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TERMINAL PORTUÁRIO DE USO PRIVADO TUP ABAETETUBA RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL - RIMA PÁG. 1 Relatório de IMPACTO AMBIENTAL Outubro de 2017 TERMINAL PORTUÁRIO DE USO PRIVADO TUP ABAETETUBA CARGILL AGRÍCOLA

Relatório de IMPACTO AMBIENTAL - semas.pa.gov.br · TERMINAL PORTUÁRIO DE USO PRIVADO – TUP ABAETETUBA RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL - RIMA PÁG. 5 EQUIPE TÉCNICA A seguir

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Relatório de

IMPACTO AMBIENTAL Outubro de 2017

TERMINAL PORTUÁRIO DE USO PRIVADO TUP ABAETETUBA

CARGILL AGRÍCOLA

 

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SUMÁRIO

EQUIPE TÉCNICA ........................................................................................................................... 5 

APRESENTAÇÃO ............................................................................................................................ 7 

INTRODUÇÃO ............................................................................................................................... 8 

1.  O que é um Terminal Portuário de Uso Privado? ........................................................................ 8 

2.  Para que serve o Terminal Portuário? ....................................................................................... 8 

3.  O que é impacto ambiental? O que é o EIA - Estudo de Impacto Ambiental e RIMA – Relatório de

Impacto Ambiental? ....................................................................................................................... 8 

4.  Quem fez o EIA e o RIMA? ........................................................................................................ 9 

5.  Quem é o responsável pelo empreendimento? ............................................................................ 9 

O EMPREENDIMENTO .................................................................................................................... 9 

6.  O que é o Terminal Portuário de Uso Privado – TUP Abaetetuba? ............................................... 9 

7.  Como será a estrutura do Terminal Portuário de Uso Privado – TUP Abaetetuba? ..................... 10 

8.  Como funcionará o Terminal Portuário de Uso Privado – TUP Abaetetuba? .............................. 12 

9.  Onde será instalado o Empreendimento? ................................................................................. 12 

10.  Por que o Terminal Portuário de Uso Privado –TUP Abaetetuba será instalado em Abaetetuba?

  13 

11.  Quando o empreendimento ficará pronto? ........................................................................... 14 

12.  O Estudo de Impacto Ambiental – EIA considerou alternativas para a implantação do Terminal

Portuário de Uso Privado –TUP Abaetetuba? ................................................................................. 14 

CONHECENDO A REGIÃO ............................................................................................................. 17 

13.  Como os Estudos foram realizados na região? ...................................................................... 17 

14.  Qual área poderá ser afetada pelo Terminal Portuário de Uso Privado – TUP Abaetetuba? ..... 18 

15.  Como é o relevo no local onde está prevista a implantação do Terminal Portuário de Uso

Privado – TUP Abaetetuba? .......................................................................................................... 23 

 

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16.  Como é o clima da região? .................................................................................................. 24 

17.  Como está a qualidade da água do rio Tocantins na região onde se pretende instalar o TUP

Abaetetuba? ................................................................................................................................ 25 

18.  Quais os tipos de solos da região e qual o seu uso? ................................................................ 26 

19.  Os solos no local onde se pretende instalar o TUP Abaetetuba apresentam susceptibilidade à

erosão? ........................................................................................................................................ 27 

20.  Existem áreas de mineração próximas ao local onde se pretende instalar o Terminal Portuário

de Uso Privado – TUP Abaetetuba? ............................................................................................... 27 

21.  Qual o tipo de vegetação e em que situação se encontra a cobertura vegetal da área que será

diretamente afetada pelo empreendimento? ................................................................................... 27 

22.  Como é a fauna nas áreas de influência do local onde se pretende instalar o Terminal Portuário

de Uso Privado – TUP Abaetetuba? ............................................................................................... 28 

23.  Existem unidades de conservação nas proximidades do local onde se pretende instalar o

empreendimento? ......................................................................................................................... 31 

24.  Como é a população que vive na região e sua condição de vida? ............................................ 32 

25.  Como é a economia da região? ............................................................................................ 37 

26.  Qual a opinião da população sobre o Terminal Portuário de Uso Privado – TUP Abaetetuba? 38 

IMPACTOS .................................................................................................................................. 38 

27.  Quais impactos poderão ser gerados com a construção do TUP Abaetetuba? ......................... 38 

28.  Haverá muita poeira e fumaças durante a construção do TUP Abaetetuba? ........................... 49 

29.  A construção e operação do TUP Abaetetuba poderão resultar em alterações nas águas do rio

Tocantins? ................................................................................................................................... 49 

30.  A construção e operação do TUP Abaetetuba poderá aumentar a quantidade de lixo no

município de Abaetetuba? ............................................................................................................ 49 

31.  A construção e operação do TUP Abaetetuba poderá aumentar o barulho na região? ............. 50 

32.  Qual o risco de acidentes durante o funcionamento do TUP Abaetetuba? ............................... 51 

 

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33.  Como a construção do TUP Abaetetuba poderá afetar a vegetação do local do

empreendimento? ......................................................................................................................... 51 

34.  Qual a interferência do empreendimento sobre os animais silvestres? ..................................... 52 

35.  O empreendimento poderá contribuir para o aumento de mosquitos vetores na região? .......... 52 

Para realizar avaliações mais aprofundadas sobre todos os impactos listados acima, bem como

elaborar planos de ações que minimizem os impactos negativos causados a fauna local, será executado

o Programa de Monitoramento da Fauna. ...................................................................................... 53 

36.  As obras e o funcionamento do TUP Abaetetuba vão gerar empregos? ................................... 53 

37.  Como a população de Abaetetuba pode ter acesso aos empregos oferecidos pelo TUP

Abaetetuba? ................................................................................................................................ 53 

38.  A procura por serviços públicos aumentará em Abaetetuba? ................................................ 54 

39.  As obras do TUP Abaetetuba afetarão os sítios arqueológicos? .............................................. 54 

40.  A qualidade de vida da população vai melhorar? ................................................................. 55 

PROGRAMAS AMBIENTAIS ........................................................................................................... 56 

41.  Como serão executadas as medidas para prevenir e atenuar os impactos negativos, ou aumentar

os efeitos dos impactos positivos? ................................................................................................... 56 

42.  Quais as principais conclusões do EIA sobre este empreendimento? ........................................ 60 

GLOSSÁRIO ................................................................................................................................. 61 

SIGLAS ........................................................................................................................................ 66 

 

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EQUIPE TÉCNICA

A seguir estão relacionados os profissionais que integraram a equipe técnica responsável pela elaboração do presente estudo.

COORDENAÇÃO GERAL

Felipe Mourão Lavorato da Rocha Geógrafo – Especialista em Tecnologia Ambiental (UFMG) e Gerenciamento de Projetos (MBA-FGV) Coordenador Geral

Michael Dave Cançado Goulart Biólogo - Mestre em Ecologia, Conservação e Manejo de Vida Silvestre. Coordenador de Qualidade

Elton Magno de Freitas Engenheiro Florestal, Mestre Em Engenharia Florestal Coordenador de Projetos

MEIO FÍSICO

Leonam Furtado Pereira de Souza Engenheiro Agrônomo (UFRA) Analista Ambiental do Meio Físico

Renato Moisés Tenório Cavalcante Geólogo (UnB); Analista de Geologia, Hidrogeologia, Espeleologia e Paleontologia

LIMNOLOGIA E QUALIDADE DAS ÁGUAS

Michael Dave Cançado Goulart Biólogo - Mestre em Ecologia, Conservação e Manejo de Vida Silvestre. Coordenador de Qualidade

MEIO SOCIOECONÔMICO

Fábio Resendes Rodrigues Geógrafo (PUC/Uniceub) Analista do Meio Socioeconômico

Giuslaine de Oliveira Socióloga (UNB) Analista do Meio Socioeconômico

MEIO BIÓTICO

 

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Tarcilla Valtuille de Castro Guimarães Bióloga – Mestranda em Ciências Florestais (UnB) Coordenadora de Fauna

Luciano Emmert Engenheiro Florestal – Mestre em Ciências Florestais (UnB) Analista de Flora

Kaira Popolin Scarpelini Bióloga (UEG); Coordenadora de Fauna

Murilo Luiz e Castro Santana Biólogo e Médico Veterinário (SAA) – Mestrando em Ciências Ambientais (UEG) Analista de Fauna

PATRIMONIO HISTÓRICO, ARQUEOLÓGICO E CULTURAL

Marina Neiva de Oliveira Arqueóloga (PUC-GO) Coordenadora do Patrimônio Histórico, Arqueológico e Cultural

GEOPROCESSAMENTO

Rafaela de Castro Fraga Engenheira Florestal (UnB) Analista de Geoprocessamento

PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO

Ana Luiza Costa Pereira Comunicação Social, Publicidade e Propaganda Formatação e Editoração Gráfica

 

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APRESENTAÇÃO

Caro Leitor,

Neste Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) você terá acesso às informações coletadas por especialistas de várias áreas do conhecimento, que realizaram estudos ambientais detalhados, conhecido como Estudo de Impacto Ambiental (EIA), com o intuito de definir e apresentar as consequências positivas e negativas da construção do Terminal Portuário de Uso Privado – TUP Abaetetuba, projetado pela Cargill Agrícola.

O processo de licenciamento ambiental para a instalação e operação deste empreendimento está sendo conduzido pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Estado do Pará (SEMAS/PA). Para este licenciamento foram realizados diversos estudos ambientais e campanhas de campo, conforme determinado no Termo de Referência emitido pela SEMAS, a fim de conhecer detalhadamente os aspectos relacionados ao solo, água, clima, fauna, flora e, principalmente, como são as expectativas das pessoas que moram e trabalham na região.

Neste relatório, apresentamos a você as nossas conclusões de forma clara e didática esperando responder algumas das perguntas mais relevantes para o amplo entendimento da população impactada, tais como: O que é esse Terminal? Vai ser bom para mim e para a minha cidade? Vai afetar o nosso meio ambiente? O que será feito para evitar que o ar, as águas, o solo, os animais e a população não sejam afetados? Haverá empregos disponíveis para as pessoas que vivem em Abaetetuba? E muitos outros questionamentos de grande importância.

Para facilitar a localização e o entendimento dos assuntos de interesse dos leitores, este relatório foi feito em estilo pergunta e resposta. Quem se interessar por um determinado assunto, por exemplo, os animais e plantas da região e quer saber quais os impactos que o empreendimento poderá trazer sobre eles, pode ir direto às questões que tratam do assunto.

E, por fim, você encontrará as recomendações para a execução de ações ambientais, relacionando tudo o que deve ser feito para evitar danos e o que deve ser feito para melhorar ainda mais os benefícios decorrentes da construção e operação do TUP Abaetetuba.

As respostas são apresentadas parara um fácil entendimento a todos os leitores. Há, entretanto, termos técnicos de difícil tradução e siglas que necessitam de explicações mais detalhadas e poderão ser consultados no final do estudo, no Glossário.

Desejamos a todos uma boa leitura e um bom entendimento.

Cargill Agrícola Ambientare – Soluções em Meio Ambiente

 

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INTRODUÇÃO

1. O que é um Terminal Portuário de Uso Privado?

O Terminal Portuário de Uso Privado é uma estrutura que é construída nas margens de grandes rios que podem ser utilizados para navegação, feita especialmente para receber cargas de diversos tipos tanto por terra, quanto por água, podendo haver o transporte direto de um meio para outro, para depois serem levadas do mesmo terminal para outro destino, dentro ou fora do país

2. Para que serve o Terminal Portuário?

O Terminal Portuário serve para realizar a exportação ou importação de vários tipos de mercadorias. As cargas chegam até o Terminal através dos rios da região, utilizando barcos e navios para interligar as principais regiões produtoras de grãos num meio de transporte seguro, barato e eficiente

3. O que é impacto ambiental? O que é o EIA - Estudo de Impacto Ambiental e RIMA – Relatório de Impacto Ambiental?

O impacto ambiental pode ser considerado qualquer alteração, negativa ou positiva das características do relevo, rochas, solos, água, ar, clima, plantas, animais e pessoas que tenham sido causadas por atividades humanas.

O Estudo de Impacto Ambiental – EIA e Relatório de Impacto Ambiental – RIMA, ou EIA/RIMA, tem o objetivo de avaliar os impactos ambientais que são causados pela instalação e operação de um empreendimento e estabelecer medidas e programas ambientais para o controle e monitoramento destes impactos. Este conjunto é uma exigência legal feita ao empreendedor para que ele obtenha as licenças concedidas pelo órgão ambiental, no caso, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade – SEMAS / PA.

O EIA é um documento detalhado e apresentado numa linguagem técnica e contém informações ambientais (estudos sobre o relevo, rochas, solos, clima, ar, água, plantas e animais), sociais e econômicas da região onde deverá ser implantado o empreendimento, juntamente com a identificação e avaliação dos potenciais impactos negativos e positivos ao meio ambiente, e as medidas necessárias para evitar, diminuir ou compensar os impactos negativos, ou aumentar ainda mais os impactos positivos.

