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Relatório de Sustentabilidade 2014 | 2015

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Relatório de Sustentabilidade 2014 | 2015

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BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2014/2015 3

VISÃO GERAL 4

A BIOSEV 4DESTAQUES DA SAFRA 2014/2015 6PRINCIPAIS INDICADORES 8RECONHECIMENTOS 9MENSAGEM DA ADMINISTRAÇÃO 10

SOBRE O RELATÓRIO 12

MATERIALIDADE E LIMITES 12

ESTRATÉGIA E GESTÃO 16

DIRECIONAMENTO E VISÃO DE FUTURO 17 Engajamento com as partes interessadas 18 Compromissos e certificações 20

GOVERNANÇA 22 Comportamento ético 23 Gestão de riscos 23 Riscos na cadeia de fornecedores 24

DESEMPENHO 26

GESTÃO OPERACIONAL 26 Indicadores de desempenho 27 Qualidade e responsabilidade sobre produtos 30

RESULTADOS FINANCEIROS 31 Mercado de capitais 33

GESTÃO DE PESSOAS 34 Saúde e segurança 37 Capacitação 39

MEIO AMBIENTE 41 Impactos de transporte e logística 41 Gestão de emissões 41 Gestão de recursos hídricos 42

SOCIEDADE 46

SUMÁRIO GRI 49

INFORMAÇÕES CORPORATIVAS 54

ÍNDICE

Page 4: Relatório de Sustentabilidade 2014 | 2015

A Biosev S.A. é atualmente a segunda maior processadora de cana-de-açúcar do mundo, com capacidade para moer 36,4 milhões de toneladas por ano, produzir 2,5 milhões de toneladas de açúcar e 1,6 milhão de metros cúbicos de álcool, além de exportar 1.346 GWh de energia elétrica proveniente da biomassa. Na safra 2014/2015 empregava 15,2 mil pessoas, mantinha 340 mil hectares de terras gerenciadas e 1,2 mil fornecedores. GRI G4-3

Com centros administrativos nas cidades de São Paulo (SP) e Sertãozinho (SP), 11 unidades agroindustriais – distribuídas em quatro polos localizados nas Regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste do Brasil – e um terminal no Porto de Santos (SP), realiza todas as etapas de produção: desde plantio, colheita e processamento de cana-de-açúcar, até armazenagem, logística e comercialização de produtos no Brasil e em outros 27 países na América do Norte, América do Sul, África, Europa, Ásia e Oriente Médio. GRI G4-6

Com diferentes linhas de açúcar, álcool e nutrição animal, a empresa comercializa seus produtos para indústrias dos setores de alimentos, bebidas, cosmética e farmacêutica e distribuidoras de combustíveis. No varejo, vende açúcar com as marcas Estrela e Dumel, sendo a Estrela uma das líderes de mercado da Região Nordeste. Além disso, comercializa energia proveniente de geração excedente de nove de suas unidades, que são autossuficientes.

A empresa foi criada em 2000, a partir da aquisição da Usina Cresciumal, atual unidade de Leme, pelo Grupo Louis Dreyfus Commodities, seu acionista controlador. Abriu o capital em abril de 2013 e negocia ações na Bolsa de Valores de São Paulo (BM&FBovespa). GRI G4-7

A BIOSEV

Visão geral

4 BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2014/2015

Page 5: Relatório de Sustentabilidade 2014 | 2015

Polo Ribeirão Preto

18,0

MAPA DE ATUAÇÃO GRI G4-6, G4-8

POLOS E UNIDADESCapacidade de moagem (milhões t/ano)

2,1

3,2

2,86,5

6,1

5,03,3

1,8

1,2

1,8

GiasaPedras de Fogo (PB)

EstivasArez (RN)

Lagoa da PrataLagoa da Prata (MG)

LemeLeme (SP)

Rio BrilhanteRio Brilhante (MS)

Passa TempoRio Brilhante (MS)

MaracajuMaracaju (MS)

2,6Continental Colômbia (SP)

Santa ElisaSertãozinho (SP)

Vale do RosárioMorro Agudo (SP)

UMBMorro Agudo (SP)

Terminal de Açúcar do Guarujá (Teag)Porto de Santos

Centro administrativo

São Paulo

Centroadministrativo

Sertãozinho

Obs.: Não considera a unidade Jardest (Jardinópolis/SP), colocada em hibernação na safra 2013/2014

PoloNordeste

3,0

Polo Leme-Lagoa

da Prata

5,3

Polo Mato Grosso

do Sul

10,1

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Desempenho econômico

Na safra 2014/2015, a Biosev realizou consulta às suas partes interessadas, resultando na priorização dos temas de maior impacto dentro e fora da organização. A seguir são apresentados os temas materiais com seus respectivos destaques do período.

Qualidade e responsabilidade sobre os produtos

Compromissos setoriais e certificações

Impactos socioambientais do

transporte e logística

Impactos socioeconômicos: desenvolvimento

local e relacionamento com as partes interessadas

Investimento de

R$ 9,9 milhõesem gestão e preservação ambiental

Presença estratégica em quatro polos agroindustriais

com distribuição geográfica que permite mitigar os riscos relacionados ao clima

Emissões de fontes renováveis

representaram 87% do total, atingindo 0,24 tCO2e por tonelada de cana produzida, em comparação a 0,23 tCO2e na safra anterior

Implementação de melhorias no reaproveitamento de água condensada do processo, otimização de caldeiras,

adequações nas moendas, instalação de torres de resfriamento e lavagem industrial com água de reúso

Retração de

3,6%na Taxa de Frequência de Acidentes de Trabalho

Queda de

16,0%na Taxa de Gravidade de Acidentes de Trabalho

Aumento de

3,1%no ATR* cana (128,7 kg/t)

Crescimento de

16,7% na receita de energia

*ATR: Açúcar Total Recuperável

Moagem de

28,3 milhõesde toneladas na safra

R$ 4,5 BIInvestimento de

R$ 448,5 milem ações nas comunidades

Capacitação, saúde e segurança dos trabalhadores

Gestão de emissões

Resiliência a variações climáticas

Gestão dos recursos hídricos

Gestão de riscos socioambientais da cadeia de fornecedores

RECEITA LÍQUIDA

R$16 milhõesFluxo de Caixa Livre (FCL)

Mato Grossodo Sul Ribeirão

Preto

Leme-Lagoada Prata

Nordeste

Ingresso da International Finance Corporation (IFC), do Banco Mundial, como acionista da Biosev

Certificação NBR ISO 22000:2006

para a Unidade Estivas

Engajamento de fornecedores

sobre o novo Código Florestal

e Cadastro Ambiental

Rural (CAR)

Início do Diagnóstico Social Participativo, que será condensado em um mapa de impactos sociais, ambientais e econômicos das operações.

Investimento de

R$ 13,7 milhõesem saúde e segurança

Tema transversal da materialidade, a GOVERNANÇA E GESTÃO DE RISCOS SOCIOAMBIENTAIS

permeia todo o negócio e é o fio condutor de cada aspecto e das atividades da companhia

DESTAQUES DA SAFRA 2014/2015

GRI G4-19, G4-27

Page 7: Relatório de Sustentabilidade 2014 | 2015

Desempenho econômico

Na safra 2014/2015, a Biosev realizou consulta às suas partes interessadas, resultando na priorização dos temas de maior impacto dentro e fora da organização. A seguir são apresentados os temas materiais com seus respectivos destaques do período.

Qualidade e responsabilidade sobre os produtos

Compromissos setoriais e certificações

Impactos socioambientais do

transporte e logística

Impactos socioeconômicos: desenvolvimento

local e relacionamento com as partes interessadas

Investimento de

R$ 9,9 milhõesem gestão e preservação ambiental

Presença estratégica em quatro polos agroindustriais

com distribuição geográfica que permite mitigar os riscos relacionados ao clima

Emissões de fontes renováveis

representaram 87% do total, atingindo 0,24 tCO2e por tonelada de cana produzida, em comparação a 0,23 tCO2e na safra anterior

Implementação de melhorias no reaproveitamento de água condensada do processo, otimização de caldeiras,

adequações nas moendas, instalação de torres de resfriamento e lavagem industrial com água de reúso

Retração de

3,6%na Taxa de Frequência de Acidentes de Trabalho

Queda de

16,0%na Taxa de Gravidade de Acidentes de Trabalho

Aumento de

3,1%no ATR* cana (128,7 kg/t)

Crescimento de

16,7% na receita de energia

*ATR: Açúcar Total Recuperável

Moagem de

28,3 milhõesde toneladas na safra

R$ 4,5 BIInvestimento de

R$ 448,5 milem ações nas comunidades

Capacitação, saúde e segurança dos trabalhadores

Gestão de emissões

Resiliência a variações climáticas

Gestão dos recursos hídricos

Gestão de riscos socioambientais da cadeia de fornecedores

RECEITA LÍQUIDA

R$16 milhõesFluxo de Caixa Livre (FCL)

Mato Grossodo Sul Ribeirão

Preto

Leme-Lagoada Prata

Nordeste

Ingresso da International Finance Corporation (IFC), do Banco Mundial, como acionista da Biosev

Certificação NBR ISO 22000:2006

para a Unidade Estivas

Engajamento de fornecedores

sobre o novo Código Florestal

e Cadastro Ambiental

Rural (CAR)

Início do Diagnóstico Social Participativo, que será condensado em um mapa de impactos sociais, ambientais e econômicos das operações.

Investimento de

R$ 13,7 milhõesem saúde e segurança

Tema transversal da materialidade, a GOVERNANÇA E GESTÃO DE RISCOS SOCIOAMBIENTAIS

permeia todo o negócio e é o fio condutor de cada aspecto e das atividades da companhia

Page 8: Relatório de Sustentabilidade 2014 | 2015

8 BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2014/2015

PRINCIPAIS INDICADORES

2012/2013 2013/2014 2014/2015Variação 2013/2014

X 2014/2015

ECONÓMICO-FINANCEIROS

Receita líquida (R$ milhões) 4.152 4.267 4.513 5,8%

Lucro bruto (R$ milhões) – caixa 1.848 1.641 1.765 7,6%

EBITDA ajustado (R$ milhões) 1.286 1.147 1.335 16,4%

Margem EBITDA ajustada 31,0% 26,9% 29,6% 2,7 p.p.

Resultado líquido (R$ milhões) -619,6 -1.466,8 -499 -66,0%

Dívida líquida ajustada (R$ milhões) 3.660 3.302 4.139 25,3%

PATRIMONIAIS

Ativo total (R$ milhões) 9.737 9.529 10.262,0 7,7%

Patrimônio líquido 2.464 1.537 569 -63,0%

AÇÕES 1

Nº de ações (ON) - 206.810.613 219.628.363 6,2%

Cotação em 31/3 (R$/ação) - 8,5 5,6 -34,1%

Valor de mercado (R$ milhões) - 1.758 1.234 -29,8%

Volume financeiro médio diário (R$ mil) - 472 177 62,5%

OPERACIONAIS

Moagem (mil toneladas) 29.533 30.009 28.315 -5,6%

Própria 18.515 17.623 17.248 -2,1%

Terceiros 11.018 12.386 11.067 -10,6%

Utilização da capacidade instalada (%) 73,8% 79,2% 77,8% -1,8%

Produção (mil t ATR Produto) 2 3.860 3.767 3.653 -3,0%

Açúcar (mil t) 2.136 1.723 1.623 -5,8%

Etanol (mil m3) 952 1.150 1.152 0,2%

Mecanização da colheita 93% 94,7% 94,9% 0,2%

Cogeração de energia para venda (GWh) 619 712 896 25,8%

SOCIOAMBIENTAIS

Total de colaboradores 16.450 16.124 15.243 -5,8%

Consumo de água/tonelada de cana processada (m3/tc) 3

1,34 1,37 1,18 -13,9%

Emissões de gases de efeito estufa (tCO2e/tc) 3 0,26 0,27 0,28 5,4%

1 As ações da Biosev começaram a ser negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo em 19 de abril de 2013 2 ATR = Açúcar Total Recuperável 3 Emissões totais; tCO2e = toneladas de carbono equivalente; tc = tonelada de cana

GRI G4-9

Page 9: Relatório de Sustentabilidade 2014 | 2015

RECONHECIMENTOS

PRÊMIO SUPPLIERS DA COCA-COLA FEMSA

Unidades Lagoa da Prata e Santa Elisa

MARCAS MAIS VENDIDAS

Conferido ao açúcar Estrela, no Setor Atacadista Distribuidor e no Varejo de Vizinhança e Supermercado até quatro check-outs, de acordo com a Nielsen

12º PRÊMIO VISÃO AGRO BRASIL

Concedido pela revista Visão da Agroindústria, na categoria Logística e Transporte de cana-de-açúcar

TOP 10 EM BIOENERGIA DO ANUÁRIO MELHORES DO AGRO 2014

Promovido pela revista Globo Rural, com ranking das 500 maiores empresas do agronegócio

PRÊMIO MASTERCANA BRASIL 2014

Categoria Desempenho-Estratégia & Gestão, na premiação organizada pela revista MasterCana

PRÊMIO MÉRITO RURAL

Promovido pelo Sistema Faepa/Senar, reconheceu a Unidade Giasa

PRÊMIO EXCELÊNCIA FERMENTEC

Concedido pelo centro de pesquisas e consultoria Fermentec às Unidades Santa Elisa e Vale do Rosário

BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2014/2015 9

Page 10: Relatório de Sustentabilidade 2014 | 2015

10 BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2014/2015

GRI G4-1.1, G4-2

MENSAGEM DA ADMINISTRAÇÃO

Avanços importantes de nosso plano de negócios marcaram a safra 2014/15, em um movimento de busca incessante de eficiência operacional,

com engajamento de colaboradores no alcance de resultados. Foi um período de consolidação da estrutura operacional descentralizada que criamos no final da safra anterior, quando constituímos quatro polos agroindustriais.

Assim, mesmo na adversidade climática representada por uma seca história na Região Sudeste do Brasil, alcançamos os objetivos prioritários traçados no começo da safra, com destaque para o Fluxo de Caixa Livre (FCL) de R$ 16 milhões, superando inclusive a meta de FCL neutro, e para a redução do endividamento de curto prazo, que passou de 36% para 26% do total da dívida.

Ao mesmo tempo, registramos evolução importante em saúde e segurança dos colaboradores, com redução de 3,6% na taxa de frequência de acidentes e de 16% na taxa de gravidade, e avançamos no modelo meritocrático, com remuneração atrelada ao desempenho.

Proximidade foi um conceito importante nos nossos relacionamentos com fornecedores, clientes e comunidades. Levamos a liderança de nossa área operacional para o polo de Ribeirão Preto, com o principal objetivo de promover integração de equipes e agilidade na gestão, na compreensão de que o nosso negócio é agrícola. Buscamos as melhores práticas de operação numa visão de longo prazo, pois entendemos que só assim daremos sustentabilidade ao negócio.

