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RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 31 de Dezembro de 2013

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RELATÓRIO DO CONSELHO DE

ADMINISTRAÇÃO  

31 de Dezembro de 2013 

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RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013

ÍNDICE

INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................. 3 

ENQUADRAMENTO ECONÓMICO ............................................................................................................. 5 

EVOLUÇÃO BOLSISTA .............................................................................................................................. 6 

ACTIVIDADE DO GRUPO ........................................................................................................................... 8 

SUSTENTABILIDADE E RESPONSABILIDADE EMPRESARIAL ........................................................... 12 

ANÁLISE FINANCEIRA ............................................................................................................................. 14 

ACTIVIDADE DESENVOLVIDA PELOS MEMBROS NÃO-EXECUTIVOS DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO ..................................................................................................................................... 17 

PROPOSTAS DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO PARA APLICAÇÃO DO RESULTADO LÍQUIDO INDIVIDUAL E DE RESERVAS ................................................................................................................. 18 

PERSPECTIVAS PARA 2014 .................................................................................................................... 19 

GOVERNO DA SOCIEDADE ..................................................................................................................... 20 

DISPOSIÇÕES LEGAIS ............................................................................................................................. 50 

DECLARAÇÃO NOS TERMOS DO ART.º 245, 1, AL. C) DO CÓDIGO DE VALORES MOBILIÁRIOS .. 52 

DECLARAÇÃO DE RESPONSABILIDADE .............................................................................................. 52 

CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................................................... 52 

ANEXO I ..................................................................................................................................................... 53 

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RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013

Senhores accionistas

O Conselho de Administração da Altri, SGPS, S.A., no cumprimento dos preceitos legais e estatutários instituídos, apresenta o Relatório e Contas relativos ao exercício de 2013. Ao abrigo do número 6 do art.º 508º – C do Código das Sociedades Comerciais, o Conselho de Administração decidiu apresentar um Relatório de Gestão único, sendo aqui cumpridos todos os preceitos legais exigidos.

INTRODUÇÃO A Altri foi constituída em Março de 2005, sendo o resultado do processo de cisão da Cofina. A Empresa é um produtor europeu de referência de pasta de papel de eucalipto e está cotada na NYSE Euronext Lisbon, integrando o seu índice de referência, o PSI-20. Para além da produção de pasta de papel a Altri está também presente no sector de energias renováveis de base florestal, nomeadamente a cogeração industrial através de licor negro e a biomassa. A estratégia florestal assenta no aproveitamento integral de todos os componentes disponibilizados pela floresta: pasta, licor negro e resíduos florestais. Nos últimos anos, a Altri investiu em Portugal aproximadamente 470 milhões de Euros, essencialmente, nas unidades industriais da Celbi e da Celtejo. Actualmente, a Altri detém três fábricas de pasta de papel em Portugal com uma capacidade instalada de produção de 970 mil toneladas/ano de pasta de papel branqueada de eucalipto em 2013. Estão em curso um conjunto de pequenos investimentos que visam aumentar a capacidade produtiva da Celbi e da Caima, cuja conclusão se prevê para entre o final de 2014 e o início de 2015. Assim, a Caima, após a conclusão do projecto de conversão para pastas de sector de especialidades, produzirá cerca de 105 mil toneladas. Por seu turno, a Celbi passará a deter uma capacidade instalada de produção superior a 700 mil toneladas de pasta branqueada do tipo BEKP. A Altri gere cerca de 84 mil hectares de floresta em Portugal, integralmente certificada pelo Forest Stewardship Council® (FSC®)1 e pelo Programme for the Endorsement of Forest Certification (PEFC), duas das mais reconhecidas entidades certificadoras a nível mundial. A prossecução da estratégia industrial da Altri assenta na gestão florestal integrada em Portugal, que visa a optimização da floresta, garantindo um aproveitamento integral de todos os seus componentes. Assim, o eucalipto é processado nas fábricas da Altri, produzindo pasta de papel e energia eléctrica (cogeração), sendo que a casca, os ramos e os desperdícios florestais são utilizados para produzir energia eléctrica através de biomassa. Até Junho de 2008, a Altri possuía uma outra actividade industrial, através da F. Ramada, que se dedicava ao retalho de aços e ao desenvolvimento de soluções industriais de sistemas de armazenagem. Em Junho de 2008, efectivou-se a cisão da F. Ramada, que deixou de integrar a Altri. O racional estratégico desta operação prendeu-se com a focalização exclusiva da Altri no seu core business, a gestão florestal e a produção de pasta de papel. Desde a sua génese o Grupo tem adquirido diversas unidades operacionais (Celtejo em 2005 e Celbi em 2006), que permitiram à Altri reforçar a sua posição nos mercados onde opera pelo desenvolvimento de um conjunto de projectos de expansão da actividade. Para uma melhor valorização dos recursos florestais, a Altri adquiriu, em 2005, 50% da EDP Produção – Bioeléctrica, S.A. para, em parceria com a EDP, produzir energia eléctrica a partir de biomassa florestal. Esta Empresa é líder no seu segmento de mercado, com uma quota de licenças de produção de energia eléctrica através de biomassa florestal de 50%.

                                                            1 FSC-C004615 

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Actualmente, a estrutura orgânica funcional do Grupo Altri pode ser representada como segue:

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ENQUADRAMENTO ECONÓMICO

Durante 2013, a economia mundial continuou a enfrentar níveis elevados de incerteza e a recuperação da actividade económica só se verificou em determinadas regiões. Em particular, a zona Euro continuou a sofrer o impacto da falta de dinamismo da actividade económica, sentida especialmente nos países do sul da Europa, uma vez que as medidas políticas e fiscais adicionais tiveram duras consequências ao nível do consumo privado, especialmente na categoria de produtos duradouros. Nos países do norte da Europa verificou-se um ambiente diferente, tendo começado a apresentar alguns sinais da muito desejada recuperação.

De acordo com as estimativas mais recentes das principais instituições de referência para 2013, o crescimento real do PIB da Área Euro deverá ter-se-á situado nos -0,4% em 2013 (-0,7% em 2012), reflectindo um abrandamento do cenário recessivo que caracterizou o passado recente. As projecções para 2014 reflectem já um cenário de reversão, com crescimento projectado de +1%, pressupondo contributos mais modestos das economias do sul da Europa, as quais terão um caminho mais longo a percorrer no sentido da recuperação. O peso da crise da dívida, pública e privada, continuará a condicionar as opções políticas e financeiras (no sentido da austeridade), impactando necessariamente os níveis de procura interna. Neste cenário, as exportações deverão assumir papel determinante no esforço de recuperação das economias da Área Euro. As incertezas relativas ao desempenho da Área Euro, nomeadamente no que respeita à sustentabilidade das reformas em curso e do modelo de governação em vigor, continuam latentes e extremamente críticas em qualquer exercício de projecção. Na Área Euro, a inflação deverá permanecer em níveis baixos ao longo de 2014 (cerca de 1,5% de acordo com o Autumn World Economic Outlook do FMI) e o desemprego médio deverá rondar os 12% (de acordo com a mesma fonte) reflectindo realidades muito diversas por país e taxas que variam dos 5% aos 27%.

O processo de desalavancagem do sector bancário deverá perdurar nos próximos anos implicando a manutenção de restrições no acesso ao crédito. Os níveis das taxas de juro interbancárias encontram-se em níveis historicamente baixos, não se perspectivando que haja uma inversão desta tendência no curto prazo. A concretização de uma recuperação gradual poderá provocar um ligeiro encurtamento do gap das taxas de juro activas dos Bancos face à taxa de referência (actualmente nos 0,25%).

O desempenho da Economia Portuguesa em 2013 reflecte necessariamente o impacto da implementação das medidas previstas no programa de ajustamento económico (PAEF). Conforme estimativas mais recentes incluídas no Boletim de Inverno do Banco de Portugal, o PIB terá registado uma quebra de 1,4% em 2013, face a um decréscimo de 3,2% em 2012, sendo perspectivada uma recuperação para terreno positivo em 2014 (+0,8%).

Como na Área Euro, o desempenho projectado da economia portuguesa assenta numa quebra da procura interna (-2,7% em 2013 versus -6,9% em 2012), parcialmente compensada por um aumento nas exportações líquidas (1,1% em 2013 e 3,7% em 2012). No último trimestre de 2013 ter-se-á já verificado uma variação homóloga positiva em cerca de 1,6% com contributo positivo da procura interna, situação que já não se verificava desde o 4º trimestre de 2010. Em termos acumulados, a redução da procura interna no período 2009-2013 ter-se-á situado em cerca de 17 por cento. A inflação ter-se-á situado nos 0,5% em 2013 (2,8% em 2012), e a taxa de desemprego terá permanecido elevada, fechando o ano nos 15,3% (16,5% em 2012).

As projecções para 2014 apontam para a recuperação do crescimento económico - embora ténue na ordem dos 0,8% do PIB - prosseguindo a tendência dos últimos trimestres de 2013 (variação em cadeia de +0,3% no 3º trimestre e de +0,5% no 4º trimestre).

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EVOLUÇÃO BOLSISTA (Nota: O PSI 20 foi considerado como um índice com valor inicial idêntico ao do título em análise, de forma a possibilitar uma melhor comparação das variações das cotações.)

O ano de 2013 foi marcado por um bom desempenho dos mercados accionistas embora sem uma tendência linear, ou seja, o mercado português registou um crescimento de cerca de 16%, mas esse ganho foi conseguido na segunda metade do ano já que até Julho o índice registou uma rendibilidade negativa.

As acções da Altri superou fortemente o índice, tendo registado uma valorização de 41% embora com maior enfoque a partir de Setembro.

A cotação bolsista da Altri encerrou o ano de 2013 nos 2,24 Euros por acção. A capitalização bolsista no final de 2013 era de cerca de 459 milhões de Euros. Durante o ano de 2013, as acções da Altri foram transaccionadas a uma cotação máxima de 2,617 Euros por acção e a mínimos de 1,588 Euros por acção. No total, foram transaccionadas 103 milhões de acções da Altri naquele período, o que equivale a 50% do capital emitido. Os principais eventos que marcaram a evolução dos títulos da Empresa durante o exercício de 2013 podem ser descritos cronologicamente do seguinte modo:

00,20,40,60,8

11,21,41,61,8

Evolução da rendibilidade do título Altri e do PSI20 (%)

Altri PSI20

0,4

0,8

1,2

1,6

2

2,4

2,8

jan-13 fev-13 mar-13 abr-13 mai-13 jun-13 jul-13 ago-13 set-13 out-13 nov-13 dez-13

Evolução da cotação da Altri

Altri7-Mar:Divulgaçãoresultados 2012 23-Abr:

Anúncio pagamentodividendos

18-Abr:Divulgaçãodeliberações AG

8-Mai:Divulgaçãoresultados 1T13

1-Ago:Divulgação resultados 1ºS13

29-Out:Divulgação resultados 3ºT13

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Em 7 de Março, o Grupo anunciou a performance financeira relativamente ao exercício de 2012, cifrando-se o resultado líquido consolidado em cerca de 52 milhões de Euros. As receitas totais consolidadas ascenderam a 543 milhões de Euros, o que representa um aumento de 11,6% face a 2011. O EBITDA consolidado cifrou-se em 143,1 milhões de Euros, tendo registado um crescimento de 26,5% em relação ao ano transacto. Naquela data as acções encerraram a cotar nos 1,862 Euros por acção;

No comunicado efectuado a 18 de Abril de 2013, a Altri informou o mercado acerca das deliberações da Assembleia Geral realizada nessa data em que foi aprovada, entre outras, a proposta de distribuição de dividendos correspondentes a 0,025 Euros por acção;

Em 23 de Abril de 2013, a Sociedade informou o mercado que os dividendos relativos ao exercício de 2012 seriam pagos a partir de 17 de Maio;

Através de comunicado efectuado a 8 de Maio, o Grupo anunciou os resultados do primeiro trimestre de 2013. No decorrer deste período as receitas totais consolidadas atingiram um recorde de 145 milhões de Euros, o que representa um aumento de cerca de 18% face ao período homólogo de 2012. O EBITDA atingiu cerca de 36,3 milhões de Euros, o que significa um crescimento de cerca de 27% face ao primeiro trimestre de 2012;

A 1 de Agosto, a Altri comunicou ao mercado os resultados do 1º semestre de 2013 tendo apresentado um EBITDA de 75 milhões de Euros, o que corresponde a um crescimento de 13% face a igual período de 2012. A margem EBITDA atingiu os 25,5% e o Resultado operacional (EBIT) foi de cerca de 48 milhões de Euros, tendo a margem sido de 16,2%. O resultado líquido da Altri atingiu cerca de 30,3 milhões de Euros;

Em 29 de Outubro foram divulgados os resultados do 3º trimestre. O Grupo atingiu um volume de vendas recorde naquele período. O EBITDA obtido nos primeiros nove meses de 2013 atingiu cerca de 112 milhões de Euros, o que corresponde a um crescimento de 4,5% face ao período homólogo de 2012, e o resultado líquido atingiu cerca de 43,1 milhões de Euros.

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ACTIVIDADE DO GRUPO Tendo a sua génese sido o resultado de um processo de reestruturação do Grupo Cofina com o objectivo de agregar numa holding distinta as áreas de actividade industrial, a Altri foi até 1 de Junho de 2008 detentora de interesses nos sectores de Pasta e Papel, bem como nos Aços e Sistemas de armazenagem, data em que procedeu à cisão da actividade de Aços e Sistemas de armazenagem. Esta reestruturação inseriu-se numa lógica de focalização e transparência dos negócios da Altri, visando conferir a cada uma das áreas uma maior visibilidade e percepção de valor pelo mercado.

As principais participações financeiras em que a Altri é maioritária são as seguintes:

- Caima – Indústria de Celulose (Constância), produção e comercialização de pasta de papel;

- Celbi – Celulose da Beira Industrial (Figueira da Foz), produção e comercialização de pasta de papel;

- Celtejo – Empresa de Celulose do Tejo (Vila Velha de Ródão), produção e comercialização de pasta de papel;

- Altri Florestal (Constância), unidade gestora de recursos florestais do grupo.

Adicionalmente, com o objectivo de apoiar as suas necessidades energéticas e expandir a sua actividade para um sector considerado interessante do ponto de vista estratégico, o Grupo detém ainda uma participação de 50% no capital da EDP Bioeléctrica.

Localização das unidades industriais do grupo Altri Localização das centrais de produção de energia

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Em 31 de Dezembro de 2013 a estrutura completa de participações do Grupo Altri é a seguinte:

Mercado da pasta de papel

De acordo com os dados do Pulp and Paper Products Council (PPPC), em 2013 a procura total de pastas hardwood cresceu 5,4% (atingindo 28,8 milhões de toneladas), destacando-se o tipo produzido através de eucalipto, que registou um incremento de procura de 15,3% face a 2012. No final de 2013 a quota de mercado do eucalipto face a todas as pastas branqueadas (softwood e hardwood) cresceu 1,4 pontos percentuais, atingindo 35,4% em 2013 (34% em 2012).

Assim, em valores absolutos, em 2013 o consumo de pastas hardwood cresceu cerca de 1,5 milhões de toneladas relativamente ao ano anterior. Em termos geográficos constata-se que a China consumiu em 2013 mais 1,3 milhões de toneladas do que em 2012, o que corresponde a um crescimento de 19%, superior ao crescimento médio anual ponderado desde o ano 2000.

O 4º trimestre de 2013, em termos de evolução do preço da pasta BEKP, ficou caracterizado por uma queda de 3% do preço em USD face ao trimestre anterior. No entanto, quando convertido para Euros, a queda foi bastante mais pronunciada, tendo sido de 6%. Assim, o preço médio registado no último trimestre do ano ascendeu a 770 USD/ton (vs 795 USD/ton no trimestre anterior), enquanto em Euros se cifrou em 566 EUR/ton (vs. 602 EUR/ton no trimestre anterior).

Evolução do preço da pasta BEKP na Europa desde 1990 até final de 2013 (EUR)

Fonte: Hawkins Wright

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O exercício de 2013 foi, uma vez mais, um ano record em termos de produção e de vendas de pasta. Assim, durante o período em causa as três unidades industriais da Altri produziram cerca de 973 mil toneladas de pasta de papel.

Evolução da produção de pasta entre 2012 e 2013 por fábrica

(milhares de toneladas)

A principal unidade industrial da Altri, a Celbi, produziu cerca de 667 mil toneladas de pasta (+7%); a Celtejo produziu cerca de 218 mil toneladas (+13%) e a Caima produziu cerca de 89 mil toneladas (-2%). O decréscimo de produção registado na Caima está relacionado com o projecto de conversão para pasta de especialidades que está a decorrer nesta unidade industrial, cuja conclusão se prevê para 2014/15, o qual elevará a capacidade de produção desta fábrica para 105 mil toneladas. Por seu turno, em termos de vendas de pasta, foram vendidas cerca de 964 mil toneladas, o que corresponde a um crescimento de cerca de 4,5% face às cerca de 922 mil toneladas de pasta vendidas no exercício anterior. Evolução das vendas de pasta entre 2012 e 2013 por fábrica

(milhares de toneladas)

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Vendas de pasta por região e por utilização

As receitas de pasta de papel ascenderam a cerca de 473,4 milhões de Euros (+4,5%), correspondendo a cerca de 83% das receitas totais da Altri. Em 2013 a Altri exportou cerca de 907 mil toneladas de pasta, o que corresponde a um crescimento de cerca de 7% face ao ano anterior. A Europa Ocidental é o principal mercado de destino das vendas da empresa, representando80% das vendas, ou seja, cerca de 735 mil toneladas. Em termos de utilização da pasta, os produtores de papel de tissue são os principais clientes da Altri, com uma quota de 46% (40% no ano anterior).

Tissue46%

impressão e escrita24%

Embalagem3%

Especialidades13%

Outros4%

Solúvel10%

Europa85%

Portugal6%

Ásia8%

outros1%

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SUSTENTABILIDADE E RESPONSABILIDADE EMPRESARIAL

A Altri entende que o bem-estar das suas partes interessadas, que incluem a sociedade em geral, os seus clientes, os seus fornecedores, os seus colaboradores e os seus accionistas, depende do sucesso contínuo da empresa e do seu comprometimento com o desenvolvimento sustentável.

A Altri assume assim a responsabilidade de melhorar continuamente o seu desempenho ambiental e social, procurando um aumento contínuo do retorno de capital dos seus accionistas.

Ambiente: Matéria-prima renovável proveniente de florestas geridas de forma sustentável é a base para a produção da pasta de papel da Altri, que gere em Portugal uma grande área de floresta certificada, sendo que toda a madeira produzida nestas áreas tem como destino as suas unidades fabris.

A Altri é auto-suficiente em energia eléctrica, utilizando sistemas de cogeração onde é feita uma produção combinada de energia térmica e energia eléctrica para uso industrial. O excedente de electricidade é colocado na rede eléctrica nacional. O investimento em novas tecnologias e a aposta nas melhores práticas de eficiência energética, permitiram que praticamente toda a energia fosse produzida a partir da queima de biocombustíveis.

Tem sido feito um grande esforço na optimização do balanço de energia eléctrica nas fábricas da Altri, o que reflecte a importância do tema energia para o Grupo. Também o consumo de água tem vindo a decrescer ao longo dos anos.

A emissão de alguns poluentes líquidos também sofreu uma redução significativa, o que demonstra o empenho do Grupo na melhoria contínua do seu desempenho ambiental.

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2010 2011 2012 2013

Consumo específico de energia eléctrica, kWh/tpsa

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2010 2011 2012 2013

Consumo específico de água (m3/tpsa )

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2010 2011 2012 2013

Emissões específicas de CQO, kg O2/tpsa

0,0

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2010 2011 2012 2013

Emissões específicas de SST, kg/tpsa

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Os restantes indicadores de eco-eficiência e de desempenho ambiental, nos domínios da água, ar, resíduos e recursos naturais, têm-se mantido estáveis e em consonância com as Melhores Técnicas Disponíveis definidas para o Sector da Pasta e do Papel reflectidas nas Licenças Ambientais das três unidades fabris da Altri.

O Grupo Altri é igualmente membro do BCSD (Business Council for Sustainable Development) e do WBCSD (World Business Council for Sustainable Development).

Certificação dos Sistemas de Gestão: Todas as unidades industriais da Altri têm os seus sistemas de gestão certificados em conformidade com os requisitos das Normas ISO 9001, ISO 14001 e OHSAS 18001 e têm os seus laboratórios de apoio ao processo acreditados pela Norma ISO/IEC 17025. A Celbi e a Celtejo têm implementados sistemas de gestão da energia, certificados segundo a Norma ISO 50001. A Celbi e a Caima estão também registadas no EMAS, que é um Sistema Comunitário de Ecogestão e Auditoria da União Europeia. A Celtejo tem o seu sistema de Investigação, Desenvolvimento e Inovação certificado segundo a Norma NP 4457.

As suas cadeias de responsabilidade de abastecimento de madeira estão também certificadas através de normas internacionais de gestão florestal (FSC® 2 – Forest Stewardship Council® e PEFC – Programme for the Endorsement of Forest Certification Schemes), o que demonstra o compromisso estabelecido na Politica de Abastecimento da Altri com o controlo da origem da madeira ao longo da cadeia de fornecedores. Recursos Humanos: Apostando no desenvolvimento das competências dos seus quadros superiores, iniciou-se em 2013 um programa de formação que decorrerá até 2015 e que tem como objectivo o reforço dos conhecimentos nas áreas da comunicação, técnicas de gestão e liderança. Este desafio tem como parceiro a Porto Business School. Responsabilidade social: Na sua relação com a sociedade, a Altri dinamiza a economia das zonas em que opera, nomeadamente através da geração de emprego directo e indirecto. Tem também uma política de concessão de estágios, quer profissionais quer de complemento de curriculum escolar, que permitem aos jovens a possibilidade de terem um contacto com a realidade empresarial. Em parceria com diversas instituições locais, são desenvolvidas e apoiadas iniciativas e actividades essenciais para a criação de relacionamentos relevantes com a comunidade envolvente. Através de donativos e de apoio logístico, a empresa procura identificar e apoiar projectos com mérito e com impacto significativo na qualidade de vida das populações.

                                                            2 FSC-C004615 

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ANÁLISE FINANCEIRA

A informação financeira consolidada da Altri foi preparada de acordo com os princípios de reconhecimento e mensuração das Normas Internacionais de Relato Financeiro, tal como adoptadas pela União Europeia. Os principais dados e indicadores da actividade consolidada do Grupo Altri podem ser resumidos como seguem:

As receitas totais da Altri atingiram, em 2013, cerca de 572,6 milhões de Euros, o que corresponde a um crescimento de cerca de 5,5% face a 2012. Este incremento registado nas vendas, associado a uma gestão dinâmica da dívida e das linhas de financiamento, traduziram-se num lucro líquido de cerca de 55 milhões de Euros, o que corresponde a um crescimento de 6% face ao lucro do exercício anterior Os custos totais, excluindo amortizações, custos financeiros e impostos, em 2013, ascenderam a cerca de 431 milhões de Euros, o que corresponde a um crescimento de 8% face a 2012. Este acréscimo esteve associado à expansão da produção e ao aumento de preço de alguns factores de produção, nomeadamente, ao preço da madeira, que registou uma subida superior à inflação.

milhares de Euros2012 2013 2013/2012 Var%

Vendas 522.314 550.432 5%Prestações de serviços 7.793 8.638 11%Outros proveitos 12.720 13.500 6%Receitas totais 542.827 572.571 5,5%

Custo das vendas 208.834 240.344 15%Fornecimento de serviços externos 144.558 151.341 5%Custos com o pessoal 31.488 27.376 -13%Provisões e perdas por imparidade 4.544 -25 -Outros custos 10.353 12.134 17%

Custos totais (a) 399.777 431.170 7,9%

EBITDA (b) 143.050 141.400 -1,2%margem 26,4% 24,7% -1,7 pp

Amortizações e depreciações 48.862 49.236 0,8%Outros impostos indirectos 0 3.423 -

EBIT (c) 94.188 88.742 -5,8%margem 17,4% 15,5% -1,7 pp

Resultados relativos a empresas associadas 2.302 2.305 0,1%Custos financeiros -39.905 -30.986 -22,4%Proveitos financeiros 4.281 5.223 22,0%

Resultado financeiro -33.322 -23.458 -29,6%

Resultado Antes de Imposto 60.866 65.283 7,3%

Impostos sobre o rendimento -8.661 -9.917 14,5%Interesses sem controlo 23 18 -20,2%

Resultado Líquido atribuivel aos accionistas da empresa mãe

52.182 55.348 6,1%

(a) custos operacionais ex cluindo amortizações, custos financeiros e impostos

(b) EBITDA = resultado antes de resultados financeiros, impostos, amortizações e depreciações

(c) EBIT = resultado antes de resultados financeiros e impostos

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RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

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RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013

Os custos com pessoal registaram um decréscimo de 13%, reflectindo as medidas de optimização operacional que foram levadas a cabo durante o ano. No final do ano, a Altri contava com 643 colaboradores.

O EBITDA de 2013 atingiu cerca de 141 milhões de Euros, um decréscimo de cerca de 1,2% face ao EBITDA registado no ano anterior, tendo a sua margem atingido os 24,7% (-1,7 p.p.). O Resultado operacional (EBIT) registado no ano foi de cerca de 89,4 milhões de Euros, o que representa uma descida de cerca de 5% face ao ano anterior.

O lucro líquido da Altri atingiu cerca 55,3 milhões de Euros, tendo registado um crescimento de cerca de 6,1% face ao exercício do ano anterior.

A génese do crescimento do lucro deveu-se a um decréscimo do resultado financeiro líquido de cerca de 30%, que passou de um custo financeiro líquido de cerca de 33 milhões de Euros em 2012 para um custo financeiro líquido de cerca de 23 milhões de Euros em 2013.

Principais indicadores de balanço

milhares de Euros 2012 2013 Var%

Activ os biológicos 108.034,8 107.123,0 -1%

Activ os fix os tangív eis 424.105,2 390.512,5 -8%

Goodw ill 265.531,4 265.531,4 0%

Inv estimentos disponív eis para v enda 14.981,9 14.656,9 -2%

Outros 41.153,4 43.534,6 6%

Activos não correntes 853.806,6 821.358,4 -4%

Inv entários 47.440,3 54.829,3 16%

Clientes 94.859,4 80.294,6 -15%

Caix a e equiv alentes de caix a 112.392,5 232.450,5 107%

outros 19.861,2 32.445,0 63%

Activos correntes 274.553,4 400.019,4 46%

Activo total 1.128.360,0 1.221.377,8 8%

Capital próprio e int. sem controlo 183.926,9 241.809,8 31%

Empréstimos bancários 103.556,9 74.212,5 -28%

Outros empréstimos 454.999,1 439.370,3 -3%

Incentiv os reembolsáv eis 22.770,2 11.228,4 -51%

Outros 41.092,2 55.809,3 36%

Passivos não correntes 622.418,4 580.620,5 -7%

Empréstimos bancários 45.467,2 78.693,4 73%

Outros empréstimos - parcela de curto prazo 139.404,0 213.719,6 53%

Incentiv os reembolsáv eis 11.694,6 71,0 -99%

Fornecedores 56.343,4 60.034,6 7%

outros 69.105,5 46.429,0 -33%

Passivos correntes 322.014,7 398.947,5 24%

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RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

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RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013

O investimento líquido total (CAPEX) realizado no ano de 2013 foi de 16,1 milhões de Euros.

O endividamento nominal remunerado deduzido de disponibilidades e investimentos disponíveis para venda da Altri em 31 de Dezembro de 2013 ascendia a 563,2 milhões de euros, o que corresponde a um decréscimo de cerca de 56,5 milhões de euros face à dívida líquida de 619,7 milhões de Euros, registada no final de 2012. Registe-se que no decorrer de 2013 a empresa pagou cerca de 5,1 milhões de Euros de dividendos relativos ao exercício de 2012.

As necessidades de financiamento encontram-se integralmente asseguradas, detendo o Grupo disponibilidades, no final de Dezembro de 2013, que ascendem a 232 milhões de Euros.

Já no decorrer do exercício de 2014, a Altri concluiu o refinanciamento das obrigações Celbi 2015, num montante de 300 milhões de Euros, através de 4 empréstimos de médio/longo prazo. Estes empréstimos, contraídos junto de entidades bancárias domésticas, têm maturidade média ponderada em 2018.

O custo médio ponderado da dívida líquida ascendeu, durante o exercício de 2013, a 4,5%. Registe-se, no entanto, que os custos marginais de financiamento actuais registam spreads inferiores a 4%.

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RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013

ACTIVIDADE DESENVOLVIDA PELOS MEMBROS NÃO-EXECUTIVOS DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Durante o exercício de 2013, os administradores não executivos cumpriram de forma regular e com eficácia as suas funções de acompanhamento e monitorização da actividade dos membros executivos.

Entre outros, em 2013, os membros não-executivos do Conselho de Administração participaram activa e regularmente nas reuniões do Conselho de Administração, tendo analisado as diversas questões discutidas e manifestado a sua posição relativamente às directrizes estratégicas do Grupo. Sempre que necessário, aqueles administradores mantiveram um contacto estreito e directo com os responsáveis operacionais e financeiros do Grupo. No exercício de 2013, e no âmbito das reuniões do Conselho de Administração, os Administradores executivos prestaram todas as informações que foram requeridas pelos demais membros do Conselho de Administração.

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RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013

PROPOSTAS DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO PARA APLICAÇÃO DO RESULTADO LÍQUIDO INDIVIDUAL E DE RESERVAS

A Altri, S.G.P.S., S.A., na qualidade de holding do Grupo, apresenta nas suas contas individuais preparadas de acordo com os princípios de reconhecimento e mensuração das Normas Internacionais de Relato Financeiro tal como adoptadas pela União Europeia reservas livres de 24.642.370,20 Euros e resultados transitados negativos de 11.976.754,92 Euros, para o qual, nos termos legais e estatutários, o Conselho de Administração propõe à Assembleia Geral a sua cobertura através daquelas reservas livres. Adicionalmente, a Altri S.G.P.S., S.A. registou nas suas contas individuais preparadas de acordo com os princípios de reconhecimento e mensuração das Normas Internacionais de Relato Financeiro tal como adoptadas pela União Europeia um resultado líquido de 10.843.235,78 Euros, para o qual, nos termos legais e estatutários, o Conselho de Administração propõe à Assembleia Geral a seguinte aplicação: Reserva legal 542.161,79 Reservas livres 1.685.543,77 Distribuição de dividendos 8.615.530,22 --------------------- 10.843.235,78 ============

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RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

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RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013

PERSPECTIVAS PARA 2014

Ao nível económico, o ano de 2014 deverá ser caracterizado por uma ligeira recuperação no espaço europeu e uma melhoria mais sólida nos Estados Unidos da América. No entanto, os indicadores económicos mais recentes levantam algumas interrogações sobre o desempenho da economia chinesa. Por outro lado, a evolução da taxa de câmbio do EUR/USD tem seguido um padrão contrário aquele que esperava a maioria dos analistas de mercado, ou seja, o que efectivamente se verificou nos últimos meses de 2013 e no início de 2014 foi um aprofundamento da desvalorização da moeda norte-americana face ao Euro. Assim, é muito difícil antecipar uma tendência quanto a evolução do dólar norte-americano.

No que concerne ao mercado global da pasta, 2014 será um ano de entrada em funcionamento de nova capacidade proveniente da américa latina. No passado recente, adições líquidas de capacidade foram facilmente absorvidas pelo aumento da procura, em particular pelo crescimento da procura chinesa.

Em relação à Altri, a empresa está a desenvolver um conjunto de projectos de reforço da eficiência operativa, que passam por reduções de custos variáveis, nomeadamente em termos de consumos específicos de madeira, água químicos e electricidade. A empresa tem também em curso um projecto de conversão da unidade industrial Caima, que visa transformar esta fábrica num produtor de pastas especiais. A conclusão de ambos os projectos está prevista para o ano de 2015.

É convicção do Conselho de Administração que a Altri está a desenvolver uma correcta estratégia assente no reforço da eficiência operativa e, simultaneamente, de diversificação das fontes de receita para segmentos de maior valor acrescentado e que possibilitam uma evolução na cadeia de valor. Assim, para competir confortavelmente no mercado das commodities, e num contexto adverso de taxa de câmbio, a empresa tem de colocar um acento tónico na redução dos custos de operação; por outro lado, o desenvolvimento de uma estratégia assente na produção de produtos de maior valor acrescentado visa municiar a Altri de fontes adicionais de crescimento.

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RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013

GOVERNO DA SOCIEDADE

PARTE I – INFORMAÇÃO SOBRE ESTRUTURA ACIONISTA,

ORGANIZAÇÃO E GOVERNO DA SOCIEDADE

A. ESTRUTURA ACIONISTA

1. Estrutura de capital

Em 31 de Dezembro de 2013, o capital social da Empresa encontrava-se totalmente subscrito e realizado e era composto por 205.131.672 acções com o valor nominal de 12,5 cêntimos de Euro cada, que conferem direito a dividendos.

2. Restrições à transmissibilidade das acções e à titularidade de acções

As acções da Empresa não têm qualquer restrição à sua transmissibilidade ou titularidade.

3. Acções próprias

Nos termos e para os efeitos do disposto no art.º 66 do Código das Sociedades Comerciais, informa-se que nessa data, a Altri, SGPS, S.A. e as suas filiais não detinham acções próprias, não tendo adquirido ou alienado acções próprias durante o ano de 2013.

4. Acordos significativos de que a sociedade seja parte e que entrem em vigor, sejam alterados ou cessem em caso de mudança de controlo da sociedade na sequência de uma oferta pública de aquisição, bem como os efeitos respectivos

Não existem quaisquer outros acordos significativos celebrados pela Altri ou pelas suas subsidiárias que incluam quaisquer cláusulas de mudança de controlo (inclusivamente na sequência de uma oferta pública de aquisição), i.e., que entrem em vigor, sejam alterados ou cessem em caso de mudança de controlo, bem como os respectivos efeitos. Não existem quaisquer condições específicas que limitem o exercício de direitos de voto pelos accionistas da Sociedade ou outras matérias susceptíveis de interferir no êxito de Ofertas Públicas de Aquisição.

5. Regime a que se encontre sujeita a renovação ou revogação de medidas defensivas, em particular aquelas que prevejam a limitação do número de votos susceptíveis de detenção ou de exercício por um único accionista de forma individual ou em concertação com outros accionistas

A Altri não adoptou quaisquer medidas defensivas.

6. Acordos parassociais que sejam do conhecimento da sociedade e possam conduzir a restrições em matéria de transmissão de valores mobiliários ou de direitos de voto

Tanto quanto é do conhecimento da Altri não foi celebrado nenhum acordo parassocial relativamente ao exercício de direitos sociais ou à transmissibilidade das acções nem existe, tanto quanto é do seu conhecimento, qualquer acordo que vise assegurar ou frustrar o êxito de ofertas públicas de aquisição.

I. Estrutura de capital

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RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013

7. Participações qualificadas

Em 31 de Dezembro de 2013, nos termos e para os efeitos do disposto nos Artigos 16º e 20º do Código de Valores Mobiliários e no Artigo 448º do Código das Sociedades Comerciais, informa-se que as sociedades e/ou pessoas singulares que têm uma participação social qualificada que ultrapasse os 2%, 5%, 10%, 20%, 33% e 50% dos direitos de voto, e de acordo com as notificações recebidas pela Sociedade, são como segue:

Superior a 2% dos direitos de voto Nº de acções

detidas % directa de direitos

de voto LIVREFLUXO – SGPS, S.A. (a) 8.664.064 4,22%

Lazard Frères Gestion SAS (b) 4.157.000 2,03%

Norges Bank 4.149.572 2,02%

(a) As 8.664.064 acções da Altri, SGPS, S.A. detidas pela sociedade LIVREFLUXO – SGPS, S.A. consideram-se imputáveis a Domingos José Vieira de Matos, seu administrador e accionista dominante.

(b) As 4.157.000 acções são detidas pelo SICAV OBJECTIF SMALL CAPS EURO. Tendo o SICAV delegado o exercício dos direitos de voto na Lazard Frères Gestion SAS, esta participação considera-se imputável à Lazard Frères Gestion SAS.

Superior a 5% dos direitos de voto Nº de acções

detidas % directa de direitos de

voto Domingos José Vieira de Matos (a) 13.939.432 6,80%

Pedro Miguel Matos Borges de Oliveira 10.930.000 5,33%

Bestinver Gestión S.A., SGIIC 10.269.347 5,01%

(a) Consideram-se, igualmente, imputáveis a Domingos José Vieira de Matos 8.664.064 acções da Altri, SGPS, S.A. detidas pela sociedade LIVREFLUXO – SGPS, S.A., de que é administrador e accionista dominante. Assim, nos termos legais, consideram-se imputáveis a Domingos José Vieira de Matos um total de 22.603.496 acções, correspondentes a 11,02% do capital e dos direitos de voto da Altri, SGPS, S.A.

