155
RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 31 de Dezembro de 2012

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

 

 

RELATÓRIO DO CONSELHO DE

ADMINISTRAÇÃO  

31 de Dezembro de 2012 

Page 2: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

2

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2012

ÍNDICE

INTRODUÇÃO .............................................................................................................................................. 3

ENQUADRAMENTO ECONÓMICO ............................................................................................................. 5

EVOLUÇÃO BOLSISTA ............................................................................................................................... 6

ACTIVIDADE DO GRUPO ............................................................................................................................ 8

SUSTENTABILIDADE E RESPONSABILIDADE EMPRESARIAL ............................................................. 12

ANÁLISE FINANCEIRA .............................................................................................................................. 14

ACTIVIDADE DESENVOLVIDA PELOS MEMBROS NÃO-EXECUTIVOS DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO ...................................................................................................................................... 17

PERSPECTIVAS PARA 2013 ..................................................................................................................... 18

PROPOSTAS DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO PARA APLICAÇÃO DO RESULTADO LÍQUIDO INDIVIDUAL E DISTRIBUIÇÃO DE RESERVAS ....................................................................................... 19

GOVERNO DA SOCIEDADE ..................................................................................................................... 20

DISPOSIÇÕES LEGAIS ............................................................................................................................. 53

DECLARAÇÃO DE RESPONSABILIDADE ................................................................................................ 55

CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................................................ 55

ANEXO I ..................................................................................................................................................... 56

Page 3: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

3

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2012

Senhores accionistas

O Conselho de Administração da Altri, SGPS, S.A., no cumprimento dos preceitos legais e estatutários instituídos, apresenta o Relatório e Contas relativos ao exercício de 2012. Ao abrigo do número 6 do art.º 508º – C do Código das Sociedades Comerciais, o Conselho de Administração decidiu apresentar um Relatório de Gestão único, sendo aqui cumpridos todos os preceitos legais exigidos.

INTRODUÇÃO A Altri foi constituída em Março de 2005, sendo o resultado do processo de cisão da Cofina. A Empresa é um produtor europeu de referência de pasta de papel de eucalipto e está cotada na NYSE Euronext Lisbon, integrando o seu índice de referência, o PSI-20. Para além da produção de pasta de papel a Altri está também presente no sector de energias renováveis de base florestal, nomeadamente a cogeração industrial através de licor negro e a biomassa. A estratégia florestal assenta no aproveitamento integral de todos os componentes disponibilizados pela floresta: pasta, licor negro e resíduos florestais. Nos últimos anos, a Altri investiu em Portugal aproximadamente 465 milhões de Euros, essencialmente, nas unidades industriais da Celbi e da Celtejo. Actualmente, a Altri detém três fábricas de pasta de papel em Portugal com uma capacidade instalada de produção de 910 mil toneladas/ano de pasta de papel branqueada de eucalipto em 2012. A empresa tem em curso um conjunto de pequenos projectos de optimização de eficiência operativa que permitirão, a médio prazo, aumentar a capacidade produtiva. A Altri gere cerca de 84 mil hectares de floresta em Portugal, integralmente certificada pelo Forest Stewardship Council® (FSC®)1 e pelo Programme for the Endorsement of Forest Certification (PEFC), duas das mais reconhecidas entidades certificadoras a nível mundial. A prossecução da estratégia industrial da Altri assenta na gestão florestal integrada em Portugal, que visa a optimização da floresta, garantindo um aproveitamento integral de todos os seus componentes. Assim, o eucalipto é processado nas fábricas da Altri, produzindo pasta de papel e energia eléctrica (cogeração), sendo que a casca, os ramos e os desperdícios florestais são utilizados para produzir energia eléctrica através de biomassa. Até Junho de 2008, a Altri possuía uma outra actividade industrial, através da F. Ramada, que se dedicava ao retalho de aços e ao desenvolvimento de soluções industriais de sistemas de armazenagem. Em Junho de 2008, efectivou-se a cisão da F. Ramada, que deixou de integrar a Altri. O racional estratégico desta operação prendeu-se com a focalização exclusiva da Altri no seu core business, a gestão florestal e a produção de pasta de papel. Desde a sua génese o Grupo tem adquirido diversas unidades operacionais (Celtejo em 2005 e Celbi em 2006), que permitiram à Altri reforçar a sua posição nos mercados onde opera pelo desenvolvimento de um conjunto de projectos de expansão da actividade. Para uma melhor valorização dos recursos florestais, a Altri adquiriu, em 2005, 50% da EDP Produção – Bioeléctrica, S.A. para, em parceria com a EDP, produzir energia eléctrica a partir de biomassa florestal. Esta Empresa é líder no seu segmento de mercado, com uma quota de licenças de produção de energia eléctrica através de biomassa florestal de 50%.

                                                            1 FSC-C004615 

Page 4: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

4

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2012

Actualmente, a estrutura orgânica funcional do Grupo Altri pode ser representada como segue:

Page 5: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

5

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2012

ENQUADRAMENTO ECONÓMICO

A economia global sofre, desde 2009, com uma crise generalizada que, tendo início no sector financeiro, rapidamente se alastrou à economia real, com graves repercussões económicas, sociais e políticas. O clima económico passou a ser de abrandamento no crescimento mundial, elevados e crescentes níveis de desemprego, falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas e dificuldades de acesso ao crédito.

Após um crescimento positivo da economia nacional em 2010, 2011 revelou uma quebra no Produto de 1,5%. Em 2012, com a intensificação do processo de ajustamento da economia Portuguesa e a consequente política orçamental restritiva registou-se um agravamento da contracção da procura interna, pública e privada. Segundo as previsões mais recentes (Comissão Europeia, Dez 2012) o Produto Interno Bruto cairá 3,0%, sendo esta queda ainda mais expressiva no Consumo Privado que se espera que sofra uma redução face a 2011 na ordem dos 6% (-5,7%).

As taxas de inflação apresentaram níveis elevados durante 2012, impulsionadas sobretudo pelos preços dos produtos energéticos e de outras matérias-primas.

Em Julho de 2012, o Conselho do Banco Central Europeu decidiu baixar a taxa directora em 0,25 pontos percentuais (pp) para 0,75%, colocando-a em novo mínimo histórico. Neste contexto, as taxas de juro de curto prazo denominadas em Euros intensificaram a tendência decrescente que já se vinha verificando desde início de 2012, tendo desde então, e de forma quase ininterrupta, atingido diariamente novos mínimos históricos. Depois de ter atingido o máximo no final de Janeiro, o custo da dívida soberana portuguesa recuperou ao longo do ano para níveis inferiores aos que deram origem ao pedido de ajuda externa.

Adicionalmente, a relação cambial do euro face ao dólar, com impacto relevante na actividade do Grupo, mantém-se num quadro de grande imprevisibilidade, atendendo ao quadro de expectativas económicas acima descrito.

Page 6: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

6

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2012

EVOLUÇÃO BOLSISTA

O ano de 2012 foi marcado pela crise da dívida soberana na zona euro originando uma recessão económica e financeira profunda. Ao longo de 2012 e em virtude das medidas de austeridade impostas, a situação económica degradou-se contribuindo para uma diminuição brusca dos rendimentos, aumento do desemprego e forte contracção do PIB. Apesar da conjuntura desfavorável a bolsa nacional fechou o ano de 2012 a recuperar 3% face a 2011.

A cotação bolsista da Altri encerrou o ano de 2012 nos 1,588 Euros por acção, o que representa uma valorização de 32% face ao final de 2011. A capitalização bolsista no final de 2012 era de 325,7 milhões de Euros. Durante 2012, as acções da Altri foram transaccionadas a uma cotação máxima de 1,649 Euros por acção e a mínimos de 0,98 Euros por acção. No total, foram transaccionadas 45,4 milhões de acções da Altri em 2012, o que equivale a 22% do capital emitido. Os principais eventos que marcaram a evolução dos títulos da Empresa durante o exercício de 2012 podem ser descritos cronologicamente do seguinte modo:

0,50

0,60

0,70

0,80

0,90

1,00

1,10

1,20

1,30

1,40

1,50

Evolução bolsista

Altri PSI 20

0,4

0,8

1,2

1,6

2

Jan-12 Fev-12 Mar-12 Abr-12 Mai-12 Jun-12 Jul-12 Ago-12 Set-12 Out-12 Nov-12 Dez-12

Evolução da cotação da Altri

Altri

7-Mar:Divulgaçãoresultados 2011

26-Abr:Anúncio pagamentodividendos

29-Ago:Divulgaçãoresultados 1S12

7-Nov:Divulgaçãoresultados 3T12

9-Mai:Divulgaçãoresultados 1T12

Page 7: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

7

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2012

Em 7 de Março, o Grupo anunciou a performance financeira relativamente ao exercício de 2011, cifrando-se o resultado líquido consolidado em cerca de 23 milhões de Euros. As receitas totais consolidadas foram superiores a 487 milhões de Euros, o que representa um decréscimo de 2,8% face a 2010. O EBITDA consolidado cifrou-se em 113,1 milhões de Euros, tendo registado um decréscimo de 29,3% em relação a 2010. Naquela data as acções encerraram a cotar nos 1,123 Euros por acção;

No comunicado efectuado a 26 de Abril de 2012, a Altri informou o mercado acerca das deliberações da Assembleia Geral realizada nessa data em que foi aprovada, entre outras, a proposta de distribuição de dividendos correspondentes a 0,02 Euros por acção;

Através de comunicado efectuado a 9 de Maio, o Grupo anunciou os resultados do primeiro trimestre de 2012. No decorrer deste período as receitas totais consolidadas atingiram cerca de 123 milhões de Euros, o que representa um decréscimo de cerca de 2% face ao período homólogo. O EBITDA atingiu cerca de 28,6 milhões de Euros, o que significa um decréscimo de cerca de 12% face ao primeiro trimestre de 2011;

Em 29 de Agosto, a Altri apresentou ao mercado os resultados relativos ao primeiro semestre de 2012 sendo de destacar as receitas operacionais que atingiram, naquele período, 266 milhões de Euros o que corresponde a um crescimento de 6% face ao 1º semestre de 2011. O EBITDA situou-se nos 66,6 milhões de Euros e o resultado líquido fixou-se nos 22,2 milhões de Euros. Naquela data, os títulos da Altri encerraram a cotar nos 1,147 Euros por acção;

A 7 de Novembro, a Altri anunciou a sua performance relativa ao 3º trimestre de 2012. Naquele período o resultado líquido atingiu os 40 milhões de Euros e o EBITDA cifrou-se em 106,8 milhões de Euros. As receitas operacionais atingiram 402,5 milhões de Euros. Naquela data, as acções da Altri terminaram a sessão em 1,38 Euros por acção.

Page 8: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

8

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2012

ACTIVIDADE DO GRUPO Tendo a sua génese sido o resultado de um processo de reestruturação do Grupo Cofina com o objectivo de agregar numa holding distinta as áreas de actividade industrial, a Altri foi até 1 de Junho de 2008 detentora de interesses nos sectores de Pasta e Papel, bem como nos Aços e Sistemas de armazenagem, data em que procedeu à cisão da actividade de Aços e Sistemas de armazenagem. Esta reestruturação inseriu-se numa lógica de focalização e transparência dos negócios da Altri, visando conferir a cada uma das áreas uma maior visibilidade e percepção de valor pelo mercado.

As principais participações financeiras em que a Altri é maioritária são detidas indirectamente e são as seguintes:

- Caima – Indústria de Celulose (Constância), produção e comercialização de pasta de papel;

- Celbi – Celulose da Beira Industrial (Figueira da Foz), produção e comercialização de pasta de papel;

- Celtejo – Empresa de Celulose do Tejo (Vila Velha de Ródão), produção e comercialização de pasta de papel;

- Altri Florestal (Constância), unidade gestora de recursos florestais do grupo.

Adicionalmente, com o objectivo de apoiar as suas necessidades energéticas e expandir a sua actividade para um sector considerado interessante do ponto de vista estratégico, o Grupo detém ainda uma participação de 50% no capital da EDP Bioeléctrica.

Localização das unidades industriais do grupo Altri Localização das centrais de produção de energia

Page 9: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

9

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2012

Em 31 de Dezembro de 2012 a estrutura completa de participações do Grupo Altri é a seguinte:

Mercado da pasta de papel

O ano de 2012 foi caracterizado por uma procura total de pastas branqueadas que ascendeu a 43,6 milhões de toneladas, o que corresponde a um crescimento de cerca de 2,5% face ao ano anterior. Detalhando, verifica-se que a procura caiu na Europa Ocidental, Estados Unidos da América e Japão, tendo crescido nas outras geografias, com destaque particular para a China, cuja taxa de crescimento ascendeu a 10% (dados PPPC).

O 4º trimestre de 2012, em termos de evolução do preço da pasta BEKP, ficou caracterizado por uma ligeira queda do preço em USD face ao trimestre anterior. No entanto, quando convertido para Euros, a queda foi bastante mais pronunciada. Assim, o preço médio registado no último trimestre do ano ascendeu a 764 USD/ton (vs 767 USD/ton no trimestre anterior), enquanto em Euros se cifrou em 591 EUR/ton (vs. 615 EUR/ton no trimestre anterior). No decorrer do mês de Dezembro, os produtores anunciaram um aumento de 20 USD/ton no preço, para ser implementado a partir de Janeiro de 2013, fixando o preço de venda da pasta BEKP em 800 USD/ton. Já no decorrer do mês de Fevereiro de 2013, um novo aumento (+20 USD/ton) foi anunciado para ser implementado a partir de Março, fixando o peço em 820 USD/ton.

Evolução do preço da pasta BEKP na Europa desde 1990 até final de 2012 (EUR)

Fonte: Hawkins Wright

0100200300400500600700800900

Page 10: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

10

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2012

O exercício de 2012 foi um ano record em termos de produção e de vendas de pasta. Assim, durante este ano as três unidades industriais da Altri produziram cerca de 910 mil toneladas de pasta de papel.

Evolução da produção de pasta entre 2011 e 2012 por fábrica

(milhares de toneladas)

A principal unidade industrial da Altri, a Celbi, produziu cerca de 626 mil toneladas de pasta (+4%); a Celtejo produziu cerca de 193 mil toneladas (+37%) e a Caima produziu cerca de 91 mil toneladas (-15%). O decréscimo de produção registado na Caima está relacionado com o projecto de conversão para pasta solúvel que está a decorrer nesta unidade industrial, cuja conclusão se prevê para 2014/15. Por seu turno, em termos de vendas de pasta, foram vendidas cerca de 922 mil toneladas, o que corresponde a um crescimento de cerca de 12% face às cerca de 826 mil toneladas de pasta vendidas no exercício anterior.

599.279

140.982106.979

625.760

193.120

90.851

Celbi Celtejo Caima

2011 2012

Page 11: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

11

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2012

Vendas de pasta por região e por utilização

Em 2012 a Altri exportou cerca de 848 mil toneladas de pasta, o que corresponde a um crescimento de cerca de 12% face ao ano anterior, tendo o mercado da Europa Ocidental sido o principal destino, representando 80% das vendas, ou seja, cerca de 735 mil toneladas.

Em termos de utilização da pasta, os produtores de papel de tissue são os principais clientes da Altri, com uma quota de 40%. Registe-se, todavia, que os utilizadores de pasta solúvel, localizados maioritariamente no mercado asiático, já representam cerca de 7% da base de clientes.

Tissue; 40%

Impressão e escrita; 27%

Especialidades; 15%

Dissolving; 7%

Embalagem; 3%

Outros; 8%

Europa; 80%

Portugal; 8%

Asia; 10%Outros; 2%

Page 12: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

12

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2012

SUSTENTABILIDADE E RESPONSABILIDADE EMPRESARIAL

A Altri continua o seu caminho rumo ao desenvolvimento sustentável. Respeito pelo ambiente, responsabilidade social e aumento contínuo do retorno do capital dos seus accionistas são os pilares do planeamento estratégico da empresa.

Como forma de reforçar o seu empenho na adopção destas práticas, a Altri aderiu em 2011 ao WBCSD (World Business Council for Sustainable Development). Em 2012, obteve a certificação dos sistemas de gestão de energia da Celbi e da Celtejo, em conformidade com os requisitos da Norma Internacional ISO 50001.

Ambiente: Matéria-prima renovável proveniente de florestas geridas de forma sustentável é a base para a produção da pasta de papel da Altri, que gere em Portugal aproximadamente 84 mil hectares de floresta certificada, sendo que toda a madeira produzida nestas áreas tem como destino as suas unidades fabris.

A Altri é auto-suficiente em energia eléctrica, utilizando sistemas de cogeração onde é feita uma produção combinada de energia térmica e energia eléctrica para uso industrial. O excedente de electricidade é colocado na rede eléctrica nacional. O investimento em novas tecnologias e a aposta nas melhores práticas de eficiência energética permitiram que praticamente toda a energia fosse produzida a partir da queima de biocombustíveis. Desde 2009 que a Altri tem vindo a baixar a dependência dos combustíveis fósseis e, consequentemente, o mesmo aconteceu às emissões de CO2 fóssil, que, nos últimos 4 anos, registaram um decréscimo de cerca de 50%. Também o consumo de água sofreu, no mesmo período, uma redução de aproximadamente 30%.

Começa-se também a notar uma optimização do balanço de energia eléctrica nas fábricas da Altri, o que reflecte a importância do tema energia para o Grupo.

0

50

100

150

2009 2010 2011 2012

Emissões específicas de CO2 fóssil, kg CO2/tpsa

0

10

20

30

40

50

2009 2010 2011 2012

Consumo específico de água (m3/tpsa )

0

200

400

600

800

2009 2010 2011 2012

Consumo específico de energia eléctrica, kWh/tpsa

Page 13: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

13

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2012

Os restantes indicadores de eco-eficiência e de desempenho ambiental, nos domínios da água, ar, resíduos e recursos naturais, têm-se mantido estáveis e em consonância com as Melhores Técnicas Disponíveis definidas para o Sector da Pasta e do Papel reflectidas nas Licenças Ambientais das três unidades fabris da Altri.

Certificação dos Sistemas de Gestão: Todas as unidades industriais da Altri têm os seus sistemas de gestão certificados em conformidade com os requisitos das Normas ISO 9001, ISO 14001 e OHSAS 18001 e têm os seus laboratórios de apoio ao processo acreditados pela Norma ISO/IEC 17025. A Celbi e a Celtejo têm implementados sistemas de gestão da energia, certificados segundo a Norma ISO 50001. A Celbi e a Caima estão também registadas no EMAS, que é um Sistema Comunitário de Ecogestão e Auditoria da União Europeia.

As suas cadeias de responsabilidade de abastecimento de madeira estão também certificadas através de normas internacionais de gestão florestal (FSC® – Forest Stewardship Council®2 e PEFC – Programme for the Endorsement of Forest Certification Schemes), o que demonstra o compromisso estabelecido na Política de Abastecimento da Altri com o controlo da origem da madeira ao longo da cadeia de fornecedores.

Recursos Humanos: Durante 2012, a Altri contou em média com a colaboração de 627 trabalhadores. Foram ministradas 11.179 horas de formação o que representa cerca de 1% do potencial de horas de trabalho, ilustrando a sua aposta na valorização profissional contínua das pessoas.

A Altri tem um Código de Conduta que estabelece o conjunto de princípios e valores em matéria de ética profissional e que é reconhecido e adoptado por todos os trabalhadores da empresa, incluindo os órgãos de gestão.

Responsabilidade social: Na sua relação com a sociedade, a Altri dinamiza a economia das zonas em que opera, nomeadamente através da geração de emprego directo e indirecto. Tem também uma política de concessão de estágios, quer profissionais quer de complemento de curriculum escolar, que permitem aos jovens a possibilidade de terem um contacto com a realidade empresarial.

Em parceria com diversas instituições locais, são desenvolvidas e apoiadas iniciativas e actividades essenciais para a criação de relacionamentos relevantes com a comunidade envolvente. Através de donativos e de apoio logístico, a empresa procura identificar e apoiar projectos com mérito e com impacto significativo na qualidade de vida das populações.

                                                            2 FSC-C004615

Page 14: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

14

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2012

ANÁLISE FINANCEIRA

A informação financeira consolidada da Altri foi preparada de acordo com os princípios de reconhecimento e mensuração das Normas Internacionais de Relato Financeiro, tal como adoptadas pela União Europeia. Os principais dados e indicadores da actividade consolidada do Grupo Altri podem ser resumidos como seguem:

As receitas totais da Altri atingiram, em 2012, cerca de 543 milhões de Euros, o que corresponde a um crescimento de cerca de 12% face a 2011. Este incremento registado nas vendas, associado aos projectos de aumento da eficiência operativa, traduziram-se num lucro líquido de cerca de 52 milhões de Euros, mais do dobro do lucro registado no exercício de 2011. A receita líquida energética associada à cogeração e a outros derivados florestais atingiu cerca de 28,2 milhões de Euros, o que representa um decréscimo de cerca de 9% face à receita líquida registada no ano anterior (30,9

milhares de Euros2011 2012 2012/2011 Var%

Vendas 472.337 522.314 11%Prestações de serviços 7.008 7.793 11%Outros proveitos 7.257 12.720 75%

Receitas totais 486.602 542.827 11,6%

Custo das vendas 201.463 208.834 4%Fornecimento de serviços externos 129.240 144.558 12%Custos com o pessoal 33.229 31.488 -5%Outros custos 9.464 10.353 9%Provisões e perdas por imparidade 80 4.544 ss

Custos totais (a) 373.477 399.777 7,0%

EBITDA (b) 113.125 143.050 26,5%margem 23,2% 26,4% +3,1 pp

Amortizações e depreciações 52.260 48.862 -6,5%

EBIT (c) 60.865 94.188 54,7%margem 12,5% 17,4% +4,8 pp

Resultados relativos a empresas associadas 1.178 2.302 95,4%Custos financeiros -43.885 -39.905 -9,1%Proveitos financeiros 9.447 4.281 -54,7%

Resultado financeiro -33.260 -33.322 0,2%

Resultado Antes de Imposto 27.605 60.866 120,5%

Impostos sobre o rendimento -2.437 -8.661 255,5%Interesses minoritários -7 23 ss

Resultado Líquido das unidades operacionais em continuação atribuivel aos accionistas da empresa mãe

25.176 52.182 107,3%

Resultado do periodo de unidades operacionais em descontinuação -2.608 - -

Resultado Líquido Consolidado atribuivel aos accionistas da empresa mãe 22.568 52.182 131,2%

(a) custos operacionais ex cluindo amortizações, custos financeiros e impostos

(b) EBITDA = resultado antes de resultados financeiros, impostos, amortizações e depreciações

(c) EBIT = resultado antes de resultados financeiros e impostos

Page 15: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

15

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2012

milhões de Euros). Este decréscimo ficou a dever-se exclusivamente ao aumento do preço de aquisição da energia eléctrica registado durante o exercício em causa. Os custos totais, excluindo amortizações, custos financeiros e impostos, em 2012, ascenderam a cerca de 400 milhões de Euros, o que corresponde a um crescimento de 7% face a 2011. Este acréscimo esteve associado à expansão da produção e ao aumento de preço de alguns factores de produção, nomeadamente, a já referida energia eléctrica.

Os custos com pessoal registaram um decréscimo de 5%, reflectindo as medidas de optimização operacional que foram levadas a cabo durante o ano de 2012. No final do ano, a Altri contava com 636 colaboradores.

O EBITDA de 2012 atingiu cerca de 143 milhões de Euros, um crescimento de cerca de 27% face ao EBITDA registado no ano anterior, tendo a sua margem atingido os 26,4% (+3,1 p.p.). O Resultado operacional (EBIT) registado no ano foi de cerca de 94,2 milhões de Euros, o que representa uma subida de cerca de 55% face ao ano anterior.

No decorrer do quarto trimestre de 2012 foi registada uma perda por imparidade, que ascendeu a cerca de 4,5 milhões de euros, relativa a contas a receber e a outros riscos potenciais. Este custo, embora não esteja associado a um fluxo de caixa, tem impacto sobre o EBITDA.

O lucro líquido da Altri atingiu cerca 52,2 milhões de Euros, tendo mais do que duplicado face aos 22,6 milhões de lucro registados no exercício de 2011.

A evolução trimestral da performance do Grupo foi como segue:

milhares de Euros4T 2011 1T 2012 2T 2012 3T 2012 4T 2012

4T12/3T12

Var%

4T12/4T11

Var%

Vendas 113.820 119.897 140.094 132.685 129.638 -2,3% 13,9%Prestações de serviços 2.328 1.727 1.739 2.147 2.181 1,6% -6,3%Outros proveitos 918 1.176 1.364 1.666 8.513 410,9% ss

Receitas totais 117.066 122.800 143.197 136.498 140.332 2,8% 19,9%

Custo das vendas 50.960 51.259 57.115 51.142 49.317 -3,6% -3,2%Fornecimento de serviços externos 34.686 34.952 36.346 34.712 38.547 11,0% 11,1%Custos com o pessoal 8.757 6.974 9.633 7.650 7.231 -5,5% -17,4%

Outros custos 534 1.025 2.080 2.807 4.440 58,2% 731,4%

Provisões e perdas por imparidade 125 - - - 4.544 ss

Custos totais (a) 95.061 94.210 105.174 96.313 104.080 8,1% 9,5%

EBITDA (b) 22.005 28.590 38.023 40.186 36.251 -9,8% 64,7%margem 18,8% 23,3% 26,6% 29,4% 25,8% -3,6 pp +7,0 pp

Amortizações e depreciações 12.606 12.407 12.428 12.252 11.774 -3,9% -6,6%

EBIT (c) 9.399 16.182 25.595 27.934 24.477 -12,4% 160,4%margem 8,0% 13,2% 17,9% 20,5% 17,4% -3,0 pp +9,4 pp

Resultados relativos a empresas associadas 306 131 955 790 427 -46,0% 39,3%Custos financeiros -13.052 -10.173 -9.529 -8.984 -11.219 24,9% -14,0%Proveitos financeiros 3.222 1.651 2.009 1.270 -650 -151,2% -120,2%

Resultado financeiro -9.524 -8.391 -6.565 -6.924 -11.442 65,2% 20,1%

Resultado Antes de Imposto -125 7.791 19.030 21.009 13.035 -38,0% ss

Impostos sobre o rendimento 2.159 -1.436 -3.182 -3.530 -514 ss ssInteresses minoritários -6 1 0 8 14 s.s. ss

Resultado Líquido das unidades operacionais em continuação atribuivel aos accionistas da empresa mãe

2.040 6.354 15.848 17.472 12.508 -28,4% 513,2%

Resultado do periodo de unidades operacionais em descontinuação -2.571 - - - - ss -

Resultado Líquido Consolidado atribuivel aos accionistas da empresa mãe -531 6.354 15.848 17.472 12.508 -28,4% ss

(a) custos operacionais ex cluindo amortizações, custos financeiros e impostos

(b) EBITDA = resultado antes de resultados financeiros, impostos, amortizações e depreciações

(c) EBIT = resultado antes de resultados financeiros e impostos

Page 16: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

16

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2012

As receitas totais registadas no 4º trimestre de 2012 ascenderam a 140,3 milhões de Euros, um crescimento de cerca de 2,8% face ao valor registado no trimestre anterior. Em relação ao 4º trimestre de 2011, as receitas totais cresceram cerca de 20%.

O investimento total (CAPEX) realizado no ano de 2012 foi de 16,7 milhões de Euros. O endividamento nominal remunerado deduzido de disponibilidades e investimentos disponíveis para venda da Altri em 31 de Dezembro de 2012 ascendia a 619,7 milhões de euros, o que corresponde a um decréscimo de cerca de 59 milhões de euros face à dívida líquida de 678,3 milhões de Euros, registada no final de 2011. As necessidades de financiamento encontram-se integralmente asseguradas, detendo o Grupo disponibilidades, no final de Dezembro de 2012, de 112 milhões de Euros. Por outro lado, a Altri detém cerca de 55 milhões de Euros de linhas de financiamento disponíveis e não utilizadas.

Page 17: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

17

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2012

ACTIVIDADE DESENVOLVIDA PELOS MEMBROS NÃO-EXECUTIVOS DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Durante o exercício de 2012, o administrador não executivo da Sociedade desempenhou de forma regular e eficaz as funções que lhe estão acometidas e que consistem no acompanhamento e avaliação da actividade dos membros executivos.

Em 2012 o membro não-executivo do Conselho de Administração participou activamente e de forma regular nas reuniões do Conselho de Administração, tendo discutido as matérias em análise e manifestado a sua posição relativamente a directrizes estratégicas do Grupo e a áreas de negócio específicas. Sempre que se revelou necessário, manteve um contacto estreito e directo com os responsáveis operacionais e financeiros do Grupo. No exercício de 2012, e no desenrolar das reuniões do Conselho de Administração, os Administradores executivos prestaram todas as informações que foram requeridas pelos demais membros do Conselho de Administração.

Page 18: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

18

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2012

PERSPECTIVAS PARA 2013

A economia mundial está a atravessar um processo de dicotomia, caracterizado por bons níveis de crescimento nas economias emergentes, em particular na China, e por níveis de crescimento anémicos, ou mesmo negativos, nas principais economias mundiais, estando a zona Euro a atravessar uma crise que se prevê prolongada. No entanto, as perspectivas para a economia americana são bastante animadoras, conforme tem vindo a ser demonstrado pelos últimos indicadores macroeconómicos (PIB, empresa, consumo privado, entre outros). Assim, em termos agregados, as perspectivas para a economia global em 2013 são mais optimistas do que há um ano.

A Altri, uma empresa que exporta cerca de 92% da sua produção, está maioritariamente exposta à economia da zona Euro e indirectamente à economia mundial. As perspectivas para a procura de pasta de eucalipto são animadoras. No entanto, o Conselho de Administração da Altri está consciente que o modelo competitivo do Grupo assenta numa estrutura de custos reduzida e num nível de eficiência superior ao dos principais concorrentes mundiais. Neste sentido, 2013 será um ano no qual se fará sentir plenamente o impacto dos projectos de optimização levados a cabo durante o exercício de 2012.

Por outro lado, a Altri tem vindo a desenvolver uma estratégia de diversificação de mercados geográficos, procurando aumentar a exposição a mercados de forte crescimento e onde tradicionalmente o Grupo não estava presente. O projecto de conversão da Caima, de pasta papeleira para pasta solúvel, é um exemplo da prossecução desta estratégia.

É convicção do Conselho de Administração que a capacidade de produção das unidades fabris da Altri ainda não atingiu o seu limite, sendo possível, através de projectos dirigidos, continuar a aumentar a capacidade, com níveis de investimento reduzidos.

Para terminar, refira-se que um eixo central da estratégia do Grupo assenta na redução do nível de endividamento por via da geração de fluxos de caixa provenientes da actividade operacional. O exercício de 2013 será, seguramente, caracterizado por mais uma redução do endividamento líquido da Altri.

Page 19: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

19

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2012

PROPOSTAS DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO PARA APLICAÇÃO DO RESULTADO LÍQUIDO INDIVIDUAL E DISTRIBUIÇÃO DE RESERVAS

A Altri, S.G.P.S., S.A., na qualidade de holding do Grupo, registou nas suas contas individuais preparadas de acordo com os princípios de reconhecimento e mensuração das Normas Internacionais de Relato Financeiro tal como adoptadas pela União Europeia um resultado líquido negativo de 4.145.968,07 Euros, para o qual, nos termos legais e estatutários, o Conselho de Administração propõe à Assembleia Geral a sua transferência para a rubrica “Resultados transitados”. O Conselho de Administração propõe igualmente a distribuição de reservas livres no montante de 5.128.291,80 Euros, sob a forma de dividendos, o que corresponde a um dividendo de 0,025 Euro por acção.

Page 20: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

20

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2012

GOVERNO DA SOCIEDADE 0. Declaração de cumprimento 0.1. Indicação do local onde se encontram disponíveis ao público os textos dos códigos de governo das sociedades aos quais o emitente se encontre sujeito e, se for o caso, aqueles a que tenha voluntariamente escolhido sujeitar-se. O presente relatório foi elaborado de acordo com o Regulamento da CMVM n.º 1/2010, de 7 de Janeiro de 2010 e com o Código de Governo das Sociedades, disponíveis em www.cmvm.pt, e pretende ser o resumo dos aspectos fundamentais da gestão da Sociedade no que respeita ao Conselho de Administração, tendo em conta a necessidade de transparência relativamente a esta matéria e a premência de comunicação para com os investidores e demais stakeholders. O modelo de relatório adoptado pela Sociedade é o estipulado pelo artigo 2º daquele Regulamento e constante do Anexo I ao mesmo. São igualmente cumpridos os deveres de informação exigidos pela Lei 28/2009, de 19 de Junho, pelos artigos 447º e 448º do Código das Sociedades Comerciais e pelo Regulamento da CMVM n.º 5/2008, de 2 de Outubro de 2008. 0.2. Indicação discriminada das recomendações adoptadas e não adoptadas contidas no Código de Governo das Sociedades da CMVM ou noutro que a sociedade tenha decidido adoptar, nos termos do Regulamento de que o presente Anexo faz parte integrante. A Altri, S.G.P.S., S.A. cumpre com a maioria das recomendações da CMVM relativas ao Governo das Sociedades como segue:

Recomendações da CMVM sobre Governo das Sociedades Cumprimento Relatório

I. ASSEMBLEIA GERAL

I.1 MESA DA ASSEMBLEIA GERAL

I.1.1. O presidente da mesa da assembleia geral deve dispor de recursos humanos e logísticosde apoio que sejam adequados às suas necessidades, considerada a situação económica dasociedade. Cumpre I.1I.1.2. A remuneração do presidente da mesa da assembleia geral deve ser divulgada norelatório anual sobre o Governo da Sociedade. Cumpre I.3

I .2 PARTICIPAÇÃO NA ASSEMBLEIA

I.2.1 A antecedência imposta para a recepção, pela mesa, das declarações de depósito oubloqueio das acções para a participação em assembleia geral não deve ser superior a cinco diasúteis. Não aplicável I.4I.2.2 Em caso de suspensão da reunião da assembleia geral, a sociedade não deve obrigar aobloqueio durante todo o período que medeia até que a sessão seja retomada, devendo bastarsecom a antecedência exigida na primeira sessão. Não aplicável I.5I . 3. VOTO E EXERCÍCIO DO DIREITO DE VOTOI.3.1. As sociedades não devem prever qualquer restrição estatutária ao voto porcorrespondência e, quando adoptado e admissível, ao voto por correspondência electrónico. Cumpre I.9 e I.12I.3.2. O prazo estatutário de antecedência para a recepção da declaração de voto emitida porcorrespondência não deve ser superior a três dias úteis. Cumpre I.11I.3.3. As sociedades devem assegurar a proporcionalidade entre os direitos de voto e aparticipação accionista, preferencialmente através de previsão estatutária que façacorresponder um voto a cada acção. Não cumprem a proporcionalidade as sociedades que,designadamente: i) tenham acções que não confiram o direito de voto; ii) estabeleçam quenão sejam contados direitos de voto acima de certo número, quando emitidos por um sóaccionista ou por accionistas com ele relacionados. Cumpre I.6 e I.7I .4 QUÓRUM DELIBERATIVOAs sociedades não devem fixar um quórum deliberativo superior ao previsto por lei. Cumpre I.8I .5. ACTAS E INFORMAÇÃO SOBRE DELIBERAÇÕES ADOPTADAS.Extractos de acta das reuniões da assembleia geral, ou documentos de conteúdo equivalente,devem ser disponibilizados aos accionistas no sítio na Internet da sociedade, no prazo de cincodias após a realização da assembleia geral, ainda que não constituam informação privilegiada.A informação divulgada deve abranger as deliberações tomadas, o capital representado e osresultados das votações. Estas informações devem ser conservadas no sítio na Internet dasociedade durante pelo menos três anos. Cumpre I.13 e I.14I .6. MEDIDAS RELATIVAS AO CONTROLO DAS SOCIEDADESI.6.1. As medidas que sejam adoptadas com vista a impedir o êxito de ofertas públicas deaquisição devem respeitar os interesses da sociedade e dos seus accionistas. Os estatutos dassociedades que, respeitando esse princípio, prevejam a limitação do número de votos quepodem ser detidos ou exercidos por um único accionista, de formaindividual ou em concertação com outros accionistas, devem prever igualmente que, pelomenos de cinco em cinco anos, será sujeita a deliberação pela assembleia geral a alteração oua manutenção dessa disposição estatutária – sem requisitos de quórum agravadorelativamente ao legal – e que, nessa deliberação, se contam todos os votos emitidos sem queaquela limitação funcione. Cumpre I.19 e I.21I.6.2. Não devem ser adoptadas medidas defensivas que tenham por efeito provocarautomaticamente uma erosão grave no património da sociedade em caso de transição decontrolo ou de mudança da composição do órgão de administração, prejudicando dessa formaa livre transmissibilidade das acções e a livre apreciação pelos accionistas do desempenho dostitulares do órgão de administração. Cumpre I.20

Page 21: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

21

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2012

Recomendações da CMVM sobre Governo das Sociedades Cumprimento Relatório

II . ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E FISCALIZAÇÃOII.1. TEMAS GERAISII .1.1. ESTRUTURA E COMPETÊNCIAII.1.1.1. O órgão de administração deve avaliar no seu relatório anual sobre o Governo daSociedade o modelo adoptado, identificando eventuais constrangimentos ao seufuncionamento e propondo medidas de actuação que, no seu juízo, sejam idóneas para ossuperar. Cumpre II.1II.1.1.2. As sociedades devem criar sistemas internos de controlo e gestão de riscos, emsalvaguarda do seu valor e em benefício da transparência do seu governo societário, quepermitam identificar e gerir o risco. Esses sistemas devem integrar, pelo menos, as seguintescomponentes: i) fixação dos objectivos estratégicos da sociedade em matéria de assumpção deriscos; ii) identificação dos principais riscos ligados à concreta actividade exercida e doseventos susceptíveis de originar riscos; iii) análise e mensuração do impacto e da probabilidadede ocorrência de cada um dos riscos potenciais; iv) gestão do risco com vista ao alinhamentodos riscos efectivamente incorridos com a opção estratégica da sociedade quanto à assunçãode riscos; v) mecanismos de controlo da execução das medidas de gestão de risco adoptadas eda sua eficácia; vi) adopção de mecanismos internos de informação e comunicação sobre asdiversas componentes do sistema e de alertas de riscos; vii) avaliação periódica do sistemaimplementado e adopção das modificações que se mostrem necessárias. Não cumpre 0.4, II.5 e II.9II.1.1.3. O órgão de administração deve assegurar a criação e funcionamento dos sistemas decontrolo interno e de gestão de riscos, cabendo ao órgão de fiscalização aresponsabilidade pela avaliação do funcionamento destes sistemas e propor o respectivoajustamento às necessidades da sociedade. Cumpre II.6II.1.1.4. As sociedades devem, no relatório anual sobre o Governo da Sociedade: i) identificaros principais riscos económicos, financeiros e jurídicos a que a sociedade se expõe no exercícioda actividade; ii) descrever a actuação e eficácia do sistema de gestão de riscos. Cumpre II.5 e II.9II.1.1.5. Os órgãos de administração e fiscalização devem ter regulamentos de funcionamentoos quais devem ser divulgados no sítio na Internet da sociedade. Cumpre II.7I I .1.2 INCOMPATIBILIDADES E INDEPENDÊNCIAII.1.2.1. O conselho de administração deve incluir um número de membros não executivos quegaranta efectiva capacidade de supervisão, fiscalização e avaliação da actividade dos membrosexecutivos. Não cumpre 0.4 e II.14II.1.2.2. De entre os administradores não executivos deve contar-se um número adequado deadministradores independentes, tendo em conta a dimensão da sociedade e a sua estruturaaccionista, que não pode em caso algum ser inferior a um quarto do número total deadministradores. Não cumpre 0.4 e II.14II.1.2.3. A avaliação da independência dos seus membros não executivos feita pelo órgão deadministração deve ter em conta as regras legais e regulamentares em vigor sobre osrequisitos de independência e o regime de incompatibilidades aplicáveis aos membros dosoutros órgão sociais, assegurando a coerência sistemática e temporal na aplicação dos critériosde independência a toda a sociedade. Não deve ser considerado independente administradorque, noutro órgão social, não pudesse assumir essa qualidade por força das normas aplicáveis. Cumpre II.15I I .1.3 ELEGIBILIDADE E NOMEAÇÃOII.1.3.1. Consoante o modelo aplicável, o presidente do conselho fiscal, da comissão deauditoria ou da comissão para as matérias financeiras deve ser independente e possuir ascompetências adequadas ao exercício das respectivas funções. Cumpre II.21 e II.22II.1.3.2. O processo de selecção de candidatos a administradores não executivos deve serconcebido de forma a impedir a interferência dos administradores executivos. Não cumpre 0.4 e II.16I I .1.4 POLÍTICA DE COMUNICAÇÃO DE IRREGULARIDADESII.1.4.1. A sociedade deve adoptar uma política de comunicação de irregularidadesalegadamente ocorridas no seu seio, com os seguintes elementos: i) indicação dos meiosatravés dos quais as comunicações de práticas irregulares podem ser feitas internamente,incluindo as pessoas com legitimidade para receber comunicações; ii) indicação do tratamentoa ser dado às comunicações, incluindo tratamento confidencial, caso assim seja pretendidopelo declarante. Cumpre II.35II.1.4.2. As linhas gerais desta política devem ser divulgadas no relatório sobre o Governo daSociedade. Cumpre II.35I I .1.5. REMUNERAÇÃOII.1.5.1. A remuneração dos membros do órgão de administração deve ser estruturada deforma a permitir o alinhamento dos interesses daqueles com os interesses de longo prazo dasociedade, basear-se em avaliação de desempenho e desincentivar a assunção excessiva deriscos. Para este efeito, as remunerações devem ser estruturadas, nomeadamente, da seguinteforma:(i) A remuneração dos administradores que exerçam funções executivas deve integrar umacomponente variável cuja determinação dependa de uma avaliação de desempenho, realizadapelos órgãos competentes da sociedade, de acordo com critérios mensuráveis prédeterminados,que considere o real crescimento da empresa e a riqueza efectivamente criadapara os accionistas, a sua sustentabilidade a longo prazo e os riscosassumidos, bem como o cumprimento das regras aplicáveis à actividade da empresa.(ii) A componente variável da remuneração deve ser globalmente razoável em relação àcomponente fixa da remuneração, e devem ser fixados limites máximos para todas ascomponentes.(iii) Uma parte significativa da remuneração variável deve ser diferida por um período nãoinferior a três anos, e o seu pagamento deve ficar dependente da continuação do desempenhopositivo da sociedade ao longo desse período.(iv) Os membros do órgão de administração não devem celebrar contratos, quer com asociedade, quer com terceiros, que tenham por efeito mitigar o risco inerente à variabilidadeda remuneração que lhes for fixada pela sociedade.(v) Até ao termo do seu mandato, devem os administradores executivos manter as acções dasociedade a que tenham acedido por força de esquemas de remuneração variável, até aolimite de duas vezes o valor da remuneração total anual, com excepção daquelas quenecessitem ser alienadas com vista ao pagamento de impostos resultantes do benefício dessasmesmas acções.(vi) Quando a remuneração variável compreender a atribuição de opções, o início do períodode exercício deve ser diferido por um prazo não inferior a três anos.(vii) Devem ser estabelecidos os instrumentos jurídicos adequados para que a compensaçãoestabelecida para qualquer forma de destituição sem justa causa de administrador não sejapaga se a destituição ou cessação por acordo é devida a desadequado desempenho doadministrador.(viii) A remuneração dos membros não executivos do órgão de administração não deveráincluir nenhuma componente cujo valor dependa do desempenho ou do valor da sociedade. Cumpre II.30, II.32 e II.33

Page 22: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

22

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2012

Recomendações da CMVM sobre Governo das Sociedades Cumprimento Relatório

II.1.5.2. A declaração sobre a política de remunerações dos órgãos de administração efiscalização a que se refere o artigo 2.º da Lei n.º 28/2009, de 19 de Junho, deve, além doconteúdo ali referido, conter suficiente informação: i) sobre quais os grupos de sociedadescuja política e práticas remuneratórias foram tomadas como elemento comparativo para afixação da remuneração; ii) sobre os pagamentos relativos à destituição ou cessação poracordo de funções de administradores. Cumpre II.30 e II.32II.1.5.3. A declaração sobre a política de remunerações a que se refere o art. 2.º da Lei n.º28/2009 deve abranger igualmente as remunerações dos dirigentes na acepção do n.º 3 doartigo 248.º-B do Código dos Valores Mobiliários e cuja remuneração contenha umacomponente variável importante. A declaração deve ser detalhada e a política apresentadadeve ter em conta, nomeadamente, o desempenho de longo prazo da sociedade, ocumprimento das normas aplicáveis à actividade da empresa e a contenção na tomada deriscos. Cumpre II.29II.1.5.4. Deve ser submetida à assembleia geral a proposta relativa à aprovação de planos deatribuição de acções, e/ou de opções de aquisição de acções ou com base nas variações dopreço das acções, a membros dos órgãos de administração, fiscalização e demais dirigentes, naacepção do n.º 3 do artigo 248.º-B do Código dos Valores Mobiliários. A proposta deve contertodos os elementos necessários para uma avaliação correcta do plano. A proposta deve seracompanhada do regulamento do plano ou, caso o mesmo ainda não tenha sido elaborado,das condições a que o mesmo deverá obedecer. Da mesma forma devem ser aprovadas emassembleia geral as principais características do sistema de benefícios de reformaestabelecidos a favor dos membros dos órgãos de administração, fiscalização e demaisdirigentes, na acepção do n.º 3 do artigo 248.º-B do Código dos Valores Mobiliários. Não aplicável I.17, II.33 e II.10II.1.5.6. Pelo menos um representante da comissão de remunerações deve estar presente nasassembleias gerais de accionistas. Cumpre I.15II.1.5.7. Deve ser divulgado, no relatório anual sobre o Governo da Sociedade, o montante daremuneração recebida, de forma agregada e individual, em outras empresas do grupo e osdireitos de pensão adquiridos no exercício em causa. Cumpre II.31I I .2. CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOII.2.1. Dentro dos limites estabelecidos por lei para cada estrutura de administração efiscalização, e salvo por força da reduzida dimensão da sociedade, o conselho deadministração deve delegar a administração quotidiana da sociedade, devendo ascompetências delegadas ser identificadas no relatório anual sobre o Governo da Sociedade. Não cumpre 0.4 e II.3II.2.2. O conselho de administração deve assegurar que a sociedade actua de formaconsentânea com os seus objectivos, não devendo delegar a sua competência,designadamente, no que respeita a: i) definir a estratégia e as políticas gerais da sociedade; ii)definir a estrutura empresarial do grupo; iii) decisões que devam ser consideradas estratégicasdevido ao seu montante, risco ou às suas características especiais. Cumpre II.3II.2.3. Caso o presidente do conselho de administração exerça funções executivas, o Conselhode Administração deve encontrar mecanismos eficientes de coordenação dos trabalhos dosmembros não executivos, que designadamente assegurem que estes possam decidir de formaindependente e informada, e deve proceder-se à devida explicitação desses mecanismos aosaccionistas no âmbito do relatório sobre o Governo da Sociedade. Cumpre II.8II.2.4. O relatório anual de gestão deve incluir uma descrição sobre a actividade desenvolvidapelos administradores não executivos referindo, nomeadamente, eventuais constrangimentosdeparados. Cumpre II.17II.2.5. A sociedade deve explicitar a sua política de rotação dos pelouros no Conselho deAdministração, designadamente do responsável pelo pelouro financeiro, e informar sobre elano relatório anual sobre o Governo da Sociedade. Não cumpre 0.4 e II.11I I .3. ADMINISTRADOR DELEGADO, COMISSÃO EXECUTIVA E CONSELHO DEADMINISTRAÇÃO EXECUTIVOII.3.1. Os administradores que exerçam funções executivas, quando solicitados por outrosmembros dos órgãos sociais, devem prestar, em tempo útil e de forma adequada ao pedido, asinformações por aqueles requeridas. Cumpre II.8 e II.13II.3.2. O presidente da comissão executiva deve remeter, respectivamente, ao presidente do Não aplicável uma vez queconselho de administração e, conforme aplicável, ao presidente da conselho fiscal ou da que a Sociedade não dispõecomissão de auditoria, as convocatórias e as actas das respectivas reuniões. Não aplicável de comissão executivaII.3.3. O presidente do conselho de administração executivo deve remeter ao presidente do Não aplicável uma vez queconselho geral e de supervisão e ao presidente da comissão para as matérias financeiras, as que a Sociedade adoptouconvocatórias e as actas das respectivas reuniões. Não aplicável o modelo latino reforçado.I I .4. CONSELHO GERAL E DE SUPERVISÃO, COMISSÃO PARA AS MATÉRIAS FINANCEIRAS,COMISSÃO DE AUDITORIA E CONSELHO FISCALII.4.1. O conselho geral e de supervisão, além do exercício das competências de fiscalizaçãoque lhes estão cometidas, deve desempenhar um papel de aconselhamento,acompanhamento e avaliação contínua da gestão da sociedade por parte do conselho deadministração executivo. Entre as matérias sobre as quais o conselho geral e de supervisão Não aplicável uma vez quedeve pronunciar-se incluem-se: i) a definição da estratégia e das políticas gerais da sociedade; que a Sociedade não dispõeii) a estrutura empresarial do grupo; e iii) decisões que devam ser consideradas estratégicas de conselho geral edevido ao seu montante, risco ou às suas características especiais. Não aplicável de supervisãoII.4.2. Os relatórios anuais sobre a actividade desenvolvida pelo conselho geral e desupervisão, a comissão para as matérias financeiras, a comissão de auditoria e o conselho fiscaldevem ser objecto de divulgação no sítio da Internet da sociedade, em conjunto com osdocumentos de prestação de contas. Cumpre II.4II.4.3. Os relatórios anuais sobre a actividade desenvolvida pelo conselho geral e desupervisão, a comissão para as matérias financeiras, a comissão de auditoria e o conselho fiscaldevem incluir a descrição sobre a actividade de fiscalização desenvolvida referindo,nomeadamente, eventuais constrangimentos deparados. Cumpre II.4II.4.4. O conselho geral e de supervisão, a comissão de auditoria e o conselho fiscal, consoanteo modelo aplicável, devem representar a sociedade, para todos os efeitos, junto do auditorexterno, competindo-lhe, designadamente, propor o prestador destes serviços, a respectivaremuneração, zelar para que sejam asseguradas, dentro da empresa, as condições adequadasà prestação dos serviços, bem assim como ser o interlocutor da empresa e o primeirodestinatário dos respectivos relatórios. Cumpre II.4II.4.5. O conselho geral de supervisão, a comissão de auditoria e o conselho fiscal, consoante omodelo aplicável, devem anualmente avaliar o auditor externo e propor à assembleia geral asua destituição sempre que se verifique justa causa para o efeito. Cumpre II.24II.4.6. Os serviços de auditoria interna e os que velem pelo cumprimento das normas aplicadasà sociedade (serviços de compliance) devem reportar funcionalmente à Comissão de Auditoria,ao Conselho Geral e de Supervisão ou, no caso das sociedades que adoptem o modelo latino, aum administrador independente ou ao Conselho Fiscal, independentemente da relaçãohierárquica que esses serviços mantenham com a administração executiva da sociedade. Não cumpre 0.4 e II.5

Page 23: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

23

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2012

0.3. Sem prejuízo do disposto no número anterior, a sociedade pode igualmente fazer uma avaliação global, desde que fundamentada, sobre o grau de adopção de grupos de recomendações entre si relacionadas pelo seu tema.