Aceleramos os movimentos na direção da crença de que a cadeia de valor tem papel fundamental no nosso negócio. Como uma das empresas líderes do setor, assumimos com mais clareza o papel de sermos o elo dessa

cadeia e nos dedicamos a aprofundar esses relacionamentos. Com o apoio do projeto Mais Cana, os fornecedores passam a integrar de forma mais efetiva o nosso planejamento. Também buscamos estar próximos dos clientes finais, ampliando a venda de produtos de valor agregado, como açúcar líquido e etanol neutro, e mantendo uma maior presença no mercado de energia.

Além disso, a criação dos polos marcou também uma relação de mais proximidade com as comunidades vizinhas de nossas operações industriais e agrícolas, no esforço de levar nossos valores em atividades relacionadas à educação e à saúde, promovendo a integração da Biosev em suas áreas de atuação, fortalecendo relações de confiança e duradoras.

Nesse sentido, vamos avançar na próxima safra a partir do Diagnóstico Social Participativo em todas as nossas unidades que permitirá elaborar um mapa de impactos sociais, ambientais e econômicos de nossas atividades e, a partir daí, adotar medidas efetivas de gestão.

Dentro de casa fizemos um trabalho muito grande de aceleração dos valores culturais, com uma definição clara de quais são os pilares do espírito Biosev, nossa maneira de trabalhar. Definimos três dimensões – conquista, trabalho em equipe e busca incessante da excelência – para melhorar o nosso desempenho, e sempre tendo como base as questões de saúde, segurança e meio ambiente.

Enfrentamos a seca extrema com o apoio do que chamamos Projeto Alavancas, buscando exatamente ideias que impulsionassem o resultado, superando adversidades do ambiente externo. Exemplo disso é o desenvolvimento do negócio de energia elétrica, rodando as unidades de cogeração de energia além do período de

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Mesmo na adversidade climática representada por uma seca história na Região Sudeste do Brasil, alcançamos os objetivos prioritários traçados no começo da safra"

safra a partir de biomassa externa – como de capim, poda urbana, palha, cavaco de madeira – e geramos 10% mais do que o obtido apenas com o bagaço de cana. E assim, o negócio de energia passou a ser mais relevante no nosso portfólio, dando resiliência para a empresa.

Esse direcionamento foi reforçado durante o ano com o ingresso do International Finance Corporation (IFC) no capital da companhia, o que sinaliza a confiança desse investidor estratégico no nosso Plano de Negócios e na qualidade da gestão da Biosev.

Entendemos que a disciplina financeira e operacional e a aplicação de boas estratégias comerciais preparam a espinha dorsal da companhia para um processo contínuo e forte de ganhos de produtividade.

Rui ChammasDiretor-Presidente

BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2014/2015 11

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12 BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2014/2015

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BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2014/2015 13

Pelo quarto ano consecutivo, a Biosev apresenta seu Relatório de Sustentabilidade, que traz informações sobre o desempenho econômico, social e ambiental de suas operações localizadas nas Regiões Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste do Brasil. Os dados se referem à safra 2014/2015, que compreende o período de 1º de abril de 2014 a 31 de março de 2015. GRI G4-28, G4-30

O documento segue as diretrizes da Global Reporting Initiative (GRI), na sua versão G4, com abordagem dos aspectos mais relevantes e de maior impacto na perspectiva da empresa e de seus principais públicos de relacionamento.

Os dados socioambientais são referenciados em normas trabalhistas brasileiras e nas certificações ISO 9001, ISO 22000 e Bonsucro. Já os indicadores financeiros, auditados pela Deloitte Touche Tohmatsu, seguem os padrões internacionais de contabilidade (International Financial Reporting Standards – IFRS) e abrangem, além da Biosev S.A. e de sua controlada Biosev Bioenergia S.A., as empresas: Biosev Bioenergia Internacional S.A.; Biosev Bioenergia Ltda.; Bioenergia Finance International B.V.; Biosev Bioenergia S.A.; Biosev Terminais Portuários e Participações Ltda.; Biosev Passatempo Bioenergia S.A.; Crystalsev Comércio e Representações Ltda.; Sociedade Operadora Portuária de São Paulo Ltda.; Terminal de Exportação de Açúcar do Guarujá Ltda. (Teag); Crystalsev Participações Ltda.; Crystalsev Internacional S.A.; Crystalsev Fomento Ltda.; Crystalsev Serviços de Intermediação de Negócios Ltda.; Crystalsev Bioenergia Ltda.; Indumel – Indústria e Comércio de Melaço Ltda.; e Agrícola e Comercial MB Ltda. Os dados não financeiros não passaram por auditoria externa. GRI G4-17, G4-33

Sobre o Relatório

MATERIALIDADE E LIMITESGRI G4-18

Para esta edição, a Biosev realizou um novo processo de materialidade, com o objetivo de identificar os aspectos mais relevantes para o negócio na opinião de suas partes interessadas, considerando impactos, riscos e oportunidades. A atividade de definição dos temas para a estruturação do conteúdo foi realizada pela consultoria BSD, seguindo recomendações da GRI e os princípios da norma AA1000.

Os temas foram priorizados em uma matriz de materialidade, a partir de uma análise quantitativa, qualitativa e subjetiva que ponderou os critérios de influência na avaliação dos stakeholders e a importância dos impactos econômicos, sociais e ambientais.

Nesse processo, foram identificados 11 temas prioritários, sendo um deles transversal a todos os outros: Governança e Gestão de Riscos Socioambientais.

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PESQUISAS DE FONTES SECUNDÁRIAS INTERNAS E EXTERNAS Análise de documentos da Biosev (relatórios anuais, resultados da materialidade anterior, programas e projetos socioambientais); benchmarks de empresas do setor sucroenergético; estudos setoriais; e pesquisa de mídia sobre a companhia e o setor.

CONSULTA AOS STAKEHOLDERS INTERNOS 32 entrevistas para diagnóstico social com público interno – superintendentes dos polos, gerentes e diretores – e apresentação dos resultados à Diretoria.

MATRIZ DE MATERIALIDADE E VALIDAÇÃODefinição de temas materiais para o conteúdo do relatório por meio de análise quantitativa, qualitativa e subjetiva, considerando influência na avaliação dos stakeholders e importância dos impactos econômicos, ambientais e sociais da organização.

1

2

3

ETAPAS DO PROCESSO DE MATERIALIDADE

COM

ERC

IALIZA

ÇÃO

FORN

ECEDORES DE IN

SUMOS

FORNECEDORES AGRÍCOLAS

LEGENDA

INDÚSTRIA

BIOSEV

AGRÍCOLA

LIMITE DOS TEMAS MATERIAIS

14 BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2014/2015

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Desempenho econômico (G4-EC1)

Governança e gestão de riscos socioambientais (GRI G4-34 a G4-40 e G4-42 a G4-50)

Compromissos setoriais e certificações (GRI G4-15 e G4-16)

Qualidade e responsabilidade sobre os produtos (GRI G4-PR1; G4-PR3 e G4-PR9)

Capacitação, saúde e segurança dos trabalhadores (GRI G4-LA1; G4-LA4; G4-LA6; G4-LA9; G4-LA12; G4-LA13 e G4-LA16)

Gestão de riscos socioambientais da cadeia de fornecedores (GRI G4-LA15; G4-HR5; G4-HR6; G4-HR8; G4-HR11; G4-HR12; G4-SO10; G4-EN29 e G4-EN33)

Gestão de emissões (GRI G4-EN17; G4-EN29; G4-EN30; G4-EN33 e G4-EN34)

Impactos socioambientais do transporte e da logística (GRI G4-EN17; G4-EN29; G4-EN30; G4-EN33; G4-EN34; G4-SO10; G4-SO11; G4-LA16; G4-HR12)

Gestão dos recursos hídricos (GRI G4-EN8; G4-EN12; G4-EN22; G4-EN29; G4-EN33 e G4-EN34)

Resiliência a variações climáticas (GRI G4-14; G4-EC2 e G4-EN19)

Impactos socioeconômicos: Desenvolvimento local e relacionamento com as partes interessadas. (GRI G4-26; G4-27; G4-EC8; G4-HR8 e G4-SO1)

COM

ERC

IALIZA

ÇÃO

FORN

ECEDORES DE IN

SUMOS

FORNECEDORES AGRÍCOLAS

LEGENDA

INDÚSTRIA

BIOSEV

AGRÍCOLA

LIMITE DOS TEMAS MATERIAIS

BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2014/2015 15

Page 16: Relatório de Sustentabilidade 2014 | 2015

16 BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2014/2015

A safra 2014/2015 foi de consolidação da nova estrutura organizacional definida no período anterior, quando foram criados quatro polos agroindustriais – Ribeirão Preto, Leme/Lagoa da Prata, Mato Grosso do Sul e Nordeste. Nesse processo, a empresa reviu seu posicionamento e a forma de conduzir os negócios, com a definição de uma nova visão e do espírito Biosev, sustentado por

três dimensões: conquista, trabalho em equipe e excelência. GRI G4-56

O conceito foi disseminado entre a liderança e, na safra 2015/2016, deve ser amplamente divulgado entre as equipes e permear a relação entre a empresa e seus colaboradores, clientes, fornecedores e parceiros.

Estratégia e gestão

VISÃO BIOSEVLiderar o setor sucroenergético gerando resultados sustentáveis, a partir da terra, de parcerias e de conhecimento, produzindo de modo eficiente alimentos e energia, para servir aos nossos clientes.

ESPÍRITO BIOSEVConquista: é o que se obtém com uma visão ambiciosa e alinhada com os padrões da Biosev.

Trabalho em equipe: união que fortalece as relações da organização e promove a agilidade de um grupo, na solução de problemas ou busca de resultados.

Excelência: nível de qualidade excelente em práticas, processos, serviços e produtos, confirmada por performance elevada e estabilidade no tempo.

ATITUDES ● Liderar ● Respeito às diferenças ● Exigência

● Foco no resultado ● Transparência ● Fazer o certo

● Criatividade ● Engajamento ● Conhecimento

● Comparar-se aos melhores ● Espírito de servir ● Produtividade

● Disciplina

Page 17: Relatório de Sustentabilidade 2014 | 2015

BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2014/2015 17

DIRECIONAMENTO E VISÃO DE FUTUROPara cumprir esta visão de futuro, foi definido que o foco de gestão da companhia está concentrado em três pilares: otimização de ativos; exploração de produtos e mercados; e redução da alavancagem financeira.

Otimização dos seus quatro grupos de ativos: 1) biológicos, 2) corte, colheita e transporte, 3) açúcar e etanol e 4) cogeração. Isso significa:

▶ Uso das mais avançadas tecnologias agrícolas, industriais e da informação, para alcançar os melhores índices de desempenho do mercado, a exemplo de automação agrícola, agricultura de precisão e introdução de novas variedades de cana-de-açúcar, entre outras.

▶ Aperfeiçoar a estrutura logística (transporte, armazéns e terminais portuários).

▶ Aumentar a capacidade de cogeração e exportação de energia elétrica a partir da expansão do uso de combustíveis complementares – como palha de cana-de-açúcar, capim elefante e outros tipos de biomassa.

▶ Fidelização de fornecedores com uma visão integrada da cadeia, de forma a garantir suprimento de cana-de-açúcar para atender às necessidades atuais e futuras da companhia, com qualidade e competitividade.

▶ Qualificação e sistematização dos processos, assegurando a excelência operacional.

2. Exploração de produtos e mercados

▶ Inteligência de mercado para imprimir flexibilidade ao mix de produção de açúcar e etanol, de forma a garantir equilíbrio sobre as oscilações dos preços, identificando o melhor momento de comercialização de produtos e os mercados mais rentáveis.

▶ Priorizar produtos de maior valor agregado, a exemplo do açúcar líquido.

3. Redução da alavancagem financeira

▶ Alongamento do perfil do endividamento, aproveitando a conclusão do ciclo de crescimento via aquisições e investimentos em expansão de capacidade. No encerramento da safra, a dívida líquida ajustada representava 3,1 vezes a geração de caixa expressa pelo EBITDA.

1

2

3

Priorizar produtos de maior valor agregado, a exemplo do açúcar líquido

Page 18: Relatório de Sustentabilidade 2014 | 2015

Etapa1Entrevistas internas com a liderança da companhia (matriz e unidades) para a atualização do mapa de públicos de interesse e a identificação dos impactos da Biosev nas comunidades onde está presente.

Etapa2Entrevistas externas com pessoas-chave para o relacionamento, alguns públicos e especialistas acerca de temáticas identificadas como prioritárias.

Etapa3Realização de painéis de diálogo com representantes das comunidades vizinhas às unidades.

DIAGNÓSTICO SOCIAL PARTICIPATIVOENGAJAMENTO COM AS PARTES INTERESSADAS GRI G4-DMA, G4-24, G4-25, G4-26, EC8, SO1

Com o objetivo de aprofundar o relacionamento com as partes interessadas, foi realizado em 2014 o mapeamento dos públicos nas 11 unidades operacionais. A partir dessa listagem, essa identificação foi aprimorada e teve início um Diagnóstico Social Participativo, executado em três etapas e destinado a mapear impactos sociais, ambientais e econômicos das atividades da companhia.

O Diagnóstico será concluído no início da safra 2015/2016, com o resultado condensado em um mapa de impactos sociais, ambientais e econômicos para embasar o desenvolvimento de um Plano de Engajamento de Partes Interessadas, que permitirá manter o diálogo iniciado com o processo.