Superior a 10% dos direitos de voto Nº de acções

detidas % directa de direitos

de voto Caderno Azul, SGPS, S.A. (a) 29.000.000 14,14%

Paulo Jorge dos Santos Fernandes (b) 21.643.168 10,55%

(a) As 29.000.000 de acções correspondem ao total das acções da Altri, SGPS, S.A. detidas pela sociedade Caderno Azul – SGPS, S.A., da qual o administrador João Manuel Matos Borges de Oliveira é administrador e accionista

(b) Consideram-se, igualmente, imputáveis a Paulo Jorge dos Santos Fernandes 2.400.000 acções da Altri, SGPS, S.A. detidas pela sociedade ACTIUM CAPITAL – SGPS, S.A., de que é administrador e accionista dominante. Assim, nos termos legais, consideram-se imputáveis a Paulo Jorge dos Santos Fernandes um total de 24.043.168 acções, correspondentes a 11,72% do capital e dos direitos de voto da Altri, SGPS, S.A.

Superior a 15% dos direitos de voto Nº de acções

detidas % directa de direitos

de voto

PROMENDO – SGPS, S.A. 30.837.782 15,03%

A Altri não foi notificada de quaisquer participações acima de 20% dos direitos de voto.

II. Participações Sociais e Obrigações detidas

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RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013

8. Número de acções e obrigações detidas por membros dos órgãos de administração e de fiscalização, nos termos do n.º 5 do art.º 447º do Código das Sociedades Comerciais (CSC)

Nos termos e para os efeitos do disposto no art.º 447º do Código das Sociedades Comerciais informa-se que em 31 de Dezembro de 2013, os administradores da Altri detinham as seguintes acções:

Paulo Jorge dos Santos Fernandes (a) 24.043.168 Pedro Macedo Pinto de Mendonça 1.705.000 Domingos José Vieira de Matos (b) 22.603.496 João Manuel Matos Borges de Oliveira (c) 29.000.000 Laurentina da Silva Martins 0

(a) Consideram-se imputáveis a Paulo Jorge dos Santos Fernandes, para além de 21.643.168 acções da Altri, SGPS, S.A. detidas a título

pessoal, 2.400.000 acções da Altri, SGPS, S.A. detidas pela sociedade ACTIUM CAPITAL – SGPS, S.A., de que é administrador e accionista

dominante. Assim, nos termos legais, consideram-se imputáveis a Paulo Jorge dos Santos Fernandes um total de 24.043.168 acções,

correspondentes a 11,72% do capital e dos direitos de voto da Altri, SGPS, S.A.

(b) Consideram-se imputáveis a Domingos José Vieira de Matos, para além de 13.939.432 acções da Altri, SGPS, S.A. detidas a título pessoal,

8.664.064 acções da Altri, SGPS, S.A. detidas pela sociedade LIVREFLUXO – SGPS, S.A., de que é administrador e accionista dominante.

Assim, nos termos legais, consideram-se imputáveis a Domingos José Vieira de Matos um total de 22.603.496 acções, correspondentes a

11,02% do capital e dos direitos de voto da Altri, SGPS, S.A.

(c) As 29.000.000 de acções correspondem ao total das acções da Altri, SGPS, S.A. detidas pela sociedade CADERNO AZUL – SGPS, S.A., da

qual o administrador João Manuel Matos Borges de Oliveira é administrador e accionista

Em 31 de Dezembro de 2013, o Revisor Oficial de Contas, os membros do Conselho Fiscal e da Mesa da Assembleia Geral não possuíam acções representativas do capital social da Altri. 9. Poderes do Conselho de Administração relativos a aumentos do capital

Os estatutos da Sociedade atribuem ao Conselho de Administração os mais amplos poderes de gestão e representação da sociedade e a realização de todas as operações relativas à execução do objecto social incluindo, entre outros, a possibilidade daquele órgão deliberar, com parecer prévio do órgão de fiscalização da Sociedade, o aumento do capital social, por uma ou mais vezes, até ao limite de 35 milhões de Euros, mediante novas entradas em dinheiro. 10. Relações significativas de natureza comercial entre os titulares de participações qualificadas e a Sociedade

Não foram realizados quaisquer negócios ou operações significativos entre a Sociedade e titulares de participações qualificadas, excepto os que, fazendo parte da actividade corrente, foram realizados em condições normais de mercado para operações semelhantes. Os montantes envolvidos são imateriais.

B. ÓRGÃOS SOCIAIS E COMISSÕES

a) Composição da mesa da assembleia geral

11. Identificação e cargo dos membros da mesa da assembleia geral e respectivo mandato

O Presidente da Assembleia Geral é o Dr. Pedro Nuno Fernandes de Sá Pessanha da Costa e o secretário é o Dr. Fernando Eugénio Cerqueira Magro Ferreira. Os actuais membros da mesa da Assembleia Geral da Altri foram eleitos em 26 de Maio de 2011 para o triénio 2011/2013.

I. ASSEMBLEIA GERAL

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RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013

b) Exercício do direito de voto

12. Eventuais restrições em matéria de direito de voto

A Assembleia Geral é constituída por todos os accionistas com direito a voto, correspondendo um voto a cada acção.

Não existem regras estatutárias que prevejam a existência de acções que não confiram o direito de voto ou que estabeleçam que não sejam contados direitos de voto acima de certo número, quando emitidos por um só accionista ou por accionistas com ele relacionados.

Os accionistas individuais com direito de voto e as pessoas colectivas que sejam accionistas da Sociedade poderão fazer-se representar por quem designarem para o efeito. As representações mencionadas devem ser comunicadas ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral, por escrito, por carta entregue na sede social até ao final do terceiro dia útil anterior à data da Assembleia Geral. A Sociedade disponibiliza na sua sede e no seu website, antes da data de cada Assembleia Geral, uma minuta de formulário de procuração.

Um accionista pode designar diferentes representantes relativamente às acções detidas em diferentes contas de valores mobiliários, sem prejuízo do princípio da unidade de voto e da votação em sentido diverso permitida aos accionistas a título profissional.

Os accionistas da Sociedade podem votar por correspondência em todas as matérias sujeitas à apreciação da Assembleia Geral. De acordo com os estatutos da Sociedade, a declaração de se pretender exercer o voto por correspondência e o documento comprovativo da qualidade de Accionista devem ser entregues na sede social, até ao final do terceiro dia útil anterior ao dia designado para a reunião, com identificação do remetente, dirigido ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral. Não se encontra prevista a possibilidade do exercício de direito de voto por meios electrónicos.

13. Percentagem máxima dos direitos de voto que podem ser exercidos por um único accionista ou por accionistas que com aquele se encontrem em alguma das relações do n.º 1 do art.º 20.º

A Assembleia Geral é constituída por todos os accionistas com direito a voto, correspondendo um voto a cada acção.

Não existem regras estatutárias que prevejam a existência de acções que não confiram o direito de voto ou que estabeleçam que não sejam contados direitos de voto acima de certo número, quando emitidos por um só accionista ou por accionistas com ele relacionados.

14. Deliberações accionistas que, por imposição estatutária, só podem ser tomadas com maioria qualificada

Os estatutos da Altri não contemplam qualquer quórum constitutivo ou deliberativo superior ao previsto na lei.

a) Composição

15. Identificação do modelo de governo adoptado

A estrutura de Governo Societário da Sociedade baseia-se no modelo latino reforçado e é composta pelo Conselho de Administração, Conselho Fiscal e pelo Revisor Oficial de Contas, todos eleitos pela Assembleia Geral de Accionistas.

II. ADMINISTRAÇÃO E SUPERVISÃO

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RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013

16. Regras estatutárias sobre requisitos procedimentais e materiais aplicáveis à nomeação e substituição dos membros, consoante aplicável, do Conselho de Administração

Os membros do Conselho de Administração da Sociedade são eleitos em Assembleia Geral para mandatos com duração de três anos, podendo ser reeleitos uma ou mais vezes. O Conselho de Administração é constituído por três a nove membros, accionistas ou não, eleitos em Assembleia Geral. Na Assembleia Geral eleitoral proceder-se-á à eleição isolada de um, dois ou três administradores, consoante o respectivo número total for de três ou quatro, cinco ou seis, sete ou mais de sete, entre pessoas propostas em listas subscritas por grupos de accionistas desde que nenhum desses grupos possua acções representativas de mais de vinte por cento e de menos de dez por cento do capital social. Cada uma das listas referidas anteriormente deverá propor pelo menos duas pessoas elegíveis por cada um dos cargos a preencher, sendo uma delas designada como suplente. Nenhum accionista poderá subscrever mais do que uma das referidas listas.

A Assembleia Geral não poderá proceder à eleição de quaisquer outros administradores enquanto não tiverem sido eleitos um, dois ou três administradores, em conformidade com os números anteriores, salvo se não forem apresentadas tais listas. Faltando administrador eleito, nos termos anteriores, será chamado o respectivo suplente e, na falta deste, realizar-se-á nova eleição, à qual serão aplicadas, com as necessárias adaptações, as regras acima descritas.

17. Composição do Conselho de Administração

O Conselho de Administração é constituído por três a nove membros, accionistas ou não, eleitos em Assembleia Geral. Os membros do Conselho de Administração da Sociedade são eleitos em Assembleia Geral para mandatos com duração de três anos, podendo ser reeleitos uma ou mais vezes.

O Conselho de Administração composto actualmente por 5 membros, tem por incumbência praticar todos os actos de gestão na concretização de operações inerentes ao seu objecto social, tendo por fim o interesse da Sociedade, accionistas e demais stakeholders. Em 31 de Dezembro de 2013 este órgão era composto pelos seguintes elementos:

Paulo Jorge dos Santos Fernandes – Presidente João Manuel Matos Borges de Oliveira – Vogal Domingos José Vieira de Matos – Vogal Laurentina da Silva Martins – Vogal Pedro Macedo Pinto de Mendonça – Vogal

Todos os membros do Conselho de Administração foram eleitos na Assembleia Geral realizada no dia 26 de Maio de 2011 para o triénio 2011/2013.

NOME PRIMEIRA NOMEAÇÃO DATA DE TERMO DO MANDATO Paulo Jorge dos Santos Fernandes Março de 2005 31 de Dezembro de 2013 João Manuel Matos Borges de Oliveira Março de 2005 31 de Dezembro de 2013 Domingos José Vieira de Matos Março de 2005 31 de Dezembro de 2013 Pedro Macedo Pinto de Mendonça Março de 2005 31 de Dezembro de 2013 Laurentina da Silva Martins Março de 2009 31 de Dezembro de 2013

18. Distinção dos membros executivos e não executivos do Conselho de Administração e, relativamente aos membros não executivos, identificação dos membros que podem ser considerados independentes

Em 31 de Dezembro de 2013, o Conselho de Administração incluía dois membros não executivos: Pedro Macedo Pinto de Mendonça e Laurentina da Silva Martins.

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RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013

O Conselho de Administração não inclui qualquer membro que cumpra com os critérios de independência referidos na recomendação II.1.7. do Código de Governo das Sociedades da CMVM uma vez que o administrador não executivo Pedro Mendonça é familiar de detentores de participações qualificadas e a administradora não executiva Laurentina Martins foi colaboradora da subsidiária Caima – Indústria de Celulose, S.A..

Para permitir aos administradores não executivos uma decisão independente e informada, a Sociedade dispõe dos seguintes mecanismos:

As convocatórias das reuniões do Conselho de Administração, enviadas a todos os seus membros, incluem a ordem de trabalhos, mesmo que provisória, da reunião, e são acompanhadas por toda a informação e documentação relevante; e

Os administradores não executivos dispõem das mais amplas faculdades para obter informação sobre qualquer aspecto da Sociedade, para examinar os seus livros, registos, documentos e restantes antecedentes das operações da Sociedade. Para tal, podem solicitar informações directamente aos administradores e aos responsáveis operacionais e financeiros das várias empresas do Grupo, sem que seja necessária qualquer intervenção dos administradores executivos neste processo.

Adicionalmente, é prática da Sociedade a presença e intervenção dos administradores não executivos nas reuniões do Conselho de Administração.

O relatório de gestão inclui, no seu capítulo “Actividade desenvolvida pelos membros não-executivos do Conselho de Administração”, uma descrição da actividade desenvolvida pelos administradores não executivos durante o exercício de 2013.

Face ao modelo societário adoptado e à composição e ao modo de funcionamento dos seus órgãos sociais, nomeadamente a independência do Conselho Fiscal e do Auditor Externo e Revisor Oficial de Contas, sem que, entre eles ou para outras Comissões existam delegações de competências, o Grupo considera que a designação de administradores independentes para exercerem funções no Conselho de Administração não traria valias significativas para o bom funcionamento do modelo adoptado que se tem vindo a revelar adequado e eficiente.

19. Qualificações profissionais dos membros do Conselho de Administração

A qualificação profissional dos actuais membros do Conselho de Administração da Altri, actividade profissional desenvolvida e a indicação de outras empresas onde desempenham funções de administração é apresentada no anexo I.

20. Relações familiares, profissionais ou comerciais, habituais e significativas, dos membros do Conselho de Administração com accionistas a quem seja imputável participação qualificada superior a 2% dos direitos de voto

O administrador Domingos José Vieira de Matos é administrador e accionista dominante da LIVREFLUXO – SGPS, S.A., sociedade detentora de uma participação de 4,22% no capital da Altri, SGPS, S.A.

O administrador João Manuel Matos Borges de Oliveira é administrador e accionista da CADERNO AZUL – SGPS, S.A., sociedade detentora de uma participação de 14,14% no capital da Altri, SGPS, S.A. Adicionalmente, aquele administrador é irmão de Pedro Miguel Matos Borges de Oliveira, detentor de uma participação qualificada de 5,33% no capital da Altri, SGPS, S.A.

A sociedade Promendo SGPS, S.A., detentora de 15,03% do capital da Altri, SGPS, S.A. tem como administradora e accionista dominante Ana Rebelo de Carvalho Menéres de Mendonça, filha do administrador Pedro Macedo Pinto de Mendonça.

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RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013

21. Organogramas ou mapas funcionais relativos à repartição de competências entre os vários órgãos sociais, comissões e/ou departamentos da sociedade, incluindo informação sobre delegações de competências, em particular no que se refere à delegação da administração quotidiana da sociedade

O Conselho de Administração, eleito em Assembleia Geral, funciona de forma colegial com as funções de gestão e coordenação das diferentes empresas do Grupo e é constituído actualmente por um presidente e quatro vogais, sendo dois deles não executivos. O Conselho de Administração tem vindo a exercer a sua actividade em diálogo permanente com o Conselho Fiscal e com o Revisor Oficial de Contas, prestando a colaboração solicitada com transparência e rigor, em observância dos respectivos regulamentos de funcionamento e das melhores práticas de governo societário. Não existe limitação quanto ao número máximo de cargos acumuláveis pelos administradores em órgãos de administração de outras sociedades, tentando os membros do Conselho de Administração da Altri fazer parte das administrações das empresas participadas mais relevantes do grupo, de forma a permitir um mais próximo acompanhamento das suas actividades. No que se refere ao seu controlo interno, as empresas operacionais do Grupo Altri possuem órgãos de controlo de gestão que exercem a sua actividade a todos os níveis das empresas participadas, elaborando relatórios com periodicidade mensal para cada Conselho de Administração. A distribuição de pelouros entre os diversos membros do Conselho de Administração é efectuada do seguinte modo:

Os administradores da Altri SGPS centram a sua actividade, essencialmente, na gestão das participações do Grupo e na definição das linhas de desenvolvimento estratégico do Grupo. As decisões relativas a matérias estratégicas são tomadas pelo Conselho de Administração enquanto órgão colegial composto pela totalidade dos seus membros, executivos e não executivos, no normal desempenho das suas funções. A gestão corrente das sociedades operacionais é desempenhada pela administração de cada uma delas, a qual integra igualmente alguns dos administradores da Altri, para além de outros administradores com competências e pelouros especificamente definidos. Deste modo, e tendo em consideração o desenvolvimento da actividade dos membros do Conselho de Administração quer na Altri quer nas diversas empresas que integram o grupo, o organigrama funcional pode ser apresentado do seguinte modo:

Paulo Fernandes Chairman

João Borges OliveiraChief Financial Officer

Pedro Pinto Mendonça

Vogais do C.A.

. .

Laurentina Martins

Domingos Matos

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b) Funcionamento

22. Existência e local onde podem ser consultados os regulamentos de funcionamento do Conselho de Administração

O Conselho de Administração e o Conselho Fiscal aprovaram os respectivos regulamentos que se encontram disponíveis no website da Altri.

23. Número de reuniões realizadas e grau de assiduidade de cada membro do Conselho de Administração às reuniões realizadas

O Conselho de Administração da Sociedade reúne regularmente e os Conselhos de Administração das sociedades participadas dos quais os administradores da Altri também fazem parte reúnem com a periodicidade necessária ao adequado acompanhamento das suas operações. Adicionalmente, o Conselho de Administração reúne periodicamente com o Conselho Fiscal prestando-lhe o apoio necessário, designadamente para a elaboração do seu relatório anual sobre a fiscalização da Sociedade e emissão de parecer sobre o relatório de gestão e propostas apresentadas pelo Conselho de Administração.

As reuniões do Conselho de Administração são marcadas e preparadas com antecedência, e atempadamente disponibilizada documentação referente às matérias constantes da respectiva ordem de trabalhos, no sentido de assegurar a todos os membros do Conselho de Administração as condições para o exercício das suas funções de forma informada. De igual modo, as actas das reuniões, depois de aprovadas, e as respectivas convocatórias são enviadas ao presidente do Conselho Fiscal.

O Conselho de Administração reúne regularmente, sendo as suas deliberações válidas apenas quando esteja presente a maioria dos seus membros. Durante o ano de 2013 o Conselho de Administração reuniu 14 vezes, estando as correspondentes actas registadas no livro de actas do Conselho de Administração. Todos os membros do Conselho de Administração estiveram presentes em todas as reuniões.

24. Indicação dos órgãos da sociedade competentes para realizar a avaliação de desempenho dos administradores executivos

A avaliação de desempenho dos administradores executivos cabe à Comissão de Remunerações e tem por base as funções desempenhadas pelos mesmos na Altri e em empresas do grupo bem como a responsabilidade e valor acrescentado por cada um dos administradores e o conhecimento e experiência acumulados no exercício da função.

25. Critérios pré-determinados para a avaliação de desempenho dos administradores executivos

A remuneração dos membros executivos do Conselho de Administração inclui uma componente variável de médio prazo (período de 2011 a 2013, correspondente ao mandato) calculada com base no retorno total para o accionista, no somatório dos resultados líquidos desse período e na evolução dos negócios da Sociedade.

26. Disponibilidade de cada um dos membros do Conselho de Administração com indicação dos cargos exercidos em simultâneo em outras empresas, dentro e fora do grupo, e outras atividades relevantes exercidas pelos membros daqueles órgãos no decurso do exercício

A actividade profissional dos actuais membros do Conselho de Administração da Altri, a indicação de outras empresas onde desempenham funções de administração e outras actividades relevantes exercidas é apresentada no anexo I. Os membros do Conselho de Administração demonstraram disponibilidade no exercício das suas funções tendo estado presentes e participado em todas as reuniões daquele órgão.

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RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013

c) Comissões no seio do órgão de administração ou supervisão e administradores delegados

27. Identificação das comissões criadas no seio do Conselho de Administração e local onde podem ser consultados os regulamentos de funcionamento

O Conselho de Administração entende que a única comissão especializada imprescindível para fazer às necessidades da Sociedade, tendo em conta a sua dimensão e complexidade, é a Comissão de Remunerações. A Altri, S.G.P.S., S.A. tem actualmente definida uma Comissão de Remunerações para o triénio 2011/2013 cuja composição é como segue:

Pedro Nuno Fernandes de Sá Pessanha da Costa – Presidente João da Silva Natária – Vogal Fernando Eugénio Cerqueira Magro Ferreira – Vogal

A Sociedade encontra-se actualmente em processo de revisão do regulamento do Conselho de Administração que incluirá, igualmente, o regulamento que estabelece o funcionamento da Comissão de Remunerações.

28. Composição, se aplicável, da comissão executiva e/ou identificação de administrador(es) delegado(s)

A Altri não designou uma Comissão Executiva do Conselho de Administração, sendo as decisões relativas a matérias estratégicas adoptadas pelo Conselho de Administração enquanto órgão colegial composto pela totalidade dos seus membros, executivos e não executivos, no normal desempenho das suas funções.

29. Indicação das competências de cada uma das comissões criadas e síntese das actividades desenvolvidas no exercício dessas competências

O Conselho de Administração entende que a única comissão especializada imprescindível para fazer face às necessidades da Sociedade, tendo em conta a sua dimensão, é a Comissão de Remunerações.

De acordo com os estatutos da Sociedade, os membros dos órgãos sociais terão as remunerações que forem fixadas pela comissão de remunerações, a qual submete a referida proposta para aprovação na Assembleia Geral de Accionistas.

A avaliação de desempenho dos administradores executivos cabe à Comissão de Remunerações e tem por base as funções desempenhadas pelos mesmos na Altri e em empresas do grupo bem como a responsabilidade e valor acrescentado por cada um dos administradores e o conhecimento e experiência acumulados no exercício da função.

Os membros do Conselho de Administração não são remunerados pela Altri, S.G.P.S., S.A. mas directamente pelas empresas subsidiárias onde desempenham funções, pelo que as actuais competências da Comissão de Remunerações incidem igualmente sobre a definição das remunerações dos membros do Conselho de Administração da Sociedade auferidas noutras empresas do grupo.

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RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013

a) Composição

30. Identificação do órgão de fiscalização correspondente ao modelo adoptado

A estrutura de Governo Societário da Sociedade baseia-se no modelo latino reforçado e é composta pelo Conselho de Administração, Conselho Fiscal e pelo Revisor Oficial de Contas, todos eleitos pela Assembleia Geral de Accionistas.

31. Composição do Conselho Fiscal, com indicação do número estatutário mínimo e máximo de membros, duração estatutária do mandato, número de membros efectivos, data da primeira designação, e data do termo de mandato de cada membro

O Conselho Fiscal é designado pela Assembleia Geral, para mandatos com duração de três anos, podendo ser reeleitos uma ou mais vezes, e é composto por três membros e um ou dois suplentes, competindo-lhe a fiscalização da sociedade, bem como a designação do Revisor Oficial de Contas ou Sociedade de Revisores Oficiais de Contas. No triénio 2011/2013 este órgão era composto pelos seguintes elementos:

João da Silva Natária – Presidente Cristina Isabel Linhares Fernandes – Vogal Manuel Tiago Alves Baldaque Marinho Fernandes – Vogal Jacinto da Costa Vilarinho – Suplente

Os membros do Conselho Fiscal foram eleitos, pela primeira vez, em Março de 2007 para o período remanescente do triénio 2005/2007. Actualmente, os elementos do Conselho Fiscal cumpriram o último ano do seu terceiro mandato correspondente ao triénio 2011/2013, para o qual foram eleitos em Maio de 2011.

32. Identificação dos membros do Conselho Fiscal que se considerem independentes, nos termos do art.º 414.º, n.º 5 do CSC

Como órgão colegial que é, a aferição da independência do Conselho Fiscal é feita a todos aqueles que o compõem, dada a aplicabilidade do nº 6 do art.º 414 do CSC, considerando-se independência de acordo com a definição que é dada nos termos do nº 5 do art.º 414 e incompatibilidade de acordo com a definição do nº 1 do art.º 414-A ambos do CSC. Todos os membros que compõem o Conselho Fiscal da Sociedade cumprem assim as regras de incompatibilidade e de independência acima identificadas.

33. Qualificações profissionais de cada um dos membros do Conselho Fiscal e outros elementos curriculares relevantes

Relativamente à competência para o exercício de funções consideramos que todos os membros possuem competências adequadas ao exercício das respectivas funções e o Presidente está adequadamente apoiado pelos restantes membros do Conselho Fiscal. No Anexo I são apresentadas as qualificações profissionais e as actividades profissionais exercidas pelos membros do Conselho Fiscal.

b) Funcionamento

34. Existência e local onde podem ser consultados os regulamentos de funcionamento do Conselho Fiscal

O regulamento de funcionamento do Conselho Fiscal está disponível para consulta no site da Sociedade (www.altri.pt).

III. FISCALIZAÇÃO

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35. Número de reuniões realizadas e grau de assiduidade às reuniões realizadas de cada membro do Conselho Fiscal

Durante o ano de 2013 o Conselho Fiscal da Sociedade reuniu 4 vezes, tendo estado presentes todos os seus membros. As correspondentes actas encontram-se registadas no livro de actas do Conselho Fiscal. 36. Disponibilidade de cada um dos membros do Conselho Fiscal com indicação dos cargos exercidos em simultâneo em outras empresas, dentro e fora do grupo, e outras actividades relevantes exercidas Os membros do Conselho Fiscal demonstraram disponibilidade no exercício das suas funções tendo estado presentes em todas as reuniões do Conselho Fiscal. A informação relativa a outros cargos exercidos, qualificações e experiência profissional dos membros do Conselho Fiscal encontra-se detalhada no Anexo I. c) Competências e funções

37. Descrição dos procedimentos e critérios aplicáveis à intervenção do órgão de fiscalização para efeitos de contratação de serviços adicionais ao auditor externo

O Conselho Fiscal analisa e aprova o âmbito de quaisquer serviços adicionais, avaliando se os mesmos colocam em causa a independência do Auditor Externo. No exercício das suas competências e cumprimento dos seus deveres, o Conselho Fiscal fiscaliza a independência do Auditor Externo da Sociedade, designadamente, no tocante à prestação de serviços adicionais e o âmbito dos respectivos serviços. Adicionalmente, o Conselho Fiscal recebe anualmente a declaração de independência do auditor externo na qual são descritos os serviços prestados por este e por outras entidades da mesma rede, respectivos honorários pagos, eventuais ameaças à sua independência e as medidas de salvaguarda para fazer face às mesmas. Todas as ameaças à independência do Auditor externo são avaliadas e discutidas com este assim como as respectivas medidas de salvaguarda. Por outro lado, o Conselho de Administração, na solicitação dos projectos atribuídos ao auditor externo pelas empresas do grupo, assegura, antes da sua adjudicação, que a estes e à sua rede não são contratados serviços que, nos termos da Recomendação da Comissão Europeia n.º C (2002) 1873, de 16 de Maio, possam pôr em causa a sua independência. 38. Outras funções dos órgãos de fiscalização

A fiscalização da sociedade compete ao Conselho Fiscal e ao Revisor Oficial de Contas.

O Conselho Fiscal representa a Sociedade, junto do Auditor Externo e Revisor Oficial de Contas, competindo-lhe, designadamente, propor o prestador destes serviços e a respectiva remuneração, zelando igualmente para que sejam asseguradas, dentro do grupo, as condições adequadas à prestação daqueles serviços. O Conselho Fiscal é, juntamente com o Conselho de Administração, o primeiro destinatário dos relatórios emitidos pelo Auditor Externo bem como o interlocutor do grupo no relacionamento com aquela entidade. O Conselho Fiscal é responsável por elaborar anualmente relatório sobre a sua acção fiscalizadora e dar parecer sobre o relatório e contas e propostas apresentadas pela administração e fiscalizar a eficácia do sistema de gestão de risco e de controlo interno. O Conselho Fiscal, em articulação com o Conselho de Administração, analisa e supervisiona regularmente a elaboração e divulgação da informação financeira, no sentido de obviar o acesso, indevido e extemporâneo, de terceiros, à informação relevante. Adicionalmente, o órgão de fiscalização intervém, emitindo parecer sobre as transacções entre administradores da Altri e a própria Sociedade ou entre a Altri e sociedades que estejam em relação de grupo ou domínio com aquela em que o interveniente é administrador, independentemente do montante, nos termos do artigo 397º do Código das Sociedades Comerciais.

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RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013

O Auditor Externo, no âmbito do processo de auditoria anual, analisa o funcionamento de mecanismos de controlo interno e reporta deficiências identificadas; verifica se os principais elementos dos sistemas de controlo interno e gestão de risco implementados na empresa relativamente ao processo de divulgação de informação financeira são apresentados e divulgados na informação anual sobre o Governo das Sociedades e emite uma certificação legal das contas e Relatório de Auditoria, no qual atesta se aquele relatório divulgado sobre a estrutura e as práticas de governo societário inclui os elementos referidos no artigo 245º – A do Código dos Valores Mobiliários. Durante o exercício de 2013, o Revisor Oficial de Contas acompanhou o desenvolvimento da actividade da Sociedade e procedeu aos exames e verificações por si considerados necessários à revisão e certificação legais das contas, em interacção com o Conselho Fiscal, e com plena colaboração do Conselho de Administração. Adicionalmente, o Revisor Oficial de Contas pronunciou-se sobre a actividade por si desenvolvida no exercício de 2013 nos termos do seu relatório anual de auditoria sujeito a apreciação da Assembleia Geral anual de accionistas.

39. Identificação do revisor oficial de contas e do sócio revisor oficial de contas que o representa

O revisor oficial de contas da Sociedade para o triénio 2011/2013 é a Deloitte & Associados, SROC S.A., representada por António Manuel Martins Amaral.

40. Indicação do número de anos em que o revisor oficial de contas exerce funções consecutivamente junto da sociedade e/ou grupo

A Deloitte & Associados, SROC, S.A. é responsável pela revisão oficial de contas da Sociedade e das sociedades do grupo desde 2005, sendo o seu representante António Manuel Martins Amaral desde 2007.

41. Descrição de outros serviços prestados pelo ROC à sociedade

O revisor oficial de contas é, simultaneamente, auditor externo da Sociedade conforme detalhados nos pontos abaixo.

42. Identificação do auditor externo designado para os efeitos do art. 8.º e do sócio revisor oficial de contas que o representa no cumprimento dessas funções, bem como o respectivo número de registo na CMVM

O auditor externo da Sociedade, designado para os efeitos do art.º 8.º do CVM, é a Deloitte & Associados, SROC, S.A., registada sob o n.º 231 na CMVM, representada por António Manuel Martins Amaral.

43. Indicação do número de anos em que o auditor externo e o respectivo sócio revisor oficial de contas que o representa no cumprimento dessas funções exercem funções consecutivamente junto da sociedade e/ou do grupo

O auditor externo foi eleito pela primeira vez em 2005 e está no seu terceiro mandato, representado pelo sócio António Manuel Martins Amaral desde 2007.

IV. REVISOR OFICIAL DE CONTAS

V. AUDITOR EXTERNO

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RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013

44. Política e periodicidade da rotação do auditor externo e do respectivo sócio revisor oficial de contas que o representa no cumprimento dessas funções

No que se refere ao período de rotatividade do Auditor Externo a Altri não tem definida uma política fixa de rotação do Auditor Externo. A Sociedade adoptou em 2007 o actual modelo de governo de sociedades em que o Revisor Oficial de Contas não integra o Conselho Fiscal. De acordo com este modelo, a eleição para cada mandato de Revisor Oficial de Contas / Auditor Externo é efectuada em Assembleia Geral mediante proposta do Conselho Fiscal. Adicionalmente, o Conselho Fiscal procede anualmente a uma avaliação do trabalho do Auditor Externo, vigiando ainda que o disposto no artigo 54º do Decreto-Lei nº 487/99, de 16 de Novembro (alterado pelo Decreto-Lei nº 224/2008, de 20 de Novembro), relativamente à rotação do sócio responsável pela execução do trabalho, é cumprido. 45. Indicação do órgão responsável pela avaliação do auditor externo e periodicidade com que essa avaliação é feita O Conselho Fiscal, no exercício das suas funções, efectua anualmente uma avaliação da independência do Auditor Externo. Adicionalmente, o Conselho Fiscal promove, sempre que necessário ou adequado em função dos desenvolvimentos da actividade da Empresa ou da configuração do mercado em geral, uma reflexão sobre a adequação do Auditor Externo ao exercício das suas funções. 46. Identificação de trabalhos, distintos dos de auditoria, realizados pelo auditor externo, bem como indicação dos procedimentos internos para efeitos de aprovação da contratação de tais serviços e indicação das razões para a sua contratação Os outros serviços prestados pelo auditor externo em 2013 incluíram, essencialmente, serviços relacionados com a validação de candidaturas a apoios e subsídios governamentais e com a revisão de processos de documentação fiscal. Os outros serviços são prestados por técnicos diferentes dos que estão envolvidos no processo de auditoria, pelo que se considera que a independência do auditor é assegurada. O Conselho Fiscal analisou e aprovou o âmbito dos referidos serviços tendo concluído que os mesmos não punham em causa a independência do Auditor Externo. Neste aspecto particular, a contratação da Deloitte mostrou-se como a mais adequada, à luz da sua sólida experiência e capacidade técnica no campo da fiscalidade e dos incentivos fiscais. Acresce que, frequentemente, a actuação da Deloitte nestas matérias foi articulada com técnicos e especialistas independentes daquela consultora ou de qualquer outra entidade da sua rede, nomeadamente, consultores. Em 2013, os honorários facturados pela Deloitte ao Grupo Altri representaram menos de 1% do total da facturação anual da Deloitte em Portugal. O sistema de qualidade do Auditor Externo controla e monitoriza os riscos potenciais de perda de independência ou de eventuais conflitos de interesses existentes com a Altri.

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47. Indicação do montante da remuneração anual paga ao auditor e a outras pessoas singulares ou colectivas pertencentes à mesma rede e discriminação da percentagem respeitante aos seguintes serviços:

C. ORGANIZAÇÃO INTERNA

48. Regras aplicáveis à alteração dos estatutos da sociedade Não existem regras estatutárias relativas à alteração dos estatutos, aplicando-se nesta matéria o regime previsto no Código das Sociedades Comerciais.

49. Meios e política de comunicação de irregularidades ocorridas na sociedade A Altri dispõe de um código de conduta que rege os princípios éticos comuns a todo o Grupo. Este código é aplicável a todos os trabalhadores do Grupo, incluindo os seus órgãos de gestão, tendo sido amplamente divulgado. Os princípios orientadores daquele documento são a integridade, responsabilidade e confiança. Em primeira linha, os trabalhadores devem denunciar à hierarquia qualquer suspeita ou evidência de violação do código de conduta. O Presidente do Conselho de Administração é responsável por fazer cumprir aquele código em todas as unidades do Grupo. Os mecanismos definidos para a comunicação de irregularidades garantem a confidencialidade das participações, e, bem assim, o anonimato da sua autoria, a quem comunique indícios da prática de irregularidades.

Pela Sociedade 2013 % 2012 %

Valor dos serv iços de revisão de contas (€) 1.000 0,2% 1.000 0,2%

Valor dos serv iços de garantia de fiabilidade (€) ‐ 0,0% ‐ 0,0%

Valor dos serv iços de consultoria fiscal (€) ‐ 0,0% ‐ 0,0%

Valor de outros serv iços (€) ‐ 0,0% ‐ 0,0%

Por entidades que integrem o grupo

Valor dos serv iços de revisão de contas (€) 266.147 43,4% 279.925 55,8%

Valor dos serv iços de garantia de fiabilidade (€) 163.493 26,7% 102.891 20,5%

Valor dos serv iços de consultoria fiscal (€) 27.075 4,4% ‐ 0,0%

Valor de outros serv iços (€) 155.467 25,4% 118.117 23,5%

Total

Valor dos serv iços de revisão de contas (€) 267.147 43,6% 280.925 56,0%

Valor dos serv iços de garantia de fiabilidade (€) 163.493 26,7% 102.891 20,5%

Subtotal serv iços de auditoria 430.640 70,2% 383.816 76,5%

Valor dos serv iços de consultoria fiscal (€) 27.075 4,4% ‐ 0,0%

Valor de outros serv iços (€) 155.467 25,4% 118.117 23,5%

613.182 100,00% 501.933 100,00%

I. Estatutos

II. Comunicação de irregularidades

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50. Pessoas, órgãos ou comissões responsáveis pela auditoria interna e/ou pela implementação de sistemas de controlo interno A Altri não possui serviços autónomos de auditoria interna e de compliance. A gestão de riscos é assegurada pelas diversas unidades operacionais da Altri com base numa identificação e prioritização prévia de riscos críticos, desenvolvendo estratégias de gestão de risco, com vista a pôr em prática os procedimentos de controlo considerados adequados à redução do risco para um nível aceitável. 51. Explicitação das relações de dependência hierárquica e/ou funcional face a outros órgãos ou comissões da sociedade Não aplicável uma vez que o grupo não dispõe de serviços autónomos responsáveis pela auditoria interna e/ou pela implementação de sistemas de controlo interno. 52. Existência de outras áreas funcionais com competências no controlo de riscos A gestão de riscos é assegurada pelas diversas unidades operacionais da Altri. A metodologia de gestão de riscos inclui várias etapas:

Numa primeira fase são identificados e priorizados, os riscos internos e externos que podem afectar de forma materialmente relevante a prossecução dos objectivos estratégicos do Grupo;

Os responsáveis operacionais das várias unidades operacionais do Grupo identificam os factores de risco e eventos que podem afectar as operações e actividades da Altri, assim como eventuais processos e mecanismos de controlo;

Adicionalmente, o impacto e a probabilidade de ocorrência de cada factor de risco são ponderados e consoante o nível de exposição é avaliada a necessidade de resposta ao risco; e

As acções de mitigação de risco são acompanhadas e o nível de exposição aos factores críticos é constantemente monitorizado.

