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Relatório de Impacto Ambiental - RIMA Central de Tratamento de Resíduos Sólidos de Três Rios CTDRS-TR

Relatório de Impacto Ambiental - RIMA Central de ...edisp/inea0111743.pdf · Federativa do Brasil (Artigo 225, inciso IV), a Lei de Crimes Ambientais. ... Comendador Levy Gasparian,

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Central de Tratamento de Resíduos

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1. Apresentação

O presente documento corresponde ao Relatório de Impacto Ambiental – RIMA da Central de Tratamento e Destinação de Resíduos Sólidos de Três Rios – CTDRS-TR, elaborado para a UNIÃO NORTE Engenharia.

Considerando a legislação ambiental vigente, o presente estudo foi elaborado seguindo as orientações da Instrução Técnica IT CEAM/DILAM Nº 04/2015.

Processo de Licenciamento

Trata-se de requerimento de licença prévia – LP para a implantação de uma Central de Tratamento e Destinação de Resíduos Sólidos de Três Rios - CTDRS-TR, localizada no município de Três Rios, por meio do processo E-07/002.10751/2014.

2. Caracterização do empreendedor e da empresa responsável pela elaboração do EIA/RIMA

Característica do empreendedor

Nome: Central de Tratamento e Destinação de Resíduos Sólidos de Três Rios - CTDRS-TR

Razão Social: União Norte Fluminense Engenharia e Comércio Ltda.

Endereço:

Rua Marília Peixoto Aquino, 01 - Bairro: Centro

Município de São João da Barra – RJ

CEP: 28.200-000

Telefone: (22) 2741-1511

CNPJ: 02.357.917/0001-10

Nome: Rodolfo Moulin Pinheiro

Telefone: (21) 2212-3100

E-mail: rodolfo@uniãonorteengenharia.com.br

Característica da empresa responsável pela elaboração do EIA/RIMA

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Razão Social: Ecologic Inteligência Ambiental Ltda.

Endereço: Rua Visconde de Sepetiba 935, sala 603 - Bairro: Centro.

Município Niterói - RJ, CEP: 24.020-206

Telefone: (21) 2617-0505

Representante Legal/Contato:

Raphael Pereira de Mendonça.

E-mail: [email protected]

3. Objetivos e Justificativas

A Central de Tratamento e Destinação de Resíduos Sólidos de Três Rios (CTDRS-TR) constitui-se num empreendimento cujo partido contempla a implantação de um moderno complexo de tratamento de resíduos, composto por um Aterro Sanitário de Resíduos Sólidos Urbanos e por uma Unidade de Tratamento Térmico de Resíduos de Serviços de Saúde (RSS), tendo como objetivo comportar as demandas e carências existentes e as potencialidades proeminentes na região de inserção do empreendimento.

A área em que se pretende implantar a CTDRS-TR está inserida em uma região estratégica economicamente para o Estado do Rio de Janeiro, encontrando-se à margem da Rodovia BR-040, importante eixo viário desta unidade federal, permitindo fácil acesso para captação de clientes/geradores de resíduos de outros municípios do entorno, uma vez que inexiste nas proximidades qualquer infraestrutura adequadamente instalada e licenciada para o correto tratamento e destino final de resíduos sólidos urbanos.

Tais fatores permitem que se estabeleça a interface do empreendimento com os anseios já demonstrados pelo Poder Público Municipal de Três Rios, que vem buscando um maior desenvolvimento socioeconômico para o município, através do incentivo à instalação em seu território de novos empreendimentos que possam gerar, sobretudo, empregos para população residente, todavia respeitando o conceito da sustentabilidade ambiental, o que está associado principalmente ao pré-requisito de se contar com um conjunto de infraestrutura capaz de prover o adequado manejo, tratamento e destino final dos resíduos sólidos que venham a ser produzidos nesses novos potenciais estabelecimentos industriais e comerciais.

Por outro lado, analisando-se a situação presente, verifica-se um grande passivo ambiental no Município de Três Rios, representado pelo atual "lixão" instalado em área contígua a do empreendimento ora proposto, podendo-se vislumbrar de pronto a oportunidade que se apresenta em termos de equacionamento desta grave

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questão municipal, especialmente quando se sabe da dificuldade orçamentária da Prefeitura para enfrentamento deste tipo de demanda.

Tal situação de convívio com "lixões", não é diferente em outros municípios vizinhos, o que por si aponta a possibilidade de multiplicação dos efeitos positivos da implantação da CTDRS-TR, neste particular, propiciando ganhos socioambientais ainda mais significativos.

Inclusive, o próprio Governo do Estado já diagnosticou esse problema na região, o que corrobora a pertinência da instalação da CTDRS-TR, com recursos oriundos da iniciativa privada, num momento em que o setor público vê-se impedido de arcar com investimentos nas obras de infraestrutura que este tipo de empreendimento requer.

Pelo exposto, verifica-se que a área escolhida para implantação da CTDRS-TR goza de tais privilégios em sua plenitude, consistindo-se num potencial de geração de divisas ao Município, originando novos postos de trabalho (diretos e indiretos) e renda para população, além de se constituir em uma nova infraestrutura regional para o tratamento de resíduos sólidos produzidos por grandes geradores.

Assim, tendo em vista as potencialidades da área para implantação e operação do empreendimento e os aspectos positivos que poderão advir da sua instalação é que a UNIÃO NORTE ENGENHARIA definiu-se por implantar no local a CTDRS-TR, tendo como objetivo proporcionar aos clientes públicos e às empresas instaladas na região, serviços para o tratamento e destinação final dos resíduos produzidos.

4. Dispositivos Legais

Dentre as principais leis consideradas destacam-se a Constituição da República Federativa do Brasil (Artigo 225, inciso IV), a Lei de Crimes Ambientais.

A Lei Federal 6.938 de 31/08/81, que institui a Política Nacional do Meio Ambiente, acompanhada de leis que estabelecem modificações e decretos que regulamentam as atividades relacionadas a conservação do meio ambiente.

Foram consideradas, também, as Resoluções do Conselho Nacional de Meio Ambiente – CONAMA, bem como a legislação estadual de forma a atender a política ambiental estabelecida pelo Sistema de Licenciamento de Atividades Poluidoras – SLAP, além de uma série de decretos e deliberações da Comissão Estadual de Controle Ambiental - CECA que regulamentam e aperfeiçoam o SLAP.

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Na legislação municipal destaca-se a Emenda Especial da Lei Orgânica Municipal Modifica que aprimora o texto original, visando garantir a melhor qualidade do patrimônio ambiental natural pertencente ao município de Três Rios.

A análise das limitações legais e medidas para promover compatibilidade com o objetivo do empreendimento.

O projeto ora desenvolvido para a CTDRS-TR foi concebido de forma que atenda, em toda sua plenitude, o elenco da base legal existente, conforme pode ser visto no decorrer deste estudo, contudo ressalta ser de interesse do empreendedor no futuro, implantar um sistema que permita a triagem de resíduos passíveis de reciclagem, bem como trabalhar esta questão a nível de geração, com seus principais clientes, atendendo mais um aspecto socioambiental existente na Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305 de agosto de 2010) a qual estabelece: "reconhecimento do resíduo sólido reutilizável e reciclável como um bem econômico e de valor social, gerador de trabalho e renda e promotor de cidadania".

5. Análise da Compatibilidade do Projeto com as Políticas Setoriais

O projeto desenvolvido para a CTDRS-TR foi concebido de forma que atenda a Política de Resíduos Sólidos do Estado do Rio de Janeiro conduzida pela Secretaria de Estadual do Ambiente – SEA, através de sua Coordenação de Resíduos Sólidos – CRS, que tem por objetivo implementar projetos e programas que reduzam o impacto negativo da ação do homem no meio ambiente pelo tratamento ou destinação inadequada de resíduos, melhorando assim a qualidade de vida e a preservação dos ecossistemas

Entre as principais iniciativas da CRS destaca-se o projeto de implantação de Centros de Tratamento de Resíduos, com o Programa Pacto pelo Saneamento e seus subprogramas programa Lixão Zero ou Rio + Limpo. A CTDRS-TR possui relação direta por tratar-se da destinação correta de resíduos sólidos e a erradicação de "lixões", através do incentivo à construção de aterros sanitários no estado do Rio de Janeiro, aumentando a parcela de população com acesso a serviços públicos de saneamento básico.

Em setembro de 2010 foi constituído o Consórcio Público de Direito Público, denominado Consórcio Serrana 2, formado pelos municípios de Três Rios, Petrópolis, Areal, Comendador Levy Gasparian, Paraíba do Sul, Sapucaia e o Estado do Rio de Janeiro, com sede do localizada na Praça São Sebastião,81 - Centro - Três Rios, que desde então possui um papel fundamental na gestão de resíduos sólidos, definindo diretrizes e servindo de interlocutor entre os municípios partícipes e o Estado para solucionar de forma integrada a

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problemática existente de falta de infraestrutura para recebimento de resíduos sólidos na região.

O Consórcio Serrana 2 devido o seu papel fundamental na gestão de resíduos sólidos é um potencial cliente para a CTDRS-TR pois representa os municípios da região carentes de infraestrutura própria licenciada para destinação de resíduos.

6. Alternativas Locacionais e Tecnológicas

6.1. Alternativas Locacionais

O processo de avaliação das alternativas locacionais na etapa de planejamento do projeto é de extrema importância para evitar ou minimizar muitos dos impactos ambientais gerados com a implantação de um empreendimento. Assim sendo, foi realizado o estudo das alternativas locacionais, com critérios de avaliação primordiais para a escolha da área mais apta a receber um aterro sanitário no município de Três Rios.

Muitas vezes a implantação de uma indústria de qualquer produto, polo petroquímico, abertura de estrada, portos, aeroportos, empreendimentos imobiliários, etc., embora seja forçosamente causadora de algum impacto no meio ambiente (negativos e positivos) é, de modo geral, bem recebida tanto pela população que poderá sofrer os impactos quanto pelas autoridades governamentais, em seus diferentes níveis.

Que dizer então de empreendimentos que, mesmo sendo absolutamente necessários, são de pronto, rejeitados pela população ou vistos com certa apreensão pelos órgãos licenciadores, tais como Cemitérios, Hospitais, Barragens para Hidroelétricas ou Aterros Sanitários.

Tais projetos são no geral benéficos para os habitantes da cidade/região como um todo, mas encontram grande resistência por parte dos habitantes que vivem próximos à área relacionada com o projeto, ou outros grupos menos locais, como ambientalistas, por causa dos problemas relacionados com tal projeto. Um Aeroporto, por exemplo, causará poluição sonora aos habitantes que vivem próximo à área designada para sua construção, bem como atrairá veículos, que causará ou agravará o problema da poluição atmosférica na região.

Quanto aos Aterros Sanitários cabe ressaltar que foi criada inclusive na língua inglesa a expressão “NYMBY” (not in my backyard), ou seja, “não no meu quintal”, que bem expressa o sentimento de rejeição mencionado.

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A empresa União Norte Engenharia com intuito de expandir seus empreendimentos buscou novos terrenos para a implantação da CTDRS-TR projetado em acordância com a ABNT, NBR 13.896 de 06/1997 que trata de Aterro de Resíduos Não Perigosos (critérios para projeto, implantação e operação) para recebimento de resíduos sólidos urbanos e de Saúde gerados no município de Três Rios e demais geradores. Portanto, foram identificadas três áreas que proporcionasse acesso facilitado, capacidade construtiva e localização comercial estratégica, além de considerar os critérios ambientais na tomada de decisão para minimizar as interferências com o meio ambiente.

Isto posto, e no que tange à implantação da CDTRS-TR, foram consideradas as três áreas para a avaliação locacional do aterro sanitário em pauta:

“Área Alvo 1” – localizada vizinha à atual área de deposição dos resíduos sólidos - Lixão, Sítio São Jorge próximo à Rodovia BR-040 (coordenadas

22°05'22.00"S/ 43°10'15.45"O).

Figura 6.1-1: Localização da ÁREA ALVO 1.

Fonte: Google Earth.

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“Área Alvo 2” - localizada em Banguzinho próximo à Rodovia BR-040 (coordenadas 22°06'48.86"S/ 43°10'23.23"O).

Figura 6.1-2: Localização da ÁREA ALVO 2.

Fonte: Google Earth

“Área Alvo 3” - localizada em Purizinho próximo ao bairro Chiador, partindo da BR 040 no Km xxx, bem próximo a BR 393 (coordenadas 22°07'31.19"S/

43°10'38.53"O).

Figura 6.1-3: Localização da ÁREA ALVO 3.

Fonte: Google Earth.

As três áreas tem características geológicas e geomorfológicas semelhantes, encaixadas em vales na região montanhosa do centro-sul fluminense, baixa densidade demográfica, proximidade com rodovia federal, forte alteração

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antrópica (sobretudo no tocante à supressão de vegetação e cortes do terreno), presença de drenagens secundárias, porém ressalta-se que a Área Alvo 3 apresenta proximidade com o rio Paraíba do Sul, importante manancial de abastecimento de água e demais tipos de usos importantes para a região, a Área Alvo 1 possui proximidade com uma Linha de Transmissão, a Área Alvo 2 apresenta proximidade com residências no entorno e infraestrutura de lazer para salto de asa delta e parapente, em relação à presença de flora a ser suprimida, restrições de APP e FMP e ausência de dados primários de clima e de controle da qualidade do ar todas apresentaram-se muito semelhantes.

Soluções técnicas poderiam ser estudadas para cada caso e, possivelmente, as três áreas poderiam ser utilizadas para a implantação da CTDRS-TR, guardadas as devidas especificidades de cada área, que conduziriam a diferentes ajustes em um projeto básico de aterro sanitário.

A escolha da Área Alvo 1 (Figura 6.1-1) deve-se ao fato de que, uma vez que qualquer das áreas poderia ser utilizada com maior ou menor tempo de estudo e de custos, esta área possui regulamento de uso do solo em zona que permite o tipo de uso requerido (Certidão de Zoneamento) e também se apresentou regular, através do documento de Escritura Pública, sendo portanto a opção natural do empreendedor adquiri-la. Cabe lembrar ainda que a Área Alvo 1 é vizinha à área da atual infraestrutura de vazadouro existente (Lixão), não constituindo assim uma novidade para a região, já adequada à presença deste tipo de atividade.

Cabe lembrar que no mesmo contexto de estudos locacionais, considerando as limitações naturais de relevo e substrato desta região do estado do Rio de Janeiro, alguns estudos já foram desenvolvidos no município de Petrópolis, e demais municípios próximos sem que fossem encontrados sítios merecedores de avaliações mais aprofundadas para a implantação de um aterro sanitário.

A escolha da Área Alvo1 é, sem dúvida, a mais indicada para a implantação da CTDRS-TR, alvo do presente EIA/RIMA objetivando o cumprimento da legislação inerente ao processo de licenciamento ambiental.

6.2. Alternativas Tecnológicas

Para a implantação da Central de Tratamento e Destinação de Resíduos Sólidos de Três Rios (CTDRS-TR), foram consideradas e estudadas algumas alternativas tecnológicas que subsidiaram a tomada de decisão pela UNIÃO NORTE ENGENHARIA.

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Assim é que, atualmente, são empregados no mundo várias tecnologias para tratamento de resíduos sólidos, cada qual voltada mais especificamente a uma determinada tipologia de resíduos, e/ou adequada à quantidades (maiores ou menores) destes resíduos, e/ou ao contexto local, e que são a seguir apresentadas:

Incineração: A incineração é um processo exotérmico na presença de oxigênio no qual os materiais a base de carbono são decompostos, gerando cinzas como resíduo final.

Pirólise: processo endotérmico na ausência de oxigênio, no qual os materiais a base de carbono são decompostos em combustíveis gasosos ou líquidos e carvão.

Inertização por autoclave: Originalmente utilizado na esterilização de material cirúrgico, este processo foi adaptado e desenvolvido para a esterilização de resíduos. Em linhas gerais, consiste em um sistema de alimentação que conduz os resíduos até uma câmara estanque onde é feito vácuo e injetado vapor d’água (entre 120 e 150°C) sob determinadas condições de pressão. Os resíduos permanecem nesta câmara durante um determinado tempo até se tornarem estéreis, havendo o descarte da água por um lado e dos resíduos por outro.

Desativação eletrotérmica: Este processo consiste numa dupla trituração prévia ao tratamento, seguida pela exposição da massa triturada a um campo elétrico de alta potência gerado por ondas eletromagnéticas de baixa frequência, atingindo uma temperatura final entre 95 e 98°C. Neste processo não há a emissão de efluentes líquidos, nem gasosos e a redução de volume só é obtida pelo sistema de trituração.

Inertização por microondas: Processo extremamente semelhante ao anterior, com a única diferença de que há a injeção de vapor d’água a 150°C antes de se submeter a massa de resíduos triturada à exposição dos raios de alta frequência. Esta diferença representa a transformação da desvantagem da garantia de eficiência de tratamento em uma vantagem, pois assegura que todos os pontos da massa de resíduos recebam de maneira uniforme os raios do microondas.

Radiação ionizante: Neste processo, os resíduos, na sua forma natural, são expostos à ação de raios gama gerado por uma fonte enriquecida de cobalto 60 que provoca a inativação dos microorganismos através de sua ionização e quebra do DNA celular. As vantagens e desvantagens deste processo são as mesmas do processo de Desativação Eletrotérmica, agravadas pela dificuldade de manutenção do equipamento e ausência de redução do volume a não ser que se instale um sistema de trituração posterior ao tratamento.

Tratamento químico: Neste processo, os resíduos são triturados e logo após mergulhados numa solução desinfetante, que pode ser hipoclorito de sódio, dióxido de cloro ou gás formaldeído. A massa de resíduos permanece

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nesta solução por alguns minutos e o tratamento ocorre por contato direto. Antes de serem dispostos no contêiner de saída, os resíduos passam por um sistema de secagem, gerando um efluente líquido que necessita de tratamento.

Reciclagem: É uma série de atividades e processos, industriais ou não, que permite a recuperação de materiais recicláveis presentes na massa de resíduos sólidos, geralmente correspondendo às frações de papel e papelão, vidros, plásticos, metais ferrosos e não ferrosos.

Compostagem: Pode-se definir compostagem como sendo o conjunto de procedimentos que possibilita a transformação, em tempo relativamente reduzido, mas sob controle e monitoramento técnicos rigorosos, embora relativamente simples, de rejeitos orgânicos biodegradáveis em “composto orgânico”, isto é, num complexo estabilizado de materiais que podem ser utilizados como condicionador de solos agrícolas.

Aterro sanitário: É um método de disposição do lixo no solo sem causar danos ao meio ambiente, à saúde pública ou à segurança. O método utiliza os princípios da engenharia para confinar o lixo à menor área e menor volume possíveis, sendo cobertos com uma camada de material terroso ao término de cada operação diária. Os resíduos sólidos são aterrados no solo, em unidades (células) especialmente projetadas para conter o lixo no menor espaço possível, providas de dispositivos de contenção, captação e tratamento/ destino dos efluentes líquidos, entre outros sistemas de proteção e controle ambiental. De todas as tecnologias, esta é a única em que pode-se atribuir a função de destino final, pois se torna indispensável em qualquer situação, uma vez que as demais tecnologias de tratamento geram rejeitos que não possuem outro destino final senão em um aterro sanitário.

Passemos, então, primeiramente, à análise dessas alternativas tecnológicas à luz do cenário específico do tratamento e destinação final de grandes quantidades de resíduos sólidos urbanos do tipo domiciliar e afins.

A Tabela 7.2-1, a seguir, apresenta as vantagens e desvantagens socioeconômica e ambiental das principais tecnologias aplicáveis ao contexto do empreendimento:

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Tabela 6.2- 1: Comparativo entre os diferentes processos

Tecnologia Vantagens Desvantagens

Incineração

• garantia da eficiência de tratamento, quando em perfeitas condições de funcionamento. • redução de volume dos resíduos a serem dispostos.

• custo operacional e de manutenção elevado; • manutenção difícil; • elevado risco de contaminação do ar, com geração de dioxinas e dibenzofuranos a partir da queima de materiais clorados (luvas e sacos de PVC, desinfetantes hospitalares a base de cloro e outros); • risco de contaminação do ar pela emissão de materiais particulados; • elevado custo de tratamento dos efluentes gasosos e líquidos.

Pirólise Idem ao anterior Idem ao anterior

Reciclagem

• recuperação de materiais recicláveis e reinserção dos mesmos na cadeia produtiva; • redução do volume de resíduos a serem dispostos em aterro sanitário; • elevação da qualidade ambiental.

• necessidade, em geral, da utilização de equipamentos eletromecânicos, o que demanda a necessidade de despesas com manutenção e gastos energéticos; • disponibilidade de área para implantação da unidade; • necessidade de estudo para identificação de mercado consumidor.

Compostagem

• bioinertização da matéria orgânica putrescível, de origem animal e vegetal, gerando um composto rico em minerais e nutrientes, adequado para recuperação de solos pobres; • redução do volume de resíduos a serem efetivamente encaminhado para destino final no aterro sanitário.

• demanda de grandes áreas para implantação dos pátios de compostagem; • processo lento, variando de 45 a 60 dias para produção do composto; • necessidade de estudo para identificação de mercado consumidor..

Aterro sanitário

• custo operacional infinitamente baixo em relação a outros métodos de tratamento; • único método de tratamento que possui status de “destino final”; • possibilidade de captação de biogás para geração de energia.

• demanda grandes áreas para sua implantação; • demanda de grande volume de material de cobertura; • se mal operado, pode causar degradação ambiental.

Assim sendo, as tecnologias que mais se encaixam ao contexto nacional são a reciclagem, a compostagem e destino final em aterro sanitário, uma vez que possuem custo operacional bastante reduzido, além de simplicidade operacional, se comparado às demais tecnologias.

No presente caso, a opção tecnológica mais indicada para a CTDRS-TR é o aterro sanitário, posto que os sistemas de reciclagem e compostagem pressupõem a existência de um mercado local forte e consolidado, capaz de absorver as produções a serem ofertadas e a preços que remunerem os investimentos e despesas de operação e manutenção das plantas industriais, o que não se verifica na oportunidade, até porque essa viabilidade em muito está vinculada à existência de políticas públicas de incentivo aos segmentos envolvidos, as quais não se encontram presentes no cenário analisado.

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No tocante a resíduos de serviços de saúdo (RSS), considerada aquela tipologia do Grupo "A" (infectantes), a opção selecionada foi a de inertização por processo de autoclavagem, pela melhor relação custo - benefício, inclusive quanto a segurança ambiental, se comparada às demais alternativas elencadas.

7. O empreendimento

7.1. Caracterização da Área de Implantação da CTDRS-TR

O terreno destinado à implantação do empreendimento “Central de Tratamento e Disposição de Resíduos Sólidos de Três Rios - CTDRS TR” ocupa uma superfície de 185.704,66 m2, e situa-se no município de Três Rios/RJ, compreendendo a Gleba A do Sítio São Jorge, próximo à Rodovia BR-040 (coordenadas 22°05'22.00"S / 43°10'15.45"O).

Considerando-se o trajeto pela BR-040 e BR-393 (Rodovia Lúcio Meira), a área dista cerca de 14,1 km da cidade de Três Rios e limita-se com a Rodovia BR-040, com o terreno onde se localiza o atual "lixão" municipal e com propriedades de características rurais.

A figura ilustrativa a seguir, apresenta a localização da área do empreendimento.

Figura 7.1-1: Localização da área do empreendimento

Fontes: Imagem do Google Earth e Perímetro objeto do Levantamento Planialtimétrico contratado pelo Empreendedor

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7.2. Bases de Projeto

O Projeto do empreendimento denominado Central de Tratamento e Disposição de Resíduos Sólidos de Três Rios (CTDRS-TR) é composto de um aterro sanitário com capacidade para receber em média cerca de 7.340 toneladas mensais de resíduos sólidos urbanos, ao longo de um período de 10 (dez) anos, considerado como horizonte do projeto, contemplando ainda a implantação de uma Unidade de Tratamento Térmico de Resíduos de Serviços de Saúde (RSS), por autoclavagem, com capacidade nominal para processamento de 3.520 kg/dia, considerando um peso específico desse tipo de resíduos da ordem de 100 kg/m3.

A área total destinada à implantação do empreendimento terá a seguinte utilização:

Tabela 7.2-1: Composição da estrutura destinada à implantação da CTDRS-TR.

UNIDADE ÁREA

m2

%

Prédio Administração 152,80 0,082%

Prédio de Oficina / Apoio 200,00 0,108%

Unidade de Tratamento de RSS por autoclavagem

348,72 0,188%

Setor de Pesagem (Balança Rodoviária) 218,60 0,118%

Guarita 7,60 0,004%

Área de Paisagismo 1.147,80 0,618%

Estação de Tratamento de Efluentes (ETE) 2.015,72 1,085%

Estacionamento / Pàtio de Manobras 1.516,45 0,817%

Vias Internas de Acesso 4.647,96 2,503%

Área para disposição de resíduos sólidos 45.493,38 24,498%

Cortina Arbórea / Cinturão Verde 12.742,50 6,862%

Demais áreas remanescentes 117.213,13 63,118%

Área Total 185.704,66 100,000%

O projeto será desenvolvido nas áreas com predominância de pastagens, como pode ser verificado na Tabela 7.2-2, abaixo, que retrata a situação de supressão de vegetação no terreno, quando da implantação do empreendimento, em conformidade com o Mapa de Supressão de Vegetação elaborado a partir de levantamento de campo efetuado.

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Tabela 7.2- 2: Situação de supressão de vegetação no local.

LOCAL TIPO DE VEGETAÇÃO

ÁREA TOTAL

ÁREA SUPRIMIDA

(M2) (M

2) %

ÁREA 1 FLORESTA SECUNDÁRIA 8.251,89 0,00 0,00%

ÁREA 2 ÁREA ÚMIDA 1.869,50 1.869,50 100,00%

ÁREA 3 FLORESTA MARGINAL 16.092,84 3.721,04 23,12%

ÁREA 4 VEGETAÇÃO ARBUSTIVA 11.941,46 0,00 0,00%

ÁREA 5 PASTAGEM 147.548,97 81.304,98 55,10%

TOTAL 185.704,66 86.895,52

Como pode ser observado, a implantação da CTDRS-TR dar-se-á 93,57% em terreno antropizado característico de pastagens. A Figura 7.2-1 a seguir apresenta a cobertura vegetal da ADA georreferenciada.

A CTDRS-TR foi concebida como um sistema de disposição final para os resíduos sólidos contemplando todos os componentes necessários à garantia das condições sanitárias e ambientais, contemplando basicamente as seguintes unidades:

Um aterro sanitário para disposição final de resíduos sólidos domiciliares e afins; e

Uma unidade de tratamento de resíduos sólidos de unidades de serviço de saúde.

Nestes termos, a principal unidade tecnológica integrante da CTDRS-TR será o aterro sanitário, cujo projeto, instalação e operação dar-se-ão em conformidade com a NBR 13.896 de 06/1997 da ABNT, que trata de critérios para projeto, implantação e operação de Aterro de Resíduos Não Perigosos.

Este aterro sanitário estará apto a receber os resíduos sólidos gerados por clientes no município de Três Rios e arredores, além de outros grandes geradores, totalizando uma estimativa diária que se planeja alcançar, de maneira progressiva, de aproximadamente 400 toneladas/dia de resíduos sólidos urbanos – RSU, ou seja, resíduos do tipo domiciliar, além de resíduos de poda, de varrição e outros resíduos de Classe II – “Não Perigosos”, segundo classificação da Norma Técnica NBR 10004/2004 da ABNT.

Para os resíduos de serviços de saúde (RSS) prevê-se o tratamento através de processo de autoclavagem, com os produtos desse processamento térmico, devidamente inertizados, sendo encaminhados ao aterro sanitário para disposição final adequada.

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Figura 7.2-1: Cobertura vegetal da ADA georreferenciada.

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7.3. O Aterro

O aterro foi dividido em dois lotes a saber:

Lote 1, correspondente à porção de terreno situada mais afastada das divisas com a Rodovia BR-040; e

Lote 2, que é a porção de terreno mais próxima da citada rodovia.

A figura 7.3-1, a seguir, apresenta a configuração desses 2 (dois) lotes.

Figura 7.3- 2: Divisão do terreno – lote 1 e lote 2.

Previu-se um sistema de impermeabilização de toda a fundação dessas áreas onde serão executadas as células de resíduos, através de implantação de manta de PEAD de 1,5mm de espessura.

Precedendo a instalação desse sistema de impermeabilização da base do aterro, será implantado um sistema de drenagem de águas subsuperficiais.

Também, serão implantados sistemas para a drenagem pluvial, de modo a impedir que as águas provenientes de cotas mais altas do terreno (de montante) venham atingir as áreas operacionais de disposição de resíduos.

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Sobre a base impermeabilizada do aterro sanitário, serão executados os drenos de fundação para promover a adequada coleta de chorume e seu encaminhamento até o sistema de tratamento desse efluente.

Para o preenchimento da área do Lote 1, desde a cota 330 m (na base), o aterramento será executado, numa primeira etapa, em camadas sobrepostas sucessivas, até atingir a cota 360 m.

Neste momento, a operação de aterramento de resíduos sólidos passa a ser executada concomitantemente no Lote 2, uma vez que formarão uma plataforma única, que será elevada progressivamente, em células sobrepostas, até atingir a cota final de projeto, que é a de 395 m.

O aterro sanitário contará, também, com um sistema de tratamento de efluentes líquidos, de forma que não haja qualquer lançamento em corpos hídricos.

As vias de acesso internas que levam a esses dois lotes serão executadas em pavimento primário reforçado, conforme tópico específico deste documento.