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Público Ações

Clientes ▶ Comunicação permanente com as áreas Comercial e de Qualidade

▶ Visitas técnicas

▶ Serviço de Atendimento ao Consumidor (via 0800) para as marcas Estrela e Dumel

▶ Planos de ação de melhorias gerenciados pela Gestão da Qualidade Corporativa

▶ Participação em reuniões e workshops promovidos pelos clientes

▶ Divulgação das demandas de Segurança de Alimentos e do ranking de fornecedores

▶ Pesquisa anual de satisfação

Investidores e acionistas

▶ Reuniões periódicas e teleconferências trimestrais para a apresentação de resultados

▶ Encontro presencial anual com investidores, com abordagem sobre o atual cenário do setor sucroenergético e seus desafios

▶ Realização da reunião pública da Apimec (Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais)

Fornecedores ▶ Contatos constantes por meio da área de Originação

▶ Encontros anuais com fornecedores de cana para apresentar resultados, boas práticas ambientais, iniciativas de produtividade e leis trabalhistas

▶ Agenda anual de palestras técnicas com temáticas relacionadas a como evitar incêndios, controle de tráfego, mecanização da colheita, entre outras

Colaboradores ▶ Comunicação presencial, por meio de reuniões, diálogos diários de segurança, canais online e off-line, como intranet, informes, newsletter, murais, campanhas motivacionais e de reconhecimento, que tratam de assuntos de interesse como remuneração, treinamento, capacitação, produtividade, reconhecimento e integração com a comunidade

▶ Realização de Diagnóstico de Comunicação Interna para aprimorar a comunicação entre colaboradores e revitalizar os canais de comunicação (Rede Biosev de Comunicação)

Imprensa ▶ Atividades de relacionamento e divulgação para a imprensa internacional, nacional, regional e especializada, com apoio da assessoria de imprensa, por meio do envio de notícias, comunicados, sugestões de pauta, atendimento a demandas e agendamento de entrevistas com executivos

Academia ▶ Em iniciativa-piloto, a unidade Santa Elisa recebeu um grupo da Kansas State University (EUA) – alunos de graduação e pós-graduação, professores e assistentes da área de Agronomia – quando apresentou as operações e atividades ligadas ao setor sucroenergético brasileiro

Comunidades, Prefeituras e ONGs

▶ Programa de Visitas, agenda de diálogo e ações relacionadas à temática social, realizadas pela área de Responsabilidade Social e liderança das unidades operacionais, que buscam envolver a sociedade de forma geral e, mais especificamente, as populações próximas das áreas operacionais da companhia

ATIVIDADES DE ENGAJAMENTO

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CANAL DE COMUNICAÇÃO

Como parte da estratégia de relacionamento com partes interessadas, a empresa criou na safra o sistema Fale com a Biosev, composto por canais de comunicação para acolher manifestações e dúvidas. O objetivo é estabelecer uma relação de reciprocidade e confiança com os diversos públicos acolhendo suas preocupações e demandas, de forma sistemática, contínua e organizada para que a empresa possa encaminhar providências necessárias de tratamento e retorno. Dessa maneira, a empresa busca reduzir riscos, evitar ou atuar mais rapidamente sobre eventuais impactos e aprimorar o diálogo e o relacionamento com partes interessadas.

O Fale com a Biosev é operado de forma independente, por empresa especializada, com o objetivo de manter a confidencialidade e, quando uma opção do usuário, o anonimato da manifestação.

Por meio do canal de voz 0800 para chamadas gratuitas, do site na internet e intranet, são recebidas chamadas de emergência (24h para acidentes ou incêndios, por exemplo), demandas de serviço de atendimento ao cliente (SAC), denúncias de violação ao código de conduta, além de sugestões, reclamações e dúvidas.

Uma vez que o canal passará por um processo de estruturação e aperfeiçoamento na safra 2015/2016, será possível realizar o registro sistemático das queixas e reclamações e publicar os resultados no próximo período de relato. GRI G4-EN34, G4-LA16, G4-HR12, G4-SO11, G4-SO5

COMPROMISSOS E CERTIFICAÇÕES

As 11 unidades operacionais da Biosev fabricam produtos seguindo as boas práticas, baseadas em requisitos regulamentares nacionais (RDC 275 – Anvisa) que contam com a verificação de itens relevantes para o sistema de gestão de segurança do alimento.

Durante a safra 2014/2015, a Unidade Estivas recebeu a certificação NBR ISO 22000:2006, que contempla requisitos sobre segurança do alimento, em que a organização deve ter controle sobre sua cadeia produtiva – desde o recebimento da matéria-prima até a expedição dos produtos finais – e demonstrar sua habilidade em controlar os perigos, a fim de garantir que o alimento esteja seguro no momento do consumo humano. As Unidades Santa Elisa e Lagoa da Prata também são certificadas.

Reciprocidade e confiança com os diversos públicos, acolhendo suas preocupações e demandas

▶ Fale com a Biosev 0800 940 9199

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CERTIFICAÇÕES DE QUALIDADE

CERTIFICAÇÃO ESCOPO

Bonsucro EU Production Standard

Santa Elisa: a certificação de etanol (anidro, hidratado, neutro) e açúcar (cristal e VHP) abrange a cadeia de custódia, incluindo unidade industrial, fazendas próprias e arrendadas, além do porto. Contempla a redução dos impactos ambientais e sociais da produção de cana-de-açúcar, por meio de um padrão com princípios, critérios e indicadores

EPA e Carb Vale do Rosário, MB, Santa Elisa, Leme e Giasa: produzem etanol combustível registrado no Programa RFS2 (Renewable Fuel Standard 2 – Padrão de Combustível Renovável), pela Agência Americana de Proteção Ambiental (EPA), para comercialização nos Estados Unidos.

Vale do Rosário, MB, Santa Elisa e Leme: para o Estado da Califórnia (EUA), a companhia conta com o registro no Programa LCFS (Low Fuel Carbon Standard – Padrão de Combustível de Baixo Carbono), da Câmara de Recursos Atmosféricos da Califórnia (Carb)

NBR ISO 9001:2008 Santa Elisa: Produção e venda de açúcar (cristal, líquido, líquido invertido), álcool (anidro, hidratado, extraneutro, refinado, destilado alcoólico) e energia elétrica

MB: Colheita, carregamento, transporte de cana, produção e venda de açúcar cristal, álcool anidro, álcool hidratado e energia elétrica

Vale do Rosário: Produção e venda de açúcar cristal, álcool anidro, álcool hidratado e energia elétrica

NBR ISO 22000:2005 Santa Elisa: Fabricação de açúcar (líquido, líquido invertido e cristal)

Estivas: Produção de açúcar refinado

Lagoa da Prata: Produção de açúcar cristal

Certificação Kosher Santa Elisa, MB e Vale do Rosário: A produção de açúcar, álcool anidro e álcool hidratado das unidades atende aos critérios da comunidade judaica

Para cumprir o compromisso de desenvolver suas atividades de forma sustentável e fomentar o desenvolvimento da indústria sucroenergética, a Biosev participa das entidades representativas do setor, entre as quais: União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica); Associação dos Produtores de Bioenergia de Mato Grosso do Sul (Biosul) e Siamig (entidade que reúne a Associação das Indústrias Sucroenergéticas e os sindicatos da Indústria de Fabricação do Álcool e da Indústria do Açúcar de Minas Gerais). GRI G4-16

Na busca por novas tecnologias e novas variedades de cana-de-açúcar, a companhia também atua conjuntamente com o Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), do qual é acionista; a Canavialis (Monsanto); e a Ridesa – Rede de Universidades Federais (UFSCar – unidades de SP e MS / UFV – Unidade LPT/UFRPE – Unidades NE).

Todas as unidades da companhia localizadas no Estado de São Paulo são signatárias do Protocolo Ambiental, iniciativa do governo paulista de desenvolver ações que estimulem as boas práticas ambientais e a sustentabilidade do setor sucroenergético por meio de um certificado de conformidade, renovado anualmente.

Dentre as principais iniciativas estão a antecipação dos prazos de eliminação da queima da palha de cana-de-açúcar, a proteção dos remanescentes florestais de nascentes e matas ciliares, o controle de erosões e a adoção das melhores práticas de uso do solo. GRI G4-15

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GOVERNANÇAA Biosev busca constantemente a excelência em sua gestão. Listada no Novo Mercado da Bolsa de Valores de São Paulo (BM&FBovespa), que exige o mais alto padrão de governança corporativa, adota as melhores práticas e os direitos iguais em sua forma de conduzir os negócios. Para que não haja conflitos de interesse, mantém normas e práticas previstas na Lei das Sociedades por Ações e no regulamento do Novo Mercado. Soma-se a isso a Política de Transações com Partes Relacionadas que apresenta regras para a contratação de transações dessa natureza, de forma a preservar e proteger os interesses da empresa.

ESTRUTURA DE GOVERNANÇA

Sua estrutura de governança é composta por um Conselho de Administração e uma Diretoria-Executiva. Para fiscalizar as atividades da administração e analisar as demonstrações financeiras, o Estatuto Social prevê um Conselho Fiscal de caráter não permanente, instalado quando convocado mediante deliberação dos acionistas. GRI G4-34

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Órgão mais alto de governança da Biosev, o Conselho de Administração (CA) é responsável por estabelecer as diretrizes gerais dos negócios, como estratégias de longo prazo, controle e fiscalização de desempenho da empresa, bem como pela supervisão da gestão e aderência a normas e regulamentos. Ao menos uma vez a cada trimestre, o Conselho reúne-se para deliberar sobre os aspectos relacionados a desempenho econômico, social e ambiental.

É composto por nove membros, eleitos em Assembleia Geral, sendo quatro independentes (sem qualquer vínculo com a empresa, de acordo com regulamento do Novo Mercado) e nenhum executivo. O mandato de dois anos é unificado, sendo permitida a reeleição.

A BIOSEV POSSUI TRÊS COMITÊS DE APOIO AO CONSELHO:

Comitê Estratégico Responsável por revisar itens como plano de negócios, política de gestão de riscos, projetos de investimentos relevantes e de fusões e aquisições, propostas de orçamento, formação de joint ventures e associações que envolvam a companhia e as partes interessadas.

Comitê de AuditoriaAlém de atender a possíveis atribuições eventualmente determinadas pelo presidente do Conselho de Administração, é responsável por revisar as demonstrações financeiras, analisar a Política de Transações entre Partes Relacionadas e sugerir possíveis adequações; revisar a proposta de honorários de contratação do auditor independente e as políticas e práticas de conformidade da empresa, bem como por analisar o risco de fraudes.

Comitê de Recursos Humanos Cabe ao grupo revisar políticas e planos de remuneração e benefícios dos colaboradores e administradores, em linha com as condições de mercado, e sugerir modificações quando necessário.

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DIRETORIA

Nomeada pelo Conselho de Administração, a Diretoria-Executiva coordena e supervisiona as atividades da companhia, inclusive os riscos e as conformidades em relação a normas internas, leis e regulamentos, e busca conduzir os negócios sob a ótica do melhor desempenho nos âmbitos econômico, social e ambiental.

Para mitigar os riscos de violação aos direitos do trabalho, a Diretoria conta com o apoio de um Comitê Trabalhista, constituído pelas áreas Jurídica, Operação, Recursos Humanos e pelo diretor-presidente. Além de avaliar casos e possíveis processos, o grupo busca promover ações preventivas.

COMPORTAMENTO ÉTICO

Para nortear as atitudes diárias e a postura pessoal de colaboradores, assim como de conselheiros de administração, a companhia conta com um Código de Conduta que, juntamente com outros valores internos, constitui parte fundamental da governança da Biosev.

Disponível no site institucional e de Relações com Investidores e na intranet, o Código também é apresentado para os novos colaboradores nas atividades de integração à companhia. O documento institui diretrizes para a conduta ética, assim como normas, limites e condições específicas que visam prevenir o risco de corrupção. Nele, são abordados temas como discriminação, assédio moral ou sexual, segurança no trabalho, conflito de interesse, trabalho infantil ou análogo ao escravo e questões indígenas.

Denúncias relacionadas ao descumprimento dos princípios do Código podem ser feitas por meio do Linha Ética, um canal de comunicação específico. Todos os casos recebidos são registrados e apresentados ao Comitê de Auditoria, que, após análise da Auditoria Interna, define as medidas cabíveis. Outro canal é o Fale com a Biosev, um número de telefone 0800 operado por empresa especializada, que recebe diferentes tipos de manifestações de todos os públicos da companhia. (Mais informações sobre o Fale com a Biosev na página 20).

GESTÃO DE RISCOS GRI G4-2

A Biosev identifica e monitora continuamente seus fatores de risco por meio de um sistema de gestão integrado, em que é definida a aplicação de técnicas de análise de aspectos/impactos de todas as atividades da companhia. No sistema, a avaliação de impactos de processos ou produtos é estabelecida por meio do cruzamento de dados de probabilidade versus consequência, resultando em uma matriz de risco, bem como da análise de dados históricos e de discussões em grupos multidisciplinares.

Entre outros fatores, a empresa pode ser afetada em casos de revogação dos incentivos fiscais atualmente concedidos, condições não favoráveis de financiamento, não cumprimento com os índices financeiros previstos nos contratos, riscos de acidentes em operações agrícolas, industriais e logísticas, falhas ou inadequações nos sistemas de gestão de informação e de controle de risco, exposição a movimentos sociais, etc.

No âmbito econômico, há uma Política Financeira e de Gestão de Riscos que abrange parâmetros prudentes e orientações a todos os stakeholders. Disponível na Central de Downloads da página de Relações com Investidores na internet (www.biosev.com/ri), determina objetivos de médio prazo, como limites de alavancagem, além de definir diretrizes mínimas de estrutura de dívida, gestão de riscos cambiais e de preços.

O Departamento de Gestão de Riscos realiza o cálculo, a mensuração, a análise, a mitigação e o monitoramento de exposição aos fatores de risco, bem como a tomada de ações corretivas convenientes.

Na gestão dos riscos socioambientais, a empresa adota o princípio de precaução, segundo o qual “quando uma atividade representa ameaças de danos ao meio ambiente ou à saúde humana, medidas de precaução devem ser tomadas, mesmo se algumas relações de causa e efeito não forem plenamente estabelecidas cientificamente”. GRI G4-14

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RISCOS NA CADEIA DE FORNECEDORES GRI G4-DMA, G4-12

A companhia reconhece os fornecedores como parte essencial de seus negócios. Os contratos para fornecimento de cana-de-açúcar são divididos em duas categorias: parceria ou arrendamento (a Biosev possui posse da área e é responsável por toda operação agrícola) e fornecedores (os fornecedores entregam a cana na usina ou, em alguns casos, a companhia colhe direto na área do fornecedor). No período, 39% da cana utilizada pela companhia originou- -se de fornecedores.

Na safra 2014/2015, a Biosev passou por um extenso processo de due diligence realizado pela equipe do IFC (International Finance Corporation), novo acionista da empresa, que possui oito padrões de desempenho, entre eles, a gestão de impactos na cadeia de fornecimento. Dessa forma, em consonância com os padrões sociais e ambientais, a empresa tem elaborado ações para gerenciar os impactos presentes em sua cadeia.

Uma das ações de destaque no período compreendeu palestras de engajamento e informações sobre o novo Código Florestal e sobre o Cadastro Ambiental Rural (CAR), realizadas para parceiros e fornecedores, como forma de mitigar os riscos socioambientais. O CAR é um registro público criado com o intuito de integrar as informações ambientais das propriedades e posses rurais, compondo uma base de dados para controle, monitoramento, planejamento ambiental, planejamento econômico e combate ao desmatamento ilegal. GRI G4-EN33

Também são realizados encontros com fornecedores, promovidos pela área de Originação, que ocorrem nos polos e abordam temas como os desafios e perspectivas do setor sucroenergético.

