ, apostou-se, de novo, na transmissão por

videoconferência da maior parte das ações de

formação contínua, sobretudo das Tipologias A,

B e C.

As ações de formação contínua Tipo A

realizadas – 36 – foram na maioria transmitidas a

distância, conforme quadro supra.

As ações de formação contínua Tipo B

realizadas – 16 – foram também transmitidas a

distância, com exceção dos Cursos de Inglês

Jurídico.

Dos Cursos de Especialização Tipo C,

foram todos transmitidos à distância.

A Delegação do CEJ no Porto consolidou-

-se como um ativo centro de formação no Norte

do País pelas condições que reúne.

Os locais escolhidos para a receção da

transmissão de cada ação de formação foram, na

maioria, Tribunais Judiciais. No entanto, também

se apostou em alguns Tribunais de Família e

Menores, sobretudo para a transmissão das ações

de formação específicas para esta jurisdição.

As ações de formação contínua da área

administrativa e tributária, foram, na maioria,

transmitidas para os Tribunais Administrativos e

Fiscais.

As transmissões a distância foram

efetuadas através do sistema de videoconferência

da rede do Ministério da Justiça, com meios

próprios do CEJ e com recurso ao Canal da

Justiça TV.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2015.2016 37

A transmissão por videoconferência

mostrou-se globalmente eficaz, tendo sido

detetadas falhas pontuais que advieram de

problemas da rede do Ministério da Justiça, mas

de fácil resolução.

As transmissões efetuadas pela Justiça TV

mostraram-se pouco eficazes para os objetivos do

CEJ, dado que na maior parte dos casos, os

pontos de receção recorriam à rede informática

do Ministério da Justiça (nos Tribunais) e esta não

comportava a sobrecarga inerente às transmissões.

Preventivamente, por forma a minimizar

estes problemas, o CEJ providenciou pelo

bloqueio no acesso a esta via de transmissão –

Justiça TV – dentro da rede do Ministério da

Justiça, pelo que, apenas computadores

identificados podiam a ela aceder. Tratou-se de

uma medida de difícil implementação, tendo que

ser pedidos os IP’s dos computadores disponíveis

nas salas que acolhiam os Magistrados em cada

tribunal, tendo havido um louvável esforço de

todos os funcionários que nos vários locais

asseguravam o apoio.

Ainda assim, este esforço, se bem que nos

locais com mais formandos tenha resultado (que

eram os que tinham uma largura de banda

superior) nos outros, mais para o interior do País

nem assim os problemas foram superados e a

transmissão era frequentemente interrompida

com cortes.

A situação, da responsabilidade do IGFEJ,

a quem foram sempre relatadas as ocorrênciase

solicitadas providências, pelo prejuízo causado à

formação levou a que o CEJ tivesse desde o

primeiro trimestre de 2016 iniciando os

procedimentos de aquisição de material que

permitisse a autonomização da rede informática

do MJ, no que respeita à receção das transmissões

por streaming.

Assim neste momento já estão em

utilização sete pen´s 4G que permitem uma

receção sem falhas nos locais em que estão

colocadas.

Também se verificou que em situações em

que o bloqueio se concretizou, a melhoria na

transmissão não se fez, situação que nos foi sendo

reportada por telefone, pelos funcionários

envolvidos e muitas vezes pelos próprios

Magistrados que, estando interessados na

formação, se sentiam prejudicados e impedidos de

acompanhar a formação a distância.

3.5. Publicação de livros digitais - E-books

Concluíram-se ao longo do ano de

2015-2016 várias publicações, entre livros digitais,

dossiers de formação e outros materiais de apoio

à formação.

O Catálogo de Publicações, incluindo as

e-publicações, encontra-se disponível para

download na página do CEJ na internet

(www.cej.mj.pt).

Desde julho de 2015 foram publicados os

seguintes e-books:

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2015.2016 38

Jurisdição Civil e Processual Civil e Comercial

Formação inicial

Designação do e-book Mês/Ano

­ A intervenção do Ministério Público na Jurisdição Cível em Angola – uma introdução outubro 2015

­ Internamento Compulsivo fevereiro 2016

Caderno especial

Designação do e-book Mês/Ano

­ Processo Especial de Revitalização – Prontuário de Decisões Judiciais dezembro 2015

­ O Processo de Insolvência – Prontuário de decisões Judiciais e Peças Processuais do Ministério Público – Volume I e II

julho 2016

­ Caderno V – O Novo Processo Civil – Textos e Jurisprudência (Jornadas de Processo Civil – janeiro 2014 e Jurisprudência dos Tribunais Superiores sobre o novo CPC)

outubro 2015

Guias práticos

Designação do e-book Mês/Ano

­ Guia Prático das Custas Processuais - 4.ª edição maio 2016

­ Guia Prático do Novo Processo de Inventário – 2ª Edição março 2016

Total 7

Jurisdição da Família e das Crianças

Formação contínua

Designação do e-book Mês/Ano

­ As Leis das Crianças e Jovens – Reforma de 2015 janeiro 2016

­ O Direito da Família e dos Menores em Angola: Organização Judiciária – Direito Interno – Instrumentos Internacionais

fevereiro 2016

­ Violência Doméstica: Implicações sociológicas, psicológicas e jurídicas do fenómeno abril 2016

Total 3

Jurisdição Penal e Processual Penal

Formação contínua

Designação do e-book Mês/Ano

­ Jurisprudência Internacional e Constitucional Penal e Processual Penal maio 2015

­ Violência Doméstica – Avaliação e Controlo de Riscos julho 2014

Total 2

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2015.2016 39

Jurisdição do Trabalho e da Empresa

Formação contínua

Designação do e-book Mês/Ano

­ Os Acidentes de Trabalho e as Doenças Profissionais no Direito Angolano – uma introdução

outubro 2015

­ Trabalho Subordinado e Trabalho Autónomo: Presunção Legal e Método Indiciário (2.ª edição)

janeiro 2016

Total 2

Jurisdição Administrativa e Fiscal

Formação inicial

Designação do e-book Mês/Ano

­ Contencioso da Nacionalidade fevereiro 2016

­ O contencioso de direito administrativo relativo a cidadãos estrangeiros e ao regime da entrada, permanência, saída e afastamento do território português, bem como do estatuto de residente de longa duração

maio 2016

Formação contínua

Designação do e-book Mês/Ano

­ Regime Geral das Contraordenações e as Contraordenações Administrativas e Fiscais

setembro 2015

­ Taxas e contribuições financeiras a favor das entidades públicas e contribuições para a segurança social – janeiro 2016

janeiro 2016

­ Direito Fiscal Internacional e Europeu - janeiro 2016 janeiro 2016

­ O contencioso de direito administrativo relativo a cidadãos estrangeiros e ao regime da entrada, permanência, saída e afastamento do território português, bem como do estatuto de residente de longa duração

maio 2016

­ Contencioso Tributário junho 2015

Total 7

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2015.2016 40

Outras

Guias/Conferências

Designação do e-book Mês/Ano

­ Guia Prático do Processo Eleitoral para a Assembleia da República agosto 2015

­ Estado de direito e direitos fundamentais: a concretização dos direitos fundamentais pelos tribunais

setembro 2015

­ Intervenções do Diretor do Centro de Estudos Judiciários outubro 2015

­ Guia Prático do Processo Eleitoral do Presidente da República dezembro 2015

Cderno Especial

Designação do e-book Mês/Ano

­ Ética e Rede Sociais novembro 2015

­ Fazer o Direito fevereiro 2016

Total 6

Outros recursos digitais

Formação contínua

Designação do e-book Mês/Ano

­ Propriedade Intelectual maio 2015

Total 1

O que agora se referiu constitui um reflexo

da metodologia de formação jurídica e judiciária,

eminentemente prática, mas sempre assente em

parcerias para o saber e o saber fazer, no

conhecimento rigoroso da realidade empírica e na

avaliação científica e técnica dos materiais

produzidos.

Em especial foram criadas duas páginas de

acesso livre a toda a comunidade jurídica, para

onde foi carreada toda a informação disponível

sobre “O Novo Código de Procedimento

Administrativo” e “A Revisão do ETAF e do

CPTA”. Essas páginas são hoje páginas de

referência quer para estudantes de direito quer

para todos os que diariamente lidam com os

Tribunais Administrativos e Fiscais.

No que se refere à tipologia dos materiais

a oferecer na página web do CEJ, continua a

prever-se a elaboração de:

▪ Guias práticos

▪ Manuais

▪ Cursos

▪ Bases de dados

▪ Vídeo-gravação das ações de formação

contínua e respetivo dossier de

formação

▪ Livros digitais (E-books)

▪ Fórum CEJ

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2015.2016 41

Já no que respeita a publicações impressas

continuam a ser merecedoras de especial

referência a Revista do CEJ e o Prontuário de Direito

do Trabalho.

Outras publicações

▪ As Conferências do Centro de Estudos

Judiciários - 2014-2015 (Almedina,

2016)

Principais guias, cursos e manuais cuja

concretização se prevê para 2016-2017

▪ Guia do Processo Civil

▪ Processo Civil: Coletânea de Decisões

Padrão

▪ Guia do Processo Eleitoral para as

Autarquias Locais

▪ Guia dos Concursos, Cúmulos e

Descontos

▪ Guia das Custas Judiciais (5ª edição)

▪ Ética e Deontologia – Tomos I, II e

III, 2ª edição

▪ Atualização dos e-books da Coleção

Formação Inicial (Bibliografia,

Legislação e Jurisprudência.

▪ E-books relativos aos Cursos de

Formação para Magistrados de

Moçambique e Cabo Verde

▪ Atualização dos E-books relativos ao

Direito Angolano

Por outro lado, e com vista a proporcionar

um mais fácil acesso dos magistrados portugueses,

bem como de outros profissionais do Direito, aos

instrumentos formativos elaborados no seio da

Rede Europeia de Formação Judiciária, e que

constituem um efetivo património comum dos

respetivos membros, o CEJ irá proceder à

tradução para português e subsequente

disponibilização na sua página WEB dos seguintes

cursos de formação à distância:

a) Notas para a compreensão e utilização do

mecanismo de reenvio prejudicial perante

o Tribunal de Justiça da União Europeia.

b) As responsabilidades parentais no âmbito

do Regulamento Bruxelas II bis.

c) O Procedimento europeu de injunção de

pagamento - Regulamento (CE) n.º

1896/2006 do Parlamento e do Conselho

de 12 de dezembro de 2006.

d) O Título executivo Europeu para créditos

não contestados - Regulamento (CE) n.º

805/2004 do Parlamento e do Conselho

de 21 de abril de 2004.

Em aditamento, e não só devido ao facto

de ter participado na respetiva conceção e

elaboração mas também por o considerar um

instrumento extremamente útil para o prático do

Direito, o CEJ irá igualmente proceder à tradução

para português, atualização e subsequente

disponibilização na sua página WEB, de alguns

segmentos das Orientações Curriculares em matéria de

Direito Penal e Processual Penal Europeu da Rede

Europeia de Formação Judiciária, designadamente

no que se refere aos ali existentes repositórios de

legislação e jurisprudência do TJUE em matéria

de cooperação judiciária internacional em matéria

penal.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2015.2016 42

3.6. Formação Contínua - Em síntese

Dando continuidade ao trabalho realizado

e à aposta feita nos anos transatos, o CEJ

continuou a apostar nos meios de formação à

distância, de modo a facilitar a autoformação e a

conjugação entre a atividade profissional e as

necessidades de formação. Foi clara a adesão a

esta metodologia, sendo que com o balanço feito

prevê-se a sua continuação otimizada no futuro.

O modelo de formação adotado foi

baseado quer em dossiês de formação prévios a

cada ação de formação (com jurisprudência,

legislação e outros elementos documentais

relevantes), quer numa escolha criteriosa e variada

de formadores, tendo-se mantido a preocupação

em trazer ao CEJ magistrados dos tribunais

superiores e em associar académicos de grande

mérito.

A página web do CEJ foi utilizada como

repositório científico dos textos, estando o CEJ a

utilizar a Plataforma Moodle que se revela de fácil

manuseamento e é eficaz no que diz respeito a

divulgação das apresentações e outros

documentos relativos a cada uma das ações de

formação, possibilitando uma maior abertura da

formação ministrada à comunidade jurídica, para

além de permitir a disponibilização de todas as

videogravações das intervenções dos Oradores.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2015.2016 43

4. Departamento de

Relações Internacionais

4.1. Introdução

As competências funcionais do

Departamento de Relações Internacionais (DRI)

do Centro de Estudos Judiciários tal como estão

enunciadas no art.º 4º dos Estatutos do CEJ,

aprovados pela Portaria n.º 965/2008, de 29 de

agosto, constituem a base legal daqueles que são

os objetivos estratégicos do Departamento, a

saber:

▪ Dinamizar em todas as suas vertentes a

intervenção internacional do Centro de

Estudos Judiciários, contribuindo

ativamente para a afirmação e reforço

do prestígio do CEJ, enquanto

instituição de formação judiciária de

qualidade reconhecida;

▪ Potenciar os recursos humanos

disponíveis, incrementando a

participação de magistrados nacionais

em acções de formação de âmbito

internacional, dentro e fora do país, e a

participação de magistrados

estrangeiros em ações de formação

realizadas em Portugal;

▪ Contribuir decisivamente, na área da

formação de magistrados e de outros

profissionais da Justiça, para o reforço

das relações de cooperação e de

amizade que unem Portugal a terceiros

países, em particular àqueles a que nos

ligam especiais laços históricos e

culturais.

