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A turma do Maternal B neste 2º semestre desceu das nuvens em formas de gotinhas para explorar um mundo cheio de transformações e novidades, conhecendo e reconhecendo as formas geométricas de maneira que elas nos envolvessem em diversas brincadeiras. As crianças, através do brincar, adquiriram novos conhecimentos e desenvolveram de modo natural e agradável diversas habilidades. Usando poemas, rimas, parlendas, elas aprenderam de maneira muito positiva todo o processo de ensino e aprendizagem. Relatório de grupo – 2º semestre/2017 Turma: Maternal B Professora: Elizabeth Fontes Clemente de Souza Professora auxiliar: Rita de Cássia Terrazan Coordenadora: Lucy Ramos Torres

Relatório de grupo 2º semestre/2017 - escoladositio.com.brescoladositio.com.br/wp-content/uploads/2017/12/Maternal-B-Grupo.pdf · A turma do Maternal B neste 2º semestre ... conhecendo

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A turma do Maternal B neste 2º semestre desceu das nuvens em formas de

gotinhas para explorar um mundo cheio de transformações e novidades,

conhecendo e reconhecendo as formas geométricas de maneira que elas nos

envolvessem em diversas brincadeiras.

As crianças, através do brincar, adquiriram novos conhecimentos e

desenvolveram de modo natural e agradável diversas habilidades. Usando

poemas, rimas, parlendas, elas aprenderam de maneira muito positiva todo o

processo de ensino e aprendizagem.

Relatório de grupo – 2º semestre/2017 Turma: Maternal B Professora: Elizabeth Fontes Clemente de Souza Professora auxiliar: Rita de Cássia Terrazan Coordenadora: Lucy Ramos Torres

Iniciamos este novo projeto com a leitura de muitos livros que os foram

envolvendo, e entre eles lemos uma história que chamou muito a nossa

atenção, dando início assim a um prazeroso caminho de acertos na construção

conjunta deste disparador.

Se a história é semente, então nós, os leitores, somos seu solo. O ato

de ouvir uma história nos propicia uma transformação interior, que

permite vivenciá-la e recriá-la na busca de uma experiência na qual o

narrador e ouvinte partilham suas vivências e podem germinar

diferentes frutos (POLITY,2002, p. 107).

“A menina da cabaça quadrada”

De tanto usar tablet, celular e televisão, Cecília

acordou com a cabeça quadrada!

Um livro que nos ajudou a incentivar as crianças da era digital a descobrirem o

prazer das brincadeiras tradicionais, as brincadeiras “redondas”, que nos enche

de alegria e nos permite brincar em grupo, com amigos e colegas, ajudando na

aprendizagem e criando um ambiente acolhedor.

Através das nossas rodas da conversa, da nossa rotina, das regras e

combinados, criamos juntos o nosso projeto: As formas e suas transformações.

Como podemos através delas transformar objetos e sentimentos à nossa volta.

Como seguir por caminhos onde a aprendizagem vem de forma lúdica e

natural, nos dando a possibilidade de continuar trocando conhecimentos de

forma prazerosa como foi o nosso primeiro semestre.

A turma se transformou na Turma do Círculo, uma turma que não quer ficar

com a cabeça quadrada e quer aprender a transformar o mundo a sua volta em

um mundo redondo e cheio de harmonia.

Enfrentamos muitos desafios para que tudo pudesse acontecer e para que

esse acontecer não se tornasse cansativo para todos. Nos envolvemos em

diversas brincadeiras, nos deparamos com incertezas, com conquistas, com

conflitos, mas conseguimos construir e adquirir habilidade e autonomia em

nosso dia a dia.

“Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender”

(FREIRE, 2010, p. 23).

Com este livro tivemos a oportunidade de ajudar a desenvolver o raciocínio, a

criatividade e a imaginação na transformação das formas em outras coisas.

Trabalhamos o reconhecimento corporal, o raciocínio lógico, a identificação das formas através da percepção visual, a nomeação de cores, a ampliação do

vocabulário, as coordenações motoras, visuais e auditivas, a criatividade através das formas geométricas, a cooperação e socialização entre os alunos, a produção das atividades através de desenhos livres, pinturas, colagens e construções.

Segundo Thais Elena Carvalho Coelho: A educação infantil consiste no desenvolvimento de um trabalho na formação de crianças, cujo objetivo é que elas se tornem aptas para viver numa sociedade democrática, multidiversificada e em constante mudança. Tudo para fazer com que cada criança conheça as cores e formas que estão presentes em todos os ambientes em que vive. Pois nesta fase é muito importante propiciar a exploração, o contato, a visualização e o manuseio de diferentes objetos que compõem o mundo a sua volta, possibilitando que cada criança as reconheça e identifique, dentro de um ambiente feliz, onde cada um aprenda pela curiosidade, em um processo contínuo de descobrimento e desenvolvimento de seu mundo.

Junto a isso, proporcionamos que cada um soltasse a sua imaginação através dos desenhos e da percepção visual ao trabalhar com figuras de animais e paisagens para que nos descrevessem oralmente, ou as representassem.

Pudemos assim trabalhar diversas competências e habilidades junto a várias áreas como a linguagem oral, o movimento, a música, a matemática, as artes visuais, a natureza. Fazendo com que cada criança pudesse adquirir o máximo de conhecimento, de forma a criar e buscar o interesse de cada um através de um processo de cumprimento de etapas, participação, cooperação, socialização e criatividade. Sendo assim, cada aluno foi avaliado diariamente ao longo de todo processo e construção do projeto.