SELEÇÃO GRI G4-DMA, 5; G4-HR5; G4-HR6; G4-HR11; SO10

A Biosev avalia fatores econômicos, técnicos (logística e viabilidade de colheita – manual ou mecânica) e de conformidade legal (condições ambientais como presença de reserva legal, existência de termos de ajustamento de conduta) para as decisões de compra de cana e/ou parceria agrícola. Além disso, 100% dos contratos de fornecimento de cana possuem cláusulas de direitos humanos sobre a proibição do emprego de mão-de-obra infantil ou sob condições análogas à escrava. As operações de plantio e colheita manual são passíveis desse risco, mas não houve identificação de casos dessa natureza durante a safra. GRI G4-EN33; G4-HR12

Adicionalmente, a empresa tem operações mecanizadas e estimula seus fornecedores a realizarem a mecanização, a fim de obter maior eficiência e um ambiente de trabalho mais adequado e especializado. No período, o índice de mecanização da colheita própria atingiu 94,9%, 0,2 p.p. acima do registrado na safra anterior. Já em relação ao plantio, a Biosev tem realizado investimentos de forma consistente visando aumentar o rendimento e a eficiência das colhedoras. Como resultado, o índice de mecanização do plantio passou de 86,5% na safra anterior para 94,0% na safra 2014/2015.

No período, a companhia iniciou o aprimoramento de procedimentos para a gestão sistemática e garantia de ausência de trabalho forçado e infantil na sua cadeia de fornecedores de cana-de-açúcar.

MAIS CANA

Uma das principais iniciativas de relacionamento com fornecedores é o programa Mais Cana, uma via de mão dupla que traz benefícios tanto para a Biosev, quanto para os prestadores de serviços. Aplicado em todas as unidades, envolve uma série de ferramentas para promover maior sinergia e fidelizar os prestadores de serviços, com foco no incremento da produtividade e redução de custos. (Veja na página 25)

24 BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2014/2015

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BENEFÍCIOS DO MAIS CANA

Repasse de áreas para plantio de cana-de-açúcar

Repasse de áreas para plantio de cereais

Área realizada com estrutura Biosev1.948 hectares

Área realizada com adiantamento de recursos4.091 hectares

Total

6.039 hectares

Repasse para soja2.407 hectares

Repasse para amendoim400 hectares

Total

2.807 hectares

Compra de ICMS de fornecedores pela empresa Descontos sobre defensivos e fertilizantes

Ração para pecuária fornecida a preço de custo

Total

42.716 toneladas

Total

R$ 2.631.870,09

DefensivosR$ 2.167.842,11

FertilizantesR$ 6.244.286,25

Total

R$ 8.412.128,36

Venda de fazendas da companhia

Renovação/ reforma dos canaviais dos

fornecedores e parceiros

Condições especiais de venda

de mudas de cana-de-açúcar

Adiantamento de recursos financeiros

para compra de cana, parceria

agrícola e compra de soqueira

Transferência de tecnologia por

meio de palestras técnicas

BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2014/2015 25

Page 26: Relatório de Sustentabilidade 2014 | 2015

26 BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2014/2015

Com foco na disciplina para alcançar a excelência e o maior ganho na área agrícola, no período foram criadas as Prioridades Agrícolas, disseminadas para toda a equipe agrícola por meio de divulgação e treinamento, que serão também as diretrizes para a atuação em 2015/2016.

Desempenho

GESTÃO OPERACIONAL

PRIORIDADES AGRÍCOLAS

Segurança - Acidente Zero

Plantio sem Falhas

Colheita sem Arranquio

Aderência Varietal

Tecnologia e Automação - Piloto Automático/Computador de Bordo

Cuidar bem dos equipamentos

Como forma de aprimorar a produtividade, a companhia realizou algumas ações, como o trabalho de melhoria de solo, que permitiu colher melhores varietais; instalação de pátios para a produção de fertilizantes orgânicos a base de resíduos industriais, como torta de filtro e cinzas; e um projeto-piloto de bombeamento de vinhaça, que contribui para a otimização da mão de obra envolvida no processo de aplicação de vinhaça no campo, o controle adequado das vazões e aplicações. Estão em estudo pontos de melhoria para a prática de plantio alternado, visando à otimização da colheita.

Além disso, para garantir o aprimoramento de processos que envolvem tecnologia, a Biosev mantém parcerias com instituições como o Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), a Ridesa (RB) e a Canavialis (CV). Também nessa gama de tecnologias, desde fevereiro de 2015 está em uso um Veículo Aéreo Não Tripulado (Vant), que executa um plano de voo adquirindo fotografias aéreas de alta resolução, utilizadas para monitorar o canavial e falhas de plantio, ervas daninhas e algumas pragas.

Na safra, a companhia ainda passou a utilizar mudas pré-brotadas (MPB), com a introdução de novos materiais promissores para o plantio de viveiros, que levam a um menor consumo de mudas, além de aumentar a sanidade do canavial e acelerar a multiplicação de viveiros. Para 2015/2016, o foco será investir ainda mais em MPBs e observar os resultados.

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74+26M79+21M78+22M

INDICADORES DE DESEMPENHO OPERACIONAL

Na safra 2014/2015, a moagem atingiu 28,3 milhões de toneladas e a taxa de utilização da capacidade ficou em 77,8%, 1,4 ponto percentual abaixo da safra anterior.

A redução de 5,6% no volume de cana processada foi ocasionada principalmente pela seca ocorrida nos Estados de São Paulo e Minas Gerais, o que provocou a redução de produtividade dos canaviais nos Polos Agroindustriais de Ribeirão Preto (RP) e Leme-Lagoa da Prata (LL). A moagem proveniente dos canaviais sob gestão da Biosev apresentou redução de apenas 2,1% em relação à safra anterior.

Um dos destaques foi o crescimento de 13,4% no volume de moagem do Polo Agroindustrial do Mato Grosso do Sul (MS), que atingiu 7,8 milhões de toneladas. O desempenho foi impulsionado pela recuperação da produtividade no canavial, que havia sido afetada pela geada ocorrida em julho de 2013, e por melhorias implementadas ao longo da safra na gestão do ativo biológico.

Além disso, o Polo Agroindustrial do Nordeste atingiu seu melhor desempenho das últimas três safras, com moagem de 2,8 milhões de toneladas e taxa de utilização igual a 94,7%.

MOAGEM DE CANA (Mil toneladas)

2012/2013

30.099

28.315

2013/2014

2014/ 2015

29.533

77,8% capacidade utilizada

79,2% capacidade utilizada

73,8% capacidade utilizada 13,4%foi o crescimento no volume de moagem do Polo Agroindustrial do Mato Grosso do Sul (MS), que atingiu 7,8 milhões de toneladas

BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2014/2015 27

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PRODUTIVIDADE GRI G4-EC2

A produtividade dos canaviais medida pelo indicador TCH (tonelada de cana por hectare) atingiu 66,6 t/ha na safra 2014/2015, redução de 6,2% na comparação com a safra anterior, também ocasionada pela seca observada no Sudeste.

O teor de Açúcar Total Recuperável (ATR) da cana foi de 128,7 kg/t no período, um aumento de 3,1% em relação a 2013/2014. A evolução do indicador foi observada em todas as regiões, com destaque para o Polo Ribeirão Preto, em que o ATR Cana foi de 135,3 kg/t, aumento ocasionado pelo clima mais seco e por melhorias na gestão do canavial implementadas ao longo do ano-safra. O ATR do Polo MS ainda sofreu na safra 2014/2015 os efeitos negativos da geada de 2013.

Além da estratégia de geografia diversificada, com os quatro polos agroindustriais, a companhia criou o Programa Alavancas, que reúne uma série de iniciativas que buscam impulsionar o resultado dos negócios e compensar, entre outros, os impactos econômicos resultantes de eventos climáticos adversos que ocorreram ao longo da safra.

PRODUÇÃO

A produção em toneladas de ATR Produto foi de 3,65 milhões de toneladas, redução de 3,0% em relação à safra anterior, decorrente principalmente da queda de 6,2% no TCH, mas parcialmente compensada pelo aumento de 3,1% no ATR e, em menor escala, pelo aumento da eficiência no processo industrial medido pelo Rendimento Total Corrigido (RTC) em 0,3 p.p.

O mix da safra foi mais voltado para o etanol, com 50,2% do total da produção, ante 48,9% na safra anterior. Já o mix de anidro (etanol anidro sobre o total de etanol produzido), foi de 28,2% na safra, diminuição de 15,3 p.p. em relação a 2013/2014, ocasionada pelo maior direcionamento de vapor (necessário para a conversão do etanol hidratado em anidro) para as unidades de cogeração.

PRODUÇÃO DE AÇÚCAR(Mil t)

2.136

2012/2013

1.723

2013/2014

1.623

2014/2015

TONELADAS DE CANA POR HECTARE(TCH)

71,1

2012/2013

71,0

2013/2014

66,6

2014/2015

AÇÚCAR TOTAL RECUPERÁVEL(ATR – kg/t)

124,9 128,7133,0

2012/2013

2013/2014

2014/2015

PRODUÇÃO DE ETANOL(Mil m3)

952

2012/2013

1.150

2013/2014

1.152

2014/2015

28 BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2014/2015

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ENERGIA

As 11 usinas da Biosev são autossuficientes em energia, por conta do bagaço da cana-de-açúcar utilizado para a geração. Nove usinas produzem energia excedente, que é exportada ao Sistema Interligado Nacional, responsável pela geração e transmissão de energia elétrica para todo o Brasil.

A cogeração destinada para a venda aumentou 25,8% na safra 2014/2015, atingindo volume de 896 GWh. Essa performance decorre da melhoria de produtividade das unidades de cogeração da companhia, que é resultado dos investimentos realizados nos últimos anos, das melhorias na gestão operacional dos ativos e da geração de energia proveniente da queima de biomassa externa.

A produtividade das unidades de cogeração, expressa em volume de energia disponibilizada para a venda por tonelada de cana moída, aumentou 19,1%, passando de 27,1 kWh/t para 32,3 kWh/t, com destaque para os Polos de MS e LL, que registraram produtividades de 48,2 kWh e 38,2 kWh, respectivamente.

COGERAÇÃO DE ENERGIA PARA VENDA

896 GWh

712 GWh

619 GWh

2012/2013

2013/2014

2014/ 2015

Rio Brilhante (MS)

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QUALIDADE E RESPONSABILIDADE SOBRE PRODUTOS GRI G4-DMA, G4-PR1

Para garantir a qualidade dos produtos, as 11 unidades operacionais seguem as boas práticas de fabricação, baseadas em requisitos regulamentares nacionais (RDC 275 – Anvisa) que contam com a verificação de itens relevantes para o sistema de gestão de segurança do alimento. O gerenciamento dos requisitos regulamentares aplicáveis aos negócios da companhia é realizado por meio do software CAL, da Ius Natura.

As especificações técnicas de produtos comercializados são atualizadas e monitoradas pela Gestão da Qualidade Corporativa, que avalia os impactos na saúde e segurança do consumidor referentes a todos os produtos fabricados e analisa contaminantes físicos, químicos e microbiológicos. Os procedimentos incluem a elaboração de Fichas de Informações de Segurança dos produtos com todas as informações necessárias para a manipulação e o armazenamento e incluem as propriedades físico-químicas, toxicológicas, medidas de primeiros socorros e combate a incêndio, entre outras.

A verificação da aderência das unidades aos requisitos normativos das certificações de qualidade, que possuem validade de três anos (Santa Elisa, Vale do Rosário e MB), é realizada por meio de auditorias internas e externas por empresa terceirizada. (Mais informações em Compromissos e Certificações, na página 20)

ROTULAGEM GRI G4-PR3

Na especificação técnica de todos os produtos constam as seguintes informações: a forma correta de manuseio, as condições de armazenagem, conservação e transporte, as restrições ao uso, assim como o uso pretendido do produto, quando aplicável, como no caso do açúcar.

Os rótulos das embalagens dos produtos comercializados para o varejo (marcas próprias) atendem aos requisitos regulamentares nacionais, que determinam a publicação de informações nutricionais, dados de produção para a rastreabilidade (tipo de produto, lote de fabricação, data de fabricação, validade, safra, número sequencial de produção, quantidade) e orientações sobre a conservação e a origem do produto (unidade produtora).

Considerado como um alergênico em potencial, o sulfito presente no açúcar é monitorado durante as etapas de produção e no produto final e os valores considerados são os permitidos pelo Codex Alimentarius, fórum internacional de normatização do comércio de alimentos estabelecido pela Organização das Nações Unidas (ONU).

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RESULTADOS FINANCEIROSO desempenho financeiro apresentou importante evolução na safra, reflexo da disciplina financeira e operacional e de maiores preços de açúcar, etanol e energia, assim como do aumento do volume vendido de outros produtos.

A receita líquida evoluiu 5,8%, para R$ 4,5 bilhões, sendo 45,7% provenientes de açúcar e 37,5% de etanol, com equilíbrio entre mercado interno (49,9%) e externo (50,1%). O lucro bruto caixa (excluindo depreciações, amortizações e valor justo do ativo biológico) totalizou R$ 1,8 bilhão, alta de 7,5%, com margem bruta de 39,1%.

A geração de caixa, expressa pelo EBITDA ajustado (resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização), registrou crescimento de 16,3%, para R$ 1,3 bilhão, com margem de 29,6% (26,9% na safra anterior). O número reflete o melhor desempenho operacional da Biosev e é também resultado das melhorias de gestão implementadas ao longo do ano-safra.

Os investimentos somaram R$ 1,1 bilhão na safra 2014/15, redução de 6,1% em relação à safra anterior, concentrados em plantio (R$ 295,6 milhões), tratos culturais (R$ 287,6 milhões) e manutenção (R$ 408,8 milhões).

Destaque no período foi atingir um Fluxo de Caixa Livre de R$ 16 milhões, o que representa importante reversão comparativamente à safra anterior, quando o indicador foi negativo em R$192 milhões. O resultado sintetiza uma série de iniciativas estratégicas, operacionais, financeiras e organizacionais, destacando-se a redução em R$ 160 milhões das necessidades de capital de giro como resultado da melhor gestão de materiais e suprimentos, além da adequação dos prazos de pagamentos de fornecedores.

FLUXO DE CAIXA LIVRE (R$ MIL)

2013/14 2014/15 Variação %

EBITDA ajustado 1.147.817 1.335.402 187.585 16,3%

Investimentos (1.205.813) (1.132.339) 73.474 -6,1%

Juros (pagos)/recebidos (281.590) (346.880) (65.290) 23,2%

Variações nas necessidades de capital de giro 147.649 159.561 11.912 8,1%

Contas a receber (20.620) 4.527 25.147 -

Estoques 88.400 52.874 (35.526) -40,2%

Fornecedores 79.869 102.160 22.291 27,9%

Fluxo de Caixa Livre (191.937) 15.743 207.681 -

RECEITA LÍQUIDA(R$ milhões)

EBITDA E MARGEM EBITDA(R$ milhões)

INVESTIMENTOS(R$ milhões)

4.152

1.286

1.206 1.132

1.345

2012/2013

2012/2013

2012/2013

4.268

1.148

2013/2014

2013/2014

2013/2014

4.514

1.335

2014/2015

2014/2015

2014/2015

31,0%26,9%

29,6%

PARA CONSULTAR AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS USE

UM APLICATIVO PARA LER ESTE QR CODE EM TABLET OU CELULAR

OU ACESSE:http://ri.biosev.com

BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2014/2015 31

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ENDIVIDAMENTO

Outro destaque da safra 2014/2015 foi a redução do endividamento de curto prazo, que passou a representar 25,5% do total comparativamente a 35,8% na safra anterior, reflexo do compromisso da Biosev em alongar o perfil do seu endividamento.

