Upload
truongminh
View
217
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
4
1. Mensagem da Direção
O ano de 2016 representou para a ATC um ano de grande exigência e de grande
complexidade, alicerçada num conjunto de responsabilidades e compromissos
financeiros, que pela sua envergadura exigem um esforço muito significativo. No
entanto, pese embora as limitações e dificuldades que estes desafios nos colocam,
mantivemos uma dinâmica de consolidação das atividades e ações em curso, bem como
procuramos introduzir novas atividades, num esforço de resposta às necessidades
identificadas na comunidade.
O grau de concretização das atividades planeadas foi elevado, conjugada com elevados
graus de satisfação das pessoas que partilham com a ATC uma parte significativa das
suas vidas e das suas preocupações na educação dos mais novos, no apoio aos mais
idosos, na realização de atividades culturais, desportivas e formativas.
No domínio financeiro mantemos uma atenção e preocupação focada no cumprimento
das responsabilidades assumidas anteriormente, só possível com um esforço de rigor,
de controlo e de busca de novas soluções e de novos apoios.
Pensamos que,, globalmente, o ano de 2016 foi um ano positivo, pese embora todos os
constrangimentos referidos anteriormente.
O ano de 2016 ficou, ainda, marcado pela realização do ato eleitoral para o órgãos
sociais da ATC, a 12 dezembro de 2016, apontando uma nova dinâmica da vida da
instituição, uma nova perspetiva de intervenção na comunidade e com a comunidade,
centrada na preocupação e na satisfação das pessoas.
É na manutenção dos princípios orientadores da ATC que concretizamos 2016 e que
perspetivamos um mandato para os próximos quatro anos.
Joane, março de 2017
A Presidente da ATC
Ivânia Machado Fernandes
6
1. ATC - Introdução
O ano de 2016 constituiu-se como mais uma etapa no processo de consolidação da ATC,
enquanto instituição particular de solidariedade social, com uma intervenção significativa na
promoção e desenvolvimento da comunidade local, assumindo-se como interventora num
processo de grande complexidade económica, social e cultural do contexto mais restrito e
mais alargado, embora com muitas influências na vida da instituição.
O ano de 2016 contou, mais uma vez, ao longo das últimas quatro décadas com uma
instituição atenta, com uma postura positiva e inovadora, na busca de respostas e soluções
para novos desafios e para novos problemas. Um trabalho suportado na capacidade e
empenho dos dirigentes, dos colaboradores e dos voluntários, numa atitude de grande
abertura e de trabalho com todas as partes interessada, enquadrados numa rede sólida de
atores e interventores sociais. A ATC assume como foco principal as pessoas e a satisfação das
suas necessidades, procurando encontrar competências distintivas e respostas integradas,
num processo de envolvimento e participação de todos de uma forma ativa, positiva e focada
em objetivos muito concretos. Esta intervenção multidimensional e multifacetada só é
possível tendo por base o enquadramento regulamentar e estatutária da ATC, enquanto IPSS.
Mantendo, reforçando e assumindo:
a) Apoio à infância e juventude, incluindo as crianças e jovens em perigo;
b) Apoio à família;
c) Apoio às pessoas idosas;
d) Apoio aos jovens, no sentido da sua integração social e educação cívica;
e) Apoio às pessoas com deficiência e incapacidade;
f) Apoio à integração social e comunitária;
g) Prevenção, promoção e proteção da saúde, nomeadamente através da prestação de
cuidados de medicina preventiva, curativa e de reabilitação e assistência medicamentosa;
h) Educação e formação profissional dos cidadãos.
A ATC pode, ainda, sem prejuízo dos seus fins principais, desenvolver:
a) Atividades específicas de economia social que possam reforçar a sua sustentabilidade,
nomeadamente através da criação de empresas sociais, cooperativas e outras organizações
afins;
b) Atividades nas áreas da cultura, desporto, educação e saúde;
c) Atividades de empreendedorismo;
d) Atividades de inovação social.
A sua concretização assenta numa dinâmica de gestão e de governança orientado segundo o
seguinte organigrama:
7
Diretor do ColégioDiretor do ColégioDiretor da Cultura e
Desporto
Diretor da Cultura e
Desporto
Diretor da Residência
ATC
Diretor da Residência
ATC Diretor do CAT e LIJDiretor do CAT e LIJ
Coordenador do
Centro de Estudos
Coordenador do
Centro de EstudosCrecheCreche FIT CLUB ATCFIT CLUB ATC
CATLCATL
Centro de EstudosCentro de Estudos
Coordenador da
Residência ATC
Coordenador da
Residência ATC
Centro de
Acolhimento
Temporário
Centro de
Acolhimento
Temporário
Jardim-de-InfânciaJardim-de-InfânciaAcademia de
Basquetebol
Academia de
Basquetebol
Coordenador da
USDD
Coordenador da
USDD
USDDUSDD
DireçãoDireção
Diretor-GeralDiretor-Geral
Coordenador dos
Serviços Gerais
Coordenador dos
Serviços Gerais
Mesa da Assembleia-
geral
Mesa da Assembleia-
geralConselho FiscalConselho Fiscal
Serviços
Administrativos
e Financeiros
Serviços
Administrativos
e Financeiros
Conselho Superior Conselho Superior Centro de FormaçãoCentro de Formação
Projetos e Desenvolvimento
Projetos e Desenvolvimento
Compras e
Fornecedores
Compras e
Fornecedores
CozinhaCozinha
Transportes e
Segurança
Transportes e
Segurança
Eventos
Desportivos
Eventos
Desportivos
Património Manutenção Património
Manutenção
Centro de DiaCentro de Dia
Centro de Atividades
Ocupacionais
Centro de Atividades
Ocupacionais
Serviço de Apoio
Domiciliário
Serviço de Apoio
DomiciliárioLar de Infância e
Juventude
Lar de Infância e
Juventude
Procuramos, neste modelo organizacional, um processo de tomada de decisão ágil e eficaz,
traduzindo-se numa intervenção próxima e de acordo com as “urgências” das pessoas e de
todas as partes interessadas. Uma tomada de decisão participada, imprimindo o envolvimento
e intervenção de todas as partes interessadas, com especial atenção ás partes interessadas
relevantes. Um modelo capaz de facilitar uma dinâmica moderna, inovadora e transparente
na relação das pessoas e com as pessoas, evitando e reduzindo o distanciamento entre todos
os envolvidos.
2. Orientações Estratégicas ATC 2015-2020
A definição de um conjunto de orientações estratégicas em 2015 e que se mantiveram atuais
em 2016 e pensamos que muito pertinentes para um período de 5 anos, embora estejamos
desde já, a avançar possíveis cenários
Assumindo que a ATC define a sua visão como:
“Alcançar a excelência organizacional, suportada numa intervenção pluridisciplinar e em
competências distintivas, baseada na cultura, educação, desporto, saúde e solidariedade
social, respondendo de forma integrada e completa às pessoas, numa lógica de criação de
valor para todas as partes interessadas”.
Com esta base de trabalho para os próximos anos, a ATC garante as orientações necessárias
para o cumprimento da sua missão que se traduz da seguinte forma:
8
“Promover o desenvolvimento da comunidade, articulando diferentes áreas de atuação,
numa lógica de promoção integral da população, através da cultura, saúde, ambiente,
desporto, educação e solidariedade social.”
Muito embora possamos adotar uma linguagem com fortes preocupações de sustentabilidade
financeira e orientada para a racionalização dos escassos recursos disponíveis, a ATC assume
como forte preocupação nos seus objetivos estatutários e regulamentares a primazia da
pessoa na sua individualidade e na sua peculiaridade, suportado em mecanismos de
solidariedade e subsidiariedade junto dos mais carenciados, tendo como base os seguintes
valores:
Respeito – Pela individualidade e pelas especificidades de cada pessoa envolvida.
Organização – De acordo com a legislação em vigor, favorecendo o desenvolvimento de
serviços e respostas de qualidade.
Solidariedade – Para com os que mais precisam, no combate aos fenómenos de pobreza e de
todo o tipo de exclusão social.
Trabalho – Para prestar um serviço de qualidade, orientado para as pessoas e para as suas
necessidades.
Orgulho – De fazer parte desta equipa e desta instituição.
...o nosso ROSTO
3. Perspetivas de Valor
Pe
rsp
eti
va d
as P
ess
oa
s
1. Participação, envolvimento e satisfação 1.1. Um acompanhamento mais próximo aos colaboradores da ATC; 1.2. Aumentar os níveis de envolvimento e participação nos diferentes processos organizacionais; 1.3. Implementar uma metodologia de gestão das pessoas por competências que possa ser transversal – recrutamento e seleção, definição de funções, avaliação de desempenho, formação e qualificação, reconhecimento e progressão na carreira; 1.4. Acompanhar o processo de envelhecimento dos colaboradores, garantindo uma transição e substituição serena; 1.5. Desenvolver programas de acompanhamento do colaborador Cuidar o Educador/Cuidador. 1.6. Aumentar os níveis de formação e qualificação, através do centro de Formação ATC e criar as condições para a obtenção de novas qualificações no exterior; 1.7. Ponderar de forma permanente o quadro do pessoal, face às novas exigências legais e organizacionais; 1.8. Formar e qualificar os colaboradores da Casa de Giestais para a intervenção nos novos problemas sociais e de saúde (demências); 1.9. Estabelecer parcerias com Universidades no contexto da Educação e Geriatria/gerontologia promovendo projetos de desenvolvimento de novas metodologias de intervenção; 1.10. Aumentar os níveis de satisfação de clientes, partes interessadas e colaboradores;
9
Pe
rsp
eti
va d
os
Pro
cess
os
Inte
rno
s
2. Integração e complementaridade: 2.1. Estimular e garantir uma maior integração dos diferentes serviços e respostas; 2.2. Exercer um maior controlo e acompanhamento na execução e prestação de serviços; 2.3. Reforçar os mecanismos de focalização nos clientes, colaboradores e partes interessadas e nas suas necessidades e expetativas; 2.4. Aumentar os níveis de participação dos clientes nos processos de planeamento e concretização das ações; 2.5. Elevar os níveis de participação de todos os colaboradores nos diferentes processos de trabalho e de decisão; 2.6. Reforçar os momentos de análise e reflexão em torno do funcionamento da ATC; 2.7. Assumir a melhoria contínua como motor do desenvolvimento organizacional; 2.8. Melhorar o desempenho do Sistema de Gestão da Qualidade; 2.9. Reforçar o papel das auditorias internas e externas na avaliação do desempenho da ATC; 2.10. Refletir em torno da qualidade e pertinência dos objetivos e indicadores de gestão.