A Educação deve ser um processo de construção de conhecimento ao qual ocorrem, em condição de complementaridade, por um lado, os alunos e professores e, por outro, os problemas sociais atuais e o conhecimento já construído (‘acervo cultural da Humanidade’). Construtivismo, segundo pensamos, é esta forma de conceber o conhecimento: sua gênese e seu desenvolvimento – e, por consequência, um novo modo de ver o universo, a vida e o mundo das relações sociais (BECKER, 1994, p. 88).

Com nossas brincadeiras diárias, fomos levados a cantar, rimar e lembrar de músicas como:

A Casa Vinicius de Moraes

Era uma casa Muito engraçada Não tinha teto Não tinha nada Ninguém podia Entrar nela, não Porque na casa Não tinha chão Ninguém podia Dormir na rede

Porque na casa Não tinha parede Ninguém podia Fazer pipi Porque penico Não tinha ali Mas era feita Com muito esmero Na Rua dos Bobos Número Zero

Também como: O Meu Chapéu Tem Três Pontas Cantigas Populares

O meu chapéu tem três pontas Tem três pontas o meu chapéu Se não tivesse três pontas Não seria o meu chapéu Fazendo com que a turma aproveitasse cada momento para criar e transformar

através da ludicidade.

“Para brincar de modo efetivo, as crianças precisam de companheiros

de brincadeiras, materiais, áreas, oportunidade, espaço, tempo, entre

outros” (MOYLES, 2002, p. 106).

Toda criança que brinca e que está participando de atividades lúdicas, acaba

adquirindo novos conhecimentos e desenvolvendo as suas habilidades de

forma mais agradável e natural, gerando assim uma vontade maior de

aprender.

Um momento muito importante que a turma pode vivenciar foi a nossa Semana

Cultural, onde através do Mundo dos Sentidos pudemos vivenciar

experimentações e transformações que remeteram aos sentimentos, tendo

sempre a família como um fio norteador, possibilitando que as crianças e os

visitantes percebessem os sentidos à sua volta e quais sentimentos foram

gerados por eles, registrando de forma com que cada criança pudesse se ver.

Usando assim os cinco sentidos: audição – através da contação de histórias;

olfato – usando cheiros que lembram; tato – brincando com texturas e barro;

paladar – transformando ingredientes; e visão – registrando o que se pode ver,

e imaginando o que não se pode registar, só sentir. Foi uma semana cheia de

surpresas agradáveis que terminou em nossa mostra.

Neste semestre observamos diversos conflitos entre os alunos, que

percebemos vir da maturidade que cada um vem adquirindo, com a

convivência diária e com as afinidades que criaram. Por este motivo

trabalhamos com bastante intensidade o Respeito, o saber se respeitar e

respeitar o outro e suas vontades. Lemos livros, dialogamos e criamos

combinados para que conseguissem entender e perceber o quanto importante

é o saber respeitar, o saber esperar o tempo do outro e compreender suas

necessidades e as necessidades do próximo, criando um ambiente saudável

onde todos consigam conviver em harmonia.

O livro traz situações do cotidiano para

mostrar as relações de respeito que deve existir entre as pessoas.

Sabemos o quanto é difícil estabelecer uma relação saudável entre as pessoas

e que tropeçamos em nossos próprios conceitos, por isso buscamos vencer

pequenos desafios para sermos pessoas sempre melhores por caminhos

positivos. Para conseguirmos alcançar nossos objetivos usamos as

brincadeiras, os exemplos, os jogos e os livros, além de músicas e muito

diálogo.

Segundo Deborah Vier Fischer: “Na convivência é que ele poderá se colocar no

lugar do outro. E só dessa forma a criança entende a importância da tolerância

e do respeito, Viver em grupo é das tarefas mais complexas do ser humano,

por isso que esse olhar de quem está educando não pode cessar nunca.”

Nosso ano se encerra com a certeza de ver cada um de nossos alunos em um

ambiente saudável, cheio de possibilidades, de construção de autonomia em

todo o processo de ensino e aprendizagem. Proporcionando a cada um que

busquem o seu conhecimento através da maturidade emocional e cognitiva.

Assim iremos seguir o conselho de Carlos Drumonnd de Andrade, que afirma:

“Brincar com crianças não é perder tempo, é ganha-lo; se é triste ver dois

meninos sem escola, mais triste ainda é vê-los sentados enfileirados em salas

sem ar, com exercícios estéreis, sem valor para a formação do homem.”

As mãos que transformaram as formas

Os pés que seguiram e buscaram caminhos

A turma do Maternal B transformou e criou

Fazendo de um “mundo quadrado”, uma grande harmonia “redonda”.

Referências:

Revista Crescer / Cristiane Rogerio

Thais Elena Carvalho Coelho, Pedagoga, Tutora de EAD do Portal Educação.

LIPOVETSKY, Noêmia. Ciências: Sentidos do corpo humano -. Goiânia: Estado

de Goiás – Secretaria de Educação e Cultura, 1996.

http://www.centrorefeducacional.com.br/froebel.html

FREIRE, Paulo. Pedagogia da indignação: cartas pedagógicas e outros

escritos. 01.ed. São Paulo: UNESP, 2000. _______. Pedagogia da autonomia:

Saberes necessários à prática educativa . 42. ed. São Paulo: Paz e Terra,

2010.

BECKER, Fernando. O que é o construtivismo. Disponível em: Acesso em: 30

ago. 2011.

POLITY, Elizabeth. Dificuldade de ensinagem: que história é essa...?. 01. ed.

São Paulo: Vetor,2002.