Destacaram-se duas operações no mercado financeiro, realizadas na safra, que contribuíram para esse objetivo: em junho de 2014, foi contratada uma linha de crédito rotativo na modalidade Adiantamentos de Contratos de Câmbio (ACC) com vencimento em três anos, no valor de US$ 440 milhões, e no início de 2015 foi contratado um empréstimo de US$ 318 milhões, com vencimento em abril de 2018, na forma de pré-pagamento de exportações.

No encerramento da safra, a dívida bruta somava R$ 6,3 bilhões e a dívida líquida ajustada totalizava de R$ 4,1 bilhões representando 3,1 vezes o EBITDA ajustado.

RECEITA POR TIPO DE AÇUCAR2014/2015

RECEITA POR TIPO DE ETANOL 2014/2015

RECEITA LÍQUIDA POR PRODUTO2014/2015

RECEITA LÍQUIDA POR MERCADO 2014/2015

● 70,9% VHP

● 16,7% Cristal

● 7,9% Refinado

● 4,5% Cristal líquido

● 60,2% Hidratado

● 32,9% Anidro

● 6,9% Neutro e industrial

● 45,7% Açúcar

● 37,5% Etanol

● 6,3% Energia

● 10,5% Outros

● 50,1% Externo

● 49,9% Interno

71+17+8+4+L

60+33+7+L

46+38+6+10+L

51+49+LO endividamento de curto prazo na safra 2014/2015 passou a representar 25,5%

do total, comparativamente a 35,8% na safra anterior.

32 BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2014/2015

Page 33: Relatório de Sustentabilidade 2014 | 2015

COMPOSIÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO (R$ MIL) GRI G4-EC1

2012/2013 2013/2014 2014/2015 Variação (%)

VALOR ECONÔMICO DIRETO GERADO (VEG) 4.995.067 4.912.511 5.454.796 11,0%

1) Receitas 4.785.813 4.712.543 5.132.973 8,9%

2) Valor recebido em transferência 209.254 199.968 321.823 60,9%

VALOR ECONÔMICO DISTRIBUÍDO (VED) 4.995.067 4.912.511 5.454.796 11,0%

2) Custos operacionais 3.769.756 4.069.085 3.425.025 -15,8%

3) Colaboradores (salários e benefícios) 553.638 586.994 637.938 8,7%

4) Provedores de capital 641.920 -322.963 1.300.044 -502,5%

4.1) Remuneração de capitais de terceiros 1.261.478 1.143.836 1.798.761 57,3%

4.2) Remuneração de capitais próprios -619.558 -1.466.799 -498.717 -66,0%

5) Governo e sociedade (impostos, taxas e contribuições)

29.753 579.395 91.789 -84,2%

MERCADO DE CAPITAIS

Empresa de capital aberto desde abril de 2013, a Biosev tem suas ações negociadas na BM&FBOVESPA, compondo as carteiras dos índices de ações com governança corporativa diferenciada (IGC), das empresas que fazem parte do Novo Mercado (IGCNM) e que oferecem tag along diferenciado (Itag).

As opções de venda lançadas por ocasião de abertura de capital (put options) venceram em 21 de julho de 2014 e 99,9% delas (37.402.763 opções) foram exercidas pelo valor de R$16,57 por opção, sendo a contraparte o acionista controlador.

Em 17 de dezembro de 2014, o International Finance Corporation (IFC), braço financeiro do Banco Mundial, passou a integrar o quadro de acionistas da companhia, a partir da subscrição e integralização de até 12.817.750 novas ações a serem emitidas pela Biosev, no valor de R$ 128 milhões e equivalente a 5,8% do capital total.

Como resultado desse processo, o capital social aumentou para R$2.618.213.511 e o número de ações cresceu para 219.628.363 ações ordinárias. O free-float passou a ser de 27,75%. GRI G4-13

-50%

-30%

-10%

10%

30%

50%

abr/14 mai/14 jun/14 jul/14 ago/14 set/14 out/14 nov/14 dez/14 jan/15 fev/15 mar/15

IBOV BSEV3

DESEMPENHO DA AÇÃO

Fonte: Bloomberg, março de 2015

EXERCÍCIO DAS PUT OPTIONS

51.150 (1,8%)

R$5,62 (-33,1%)

BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2014/2015 33

Page 34: Relatório de Sustentabilidade 2014 | 2015

34 BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2014/2015

TOTAL DE COLABORADORES GRI G4-LA10

Homens

Mulheres

A Biosev conta com um grande contingente de colaboradores, que são parte fundamental para o desenvolvimento do negócio. Guiada pelo Espírito Biosev, que abrange conquista, trabalho em equipe e excelência, a companhia valoriza o clima organizacional, composto por um ambiente participativo, oportunidades de emprego, possibilidades de crescimento e realização profissional. (Mais informações sobre o Espírito Biosev em Estratégia e Gestão, na página 16)

Na safra 2014/2015, além dos efeitos da hibernação da unidade Jardest, realizada na safra anterior,

houve a internalização de algumas atividades que eram terceirizadas e também a retenção de colaboradores com contratos sazonais de entressafra (safristas de colheita). Com 15.243 colaboradores registrados no período, o quadro de pessoal observou redução de 5,8% sobre a última safra.

No exercício, 100% dos colaboradores da Biosev eram abrangidos por acordos de negociação coletiva e não há na empresa qualquer risco inerente à liberdade de associação desse tipo, já que são permitidas as associações e a participação sindical. GRI G4-11

GRI G4-DMA

2013/2014

2013/2014

2013/2014

2014/2015

2014/2015

2014/2015

3.029 380

3973.285

9.482 655

8.441

2.500 78

2.427

Centro-Oeste

Sudeste

Nordeste 75

617

GESTÃO DE PESSOAS

Page 35: Relatório de Sustentabilidade 2014 | 2015

BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2014/2015 35

EMPREGADOS POR REGIÃO GRI G4-10

2012/2013 2013/2014 2014/2015

Homens Mulheres Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres Total

Centro-Oeste 3.194 379 3.573 3.029 380 3.409 3.285 397 3.682

Nordeste 2.628 82 2.710 2.500 78 2.578 2.427 75 2.502

Sudeste 9.540 627 10.167 9.482 655 10.137 8.441 617 9.058

Total 15.362 1.088 16.450 15.011 1.113 16.124 14.153 1.090 15.243

EMPREGADOS POR TIPO E CONTRATO DE TRABALHO* GRI G4-10

2012/2013 2013/2014 2014/2015

Homens Mulheres Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres Total

Tempo determinado 2.894 73 2.967 2.892 99 2.991 1.805 76 1.881

Tempo indeterminado 12.468 1.015 13.483 12.119 1.014 13.133 12.348 1.014 13.362

Total 15.362 1.088 16.450 15.011 1.113 16.124 14.153 1.090 15.243*Todos os empregados são contratados em tempo integral, inclusive aqueles que trabalham em regime de escala

ROTATIVIDADE NA SAFRA 2014/2015 GRI G4-LA1

Média de empregados

no anoMédia de

admissõesMédia de

desligamentos

Taxa de admissões

(%)

Taxa de desligamento

(%)Rotatividade

(%)

POR GÊNERO 15.243 389 451 2,3 2,66 2,48

Mulheres 1.090 25 26 2 2,04 2,02

Homens 14.153 364 425 2,32 2,72 2,52

POR IDADE 15.243 389 451 2,3 2,66 2,48

18 a 25 anos 2.248 110 95 4,76 4,13 4,45

26 a 30 anos 2.945 80 92 2,6 3 2,8

31 a 40 anos 5.139 116 144 2,1 2,61 2,35

41 a 50 anos 3.209 58 77 1,59 2,11 1,85

51 a 60 anos 1.507 24 37 1,22 1,9 1,56

Mais de 60 anos 195 3 7 0,45 1,4 0,93

POR REGIÃO 15.243 389 451 2,3 2,66 2,48

Centro-Oeste 3.683 118 78 3,04 2 2,52

Nordeste 2.502 116 120 4,33 4,5 4,42

Sudeste 9.058 156 253 1,5 2,44 1,97

INDICADORES DE DIVERSIDADE 1 (%) GRI G4-LA12

POR GÊNERO POR FAIXA ETÁRIA

2013/2014 2014/2015 2013/2014 2014/2015

Homens Mulheres Homens Mulheres<30

anos30-50

anos>50

anos<30

anos30-50

anos>50

anos

Superintendentes/ Diretores/Presidente

87,5 12,5 88,52 11,48 - 52,6 43,8 - 64,59 35,41

Gerentes - - 81,77 18,23 - - - 8,58 77,97 13,45

Supervisores - - 89,41 10,59 - - - 15,30 73,32 11,38

Consultores - - 48,03 51,97 - - - 39,30 56,49 4,21

Coordenadores - - 91,80 8,20 - - - 22,20 66,32 11,48

Demais cargos - - 93,06 6,94 - - - 34,82 54,06 11,12

Percentual em relação ao total de funcionários

- - 92,85 7,15 - - - 34,07 54,77 11,16

1 Houve mudança de critério no reporte de 2014/2015 em relação ao de 2013/2014. O cargo de superintendente de polo não existia na estrutura da companhia e os grupos de consultores e coordenadores não eram inseridos na composição do indicador.

Page 36: Relatório de Sustentabilidade 2014 | 2015

de estímulo aos novos colaboradores, reforçando a importância da participação em Gestão Participativa, programa de captação de ideias, tanto para as questões operacionais, quanto para sugestões de redução de custos, qualidade e SSMA (Segurança, Saúde e Meio Ambiente).

REMUNERAÇÃO

A companhia busca alinhar sua política salarial às melhores práticas de mercado. Além disso, oferece pacote de benefícios que inclui assistência médica, vacinas, subsídio para despesas com farmácia, transporte fretado, vale-transporte, vale-refeição, cesta básica, previdência privada, pagamento de remuneração variável de acordo com o Programa de Participação nos Resultados (PPR), subsídio para educação e cursos de idiomas. Durante a safra, buscou promover maior transparência sobre o modelo de avaliação de metas e bônus, baseado em resultados da empresa, da área responsável e individual, com sessões de avaliação.

Na safra, dois projetos foram criados sob o guarda- -chuva de gestão de pessoas, um para aprimorar a liderança e outro para valorizar os colaboradores:

PROJETO GENTE QUE FAZ: Projeto-piloto no Polo Nordeste, tem como objetivo motivar, desenvolver e envolver gestores de pessoas para atuar diretamente nos resultados da empresa, além do desenvolvimento contínuo da liderança por meio de treinamentos divididos em módulos, com encontros mensais em que são abordados temas como legislação trabalhista, assédio moral e sexual, ferramentas de gestão, responsabilidade civil e criminal, entrevista por competência, gestão de treinamento e desenvolvimento, liderança e feedback. O próximo passo é levar o projeto aos demais polos da companhia.

PROJETO GENTE QUE CRESCE: Implantado no Mato Grosso do Sul, visa reconhecer os colaboradores que participam do crescimento contínuo e conjunto da empresa, por meio da identificação e do relato de suas trajetórias profissionais, que exemplificam as oportunidades de carreira oferecidas pela Biosev. Também servem

JUAREZ BERNARDINO IZIDIO Trajetória na Biosev – Unidade Maracaju

ADAILTON FÉLIX PEREIRA Trajetória na Biosev – Unidade Passa Tempo

Auxiliar Industrial (laboratório) Operador I Operador II Operador III Líder Industrial

Auxiliar de Serviços Gerais Líder de Desenvolvimento Agronômico

“ Graças a Deus, a minha trajetória é uma vitória! Trabalho sempre com dedicação para que meus colegas acreditem que com muito esforço poderão chegar onde eu cheguei.”

“ Agradeço à empresa pelo rápido reconhecimento do meu trabalho. A Biosev valoriza muito os colaboradores e a segurança para a execução do trabalho.”

03/04/1998

03/05/2012

36 BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2014/2015

Page 37: Relatório de Sustentabilidade 2014 | 2015

No período, foi realizada uma série de inspeções detalhadas em cada uma das instalações industriais, nas quais especialistas independentes avaliaram o risco de incêndio e explosão, e também valoraram cada um dos ativos fixos em risco. A alta qualificação técnica das avaliações permitiu à gestão industrial tomar melhores decisões de investimentos no parque industrial e forneceu às seguradoras uma percepção atualizada dos riscos nas operações.

Outros programas já existentes foram integrados ao Prisma, como o Segurança Baseada em Comportamento, que visa à melhoria na cultura de segurança, e o Programa de Segurança Veicular, que foca disseminar a importância do comportamento seguro na direção para eliminar os acidentes ocorridos com veículos leves e reduzir as multas por excesso de velocidade. Na safra, 100% da frota passou a ser monitorada e, para 2015/2016, será aprimorada a estratégia para a gestão de segurança veicular.

Como apoio à gestão, a companhia conta com Comissões Internas de Prevenção de Acidentes (Cipas), com membros da área industrial e administrativa; CipaTRs, com membros da área agrícola e administrativa; e Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT). Todas as unidades da Biosev têm acordos coletivos firmados com sindicatos locais que são renegociados anualmente e contemplam cláusulas específicas de saúde e segurança, como a gratuidade do ferramental de trabalho e equipamentos de proteção individual (EPIs), instalações sanitárias adequadas, entre outras. GRI G4-LA-8

Há também a Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho (Sipat), a Semana Interna de Prevenção de Acidentes no Trabalho Rural (SIPATR) e o Dia da Segurança, eventos focados na conscientização das equipes sobre a importância de um ambiente de trabalho cercado pela segurança, que contam com um calendário de palestras para cada unidade participante. São realizadas palestras, análises ergonômicas e ginástica laboral, além

da entregue aos colaboradores materiais informativos sobre temas relacionados à saúde e à qualidade de vida.

Como consequência dessas ações de engajamento da liderança e dos colaboradores, houve redução em quase todos os indicadores

de acidentes com e sem afastamento, bem como nas taxas de frequência e de gravidade.

SAÚDE E SEGURANÇAGRI G4-DMA

A saúde e segurança dos colaboradores é considerada um dos temas de maior relevância no desenvolvimento do negócio. Tanto é que, mais do que uma área, SSMA (Saúde, Segurança e Meio Ambiente) passou a ser estruturada como Diretoria, modelo que será concluído em 2015/2016.

Um dos destaques do período foi o desenvolvimento do Programa Prisma, guarda-chuva de todas as ações relacionadas à saúde, à segurança e ao meio ambiente, que apresenta cinco estágios de evolução, começando com os pontos mais críticos. Uma das iniciativas do Programa foi a criação da estratégia Zero Fatalidade e Liberdade para Operar, que focou nos processos mais críticos em aspectos de segurança, como trabalhos em altura ou que envolvem eletricidade e segurança veicular. Nesse sentido, foram criadas as Sete Regras de Ouro, um compromisso moral que vem muito à frente da produção.