Em linhas gerais, pode afirmar-se que a

intervenção do DRI ocorre sempre que uma

atividade formativa ou um compromisso

institucional do CEJ de alguma maneira assumem

contornos internacionais, de forma bilateral ou

multilateral, quer as mesmas tenham por

destinatários diretos magistrados portugueses,

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2015.2016 44

quer se traduzam em ações de cooperação com

congéneres estrangeiras ou com delegações que

nos visitam.

Norteado por aqueles objetivos

estratégicos, e tendo sempre em conta os

custos orçamentais que as mesmas poderiam

envolver, o Departamento desenvolveu durante

o ano letivo de 2015/2016 as atividades

programadas para as diversas áreas em que ocorre a

sua intervenção, e que em síntese poderão

referenciar-se a quatro domínios fundamentais: a

participação na Rede Europeia de Formação

Judiciária (EJTN), a cooperação com países de

língua portuguesa, o relacionamento bilateral

estabelecido com instituições de formação

congéneres do CEJ e a cooperação com outras

entidades vocacionadas direta ou indiretamente

para a formação, como a Academia de Direito

Europeu (ERA).

Com o presente relatório visa-se assim

constituir a memória descritiva das diversas

atividades que, no âmbito das suas relações

internacionais, o CEJ veio a desenvolver durante o

referido ano letivo, abrangendo consequentemente

o período compreendido entre 1 de setembro de

2015 e 31 de julho de 2016. Nele importa destacar,

como tópicos nucleares, aquelas quatro grandes

áreas de intervenção, fazendo ainda uma breve

referência inicial à estrutura e organização interna

do Departamento.

4.2. Estrutura e organização interna

Funcionando o DRI na dependência direta

do Diretor do CEJ, o respetivo quadro formal era

composto ultimamente por uma Coordenadora e

por uma Técnica Superior, que asseguravam a

planificação das atividades e a execução das

diversas competências legais que ao

Departamento estão cometidas. Porém,

considerando o aumento exponencial de trabalho

a cargo do DRI, nomeadamente no que toca à

formação a assegurar aos PALOP’s e as múltiplas

solicitações que lhe eram (e são) continuamente

endereçadas por outras entidades, v.g. a REFJ,

exigindo a disponibilidade permanente e

simultânea de várias pessoas, no CEJ e/ou no

estrangeiro, houve necessidade de aumentar o

número de colaboradores do DRI, de forma a

poder continuar a assegurar a imagem de prestígio

internacional que é apanágio do CEJ.

Nesse sentido, a partir de 27 de outubro

de 2015 e por despacho do Exmo. Diretor do

CEJ, o DRI passou a contar com a colaboração

ativa do Dr. Diogo Alarcão Ravara, juiz docente

na área de direito do trabalho e da Dra. Maria

Perquilhas, juiz docente na área de família e

crianças, na qualidade de ‘responsáveis de

projeto’, os quais à data colaboravam já

pontualmente com o DRI.

Também a partir de dezembro de 2015, o

DRI passou a contar com uma segunda Técnica

Superior para trabalhar com a Dra. Cristina

Messias.

Para além disso, e sempre que a

especificidade do tema ou a sobreposição de

agendas o exige, é ainda solicitada a colaboração

de outros docentes, considerando as respetivas

capacidades linguísticas e a sua especialização na

matéria em causa.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2015.2016 45

4.3. Rede Europeia de Formação Judiciária

No quadro da Rede Europeia de Formação

Judiciária (REFJ), organização que congrega as

diversas instituições de formação judiciária de

todos os Estados-membros da União Europeia, e

que conta ainda com a Academia de Direito

Europeu de Trier (ERA) entre os seus membros

efetivos, a participação de CEJ desdobrou-se em

três vertentes essenciais: a) na estrutura

organizativa da Rede; b) nas ações de formação

promovidas pela REFJ e pelos seus membros; c)

nos programas de intercâmbio para magistrados.

Para além de tais aspetos, importa referir

que o CEJ desempenha ainda um papel ativo na

difusão de todas as atividades formativas

promovidas no âmbito da REFJ em que foi

admitida a participação de juízes e procuradores

nacionais, designadamente veiculando as mesmas

junto das magistraturas através do CSM, PGR e

CSTAF, e solicitando às mesmas entidades a

centralização e a graduação das candidaturas

apresentadas.

4.3.1. Estrutura organizativa da REFJ

No período em causa, o CEJ fez-se

representar e participou ativamente em todas as

reuniões ordinárias dos diferentes órgãos

estatutários e grupos de trabalho da REFJ de que

faz parte, para os quais foi eleito para o período

2014-2016: Assembleia Geral, ‘Steering Committee’,

Grupo de Trabalho ‘Programas’, Grupo de

Trabalho ‘Programa de Intercâmbios’ (estágios de

intercâmbio de magistrados), Grupo de Trabalho

‘Metodologias na Formação Judiciária’, Sub

Grupo ‘Civil’ e Sub Grupo ‘Administrativo’.

Em reunião da Assembleia Geral, em

Amesterdão, decorrida em junho de 2016, o CEJ

foi novamente eleito para integrar o ‘Steering

Committee’ no período 2017-2019.

4.3.2. Grupo ‘Programas’ e Sub-Grupos ‘Civil’ e ‘Administrativo ’

A participação nas atividades formativas

inseridas no âmbito do Grupo de Trabalho

‘Programas’ verificou-se fundamentalmente ao

nível dos Sub Grupos ‘Civil’ e ‘Administrativo’,

que o CEJ vem integrando desde 2011.

No âmbito do sub-grupo Civil, importa

destacar a realização em Lisboa do seminário

europeu sobre Company Law, nos dias 12 e 13 de

outubro de 2015, com a intervenção de dois

conferencistas nacionais, e a presença de 50

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2015.2016 46

magistrados oriundos de diferentes Estados-

-Membros, e o seminário Employment Law, nos

dias 16-17 de maio de 2016.

Já no quadro das atividades do sub-grupo

Administrativo, teve lugar em Lisboa, nos dias 5 e

6 de novembro 2015, o seminário sobre Asylum

Law, com a presença de três conferencistas

nacionais e dirigido a 45 magistrados oriundos de

diferentes Estados-Membros, de entre os quais

quatro portugueses e, nos dias 5 e 6 de maio de

2016, o seminário sobre Sports Law.

4.3.3. Programa Justiça Penal

O sucesso alcançado pelo Programa

‘Criminal Justice’, direcionado para a formação de

magistrados na área da cooperação judiciária

internacional em matéria penal e no qual o CEJ

desempenhou um papel ativo desde o seu início

em 2010, levou a REFJ a prolongá-lo para além

de setembro de 2012, data para a qual estava

previsto o seu termo.

Assim, o CEJ acolheu a realização de um

seminário do Projeto Penal da REFJ sobre o tema

‘International Judicial Cooperation in Criminal Matters

in Practice: EAW and MLA simulations’, que teve

lugar nos dias 23, 24 e 25 de novembro de 2015 e

que contou com a presença de magistrados da

Croácia, Holanda e Portugal.

4.3.4. Concurso Thémis

O concurso Thémis, também promovido

pela REFJ, traduz-se numa competição

envolvendo equipas provenientes de instituições

de formação europeias, compostas por três

auditores de justiça com não mais de dois anos de

percurso formativo, a quem incumbe a redação

prévia de um trabalho escrito que deverá incidir

sobre um assunto à sua escolha inserido num dos

quatro grandes temas propostos (Cooperação

Judiciária Internacional em Matéria Penal,

Cooperação Judiciária Internacional em Matéria

Civil, Interpretação e Aplicação dos artigos 5.º e

6.º da Convenção Europeia dos Direitos do

Homem, e Ética e Deontologia). Cada uma dessas

áreas temáticas constitui o objeto das quatro

meias-finais do concurso, sendo aí apresentada

oralmente pelas equipas concorrentes e depois

discutida com os membros do Júri.

O CEJ participou na meia-final A com um

trabalho sobre ‘The European Arrest Warrant:

Between the Practice and the Principles’, representado

por uma equipa constituída por auditores

de justiça do 31.º Curso Normal na 11.ª edição

do Thémis, num universo de 37

equipas concorrentes que representavam 18

Estados-Membros da UE. A equipa foi

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2015.2016 47

acompanhada por um docente convidado, tanto

na pesquisa e preparação do trabalho escrito

como na defesa do mesmo perante o Júri, na

meia-final que decorreu de 11 a 14 de abril 2016,

em Riga.

De 31 de maio a 03 de junho 2016, o CEJ

recebeu a meia-final C (‘International Judicial

Cooperation in Civil Matters – European Civil

Procedure’) deste concurso em Lisboa, na qual

participaram 12 equipas.

4.3.5. Catálogo

No Catálogo Anual de Atividades de

Formação da REFJ inserem-se todas as atividades

de formação interna que as diversas instituições

componentes da Rede decidiram abrir à

participação de magistrados judiciais e do

Ministério Público dos restantes países-membros.

O DRI, por regra, introduz no Catálogo

todas as atividades constantes do seu programa de

formação contínua que se vislumbrem de

interesse na perspetiva do magistrado estrangeiro,

excluindo por isso todas aquelas em que a

componente é de exclusivo reporte à aplicação da

lei nacional.

Desde 2011, no denominado ‘Catálogo

Plus’ a REFJ passou a financiar também a

interpretação simultânea e a participação de dez

magistrados estrangeiros em tais atividades

formativas (cujas despesas de deslocação são

exclusivamente suportadas pelos próprios no

âmbito do ‘Catálogo Geral’), desde que os

respetivos países de origem incluam também

ações de formação abertas à participação de

estrangeiros e que como tal sejam admitidas pela

Rede, designadamente tendo em conta a

relevância da temática a abordar.

Nessa medida, o CEJ propôs e logrou ver

incluídas no ‘Catálogo Plus’ de 2016 três ações de

formação contínua.

A primeira decorreu no dia 18 de março

2016, sobre o tema ‘Implementing Fundamental Rights

– international trends’; a segunda teve lugar no dia

15 de abril 2016 sobre o tema ‘International Judicial

Cooperation in Criminal Matters’, a terceira versou a

temática ‘International Family Law – some

international instruments and their application’ e

decorreu no dia 17 de junho de 2016.

Em cada uma destas ações de formação

estiveram presentes 10 magistrados estrangeiros,

assim garantindo a participação de outros tantos

magistrados portugueses em iniciativas formativas

semelhantes promovidas por congéneres nossas

que tiveram lugar ao longo do ano.

4.3.6. Programa de intercâmbios (Exchange Programme)

O Programa de Intercâmbios da REFJ

comporta a realização de diferentes ações de

intercâmbio, nelas assumindo particular relevância

os estágios propriamente ditos destinados a

magistrados judiciais e do Ministério Público em

funções, junto de colegas estrangeiros em

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2015.2016 48

exercício numa jurisdição afim e com a duração

de uma ou duas semanas, e os estágios orientados

para formadores, com a duração de uma semana

junto de instituições de formação judiciária de

outro Estado-Membro da União Europeia.

Cerca de dois mil magistrados europeus

participam anualmente nas atividades das

diferentes valências do Programa de

Intercâmbios. Em estreita articulação com o

CSM, a PGR e o CSTAF, o CEJ tem promovido,

em 2016, a participação de:

▪ 23 magistrados portugueses em estágios de

duas semanas, em língua inglesa, junto de

colegas estrangeiros de jurisdições afins;

▪ 1 magistrado num estágio de longa

duração (4 meses) na EUROJUST;

▪ 6 magistrados formadores em estágios de

uma semana, em língua inglesa, junto de

colegas de outras instituições congéneres;

▪ 13 magistrados em visitas de estudo de 2

dias ao Tribunal de Justiça da União

Europeia (TJUE);

▪ 9 magistrados em visitas de estudo de 4

dias ao Tribunal Europeu dos Direitos do

Homem (TEDH);

▪ 3 magistrados em visitas de estudo de 2

dias a instituições de Bruxelas.

Quanto ao número de magistrados

estrangeiros que vieram a ser colocados pelo DRI

para realização de estágios em Portugal,

assinalam-se as seguintes participações:

▪ 15 magistrados colocados em diferentes

tribunais do país, para um estágio

individual de duas semanas em língua

portuguesa;

▪ 5 magistrados para um estágio individual

de uma semana, nos tribunais e em inglês;

▪ 7 magistrados formadores para um estágio

em grupo, no CEJ, de uma semana e em

língua inglesa.

No que respeita à formação inicial, em

2013 a REFJ implementou o designado programa

‘AIAKOS’ que pretendeu institucionalizar de

forma generalizada em todo o espaço europeu as

visitas de intercâmbio dos candidatos às carreiras

na magistratura, dando desta forma resposta às

preocupações da Comissão quanto ao incremento

da formação em Direito Europeu e aos

intercâmbios de profissionais do foro junto de

instituições congéneres de outro Estado-Membro.

As visitas de intercâmbio no âmbito do

programa AIAKOS ocorrem habitualmente no

último trimestre de cada ano.

