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Relatório de Estágio ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NA SECRETARIA DE COORDENAÇÃO, PLANEJAMENTO E MEIO AMBIENTE DA PREFEITURA MUNICIPAL DE ROSÁRIO DO SUL-RS Acadêmico Daltro Cezar Gerard Rodrigues CURSO DE ENGENHARIA FLORESTAL São Gabriel, RS, Brasil Outubro de 2013

Relatório de Estágio ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NA

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Page 1: Relatório de Estágio ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NA

Relatório de Estágio

ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NA SECRETARIA DE

COORDENAÇÃO, PLANEJAMENTO E MEIO AMBIENTE DA

PREFEITURA MUNICIPAL DE ROSÁRIO DO SUL-RS

Acadêmico

Daltro Cezar Gerard Rodrigues

CURSO DE

ENGENHARIA FLORESTAL

São Gabriel, RS, Brasil

Outubro de 2013

Page 2: Relatório de Estágio ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NA

2

Universidade Federal do Pampa

Campus São Gabriel

Curso de Engenharia Florestal

A Comissão Examinadora, abaixo assinada,

aprova o Relatório de Estágio

ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NA SECRETARIA DE

COORDENAÇÃO, PLANEJAMENTO E MEIO AMBIENTE DA

PREFEITURA MUNICIPAL DE ROSÁRIO DO SUL-RS

elaborado por

Daltro Cezar Gerard Rodrigues

como requisito parcial para obtenção do grau de

Graduado em Engenharia Florestal

COMISSÃO EXAMINADORA:

______________________________

Prof. Dr. Italo Filippi Teixeira (Presidente/Orientador)

______________________________

Prof. Dr. Igor Poletto

______________________________ Profª. Mª. Daniela Silva Lilge

São Gabriel, Outubro de 2013.

Page 3: Relatório de Estágio ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NA

3

AGRADECIMENTO

Agradeço a Deus por me dar saúde e proteção.

Agradeço a minha esposa Irma, minhas filhas Mônica e Maira e ao meu

filho Márcio pela força e incentivo em todos os momentos.

Agradeço aos meus pais Osvaldo e Teresinha por terem me colocado no

mundo e terem me apoiado por todos estes anos.

A todos os meus professores pelo ensino e amizade, em especial ao

Prof. Dr. Italo Filippi Teixeira pela orientação e apoio para que eu realizasse

este trabalho.

A Prefeitura Municipal de Rosário do Sul, especialmente o Departamento

Municipal de Meio Ambiente e sua equipe técnica pela colaboração e

disponibilização do espaço para a realização do estágio.

Aos meus colegas pela amizade e convivência durante todo o curso.

Enfim, agradeço a todos que, de alguma forma ou de outra contribuíram

para minha formação acadêmica.

Page 4: Relatório de Estágio ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NA

4

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

FIGURA 01 – Mapa do Rio Grande do Sul com a localização do município de

Rosário do Sul...............................................................................10

FIGURA 02 - Castanheira com solicitação de corte ........................................17

FIGURA 03 - Árvores de grande porte inclinadas sobre imóvel........................19

FIGURA 04 - Melia azedarach comprometendo a segurança de casas............19

FIGURA 05 - Enterolobium contortisiliquum em uma residência.......................19

FIGURA 06 - Figueira centenária sobre a calçada. ..........................................20

FIGURA 07 - Schinus molle no quintal de uma residência ......................................20

FIGURA 08 - Espécies plantadas muito próximas............... .............................21

FIGURA 09 - Árvores cobrindo a sinalização ..................................................21

FIGURA 10 - Jacarandás na rua João Brasil.....................................................23

FIGURA 11– Uva do Japão com a copa em desequilíbrio.................................23

FIGURA 12.a - Jacarandá-mimoso com ramos na parte superior.....................23

FIGURA 12.b - Cinamomo com poda total .............................................23

FIGURA 13 - Combinações de Yucca elephantipes com Melia azedarach ......24

FIGURA 14 -Yucca elephantipes modificando o visual ................................24

FIGURA 15 - Butia captata junto com Jacaranda mimosaefolia ......................25

FIGURA 16 - Handroanthus sp. com Morus sp., ..............................................25

FIGURA 17.a – Platanus x acerifolia na praia ..................................................26

FIGURA 17.b - Platanus x acerifolia formando “túnel verde”............................26

FIGURA 18 - Erythrina crista-galli no camping da praia....................................26

FIGURA 19.a - Platanus x acerifolia com parasitas...........................................27

FIGURA 19.b -. Platanus x acerifolia com parasitas ........................................27

FIGURA 20 - Problemas com o lixo ................................................................28

FIGURA 21 - Lixo descartado em terreno baldio...............................................29

FIGURA 22 - Vista lateral do aterro sanitário ................................................29

FIGURA 23 - Vista sobre o aterro sanitário .....................................................30

FIGURA 24 - Licenciamento de pedreira .........................................................31

FIGURA 25 - Estrada vicinal .............................................................................31

FIGURA 26 - Produção de cítricos ...................................................................32

FIGURA 27 - Cítricos prontos para comercialização .......................................32

Page 5: Relatório de Estágio ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NA