Pe
rsp
eti
va d
a Fo
rmaç
ão e
Qu
alif
icaç
ão
3. Formação e Comunicação 3.1. Reforço do papel do centro de Formação da ATC na formação e qualificação dos recursos humanos; 3.2. Valorizar a formação em contexto de trabalho; 3.3. Fomentar e estimular a participação em ações de formação externas e a formação académica de diferentes níveis; 3.4. Valorizar, melhorar e reativar os mecanismos de avaliação de desempenho; 3.5. Melhorar os mecanismos de comunicação interna; 3.6. Elevar os níveis de participação dos recursos humanos da ATC nos processos de tomada de decisão; 3.7. Recorrer às TIC como instrumento privilegiado de comunicação interna e externa;
Pe
rsp
eti
va F
inan
ceir
a
4. Sustentabilidade Organizacional 4.1. Reduzir o valor em dívida aos fornecedores, aumentando a capacidade de negociação; 4.2. Reduzir ao mínimo e de forma gradual os custos com financiamento, considerando os gastos e perdas de financiamento. 4.3. Racionalizar os custos das atividades e projetos, de acordo com os benefícios financeiros e sociais decorrentes das mesmas; 4.4. Aumentar a capacidade de gerar novas receitas através de novos projetos; 4.5. Reforçar a proximidade com a Segurança Social, procurando alargamento dos acordos de cooperação, face à frequência atual; Sustentabilidade ambiental; 4.6. Reforçar a capacidade de concorrer a projetos nacionais e comunitários no quadro do programa 2020; 4.7. Instalar painéis solares e fotovoltaicos no Ginásio; 4.8. Substituir de forma gradual as lâmpadas por lâmpadas LED, reduzindo o consumo e os custos; 4.9. Desenvolver projetos de educação ambiental para as crianças, jovens e idosos;
A ATC centra a sua atuação nas pessoas, orientando a sua ação para a satisfação das suas
necessidades. É na conjugação das orientações e princípios estratégicos que olhamos as
pessoas de uma forma inteira e completa, assumindo uma intervenção integrada e
multidimensional, capaz de se traduzir em serviços diferenciados e em relações positivas e
promotoras do bem-estar individual, de crescimento e de aprendizagem. A consolidação desta
perspetiva passa pela capacidade de adotar as melhores práticas de trabalho, de organização
e de intervenção. O reforço das competências dos colaboradores da ATC, através da formação
e qualificação dos recursos humanos, suportada num reforço das medidas de consolidação
financeira e orçamental, com vista à sustentabilidade da ATC. A conjugação destas quatro
perspetivas permite em primeiro lugar garantir o cumprimento das orientações estatutárias
da ATC e simultaneamente potenciar um crescimento sustentável e sólido das diferentes
respostas e serviços.
12
4. Cultura - Introdução
Apesar de estar prevista a mudança em 2016, este foi um ano de fim de ciclo. Um ano atípico
no que diz respeito à criação, em que pouco se fez de visível, mas em que se deu uma
reaproximação do teatro não profissional à dinâmica da ATC. Podemos afirmar que 2016 foi
de facto um fim de ciclo para a cultura na ATC. Para o fim desse ciclo contribuiu uma energia
própria de fim de mandato da direção mas também uma falta de foco, de orientação, de quem
faz a cultura nesta organização. Mais um ano houve dispersão de energias o que resultou em
alguma inércia e inoperância no que respeita a novas criações ou novas iniciativas.
Contudo, toda a rotina cultural foi assegurada e todo o suporte que a cultura fornece a outras
áreas da ATC foi assegurado com sucesso.
As atividades previstas para 2016 foram
asseguradas, adaptadas ou abandonadas fazendo
assim face às necessidades verificadas e às
condições económicas/politicas observadas.
No ano de 2016 a ATC colaborou ainda com vários
parceiros. Continuam a ser parceiros a Rusga de
Joane, Teatro da Didascalia e ainda a ASTAC -
Astronauta Associação Cultural, associação que
está ligada de forma umbilical à ATC e em que fica provada a capacidade de formação de
novos agentes culturais que a ATC tem e sempre teve. A parceria com a Astronauta resultou
em varias colaborações ao longo do ano, nomeadamente numa apresentação a 18 de
Novembro no CCJJ do espetáculo “PREC no prato” e na apresentação deste mesmo
espetáculo em Figueira de Castelo Rodrigo em que a ATC foi co-produtora.
4.1. Curso de Teatro
Durante o ano de 2016 finalizou-se um curso de teatro (inicial) e iniciou-se um curso de nível
2. É um avanço significativo conseguir no mesmo ano ter dois cursos de teatro, já que nos
últimos anos os cursos não têm ocorrido por falta de inscritos.
No curso inicial, pudemos observar ainda uma apresentação pública com sala cheia.
Do curso de teatro nível 2 poderemos assistir em Abril de 2017 à primeira apresentação.
4.2. Comemoração dos 20 anos do CCJJ
Em dezembro de 2016 o Centro Cultural da Juventude de Joane, o
nosso auditório fez 20 anos. Por esta ocasião levou-se a cena uma
criação com encenação de Custódio Oliveira que deu pelo nome de
“Cenas de vinte” fazendo uma viagem dramatúrgica por varias
criações da ATC, não apenas nos últimos vinte anos mas desde a sua
origem. Foram abordados autores e espetáculos que marcaram a
realidade do teatro na ATC, dos próprios atores que estiveram em
cena e ainda de muitos dos que estiveram na plateia.
16
5. Desporto - Introdução
Nos 40 anos de vida da nossa instituição, o desporto tem tido um lugar de destaque junto da
comunidade e 2016 não foi diferente, mais um ano de intensa atividade desportiva
desenvolvida pela ATC. Quer sejam as atividades regulares, o FIT CLUB ATC e a Academia de
Basquetebol ou as diversas atividades pontuais por nós organizadas, como o Famalicão Joane,
o Corta Mato de Natal, a Corrida e Caminhada do Dia da Mãe, ou ainda os diversos Torneios
de Basquetebol, a ATC promove a prática desportiva de forma ímpar e reconhecida. Desta
forma, face aos objetivos que nos propusemos realizar no plano de atividades do ano anterior,
pelo que realizamos e, sobretudo, pela adesão e satisfação das pessoas que participaram e
participam nas nossas atividades, não temos qualquer dúvida em afirmar que a dinâmica da
área desportiva da instituição não só se manteve como se reforçou em 2016. Entre outras
atividades realizadas, destacamos em particular, e como não poderia deixar de ser, pois é sem
dúvida a que movimenta mais gente, o XVII FAMALICÃO JOANE, XIV VERMOIM JOANE, IX BIKE
TOUR E II REQUIÃO JOANE. No que diz respeito ao Famalicão Joane, mantivemos o modelo de
2015 e reforçamos a prova com partida em Requião, II Requião Joane, e a do Famalicão Joane
dos Pequeninos em simultâneo com a prova principal. Mantivemos ainda na prova principal,
o Famalicão Joane, a inclusão de vários escalões o que, e em consonância com o ocorrido em
2015 nos permitiu manter o número de inscritos na casa dos milhares, assim por dois anos
consecutivos, 2015 e 2016, tivemos mais de 1000 inscritos na prova dos 12 Km Famalicão
Joane. Destacamos também a continuidade do trabalho desenvolvido durante o ano passado
pela Academia de Basquetebol da ATC. Não só pelos resultados obtidos com o apuramento
da maioria das equipas para as fases finais distritais, mas sobretudo pelo fomento da
modalidade junto das crianças e jovens do 1.º ciclo realizado através dos protocolos de
desenvolvimento desportivo estabelecidos com as escolas da região e associações de pais.
Este trabalho nas escolas tem permitido à Academia de Basquetebol da ATC a inscrição de
mais de 140 atletas na Federação Portuguesa de Basquetebol, atingindo assim as metas
propostas. Tal como é essencial à prática desportiva, tudo isto exigiu esforço, dedicação,
vontade, e muitos sacrifícios… o que é, genuinamente, a essência da ATC.
17
5.1. Resultados de 2016
Conforme o gráfico da “execução das atividades em 2016”, apenas uma das atividades
previstas não foi realizada o que, no contexto geral, acaba por ser insignificante. Registe-se
que, para além das atividades
previstas e realizadas, foram
ainda organizadas três
atividades não previstas no
plano para 2016. Desta
forma, em média, em 2016
foram realizadas por mês
cerca de 1,3
atividades/eventos o que,
contando com as atividades
regulares desenvolvidas no
âmbito do Fit Club e da Academia de Basquetebol é sinal da vitalidade do sector desportivo
da ATC. Do leque das atividades realizadas, merece especial destaque pelo sucesso e
envolvimento que teve, uma vez mais, o XVII Famalicão Joane. Estas atividades desportivas
são, sem sombra de dúvida, atualmente uma imagem de marca da nossa Instituição.
