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RelatóRio de SuStentabilidade 2014
Apresentação
Mensagem do presidente
Quem somosdestaques 2014/15
Governança corporativa
Desempenho econômico
Estratégia e crescimentoduplicação da Malha Paulista Visão de futuro: atuação sustentável
Cadeia de valorPessoas que fazem a diferença Comunidades de entornoClientes: relações de confiançaGovernos e instituições: transparência e parceriaRelações com fornecedores
Segurança Segurança pessoalnas ferrovias
Gestão ambientalinstituto all
Sobre o relatórioÍndice GRi
3
4
510
12
15
192324
262730343537
383942
4351
5354
Sumário
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2014
2
Apresentação Em fevereiro de 2015, foi aprovada a fusão entre
a ALL — América Latina Logística — e a Rumo,
braço do Grupo Cosan dedicado ao segmento de
logística.
Este Relatório de Sustentabilidade 2014 tem duas
missões: apresentar a nova empresa surgida com
a fusão — Rumo ALL — e resumir o desempenho
econômico, social e ambiental registrado pela ALL
em 2014.
O relatório aborda os novos direcionadores de
gestão da Rumo ALL, seu posicionamento de
mercado e os temas mais importantes para a
estratégia de negócios. Ainda é contemplado um
panorama completo da atuação da nova compa-
nhia em relação aos seus públicos de interesse,
apresentando investimentos em infraestrutura,
iniciativas de segurança e responsabilidade so-
cioambiental.
Completando o objetivo do documento, são
compartilhadas as realizações e principais con-
quistas no ano de 2014.
Boa leitura.
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2014
3
Mensagem do presidente GRI G4-1
A Rumo ALL começa sua atividade com 12,9 mil
quilômetros de malha ferroviária, 14 milhões de
toneladas de capacidade de elevação no Porto
de Santos, 966 locomotivas, 28 mil vagões e 11,7
mil funcionários diretos e indiretos. Para fazer da
Rumo ALL a maior e melhor empresa de logística
ferroviária do Brasil, foram projetados investimen-
tos de R$ 7 bilhões a R$ 9 bilhões para os próxi-
mos cinco a dez anos. Somente até 2019, serão
R$ 7,4 bilhões, com o propósito de mudança de
patamar, foco na segurança, investimento na
modernização das operações e nível de serviço
da organização.
Essa estratégia visa a um objetivo de negócio
arrojado: mais que dobrar a capacidade de trans-
porte ferroviário do negócio nos próximos dez
anos — de 49 milhões de toneladas (2015) para 98
milhões de toneladas (2024). Além de responder
aos gargalos logísticos nacionais, o projeto possi-
bilitará o aumento da competitividade da indústria
nacional, com alternativas aprimoradas para o
escoamento da produção do agronegócio.
Outra vantagem é a democratização do servi-
ço para todos os stakeholders — uma vez que a
ferrovia ainda está concentrada em um grupo pe-
queno de clientes. A ideia é, cada vez mais, abrir
espaços para que novos players participem dessa
cadeia logística integrada. Assumimos a postura
de evitar conflitos de interesses e de oferecer ser-
viços igualitários a todos os públicos que desejam
e precisam ser atendidos.
2014 também foi o ano em que praticamente
concluímos a duplicação do trecho da Malha
Paulista que vai de Campinas a Santos, em São
Paulo — o mais importante corredor de escoa-
mento de commodities agrícolas disponível no
País. Mas nosso compromisso não para por aí.
Iremos duplicar outro trecho, de 42 quilômetros,
de Campinas a Itirapina, e instalar um corredor
entre Rondonópolis e Santos, estratégias que nos
ajudarão a mais que dobrar o volume que é trans-
portado hoje nos próximos cinco anos.
Acreditamos que o bom relacionamento com as
comunidades é de extrema importância para rea-
lizar o nosso trabalho com tranquilidade. Temos
como objetivo desenvolver projetos efetivos que
trarão benefícios em curto e longo prazos para to-
das as pessoas impactadas pelas nossas atividades.
Também buscamos disseminar uma nova cultura
na companhia, em que o espírito de ser ferroviá-
rio volte a estar presente na comunidade Rumo
ALL. A criação dos nossos direcionadores está em
linha com esse objetivo, com o estabelecimento
de valores fundamentais para orientar as ativida-
des da empresa e as suas relações.
Estamos instituindo uma gestão mais próxima das
pessoas, investindo na melhoria das condições de
trabalho e estimulando o sentimento de apropria-
ção e pertencimento ao negócio. Entendemos
que a participação e o envolvimento de todos os
nossos funcionários são fundamentais para con-
cretizar o sonho de nos tornar a maior empresa de
logística ferroviária do Brasil. Seguimos em frente!
Julio FontanaDiretor-presidente da Rumo ALL
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2014
4
5
Quem somos
5
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2014
A Rumo ALL1 é a empresa resultante da fusão en-
tre a Rumo Logística Operadora Multimodal S.A.
e a América Latina Logística (ALL), aprovada pelo
Cade em fevereiro de 2015. Operando um total
de aproximadamente 12,9 mil quilômetros de ma-
lha ferroviária, a companhia atua no transporte de
grãos (soja e milho), farelo, açúcar, celulose, ferti-
lizantes, manufaturados e combustíveis. Além de
ser a principal escoadora de grãos entre a Região
Centro-Oeste e o Porto de Santos, a empresa
atua na operação de terminais de armazenagem e
em projetos logísticos intermodais. GRI G4-3
A companhia assume o serviço público de trans-
porte ferroviário de cargas nas malhas Sul (PR,
SC e RS), Oeste (MS) e Paulista (SP) da extinta
Rede Ferroviária Federal (RFFSA). Detém também
a concessão para operação da chamada Malha
Norte, no trecho que compreende de Aparecida
do Taboado (MT) até Rondonópolis (MT), onde
está localizado o maior terminal da América Lati-
na. Sua estrutura operacional compreende termi-
nais e complexos operacionais, com postos de
manutenção de vagões e locomotivas e postos
de abastecimento em sete estados — Paraná, Rio
Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Goiás,
Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Essas uni-
dades interligam o equivalente a 45% de toda a
malha ferroviária brasileira. GRI G4-4, G4-5, G4-6,
G4-8
Além da ALL Operações Ferroviárias, responsável
por operar o transporte ferroviário, a Rumo ALL
ainda inclui a Brado Logística, empresa criada em
2010 e que une em sociedade a Rumo ALL e a
Standard Logística, além de recursos do Fundo de
Investimentos do Fundo de Garantia por Tempo
de Serviço (FI-FGTS). A Brado desenvolve a logís-
tica intermodal de contêineres, concentrada em
transporte ferroviário, armazenagem, operação
de terminais e retroáreas nos portos, movimenta-
ção e outros serviços de logística — buscando a
consolidação da carga em terminais intermodais
e seu transporte por ferrovias.
A Rumo ALL apresenta, desde seu nascimento,
grandes possibilidades de sinergia e integração,
com a incorporação dos terminais no Porto de
Santos, antes operados pela Rumo Logística, e
uma maior flexibilidade nos processos de trans-
porte e descarga. A nova companhia iniciou suas
atividades com foco em segurança, capacidade
de operação, redução de custos e aumento da
eficiência operacional.
Como parte do plano estratégico, estão previstos
mais de R$ 7 bilhões em investimentos até o fim
da década, potencializando os resultados e as
entregas de longo prazo da companhia (leia mais
em Estratégia e crescimento).
A Cosan e a Rumo ALL GRI G4-13
A Cosan é a principal acionista da Rumo ALL,
constituindo-se como um dos maiores grupos
empresariais do País e desenvolve atividades nos
campos de energia e infraestrutura. Possui bra-
ços na distribuição de gás natural (Comgás), na
produção de combustíveis e lubrificantes (Raízen
e Cosan Lubrificantes) e no agronegócio (Radar).
Com a Rumo, atuava também no mercado de
logística, trabalhando em prol da transformação e
universalização da dinâmica de transportes ferro-
viários, armazenagem e embarque.
1 Neste relatório, informações referentes a fatos, projetos, dados e ocorrências em 2014, previamente à fusão, serão atribuídas à ALL. Informações institucio-nais e dados a partir de abril de 2015 dizem respeito à nova empresa, Rumo ALL.
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2014
6
Os direcionadores da Rumo ALL são os va-lores básicos que orientam todas as atividades da empresa e suas relações com seus fun-cionários, clientes, fornecedores e demais públicos de interesse.
Nossos direcionadores
A Rumo ALL em números
12,9 mil km de malha ferroviária
Aproximadamente 1.000 locomotivas
28 mil vagõesde quatro categorias diferentes (plataforma, gôndola, graneleiro e tanque)
43 bilhões de toneladas transportadas por quilômetro útil (TKU) em 2014
70 road railers (carretas bimodais que trafegam em ferrovias e rodovias)
1.000 veículos (próprios e agregados)
11,7 mil funcionários (diretos e indiretos)
14 milhões de toneladas de ca-pacidade de elevação no Porto de Santos
10 complexos
• Pessoas fazem a diferença
• Clientes são aliados e devemos cultivar relação de confiança
• Lucro merecido como premissa
• Austeridade: utilização cuidadosa de todos os recursos
• Atuação sustentável: econômica, ambiental e socialmente respon-sável
• Valor do compromisso e entusias-mo com o futuro
• Disciplina de execução
G4-9
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2014
7
operações norte operações Sul
terminais interior terminais portuários
Divisão de negócio Malhas ferroviárias Prazo da concessão
operações norteMalha norte 2079
Malha Paulista 2029
operações SulMalha Sul 2027
Malha oeste 2026
Ferrovias TerminaisPortuários** Interior
(próprio)
1. Santos 1. Rondonópolis*
2. Paranaguá 2. alto araguaia*
3. São Francisco 3. taquari*
4. Rio Grande 4. Chapadão do Sul*
5. itirapina
6. Sumaré
7. Jaú
8. barretos
1
2
4
2
3
4
3
8
5
6
*Terminais incorporados na fusão. **Atendidos pela Rumo ALL.
1
7
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2014
8
Marcos históricos
1996-1998Privatização do Sistema
Ferroviário brasileiro
Rumo
ALL
1999Criação da all
2004abertura de capital da all
2006aquisição da brasil
Ferrovias e novoeste
2001aquisição dos ativos
da delara logística
2008Criação da Rumo logística, a maior operadora logística de açúcar destinado à exportação
2009Contrato comercial
entre Rumo e all2009Contrato comercial entre Rumo e all
2010Capitalização da Rumo por tPG e Gávea
2013estatização dos ativos
na argentina
2014Proposta de fusão Rumo e all
2015Conclusão da fusão
2008Projeto Rondonópolis
2010entrada da all no
novo Mercado
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2014
9
Fusão aprovada e criação da Rumo ALLEm 23 de março de 2015, foram realizadas reu-
niões do Conselho de Administração da Rumo
Logística S.A. (“Rumo”) e ALL, nas quais, entre
outras matérias, ratificou-se que todas as con-
dições precedentes necessárias à aprovação da
fusão das companhias foram atendidas, incluindo,
entre outras medidas, a aprovação do Conselho
de Administração de Defesa Econômica (Cade);
da Agência Nacional de Transportes Terrestres
(ANTT); e da Agência Nacional de Transportes
Aquaviários (Antaq).
Portanto, conforme protocolo e justificação de
incorporação das ações de emissão da ALL pela
Rumo, todas as condições precedentes necessá-
rias para a incorporação de ações foram obtidas e
todas as providências prévias foram tomadas, de
modo que, a partir de 1º de abril de 2015, as ações
Destaques2014/15
de emissão da Rumo (BM&FBovespa: RUMO3), já
refletindo os efeitos da incorporação de ações,
passaram a ser negociadas na BM&FBovespa.
Em decorrência desse processo, as ações de
emissão da ALL (BM&FBovespa: ALLL3) deixaram
de ser negociadas na BM&FBovespa em 31 de
março de 2015. Além disso, conforme previsto no
protocolo, as companhias aprovaram o ajuste da
relação de substituição de ações da ALL por ações
da Rumo, em função dos dividendos distribuídos
tanto por parte da Rumo quanto por parte da ALL
a partir da assinatura do protocolo, que passou a
ser de 2,879303067 ações ordinárias, nominati-
vas, escriturais e sem valor nominal de emissão da
Rumo para cada ação ordinária, nominativa, escri-
tural e sem valor nominal de emissão da ALL.