5

LISTA DE ANEXOS

ANEXO 01 – Croqui demonstrativo da arborização existente na área de

estacionamento da Praia das Areias Brancas...............................34

ANEXO 02 - Croqui da área de camping da Praia das Areias Brancas............35

Page 6: Relatório de Estágio ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NA

6

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO..................................................................................................7

2 ORGANIZAÇÃO .............................................................................................9

2.1 Caracterização do município de Rosário do Sul.........................................9

2.2 Estrutura político-administrativa. .............................................................10

2.3 Instrumentos legais e administrativos .....................................................11

2.3.1 Legislação Federal..............................................................................11

2.3.2 Legislação Municipal...........................................................................14

2.4 Serviços.....................................................................................................16

3 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS .................................................................18

3.1 Gestão das áreas verdes e arborização urbana.......................................18

3.1.1 Supressão e podas de árvores ..........................................................18

3.1.2 Plantio e controle da arborização urbana .........................................21

3.1.3 Inventário da arborização das principais ruas ...................................22

3.1.4 Mapeamento da arborização na Praia das Areias Brancas................25

3.2 Gerenciamento dos Resíduos Urbanos.....................................................27

3.2.1 Aterro Sanitário Municipal...................................................................29

3.3 Concessão de Licenciamentos Ambientais ..............................................30

4 AVALIAÇÃO DO ESTÁGIO...........................................................................33

5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................................................34

Page 7: Relatório de Estágio ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NA

7

1 INTRODUÇÃO

Faz alguns anos que a questão ambiental ganhou espaço na mídia para

difundir um alerta de conscientização das populações e ao mesmo tempo

tornou-se uma preocupação a nível mundial dos governantes e líderes do

Planeta, já que está relacionada aos problemas globais que envolvem a

natureza, tais como: desmatamentos, queimadas, uso descontrolado e

contaminação dos recursos hídricos, uso inadequado do solo, entre outros.

Assim, sabendo-se que as causas das agressões à natureza são de

ordem política, econômica e cultural, a preocupação atual com o meio

ambiente obriga os municípios a agirem através de ações preventivas e

corretivas, que ao mesmo tempo possibilitem um desenvolvimento social justo

e uma melhor qualidade de vida em todos os aspectos.

Nesse sentido, observa-se o quanto a gestão do “meio ambiente urbano”

é necessária e fundamental para os processos de planejamento e organização

dos espaços físicos municipais. Porém, tal gestão deve ter como base os

princípios ecológicos, sociais e econômicos, e estar em conformidade com as

necessidades e desejos da sociedade.

De uma forma genérica, considera-se como “meio ambiente urbano” o

espaço público em que há significativas alterações pela ação humana, ou seja,

existe exploração de forma direta ou indireta do solo urbano com calçadas,

prédios, praças, ruas, avenidas, parques, etc.

A relação entre desenvolvimento e meio ambiente se dá a partir da

dinâmica de uso e distribuição espacial da área territorial de uma cidade, sendo

de competência do poder público o estabelecimento de leis e diretrizes que

possam orientar e organizar a ocupação da mesma.

Dentro dessa realidade, associada ao crescimento urbano acelerado,

cabe aos administradores públicos a responsabilidade de promover a

fiscalização e o controle das áreas verdes e as posturas ambientais, bem como

a do cidadão em proteger e zelar os recursos ambientais, assegurando o direito

da sociedade a uma vida saudável, e também dos atos danosos e lesivos a

fauna e flora.

Hoje em dia, arborização urbana constitui uma das mais relevantes

atividades da gestão urbana, devendo fazer parte dos planos, projetos e

programas urbanísticos das cidades. Assim, todo o complexo arbóreo de uma

Page 8: Relatório de Estágio ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NA

8

cidade, quer seja plantada ou natural, compõe em termos globais a sua área

verde.

Do mesmo modo, as posturas urbanas ambientais são instrumentos de

suma importância no que tange a manutenção do equilíbrio ambiental. Tais

medidas têm por objetivo instituir normas disciplinadoras acerca do uso e da

preservação dos recursos naturais, visando o controle e monitoramento das

atividades causadoras de degradação ambiental, em especial as ações

consideradas de impacto local.

De acordo com os argumentos citados anteriormente, o presente

trabalho teve por objetivo apresentar um relato das atividades efetuadas no

âmbito florestal e ambiental na cidade de Rosário do Sul, através do

acompanhamento das ações desenvolvidas no Departamento Municipal de

Meio Ambiente.

Page 9: Relatório de Estágio ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NA

9

2 ORGANIZAÇÃO

O presente estágio foi realizado na Prefeitura Municipal de Rosário do

Sul, Estado do Rio Grande do Sul, sendo as atividades realizadas

especificamente no Departamento de Meio Ambiente, órgão ligado à Secretaria

de Coordenação, Planejamento e Meio Ambiente.

No município de Rosário do Sul as questões ambientais, em especial as

atividades relacionadas ao controle das áreas verdes, a aplicação das posturas

urbanas ambientais locais e os Licenciamentos Ambientais para o cumprimento

da nova legislação são de responsabilidades do Departamento de Meio

Ambiente.