Para atendimento comum a toda CTDRS-TR, foram projetadas instalações físicas de administração, oficina, balança rodoviária, guarita, etc..

7.4. Unidade de Esterilização

7.4.1. Equipamentos

Foi selecionada uma unidade de autoclave horizontal, de alta capacidade produtiva, mas sem necessidade de se criarem patamares diferenciados ou uso de elevadores, com a operação de contêineres facilitada por carrinhos autônomos, com projeto de trilhos deslizantes de acoplamento interno.

Essa configuração da área de trabalho em apenas um nível reduz bastante a necessidade de mão de obra e equipamentos.

Os principais equipamentos e materiais empregados no sistema de autoclave são descritos a seguir.

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Tabela 7.4.1-1: Principais equipamentos e materiais empregados no sistema de autoclave

ITEM QUANTIDADE MATERIAL

Carrinho de transporte 02 Aço inox

Autoclave com porta e câmara interna de trilhos

01 aço carbono ASTM A 36

Tubos e conexões variada Aço carbono

Válvulas de controle variada bronze com esferas de aço inoxidável

Autoclave horizontal para esterilização de resíduos sólidos infectantes, com capacidade para processamento de 3.520kg/dia, apresentando os seguintes constituintes:

a. câmara de esterilização de aço carbono b. sistema de travamento mecânico das portas c. sistema de dupla esterilização; d. utilização de vapor saturado a 150 ºC e pressão de 33 psi; e. sistema sequencial de vácuo e injeção de vapor; f. controle de tratamento; g. resfriamento e secagem automáticos; h. câmara com trilho para movimentação do cesto de resíduos; i. impressão de relatórios de atividades; j. sistema de recirculação de águas servidas. k. triturador para descaracterização dos resíduos e posterior deposição no aterro.

As figuras a seguir ilustram algumas das características da autoclave.

Figura 7.4.1-1: Autoclave com as dimensões calculadas para o projeto: 1,2 m2

de diâmetro e 6m de comprimento. Destaque para container de acondicionamento de RSS em carrinho transportador, imprimindo ritmo de linha de produção à unidade de esterilização.

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Figura 7.4.1-2: Detalhe de container com capacidade para 4,4m3 ou 800kg de RSS, em carrinho transportador.

Figura 7.4.1-3: Triturador de RSS, destinado a descaracterizar os resíduos após sua esterilização, proporcionando maior compactação no aterramento, alem de reduzir a insalubridade e melhorar o aspecto visual do trabalho de transporte até a célula.

7.4.2. Mão de obra

Estima-se que a mão de obra necessária para a operação do equipamento será constituída por 02 (dois) operadores de unidade por turno.

A quantidade de turnos de trabalho será elevada progressivamente, em função do nível de demanda e particularidades operacionais a serem definidas com os futuros clientes/usuários deste sistema, podendo-se assumir a possibilidade, no pico, de operação em 03 (três) períodos de 8 horas de trabalho, totalizando uma cobertura de serviço de 24 horas diárias.

A figura 7-1 apresenta o arranjo geral da Central de Tratamento e Disposição de Resíduos Sólidos de Três Rios (CTDRS-TR).

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Figura 7.4.2-1: Arranjo Geral da Central de Tratamento e Disposição de Resíduos Sólidos de Três Rios (CTDRS-TR).

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7.5. Fases do Projeto

7.5.1. Fase de Implantação

7.5.1.1. Infraestruturas

Canteiro de Obras

Será implantado um pátio de containers de 20 pés (6m x 2,44m), destinados a funcionar como escritórios, depósito de cimento e outros materiais de construção, almoxarifado, instalações sanitárias, áreas para os trabalhos dos carpinteiros e armadores, com as respectivas bancadas; sala para socorros urgentes e oficina, com as respectivas instalações provisórias de luz, força, água, esgoto e com execução da rede de drenagem. Terá piso cimentado liso junto ao solo e tábuas de pinho, quando acima do solo, a ser locado na parcela plana do terreno, margeando a rodovia BR-040 (vide Figura 7.5.1.1-1).

Figura 7.5.1.1- 1: Locação do canteiro de obras no terreno

Acessos

O local de instalação da CTDRS-TR é acessado por via rodoviária através da rodovia BR-040 (Trecho Rio - Juiz de Fora), que é uma rodovia concedida à CONCER, duplicada, devidamente sinalizada e pavimentada, em bom estado de conservação.

A sinalização aplicada às vias do empreendimento atenderá aos normativos dos órgãos de transito, em especial ao DNIT.

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Externamente, haverá sinalização na rodovia, alertando para entrada e saída de veículos, com a devida gradação de distância, além de placa com aviso da localização do empreendimento e da existência de faixa de desaceleração.

Internamente, está previsto um sistema de sinalização para atender ao canteiro de obras e frentes de serviço operacionais, contemplando avisos de limite de velocidade, parada obrigatória, fluxo preferencial, rotatória, sentido de tráfego e informes de localização e direção.

Instalações Prediais de Apoio

Caracterização das Instalações dos Prédios de Apoio

A localização do setor destinado ao apoio operacional e a infraestrutura levará em conta, principalmente, a topografia natural, posto que o terreno apresenta-se em boa parte acidentado, demandando cortes e aterros, que consequentemente induzem o programa de ocupação da gleba.

Estão previstas as seguintes instalações de apoio:

a) Guarita

A guarita fará o controle de acesso de veículos e pessoal. Compreenderá uma sala de controle de 3,20 m2 e uma instalação sanitária de 1,92 m2.

b) Administração

Trata-se de um prédio de 107,16 m2, abrigando recepção, circulação, copa, refeitório, áreas de sanitários, chuveiros e vestiário, além de duas salas para administração.

c) Setor de Pesagem

A função desta unidade é o controle da pesagem dos caminhões de resíduos que chegam ao complexo. Ocupará uma área construída de 192,19 m2, abrangendo uma sala de controle de 17,76 m2, com sanitário de 2,53 m2 e duas plataformas de balança de 18 m x 3 m, com capacidade de 60 toneladas cada.

d) Setor de Manutenção

Esta unidade destina-se a apoio à manutenção rápida das máquinas, caminhões e equipamentos que operarão no aterro. Sua área de construção será de 204 m2.

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7.5.1.2. Instalações Gerais

Abastecimento de Água

Devido à indisponibilidade de ramais da concessionária de águas na área do projeto, o abastecimento de água, tanto para o canteiro e as obras, como para as etapas de operação e encerramento, dar-se-á a partir de ponto de recebimento nas imediações da entrada do empreendimento, com abastecimento através de caminhão-pipa, mesmo procedimento a ser adotado para as instalações definitivas.

A reservação destas águas obedecerá ao dimensionamento do projeto para atender à demanda de pico.

Este volume será armazenado em um castelo d’água tipo “taça”, que será o ponto de origem à toda distribuição para atendimento das necessidades dos prédios que compõem o empreendimento, em todas as suas etapas.

A distribuição se dará por gravidade, alimentando todos os prédios que compõem o empreendimento.

Instalações Sanitárias (Coleta de Esgotos dos Prédios)

Os efluentes dos prédios (esgotos sanitários e águas de lavagem) serão encaminhados por tubulações próprias até o sistema de tratamento específico.

Os efluentes da oficina passarão por caixas separadoras de óleo, antes de serem encaminhados ao sistema de tratamento.

Ressalte-se que, na fase de implantação, serão construídos sistemas de fossa séptica/filtro/sumidouro para destinação dos efluentes gerados no canteiro de obras e, portanto, não haverá lançamento de efluentes em corpo hídrico.

Instalações Elétricas Gerais

Quanto ao suprimento de energia elétrica para instalações provisórias e execução das obras, está prevista a utilização da rede que passa pela área, com as devidas providências ditadas pela concessionária.

Para a instalação definitiva, serão observadas as especificações de projeto e as normas vigentes da Concessionária.

A energia elétrica a ser utilizada para a alimentação do empreendimento será recebida em 13,8 KV da concessionária local.

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As alimentações para os prédio de apoio, seguirão via aérea, aproveitando os postes de iluminação instalados ao longo das vias de acesso até seus respectivos quadros de distribuição.

Sistema de Drenagem Sub-Superficial

A implantação do sistema de drenagem de águas sub-superficiais tem como objetivo canalizar qualquer contribuição sub-superficial para fora da área operacional da CTDRS-TR, de forma que esta não sofra interferência quando da fase de operação do empreendimento e, sob outro ângulo, para que estas águas não venham a interferir nos sistemas e dispositivos a serem implantados no aterro sanitário.

Este sistema será implantado antes da instalação do sistema de impermeabilização de fundo proposto para a fundação da CTDRS-TR, conforme a configuração do desenho apresentado ao final deste item.

Sistema de Impermeabilização

A impermeabilização de fundo do aterro objetiva a proteção do solo, e consequentemente, a proteção dos corpos hídricos superficiais e subterrâneos locais.

Esta medida evita a percolação através deste solo, do líquido originado pela decomposição dos resíduos e de contaminantes disponibilizados pelas condições locais de degradação.

Assim, a barreira mecânica impermeabilizante será executada por meio de uma camada de aterro de base de no mínimo 0,60 m de espessura, em solo compactado essencialmente argiloso (de coeficiente de permeabilidade inferior a 10-7 cm/seg), sobre a qual será aplicada geomembrana texturizada de polietileno de alta densidade (PEAD) com espessura mínima de 1,5 mm.

Para proteção mecânica deste geossintético será executada, sobre o mesmo, outra camada de aterro em solo compactado de espessura mínima de 0,50 m, que além de proteger, incrementa a função impermeabilizante da manta

Terminada a execução da camada de proteção, os canais de drenagem de chorume da fundação do aterro serão lançados sobre a camada tomando-se os cuidados necessários para não danificar a manta de PEAD e seguindo-se os procedimentos descritos em tópico específico mais adiante.

Drenagem de Águas Pluviais

O projeto do sistema de drenagem superficial tem por objetivo o dimensionamento e disposição de aparelhos, capazes de captar e conduzir as águas superficiais, de modo a preservar a integridade do terreno e/ou do maciço

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de resíduos, mantendo suas condições de operação e estabilidade quando da ocorrência de precipitações.

A simplicidade de execução e manutenção é fator preponderante no momento da escolha da solução. Aqui buscaremos manter esta máxima, somada à boa técnica e dimensionamento adequado.

Drenagem de Gases

A produção de biogás em um aterro é afetada por diversos fatores, tais como: as características dos resíduos vazados no aterro, a degradabilidade das frações orgânicas neles contidas, as formas construtivas das células onde são acumulados os resíduos, as condições ambientais e atmosféricas da região (precipitação, evaporação, insolação, ventos, etc.), as formas operacionais (compactação, impermeabilização intermediária e final, fragmentação dos resíduos, recirculação de chorume, etc.).

O gás metano presente em maior quantidade no biogás, é um excelente combustível, com uma queima limpa e alto poder calorífico. Serão feitos estudos de viabilidade para o aproveitamento do biogás a ser gerado na CTDRS-TR e, caso se decida pela sua utilização como fonte de energia, serão pesquisadas técnicas disponíveis para a conversão, uma vez que, a exploração do biogás exige a avaliação de vários parâmetros, tais como qualidade e volume por dia de biogás, uso econômico proposto e relação custo/benefício.

Porém inicialmente serão instalados drenos verticais de gás a partir da fundação do aterro, previamente ao lançamento dos resíduos, e irão se elevando à medida que as células de aterramento forem sendo ocupadas por resíduos.

Sistema de tratamento de Efluentes Líquidos Percolados (Chorume)

Foram estudadas alternativas das quais surgiram duas soluções tecnicamente adequadas para o tratamento dos líquidos percolados (chorume) a serem gerados a partir da operação do aterro sanitário da CTDRS-TR:

No primeiro caso (Solução "a"), a combinação de métodos de tratamento, envolve a instalação de uma lagoa inicial para receber o chorume proveniente do tanque de acumulação. Daí, o efluente será encaminhado, por bombeamento, a um processo combinado "físico-químico e lodos ativados", após o que o efluente tratado será encaminhado a uma segunda lagoa, de onde estará em condições de ser encaminhado (por transporte rodoviário) para a estação de tratamento de esgotos domésticos convencional.

Neste sentido, os empreendedores já mantiveram contato com a empresa SANIRIO Ltda., especializada em transporte rodoviário de efluentes e devidamente licenciada junto ao INEA (LO No IN028980), para proceder a destinação final dos efluentes nas instalações da estação de tratamento de

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efluentes líquidos industriais e sanitários da HAZ SOLUÇÕES AMBIENTAIS S/A (LO No IN023919 expedida pelo INEA), localizada no Distrito Industrial de Santa Cruz, no Município do Rio de Janeiro.

Outras unidades de efluentes líquidos poderão ser consideradas futuramente, em função de tratativas que vêm evoluindo, como é o caso de ETE operada pela concessionária "Águas do Imperador" (em Petrópolis, RJ).

Com relação à Solução "b", ou seja, tratamento "in loco" por sistema de osmose reversa, o processo é iniciado com a equalização do chorume em tanque ou lagoa de acumulação impermeabilizada.

Dali, o efluente é bombeado para uma miniestação de tratamento, bastante compacta e que é montada dentro de um contêiner, onde é efetuada, primeiramente, a remoção de partículas suspensas através de filtros.

Após esse procedimento, o efluente é direcionado ao conjunto de membranas, que gera a saída de dois subprodutos: permeado e concentrado. Esses subprodutos são acumulados em lagoas de acumulação específicas, até sua destinação.

O permeado (com uma geração estimada em 70% do volume total de efluentes tratados) é um líquido que tem características ambientalmente seguras até mesmo para lançamento no corpo receptor local, o que não é o presente caso, já que o mesmo será reutilizado totalmente como água de reuso no próprio empreendimento, na umectação de vias, limpeza de máquinas, na unidade de autoclavagem, etc.

Já o concentrado (que corresponde a 30% do volume total de efluentes tratados), como o próprio nome sugere, deve ser encaminhado para recirculação no aterro sanitário.

Neste particular, o processo de recirculação de percolados na massa de lixo aterrada, seria considerado, também, para o caso da Solução "a", antes de se iniciar o processo de pré-tratamento combinado "físico-químico e lodos ativados", sendo que nesta hipótese assumiríamos, com segurança, que a recirculação possibilitaria uma redução de 30% no volume de chorume a tratar na ETE.

Isso posto, adotaremos em nosso projeto a Solução "b" (Osmose Reversa), ficando a Solução "a" (Pré-Tratamento + ETE Convencional) como alternativa igualmente válida para eventual utilização futura, caso se alterem algumas das premissas que hoje se apresentam no cenário de "custo-benefício" avaliado pelo empreendedor e, obviamente, com a prévia anuência do órgão licenciador.

Um fluxograma do SISTEMA PROPOSTO é apresentado ao final deste tópico, ressalvando-se, por todos os argumentos quanto à variabilidade da tipologia de

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chorume, que poderão ocorrer ajustes no sistema, a partir da operação do aterro sanitário

Contudo, ressalta-se que tanto para a Solução "a" (Pré-Tratamento + ETE Convencional) como para a Solução "b" (Osmose Reversa) não haverá lançamento de efluente no corpo receptor, pois mesmo ao adotarmos a Solução "b" (Osmose Reversa), esta irá gerar 30% de concentrado (efluente que vai para recirculação no próprio aterro) e os demais 70% de efluente tratado (é água de reuso), que será utilizado em diversas atividades do aterro como por exemplo aspersão de vias, lavagem de veículos e maquinas, limpeza de pisos, água para autoclave, etc... Desta forma não haverá lançamento de efluente em corpo receptor.

R E L A T O R I O D E I M P A C T O A M B I E N T A L - R I M A

C E N T R A L D E T R A T A M E N T O E D E S T I N A Ç Ã O D E

R E S Í D U O S S Ó L I D O S D E T R Ê S R I O S

C T D R S - T R

R I M A D A C E N T R A L D E T R A T A M E N T O E D E S T I N A Ç Ã O D E R E S Í D U O S S Ó L I D O S D E T R Ê S R I O S

J U N / 2 0 1 5 2 8

F i g u r a 7 . 5 . 1 . 2 - 1 : F l u x o g r a m a d o s i s t e m a d e t r a t a m e n t o p r o p o s t o p a r a a C T D R S - T R .

0,324 L/s

0,227 L/s 0,097 L/s

LAGOA DE PERMEADO

LAGOA DE CONCENTRADO

Reuso em sanitários, em irrigação de pistas e áreas

verdes, em limpeza de pisos,

na unidade de autoclave, etc. Recirculação

Bombeamento

Lagoa de

Acumulação

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7.5.1.3. Equipamentos

Nessa etapa os equipamentos necessários à preparação do terreno para o início de operação do aterro são:

01 Moto Niveladora

02 Caminhões Pipa

01 Rolo Compactador tipo CA25 ( Pé de Carneiro )

01 Carregadeira Frontal de Pneus CAT-966

02 Escavadeiras de Esteira CAT-320

01 Retro-escavadeira sobre Pneus CAT-416

03 Tratores de Esteira CAT D-6

01 Trator de Esteira CAT D-8

10 Caminhões Basculantes (12m3)

7.5.1.4. Mão-de-Obra para Implantação

O efetivo de mão de obra na fase de implantação será da ordem de 66 pessoas, podendo alcançar 95 pessoas nos períodos de pico. A origem da mão de obra utilizada na fase de implantação da CTDRS-TR será composta preferencialmente por residentes em Três Rios, que trabalharão sobre regime de CLT.

O histograma de mão de obra diretamente alocada na fase de implantação da CTDRS-TR está apresentado no Quadro 7.5.1.4-1.

Quadro 7.5.1.4-1: Histograma de Mão de Obra – Fase de Implantação.

Função Meses

1 2 3 4 5 6

Engenheiro 1 1 1 1 1 1

Técnico de Segurança Trabalho 1 1 1 1 1 1

Técnico de Edificações 1 1 1 1 1 1

Topógrafo 1 1 1 1 1 1

Nivelador 1 1 1 1 1 1

Auxiliar de topógrafo 1 1 1 1 1 1

Encarregado de Pessoal 1 1 1 1 1 1

Auxiliar de Escritório 1 1 1 1 1 1

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Função Meses

1 2 3 4 5 6

Apontador 2 2 2 2 2 2

Almoxarife 1 1 1 1 1 1

Auxiliar Serviços Gerais 1 1 1 1 1 1

Auxiliar de Portaria/Vigia 8 8 8 8 8 8

Mestre de Obras 1 1 1 1 1 1

Encarregado 1 1 1 1 1 1

Pedreiro 1 2 2 3 3 3

Carpinteiro 0 0 1 1 1 1

Armador 0 0 1 1 1 1

Montador 0 0 0 0 2 2

Eletricista 1 1 1 2 2 2

Mecânico 1 1 1 1 1 1

Soldador 1 1 1 1 1 1

Bombeiro 1 1 1 2 2 2

Pintor 0 0 0 2 2 2

Operador de Máquinas 10 10 10 10 10 10

Motorista 12 12 12 12 12 12

Servente 20 20 20 36 36 36

TOTAL 69 70 72 93 95 95

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7.5.1.5. Estimativa de Custo de Implantação do Empreendimento

O cronograma físico-financeiro de implantação está apresentado no quadro a seguir:

Tabela 7.5.1.5- 1: Cronograma Físico-Financeiro da Fase de Implantação

Item Discriminação Preço PERÍODO DE EXECUÇÃO (MESES)

Total (R$) 1o MÊS 2

o MÊS 3

o MÊS 4

o MÊS 5

o MÊS 6

o MÊS

ATERRO SANITÁRIO

1.1 Serviços iniciais de implantação do aterro sanitário

288.913,73 71.304,58 71.304,58 71.304,58 25.000,00 25.000,00 25.000,00

1.2 Escavação mecânica, carga, transporte e descarga

1.612.107,15 322.421,43 322.421,43 322.421,43 322.421,43 161.210,72 161.210,72

1.3 Drenagem de Águas Sub-Superficiais

265.706,62 66.426,65 199.279,96

1.4 Aterro Compactado 59.982,88

29.991,44 29.991,44

1.5 Impermeabilização da Área das Células

1.592.607,86

530.869,29 530.869,29 530.869,29

1.6 Drenagem de Chorume e Gás

524.210,16

262.105,08 262.105,08

1.7 Drenagem de Águas Superficiais na Implantação

284.095,98 28.409,60 28.409,60 28.409,60 56.819,20 56.819,20 85.228,79

1.8 Instalações de Administração e Apoio

381.445,00

127.148,33 127.148,33 127.148,33

1.9 Acessos 601.904,30 100.317,38 100.317,38 100.317,38 100.317,38 100.317,38 100.317,38

1.10 Sistema de Tratamento de Efluentes Líquidos

631.821,87

210.607,29 210.607,29 210.607,29

1.11 Cinturão Verde / Paisagismo 135.601,44 22.600,24 22.600,24 22.600,24 22.600,24 22.600,24 22.600,24

1.12 Instrumentação e Monitoramentos

88.242,45 14.707,07 14.707,07 14.707,07 14.707,07 14.707,07 14.707,07

SUBTOTAL 1 6.466.639,43 9,68% 11,74% 17,33% 22,28% 23,37% 15,60%

626.186,96 759.040,27 1.120.621,03 1.440.481,67 1.511.384,60 1.008.924,91

UNIDADES DE TRATAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE

2.1 Prédio da Autoclave 348.720,00

116.240,00 116.240,00 116.240,00

2.2 Equipamentos 760.210,00

380.105,00 380.105,00

SUBTOTAL 2 1.108.930,00

0,00% 0,00% 0,00% 10,48% 44,76% 44,76%

116.240,00 496.345,00 496.345,00

RESUMO GERAL DE CUSTO DE IMPLANTAÇÃO DA CTDRS-TR

ATERRO SANITÁRIO 6.466.639,43 626.186,96 759.040,27 1.120.621,03 1.440.481,67 1.511.384,60 1.008.924,91

UNIDADE DE AUTOCLAVAGEM DE RSS

1.108.930,00

116240 496345 496345

B.D.I. (Benefícios e Despesas Indiretas) = 23,45%

1.776.471,03 146.840,84 177.994,94 262.785,63 365.051,23 470.812,59 352.985,79

VALOR TOTAL COM B.D.I. 9.352.040,46 8,27% 10,02% 14,79% 20,55% 26,50% 19,87%

773.027,80 937.035,21 1.383.406,66 1.921.772,90 2.478.542,19 1.858.255,70

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7.5.2. Fase de Operação

7.5.2.1. Equipamentos

Nessa etapa os equipamentos necessários à preparação do terreno para o início de operação do aterro são:

Dois (02) tratores de esteiras com lâmina, tipo Catterpillar D6N, para

espalhamento, compactação e recobrimento do lixo, abertura e recuperação

de vias de acesso e apoio a conservação dos acessos;

Dois (02) caminhões com caçamba basculante, com capacidade de 12 m3 e

um (01) caminhão com caçamba basculante, com capacidade de 5 m3, rígida,

aberta superiormente, fabricada em aço, cantos arredondados;

Uma (01) retroescavadeira e uma escavadeira hidráulica sobre esteira, para

abertura de valas e execução das redes de drenagem e carregamento do

caminhão basculante;

Um (01) caminhões pipa, com tanque com capacidade para 10.000 litros;

Uma (01) motoniveladora para preparação/manutenção dos acessos; e

Um (01) caminhão comboio, para abastecimento e lubrificação dos

equipamentos.

Além disso, deverão ser previstos veículos leves de apoio, além de carreta-tanque de 30.000 litros para transporte de efluentes líquidos pré-tratados até o local de tratamento final, bem como a mobilização em determinados períodos, de equipamentos adicionais (rolos compactadores, por exemplo) para execução de serviços específicos esporádicos.

7.5.2.2. Mão-de-Obra

O aterro poderá operar em até três turnos de trabalho, envolvendo pessoal técnico administrativo e de apoio operacional.

Ressalvando-se que a expectativa inicial do empreendedor para atender a demanda de mercado aponte, no primeiro momento, para a operação em 2 (dois) turnos de trabalho, a seguir apresentamos nossas estimativas em termos de mão de obra para a operação da CTDRS-TR, considerando 3 (três) turnos diários, totalizando 69 (sessenta e nove) empregados, a saber:

Um (01) Engenheiro Civil / Sanitarista como gerente geral;

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Dois (02) Encarregados Operacionais - responsáveis pela operação de todo o

sistema de destino final e pelo controle de manutenção dos veículos e

equipamentos envolvidos na operação;

Três (03) Apontadores - responsáveis pelo registro dos veículos que forem

vazar no aterro e dos equipamentos em operação - responsável pela

elaboração das informações diárias;

Oito (08) Operadores de Máquinas - responsáveis pela operação dos tratores

(que executarão as tarefas de espalhamento, compactação, recobrimento do

lixo), escavadeira e retroescavadeira (para carga dos caminhões, abertura

das valetas, etc) e motoniveladora (patrol);

Nove (09) Motoristas - responsáveis pela operação dos veículos que

efetuarão o transporte do material de cobertura, irrigação e outras atividades

de apoio;

Dez (10) Vigias - responsáveis pela guarda do local, durante o período de 24

horas;

Dois (02) auxiliares administrativos;

Três (03) operadores de balança rodoviária;

Um (01) mecânico de máquinas;

Um (01) ajudante de mecânica;

Um (01) eletricistas;

Um (01) borracheiro;

Seis (06) manobreiros;

Seis (06) operadores de autoclave;

Doze (12) serventes;

Um (01) topógrafo; e

Dois (02) auxiliares de topografia.

Ressalta-se que a origem desta mão de obra será composta preferencialmente por residentes em Três Rios, que trabalharão sobre regime de CLT.

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7.5.2.3. Plano de Avanço

O plano de avanço para operação do aterro sanitário da CTDRS-TR será efetivado em duas etapas, iniciando-se pela Etapa 1, no Lote 1, com área média da ordem de 11.036,80 m² e capacidade para dispor cerca de 430.935 toneladas de resíduos, considerando alteamento de 6 (seis) células.

Registre-se que todas as células da Etapa 1/Lote 1, serão formadas "encaixadas" em fundo de vale, apoiando-se em taludes naturais na maior porção de seu perímetro e, portanto, a base de cada célula sempre terá área menor que a de topo.

A execução da Célula 1 dar-se-á a partir da superfície da fundação do aterro sanitário, na cota 330 m, elevando-se numa altura de 5 metros, atingindo a cota superior de 335 m, com um volume estimado de 55.184 m3.

A Célula 2 será executada a partir da superfície da Célula 1, ou seja, na cota 335 m e tendo como cota final a de 340 m, com um volume de 64.092 m3.

Da superfície da Célula 2, será executada a Célula 3, ou seja, da cota 340 m até a cota 345 m, com um volume de 71.207 m3, e assim, sucessivamente, serão executadas as Células 4, 5 e 6, respectivamente, atingindo as plataformas finais nas cotas 350 m (volume de 74.770 m3), 355 m (com 84.124 m3) e 360 m (com 81.558 m3), concluindo o avanço de aterramento da Etapa 1 / Lote 1.

A Etapa 2 será implantada sobre a área da plataforma superior da sexta célula de resíduos da Etapa 1, somada a uma área adjacente da fundação do Lote 2, conformando um maciço único com a união das duas etapas, perfazendo uma ocupação de cerca de 20.164 m² e com capacidade para disposição de cerca de 455.368 toneladas, considerando o alteamento de 7 (sete) células, representando o coroamento do aterro sanitário.

Nestas condições, a configuração do maciço passa a ser de células sobrepostas no arranjo construtivo comumente denominado "bolo de noiva", onde as dimensões de base de cada célula são maiores que as de seus respectivo topo, ao contrário da situação experimentada na Etapa 1 / Lote 1.

Portanto, a execução da Célula 7 dar-se-á a partir da grande superfície formada pela união da plataforma superior da cota 360 m da Etapa 1/Lote 1 com a fundação do Lote 2 do aterro sanitário, elevando-se numa altura de 5 metros, atingindo a cota superior de 365 m, com um volume estimado de 100.824 m3.

A Célula 8 será executada a partir da superfície da Célula 7, ou seja, na cota 365 m e tendo como cota final a de 370 m, todavia, preservando um distanciamento de 5 m em relação a projeção da borda da referida célula para que se constitua a

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berma de equilíbrio prevista em projeto. Esta célula compreenderá um volume de 104.922 m3.

Seguindo as mesmas diretrizes, sobre a superfície da Célula 8 (cota 370 m), será constituída a Célula 9, elevando-se até a cota 375 m e com volume de 89.378 m3.

Assim, sucessivamente, serão executadas as Células 10, 11, 12 e 13, respectivamente, atingindo as plataformas finais nas cotas 380 m (volume de 72.410 m3), 385 m (com 49.461 m3), 390 m (com 27.329 m3) e 395 m (com 11.044 m3), concluindo o avanço de aterramento da Etapa 2.

No que se refere a volumes de movimentos de terra para implantação do aterro sanitário, a estimativa de projeto é de 189.304 m3 de corte e 85.644 m3 de aterro, na preparação dos lotes 1 e 2, onde serão executadas as células de resíduos sólidos.

Com relação à preparação da área onde será implantada a infraestrutura (balança, guarita, prédios de administração e apoio, bem como a ETE para o chorume, está previsto um volume de cortes da ordem de 66.937,33 m3 e 90.446,98 m3 de aterros.

Fazendo-se um balanço entre volumes de cortes e de aterros para o empreendimento, verifica-se um excedente de 91.824 m3 de material, o qual corresponde, em ordem de grandeza, à quantidade de solo requerida para cobertura dos resíduos na fase de operação do aterro sanitário, estimada em 78.925 m3, para o período de 10 (dez) anos, o que demonstra o equilíbrio do projeto neste particular, evitando gastos e impactos adicionais com "bota-fora". A pequena quantidade remanescente de solo será utilizada em manutenções ao longo do tempo e outros usos no aterro sanitário.