Assim, na semana de 30 de novembro a 04

de dezembro de 2015, o CEJ acolheu 30 auditores

de justiça estrangeiros (3 romenos, 1 búlgaro, 9

alemães, 1 croata, 1 eslovaco, 2 holandeses, 10

polacos e 3 belgas), enquanto 28 auditores de

justiça do 31º Curso se deslocaram, em diferentes

grupos, às nossas congéneres de Alemanha,

Holanda, França, Roménia, Polónia, Bélgica,

Áustria, Itália, Bulgária, Eslováquia e Croácia, na

semana de 16 a 20 de novembro 2015.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2015.2016 49

4.3.7. Outras Redes Internacionais de Formação

Para além da REFJ, o CEJ é igualmente

membro da Rede de Lisboa, da Rede Ibero-

Americana de Escolas Judiciais (RIAEJ), e da

RECAMPI (Rede de Capacitação de Ministérios

Públicos Ibero-americanos).

A Rede de Lisboa, estrutura participada

pelas instituições de formação judiciária de todos

os países membros do Conselho da Europa,

encontra-se hoje integrada na CEPEJ (Comissão

Europeia para a Eficácia da Justiça), não dispondo

de órgãos próprios com capacidade para

promover autonomamente quaisquer atividades

formativas entre os respetivos membros. Nessa

medida, qualquer iniciativa que nesse âmbito

venha a ter lugar está dependente da promoção e

do suporte financeiro que à mesma venha a ser

concedido pelo Conselho da Europa.

Deste modo, e no âmbito do Conselho da

Europa, o CEJ participa nas atividades do

Programa HELP (European Programme for Human

Rights Education for Legal Professionals), no quadro

das quais decorre anualmente uma Conferência da

Rede HELP. O Programa HELP tem como

finalidade apoiar os Estados-Membros do

Conselho da Europa na implementação da

Convenção Europeia dos Direitos do Homem ao

nível nacional, o que se pretende conseguir

através das conferências anuais da Rede HELP

onde representantes das instituições nacionais de

formação dos 47 Estados-Membros do Conselho

da Europa discutem formas de promover e

melhorar a formação na área dos Direitos

Humanos e aprofundar a cooperação entre as

diversas instituições envolvidas.

Nesse contexto, o CEJ fez-se representar

na Conferência anual da Rede HELP que teve

lugar em Estrasburgo nos dias 16 e 17 de junho

de 2016, e que abordou a temática ‘HELP,

Leading The Way Towards National Case Law

Harmonisation’.

No âmbito da parceria HELP in the 28,

concebida para aprofundar a temática dos

Direitos Humanos, o Dr. Diogo Ravara

frequentou um curso de atualização de

formadores em Estrasburgo nos dias 3 e 4 de

março de 2016. Este curso, organizado na

sequência de uma primeira Formação de

Formadores no âmbito dos Direitos Humanos e

reconhecida pelo CoE, destinou-se aos pontos de

contacto nacionais e visou implementar

estratégias para o desenvolvimento de quatro

cursos-modelo, um deles a decorrer a partir de

janeiro de 2017 em formato b-learning, organizado

pelo CEJ e dedicado ao tema ‘Os Direitos dos

Trabalhadores Enquanto Direitos Humanos’.

Ainda no âmbito do Programa HELP in

the 28, a docente do CEJ, Dr.ª Helena Susano,

esteve presente no seminário europeu ‘Fight against

racism, xenofobia, homophobia’, organizado

conjuntamente pelo CoE e pela Escuela Judicial de

Barcelona e que teve lugar nesta cidade nos dias

25 e 26 de julho de 2016.

Quanto à RIAEJ e à RECAMPI, a

inexistência de recursos financeiros próprios e a

dispersão geográfica são fatores que limitam

fortemente a realização de qualquer iniciativa

conjunta que possa ter lugar no âmbito das

mesmas.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2015.2016 50

4.4. Países de Língua Portuguesa

O relacionamento estreito com os países

integrantes da CPLP e com as instituições de

formação judiciária que deles fazem parte sempre

constituiu uma das prioridades do CEJ e um meio

de afirmação do prestígio internacional da

instituição, pelos particulares laços históricos e

culturais que a todos unem. Aos mais diversos

níveis, têm sido desenvolvidas atividades de

natureza formativa e de cooperação com os países

de língua portuguesa e respetivas instituições

judiciárias e magistraturas.

Nesse âmbito, e utilizando as listas de

endereços que para o efeito organizou, o DRI tem

ainda estabelecido contactos com juízes e

procuradores desses países de forma regular,

designadamente mantendo-os informados sobre

as atividades inseridas no plano anual de

formação contínua e dando-lhes também a

conhecer o catálogo de edições disponíveis no

sítio do CEJ.

4.4.1. Brasil

As relações de amizade e de cooperação

com o Brasil têm tido tradução nos vários

protocolos estabelecidos com diferentes escolas

de formação, de âmbito federal ou estadual, e nas

visitas de grupo que várias dessas instituições

nossas congéneres têm solicitado ao CEJ e cuja

promoção sempre assegurámos.

4.4.2. Outros países da CPLP

No âmbito do relacionamento com os

PALOP, a atuação do CEJ continua a

desenvolver-se em estreita colaboração com a

DGPJ, entidade que tem centralizado ao nível

governamental a cooperação para a área da Justiça

com os países africanos de expressão portuguesa,

com Macau e com Timor-Leste.

1. No que aos PALOP diz respeito e no

período em apreciação, decorreu no CEJ o 1º

curso de formação inicial para futuros

magistrados do Ministério Público de Angola.

Com efeito, no âmbito da cooperação

institucional entre Portugal e Angola e por

solicitação da Procuradoria-Geral da República

daquele país, o CEJ organizou uma ação de

formação de 30 auditores de justiça do Ministério

Público de Angola.

A seleção dos auditores esteve a cargo da

PGR de Angola e a formação teve início em 23

março de 2015 e terminou em outubro de 2015.

Este curso de formação inicial foi

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2015.2016 51

especialmente concebido para os magistrados do

Ministério Público de Angola tendo em atenção o

direito vigente naquele país.

2. Já no âmbito da cooperação

institucional entre Portugal e Moçambique, e a

pedido do Conselho Superior do Ministério

Público daquele país, o CEJ organizou uma ação

de formação de 67 auditores de justiça do

Ministério Público de Moçambique.

A seleção dos auditores coube ao

Conselho Superior do Ministério Público

moçambicano e a formação decorreu entre os dias

15 fevereiro e 13 de maio de 2016, na PGR de

Moçambique, implicando, pois, a deslocação dos

docentes do CEJ àquele país.

O curso de formação inicial em causa foi

especialmente concebido para os magistrados do

Ministério Público de Moçambique considerando

o direito ali vigente.

A formação assumiu as seguintes

vertentes:

▪ Direito e processo penal;

▪ Direito e processo civil;

▪ Direito e processo do trabalho;

▪ Direito da família e crianças;

▪ Direito bancário (penal);

▪ Direitos fundamentais.

A metodologia formativa utilizou a

plataforma informática do CEJ para nela serem

inseridos os materiais formativos mais relevantes,

tendo sido desenvolvida uma plataforma

formativa exclusivamente dedicada a este curso.

3. A 14 de abril de 2016, teve ainda início

no CEJ um curso de formação inicial de juízes e

magistrados do Ministério Público assistentes de

Cabo Verde.

Assim, por solicitação dos Conselhos

Superiores da Magistratura do Ministério Público

e da Magistratura Judicial de Cabo Verde, o CEJ

organizou uma ação de formação de 15

magistrados de Cabo Verde em início de carreira

(7 juízes e 8 magistrados do Ministério Público).

A seleção dos magistrados em causa esteve

a cargo dos respetivos Conselhos de Cabo Verde.

O final da formação foi previsto para

outubro de 2016.

O curso de formação inicial em causa foi

especialmente concebido para os magistrados de

Cabo Verde, tendo em atenção o direito vigente

naquele país.

A formação assumiu as seguintes

vertentes:

1. Formação teórica e teórico-prática

ministrada no CEJ por formadores

escolhidos pelo CEJ, com especial

incidência em:

▪ Direito e processo penal;

▪ Direito e processo civil;

▪ Direito e processo do trabalho;

▪ Direito e processo administrativo e

tributário;

▪ Direito da família e crianças;

▪ Direitos fundamentais.

Outras competências a desenvolver:

▪ Ética e deontologia profissionais;

▪ Inglês Jurídico.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2015.2016 52

2. Visitas de estudo a instituições

judiciárias e outras (CSM, PGR, STJ,

TC, tribunais, estabelecimentos

prisionais, centros de acolhimento,

centros educativos);

3. Frequência de ações de formação

contínua dirigidas a magistrados

portugueses e realizadas na sede do

CEJ.

4. Formação teórico-prática em tribunais,

com a duração de um mês, orientada

por formadores escolhidos pelo CEJ,

nas áreas de:

▪ Direito e processo penal;

▪ Direito e processo civil;

▪ Direito e processo do trabalho;

▪ Direito da família e crianças;

A metodologia formativa utilizou a

plataforma informática do CEJ para nela serem

inseridos os materiais formativos mais relevantes,

tendo sido desenvolvida uma plataforma

formativa exclusivamente dedicada a este curso.

O acesso a estes elementos será mantido mesmo

após a conclusão do período de formação.

A direção executiva do curso coube mais

uma vez à coordenadora do DRI e o respetivo

secretariado à técnica superior do departamento.

4. Para além deste curso e do

relacionamento institucional, o CEJ acolheu

ainda, no período em causa, todos os magistrados

oriundos de países de língua portuguesa que

individualmente se nos dirigiram, manifestando

interesse em participar em ações de formação ou

simplesmente o desejo de melhor conhecer a

instituição.

4.5. Atividades bilaterais

4.5.1. Escolas espanhola e francesa

As tradicionais relações de intercâmbio

com as escolas de formação judiciária de Espanha

e de França, de que o CEJ foi pioneiro ao nível

europeu, encontram-se hoje enquadradas no

Programa de Intercâmbios da REFJ, como já se

referiu.

Deste modo, as visitas de intercâmbio de

auditores de justiça entre aquelas instituições são

hoje objeto de financiamento por parte da REFJ,

e a partir do final de 2013 passaram a inserir-se no

âmbito do Programa AIAKOS, a um nível

multilateral.

Mantêm-se, todavia, as relações

privilegiadas ao nível bilateral com o CEJ de

Madrid, com a Escuela Judicial de Barcelona e com

a École Nationale da la Magistrature francesa (ENM),

visando a elaboração e a promoção conjunta de

módulos e ações de formação judiciária em torno

de diferentes temáticas ao nível do direito

europeu.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2015.2016 53

4.5.2. Academia de Direito Europeu (ERA)

No período em análise e reportando-nos a

2015, o CEJ acolheu nos dias 09 e 10 de

setembro, a realização de um seminário sobre

‘Cross border divorce and maintenance’, organizado

conjuntamente com a ERA, e no qual participou

um conferencista nacional, além de 10 outros

magistrados portugueses, para o efeito isentados

da taxa de inscrição.

No dia 18 de setembro de 2015, teve lugar,

também no CEJ, um encontro sobre Direito da

Concorrência, organizado conjuntamente entre

este Centro e a ERA. O evento decorreu de um

pedido da Comissão Europeia endereçado à ERA

para que efetuasse um estudo sobre as

necessidades formativas no quadro do Direito

Europeu da Concorrência (Study for the European

Commission on judges’ training needs in the field of

European competition law). Atendendo à estreita

colaboração existente entre ambas as instituições,

e ao elevado número de peritos portugueses que

habitualmente mostram interesse em frequentar as

ações formativas da ERA sobre esta temática, a

ERA convidou o CEJ a associar-se a esta

iniciativa, daí resultando o encontro no qual

estiveram presentes 27 participantes nacionais, de

entre magistrados, advogados, professores

universitários, representantes da DECO e da

Autoridade Nacional para a Concorrência.

Também no âmbito de uma parceria

estabelecida com a ERA, realizou-se no CEJ nos

dias 29 de fevereiro e 01 de março de 2016, um

seminário internacional sobre ‘Prova Eletrónica’,

no qual estiveram presentes 10 magistrados

portugueses, igualmente isentados da taxa de

inscrição.

4.5.3. Visitas ao CEJ de entidades estrangeiras

Procurando permanentemente dar

resposta positiva a solicitações no sentido de

acolher visitas de entidades interessadas e de

melhor conhecer o sistema português de

formação de magistrados, durante o ano

2015/2016 o CEJ acolheu a visita, entre outras,

das seguintes personalidades e delegações

estrangeiras:

▪ 17 setembro 2015 - Delegação de

Magistrados da Bósnia;

▪ 13 outubro 2015 - Delegação de

Magistrados da China;

▪ 9 a 11 dezembro 2015 - Delegação de

Magistrados da Moldávia;

▪ 17 fevereiro 2016 - 2 Grupos MOVEO

(Advogados estagiários do Tribunal de

Baden-Baden e Tribunal de Estugarda);

▪ 25 fevereiro 2016 - 2 Grupos MOVEO

(Advogados estagiários do Tribunal de

Berlim e Tribunal de Tubingen);

▪ 22 abril 2016 - Venerando Presidente do

Tribunal Supremo de Angola, Juiz

Conselheiro Manuel Miguel da Costa

Aragão (assinatura do Protocolo TIC);

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2015.2016 54

▪ 11 maio 2016 - 3 Grupos MOVEO

(Advogados estagiários de Tribunal

Regional Superior de Hamburgo, Tribunal

Regional de Essen e Tribunal Regional de

Offenburg);

▪ 31 maio a 1 junho 2016 - Delegação de

Juízes Assessores do Supremo Tribunal de

Justiça da Alemanha;

▪ 21 junho 2016 - Grupo de estagiários

alemães.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2015.2016 55

5. Gabinete de Estudos Judiciários

5.1. Recursos Humanos do GAEJ

O GAEJ encontra-se na dependência do

Diretor do CEJ, na sequência da revogação da

alínea c) do n.º 1 do artigo 95.º da Lei n.º 2/2008,

de 14 de janeiro, pela Lei n.º 45/2013, de 3 de

julho.