Atualmente, este Departamento é composto por um Secretário Municipal

que é responsável por todas as atividades realizadas, uma Engenheira

Florestal, um Engenheiro Agrônomo, uma Bióloga e outros funcionários que

desempenham diversas funções. Dessa forma, realizam atividades com o

intuito de coordenar e desenvolver ações em conjunto com a comunidade,

visando o desenvolvimento econômico, a proteção ambiental e o bem estar

social e o cumprimento da Legislação Ambiental vigente.

2.1 Caracterização do município de Rosário do Sul

Emancipado em 19 de abril de 1876, o município de Rosário do Sul está

localizado na Fronteira Oeste, Metade Sul do Rio Grande do Sul, distando 386

km de Porto Alegre, capital do Estado do Rio Grande do Sul, pela BR 290

(CNM, 2011).

A cidade está situada entre as coordenadas geográficas: 30° 14′ 36″

latitude Sul e 54° 55′ 18″ de longitude Oeste, possuindo a extensão territorial de

4.369,657 Km². A população total de Rosário do Sul é de 39.751 habitantes,

sendo 34.938 (87,9%) residentes na cidade e 4.813 (12,1%) no campo (IBGE,

2011). A baixa porcentagem populacional na área rural da cidade de Rosário

do Sul e demais cidades da região é justificada pela forte presença de grandes

propriedades rurais, com extensas áreas utilizadas para pecuária e agricultura.

Page 10: Relatório de Estágio ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NA

10

O município é banhado pelos rios Santa Maria, Ibicuí da Armada e ainda

os arroios Caverá, Caverazinho, Touro-Passo, Vacaquá e outros. Quanto ao

relevo, destaca-se a Coxilha de Santana conhecida, como Serra do Caverá.

O município de Rosário do Sul estabelece limites geopolíticos com os

municípios de São Gabriel, Cacequi, Alegrete, Quaraí, Santana do Livramento

e Dom Pedrito. (IBGE, 2011).

A localização do município de Rosário do Sul pode ser visualizada na

Figura 1.

Figura 01- Localização do Município de Rosário do Sul, Rio Grande do Sul. Fonte: SILVEIRA et al, (2009)

Os valores econômicos gerados no município de Rosário do Sul são

oriundos dos setores da indústria, comércio e serviços através da compra de

insumos, venda de produtos de origem animal e vegetal e beneficiamentos em

geral. Atualmente, a economia é baseada na atividade agropecuária e

agroflorestal, com lavouras temporárias (arroz, soja, milho); pecuária,

desenvolvida em grandes extensões de terra; da fruticultura e do setor florestal

em menor escala (SILVEIRA et al., 2009).

Page 11: Relatório de Estágio ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NA

11

2.2 Estrutura político-administrativa

A estrutura político-administrativa do departamento responsável pela

gestão pública ambiental da cidade de Rosário do Sul é constituída pelos

seguintes agentes:

Prefeitura Municipal de Rosário do Sul

Localização: Rua Amaro Souto, 2203 - Centro - Rosário do Sul / RS

CNPJ: 88.138.292.001/74

Fone/Fax: (55) 3231 2844 – (55) 3231 2852

Site: www.prefeituraderosario.com.br

E-mail: [email protected]

Prefeito Municipal: Luis Henrique Oliveira Antonello

Vice-Prefeita: Zilaze Argemi Rossignolo

Secretário Municipal de Coordenação Planejamento e Meio Ambiente:

Luciana Ferrari Silveira Flores

Chefe do departamento de Meio Ambiente: Engenheira Florestal Ana

Carla de Oliveira Gindri CREA/RS

Responsáveis pelo Licenciamento Ambiental Municipal:

Engenheiro Agrônomo Alessandro de Ávila Noal CREA/RS 150127;

Bióloga Letícia Souto de Freitas CRBIO 81018/03D.

COMAM - Conselho Municipal de Meio Ambiente de Rosário do Sul

2.3 Instrumentos legais e administrativos

2.3.1 Legislação Federal

Lei Complementar Nº 140, De 8 de dezembro de 2011

Fixa normas, nos termos dos incisos III, VI e VII do caput e do parágrafo

único do art. 23 da Constituição Federal, para a cooperação entre a União, os

Estados, o Distrito Federal e os Municípios nas ações administrativas

decorrentes do exercício da competência comum relativas à proteção das

paisagens naturais notáveis, à proteção do meio ambiente, ao combate à

poluição em qualquer de suas formas e à preservação das florestas, da fauna

Page 12: Relatório de Estágio ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NA

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e da flora; e altera a Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981.