Já este material que você está lendo, o RIMA, traz informações essenciais para que a população tenha conhecimento das vantagens e desvantagens do projeto e as consequências ambientais de sua implantação.

É por meio da análise do EIA/RIMA, que a SEMAS-PA decidirá se o empreendimento é viável sob o ponto de vista socioambiental, e se o mesmo está apto para receber a Licença Prévia (LP) que pode ter ainda exigências complementares chamadas condicionantes.

É importante esclarecer que a LP não autoriza o empreendedor a construir o Terminal, sendo necessário para isso, atender a todas as exigências (condicionantes) que o órgão ambiental emitiu quando concedeu a licença ambiental, além de apresentar o detalhamento de todas as medidas, planos e programas que foram propostos no EIA/RIMA para diminuir os impactos negativos e aumentar os impactos positivos.

 

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Caso o empreendedor atenda às solicitações feitas pelo órgão ambiental, poderá ser emitida a Licença de Instalação (LI), que é a licença que efetivamente autorizará o início das obras do TUP Abaetetuba. Assim como na LP, a LI poderá conter condicionantes que devem ser cumpridas pelo empreendedor durante o período de obras. Concluídas as obras e atendidas todas as exigências, será emitida a Licença de Operação (LO), que finalmente autoriza o funcionamento do empreendimento.

4. Quem fez o EIA e o RIMA?

A AMBIENTARE – Soluções Ambientais em Meio Ambiente, sediada em Brasília, foi contratada pela Cargill Agrícola para elaborar o EIA/RIMA do empreendimento.

CNPJ: 08.336.849/0001-42 CTF: 4985049 CTDAM: 2011 Endereço: SCS Quadra 07, Bloco A, nº100, Ed. Torre Pátio Brasil, Sala 1026, Asa Sul - Brasília/DF. CEP: 70307-902 Telefone: (61) 3322-0886 E-mail: [email protected] Responsável Legal: Felipe Mourão Lavorato da Rocha – Diretor Presidente 5. Quem é o responsável pelo empreendimento?

O responsável pelo empreendimento é a Cargill Agrícola.

Razão Social: Cargill Agrícola S.A CNPJ: 60.498.706/0255-75 Endereço: Estrada Fazenda dos Milagres nº26, Panair, Porto Velho, CEP 76801-390 Telefone: (69)32297205 Responsável Legal: Osmar Ruani O EMPREENDIMENTO

6. O que é o Terminal Portuário de Uso Privado – TUP Abaetetuba?

O Terminal Portuário de Uso Privado – TUP Abaetetuba é um empreendimento portuário de acesso total através de rios, que receberá cargas de grãos da região Centro-Oeste do país, especialmente dos estados do Pará, Maranhão, Piauí, Tocantins, Rondônia e Mato Grosso.

As cargas de grãos, principalmente soja e milho, serão transportadas através de embarcações pelas águas do rio Amazonas e seus afluentes Tapajós, Tocantins e Madeira, permitindo a exportação e o transbordo de cargas em todo este circuito, utilizando de um meio de transporte seguro, barato e eficiente na região amazônica.

 

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7. Como será a estrutura do Terminal Portuário de Uso Privado – TUP Abaetetuba?

O Terminal Portuário de Uso Privado – TUP Abaetetuba será constituído por duas áreas distintas:

Área do Retroporto: é relacionada a todas as estruturas a serem implantadas sobre a terra (armazéns,

estacionamento, área de administrativa, entre outros);

Área do Porto: relacionada àquelas estruturas que serão implantadas sobre a água (atracadouros).

ÁREA DO RETROPORTO Na área do retroporto será implantada a infraestrutura necessária para o recebimento e armazenamento dos grãos que chegarão até o empreendimento através de embarcações. Assim, as principais estruturas previstas são:

Estacionamento de veículos

Silos metálicos e armazéns de armazenamento de grãos;

Área Administrativa

Moegas / tombadores;

Correias transportadoras;

Além destas estruturas o retroporto também possuirá diversas construções necessárias ao funcionamento do empreendimento, como por exemplo prédios administrativos (portaria, administração, etc.), operacionais (sala de controle, almoxarifado, casa de amostras, etc.), e de apoio (sistemas de tratamento de esgotos, subestação de energia, sistema de drenagem de água das chuvas, etc.).

ÁREA DO PORTO

Na área do Porto será implantada a infraestrutura necessária para o carregamento das barcaças com os grãos recebidos no Terminal. Assim, as principais estruturas previstas são:

Correias transportadoras;

Píer flutuante de grãos para o carregamento de barcaças;

Bacia de atracação de barcaças.

Além destas estruturas, deverá ser construído também um píer de apoio para levar e trazer as pessoas, equipamentos e materiais do retroporto até píer flutuante que fica ancorado no rio Tocantins e vice-versa.

As estruturas do TUP Abaetetuba são mostradas na

 

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Figura 1.

 

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Figura 1 – Estruturas portuárias e retroportuárias do Terminal Portuário de Uso Privado – TUP Abaetetuba.

8. Como funcionará o Terminal Portuário de Uso Privado – TUP Abaetetuba?

O Terminal Portuário de Uso Privado – TUP Abaetetuba movimentará aproximadamente 9.000.000 t/ano de produtos a granel (vegetais sólidos e líquidos), ocorrendo entre os meses dezembro a outubro.

O funcionamento do Terminal se inicia com a chegada destes produtos via embarcações e serão encaminhados para silos e armazéns, através de correias transportadoras. Estes silos serão de fundo chato, e os produtos serão descarregados neles através de empilhadores contínuos sobre trilhos.

Da área de armazenagem esses produtos serão recuperados por sistema de correias transportadoras localizadas no fundo dessas estruturas, sendo transportados até os píeres de embarque, para seguir no carregamento dos navios, através de carregadores fixos, do tipo torres pescantes.

9. Onde será instalado o Empreendimento?

 

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O Terminal Portuário de Uso Privado –TUP Abaetetuba será instalado no município de Abaetetuba, estado do Pará, às margens do rio Tocantins, em terreno de aproximadamente 359 hectares, conforme pode ser visto na Figura 2.

Figura 2. Localização do TUP Abaetetuba.

10. Por que o Terminal Portuário de Uso Privado –TUP Abaetetuba será instalado em Abaetetuba?

Abaetetuba foi escolhido para instalação do Terminal Portuário de Uso Privado –TUP Abaetetuba em função de sua localização estratégica, sendo banhado pelo rio Tocantins. Esta localização permite a exploração do sistema hidroviário, realizando o transbordo de cargas de grãos vindos das regiões produtoras no Centro-Oeste e Norte para barcaças direcionadas para outros empreendimentos portuários com destino posterior para exportação.

 

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11. Quando o empreendimento ficará pronto?

A previsão para a instalação e operação do Terminal Portuário de Uso Privado –TUP Abaetetuba é a partir de 2018, com capacidade inicial de movimentação de até 4.000.000 toneladas granéis vegetais por ano na Fase I, e, a partir de 2022, está prevista a movimentação de até 9.000.000 toneladas por ano na Fase II.

12. O Estudo de Impacto Ambiental – EIA considerou alternativas para a implantação do Terminal Portuário de Uso Privado –TUP Abaetetuba?

Uma das questões consideradas no início do planejamento do empreendimento foi sua localização. Várias possibilidades foram estudadas, para que a alternativa mais viável e com menor impacto ambiental apresentado seja escolhida.

Assim, para desenvolver o projeto do TUP Abaetetuba, foram avaliadas 5 alternativas

Na Tabela 1, Tabela 2, Tabela 3, Tabela 4 e Tabela 5 são apresentadas características específicas de cada alternativa, sendo que em nenhuma delas há interferência com unidades de conservação, cavidades naturais, ou terras indígenas. Por outro lado, a interferência nas margens dos rios que são consideradas áreas de preservação permanente, onde o empreendimento poderia ser instalado ocorrerá em todas as alternativas.

Tabela 1 – Primeira alternativa avaliada, considerada inviável para implantação.

Alternativa 1 Utilização do Terminal Portuário em Macapá – Porto de Santana

Vantagens: Desvantagens:

O Porto de Santana está em operação;

Localizada na Bacia do Matapi, área considerada

Prioritária para Conservação, Uso Sustentável e Repartição

dos Benefícios da Biodiversidade – Categoria “Alta”;

Não existe interferência em Unidade de Conservação de Proteção Integral;

Localizada na Savanas do Amapá, área considerada

importante para a conservação das aves no Brasil (Important

Bird Area – IBA)”;

Não existem interferências em cavernas; O trecho rodoviário apresenta alguns sem asfalto;

Não existem interferências em terras indígenas e comunidades quilombolas;

O Terminal está dentro da área urbana;

O uso do solo e a paisagem local não serão alterados;

Necessidade de contrato para movimentação de cargas

no Porto de Santana;

O uso atual do rio não será modificado; Necessidade de ampliação do Terminal Portuário;

 

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Tabela 2 Segunda alternativa avaliada, considerada inviável para implantação.

Alternativa 2 Utilização do Terminal Portuário da HBSA em Vila do Conde

Vantagens: Desvantagens:

O TUP HBSA VDC está em operação; Localizada na Acará, área considerada Prioritária para Conservação, Uso Sustentável e Repartição dos Benefícios da Biodiversidade – importância “Muito Alta” e prioridade “Extremamente Alta”;

Não existe interferência em Unidade de Conservação de Proteção Integral;

TUP HBSA VDC encontra-se adjacente a uma área de adensamento populacional

Não existem interferências em cavernas; O trecho rodoviário apresenta alguns sem asfalto;

Não existem interferências em terras indígenas e comunidades quilombolas;

Haverá a necessidade de se estabelecer contrato para movimentação de cargas no TUP HBSA VDC;

O uso do solo e a paisagem local não serão alterados;

Necessidade de quase dobrar a estrutura atual do TUP HBSA VDC;

O uso atual do rio não será modificado;

O TUP HBSA VDC não tem interferência em Áreas Importantes para a Conservação das Aves no Brasil

Tabela 3 Terceira alternativa avaliada, considerada inviável para implantação.

Alternativa 3 Utilização do Terminal Portuário na Ilha de Marajó

Vantagens: Desvantagens:

Não existe interferência em Unidade de Conservação de Proteção Integral;

Localizada no Açaí do Marajó, área considerada Prioritária para Conservação, Uso Sustentável e Repartição dos Benefícios da Biodiversidade – Importância e prioridade “Extremamente Alta”

Não existem interferências em cavernas; Localizada na IBA PA02 - Ilha de Marajó, área importante para a conservação das aves no Brasil em função da presença de espécies endêmicas e ameaçadas de extinção;

 

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Não existem interferências em terras indígenas e comunidades quilombolas;

O uso do solo e a paisagem local serão alterados;

O uso atual do rio não será modificado; O trecho rodoviário apresenta alguns sem asfalto;

É necessário adquirir terreno para implantação do Terminal;

As estruturas de movimentação de cargas deverão ser

implantadas.

Tabela 4 Quarta alternativa avaliada, considerada viável para implantação.

Alternativa 3 Implantação de um Terminal Portuário de Uso Privado na Ilha de Urubuéua

Vantagens: Desvantagens:

Não existe interferência em Unidade de Conservação de Proteção Integral;

Localizada na Foz do Rio Tocantins, área considerada Prioritária para Conservação, Uso Sustentável e Repartição dos Benefícios da Biodiversidade – Importância “Extremamente Alta” e prioridade “Muito Alta”;

Não existem interferências em cavernas; Interferência em comunidades quilombolas próximas ao TUP Abaetetuba;

Não existem interferências em terras indígenas;

O uso do solo e a paisagem local serão alterados;

Não existe interferência em Áreas Importantes para a Conservação das Aves no Brasil;

O trecho rodoviário apresenta alguns sem asfalto;

O uso atual do rio não será modificado;

 

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Tabela 5 Quinta alternativa avaliada, considerada inviável para implantação.

Alternativa 3 A não implantação do projeto

Vantagens: Desvantagens:

Não serão gerados novos impactos socioambientais negativos.

Manutenção dos problemas socioambientais observados na região (falta de infraestrutura, geração de emprego e renda, etc.);

Perda da arrecadação de impostos que poderiam ser gerados tanto na fase de obras quanto no funcionamento do empreendimento. Estes recursos poderiam ser utilizados pela prefeitura de Abaetetuba para investimentos em infraestrutura urbana (saneamento básico) e serviços públicos (saúde, educação, etc.).

Manutenção do modal rodoviário para movimentação de cargas, sendo esse menos eficiente do ponto de vista ambiental e econômico.

Diante das 5 alternativas e análise dos aspectos ambientais, socioeconômicos, logísticos e econômicos de cada uma, a Alternativa 4 foi a escolhida poia os aspectos positivos se destacam aos negativos, entre as cinco alternativas estudadas.

CONHECENDO A REGIÃO

13. Como os Estudos foram realizados na região?

Aqui no Rima, todas as informações coletadas e analisadas são apresentadas levando em consideração os principais temas estudados em cada meio afetado:

Meio Físico:

Fatores climáticos, relevo, rochas, áreas de mineração, solos e riscos associados, e rios e igarapés existentes e qualidade das águas

Meio Biótico:

Como se caracteriza e como será impactada a vegetação, os animais, as Unidades de Conservação e áreas que são indicadas como prioritárias para a conservação da biodiversidade.