A Altri considera que, não obstante o não cumprimento integral das recomendações da CMVM, tal como detalhadamente justificado nos capítulos seguintes, o grau de adopção das recomendações é bastante amplo e completo.

Recomendações da CMVM sobre Governo das Sociedades Cumprimento Relatório

II .5. COMISSÕES ESPECIALIZADASII.5.1. Salvo por força da reduzida dimensão da sociedade, o conselho de administração e oconselho geral e de supervisão, consoante o modelo adoptado, devem criar as comissões quese mostrem necessárias para: i) assegurar uma competente e independente avaliação dodesempenho dos administradores executivos e para a avaliação do seu próprio desempenhoglobal, bem assim como das diversas comissões existentes; ii) reflectir sobre o sistema degoverno adoptado, verificar a sua eficácia e propor aos órgãos competentes as medidas aexecutar tendo em vista a sua melhoria; iii) identificar atempadamente potenciais candidatoscom o elevado perfil necessário ao desempenho de funções de administrador. Não cumpre 0.4 e II.36II.5.2. Os membros da comissão de remunerações ou equivalente devem ser independentesrelativamente aos membros do órgão de administração e incluir pelo menos um membro comconhecimentos e experiência em matérias de política de remuneração. Cumpre II.38 e II.39II.5.3. Não deve ser contratada para apoiar a Comissão de Remunerações no desempenho dassuas funções qualquer pessoa singular ou colectiva que preste ou tenha prestado, nos últimostrês anos, serviços a qualquer estrutura na dependência do Conselho de Administração, aopróprio Conselho de Administração da sociedade ou que tenha relação actual com consultorada empresa. Esta recomendação é aplicável igualmente a qualquer pessoa singular oucolectiva que com aquelas se encontre relacionada por contrato de trabalho ou prestação deserviços. Cumpre II.39II.5.4. Todas as comissões devem elaborar actas das reuniões que realizem. Cumpre II.37I I I . INFORMAÇÃO E AUDITORIAII I .1 DEVERES GERAIS DE INFORMAÇÃOIII.1.1. As sociedades devem assegurar a existência de um permanente contacto com omercado, respeitando o princípio da igualdade dos accionistas e prevenindo as assimetrias noacesso à informação por parte dos investidores. Para tal deve a sociedade manter um gabinetede apoio ao investidor. Cumpre III.16III.1.2. A seguinte informação disponível no sítio da Internet da sociedade deve ser divulgadaem inglês:a) A firma, a qualidade de sociedade aberta, a sede e os demais elementos mencionados noartigo 171.º do Código das Sociedades Comerciais;b) Estatutos;c) Identidade dos titulares dos órgãos sociais e do representante para as relações com omercado;d) Gabinete de Apoio ao Investidor, respectivas funções e meios de acesso;e) Documentos de prestação de contas;f) Calendário semestral de eventos societáriosg) Propostas apresentadas para discussão e votação em assembleia geral;h) Convocatórias para a realização de assembleia geral. Cumpre III.16III.1.3. As sociedades devem promover a rotação do auditor ao fim de dois ou três mandatos,conforme sejam respectivamente de quatro ou três anos. A sua manutenção além desteperíodo deverá ser fundamentada num parecer específico do órgão de fiscalização quepondere expressamente as condições de independência do auditor e as vantagens e os custosda sua substituição. Cumpre III.18III.1.4. O auditor externo deve, no âmbito das suas competências, verificar a aplicação daspolíticas e sistemas de remunerações, a eficácia e o funcionamento dos mecanismos decontrolo interno e reportar quaisquer deficiências ao órgão de fiscalização da sociedade. Cumpre II.4III.1.5. A sociedade não deve contratar ao auditor externo, nem a quaisquer entidades quecom eles se encontrem em relação de participação ou que integrem a mesma rede, serviçosdiversos dos serviços de auditoria. Havendo razões para a contratação de tais serviços – quedevem ser aprovados pelo órgão de fiscalização e explicitadas no seu relatório anual sobre oGoverno da Sociedade – eles não devem assumir um relevo superior a 30% do valor total dosserviços prestados à sociedade. Cumpre III.17IV. CONFLITOS DE INTERESSESIV.1. RELAÇÕES COM ACCIONISTASIV.1. Os negócios da sociedade com accionistas titulares de participação qualificada, ou comentidades que com eles estejam em qualquer relação, nos termos do art. 20º do Código dosValores Mobiliários, devem ser realizados em condições normais de mercado. Cumpre III.11 e III.12IV.1.2. Os negócios de relevância significativa com accionistas titulares de participaçãoqualificada, ou com entidades que com eles estejam em qualquer relação, nos termos do art.20º do Código dos Valores Mobiliários, devem ser submetidos a parecer prévio do órgão defiscalização. Este órgão deve estabelecer os procedimentos e critérios necessários para adefinição do nível relevante de significância destes negócios e os demais termos da suaintervenção. Não cumpre 0.4 e III.13

Page 24: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

24

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2012

0.4. Quando a estrutura ou as práticas de governo da sociedade divirjam das recomendações da CMVM ou de outros códigos a que a sociedade se sujeite ou tenha voluntariamente aderido, devem ser explicitadas as partes de cada código que não são cumpridas ou que a sociedade entenda não serem aplicáveis, respectiva fundamentação e outras observações relevantes, bem como a indicação clara da parte do Relatório a descrição dessa situação pode ser encontrada. As recomendações II.1.1.2, II.1.2.1, II.1.2.2, II.1.3.2, II.2.1, II.2.5, II.4.6, II.5.1 e IV.1.2 não são integralmente adoptadas pela Altri, conforme explanado abaixo. Recomendações não adoptadas

Recomendação II.1.1.2: Nos pontos II.5 e II.9 do presente relatório encontram-se descritos os aspectos mais importantes da gestão de risco implementados no Grupo. No entanto, a Altri não possui um sistema interno de controlo e gestão de risco sistematizado e formalizado que abarque a totalidade das componentes previstas na referida recomendação pelo que a mesma não é integralmente adoptada.

Recomendação II.1.2.1: O Conselho de Administração da Altri é composto por 5 membros dos quais apenas um é não executivo pelo que não cumpre com o entendimento da CMVM de que o número de membros não executivos deverá corresponder a, pelo menos, um terço do número total de administradores.

Recomendações II.1.2.2: O Conselho de Administração não inclui qualquer membro que possa ser considerado independente uma vez que o administrador não executivo é membro do Conselho de Administração de sociedades que estão em relação de grupo e membro do Conselho de Administração de mais do que cinco sociedades pelo que a recomendação não é integralmente adoptada.

Recomendação II.1.3.2: A Altri, tendo em consideração a dimensão da Sociedade, não dispõe de regras definidas de selecção de candidatos a administradores não executivos pelo que esta recomendação não é integralmente adoptada.

Recomendação II.2.1: Os administradores da Altri centram a sua actividade na gestão das participações do Grupo e na definição das linhas de desenvolvimento estratégico. As decisões relativas a matérias estratégicas e de relevo são adoptadas pelo Conselho de Administração enquanto órgão colegial composto pela totalidade dos seus membros, executivos e não executivos, no normal desempenho das suas funções. Adicionalmente, alguns dos administradores da Altri S.G.P.S., S.A. integram o Conselho de Administração das várias unidades operacionais do Grupo pelo que a recomendação não é integralmente cumprida.

Recomendação II.2.5: A Altri não tem definida uma política de rotação dos pelouros dos membros do Conselho de Administração, nomeadamente do responsável pelo pelouro financeiro. A Altri entende que uma política genérica fixa de rotação de pelouros não permite servir os seus interesses, pelo que os pelouros são decididos e atribuídos no início de cada mandato de acordo com as capacidades, habilitações e experiência profissional de cada membro, não sendo de admitir que todos os administradores possam exercer todas as funções com igual capacidade e grau de desempenho. Adicionalmente, a Altri promove, sempre que necessário ou adequado em função dos desenvolvimentos da actividade e estratégia da Empresa, uma reflexão sobre a distribuição de pelouros no âmbito do seu Conselho de Administração.

Recomendação II.4.6: A Altri não possui serviços autónomos de auditoria interna e de compliance pelo que a recomendação não é integralmente adoptada.

Recomendação II.5.1: A Altri considera que, tendo em consideração a sua dimensão, a única comissão especializada imprescindível para fazer face às necessidades da Sociedade é a Comissão de Remunerações, não dispondo de comissões especificamente destinadas a identificar candidatos a administradores e a reflectir sobre o sistema de governo adoptado, pelo que a recomendação não pode ser considerada adoptada.

Page 25: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

25

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2012

Recomendação IV.1.2: Actualmente, não estão estabelecidos quaisquer procedimentos ou critérios relativos à definição do nível relevante de significância de negócios entre a Sociedade e titulares de participações qualificadas, ou entidades que com eles estejam qualquer em relação de domínio ou grupo, a partir do qual é exigida a intervenção do órgão de fiscalização. No entanto, as transacções com administradores da Altri ou com sociedades que estejam em relação de grupo ou domínio com aquela em que o interveniente é administrador, independentemente do montante, estão sujeitas à autorização prévia do Conselho de Administração com parecer favorável do órgão de fiscalização, nos termos do artigo 397º do Código das Sociedades Comerciais.

Page 26: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

26

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2012

I. Assembleia-geral I.1. Identificação dos membros da mesa da assembleia-geral. A Assembleia Geral é composta por todos os accionistas com direito de voto, a quem compete deliberar sobre alterações estatutárias, proceder à apreciação geral da administração e fiscalização da Sociedade, deliberar sobre o relatório de gestão e contas do exercício, proceder à eleição dos corpos sociais da sua competência e, de uma forma geral, deliberar sobre todos os termos que lhe forem submetidos pelo Conselho de Administração. O Presidente da Assembleia Geral é o Dr. Pedro Nuno Fernandes de Sá Pessanha da Costa e o secretário é o Dr. Fernando Eugénio Cerqueira Magro Ferreira. O Presidente da mesa da Assembleia Geral dispõe de recursos humanos e logísticos de apoio adequados às suas necessidades e ao cumprimento das suas funções, nomeadamente, o apoio e colaboração prestados pelo secretariado da empresa e pelo Secretário da Sociedade. I.2. Indicação da data de início e termo dos respectivos mandatos. Os actuais membros da mesa da assembleia-geral da Altri foram eleitos na assembleia-geral realizada em 26 de Maio de 2011 para o triénio 2011/2013. I.3. Indicação da remuneração do presidente da mesa da assembleia-geral. A remuneração do presidente da mesa da assembleia-geral relativa ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2012 ascendeu a 5.000 Euros. I.4 Indicação da antecedência exigida para o bloqueio das acções para a participação na assembleia-geral. Face à publicação do Decreto-Lei nº 49/2010, de 19 de Maio, esta recomendação deixou de ser aplicável. I.5 Indicação das regras aplicáveis ao bloqueio das acções em caso de suspensão da reunião da assembleia-geral.

Face à publicação do Decreto-Lei nº 49/2010, de 19 de Maio, esta recomendação deixou de ser aplicável. I.6. Número de acções a que corresponde um voto. A Assembleia Geral é constituída por todos os accionistas com direito a voto, correspondendo um voto a cada acção. I.7. Indicação das regras estatutárias que prevejam a existência de acções que não confiram o direito de voto ou que estabeleçam que não sejam contados direitos de voto acima de certo número, quando emitidos por um só accionista ou por accionistas com ele relacionados. Não existem regras estatutárias que prevejam a existência de acções que não confiram o direito de voto ou que estabeleçam que não sejam contados direitos de voto acima de certo número, quando emitidos por um só accionista ou por accionistas com ele relacionados. I.8. Existência de regras estatutárias sobre o exercício do direito de voto, incluindo sobre quóruns constitutivos e deliberativos ou sistemas de destaque de direitos de conteúdo patrimonial. Os accionistas individuais com direito de voto e as pessoas colectivas que sejam accionistas da Sociedade poderão fazer-se representar por quem designarem para o efeito. As representações mencionadas devem ser comunicadas ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral, por escrito, por carta entregue na sede social até ao final do terceiro dia útil anterior à data da Assembleia Geral. A Sociedade disponibiliza na sua sede e no seu website, antes da data de cada Assembleia Geral, uma minuta de formulário de procuração. Os estatutos da Altri não contemplam qualquer quórum constitutivo ou deliberativo superior ao previsto na lei.

Page 27: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

27

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2012

I.9. Existência de regras estatutárias sobre o exercício do direito de voto por correspondência. As regras estatutárias sobre o exercício do direito de voto por correspondência são como segue:

- deverá ser exercido por declaração escrita, com a assinatura devidamente reconhecida (por notário, advogado ou solicitador), acompanhada de documento comprovativo da inscrição de acções em nome do accionista;

- a declaração de se pretender exercer o voto por correspondência e o documento comprovativo da qualidade de accionista devem ser entregues na sede social, até ao final do terceiro dia útil anterior ao dia designado para a reunião, com identificação do remetente, dirigido ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral;

- deverá haver uma declaração de voto para cada ponto da Ordem do Dia para o qual seja admitido o voto por correspondência e cada declaração de voto deverá ser enviada em envelope fechado e lacrado, dentro da referida carta, e só poderá ser aberta pelo Presidente da Mesa da Assembleia Geral no momento da contagem dos votos, pelo que cada envelope deverá indicar no seu exterior o ponto da Ordem do Dia a que o voto respeitar;

- os votos emitidos por correspondência valerão como votos negativos em relação a propostas de deliberação apresentadas ulteriormente à emissão do voto;

- a presença na Assembleia Geral do accionista ou de representante deste será entendida como revogação do seu voto por correspondência.

I.10. Disponibilização de um modelo para o exercício do direito de voto por correspondência. Para o exercício do direito de voto por correspondência são colocados à disposição dos Accionistas na sede da Sociedade boletins de voto adequados, podendo os mesmos ser igualmente obtidos através do website da Sociedade. I.11. Exigência de prazo que medeie entre a recepção da declaração de voto por correspondência e a data da realização da assembleia-geral. De acordo com os estatutos da Sociedade, a declaração de se pretender exercer o voto por correspondência e o documento comprovativo da qualidade de Accionista devem ser entregues na sede social, até ao final do terceiro dia útil anterior ao dia designado para a reunião, com identificação do remetente, dirigido ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral. I.12. Exercício do direito de voto por meios electrónicos.

Não se encontra para já prevista a possibilidade do exercício de direito de voto por meios electrónicos. I.13. Possibilidade de os accionistas acederem aos extractos das actas das reuniões das assembleias gerais no sítio internet da sociedade nos cinco dias após a realização da assembleia geral. Os extractos das actas das reuniões da Assembleia Geral são disponibilizados aos accionistas no sítio Internet da Altri nos cinco dias após a realização das mesmas. I.14. Existência de um acervo histórico, no sítio internet da sociedade, com as deliberações tomadas nas reuniões das assembleias gerais da sociedade, o capital social representado e os resultados das votações, com referência aos 3 anos antecedentes. A Altri disponibiliza no seu website extractos das actas das reuniões da Assembleia Geral contendo informação sobre as deliberações tomadas, o capital representado e os resultados das votações. A informação anteriormente referida fica disponível no website para consulta durante, pelo menos, 3 anos.

Page 28: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

28

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2012

I.15. Indicação do(s) representante(s) da comissão de remunerações presentes nas assembleias gerais. É prática da Comissão de Remunerações fazer-se representar na Assembleia Geral pelo seu Presidente e por um dos seus vogais. I.16. Informação sobre a intervenção da assembleia-geral no que respeita à política de remuneração da sociedade e à avaliação do desempenho dos membros do órgão de administração e outros dirigentes. De acordo com os estatutos da Sociedade, os membros dos órgãos sociais terão as remunerações que forem fixadas pela comissão de remunerações composta por três elementos, um dos quais será o presidente e terá voto de qualidade, todos eleitos por deliberação dos accionistas, nos termos do artigo 21º dos estatutos da Sociedade. A Comissão de Remunerações submete a referida proposta para aprovação na Assembleia Geral de Accionistas. A política de remunerações é revista anualmente e submetida para aprovação na Assembleia Geral Anual de Accionistas da Sociedade onde está presente, pelo menos, um representante da Comissão de Remunerações. Na Assembleia Geral realizada em 26 de Abril de 2012, foi submetida à apreciação dos Accionistas da Sociedade uma declaração da Comissão de Remunerações sobre a política de remuneração dos órgãos de administração e fiscalização da Altri e das restantes subsidiárias do Grupo. I.17. Informação sobre a intervenção da assembleia-geral no que respeita à proposta relativa a planos de atribuição de acções, e/ou de opções de aquisição de acções, ou com base nas variações de preços das acções, a membros dos órgãos de administração, fiscalização e demais dirigentes, na acepção do n.º 3 do art.º 248.º-B do Código dos Valores Mobiliários, bem como sobre os elementos dispensados à assembleia-geral com vista a uma avaliação correcta desses planos. A Altri, S.G.P.S., S.A. não possui qualquer plano de atribuição de acções ou de opções de aquisição de acções aos membros dos órgãos sociais, nem aos seus trabalhadores. I.18. Informação sobre a intervenção da assembleia-geral na aprovação das principais características do sistema de benefícios de reforma de que beneficiem os membros dos órgãos de administração, fiscalização e demais dirigentes, na acepção do n.º 3 do art.º 248.º-B do Código dos Valores Mobiliários. A Altri não tem regimes complementares de pensões ou de reforma antecipada para os membros dos órgãos de administração, fiscalização e demais dirigentes. A administradora Laurentina Martins beneficia de um plano atribuído antes da sua nomeação para o Conselho de Administração em virtude de, na data da atribuição, ser colaboradora da subsidiária Caima – Indústria de Celulose, S.A. I.19. Existência de norma estatutária que preveja o dever de sujeitar, pelo menos de cinco em cinco anos, a deliberação da assembleia-geral, a manutenção ou eliminação da norma estatutária que preveja a limitação do número de votos susceptíveis de detenção ou de exercício por um único accionista de forma individual ou em concertação com outros accionistas. Não existem regras estatutárias que prevejam a limitação do número de votos susceptíveis de detenção ou de exercício por um único accionista de forma individual ou em concertação com outros accionistas. I.20. Indicação das medidas defensivas que tenham por efeito provocar automaticamente uma erosão grave no património da sociedade em caso de transição de controlo ou de mudança de composição do órgão de administração. A Altri não adoptou quaisquer medidas defensivas que tenham por efeito provocar automaticamente uma erosão grave no património da Sociedade em caso de transição de controlo ou de mudança da composição do Conselho de Administração. I.21. Acordos significativos de que a sociedade seja parte e que entrem em vigor, sejam alterados ou cessem em caso de mudança de controlo da sociedade, bem como os efeitos respectivos, salvo se, pela sua natureza, a

Page 29: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

29

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2012

divulgação dos mesmos for seriamente prejudicial para a sociedade, excepto se a sociedade for especificamente obrigada a divulgar essas informações por força de outros imperativos legais. Não existem quaisquer outros acordos significativos celebrados pela Altri ou pelas suas subsidiárias que incluam quaisquer cláusulas de mudança de controlo (inclusivamente na sequência de uma oferta pública de aquisição), i.e., que entrem em vigor, sejam alterados ou cessem em caso de mudança de controlo, bem como os respectivos efeitos. Não existem quaisquer condições específicas que limitem o exercício de direitos de voto pelos accionistas da Sociedade ou outras matérias susceptíveis de interferir no êxito de Ofertas Públicas de Aquisição. I.22. Acordos entre a sociedade e os titulares do órgão de administração e dirigentes, na acepção do n.º 3 do artigo 248.º-B do Código dos Valores Mobiliários, que prevejam indemnizações em caso de demissão, despedimento sem justa causa ou cessação da relação de trabalho na sequência de uma mudança de controlo da sociedade. Não existem acordos entre a Sociedade e os titulares do órgão de administração ou outros dirigentes da Altri, na acepção do n.º 3 do artigo 248.º-B do Código dos Valores Mobiliários, que prevejam indemnizações em caso de pedido de demissão, despedimento sem justa causa ou cessação da relação de trabalho na sequência de uma mudança de controlo da Sociedade. Não se encontram igualmente previstos acordos com os administradores no sentido de assegurar qualquer compensação em caso de não recondução no mandato.

Page 30: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

30

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2012

II. Órgãos de Administração e Fiscalização II.1. Identificação e composição dos órgãos da sociedade. A estrutura de Governo Societário da Sociedade baseia-se no modelo latino reforçado e é composta pelo Conselho de Administração, Conselho Fiscal e pelo Revisor Oficial de Contas, todos eleitos pela Assembleia Geral de Accionistas. Os órgãos sociais da Altri, S.G.P.S., S.A. são:

Assembleia Geral – composta por todos os accionistas com direito de voto, a quem compete deliberar sobre alterações estatutárias, proceder à apreciação geral da administração e fiscalização da Sociedade, deliberar sobre o relatório de gestão e contas do exercício, proceder à eleição dos órgãos sociais da sua competência e, de uma forma geral, deliberar sobre todos os termos que lhe forem submetidos pelo Conselho de Administração;

Conselho de Administração – composto actualmente por 5 membros, tem por incumbência praticar todos os actos de gestão na concretização de operações inerentes ao seu objecto social, tendo por fim o interesse da Sociedade, accionistas e demais stakeholders. Em 31 de Dezembro de 2012 este órgão era composto pelos seguintes elementos:

Paulo Jorge dos Santos Fernandes – Presidente João Manuel Matos Borges de Oliveira – Vogal Domingos José Vieira de Matos – Vogal Laurentina da Silva Martins – Vogal Pedro Macedo Pinto de Mendonça – Vogal (não executivo)

Todos os membros do Conselho de Administração foram eleitos na Assembleia Geral realizada no dia 26 de Maio de 2011 para o triénio 2011/2013. Dos actuais membros do Conselho de Administração da Altri, S.G.P.S., S.A. um desempenha funções não executivas.

Conselho Fiscal – designado pela Assembleia Geral, composto por três membros e um ou dois suplentes, competindo-lhe a fiscalização da sociedade, bem como a designação do Revisor Oficial de Contas ou Sociedade de Revisores Oficiais de Contas. No triénio 2011/2013 este órgão era composto pelos seguintes elementos:

João da Silva Natária – Presidente Cristina Isabel Linhares Fernandes – Vogal Manuel Tiago Alves Baldaque Marinho Fernandes – Vogal Jacinto da Costa Vilarinho – Suplente

Revisor Oficial de Contas (ou Sociedade de Revisores Oficiais de Contas) – a quem compete proceder ao

exame das contas da sociedade. No triénio 2011/2013 esta função é desempenhada pela Deloitte & Associados, SROC S.A., representada por António Manuel Martins Amaral.

Avaliação do Órgão de Administração sobre o modelo de governo societário O Conselho de Administração da Altri considera que o modelo de governo societário adoptado está implementado de forma adequada e eficaz, não existindo constrangimentos ao seu funcionamento. O actual modelo tem-se pautado pelo equilíbrio e pela sua facilidade de adaptação às melhores práticas nacionais e internacionais em matéria de governo societário. Por fim, entende-se, igualmente, que esta estrutura de governo tem facilitado o regular funcionamento da Sociedade, permitindo um diálogo transparente e adequado entre os vários órgãos sociais bem como entre a Sociedade, os seus Accionistas e demais stakeholders.

Page 31: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

31

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2012

II.2. Identificação e composição das comissões especializadas constituídas com competências em matéria de administração ou fiscalização da sociedade. O Conselho de Administração entende que a única comissão especializada imprescindível para fazer às necessidades da Sociedade, tendo em conta a sua dimensão e complexidade, é a Comissão de Remunerações. A Altri, S.G.P.S., S.A. tem actualmente definida uma Comissão de Remunerações para o triénio 2011/2013 cuja composição é como segue:

Pedro Nuno Fernandes de Sá Pessanha da Costa – Presidente João da Silva Natária – Vogal Fernando Eugénio Cerqueira Magro Ferreira – Vogal

II.3. Organogramas ou mapas funcionais relativos à repartição de competências entre os vários órgãos sociais, comissões e/ou departamentos da sociedade, incluindo informação sobre o âmbito das delegações de competências, em particular no que se refere à delegação da administração quotidiana da sociedade, ou à distribuição de pelouros entre os titulares dos órgãos de administração ou de fiscalização, e lista de matérias indelegáveis e das competências efectivamente delegadas. O Conselho de Administração, eleito em Assembleia Geral, funciona de forma colegial com as funções de gestão e coordenação das diferentes empresas do Grupo e é constituído actualmente por um presidente e quatro vogais, sendo um deles não executivo. O Conselho de Administração tem vindo a exercer a sua actividade em diálogo permanente com o Conselho Fiscal e com o Revisor Oficial de Contas, prestando a colaboração solicitada com transparência e rigor, em observância dos respectivos regulamentos de funcionamento e das melhores práticas de governo societário. A estrutura e as práticas de governo da Altri não revelaram quaisquer constrangimentos ao normal funcionamento do Conselho de Administração ou das comissões constituídas no seu âmbito, nem tomou este órgão conhecimento da existência de constrangimentos ao funcionamento de outros órgãos sociais. Pelo facto da Altri ter a qualidade de Sociedade Aberta, existe por parte da Administração e seus colaboradores uma grande atenção no cumprimento dos deveres de confidencialidade nas relações com terceiros, salvaguardando a posição da Altri em situações de conflito de interesse. Não existe limitação quanto ao número máximo de cargos acumuláveis pelos administradores em órgãos de administração de outras sociedades, tentando os membros do Conselho de Administração da Altri fazer parte das administrações das empresas participadas mais relevantes do grupo, de forma a permitir um mais próximo acompanhamento das suas actividades. No que se refere ao seu controlo interno, as empresas operacionais do Grupo Altri possuem órgãos de controlo de gestão que exercem a sua actividade a todos os níveis das empresas participadas, elaborando relatórios com periodicidade mensal para cada Conselho de Administração. A distribuição de pelouros entre os diversos membros do Conselho de Administração é efectuada do seguinte modo:

Os administradores da Altri SGPS centram a sua actividade, essencialmente, na gestão das participações do Grupo e na definição das linhas de desenvolvimento estratégico do Grupo. A Altri não designou uma Comissão Executiva do Conselho de Administração, sendo as decisões relativas a matérias estratégicas adoptadas pelo Conselho de Administração enquanto órgão colegial composto pela totalidade dos seus membros, executivos e não executivos, no normal desempenho das suas funções.

Paulo Fernandes Chairman

João Borges OliveiraChief Financial Officer

Pedro Pinto Mendonça

Vogais do C.A.

. .

Laurentina Martins

Domingos Matos

Page 32: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

32

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2012

A gestão corrente das sociedades operacionais é desempenhada pela administração de cada uma delas, a qual integra igualmente alguns dos administradores da Altri, para além de outros administradores com competências e pelouros especificamente definidos. Deste modo, e tendo em consideração o desenvolvimento da actividade dos membros do Conselho de Administração quer na Altri quer nas diversas empresas que integram o grupo, o organigrama funcional pode ser apresentado do seguinte modo:

A qualificação profissional dos actuais membros do Conselho de Administração da Altri, actividade profissional desenvolvida e a indicação de outras empresas onde desempenham funções de administração é apresentada no anexo I.

II.4. Referência ao facto de os relatórios anuais sobre a actividade desenvolvida pelo Conselho Geral e de Supervisão, a Comissão para as matérias financeiras, a Comissão de Auditoria e o Conselho Fiscal incluírem a descrição sobre a actividade de fiscalização desenvolvida referindo eventuais constrangimentos detectados, e serem objecto de divulgação no sítio da Internet da sociedade, conjuntamente com os documentos de prestação de contas.

A fiscalização da sociedade compete ao Conselho Fiscal e ao Revisor Oficial de Contas, sendo o Conselho Fiscal composto por três membros efectivos e um suplente. Sob proposta do Conselho Fiscal a Assembleia Geral designa o Revisor Oficial de Contas para proceder ao exame das contas da sociedade.

O Conselho Fiscal representa a Sociedade, junto do Auditor Externo e Revisor Oficial de Contas, competindo-lhe, designadamente, propor o prestador destes serviços e a respectiva remuneração, zelando igualmente para que sejam asseguradas, dentro do grupo, as condições adequadas à prestação daqueles serviços. O Conselho Fiscal é, juntamente com o Conselho de Administração, o primeiro destinatário dos relatórios emitidos pelo Auditor Externo bem como o interlocutor do grupo no relacionamento com aquela entidade. Em 2012, o Conselho Fiscal exerceu a sua competência fiscalizadora, tendo recebido o adequado apoio do Conselho de Administração para esse efeito, designadamente para a elaboração do seu relatório anual sobre a fiscalização da Sociedade e emissão de parecer sobre o relatório de gestão e propostas apresentadas pelo Conselho de Administração. Os relatórios anuais sobre a actividade de fiscalização desenvolvida pelo Conselho Fiscal são objecto de divulgação no website da Sociedade, em conjunto com os documentos de prestação de contas. Durante o exercício de 2012, o Revisor Oficial de Contas acompanhou o desenvolvimento da actividade da Sociedade e procedeu aos exames e verificações por si considerados necessários à revisão e certificação legais das contas, em interacção com o Conselho Fiscal, e com plena colaboração do Conselho de Administração. O Auditor Externo, no âmbito do processo de auditoria anual, analisa o funcionamento de mecanismos de controlo interno e reporta deficiências identificadas; verifica se os principais elementos dos sistemas de controlo interno e

Page 33: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

33

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2012

gestão de risco implementados na empresa relativamente ao processo de divulgação de informação financeira são apresentados e divulgados na informação anual sobre o Governo das Sociedades e emite uma certificação legal das contas e Relatório de Auditoria, no qual atesta se aquele relatório divulgado sobre a estrutura e as práticas de governo societário inclui os elementos referidos no artigo 245º – A do Código dos Valores Mobiliários. Adicionalmente, o Revisor Oficial de Contas pronunciou-se sobre a actividade por si desenvolvida no exercício de 2012 nos termos do seu relatório anual de auditoria sujeito a apreciação da Assembleia Geral anual de accionistas. II.5. Descrição dos sistemas de controlo interno e de gestão de risco implementados na sociedade, designadamente, quanto ao processo de divulgação de informação financeira, ao modo de funcionamento deste sistema e à sua eficácia. A gestão de risco é um pilar do Governo da Sociedade, estando presente em todos os processos de gestão, sendo uma responsabilidade de todos os colaboradores do Grupo, nos diferentes níveis da organização. A gestão de risco é desenvolvida tendo como objectivo a criação de valor, através da gestão e controlo das oportunidades e ameaças que podem afectar os objectivos de negócio e as empresas do Grupo, numa perspectiva de continuidade dos negócios. A Altri não possui serviços autónomos de auditoria interna e de compliance. A gestão de riscos é assegurada pelas diversas unidades operacionais da Altri com base numa identificação e prioritização prévia de riscos críticos, desenvolvendo estratégias de gestão de risco, com vista a pôr em prática os procedimentos de controlo considerados adequados à redução do risco para um nível aceitável. A Administração considera que é essencial implementar sistemas que lhe permitam:

Identificar os riscos que o Grupo enfrenta; Medir o impacto no desempenho financeiro e no valor do Grupo; Comparar o valor em risco com os custos dos instrumentos de cobertura, se disponíveis; e Monitorizar a evolução dos riscos identificados e dos instrumentos de cobertura.

As estratégias de gestão de risco adoptadas visam garantir que:

Os sistemas e procedimentos de controlo e as políticas instituídas permitem responder às expectativas dos órgãos de gestão, accionistas e demais stakeholders;

Os sistemas e procedimentos de controlo e as políticas instituídas estão de acordo com todas as leis e regulamentos aplicáveis;

A informação financeira e operacional é completa, fiável, segura e reportada periódica e atempadamente; Os recursos da Altri são usados de forma eficiente e racional; e O valor para o accionista é maximizado e a gestão operacional adopta as medidas necessárias para

corrigir aspectos reportados. A metodologia de gestão de riscos inclui várias etapas:

Numa primeira fase são identificados e priorizados, os riscos internos e externos que podem afectar de forma materialmente relevante a prossecução dos objectivos estratégicos do Grupo;

Os responsáveis operacionais das várias unidades operacionais do Grupo identificam os factores de risco e eventos que podem afectar as operações e actividades da Altri, assim como eventuais processos e mecanismos de controlo;

Adicionalmente, o impacto e a probabilidade de ocorrência de cada factor de risco são ponderados e consoante o nível de exposição é avaliada a necessidade de resposta ao risco; e

As acções de mitigação de risco são acompanhadas e o nível de exposição aos factores críticos é constantemente monitorizado.

Quanto ao controlo de risco no processo de divulgação de informação financeira apenas um número muito restrito de colaboradores da Altri está envolvido no processo de divulgação de informação financeira. Todos aqueles que estão envolvidos no processo de análise financeira da Sociedade são considerados como tendo acesso a informação privilegiada, estando especialmente informados sobre o conteúdo das suas obrigações bem como sobre as sanções decorrentes do uso indevido da referida informação.

Page 34: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

34

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2012

As regras internas aplicáveis à divulgação da informação financeira visam garantir a sua tempestividade e a impedir a assimetria do mercado no seu conhecimento. A existência de um ambiente de controlo interno eficaz, particularmente no processo de reporte financeiro, é um objectivo do Conselho de Administração, procurando identificar e melhorar os processos mais relevantes em termos de preparação e divulgação de informação financeira, com os objectivos de transparência, fiabilidade e materialidade. O objectivo do sistema de controlo interno é assegurar a fiabilidade do processo de preparação das demonstrações financeiras, de acordo com os princípios contabilísticos adoptados, e a qualidade do reporte financeiro resultante. A fiabilidade da informação financeira é garantida através da separação entre quem a prepara e quem a utiliza e através de diversos procedimentos de controlo ao longo do processo. O sistema de controlo interno nas áreas da contabilidade e preparação e divulgação de informação financeira assenta nos seguintes elementos chave:

A utilização de princípios contabilísticos, detalhados ao longo das notas às demonstrações financeiras, constitui uma das bases do sistema de controlo;

Os planos, procedimentos e registos da Sociedade e suas subsidiárias permitem uma garantia razoável que apenas são registadas transacções devidamente autorizadas e que essas transacções são registadas em conformidade com os princípios contabilísticos geralmente aceites;

A informação financeira é analisada, de forma sistemática e regular, pela gestão das unidades operacionais, garantindo uma monitorização permanente e o respectivo controlo orçamental;

Durante o processo de preparação e revisão da informação financeira, é estabelecido previamente um calendário de encerramento de contas e partilhado com as diferentes áreas envolvidas, e todos os documentos são revistos em profundidade;

Ao nível das demonstrações financeiras individuais das várias empresas do grupo, os registos contabilísticos e a preparação das demonstrações financeiras são assegurados pelos serviços administrativos e contabilísticos. As demonstrações financeiras são elaboradas pelos técnicos oficiais de contas e revistas pela direcção financeira de cada subsidiária;

As demonstrações financeiras consolidadas são preparadas com periodicidade trimestral pela equipa de consolidação. Este processo constitui um elemento adicional de controlo da fiabilidade da informação financeira, nomeadamente, garantindo a aplicação uniforme dos princípios contabilísticos e dos procedimentos de corte de operações assim como a verificação dos saldos e transacções entre empresas do grupo;

As demonstrações financeiras consolidadas são preparadas sob a supervisão do CFO. Os documentos que constituem o relatório anual são enviados para revisão e aprovação do Conselho de Administração. Depois da aprovação, os documentos são enviados para o Auditor Externo, que emite a sua Certificação Legal de Contas e o Relatório de Auditoria; e

O processo de preparação da informação financeira individual e consolidada e o Relatório de Gestão é supervisionado pelo Conselho Fiscal e pelo Conselho de Administração. Trimestralmente, estes órgãos reúnem e analisam as demonstrações financeiras individuais e consolidadas da Sociedade.

No que se refere aos factores de risco que podem afectar materialmente o reporte contabilístico e financeiro, salientamos a utilização de estimativas contabilísticas que têm por base a melhor informação disponível à data da preparação das demonstrações financeiras bem como o conhecimento e experiência de eventos passados e/ou presentes. Salientamos igualmente os saldos e as transacções com partes relacionadas: no grupo Altri os saldos e transacções com entidades relacionadas referem-se essencialmente às actividades operacionais correntes das empresas do grupo, bem como à concessão e obtenção de empréstimos remunerados a taxas de mercado. II.6. Responsabilidade do órgão de administração e do órgão de fiscalização na criação e no funcionamento dos sistemas de controlo interno e de gestão de riscos da sociedade, bem como na avaliação do seu funcionamento e ajustamento às necessidades da sociedade. O Conselho Fiscal é responsável por elaborar anualmente relatório sobre a sua acção fiscalizadora e dar parecer sobre o relatório e contas e propostas apresentadas pela administração e fiscalizar a eficácia do sistema de gestão de risco e de controlo interno.

Page 35: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

35

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2012

O Conselho de Administração é o órgão responsável pela definição das políticas estratégicas gerais do Grupo, encontrando-se devidamente suportado pelas equipas de gestão das subsidiárias no sentido de assegurar um efectivo controlo de risco. O Conselho de Administração decide qual o nível de exposição assumido pelo grupo nas suas diferentes actividades e, sem prejuízo da delegação de funções e responsabilidades, define limites globais de risco e assegura que as políticas e procedimentos de gestão de risco são seguidos. Na monitorização do processo de gestão de risco o Conselho de Administração, enquanto órgão responsável pela estratégia da Altri, tem o seguinte quadro de objectivos e responsabilidades:

Conhecer os riscos mais significativos que afectam o grupo; Assegurar a existência, no interior do Grupo, de níveis apropriados de conhecimento dos riscos que

afectam as operações e forma de os gerir; Assegurar a divulgação da estratégia de gestão de risco a todos os níveis hierárquicos; Assegurar que o Grupo tem capacidade de minimizar a probabilidade de ocorrência e o impacto dos riscos

no negócio; e Assegurar que o processo de gestão de risco é adequado e que se mantém uma monitorização rigorosa

dos riscos com maior probabilidade de ocorrência e impacto nas operações do grupo. As subsidiárias gerem os seus próprios riscos, dentro dos critérios e delegações estabelecidas. O Conselho de Administração, em articulação com o Conselho Fiscal, analisa e supervisiona regularmente a elaboração e divulgação da informação financeira, no sentido de obviar o acesso, indevido e extemporâneo, de terceiros, à informação relevante. II.7. Indicação sobre a existência de regulamentos de funcionamento dos órgãos da sociedade, ou outras regras relativas a incompatibilidades definidas internamente e a número máximo de cargos acumuláveis, e o local onde os mesmos podem ser consultados. O Conselho de Administração e o Conselho Fiscal aprovaram os respectivos regulamentos que se encontram disponíveis no website da Altri. As regras aplicáveis à designação e à substituição dos membros do órgão de administração e de fiscalização são as previstas no Código das Sociedades Comerciais, não existindo regras estatutárias específicas sobre esta matéria. Adicionalmente, não existe nenhuma regra específica sobre o número máximo de cargos acumuláveis. II.8. Caso o presidente do órgão de administração exerça funções executivas, indicação dos mecanismos de coordenação dos trabalhos dos membros não executivos que assegurem o carácter independente e informado das suas decisões. Para permitir aos administradores não executivos uma decisão independente e informada, a Sociedade dispõe dos seguintes mecanismos:

As convocatórias das reuniões do Conselho de Administração, enviadas a todos os seus membros, incluem a ordem de trabalhos, mesmo que provisória, da reunião, e são acompanhadas por toda a informação e documentação relevante; e

O Administrador não executivo dispõe das mais amplas faculdades para obter informação sobre qualquer aspecto da Sociedade, para examinar os seus livros, registos, documentos e restantes antecedentes das operações da Sociedade. Para tal, pode solicitar informações directamente aos administradores e aos responsáveis operacionais e financeiros das várias empresas do Grupo, sem que seja necessária qualquer intervenção dos administradores executivos neste processo.

Adicionalmente, é prática da Sociedade a presença e intervenção do administrador não executivo nas reuniões do Conselho de Administração.

Page 36: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

36

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2012

II.9. Identificação dos principais riscos económicos, financeiros e jurídicos a que a sociedade se expõe no exercício da actividade. O Conselho de Administração considera que o Grupo se encontra exposto aos riscos normais decorrentes da sua actividade, nomeadamente ao nível das unidades operacionais. Destacam-se os seguintes factores de risco: Risco de Crédito À semelhança de qualquer actividade que envolva uma componente comercial, o risco de crédito é um factor primordial tido em consideração pela Administração nas unidades operacionais. Este risco é monitorizado e controlado através de um sistema de recolha de informação financeira e qualitativa, prestada por entidades credíveis que fornecem informação de riscos, que permite avaliar a viabilidade dos clientes quanto ao cumprimento das suas obrigações, visando minorar o risco associado à concessão de crédito. A avaliação do risco de crédito é efectuada numa base regular, tendo em consideração as condições correntes de conjuntura económica e a situação específica do crédito de cada uma das empresas, sendo adoptados procedimentos correctivos sempre que tal se julgue conveniente. O risco de crédito é minorado pela gestão da concentração de riscos da carteira de clientes e pela rigorosa selecção de contrapartes bem como pela contratação de seguros de crédito junto de instituições especializadas e que cobrem uma parte expressiva do crédito concedido. Risco de Mercado Risco de Taxa de Juro Tendo em consideração o endividamento a que se encontra exposto o Grupo, eventuais variações sobre a taxa de juro poderão ter um impacto indesejado sobre os resultados. Neste sentido, a adequada gestão do risco de taxa de juro leva a que o Grupo tente optimizar o balanceamento entre o custo da dívida e a exposição à variabilidade das taxas. Assim, quando se considera ultrapassado o limite desejado de exposição ao risco de taxa de juro, são contratados swaps de taxa de juro que cubram a exposição da Empresa ao risco e que atenuem a volatilidade dos seus resultados. A exposição do Grupo à taxa de juro decorre essencialmente dos empréstimos de longo prazo que são constituídos na sua maioria por dívida indexada à Euribor. Risco de Taxa de Câmbio Efectuando um elevado volume de transacções com entidades não residentes e fixados em moeda diferente de Euro, a variação de taxa de câmbio poderá ter um impacto relevante sobre a performance do Grupo. Deste modo, sempre que considerado necessário, o Grupo procura efectuar uma cobertura da sua exposição à variabilidade da taxa de câmbio através da contratação de instrumentos financeiros derivados para reduzir a volatilidade dos seus resultados. Risco de variabilidade nos preços de commodities Desenvolvendo a sua actividade num sector que transacciona commodities (pasta de papel), o Grupo encontra-se particularmente exposto a variações de preço, com os correspondentes impactos nos seus resultados. No entanto, a inserção nestes sectores permite-lhe a celebração de contratos de cobertura de variação de preços de pasta de papel, pelos montantes e valores considerados adequados às operações previstas, atenuando assim a volatilidade dos seus resultados. Risco de Liquidez O risco de liquidez pode ocorrer se as fontes de financiamento, como sejam os fluxos de caixa operacionais, de desinvestimento, de linhas de crédito e os fluxos de caixa obtidos de operações de financiamento, não satisfizerem as necessidades de financiamento, como sejam as saídas de caixa para actividades operacionais e de financiamento, os investimentos, a remuneração dos accionistas e o reembolso de dívida. O principal objectivo da política de gestão de risco de liquidez é garantir que o Grupo tem disponível, a todo o momento, os recursos financeiros necessários para fazer face às suas responsabilidades e prosseguir as

Page 37: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

37

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2012

estratégias delineadas honrando todos os compromissos assumidos com terceiros, quando se tornam devidos, através de uma adequada gestão da maturidade dos financiamentos. O Grupo adopta assim uma estratégia activa de refinanciamento pautada pela manutenção de um elevado nível de recursos imediatamente disponíveis para fazer face às necessidades de curto prazo e pelo alongamento ou manutenção de maturidades da dívida de acordo com os cash-flows previstos e a capacidade de alavancagem do seu balanço. Risco de Regulação O Grupo está sujeito a leis e regulamentos nacionais e sectoriais do mercado em que opera e que visam assegurar: a segurança e protecção dos clientes e do meio ambiente, os direitos dos trabalhadores e a manutenção de um mercado aberto e competitivo. Desta forma, está naturalmente exposta ao risco de ocorrerem alterações regulatórias que possam alterar as condições de condução do negócio e, consequentemente, prejudicar ou impedir o alcance dos objectivos estratégicos. A postura da Empresa é de colaboração permanente com as autoridades no respeito e observância das disposições legais. Risco Florestal A Altri, através da sua subsidiária Altri Florestal, tem sob gestão um património florestal de cerca de 84.000 hectares dos quais o eucalipto representa 79%. A área florestal está certificada pelo FSC®3 (Forest Stewardship Council®) e pelo PEFC (Programme for the Endorsement of Forest Certification) os quais estabelecem princípios e critérios relativamente aos quais é avaliada a sustentabilidade da gestão do património florestal nas vertentes económica, ambiental e social. Neste contexto, toda a actividade florestal é dirigida para a optimização dos recursos disponíveis salvaguardando a estabilidade ambiental e os valores ecológicos presentes no seu património e garantindo o seu desenvolvimento. Os riscos associados a qualquer actividade florestal também estão presentes na gestão da Altri Florestal. Os incêndios florestais e as pragas e doenças que podem ocorrer nas diferentes matas espalhadas por todo o território nacional são os maiores riscos com que o sector se defronta na sua actividade. Estas ameaças, se ocorrem, em função da sua intensidade, afectam o normal funcionamento das explorações florestais e a eficiência da produção. De forma a prevenir e reduzir o impacto dos incêndios florestais nas matas, a Altri Florestal participa, em conjunto com o Grupo Portucel Soporcel, numa empresa denominada Afocelca que tem como finalidade a disponibilização, coordenação e a gestão dos meios disponíveis para o combate aos incêndios. Ao mesmo tempo são efectuados avultados investimentos nas áreas florestais com a limpeza da floresta para reduzir os riscos de propagação de incêndios assim como minorar os seus prejuízos. No que respeita às pragas e doenças o seu aparecimento pode reduzir de forma significativa o crescimento dos povoamentos florestais provocando danos irreversíveis na produtividade. Para o seu combate foram estabelecidos procedimentos de luta integrada, quer através de largadas de parasitóides específicos oriundos da Austrália quer através da utilização de produtos fitofármacos de modo a controlar as populações de insectos nocivos e reduzir o impacto negativo da sua presença. Por outro lado, nas áreas mais afectadas, a Altri Florestal está a utilizar material genético mais adequado nas novas plantações que, pelas suas características permitem resistir melhor a essas pragas e doenças. II.10. Poderes do órgão de administração, nomeadamente no que respeita a deliberações de aumento de capital. Competem ao Conselho de Administração os mais amplos poderes de gestão e representação da sociedade e a realização de todas as operações relativas à execução do objecto social, nomeadamente:

- Adquirir, alienar e onerar quaisquer bens móveis, designadamente veículos automóveis e, observados os limites legais, imóveis;

- Adquirir participações sociais noutras sociedades;

                                                            3 FSC-C004615

Page 38: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

38

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2012

- Alienar participações sociais noutras sociedades; - Tomar e dar de locação quaisquer bens móveis e imóveis; - Constituir mandatários ou procuradores para a prática de determinados actos ou categorias de actos,

definindo a extensão dos respectivos mandatos; - Designar o Secretário da Sociedade e o Secretário da Sociedade Suplente; - Representar a sociedade em juízo e fora dele activa e passivamente, propor e fazer seguir acções

judiciais, confessá-las e nelas desistir da instância ou do pedido e transigir, bem como, comprometer-se em árbitros; e

- Deliberar, com parecer prévio do órgão de fiscalização da sociedade, o aumento do capital social, por uma ou mais vezes, até ao limite de 35 milhões de Euros, mediante novas entradas em dinheiro.

II.11. Informação sobre a política de rotação dos pelouros no Conselho de Administração, designadamente do responsável pelo pelouro financeiro, bem como sobre as regras aplicáveis à designação e à substituição dos membros do órgão de administração e de fiscalização. Os membros do Conselho de Administração da Sociedade são eleitos em Assembleia Geral para mandatos com duração de três anos, podendo ser reeleitos uma ou mais vezes. O Conselho de Administração é constituído por três a nove membros, accionistas ou não, eleitos em Assembleia Geral. A Altri promove, sempre que necessário ou adequado em função dos desenvolvimentos da actividade e estratégia da Empresa, uma reflexão sobre a distribuição de pelouros no âmbito do seu Conselho de Administração. Não obstante, a Altri não tem definida uma política de rotação dos pelouros dos membros do Conselho de Administração por entender que tal política não permite servir da melhor forma os seus interesses e dos accionistas, pelo que os pelouros são decididos e atribuídos no início de cada mandato de acordo com as capacidades, habilitações e experiência profissional de cada membro, não sendo de admitir que todos os administradores possam exercer todas as funções com igual capacidade e grau de desempenho. II.12. Número de reuniões dos órgãos de administração e fiscalização, bem como referência à realização das actas dessas reuniões. O Conselho de Administração reúne regularmente, sendo as suas deliberações válidas apenas quando esteja presente a maioria dos seus membros. Durante o ano de 2012 o Conselho de Administração reuniu 12 vezes, estando as correspondentes actas registadas no livro de actas do Conselho de Administração. Relativamente às reuniões dos Conselhos de Administração das sociedades participadas dos quais os administradores da Altri também fazem parte, estas ocorrem com a periodicidade necessária ao adequado acompanhamento das suas operações. Durante o ano de 2012 o Conselho Fiscal da Sociedade reuniu 4 vezes, estando as correspondentes actas registadas no livro de actas do Conselho Fiscal. II.13. Indicação sobre o número de reuniões da Comissão Executiva ou do Conselho de Administração Executivo, bem como referência à realização de actas dessas reuniões e seu envio, acompanhadas das convocatórias, conforme aplicável, ao Presidente do Conselho de Administração, ao Presidente do Conselho Fiscal ou da Comissão de Auditoria, ao Presidente do Conselho Geral e de Supervisão e aos Presidente da Comissão para as matérias financeiras. O Conselho de Administração da Sociedade reúne regularmente e os Conselhos de Administração das sociedades participadas dos quais os administradores da Altri também fazem parte reúnem com a periodicidade necessária ao adequado acompanhamento das suas operações. Adicionalmente, o Conselho de Administração reúne periodicamente com o Conselho Fiscal prestando-lhe o apoio necessário, designadamente para a elaboração do seu relatório anual sobre a fiscalização da Sociedade e emissão de parecer sobre o relatório de gestão e propostas apresentadas pelo Conselho de Administração.