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2014
10
Resultados financeiros de 2014Desafios operacionais e conjunturais levaram
a empresa a um resultado inferior ao de 2013.
Registrou-se uma queda de 35,1% no Ebitda, com
redução absoluta de cerca de R$ 568,6 milhões,
mesmo diante do aumento no volume transpor-
tado em TKUs (3,3% em comparação a 2013). Leia
mais no capítulo Desempenho econômico.
Certificação internacional dos terminais em Mato GrossoEm março de 2014, os terminais ferroviários de
Rondonópolis e Alto Araguaia, no estado de Mato
Grosso, receberam da empresa de auditoria e
inspeção Control Union a certificação GMP+B3
(Good Manufacturing Practice – Boas Práticas
de Fabricação, em português). O documento, de
reconhecimento internacional, atesta a qualidade
da companhia nos procedimentos de recebi-
mento, armazenagem e transbordo de produtos
destinados à alimentação (soja, milho e farelo).
A certificação é válida até 2017 e será revisada
anualmente.
Prêmios e reconhecimentosA ALL conquistou diversos prêmios em 2014 em
reconhecimento a suas realizações. Pelo segundo
ano consecutivo, a companhia foi a mais lembra-
da pelos consumidores do Rio Grande do Sul na
categoria Empresa de Logística, na pesquisa Top
of Mind da revista Amanhã. A empresa voltou a
ganhar o prêmio Maiores e Melhores, da revista
Exame, na categoria Transporte. Em dezembro, foi
vencedora no Prêmio Ética nos Negócios, na cate-
goria Meio Ambiente, com o projeto “Programa de
afugentamento e salvamento de fauna”.
Descontinuidade da Vetria e venda da participação na RitmoEm 10 de dezembro de 2014, o projeto da Vetria
Mineração S.A. (“Vetria”) foi descontinuado. O
empreendimento estava no âmbito do contrato
de associação celebrado em 19 de dezembro
de 2011 entre ALL, Triunfo Participações e Inves-
timentos S.A. e Vetorial Participações S.A. para a
implementação de associação estratégica, visan-
do à criação de um sistema integrado de mina-
-ferrovia-porto.
Como determinadas condições previstas no
referido contrato não foram atendidas dentro do
prazo estipulado, e, ainda, considerando as con-
dições de mercado e perspectivas atuais, espe-
cialmente no que diz respeito aos níveis de preço
praticados para o minério de ferro, as partes de-
cidiram encerrar o projeto. Em 30 de dezembro
de 2014, a companhia, por meio do seu Conselho
de Administração, aprovou a venda da subsidiá-
ria Ritmo Logística S.A. (“Ritmo”) pelo valor de R$
55 milhões. Todos os termos da venda já foram
acertados entre a companhia e os compradores,
restando trâmites legais para a efetivação.
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2014
11
12
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2014
Governançacorporativa
Seguindo as melhores práticas de governança
corporativa, as ações da Rumo ALL estão listadas
no Novo Mercado, da BM&FBovespa. Fazer parte
do Novo Mercado traz benefícios aos investido-
res, como maior acuidade na precificação das
ações, melhora no processo de acompanhamen-
to e fiscalização dos negócios, mais segurança
aos direitos societários e redução do risco de
investimentos. GRI G4-7
De acordo com o Estatuto Social, a administração
da companhia é conduzida pelo Conselho de
Administração e pela Diretoria. Composto atual-
mente de 17 membros, sete deles independentes,
os representantes do conselho são eleitos em As-
sembleia Geral para mandato de dois anos, sendo
permitida a reeleição.
O Conselho de Administração reúne-se, em cará-
ter ordinário, a cada três meses e, extraordinaria-
mente, sempre que convocado pelo presidente.
Entre suas atribuições estão: eleger ou destituir
diretores e aprovar planos de negócios, planeja-
mento estratégico, planos de trabalho, políticas,
orçamentos anuais, investimentos e programas de
expansão, entre outros. GRI G4-34
Já a Diretoria é composta atualmente de seis
membros, incluindo o diretor-presidente. Eleita
pelo Conselho de Administração para mandato
de dois anos, sendo permitida a reeleição, está
entre suas competências assegurar a gestão per-
manente dos negócios e executar as deliberações
do Conselho de Administração. GRI G4-34
Além disso, a Diretoria é responsável por expedir
as normas e os regulamentos para o bom funcio-
namento dos serviços; avaliar os resultados das
atividades da companhia; preparar orçamentos
anuais, os projetos de expansão e os planos de
investimentos; e definir plano de cargos e salários;
entre outros.
Estrutura de apoioTrês comitês dão suporte às atividades do Con-
selho de Administração e da Diretoria: Comitê de
Partes Relacionadas (cinco membros); Comitê
de Remuneração (cinco membros); e Comitê de
Auditoria (três membros). Há ainda um Conselho
Fiscal, composto de três membros, que monitora
as ações praticadas pelos administradores e avalia
a prestação de contas da companhia (demons-
trações financeiras, alteração de capital, novas
incorporações etc.).
26,3% Cosan Logística S.A.
4,3% TPG VI Fundo de Investimentos
em Participações
4,3% GIF Rumo Fundo de Investimento
em Participações
8,0% BNDES Participações S.A. BNDESPAR
57,1% Demais acionistas
Estrutura acionária da Rumo ALL
Auditorias independentesAs demonstrações financeiras da companhia passam por auditoria independente, realizada pela KPMG Auditores Independentes.
26,3%
4,3%
4,3%
8,0%
57,1%
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2014
13
O Código de Conduta estabelece valores empre-
sariais a serem seguidos por todos os profissionais
e partes interessadas da companhia. Pautado
no respeito, na ética e na transparência, o docu-
mento serve de referência individual e coletiva
para atitudes e tomadas de decisão, e inclui uma
variedade de procedimentos e princípios-chave
que representam as políticas e estabelecem as
condições de trabalho na companhia.
Esses valores são difundidos entre todos os
conselheiros, diretores, funcionários (próprios,
terceiros, estagiários ou temporários), clientes,
fornecedores, parceiros e acionistas. O código
é rigorosamente observado, e as violações são
tratadas imediatamente, com ações corretivas e
disciplinares aplicáveis.
Denúncias sobre violações de diretrizes ou prin-
cípios previstos no Código podem ser feitas no
Canal de Ética, via atendimento telefônico (0800
725 0039) ou e-mail (www.canaldeetica.com.br/
cosan). O anonimato e a confidencialidade são ga-
rantidos a todos os denunciantes.
Veja o código na íntegra em http://ri.all-logistica.
com/all/web/conteudo_pt.asp?idioma=0&conta=28&
tipo=285.
Constantemente, a companhia realiza a análise
dos riscos a que está exposta e que podem afetar
seus negócios, sua situação financeira e seu resul-
tado operacional. Para mitigar riscos em decor-
rência de prestação de garantia em favor de suas
controladas, a Rumo ALL substitui as garantias por
cartas de fiança bancária e emite notas promissó-
rias. Em relação ao risco resultante de flutuações
de taxas de juros de contratos de empréstimos e
financiamentos, a empresa faz uso de instrumen-
tos de swap.*
Já para minimizar efeitos adversos negativos em
decorrência de possíveis perdas por catástrofes, a
companhia contrata seguros. Para prevenir riscos
relacionados ao desequilíbrio econômico-finan-
ceiro dos contratos de concessão, a empresa
constitui garantia dos débitos relativos às deman-
das por meio de cartas de fiança bancária.
Adicionalmente, a Rumo ALL realiza a fiscaliza-
ção do pagamento das empresas contratadas de
tributos, contribuições e remunerações de em-
pregados. A companhia monitora, ainda, mudan-
ças no cenário macroeconômico que possam
influenciar suas atividades. E, com relação ao
licenciamento ambiental, a expectativa é não ter
restrições ambientais para a operação ferroviária,
uma vez que as malhas operacionais da com-
panhia se encontram regulares perante o órgão
ambiental competente.
A descrição de todos os riscos mapeados pela
companhia está disponível no Formulário de Refe-
rência, em http://ri.all-logistica.com/all/web/conteu-
do_pt.asp?idioma=0&conta=28&tipo=293.
*Instrumento financeiro que permite a troca de fluxos de caixa entre as partes envolvidas na operação, com prazo e taxas predefinidas.
Conduta ética GRI G4-56 Gestão de riscos
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2014
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Desempenho econômico
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2014
15
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2014
15
2014 foi um ano complexo para o setor de logís-
tica brasileiro como um todo e também para a
ALL, tanto do ponto de vista operacional quanto
nas decisões estratégicas. A fusão entre a Rumo
Logística e a ALL passou por diversas etapas no
decorrer do ano, sendo aprovada em definitivo
em março de 2015.
Dois movimentos importantes de reestruturação
foram o encerramento do projeto da Vetria Mine-
ração e a venda integral da participação na Ritmo
Logística, decisões pautadas pela lógica de foco
total no segmento de transporte ferroviário (leia
mais em Quem somos).
No primeiro semestre, a queda da demanda da
China por commodities teve como consequência
a diminuição no volume transportado de soja. Na
segunda metade do ano, a baixa nos preços inter-
nacionais do milho (influenciada pela safra recor-
de obtida nos Estados Unidos) causou uma queda
nas exportações brasileiras; a resposta da empresa
foi reduzir a tarifa média cobrada aos clientes, o
que gerou até o crescimento do market share nos
portos onde a companhia opera. Inversamente, as
tarifas cobradas pelo transporte de farelo de soja
e de açúcar subiram, em resposta ao aumento
dos volumes transportados.
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2014
16
Em decorrência da combinação das atividades da
ALL com a Rumo, foi criado um grupo de transi-
ção que revisou as práticas contábeis adotadas
pela companhia. Nesse processo, foram identi-
ficados ajustes e reclassificações de exercícios
anteriores, bem como mudanças de práticas con-
tábeis. Os resultados divulgados neste relatório
já consideram os números reapresentados pela
companhia para 2013, tanto por ajustes quanto
por mudança de prática contábil (contrato Rumo),
conforme detalhado nas Demonstrações Finan-
ceiras de 2014, e, por isso, diferem dos números
previamente divulgados.
Demonstração de valor adicionado ALL (em %) GRI G4-EC1 2013 2014
acionistas (remuneração de capital próprio) 0,7% 3%
Colaboradores (remuneração, benefícios e encargos para empregados) 14,1% 58%
Governo (impostos, taxas e contribuições) 14,6% 15%
lucro retido/prejuízo do exercício 1,7% -267%
Juros e aluguéis (remuneração de capital de terceiros) 61% 270%
investimentos na comunidade 0,0% 0,0%
operações descontinuadas 7,9% 21%
Demonstrativo de valor adicionado – resumido GRI G4-EC1 2013 2014
1 – Receitas 3.977.050,00 4.288.797,00
2 – insumos adquiridos de terceiros 1.198.838,00 2.112.145,00
3 – Valor adicionado bruto (1 - 2) 2.778.212,00 2.176.652,00
4 – Retenções 544.069,00 1.711.141,00
5 – Valor adicionado líquido produzido pela organização (3 - 4) 2.234.143,00 465.511,00
6 – Valor adicionado recebido em transferência 77.783,00 235.611,00
7 – Valor adicionado total a distribuir (5 + 6) 2.311.926,00 701.122,00
Os desafios operacionais e conjunturais apre-
sentados levaram a empresa a um resultado
consolidado inferior ao de 2013. Registrou-se
uma queda de 35,1% no Ebitda, em relação ao
ano anterior, com redução absoluta de cerca de
R$ 568,6 milhões. Mesmo o aumento no volume
transportado em TKUs (3,3% em comparação
a 2013) não foi o suficiente para compensar os
impactos negativos.
Resultados 2014 – ALL
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2014
17
Rumo ALL: primeiros resultadosOs resultados do primeiro semestre de 2015 da
Rumo ALL começam a refletir as melhorias opera-
cionais implantadas pela nova gestão. O Ebitda de
1º de abril de 2015 até o fim do semestre totalizou
R$ 586,9 milhões, atingindo aproximadamente
50% do ponto médio do guidance para 2015, em
linha com o planejamento da empresa.
Financiamento público e incentivos fiscais GRI G4-EC4A ALL firmou, em maio de 2013, cinco contra-
tos de financiamento com o Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES),
com verbas a serem destinadas a todas as malhas,
além de um contrato específico para a expan-
são em Rondonópolis. Em 2014, o BNDES foi o
principal financiador dos investimentos na malha
ferroviária e na modernização do material rodan-
te. R$ 372 milhões foram captados por meio de
comprovações.