Meio Socioeconômico:

Como se caracteriza e o que será modificado na dinâmica da população, uso e ocupação do solo, economia;

 

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infraestrutura e serviços públicos (Sistema Educacional, Sistema de Saúde, Saneamento Básico, Sistema de Comunicação, Sistema de Transporte, Segurança Pública, Assistência Social); patrimônio histórico, arqueológico e cultural.

14. Qual área poderá ser afetada pelo Terminal Portuário de Uso Privado – TUP Abaetetuba?

Ao realizar para a construção do Terminal Portuário de Uso Privado – TUP Abaetetuba é observada não somente o local exato onde será instalado. O estudo olha mais amplamente para as áreas a serem impactadas, sendo elas:

Área Diretamente Afetada – ADA: é aquela área que vai ser ocupada por todas as estruturas do empreendimento, incluindo o terreno escolhido para a construção do Terminal, o trecho próximo da margem do rio Tocantins onde as estruturas portuárias serão instaladas, e o terreno onde será construída a estrada de acesso.

Figura 3 - Área diretamente afetada pelo Terminal Portuário de Uso Privado – TUP Abaetetuba para os Meios Físico, Biótico

e Socioeconômico

Área de Influência Direta – AID: é aquela que fica em volta do empreendimento, incluindo não só áreas ocupadas pelas obras, mas também aquelas que podem sofrer impactos diretos, negativos ou positivos do empreendimento, com divisão assim definida:

o Para o meio físico: esta AID é formada pelo espaço físico no entorno do futuro empreendimento, delimitado por um faixa de 200 metros a esquerda do terreno e 800 metros do lado direito,

 

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englobando também comunidades ribeirinhas presentes as margens da Ilha do Capim;

o Para o meio biótico: inclui a área similar a AID para o meio físico, com 800 metros de raio do lado direto + comunidades ribeirinhas da Ilha do Capim, enquanto do lado esquerdo foi considerado as bordas de fragmentos florestais e ao sul delimitado pelo Igarapé São José

o Para o meio socioeconômico: esta AID é formada pela sede urbana de Abaetetuba e pela Vila de Beja.

Figura 4 - Área de Influência Direta (AID) para o meio físico do Terminal Portuário de Uso Privado – TUP Abaetetuba.

 

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Figura 5 - Área de Influência Direta (AID) para o meio biótico do Terminal Portuário de Uso Privado – TUP Abaetetuba

 

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Figura 6 - Área de Influência Direta (AID) para o meio socioeconômico do Terminal Portuário de Uso Privado – TUP

Abaetetuba

Área de Influência Indireta – AII: é aquela área mais distante que, de forma indireta, pode sofrer os impactos da construção e funcionamento do Terminal, assim definida:

o Para os meios físico e biótico: esta AII compreendeu do lado esquerdo, todo o fragmento florestal vizinho, dividido ao sul pelo rio Xingu e ao norte pelo rio Açacu. Do lado direto, a AII fica delimitada pela Ilha do Capim, somada a um raio de 1000 metros, incluindo o Furo do Capim;

o Para os estudos socioeconômicos: esta AII é formada pelo território de Abaetetuba, onde estão localizadas todas as comunidades, povoado, distrito e sedes municipais citadas na AID.

 

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Figura 7 Área de Influência Indireta (AII) para os meios físico e biótico para o Terminal Portuário de Uso Privado – TUP

Abaetetuba.

 

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Figura 8 - Área de Influência Indireta (AII) para o meio socioeconômico do Terminal Portuário de Uso Privado – TUP

Abaetetuba

15. Como é o relevo no local onde está prevista a implantação do Terminal Portuário de Uso

Privado – TUP Abaetetuba?

A região onde será instalado o empreendimento apresenta um relevo plano, em áreas com declividade muito baixa em quase toda sua totalidade, conforme Figura 10.

 

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Figura 9 Aspecto do relevo plano na área de implantação do

empreendimento.

16. Como é o clima da região?

A região onde será inserido o empreendimento caracteriza-se por suas temperaturas altas durante todo o ano, típicas de uma região equatorial, que mesmo durante o mês mais frio (em geral fevereiro) está superior a 25°C.

As chuvas são de grande volume na região, especialmente entre os meses de janeiro a maio, com precipitações mensais acima de 300 mm.

 

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Gráfico 1. Gráfico Termopluviométrico de Belém - PA.

Gráfico 2. Gráfico Termopluviométrico de Breves - PA.

Gráfico 3. Gráfico Termopluviomérico de Cametá - PA.

Gráfico 4. Gráfico Termopluviométrico Soure - PA.

17. Como está a qualidade da água do rio Tocantins na região onde se pretende instalar o TUP Abaetetuba?

O Estudo buscou conhecer as águas do rio Tocantins e entender como ele se comporta nos períodos de chuva e seca, verificar o acúmulo e transporte de sedimentos (material resultante de erosão no fundo dos rios) e a sua qualidade em vários aspectos.

Para estes estudos, foram coletadas amostras em seis pontos, para avaliar se as águas do rio Tocantins possuem qualidade excelente, ruim, boa, média ou muito ruim.

Em todos os pontos estudados e em todas as campanhas a qualidade das águas do rio Tocantins foi considerada boa, sem nenhum parâmetro físico e químico com valores acima dos limites máximos permitidos pela legislação ambiental.

 

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Figura 10 Índice de qualidade da água no rio Tocantins área de influência do empreendimento.

18. Quais os tipos de solos da região e qual o seu uso?

Os solos da região são variados nos tipos e usos, sendo que na área de estudo, de acordo com os mapeamentos regionais oficiais, o solo predominante é o Gleissolo, caracterizado por grande umidade e drenagem ruim. Porém nos trabalhos de campo, na área onde se pretende implantar o empreendimento, o solo dominante foi o Latossolo Amarelo, comum em áreas com relevo plano e suavemente ondulado.

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Qualidade excelente Qualidade boa Qualidade médiaQualidade ruim Qualidade muito ruim

 

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Figura 11 - Perfil de Latossolo Amarelo Plíntico Distrófico, A fraco, textura média, relevo suave ondulado.

19. Os solos no local onde se pretende instalar o TUP Abaetetuba apresentam susceptibilidade à

erosão? O estudo identificou que o local que se pretende instalar o Terminal encontra-se numa região com riscos associados aos solos praticamente nulo.

20. Existem áreas de mineração próximas ao local onde se pretende instalar o Terminal Portuário de Uso Privado – TUP Abaetetuba?

De acordo com consulta feita junto ao órgão público que controla a exploração de minérios no Brasil (Departamento Nacional de Produção Mineral – DNPM), não existem minerações em funcionamento na região onde se pretende instalar o empreendimento.

21. Qual o tipo de vegetação e em que situação se encontra a cobertura vegetal da área que será diretamente afetada pelo empreendimento?

A região onde se pretende instalar o TUP Abaetetuba é caracterizada pela presença de formações florestais da Floresta Amazônica, predominam dois tipos de vegetação:

 

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Floresta Ombrófila Densa Aluvial: popularmente chamada de Mata de Várzea, aparece nas margens do rio Tocantins e igarapés, em regiões onde podem ocorrer alagamentos. Suas árvores podem ter entre 30 e 35 metros de altura.

Floresta Ombrófila Densa Aluvial Secundária: é encontrada imediatamente após a Mata de Várzea nos terrenos mais elevados. Possui as mesmas características da formação florestal anterior, porém com maior número de espécies de plantas. Neste tipo de floresta existem também palmeiras e cipós e a área é muito utilizada para agricultura de subsistência e pastagens.

Nas áreas onde foi realizado o estudo da vegetação, foram encontradas 861 árvores de 46 espécies diferentes. Dessas espécies, oito estão ameaçadas de extinção – castanheira (Bertholletia excelsa Bonpl), pau-amarelo (Euxylophora paraensis Huber), inharé (Helicostylis tomentosa (Poepp. & Endl.) Rusby), jatobá (Hymenaea courbaril L), angelim-da-mata (Hymenolobium excelsum Ducke), jarana (Lecythis lurida (Miers) S.A.Mori), acariquara (Minquartia guianensis Aubl.) e acapu (Vouacapoua americana Aubl).

Figura 12 - Floresta Ombrófila Densa Aluvial e Floresta Ombrófila Densa de Terra Firme, encontradas na ADA.

A área diretamente afetada pelo Terminal Portuário, tem aproximadamente 521,02 hectares. Desse total 26,87 hectares (5,16%) são de compostos pela massa d‘água (rio Tocantins) e áreas alagadas, 20,08 hectares (3,85%) são ocupados por cultivos - açaizeiros, pastagens, e pequenas propriedades ribeirinhas. O restante, de 474,09 hectares são constituídos por várzea, fragmentos florestais de Floresta Ombrófila Densa Aluvial e Floresta Ombrófila Densa Aluvial Secundária em diversos estágios de recuperação.

22. Como é a fauna nas áreas de influência do local onde se pretende instalar o Terminal Portuário de Uso Privado – TUP Abaetetuba?

Para identificar como é a fauna na região , foram feitas pela consultoria Ambientare duas campanhas de estudos de campo abrangendo tanto a estação seca quanto a chuvosa, com pontos de coleta tanto em área terrestre quanto em áreas aquáticas.

A fauna terrestre e aquática da região apresenta uma boa diversidade. Durante os levantamentos foram identificadas 46 espécies de anfíbios , 82 espécies de répteis, 291 espécies de aves, 46 espécies de mamíferos terrestres, 43 espécies de morcegos, 185 morfoespécies de insetos e 67 espécies de peixes.

 

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Dentre os anfíbios foram identificadas espécies como as pererecas Dendropsophus brevifrons e Hypsiboas multifasciatus. Já para os répteis, se destacam os lagartos Chatogekko amanzonicus e o Gonatodes humeralis. Nenhuma das espécies registradas (anfíbios e répteis), durante o estudo, encontra-se ameaçada de extinção.

Sapo cururu (Rhinella schneideri) (Adenomera hylaedactyla) Perereca (Scinax ruber)

Serpente (Leptophis ahaetulla) Lagarto (Gonatodes humeralis) Serpente (Tantilla melanocephala)

Com relação às espécies de aves, destacam-se as que constam em listas de espécies ameaçadas de extinção, como: falcão-de-peito-laranja (Falco deiroleucus), papagaio-moleiro (Amazona farinosa), tucano-de-papo-branco (Ramphastos tucanus), tucano-de-bico-preto (Ramphastos vitellinus), Arapaçu-marrom (Dendrocolaptes hoffmannsi), Bacacu-preto (Xipholena lamellipennis), maracanã (Primolius maracana).

Ferreirinho-estriado (Todirostrum maculatum)

Martim-pescador-pequeno (Chloroceryle americana)

Gavião-bombachinha (Harpagus diodon)

 

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Polícia-inglesa-do-norte (Sturnella militaris)

Falcão-de-peito-laranja (Falco deiroleucus)

Beija-flor-tesoura-verde (Thalurania furcata)

Dentre as espécies de fauna avistadas durante os estudos estão: o gambá e o guariba-de-mãos-ruivas. Além dessas espécies, podemos citar o veado mateiro e a jaguatirica. As espécies registradas nos estudo e que constam na Lista de espécies ameaçadas de extinção são: o guariba-de-mãos-ruivas, o sagui-una e o macaco da noite.

Quanto aos morcegos, nenhuma é considerada ameaçada de extinção, segundo as listas oficiais de espécies de fauna ameaçadas de extinção. Dentre os morcegos mais representativos estão os morcegos frugívoros (Carollia benkeithi e perspicillata), ambas espécies que se alimentam de frutos.

Gambá (Didelphis marsupialis) Guariba-de-mãos-ruivas (Alouatta

belzebul) Cuíca (Micoureus constantiae)

 

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Vampyriscus brocki Micronycteris megalotis Carollia benkeithi

Para o estudo dos peixes, foram registradas 67 espécies durante levantamento de campo. Algumas espécies têm valor comercial, entre elas estão: os flecheiros (Hemiodus cf. microlepis e Hemiodus unimaculatus), o jaraqui (Semaprochilodus insignis), o piau (Leporinus brunneus), os pacus (Metynnis lippincottianus e Myloplus rubripinnis), as pescadas (Pachypops fourcroi, Pachypops junki e Plagioscion squamosissimus), o jurepensem (Surubim lima) e o aruanã (Osteoglossum bicirrhosum).

De acordo com as listas de espécies de peixes ameaçadas extinção não houve, na região de estudo, registros de peixes ameaçados.

Boulengerella cuvieri Triportheus elongatus

Squaliforma emarginataArius sp (Geophagus proximus)

23. Existem unidades de conservação nas proximidades do local onde se pretende instalar o empreendimento?

Não existem unidades de conservação nas áreas de influência do Terminal Portuário de Uso Privado – TUP Abaetetuba, sendo que a mais próxima é a Área de Preservação Ambiental (APA) Arquipélago do Marajó, que fica a 8 km de distância.