O quadro de pessoal afeto ao Gabinete de

Estudos Judiciários (GAEJ) compreendeu, no ano

em análise, apenas um trabalhador com a

categoria de técnico superior, o que ocasiona

constrangimentos, limitações e dificuldades ao

trabalho desenvolvido por este Gabinete.

De referir que o mencionado trabalhador

concluiu, em outubro de 2015, o Curso de

Técnico Superior de Segurança no Trabalho

(qualificação de nível VI) no âmbito de um plano

do Ministério da Justiça que visa implementar

serviços de segurança e saúde no trabalho em

todos os seus serviços.

Tal implicou uma dedicação exclusiva

durante o tempo de estágio do mencionado curso

(desde princípios de setembro até finais de

outubro) por parte do funcionário o que,

naturalmente, resultou em prejuízo momentâneo

para algumas das atividades desenvolvidas pelo

GAEJ, que, no entanto, foi recuperado durante o

restante período a que o presente documento diz

respeito.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2015.2016 56

5.2. Atividade desenvolvida

De acordo com as atribuições fixadas

pelos Estatutos do Centro de Estudos Judiciários,

o Gabinete de Estudos Judiciários desenvolveu

no ano letivo de 2015/2016 diversas atividades

que podem que podem sistematizar-se nos

seguintes temas:

▪ Estudos de trabalhos de investigação;

▪ Atividades de apoio à formação de

magistrados;

▪ Organização e apoio à realização de

atividades sociais e culturais;

▪ Outras atividades.

5.2.1. Estudos e trabalhos de investigação

a) Estudos concluídos neste ano de atividades

▪ I Curso de Formação de Magistrados do

Ministério Público de Angola - Inquérito

de Avaliação da Formação: Relatório

▪ Formação Inicial de Magistrados (31.º

Curso de Formação de Magistrados):

Inquérito sobre a Estrutura e Organização

do 1.º Ciclo da Formação Inicial de

Magistrados-Relatório

▪ Formação Inicial de Magistrados (3.º

Curso de Formação de Magistrados para

os Tribunais Administrativos e Fiscais):

Inquérito sobre a Estrutura e Organização

do 1.º Ciclo da Formação Inicial de

Magistrados-Relatório

Foram igualmente concluídos (com

circulação restrita), os relatórios de avaliação das

seguintes ações de formação:

▪ Proteção de direitos de personalidade dos

sujeitos da relação laboral (Relatório n.º 1-

2015/2016);

▪ Processos Cautelares e Contencioso

Tributário (Relatório n.º 2-2015/2016);

▪ Ética e Deontologia (Relatório

n.º 3-2015/2016);

▪ Contratos públicos, em particular o

equilíbrio contratual; a modificação do

contrato por alteração das circunstâncias

(…) (Relatório n.º 4-2015/2016);

▪ Tráfico de Seres Humanos (Relatório

n.º 5-2015/2016);

▪ O contrato de seguro de acidente de

trabalho (Relatório n.º 6-2015/2016);

▪ Mediação familiar e Técnicas de Mediação

nas Secções de Família (Relatório

n.º 7-2015/2016);

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2015.2016 57

▪ As fronteiras e o direito sem fronteiras:

migrações, estrangeiros e globalização

(Relatório n.º 8-2015/2016);

▪ Um olhar sobre a administração da Justiça

(Relatório n.º 9-2015/2016);

▪ Insolvência e Processo Especial de

Revitalização (Relatório n.º 10-

2015/2016);

▪ A revisão do Código de Processo nos

Tribunais Administrativos (Relatório n.º

11-2015/2016);

▪ Violência no quadro familiar e parafamiliar

(Relatório n.º 12-2015/2016);

▪ Violência doméstica e de género e

mutilação genital feminina (Relatório n.º

13-2015/2016);

▪ Parentalidade e Filiação (Relatório

n.º 14-2015/2016);

▪ Doenças Profissionais (Relatório

n.º 15-2015/2016);

▪ Contraordenações tributárias (Relatório

n.º 16-2015/2016);

▪ Direito Europeu (Relatório

n.º 17-2015/2016);

▪ Temas de Direito Civil e Direito

Processual Civil (Relatório

n.º 18-2015/2016);

▪ Violência doméstica e de género e

mutilação genital feminina (Relatório

n.º 19-2015/2016);

▪ A interação do Direito Administrativo

com o Direito Civil (Relatório

n.º 20-2015/2016);

▪ Psicologia Judiciária (Relatório

n.º 21-2015/2016);

▪ O Novo Regime do Processo de

Inventário (Relatório n.º 22-2015/2016);

▪ Crimes negligentes e, em especial, a

negligência médica (Relatório

n.º 23-2015/2016);

▪ Implementação dos Direitos

Fundamentais: Tendências Internacionais

(Relatório n.º 24-2015/2016);

▪ Balanço sobre o Novo Processo Civil

(Relatório n.º 25-2015/2016);

▪ Código de Procedimento Administrativo

(Relatório n.º 26-2015/2016);

▪ Temas de Direito Penal e Processual Penal

(Relatório n.º 27-2015/2016);

▪ Direito Probatório Substantivo e

Processual (Relatório n.º 28-2015/2016);

▪ Cooperação Judiciária Internacional em

Matéria Penal (Relatório

n.º 29-2015/2016);

▪ Humor, Direito e Liberdade de Expressão

(Relatório n.º 30-2015/2016);

▪ Prova em Direito Penal,

cibercriminalidade e prova em ambiente

digital (Relatório n.º 31-2015/2016);

▪ Seminário sobre Arrendamento Urbano

(Relatório n.º 32-2015/2016);

▪ Gestão do Stress (Relatório

n.º 33-2015/2016);

▪ Trabalho informal e formas atípicas de

emprego (Relatório n.º 34-2015/2016);

▪ Temas de Direito Administrativo

(Relatório n.º 35-2015/2016);

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2015.2016 58

▪ Recuperação de Ativos - ação de formação

na modalidade de e-learning, realizada noa

ano letivo de 2014/2015 (Relatório n.º 20-

2014/2015).

b) Outros documentos

▪ Colaboração na elaboração e

composição gráfica do Plano de

Atividades, do Relatório de Atividades

e dos Planos de Estudos;

▪ Colaboração na elaboração do Balanço

Social do CEJ do ano de 2015.

Ainda no âmbito dos estudos, foram

realizados pelo GAEJ diversos pequenos estudos

de investigação, nomeadamente de caráter

estatístico, elaborados ad hoc, em função das

necessidades de informação de apoio à decisão da

Direção do Centro de Estudos Judiciários e do

Departamento de Relações Internacionais, de

apoio a necessidades específicas de docentes ou

na sequência de pedidos de entidades externas e

após autorização da Direção.

5.2.2. Atividades de apoio à formação de magistrados

Neste âmbito, o GAEJ colaborou nos

seguintes eventos e projetos:

▪ Na organização das Conferências do CEJ,

nomeadamente na conceção da nova

imagem e na divulgação das mesmas junto

da imprensa e de outras entidades que

nisso manifestaram interesse;

▪ Colaboração ao nível da recolha e

articulação dos conteúdos para a Agenda

do CEJ (newsletter eletrónica);

▪ Na organização da Sessão Solene de

Encerramento do I Curso de Formação de

Magistrados do Ministério Público de

Angola, nomeadamente na parte

protocolar e cultural (nesta vertente com a

colaboração da associação Casa de

Angola);

▪ Na organização da Sessão Solene de

Abertura do I Curso de Formação de

Magistrados de Cabo Verde;

▪ Colaboração na conceção do design do

novo modelo de flyer das ações de

formação contínua do CEJ.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2015.2016 59

5.2.3. Organização e apoio à

realização de atividades sociais e culturais

O GAEJ organizou a receção de visitas de

estudo ao CEJ de estudantes de diversos graus de

ensino (ensino secundário, profissional e

superior), bem como de trabalhadores de

entidades públicas e de associações. Neste âmbito

foram recebidas as seguintes visitas

▪ Um grupo de associados da AGIC -

Associação Portuguesa de Guias-

-Intérpretes e Correios de Turismo;

▪ Um grupo de trabalhadores da Secretaria-

-Geral do Ministério da Justiça;

▪ Dois grupos de associados do Clube

Oxigénio do Ginásio Clube Português;

▪ Um grupo de estudantes da Universidade

Lusófona do Porto;

▪ Um grupo de estudantes do Colégio Bom

Sucesso, de Lisboa;

▪ Um grupo de estudantes do Colégio

Valsassina, de Lisboa;

▪ Um grupo de estudantes da Faculdade de

Direito da Universidade do Porto;

▪ Dois grupos de estudantes da Escola

Profissional Almirante Reis;

▪ Um grupo de estudantes e investigadores

do Colégio F3 - Food, Farming and Forestry,

da Universidade de Lisboa;

▪ Um grupo de utentes da AURPIF-

Associação Unitária de Reformados

Pensionistas e Idosos da Falagueira, IPSS.

O GAEJ organizou ainda quatro visitas no

âmbito dos Itinerários Bocageanos, atividade

integrada no projeto Bocage Reconhecido, organizado

pela Junta de Freguesia de Santa Maria maior que

ainda incluiu uma cerimónia de descerramento, na

chamada Sala Bocage, a 15 de setembro de 2015, de

uma placa comemorativa dos 250 anos do

nascimento do poeta Manuel Maria Barbosa du

Bocage e alusiva à sua passagem, como recluso,

pela Cadeia do Limoeiro. A cerimónia contou

com a participação, entre outros, do Presidente da

Junta de Freguesia de Santa Maria maior e da

Vereadora da Cultura da Câmara Municipal de

Lisboa e foi organizada, conjuntamente, pelo

GAEJ e pelo Centro de Documentação. Para este

evento foi também concebido pelo GAEJ um

folheto especial com o poema da autoria de

Bocage - Trabalhos da Vida Humana - no qual é

descrita pelo próprio a sua passagem pelo

Limoeiro.

No total foram recebidas quinze visitas,

abrangendo cerca de 370 pessoas.

Nestas atividades compete ao GAEJ

acompanhar os visitantes em toda a visita que,

genericamente, obedece ao seguinte modelo que

é, contudo, adaptado caso a caso aos objetivos da

visita e ao público desta:

▪ Uma primeira parte em que se visitam

alguns dos locais mais emblemáticos do

Limoeiro e se faz uma apresentação da

história do local onde se situa o CEJ,

desde o período tardo-romano até ao séc.

XX, com especial enfoque nas condições

de vida dos reclusos na cadeia;

▪ Uma segunda parte centrada nos

processos de recrutamento, seleção e

formação de magistrados e o papel do CEJ

nestes.

Para apoio a estas atividades foram

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2015.2016 60

concebidos pelo GAEJ dois folhetos informativos

e esquemáticos do processo de seleção,

recrutamento e formação inicial de magistrados,

um relativo aos tribunais judiciais, outro relativo

aos tribunais administrativos e fiscais (ver imagens

em baixo). Foram também concebidas versões em

língua inglesa de ambos os documentos. Foram

também revistas em termos de design e conteúdo

as apresentações em PowerPoint utilizadas nestas

atividades.

Foi ainda apoiada pelo GAEJ a realização

do V Congresso Universitário, da Associação

Consciência Jovem, que incluiu uma apresentação

do CEJ e os procedimentos de recrutamento,

seleção e formação de magistrados.

O GAEJ apoiou ainda, quando solicitado,

as atividades do projeto Justiça para Tod@s que

decorreram no CEJ, ao longo de todo o ano

letivo.

5.2.4. Intervenção do GAEJ em outras atividades

O GAEJ integrou o grupo de trabalho que

assegurou a realização do concurso de ingresso no

curso de formação inicial teórico-prática de

magistrados bem como na vigilância das provas

de conhecimentos do 3.º Concurso de

Recrutamento e Seleção de Juízes de Paz.

O GAEJ desenvolveu, também, trabalho

na compilação, organização e formatação de

documentos como planos estratégicos, de

atividades e de estudos e na prestação de

informação estatística relativa à atividade

formativa do CEJ a outras entidades oficiais.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2015.2016 61

Como já foi atrás referido, o trabalhador

afeto ao GAEJ concluiu com aproveitamento o

Curso de Técnico Superior de Segurança no

Trabalho (qualificação de nível VI) no âmbito de

um plano do Ministério da Justiça que visa

implementar serviços de segurança e saúde no

trabalho em todos os seus serviços. A conclusão

deste curso implicou a realização de um estágio

no CEJ com a realização de uma auditoria de

segurança.

A respetiva cerimónia de entrega dos

certificados desta formação aos funcionários dos

diversos organismos do Ministério da Justiça,

decorreu n CEJ, no dia 14 de dezembro de 2015 e

foi organizada conjuntamente pela Secretaria-

-Geral do Ministério da Justiça e pelo GAEJ.