Page 39: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

39

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2012

As reuniões do Conselho de Administração são marcadas e preparadas com antecedência, e atempadamente disponibilizada documentação referente às matérias constantes da respectiva ordem de trabalhos, no sentido de assegurar a todos os membros do Conselho de Administração as condições para o exercício das suas funções de forma informada. De igual modo, as actas das reuniões, depois de aprovadas, e as respectivas convocatórias são enviadas ao presidente do Conselho Fiscal. Durante o ano de 2012 o Conselho de Administração reuniu 12 vezes, estando as correspondentes actas registadas no livro de actas do Conselho de Administração. II.14. Distinção dos membros executivos dos não executivos e, de entre estes, discriminação dos membros que cumpririam, se lhes fosse aplicável as regras de incompatibilidade previstas no n.º 1 do artigo 414.º-A do Código das Sociedades Comerciais, com excepção da prevista na alínea b), e os critérios de independência previstos no n.º 5 do artigo 414.º, ambos do Código das Sociedades Comerciais. Em 31 de Dezembro de 2012, o Conselho de Administração era composto por 5 membros, dos quais 1 é não executivo (Pedro Mendonça). O Conselho de Administração não inclui qualquer membro que cumpra com a totalidade das regras de incompatibilidade na acepção do n.º 1 do artigo 414.º-A e com a totalidade das regras de independência previstas no n.º 5 do artigo 414.º do Código das Sociedades Comerciais uma vez que o administrador não executivo é membro do Conselho de Administração de sociedades que estão em relação de grupo e membro do Conselho de Administração de mais do que cinco sociedades. Face ao modelo societário adoptado e à composição e ao modo de funcionamento dos seus órgãos sociais, nomeadamente a independência do Conselho Fiscal e do Auditor Externo e Revisor Oficial de Contas, sem que, entre eles ou para outras Comissões existam delegações de competências, o Grupo considera que a designação de mais administradores não executivos e de administradores independentes para exercerem funções no Conselho de Administração não traria valias significativas para o bom funcionamento do modelo adoptado que se tem vindo a revelar adequado e eficiente. II.15. Indicação das regras legais, regulamentares e outros critérios que tenham estado na base da avaliação da independência dos seus membros feita pelo órgão de administração. Conforme mencionado acima, as regras utilizadas para a aferição da independência e incompatibilidade dos membros do Conselho de Administração são as previstas no n.º 1 do artigo 414.º-A e no n.º 5 do artigo 414.º do Código das Sociedades Comerciais. II.16. Indicação das regras do processo de selecção de candidatos a administradores não executivos e forma como asseguram a não interferência nesse processo dos administradores executivos. Tendo em conta a dimensão da Sociedade, entende-se não ser necessária a existência de um processo formal de selecção de candidatos a administradores não executivos. Os candidatos aos cargos de administração não executiva são eleitos pela Assembleia Geral. Nas assembleias gerais eleitorais que vêm sendo realizadas os nomes integrados nas listas para efeitos de eleição de órgãos sociais, em particular no que se refere ao órgão de administração e aos seus membros não executivos, têm sido propostos pelos accionistas signatários da proposta em causa. II.17. Referência ao facto de o relatório anual de gestão da sociedade incluir uma descrição sobre a actividade desenvolvida pelos administradores não executivos e eventuais constrangimentos detectados. O relatório de gestão inclui, no seu capítulo “Actividade desenvolvida pelos membros não-executivos do Conselho de Administração”, uma descrição da actividade desenvolvida pelo administrador não executivo durante o exercício de 2012. II.18. Qualificações profissionais dos membros do conselho de administração, a indicação das actividades profissionais por si exercidas, pelo menos, nos últimos cinco anos, o número de acções da sociedade de que são titulares, data da primeira designação e data do termo de mandato.

Page 40: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

40

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2012

O mandato dos actuais membros do Conselho de Administração corresponde ao triénio 2011/2013. Os administradores Paulo Jorge dos Santos Fernandes, João Manuel Matos Borges de Oliveira, Pedro Macedo de Pinto Mendonça e Domingos José Vieira de Matos foram eleitos, pela primeira vez, em 2005, tendo a administradora Laurentina Martins sido eleita em Maio de 2009. No Anexo I são apresentadas as qualificações profissionais e as actividades profissionais exercidas pelos membros do Conselho de Administração nos últimos cinco anos. Nos termos e para os efeitos do disposto no art.º 447º do Código das Sociedades Comerciais informa-se que em 31 de Dezembro de 2012, os administradores da Sociedade detinham as seguintes acções:

Paulo Jorge dos Santos Fernandes (a) 18.040.929 Pedro Macedo Pinto de Mendonça 1.705.000 Domingos José Vieira de Matos 13.939.432 João Manuel Matos Borges de Oliveira (b) 28.000.000 Laurentina da Silva Martins 0

(a) – Consideram-se imputáveis a Paulo Jorge dos Santos Fernandes, para além de 16.640.929 acções da Altri, SGPS, S.A. detidas a título pessoal, 1.400.000 acções da Altri, SGPS, S.A. detidas pela sociedade Caminho Aberto – SGPS, S.A., de que é administrador e accionista dominante. Assim, nos termos legais, consideram-se imputáveis a Paulo Jorge dos Santos Fernandes, um total de 18.040.929 acções, correspondentes a 8,79% do capital e dos direitos de voto da Altri, SGPS, S.A. (b) – as 28.000.000 acções correspondem ao total das acções da Altri, SGPS, S.A. detidas pela sociedade CADERNO AZUL – SGPS, S.A., da qual o administrador João Manuel Matos Borges de Oliveira é também administrador e accionista

II.19. Funções que os membros do órgão de administração exercem em outras sociedades, discriminando-se as exercidas em outras sociedades do mesmo grupo. No Anexo I são apresentadas as funções que os membros do Conselho de Administração exercem noutras sociedades, incluindo as empresas do grupo. Não existe limitação quanto ao número máximo de cargos acumuláveis pelos administradores em órgãos de administração de outras sociedades, tentando os membros do Conselho de Administração da Altri fazer parte das administrações das empresas participadas mais relevantes do grupo, de forma a permitir um mais próximo acompanhamento das suas actividades. II.21. Identificação dos membros do conselho fiscal, declarando-se que cumprem as regras de incompatibilidade previstas no n.º 1 do artigo 414.º-A e se cumprem os critérios de independência previsto no n.º 5 do artigo 414.º, ambos do Código das Sociedades Comerciais. Para o efeito, o conselho fiscal procede à respectiva auto-avaliação. O Conselho Fiscal é composto por três membros e um suplente. Em 31 de Dezembro de 2012 este órgão era composto pelos seguintes membros:

João da Silva Natária – Presidente Manuel Tiago Alves Baldaque de Marinho Fernandes – Vogal Cristina Isabel Linhares Fernandes – Vogal Jacinto Costa Vilarinho – Suplente

Como órgão colegial que é, a aferição da independência do Conselho Fiscal é feita a todos aqueles que o compõem, dada a aplicabilidade do nº 6 do art.º 414 do Código das Sociedades Comerciais, considerando-se independência de acordo com a definição que é dada nos termos do nº 5 do art.º 414 e incompatibilidade de acordo com a definição do nº 1 do art.º 414-A ambos do Código das Sociedades Comerciais. Os membros que compõem o Conselho Fiscal da Sociedade cumprem assim as regras de incompatibilidade e de independência acima identificadas. II.22. Qualificações profissionais dos membros do conselho fiscal, a indicação das actividades profissionais por si exercidas, pelo menos, nos últimos cinco anos, o número de acções da sociedade de que são titulares, data da primeira designação e data do termo de mandato.

Page 41: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

41

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2012

Os membros do Conselho Fiscal foram eleitos, pela primeira vez, em Março de 2007 para o período remanescente do triénio 2005/2007. Actualmente, os elementos do Conselho Fiscal estão no seu terceiro mandato correspondente ao triénio 2011/2013, para o qual foram eleitos em Maio de 2011. Relativamente à competência para o exercício de funções consideramos que todos os membros possuem competências adequadas ao exercício das respectivas funções e o Presidente está adequadamente apoiado pelos restantes membros do Conselho Fiscal. No Anexo I são apresentadas as qualificações profissionais e as actividades profissionais exercidas pelos membros do Conselho Fiscal. Em 31 de Dezembro de 2012, os membros do Conselho Fiscal não possuíam acções representativas do capital social da Altri. II.23. Funções que os membros do conselho fiscal exercem em outras sociedades, discriminando-se as exercidas em outras sociedades do mesmo grupo. No Anexo I são apresentadas as funções que os membros do Conselho Fiscal exercem noutras sociedades. Os membros do Conselho Fiscal não exercem actualmente funções em mais nenhuma sociedade do grupo Altri. II.24. Referência ao facto de o conselho fiscal avaliar anualmente o auditor externo e à possibilidade de proposta à assembleia-geral de destituição do auditor com justa causa. No exercício das suas competências e cumprimento dos seus deveres, o Conselho Fiscal propõe à Assembleia Geral a nomeação do Revisor Oficial de Contas da Sociedade, fiscaliza a sua independência, designadamente, no tocante à prestação de serviços adicionais e o âmbito dos respectivos serviços e a revisão de contas aos documentos de prestação de contas da Sociedade. O Conselho Fiscal reúne sempre que necessário com o Revisor Oficial de Contas/Auditor Externo nos termos das suas atribuições. Anualmente, o Conselho Fiscal procede a uma avaliação do trabalho do Revisor Oficial de Contas/Auditor Externo, vigiando igualmente o cumprimento do disposto no artigo 54º do Decreto-lei n.º 487/99, de 16 de Novembro (alterado pelo Decreto-lei n.º 224/2008, de 20 de Novembro) relativamente à rotação do sócio responsável pela execução do trabalho. II.29. Descrição da política de remuneração, incluindo, designadamente, a dos dirigentes na acepção do n.º 3 do art. 248.º-B do Código dos Valores Mobiliários, e a de outros trabalhadores cuja actividade profissional possa ter um impacto relevante no perfil de risco da empresa e cuja remuneração contenha uma componente variável importante A política de remunerações aplicável às pessoas que sejam, nos termos da lei, consideradas dirigentes é equivalente à adoptada para a remuneração de outros quadros do mesmo nível de funções e responsabilidades, regendo-se pelos princípios orientadores da declaração submetida pela Comissão de Remunerações à apreciação da Assembleia Geral e que se encontra detalhada no parágrafo abaixo. II.30. Descrição da política de remunerações dos órgãos de administração e de fiscalização a que se refere ao artigo 2.º da Lei n.º 28/2009, de 19 de Junho.

Tal como estipulado na Lei n.º 28/2009, de 19 de Junho, é submetida anualmente à apreciação da Assembleia Geral uma declaração sobre a política de remunerações dos órgãos de administração e fiscalização. A política de remuneração e compensação dos órgãos sociais da Altri, aprovada na Assembleia Geral de 26 de Abril de 2012, obedece aos seguintes princípios:

I. CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO: Para o estabelecimento do valor da remuneração individual de cada administrador será tido em conta:

As funções desempenhadas na Altri, SGPS, S.A. e nas diferentes subsidiárias; A responsabilidade e o valor acrescentado pelo desempenho individual; O conhecimento e a experiência acumulada no exercício da função; A situação económica da Empresa; e

Page 42: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

42

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2012

A remuneração auferida em empresas do mesmo sector e outras sociedades cotadas na NYSE Euronext Lisboa. A remuneração global fixa do Conselho de Administração não pode exceder os 2 milhões de Euros por ano.

i. Administração executiva Componente fixa, valor mensal pago 14 vezes por ano: Componente variável de médio prazo: Destina-se a alinhar de forma mais vincada os interesses dos administradores executivos com os dos accionistas e será calculada cobrindo o período de 2011, 2012 e 2013, tendo como base:

Retorno total para o accionista (valorização de acção mais dividendo distribuído) Somatório dos resultados líquidos dos 3 anos (2011, 2012, 2013) Evolução dos negócios da sociedade

O valor total da componente variável de médio prazo não pode ser superior a 50% da remuneração fixa auferida durante o período dos 3 anos.

ii. Administração não executiva A remuneração individual de qualquer administrador não executivo não pode ultrapassar os 120.000 Euros/ano, tendo carácter exclusivamente fixo.

II. CONSELHO FISCAL A remuneração dos Membros do Conselho Fiscal será baseada em valores anuais fixos, em níveis considerados adequados para funções similares.

III. ASSEMBLEIA GERAL A remuneração dos Membros da Mesa da Assembleia Geral será exclusivamente fixa e seguirá as práticas de mercado.

IV. REVISOR OFICIAL DE CONTAS O Revisor Oficial de Contas terá uma remuneração fixa adequada ao exercício das suas funções e de acordo com a prática do mercado, sob a supervisão do Conselho Fiscal.

Os princípios a que obedecem as políticas de remuneração e compensação constantes da referida política de remunerações abrangem não só o conjunto das remunerações pagas pela Sociedade mas também as remunerações que sejam pagas aos seus membros do Conselho de Administração por sociedades por ela directa ou indirectamente controladas. A política de remunerações mantém o princípio de não contemplar a atribuição de compensações aos administradores, ou membros dos demais órgãos sociais, associadas à cessação de funções antecipada ou no termo do respectivo mandato, sem prejuízo do cumprimento pela Sociedade das disposições legais em vigor nesta matéria. II.31. Indicação do montante anual da remuneração auferida individualmente pelos membros dos órgãos de administração e fiscalização da sociedade, incluindo remuneração fixa e variável e, relativamente a esta, menção às diferentes componentes que lhe deram origem, parcela que se encontra diferida e parcela que já foi paga. Conselho de Administração As remunerações auferidas pelos membros do Conselho de Administração da Altri durante o exercício de 2012, no exercício das suas funções, incluem apenas remunerações fixas e ascenderam a 1.303.820 Euros repartidas como segue: Paulo Fernandes – 391.860 Euros; João Borges de Oliveira – 391.860 Euros; Domingos Matos – 224.700 Euros; Laurentina Martins – 224.700 Euros; Pedro Mendonça – 70.700 Euros.

Page 43: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

43

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2012

As remunerações auferidas pelos membros do Conselho de Administração foram integralmente pagas por subsidiárias do Grupo onde exercem funções de administração, não existindo administradores remunerados directamente pela Altri SGPS. Conselho Fiscal

A remuneração dos membros do Conselho Fiscal é composta por um montante anual fixo baseado na situação da Altri e nas práticas correntes de mercado. No exercício findo em 31 de Dezembro de 2012 a remuneração dos membros do Conselho Fiscal ascendeu a 32.970 Euros distribuída como segue: João Natária – 16.350 Euros; Cristina Linhares – 8.310 Euros; Manuel Tiago Fernandes – 8.310 Euros. II.32. Informação sobre o modo como a remuneração é estruturada de forma a permitir o alinhamento dos interesses dos membros do órgão de administração com os interesses de longo prazo da sociedade bem como sobre o modo como é baseada na avaliação do desempenho e desincentiva a assunção excessiva de riscos. A política de remuneração dos administradores executivos visa assegurar uma contrapartida adequada e rigorosa do desempenho e contribuição de cada administrador para o sucesso da organização, alinhando os interesses dos administradores executivos com os dos accionistas e da Sociedade. Adicionalmente, a política de remuneração prevê uma componente variável de pagamento diferido destinada a alinhar de forma mais vincada os interesses dos administradores executivos com os dos accionistas e com os interesses de longo prazo da Sociedade. As propostas de remuneração dos administradores executivos são elaboradas, tendo em conta, as funções desempenhadas na Altri, SGPS, S.A. e nas diferentes subsidiárias; a responsabilidade e o valor acrescentado pelo desempenho individual; o conhecimento e a experiência acumulada no exercício da função; a situação económica da Empresa; a remuneração auferida em empresas do mesmo sector e outras sociedades cotadas na NYSE Euronext Lisbon. Em relação a este último aspecto, a Comissão de Remunerações tem em consideração, nos limites da informação acessível, todas as sociedades nacionais de dimensão equivalente, designadamente cotadas no NYSE Euronext Lisbon, e também sociedades de outros mercados internacionais com características equivalentes à Altri. II.33. Relativamente à remuneração dos administradores executivos: a) Referência ao facto de a remuneração dos administradores executivos integrar uma componente variável e informação sobre o modo como esta componente depende da avaliação de desempenho; De acordo com os estatutos da Sociedade, os membros dos órgãos sociais auferem as remunerações que forem fixadas pela Comissão de Remunerações composta por três elementos, um dos quais será o presidente e terá voto de qualidade. Na Assembleia Geral de 26 de Abril de 2012 foi aprovada a política de remunerações conforme detalhado no ponto II.30 acima, a qual prevê uma componente variável em função do desempenho no período compreendido entre 2011 e 2013 (mandato em curso). b) Indicação dos órgãos da sociedade competentes para realizar a avaliação de desempenho dos administradores executivos; A avaliação de desempenho dos administradores executivos cabe à Comissão de Remunerações e tem por base as funções desempenhadas pelos mesmos na Altri e em empresas do grupo bem como a responsabilidade e valor acrescentado por cada um dos administradores e o conhecimento e experiência acumulados no exercício da função. c) Indicação dos critérios pré-determinados para a avaliação de desempenho dos administradores executivos; A remuneração dos membros executivos do Conselho de Administração inclui uma componente variável de médio prazo (período de 2011 a 2013) calculada com base no retorno total para o accionista, no somatório dos resultados líquidos desse período e na evolução dos negócios da Sociedade. d) Explicitação da importância relativa das componentes variáveis e fixas da remuneração dos administradores, assim como indicação acerca dos limites máximos para cada componente;

Page 44: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

44

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2012

A remuneração global fixa da totalidade dos membros do Conselho de Administração não pode exceder os 2 milhões de Euros por ano e o valor total da componente variável de médio prazo não pode ser superior a 50% da remuneração fixa auferida durante o período dos 3 anos (2011-2013). No exercício de 2012, os membros do Conselho de Administração não auferiram qualquer remuneração variável. e) Indicação sobre o diferimento do pagamento da componente variável da remuneração, com menção do período de diferimento; Não existe actualmente qualquer remuneração variável cujo pagamento tenha sido diferido no tempo. f) Explicação sobre o modo como o pagamento da remuneração variável está sujeito à continuação do desempenho positivo da sociedade ao longo do período de diferimento; A remuneração variável depende, entre outros, do somatório dos resultados líquidos do período (2011 a 2013). g) Informação suficiente sobre os critérios em que se baseia a atribuição de remuneração variável em acções bem como sobre a manutenção, pelos administradores executivos, das acções da sociedade a que tenham acedido, sobre eventual celebração de contrato relativos a essas acções, designadamente contratos de cobertura (hedging) ou de transferência de risco, respectivo limite, e sua relação face ao valor da remuneração total anual; A Altri não tem em vigor nem está prevista qualquer forma de remuneração em que haja lugar à atribuição de acções ou qualquer outro sistema de incentivos em acções. h) Informação suficiente sobre os critérios em que se baseia a atribuição de remuneração variável em opções e indicação do período de diferimento e do preço de exercício; A Altri não tem em vigor nem está prevista qualquer forma de remuneração em que haja lugar à atribuição de direitos sobre opções. i) Identificação dos principais parâmetros e fundamentos de qualquer sistema de prémios anuais e de quaisquer outros benefícios não pecuniários; A Altri não tem qualquer sistema de prémios anuais ou outros benefícios não pecuniários. j) Remuneração paga sob a forma de participação nos lucros e/ou de pagamento de prémios e os motivos por que tais prémios e ou participação nos lucros foram concedidos; Durante o exercício não foram pagas quaisquer remunerações a título de participação nos lucros ou sob a forma de prémios. l) Indemnizações pagas ou devidas a ex-administradores executivos relativamente à cessação das suas funções durante o exercício; Durante o exercício não foram pagos nem são devidos quaisquer montantes relativos a indemnizações a administradores cujas funções tenham cessado. m) Referência à limitação contratual prevista para a compensação a pagar por destituição sem justa causa de administrador e sua relação com a componente variável da remuneração; Não se encontra definida nenhuma política de compensações a atribuir aos membros do Conselho de Administração em caso de destituição. n) Montantes a qualquer título pagos por outras sociedades em relação de domínio ou de grupo; A totalidade das remunerações auferidas pelos administradores referida no ponto II.31 acima foi paga por sociedades do grupo.

Page 45: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

45

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2012

o) Descrição das principais características dos regimes complementares de pensões ou de reforma antecipada para os administradores, indicando se foram, ou não, sujeitas a apreciação pela assembleia-geral; A Altri não tem regimes complementares de pensões ou de reforma antecipada para os membros dos órgãos de administração, fiscalização e demais dirigentes. A administradora Laurentina Martins beneficia de um plano atribuído antes da sua nomeação para o Conselho de Administração em virtude de, na data da atribuição, ser colaboradora da subsidiária Caima – Indústria de Celulose, S.A. As principais características e informação sobre o referido plano encontra-se detalhada na nota 30 do anexo às demonstrações financeiras consolidadas em 31 de Dezembro de 2012. Naquela data, as responsabilidades por serviços passados afectas a esta administradora ascendiam a 332.121 Euros, não tendo sido efectuada qualquer contribuição para o referido fundo em 2012. p) Estimativa do valor dos benefícios não pecuniários relevantes considerados como remuneração não abrangidos nas situações anteriores; A Altri não atribui quaisquer benefícios não pecuniários relevantes a título de remuneração. q) Existência de mecanismos que impeçam os administradores executivos de celebrar contratos que ponham em causa a razão de ser da remuneração variável Não estão previstos mecanismos que impeçam os administradores executivos de celebrar contratos que coloquem em causa a razão de ser da remuneração variável. Contudo, a Comissão de Remunerações tem em conta estes factores nos critérios de determinação da remuneração variável. II.34. Referência ao facto de a remuneração dos administradores não executivos do órgão de administração não integrar componentes variáveis. A remuneração individual de qualquer administrador não executivo não pode ultrapassar os 120.000 Euros/ano, tendo carácter exclusivamente fixo, de acordo com a política de remunerações aprovada na Assembleia Geral de 26 de Abril de 2012. II.35. Informação sobre a política de comunicação de irregularidades adoptada na sociedade (meios de comunicação, pessoas com legitimidade para receber as comunicações, tratamento a dar às mesmas e indicação das pessoas e órgãos com acesso à informação e respectiva intervenção no procedimento). A Altri dispõe de um código de conduta que rege os princípios éticos comuns a todo o Grupo. Este código é aplicável a todos os trabalhadores do Grupo, incluindo os seus órgãos de gestão, tendo sido amplamente divulgado. Os princípios orientadores daquele documento são a integridade, responsabilidade e confiança. Em primeira linha, os trabalhadores devem denunciar à hierarquia qualquer suspeita ou evidência de violação do código de conduta. O Presidente do Conselho de Administração é responsável por fazer cumprir aquele código em todas as unidades do Grupo. Os mecanismos definidos para a comunicação de irregularidades garantem a confidencialidade das participações, e, bem assim, o anonimato da sua autoria, a quem comunique indícios da prática de irregularidades. II.36. Identificação dos membros das comissões constituídas para efeitos de avaliação de desempenho individual e global dos administradores executivos, reflexão sobre o sistema de governo adoptado pela sociedade e identificação de potenciais candidatos com perfil para o cargo de administrador. A Altri, tendo em consideração a dimensão da Sociedade, não dispõe de comissões especificamente destinadas a identificar candidatos a administradores e a reflectir sobre o sistema de governo adoptado. Os candidatos ao órgão de administração têm sido propostos pelos accionistas signatários das propostas apresentadas nas assembleias gerais electivas. A reflexão e avaliação do modelo de governação adoptado pela Sociedade têm sido feitas regularmente pelo Conselho de Administração.

Page 46: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

46

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2012

O Conselho de Administração entende que a única comissão especializada imprescindível para fazer face às necessidades da Sociedade, tendo em conta a sua dimensão, é a Comissão de Remunerações. Os membros do Conselho de Administração não são remunerados pela Altri, S.G.P.S., S.A. mas directamente pelas empresas subsidiárias onde desempenham funções, pelo que as actuais competências da Comissão de Remunerações incidem igualmente sobre a definição das remunerações dos membros do Conselho de Administração da Sociedade auferidas noutras empresas do grupo. A avaliação de desempenho dos administradores executivos cabe à Comissão de Remunerações e tem por base as funções desempenhadas pelos mesmos na Altri e em empresas do grupo bem como a responsabilidade e valor acrescentado por cada um dos administradores e o conhecimento e experiência acumulados no exercício da função. II.37. Número de reuniões das comissões constituídas com competência em matéria de administração e fiscalização durante o exercício em causa, bem como referência à realização das actas dessas reuniões. Durante o ano de 2012 a Comissão de Remunerações da Sociedade reuniu 1 vez, estando as correspondentes actas registadas no livro de actas daquele órgão. II.38. Referência ao facto de um membro da comissão de remunerações possuir conhecimentos e experiência em matéria de política de remuneração. A Altri considera que a experiência e percurso profissionais dos membros da Comissão de Remunerações lhes permite exercer as suas funções de forma rigorosa e eficaz. Em particular, o Dr. João da Silva Natária possui elevada experiência e conhecimentos específicos em matérias de política remuneratória. Adicionalmente, e sempre que tal se revela necessário, aquela comissão recorre a recursos especializados, internos ou externos, para suportar as suas deliberações. II.39. Referência à independência das pessoas singulares ou colectivas contratadas para a comissão de remunerações por contrato de trabalho ou de prestação de serviço relativamente ao conselho de administração bem como, quando aplicável, ao facto de essas pessoas terem relação actual com consultora da empresa. Todos os membros da Comissão de Remunerações são independentes em relação aos membros do Conselho de Administração. Adicionalmente, em 2012 não foram contratadas quaisquer pessoas ou entidades para apoiar os membros da Comissão de Remunerações.

Page 47: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

47

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2012

III. Informação e Auditoria

III.1. Estrutura de capital, incluindo indicação das acções não admitidas à negociação, diferentes categorias de acções, direitos e deveres inerentes às mesmas e percentagem de capital que cada categoria representa. Em 31 de Dezembro de 2012, o capital social da Empresa encontrava-se totalmente subscrito e realizado e era composto por 205.131.672 acções com o valor nominal de 12,5 cêntimos de Euro cada, que conferem direito a dividendos. Nos termos e para os efeitos do disposto no art.º 66 do Código das Sociedades Comerciais, informa-se que nessa data, a Altri, SGPS, S.A. e as suas filiais não detinham acções próprias, não tendo adquirido ou alienado acções próprias durante o ano de 2012. III.2. Participações qualificadas no capital social do emitente, calculadas nos termos do artigo 20.º do Código dos Valores Mobiliários. Nos termos e para os efeitos do disposto nos Artigos 16º e 20º do Código de Valores Mobiliários e no Artigo 448º do Código das Sociedades Comerciais, informa-se que as sociedades e/ou pessoas singulares que têm uma participação social qualificada que ultrapasse os 2%, 5%, 10%, 20%, 33% e 50% dos direitos de voto, e de acordo com as notificações recebidas na sede da sociedade até à data, são como segue:

Superior a 2% dos direitos de voto Nº de acções

detidas % directa de direitos

de voto

Credit Suisse AG 10.190.874 4,97%

Norges Bank 4.149.572 2,02%

Maria João Fernandes Vieira de Matos 4.107.000 2,00%

Superior a 5% dos direitos de voto Nº de acções

detidas % directa de direitos de

voto

Paulo Jorge dos Santos Fernandes (a) 16.640.929 8,11%

PROMENDO – SGPS, S.A. (b) 16.324.000 7,96%

Bestinver Gestión S.A., SGIIC 14.064.662 6,86%

Domingos José Vieira de Matos 13.939.432 6,80%

Ana Rebelo Mendonça (c) 13.463.782 6,56%

Pedro Miguel Matos Borges de Oliveira 10.930.000 5,33%

(a) – Consideram-se, igualmente, imputáveis a Paulo Jorge dos Santos Fernandes, 1.400.000 acções da Altri, SGPS, S.A. detidas pela sociedade Caminho Aberto – SGPS, S.A., de que é administrador e accionista dominante. Assim, nos termos legais, consideram-se imputáveis a Paulo Jorge dos Santos Fernandes, um total de 18.040.929 acções, correspondentes a 8,79% do capital e dos direitos de voto da Altri, SGPS, S.A.

(b) – as 16.324.000 acções da Altri, SGPS, S.A. detidas pela sociedade PROMENDO – SGPS, S.A., consideram-se imputáveis a Ana Rebelo Mendonça, sua administradora e accionista, titular de 59,6% do respectivo capital social. (c) – consideram-se, igualmente, imputáveis a Ana Rebelo Mendonça, 16.324.000 acções da Altri, SGPS, S.A. detidas pela sociedade PROMENDO – SGPS, S.A. já referidos em (b). Assim, nos termos legais, consideram-se imputáveis a Ana Rebelo Mendonça, um total de 29.787.782 acções, correspondentes a 14,52% do capital e dos direitos de voto da Altri, SGPS, S.A.

Page 48: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

48

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2012

Superior a 10% dos direitos de voto Nº de acções

detidas % directa de direitos

de voto

Caderno Azul, SGPS, S.A. (a) 28.000.000 13,65%

(a) – As 28.000.000 de acções correspondem ao total das acções da Altri, SGPS, S.A. detidas pela sociedade Caderno Azul – SGPS, S.A., da qual o administrador João Manuel Matos Borges de Oliveira é administrador e accionista

A Altri não foi notificada de quaisquer participações acima de 20% dos direitos de voto. III.3. Identificação de accionistas titulares de direitos especiais e descrição desses direitos. Não existem accionistas titulares de direitos especiais. III.4. Eventuais restrições à transmissibilidade das acções, tais como cláusulas de consentimento para a alienação, ou limitações à titularidade de acções. Não existem restrições à transmissibilidade ou limitações à titularidade das acções. III.5. Acordos parassociais que sejam do conhecimento da sociedade e possam conduzir a restrições em matéria de transmissão de valores mobiliários ou de direitos de voto. Tanto quanto é do conhecimento da Altri não foi celebrado nenhum acordo parassocial relativamente ao exercício de direitos sociais ou à transmissibilidade das acções nem existe, tanto quanto é do seu conhecimento, qualquer acordo que vise assegurar ou frustrar o êxito de ofertas públicas de aquisição. III.6. Regras aplicáveis à alteração dos estatutos da sociedade. Não existem regras estatutárias relativas à alteração dos estatutos, aplicando-se nesta matéria o regime previsto no Código das Sociedades Comerciais. III.7. Mecanismos de controlo previstos num eventual sistema de participação dos trabalhadores no capital na medida em que os direitos de voto não sejam exercidos directamente por estes. Não existe qualquer sistema de participação dos trabalhadores no capital da Sociedade. III.8. Descrição da evolução da cotação das acções do emitente, tendo em conta, designadamente: a) A emissão de acções ou de outros valores mobiliários que dêem direito à subscrição ou aquisição de acções; b) O anúncio de resultados; c) O pagamento de dividendos efectuado por categoria de acções com indicação do valor líquido por acção. A cotação bolsista da Altri encerrou o ano de 2012 nos 1,588 Euros/acção, o que representa uma valorização de 32% face ao final de 2011. A evolução da cotação da Altri ao longo do ano encontra-se ilustrada no seguinte gráfico, onde também se encontram assinalados os principais eventos do ano, como apresentações de resultados:

0,4

0,8

1,2

1,6

2

Jan-12 Fev-12 Mar-12 Abr-12 Mai-12 Jun-12 Jul-12 Ago-12 Set-12 Out-12 Nov-12 Dez-12

Evolução da cotação da Altri

Altri

7-Mar:Divulgaçãoresultados 2011

26-Abr:Anúncio pagamentodividendos

29-Ago:Divulgaçãoresultados 1S12

7-Nov:Divulgaçãoresultados 3T12

9-Mai:Divulgaçãoresultados 1T12

Page 49: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

49

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2012

Durante 2012, as acções da Altri foram transaccionadas a uma cotação máxima de 1,649 Euros por acção e a mínimos de 0,98 Euros por acção. No total, foram transaccionadas 45,4 milhões de acções da Altri em 2012, o que equivale a 22% do capital emitido. O capítulo “Evolução bolsista” do relatório de gestão inclui informação mais detalhada sobre os principais eventos que marcaram a evolução da cotação das acções da Sociedade em 2012. III.9. Descrição da política de distribuição de dividendos adoptada pela sociedade, identificando, designadamente, o valor do dividendo por acção distribuído nos três últimos exercícios. Tendo sido constituída no decurso do exercício de 2005, a Altri não tem ainda um longo historial de distribuição de dividendos perfeitamente definido. No entanto, de acordo com a política definida pelo Conselho de Administração, as propostas de distribuição de dividendos têm por objectivo proporcionar uma adequada remuneração do capital investido aos accionistas sem nunca perder de vista as necessidades de expansão/investimento do Grupo. Foi neste sentido que os dividendos ilíquidos distribuídos nos últimos exercícios tiveram a seguinte evolução:

Ano ao qual se refere o dividendo

Dividendos distribuídos Dividendos por acção (em Euro) (a)

2005 2.564.146 0,050

2006 5.128.292 0,050

2007 5.128.292 0,050

2010 4.102.633 0,020

2011 4.102.633 0,020

(a) – Note-se que, aquando da distribuição dos dividendos do exercício de 2005 o número de acções ascendia a

51.282.918 acções. Em Dezembro de 2006, o número de acções passou para 102.565.836 acções e em Fevereiro de

2011 passou para 205.131.672 acções. III.10. Descrição das principais características dos planos de atribuição de acções e dos planos de atribuição de opções de aquisição de acções adoptados ou vigentes no exercício em causa, designadamente justificação para a adopção do plano, categoria e número de destinatários do plano, condições de atribuição, cláusulas de inalienabilidade de acções, critérios relativos ao preço das acções e o preço de exercício das opções, período durante o qual as opções podem ser exercidas, características das acções a atribuir, existência de incentivos para a aquisição de acções e ou o exercício de opções e competência do órgão de administração para a execução e ou modificação do plano. Indicação: a) Do número de acções necessárias para fazer face ao exercício de opções atribuídas e do número de acções necessárias para fazer face ao exercício de opções exercitáveis, por referência ao princípio e ao fim do ano; b) Do número de opções atribuídas, exercitáveis e extintas durante o ano: c) Da apreciação em assembleia-geral das características dos planos adoptados ou vigentes no exercício em causa. Não existem planos ou sistemas de incentivos relacionados com a atribuição de acções aos membros do Conselho de Administração. III.11. Descrição dos elementos principais dos negócios e operações realizados entre, de um lado, a sociedade e, de outro, os membros dos seus órgãos de administração e fiscalização ou sociedades que se encontrem em relação de domínio ou de grupo, desde que sejam significativos em termos económicos para qualquer das partes envolvidas, excepto no que respeita aos negócios ou operações que, cumulativamente, sejam realizados em condições normais de mercado para operações similares e façam parte da actividade corrente da sociedade.

Page 50: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

50

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2012

Não foram realizados quaisquer negócios ou operações significativos entre a Sociedade e os membros dos seus órgãos sociais (de administração e de fiscalização), titulares de participações qualificadas ou sociedades em relação de domínio ou grupo, excepto os que, fazendo parte da actividade corrente, foram realizados em condições normais de mercado para operações do mesmo género. III.12. Descrição dos elementos fundamentais dos negócios e operações realizados entre a sociedade e titulares de participação qualificada ou entidades que com eles estejam em qualquer relação, nos termos do artigo 20.º do Código dos Valores Mobiliários, fora das condições normais de mercado. Durante o exercício de 2012, não foram realizados quaisquer negócios entre a Sociedade e os membros dos seus órgãos sociais (de administração e de fiscalização), titulares de participações qualificadas ou entidades que com eles estejam em qualquer relação, nos termos do artigo 20º do Código dos Valores Mobiliários, fora das condições normais de mercado. III.13. Descrição dos procedimentos e critérios aplicáveis à intervenção do órgão de fiscalização para efeitos da avaliação prévia dos negócios a realizar entre a sociedade e titulares de participação qualificada ou entidades que com eles estejam em qualquer relação, nos termos do artigo 20.º do Código dos Valores Mobiliários. Durante o exercício de 2012, não foram realizados quaisquer negócios entre a Sociedade e titulares de participações qualificadas ou entidades que com eles estejam qualquer em relação de domínio ou grupo, fora das condições normais de mercado. Actualmente, não estão estabelecidos quaisquer procedimentos ou critérios relativos à definição do nível relevante de significância de negócios entre a Sociedade e titulares de participações qualificadas, ou entidades que com eles estejam qualquer em relação de domínio ou grupo, a partir do qual é exigida a intervenção do órgão de fiscalização. No entanto, as transacções com administradores da Altri ou com sociedades que estejam em relação de grupo ou domínio com aquela em que o interveniente é administrador, independentemente do montante, estão sujeitas à autorização prévia do Conselho de Administração com parecer favorável do órgão de fiscalização, nos termos do artigo 397º do Código das Sociedades Comerciais. III.14. Descrição dos elementos estatísticos (número, valor médio e valor máximo) relativos aos negócios sujeitos à intervenção prévia do órgão de fiscalização. Durante o exercício de 2012, não foram realizados quaisquer negócios entre a Sociedade e titulares de participações qualificadas ou entidades que com eles estejam qualquer em relação de domínio ou grupo, fora das condições normais de mercado. III.15. Indicação da disponibilização, no sítio da Internet da sociedade, dos relatórios anuais sobre a actividade desenvolvida pelo conselho geral e de supervisão, pela comissão para as matérias financeiras, pela comissão de auditoria e pelo conselho fiscal, incluindo indicação de eventuais constrangimentos deparados, em conjunto com os documentos de prestação de contas. Os relatórios anuais sobre a actividade desenvolvida pelo Conselho Fiscal são objecto de divulgação no website da Sociedade, em conjunto com os documentos de prestação de contas. III.16. Referência à existência de um Gabinete de Apoio ao Investidor ou a outro serviço similar, com alusão a: a) Funções do Gabinete; b) Tipo de informação disponibilizada pelo Gabinete; c) Vias de acesso ao Gabinete; d) Sítio da sociedade na Internet; e) Identificação do representante para as relações com o mercado. A Sociedade tem constituído um Gabinete de Apoio ao Investidor, sendo as funções de representante para as relações com o mercado desempenhadas por Alfredo Luís Portocarrero Pinto Teixeira e as funções de investor relations desempenhadas por Ricardo Mendes Ferreira.

Page 51: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

51

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2012

Os contactos com vista à obtenção de informações por parte de investidores poderão ser efectuados pelas seguintes vias: Rua do General Norton de Matos, 68 – r/c 4050-424 Porto Tel: + 351 22 834 65 02 Fax: + 351 22 834 65 03 Email: [email protected] Sempre que necessário, o representante das relações com o mercado assegura a prestação de toda a informação relevante no tocante a acontecimentos marcantes, factos enquadráveis como factos relevantes, divulgação trimestral de resultados e resposta a eventuais pedidos de esclarecimento por parte dos investidores ou público em geral sobre informação financeira de carácter público. Através da sua página oficial na Internet (www.altri.pt), a Altri disponibiliza informação financeira relativamente à sua actividade individual e consolidada, bem como das suas empresas participadas. Este website é igualmente utilizado pela empresa para divulgação de comunicados efectuados à imprensa com indicação sobre quaisquer factos relevantes para a vida societária. Nesta página encontram-se igualmente disponíveis os documentos de prestação de contas do Grupo para os últimos exercícios. A generalidade da informação é disponibilizada no website da Sociedade em português e inglês. No relacionamento institucional com as entidades reguladoras dos mercados, a Altri incentiva e privilegia sempre que possível o correio electrónico para prestar e receber informações. III.17. Indicação do montante da remuneração anual paga ao auditor e a outras pessoas singulares ou colectivas pertencentes à mesma rede suportada pela sociedade e ou por pessoas colectivas em relação de domínio ou de grupo e, bem assim, discriminação da percentagem respeitante aos seguintes serviços: a) Serviços de revisão legal de contas; b) Outros serviços de garantia de fiabilidade; c) Serviços de consultoria fiscal; d) Outros serviços que não de revisão legal de contas. Se o auditor prestar algum dos serviços descritos nas alíneas c) e d), deve ser feita uma descrição dos meios de salvaguarda da independência do auditor. Para efeitos desta informação, o conceito de rede é o decorrente da Recomendação da Comissão Europeia n.º C (2002) 1873, de 16 de Maio. As remunerações pagas aos auditores do Grupo Altri e a outras pessoas singulares ou colectivas pertencentes à mesma rede, pelas empresas em relação de domínio ou de grupo, relativas ao exercício de 2012, ascenderam a 501.933 Euros e repartem-se como segue:

Os honorários relativos a outros serviços referiram-se em 2012 a serviços relacionados com a validação de candidaturas a apoios e subsídios governamentais. Os outros serviços e os serviços de garantia de fiabilidade são prestados por técnicos diferentes dos que estão envolvidos no processo de auditoria, pelo que se considera que a independência do auditor é assegurada. O Conselho Fiscal analisou e aprovou o âmbito dos referidos serviços tendo concluído que os mesmos não punham em causa a independência do Auditor Externo. Neste aspecto particular, a contratação da Deloitte mostrou-se como a mais adequada, à luz da sua sólida experiência e capacidade técnica no campo da fiscalidade e dos incentivos

Montante %Serviços de auditoria e revisão legal de contas 280.925 56%Outros serviços de garantia de fiabilidade 102.891 20%Serviços de consultoria - 0%Outros serviços 118.117 24%

501.933

Page 52: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

52

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2012

fiscais. Acresce que, frequentemente, a actuação da Deloitte nestas matérias foi articulada com técnicos e especialistas independentes daquela consultora ou de qualquer outra entidade da sua rede, nomeadamente, consultores. Em 2012, os honorários facturados pela Deloitte ao Grupo Altri representaram menos de 1% do total da facturação anual da Deloitte em Portugal. O sistema de qualidade do Auditor Externo controla e monitoriza os riscos potenciais de perda de independência ou de eventuais conflitos de interesses existentes com a Altri. O Conselho Fiscal, no exercício das suas funções, efectua anualmente uma avaliação global do desempenho do Auditor Externo e, bem assim, da sua independência. Adicionalmente, o Conselho Fiscal recebe anualmente a declaração de independência do auditor na qual são descritos os serviços prestados por este e por outras entidades da mesma rede, respectivos honorários pagos, eventuais ameaças à sua independência e as medidas de salvaguarda para fazer face às mesmas. Todas as ameaças à independência do Auditor são avaliadas e discutidas com este assim como as respectivas medidas de salvaguarda. O Conselho de Administração, na solicitação dos projectos atribuídos aos auditores das empresas do grupo, assegura, antes da sua adjudicação, que a estes e à sua rede não são contratados serviços que, nos termos da Recomendação da Comissão Europeia n.º C (2002) 1873, de 16 de Maio, possam pôr em causa a sua independência. O acompanhamento da actividade do Auditor Externo é assegurado pelo Conselho Fiscal competindo-lhe igualmente propor à Assembleia Geral a eleição daquele órgão. Adicionalmente, compete ao Conselho Fiscal fiscalizar a independência do Auditor Externo, designadamente, no tocante à prestação de serviços adicionais. O Conselho Fiscal aprova os serviços a prestar pelo Auditor Externo bem como a respectiva remuneração. III.18.Referência ao período de rotatividade do auditor externo

No que se refere ao período de rotatividade do Auditor Externo a Altri não tem definida uma política fixa de rotação do Auditor Externo. A Sociedade adoptou em 2007 o actual modelo de governo de sociedades em que o Revisor Oficial de Contas não integra o Conselho Fiscal. De acordo com este modelo, a eleição para cada mandato de Revisor Oficial de Contas / Auditor Externo é efectuada em Assembleia Geral mediante proposta do órgão de fiscalização. Adicionalmente, o Conselho Fiscal procede anualmente a uma avaliação do trabalho do Auditor Externo, vigiando ainda que o disposto no artigo 54º do Decreto-Lei nº 487/99, de 16 de Novembro (alterado pelo Decreto-Lei nº 224/2008, de 20 de Novembro), relativamente à rotação do sócio responsável pela execução do trabalho, é cumprido. As funções de Auditor Externo e Revisor Oficial de Contas da Altri são actualmente desempenhadas pela Deloitte & Associados, SROC, S.A. que está actualmente no seu terceiro mandato (triénio 2011/2013) e é representada por António Manuel Martins Amaral desde 2007. O Conselho Fiscal, no exercício das suas funções, efectua anualmente uma avaliação da independência do Auditor Externo. Adicionalmente, o Conselho Fiscal promove, sempre que necessário ou adequado em função dos desenvolvimentos da actividade da Empresa ou da configuração do mercado em geral, uma reflexão sobre a adequação do Auditor Externo ao exercício das suas funções.

Page 53: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

53

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2012

DISPOSIÇÕES LEGAIS

Acções próprias Nos termos e para os efeitos do disposto no art. º 66 do Código das Sociedades Comerciais, informa-se que em 31 de Dezembro de 2012 a Altri não detinha acções próprias, não tendo adquirido ou alienado acções próprias durante o ano. Acções detidas pelos órgãos sociais da Altri Nos termos e para os efeitos do disposto no art.º 447º do Código das Sociedades Comerciais informa-se que em 31 de Dezembro de 2012, os administradores da Altri detinham as seguintes acções:

Paulo Jorge dos Santos Fernandes (a) 18.040.929 Pedro Macedo Pinto de Mendonça 1.705.000 Domingos José Vieira de Matos 13.939.432 João Manuel Matos Borges de Oliveira (b) 28.000.000 Laurentina da Silva Martins 0

(a) – Consideram-se imputáveis a Paulo Jorge dos Santos Fernandes, para além de 16.640.929 acções da Altri, SGPS, S.A. detidas a título

pessoal, 1.400.000 acções da Altri, SGPS, S.A. detidas pela sociedade Caminho Aberto – SGPS, S.A., de que é administrador e accionista

dominante. Assim, nos termos legais, consideram-se imputáveis a Paulo Jorge dos Santos Fernandes, um total de 18.040.929 acções,

correspondentes a 8,79% do capital e dos direitos de voto da Altri, SGPS, S.A. (b) – as 28.000.000 acções correspondem ao total das acções da Altri, S.G.P.S., S.A. detidas pela sociedade Caderno Azul – S.G.P.S., S.A., da

qual o administrador João Manuel Matos Borges de Oliveira é administrador e accionista.

Em 31 de Dezembro de 2012, o Revisor Oficial de Contas, os membros do Conselho Fiscal e da Mesa da Assembleia Geral não possuíam acções representativas do capital social da Altri. Participação no Capital da Sociedade Nos termos e para os efeitos do disposto nos Artigos 16º e 20º do Código de Valores Mobiliários e no Artigo 448º do Código das Sociedades Comerciais, informa-se que as sociedades e/ou pessoas singulares que têm uma participação social qualificada que ultrapasse os 2%, 5%, 10%, 20%, 33% e 50% dos direitos de voto, e de acordo com as notificações recebidas na sede da Altri até à data, são como segue:

Superior a 2% dos direitos de voto Nº de acções

detidas % directa de direitos

de voto Credit Suisse AG 10.190.874 4,97%

Norges Bank 4.149.572 2,02%

Maria João Fernandes Vieira de Matos 4.107.000 2,00%

Page 54: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

54

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2012

Superior a 5% dos direitos de voto Nº de acções

detidas % directa de direitos de

voto

Paulo Jorge dos Santos Fernandes (a) 16.640.929 8,11%

PROMENDO – SGPS, S.A. (b) 16.324.000 7,96%

Bestinver Gestión S.A., SGIIC 14.064.662 6,86%

Domingos José Vieira de Matos 13.939.432 6,80%

Ana Rebelo Mendonça (c) 13.463.782 6,56%

Pedro Miguel Matos Borges de Oliveira 10.930.000 5,33%

(a) – Consideram-se, igualmente, imputáveis a Paulo Jorge dos Santos Fernandes, 1.400.000 acções da Altri, SGPS, S.A. detidas pela sociedade Caminho Aberto – SGPS, S.A., de que é administrador e accionista dominante. Assim, nos termos legais, consideram-se imputáveis a Paulo Jorge dos Santos Fernandes, um total de 18.040.929 acções, correspondentes a 8,79% do capital e dos direitos de voto da Altri, SGPS, S.A. (b) – as 16.324.000 acções da Altri, SGPS, S.A. detidas pela sociedade PROMENDO – SGPS, S.A., consideram-se imputáveis a Ana Rebelo Mendonça, sua administradora e accionista, titular de 59,6% do respectivo capital social. (c) – consideram-se, igualmente, imputáveis a Ana Rebelo Mendonça, 16.324.000 acções da Altri, SGPS, S.A. detidas pela sociedade PROMENDO – SGPS, S.A. já referidos em (b). Assim, nos termos legais, consideram-se imputáveis a Ana Rebelo Mendonça, um total de 29.787.782 acções, correspondentes a 14,52% do capital e dos direitos de voto da Altri, SGPS, S.A.