Receita líquida (R$ milhões) De 1º/4/2015 a 30/6/2015
Consolidado (Rumo all) 1.220,3
Ebitda (R$ milhões) De 1º/4/2015 a 30/6/2015
Consolidado (Rumo all) 586,9
Margem ebitda 48,1%
Forma da ajuda financeira recebida 2013 (R$ mil) 2014 (R$ mil)
incentivos fiscais/créditos 59.374 37.424
Subvenções para investimento, pesquisa e desenvolvimento e outros tipos relevantes de concessões
644,66 372,0
Em 2007, a ALL obteve da Superintendência do
Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) a re-
dução de 75% do Imposto de Renda de Pessoa
Jurídica (IRPJ) em decorrência de um incentivo
justificado pelo fato de a concessionária estar
localizada na área de abrangência da Amazônia
Legal, desenvolvendo um empreendimento prio-
ritário para a economia local (transporte ferroviá-
rio), o que contribui para o aumento dos níveis de
emprego e de renda. Com o início do funciona-
mento do terminal de Rondonópolis, o prazo do
incentivo foi estendido até 2022.
R$ 586,9 milhões foi o Ebitda da Rumo ALL no período de 1º de abril a 30 de junho de 2015
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2014
18
19
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2014
Estratégiae crescimento
Democratizando a ferroviaO objetivo da empresa é aten-
der corredores ferroviários e
intermodais que ampliem sua
participação de mercado entre
clientes que, historicamente, uti-
lizam caminhões como principal
meio de transporte no Brasil.
Assim, pode-se demonstrar as
vantagens do modal ferroviário
em relação ao rodoviário em
segmentos como os de produ-
tos industriais.
Manter rígidos controles de custosO compromisso com a pereni-
dade dos negócios está na base
da disciplina de execução, com
foco em custos baixos e cres-
cimento em volume e receitas.
Entre as prioridades estão o con-
trole do consumo de combustí-
vel e a gestão de fornecedores.
Cumprir os compromissos acordados com os clientesA confiança dos clientes é uma
das principais formas de poten-
cializar os resultados do negócio
e estabelecer relações comer-
ciais de longo prazo. Entre os
focos atuais está elaborar parce-
rias para ampliar a infraestrutura
logística.
Maximizar a utilização de ativos e o retorno sobre o capital empregadoBuscando adequar as aquisi-
ções de equipamentos à de-
manda, a Rumo ALL emprega o
programa de maximização do
uso dos ativos na malha ferro-
viária. Essa estratégia, atrelada
à eliminação de gargalos, visa
otimizar a operação e aumentar
a lucratividade e o retorno do
capital investido.
Com concessões ferroviárias que conectam tradicio-
nais polos de produção agrícola e industrial aos princi-
pais portos do País, a Rumo ALL possui uma estratégia
de crescimento que se alicerça em seus diferenciais
competitivos e planos de investimento, bem como
nos desafios logísticos enfrentados pelo Brasil.
O principal objetivo do negócio é arrojado: mais
que dobrar a capacidade de transporte ferroviá-
rio do negócio nos próximos dez anos — de 49
milhões de toneladas (2015) para 98 milhões de
toneladas (2024). A estimativa está ligada ao plano
de investimentos e expansão da companhia. Esses
investimentos estão condicionados à renovação
de concessões ferroviárias pela Agência Nacional
de Transportes Terrestres (ANTT), que já está em
negociação. Esse objetivo considera uma visão
estabelecida de longo prazo e a perspectiva de
entregas consistentes de resultados após o período
de transição.
Esse plano está em consonância, também, com a
necessidade de responder aos gargalos logísticos
nacionais. Com pouco mais de 20% de participação
na matriz de transporte do País, segundo dados
da Confederação Nacional do Transporte (CNT), o
modal ferroviário é capaz de aumentar a compe-
titividade da indústria nacional. Aumentar sua ade-
são significa, também, aprimorar as alternativas ao
escoamento da produção do agronegócio, respon-
sável por 30% do produto interno bruto (PIB) e 37%
dos empregos em solo brasileiro, segundo dados da
Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
A Rumo ALL trabalha para assegurar a perenidade
dos negócios, combinar a atuação em projetos
logísticos intermodais ao transporte ferroviário e
estabelecer relações de longo prazo com seus
clientes. Os princípios básicos que regem a visão
de futuro para o negócio são:
Garantir a segurançaReduzir os riscos associados à
operação é crucial para a nova
companhia, aprimorando suas
relações com funcionários,
órgãos reguladores, clientes
e sociedade. As prioridades
estão nos investimentos em
modernização na via, aquisição
de material rodante eficiente e
campanhas de conscientização
e promoção da segurança nas
linhas férreas.
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2014
20
R$ 1.094,9 mi foi o Capex total para o ano de 2014
R$ 7,4 bi Será o total de investimentos até 2019
Plano de investimentosPara alcançar seus objetivos, a Rumo ALL projeta
investimentos de R$ 7 bilhões a R$ 9 bilhões nos
próximos cinco a dez anos. Somente até 2019,
serão R$ 7,4 bilhões, com foco de longo prazo e
propósito claro de aumentar a segurança, reduzir
os custos de operação e elevar a capacidade, a
eficiência e o nível de serviço da organização.
Entre R$ 4 bilhões e R$ 5 bilhões serão aplicados
na modernização da malha e na ampliação e
construção de novos pátios. Com isso, pretende-
-se melhorar o acesso a portos estratégicos,
como Santos (SP), Paranaguá (PR), São Francisco
do Sul (SC) e Rio Grande (RS). Há, ainda, duplica-
ções planejadas, como no caso do trecho Itirapi-
na-Campinas.
Outra parte significativa dos investimentos (R$ 3
bilhões a R$ 4 bilhões) se concentrará na substitui-
ção e reforma de locomotivas e vagões. Um dos
focos é ampliar a frota de vagões, aumentando a
capacidade de escoamento.
A partir de 2017, com a conclusão do primeiro
ciclo de investimentos de curto prazo, já haverá
geração positiva de caixa, como reflexo das me-
lhorias de eficiência projetadas.
49% 52%67%
75%72%
51% 48%33%
25%28%
Investimentos (Capex ALL) previsão 2015-20191(R$ BLN)
1,6 1,9 2,6 2,8 2,8 3,0 2,1 2,3 1,5 1,7
2015 E 2016 E 2017 E 2018 E 2019 E
1 Projetos de expansão para o período de 2017 a 2019 estão condicionados à extensão do prazo da concessão (negociação com a ANTT).
Capacidade de transporte
Toneladas transportadas por quilômetro útil (TKU)
Ebitda
Visão de futuro Rumo ALL
Onde estamos: 49 milhões de toneladas (2015)
Onde estamos: 48 a 50 bilhões (2015 — previsto)
Onde estamos: R$ 1,6 a R$ 2 bilhões (2015 — previsto)
Aonde chegaremos: 98 milhões de
toneladas (2024)
Aonde chegaremos: 64 a 66 bilhões
(2019)
Aonde chegaremos: R$ 3,3 a R$ 3,5 bilhões
(2019)
Expansão Recorrente
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2014
21
Plano de investimento Rumo ALL focos estratégicos
A. Modernização Via permanente
Modernização de vias, incluindo obras de super
e infraestrutura, com aumento de capacidade e
segurança operacional
Material rodante
Renovação de frotas de locomotivas e vagões
Unidades de apoio
Adequação dos postos de abastecimento e oficinais
B. Segurança ferroviária
Passagens em nível Investimento em obras de infraestrutura nos cor-
redores Norte, Central e RGS
Sinalização
Investimentos, nos corredores Norte e Sul, na au-
tomação de via, por meio do sistema Controle de
Tráfego Centralizado (CTC)
Tecnologia operacional Renovação e aquisição de Hotbox, Hotwheel,
Coldwheel e detectores de descarrilamento
Mecanização e SOS
Reforma e aquisição de autos e caminhões de linha
e trens socorros (guindastes)
C. Expansão
Via permanente
Ampliação e construção de novos pátios; duplica-
ção do trecho Itirapina-Campinas
Material rodante
Novas locomotivas: Larga — AC44/Métrica —
ES43; vagões novos: Larga — Manga T/Métrica —
Manga E
Estações de carregamento e acesso ao porto
Ampliação da capacidade e da eficiência dos
terminais de carregamento e modernização do
acesso ferroviário dos portos de Santos, Parana-
guá, São Francisco do Sul e Rio Grande
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2014
22
Duplicação da Malha PaulistaA duplicação no trecho entre Campinas e Santos
registrou avanços significativos em 2014. Em 12
de março de 2014, o Instituto do Meio Ambiente
e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) emi-
tiu a Licença de Instalação (LI 998/2014) relativa
às obras de duplicação dos subtrechos Embu-
-Guaçu-Evangelista de Souza e Paratinga-Pere-
quê. Nessas regiões, a ferrovia atravessa território
na área de influência de terras indígenas, o que
estimulou uma série de iniciativas de engajamen-
to e diálogo com as comunidades (leia mais em
Cadeia de Valor).
Os subtrechos Embu-Guaçu-Evangelista de Souza
e Paratinga-Perequê, atualmente em obras, pos-
suem extensão de 42,7 quilômetros e conectam o
Porto de Santos ao interior de São Paulo — o mais
importante corredor de escoamento de com-
modities agrícolas disponível no País, também
utilizado por outras concessionárias. Esse trecho
responde por 59% do volume transportado pela
empresa em TKU (toneladas por quilômetro). No
total, serão investidos cerca de R$ 600 milhões na
via permanente, revertidos ao poder cedente ao
fim da vigência do contrato de concessão.
Em dezembro, o primeiro subtrecho (Embu-
-Guaçu-Evangelista) teve suas obras concluídas e
entregues. A expectativa é que, até o fim de 2015,
as intervenções nos subtrechos estejam 100%
concluídas, viabilizando um aumento na capaci-
dade de transporte da ferrovia Campinas-Santos.
Campinas › Canguera 107 kmConcluído em julho de 2014.
Canguera › Embu-Guaçu 60,7 km Entregue em 2012.
Embu-Guaçu › Evangelista de Souza 25,3 kmConcluído em dezembro de 2014.
Evangelista de Souza › Paratinga 43 km Duplicado.
Paratinga › Perequê 17,4 kmEm fase de conclusão.
Perequê › Valongo 11,7 kmDuplicado.
PEREQuê
VALONGO
PARAtINGA
EVANGELIStA DE SOuzA
CAMPINAS
CANGuERA
EMBu-GuAçu
indaiatuba
itu
alumínio
Mairinque
São Roque
Cotia
São lourenço da Serra
embu-Guaçu
São Paulo
Campinas
itapecerica da Serra
Santos
SP
Salto
Ferrovia Municípios
–– São Paulo
FERROVIA CAMPINAS-SANtOS
Praia Grande
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2014
23
Visão de futuro: atuação sustentável GRI G4-24, G4-25, G4-26
A Rumo ALL trabalha para a construção de uma
estratégia que considere as dimensões econô-
micas, sociais e ambientais da sustentabilidade,
conectando as diversas variáveis que influen-
ciam o bom desempenho dos setores logístico
e ferroviário, a gestão dos impactos naturais aos
negócios, o relacionamento da empresa com
seus stakeholders e sua contribuição para o de-
senvolvimento do País.
No âmbito do Grupo Cosan, a Rumo organizou
equipes de trabalho para construir um mode-
lo de gestão que considera a sustentabilidade
nas decisões estratégicas — incluindo aspectos
como saúde, segurança, meio ambiente, quali-
dade etc. Dentro desse processo, a organização
vem realizando o mapeamento e a gestão dos
temas considerados materiais — mais relevantes
— para seu negócio.
Paralelamente, a ALL elabora desde 2013 sua ma-
triz de materialidade, baseada em entrevistas com
executivos da empresa e especialistas setoriais,
para identificar questões socioambientais críticas
que devem ser integradas à estratégia corporativa.
Em 2014, ainda previamente à consolidação da
fusão que deu origem à Rumo ALL, a ALL reali-
zou um aprofundamento de sua materialidade,
por meio da consulta a documentos internos e
externos e do diálogo com executivos, funcioná-
rios, clientes, especialistas (ANTF), investidores e
comunidade, em um total de 28 entrevistas. Por
meio desse levantamento, foram identificados
nove temas materiais (veja quadro).