Ainda no que respeita à Segurança e Saúde

no Trabalho, o trabalhador afeto ao GAEJ tem

apoiado a empresa selecionada para a prestação de

serviços nesta matérias, nomeadamente prestando

informação e acompanhando as inspeções e

auditorias no local, bem como na implementação

(em conjunto com o Departamento de Apoio

Geral) de algumas medidas e representando o CEJ

em reuniões na Secretaria-Geral do Ministério da

Justiça sobre esta matéria.

O GAEJ tem igualmente exercido funções

de ligação com a comunicação social,

particularmente na divulgação de eventos e outras

informações sobre o CEJ, bem como

rececionando pedidos de informação e respetivo

encaminhamento, bem como a pedidos de

informação de outras entidades externas.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2015.2016 63

6. Divisão do Centro de

Documentação

6.1. Introdução

A Divisão do Centro de Documentação

recolhe, trata, organiza, disponibiliza, fornece e

preserva os recursos informativos relevantes para

as atividades formativas que decorrem no CEJ.

Tendo como orientação os objetivos que

foram definidos no Plano de Atividades para a

unidade orgânica em análise, o presente relatório

visa dar a conhecer a evolução da organização do

arquivo, do fundo documental e da gestão das

publicações periódicas, a gestão dos diversos

espaços, com vista à melhoria da sua organização

e condições de armazenagem, bem como, uma

melhoria da prestação de serviços à comunidade

envolvente

6.2. Vertente Arquivo

As atividades desenvolveram-se enquanto

arquivo intermédio e definitivo, isto é,

recebendo, tratando e preservando a

documentação produzida e recebida pelos

serviços do CEJ. Neste âmbito, foram realizadas

diversas tarefas.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2015.2016 64

6.2.1. Gestão do Arquivo

• Conclusão da aplicação prática do

Relatório de Avaliação da

Documentação Acumulada apresentado

à Direcção-Geral do Livro, Arquivos e

Bibliotecas (DGLAB) foi aprovado pelo

despacho datado de 17-08-2012. Tendo

sido enviados os respetivos Autos de

Eliminação para a DGLAB em janeiro

de 2016.

• Os inventários iniciados e concluídos,

entre 1-9-2015 e 31-8-2016:

- Estatística da formação inicial e

permanente (iniciado);

- Relatórios dos estágios de

contacto da Formação Inicial:

1986–1991 (concluído) e 1992–

1998 (concluído parcialmente).

• Transferência de documentação

pertencente a outros serviços:

Secretariado da Direção (1),

Departamento de Relações

Internacionais (1), Departamento de

Apoio Geral (2), Departamento de

Formação (10), acompanhados das

respetivas guias de remessa para o

Arquivo do CEJ;

• Foram, ainda, concretizadas as ações

inerentes à valorização, inventariação,

classificação e conservação do

património arquivístico do CEJ;

• Preenchimento do questionário de

diagnóstico aos Arquivos do Ministério

da Justiça (Arquivos Intermédios e

Arquivo Histórico), entre 29 de abril e

15 de junho, no âmbito do Grupo de

Trabalho de Arquivos do Ministério da

Justiça (GTAMJ);

• No dia 28 de junho, pelas 10h, o CEJ

recebeu a visita técnica ao sistema de

arquivo por parte da DGLAB.

6.2.2. Apoio aos Utilizadores

Serviços de referência e leitura, consulta de

documentos e de pesquisas específicas

disponibilizados aos serviços internos e ao

cidadão. Resposta a 21 pedidos internos de

consulta de documentos à guarda do Arquivo.

Resposta a 2 pedidos externos, no âmbito Lei n.º

46/2007, de 24 de agosto, que regula o acesso aos

documentos administrativos e a sua reutilização.

modificada pelo Decreto-Lei n.º 214-G/2015, de

2 de outubro. Verifica-se um aumento dos

pedidos, que passou de 10 para 23, relativamente

ao ano anterior.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2015.2016 65

6.3. Vertente Biblioteca

6.3.1. Gestão do Fundo Documental

6.3.1.1. Aquisições de

publicações (1-9-2015 a

31-8-2016)

As publicações dão entrada na Biblioteca

por compra, produção própria, oferta

e permuta. No que respeita à aquisição

de publicações por compra, em 2015/2016,

baseou-se, tal como nos anos transatos,

nas necessidades dos utilizadores internos

do CEJ e no enriquecimento de determinadas

áreas temáticas mais necessitadas de

atualização.

As obras que deram entrada por oferta,

resultaram de doações efetuadas por entidades

externas e autores.

As obras que entraram por permuta

basearam-se em protocolos estabelecidos com

outras instituições, em troca da Revista do CEJ,

do Prontuário de Direito do Trabalho, ou

outras publicações.

De salientar ainda, a produção interna

(monografias e multimédia) que foi significativa

e teve muita procura, quer por utilizadores

internos, como externos.

O quadro a seguir representa na

sua globalidade, as publicações entradas

na biblioteca, nas quatro modalidades acima

mencionadas e por tipo de documento.

Documentos N.º

Monografias 655

Multimédia 34

Publicações em série 27

Total 716

O quadro seguinte apresenta o total das

publicações entradas na Biblioteca por produção

própria, oferta e permuta.

Por oferta, permuta ou produção própria

Documentos N.º

Monografias 401

Multimédia 34

Publicações em série 6

Total* 441

* Dos quais 23 foram produzidos pelo CEJ (e-books)

Permutas

O Centro de Documentação mantém

permutas de publicações com as seguintes

entidades:

1. Associação dos Juízes do Rio Grande do

Sul: Revista da AJURIS

2. Associação Jurídica da Maia: Revista

MaiaJurídica

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2015.2016 66

3. Associação Sindical dos Funcionários de

Investigação Criminal da Polícia Judiciária:

Revista de investigação criminal

4. Associação Sindical dos Juízes

Portugueses: Revista Julgar

5. Autoridade da Concorrência – Revista de

concorrência e regulação

6. Biblioteca da Faculdade de Direito da

Universidade Católica de Lisboa: Revista

Direito e Justiça

7. Biblioteca da Faculdade de Direito da

Universidade de Coimbra: Boletim da

Faculdade

8. Biblioteca da Faculdade de Direito da

Universidade de Lisboa: Revista da

Faculdade de Direito de Lisboa

9. Biblioteca da Facultad de Derecho da

Universidad de Extremadura: Anuário de La

Facultad de Derecho

10. Biblioteca da Ordem dos Advogados:

Revista da Ordem dos Advogados e

Boletim da Ordem dos Advogados

11. Biblioteca do Centro de Estudos Fiscais e

Aduaneiros – Boletim de Ciência e

Técnica Fiscal

12. Biblioteca Geral da Universidade

Portucalense Infante D. Henrique –

Revista Jurídica

13. Cabo Verde – Praia: Revista Direito e

Cidadania

14. Centro de Direito Biomédico: Lex

Medicinae

15. Centro de Direito da Família: Lex Familiae

16. Centro de Estudos Sociais: Revista Crítica

de Ciências Sociais

17. Conselho da Justiça Federal (Brasil) –

Revista do CEJ

18. Direção-Geral da Qualificação dos

Trabalhadores em Funções Públicas

(INA): Revistas Legislação – Cadernos de

Ciência de Legislação e Cadernos INA

19. École Nationale de la Magistrature (França) -

Cahiers de la justice : revue trimestrielle de l’École

Nationale de la Magistrature

20. ERA - ERA-Forum : scripta iuris europaei

21. Editora da Meritum - Biblioteca da

Faculdade de Ciências Humanas, Sociais e

da Saúde da Universidade FUMEC (Brasil)

- Revista de Direito da Universidade

FUMEC

22. Escola de Direito da Universidade do

Minho – Scientia Ivridica

23. Escola de Magistratura Federal da 5.ª

Região (Brasil): Revista ESMAFE

24. Faculdade de Letras da Universidade do

Porto: Sociologia

25. Fundação CEFA – Fundação para os

Estudos e Formação Autárquica

26. Gabinete de Estratégia e Planeamento

(GEP)., do Ministério da Solidariedade e

Segurança Social (MSSS): Sociedade e

Trabalho

27. Mediateca da Universidade Lusíada –

Minerva: revista de estudos laborais;

Lusíada. Direito

28. Observatório da Imigração: Revista

Migrações

29. Sindicato dos Magistrados do Ministério

Público: Revista do Ministério Público

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2015.2016 67

30. Tribunal de Contas: Revista do Tribunal

de Contas

31. Universidade Autónoma de Lisboa:

Galileu – Revista de Economia e Direito

Ao longo do período em apreciação, foi

estabelecida a seguinte permuta:

- Assembleia da República (abril 2016)

Aquisições onerosas

Documentos N.º Valor

Monografias 254 5.630,69€

Multimédia -- --

Publicações em série*

21 1.582,83€

Total 275 7.212,92€

* Renovação de assinaturas

Como se pode verificar, registou-se um

forte aumento das aquisições das monografias,

por compra, em relação a dois anos atrás, de

3.771,91€ para 5.630,69€. Continua a constatar-se

um aumento significativo de documentos

produzidos a nível interno, nomeadamente de e-

books.

No que diz respeito às publicações

periódicas registaram-se alterações no número de

títulos assinados pela biblioteca, passando de 26

para 20, tendo-se realizado uma nova assinatura:

Propriedades intelectuais.

Assinaturas renovadas

1. Anatomia do crime

2. Cadernos de direito privado

3. Cadernos de justiça administrativa

4. Cadernos de justiça tributária

5. CEDOUA - Revista do Centro de Estudos

de Direito do Ordenamento do

Urbanismo e do Ambiente

6. Coletânea de jurisprudência

7. Coletânea de jurisprudência. Acórdãos do

Supremo Tribunal de Justiça (em papel e

on-line)

8. Direito das sociedades em revista

9. Jueces para la democracia

10. O direito

11. Revista de direito civil

12. Revista de direito e de estudos sociais

13. Revista de direito intelectual

14. Revista de direito público

15. Revista de finanças públicas e direito fiscal

16. Revista de legislação e de jurisprudência

17. Revista do Instituto do Conhecimento AB

Instantia

18. Revista portuguesa de direito do consumo

19. Rivista italiana di diritto e procedura penale

Foram ainda adquiridas 5000 etiquetas

pré-impressas com códigos de barras para livros e

revistas, no valor de 380,62€ (com IVA incluído).

Divulgação das novas aquisições:

Elaboração de uma publicação mensal que

consiste num Boletim bibliográfico de novas

publicações que entram ao longo do mês na

Biblioteca e a respetiva divulgação através dos

e-mails do Centro de Documentação (biblioteca-

[email protected] ou [email protected]).

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2015.2016 68

6.3.1.2. Documentos

catalogados, indexados,

correspondentes a

registos em base de

dados

No dia 1 de setembro de 2016 a base de

dados bibliográficos registava um total de 35296

registos bibliográficos, correspondente a um

aumento de 1483.

Documentos agosto 2015 agosto 2016

Monografias 13363 13924

Analíticos (revistas/livros

19467 20349

Multimédia 722 753

Publicações em série

261 270

Total 33813 35296

Nesta área concretizaram-se ainda as

seguintes tarefas:

Nesta área concretizaram-se ainda as

seguintes tarefas:

▪ Assegurou-se o tratamento dos artigos das

publicações periódicas, nacionais e

estrangeiras, entradas na Biblioteca;

▪ Continuação do tratamento técnico

documental das publicações periódicas,

nacionais e estrangeiras, existentes em

depósito, já com cota, mas não inseridas

no catálogo informatizado;

▪ Continuou-se o tratamento dos artigos de

monografias, nomeadamente, Estudos em

Homenagem, Comemorações, Colóquios,

Jornadas, etc. que, pela sua importância,

mereçam um tratamento autónomo;

▪ Continuou-se o tratamento técnico dos e-

books, resultantes da formação inicial ou

das ações de formação continua;

▪ Colaboração com a formação de

Magistrados dos PALOP (Angola,

Moçambique, Cabo Verde e Timor), como

tratamento técnico dos documentos a

disponibilizar a auditores e respetivos

docentes, pesquisa de legislação e doutrina

para os mesmos. Elaboração de boletins

bibliográficos específicos;

▪ Preenchimentos do questionário do

diagnóstico às Bibliotecas e Centros de

Documentação da Justiça, entre 16 de

maio e 29 de junho, no âmbito do Grupo

de Trabalho das Bibliotecas da Justiça,

(GTBJ).

6.3.1.3. Abate e reparações de

documentos

Neste âmbito, realizaram-se 41 reparações

de documentos (monografias e publicações

periódicas), sem custos acrescidos, como se pode

verificar no quadro seguinte:

Documentos N.º

Volumes 41

Custo (€) 0

* Reparações realizadas internamente

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2015.2016 69

Realizou-se o abate de documentos

duplicados, disponíveis on-line ou transferido de

suporte, ao abrigo do despacho do Diretor de

23/03/2014, num total de:

Documentos N.º

Monografias 1

Cassetes de VHS --

Publicações em série 12

Total 1

6.3.2. Apoio aos Utilizadores

A biblioteca está aberta à Direção, a toda a

comunidade docente, aos auditores de justiça,

bem como a utilizadores externos. Os pedidos

dirigidos à Biblioteca, são registados no módulo

de empréstimo, que nos fornece, no período em

análise, o total de 2802 registos.