Art. 9o São ações administrativas dos Municípios:

I - executar e fazer cumprir, em âmbito municipal, as Políticas Nacional e

Estadual de Meio Ambiente e demais políticas nacionais e estaduais

relacionadas à proteção do meio ambiente;

II - exercer a gestão dos recursos ambientais no âmbito de suas

atribuições;

III - formular, executar e fazer cumprir a Política Municipal de Meio

Ambiente;

IV - promover, no Município, a integração de programas e ações de

órgãos e entidades da administração pública federal, estadual e municipal,

relacionados à proteção e à gestão ambiental;

V - articular a cooperação técnica, científica e financeira, em apoio às

Políticas Nacional, Estadual e Municipal de Meio Ambiente;

VI - promover o desenvolvimento de estudos e pesquisas direcionados à

proteção e à gestão ambiental, divulgando os resultados obtidos;

VII - organizar e manter o Sistema Municipal de Informações sobre Meio

Ambiente;

VIII - prestar informações aos Estados e à União para a formação e

atualização dos Sistemas Estadual e Nacional de Informações sobre Meio

Ambiente;

IX - elaborar o Plano Diretor, observando os zoneamentos ambientais;

X - definir espaços territoriais e seus componentes a serem

especialmente protegidos;

XI - promover e orientar a educação ambiental em todos os níveis de

ensino e a conscientização pública para a proteção do meio ambiente;

Page 13: Relatório de Estágio ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NA

13

XII - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas,

métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e

o meio ambiente, na forma da lei;

XIII - exercer o controle e fiscalizar as atividades e empreendimentos

cuja atribuição para licenciar ou autorizar, ambientalmente, for cometida ao

Município;

XIV - observadas as atribuições dos demais entes federativos previstas

nesta Lei Complementar, promover o licenciamento ambiental das atividades

ou empreendimentos:

a) que causem ou possam causar impacto ambiental de âmbito local,

conforme tipologia definida pelos respectivos Conselhos Estaduais de Meio

Ambiente, considerados os critérios de porte, potencial poluidor e natureza da

atividade; ou

b) localizados em unidades de conservação instituídas pelo Município,

exceto em Áreas de Proteção Ambiental (APAs);

XV - observadas as atribuições dos demais entes federativos previstas

nesta Lei Complementar, aprovar:

a) a supressão e o manejo de vegetação, de florestas e formações

sucessoras em florestas públicas municipais e unidades de conservação

instituídas pelo Município, exceto em Áreas de Proteção Ambiental (APAs); e

b) a supressão e o manejo de vegetação, de florestas e formações

sucessoras em empreendimentos licenciados ou autorizados, ambientalmente,

pelo Município.

Page 14: Relatório de Estágio ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NA

14

2.3.2 Legislação Municipal

Lei Complementar Nº 002, de 10 de outubro de 2006.

Institui o plano diretor de desenvolvimento municipal de Rosário do Sul

estabelecendo princípios, objetivos, diretrizes e proposições de

desenvolvimento.

Art. 27. Da qualificação ambiental

São objetivos da Política Ambiental Municipal qualificar o território

municipal, através da valorização do Patrimônio Ambiental, promovendo suas

potencialidades e garantindo sua perpetuação, e da superação dos conflitos

referentes à poluição e degradação do meio ambiente e saneamento

Parágrafo único. O Patrimônio Ambiental abrange:

I – patrimônio cultural: conjunto de bens imóveis de valor significativo -

edificações isoladas ou não, parques urbanos e naturais, praças, sítios e

paisagens, assim como manifestações culturais - tradições, práticas e

referências, denominados de bens intangíveis -, que conferem identidade a

estes espaços;

II – patrimônio natural: os elementos naturais ar, água, solo e subsolo, fauna,

flora, assim como as amostras significativas dos ecossistemas originais

indispensáveis à manutenção da biodiversidade ou à proteção das espécies

ameaçadas de extinção, as manifestações fisionômicas que representam

marcos referenciais da paisagem, que sejam de interesse proteger, preservar

e conservar a fim de assegurar novas condições de equilíbrio urbano,

essenciais à sadia qualidade de vida.

Art. 28. Constituem diretrizes da Política Ambiental Municipal:

I - implementar as diretrizes contidas na Política Nacional do Meio Ambiente,

Política Nacional de Recursos Hídricos, Política Nacional de Saneamento,

Programa Nacional de Controle da Qualidade do Ar, Lei Orgânica do Município

e demais normas correlatas e regulamentares da legislação federal e da

legislação estadual, no que couber;

Page 15: Relatório de Estágio ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NA

15

II - proteger e recuperar o meio ambiente e a paisagem urbana;

IV - pesquisar, desenvolver e fomentar a aplicação de tecnologias orientadas

ao uso racional e à proteção dos recursos naturais;

V - ampliar as áreas integrantes do Sistema de Áreas Verdes do Município;

VI - incentivar a adoção de hábitos, costumes, posturas, práticas sociais e

econômicas que visem à proteção e restauração do meio ambiente;

VII - preservar os ecossistemas naturais e as paisagens notáveis;

IX - garantir a produção e divulgação do conhecimento sobre o meio ambiente

por um sistema de informações integrado.