Superior a 10% dos direitos de voto Nº de acções

detidas % directa de direitos

de voto

Caderno Azul, SGPS, S.A. (a) 28.000.000 13,65%

(a) – As 28.000.000 de acções correspondem ao total das acções da Altri, SGPS, S.A. detidas pela sociedade Caderno Azul – SGPS, S.A., da qual o administrador João Manuel Matos Borges de Oliveira é administrador e accionista

Page 55: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

55

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2012

DECLARAÇÃO DE RESPONSABILIDADE Os membros do Conselho de Administração da Altri, S.G.P.S., S.A. declaram assumir a responsabilidade pela presente informação e asseguram que os elementos nela inscritos são verídicos e que não existem omissões que sejam do seu conhecimento. Nos termos do art. 21º do Decreto-Lei 411/91, de 17 de Outubro informamos que não existem dívidas em mora perante o Estado, nomeadamente perante a Segurança Social. CONSIDERAÇÕES FINAIS Não queremos concluir sem agradecer aos nossos fornecedores, instituições financeiras e outros parceiros do grupo, pela confiança demonstrada na nossa organização. Gostaríamos ainda de agradecer ao Auditor Externo pela colaboração prestada no ano de 2012 e ao Conselho Fiscal pelo acompanhamento continuado das nossas operações. Por fim, gostaríamos de expressar o nosso reconhecimento a todos os nossos colaboradores pela dedicação e empenho. Porto, 21 de Março de 2013 O Conselho de Administração ____________________________________________ Paulo Jorge dos Santos Fernandes Presidente do Conselho de Administração ____________________________________________ João Manuel Matos Borges de Oliveira Vogal do Conselho de Administração ____________________________________________ Domingos José Vieira de Matos Vogal do Conselho de Administração ____________________________________________ Laurentina da Silva Martins Vogal do Conselho de Administração ____________________________________________ Pedro Macedo Pinto de Mendonça Vogal do Conselho de Administração

Page 56: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

56

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2012

ANEXO I 1. Conselho de Administração Qualificações, experiência e cargos exercidos noutras sociedades pelos membros do Conselho de Administração: Paulo Jorge dos Santos Fernandes Foi um dos fundadores da Cofina (Sociedade que deu origem à Altri, por cisão), tendo estado directamente envolvido na gestão do Grupo desde a sua criação. É licenciado em Engenharia Electrónica pela Universidade do Porto, tendo posteriormente concluído um MBA na Universidade Nova de Lisboa. É accionista da Sociedade desde 2005 tendo igualmente sido nomeado administrador desde a mesma data. Para além das Empresas onde exerce actualmente funções de administração, a sua experiência profissional inclui: 1982/1984 Adjunto do Director de Produção da CORTAL 1986/1989 Director Geral da CORTAL 1989/1994 Presidente do Conselho de Administração da CORTAL 1995 Administrador da CRISAL - CRISTAIS DE ALCOBAÇA, S.A. 1997 Administrador do Grupo Vista Alegre, S.A. 1997 Presidente do Conselho de Administração da ATLANTIS - Cristais de Alcobaça, S.A. 2000/2001 Administrador da SIC 2001 Administrador da V.A.A. Ao longo da sua carreira, desempenhou ainda funções em diversas associações: 1989/1994 Presidente da FEMB (Fédération Européene de Mobilier de Bureau) para Portugal 1989/1990 Presidente da Assembleia Geral Assoc. Industr. Águeda 1991/1993 Membro do Conselho Consultivo Assoc. Ind. Portuense Em 31 de Dezembro de 2012, as outras empresas onde desempenha funções de administração são: - Alteria, S.G.P.S., S.A. (a) - Altri – Energias Renováveis, SGPS, S.A. - Altri Participaciones Y Trading, S.L. - Caima – Indústria de Celulose, S.A. - Caminho Aberto S.G.P.S, S.A. (a) - Celbi – Celulose da Beira Industrial, S.A. - Celtejo – Empresa de Celulose do Tejo, S.A. - Celulose do Caima, S.G.P.S., S.A. - Cofina, S.G.P.S, S.A. (a) - Cofina Media, S.G.P.S., S.A. (a) - Edirevistas – Sociedade Editorial, S.A. (a) - Edisport – Soc. de Publicações, S.A. (a) - Efe Erre Participações, S.G.P.S., S.A. (a) - Elege Valor, S.G.P.S., S.A. (a) - F. Ramada Investimentos, S.G.P.S., S.A. (a) - F. Ramada – Produção e Comercialização de Estruturas Metálicas de Armazenagem, S.A. (a) - F. Ramada II Imobiliária, S.A. (a) - F. Ramada, Aços e Indústrias, S.A. (a) - Invescaima, S.G.P.S., S.A. - Malva – Gestão Imobiliária, S.A. (a) - Mediafin – S.G.P.S., S.A. (a) - Presselivre – Imprensa Livre, S.A. (a)

Page 57: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

57

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2012

- Prestimo – Prestígio Imobiliário, S.A. (a) - Sociedade Imobiliária Porto Seguro – Investimentos Imobiliários, S.A. (a) - Torres da Luz – Investimentos imobiliários, S.A. (a) (a) – sociedades que, em 31 de Dezembro de 2012, não podem ser consideradas como fazendo parte do grupo Altri, S.G.P.S., S.A. João Manuel Matos Borges de Oliveira Sendo igualmente um dos fundadores da Cofina, desempenha funções de administração da Empresa desde a sua constituição. É licenciado em Engenharia Química pela Universidade do Porto, tendo concluído o MBA do INSEAD. Desempenha funções nas áreas de media e indústria, bem como na definição estratégica do Grupo. É accionista da Sociedade desde 2005 tendo igualmente sido nomeado administrador desde a mesma data. Para além das Empresas onde exerce actualmente funções de administração, a sua experiência profissional inclui: 1982/1983 Adjunto do Director de Produção da Cortal 1984/1985 Director de Produção da Cortal 1987/1989 Director de Marketing da Cortal 1989/1994 Director Geral da Cortal 1989/1995 Vice-presidente do Conselho de Administração da Cortal 1989/1994 Administrador da Seldex 1996/2000 Administrador não executivo da Atlantis, S.A. 1997/2000 Administrador não executivo da Vista Alegre, S.A. 1998/1999 Administrador da Efacec Capital, SGPS, S.A. Em 31 de Dezembro de 2012, as outras empresas onde desempenha funções de administração são: - Alteria, S.G.P.S., S.A. (a) - Altri – Energias Renováveis, SGPS, S.A. - Altri Participaciones Y Trading, S.L. - Base Holding, SGPS, S.A. (a) - Caderno Azul, S.G.P.S., S.A. (a) - Caima – Indústria de Celulose, S.A. - Celbi – Celulose da Beira Industrial, S.A. - Celtejo – Empresa de Celulose do Tejo, S.A. - Celulose do Caima, S.G.P.S., S.A. - Cofina, SGPS, S.A. (a) - Cofina Media, S.G.P.S., S.A. (a) - Edirevistas – Sociedade Editorial, S.A. (a) - Edisport – Soc. de Publicações, S.A. (a) - Efe Erre Participações, S.G.P.S., S.A. (a) - Elege Valor, S.G.P.S., S.A. (a) - F. Ramada Investimentos, S.G.P.S., S.A. (a) - F. Ramada – Produção e Comercialização de Estruturas Metálicas de Armazenagem, S.A. (a) - F. Ramada II Imobiliária, S.A. (a) - F. Ramada Serviços de Gestão, Lda. (a) - F. Ramada, Aços e Indústrias, S.A. (a) - Grafedisport – Impressão e Artes Gráficas, S.A. (a) - Invescaima, S.G.P.S., S.A. - Jardins de França – Empreendimentos Imobiliários, S.A. (a) - Malva – Gestão Imobiliária, S.A. (a) - Mediafin, SGPS, S.A. (a) - Presselivre – Imprensa Livre, S.A. (a) - Prestimo – Prestígio Imobiliário, S.A. (a) - Storax Racking Systems, Ltd. (a)

Page 58: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

58

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2012

- Sociedade Imobiliária Porto Seguro – Investimentos Imobiliários, S.A. (a) - Torres da Luz – Investimentos imobiliários, S.A. (a) - Universal Afir – Aços Especiais e Ferramentas, S.A. (a) a) – sociedades que, em 31 de Dezembro de 2012, não podem ser consideradas como fazendo parte do grupo Altri, S.G.P.S., S.A.

Pedro Macedo Pinto de Mendonça

Foi um dos fundadores da Cofina (Sociedade que deu origem à Altri, por cisão), tendo estado directamente envolvido na gestão do Grupo desde a sua criação. Frequentou a Faculdade de Medicina do Porto durante dois anos, detendo a licenciatura em Mecânica pela École Superiore de L’Etat em Bruxelas. É accionista da Sociedade desde 2005 tendo igualmente sido nomeado administrador desde a mesma data. Para além das Empresas onde exerce actualmente funções de administração, a sua experiência profissional inclui: 1959 Director de Abastecimento da Empresa de Metalurgia Artística Lisboa 1965 Director de Produção da Empresa de Metalurgia Artística 1970 Administrador da Seldex e responsável pelo Departamento Comercial 1986 Sócio Fundador da Euroseel 1986/1990 Administrador da Euroseel 1986 Presidente do Conselho de Administração da Seldex 1989 Administrador da Cortal Em 31 de Dezembro de 2012, as outras empresas onde desempenha funções de administração são: - Alteria, S.G.P.S., S.A. (a) - Altri – Energias Renováveis, SGPS, S.A. - Altri Participaciones Y Trading, S.L. - Caima – Indústria de Celulose, S.A. - Celbi – Celulose da Beira Industrial, S.A. - Celtejo – Empresa de Celulose do Tejo, S.A. - Celulose do Caima, S.G.P.S., S.A. - Cofina, SGPS, S.A. (a) - Cofina Media, S.G.P.S., S.A. (a) - Cofihold, S.G.P.S., S.A. (a) - Efe Erre Participações, S.G.P.S., S.A. (a) - Elege Valor, S.G.P.S., S.A. (a) - F. Ramada Investimentos, S.G.P.S., S.A. (a) - F. Ramada – Produção e Comercialização de Estruturas Metálicas de Armazenagem, S.A. (a) - F. Ramada II Imobiliária, S.A. (a) - F. Ramada, Aços e Indústrias, S.A. (a) - Invescaima, S.G.P.S., S.A. - Malva – Gestão Imobiliária, S.A. (a) - Prestimo – Prestígio Imobiliário, S.A. (a) - Sociedade Imobiliária Porto Seguro – Investimentos Imobiliários, S.A. (a) - Torres da Luz – Investimentos imobiliários, S.A. (a) - Universal Afir – Aços, Máquinas e Ferramentas, S.A. (a) a) – sociedades que, em 31 de Dezembro de 2012, não podem ser consideradas como fazendo parte do grupo Altri, S.G.P.S., S.A.

Page 59: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

59

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2012

Domingos José Vieira de Matos

Foi um dos fundadores da Cofina (Sociedade que deu origem à Altri, por cisão), tendo estado directamente envolvido na gestão do Grupo desde a sua criação. É licenciado em Economia pela Faculdade de Economia da Universidade do Porto, tendo iniciado actividades de gestão em 1978. É accionista da Sociedade desde 2005 tendo igualmente sido nomeado administrador desde a mesma data. Para além das Empresas onde exerce actualmente funções de administração, a sua experiência profissional inclui: 1978/1994 Administrador da Cortal, SA 1983 Sócio-Fundador da Promede – Produtos Médicos, S.A. 1998/2000 Administrador da Electro Cerâmica, S.A. Em 31 de Dezembro de 2012, as outras empresas onde desempenha funções de administração são: - Alteria, S.G.P.S., S.A. (a) - Altri Participaciones Y Trading, S.L. - Altri Florestal, S.A. - Base Holding, SGPS, S.A. (a) - Caima – Indústria de Celulose, S.A. - Celbi – Celulose da Beira Industrial, S.A. - Celulose do Caima, S.G.P.S., S.A. - Cofina, SGPS, S.A. (a) - Efe Erre Participações, S.G.P.S., S.A. (a) - Elege Valor, S.G.P.S., S.A. (a) - F. Ramada Investimentos, S.G.P.S., S.A. (a) - F. Ramada – Produção e Comercialização de Estruturas Metálicas de Armazenagem, S.A. (a) - F. Ramada II Imobiliária, S.A. (a) - F. Ramada Serviços de Gestão, Lda. (a) - F. Ramada, Aços e Indústrias, S.A. (a) - Jardins de França – Empreendimentos Imobiliários, S.A. (a) - Livre Fluxo, S.G.P.S., S.A. (a) - Malva – Gestão Imobiliária, S.A. (a) - Prestimo – Prestígio Imobiliário, S.A. (a) - Sociedade Imobiliária Porto Seguro – Investimentos Imobiliários, S.A. (a) - Torres da Luz – Investimentos imobiliários, S.A. (a) - Universal Afir – Aços, Máquinas e Ferramentas, S.A. (a) (a) – sociedades que, em 31 de Dezembro de 2012, não podem ser consideradas como fazendo parte do grupo Altri, S.G.P.S., S.A. Laurentina da Silva Martins Com formação em Finanças e Administração no Instituto Superior do Porto está ligada ao grupo Altri desde a sua constituição. Foi nomeada administradora da Sociedade em Maio de 2009. A sua experiência profissional inclui:

1965 Adjunta da Direcção Financeira da Companhia de Celulose do Caima, S.A. 1990 Directora Financeira da Companhia de Celulose do Caima, S.A. 2001 Administradora da Cofina Media, SGPS, S.A. 2001 Administradora da Caima Energia – Empresa de Gestão e Exploração de Energia, S.A. 2004 Administradora da Grafedisport – Impressão e Artes Gráficas, S.A. 2005 Administradora da Silvicaima – Sociedade Silvícola do Caima, S.A. (actual Altri Florestal, S.A.) 2006 Administradora da EDP – Produção Bioeléctrica, S.A.

Page 60: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

60

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2012

Em 31 de Dezembro de 2012, as outras empresas onde desempenha funções de administração são: - Altri Participaciones Y Trading, S.L. - EDP – Produção Bioeléctrica, S.A.

Page 61: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

61

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2012

2. Conselho Fiscal Qualificações, experiência e cargos exercidos noutras sociedades pelos membros do Conselho Fiscal: João da Silva Natária Curriculum académico: Licenciatura em Direito pela Universidade de Lisboa Experiência profissional: 1979 Director-Geral da Filial de Luanda/Viana da F. Ramada, por nomeação conjunta da Administração e do Ministério da Indústria de Angola 1983 Director do Departamento de Poliéster e Botões da F. Ramada, Aços e Indústrias, S.A. 1984/2000 Director de Recursos Humanos da F. Ramada, Aços e Indústrias, S.A. 1993/1995 Administrador da Universal – Aços, Máquinas e Ferramentas, S.A. Desde 2000 Advogado em nome individual especializado em Direito do Trabalho e Direito da Família Outros cargos em exercício: Presidente do Conselho Fiscal da Cofina, SGPS, S.A. (a) Presidente do Conselho Fiscal da F. Ramada Investimentos, SGPS, S.A. (a) Presidente do Conselho Fiscal da Celulose do Caima, SGPS, S.A. Vogal da Comissão de Remunerações da Cofina, SGPS, S.A. (a) Vogal da Comissão de Remunerações da F. Ramada Investimentos, SGPS, S.A. (a) (a) – sociedades que, em 31 de Dezembro de 2012, não podem ser consideradas como fazendo parte do grupo Altri, S.G.P.S., S.A. Cristina Isabel Linhares Fernandes Curriculum académico: 1996 Licenciatura em Economia – Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra 2000 Pós-graduação em Fiscalidade – Instituto Superior de Administração e Gestão do Porto 2006 Revisora Oficial de Contas nº 1262 2007 MBA executivo – EGP - Escola de Gestão do Porto Experiência profissional: 1996/1998 Assistente na divisão de auditoria da Arthur Andersen no Porto 1999/2001 Senior da divisão de auditoria da Arthur Andersen no Porto 2002/2005 Manager da divisão de auditoria da Deloitte no escritório do Porto 2006 Senior Manager da divisão de auditoria da Deloitte em Luanda Desde 2007 Revisora Oficial de Contas e consultora em nome individual

Page 62: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

62

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2012

Outros cargos em exercício: Vogal do Conselho Fiscal da Cofina, SGPS, S.A. (a) Vogal do Conselho Fiscal da F. Ramada Investimentos, SGPS, S.A. (a) Vogal do Conselho Fiscal da Celulose do Caima, SGPS, S.A. Revisora Oficial de Contas da Sociedade Comercial de Plásticos Chemieuro Unipessoal Lda. (a) Revisora Oficial de Contas da Stemmatters – Biotecnologia e Medicina Regenerativa, S.A. (a) Revisora Oficial de Contas da IM3DICAL, S.A. (a) Revisora Oficial de Contas da Tecvinhais SGPS, S.A. (a) Revisora Oficial de Contas da Teclignium, S.A. (a) (a) – sociedades que, em 31 de Dezembro de 2012, não podem ser consideradas como fazendo parte do grupo Altri, S.G.P.S., S.A. Outros cargos exercidos: Vogal do Conselho Fiscal da Tertir – Terminais de Portugal, S.A. Manuel Tiago Alves Baldaque de Marinho Fernandes Curriculum académico: 1992 Licenciatura em Administração e Gestão de Empresas ministrado pela Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais do Centro Regional do Porto da Universidade Católica Portuguesa 2000 Pós-graduação em Gestão de Recursos Humanos, ministrado pela Universidade Católica Portuguesa 2002 Pós-graduação em Finanças, ministrado pela Universidade Católica Portuguesa 2007 MBA Internacional ministrado pela Escola de Gestão Empresarial / ESADE 2010 Pós-graduação em Gestão de Serviços, ministrado pela Universidade Católica Portuguesa Experiência profissional: 1992 Auditor da Arthur Andersen, S.A. 1995 Controller de Gestão do Grupo SIPMA, SA (Saludães, S.A.; Lorisa, S.A. e

SOTPA, S.A.) Desde 1998 Director Financeiro e de Pessoas do Centro Regional do Porto da Universidade Católica Portuguesa Outros cargos em exercício: Vogal do Conselho Fiscal da Cofina, SGPS, S.A. (a) Vogal do Conselho Fiscal da F. Ramada Investimentos, SGPS, S.A. (a) Vogal do Conselho Fiscal da Celulose do Caima, SGPS, S.A. (a) – sociedades que, em 31 de Dezembro de 2012, não podem ser consideradas como fazendo parte do grupo Altri, S.G.P.S., S.A. Outros cargos exercidos: Membro do Conselho de Gestão Financeira da Universidade Católica Portuguesa Presidente do Conselho Fiscal da Tertir – Terminais de Portugal, S.A. Administrador não executivo da Investvar Comercial, SGPS, S.A.

Page 63: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

 

 

ANEXO 2012

Artigo 447º do Código das Sociedades Comerciais e Artigo 14.º n.º 7 do Regulamento da CMVM n.º 05/2008

Divulgação de acções e outros título detidos por membros do Conselho de Administração e por Dirigentes, bem como por pessoas com estes estreitamente relacionadas, nos termos do Artigo 248.º B do Código dos Valores Mobiliários, e de transacções sobre os mesmos efectuados no decurso do exercício

Membro do Conselho de Administração

Nº acções detidas

em 31-Dez-2011 Aquisições Alienações

Nº acções detidas

em 31-Dez-2012

Paulo Jorge dos Santos Fernandes 14.001.492 4.039.437 (1.400.000) 16.640.929

Paulo Jorge dos Santos Fernandes(imputação via CAMINHO ABERTO - SGPS, S.A.) - 1.400.000 - 1.400.000

João Manuel Matos Borges de Oliveira - 1.000.000 (1.000.000) -

João Manuel Matos Borges de Oliveira (imputação via CADERNO AZUL - SGPS, S.A.) 18.693.320 9.306.680 - 28.000.000

Domingos José Vieira de Matos 13.939.432 - - 13.939.432

Pedro Macedo Pinto de Mendonça 1.705.000 - - 1.705.000

Paulo Jorge dos Santos Fernandes

Data Natureza Volume Preço (€) Local N.º acções

31-Dez-2011 - - - - 14.001.492

17-Jul-2012 Compra 71.264 1,136839 NYSE Euronext Lisbon 14.072.756

18-Jul-2012 Compra 41.525 1,128074 NYSE Euronext Lisbon 14.114.281

19-Jul-2012 Compra 51.459 1,134213 NYSE Euronext Lisbon 14.165.740

20-Jul-2012 Compra 39.869 1,126918 NYSE Euronext Lisbon 14.205.609

23-Jul-2012 Compra 30.000 1,110855 NYSE Euronext Lisbon 14.235.609

31-Ago-2012 Compra 55.000 1,185127 NYSE Euronext Lisbon 14.290.609

3-Set-2012 Compra 55.000 1,225116 NYSE Euronext Lisbon 14.345.609

4-Set-2012 Compra 65.000 1,228249 NYSE Euronext Lisbon 14.410.609

5-Set-2012 Compra 62.500 1,243996 NYSE Euronext Lisbon 14.473.109

6-Set-2012 Compra 162.500 1,281390 NYSE Euronext Lisbon 14.635.609

7-Set-2012 Compra 190.000 1,362687 NYSE Euronext Lisbon 14.825.609

18-Set-2012 Compra 35.000 1,359440 NYSE Euronext Lisbon 14.860.609

19-Set-2012 Compra 75.000 1,348935 NYSE Euronext Lisbon 14.935.609

20-Set-2012 Compra 30.000 1,349184 NYSE Euronext Lisbon 14.965.609

21-Set-2012 Compra 40.000 1,353358 NYSE Euronext Lisbon 15.005.609

24-Set-2012 Compra 12.031 1,336000 NYSE Euronext Lisbon 15.017.640

25-Set-2012 Compra 37.198 1,337401 NYSE Euronext Lisbon 15.054.838

26-Set-2012 Compra 55.000 1,275210 NYSE Euronext Lisbon 15.109.838

27-Set-2012 Compra 60.000 1,315133 NYSE Euronext Lisbon 15.169.838

28-Set-2012 Compra 75.771 1,349692 NYSE Euronext Lisbon 15.245.609

22-Nov-2012 Compra 2.795.320 1,390000 NYSE Euronext Lisbon 18.040.929

19-Dez-2012 Venda (1.400.000) 1,607000 NYSE Euronext Lisbon 16.640.929

31-Dez-2012 - - - - 16.640.929

Paulo Jorge dos Santos Fernandes (imputação via CAMINHO ABERTO - SGPS, S.A.)

Data Natureza Volume Preço (€) Local N.º acções

31-Dez-2011 - - - - -

19-Dez-2012 Compra 1.400.000 1,607000 NYSE Euronext Lisbon 1.400.000

31-Dez-2012 - - - - 1.400.000

Pedro Macedo Pinto de Mendonça

Data Natureza Volume Preço (€) Local N.º acções

31-Dez-2011 - - - - 1.705.000

31-Dez-2012 - - - - 1.705.000

Page 64: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

ANEXO 2012

Domingos José Vieira de Matos

Data Natureza Volume Preço (€) Local N.º acções

31-Dez-2011 - - - - 13.939.432

31-Dez-2012 - - - - 13.939.432

João Manuel Matos Borges de Oliveira

Data Natureza Volume Preço (€) Local N.º acções

31-Dez-2011 - - - - -

27-Jul-2012 Doação 1.000.000 1,135000 - 1.000.000

28-Nov-2012 Venda (1.000.000) 1,495000 NYSE Euronext Lisbon -

31-Dez-2012 - - - - -

João Manuel Matos Borges de Oliveira (imputação via CADERNO AZUL - SGPS, S.A.)

Data Natureza Volume Preço (€) Local N.º acções

31-Dez-2011 - - - - 18.693.320

9-Mar-2012 Compra 91.328 1,124132 NYSE Euronext Lisbon 18.784.648

12-Mar-2012 Compra 100.000 1,109161 NYSE Euronext Lisbon 18.884.648

13-Mar-2012 Compra 76.800 1,103636 NYSE Euronext Lisbon 18.961.448

14-Mar-2012 Compra 73.446 1,105683 NYSE Euronext Lisbon 19.034.894

15-Mar-2012 Compra 20.000 1,108810 NYSE Euronext Lisbon 19.054.894

16-Mar-2012 Compra 80.000 1,114259 NYSE Euronext Lisbon 19.134.894

19-Mar-2012 Compra 61.202 1,107225 NYSE Euronext Lisbon 19.196.096

20-Mar-2012 Compra 42.877 1,117968 NYSE Euronext Lisbon 19.238.973

21-Mar-2012 Compra 26.650 1,134876 NYSE Euronext Lisbon 19.265.623

22-Mar-2012 Compra 30.212 1,151792 NYSE Euronext Lisbon 19.295.835

23-Mar-2012 Compra 104.768 1,145910 NYSE Euronext Lisbon 19.400.603

27-Mar-2012 Compra 147.410 1,163798 NYSE Euronext Lisbon 19.548.013

28-Mar-2012 Compra 200.000 1,161259 NYSE Euronext Lisbon 19.748.013

29-Mar-2012 Compra 252.968 1,161726 NYSE Euronext Lisbon 20.000.981

30-Mar-2012 Compra 520.000 1,158452 NYSE Euronext Lisbon 20.520.981

27-Jun-2012 Compra 16.250 1,018538 NYSE Euronext Lisbon 20.537.231

28-Jun-2012 Compra 9.284 1,023616 NYSE Euronext Lisbon 20.546.515

29-Jun-2012 Compra 23.576 1,032419 NYSE Euronext Lisbon 20.570.091

2-Jul-2012 Compra 25.000 1,045857 NYSE Euronext Lisbon 20.595.091

3-Jul-2012 Compra 18.075 1,068188 NYSE Euronext Lisbon 20.613.166

4-Jul-2012 Compra 25.000 1,096634 NYSE Euronext Lisbon 20.638.166

5-Jul-2012 Compra 44.467 1,110000 NYSE Euronext Lisbon 20.682.633

6-Jul-2012 Compra 10.000 1,101000 NYSE Euronext Lisbon 20.692.633

10-Jul-2012 Compra 15.712 1,135752 NYSE Euronext Lisbon 20.708.345

24-Set-2012 Compra 20.000 1,340100 NYSE Euronext Lisbon 20.728.345

20-Nov-2012 Compra 3.000.000 1,369000 NYSE Euronext Lisbon 23.728.345

22-Nov-2012 Compra 55.000 1,361784 NYSE Euronext Lisbon 23.783.345

23-Nov-2012 Compra 1.050.000 1,395000 NYSE Euronext Lisbon 24.833.345

28-Nov-2012 Compra 3.000.000 1,495000 NYSE Euronext Lisbon 27.833.345

14-Dez-2012 Compra 166.655 1,557084 NYSE Euronext Lisbon 28.000.000

31-Dez-2012 - - - - 28.000.000

Page 65: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

ANEXO 2012

Declaração nos termos do Art.º 245, 1, al. c) do Código de Valores Mobiliários Os signatários individualmente declaram que, tanto quanto é do seu conhecimento, o Relatório de Gestão, as Demonstrações Financeiras Consolidadas e Individuais e demais documentos de prestação de contas exigidos por lei ou regulamento foram elaborados em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (“IFRS”) tal como adoptadas pela União Europeia, dando uma imagem verdadeira e apropriada do activo e passivo, da situação financeira e dos resultados consolidados e individuais da Altri, SGPS, S.A. e das empresas incluídas no perímetro de consolidação, e que o Relatório de Gestão expõe fielmente a evolução dos negócios, do desempenho e da posição financeira da Altri, SGPS, S.A. e das empresas incluídas no perímetro de consolidação, e contém uma descrição dos principais riscos e incertezas com que se defrontam. Porto, 21 de Março de 2013 ____________________________________________ Paulo Jorge dos Santos Fernandes Presidente do Conselho de Administração ____________________________________________ João Manuel Matos Borges de Oliveira Vogal do Conselho de Administração ____________________________________________ Domingos José Vieira de Matos Vogal do Conselho de Administração ____________________________________________ Laurentina da Silva Martins Vogal do Conselho de Administração ____________________________________________ Pedro Macedo Pinto de Mendonça Vogal do Conselho de Administração

Page 66: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

CONTAS CONSOLIDADAS

Page 67: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

ALTRI, SGPS, S.A.

DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS DA POSIÇÃO FINANCEIRAEM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E 2011

(Montantes expressos em Euros)

ACTIVO Notas 31.12.2012 31.12.2011

ACTIVOS NÃO CORRENTES:Activos biológicos 11 108.034.768 103.339.502Activos fixos tangíveis 7 424.105.163 460.118.883Propriedades de investimento 8 468.006 534.226Goodwill 9 265.531.404 265.531.404Activos intangíveis 10 605.388 989.355Investimentos em empresas associadas e empreendimentos conjuntos 4.2 6.337.694 7.034.600Investimentos disponíveis para venda 4.3 e 6 14.981.903 10.093.935Outros activos não correntes 18 384.915 706.086Activos por impostos diferidos 12 33.357.371 13.699.322

Total de activos não correntes 853.806.612 862.047.313

ACTIVOS CORRENTES:Inventários 11 47.440.279 61.728.889Clientes 6 e 13 94.859.425 66.672.815Outras dívidas de terceiros 6 e 14 7.241.482 9.087.406Estado e outros entes públicos 15 9.810.537 12.100.688Outros activos correntes 16 2.547.443 3.339.769Instrumentos financeiros derivados 6 e 28 261.783 -Caixa e equivalentes de caixa 6 e 17 112.392.485 112.746.939

Total de activos correntes 274.553.434 265.676.506

Total do activo 1.128.360.046 1.127.723.819

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO 31.12.2012 31.12.2011

CAPITAL PRÓPRIO:Capital social 19 25.641.459 25.641.459 Reserva legal 19 2.862.981 2.862.981 Outras reservas 19 103.112.415 89.585.006 Resultado líquido consolidado do exercício 52.181.891 22.567.762 Total do capital próprio atribuível aos accionistas da Empresa-Mãe 183.798.746 140.657.208

Interesses sem controlo 20 128.166 105.421

Total do capital próprio 183.926.912 140.762.629

PASSIVO:PASSIVO NÃO CORRENTE:

Empréstimos bancários 6 e 21 103.556.923 11.875.000 Outros empréstimos 6 e 21 454.999.132 499.878.011 Incentivos reembolsáveis 6 e 21 22.770.236 38.893.917 Outros credores não correntes 6, 23 e 31 528.802 699.819 Outros passivos não correntes 24 22.096.030 20.755.952 Passivos por impostos diferidos 12 16.931.978 444.167 Provisões 22 1.535.342 1.149.668

Total de passivos não correntes 622.418.443 573.696.534

PASSIVO CORRENTE:Empréstimos bancários 6 e 21 45.467.181 157.121.714 Outros empréstimos 6 e 21 139.404.040 127.658.514 Incentivos reembolsáveis 6 e 21 11.694.604 8.784.029 Fornecedores 6 e 25 56.343.385 66.608.803 Outras dívidas a terceiros 6, 26 e 32 6.679.435 8.233.010 Estado e outros entes públicos 15 5.091.056 1.736.137 Outros passivos correntes 27 35.221.194 28.370.465 Instrumentos financeiros derivados 6 e 28 22.113.796 14.751.984

Total de passivos correntes 322.014.691 413.264.656

Total do passivo e capital próprio 1.128.360.046 1.127.723.819

O anexo faz parte integrante das demonstrações financeiras consolidadas.

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

Page 68: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

ALTRI, SGPS, S.A.

DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS DOS RESULTADOSPARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E 2011

(Montantes expressos em Euros)

Notas 31.12.2012 31.12.2011

Unidades operacionais em continuação

Vendas 39 522.314.410 472.337.405Prestações de serviços 39 7.792.875 7.007.559Outros proveitos 34 12.719.758 7.257.085Custo das vendas 11 e 32 (208.834.212) (201.463.043)Fornecimento de serviços externos 31 e 32 (144.557.997) (129.240.373)Custos com o pessoal 30 e 40 (31.487.816) (33.229.321)Amortizações e depreciações 37 (48.861.653) (52.259.768)Provisões e perdas por imparidade 22 (4.544.227) (80.294)Outros custos 35 (10.352.968) (9.463.750)Resultados relativos a empresas associadas e empreendimentos conjuntos 36 2.302.064 1.178.002Custos financeiros 36 (39.904.873) (43.885.027)Proveitos financeiros 36 4.280.566 9.447.021

Resultado antes de impostos 60.865.927 27.605.496

Impostos sobre o rendimento 12 (8.661.291) (2.436.669)Resultado depois de impostos 52.204.636 25.168.827

Atribuível a:Detentores de capital próprio da empresa-mãe 38 52.181.891 25.175.771Interesses sem controlo 20 22.745 (6.944)

Unidades operacionais em descontinuação

Resultado do exercício de unidades operacionais em descontinuação 4.4 - (2.608.009)

Atribuível a:Detentores de capital próprio da empresa-mãe 4.4 - (2.608.009)Interesses sem controlo - -

Resultado líquido consolidado do exercício 52.204.636 22.560.818

Atribuível a:Detentores de capital próprio da empresa-mãe 38 52.181.891 22.567.762Interesses sem controlo 20 22.745 (6.944)

52.204.636 22.560.818

Resultados por acçãoOperações em continuação

Básico 38 0,25 0,12Diluído 38 0,25 0,12

Operações em continuação e em descontinuaçãoBásico 38 0,25 0,11Diluído 38 0,25 0,11

O anexo faz parte integrante das demonstrações financeiras consolidadas.

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

Page 69: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS DO RENDIMENTO INTEGRALPARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E 2011

(Montantes expressos em Euros)

Notas 31.12.2012 31.12.2011

Resultado líquido consolidado do exercício 52.204.636 22.560.818

Variação no justo valor dos derivados de cobertura dos fluxos de caixa 28 (5.270.870) 7.170.121Variação do justo valor de investimentos disponíveis para venda 4.3 310.202 -

Outro rendimento integral do exercício (4.960.668) 7.170.121

Total do rendimento integral consolidado do exercício 47.243.968 29.730.939

Atribuível a:Accionistas da Empresa-Mãe 47.221.223 29.737.883Interesses sem controlo 20 22.745 (6.944)

O anexo faz parte integrante das demonstrações financeiras consolidadas.

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

Page 70: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIOPARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E 2011

(Montantes expressos em Euros)

Atribuível aos accionistas da Empresa-MãeOutras reservas

Notas Capital socialReserva

legalReservas de

cobertura

Outras reservas e resultados transitados

Total outras reservas

Resultado líquido Total

Interesses sem controlo

Total do capital próprio

Saldo em 1 de Janeiro de 2011 19 25.641.459 2.862.981 (14.855.870) 39.387.315 24.531.445 62.014.069 115.049.954 112.365 115.162.319Aplicação do resultado consolidado de 2010 - - - 62.014.069 62.014.069 (62.014.069) - - -Distribuição de dividendos - - - (4.102.633) (4.102.633) - (4.102.633) - (4.102.633)Outros - - - (27.996) (27.996) - (27.996) - (27.996)Total do rendimento integral consolidado do exercício - - 7.170.121 - 7.170.121 22.567.762 29.737.883 (6.944) 29.730.939

Saldo em 31 de Dezembro de 2011 19 25.641.459 2.862.981 (7.685.749) 97.270.755 89.585.006 22.567.762 140.657.208 105.421 140.762.629

Saldo em 1 de Janeiro de 2012 19 25.641.459 2.862.981 (7.685.749) 97.270.755 89.585.006 22.567.762 140.657.208 105.421 140.762.629Aplicação do resultado consolidado de 2011 - - - 22.567.762 22.567.762 (22.567.762) - - -Distribuição de dividendos 42 - - - (4.102.633) (4.102.633) - (4.102.633) - (4.102.633)Outros - - - 22.948 22.948 - 22.948 - 22.948Total do rendimento integral consolidado do exercício - - (5.270.870) 310.202 (4.960.668) 52.181.891 47.221.223 22.745 47.243.968

Saldo em 31 de Dezembro de 2012 19 25.641.459 2.862.981 (12.956.619) 116.069.034 103.112.415 52.181.891 183.798.746 128.166 183.926.912

O anexo faz parte integrante das demonstrações financeiras consolidadas.

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

Page 71: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

ALTRI , SGPS, S.A.

DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS DOS FLUXOS DE CAIXAPARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E 2011

(Montantes expressos em Euros)

Notas 2012 2011

Actividades operacionais:Recebimentos de clientes 485.011.638 470.879.418Pagamentos a fornecedores (335.300.050) (340.627.624)Pagamentos ao pessoal (28.188.261) (29.011.144)Outros recebimentos/pagamentos relativos à actividade operacional (12.994.086) (24.916.729)Impostos sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas (2.994.789) 105.534.452 (22.118.775) 54.205.146

Fluxos gerados pelas actividades operacionais (1) 105.534.452 54.205.146

Actividades de investimento:Recebimentos provenientes de:

Investimentos financeiros 17 3.500.000 5.360.000Activos fixos tangíveis 964.330 1.918.948Subsídios ao investimento 530.718 117.659Juros e proveitos similares 3.866.400 8.861.448 6.051.938 13.448.545

Pagamentos relativos a:Investimentos financeiros 17 (4.050.468) (7.549)Subsídios ao investimento (277.862) -Activos intangíveis (3.223) (694.532)Activos fixos tangíveis (14.851.222) (19.182.775) (18.551.371) (19.253.452)

Fluxos gerados pelas actividades de investimento (2) (10.321.327) (5.804.907)

Actividades de financiamento:Recebimentos provenientes de:

Empréstimos obtidos 42.095.109 42.095.109 55.796.033 55.796.033Pagamentos respeitantes a:

Juros e custos similares (35.920.532) (36.705.447)Dividendos distribuídos (4.102.633) (4.102.633)Empréstimos obtidos (98.078.582) (138.101.747) (81.508.483) (122.316.563)

Fluxos gerados pelas actividades de financiamento (3) (96.006.638) (66.520.530)

Caixa e seus equivalentes no início do exercício 111.418.007 129.653.370Efeito de variação de perímetro 4.4 - (115.072)Variação de caixa e seus equivalentes: (1)+(2)+(3) (793.513) (18.120.291)Caixa e seus equivalentes no fim do exercício 17 110.624.494 111.418.007

O Anexo faz parte integrante das demonstrações financeiras consolidadas.

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

Page 72: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012

(Montantes expressos em Euros)

- 1 -

1. NOTA INTRODUTÓRIA A Altri, SGPS, S.A. (“Altri” ou “Empresa”) é uma sociedade anónima constituída em 1 de Março de 2005, com

sede na Rua General Norton de Matos, 68, r/c no Porto e que tem como actividade principal a gestão de participações sociais, sendo as suas acções cotadas na NYSE Euronext Lisbon.

A Altri foi constituída no âmbito do projecto de reestruturação da Cofina, SGPS, S.A. ocorrido em 2005 através da cisão representativa de 97,23% da participação social detida por aquela sociedade na Celulose do Caima, SGPS, S.A., na modalidade de cisão-simples prevista na alínea a) do n.º 1 do art. 118º do Código das Sociedades Comerciais.

Actualmente a Altri dedica-se à gestão de participações sociais essencialmente na área industrial, sendo a empresa-mãe do grupo de empresas indicado na Nota 4 e designado por Grupo Altri. A actividade actual do Grupo Altri centra-se na produção de pasta de papel branqueada de eucalipto através de três unidades produtivas (a Celbi na Figueira da Foz, a Caima em Constância do Ribatejo e a Celtejo em Vila Velha de Ródão). Face a esta realidade do Grupo Altri, o seu Conselho de Administração entende que apenas existe um segmento de negócio (Produção e comercialização de pasta de papel branqueada de eucalipto) sendo que a informação de gestão é também analisada nesse pressuposto, pelo que a informação por segmentos referida na Nota 39 se encontra limitada por estes factos. As demonstrações financeiras consolidadas do Grupo Altri são apresentadas em Euros em valores arredondados à unidade, sendo esta a divisa utilizada pelo Grupo nas suas operações e como tal considerada a moeda funcional. As operações das sociedades estrangeiras cuja moeda funcional não seja o Euro são incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas de acordo com a política estabelecida na Nota 2.2.e).

Page 73: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012

(Montantes expressos em Euros)

- 2 -

2. PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

As principais políticas contabilísticas adoptadas na preparação das demonstrações financeiras consolidadas anexas são as seguintes:

2.1 BASES DE APRESENTAÇÃO

As demonstrações financeiras consolidadas anexas foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações a partir dos livros e registos contabilísticos das empresas incluídas na consolidação, os quais foram preparados de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro, tal como adoptadas pela União Europeia, e tomando por base o custo histórico, excepto para determinados instrumentos financeiros, que se encontram registados pelo justo valor. Devem entender-se como fazendo parte daquelas normas, as Normas Internacionais de Relato Financeiro (“IFRS” – International Financial Reporting Standards) emitidas pelo International Accounting Standard Board (“IASB”), as Normas Internacionais de Contabilidade (“IAS”), emitidas pelo International Accounting Standards Committee (“IASC”) e respectivas interpretações – IFRIC e SIC, emitidas, respectivamente, pelo International Financial Reporting Interpretation Committee (“IFRIC”) e pelo Standing Interpretation Committee (“SIC”), que tenham sido adoptadas pela União Europeia. De ora em diante, o conjunto daquelas normas e interpretações serão designados genericamente por “IAS/IFRS”.

As demonstrações financeiras intercalares foram apresentadas, trimestralmente, de acordo com IAS 34 –

“Relato Financeiro Intercalar”.

(i) Adopção de normas e interpretações novas, emendadas ou revistas

As seguintes normas, interpretações, emendas e revisões aprovadas (“endorsed”) pela União Europeia e com aplicação obrigatória nos exercícios económicos iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2012, foram adoptadas pela primeira vez no exercício findo em 31 de Dezembro de 2012:

Norma Aplicável nos exercícios

iniciados em ou apósObservações

IFRS 7 – Emenda (Transferência de activos financeiros)

11-Jul-11Esta emenda vem exigir um maior número de divulgações relativamente a transferências de activos f inanceiros.

O efeito nas demonstrações financeiras consolidadas do Grupo do exercício findo em 31 de Dezembro de 2012, decorrente da adopção das normas, interpretações, emendas e revisões acima referidas, não foi significativo.

Page 74: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012

(Montantes expressos em Euros)

- 3 -

(ii) Normas e interpretações novas, emendadas ou revistas não adoptadas

As seguintes alterações, com aplicação obrigatória nos exercícios indicados em ou após 1 de Janeiro de 2013, foram até à data de aprovação destas demonstrações financeiras consolidadas, aprovadas (“endorsed”) pela União Europeia:

Norma Aplicável nos exercícios

iniciados em ou apósObservações

IFRS 10 – Demonstrações financeiras consolidadas 01-Jan-14

Esta norma vem estabelecer os requisitos relativos à apresentação de demonstrações financeiras consolidadas por parte da empresa-mãe, substituindo, quanto a estes aspectos, a norma IAS 27 – Demonstrações Financeiras Consolidadas e Separadas e a SIC 12 – Consolidação – Entidades com Finalidade Especial. Esta norma introduz ainda novas regras no que diz respeito à definição de controlo e à determinação do perímetro de consolidação.

IFRS 11 – Acordos conjuntos 01-Jan-14

Esta norma substitui a IAS 31 – Empreendimentos Conjuntos e a SIC 13 – Entidades Controladas Conjuntamente – Contribuições Não Monetárias por Empreendedores e vem eliminar a possibilidade de utilização do método de consolidação proporcional na contabilização de interesses em empreendimentos conjuntos.

IFRS 12 – Divulgações sobre participações noutras entidades

01-Jan-14Esta norma vem estabelecer um novo conjunto de divulgações relativas a participações em subsidiárias, acordos conjuntos, associadas e entidades não consolidadas.

IFRS 13 – Mensuração de justo valor 01-Jan-13Esta norma vem substituir as orientações existentes nas diversas normas IFRS relativamente à mensuração de justo valor. Esta norma é aplicável quando outra norma IFRS requer ou permite mensurações ou divulgações de justo valor.

IAS 27 – Demonstrações f inanceiras separadas (2011)

01-Jan-14Esta emenda vem restringir o âmbito de aplicação da IAS 27 às demonstrações financeiras separadas.

IAS 28 – Investimentos em Associadas e Entidades

Conjuntamente Controladas (2011)01-Jan-14

Esta emenda vem garantir a consistência entre a IAS 28 – Investimentos em Associadas e as novas normas adoptadas, em particular a IFRS 11 – Acordos Conjuntos.

IAS 12 – Emenda (recuperação de activos por impostos diferidos)

01-Jan-13Esta emenda fornece uma presunção de que a recuperação de propriedades de investimento mensuradas ao justo valor de acordo com a IAS 40 será realizada através da venda.

IAS 19 – Emenda (planos pensões de benefícios definidos) (2011)

01-Jan-13

Esta emenda vem introduzir algumas alterações relacionadas com o relato sobre os planos de benefícios definidos, nomeadamente: (i) os ganhos/perdas actuariais passam a ser reconhecidos na totalidade em reservas (deixa de ser permitido o método do “corredor”); (ii) passa a ser aplicada uma única taxa de juro à responsabilidade e aos activos do plano. A diferença entre o retorno real dos activos do fundo e a taxa de juro única é registada como os ganhos/perdas actuariais; (iii) os gastos registados em resultados correspondem apenas ao custo do serviço corrente e aos gastos líquidos com juros.

IFRS 1 – Emenda (Hiperinflação ) 01-Jan-13

Esta emenda fornece orientações sobre como as entidades devem apresentar as suas demonstrações financeiras de acordo com as IFRS após um período em que não as puderam apresentar pelo facto da sua moeda funcional estar sujeita a hiperinf lação severa.

IAS 1 – Emenda (Outro Rendimento Integral) 01-Jul-12

Esta emenda refere-se às seguintes alterações: (i) os itens que compõem o Outro Rendimento Integral e que futuramente serão reconhecidos em resultados do exercício passam a ser apresentados separadamente; (ii) a Demonstração do Resultado Integral passa também a denominar-se Demonstração dos Resultados e de Outro Rendimento Integral.

IFRS 7 – Emenda (2011) 01-Jan-13Esta emenda vem exigir divulgações adicionais ao nível de instrumentos financeiros, nomeadamente informações relativamente àqueles sujeitos a acordos de compensação e similares.

IAS 32 – Emenda (2011) 01-Jan-14Esta emenda vem clarif icar determinados aspectos da norma devido à diversidade na aplicação dos requisitos de compensação.

IFRIC 20 – Registo de certos custos na fase de produção de uma mina a céu aberto (2011)

01-Jan-13Esta interpretação clarif ica o registo de certos custos durante a fase de produção numa mina a céu aberto.

Page 75: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012

(Montantes expressos em Euros)

- 4 -

Estas alterações, apesar de aprovadas (“endorsed”) pela União Europeia, não foram adoptadas pelo Grupo no exercício findo em 31 de Dezembro de 2012, em virtude da sua aplicação não ser ainda obrigatória. Não são estimados impactos significativos nas demonstrações financeiras consolidadas decorrentes da adopção das mesmas. As políticas contabilísticas e os critérios de mensuração adoptados pelo Grupo Altri em 31 de Dezembro de 2012 são comparáveis com os utilizados na preparação das demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2011.

Na preparação das demonstrações financeiras, em conformidade com os IAS/IFRS, o Conselho de Administração da Empresa adoptou certos pressupostos e estimativas que afectam os activos e passivos reportados, bem como os proveitos e custos incorridos relativos aos períodos reportados. Todas as estimativas e assumpções efectuadas pelo Conselho de Administração foram efectuadas com base no seu melhor conhecimento existente, à data de aprovação das demonstrações financeiras consolidadas, dos eventos e transacções em curso.

As demonstrações financeiras consolidadas anexas foram preparadas para apreciação e aprovação em

Assembleia Geral de Accionistas. O Conselho de Administração do Grupo Altri entende que as mesmas serão aprovadas sem alterações.

2.2 PRINCÍPIOS DE CONSOLIDAÇÃO Os princípios de consolidação adoptados pelo Grupo Altri na preparação das suas demonstrações financeiras

consolidadas são os seguintes:

a) Investimentos financeiros em empresas do Grupo As participações financeiras em empresas nas quais o Grupo Altri detenha, directa ou indirectamente, mais

de 50% dos direitos de voto em Assembleia Geral de Accionistas ou detenha o poder de controlar as suas políticas financeiras e operacionais (definição de controlo utilizada pelo Grupo), são incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas pelo método de consolidação integral. O capital próprio e o resultado líquido destas empresas correspondente à participação de terceiros nas mesmas são apresentados separadamente na demonstração da posição financeira consolidada e na demonstração dos resultados consolidada nas rubricas “Interesses sem controlo”. As empresas incluídas nas demonstrações financeiras pelo método de consolidação integral encontram-se detalhadas na Nota 4.1.

O rendimento integral total é atribuído aos proprietários da empresa-mãe e dos interesses sem controlo,

mesmo que isso resulte num saldo deficitário ao nível dos interesses sem controlo. Nas concentrações empresariais ocorridas após a data de transição para as Normas Internacionais de

Relato Financeiro tal como adoptadas pela União Europeia – IFRS 1 (1 de Janeiro de 2004), os activos e passivos de cada filial são identificados ao seu justo valor na data de aquisição conforme estabelecido pela IFRS 3 – “Concentrações de actividades empresariais”. Qualquer excesso do custo de aquisição face ao justo valor dos activos e passivos líquidos adquiridos é reconhecido como goodwill. Caso o diferencial entre o custo de aquisição e o justo valor de activos e passivos líquidos adquiridos (incluindo passivos contingentes) seja negativo, o mesmo é reconhecido como proveito do exercício após reconfirmação do justo valor atribuído. Os interesses de accionistas minoritários são apresentados pela respectiva proporção do justo valor dos activos e passivos identificados.

Os resultados das filiais adquiridas ou vendidas durante o exercício estão incluídos nas demonstrações de

resultados desde a data da sua aquisição ou até à data da sua venda, respectivamente. Sempre que necessário, são efectuados ajustamentos às demonstrações financeiras das filiais para

adequar as suas políticas contabilísticas às usadas pelo Grupo. As transacções, os saldos e os dividendos distribuídos entre empresas do Grupo são eliminados no processo de consolidação.

Nas situações em que o Grupo detenha, em substância, o controlo de outras entidades criadas com um fim

específico (“Special Purpose Entities” – SPE’s), ainda que não possua participações de capital directamente ou indirectamente nessas entidades, as mesmas são consolidadas pelo método de consolidação integral. Em 31 de Dezembro de 2012, não existia este tipo de entidades nas demonstrações financeiras consolidadas anexas.

Page 76: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012

(Montantes expressos em Euros)

- 5 -

b) Empresas controladas conjuntamente

Os investimentos financeiros em empresas controladas conjuntamente (entendendo o Grupo como tal as empresas onde detém o controlo conjunto das mesmas através da participação nas decisões financeiras e operacionais da empresa - geralmente investimentos representando 50% do capital de uma empresa) são registados pelo método da equivalência patrimonial. De acordo com o método da equivalência patrimonial, os investimentos financeiros em empresas controladas conjuntamente são inicialmente contabilizados pelo custo de aquisição, o qual é acrescido ou reduzido do valor correspondente à proporção dos capitais próprios dessas empresas, reportados à data de aquisição ou da primeira aplicação do método da equivalência patrimonial. As participações financeiras são posteriormente ajustadas anualmente pelo valor correspondente à participação nos resultados líquidos das empresas controladas conjuntamente por contrapartida de ganhos ou perdas do exercício. Adicionalmente, os dividendos destas empresas são registados como uma diminuição do valor do investimento, e a parte proporcional nas variações dos capitais próprios é registada como uma variação do capital próprio do Grupo. As diferenças entre o custo de aquisição e o justo valor dos activos e passivos identificáveis da empresa controlada conjuntamente na data de aquisição, se positivas, são reconhecidas como goodwill e mantidas no valor da rubrica “Investimentos em empresas associadas e empreendimentos conjuntos”. Se essas diferenças forem negativas, após reconfirmação do justo valor atribuído, são registadas como rendimento do exercício na rubrica “Resultados relativos a empresas associadas e empreendimentos conjuntos”. É efectuada uma avaliação dos investimentos em empresas controladas conjuntamente quando existem indícios de que o activo possa estar em imparidade, sendo registadas como custo as perdas por imparidade que se demonstrem existir. Quando as perdas por imparidade reconhecidas em exercícios anteriores deixam de existir são objecto de reversão. Os ganhos não realizados em transacções com empresas controladas conjuntamente são eliminados proporcionalmente ao interesse do Grupo na empresa por contrapartida do investimento nessa mesma empresa controlada conjuntamente. As perdas não realizadas são similarmente eliminadas, mas somente até ao ponto em que a perda não evidencie que o activo transferido esteja em situação de imparidade. Os investimentos financeiros em empresas controladas conjuntamente encontram-se detalhados na Nota 4.2.

c) Investimentos financeiros em empresas associadas

Os investimentos financeiros em empresas associadas (entendendo o Grupo como tal as empresas onde

exerce uma influência significativa mas em que não detém o controlo ou o controlo conjunto das mesmas através da participação nas decisões financeiras e operacionais da empresa - geralmente investimentos representando entre 20% a 50% do capital de uma empresa) são registados pelo método da equivalência patrimonial.

De acordo com o método da equivalência patrimonial, os investimentos financeiros em empresas

associadas são inicialmente contabilizados pelo custo de aquisição, o qual é acrescido ou reduzido do valor correspondente à proporção dos capitais próprios dessas empresas, reportados à data de aquisição ou da primeira aplicação do método da equivalência patrimonial. As participações financeiras são posteriormente ajustadas anualmente pelo valor correspondente à participação nos resultados líquidos das associadas por contrapartida de ganhos ou perdas do exercício. Adicionalmente, os dividendos destas empresas são registados como uma diminuição do valor do investimento, e a parte proporcional nas variações dos capitais próprios é registada como uma variação do capital próprio do Grupo.