6.3.2.1. Movimento das

requisições (consulta e

empréstimo) de

documentos

Foram requisitados ao longo do período

em análise, 2802 documentos, repartidos em

monografias, analíticos e documentos multimédia,

conforme quadro seguinte:

Documentos N.º

Monografias 1817

Analíticos (revistas/livros)

974

Multimédia 11

Total 2802

6.3.2.2. Quadro de movimento

de utilizadores - pedidos

de digitalizações

Documentos N.º

Auditores 851

Dirigentes 131

Docentes 598

Funcionários 43

Externos 606

Entidades 139

Leitura de presença 434

Total 2802

Da análise destes quadros verificamos que

a atividade deste serviço serve, essencialmente,

auditores de justiça e os docentes. Continua a

verificar-se uma grande afluência dos utilizadores

externos. De registar que houve uma diminuição

relativamente ao ano transato de 996

empréstimos, mas temos que ter em consideração

que os auditores de justiça se encontravam no 2.º

Ciclo da Formação Inicial, nos Tribunais.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2015.2016 70

6.3.2.3. Quadro de movimento

de utilizadores - pedidos

em empréstimos

interbibliotecas (EIB)

Temos ainda que reportar 29 pedidos

em empréstimos interbibliotecas, acionados

para os nossos utilizadores internos, em

que as monografias e/ou publicações em série

vieram ao CEJ, e 114 que foram acionados via

e-mail.

EIB N.º

Utilizador Interno 89

Utilizador Externo 12

Interbibliotecas 13

Total 114

6.3.2.4. Quadro de movimento

de utilizadores - pedidos

de digitalização de

documentos

O total de pedidos de digitalização

ascendeu a 817, repartidos maioritariamente entre

utilizadores externos e internos, havendo ainda 84

pedidos interbibliotecas, conforme melhor se

pode aferir no quadro seguinte:

EIB N.º

Utilizador Interno 430

Utilizador Externo 303

Interbibliotecas 84

Total 817

6.3.2.5. Quadro de movimento

de utilizadores - pedidos

de pesquisas

Foram realizados 639 pedidos de pesquisa,

maioritariamente de utilizadores internos.

EIB N.º

Utilizador Interno 378

Utilizador Externo 189

Interbibliotecas 72

Total 639

6.4. Qualidade dos Serviços

6.4.1. Recolha e tratamento de informação estatística

Com o objetivo de aferir e melhorar a

qualidade dos serviços prestados, através da

avaliação do grau de satisfação dos utilizadores da

Biblioteca, foi elaborado e distribuído um

questionário, durante o mês de julho, junto dos

utilizadores internos e externos.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2015.2016 71

Esta recolha de informação é muito

importante e relevante como forma de apoio à

gestão, pois permite ter dados quantitativos e

qualitativos sobre a utilização dos serviços e

instalações, permitindo assim apurar o grau de

satisfação dos utilizadores.

No questionário são avaliados os serviços

prestados, os recursos de informação existentes,

os equipamentos e instalações disponíveis.

6.4.2. BiblioNet

Novo OPAC (Online public access catalog) -

catálogo informatizado da biblioteca, disponível

publicamente através da internet foi instalado em

junho de 2016.

6.5. Gestão de publicações

O CEJ edita monografias, isoladamente ou

em parceria, abrangendo temáticas diversificadas

nas áreas jurídica e judiciária. Publica ainda, duas

publicações em série: a Revista do CEJ e o

Prontuário de Direito do Trabalho.

Assim sendo, a Divisão do Centro de

Documentação procedeu à preparação,

distribuição e controle da Revista do CEJ n.ºs 1

(2015) e 2 (2015) e das Conferências do CEJ

(2015) através das ofertas institucionais e

permutas, como se pode verificar no quadro

seguinte.

Títulos Quantidade

Revista do CEJ n.º 1 (2015)

146

Revista do CEJ n.º 2 (2015)

141

As Conferências do CEJ (2015)

80

Total 367

O quadro seguinte indica outras

publicações, editadas anteriormente pelo CEJ, que

foram oferecidas, permutadas ou vendidas:

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2015.2016 72

Publicações/ipos Quantidade

Monografias 65

Periódicos 245

Total 310

Procedeu-se ainda à distribuição dos e-

books pelos respetivos intervenientes e pelas

Bibliotecas do Supremo Tribunal de Justiça,

Procuradoria-Geral da República e Ordem dos

Advogados, num total: 152.

6.6. Outras atividades

O Centro de Estudos Judiciários encontra-

se a colaborar no projeto ASIA - Avaliação

Suprainstitucional da Informação Arquivística, lançado

em 2015, com coordenado pela Direção-Geral do

Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas (DGLAB).

Este projeto é a continuação do projeto de

Identificação e harmonização da descrição dos

processos de negócio desenvolvidos pela

Administração Central e Local (2013-2014).

Com base neste instrumento as entidades

da Administração Pública poderão de uma forma

simplificada produzir as suas Portarias de gestão

de documentos.

O projeto foi estruturado de acordo com

as seguintes etapas:

A esta calendarização inicial foram

acrescidas reuniões complementares por classe em

todas as etapas do processo.

Todavia, os trabalhos relativos à

apresentação de propostas de destino final e

prazos de conservação, bem como à sua aferição,

só foram concluídas em março de 2016 e de

seguida procedeu-se à sua difusão pública para

recolha final de contributos (de 11 de março a 9

de maio).

Tendo o Grupo de Trabalho de Arquivos

do Ministério da Justiça (GTAMJ) optado por

enviar os contributos/comentários do Ministério

da Justiça à versão consolidada da MEF/ASIA

em conjunto, na sequência dos trabalhos do Plano

de Classificação e Avaliação Documental do

Ministério da Justiça (PCA MJ).

O Centro de Estudos Judiciários associou-

-se à iniciativa da Junta de Freguesia de Santa

Maria maior que pretendia comemorar os 250

anos do nascimento de Manuel Maria Barbosa du

Bocage - Bocage Reconhecido.

No CEJ foi descerrada uma lápida na Sala

Bocage alusiva ao acontecimento.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2015.2016 73

O Centro de Estudos Judiciários aderiu ao

Programa “Administração Eletrónica e

Interoperabilidade Semântica” (PAEIS) em 2012,

fazendo por isso parte do Conselho de Aderentes

e este ano apresentou a candidatura na eleição

para dos representantes do Conselho de

Aderentes para a Comissão Executiva, tendo sido

eleito em conjunto com a Secretaria-Geral do

Ministério da Educação, por voto secreto, para

período posterior a 10 de julho.

6.7. Infraestruturas

Tendo sido necessária uma

reestruturação/melhoria do espaço de suporte à

Biblioteca, designado de Depósito, foi obtido

através, por um lado atribuição da garagem 3

onde ficam as publicações do CEJ, mas sobretudo

através da aquisição de mais estantes compactas

no valor de 15.123,47€ (com IVA incluído) e

colocação de um teto falso, que isolou o depósito

da entrada de insetos e poeiras e mantendo uma

temperatura e humidade mais constante.

Foram ainda colocadas janelas novas na

parte da frente da biblioteca, isolando o barulho e

o frio da rua.

Foi ainda realizado uma desinfestação nos

espaços do Arquivo e Biblioteca, bem como dos

depósitos (da biblioteca e das publicações) no dia

9 de junho.

6.8. Recursos Humanos

Em 2015-2016, no mapa de pessoal não se

verificaram alterações na sua composição:

▪ 1 Chefe de Divisão;

▪ 1 Técnica Superior;

▪ 2 Assistentes Técnicos.

O procedimento concursal comum para

um lugar de assistente técnico aberto, ainda no

ano transato, ficou por preencher.

Continuamos a reiterar a necessidade de

mais 2 funcionários para a Divisão (1 técnico

superior e 1 técnico operacional), dado que a

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2015.2016 74

mesma tem vindo a incorporar mais competências

e que o número de trabalhadores não se alterou

significativamente e, que esta é chamada com

frequência a dar o seu contributo a projetos e

iniciativas do CEJ fora da sua área de intervenção.

Quadro das ações de formação realizadas pelas trabalhadoras da Divisão

Data Curso Instituição formadora

Funcionária

23 a 25 de setembro

Indexação e recuperação de informação – nível 1 BAD Carla Seixas

5 a 7 de outubro O serviço de referência: organização e gestão BAD Isabel Ferreira

21-23 de outubro 12º Congresso BAD Bibliotecários, Arquivistas, Documentalistas.

BAD Paula Tomás

9 a 12 de novembro

UNIMARC: formato bibliográfico e formato autoridades BAD Isabel Ferreira

16 e 17 de novembro

Implementação de programas de conservação preventiva em bibliotecas e arquivos

BAD Isabel Fortunato

18 a 20 de abril Implementação de programas de conservação preventiva em bibliotecas e arquivos – princípios gerais

BAD Isabel Ferreira

27 de abril a 6 de junho

Introdução às técnicas documentais BAD Carla Seixas

9 e 10 de maio Boas práticas em serviços de informação BAD Isabel Ferreira

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2015.2016 75

7. Departamento de Apoio Geral

7.1. Introdução

O Departamento de Apoio Geral (DAG)

foi criado pelos Estatutos do CEJ aprovados em

Anexo à Portaria n.º 965/2008, de 29 de agosto,

publicada no Diário da República, 1.ª Série, n.º 167,

de 29 de agosto.

Nos termos do artigo 5.º dos referidos

Estatutos, o DAG é a unidade orgânica

genericamente responsável pela conceção,

organização e manutenção do sistema de

informação do CEJ, pelo apoio jurídico e pelo

apoio, nas áreas da informática e multimédia e da

gestão financeira, patrimonial e de recursos

humanos, às atividades do CEJ.

Foi ainda prevista a criação de uma

unidade orgânica flexível, denominada divisão, e

de duas unidades flexíveis com o nível de secção.

Estas unidades orgânicas flexíveis foram

criadas por despacho da Diretora do CEJ, de 15

de setembro de 2008.

Assim, tendo em conta as atribuições

definidas pelos Estatutos do Centro de Estudos

Judiciários, bem como o Plano de Atividades para

o ano 2015/2016, apresenta-se o relatório das

atividades realizadas pelo Departamento de Apoio

Geral.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2015.2016 76

7.2. Atividades cometidas ao DAG pelos

Estatutos do CEJ

7.2.1. Área de recursos humanos e expediente

▪ Foram executadas todas as tarefas

inerentes ao processamento de

vencimentos, bolsas de formação e

outros abonos dos trabalhadores do CEJ

e auditores de justiça e procedeu-se à

liquidação dos respetivos descontos.

▪ No âmbito do processamento de

vencimentos, foram elaborados,

mensalmente, os ficheiros RIGORE

para envio aos serviços da contabilidade,

unidade orgânica competente para o

pagamento das remunerações.

▪ Procedeu-se, mensalmente, ao

preenchimento e envio dos ficheiros

relativos às entregas de contribuições

para a ADSE, CGA e Segurança Social.

▪ Foi elaborada, mensalmente, e

transmitida por via eletrónica, à

Autoridade Tributária e Aduaneira, a

Declaração Mensal de Remunerações.

▪ Foi feito o envio mensal da relação de

descontos efetuados pelos trabalhadores,

docentes e auditores de justiça às

respetivas entidades.

▪ Foi efetuada a emissão mensal dos

Documentos Únicos de cobrança (DUC)

relativos a penhoras.

▪ Foram mantidos atualizados os

processos individuais dos trabalhadores

e auditores de justiça do CEJ.

▪ Foi efetuado o controlo da pontualidade

e assiduidade dos trabalhadores, bem

como a criação de horários e justificação

de ausências, de acordo com as normas

legais aplicáveis, através do sistema

informático em uso no CEJ.

▪ Foram elaboradas declarações e outros

documentos, designadamente notas

biográficas.

▪ Foi prestada a colaboração solicitada na

tramitação dos procedimentos

concursais.

▪ Foram asseguradas as ações necessárias

em matéria de gestão e administração de

recursos humanos do CEJ.

▪ Foram assegurados os reportes de

informação obrigatórios, em matéria de

recursos humanos, designadamente:

- O registo trimestral e semestral de

Recursos Humanos no Sistema de

Informação da Organização do

Estado (SIOE-RH);

- O envio trimestral, ao IGFEJ, do

mapa de controlo de efetivos, nos

termos do disposto no n.º 3 da

Resolução de Conselho de Ministros

n.º 22/2012, de 9 de março;

- O envio mensal, ao IGFEJ, do mapa

relativo a Rescisões-Requalificações-

Aposentações;

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2015.2016 77

▪ Foram processadas as remunerações e

ajudas de custo aos formadores nos

tribunais, designadamente honorários,

ajudas de custo e transportes e enviados

os respetivos ficheiros para a área da

contabilidade, tendo em vista os registos

em Gerfip e posterior pagamento através

do homebanking.

▪ Foram processadas as despesas com

transportes relativamente aos

formadores da formação contínua e

enviados os respetivos ficheiros para a

área financeira, tendo em vista os

registos em GERFIP e posterior

pagamento através do homebanking.