5.2. Academia de Basquetebol
Ainda que seja importante e contém dados relevantes, o quadro estratégico não reflete a
dinâmica e o trabalho desenvolvido
ao longo de 2016 na Academia de
Basquetebol. É evidente, e também
se pode ver no quadro, que os
resultados alcançados foram
positivos. Neste caso, referimo-nos
não só aos resultados desportivos e
ao número de atletas inscritos, mas,
sobretudo, as parcerias efetuadas no âmbito da Academia de Basquetebol. De facto, o início
de 2016, portanto segunda metade da época desportiva 2015/2016, mantivemos todos as
parcerias de desenvolvimento do basquetebol já em curso no Centro Escolar de Joane através
da parceria com o Agrupamento de Escolas e Associação de Pais, na EBI de Pedome, na EB 2-
3 Dr. Nuno Simões em Famalicão e na Escola Didáxis de S. Come do Vale, foram ainda
efetuados protocolos com o Agrupamento de Escolas Padre Benjamim Salgado (neste caso
para a EB 2-3 Bernardino Machado), e com a Associação de Pais do Centro Escolar Luís de
Camões em Vila Nova de Famalicão. Na segunda metade de 2016, inicio da época 2016/2017,
não conseguimos renovar todas as parcerias, por questões relacionadas com alteração dos
responsáveis que promovem as parcerias dentro das escolas e outros por opção estratégica
tendo em consideração o custo benefício, assim sendo, mantivemos as parcerias com o Centro
Escolar de Joane através da parceria com o Agrupamento de Escolas e Associação de Pais e
75%
6%
19%
execução das atividades
Realizadas Previstas e não realizadas Não previstas e realizadas
18
com o Agrupamento de Escolas D. Sancho em Famalicão. Certos que estas parcerias permitem
o desenvolvimento do Basquetebol junto das crianças e jovens destas escolas e o aumento do
número de atletas da Academia de Basquetebol, um número 146 atletas em 2016. Para além
destes fatores, a organização dos diversos torneios ao longo da época, com especial destaque
para o ATC Basket Cup, marcaram positivamente o reconhecido trabalho realizado pela ATC
através da Academia de Basquetebol.
5.3. Fit Club ATC
Apesar da diminuição na frequência de utentes em relação a anos anteriores, mantivemos as
habituais atividades organizadas durante o ano de 2016, tal como tem acontecido ao longo
dos anos, e em suma podemos concluir que foi
mais um ano positivo. Das atividades organizadas
destacam-se a Gala Anual realizada em junho e a
Gala de Natal das crianças e jovens do ginásio
realizada em dezembro. Estes espetáculos são uma
oportunidade para as crianças, jovens e adultos
mostrarem o trabalho realizado durante as aulas.
Como tem acontecido todos os anos, mais uma vez
o auditório da ATC foi demasiado pequeno para receber os pais, familiares e amigos que
marcaram presença nestes espetáculos do Fit Club ATC. Em termos de modalidades, destaque
para o sucesso das aulas de Treino Funcional. A diminuição da frequência tem relação direta
com a degradação de algum material existente no ginásio, fruto da intensa utilização diária.
No que diz respeito às instalações e
equipamentos, em agosto de 2016, as
instalações foram totalmente pintadas e
tentamos dar uma cara lavada ao ginásio,
modificamos a disposição da sala para
melhorar e modificar o aspeto da mesma e
pelo feedback dos clientes foi positivo. Ao
nível dos equipamentos não foi efetuado
nenhuma intervenção. Contudo, este facto
não impediu que o trabalho desenvolvido em 2016 no Fit Club fosse muito positivo. Para além
do funcionamento normal como ginásio, o Fit Club, esteve mais uma vez ao serviço da
Instituição em Geral, nomeadamente para a atividades desportivas das crianças e jovens do
colégio ATC, dos idosos da Casa de Giestais, do CAO e da Universidade Sénior.
22
6. Colégio - Introdução
O ano de 2016 foi um ano rico nas diversas respostas do Colégio. Conseguimos, em média ter
uma ocupação global de 99%. Sendo este número, fruto do empenho e dedicação da equipa
de Colaboradoras do Colégio.
Os números das frequências foram, sem dúvida, o
ponto mais positivo no ano de 2016 no Colégio ATC,
desde o preenchimento de todas as Salas da Creche até
aos altos números de frequência no Jardim de infância,
ATL e CE mas estes números só poderão ter uma análise
positiva se forem concordantes com o grau de
satisfação das crianças e respetivas famílias.
Podemos assumir que a consolidação nas frequências
foi alcançada, sendo importante nos próximos anos um
bom plano de marketing para a manutenção destes
números.
Em 2016, o absentismo foi proporcional aos níveis de
frequência - alto. Estes valores possuem uma avaliação
menos positiva devido ao impacto sentido no
funcionamento da organização (constantes alterações nos recursos humanos).
As dificuldades sentidas durante o ano de 2016, como referido acima, estão relacionadas com
os recursos humanos. As constantes trocas e alterações devido a ausências obrigam a um
esforço por parte das Colaboradoras para se adaptarem a uma tarefa diferente numa sala com
idades diferentes. Esta dificuldade existe devido à equipa de Colaboradoras do Colégio ter
apenas mais um elemento do que o necessário. Este único elemento não consegue colmatar
todas as ausências.
No ano de 2016 e na perspetiva das pessoas, houve uma pequena melhoria na compensação
das Colaboradoras do Colégio por parte da
Direção da Associação Teatro Construção. Na
perspetiva dos processos internos o foco nos
clientes não se perdeu, sendo o reflexo as
altas frequências. Na perspetiva da formação
e qualificação a implementação de novas
metodologias nos serviços ainda não foi
possível em 2016, passando este objetivo
para o ano 2017. Por fim, na perspetiva financeira as altas frequências têm trazido algumas
melhorias.
23
6.1. Resultados de 2016
Como referido na introdução 2016 foi um ano de consolidação das frequências em todas as
respostas do Colégio - Creche, Jardim de infância, ATL e Centro de estudos - demonstrado no
gráfico abaixo. Todas as respostas atingiram o limiar da capacidade máxima. Estes resultados
são fruto do empenho e dedicação
de todas as Colaboradoras.
Também o grau de execução do
plano de atividades atingiu a marca
dos 95%, destas atividades
realçamos a participação e a
animação do Carnaval, as
performances no dia Mundial do
Teatro, passeios - com enfâse para
os finalistas que realizaram uma visita à Kidzania em Lisboa utilizando o comboio e o avião
como meio de transporte - os programas de férias animadas paras as crianças e jovens em
idade escolar, os passeios, época balnear com a introdução da “ATC Sunset Beach Party” uma
nova festa com a participação das famílias
das crianças, Magusto e festa de Natal e
entre muitas outras atividades para todas as
crianças ao longo do ano letivo.
Durante o ano de 2016 a participação das
famílias nas atividades do Colégio foi
também excelente, a adesão às reuniões de
Pais e também o grande envolvimento nas
atividades e festas. Independentemente do
motivo, o importante é o estreitamento de
laços com as famílias, só assim se consegue
criar uma relação de confiança entre as duas
partes. Embora com o peso
significativamente maior para as famílias
pois desejam que as crianças possuam um
acompanhamento de excelência.
Ao longo do ano foram promovidas diversas
atividades para que as famílias pudessem participar na vida do Colégio. Em média foi possível
envolver as famílias em 1 atividade por mês (conforme quadro abaixo), desde as janeiras, às
reuniões de Pais, festas, convívios, entre outras.
Ao longo do ano de 2016 o Colégio realizou, diariamente, um trabalho pedagógico com mais
de 300 crianças e jovens em idade escolar, desde a Creche até aos jovens que frequentam o
Centro de Estudos.
0102030405060708090
100110120130
Creche JI ATL CE
F R EQ U Ê N C I A P O R R E S P O S TA
Freq. M Meta
Atividades
com as
famílias
26
7. Casa de Acolhimento Residencial - Introdução
A Casa de Acolhimento Residencial de Crianças e Jovens (CAR) da Associação Teatro
Construção (A.T.C), ao longo destes 40 anos, tem realizado um trabalho meritório, exigente e
persistente na busca do melhor Projeto de Vida (PV) para cada uma das “suas” crianças e
jovens que passam por esta casa. Derivado de politicas sociais deficitárias provocadas por uma
conjuntura política instável, levando a uma consciência social focada no egocentrismo dos
adultos, a infância sendo um bem comum, tem sido negligenciada por quem de direito tem a
obrigação de a proteger, logo o CAR bem como a comunidade envolvente não esquece, apesar
das dificuldades sentidas, o cumprimento da premissa “o superior interesse da Criança e
Jovem”.
De acordo com Instituto Nacional de Estatística e de acordo com os Censos de 2011, em
Portugal as famílias são hoje mais e têm menor capacidade financeira para fazer face as
despesas com que se deparam. As famílias com crianças dependentes, em particular as
famílias numerosas e as famílias monoparentais, são afetadas por riscos de pobreza. Em 2011,
3,1% das pessoas que viviam em agregados familiares e 8,4% das pessoas pobres, não tinham
capacidade para ter uma refeição de carne ou peixe pelo menos de 2 em 2 dias. Cerca de ¼
das pessoas e quase metade das que viviam em agregados em risco de pobreza referiram que
não tinham meios para manterem a casa adequadamente aquecida; 42% das pessoas com 25-
59 anos em risco de pobreza em 2010 referiram ter vivido enquanto adolescentes em famílias
cuja situação financeira considera ser má ou muito má; 55,7% referiram ter vivido numa
família com dificuldades financeiras para fazer face a despesas necessárias. Perante este
quadro, cabe ao Estado e às instituições de carácter social ou privada, garantirem e
continuarem a assegurar as condições de bem-estar, respeito pela dignidade humana através
da oferta de serviços eficientes e adequados para apoiar estas famílias. Neste sentido, a CAR
promove a participação ativa das suas crianças e jovens na vida da Instituição e na
comunidade, como forma de contribuir para um desenvolvimento emocional e pessoal
equilibrado.