24
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2014
Temas materiais ALL G4-19
Abordagem G4-27 Extensão e relevância dos impactos* (dentro) G4-20
Extensão e relevância dos impactos* (fora da companhia) G4-21
Capítulo do relatório em que o tema é tratado
Relacionamento com comunidades de entorno
barulhos e vibrações; tráfego nos municípios; campanhas educativas; canal para reclamações e medidas tomadas; relacionamento com famílias atingidas; gerenciamento de demandas; risco de atropelamentos
operações ComunidadesGoverno
Cadeia de valorinstituto all
Relacionamento com o governo
Concessões; financiamento público de obras; arrecadação de impostos; negociação de obras para segurança pública nos municípios; demandas das prefeituras e câmaras de vereadores
- ComunidadesGovernoinvestidores
Cadeia de valor
investimentos em infraestrutura e redução de gargalos logísticos
eliminação de passagens em nível; manutenção dos trilhos; construção de novas vias férreas; compra de vagões e locomotivas; desenvolvimento de infraestrutura de logística; acesso às áreas portuárias
Funcionários ComunidadesGovernoinvestidoresClientesespecialistas do setor
estratégia e crescimento
Gestão financeira lucratividade; redução de custos; fluxo de caixa; endividamento; resultado econômico; visão de longo prazo; redução da carga tributária
Funcionários investidoresespecialistasGovernoClientes
desempenho econômico
Sistema de gestão ambiental
licenciamentos e auditorias ambientais; multas ambientais; relacionamento com órgãos ambientais
- Governo (órgãos fiscalizadores)Comunidadesinvestidores
Gestão ambiental
Relacionamento com clientes
Ética e cumprimento de contratos Funcionários Clientesinvestidores
Cadeia de valor
Garantia de segurança nas linhas férreas
Campanhas de conscientização e combate a atropelamentos, assaltos, morte de animais e tráfico
Funcionários ComunidadesGoverno
Segurança
adequação a legislações, regulamentações e relacionamento com entidades de classe
obrigações e novas regulamentações de tráfego mútuo; direito de passagem; relacionamento com antt, antF, Cnt e Ministério Público
Governoinvestidoresespecialistas setoriais
Cadeia de valor
Saúde e segurança dos funcionários e de terceiros
investimentos em qualificação para redução de acidentes; melhorias de infraestrutura para maior segurança; carga horária de trabalho dentro da legislação
Funcionários Fornecedores e terceirizadosGoverno
Segurança
*A extensão dos impactos indica os principais públicos, dentro e fora das operações, em relação aos quais e segundo os quais os temas materiais são mais críticos.
temasmateriais ALL
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2014
25
26
Cadeia de valor
26
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2014
Pessoas que fazem a diferença
Em 2015, o processo de fusão impulsionou uma
grande transformação na estrutura de Recursos
Humanos da Rumo ALL. Combinando aprendiza-
dos e boas práticas oriundos de diferentes cul-
turas corporativas, o modelo de gestão da nova
empresa busca fortalecer a presença da área de
RH nas unidades de negócios, dando ênfase à
estrutura de processos de RH desde o corporativo
até a sua execução, à meritocracia, ao desenvol-
vimento das pessoas e à busca por competências
internas e externas que sustentem e alavanquem
os resultados da organização.
No total, aproximadamente 11,7 mil pessoas, entre
funcionários diretos e indiretos, compõem a força
de trabalho da Rumo ALL. Mais da metade desse
total está distribuída na Malha Sul, e a distribuição
por gênero varia conforme o nível funcional.
Ao longo do ano, a missão da área foi promover
uma mudança na forma de trabalho: em substi-
tuição ao modelo anterior, que distribuía a área
nas unidades de produção, a Rumo ALL adotou o
modelo de business partners, que faz o suporte
entre a gestão de RH e o dia a dia das equipes das
demais áreas.
Outra importante mudança foi a implantação de
uma unidade interna de inteligência em RH, iden-
tificando necessidades de desenvolvimento e com-
petências necessárias para a evolução do negócio.
O terceiro nível de gestão corresponde à operação
transacional, contemplando benefícios, processos
internos e relações trabalhistas em geral.
Atualmente, a Rumo ALL prioriza, em sua ges-
tão de RH, a integração cultural, o estímulo ao
alto desempenho e o desenvolvimento de com-
petências alinhadas às oportunidades internas.
Disciplina de execução e valorização de pessoas
que fazem a diferença são os direcionadores da
empresa (leia mais em Quem somos) que impul-
sionam esses desafios.
Em função disso, diversas ações estão sendo
realizadas desde 2014, com reflexos já em 2015
— como mudanças no modelo de remuneração
variável, expansão do Programa Trilha de Carreira
para diferentes unidades e maior foco nos investi-
mentos em treinamento e educação.
Número de funcionários ALL por nível funcional GRI G4-10* 2013 2014
Homens Mulheres Homens Mulheres
diretoria 7 0 7 0
Superintendência/Gerência 69 13 64 16
Coordenação 163 48 155 46
Supervisão 542 2 539 3
administrativo + Vendas 146 186 186 137
operacional + equipagem + Pátio 7.019 230 7.240 224
Trainees 11 1 10 3
aprendizes 29 15 26 15
estagiários 32 21 31 13
total por gênero 8.018 516 8.209 505
TOTAL 8.534 8.714
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2014
27
Número de funcionários ALL por tipo de contrato 2013 2014
Homens Mulheres Homens Mulheres
tempo determinado 67 37 65 30
tempo indeterminado 7.951 479 8.144 475
total por gênero 8.018 516 8.209 505
TOTAL 8.534 8.714
Número de funcionários ALL por região (malha) 2013 2014
Homens Mulheres Homens Mulheres
Malha Sul 4.532 396 4.467 402
Malha norte 1.170 55 1.251 53
Malha oeste 737 12 766 9
Malha Paulista 1.235 44 1.370 32
Portofer 344 9 355 9
total por gênero 8.018 516 8.209 505
TOTAL 8.534 8.714
* O número difere do apresentado no Formulário de Referência da empresa, pois considera a Portofer e o número de afastados.
Remuneração e carreiraHistoricamente, a organização trabalha com um
modelo de remuneração variável que valoriza e
reconhece as entregas de seus funcionários, além
de manter o sistema de remuneração fixa compe-
titivo e alinhado ao mercado.
Em 2014, foi iniciado um processo de revisão do
programa de remuneração variável, com o obje-
tivo de simplificar a metodologia sem deixar de
lado a visão voltada aos resultados. Atualmente, a
Rumo ALL avalia a performance dos funcionários
elegíveis para bônus considerando indicadores
individuais e coletivos.
Outra importante ferramenta de valorização é
a gestão de carreira para a base, que está con-
templada com as trilhas de carreira operacionais,
originalmente desenvolvidas na ALL e em implan-
tação para os funcionários vindos da Rumo. O
programa estabelece o plano de carreira dos seus
funcionários, elencando prioridades e uma pers-
pectiva clara das oportunidades internas.
Ao fim de 2015, todas as trilhas da base operacional
estarão desenhadas, atendendo 100% desse público.
75,3% dos funcionários estarão contemplados pelas
trilhas de carreiras, sendo que, desse total, 63,6%
serão o público das trilhas desenhadas em 2015.
14,54% foi a rotatividade média aferida em 2014 para os funcionários da ALL
BenefíciosVale-alimentação, vale-refeição, seguro de vida,
plano de saúde, plano odontológico, cesta de
Natal e material escolar são alguns dos benefícios
oferecidos pela Rumo ALL aos seus funcionários.
Para criar maior sinergia entre as empresas, até
2016 haverá uma revisão dos benefícios ofere-
cidos, considerando as diferentes unidades de
negócio e suas necessidades.
Relações trabalhistasa empresa celebra acordos coletivos de trabalho com o Sindicato dos Fer-roviários e incentiva seus prestadores de serviço a também fazê-lo. o direito de associação é garantido em todas as suas operações. ao fim de 2014, apro-ximadamente 28% dos funcionários Rumo all eram sindicalizados. GRI G4--11, G4-HR4
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2014
28
Capacitação profissionalPor meio de um modelo consolidado de univer-
sidade corporativa, a organização busca oferecer
capacitação para seus profissionais, suprir as ne-
cessidades do negócio e responder ao desafio de
manter mão de obra qualificada e engajada para
os setores ferroviário e logístico.
Em 2014, ainda como Universidade Corporativa
ALL (UniALL), foram oferecidos, de forma exclu-
siva, cursos de formação para maquinistas; con-
dutores de auto de linha; e técnicos em eletro-
mecânica, de pátios, de vagões e de via. No total,
foram investidos mais de R$ 4 milhões e treinados
10.319 funcionários.
Ao longo de 2015, o modelo da universidade
está sendo revisado, a fim de contemplar cur-
rículos e capacitações que abranjam todas as
atividades da Rumo ALL. A previsão é alcançar
investimentos próximos a R$ 16 milhões e am-
pliar o tempo médio de treinamento para 5 a 6h/
mês, por funcionário.
Entre os destaques, em 2014 foram implantadas
estruturas de capacitação em unidades como
as de Araraquara (SP), Santa Maria (RS) e Campo
Grande (MS), valorizando a capacitação de campo.
No eixo da liderança, a empresa também oferece
treinamentos específicos, focados no sucesso do
negócio. Pelo segundo ano, o programa ALL +
Desenvolvimento formou líderes gerenciais em
temas como segurança, comunicação e ges-
tão de processos, alcançando 805 líderes, entre
supervisores, coordenadores, gerentes e superin-
tendentes.
Ainda em 2014, ocorreram outras iniciativas,
como os programas Engenheiros — com mais de
5 mil inscritos — e Trainee, com mais de 20 mil
inscritos, proporcionando 46 admissões, objeti-
vando a formação de futuras lideranças.
Liderança engajadaem 2015, a Rumo all implantou um programa de desenvolvimento da go-vernança, contemplando a diretoria da empresa. o objetivo é mobilizar os exe-cutivos em torno dos principais temas críticos da organização, em sintonia com o trabalho desenvolvido com os funcio-nários de base e os gestores.
10.320funcionários passaram por treinamen-tos durante o ano. Ainda em 2014, foram desenvolvidas e implantadas a matriz de treinamento operacional e a matriz de integração na função
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2014
29
Comunidades de entorno A Rumo ALL mantém atividades ao longo de uma
extensão de 12,9 mil quilômetros de vias férreas,
que cruzam sete estados brasileiros e mais de 500
municípios nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e
Sul. A companhia assume o relacionamento com
as comunidades instaladas nas proximidades de
suas operações como uma de suas prioridades;
a partir da fusão, o foco está em estreitar laços,
reforçar a confiança e ampliar a contribuição po-
sitiva para o território.
O transporte ferroviário é importante ferramenta
de desenvolvimento econômico e de integração
produtiva entre diferentes regiões. Entretanto,
também gera desafios de caráter socioambiental,
como a produção de ruído, a necessidade de in-
tervenções na mobilidade urbana e o cumprimen-
to de estritas normas de segurança.
Pontos de atenção diagnosticados incluem rela-
ção por vezes conflituosa dos moradores com a
linha férrea, risco de acidentes na travessia dos
trilhos, depredações e ocupações irregulares no
entorno das linhas férreas. Tendo a melhoria geral
da qualidade de vida como orientação principal,
os projetos desenvolvidos em meio às comuni-
dades buscam sensibilizar as pessoas em relação
a temas como a proteção do meio ambiente e o
acesso à informação e à cultura, sem esquecer a
promoção da segurança da população, dos fun-
cionários e de bens e equipamentos. GRI G4-SO2
Canais de comunicação e gerenciamento de demandasA Rumo ALL oferece diversas formas de comu-
nicação às comunidades vizinhas às suas opera-
ções. Demandas, sugestões e críticas podem ser
enviadas por telefone ou via internet, através do
portal http://pt.rumoall.com/ ou nos perfis mantidos
nas redes sociais (LinkedIn, Facebook e Twitter).
O canal direto (0800-701-2255, disponível de
segunda a sexta-feira, das 8h às 18h) é o principal
meio de contato. Todas as demandas são encami-
nhadas ao Canal de Relacionamento Rumo ALL e
devem ser respondidas em um prazo de 24 horas.
A verificação das ocorrências cabe à unidade de
produção mais próxima e ao Centro de Controle
Operacional.
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2014
30
Projeto Isonomia A iniciativa oferece reforço escolar, preparató-
rios para concursos públicos, cursos técnicos e
vestibulares e também cursos para quem deseja
ingressar mais preparado no mercado de trabalho.