O Conselho de Administração é o órgão responsável pela definição das políticas estratégicas gerais do Grupo, encontrando-se devidamente suportado pelas equipas de gestão das subsidiárias no sentido de assegurar um efectivo controlo de risco. O Conselho de Administração decide qual o nível de exposição assumido pelo grupo nas suas diferentes actividades e, sem prejuízo da delegação de funções e responsabilidades, define limites globais de risco e assegura que as políticas e procedimentos de gestão de risco são seguidos. Na monitorização do processo de gestão de risco o Conselho de Administração, enquanto órgão responsável pela estratégia da Altri, tem o seguinte quadro de objectivos e responsabilidades:

Conhecer os riscos mais significativos que afectam o grupo; Assegurar a existência, no interior do Grupo, de níveis apropriados de conhecimento dos riscos que

afectam as operações e forma de os gerir; Assegurar a divulgação da estratégia de gestão de risco a todos os níveis hierárquicos; Assegurar que o Grupo tem capacidade de minimizar a probabilidade de ocorrência e o impacto dos riscos

no negócio; e Assegurar que o processo de gestão de risco é adequado e que se mantém uma monitorização rigorosa

dos riscos com maior probabilidade de ocorrência e impacto nas operações do grupo. As subsidiárias gerem os seus próprios riscos, dentro dos critérios e delegações estabelecidas.

III. Controlo interno e gestão de riscos

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53. Identificação e descrição dos principais tipos de riscos (económicos, financeiros e jurídicos) a que a sociedade se expõe no exercício da actividade O Conselho de Administração considera que o Grupo se encontra exposto aos riscos normais decorrentes da sua actividade, nomeadamente ao nível das unidades operacionais. Destacam-se os seguintes factores de risco: Risco de Crédito À semelhança de qualquer actividade que envolva uma componente comercial, o risco de crédito é um factor primordial tido em consideração pela Administração nas unidades operacionais. Este risco é monitorizado e controlado através de um sistema de recolha de informação financeira e qualitativa, prestada por entidades credíveis que fornecem informação de riscos, que permite avaliar a viabilidade dos clientes quanto ao cumprimento das suas obrigações, visando minorar o risco associado à concessão de crédito. A avaliação do risco de crédito é efectuada numa base regular, tendo em consideração as condições correntes de conjuntura económica e a situação específica do crédito de cada uma das empresas, sendo adoptados procedimentos correctivos sempre que tal se julgue conveniente. O risco de crédito é minorado pela gestão da concentração de riscos da carteira de clientes e pela rigorosa selecção de contrapartes bem como pela contratação de seguros de crédito junto de instituições especializadas e que cobrem uma parte expressiva do crédito concedido. Risco de Mercado Risco de Taxa de Juro Tendo em consideração o endividamento a que se encontra exposto o Grupo, eventuais variações sobre a taxa de juro poderão ter um impacto indesejado sobre os resultados. Neste sentido, a adequada gestão do risco de taxa de juro leva a que o Grupo tente optimizar o balanceamento entre o custo da dívida e a exposição à variabilidade das taxas. Assim, quando se considera ultrapassado o limite desejado de exposição ao risco de taxa de juro, são contratados swaps de taxa de juro que cubram a exposição da Empresa ao risco e que atenuem a volatilidade dos seus resultados. A exposição do Grupo à taxa de juro decorre essencialmente dos empréstimos de longo prazo que são constituídos na sua maioria por dívida indexada à Euribor. Risco de Taxa de Câmbio Efectuando um elevado volume de transacções com entidades não residentes e fixados em moeda diferente de Euro, a variação de taxa de câmbio poderá ter um impacto relevante sobre a performance do Grupo. Deste modo, sempre que considerado necessário, o Grupo procura efectuar uma cobertura da sua exposição à variabilidade da taxa de câmbio através da contratação de instrumentos financeiros derivados para reduzir a volatilidade dos seus resultados. Risco de variabilidade nos preços de commodities Desenvolvendo a sua actividade num sector que transacciona commodities (pasta de papel), o Grupo encontra-se particularmente exposto a variações de preço, com os correspondentes impactos nos seus resultados. No entanto, a inserção nestes sectores permite-lhe a celebração de contratos de cobertura de variação de preços de pasta de papel, pelos montantes e valores considerados adequados às operações previstas, atenuando assim a volatilidade dos seus resultados. Risco de Liquidez O risco de liquidez pode ocorrer se as fontes de financiamento, como sejam os fluxos de caixa operacionais, de desinvestimento, de linhas de crédito e os fluxos de caixa obtidos de operações de financiamento, não satisfizerem as necessidades de financiamento, como sejam as saídas de caixa para actividades operacionais e de financiamento, os investimentos, a remuneração dos accionistas e o reembolso de dívida. O principal objectivo da política de gestão de risco de liquidez é garantir que o Grupo tem disponível, a todo o momento, os recursos financeiros necessários para fazer face às suas responsabilidades e prosseguir as

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estratégias delineadas honrando todos os compromissos assumidos com terceiros, quando se tornam devidos, através de uma adequada gestão da maturidade dos financiamentos. O Grupo adopta assim uma estratégia activa de refinanciamento pautada pela manutenção de um elevado nível de recursos imediatamente disponíveis para fazer face às necessidades de curto prazo e pelo alongamento ou manutenção de maturidades da dívida de acordo com os cash-flows previstos e a capacidade de alavancagem do seu balanço. Risco de Regulação O Grupo está sujeito a leis e regulamentos nacionais e sectoriais do mercado em que opera e que visam assegurar: a segurança e protecção dos clientes e do meio ambiente, os direitos dos trabalhadores e a manutenção de um mercado aberto e competitivo. Desta forma, está naturalmente exposta ao risco de ocorrerem alterações regulatórias que possam alterar as condições de condução do negócio e, consequentemente, prejudicar ou impedir o alcance dos objectivos estratégicos. A postura da Empresa é de colaboração permanente com as autoridades no respeito e observância das disposições legais. Risco Florestal A Altri, através da sua subsidiária Altri Florestal, tem sob gestão um património florestal de cerca de 84.000 hectares dos quais o eucalipto representa 79%. A área florestal está certificada pelo FSC®3 (Forest Stewardship Council®) e pelo PEFC (Programme for the Endorsement of Forest Certification) os quais estabelecem princípios e critérios relativamente aos quais é avaliada a sustentabilidade da gestão do património florestal nas vertentes económica, ambiental e social. Neste contexto, toda a actividade florestal é dirigida para a optimização dos recursos disponíveis salvaguardando a estabilidade ambiental e os valores ecológicos presentes no seu património e garantindo o seu desenvolvimento. Os riscos associados a qualquer actividade florestal também estão presentes na gestão da Altri Florestal. Os incêndios florestais e as pragas e doenças que podem ocorrer nas diferentes matas espalhadas por todo o território nacional são os maiores riscos com que o sector se defronta na sua actividade. Estas ameaças, se ocorrem, em função da sua intensidade, afectam o normal funcionamento das explorações florestais e a eficiência da produção. De forma a prevenir e reduzir o impacto dos incêndios florestais nas matas, a Altri Florestal participa, em conjunto com o Grupo Portucel Soporcel, numa empresa denominada Afocelca que tem como finalidade a disponibilização, coordenação e a gestão dos meios disponíveis para o combate aos incêndios. Ao mesmo tempo são efectuados avultados investimentos nas áreas florestais com a limpeza da floresta para reduzir os riscos de propagação de incêndios assim como minorar os seus prejuízos. No que respeita às pragas e doenças o seu aparecimento pode reduzir de forma significativa o crescimento dos povoamentos florestais provocando danos irreversíveis na produtividade. Para o seu combate foram estabelecidos procedimentos de luta integrada, quer através de largadas de parasitóides específicos oriundos da Austrália quer através da utilização de produtos fitofármacos de modo a controlar as populações de insectos nocivos e reduzir o impacto negativo da sua presença. Por outro lado, nas áreas mais afectadas, a Altri Florestal está a utilizar material genético mais adequado nas novas plantações que, pelas suas características permitem resistir melhor a essas pragas e doenças. 54. Descrição do processo de identificação, avaliação, acompanhamento, controlo e gestão de riscos A Administração considera que é essencial implementar sistemas que lhe permitam:

Identificar os riscos que o Grupo enfrenta; Medir o impacto no desempenho financeiro e no valor do Grupo; Comparar o valor em risco com os custos dos instrumentos de cobertura, se disponíveis; e Monitorizar a evolução dos riscos identificados e dos instrumentos de cobertura.

                                                            3 FSC-C004615

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As estratégias de gestão de risco adoptadas visam garantir que:

Os sistemas e procedimentos de controlo e as políticas instituídas permitem responder às expectativas dos órgãos de gestão, accionistas e demais stakeholders;

Os sistemas e procedimentos de controlo e as políticas instituídas estão de acordo com todas as leis e regulamentos aplicáveis;

A informação financeira e operacional é completa, fiável, segura e reportada periódica e atempadamente; Os recursos da Altri são usados de forma eficiente e racional; e O valor para o accionista é maximizado e a gestão operacional adopta as medidas necessárias para

corrigir aspectos reportados. A metodologia de gestão de riscos inclui várias etapas:

Numa primeira fase são identificados e priorizados, os riscos internos e externos que podem afectar de forma materialmente relevante a prossecução dos objectivos estratégicos do Grupo;

Os responsáveis operacionais das várias unidades operacionais do Grupo identificam os factores de risco e eventos que podem afectar as operações e actividades da Altri, assim como eventuais processos e mecanismos de controlo;

Adicionalmente, o impacto e a probabilidade de ocorrência de cada factor de risco são ponderados e consoante o nível de exposição é avaliada a necessidade de resposta ao risco; e

As acções de mitigação de risco são acompanhadas e o nível de exposição aos factores críticos é constantemente monitorizado.

55. Principais elementos dos sistemas de controlo internam e de gestão de risco implementados na sociedade relativamente ao processo de divulgação de informação financeira Quanto ao controlo de risco no processo de divulgação de informação financeira apenas um número muito restrito de colaboradores da Altri está envolvido no processo de divulgação de informação financeira. Todos aqueles que estão envolvidos no processo de análise financeira da Sociedade são considerados como tendo acesso a informação privilegiada, estando especialmente informados sobre o conteúdo das suas obrigações bem como sobre as sanções decorrentes do uso indevido da referida informação. O sistema de controlo interno nas áreas da contabilidade e preparação e divulgação de informação financeira assenta nos seguintes elementos chave:

A utilização de princípios contabilísticos, detalhados ao longo das notas às demonstrações financeiras, constitui uma das bases do sistema de controlo;

Os planos, procedimentos e registos da Sociedade e suas subsidiárias permitem uma garantia razoável que apenas são registadas transacções devidamente autorizadas e que essas transacções são registadas em conformidade com os princípios contabilísticos geralmente aceites;

A informação financeira é analisada, de forma sistemática e regular, pela gestão das unidades operacionais, garantindo uma monitorização permanente e o respectivo controlo orçamental;

Durante o processo de preparação e revisão da informação financeira, é estabelecido previamente um calendário de encerramento de contas e partilhado com as diferentes áreas envolvidas, e todos os documentos são revistos em profundidade;

Ao nível das demonstrações financeiras individuais das várias empresas do grupo, os registos contabilísticos e a preparação das demonstrações financeiras são assegurados pelos serviços administrativos e contabilísticos. As demonstrações financeiras são elaboradas pelos técnicos oficiais de contas e revistas pela direcção financeira de cada subsidiária;

As demonstrações financeiras consolidadas são preparadas com periodicidade trimestral pela equipa de consolidação. Este processo constitui um elemento adicional de controlo da fiabilidade da informação financeira, nomeadamente, garantindo a aplicação uniforme dos princípios contabilísticos e dos procedimentos de corte de operações assim como a verificação dos saldos e transacções entre empresas do grupo;

As demonstrações financeiras consolidadas são preparadas sob a supervisão do CFO. Os documentos que constituem o relatório anual são enviados para revisão e aprovação do Conselho de Administração.

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Depois da aprovação, os documentos são enviados para o Auditor Externo, que emite a sua Certificação Legal de Contas e o Relatório de Auditoria; e

O processo de preparação da informação financeira individual e consolidada e o Relatório de Gestão é supervisionado pelo Conselho Fiscal e pelo Conselho de Administração. Trimestralmente, estes órgãos reúnem e analisam as demonstrações financeiras individuais e consolidadas da Sociedade.

No que se refere aos factores de risco que podem afectar materialmente o reporte contabilístico e financeiro, salientamos a utilização de estimativas contabilísticas que têm por base a melhor informação disponível à data da preparação das demonstrações financeiras bem como o conhecimento e experiência de eventos passados e/ou presentes. Salientamos igualmente os saldos e as transacções com partes relacionadas: no grupo Altri os saldos e transacções com entidades relacionadas referem-se essencialmente às actividades operacionais correntes das empresas do grupo, bem como à concessão e obtenção de empréstimos remunerados a taxas de mercado. O Conselho de Administração, em articulação com o Conselho Fiscal, analisa e supervisiona regularmente a elaboração e divulgação da informação financeira, no sentido de obviar o acesso, indevido e extemporâneo, de terceiros, à informação relevante.

56. Serviço responsável pelo apoio ao investidor, composição, funções, informação disponibilizada por esses serviços e elementos para contacto A Sociedade tem constituído um Gabinete de Apoio ao Investidor que inclui o representante para as relações com o mercado e o investor relations. Os contactos com vista à obtenção de informações por parte de investidores poderão ser efectuados pelas seguintes vias: Rua do General Norton de Matos, 68 – r/c 4050-424 Porto Tel: + 351 22 834 65 02 Fax: + 351 22 834 65 03 Email: [email protected] Através da sua página oficial na Internet (www.altri.pt), a Altri disponibiliza informação financeira relativamente à sua actividade individual e consolidada, bem como das suas empresas participadas. Este website é igualmente utilizado pela empresa para divulgação de comunicados efectuados à imprensa com indicação sobre quaisquer factos relevantes para a vida societária. Nesta página encontram-se igualmente disponíveis os documentos de prestação de contas do Grupo para os últimos exercícios. A generalidade da informação é disponibilizada no website da Sociedade em português e inglês. 57. Representante para as relações com o mercado As funções de representante para as relações com o mercado são desempenhadas por Alfredo Luís Portocarrero Pinto Teixeira e as funções de investor relations por Ricardo Mendes Ferreira. 58. Informação sobre a proporção e o prazo de resposta aos pedidos de informação entrados no ano ou pendentes de anos anteriores Sempre que necessário, o representante das relações com o mercado assegura a prestação de toda a informação relevante no tocante a acontecimentos marcantes, factos enquadráveis como factos relevantes, divulgação trimestral de resultados e resposta a eventuais pedidos de esclarecimento por parte dos investidores ou público em geral sobre informação financeira de carácter público. Todas as informações solicitadas por parte dos investidores são analisadas e respondidas num prazo máximo de cinco dias úteis.

IV. Apoio ao Investidor

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59. Endereço(s) A Altri tem disponível uma página na Internet com a informação sobre a Sociedade e o grupo. O endereço é www.altri.pt. 60. Local onde se encontra informação sobre a firma, a qualidade de sociedade aberta, a sede e demais elementos mencionados no artigo 171.º do Código das Sociedades Comerciais www.altri.pt \ investidores \ perfil da empresa 61. Local onde se encontram os estatutos e os regulamentos de funcionamento dos órgãos e/ou comissões www.altri.pt \ acerca da altri \ estatutos www.altri.pt \ acerca da altri \ governance 62. Local onde se disponibiliza informação sobre a identidade dos titulares dos órgãos sociais, do representante para as relações com o mercado, do Gabinete de Apoio ao Investidor ou estrutura equivalente, respetivas funções e meios de acesso www.altri.pt \ acerca da altri \ órgãos de gestão www.altri.pt \ investidores \ apoio ao accionista 63. Local onde se disponibilizam os documentos de prestação de contas, que devem estar acessíveis pelo menos durante cinco anos, bem como o calendário semestral de eventos societários, divulgado no início de cada semestre, incluindo, entre outros, reuniões da assembleia geral, divulgação de contas anuais, semestrais e, caso aplicável, trimestrais www.altri.pt \ investidores \ relatórios www.altri.pt \ investidores \ calendário financeiro 64. Local onde são divulgados a convocatória para a reunião da assembleia geral e toda a informação preparatória e subsequente com ela relacionada www.altri.pt \ investidores \ apoio ao accionista \ assembleias gerais 65. Local onde se disponibiliza o acervo histórico com as deliberações tomadas nas reuniões das assembleias gerais da sociedade, o capital social representado e os resultados das votações, com referência aos 3 anos antecedentes www.altri.pt \ investidores \ apoio ao accionista \ assembleias gerais D. REMUNERAÇÕES

66. Indicação quanto à competência para a determinação da remuneração dos órgãos sociais De acordo com os estatutos da Sociedade, os membros dos órgãos sociais terão as remunerações que forem fixadas pela comissão de remunerações composta por três elementos, um dos quais será o presidente e terá voto de qualidade, todos eleitos por deliberação dos accionistas, nos termos do artigo 21º dos estatutos da Sociedade. A Comissão de Remunerações submete a referida proposta para aprovação na Assembleia Geral de Accionistas.

V. Sítio de Internet

I. Competência para a determinação

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A política de remunerações é revista anualmente e submetida para aprovação na Assembleia Geral Anual de Accionistas da Sociedade onde está presente, pelo menos, um representante da Comissão de Remunerações.

67. Composição da comissão de remunerações, incluindo identificação das pessoas singulares ou colectivas contratadas para lhe prestar apoio e declaração sobre a independência de cada um dos membros e assessores A Altri, S.G.P.S., S.A. tem actualmente definida uma Comissão de Remunerações para o triénio 2011/2013 cuja composição é como segue:

Pedro Nuno Fernandes de Sá Pessanha da Costa – Presidente João da Silva Natária – Vogal Fernando Eugénio Cerqueira Magro Ferreira – Vogal

Todos os membros da Comissão de Remunerações são independentes em relação aos membros do Conselho de Administração. Adicionalmente, em 2013 não foram contratadas quaisquer pessoas ou entidades para apoiar os membros da Comissão de Remunerações. 68. Conhecimentos e experiência dos membros da comissão de remunerações em matéria de política de remunerações A Altri considera que a experiência e percurso profissionais dos membros da Comissão de Remunerações lhes permite exercer as suas funções de forma rigorosa e eficaz. Em particular, o Dr. João da Silva Natária possui elevada experiência e conhecimentos específicos em matérias de política remuneratória. Adicionalmente, e sempre que tal se revela necessário, aquela comissão recorre a recursos especializados, internos ou externos, para suportar as suas deliberações.

69. Descrição da política de remuneração dos órgãos de administração e de fiscalização a que se refere o artigo 2.º da Lei n.º 28/2009, de 19 de Junho Tal como estipulado na Lei n.º 28/2009, de 19 de Junho, é submetida anualmente à apreciação da Assembleia Geral uma declaração sobre a política de remunerações dos órgãos de administração e fiscalização. A política de remuneração e compensação dos órgãos sociais da Altri, aprovada na Assembleia Geral de 18 de Abril de 2013, obedece aos seguintes princípios:

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO:

Para o estabelecimento do valor da remuneração individual de cada administrador será tido em conta:

As funções desempenhadas nas diferentes subsidiárias A responsabilidade e o valor acrescentado pelo desempenho individual O conhecimento e a experiência acumulada no exercício da função A situação económica da empresa A remuneração auferida em empresas do mesmo sector e outras sociedades cotadas na NYSE Euronext

Lisboa

A remuneração global fixa do Conselho de Administração, nela se incluindo a remuneração que as sociedades participadas paguem aos membros que integrem o Conselho de Administração, não pode exceder os 2.000.000 euros por ano.

II. Comissão de remunerações

III. Estrutura das remunerações

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1. Administração executiva Componente fixa, valor mensal pago 14 vezes por ano. Componente variável de médio prazo: destina-se a alinhar de forma mais vincada os interesses dos

administradores executivos com os dos accionistas e será calculada cobrindo o período de 2011, 2012 e 2013, correspondente ao período do mandato para que foram eleitos, tendo como base:

- Retorno total para o accionista (valorização de acção mais dividendo distribuído) - Somatório dos resultados líquidos dos 3 anos (2011, 2012, e 2013) - Evolução dos negócios da sociedade

O valor total da componente de médio prazo não pode ser superior a 50% da remuneração fixa auferida durante o período dos 3 anos.

2. Administração não executiva A remuneração individual de qualquer administrador não executivo não pode ultrapassar os 120.000 euros/ano, tendo carácter exclusivamente fixo.

CONSELHO FISCAL:

A remuneração dos membros do Conselho Fiscal será baseada em valores anuais fixos, em níveis considerados adequados para funções similares.

ASSEMBLEIA GERAL:

A remuneração da mesa da Assembleia Geral será exclusivamente fixa e seguirá as práticas de mercado.

REVISOR OFICIAL DE CONTAS:

O Revisor Oficial de Contas terá uma remuneração fixa adequada ao exercício das suas funções e de acordo com a prática do mercado, sob a supervisão do Conselho Fiscal.

COMPENSAÇÃO PELA CESSAÇÃO DE FUNÇÕES ANTES OU NO TERMO DOS RESPECTIVOS MANDATOS

A política de remunerações mantém o princípio de não contemplar a atribuição de compensações aos administradores, ou membros dos demais órgãos sociais, associadas à cessação de funções antecipada ou no termo do respectivo mandato, sem prejuízo do cumprimento pela Sociedade das disposições legais em vigor nesta matéria.

ABRANGÊNCIA DOS PRINCÍPIOS

Os princípios a que obedecem as políticas de remuneração e compensação constantes da presente declaração abrangem não só o conjunto das remunerações pagas pela ALTRI SGPS, S.A. mas também as remunerações que aos seus membros do Conselho de Administração sejam pagas por sociedades por ela directa ou indirectamente controladas.

70. Informação sobre o modo como a remuneração é estruturada de forma a permitir o alinhamento dos interesses dos membros do órgão de administração com os interesses de longo prazo da sociedade, bem como sobre o modo como é baseada na avaliação do desempenho e desincentiva a assunção excessiva de riscos

A política de remuneração dos administradores executivos visa assegurar uma contrapartida adequada e rigorosa do desempenho e contribuição de cada administrador para o sucesso da organização, alinhando os interesses dos administradores executivos com os dos accionistas e da Sociedade. Adicionalmente, a política de remuneração prevê uma componente variável de pagamento diferido destinada a alinhar de forma mais vincada os interesses dos administradores executivos com os dos accionistas e com os interesses de longo prazo da Sociedade.

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As propostas de remuneração dos administradores executivos são elaboradas, tendo em conta, as funções desempenhadas na Altri, SGPS, S.A. e nas diferentes subsidiárias; a responsabilidade e o valor acrescentado pelo desempenho individual; o conhecimento e a experiência acumulada no exercício da função; a situação económica da Empresa; a remuneração auferida em empresas do mesmo sector e outras sociedades cotadas na NYSE Euronext Lisbon. Em relação a este último aspecto, a Comissão de Remunerações tem em consideração, nos limites da informação acessível, todas as sociedades nacionais de dimensão equivalente, designadamente cotadas no NYSE Euronext Lisbon, e também sociedades de outros mercados internacionais com características equivalentes à Altri.

71. Referência à existência de uma componente variável da remuneração e informação sobre eventual impacto da avaliação de desempenho nesta componente De acordo com os estatutos da Sociedade, os membros dos órgãos sociais auferem as remunerações que forem fixadas pela Comissão de Remunerações composta por três elementos, um dos quais será o presidente e terá voto de qualidade. Na Assembleia Geral de 18 de Abril de 2013 foi aprovada a política de remunerações conforme detalhado no ponto 69 acima, a qual prevê uma componente variável em função do desempenho no período compreendido entre 2011 e 2013. Não estão previstos mecanismos que impeçam os administradores executivos de celebrar contratos que coloquem em causa a razão de ser da remuneração variável. Contudo, a Comissão de Remunerações tem em conta estes factores nos critérios de determinação da remuneração variável. A Sociedade não celebrou quaisquer contratos com membros do Conselho de Administração que tenham por efeito mitigar o risco inerente à variabilidade da remuneração, nem tem conhecimento que existam contratos idênticos celebrados com terceiros. 72. Diferimento do pagamento da componente variável da remuneração, com menção do período de diferimento Não existe actualmente qualquer remuneração variável cujo pagamento tenha sido diferido no tempo. 73. Critérios em que se baseia a atribuição de remuneração variável em acções A Altri não tem em vigor nem está prevista qualquer forma de remuneração em que haja lugar à atribuição de acções ou qualquer outro sistema de incentivos em acções. 74. Critérios em que se baseia a atribuição de remuneração variável em opções A Altri não tem em vigor nem está prevista qualquer forma de remuneração em que haja lugar à atribuição de direitos sobre opções. 75. Principais parâmetros e fundamentos de qualquer sistema de prémios anuais e de quaisquer outros benefícios não pecuniários A Altri não tem qualquer sistema de prémios anuais ou outros benefícios não pecuniários. 76. Principais características dos regimes complementares de pensões ou de reforma antecipada para os administradores e data em que foram aprovados em assembleia geral, em termos individuais A Altri não tem regimes complementares de pensões ou de reforma antecipada para os membros dos órgãos de administração, fiscalização e demais dirigentes. A administradora Laurentina Martins beneficia de um plano atribuído antes da sua nomeação para o Conselho de Administração em virtude de, na data da atribuição, ser colaboradora da subsidiária Caima – Indústria de Celulose, S.A. As principais características e informação sobre o referido plano encontra-se detalhada na nota 30 a) do anexo às demonstrações financeiras consolidadas em 31 de Dezembro de 2013. Naquela data, as responsabilidades por serviços passados afectas a esta administradora ascendiam a 430.090 Euros, não tendo sido efectuada qualquer contribuição para o referido fundo em 2013. Adicionalmente, durante o

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exercício, a administradora recebeu 33.705 Euros do referido fundo de pensões, a título de pensão de reforma por velhice.

77. Indicação do montante anual da remuneração auferida, de forma agregada e individual, pelos membros dos órgãos de administração da sociedade, proveniente da sociedade, incluindo remuneração fixa e variável e, relativamente a esta, menção às diferentes componentes que lhe deram origem As remunerações auferidas pelos membros do Conselho de Administração foram integralmente pagas por subsidiárias do Grupo onde exercem funções de administração, não existindo administradores remunerados directamente pela Altri SGPS. 78. Montantes a qualquer título pagos por outras sociedades em relação de domínio ou de grupo ou que se encontrem sujeitas a um domínio comum As remunerações auferidas pelos membros do Conselho de Administração da Altri durante o exercício de 2013, no exercício das suas funções, incluem apenas remunerações fixas e ascenderam a 1.079.120 Euros repartidas como segue: Paulo Fernandes – 391.860 Euros; João Borges de Oliveira – 391.860 Euros; Domingos Matos – 224.700 Euros; Pedro Mendonça – 70.700 Euros. 79. Remuneração paga sob a forma de participação nos lucros e/ou de pagamento de prémios e os motivos por que tais prémios e ou participação nos lucros foram concedidos Durante o exercício não foram pagas quaisquer remunerações a título de participação nos lucros ou sob a forma de prémios. 80. Indemnizações pagas ou devidas a ex-administradores executivos relativamente à cessação das suas funções durante o exercício Durante o exercício não foram pagos nem são devidos quaisquer montantes relativos a indemnizações a administradores cujas funções tenham cessado. 81. Indicação do montante anual da remuneração auferida, de forma agregada e individual, pelos membros dos órgãos de fiscalização da sociedade A remuneração dos membros do Conselho Fiscal é composta por um montante anual fixo baseado na situação da Altri e nas práticas correntes de mercado. No exercício findo em 31 de Dezembro de 2013 a remuneração dos membros do Conselho Fiscal ascendeu a 32.970 Euros distribuída como segue: João Natária – 16.350 Euros; Cristina Linhares – 8.310 Euros; Manuel Tiago Fernandes – 8.310 Euros. A remuneração auferida pelo revisor oficial de contas encontra-se descrita no ponto 47 atrás. 82. Indicação da remuneração no ano de referência do presidente da mesa da assembleia geral A remuneração do presidente da mesa da assembleia-geral relativa ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2013 ascendeu a 5.000 Euros.

83. Limitações contratuais previstas para a compensação a pagar por destituição sem justa causa de administrador e sua relação com a componente variável da remuneração A política de remunerações mantém o princípio de não contemplar a atribuição de compensações aos administradores, ou membros dos demais órgãos sociais, associadas à cessação de funções antecipada ou no

IV. Divulgação das remunerações

V. Acordos com implicações remuneratórias

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termo do respectivo mandato, sem prejuízo do cumprimento pela Sociedade das disposições legais em vigor nesta matéria. 84. Referência à existência e descrição, com indicação dos montantes envolvidos, de acordos entre a sociedade e os titulares do órgão de administração e dirigentes, na acepção do n.º 3 do artigo 248.º-B do Código dos Valores Mobiliários, que prevejam indemnizações em caso de demissão, despedimento sem justa causa ou cessação da relação de trabalho na sequência de uma mudança de controlo da sociedade Não existem acordos entre a Sociedade e os titulares do órgão de administração ou outros dirigentes da Altri, na acepção do n.º 3 do artigo 248.º-B do Código dos Valores Mobiliários, que prevejam indemnizações em caso de pedido de demissão, despedimento sem justa causa ou cessação da relação de trabalho na sequência de uma mudança de controlo da Sociedade. Não se encontram igualmente previstos acordos com os administradores no sentido de assegurar qualquer compensação em caso de não recondução no mandato.

85. Identificação do plano e dos respectivos destinatários A Altri, S.G.P.S., S.A. não possui qualquer plano de atribuição de acções ou de opções sobre acções aos membros dos órgãos sociais, nem aos seus trabalhadores. 86. Caracterização do plano A Altri, S.G.P.S., S.A. não possui qualquer plano de atribuição de acções ou de opções sobre acções de aquisição de acções. 87. Direitos de opção atribuídos para a aquisição de acções (‘stock options’) de que sejam beneficiários os trabalhadores e colaboradores da empresa Não existem quaisquer direitos de opção atribuídos para a aquisição de acções de que sejam beneficiários os trabalhadores e colaboradores da empresa. 88. Mecanismos de controlo previstos num eventual sistema de participação dos trabalhadores no capital na medida em que os direitos de voto não sejam exercidos directamente por estes Não aplicável conforme exposto acima. E. TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS

89. Mecanismos implementados pela sociedade para efeitos de controlo de transacções com partes relacionadas Actualmente, não estão estabelecidos quaisquer procedimentos ou critérios relativos à definição do nível relevante de significância de negócios entre a Sociedade e titulares de participações qualificadas, ou entidades que com eles estejam qualquer em relação de domínio ou grupo, a partir do qual é exigida a intervenção do órgão de fiscalização. 90. Indicação das transacções que foram sujeitas a controlo no ano de referência Não foram realizados quaisquer negócios ou operações significativos entre a Sociedade e os membros dos seus órgãos sociais (de administração e de fiscalização), titulares de participações qualificadas ou sociedades em relação de domínio ou grupo, excepto os que, fazendo parte da actividade corrente, foram realizados em condições normais de mercado para operações do mesmo género. Não houve negócios ou transacções com membros do Conselho Fiscal.

VI. Planos de atribuição de acções ou opções sobre acções (‘stock options’) 

I. Mecanismos e procedimentos de controlo

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Os serviços prestados pelo Revisor Oficial de Contas diversos dos serviços de Auditoria foram aprovados pelo Conselho Fiscal e encontram-se detalhados no ponto 47 acima. As transacções com sociedades em relação de domínio ou de grupo não são materiais, foram efectuadas em condições normais de mercado e fazem parte da actividade corrente da Sociedade, pelo que não são alvo de divulgação separada. 91. Descrição dos procedimentos e critérios aplicáveis à intervenção do órgão de fiscalização para efeitos da avaliação prévia dos negócios a realizar entre a sociedade e titulares de participação qualificada ou entidades que com eles estejam em qualquer relação As transacções com administradores da Altri ou com sociedades que estejam em relação de grupo ou domínio com aquela em que o interveniente é administrador, independentemente do montante, estão sujeitas à autorização prévia do Conselho de Administração com parecer favorável do órgão de fiscalização, nos termos do artigo 397º do Código das Sociedades Comerciais. Em 2013 não foi necessário o Conselho Fiscal emitir qualquer parecer dado que não ocorreram transacções passíveis de serem sujeitas à apreciação daquele órgão.

92. Indicação do local dos documentos de prestação de contas onde está disponível informação sobre os negócios com partes relacionadas A informação sobre os negócios com partes relacionadas pode ser consultada na nota 32 do Anexo às Contas Consolidadas e na nota 17 do Anexo às contas individuais da Sociedade.