 

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Figura 13 - Unidades de Conservação presentes na área do empreendimento

24. Como é a população que vive na região e sua condição de vida?

O empreendimento influenciará o município de Abaetetuba, localizados no nordeste do estado do Pará, onde poderão ocorrer impactos ambientais de forma direta ou indireta pela instalação e operação do Terminal.

A população que sofrerá influência direta da instalação e operação deste terminal, é composta por seis comunidades que moram na ilha onde está o empreendimento: Igarapé Areia, Ilha do Capim, Quilombo Nossa Senhora do Bom Remédio, Nossa Senhora de Fátima Santo Afonso, e Igarapé São José (Igarapé São José, Igarapé Vilar e Igarapé Moju), sendo presentes aproximadamente 723 famílias nesta região;

Dinâmica Populacional

No total, aproximadamente 141.000 habitantes residem na região do empreendimento, ocupando, em grande percentual, a área urbana do município de Abaetetuba.

A população que está na área de influência direta, por sua vez, é constituída por, aproximadamente, 87.000 habitantes.

A população da região de maneira geral apresenta taxa de crescimento e está aumentando, porém a tendência, segundo informações do IBGE (2010), é a de estagnação nas próximas décadas.

 

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Na área diretamente afetada pela implantação do empreendimento, não há população residente, nem moradias, havendo apenas um domicílio utilizado como casa de veraneio, ou seja, uma casa para descanso e relaxamento.

Estrutura etária, razão de sexo e índice de envelhecimento

Segundo dados do IBGE (2010) no município de Abaetetuba predomina uma parcela populacional maior de mulheres.

Relacionado ao índice de envelhecimento populacional, constatou-se que este está em crescimento, ou seja está ocorrendo um aumento do número de habitantes com 65 anos ou mais de idade, alterando pouco a pouco a base etária do município e também a razão de dependência que é a proporção de pessoas na população que dependem daquela população ainda economicamente ativa.

As comunidades que fazem parte da AID do empreendimento, por integrarem o universo total do município de Abaetetuba, mantém as mesmas tendências de estrutura etária, razão de sexo e taxa de envelhecimento indicadas.

Moradia

Os dados do Censo Demográfico de 2010 revelam que o município de Abaetetuba reúne um total 30.917 domicílios, sendo que 61,59% são na área urbana. A média de moradores no município é de 4,54 por domicílio, contra 4,06 do estado do Pará e 3,32, do Brasil.

Padrão de moradia de comunidades da ADA. Padrão de moradia de comunidades da ADA.

No geral as moradias tanto da AII quanto da AID são de alvenaria, mas ainda é possível encontrar construções em madeira e pau a pique, que geralmente são mais antigas ou as localizadas na próximas a ADA, tal como na Comunidade Nossa Senhora do Bom Remédio.

Educação

 

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O Sistema Educacional no município de Abaetetuba, é oferecido por escolas públicas (municipais e estaduais) e privadas. Observa-se que o maior número de alunos concentra-se na rede pública municipal, na educação infantil e ensino fundamental.

No ano de 2010, segundo informações do IBGE, o município apresentou crescimento da taxa de alfabetização, com maior destaque para o sexo feminino.

No município de Abaetetuba existem cursos técnicos disponíveis no Instituto Federal do Pará, que no ano de 2009 implantou um Campus neste município. Atualmente, são ofertados os seguintes cursos no Campus: Licenciatura em Biologia, Técnico Subsequente ao Ensino Médio (Edificações, Informática, Aquicultura, Meio Ambiente e Segurança no Trabalho), Técnico Integrado ao Ensino Médio (Edificações, Informática e Mecânica).

Com relação à população da AID, existem cinco estabelecimentos de ensino, localizados na Ilha do Capim (Escola Padre Pio); Nossa Senhora de Fátima (Escola de Nossa Senhora de Fátima); Santo Afonso (Escola Nossa Senhora da Conceição); São José (Escola São José – Igarapé São José e Escola Santa Ana – Igarapé Vilar). A comunidade do Igarapé Areia e a localidade do Igarapé Moju não possuem escolas e os estudantes desses locais procuram atendimento nas escolas Padre Pio (Ilha do Capim) e Santa Ana (Igarapé Vilar).

Saúde

Segundo informações do Sistema Único de Saúde (SUS), o município de Abaetetuba possui infraestrutura e profissionais de saúde em números razoáveis, em relação sua população total. Relacionado à infraestrutura, ambos os municípios realizam atendimentos básicos de saúde.

Os municípios também contam com equipes do Programa Saúde da Família que atendem a população urbana e rural. Por fim, no que tange à doenças endêmicas da região, destacam-se a dengue, malária, leishmaniose e hepatites.

Hospital Municipal Santa Rosa Unidade de Pronto Atendimento. (em construção)

 

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Unidade Básica de Saúde Dr. Roberto Contente. Hospital Júlia Sefer.

Na AID a única comunidade que possui estabelecimento de saúde é Santo Afonso. O Posto de Saúde Professor Pedro Araújo possui uma técnica de enfermagem que executa atendimentos diversos, tais como, a realização de curativos, aplicação injeções, aferição da pressão arterial, retirada de pontos, fornecimento de medicamentos à população. Há problemas de falta de estoque de remédios.

Segurança Pública

O município de Abaetetuba conta atualmente conta com uma Delegacia da Polícia Civil, Comando de Policiamento Regional IX da Polícia Militar, Corregedoria Integrada das Policias Civil e Militar do Baixo Tocantins, Núcleo Avançado do Centro de Perícias Científicas "Renato Chaves" (IML), Delegacia do Serviço Militar, Junta do Serviço Militar, Grupamento do Corpo de Bombeiros, Fórum do Poder Judiciário e Juizado Especial Cível e Criminal.

Transporte

As principais vias de acesso ao município de Abaetetuba são as rodovias PA-252, PA-151, PA-403 e a PA-409. A PA-252 é uma rodovia localizada na região nordeste do estado do Pará, que passa pelos municípios de Abaetetuba, Moju, Acará, Concórdia do Pará, São Domingos do Capim, Ipixuna do Pará, Mãe do Rio, Nova Esperança do Piriá e Cachoeira do Piriá. No seu trajeto a rodovia atravessa as rodovias PA-151, PA-475, PA-140, PA-127, BR-010, PA-124 e PA-108. A PA-151 atende aos municípios de Barcarena, Abaetetuba, Igarapé-Miri, Tailândia, Mocajuba e Baião e intercepta as seguintes rodovias: PA-483; PA-403; PA-252; PA-475; PA-407; PA-467; PA-469; e a PA-471. A PA-403 permite o acesso a Vila do Beja (devido seu destaque turístico) e além de Abaetetuba também atende aos municípios de Barcarena, Igarapé-Miri, Tailândia, Mocajuba e Baião. Já a PA-409 intercepta a rodovia PA-252 em sua extremidade sul, e a PA-403 em sua extremidade norte.

Além do acesso rodoviário pela PA-252 é possível chegar ao município de Abaetetuba através da hidroviário da região. Entretanto, atualmente a cidade não possui um terminal hidroviário e os embarques e desembarques.

O município de Abaetetuba não dispõe de sistema de transporte público coletivo.

 

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Terminal Rodoviário Murilo Parente de Carvalho. Serviço de moto táxi.

Saneamento Básico

A Companhia de Saneamento do Pará (COSANPA) é a empresa que mantém a rede de abastecimento de água do município de Abaetetuba. Além disso, o fornecimento de água se dá por meio de “poço ou nascente na propriedade”

Na AID do empreendimento, a população não possui acesso a saneamento de forma adequada. De acordo com pesquisa em campo, apenas 17% do domicílios possuem abastecimento de água por meio de poço ou nascente na propriedade.

Infraestrutura de abastecimento de água - AID. Infraestrutura de abastecimento de água - AID.

Exemplo de tipo de sanitário nos domicílios da AID

 

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Outro serviço inexistente nas localidades da AID é a coleta de lixo dos domicílios. Segundo as informações do Censo Demográfico (2010), a maioria dos domicílios realiza a queima dos resíduos na própria propriedade (98,71%). Os outros 1,29% despejam os resíduos em terreno baldio ou nas ruas(1,05%) ou enterram (0,25%).

Comunidades tradicionais

As comunidades tradicionais são formadas pelas terras indígenas e territórios quilombolas. Na área de influência direta do TUP, no município de Abaetetuba, constatou-se a existência da Comunidade Quilombola Nossa Senhora do Bom Remédio, situada a 2,4 km do empreendimento. Por outro lado, não há terras indígenas inseridas em um raio de 10 km do empreendimento sendo a mais próxima situada a 95 km, no município de Tomé-açu.

Lazer e Turismo:

O município em estudo possuem inúmeras áreas de lazer, tais como as praias, praças, estádios, ginásios, clubes e bibliotecas.

O Círio acontece no mês de novembro com a realização com novenário e um arraial, que conta com a realização de leilão e a presença de barraquinhas com comidas e bebidas típicas. A procissão com destino à igreja Matriz sai no dia 8 de dezembro de um bairro diferente a cada ano.

Outra festa religiosa importante em Abaetetuba é a Festa de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, realizada no bairro do Algodoal. Os festejos, com novena e arraial, iniciam-se uma semana antes da procissão, que acontece no mês de julho, seguida de missa. Durante o festejo também é realizado um concurso de "bonecas", que consiste em fantasias as meninas como bonecas. Além dessas importantes comemorações religiosas, cabe destacar, ainda, a festa em homenagem a Nossa Senhora de Nazaré, realizada em setembro, cujos festejos são acompanhados de procissão, novenas e arraial.

25. Como é a economia da região?

No ano de 2013, o município de Abaetetuba obteve um Produto Interno Bruto (PIB), que é o conjunto de todas as riquezas produzidas pelo município, avaliado em R$ 954.830,00. Observa-se ainda que a distribuição da participação dos setores de atividade na composição do PIB municipal são semelhantes ao do estado do Pará e Brasil, mas com menor participação da indústria e maior da agropecuária.

A distribuição da participação dos setores de atividade na composição do PIB de Abaetetuba refletem a seguinte realidade: no setor primário os principais produtos da lavoura são as culturas de dendê e de coco-da-baía; no setor secundário destaca-se a presença de 88 empresas (03 indústrias extrativistas, 48 indústrias de transformação, 02 de eletricidade e gás, 01 de água e esgoto e 34 de construção); e no setor terciário observa-se grande heterogeneidade, sendo responsável pela maior parte da população empregada no município.

Na AID do empreendimento observa-se que a pesca é a mais importante atividade de subsistência econômica das famílias residentes ali. Além disso, o plantio de mandioca apresenta grande destaque, sendo utilizada também a produção de farinha.

 

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26. Qual a opinião da população sobre o Terminal Portuário de Uso Privado – TUP Abaetetuba?

Para saber qual a impressão inicial que a instalação do empreendimento causaria na população de Abaetetuba, foram realizadas 33 entrevistas em Janeiro de 2016, onde foram aplicados questionários com parte da população (amostra), sendo estes moradores e/ou gestores municipais.

As perguntas buscaram saber se a população entende o empreendimento como positivo ou negativo para a região. Neste sentido, contatou que 29% se mostraram indiferentes, 23% preferiram não se posicionar, 21% informaram serem favoráveis a implantação do empreendimento e outros 12% muito contrários ou contrários a implantação do projeto. Cerca de 15% declararam serem muito favoráveis em relação à implantação do terminal portuário.

IMPACTOS

27. Quais impactos poderão ser gerados com a construção do TUP Abaetetuba?

A partir dos estudos realizados para conhecer melhor a região, foram identificados os impactos ambientais que o empreendimento poderá gerar no local em questão, em suas diferentes fases. Para todos os impactos identificados, sendo estes positivos ou negativos, foram propostas medidas e ações que de alguma forma eliminem ou reduzam os impactos negativos ou então que reforcem os efeitos dos impactos positivos. Os impactos que poderão ser gerados pelo TUP Abaetetuba são apresentados na tabela a seguir:

 

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IMPACTOS SOBRE O MEIO FÍSICO

MEIO IMPACTO AMBIENTAL DESCRIÇÃO DO IMPACTO O QUE FAZER?

Físico

Diminuição da capacidade de absorção de água pelo

solo

Para a abertura de vias de acesso, tais como caminhos de serviços, em muitos casos, são utilizados máquinas e equipamentos pesados que provocam a compactação das camadas superficiais do solo, diminuindo a sua porosidade e consequentemente a velocidade e o quantidade de água que infiltra no solo e abastece os aquíferos.

Nas áreas onde não se fizer necessário uma completa impermeabilização, uma das alternativas para à diminuição da infiltração da água no solo é a utilização de pavimentos permeáveis que reduzem o escoamento superficial em até 100%, dependendo da intensidade da chuva, e retardam a chegada da água ao subleito evitando a erosão. A camada de base granular empregada neste tipo de construção ainda funciona como um filtro para a água da chuva, reduzindo a contaminação do freático. Tal tecnologia pode ser utilizada em pátios industriais, estacionamentos, calçadas e vias de tráfego leve.