A Rumo ALL participou com a doação de equipa-
mentos (TV, projetor, laptop e outros itens).
Projeto Esperança
Em Vila Esperança, a empresa investiu na revitali-
zação de um campo de futebol e está em tratati-
vas para tornar o espaço de lazer mais agradável
na região.
Projeto de inclusão digital A Rumo ALL está reformando a sede da associa-
ção na Vila Esperança e doará 20 computadores
para a criação de um núcleo de formação básica
na área de informática.
Projetos sociais GRI G4-EC8, G4-SO1
A Rumo ALL mantém e apoia diversos projetos de
desenvolvimento social voltados às comunidades
que cercam suas operações e instalações. Inicia-
tivas ligadas à educação, à saúde, à cultura e ao
esporte, além de assistência legal e jurídica, são
alguns dos destaques.
Em 2014, houve investimentos em projetos so-
ciais principalmente na região de Cubatão e São
Vicente, municípios onde acontece a obra de du-
plicação da ferrovia entre Embu-Guaçu e Santos.
Cubatão, em especial, é uma área de adensamen-
to populacional, com forte interação da ferrovia
nas vilas Natal e Esperança. Por isso, a Rumo ALL
identificou projetos sociais e líderes comunitários
existentes na região e realizou parcerias para for-
talecer as iniciativas.
Academias ao ar livre
Dois parquinhos e quatro academias ao ar livre
serão instalados no entorno das operações da
ALL em Cubatão (no Parque Cotia Pará, no Morro
do Índio, no Sítio Novo e em Vila Esperança). A
empresa doou os equipamentos e vai construir as
instalações, em parceria com a Secretaria Munici-
pal de Esportes.
Projeto Da Linha pra Frente
O muro na linha duplicada está sendo construído
para garantir a segurança da população na região,
não permitindo o trânsito de pessoas na linha. No
intuito de transformar a relação dos moradores
com a ferrovia, a Rumo ALL, em parceria com a
Secretaria de Educação e Cultura, está promoven-
do oficinas nas escolas do município para pintura
e grafite desse dispositivo de segurança.
De Bem com o Mangue
A Rumo ALL está apoiando um projeto de educa-
ção ambiental que promove a coleta de resíduos
recicláveis e sua troca por uma moeda social.
Projetos em Cubatão (SP)
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2014
31
Investimento da empresa na comunidade contempla projetos sociais e iniciativas para reduzir os impactos da operação
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2014
32
Buzina, um equipamento de segurança o acionamento da buzina é obrigatório e está alinhado a normas internacionais de segurança no transporte ferroviário, de-vendo acontecer a no máximo 200 me-tros de distância dos cruzamentos, como alerta da aproximação da composição, evitando colisões e atropelamentos. a preferência, nos cruzamentos, é sempre do trem, conforme o Código de trânsito brasileiro, normas regulamentadas pela antt e a norma 215 do Regulamento Geral de operação Ferroviária.
Controle de ruídos GRI G4-SO2
A Rumo ALL mantém o Programa de Monitora-
mento de Ruídos em toda a malha ferroviária que
opera, com o qual avalia os níveis de ruído gera-
dos pela passagem dos trens e os demais ruídos
gerados em unidades contempladas nas licenças
de operação, tais como pátios de cruzamen-
to, formação e oficinas, bem como o ruído de
passagem de composições. O objetivo é mitigar
os impactos na população por meio de medidas
viáveis do ponto de vista técnico, econômico e
ambiental.
O Programa de Monitoramento busca identifi-
car oportunidades de melhoria e possíveis não
conformidades em que a empresa deva atuar. A
avaliação de ruídos é feita em condições variadas,
durante o dia e à noite, em pontos próximos de
receptores potencialmente críticos, tais como
aglomerações urbanas, escolas e postos de
saúde. Entre as ações de mitigação de ruídos em
andamento, incluem-se a manutenção da via e
dos trens para evitar o ruído gerado pelo atrito, a
aquisição de locomotivas mais modernas (e, con-
sequentemente, mais silenciosas) e o fechamento
das passagens em nível clandestinas, reduzindo a
necessidade de acionamento da buzina.
O plano de expansão prevê investimentos em
passagens em nível, nos corredores Norte, Central
e Rio Grande do Sul, com a intenção de reduzir a
interferência entre ferrovia e comunidade. Ainda,
os investimentos na recuperação de via reduzem
drasticamente o ruído da ferrovia, assim como a
aquisição de material rodante mais moderno e
silencioso.
Comunidades indígenas GRI G4-SO2
Doze comunidades indígenas estão localizadas
no entorno da ferrovia Campinas-Santos (Malha
Paulista), na região entre os trechos Embu-Guaçu-
-Evangelista de Souza e Paratinga-Perequê, que
estão sendo duplicados. A Rumo ALL trata com
atenção o relacionamento com essas comuni-
dades, minimizando os impactos das obras e de
suas operações sobre a população e investindo
em iniciativas de desenvolvimento e fortalecimen-
to social aliados à conservação ambiental. Em
conjunto com o Comitê Interaldeias, que reúne
representantes de todas as comunidades, a em-
presa discute o Componente Indígena do Plano
Básico Ambiental, ainda em processo de aprova-
ção pela Fundação Nacional do Índio (Funai).
Em acordo firmado com a Funai, foi estabelecida
a execução, até 2019, de oito programas sociais
e ambientais e três subprogramas: Programa de
Fortalecimento de Organizações Indígenas; Pro-
grama Yvy Rupa, de gestão territorial; Subprogra-
ma de Segurança nos Trilhos; Programa de Gestão
Ambiental; Programa de Gestão Socioeconômica;
Subprograma do Centro de Cultura Guarani Yvy
Rupa; Programa de Comunicação Indígena; Pro-
grama de Saúde Indígena Diferenciada; Programa
de Educação Indígena Diferenciada; Subprograma
de Educação Ambiental Indígena; e Programa
de Apoio à Relocação de Famílias Indígenas em
Áreas de Uso Tradicional. Todos os projetos foram
construídos com a participação dos membros das
comunidades locais, priorizando a relação entre
os impactos da duplicação da ferrovia e as neces-
sidades e demandas comunitárias.
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2014
33
Clientes: relações de confiançaA parceria com os clientes é fundamental para que
os objetivos de expansão da capacidade de ope-
ração, redução de custos e aumento da eficiência
operacional da companhia sejam cumpridos. Está
previsto em seus direcionadores estratégicos es-
tabelecer cada vez mais alianças de longo prazo e
cultivar relações de confiança.
Duas frentes orientam o relacionamento da Rumo
ALL com os clientes. A primeira é manter contratos
de longo prazo, já que hoje grande parte deles tem
vigência de apenas um ano e a natureza do negó-
cio de ferrovias exige planos de investimentos con-
tínuos, que garantam crescimento da companhia,
operações adequadas e capacidade de serviços
para atender o mercado.
A segunda frente de ação é criar relações de con-
fiança efetivas, para que os clientes se sintam segu-
ros em relação às práticas da empresa e ao seu ní-
vel de serviço. Por meio da expansão dos negócios
e da prestação de serviços que conectam diferentes
regiões, a empresa é capaz de democratizar o aces-
so da indústria ao modal ferroviário, fortalecendo-o
na superação dos desafios logísticos do País.
Para melhorar o nível de serviço aos clientes, uma
das iniciativas desenvolvidas em 2014 foi a estru-
turação de duas unidades de negócios: Vice-Pre-
sidência da Operação Norte e Vice-Presidência da
Operação Sul. Essas duas estruturas passaram a
contar com diretorias e infraestrutura de profissio-
nais e de operação que atendem prontamente os
clientes de cada uma das regiões.
Com a mudança na gestão da companhia, du-
rante o processo de fusão, optou-se por não se
realizar a pesquisa de satisfação de clientes em
2014. Nos próximos anos será possível realizar um
mapeamento mais minucioso da qualidade dos
relacionamentos com os parceiros de negócios. GRI G4-PR5
Canais de comunicaçãoNa gestão do relacionamento com clientes, uma
importante ferramenta é o Canal de Relaciona-
mento Rumo ALL. Reclamações, dúvidas, elogios
ou sugestões podem ser feitas pelo telefone
0800-701-2265 ou encaminhadas para o e-mail
[email protected]. A companhia respon-
de às manifestações em até 24 horas. Em 2014,
foram feitos 385 registros na ferramenta.
Parceria com a Klabinum contrato de longo prazo (até 2027) foi estabelecido entre a Klabin e a Rumo all para o transporte de cerca de 900 mil toneladas de celulose por ano, por 441 quilômetros de ferrovia, até o Porto de Paranaguá, no Paraná. Para concreti-zar o projeto, a Klabin está construindo um ramal ferroviário de 23,5 quilômetros que ligará sua nova fábrica de celulose, em ortigueira (PR), à ferrovia da Rumo all. a companhia, que é a maior produ-tora e exportadora de papéis do brasil, adquiriu também 7 locomotivas e 306 vagões de alta performance, com capa-cidade de transportar 1 milhão de tone-ladas por ano. a conclusão do projeto está prevista para o início de 2016.
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2014
34
Governos e instituições: transparência e parceria GRI G4-15, G4-16Integridade e transparência são valores que
orientam o relacionamento da companhia com
o governo. Além de cumprir todas as suas obri-
gações legais e contratuais, a Rumo ALL estabe-
lece, em sua Política para Relacionamento com
Órgãos Públicos, premissas básicas, como evitar
suborno, utilização de informações privilegiadas,
abusos de mercado, fraude, lavagem de dinhei-
ro, vantagens ou permissões governamentais
obtidas ilicitamente.
Política para Relacionamento com Órgãos Públicos
entre os itens que não podem ser ofere-cidos a agentes públicos estão:
• hospitalidades que possam ser consi-deradas ilegais, antiéticas;
• doações em dinheiro ou equivalentes, como: vale-presentes, vouchers, che-ques, empréstimos, ações ou opções de ações;
• hospitalidades que possam ser inter-pretadas como incentivos impróprios para afetar resultados, por exemplo, em momentos iminentes de decisão sobre negócios, processos de licitação, auto-rizações de concessões, obtenção de licenças ou negociações de contratos;
• itens ou situações mencionados na Política para oferta ou Recebimento de brindes, Presentes e Hospitalidades;
• doações, patrocínios, premiações ou benefícios, direta ou indiretamente, que possam influenciar decisões de órgãos públicos; induzir órgãos pú-blicos a realizar ou omitir qualquer ato que viole seus deveres legais; ou influenciar de forma indevida órgãos públicos ou qualquer outra pessoa para obter negócios ou vantagens.
o não cumprimento das diretrizes pre-vistas na política deve ser reportado ao Canal de Ética, à auditoria ou ao Com-pliance. os casos serão apurados e as medidas cabíveis serão aplicadas
A área de relações institucionais tem como prin-
cipal objetivo estreitar o relacionamento com os
públicos de interesse com os quais a companhia
se relaciona. Com a estruturação da nova com-
panhia, o objetivo é manter um diálogo aberto e
transparente com entidades e representantes do
poder público. Essas diretrizes já começaram a ser
aplicadas ao longo de 2015 no relacionamento
com entidades como ANTT, Ibama e municípios.
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2014
35
Principais instituiçõesUm dos principais órgãos governamentais com os
quais a empresa se relaciona é a Agência Nacional
de Transportes Terrestres (ANTT). Fiscalizador do
transporte ferroviário brasileiro, o órgão possui entre
suas atribuições a administração dos contratos de
concessão e arrendamento e a fiscalização do cum-
primento dos contratos de prestação de serviços
ferroviários. Como administradora do contrato de
concessão, a ANTT acompanha ainda o atendimen-
to, por parte da Rumo ALL, das metas de segurança
e volume definidas no contrato de concessão.
Atualmente, a Rumo ALL está em processo de
negociação com a Agência Nacional de Transpor-
tes Terrestres (ANTT) para prorrogar os prazos das
concessões de suas ferrovias, condição crucial para
a execução do plano de investimentos de longo
prazo. Também mantém relacionamento com
outros interlocutores no poder público, como o
Ministério dos Transportes, o Departamento Nacio-
nal de Infraestrutura de Transportes (DNIT), o Ins-
tituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis (Ibama), o Ministério Público, as
câmaras de vereadores e as prefeituras dos municí-
pios vizinhos às operações da companhia.