A Tabela 7.5.2.3-1 apresentada a seguir, resume a capacidade de disposição de resíduos e vida útil para cada uma das células das etapas 1 e 2, conforme estimativas de recebimento de resíduos sólidos ao longo do tempo na CTDRS-TR:

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Tabela 7.5.2.3- 1: Capacidade de Recebimento de Resíduos Por Célula

Cotas (m) Volume da Célula (m³)

Ano Célula

Volume por

Célula (m

3)

Volume Estimado (m

3/ano)

Tempo (em dias corridos)

330-335 55.184,00 1

1 55.184 59.140

341

335-340 64.092,00 2 3.956 24

2 2 60.136

65.054 337

340-345 71.207,00 3 4.918 28

3 3 66.289

70.968 341

345-350 74.770,00 4 4.678 24

4 4 70.092

76.882 333

350-355 84.124,00 5 6.790 32

5 5 77.334

82.796 341

355-360 81.558,00 6 5.462 24

6 6 76.096

88.710 313

360-365 100.824,00 7 12.613 52

7 7 88.211

94.624 340

365-370 104.922,00 8 6.413 25

8 8 98.509

100.538 358

370-375 89.378,00 9 2.029 7

9 9 87.349 300

375-380 72.410,00 10 19.103 106.452 65

10

10 53.307 158

380-385 49.461,00 11 49.461 147

385-390 27.329,00 12 20.242 123.011 60

11 12 7.087 21

390-395 11.044,00 13 11.044 18.131 33

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7.5.3. Vida Útil do Aterro

Em sendo um empreendimento privado, em que se pretende captar clientes / geradores tanto no sistema público de coleta domiciliar, como geradores particulares de resíduos com características similares, foi inicialmente definida uma meta final de se chegar a um recebimento de até 400 toneladas/dia de resíduos sólidos urbanos na CTDRS-TR, considerados 26 dias úteis/mês ao longo do período de operação.

Tal produção seria atingida progressivamente, cumprindo metas médias anuais de recebimento de resíduos sólidos urbanos, que são apresentadas na Tabela 7.5.3-1 a seguir:

Tabela 7.5.3- 1: Quantitativos Estimados de Resíduos a Serem Recebidos no Aterro Sanitário.

Ano Demanda Estimada

(t/mês) (t/ano)

1 5.000 60.000

2 5.500 66.000

3 6.000 72.000

4 6.500 78.000

5 7.000 84.000

6 7.500 90.000

7 8.000 96.000

8 8.500 102.000

9 9.000 108.000

10 10.400 124.800

Assim é que, para as quantidades estimadas constantes da tabela supra, o cálculo da vida útil da Central de Tratamento e Disposição de Resíduos Sólidos de Três Rios (CTDRS-TR), será balizada para uma demanda de aterramento total de 880.800 toneladas de resíduos a ser disposta em 10 (dez) anos numa área (fundação dos lotes 1 e 2) de aproximadamente 45.493,38 m2.

Obviamente, os quantitativos supra poderão variar ao longo do tempo, por questões peculiares de mercado, quer seja expectativas frustradas de fechamento de contratos em determinada época, ou por novas oportunidades que se apresentem e que acarretem maior quantidade de resíduos sólidos adentrando a CTDRS-TR durante algum período.

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7.5.4. Encerramento do Aterro Sanitário

Após o término do vazamento de resíduos na área e o cumprimento de todos os procedimentos inerentes a implantação da camada final de cobertura, drenagens definitivas, revegetação e demais intervenções previstas em projeto, há que se continuar com os trabalhos de manutenção dos sistemas e dispositivos instalados, e até mesmo a continuidade de operação de alguns desses sistemas, como é o caso do tratamento dos efluentes líquidos, numa fase que muitos caracterizam como de “pós-encerramento”.

Associado à preocupação de acompanhar os processos inerentes ao encerramento das atividades de disposição do aterro, existe a necessidade de reintegrar a área utilizada, através de um estudo de seu aproveitamento futuro.

Portanto, após o encerramento do aterro, deverá ser prevista a implantação de uma camada final de solo, com a finalidade de criar uma proteção adicional contra a infiltração de águas de chuvas, nivelando a superfície e mantendo as declividades previstas no projeto.

A cobertura final do aterro sanitário promove, portanto, a redução da infiltração da água de chuva para o interior do maciço de lixo, evitando o aumento da produção de chorume, que também é um dos pressupostos fundamentais para manutenção da estabilidade do aterro.

Desta forma, após o preenchimento de todo o volume útil destinado aos resíduos sólidos no aterro sanitário e, consequentemente, com o término das atividades de disposição, será efetuado o recobrimento final dos taludes e platôs superiores, distribuindo regularmente sucessivas camadas de solo compactadas (com espessura máxima de 0,20 m de material solto), até que se atinja a espessura total compactada mínima de 0,60 m.

A finalização da cobertura será dada através da colocação, nas áreas indicadas, de uma última camada de 10 cm de terra vegetal sem compactação, com o objetivo de formar uma base com composições adequadas para o plantio de gramíneas.

Dentre os procedimentos de controle que serão implantados após o encerramento da operação do aterro destacam-se os seguintes:

Acompanhamento da eficiência do sistema de drenagem de gases, mediante inspeção rotineira de todos os poços e componentes, de forma a garantir a permanente queima;

O sistema de drenagem de chorume será submetido a uma inspeção visual rotineira dos dispositivos instalados e acompanhamento do volume de chorume drenado.

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Acompanhamento da eficiência do sistema de tratamento de efluentes líquidos, para garantir a permanência de padrões de tratabilidade adequados conforme o previsto em projeto, com resultados finais de carga poluidora do efluente em níveis compatíveis com o estabelecido pelo órgão de controle ambiental;

Verificação da integridade da superfície dos taludes, principalmente após a ocorrência de períodos chuvosos, promovendo os reparos que se fizerem necessários;

Monitoramento da qualidade das águas subterrâneas e superficiais, nos corpos d’água localizados nas proximidades do aterro através da coleta de amostras representativas para realização de análises físico-químicas permitindo a detecção de eventuais falhas no sistema de coleta e tratamento de efluentes líquidos;

Monitoramento Geotécnico do maciço de lixo, através de acompanhamento dos níveis piezométricos na instrumentação instalada e dos deslocamentos horizontais e verticais do aterro, por meio de dispositivos como marcos superficiais, acompanhando a evolução do processo de adensamento através de análise comparativa com leituras anteriores, propiciando ações corretivas imediatas no caso da ocorrência de recalques acima do esperado.

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7.5.4.1. Cronograma de desativação do empreendimento

ITEM EVENTO TEMPO (em meses)

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 ................... N

1 Execução da camada final de cobertura (impermeabilização superior)

2 Execução da camada de terra vegetal

3 Execução do sistema final de drenagem pluvial no aterro acabado

4 Implantação do projeto de revegetação e integração paisagística

5 Manutenção de taludes, bermas e plataforma do aterro sanitário

N1

6 Manutenção de vias de acesso, cercas e instalações físicas

N2

7 Manutenção das áreas verdes N2

8 Manutenção dos sistemas de drenagem pluvial

N2

9 Manutenção dos sistemas de drenagem de chorume

N3

10 Operação e manutenção do pré-tratamento de chorume (ETE)

N4

11 Manutenção do sistema de drenagem de gases

N5

12 Monitoramento geotécnico e ambiental N2

13 Vigilância e controle N2

OBSERVAÇÕES:

N1: Até a estabilização do aterro

N2: Enquanto durarem as demais atividades no local

N3: Até a desativação da ETE N4: Até os resultados de monitoramento de chorume "in natura" apontarem para a

possibilidade de sua paralisação N5: Até os resultados de monitoramento de gases apontarem para a possibilidade

de sua paralisação

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7.5.5. Uso Futuro da Área

Sabe-se que áreas utilizadas para aterros sanitários não são adequadas para a construção de edificações, tanto pela presença de emanações de biogás, como pelo recalque elevado do solo.

Todavia, é preciso que o plano de encerramento do aterro seja devidamente implantado, respeitando-se todos os dispositivos necessários para o monitoramento das condições ambientais e geotécnicas do aterro, e que estes sejam continuamente acompanhados.

Com este tipo de utilização o sistema de drenagem de gases projetado, não necessitará sofrer modificações, posto que a superfície da área de lazer deverá ser executada com material terroso do tipo areno-argiloso, que proporcionará arejamento da camada sub-superficial.

É importante lembrar que, a reutilização da área para a implantação de um parque de lazer não ocorre imediatamente ao término da operação do aterro. Para isso ocorrer deverão ser tomadas algumas medidas para que sejam evitados impactos no que se refere a erosão, a desestabilização dos taludes e ao comprometimento das áreas situadas a jusante do aterro.

Assim, torna-se necessária a implantação de uma camada final (adicional) de material de cobertura com no mínimo 0,80m de espessura e uma camada de solo vegetal, para ser realizado o plantio de gramíneas e plantio de árvores de pequeno e médio porte, sobretudo aquelas espécies de sistema radicular paralelo à superfície do aterro e resistentes às temperaturas elevadas.

Após o encerramento da disposição de resíduos serão realizadas atividades de manutenção e controle para viabilizar a utilização da área e garantia da segurança da vizinhança do aterro

8. Áreas de influência

As Áreas de Influência da Central de Tratamento e Destinação de Resíduos Sólidos de Três Rios – CTDRS-TR foram determinadas considerando que a maior parte dos impactos ambientais não ocorre de forma uniforme e apresentam variações espaciais e temporais, gradientes e gradações, descontinuidades, padrões etc., em função da configuração da paisagem, da morfologia e da variabilidade temporal dos fatores inter-relacionados do meio físico, biótico e socioeconômico (antrópico) e são definidas, considerando os aspectos legais, conforme apresentado abaixo:

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- Área de Influência Indireta – AII;

- Área de Influência Direta – AID e,

- Área Diretamente Afetada – ADA

Figura 8-1: Mapa da Área de Influência dos Estudos Ambientais

9. Diagnóstico Ambiental

O objetivo do diagnóstico ambiental é apresentar os principais elementos do meio físico, biótico e socioeconômico (antrópico) passíveis de alterações com a implantação e operação do empreendimento.

No desenvolvimento e levantamento dos elementos dos meios físico, biótico e socioeconômico (antrópico) deste diagnóstico ambiental, participou uma equipe multidisciplinar de técnicos devidamente qualificados oferecendo informações e subsídios técnicos de qualidade para avaliação e entendimento do trabalho apresentado.

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Estes estudos caracterizaram devidamente as áreas de influência do empreendimento através de dados primários e secundários para desenvolvimento dos estudos. Os dados primários utilizados foram obtidos através de trabalhos realizados em campo de reconhecimento da área, topografia, sondagens, coleta de amostras de água superficial e subterrânea, medição de níveis de ruídos, identificação de espécies vegetais e de fauna e aspectos arqueológicos em campo, além de visita aos bairros, centros de saúde, prefeituras, secretarias municipais e outras organizações, entrevistas com a população de Três Rios etc.

Os dados secundários se basearam em bibliografia pertinente: geologia, geotecnia, recursos minerais, geomorfologia e pedologia a partir de dados da Companhia de Proteção aos Recursos Minerais – CPRM da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa e do EIA/RIMA da AHE Simplício elaborado pela empresa ENGEVIX, com as sondagens realizadas na área da CTDRS-TR, histórico de ocupação do solo e qualidade de vida através de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, e Prefeitura de Três Rios; clima por meio da Estação Meteorológica do Instituto Nacional de Meteorologia- INEMET; Vegetação e Fauna, baseando-se em revisão de literatura e levantamentos específicos, Planos e Programas governamentais (culturais, sociais, e ambientais) através de sites municipais e estaduais, além da Secretaria de Ambiente do Estado - SEA, dentre outros.

Portanto, o diagnóstico contemplou os elementos que, direta ou indiretamente, estão sujeitos aos impactos ambientais negativos ou positivos decorrentes de ações desencadeadas nas diferentes fases de planejamento, implantação, operação e desativação do empreendimento em estudo, garantindo a objetividade das análises necessária à consecução dos objetivos pretendidos. A caracterização dos aspectos relevantes e informações cartográficas foram feitas utilizando-se escalas compatíveis com o nível de detalhamento requerido pela Instrução Técnica IT CEAM/DILAM Nº 04/2015.

Para o estudo na Área Diretamente Afetada (ADA), Área de Influência Direta (AID) e Área de Influência Indireta (AII), foram caracterizados os meios físico, biótico e sócio econômico (antrópico) apresentados a seguir.

9.1. Meio Físico

O objetivo do diagnóstico ambiental é apresentar os principais elementos do meio físico, biótico e socioeconômico(antrópico) passíveis de alterações com a implantação e operação do empreendimento.

No desenvolvimento e levantamento dos elementos dos meios físico, biótico e socioeconômico (antrópico) deste diagnóstico ambiental, participou uma equipe multidisciplinar de técnicos devidamente qualificados oferecendo informações e

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subsídios técnicos de qualidade para avaliação e entendimento do trabalho apresentado.

Estes estudos caracterizaram devidamente as áreas de influência do empreendimento através de dados primários e secundários para desenvolvimento dos estudos. Os dados primários utilizados foram obtidos através de trabalhos realizados em campo de reconhecimento da área, topografia, sondagens, coleta de amostras de água superficial e subterrânea, medição de níveis de ruídos, identificação de espécies vegetais e de fauna e aspectos arqueológicos em campo, além de visita aos bairros, centros de saúde, prefeituras, secretarias municipais e outras organizações, entrevistas com a população de Três Rios etc.

Os dados secundários se basearam em bibliografia pertinente: geologia, geotecnia, recursos minerais, geomorfologia e pedologia a partir de dados da Companhia de Proteção aos Recursos Minerais – CPRM da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa e do EIA/RIMA da AHE Simplício elaborado pela empresa ENGEVIX, com as sondagens realizadas na área da CTDRS-TR, histórico de ocupação do solo e qualidade de vida através de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, e Prefeitura de Três Rios; clima por meio da Estação Meteorológica do Instituto Nacional de Meteorologia- INEMET; Vegetação e Fauna, baseando-se em revisão de literatura e levantamentos específicos, Planos e Programas governamentais (culturais, sociais, e ambientais) através de sites municipais e estaduais, além da Secretaria de Ambiente do Estado - SEA, dentre outros.

Portanto, o diagnóstico contemplou os elementos que, direta ou indiretamente, estão sujeitos aos impactos ambientais negativos ou positivos decorrentes de ações desencadeadas nas diferentes fases de planejamento, implantação, operação e desativação do empreendimento em estudo, garantindo a objetividade das análises necessária à consecução dos objetivos pretendidos. A caracterização dos aspectos relevantes e informações cartográficas foram feitas utilizando-se escalas compatíveis com o nível de detalhamento requerido pela Instrução Técnica IT CEAM/DILAM Nº 04/2015.

Para o estudo na Área Diretamente Afetada (ADA), Área de Influência Direta (AID) e Área de Influência Indireta (AII), foram caracterizados os meios físico, biótico e sócio econômico (antrópico) apresentados a seguir.

9.1.1. Análise Climática

O presente estudo considera a diversidade climática do Estado do Rio de Janeiro, onde as porções continentais fluminenses, a topografia acidentada e compartimentada, a proximidade com o Oceano Atlântico constituem importantes características na influência das temperaturas médias, na distribuição

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pluviométrica, no movimento das massas de ar e pressões atmosféricas que atuam na região durante as fases do ano.

Precipitação Pluviométrica

As precipitações pluviométricas nas Regiões Sul e Sudeste apresentam significativas variabilidades espaciais e temporais, com marcantes diferenças sazonais, além de desvios pluviométricos ao longo de anos consecutivos. No verão, as fortes convecções orográficas locais e as passagens das frentes frias podem provocar chuvas regionalmente mais intensas, e em maiores volumes diário e mensal. No inverno, com temperaturas ambientes mais baixas e menor evaporação, as chuvas ocorrem com menores intensidades e volumes mensais, sendo devidas, na quase totalidade dos casos, às passagens de sistemas frontais.

Os dados que melhor caracterizam a precipitação pluviométrica na região Serrana de Três Rios são os das Normais Climatológicas. Na Figura 9.1.1-1 é apresentado o gráfico com a precipitação média mensal das estações meteorológicas mencionadas.

Figura 9.1.1-1: Variação da precipitação média mensal nas Estações de Juiz de Fora e Teresópolis no Período 1961-1990.

Fonte: INEMET - Normais Climatológicas, 1961-1990.

Na figura observa-se uma nítida marcação sazonal, com um “período chuvoso” no verão e “período seco” no inverno. O máximo pluviométrico médio mensal é de 425,4 mm e ocorre em dezembro na Estação de Teresópolis devido a esta situar-se junto à Serra do Mar, que tem forte influência de chuvas orográficas, e que são bem mais enfraquecidas na região de Juiz de Fora. Por outro lado, o mínimo valor mensal é de 22,1 mm e se dá em agosto. A média anual do total pluviométrico é de 1.597 mm em Juiz de Fora e 2.774 mm em Teresópolis.

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Juiz de Fora 286,7 181,3 186,4 92,5 48,6 31,7 23,2 22,1 75,8 155,2 216,4 277,1

Teresópolis - P. Nacional 401,9 322,6 263,3 226,3 120,7 69,8 83,4 101,3 143,7 264,5 351,5 425,4

0,050,0

100,0150,0200,0250,0300,0350,0400,0450,0

mm

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Foram utilizados dados climatológicos de precipitação pluviométrica da estação "Posto Moura Brasil" (código 2243015) da ANA - Agência Nacional de Águas, operada pela CPRM,.com localização em Três Rios/RJ (coordenadas -22:07:38 e -43:09:08), na altitude de 270 metros), por ser a representativa das características da região de estudo, a saber:

Tabela 9.1.1- 1: Precipitação Pluviométrica Anual – Série Histórica.

Ano Chuva (mm)

Ano Chuva (mm)

Ano Chuva (mm)

1937 1426,0 1957 1209,0 1977 1123,7

1938 1082,8 1958 1091,2 1982 1447,6

1939 857,2 1959 883,8 1983 1721,8

1940 1189,4 1960 1044,0 1984 827,5

1941 1121,7 1961 1198,0 1985 1517,4

1942 829,7 1962 1208,0 1986 913,3

1943 1260,9 1963 599,0 1987 974,1

1944 1024,6 1964 1107,0 1988 1170,1

1945 1241,4 1965 1616,2 1989 1023,4

1946 1118,1 1966 1973,0 1990 855,4

1947 1522,1 1967 1356,0 1991 1323,5

1948 985,9 1968 581,6 1992 1132,5

1949 1220,2 1969 989,0 1993 874,2

1950 1142,0 1970 497,5 1994 1269,0

1951 938,0 1971 857,2 1995 1171,4

1952 1604,0 1972 857,5 2001 1258,0

1953 877,0 1973 915,2 2002 1107,4

1954 814,3 1974 865,3 2003 1201,4

1955 947,0 1975 1283,8 2004 1549,3

1956 903,0 1976 1358,7 2005 1339,8

Máxima registrada: 1.973 mm (em 1966)

Mínima registrada: 497,5 mm (em 1970)

Precipitação média: 1.123 mm/ano

Fonte: CPRM, "Posto Moura Brasil" (código 2243015).

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Figura 9.1.1- 2: Série histórica oriunda da Estação Moura Brasil

Fonte: CPRM, "Posto Moura Brasil" (código 2243015).

0

500

1000

1500

2000

2500

1937

1938

1939

1940

1941

1942

1943

1944

1945

1946

1947

1948

1949

1950

1951

1952

1953

1954

1955

1956

1957

1958

1959

1960

1961

1962

1963

1964

1965

1966

1967

1968

1969

1970

1971

1972

1973

1974

1975

1976

1977

1982

1983

1984

1985

1986

1987

1988

1989

1990

1991

1992

1993

1994

1995

2001

2002

2003

2004

2005

mm

Ano

Moura Brasil

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Pressão Atmosférica

A variação mensal da pressão atmosférica na estação de Juiz de Fora com variações pouco significativas, porém percebe-se uma nítida sazonalidade, com máximo em Julho (914,6 hPa) e mínimo em Janeiro (909,3 hPa).

Temperatura do Ar

Em Juiz de Fora, o mês mais frio (julho) apresenta 16,1ºC e o mês mais quente (fevereiro) 20,8ºC. A média anual é de 19,3ºC. Para Teresópolis, os valores são um pouco inferiores, para os mesmos meses, situando-se em 14,3ºC (julho) e 20,8ºC (fevereiro), com média de 17,7 º

Umidade Relativa do Ar

A variabilidade mensal da umidade relativa do ar não é muito significativa, tendo um valor médio de 73% nos meses mais secos e de temperatura mais baixa, a 88% nos meses mais úmidos.

Nebulosidade

No período compreendido entre os meses de outubro a janeiro a nebulosidade atinge seus maiores valores em ambas as estações, com 7/10 em Teresópolis e 8/10 em Juiz de Fora. O aumento de nebulosidade coincide com a época de maiores totais pluviométricos na região. A diminuição da nebulosidade tende a coincidir com a época de menor precipitação, no inverno.

Ventos

A Tabela 9.1.1-2 apresenta os dados de direção e velocidade média dos ventos. Na estação de Teresópolis apresenta velocidades muito baixas e sem direção predominante, impossibilitando a elaboração de uma Rosa dos Ventos. Em Juiz de Fora, as velocidades são de baixas a médias com forte predominância de ventos do quadrante norte e secundariamente do sul.

Essa direção tão marcadamente norte/sul, deve-se, provavelmente, à influência do relevo próximo à estação meteorológica.

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Tabela 9.1.1-2: Direção e velocidade média dos ventos

Estação Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Média

Juiz de Fora (1)

N N N S N N N N N S N N N

Juiz de Fora (2)

2,86 2,86 2,87 2,53 2,46 2,57 2,68 3,03 3,29 2,99 2,91 3,04 2,84

Teresópolis (1)

Calmo Calmo Calmo Calmo Calmo Calmo Calmo Calmo Calmo Calmo Calmo Calmo Calmo

Teresópolis (2)

0,45 0,46 0,38 0,39 0,35 0,4 0,35 0,47 0,52 0,49 0,43 0,42 0,43

(1) Direção predominante do vento. (2) Velocidade média do vento (m/s)

9.1.2. Qualidade do ar

O presente estudo da qualidade do ar tem por objetivo apresentar as condições atuais da qualidade do ar na região do Município de Três Rios, com foco na futura implantação do Aterro Sanitário de Três Rios denominado de - CTDRS-TR.

Com a crescente industrialização vivida pelo Município de Três Rios de alguns tempos até os dias de hoje, é iminente a demanda pela instalação não só de uma unidade de monitoramento da qualidade do ar por parte do órgão de controle ambiental estadual, bem como de uma estação meteorológica, gerando assim uma base de dados mínima para ações, para que sejam garantidos os padrões de qualidade do ar necessários à saúde pública e proteção ao meio ambiente.

Com a instalação do aterro sanitário em Três Rios, de fato, haverá incremento de emissão de poluentes atmosféricos, com destaque para o metano, material particulado e também os gases oriundos da queima de combustíveis fósseis, considerando a logística de transporte de resíduos sólidos envolvida.

Assim, sobretudo no que concerne às emissões fixas do aterro, há que se considerar os controles ambientais para prover a captação dos gases formados principalmente pelo metano, de forma que os mesmos possam ser reaproveitados e assim não sejam lançados diretamente na atmosfera.

É importante também o estabelecimento de controles relativos à emissão de material particulado para fora do empreendimento, com mecanismos diversos de controle, dentre eles lavador de pneus, umectação de vias e a implantação de uma cortina arbórea no entorno do empreendimento.

Na fase de operação há necessidade de controlar a geração dos gases odoríferos com o recobrimento diário dos resíduos com o seu apropriado

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selamento para que não seja permitido o escape destes gases, grandes geradores de reclamações das comunidades circunvizinhas destes tipos de empreendimento.

Não obstante, em linhas gerais, recomenda-se ainda a instalação de unidade de monitoramento de materiais particulados em suspensão, tendo em vista ser um equipamento com custo acessível e de fácil operacionalização, respaldando assim o empreendimento, em termos de emissões concernentes a este tipo de poluente.

9.1.3. Ruídos

A poluição sonora é um fator contundente de impacto ambiental nos dias de hoje e por esse motivo foram realizadas medições em vários pontos da área que circunda o local onde se pretende implantar a CTDRS-TR.

Como resultado a média dessas medições conclui-se que a área apresenta características de ruído ambiente, na maioria dos pontos, com resultados similares às áreas industriais, onde os limites diurno e noturno são, respectivamente, 70 dB e 65 dB, provocados por três principais fatores: movimentação de veículos na rodovia, movimentação de veículos e pessoas no lixão e movimentação intensa de veículos oriundos da rodovia, para pontos adjacentes

9.1.4. Geomorfologia

As formas de relevo predominantes na área são:

Paf – Planícies aluviais-fluviais;

Evc – Espigões alongados de vertentes convexas arrendondadas;

Mav – Morros arredondados com vales encaixados;

Mvc – Morros alongados de vertentes convexas.

Os processos geomorfodinâmicos atuantes na AID também presentes na AII são:

Processo de mobilização e transporte pluvial: apresenta uma alta intensidade na região devido às chuvas intensas associadas à cobertura vegetal degradada e as altas declividades existentes. Este processo também ocorre nas formas antrópicas existentes, estrada (grande intensidade de transporte de finos), áreas impermeabilizadas (grande

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intensidade de mobilização e transporte de sedimentos finos e médios)e no lixão existente (grande intensidade de mobilização e transporte de sedimentos de diferentes granulometrias);

Processo de deposição pluvial: este processo ocorre nas zonas de transição entre as encostas e planícies fluviais e intercolinas. Estes depósitos pluviais funcionam como armadilhas de sedimentos, que posteriormente são remobilizados para as calhas dos rios e posteriormente para o Rio Paraíba do Sul;

Processo de mobilização e transporte fluvial: na área de influência direta os cursos d´água encontram-se com vazões normais reduzidas e com pequena capacidade de transporte. Nos eventos pluviais estes rios apresentam uma ação de mobilização e transporte mais intensos, tanto dos materiais de lateral e fundo, quanto de movimentos remobilizados das planícies aluvio-fluviais ou das encostas.

Processo de deposição fluvial: este processo ocorre na calha dos rios em momentos de fluxo normal e em momentos de chuvas (principalmente no final dos eventos de chuva) e nas planícies dos vales e vales intercolinas em eventos de alagamentos. As calhas e vales dos rios atuam como armadilha de sedimentos antes do carreamento para o Rio paraíba do Sul.

Processo mobilização e transporte gravitacional: este processo ocorre nas encostas íngremes existentes na área, com possibilidade de ocorrência de escorregamentos de diversos tipos, com grande capacidade de mobilizarem volumes de solo expressivos;

Processos de deposição gravitacional: este processo ocorre na parte basal das encostas, sendo estes os sedimentos depositados posteriormente retrabalhados por processos pluviais.

Processo de mobilização antrópico: a mobilização antrópica na área de estudo é modesta, não existindo ainda processos de cortes e retirada de material, com exceção da área do loteamento próximo à Rua Direita.

Processo de deposição antrópico: a deposição antrópica ocorre atualmente na área do lixão de forma intensa. Também ocorre nas áreas urbanas, principalmente na área urbanizada da Rua Direita. Este processo foi historicamente efetivo quando da implantação da estrada BR-040, durante a implantação das áreas urbanizadas

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9.1.5. Solos

O estudo dos solos foi elaborado a partir de dados secundários e de diversos estudos existentes para a região, destacando-se Área Diretamente Afetada, através da avaliação de dados primários oriundos das sondagens realizadas.

Na AII os Grandes Grupos de Solos presentes são:

• Latossolo; • Podzólico; • Brunizem; • Cambissolos; • Solos Aluviais; • Solos Litólicos; • Glei Pouco Húmico; • Afloramento de Rocha.

Na avaliação dos solos da ADA levou-se em consideração os resultados constantes nos Boletins de Sondagem apontam a presença de argila orgânica somente na camada entre o nível do terreno até 0,50 metros de profundidade. No que se referem às camadas subsequentes, estas variaram entre argila arenosa, areia argilosa siltosa e argila arenosa siltosa, podendo-se observar que há uma uniformidade do solo ao longo dos trechos definidos pelos furos de sondagem.

O tipo de solo existente é o Podzólico, que integram esse grande grupo solos minerais, não hidromórficos, com horizonte B textural e argila de atividade baixa (Tb), ou seja, capacidade de troca catiônica, deduzida a contribuição da matéria orgânica inferior a 24 meq/100g de argila. É comum nesses solos a presença de cerosidade entre as unidades estruturais. A capacidade de troca catiônica, após correção, é sempre inferior a 13 meg/100g de argila. Ocorrem sob condições de relevo variado, de plano a montanhoso, com declividade entre 1% e 50%, e vegetação de floresta tropical perenifolia e tropical subcadnifolia.