As diferenças entre o custo de aquisição e o justo valor dos activos e passivos identificáveis da associada

na data de aquisição, se positivas, são reconhecidas como goodwill e mantidas no valor da rubrica “Investimentos em empresas associadas”. Se essas diferenças forem negativas, após reconfirmação do justo valor atribuído, são registadas como proveito do exercício na rubrica “Resultados relativos a empresas associadas”.

Page 77: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012

(Montantes expressos em Euros)

- 6 -

É efectuada uma avaliação dos investimentos em associadas quando existem indícios de que o activo possa estar em imparidade, sendo registadas como custo as perdas por imparidade que se demonstrem existir. Quando as perdas por imparidade reconhecidas em exercícios anteriores deixam de existir são objecto de reversão.

Quando a proporção do Grupo nos prejuízos acumulados da associada excede o valor pelo qual o

investimento se encontra registado, o investimento é reportado por valor nulo, excepto quando o Grupo tenha assumido compromissos para com a associada, registando nesses casos uma provisão para fazer face a essas obrigações.

Os ganhos não realizados em transacções com empresas associadas são eliminados proporcionalmente

ao interesse do Grupo na associada por contrapartida do investimento nessa mesma associada. As perdas não realizadas são similarmente eliminadas, mas somente até ao ponto em que a perda não evidencie que o activo transferido esteja em situação de imparidade.

Os investimentos financeiros em empresas associadas encontram-se detalhados na Nota 4.2.

d) Goodwill

As diferenças entre o preço de aquisição dos investimentos financeiros em empresas do Grupo (subsidiárias), acrescido do valor dos interesses sem controlo, e o montante atribuído ao justo valor dos activos e passivos identificáveis dessas empresas à data da sua aquisição, quando positivas são registadas na rubrica “Goodwill” e quando negativas, após uma reavaliação do seu apuramento, são registadas directamente na demonstração dos resultados. As diferenças entre o preço de aquisição dos investimentos financeiros em empresas associadas e empresas controladas conjuntamente e o montante atribuído ao justo valor dos activos e passivos identificáveis dessas empresas à data da sua aquisição, quando positivas, são mantidas na rubrica “Investimentos em empresas associadas e empreendimentos conjuntos” e, quando negativas, após uma reavaliação do seu apuramento, são registadas directamente na demonstração dos resultados. As diferenças entre o custo de aquisição dos investimentos em filiais sedeadas no estrangeiro e o justo valor dos activos e passivos identificáveis dessas filiais à data da sua aquisição, são registadas na moeda de reporte dessas filiais, sendo convertidas para a moeda de reporte do Grupo (Euro) à taxa de câmbio em vigor na data de balanço. As diferenças cambiais geradas nessa conversão são registadas na rubrica “Reservas de conversão” incluída na rubrica “Outras reservas”. O goodwill transferido por cisão (Nota Introdutória) originado em aquisições anteriores a 1 de Janeiro de 2004 foi mantido pelos valores apresentados de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal a essa data, e objecto de testes de imparidade, sendo os impactos desses ajustamentos registados na rubrica “Outras reservas”, em conformidade com as disposições constantes da IFRS 1 – “Adopção pela primeira vez das IFRS”. No caso de filiais estrangeiras, o goodwill foi reexpresso na moeda funcional de cada filial, retrospectivamente. O Grupo Altri, numa base de transacção a transacção (para cada concentração de actividades empresariais), opta por mensurar qualquer interesse sem controlo na empresa adquirida ou pelo justo valor ou pela parte proporcional dos interesses sem controlo nos activos líquidos identificáveis da adquirida. Até 1 de Janeiro de 2010, os interesses sem controlo eram valorizados exclusivamente de acordo com a proporção do justo valor dos activos e passivos adquiridos. O valor dos pagamentos contingentes futuros é reconhecido como passivo no momento da concentração empresarial de acordo com o seu justo valor, sendo que qualquer alteração ao valor reconhecido inicialmente é registada em contrapartida do valor de “Goodwill”, mas apenas se ocorrer dentro do período de mensuração (12 meses após a data de aquisição) e se estiver relacionada com eventos anteriores à data de aquisição, caso contrário deverá ser registada por contrapartida da demonstração dos resultados. Transacções de compra ou venda de interesses em entidades já controladas, sem que tal resulte em perda de controlo são tratadas como transacções entre detentores de capital afectando apenas as rubricas de capital próprio sem que exista impacto na rubrica “Goodwill” ou na demonstração dos resultados.

Page 78: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012

(Montantes expressos em Euros)

- 7 -

No momento em que uma transacção de venda gerar uma perda de controlo, deverão ser desreconhecidos os activos e passivos dessa entidade, e qualquer interesse retido na entidade alienada deverá ser remensurado ao justo valor, e a eventual perda ou ganho apurada com a alienação é registada na demonstração dos resultados. O Grupo testa anualmente a existência de imparidade do goodwill. Os valores recuperáveis das unidades geradoras de fluxos de caixa são determinados com base no cálculo dos valores de uso. Estes cálculos exigem o uso de pressupostos que são efectuados com base em estimativas de circunstâncias futuras cuja ocorrência poderá vir a ser diferente da estimada.

e) Conversão de demonstrações financeiras de filiais expressas em moeda estrangeira

Os activos e passivos das demonstrações financeiras de entidades estrangeiras incluídas na consolidação

são convertidos para Euros utilizando as taxas de câmbio à data da demonstração da posição financeira e os custos e proveitos bem como os fluxos de caixa são convertidos para Euros utilizando a taxa de câmbio média verificada no exercício. A diferença cambial resultante é registada na rubrica de capitais próprios “Reservas de conversão”.

O valor do goodwill e ajustamentos de justo valor resultantes da aquisição de entidades estrangeiras são

tratados como activos e passivos dessa entidade e transpostos para Euros de acordo com a taxa de câmbio em vigor no final do exercício.

Sempre que uma entidade estrangeira é alienada, a diferença cambial acumulada é reconhecida na

demonstração de resultados como um ganho ou perda na alienação. 2.3 PRINCIPAIS CRITÉRIOS VALORIMÉTRICOS Os principais critérios valorimétricos usados pelo Grupo Altri na preparação das suas demonstrações

financeiras consolidadas, são os seguintes:

a) Activos intangíveis

Os activos intangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das amortizações e das perdas por imparidade acumuladas. Os activos intangíveis só são reconhecidos se for provável que deles advenham benefícios económicos futuros para o Grupo, sejam controláveis pelo Grupo e se possa medir razoavelmente o seu valor.

As despesas de desenvolvimento para as quais o Grupo demonstre capacidade para completar o seu

desenvolvimento e iniciar a sua comercialização e/ou uso e relativamente às quais seja provável que o activo criado venha a gerar benefícios económicos futuros, são capitalizadas. As despesas de desenvolvimento que não cumpram estes critérios são registadas como custo no período em que são incorridas.

Os custos internos associados à manutenção e ao desenvolvimento de software são registados como

custos na demonstração de resultados quando incorridos, excepto na situação em que estes custos estejam directamente associados a projectos para os quais seja provável a geração de benefícios económicos futuros para o Grupo. Nestas situações os custos são capitalizados como activos intangíveis.

As amortizações são calculadas, após os bens estarem disponíveis para uso, pelo método das quotas

constantes em conformidade com o período de vida útil estimado (genericamente 3 a 5 anos).

b) Activos fixos tangíveis

Os activos fixos tangíveis adquiridos até 1 de Janeiro de 2004 (data de transição para IFRS) encontram-se registados ao seu “deemed cost”, o qual corresponde ao custo de aquisição, ou custo de aquisição reavaliado de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal até àquela data, deduzido das amortizações acumuladas e de perdas por imparidade.

Os activos fixos tangíveis adquiridos após aquela data encontram-se registados ao custo de aquisição,

deduzido das correspondentes amortizações e das perdas por imparidade acumuladas.

Page 79: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012

(Montantes expressos em Euros)

- 8 -

As amortizações são calculadas, após a data em que os bens estejam disponíveis para serem utilizados, pelo método das quotas constantes em conformidade com o período de vida útil estimado para cada grupo de bens.

As taxas de amortização utilizadas correspondem aos seguintes períodos de vida útil estimada: Anos Terrenos e recursos naturais 20 a 50 Edifícios e outras construções 10 a 50 Equipamento básico 2 a 15 Equipamento de transporte 2 a 10 Equipamento administrativo 2 a 10 Outros activos fixos tangíveis 3 a 10 As despesas de conservação e reparação que não aumentem a vida útil dos activos nem resultem em

benfeitorias ou melhorias significativas nos elementos dos activos fixos tangíveis são registadas como custo do exercício em que incorridas.

Os activos fixos tangíveis em curso representam imobilizado ainda em fase de construção, encontrando-se

registados ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas de imparidade. Estas imobilizações são amortizadas a partir do momento em que os activos subjacentes estejam disponíveis para uso e nas condições necessárias para operar de acordo com o pretendido pela gestão.

As mais ou menos valias resultantes da venda ou abate do activo fixo tangível são determinadas como a diferença entre o preço de venda e o valor líquido contabilístico na data de alienação ou abate, sendo registadas na demonstração dos resultados nas rubricas “Outros proveitos” ou “Outros custos”.

c) Propriedades de investimento

As propriedades de investimento do Grupo Altri correspondem a imóveis não afectos à actividade do Grupo, não se destinando ao uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços, ou para fins administrativos ou para venda no curso ordinário dos negócios. As propriedades de investimento são inicialmente mensuradas ao custo (que inclui custos de transacção) e, subsequentemente, são mantidas ao custo de aquisição ou produção, deduzido de eventuais perdas por imparidade acumuladas.

d) Locações

A classificação das locações financeiras ou operacionais é realizada em função da substância dos contratos em causa e não da sua forma.

Os contratos de locação são classificados como (i) locações financeiras se através deles forem transferidos

substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse ou como (ii) locações operacionais se através deles não forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse.

Os activos imobilizados adquiridos mediante contratos de locação financeira bem como as correspondentes

responsabilidades são contabilizados pelo método financeiro. De acordo com este método, o custo do activo é registado no activo fixo tangível, a correspondente responsabilidade é registada no passivo e os juros incluídos no valor das rendas e a amortização do activo, calculada conforme descrito na Nota 2.3.b), são registados como custos na demonstração dos resultados do período a que respeitam.

Nas locações consideradas como operacionais, as rendas devidas referentes a bens adquiridos neste

regime são reconhecidas como custo na demonstração dos resultados do exercício a que respeitam.

e) Subsídios governamentais ou de outras entidades públicas Os subsídios recebidos no âmbito de programas de formação profissional ou subsídios à exploração, são

registados na rubrica “Outros proveitos operacionais” da demonstração consolidada dos resultados do exercício em que estes programas são realizados, independentemente da data do seu recebimento.

Page 80: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012

(Montantes expressos em Euros)

- 9 -

Os subsídios atribuídos a fundo perdido para financiamento de activos fixos tangíveis são registados na demonstração da posição financeira como “Outros passivos correntes” e “Outros passivos não correntes” relativamente às parcelas de curto prazo e de médio e longo prazo respectivamente, e reconhecidos na demonstração dos resultados proporcionalmente às amortizações dos activos fixos tangíveis subsidiados.

f) Imparidade dos activos, excepto goodwill É efectuada uma avaliação de imparidade dos activos do Grupo à data de cada demonstração da posição

financeira e sempre que seja identificado um evento ou alteração nas circunstâncias que indiquem que o montante pelo qual o activo se encontra registado possa não ser recuperável.

Sempre que o montante pelo qual o activo se encontra registado é superior à sua quantia recuperável, é

reconhecida uma perda por imparidade, registada na demonstração dos resultados na rubrica “Provisões e perdas por imparidade”.

A quantia recuperável é a mais alta entre o preço de venda líquido e o valor de uso. O preço de venda

líquido é o montante que se obteria com a alienação do activo, numa transacção entre entidades independentes e conhecedoras, deduzido dos custos directamente atribuíveis à alienação. O valor de uso é o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados que são esperados que surjam do uso continuado do activo e da sua alienação no final da sua vida útil. A quantia recuperável é estimada para cada activo, individualmente ou, no caso de não ser possível, para a unidade geradora de fluxos de caixa à qual o activo pertence.

A reversão de perdas por imparidade reconhecidas em exercícios anteriores é registada quando se conclui

que as perdas por imparidade reconhecidas anteriormente já não existem ou diminuíram. A reversão das perdas por imparidade é reconhecida na demonstração dos resultados na rubrica “Outros proveitos”. Esta reversão da perda por imparidade é efectuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (líquida de amortização ou depreciação) caso a perda por imparidade não se tivesse registada em exercícios anteriores.

g) Encargos financeiros com empréstimos obtidos Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos são geralmente reconhecidos como custo

na demonstração dos resultados do exercício de acordo com o princípio da especialização dos exercícios. Os encargos financeiros de empréstimos obtidos directamente relacionados com a aquisição, construção

ou produção de activos fixos tangíveis são capitalizados, fazendo parte do custo do activo. A capitalização destes encargos começa após o início da preparação das actividades de construção ou desenvolvimento do activo e é interrompida quando aqueles activos estão disponíveis para utilização ou no final da construção do activo ou quando o projecto em causa se encontra suspenso.

h) Inventários

As mercadorias e as matérias-primas, subsidiárias e de consumo são valorizadas ao custo médio de

aquisição, deduzido do valor dos descontos de quantidade concedidos pelos fornecedores, o qual é inferior ao respectivo valor de mercado.

Os produtos acabados e semi-acabados, os subprodutos e os produtos e trabalhos em curso são

valorizados ao custo de produção, que inclui o custo das matérias-primas incorporadas, mão-de-obra e gastos gerais de fabrico, e que é inferior ao valor de mercado. Dentro desta óptica, a madeira cortada em posse do Grupo encontra-se valorizada ao custo de produção, que inclui os custos incorridos com o corte e “rechega” da madeira, assim como a parte proporcional à área cortada dos custos acumulados de estabelecimento, manutenção e gastos administrativos com estes activos.

O Grupo procede ao registo das correspondentes perdas por imparidade para reduzir, quando aplicável, os

inventários ao seu valor realizável líquido ou preço de mercado.

Page 81: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012

(Montantes expressos em Euros)

- 10 -

i) Activos biológicos

Parte da actividade do Grupo Altri consiste no cultivo de várias espécies florestais, principalmente eucalipto, as quais são utilizadas como matéria-prima para a produção de pasta de papel. Em 31 de Dezembro de 2012 o Grupo Altri é proprietário de diversas florestas destinadas a esta actividade, as quais se encontram classificadas na rubrica “Activos biológicos”. Os solos florestais que são propriedade do Grupo estão valorizados de acordo com a política contabilística referida na Nota 2.3 b) e são apresentados na rubrica “Activos fixos tangíveis” da demonstração consolidada da posição financeira.

Dada a inexistência de um mercado activo em Portugal onde se transaccionem estas espécies florestais e dada a impossibilidade de estimar de forma fiável o valor presente dos fluxos de caixa futuros gerados por esses activos biológicos, o Conselho de Administração do Grupo Altri optou por registar os activos biológicos ao seu custo histórico deduzido de perdas por imparidade, o qual inclui todos os encargos incorridos com a sua plantação e desenvolvimento.

O custo da madeira é transferido para custos de produção quando a respectiva madeira é cortada e incorporada no produto final de forma proporcional à área cortada nesse exercício face à área total da propriedade na qual foi cortada a madeira, sendo que os cortes de madeira própria são valorizados ao custo específico de cada mata atribuído a cada corte.

Apesar de não ser possível estimar de forma fiável o justo valor dos activos biológicos pelas razões atrás mencionadas, é no entanto convicção do Conselho de Administração da Empresa que o mesmo é superior ao seu valor contabilístico. Este entendimento assenta no facto da actividade de gestão florestal se encontrar concentrada na filial Altri Florestal S.A. a qual tem vindo a gerar uma situação de exploração equilibrada sendo que as unidades industriais do Grupo Altri adquirem a matéria-prima à Altri Florestal S.A. a preços similares ao que a adquirem a terceiros.

j) Provisões As provisões são reconhecidas quando, e somente quando, o Grupo tenha uma obrigação presente (legal

ou implícita) resultante de um evento passado, seja provável que para a resolução dessa obrigação ocorra uma saída de recursos e o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado. As provisões são revistas na data de cada demonstração da posição financeira e ajustadas de modo a reflectir a melhor estimativa a essa data.

As provisões para custos de reestruturação são reconhecidas pelo Grupo sempre que exista um plano

formal e detalhado de reestruturação e que o mesmo tenha sido comunicado às partes envolvidas. k) Complementos de reforma

Algumas empresas do Grupo assumiram compromissos de conceder aos seus empregados prestações

pecuniárias a título de complementos de pensões de reforma por velhice ou invalidez. Para cobrir essas responsabilidades existem os correspondentes fundos de pensões autónomos, cujos encargos anuais, determinados de acordo com cálculos actuariais são registados como custos ou proveitos do exercício, em conformidade com a IAS 19 – “Benefícios dos empregados”.

Qualquer insuficiência de cobertura por parte dos fundos de pensões autónomos face às responsabilidades

por serviços prestados é registada como um passivo nas demonstrações financeiras do Grupo. Quando a situação patrimonial dos fundos de pensões autónomos sejam superiores às responsabilidades

por serviços passados o Grupo Altri regista um activo nas suas demonstrações financeiras na medida em que o diferencial corresponda a menores necessidades de dotações para os fundos de pensões no futuro.

As responsabilidades actuariais são calculadas de acordo com o “Projected Unit Credit Method” utilizando

os pressupostos actuariais e financeiros considerados adequados (Nota 30).

Page 82: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012

(Montantes expressos em Euros)

- 11 -

l) Instrumentos financeiros

i) Investimentos Os investimentos detidos pelo Grupo são classificados como segue:

Investimentos detidos até à maturidade, designados como activos financeiros não derivados com pagamentos fixados ou determináveis e maturidade fixada, e relativamente aos quais existe a intenção positiva e a capacidade de os deter até à maturidade. Estes investimentos são classificados como Activos não correntes, excepto se o seu vencimento for inferior a 12 meses da data da demonstração da posição financeira.

Investimentos mensurados ao justo valor através de resultados fazem parte de uma carteira de

instrumentos financeiros geridos com o objectivo de obtenção de lucros no curto prazo e são classificados como Activos correntes.

Investimentos disponíveis para venda, designados como todos os restantes investimentos que

não sejam considerados como detidos até à maturidade ou mensurados ao justo valor através de resultados, sendo classificados como Activos não correntes.

Os investimentos são inicialmente registados pelo seu valor de aquisição, que é o justo valor do preço

pago sendo que no caso dos investimentos detidos até à maturidade e investimentos disponíveis para venda são incluídas no valor do activo as despesas de transacção.

Após o reconhecimento inicial, os investimentos mensurados a justo valor através de resultados e os

investimentos disponíveis para venda são reavaliados pelos seus justos valores por referência ao seu valor de mercado à data da demonstração da posição financeira, sem qualquer dedução relativa a custos de transacção que possam vir a ocorrer até à sua venda. Os investimentos em instrumentos de capital próprio que não sejam cotados e para os quais não seja possível estimar com fiabilidade o seu justo valor, são mantidos ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas por imparidade. Os investimentos detidos até à maturidade são mensurados pelo custo amortizado usando o método da taxa de juro efectiva.

Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos disponíveis

para venda são registados no capital próprio, na rubrica de “Reservas de cobertura” incluída na rubrica “Outras reservas” até o investimento ser vendido ou recebido ou até que o justo valor do investimento se situe abaixo do seu custo de aquisição e que tal corresponda a uma perda por imparidade, momento em que a perda acumulada é transferida para a demonstração dos resultados.

Todas as compras e vendas destes investimentos são reconhecidas à data da assinatura dos

respectivos contratos de compra e venda, independentemente da sua data de liquidação financeira. ii) Clientes e outras dívidas de terceiros As dívidas de “Clientes” e as “Outras dívidas de terceiros” são registadas pelo seu valor nominal e

apresentadas na demonstração da posição financeira consolidada deduzidas de eventuais perdas de imparidade para que as mesmas reflictam o seu valor presente realizável líquido. Estas rubricas quando correntes não incluem juros por não se considerar imaterial o impacto do desconto.

As perdas por imparidade são registadas em sequência de eventos ocorridos que indiquem,

objectivamente e de forma quantificável, que a totalidade ou parte do saldo em dívida não será recebido. Para tal, cada empresa do Grupo tem em consideração informação de mercado que demonstre que o cliente está em incumprimento das suas responsabilidades, bem como informação histórica dos saldos vencidos e não recebidos.

As perdas por imparidade reconhecidas correspondem à diferença entre o montante escriturado do

saldo a receber e respectivo valor actual dos fluxos de caixa futuros estimados, descontados à taxa de juro efectiva inicial que, nos casos em que se perspective um recebimento num prazo inferior a um ano, é considerada nula por se considerar imaterial o efeito do desconto.

Page 83: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012

(Montantes expressos em Euros)

- 12 -

iii) Empréstimos e contas a pagar não correntes Os empréstimos e as contas a pagar não correntes são registados no passivo pelo custo amortizado

utilizando o método da taxa de juro efectiva. Os encargos financeiros são calculados de acordo com a taxa de juro efectiva, excepto para os valores a pagar de muito curto prazo cujos valores a reconhecer sejam imateriais, e contabilizados na demonstração dos resultados do período de acordo com o princípio da especialização dos exercícios. A parcela do juro efectivo relativa a comissões com a emissão de empréstimos é adicionada ao valor contabilístico dos empréstimos caso não sejam liquidados durante o exercício.

Sempre que existe direito de cumprimento obrigatório de compensar activos e passivos e o Conselho

de Administração pretenda liquidar numa base líquida ou realizar o activo e liquidar simultaneamente o passivo, os mesmos são compensados, e apresentados na demonstração da posição financeira pelo seu montante líquido.

iv) Fornecedores e outras dívidas a terceiros As dívidas a fornecedores ou a outros terceiros são registadas pelo seu valor nominal dado que não

vencem juros e o efeito do desconto é considerado imaterial.

v) Instrumentos derivados

O Grupo Altri utiliza instrumentos derivados na gestão dos seus riscos financeiros como forma de garantir a cobertura desses riscos, não sendo utilizados instrumentos derivados com o objectivo de negociação.

Os instrumentos derivados utilizados pelo Grupo definidos como instrumentos de cobertura de fluxos

de caixa respeitam a instrumentos de cobertura de taxa de juro de empréstimos obtidos, de taxa de câmbio, bem como de cobertura do preço da pasta de papel. Os indexantes, as convenções de cálculo, as datas de refixação das taxas de juro e os planos de reembolso dos instrumentos de cobertura de taxa de juro são em tudo idênticos às condições estabelecidas para os empréstimos subjacentes contratados, pelo que configuram relações perfeitas de cobertura. Os índices de preços aos quais estão indexados os contratos de futuros de cobertura do preço da pasta de papel, são os mais utilizados pelas empresas do Grupo como referencial do preço de venda da sua pasta de papel.

Os critérios utilizados pelo Grupo para classificar os instrumentos derivados como instrumentos de

cobertura de fluxos de caixa são os seguintes:

- espera-se que a cobertura seja altamente eficaz ao conseguir a compensação de alterações nos fluxos de caixa atribuíveis ao risco coberto;

- a eficácia da cobertura pode ser fiavelmente mensurada; - existe adequada documentação sobre a transacção a ser coberta no início da cobertura; e - a transacção objecto de cobertura é altamente provável.

Os instrumentos de cobertura são registados pelo seu justo valor. As alterações de justo valor destes

instrumentos são reconhecidas em capitais próprios na rubrica “Reservas de cobertura”, sendo transferidas para resultados no mesmo período em que o instrumento objecto de cobertura afecta resultados.

A determinação do justo valor destes instrumentos financeiros é efectuada com recurso a sistemas

informáticos de valorização de instrumentos derivados e teve por base a actualização, para a data da demonstração da posição financeira, dos fluxos de caixa futuros do “leg” fixo e do “leg” variável do instrumento derivado.

A contabilização de cobertura de instrumentos derivados é descontinuada quando o instrumento se

vence ou é vendido. Nas situações em que o instrumento derivado deixe de ser qualificado como instrumento de cobertura, as diferenças de justo valor acumuladas até então, que se encontram registadas em capital próprio na rubrica “Reservas de cobertura”, são transferidas para resultados do período, ou adicionadas ao valor contabilístico do activo a que as transacções objecto de cobertura deram origem, e as reavaliações subsequentes são registadas directamente nas rubricas da demonstração dos resultados.

Page 84: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012

(Montantes expressos em Euros)

- 13 -

Quando existam derivados embutidos em outros instrumentos financeiros ou outros contratos, os mesmos são tratados como derivados separados nas situações em que os riscos e características não estejam intimamente relacionados com os contratos de acolhimento e nas situações em que os contratos não sejam apresentados pelo seu justo valor com os ganhos ou perdas não realizadas registadas na demonstração dos resultados.

Nos casos em que os instrumentos derivados, embora contratados com o objectivo específico de

cobertura de riscos financeiros, não se enquadram nos requisitos acima referidos para classificação como instrumentos de cobertura, as variações do justo valor afectam directamente a demonstração de resultados, nas rubricas “Proveitos financeiros” e “Custos financeiros”.

vi) Passivos financeiros e Instrumentos de capital próprio Os passivos financeiros e os instrumentos de capital próprio são classificados de acordo com a

substância contratual da transacção, independentemente da forma legal que assumem. São considerados instrumentos de capital próprio os que evidenciam um interesse residual nos activos do Grupo após dedução dos passivos, sendo registados pelo valor recebido, líquido dos custos suportados com a sua emissão.

vii) Acções próprias As acções próprias são contabilizadas pelo seu valor de aquisição como um abatimento ao capital

próprio. Os ganhos e perdas inerentes à alienação das acções próprias são registadas na rubrica “Outras reservas”, não afectando o resultado do exercício.

viii) Letras descontadas e contas a receber cedidas em “factoring”

O Grupo desreconhece activos financeiros nas suas demonstrações financeiras, unicamente quando o direito contratual aos fluxos de caixa inerentes a tais activos já tiver expirado, ou quando o Grupo transfere substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à posse de tais activos para uma terceira entidade. Se o Grupo retiver substancialmente os riscos e benefícios inerentes à posse de tais activos, continua a reconhecer nas suas demonstrações financeiras os mesmos, registando no passivo na rubrica “Outros empréstimos” a contrapartida monetária pelos activos cedidos. Consequentemente, os saldos de clientes titulados por letras descontadas e não vencidas e as contas a receber cedidas em factoring à data de cada demonstração da posição financeira, com excepção das operações de “factoring sem recurso” (e para as quais seja inequívoco que são transferidos os riscos e benefícios inerentes a estas contas a receber) são reconhecidas nas demonstrações financeiras do Grupo até ao momento do seu recebimento.

ix) Caixa e equivalentes de caixa Os montantes incluídos na rubrica “Caixa e equivalentes de caixa” correspondem aos valores de

caixa, depósitos bancários, depósitos a prazo e outras aplicações de tesouraria, vencíveis a menos de três meses, e que possam ser imediatamente mobilizáveis sem risco significativo de alteração de valor.

Ao nível da demonstração consolidada dos fluxos de caixa, a rubrica “Caixa e equivalentes de caixa”

compreende também os descobertos bancários incluídos na rubrica do passivo corrente “Empréstimos bancários”.

x) Activos classificados como detidos para venda ou em descontinuação

Os activos e os passivos são classificados como detidos para venda ou em descontinuação, quando a

sua realização se espera efectivar não pelo uso mas pela venda. O Grupo classifica os activos e os passivos nesta rubrica quando existe uma elevada probabilidade da venda se realizar nos dozes meses seguintes e os activos e passivos estão disponíveis para venda imediata.

Os activos classificados como detidos para venda ou em descontinuação são valorizados ao mais

baixo do seu valor contabilístico à data da decisão de venda ou do seu justo valor deduzido dos custos da venda.

Page 85: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012

(Montantes expressos em Euros)

- 14 -

m) Activos e passivos contingentes

Os activos contingentes são possíveis activos que surgem de acontecimentos passados e cuja existência somente será confirmada pela ocorrência, ou não, de um ou mais eventos futuros incertos não totalmente sob o controlo da Empresa.

Os activos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras da Empresa mas

unicamente objecto de divulgação quando é provável a existência de um benefício económico futuro. Os passivos contingentes são definidos pela Empresa como: (i) obrigações possíveis que surjam de

acontecimentos passados e cuja existência somente será confirmada pela ocorrência, ou não, de um ou mais acontecimentos futuros incertos não totalmente sob o controlo da empresa; ou (ii) obrigações presentes que surjam de acontecimentos passados mas que não são reconhecidas porque não é provável que um fluxo de recursos que afecte benefícios económicos seja necessário para liquidar a obrigação ou a quantia da obrigação não pode ser mensurada com suficiente fiabilidade.

Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras do Grupo, sendo os

mesmos objecto de divulgação, a menos que a possibilidade de uma saída de fundos afectando benefícios económicos futuros seja remota, caso este em que não são sequer objecto de divulgação.

n) Imposto sobre o rendimento

O imposto sobre o rendimento do exercício é calculado com base nos resultados tributáveis das empresas

incluídas na consolidação e considera a tributação diferida. O imposto corrente sobre o rendimento é calculado com base nos resultados tributáveis das empresas

incluídas na consolidação de acordo com as regras fiscais em vigor. A generalidade das empresas incluídas no perímetro de consolidação do Grupo Altri pelo método integral

são tributadas segundo o regime especial de tributação de grupos de sociedades, de acordo com o art. 69º do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas.

Os impostos diferidos são calculados com base no método da responsabilidade da demonstração da

posição financeira e reflectem as diferenças temporárias entre o montante dos activos e passivos para efeitos de reporte contabilístico e os respectivos montantes para efeitos de tributação. Os impostos diferidos activos e passivos são calculados e anualmente avaliados utilizando as taxas de tributação em vigor ou anunciadas para estarem em vigor à data expectável da reversão das diferenças temporárias.

Os activos por impostos diferidos são reconhecidos unicamente quando existem expectativas razoáveis de

lucros fiscais futuros suficientes para a sua utilização, ou nas situações em que existam diferenças temporárias tributáveis que compensem as diferenças temporárias dedutíveis no período da sua reversão. No final de cada período é efectuada uma revisão desses impostos diferidos, sendo os mesmos reduzidos sempre que deixe de ser provável a sua utilização futura.

Os impostos diferidos são registados como custo ou proveito do exercício, excepto se resultarem de

valores registados directamente em capital próprio, situação em que o imposto diferido é também registado na mesma rubrica.

o) Rédito e especialização dos exercícios

O rédito proveniente da venda de bens apenas é reconhecido na demonstração dos resultados quando (i)

são transferidos para o comprador os riscos e vantagens significativos da propriedade dos bens, (ii) não seja mantido um envolvimento continuado de gestão com grau geralmente associado com a posse ou o controlo efectivo dos bens vendidos, (iii) a quantia do rédito pode ser fiavelmente mensurada, (iv) seja provável que os benefícios económicos associados com as transacções fluam para o Grupo e (v) os custos incorridos ou a serem incorridos referentes à transacção possam ser fiavelmente mensurados. As vendas são reconhecidas líquidas de impostos, descontos e outros custos inerentes à sua concretização, pelo justo valor do montante recebido ou a receber.

Os dividendos são reconhecidos como proveitos na demonstração dos resultados do período em que é decidida a sua atribuição.

Page 86: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012

(Montantes expressos em Euros)

- 15 -

As restantes receitas e despesas são registadas de acordo com o princípio da especialização de exercícios pelo qual estas são reconhecidas à medida que são geradas independentemente do momento em que são recebidas ou pagas. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e as correspondentes receitas e despesas geradas são registadas nas rubricas de acréscimos e diferimentos incluídas nas rubricas “Outros activos correntes”, “Outros passivos correntes”, “Outros activos não correntes” e “Outros passivos não correntes”.

Os custos e proveitos cujo valor real não seja conhecido são estimados com base na melhor avaliação dos

Conselhos de Administração das Empresas do Grupo.

p) Saldos e transacções expressos em moeda estrangeira Todos os activos e passivos expressos em moeda estrangeira foram convertidos para Euros utilizando as

taxas de câmbio oficiais vigentes à data da demonstração da posição financeira. As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio

em vigor na data das transacções e as vigentes na data das cobranças, pagamentos ou à data da demonstração da posição financeira, dessas mesmas transacções, são registadas como proveitos e custos na demonstração consolidada de resultados do exercício, excepto as relativas a valores não monetários cuja variação de justo valor seja registada directamente em capital próprio.

q) Eventos subsequentes

Os eventos ocorridos após a data da demonstração da posição financeira que proporcionem provas ou informações adicionais sobre condições que existiam à data da demonstração da posição financeira (“adjusting events”) são reflectidos nas demonstrações financeiras do Grupo. Os eventos após a data da demonstração da posição financeira que sejam indicativos de condições que surgiram após a data da demonstração da posição financeira (“non adjusting events”), quando materiais, são divulgados no anexo às demonstrações financeiras.

r) Informação por segmentos

Em cada exercício, são identificados os segmentos relatáveis aplicáveis ao Grupo mais adequados tendo

em consideração as actividades desenvolvidas. Actualmente o Grupo Altri apenas tem uma segmento de negócio (Produção e comercialização de pasta de

papel branqueada de eucalipto) na medida em que o reporte interno de informação à gestão é efectuado nesse pressuposto.

s) Julgamentos e estimativas Na preparação das demonstrações financeiras consolidadas, em conformidade com os IAS/IFRS, o

Conselho de Administração do Grupo adoptou certos pressupostos e estimativas que afectam os activos e passivos, bem como os proveitos e custos incorridos relativos aos períodos reportados. Todas as estimativas e assumpções efectuadas pelo Conselho de Administração foram efectuadas com base no seu melhor conhecimento existente, à data de aprovação das demonstrações financeiras, dos eventos e transacções em curso.

Os principais juízos de valor e estimativas mais significativas efectuadas utilizadas na preparação nas

demonstrações financeiras consolidadas incluem:

a) Vidas úteis dos activos fixos tangíveis e intangíveis; b) Testes de imparidade do goodwill e de outros activos fixos tangíveis e intangíveis; c) Registo de imparidade aos valores do activo, nomeadamente, inventários, contas a receber e

provisões; d) Cálculo da responsabilidade associada aos fundos de pensões; e e) Apuramento do justo valor dos instrumentos financeiros derivados.

Page 87: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012

(Montantes expressos em Euros)

- 16 -

As estimativas foram determinadas com base na melhor informação disponível à data da preparação das demonstrações financeiras consolidadas e com base no melhor conhecimento e na experiência de eventos passados e/ou correntes. No entanto, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data, não foram consideradas nessas estimativas. As alterações a essas estimativas, que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras consolidadas, serão corrigidas na demonstração de resultados de forma prospectiva, conforme disposto pelo IAS 8 – Políticas Contabilísticas, Alterações nas Estimativas Contabilísticas e Erros.

2.4 GESTÃO DE RISCO FINANCEIRO

O Grupo Altri encontra-se exposto essencialmente ao: (i) risco de mercado; (ii) risco de liquidez; e (iii) risco de crédito. O principal objectivo da Administração ao nível da gestão de risco é o de reduzir estes riscos a um nível considerado aceitável para o desenvolvimento das actividades do Grupo. As linhas orientadoras da política de gestão de risco são definidas pelo Conselho de Administração da Altri, o qual determina quais os limites de risco aceitáveis. A concretização operacional da política de gestão de risco é levada a cabo pela Administração e pela Direcção de cada uma das empresas participadas. a) Risco de mercado Revestem-se de particular importância no âmbito da gestão de risco de mercado o risco de taxa de juro, o risco de taxa de câmbio, o risco da variabilidade nos preços de commodities e os riscos relacionados com a gestão florestal e produção de eucalipto. O Grupo utiliza instrumentos derivados na gestão dos seus riscos de mercado a que está exposto como forma de garantir a sua cobertura, não sendo utilizados instrumentos derivados com o objectivo de negociação ou especulação.

i) Risco de taxa de juro A exposição do Grupo à taxa de juro decorre essencialmente dos empréstimos de longo prazo que são constituídos na sua maioria por dívida indexada à Euribor. O Grupo utiliza instrumentos derivados ou transacções semelhantes para efeitos de cobertura de riscos de taxas de juro consideradas significantes. Três princípios são utilizados na selecção e determinação dos instrumentos de cobertura da taxa de juro:

Para cada derivado ou instrumento de cobertura utilizado para protecção do risco associado a um

determinado financiamento, existe coincidência entre as datas dos fluxos de juros pagos nos financiamentos objecto de cobertura e as datas de liquidação ao abrigo dos instrumentos de cobertura;

Equivalência perfeita entre as taxas base: o indexante utilizado no derivado ou instrumento de cobertura deverá ser o mesmo que o aplicável ao financiamento/transacção que está a ser coberta; e

Desde o início da transacção, o custo máximo do endividamento, resultante da operação de cobertura realizada, é conhecido e limitado, mesmo em cenários de evoluções extremas das taxas de juro de mercado, procurando-se que o nível de taxas daí resultante seja enquadrável no custo de fundos considerado no plano de negócios do Grupo.

Uma vez que a totalidade do endividamento do Grupo Altri se encontra indexado a taxas variáveis, são utilizados swaps de taxa de juro, quando tal é considerado necessário, como forma de protecção contra as variações dos fluxos de caixa futuros associados aos pagamentos de juros. Os swaps de taxa de juro contratados têm o efeito económico de converter os respectivos empréstimos associados a taxas variáveis para taxas fixas. Ao abrigo destes contratos o Grupo acorda com terceiras partes (Bancos) a troca, em períodos de tempo pré-determinados, da diferença entre o montante de juros calculados à taxa fixa contratada e à taxa variável da altura da refixação, com referência aos respectivos montantes nocionais acordados.

Page 88: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012

(Montantes expressos em Euros)

- 17 -

As contrapartes dos instrumentos de cobertura estão limitadas a instituições de crédito de elevada qualidade creditícia, sendo política do Grupo privilegiar a contratação destes instrumentos com entidades bancárias que formem parte das suas operações de financiamento. Para efeitos de determinação da contraparte das operações pontuais, o Grupo Altri solicita a apresentação de propostas e preços indicativos a um número representativo de bancos de forma a garantir a adequada competitividade destas operações.

Na determinação do justo valor das operações de cobertura, o Grupo Altri utiliza determinados métodos, tais como modelos de avaliação de opções e de actualização de fluxos de caixa futuros, e utiliza determinados pressupostos que são baseados nas condições de taxas de juro de mercado prevalecentes à data da demonstração da posição financeira consolidada. Cotações comparativas de instituições financeiras, para instrumentos específicos ou semelhantes, são utilizados como referencial de avaliação.

O Conselho de Administração do Grupo Altri aprova os termos e condições dos financiamentos considerados materiais para a Empresa, analisando para tal a estrutura da dívida, os riscos inerentes e as diferentes opções existentes no mercado, nomeadamente quanto ao tipo de taxa de juro (fixo/variável).

O objectivo do Grupo é limitar a volatilidade dos cash-flows e resultados tendo em conta o perfil da sua actividade operacional através da utilização de uma adequada combinação de dívida a taxa fixa e variável. A política do Grupo permite a utilização de derivados de taxa de juro para redução da exposição às variações da Euribor e não para fins especulativos.

A maior parte dos instrumentos derivados utilizados pelo Grupo na gestão do risco taxa de juro são definidos como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa por configurarem relações perfeitas de cobertura. Os indexantes, as convenções de cálculos, as datas de refixação das taxas de juro e os planos de reembolso dos instrumentos de cobertura de taxa de juro são em tudo idênticos às condições estabelecidas para os empréstimos subjacentes contratados. No entanto, existem alguns instrumentos derivados que, embora tenham sido contratados com o objectivo de cobertura do risco da taxa de juro, não se enquadram nos requisitos acima referidos para classificação como instrumentos de cobertura. A análise da sensibilidade dos resultados do Grupo Altri a alterações da taxa de juro encontra-se na Nota 21.

ii) Risco de taxa de câmbio

O Grupo está exposto ao risco de taxa de câmbio nas transacções relativas a vendas de produtos acabados em mercados internacionais em moeda diferente do Euro.

Sempre que o Conselho de Administração considere necessário, para reduzir a volatilidade dos seus resultados à variabilidade das taxas de câmbio, a exposição é controlada através de um programa de compra de divisas a prazo (forwards) ou de outros instrumentos derivados de taxa de câmbio.

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 os saldos (em Euros) expressos em USD, que é a principal moeda diferente do Euro, são como segue:

31.12.2012 31.12.2011

Contas a receber 18.570.855 15.233.383Contas a pagar 55.452 23.095Depósitos bancários (Nota 17) 20.552.601 5.679.053Factoring (Nota 21) 7.815.839 -

46.994.747 20.935.531

Adicionalmente, em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 os saldos (em Euros) expressos em moeda diferente do Euro e do USD são como se segue:

31.12.2012 31.12.2011

Contas a pagar 51.347 215.962

51.347 215.962

Page 89: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012

(Montantes expressos em Euros)

- 18 -

O Conselho de Administração do Grupo entende que eventuais alterações da taxa de câmbio não terão um efeito significativo sobre as demonstrações financeiras consolidadas quer pela dimensão dos activos e passivos expressos em moeda estrangeira, quer pela reduzida maturidade dos mesmos.

iii) Risco de variabilidade nos preços de commodities

Desenvolvendo a sua actividade num sector que transacciona commodities (pasta de papel), o Grupo encontra-se particularmente exposto a variações do seu preço, com os correspondentes impactos nos seus resultados. No entanto, para gerir este risco foram celebrados contratos de cobertura de variação de preços da pasta de papel, pelos montantes e valores considerados adequados às operações previstas, atenuando assim a volatilidade dos seus resultados.

O aumento/diminuição de 5% do preço da pasta de papel transaccionada pelo Grupo Altri durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2012 teria implicado um aumento/diminuição dos resultados operacionais de, aproximadamente, 22,6 Milhões de Euros, sem considerar o efeito dos derivados de pasta de papel (Nota 28) e mantendo-se tudo o resto constante.

iv) Riscos relacionados com a gestão florestal e produção de eucalipto A Altri, através da sua subsidiária Altri Florestal, tem sob gestão um património florestal de cerca de 84.000 hectares dos quais o eucalipto representa 81%. A área florestal está certificada pelo FSC® (Forest Stewardship Council®1) e pelo PEFC (Programme for the Endorsement of Forest Certification) os quais estabelecem princípios e critérios relativamente aos quais é avaliada a sustentabilidade da gestão do património florestal nas vertentes económica, ambiental e social. Neste contexto, toda a actividade florestal é dirigida para a optimização dos recursos disponíveis salvaguardando a estabilidade ambiental e os valores ecológicos presentes no seu património e garantindo o seu desenvolvimento. Os riscos associados a qualquer actividade florestal também estão presentes na gestão da Altri Florestal. Os incêndios florestais e as pragas e doenças que podem ocorrer nas diferentes matas espalhadas por todo o território nacional são os maiores riscos com que o sector se defronta na sua actividade. Estas ameaças, se ocorrem, em função da sua intensidade, afectam o normal funcionamento das explorações florestais e a eficiência da produção. De forma a prevenir e reduzir o impacto dos incêndios florestais nas matas, a Altri Florestal participa no agrupamento Afocelca, em parceria com o grupo Portucel, que tem como finalidade a disponibilização, coordenação e a gestão dos meios disponíveis para o combate aos incêndios. Ao mesmo tempo são efectuados recorrentemente investimentos significativos nas áreas florestais com a limpeza da floresta para reduzir os riscos de propagação de incêndios assim como minorar os seus prejuízos. No que respeita às pragas e doenças, o seu aparecimento pode reduzir de forma significativa o crescimento dos povoamentos florestais provocando danos irreversíveis na produtividade. Para o seu combate foram estabelecidos procedimentos de luta integrada, quer através de largadas de parasitóides específicos oriundos da Austrália quer através da utilização de produtos fitofármacos de modo a controlar as populações de insectos nocivos e reduzir o impacto negativo da sua presença. Por outro lado, nas áreas mais afectadas, a Altri Florestal está a utilizar material genético mais adequado nas novas plantações que, pelas suas características permitem resistir melhor a essas pragas e doenças. O aumento/diminuição de 5% do preço da madeira durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2012 teria implicado uma diminuição/aumento nos resultados operacionais de, aproximadamente, 10,7 Milhões de Euros mantendo-se tudo o resto constante.

b) Risco de liquidez

O principal objectivo da política de gestão de risco de liquidez é garantir que o Grupo tem disponível, a todo o momento, os recursos financeiros necessários para fazer face às suas responsabilidades e prosseguir as

1 FSC-C004615

Page 90: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012

(Montantes expressos em Euros)

- 19 -

estratégias delineadas honrando todos os compromissos assumidos com terceiros, quando se tornam devidos, através de uma adequada gestão da maturidade dos financiamentos.

O Grupo prossegue assim uma política activa de refinanciamento pautada: (i) pela manutenção de um nível elevado de recursos livres e imediatamente disponíveis para fazer face a necessidades de curto prazo; e (ii) pelo alongamento ou manutenção da maturidade da dívida de acordo com os cash-flows previstos e a capacidade de alavancagem do seu balanço.

A análise de liquidez para instrumentos financeiros é apresentada junto da nota respectiva a cada classe de passivos financeiros. c) Risco de crédito O Grupo está exposto ao risco de crédito no âmbito da sua actividade operacional corrente. Este risco é controlado através de um sistema de recolha de informação financeira e qualitativa, prestada por entidades reconhecidas que fornecem informação de riscos, que permitem avaliar a viabilidade dos clientes no cumprimento das suas obrigações, visando a redução do risco de concessão de crédito. A avaliação do risco de crédito é efectuada numa base regular, tendo em consideração as condições correntes de conjuntura económica e a situação específica do crédito de cada uma das empresas, sendo adoptados procedimentos correctivos sempre que tal se julgue conveniente. O risco de crédito é limitado pela gestão da concentração de riscos e uma rigorosa selecção de contrapartes bem como pela contratação de seguros de crédito junto de instituições especializadas e que cobrem uma parte significativa do crédito concedido em resultado da actividade desenvolvida pelo Grupo. Os ajustamentos para contas a receber são calculados tendo em consideração; (i) o perfil de risco do cliente; (ii) o prazo médio de recebimento; e (iii) as condições financeiras do cliente. Os montantes apresentados na demonstração da posição financeira encontram-se líquidos das perdas acumuladas de imparidade para cobranças duvidosas que foram estimadas pelo Grupo, estando portanto ao seu justo valor.

3. ALTERAÇÕES DE POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS E CORRECÇÃO DE ERROS Não ocorreram durante o exercício alterações de políticas contabilísticas não tendo igualmente sido corrigidos

erros materiais relativos a exercícios anteriores.

Page 91: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012

(Montantes expressos em Euros)

- 20 -

4. INVESTIMENTOS 4.1 INVESTIMENTOS EM SUBSIDIÁRIAS

As empresas incluídas na consolidação pelo método integral, respectivas sedes, proporção do capital detido e

actividade desenvolvida em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 são as seguintes:

Denominação social Sede

Percentagem efectiva de participação Actividade

2012 2011

Empresa mãe:

Altri, SGPS, S.A. Porto Sociedade gestora de participações sociais

Grupo Caima / Celtejo / Celbi:

Altri - Energias Renováveis, SGPS, S.A. Vila Velha de Ródão 99,83% 99,83% Holding

Altri Florestal, S.A. Figueira da Foz 100% 100% Exploração silvícola

Altri Sales, S.A. Nyon, Suiça 100% 100% Comercialização de pasta de papel

Altri, Participaciones Y Trading, S.L. Madrid, Espanha 100% 100% Holding

Caima Energia – Empresa de Gestão e Exploração de Energia, S.A. Constância 100% 100% Produção de energia térmica e eléctrica

Caima Indústria de Celulose, S.A. Constância 100% 100% Produção e comercialização de pasta de papel

Captaraíz Unipessoal, Lda. Figueira da Foz 100% 100% Compra e venda de imóveis

Celbinave – Tráfego e Estiva SGPS, Unipessoal, Lda. Figueira da Foz 100% 100% Agenciação e fretamento de navios

Celtejo – Empresa de Celulose do Tejo, S.A. Vila Velha de Ródão 99,83% 99,83% Produção e comercialização de pasta de papel

Celulose Beira Industrial (Celbi), S.A. Figueira da Foz 100% 100% Produção e comercialização de pasta de papel

Celulose do Caima, SGPS, S.A. Figueira da Foz 100% 100% Sociedade gestora de participações sociais

Inflora – Sociedade de Investimentos Florestais, S.A. Figueira da Foz 100% 100% Exploração silvícola

Invescaima – Investimentos e Participações, SGPS, S.A. Figueira da Foz 100% 100% Sociedade gestora de participações sociais

Pedro Frutícola, Sociedade Frutícola, S.A. Constância 100% 100% Produção agrícola

Sóscasca - Recolha e Comércio de Recicláveis, S.A (a) Águeda - - Recolha e Comércio de Recicláveis

Viveiros do Furadouro Unipessoal, Lda. Óbidos 100% 100% Produção de plantas em viveiros e prestação de serviços agro-f lorestais e paisagísticos

(a) - sociedade alienada no exercício de 2011 (Nota 4.4)

Estas empresas filiais foram incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas do Grupo Altri pelo método

de consolidação integral, conforme indicado na Nota 2.2 a). 4.2 INVESTIMENTOS EM EMPRESAS ASSOCIADAS E EMPREENDIMENTOS CONJUNTOS As empresas associadas e os empreendimentos conjuntos, proporção do capital detido e actividade

desenvolvida em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 são como segue:

Denominação social Percentagem efectiva de participação Actividade

2012 2011

Empresas associadas:

Operfoz – Operadores do Porto da Figueira da Foz, Lda. 33,33% 33,33% Operação em portos

Empreendimentos conjuntos:

EDP – Produção Bioeléctrica, S.A. 50% 50% Produção de energia eléctrica

Estas empresas associadas e empreendimentos conjuntos foram incluídos nas demonstrações financeiras

consolidadas do Grupo Altri pelo método de equivalência patrimonial, conforme indicado nas Notas 2.2 b) e 2.2. c).

Page 92: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012

(Montantes expressos em Euros)

- 21 -

O valor de balanço, o activo, o capital próprio e o resultado líquido para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2012 das empresas associadas e empreendimentos conjuntos são como segue:

Denominação socialValor de

balanço (a) Activo Capital próprioResultado

líquido

Empresas associadas:

Operfoz – Operadores do Porto da Figueira da Foz, Lda. 426.201 3.492.747 1.278.604 145.589

Empreendimentos conjuntos:

EDP – Produção Bioeléctrica, S.A. 5.911.493 156.823.000 13.351.000 4.516.000

6.337.694

(a) Incluí suprimentos concedidos

As políticas contabilísticas usadas por estas empresas associadas e empreendimentos conjuntos não diferem significativamente das utilizadas pelo Grupo Altri, facto pelo qual não houve necessidade de qualquer harmonização de políticas contabilísticas.