Além disso, a empresa participa de debates de
temas de interesse do setor por meio da Associação
Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF),
que visa promover o desenvolvimento e o aprimo-
ramento do transporte ferroviário do País.
Programa Nacional de Segurança Ferroviária em Áreas urbanas
a Rumo all participa de discussões setoriais relacionadas ao Programa nacional de Segurança Ferroviária em Áreas urbanas (Prosefer). a iniciativa foi estabelecida, em consonância com as premissas do Programa de aceleração do Crescimento (PaC), pela diretoria de infraestrutura Ferroviária (diF/dnit). o objetivo é expandir os investimentos em infraestrutura e eliminar gargalos do setor. São premissas do programa:
• minimizar os conflitos decorrentes das operações ferroviárias;
• identificar as obras prioritárias;• organizar os resultados, para orientar a
gestão dos governos;• fornecer informações para que gover-
nos façam o planejamento de ações e intervenções nos locais identificados.
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2014
36
Relações com fornecedores GRI G4-12O relacionamento entre a Rumo ALL e seus forne-
cedores de materiais e serviços tem como diretri-
zes fundamentais a transparência e a observância
das melhores práticas em sustentabilidade. Uma
seção do Código de Conduta da Cosan é dedica-
da especialmente aos fornecedores e estipula que
todas as relações com empresas terceiras deve
ser pautada por ética, transparência, imparcialida-
de, longevidade e postura profissional. É proibido
qualquer tipo de suborno, propina ou ato seme-
lhante, efetuado direta ou indiretamente a clien-
tes, parceiros ou fornecedores, com o objetivo
de conquistar, reter negócios ou obter qualquer
outro tipo de favorecimento.
Com base nesse relacionamento e pautado pela
transparência de informações com os parceiros
de negócio, um novo processo de homologação
de fornecedores está sendo implementado, no
qual todos os fornecedores da Rumo ALL e as no-
vas empresas que queiram ser fornecedores pas-
sarão por um processo de avaliação documental.
O objetivo é qualificar as organizações em pa-
drões estabelecidos, trazendo maior segurança
e confiança para o processo de fornecimento e,
consequentemente, promovendo relacionamento
longo e duradouro, pautado por critérios e regras
preestabelecidos.
Desde 2013, a companhia publica anualmente
um guia de orientação que inclui temas como
gestão, gente, documentação e saúde, seguran-
ça e meio ambiente e orienta o processo de de-
senvolvimento das empresas parceiras. A publi-
cação inclui um programa de acompanhamento,
com uma auditoria de diagnóstico no início do
processo e três monitoramentos anuais. É possí-
vel comparar os resultados de diagnósticos ante-
riores e constatar melhorias e pontos de atenção
para os próximos ciclos.
Em 2014, em parceria com a consultoria DNV-GL,
a Rumo ALL iniciou um trabalho de diagnóstico
de sua cadeia de fornecedores, voltado inicial-
mente aos dormenteiros e que será estendido às
demais categorias de fornecedores.
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2014
37
Segurança
38
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2014
A Rumo ALL está comprometida com a manuten-
ção da saúde e da segurança de seus funcionários
diretos e indiretos. Por meio de treinamentos, in-
vestimentos em qualificação, reuniões periódicas,
mudanças de infraestrutura e indicadores-chave
monitorados de forma permanente, a organiza-
ção busca garantir a queda contínua no volume
de acidentes e disseminar a premissa de compor-
tamento seguro nas suas unidades, em sintonia
com o direcionador estratégico de disciplina de
execução.
A preocupação com a segurança se inicia no
processo de admissão, com treinamentos obriga-
tórios — entre os exigidos pela lei e os oferecidos
por liberalidade da empresa – antes de o colabo-
rador entrar em campo, focando os cinco princí-
pios centrais da empresa, a prevenção de aciden-
tes e o controle de riscos. Anualmente, também
é realizada reciclagem. Todos os funcionários são
submetidos a exames periódicos, conforme riscos
de cada área. GRI G4-LA7
Pelo perfil profissional de alto esforço do negó-
cio, com operação a céu aberto, os indicadores e
dados de saúde e segurança são constantemen-
te monitorados. Todos os acordos formais com
sindicatos da categoria abordam aspectos básicos
de saúde e segurança, como a disponibilidade de
equipamentos de proteção individual (EPI) e cole-
tiva (EPC). GRI G4-LA8
O processo de fusão deu à ALL e à Rumo a opor-
tunidade de combinar boas práticas e potenciali-
zar seus projetos focados em saúde e segurança,
unificando conceitos e ferramentas de maior
performance, a fim de prevenir acidentes e elimi-
nar afastamentos.
Na Rumo, a iniciativa O.P.A! (Olhar, Parar e Regis-
trar, Agir!), implantada no terminal portuário de
Santos e nos demais terminais do interior do es-
tado de São Paulo, estimula um processo perma-
nente de análise, por parte dos empregados, da
exposição a riscos por conta de comportamentos
inseguros na execução de atividades rotineiras.
Segurança pessoal
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2014
39
Iniciado em 2013 pela ALL, o Programa ALL +
Segura é outro dos instrumentos adotados para
preservar a integridade e o bem-estar dos fun-
cionários nas operações ferroviárias, por meio
de diretrizes e padrões que dão suporte às se-
guintes iniciativas:
• Gestão de EPIs: estímulo ao uso adequado de
equipamentos de proteção individual;
• Escolas de Segurança e Meio Ambiente: treina-
mentos;
• Análise e Investigação de Acidentes: comunica-
ção e tratativa das ocorrências;
• Integração de Segurança do Técnico e do
Supervisor: capacitação prévia à entrada em
campo;
• Comunicados de Risco: permitem o registro e
acompanhamento de situações de risco enfren-
tadas;
• Permissão de Trabalho e Análise Preliminar de
Risco: documento que permite análise detalhada
dos riscos envolvidos em determinada atividade;
• Reunião de 5 Minutos: diálogo diário sobre se-
gurança, conduzido pelo líder, ao início de cada
turno;
• Inspeção Semanal de Segurança: realizada pelo
supervisor para prevenir ocorrências e relatar
condição insegura;
• Padrões de Segurança e Meio Ambiente: estabe-
lecem os princípios adotados pela empresa em
todas as operações.
Princípios de saúde e segurança 1. Segurança em primeiro lugar2. Segurança e produção andam juntas3. líder, seja exemplo para o seu time4. Cumprir 100% dos procedimentos em
100% do tempo5. Segurança, responsabilidade de todos
Desempenho em 2014Considerando as operações da ALL, o Índice de
Frequência de Acidentes de Trabalho (Ifat), calcu-
lado conforme padrões brasileiros (Norma Regula-
mentadora e NBR), teve redução de 44% de 2013
para 2014, alcançando 2,12%. O índice é calculado
com base na taxa de frequência de acidentes de
trabalho, considerando os dias perdidos.
Como reflexo do estímulo ao comportamento
seguro, nos últimos três anos o total de acidentes
com afastamento tem caído: em 2014, foram 77,
abaixo dos 112 de 2013 e dos 126 de 2012.
Com base na metodologia da Global Reporting
Initiative (GRI), que considera os diferentes tipos
de acidente (com afastamento + sem), a taxa de
dias perdidos consolidada para funcionários e ter-
ceiros foi o melhor da série histórica de três anos
— 8,06 —, indicando a redução de gravidade nos
incidentes (veja tabela).
Ifat
2012 2013 2014
2,98% 2,75%2,12%
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2014
40
Saúde ocupacional e segurança – ALL GRI G4-LA6
Colaboradores 2012 2013 2014
Homens Mulheres Homens Mulheres Homens Mulheres
número de acidentes (incluindo primeiros socorros), com ou sem afastamento, sem incluir trajeto
155 3 180 2 189 0
taxa de acidentes 0,79 0,89 0,93
total de dias perdidos 1.818 30 1.158 5 1.254 0
taxa de dias perdidos 9,22 5,70 6,15
total de óbitos no período 3 0 1 0 1 0
número de dias com faltas no período (atestados de 2013 lançados em sistema e feita a soma dos dias perdidos)
- 27.536 1.515 27.176 1.015
taxa de dias perdidos - 142,39 138,18
Terceiros 2012 2013 2014
Homens Mulheres Homens Mulheres Homens Mulheres
número de acidentes entre terceiros (incluindo primeiros socorros), com ou sem afastamento, sem incluir trajeto
34 1 39 1 47 0
taxa de acidentes (terceiros) 0,17 0,20 0,23
total de dias perdidos entre terceiros 319 0 685 3 390 0
taxa de dias perdidos (terceiros) 1,59 3,37 1,91
total de óbitos no período 0 0 0 0 0 0
Colaboradores + terceiros 2012 2013 2014
Homens Mulheres Homens Mulheres Homens Mulheres
número de acidentes entre colaboradores e terceiros (incluindo primeiros socorros), com ou sem afastamento, sem incluir trajeto
189 4 219 2 236 0
taxa de acidentes (colaboradores + terceiros) 0,96 1,08 1,16
total de dias perdidos (colaboradores + terceiros) 2.137 30 1.843 8 1.644 0
taxa de dias perdidos (colaboradores + terceiros) 10,81 9,07 8,06
total de óbitos no período 3 0 1 0 1 0
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2014
41
Nas ferrovias GRI G4-14Na Rumo ALL, prevenir incidentes relacionados à
movimentação de carga em ferrovias e terminais
é uma prioridade de gestão. Para isso, há dois do-
cumentos reguladores: o Regulamento de Opera-
ções (RO) e os Procedimentos Operacionais (PO).
O primeiro está presente no dia a dia dos fun-
cionários desde a contratação e integração à
empresa. Alguns postos mais críticos, como os
de maquinistas, têm ainda acesso a reciclagens
anuais e provas para aferição de conhecimento.
Já os Procedimentos Operacionais variam con-
forme a área da empresa e são repassados em
treinamentos periódicos.
A empresa possui o Comitê de Segurança, que
acompanha de forma contínua o desempenho de
segurança. Todos os acidentes e incidentes são
investigados de forma a garantir que melhorias
sejam estabelecidas.
Entre os destaques dos últimos ano, estão inves-
timentos em sistemas de detecção de descarrila-
mento, nivelamento de trens, monitoramento de
temperatura, prevenção de acidentes e simulação
de condução. O número de acidentes é monito-
rado pela Agência Nacional de Transportes Ter-
restres (ANTT), com metas de segurança definidas
no contrato de concessão. Desde 2009, a ALL
vem trabalhando abaixo da meta estipulada (veja
quadro), com resultados bastante positivos rela-
tivos ao volume de acidentes. Destaca-se, ainda,
o engajamento da companhia nas discussões
e no planejamento do Programa de Segurança
Ferroviária.
Visando melhorar a segurança ferroviária, item
crucial para a nova companhia, o plano de investi-
mentos prevê modernização na via, investimento
em PN e aquisição de material rodante eficiente,
além de campanhas de conscientização e promo-
ção da segurança nas linhas férreas. Esses inves-
timentos melhoram o desempenho da operação
e, consequentemente, reduzem o número de
acidentes ferroviários.
Campanhas de segurança GRI G4-SO1
a all trabalha para prevenir acidentes causados pelo tráfego de veículos e pessoas nas adjacências das ferrovias e da faixa de servidão. desde 2001, são realizadas ações nos cruzamentos com linhas férreas, nas escolas e nas comuni-dades, com redução de mais de 50% nos acidentes em passagens de nível, nos sete estados em que a empresa possui operações. outra prática que tem sido combatida é o surfe ferroviário, por meio de distribuição de material educativo e atividades voluntárias.
Número de acidentes (acidentes/trem km)1
Meta ANTT Resultado ALL (malhas Norte, Oeste, Paulista e Sul)
Superação da meta
2009 21,8 20,96 4%
2010 20,3 19,08 6%
2011 20,4 16,70 18%
2012 24,5 17,86 27%
2013 19,1 16,78 12%
2014 18,3 15,26 16%
1 A meta de segurança acordada com a ANTT é medida por meio de índice calculado com a soma de acidentes ocorridos, dividido pela soma de distâncias percorridas por todos os trens que trafegaram na malha (distância em milhares de quilômetros).
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2014
42
Gestão ambiental
43
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2014
A Rumo ALL mantém suas operações nas regiões
Sul, Sudeste e Centro Oeste, onde estão locali-
zados importantes biomas brasileiros. Por meio
de um sistema de gestão ambiental estrutura-
do com ferramentas próprias, a empresa busca
continuamente controlar e minimizar os impactos
relacionados às suas operações, atuando em con-
formidade legal e dentro das melhores práticas
ambientais.