Alteração do relevo local

O processo de construção das vias internas, das áreas de apoio e outras estruturas podem alterar o relevo e a paisagem com a remoção de vegetação, alteração no solo e outras movimentações relacionadas à implantação do empreendimento.

Durante a fase de implantação do TUP Abaetetuba é aconselhável adotar medidas que minimizem este impacto: 1 execução de um projeto para promover a recuperação da cobertura vegetal que deve contemplar: - o reafeiçoamento do terreno; - o plantio de mudas; e -- o enriquecimento florestal das áreas remanescentes ainda cobertas pela vegetação nativa. Essas ações serão realizadas por meio do Programa de Recuperação de Áreas Degradadas - PRAD.

Surgimento ou aceleração de erosão

(desgaste do solo, buracos na terra, voçorocas)

As obras do empreendimento poderão afetar diretamente o solo fazendo com que apareçam processos erosivos. As atividades que contribuem para que isso ocorra são: retirada da vegetação, remover terra para a construção do TUP Abaetetuba, dentre outros.

Para diminuir este impacto, indica-se realizar as atividades de construção no período de chuvas; diminuir o tempo que o solo fica exposto, sem vegetação. Após a construção do empreendimento recomenda-se: refazer o sistema de drenagem de água das chuvas, revegetar as áreas onde o solo está exposto dentre outros.

 

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MEIO IMPACTO AMBIENTAL DESCRIÇÃO DO IMPACTO O QUE FAZER?

Risco de contaminação do solo

A contaminação do solo pode ocorrer, por exemplo, por produtos químicos utilizados no canteiro de obras ou manutenção de veículos (tanto na fase de instalação quanto na fase de operação)

É aconselhável que faça a separação correta dos resíduos sólidos e efluentes (lixo) gerado no empreendimento. Além disso, todos os trabalhadores deverão ser treinados, para que se evite a contaminação dos solos e das águas.

Risco de contaminação das águas

Durante as obras e operação do terminal é possível que as atividades realizadas contaminem o lençol freático através de produtos como óleos, graxas e combustíveis, ou até mesmo através do armazenamento de grãos (sendo muito menos provável)

Recolher todos os efluentes sanitários gerados na obra, direcionando para a Estação de tratamento de Esgoto – ETE; demais efluentes deverão ser recolhidos em caixas de decantação antes de serem direcionados para o tratamento.

Poluição do ar

Tanto no período de construção quanto na operação do Terminal haverá uma grande movimentação de máquinas e veículos, aumentando a quantidade de fumaça e poeira na região, podendo alterar a qualidade do ar.

Durante a fase de implantação do TUP Abaetetuba recomenda-se adotar os seguintes procedimentos para reverter e minimizar este impacto: 1. Molhar as vias de acesso para n 2. Fazer manutenção dos veículos e equipamentos para que não haja muita fumaça; 3. O sistema de movimentação de grãos (armazenagem, carregamento e descarregamento) deverá fazer uso de instalações totalmente cobertas e, por isso, não haverá disseminação aérea significativa de poeiras decorrentes desta atividade.

Aumento de barulho

As obras do TUP Abaetetuba e a sua operação podem produzir barulho, causados principalmente pela movimentação de máquinas e veículos, na fase de implantação e de caminhões e barcaças na fase de operação.

Para minimizar este impacto, os trabalhos serão realizados em horários que o barulho cause menor incômodo, além de executar a manutenção dos veículos e máquinas para que estes não provoquem tanto barulho. Para os trabalhadores das obras recomendasse a utilização de EPIs, como protetores nos ouvidos.

 

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IMPACTOS SOBRE O MEIO BIÓTICO

MEIO IMPACTO AMBIENTAL DESCRIÇÃO DO IMPACTO O QUE FAZER?

Biótico

Perda de florestas naturais

Para a construção e funcionamento do Terminal é necessário o corte das florestas que estejam na área onde ficará o empreendimento.

As áreas onde acontecerá o corte serão marcadas, tomando o cuidado para não derrubar em áreas desnecessárias. Serão coletadas sementes e mudas antes do corte, principalmente daquelas espécies de árvores que corram perigo de extinção, que são encontradas apenasna região e as com importância econômica e/ou científica. As árvores serão cortadas em toras e lenha, que poderão ser doadas para os proprietários das terras. As mudas e sementes coletadas serão plantadas em áreas semelhantes à do empreendimento.

Aumento da fragmentação

florestal

A fragmentação (separação de florestas), causada pelo corte de vegetação, poderá trazer problemas para a reprodução vegetal, levando o separação de grupos de árvores e, consequentemente, alterando condições naturais para a moradia de animais.

Para diminuir este impacto, deverá ser feito: -Recuperar áreas florestais que tiveram sua vegetação diminuída; - Coletar sementes e outras partes das plantas, antes da supressão, para que se mantenha as qualidades vegetais daquele local, para um momento futuro de reposição.

Perda ou alteração dos locais onde

diferentes espécies de animais vivem

Para a instalação do TUP Abaetetuba é preciso o corte da vegetação, retirando os animais do seu local natural. Esta perda e a alteração causará o deslocamento de diferentes tipos e porte de animais.

Para minimizar este impacto um conjunto de ações deverá ser feito nas etapas de implantação e operação: 1. Na época do corte da vegetação , preservar os animais e criar corredores ecológicos interligando os fragmentos, facilitando a movimentação de alguns animais. 2. realizar a recuperação ambiental das áreas degradadas que, em longo prazo, se tornarão novos locais apropriados à sobrevivência dos animais. 3. implantar o Programa de Monitoramento da Fauna e outros Programas que visam a preservação e minimização deste impacto.

 

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MEIO IMPACTO AMBIENTAL

DESCRIÇÃO DO IMPACTO O QUE FAZER?

Aumento do risco de acidentes e

atropelamento de animais

Os animais que utilizam as margens do rio, e se abrigam em matas próximas à área do empreendimento, podem ser afetados com a retirada da vegetação, sendo atropelados por máquinas e veículos, pelo aumento do tráfego.

Durante a fase de implantação e operação do TUP Abaetetuba é indicado usar de medidas preventivas e atividades educativas com trabalhadores e comunidades próximas ao Terminal para evitar acidentes com os animais: 1.Realizar campanhas para informar a população e prevenir de acidentes com animais; 2. Utilizar, sempre que possível, acessos que já existem, para reduzir a necessidade de corte de florestas; 3. Realizar a recuperação ambiental das áreas degradadas que, em longo prazo, transformaram-se em novos locais apropriados à sobrevivência dos animais. Quanto aos riscos de acidentes causados pela supressão das matas, deverá ser feito o acompanhamento desta atividade em três etapas, conforme é determinado no Programa de Afugentamento e Resgate da Fauna Silvestre.

Aumento da pressão de caça e tráfico de

animais

A chegada de trabalhadores poderá gerar pressão de caça de animais pra consumo humano, como peixes, mamíferos, aves, etc, além de caça de animais para servirem como estimação, podendo por este motivo, aumentar o comércio e tráfico destes animais.

Deverão ser executadas ações educativas, apresentadas no Programa de Educação Ambiental, para os trabalhadores da obra, como palestras, cursos e oficinas, com temas voltado a importância da preservação da fauna. Atividades parecidas serão feitas para as comunidades ao redor do empreendimento, com o apoio do município.

Alteração do comportamento da fauna em função da

luz artificial

A luz artificial, utilizada para a instalação e operação do empreendimento, poderá alterar hábitos de alguns animais, atraindo ou afastando-os, confundindo-os. Para o caso de insetos, a luz artificial irá atraí-los para este ambiente iluminado, e servirão como alimentos para outros animais (aves, lagartos, etc), podendo causar um desequilíbrio na cadeia

Recomenda-se utilizar iluminação com baixo potencial para atração; utilizar do Programa de Educação Ambiental para desenvolver ações educativas e conscientizar os trabalhadores.

 

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MEIO IMPACTO AMBIENTAL

DESCRIÇÃO DO IMPACTO O QUE FAZER?

alimentar.

Aumento de mosquitos

Após o corte das matas e início das obras do terminal, poderá surgir criadouros de mosquitos, originados pelo acúmulo de lixo e impermeabilização do solo. Este aumento de mosquitos poderá elevar a taxa de incidência de doenças transmitida por insetos.

É recomendado que aumente o monitoramento e controle de insetos, especialmente aqueles transmissores de doenças como malária e esquistossomose, durante todas as fases do empreendimento. É também indicada a realização de campanhas de conscientização e prevenção de doenças provenientes de insetos.

Multiplicação de pragas

Com a modificação da paisagem natural, poderão surgir novas espécies que não são naturais da área de implantação do TUP, se comportando como pragas. Estas poderão competir por habitat e alimento com outras espécies, causando alterações na cadeia alimentar, extinções, etc.

É recomendado o controle mecânico (limpeza de vegetação) e químico (inseticidas e outros) para conter pragas agrícolas. Além disso, ações educativas deverão conscientizar trabalhadores para que não acumulem lixo indevidamente.

 

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IMPACTOS SOBRE O MEIO SOCIOECONÔMICO

MEIO IMPACTO AMBIENTAL DESCRIÇÃO DO IMPACTO O QUE FAZER?

Socioeconomia

Expectativas favoráveis à

instalação do Terminal de Uso

Privado – TUP Abaetetuba

A divulgação da instalação do empreendimento poderá gerar expectativas positivas, com destaque para a geração de emprego e renda, melhoria das estradas, aquecimento do comércio e serviços locais e, aumento na arrecadação de impostos municipais.

Recomenda-se a execução do Programa de Comunicação Social esclarecendo a população sobre a instalação e operação do empreendimento.

Expectativas adversas à

instalação do Terminal de Uso

Privado – TUP Abaetetuba

A divulgação da instalação do empreendimento também poderá gerar preocupações para a população, tais como o aumento da insegurança e dos acidentes de trânsito pela maior movimentação de caminhões e de pessoas, aumento de população forasteira no local, especulação imobiliária, geração de poeira e resíduos, dentre outros.

Recomenda-se a execução do Programa de Comunicação Social visando informar à população e ao poder público os reais benefícios e impactos do empreendimento, além de disponibilizar um canal de informação e relacionamento direto entre partes interessadas.

Atração de pessoas para a região

A geração de postos de trabalho associada as melhorias na economia local tende a atrair um maior número de pessoas para a região de instalação

Recomenda-se a execução do Programa de Comunicação Social com divulgação das efetivas possibilidades de emprego e os requisitos necessários para o preenchimento das vagas de empregos, além

 

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do empreendimento. Como consequência disso, poderá haver pressão nos setores de habitação em função da procura por moradia popular, que por sua vez poderá levar a processos de crescimento desordenados e ocupações irregulares. Como outras consequências, pode-se citar a maior ocorrência de DST, doenças endêmicas e epidêmicas, ampliação das demandas por serviços de educação, saúde, saneamento básico e aumento da violência urbana.

deste a execução do Programa de Seleção, Contratação e Capacitação de Mão de Obra Local.

Risco de acidentes de trabalho

Em razão das atividades relacionadas às obras, como, por exemplo, transporte de cargas pesadas, movimentação de trabalhadores e equipamentos diversos, descarregamento de equipamentos pesados e materiais de insumo, entre outras atividades comuns à natureza do empreendimento, poderão ocorrer acidentes de trabalho

Recomenda-se a execução do Programa de Saúde e Segurança no Trabalhador, Programa de Seleção e Capacitação de Mão de Obra Local e Programa de Comunicação Social – os quais em conjunto minimizarão diversos efeitos relacionados.

Interferência no dia-a-dia da população

local

Durante as fases de planejamento e implantação do TUP Abaetetuba, em razão do aumento da população com pessoas vindo de outras regiões do país, poderá haver interferências no dia-a-dia das comunidades integrantes da AID do empreendimento. Dentre estas interferências, cita-se o aumento do tráfego de embarcações, geração de poeira (materiais particulados e gases), ruídos e resíduos (lixo) decorrentes do embarque e

É recomendado a execução do Programa de Seleção e Capacitação de Mão de Obra Local, Programa de Comunicação Social, Programa de Educação Ambiental e o Programa de Responsabilidade Socioambiental – os quais, conjuntamente, poderão minimizar diversos efeitos negativos,.

 

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desembarque de pessoas, equipamentos e materiais necessários a construção do empreendimento

Interferência no cotidiano de

comunidades quilombolas

O movimento de pessoas e máquinas para implantação do TUP, poderão interferir no cotidiano da comunidade quilombola nossa Senhora do Bom Remédio, perturbando a vida comunitária, podendo causar acidentes com barcos, conflitos entre os envolvidos

É importante que se faça divulgações básicas sobre o empreendimento e sobre o licenciamento ambiental, a fim de diminuir dúvidas para a população quilombola. Esta divulgação irá ocorrer através do Programa de Atendimento à Comunidade, demonstrando o convívio harmonioso com a população ali residente.

Aumento da demanda por

serviços públicos da sede urbana de

Abaetetuba

Este impacto pode ser considerado como indireto decorrente da mobilização da mão de obra para instalação do empreendimento. Nesse sentido, pode ocorrer um aumento da demanda por serviços públicos, a exemplo da elevação na procura por atendimento médico nos estabelecimentos de saúde municipais, em função de acidentes, ocorrência de doenças infecciosas ou adquiridas. Poderá ainda haver pressões em outros serviços, tais como, segurança, transporte, educação, entre outros, principalmente, em função do aumento do fluxo de pessoas para a região de instalação do empreendimento.