SETE REGRAS DE OURO

1 Liberar e seguir todas as recomendações e observações da Autorização de Trabalho de Risco (ATR) e da Permissão de Trabalho (PT)

2 Bloquear fontes de energia antes de executar a atividade

3 Retirar proteções de máquinas apenas quando todas as fontes de energia estiverem bloqueadas

4 Dirigir com responsabilidade para preservar a sua segurança e a dos outros

5 Utilizar todos os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e/ou Equipamentos de Proteção Coletiva (EPCs) conforme ATR/PT e procedimentos

6 Comunicar todo e qualquer acidente, seja de trajeto, no trabalho ou ambiental

7 Não descumprir as Regras de Ouro e comunicar desvios de Regras de Ouro

1

2

3

4

5

6

7

BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2014/2015 37

Page 38: Relatório de Sustentabilidade 2014 | 2015

INDICADORES DE SEGURANÇA GRI G4-LA6

2012/2013 1 2013/2014 1 2014/2015 Variação (%)

13/14 X 14/15Homens Mulheres Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres Total

NÚMERO DE ACIDENTES SEM AFASTAMENTO

Centro-Oeste

78 11 89 73 9 82 90 4 94 14,6%

Nordeste 54 2 56 37 1 38 29 0 29 -23,7%

Sudeste 295 9 304 230 11 241 225 0 225 -6,6%

Total 427 22 449 340 21 361 344 4 348 -3,6%

NÚMERO DE ACIDENTES COM AFASTAMENTO

Centro-Oeste

112 12 124 34 3 37 31 1 32 -13,5%

Nordeste 58 0 58 13 0 13 17 0 17 30,8%

Sudeste 102 2 104 75 5 80 52 4 56 -30,0%

Total 272 14 286 122 8 130 100 5 105 -19,2%

TAXA DE FREQUÊNCIA, INCLUINDO PRIMEIROS SOCORROS 2

Centro-Oeste

32,58 32,67 32,59 19,41 17,57 19,21 19,93 6,90 18,54 -3,5%

Nordeste 22,82 13,96 22,57 10,86 7,32 10,75 9,97 0,00 9,69 -9,9%

Sudeste 21,22 9,61 20,55 16,37 13,45 16,19 16,46 3,70 15,69 -3,1%

Total 23,74 18,08 23,38 16,07 14,44 15,96 16,14 4,64 15,38 -3,6%

TAXA DE GRAVIDADE

Centro-Oeste

327,90 117,90 305,28 458,83 209,43 431,34 137,21 5,52 123,16 -71,4%

Nordeste 288,32 0,00 280,15 178,90 0,00 173,74 145,03 0,00 140,90 -18,9%

Sudeste 180,32 9,61 170,48 149,82 446,43 167,62 224,44 188,65 222,28 32,6%

Total 227,54 47,20 216,12 213,71 335,54 221,67 191,88 107,15 186,29 -16,0%1 Foram feitas revisões internas de classificação de acidentes. Para os indicadores das safras 2012/2013 e 2013/2014 não foram levados em consideração acidentes com primeiros socorros para cálculo das taxas, diferente do ano-safra 2014/2015 em que os acidentes com primeiros socorros foram acrescidos aos acidentes sem afastamento e com afastamento. Apesar disso, a empresa apresentou queda no número de acidentes e, consequentemente, nas taxas. Adicionalmente, as taxas de frequência das safras 2012/2013 e 2013/2014 foram revisadas e algumas sofreram alterações, apresentando um resultado exato. GRI G4-222 A taxa de frequência leva em consideração a soma dos acidentes com afastamento, sem afastamento e com primeiros socorros.

As taxas de frequência e gravidade de acidentes, calculadas de acordo com a NBR 14280, são acompanhadas pela alta liderança da companhia.

Os acidentes são investigados e comunicados para os colaboradores via e-mail corporativo, reuniões e Diálogos Diários de Segurança (DDS). Desse modo, o aprendizado adquirido com os acidentes é aplicado por meio da implementação de planos corretivos para que sejam prevenidos em todas as unidades.

38 BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2014/2015

Page 39: Relatório de Sustentabilidade 2014 | 2015

CAPACITAÇÃO GRI G4-DMA

Formação e capacitação de seus colaboradores são pautas de investimento da companhia, que na safra 2014/2015 foram da ordem de R$ 2,8 milhões, com uma média de 35 horas de treinamento por empregado no ano.

Por meio do Programa Anual de Treinamento, a empresa realiza cursos para promover a conscientização sobre atitudes seguras, qualidade, capacitação técnica para atividades específicas e a aquisição de conhecimento. Há também treinamentos para os níveis operacionais, ajuda financeira para a formação em nível técnico, superior, pós-graduação e cursos do idioma inglês.

MÉDIA DE HORAS DE TREINAMENTO1 GRI G4-LA9

2013/2014 2014/2015

Homens Mulheres Homens Mulheres

Cargos gerenciais 12 3 11 5

Cargos com nível superior 27 19 26 18

Cargos sem nível superior 33 23 36 26

Média total 32 351 São considerados todos os treinamentos, incluindo as horas-aula de inglês.

Não foram consideradas as horas de treinamento dos estagiários.

INVESTIMENTO EM TREINAMENTO2014/2015

Treinamentos técnicos 81,7%

Subsídio educação 15,3%

Subsídio idiomas 2,4%

Treinamentos comportamentais 0,6% TOTAL R$ 2.818.622

BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2014/2015 39

Page 40: Relatório de Sustentabilidade 2014 | 2015

PROGRAMAS DE CAPACITAÇÃO

Uma das capacitações em destaque na Biosev é o Programa Operador Mantenedor, que tem como objetivo desenvolver as competências técnicas dos operadores de colhedoras nas atividades de manutenção básica. O treinamento é destinado para os colaboradores da área Agrícola, dando uma maior autonomia ao operador a fim de que possa solucionar problemas técnicos em seu equipamento de trabalho.

Com o acompanhamento de uma consultoria externa especializada, mais de 200 profissionais foram capacitados sobre o tema na safra, e a empresa seguirá com a expansão do programa para todo o grupo.

A seguir são apresentados os projetos de destaque em capacitação:

PROJETO LOCAL OBJETIVO RESULTADOS

Programa Operador Mantenedor

Polos Ribeirão Preto e Mato Grosso do Sul

Aumentar a disponibilidade e a vida útil das máquinas agrícolas, potencializando a produtividade agrícola e reduzindo a terceirização por meio do desenvolvimento de competências técnicas dos operadores de colheita mecanizada e mecânicos de manutenção automotiva.

Aumento da disponibilidade de máquina; redução do custo de operação e manutenção; desenvolvimento de carreira; e aumento da produtividade.

Projeto Formar

Unidade Lagoa da Prata

Em parceria com o governo federal, a empresa suspende o contrato de trabalho com o colaborador durante o período da entressafra, mas ele continua recebendo os benefícios e treinamentos de capacitação (qualificação profissional) por um período de dois a cinco meses, mediante previsão em convenção ou acordo coletivo de trabalho e concordância formal do empregado.

Capacitação e retenção de pessoal.

Programa Trainee Biosev

Nacional Com duração de dois anos, visa acelerar o desenvolvimento de profissionais com alto potencial, que possam assumir uma posição de coordenação ou funções similares, ao final do programa. A turma de 2013-15 iniciou com 19 trainees, sendo 12 posições na área de Operações e 7 em áreas corporativas. O processo seletivo foi conduzido com foco nos grandes mercados de atuação da Biosev e o desenvolvimento foi estruturado com base em job rotation e quatro semanas de treinamento.

Retenção de 70% dos trainees contratados em agosto/2013 e previsão de efetivação de 90% dos trainees ativos atualmente.

Programa Educação Trabalhador (PET)

Unidade Estivas

Desenvolver entre os colaboradores uma proposta pedagógica que atenda às demandas na elevação de seu grau de escolaridade, refletindo assim em melhoria da qualificação e do desempenho na Biosev.

Educação básica de qualidade para o trabalhador da indústria e seus dependentes, com foco no domínio de competências para a inserção produtiva e o exercício da cidadania.

Inclusão Digital

Polo Nordeste

Parceria da Biosev com o Serviço Social da Indústria (Sesi) tem como objetivo realizar a inclusão digital dos colaboradores por meio de um laboratório de informática com acesso à internet.

Qualificar e desenvolver os profissionais da Biosev; contribuir para diminuir a exclusão digital; reduzir o analfabetismo digital; gerar novos conhecimentos; e potencializar a oportunidade de emprego.

40 BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2014/2015

Page 41: Relatório de Sustentabilidade 2014 | 2015

BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2014/2015 41

Assim como Saúde e Segurança, o aspecto Meio Ambiente é gerido pela Diretoria de SSMA e também tem suas ações guiadas pelo Programa Prisma. Periodicamente, são realizados monitoramentos ambientais qualitativos e quantitativos de recursos hídricos e emissões atmosféricas. Além disso, por meio de um painel de controle, a companhia acompanha os resultados de consumo de água, energia, geração de efluentes, resíduos, energia e emissões.

No exercício, foram investidos R$ 9,8 milhões em melhorias de processo e aplicação de tecnologias para minimizar os impactos ambientais de suas atividades.

Nos próximos tópicos, são apresentados os temas ambientais de maior impacto para a companhia, de acordo com levantamento da materialidade. (Mais informações em Sobre o Relatório, na página 12).

IMPACTOS DE TRANSPORTE E LOGÍSTICA GRI G4-DMA

A companhia considera como principais impactos do transporte a deterioração de estradas e os acidentes veiculares. Dessa forma, na safra, a companhia aumentou o uso de ferrovias para o transporte de açúcar e utilizou o etanolduto – rede de dutos para o transporte de etanol – de forma pontual. Cerca de 70% do açúcar exportado é

transportado por ferrovias. Além disso, parte dos produtos é transportada pelo próprio cliente, cuja frota deve seguir uma série de exigências para que os potenciais impactos sejam mitigados.

Adicionalmente, como parte dos planos de ação definidos a partir dos padrões socioambientais do International Finance Corporation (IFC), a Biosev mapeará o impacto às vias de acesso a comunidades vizinhas representado por suas operações de transporte de cana-de-açúcar e definirá medidas de controles e mitigação para reduzir riscos e impactos. GRI G4-EN30

GESTÃO DE EMISSÕES GRI G4-DMA

As emissões totais de gases de efeito estufa (GEE) totalizaram 7.933.676 toneladas de carbono equivalente (tCO2e) na safra 2014/2015. O volume é 87% proveniente de fontes renováveis e corresponde a 0,28 tCO2e por tonelada de cana, 3,8% acima do ano anterior. O inventário tem como base a metodologia internacional GHG Protocol e a norma ABNT NBR ISO 14.064-1 e considera todas as unidades operacionais. GRI G4-EN18, G4-EN19

Como forma de gerenciar os aspectos ambientais, a companhia monitora as emissões atmosféricas de seus processos por meio de laboratórios especializados, com emissão de certificados analíticos que subsidiam as atividades de manutenções e regulagens periódicas nos

MEIO AMBIENTE GRI G4-DMA

EMISSÕES DE GASES DE EFEITO ESTUFA GRI G4-EN15, G4-EN16, G4-EN17

2013/2014 2014/2015 Variação

Emissões consideradas tCO2e tCO2e/tc tCO2e tCO2e/tc tCO2e/tc

Escopo 1 489.554 0,0170 459.901 0,0162 - 4,5%Escopo 2 3.348 0,0001 1.675 0,0001 - 40,8%Escopo 3 721.524 0,024 608.506 0,0215 - 10,5%

TOTAL 1.214.426 0,041 1.070.081 0,038 - 7,8%

Fontes renováveis

Escopo 1 6.736.458 0,2281 6.856.400 0,244 - 6,2%Escopo 2 0 0 0 0 -Escopo 3 7.341 0,0002 7.194 0,0003 27,0%

TOTAL 6.743.798 0,23 6.863.595 0,24 5,4%

EMISSÕES TOTAIS(consideradas mais renováveis)"

7.958.225 0,27 7.933.676 0,28 3,8%

Page 42: Relatório de Sustentabilidade 2014 | 2015

sistemas de captação de material particulado. Além disso, mantém programas de manutenção dos equipamentos de lavagem dos gases.

A companhia tem buscado alternativas para o aumento da cogeração de energia a partir de fontes renováveis. A utilização de biomassa externa – como capim, poda urbana, palha, cavaco de madeira, por exemplo – tem permitido que a cogeração de energia se estenda pelo período de entressafra.

Essa iniciativa promove ganhos de eficiência para o negócio e também para o meio ambiente. O aumento da oferta de energia renovável a partir de biomassa para o grid nacional contribui para a redução de emissões de gases de efeito estufa no âmbito do país, uma vez que o período de seca, que acometeu algumas regiões brasileiras na safra 2014/2015, prejudicou a geração de energia proveniente de hidrelétricas, consequentemente aumentando o uso de energia gerada em termelétricas a partir de combustíveis fósseis. Devido ao maior período de operação com energia renovável própria, a companhia também reduz a emissão de gases de efeito estufa referente ao seu consumo de energia.

Os incêndios, que ocorrem nas áreas de cultivo de cana-de-açúcar, também são fatores geradores de emissões atmosféricas no setor sucroalcooleiro. Com a estiagem dos últimos anos, os incêndios têm sido bastante frequentes e danosos, tanto para a produção das usinas, quanto para as comunidades do entorno.

Com o objetivo de aprimorar as ações para redução dos focos de incêndios nos canaviais, a companhia tem realizado ações de conscientização nas comunidades das regiões onde opera e está trabalhando no mapeamento de áreas de risco e formas de controle para a redução das ocorrências de incêndios nas áreas de cultivo de cana-de-açúcar do Polo Ribeirão Preto.

Este trabalho consiste na realização de um diagnóstico detalhado, determinando as áreas que necessitam de intervenção de acordo com a criticidade e a vulnerabilidade ambiental à ocorrência de incêndios. Por meio desse levantamento, será determinado um plano de regularização, com ações para a eliminação do risco de incêndios nessas propriedades, principalmente as que possuem alto risco de incêndios. Esse trabalho também será adaptado e levado para as outras unidades.

GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS GRI G4-DMA

O consumo de água é gerenciado por meio de um sistema interno e consolidado mensalmente pela área de Saúde, Segurança e Meio Ambiente. As informações de consumo são monitoradas por meio de medidores de vazão ou estimativas (nos locais onde esses equipamentos não estão instalados). Para melhorar continuamente a gestão dessas informações, a companhia tem buscado desenvolver projetos para a instalação de novos medidores de vazão.

Como forma de reduzir o consumo de água em diversas unidades, durante a safra foram implementadas algumas iniciativas, como melhorias no reaproveitamento de água condensada do processo, otimização de caldeiras, adequações nas moendas, instalação de torres de resfriamento e lavagem industrial com água de reúso.