Os temas ambientais de maior atenção são as
emissões de gases e poluentes, a geração de
ruído, a fragmentação da biodiversidade e a po-
tencial contaminação de solo e recursos hídricos,
em situações de acidentes. Entre os aspectos de
relevância também estão a educação ambiental e
o engajamento das partes interessadas.
Dentro do planejamento para os próximos anos,
estão previstas ações focadas na diminuição de
impactos, por meio de investimentos na via per-
manente, na modernização da frota e na segu-
rança operacional e ambiental, além da mitigação
dos passivos ambientais e do estreitamento do
relacionamento com órgãos reguladores.
O Manual de Gestão Ambiental (MGA), que com-
preende os procedimentos de cunho ambiental,
orienta a atuação da Rumo ALL rumo à conformi-
dade legal e às melhores práticas. O documento
tem sido consolidado com o passar dos anos,
direcionando tanto as atividades da rotina ope-
racional como as questões de licenciamento,
controles e monitoramentos ambientais e rela-
cionamento com órgãos governamentais, entre
outros aspectos.
Atualmente, a companhia possui cinco Licenças
de Operação emitidas pelo Ibama, e anualmente
são encaminhados relatórios comprobatórios da
execução dos programas socioambientais execu-
tados na malha ferroviária. Já os monitoramentos
ambientais, que são condicionantes de licencia-
mento e apresentados anualmente aos órgãos
ambientais, têm permitido a produção de estudos
para melhor entendimento das relações da ferro-
via e do ambiente, orientando projetos e planos
de investimento.
Sobre o tema emissões atmosféricas, a empresa
vem trabalhando no monitoramento e na mo-
dernização da operação e da frota, buscando
frequentemente a melhoria da sua performance
operacional e ambiental e investindo em loco-
motivas com menor consumo de diesel e conse-
quente redução de emissões atmosféricas.
As principais emissões monitoradas são material
particulado (MP) e gases do efeito estufa (GEE),
como CO2, SO
2 e NO
x, medidos anualmente no
Inventário de Emissões de GEE. Uma das princi-
pais medidas para reduzir esse impacto é a reno-
vação de frota. Hoje, 17% das locomotivas têm
menos de 15 anos de uso. O plano de expansão
da Rumo ALL prevê investimentos de mais de
US$ 1 bilhão para substituição de locomotivas na
métrica e na larga.
Atualmente, está em construção o inventário refe-
rente a 2014, porém, historicamente, as emissões
diretas (escopo 1) representam mais de 90% do
total de emissões da companhia. No entanto, em
comparação com o modal rodoviário, as emis-
sões atmosféricas da operação ferroviária são
proporcionalmente inferiores — para o mesmo
volume transportado em 30 vagões, por exemplo,
seriam necessários 68 caminhões bitrem.
Uma consultoria especializada colaborou para a
elaboração de um plano de melhorias da gestão
de GEE da ALL. O estudo busca identificar possí-
veis ações diretas que resultem na redução das
emissões e servirá de base para a análise técnica
de viabilidade de implantação e de quais estraté-
gias devem ser tomadas. Atualmente, são cinco
as frentes de gestão: GRI G4-SO2
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2014
44
Pelo menor impactoR$ 1 bilhão é o valor total que a Rumo all investirá, até 2019, na moderni-zação e substituição de frota — o que ajuda a reduzir as emissões de gases do efeito estufa;
Renovação de frota ferroviária Melhorias logísticas e investimentos em pesquisa e desenvolvimento (P&d) Combustíveis alternativos aumento no teor de biodiesel Combustível de frota cativa de automóveis
Iniciativas
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2014
45
Biodiversidade GRI G4-EN12, G4-EN14Os impactos sobre a biodiversidade advindos das
operações da Rumo ALL incluem interferências
em ambientes naturais preservados decorrentes,
sobretudo, de obras de manutenção e de amplia-
ção dos pátios e da via ferroviária, bem como do
aumento da poluição. Com efeito, os elementos
bióticos constituintes desses biomas — a fauna e
a flora — são os mais afetados, embora possam
ocorrer, em certa medida, interferências sobre
o meio abiótico, além do aumento da poluição
sonora e atmosférica.
Diversos programas de gestão ambiental são rea-
lizados em toda a malha ferroviária, que incluem:
Programa de monitoramento de processos erosi-
vos, Programa de controle da vegetação invasora
da linha, Programa de plantio compensatório,
entre outros. A cada ano, a empresa aprimora a
consolidação dos dados de criticidade da fauna e
da flora afetadas e elabora e implementa medidas
de prevenção.
Nesse contexto, entre os biomas afetados pelas
operações da empresa estão o Cerrado (Malha
Norte), o Pantanal (Malha Oeste) e a Mata Atlânti-
ca (malhas Sul e Paulista). Os ecossistemas in-
seridos nesses biomas abrigam muitas espécies
endêmicas e ameaçadas; assim, a cada ano, a
empresa aprimora a execução dos programas de
gestão ambiental, buscando consolidar os dados
de criticidade da fauna e da flora afetadas pelas
suas operações e implementar medidas de miti-
gação e de prevenção dos impactos identificados.
No que diz respeito aos programas de gestão
ambiental na região de Rondonópolis (MT), e em
paralelo à expansão da Malha Norte da Rumo
ALL, as ações incluem o monitoramento da
qualidade da água e dos sedimentos, das drena-
gens naturais e das nascentes em áreas úmidas,
das emissões de ruídos e de gases, conforme os
padrões recomendados pela legislação específi-
ca, e do controle de processos erosivos nas áreas
impactadas pelas obras.
46
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2014
Prevenção de atropelamentosEm relação à fauna, as malhas ferroviárias de con-
cessão da Rumo ALL são assistidas pelo Programa
de Monitoramento e Mitigação do Atropelamento
de Fauna, cujo objetivo principal é contribuir para
a redução da mortalidade de espécimes da fauna
silvestre e doméstica decorrente do atropelamen-
to ao longo da via férrea. Na duplicação da Malha
Paulista, entre os municípios de Campinas e San-
tos, por exemplo, serão implantadas passagens de
fauna em locais críticos de atropelamento, a fim
de garantir a segurança na travessia desses ani-
mais na linha férrea.
Na Malha Norte, no trecho entre Alto Araguaia e
Rondonópolis, a fauna e a flora são igualmente
avaliadas, com a proposição de medidas corre-
tivas com vistas à mitigação dos impactos sobre
a biota. Nesse caso em específico, quando da
construção da via férrea, foram implantadas 70
passagens de fauna em pontos críticos, cuja efi-
ciência é verificada por meio do monitoramento
bimestral com câmeras especiais (infravermelho).
Os resultados preliminares indicam que essas
estruturas são utilizadas pela fauna para travessia
da via férrea.
Salvamento de Fauna
Quando ocorre algum tipo de interfe-rência em ambientes naturais, seja pela ampliação de um pátio ou duplicação de vias, as obras de engenharia são acom-panhadas pelo Programa de Salvamento de Fauna, que, entre outras atividades, promove o resgate e/ou afugentamento das espécies da fauna terrestre nas áreas afetadas pelas obras.
a ação permite mapear a diversidade da fauna dessas áreas e, de tal modo, detectar os possíveis impactos das obras da ferrovia sobre o meio biótico. ao mesmo tempo, é possível determinar as medidas mais apropriadas em relação à conservação das espécies e dos ecos-sistemas impactados. Para atender aos requisitos exigidos nas condicionantes ambientais, foi viabilizada uma estrutura móvel, com um Centro de triagem de animais Silvestres e uma equipe formada por diversos profissionais, tais como ve-terinários, biólogos e auxiliares, além de equipes de logística e suprimentos, que dão o suporte necessário para as ativi-dades do programa. até o fim do ano de 2014, a execução do programa pela Rumo all promoveu o afugentamento e/ou resgate de mais de 500 espécimes da fauna silvestre.
+ de 500espécimes de fauna silvestre impactados pelo Programa de Salvamento de Fauna, até o fim de 2014
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2014
47
Educação ambiental em focoa Rumo all investe em programas de educação e sensibilização ambiental voltados às comuni-dades residentes no entorno da malha ferroviária e aos colaboradores e prestadores de serviço. as ações buscam aproximar as pessoas da causa ambiental, promovendo o sentimento de perten-cimento e proximidade com a natureza, trazendo para o cotidiano dos stakeholders atitudes que colaborem para o uso responsável dos recursos e a proteção do meio ambiente.
São realizadas oficinas de educação ambiental para estudantes do ensino fundamental de esco-las públicas, atividades sociais interativas (coor-denadas pelo instituto all), palestras em em-presas e campanhas de educação ambiental não formal (voltadas para as comunidades no entor-no das linhas férreas). em um ano, foi realizado um total de 200 ações educativas, entre campa-nhas e palestras, em 38 municípios paranaenses e catarinenses.
a partir de uma avaliação realizada no final de 2014, um plano de ação foi proposto para au-mentar a eficiência do programa, garantindo a continuidade das oficinas e a avaliação cons-tante dos progressos. as atividades de educação ambiental estão alinhadas com uma estratégia de comunicação que vai além do objetivo fun-damental de comunicar, e alcançam a finalidade de conectar as pessoas com o ambiente, promo-vendo uma relação de conhecimento e conse-quente preservação.
também foram realizadas diversas ações de educação e comunicação ambiental durante a duplicação da Malha Paulista. Considerando que as obras afetaram algumas regiões sensíveis, como a Vila natal e a Vila esperança, no municí-pio de Cubatão (SP), o foco foi trabalhar temas locais mais críticos, como segurança ferroviária, ruídos e resíduos.
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2014
48
Plantio compensatórioAs atividades de recuperação ecológica das
áreas afetadas pela interferência das obras de
melhoria e/ou de ampliação das malhas férreas
são executadas por meio do plantio de mudas
de árvores nativas, cuja finalidade é promover o
restabelecimento dos processos ecológicos das
áreas alteradas, inclusive em Áreas de Preservação
Permanentes (APP), além de promover a conser-
vação de banco genético das espécies ameaça-
das dos diferentes biomas onde a empresa possui
operações.
No total, mais de 531 mil mudas de árvores
nativas foram plantadas em diferentes estados e
biomas, conforme exibe a tabela abaixo:
Estado Bioma Mudas plantadas
Mato Grosso Cerrado 380.723
Mato Grosso do Sul Cerrado 5.196
Paraná Mata atlântica 17.500
São Paulo Cerrado 128.184
TOTAL 531.603
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2014
49
Conformidade e remediação ambiental GRI G4-EN29
O respeito à legislação e às normas ambientais
orienta todas as ações da gestão ambiental da
companhia. Ainda assim, foram registradas autua-
ções e multas ambientais em 2014, que somaram
R$ 80.273.169,49 na ALL. Cabe destacar as de
maior vulto:
• Contaminação do solo no Posto de Abasteci-
mento do Iguaçu. Foram recebidas duas multas
do Ibama, totalizando R$ 60.000.000,00;
• Acidente ocorrido com trem da ALL na linha
da MRS, ocorrido em Cubatão (SP):
R$ 12.555.000,00 (Ibama);
• Acidente ocorrido no município de Votuporanga
(SP): R$ 2.505.000,00 (Ibama);
• Acidente ocorrido no município de Três Lagoas
(MS): R$ 1.500.000,00 (Imasul);
• Acidente ocorrido no município de Reserva (PR):
R$ 1.000.000,00 (IAP).
Em 2014, foram recebidas 176 sanções não
monetárias de âmbito ambiental e 34 autuações
com imposição de multa. Além das multas des-
critas acima, os demais autos de infração somam
R$ 2.713.169,49. A principal causa de autuação
em 2014 foi o descumprimento de procedimen-
tos na operação.
Durante o ano, alguns dos principais acidentes
envolveram o tombamento total ou parcial de
locomotivas e descarrilamentos, eventualmen-
te com impacto ambiental. As ocorrências que
envolveram derramamentos de combustível ou
carga passaram por processos de remediação.
Protocolo de acidente
em caso de ocorrências e acidentes, a Rumo all possui procedimentos padro-nizados para gerenciar os impactos e garantir a proteção ambiental e a segu-rança de seus empregados e da comuni-dade. São eles:
• acionar imediatamente a equipe de atendimento de emergência (interna e externa, quando necessário);
• informar o órgão ambiental competen-te;
• investigação ambiental (nos casos de acidentes com produtos perigosos);
• investigação confirmatória (em caso de impacto ambiental confirmado);
• remediação das áreas afetadas.