X - habilitar o Município para licenciamento ambiental junto a Secretaria

Estadual do Meio Ambiente - SEMA, conforme estabelecido na Resolução

CONAMA 237/1997, atendendo aos requisitos constantes na Resolução

CONSEMA N.º 102/2005;

XII - implantar parques dotados de equipamentos comunitários de lazer,

desestimulando invasões e ocupações indevidas;

XIII - controlar a atividade de mineração e dos movimentos de terra no

Município e a exigência da aplicação de medidas mitigadoras de seus

empreendedores;

XVI - Não permitir a pulverização aérea de agrotóxicos nas plantações

localizadas a menos de 500 metros de áreas povoadas;

XVII - promover a educação ambiental como instrumento para sustentação das

políticas públicas ambientais, buscando a articulação com as demais políticas

setoriais;

XVIII - promover a qualidade ambiental e o uso sustentável dos recursos

naturais, por meio do planejamento e do controle ambiental;

XIX - incorporar às políticas setoriais o conceito da sustentabilidade e as

abordagens ambientais;

XXI - garantir a proteção da cobertura vegetal existente no município e a

proteção das áreas de interesse ambiental e a diversidade biológica natural;

XXVIII - conscientizar a população quanto à correta utilização da água;

XXIX - proteger os cursos e corpos d’água do município, suas nascentes e

matas ciliares;

XXXIII - elaborar e implementar sistemas eficientes de gestão de resíduos

sólidos, garantindo a ampliação da coleta seletiva de lixo e da reciclagem, bem

Page 16: Relatório de Estágio ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NA

16

como a redução da geração de resíduos sólidos;

XXXV - garantir a participação efetiva da comunidade visando ao combate e

erradicação dos despejos indevidos e acumulados de resíduos em terrenos

baldios, logradouros públicos, pontos turísticos, rios, canais, valas e outros

locais.

Art. 38. Diretrizes da Política de Paisagem Urbana

I - garantir o direito do cidadão à fruição da paisagem;

II - garantir a qualidade ambiental do espaço público;

III - garantir a possibilidade de identificação, leitura e apreensão da paisagem

e de seus elementos constitutivos, públicos e privados, pelo cidadão;

IV - assegurar o equilíbrio visual entre os diversos elementos que compõem a

paisagem urbana;

V - favorecer a preservação do patrimônio cultural e ambiental urbano;

VI - disciplinar o uso do espaço público pelo setor privado, em caráter

excepcional, subordinando-o a projeto urbanístico previamente estabelecido,

segundo parâmetros legais expressamente discriminados em lei.

VII - disciplinar o ordenamento dos elementos componentes da paisagem

urbana, assegurando o equilíbrio visual entre os diversos elementos que a

compõem, favorecendo a preservação do patrimônio cultural e ambiental.

2.4 Serviços

Em Rosário do Sul o Departamento de Meio Ambiente é o órgão

responsável pela gestão ambiental municipal, incluindo a fiscalização,

implantação e manutenção das áreas verdes. Vale salientar que, em função do

número reduzido de funcionários do departamento, muitas ações são

executadas em conjunto com outras secretarias, como por exemplo, a

Secretaria Municipal de Obras, além do apoio de entidades não

governamentais que trabalham em prol do desenvolvimento da cidade.

Desse modo, podem-se citar as seguintes atividades realizadas pelo

Departamento de Meio Ambiente.

Aplicar e fiscalizar as práticas urbanas ambientais (limpeza de

Page 17: Relatório de Estágio ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NA

17

propriedade urbana evitando o acúmulo de lixo em terrenos baldios e/ou

habitados);

Coordenar, controlar e monitorar a execução da política de áreas

verdes e de arborização do município, sendo responsável pela emissão

de notificações em caso de irregularidades;

Autorizar e coordenar, quando necessário o corte e a poda de árvores

com base em laudos técnicos (Figura 02) e efetuar a retirada dos

troncos, galhos e folhas através de veículos da Secretaria de Obras;

Elaborar e coordenar a execução de projetos de arborização e o

ajardinamento com fins ecológicos e paisagísticos;

Elaborar planos de recuperação e restauração de matas nativas

localizadas no município;

Fiscalizar as atividades impactantes em árvores nas vias públicas, nas

praças, nos jardins e nos parques públicos do município;

Acompanhar e controlar a coleta de resíduos sólidos urbanos, embora a

atividade ocorra de forma terceirizada;

Gerenciar e monitorar a área de instalação do aterro sanitário municipal,

bem como desenvolver ações voltadas ao reaproveitamento e

reciclagem de resíduos industriais.

Figura 02 – Castanheira com solicitação de corte para construção de imóvel.

Page 18: Relatório de Estágio ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NA

18

3 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

3.1 Gestão das áreas verdes e arborização urbana

A gestão da arborização urbana na cidade de Rosário do Sul é

atribuição do Departamento Municipal de Meio Ambiente que desenvolve as

atividades de planejamento, manejo e controle das praças públicas, avenidas,

canteiros e de alguns parques municipais, sendo que para a efetivação dos

serviços, conta com pessoal e equipamentos da Secretaria de Obras do

Município.

Os serviços necessários são realizados com base em análise e

diagnóstico prévios dos espaços urbanos, pelos quais se determinam a

necessidade de plantios, podas e supressão de árvores, sendo a avaliação

realizada por pessoal habilitado que atua no departamento.