II. Elementos relativos aos negócios

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PARTE II - AVALIAÇÃO DO GOVERNO SOCIETÁRIO

1. Identificação do Código de governo das sociedades adoptado

O presente relatório foi elaborado de acordo com o Regulamento da CMVM n.º 4/2013, de 1 de Agosto e com o Código de Governo das Sociedades, disponíveis em www.cmvm.pt, e pretende ser o resumo dos aspectos fundamentais da gestão da Sociedade no que respeita ao Conselho de Administração, tendo em conta a necessidade de transparência relativamente a esta matéria e a premência de comunicação para com os investidores e demais stakeholders. O modelo de relatório adoptado pela Sociedade é o estipulado pelo número 4 do artigo 1º daquele Regulamento e constante do Anexo I ao mesmo. O relatório cumpre as normas do artigo 245º-A do Código dos Valores Mobiliários bem como divulga, à luz do princípio comply or explain, o grau de observância das Recomendações da CMVM integradas no Código de Governo das Sociedades da CMVM de 2013. São igualmente cumpridos os deveres de informação exigidos pela Lei 28/2009, de 19 de Junho, pelos artigos 447º e 448º do Código das Sociedades Comerciais e pelo Regulamento da CMVM n.º 5/2008, de 2 de Outubro de 2008. 2. Análise de cumprimento do Código de Governo das Sociedades adoptado

A Altri, S.G.P.S., S.A. cumpre com a maioria das recomendações da CMVM relativas ao Governo das Sociedades como segue:

Recomendação Adopção Remissão

I. VOTAÇÃO E CONTROLO DA SOCIEDADE

I.1. As sociedades devem incentivar os seus acionistas a participar e a votar nas assembleias gerais, designadamente não fixando um número excessivamenteelevado de ações necessárias para ter direito a um voto e implementando os meios indispensáveis ao exercício do direito de voto por correspondência e por via eletrónica. Adoptada Parte I / B / I. / b) / 12, 13 e 14I.2. As sociedades não devem adotar mecanismos que dificultem a tomada de deliberações pelos seus acionistas, designadamente fixando um quórumdeliberativo superior ao previsto por lei. Adoptada Parte I / B / I. / b) / 13 e 14I.3. As sociedades não devem estabelecer mecanismos que tenham por efeito provocar o desfasamento entre o direito ao recebimento de dividendosou à subscrição de novos valores mobiliários e o direito de voto de cada ação ordinária, salvo se devidamente fundamentados em função dos interessesde longo prazo dos acionistas. Adoptada Parte I / B / I. / b) / 12 e 13I.4- Os estatutos das sociedades que prevejam a limitação do número de votos que podem ser detidos ou exercidos por um único acionista, de forma individual ou em concertação com outros acionistas, devem prever igualmente que, pelo menos de cinco em cinco anos, será sujeita a deliberação pela assembleia geral a alteração ou a manutenção dessa disposição estatutária – sem requisitos de quórum agravado relativamente ao legal – e que, nessa deliberação, se contam todos os votos emitidos sem que aquela limitação funcione. Adoptada Parte I / B / I. / b) / 13 e 14I.5. Não devem ser adotadas medidas que tenham por efeito exigir pagamentos ou a assunção de encargos pela sociedade em caso de transição de controlo ou de mudança da composição do órgão de administração e que se afigurem suscetíveis de prejudicar a livre transmissibilidade das ações e a livre apreciação pelos acionistas do desempenho dos titulares do órgão de administração. Adoptada Parte I / A / I. / 2, 4, 5 e 6

I I . SUPERVISÃO, ADMINISTRAÇÃOE FISCALIZAÇÃOII.1 SUPERVISÃO E ADMINISTRAÇÃOII.1.1. Dentro dos limites estabelecidos por lei, e salvo por força da reduzida dimensão da sociedade, o conselho de administração deve delegar a administração quotidiana da sociedade, devendo as competências delegadas ser identificadas no relatório anual sobre o Governo da Sociedade. Não adoptada Parte II / 2 e Parte I / B / II. / a) / 21II.1.2. O Conselho de Administração deve assegurar que a sociedade atua de forma consentânea com os seus objetivos, não devendo delegar a sua competência, designadamente, no que respeita a: i) definir a estratégia e as políticas gerais da sociedade; ii) definir a estrutura empresarial do grupo; iii) decisões que devam ser consideradas estratégicas devido ao seu montante, risco ou às suas características especiais. Adoptada Parte I / B / II. / a) / 21II.1.3. O Conselho Geral e de Supervisão, além do exercício das competências de fiscalização que lhes estão cometidas, deve assumir plenas responsabilidades ao nível do governo da sociedade, pelo que, através de previsão estatutária ou mediante via equivalente, deve ser consagrada a obrigatoriedade de este órgão se pronunciar sobre a estratégia e as principais políticas da sociedade, a definição da estrutura empresarial do grupo e as decisões que devam ser consideradas estratégicas devido ao seu montante ou risco. Este órgão deverá ainda avaliar o cumprimento do plano estratégico e a execução das principais políticas da sociedade. Não aplicávelII.1.4. Salvo por força da reduzida dimensão da sociedade, o Conselho de Administração e o Conselho Geral e de Supervisão, consoante o modelo adotado, devem criar as comissões que se mostrem necessárias para: a) Assegurar uma competente e independente avaliação do desempenho dos administradores executivos e do seu próprio desempenho global, bem assim como das diversas comissões existentes; b) Refletir sobre sistema estrutura e as práticas de governo adotado, verificar a sua eficácia e propor aos órgãos competentes as medidas a executar tendo em vista a sua melhoria. Não adoptada Parte II / 2 e Parte I / B / II. / c) / 29II.1.5. O Conselho de Administração ou o Conselho Geral e de Supervisão, consoante o modelo aplicável, devem fixar objetivos em matéria de assunção de riscos e criar sistemas para o seu controlo, com vista a garantir que os riscos efetivamente incorridos são consistentes com aqueles objetivos. Não adoptada Parte II / 2 e Parte I / C / III. / 52, 54 e 55II.1.6. O Conselho de Administração deve incluir um número de membros não executivos que garanta efetiva capacidade de acompanhamento, supervisão e avaliação da atividade dos restantes membros do órgão de administração. Adoptada Parte I / B / II. / a) / 18

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Recomendação Adopção Remissão

II.1.7. Entre os administradores não executivos deve contar-se uma proporção adequada de independentes, tendo em conta o modelo de governação adotado, a dimensão da sociedade e a sua estrutura acionista e o respetivo free float. A independência dos membros do Conselho Geral e de Supervisão e dos membros da Comissão de Auditoria afere-se nos termos da legislação vigente, e quanto aos demais membros do Conselho de Administração considera-se independente a pessoa que não esteja associada a qualquer grupo de interesses específicos na sociedade nem se encontre em alguma circunstância suscetível de afetar a sua isenção de análise ou de decisão, nomeadamente em virtude de: Não adoptada Parte II / 2 e Parte I / B / II. / a) / 18a. Ter sido colaborador da sociedade ou de sociedade que com ela se encontre em relação de domínio ou de grupo nos últimos três anos;b. Ter, nos últimos três anos, prestado serviços ou estabelecido relação comercial significativa com a sociedade ou com sociedade que com esta se encontre em relação de domínio ou de grupo, seja de forma direta ou enquanto sócio, administrador, gerente ou dirigente de pessoa coletiva;c. Ser beneficiário de remuneração paga pela sociedade ou por sociedade que com ela se encontre em relação de domínio ou de grupo além da remuneração decorrente do exercício das funções de administrador;d. Viver em união de facto ou ser cônjuge, parente ou afim na linha reta e até ao 3.º grau, inclusive, na linha colateral, de administradores ou de pessoas singulares titulares direta ou indiretamente de participação qualificada;e. Ser titular de participação qualificada ou representante de um acionista titular de participações qualificadas.II.1.8. Os administradores que exerçam funções executivas, quando solicitados por outros membros dos órgãos sociais, devem prestar, em tempo útil e de forma adequada ao pedido, as informações por aqueles requeridas. Adoptada Parte I / B / II. / a) / 18II.1.9. O presidente do órgão de administração executivo ou da comissão executiva deve remeter, conforme aplicável, ao Presidente do Conselho de Administração, ao Presidente do Conselho Fiscal, ao Presidente da Comissão de Auditoria, ao Presidente do Conselho Geral e de Supervisão e ao Presidente da Comissão para as Matérias Financeiras, as convocatórias e as atas das respetivas reuniões. Adoptada Parte I / B / II. / a) / 18 e Parte I / B / II. / b) / 23II.1.10. Caso o presidente do órgão de administração exerça funções executivas, este órgão deverá indicar, de entre os seus membros, um administrador independente que assegure a coordenação dos trabalhos dos demais membros não executivos e as condições para que estes possam decidir de forma independente e informada ou encontrar outro mecanismo equivalente que assegure aquela coordenação. Não adoptada Parte II / 2 e Parte I / B / II. / a) / 18

I I .2. FISCALIZAÇÃOII.2.1. Consoante o modelo aplicável, o presidente do Conselho Fiscal, da Comissão de Auditoria ou da Comissão para as Matérias Financeiras deve ser independente, de acordo com o critério legal aplicável, e possuir as competências adequadas ao exercício das respetivas funções. Adoptada Parte I / B / III. / a) / 32II.2.2. O órgão de fiscalização deve ser o interlocutor principal do auditor externo e o primeiro destinatário dos respetivos relatórios, competindo-lhe, designadamente, propor a respetiva remuneração e zelar para que sejam asseguradas, dentro da empresa, as condições adequadas à prestação dos serviços. Adoptada Parte I / B / III. / c) / 38II.2.3. O órgão de fiscalização deve avaliar anualmente o auditor externo e propor ao órgão competente a sua destituição ou a resolução do contrato de prestação dos seus serviços sempre que se verifique justa causa para o efeito. Adoptada Parte I / B / V. / 45II.2.4. O órgão de fiscalização deve avaliar o funcionamento dos sistemas de controlo interno e de gestão de riscos e propor os ajustamentos que se mostrem necessários. Adoptada Parte I / B / III. / c) / 38II.2.5. A Comissão de Auditoria, o Conselho Geral e de Supervisão e o Conselho Fiscal devem pronunciar-se sobre os planos de trabalho e os recursos afetos aos serviços de auditoria interna e aos serviços que velem pelo cumprimento das normas aplicadas à sociedade (serviços de compliance), e devem ser destinatários dos relatórios realizados por estes serviços pelo menos quando estejam em causa matérias relacionadas com a prestação de contas a identificação ou a resolução de conflitos de interesses e a deteção de potenciais ilegalidades. Não aplicável Parte I / C / III. / 50

I I .3. FIXAÇÃO DE REMUNERAÇÕESII.3.1. Todos os membros da Comissão de Remunerações ou equivalente devem ser independentes relativamente aos membros executivos do órgão de administração e incluir pelo menos um membro com conhecimentos e experiência em matérias de política de remuneração. Adoptada Parte I / D / II. / 67 e 68II.3.2. Não deve ser contratada para apoiar a Comissão de Remunerações no desempenho das suas funções qualquer pessoa singular ou coletiva que preste ou tenha prestado, nos últimos três anos, serviços a qualquer estrutura na dependência do órgão de administração, ao próprio órgão de administração da sociedade ou que tenha relação atual com a sociedade ou com consultora da sociedade. Esta recomendação é aplicável igualmente a qualquer pessoa singular ou coletiva que com aquelas se encontre relacionada por contrato de trabalho ou prestação de serviços. Adoptada Parte I / D / II. / 67II.3.3. A declaração sobre a política de remunerações dos órgãos de administração e fiscalização a que se refere o artigo 2.º da Lei n.º 28/2009, de 19 de Junho, deverá conter, adicionalmente: a) Identificação e explicitação dos critérios para a determinação da remuneração a atribuir aos membros dos órgãos sociais; b) Informação quanto ao montante máximo potencial, em termos individuais, e ao montante máximo potencial, em termos agregados, a pagar aos membros dos órgãos sociais, e identificação das circunstâncias em que esses montantes máximos podem ser devidos; c) Informação quanto à exigibilidade ou inexigibilidade de pagamentos relativos à destituição ou cessação de funções de administradores. Adoptada Parte I / D / III. / 69II.3.4. Deve ser submetida à Assembleia Geral a proposta relativa à aprovação de planos de atribuição de ações, e/ou de opções de aquisição de ações ou com base nas variações do preço das ações, a membros dos órgãos sociais. A proposta deve conter todos os elementos necessários para uma avaliação correta do plano. Não aplicável Parte I / D / III. / 73 e 74II.3.5. Deve ser submetida à Assembleia Geral a proposta relativa à aprovação de qualquer sistema de benefícios de reforma estabelecidos a favor dos membros dos órgãos sociais. A proposta deve conter todos os elementos necessários para uma avaliação correta do sistema. Não aplicável Parte I / D / III. / 76

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As recomendações II.1.1., II.1.4., II.1.5., II.1.7., II.1.10. e V.2. não são integralmente adoptadas pela Altri, conforme explanado abaixo.

Recomendação II.1.1.: Os administradores da Altri centram a sua actividade na gestão das participações do Grupo e na definição das linhas de desenvolvimento estratégico. As decisões relativas a matérias estratégicas e de relevo são adoptadas pelo Conselho de Administração enquanto órgão colegial composto pela totalidade dos seus membros, executivos e não executivos, no normal desempenho das suas funções. Adicionalmente, alguns dos administradores da Altri S.G.P.S., S.A. integram o Conselho de Administração das várias unidades operacionais do Grupo pelo que a recomendação não é integralmente cumprida.

Recomendação II.1.4.: A Altri considera que, tendo em consideração a sua dimensão, a única comissão especializada imprescindível para fazer face às necessidades da Sociedade é a Comissão de Remunerações, não dispondo de comissões especificamente destinadas a identificar candidatos a administradores e a reflectir sobre o sistema de governo adoptado, pelo que a recomendação não pode ser considerada adoptada.

Adopção Remissão

III . REMUNERAÇÕESIII.1. A remuneração dos membros executivos do órgão de administração deve basear-se no desempenho efetivo e desincentivar a assunção excessiva de riscos. Adoptada Parte I / D / III. / 70III.2. A remuneração dos membros não executivos do órgão de administração e a remuneração dos membros do órgão de fiscalização não deve incluir nenhuma componente cujo valor dependa do desempenho da sociedade ou do seu valor. Adoptada Parte I / D / III. / 69 e Parte I / D / IV. / 78, 81 e 82III.3. A componente variável da remuneração deve ser globalmente razoável em relação à componente fixa da remuneração, e devem ser fixados limites máximos para todas as componentes. Adoptada Parte I / D / III. / 69III.4. Uma parte significativa da remuneração variável deve ser diferida por um período não inferior a três anos, e o direito ao seu recebimento deve ficar dependente da continuação do desempenho positivo da sociedade ao longo desse período. Adoptada Parte I / D / III. / 69III.5. Os membros do órgão de administração não devem celebrar contratos, quer com a sociedade, quer com terceiros, que tenham por efeito mitigar o risco inerente à variabilidade da remuneração que lhes for fixada pela sociedade. Adoptada Parte I / D / III. / 71III.6. Até ao termo do seu mandato devem os administradores executivos manter as ações da sociedade a que tenham acedido por força de esquemas de remuneração variável, até ao limite de duas vezes o valor da remuneração total anual, com exceção daquelas que necessitem ser alienadas com vista ao pagamento de impostos resultantes do benefício dessas mesmas ações. Não aplicável Parte I / D / III. / 73 e 74III.7. Quando a remuneração variável compreender a atribuição de opções, o início do período de exercício deve ser diferido por um prazo não inferior a três anos. Não aplicável Parte I / D / III. / 74III.8. Quando a destituição de administrador não decorra de violação grave dos seus deveres nem da sua inaptidão para o exercício normal das respetivas funções mas, ainda assim, seja reconduzível a um inadequado desempenho, deverá a sociedade encontrar-se dotada dos instrumentos jurídicos adequados e necessários para que qualquer indemnização ou compensação, além da legalmente devida, não seja exigível. Adoptada Parte I / D / III. / 69 e Parte I / D / V. / 83

IV. AUDITORIAIV.1. O auditor externo deve, no âmbito das suas competências, verificar a aplicação das políticas e sistemas de remunerações dos órgãos sociais, a eficácia e o funcionamento dos mecanismos de controlo interno e reportar quaisquer deficiências ao órgão de fiscalização da sociedade. Adoptada Parte I / B / III. / c) / 38IV.2. A sociedade ou quaisquer entidades que com ela mantenham uma relação de domínio não devem contratar ao auditor externo, nem a quaisquer entidades que com ele se encontrem em relação de grupo ou que integrem a mesma rede, serviços diversos dos serviços de auditoria. Havendo razões para a contratação de tais serviços – que devem ser aprovados pelo órgão de fiscalização e explicitadas no seu Relatório Anual sobre o Governo da Sociedade – eles não devem assumir um relevo superior a 30% do valor total dos serviços prestados à sociedade. Adoptada Parte I / D / IV. / 41 e Parte I / D / V. / 47IV.3. As sociedades devem promover a rotação do auditor ao fim de dois ou três mandatos, conforme sejam respetivamente de quatro ou três anos. A sua manutenção além deste período deverá ser fundamentada num parecer específico do órgão de fiscalização que pondere expressamente as condições de independência do auditor e as vantagens e os custos da sua substituição. Adoptada Parte I / D / V. / 44

V. CONFLITOS DE INTERESSES E TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADASV.1. Os negócios da sociedade com acionistas titulares de participação qualificada, ou com entidades que com eles estejam em qualquer relação, nos termos do art. 20.º do Código dos Valores Mobiliários, devem ser realizados em condições normais de mercado. Adoptada Parte I / E / I. / 90V.2. O órgão de supervisão ou de fiscalização deve estabelecer os procedimentos e critérios necessários para a definição do nível relevante de significância dos negócios com acionistas titulares de participação qualificada – ou com entidades que com eles estejam em qualquer uma das relações previstas no n.º 1 do art. 20.º do Código dos Valores Mobiliários –, ficando a realização de negócios de relevância significativa dependente de parecer prévio daquele órgão. Não adoptada Parte II / 2 e Parte I / E / I. / 91

VI. INFORMAÇÃOVI.1. As sociedades devem proporcionar, através do seu sítio na Internet, em português e inglês, acesso a informações que permitam o conhecimento sobre a sua evolução e a sua realidade atual em termos económicos, financeiros e de governo. Adoptada Parte I / C / V. / 59 a 65VI.2. As sociedades devem assegurar a existência de um gabinete de apoio ao investidor e de contacto permanente com o mercado, que responda às solicitações dos investidores em tempo útil, devendo ser mantido um registo dos pedidos apresentados e do tratamento que lhe foi dado. Adoptada Parte I / C / IV. / 56 a 58

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Recomendações II.1.5.: No presente relatório encontram-se descritos os aspectos mais importantes da gestão de risco implementados no Grupo. No entanto, a Altri não possui um sistema interno de controlo e gestão de risco sistematizado e formalizado que abarque a totalidade das componentes previstas para aquele tipo de sistema pelo que a recomendação não é integralmente adoptada.

Recomendações II.1.7. e II.1.10.: O Conselho de Administração não inclui qualquer membro que cumpra com os critérios de independência referidos naquela recomendação uma vez que o administrador não executivo Pedro Mendonça é familiar de detentores de participações qualificadas e a administradora não executiva Laurentina Martins foi colaboradora da subsidiária Caima – Indústria de Celulose, S.A.. Assim sendo, também a recomendação II.1.10. não é cumprida. Face ao modelo societário adoptado e à composição e ao modo de funcionamento dos seus órgãos sociais, nomeadamente a independência dos órgãos de fiscalização, sem que, entre eles ou para outras Comissões existam delegações de competências, o Grupo considera que a designação de administradores independentes para exercerem funções no Conselho de Administração não traria valias significativas para o bom funcionamento do modelo adoptado que se tem vindo a revelar adequado e eficiente.

Recomendação V.2.: Actualmente, não estão estabelecidos quaisquer procedimentos ou critérios relativos à definição do nível relevante de significância de negócios entre a Sociedade e titulares de participações qualificadas, ou entidades que com eles estejam qualquer em relação de domínio ou grupo, a partir do qual é exigida a intervenção do órgão de fiscalização. No entanto, as transacções com administradores da Altri ou com sociedades que estejam em relação de grupo ou domínio com aquela em que o interveniente é administrador, independentemente do montante, estão sujeitas à autorização prévia do Conselho de Administração com parecer favorável do órgão de fiscalização, nos termos do artigo 397º do Código das Sociedades Comerciais.

3. Outras informações

A Altri considera que, não obstante o não cumprimento integral das recomendações da CMVM, tal como acima justificado, o grau de adopção das recomendações é bastante amplo e completo.

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DISPOSIÇÕES LEGAIS

Acções próprias Nos termos e para os efeitos do disposto no art. º 66 do Código das Sociedades Comerciais, informa-se que em 31 de Dezembro de 2013 a Altri não detinha acções próprias, não tendo adquirido ou alienado acções próprias durante o ano. Acções detidas pelos órgãos sociais da Altri Nos termos e para os efeitos do disposto no art.º 447º do Código das Sociedades Comerciais informa-se que em 31 de Dezembro de 2013, os administradores da Altri detinham as seguintes acções:

Paulo Jorge dos Santos Fernandes (a) 24.043.168 Pedro Macedo Pinto de Mendonça 1.705.000 Domingos José Vieira de Matos (b) 22.603.496 João Manuel Matos Borges de Oliveira (c) 29.000.000 Laurentina da Silva Martins 0

(a) – Consideram-se imputáveis a Paulo Jorge dos Santos Fernandes, para além de 21.643.168 acções da Altri, SGPS, S.A. detidas a título

pessoal, 2.400.000 acções da Altri, SGPS, S.A. detidas pela sociedade ACTIUM CAPITAL – SGPS, S.A., de que é administrador e accionista

dominante. Assim, nos termos legais, consideram-se imputáveis a Paulo Jorge dos Santos Fernandes um total de 24.043.168 acções,

correspondentes a 11,72% do capital e dos direitos de voto da Altri, SGPS, S.A. (b) – Consideram-se imputáveis a Domingos José Vieira de Matos, para além de 13.939.432 acções da Altri, SGPS, S.A. detidas a título pessoal,

8.664.064 acções da Altri, SGPS, S.A. detidas pela sociedade LIVREFLUXO – SGPS, S.A., de que é administrador e accionista dominante.

Assim, nos termos legais, consideram-se imputáveis a Domingos José Vieira de Matos um total de 22.603.496 acções, correspondentes a

11,02% do capital e dos direitos de voto da Altri, SGPS, S.A. (c) – As 29.000.000 de acções correspondem ao total das acções da Altri, SGPS, S.A. detidas pela sociedade CADERNO AZUL – SGPS, S.A., da

qual o administrador João Manuel Matos Borges de Oliveira é administrador e accionista.

Em 31 de Dezembro de 2013, o Revisor Oficial de Contas, os membros do Conselho Fiscal e da Mesa da Assembleia Geral não possuíam acções representativas do capital social da Altri. Participação no Capital da Sociedade Nos termos e para os efeitos do disposto nos Artigos 16º e 20º do Código de Valores Mobiliários e no Artigo 448º do Código das Sociedades Comerciais, informa-se que as sociedades e/ou pessoas singulares que têm uma participação social qualificada que ultrapasse os 2%, 5%, 10%, 20%, 33% e 50% dos direitos de voto, e de acordo com as notificações recebidas na sede da Altri até à data, são como segue:

Superior a 2% dos direitos de voto Nº de acções

detidas % directa de direitos

de voto LIVREFLUXO – SGPS, S.A. (a) 8.664.064 4,22%

Lazard Frères Gestion SAS (b) 4.157.000 2,03%

Norges Bank 4.149.572 2,02%

(a) As 8.664.064 acções da Altri, SGPS, S.A. detidas pela sociedade LIVREFLUXO – SGPS, S.A. consideram-se imputáveis a Domingos José Vieira de Matos, seu administrador e accionista dominante.

(b) As 4.157.000 acções são detidas pelo SICAV OBJECTIF SMALL CAPS EURO. Tendo o SICAV delegado o exercício dos direitos de voto na Lazard Frères Gestion SAS, esta participação considera-se imputável à Lazard Frères Gestion SAS.

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RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013

Superior a 5% dos direitos de voto Nº de acções

detidas % directa de direitos de

voto

Domingos José Vieira de Matos (a) 13.939.432 6,80%

Pedro Miguel Matos Borges de Oliveira 10.930.000 5,33%

Bestinver Gestión S.A., SGIIC 10.269.347 5,01%

(a) Consideram-se imputáveis a Domingos José Vieira de Matos, para além de 13.939.432 acções da Altri, SGPS, S.A. detidas a título pessoal, 8.664.064 acções da Altri, SGPS, S.A. detidas pela sociedade LIVREFLUXO – SGPS, S.A., de que é administrador e accionista dominante. Assim, nos termos legais, consideram-se imputáveis a Domingos José Vieira de Matos um total de 22.603.496 acções, correspondentes a 11,02% do capital e dos direitos de voto da Altri, SGPS, S.A.

Superior a 10% dos direitos de voto Nº de acções

detidas % directa de direitos

de voto

Caderno Azul, SGPS, S.A. (a) 29.000.000 14,14%

Paulo Jorge dos Santos Fernandes (b) 21.643.168 10,55%

(a) As 29.000.000 de acções correspondem ao total das acções da Altri, SGPS, S.A. detidas pela sociedade Caderno Azul – SGPS, S.A., da qual o administrador João Manuel Matos Borges de Oliveira é administrador e accionista

(b) Consideram-se, igualmente, imputáveis a Paulo Jorge dos Santos Fernandes 2.400.000 acções da Altri, SGPS, S.A. detidas pela sociedade ACTIUM CAPITAL – SGPS, S.A., de que é administrador e accionista dominante. Assim, nos termos legais, consideram-se imputáveis a Paulo Jorge dos Santos Fernandes um total de 24.043.168 acções, correspondentes a 11,72% do capital e dos direitos de voto da Altri, SGPS, S.A.

Superior a 15% dos direitos de voto Nº de acções

detidas % directa de direitos

de voto

PROMENDO – SGPS, S.A. 30.837.782 15,03%

A Altri não foi notificada de quaisquer participações acima de 20% dos direitos de voto.

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RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

52

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2013

DECLARAÇÃO NOS TERMOS DO ART.º 245, 1, AL. C) DO CÓDIGO DE VALORES MOBILIÁRIOS Os signatários individualmente declaram que, tanto quanto é do seu conhecimento, o Relatório de Gestão, as Demonstrações Financeiras Consolidadas e Individuais e demais documentos de prestação de contas exigidos por lei ou regulamento foram elaborados em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (“IFRS”) tal como adoptadas pela União Europeia, dando uma imagem verdadeira e apropriada do activo e passivo, da situação financeira e dos resultados consolidados e individuais da Altri, SGPS, S.A. e das empresas incluídas no perímetro de consolidação, e que o Relatório de Gestão expõe fielmente a evolução dos negócios, do desempenho e da posição financeira da Altri, SGPS, S.A. e das empresas incluídas no perímetro de consolidação, e contém uma descrição dos principais riscos e incertezas com que se defrontam.

DECLARAÇÃO DE RESPONSABILIDADE Os membros do Conselho de Administração da Altri, S.G.P.S., S.A. declaram assumir a responsabilidade pela presente informação e asseguram que os elementos nela inscritos são verídicos e que não existem omissões que sejam do seu conhecimento. Nos termos do art. 21º do Decreto-Lei 411/91, de 17 de Outubro informamos que não existem dívidas em mora perante o Estado, nomeadamente perante a Segurança Social. CONSIDERAÇÕES FINAIS Não queremos concluir sem agradecer aos vários parceiros do grupo pela confiança demonstrada na nossa organização. Por fim, gostaríamos de expressar o nosso reconhecimento a todos os nossos colaboradores pela dedicação e empenho. Porto, 27 de Março de 2014 O Conselho de Administração __________________________________ Paulo Jorge dos Santos Fernandes

__________________________________ João Manuel Matos Borges de Oliveira

__________________________________ Pedro Macedo Pinto de Mendonça __________________________________ Domingos José Vieira de Matos __________________________________ Laurentina da Silva Martins

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ANEXO

ANEXO I 1. Conselho de Administração Qualificações, experiência e cargos exercidos noutras sociedades pelos membros do Conselho de Administração: Paulo Jorge dos Santos Fernandes Foi um dos fundadores da Cofina (Sociedade que deu origem à Altri, por cisão), tendo estado directamente envolvido na gestão do Grupo desde a sua criação. É licenciado em Engenharia Electrónica pela Universidade do Porto, tendo posteriormente concluído um MBA na Universidade Nova de Lisboa. É accionista da Sociedade desde 2005 tendo igualmente sido nomeado administrador desde a mesma data. Para além das Empresas onde exerce actualmente funções de administração, a sua experiência profissional inclui: 1982/1984 Adjunto do Director de Produção da CORTAL 1986/1989 Director Geral da CORTAL 1989/1994 Presidente do Conselho de Administração da CORTAL 1995 Administrador da CRISAL - CRISTAIS DE ALCOBAÇA, S.A. 1997 Administrador do Grupo Vista Alegre, S.A. 1997 Presidente do Conselho de Administração da ATLANTIS - Cristais de Alcobaça, S.A. 2000/2001 Administrador da SIC 2001 Administrador da V.A.A. Ao longo da sua carreira, desempenhou ainda funções em diversas associações: 1989/1994 Presidente da FEMB (Fédération Européene de Mobilier de Bureau) para Portugal 1989/1990 Presidente da Assembleia Geral Assoc. Industr. Águeda 1991/1993 Membro do Conselho Consultivo Assoc. Ind. Portuense Desde 2005 Membro do Conselho Superior da Associação do Antigos Alunos de MBA 2013/2016 Presidente da Mesa do Conselho Fiscal do BCSD Desde 2006 Membro do Conselho Consultivo em Engenharia e Gestão do IST Em 31 de Dezembro de 2013, as outras empresas onde desempenha funções de administração são: - Actium Capital, SGPS, S.A. (a) - Alteria, S.G.P.S., S.A. (a) - Altri – Energias Renováveis, SGPS, S.A. - Altri Participaciones Y Trading, S.L. - Caima – Indústria de Celulose, S.A. - Celbi – Celulose da Beira Industrial, S.A. - Celtejo – Empresa de Celulose do Tejo, S.A. - Celulose do Caima, S.G.P.S., S.A. - Cofina, S.G.P.S, S.A. (a) - Cofina Media, S.G.P.S., S.A. (a) - Edirevistas – Sociedade Editorial, S.A. (a) - Edisport – Soc. de Publicações, S.A. (a) - Efe Erre Participações, S.G.P.S., S.A. (a) - Elege Valor, S.G.P.S., S.A. (a) - F. Ramada Investimentos, S.G.P.S., S.A. (a) - F. Ramada – Produção e Comercialização de Estruturas Metálicas de Armazenagem, S.A. (a) - F. Ramada II Imobiliária, S.A. (a) - F. Ramada, Aços e Indústrias, S.A. (a) - Invescaima, S.G.P.S., S.A.

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RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

ANEXO

- Jardins de França – Empreendimentos Imobiliários, S.A. (a) - Malva – Gestão Imobiliária, S.A. (a) - Mediafin – S.G.P.S., S.A. (a) - Presselivre – Imprensa Livre, S.A. (a) - Prestimo – Prestígio Imobiliário, S.A. (a) - Sociedade Imobiliária Porto Seguro – Investimentos Imobiliários, S.A. (a) - Torres da Luz – Investimentos imobiliários, S.A. (a) (a) – sociedades que, em 31 de Dezembro de 2013, não podem ser consideradas como fazendo parte do grupo Altri, S.G.P.S., S.A. João Manuel Matos Borges de Oliveira Sendo igualmente um dos fundadores da Cofina, desempenha funções de administração da Empresa desde a sua constituição. É licenciado em Engenharia Química pela Universidade do Porto, tendo concluído o MBA do INSEAD. Desempenha funções nas áreas de media e indústria, bem como na definição estratégica do Grupo. É accionista da Sociedade desde 2005 tendo igualmente sido nomeado administrador desde a mesma data. Para além das Empresas onde exerce actualmente funções de administração, a sua experiência profissional inclui: 1982/1983 Adjunto do Director de Produção da Cortal 1984/1985 Director de Produção da Cortal 1987/1989 Director de Marketing da Cortal 1989/1994 Director Geral da Cortal 1989/1995 Vice-presidente do Conselho de Administração da Cortal 1989/1994 Administrador da Seldex 1992/1994 Vice-presidente da Assembleia Geral da Associação Industrial de Águeda 1995/2004 Presidente do Conselho Fiscal da Associação Industrial do Distrito de Aveiro 1996/2000 Administrador não executivo da Atlantis, S.A. 1997/2000 Administrador não executivo da Vista Alegre, S.A. 1998/1999 Administrador da Efacec Capital, SGPS, S.A. Desde 2008 Presidente do Conselho Fiscal da Porto Business School 2008/2011 Administrador não executivo da Zon Multimédia, SGPS, S.A. 2011/2013 Membro do ISCTE-IUL CFO Advisory Forum Em 31 de Dezembro de 2013, as outras empresas onde desempenha funções de administração são: - Alteria, S.G.P.S., S.A. (a) - Altri – Energias Renováveis, SGPS, S.A. - Altri Participaciones Y Trading, S.L. - Base Holding, SGPS, S.A. (a) - Caderno Azul, S.G.P.S., S.A. (a) - Caima – Indústria de Celulose, S.A. - Celbi – Celulose da Beira Industrial, S.A. - Celtejo – Empresa de Celulose do Tejo, S.A. - Celulose do Caima, S.G.P.S., S.A. - Cofina, SGPS, S.A. (a) - Cofina Media, S.G.P.S., S.A. (a) - Edirevistas – Sociedade Editorial, S.A. (a) - Edisport – Soc. de Publicações, S.A. (a) - Efe Erre Participações, S.G.P.S., S.A. (a) - Elege Valor, S.G.P.S., S.A. (a) - F. Ramada Investimentos, S.G.P.S., S.A. (a) - F. Ramada – Produção e Comercialização de Estruturas Metálicas de Armazenagem, S.A. (a) - F. Ramada II Imobiliária, S.A. (a) - F. Ramada Serviços de Gestão, Lda. (a)

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RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

ANEXO

- F. Ramada, Aços e Indústrias, S.A. (a) - Grafedisport – Impressão e Artes Gráficas, S.A. (a) - Invescaima, S.G.P.S., S.A. - Jardins de França – Empreendimentos Imobiliários, S.A. (a) - Malva – Gestão Imobiliária, S.A. (a) - Mediafin, SGPS, S.A. (a) - Presselivre – Imprensa Livre, S.A. (a) - Prestimo – Prestígio Imobiliário, S.A. (a) - Storax Racking Systems, Ltd. (a) - Sociedade Imobiliária Porto Seguro – Investimentos Imobiliários, S.A. (a) - Torres da Luz – Investimentos imobiliários, S.A. (a) - Universal Afir – Aços Especiais e Ferramentas, S.A. (a) a) – sociedades que, em 31 de Dezembro de 2013, não podem ser consideradas como fazendo parte do grupo Altri, S.G.P.S., S.A.

Pedro Macedo Pinto de Mendonça

Foi um dos fundadores da Cofina (Sociedade que deu origem à Altri, por cisão), tendo estado directamente envolvido na gestão do Grupo desde a sua criação. Frequentou a Faculdade de Medicina do Porto durante dois anos, detendo a licenciatura em Mecânica pela École Superiore de L’Etat em Bruxelas. É accionista da Sociedade desde 2005 tendo igualmente sido nomeado administrador desde a mesma data. Para além das Empresas onde exerce actualmente funções de administração, a sua experiência profissional inclui: 1959 Director de Abastecimento da Empresa de Metalurgia Artística Lisboa 1965 Director de Produção da Empresa de Metalurgia Artística 1970 Administrador da Seldex e responsável pelo Departamento Comercial 1986 Sócio Fundador da Euroseel 1986/1990 Administrador da Euroseel 1986 Presidente do Conselho de Administração da Seldex 1989 Administrador da Cortal Em 31 de Dezembro de 2013, as outras empresas onde desempenha funções de administração são: - Alteria, S.G.P.S., S.A. (a) - Altri – Energias Renováveis, SGPS, S.A. - Altri Participaciones Y Trading, S.L. - Caima – Indústria de Celulose, S.A. - Celbi – Celulose da Beira Industrial, S.A. - Celtejo – Empresa de Celulose do Tejo, S.A. - Celulose do Caima, S.G.P.S., S.A. - Cofina, SGPS, S.A. (a) - Cofina Media, S.G.P.S., S.A. (a) - Cofihold, S.G.P.S., S.A. (a) - Efe Erre Participações, S.G.P.S., S.A. (a) - Elege Valor, S.G.P.S., S.A. (a) - F. Ramada Investimentos, S.G.P.S., S.A. (a) - F. Ramada – Produção e Comercialização de Estruturas Metálicas de Armazenagem, S.A. (a) - F. Ramada II Imobiliária, S.A. (a) - F. Ramada, Aços e Indústrias, S.A. (a) - Invescaima, S.G.P.S., S.A. - Jardins de França – Empreendimentos Imobiliários, S.A. (a) - Malva – Gestão Imobiliária, S.A. (a)

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RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

ANEXO

- Prestimo – Prestígio Imobiliário, S.A. (a) - Sociedade Imobiliária Porto Seguro – Investimentos Imobiliários, S.A. (a) - Torres da Luz – Investimentos imobiliários, S.A. (a) - Universal Afir – Aços, Máquinas e Ferramentas, S.A. (a) a) – sociedades que, em 31 de Dezembro de 2013, não podem ser consideradas como fazendo parte do grupo Altri, S.G.P.S., S.A.

Domingos José Vieira de Matos

Foi um dos fundadores da Cofina (Sociedade que deu origem à Altri, por cisão), tendo estado directamente envolvido na gestão do Grupo desde a sua criação. É licenciado em Economia pela Faculdade de Economia da Universidade do Porto, tendo iniciado actividades de gestão em 1978. É accionista da Sociedade desde 2005 tendo igualmente sido nomeado administrador desde a mesma data. Para além das Empresas onde exerce actualmente funções de administração, a sua experiência profissional inclui: 1978/1994 Administrador da Cortal, SA 1983 Sócio-Fundador da Promede – Produtos Médicos, S.A. 1998/2000 Administrador da Electro Cerâmica, S.A. Em 31 de Dezembro de 2013, as outras empresas onde desempenha funções de administração são: - Alteria, S.G.P.S., S.A. (a) - Altri Participaciones Y Trading, S.L. - Altri Florestal, S.A. - Base Holding, SGPS, S.A. (a) - Caima – Indústria de Celulose, S.A. - Celbi – Celulose da Beira Industrial, S.A. - Celulose do Caima, S.G.P.S., S.A. - Cofina, SGPS, S.A. (a) - Efe Erre Participações, S.G.P.S., S.A. (a) - Elege Valor, S.G.P.S., S.A. (a) - F. Ramada Investimentos, S.G.P.S., S.A. (a) - F. Ramada – Produção e Comercialização de Estruturas Metálicas de Armazenagem, S.A. (a) - F. Ramada II Imobiliária, S.A. (a) - F. Ramada Serviços de Gestão, Lda. (a) - F. Ramada, Aços e Indústrias, S.A. (a) - Jardins de França – Empreendimentos Imobiliários, S.A. (a) - Livrefluxo, S.G.P.S., S.A. (a) - Malva – Gestão Imobiliária, S.A. (a) - Prestimo – Prestígio Imobiliário, S.A. (a) - Sociedade Imobiliária Porto Seguro – Investimentos Imobiliários, S.A. (a) - Torres da Luz – Investimentos imobiliários, S.A. (a) - Universal Afir – Aços, Máquinas e Ferramentas, S.A. (a) (a) – sociedades que, em 31 de Dezembro de 2013, não podem ser consideradas como fazendo parte do grupo Altri, S.G.P.S., S.A.

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RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

ANEXO

Laurentina da Silva Martins Com formação em Finanças e Administração no Instituto Superior do Porto está ligada ao grupo Altri desde a sua constituição. Foi nomeada administradora da Sociedade em Maio de 2009. A sua experiência profissional inclui:

1965 Adjunta da Direcção Financeira da Companhia de Celulose do Caima, S.A. 1990 Directora Financeira da Companhia de Celulose do Caima, S.A. 2001 Administradora da Cofina Media, SGPS, S.A. 2001 Administradora da Caima Energia – Empresa de Gestão e Exploração de Energia, S.A. 2004 Administradora da Grafedisport – Impressão e Artes Gráficas, S.A. 2005 Administradora da Silvicaima – Sociedade Silvícola do Caima, S.A. (actual Altri Florestal, S.A.) 2006 Administradora da EDP – Produção Bioeléctrica, S.A.

Em 31 de Dezembro de 2013, as outras empresas onde desempenha funções de administração são: - Altri Participaciones Y Trading, S.L. - EDP – Produção Bioeléctrica, S.A.