Na AID do empreendimento são encontrados os seguintes segmentos:

PEd1 - Podzólico Vermelho-Escuro distrófico Tb A moderado textura média/argilosa fase floresta tropical subcaducifolia relevo ondulado e forte ondulado;

PEd2 - Podzólico Vermelho-Escuro distrófico Tb A moderado textura argilosa fase floresta tropical subcaducifolia relevo forte ondulado;

PEd3 - Podzólico vermelho-escuro distrófico, Tb, A moderado, textura média/argilosa, relevo suave ondulado, vegetação campestre; podzólico

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vermelho-amarelo distrófico, Tb, A moderado, textura média/argilosa, relevo ondulado, vegetação campestre/arbustiva;

PVd1 - Podzólico Vermelho-Amarelo Latossólico distrófico A moderado textura média fase floresta tropical subcaducifolia relevo suave ondulado;

PVd2 - Podzólico Vermelho-Amarelo Latossólico distrófico A moderado textura média/argilosa fase floresta tropical subcaducifolia relevo ondulado e;

PVe - Podzólico Vermelho-Amarelo distrófico Tb A proeminente textura média/argilosa fase floresta tropical subcaducifolia relevo forte ondulado e montanhoso.

9.1.6. Geologia/Geotecnia

A região de estudo é caracterizada pela ocorrência de rochas cristalinas pré-cambrianas, representado pelos ortognaisses do Complexo Quirino, denominado de Unidade Quirino por Valladares (1996) e Machado et al. (1996). Próximo à área, observa-se a exposição desta unidade (Figura 9.1.6-1), estes ortognaisses comumente formam lajes e paredões resistentes que, por vezes, se destacam na topografia. Composto por rochas leucocráticas a mesocráticas de granulometria média a grossa, de estrutura maciça, estromática a gnáissica. A foliação principal apresenta variações de mergulho, de suborizontal a subvertical, quando adquire aspecto milonítico.

Figura 9.1.6-1: Vista do afloramento da Unidade Quirino, na rodovia BR-040, próximo à área do empreendimento.

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Em campo são reconhecidos dois tipos petrográficos principais: um hornblenda-biotita gnaisse e um biotita-gnaisse, ambos apresentando os enclaves mesocráticos a melanocráticos, centimétricos a métricos. De acordo com a paragênese mineral encontrada, envolvendo plagioclásio e hornblenda, reconhece-se que o metamorfismo nesses ortognaisses atingiu a fácies anfibolito superior, com temperaturas acima de 640°C (Turner, 1980).

Afloramentos rochosos podem ser observados próximo às drenagens (Figura 9.1.6-2), que seguem o contexto geológico da região, como descrito nos itens anteriores. Nestes pontos observa-se uma rocha sã com foliação marcante, subvertical com direções para NW (Sn300/80). Trata-se um biotita gnaisse, com bandamento composicional (bandas félsicas quartzo-feldspáticas e máficas, podendo conter anfibólios), e por vezes milonítico e dobrado, que pode ser inserido na unidade Quirino.

Figura 9.1.6-2: Afloramento rochoso próximo à drenagem, trata-se de um biotita gnaisse são, com foliação subvertical para NW.

O maciço existente na ADA é bastante fraturado, com três sets de fraturas predominantes na área, com direções subparalela (320/85), perpendicular (60/80) e oblíqua (275/75) à foliação, como pode ser observado na Figura 9.1.6-3.

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Figura 9.1.6-3: Afloramento rochoso próximo à área, onde é possível ver que o maciço é bastante fraturado.

Em relação à Geotecnia a área do empreendimento está inserida no setor de colinas e morros com declividade de média a alta, porém com poucos indícios de processos de fluxo rápido (Figura 9.1.6-4).

Figura 9.1.6-4: Vista panorâmica da área do empreendimento, onde as colinas e morros podem ser observadas.

A espessura de solo da área, de modo geral, é delgada. O que favorece processos erosivos de pequena magnitude, como por exemplo, ravinas e pequenos deslizamentos, caracterizados através de pequenas cicatrizes de deslizamento.

O maciço rochoso encontrado na área é bastante fraturado, e com uma foliação marcante. Estes tipos de estruturas associadas favorecem a geração de blocos e podem vir a ocorrer rolamento dos mesmos. Além de favorecer a infiltração de água, podendo formar pequenos aquíferos fraturados.

Em relação ao potencial espeleológico o contexto geológico-estrutural caracterizado pela ocorrência de rochas cristalinas pré-cambrianas representado pelos ortognaisses do Complexo Quirino e com base em pesquisa no Cadastro Nacional de Cavernas do Brasil foi possível afirmar que não existem cavernas conhecidas na região em questão e que as chances de existência de cavernas desconhecidas são baixíssimas.

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Os dados sobre os direitos minerários na região de estudo obtidos através de consulta ao SIGMINE – Sistema de Informações Minerárias do DNPM - Departamento Nacional de Produção Mineral (www.dnpm.gov.br), acessado no dia 27/11/2014 apontou para a existência de 25 registros de direitos minerários para as seguintes substâncias: areia, argila, saibro, água mineral, granito brita, gnaisse revestimento, gnaisse brita e minério de ouro.

9.1.7. Recursos Hídricos

A AII referente aos recursos hídricos é parte do rio Paraíba do Sul (corpo receptor final) compreendido desde o ponto de lançamento do principal corpo hídrico que passa na Área da CTDRS-TR até o reservatório da UHE Anta, pois a partir deste, as características físico, químicas, biológicas e hidrológicas diferem alteram-se de forma significativa. Tal AII foi definida levando-se em consideração as principais interferências que a CTDRS-TR poderá causar à região na qual será inserida e, especificamente no tocante aos recursos hídricos onde considerou-se o aspecto do risco de contaminação de suas águas superficiais.

Na área de influência direta foi realizado um estudo hidrológico que serviu para a identificação e caracterização dos cursos d’água que fluem pela área na qual será implantado a CTDRS-TR. Assim, as informações técnicas apresentadas avaliaram a capacidade de suporte do corpo d’água receptor, quanto aos diferentes aspectos hidrológicos, delimitação de suas bacias de contribuição hidrológica, demarcação da faixa marginal de proteção (FMP) dos corpos hídricos existentes e das áreas susceptíveis à inundação.

A área em estudo está inserida na Região Hidrográfica do Médio Paraíba do Sul (RH-III). Essa região abrange, integralmente, os municípios de Barra Mansa, Comendador Levy Gasparian, Itatiaia, Pinheiral, Porto Real, Quatis, Resende, Rio das Flores, Valença e Volta Redonda, assim como, parcialmente, os municípios de Barra do Piraí, Mendes, Miguel Pereira, Paraíba do Sul, Paty do Alferes, Piraí, Rio Claro, Três Rios e Vassouras, situados na região Sul Fluminense. (página eletrônica do INEA, acesso em maio de 2015)..

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Figura 9.1.7-1: Bacia de Drenagem

Figura 9.1.7-2: Hidrografia da Bacia de drenagem.

Para classificação do Uso e Ocupação do Solo, foram utilizadas as informações disponíveis no zoneamento ecológico e econômico do estado do Rio de Janeiro (ZEE/RJ). A Figura 9.1.7-3 a seguir, ilustra a classificação do uso e ocupação do solo da bacia de drenagem em estudo.

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De acordo com a classe de uso e ocupação do solo, a bacia de contribuição possui 2,1% de área ocupada por floresta (0,11 km²), 1,2% pela ocupação urbana de baixa densidade (0,07 km²), 4,8% pela ocupação urbana de média densidade (0,26 km²) e 90,6% por pastagem (4,95 km²), 0,4% por vegetação secundária em estágio inicial (0,02 km²) e 1% por água (0,05km²), totalizando 5,46 km².

Figura 9.1.7-3: Uso e Ocupação do solo da bacia de drenagem

Fonte: ZEE/RJ.

A seguir serão apresentados em forma de figuras as informações referentes à FMP existentes, áreas susceptíveis à inundação e a caracterização da área alagada cujo espelho d´água foi denominado de lago.

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Figura 9.1.7-4: Faixas Marginais de Proteção na Área de Influência da CTDRS-TR

Figura 9.1.7- 5: Áreas susceptíveis à inundação na Área de Influência da CTDRS-TR.

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Figura 9.1.7-6: Área alagada existente a jusante da área destinada a CTDRS-TR.

Na área onde será implantado a CTDRS-TR devido a característica do maciço rochoso ser bastante fraturado com foliação marcante, tal fato favorecer a infiltração de água, ocorre na porção superior do lote 1 (Coordenadas 23K:688555.250E, 7556439.000N) um pequeno aquífero fraturado (nascente) de vazão extremamente pequena, vazão esta de difícil ou impossível mensuração cujo fluxo se direciona à porção mais baixa do terreno, atingindo uma zona de terreno de cota mais inferior unindo-se a outras eventuais contribuições efêmeras que, então, seguem o talvegue natural da drenagem até o corpo d´água principal que mais adiante forma a área alagada "lago" e segue percurso até desaguar no rio Paraíba do sul a cerca de 2,8 quilômetros de distância.

No que diz respeito à caracterização dos aspectos físicos, químicos e biológicos (qualidade das águas) existente nos corpos hídricos da área da CTDRS-TR e seu entorno, inclusive áreas susceptíveis à inundação foram realizadas campanhas para caracterização das águas superficiais em 09 (nove) pontos de coleta, realizadas entre os meses de setembro a novembro de 2014. A caracterização dos aspectos físico, químicos e biológicos (qualidade das águas) das águas subsuperficiais do lençol freático foi realizada através da amostragem em um ponto chave localizado na área central da ADA no mês de maio de 2015, ambos os casos foram observados valores de metais pesados acima dos preconizados em legislação específica.

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Figura 9.1.7-7: Pontos de coleta de água superficial na ADA e AID.

Figura 9.1.7-8: Poço de monitoramento (PM) de água subterrânea (sem revestimento), segundo ABNT.NBR 15.495-1.

Coordenadas: 23K:688859.000E/7556304.000N.

O trecho de jusante da CTDRS-TR do corpo hídrico principal até o ponto de lançamento no rio Paraíba do Sul é representado na Figura 9.1.7-9 a seguir, onde foram identificadas as intervenções hidráulicas, obras de arte e pontos notáveis existentes.

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Figura 9.1.7-9: Detalhe do corpo hídrico principal existente na AID.

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9.2. Meio Biótico

9.2.1. Fauna

Fauna da AID

Nos pontos definidos de amostragem foram realizadas campanhas entre setembro e dezembro de 2014 totalizando, cerca de, 15 dias de amostragem. Esta amostragem procurou incluir a época seca e o início das chuvas na região do empreendimento.

A proximidade do aterro antigo (lixão) contíguo ao local de amostragem, presença humana contínua e, em razão da alta antropização do local foi definida pela coordenação do estudo a utilização de metodologias de amostragem sem captura ou coleta. Os aspectos metodológicos descrevem abaixo os procedimentos efetuados:

Aspectos metodológicos

As metodologias utilizadas são padronizadas e baseadas em levantamentos ecológicos rápidos descritos em SOBREVILLA e BATH, 1992. Para diagnóstico da fauna local foram considerados os habitats como compartimentos básicos de análise da paisagem integrando-se padrões vegetacionais antrópicos ou autóctones a indicadores biológicos da fauna.

Diagnóstico da Fauna

Mastofauna

Foram encontradas 16 espécies de mamíferos sendo 2 apenas em habitats campestres, 2 apenas em habitats florestais, 3 apenas em habitats paludícolas, 4 em habitats florestais e campestres, 3 em habitats florestais, campestres e periurbanos e 2 em habitat periurbano e campestre. Por observação direta foram determinadas 4 espécies, 8 o foram por registro indireto, 3 por registro direto e indireto e 1 por registros indiretos, diretos e bioacústicos.

Foram encontradas 2 espécies exóticas introduzidas e nenhuma espécie ameaçada de extinção.

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Avifauna

Foram amostradas 116 espécies de aves sendo 17 apenas em habitats florestais, 47 apenas em habitats campestres, 12 apenas em habitats paludícolas, 1 apenas em habitats periurbanos, 18 em habitats florestais e campestres, 10 em habitats florestais, campestres e periurbanos, 3 espécies em habitats paludícolas e campestres e 8 em habitats periurbano e campestre. Por observação direta foram determinadas 28 espécies, 83 por registro direto e bioacústicos, e 5 por registros indiretos, diretos e bioacústicos.

Foram registradas 107 espécies residentes, 3 espécie exóticas introduzidas, 2 espécies invasoras recentes, 4 migrantes locais (Brasil central), 1 migrante do hemisfério norte e espécie ameaçada de extinção no Estado do Rio de Janeiro (Jacamaralcyon tridactyla).

Figura 9.2.1-1: Rolinha (Columbina talpacoti) de habitats campestres.

Figura 9.2.1-2: Choca (Thamnophilus ruficapillus).

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Herpetofauna

Foram registradas 9 espécies de répteis sendo 2 apenas em habitats florestais, 1 apenas em habitats campestres, 1 apenas em habitats paludícolas, 2 em habitats florestais e campestres e 3 em habitats florestais, campestres e periurbanos. Por observação direta foram determinadas 8 espécies e 1 por registro direto e registros indiretos. Apenas 1 espécie exótica foi encontrada e nenhuma ameaçada de extinção.

Figura 9.2.1-3: Taraguira (Tropidurus torquatus).

Foram registradas 15 espécies de anfíbios sendo 1 apenas em habitats campestres, 11 apenas em habitats paludícolas, 2 em habitats florestais e campestres e 1 em habitats paludícolas e campestres. Por observação direta foi determinada 1 espécie, 8 por registro direto e bioacústico e 6 apenas por registros bioacústicos. Nenhuma espécie ameaçada de extinção foi encontrada.

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Figura 9.2.1-4: Rãzinha-do-capim (Adenomera marmorata).

Foram registradas 6 espécies de “PEIXES”. Apenas 1 espécie exótica foi encontrada e nenhuma ameaçada de extinção.

Figura 9.2.1-5: Tilapia (Tilapia sp.).

Sumário da fauna local (Espécies indicadoras de qualidade ou degradação ambiental)

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Endemismos locais

Não foi encontrada nenhuma espécie endêmica restrita à região do empreendimento. O barrigudinho Phalloceros leptokeras foi descrito de Sapucaia e ocorre no médio vale do Paraíba entre Rio de Janeiro e Minas Gerais mas necessita de coleta para confirmar seu registro e validação específica.

Endemismos de habitat

Não foram encontrados endemismos de habitat na área amostrada.

Espécies cinegéticas ou com valor comercial

Na AID foram registradas algumas espécies cinegéticas ou utilizadas como animais de estimação, conforme mostra a Tabela 2.2.1- 13.

Tabela 9.2.1-1: Espécies Cinegéticas ou Utilizadas como Animais de Estimação

Nome Científico Nome Vulgar Cinegético ou de estimação

MAMMALIA

ORDEM Didelphimorphia

Família Didelphidae

Didelphis aurita gambá-de-orelha-preta Caça

ORDEM CYNGULATA

Família Dasypodidae

Dasypus novemcintus tatu-galinha Caça

Euphractus sexcinctus tatu-peba Caça

ORDEM CARNIVORA

Família Canidae

Cerdocyon thous cachorro-do-mato Conflito animais domésticos

Família Mustelidae

Galictis cuja furão Conflito animais domésticos

ORDEM RODENTIA

Família Erethizontidae

Coendou spinosus ouriço-cacheiro Caça

Família Hydrochaeridae

Hydrochoerus hydrochaeris capivara Caça

ARCHOSSAUROMORPHA

Ordem Tinamiformes

Família Tinamidae

Crypturellus tataupa inhambu-chintã Caça

Ordem Falconiformes

Família Accipitridae

Rupornis magnirostris gavião-carijó Conflito animais domésticos

Ordem Columbiformes

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Nome Científico Nome Vulgar Cinegético ou de estimação

Família Columbidae

Patagioenas picazuro Asa-branca Caça

Leptotila rufaxila juriti-gemedeira Caça

Leptotila verreauxi juriti-pupu Caça

Ordem Psittaciformes

Família Psittacidae

Aratinga leucophthalma araguari Captura

Família Turdidae

Turdus rufiventris sabiá-laranjeira Captura

Turdus leucomelas sabiá-barranco Captura

Turdus amaurochalinus sabiá-poca Captura

Frugívoros especialistas

Área extremamente degradada. Não foram encontrados frugívoros especialistas no local.

Grandes carnívoros

Área extremamente degradada. Não foram encontrados grandes carnívoros no local.

Espécies exóticas e domésticas em áreas naturais

Foram registradas seguintes espécies exóticas à biota local: a ratazana (Rattus novergicus), o mico-estrela (Callithrix jacchus x C.pennicillata), o bico-de-lacre (Estrilda astrild), o pardal (Passer domesticus), o pombo (Patagioenas livia), e a lagartixa-de-parede (Hemidactylus mabuoya). Em todas as áreas amostradas foram constatados indícios de animais domésticos como animais de criação (bovinos e equídeos) e grande número de cães domésticos oriundos do lixão contíguo.

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Espécies de colonização pioneira

Foram encontradas espécies de colonização pioneira conforme mostrado na Tabela 9.2.1-2.

Tabela 9.2.1-2: Espécies de Colonização Pioneira

Nome Científico Nome Vulgar

Ordem Ciconiiformes

Família Ardeidae

Bubulcus ibis garça-vaqueira

Ordem Columbiformes

Família Columbidae

Patagioenas picazuro pombão

Ordem Piciformes

Família Ramphastidae

Ramphastos toco tucano-toco

Ordem Passeriformes

Família Dendrocolaptidae

Lepidocolaptes angustirostris arapaçu-de-cerrado

Família Furnariidae

Furnarius figulus casaca-de-couro-da-lama

Família Tyrannidae

Fluvicola nengeta lavadeira-mascarada

Espécies ameaçadas de extinção

Apenas uma espécie ameaçada de extinção localmente (Lista Oficial do Estado do Rio de Janeiro) foi encontrada: o cuitelão (Jacamaralcyon tridactyla).

Tabela 9.2.1-3: O cuitelão (Jacamaralcyon tridactyla).

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Espécies migratórias

Foram observadas 3 espécies migratórias de aves que realizam migrações no interior do Brasil: a tesourinha (Tyrannus savanna), o bem-te-ví-rajado (Myiodynastes maculatus) e o andorinhão-do-temporal (Chaetura meridionalis). Várias espécies de aves da família Tyrannidae possuem modificações na população podendo ser migrantes que tomam o lugar dos residentes quando estes se dirigem ao norte no inverno meridional. Esse movimento é citado na bibliografia, mas não devidamente registrado (SICK, 1997). Foi registrada ainda o falcão-peregrino (Falco peregrinus), migrante setentrional que vem da tundra canadense para o Brasil no verão meridional.

Tabela 9.2.1-4: A tesourinha (Tyrannus savana).

Local para soltura de espécies resgatados na implantação do empreendimento.

Considerando a tipologia dos animais existentes e que, os mesmos são em sua maioria espécies adaptadas a habitats degradados sugere-se a relocação e soltura dos animais porventura deslocados pela implantação do empreendimento para a área de APP da margem do reservatório da PCH Santa Helena na coordenada 23K 688260.45 m E 7558882.50 m S. Os espécimes translocados ajudarão no processo de recuperação ambiental local e poderão ser deslocados para área próxima. A composição da fauna local sugere que a transferência para área de conservação é desaconselhada podendo acarretar impactos negativos para a área em questão.

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Tabela 9.2.1-5: Em laranja a área de soltura proposta com a área do empreendimento em rosa.

Avaliação da interferência do empreendimento com a fauna local.

O principal fato a considerar é que a área do empreendimento já é impactada por um lixão contíguo e em operação. O fechamento e recuperação ambiental do mesmo e a implantação de um CTR manejado corretamente pode trazer melhorias para a fauna local. Os impactos para a fauna local se darão no momento da implantação em virtude da perda de espécimes e habitats no momento da supressão vegetal e remoção de solo. A espécie ameaçada encontrada não é dependente de habitats bem conservados não sendo considerada como potencial atingida pelas obras. Não foram registrados locais de nidificação da mesma na Área Diretamente Afetada.

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9.2.2. Flora

Área de Influência Indireta - AII

A Área de Influência Indireta do presente empreendimento para Vegetação foi estabelecida com um raio de 15km. A cobertura vegetal nesta área caracteriza-se pela predominância na paisagem de pastagens degradadas e com fragmentos florestais, isolados, em estágios de conservação diversificados e tamanho reduzido. De um modo geral inexistem fragmentos que possam apresentar-se em estágio superior ao médio, com nível de isolamento e dificuldade de troca gênica que pode comprometer a longo prazo a regeneração dos mesmos. Esta área seria outrora ocupada por florestas estacionais semideciduais que foram erradicadas muito possivelmente pela agricultura, pecuária e em tempos mais recentes pela abertura da rodovia e instalação de empresas prestadoras de serviços.

Área de Influência Direta - AID

A Área de Influência Direta do presente empreendimento para Vegetação foi estabelecida através de raio de 0,5Km. De uma forma geral a cobertura vegetal nesta área repete o observado na AII diferindo no tamanho de seus fragmentos florestais que são menores (Figura 9.2.2-1 e Figura 9.2.2-2).

Figura 9.2.2-1: Limites do município de Três Rios. Cobertura florestal fragmentada e dispersa pela área do município.

Nota: Imagem obtida com Google Earth, modificada pelo autor.

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Figura 9.2.2-2: Mapa gerado pela SOS Mata Atlântica & INPE, 2014 (modificado pelo autor) evidenciando os fragmentos existentes no município de Três Rios e

com indicação () do local de interesse.

Área Diretamente Afetada - ADA

A Área Diretamente Afetada caracteriza-se pela cobertura vegetal predominantemente degradada com basicamente dois fragmentos florestais de dimensões reduzidas.

O isolamento entre estes fragmentos se dá com uma grande extensão de pastagens que possuem espécimes de habito arbóreo isolados. Um dos citados fragmentos localiza-se no topo de uma das elevações da propriedade (Figura 9.2.2-3 – Área 1) enquanto o outro possui um formato alongado e margeia a pequena lagoa existente no limite da propriedade (Figura 9.2.2-3 – Área 3). No fundo de um dos vales pode ser encontrada uma área úmida em função do escoamento das águas que escorrem na sub-bacia a montante (Figura 9.2.2-3 – Área 2) e existe ainda uma mancha tomada por espécies de habito arbustivo (Figura 9.2.2-3 – Área 4) e que periodicamente é queimada para uso pelo gado.

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Figura 9.2.2-3: Esboço de mapeamento preliminar de uso / cobertura vegetal na área proposta para o empreendimento em Três Rios, RJ, identificando a localização das classes vegetais identificadas. Área 1 – Floresta secundária; Área 2 – Área úmida; Área 3 – Floresta marginal; Área 4 – Vegetação arbustiva.

Nota: Imagem Google Earth modificada pelo autor.

A região do município de Três Rios apresenta uma cobertura florestal muito fragmentada e sem conexão entre os poucos trechos existentes, o que confere valor às poucas áreas existentes desde que dentro de um programa de recuperação ambiental. Dominam na propriedade as áreas de pastagem, com fragmentos florestais situados no topo do morro ou à margem do lago existente, fora das áreas previstas para a pilha de resíduos. As ilhas de vegetação florestal apresentam sinais do impacto negativo do uso do fogo na região e da criação de gado. As áreas estudadas revelam uma composição florística que é característica desta região, mesmo com a presença de espécies exóticas, e ainda por cima reúne 3 espécies com proteção legal, sendo estas Dalbergia nigra, Syagrus macrocarpa e Zeyheria tuberculosa. Considerando a previsão de uso da área que não será de 100% de sua extensão, na porção programada para implantação da pilha de resíduos está presente um indivíduo de S. macrocarpa, sendo totalmente viável a compensação deste com a introdução de outros exemplares nas áreas similares remanescentes na propriedade. Considerando o potencial de recuperação ambiental das áreas não utilizadas como aterro sanitário, existe viabilidade para a implantação do empreendimento na área proposta.

9.3. Meio Socioeconômico

O diagnóstico Socioeconômico foi realizado tendo como base os dados disponíveis sobre o município de Três Rios, com ênfase nos dados do censo de 2010 do IBGE (disponíveis no site deste órgão de governo), trabalhos de campo, e entrevistas com moradores, lideres comunitários e secretários municipais, apresentando os seguintes recortes espaciais:

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Área de influência direta, considerada como um círculo de raio de 5 km a partir do centro da área do empreendimento, incluindo os setores censitários inclusos neste raio;

Área de influência indireta definida como Município de Três Rios, considerado como unidade espacial legal mais afetada, positiva e negativamente pelo empreendimento, para o qual foi realizado um levantamento baseado em dados censitários, fontes municipais e entrevistas com secretários municipais e líderes.

O município de Três Rios pertence à Região Centro-Sul Fluminense, que também abrange os municípios de Areal, Comendador Levy Gasparian, Engenheiro Paulo de Frontin, Mendes, Miguel Pereira, Paraíba do Sul, Paty do Alferes, Sapucaia e Vassouras.

Figura 9.3-1: Mapa do Estado do Rio de Janeiro - Regiões de Governo e Municípios. Município de Três Rios (sinalizado com círculo em amarelo).

Fonte: Fundação CEPERJ/2014.

Três Rios possui uma área total de 326,1 km², correspondente a 10,7% da Região Centro-Sul do Estado, estando a 125 km de distância da capital do Estado do Rio de Janeiro.

Encontra-se dividido administrativamente em dois distritos: Três Rios (sede) e Bemposta (localizada a aproximadamente 20km da sede).

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9.3.1. Uso e Ocupação do Solo

A análise foi realizada utilizando-se a interpretação de imagens aéreas (disponíveis nos sistemas Google Earth e Google Maps), pesquisa bibliográfica e consulta aos cadastros disponíveis na prefeitura. Para a espacialização de recursos sociais e serviços foi utilizada a ferramenta de busca do sistema Google Maps, que possibilitou uma visão da distribuição territorial destes recursos no município.

Áreas de Expansão Urbana

As áreas de expansão urbana da região do Município de Três Rios foram definidas através de caminhamento de campo, consulta a bibliografia e análise das imagens de satélite disponíveis no sistema Google Earth. As principais áreas de expansão urbana, considerando também as áreas de adensamento residencial e de implantação de novas indústrias são apresentadas na Figura 9.3.1-1, a seguir.

Figura 9.3.1-1: Áreas de expansão urbana da região do Município de Três Rios.

Fonte: Imagem do sistema Google Earth analisada a partir de caminhamento de campo.

Delimitação das áreas industriais e turísticas

As áreas industriais do município foram analisadas tendo em vista a consulta a bibliografia disponível, complementada por caminhamento de campo em áreas pré-definidas. As áreas industriais do município de Três Rios estão apresentadas nos cartogramas abaixo.

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Figura 9.3.1-2: Zonas Industriais do Município de Três Rios/RJ.

Fonte: CODIN, 2010

Figura 9.3.1-3: Distrito Industrial de Três Rios.

Fonte: CODIN, 2010

Principais Usos do Solo

O mapa abaixo apresenta os principais tipos de cobertura do solo na área do Município de Três Rios.

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Figura 9.3.1- 4: Principais tipos de cobertura do solo na área de Três Rios.

Fonte: Mapa de uso e ocupação do solo do Estado do Rio de Janeiro

A análise do mapa indica uma ampla predominância de campos/pastagens (apesar da ausência de grandes rebanhos na paisagem) bem como a pouca relevância de áreas florestadas, além da concentração das áreas urbanas ao redor da sede do município.

O cartograma abaixo indica a densidade demográfica dos setores censitários do Município de Três Rios, demonstrando as áreas rurais e urbanas do município.

Figura 9.3.1- 5: Densidade demográfica dos setores censitários de Três Rios

Fonte: CENSO IBGE 2010

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- Uso comercial:

Os usos comerciais estão concentrados no espaço do centro da cidade, onde ocorre a maior incidência de estabelecimentos comerciais, destacando-se os de atendimento direto a população (lojas varejistas, supermercados, restaurantes, bares, etc...). Existe uma forte concentração comercial na estrada que liga o núcleo central da cidade à rodovia BR-040 (BR-393), destacando-se os serviços associados ao transporte.

- Atividades Extrativas:

A tabela abaixo apresenta a evolução das atividades extrativas no município de Três Rios.

Figura 9.3.1-6: Estabelecimentos industriais por classe.

9.3.2. Equipamentos Urbanos

Os mapas abaixo apresentam alguns dos principais equipamentos urbanos presentes no município.

Figura 9.3.2-1: Principais equipamentos urbanos em Três Rios – Bancos.

Fonte: Sistema Google Map – Busca por Bancos.

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Figura 9.3.2-2: Principais equipamentos urbanos em Três Rios – Correios.

Fonte: Sistema Google Maps – busca por correios

Figura 9.3.2-3: Principais equipamentos urbanos em Três Rios – Órgãos Públicos.

Fonte: Sistema Google Maps – busca por serviços públicos.

Pode-se notar a concentração de serviços bancários, de correios e de atendimento ao público na área central da cidade sede do município.

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- Equipamentos de Saúde:

As figuras 9.3.2-4 e 9.3.2-5 abaixo apresentam a distribuição dos equipamentos de saúde no município de Três Rios.

Figura 9.3.2-4: Equipamentos de saúde em Três Rios – Hospitais.

Fonte: Sistema Google Maps – busca de hospital

Figura 9.3.2-5: Equipamentos de saúde em Três Rios – Clínicas

Fonte: Sistema Google Maps – busca por clínica

Pode-se notar a concentração dos equipamentos de saúde na área do centro da cidade sede do município, apesar de uma distribuição mais dispersa das unidades de atendimento a população.

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- Equipamentos de Educação

As figuras 9.3.2-6 e 9.3.2-7 a seguir apresentam os principais equipamentos de educação existentes no município de Três Rios.

Figura 9.3.2-6: Principais equipamentos de educação em Três Rios – Escolas.

Fonte: Sistema Google Maps – busca de escola

Figura 9.3.2-7: Principais equipamentos de educação em Três Rios – Colégios.