A Casa de Acolhimento Residencial em 2016 apresentou forças que potenciaram a eficácia dos
Projeto de Vida (PV) de cada uma das crianças e jovens que se encontram à proteção e são
entendidas como elementos favoráveis e internos ao próprio sistema. São exemplos de forças
os seguintes traços ou características:
• Educar para a responsabilidade vs liberdade
• Educar pelo afeto e partilha
• Ambiente acolhedor e familiar
• Promove um clima de confiança e de autonomia nas funções que cada um executa
• Metodologia e práticas de acolhimento tranquilizadoras e reparadoras
• Acompanhamento próximo em termos saúde, educação e acesso aos serviços
• Relação próxima com crianças e jovens
• Leque variado de atividades desportivas e lúdicas
• Organização dos processos individuais
• Boa relação com a comunidade, escolar, desportiva e de saúde
27
• Contacto frequente com as gestoras externas
• Integração da instituição em termos de respostas e serviços
• Acolher rapazes e raparigas
• Acolhimento de irmãos
• Serviços de psicologia
• Ajustar a oferta formativa aos interesses e às necessidades dos jovens
• Promoção de ações de sensibilização para alertar as crianças e jovens para a prevenção
de comportamentos e atitudes que podem colocar em risco o seu desenvolvimento
• Responsabilidade ao nível da cidadania e promoção de atitudes empáticas
• Incentivar os jovens, acima dos 16 anos, na procura de trabalho ou part-time nas
pausas letivas
• Incentivar que as crianças/jovens e família participem com as suas opiniões em relação
ao seu PV ou outros assuntos da vida quotidiana
Em termos das oportunidades a Casa de Acolhimento Residencial depende, em grande parte,
das ofertas e parcerias com a comunidade e o que esta tem para oferecer e podemos apontar
as seguintes:
• Especialização das respostas em função das problemáticas
• Sensibilizar equipas para a importância de um ambiente protetor e apaziguador
• Comunidade extremamente sensibilizada para apoiar a integração das crianças e
jovens
• Dádivas da comunidade que complementam as ações que a A.T.C realiza
• Aumentar o número de formação para a equipa educativa/técnica, que deve ser de
carácter contínua
• Tirar máximo partido dos pontos fortes e minimizar os efeitos das ameaças detetadas
• Incentivar e motivar a equipa para superarem as dificuldades
• Potenciar parcerias que promovam a sustentabilidade (e.g. oftalmologia;
estomatologia, etc.)
• Considerámos que a longo prazo seria interessante e benéfico dotar a equipa de apoio,
com elementos do sexo masculino, uma vez que, estes elementos junto das nossas
crianças e jovens poderiam ter um efeito tranquilizador e também de “força” bem
como, ajudariam a solidificar o papel da figura “masculina” para a estruturação
psíquica das “nossas” crianças e jovens, a sua ausência dificulta a adaptação às regras
sociais, bem como nas relações interpessoais e identificação sexual.
Não poderemos e nem deveremos esquecer as debilidades ou constrangimentos que a Casa
Residencial enfrentou em 2016, mas não as encarámos como dificuldades, mas antes como
uma alavanca que nos leva a querer melhorar em 2017:
• Limitações no trabalho com jovens com caraterísticas delinquentes;
• Limitação nas estratégias e recursos para o “treino” da autonomia nos jovens
• Aumentar a existência de ações de formação em áreas relacionadas com a infância e
juventude
28
• Aumento do número de comportamentos desviantes na adolescência;
• Pedidos de acolhimento para jovens com idades acima dos 17 anos;
• Jovens que já cessaram as Medidas de Promoção e Proteção aos 21, mas que ainda
não atingiram com o sucesso pretendido o Plano Sócio Educativo (PSEI)
• Alguns elementos da equipa educativa/apoio com baixa escolaridade e pouco recetiva
à mudança;
• Horários de trabalho que potenciem um menor desgaste das AAD
• Burnout das equipas;
• Inexistência de dinâmicas para prevenir ou atenuar os efeitos do burnout
• Incapacidade de não envolverem os assuntos pessoais nos assuntos laborais;
• Dificuldade em motivar para a escola: assiduidade e pontualidade.
• Limitações nas prevenções do insucesso escolar;
• Crise de valores no seio familiar e desinteresse em se envolverem no quotidiano dos
filhos;
7.1. Resultados de 2016
A Casa de Acolhimento Residencial de Crianças e Jovens (CAR) da A.T.C acolhe, protege e
promove o bem-estar de 24 crianças e jovens com idades compreendidas entre os 0 e os 18
anos, havendo possibilidade de
prolongar até aos 21 anos, se o
jovem e a A.T.C assim o atenderem.
Nesta dinâmica, contámos com os
acordos do Instituto da Segurança
Social para ajudar na exequibilidade
deste Projeto. A cada de
Acolhimento Residencial encontra-
se na Residência ATC e situa-se no
piso - 1 do edifício e tem como
principal objetivo a estabilidade
emocional, familiar e académica das crianças e jovens durante o período de acolhimento. Na
passagem de cada uma destas crianças e jovens ao longo destes 40 anos, pretendemos
continuar com que o acolhimento seja algo provisório e que neste período, possam viver num
ambiente acolhedor e afetuoso, enquanto se procura uma solução definitiva para
regressarem às suas famílias ou autonomizarem-se. Pretendemos que nos próximos anos, os
PV contemplem o regresso à família (nuclear e/ou alargada), a confiança a pessoa idónea, o
apadrinhamento civil (ou recorrendo às famílias de acolhimento), a adoção e a
autonomização, especialmente, para aqueles jovens adultos em que as condições familiares
não permitem a sua integração.
No ano de 2016, foi percetível uma estabilidade no que respeita às entradas e saídas de
crianças/jovens, foram acolhidas 6 crianças/jovens e outras 6 crianças/jovens ganharam uma
nova vida com a saída da ATC. Três jovens, que após atingirem a maioridade, regressaram à
29
família nuclear, um deles esteve 1 ano em acolhimento e os outros dois, encontravam-se em
acolhimento há mais de 5 anos.
Três crianças de 10, 12 e 3 anos
foram para acolhimento familiar
(família alargada), após viverem
uma média de 2 anos na ATC.
Atualmente, acolhemos dois
jovens adultos, que apesar de a
Medida de Promoção e Proteção
ter cessado aos 21 anos,
continuam a residir na CAR, um
por ainda não se ter encontrado uma resposta para Lar Residencial Permanente, dada a sua
deficiência física e mental, e o outro por estar a terminar o ensino superior.
Motivado pelo encerramento de uma instituição do concelho, a CAR da A.T.C, acolheu em
junho de 2016, duas jovens e uma criança (ver Fig. 1). É percetível no gráfico a estabilidade do
grupo ao longo do ano, o que beneficia o trabalho da equipa e consequentemente a
concretização de PV com elevado grau de eficácia. A grande maioria das nossas crianças e
jovens, mantêm uma relação de proximidade com os pais, desde que não haja qualquer
impedimento legal para o efeito, a equipa da CAR da A.T.C reforça e promove idas de fins de
semana e pausas letivas de forma a concretizar o Princípio da Prevalência da Família. Apesar
dos motivos que justificaram o acolhimento, os laços continuam fortes e devem ser
reforçados, desde que não coloquem em perigo a estabilidade física, emocional e
desenvolvimental das crianças e jovens, os gestores promovem o fortalecimento dos vínculos
e das ações desenvolvidas, tentam “ensinar” estratégias de forma a assegurar a
responsabilidade parental. Em 2017 Famalicão irá dispor de um gabinete de apoio às famílias
– CAFAT – Centro de Apoio Familiar e Aconselhamento Parental – tornando-se numa mais
valia para o trabalho com os pais das crianças e jovens acolhidos, dada a dificuldade das
equipas das Casa de Acolhimento (no que concerne aos recursos humanos) em motivar e
incentivar os pais para as mudanças exigidas e necessárias. Os pais devem ser incentivados a
extinguirem determinados comportamentos e atitudes, reforçar o que têm de bom de forma
a estarem preparados para manterem os níveis adequados de disciplina (Peralbo, 2012), afeto
e responsabilidade. De acordo com Gomes (2010), todas as crianças e jovens que
permanecem por um período longo em acolhimento residencial as hipóteses de sentirem
dificuldades ao confrontarem-se com questões da vida diária, acarreta problemas a vários
níveis: acentuada desculturação; fracas competências pessoais; sociais e emocionais. Neste
sentido, a equipa do CAR da A.T.C, tem como foco primordial, o “treino” de competências de
autonomia, dentro das contingências existentes na rotina e dinâmica de uma casa de
acolhimento residencial, tentando desta forma preparar estes jovens para uma saída mais
plena e segura possível. Como proposta para o ano 2017, gostaríamos de potenciar a Casa das
Fontes, como um pólo fulcral no trabalho a realizar com os jovens, que já demonstrem um
grau de responsabilidade e autonomia elevado e capacitá-los de ferramentas e competências
1° Trim. 2° Trim. 3° Trim. 4° Trim.0
5
10
15
20
25
Entradas Saídas Residentes
30
que os ajudem a uma integração plena na sociedade. O envolvimento dos jovens na
construção da própria autonomização, tornando possível expandir novas metas que
facultarão a mudança necessária para a edificação de uma vida social positiva e repleta de
responsabilidade (Carvalho & Cruz, 2015).
A resposta social CAR, funciona permanentemente e acolhe crianças e jovens em risco, numa
articulação próxima com as Comissões de Proteção de Crianças e Jovens, Tribunais e
Segurança Social. A promoção de respostas com estas características, exige ainda, uma
permanente proximidade com
a comunidade local e
parcerias, através dos serviços
de saúde, educação,
organizações culturais e
desportivas e, a comunidade
em geral com vista a uma
integração plena destas
crianças e jovens. Mais do que
nunca, ações e parcerias de
carácter pro-bono com
organismo locais e não só, são essenciais para a sustentabilidade de qualquer organização,
neste sentido contámos com a solidariedade da comunidade no que diz respeito a dádivas
que se tornam essenciais para a dinâmica de uma “grande família” (e.g. empresas vestuário,
calçado, mobiliário), contratos informais com entidades que nos ajudam a promover nas
crianças e jovens valores essenciais e combater o ócio (e.g. desporto; bombeiros; lazer) e
protocolos com o comércio local, que se tornou uma fonte de apoio para as nossas crianças e
jovens (e.g. gabinetes de estética/cabeleireiros/barbeiros e trabalho em part-time).