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2014
50
Instituto ALLCriado em 2008, o Instituto ALL de Educação e
Cultura é uma Organização da Sociedade Civil
de Interesse Público (Oscip) e tem como objetivo
reafirmar o compromisso da empresa com a co-
munidade, os funcionários e o meio ambiente.
2015 está sendo o ano de reformulação do insti-
tuto, adequando-o à visão Rumo ALL de Respon-
sabilidade Social. Isso significa que os projetos,
os patrocínios e o jeito de se relacionar com os
funcionários, com a comunidade e com o meio
ambiente estão passando por reestruturação.
Para a Rumo ALL, a responsabilidade social envol-
ve uma forma de gestão ética e transparente dos
negócios e atividades, bem como das relações
com todos os públicos de interesse. Para isso, são
desenvolvidas ações de promoção dos direitos
humanos e da cidadania.
Entre os princípios estão o respeito ao meio am-
biente e à diversidade humana e cultural; o repú-
dio à discriminação, ao trabalho degradante e ao
trabalho infantil e escravo; a contribuição para o
desenvolvimento sustentável e para a redução da
desigualdade social; e a construção de um mun-
do melhor e mais fraterno.
O novo modelo de gestão, orientado para o
longo prazo, busca gerar valor para o desen-
volvimento e tornar a empresa protagonista em
estratégias perenes e transformadoras. Daí surge
o jeito Rumo ALL de Responsabilidade Social:
Movimentar o presente para transformar o futuro.
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2014
51
Principais iniciativas GRI G4-SO1
Ecologia nos trilhos em um passeio pelo bosque all, instrutores explicam em sala de aula sobre a fauna e a flora e sobre preservação e a importância do meio ambiente. Posteriormente, as crianças realizam uma visita ao bosque e visualizam um pouco do que aprende-ram em sala de aula.
Memória Ferroviária trata-se de uma exposição fotográfica sobre a história das ferrovias no brasil, em especial da cidade de Santana do livramento (RS), cuja estação foi restaurada e abriga esta mostra em sua sala de exposições. o projeto foi realizado por meio da lei Rouanet, com patrocínio do banco Safra e da américa latina logística.
Vagão Cultural Vagão adaptado para trabalhar o resgate cultural das brinca-deiras cantadas de roda. também são desenvolvidas atividades ligadas à dra-matização e à construção de narrativas. na oficina sensorial, as crianças vivem diferentes experiências que os sons despertam.
Cine Estação a estação ferroviária de Santana do livramento (RS) é um exem-plo de um bem histórico restaurado, que oferece à comunidade o acesso à cultu-ra gratuitamente. o projeto foi realizado por meio da lei Rouanet, com patrocí-nio de banco Safra, bentec ambientes Pensados e américa latina logística.
Viajando com Monteiro Lobato uma carreta-palco percorre vários estados levando histórias de Monteiro lobato contadas pelos vilões e personagens se-cundários. as narrativas são selecionadas e apresentadas pelos educadores por meio de dramatização e musicalização.
Vagão Ambiental Projeto itinerante rea-lizado dentro de um vagão adaptado. o objetivo é levar às crianças conhecimen-tos sobre preservação ambiental de ma-neira atrativa e lúdica, para desenvolver noções de ecologia e sustentabilidade nas comunidades próximas à linha férrea.
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2014
52
Sobre o relatórioO Relatório de Sustentabilidade 2014 da Rumo
ALL reúne as informações mais relevantes a res-
peito do desempenho econômico, ambiental e
social das operações da empresa. Os dados e in-
dicadores compilados são relativos à performan-
ce da América Latina Logística (ALL) e referem-se
ao período entre 1º de janeiro de 2014 e 31 de
dezembro de 2014. GRI G4-28
Apresentado em formato PDF, o conteúdo deste
relatório levou em conta os temas materiais e os
direcionadores da Rumo ALL e é direcionado aos
principais stakeholders da organização: funcio-
nários, fornecedores, clientes, comunidades no
entorno das operações e órgãos governamentais.
Este relato foi elaborado de acordo com as diretri-
zes da Global Reporting Initiative (GRI), referência
internacional para a divulgação de informações
sobre a gestão, os resultados e os impactos de
empresas. Foram aplicadas as diretrizes G4 da
GRI, em nível Essencial, e os indicadores relatados
são todos da ALL, que publicou relatórios de sus-
tentabilidade nos anos de 2012 e 2013. GRI G4-29,
G4-30, G4-32
A partir do próximo ciclo, o relato deverá incorpo-
rar os indicadores de desempenho da Rumo ALL;
para informações da performance da Rumo, con-
sulte o relatório correspondente do Grupo Cosan,
em http://ri.cosan.com.br. GRI G4-17, G4-18
Não houve alterações significativas de escopo ou
de informações com relação a edições anterio-
res, englobando a ALL Malha Sul S.A., a ALL Malha
Oeste S.A., a ALL Malha Paulista S.A. e a ALL Malha
Norte S.A. Informações ou limitações relativas a
indicadores GRI específicos estão apontadas no
Índice GRI ou ao longo do conteúdo apresen-
tado. Neste relatório, também são apresentados
alguns conteúdos referentes ao porte e à capaci-
dade da empresa, que eventualmente apresentam
diferença em relação a informações divulgadas
anteriormente ao mercado. Isso ocorre em fun-
ção do momento de consolidação das operações
e estruturas da Rumo ALL. GRI G4-22, G4-23
Dúvidas, críticas e sugestões sobre o conteúdo
apresentado podem ser encaminhadas a Relações
com Investidores Rumo ALL, por e-mail (ir@ru-
moall.com), telefone (41-2141-7226) ou carta (Rua
Emílio Bertolini, 100, Vila Oficinas, CEP 82920-
030, Curitiba — PR). GRI G4-31
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2014
53
CONTEúDO GERAL
Aspecto Descrição Página/resposta
Estratégia e análise G4-1 Mensagem do presidente 4
Perfil organizacional G4-3 nome da organização 6
G4-4 Principais marcas, produtos e/ou serviços 6
G4-5 localização da sede da organização 6
G4-6 Países onde estão as principais unidades de operação ou as mais relevantes para os aspectos da sustentabilidade do relatório
6
G4-7 tipo e natureza jurídica da propriedade 13
G4-8 Mercados em que a organização atua 6
G4-9 Porte da organização 7
G4-10 Perfil dos empregados 27
G4-11 Percentual de empregados cobertos por acordos de negociação coletiva
28
G4-12 descrição da cadeia de fornecedores da organização
37
G4-13 Mudanças significativas em relação a porte, estrutura, participação acionária e cadeia de fornecedores
6
G4-14 descrição sobre como a organização adota a abordagem ou princípio da precaução
42
G4-15 Cartas, princípios ou outras iniciativas desenvolvidas externamente
35
G4-16 Participação em associações e organizações
35
Aspectos materiais identificados e limites G4-17 entidades incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas e entidades não cobertas pelo relatório
53
G4-18 Processo de definição do conteúdo do relatório
53
G4-19 lista dos temas materiais 25
G4-20 limite, dentro da organização, de cada aspecto material
25
G4-21 limite, fora da organização, de cada aspecto material
25
G4-22 Reformulações de informações fornecidas em relatórios anteriores
53
G4-23 alterações significativas de escopo e limites de aspectos materiais em relação a relatórios anteriores
53
Índice GRI
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2014
54
Engajamento de stakeholders G4-24 lista de grupos de stakeholders engajados pela organização
24
G4-25 base usada para a identificação e seleção de stakeholders para engajamento
24
G4-26 abordagem para envolver os stakeholders 24
G4-27 Principais tópicos e preocupações levantadas durante o engajamento, por grupo de stakeholders
25
Perfil do relatório G4-28 Período coberto pelo relatório 53
G4-29 data do relatório anterior mais recente 53
G4-30 Ciclo de emissão de relatórios 53
G4-31 Contato para perguntas sobre o relatório ou seu conteúdo
53
G4-32 opção da aplicação das diretrizes e localização da tabela GRi
53
G4-33 Política e prática atual relativa à busca de verificação externa para o relatório
não houve verificação externa referente aos dados deste relatório. as demonstrações financeiras da Companhia passam por auditoria independente.
Governança G4-34 estrutura de governança da organização 13
Ética e integridade G4-56 Valores, princípios, padrões e normas de comportamento da organização
14
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2014
55
CONTEúDO ESPECÍFICO
Categoria econômica
Aspecto Descrição Página/resposta Omissão
Desempenho econômico G4-DMA Forma de gestão 16, 17 e 18 –
G4-EC1 Valor econômico direto gerado e distribuído 17 –
G4-EC4 ajuda financeira significativa recebida do governo 18 –
Impactos econômicos indiretos
G4-DMA Forma de gestão 23 e 31 –
G4-EC8 descrição de impactos econômicos indiretos significativos
31 –
Categoria ambiental
Aspecto Descrição Página/resposta Omissão
Biodiversidade G4-DMA Forma de gestão 46 –
G4-EN12 impactos significativos na biodiversidade de atividades, produtos e serviços
46 –
G4-EN14 número total de espécies incluídas na lista vermelha da iuCn e em outras listas de conservação
46 –
Conformidade G4-DMA Forma de gestão 50 –
G4-EN29 Valor de multas e número total de sanções resultantes de não conformidade com leis
50 –
Categoria social – práticas trabalhistas e trabalho decente
Aspecto Descrição Página/resposta Omissão
Saúde e segurança no trabalho
G4-DMA Forma de gestão 39, 40 e 41 –
G4-LA6 taxas de lesões, doenças ocupacionais e dias perdidos
41 –
G4-LA7 empregados com alta incidência ou alto risco de doenças relacionadas à sua ocupação
39 –
G4-LA8 temas relativos a saúde e segurança cobertos por acordos formais com sindicatos
39 –
Categoria social – direitos humanos
Aspecto Descrição Página/resposta Omissão
Liberdade de associação e negociação coletiva
G4-DMA Forma de gestão 27, 28 e 29 –
G4-HR4 Grau de aplicação do direito de livre associação e operações e fornecedores identificados como de risco
28 –
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2014
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Categoria social – sociedade
Aspecto Descrição Página/resposta Omissão
Comunidades locais G4-DMA Forma de gestão 30, 31, 33, 41, 44 e 52
G4-SO1 Percentual de operações com programas de engajamento da comunidade local, avaliação de impactos e desenvolvimento local
31, 41, 52 ––
G4-SO2 operações com impactos negativos significativos, reais e potenciais, nas comunidades locais
33, 44 –
Avaliação de fornecedores em impactos na sociedade
G4-SO9 Percentual de novos fornecedores selecionados com critérios de impactos na sociedade
não reportado atualmente, a Rumo all trabalha o tema de homologação de fornecedores em sua gestão, sem informações disponíveis
Categoria social – responsabilidade pelo produto
Aspecto Descrição Página/resposta Omissão
Saúde e segurança do cliente G4-DMA Forma de gestão 39, 40, 41 e 42 –
G4-PR1 avaliação de impactos na saúde e segurança durante o ciclo de vida de produtos e serviços
na operação, 100% das atividades desenvolvidas são submetidas a avaliações quanto aos impactos na saúde dos colaboradores. as áreas significativas consideradas para essa análise são Pátio, tração, Via Permanente, Mecânica e tecnologia operacional
–
Rotulagem de produtos e serviços
G4-DMA Forma de gestão 34 –
G4-PR5 Resultados de pesquisas medindo a satisfação do cliente
34 –
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2014
57
Créditos
Coordenação geral do projetoRumo ALL - Áreas de Meio Ambiente,
Comunicação e Responsabilidade Corporativa
e Relações com Investidores
Materialidade, consultoria GRI, design e coordenação editorial e de conteúdoReport Sustentabilidade
Equipe Ana Souza e Pamela Jabbour (gestão
de projetos e relacionamento), Guto Lobato,
Paula Andreghetto e Marco Barbosa (redação e
edição), Tatiana Lopes (indicadores GRI), Victor
Netto (materialidade), Guilherme Falcão (projeto
gráfico), Guilherme Falcão e Juliana Kaminaga
(diagramação)
RevisãoAssertiva Produções Editoriais
FotografiaBanco de imagens Rumo ALL
Família tipográficaMuseo Sans, de Jos Buivenga (2008)
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