Recomenda-se a execução do ao Programa de Seleção e Capacitação de Mão de Obra Local e Programa de Saúde e Segurança no Trabalho – visando mitigar efeitos relacionados à temática em questão.

Elevação da arrecadação de

impostos

A construção do empreendimento promoverá uma série de contratações de profissionais e serviços especializados, tal como, a aquisição de inúmeros materiais e equipamentos. Essas aquisições e contratações serão realizadas

Recomenda-se a execução do Programa de Comunicação Social esclarecendo a população sobre a instalação e operação do empreendimento e a execução do Programa de Seleção e Capacitação de Mão de Obra Local, além, quando possível, aquisição de insumos locais.

 

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prioritariamente nos municípios formadores da AII e representarão um incremento na arrecadação de impostos e contribuições, sejam eles municipais, estaduais e federais.

Geração de emprego e renda

As obras de implantação do TUP Abaetetuba deverão mobilizar uma quantidade significativa de mão de obra e então contratação de trabalhadores locais, devendo a contratação desses trabalhadores repercutir positivamente na economia local.

Recomenda-se o desenvolvimento do Programa de Seleção e Capacitação de Mão de Obra local assegurando a contratação de um percentual significativo da população de Abaetetuba.

Dinamização da economia

A geração de empregos e incremento na renda dos trabalhadores deverão beneficiar diferentes setores econômicos dos municípios, levando a um incremento na economia local devido ao aumento da circulação de capital. Outro efeito deste impacto é o incremento da arrecadação de impostos como o Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN), este especialmente na fase de implantação e o Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS).

Recomenda-se o desenvolvimento do Programa de Seleção e Capacitação de Mão de Obra local assegurando a contratação de um percentual significativo da população de Abaetetuba

Desmobilização da mão de obra

Com a desmobilização parcial de trabalhadores, haverá, consequentemente, a perda de empregos e renda e movimentação da economia de Abaetetuba, causado pela redução da demanda por bens e serviços e consequente desaquecimento da economia local.

Recomenda-se executar os Programas de Comunicação Social e Seleção e Capacitação de Mão de Obra, para informar a temporalidade da obra, forma de contratação, bem como os direitos trabalhistas da mão de obra contratada. Ainda está previsto ações de encaminhamento do pessoal desligado da obra, através de serviços como o Sistema Nacional de Emprego (SINE).

Alteração da Paisagem

É um impacto localizado nas áreas de obras e de construção da infraestrutura, que em função das

O impacto poderá ser mitigado através de ações pontuais no Programa de Comunicação Social, o qual deverá atuar com ações informativas e orientativas

 

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ações de desmatamento e terraplenagem; de implantação dos canteiros; de instalação de benfeitoria de infraestrutura; e execução das obras civis em geral, deverá introduzir alterações espaciais na paisagem regional.

possibilitando o esclarecimento de dúvidas e abertura de diálogo constante.

Interferência na navegação

O aumento do tráfego de embarcações na hidrovia no período de implantação do empreendimento, bem como durante sua operação, poderá, gerar interferências e/ou limitações nas atividades de navegação na região abrangida pelo empreendimento, podendo resultar na interferência da dinâmica do transporte aquático e então em consequentes manifestações sobre o assunto.

Recomenda-se a execução do Subprograma de Orientação à Sinalização Náutica de Segurança aos Usuários da Via navegável de Acesso ao Empreendimento

Interferência na atividade pesqueira

O aumento do tráfego de embarcações na hidrovia e as atividades de carregamento hidroviário dos comboios e barcaças poderão, eventualmente, gerar interferências nas atividades pesqueiras, modificando as rotas pesqueiras atualmente utilizadas pelos pescadores locais e produzindo efeitos nas condições da fauna aquática..

Recomenda-se à execução do Programa de Mitigação dos Impactos sobre a Comunidade Pesqueira, Programa de Apoio aos Arranjos Produtivos Locais, Programa de Agricultura Responsável e Programa de Comunicação Social.

Patrimônios Históricos, Culturais

e Arqueológicos

A implantação do empreendimento, com movimentação de solo poderá causar impactos sobre os bens culturais materiais e imateriais existentes no local, trazendo prejuízos que poderão ser irreversíveis.

Para minimizar este impacto, poderá ser solicitado através no IPHAN ações para salvamento deste material arqueológico; ou ações de sinalização e cercamento dos mesmos; ou apenas um monitoramento constante de profissional da área durante toda a implantação do empreendimento.

 

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28. Haverá muita poeira e fumaças durante a construção do TUP Abaetetuba?

As obras do Terminal irão gerar poeira e fumaças. Para que que isto não prejudique o meio ambiente, a população e os trabalhadores atuantes na construção do empreendimento, algumas medidas têm de ser tomadas, destacando-se:

• Molhar as estradas de terra, através de caminhões-pipa;;

• Fazer a manutenção de veículos e máquinas para que não haja muita fumaça;;

• Monitorar os níveis de poeira do ar (partículas totais em suspensão);

• Utilização, por parte dos trabalhadores, de EPIs (equipamentos de proteção individual) como máscaras para que o efeito da poeira e fumaça não os prejudique.

29. A construção e operação do TUP Abaetetuba poderão resultar em alterações nas águas do rio Tocantins?

Sim, as alterações podem ocorrer em função da movimentação de terras próximas do rio Tocantins para a construção das estruturas portuárias e também por causa da retirada da vegetação no terreno destinado ao Terminal. Sem esta proteção natural do solo, as chuvas podem arrastar terra para o leito do rio. Além disso, os canteiros de obras, assim como as embarcações que irão movimentar os grãos, poderão gerar esgotos que se caírem no rio Tocantins, podem alterar a qualidade das águas.

Porém, todos os possíveis impactos gerados pelo TUP Abaetetuba e que apresentem potencial para afetar as águas do rio, serão alvo de procedimentos de ações para minimizar os efeitos negativos. Estas medidas estão presentes nos programas e Subprogramas ambientais que serão executados, que são: Subprograma de Prevenção e Controle de Processos Erosivos, de Assoreamento e Qualidade do Solo, e Programa de Gerenciamento de Efluentes Líquidos, etc.

30. A construção e operação do TUP Abaetetuba poderá aumentar a quantidade de lixo no município de Abaetetuba?

Durante a construção do empreendimento, será produzida uma grande quantidade de lixo, também conhecido como resíduos sólidos, formado principalmente por entulhos das obras, e também vindo da oficina mecânica, escritórios, e outros locais. Na fase de operação, o lixo gerado será em menor quantidade, e além destes locais já citados, deve ser gerado também na área de apoio, e nas estruturas que trabalharão com o transporte e movimentação da carga. Este resíduo será constituído dos grãos que eventualmente poderão cair destas estruturas.

A melhor maneira de evitar um impacto causado pela produção de lixo é dar a esse lixo um destino correto. Para isso, deverá ser realizada a coleta seletiva separando o que é orgânico do

 

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que é inorgânico, e aqueles materiais que podem ser reutilizados ou reciclados. Além disso, o lixo deve ser corretamente armazenado antes de ser transportado para locais próprios de recebimento.

Estas medidas serão realizadas através do Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS).

31. A construção e operação do TUP Abaetetuba poderá aumentar o barulho na região?

Durante a construção do Terminal e outras estruturas do empreendimento, diversas atividades do canteiro de obras, bem como o trânsito de máquinas e manobras realizadas pelas embarcações, poderão aumentar o barulho na região.

Considerando que a portuária está próxima de algumas comunidades ribeirinhas, os níveis de ruídos poderão aumentar e trazer preocupações para a população. Por isso, providências serão tomadas para evitar ou reduzir esse impacto negativo. Entre as medidas de controle apresentadas principalmente no Programa de Controle e Monitoramento de Ruídos, destacam-se:

Utilizar máquinas que não provoquem tanto barulho e que estejam reguladas;

Trabalhar em horários que causem menor incômodo;

Manter o barulho dentro dos padrões legais e normativos;

Para os trabalhadores, recomenda-se o uso de EPI’s, como protetores de ouvido.

Medidor de Nível de Pressão Sonora.

 

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32. Qual o risco de acidentes durante o funcionamento do TUP Abaetetuba?

Empreendimentos com as características do TUP Abaetetuba podem gerar acidentes com trabalhadores e também de meio ambiente. Porém, em função da adoção de medidas de controle ambiental, de segurança de trabalho e operacional, o risco de ocorrência é baixíssimo.

Por isso, o empreendimento contará com um Programa de Gerenciamento de Riscos que serão avaliados através de uma Análise Preliminar de riscos contendo possíveis cenários de acidentes, e as soluções que deverão ser efetuadas, que estarão contidas em um Plano de Emergência onde serão organizadas as ações contra acidentes de trabalho e ambientais.

Estas ações devem ser previstas para tratar de situações de emergência que possam acontecer no Terminal, tais como:

• Incêndios ou explosões;

• Vazamentos de produtos perigosos ou tóxicos;

• Condições adversas de tempo;

• Choque de embarcações.

O Terminal também atenderá os requisitos da Resolução CONAMA 398/2008, considerando medidas de controle ambiental contra eventuais acidentais de poluição por óleo por rebocadores.

33. Como a construção do TUP Abaetetuba poderá afetar a vegetação do local do

empreendimento?

Com a implantação do TUP Abaetetuba, parte das florestas naturais existentes serão cortadas, reduzindo um pouco a riqueza e diversidade de espécies da flora. Para minimizar as perdas causadas pelo corte destas florestas, será executado o Programa de Conservação da Flora, com destaque para algumas medidas:

Sinalizar as áreas onde ocorrerá a retirada das árvores, evitando o corte desnecessário;

Identificação das espécies protegidas, raras, de interesse econômico/científico e das espécies que ocorrem apenas na região, para a coleta botânica do material biológico (sementes e mudas) destas espécies;

Efetuar a realocação de bromélias e de outras plantas semelhantes existentes na área a ser afetada;

 

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Produção de mudas destas espécies de interesse para serem utilizadas no reflorestamento de uma área de mesmo tamanho à que será cortada, e dentro da mesma bacia hidrográfica;

34. Qual a interferência do empreendimento sobre os animais silvestres?

A retirada de parte das florestas para a implantação do TUP Abaetetuba poderá trazer a perda e alteração dos locais habitados por animais silvestres, aumentar a caça de animais, o risco de atropelamentos, causar acidentes durante a supressão da vegetação, etc.. Para minimizar este impacto serão executadas a seguintes medidas:

Limitar a retirada da vegetação estritamente ao necessário, aproveitando mais as áreas já impactadas e reduzindo a necessidade do corte da vegetação em áreas preservadas.

Realizar a recuperação ambiental de áreas degradadas que favorecerão a formação de novos locais apropriados à sobrevivência dos animais;

Desenvolver ações de proteção nas áreas de vegetação do entorno;

Executar um Programa de Educação Ambiental esclarecendo aos trabalhadores e às comunidades do entorno do empreendimento sobre a importância de conservação da natureza.

35. O empreendimento poderá contribuir para o aumento de mosquitos vetores na região?

Os mosquitos vetores são aqueles insetos que podem transmitir doenças ao homem através da sua picada. A retirada de vegetação também poderá provocar a movimentação de animais silvestres que são reservatórios naturais de várias doenças, como a malária e febre amarela e ainda criar condições favoráveis ao surgimento de locais de criadouros onde estes mosquitos se reproduzem. Estes locais são normalmente poças d’água que se acumulam em recipientes vazios, pneus e outros tipos de resíduo das obras. Entre as medidas que serão adotadas estão:

Realizar exames médicos em todos os trabalhadores da obra, para identificar a ocorrência de doenças e tomar medidas de controle;

Realizar campanhas regulares de vacinação do grupo operário;

Manter a limpeza dos ambientes.

Além disso, a presença de lixo resultante das obras pode possibilitar o acúmulo de água em períodos de chuva, e consequentemente, favorecer o desenvolvimento de insetos transmissores de doenças como Dengue, Malária e Leishmaniose. Entre as medidas que serão adotadas estão:

 

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Durante a execução do Programa de Educação Ambiental, os trabalhadores da obra e a população do entorno serão orientados sobre a utilização de medidas preventivas contra a picada de insetos e a multiplicação dos mesmos, tais como: utilização de roupas adequadas (calças e camisas de mangas compridas), utilização de repelentes contra insetos, redução de lixos e orientação sobre não acumular água em latas, copos plásticos, lonas, tambores, entre outros.

Para realizar avaliações mais aprofundadas sobre todos os impactos listados acima, bem como elaborar planos de ações que minimizem os impactos negativos causados a fauna local, será executado o Programa de Monitoramento da Fauna.

36. As obras e o funcionamento do TUP Abaetetuba vão gerar empregos?

Durante a instalação do TUP Abaetetuba, existirá uma grande oferta de empregos, distribuídos no projeto, sendo 388 empregos diretos, além de uma série de empregos indiretos e tantos outros gerados pelo efeito-renda, vindos das necessidades dos trabalhadores da obra, como hospedagem, alimentação, lazer, entre outros.