Para que ocorra eficiência na manutenção da vegetação urbana, a

programação dos serviços necessários é orientada pelo registro das

solicitações, a partir do qual é programada vistoria técnica aos bairros, ocasião

em que é realizada a análise e a indicação da necessidade real de

intervenções nas árvores. Na diagnose técnica da arborização das ruas, as

árvores são analisadas individualmente, de modo a identificar a interferência

dos ramos com a rede aérea, luminárias e também com a circulação de

veículos e pedestres.

3.1.1 Supressão e podas de árvores

Os procedimentos referentes aos processos de solicitação de supressão

ou podas de árvores no município de Rosário do Sul são orientados por

diretrizes contidas no Plano Diretor de Desenvolvimento Municipal.

Os requerimentos de autorização para corte e remoção de árvores são

protocolados em processo administrativo exclusivo para esse fim, devendo

constar em anexo, além do endereço do imóvel, o nome completo do

responsável pela solicitação e o motivo do requerimento. Após a vistoria prévia

dos técnicos do Departamento de Meio Ambiente (vide Figuras 03, 04 e 05), foi

emitido o parecer do Departamento.

Page 19: Relatório de Estágio ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NA

19

Figura 03 – Árvores de grande porte inclinadas sobre imóvel urbano.

Figura 04 – Exemplar de Melia azedarach comprometendo a segurança de dois imóveis.

Figura 05 - Enterolobium contortisiliquum em uma residência.

As podas e supressões de árvores, tanto de domínio público (Figura 06)

quanto privado (Figura 07) pode ser considerado crime ambiental, segundo a

Page 20: Relatório de Estágio ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NA

20

Lei Federal 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, caso não tenha a autorização

prévia do Departamento Municipal de Meio Ambiental. A Lei 9.605/98 dispõe

sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades

lesivas ao meio ambiente.

Figura 06 – Figueira centenária na calçada, em frente a um imóvel residencial.

Figura 07 - Schinus molle no quintal de uma residência.

Sendo assim, após a realização do pedido de corte ou poda, a equipe

técnica realiza a vistoria e avalia a situação em que a árvore se encontra. Caso

seja autorizado o corte, o munícipe deve compensar o dano ambiental

plantando árvores nativas em outro lugar ou fazer a doação de mudas florestais

para organizações locais que tenham interesse em realizar o plantio, sendo o

Page 21: Relatório de Estágio ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NA

21

número de espécies estabelecido de acordo com uma tabela específica

fornecida pela Secretária Estadual do Meio Ambiente (SEMA).

3.1.2 Plantio e controle da arborização urbana

Em relação aos novos plantios realizados no meio urbano,

especialmente em calçadas, canteiros centrais e praças são recomendados e

analisados pelo responsável técnico do Departamento Municipal de Meio

Ambiente, levando em consideração aspectos como a largura de cada calçada

e canteiro, a existência ou não de rede elétrica, volume do tráfego de carros e a

presença/competição de árvores já existentes (Figura 08).

Figura 08 – Três espécies diferentes plantada por moradores muito próximas uma da outra.

Nós últimos anos, com crescimento da prática irregular da arborização

em vias públicas, geralmente por pessoas que desconhecem as técnicas,

muitos problemas ocorrem até hoje (Figura 09). Nesse sentido, com o propósito

de evitar novos transtornos, o departamento instituiu normas referentes à

determinação das espécies arbóreas possíveis de serem usadas e ao porte e

preparação dos locais de plantio, além de divulgar constantemente informativos

técnicos nos meios de comunicação local.

Page 22: Relatório de Estágio ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NA

22

Figura 09 – Diversas amoreiras sobre o canteiro central, cobrindo a placa indicativa.

Do mesmo modo, o departamento exerce o poder de fiscalização quanto

à utilização inadequada das árvores. São inúmeras as campanhas preventivas

e educativas para que a população preserve a vegetação, coibindo a colocação

de cartazes, anúncios, faixas ou suportes em árvores situadas em locais

públicos, bem como a aplicação de pregos e arames. Também ocorre a

orientação sobre evitar a pintura de troncos utilizando substâncias como a cal

virgem que interfere no contexto de visualização do tronco em sua forma e cor

naturais.

3.1.3 Inventário da arborização das principais ruas

Em conjunto com técnicos do Departamento Municipal de Meio

Ambiente, foi realizado um levantamento da arborização que compõem três

das principais avenidas da Cidade: General David Canabarro, João Brasil e

Voluntários da Pátria.

Assim como, de uma maneira geral, 90% da arborização existente nas

ruas onde foi efetuado o levantamento, apresentam os mesmos problemas do

restante da cidade, ou seja, árvores centenárias (Figura 10). Devido a idade, as

árvores apresentam inúmeros problemas, não só causados pela natureza como

pela ação do homem, seja por manejo mal executado (Figura 11), com mão-de-

obra despreparada e mal orientada e, às vezes, com ferramentas inadequadas

(Figura 12.a e 12.b).

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23

Figura 10 – Jacarandás na Rua João Brasil.

Figura 11– Exemplar de Uva do Japão na Rua Voluntários da Pátria com poda mal distribuída

(em um só lado).