4.3 INVESTIMENTOS DISPONÍVEIS PARA VENDA Os investimentos disponíveis para venda em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 e o seu valor de balanço nessas

datas, podem ser detalhados como segue:

2012 2011

Rigor Capital - Produção de Energia, Lda. 10.527.397 10.000.000

Outros investimentos 4.454.506 93.935

14.981.903 10.093.935

Valor de balanço

É entendimento do Grupo Altri que o valor contabilístico dos investimentos disponíveis para venda, que

correspondem a participações financeiras inferiores a 20%, nas quais o Grupo Altri não tem influência significativa na gestão e que se encontram registadas ao custo de aquisição, deduzido de perdas por imparidade de acordo com a política contabilística referida no Nota 2.3 l) i), não difere de forma significativa do seu justo valor, sendo que no caso particular do investimento na Rigor Capital – Produção de Energia, Lda. tal entendimento assenta no facto de que, na data da sua aquisição, em 2010, ter sido obtida uma avaliação efectuada por uma entidade externa e cujos pressupostos e estimativas considerados nessa avaliação se mantêm actuais à data destas demonstrações financeiras consolidadas, de acordo com o Conselho de Administração da Altri.

A rubrica “Outros investimentos” corresponde sobretudo a títulos cotados em bolsa os quais estão registados

ao respectivo valor de mercado (Nota 6). 4.4 UNIDADES OPERACIONAIS EM DESCONTINUAÇÃO

Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2011 o Grupo Altri procedeu à alienação da subsidiária Sócasca – Recolha e Comércio de Recicláveis, S.A. (“Socasca”).

Page 93: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012

(Montantes expressos em Euros)

- 22 -

O detalhe do resultado gerado no exercício findo em 31 de Dezembro de 2011 pelas unidades operacionais em descontinuação foi como segue:

31.12.2011

Sócasca

Vendas e prestações de serviços 3.260.648Outros proveitos 471.461Custo das vendas (1.375.176)Fornecimentos de serviços externos (1.771.332)Custos com o pessoal (260.679)Outros custos (49.938)Amortizações e depreciações (236.336)Custos f inanceiros (71.679) Resultado antes de impostos (33.031)

Impostos sobre o rendimento (4.005) Resultado líquido (37.036)

Menos valia gerada pela venda do investimento f inanceiro (2.570.973)

Unidades operacionais em descontinuação (2.608.009)

Esta participação financeira foi alienada pelo montante de 2.300.000 Euros (Nota 17) dos quais até 31 de Dezembro de 2012 foram recebidos 1.000.000 Euros, encontrando-se por receber àquela data o montante de 1.300.000 Euros (Nota 14). Adicionalmente, o saldo inicial de caixa e seus equivalentes desta entidade considerado nas demonstrações financeiras com referência a 31 de Dezembro de 2010 ascendia a 115.072 Euros, pelo que o impacto ao nível dos fluxos de caixa da saída do perímetro de consolidação desta entidade se resume a estes dois efeitos.

5. ALTERAÇÕES OCORRIDAS NO PERÍMETRO DE CONSOLIDAÇÃO

Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2012, não existiram alterações ao perímetro de consolidação. Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2011, não existiram alterações ao perímetro de consolidação para além do referido na Nota 4.4.

Page 94: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012

(Montantes expressos em Euros)

- 23 -

6. CLASSES DE INSTRUMENTOS FINANCEIROS

Os instrumentos financeiros, de acordo com as políticas contabilísticas descritas na Nota 2.3.l), foram classificados como segue:

31 de Dezembro de 2012 NotasEmpréstimos e

contas a receberDisponíveis para

vendaDerivados Total

Activos não correntesInvestimentos disponíveis para venda 4.3 - 14.981.903 - 14.981.903

- 14.981.903 - 14.981.903

Activos correntesClientes 13 94.859.425 - - 94.859.425

Outras dívidas de terceiros 14 7.241.482 - - 7.241.482

Instrumentos financeiros derivados 28 - - 261.783 261.783

Caixa e equivalentes de caixa 17 112.392.485 - - 112.392.485

214.493.392 - 261.783 214.755.175

214.493.392 14.981.903 261.783 229.737.078

31 de Dezembro de 2011 NotasEmpréstimos e

contas a receberDisponíveis para

vendaTotal

Activos não correntesInvestimentos disponíveis para venda 4.3 - 10.093.935 10.093.935

- 10.093.935 10.093.935

Activos correntesClientes 13 66.672.815 - 66.672.815

Outras dívidas de terceiros 14 9.087.406 - 9.087.406

Caixa e equivalentes de caixa 17 112.746.939 - 112.746.939

188.507.160 - 188.507.160

188.507.160 10.093.935 198.601.095

31 de Dezembro de 2012 Notas

Passivos financeiros

Derivados Total

Empréstimos bancários 21 103.556.923 - 103.556.923Outros empréstimos 21 454.999.132 - 454.999.132

Incentivos reembolsáveis 21 22.770.236 - 22.770.236Outros credores não correntes 23 528.802 - 528.802

581.855.093 - 581.855.093

Passivos correntesEmpréstimos bancários 21 45.467.181 - 45.467.181Outros empréstimos - parcela de curto prazo 21 139.404.040 - 139.404.040

Incentivos reembolsáveis 21 11.694.604 - 11.694.604Fornecedores 25 56.343.385 - 56.343.385Outras dívidas a terceiros 26 6.679.435 - 6.679.435Instrumentos financeiros derivados 28 - 22.113.796 22.113.796

259.588.645 22.113.796 281.702.441

841.443.738 22.113.796 863.557.534

31 de Dezembro de 2011 NotasPassivos

financeirosDerivados Total

Empréstimos bancários 21 11.875.000 - 11.875.000Outros empréstimos 21 499.878.011 - 499.878.011

Incentivos reembolsáveis 21 38.893.917 - 38.893.917Outros credores não correntes 23 699.819 - 699.819

551.346.747 - 551.346.747

Passivos correntesEmpréstimos bancários 21 157.121.714 - 157.121.714Outros empréstimos - parcela de curto prazo 21 127.658.514 - 127.658.514

Incentivos reembolsáveis 21 8.784.029 - 8.784.029Fornecedores 25 66.608.803 - 66.608.803Outras dívidas a terceiros 26 8.233.010 - 8.233.010Instrumentos financeiros derivados 28 - 14.751.984 14.751.984

368.406.070 14.751.984 383.158.054

919.752.817 14.751.984 934.504.801

Passivos não correntes

Passivos não correntes

Page 95: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012

(Montantes expressos em Euros)

- 24 -

Instrumentos financeiros reconhecidos a justo valor O quadro seguinte detalha os instrumentos financeiros que são mensurados a justo valor após o

reconhecimento inicial, agrupados em 3 níveis de acordo com a possibilidade de observar no mercado o seu justo valor:

Nível 1: o justo valor é determinado com base em preços de mercado activo;

Nível 2: o justo valor é determinado com base em técnicas de avaliação. Os principais inputs dos modelos de avaliação são observáveis no mercado; e

Nível 3: o justo valor é determinado com base em modelos de avaliação, cujos principais inputs não são

observáveis no mercado.

Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 1 Nível 2 Nível 3

Activos financeiros mensurados ao justo valor:Investimentos disponiveis para venda (Nota 4.3) 4.310.202 - - - - -Derivados (Nota 28) - 261.763 - - - -

Passivos financeiros mensurados a justo valor:Derivados (Nota 28) - 22.113.796 - - 14.751.984 -

31.12.2012 31.12.2011

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 não existem activos financeiros cujos termos tenham sido renegociados e que caso não tivessem sido renegociados estariam vencidos ou em imparidade.

Page 96: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012

(Montantes expressos em Euros)

- 25 -

7. ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 o movimento ocorrido no valor dos activos

fixos tangíveis, bem como nas respectivas amortizações e perdas de imparidade acumuladas, foi o seguinte:

2012

Activo brutoTerrenos e recursos naturais

Edifícios e outras construções

Equipamento básico

Equipamento de transporte

Equipamento administrativo

Outros activos f ixos tangíveis

Activos f ixos tangíveis em

cursoAdiantamentos por conta

de activos f ixos Total

Saldo inicial 26.590.516 104.388.008 934.861.814 3.466.642 10.033.423 13.820.199 7.545.344 583.212 1.101.289.158

Aumentos 64.425 57.838 6.425.767 278.657 77.082 363.074 5.178.228 - 12.445.071

Alienações e abates (38.213) (187.695) (3.824.047) (334.030) (32.942) (19.016) - - (4.435.943)

Transferências 66.220 180.383 6.583.133 4.692 79.917 97.822 (7.171.052) - (158.885)

Saldo f inal 26.682.948 104.438.534 944.046.667 3.415.961 10.157.480 14.262.079 5.552.520 583.212 1.109.139.401

Amortizações acumuladasTerrenos e recursos naturais

Edifícios e outras construções

Equipamento básico

Equipamento de transporte

Equipamento administrativo

Outros activos f ixos tangíveis Total

Saldo inicial 6.842.055 84.016.057 526.077.781 2.662.606 8.827.445 12.744.331 641.170.275

Aumentos 329.021 1.741.184 45.091.164 353.974 488.267 277.406 48.281.016

Alienações e abates - (151.255) (3.777.399) (275.060) (2.150) (8.014) (4.213.878)

Transferências - (9.885) (129.040) (43.098) (30.464) 9.312 (203.175)

Saldo f inal 7.171.076 85.596.101 567.262.506 2.698.422 9.283.098 13.023.035 685.034.238

19.511.872 18.842.433 376.784.161 717.539 874.382 1.239.044 5.552.520 583.212 424.105.163

2011

Activo brutoTerrenos e recursos naturais

Edifícios e outras construções

Equipamento básico

Equipamento de transporte

Equipamento administrativo

Outros activos f ixos tangíveis

Activos f ixos tangíveis em

cursoAdiantamentos por conta

de activos f ixos Total

Saldo inicial 27.975.087 105.450.626 919.487.639 4.037.652 9.391.251 13.672.815 13.543.603 779.940 1.094.338.613

Alteração do perímetro (Nota 4.4) (1.001.233) (1.154.726) (1.526.916) (783.679) (41.768) (12.312) (43.772) - (4.564.406)

Aumentos 19.310 229.241 7.048.928 587.900 68.695 211.110 7.229.440 - 15.394.624

Alienações e abates (1.698.148) (367.048) (1.614.266) (340.956) (73.232) (51.414) - (16.722) (4.161.786)

Tranferências 1.295.500 229.915 11.466.429 (34.275) 688.477 - (13.183.927) (180.006) 282.113

Saldo f inal 26.590.516 104.388.008 934.861.814 3.466.642 10.033.423 13.820.199 7.545.344 583.212 1.101.289.158

Amortizações acumuladasTerrenos e recursos naturais

Edifícios e outras construções

Equipamento básico

Equipamento de transporte

Equipamento administrativo

Outros activos f ixos tangíveis Total

Saldo inicial 6.378.602 82.775.972 480.645.161 3.213.220 8.221.370 12.617.733 593.852.058

Alteração do perímetro (Nota 4.4) - (353.749) (993.540) (594.936) (39.925) (8.233) (1.990.383)

Aumentos 463.453 1.884.324 47.859.097 391.556 719.231 267.235 51.584.896

Alienações e abates - (284.625) (1.432.937) (312.959) (73.231) (51.414) (2.155.166)

Tranferências - (5.865) - (34.275) - (80.990) (121.130)

Saldo f inal 6.842.055 84.016.057 526.077.781 2.662.606 8.827.445 12.744.331 641.170.275

19.748.461 20.371.951 408.784.033 804.036 1.205.978 1.075.868 7.545.344 583.212 460.118.883

Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 as amortizações do exercício ascenderam a 48.281.016 Euros e 51.584.896 Euros, respectivamente, as quais foram registadas na rúbrica da demonstração de resultados “Amortizações e depreciações” (Nota 37). A rubrica “Activos fixos tangíveis em curso” em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 refere-se aos seguintes projectos:

31-12-2012 31-12-2011Remodelação da instalação fabril de evaporação 2.041.755 3.429.090Projectos de cogeração 1.925.781 -Outros projectos 1.584.984 4.116.254

5.552.520 7.545.344

Page 97: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012

(Montantes expressos em Euros)

- 26 -

8. PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO O montante registado na rúbrica “Propriedades de investimento” em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 é referente, essencialmente, a terrenos que não se encontram afectos à actividade operacional do Grupo Altri. O Conselho de Administração entende que o justo valor das propriedades de investimento é superior ao valor líquido contabilístico. Os movimentos da rubrica “Propriedades de investimento” durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 foram como se segue:

2012 2011Activo Bruto

Saldo inicial 1.013.139 682.308 Aumentos - 367.795 Alienações (210.093) - Transferências e abates - (36.964)

Saldo final 803.046 1.013.139

Amortizações acumuladas

Saldo inicial 478.913 468.095 Aumentos 7.381 10.818 Alienações (151.254) -

Saldo final 335.040 478.913

Valor líquido 468.006 534.226

Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 as amortizações do exercício das propriedades de investimento ascenderam a 7.381 Euros e 10.818 Euros, respectivamente, e foram registadas na rubrica “Amortizações e depreciações” (Nota 37).

9. GOODWILL

Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, os movimentos ocorridos no Goodwill, foram os seguintes:

Valor em 01.01.2011 269.593.886

Diminuições (4.062.482)

Valor em 31.12.2011 265.531.404

Valor em 01.01.2012 265.531.404

Valor em 31.12.2012 265.531.404

As diminuições registadas no exercício findo em 31 de Dezembro de 2011 dizem respeito à venda da subsidiária Sócasca – Recolhe e Comércio de Recicláveis S.A. (Nota 4.4). O goodwill não é amortizado, sendo efectuados testes de imparidade numa base anual e sempre que seja identificado um evento ou alteração nas circunstâncias que indique que o montante pelo qual o activo se encontra registado possa não ser recuperado. Sempre que o montante pelo qual o activo se encontra registado é superior à sua quantia recuperável é reconhecida uma perda de imparidade. A quantia recuperável é a mais alta do preço de venda líquido e do valor de uso. Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, não foram registadas nem revertidas quaisquer perdas de imparidade relativas a goodwill.

Page 98: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012

(Montantes expressos em Euros)

- 27 -

No exercício de 2012, por forma a aferir da existência, ou não, de imparidade para o principal valor do goodwill que resultou da aquisição da Celbi – Celulose da Beira Industrial, S.A. no exercício de 2006, no montante de 253.391.251 Euros, o Grupo procedeu à avaliação desta empresa filial, tendo concluído pela inexistência de imparidade ao nível daquele goodwill. Aquela avaliação foi efectuada com base no desempenho histórico da Celbi e numa estimativa dos fluxos de caixa descontados tendo por base um plano de negócios da Celbi a 6 anos (uma vez que é entendimento do Conselho de Administração ser este o período mais adequado face à natureza cíclica das operações do Grupo), tendo sido considerado um preço de venda da pasta de papel de médio e longo prazo, não influenciado pelas oscilações positivas ou negativas de curto prazo. Os principais pressupostos utilizados neste cálculo com referência a 31 de Dezembro de 2012 foram os seguintes:

Taxa de inflação 2,00%

Taxa de desconto 9,93%

Taxa de crescimento na perpetuidade 2,00% A taxa de desconto líquida de imposto (líquida de imposto pelo facto dos fluxos de caixa utilizados nas projecções financeiras serem também líquidos de imposto) utilizada no exercício findo em 31 de Dezembro de 2012 foi de 9,93%, a qual foi calculada com base na metodologia WACC (Weighted Average Cost of Capital), considerando os seguintes pressupostos:

Taxa de juro sem risco 6,17%

Prémio de risco dos capitais próprios 6,00%

Prémio de risco da dívida 2,50% O Grupo Altri procedeu a uma análise de sensibilidade desta avaliação a variações em pressupostos chave, tendo concluído que caso tivesse considerado uma taxa de desconto de 11% em conjunto com uma taxa de crescimento na perpetuidade nula as conclusões da inexistência de imparidade no goodwill da filial Celbi mantinham-se válidas. Em relação ao restante goodwill no montante de 12.140.153 Euros, por forma a aferir da existência ou não de perdas de imparidade com referência a 31 de Dezembro de 2012, o Grupo procedeu a uma comparação dos meios libertos líquidos gerados anualmente por cada empresa, bem como múltiplos de mercado, com os respectivos contributos líquidos para as demonstrações financeiras consolidadas incluindo goodwill, tendo concluído pela inexistência de imparidade.

Page 99: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012

(Montantes expressos em Euros)

- 28 -

10. ACTIVOS INTANGÍVEIS Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, o movimento ocorrido no valor dos activos

intangíveis, bem como nas respectivas amortizações e perdas de imparidade acumuladas, foi o seguinte:

2012Activo bruto

Propriedade industrial e

outros direitos Softw areOutros activos

f ixos intangíveis Total

Saldo inicial 1.320 7.724.508 25.600 7.751.428Aumentos - 94.327 - 94.327Alienações - (15.359) - (15.359)Transferências e abates - 94.962 - 94.962

Saldo f inal 1.320 7.898.438 25.600 7.925.358

Amortizações acumuladasPropriedade industrial e

outros direitos Softw areOutros activos

f ixos intangíveis Total

Saldo inicial 1.320 6.752.220 8.533 6.762.073Aumentos 51.453 513.270 8.533 573.256Alienações - (15.359) - (15.359)Transferências e abates - - - -

Saldo f inal 52.773 7.250.131 17.066 7.319.970

(51.453) 648.307 8.534 605.388

2011Activo bruto

Propriedade industrial e

outros direitos Softw areOutros activos

f ixos intangíveis Total

Saldo inicial 1.320 6.652.702 - 6.654.022Aumentos - 615.339 25.600 640.939Alienações - - - -Transferências e abates - 456.467 - 456.467

Saldo f inal 1.320 7.724.508 25.600 7.751.428

Amortizações acumuladasPropriedade industrial e

outros direitos Softw areOutros activos

f ixos intangíveis Total

Saldo inicial 1.320 6.128.895 - 6.130.215Aumentos - 655.521 8.533 664.054Alienações - - - -Transferências e abates - (32.196) - (32.196)

Saldo f inal 1.320 6.752.220 8.533 6.762.073

- 972.288 17.067 989.355

Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 as amortizações dos activos intangíveis ascendiam 573.256 Euros e a 664.054 Euros, respectivamente as quais foram registadas na Demonstração de Resultados na rúbrica “Amortizações e depreciações” (Nota 37).

Page 100: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012

(Montantes expressos em Euros)

- 29 -

11. INVENTÁRIOS E ACTIVOS BIOLÓGICOS Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, o montante registado na rubrica “Activos biológicos” corresponde às

florestas e encargos incorridos com as plantações efectuadas pelo Grupo, podendo o seu valor ser detalhado como segue:

31.12.2012 31.12.2011

Valor bruto 108.414.774 103.719.508

Perdas de imparidade acumuladas em activos biológicos (Nota 22) (380.006) (380.006)

108.034.768 103.339.502

Em 31 de Dezembro de 2012, a área total sob gestão da Altri ascendia a, aproximadamente, 84.000 hectares. A área relativa a eucalipto apresentava a seguinte distribuição por idades:

31-12-2012 31-12-2011

0 - 5 anos 34.568 34.489 6 -10 anos 29.048 28.301 > 10 anos 4.089 4.998

67.705 67.788

A restante área sob gestão refere-se a outras espécies florestais residuais de menor relevância. Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, o montante registado na rubrica “Inventários” pode ser detalhado como segue:

31.12.2012 31.12.2011

Matérias-primas, subsidiárias e de consumo 34.825.150 38.910.668

Produtos e trabalhos em curso 329.076 653.194

Produtos acabados e intermédios 17.872.209 27.051.183

53.026.435 66.615.045

Perdas de imparidade acumuladas (Nota 22) (5.586.156) (4.886.156)

47.440.279 61.728.889

O custo das vendas do exercício findo em 31 de Dezembro 2012 ascendeu a 208.834.212 Euros e foi apurado como segue:

Matérias primas, subsidiárias e de

consumo

Produtos acabados e intermédios

Produtos e trabalhos em

cursoActivos

biológicos Total

Saldo inicial 38.910.668 27.051.183 653.194 103.719.508 170.334.553

Compras 200.933.146 - - - 200.933.146

Regularização de existências (275.929) (716.349) - - (992.278)

Existências f inais (34.825.150) (17.872.209) (329.076) (108.414.774) (161.441.209)

204.742.735 8.462.625 324.118 (4.695.266) 208.834.212

Page 101: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012

(Montantes expressos em Euros)

- 30 -

O custo das vendas do exercício findo em 31 de Dezembro 2011 ascendeu a 201.463.043 Euros e foi apurado como segue:

Matérias primas, subsidiárias e de

consumo

Produtos acabados e intermédios

Produtos e trabalhos em

cursoActivos

biológicos Total

Saldo inicial 38.637.982 15.346.153 450.877 93.931.878 148.366.890

Compras 228.723.305 - - - 228.723.305

Regularização de existências (3.154.058) (2.138.541) - - (5.292.599)

Existências f inais (38.910.668) (27.051.183) (653.194) (103.719.508) (170.334.553)

225.296.561 (13.843.571) (202.317) (9.787.630) 201.463.043

Os montantes incluídos na rubrica “Regularização de existências” dizem respeito sobretudo aos efeitos na rubrica inventários da saída do perímetro da Sócasca – Recolha e Comércio de Recicláveis, S.A. (Nota 4.4).

12. IMPOSTOS CORRENTES E DIFERIDOS

De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos (cinco anos para a Segurança Social), excepto quando tenha havido prejuízos fiscais, tenham sido concedidos benefícios fiscais, ou estejam em curso inspecções, reclamações ou impugnações, casos estes em que, dependendo das circunstâncias, os prazos são alongados ou suspensos. Deste modo, as declarações fiscais da Empresa e suas subsidiárias dos anos de 2009 a 2012 poderão vir ainda ser sujeitas a revisão. O Conselho de Administração da Empresa entende que as eventuais correcções resultantes de revisões/inspecções por parte das autoridades fiscais àquelas declarações de impostos não terão um efeito significativo nas demonstrações financeiras consolidadas em 31 de Dezembro de 2012 e 2011.

Page 102: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012

(Montantes expressos em Euros)

- 31 -

O movimento ocorrido nos activos e passivos por impostos diferidos nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 foi como segue:

2012Activos por impostos

diferidosPassivos por impostos

diferidos

Saldo em 1.1.2012 13.699.322 444.167

Efeitos na demonstração dos resultados:

Aumento/(Redução) de provisões e perdas por imparidade não aceites para efeitos f iscais 1.316.627 -

Harmonização de taxas de amortização 312.860 -

Prejuízos f iscais reportáveis 16.429.925 -

Amortização fiscal do goodw ill - 16.429.925

Outros efeitos (301.745) 57.886

Total de efeitos na demonstração dos resultados 17.757.668 16.487.811

Efeitos em capitais próprios:

Justo valor de instrumentos derivados (Nota 28) 1.900.382 -

Saldo em 31.12.2012 33.357.371 16.931.978

2011Activos por impostos

diferidosPassivos por impostos

diferidos

Saldo em 1.1.2011 14.712.478 777.344

Efeitos na demonstração dos resultados:

Aumento/(Redução) de provisões e perdas por imparidade não aceites para efeitos f iscais (220.231) -

Harmonização de taxas de amortização 1.650.525 -

Outros efeitos 141.695 (333.177)

Total de efeitos na demonstração dos resultados 1.571.989 (333.177)

Efeitos em capitais próprios:

Justo valor de instrumentos derivados (Nota 28) (2.585.145) -

Saldo em 31.12.2011 13.699.322 444.167

Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2012 foi reforçada a decisão estratégica de dar continuidade às operações da filial Altri SL, sedeada em Espanha. No seguimento dessa decisão: (i) foi suportado o registo dos passivos por impostos diferidos resultantes da amortização fiscal naquele país do goodwill gerado na aquisição da Celulose Beira Industrial (Celbi), S.A., cujo montante em 31 de Dezembro de 2012 ascendia a 16.429.925 Euros; e (ii) atendendo às projecções de lucros fiscais futuros da Altri SL o Conselho de Administração da Altri estima recuperar perdas fiscais passadas, o que deu origem ao registo de activos por impostos diferidos no montante de 16.429.925 Euros. O detalhe dos activos e passivos por impostos diferidos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, de acordo com as diferenças temporárias que os geraram, é como segue:

31.12.2012 31.12.2011Activos por impostos

diferidosPassivos por impostos

diferidosActivos por impostos

diferidosPassivos por impostos

diferidos

Provisões e perdas por imparidade não aceites f iscalmente 2.412.752 - 1.096.125 -

Justo valor dos instrumentos derivados 4.582.043 - 2.681.661 -

Harmonização de políticas contabilísticas 8.191.876 - 7.879.016 -

Anulação de mais valias e transacções intra-grupo 600.459 - 679.252 -

Prejuízos f iscais reportáveis 16.429.925 - - -

Amortização f iscal do goodw ill - 16.429.925 - -

Outros 1.140.316 502.053 1.388.409 444.167

33.357.371 16.931.978 13.699.322 444.167

Page 103: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012

(Montantes expressos em Euros)

- 32 -

De acordo com a legislação em vigor o Grupo utiliza para os impostos diferidos relativos às filiais portuguesas uma taxa de 26,5%, nos casos em que incide derrama de 1,5%, excepto no que respeita a activos por impostos diferidos resultantes de prejuízos fiscais reportáveis, situação em que é utilizada uma taxa de 25%. Não foi considerada a derrama estadual por não se entender como provável a tributação/dedução de parte relevante das diferenças temporárias durante o período estimado de aplicação da referida taxa. Relativamente à filial Altri, SL sediada em Espanha a taxa utilizada no cálculo dos activos e passivos por impostos diferidos foi de 30% por ser a taxa de imposto em vigor naquele país. Em 31 de Dezembro de 2012 foram avaliados os impostos diferidos a reconhecer resultantes de prejuízos fiscais, os quais só são registados na medida em que seja provável que ocorram lucros tributáveis no futuro e que possam ser utilizados para recuperar as perdas fiscais ou diferenças tributárias dedutíveis. Em 31 de Dezembro de 2012 existiam prejuízos fiscais reportáveis gerados nas filiais portuguesas no montante de, aproximadamente, 23.500.000 Euros e, aproximadamente, 10.000.000 Euros gerados na Altri SL, cujos activos por impostos diferidos, numa óptica de prudência, não se encontram registados e ascenderiam a, aproximadamente, 8.875.000 Euros caso fossem registados. Adicionalmente, de acordo com a legislação em vigor em Portugal, a derrama estadual corresponde à aplicação de uma taxa adicional de 3% sobre a parte do lucro tributável entre 1,5 e 10 milhões de Euros e de 5% sobre a parte do lucro tributável superior a 10 milhões de Euros. Os impostos sobre o rendimento reconhecidos na demonstração dos resultados dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 podem ser detalhados como segue:

31.12.2012 31.12.2011

Imposto corrente 9.931.148 4.341.835

Imposto diferido (1.269.857) (1.905.166)

8.661.291 2.436.669

A reconciliação do resultado antes de imposto para o imposto do exercício é como segue:

31.12.2012 31.12.2011

Resultado antes de Imposto 60.865.927 27.605.496

Taxa de Imposto (incluindo taxa máxima e derrama) 26,50% 26,50%

16.129.471 7.315.456

Benefícios fiscais (11.255.347) (2.708.502)

Derrama estadual 2.999.312 707.246

Outros efeitos 787.855 (2.877.531)

Imposto sobre o rendimento 8.661.291 2.436.669

A rubrica benefícios fiscais em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 corresponde sobretudo à utilização da parte do crédito de imposto atribuído pelo Estado Português às filiais Celbi - Celulose Beira Industrial (Celbi), S.A. e Celtejo – Empresa de Celulose do Tejo, S.A. no âmbito do incentivo fiscal ao investimento no aumento da capacidade produtiva (Nota 21). Em 31 de Dezembro de 2011 a rubrica “Outros efeitos” inclui correcções relativas a estimativas de imposto de exercícios anteriores no montante total de 1.926.376 Euros.

Page 104: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012

(Montantes expressos em Euros)

- 33 -

13. CLIENTES Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 esta rubrica tinha a seguinte composição:

31.12.2012 31.12.2011

Clientes, conta corrente 97.120.257 66.931.140Clientes de cobrança duvidosa 290.181 528.394

97.410.438 67.459.534Perdas de imparidade acumuladas em clientes (Nota 22) (2.551.013) (786.719)

94.859.425 66.672.815

A exposição do Grupo ao risco de crédito é atribuível antes de mais às contas a receber da sua actividade

operacional. Os montantes apresentados na demonstração da posição financeira encontram-se líquidos das perdas acumuladas de imparidade para cobranças duvidosas que foram estimadas pelo Grupo, de acordo com a sua experiência e com base na sua avaliação da conjuntura e envolventes económicas. O Conselho de Administração entende que os valores contabilísticos das contas a receber se aproximam do seu justo valor, uma vez que as mesmas não vencem juros e o efeito de desconto é considerado imaterial.

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, a antiguidade do valor líquido do saldo de clientes pode ser analisada

como segue:

31.12.2012 31.12.2011

Não vencido 82.838.775 57.560.895

Vencido mas sem registo de imparidade 0 - 30 dias 6.786.339 4.500.245 30 - 90 dias 4.213.661 4.243.653 + 90 dias 1.020.650 368.022

94.859.425 66.672.815

O Grupo contratou seguros de crédito para cobrir o risco de incobrabilidade de parte destas contas a receber, como segue:

31.12.2012 31.12.2011

Com seguro de crédito 78.367.524 54.557.325Sem seguro de crédito 19.042.914 12.902.209

97.410.438 67.459.534

O Grupo não cobra quaisquer encargos de juros enquanto os prazos de pagamento definidos (em média 60 dias) estejam a ser respeitados. Findos esses prazos, são cobrados os juros que estiverem definidos contratualmente, e de acordo com a lei em vigor e aplicável a cada situação, o que tenderá a ocorrer só em situações extremas. O Conselho de Administração entende que as contas a receber que não se encontram vencidas serão integralmente realizadas, tendo em conta o histórico de pagamentos e as características das contrapartes.

14. OUTRAS DÍVIDAS DE TERCEIROS Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 esta rubrica tinha a seguinte composição:

31.12.2012 31.12.2011

Adiantamentos a fornecedores 19.420 327.012Outros devedores 9.608.852 9.559.190

9.628.272 9.886.202

Perdas de imparidade acumuladas em outras dívidas de terceiros (Nota 22) (2.386.790) (798.796)7.241.482 9.087.406

Page 105: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012

(Montantes expressos em Euros)

- 34 -

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, a rubrica “Outros devedores” corresponde, principalmente, a contas a receber pela alienação de imobilizado, e a contas a receber para as quais foram constituídas perdas de imparidade. Adicionalmente, em 31 de Dezembro de 2012, esta rubrica inclui ainda o montante de 1.300.000 Euros (1.800.000 Euros em 31 de Dezembro de 2011) a receber fruto da alienação da Sócasca – Recolha e Comércio de Recicláveis, S.A. (Nota 4.4).

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, a antiguidade do valor líquido dos saldos de “Outras dívidas de terceiros” pode ser analisada como se segue:

31.12.2012 31.12.2011

Não vencido 5.841.541 9.029.773

Vencido mas sem registo de imparidade 0 - 30 dias - 57.397 30 - 90 dias - 236 > 90 dias 1.399.941 -

1.399.941 57.633

Total 7.241.482 9.087.406

Os devedores que não estão vencidos não apresentam qualquer sinal de imparidade, o valor contabilístico dos activos líquidos de imparidade é considerado como estando próximo do seu justo valor, sendo imaterial o efeito do seu desconto financeiro. O Conselho de Administração entende que as contas a receber que não se encontram vencidas serão integralmente realizadas, tendo em conta o histórico e características das contrapartes.

15. ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS

O detalhe da rubrica “Estado e outros entes públicos” em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, é o seguinte:

Valores devedores: 31.12.2012 31.12.2011

Imposto sobre o rendimento - 1.927.101

Retenções na fonte - 984.552

Imposto sobre o valor acrescentado 9.645.080 9.187.553Outros Impostos 165.457 1.482

9.810.537 12.100.688

Valores credores:Imposto sobre o rendimento (3.784.278) -Retenção na Fonte - IRS trabalho dependente (495.671) (784.914)Contribuições para a Segurança Social (436.028) (630.618)Imposto sobre o valor acrescentado (350.882) (160.201)Outros Impostos (24.197) (160.404)

(5.091.056) (1.736.137)

16. OUTROS ACTIVOS CORRENTES Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, esta rubrica tinha a seguinte composição:

Acréscimos de proveitos: 31.12.2012 31.12.2011Outros proveitos a facturar 232.946 688.451

Custos a reconhecer:Rendas e alugueres pagos antecipadamente 1.021.606 1.237.280Seguros pagos antecipadamente 534.620 578.119Outros custos pagos antecipadamente 758.271 835.919

2.547.443 3.339.769

Page 106: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012

(Montantes expressos em Euros)

- 35 -

17. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, o detalhe da rubrica “Caixa e equivalentes de caixa” era como segue:

31.12.2012 31.12.2011

Caixa 20.718 26.852Depósitos bancários 112.371.767 112.720.087

112.392.485 112.746.939

Descobertos bancários (Nota 21) (1.767.991) (1.328.932)

Caixa e equivalentes 110.624.494 111.418.007

Em descobertos bancários estão considerados os saldos credores de contas correntes com instituições financeiras, incluídos na demonstração da posição financeira na rubrica “Empréstimos bancários” (Nota 21).

Conforme indicado na Nota 2.4) a) ii), em 31 de Dezembro de 2012 e de 2011 os saldos de caixa e

equivalentes em moeda diferente do Euro ascendem a 20.552.601 Euros e 5.679.053 Euros, respectivamente. Dado que estes montantes correspondem a depósitos à ordem que são constantemente movimentados, os efeitos resultantes de alterações de taxas de câmbio sobre caixa e seus equivalentes detidos no início e no fim dos exercícios de 2012 e 2011 para efeito da demonstração dos fluxos de caixa são imateriais.

Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2012 os recebimentos relativos a investimentos financeiros foram os seguintes:

Valor da Valor transacção recebido EDP – Produção Bioeléctrica, S.A. (a) 3.000.000 3.000.000 Sócasca –Recolha e Comércio de Recicláveis, S.A. (Nota 4.4) 2.300.000 500.000 --------------- ---------------- 5.300.000 3.500.000 ========= ========= (a) – Devolução de empréstimos concedidos.

Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2011 os recebimentos relativos a investimentos financeiros foram os seguintes:

Valor da Valor transacção recebido EDP – Produção Bioeléctrica, S.A. (a) 4.860.000 4.860.000 Sócasca –Recolha e Comércio de Recicláveis, S.A. (Nota 4.4) 2.300.000 500.000 --------------- ---------------- 7.160.000 5.360.000 ========= ========= (a) – Devolução de empréstimos concedidos.

Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2012, os pagamentos relativos a investimentos financeiros resultaram da aquisição de investimentos disponíveis para venda (Nota 4.3).

18. OUTROS ACTIVOS NÃO CORRENTES

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, esta rubrica corresponde a rendas pagas antecipadamente, as quais serão reconhecidas como custo na demonstração dos resultados nos exercícios a que respeitam.

Page 107: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012

(Montantes expressos em Euros)

- 36 -

19. CAPITAL SOCIAL E RESERVAS

Capital social

Em 31 de Dezembro de 2012, o capital social da Empresa encontrava-se totalmente subscrito e realizado e era composto por 205.131.672 acções com o valor nominal de 12,5 cêntimos de Euro cada.

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 não existiam pessoas colectivas com uma participação no capital

subscrito de, pelo menos, 10%.

Reserva legal

A legislação comercial portuguesa estabelece que pelo menos 5% do resultado líquido anual tem de ser destinado ao reforço da “Reserva legal” até que esta represente pelo menos 20% do capital social. Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, a Empresa apresentava o montante de 2.862.981 Euros relativo à reserva legal, a qual não pode ser objecto de distribuição aos accionistas a não ser em caso de liquidação da Empresa, mas pode ser utilizada para absorver prejuízos depois de esgotadas as outras reservas, ou incorporada em capital.

Outras reservas

31.12.2012 31.12.2011

Reservas de cobertura (12.956.619) (7.685.749)Outras reservas e resultados transitados 116.069.034 97.270.755

103.112.415 89.585.006

A rubrica “Reservas de cobertura” diz respeito ao justo valor dos instrumentos financeiros derivados classificados como de cobertura de fluxos de caixa na componente eficaz da cobertura, líquido dos respectivos impostos diferidos (Nota 28). Nos termos da legislação portuguesa, o montante de reservas distribuíveis é determinado com base nas demonstrações financeiras individuais da Empresa, apresentadas de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro, tal como adoptadas pela União Europeia, sendo que, em 31 de Dezembro de 2012 o montante de reservas distribuíveis ascende a 17.793.908 Euros.

20. INTERESSES SEM CONTROLO

O movimento desta rubrica durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 foi o seguinte:

31.12.2012 31.12.2011Saldo inicial 105.421 112.365

Resultado do exercício atribuível aos interesses sem controlo 22.745 (6.944)

Saldo f inal 128.166 105.421

Page 108: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012

(Montantes expressos em Euros)

- 37 -

21. EMPRÉSTIMOS BANCÁRIOS E OUTROS EMPRÉSTIMOS Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, o detalhe das rubricas “Empréstimos bancários” e “Outros empréstimos”

é como segue:

2012Valor nominal Valor contabilístico

Corrente Não corrente Total Corrente Não corrente Total

Empréstimos bancários 43.699.190 103.556.923 147.256.113 43.699.190 103.556.923 147.256.113 Descobertos bancários (Nota 17) 1.767.991 - 1.767.991 1.767.991 - 1.767.991

Empréstimos bancários 45.467.181 103.556.923 149.024.104 45.467.181 103.556.923 149.024.104

Papel comercial 106.000.000 82.000.000 188.000.000 105.717.328 81.894.700 187.612.028 Empréstimos obrigacionistas - 375.000.000 375.000.000 - 373.104.432 373.104.432 Outros empréstimos 34.857.197 - 34.857.197 33.686.712 - 33.686.712

Outros empréstimos 140.857.197 457.000.000 597.857.197 139.404.040 454.999.132 594.403.172

Incentivos reembolsáveis 11.694.604 22.770.236 34.464.840 11.694.604 22.770.236 34.464.840

198.018.982 583.327.159 781.346.141 196.565.825 581.326.291 777.892.116

2011Valor nominal Valor contabilístico

Corrente Não corrente Total Corrente Não corrente Total

Empréstimos bancários 155.806.954 11.875.000 167.681.954 155.792.782 11.875.000 167.667.782 Descobertos bancários (Nota 17) 1.328.932 - 1.328.932 1.328.932 - 1.328.932

Empréstimos bancários 157.135.886 11.875.000 169.010.886 157.121.714 11.875.000 168.996.714

Papel comercial 111.000.000 128.000.000 239.000.000 110.629.490 127.831.518 238.461.008 Empréstimos obrigacionistas - 375.000.000 375.000.000 - 372.046.493 372.046.493 Outros empréstimos 18.086.789 - 18.086.789 17.029.024 - 17.029.024

Outros empréstimos 129.086.789 503.000.000 632.086.789 127.658.514 499.878.011 627.536.525

Incentivos reembolsáveis 8.784.099 38.893.917 47.678.016 8.784.029 38.893.917 47.677.946

295.006.774 553.768.917 848.775.691 293.564.257 550.646.928 844.211.185

Empréstimos bancários:

(i) Empréstimo bancário Altri SL Em Agosto de 2006, a subsidiária Altri, S.L. celebrou um contrato de empréstimo junto de um sindicato bancário no montante de 400.000.000 Euros destinado ao financiamento da aquisição das acções representativas de 99,96% do capital social e de 100% dos direitos de voto da Celbi, sendo que na data da sua obtenção foi dado como garantia o penhor das próprias acções da Celbi. Em 2007 este empréstimo sofreu uma amortização extraordinária de 250.000.000 Euros, pelo que nessa data a dívida em aberto passou a ascender a 150.000.000 Euros. Este empréstimo vence juros semestrais e postecipados a uma taxa de juro de Euribor a seis meses acrescida de um spread, tendo o seu plano de reembolso sido renegociado durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2012.

De acordo com as condições contratuais deste financiamento, os bancos podem solicitar, por sua única e exclusiva iniciativa o reembolso antecipado da totalidade do capital em dívida, caso se verifique que não foram atingidos determinados rácios de Dívida Líquida/EBITDA e de EBITDA /Serviço da dívida. Neste sentido, dado que em 31 de Dezembro de 2011 os valores dos rácios previstos nas condições contratuais deste empréstimo não estavam a ser integralmente atingidos, todas as prestações vincendas deste financiamento naquela data e que ascendiam ao montante de 139.112.500 Euros foram classificadas no passivo corrente. O plano de reembolso deste financiamento foi renegociado no decorrer do exercício findo em 31 de Dezembro de 2012 o qual se fixou 11 prestações semestrais distintas, a primeira em Fevereiro de 2013 e a última em Fevereiro de 2018, sendo que em 31 de Dezembro de 2012 o valor em dívida relativo a este empréstimo ascende a 117.237.803 Euros, dos quais o montante de 21.774.194 Euros está classificado no passivo corrente.

(ii) Empréstimo bancário Celbi Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2011 a Celbi contraiu um empréstimo bancário no montante de 15.000.000 Euros o qual vence juros a uma taxa de juro de Euribor a três meses acrescida de um spread, e cujo reembolso será efectuado em 24 prestações mensais sucessivas, a primeira das quais em Agosto de 2012, facto pelo qual o montante de 7.453.474 Euros está classificado como dívida corrente e o montante de 4.586.966 Euros está classificado como dívida não corrente.

Page 109: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012

(Montantes expressos em Euros)

- 38 -

(iii) Contas correntes caucionadas

Em 31 de Dezembro de 2012 existam contas caucionadas contratadas no montante de, aproximadamente, 64 milhões de Euros (62 milhões de Euros em 31 de Dezembro de 2011) que se encontravam utilizadas no montante de, 14.001.000 Euros (13.750.000 Euros em 31 de Dezembro de 2011), classificadas na rubrica “Empréstimos bancários”, as quais vencem juros à taxa de Euribor entre 3 a 6 meses acrescida de spread. (iv) Outros empréstimos bancários

Em 31 de Dezembro de 2012 o Grupo tem outros empréstimos bancários contratados no montante total de 3.976.870 Euros, dos quais o montante de 470.522 Euro está classificado como dívida corrente.

Papel comercial: O Grupo tem contratados programas de papel comercial renováveis com garantia de colocação no montante máximo de 188.000.000 Euros em 31 de Dezembro de 2012 (239.000.000 Euros em 31 de Dezembro de 2011), subscritos por diversas empresas do Grupo Altri as quais vencem juros a uma taxa de juro de Euribor de 3 e 6 meses acrescido de spread, sendo que em 31 de Dezembro de 2012 o montante total utilizado ascende a 188.000.000 Euros (239.000.000 Euros em 31 de Dezembro de 2011). A parcela classificada como dívida corrente inclui o montante de 60.000.000 Euros, o qual, de acordo com os contratos respectivos, ambas as partes podem denunciar o programa mediante um pré-aviso definido de 30 a 60 dias. Caso os programas não sejam denunciados por nenhuma das partes antes do seu vencimento apenas serão reembolsados nos anos de 2013, 2014 e 2015 nos montantes de 10.000.000 Euros, 10.000.000 Euros e 40.000.000 Euros, respectivamente, sendo convicção do Conselho de Administração que não haverá denúncia de qualquer das partes às renovações destes programas de papel comercial.

Empréstimos obrigacionistas:

A Celbi – Celulose da Beira Industrial, S.A. em Fevereiro de 2007 procedeu à emissão de um empréstimo obrigacionista no montante de 300.000.000 Euros. As obrigações têm o prazo de 8 anos, tendo o seu vencimento em 2015, sendo os juros semestrais e postecipados a partir da data de subscrição, a uma taxa igual à Euribor a 6 meses adicionada de spread. No primeiro semestre de 2008 a Celbi – Celulose da Beira Industrial, S.A. procedeu à emissão de dois empréstimos obrigacionistas adicionais, nos montantes de 50.000.000 Euros e 25.000.000 Euros. As obrigações têm o prazo de 10 anos, tendo o seu vencimento em 2018. As despesas incorridas com a montagem de empréstimos foram deduzidas ao seu valor nominal, encontrando-se estas a ser reconhecidas ao longo do período de vida do respectivo empréstimo (Nota 36).

Outros empréstimos: (i) Factoring

Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2011 o Grupo aderiu a um contrato de factoring com a duração inicial de um ano, segundo o qual poderá ceder contas a receber até ao limite de 60.000.000 Euros, o qual é renovado automaticamente por iguais períodos se não for denunciado por nenhuma das partes com antecedência mínima de 60 dias contratuais. Sobre os valores descontados o Grupo pagará uma taxa de juro de Euribor a 3 meses acrescida de spread, sendo que em 31 de Dezembro de 2012 o montante utilizado ascendia a 34.857.197 Euros (17.450.561 Euros em 31 de Dezembro de 2011).

O Grupo Altri considera que os riscos e benefícios associados às contas a receber não foram transmitidos para a entidade com quem realizou este contrato de factoring, facto pelo qual apenas desreconhece as contas a receber cedidas em factoring no momento em que forem liquidadas pelo devedor original, de acordo com a política contabilística descrita na Nota 2.3 l) viii).

Page 110: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012

(Montantes expressos em Euros)

- 39 -

Incentivos reembolsáveis: Foi aprovada em Fevereiro de 2005 a candidatura da subsidiária Celtejo aos incentivos financeiros no âmbito do Programa Operacional de Economia – POE, para aplicação na concretização do projecto de expansão e modernização da unidade fabril da Empresa, tendo em vista o aumento da sua capacidade de produção e o aprofundamento da diferenciação comercial das pastas cruas de Pinho e Eucalipto. O investimento em causa tem um montante global estimado de, aproximadamente, 49.464.000 Euros. O valor total do incentivo financeiro atribuído no âmbito do POE consubstancia-se em: (i) um incentivo reembolsável até ao montante de 14.919.000 Euros; (ii) um prémio de realização sob a forma de incentivo não reembolsável que poderá atingir o valor máximo de 14.919.000 Euros, e que será deduzido ao valores a reembolsar do subsídio referido em (i); e, (iii) um incentivo não reembolsável sobre as despesas elegíveis para formação profissional. Em 31 de Dezembro de 2011, o saldo a liquidar relativamente a este subsídio ascendia a 4.293.529 Euros. Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2012 a AICEP, de acordo com as medições efectuadas ao grau de cumprimento exigido contratualmente para o ano de 2011, concedeu um prémio de realização no montante de 4.218.551 Euros, o qual foi transferido para as rubricas “Outros passivos correntes” e “Outros passivos não correntes” (Notas 24 e 27) líquido do montante reconhecido directamente como proveito na demonstração dos resultados (Nota 34) na proporção da parte já amortizada dos activos fixos tangíveis subsidiados de acordo com a política contabilística da Nota 2.3 e). Consequentemente em 31 de Dezembro de 2012 a quantia por liquidar relativa a este subsídio ascende a 74.978 Euros, a qual está classificada como divida corrente. Durante o exercício de 2006 iniciou-se a candidatura do PRIME no âmbito do projecto de branqueamento da pasta de papel da unidade da Celtejo. Este investimento tinha um montante global estimado de cerca de 72.000.000 Euros tendo sido concluído em 2008. O valor total do investimento financeiro atribuído no âmbito do POE consubstancia-se em: (i) um incentivo reembolsável até ao montante de 15.323.000 Euros; (ii) um prémio de realização sob a forma de incentivo não reembolsável que poderá atingir o valor máximo de 12.317.330 Euros, e que será deduzido aos valores a reembolsar do subsídio referido. O prémio de realização será atribuído mediante o grau de cumprimento do contrato, apurado nas medições a efectuar no final dos anos de 2010, 2011 e 2013. Em 31 de Dezembro de 2011, o saldo a liquidar relativamente a este subsídio ascendia a 15.390.545 Euros. Resultante da medição efectuada aos rácios contratuais exigidos para o ano de 2011 a AICEP concedeu no decorrer do exercício findo em 31 de Dezembro de 2012 um prémio de realização no montante de 8.114.974 Euros, o qual foi transferido para as rúbricas “Outros passivos correntes” e “Outros passivos não correntes” (Notas 24 e 27) líquido do montante reconhecido directamente como proveito na demonstração dos resultados (Nota 34) na proporção da parte já amortizada dos activos fixos tangíveis subsidiados de acordo com a política contabilística da Nota 2.3 e). Ficando, assim, por liquidar relativo a este incentivo o montante de 7.275.570 Euros, dos quais 4.576.096 Euros a liquidar em 2013 e os remanescentes 2.699.474 Euros serão pagos até 2015.

Em Janeiro de 2007 a Celbi e a Altri assinaram um contrato de concessão de incentivos financeiros e fiscais ao abrigo do Decreto-Lei nº. 203/2003, de 10 de Setembro, com a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, E.P.E. (AICEP), tendo o Estado Português considerado de interesse nacional (PIN) este projecto de expansão da capacidade produtiva da Celbi. O Projecto de Investimento decorreu entre 1 de Janeiro de 2007 e 30 de Junho de 2010 e o valor contratado é de 320.000.000 Euros sendo que o Estado Português concedeu um incentivo financeiro reembolsável correspondente a 16,5% das despesas elegíveis caso a Celbi cumpra com os objectivos propostos e medidos nos finais dos anos de 2009, 2010, 2013 e 2016 o Estado Português concederá ainda um Prémio de Realização que corresponderá ao não reembolso de até 80% do montante de incentivo reembolsável. O Estado Português concedeu também um Incentivo Fiscal correspondente a um crédito fiscal em sede de IRC no montante de 12% das aplicações relevantes. Até 31 de Dezembro de 2012 a Celbi recebeu o montante de 51.644.921 Euros referente ao incentivo reembolsável. Durante o exercício de 2011 o prémio de realização foi atribuído em 60%, tendo em conta objectivos já atingidos pelo que o montante de 24.789.600 Euros foi transferido para as rubricas ‘”Outros passivos correntes” e “Outros passivos não correntes” (Notas 24 e 27) líquido do montante reconhecido directamente como proveito na demonstração de resultados (Nota 34) na proporção da parte já amortizada dos activos fixos tangíveis subsidiados de acordo com a política contabilística da Nota 2.3.e). Consequentemente, em 31 de Dezembro de 2012, o montante a liquidar relativamente a este subsídio ascendia a 25.451.141 Euros, do qual o montante de 7.043.530 Euros está classificado no passivo corrente.