Além disso, na última safra a Biosev realizou uma campanha para a conscientização sobre o uso da água em todas as unidades. A iniciativa visou promover as ações adotadas para reduzir o consumo de água nas operações, disseminar boas práticas e orientar os colaboradores no uso desse recurso. Como parte dessa campanha, foi realizado o concurso “Chuva de Ideias”, com o objetivo de reconhecer os funcionários que adotam medidas para reduzir o consumo de água em suas casas e incentivá-los a preservar esse recurso.

42 BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2014/2015

QUAL A DIFERENÇA ENTRE INCÊNDIO E QUEIMADA?

As queimadas são uma prática agrícola na qual o fogo é utilizado de forma controlada para despalhar e facilitar o corte da cana-de-açúcar.Os incêndios caracterizam-se por ocorrências de fogo não controladas decorrentes de causas naturais ou da ação do homem (acidental ou criminosa).

Page 43: Relatório de Sustentabilidade 2014 | 2015

INICIATIVAS

0,00,30,60,91,21,5 0

10000

20000

30000

40000

50000

Subterrânea Superfície Total

TOTAL DE ÁGUA RETIRADA POR FONTE 1 GRI G4-EN8

Volume, em mil m3Intensidade de consumo (m3/tc)

5.6040,19

1,15

1,34

1,37

1,18

1,18

1,02

0,18

0,16

33.757

39.361

40.995

34.581

35.482

29.664

5.513

4.917

2013/2014

2014/2015

2012/2013

1 Os valores de consumo absoluto correspondem à medição em todos os meses do ano-safra. Para o cálculo da intensidade (consumo de água, em metros cúbicos por tonelada de cana moída) considera-se apenas os consumos de água nos meses de safra, ou seja, aqueles em que ocorreu moagem de cana.

MBNa usina MB, foi realizada a iniciativa de fechar o circuito hídrico de resfriamento da água utilizada na fabricação de açúcar e também o fechamento do circuito hídrico de água utilizada na limpeza dos gases presentes nas caldeiras, contribuindo para redução de consumo

MaracajuAdequações realizadas na fábrica de açúcar, otimização nas caldeiras e reaproveita-mento de água condensada dos pré-evaporadores são alguns exemplos de iniciativas que promoveram redução de consumo de água na unidade

Passa TempoDiversas melhorias foram realizadas na moenda, deixando assim o processo de reaproveita-mento de água mais eficaz. Na fábrica de açúcar, melhorias também foram realizadas, como a instalação de boias para controlar os níveis de água do tanque. O reaproveitamento de água no decantador de fuligem e a diminuição do descarte de água nas caldeiras são outros pontos que merecem destaque

Redução de

14%

no consumo de águanas unidades da Biosev na safra 2014/2015 em

relação à anterior

Totalizando

34.580.925 m3

1

2

3

BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2014/2015 43

Page 44: Relatório de Sustentabilidade 2014 | 2015

IMPACTOS NA BIODIVERSIDADE GRI G4-DMA, G4-EN12

Os impactos potenciais significativos das atividades da Biosev sobre a biodiversidade estão relacionados à poluição, à conversão de habitats e a mudanças em processos ecológicos. Entre as principais atividades relacionadas a esses impactos estão o transporte, o armazenamento e a aplicação de vinhaça e águas residuárias nas áreas agrícolas.

A vinhaça e as águas residuárias geradas nos processos industriais são reaproveitadas e aplicadas nas áreas de cultivo em complemento aos fertilizantes, pois também contribuem para a melhoria das condições do solo. Porém, um eventual vazamento ou carreamento de vinhaça, águas residuárias e fertilizantes para os corpos d'água pode causar impactos diretos sobre a fauna e a flora aquáticas devido à alteração da qualidade da água. Além disso, a aplicação desses recursos, quando além da capacidade de assimilação do solo, pode prejudicar a qualidade do solo e alterar processos ecológicos.

Nesse sentido, a Biosev tem realizado investimentos para a melhoria contínua de estruturas e processos relacionados às atividades de aplicação de vinhaça e águas residuárias no campo. Além disso, as áreas agrícolas possuem

planejamento e controle dessas aplicações de forma a maximizar a eficiência operacional. Assim, garantem que o plano de aplicação levará em consideração o relevo e as necessidades da cultura, bem como a fertilidade do solo, as concentrações de potássio na mistura e a demanda pela cana e, ao mesmo tempo, evitará os impactos potenciais associados a essas atividades.

Adicionalmente, anualmente todas as suas unidades desenvolvem o Plano de Aplicação, que determina os controles a serem estabelecidos para a atividade e as formas de aplicação nas áreas agrícolas. Também são realizadas inspeções e manutenções periódicas visando garantir a integridade dos tanques de armazenamento e canais primários de vinhaça impermeabilizados.

A Biosev realiza o controle e a gestão das informações relacionadas a acidentes ambientais, relacionados ou não às atividades descritas, por meio de ferramentas e ambientes compartilhados em todas as unidades. Na ocorrência dessas situações, é realizado um processo para investigar as causas, implementar ações corretivas e mitigar os impactos associados.

44 BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2014/2015

Page 45: Relatório de Sustentabilidade 2014 | 2015

BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2014/2015 45

a+51+88a+34+74

2013/2014

2014/2015

21.993.051

26.429.830

10.007.152

10.025.975

UMBMorro Agudo (SP)

INTENSIDADE (m3/tc)

Água residuária

Vinhaça

DESCARTE TOTAL DE ÁGUA GRI G4-EN22

GERAÇÃO (m3)

a+51+88a+36+74

2013/2014

2014/2015

0,78

0,88

0,35

0,33

Page 46: Relatório de Sustentabilidade 2014 | 2015

46 BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2014/2015

A Biosev vê a relação com as comunidades, a inclusão e a responsabilidade social como pilares fundamentais da sustentabilidade. Dessa forma, além de seguir a legislação, as normas técnicas e boas práticas, conta com a área de Responsabilidade Social, responsável pela aproximação e pelo investimento social relacionado às populações vizinhas às unidades, inclusive por meio de leis de incentivo fiscal.

Além de ações, programas e projetos, a Biosev também realiza engajamento com associações de classe e setoriais, como Siamig-MG, Biosul-MS, Sindálcool-PB e Unica. A companhia ainda mantém disponíveis canais diretos de comunicação, como formulário no site, endereço de e-mail e número de telefone para ligação gratuita (Fale com a Biosev: 0800 9409 199), que podem ser utilizados para sugestões, críticas e dúvidas referentes a temas de segurança, saúde, meio ambiente, responsabilidade social corporativa, emergências e denúncias de desvio de conduta, além de dúvidas sobre as atividades da empresa, dentre outros.

Para a safra 2015/2016, com o objetivo de adotar um direcionamento estratégico em busca da maior eficiência dos projetos, serão estabelecidas as Bandeiras de Responsabilidade Social, que fornecerão diretrizes para as ações da companhia no relacionamento com esse público. Para analisar os projetos a serem priorizados e dar suporte às ações, ainda será criado um comitê de interno de seleção de projetos incentivados, composto pelos superintendentes de cada polo agroindustrial e pelas áreas de Recursos Humanos, Comunicação e Responsabilidade Social.

SOCIEDADEGRI G4-SO1

O relacionamento com as comunidades é entendido como um dos pilares da sustentabilidade da companhia, que prioriza as populações vizinhas às suas operações em seus programas sociais

Page 47: Relatório de Sustentabilidade 2014 | 2015

BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2014/2015 47

PROJETOS DE DESTAQUE

PROGRAMA/ PROJETO

DESCRIÇÃO

Meu Novo Mundo O projeto viabiliza a inclusão no mercado de trabalho de pessoas com deficiência, na condição de aprendizes, por meio de ações que abrangem aprendizagem industrial, inclusão digital, cidadania, atividades desportivas e elevação da escolaridade, por um período de três anos.

Educação para a Sustentabilidade

Tem como objetivo sensibilizar professores da rede pública municipal de ensino para a redução de consumo de recursos naturais e a destinação correta de resíduos com a implantação da coleta seletiva. Na safra, foi levado a três cidades do interior de São Paulo – Aguaí, Colômbia e Morro Agudo.

V.E.M. Vivenciar, Entender e Multiplicar

A Biosev abre periodicamente as portas de algumas de suas unidades para receber a comunidade – escolas, ONGs e outros grupos organizados pela sociedade –, com o objetivo de que possam conhecer e vivenciar o funcionamento de sua operação.

Approximar O programa visa contribuir para o desenvolvimento sustentável das comunidades locais vizinhas às unidades Estivas (RN) e Giasa (PB), por meio do apoio à implantação de um plano de recuperação e preservação de matas nativas e de áreas de preservação permanente (APPs) dessas regiões, aliado à realização de oficinas educativas e cursos para as populações locais. Durante a safra 2014/2015, promoveu seis oficinas e concluiu a instalação de um viveiro, que tem capacidade de produção de 50 mil mudas por ano.

Incentivo fiscal A empresa seleciona e aprova anualmente projetos para apoio por meio das Leis de Incentivo à Cultura e Esporte do Estado de São Paulo (ProAC e PIE) e que beneficiam as comunidades das regiões onde opera. Entre os projetos apoiados na safra 2014/2015 estão Cia. Minaz, Equipe de Ciclismo de Ribeirão preto, ONG Lacultesp e Bola Livre.

Page 48: Relatório de Sustentabilidade 2014 | 2015

Especificamente em relação aos povos indígenas e tradicionais, a Biosev reconhece a organização social e os direitos de comunidades indígenas sobre a terra, nos termos da legislação aplicável. Compromete-se a respeitar os limites das terras indígenas, não assumindo ou mantendo a posse e não adquirindo cana-de-açúcar colhida por terceiros nesses locais. Nesse sentido, na safra 2014/2015, a empresa formalizou e publicou uma política de não arrendamento de terra ou compra de cana-de-açúcar proveniente de terras dentro de reservas indígenas. GRI G4-DMA, G4-HR8

Liga pela Paz

Criado pela editora Inteligência Relacional e desenvolvido em parceria com as secretarias de educação dos municípios onde há unidades da

empresa, o projeto, que há cinco anos é apoiado pela Biosev, visa trabalhar a cultura da não violência por meio de material distribuído aos alunos do ensino fundamental da rede pública desses municípios. Os educandos são avaliados sobre o desenvolvimento de comportamentos e habilidades emocionais e sociais, por meio de um pré-teste no início do ano e um pós-teste ao final do ano letivo, cujos resultados são comparados e mensurados diversos indicadores. (Mais informações em www.inteligenciarelacional.com.br/liga-pela-paz)

Em 2015, mais de 200 educadores e 400 alunos do ensino público fundamental de 22 escolas nos munícipios de Lagoa da Prata (em Minas Gerais), Pedras de Fogo (na Paraíba) e Arez (no Rio Grande do Norte) serão formados pela metodologia Liga Pela Paz.

AVALIAÇÃO DE HABILIDADES SOCIAIS E EMOCIONAISMédia geral

cx+84+82+76+6862+65+67+5958,8% 81,9% 20132011

2012

2014

66,6%

61,5%

84%

76,3%

67,9% 64,7%

Pré-teste

Pós-teste

LIGA PELA PAZ2014

69Escolas

530 Educadores

12.259Educandos

48 BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2014/2015

Page 49: Relatório de Sustentabilidade 2014 | 2015

BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2014/2015 49

SUMÁRIO GRI G4 PARA A OPÇÃO “DE ACORDO” ESSENCIAL GRI G4-32

CONTEÚDOS-PADRÃO GERAIS

Página Verificação externa

ESTRATÉGIA E ANÁLISE

G4-1 – Declaração do principal tomador de decisão da organização sobre a relevância da sustentabilidade para a organização e sua estratégia de sustentabilidade

10 Não

G4-2 – Descrição dos principais impactos, riscos e oportunidades 10, 23 Não

PERFIL ORGANIZACIONAL

G4-3 – Nome da organização 4 Não

G4-4 – Principais marcas, produtos e serviços 4 Não

G4-5 – Localização da sede da organização 54 Não

G4-6 – Número de países nos quais a organização opera e nome dos países nos quais as suas principais operações estão localizadas ou que são especialmente relevantes para os tópicos de sustentabilidade abordados no relatório

4, 5 Não

G4-7 – Natureza da propriedade e forma jurídica da organização 4 Não

G4-8 – Mercados em que a organização atua (com discriminação geográfica, setores abrangidos e tipos de clientes e beneficiários)

5 Não

G4-9 – Porte da organização (nº de empregados e de operações, vendas líquidas, capitalização total, quantidade de produtos e serviços prestados)

8 Não

G4-10 – Número total de empregados por contrato de trabalho e gênero; número total de empregados permanentes por tipo de emprego e gênero; a força de trabalho total por empregados e empregados contratados e por gênero; força de trabalho total por região e gênero; informação se uma parte substancial do trabalho da organização é realizada por trabalhadores legalmente reconhecidos como autônomos ou por indivíduos que não sejam empregados próprios ou terceirizados, inclusive funcionários e empregados contratados de empresas terceirizadas; quaisquer variações significativas no número de empregados

35 Não

G4-11 – Percentual do total de empregados cobertos por acordos de negociação coletiva 34 Não

G4-12 – Descrição da cadeia de fornecedores da organização 24 Não

G4-13 – Mudanças significativas ocorridas no decorrer do período coberto pelo relatório em relação ao porte, estrutura, participação acionária ou cadeia de fornecedores da organização, inclusive mudanças na localização ou nas operações da organização, como abertura, fechamento ou ampliação de instalações; na estrutura do capital social e de outras atividades de formação, manutenção ou alteração de capital; na localização de fornecedores, na estrutura da cadeia de fornecedores ou nas relações com fornecedores, inclusive no seu processo de seleção e exclusão

24, 33 Não

G4-14 – Relato se e como a organização adota a abordagem ou princípio da precaução 23 Não

G4-15 – Cartas, princípios ou outras iniciativas desenvolvidas externamente de caráter econômico, ambiental e social que a organização subscreve ou endossa

21 Não

G4-16 – Participação em associações e organizações nacionais ou internacionais de defesa em que a organização: tem assento no conselho de governança, participa de projetos ou comissões; contribui com recursos financeiros além da taxa básica como organização associada; considera estratégica a sua participação

21 Não

ASPECTOS MATERIAIS IDENTIFICADOS E LIMITES

G4-17 – Entidades incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas ou documentos equivalentes da organização. Relato sobre se qualquer entidade incluída nas demonstrações financeiras consolidadas ou documentos equivalentes da organização não foi coberta pelo relatório

13 Não

G4-18 – Processo adotado para definir o conteúdo do relatório e os limites dos aspectos e como a organização implementou os Princípios para Definição do Conteúdo do Relatório

13 Não

Page 50: Relatório de Sustentabilidade 2014 | 2015

CONTEÚDOS-PADRÃO GERAIS

Página Verificação externa

G4-19 – Aspectos materiais identificados no processo de definição do conteúdo do relatório 6 Não

G4-20 – Para cada aspecto material, relato do limite do aspecto dentro da organização. Relato se o aspecto é material dentro da organização. Se o aspecto não for material para todas as entidades dentro da organização (como descrito no ponto G4-17), seleção de uma das seguintes abordagens: lista de entidades ou grupos de entidades incluídos no ponto G4-17 para os quais o aspecto não é material ou lista de entidades ou grupos de entidades para os quais o aspecto é material. Relato de qualquer limitação específica relacionada ao limite do aspecto dentro da organização

15 Não

G4-21 – Para cada aspecto material, relato do limite fora da organização. Relato se o aspecto é material fora da organização. Se o aspecto for material fora da organização, identificação das entidades, grupos de entidades ou elementos para os quais o aspecto é material. Localização geográfica na qual o aspecto é material para as entidades identificadas. Relato de qualquer limitação específica relacionada ao limite do aspecto fora da organização

`15 Não

G4-22 – Efeito de quaisquer reformulações de informações fornecidas em relatórios anteriores e as razões para essas reformulações

38 Não

G4-23 – Alterações significativas em relação a períodos cobertos por relatórios anteriores em escopo e limites do aspecto

Não houve alterações no período.