Figuras 12 – a) Jacarandá-mimoso próximo à Escola Marçal Pacheco e b)Cinamomo na Rua Gen. Canabarro, próximo ao Forum.

b a

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Apesar das dificuldades acima citadas, algumas combinações de

árvores com espécies arbustivas parecem melhorar o efeito visual, como

testemunhado na Rua General Canabarro (Figuras 13 e 14), na Rua João

Brasil (Figura 15) e na Rua Voluntários da Pátria (Figura 16).

Figura 13- Combinações de Yucca elephantipes com Melia azedarach

Figura 14 -Yucca elephantipes

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Figura 15 - Butia captata junto com Jacaranda mimosaefolia

Figura 16 - Handroanthus sp. com Morus sp., no meio destes Syagrus romanzoffiana

3.1.4 Mapeamento da arborização na Praia das Areias Brancas

A Praia das Areias Brancas é o maior atrativo turístico da cidade de

Rosário do Sul. É uma área de lazer com grande concentração de pessoas nos

meses de verão, onde os visitantes procuram descontração e divertimento.

Possui uma grande extensão de areia com quadras de futebol e vôlei, amplo

estacionamento, calçadão para caminhadas, bares, área de camping com

churrasqueiras, e consequentemente, sombra de espécies arbóreas para

abrigar os freqüentadores. Sendo assim, a Administração Municipal não pode

descuidar-se da conservação desse ambiente e da vegetação existente. Foi

realizado um acompanhamento ao funcionário do Departamento de Meio

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Ambiente com o objetivo de fazer um inventário da vegetação existente na área

de estacionamento (anexo 01), assim como da área de camping (anexo 02).

Através deste inventário a Administração concluiu que a arborização,

predominantemente constituída de Platanus x acerifolia (Figuras 17.a e 17.b),

espécie exótica, necessita ser gradativamente substituída por serem

exemplares muito antigos, com problemas parasitários (Figuras 18, 19.a e

19.b), A proposta foi a substituição por espécies preferencialmente nativas, de

porte médio, com copa para formação de sombra e que não cause danos aos

veículos na área de estacionamento e às pessoas nos passeios.

Figuras 17 – a)Platanus x acerifolia. sobre o canteiro no estacionamento e b)vários

exemplares em forma de “ túnel verde”, dividindo o calçadão com a areia da praia .

Figura 18 - Erythrina crista-galli com problemas de fungos e parasitas.

a b

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Figuras 19.a e b - Platanus x acerifolia com infestação de parasitas conhecidas popularmente

como erva-de-passarinho .

3.2 Gerenciamento dos resíduos urbanos

O destino do lixo urbano é um problema que aflige não só o município de

Rosário do Sul, mas trata-se de uma preocupação global, principalmente em

cidades de grande porte, onde toneladas de lixo são recolhidas diariamente. O

recolhimento e descarte do lixo sólido recolhido no município, podemos afirmar,

sem exageros, tratar-se de uma das maiores “dores de cabeça” dos

administradores do município. A coleta é terceirizada e, os contratos para esse

tipo de serviço não podem ser interrompidos em hipótese alguma, sob pena de

causar um colapso com grandes repercussões (Figura 20). Por esse motivo e,

no caso dos municípios que devem obedecer às regras das Licitações

Públicas, quase sempre com demora em virtude da burocracia existente, tem

de recorrer aos contratos emergenciais para não interromper a coleta, até que

saia uma nova licitação.

a b

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Figura 20 – Problemas com o lixo espalhado por vandalismo e animais.

Em todas as cidades, muitas vezes em virtude da própria exclusão

social, surgiram os catadores, que, na verdade hoje são considerados

recicladores, pois a estes se uniram outros e até empresas especializadas em

reciclagem, que transformaram essa atividade em uma fonte de renda. Além

da coleta normal do lixo, começaram a surgir preocupações com lixo de maior

volume como: sofás, armários, máquinas de lavar, fogões, geladeiras, etc...,

que da noite para o dia passaram a surgir próximo às lixeiras ou, muitas vezes

em terrenos baldios (Figura 21). Sabe-se que atualmente, a aquisição de um

objeto novo, em muitos casos, é mais fácil e conveniente do que realizar o

conserto do antigo, principalmente em se tratando de eletrônicos. A fim de

evitar a ocorrência desse tipo de situação, a administração municipal resolveu

receber o lixo eletrônico em separado, assim considerado: computadores,

impressoras, televisores, rádios, etc, assim como celulares, baterias e pilhas.

Além disso, o município também orienta os munícipes quanto ao recolhimento

de lâmpadas fluorescentes, de vapor de mercúrio, de vapor de sódio, reatores

e células fotoelétricas que serão recolhidas por uma empresa de reciclagem de

fora do município.

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Figura 21– Lixo em terreno baldio do município de Rosário do Sul - RS.

3.2.1 Aterro sanitário municipal

Embora os serviços de coleta resíduos sejam realizados de forma

terceirizada, cabe ao Departamento Municipal de Meio Ambiente o

monitoramento e a elaboração de laudos de vistorias sobre o funcionamento do

aterro sanitário municipal. Nesse sentido, é de suma importância o

acompanhamento constante das atividades e ações mitigadoras, do

gerenciamento e controle tecnológico aplicado na área do empreendimento

(Figuras 22 e 23).