Page 111: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012

(Montantes expressos em Euros)

- 40 -

A Caima Indústria no decorrer do exercício de 2011 obteve um incentivo reembolsável financeiro ao abrigo do Decreto- Lei n.º 287/2007 concedido pela Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal para um montante de investimento global de 8.815.500 Euros. O período de investimento deste projecto decorrerá entre 2010 e 2013. O incentivo atribuído corresponde a 45% das despesas que se considerem elegíveis. Durante 2011 foram recebidas duas tranches deste incentivo de 521.126 Euros e 611.307 Euros e no decorrer do exercício findo em 31 de Dezembro de 2012 foi recebido o montante de 530.718 Euros, pelo que em 31 de Dezembro de 2012 o saldo a liquidar relativamente a este subsídio ascende a 1.663.151 Euros, encontrando-se a totalidade do montante classificado como dívida não corrente. Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 a sensibilidade do Grupo a alterações no indexante da taxa de juro de mais ou menos 1 ponto percentual, medida como a variação nos resultados financeiros, pode ser analisada como segue, não considerando o efeito de cobertura dos instrumentos financeiros derivados (Nota 28):

31.12.2012 31.12.2011

Juros suportados (Nota 36) 26.462.276 26.630.991

Diminuição de 1 p.p. na taxa de juro aplicada à (7.750.000) (8.200.000)totalidade do endividamento

Aumento de 1 p.p. na taxa de juro aplicada à 7.750.000 8.200.000totalidade do endividamento

A análise de sensibilidade acima foi calculada com base na exposição à taxa de juro existente à data do final de cada exercício. Para esta análise foi tido como pressuposto base que a estrutura de financiamento (activos e passivos remunerados) se manteve estável ao longo do ano e semelhante à apresentada no final de cada exercício e mantendo-se tudo o resto constante.

Page 112: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012

(Montantes expressos em Euros)

- 41 -

O prazo de reembolso dos empréstimos bancários, dos outros empréstimos e dos incentivos reembolsáveis, bem como dos juros associados é como segue:

31-12-2012

2013 2014 2015 2016 >2016 Total

Empréstimos bancáriosCapital 43.699.190 27.766.599 22.774.194 22.774.194 30.241.936 147.256.113 Juros (a) 8.274.464 5.993.883 4.594.052 3.421.270 2.084.223 24.367.892

Descobertos bancáriosCapital 1.767.991 - - - - 1.767.991 Juros (a) 38.123 - - - - 38.123

Papel comercialCapital 106.000.000 46.000.000 36.000.000 - - 188.000.000 Juros (a) 4.630.779 2.157.255 1.046.020 - - 7.834.054

Empréstimos obrigacionistasCapital - - 300.000.000 - 75.000.000 375.000.000 Juros (a) 4.673.496 5.302.064 6.332.611 1.560.324 1.889.248 19.757.743

Outros empréstimosCapital 34.857.197 - - - - 34.857.197 Juros (a) 612.185 - - - - 612.185

Incentivos reembolsáveisCapital 11.694.604 10.057.471 11.820.059 892.706 - 34.464.840 Juros (a) - - - - - -

TotalCapital 198.018.982 83.824.070 370.594.253 23.666.900 105.241.936 781.346.141Juros 18.229.047 13.453.202 11.972.683 4.981.594 3.973.471 52.609.996

216.248.029 97.277.272 382.566.936 28.648.494 109.215.407 833.956.137

31-12-2011

2012 2013 2014 2015 >2015 Total

Empréstimos bancáriosCapital 155.806.954 7.500.000 4.375.000 - - 167.681.954 Juros (a) 5.490.784 433.322 190.372 6.114.478

Descobertos bancáriosCapital 1.328.932 - - - - 1.328.932 Juros (a) 36.207 - - - - 36.207

Papel comercialCapital 111.000.000 46.000.000 46.000.000 36.000.000 239.000.000 Juros (a) 5.917.545 3.648.599 2.913.301 1.367.822 13.847.267

Empréstimos obrigacionistasCapital - - - 300.000.000 75.000.000 375.000.000 Juros (a) 6.804.360 8.208.762 10.842.533 11.767.653 8.012.319 45.635.627

Outros empréstimosCapital 17.450.561 - - - - 17.450.561 Juros (a) 405.638 - - - - 405.638

Incentivos reembolsáveisCapital 9.420.327 11.244.400 12.674.010 14.348.144 627.363 48.314.244 Juros (a) - - - - - -

TotalCapital 295.006.774 64.744.400 63.049.010 350.348.144 75.627.363 848.775.691Juros 18.654.534 12.290.683 13.946.206 13.135.475 8.012.319 66.039.217

313.661.308 77.035.083 76.995.216 363.483.619 83.639.682 914.814.908

(a) Considerando a informação disponível à data relativa à evolução das taxas de juro e que a amortização do capital é

realizada no final de cada ano.

Page 113: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012

(Montantes expressos em Euros)

- 42 -

22. PROVISÕES E PERDAS DE IMPARIDADE

O movimento verificado nas provisões e perdas de imparidade durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 pode ser detalhado como segue:

31-12-2012

Provisões

Perdas de imparidade em contas a receber

(Notas 13 e 14)

Perdas de imparidade em inventários e activos biológicos (Nota 11) Total

Saldo inicial 1.149.668 1.585.515 5.266.162 8.001.345

Aumentos 396.365 3.458.553 700.000 4.554.918Utilizações - (106.265) - (106.265)Reversões (10.691) - - (10.691)

Saldo f inal 1.535.342 4.937.803 5.966.162 12.439.307

31-12-2011

Provisões

Perdas de imparidade em contas a receber

(Notas 13 e 14)

Perdas de imparidade em inventários e activos biológicos (Nota 11) Total

Saldo inicial 1.980.728 1.524.947 5.266.162 8.771.837Alteração do perímetro (Nota 4.4) - (11.945) - (11.945)Aumentos - 80.294 - 80.294Utilizações (794.202) (60.511) - (854.713)Transferências (368.598) 52.730 - 15.872

Saldo f inal 1.149.668 1.585.515 5.266.162 8.001.345

Os aumentos e as reversões de perdas de imparidade verificados nos exercícios findos em 31 de Dezembro

de 2012 e 2011 foram registados por contrapartida da rubrica “Provisões e perdas por imparidade” da demonstração dos resultados.

As utilizações de provisões no exercício findo em 31 de Dezembro de 2011 correspondem, essencialmente, a

indemnizações pagas a colaboradores pela rescisão de contratos de trabalho. O valor registado na rubrica “Provisões” em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 corresponde à melhor estimativa

da Administração para fazer face à totalidade das perdas a incorrer com processos actualmente em curso. 23. OUTROS CREDORES NÃO CORRENTES

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 esta rubrica tinha a seguinte composição:

31.12.2012 31.12.2011

Fornecedores de activos f ixos (Nota 31.2) 528.802 699.819

24. OUTROS PASSIVOS NÃO CORRENTES

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 esta rubrica dizia respeito integralmente às parcelas de subsídios ao investimento a reconhecer como proveito no médio e longo prazo (Notas 21 e 27).

Page 114: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012

(Montantes expressos em Euros)

- 43 -

25. FORNECEDORES

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, esta rubrica tinha a seguinte composição:

31.12.2012 0-90 dias 90-180dias >180 diasFornecedores, conta corrente 43.457.232 43.457.232 - -Fornecedores, facturas em recepção e conferência 12.886.153 12.886.153 - -

56.343.385 56.343.385 - -

31.12.2011 0-90 dias 90-180dias >180 diasFornecedores, conta corrente 54.230.104 54.019.501 186.122 24.481Fornecedores, facturas em recepção e conferência 12.378.699 12.378.699 - -

66.608.803 66.398.200 186.122 24.481

A Pagar

A Pagar

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 a rubrica “Fornecedores” respeitava a valores a pagar resultantes de aquisições decorrentes do curso normal das actividades do Grupo. O Conselho de Administração entende que o valor contabilístico destas dívidas é aproximado ao seu justo valor.

26. OUTRAS DÍVIDAS A TERCEIROS

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 a rubrica “Outras dívidas a terceiros” pode ser detalhada como segue:

31.12.2012 0-90 dias 90-180dias >180 diasFornecedores de activos f ixos 1.144.521 1.079.344 65.177 -Outras dívidas 5.534.914 5.534.914 - -

6.679.435 6.614.258 65.177 -

31.12.2011 0-90 dias 90-180dias >180 diasFornecedores de activos f ixos 2.969.730 2.852.650 91.424 25.656Outras dívidas 5.263.280 4.282.927 877.800 -

8.233.010 7.135.577 969.224 25.656

A Pagar

A Pagar

27. OUTROS PASSIVOS CORRENTES

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 a rubrica “Outros passivos correntes” pode ser detalhada como segue:

31.12.2012 31.12.2011

Encargos a liquidar

Remunerações a liquidar (3.912.292) (4.186.900)

Juros a liquidar (5.505.043) (7.818.354)

Seguros a liquidar - (701.341)

Rendas a liquidar (1.697.517) (1.551.927)

Encargos com energia e gás a liquidar (4.898.828) (4.400.366)

Descontos a liquidar (3.906.935) (1.357.474)

Taxas hidrícas a liquidar (1.362.656) (1.344.387)

Outros encargos a liquidar (9.539.999) (3.844.555)

Proveitos a reconhecer

Subsídios ao investimento (Notas 21 e 24) (4.323.523) (2.848.262)

Outros proveitos a reconhecer (74.401) (316.900)

(35.221.194) (28.370.465)

Page 115: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012

(Montantes expressos em Euros)

- 44 -

A linha “Outros encargos a liquidar” em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 diz respeito a despesas relacionadas com a actividade operacional já incorridas e ainda não liquidadas.

28. INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVADOS

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 as empresas do Grupo Altri tinham em vigor contratos relativos a instrumentos financeiros derivados associados a cobertura das variações do preço da pasta de papel, taxa de juro e taxa de câmbio sendo esses instrumentos registados de acordo com o seu justo valor. As empresas do Grupo Altri apenas utilizam derivados para cobertura de fluxos de caixa associados às operações geradas pela sua actividade. (i) Derivados de taxa de juro

Por forma a reduzir a sua exposição à volatilidade das taxas de juro, o Grupo contratou “swaps” de taxa de juro e um “collar” de taxa de juro. Estes contratos foram avaliados de acordo com o seu justo valor em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, tendo o correspondente montante sido reconhecido na rubrica “Instrumentos financeiros derivados”.

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, o Grupo Altri tinha em vigor contratos de derivados de taxa de juro cujos montantes totais são como segue:

Justo valor Justo valor

Tipo Montante Maturidade Juro 31.12.2012 31.12.2011

Interest rate collar (c) 143.750.000 31-07-2013 Paga taxa f ixa e recebe Euribor a 6M (3.276.157) (4.710.860)

Interest rate sw ap (a) 25.000.000 08-02-2015 Paga combinação de diversas taxas e recebe Euribor a 6M (3.068.531) (2.808.574)

Interest rate sw ap (b) 160.000.000 08-02-2012 Paga taxa f ixa e recebe Euribor a 6M - (483.074)

Interest rate sw ap (b) 20.000.000 08-08-2014 Paga taxa f ixa e recebe Euribor a 6M (1.207.488) (1.202.102)

Interest rate sw ap (b) 80.000.000 09-02-2015 Paga taxa f ixa e recebe Euribor a 6M (5.865.289) (5.244.440)

(13.417.466) (14.449.051)

(a) Apesar de terem sido contratados com um objectivo de cobertura de risco (e não de especulação), estes contratos não cumprem com todos os requisitos necessários para que se qualifiquem como de cobertura, (Nota 2.3 l) v)) pelo que a variação do seu justo valor foi registada por contrapartida da demonstração dos resultados (Nota 36). (b) De acordo com as políticas contabilísticas adoptadas estes derivados cumprem com os requisitos para serem designados como instrumentos de cobertura de taxa de juro (Nota 2.3 l) v)). (c) Apesar de ter sido contratado com um objectivo de cobertura de risco (e não de especulação), parte deste contrato derivado não cumpre com todos os requisitos necessários para que se qualifique como de cobertura, (Nota 2.3 l) v)) pelo que a variação do justo valor na parte que não cumpre com todos os requisitos necessários para que se qualifique como de cobertura, foi registada por contrapartida da demonstração dos resultados (Nota 36).

O apuramento do justo valor dos derivados contratados pelo Grupo foi efectuado pelas respectivas contrapartes (instituições financeiras com quem foram celebrados tais contratos). O modelo de avaliação destes derivados, utilizado pelas contrapartes, baseia-se no método dos Cash Flows descontados, i.e., utilizando as Par Rates de Swaps, cotadas no mercado interbancário, e disponíveis nas páginas Reuters e/ou Bloomberg, para os prazos relevantes, sendo calculadas as respectivas taxas forwards e factores de desconto que servem para descontar os cash flows fixos (leg fixo) e os cash flows variáveis (leg variável). O somatório das duas parcelas resulta no Valor Actualizado Líquido dos cash flows futuros ou justo valor dos derivados.

O aumento/diminuição de 1 ponto percentual nos indexantes da taxa de juro verificada durante o exercício de 2012 e estimada para o período de duração dos derivados teria implicado o aumento/diminuição dos resultados financeiros do exercício findo em 31 de Dezembro de 2012 de, aproximadamente, 1.700.000 Euros e da rubrica do capital próprio “Reservas de cobertura” de, aproximadamente 2.700.000 Euros/ 2.800.000 Euros antes de consideração dos respectivos efeitos fiscais.

Page 116: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012

(Montantes expressos em Euros)

- 45 -

(ii) Derivados de cobertura de preço da pasta de papel Por forma a reduzir a sua exposição à volatilidade do preço da pasta de papel, o Grupo contratou derivados de cobertura do preço da pasta de papel, os quais foram avaliados de acordo como seu justo valor em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, tendo o correspondente montante sido reconhecido na rubrica “Instrumentos financeiros derivados”. Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 encontravam-se em vigor os seguintes contratos derivados de preço da pasta de papel:

Justo valor

Quantidade coberta Vencimento 31.12.2012 31.12.2011

2000 ton/mês 31-12-2013 (1.933.389) (509.407)

2000 ton/mês 31-12-2012 (161.677) (474.575)

2000 ton/mês 31-12-2013 (1.717.569) (296.828)

500 ton/mês 31-12-2012 (32.965) (117.029)

500 ton/mês 31-12-2012 (35.965) (78.252)

2000 ton/mês 30-06-2013 (786.651) 122.469

2000 ton/mês 31-12-2012 (51.028) 188.606

2000 ton/mês 31-12-2013 (1.142.036) 270.031

2000 ton/mês 30-06-2012 - 592.052

1500 ton/mês 31-08-2014 (96.085) -

2000 ton/mês 31-03-2014 (1.416.573) -

2000 ton/mês 30-09-2014 (1.322.392) -

(8.696.330) (302.933)

O preço fixado para os contratos com vencimento em 2012 e 2014 varia entre os 510 e os 580 Euros por tonelada de pasta. O apuramento do justo valor dos derivados, de cobertura do preço da pasta de papel, contratados pelo Grupo foi efectuado pelas respectivas contrapartes (instituições financeiras com quem foram celebrados tais contratos). O modelo de avaliação destes derivados, utilizado pelas contrapartes, baseia-se no método dos Cash Flows descontados, i.e., é calculada a diferença entre a cotação estimada da pasta de papel (PIX) e o preço fixado para os prazos relevantes, que posteriormente é actualizada para a data a que se reporta a avaliação. De acordo com as políticas contabilísticas adoptadas, estes derivados de pasta de papel cumprem com os requisitos para serem considerados como instrumentos de cobertura, pelo que a variação do seu justo valor foi registada na rubrica do capital próprio “Reservas de cobertura”. O aumento/diminuição de 5% no indexante do derivado da pasta de papel (PIX) durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2012 e estimado para o período de duração destes derivados teria implicado uma diminuição/aumento dos resultados operacionais do exercício findo em 31 de Dezembro de 2012 de, aproximadamente, 9.000.000 Euros e da rubrica do capital próprio “Reservas de cobertura” de, aproximadamente, 440.000 Euros, antes de consideração dos respectivos efeitos fiscais. (iii) Derivados de taxa de câmbio

A Altri utiliza derivados de taxa de câmbio, fundamentalmente, de forma a efectuar a cobertura de fluxos de caixa futuros. Desta forma a Altri contratou “forwards” de taxa de câmbio de dólares dos Estados Unidos, de forma a gerir o risco de taxa de câmbio a que está exposta. Em 31 de Dezembro de 2012, o justo valor dos instrumentos derivados de taxa de câmbio, calculados tendo por base os valores de mercado actuais de instrumentos financeiros equivalentes de taxa de câmbio era de 261.783 Euros.

Page 117: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012

(Montantes expressos em Euros)

- 46 -

A determinação do justo valor destes instrumentos financeiros teve por base a actualização para a data da demonstração da posição financeira do montante que se estima que será recebido/pago na data de termo do contrato. O montante de liquidação considerado na avaliação é igual ao montante na moeda de referência multiplicado pela diferença entre a taxa de câmbio contratada e a de mercado para a data de liquidação determinada à data da avaliação.

O movimento ocorrido no justo valor dos instrumentos financeiros durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 pode ser detalhado como segue:

2012

Derivados de cobertura de preço da

pastaDerivados de taxa

de juroDerivados de taxa

de câmbio Total

Saldo inicial (302.933) (14.449.051) - (14.751.984)

Variação do justo valor Efeitos em capitais próprios (Nota 19) (8.393.397) 1.222.145 - (7.171.252) Efeitos na demonstração de resultados (Nota 36) - (190.560) 261.783 71.223

Saldo f inal (8.696.330) (13.417.466) 261.783 (21.852.013)

2011

Derivados de cobertura de preço da

pastaDerivados de taxa

de juro Total

Saldo inicial (8.735.277) (14.721.501) (23.456.778)

Alteração do perímetro (Nota 4.4) - 33.734 33.734Variação do justo valor Efeitos em capitais próprios (Nota 19) 8.432.344 1.322.921 9.755.265 Efeitos na demonstração de resultados (Nota 36) - (1.084.205) (1.084.205)

Saldo f inal (302.933) (14.449.051) (14.751.984)

Os ganhos e perdas do exercício associados à variação do justo valor, durante o exercício de 2012, dos instrumentos de cobertura na parte não corrida (conforme denominados nos termos do IAS 39), no montante de (7.171.252) Euros (9.755.265 Euros durante o exercício de 2011), foram registados directamente em rubricas de capitais próprios líquidos dos correspondentes impostos diferidos, no montante de 1.900.382 Euros (2.585.145 Euros em 31 de Dezembro de 2011) (Notas 12 e 19). Os ganhos e perdas do exercício associados à variação do justo valor, durante o exercício de 2012, dos instrumentos de cobertura na parte corrida, dos instrumentos que embora tenham sido contratados com o objectivo de cobertura, não cumprem com os requisitos para serem classificados como tal e a parte ineficaz dos instrumentos de cobertura foram registados directamente na demonstração de resultados do exercício findo em 31 de Dezembro de 2012 (Nota 36).

29. PASSIVOS CONTINGENTES Em 31 de Dezembro de 2012 e de 2011, os principais passivos contingentes respeitavam a garantias prestadas e tinham o seguinte detalhe:

31.12.2012 31.12.2011AICEP/API (Nota 21) 22.456.565 22.996.313Outros 496.806 396.806

22.953.371 23.393.119

Page 118: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012

(Montantes expressos em Euros)

- 47 -

30. COMPROMISSOS FINANCEIROS ASSUMIDOS E NÃO INCLUIDOS NA DEMONSTRAÇÃO DA POSIÇÃO FINANCEIRA a) Fundos de pensões

Algumas empresas do Grupo Altri possuem compromissos relacionados com encargos com fundos de reforma não incluídos na demonstração da posição financeira consolidada, uma vez que tais compromissos se encontram cobertos por fundo de pensões autónomos, como de seguida se detalha.

O Fundo de Pensões Caima e Altri Florestal, constituído por escritura de 31 de Dezembro de 1987 e administrado pela “BPI Pensões - Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A.”, destina-se a garantir aos trabalhadores (i) que à data normal da reforma ou (ii) na cessação contratual do contrato de trabalho com a Empresa, tenham pelo menos 57 anos de idade e 10 anos de serviço contínuo, o direito a um complemento de reforma, a partir da idade normal de reforma, cujo valor tem por base a média dos vencimentos ilíquidos dos últimos dois anos ao serviço da empresa. Por decisão da Administração da Caima, o Fundo de Pensões Caima e Altri Florestal foi dividido em dois fundos autónomos, em Dezembro de 1998, após autorização do Instituto de Seguros de Portugal. Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2010, a Caima e a Altri Florestal transferiram as quotas-partes das adesões colectivas que detém junto do BPI Pensões para o plano da Celtejo, integrando o plano C. Esta transferência foi requerida ao Instituto de Seguros de Portugal em 23 de Setembro de 2010 tendo este deliberado favoravelmente em 3 de Março de 2011, pelo que em Abril de 2011 o património de fundo de pensões da Altri Florestal e da Caima foi incorporado no fundo de pensões Celtejo.

Nos termos do Regulamento dos Benefícios Sociais em vigor, os empregados do quadro permanente da Celtejo com mais de cinco anos de serviço, têm direito após a passagem à reforma ou numa situação de invalidez a um complemento mensal de pensão de reforma ou invalidez. Este complemento está definido de acordo com uma fórmula que tem em consideração a remuneração mensal líquida actualizada para a categoria profissional do empregado à data da reforma e o número de anos de serviço, no máximo de 30, sendo ainda garantidas pensões de sobrevivência ao cônjuge e a descendentes directos. Para cobrir estas responsabilidades existe um fundo de pensões autónomo denominado Fundo de Pensões Tejo. A Celbi atribui aos seus colaboradores, com contrato de trabalho subordinado sem prazo, que se reformem ao seu serviço, um conjunto de benefícios definidos no Regulamento do Fundo de Pensões da Empresa, publicado no Diário da República nº 221-III série, de 21 de Setembro de 1999. De acordo com este regulamento a Celbi garante o seguinte regime de benefícios:

i) Reforma por velhice: Os participantes que se reformarem na data normal de reforma terão direito a uma pensão de reforma

anual, que será o resultado do produto de 11,5% sobre o salário anual pensionável;

ii) Reforma por invalidez: Plano A – No caso do participante ser reformado definitivamente por invalidez pelo regime geral da segurança social, ou ser aceite como tal pelos serviços clínicos do associado e da entidade gestora, o Fundo garante o pagamento de uma pensão calculada de acordo com as seguintes fórmulas:

Pensão 1: 1. Com menos de dez anos de tempo de serviço pensionável – 50% do salário anual pensionável. 2. Com dez ou mais anos de tempo de serviço pensionável – 80% do salário anual pensionável. Ao valor da pensão de reforma anual acima definido será deduzido o montante da pensão anual dedutível. Pensão 2: Os participantes terão direito a um capital complementar igual a um quinto de mês do vencimento mensal auferido à data da reforma por cada ano de tempo de serviço pensionável.

Pensão 3:

Caso a invalidez se verifique depois dos 55 anos de idade, o capital indicado na pensão 2 é acrescido de um outro que é igual a 50% do salário anual pensionável.

Page 119: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012

(Montantes expressos em Euros)

- 48 -

Plano B – No caso do participante ser reformado definitivamente por invalidez pelo regime geral da segurança social, ou ser aceite como tal pelos serviços clínicos do associado e da entidade gestora, o Fundo garante o pagamento de uma pensão de reforma anual, que será o resultado do produto de 11,5% sobre o salário anual pensionável.

Só poderão beneficiar do plano A os participantes já ao serviço do associado à data de entrada em vigor da presente alteração. A estes participantes e relativamente aos planos A e B aplicar-se-á aquele que lhes for mais favorável. Aos participantes que vierem a ser admitidos no associado, a partir da data da entrada em vigor desta alteração, e que vierem a reformar-se por invalidez ao serviço do associado será aplicado exclusivamente o plano B.

O regime de benefícios definido no plano de pensões aplica-se à generalidade dos trabalhadores da Celbi. De acordo com os estudos actuariais realizados pelas sociedades gestoras dos fundos com referência a 31 de Dezembro de 2012, 2011, 2010 e 2009, o valor actual das responsabilidades por serviços passados para os colaboradores no activo e para os reformados, bem como a situação patrimonial dos fundos de pensões, naquelas datas, eram como segue:

Caima/Celtejo/Altriflorestal Celbi Total

Responsabilidades actuais por serviços passados 14.926.583 7.526.613 22.453.196

Situação patrimonial dos fundos de pensões 15.262.570 7.767.609 23.030.179

Caima/Celtejo/Altriflorestal Celbi Total

Responsabilidades actuais por serviços passados 14.884.715 6.933.935 21.818.650

Situação patrimonial dos fundos de pensões 14.789.841 7.095.598 21.885.439

Caima/Celtejo/Altriflorestal Celbi Total

Responsabilidades actuais por serviços passados 13.954.156 6.771.450 20.725.606

Situação patrimonial dos fundos de pensões 14.085.096 7.667.099 21.752.195

Caima/Celtejo/Altriflorestal Celbi Total

Responsabilidades actuais por serviços passados 13.896.516 6.716.221 20.612.737

Situação patrimonial dos fundos de pensões 15.133.102 7.751.915 22.885.017

2012

2011

2010

2009

O detalhe dos montantes registados na demonstração dos resultados relacionados com planos de pensões de benefícios definidos nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 é como segue:

2012 2011

Custo dos serviços correntes (466.555) (338.240)

Juros das responsabilidades (969.606) (734.304)

Ganhos/(Perdas) actuariais (235.637) (966.281)

Rendimento/Retorno do Fundos de Pensões 1.962.937 (499.290)

Outros - 1.661.719

291.139 (876.396)

Page 120: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012

(Montantes expressos em Euros)

- 49 -

Em 31 de Dezembro de 2012, a rubrica “Outros” corresponde ao efeito da incorporação dos Fundos de Pensões Caima e Altri Florestal no Fundo de Pensões Celtejo, na medida em que deixou de existir a situação em que o valor do Fundo Celtejo era superior às responsabilidades por serviços totais. O movimento verificado no valor actual das responsabilidades por serviços passados durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 é como segue:

2012 2011

Responsabilidades no início do exercício 21.818.650 20.725.606

Benefícios pagos pelos Fundos de Pensões (1.037.252) (972.481)

Custo dos serviços correntes 466.555 338.240

Custo dos juros 969.606 734.304

Perdas/(Ganhos) actuariais 235.637 966.281

Outros - 26.700

Responsabilidades no fim do exercício 22.453.196 21.818.650

O movimento verificado na situação patrimonial dos fundos de pensões durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 é como segue:

2012 2011

Valor dos Fundos de Pensões no início do exercício 21.885.439 21.752.195

Pensões pagas (1.037.252) (972.481)

Rendimento/Retorno do Fundo 1.962.937 (499.290)

Outros 219.055 1.605.015

Valor dos Fundos de Pensões no f im do exercício 23.030.179 21.885.439

No exercício de 2011, a linha “Outros”, diz respeito sobretudo ao efeito da incorporação dos Fundos de Pensões Caima e Altri Florestal no Fundo de Pensões Tejo, conforme atrás referido. As responsabilidades relativas ao plano de Pensões Celtejo, foram determinadas com base nos seguintes pressupostos:

(i) Método de cálculo “Projected Unit Credit”; (ii) Tábuas de Mortalidade TV 88/90; (iii) Tábuas de Invalidez EKV-80; (iv) Taxa de rendimento/desconto 4,75%; e (v) Taxa de crescimento salarial 2,5%.

O Fundo de Pensões Celtejo tem as seguintes características:

(i) Composição da carteira: a. 11,2 % acções; b. 75,9 % obrigações a taxa fixa; c. 7,5 % obrigações a taxa variável; e d. 5,4% Liquidez e outros activos.

(ii) Retorno esperado dos activos do plano no longo prazo 4,75%. As responsabilidades relativas ao plano de Pensões Celbi, foram determinadas com base nos seguintes pressupostos:

(i) Método de cálculo “Projected Unit Credit”; (ii) Tábuas de Mortalidade GKF95; (iii) Tábuas de Invalidez SR 2001;

Page 121: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012

(Montantes expressos em Euros)

- 50 -

(iv) Taxa de rendimento/desconto até à idade da reforma 4% e após a idade da reforma 3%; (v) Taxa de crescimento salarial 2,5%.

O Fundo de Pensões Celbi tem as seguintes características:

(i) Composição da carteira: a. 24,8 % acções; b. 33,9 % obrigações a taxa fixa; c. 31,7 % obrigações a taxa variável; e d. 9,6% Liquidez e outros activos.

(ii) Retorno esperado dos activos do plano no longo prazo 4%.

b) Outros compromissos

Em 31 de Dezembro de 2012, os compromissos contratuais para aquisição de imobilizado assumidos pelas empresas do Grupo Altri são de, aproximadamente, 2.400.000 Euros (3.560.000 Euros em 31 de Dezembro de 2011) (Nota 7).

31. LOCAÇÕES

31.1 LOCAÇÕES OPERACIONAIS Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 foi reconhecido como custo do exercício o montante de, aproximadamente, 9.310.000 Euros (9.646.000 Euros durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2011) relativo a rendas pagas a título de contratos de locação operacional, fundamentalmente relativos a terrenos explorados pelo Grupo. Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 os pagamentos mínimos fixados àqueles contratos de locação operacional vencem-se como segue:

Ano 2012 2011

Até 1 ano 11.031.106 9.441.417Entre 1 ano e 5 anos 34.302.051 34.458.502Mais de 5 anos 90.735.796 90.087.203

136.068.953 133.987.122

31.2 LOCAÇÕES FINANCEIRAS

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, as responsabilidades reflectidas na demonstração da posição financeira do Grupo relativas a locações financeiras eram como segue:

Ano 2012 2011

Até 1 ano 318.177 196.838Entre 1 e 5 anos 528.802 341.351Mais de 5 anos - 32.045

846.979 570.234

Em 31 de Dezembro de 2012 e de 2011, estima-se que o justo valor das obrigações financeiras em contratos de locação financeira corresponda, aproximadamente, ao seu valor contabilístico.

As obrigações financeiras por locações são garantidas pela reserva de propriedade dos bens locados.

32. PARTES RELACIONADAS As participadas do Grupo Altri têm relações entre si que se qualificam como transacções com partes relacionadas, as quais foram efectuadas a preços de mercado.

Page 122: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012

(Montantes expressos em Euros)

- 51 -

Nos procedimentos de consolidação as transacções entre empresas incluídas na consolidação pelo método de integração global são eliminadas, uma vez que as demonstrações financeiras consolidadas apresentam informação da detentora e das suas subsidiárias como se de uma única empresa se tratasse, pelo que não são divulgadas nesta nota. Os saldos 31 de Dezembro de 2012 e 2011 e as transacções com entidades relacionadas durante os exercícios findos naquelas datas podem ser resumidos como segue:

Transacções 31.12.2012 31.12.2011 31.12.2012 31.12.2011 31.12.2012 31.12.2011Empresas associadas e empreendimentos conjuntos (a) 1.460.419 46.236 4.209.987 6.459.147 712.261 541.925Outras partes relacionadas (b) 6.867.062 5.805.189 - - - -

8.327.481 5.851.425 4.209.987 6.459.147 712.261 541.925

Saldos 31.12.2012 31.12.2011 31.12.2012 31.12.2011 31.12.2012 31.12.2011Empresas associadas e empreendimentos conjuntos (a) 467.432 408.962 108.129 257.685 16.254.352 16.975.392Outras partes relacionadas (b) 7.057.514 5.834.344 258.066 172.806 - -

7.524.946 6.243.306 366.195 430.491 16.254.352 16.975.392

Compras e serviços recebidos Vendas e prest. de serviços Juros auferidos

Contas a pagar Contas a receber Empréstimos concedidos

(a) Todas as entidades consolidadas pelo método da equivalência patrimonial em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 conforme Nota 4.2 e investimentos disponíveis para venda conforme Nota 4.3;

(b) Foram consideradas como outras partes relacionadas as empresas do Grupo Ramada.

Para além das transacções acima identificadas não existem outras transacções com empresas relacionadas. Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, não ocorreram transacções com os Administradores do Grupo nem lhes foram concedidos empréstimos. Para além das empresas incluídas na consolidação (Nota 4) as entidades consideradas relacionadas em 31 de Dezembro de 2012 podem ser apresentadas como segue:

Adcom Media Anúncios e Publicidade, S.A. Alteria, S.G.P.S., S.A. Storax – Equipements, S.A. Caderno Azul, S.G.P.S., S.A. Caminho Aberto, S.G.P.S., S.A. Cofihold, S.G.P.S., S.A. Cofina, SGPS, S.A. Cofina B.V. Cofina Media, SGPS, S.A. Cofina Eventos e Comunicação, S.A. Destak Brasil – Editora de Publicações, S.A. Destak Brasil – Empreendimentos e Participações, S.A. Edisport – Sociedade de Publicações, S.A. Edirevistas – Sociedade Editorial, S.A. Efe Erre Participações, S.G.P.S., S.A. Elege Valor, S.G.P.S., S.A. F. Ramada – Investimentos, SGPS, S.A. F. Ramada – Aços e Indústrias, S.A. F. Ramada – Produção e Comercialização de Estruturas Metálicas de Armazenagem, S.A. F. Ramada II, Imobiliária, S.A. F. Ramada Serviços de Gestão, Lda. Grafedisport – Impressão e Artes Gráficas, S.A. Livre Fluxo, S.G.P.S., S.A. Malva – Gestão Imobiliária, S.A. Mediafin, SGPS, S.A. Metronews – Publicações S.A. Mercados Globais – Publicação de Conteúdos, Lda. Presselivre – Imprensa Livre, S.A. Sociedade Imobiliária Porto Seguro – Investimentos Imobiliários, S.A. Storax Racking Systems, Ltd. Storax Benelux

Page 123: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012

(Montantes expressos em Euros)

- 52 -

Transjornal – Edição de Publicações, S.A. Torres da Luz – Investimentos Imobiliários, S.A. Universal Afir – Aços, Máquinas e Ferramentas, S.A. VASP – Sociedade de Transportes e Distribuições, Lda Web Works – Desenvolvimento de Aplicações para Internet, S.A. Valor Autêntico, SGPS, S.A.

33. COMPENSAÇÕES DOS GESTORES CHAVE

As compensações atribuídas aos gestores chave, que, dado o modelo de governação do Grupo, correspondem aos membros do Conselho de Administração da Altri, durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 ascenderam a 1.303.820 Euros e referem-se unicamente a remunerações fixas, tendo sido integralmente pagas por subsidiárias. Em 31 de Dezembro de 2012, não existem: (i) planos ou sistemas de incentivos relacionados com a atribuição de acções aos membros do Conselho de Administração; (ii) indemnizações pagas ou devidas a ex-administradores relativamente à cessão de funções durante o exercício; (iii) regimes complementares de pensões ou de reforma antecipada para os administradores; ou (iv) benefícios não pecuniários considerados como remuneração. A administradora Laurentina Martins beneficia de um plano atribuído antes da sua nomeação para o Conselho de Administração em virtude de, na data da atribuição, ser colaboradora da subsidiária Caima – Indústria de Celulose, S.A. As principais características e informação sobre o referido plano encontra-se detalhada na Nota 30. Naquela data, as responsabilidades por serviços passados afectas a esta colaboradora ascendiam a -332.121 Euros, não tendo sido efectuada qualquer contribuição para o referido fundo em 2012. A Altri, S.G.P.S., S.A. não possui qualquer plano de atribuição de acções ou de opções de aquisição de acções aos membros dos órgãos sociais, nem aos seus trabalhadores.

34. OUTROS PROVEITOS A rubrica da demonstração dos resultados “Outros proveitos” no exercício findo em 31 de Dezembro de 2011 era composta como se segue:

31.12.2012 31.12.2011

Subsídios ao investimento e à exploração 9.968.769 3.224.135Ganhos obtidos na alienação de activos f ixos 395.732 2.024.769Outros 2.355.257 2.008.181

12.719.758 7.257.085

35. OUTROS CUSTOS

A rubrica da demonstração dos resultados “Outros custos” no exercício findo em 31 de Dezembro de 2012 era composta como se segue:

31.12.2012 31.12.2011

Impostos directos e taxas (1.413.107) (1.729.137)Perdas em contratos derivados de commodities (Nota 28) (5.412.800) (6.638.936)Outros (3.527.061) (1.095.677)

(10.352.968) (9.463.750)

Page 124: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012

(Montantes expressos em Euros)

- 53 -

36. RESULTADOS FINANCEIROS

Os custos e proveitos financeiros dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 podem ser detalhados como segue:

31.12.2012 31.12.2011

Custos f inanceiros:Juros suportados (Nota 21) (26.462.276) (26.630.991)Diferenças de câmbio desfavoráveis (1.864.399) (3.799.950)Perdas em instrumentos derivados (5.007.167) (6.988.334)Outros custos e perdas f inanceiras (6.571.031) (6.465.752)

(39.904.873) (43.885.027)

Proveitos f inanceiros:Juros obtidos 2.871.751 5.472.007Diferenças de câmbio favoráveis 1.323.010 3.705.866Outros proveitos e ganhos financeiros 85.805 269.148

4.280.566 9.447.021

A rubrica “Perdas em instrumentos derivados” relativa ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2012 corresponde a perdas resultantes da variação do justo valor de derivados em vigor em 31 de Dezembro de 2012, no montante de 190.560 Euros (Nota 28) e perdas em instrumentos derivados resultantes de juros corridos e do vencimento ou liquidação de instrumentos derivados, no montante de 4.816.607 Euros. A rubrica “Perdas em instrumentos derivados” relativa ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2011 corresponde a ganhos resultantes da variação do justo valor de derivados em vigor em 31 de Dezembro de 2011, no montante de 1.084.205 Euros (Nota 28) e perdas em instrumentos derivados resultantes de juros corridos e do vencimento ou liquidação de instrumentos derivados, no montante de 5.904.129 Euros. A rubrica “Outros custos e perdas financeiras” inclui, despesas incorridas com a montagem de empréstimos, que se encontram a ser reconhecidas como custo ao longo do período de vida do respectivo empréstimo (Nota 21). Os “Resultados relativos a empresas associadas” correspondem à apropriação da quota-parte do Grupo dos resultados nos investimentos em associadas (Nota 4.2).

37. AMORTIZAÇÕES E DEPRECIAÇÕES

A rubrica da demonstração de resultados “Amortizações e depreciações” relativa a exercícios findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 é composta como segue:

31-12-2012 31-12-2011

Activos f ixos tangíveis (Nota 7) 48.281.016 51.584.896

Propriedades de investimento (Nota 8) 7.381 10.818

Activos intangíveis (Nota 10) 573.256 664.054

48.861.653 52.259.768

Page 125: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012

(Montantes expressos em Euros)

- 54 -

38. RESULTADOS POR ACÇÃO

Os resultados por acção dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 foram calculados em função dos seguintes montantes:

31-12-2012 31-12-2011

Número de acções para efeito de cálculo do resultado líquido básico e diluído 205.131.672 205.131.672

Resultado para efeito do cálculo do resultado por acção líquido e diluído das operações em continuação 52.181.891 25.175.771

Resultado por acção das operações em continuação

Básico 0,25 0,12

Diluído 0,25 0,12

Resultado para efeito do cálculo do resultado por acção líquido e diluído das operações em continuação e descontinuação 52.181.891 22.567.762

Resultado por acção das operações em continuação e descontinuação

Básico 0,25 0,11

Diluído 0,25 0,11

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 não existem efeitos diluidores do número de acções em circulação.

39. INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS

Em 16 de Abril de 2008, o Conselho de Administração da ALTRI, S.G.P.S., S.A. aprovou um projecto de cisão-simples desta sociedade. Nos termos do referido projecto de cisão-simples, a reorganização projectada teve como objectivo a separação das duas unidades de negócio autónomas da ALTRI correspondentes ao exercício da actividade da gestão de participações sociais, respectivamente, no sector da pasta e papel e no sector do aço e sistemas de armazenagem. Esta reorganização inseriu-se numa lógica de focalização e transparência dos negócios da ALTRI, visando conferir a cada uma das áreas uma maior visibilidade e percepção de valor pelo mercado, e que permitiu ao grupo Altri concentrar a actividade no seu core business, a produção de pasta de papel branqueada de eucalipto, pelo que o seu Conselho de Administração considera existir um único segmento de negócio relatável, sendo que a informação de gestão é também preparada e analisada nesse pressuposto. Adicionalmente, durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2011 foi alienada a Sócasca – Recolha e Comércio de Recicláveis, S.A., facto pelo qual o contributo desta entidade está reflectido na demonstração de resultados como “Unidades operacionais em descontinuação” (Nota 4.4).

Geograficamente, a repartição das vendas e prestações de serviços do Grupo por mercado é como segue:

31.12.2012 31.12.2011

Mercado interno 111.621.517 146.588.125

Mercado externo 418.485.768 332.756.839

530.107.285 479.344.964

40. NÚMERO DE PESSOAL

Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 o número médio de pessoal ao serviço das empresas incluídas na consolidação pelo método de consolidação integral foi de 638 e 691, respectivamente.

Page 126: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012

(Montantes expressos em Euros)

- 55 -

41. HONORÁRIOS DO REVISOR OFICIAL DE CONTAS As remunerações pagas aos auditores do Grupo Altri e a outras pessoas singulares ou colectivas pertencentes à mesma rede, pelas empresas em relação de domínio ou de grupo, relativas ao exercício de 2012, foram como segue:

Serviços de auditoria e revisão legal das contas 280.925

Outros serviços de garantia de f iabilidade 102.891

Serviços de consultoria -

Outros serviços 118.117

501.933

42. APLICAÇÃO DO RESULTADO LIQUÍDO

No que respeita ao exercício de 2011, o Conselho de Administração propôs, no seu relatório anual, que o resultado líquido negativo individual da Altri, SGPS, S.A. no montante de 2.913.284,89 Euros fosse transferido para Resultados transitados, tendo esta proposta sido aprovada em Assembleia Geral de Accionistas realizada em 26 de Abril de 2012. Foi igualmente aprovada a distribuição de reservas livres no montante de 4.102.633,44 Euros, sob a forma de dividendos, o que corresponde a um dividendo de 0,02 Euros por acção No que respeita ao exercício de 2012, o Conselho de Administração propõe, no seu relatório anual, que o resultado líquido negativo individual da Altri, SGPS, S.A. no montante de 4.145.698,07 Euros seja transferido para Resultados Transitados. O Conselho de Administração propõe também a distribuição de reservas livres no montante de 5.128.291,80 Euros, sob a forma de dividendos, o que corresponde a um dividendo de 0,025 Euros por acção.

43. INFORMAÇÃO RELATIVA A MATÉRIAS AMBIENTAIS No âmbito do Protocolo de Quioto, a União Europeia comprometeu-se a reduzir a emissão de gases de efeito de estufa. Neste contexto, foi emitida uma Directiva Comunitária que prevê a comercialização das chamadas “Licenças de emissão de CO2”, entretanto transposta para a legislação portuguesa e que é aplicável, a partir de 1 de Janeiro de 2005, entre outras, à indústria de pasta e papel. Pela publicação do Despacho conjunto nº 2836/2008 de 5 de Fevereiro de 2008, foi efectuada a distribuição pelo Governo Português das “Licenças de emissão de CO2” às diversas empresas portuguesas abrangidas, estando prevista a atribuição, a título gratuito, de licenças para a emissão de 173.052 toneladas de CO2 às empresas do Grupo para o ano de 2012. Caso as emissões reais sejam superiores às “Licenças de emissão de CO2” atribuídas, o Grupo terá que adquirir as licenças em falta no mercado. A entrega das “Licenças de emissão de CO2”, correspondente às emissões reais realizadas num exercício, é efectuada no início do ano seguinte, estando os valores apresentados pelas empresas relativos às emissões reais efectuadas sujeitos a certificação por uma entidade independente.

Considerando que estas licenças se referem ao período 2008-2012, com base nos dados previsionais de emissão de CO2 para o ano de 2012, não se estimam encargos significativos para o Grupo em consequência da entrada em vigor desta legislação para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2012. Em 31 de Dezembro de 2012 não se encontra registado nas demonstrações financeiras qualquer passivo de carácter ambiental nem é divulgada qualquer contingência ambiental, por ser convicção do Conselho de Administração que não existem, a essa data, obrigações ou contingências provenientes de acontecimentos passados de que resultem encargos materialmente relevantes para o Grupo Altri.

Page 127: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012

(Montantes expressos em Euros)

- 56 -

44. APROVAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

As demonstrações financeiras foram aprovadas pelo Conselho de Administração e autorizadas para emissão em 21 de Março de 2013. A sua aprovação final está ainda sujeita a concordância da Assembleia Geral de Accionistas.

O Conselho de Administração

____________________________________________

Paulo Jorge dos Santos Fernandes

____________________________________________ João Manuel Matos Borges de Oliveira

____________________________________________ Domingos José Vieira de Matos

____________________________________________ Laurentina da Silva Martins

____________________________________________ Pedro Macedo Pinto de Mendonça

Page 128: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

CONTAS INDIVIDUAIS

Page 129: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

ALTRI, SGPS, S.A.

DEMONSTRAÇÕES DA POSIÇÃO FINANCEIRA EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E 2011

(Montantes expressos em Euros)

ACTIVO Notas 31.12.2012 31.12.2011

ACTIVOS NÃO CORRENTES:Activos fixos tangíveis 6.315 7.604Activos intangíveis 2.327 -Investimentos em empresas do grupo 4 118.470.641 118.470.641

Total de activos não correntes 118.479.283 118.478.245

ACTIVOS CORRENTES:Estado e outros entes públicos 6 e 8 14.864 313.060Outras dívidas de terceiros 6, 9 e 16 200.031 200.030Outros activos correntes 6 e 10 6.260 25.107Caixa e equivalentes de caixa 6 e 7 1.963.816 1.930.205

Total de activos correntes 2.184.971 2.468.402

Total do activo 120.664.254 120.946.647

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO 31.12.2012 31.12.2011

CAPITAL PRÓPRIO:Capital social 11 25.641.459 25.641.459Reserva legal 11 2.862.981 2.862.981Outras reservas 11 21.939.876 28.955.794

50.444.316 57.460.234

Resultado líquido do exercício 19 (4.145.968) (2.913.285)

Total do capital próprio 46.298.348 54.546.949

PASSIVO:PASSIVO CORRENTE:

Empréstimos bancários 6, 7 e 12 859.857 800.853Outros empréstimos 6 e 12 39.791.951 39.692.670Fornecedores 6 1.354 2.740Outras dívidas a terceiros 6, 13 e 16 33.466.507 25.681.830Estado e outros entes públicos 6 e 8 145.687 197.011Outros passivos correntes 6 e 14 100.550 24.594

Total de passivos correntes 74.365.906 66.399.698

Total do passivo e capital próprio 120.664.254 120.946.647

O anexo faz parte integrante das demonstrações financeiras.

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

Page 130: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

ALTRI, SGPS, S.A.

DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS POR NATUREZASPARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E 2011

(Montantes expressos em Euros)

Notas 31.12.2012 31.12.2011

Outros proveitos - 515Fornecimento e serviços externos (176.887) (171.458)Custos com o pessoal 17 (251.066) (230.671)Amortizações e depreciações (4.884) (3.741)Outros custos (130.773) (84.722)Custos financeiros 15 (3.605.468) (2.937.688)Proveitos financeiros 15 22.720 514.880

Resultado antes de impostos (4.146.358) (2.912.885)

Impostos sobre o rendimento 5 390 (400)Resultado líquido do exercício 19 (4.145.968) (2.913.285)

Resultados por acçãoBásico 18 (0,020) (0,014)Diluído 18 (0,020) (0,014)

O anexo faz parte integrante das demonstrações financeiras.

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

Page 131: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

DEMONSTRAÇÕES DO RENDIMENTO INTEGRALPARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E 2011

(Montantes expressos em Euros)

Notas 31.12.2012 31.12.2011

Resultado líquido do exercício 19 (4.145.968) (2.913.285)

Outro rendimento integral do exercício - -

Total do rendimento integral do exercício (4.145.968) (2.913.285)

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

Page 132: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

DEMONSTRAÇÕES DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIOPARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E 2011

(Montantes expressos em Euros)

NotasCapital social

Reserva legal

Outras reservas

Resultado líquido

Total do capital próprio

Saldo em 1 de Janeiro de 2011 11 25.641.459 2.862.981 35.058.510 (2.000.083) 61.562.867Aplicação do resultado de 2010 19 - - (2.000.083) 2.000.083 -Distribuição de dividendos 19 - - (4.102.633) - (4.102.633)

Total do rendimento integral do exercício - - - (2.913.285) (2.913.285)Saldo em 31 de Dezembro de 2011 11 25.641.459 2.862.981 28.955.794 (2.913.285) 54.546.949

Saldo em 1 de Janeiro de 2012 11 25.641.459 2.862.981 28.955.794 (2.913.285) 54.546.949Aplicação do resultado de 2011 19 - - (2.913.285) 2.913.285 -Distribuição de dividendos 19 - - (4.102.633) - (4.102.633)

Total do rendimento integral do exercício - - - (4.145.968) (4.145.968)Saldo em 31 de Dezembro de 2012 11 25.641.459 2.862.981 21.939.876 (4.145.968) 46.298.348

O anexo faz parte integrante das demonstrações financeiras.

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

Page 133: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

ALTRI , SGPS, S.A.

DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA PARA OS

EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E 2011

(Montantes expressos em Euros)

Notas 31.12.2012 31.12.2011

Actividades operacionais:Pagamentos a fornecedores (180.901) (199.086)Pagamentos ao pessoal (260.036) (215.373)Outros recebimentos/pagamentos relativos à actividade operacional (138.647) (119.070)Impostos sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas (42.872) 111.636

Fluxos gerados pelas actividades operacionais (1) (622.456) (421.893)

Actividades de investimento:Recebimentos provenientes de:

Juros e proveitos similares 29.435 607.493Pagamentos relativos a:

Activos fixos tangíveis (2.699) (6.497)Activos intangíveis (3.223) -

Fluxos gerados pelas actividades de investimento (2) 23.513 600.996

Actividades de financiamento:Recebimentos provenientes de:

Empréstimos obtidos 32.000.000 7.550.000Pagamentos respeitantes a:

Juros e custos similares (3.323.817) (3.341.862)Dividendos 19 (4.102.633) (4.102.633)Empréstimos obtidos (24.049.000) (625.000)

Fluxos gerados pelas actividades de financiamento (3) 524.550 (519.495)

Caixa e seus equivalentes no início do exercício 7 1.179.352 1.519.744Variação de caixa e seus equivalentes: (1)+(2)+(3) (74.393) (340.392)Caixa e seus equivalentes no fim do exercício 7 1.104.959 1.179.352

O Anexo faz parte integrante das demonstrações financeiras.

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

Page 134: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012

(Montantes expressos em Euros)

- 1 -

1. NOTA INTRODUTÓRIA A Altri, SGPS, S.A. (“Altri” ou “Empresa”) é uma sociedade anónima constituída em 1 de Março de 2005, com

sede na Rua General Norton de Matos, 68, r/c no Porto e que tem como actividade principal a gestão de participações sociais (Nota 4), sendo as suas acções cotadas na NYSE Euronext Lisbon.

A Altri foi constituída no âmbito do projecto de reestruturação da Cofina, SGPS, S.A. através da cisão representativa de 97,23% da participação social detida por aquela sociedade na Celulose do Caima, SGPS, S.A., na modalidade de cisão-simples prevista na alínea a) do n.º 1 do art. 118º do Código das Sociedades Comerciais.