Fonte: Sistema Google Maps – busca de colégio

Observando as figuras verifica-se que existe uma concentração dos equipamentos e recursos sociais no centro da cidade-sede do município e em sua periferia imediata.

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9.3.3. Elementos do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Paisagístico e Cultural, e Principais Pontos Turísticos do Município

Segundo dados da Prefeitura Municipal de Três Rios, os principais elementos do patrimônio histórico-cultural e pontos turísticos do município são:

- Casa da Cultura:

- Casa de Pedra

- Ponte das Garças

- Praça da Autonomia e Coreto

- Igreja Nossa Senhora da Conceição

- Capela Nossa Senhora da Piedade

- Igreja São Sebastião

- Fazenda Bemposta

- Encontro dos Três Rios

- Morro da Torre

- Ilha Tabaiara

- Ilha de Capri (Sola)

- Mirante

- Igreja São Judas Tadeu

- Avenida Alberto Lavinas (Beira Rio)

- Teatro Celso Peçanha

Listagem dos Bens Tombados no Município de Três Rios – RJ. Art.1º- Fica tombado a casa grande (construção de 1860)

e demais construções anexas de valor histórico (cocheira de 1922) e o entorno paisagístico da Fazenda das Garças (a área da referida fazenda pertenceu à antiga Fazenda dos Embargos que pelo menos em 1830 fazia-se ali presente, segundo o livro Capítulos de História de Paraíba do Sul de Pedro Gomes da Silva. Pág. 159,179 e 180; notas 181 e 203). Art.2º- Ficam tombados a antiga Ponte das Garças (ponte

em estrutura metálica) que serviu a antiga Estrada União Indústria e depois Estrada de Ferro: a Guarita comemorativa com três placas de bronze (nas faces) de 06 de agosto de 1871; antiga Estação Entre Rios para o transporte de cargas (Estação de Pedra) cedida ao município para funcionar como Casa de Cultura Ferroviária estação inaugurada em 21 de maio de 1900; todo acervo de valor histórico contido nas oficinas do 3º depósito da atual da RFFSA (Rotunda locomotiva do tipo American 1-1-0 de bitola de 1,60 que recebeu o nº 122, um guindaste de 4 rodas e outras). Art.3º- Fica tombado o encontro dos três rios (Paraíba do

Sul, Piabanha, Paraibuna) no local conhecido popularmente como Pontal com a preservação permanente da flora e fauna existentes. Art.4º- Fica tombado o imóvel localizado na av. XV de

novembro, 116 que atualmente é utilizado como almoxarifado da LIGHT (Serviços de Eletricidade S.A.) sua

Art.7º- Ficam também tombados a nível municipal a

Capela Nossa Senhora da Piedade na Pça. Nossa Senhora da Piedade – Cantagalo e toda sua ambiência, isto é, o trecho compreendido entre a Av. Artur de Toledo Ribas e a capela; o Coreto da Praça da Autonomia e sua ambiência. Art.8º- Caberá ao Conselho Municipal de Cultura e o

Departamento de Cultura da Secretaria Municipal de Educação e assessoria do Setor Técnico da Secretaria de Obras levantar toda a documentação necessária (plantas, fotografias, fichas, etc.) bem como do lançamento dos bens em livros competentes, inclusive com informações arquitetônicas mais detalhadas. Art.9º- Os bens tombados deverão ser mantidos por seus

proprietários e possuidores sempre em perfeito estado de conservação e ao de possíveis danos sendo vedada sob qualquer hipótese sua demolição, descaracterização.§1º - Os bens tombados ficam sujeitos a

permanente inspeção por parte do órgão municipal responsável pela tutela; §2º - Os bens tombados somente

poderão ser modificados, transformados, restaurados e pintados após prévia autorização do órgão municipal responsável pela tutela; §3º - a expedição ou renovação de

licença para obras, alvará de uso, modificação de uso ou mesmo afixação de anúncios, cartazes ou letreiros nos bens tombados por parte dos demais órgãos responsável pela sua tutela.

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proprietária, mas, que conforme constatado pela Prefeitura na Divisão de Patrimônio Histórico e Documentação da LIGHT DPD-A (Rio de Janeiro) tratava-se da “Entre Rios Substation” do início do século. Art.5º- Ficam tombados os prédios públicos situados na

Praça São Sebastião: Igreja Matriz de São Sebastião, 160; Teatro Celso Peçanha s/nº; Fórum da Comarca de Três Rios, 224; Agência de Três Rios da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, 250 e respectivas ambiências; assim como o Obelisco em frente à referida Igreja Matriz. Art.6º- Fica tombado a residência dividida em várias

unidades; de nºs. 135,135-casa 01, 147 voltadas para a Pça. Salim Chimelli e nº 146 e 160 voltadas para a Rua da Maçonaria de propriedade de herdeiros de Flávio de Aguiar Schmitz (conforme RI nº 4.656), valiosa e imponente construção do final do século XIX (1900) do período do Ecletismo na arquitetura brasileira, de inspiração neoclássica com influência francesa no decorativismo (segunda arquiteta Isabel Rocha da 6ª C.R. – IPHAN RJ).

Art.10- Os imóveis acima tombados poderão ser isentados

de pagamentos de Impostos Municipais (IPTU, ISS, Licença de Obra) conforme prevê o projeto de Lei que será enviado a Câmara Municipal de Três Rios para estabelecer isenções tributárias para imóveis preservados no atual Código Tributário, desde que sejam preservadas em suas características originais e sejam mantidos em perfeito estado de conservação. Parágrafo Único- A concessão de isenção de pagamento

de impostos municipais (IPTU, ISS, Licença de obra) para imóvel tombado ficará a critério da Prefeitura Municipal de Três Rios e dependerá de manifestação do órgão municipal responsável pela tutela dos bens tombados que atestará as condições de preservação e conservação do imóvel. Art.11- Este ato entrará em vigor na data de sua

publicação sendo revogadas as disposições em contrário. Raleigh Ramalho Prefeito

Fonte: Decreto 2.113 de 26/06/1997

9.3.4. Zoneamento Legal Municipal

O Plano Diretor, Lei nº 1.716 de 27 de dezembro de 1990, que modifica a Lei nº 788, de 31 de dezembro de 1968 (PDU); suas alterações e dá outras providências, determina no ART.8º “Fica a área urbana da cidade de Três Rios dividida nas seguintes zonas”:

I. Zona Mista (ZM) II. Zonas Habitacionais (ZH)

III. Eixos de Concentração de Comércio e Serviços (ECS) IV. Zonas Industriais (ZI) V. Zona De Preservação Ambiental (ZPA).

9.3.5. Dinâmica Populacional

População Total e Taxas de Crescimento

O contingente populacional do Município de Três Rios em 2010, era de 77.432 habitantes, segundo o Censo Demográfico, representando, aproximadamente, 0,5% do total da população do Estado do Rio de Janeiro e 28,4% da população do Centro-Sul Fluminense. A maioria da população concentra-se no distrito sede (95,1%), conforme Figura 9.3.5-1 gráfico a seguir:

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Figura 9.3.5-1: Gráfico da Distribuição da população local por distrito.

Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010.

Quanto à evolução demográfica, a população de Três Rios passou de 71.976 pessoas, em 2000, para 77.432 habitantes em 2010, ou seja, um crescimento de 7,6% na década, correspondente ao 57º maior crescimento no Estado, demonstrando um acréscimo populacional menor que a maioria dos municípios fluminenses. Segundo estimativa divulgada pelo IBGE em julho deste ano, o total da população chega a 78.998 habitantes em 2014.

Entre 2000 e 2010, a população de Três Rios teve uma taxa média de crescimento anual de 0,73%. Na década anterior, de 1991 a 2000, a taxa média de crescimento anual foi de 0,97%.

Piramide Etária

A comparação entre as pirâmides etárias construídas a partir dos dados dos censos de 2000 e 2010 revela mudanças no perfil demográfico municipal, com estreitamento na base e alargamento no meio da Tabela 9.3.5-1 abaixo:

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Tabela 9.3.5-1: Pirâmide etária - Distribuição da população por sexo, segundo os grupos de idade.

Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2000 e 2010.

A pirâmide etária de Três Rios aponta para uma diminuição da taxa de natalidade e um aumento da expectativa de vida da população. Com base mais estreita que o centro, nota-se uma concentração maior no grupo com idade de 10 a 14 anos em detrimento do grupo com menos idade, o que possibilita constatar a queda da natalidade no último decênio.

Razão de Sexo

Em relação à distribuição por sexo, Três Rios apresenta participação feminina mais expressiva, relativamente ao Estado do Rio (52,2%), com uma proporção de 91,7 homens para cada 100 mulheres, segundo Censo Demográfico 2000.

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9.3.6. Caracterização social e econômica e do nível de vida

a) Situação econômica do município de Três Rios

Figura 9.3.6-1: Produto Interno Bruto – 2012

Fonte: IBGE – Censo Demográfico 2010

Figura 9.3.6-2: Produto Interno Bruto – Valor adicionado

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Evolução do PIB nos últimos 5 anos

Quadro 9.3.6-1: Evolução do Produto Interno Bruto

Participação dos setores no PIB

Quadro 9.3.6-2: Participação dos setores econômicos no PIB.

Arrecadação municipal

Quadro 9.3.6-3: Receitas municipais

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Quadro 9.3.6-4: Despesas municipais

Número de estabelecimentos por setor

Tabela 9.3.6-1: Quantitativo de empresas por setor

Tabela 9.3.6-2: Quantitativo de empresas comerciais e de serviços.

Em relação ao setor industrial presente no município de Três Rios, destaca-se a indústria de transformação, como pode ser verificado no quadro a seguir.

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Quadro 9.3.6-5: Quantitativo de estabelecimentos industriais, por classe de 2003, 2006, 2010 e 2011.

Estabelecimentos Industriais, por classe

Extrativa mineral

Indústria de transformação

Serviços industriais de utilidade pública

Construção Civil

2003 2006 2010 2011 2003 2006 2010 2011 2003 2006 2010 2011 2003 2006 2010 2011

10 8 8 7 102 112 223 235 3 3 4 5 36 39 53 55

Fonte: Fundação CEPERJ- Anuário Estatístico do Estado do Rio de Janeiro/ 2013.

Os estabelecimentos comerciais e de serviços também apresentaram crescimento, como pode ser visualizado no quadro a seguir.

Quadro 9.3.6-6: Número de estabelecimentos comerciais e de serviços de 2007 a 2011.

Comércio Serviços

2007 2008 2009 2010 2011 2007 2008 2009 2010 2011

600 631 655 720 745 547 551 600 652 679

Fonte: Fundação CEPERJ- Anuário Estatístico do Estado do Rio de Janeiro/ 2013.

Análise de pobreza e renda

A renda per capita média do município de Três Rios cresceu 111,24% nas últimas duas décadas, passando de R$344,07 em 1991 para R$520,99 em 2000, chegando a R$726,83 em 2010. A extrema pobreza (medida pela proporção de pessoas com renda domiciliar per capita inferior a R$70,00, em agosto de 2010) passou de 12,31% em 1991 para 4,34% em 2000 e para 2,14% em 2010.

O Índice de Gini é um instrumento usado para medir o grau de concentração de renda. Ele aponta a diferença entre os rendimentos dos mais pobres e dos mais ricos. Numericamente varia de 0 a 1, sendo que 0 representa a situação de total igualdade, ou seja, todos têm a mesma renda, e o valor 1 significa completa desigualdade e concentração de renda.

De acordo com o Índice de Gini, a desigualdade diminuiu no município: o índice passou de 0,56 em 1991 para 0,54 em 2000 e para 0,52 em 2010.

A esperança de vida ao nascer, no município, aumentou 4,4 anos nas últimas duas décadas, passando de 68,7 anos em 1991 para 70,1 anos em 2000. Em 2010, a expectativa de vida alcançou 73 anos

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População economicamente ativa

A população ocupada, segundo o IBGE, compreende as pessoas que estavam trabalhando, com ou sem carteira assinada. Já a população considerada sem ocupação engloba aquelas pessoas que não trabalhavam no período da pesquisa, mas estavam dispostas a trabalhar. Do total da população do município de Três Rios, 62,6% são consideradas como economicamente ativas. A distribuição da PEA por setor de atividade em 2010 apresentou as pessoas ocupadas na faixa etária de 18 anos ou mais, 3,19% trabalhavam no setor agropecuário; 0,53% na indústria extrativa; 15,80% na indústria de transformação; 8,50% no setor de construção; 1,12% nos setores de utilidade pública; 18,53% no comércio e 47,18% no setor de serviços.

Estratificação da renda

Tabela 9.3.6- 3: Quatitativo de pessoas por faixa de rendimento

Ano = 2010

Classes de rendimento nominal mensal

Variável

Pessoas de 10 anos ou mais de idade

(Pessoas)

Pessoas de 10 anos ou mais de idade (Percentual)

Total 66.905 100

Até 1/2 salário mínimo 2.247 3,36

Mais de 1/2 a 1 salário mínimo 18.329 27,4

Mais de 1 a 2 salários mínimos 13.663 20,42

Mais de 2 a 5 salários mínimos 7.789 11,64

Mais de 5 a 10 salários mínimos 1.985 2,97

Mais de 10 a 20 salários mínimos 500 0,75

Mais de 20 salários mínimos 136 0,2

Sem rendimento 22.256 33,27

Sem declaração - -

Fonte: IBGE - Censo Demográfico

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População em situação de pobreza

Figura 9.3.6-3: Índices de pobreza

Índice de Desenvolvimento Humano - IDH

O nível de vida municipal em Três Rios avançou nas últimas décadas, uma vez que passou de um índice considerado baixo (de 0,500 a 0,599) em 1991 para um médio (de 0,600 a 0,699) em 2000.

Na década seguinte, o seu IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano do Município) chegou a 0,725 atingindo, assim, a faixa de desenvolvimento humano alto (IDH entre 0,700 e 0,799).

Figura 9.3.6-4: IDHM - Índice de Desenvolvimento Humano do Município (1991-2010).

Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010.

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O município teve um incremento no seu IDH de 38,89% nas últimas duas décadas, abaixo da média nacional (47,46%) e acima da média de crescimento estadual (32,81%), ocupando a 30ª posição no critério do IDH estadual.

9.3.7. Saneamento Básico

Esgotamento Sanitário

Em 2010, conforme o Censo, o município de Três Rios contava com 24.124 domicílios particulares permanentes. Destes, 83% dos domicílios possuem esgotamento sanitário considerado adequado, ou seja, feito por rede geral de esgoto e fossa séptica, conforme quadros seguintes.

Na Figura 9.3.7-1 a seguir, observa-se a evolução percentual das condições de esgotamento sanitário entre os anos de 2000 a 2010, em Três Rios:

Figura 9.3.7-1: Gráfico da distribuição percentual por tipo de saneamento (2000 -2010). Município de Três Rios.

Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2000 e 2010.

Abastecimento de Água

O abastecimento de água era feito adequadamente, através da rede geral de distribuição, em 22.755 domicílios. Formas inadequadas, como a utilização de poço ou nascente dentro ou fora da propriedade, ou o armazenamento de água da chuva, eram utilizadas em 1.353 domicílios.

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Quadro 9.3.7-1: Abastecimento de água – 2010

Município População total atendida com abastecimento de água (hab)

Extensão da rede de água (Km)

Três Rios 77.276 170

Fonte: Fundação CEPERJ- Anuário Estatístico do Estado do Rio de Janeiro/ 2013.

Energia elétrica

O quadro e mapa abaixo apresentam a situação da cobertura de eletrificação no município de Três Rios.

Quadro 9.3.7-2: Consumidores de energia elétrica, por classe de consumidor do ano 2012.

Município Empresa

concessionária

Consumidores de energia elétrica

Classes de consumidores

Total Residencial Industrial Comercial Rural Outros

Três Rios LIGHT/AMPLA 33.119 29.918 121 2.334 406 340

Fonte: Fundação CEPERJ- Anuário Estatístico do Estado do Rio de Janeiro/ 2013.

Coleta de Lixo - Resíduos Sólidos

Em 21.786 domicílios a coleta de lixo em Três Rios era feita diretamente por serviço de limpeza e, em 1.685, através de caçamba de serviço de limpeza.

Como pode ser identificado no quadro a seguir, 97% dos domicílios do município de Três Rios possuíam coleta de lixo considerada adequada, ou seja, a que é feita através de serviço de limpeza e caçamba de serviço de limpeza. Em 653 domicílios, o lixo era queimado, enterrado ou jogado em terreno baldio, entre outras possibilidades inadequadas.

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Quadro 9.3.7-3: Quantitativo de domicílios particulares permanentes, por coleta de lixo, segundo as Regiões de governo e Município do Estado do Rio de Janeiro, 2010.

Estado, Região de Governo e Município

Domicílios particulares permanentes – Coleta de Lixo

Total Coletado

Coletado por

serviço de limpeza

Coletado em caçamba de serviço de

limpeza

Queimado Enterrado

Jogado em terreno

baldio ou logradouro

Jogado em rio, lago ou

mar

Outro destino

Estado do Rio 5.243.011 5.078.762 4.521.369 557.393 106.909 2.103 43.916 2.929 8.392

Região Centro-Sul Fluminense 86.415 81.990 55.774 26.216 4.025 87 141 19 153

Três Rios 24.124 23.457

(97%)

21.786

(90%)

1.685

(7%)

558

(2%)

14

(0,06%)

43

(0,2%)

3

(0,01%)

35

(0,1%)

Fonte: IBGE, Censo Demográfico, 2010.

A sequencia de figuras a seguir apresenta e situação de Domicílios X Resíduos Sólidos por setor censitário no município de Três Rios:

Figura 9.3.7-2: Distribuição do número de habitantes por setores censitários do município de Três Rios.

Fonte: Censo IBGE 2010

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Figura 9.3.7-3: Número de domicílios com Coleta de lixo por serviços de limpeza por setores censitários.

Fonte: IBGE Censo 2010

Figura 9.3.7-4: Número de domicílios em que a coleta de lixo é feita através de caçambas do serviço de limpeza.

Fonte: IBGE Censo 2010

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Figura 9.3.7-5: Distribuição do número de domicílios em que o lixo é queimado por setores censitários.

Fonte: IBGE Censo 2010

Figura 9.3.7-6: Distribuição do número de municípios em que o lixo é Enterrado por setores censitários.

Fonte: IBGE Censo 2010

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Figura 9.3.7-7: Número de domicílios em que o lixo é jogado em terra por setores censitários.

Fonte: IBGE Censo 2010

Figura 9.3.7-8: Número de domicílios em que o lixo é jogado em corpos d'água por setores censitários.

Fonte: IBGE Censo 2010

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Figura 9.3.7-9: Número de domicílios em que o lixo tem outro destino, por setores censitários.

Fonte: IBGE Censo 2010

Os gráficos abaixo apresentam a evolução dos serviços de coleta de lixo no município de Três Rios.

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Figura 9.3.7-10: Percentual de domicílios com coleta de lixo e percentual de domicílios com lixo a céu aberto.

Fonte: SIAB – Ministério da Saúde – 2013.

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Figura 9.3.7-11: Percentual de domicílios com lixo queimado/enterrado e Número de domicilios de acordo com a destinação do lixo

Fonte: SIAB – Ministério da Saúde – 2013.

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a1) Caracterização quantitativa do resíduo gerado

Quadro 9.3.7-4: Produção diária estimada de resíduos sólidos de 2011 e 2012.

Município

Produção estimada de resíduos sólidos (t/dia)

População estimada Produção estimada per

capita de resíduos sólidos(kg/hab/dia)

2011 2012 2011 2012 2011 2012

Três Rios 58,39 58,63 77.851 78.256 0,75 0,7

Fonte: Fundação CEPERJ - Anuário Estatístico do Estado do Rio de Janeiro/ 2013

Quadro 9.3.7-5: Coleta diária de resíduo.

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9.3.8. Educação no município

As figuras abaixo representam a condição atual da educação no município de Três Rios.

Figura 9.3.8-1: Número de docentes por nível.

Fonte: IBGE – Censo 2010.

Figura 9.3.8-2: Número de escolas por nível.

Fonte: IBGE – Censo 2010.

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Figura 9.3.8-3: Número de matrículas por nível.

Fonte: IBGE Censo 2010.

9.3.9. Caracterização dos Serviços de Saúde e Condições de Saúde da População

Figura 9.3.9-1: Estabelecimentos de saúde e Morbidade Hospitalar no municipio de Tres Rios.

Fonte: IBGE (Fontes: Ministério da Saúde, Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde - DATASUS 2012. NOTA 1: Atribui-se zeros aos valores dos municípios onde não há ocorrência da variável. NOTA 2: Atribui-se a expressão dado não informado às variáveis onde os valores dos municípios não foram informados).

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9.3.10. Caracterização das Condições das Vias e do Tráfego

Os principais eixos rodoviários de atendimento aos municípios da Área de Influência Indireta da Central de Resíduos Sólidos a ser implantada são as rodovias federais BR-040, e a BR-393.

Figura 9.3.10-1: Quadro regional das vias de transporte.

Fonte: DNIT, 2010

A BR-040 é uma rodovia radial de ligação entre a capital federal, Brasília, e o Rio de Janeiro, que atende, ainda, à capital mineira Belo Horizonte e diversas cidades dos estados de Goiás, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

Ao longo de seus 1.179 quilômetros de extensão, apresenta diferentes características físicas e operacionais. Entre Brasília (DF) e Sete Lagoas (MG) a BR-040 se desenvolve em pista única, com dois sentidos de tráfego, e no trecho seguinte, até o Rio de Janeiro, em pista dupla, com duas faixas de tráfego por sentido, na maior grande parte de sua extensão. Há ocorrência de terceira faixa em trechos de subida, e nos trechos urbanos nos municípios de Duque de Caxias e Rio de Janeiro.

Em 1996, o trecho da BR-040 entre Juiz de Fora e o Rio de Janeiro foi concedido pelo Governo Federal à Companhia de Concessão Rodoviária Juiz de Fora-Rio de Janeiro (Concer) e, em final de 2013, o trecho da BR-040 entre Brasília e Juiz de Fora foi concedido à Invepar (Investimentos e Participações em Infraestrutura

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S.A.), atual responsável pela recuperação, operação, manutenção, conservação, implantação de melhorias e ampliação da rodovia.

O trecho da BR-040 entre a capital fluminense e o município de Petrópolis (RJ), no inicio de sua operação, foi denominado Rodovia Washington Luís em homenagem ao ex-Presidente da República, que ficou conhecido por construir diversas rodovias durante o seu mandato (de 1926 até 1930), incluindo este trecho, e outro trecho da rodovia, entre Brasília (DF) e Petrópolis (RJ), em setembro de 2009 passou ser oficialmente denominado Rodovia Presidente Juscelino Kubitschek.

Os volumes de tráfego mais intensos ocorrem em território fluminense, entre o Rio de Janeiro e Duque de Caxias, dado que a Refinaria Duque de Caxias – REDUC, está situada às margens da rodovia BR-040. No trecho de acesso ao empreendimento, no município de Três Rios, os volumes médios de tráfego são bem inferiores, distribuídos em duas diferentes pistas de rolamento, com duas faixas por sentido cada, mais acostamento.

As figuras a seguir apresentam os volume de trafego total contabilizados pela CONCER nos postos de pedágio da rodovia.

Segundo dados da Pesquisa CNT Rodovias de 2014 (Relatório gerencial) a situação geral da BR-040 é considerada regular em toda sua extensão. No estado do Rio de Janeiro a BR-040 a condição geral foi considerada boa na pesquisa do CNT/Estradas. A pavimentação foi considerada boa, assim como a sinalização. A geometria foi considerada regular. No trecho do Rio de Janeiro existem 7 borracharias, 3 concessionárias / oficinas mecânicas, 8 postos de abastecimento, e 9 restaurantes.

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Figura 9.3.10-2: Tráfego na Rodovia em 2013.

Fonte: Concer – Relatório Anual 2013

A BR-393, por sua vez, é uma rodovia federal diagonal, com cerca de 400 km, que se estende desde Barra Mansa(RJ), no entroncamento com a BR-116 (no trecho Rio - São Paulo), até a cidade de Cachoeiro do Itapemirim (ES), atravessando parte do território mineiro, entre Além Paraíba e Pirapetinga. Tinha a denominação popular de "Rio-Bahia" por ser uma das mais antigas e importantes rotas entre o estado do Rio e o Nordeste brasileiro, foi concluída na década de 1950 e posteriormente, recebeu o nome do ex-governador fluminense Lúcio Martins Meira.

A BR-393 se desenvolve em pista simples em toda sua extensão, com duplo sentido de tráfego, em regulares condições de circulação, com elevado volume de veículos de carga no Rio de Janeiro, uma vez que a rodovia atende a região mais desenvolvida do Estado do Rio, o Sul Fluminense (Vale do Paraíba), sede de numerosas indústrias, com destaque para Companhia Siderúrgica Nacional, localizada em suas margens, no trecho urbano de Volta Redonda.

Em outubro de 2007 o trecho entre Volta Redonda e Além Paraíba foi concedido

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ao Grupo Acciona, passando a ser denominado Rodovia do Aço, estando prevista o contrato de concessão a duplicação de um pouco mais de 20 quilômetros (de Volta Redonda até Barra do Piraí), ainda não efetivado, e recuperação do asfalto e da sinalização e de implantação de serviços de segurança, em andamento.

A BR-393 é a outra via fundamental para a região do empreendimento. No Rio de Janeiro esta estrada tem uma extensão de 212 km, sendo o estado geral considerado bom, a pavimentação ótima, a sinalização boa, e a geometria boa. Estão presentes borracharias, concessionárias / oficinas mecânicas, postos de abastecimento, e restaurantes (fonte: Pesquisa CNT de Rodovias, 2014), dentre outros

9.3.11. Área de Influência Direta – AID

A AID abrange as comunidades, Rua Direita e Vila Cariri divididas em 6 localidades: Loteamento Boa Vista, Rua Santo Antônio e Vila Paraíso (Rua Direita) e Ponte Seca, Rua Amazonas e Travessa Américo Lopes de Moraes (Vila Cariri), além de propriedades rurais do entorno onde se destacam a Fazenda B2 Rancho e a Fazenda São Jorge. Os aspectos socioeconômicos da AID são descritos a seguir.

9.3.11.1. População, razão de sexos e densidade demográfica.

Em conjunto, os setores censitários da AID totalizavam em 2010 uma população total de 3.971 habitantes, dentre os quais, 1.944 homens e 2.027 mulheres.

Na Tabela 9.3.11.1-1 a seguir, é possível verificar os quantitativos populacionais, razão de sexo e a densidade demográfica dos setores analisados.

Tabela 9.3.11.1-1: Comparativo da evolução da dinâmica populacional das áreas de AII e AID.

AII e

AID

População (Total)

Número de Homens

Número de Mulheres

Razão de Sexos

Densidade Demográfica

(hab.km2)

Município de Três Rios 77.432 37.014 40.418 91.58 239,44

Distrito de Três Rios 73.678 35.080 38.598 90.89 653.62

Setor 330600805000051

1.028 488 540 90.37 3.090

Setor 330600805000076

765 370 395 93.67 2341.8

Setor 330600805000083

757 369 388 95.1 1242.49

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AII e

AID

População (Total)

Número de Homens

Número de Mulheres

Razão de Sexos

Densidade Demográfica

(hab.km2)

Setor 330600805000087

410 218 192 113.54 106.91

Setor 300600805000088

991 487 504 96.63 487.26

Setor 300600805000094*

0 0 0 0 0

Setor 300600805000095

20 12 8 150 1.05

Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010. (*Não possui residentes, segundo dados divulgados pelo IBGE).

Segundo dados levantados junto a agentes de saúde atuantes na AID, a totalidade de habitantes na AID é de aproximadamente 2700 habitantes de acordo com dados dos postos de saúde locais. A quantidade de famílias por localidades da AID está descrita na tabela a seguir.

Quadro 9.3.11.1-1: Bairros e Localidades.

Bairros Localidades Total de Famílias

Vila Cariri Ponte Seca, Rua Amazonas e Travessa Americo Lopes de

Moraes 443

Rua Direita Loteamento Boa Vista, Rua Santo Antônio e Vila Paraíso 346

Fonte: Mapeamento de controle dos Postos de Saúde de Vila Cariri e Rua Direita (Abril de 2015).

9.3.11.2. Pirâmide etária

Em relação à pirâmide etária dos setores, segue-se a tendência verificada no distrito de Três Rios, em que a população está concentrada na faixa dos 15 aos 45 anos, apresentando um estreitamento da base e alargamento no centro da figura. Tal composição sinaliza para um progressivo declínio da taxa de natalidade da região.

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Figura 9.3.11.2-1: Pirâmides etárias – Distribuição da população por sexo, segundo os grupos de idade.

Setor 330600805000051

Setor 330600805000076

Setor 330600805000083

Setor 330600805000087

Setor 330600805000088

Setor 330600805000095

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Setor 330600805000094 não possui residentes.

Fonte: IBGE, Sinopse por Setores, Censo Demográfico de 2010

9.3.11.3. Domicílios particulares e coletivos e permanentemente ocupados

Os setores analisados possuem 1.258 domicílios particulares e coletivos. Desse total, 1.132 domicílios estão enquadrados como particulares permanentes e ocupados:

9.3.11.4. Trabalho e Renda da População Local

Com base em entrevistas com agentes de saúde e lideranças foram levantados os seguintes dados sobre a trabalho e renda da população local:

A população existente nas comunidades é formada em sua maioria por habitantes de baixa renda, aposentados, pensionistas, trabalhadores rurais, prestadores de serviços e domésticas. A empresa Nestle, que possui instalações próximas à comunidade emprega alguns moradores na indústria de alimentos.