Figura 22– Aterro Sanitário do Município de Rosário do Sul, vista lateral.

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Figura 23 – Aterro Sanitário, vista sobre o aterro.

Durante a realização do presente estágio foi possível acompanhar os

responsáveis técnicos do departamento durante as visitas de monitoramento

dos recursos naturais e da operação do sistema, bem como entender os

processos que abrangem o plano de monitoramento, dentre eles: utilização de

poços de monitoramento, amostragem de solo e resíduos, amostragem de

líquidos, entre outros processos.

A FEPAM fiscaliza com rigor os aterros sanitários, muitas vezes

interditando a área para acesso e depósito quando não atende as normas

ambientais exigidas. Essa determinação atinge vários municípios que se vêem

obrigados a pagar empresas administradoras de aterro sanitário em outros

municípios.

3.3 Concessão de Licenciamentos Ambientais

Para atender as diretrizes regradas pelo Art. 9º, parágrafos XIII e XIV da

Lei Complementar nº 140, de 08 de dezembro de 2011, já descrita neste

relatório, o Departamento de Meio Ambiente da Prefeitura Municipal de Rosário

do Sul, está administrando a concessão de Licenciamentos Ambientais dos

empreendimentos realizados dentro do município. O interessado no

Licenciamento protocola uma solicitação com a documentação e projeto

descritivo do empreendimento. O Licenciamento só é concedido se o grau de

impacto ambiental esteja dentro das normais previstas pela Legislação, isso

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comprovado depois de vistoria prévia realizada por um responsável técnico

deste departamento no imóvel a ser explorado (ver Figuras 24 e 25).

Figura 24 – Licenciamento para retirada de pedras no 1º distrito, em pedreira particular.

Figura 25 – Licenciamento para alteração no traçado de estrada vicinal.

Os Licenciamentos não são exclusividade da área rural, todo o

empreendimento que possa causar algum tipo de impacto ambiental tanto na

área rural como urbana, também deve obter o Licenciamento para operação,

como é o caso da empresa Citrusul, empresa que possui grandes

investimentos na área de produção de frutas cítricas de mesa e para sucos

destinados ao mercado interno e externo (ver Figuras 26 e 27, onde

acompanhei visita para fins de Licenciamento).

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Figura 26 – Triagem e lavagem dos frutos para comercialização

Figura 27 – Frutos embalados para o transporte.

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4 AVALIAÇÃO DO ESTÁGIO O período de estágio no Departamento Municipal do Meio Ambiente

trouxe-me o conhecimento de vários assuntos que podem fazer parte da

carreira de um Engenheiro Florestal. É sabido que problemas relativos a lixo

urbano e aterro sanitário não fazem parte do currículo de Engenheiro Florestal,

mas é um assunto que pode indiretamente fazer parte da vida de um

engenheiro quando em um cargo de administrador de uma empresa, ou até

mesmo em um cargo público. As demais tarefas desenvolvidas, com certeza,

enriqueceram com exemplos práticos os conhecimentos adquiridos em sala de

aula. As questões que estão mais ligadas a alçada do Engenheiro Florestal são

sem dúvidas o gerenciamento da arborização urbana, pois é um assunto

inesgotável que dependerá sempre de gerenciamento humano. Todo aluno que

fizer estágio no Departamento de Meio Ambiente sempre acompanhará e

descobrirá novos fatos de interesse da Engenharia Florestal.

A determinação dos Licenciamentos Ambientais é uma tarefa que os

Engenheiros Florestais devem envolver-se diretamente, tanto na elaboração de

projetos para solicitação de licenças no caso de ser um profissional autônomo,

ou emitir parecer para concessão de licenças no caso de trabalhar em um

órgão público.

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5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Lei Federal 9.605, de 12 de fevereiro de 1998. Disponível em:

<http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=320> (acesso em

24/09/2013).

Lei Complementar Nº 140, de 8 de dezembro de 2011. Disponível

em:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/Lcp140.htm> (acesso em

24/09/2013).

Lei Complementar nº 002, de 10 de outubro de 2006. Disponível em

<(http://www.prefeituraderosario.com.br/OLD/CONCURSO2012/Plano%20Diretor%2

0Final%20-%2014%20set.pdf> (acesso em 26/09/2013).

CONFEDERAÇÃO NACIONAL DE MUNICÍPIOS - CNM. Dados gerais do

município de Rosário do Sul - RS. Disponível em: <http://www.cnm.org.br>

(acesso em 26/09/2013).

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE. Dados

do Município de Rosário do Sul. Disponível

em:<http://www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm?1> (acesso em

14/09/2013).

SILVEIRA, P. R; et al. O impacto dos novos empreendimentos florestais e das

modernas lavouras de grãos nas tradicionais áreas de pecuária no RS - 47º

CONGRESSO SOCIEDADE BRASILEIRA DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO

E SOCIOLOGIA RURAL. Porto Alegre, 26 a 30 de julho de 2009.

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ANEXOS

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Anexo 01 – Croqui demonstrativo da arborização existente na área de

estacionamento da Praia das Areias Brancas.

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_______________________________________________________________

Anexo 02 – Croqui da área de camping da Praia das Areias Brancas.