Já a operação do empreendimento ofertará cerca de 176 postos de trabalho diretos, sendo esperado 54 empregos em escritório e mais 122 em campo, além de uma série de empregos indiretos, justificados pelas mesmas necessidades geradas para a fase de instalação.

37. Como a população de Abaetetuba pode ter acesso aos empregos oferecidos pelo TUP Abaetetuba?

A construção do TUP Abaetetuba, considerando a Fase I do empreendimento, será executada em aproximadamente 15 meses. Cerca de 388 trabalhadores deverão ser empregados para atuar diretamente nas obras de construção do TUP. Já para a operação do Terminal empregará um total máximo de 176 trabalhadores.

Este impacto positivo poderá ser ampliado com a contratação do maior número possível de trabalhadores no município de Abaetetuba a partir da execução do Programa de Seleção e Capacitação de Mão de Obra Local, o que poderá reduzir o desemprego local e a imigração temporárias de trabalhadores de outras localidades.

A população poderá ter acesso aos empregos através de cadastros prévios de currículo junto às instituições responsáveis por esta área na prefeitura de Abaetetuba, que serão abertas em função de parceria dos municípios com o empreendedor.

É importante falar que os trabalhadores que serão contratados para as obras serão capacitados, o que poderá contribuir para que estas pessoas sejam contratadas para a fase de funcionamento do Terminal ou que consigam depois outras oportunidades de emprego na região, independentemente do empreendimento.

 

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38. A procura por serviços públicos aumentará em Abaetetuba?

A instalação do empreendimento atrairá trabalhadores para a execução das obras civis, parte deles contratados em Abaetetuba e parte composta por pessoas vindas de outras localidades.

O grupo de trabalhadores de outros locais deverá ser formado, principalmente, por profissionais especializados, que virão com suas famílias para morar temporariamente no município, podendo, eventualmente, elevar o aumento da procura por serviços, infraestrutura e equipamentos públicos.

Esse impacto é mais importante na fase de instalação do empreendimento, mas poderá ocorrerá também na fase de operação.

Quanto maior for o número de trabalhadores contratados em Abaetetuba, menor será este impacto. Para que isso ocorra, será realizado um Programa de Capacitação e Seleção de Mão de Obra Local.

39. As obras do TUP Abaetetuba afetarão os sítios arqueológicos?

As obras de implantação de empreendimentos como o TUP Abaetetuba podem representar um risco real e irreversível ao patrimônio arqueológico na localidade onde o mesmo será instalado. Por este motivo é fundamental se estudar a região onde o Terminal será implantado para que isto não ocorra, uma vez que já foram encontrados sítios e ocorrências arqueológicas no município de Abaetetuba (Figura abaixo).

 

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Figura 14 - Sítios arqueológicos com coordenadas conhecidas em Abaetetuba/PA

Este estudo é realizado através da apresentação de um “Projeto de Diagnóstico, Prospecção Arqueológica e Educação Patrimonial” junto ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, que é a instituição pública responsável pela manutenção, controle e fiscalização dos sítios arqueológicos no Brasil.

Após aprovação do Projeto, serão realizadas as atividades de verificação no local, o qual procurará existência de vestígios arqueológicos antes de qualquer ação de construção do empreendimento. Caso sejam encontrados sítios arqueológicos, não poderá haver nenhuma construção na área até que eles sejam retirados e destinados a um museu ou outra fundação que os proteja.

Durante as obras, poderá ser executado ainda um Programa de Monitoramento Arqueológico e Educação Patrimonial. O objetivo é supervisionar as atividades das obras e garantir que não haverá perda dos artefatos arqueológicos, caso existam, assim como informar a comunidade e aos operários da obra sobre a importância deste patrimônio ser preservado.

40. A qualidade de vida da população vai melhorar?

Com a instalação do Terminal Portuário de Uso Privado – TUP Abaetetuba, haverá uma nova oferta de empregos e aumento de renda, desenvolvendo a região e melhorando a qualidade de vida de sua população.

Existem outras expectativas positivas em relação à implantação do empreendimento, trazidas

 

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por parcerias com o poder público local e outras organizações sociais para o desenvolvimento de ações conjuntas nas áreas de saúde, segurança, transporte, educação, entre outras.

A execução de um Programa de Comunicação Social terá como objetivo esclarecer a população sobre os principais aspectos decorrentes da instalação e operação do empreendimento.

PROGRAMAS AMBIENTAIS

41. Como serão executadas as medidas para prevenir e atenuar os impactos negativos, ou aumentar os efeitos dos impactos positivos?

Com base no Estudo de Impacto Ambiental, uma série de medidas para prevenir, corrigir, amenizar ou compensar os impactos negativos e ampliar os aspectos positivos foram criados. Essas medidas compõem os Planos e Programas Ambientais que serão executados durante todas as etapas do empreendimento, do início das obras até sua fase de funcionamento.

Para o TUP Abaetetuba, foram propostos 23 Programas e Subprogramas Ambientais que visam garantir a implantação de todas as ações ambientais do empreendimento dentro do prazo necessário para prevenir a ocorrência dos impactos ambientais. Estes Programas e Subprogramas serão apresentados a seguir:

 

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PROGRAMA DE GESTÃO AMBIENTALEste programa irá organizar a execução e o controle das ações de vários Programas Ambientais e a adequar a condução ambiental das obras, mantendo um elevado padrão de qualidade

ambiental na sua implantação e operação, baseando na legislação aplicável e garantindo a participação coordenada de todos os atores envolvidosPROGRAMA DE CONSERVAÇÃO DA FLORA

Este Programa tem por objetivo diminuir o impacto do corte da vegetação sobre a diversidade de espécies da flora e do lugar onde habita a fauna. É composto por três Subprogramas: Subprograma de Supressão da Vegetação, Subprograma de Resgate de Germoplasma, e Subprograma de Reposição Florestal.

SUPROGRAMA DE SUPRESSÃO DA VEGETAÇÃOAs áreas de vegetação que serão cortadas serão marcadas antes desta atividade, evitando-se desta forma, cortes desnecessários.

SUBPROGRAMA DE RESGATE DE GERMOPLASMAPara preservar a biodiversidade e as espécies das árvores que serão cortadas, sementes e mudas serão coletadas para plantios na subbacia hidrográfica do rio Amazonas, e recuperação de áreas

degradadas pelas obras. SUBPROGRAMA DE REPOSIÇÃO FLORESTAL

Irá efetuar o reflorestamento de áreas de tamanho semelhante às que foram cortadas dentro da mesma bacia hidrográfica. PROGRAMA DE PROTEÇÃO, AFUGENTAMENTO E RESGATE DA FAUNA

Durante o corte da vegetação, os biólogos acompanharão todo o processo, resgatando e direcionando os animais para áreas seguras, próximas e semelhantes à área desmatada, com objetivo de reduzir o impacto sobre os animais da região, com objetivo de reduzir o risco dos animais da região se acidentarem.

PROGRAMA DE MONITORAMENTO DA FAUNADefine atividades direcionadas ao acompanhamento e monitoramento da fauna silvestre da região permitindo o levantamento de informações sobre os animais da área, antes, durante e após

as obras, possibilitando uma melhor avaliação das possíveis interferências da implantação e operação do empreendimento e elaboração de medidas que reduzam os impactos. PROGRAMA DE MONITORAMENTO DE QUELÔNIOS

O Programa tem como objetivo identificar possíveis áreas de reprodução da tartaruga-da-amazônia (Podocnemis expansa) e do tracajá (Podocnemis unifilis), para avaliar as alterações no comportamento das espécies em função do aumento do tráfego de embarcações.

PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PGRSO Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos apresenta procedimentos adequados para diminuir os impactos gerados pelo lixo, através coleta, separação dos resíduos,

acondicionamento e seu destino final adequado. PROGRAMA DE CONTROLE DE EMISSÕES ATMOSFÉRICAS

Este programa tem como objetivo o controle da geração de poeira e fumaça durante as obras, molhando as estradas de acesso das obras e fazendo a manutenção dos caminhões e máquinas PROGRAMA DE CONTROLE DE EFLUENTES

Este programa visa o gerenciamento dos efluentes líquidos (esgotos) a serem gerados na fase implantação e operação do empreendimento, de forma a evitar que estes sejam destinados ao rio Tocantins ou igarapés próximos, ou no solo, sem nenhum tipo de tratamento, o que poderia contaminar as águas subterrâneas.

PROGRAMA DE CONTROLE DE RUÍDOSEste programa tem como principal objetivo controlar todo o barulho gerado pelas obras de implantação do empreendimento.

PROGRAMA DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS - PRADEste Programa tem como objetivo principal recuperar as áreas que foram alteradas (degradadas) pela construção do empreendimento. Os principais fatores que causam a degradação das

terras são a retiradas das árvores que deixam a terra exposta, movimentação de terra para a construção do terminal portuário. Assim esse programa prevê a recuperação de todas essas áreas que sofrerão intervenções.

 

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PROGRAMA DE PREVENÇÃO E CONTROLE DE PROCESSOS EROSIVOS EDE ASSOREAMENTOÉ o programa que permitirá o controle e monitoramento das erosões (buracos) na área onde será instalado o empreendimento através da drenagem das águas de chuva e do plantio das áreas

de encostas e rampas das obras. PROGRAMA DE CONTROLE DA POLUIÇÃO DA MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS

Este programa tem o objetivo de definir regras a serem obedecidas para cada área de serviço, a fim de controlar a poluição na movimentação de cargas e nas operações portuárias. PROGRAMA DE MONITORAMENTO DA QUALIDADE DA ÁGUA SUPERFICIAL E SUBTERRÂNEA, SEDIMENTOS LÍMNICOS E EFLUENTES LÍQUIDOS

Este programa tem a função preventiva e de controle, pois permite o acompanhamento das alterações da qualidade da água, comunidades aquáticas e sedimentos, assim como dos efluentes (esgotos) ao longo de todas as etapas de implantação e operação do empreendimento.

PROGRAMA DE SELEÇÃO E CAPACITAÇÃO DA MÃO DE OBRAEste Programa busca aumentar as chances de contratação de profissionais locais e/ou regionais através da divulgação de vagas, dos pontos de entrega de currículos, das fases do

empreendimento, e características das atividades a serem executadas. Além disso, deverá esclarecer os trabalhadores contratados pelo empreendimento sobre questões de gestão ambiental, conduta profissional em situações de segurança e bom convívio junto à

população local/regional PROGRAMA DE SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO

O objetivo deste programa é assegurar e promover a saúde e a segurança dos trabalhadores da obra, durante a construção e operação do empreendimento. Dessa forma, leva em consideração todas as normas regulamentadoras de segurança, higiene e saúde do trabalhador; assim como a prevenção e o controle dos impactos que possam trazer problemas ao quadro de saúde pública

local, evitando-se sobrecarga dos serviços de saúde da região. PROGRAMA DE AUDITORIA AMBIENTAL

Este programa tem como objetivo fiscalizar as ações propostas nos demais, mantendo um elevado padrão de qualidade ambiental na implantação e operação do empreendimento PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RISCOS

O programa tem como objetivo identificar, analisar e avaliar os eventuais riscos impostos ao meio ambiente, às comunidades vizinhas e às instalações da implantação e operação do TUP Abaetetuba.

PROGRAMA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL - PCSEste Programa tem por objetivo disponibilizar formas de comunicação entre o empreendedor e as comunidades situadas na área de influência do empreendimento, dando abertura para a

população encontrar informações sobre todo o processo de gestão ambiental das obras, com foco na divulgação de materiais publicitários com as informações de interesse para a sociedade civil, entidades representativas, governo local, entre outros

SUBPROGRAMA DE ORIENTAÇÃO À SINALIZAÇÃO NÁUTICA DE SEGURANÇA AOS USUÁRIOS DA VIA NAVEGÁVEL DE ACESSO AO EMPREENDIMENTOO objetivo deste programa é promover ações educativas para divulgar as normas de navegação estabelecidas pela Marinha do Brasil, e navegação no entorno de áreas de restrição à navegação, que podem melhorar a segurança da vida humana no rio, a segurança da navegação e a proteção ao meio ambiente nas áreas em que haja intensa movimentação de embarcações ou risco de

acidente.PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL - PEA

Envolve atividades de educação ambiental para a população afetada pelo empreendimento e também para os trabalhadores, de modo a promover a construção de valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, contribuindo para sua qualidade de vida e sustentabilidade.

PROGRAMA DE ATENDIMENTO À COMUNIDADE QUILOMBOLAPromover a proteção do Território Quilombola e facilitar o estabelecimento de uma convivência sadia e proveitosa entre a população quilombola e o empreendimento, partindo do princípio

de que a comunidade garanta seus direitos sobre o território, mantenha sua cultura e tradições.