Duas propriedades rurais existentes na AID empregam poucos trabalhadores que já habitam as propriedades a mais de uma geração.

Alguns pequenos estabelecimentos comerciais se destacam nas comunidades, empregando em sua maioria, familiares dos proprietários. Bares, padarias e mercadinhos que se tornam importantes referências locais. A renda média mensal está entre 1,5 a 3 salários-mínimos.

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9.3.11.5. Uso e ocupação do solo.

O tipo de ocupação predominante em cada setor censitário incluído na Área de Influência Direta da CTDRS-TR é de 4 setores serem urbanos, contra 3 rurais, os setores de uso rural perfazem mais de 70% da área somada.

O contingente populacional da AID está distribuído em 2 comunidades, Rua Direita e Vila Cariri divididas em 6 localidades: Loteamento Boa Vista, Rua Santo Antonio e Vila Paraiso (Rua Direita) e Ponte Seca, Rua Amazonas e Travessa Americo Lopes de Moraes (Vila Cariri), além de propriedades rurais do entorno onde se destacam a Fazenda B2 Brancho e a Fazenda São Jorge.

A produção rural da região é bastante inexpressiva, não existindo vetores de comercialização importantes, não existindo uma produção rural relevante para o abastecimento da região.

9.3.11.6. Caracterização socioespacial da vizinhança

Dentro da AID situam-se dois bairros: i) Vila Cariri, que engloba as localidades de Ponte Seca, Rua Amazonas e Travessa Américo Lopes de Moraes, e ii) Rua Direita, englobando o Loteamento Boa Vista, a Rua Santo Antônio e a Vila Paraíso,

A maioria das residências encontradas nas comunidades é de alvenaria, possuindo cobertura de alumínio ou laje e chão de cimento ou cerâmica. Grande parte das residências possui muros de delimitação dos terrenos onde estão situadas. Algumas famílias optaram pela construção de cercas de arame farpado, especialmente no Loteamento Boa Vista, no bairro da Rua Direita.

Os bairros contam com calçamento em suas ruas principais, sendo este formado por asfalto. Alguns trechos, especialmente na divisa da Vila Cariri com a Rua Direita estão em péssimas condições necessitando de reformas urgentes. De acordo com os moradores, isto se deve a ausência de canaletas de escoamento laterais no trecho citado, o que obriga a água captada pela chuva a descer pelas ruas e pelos terrenos adjacentes, danificando-a.

O Sr. José David do Nascimento, Presidente da Associação de Moradores da Comunidade do Cariri, ressaltou que “todas as vezes que chove, a água é lançada pela Rua e nos terrenos laterais, invadindo casas, destruindo ruas e alagando tudo naquele trecho”. De acordo com o mesmo atualmente trata-se do maior problema na localidade.

A Escola Municipal Juventino da Mota Moraes foi a única escola de ensino básico identificada na região da Rua Direita, sendo caracterizada como a mais importante infraestrutura de caráter local, pois além de atender as demandas de

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ensino local, oferece o equipamento de lazer esportivo disponível em toda a área, em condições de uso (quadra poliesportiva).

Figura 9.3.11.6-1: Escola Municipal Juventino da Mota Moraes.

No ensino profissionalizante, encontra-se na AID o SEST-SENAT Três Rios – Posto Ipiranga, que é uma importante infraestrutura de caráter regional e local, pois oferece cursos profissionalizantes para a população do município e também para a população local. Para atendimento à primeira infância, a população local conta com Creche municipal Alencar Jacob, localizada na Vila Cariri.

Figura 9.3.11.6-2: Creche municipal Alencar Jacob.

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A região conta com dois postos de saúde da família, que atendem a 443 famílias da Vila Cariri e 346 famílias da Rua Direita. Os postos oferecem atendimento de enfermeiras, técnicas de enfermagem e Agentes Comunitárias de Saúde, diariamente, e de outros profissionais que atuam em regime de plantão para atendimento, todos voltados a rotina de atendimento dos programas comuns as unidades que atuam como PSF.

Quanto ao lazer, além da quadra da Escola Municipal Juventino da Mota Moraes, a comunidade conta com uma quadra poliesportiva na Vila Cariri, em péssimas condições de uso, com grades de ferro deterioradas e piso irregular, oferecendo risco aos frequentadores. Também há um pequeno campo de futebol improvisado em área de pastagem em frente à casa do presidente da associação de moradores. Na Rua Direita há um campo de futebol de várzea utilizado nos finais de semana.

As crianças procuram brincar nas ruas que contam com pouco movimento ao longo do dia e jovens e adultos não possuem alternativa a não ser utilizarem a porta de suas casas como áreas de sociabilidade, conversando com vizinhos e amigos, principalmente ao final do dia. Um trecho da rua principal do bairro Rua Direita, que passa abaixo do viaduto sob a BR, é considerado área de risco, pois alguns indivíduos utilizam a área, especialmente junto à linha férrea para consumir drogas.

Na AID encontra-se, também, o Clube Campestre de Três Rios, um importante equipamento social de caráter municipal, utilizado por parte da população do município, no entanto não utilizado pelos moradores da vizinhança.

Figura 9.3.11.6-3: Clube Campestre de Três Rios.

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Na AID destacam-se ainda alguns equipamentos de uso público, como a Igreja do Bairro Rua Direita, uma pequena edificação existente na porção norte da Rua Direita, que se apresenta como importante ponto de encontro e articulação da população local, e o Posto de Gasolina, localizado às margens da BR-040, que além dos serviços de atendimento aos veículos que utilizam a rodovia, abriga serviços de alimentação e de comércio de mercadorias, que são utilizados pela população do município e também pelas comunidades locais.

Figura 9.3.11.6-4: Posto de Gasolina, localizado às margens da BR-040.

Quanto à oferta de serviços públicos, a maioria das residências conta com distribuição de água e rede de esgoto, segundo dados oficiais do Censo de 2010 e de pesquisas de campo. Com o crescimento urbano e o consequente aumento de construções na região algumas ligações clandestinas de água e esgoto podem ser observadas. A exceção se encontra na localidade do Loteamento Boa Vista, onde não há rede de saneamento. Os dejetos são lançados em fossas comuns ou diretamente no córrego que corta a comunidade, seguindo pela via principal do bairro Rua Direita.

Na Tabela 9.3.11.6-1 a seguir, observa-se que 71% desses domicílios possuem esgotamento sanitário considerado adequado, ou seja, feito por rede geral de esgoto e fossa séptica.

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Tabela 9.3.11.6-1: Tipo de esgotamento sanitário por setores da AID.

Localização Rede Geral de Esgoto

Fossa Séptica

Fossa Rudimentar

Vala Rio, Lago

ou Mar

Setor 330600805000051

269 (91,19%)

14 (4,75%)

1 (0,34%)

11 (3,73%)

-

Setor 330600805000076

218 (96,89%)

2 (0,89%)

- 5

(2,22%) -

Setor 330600805000083

161 (80,10%)

5 (2,49%)

- 35

(17,41%) -

Setor 330600805000087

67 (52,76%)

- 7

(5,51%) 53

(41,73%) -

Setor 330600805000088

52 (19,40%)

4 (1,49%)

19 (7,09%)

88 (32,84%)

105 (39,18%)

Setor 330600805000095

- 8

(80%) 2

(20%) - -

Total 767

(68,12%) 33

(2,93%) 29

(2,58%) 192

(17,05%) 105

(9,32%)

Fonte: IBGE, Censo Demográfico de 2010.

Na região encontra-se uma Estação de Tratamento de Esgoto, operada pela Prefeitura de Três Rios.

Figura 9.3.11.6-5: Estação de Tratamento de Esgotos.

Em relação ao tipo de coleta do lixo, do total de 1.132 domicílios particulares permanentes e ocupados, 1.097 têm o lixo coletado por serviço de limpeza.

A coleta de lixo, na área atendida, é regular e realizada três vezes por semana,

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às segundas, quartas e sextas-feiras.

A população local conta com alguns telefones públicos, e grande parte das residências possui linha telefônica.

9.3.11.7. Caracterização do Uso da Água

Os setores urbanos sul e sudoeste da AID apresentam como principal uso da água a diluição de esgotos domésticos, apesar de ter sido encontrado um ponto de captação junto à entrada do condomínio em Vila Paraíso.

No setor norte e noroeste, em áreas rurais, existem usos para irrigação de pequenas lavouras, e para dessedentação de animais com a formação de açudes. Segundo dados da pesquisa de campo, as residências contam com distribuição de água, mas com o crescimento urbano e o consequente aumento de construções na região, algumas ligações clandestinas de água podem ser observadas.

Na Rua Direita há um pequeno córrego bastante deteriorado pelo lançamento irregular de esgoto que corre paralelo a via principal. De acordo com os moradores em épocas de chuvas fortes o córrego transborda e atinge algumas casas na comunidade.

Ainda de acordo com alguns moradores mais antigos, o ribeirão que cruza boa parte do bairro, e onde deságua a maior parte do esgoto clandestino produzido pelas residências que ainda não estão ligadas a rede normal, no passado oferecia uma grande variedade de peixes e crustáceos para a pesca e coleta dos moradores. Atualmente a área cheira mal e se assemelha visivelmente a uma rede de esgoto a céu aberto.

Em algumas fazendas existentes nas proximidades existem lagos os quais de acordo com a população não podem ser acessados por estarem em propriedades particulares

9.3.11.8. Estrutura das vias e meios de transporte.

Na área de influência direta destaca-se a rodovia BR-040, que atravessa a região e representa o principal acesso ao empreendimento.

As características técnicas e operacionais da BR-040 são descritas no item 2.3.5.2.

Além da BR-040, existem dois subsistemas viários na AID, a saber:

Subsistema da Rua Direita – formada por ruas com duas faixas, estreitas,

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com fluxo de veículos pequeno, em sua maioria asfaltada, com pavimento de baixo padrão, com algumas ruas ainda de terra;

Subsistema rural do setor norte e nordeste – formado por estradas de terra para acesso às fazendas existentes.

As comunidades contam com ônibus, diariamente, ligando ao centro de Três Rios e aos bairros vizinhos. Os veículos começam a circular próximo às 6 horas e terminam às 23 horas. Todas as crianças em idade escolar têm transporte escolar gratuito.

9.3.11.9. Caracterização das condições de saúde e de educação.

Os dados municipais destacam como principais causas de óbitos as causas externas, os problemas no aparelho circulatório, os problemas no aparelho digestivo, e os óbitos associados a doenças endócrinas.

A assistência médica foi considerada regular pela população. Todas as famílias são cadastradas nos dois Postos de Saúde da Família existentes na região, que funcionam diariamente das 7 às 16 horas, e que contam com profissionais que atuam diariamente (enfermeiras, técnicas de enfermagem e Agentes Comunitárias de Saúde), e em regime de plantão para atendimento.

Os casos mais freqüentes enfrentados pelos habitantes locais, de acordo com o depoimento dos profissionais que atuam nos Postos, são decorrentes da hipertensão, diabetes e infecções respiratórias. Esta última atinge em sua maioria as crianças residentes na região. Há 789 famílias cadastradas nas unidades de Saúde, o que de acordo com a responsável técnica por ambas, corresponde ao número total de famílias que habitam a região coberta pelos PSF’s.

Quanto à educação, as comunidades contam com uma unidade da rede municipal de ensino fundamental, a Escola Juventina da Mota Moraes localizada no bairro da Rua Direita e a creche municipal Alencar Jacob localizada na Vila Cariri.

As crianças em idade mais avançada buscam a complementação do ensino em unidades escolares mais próximas ao centro de Três Rios. As crianças que não conseguem vagas na creche existente na Vila Cariri buscam as creches existentes nos bairros próximos de Vila Isabel.

9.3.11.10. Registros de organizações sociais, comunitárias e de bairro e percepção da população.

Os bairros de Rua Direita e Vila Cariri contam com a Associação de Moradores da Comunidade da Vila Cariri presidida pelo Sr. José David do Nascimento. Como a Associação não possui sede própria, as reuniões com os moradores,

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quando necessárias, são realizadas em frente à Igreja de Santa Luzia ou na própria residência do Sr. José localizada na Vila Cariri.

No momento a comunidade tenta se mobilizar para exigir obras emergenciais nas ruas, especialmente os trechos localizados nos limites dos bairros e nos acessos a rodovia.

O Sr. José David lamenta o fato de atualmente a comunidade não se mostrar mobilizada como no passado. A exemplo de outros moradores entrevistados, as lideranças locais acreditam que os moradores locais não possuem senso de “pertencimento de grupo”, não se unindo em prol de melhorias para a comunidade tornando muito difícil uma mobilização social.

De acordo com o depoimento de alguns moradores, a captura de pássaros em armadilhas ainda é comum na região. Um combate mais efetivo por parte da polícia ambiental deveria ser realizado regularmente.

As comunidades comemoram a festa da padroeira da Igreja de Santa Luzia localizada na Vila Cariri no mês de Dezembro.

Durante um final de semana a rua em frente à igreja recebe visitantes que encontram barracas armadas durante as festas, onde se podem comprar alimentos ou artigos artesanais. O ponto alto da festa é uma procissão que atravessa toda a comunidade em direção ao bairro de Vila Isabel..

A comunidade não possui rádios comunitárias ou veículos impressos locais. A maior parte da população entrevistada relatou assistir regularmente aos telejornais da Rede Globo, SBT e BAND. Boa parte dos moradores possuem parabólicas em suas residências, muitas em situação clandestina. As rádios mais escutadas pela população são: a Rádio Globo e a Rádio CBN ambas AM,

10. Caracterização dos Potenciais Impactos Ambientais

Introdução

Este capítulo apresenta a avaliação dos potenciais impactos ambientais identificados sobre os meios físico, biótico e socioeconômico decorrentes das atividades a serem desenvolvidas nas etapas de planejamento, implantação, operação e desativação da CTDRS-TR.

O levantamento e a identificação dos impactos decorrentes das atividades foram realizados pela equipe multidisciplinar da Ecologic Ambiental, formada por técnicos com experiência nas áreas de Engenharia e de Meio Ambiente.

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Ressalta-se que o método empregado na avaliação de impactos neste EIA baseia-se em referências bibliografias consagradas, utilizadas nos diversos estudos elaborados pela Ecologic Ambiental, considerando-se as definições existentes na Resolução CONAMA n°. 001/86, DZ-041.R-13/97 E e INSTRUÇÃO TÉCNICA CEAM/DILAM Nº 04/2015.

Os conceitos adotados nesta avaliação são explicitados a seguir:

Atividades potencialmente geradoras de aspectos ambientais: descrição sintética e objetiva das atividades inerentes ao planejamento, implantação, operação e desativação do empreendimento que poderão gerar os aspectos ambientais;

Aspecto Ambiental: “Elemento das atividades, produtos ou serviços de uma organização que pode interagir com o meio ambiente” (NBR ISO 14001);

Impacto Ambiental: “Qualquer alteração das propriedades físicas, químicas, ou biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas, que direta ou indiretamente, afetem: a) saúde, segurança e bem estar da população; b) as atividades sociais e econômicas; c) a biota; d) as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; d) a qualidade dos recursos ambientais.” (Resolução CONAMA n°. 001/86).

A identificação dos impactos foi realizada a partir do cruzamento entre os aspectos ambientais do empreendimento nas suas diversas etapas e os componentes ambientais potencialmente impactados. O conhecimento dos aspectos ambientais associados às atividades do empreendimento baseia-se nas informações e dados do projeto, descritos no capítulo I deste Estudo.

Cabe ressaltar que na etapa de planejamento constam apenas impactos referentes ao meio socioeconômico, visto que as alterações nos meios físico e biótico, para esta etapa, foram consideradas como desprezíveis.

A síntese da avaliação de impacto da CTDRS-TR é apresentada em Quadro resumo de cada potencial impacto ambiental, neste quadro constam a atividade (s) impactante(s) e sua respectiva fase(s), o(s) aspecto(s) impactado(s) e o potencial impacto ambiental. Após a identificação e avaliação dos impactos é apresentado um quadro onde consta o resultado da avaliação de forma sintética, as propriedades cumulativas e sinérgicas, bem como uma Matriz de Impactos onde constam todos os atributos utilizados apresentados na forma de Matriz Simplificada dos Potenciais Impactos Ambientais.

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10.1. Apresentação dos Potenciais Impactos Ambientais:

10.1.1. Alterações na Qualidade do Ar.

Fase Atividade Aspecto Impacto

Implantação -Tráfego de Máquinas, veículos e caminhões; - Ação de ventos, poluição difusa.

- Emissões de gases e material particulado na atmosfera.

Alterações na Qualidade

do Ar. Operação

- Tráfego de Máquinas, veículos e caminhões; -Manejo de resíduos para disposição no aterro; - Ação de ventos, poluição difusa; - Atividades: espalhamento e compactação dos resíduos e cobertura com solo;

- Decomposição natural dos

resíduos.

- Emissões de gases e material particulado na atmosfera; -Geração de biogás.

Desativação - Decomposição natural dos resíduos. -Geração de biogás.

10.1.2. Aumento de Nível de Ruídos e Vibrações

Fase Atividade Aspecto Impacto

Implantação

- Movimentação de máquinas, equipamentos e veículos vinculados especialmente aos serviços de terraplenagens e escavações destinadas à remoção de material.

Geração de ruídos e

vibrações.

Aumento de Nível de Ruídos e Vibrações

Operação

- Movimentação de máquinas, equipamentos e veículos vinculados especialmente aos serviços de terraplenagens e escavações destinadas à remoção de material de cobertura; - Movimentação dos veículos transportando resíduos; - Atividades: espalhamento, compactação e cobertura com solo de resíduos.

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10.1.3. Modificação da Morfologia do Terreno.

Fase Atividade Aspecto Impacto

Implantação

- Limpeza do terreno e supressão da vegetação; - Corte e Terraplenagem de regularização das áreas destinadas ao aterro; - Abertura de acessos e demais componentes de infraestrutura de apoio e instalações complementares; - Estocagem de solos provenientes das escavações para a utilização futura.

Geometria original do terreno.

Modificação da Morfologia do Terreno.

Operação - Atividade de compactação e cobertura com solo de resíduos, geração de taludes.

10.1.4. Indução a Riscos de Deslizamentos e Erosões.

Fase Atividade Aspecto Impacto

Implantação

- Limpeza do terreno e supressão da vegetação; - Corte e Terraplenagem de regularização das áreas destinadas ao aterro; - Abertura de acessos e demais componentes de infraestrutura de apoio e instalações complementares; - Estocagem de solos provenientes das escavações para a utilização futura.

- Exposição temporária de terrenos à ação dos agentes naturais erosivos; - Implantação de sistema de drenagem.

Indução a Riscos de

Deslizamentos e Erosões.

Operação

- Atividade de compactação e cobertura com solo de resíduos, geração de taludes, estabilização com implantação de projeto paisagístico.

- Riscos de deslizamentos e potencialidades de escorregamentos dos taludes.

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10.1.5. Alteração do Escoamento Superficial (Risco de Assoreamento e de Enchentes nos Corpos d’água à jusante).

Fase Atividade Aspecto Impacto

Implantação

- Movimentação de terra; - Abertura de acessos e demais componentes de infraestrutura de apoio e instalações complementares. - Estocagem de solos provenientes das escavações para a utilização futura.

- Alteração da morfologia do terreno; - Carreamento de sedimentos devido à ação dos agentes naturais erosivos; - Falta de sistema de drenagem eficiente para águas superficiais.

Alteração do Escoamento Superficial

Operação

- Atividade de movimentação de solo, compactação e cobertura com solo de resíduos, geração de taludes.

- Sistema de drenagem ineficiente ou falta de manutenção periódica.

10.1.6. Risco de Contaminação do Solo (decorrente de Resíduos e Efluentes inerentes às atividades de Obra).

Fase Atividade Aspecto Impacto

Implantação

- Utilização de produtos químicos; - Reparo e manutenção de veículos e maquinários; - Acondicionamento inapropriado de resíduos sólidos, embalagens, sucatas, etc.

- Uso e destinação inadequado de produtos químicos e embalagens contaminadas (tintas, óleos e graxas); - vazamentos de combustível e óleos.

Risco de Contaminação

do Solo.

Operação Idem Idem

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10.1.7. Risco de Contaminação das Águas Superficiais e Subterrâneas.

Fase Atividade Aspecto Impacto

Implantação

- Utilização de produtos químicos; - Reparo e manutenção de veículos e maquinários; - Acondicionamento inapropriado de resíduos sólidos, embalagens, sucatas, etc.

- Manuseio e destinação inadequados de produtos químicos e embalagens contaminadas (tintas, óleos e graxas).

- vazamentos de combustível e óleos.

Risco de Contaminação

das Águas Superficiais e Subterrâneas.

Operação

- manejo/tratamento dos resíduos sólidos, geração de chorume; - Reparo e manutenção de veículos e maquinários.

- Contaminação das águas superficiais e subterrâneas devido à percolação de chorume.

Desativação

- Disposição final dos resíduos.

- Geração de chorume

10.1.8. Utilização de Áreas de Empréstimo.

Fase Atividade Aspecto Impacto

Operação - Extração de material para recobrimento de resíduos sólidos.

- degradação ambiental de áreas para servir de jazida.

Utilização de Áreas de

Empréstimo.

10.1.9. Formação de ambientes propícios ao desenvolvimento de vetores.

Fase Atividade Aspecto Impacto

Implantação - movimentação de máquinas, tráfego de veículos, corte e terraplenagem.

- formação de ambientes propícios à formação de poças d’água.

Formação de ambientes

propícios ao desenvolvimento

de vetores.

Operação

- manuseio e armazenamento de resíduos principalmente orgânicos e sucatas de forma inadequada; - Operação de cobertura diária dos resíduos no local de destinação final.

- formação de ambientes propícios à proliferação de vetores em geral.

Deativação

- manuseio e armazenamento de resíduos principalmente orgânicos e sucatas de forma inadequada

- formação de ambientes propícios à proliferação de vetores em geral.

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10.1.10. Perda da superfície vegetal.

Fase Atividade Aspecto Impacto

Implantação - Limpeza do terreno, corte,

terraplanagem. -Supressão de vegetação.

Perda da superfície vegetal.

10.1.11. Perda de biodiversidade de Fauna e Flora.

Fase Atividade Aspecto Impacto

Implantação - Limpeza do terreno, supressão de vegetação.

- Perda de habitat por exemplares da fauna e da flora autóctone.

Perda de Biodiversidade de

Fauna e Flora.

10.1.12. Afugentamento de fauna.

Fase Atividade Aspecto Impacto

Implantação

- Mobilização de mão-de-obra, maquinários, veículos e equipamentos; - Limpeza do terreno, corte, terraplanagem.

- Geração de ruídos, materiais particulados e poluição difusa; - Ampliação das situações de estresse na fauna residente e ocorrente.

Afugentamento de Fauna.

Operação

- Mobilização de mão de obra, maquinários, veículos;

- Operação do aterro.

- Geração de ruídos, materiais particulados e poluição difusa.

10.1.13. Aumento de caça.

Fase Atividade Aspecto Impacto

Implantação - Mobilização de pessoas pela área.

- Coleta, captura de animais. Aumento de

caça.

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10.1.14. Disponibilização de aterro sanitário adequado à disposição final de resíduos sólidos.

Fase Atividade Aspecto Impacto

Operação - Operação de aterro sanitário.

- Disposição adequada do lixo; Desativação do lixão atual.

Disponibilização de aterro sanitário ade-quado à disposição

final de resíduos sólidos.

10.1.15. Expectativa da sociedade em relação ao empreendimento.

Fase Atividade Aspecto Impacto

Planejamento

- Comunicação do empreendimento; Elaboração dos estudos técnicos, econômicos e ambientais.

- circulação de informações sobre o empreendimento. - Expectativa de empregabilidade.

Geração de expectativas

sobre o empreendimento Implantação

- Contratação de mão de

obra.

- Geração de postos de trabalho.

Operação - Contratação de mão de

obra.

- Geração de postos de trabalho.

10.1.16. Alteração da Paisagem.

Fase Atividade Aspecto Impacto

Implantação

- Cortes, terraplenagem, limpeza de terreno; - implantação de infraestrutura operacional e de apoio da CTDRS-TR.

- Supressão de elementos percebidos como positivos da paisagem, alteração do relevo.

Alteração da Paisagem.

Operação - Operação do aterro

- Alteração do relevo, incorporação de elementos considerados negativos na paisagem.

Desativação - Desativação do aterro; - Recomposição dos taludes - Replantio de árvores

- Retirada de elementos negativos. incorporação de elementos positivos;

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10.1.17. Oferta de Emprego e Geração de Renda.

Fase Atividade Aspecto Impacto

Implantação

- Contratação de mão de obra; - Necessidade de serviços de apoio.

- Aumento dos postos de trabalho.

Oferta de empregos e geração de

renda. Operação

- Contratação de mão de obra; - Necessidade de serviços de apoio.

- Aumento dos postos de trabalho.

Desativação - Desmobilização da mão de obra.

- Desmobilização de mão de obra.

10.1.18. Arrecadação de Impostos.

Fase Atividade Aspecto Impacto

Implantação - Pagamento de tributos; - Necessidade de atividades de apoio.

- Incremento na arrecadação de im-postos. Arrecadação de

impostos.

Operação Idem Idem

10.1.19. Incômodos à Vizinhança.

Fase Atividade Aspecto Impacto

Implantação

- Tráfego de caminhões, máquinas e equipamentos; - Limpeza do terreno, remoção do solo, conformação do terreno, preparação das camadas de proteção; - Abertura do lote.

- Geração de ruídos e vibrações sonoras; - Possibilidade de proliferação de vetores; - Emissões de gases e material particulado na atmosfera, poluição difusa.

Incômodos à Vizinhança.

Operação

- Movimentação de máquinas e equipamentos; - Circulação de caminhões para o transporte dos resíduos. - Recebimento/disposição e tratamento de resíduos.

- Abertura de valas e possibilidade de proliferação de vetores; - Emissões atmosféricas; - Geração de ruído e vibração; - Geração de odores; - Atração e proliferação de vetores.

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10.1.20. Condições de Saúde da População atendida.

Fase Atividade Aspecto Impacto

Operação

- Operação de aterro sanitário; - Recolhimento de resíduos. - Desativação do atual lixão.

- Disponibilidade de um local apropriado para destinação de resíduos; - Operação de um aterro sanitário.

Condições de Saúde da

População.

10.1.21. Variação do Valor das Terras para Uso Industrial e Habitacional.

Fase Atividade Aspecto Impacto

Planejamento

- Expectativa negativa da população em relação ao aumento da degradação ambiental.

- Variação negativa do valor da terra e atratividade da área

Variação do Valor

das Terras para Uso

Industrial e

Habitacional.

Implantação

- Incômodos à população devido a proliferação de vetores, ruídos, poeiras e intensificação na circulação de veículos e máquinas.

- Variação negativa do valor da terra e atratividade da área

Operação

- Incômodos à população devido a odores, ruídos, poeiras e intensificação na circulação de veículos de transporte de resíduos.

- Variação do valor da terra e atratividade da área.

Desativação - Recuperação da área. Variação positiva do valor da terra e atratividade da área.

10.1.22. Interferência no Tráfego de Veículos.

Fase Atividade Aspecto Impacto

Implantação - Trânsito de caminhões e máquinas mobilizados para a obra.

- Aumento do fluxo de veículos na BR-040. Aumento de

Trafego de Veículos e Risco

de Acidentes. Operação

- Trânsito dos veículos de

transporte dos resíduos sólidos para tratamento e disposição na CTDRS-TR.

- Aumento do fluxo de veículos na BR-040.

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10.2. Resultados e Síntese da Avaliação de Impacto Ambiental

Após a descrição dos potenciais impactos ambientais procedeu-se à elaboração da Matriz de Impactos Ambientais que se encontra a seguir e, a partir da mesma foram obtidos, em síntese os seguintes resultados:

Dos 22 (vinte e dois) potenciais impactos ambientais avaliados, a maioria é negativa (16), sendo (06) positivos. Este fato por si só não aponta para uma tendência à inviabilidade ambiental do empreendimento, como será demonstrado adiante neste relatório;

Em relação aos efeitos sinérgicos, os quais dizem respeito à alteração significativa na dinâmica ambiental a partir da acumulação de impactos locais provocados por mais de um empreendimento, no caso desta avaliação no atual Lixão, foram foram identificados 02 (dois) potenciais impactos ambientais que possuem esta natureza associada à desativação do Lixão;

Em relação aos potenciais impactos cumulativos, os quais possuem interação com outros impactos ou cadeias de impacto em um mesmo sistema ambiental não foram identificados 12 (doze) potenciais impactos ambientais.

Ressalta-se que dos 22 (vinte e dois) potenciais impactos ambientais identificados, em matéria de significância, (06) foram considerados significativos, sendo (04) negativos e (02) positivos, (12) - mais da metade - foram considerados pouco significativos e possuem natureza negativa, (04) foram considerados muito significativos todos de adversidade positiva. Tal avaliação aponta para um médio grau de alterações que o ambiente atual estará sujeito devido à implantação, operação e desativação da CTDRS-TR;

Em relação à natureza dos (06) impactos significativos, (04) ocorrem no meio físico e (02) no meio biótico, indicando aspectos impactados importantes, porém, todos os respectivos impactos são tratáveis por medidas mitigadoras definidas, nos dois compartimentos analisados do empreendimento em estudo, ressaltando-se que sua importância está concentrada no meio físico;

Em relação à reversibilidade, (09) impactos são irreversíveis, sendo (02) de natureza negativa e (07) de natureza positiva; e (12) impactos são reversíveis sendo a maioria de natureza negativa e (01) positivo;

Ressalta-se, desta pequena síntese que todos os potenciais impactos ambientais Muito Significativos são de natureza positiva e concentram-se no meio socioeconômico; os impactos negativos e irreversíveis que podem inviabilizar o empreendimento foram classificados como sendo Pouco Significativos, além disso todos os demais impactos são passíveis de mitigação, quer sejam através de medidas mitigadoras ou de correções através de Programas e Subprogramas Ambientais específicos, apontando assim para uma forte tendência da viabilidade ambiental da CTDRS-TR.