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RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

ANEXO

2. Conselho Fiscal Qualificações, experiência e cargos exercidos noutras sociedades pelos membros do Conselho Fiscal: João da Silva Natária Curriculum académico: Licenciatura em Direito pela Universidade de Lisboa Experiência profissional: 1979 Director-Geral da Filial de Luanda/Viana da F. Ramada, por nomeação conjunta da Administração e do Ministério da Indústria de Angola 1983 Director do Departamento de Poliéster e Botões da F. Ramada, Aços e Indústrias, S.A. 1984/2000 Director de Recursos Humanos da F. Ramada, Aços e Indústrias, S.A. 1993/1995 Administrador da Universal – Aços, Máquinas e Ferramentas, S.A. Desde 2000 Advogado em nome individual especializado em Direito do Trabalho e Direito da Família Outros cargos em exercício: Presidente do Conselho Fiscal da Cofina, SGPS, S.A. (a) Presidente do Conselho Fiscal da F. Ramada Investimentos, SGPS, S.A. (a) Vogal da Comissão de Remunerações da Cofina, SGPS, S.A. (a) Vogal da Comissão de Remunerações da F. Ramada Investimentos, SGPS, S.A. (a) (a) – sociedades que, em 31 de Dezembro de 2013, não podem ser consideradas como fazendo parte do grupo Altri, S.G.P.S., S.A. Cristina Isabel Linhares Fernandes Curriculum académico: 1996 Licenciatura em Economia – Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra 2000 Pós-graduação em Fiscalidade – Instituto Superior de Administração e Gestão do Porto 2006 Revisora Oficial de Contas nº 1262 2007 MBA executivo – EGP - Escola de Gestão do Porto Experiência profissional: 1996/1998 Assistente na divisão de auditoria da Arthur Andersen no Porto 1999/2001 Senior da divisão de auditoria da Arthur Andersen no Porto 2002/2005 Manager da divisão de auditoria da Deloitte no escritório do Porto 2006 Senior Manager da divisão de auditoria da Deloitte em Luanda Desde 2007 Revisora Oficial de Contas e consultora em nome individual

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RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

ANEXO

Outros cargos em exercício: Vogal do Conselho Fiscal da Cofina, SGPS, S.A. (a) Vogal do Conselho Fiscal da F. Ramada Investimentos, SGPS, S.A. (a) Revisora Oficial de Contas da Sociedade Comercial de Plásticos Chemieuro Unipessoal Lda. (a) Revisora Oficial de Contas da Stemmatters – Biotecnologia e Medicina Regenerativa, S.A. (a) Revisora Oficial de Contas da IM3DICAL, S.A. (a) Revisora Oficial de Contas da Tecvinhais SGPS, S.A. (a) Revisora Oficial de Contas da Teclignium, S.A. (a) Revisora Oficial de Contas da Creativesystems – Sistemas e Serviços de Consultoria, S.A. (a) (a) – sociedades que, em 31 de Dezembro de 2013, não podem ser consideradas como fazendo parte do grupo Altri, S.G.P.S., S.A. Outros cargos exercidos: Vogal do Conselho Fiscal da Tertir – Terminais de Portugal, S.A. Manuel Tiago Alves Baldaque de Marinho Fernandes Curriculum académico: 1992 Licenciatura em Administração e Gestão de Empresas ministrado pela Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais do Centro Regional do Porto da Universidade Católica Portuguesa 2000 Pós-graduação em Gestão de Recursos Humanos, ministrado pela Universidade Católica Portuguesa 2002 Pós-graduação em Finanças, ministrado pela Universidade Católica Portuguesa 2007 MBA Internacional ministrado pela Escola de Gestão Empresarial / ESADE 2010 Pós-graduação em Gestão de Serviços, ministrado pela Universidade Católica Portuguesa Experiência profissional: 1992 Auditor da Arthur Andersen, S.A. 1995 Controller de Gestão do Grupo SIPMA, SA (Saludães, S.A.; Lorisa, S.A. e

SOTPA, S.A.) Desde 1998 Director Financeiro e de Pessoas do Centro Regional do Porto da Universidade Católica Portuguesa Outros cargos em exercício: Vogal do Conselho Fiscal da Cofina, SGPS, S.A. (a) Vogal do Conselho Fiscal da F. Ramada Investimentos, SGPS, S.A. (a) (a) – sociedades que, em 31 de Dezembro de 2013, não podem ser consideradas como fazendo parte do grupo Altri, S.G.P.S., S.A. Outros cargos exercidos: Membro do Conselho de Gestão Financeira da Universidade Católica Portuguesa Presidente do Conselho Fiscal da Tertir – Terminais de Portugal, S.A. Administrador não executivo da Investvar Comercial, SGPS, S.A.

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RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

ANEXO

Artigo 447º do Código das Sociedades Comerciais e Artigo 14.º n.º 7 do Regulamento da CMVM n.º 5/2008

Divulgação de acções e outros título detidos por membros do Conselho de Administração e por Dirigentes, bem como por pessoas com estes estreitamente relacionadas, nos termos do Artigo 248.º B do Código dos Valores Mobiliários, e de transacções sobre os mesmos efectuados no decurso do exercício

Membro do Conselho de Administração

Nº acções detidas

em 31-Dez-2012 Aquisições Alienações

Nº acções detidas

em 31-Dez-2013

Paulo Jorge dos Santos Fernandes 16.640.929 6.002.239 (1.000.000) 21.643.168

Paulo Jorge dos Santos Fernandes(imputação via ACTIUM CAPITAL - SGPS, S.A.) 1.400.000 1.000.000 - 2.400.000

Pedro Macedo Pinto de Mendonça 1.705.000 - - 1.705.000

João Manuel Matos Borges de Oliveira (imputação via CADERNO AZUL - SGPS, S.A.) 28.000.000 1.000.000 - 29.000.000

Domingos José Vieira de Matos 13.939.432 - - 13.939.432

Domingos José Vieira de Matos (imputação via LIVREFLUXO - SGPS, S.A.) - 8.664.064 - 8.664.064

Paulo Jorge dos Santos Fernandes

Data Natureza Volume Preço (€) Local N.º acções31-dez-2012 - - - - 16.640.929

22-jan-2013 Compra 1.200.000 1,800000 NYSE Euronext Lisbon 17.840.929

28-jan-2013 Compra 1.200.000 1,922000 NYSE Euronext Lisbon 19.040.929

8-fev-2013 Compra 72.239 1,850000 NYSE Euronext Lisbon 19.113.168

4-nov-2013 Doação 3.530.000 2,443000 - 22.643.168

18-dez-2013 Venda (1.000.000) 2,283000 NYSE Euronext Lisbon 21.643.168

31-dez-2013 - - - - 21.643.168

Paulo Jorge dos Santos Fernandes (imputação via ACTIUM CAPITAL - SGPS, S.A.)

Data Natureza Volume Preço (€) Local N.º acções31-dez-2012 - - - - 1.400.000

18-dez-2013 Compra 1.000.000 2,283000 NYSE Euronext Lisbon 2.400.000

31-dez-2013 - - - - 2.400.000

Pedro Macedo Pinto de Mendonça

Data Natureza Volume Preço (€) Local N.º acções31-dez-2012 - - - - 1.705.000

31-dez-2013 - - - - 1.705.000

João Manuel Matos Borges de Oliveira (imputação via CADERNO AZUL - SGPS, S.A.)

Data Natureza Volume Preço (€) Local N.º acções31-dez-2012 - - - - 28.000.000

3-jan-2013 Compra 715.000 1,691400 NYSE Euronext Lisbon 28.715.000

4-jan-2013 Compra 285.000 1,705000 NYSE Euronext Lisbon 29.000.000

31-dez-2013 - - - - 29.000.000

Domingos José Vieira de Matos

Data Natureza Volume Preço (€) Local N.º acções31-dez-2012 - - - - 13.939.432

31-dez-2013 - - - - 13.939.432

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RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

ANEXO

Domingos José Vieira de Matos (imputação via LIVREFLUXO - SGPS, S.A.)

Data Natureza Volume Preço (€) Local N.º acções31-dez-2012 - - - - -

25-jun-2013 Compra 200.000 1,704590 NYSE Euronext Lisbon 200.000

26-jun-2013 Compra 278.538 1,731275 NYSE Euronext Lisbon 478.538

3-jul-2013 Compra 589.113 1,731322 NYSE Euronext Lisbon 1.067.651

12-jul-2013 Compra 801 1,732000 NYSE Euronext Lisbon 1.068.452

12-jul-2013 Compra 1.985 1,733000 NYSE Euronext Lisbon 1.070.437

12-jul-2013 Compra 1.230 1,735000 NYSE Euronext Lisbon 1.071.667

12-jul-2013 Compra 5.000 1,735000 NYSE Euronext Lisbon 1.076.667

12-jul-2013 Compra 20.480 1,735000 NYSE Euronext Lisbon 1.097.147

12-jul-2013 Compra 1.842 1,736000 NYSE Euronext Lisbon 1.098.989

12-jul-2013 Compra 2.514 1,738000 NYSE Euronext Lisbon 1.101.503

12-jul-2013 Compra 2.278 1,740000 NYSE Euronext Lisbon 1.103.781

12-jul-2013 Compra 1.150 1,745000 NYSE Euronext Lisbon 1.104.931

12-jul-2013 Compra 1.850 1,746000 NYSE Euronext Lisbon 1.106.781

12-jul-2013 Compra 8.150 1,746000 NYSE Euronext Lisbon 1.114.931

12-jul-2013 Compra 4.844 1,747000 NYSE Euronext Lisbon 1.119.775

12-jul-2013 Compra 7.286 1,748000 NYSE Euronext Lisbon 1.127.061

12-jul-2013 Compra 2.736 1,748000 NYSE Euronext Lisbon 1.129.797

12-jul-2013 Compra 7.000 1,750000 NYSE Euronext Lisbon 1.136.797

12-jul-2013 Compra 3.500 1,750000 NYSE Euronext Lisbon 1.140.297

12-jul-2013 Compra 138.351 1,750000 NYSE Euronext Lisbon 1.278.648

12-jul-2013 Compra 16.500 1,750000 NYSE Euronext Lisbon 1.295.148

12-jul-2013 Compra 2.188 1,750000 NYSE Euronext Lisbon 1.297.336

12-jul-2013 Compra 2.569 1,750000 NYSE Euronext Lisbon 1.299.905

12-jul-2013 Compra 1.194 1,750000 NYSE Euronext Lisbon 1.301.099

12-jul-2013 Compra 969 1,750000 NYSE Euronext Lisbon 1.302.068

12-jul-2013 Compra 1.196 1,750000 NYSE Euronext Lisbon 1.303.264

12-jul-2013 Compra 9.653 1,750000 NYSE Euronext Lisbon 1.312.917

12-jul-2013 Compra 1.049 1,750000 NYSE Euronext Lisbon 1.313.966

12-jul-2013 Compra 2.776 1,750000 NYSE Euronext Lisbon 1.316.742

12-jul-2013 Compra 909 1,750000 NYSE Euronext Lisbon 1.317.651

15-jul-2013 Compra 1.900 1,695000 NYSE Euronext Lisbon 1.319.551

15-jul-2013 Compra 186.151 1,695000 NYSE Euronext Lisbon 1.505.702

15-jul-2013 Compra 550 1,695000 NYSE Euronext Lisbon 1.506.252

15-jul-2013 Compra 1.350 1,695000 NYSE Euronext Lisbon 1.507.602

15-jul-2013 Compra 49 1,695 NYSE Euronext Lisbon 1.507.651

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RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

ANEXO

Domingos José Vieira de Matos (imputação via LIVREFLUXO - SGPS, S.A.)

Data Natureza Volume Preço (€) Local N.º acções23-jul-2013 Compra 112 1,825000 NYSE Euronext Lisbon 1.507.763

23-jul-2013 Compra 1.500 1,825000 NYSE Euronext Lisbon 1.509.263

23-jul-2013 Compra 4.289 1,824000 NYSE Euronext Lisbon 1.513.552

23-jul-2013 Compra 2.500 1,825000 NYSE Euronext Lisbon 1.516.052

23-jul-2013 Compra 111.900 1,825000 NYSE Euronext Lisbon 1.627.952

23-jul-2013 Compra 2.000 1,825000 NYSE Euronext Lisbon 1.629.952

23-jul-2013 Compra 47.891 1,825000 NYSE Euronext Lisbon 1.677.843

23-jul-2013 Compra 1.970 1,825000 NYSE Euronext Lisbon 1.679.813

23-jul-2013 Compra 30 1,825000 NYSE Euronext Lisbon 1.679.843

23-jul-2013 Compra 22.711 1,825000 NYSE Euronext Lisbon 1.702.554

23-jul-2013 Compra 2.000 1,825000 NYSE Euronext Lisbon 1.704.554

23-jul-2013 Compra 11.133 1,825000 NYSE Euronext Lisbon 1.715.687

23-jul-2013 Compra 1.839 1,818000 NYSE Euronext Lisbon 1.717.526

24-jul-2013 Compra 1.413 1,818000 NYSE Euronext Lisbon 1.718.939

24-jul-2013 Compra 69.764 1,820000 NYSE Euronext Lisbon 1.788.703

24-jul-2013 Compra 11.425 1,820000 NYSE Euronext Lisbon 1.800.128

24-jul-2013 Compra 15.559 1,820000 NYSE Euronext Lisbon 1.815.687

24-jul-2013 Compra 9.850 1,820000 NYSE Euronext Lisbon 1.825.537

21-ago-2013 Compra 882 1,918000 NYSE Euronext Lisbon 1.826.419

21-ago-2013 Compra 60.000 1,920000 NYSE Euronext Lisbon 1.886.419

21-ago-2013 Compra 299.118 1,920000 NYSE Euronext Lisbon 2.185.537

21-ago-2013 Compra 882 1,920000 NYSE Euronext Lisbon 2.186.419

21-ago-2013 Compra 506 1,920000 NYSE Euronext Lisbon 2.186.925

28-ago-2013 Compra 1.284 1,878000 NYSE Euronext Lisbon 2.188.209

28-ago-2013 Compra 88.038 1,879000 NYSE Euronext Lisbon 2.276.247

28-ago-2013 Compra 1.348 1,879000 NYSE Euronext Lisbon 2.277.595

28-ago-2013 Compra 775 1,876000 NYSE Euronext Lisbon 2.278.370

28-ago-2013 Compra 1.166 1,878000 NYSE Euronext Lisbon 2.279.536

28-ago-2013 Compra 52.509 1,879000 NYSE Euronext Lisbon 2.332.045

28-ago-2013 Compra 2.083 1,879000 NYSE Euronext Lisbon 2.334.128

28-ago-2013 Compra 1.459 1,879000 NYSE Euronext Lisbon 2.335.587

28-ago-2013 Compra 44.041 1,879000 NYSE Euronext Lisbon 2.379.628

28-ago-2013 Compra 17.516 1,879000 NYSE Euronext Lisbon 2.397.144

9-set-2013 Compra 257.000 1,783000 NYSE Euronext Lisbon 2.654.144

10-set-2013 Compra 320.000 1,810000 NYSE Euronext Lisbon 2.974.144

11-set-2013 Compra 220.000 1,800000 NYSE Euronext Lisbon 3.194.144

12-set-2013 Compra 315.500 1,813000 NYSE Euronext Lisbon 3.509.644

13-set-2013 Compra 275.300 1,816000 NYSE Euronext Lisbon 3.784.944

16-set-2013 Compra 285.000 1,826000 NYSE Euronext Lisbon 4.069.944

17-set-2013 Compra 235.000 1,889000 NYSE Euronext Lisbon 4.304.944

23-set-2013 Compra 500.000 1,955000 NYSE Euronext Lisbon 4.804.944

24-set-2013 Compra 320.000 1,940000 NYSE Euronext Lisbon 5.124.944

10-out-2013 Compra 1.724.120 2,043000 NYSE Euronext Lisbon 6.849.064

14-out-2013 Compra 750.000 2,093000 NYSE Euronext Lisbon 7.599.064

17-dez-2013 Compra 1.065.000 2,296000 NYSE Euronext Lisbon 8.664.064

31-dez-2013 - - - - 8.664.064

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CONTAS CONSOLIDADAS

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ALTRI, SGPS, S.A.

DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS DA POSIÇÃO FINANCEIRA

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E 2012

(Montantes expressos em Euros)

ACTIVO Notas 31.12.2013 31.12.2012

ACTIVOS NÃO CORRENTES:

Activos biológicos 11 107.122.952 108.034.768

Activos fixos tangíveis 7 390.512.538 424.105.163

Propriedades de investimento 8 460.627 468.006

Goodwill 9 265.531.404 265.531.404

Activos intangíveis 10 194.285 605.388

Investimentos em empresas associadas e empreendimentos conjuntos 4.2 8.642.309 6.337.694

Investimentos disponíveis para venda 4.3 e 6 14.656.909 14.981.903

Outros activos não correntes 18 3.071.539 384.915

Activos por impostos diferidos 12 31.165.814 33.357.371

Total de activos não correntes 821.358.377 853.806.612

ACTIVOS CORRENTES:

Inventários 11 54.829.315 47.440.279

Clientes 6, 13 e 32 80.294.638 94.859.425

Outras dívidas de terceiros 6, 14 e 32 7.562.193 7.241.482

Estado e outros entes públicos 15 20.223.728 9.810.537

Outros activos correntes 16 3.454.873 2.547.443

Instrumentos financeiros derivados 6 e 28 1.204.184 261.783

Caixa e equivalentes de caixa 6 e 17 232.450.518 112.392.485

Total de activos correntes 400.019.449 274.553.434

Total do activo 1.221.377.826 1.128.360.046

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO 31.12.2013 31.12.2012

CAPITAL PRÓPRIO:

Capital social 19 25.641.459 25.641.459

Reserva legal 19 2.862.981 2.862.981

Outras reservas 19 157.811.081 103.112.415

Resultado líquido consolidado do exercício 55.347.961 52.181.891

Total do capital próprio atribuível aos accionistas da Empresa-Mãe 241.663.482 183.798.746

Interesses sem controlo 20 146.308 128.166

Total do capital próprio 241.809.790 183.926.912

PASSIVO:

PASSIVO NÃO CORRENTE:

Empréstimos bancários 6 e 21 74.212.500 103.556.923

Outros empréstimos 6 e 21 439.370.297 454.999.132

Incentivos reembolsáveis 6 e 21 11.228.419 22.770.236

Outros credores não correntes 6, 23 e 31 404.350 528.802

Outros passivos não correntes 24 32.384.801 22.096.030

Passivos por impostos diferidos 12 17.896.214 16.931.978

Provisões 22 5.123.914 1.535.342

Total de passivos não correntes 580.620.495 622.418.443

PASSIVO CORRENTE:

Empréstimos bancários 6 e 21 78.693.353 45.467.181

Outros empréstimos 6 e 21 213.719.587 139.404.040

Incentivos reembolsáveis 6 e 21 71.008 11.694.604

Fornecedores 6, 25 e 32 60.034.597 56.343.385

Outras dívidas a terceiros 6, 26 e 32 6.395.461 6.679.435

Estado e outros entes públicos 15 1.914.156 5.091.056

Outros passivos correntes 27 31.630.830 35.221.194

Instrumentos financeiros derivados 6 e 28 6.488.549 22.113.796

Total de passivos correntes 398.947.541 322.014.691

Total do passivo e capital próprio 1.221.377.826 1.128.360.046

O anexo faz parte integrante das demonstrações financeiras consolidadas.

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

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ALTRI, SGPS, S.A.

DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS DOS RESULTADOS

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E 2012

(Montantes expressos em Euros)

Notas 31.12.2013 31.12.2012

Vendas 39 550.432.455 522.314.410

Prestações de serviços 39 8.637.596 7.792.875

Outros proveitos 34 13.500.490 12.719.758

Custo das vendas 11 e 32 (240.343.561) (208.834.212)

Fornecimento de serviços externos 31 e 32 (151.340.687) (144.557.997)

Custos com o pessoal 30 e 40 (27.376.287) (31.487.816)

Amortizações e depreciações 37 (49.236.171) (48.861.653)

Provisões e perdas por imparidade 22 24.845 (4.544.227)

Outros custos 35 (12.134.372) (10.352.968)

Outros impostos indirectos 22 (3.422.651) -

Resultados relativos a empresas associadas e empreendimentos conjuntos 36 2.304.614 2.302.064

Custos financeiros 36 (30.985.740) (39.904.873)

Proveitos financeiros 36 5.222.871 4.280.566

Resultado antes de impostos 65.283.402 60.865.927

Impostos sobre o rendimento 12 (9.917.299) (8.661.291)

Resultado depois de impostos 55.366.103 52.204.636

Resultado líquido consolidado do exercício 55.366.103 52.204.636

Atribuível a:

Detentores de capital próprio da empresa-mãe 38 55.347.961 52.181.891

Interesses sem controlo 20 18.142 22.745

55.366.103 52.204.636

Resulatdos por acção

Básico 38 0,27 0,25

Diluído 38 0,27 0,25

O anexo faz parte integrante das demonstrações financeiras consolidadas.

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

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ALTRI, S.G.P.S., S.A.

DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS DOS RESULTADOS E DE OUTRO

RENDIMENTO INTEGRAL

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E 2012

(Montantes expressos em Euros)

Notas 31.12.2013 31.12.2012

Resultado líquido consolidado do exercício 55.366.103 52.204.636

Outro rendimento integral:

Itens que não serão reclassificados para o resultado líquido - -

- -

Itens que futuramente podem ser reclassificados para o resultado líquido

Variação no justo valor dos derivados de cobertura dos fluxos de caixa 28 7.981.650 (5.270.870)

Variação do justo valor de investimentos disponíveis para venda 4.3 (344.490) 310.202

7.637.160 (4.960.668)

Outro rendimento integral do exercício 7.637.160 (4.960.668)

Total do rendimento integral consolidado do exercício 63.003.263 47.243.968

Atribuível a:

Accionistas da Empresa-Mãe 62.985.121 47.221.223Interesses sem controlo 20 18.142 22.745

O anexo faz parte integrante das demonstrações financeiras consolidadas.

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

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ALTRI, S.G.P.S., S.A.

DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E 2012

(Montantes expressos em Euros)

Atribuível aos accionistas da Empresa-Mãe

Notas Capital social

Reserva

legal

Outras

reservas

Resultado

líquido Total

Interesses

sem controlo

Total do

capital próprio

Saldo em 1 de Janeiro de 2012 19 25.641.459 2.862.981 89.585.006 22.567.762 140.657.208 105.421 140.762.629

Aplicação do resultado consolidado de 2011 - - 22.567.762 (22.567.762) - - -

Distribuição de dividendos 42 - - (4.102.633) - (4.102.633) - (4.102.633)

Outros - - 22.948 - 22.948 - 22.948

Total do rendimento integral consolidado do exercício - - (4.960.668) 52.181.891 47.221.223 22.745 47.243.968Saldo em 31 de Dezembro de 2012 19 25.641.459 2.862.981 103.112.415 52.181.891 183.798.746 128.166 183.926.912

Saldo em 1 de Janeiro de 2013 19 25.641.459 2.862.981 103.112.415 52.181.891 183.798.746 128.166 183.926.912

Aplicação do resultado consolidado de 2012 - - 52.181.891 (52.181.891) - - -

Distribuição de dividendos 42 - - (5.128.293) - (5.128.293) - (5.128.293)

Outros - - 7.908 - 7.908 - 7.908

Total do rendimento integral consolidado do exercício - - 7.637.160 55.347.961 62.985.121 18.142 63.003.263Saldo em 31 de Dezembro de 2013 19 25.641.459 2.862.981 157.811.081 55.347.961 241.663.482 146.308 241.809.790

O anexo faz parte integrante das demonstrações financeiras consolidadas.

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

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ALTRI , SGPS, S.A.

DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS DOS FLUXOS DE CAIXA

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E 2012

(Montantes expressos em Euros)

Notas 2013 2012

Actividades operacionais:

Recebimentos de clientes 580.037.895 485.011.638

Pagamentos a fornecedores (401.730.330) (335.300.050)

Pagamentos ao pessoal (23.684.163) (28.188.261)

Outros recebimentos/pagamentos relativos à actividade operacional (22.462.808) (12.994.086)

Impostos sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas (20.046.760) 112.113.834 (2.994.789) 105.534.452

Fluxos gerados pelas actividades operacionais (1) 112.113.834 105.534.452

Actividades de investimento:

Recebimentos provenientes de:

Investimentos financeiros 17 48.000 3.500.000

Activos fixos tangíveis 501.077 964.330

Subsídios ao investimento 2.215.222 530.718

Juros e proveitos similares 4.048.871 6.813.170 3.866.400 8.861.448

Pagamentos relativos a:

Investimentos financeiros 17 (2.993.239) (4.050.468)

Subsídios ao investimento (4.708.910) (277.862)

Activos intangíveis - (3.223)

Activos fixos tangíveis (14.516.983) (22.219.132) (14.851.222) (19.182.775)

Fluxos gerados pelas actividades de investimento (2) (15.405.962) (10.321.327)

Actividades de financiamento:

Recebimentos provenientes de:

Empréstimos obtidos 153.991.439 153.991.439 42.095.109 42.095.109

Pagamentos respeitantes a:

Juros e custos similares (34.662.789) (35.920.532)

Dividendos distribuídos (5.128.293) (4.102.633)

Empréstimos obtidos (89.160.943) (128.952.025) (98.078.582) (138.101.747)

Fluxos gerados pelas actividades de financiamento (3) 25.039.414 (96.006.638)

Caixa e seus equivalentes no início do exercício 110.624.494 111.418.007

Variação de caixa e seus equivalentes: (1)+(2)+(3) 121.747.286 (793.513)

Caixa e seus equivalentes no fim do exercício 17 232.371.780 110.624.494

O Anexo faz parte integrante das demonstrações financeiras consolidadas.

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013

(Montantes expressos em Euros)

- 1 -

1. NOTA INTRODUTÓRIA A Altri, SGPS, S.A. (“Altri” ou “Empresa”) é uma sociedade anónima constituída em 1 de Março de 2005, no

âmbito do processo de reestruturação da Cofina, SGPS, S.A. e tem sede na Rua General Norton de Matos, 68, r/c no Porto e que tem como actividade principal a gestão de participações sociais, sendo as suas acções cotadas na NYSE Euronext Lisbon.

A Altri dedica-se à gestão de participações sociais essencialmente na área industrial, sendo a empresa-mãe do

grupo de empresas indicado na Nota 4 e designado por Grupo Altri. A actividade actual do Grupo Altri centra-se na produção de pasta de papel branqueada de eucalipto através de três unidades produtivas (a Celbi na Figueira da Foz, a Caima em Constância do Ribatejo e a Celtejo em Vila Velha de Ródão). Face a esta realidade do Grupo Altri, o seu Conselho de Administração entende que apenas existe um segmento de negócio (Produção e comercialização de pasta de papel branqueada de eucalipto) sendo que a informação de gestão é também analisada nesse pressuposto, pelo que a informação por segmentos referida na Nota 39 se encontra limitada por estes factos. As demonstrações financeiras consolidadas do Grupo Altri são apresentadas em Euros em valores arredondados à unidade, sendo esta a divisa utilizada pelo Grupo nas suas operações e como tal considerada a moeda funcional. As operações das sociedades estrangeiras cuja moeda funcional não seja o Euro são incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas de acordo com a política estabelecida na Nota 2.2.e).

2. PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

As principais políticas contabilísticas adoptadas na preparação das demonstrações financeiras consolidadas anexas são as seguintes:

2.1 BASES DE APRESENTAÇÃO

As demonstrações financeiras consolidadas anexas foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações a partir dos livros e registos contabilísticos das empresas incluídas na consolidação, os quais foram preparados de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro, tal como adoptadas pela União Europeia, e tomando por base o custo histórico, excepto para determinados instrumentos financeiros, que se encontram registados pelo justo valor. Devem entender-se como fazendo parte daquelas normas, as Normas Internacionais de Relato Financeiro (“IFRS” – International Financial Reporting Standards) emitidas pelo International Accounting Standard Board (“IASB”), as Normas Internacionais de Contabilidade (“IAS”), emitidas pelo International Accounting Standards Committee (“IASC”) e respectivas interpretações – IFRIC e SIC, emitidas, respectivamente, pelo International Financial Reporting Interpretation Committee (“IFRIC”) e pelo Standing Interpretation Committee (“SIC”), que tenham sido adoptadas pela União Europeia. De ora em diante, o conjunto daquelas normas e interpretações serão designados genericamente por “IFRS”.

As demonstrações financeiras intercalares foram apresentadas, trimestralmente, de acordo com IAS 34 –

“Relato Financeiro Intercalar”.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013

(Montantes expressos em Euros)

- 2 -

(i) Adopção de normas e interpretações novas, emendadas ou revistas

As seguintes normas, interpretações, emendas e revisões aprovadas (“endorsed”) pela União Europeia e com aplicação obrigatória nos exercícios económicos iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2013, foram adoptadas pela primeira vez no exercício findo em 31 de Dezembro de 2013:

NormaAplicável nos

exercícios iniciados em ou após

Observações

Emenda à norma IFRS 1 – Adopção pela Primeira Vez dasNormas Internacionais de Relato Financeiro(Empréstimos do governo)

Emenda à norma IFRS 7 – Instrumentos Financeiros:divulgações (Compensação entre activos financeiros epassivos f inanceiros)

Emenda à norma IAS 1 – Apresentação de Demonstrações Financeiras (Outro rendimento integral) Esta emenda consubstancia-se nas seguintes alterações:

(i) os itens que compõem o Outro Rendimento Integral e que futuramente serão reconhecidos em resultados do exercício passam a ser apresentados separadamente; e(ii) a Demonstração do Resultado Integral passa também a denominar-se Demonstração dos Resultados e de Outro Rendimento Integral.

A revisão desta norma contemplou diversas alterações, nomeadamente:(i) reconhecimento dos ganhos e perdas actuariais e financeiros decorrentes de diferenças entre os pressupostos utilizados na determinação das responsabilidades e do rendimento esperado dos activos e os valores efectivamente verif icados, assim como os resultantes de alterações de pressupostos actuariais e financeiros ocorridos no exercício, por contrapartida de reservas (outro rendimento integral);

(ii) passa a ser aplicada uma única taxa de juro na determinação do valor presente das responsabilidades e do retorno esperado dos activos do plano; (iii) os gastos registados em resultados correspondem apenas ao custo do serviço corrente e aos gastos líquidos com juros;(iv) introdução de novas exigências em termos de divulgação.

IFRIC 20 – Registo de certos custos na fase de produção deuma mina a céu aberto

01-jan-13Esta interpretação clarif ica o registo de certos custos incorridos durante a fase de produção numa mina a céu aberto.

Melhoramentos das normas internacionais de relato financeiro(ciclo 2009-2011)

01-jan-13

Estas melhorias envolvem a revisão de diversas normas, nomeadamente IFRS 1 (aplicação repetida da norma), IAS 1 (informação comparativa), IAS 16 (equipamento de serviço), IAS 32 (efeito fiscal da distribuição de instrumentos de capital próprio) e IAS 34 (informação de segmentos).

IFRS 13 – Mensuração ao Justo Valor (nova norma)

01-jul-12

Revisão da norma IAS 19 – Benefícios a Empregados 01-jan-13

01-jan-13Esta emenda isenta as entidades que adoptam pela primeira vez as IFRS da aplicação retrospectiva das disposições da IAS 39 e do parágrafo 10A da IAS 20 relativas a empréstimos do governo.

01-jan-13Esta emenda vem exigir divulgações adicionais ao nível dos instrumentos financeiros, em particular as relacionadas com a compensação entre activos e passivos financeiros.

Esta norma vem substituir as orientações existentes nas diversas normas IFRS relativamente à mensuração de justo valor. Esta norma é aplicável quando outra norma IFRS requer ou permite mensurações ou divulgações de justo valor.

01-jan-13

O efeito nas demonstrações financeiras consolidadas do Grupo do exercício findo em 31 de Dezembro de 2013, decorrente da adopção das normas, interpretações, emendas e revisões acima referidas, não foi significativo.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013

(Montantes expressos em Euros)

- 3 -

(ii) Normas e interpretações novas, emendadas ou revistas não adoptadas

As seguintes alterações, com aplicação obrigatória nos exercícios indicados em ou após 1 de Janeiro de 2013, foram até à data de aprovação destas demonstrações financeiras consolidadas, aprovadas (“endorsed”) pela União Europeia:

Norma Aplicável nos

exercícios iniciados em ou após

Observações

Emenda às normas:

IFRS 10 – Demonstrações Financeiras Consolidadas;

IFRS 12 – Divulgações Sobre ParticipaçõesNoutras Entidades(Entidades de investimento)

Emenda à norma IAS 36 – Imparidade

(Divulgações sobre a quantia recuperável de activos não financeiros)

Emenda à norma IAS 39 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração(Reformulação de derivados e continuação da contabilidade de cobertura)

IFRS 10 – Demonstrações Financeiras Consolidadas

01-jan-14

Esta norma vem estabelecer os requisitos relativos à apresentação de demonstrações f inanceiras consolidadas por parte da empresa-mãe, substituindo, quanto a estes aspectos, a norma IAS 27 – Demonstrações Financeiras Consolidadas e Separadas e a SIC 12 – Consolidação – Entidades com Finalidade Especial. Esta norma introduz ainda novas regras no que diz respeito à definição de controlo e à determinação do perímetro de consolidação.

IFRS 11 – Acordos Conjuntos 01-jan-14

Esta norma substitui a IAS 31 – Empreendimentos Conjuntos e a SIC 13 – Entidades Controladas Conjuntamente – Contribuições Não Monetárias por Empreendedores e vem eliminar a possibilidade de utilização do método de consolidação proporcional na contabilização de interesses em empreendimentos conjuntos.

01-jan-14Esta emenda vem clarif icar determinados aspectos da norma relacionados com a aplicação dos requisitos de compensação entre activos e passivos f inanceiros.

IFRS 12 – Divulgações Sobre Participações Noutras Entidades

01-jan-14Esta norma vem estabelecer um novo conjunto de divulgações relativas a participações em subsidiárias, acordos conjuntos, associadas e entidades não consolidadas.

IAS 27 – Demonstrações Financeiras Separadas (2011)

01-jan-14Esta emenda vem restringir o âmbito de aplicação da IAS 27 às demonstrações f inanceiras separadas.

01-jan-14

Esta emenda elimina os requisitos de divulgação da quantia recuperável de uma unidade geradora de caixa com goodw ill ou intangíveis com vida útil indefinida alocados nos períodos em que não foi registada qualquer perda por imparidade ou reversão de imparidade. Vem introduzir requisitos adicionais de divulgação para os activos relativamente aos quais foi registada uma perda por imparidade ou reversão de imparidade e a quantia recuperável dos mesmos tenha sida determinada com base no justo valor

01-jan-14Esta emenda vem permitir, em determinadas circunstâncias, a continuação da contabilidade de cobertura quando um derivado designado como instrumento de cobertura é reformulado.

IAS 28 – Investimentos em Associadas e Entidades Conjuntamente Controladas (2011)

01-jan-14Esta emenda vem garantir a consistência entre a IAS 28 – Investimentos em Associadas e as novas normas adoptadas, em particular a IFRS 11 – Acordos Conjuntos.

01-jan-14

Esta emenda vem introduzir uma dispensa de consolidação para determinadas entidades que se enquadrem na definição de entidade de investimento. Estabelece ainda as regras de mensuração dos investimentos detidos por essas entidades de investimento.

Emenda à norma IAS 32 – Compensação entre activos e passivos f inanceiros

Estas alterações, apesar de aprovadas (“endorsed”) pela União Europeia, não foram adoptadas pelo Grupo no exercício findo em 31 de Dezembro de 2013, em virtude da sua aplicação não ser ainda obrigatória. Não são estimados impactos significativos nas demonstrações financeiras consolidadas decorrentes da adopção das mesmas.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013

(Montantes expressos em Euros)

- 4 -

As políticas contabilísticas e os critérios de mensuração adoptados pelo Grupo Altri em 31 de Dezembro de 2013 são comparáveis com os utilizados na preparação das demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2012.

Na preparação das demonstrações financeiras, em conformidade com os IFRS, o Conselho de Administração da Empresa adoptou certos pressupostos e estimativas que afectam os activos e passivos reportados, bem como os proveitos e custos incorridos relativos aos períodos reportados. Todas as estimativas e assumpções efectuadas pelo Conselho de Administração foram efectuadas com base no seu melhor conhecimento existente, à data de aprovação das demonstrações financeiras consolidadas, dos eventos e transacções em curso.

As demonstrações financeiras consolidadas anexas foram preparadas para apreciação e aprovação em

Assembleia Geral de Accionistas. O Conselho de Administração do Grupo Altri entende que as mesmas serão aprovadas sem alterações.

2.2 PRINCÍPIOS DE CONSOLIDAÇÃO Os princípios de consolidação adoptados pelo Grupo Altri na preparação das suas demonstrações financeiras

consolidadas são os seguintes:

a) Investimentos financeiros em empresas do Grupo As participações financeiras em empresas nas quais o Grupo Altri detenha, directa ou indirectamente, mais

de 50% dos direitos de voto em Assembleia Geral de Accionistas ou detenha o poder de controlar as suas políticas financeiras e operacionais (definição de controlo utilizada pelo Grupo), são incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas pelo método de consolidação integral. O capital próprio e o resultado líquido destas empresas correspondente à participação de terceiros nas mesmas são apresentados separadamente na demonstração da posição financeira consolidada e na demonstração dos resultados consolidada nas rubricas “Interesses sem controlo”. As empresas incluídas nas demonstrações financeiras pelo método de consolidação integral encontram-se detalhadas na Nota 4.1.

O rendimento integral total é atribuído aos proprietários da empresa-mãe e dos interesses sem controlo,

mesmo que isso resulte num saldo deficitário ao nível dos interesses sem controlo. Nas concentrações empresariais ocorridas após a data de transição para as Normas Internacionais de

Relato Financeiro tal como adoptadas pela União Europeia – IFRS 1 (1 de Janeiro de 2004), os activos e passivos de cada filial são identificados ao seu justo valor na data de aquisição conforme estabelecido pela IFRS 3 – “Concentrações de actividades empresariais”. Qualquer excesso do custo de aquisição face ao justo valor dos activos e passivos líquidos adquiridos é reconhecido como goodwill. Caso o diferencial entre o custo de aquisição e o justo valor de activos e passivos líquidos adquiridos (incluindo passivos contingentes) seja negativo, o mesmo é reconhecido como proveito do exercício após reconfirmação do justo valor atribuído. Os interesses de accionistas minoritários são apresentados pela respectiva proporção do justo valor dos activos e passivos identificados.