Uma das principais premissas na responsabilidade de quem cuida e que a A.T.C não ignora, é
a de que todas as crianças têm direito a viverem e crescerem em família. Continuámos com
objetivos bem definidos e atingíveis para 2017, pretendemos que a Casa Residencial continue
a ser uma casa com vida, onde as crianças/jovens possam sentir-se realizados e felizes como
pessoas e tornarem-se cidadãos participativos e não meros espectadores da
realidade/comunidade onde estão inseridos. Continuar a assegurar as condições de bem-
estar, respeito pela dignidade humana através da oferta de serviços eficientes e adequados,
promovendo a sua participação ativa na vida da Instituição e na comunidade e acima de tudo
proporcionar memórias e momentos felizes que de certa forma atenuem a “bagagem
negativa” com que chegam até nós. Esperámos que nos próximos 40 anos, estejamos à altura
de continuar a realizar e a promover PV que visem sempre, e em primeiro lugar “o superior
interesse das crianças e jovens”, não esquecendo que neste processo cada criança e cada
jovem, tem um leque de deveres que não devem ser esquecidos para que num futuro próximo
possam ser cidadãos e cidadãs perfeitamente integrados e íntegros. Dada a complexidade do
trabalho realizado junto das crianças e jovens, a acompanhá-los, encontra-se uma equipa de
apoio constituída por 5 Auxiliares da Ação Educativa, que gostaríamos de ver reforçada pela
31
aquisição de dois elementos masculinos, de forma a promover ainda mais o papel vital no
desenvolvimento e estabilidade das crianças e jovens, permitir a operacionalização de
horários de trabalho que atenuem o desgaste da equipa de apoio bem como promover
comportamentos baseados no respeito mútuo, ajudando a construir relações agradáveis e um
ambiente feliz, proporcionando a tão necessária oportunidade de conviverem diariamente
com adultos de ambos os sexos.
As equipas sendo bem
qualificadas, qualificação
essa que passa pelo
investimento contínuo em
2017 de formações na
área da infância e
juventude, estarão melhor
preparadas para os
desafios que esta resposta
social implica. Um
instrumento importante
na prossecução dos objetivos educacionais e à promoção da identidade das crianças e jovens,
para além do projeto educativo, é o Plano de Atividades. Este guião permite delinear
metodologias, através da utilização de ações apelativas, que promovam a educação e a auto-
realização das crianças e jovens sendo para isso necessário pensar, planear e organizar o
próximo ano. Este processo irá permitir prever e elencar as atividades do próximo ano,
prevendo os custos e definindo prioridades dos investimentos futuros. No ano de 2016, o
Plano de Atividades, teve um grau de cumprimento de cerca de 97%, tendo sido promovidas
cerca de 29 atividades, sete das quais
não estavam incluídos inicialmente
no plano (ver Fig. 2). Entre as diversas
atividades realizadas, não poderemos
de deixar de destacar algumas, que
sem a generosidade dos
responsáveis, não seriam possíveis de
se realizarem, referirmo-nos ao:
“Baptismo de Voo”, através desta
ação, os “Minhotos de Clichy” – Lions
Internacional, para além de proporcionarem uma experiencia única às nossas crianças e
jovens, contemplaram-nos com um donativo que ajudou a tornar a nossa casa ainda mais
acolhedora; o dia passado na DiverLanhoso, que entre aventuras de descoberta e trabalho em
equipa foi possível colocar os níveis de adrenalina elevado com a descida em slide; a
associação ACREDITAR que gentilmente, através do testemunho pessoal, foi possível ajudar-
nos a entender e desconstruir mitos em relação ao cancro, dado que deparamo-nos com esta
realidade dura e triste, mas que felizmente tudo correu bem, após um ciclo longo de
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
Realizadas
Realizadas Não Previstas
Não realizadas/adiadas
32
quimioterapia; à Quinta do Outeirinho, que pelo 2º ano consecutivo, proporcionou um Natal
diferente e repleto de surpresas e carinho que tanto “aqueceu” os corações das nossas
crianças e jovens e por último, a festa que é esperada por todos eles, a Festa dos Padrinhos,
que permite aos nossos jovens e crianças receberem e experienciarem a bondade e
solidariedade existente nos corações das pessoas de Joane e não só, bem como agradecer a
tantas outras entidades e empresas que através das suas partilhas permitiram que o ano de
2016 fosse um ano pautado por uma consciência social repleta de carinho e direcionada para
a ajuda ao próximo.
“Os sábios reconhecem que o único modo de ajudar a si mesmo é ajudando os outros.”
Uma das campanhas, levado a cabo pelas crianças e
jovens da CAR e que está comtemplada no nosso
Projecto Educativo, teve como objetivo primordial o
incutir neles a sensibilidade para olhar para o próximo
e a promoção de uma consciência social focada no bem-
estar de quem está próximo de nós. Esta campanha,
que foi dividida em duas fases, mobilizou as nossas
crianças e jovens na angariação de bens alimentares (1ª
fase), roupa e presentes (2ª fase) para serem entregues a uma família, que foi previamente
escolhida com a ajuda da Junta de Freguesia de Joane. A bondade e generosidade estão
intrínsecos ao DNA humano, no entanto, existem alturas que são necessárias ações que as
façam sobressair.
36
8. Residência – Introdução
A Residência ATC definiu para o ano de 2016, tal como tem acontecido nos anos anteriores,
centrar os seus objetivos nas pessoas e nas suas necessidades. Assim, numa altura em que o
abandono de idosos em Portugal apresenta uma elevada percentagem em relação aos
restantes países da Europa e onde o número de profissionais a trabalhar com esta faixa etária
é, em Portugal, dos mais baixos da Europa, torna-se difícil colmatar as expetativas e
necessidades dos nossos idosos. As parcerias e o dinheiro alocado a esta área é insuficiente
para fazer face às necessidades apresentadas e exige um esforço redobrado por parte das
instituições para manter serviços de qualidade e adequados às necessidades apresentadas
bem como um enorme esforço no que diz respeito aos recursos humanos e destes para com
o exigente trabalho a desempenhar.
O ano de 2016 foi um ano onde o número de inscrições para o Lar aumentou
significativamente e onde a procura de serviços diferenciados se tornou mais notório quer a
nível do Lar quer a nível dos serviços prestados no domicilio. A grande percentagem de
frequência no Centro de Dia onde, pelos mais diversos motivos, se verifica uma crescente
necessidade de diversificar os serviços a prestar no mesmo, pois as necessidades com que nos
chegam hoje os idosos ao Centro de Dia exige uma atenção especial quer a nível físico quer a
nível de um acompanhamento médico e psicológico muito exigente. O trabalho desenvolvido,
no ano de 2016 na Residência ATC, tentou responder de forma eficaz a todas as necessidades
que os nossos idosos nos apresentaram e ao mesmo tempo aperfeiçoar técnicas apreendidas
em formação interna realizadas, bem como através de informação disponibilizada pelos
técnicos de saúde. Embora as dificuldades com recursos humanos seja uma situação
recorrente, em especial em época de férias, os voluntariados e os estágios profissionais de
jovens alunas da área da terceira idade e saúde, bem como o recurso a contratos de emprego
e inserção tem permitido solucionar a falta de recursos durante o ano. No entanto a
preocupação em ter uma boa e comprometida equipa de recursos humanos, fundamental
para a prestação de um serviço de excelência, é uma situação difícil de solucionar devido às
dificuldades económicas, mas que nos leva a ponderar todos os dias na sua necessidade e no
papel fundamental que representa na Instituição.
A Residência ATC presta serviços na área da terceira idade, como o Lar, Centro de Dia e Serviço
de Apoio Domiciliário, mas também presta serviços como Fisioterapia, Enfermagem, Médico
e acompanhamento Psicológico que completam as necessidades dos nossos idosos. Ao
mesmo tempo tem o Centro de Atividades Ocupacionais para jovens/adultos portadores de
Deficiência que desenvolve atividades em áreas como as artes plásticas, atividade física e
expressão dramática, sendo estas atividades fixas que se realizam semanalmente. Além das
atividades fixas, o Centro de Atividades Ocupacionais, realiza atividades em parceria com
outras valências da Instituição e com parceiros externos como Instituições e Clubes nas áreas
de intervenção motora e cultural. Apesar das dificuldades no transporte e na definição de um
espaço próprio para a realização do trabalho com estes jovens, tem havido um esforço e uma
preocupação em responder de forma eficaz às necessidades e expectativas dos jovens,
37
sabendo que as multideficiências e diversidade deste público cria alguns obstáculos e
dificuldades no desenvolvimento do trabalho exigido.
A Residência ATC pretende, diariamente, responder de forma eficaz a todos os públicos, mas
também às suas famílias. Para isso desenvolvemos, durante o ano de 2016, uma série de
atividades com o intuito de aproximar as famílias dos seus idosos e ao mesmo tempo
incentivar o acompanhamento mais de perto desta fase da vida dos idosos onde, pelos mais
diversos motivos, sentem uma maior necessidade de aproximação, atenção, carinho e
respeito. A idade, as doenças, as dificuldades físicas, as dificuldades económicas e sociais
provocam nos idosos uma sensação de impotência e incapacidade que pode ser diminuída
com um acompanhamento de perto por parte dos familiares. Assim, a realização de atividades
mensais aos fins-de-semana
permite que não se quebrem os
laços familiares e o convívio
intergeracional, já que com os filhos
vêm os netos, os sobrinhos e outros
familiares mais jovens que dão “cor
e alegria” aos dias dos nossos
idosos. A Residência ATC no ano de
2016, com o objetivo de aproximar
e incentivar os familiares às visitas
regulares aos idosos, deu
continuidade ao projeto “Não demores mais…Vem visitar-nos!”, com uma exposição de
fotografias dos idosos no seu dia-a-dia que continham frases de incentivo à visita regular aos
idosos. As visitas de outras entidades e instituições como escolas, escuteiros e IPSS ajudam
também a manter os níveis de socialização mais elevados, trazendo novos conhecimentos e
partilhas que contribuem também para o bem-estar dos nossos idosos.