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Tabela 3.4-1: Síntese dos resultados da caracterização de significância dos Impactos Ambientais.

Impactos Natureza

Positivo Negativo Total

S - Utilização de Áreas de Empréstimo.

- Alterações na Qualidade do Ar.

06

- Modificação da Morfologia do Terreno.

- Indução a Riscos de Deslizamentos e Erosões.

- Perda de biodiversidade fauna e vegetal (incluindo espécies com status de ameaçadas).

- Afugentamento de fauna.

PS

- Aumento de Nível de Ruídos e Vibrações

12

- Alteração do Escoamento Superficial (Risco de Assoreamento e de Enchentes nos Corpos d’água à jusante).

- Risco de Contaminação do Solo (decorrente de Resíduos e Efluentes inerentes às atividades de Obra).

- Risco de Contaminação das Águas Superficiais e Subterrâneas.

- Formação de ambientes propícios ao desenvolvimento de vetores.

- Perda da superfície vegetal.

- Aumento de caça.

- Geração de Expectativa da sociedade em relação ao empreendimento.

- Alteração da Paisagem.

- Incômodos à Vizinhança.

- Variação do Valor das Terras para Uso Industrial e Habitacional.

- Interferência no Tráfego de Veículos.

MS

- Disponibilização de aterro sanitário adequado à disposição final de lixo

04

- Oferta de Emprego e Geração de Renda.

- Aumento da Arrecadação de Tributos

- Condições de Saúde da População atendida.

Total 5 17 22 Convenções: MS - Muito Significativo; S - Significativo e PS - Pouco Significativo.

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AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL III - 132

EIA DA CENTRAL DE TRATAMENTO E DESTINAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE TRÊS RIOS JUN/2015

10.3. Matriz de Impactos Ambientais

1 Alterações na Qualidade do Ar X X NEG DIR ADA LP PER REVE MED MED S

2 Aumento de Nível de Ruídos e Vibrações X NEG DIR ADA IM TEM REVE PEQ PEQ PS

3 Modificação da Morfologia do Terreno X X NEG DIR AID MP PER IRR PEQ MED S

4 Indução a Riscos de Deslizamentos e Erosões X X NEG IND ADA IM PER REVE GDE PEQ S

5 Alteração do Escoamento Superficial (Risco de Assoreamento e de Enchentes nos Corpos d’água à jusante).

X X NEG DIR ADA LP PER REVE PEQ PEQ PS

6 Risco de Contaminação do Solo (decorrente de Resíduos e Efluentes inerentes às atividades de Obra).

X X NEG IND ADA LP PER REVE PEQ PEQ PS

7 Risco de Contaminação das Águas Superficiais e Subterrâneas. X X X NEG IND ADA LP PER REVE PEQ PEQ PS

8 Utilização de Áreas de Empréstimo. X POS IND AID LP PER IRR PEQ GDE S

9 Formação de ambientes propícios ao desenvolvimento de vetores. X X NEG DIR ADA LP PER REVE PEQ PEQ PS

10 Perda da superfície vegetal. X NEG DIR ADA IM PER IRR PEQ MED PS

11 Perda de biodiversidade fauna e vegetal (incluindo espécies com status de ameaçadas).

X NEG DIR ADA LP PER REVE MED MED S

12 Afugentamento de fauna. X X NEG IND ADA IM PER REVE MED MED S

13 Aumento de caça. X X NEG IND ADA IM PER REVE PEQ MED PS

14 Disponibilização de aterro sanitário adequado à disposição final de lixo. X POS DIR REG MP TEM IRR GDE GDE MS

15 Expectativa da sociedade em relação ao empreendimento. X X X NEG DIR AII IM TEM REVE MED PEQ PS

16 Alteração da Paisagem. X X X NEG DIR AID LP PER IRR MED PEQ PS

17 Oferta de Emprego e Geração de Renda. X X X POS DIR AII IM TEM IRR MED GDE MS

18 Aumento da Arrecadação de Tributos.

X X POS IND REG LP PER IRR MED GDE MS

19 Incômodos à Vizinhança. X X NEG IND AID LP TEM REVE PEQ MED PS

20 Condições de Saúde da População. X X POS IND AID LP PER IRR MED GDE MS

21 Variação do Valor das Terras para Uso Industrial e Habitacional. X X X X NEG IND AID LP TEM REVE PEQ MED PS

22 Interferência no Tráfego de Veículos. X X NEG DIR ADA LP TEM REVE PEQ PEQ PS

Legenda: Positivo (POS) Negativo (NEG) - Direto (DIR) Indireto (IND) - Área diretamente Afetada/Local (ADA), Regional (REG), Área de Influência Direta (AID), Área de Influência Indireta (AII) - Imediato (IM), Médio Prazo (MP), Longo Prazo (LP) - Temporário (TEM), Permanente (PER), Cíclico (CIC) - Reversível (REVE), Irreversível (IRR)- Pequena (PEQ), Média (MED), Grande (GDE) - Pouco Significativo (PS), Significativo (S), Muito Significativo (MS) - Não Ocorre (NO).

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RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL – RIMA JUN/2015

CENTRAL DE TRATAMENTO E DESTINAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE TRÊS RIOS

11. Medidas Mitigadoras, Potencializadoras e Compensatórias, Planos, Programas e Subprogramas

A partir da avaliação dos impactos no presente capítulo são propostas ações de mitigação, potencialização e compensação que permitam reduzir, compensar e monitorar os impactos negativos e potencializar os impactos positivos, tais medidas serão implantadas através da estrutura de um Plano de Gestão Ambiental - PGA que permita gerenciar de forma eficiente a implementação e acompanhamento dos programas e sub programas ambientais propostos.

A Figura 11-1 apresentada a seguir ilustra, de uma forma geral, como deve ser vista, em termos institucionais, a relação dos programas ambientais com o Plano de Gestão Ambiental - PGA.

Figura 11-1: Fluxograma do PGA.

Dessa forma, o PGA proposto para a CTDRS-TR, constituirá em um conjunto de ações gerenciais (técnicas, institucionais e legais) referentes aos aspectos socioeconômicos e geoambientais que dizem respeito à implementação das medidas mitigadoras, potencializadoras e de compensação ambiental, além dos programas e subprogramas ambientais necessários.

Vale ressaltar que a implementação de ferramentas dessa natureza, por parte do empreendedor objetiva a integração das diferentes ações propostas nos estudos ambientais, a fim de evitar a execução de procedimentos incorretos, a exemplo no meio físico que necessita de integração de uma série de medidas de controle, por exemplo, na execução de atividades de limpeza, corte e escavação a qual poderá desencadear risco de erosão, deslizamentos e assoreamentos, gerenciamento de

ESTRUTURA

GERENCIAL

União Norte

PLANO DE

GESTÃO

AMBIENTAL

PROGRAMAS

AMBIENTAIS

AMBIENTE INTERNO

Implantação

Operação

Desativação

AMBIENTE

EXTERNO

INEA

Comunidades

circunvizinhas

Entidades

públicas/privadas

RELATORIO DE IMPACTO AMBIENTAL - RIMA

CENTRAL DE TRATAMENTO E DESTINAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE TRÊS RIOS

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RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL – RIMA JUN/2015

CENTRAL DE TRATAMENTO E DESTINAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE TRÊS RIOS

resíduos e efluentes que possuem risco de contaminação das águas e solo, no aspecto biótico onde pode-se indicar o resgate de formas de vida herbáceas, arbustivas e epífitas (cactáceas e bromeliáceas), além do aspecto social no tocante à interferências no cotidiano das comunidades atingidas, principalmente no esclarecimento quanto à expectativa da sociedade em relação ao empreendimento.

Dessa forma, para o caso em questão, optou-se em definir, o conjunto de ferramentas abaixo que permitam o monitoramento e/ou controle ambiental, bem como um sistema de inspeção ambiental para verificação e acompanhamento da implementação das medidas e ações ambientais previstas neste EIA.

No projeto da CTDRS-TR as ferramentas a serem abrangidas no PGA são:

Medidas mitigadoras, potencializadoras e compensatórias previstas no EIA; Programa de Controle de Poluição da Obra (PCPO) e Plano Ambiental de Construção – PAC.

11.1. Medidas mitigadoras, potencializadoras e compensatórias.

A seguir são elencadas as Medidas mitigadoras, potencializadoras e compensatórias para cada um dos potenciais impactos identificados:

11.1.1. Potencial Impacto: Alterações na Qualidade do Ar.

Medidas Mitigadoras:

Utilização de EPI's; Manutenção e revisão constante (incluindo, mais especificamente, a

regulagem dos motores) das máquinas e veículos utilizados; Implantação de barreira vegetal; Aspersão de água nas vias de circulação; Cobertura diária dos resíduos;

Planos, Programas e Subprogramas relacionados:

Programa de Controle de Poluição da Obra (PCPO), especificamente o Subprograma de Monitoramento da Qualidade do Ar;

Plano Ambiental de Construção - PAC.

11.1.2. Potencial Impacto: Aumento de Nível de Ruídos e Vibrações.

Medidas Mitigadoras:

Utilização de EPI's; Manutenção e revisão constante das máquinas e veículos utilizados;

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Implantação de barreira vegetal.

Planos, Programas e Subprogramas relacionados:

Programa de Controle de Poluição da Obra (PCPO), especificamente o Subprograma de Monitoramento de Ruídos;

Plano Ambiental de Construção - PAC.

11.1.3. Potencial Impacto: Modificação da Morfologia do Terreno.

Medidas de Controle

Implantação do sistema de drenagem superficial previsto nas áreas de taludes naturais e de disposição de resíduos, promovendo o encaminhamento das vazões incidentes de forma controlada por meio dos elementos hidráulicos projetados;

Execução dos taludes naturais e dos taludes das células de resíduos com geometrias que resultem com fatores de segurança adequados para este propósito;

Implantação de proteção constante dos taludes naturais e das células de resíduos com plantio de grama;

Implantação de local apropriado provido de sistema de drenagem e recobrimento para o material de corte que servirá para recobrimento das células de resíduos.

Programas e Subprogramas relacionados:

Plano Ambiental de Construção - PAC. Programa de Controle de Poluição da Obra (PCPO), especificamente as

medidas que contemplam o monitoramento dos processos erosivos, assoreamento e do carreamento de sedimentos por ocasião das chuvas no Subprograma de Monitoramento da Qualidade das Águas Superficiais.

11.1.4. Potencial Impacto: Indução a Riscos de Deslizamentos e Erosões.

Medidas de Controle

Implantação das medidas de controle da erosão, como cobertura vegetal e sistemas de drenagem definitivos já previstos em projeto;

Implantação de sistemas de drenagem provisórios, com medidas como: canaletas em nível, diques de contenção de sólidos, escadas de sedimentos, durante a fase de implantação e ao redor das áreas de estocagem de solos a serem utilizados na cobertura das células de resíduos;

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Retirada de solos das vertentes feita em forma de bermas para aumentar a infiltração das águas e com isto minimizar o impacto do escoamento das águas pluviais;

Implantação de proteção constante dos taludes naturais e das células de resíduos com plantio de grama.

Planos, Programas e Subprogramas relacionados:

Plano Ambiental de Construção - PAC. Programa de Controle de Poluição da Obra (PCPO), especialmente as

medidas que contemplam o monitoramento dos processos erosivos, assoreamento e do carreamento de sedimentos por ocasião das chuvas do Subprograma de Monitoramento da Qualidade das Águas Superficiais.

11.1.5. Potencial Impacto: Alteração do Escoamento Superficial (Risco de Assoreamento e de Enchentes nos Corpos d’água à jusante).

Medidas de Controle

Implantação das medidas de controle da erosão, como cobertura vegetal e sistemas de drenagem definitivos já previstos em projeto;

Implantação de sistemas de drenagem provisórios, com medidas como: camaleões em nível, diques de contenção de sólidos, escadas de sedimentos, durante a fase de implantação e ao redor das leiras de estocagem de solos a serem utilizados na cobertura das células de resíduos;

Retirada de solos das vertentes feita em forma de bermas para aumentar a infiltração das águas e com isto minimizar o impacto do escoamento das águas pluviais;

Implantação de proteção constante dos taludes naturais e das células de resíduos com plantio de grama.

Planos, Programas e Subprogramas relacionados:

Plano Ambiental de Construção - PAC. Programa de Controle de Poluição da Obra (PCPO), especialmente as

medidas que contemplam o monitoramento dos processos erosivos, assoreamento e do carreamento de sedimentos por ocasião das chuvas do Subprograma de Monitoramento da Qualidade das Águas Superficiais.

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11.1.6. Potencial Impacto: Risco de Contaminação do Solo (decorrente de Resíduos e Efluentes inerentes às atividades de Obra).

Medidas de Mitigação

Destinação de local adequado para a manutenção e reparo de veículos e equipamentos para troca de óleo;

Implantação de sistema impermeabilizante de base, conforme descrito no capítulo I.

Área para condicionamento apropriado de resíduos sólidos contaminados, embalagens, sucatas, etc.

Planos, Programas e Subprogramas relacionados

Plano Ambiental de Construção - PAC; Programa de Controle de Poluição da Obra (PCPO), especialmente as

medidas que contemplam o armazenamento, manuseio e acondicionamento de produtos contaminados que ofereçam risco de contaminação do solo;

Plano de Gerenciamento Ambiental - Programa de Educação Ambiental.

11.1.7. Potencial Impacto: Risco de contaminação das aguas superficiais e subterrâneas.

Medidas de Mitigação

Destinação de local adequado para a manutenção e reparo de veículos e equipamentos para troca de óleo;

Implantação de sistema impermeabilizante de base, conforme descrito no capítulo I.

Área para condicionamento apropriado de resíduos sólidos contaminados, embalagens, sucatas, etc.

Planos, Programas e Subprogramas relacionados

Plano Ambiental de Construção - PAC; Programa de Controle de Poluição da Obra (PCPO), especialmente as

medidas que contemplam o armazenamento, manuseio e acondicionamento de produtos químicos e perigosos que ofereçam risco de contaminação de águas superficiais e do lençol freático;

Plano de Gerenciamento Ambiental - Programa de Educação Ambiental.

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11.1.8. Potencial Impacto: Utilização de Áreas de Empréstimo.

Este impacto não requer medida de potencializadora apesar de possuir natureza positiva.

11.1.9. Potencial Impacto: Formação de ambientes propícios ao desenvolvimento de vetores.

Medidas de Mitigação:

Controle de acesso e circulação de equipamentos pesados, como caminhões, tratores e retroescavadeiras;

Controle e direcionamento adequado da drenagem superficial (empoçamentos);

Dedetização, desratização e outros procedimentos específicos para a eliminação de vetores transmissores de enfermidades;

Gerenciamento dos processos de recobrimento dos resíduos da fase de operação para que não possibilitem a atração de espécies associadas aos resíduos.

Planos, Programas e Subprogramas relacionados

Plano Ambiental de Construção - PAC; Programa de Controle de Poluição da Obra (PCPO), especificamente o

Subprograma de controle de vetores; Programa de Educação Ambiental.

11.1.10. Potencial Impacto: Perda da superfície vegetal.

Medidas de Mitigação:

Resgate da flora ameaçada (germoplasma); Transplantio de indivíduos jovens e de formas de vida herbáceas arbustivas

e epífitas (cactáceas e bromeliáceas); Implantação de Projeto de Cortina Arbórea.

Medida Compensatória

Compensação com o aumento da área florestada na área adjacente ao lago já existente na propriedade e que não será suprimido, de pelo menos de 3,7 hectares.

Planos, Programas e Subprogramas relacionados

Plano Ambiental de Construção - PAC;

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Programa de Gestão Ambiental que será o responsável pelas instruções sobre o direcionamento da supressão, de acordo com os critérios estabelecidos pelos técnicos responsáveis pelo Programa de Resgate, Salvamento e Translocação de Fauna. Programa de Educação Ambiental, para que os operários envolvidos na supressão de vegetação recebam informações sobre encontros com animais, manejo e prevenção de acidentes;

11.1.11. Potencial Impacto: Perda de biodiversidade de Fauna e Flora.

Medidas de Mitigação:

Resgate da flora ameaçada (germoplasma); Transplantio de indivíduos jovens e de formas de vida herbáceas arbustivas

e epífitas (cactáceas e bromeliáceas); Implantação de Projeto de Cortina Arbórea.

Planos, Programas e Subprogramas relacionados

Plano Ambiental de Construção - PAC; Plano de Gestão Ambiental que será o responsável pelas instruções sobre

o direcionamento da supressão, de acordo com os critérios estabelecidos pelos técnicos responsáveis pelo Programa de Resgate e Salvamento de Fauna; e Programa de resgate, salvamento e translocação da fauna da área a ser mecanizada e, especialmente, a verificação da ocorrência de indivíduos e nidificação do cuitelão (Jacamaralcyon tridactyla).

11.1.12. Potencial Impacto: Afugentamento de fauna.

Medidas de Mitigação:

A implantação de Cortina verde no entorno do empreendimento contribuirá, não somente com o aspecto paisagístico, mas também atuará na atenuação dos ruídos produzidos durante sua fase de operação;

Controle das atividades do pessoal envolvido com as diferentes fases da obra em espaços protegidos, e horário de turnos, principalmente durante a fase de implantação do empreendimento, com o intuito de se minimizar as interferências produzidas;

Resgate da fauna silvestre durante o processo de supressão da vegetação; Na fase de operação gerenciamento do transporte dos resíduos e de

cobertura dos mesmos para que não possibilitem a atração de espécies da fauna sinantrópica com alto grau de sensibilidade antrópica.

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Planos, Programas e Subprogramas relacionados

Plano Ambiental de Construção - PAC; Programa de Controle de Poluição da Obra (PCPO), especificamente o

Subprograma de Monitoramento de Ruídos Plano de Gerenciamento Ambiental - Programa de resgate, salvamento e

translocação da fauna da área a ser mecanizada e, especialmente, a verificação da ocorrência de indivíduos e nidificação do cuitelão (Jacamaralcyon tridactyla).

11.1.13. Potencial Impacto: Aumento de caça.

Medidas de Controle:

Controle das incursões do pessoal envolvido com as diferentes fases da obra em áreas de matas, principalmente durante a fase de implantação do empreendimento;

Repressão às agressões à fauna.

Planos, Programas e Subprogramas relacionados

Plano Ambiental de Construção - PAC; Plano de Gestão Ambiental - Programa de Educação Ambiental e Código

de Conduta dos funcionários, Programa de resgate, salvamento e translocação da fauna da área a ser mecanizada.

11.1.14. Potencial Impacto: Disponibilização de aterro sanitário adequado à disposição final de resíduos sólidos.

Medida Potencializadora: divulgação adequada em mídia da disponibilidade da CTDRS-TR para os municípios vizinhos, bem como medidas que facilitem sua utilização e aceite pelos grandes geradores.

Planos, Programas e Subprogramas relacionados

Plano de Gestão Ambiental - Programa de Comunicação Social.

11.1.15. Potencial Impacto: Expectativa da sociedade em relação ao empreendimento.

Medidas de Mitigação:

Divulgação objetiva e adequada do empreendimento em meios de comunicação e de folhetos explicativos;

Priorizar contratação de mão de obra local.

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Planos, Programas e Subprogramas relacionados

Plano de Gestão Ambiental através do esclarecimento das diferenças entre a CTDRS-TR e o Lixão em ações de educação ambiental (público interno e externo), Programa de Comunicação Social e Programa de Educação Ambiental.

11.1.16. Potencial Impacto: Alteração da Paisagem.

Medidas de Mitigação:

Implantação de projeto paisagístico e Cortina arbórea no início da fase de implantação da CTDRS-TR;

Cobertura de taludes por gramíneas; Destinação sócio ambiental de uso futuro da área após o encerramento do

empreendimento, somente após completa constatação da estabilização subsequente geotécnica e de emissão de chorume e biogás, integrando as áreas do empreendimento em espaço público com integração do entorno à comunidade, sendo esta a proposta compatível de Uso Futuro da área.

11.1.17. Potencial Impacto: Oferta de Emprego e Geração de Renda.

Medidas de potencialização:

Priorização de contratação de mão de obra local; através de uma política de contratação de mão de obra do empreendedor que privilegiará a população local residente no município de Três Rios, mais precisamente os moradores da AID;

Aproveitamento de parte da mão de obra contratada na fase de implantação também na fase de operação, potencializando seus efeitos positivos.

Ações de planejamento para a desmobilização de mão de obra após período de operação estimado em 10 anos.

Planos, Programas e Subprogramas relacionados

Plano de Gestão Ambiental - Programa de Comunicação Social, Programa de acompanhamento de interferências e Programa de Educação Ambiental.

11.1.18. Potencial Impacto: Arrecadação de Impostos.

Este impacto não requer medida de potencializadora apesar de possuir natureza positiva.

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11.1.19. Potencial Impacto: Incômodos à Vizinhança.

Medidas de Mitigação:

Implantação de projeto paisagístico e Cortina arbórea no início da fase de implantação da CTDRS-TR;

Manutenção e preservação da barreira vegetal; Manutenção e revisão constante das máquinas e veículos utilizados; Aspersão de água nas vias de circulação de máquinas e equipamentos; Dedetização, desratização e outros procedimentos específicos para a

eliminação de vetores transmissores de enfermidades; Controle permanente das áreas onde pode ocorrer o acúmulo de água

pluvial; Recobrimento diário do resíduo com camada de solo após compactação; Coleta e tratamento do líquido percolado (chorume).

Planos, Programas e Subprogramas relacionados

Plano de Gestão Ambiental - Programa de Comunicação Social, Programa de acompanhamento de interferências e Programa de Educação Ambiental.

Programa de Controle de Poluição da Obra (PCPO), especificamente o Subprograma de Monitoramento de Ruídos.

11.1.20. Potencial Impacto: Condições de Saúde da População atendida.

Medidas de Potencialização:

Imediato encerramento do Lixão; Realização de Plano de Recuperação Ambiental do Lixão; impermeabilização do solo, segregação da drenagem e tratamento do

efluente percolado (chorume), tratamento dos gases; Cobertura diária do resíduo, dentre outras

Planos, Programas e Subprogramas relacionados

Plano de Gestão Ambiental - Programa de Comunicação Social e Programa de Educação Ambiental;

Programa de Controle de Poluição da Obra (PCPO), especificamente o Subprograma de Monitoramento da Qualidade das Águas Superficiais e Subterrâneas.

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11.1.21. Potencial Impacto: Variação do Valor das Terras para Uso Industrial e Habitacional.

Apesar da natureza negativa deste impacto não há medida mitigadora específica para a fase de planejamento e implantação do projeto já que se trata de um impacto cujos seus efeitos são determinados pelo mercado imobiliário.

Planos, Programas e Subprogramas relacionados

Plano de Gestão Ambiental - Programa de Comunicação Social, Programa de acompanhamento de interferências, Programa de Educação Ambiental.

11.1.22. Potencial Impacto: Interferência no Tráfego de Veículos.

Medidas de Mitigação:

Aspersão de água nas vias de circulação de máquinas e equipamentos; Implantação de sistema de sinalização vertical e horizontal nas vias

internas projetadas; Implantação de pista de desaceleração/aceleração para os veículos que

chegarem e saírem da CTDRS-TR, além de áreas internas para estacionamento de caminhões e demais veículos, evitando qualquer interferência no fluxo regular de trânsito da rodovia BR-040, propiciando a segurança operacional necessária.

Planos, Programas e Subprogramas relacionados

Plano de Gestão Ambiental - Programa de Educação Ambiental, Cartilha para motoristas com normas de segurança no trânsito, vigilância contínua e controle do registro de caminhões e motoristas que transitarem na área.

Programa de Controle de Poluição da Obra (PCPO), especificamente o Subprograma de Monitoramento da Qualidade do Ar e o Subprograma de monitoramento de ruídos;

Plano Ambiental de Construção - PAC.

12. Planos, Programas e Subprogramas ambientais.

Visando a efetiva operacionalidade de mitigação, potencialização e compensação que permitam reduzir, compensar e monitorar os impactos negativos e potencializar os impactos positivos, além das medidas mencionadas e do PGA, prevê-se ainda a implantação de outros Planos, Programas e Subprogramas que ora serão apresentados porém seu detalhamento ocorrerá apenas na fase de Licença de Instalação - LI, onde será elaborado o Plano Básico Ambiental - PBA.

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Ao todo são propostos 03 Planos (Gestão Ambiental - PGA, Plano Ambiental de Construção - PAC e o Plano de Controle de Poluição da Obra - PCPO) e 12 Programas Básicos Ambientais, onde, são organizados de acordo com suas justificativas e objetivos, público alvo, metodologia a ser adotada, cronograma de execução, resultados esperados e responsabilidade de execução.

Os Programas para o Meio Bióticos são:

Programa de conservação da barreira vegetal; Programa de resgate de fauna silvestre; Programa de conservação da flora Programa de monitoramento da fauna.

Os Programas para o Meio Socioeconômicos são:

Programa de Comunicação social; Programa de Educação ambiental; Programa de Acompanhamento de Interferências; Programa de Valorização do patrimônio arqueológico, cultural e

paisagístico.

Os Programas para o Meio Físico são:

Programa de Monitoramento geotécnico; Programa de Monitoramento da Qualidade do Ar; Programa de Monitoramento de Ruídos; Programa de Monitoramento de efluentes líquidos, corpos dágua e águas

subterrâneas.

12.1. Programa de Conservação da Barreira Vegetal

Justificativa e Objetivos

A implantação da CTDRS-TR e sua operação poderá ocasionar a alteração da paisagem do local, assim como contribuir com outros aspectos ambientais negativos, tais como a geração de ruídos e odores.

Desta forma, visando principalmente a melhoria do aspecto geral da paisagem e a diminuição do desconforto acústico, propõe-se a implantação de uma barreira vegetal, composta por espécies nativas de rápido crescimento.

O principal objetivo do Programa de Conservação da Barreira Vegetal é reduzir os impactos negativos gerados pela implantação e operação da CTDRS-TR.

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12.2. Programa de Resgate da Fauna Silvestre

Justificativas e objetivos

Apesar da forte ação antrópica na região em questão, entende-se que o resgate da fauna terrestre nos locais impactados pelas obras da CTDRS-TR constitua-se em atividade de especial valor conservacionista para a ADA e AID.

O objetivo geral do Programa de Resgate da Fauna Terrestre é o de minimizar os impactos causados pelo empreendimento sobre as comunidades faunísticas.

São objetivos específicos deste Programa:

Capturar espécimes de vertebrados durante a etapa de supressão da vegetação da área do empreendimento;

Identificar e resgatar ninhos, filhotes e animais de pouca mobilidade antes e durante a etapa de supressão vegetal;

Identificar áreas de soltura e realocar adequadamente os indivíduos resgatados;

Registrar e catalogar todos os espécimes capturados, assim como seus dados biológicos, ecológicos, sanitários, de captura e seu destino final, como forma de complementação do inventário faunístico;

Desenvolver ações de aproveitamento científico, processando e destinando o material coletado a instituições de pesquisas como museus, universidades etc., previamente contatadas;

Destinar alguns espécimes (pré-selecionados) para soltura;

Analisar os dados obtidos e formular, se necessário e possível, medidas que contemplem a mitigação ou compensação das alterações sobre a fauna terrestre local.

12.3. Programa de Conservação da Flora

Justificativas e objetivos

A cobertura vegetal original do município de Três Rios apresenta-se totalmente descaracterizada por anos de exploração com finalidades diversas. Originalmente este município apresentava cobertura vegetal de Mata Atlântica, fitofisionomia de Floresta Es tac iona l e de F lo res ta Ombrófila, conforme registro literário de ocorrência. Hoje em dia são encontrados apenas fragmentos secundarizados e isolados entre si. Com o empreendimento serão revegetadas e/ou enriquecidas áreas importantes de florestas no contexto local. A propriedade destinada à implantação do Aterro encontra-se completamente alterada pela atividade pretérita (pecuária).

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Serão selecionadas áreas para revegetação/enriquecimento ao longo da mata que fica as margens da lagoa, recompondo a Faixa Marginal de Proteção – FMP. No contexto acima pretende-se revegetar e enriquecer a área em questão com espécies características do ambiente original, conforme apontado pela literatura e a disponibilidade do mercado.

O Programa de Conservação da Flora visa estabelecer as medidas gerais de recuperação a serem adotadas durante as fases de implantação e operação das atividades do Aterro, definindo, ao mesmo tempo, a estabilidade e qualidade ambiental da área e um uso futuro adequado das respectivas áreas utilizadas pelo empreendimento.

12.4. Programa de Monitoramento da Fauna Terrestre

Justificativas e objetivos

Apesar da forte ação antrópica na região da CTDRS-TR, entende-se que o monitoramento da fauna terrestre local constitui-se em atividade de especial valor conservacionista para a área em questão, que proporcionará o conhecimento da estrutura, dinâmica e ordenação das comunidades da fauna terrestre, acompanhando as variações temporais, bem como a avaliação das alterações sofridas pela fauna terrestre a cada momento do processo construtivo e operacional do empreendimento, com proposição de medidas de mitigação que se façam necessárias nas fases de implantação e de operação.