Os resultados das filiais adquiridas ou vendidas durante o exercício estão incluídos nas demonstrações de

resultados desde a data da sua aquisição ou até à data da sua venda, respectivamente. Sempre que necessário, são efectuados ajustamentos às demonstrações financeiras das filiais para

adequar as suas políticas contabilísticas às usadas pelo Grupo. As transacções, os saldos e os dividendos distribuídos entre empresas do Grupo são eliminados no processo de consolidação.

Nas situações em que o Grupo detenha, em substância, o controlo de outras entidades criadas com um fim

específico (“Special Purpose Entities” – SPE’s), ainda que não possua participações de capital directamente ou indirectamente nessas entidades, as mesmas são consolidadas pelo método de consolidação integral. Em 31 de Dezembro de 2013, não existia este tipo de entidades nas demonstrações financeiras consolidadas anexas.

b) Empresas controladas conjuntamente

Os investimentos financeiros em empresas controladas conjuntamente (entendendo o Grupo como tal as empresas onde detém o controlo conjunto das mesmas através da participação nas decisões financeiras e

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CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013

(Montantes expressos em Euros)

- 5 -

operacionais da empresa - geralmente investimentos representando 50% do capital de uma empresa) são registados pelo método da equivalência patrimonial. De acordo com o método da equivalência patrimonial, os investimentos financeiros em empresas controladas conjuntamente são inicialmente contabilizados pelo custo de aquisição, o qual é acrescido ou reduzido do valor correspondente à proporção dos capitais próprios dessas empresas, reportados à data de aquisição ou da primeira aplicação do método da equivalência patrimonial. As participações financeiras são posteriormente ajustadas anualmente pelo valor correspondente à participação nos resultados líquidos das empresas controladas conjuntamente por contrapartida de ganhos ou perdas do exercício. Adicionalmente, os dividendos destas empresas são registados como uma diminuição do valor do investimento, e a parte proporcional nas variações dos capitais próprios é registada como uma variação do capital próprio do Grupo. As diferenças entre o custo de aquisição e o justo valor dos activos e passivos identificáveis da empresa controlada conjuntamente na data de aquisição, se positivas, são reconhecidas como goodwill e mantidas no valor da rubrica “Investimentos em empresas associadas e empreendimentos conjuntos”. Se essas diferenças forem negativas, após reconfirmação do justo valor atribuído, são registadas como rendimento do exercício na rubrica “Resultados relativos a empresas associadas e empreendimentos conjuntos”. É efectuada uma avaliação dos investimentos em empresas controladas conjuntamente quando existem indícios de que o activo possa estar em imparidade, sendo registadas como custo as perdas por imparidade que se demonstrem existir. Quando as perdas por imparidade reconhecidas em exercícios anteriores deixam de existir são objecto de reversão. Os ganhos não realizados em transacções com empresas controladas conjuntamente são eliminados proporcionalmente ao interesse do Grupo na empresa por contrapartida do investimento nessa mesma empresa controlada conjuntamente. As perdas não realizadas são similarmente eliminadas, mas somente até ao ponto em que a perda não evidencie que o activo transferido esteja em situação de imparidade. Os investimentos financeiros em empresas controladas conjuntamente encontram-se detalhados na Nota 4.2.

c) Investimentos financeiros em empresas associadas

Os investimentos financeiros em empresas associadas (entendendo o Grupo como tal as empresas onde

exerce uma influência significativa mas em que não detém o controlo ou o controlo conjunto das mesmas através da participação nas decisões financeiras e operacionais da empresa - geralmente investimentos representando entre 20% a 50% do capital de uma empresa) são registados pelo método da equivalência patrimonial.

De acordo com o método da equivalência patrimonial, os investimentos financeiros em empresas

associadas são inicialmente contabilizados pelo custo de aquisição, o qual é acrescido ou reduzido do valor correspondente à proporção dos capitais próprios dessas empresas, reportados à data de aquisição ou da primeira aplicação do método da equivalência patrimonial. As participações financeiras são posteriormente ajustadas anualmente pelo valor correspondente à participação nos resultados líquidos das associadas por contrapartida de ganhos ou perdas do exercício. Adicionalmente, os dividendos destas empresas são registados como uma diminuição do valor do investimento, e a parte proporcional nas variações dos capitais próprios é registada como uma variação do capital próprio do Grupo.

As diferenças entre o custo de aquisição e o justo valor dos activos e passivos identificáveis da associada

na data de aquisição, se positivas, são reconhecidas como goodwill e mantidas no valor da rubrica “Investimentos em empresas associadas”. Se essas diferenças forem negativas, após reconfirmação do justo valor atribuído, são registadas como proveito do exercício na rubrica “Resultados relativos a empresas associadas”.

É efectuada uma avaliação dos investimentos em associadas quando existem indícios de que o activo

possa estar em imparidade, sendo registadas como custo as perdas por imparidade que se demonstrem existir. Quando as perdas por imparidade reconhecidas em exercícios anteriores deixam de existir são objecto de reversão.

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CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013

(Montantes expressos em Euros)

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Quando a proporção do Grupo nos prejuízos acumulados da associada excede o valor pelo qual o investimento se encontra registado, o investimento é reportado por valor nulo, excepto quando o Grupo tenha assumido compromissos para com a associada, registando nesses casos uma provisão para fazer face a essas obrigações.

Os ganhos não realizados em transacções com empresas associadas são eliminados proporcionalmente

ao interesse do Grupo na associada por contrapartida do investimento nessa mesma associada. As perdas não realizadas são similarmente eliminadas, mas somente até ao ponto em que a perda não evidencie que o activo transferido esteja em situação de imparidade.

Os investimentos financeiros em empresas associadas encontram-se detalhados na Nota 4.2.

d) Goodwill

As diferenças entre o preço de aquisição dos investimentos financeiros em empresas do Grupo (subsidiárias), acrescido do valor dos interesses sem controlo, e o montante atribuído ao justo valor dos activos e passivos identificáveis dessas empresas à data da sua aquisição, quando positivas são registadas na rubrica “Goodwill” e quando negativas, após uma reavaliação do seu apuramento, são registadas directamente na demonstração dos resultados. As diferenças entre o preço de aquisição dos investimentos financeiros em empresas associadas e empresas controladas conjuntamente e o montante atribuído ao justo valor dos activos e passivos identificáveis dessas empresas à data da sua aquisição, quando positivas, são mantidas na rubrica “Investimentos em empresas associadas e empreendimentos conjuntos” e, quando negativas, após uma reavaliação do seu apuramento, são registadas directamente na demonstração dos resultados. As diferenças entre o custo de aquisição dos investimentos em filiais sedeadas no estrangeiro e o justo valor dos activos e passivos identificáveis dessas filiais à data da sua aquisição, são registadas na moeda de reporte dessas filiais, sendo convertidas para a moeda de reporte do Grupo (Euro) à taxa de câmbio em vigor na data de balanço. As diferenças cambiais geradas nessa conversão são registadas na rubrica “Reservas de conversão” incluída na rubrica “Outras reservas”. O Grupo Altri, numa base de transacção a transacção (para cada concentração de actividades empresariais), opta por mensurar qualquer interesse sem controlo na empresa adquirida ou pelo justo valor ou pela parte proporcional dos interesses sem controlo nos activos líquidos identificáveis da adquirida. Até 1 de Janeiro de 2010, os interesses sem controlo eram valorizados exclusivamente de acordo com a proporção do justo valor dos activos e passivos adquiridos. O valor dos pagamentos contingentes futuros é reconhecido como passivo no momento da concentração empresarial de acordo com o seu justo valor, sendo que qualquer alteração ao valor reconhecido inicialmente é registada em contrapartida do valor de “Goodwill”, mas apenas se ocorrer dentro do período de mensuração (12 meses após a data de aquisição) e se estiver relacionada com eventos anteriores à data de aquisição, caso contrário deverá ser registada por contrapartida da demonstração dos resultados. Transacções de compra ou venda de interesses em entidades já controladas, sem que tal resulte em perda de controlo são tratadas como transacções entre detentores de capital afectando apenas as rubricas de capital próprio sem que exista impacto na rubrica “Goodwill” ou na demonstração dos resultados. No momento em que uma transacção de venda gerar uma perda de controlo, deverão ser desreconhecidos os activos e passivos dessa entidade, e qualquer interesse retido na entidade alienada deverá ser remensurado ao justo valor, e a eventual perda ou ganho apurada com a alienação é registada na demonstração dos resultados. O Grupo testa anualmente a existência de imparidade do goodwill. Os valores recuperáveis das unidades geradoras de fluxos de caixa são determinados com base no cálculo dos valores de uso. Estes cálculos exigem o uso de pressupostos que são efectuados com base em estimativas de circunstâncias futuras cuja ocorrência poderá vir a ser diferente da estimada.

e) Conversão de demonstrações financeiras de filiais expressas em moeda estrangeira

Os activos e passivos das demonstrações financeiras de entidades estrangeiras incluídas na consolidação

são convertidos para Euros utilizando as taxas de câmbio à data da demonstração da posição financeira e os custos e proveitos bem como os fluxos de caixa são convertidos para Euros utilizando a taxa de câmbio

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CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013

(Montantes expressos em Euros)

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média verificada no exercício. A diferença cambial resultante é registada na rubrica de capitais próprios “Reservas de conversão”.

O valor do goodwill e ajustamentos de justo valor resultantes da aquisição de entidades estrangeiras são

tratados como activos e passivos dessa entidade e transpostos para Euros de acordo com a taxa de câmbio em vigor no final do exercício.

Sempre que uma entidade estrangeira é alienada, a diferença cambial acumulada é reconhecida na

demonstração de resultados como um ganho ou perda na alienação. 2.3 PRINCIPAIS CRITÉRIOS VALORIMÉTRICOS Os principais critérios valorimétricos usados pelo Grupo Altri na preparação das suas demonstrações

financeiras consolidadas, são os seguintes:

a) Activos intangíveis

Os activos intangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das amortizações e das perdas por imparidade acumuladas. Os activos intangíveis só são reconhecidos se for provável que deles advenham benefícios económicos futuros para o Grupo, sejam controláveis pelo Grupo e se possa medir razoavelmente o seu valor.

As despesas de desenvolvimento para as quais o Grupo demonstre capacidade para completar o seu

desenvolvimento e iniciar a sua comercialização e/ou uso e relativamente às quais seja provável que o activo criado venha a gerar benefícios económicos futuros, são capitalizadas. As despesas de desenvolvimento que não cumpram estes critérios são registadas como custo no período em que são incorridas.

Os custos internos associados à manutenção e ao desenvolvimento de software são registados como

custos na demonstração de resultados quando incorridos, excepto na situação em que estes custos estejam directamente associados a projectos para os quais seja provável a geração de benefícios económicos futuros para o Grupo. Nestas situações os custos são capitalizados como activos intangíveis.

As amortizações são calculadas, após os bens estarem disponíveis para uso, pelo método das quotas

constantes em conformidade com o período de vida útil estimado (genericamente 3 a 5 anos).

b) Activos fixos tangíveis

Os activos fixos tangíveis adquiridos até 1 de Janeiro de 2004 (data de transição para IFRS) encontram-se registados ao seu “deemed cost”, o qual corresponde ao custo de aquisição, ou custo de aquisição reavaliado de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal até àquela data, deduzido das amortizações acumuladas e de perdas por imparidade.

Os activos fixos tangíveis adquiridos após aquela data encontram-se registados ao custo de aquisição,

deduzido das correspondentes amortizações e das perdas por imparidade acumuladas.

As amortizações são calculadas, após a data em que os bens estejam disponíveis para serem utilizados, pelo método das quotas constantes em conformidade com o período de vida útil estimado para cada grupo de bens.

As taxas de amortização utilizadas correspondem aos seguintes períodos de vida útil estimada: Anos Terrenos e recursos naturais 20 a 50 Edifícios e outras construções 10 a 50 Equipamento básico 2 a 15 Equipamento de transporte 2 a 10 Equipamento administrativo 2 a 10 Outros activos fixos tangíveis 3 a 10

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013

(Montantes expressos em Euros)

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As despesas de conservação e reparação que não aumentem a vida útil dos activos nem resultem em benfeitorias ou melhorias significativas nos elementos dos activos fixos tangíveis são registadas como custo do exercício em que incorridas.

Os activos fixos tangíveis em curso representam imobilizado ainda em fase de construção, encontrando-se

registados ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas de imparidade. Estas imobilizações são amortizadas a partir do momento em que os activos subjacentes estejam disponíveis para uso e nas condições necessárias para operar de acordo com o pretendido pela gestão.

As mais ou menos valias resultantes da venda ou abate do activo fixo tangível são determinadas como a diferença entre o preço de venda e o valor líquido contabilístico na data de alienação ou abate, sendo registadas na demonstração dos resultados nas rubricas “Outros proveitos” ou “Outros custos”.

c) Propriedades de investimento

As propriedades de investimento do Grupo Altri correspondem a imóveis não afectos à actividade do Grupo, não se destinando ao uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços, ou para fins administrativos ou para venda no curso ordinário dos negócios. As propriedades de investimento são inicialmente mensuradas ao custo (que inclui custos de transacção) e, subsequentemente, são mantidas ao custo de aquisição ou produção, deduzido de eventuais perdas por imparidade acumuladas.

d) Locações

A classificação das locações financeiras ou operacionais é realizada em função da substância dos contratos em causa e não da sua forma.

Os contratos de locação são classificados como (i) locações financeiras se através deles forem transferidos

substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse ou como (ii) locações operacionais se através deles não forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse.

Os activos imobilizados adquiridos mediante contratos de locação financeira bem como as correspondentes

responsabilidades são contabilizados pelo método financeiro. De acordo com este método, o custo do activo é registado no activo fixo tangível, a correspondente responsabilidade é registada no passivo e os juros incluídos no valor das rendas e a amortização do activo, calculada conforme descrito na Nota 2.3.b), são registados como custos na demonstração dos resultados do período a que respeitam.

Nas locações consideradas como operacionais, as rendas devidas referentes a bens adquiridos neste

regime são reconhecidas como custo na demonstração dos resultados do exercício a que respeitam.

e) Subsídios governamentais ou de outras entidades públicas Os subsídios recebidos no âmbito de programas de formação profissional ou subsídios à exploração, são

registados na rubrica “Outros proveitos operacionais” da demonstração consolidada dos resultados do exercício em que estes programas são realizados, independentemente da data do seu recebimento.

Os subsídios atribuídos a fundo perdido para financiamento de activos fixos tangíveis são registados na

demonstração da posição financeira como “Outros passivos correntes” e “Outros passivos não correntes” relativamente às parcelas de curto prazo e de médio e longo prazo respectivamente, e reconhecidos na demonstração dos resultados proporcionalmente às amortizações dos activos fixos tangíveis subsidiados.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013

(Montantes expressos em Euros)

- 9 -

f) Imparidade dos activos, excepto goodwill É efectuada uma avaliação de imparidade dos activos do Grupo à data de cada demonstração da posição

financeira e sempre que seja identificado um evento ou alteração nas circunstâncias que indiquem que o montante pelo qual o activo se encontra registado possa não ser recuperável.

Sempre que o montante pelo qual o activo se encontra registado é superior à sua quantia recuperável, é

reconhecida uma perda por imparidade, registada na demonstração dos resultados na rubrica “Provisões e perdas por imparidade”.

A quantia recuperável é a mais alta entre o preço de venda líquido e o valor de uso. O preço de venda

líquido é o montante que se obteria com a alienação do activo, numa transacção entre entidades independentes e conhecedoras, deduzido dos custos directamente atribuíveis à alienação. O valor de uso é o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados que são esperados que surjam do uso continuado do activo e da sua alienação no final da sua vida útil. A quantia recuperável é estimada para cada activo, individualmente ou, no caso de não ser possível, para a unidade geradora de fluxos de caixa à qual o activo pertence.

A reversão de perdas por imparidade reconhecidas em exercícios anteriores é registada quando se conclui

que as perdas por imparidade reconhecidas anteriormente já não existem ou diminuíram. A reversão das perdas por imparidade é reconhecida na demonstração dos resultados na rubrica “Outros proveitos”. Esta reversão da perda por imparidade é efectuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (líquida de amortização ou depreciação) caso a perda por imparidade não se tivesse registada em exercícios anteriores.

g) Encargos financeiros com empréstimos obtidos Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos são geralmente reconhecidos como custo

na demonstração dos resultados do exercício de acordo com o princípio da especialização dos exercícios. Os encargos financeiros de empréstimos obtidos directamente relacionados com a aquisição, construção

ou produção de activos fixos tangíveis são capitalizados, fazendo parte do custo do activo. A capitalização destes encargos começa após o início da preparação das actividades de construção ou desenvolvimento do activo e é interrompida quando aqueles activos estão disponíveis para utilização ou no final da construção do activo ou quando o projecto em causa se encontra suspenso.

h) Inventários

As mercadorias e as matérias-primas, subsidiárias e de consumo são valorizadas ao custo médio de

aquisição, deduzido do valor dos descontos de quantidade concedidos pelos fornecedores, o qual é inferior ao respectivo valor de mercado.

Os produtos acabados e semi-acabados, os subprodutos e os produtos e trabalhos em curso são

valorizados ao custo de produção, que inclui o custo das matérias-primas incorporadas, mão-de-obra e gastos gerais de fabrico, e que é inferior ao valor de mercado. Dentro desta óptica, a madeira cortada em posse do Grupo encontra-se valorizada ao custo de produção, que inclui os custos incorridos com o corte e “rechega” da madeira, assim como a parte proporcional à área cortada dos custos acumulados de estabelecimento, manutenção e gastos administrativos com estes activos.

O Grupo procede ao registo das correspondentes perdas por imparidade para reduzir, quando aplicável, os

inventários ao seu valor realizável líquido ou preço de mercado.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013

(Montantes expressos em Euros)

- 10 -

i) Activos biológicos

Parte da actividade do Grupo Altri consiste no cultivo de várias espécies florestais, principalmente eucalipto, as quais são utilizadas como matéria-prima para a produção de pasta de papel. Em 31 de Dezembro de 2013 o Grupo Altri é proprietário de diversas florestas destinadas a esta actividade, as quais se encontram classificadas na rubrica “Activos biológicos”. Os solos florestais que são propriedade do Grupo estão valorizados de acordo com a política contabilística referida na Nota 2.3 b) e são apresentados na rubrica “Activos fixos tangíveis” da demonstração consolidada da posição financeira.

Dada a inexistência de um mercado activo em Portugal onde se transaccionem estas espécies florestais e dada a impossibilidade de estimar de forma fiável o valor presente dos fluxos de caixa futuros gerados por esses activos biológicos, o Conselho de Administração do Grupo Altri optou por registar os activos biológicos ao seu custo histórico deduzido de perdas por imparidade, o qual inclui todos os encargos incorridos com a sua plantação e desenvolvimento.

O custo da madeira é transferido para custos de produção quando a respectiva madeira é cortada e incorporada no produto final de forma proporcional à área cortada nesse exercício face à área total da propriedade na qual foi cortada a madeira, sendo que os cortes de madeira própria são valorizados ao custo específico de cada mata atribuído a cada corte.

Apesar de não ser possível estimar de forma fiável o justo valor dos activos biológicos pelas razões atrás mencionadas, é no entanto convicção do Conselho de Administração da Empresa que o mesmo é superior ao seu valor contabilístico. Este entendimento assenta no facto da actividade de gestão florestal se encontrar concentrada na filial Altri Florestal S.A. a qual tem vindo a gerar uma situação de exploração recorrente equilibrada sendo que as unidades industriais do Grupo Altri adquirem a matéria-prima à Altri Florestal S.A. a preços similares ao que a adquirem a terceiros.

j) Provisões As provisões são reconhecidas quando, e somente quando, o Grupo tenha uma obrigação presente (legal

ou implícita) resultante de um evento passado, seja provável que para a resolução dessa obrigação ocorra uma saída de recursos e o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado. As provisões são revistas na data de cada demonstração da posição financeira e ajustadas de modo a reflectir a melhor estimativa a essa data.

As provisões para custos de reestruturação são reconhecidas pelo Grupo sempre que exista um plano

formal e detalhado de reestruturação e que o mesmo tenha sido comunicado às partes envolvidas. k) Complementos de reforma

Algumas empresas do Grupo assumiram compromissos de conceder aos seus empregados prestações

pecuniárias a título de complementos de pensões de reforma por velhice ou invalidez. Para cobrir essas responsabilidades existem os correspondentes fundos de pensões autónomos, cujos encargos anuais, determinados de acordo com cálculos actuariais são registados como custos ou proveitos do exercício, em conformidade com a IAS 19 – “Benefícios dos empregados”.

Qualquer insuficiência de cobertura por parte dos fundos de pensões autónomos face às responsabilidades

por serviços prestados é registada como um passivo nas demonstrações financeiras do Grupo. Quando a situação patrimonial dos fundos de pensões autónomos sejam superiores às responsabilidades

por serviços passados o Grupo Altri regista um activo nas suas demonstrações financeiras na medida em que o diferencial corresponda a menores necessidades de dotações para os fundos de pensões no futuro.

As responsabilidades actuariais são calculadas de acordo com o “Projected Unit Credit Method” utilizando

os pressupostos actuariais e financeiros considerados adequados (Nota 30).

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013

(Montantes expressos em Euros)

- 11 -

l) Instrumentos financeiros

i) Investimentos Os investimentos detidos pelo Grupo são classificados como segue:

Investimentos detidos até à maturidade, designados como activos financeiros não derivados com pagamentos fixados ou determináveis e maturidade fixada, e relativamente aos quais existe a intenção positiva e a capacidade de os deter até à maturidade. Estes investimentos são classificados como Activos não correntes, excepto se o seu vencimento for inferior a 12 meses da data da demonstração da posição financeira.

Investimentos mensurados ao justo valor através de resultados fazem parte de uma carteira de

instrumentos financeiros geridos com o objectivo de obtenção de lucros no curto prazo e são classificados como Activos correntes.

Investimentos disponíveis para venda, designados como todos os restantes investimentos que

não sejam considerados como detidos até à maturidade ou mensurados ao justo valor através de resultados, sendo classificados como Activos não correntes.

Os investimentos são inicialmente registados pelo seu valor de aquisição, que é o justo valor do preço

pago sendo que no caso dos investimentos detidos até à maturidade e investimentos disponíveis para venda são incluídas no valor do activo as despesas de transacção.

Após o reconhecimento inicial, os investimentos mensurados a justo valor através de resultados e os

investimentos disponíveis para venda são reavaliados pelos seus justos valores por referência ao seu valor de mercado à data da demonstração da posição financeira, sem qualquer dedução relativa a custos de transacção que possam vir a ocorrer até à sua venda. Os investimentos em instrumentos de capital próprio que não sejam cotados e para os quais não seja possível estimar com fiabilidade o seu justo valor, são mantidos ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas por imparidade. Os investimentos detidos até à maturidade são mensurados pelo custo amortizado usando o método da taxa de juro efectiva.

Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos disponíveis

para venda são registados no capital próprio, na rubrica de “Reservas de cobertura” incluída na rubrica “Outras reservas” até o investimento ser vendido ou recebido ou até que o justo valor do investimento se situe abaixo do seu custo de aquisição e que tal corresponda a uma perda por imparidade, momento em que a perda acumulada é transferida para a demonstração dos resultados.

Todas as compras e vendas destes investimentos são reconhecidas à data da assinatura dos

respectivos contratos de compra e venda, independentemente da sua data de liquidação financeira. ii) Clientes e outras dívidas de terceiros As dívidas de “Clientes” e as “Outras dívidas de terceiros” são registadas pelo seu valor nominal e

apresentadas na demonstração da posição financeira consolidada deduzidas de eventuais perdas de imparidade para que as mesmas reflictam o seu valor presente realizável líquido. Estas rubricas quando correntes não incluem juros por não se considerar imaterial o impacto do desconto.

As perdas por imparidade são registadas em sequência de eventos ocorridos que indiquem,

objectivamente e de forma quantificável, que a totalidade ou parte do saldo em dívida não será recebido. Para tal, cada empresa do Grupo tem em consideração informação de mercado que demonstre que o cliente está em incumprimento das suas responsabilidades, bem como informação histórica dos saldos vencidos e não recebidos.

As perdas por imparidade reconhecidas correspondem à diferença entre o montante escriturado do

saldo a receber e respectivo valor actual dos fluxos de caixa futuros estimados, descontados à taxa de juro efectiva inicial que, nos casos em que se perspective um recebimento num prazo inferior a um ano, é considerada nula por se considerar imaterial o efeito do desconto.

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(Montantes expressos em Euros)

- 12 -

iii) Empréstimos e contas a pagar não correntes Os empréstimos e as contas a pagar não correntes são registados no passivo pelo custo amortizado

utilizando o método da taxa de juro efectiva. Os encargos financeiros são calculados de acordo com a taxa de juro efectiva, excepto para os valores a pagar de muito curto prazo cujos valores a reconhecer sejam imateriais, e contabilizados na demonstração dos resultados do período de acordo com o princípio da especialização dos exercícios. A parcela do juro efectivo relativa a comissões com a emissão de empréstimos é adicionada ao valor contabilístico dos empréstimos caso não sejam liquidados durante o exercício.

Sempre que existe direito de cumprimento obrigatório de compensar activos e passivos e o Conselho

de Administração pretenda liquidar numa base líquida ou realizar o activo e liquidar simultaneamente o passivo, os mesmos são compensados, e apresentados na demonstração da posição financeira pelo seu montante líquido.

iv) Fornecedores e outras dívidas a terceiros As dívidas a fornecedores ou a outros terceiros são registadas pelo seu valor nominal dado que não

vencem juros e o efeito do desconto é considerado imaterial.

v) Instrumentos derivados

O Grupo Altri utiliza instrumentos derivados na gestão dos seus riscos financeiros como forma de garantir a cobertura desses riscos, não sendo utilizados instrumentos derivados com o objectivo de negociação.

Os instrumentos derivados utilizados pelo Grupo definidos como instrumentos de cobertura de fluxos

de caixa respeitam a instrumentos de cobertura de taxa de juro de empréstimos obtidos, de taxa de câmbio, bem como de cobertura do preço da pasta de papel. Os indexantes, as convenções de cálculo, as datas de refixação das taxas de juro e os planos de reembolso dos instrumentos de cobertura de taxa de juro são em tudo idênticos às condições estabelecidas para os empréstimos subjacentes contratados, pelo que configuram relações perfeitas de cobertura. Os índices de preços aos quais estão indexados os contratos de futuros de cobertura do preço da pasta de papel, são os mais utilizados pelas empresas do Grupo como referencial do preço de venda da sua pasta de papel.

Os critérios utilizados pelo Grupo para classificar os instrumentos derivados como instrumentos de

cobertura de fluxos de caixa são os seguintes:

- espera-se que a cobertura seja altamente eficaz ao conseguir a compensação de alterações nos fluxos de caixa atribuíveis ao risco coberto;

- a eficácia da cobertura pode ser fiavelmente mensurada; - existe adequada documentação sobre a transacção a ser coberta no início da cobertura; e - a transacção objecto de cobertura é altamente provável.

Os instrumentos de cobertura são registados pelo seu justo valor. As alterações de justo valor destes

instrumentos são reconhecidas em capitais próprios na rubrica “Reservas de cobertura”, sendo transferidas para resultados no mesmo período em que o instrumento objecto de cobertura afecta resultados.

A determinação do justo valor destes instrumentos financeiros é efectuada com recurso a sistemas

informáticos de valorização de instrumentos derivados e teve por base a actualização, para a data da demonstração da posição financeira, dos fluxos de caixa futuros do “leg” fixo e do “leg” variável do instrumento derivado.

A contabilização de cobertura de instrumentos derivados é descontinuada quando o instrumento se

vence ou é vendido. Nas situações em que o instrumento derivado deixe de ser qualificado como instrumento de cobertura, as diferenças de justo valor acumuladas até então, que se encontram registadas em capital próprio na rubrica “Reservas de cobertura”, são transferidas para resultados do período, ou adicionadas ao valor contabilístico do activo a que as transacções objecto de cobertura deram origem, e as reavaliações subsequentes são registadas directamente nas rubricas da demonstração dos resultados.

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(Montantes expressos em Euros)

- 13 -

Quando existam derivados embutidos em outros instrumentos financeiros ou outros contratos, os mesmos são tratados como derivados separados nas situações em que os riscos e características não estejam intimamente relacionados com os contratos de acolhimento e nas situações em que os contratos não sejam apresentados pelo seu justo valor com os ganhos ou perdas não realizadas registadas na demonstração dos resultados.

Nos casos em que os instrumentos derivados, embora contratados com o objectivo específico de

cobertura de riscos financeiros, não se enquadram nos requisitos acima referidos para classificação como instrumentos de cobertura, as variações do justo valor afectam directamente a demonstração de resultados, nas rubricas “Proveitos financeiros” e “Custos financeiros”.

vi) Passivos financeiros e Instrumentos de capital próprio Os passivos financeiros e os instrumentos de capital próprio são classificados de acordo com a

substância contratual da transacção, independentemente da forma legal que assumem. São considerados instrumentos de capital próprio os que evidenciam um interesse residual nos activos do Grupo após dedução dos passivos, sendo registados pelo valor recebido, líquido dos custos suportados com a sua emissão.

vii) Acções próprias As acções próprias são contabilizadas pelo seu valor de aquisição como um abatimento ao capital

próprio. Os ganhos e perdas inerentes à alienação das acções próprias são registadas na rubrica “Outras reservas”, não afectando o resultado do exercício.

viii) Letras descontadas e contas a receber cedidas em “factoring”

O Grupo desreconhece activos financeiros nas suas demonstrações financeiras, unicamente quando o direito contratual aos fluxos de caixa inerentes a tais activos já tiver expirado, ou quando o Grupo transfere substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à posse de tais activos para uma terceira entidade. Se o Grupo retiver substancialmente os riscos e benefícios inerentes à posse de tais activos, continua a reconhecer nas suas demonstrações financeiras os mesmos, registando no passivo na rubrica “Outros empréstimos” a contrapartida monetária pelos activos cedidos. Consequentemente, os saldos de clientes titulados por letras descontadas e não vencidas e as contas a receber cedidas em factoring à data de cada demonstração da posição financeira, com excepção das operações de “factoring sem recurso” (e para as quais seja inequívoco que são transferidos os riscos e benefícios inerentes a estas contas a receber) são reconhecidas nas demonstrações financeiras do Grupo até ao momento do seu recebimento.

ix) Caixa e equivalentes de caixa Os montantes incluídos na rubrica “Caixa e equivalentes de caixa” correspondem aos valores de

caixa, depósitos bancários, depósitos a prazo e outras aplicações de tesouraria, vencíveis a menos de três meses, e que possam ser imediatamente mobilizáveis sem risco significativo de alteração de valor.

Ao nível da demonstração consolidada dos fluxos de caixa, a rubrica “Caixa e equivalentes de caixa”

compreende também os descobertos bancários incluídos na rubrica do passivo corrente “Empréstimos bancários”.

x) Activos classificados como detidos para venda ou em descontinuação

Os activos e os passivos são classificados como detidos para venda ou em descontinuação, quando a

sua realização se espera efectivar não pelo uso mas pela venda. O Grupo classifica os activos e os passivos nesta rubrica quando existe uma elevada probabilidade da venda se realizar nos dozes meses seguintes e os activos e passivos estão disponíveis para venda imediata.

Os activos classificados como detidos para venda ou em descontinuação são valorizados ao mais

baixo do seu valor contabilístico à data da decisão de venda ou do seu justo valor deduzido dos custos da venda.

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(Montantes expressos em Euros)

- 14 -

m) Activos e passivos contingentes

Os activos contingentes são possíveis activos que surgem de acontecimentos passados e cuja existência somente será confirmada pela ocorrência, ou não, de um ou mais eventos futuros incertos não totalmente sob o controlo da Empresa.

Os activos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras da Empresa mas

unicamente objecto de divulgação quando é provável a existência de um benefício económico futuro. Os passivos contingentes são definidos pela Empresa como: (i) obrigações possíveis que surjam de

acontecimentos passados e cuja existência somente será confirmada pela ocorrência, ou não, de um ou mais acontecimentos futuros incertos não totalmente sob o controlo da empresa; ou (ii) obrigações presentes que surjam de acontecimentos passados mas que não são reconhecidas porque não é provável que um fluxo de recursos que afecte benefícios económicos seja necessário para liquidar a obrigação ou a quantia da obrigação não pode ser mensurada com suficiente fiabilidade.

Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras do Grupo, sendo os

mesmos objecto de divulgação, a menos que a possibilidade de uma saída de fundos afectando benefícios económicos futuros seja remota, caso este em que não são sequer objecto de divulgação.

n) Imposto sobre o rendimento

O imposto sobre o rendimento do exercício é calculado com base nos resultados tributáveis das empresas

incluídas na consolidação e considera a tributação diferida. O imposto corrente sobre o rendimento é calculado com base nos resultados tributáveis das empresas

incluídas na consolidação de acordo com as regras fiscais em vigor. A generalidade das empresas incluídas no perímetro de consolidação do Grupo Altri pelo método integral

são tributadas segundo o regime especial de tributação de grupos de sociedades, de acordo com o art. 69º do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas.

Os impostos diferidos são calculados com base no método da responsabilidade da demonstração da

posição financeira e reflectem as diferenças temporárias entre o montante dos activos e passivos para efeitos de reporte contabilístico e os respectivos montantes para efeitos de tributação. Os impostos diferidos activos e passivos são calculados e anualmente avaliados utilizando as taxas de tributação em vigor ou substancialmente em vigor à data expectável da reversão das diferenças temporárias.

Os activos por impostos diferidos são reconhecidos unicamente quando existem expectativas razoáveis de

lucros fiscais futuros suficientes para a sua utilização, ou nas situações em que existam diferenças temporárias tributáveis que compensem as diferenças temporárias dedutíveis no período da sua reversão. No final de cada período é efectuada uma revisão desses impostos diferidos, sendo os mesmos reduzidos sempre que deixe de ser provável a sua utilização futura.

Os impostos diferidos são registados como custo ou proveito do exercício, excepto se resultarem de

valores registados directamente em capital próprio, situação em que o imposto diferido é também registado na mesma rubrica.

o) Rédito e especialização dos exercícios

O rédito proveniente da venda de bens apenas é reconhecido na demonstração dos resultados quando (i)

são transferidos para o comprador os riscos e vantagens significativos da propriedade dos bens, (ii) não seja mantido um envolvimento continuado de gestão com grau geralmente associado com a posse ou o controlo efectivo dos bens vendidos, (iii) a quantia do rédito pode ser fiavelmente mensurada, (iv) seja provável que os benefícios económicos associados com as transacções fluam para o Grupo e (v) os custos incorridos ou a serem incorridos referentes à transacção possam ser fiavelmente mensurados. As vendas são reconhecidas líquidas de impostos, descontos e outros custos inerentes à sua concretização, pelo justo valor do montante recebido ou a receber.

Os dividendos são reconhecidos como proveitos na demonstração dos resultados do período em que é decidida a sua atribuição.

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(Montantes expressos em Euros)

- 15 -

As restantes receitas e despesas são registadas de acordo com o princípio da especialização de exercícios pelo qual estas são reconhecidas à medida que são geradas independentemente do momento em que são recebidas ou pagas. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e as correspondentes receitas e despesas geradas são registadas nas rubricas de acréscimos e diferimentos incluídas nas rubricas “Outros activos correntes”, “Outros passivos correntes”, “Outros activos não correntes” e “Outros passivos não correntes”.

Os custos e proveitos cujo valor real não seja conhecido são estimados com base na melhor avaliação dos

Conselhos de Administração das Empresas do Grupo.

p) Saldos e transacções expressos em moeda estrangeira Todos os activos e passivos expressos em moeda estrangeira foram convertidos para Euros utilizando as

taxas de câmbio oficiais vigentes à data da demonstração da posição financeira. As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio

em vigor na data das transacções e as vigentes na data das cobranças, pagamentos ou à data da demonstração da posição financeira, dessas mesmas transacções, são registadas como proveitos e custos na demonstração consolidada de resultados do exercício, excepto as relativas a valores não monetários cuja variação de justo valor seja registada directamente em capital próprio.

q) Eventos subsequentes

Os eventos ocorridos após a data da demonstração da posição financeira que proporcionem provas ou informações adicionais sobre condições que existiam à data da demonstração da posição financeira (“adjusting events”) são reflectidos nas demonstrações financeiras do Grupo. Os eventos após a data da demonstração da posição financeira que sejam indicativos de condições que surgiram após a data da demonstração da posição financeira (“non adjusting events”), quando materiais, são divulgados no anexo às demonstrações financeiras.

r) Informação por segmentos

Em cada exercício, são identificados os segmentos relatáveis aplicáveis ao Grupo mais adequados tendo

em consideração as actividades desenvolvidas. Actualmente o Grupo Altri apenas tem uma segmento de negócio (Produção e comercialização de pasta de

papel branqueada de eucalipto) na medida em que o reporte interno de informação à gestão é efectuado nesse pressuposto.

s) Julgamentos e estimativas Na preparação das demonstrações financeiras consolidadas, em conformidade com os IAS/IFRS, o

Conselho de Administração do Grupo adoptou certos pressupostos e estimativas que afectam os activos e passivos, bem como os proveitos e custos incorridos relativos aos períodos reportados. Todas as estimativas e assumpções efectuadas pelo Conselho de Administração foram efectuadas com base no seu melhor conhecimento existente, à data de aprovação das demonstrações financeiras, dos eventos e transacções em curso.