 

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AÇÕES DE AQUISIÇÃO DE INSUMOS As ações de aquisição de insumos na região do empreendimento serão desenvolvidas através de parcerias com associações comerciais e de serviços locais para compras de materiais e

contratação de serviços de terceiros na implantação e operação do empreendimento. Ainda, com a consultoria do SEBRAE, em caso de geração de novos negócios. PROGRAMA DE MITIGAÇÃO DOS IMPACTOS SOBRE A COMUNIDADE PESQUEIRA

Tem o objetivo de fortalecer a sustentabilidade econômica das comunidades pesqueiras fomentando o desenvolvimento do setor de pesca na região. PROGRAMA DE PROSPECÇÃO ARQUEOLÓGICA, INVENTÁRIO CULTURAL E EDUCAÇÃO PATRIMONIAL

Considerando a ocorrência de sítios arqueológicos na região do empreendimento serão executadas ações para diminuir e compensar os impactos prováveis do Terminal, com a intenção de resgatar os sítios encontrados e monitorá-los. Estas ações serão ligadas diretamente a obtenção das outras licenças ambientais e serão desenvolvidas junto ao Instituto de Patrimônio Histórico e

Artístico Nacional - IPHAN PROGRAMA DE RESGATE E MONITORAMENTO DE ACHADOS DO PATRIMÔNIO ARQUEOLÓGICO E EDUCAÇÃO PATRIMONIAL

Caso identificados sítios arqueológicos na ADA e AID do terminal, este programa tem como objetivo realizar escavações dos sítios existentes, executar levantamento topográfico, fotográfico e demais registros, datar os objetos arqueológicos identificados, entre outras ações voltadas a proteção deste material

 

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42. Quais as principais conclusões do EIA sobre este empreendimento?

O Estudo de Impacto Ambiental considera o TUP Abaetetuba um empreendimento ambientalmente viável quanto a sua locação e tecnologia propostas.

A instalação e operação do Terminal deverá ser baseada na implantação de um conjunto de medidas e programas ambientais propostos no EIA buscando minimizar e compensar os impactos negativos ao ambiente natural, bem como ampliar os impactos positivos em curto, médio e longo prazo.

 

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GLOSSÁRIO

Afluente – curso d’água que desemboca em outro curso maior ou em um lago. Tributário.

Água subterrânea - água de ocorrência natural na zona saturada do subsolo.

Água superficial - água que ocorre em corpos cuja superfície livre encontrasse em contato direto com a atmosfera, isto é, acima de superfície topográfica.

Animais silvestres – todos os animais que vivem livres em seu ambiente natural. Anfíbio - grupo de animais de pele fina e úmida, que vivem uma parte da vida na água e outra sobre a terra.

Aquífero - estrato ou formação geológica que permite a circulação da água através dos seus poros ou fraturas, de modo a que o homem possa aproveitá-la em quantidades economicamente viáveis tendo em conta um determinado uso.

Ar - mistura de gases que formam a atmosfera. (Meteorologia)

Área Diretamente Afetada - aquela ocupada com estruturas pertencentes ao empreendimento, em terra e em água, incluindo os locais de apoio como canteiro de obras, acessos, áreas de empréstimo e bota-fora.

Área de Influência Direta - aquela sujeita aos impactos diretos da instalação e operação do empreendimento.

Área de Influência Indireta - aquela que, de forma indireta, pode sofrer os impactos da implantação e operação do terminal.

Argissolo - em geral são solos que têm em comum um aumento substancial no teor de argila, variando a partir da superfície de arenosa a argilosa, e de média a muito argilosa; apresentam profundidade variável e cores predominantemente avermelhadas ou amareladas.

Assoreamento - processo de obstrução por areia, lama ou outro sedimento do leito do rio, canal ou desembocadura em consequência da erosão natural ou provocada pelo homem.

Avaliação de impacto ambiental - ação executada através de métodos estruturados visando coletar, avaliar, comparar, organizar e apresentar informações e os dados sobre os prováveis impactos ambientais de um empreendimento.

Avifauna - conjunto de espécies de aves que vivem em uma determinada área.

Bacia hidrográfica - conjunto de terras drenadas por um rio principal e seus afluentes. A noção de bacias hidrográfica inclui naturalmente a existência de cabeceiras ou nascentes, divisores d’água, cursos d’água principais, afluentes, subafluentes, etc.

 

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Biota - conjunto de seres vivos que habitam um determinado ambiente ecológico.

Biótico - é o componente vivo do meio ambiente. Inclui a fauna, flora, vírus, bactérias, etc.

Desmatamento - operação que objetiva a supressão total da vegetação nativa de determinada área para o uso alternativo do solo.

Diagnóstico ambiental – é o conhecimento de todos os componentes ambientais de uma determinada área para a caracterização de sua qualidade ambiental.

Ecologia - o estudo do meio ambiente natural e das relações dos organismos uns com os outros e com os seus arredores.

Ecossistema - complexo dinâmico de comunidades vegetais, animais e de microrganismos e o meio inorgânico, com o qual interagem como unidade funcional.

Efluente - qualquer tipo de água ou liquido, que flui de um sistema de coleta, ou de transporte.

Entomofauna - conjunto de espécies de insetos que vivem em uma determinada área.

Entorno - área que envolve um compartimento particular da paisagem com feições distintas deste.

Erosão - processo pelo qual a camada superficial do solo ou partes dele é retirada pela ação das gotas de chuva, ventos e ondas e são transportadas e depositadas em outro lugar.

Estudo de impacto ambiental - Exigência legal para o licenciamento de qualquer empreendimento que possa modificar o meio ambiente.

Fauna - conjunto de animais que habitam determinada região.

Fitoplâncton - é o conjunto de organismos microscópicos que realizam fotossíntese e são adaptados a passar parte ou todo o tempo da sua vida em suspensão em águas abertas oceânicas ou continentais.

Flora - totalidade das espécies vegetais que compreende a vegetação de uma determinada região, sem qualquer expressão de importância individual.

Fragmento florestal – qualquer área de floresta nativa, em estágio inicial, médio ou avançado de regeneração, sem qualquer conexão com áreas florestais vizinhas, separado destas por áreas agrícolas, pastagens, reflorestamentos ou mesmo áreas urbanas.

Fumaça - aerossol constituído por partículas resultantes da combustão incompleta de materiais orgânicos, geralmente com diâmetros inferiores a 1 micron.

Gases - são substâncias que se encontram em estado gasoso a temperatura de 25o C e sob uma atmosfera de pressão.

 

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Geologia - ciência que trata da origem e constituição da Terra.

Habitat - ambiente que oferece um conjunto de condições favoráveis para o desenvolvimento, a sobrevivência e a reprodução de determinados organismos.

Herpetofauna - conjunto de espécies de répteis e anfíbios que vivem em uma determinada área.

Hidrogeologia - ramo da Geologia que estuda o armazenamento, circulação e distribuição da água na zona saturada das formações geológicas, tendo em conta as suas propriedades físicas e químicas, interação com o meio físico e biológico e suas reações à ação do homem.

Ictiofauna - conjunto de espécies de peixes que vivem em uma determinada área.

Impacto ambiental - qualquer alteração das propriedades físico-químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam a saúde, a segurança e o bem-estar da população, as atividades sociais e econômicas, a biota, as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente, enfim, a qualidade dos recursos ambientais.

Latossolo - são solos profundos, em geral muito pobres, ocupando as superfícies mais velhas e estáveis da paisagem. São de textura variável, de média a muito argilosa, porosos, macios e permeáveis, apresentando pequena diferença no teor de argila em profundidade e, comumente, são de baixa fertilidade natural. Existem variados tipos de latossolos, que se diferenciam, dentre vários outras características, pela sua cor, fertilidade natural, teor de óxidos de ferro e textura.

Licença de Instalação - documento emitido pelo órgão ambiental (SEMAS/PA) que autoriza a implantação do empreendimento.

Licença de Operação - documento emitido pelo órgão ambiental (SEMAS/PA) que autoriza o funcionamento do empreendimento.

Licença Prévia - documento emitido pelo órgão ambiental (SEMAS/PA) que atesta a viabilidade ambiental do empreendimento.

Manejo - aplicação de programas de utilização dos ecossistemas, naturais ou artificiais, baseada em conhecimentos ecológicos sólidos.

Mastofauna - conjunto das espécies de mamíferos que vivem numa determinada região.

Meio ambiente - tudo o que cerca o ser vivo, que o influencia e que é indispensável à sua sustentação. Estas condições incluem solo, clima, recursos hídricos, ar, nutrientes e os outros organismos.

Meio Socioeconômico – relativo aos aspectos sociais, econômicos e culturais decorrentes da presença humana em uma região.

 

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Meio Biótico - relativo aos organismos vivos, ou elementos bióticos de um ecossistema, que são a fauna e a flora.

Meio Físico – relativo ao ar, água, solo, clima, etc.

Parâmetro bacteriológico – critério a ser utilizado na análise de bactérias presentes nas águas amostradas para análise.

Parâmetro físico – critério a ser utilizado na análise de aspectos físicos (cor, turbidez, etc.) presentes nas águas amostradas para análise.

Parâmetro hidrobiológico – correspondem ao estudo da estrutura, composição e diversidade das comunidades biológicas aquáticas, a saber: fitoplâncton, zooplâncton, zoobentos e macrófitas aquáticas.

Parâmetro químico – critério a ser utilizado na análise de aspectos químicos (pH, elementos químicos, etc.) presentes nas águas amostradas para análise.

Poeiras - são pequenas partículas sólidas, com diâmetro de 0,1 micron a mais de 100 micra, originada de parcelas maiores, por processos mecânicos de desintegração, como lixamento, moagem, etc., ou poeiras naturais como o pólen, esporos, etc.

Poluição - efeito que um poluente produz no ecossistema. Qualquer alteração do meio ambiente prejudicial aos seres vivos, particularmente ao homem.

Qualidade ambiental – estado do ar, da água, do solo e dos ecossistemas, em relação aos efeitos da ação humana.

Qualidade de vida - aspectos que se referem às condições gerais da vida individual e coletiva: habitação, saúde, educação, cultura, lazer, alimentação, etc.

Recursos ambientais - a atmosfera, as águas interiores, superficiais e subterrâneas, os estuários, o mar territorial, o solo, o subsolo, os elementos da biosfera, a fauna e a flora.

Relevo - configuração geral de uma paisagem; diz respeito às formas de terreno que compõe a paisagem.

Resíduos sólidos - constitui-se de material inútil, indesejado ou descartado, popularmente conhecido como lixo..

Ruído - qualquer sensação sonora indesejável ou um som indesejável que invade nosso ambiente, ameaçando nossa saúde, produtividade, conforto e bem estar.

Saneamento - controle de todos os fatores do meio físico que exercem ou podem exercer efeito deletério, sobre o bem-estar físico, mental ou social do homem.

 

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Sítio Arqueológico – é um local onde são encontrados vestígios dos homens que viveram no passado. Esses vestígios são os restos de suas casas, de sua alimentação, seus instrumentos de trabalho, suas armas, seus enfeites e pinturas.

Solo - formação natural superficial, de pequena rigidez e espessura variável. Compõe-se de elementos minerais (silte, areia e argila), húmus, nutrientes (como cálcio e potássio), água, ar e seres vivos, como as minhocas.

Supressão vegetal – retirada / corte da cobertura vegetal.

Termo de Referência - é o documento preparado pela SEMAS que orienta o empreendedor na elaboração do EIA/RIMA.

Terraplenagem - preparo do terreno para receber a construção, envolvendo um conjunto de operações de escavação, transporte, depósito e compactação de terras.

Turbidez – medida de transparência de uma amostra ou corpo d’água, em termos da redução de penetração da luz, devido à presença de matéria em suspensão.

Unidades de Conservação - são extensões do território nacional, protegidas legalmente, conforme seu tipo.

Vazão - volume de água, medido em litros por segundo ou metros cúbicos por hora, que é retirado de um poço, por meio de uma bomba ou compressor; a vazão pode ser natural, como no caso de uma fonte ou nascente.

Ventos - deslocamentos do ar devido às diferentes condições de temperatura e pressão do ar na Terra; podem ser de dois tipos: planetários (ou regulares) e periódicos.

Vetor – são animais (insetos, ratos, etc.) que transmitem doenças de um animal para o outro ou para o ser humano.

Zoobentos – conjunto de animais que vivem no substrato (fundo) dos rios e mares.

Zooplâncton – Corresponde aos organismos aquáticos de tamanho reduzido que vivem dispersos na coluna d’água, com meios de locomoção limitados.

 

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SIGLAS

ADA - Área Diretamente Afetada

AID - Área de Influência direta

AII - Área de Influência Indireta

APP - Área de Preservação Permanente

CIPA - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes

CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente

CRBio - Conselho Regional de Biologia

CREA - Conselho Regional de Engenharia e Agronomia

EIA - Estudo de Impacto Ambiental

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IQA - índice de Qualidade da Água

LI - Licença de Instalação

LO - Licença de Operação

LP - Licença Prévia

m3/h - metros cúbicos por hora

PIB - Produto Interno Bruto

PRAD - Plano de Recuperação de Áreas Degradadas

RIMA - Relatório de Impacto Ambiental

SEMAS /PA- Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Estado do Pará

TR - Termo de Referência

UC - Unidade de Conservação