Os objetivos gerais do Programa de Monitoramento da Fauna Terrestre são de minimizar os impactos causados pelo empreendimento sobre as comunidades faunísticas, possibilitando a ampliação acerca do conhecimento sobre as mesmas e, possibilitando a ampliação do conhecimento sobre as populações da fauna terrestre local.

São objetivos específicos do Programa de Monitoramento de Fauna Terrestre:

Identificar padrões e alterações nos ecossistemas através do estudo das comunidades de fauna terrestre;

Avaliar alterações nos grupos de fauna terrestre em relação à abundância, diversidade e riqueza na área de influência do empreendimento;

Identificar rotas migratórias e locais de reprodução;

Avaliar os impactos do empreendimento sobre a fauna através de comparação com local fora da área de influência.

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12.5. Comunicação Social

Justificativas e Objetivos

A falta de comunicação entre o empreendedor e a comunidade vizinha, população em geral, órgãos públicos e outros empreendedores é um fator que amplifica os impactos negativos gerados pelo empreendimento, dificulta a solução de problemas ambientais comuns, cria percepções erradas sobre eventos ocorrentes na área de influência, cria demandas, muitas vezes baseadas em entendimentos incompletos e, em certos casos, determina a ocorrência de forte oposição pública ao empreendimento, oposição esta que pode gerar sanções administrativas e paralisações. O programa de comunicação é fundamental para a correta gestão do empreendimento.

No caso da CTDRS-TR este programa atuará diretamente na mitigação dos impactos negativos existentes, bem como na otimização dos impactos positivos descritos.

Os objetivos deste programa são:

- Informar ao publico interessado a situação do licenciamento ambiental, esclarecer a população da vizinhança sobre as questões ambientais associadas ao empreendimento, esclarecer a população sobre os impactos positivos e formas de acesso a programas de compensação, qualificação e contratação de funcionários;

- Informar a vizinhança, população em geral, órgão públicos, e empresas interessadas, sobre as ações de obras e operação;

- Manter os funcionários informados sobre as condições de implantação e operação;

- Realizar o treinamento da força de trabalho, nas questões e procedimentos sociais e ambientais;

- Articular com a vizinhança, população em geral, órgão públicos e empresas interessadas, a solução de problemas causados pela implantação e operação do empreendimento;

- Articular com a vizinhança, população em geral, órgão públicos e empresas interessadas, a solução de problemas comuns existentes na área de influência;

- Promover a conscientização do público interno e externo para os problemas sociais e ambientais da área de influência;

- Contribuir com ações de marketing ambiental para a melhoria da qualidade ambiental e social da área de influência;

- Valorizar e incentivar a utilização da CTDRS-TR de forma a evitar a disposição irregular de lixo, e otimizar os procedimentos de coleta e destinação em toda a região;

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12.6. Educação Ambiental

Justificativas e objetivos

A mais de três décadas os programas de educação ambiental têm sido utilizados como forma de compensar os impactos de empreendimentos (independente de sua magnitude), auxiliar na mitigação de impactos negativos, otimizar os impactos positivos, além de conscientizar a população sobre os problemas e boas práticas ambientais.

No caso CTDRS-CT o programa de educação, além de seu caráter compensatório e de responsabilidade social, vida auxiliar na mitigação dos impactos negativos, principalmente associados a geração de expectativas, tráfego de veículos e incômodos a população, além de reforçar impactos positivos como o impacto na saúde da população. Além disto, o programa de educação ambiental reforça os programas de comunicação social, educação patrimonial, e de acompanhamento de incômodos a população.

Os objetivos deste programa de educação ambiental são:

- Conscientizar os públicos-alvo sobre os problemas ambientais, usos adequados dos recursos ambientais, e boas práticas ambientais;

- Reforçar a articulação entre empreendedor, população local, população em geral, gestores públicos e empresas interessadas em torno da construção de soluções para problemas ambientai e sociais;

- Reforçar as ações de valorização e incentivo ao uso da CTDRS-TR;

- Qualificar a força de trabalho da fase de obra e operação sobre os problemas ambientais e sociais, bem como reforçar seu entendimento dos procedimentos e boas práticas sociais e ambientais;

- Oferecer oportunidades para qualificar professores da rede estadual e municipal, e de escolas particulares, nas questões, problemas e boas práticas ambientais;

- Realizar um trabalho específico de conscientização para as questões ambientais e sociais com o público infantil das AID;

- Realizar cursos e palestras para multiplicadores, sobre as questões, problemas e boas práticas ambientais e sociais.

12.7. Programa de Valorização do Patrimônio Arqueológico, Cultural e Paisagístico

Justificativas e objetivos

Em áreas com potencial arqueológico demandam (como forma de compensação de potenciais impactos) planos de prospecção e sondagens arqueológicas, para definir se existem sítios arqueológicas, planos de monitoramento arqueológico,

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planos de salvamento arqueológico eventual, e programas de educação patrimonial.

O diagnóstico arqueológico realizado indicou uma possibilidade muito baixa de existência de vestígios e sítios arqueológicos na área diretamente afetada pelo empreendimento. Nestes casos, cabe ao IPHAN indicar a realização ou não de pesquisas arqueológicas mais detalhadas ou monitoramento arqueológico. De toda a forma, serão realizadas as ações de educação patrimonial e valorização da cultura, associadas as ações de comunicação social e educação ambiental

Os objetivos deste plano são:

- Evitar a perda de vestígios arqueológicos em função da implantação do empreendimento;

- Valorizar os elementos do patrimônio arqueológico e cultural da AID;

- Conscientizar a população da AID sobre a importância do patrimônio arqueológico e cultural, bem como a importância de sua preservação;

12.8. Programa de Acompanhamento das Interferências.

Justificativas e Objetivos

A necessidade de implantar um programa de acompanhamento das interferências na comunidade está ligada, por um lado, avaliar se a percepção da população sobre os impactos geobiofísicos difere dos dados dos monitoramentos realizados (como os de programas de monitoramento de qualidade do ar e da água), e por outro lado, a necessidade de monitorar os impactos no campo social, bem como a avaliar percepção destes impactos.

Além de monitorar os aspectos sociais do impacto, este programa levanta percepções da população sobre o empreendimento, possibilitando a sua mitigação por ações de comunicação ambiental ou educação ambiental.

O programa de acompanhamento das interferências do empreendimento nas comunidades vizinhas visa:

- Mitigar os impactos negativos verificados;

- Certificar que os impactos positivos efetivamente ocorram;

- Verificar a efetividade dos programas ambientais e sociais em andamento;

- Levantar impactos sociais não previstos, e propor formas de tratamento;

- Determinar a existência de diferenças de percepção e falhas de entendimento entre a qualidade ambiental monitorada pelo empreendedor e a qualidade ambiental e de vida conforme percebida pelos moradores.

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Para que estes objetivos sejam atingidos, este monitoramento engloba as seguintes ações:

- Avaliação da percepção dos moradores sobre a qualidade ambiental da área, e sua comparação com os resultados dos monitoramentos geobiofísicos realizados;

- Monitoramento das ações da vida diária dos moradores de forma a estabelecer se ocorrerão alterações significativas associadas ao empreendimento;

- Monitorar as condições de emprego, saúde, educação, transporte e acesso a recursos sociais na área;

- Monitorar as condições de trânsito existente e a percepção de sua condição, principalmente dos moradores e usuários da BR-040;

- Monitorar os equipamentos de saúde e educação existentes;

- Monitorar a interface dos moradores com o empreendedor, principalmente quanto atendimento de demandas e geração de empregos;

- Monitorar as transações econômicas e interações sociais entre a força de trabalho e estabelecimentos / população da AID;

- Monitorar a percepção do público em gral sobre as atividades do empreendimento;

- Monitorar os demais empreendimentos existentes na AID principalmente no que tange a sua percepção e interações com a CTDRS-TR.

12.9. Programa de Monitoramento Geotécnico

Justificativas e Objetivos

O acompanhamento dos deslocamentos verticais e horizontais, bem como das poropressões, tem como objetivos:

-Verificar a dissipação das poropressões e da ocorrência de recalques, determinando o momento de lançamento de nova camada de aterro;

- Permitir a avaliação e ajuste das premissas do projeto, referente ao cronograma de lançamento;

- Verificar a segurança do aterro durante a fase de implantação.

De posse de medidas de campo, e trabalhando-se sempre com um fator de segurança mínimo aceitável, será possível manter a segurança adequada, buscando a situação mais vantajosa para o empreendimento, evitando-se conservadorismo excessivo, e corrigindo-se os procedimentos em caso de fator de segurança inferior ao previsto.

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12.10. Programa de Monitoramento da Qualidade do Ar

Justificativas e Objetivos

A implantação e operação do empreendimento, por sua própria natureza, irá provocar a emissão de material particulado para a atmosfera, provocando alterações na qualidade do ar.

Esse plano de monitoramento tem como objetivo avaliar através de medições rotineiras e periódicas a emissão de particulados na área do empreendimento e no seu entorno, visando, identificar e indicar ações de controle das alterações da qualidade do ar decorrentes da implantação e operação do empreendimento.

12.11. Programa de Monitoramento de Ruídos

Justificativas e Objetivos

O nível de ruído em um determinado local, bem como os seus efeitos, está intimamente relacionado com o tipo e o nível de ocupação do solo. Quanto maior a intensidade de ocupação, nível de industrialização ou o tráfego de veículos, maior é o nível de ruído ambiente.

Durante as obras da CTDRS-TR a circulação de veículos pesados e a operação de máquinas e equipamentos, tais como escavadeiras e tratores, dentre outros equipamentos, poderão aumentar os níveis de ruído ambiente.

Assim, este programa tem por objetivo monitorar os níveis de ruídos decorrentes das atividades das obras de ampliação e operação da CTDRS-TR, avaliando-as na área do entorno do empreendimento, atendendo aos limites estabelecidos na ABNT NBR nº 10.151/2000, promovendo medidas de minimização do incômodo sonoro a que estariam sujeitos seus receptores.

12.12. Programa de Monitoramento de efluentes líquidos, corpos dágua e águas subterrâneas.

Justificativas e Objetivos

Avaliar através de medições rotineiras e periódicas a qualidade físico-química e biológica dos efluentes líquidos, corpos d’água e águas subterrâneas do entorno do empreendimento, visando, identificar e indicar ações de controle das alterações desta qualidade decorrentes da implantação e operação do empreendimento.

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13. Conclusões e Recomendações Finais

Neste capítulo são organizadas as informações pertinentes às considerações finais e conclusões deste estudo, a partir da análise dos potenciais impactos ambientais elencados no capítulo III consubstanciado nas Medidas Mitigadoras, Planos, Programas e Subprogramas propostos no capítulo IV, de forma a possibilitar a interpretação final das avaliações.

Os estudos realizados por equipe multidisciplinar da Ecologic Ambiental para o EIA permitiram que fosse realizado um levantamento dos componentes ambientais, existentes em toda a região que sofrerá alterações ambientais devido à implantação da CTDRS-TR, possibilitando assim ser definidos o rol de potenciais impactos ambientais, medidas e programas/subprogramas ambientais que visam mitigar e/ou compensar as devidas perdas que ocorrerão na região em seus diversos compartimentos, gerando desta forma um documento que permeará a decisão pela implementação ou não da CTDRS-TR.

13.1. Análise por Característica dos Impactos Ambientais

Quanto à etapa em que ocorrem os potenciais impactos decorrentes da CTDRS-TR, percebe-se que dos 22 potenciais impactos analisados, (02) são identificados em todas as fases da CTDRS-TR de adversidade negativa (“Expectativa da sociedade em relação ao empreendimento” e, “Variação do Valor das Terras para Uso Industrial e Habitacional.”), ambos de ocorrência no Meio Antrópico e classificados como Pouco Significativos.

Em relação aos demais potenciais impactos é na fase de implantação que é identificada a grande maioria destes (19), sendo que 03 deles ocorrem unicamente nesta fase (“Aumento de Nível de Ruídos e Vibrações”, “Perda da superfície vegetal” e "Perda de biodiversidade fauna e vegetal (incluindo espécies com status de ameaçadas)”, dos demais 16 potenciais impactos, 12 destes ocorrem nas fases de implantação e operação: (“Alterações na Qualidade do Ar”, “Modificação da Morfologia do Terreno”, “Indução a Riscos de Deslizamentos e Erosões”, “Alteração do Escoamento Superficial (Risco de Assoreamento e de Enchentes nos Corpos d’água à jusante)”, “Risco de Contaminação do Solo (decorrente de Resíduos e Efluentes inerentes às atividades de Obra)”, “Formação de ambientes propícios ao desenvolvimento de vetores”, “Afugentamento de fauna”, “Aumento de caça”, "Alteração da paisagem", "Oferta de empregos e geração de renda", “Aumento da Arrecadação de Tributos”, “Incômodos à Vizinhança”, e “Interferência no Tráfego de Veículos”). Outros 03 impactos continuam na fase de desativação: (“Risco de Contaminação das Águas Superficiais e Subterrâneas”, “Alteração da Paisagem” e “Oferta de Emprego e Geração de Renda) e apenas 01 impacto, "Condições de saúde da população atendida", ocorre somente na fase de operação.

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Quanto ao atributo “Adversidade” dos 22 potenciais impactos analisados, a maioria é de natureza negativa (17), sendo que (12) são percebidos somente no local do empreendimento/ADA (“Alterações na Qualidade do Ar”, “Aumento de Nível de Ruídos e Vibrações”, “Indução a Riscos de Deslizamentos e Erosões”, “Alteração do Escoamento Superficial (Risco de Assoreamento e de Enchentes nos Corpos d’água à jusante)”, “Risco de Contaminação do Solo (decorrente de Resíduos e Efluentes inerentes às atividades de Obra)”, “Risco de Contaminação das Águas Superficiais e Subterrâneas”, “Formação de ambientes propícios ao desenvolvimento de vetores”, “Perda da superfície vegetal”, "Perda de biodiversidade fauna e vegetal (incluindo espécies com status de ameaçadas)” “Afugentamento de fauna”, “Aumento de caça” e “Interferência no Tráfego de Veículos”), (04) percebidos na AID (“Modificação da Morfologia do Terreno”, "Alteração da paisagem", "Incômodos à vizinhança" e “Variação do Valor das Terras para Uso Industrial e Habitacional.”), apenas (01) percebido na AII (“Expectativa da sociedade em relação ao empreendimento”). Nesta avaliação pode-se perceber que a maioria dos potenciais impactos negativos são restritos à área de intervenção e, como a quase totalidade da ADA é constituída por área de pastagem, esta característica é positiva e corrobora com a viabilidade ambiental da CTDRS-TR.

Quanto aos (05) impactos de natureza positiva (02) são percebidos regionalmente (“Disponibilização de aterro sanitário adequado à disposição final de lixo” e “Aumento da Arrecadação de Tributos”), (01) na AII ("Oferta de Emprego e Geração de Renda”), (02) na AID (“Condições de Saúde da População atendida” e “Utilização de Áreas de Empréstimo”). Ainda ressalta-se que os (05) potenciais impactos positivos se distribuem (01) no meio físico: (“Utilização de Áreas de Empréstimo”) e os demais (04) no meio antrópico: (“Disponibilização de aterro sanitário adequado à disposição final de lixo”, “Aumento da Arrecadação de Tributos”, "Oferta de Emprego e Geração de Renda" e “Condições de Saúde da População atendida”). Com relação à significância, dos (05) potenciais impactos positivos, (01) é considerado Significativo (“Utilização de Áreas de Empréstimo”) e (04) Muito Significativos (“Disponibilização de aterro sanitário adequado à disposição final de lixo”, “Oferta de Emprego e Geração de Renda, “Aumento da Arrecadação de Tributos” e, “Condições de Saúde da População”). Esta pequena análise referente aos potenciais impactos positivos por si só, não justifica a viabilidade ambiental em todos os aspectos apresentados no EIA.

Em relação ao atributo “Significância” dos demais potenciais impactos negativos (17), a maioria (12) foi avaliada como sendo Pouco Significativos (“Aumento de Nível de Ruídos e Vibrações”, “Alteração do Escoamento Superficial (Risco de Assoreamento e de Enchentes nos Corpos d’água à jusante)”, “Risco de Contaminação do Solo (decorrente de Resíduos e Efluentes inerentes às atividades de Obra)”, “Risco de Contaminação das Águas Superficiais e Subterrâneas, “Formação de ambientes propícios ao desenvolvimento de vetores, “Perda da superfície vegetal", “Aumento de caça", “Expectativa da

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sociedade em relação ao empreendimento", “Alteração da Paisagem”, “Incômodos à Vizinhança”, “Variação do Valor das Terras para Uso Industrial e Habitacional” e, “Interferência no Tráfego de Veículos”) e, (05) avaliados como sendo Significativos (“Alterações na Qualidade do Ar”, “Modificação da Morfologia do Terreno”, “Indução a Riscos de Deslizamentos e Erosões”, “Perda de biodiversidade fauna e vegetal (incluindo espécies com status de ameaçadas)” e, “Afugentamento da fauna”), ressalta-se aqui que a falta de potenciais impactos classificados como Muito Significativos para esta classe de adversidade, corrobora a viabilidade ambiental do empreendimento.

13.2. Análise por Compartimento

Foram identificados (09) impactos no meio físico, nenhum classificado como Muito Significativo, destes, (08) são de natureza negativa, sendo que (03) são Significativos: (02) (“Alterações na Qualidade do Ar” e “Modificação da Morfologia do Terreno”) de média importância e média e pequena magnitude respectivamente, sendo que o potencial impacto (“Indução a Riscos de Deslizamentos e Erosões”) possui grande importância e pequena magnitude por isso tido como Significativo; já os demais (05) potenciais impactos negativos (“Aumento de Nível de Ruídos e Vibrações”, “Alteração do Escoamento Superficial (Risco de Assoreamento e de Enchentes nos Corpos d’água à jusante)”, “Risco de Contaminação do Solo (decorrente de Resíduos e Efluentes inerentes às atividades de Obra)”, “Risco de Contaminação das Águas Superficiais e Subterrâneas" e "Formação de ambientes propícios ao desenvolvimento de vetores") foram todos classificados como sendo Pouco Significativos e, portanto, dispensados de maiores detalhes, porém ressalta-se que neste compartimento, devido à característica peculiar da CTDRS-TR não necessitar de áreas de empréstimo para material de recobrimento das camadas de resíduos, o potencial impacto (“Utilização de Áreas de Empréstimo”) foi avaliado de natureza positiva e Significativo por conta de não necessitar degradar outras áreas para este intuito, fato este que não ocorre na grande maioria dos aterros sanitários.

No meio biótico foram prognosticados (04) potenciais impactos, todos negativos, porém os potenciais impactos (“Perda da superfície vegetal" e “Aumento de caça") foram classificados como Pouco Significativos, ambos de pequena magnitude e pequena e média importância respectivamente, pois tratam-se de impactos mitigáveis e no caso da vegetação também cabe compensação; os (02) demais potenciais impactos classificados como Significativos (“Perda de biodiversidade fauna e vegetal (incluindo espécies com status de ameaçadas)” e, “Afugentamento da fauna”) devido à perda de áreas com vegetação autóctone e desaparecimento do local de espécies da fauna requerem aprofundamento maior no que tange à geração de informações e no controle ambiental para garantir a integridade destas variáveis (Flora e Fauna), o que será obtido através da implantação de Programas/Subprograma específicos os quais tenderão a garantir e preservar a qualidade ambiental dos mesmos.

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No meio socioeconômico, compartimento de maior importância devido à natureza intrínseca da CTDRS-TR, para atendimento às demandas do meio antrópico, foram identificados (09) impactos, sendo (05) negativos: ("Expectativa da sociedade em relação ao empreendimento", "Alteração da Paisagem", "Incômodos à Vizinhança", "Variação do Valor das Terras para Uso Industrial e Habitacional" e " Interferência no Tráfego de Veículos"), destes (02) ("Expectativa da sociedade em relação ao empreendimento" e "Alteração da Paisagem") foram classificados como tendo média magnitude e pequena importância, percebidos na AII e na AID respectivamente, os (03) demais: ("Incômodos à Vizinhança", "Variação do Valor das Terras para Uso Industrial e Habitacional" e " Interferência no Tráfego de Veículos"), como sendo de pequena magnitude e média importância os (02) primeiros percebidos na AID e o último apenas na ADA, desta forma todos os (05) potenciais impactos negativos são pouco significativos. Os demais (04) potenciais impactos positivos ("Disponibilização de aterro sanitário adequado à disposição final de lixo", "Oferta de Emprego e Geração de Renda", "Aumento da Arrecadação de impostos" e "Condições de Saúde da População atendida"), destaca-se que (01) ("Disponibilização de aterro sanitário adequado à disposição final de lixo") foi classificado como tendo grande importância e magnitude, sendo portanto Muito Significativo, percebido regionalmente devido ao fato de que parte da região Serrana formada pelos municípios de Três Rios, Comendador Levy Gasparian, Areal, Paraíba do Sul, Petrópolis e Sapucaia possuir carência deste tipo de infraestrutura e se encontrarem consorciados para solução deste problema. Todos os demais impactos positivos ("Oferta de Emprego e Geração de Renda", "Aumento da Arrecadação de impostos" e "Condições de Saúde da População atendida") foram classificados de média magnitude porém de grande importância e por isso Muito Significativos, o primeiro é percebido na AII, o segundo regionalmente e o terceiro apenas na AID. A análise dos potenciais impactos esperados no meio socioeconômico permite, mais uma vez, que seja previsível a viabilidade ambiental do empreendimento, tanto no que se refere às arrecadações governamentais, quanto ao atendimento às necessidades e anseios dos habitantes em todas as áreas de influência consideradas neste estudo.

Cabe lembrar que, quando em operação, a CTDRS-TR receberá os resíduos sólidos urbanos gerados no município de Três Rios, estando apta a receber, também, parte dos resíduos gerados nos municípios vizinhos, além de outras demandas extraordinárias de resíduos industriais e comerciais de classe II, além dos resíduos de saúde, somando um total de até 400 toneladas/dia ao longo dos 10 anos previstos para a sua operação.

13.3. Análise Integrada dos Impactos

Os impactos ambientais devem ser avaliados por sua influência no ambiente e sobre os grupos sociais afetados. Neste momento leva-se em consideração como ocorrem, conjuntamente com sua importância, sua magnitude espaço-temporal e suas possibilidades de reversão, natural ou induzida. Neste tipo de avaliação

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integrada, é importante que se dê ênfase a quatro diferentes conjuntos de impactos, a saber:

Impactos negativos de pequena magnitude:

Neste conjunto estão agrupados os impactos de pequena importância, que, desde que em número pequeno podem ser absorvidos pela sociedade, mitigados e/ou compensados.

Dos (17) impactos negativos, (11) se enquadram nessa categoria (06) no meio físico: (“Aumento de Nível de Ruídos e Vibrações”, “Modificação da Morfologia do Terreno”, “Alteração do Escoamento Superficial (Risco de Assoreamento e de Enchentes nos Corpos d’água à jusante)”, “Risco de Contaminação do Solo (decorrente de Resíduos e Efluentes inerentes às atividades de Obra)”, “Risco de Contaminação das Águas Superficiais e Subterrâneas" e "Formação de ambientes propícios ao desenvolvimento de vetores"), (02) no meio biótico: (“Perda da superfície vegetal" e “Aumento de caça") e (03) no meio antrópico: ("Incômodos à Vizinhança", "Variação do Valor das Terras para Uso Industrial e Habitacional" e " Interferência no Tráfego de Veículos"), podendo os mesmos ser suportados pelo ambiente já alterado e/ou ainda mitigados por medidas mitigadoras apresentadas no capítulo IV, a serem implantadas pelo empreendedor.

Impactos negativos de grande magnitude; mitigáveis, reversíveis ou temporários:

São aqueles que somente poderão vir a ser absorvidos pela sociedade se acompanhados de medidas mitigadoras específicas ou programas compensatórios que, caso sejam bem sucedidas(os), não inviabilizarão o empreendimento.

Só (01) dos (17) potenciais impactos ambientais negativos se enquadra nesta classe “Indução a Riscos de Deslizamentos e Erosões”. Este também é mitigável.

Impactos negativos de grande magnitude, irreversíveis e/ou permanentes:

Estes impactos são aqueles que inviabilizam a implantação do empreendimento, ou que devem ser alvo de consideráveis medidas compensatórias, às vezes inexequíveis, ou de difícil realização.

Nenhum dos potenciais impactos ambientais avaliados se enquadra nesta classe.

Impactos positivos de média e grande magnitude:

Tais impactos são os que favorecem a viabilidade ambiental do empreendimento.

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São (04) potenciais impactos ambientais se enquadram nessa categoria: (“Disponibilização de aterro sanitário adequado à disposição final de lixo”, “Oferta de Emprego e Geração de Renda”, “Aumento da Arrecadação de Tributos” e “Condições de Saúde da População atendida”).

Desta forma, em síntese, na presente avaliação ambiental, foram obtidos os seguintes resultados:

• Dos (22) potenciais impactos ambientais avaliados, (17) são negativos e (05) são positivos;

• Dos (22) potenciais impactos ambientais, (06) são significativos, sendo (05) negativos e (01) positivo; (12) são pouco significativos sendo todos negativos e; (04) muito significativos e positivos.

• Dos (17) potenciais impactos negativos avaliados (11) são de pequena magnitude, (05) de média magnitude; e (01) de grande magnitude.

• Dos (17) potenciais impactos negativos, (05) são significativos e (12) pouco significativos;

• Dos (05) potenciais impactos positivos avaliados (01) é significativo e, (04) muito significativos;

• Dos (05) potenciais impactos positivos avaliados (03) são de média magnitude , (01) de pequena magnitude e, (01) de grande magnitude.

13.4. Viabilidade Ambiental do Empreendimento.

Pelo exposto neste capítulo e, tomando-se como base o capítulo III contemplando a análise dos potenciais impactos ambientais, o empreendimento apresenta predomínio de impactos negativos. Dos (17) impactos negativos (05) são classificados como significativos e (12) como pouco significativos, sendo todos mitigáveis;

• Dos (17) potenciais impactos negativos avaliados (11) são de pequena magnitude, (05) de média magnitude e, (01) de grande magnitude sendo que, em relação a área de abrangência dos (17) potenciais impactos, (12) têm incidência na ADA, (03) na ADA e, (01) na AII.

• Para todos os impactos negativos foram elencadas medidas específicas, programas e subprogramas, além da estrutura de apoio do Plano de Gestão Ambiental - PGA que garantirá a implementação de todas as atividades que irão reverter ou evitar suas consequências ambientais negativas, através de seu gerenciamento;

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• Dos (05) potenciais impactos positivos (02) têm incidência regional (REG), (01) na AII e, (02) na AID. Um destes potenciais impactos está relacionado ao meio físico e (04) ao meio socioeconômico.

Desta forma, a partir dos resultados obtidos e considerando-se que as fases de implantação, operação e desativação da CTDRS-TR sejam realizadas empregando-se criteriosamente todas as medidas mitigadoras, planos e programas mencionados no presente neste EIA, diante dos fatores acima apresentados, das informações e dados analisados no decorrer deste estudo e, dos compromissos assumidos pelo empreendedor, conclui-se favoravelmente pela viabilidade técnica e ambiental da CTDRS-TR.

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Equipe Técnica Multidisciplinar/Folha de Assinatura

Área de Atuação Profissional Formação/ Registro

Profissional

Registro Profissional

Cadastro Ibama Assinatura

Coordenação Técnica Antonio Xavier Araujo Filho Oceanógrafo, M.Sc CPF: 002.574.147-03

322166

Caracterização do Empreendimento

Ganderlan Ferreira Engenheiro Civil CREA: 8713/D

6323296

Caracterização do Empreendimento

Tupac Borges Petrillo Geógrafo CREA GO 7124/D

6195067

Diag.Ambiental Meio Físico - Tema Geologia/Geotecnia e Recursos Minerais

Nelson Meirim Coutinho Geólogo CREA 46.174 / D

201764

Diag.Ambiental Meio Físico - Tema Geologia/Geotecnia e Recursos Minerais

Thais Lima Verde Monteiro Geólogo CREA 2013122067

6319665

Diag.Ambiental Meio Físico - Tema Geomorfologia

Fabio Amaral Geógrafo CREA RJ 125.428 / D

201470

Diag.Ambiental Meio Físico - Tema Geomorfologia

Uiara Martins Geógrafo CREA RJ - 2009101106

5182318

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Área de Atuação Profissional Formação/ Registro

Profissional

Registro Profissional

Cadastro Ibama Assinatura

Diag.Ambiental Meio Físico - Tema Recursos Hídricos

Elielza Nery Chaves Engenheira Quínica CRQ 3 - 06300791

1579/96

Diag.Ambiental Fauna Renato Balieiro Pineschi Biólogo CRBIO 07275-2

Diag. Ambiental Flora Marco Aurelio Passos

Louzada Biólogo CRBio2 nº 1595302

200887

Diagnóstico de Socioeconomia Arqueologia

Fabio Amaral Arqueólogo ID 06622045-0 IFP/RJ

201470

Diagnóstico de Socioeconomia

Rodrigo Tolentino Jornalista - Assistente Social ID 10.152.473-4 DETRAN-RJ

6319315

Diagnóstico de Socioeconomia

Uiara Martins Geógrafo CREA RJ

5182318

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Área de Atuação Profissional Formação/ Registro

Profissional

Registro Profissional

Cadastro Ibama Assinatura

Apoio

Coordenação Geral Raphael Pereira - -

Coordenação Administrativa

Laura Cristina - -

Legislação Ambiental Gustavo Lira Advogado

Auxiliar da coordenação administrativa

Marco Antonio Alves - -

Auxiliar da coordenação administrativa

Victor Naoum - -

Editoração eletrônica, design e formatação gráfica

Edson Vedovi - -