8.1. Resultados de 2016
As atividades realizadas com os familiares e o seu acompanhamento “trazem vida” e conforto
aos dias dos idosos, mas percebendo a necessidade de socialização, as atividades em parceria
com outras instituições e entidades promovem a integração em sociedade e faz com que os
idosos se sintam integrados e úteis numa sociedade em que os idosos, em muitas
circunstâncias, são considerados “fardos” para as famílias e para a sociedade em geral. Assim,
no ano de 2016, mantivemos as parcerias com a Câmara Municipal de Famalicão no que diz
respeito ao “Boccia Sénior” que permite aos idosos praticarem um desporto interessante e
adaptado às suas capacidades, ao mesmo tempo que os integra noutras realidades com a
participação no Campeonato de Boccia Sénior que se realiza ao longo do ano com deslocações
a diversas Instituições. Além deste projeto os nossos idosos participam nas aulas
Hidroginástica que se realizam nas Piscinas de Joane, tendo ainda aulas de Ginástica adaptada
nas nossas instalações acompanhadas por uma professora da autarquia. Mas nem só a
autarquia é nossa parceira e, como aconteceu em anos anteriores, mantemos uma parceria
38
com a Fundação Castro
Alves que promove
ateliers de barro e
pintura das peças,
permitindo e
promovendo a
estimulação e ao mesmo
tempo a destreza. As
peças que fazem em
barro são pintadas à
posteriori e oferecidas a
quem as elabora como
forma de
reconhecimento do trabalho desenvolvido ao longo das sessões que se realizam durante o
ano e mensalmente. Outra das interessantes parcerias é com o projeto “D´Avó With Love”.
Este projeto tem como objetivo transformar fronhas, oferecidas por diversas empresas, em
vestidos que depois são enviados para países como Quénia, Nepal, Cabo Verde e Guiné,
permitindo assim “vestir” uma criança com amor. Os nossos idosos, depois de explicado o
projeto, ficaram muito entusiasmados e interessados em contribuir para dar um sorriso às
crianças que recebem os seus vestidos. Esta é também uma forma de manter os níveis de
autoestima elevados bem como permite ocupar os seus tempos livres com uma atividade útil
e a favor da comunidade melhorando assim a qualidade de vida das crianças mais
necessitadas.
A Residência ATC pretende manter todas as parcerias existentes e ao mesmo tempo alargar o
leque de parceiros que permitam melhorar a qualidade de vida dos nossos idosos e ao mesmo
tempo contribuam para uma sociedade mais justa e solidária.
A Residência ATC desenvolve atividades nas mais diversas áreas com o objetivo de manter um
envelhecimento ativo, e ao mesmo tempo promovendo a qualidade de vida, com integração,
socialização e felicidade. O envelhecimento transporta para a vida das pessoas dificuldades
físicas, motoras e cognitivas que devem ser trabalhadas para garantir que seja um
envelhecimento com a
maior qualidade de
vida possível e sempre
com uma perspetiva de
envelhecimento ativo.
São muitas as
atividades realizadas ao
longo do ano que, por
um lado permitem a
comemoração de dias
temáticos, e por outro
0
10
20
30
40
50
60
70
Atividades Previstas AtividadesRealizadas
AtividadesRelaizadas/adiadas
Atividades NãoPrevistas Realizadas
Execução das atividades
39
complementam as necessidades dos idosos no que diz respeito à manutenção e melhoria das
suas capacidades físicas e cognitivas. A participação dos idosos em algumas das atividades
nem sempre é pacífica, exigindo da parte dos técnicos e colaboradores um trabalho de
persistência que convença os participantes dos benefícios que a atividade lhes pode
proporcionar. Mesmo assim, e tal como podemos verificar no gráfico abaixo, das 64 atividades
programadas para o ano de 2016 foram realizadas 62, não tendo sido realizadas na data
prevista, mas sim à posteriori. Ainda de referir que foram ainda realizadas 8 atividades que
não estavam previstas no calendário anual, o que nos deixa muito satisfeitos com o trabalho
desenvolvido por técnicos e colaboradores da Residência ATC, bem como dos técnicos
externos que desenvolvem atividades dentro e fora da Instituição com os nossos idosos.
A Residência ATC, com acordos de cooperação com a Segurança Social, onde estão estipulados
os números de frequência de cada valência, tem vindo a aumentar os níveis de frequência das
mais diversas valência, numa prespectiva de responder às necessidades dos idosos e jovens
que nos procuram. Assim, temos que salientar o facto de no ano de 2016 termos respondido
a 30 idosos na valência de Lar, quando o acordo é apenas para 28, termos uma frequência de
24 idosos no Centro de Dia quando o número fica pelos 20. Relativamente ao Centro de Dia é
importante salientar que os idosos, que se têm inscrito mais recentemente, são idosos com
muitas e especificas necessidades quer no que diz respeito à autonomia quer no que diz
respeito às necessidades de cuidados de saúde e acompanhamento devido às diversas
demências com que são diagnosticados. Ainda relativamente à frequência e às respostas em
que a Residência ATC tem intervenção, temos que referir os 27 idosos que recebem em sua
casa os Serviços de Apoio Domiciliário, quer através dos cuidados de higiene quer através do
fornecimento de alimentação. Neste momento o acordo com a Segurança Social está nos 22
utentes ou seja, mais uma
vez abaixo do número ao
qual temos respondido. Em
relação ao Centro de
Atividades Ocupacionais para
jovens/adultos portadores
de deficiência, o número
estipulado é de 8 e a
Residência ATC respondeu
no ano de 2016 a 11. Estes
números trazem algumas
dificuldades aos profissionais
que trabalham nas mais diversas áreas pois, acresce uma grande responsabilidade junto dos
utentes e seus familiares e promove um grande desgaste físico e psicológico nos
colaboradores devido à quantidade e intensidade do trabalho a desenvolver. No entanto,
temos que salientar que o sentido de responsabilidade e profissionalismo de todos os
colaboradores tem garantido um trabalho de grande qualidade junto de todos aqueles que
procuram os nossos serviços.
0 20 40 60 80 100 120
LAR
C.DIA
S.A.D.
C.A.O.
Frequência
Lista de espera Utentes a Frequentar Utentes com acordo
42
9. USDD - Introdução
Fazendo uma análise da evolução da atividade desenvolvida pela USDD e, tendo por base o
plano de atividades 2016 e o trabalho de equipa, a participação e envolvimento dos
professores, alunos, familiares e amigos, podemos dizer que levamos a cabo o objetivo geral
que consistiu na promoção de atividades de envolvimento intelectual e físico para os seniores
do concelho de Famalicão, pretendendo contribuir para a atualização de conhecimentos e,
para a criação e manutenção de relações sociais e culturais, objetivo este a que nos
propusemos para 2016.
Assim, 2016 ficou marcado por:
• Aumento do número de alunos;
• Promoção de atividades culturais e recreativas diversificadas;
• Realização de aulas abertas sobre diferentes temas;
• Alargamento na oferta de disciplinas (teatro e música);
• Elevado grau de participação nas atividades culturais e recreativas.
Cientes do caminho a seguir, a evolução deste projeto formativo desde 2014 até 2016 revela
ser o reflexo de um trabalho contínuo e conjunto, direcionado para a aproximação às partes
interessadas e para a consolidação e alargamento de um serviço de maior qualidade dirigido
para a aprendizagem e crescimento.
Valoriza-se hoje a ideia de que o processo de crescimento da pessoa no que se refere à
aquisição dos saberes e conhecimentos necessários a viver num mundo complexo, já não tem
lugar num único tempo e num único espaço, como se aceitava no passado.
O grande desafio que se coloca às nossas sociedades, aos sistemas formais de educação e
formação e a cada um de nós, é a aceitação de que a aprendizagem tem lugar
permanentemente, ao longo de toda a vida, em múltiplos tempos e nos mais diversos locais.”
(Ana Maria Canelas - Associação O Direito de Aprender.)
Como ponto positivo
destacamos do ano 2016, a
continuidade da Universidade
Sénior D. Dinis na Rede de
Excelência das Universidade
Seniores da RUTIS, fruto do
trabalho realizado pela ATC e
por todos aqueles que fazem
da USDD uma realidade crescente e com uma forte dinâmica no contexto da população sénior.
Como ponto menos positivo, tínhamos como marcos para 2016 realizar uma viagem ao
estrangeiro, não tendo sido concretizável e a introdução de aulas de informática pós-laboral,
objetivo não atingido por não ter o número de inscrições suficiente.
As dificuldades sentidas na execução de alguns objetivos que justificam o seu parcial ou
integral incumprimento, têm a ver com alguns constrangimentos tais como: causas externas,
fatores não controláveis e de situações imprevistas.
43
9.1. Resultados de 2016
Depois desta breve introdução, vamo-nos debruçar nas próximas páginas sobre a atividade
desenvolvida pela Universidade Sénior D. Dinis e divulgar os resultados alcançados em 2016.
A sua atividade foi orientada por um plano de atividades, o qual englobou 37 atividades,
distribuídas tendo em conta quatro orientações estratégicas (Pessoas, Processos Internos,
Formação e Qualificação e Financeira). Quanto à perspetiva das pessoas e dos processos
internos é de salientar o elevado grau de participação e envolvimento por parte dos alunos,
familiares e amigos na diversidade de atividades culturais e recreativas e na variedade de
disciplinas tendo em conta as necessidades e expetativas das partes interessadas.
Em relação à perspetiva da formação e qualificação do pessoal docente, contamos com uma
equipa motivada, aberta, disponível
e com uma forte capacidade de
relacionamento e de empatia com
os alunos e com a ATC. De salientar,
ainda neste domínio, o conjunto de
competências técnicas
demonstradas por cada um dos
docentes. E, por último, quanto à
perspetiva financeira sempre que
possível racionalizamos os custos
das atividades.
Quanto á evolução, este projeto formativo iniciou em Abril de 2014 com 23 alunos e nessa
primeira fase a Informática, Inglês e Artes foram as primeiras disciplinas e esse ano letivo
terminou com 41 alunos. Durante o ano letivo 2015 houve um aumento significativo no
número de inscrições, tendo terminado com uma frequência de 96 alunos. O início do ano
letivo 2016 trouxe 4 desistências o que faz um total de 92 alunos mas, também trouxe 16
novas inscrições tendo terminado com uma frequência de 108 alunos.
Ano Letivo Nº Inscrições
Abril a Dez. 2014 41
Jan. a Dez. 2015 96
Jan. a Dez. 2016 108
Se atendermos a alguns dados estatísticos relativos aos alunos seniores que frequentam a
USDD, verificamos que a nossa universidade é um exemplo de vitalidade da sociedade civil e
envelhecimento ativo, sendo frequentada maioritariamente por mulheres, entre os 53-77
anos (83 mulheres e 25 homens), perfazendo uma média de 61 anos de idade, com graus de
instrução variável e, essencialmente, por reformados.