Os principais juízos de valor e estimativas mais significativas efectuadas utilizadas na preparação nas

demonstrações financeiras consolidadas incluem:

a) Vidas úteis dos activos fixos tangíveis e intangíveis; b) Testes de imparidade do goodwill e de outros activos fixos tangíveis e intangíveis; c) Registo de imparidade aos valores do activo, nomeadamente, inventários, contas a receber e

provisões; d) Cálculo da responsabilidade associada aos fundos de pensões; e e) Apuramento do justo valor dos instrumentos financeiros derivados.

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(Montantes expressos em Euros)

- 16 -

As estimativas foram determinadas com base na melhor informação disponível à data da preparação das demonstrações financeiras consolidadas e com base no melhor conhecimento e na experiência de eventos passados e/ou correntes. No entanto, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data, não foram consideradas nessas estimativas. As alterações a essas estimativas, que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras consolidadas, serão corrigidas na demonstração de resultados de forma prospectiva, conforme disposto pelo IAS 8 – Políticas Contabilísticas, Alterações nas Estimativas Contabilísticas e Erros.

2.4 GESTÃO DE RISCO FINANCEIRO

O Grupo Altri encontra-se exposto essencialmente ao: (i) risco de mercado; (ii) risco de liquidez; e (iii) risco de crédito. O principal objectivo da Administração ao nível da gestão de risco é o de reduzir estes riscos a um nível considerado aceitável para o desenvolvimento das actividades do Grupo. As linhas orientadoras da política de gestão de risco são definidas pelo Conselho de Administração da Altri, o qual determina quais os limites de risco aceitáveis. A concretização operacional da política de gestão de risco é levada a cabo pela Administração e pela Direcção de cada uma das empresas participadas. a) Risco de mercado Revestem-se de particular importância no âmbito da gestão de risco de mercado o risco de taxa de juro, o risco de taxa de câmbio, o risco da variabilidade nos preços de commodities e os riscos relacionados com a gestão florestal e produção de eucalipto. O Grupo utiliza instrumentos derivados na gestão dos seus riscos de mercado a que está exposto como forma de garantir a sua cobertura, não sendo utilizados instrumentos derivados com o objectivo de negociação ou especulação.

i) Risco de taxa de juro A exposição do Grupo à taxa de juro decorre essencialmente dos empréstimos de longo prazo que são constituídos na sua maioria por dívida indexada à Euribor. O Grupo utiliza instrumentos derivados ou transacções semelhantes para efeitos de cobertura de riscos de taxas de juro consideradas significantes. Três princípios são utilizados na selecção e determinação dos instrumentos de cobertura da taxa de juro:

Para cada derivado ou instrumento de cobertura utilizado para protecção do risco associado a um

determinado financiamento, existe coincidência entre as datas dos fluxos de juros pagos nos financiamentos objecto de cobertura e as datas de liquidação ao abrigo dos instrumentos de cobertura;

Equivalência perfeita entre as taxas base: o indexante utilizado no derivado ou instrumento de cobertura deverá ser o mesmo que o aplicável ao financiamento/transacção que está a ser coberta; e

Desde o início da transacção, o custo máximo do endividamento, resultante da operação de cobertura realizada, é conhecido e limitado, mesmo em cenários de evoluções extremas das taxas de juro de mercado, procurando-se que o nível de taxas daí resultante seja enquadrável no custo de fundos considerado no plano de negócios do Grupo.

Uma vez que a totalidade do endividamento do Grupo Altri se encontra indexado a taxas variáveis, são utilizados swaps de taxa de juro, quando tal é considerado necessário, como forma de protecção contra as variações dos fluxos de caixa futuros associados aos pagamentos de juros. Os swaps de taxa de juro contratados têm o efeito económico de converter os respectivos empréstimos associados a taxas variáveis para taxas fixas. Ao abrigo destes contratos o Grupo acorda com terceiras partes (Bancos) a troca, em períodos de tempo pré-determinados, da diferença entre o montante de juros calculados à taxa fixa contratada e à taxa variável da altura da refixação, com referência aos respectivos montantes nocionais acordados.

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(Montantes expressos em Euros)

- 17 -

As contrapartes dos instrumentos de cobertura estão limitadas a instituições de crédito de elevada qualidade creditícia, sendo política do Grupo privilegiar a contratação destes instrumentos com entidades bancárias que formem parte das suas operações de financiamento. Para efeitos de determinação da contraparte das operações pontuais, o Grupo Altri solicita a apresentação de propostas e preços indicativos a um número representativo de bancos de forma a garantir a adequada competitividade destas operações.

Na determinação do justo valor das operações de cobertura, o Grupo Altri utiliza determinados métodos, tais como modelos de avaliação de opções e de actualização de fluxos de caixa futuros, e utiliza determinados pressupostos que são baseados nas condições de taxas de juro de mercado prevalecentes à data da demonstração da posição financeira consolidada. Cotações comparativas de instituições financeiras, para instrumentos específicos ou semelhantes, são utilizados como referencial de avaliação.

O Conselho de Administração do Grupo Altri aprova os termos e condições dos financiamentos considerados materiais para a Empresa, analisando para tal a estrutura da dívida, os riscos inerentes e as diferentes opções existentes no mercado, nomeadamente quanto ao tipo de taxa de juro (fixo/variável).

O objectivo do Grupo é limitar a volatilidade dos cash-flows e resultados tendo em conta o perfil da sua actividade operacional através da utilização de uma adequada combinação de dívida a taxa fixa e variável. A política do Grupo permite a utilização de derivados de taxa de juro para redução da exposição às variações da Euribor e não para fins especulativos.

A maior parte dos instrumentos derivados utilizados pelo Grupo na gestão do risco taxa de juro são definidos como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa por configurarem relações perfeitas de cobertura. Os indexantes, as convenções de cálculos, as datas de refixação das taxas de juro e os planos de reembolso dos instrumentos de cobertura de taxa de juro são em tudo idênticos às condições estabelecidas para os empréstimos subjacentes contratados. No entanto, existem alguns instrumentos derivados que, embora tenham sido contratados com o objectivo de cobertura do risco da taxa de juro, não se enquadram nos requisitos acima referidos para classificação como instrumentos de cobertura. A análise da sensibilidade dos resultados do Grupo Altri a alterações da taxa de juro encontra-se na Nota 21.

ii) Risco de taxa de câmbio

O Grupo está exposto ao risco de taxa de câmbio nas transacções relativas a vendas de produtos acabados em mercados internacionais em moeda diferente do Euro.

Sempre que o Conselho de Administração considere necessário, para reduzir a volatilidade dos seus resultados à variabilidade das taxas de câmbio, a exposição é controlada através de um programa de compra de divisas a prazo (forwards) ou de outros instrumentos derivados de taxa de câmbio.

Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 os saldos (em Euros) expressos em USD, que é a principal moeda diferente do Euro, são como segue:

31.12.2013 31.12.2012

Contas a receber 14.196.014 18.570.855Contas a pagar 32.159 55.452Depósitos bancários (Nota 17) 26.600.326 20.552.601Factoring (Nota 21) 6.544.697 7.815.839

47.373.196 46.994.747

Adicionalmente, em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 os saldos (em Euros) expressos em moeda diferente do Euro e do USD são como se segue:

31.12.2013 31.12.2012

Contas a pagar 58.208 51.347

58.208 51.347

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013

(Montantes expressos em Euros)

- 18 -

O Conselho de Administração do Grupo entende que eventuais alterações da taxa de câmbio não terão um efeito significativo sobre as demonstrações financeiras consolidadas quer pela dimensão dos activos e passivos expressos em moeda estrangeira, quer pela reduzida maturidade dos mesmos.

iii) Risco de variabilidade nos preços de commodities

Desenvolvendo a sua actividade num sector que transacciona commodities (pasta de papel), o Grupo encontra-se particularmente exposto a variações do seu preço, com os correspondentes impactos nos seus resultados. No entanto, para gerir este risco foram celebrados contratos de cobertura de variação de preços da pasta de papel, pelos montantes e valores considerados adequados às operações previstas, atenuando assim a volatilidade dos seus resultados.

O aumento/diminuição de 5% do preço da pasta de papel transaccionada pelo Grupo Altri durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2013 teria implicado um aumento/diminuição dos resultados operacionais de, aproximadamente, 23,75 Milhões de Euros, sem considerar o efeito dos derivados de pasta de papel (Nota 28) e mantendo-se tudo o resto constante.

iv) Riscos relacionados com a gestão florestal e produção de eucalipto A Altri, através da sua subsidiária Altri Florestal, tem sob gestão um património florestal de cerca de 84.000 hectares dos quais o eucalipto representa 79%. A área florestal está certificada pelo FSC ® (Forest Stewardship Council ®1) e pelo PEFC (Programme for the Endorsement of Forest Certification) os quais estabelecem princípios e critérios relativamente aos quais é avaliada a sustentabilidade da gestão do património florestal nas vertentes económica, ambiental e social. Neste contexto, toda a actividade florestal é dirigida para a optimização dos recursos disponíveis salvaguardando a estabilidade ambiental e os valores ecológicos presentes no seu património e garantindo o seu desenvolvimento. Os riscos associados a qualquer actividade florestal também estão presentes na gestão da Altri Florestal. Os incêndios florestais e as pragas e doenças que podem ocorrer nas diferentes matas espalhadas por todo o território nacional são os maiores riscos com que o sector se defronta na sua actividade. Estas ameaças, se ocorrem, em função da sua intensidade, afectam o normal funcionamento das explorações florestais e a eficiência da produção. De forma a prevenir e reduzir o impacto dos incêndios florestais nas matas, a Altri Florestal participa no agrupamento Afocelca, em parceria com o grupo Portucel, que tem como finalidade a disponibilização, coordenação e a gestão dos meios disponíveis para o combate aos incêndios. Ao mesmo tempo são efectuados recorrentemente investimentos significativos nas áreas florestais com a limpeza da floresta para reduzir os riscos de propagação de incêndios assim como minorar os seus prejuízos. No que respeita às pragas e doenças, o seu aparecimento pode reduzir de forma significativa o crescimento dos povoamentos florestais provocando danos irreversíveis na produtividade. Para o seu combate foram estabelecidos procedimentos de luta integrada, quer através de largadas de parasitóides específicos oriundos da Austrália quer através da utilização de produtos fitofármacos de modo a controlar as populações de insectos nocivos e reduzir o impacto negativo da sua presença. Por outro lado, nas áreas mais afectadas, a Altri Florestal está a utilizar material genético mais adequado nas novas plantações que, pelas suas características permitem resistir melhor a essas pragas e doenças. O aumento/diminuição de 5% do preço da madeira durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2013 teria implicado uma diminuição/aumento nos resultados operacionais de, aproximadamente, 10,5 Milhões de Euros mantendo-se tudo o resto constante.

b) Risco de liquidez

O principal objectivo da política de gestão de risco de liquidez é garantir que o Grupo tem disponível, a todo o momento, os recursos financeiros necessários para fazer face às suas responsabilidades e prosseguir as

1 FSC-C004615

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013

(Montantes expressos em Euros)

- 19 -

estratégias delineadas honrando todos os compromissos assumidos com terceiros, quando se tornam devidos, através de uma adequada gestão da maturidade dos financiamentos.

O Grupo prossegue assim uma política activa de refinanciamento pautada: (i) pela manutenção de um nível elevado de recursos livres e imediatamente disponíveis para fazer face a necessidades de curto prazo; e (ii) pelo alongamento ou manutenção da maturidade da dívida de acordo com os cash-flows previstos e a capacidade de alavancagem do seu balanço.

A análise de liquidez para instrumentos financeiros é apresentada junto da nota respectiva a cada classe de passivos financeiros. c) Risco de crédito O Grupo está exposto ao risco de crédito no âmbito da sua actividade operacional corrente. Este risco é controlado através de um sistema de recolha de informação financeira e qualitativa, prestada por entidades reconhecidas que fornecem informação de riscos, que permitem avaliar a viabilidade dos clientes no cumprimento das suas obrigações, visando a redução do risco de concessão de crédito. A avaliação do risco de crédito é efectuada numa base regular, tendo em consideração as condições correntes de conjuntura económica e a situação específica do crédito de cada uma das empresas, sendo adoptados procedimentos correctivos sempre que tal se julgue conveniente. O risco de crédito é limitado pela gestão da concentração de riscos e uma rigorosa selecção de contrapartes bem como pela contratação de seguros de crédito junto de instituições especializadas e que cobrem uma parte significativa do crédito concedido em resultado da actividade desenvolvida pelo Grupo. Os ajustamentos para contas a receber são calculados tendo em consideração; (i) o perfil de risco do cliente; (ii) o prazo médio de recebimento; e (iii) as condições financeiras do cliente. Os montantes apresentados na demonstração da posição financeira encontram-se líquidos das perdas acumuladas de imparidade para cobranças duvidosas que foram estimadas pelo Grupo, estando portanto ao seu justo valor.

3. ALTERAÇÕES DE POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS E CORRECÇÃO DE ERROS Não ocorreram durante o exercício alterações de políticas contabilísticas não tendo igualmente sido corrigidos

erros materiais relativos a exercícios anteriores.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013

(Montantes expressos em Euros)

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4. INVESTIMENTOS 4.1 INVESTIMENTOS EM SUBSIDIÁRIAS

As empresas incluídas na consolidação pelo método integral, respectivas sedes, proporção do capital detido e

actividade desenvolvida em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 são as seguintes:

Denominação social Sede

Percentagem efectiva de participação Actividade principal

2013 2012

Empresa mãe:

Altri, SGPS, S.A. Porto Sociedade gestora de participações sociais

Subsidiárias:

Altri - Energias Renováveis, SGPS, S.A. Vila Velha de Ródão 99,83% 99,83% Holding

Altri Florestal, S.A. Figueira da Foz 100% 100% Exploração silvícola

Altri Sales, S.A. Nyon, Suiça 100% 100% Serviços de apoio à gestão do grupo

Altri, Participaciones Y Trading, S.L. Madrid, Espanha 100% 100% Comercialização de pasta de papel

Caima Energia – Empresa de Gestão e Exploração de Energia, S.A. Constância 100% 100% Produção de energia térmica e eléctrica

Caima Indústria de Celulose, S.A. Constância 100% 100% Produção e comercialização de pasta de papel

Captaraíz Unipessoal, Lda. Figueira da Foz 100% 100% Compra e venda de imóveis

Celbinave – Tráfego e Estiva SGPS, Unipessoal, Lda. Figueira da Foz 100% 100% Agenciação e fretamento de navios

Celtejo – Empresa de Celulose do Tejo, S.A. Vila Velha de Ródão 99,83% 99,83% Produção e comercialização de pasta de papel

Celulose Beira Industrial (Celbi), S.A. Figueira da Foz 100% 100% Produção e comercialização de pasta de papel

Celulose do Caima, SGPS, S.A. Figueira da Foz 100% 100% Sociedade gestora de participações sociais

Inflora – Sociedade de Investimentos Florestais, S.A. Figueira da Foz 100% 100% Exploração silvícola

Invescaima – Investimentos e Participações, SGPS, S.A. Figueira da Foz 100% 100% Sociedade gestora de participações sociais

Pedro Frutícola, Sociedade Frutícola, S.A. Constância 100% 100% Produção agrícola

Viveiros do Furadouro Unipessoal, Lda. Óbidos 100% 100% Produção de plantas em viveiros e prestação de serviços agro-f lorestais e paisagísticos

Estas empresas filiais foram incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas do Grupo Altri pelo método

de consolidação integral, conforme indicado na Nota 2.2 a). 4.2 INVESTIMENTOS EM EMPRESAS ASSOCIADAS E EMPREENDIMENTOS CONJUNTOS As empresas associadas e os empreendimentos conjuntos, proporção do capital detido e actividade

desenvolvida em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 são como segue:

Denominação social Percentagem efectiva de participação Actividade

2013 2012

Empresas associadas:

Operfoz – Operadores do Porto da Figueira da Foz, Lda. 33,33% 33,33% Operação em portos

Empreendimentos conjuntos:

EDP – Produção Bioeléctrica, S.A. 50% 50% Produção de energia eléctrica

Estas empresas associadas e empreendimentos conjuntos foram incluídos nas demonstrações financeiras

consolidadas do Grupo Altri pelo método de equivalência patrimonial, conforme indicado nas Notas 2.2 b) e 2.2. c).

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013

(Montantes expressos em Euros)

- 21 -

O valor de balanço, o activo, o capital próprio e o resultado líquido para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2013 das empresas associadas e empreendimentos conjuntos são como segue:

Denominação socialValor de

balanço (a) Activo Capital próprioResultado

líquido

Empresas associadas:

Operfoz – Operadores do Porto da Figueira da Foz, Lda. 513.367 3.282.773 1.540.097 261.493

Empreendimentos conjuntos:

EDP – Produção Bioeléctrica, S.A. (b) 8.128.942 141.281.742 17.387.324 4.036.378

8.642.309

(a) Incluí suprimentos concedidos

(b) A EDP – Produção Bioeléctrica, S.A. é detentora de acções representativas da totalidade do capital social da Ródão Power – Energia e Biomassa do Ródão,

S.A..

As políticas contabilísticas usadas por estas empresas associadas e empreendimentos conjuntos não diferem significativamente das utilizadas pelo Grupo Altri, facto pelo qual não houve necessidade de qualquer harmonização de políticas contabilísticas.

4.3 INVESTIMENTOS DISPONÍVEIS PARA VENDA Os investimentos disponíveis para venda em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 e o seu valor de balanço nessas

datas, podem ser detalhados como segue:

2013 2012

Rigor Capital - Produção de Energia, Lda. 10.527.397 10.527.397

Outros investimentos 4.129.512 4.454.506

14.656.909 14.981.903

Valor de balanço

É entendimento do Grupo Altri que o valor contabilístico dos investimentos disponíveis para venda, que

correspondem a participações financeiras inferiores a 20%, nas quais o Grupo Altri não tem influência significativa na gestão e que se encontram registadas ao custo de aquisição, deduzido de perdas por imparidade de acordo com a política contabilística referida no Nota 2.3 l) i), não difere de forma significativa do seu justo valor, sendo que no caso particular do investimento na Rigor Capital – Produção de Energia, Lda. tal entendimento tem por base uma avaliação efectuada por uma entidade externa.

A rubrica “Outros investimentos” inclui acções cotadas em bolsa as quais estão registadas ao respectivo valor

de mercado no montante de 3.965.713 Euros (Nota 6). 5. ALTERAÇÕES OCORRIDAS NO PERÍMETRO DE CONSOLIDAÇÃO

Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, não existiram alterações ao perímetro de consolidação.

6. CLASSES DE INSTRUMENTOS FINANCEIROS

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013

(Montantes expressos em Euros)

- 22 -

Os instrumentos financeiros, de acordo com as políticas contabilísticas descritas na Nota 2.3.l), foram classificados como segue: 31 de Dezembro de 2013 Notas

Empréstimos e contas a receber

Disponíveis para venda

Derivados Total

Activos não correntesInvestimentos disponíveis para venda 4.3 - 14.656.909 - 14.656.909

- 14.656.909 - 14.656.909

Activos correntesClientes 13 80.294.638 - - 80.294.638

Outras dívidas de terceiros 14 7.562.193 - - 7.562.193

Instrumentos financeiros derivados 28 - - 1.204.184 1.204.184

Caixa e equivalentes de caixa 17 232.450.518 - - 232.450.518

320.307.349 - 1.204.184 321.511.533

320.307.349 14.656.909 1.204.184 336.168.442

31 de Dezembro de 2012 NotasEmpréstimos e

contas a receberDisponíveis para

vendaDerivados Total

Activos não correntesInvestimentos disponíveis para venda 4.3 - 14.981.903 - 14.981.903

- 14.981.903 - 14.981.903

Activos correntesClientes 13 94.859.425 - - 94.859.425

Outras dívidas de terceiros 14 7.241.482 - - 7.241.482

Instrumentos financeiros derivados 28 - - 261.783 261.783

Caixa e equivalentes de caixa 17 112.392.485 - - 112.392.485

214.493.392 - 261.783 214.755.175

214.493.392 14.981.903 261.783 229.737.078

31 de Dezembro de 2013 Notas

Passivos financeiros

Derivados Total

Empréstimos bancários 21 74.212.500 - 74.212.500Outros empréstimos 21 439.370.297 - 439.370.297

Incentivos reembolsáveis 21 11.228.419 - 11.228.419Outros credores não correntes 23 404.350 - 404.350

525.215.566 - 525.215.566

Passivos correntesEmpréstimos bancários 21 78.693.353 - 78.693.353Outros empréstimos - parcela de curto prazo 21 213.719.587 - 213.719.587

Incentivos reembolsáveis 21 71.008 - 71.008Fornecedores 25 60.034.597 - 60.034.597Outras dívidas a terceiros 26 6.395.461 - 6.395.461Instrumentos financeiros derivados 28 - 6.488.549 6.488.549

358.914.006 6.488.549 365.402.555

884.129.572 6.488.549 890.618.121

31 de Dezembro de 2012 NotasPassivos

financeirosDerivados Total

Empréstimos bancários 21 103.556.923 - 103.556.923Outros empréstimos 21 454.999.132 - 454.999.132

Incentivos reembolsáveis 21 22.770.236 - 22.770.236Outros credores não correntes 23 528.802 - 528.802

581.855.093 - 581.855.093

Passivos correntesEmpréstimos bancários 21 45.467.181 - 45.467.181Outros empréstimos - parcela de curto prazo 21 139.404.040 - 139.404.040

Incentivos reembolsáveis 21 11.694.604 - 11.694.604Fornecedores 25 56.343.385 - 56.343.385Outras dívidas a terceiros 26 6.679.435 - 6.679.435Instrumentos financeiros derivados 28 - 22.113.796 22.113.796

259.588.645 22.113.796 281.702.441

841.443.738 22.113.796 863.557.534

Passivos não correntes

Passivos não correntes

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013

(Montantes expressos em Euros)

- 23 -

Instrumentos financeiros reconhecidos a justo valor O quadro seguinte detalha os instrumentos financeiros que são mensurados a justo valor após o

reconhecimento inicial, agrupados em 3 níveis de acordo com a possibilidade de observar no mercado o seu justo valor:

Nível 1: o justo valor é determinado com base em preços de mercado activo;

Nível 2: o justo valor é determinado com base em técnicas de avaliação. Os principais inputs dos modelos de avaliação são observáveis no mercado; e

Nível 3: o justo valor é determinado com base em modelos de avaliação, cujos principais inputs não são

observáveis no mercado.

Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 1 Nível 2 Nível 3

Activos financeiros mensurados ao justo valor:Investimentos disponiveis para venda (Nota 4.3) 3.965.712 - - 4.310.202 - -Derivados (Nota 28) - 1.204.184 - - 261.763 -

Passivos financeiros mensurados a justo valor:Derivados (Nota 28) - 6.488.549 - - 22.113.796 -

31.12.2013 31.12.2012

Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 não existem activos financeiros cujos termos tenham sido renegociados e que caso não tivessem sido renegociados estariam vencidos ou em imparidade.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013

(Montantes expressos em Euros)

- 24 -

7. ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 o movimento ocorrido no valor dos activos

fixos tangíveis, bem como nas respectivas amortizações e perdas de imparidade acumuladas, foi o seguinte:

2013

Activo brutoTerrenos e recursos naturais

Edifícios e outras construções

Equipamento básico

Equipamento de transporte

Equipamento administrativo

Outros activos f ixos tangíveis

Activos f ixos tangíveis em

cursoAdiantamentos por conta

de activos f ixos Total

Saldo inicial 26.682.948 104.438.534 944.046.667 3.415.961 10.157.480 14.262.079 5.552.520 583.212 1.109.139.401

Aumentos 29.655 3.055 3.626.821 155.519 82.673 52.029 11.470.677 - 15.420.429

Alienações e abates (11.181) (299.406) - (162.388) (5.307) (66.434) - - (544.716)

Transferências 7.380 - 7.830.353 - 14.032 - (8.027.224) - (175.459)

Saldo f inal 26.708.802 104.142.183 955.503.841 3.409.092 10.248.878 14.247.674 8.995.973 583.212 1.123.839.655

Amortizações acumuladasTerrenos e recursos naturais

Edifícios e outras construções

Equipamento básico

Equipamento de transporte

Equipamento administrativo

Outros activos f ixos tangíveis Total

Saldo inicial 7.171.076 85.596.101 567.262.506 2.698.422 9.283.098 13.023.035 685.034.238

Aumentos 321.921 1.467.706 45.930.994 308.248 404.981 249.393 48.683.243

Alienações e abates - (172.335) - (146.288) (5.307) (66.434) (390.364)

Transferências - - - - - - -

Saldo f inal 7.492.997 86.891.472 613.193.500 2.860.382 9.682.772 13.205.994 733.327.117

19.215.805 17.250.711 342.310.341 548.710 566.106 1.041.680 8.995.973 583.212 390.512.538

2012

Activo brutoTerrenos e recursos naturais

Edifícios e outras construções

Equipamento básico

Equipamento de transporte

Equipamento administrativo

Outros activos f ixos tangíveis

Activos f ixos tangíveis em

cursoAdiantamentos por conta

de activos f ixos Total

Saldo inicial 26.590.516 104.388.008 934.861.814 3.466.642 10.033.423 13.820.199 7.545.344 583.212 1.101.289.158

Aumentos 64.425 57.838 6.425.767 278.657 77.082 363.074 5.178.228 - 12.445.071

Alienações e abates (38.213) (187.695) (3.824.047) (334.030) (32.942) (19.016) - - (4.435.943)

Transferências 66.220 180.383 6.583.133 4.692 79.917 97.822 (7.171.052) - (158.885)

Saldo f inal 26.682.948 104.438.534 944.046.667 3.415.961 10.157.480 14.262.079 5.552.520 583.212 1.109.139.401

Amortizações acumuladasTerrenos e recursos naturais

Edifícios e outras construções

Equipamento básico

Equipamento de transporte

Equipamento administrativo

Outros activos f ixos tangíveis Total

Saldo inicial 6.842.055 84.016.057 526.077.781 2.662.606 8.827.445 12.744.331 641.170.275

Aumentos 329.021 1.741.184 45.091.164 353.974 488.267 277.406 48.281.016

Alienações e abates - (151.255) (3.777.399) (275.060) (2.150) (8.014) (4.213.878)

Transferências - (9.885) (129.040) (43.098) (30.464) 9.312 (203.175)

Saldo f inal 7.171.076 85.596.101 567.262.506 2.698.422 9.283.098 13.023.035 685.034.238

19.511.872 18.842.433 376.784.161 717.539 874.382 1.239.044 5.552.520 583.212 424.105.163

Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 as amortizações do exercício ascenderam a 48.683.243 Euros e 48.281.016 Euros, respectivamente, as quais foram registadas na rúbrica da demonstração de resultados “Amortizações e depreciações” (Nota 37). A rubrica “Activos fixos tangíveis em curso” em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 refere-se aos seguintes projectos:

31-12-2013 31-12-2012Remodelação da instalação fabril de evaporação 1.971.398 2.041.755Optimização fabril 1.221.448 -Aumento da capacidade produtiva 3.157.719 -Projectos de cogeração - 1.925.781Outros projectos 2.645.408 1.584.984

8.995.973 5.552.520

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013

(Montantes expressos em Euros)

- 25 -

8. PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO

O montante registado na rúbrica “Propriedades de investimento” em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 é referente, essencialmente, a terrenos que não se encontram afectos à actividade operacional do Grupo Altri. O Conselho de Administração entende que o justo valor das propriedades de investimento é superior ao valor líquido contabilístico. Os movimentos da rubrica “Propriedades de investimento” durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 foram como se segue:

2013 2012Activo Bruto Activo Bruto

Saldo inicial 803.046 1.013.139 Aumentos - - Alienações - (210.093)Transferências e abates - -

Saldo final 803.046 803.046

Amortizações acumuladas Amortizações acumuladas

Saldo inicial 335.040 478.913 Aumentos 7.379 7.381 Alienações - (151.254)

Saldo final 342.419 335.040

Valor líquido 460.627 468.006

Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 as amortizações do exercício das propriedades de investimento ascenderam a 7.379 Euros e 7.381 Euros, respectivamente, e foram registadas na rubrica “Amortizações e depreciações” (Nota 37).

9. GOODWILL

Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 não ocorreram movimentos no Goodwill, sendo a sua composição como segue: Celbi 253.391.251 Outros 12.140.153

265.531.404

O goodwill não é amortizado, sendo efectuados testes de imparidade numa base anual e sempre que seja identificado um evento ou alteração nas circunstâncias que indique que o montante pelo qual o activo se encontra registado possa não ser recuperado. Sempre que o montante pelo qual o activo se encontra registado é superior à sua quantia recuperável é reconhecida uma perda de imparidade. A quantia recuperável é a mais alta do preço de venda líquido e do valor de uso. Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, não foram registadas nem revertidas quaisquer perdas de imparidade relativas a goodwill. No exercício de 2013, por forma a aferir da existência, ou não, de imparidade para o principal valor do goodwill que resultou da aquisição da Celbi – Celulose da Beira Industrial, S.A. no exercício de 2006, no montante de 253.391.251 Euros, o Grupo procedeu à avaliação desta empresa filial, tendo concluído pela inexistência de imparidade ao nível daquele goodwill. Aquela avaliação foi efectuada com base no desempenho histórico da Celbi e numa estimativa dos fluxos de caixa descontados tendo por base um plano de negócios da Celbi a 7 anos (uma vez que é entendimento do Conselho de Administração ser este o período mais adequado face à natureza cíclica das operações do Grupo), tendo sido considerado um preço de venda da pasta de papel de médio e longo prazo, não influenciado pelas oscilações positivas ou negativas de curto prazo.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013

(Montantes expressos em Euros)

- 26 -

Os principais pressupostos utilizados neste cálculo com referência a 31 de Dezembro de 2013 foram os seguintes:

Taxa de inflação 1,50%

Taxa de desconto 10,43%

Taxa de crescimento na perpetuidade 2,00% A taxa de desconto líquida de imposto (líquida de imposto pelo facto dos fluxos de caixa utilizados nas projecções financeiras serem também líquidos de imposto) utilizada no exercício findo em 31 de Dezembro de 2013 foi de 10,43%, a qual foi calculada com base na metodologia WACC (Weighted Average Cost of Capital), considerando os seguintes pressupostos:

Taxa de juro sem risco 6,68%

Prémio de risco dos capitais próprios 6,00%

Prémio de risco da dívida 2,50% O Grupo Altri procedeu a uma análise de sensibilidade desta avaliação a variações em pressupostos chave, tendo concluído que caso tivesse considerado uma taxa de desconto de 11,5% em conjunto com uma taxa de crescimento na perpetuidade nula as conclusões da inexistência de imparidade no goodwill da filial Celbi mantinham-se válidas. Em relação ao restante goodwill no montante de 12.140.153 Euros, por forma a aferir da existência ou não de perdas de imparidade com referência a 31 de Dezembro de 2013, o Grupo procedeu a uma comparação dos meios libertos líquidos gerados anualmente por cada empresa, bem como múltiplos de mercado, com os respectivos contributos líquidos para as demonstrações financeiras consolidadas incluindo goodwill, tendo concluído pela inexistência de imparidade.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013

(Montantes expressos em Euros)

- 27 -

10. ACTIVOS INTANGÍVEIS Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, o movimento ocorrido no valor dos activos

intangíveis, bem como nas respectivas amortizações e perdas de imparidade acumuladas, foi o seguinte:

2013

Activo brutoPropriedade industrial e

outros direitos Softw areOutros activos

fixos intangíveis Total

Saldo inicial 1.320 7.898.438 25.600 7.925.358

Aumentos - - - -

Alienações - - - -

Transferências e abates - 134.446 - 134.446

Saldo f inal 1.320 8.032.884 25.600 8.059.804

Amortizações acumuladasPropriedade industrial e

outros direitos Softw areOutros activos

fixos intangíveis Total

Saldo inicial 1.320 7.301.584 17.066 7.319.970

Aumentos - 537.015 8.534 545.549

Alienações - - - -

Transferências e abates - - - -

Saldo f inal 1.320 7.838.599 25.600 7.865.519

- 194.285 - 194.285

2012

Activo brutoPropriedade industrial e

outros direitos Softw areOutros activos

fixos intangíveis Total

Saldo inicial 1.320 7.724.508 25.600 7.751.428

Aumentos - 94.327 - 94.327

Alienações - (15.359) - (15.359)

Transferências e abates - 94.962 - 94.962

Saldo f inal 1.320 7.898.438 25.600 7.925.358

Amortizações acumuladasPropriedade industrial e

outros direitos Softw areOutros activos

fixos intangíveis Total

Saldo inicial 1.320 6.752.220 8.533 6.762.073

Aumentos - 564.723 8.533 573.256

Alienações - (15.359) - (15.359)

Transferências e abates - - - -

Saldo f inal 1.320 7.301.584 17.066 7.319.970

- 596.854 8.534 605.388

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013

(Montantes expressos em Euros)

- 28 -

Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 as amortizações dos activos intangíveis ascendiam 545.549 Euros e a 573.256 Euros, respectivamente as quais foram registadas na Demonstração de Resultados na rúbrica “Amortizações e depreciações” (Nota 37).