No que se refere ao expediente apresenta-

se o mapa e gráfico do registo de entradas entre 1

de setembro de 2015 e 31 de agosto de 2016:

7.2.2. Área de Contabilidade

Referem-se também as atividades mais

relevantes, orientadas para a atividade principal do

CEJ, que foram as seguintes:

▪ Foi elaborada e remetida ao Tribunal de

Contas a Conta de Gerência do ano de 2015

▪ Foram elaborados, nos prazos estipulados,

os seguintes reportes periódicos obrigatórios

permanentes, mensais, trimestrais e anuais:

- Compromissos Plurianuais [SCEP] –

informação permanente;

- Fundos disponíveis – informação

mensal;

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2015.2016 78

- Pedido de Libertação de Créditos –

Informação mensal;

- Necessidades relativas a despesas com

o pessoal – Informação mensal;

- Pagamentos em Atraso – Informação

mensal;

- Envio de faturas registadas através do

e-fatura – Informação Mensal;

- Deslocações em Território Nacional e

Estrangeiro – Informação Mensal;

- Previsão Mensal da Execução –

Informação mensal;

- Fluxos financeiros para as Autarquias

Locais (cooperação técnica e

financeira) – Informação trimestral;

- Unidade de Tesouraria – Informação

Trimestral;

- Contrapartidas Financeiras Mensais –

Informação Trimestral;

- Conta Geral do Estado – Informação

Anual;

- Transferência para organizações

internacionais – Informação Anual.

No âmbito da execução do orçamento

foram efetuados:

- 407 Cabimentos,

- 555 Compromisso;

- 472 Autorizações de Despesa;

- 540 Autorizações de Pagamento;

- 59 Alterações Orçamentais.

▪ Foi garantida a legalidade de todas as

despesas.

▪ Foram efetuados diversos pedidos de

abertura de crédito especial

▪ Foi registada no Sistema de Gestão de

Receitas, da Direção-Geral do

Orçamento, liquidada e cobrada toda a

receita própria.

▪ Foram emitidas faturas de todos os

serviços prestados.

▪ Foram enviadas à Unidade de Compras

do Ministério da Justiça, os

levantamentos de necessidades

solicitados, no âmbito dos

procedimentos centralizados, bem como

os relatórios de execução dos respetivos

contratos.

7.2.3. Área Patrimonial e de Contratação Pública

7.2.3.1. Área patrimonial

▪ Foi assegurada a manutenção das

instalações e das viaturas afetas ao CEJ.

▪ Foram registadas todas as entradas e

saídas de material de stock em armazém.

▪ Foram elaborados autos de abate

relativos a equipamentos obsoletos e

sem reparação, para abater ao inventário.

▪ Foram realizados 129 carregamentos de

passes de transporte aos Senhores

Docentes.

▪ Foram efetuados todos os reportes

obrigatórios mensais.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2015.2016 79

▪ Foram providenciadas as autorizações

necessárias à condução dos veículos

afetos ao Centro de Estudos Judiciários

por trabalhadores que não exercem as

funções de motorista;

▪ Foram satisfeitas 204 requisições

internas de material;

▪ Foram produzidas 40 informações.

7.2.3.2. Contratação pública:

▪ Foram remetidas à Secretaria de Estado

da Administração Pública as

comunicações ao abrigo da Portaria n.º

16/2013, de 17 de janeiro, relativas a um

contrato de assistência técnica e à

aquisição de serviços de formação

contínua, cujas ações se realizam

permanentemente.

▪ Foram enviados à Unidade de Compras

do Ministério da Justiça os

levantamentos de necessidades relativos

aos procedimentos centralizados, bem

como os relatórios de execução dos

respetivos contratos.

▪ Foram realizados 4 ajustes diretos e 39

ajustes diretos simplificados.

▪ Foram enviados 1.832 ofícios e emitidas

1.721 faturas.

7.2.4. Apoio Jurídico

As principais atividades do apoio jurídico

são:

▪ Assegurar o apoio jurídico necessário

à tomada de decisão por parte da

direção do Centro de Estudos

Judiciários, mediante a emissão de

estudos, pareceres e informações,

com a profundidade e o rigor

necessários;

▪ Preparar projetos de diplomas legais,

de regulamentos e outros

instrumentos normativos,

elaborando os necessários estudos,

bem como pronunciar-se sobre

projetos de diplomas;

▪ Promover estudos de avaliação e

impacto legislativo relativos à

aplicação de legislação, que não se

inscrevam nas atribuições e

competências de outras unidades

orgânicas do Centro de Estudos

Judiciários;

▪ Contribuir para fixar a interpretação

dos diplomas próprios que regem a

atividade do Centro de Estudos

Judiciários, bem como preparar

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2015.2016 80

normas e instruções destinadas a

assegurar a sua aplicação, sem

prejuízo das competências de outras

unidades orgânicas;

▪ Acompanhar os processos

jurisdicionais e graciosos em que o

Centro de Estudos Judiciários seja

interveniente através da elaboração,

atempada e com a fundamentação e a

qualidade adequadas, de peças

processuais e jurídicas;

▪ Elaborar informações e prestar

esclarecimentos visando assegurar a

correta execução das decisões

judiciais;

▪ Prestar o apoio técnico-jurídico

necessário à prossecução das

atribuições das demais unidades

orgânicas do Centro de Estudos

Judiciários.

O apoio jurídico procedeu ao

desenvolvimento das suas atividades em resposta

às solicitações da direção do Centro de Estudos

Judiciários e às necessidades de desenvolvimento

das competências do Departamento de Apoio

Geral, tendo, no âmbito dos serviços jurídicos e

de contencioso, sido elaboradas 125 informações,

pareceres e projetos de despachos (não incluindo

as informações e pareceres no âmbito dos

concursos de ingresso no 32.º Curso de Formação

de Magistrados para os Tribunais Judiciais e no 4.º

Curso de Formação de Magistrados para os

Tribunais Administrativos e Fiscais e das áreas de

contratação pública e de recursos humanos, bem

como as peças/impulsos do foro jurisdicional),

sendo que o prazo médio de elaboração e a

avaliação qualitativa favorável obtida permite

concluir pela superação do objetivo relacionado e

fixado em sede de SIADAP para o segundo ano

do ciclo avaliativo (coincidente com o período de

referência).

7.2.4.1. Procedimento

Extraordinário e Urgente

de Formação de

Administradores

Judiciais

Continuação da prestação de assessoria

jurídica, com particular incidência no

acompanhamento dos processos jurisdicionais em

que este Centro foi e/ou é interveniente,

destacando-se a integração da comissão

constituída por representantes da Comissão para

o Acompanhamento dos Auxiliares da Justiça e

do Centro de Estudos Judiciários “para proceder

à apreciação das questões suscitadas e de

eventuais irregularidades” no âmbito do

Procedimento Extraordinário e Urgente de

Formação de Administradores Judiciais.

7.2.4.2. Curso de Formação

para a Gestão dos

Tribunais de 1.ª

Instância

Acompanhamento dos trabalhos

preparatórios da segunda edição do curso de

formação específico previsto nos artigos 97.º,

102.º e 107.º da Lei n.º 62/2013, de 26 de agosto,

que estabelece as normas de enquadramento e de

organização do sistema judiciário (LOSJ).

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2015.2016 81

7.2.4.3. Concursos de Ingresso

na Formação Inicial de

Magistrados

Foi prestado apoio jurídico no âmbito do

regime de ingresso nas magistraturas, a formação

de magistrados e a natureza, estrutura e

funcionamento do Centro de Estudos Judiciários,

destacando-se a assessoria prestada durante o

decurso dos concursos, a qual envolveu, além da

emissão de inúmeros pareceres e informações, a

análise dos avisos de abertura dos concursos e

demais expediente, o acompanhamento de todas

as fases dos concursos – realçando que, após a

publicitação das listas provisórias dos candidatos

admitidos e não admitidos, foram analisadas

inúmeras reclamações –, bem como a elaboração

de despachos e atas; e, posteriormente, o apoio

jurídico em sede de impugnações administrativas

apresentadas pelos candidatos aptos mas não

habilitados e excluídos.

7.2.4.4. Processos jurisdicionais

Desenvolveu-se a intervenção (expressa

num total de 58 peças/impulsos processuais) do

Centro de Estudos Judiciários em 18 processos da

jurisdição administrativa (15 ações administrativas

especiais, 2 providências cautelares e 1 ação de

execução para pagamento de quantia certa) – 7

dos quais em fase de recurso –, dos quais 5 se

encontram findos, tendo sido superado o prazo

médio fixado para elaboração das peças

processuais nos processos urgentes e não

urgentes.

No âmbito do tratamento dos processos

em que o Centro de Estudos Judiciários é parte, e

ainda pendentes na Secretaria-Geral do Ministério

da Justiça, foi prestada a colaboração necessária e

foram desenvolvidas várias diligências em

articulação com aquela Secretaria.

7.2.4.5. Mediação e resolução

extrajudicial de conflitos

Operou-se a mediação e a resolução de

conflitos em 3 processos.

7.2.4.6. Produção legislativa

No âmbito da preparação de projetos de

diplomas legais, de regulamentos e outros

instrumentos normativos, desenvolveram-se os

seguintes projetos:

▪ Alteração da Portaria n.º 222/2009, de

26 de fevereiro, que adapta o Subsistema

de Avaliação do Desempenho dos

Dirigentes da Administração Pública

(SIADAP 2) aos dirigentes intermédios

do Centro de Estudos Judiciários e o

Subsistema de Avaliação do

Desempenho dos Trabalhadores da

Administração Pública (SIADAP 3) aos

trabalhadores que prestem serviço no

Centro de Estudos Judiciários;

▪ Regulamento de Formação Específica a

que se refere o artigo 15.º do

Regulamento do Concurso de

Recrutamento e Seleção de Juízes de Paz

aprovado pela Portaria n.º 253/2014, de

2 de dezembro;

▪ Regulamento do Curso de Formação

Específico previsto nos artigos 97.º,

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2015.2016 82

102.º e 107.º da Lei n.º 62/2013, de 26

de agosto, que estabelece as normas de

enquadramento e de organização do

sistema judiciário;

▪ Regulamento do Curso de Formação

Específico previsto no n.º 5 do artigo 9.º

e nos n.ºs 4 e 5 do artigo 43.º do

Estatuto dos Tribunais Administrativos

e Fiscais;

▪ Adaptação do Regulamento Interno de

Funcionamento, Atendimento e Horário

de Trabalho do Centro de Estudos

Judiciários à Lei n.º 18/2016, de 20 de

junho.

7.2.4.7. Protocolos

Foi prestado apoio jurídico no âmbito da

elaboração e celebração dos seguintes protocolos:

▪ Protocolo entre o Centro de Estudos

Judiciários e a Direção-Geral da

Administração da Justiça;

▪ Protocolo entre o Centro de Estudos

Judiciários e a Inspeção-Geral das

Atividades em Saúde.

7.2.4.8. Outros assuntos

▪ Acesso aos Documentos

Administrativos.

7.2.4.9. Contratação Pública

No período em referência, foi prestada

assessoria jurídica no âmbito do desenvolvimento

das competências do Departamento de Apoio

Geral em matéria de contratação pública, tendo

sido solicitado apoio, designadamente através da

elaboração e análise de peças procedimentais, no

âmbito do procedimento de formação de contrato

de fornecimento e montagem de mobiliário e do

procedimento de formação de contrato de

aluguer, em regime de outsourcing, de equipamentos

de cópia e impressão, bem como no âmbito do

contrato de atualização de software, assistência

técnica e manutenção do sistema de gestão de

bibliotecas, do contrato de assistência técnica e

manutenção do sistema de registo do número de

horas prestadas pelos trabalhadores do Centro de

Estudos Judiciários e do contrato de manutenção

simples do elevador do Centro de Estudos

Judiciários (num total de 11 intervenções).

7.2.4.10. Recursos humanos

Informações e pareceres

No período em referência, foi prestada

assessoria jurídica no âmbito do desenvolvimento

das competências do Departamento de Apoio

Geral em matéria de recursos humanos, através da

emissão de informações, pareceres e projetos de

despacho (num total de 42), em todos os

processos e estudos em que essa assessoria foi

solicitada. Destacando-se o trabalho desenvolvido

no âmbito dos regimes jurídicos contidos na Lei

n.º 35/2014, de 20 de junho, que aprova a Lei

Geral do Trabalho em Funções Públicas (através

de instrumentos de trabalho anotados e

comentados, tendo em vista a sua utilização pelos

serviços competentes) e na Lei n.º 66-B/2007, de

28 de dezembro, que aprovou o sistema integrado

de gestão e avaliação de desempenho da

Administração Pública (SIADAP).

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2015.2016 83

Recrutamento e seleção

Foram assegurados os trabalhos inerentes

aos seguintes procedimentos de recrutamento de

trabalhadores, incluindo a integração dos júris

designados, e aos procedimentos a observar na

avaliação do período experimental, incluindo a

integração dos respetivos júris:

a) Concurso

Concurso interno para preenchimento

de posto de trabalho na categoria de

especialista de informática da carreira

(não revista) de especialista de

informática aberto pelo Aviso n.º

4236/2016, de 29 de março de 2016;

b) Mobilidade

Procedimento de mobilidade na

categoria de posto de trabalho de

assistente operacional;

c) Procedimento concursal

Procedimento concursal comum para

preenchimento de um posto de

trabalho de técnico superior

(elaboração de aviso);

Foi, ainda, prestado apoio jurídico e

administrativo nos seguintes procedimentos:

▪ Procedimento concursal com vista ao

provimento do cargo de chefe da

Divisão de Informática e Multimédia

aberto pelo Aviso (extrato) n.º

6765/2015, de 17 de junho.