Tendo em conta o envelhecimento da população, a ausência de respostas locais e regionais
neste domínio verificamos desde o início da atividade da USDD um aumento significativo do
44
número de alunos, acima da expetativa criada inicialmente, traduzindo num aumento da
oferta em termos de disciplinas e de atividades. Isto é, introduzimos em 2014 a Dança e
Hidroginástica. Em 2015, introduzimos Yoga e Labores e, em 2016 as disciplinas de Teatro e
Música.
Neste capítulo e ainda, relativamente ao ano 2016 com as novas inscrições a frequência de
alunos tem aumentado em todas as disciplinas. Na disciplina de Inglês temos 12 alunos, na
Pintura temos 9, na Informática temos 34, em Labores temos 6 e em Yoga temos 8, Dança
com 17 e Hidroginástica com 9. No Teatro temos 7 alunos e na Música temos 17. Estes
números de frequência não incluem as inscrições suspensas, por motivos pessoais e/ou
familiares e de saúde.
Disciplinas Frequência
Informática 34
Inglês 12
Pintura/Desenho 9
Labores 6
Yoga 8
Dança 17
Hidroginástica 9
Música 17
Teatro 7
Em comparação com ano letivo 2015, quanto à concretização das atividades estavam
desenhadas 27 atividades das quais foram realizadas 16 e não realizadas 11. Das atividades
não previstas foram realizadas 10. Tivemos um grau de execução de 90%. No ano de 2014, de
outubro a dezembro estavam previstas 10 atividades e, apenas 2 não foram realizadas (grau
de execução de 80 %). Relativamente à concretização das atividades previstas no plano de
atividades de 2016 estavam planeadas 37 atividades das quais foram realizadas 18 e não
realizadas 15. Das atividades não planeadas foram realizadas 11. Tivemos um grau de
execução de 92%. Organizaram-se 2 aulas abertas nas áreas da Psicologia Clínica e da Saúde e
da música. A aula aberta de música proporcionou a introdução das aulas de música na oferta
de disciplinas da USDD. Das atividades que favoreceram a integração da USDD com as outras
respostas e serviços da ATC destacamos o Dia Internacional do Voluntariado, com a
participação de alguns alunos nas atividades e valências do Colégio ATC, a Comemoração do
Dia Internacional da Dança que permitiu também um contato intergeracional com as crianças
da sala dos 3, 4 e 5 anos e, a participação da turma de música na Festa de Natal. Quanto às
atividades em parceria destacam-se o Festival de Teatro Sénior realizado no dia 27 de Abril no
Centro Cultural da Juventude da ATC - Joane, uma atividade desenvolvida em parceria com a
RUTIS e o Passeio Final do Ano Letivo, em parceria com o Museu dos Descobrimentos – Porto,
45
que incluiu visita guiada, almoço e o
cruzeiro das Pontes. Na cerimónia de
abertura do ano letivo 2016, promoveu-se
várias iniciativas, entre as quais destaca-se
a parceria com a Escola Superior de Saúde
do Instituto Politécnico de Br agança, com
a presença e intervenção da Professora
Coordenadora Dra. Helena Pimentel. E
ainda a parceria com a Escola de Equitação
Ricardo Vale de Fafe, tendo proporcionado “Um Dia Diferente com a Natureza e os Cavalos”.
É também de referir o contato com outras UTIs quando participamos em atividades a convite
da RUTIS, como é o caso do Concurso de Cultura Geral em Vila Pouca de Aguiar e o Festival
Grupos Musicais Seniores em Viana do Castelo.
Plano de Atividades 2014 2015 2016
Atividades Planeadas 10 27 37
Atividades planeadas e realizadas 8 16 18
Atividades planeadas e não realizadas 2 11 15
Atividades não planeadas e realizadas - 10 11
48
10. Inovação e Sustentabilidade - Introdução
A ATC tem assumido ao longo dos anos um espaço de intervenção que, carece da introdução
de alterações nas práticas, nos procedimentos e nas formas de fazer, traduzindo-se em ganhos
para cada uma das pessoas de um modo particular e para comunidade no seu todo, de um
modo global. Assumimos, um espaço de inovação e sustentabilidade que abarca os projetos
transversais da ATC, o trabalho em rede e em parceria, a gestão da qualidade, a formação e
qualificação dos recursos humanos internos e externos, procurando que este projetos se
traduzam em melhorias significativas na vida das pessoas e da instituição, enquanto agente
de mudança.
10.1. Comemorações dos 40 anos da ATC
Ao longo de 2016 as atividades promovidas pela ATC assumiram, sempre, a marca dos 40 anos
da instituição. Um dinâmica de celebração suportada nas atividades regulares, dado que em
2017 projeta-se marcadamente o ponto alto das comemorações dos 40 anos da instituição,
dado que foi a 18 de maio de 1977 que a mesma foi formalizada através da escritura pública.
10.2. Quinta Pedagógica
Em 2016 mantivemos e cultivamos os espaços disponíveis da Casa das Fontes e do Terreno na
mesma rua, considerando a possibilidade de obter bens de primeira necessidade para o
funcionamento da instituição. Estes espaços funcionaram como um contributo para a
sustentabilidade da instituição e para a realização de algumas atividades das crianças, jovens
e idosos.
10.3. Centro de Formação ATC - Formação Financiada e Não Financiada
Embora o Centro de Formação mantenha a certificação pela DGERT, pelo IMT, pelo ACT e pelo
IEFP ao longo de 2016 a atividade foi muito residual, dado que a oferta formativa financiada
absorve grande parte dos potenciais formandos e o Programa Portugal 2020 ainda não abriu
espaços de candidaturas para as organizações do Terceiro Setor no domínio da formação e
qualificação dos recursos humanos. Assim em 2016 foram promovidas ações de formação
interna no domínio da educação e pedagogia, do envelhecimento e das demências, da Higiene
e Segurança no Trabalho e da Segurança Alimentar envolvendo os colaboradores da ATC.
10.4. Sistema de Gestão da Qualidade
Em maio de 2016 foi realizada a auditoria externa da APCER, na qual, tal como em 2015 não
foi identificada qualquer Não Conformidade, permitindo desta forma a manutenção da
Certificação com base na Norma ISO 9001.2015, obtida em 2007 nas respostas da Residência
49
ATC na área Sénior e em 2010 para a área da Infância, do Desporto, Cultura e Crianças e Jovens
em Risco.
10.5. PCAAC – Programa de Ajuda Alimentar a Carenciados
No ano 2015 não se realizaram atividades no domínio deste projeto, considerando a alteração
do modelo de funcionamento, assim como as regras para a sua implementação. Desta forma,
a ATC aguarda aas orientações da Segurança Social, no sentido de manter a sua relação coma
esta entidade neste processo de apoio aos mais carenciados.
10.6. Trabalho Socialmente Útil
Desde há muitos anos que a ATC assumiu
com o Ministério da Justiça, através do
Instituto de Reinserção Social (IRS) a
participação no Programa de Trabalho
Socialmente Útil, acolhendo anualmente
pessoas que pelos mais diversos motivos
necessitam do apoio da instituição por
indicação do IRS. Em 2016 a ATC acolheu
7 pessoas que cumpriram um total 612
nas diferentes medidas.
10.7. Redes, Parcerias e Cooperação
O trabalho em rede e em parceria é uma das marcas que caracteriza a ATC na relação com a
comunidade e na relação com os diferentes parceiros em diversos níveis de intervenção. Desta
forma, em 2016 mantivemos uma atitude participativa e interventiva nas diferentes redes de
trabalhos, nomeadamente:
a) Na Rede Social do Concelho de Vila Nova de Famalicão e na CSI Freguesias – Joane, Mogege,
Vermoim e Pousada de Saramagos;
b) Na plataforma Intermunicipal de Educação e Formação do concelho de Vila Nova de
Famalicão;
e) Na plataforma Famalicão Inclusivo;
d) Parcerias com o Agrupamento de Escola Padre Benjamim Salgado, com a Escola Secundária
D. Sancho, em Vila Nova de Famalicão e com a Associação de Pais da mesma escola.
f) Estabelecemos pontualmente parcerias com empresa quer formal, quer informalmente
para a realização de atividades pontuais;
h) Estabelecemos parcerias com escolas para a realização de estágios académicos;
540612
N.º de horas
2015 2016
50
10.8. Bolsa de Voluntariado
Embora o funcionamento da bolsa de voluntariado assuma uma configuração informal, a ATC
conta com a participação de voluntários para a concretização as suas atividades. Desde logo
os dirigentes da ATC, a participação de 9 voluntários nas atividades do colégio, o envolvimento
de 5 voluntários nas atividades da residência ATC, de 3 voluntários nas atividades da Casa de
Acolhimento Residencial, 1 voluntário nas atividades da USDD e a participação de um alargado
número de voluntários nas atividades do desporto, em particular no Famalicão Joane.
54
11. Orçamento - Introdução
A gestão das organizações do terceiro setor, exige, cada vez mais um esforço de controlo, de
rigor e de criatividade na busca de novos recursos e de novos mecanismo de sustentabilidade
organizacional. Hoje, somos confrontados com elevado níveis de exigência dos clientes, dos
organismos da tutela, através da produção de legislação complexa e de aplicação obrigatória,
acrescentando a necessidade de novos recursos e de rácios de pessoal extramente elevados
em cada resposta ou serviço que desenvolvemos. A ATC está também integrada neste quadro
de grande complexidade e exigência, acrescido das responsabilidades com os banco
decorrentes das obras realizadas no Colégio ATC e do natural recursos à banca. No entanto, o
esforço empreendido tem permitido o cumprimento integral de todas as obrigações da ATC,
embora com alguma dificuldade e com um esforço que é também partilhado pelos nosso
parceiros, em particular pelos nossos fornecedores.
Os resultados que apresentamos nos próximos pontos dão conta e do que afirmamos neste
nota introdutória e dão uma visão realista do contexto atual da ATC, no que concerne à sua
gestão e às decisões de gestão tomadas ao longo d tempo.