A Altri dedica-se à gestão de participações sociais essencialmente na área industrial, sendo a empresa-mãe do grupo de empresas designado por Grupo Altri. A actividade actual do Grupo Altri centra-se na produção de pasta de papel branqueada de eucalipto através de três unidades produtivas (a Celbi na Figueira da Foz, a Caima em Constância do Ribatejo e a Celtejo em Vila Velha de Ródão). As demonstrações financeiras da Altri são apresentadas em Euros em valores arredondados à unidade, sendo esta a divisa utilizada pelo Grupo nas suas operações e como tal considerada a moeda funcional.

2. PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

2.1. BASES DE APRESENTAÇÃO

As demonstrações financeiras anexas foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações a partir dos livros e registos contabilísticos da Empresa, mantidos de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro, tal como adoptadas pela União Europeia. Devem entender-se como fazendo parte daquelas normas, as Normas Internacionais de Relato Financeiro (“IFRS” – International Financial Reporting Standards) emitidas pelo International Accounting Standard Board (“IASB”), as Normas Internacionais de Contabilidade (“IAS”), emitidas pelo International Accounting Standards Committee (“IASC”) e respectivas interpretações – IFRIC e SIC, emitidas, respectivamente, pelo International Financial Reporting Interpretation Committee (“IFRIC”) e pelo Standing Interpretation Committee (“SIC”), que tenham sido adoptadas pela União Europeia. De ora em diante, o conjunto daquelas normas e interpretações serão designados genericamente por “IAS/IFRS”. As demonstrações financeiras intercalares foram apresentadas, trimestralmente, de acordo com a IAS 34 – “Relato Financeiro Intercalar”. (i) Adopção de normas e interpretações novas, emendadas ou revistas

As seguintes normas, interpretações, emendas e revisões aprovadas (“endorsed”) pela União Europeia e com aplicação obrigatória nos exercícios económicos iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2012, foram adoptadas pela primeira vez no exercício findo em 31 de Dezembro de 2012:

Norma Aplicável nos exercícios

iniciados em ou apósObservações

IFRS 7 – Emenda (Transferência de activos financeiros)

11-Jul-11Esta emenda vem exigir um maior número de divulgações relativamente a transferências de activos f inanceiros.

O efeito nas demonstrações financeiras da Altri do exercício findo em 31 de Dezembro de 2012, decorrente da adopção das normas, interpretações, emendas e revisões acima referidas, não foi significativo.

Page 135: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012

(Montantes expressos em Euros)

- 2 -

(ii) Normas e interpretações novas, emendadas ou revistas não adoptadas

As seguintes alterações, com aplicação obrigatória nos exercícios indicados em ou após 1 de Janeiro de 2013, foram até à data de aprovação destas demonstrações financeiras, aprovadas (“endorsed”) pela União Europeia:

Norma Aplicável nos exercícios

iniciados em ou apósObservações

IFRS 10 – Demonstrações financeiras consolidadas 01-Jan-14

Esta norma vem estabelecer os requisitos relativos à apresentação de demonstrações financeiras consolidadas por parte da empresa-mãe, substituindo, quanto a estes aspectos, a norma IAS 27 – Demonstrações Financeiras Consolidadas e Separadas e a SIC 12 – Consolidação – Entidades com Finalidade Especial. Esta norma introduz ainda novas regras no que diz respeito à definição de controlo e à determinação do perímetro de consolidação.

IFRS 11 – Acordos conjuntos 01-Jan-14

Esta norma substitui a IAS 31 – Empreendimentos Conjuntos e a SIC 13 – Entidades Controladas Conjuntamente – Contribuições Não Monetárias por Empreendedores e vem eliminar a possibilidade de utilização do método de consolidação proporcional na contabilização de interesses em empreendimentos conjuntos.

IFRS 12 – Divulgações sobre participações noutras entidades

01-Jan-14Esta norma vem estabelecer um novo conjunto de divulgações relativas a participações em subsidiárias, acordos conjuntos, associadas e entidades não consolidadas.

IFRS 13 – Mensuração de justo valor 01-Jan-13Esta norma vem substituir as orientações existentes nas diversas normas IFRS relativamente à mensuração de justo valor. Esta norma é aplicável quando outra norma IFRS requer ou permite mensurações ou divulgações de justo valor.

IAS 27 – Demonstrações f inanceiras separadas (2011)

01-Jan-14Esta emenda vem restringir o âmbito de aplicação da IAS 27 às demonstrações financeiras separadas.

IAS 28 – Investimentos em Associadas e Entidades

Conjuntamente Controladas (2011)01-Jan-14

Esta emenda vem garantir a consistência entre a IAS 28 – Investimentos em Associadas e as novas normas adoptadas, em particular a IFRS 11 – Acordos Conjuntos.

IAS 12 – Emenda (recuperação de activos por impostos diferidos)

01-Jan-13Esta emenda fornece uma presunção de que a recuperação de propriedades de investimento mensuradas ao justo valor de acordo com a IAS 40 será realizada através da venda.

IAS 19 – Emenda (planos pensões de benefícios definidos) (2011)

01-Jan-13

Esta emenda vem introduzir algumas alterações relacionadas com o relato sobre os planos de benefícios definidos, nomeadamente: (i) os ganhos/perdas actuariais passam a ser reconhecidos na totalidade em reservas (deixa de ser permitido o método do “corredor”); (ii) passa a ser aplicada uma única taxa de juro à responsabilidade e aos activos do plano. A diferença entre o retorno real dos activos do fundo e a taxa de juro única é registada como os ganhos/perdas actuariais; (iii) os gastos registados em resultados correspondem apenas ao custo do serviço corrente e aos gastos líquidos com juros.

IFRS 1 – Emenda (Hiperinflação ) 01-Jan-13

Esta emenda fornece orientações sobre como as entidades devem apresentar as suas demonstrações financeiras de acordo com as IFRS após um período em que não as puderam apresentar pelo facto da sua moeda funcional estar sujeita a hiperinf lação severa.

IAS 1 – Emenda (Outro Rendimento Integral) 01-Jul-12

Esta emenda refere-se às seguintes alterações: (i) os itens que compõem o Outro Rendimento Integral e que futuramente serão reconhecidos em resultados do exercício passam a ser apresentados separadamente; (ii) a Demonstração do Resultado Integral passa também a denominar-se Demonstração dos Resultados e de Outro Rendimento Integral.

IFRS 7 – Emenda (2011) 01-Jan-13Esta emenda vem exigir divulgações adicionais ao nível de instrumentos financeiros, nomeadamente informações relativamente àqueles sujeitos a acordos de compensação e similares.

IAS 32 – Emenda (2011) 01-Jan-14Esta emenda vem clarif icar determinados aspectos da norma devido à diversidade na aplicação dos requisitos de compensação.

IFRIC 20 – Registo de certos custos na fase de produção de uma mina a céu aberto (2011)

01-Jan-13Esta interpretação clarif ica o registo de certos custos durante a fase de produção numa mina a céu aberto.

Page 136: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012

(Montantes expressos em Euros)

- 3 -

Estas alterações, apesar de aprovadas (“endorsed”) pela União Europeia, não foram adoptadas pela Altri no exercício findo em 31 de Dezembro de 2012, em virtude da sua aplicação não ser ainda obrigatória. Não são estimados impactos significativos nas demonstrações financeiras decorrentes da adopção das mesmas. As políticas contabilísticas e os critérios de mensuração adoptados pela Altri em 31 de Dezembro de 2012 são comparáveis com os utilizados na preparação das demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2011.

Na preparação das demonstrações financeiras, em conformidade com os IAS/IFRS, o Conselho de Administração da Empresa adoptou certos pressupostos e estimativas que afectam os activos e passivos reportados, bem como os proveitos e custos incorridos relativos aos períodos reportados. Todas as estimativas e assumpções efectuadas pelo Conselho de Administração foram efectuadas com base no seu melhor conhecimento existente, à data de aprovação das demonstrações financeiras, dos eventos e transacções em curso.

As demonstrações financeiras anexas foram preparadas para apreciação e aprovação em Assembleia Geral de

Accionistas. O Conselho de Administração da Empresa entende que as mesmas serão aprovadas sem alterações.

2.2 PRINCIPAIS CRITÉRIOS VALORIMÉTRICOS Os principais critérios valorimétricos utilizados pela Empresa na preparação das suas demonstrações

financeiras são os seguintes:

a) Activos intangíveis

Os activos intangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das amortizações e das perdas por imparidade acumuladas. Os activos fixos intangíveis só são reconhecidos se for provável que deles advenham benefícios económicos futuros para a Empresa, sejam controláveis pela Empresa e se possa medir razoavelmente o seu valor.

As despesas de investigação incorridas com novos conhecimentos técnicos são reconhecidas na

demonstração dos resultados quando incorridas. As despesas de desenvolvimento para as quais a Empresa demonstre capacidade para completar o seu

desenvolvimento e iniciar a sua comercialização e/ou uso e relativamente às quais seja provável que o activo criado venha a gerar benefícios económicos futuros, são capitalizadas. As despesas de desenvolvimento que não cumpram estes critérios são registadas como custo no período em que são incorridas.

Os custos internos associados à manutenção e ao desenvolvimento de software são registados como

custos na demonstração dos resultados quando incorridos, excepto na situação em que estes custos estejam directamente associados a projectos para os quais seja provável a geração de benefícios económicos futuros para a Empresa. Nestas situações os custos são capitalizados como activos incorpóreos.

As amortizações são calculadas, após o início de utilização dos bens, pelo método das quotas constantes

em conformidade com o período de vida útil estimado (genericamente 3 a 5 anos).

b) Activos fixos tangíveis

Os activos fixos tangíveis que correspondem sobretudo a equipamento administrativo encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das correspondentes amortizações e das perdas por imparidade acumuladas.

As amortizações são calculadas, após os bens estarem em condições de serem utilizados, pelo método das quotas constantes em conformidade com o período de vida útil estimado para cada grupo de bens.

Page 137: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012

(Montantes expressos em Euros)

- 4 -

As taxas de amortização utilizadas correspondem ao seguinte período de vida útil estimada: Anos Equipamento administrativo 3 a 10 As despesas de conservação e reparação que não aumentem a vida útil dos activos nem resultem em

benfeitorias ou melhorias significativas nos elementos dos activos fixos tangíveis são registadas como custo do exercício em que são incorridas.

Os activos fixos tangíveis em curso representam activos ainda em fase de construção, encontrando-se registados ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas por imparidade. Estes activos são amortizados a partir do momento em que os activos subjacentes estejam em condições de serem utilizados.

As mais ou menos valias resultantes da venda ou abate de activos fixos tangíveis são determinadas como a diferença entre o preço de venda e o valor líquido contabilístico na data de alienação ou abate, sendo registadas na demonstração dos resultados nas rubricas “Outros proveitos” ou “Outros custos”.

c) Imparidade dos activos fixos tangíveis e dos activos intangíveis, excepto Goodwill

É efectuada uma avaliação de imparidade dos activos à data de cada balanço e sempre que seja

identificado um evento ou alteração nas circunstâncias que indiquem que o montante pelo qual o activo se encontra registado possa não ser recuperável.

Sempre que o montante pelo qual o activo se encontra registado é superior à sua quantia recuperável, é

reconhecida uma perda por imparidade, registada na demonstração dos resultados na rubrica “Provisões e perdas por imparidade”.

A quantia recuperável é a mais alta entre o preço de venda líquido e o valor de uso. O preço de venda

líquido é o montante que se obteria com a alienação do activo, numa transacção entre entidades independentes e conhecedoras, deduzido dos custos directamente atribuíveis à alienação. O valor de uso é o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados que são esperados que surjam do uso continuado do activo e da sua alienação no final da sua vida útil. A quantia recuperável é estimada para cada activo, individualmente ou, no caso de não ser possível, para a unidade geradora de fluxos de caixa à qual o activo pertence.

Quando as perdas por imparidade, reconhecidas em exercícios anteriores, deixem de existir, são objecto de

reversão. A reversão das perdas por imparidade é reconhecida na demonstração dos resultados na rubrica “Outros proveitos”. Esta reversão da perda por imparidade é efectuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (líquida de amortização ou depreciação) caso a perda por imparidade não se tivesse registado em exercícios anteriores.

d) Encargos financeiros com empréstimos obtidos

Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos são usualmente reconhecidos como custo

na demonstração dos resultados de acordo com o princípio da especialização dos exercícios. Nos casos em que são contratados empréstimos com o fim específico de financiar activos fixos, os juros

correspondentes são capitalizados, fazendo parte do custo do activo. A capitalização destes encargos inicia-se após o início da preparação das actividades de construção, e cessa quando o activo se encontra pronto para utilização ou caso o projecto seja suspenso.

e) Provisões

As provisões são reconhecidas quando, e somente quando a Empresa: (i) tenha uma obrigação presente

(legal ou construtiva) resultante de um evento passado; (ii) seja provável que para a resolução dessa obrigação ocorra uma saída de recursos; e (iii) o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado. As provisões são revistas na data de cada balanço e ajustadas de modo a reflectir a melhor estimativa do Conselho de Administração a essa data.

As provisões para custos de reestruturação são reconhecidas sempre que exista um plano formal e

detalhado de reestruturação e que o mesmo tenha sido comunicado às partes envolvidas.

Page 138: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012

(Montantes expressos em Euros)

- 5 -

Quando uma provisão é apurada tendo em consideração os fluxos de caixa necessários para liquidar tal

obrigação, a mesma é registada pelo valor actual dos mesmos.

f) Instrumentos financeiros

i) Investimentos em subsidiárias

Os investimentos em partes de capital de empresas subsidiárias são mensurados de acordo com o estabelecido na “IAS 27 – Demonstrações Financeiras Consolidadas e Separadas”, ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas por imparidade.

ii) Investimentos

Os investimentos detidos pela Empresa são classificados como segue:

Investimentos registados ao justo valor através de resultados: esta categoria divide-se em duas

subcategorias: “Activos financeiros detidos para negociação” e “Investimentos mensurados ao justo valor através de resultados”. Um activo financeiro é classificado nesta categoria se for adquirido com o propósito de ser vendido no curto prazo ou a sua performance e estratégia de investimento sejam analisadas e definidas pelo Conselho de Administração com base no justo valor do activo financeiro. Os instrumentos derivados são também classificados como detidos para negociação, excepto se estiverem afectos a operações de cobertura. Os activos desta categoria são classificados como activos correntes no caso de serem detidos para negociação ou se for expectável que se realizem num período inferior a 12 meses da data do balanço;

Investimentos detidos até ao vencimento: esta categoria inclui os activos financeiros, não

derivados, com reembolsos fixos ou variáveis, que possuem uma maturidade fixada e cuja intenção do Conselho de Administração é a manutenção dos mesmos até à data do seu vencimento; e

Investimentos disponíveis para venda: incluem-se aqui os activos financeiros, não derivados, que

são designados como disponíveis para venda ou aqueles que não se enquadrem nas categorias anteriores. Esta categoria é incluída nos activos não correntes, excepto se o Conselho de Administração tiver a intenção de alienar o investimento num período inferior a 12 meses da data do balanço.

Os investimentos são inicialmente registados pelo seu valor de aquisição, que é o justo valor do preço

pago incluindo as despesas de transacção, no caso dos investimentos detidos até ao vencimento e investimentos disponíveis para venda.

Após o reconhecimento inicial, os investimentos mensurados ao justo valor através de resultados e os

investimentos disponíveis para venda são reavaliados pelos seus justos valores por referência ao seu valor de mercado à data do balanço, sem qualquer dedução relativa a custos de transacção que possam vir a ocorrer até à sua venda. Os investimentos em instrumentos de capital próprio que não sejam cotados e para os quais não seja possível estimar com fiabilidade o seu justo valor, são mantidos ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas por imparidade. Os investimentos detidos até à maturidade são mensurados pelo custo amortizado usando o método da taxa de juro efectiva.

Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos disponíveis para

venda são registados no capital próprio, na rubrica “Reservas de justo valor” incluída na rubrica “Outras reservas” até o investimento ser vendido ou recebido ou até que o justo valor do investimento se situe abaixo do seu custo de aquisição e que tal corresponda a uma perda por imparidade, momento em que a perda acumulada é transferida para a demonstração dos resultados.

Todas as compras e vendas destes investimentos são reconhecidas à data da assinatura dos

respectivos contratos de compra e venda, independentemente da sua data de liquidação financeira.

Page 139: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012

(Montantes expressos em Euros)

- 6 -

iii) Dívidas de terceiros

As dívidas de clientes, de outros devedores e de outros terceiros são registadas pelo seu valor nominal e apresentadas na demonstração da posição financeira deduzido de eventuais perdas por imparidade reconhecidas na rubrica “Perdas por imparidade acumuladas”, para que os activos reflictam o seu valor realizável líquido. Estas rubricas, quando correntes, não incluem juros por não se considerar material o impacto do desconto.

As perdas por imparidade são registadas na sequência de eventos ocorridos que indiquem,

objectivamente e de forma quantificável, que a totalidade ou parte do saldo em dívida não será recebido. Para tal, a Empresa tem em consideração informação de mercado que demonstre que:

- a contraparte apresenta dificuldades financeiras significativas; - se verifiquem atrasos significativos nos pagamentos por parte da contraparte; ou - se torna provável que o devedor vá entrar em liquidação ou reestruturação financeira.

As perdas por imparidade reconhecidas correspondem à diferença entre o montante escriturado do saldo a receber e respectivo valor actual dos fluxos de caixa futuros estimados, descontados à taxa de juro efectiva inicial que, nos casos em que se perspective um recebimento num prazo inferior a um ano, é considerada nula por se considerar imaterial o efeito do desconto.

iv) Empréstimos

Os empréstimos são registados no passivo pelo seu valor nominal deduzido dos custos de transacção

que sejam directamente atribuíveis à emissão desses passivos. Os encargos financeiros são calculados de acordo com a taxa de juro efectiva e contabilizados na demonstração dos resultados do período de acordo com o princípio da especialização dos exercícios.

Sempre que existe direito de cumprimento obrigatório de compensar activos e passivos e o Conselho

de Administração pretenda liquidar numa base líquida ou realizar o activo e liquidar simultaneamente o passivo, os mesmos são compensados, e apresentados na demonstração da posição financeira pelo seu montante líquido.

v) Contas a pagar

As contas a pagar, que não vencem juros, são registadas pelo seu valor nominal, que é

substancialmente equivalente ao seu justo valor.

vi) Caixa e equivalentes de caixa

Os montantes incluídos na rubrica “Caixa e equivalentes de caixa” correspondem aos valores de caixa, depósitos bancários, depósitos a prazo e outras aplicações de tesouraria, vencíveis a menos de três meses, e que possam ser imediatamente mobilizáveis sem risco significativo de alteração de valor.

Ao nível da demonstração dos fluxos de caixa, a rubrica “Caixa e equivalentes de caixa” compreende

também os descobertos bancários incluídos na rubrica do passivo corrente “Empréstimos bancários”.

vii) Instrumentos derivados

A Altri utiliza instrumentos derivados na gestão dos seus riscos financeiros como forma de garantir a cobertura desses riscos, não sendo utilizados instrumentos derivados com o objectivo de negociação.

Os instrumentos derivados utilizados pela Altri definidos como instrumentos de cobertura de fluxos de

caixa respeitam a instrumentos de cobertura de taxa de juro de empréstimos obtidos. Os critérios utilizados pela Altri para classificar os instrumentos derivados como instrumentos de

cobertura de fluxos de caixa são os seguintes:

- espera-se que a cobertura seja altamente eficaz ao conseguir a compensação de alterações nos fluxos de caixa atribuíveis ao risco coberto;

- a eficácia da cobertura pode ser fiavelmente mensurada;

Page 140: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012

(Montantes expressos em Euros)

- 7 -

- existe adequada documentação sobre a transacção a ser coberta no início da cobertura; e - a transacção objecto de cobertura é altamente provável.

Os instrumentos de cobertura são registados pelo seu justo valor. As alterações de justo valor destes

instrumentos são reconhecidas em capitais próprios na rubrica “Reservas de cobertura”, sendo transferidas para resultados no mesmo período em que o instrumento objecto de cobertura afecta resultados.

A determinação do justo valor destes instrumentos financeiros é efectuada com recurso a sistemas

informáticos de valorização de instrumentos derivados e teve por base a actualização, para a data da demonstração da posição financeira, dos fluxos de caixa futuros do “leg” fixo e do “leg” variável do instrumento derivado.

A contabilização de cobertura de instrumentos derivados é descontinuada quando o instrumento se

vence ou é vendido. Nas situações em que o instrumento derivado deixe de ser qualificado como instrumento de cobertura, as diferenças de justo valor acumuladas até então, que se encontram registadas em capital próprio na rubrica “Reservas de cobertura”, são transferidas para resultados do período, ou adicionadas ao valor contabilístico do activo a que as transacções objecto de cobertura deram origem, e as reavaliações subsequentes são registadas directamente nas rubricas da demonstração dos resultados.

Quando existam derivados embutidos em outros instrumentos financeiros ou outros contratos, os mesmos são tratados como derivados separados nas situações em que os riscos e características não estejam intimamente relacionados com os contratos de acolhimento e nas situações em que os contratos não sejam apresentados pelo seu justo valor com os ganhos ou perdas não realizadas registadas na demonstração dos resultados.

Nos casos em que os instrumentos derivados, embora contratados com o objectivo específico de

cobertura de riscos financeiros, não se enquadram nos requisitos acima referidos para classificação como instrumentos de cobertura, as variações do justo valor afectam directamente a demonstração de resultados, nas rubricas “Proveitos financeiros” e “Custos financeiros”.

Em 31 de Dezembro de 2012 a Empresa não tem contratados quaisquer instrumentos financeiros

derivados.

g) Activos e passivos contingentes Os passivos contingentes são definidos pela Empresa como (i) obrigações que surjam de acontecimentos

passados e cuja existência somente será confirmada pela ocorrência, ou não, de um ou mais acontecimentos futuros incertos não totalmente sob o controlo da Empresa ou (ii) obrigações presentes que surjam de acontecimentos passados mas que não são reconhecidas porque não é provável que um fluxo de recursos que afecte benefícios económicos seja necessário para liquidar a obrigação ou a quantia da obrigação não pode ser mensurada com suficiente fiabilidade.

Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras da Empresa, sendo os

mesmos objecto de divulgação, a menos que a possibilidade de uma saída de fundos afectando benefícios económicos futuros seja remota, caso este em que não são sequer objecto de divulgação.

Os activos contingentes são possíveis activos que surgem de acontecimentos passados e cuja existência

somente será confirmada pela ocorrência, ou não, de um ou mais eventos futuros incertos não totalmente sob o controlo da Empresa.

Os activos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras da Empresa mas

unicamente objecto de divulgação quando é provável a existência de benefícios económicos futuros.

h) Imposto sobre o rendimento O imposto sobre o rendimento do exercício é calculado com base nos resultados tributáveis da Empresa de

acordo com as regras fiscais em vigor e considera a tributação diferida. A Empresa é tributada segundo o Regime Especial de Tributação de Grupos de Sociedades (“RETGS”), de

acordo com o artigo 69º do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas, sendo a Altri

Page 141: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012

(Montantes expressos em Euros)

- 8 -

SGPS, S.A. a sociedade dominante do Grupo fiscal constituído por si, pela Celulose do Caima, SGPS, S.A. e pela Inflora – Sociedade de Investimentos Florestais, S.A..

Os impostos diferidos são calculados com base no método da responsabilidade de balanço e reflectem as diferenças temporárias entre o montante dos activos e passivos para efeitos de reporte contabilístico e os respectivos montantes para efeitos de tributação. Os impostos diferidos activos e passivos são calculados e anualmente avaliados utilizando as taxas de tributação em vigor ou anunciadas para estarem em vigor à data expectável da reversão das diferenças temporárias.

Os activos por impostos diferidos são reconhecidos unicamente quando existem expectativas razoáveis de

lucros fiscais futuros suficientes para a sua utilização, ou nas situações em que existam diferenças temporárias tributáveis que compensem as diferenças temporárias dedutíveis no período da sua reversão. No final de cada período é efectuada uma revisão desses impostos diferidos, sendo os mesmos reduzidos sempre que deixe de ser provável a sua utilização futura.

Os impostos diferidos são registados como custo ou proveito do exercício, excepto se resultarem de valores

registados directamente em capital próprio, situação em que o imposto diferido é também registado na mesma rubrica.

i) Rédito e especialização dos exercícios

O rédito proveniente da venda de bens apenas é reconhecido na demonstração dos resultados quando (i)

são transferidos para o comprador os riscos e vantagens significativos da propriedade dos bens, (ii) não seja mantido um envolvimento continuado de gestão com grau geralmente associado com a posse ou o controlo efectivo dos bens vendidos, (iii) a quantia do rédito pode ser fiavelmente mensurada, (iv) seja provável que os benefícios económicos associados com as transacções fluam para a Empresa e (v) os custos incorridos ou a serem incorridos referentes à transacção possam ser fiavelmente mensurados. As vendas são reconhecidas líquidas de impostos, descontos e outros custos inerentes à sua concretização, pelo justo valor do montante recebido ou a receber.

Os dividendos são reconhecidos como proveitos na demonstração dos resultados do período em que é

decidida a sua atribuição. As restantes receitas e despesas são registadas de acordo com o princípio da especialização de exercícios

pelo qual estas são reconhecidas à medida que são geradas, independentemente do momento em que são recebidas ou pagas. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e as correspondentes receitas e despesas geradas são registadas nas rubricas de acréscimos e diferimentos incluídas nas rubricas “Outros activos correntes” e “Outros passivos correntes”.

j) Eventos subsequentes

Os eventos ocorridos após a data do balanço que proporcionem provas ou informações adicionais sobre

condições que existiam à data do balanço (“adjusting events”) são reflectidos nas demonstrações financeiras. Os eventos após a data do balanço que sejam indicativos de condições que surgiram após a data do balanço (“non adjusting events”), quando materiais, são divulgados no anexo às demonstrações financeiras.

k) Demonstração dos fluxos de caixa

A demonstração dos fluxos de caixa é preparada de acordo com a IAS 7, através do método directo. A

Empresa classifica na rubrica “Caixa e seus equivalentes” os investimentos com vencimento a menos de três meses e para os quais o risco de alteração de valor é insignificante.

A demonstração dos fluxos de caixa encontra-se classificada em actividades operacionais (que englobam

os recebimentos de clientes, pagamentos a fornecedores, pagamentos a pessoal e outros relacionados com a actividade operacional), de financiamento (que incluem, designadamente, os pagamentos e recebimentos referentes a empréstimos obtidos, contratos de locação financeira e pagamento de dividendos) e de investimento (que incluem, nomeadamente, aquisições e alienações de investimentos em empresas participadas e recebimentos e pagamentos decorrentes da compra e da venda de activos fixos tangíveis).

Page 142: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012

(Montantes expressos em Euros)

- 9 -

l) Julgamentos e estimativas

Na preparação das demonstrações financeiras anexas foram efectuados juízos de valor e estimativas e utilizados diversos pressupostos que afectaram as quantias relatadas de activos e passivos, assim como as quantias relatadas de rendimentos e gastos do exercício.

As estimativas e os pressupostos subjacentes foram determinados com base no melhor conhecimento existente à data de aprovação das demonstrações financeiras dos eventos e transacções em curso, assim como na experiência de eventos passados e/ou correntes. Contudo, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data de aprovação das demonstrações financeiras, não foram consideradas nessas estimativas. As alterações às estimativas que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras serão corrigidas de forma prospectiva. Por este motivo e dado o grau de incerteza associado, os resultados reais das transacções em questão poderão diferir das correspondentes estimativas.

Os principais juízos de valor e estimativas efectuadas na preparação das demonstrações financeiras anexas foram os seguintes:

Testes de imparidade de investimentos financeiros; Registo de provisões e perdas por imparidade; e Vidas úteis dos activos tangíveis e intangíveis.

m) Política de gestão de risco

A Empresa encontra-se exposta basicamente a (i) riscos de mercado, (ii) riscos de crédito e (iii) riscos de liquidez. O principal objectivo da gestão de risco é o de reduzir estes riscos até um nível considerado aceitável.

Os princípios gerais da gestão de riscos são aprovados pelo Conselho de Administração, sendo a sua implementação e acompanhamento supervisionados pelos administradores e directores.

(i) Risco de mercado

Reveste-se de particular importância no âmbito da gestão de risco de mercado o risco de taxa de juro. A Empresa utiliza instrumentos derivados na gestão dos seus riscos de mercado a que está exposta como forma de garantir a sua cobertura, não sendo utilizados instrumentos derivados com o objectivo de negociação ou especulação.

A exposição da Empresa à taxa de juro decorre essencialmente dos empréstimos de longo prazo que são constituídos na sua maioria por dívida indexada à Euribor.

O objectivo da Empresa é limitar a volatilidade dos cash-flows e resultados tendo em conta o perfil da sua actividade operacional através da utilização de uma adequada combinação de dívida a taxa fixa e variável. A política da Empresa permite a utilização de derivados de taxa de juro para redução da exposição às variações da Euribor e não para fins especulativos.

No entanto, podem existir alguns instrumentos derivados que, embora tenham sido contratados com o objectivo de cobertura do risco da taxa de juro, não se enquadram nos requisitos necessários para classificação como instrumentos de cobertura.

(ii) Risco de crédito

A exposição da Empresa ao risco de crédito está maioritariamente associada às contas a receber decorrentes da sua actividade operacional e de tesouraria. O risco de crédito refere-se ao risco da contraparte incumprir com as suas obrigações contratuais, tal resultando numa perda para a Empresa.

A avaliação do risco de crédito é efectuada numa base regular, tendo em consideração as condições correntes de conjuntura económica e a situação específica do crédito de cada uma das empresas, sendo adoptados procedimentos correctivos sempre que tal se julgue conveniente.

Page 143: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012

(Montantes expressos em Euros)

- 10 -

A Empresa não possui risco de crédito significativo concentrado em nenhum cliente ou grupo de clientes em particular ou com características semelhantes, na medida em que dada a actividade da Empresa as contas a receber são maioritariamente das empresas do Grupo Altri.

As imparidades para contas a receber são calculadas tendo em consideração (i) o perfil de risco do cliente, (ii) o prazo médio de recebimento, e (iii) as condições financeiras do cliente.

Os montantes apresentados na demonstração da posição financeira encontram-se líquidos das perdas acumuladas por imparidade para cobranças duvidosas estimadas, estando portanto ao justo valor.

(iii) Risco de liquidez

O objectivo da política de gestão de risco de liquidez é garantir que a Empresa tem capacidade para liquidar ou cumprir as suas responsabilidades e prosseguir as estratégias delineadas, cumprindo todos os compromissos assumidos com terceiros no prazo estipulado.

A Empresa define como política activa (i) manter um nível suficiente de recursos livres e imediatamente disponíveis para fazer face aos pagamentos necessários no seu vencimento, (ii) limitar a probabilidade de incumprimento no reembolso de todas as suas aplicações e empréstimos negociando a amplitude das cláusulas contratuais e (iii) minimizar o custo de oportunidade de detenção de liquidez excedentária no curto prazo.

Procura ainda compatibilizar os prazos de vencimento de activos e passivos, através de uma gestão agilizada das suas maturidades.

3. ALTERAÇÕES DE POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS E CORRECÇÃO DE ERROS

Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2012, não ocorreram alterações de políticas contabilísticas não tendo igualmente sido corrigidos erros materiais relativos a exercícios anteriores.

4. INVESTIMENTOS

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 esta rubrica era composta pela participação de 100% na Celulose do Caima SGPS, S.A. no montante de 60.470.641 Euros e por prestações acessórias não remuneradas concedidas a esta subsidiária no montante de 58.000.000 Euros.

Adicionalmente, a Altri preparou demonstrações financeiras consolidadas de acordo com os princípios de mensuração e reconhecimento das Normas Internacionais de Relato Financeiro, tal como adoptadas na União Europeia, as quais apresentam os principais dados financeiros seguintes:

31-12-2012 31-12-2011

Total do activo líquido consolidado 1.128.360.046 1.127.723.819Total do capital próprio consolidado (a) 183.926.912 140.762.629Resultado consolidado do exercício 52.181.891 22.567.762 (a) – Incluindo interesses sem controlo

5. IMPOSTOS CORRENTES E DIFERIDOS

De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte das

autoridades fiscais durante um período de quatro anos (cinco anos para a Segurança Social), excepto quando tenham havido prejuízos fiscais, tenham sido concedidos benefícios fiscais, ou estejam em curso inspecções, reclamações ou impugnações, casos estes em que, dependendo das circunstâncias, os prazos são alongados ou suspensos. Deste modo, as declarações fiscais da Empresa desde 2009 poderão vir ainda ser sujeitas a revisão.

Page 144: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012

(Montantes expressos em Euros)

- 11 -

A Administração da Empresa entende que as eventuais correcções resultantes de revisões/inspecções por parte das autoridades fiscais àquelas declarações fiscais não terão um efeito significativo nas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2012 e 2011.

Nos termos do artigo 81º do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas a Empresa

encontra-se sujeita a tributação autónoma sobre um conjunto de encargos às taxas previstas no artigo mencionado.

Adicionalmente, de acordo com a legislação em vigor, a Empresa encontra-se sujeita a derrama estadual. O imposto sobre o rendimento reconhecido na demonstração de resultados dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 refere-se principalmente à economia de imposto do exercício, líquida de tributação autónoma.

A Empresa encontra-se abrangida pelo Regime Especial de Tributação de Grupos de Sociedades (“RETGS”),

cujo Grupo fiscal inclui para além da Empresa, a Celulose do Caima, SGPS, S.A. e a Inflora – Sociedade de Investimentos Florestais, S.A., sendo que cada uma das sociedades abrangidas por este regime regista o imposto sobre o rendimento nas suas contas individuais por contrapartida da rubrica “Empresas do grupo”. Nos casos em que as filiais contribuem com prejuízos é registado, nas contas individuais, o montante de imposto correspondente aos prejuízos que vierem a ser compensados pelos lucros das demais sociedades abrangidas por este regime (Nota 16).

Relativamente ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2012 foi apurado um prejuízo fiscal estimado de, aproximadamente, 4.300.000 Euros, não tendo sido registado, por prudência, o correspondente activo imposto diferido no montante de, aproximadamente, 1.075.000 Euros, calculado à taxa de 25%. Nos termos da legislação em vigor os prejuízos fiscais são recuperáveis durante um período de seis anos para prejuízos de exercícios anteriores a 2010, quatro anos para prejuízos gerados nos exercícios de 2010 e 2011 e cinco anos para prejuízos de exercícios posteriores a 2011. Em 31 de Dezembro de 2012 os prejuízos fiscais reportáveis segundo as declarações entregues pela Empresa ascendiam a, aproximadamente, 17.300.000 Euros, relativamente aos quais por prudência não foram registados activos por impostos diferidos, os quais caso fossem registados à taxa de 25%, ascenderiam a, aproximadamente, 4.325.000 Euros.

Page 145: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012

(Montantes expressos em Euros)

- 12 -

6. CLASSE DE INSTRUMENTOS FINANCEIROS Os instrumentos financeiros, de acordo com as políticas contabilísticas descritas na Nota 2, foram classificados como segue:

Activos financeiros:

31 de Dezembro de 2012 Empréstimos e contas a receber

Activos não abrangidos pelo

IFRS 7 Total

Activos correntesEstado e outros entes públicos (Nota 8) - 14.864 14.864Outras dívidas de terceiros (Nota 9) 200.031 - 200.031Outros activos correntes (Nota 10) - 6.260 6.260Caixa e equivalentes de caixa (Nota 7) 1.963.816 - 1.963.816

2.163.847 21.124 2.184.971

31 de Dezembro de 2011 Empréstimos e contas a receber

Activos não abrangidos pelo

IFRS 7 Total

Activos correntesEstado e outros entes públicos (Nota 8) - 313.060 313.060 Outras dívidas de terceiros (Nota 9) 200.030 - 200.030 Outros activos correntes (Nota 10) - 25.107 25.107 Caixa e equivalentes de caixa (Nota 7) 1.930.205 - 1.930.205

2.130.235 338.167 2.468.402

Passivos financeiros:

31 de Dezembro de 2012 Outros passivos financeiros

Passivos não abrangidos pelo

IFRS 7 Total

Passivos correntesEmpréstimos bancários (Nota 12) 859.857 - 859.857 Outros empréstimos (Nota 12) 39.791.951 - 39.791.951 Fornecedores 1.354 - 1.354 Outras dívidas a terceiros (Nota 13) 33.466.507 - 33.466.507 Estado e outros entes publicos (Nota 8) - 145.687 145.687 Outros passivos correntes (Nota 14) - 100.550 100.550

74.119.669 246.237 74.365.906

31 de Dezembro de 2011 Outros passivos financeiros

Passivos não abrangidos pelo

IFRS 7 Total

Passivos correntesEmpréstimos bancários (Nota 12) 800.853 - 800.853 Outros empréstimos (Nota 12) 39.692.670 - 39.692.670 Fornecedores 2.740 - 2.740 Outras dívidas a terceiros (Nota 13) 25.681.830 - 25.681.830 Estado e outros entes publicos (Nota 8) - 197.011 197.011 Outros passivos correntes (Nota 14) - 24.594 24.594

66.178.093 221.605 66.399.698

Page 146: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012

(Montantes expressos em Euros)

- 13 -

7. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, o detalhe da rubrica “Caixa e equivalentes de caixa” era como segue:

31.12.2012 31.12.2011

Caixa 1.803 395

Depósitos bancários 1.962.013 1.929.810

Caixa e equivalentes 1.963.816 1.930.205

Descobertos bancários (Nota 12) (858.857) (750.853)

1.104.959 1.179.352

8. ESTADO E OUTROS ENTES PUBLICOS

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 estas rubricas do activo e do passivo tinham a seguinte composição:

31.12.2012 31.12.2011

Saldos devedores:

Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas 14.864 313.060

Outros impostos - -

14.864 313.060

31.12.2011 31.12.2011

Saldos credores:

Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas 128.795 88.560

Imposto sobre o Valor Acrescentado - 2.838

Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares 7.838 94.780

Contribuições para a Segurança Social 9.054 10.833

145.687 197.011

9. OUTRAS DÍVIDAS DE TERCEIROS

Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 a rubrica “Outras dívidas de terceiros” era composta como se segue:

31.12.2012 31.12.2011

Entidades relacionadas (Nota 17) 198.832 198.832

Outros 1.199 1.198

200.031 200.030

Page 147: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012

(Montantes expressos em Euros)

- 14 -

10. OUTROS ACTIVOS CORRENTES O detalhe dos “Outros activos correntes” em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 é como se segue:

31.12.2012 31.12.2011

Acréscimo de proveitos:

Juros a receber 1.451 8.166

Custos a reconhecer:

Outros custos 4.809 16.941

6.260 25.107

11. CAPITAL SOCIAL E RESERVAS

Capital Social

Em 31 de Dezembro de 2012, o capital social da Empresa encontrava-se totalmente subscrito e realizado e era composto por 205.131.672 acções com o valor nominal de 12,5 cêntimos de Euro cada acção.

Em 31 de Dezembro de 2012 não existiam pessoas colectivas com uma participação no capital subscrito de,

pelo menos, 20%. Reserva legal A legislação comercial Portuguesa estabelece que pelo menos 5% do resultado líquido anual tem que ser

destinado ao reforço da “reserva legal” até que esta represente pelo menos 20% do capital social. Esta reserva não é distribuível, a não ser em caso de liquidação da Empresa, mas pode ser utilizada para absorver prejuízos, depois de esgotadas todas as outras reservas, e para incorporação no capital.

Outras reservas

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 a rubrica “Outras reservas” corresponde a resultados transitados e reservas livres, as quais de acordo com a legislação em vigor são distribuíveis aos accionistas da Empresa, após a consideração do resultado líquido do exercício.

Page 148: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012

(Montantes expressos em Euros)

- 15 -

12. EMPRÉSTIMOS BANCÁRIOS E OUTROS EMPRÉSTIMOS Em 31 de Dezembro de 2012 e 31 de Dezembro de 2011, o detalhe das rubricas “Empréstimos Bancários” e

“Outros empréstimos” é como segue:

31-12-2012Valor Nominal Valor Contabilístico

Corrente Corrente

Empréstimos bancários:Descobertos bancários (Nota 7) 858.857 858.857Contas correntes caucionadas 1.000 1.000

859.857 859.857Outros empréstimos:Papel Comercial 40.000.000 39.791.951

Total 40.859.857 40.651.808

31-12-2011Valor Nominal Valor Contabilístico

Corrente Corrente

Empréstimos bancários:Descobertos bancários (Nota 7) 750.853 750.853Contas correntes caucionadas 50.000 50.000

800.853 800.853Outros empréstimos:Papel Comercial 40.000.000 39.692.670

Total 40.800.853 40.493.523

As despesas incorridas com a montagem de empréstimos foram deduzidas ao seu valor nominal, são reconhecidas como juro ao longo do período de vida dos empréstimos (Nota 15). Papel Comercial A rubrica “Papel comercial” corresponde a dois programas de papel comercial. O primeiro, no montante nominal máximo até 25.000.000 Euros, tem um prazo máximo de 5 anos a contar da respectiva data de assinatura, ou seja, 24 de Julho de 2013 e em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 encontrava-se totalmente utilizado. No entanto, e de acordo com o contrato inicial, decorrido um ano sobre a vigência do contrato ambas as partes têm o direito a denunciar o contrato desde que comuniquem a sua intenção mediante um pré-aviso de 30 dias relativamente à data indicada para a denúncia, facto pelo qual está classificado no passivo corrente em 31 de Dezembro de 2011. O segundo programa de papel comercial, no montante nominal máximo de 15.000.000 Euros, tem um prazo máximo de 5 anos a contar da data de assinatura, ou seja, 30 de Setembro de 2015, com as mesmas condições de denúncia acima mencionadas, sendo que em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 encontrava-se totalmente utilizado. Embora pelas razões indicadas estes programas de papel comercial estejam classificados no passivo corrente, é convicção do Conselho de Administração da Empresa que não haverá denúncia de qualquer das partes às renovações destes programas de papel comercial, nos casos em que essa renovação é possível.

Page 149: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012

(Montantes expressos em Euros)

- 16 -

Análise de sensibilidade a variações da taxa de juro Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 a sensibilidade da Empresa a alterações no indexante da taxa de juro de mais ou menos um ponto percentual, medida como a variação nos resultados financeiros pode ser analisada como segue:

31.12.2012 31.12.2011

Juros suportados (Nota 15) 3.118.794 2.470.713

Aumento de 1 p.p. na taxa de juroaplicada à totalidade do endividamento (400.000) (400.000)

Diminuição de 1 p.p. na taxa de juroaplicada à totalidade do endividamento 400.000 400.000

A análise de sensibilidade acima foi calculada com base na exposição à taxa de juro existente à data de final de cada exercício. Para esta análise foi tido como pressuposto base que a estrutura de financiamento (activos e passivos remunerados) se manteve estável ao longo do ano e semelhante à apresentada no final do exercício.

13. OUTRAS DIVIDAS A TERCEIROS

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 esta rubrica tinha a seguinte composição:

31.12.2012 31.12.2011

Empresas do Grupo (Nota 16) 33.465.953 25.681.278

Outros 554 552

33.466.507 25.681.830

14. OUTROS PASSIVOS CORRENTES Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 a rubrica “Outros passivos correntes” pode ser detalhada como segue:

31.12.2012 31.12.2011

Encargos a liquidar

Remunerações a liquidar 17.892 24.594

Outros encargos a liquidar 82.658 -

100.550 24.594

Page 150: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012

(Montantes expressos em Euros)

- 17 -

15. RESULTADOS FINANCEIROS

Os resultados financeiros dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 podem ser detalhados como segue:

31-12-2012 31-12-2011Custos financeiros

Juros suportados (Notas 12 e 16) 3.118.794 2.470.713Outros custos e perdas financeiras 486.674 466.975

3.605.468 2.937.688

Proveitos financeirosJuros obtidos 22.720 68.833Outros proveitos e ganhos financeiros - 446.047

22.720 514.880

Em 31 de Dezembro de 2011 a rubrica “Outros proveitos e ganhos financeiros” corresponde à variação do justo valor de instrumentos derivados que terminaram em 2011.

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, a rubrica “Outros custos e perdas financeiras” refere-se essencialmente a custos suportados com a emissão de papel comercial e a comissões relativos a serviços bancários (Nota 12).

16. SALDOS E TRANSACÇÕES COM ENTIDADES RELACIONADAS As empresas do Grupo Altri têm relações entre si que se qualificam como transacções com partes relacionadas. Todas estas transacções são efectuadas a preços de mercado. Os principais saldos com entidades relacionadas a 31 de Dezembro de 2012 são detalhados como se segue:

Saldos devedores (Nota 9)

Saldos credores (Nota 13) Saldo

RETGS Grupo F Ramada 172.806 - 172.806

RETGS Celulose do Caima SGPS, SA 26.026 1.209.741 1.235.767

Celulose da Beira Industrial (Celbi), SA - 32.256.212 32.256.212198.832 33.465.953 33.664.785

Os principais saldos com entidades relacionadas a 31 de Dezembro de 2011 são detalhados como se segue:

Saldos devedores (Nota 9)

Saldos credores (Nota 13) Saldo

RETGS Grupo F Ramada 172.806 - 172.806

RETGS Celulose do Caima SGPS, SA 26.026 1.505.207 1.531.233

Celulose da Beira Industrial (Celbi), SA - 24.176.071 24.176.071198.832 25.681.278 25.880.110

Os saldos credores com a Celulose da Beira Industrial (Celbi), SA dizem respeito a empréstimos correntes obtidos para cobertura de carência de tesouraria que vencem juros a taxas de mercado (Nota 15).

Page 151: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012

(Montantes expressos em Euros)

- 18 -

17. NÚMERO DE PESSOAL

Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 o número médio de pessoal ao serviço da Empresa foi de 3 e 4, respectivamente.

18. RESULTADOS POR ACÇÃO

Os resultados por acção em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 foram calculados em função dos seguintes montantes:

31-12-2012 31-12-2011

Número de acções para efeito de cálculo do resultado líquido básico e diluído 205.131.672 205.131.672

Resultado para efeito do cálculo do resultado por acção líquido e diluído (4.145.968) (2.913.285)

Resultado por acçãoBásico (0,020) (0,014)Diluído (0,020) (0,014)

19. APLICAÇÃO DO RESULTADO LÍQUIDO

No que respeita ao exercício de 2011, o Conselho de Administração propôs, no seu relatório anual, que o resultado líquido negativo individual da Altri, SGPS, S.A. no montante de 2.913.284,89 Euros fosse transferido para Resultados transitados, tendo aquela proposta sido aprovada em Assembleia Geral de Accionistas realizada em 26 de Abril de 2012. Foi igualmente aprovada a proposta do Conselho de Administração de distribuição de reservas livres no montante de 4.102.633,44 Euros, sob a forma de dividendos, o que corresponde a um dividendo de 0,02 Euros por acção. No que respeita ao exercício de 2012, o Conselho de Administração propõe, no seu relatório anual, que o resultado líquido negativo individual da Altri, SGPS, S.A. no montante de 4.145.968,07 Euros seja transferido para Resultados Transitados. O Conselho de Administração propõe também a distribuição de reservas livres no montante de 5.128.291,80 Euros, sob a forma de dividendos, o que corresponde a um dividendo de 0,025 Euros por acção.

20. APROVAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

As demonstrações financeiras foram aprovadas pelo Conselho de Administração e autorizadas para emissão em 21 de Março de 2013. A sua aprovação final está ainda sujeita a concordância da Assembleia Geral de Accionistas.

O Conselho de Administração

______________________________ Paulo Jorge dos Santos Fernandes

______________________________ João Manuel Matos Borges de Oliveira

______________________________ Domingos José Vieira de Matos

______________________________ Laurentina da Silva Martins

______________________________ Pedro Macedo Pinto de Mendonça

Page 152: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas
Page 153: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas
Page 154: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL Aos Accionistas da Altri, SGPS, S.A. 1. Relatório Em conformidade com a legislação em vigor e com o mandato que nos foi confiado, submetemos à vossa apreciação este Relatório e Parecer sobre o Relatório de Gestão e restantes documentos de prestação de contas individuais e consolidados da Altri, SGPS, S.A. (“Empresa”), relativos ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2012, os quais são da responsabilidade do Conselho de Administração. Ao longo do exercício em apreço, o Conselho Fiscal acompanhou a evolução da actividade da Empresa e suas participadas, a regularidade dos registos contabilísticos, o cumprimento do normativo legal e estatutário em vigor e a eficácia e integridade dos sistemas de gestão de riscos e de controlo interno, tendo efectuado reuniões com a periodicidade e extensão que considerou adequadas e tendo obtido da Administração e dos Serviços da Empresa e das suas participadas as informações e esclarecimentos solicitados. No âmbito das suas atribuições, o Conselho Fiscal examinou a Demonstração da Posição Financeira Individual e Consolidada em 31 de Dezembro de 2012, as Demonstrações Individuais e Consolidadas dos Resultados, do Rendimento Integral, das Alterações no Capital Próprio e dos Fluxos de Caixa para o exercício findo naquela data e os correspondentes Anexos. Adicionalmente procedeu à análise do Relatório de Gestão do exercício de 2012, exerceu as suas competências em matéria de supervisão das habilitações, independência e execução das funções do Auditor Externo e do Revisor Oficial de Contas da Empresa e apreciou a Certificação Legal das Contas e Relatório de Auditoria emitida pela Sociedade de Revisores Oficiais de Contas da Empresa, que mereceu o seu acordo. 2. Parecer Face ao exposto, o Conselho Fiscal é de parecer que o Relatório de Gestão e as Demonstrações Financeiras individuais e consolidadas estão de acordo com as disposições contabilísticas, legais e estatutárias aplicáveis, pelo que poderão ser aprovadas em Assembleia Geral de Accionistas.

Page 155: RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO - altri.pt/media/Files/A/Altri/reports/portuguese/2012/ALTRI... · falta de confiança dos mercados relativamente a economias alavancadas

3. Declaração de responsabilidade De acordo com o disposto no art. 8º nº 1, alínea a) do Regulamento da CMVM nº5/2008, os membros do Conselho Fiscal declaram que, tanto quanto é do seu conhecimento, o Relatório de Gestão, as Demonstrações Financeiras individuais e consolidadas elaboradas em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro tal como adoptadas pela União Europeia, bem como os demais documentos de prestação de contas exigidos por lei ou regulamento dão uma imagem verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, do activo e do passivo, da situação financeira e do resultado da Empresa em 31 de Dezembro de 2012 e que o Relatório de Gestão expõe fielmente a evolução dos negócios, do desempenho e da posição da Altri, SGPS, S.A. e das empresas incluídas no perímetro da consolidação e contém uma descrição dos principais riscos e incertezas com que se defrontam. Desejamos manifestar ao Conselho de Administração e aos diversos Serviços da Empresa e das empresas participadas o nosso apreço pela colaboração que nos prestaram. Porto, 21 de Março de 2013 O Conselho Fiscal João da Silva Natária Presidente do Conselho Fiscal Manuel Tiago Alves Baldaque de Marinho Fernandes Vogal do Conselho Fiscal Cristina Isabel Linhares Fernandes Vogal do Conselho Fiscal