▪ Procedimento de seleção para

recrutamento de docentes aberto pelo

Aviso n.º 6137/2016, de 13 de maio;

7.2.4.11. Regulamentação

interna

Procedeu-se à revisão do Manual de

Acolhimento do Centro de Estudos Judiciários e

do Guia de Procedimentos a Observar na

Avaliação do Período Experimental.

7.2.4.12. Outras atividades

Plano de Gestão de Riscos e Infrações

Conexas

Encetaram-se os trabalhos tendentes à

reformulação do Plano de Gestão de Riscos de

Corrupção e Infrações Conexas do Centro de

Estudos Judiciários de modo a não só ajustá-lo à

realidade (estrutura orgânica, legislação e novas

recomendações do Conselho de Prevenção da

Corrupção, designadamente a Recomendação do

Conselho de Prevenção da Corrupção de 1 de

julho de 2015), mas também proceder à sua

articulação com outros instrumentos de gestão do

Centro de Estudos Judiciários, reforçando a

eficácia operacional dos mecanismos existentes e

introduzirem-se outros que ajudem a prevenir ou

mitigar os riscos de gestão associados à corrupção

e infrações conexas.

Os trabalhos tiveram início com a

conclusão e a aprovação do Código de Ética e

Conduta e com a apresentação de enquadramento

e desenvolvimento do projeto, seguida da

identificação dos riscos e das medidas de

prevenção, terminando com a apresentação do

Plano de Gestão de Riscos e Infrações Conexas

do Centro de Estudos Judiciários totalmente

revisto.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2015.2016 84

Adaptação dos procedimentos do Centro de

Estudos Judiciários ao novo Código do

Procedimento Administrativo e ao princípio

Only-Once

Destaca-se o apoio jurídico prestado no

âmbito da adaptação dos procedimentos

administrativos do Centro de Estudos Judiciários

ao Novo Código do Procedimento

Administrativo, designadamente através da

realização de uma ação de formação interna e do

desenvolvimento de instrumento anotado

«Código do Procedimento Administrativo», tendo

em vista a sua utilização pelos serviços, bem

como a continuação dos trabalhos conducentes à

designada “desmaterialização” do procedimento

administrativo, e aos imperativos emergentes do

disposto no artigo 28.º-A do Decreto-Lei n.º

135/99, de 22 de abril, aditado pelo Decreto-Lei

n.º 73/2014, de 13 de maio (recurso a

mecanismos de interoperabilidade entre serviços e

organismos da Administração Pública para

desonerar o cidadão da necessidade de instruir

pedidos ou enviar documentos já na posse ou

conhecimento de outros serviços e organismos da

Administração Pública).

Secretariado

Designação para o exercício das funções

de secretariado:

▪ Reuniões – Curso de formação

específico previsto nos artigos 97.º, 102.º

e 107.º da Lei n.º 62/2013, de 26 de

agosto, que estabelece as normas de

enquadramento e de organização do

sistema judiciário;

▪ Reuniões – Presidentes dos Júris de

Seleção das provas orais e das provas de

avaliação curricular, dos concursos de

ingresso no 32.º Curso de Formação de

Magistrados para os Tribunais Judiciais e

no 4.º Curso de Formação de

Magistrados para os Tribunais

Administrativos e Fiscais.

Informação legal, Internet e Intranet

a) Informação legal

Procedeu-se à divulgação, junto das

unidades orgânicas/trabalhadores

competentes, das novidades legislativas

e jurisprudenciais, com direta

influência no desenvolvimento da

atividade do Centro de Estudos

Judiciários, designadamente em

matéria de Administração Pública,

Contratos Públicos, Direito

Administrativo, Recursos Humanos e

Tribunais Administrativos e Fiscais.

b) Internet

Promoveu-se a atualização das áreas

«Legislação» e «Documentos de

Publicitação Legal».

c) Intranet

Promoveu-se a revisão do menu de

temas e procedeu-se à atualização das

áreas «Informações», «Legislação» e

«Regulamentos», disponibilizando-se,

designadamente, versões atualizadas de

diplomas legais com relevância no

desenvolvimento da atividade do

Centro de Estudos Judiciários.

Contactos institucionais e ofícios

No tratamento dos assuntos submetidos a

apoio jurídico foram estabelecidos contactos

institucionais com diversas entidades e elaborados

50 ofícios.

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Relatório de Atividades 2015.2016 85

7.3. Ações de formação

No período de referência foram

frequentadas as seguintes ações de formação:

▪ Código do Procedimento

Administrativo;

▪ Contratos públicos, em particular, o

equilíbrio contratual; a modificação do

contrato por alteração das circunstâncias;

a responsabilidade contratual num

contexto de modificações de contrato; a

relevância da boa-fé e da confiança nas

relações contratuais;

▪ Curso de Pós-Graduação em

Contencioso Administrativo e em

Direito e Contencioso Tributário

(módulo de Contencioso

Administrativo);

▪ Curso sobre a revisão do CPTA e do

ETAF;

▪ Jornadas do Código do Procedimento

Administrativo;

▪ Nova Lei Geral do Trabalho em

Funções Públicas – Lei n.º 35/2014, de

20 de junho;

▪ Planos de Prevenção da Corrupção no

Ministério da Justiça;

▪ Proteção de direitos de personalidade

dos sujeitos da relação laboral (com

produção de relatório);

▪ O regime jurídico dos acidentes de

trabalho e das doenças profissionais no

âmbito da Administração Pública;

▪ A revisão do Código de Processo nos

Tribunais Administrativos;

▪ Temas de Direito Administrativo;

▪ Temas de Direito do Trabalho e de

Processo do Trabalho.

7.4. Outras atividades

No ano de atividades 2015/2016 foram,

ainda, desenvolvidas outras atividades das quais se

destacam:

▪ Resposta a vários Questionários e

Inquéritos, nomeadamente de satisfação

de entidades públicas e privadas

designadamente da Secretaria-Geral do

Ministério da Justiça e empresas

prestadoras de serviços ao CEJ;

▪ Reporte trimestral e anual das ações e

valores despendidos em publicidade

institucional, na Plataforma eletrónica

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2015.2016 86

sobe Publicidade Institucional do

Estado;

▪ Foram elaboradas inúmeras propostas,

informações e pareceres, sobre assuntos

transversais a todas as unidades

orgânicas, tendo em vista decisão

superior;

▪ Foram elaborados e remetidos, a

diferentes entidades, inúmeros ofícios

relativos a todas as áreas funcionais do

CEJ;

▪ Foi elaborado e enviado à Secretaria -

Geral do Ministério da Justiça o Balanço

Social Consolidado, com base no

Balanço Social oportunamente remetido

pelo GAEJ;

▪ Foi preparada informação diversa, sobre

execução orçamental, recursos humanos

e compras públicas e remetida às

diferentes entidades, designadamente o

Instituto de Gestão Financeira e

Equipamentos da Justiça, a Direção-

Geral do Orçamento, a Secretaria - Geral

do MJ e a Direção-Geral do Emprego e

da Administração Pública;

▪ Foram secretariadas todas as reuniões

dos Conselhos Geral e Pedagógico e

elaboradas as respetivas atas.

7.5. Divisão de Informática e Multimédia

A Divisão de Informática e Multimédia

(DIM) era constituída no período em análise por

cinco elementos, o chefe de divisão e quatro

elementos da área de informática e multimédia.

De acordo com as competências definidas

para a Divisão, foram desenvolvidas e

implementadas, ao longo do ano de atividade,

tarefas para assegurar a operacionalidade dos

sistemas informáticos, de multimédia e de

telecomunicações e a sua adequação às

necessidades do CEJ.

Dispomos de um serviço interno de apoio

a utilizadores (helpdesk) que no período em

apresso recebeu 930 pedidos, solicitados pelas

várias unidades orgânicas, que incluem

intervenções nas áreas de software, hardware, rede,

e-learning e audiovisuais.

7.5.1. Informática

Ao longo do período em análise salientam-

se diversas tarefas realizadas pela DIM na área do

hardware e software, nomeadamente:

▪ Avaliação do equipamento e infra-

-estrutura informática e multimédia

existentes no CEJ;

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2015.2016 87

▪ Acompanhamento e resolução de

casos pontuais na rede informática;

▪ Migração da plataforma de e-learning

Moodle, da versão 1.9 para a versão

3.0, respetiva formação para

administradores e formadores Moodle;

▪ Manutenção e atualização de bases de

dados e aplicações de desenvolvimento

interno;

▪ Migração do sítio de internet do CEJ,

do servidor físico onde estava

instalado, para servidor virtual

disponibilizado pelo IGFEJ;

▪ Suporte, administração e backup das

aplicações em funcionamento no CEJ,

em particular da aplicação em

funcionamento na biblioteca,

Bibliosoft e da aplicação de controlo

de assiduidade, PI;

▪ Migração para a nova versão do software

Bibliosoft, Sistema integrado de gestão

de dados bibliográficos, em

funcionamento na biblioteca e

instalação do seu interface web;

▪ Manutenção da intranet e atualização

dos conteúdos da responsabilidade da

DIM;

▪ Manutenção e atualização do sítio de

internet, resultando numa frequente

disponibilização na internet de toda a

informação relativa às atividades das

unidades orgânicas do CEJ;

▪ Construção de base de dados e

aplicação que permitiu a gestão interna

do curso para Juízes de Paz;

▪ Apoio no concurso de ingresso para o

32.º curso de formação de Magistrados

para os Tribunais Judiciais e do 4.º

curso de formação Magistrados para os

Tribunais Administrativos e Fiscais;

▪ Aquisição de equipamento de

videoconferência e acessórios;

▪ Aquisição de oito computadores de

secretária e sete portáteis que

permitiram o refrescamento do

equipamento existente.

Globalmente em 2015/2016 o sítio de

internet teve um total de 362 286 sessões. A

percentagem referente a novos visitantes é de

29,38%. Segundo os indicadores de

disponibilidade do sítio de internet, as durações

médias das sessões realizadas, tendo em

consideração o país de origem, são as

apresentadas no gráfico seguinte:

5,11 4,88

4,56 4,66 4,15

4,58 4,66 4,17

5,73 Duração média de sessão por País

Portugal Espanha Inglaterra Bélgica Alemanha Angola Moçambique Brasil Macau

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Relatório de Atividades 2015.2016 88

7.5.2. Multimédia

Nesta área a DIM continuou a prestar

serviço regular de apoio às sessões da formação

inicial e ações da formação contínua, bem como o

acompanhamento e apoio a outros eventos

promovidos pelo CEJ. Destacam-se a realização

de algumas tarefas essenciais:

▪ Filmagem, edição e pós-produção em

formato digital de várias ações do plano

de formação contínua, nas suas várias

tipologias: conferências, seminários,

colóquios, workshops, cursos de

especialização e cursos on-line, e sua

disponibilização no sítio de e-learning

(consultar gráfico “Vídeos produzidos

por mês);

▪ Com a colaboração da DIM foram

realizadas 47 ações de formação a

distância, emitidas por videoconferência

ou através da Justiça TV, o que

representou um aumento de 50%

relativamente ao período anterior;

▪ Apoio na produção de e-books e

CD/DVD de suporte às ações de

formação para as áreas Civil, Família,

Trabalho, Penal, Administrativo e Fiscal

e outras;

▪ Serviço regular de apoio audiovisual às

aulas da formação inicial e formação

contínua, bem como o

acompanhamento e apoio a outros

eventos promovidos pelo CEJ, de

acordo com protocolos institucionais,

através da disponibilização de

videoprojectores e equipamentos de

audiovisual;

▪ Participação na produção de publicações

físicas do CEJ (Revista e Prontuário);

▪ Elaboração de documentos específicos

(avaliação, cálculo, formulários) em

diversas aplicações (Acrobat, Excel e

Google Docs) para apoio a formação

presencial e a distância;

▪ Criação na plataforma de e-learning de

diversos cursos correspondentes às

ações de formação do plano de

formação contínua do ano 2015/2016;

▪ Criação na plataforma de e-learning das

áreas para apoio à formação do 31º

curso de formação de Magistrados para

os Tribunais Judiciais e 3º curso de

formação de Magistrados para os

Tribunais Administrativos e Fiscais;

▪ Aquisição de uma misturadora de vídeo

e áudio que nos permitiu melhorar a

qualidade das formações transmitidas

por videotransmissão, sem afetar a

captura de imagem que realizamos, para

posteriormente editar e disponibilizar na

plataforma Educast.

Nos gráficos seguintes pudemos consultar:

▪ O número de acessos mensal à

plataforma de e-learning, por

utilizadores não autenticados na

plataforma (visitantes). Dada a

migração da plataforma Moodle

para a versão 3.0, apenas se

apresentam valores referentes aos

acessos no período compreendido

entre fevereiro e agosto de 2016.

▪ O número de vídeos produzidos,

mensalmente. No total, aumentou

ligeiramente relativamente ao ano

anterior, tendo sido produzidos

neste período 1090 vídeos.

Centro de Estudos Judiciários

Relatório de Atividades 2015.2016 89

131765

882121 936456 913980 933540

857883 907190

01-fev-16 01-mar-16 01-abr-16 01-mai-16 01-jun-16 01-jul-16 01-ago-16

Número de acessos por utilizadores externos na plataforma e- learning

110

32 49

134

104 117

70

135

103

191

32 13

set-15 out-15 nov-15 dez-15 jan-16 fev-16 mar-16 abr-16 mai-16 jun-16 jul-16 ago-16

Vídeos produzidos por mês