11.1. Resultados de 2016
A previsão orçamental para 2016 apontava para um valor global de gastos e ganhos de
1.793.613,47€, traduzindo-se num resultado final neutro. No entanto, da execução
orçamental do ano de 2016, verificamos os seguintes resultados:
a) Em termos de gastos globais 1.854.086,32 €, isto é, um valor superior em 3% face ao
estimados no domínio dos gastos.
b) No que concerne aos ganhos, o valor projetado estava em linha com os gastos projetados,
isto é, 1.793.613,47€. No entanto, assistimos a uma execução de 1.845.940,53€, ou seja,
um desvios de 3%, tal como aconteceu nos gastos.
c) Importa clarificar que este desvio de 3% assenta em duas rúbricas principais nos gastos
está associada aos custos com os recursos humanos que, apresenta face ao orçamentado
um aumento de 2% e no fornecimento de serviços externos apresenta, também, um
aumento de 15%.
d) Em termos dos ganhos, como referimos anteriormente os valores apontam um desvio de
3% face ao orçamentado, suportados no aumento das vendas e prestações de serviço na
ordem dos 10%, face ao valor orçamentado para 2016.
e) O resultado líquido do exercício apresenta um valor negativo de 8.145,79€, isto é, um valor
inferior a 1% dos valores transacionados ao longo do ano de 2016.
Após uma análise global dos resultados, destacamos de seguida alguns dados que nos
parecem pertinentes para uma avaliação mais cuidada dos resultados.
55
11.2. Análise dos resultados
Relativamente às responsabilidades financeiras decorrentes dos empréstimos contraídos,
verificava-se no final do ano a utilização de 67.000€ da Conta Corrente Caucionada, um valor
superior em 8.000€ face a 2015. O valor de 342.497,56€ relativo aos empréstimos da Casa das
Fontes e das Obras de Remodelação do Colégio ATC e o valor de 23.697,64€ relativo ao leasing
das carrinhas. Ao longo de 2016 foram amortizados 27.004.25€ relativos à Casa das Fontes,
liquidando o empréstimo. Amortizamos 8.823,53€ relativos ao empréstimo contraído em
2015. Amortizamos 26.470,59€ relativos ao terreno e às obras realizadas no Colégio ATC,
assim como 6.709,71€ relativos aos leasings das carrinhas adquiridas em 2014, representando
um esforço financeiro significativo por parte da ATC e o inevitável atraso no pagamento aos
fornecedores.
A situação dos valores em dívida para com os Fornecedores é uma das grandes preocupações
da ATC, tendo ao longo de 2016 um acréscimo de cerca de 11% no valor de 21.418,60€,
representando um valor total a 31 de dezembro de 217.731,39€. Realçamos que cerca de 50%
deste valor centra-se em cerca de 8 fornecedores aos quais a ATC paga mensalmente os
valores em causa.
Relativamente aos gastos destacamos o seguinte:
Rúbrica 2015 2016 Diferença
61. CMVMC 160 398,27 € 150 378,89 € - 10 019,38 €
62. FSE 453 541,60 € 503 421,33 € 49 879,73 €
63. Pessoal 1 033 083,82 € 1 068 716,57 € 35 632,75 €
64. Depreciações e amortizações 110 910,83 € 110 316,31 € - 594,52 €
69. Gastos Financiamento 22 022,16 € 19 713,70 € - 2 304,46 €
8%
27%
58%
6%
1%
Distribuição dos Gastos
61. CMVMC 62. FSE
63. Pessoal 64. Depreciações e amortizações
68. Outros Gastos 69. Gastos Financiamento
56
a) Verificamos que os custos de Mercadorias Vendidas e Matérias Consumidas assumem
um peso de 8% dos gastos, um valor inferior em 1% face ao ano de 2015, devido à
restituição de 50% do valor do IVA nos produtos alimentares, Nesta rúbrica, assistiu-se,
assim a uma redução 7%, pelos motivos que referimos anteriormente.
b) O Fornecimento de Serviços Externos, representa 27% dos gastos globais da ATC, um valor
superior em 1% face a 2015. Face ao ano anterior constatou-se um aumento de
49.879,73€, representando um aumento próximo dos 10%. Esta situação é justificada pelo
aumento dos valores nas contas de conservação e reparação, numa percentagem de cerca
de 12% face a 2015 e da Encargos com Utentes, nomeadamente na realização de
atividades, conta que teve uma aumento muito próximo dos 44%, assim como os valores
relativos à Educação, Saúde e Transportes com utentes que teve um aumento global de
59%, muito justificada pelo apoio prestado no âmbito da Casa de Acolhimento Residencial
às crianças e jovens em risco.
c) Quanto aos Recursos Humanos da ATC, custos inscritos na Rúbrica 63 Gastos com Pessoal
assistimos a um aumento de 3,5%, num valor de 35.632,75€, resultado das contratações
efetuadas em 2015 e 2016 como forma de reforçar as equipas técnicas e o quadro de
recursos humanos afetos a cada resposta e serviço da ATC. Acresce a este fator o aumento
dos salários realizado em 2016 e o aumento do salário mínimo nacional. O peso desta
rúbrica é de 58%, tal como no ano anterior.
d) No que concerne aos Gastos de Financiamento, que apresenta uma valor muito residual
nos gastos globais da ATC, isto é, 1% do valor global dos gastos. Em 2016 assistimos a uma
redução de 12%, num valor de 2.308,46€ fruto da amortização dos empréstimos e da
liquidação do empréstimo relativo à Casa das Fontes, realizado em setembro de 2016.
Relativamente aos ganhos evidenciamos o seguinte:
Rúbrica 2015 2016 Desvios
72. Vendas e Prestações de Serviço 529 912,09 € 545 850,22 € 15 938,13 €
75. Subsídios e Doações 972 952,50 € 989 664,41 € 16 711,91 €
78. Outros Rendimentos 206 411,41 € 215 896,32 € 9 484,91 €
57
a) Na rúbrica Vendas e Prestações de Serviço, assistimos a um aumento de 3%, face ao
ano de 2015, para um valor de 545.850,22€. Este aumento é muito significativo face
ao que a ATC tinha projetado inicialmente para 2016, dado que a ATC tinha definido
para esta rúbrica o valor de 495.160,67€, ou seja, verificamos um aumento de
50.689,35€, numa percentagem muito próxima dos 10%. Esta rúbrica tem um peso
percentual de 31% face ao valor global de ganhos, tendo aumentado 3% face a 2015.
b) Quanto aos Subsídios, Doações e Legados à Exploração que representam globalmente
uma percentagem de 57% dos valores dos ganhos da ATC em 2016. Esta rúbrica tem
como fator preponderante os valores transferidos pela Segurança Social relativos aos
acordos de cooperação e face a 2015 tem um aumento de 16.711.91€, ou seja, cerca
de 2%.
c) Quanto aos Outros Rendimentos e Ganhos, que representa 12% dos ganhos da ATC,
destacamos uma redução de 5% face a 2015, no peso orçamental deste valor. Nesta
rúbrica e face a 2015 um aumento de 9.484,91€, representando uma percentagem de
4%, também resultantes da realização das atividades, tal como referido no
Fornecimento de Serviços Externos.
31%
57%
12%
Distribuição dos Ganhos
72. Vendas e Prestações de Serviço 75. Subsídios e Doações
78. Outros Rendimentos
58
11.3. Demonstração individual dos resultados por naturezas
RENDIMENTOS E GASTOS PERIODOS
2015 2016
Vendas e serviços prestados 529 912,09 545 850,22 Subsídios à exploração 972 952,50 989 664,41 Ganhos/perdas imputados de subsidiárias, associadas e empreendimentos conjuntos 0,00 0,00 Variação nos inventários da produção 0,00 0,00 Trabalhos para a própria entidade 0,00 0,00 Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas 160 398,27 150 378,89 Fornecimentos e serviços externos 453 541,60 503 421,33 Gastos com o pessoal 1 033 083,82 1 068 716,57 Ajustamentos de inventários (perdas/reversões) 0,00 0,00 Imparidade de dívidas a receber (perdas/reversões) 0,00 0,00 Provisões (aumentos/reduções) 0,00 0,00 Imparidade de investimentos não depreciáveis/amortizáveis (perdas/reversões) 0,00 0,00 Aumentos/reduções de justo valor 0,00 0,00 Outros rendimentos e ganhos 206 411,41 215 896,32 Outros gastos e perdas 11 659,19 1 539,52
Resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos 50 593,12 27 354,64
Gastos/reversões de depreciação e de amortização 27 300,16 15 786,73 Imparidade de investimentos depreciáveis/amortizáveis (perdas/reversões) 0,00 0,00
Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) 23 292,96 11 567,91
Juros e rendimentos similares obtidos 0,00 0,00 Juros e gastos similares suportados 22 022,16 19 713,70
Resultado antes de impostos 1 270,80 -8 145,79
Imposto sobre o rendimento do período 0,00 0,00
Resultado líquido do período 1 270,80 -8 145,79
60
Índice 1. Mensagem da Direção 4
1. ATC - Introdução 6
2. Orientações Estratégicas ATC 2015-2020 7
3. Perspetivas de Valor 8
4. Cultura - Introdução 12
4.1. Curso de Teatro 12
4.2. Comemoração dos 20 anos do CCJJ 12
5. Desporto - Introdução 16
5.1. Resultados de 2016 17
5.2. Academia de Basquetebol 17
5.3. Fit Club ATC 18
6. Colégio - Introdução 22
6.1. Resultados de 2016 23
7. Casa de Acolhimento Residencial - Introdução 26
7.1. Resultados de 2016 28
8. Residência – Introdução 36
8.1. Resultados de 2016 37
9. USDD - Introdução 42
9.1. Resultados de 2016 43
10. Inovação e Sustentabilidade - Introdução 48
10.1. Comemorações dos 40 anos da ATC 48
10.2. Quinta Pedagógica 48
10.3. Centro de Formação ATC - Formação Financiada e Não Financiada 48
10.4. Sistema de Gestão da Qualidade 48
10.5. PCAAC – Programa de Ajuda Alimentar a Carenciados 49
10.6. Trabalho Socialmente Útil 49
10.7. Redes, Parcerias e Cooperação 49
10.8. Bolsa de Voluntariado 50
11. Orçamento - Introdução 54
11.1. Resultados de 2016 54
11.2. Análise dos resultados 55
11.3. Demonstração individual dos resultados por naturezas 58