Não

ENGAJAMENTO DE STAKEHOLDERS

G4-24 – Lista de grupos de stakeholders engajados pela organização 18 Não

G4-25 – Base usada para a identificação e seleção de stakeholders para engajamento 18 Não

G4-26 – Abordagem adotada pela organização para engajar stakeholders, inclusive a frequência do seu engajamento discriminada por tipo e grupo, com uma indicação de que algum engajamento foi especificamente promovido como parte do processo de preparação do relatório

18 Não

G4-27 – Principais tópicos e preocupações levantadas durante o engajamento de stakeholders e as medidas adotadas pela organização para abordar esses tópicos e preocupações, inclusive no processo de relatá-las. Relate os grupos de stakeholders que levantaram cada uma das questões e preocupações mencionadas

6 Não

PERFIL DO RELATÓRIO

G4-28 – Período coberto pelo relatório para as informações apresentadas 13 Não

G4-29 – Data do relatório anterior mais recente Safra 2013/2014.

Não

G4-30 – Ciclo de emissão de relatórios 13 Não

G4-31 – Ponto de contato para perguntas sobre o relatório ou seu conteúdo 54 Não

G4-32 – Opção “de acordo” escolhida pela organização. Sumário de Conteúdo da GRI para a opção escolhida. Referência ao relatório de verificação externa, caso o relatório tenha sido submetido a essa verificação

49 Não

G4-33 – Política e prática corrente adotadas pela organização para submeter o relatório a uma verificação externa. Se essa informação não for incluída no relatório de verificação que acompanha o relatório de sustentabilidade, relato do escopo e da base de qualquer verificação externa realizada. Relação entre a organização e a parte responsável pela verificação externa. Relato se o mais alto órgão de governança ou altos executivos estão envolvidos na busca de verificação externa para o relatório de sustentabilidade da organização

13 Não

GOVERNANÇA

G4-34 – Estrutura de governança da organização, incluindo os comitês do mais alto órgão de governança responsáveis pelo assessoramento na tomada de decisões que possuam impactos econômicos, ambientais e sociais

22 Não

ÉTICA E INTEGRIDADE

G4-56 – Valores, princípios, padrões e normas da organização, como códigos de conduta e de ética 16 Não

50 BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2014/2015

Page 51: Relatório de Sustentabilidade 2014 | 2015

CONTEÚDOS-PADRÃO ESPECÍFICOS

Aspectos materiais

Informações sobre forma de gestão e indicadores Página Omissões Verificação

externa

CATEGORIA: ECONÔMICADesempenho econômico

G4-DMA – Forma de gestão 31 - Não

G4-EC1 – Valor econômico direto gerado e distribuído

31 - Não

G4-EC2 – Implicações financeiras e outros riscos e oportunidades para as atividades da organização em decorrência de mudanças climáticas

28 -Não

Impactos econômicos indiretos

G4-DMA – Forma de gestão 18 - Não

G4-EC8 – Impactos econômicos indiretos significativos, inclusive a extensão dos impactos

18 - Não

CATEGORIA: AMBIENTALÁgua G4-DMA – Forma de gestão 42 - Não

G4-EN8 – Total de retirada de água por fonte 43 - Não

Biodiversidade G4-DMA – Forma de gestão 44 - Não

G4-EN12 – Descrição de impactos significativos de atividades, produtos e serviços sobre a biodiversidade em áreas protegidas e áreas de alto índice de biodiversidade situadas fora de áreas protegidas

44 -

Emissões G4-DMA – Forma de gestão 41 -Não

G4-EN15 – Emissões diretas de gases de efeito estufa (GEE) (escopo 1)

41 - Não

G4-EN16 – Emissões indiretas de fases de efeito estufa (GEE) provenientes da aquisição de energia (escopo 2)

41 - Não

G4-EN17 – Outras emissões indiretas de gases de efeito estufa GEE (escopo 3)

41 - Não

G4-EN18 – Intensidade de emissões de gases de efeito estufa (GEE))

41 - Não

G4-EN19 – Redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE)

41 - Não

Efluentes e resíduos

G4-DMA – Forma de gestão 44 -Não

G4-EN22 – Descarte total de água, discriminado por qualidade e destinação

45 - Não

Conformidade G4-DMA – Forma de gestão 41 - Não

G4-EN29 – Valor monetário de multas significativas e número total de sanções não monetárias aplicadas em decorrência da não conformidade com leis e regulamentos ambientais

- Informação atualmente não disponível. Com base na matriz de materialidade, a companhia tem como meta a reestruturação de sua estratégia de sustentabilidade, na safra 2015/2016, o que levará à mudança na gestão desse aspecto.

Não

Transportes G4-DMA – Forma de gestão 41 - Não

G4-EN30 – Impactos ambientais significativos decorrentes do transporte de produtos e outros bens e materiais usados nas operações da organização, bem como do transporte de seus empregados

41 -Não

Avaliação ambiental de fornecedores

G4-DMA – Forma de gestão 24 - Não

G4-EN33 – Impactos ambientais negativos significativos reais e potenciais na cadeia de fornecedores e medidas tomadas a esse respeito

24 - Não

BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2014/2015 51

Page 52: Relatório de Sustentabilidade 2014 | 2015

CONTEÚDOS-PADRÃO ESPECÍFICOS

Aspectos materiais

Informações sobre forma de gestão e indicadores Página Omissões Verificação

externa

Mecanismos de queixas e reclamações relacionadas a impactos ambientais

G4-DMA – Forma de gestão 20 - Não

G4-EN34 – Número de queixas e reclamações relacionadas a impactos ambientais protocoladas, processadas e solucionadas por meio de mecanismo formal

20 - Não

CATEGORIA: SOCIALSUBCATEGORIA: PRÁTICAS TRABALHISTAS E TRABALHO DECENTEEmprego G4-DMA – Forma de gestão 34 -

Não

G4-LA1 – Número total e taxas de novas contratações de empregados e rotatividade por faixa etária, gênero e região

35 - Não

Relações trabalhistas

G4-DMA – Forma de gestão 34 - Não

G4-LA4 – Prazo mínimo de notificação sobre mudanças operacionais e se elas são especificadas em acordos de negociação coletiva

- Informação não disponível. Com base na matriz de materialidade, a meta é reestruturar a estratégia de sustentabilidade na safra 2015/2016, o que levará à mudança na gestão desse aspecto.

Não

Saúde e segurança no trabalho

G4-DMA – Forma de gestão 37 - Não

G4-LA6 – Tipos e taxas de lesões, doenças ocupacionais, dias perdidos, absenteísmo e número de óbitos relacionados ao trabalho, discriminados por região e gênero

38 - Não

Treinamento e educação

G4-DMA – Forma de gestão 39 -Não

G4-LA9 – Número médio de horas de treinamento por ano por empregado, discriminado por gênero e categoria funcional

39 - Não

Diversidade e igualdade de oportunidades

G4-DMA – Forma de gestão 34 - Não

G4-LA12 – Composição dos grupos responsáveis pela governança e discriminação de empregados por categoria funcional, de acordo com gênero, faixa etária, minorias e outros indicadores de diversidade

35 -Não

Igualdade de remuneração entre mulheres e homens

G4-DMA – Forma de gestão 34 - Não

G4-LA13 – Razão matemática do salário e remuneração entre mulheres e homens, discriminada por categoria funcional e unidades operacionais relevantes

- Informação não disponível. A meta é reestruturar a estratégia de sustentabilidade na safra 2015/2016, o que levará à mudança na gestão desse aspecto.

Não

Avaliação de fornecedores em práticas trabalhistas

G4-DMA – Forma de gestão 24 -Não

G4-LA15 – Impactos negativos significativos reais e potenciais para as práticas trabalhistas na cadeia de fornecedores e medidas tomadas a esse respeito

24 - Não

Mecanismos de queixas e reclamações relacionadas a práticas trabalhistas

G4-DMA – Forma de gestão 20 - Não

G4-LA16 – Número de queixas e reclamações relacionadas a práticas trabalhistas registradas, processadas e solucionadas por meio de mecanismo formal

20 - Não

SUBCATEGORIA: DIREITOS HUMANOSTrabalho infantil G4-DMA – Forma de gestão 24 -

NãoG4-HR5 – Operações e fornecedores identificados como de risco para a ocorrência de casos de trabalho infantil e medidas tomadas para contribuir para a efetiva erradicação do trabalho infantil

24- Não

52 BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2014/2015

Page 53: Relatório de Sustentabilidade 2014 | 2015

CONTEÚDOS-PADRÃO ESPECÍFICOS

Aspectos materiais

Informações sobre forma de gestão e indicadores Página Omissões Verificação

externa

Trabalho forçado ou análogo ao escravo

G4-DMA – Forma de gestão 24 - Não

G4-HR6 – Operações e fornecedores identificados como de risco significativo para a ocorrência de trabalho forçado ou análogo ao escravo e medidas tomadas para contribuir para a eliminação de todas as formas de trabalho forçado ou análogo ao escravo

24 - Não

Direitos dos povos indígenas e tradicionais

G4-DMA – Forma de gestão 48 - Não

G4-HR8 – Número total de casos de violação de direitos de povos indígenas e tradicionais e medidas tomadas a esse respeito

48 - Não

Avaliação de fornecedores em direitos humanos

G4-DMA – Forma de gestão 24 - Não

G4-HR11 – Impactos negativos significativos reais e potenciais em direitos humanos na cadeia de fornecedores e medidas tomadas a esse respeito

24 - Não

Mecanismos de queixas e reclamações relacionadas a direitos humanos

G4-DMA – Forma de gestão 20, 24 - Não

G4-HR12 – Número de queixas e reclamações relacionadas a impactos em direitos humanos registradas, processadas e solucionadas por meio de mecanismo formal

- Não

SUBCATEGORIA: SOCIEDADE

Comunidades locais G4-DMA – Forma de gestão 18, 46 - Não

G4-SO1 – Percentual de operações com programas implementados de engajamento da comunidade local, avaliação de impactos e desenvolvimento local

18, 46 - Não

Avaliação de fornecedores em impactos na sociedade

G4-DMA – Forma de gestão 24 - Não

G4-SO10 – Impactos negativos significativos reais e potenciais da cadeia de fornecedores na sociedade e medidas tomadas a esse respeito

24 - Não

Mecanismos de queixas e reclamações relacionadas a impactos na sociedade

G4-DMA – Forma de gestão 20 - Não

G4-SO11 – Número de queixas e reclamações relacionadas a impactos na sociedade registradas, processadas e solucionadas por meio de mecanismo formal

20 - Não

SUBCATEGORIA: RESPONSABILIDADE PELO PRODUTO

Saúde e segurança G4-DMA – Forma de gestão 30 - Não

G4-PR1 – Percentual das categorias de produtos e serviços significativas para as quais são avaliados impactos na saúde e segurança buscando melhorias

30 - Não

Rotulagem de produtos e serviços

G4-DMA – Forma de gestão 30 - Não

G4-PR3 - Tipo de informações sobre produtos e serviços exigidas pelos procedimentos da organização referentes a informações e rotulagem de produtos e serviços e percentual de categorias significativas sujeitas a essas exigências

30 - Não

Conformidade G4-DMA – Forma de gestão 30 - Não

G4-PR9 – Valor monetário de multas significativas aplicadas em razão de não conformidade com leis e regulamentos relativos ao fornecimento e uso de produtos e serviços

30 Informação atualmente não disponível. Com base na matriz de materialidade, a companhia tem como meta a reestruturação de sua estratégia de sustentabilidade, na safra 2015/2016, o que levará à mudança na gestão desse aspecto.

Não

BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2014/2015 53

Page 54: Relatório de Sustentabilidade 2014 | 2015

INFORMAÇÕES CORPORATIVAS

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Claude Pierre Ehlinger PRESIDENTE Adrien Dominique Lucien Tardy VICE-PRESIDENTE

Adrian Isman CONSELHEIRO

André Roth CONSELHEIRO

Antonio Delfim Netto CONSELHEIRO INDEPENDENTE

Cristiano Biagi CONSELHEIRO

Neil Balfour CONSELHEIRO INDEPENDENTE

Philippe Jean Henri Delleur CONSELHEIRO INDEPENDENTE

Ricardo Barbosa Leonardos CONSELHEIRO INDEPENDENTE

DIRETORIA

Rui Chammas DIRETOR-PRESIDENTE

Daniel S. Pitta DIRETOR JURÍDICO

Enrico Biancheri DIRETOR COMERCIAL

Eduardo Neves DIRETOR OPERACIONAL

Paulo Prignolato DIRETOR FINANCEIRO E DE RELAÇÕES COM INVESTIDORES

Patrick Treuer DIRETOR DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO E M&A

Ricardo Lopes DIRETOR AGRÍCOLA

Reginaldo Sabanai DIRETOR DE SSMA E COMPETITIVIDADE

Maria Paula DIRETORA DE RH, COMUNICAÇÃO E RESPONSABILIDADE SOCIAL

SEDE GRI G4-5

Biosev S.A.Av. Brigadeiro Faria Lima, 1.355 - 11° andarSão Paulo/SP | CEP 01452-919Telefone: (11) 3092-5200

A elaboração deste Relatório de Sustentabilidade é resultado do esforço de toda a equipe Biosev. Solicitações de esclarecimentos sobre o conteúdo desta publicação podem ser feitas pelo e-mail [email protected] GRI G4-31

CRÉDITOS

COORDENAÇÃO-GERAL E CONTEÚDO GRI Gerência de SSMA – Saúde, Segurança e Meio Ambiente

Gerência de Comunicação Corporativa

REDAÇÃO E EDIÇÃO Editora Contadino

PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO Multi Design

FOTOGRAFIAS Banco de imagens Biosev

54 BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2014/2015

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