11. INVENTÁRIOS E ACTIVOS BIOLÓGICOS Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, o montante registado na rubrica “Activos biológicos” corresponde às

florestas e encargos incorridos com as plantações efectuadas pelo Grupo, podendo o seu valor ser detalhado como segue:

31.12.2013 31.12.2012

Valor bruto 107.502.958 108.414.774

Perdas de imparidade acumuladas em activos biológicos (Nota 22) (380.006) (380.006)

107.122.952 108.034.768

Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, a área total sob gestão da Altri ascendia a, aproximadamente, 84.000 hectares. A área relativa a eucalipto apresentava a seguinte distribuição por idades:

31-12-2013 31-12-2012

0 - 5 anos 28.714 34.568 6 -10 anos 30.507 29.048 > 10 anos 7.553 4.089

66.774 67.705

A restante área sob gestão refere-se a outras espécies florestais residuais de menor relevância. Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, o montante registado na rubrica “Inventários” pode ser detalhado como segue:

31.12.2013 31.12.2012

Matérias-primas, subsidiárias e de consumo 38.456.603 34.825.150

Produtos e trabalhos em curso 313.802 329.076

Produtos acabados e intermédios 20.945.066 17.872.209

59.715.471 53.026.435

Perdas de imparidade acumuladas (Nota 22) (4.886.156) (5.586.156)

54.829.315 47.440.279

O custo das vendas do exercício findo em 31 de Dezembro 2013 ascendeu a 240.343.561 Euros e foi apurado como segue:

Matérias primas, subsidiárias e de

consumo

Produtos acabados e intermédios

Produtos e trabalhos em

cursoActivos

biológicos Total

Saldo inicial 34.825.150 17.872.209 329.076 108.414.774 161.441.209

Compras 251.191.633 - - - 251.191.633

Regularização de existências (1.108.079) 2.312 - (3.965.085) (5.070.852)

Existências f inais (38.456.603) (20.945.066) (313.802) (107.502.958) (167.218.429)

246.452.101 (3.070.545) 15.274 (3.053.269) 240.343.561

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013

(Montantes expressos em Euros)

- 29 -

O custo das vendas do exercício findo em 31 de Dezembro 2012 ascendeu a 208.834.212 Euros e foi apurado como segue:

Matérias primas, subsidiárias e de

consumo

Produtos acabados e intermédios

Produtos e trabalhos em

cursoActivos

biológicos Total

Saldo inicial 38.910.668 27.051.183 653.194 103.719.508 170.334.553

Compras 200.933.146 - - - 200.933.146

Regularização de existências (275.929) (716.349) - - (992.278)

Existências f inais (34.825.150) (17.872.209) (329.076) (108.414.774) (161.441.209)

204.742.735 8.462.625 324.118 (4.695.266) 208.834.212

12. IMPOSTOS CORRENTES E DIFERIDOS De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos (cinco anos para a Segurança Social), excepto quando tenha havido prejuízos fiscais, tenham sido concedidos benefícios fiscais, ou estejam em curso inspecções, reclamações ou impugnações, casos estes em que, dependendo das circunstâncias, os prazos são alongados ou suspensos. Deste modo, as declarações fiscais da Empresa e suas subsidiárias dos anos de 2010 a 2013 poderão vir ainda ser sujeitas a revisão. O Conselho de Administração da Empresa entende que as eventuais correcções resultantes de revisões/inspecções por parte das autoridades fiscais àquelas declarações de impostos não terão um efeito significativo nas demonstrações financeiras consolidadas em 31 de Dezembro de 2013 e 2012.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013

(Montantes expressos em Euros)

- 30 -

O movimento ocorrido nos activos e passivos por impostos diferidos nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 foi como segue:

2013Activos por impostos

diferidosPassivos por impostos

diferidos

Saldo em 1.1.2013 33.357.371 16.931.978

Efeitos na demonstração dos resultados:

Aumento/(Redução) de provisões e perdas por imparidade não aceites 586.902 -

Harmonização de taxas de amortização 780.766 -

Outros efeitos (1.009.682) 636.041

Total de efeitos na demonstração dos resultados 357.986 636.041

Efeitos em capitais próprios:

Justo valor de instrumentos derivados (Nota 28) (2.549.543) 328.195

Saldo em 31.12.2013 31.165.814 17.896.214

2012Activos por impostos

diferidosPassivos por impostos

diferidos

Saldo em 1.1.2012 13.699.322 444.167

Efeitos na demonstração dos resultados:

Aumento/(Redução) de provisões e perdas por imparidade não aceites 1.316.627 -

Harmonização de taxas de amortização 312.860 -

Prejuízos f iscais reportáveis 16.429.925 -

Amortização f iscal do goodw ill - 16.429.925

Outros efeitos (301.745) 57.886

Total de efeitos na demonstração dos resultados 17.757.668 16.487.811

Efeitos em capitais próprios:

Justo valor de instrumentos derivados (Nota 28) 1.900.382 -

Saldo em 31.12.2012 33.357.371 16.931.978

Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2012 foi reforçada a decisão estratégica de dar continuidade às operações da filial Altri SL, sedeada em Espanha. No seguimento dessa decisão: (i) foi suportado o registo dos passivos por impostos diferidos resultantes da amortização fiscal naquele país do goodwill gerado na aquisição da Celulose Beira Industrial (Celbi), S.A., cujo montante em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 ascendia a 17.177.112 Euros e 16.429.925 Euros, respectivamente; e (ii) atendendo às projecções de lucros fiscais futuros da Altri SL o Conselho de Administração da Altri estima recuperar perdas fiscais passadas, o que deu origem ao registo de activos por impostos diferidos de montantes semelhantes aos registados como passivos por impostos diferidos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013

(Montantes expressos em Euros)

- 31 -

O detalhe dos activos e passivos por impostos diferidos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, de acordo com as diferenças temporárias que os geraram, é como segue:

31.12.2013 31.12.2012Activos por impostos

diferidosPassivos por impostos

diferidosActivos por impostos

diferidosPassivos por impostos

diferidos

Provisões e perdas por imparidade não aceites fiscalmente 2.999.654 - 2.412.752 -

Justo valor dos instrumentos derivados 2.032.500 328.195 4.582.043 -

Harmonização de políticas contabilísticas 8.972.642 - 8.191.876 -

Prejuízos f iscais reportáveis 17.177.112 - 16.429.925 -

Amortização fiscal do goodw ill - 17.177.112 - 16.429.925

Outros (16.094) 390.907 1.740.775 502.053

31.165.814 17.896.214 33.357.371 16.931.978

De acordo com a legislação em vigor o Grupo utiliza para calculo dos impostos diferidos relativos às filiais portuguesas uma taxa de 26,5%, a mesma resulta da soma da taxa aprovada para estar em vigor em 2014 e nos anos seguintes que ascende a 23% para o imposto sobre o rendimento colectivo, da derrama cuja taxa é 1,5% para o Grupo Altri e da derrama estadual que o Grupo Altri estima que suportará uma taxa em média de 2%, excepto no que respeita a activos por impostos diferidos resultantes de prejuízos fiscais reportáveis, situação em que é utilizada uma taxa de 23%. Relativamente à filial Altri, SL sediada em Espanha a taxa utilizada no cálculo dos activos e passivos por impostos diferidos foi de 30% por ser a taxa de imposto em vigor naquele país. De acordo com a legislação em vigor em Portugal, para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2013 a taxa base de imposto sobre os rendimentos em vigor foi de 25%. Adicionalmente, de acordo com a legislação em vigor em Portugal durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2013 a derrama estadual corresponde à aplicação de uma taxa adicional de 3% sobre a parte do lucro tributável entre 1,5 e 7,5 milhões de Euros e de 5% sobre a parte do lucro tributável superior a 7,5 milhões de Euros. Em 31 de Dezembro de 2013 foram avaliados os impostos diferidos a reconhecer resultantes de prejuízos fiscais, os quais só são registados na medida em que seja provável que ocorram lucros tributáveis no futuro e que possam ser utilizados para recuperar as perdas fiscais ou diferenças tributárias dedutíveis. Em 31 de Dezembro de 2013 apenas existiam prejuízos fiscais reportáveis gerados na Altri SL no montante de, aproximadamente, 63.700.000 Euros, cujos activos por impostos diferidos, numa óptica de prudência, não se encontram registados na totalidade e ascenderiam a, aproximadamente, 19.100.000 Euros. Os activos por impostos diferidos registados relativos a prejuízos fiscais da Altri SL ascendem a 17.177.112 Euros. Os impostos sobre o rendimento reconhecidos na demonstração dos resultados dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 podem ser detalhados como segue:

31.12.2013 31.12.2012

Imposto corrente (9.639.244) (9.931.148)

Imposto diferido (278.055) 1.269.857

(9.917.299) (8.661.291)

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013

(Montantes expressos em Euros)

- 32 -

A reconciliação do resultado antes de imposto para o imposto do exercício é como segue:

31.12.2013 31.12.2012

Resultado antes de Imposto 65.983.402 60.865.927

Taxa de Imposto (incluindo taxa máxima e derrama) 26,50% 26,50%

(17.485.602) (16.129.471)

Benefícios fiscais 13.247.089 11.255.347

Derrama estadual (3.218.219) (2.999.312)

Outros efeitos (2.460.567) (787.855)

Imposto sobre o rendimento (9.917.299) (8.661.291)

A rubrica benefícios fiscais em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 corresponde sobretudo à utilização da parte do crédito de imposto atribuído pelo Estado Português às filiais Celbi - Celulose Beira Industrial (Celbi), S.A. e Celtejo – Empresa de Celulose do Tejo, S.A. no âmbito do incentivo fiscal ao investimento no aumento da capacidade produtiva (Nota 21).

13. CLIENTES Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 esta rubrica tinha a seguinte composição:

31.12.2013 31.12.2012

Clientes, conta corrente 82.146.755 97.120.257Clientes de cobrança duvidosa 112.548 290.181

82.259.303 97.410.438Perdas de imparidade acumuladas em clientes (Nota 22) (1.964.665) (2.551.013)

80.294.638 94.859.425

A exposição do Grupo ao risco de crédito é atribuível antes de mais às contas a receber da sua actividade

operacional. Os montantes apresentados na demonstração da posição financeira encontram-se líquidos das perdas acumuladas de imparidade para cobranças duvidosas que foram estimadas pelo Grupo, de acordo com a sua experiência e com base na sua avaliação da conjuntura e envolventes económicas. O Conselho de Administração entende que os valores contabilísticos das contas a receber se aproximam do seu justo valor, uma vez que as mesmas não vencem juros e o efeito de desconto é considerado imaterial.

Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, a antiguidade do valor líquido do saldo de clientes pode ser analisada

como segue:

31.12.2013 31.12.2012

Não vencido 63.456.667 82.838.775

Vencido mas sem registo de imparidade 0 - 30 dias 10.435.419 6.786.339 30 - 90 dias 1.664.459 4.213.661 + 90 dias 4.738.093 1.020.650

80.294.638 94.859.425

O Grupo contratou seguros de crédito para cobrir o risco de incobrabilidade de parte destas contas a receber, como segue:

31.12.2013 31.12.2012

Com seguro de crédito 73.481.401 78.367.524Sem seguro de crédito 8.777.902 19.042.914

82.259.303 97.410.438

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013

(Montantes expressos em Euros)

- 33 -

O Grupo não cobra quaisquer encargos de juros enquanto os prazos de pagamento definidos (em média 60 dias) estejam a ser respeitados. Findos esses prazos, são cobrados os juros que estiverem definidos contratualmente, e de acordo com a lei em vigor e aplicável a cada situação, o que tenderá a ocorrer só em situações extremas. O Conselho de Administração entende que as contas a receber que não se encontram vencidas serão integralmente realizadas, tendo em conta o histórico de pagamentos e as características das contrapartes.

14. OUTRAS DÍVIDAS DE TERCEIROS Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 esta rubrica tinha a seguinte composição:

31.12.2013 31.12.2012

Adiantamentos a fornecedores 6.548 19.420Outros devedores 9.830.797 9.608.852

9.837.345 9.628.272

Perdas de imparidade acumuladas em outras dívidas de terceiros (Nota 22) (2.275.152) (2.386.790)7.562.193 7.241.482

Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, a rubrica “Outros devedores” corresponde, principalmente, a contas a

receber pela alienação de imobilizado, a cauções para contratos de arrendamento e a contas a receber para as quais foram constituídas perdas de imparidade. Adicionalmente, em 31 de Dezembro de 2013, esta rubrica inclui ainda o montante de 1.252.000 Euros (1.300.000 Euros em 31 de Dezembro de 2012) a receber fruto da alienação da Sócasca – Recolha e Comércio de Recicláveis, S.A..

Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, a antiguidade do valor líquido dos saldos de “Outras dívidas de terceiros” pode ser analisada como se segue:

31.12.2013 31.12.2012

Não vencido 6.304.756 5.841.541

Vencido mas sem registo de imparidade 0 - 30 dias - - 30 - 90 dias - - > 90 dias 1.257.437 1.399.941

1.257.437 1.399.941

7.562.193 7.241.482

Os devedores que não estão vencidos não apresentam qualquer sinal de imparidade, o valor contabilístico dos activos líquidos de imparidade é considerado como estando próximo do seu justo valor, sendo imaterial o efeito do seu desconto financeiro. O Conselho de Administração entende que as contas a receber que não se encontram vencidas serão integralmente realizadas, tendo em conta o histórico e características das contrapartes.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013

(Montantes expressos em Euros)

- 34 -

15. ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS

O detalhe da rubrica “Estado e outros entes públicos” em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, é o seguinte:

Valores devedores: 31.12.2013 31.12.2012

Imposto sobre o rendimento 9.220.451 -

Retenções na fonte 1.781 -

Imposto sobre o valor acrescentado 10.761.968 9.645.080Outros Impostos 239.528 165.457

20.223.728 9.810.537

Valores credores:Imposto sobre o rendimento - (3.784.278)Retenção na Fonte - IRS trabalho dependente (1.271.963) (495.671)Contribuições para a Segurança Social (466.874) (436.028)Imposto sobre o valor acrescentado (2.838) (350.882)Outros Impostos (172.481) (24.197)

(1.914.156) (5.091.056)

O saldo devedor em 31 de Dezembro de 2013 da rubrica “Imposto sobre o rendimento” corresponde a pagamentos por conta e pagamentos especiais por conta efectuados, líquidos da estimativa de imposto do exercício.

16. OUTROS ACTIVOS CORRENTES Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, esta rubrica tinha a seguinte composição:

Acréscimos de proveitos: 31.12.2013 31.12.2012Outros proveitos a facturar 377.775 232.946

Custos a reconhecer:Rendas e alugueres pagos antecipadamente 1.839.221 1.021.606Seguros pagos antecipadamente 437.907 534.620Outros custos pagos antecipadamente 799.970 758.271

3.454.873 2.547.443

17. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, o detalhe da rubrica “Caixa e equivalentes de caixa” era como segue:

31.12.2013 31.12.2012

Caixa 17.331 20.718Depósitos bancários 232.433.187 112.371.767

232.450.518 112.392.485

Descobertos bancários (Nota 21) (78.738) (1.767.991)

Caixa e equivalentes 232.371.780 110.624.494

Em descobertos bancários estão considerados os saldos credores de contas correntes com instituições financeiras, incluídos na demonstração da posição financeira na rubrica “Empréstimos bancários” (Nota 21).

Conforme indicado na Nota 2.4) a) ii), em 31 de Dezembro de 2013 e de 2012 os saldos de caixa e

equivalentes em moeda diferente do Euro ascendem a 26.600.326 Euros e 20.552.601 Euros, respectivamente. Dado que estes montantes correspondem a depósitos à ordem que são constantemente movimentados, os efeitos resultantes de alterações de taxas de câmbio sobre caixa e seus equivalentes detidos no início e no fim dos exercícios de 2013 e 2012 para efeito da demonstração dos fluxos de caixa são imateriais.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013

(Montantes expressos em Euros)

- 35 -

Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2013 os recebimentos relativos a investimentos financeiros foram os seguintes:

Valor da Valor transacção recebido Sócasca –Recolha e Comércio de Recicláveis, S.A (b) 2.300.000 48.000 --------------- ---------------- 2.300.000 48.000

========= ========= Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2012 os recebimentos relativos a investimentos financeiros foram os seguintes:

Valor da Valor transacção recebido EDP – Produção Bioeléctrica, S.A. (a) 3.000.000 3.000.000 Sócasca –Recolha e Comércio de Recicláveis, S.A. (b) 2.300.000 500.000 --------------- ---------------- 5.300.000 3.500.000 ========= =========

(a) – Devolução de empréstimos concedidos.

(b) – Empresa alienada em 2011.

Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, os pagamentos relativos a investimentos financeiros resultaram da aquisição de investimentos disponíveis para venda (Nota 4.3).

18. OUTROS ACTIVOS NÃO CORRENTES

Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 a rubrica “Outros activos não correntes” era composta conforme segue:

31.12.2013 31.12.2012

Rendas pagas antecipadamente 348.888 384.915 Imposto sobre o Valor Acrescentado (Nota 22) 2.722.651 -

3.071.539 384.915

19. CAPITAL SOCIAL E RESERVAS

Capital social

Em 31 de Dezembro de 2013, o capital social da Empresa encontrava-se totalmente subscrito e realizado e era composto por 205.131.672 acções com o valor nominal de 12,5 cêntimos de Euro cada.

Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 não existiam pessoas colectivas com uma participação no capital

subscrito de, pelo menos, 20%.

Reserva legal

A legislação comercial portuguesa estabelece que pelo menos 5% do resultado líquido anual tem de ser destinado ao reforço da “Reserva legal” até que esta represente pelo menos 20% do capital social.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013

(Montantes expressos em Euros)

- 36 -

Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, a Empresa apresentava o montante de 2.862.981 Euros relativo à reserva legal, a qual não pode ser objecto de distribuição aos accionistas a não ser em caso de liquidação da Empresa, mas pode ser utilizada para absorver prejuízos depois de esgotadas as outras reservas, ou incorporada em capital.

Outras reservas

31.12.2013 31.12.2012

Reservas de cobertura (1.660.330) (12.956.619)Outras reservas e resultados transitados 159.471.411 116.069.034

157.811.081 103.112.415

A rubrica “Reservas de cobertura” diz respeito ao justo valor dos instrumentos financeiros derivados classificados como de cobertura de fluxos de caixa na componente eficaz da cobertura, líquido dos respectivos impostos diferidos (Nota 28). Nos termos da legislação portuguesa, o montante de reservas distribuíveis é determinado com base nas demonstrações financeiras individuais da Empresa, apresentadas de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro, tal como adoptadas pela União Europeia, sendo que, em 31 de Dezembro de 2013 o montante de reservas distribuíveis ascende a 22.966.689 Euros.

20. INTERESSES SEM CONTROLO

O movimento desta rubrica durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 foi o seguinte:

31.12.2013 31.12.2012Saldo inicial 128.166 105.421

Resultado do exercício atribuível aos interesses sem controlo 18.142 22.745

Saldo f inal 146.308 128.166

21. EMPRÉSTIMOS BANCÁRIOS, OUTROS EMPRÉSTIMOS E INCENTIVOS REEMBOLSÁVEIS Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, o detalhe das rubricas “Empréstimos bancários”, “Outros empréstimos” e

“Incentivos reembolsáveis” é como segue:

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013

(Montantes expressos em Euros)

- 37 -

2013Valor nominal Valor contabilístico

Corrente Não corrente Total Corrente Não corrente Total

Empréstimos bancários 78.877.288 75.000.000 153.877.288 78.614.615 74.212.500 152.827.115 Descobertos bancários (Nota 17) 78.738 - 78.738 78.738 - 78.738

Empréstimos bancários 78.956.026 75.000.000 153.956.026 78.693.353 74.212.500 152.905.853

Papel comercial 181.900.000 66.000.000 247.900.000 181.497.235 65.207.880 246.705.115 Empréstimos obrigacionistas - 375.000.000 375.000.000 - 374.162.417 374.162.417 Outros empréstimos 33.347.002 - 33.347.002 32.222.352 - 32.222.352

Outros empréstimos 215.247.002 441.000.000 656.247.002 213.719.587 439.370.297 653.089.884

Incentivos reembolsáveis 71.008 11.228.419 11.299.427 71.008 11.228.419 11.299.427

294.274.036 527.228.419 821.502.455 292.483.948 524.811.216 817.295.164

2012Valor nominal Valor contabilístico

Corrente Não corrente Total Corrente Não corrente Total

Empréstimos bancários 43.699.190 103.556.923 147.256.113 43.699.190 103.556.923 147.256.113 Descobertos bancários (Nota 17) 1.767.991 - 1.767.991 1.767.991 - 1.767.991

Empréstimos bancários 45.467.181 103.556.923 149.024.104 45.467.181 103.556.923 149.024.104

Papel comercial 106.000.000 82.000.000 188.000.000 105.717.328 81.894.700 187.612.028 Empréstimos obrigacionistas - 375.000.000 375.000.000 - 373.104.432 373.104.432 Outros empréstimos 34.857.197 - 34.857.197 33.686.712 - 33.686.712

Outros empréstimos 140.857.197 457.000.000 597.857.197 139.404.040 454.999.132 594.403.172

Incentivos reembolsáveis 11.694.604 22.770.236 34.464.840 11.694.604 22.770.236 34.464.840

198.018.982 583.327.159 781.346.141 196.565.825 581.326.291 777.892.116

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013

(Montantes expressos em Euros)

- 38 -

Empréstimos bancários:

(i) Empréstimo bancário Altri SL Em Agosto de 2006, a subsidiária Altri, S.L. celebrou um contrato de empréstimo junto de um sindicato bancário no montante de 400.000.000 Euros destinado ao financiamento da aquisição das acções representativas de 99,96% do capital social e de 100% dos direitos de voto da Celbi, sendo que na data da sua obtenção foi dado como garantia o penhor das próprias acções da Celbi. Em 2007 este empréstimo sofreu uma amortização extraordinária de 250.000.000 Euros, pelo que nessa data a dívida em aberto passou a ascender a 150.000.000 Euros. Este empréstimo vence juros semestrais e postecipados a uma taxa de juro de Euribor a seis meses acrescida de um spread.

De acordo com as condições contratuais deste financiamento, os bancos podem solicitar, por sua única e exclusiva iniciativa o reembolso antecipado da totalidade do capital em dívida, caso se verifique que não foram atingidos determinados rácios de Dívida Líquida/EBITDA e de EBITDA /Serviço da dívida. O plano de reembolso deste financiamento foi renegociado no decorrer do exercício findo em 31 de Dezembro de 2012 o qual se fixou 11 prestações semestrais distintas, a primeira em Fevereiro de 2013 e a última em Fevereiro de 2018, sendo que em 31 de Dezembro de 2013 o valor em dívida relativo a este empréstimo ascendia a 73.790.322 Euros. No início de 2014 o montante de 73.790.322 Euros foi antecipadamente reembolsado pela Altri SL pelo que nas demonstrações financeiras a 31 de Dezembro de 2013 aquele montante está classificado como dívida corrente. Em 25 de Fevereiro de 2014 a Altri, S.L. contratou um novo empréstimo com o valor máximo de 25.000.000 Euros, o qual vence juros a uma taxa Euribor a seis meses acrescida de um spread, e o qual tem um prazo de seis meses prorrogável por iguais períodos se não denunciado por qualquer uma das partes com antecedência mínima de trinta dias a contar da sua data de vencimento ou das datas das suas renovações semestrais.

(ii) Empréstimo bancário Celbi Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2013 a Celbi contraiu um empréstimo bancário no montante de 75.000.000 Euros o qual vence juros a uma taxa de juro de Euribor a três meses acrescida de um spread, e cujo reembolso será efectuado em 3 prestações anuais sucessivas, a primeira das quais em Junho de 2016, pelo que o montante total do empréstimo encontra-se classificado como dívida não corrente. (iii) Contas correntes caucionadas

Em 31 de Dezembro de 2013 existam contas caucionadas contratadas no montante de, aproximadamente, 28 milhões de Euros (64 milhões de Euros em 31 de Dezembro de 2012) que se encontravam utilizadas no montante de, 500.000 Euros (14.001.000 Euros em 31 de Dezembro de 2012), classificadas na rubrica “Empréstimos bancários”, as quais vencem juros à taxa de Euribor entre 1 a 3 meses acrescida de spread. (iv) Outros empréstimos bancários

A 2 de Janeiro de 2014, a Altri e a Celbi celebraram um contrato de mútuo bancário no valor de 50.000.000 Euros, dos quais 30.000.000 Euros destinam-se exclusivamente ao reembolso de parte do empréstimo obrigacionista CELBI 2007/2015. O montante do empréstimo será disponibilizado em Fevereiro de 2015 e terá uma duração de 5 anos a contar da data da sua assinatura. Em 31 de Dezembro de 2013 o Grupo tem outros empréstimos bancários contratados no montante total de 4.586.966 Euros, os quais se encontram classificados como dívida corrente. Papel comercial: O Grupo tem contratados programas de papel comercial renováveis com garantia de colocação no montante máximo de 309.000.000 Euros em 31 de Dezembro de 2013 (188.000.000 Euros em 31 de Dezembro de 2012), subscritos por diversas empresas do Grupo Altri as quais vencem juros a uma taxa de juro correspondente à Euribor do prazo de emissão respectivo (entre 7 e 360 dias) acrescido de spread, sendo que em 31 de Dezembro de 2013 o montante total utilizado ascende a 247.900.000 Euros (188.000.000 Euros em 31 de Dezembro de 2012). A parcela classificada como dívida corrente inclui o montante de 145.900.000 Euros, o qual, de acordo com os contratos respectivos, ambas as partes podem denunciar o programa mediante um pré-

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ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013

(Montantes expressos em Euros)

- 39 -

aviso definido de 30 a 60 dias. Caso os programas não sejam denunciados por nenhuma das partes antes do seu vencimento apenas serão reembolsados entre os anos 2014 e 2018 dos quais o montante de 145.900.000 Euros entre os anos de 2015 a 2018, sendo convicção do Conselho de Administração que não haverá denúncia de qualquer das partes às renovações destes programas de papel comercial. Adicionalmente, a Celulose Beira Industrial (Celbi), S.A no decorrer do exercício findo em 31 de Dezembro de 2013 celebrou um programa de papel comercial com um montante máximo de 75.000.000 Euros, cujo desembolso, a ocorrer em Fevereiro de 2015,destina-se a reembolsar parte do empréstimo obrigacionista CELBI 2007/2015. Adicionalmente, de acordo com as condições contratuais, o banco poderá solicitar, por sua iniciativa o reembolso antecipado do capital em dívida, caso se verifique não terem sido atingidos determinados rácios Dívida Líquida/EBITDA e de EBITDA/ Serviço da Dívida. A 31 de Dezembro de 2013 a Celbi o montante utilizado deste programa era nulo. Em 27 de Janeiro de 2014 a Celulose Beira Industrial (Celbi), S.A. celebrou um contrato de programa de papel comercial com um montante máximo de 100.000.000 Euros. A finalidade do programa é o apoio à tesouraria para o reembolso do empréstimo obrigacionista CELBI 2007/2015, o ocorrer em Fevereiro de 2015. Adicionalmente, de acordo com as condições contratuais os bancos podem solicitar, por sua iniciativa o reembolso antecipado do capital em dívida, caso se verifique não terem sido atingidos determinados rácios Dívida Líquida/EBITDA e de Dívida Líquida/ Capital Próprio.

Empréstimos obrigacionistas:

A Celulose Beira Industrial (Celbi), S.A. em Fevereiro de 2007 procedeu à emissão de um empréstimo obrigacionista no montante de 300.000.000 Euros. As obrigações têm o prazo de 8 anos, tendo o seu vencimento em 2015, sendo os juros semestrais e postecipados a partir da data de subscrição, a uma taxa igual à Euribor a 6 meses adicionada de spread. No primeiro semestre de 2008 a Celulose Beira Industrial (Celbi), S.A. procedeu à emissão de dois empréstimos obrigacionistas adicionais, nos montantes de 50.000.000 Euros e 25.000.000 Euros. As obrigações têm o prazo de 10 anos, tendo o seu vencimento em 2018. As despesas incorridas com a montagem de empréstimos foram deduzidas ao seu valor nominal, encontrando-se estas a ser reconhecidas ao longo do período de vida do respectivo empréstimo (Nota 36).

Outros empréstimos: (i) Factoring

O Grupo Altri tem em vigor contratos de factoring com duas instituições bancárias, com duração inicial de um ano, segundo os quais poderá ceder contas a receber até ao limite de 55.000.000 Euros, os quais são renovados automaticamente por iguais períodos se não forem denunciados por nenhuma das partes com antecedência mínima de 60 dias contratuais. Sobre os valores descontados o Grupo pagará uma taxa de juro de Euribor a 3 meses acrescida de spread, sendo que em 31 de Dezembro de 2013 o montante utilizado ascendia a 33.347.002 Euros (34.857.197 Euros em 31 de Dezembro de 2012).

O Grupo Altri considera que os riscos e benefícios associados às contas a receber não foram transmitidos para a entidade com quem realizou este contrato de factoring, facto pelo qual apenas desreconhece as contas a receber cedidas em factoring no momento em que forem liquidadas pelo devedor original, de acordo com a política contabilística descrita na Nota 2.3 l) viii).

Incentivos reembolsáveis: Foi aprovada em Fevereiro de 2005 a candidatura da subsidiária Celtejo aos incentivos financeiros no âmbito do Programa Operacional de Economia – POE, para aplicação na concretização do projecto de expansão e modernização da unidade fabril da Empresa, tendo em vista o aumento da sua capacidade de produção e o aprofundamento da diferenciação comercial das pastas cruas de Pinho e Eucalipto. O investimento em causa tem um montante global estimado de, aproximadamente, 49.464.000 Euros. O valor total do incentivo financeiro atribuído no âmbito do POE consubstancia-se em: (i) um incentivo reembolsável até ao montante de 14.919.000 Euros; (ii) um prémio de realização sob a forma de incentivo não reembolsável que poderá atingir o valor máximo de 14.919.000 Euros, e que será deduzido ao valores a reembolsar do subsídio referido em (i); e, (iii) um incentivo não reembolsável sobre as despesas elegíveis para formação profissional. Este incentivo ficou concluído durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2012, encontrando-se o total do prémio de

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013

(Montantes expressos em Euros)

- 40 -

realização classificado em “Outros passivos não correntes” e “Outros passivos correntes” (Notas 24 e 27) líquidos do valor reconhecido na demonstração de resultados em “Outros proveitos” na proporção da parte amortizadas dos activos fixos tangíveis subsidiados. Em 31 de Dezembro de 2012 a quantia por liquidar relativa a este subsídio ascendia a 74.978 Euros, a qual estava classificada como dívida corrente. Durante o exercício de 2006 iniciou-se a candidatura do PRIME no âmbito do projecto de branqueamento da pasta de papel da unidade da Celtejo. Este investimento tinha um montante global estimado de cerca de 72.000.000 Euros tendo sido concluído em 2008. O valor total do investimento financeiro atribuído no âmbito do POE consubstancia-se em: (i) um incentivo reembolsável até ao montante de 15.323.000 Euros; (ii) um prémio de realização sob a forma de incentivo não reembolsável que poderá atingir o valor máximo de 12.317.330 Euros, e que será deduzido aos valores a reembolsar do subsídio referido. O prémio de realização será atribuído mediante o grau de cumprimento do contrato, apurado nas medições a efectuar no final dos anos de 2010, 2011 e 2013. A Celtejo efectuou uma estimativa dos rácios contratuais exigidos para o ano de 2013 tendo concluído que os mesmos estão cumpridos conferindo-lhe o direito a um prémio de realização estimado de, aproximadamente, 3.050.000 Euros, o qual foi classificado em “Outros passivos não correntes” e “Outros passivos correntes” (Notas 24 e 27) líquido do montante reconhecido directamente como proveito na demonstração dos resultados (Nota 34) na proporção da parte já amortizada dos activos fixos tangíveis subsidiados de acordo com a política contabilística da Nota 2.3 e). Em Janeiro de 2007 a Celbi e a Altri assinaram um contrato de concessão de incentivos financeiros e fiscais ao abrigo do Decreto-Lei nº. 203/2003, de 10 de Setembro, com a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, E.P.E. (AICEP), tendo o Estado Português considerado de interesse nacional (PIN) este projecto de expansão da capacidade produtiva da Celbi. O Projecto de Investimento decorreu entre 1 de Janeiro de 2007 e 30 de Junho de 2010 e o valor contratado é de 320.000.000 Euros sendo que o Estado Português concedeu um incentivo financeiro reembolsável correspondente a 16,5% das despesas elegíveis caso a Celbi cumpra com os objectivos propostos e medidos nos finais dos anos de 2009, 2010, 2013 e 2016 o Estado Português concederá ainda um Prémio de Realização que corresponderá ao não reembolso de até 80% do montante de incentivo reembolsável. O Estado Português concedeu também um Incentivo Fiscal correspondente a um crédito fiscal em sede de IRC no montante de 12% das aplicações relevantes. O montante total de incentivo reembolsável recebido pela Celbi ascendeu a 51.644.921 Euros. Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2013 a Celbi solicitou à AICEP a antecipação da última medição de grau de cumprimento do projecto dado que no exercício findo em 31 de Dezembro de 2012 a Celbi já cumpria os rácios exigidos para a medição de 2013. A AICEP concordou com a suspensão dos pagamentos, contudo, remeteu a conclusão da atribuição do prémio para o exercício findo de 31 de Dezembro de 2013 dado que existiam requisitos que só poderiam ser avaliados na data da medição. Dado que, com base na performance alcançada com referência a 31 de Dezembro de 2013 encontram-se cumpridos os requisitos necessários à atribuição do prémio de realização no montante de 16.526.400 Euros, a Celbi classificou aquele montante em “Outros passivos não correntes” e “Outros passivos correntes” líquido do montante reconhecido directamente como proveito na demonstração dos resultados (Nota 34) na proporção da parte já amortizada dos activos fixos tangíveis subsidiados de acordo com a política contabilística da Nota 2.3 e). Em 31 de Dezembro de 2013 a quantia por liquidar relativa a este subsídio ascendia a 8.632.454 Euros e estava classificada como dívida não corrente. A Caima Indústria no decorrer do exercício de 2011 obteve um incentivo reembolsável financeiro ao abrigo do Decreto- Lei n.º 287/2007 concedido pela Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal para um montante de investimento global de 8.815.500 Euros. O período de investimento deste projecto decorreu entre 2010 e 2013. O incentivo atribuído corresponde a 45% das despesas que se considerem elegíveis. A última tranche do subsídio foi recebida no decorrer do exercício de 31 de Dezembro de 2013, totalizando 3.294.000 Euros. Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2013 foi atribuído pela AICEP um prémio de realização no montante de cerca de 627.128 Euros, pelo que em 31 de Dezembro de 2013 a Empresa tinha em dívida, aproximadamente, 2.666.000 Euros, dos quais o montante de 71.008 Euros encontra-se classificado como dívida corrente. Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 a sensibilidade do Grupo a alterações no indexante da taxa de juro de mais ou menos 1 ponto percentual, medida como a variação nos resultados financeiros, pode ser analisada como segue, não considerando o efeito de cobertura dos instrumentos financeiros derivados (Nota 28):

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013

(Montantes expressos em Euros)

- 41 -

31.12.2013 31.12.2012

Juros suportados (Nota 36) 19.043.419 26.462.276

Diminuição de 1 p.p. na taxa de juro aplicada à (8.100.000) (7.750.000)totalidade do endividamento

Aumento de 1 p.p. na taxa de juro aplicada à 8.100.000 7.750.000totalidade do endividamento

A análise de sensibilidade acima foi calculada com base na exposição à taxa de juro existente à data do final de cada exercício. Para esta análise foi tido como pressuposto base que a estrutura de financiamento (activos e passivos remunerados) se manteve estável ao longo do ano e semelhante à apresentada no final de cada exercício e mantendo-se tudo o resto constante.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013

(Montantes expressos em Euros)

- 42 -

O prazo de reembolso dos empréstimos bancários, dos outros empréstimos e dos incentivos reembolsáveis, bem como dos juros associados é como segue:

31-12-2013

2014 2015 2016 2017 >2017 Total

Empréstimos bancáriosCapital 78.877.288 - 25.000.000 25.000.000 25.000.000 153.877.288 Juros (a) 7.282.952 3.844.674 4.260.687 3.141.318 1.881.113 20.410.744

Descobertos bancáriosCapital 78.738 - - - - 78.738 Juros (a) 1.417 - - - - 1.417

Papel comercialCapital 181.900.000 36.000.000 30.000.000 - - 247.900.000 Juros (a) 7.598.691 2.282.607 1.203.954 - - 11.085.252

Empréstimos obrigacionistasCapital - 300.000.000 - - 75.000.000 375.000.000 Juros (a) 5.169.404 6.644.169 1.744.846 2.196.137 3.127.500 18.882.056

Outros empréstimosCapital 33.347.002 - - - - 33.347.002 Juros (a) 722.901 - - - - 722.901

Incentivos reembolsáveisCapital 71.008 9.082.853 558.872 1.586.694 - 11.299.427 Juros (a) - - - - - -

TotalCapital 294.274.036 345.082.853 55.558.872 26.586.694 100.000.000 821.502.455Juros 20.775.366 12.771.450 7.209.487 5.337.455 5.008.613 51.102.369

315.049.402 357.854.303 62.768.359 31.924.149 105.008.613 872.604.824

31-12-2012

2013 2014 2015 2016 >2016 Total

Empréstimos bancáriosCapital 43.699.190 27.766.599 22.774.194 22.774.194 30.241.936 147.256.113 Juros (a) 8.274.464 5.993.883 4.594.052 3.421.270 2.084.223 24.367.892

Descobertos bancáriosCapital 1.767.991 - - - - 1.767.991 Juros (a) 38.123 - - - - 38.123

Papel comercialCapital 106.000.000 46.000.000 36.000.000 - - 188.000.000 Juros (a) 4.630.779 2.157.255 1.046.020 - - 7.834.054

Empréstimos obrigacionistasCapital - - 300.000.000 - 75.000.000 375.000.000 Juros (a) 4.673.496 5.302.064 6.332.611 1.560.324 1.889.248 19.757.743

Outros empréstimosCapital 34.857.197 - - - - 34.857.197 Juros (a) 612.185 - - - - 612.185

Incentivos reembolsáveisCapital 11.694.604 10.057.471 11.820.059 892.706 - 34.464.840 Juros (a) - - - - - -

TotalCapital 198.018.982 83.824.070 370.594.253 23.666.900 105.241.936 781.346.141 Juros 18.229.047 13.453.202 11.972.683 4.981.594 3.973.471 52.609.996

216.248.029 97.277.272 382.566.936 28.648.494 109.215.407 833.956.137

(a) Considerando a informação disponível à data de fecho do exercício relativa à evolução das taxas de juro e que a

amortização do capital é realizada no final de cada ano.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013

(Montantes expressos em Euros)

- 43 -

22. PROVISÕES E PERDAS DE IMPARIDADE

O movimento verificado nas provisões e perdas de imparidade durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 pode ser detalhado como segue:

31-12-2013

Provisões

Perdas de imparidade em contas a receber

(Notas 13 e 14)

Perdas de imparidade em inventários e activos biológicos (Nota 11) Total

Saldo inicial 1.535.342 4.937.803 5.966.162 12.439.307

Aumentos 3.673.455 24.847 - 3.698.302

Utilizações - (507.220) (700.000) (1.207.220)

Reversões (139.751) (160.745) - (300.496)

Transferências 54.868 (54.868) - -

Saldo f inal 5.123.914 4.239.817 5.266.162 14.629.893

31-12-2012

Provisões

Perdas de imparidade em contas a receber

(Notas 13 e 14)

Perdas de imparidade em inventários e activos biológicos (Nota 11) Total

Saldo inicial 1.149.668 1.585.515 5.266.162 8.001.345

Aumentos 396.365 3.458.553 700.000 4.554.918

Utilizações - (106.265) - (106.265)

Reversões (10.691) - - (10.691)

Saldo f inal 1.535.342 4.937.803 5.966.162 12.439.307

Os aumentos e as reversões de perdas de imparidade verificados nos exercícios findos em 31 de Dezembro

de 2013 e 2012 foram registados por contrapartida da rubrica “Provisões e perdas por imparidade” (Proveito de 24.845 Euros) e “Outros impostos indirectos” (Custo de 3.422.651 Euros) da demonstração dos resultados. Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2013 a subsidiária Caima Indústria de Celulose, S.A. procedeu ao pagamento de uma liquidação adicional de Imposto sobre o Valor Acrescentado de anos anteriores às autoridades fiscais alemãs, no montante de 2.722.651 Euros, o qual registou na rubrica “Outros activos não correntes” por não concordar com os fundamentos daquela liquidação (Nota 18). Durante o mês de Janeiro de 2014 procedeu a um pagamento adicional de Imposto sobre o Valor Acrescentado às mesmas entidades de, aproximadamente, 700.000 Euros. Para fazer face ao risco daquelas liquidações adicionais se tornarem, definitivas, o Grupo Altri registou um passivo na rubrica “Provisões” por contrapartida da rubrica “Outros impostos indirectos” da demonstração de resultados.

O valor registado na rubrica “Provisões” em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 corresponde à melhor estimativa

da Administração para fazer face à totalidade das perdas a incorrer com processos actualmente em curso. 23. OUTROS CREDORES NÃO CORRENTES

Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 esta rubrica tinha a seguinte composição:

31.12.2013 31.12.2012

Fornecedores de activos fixos (Nota 31.2) 404.350 528.802

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013

(Montantes expressos em Euros)

- 44 -

24. OUTROS PASSIVOS NÃO CORRENTES

Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 esta rubrica dizia respeito integralmente às parcelas de subsídios ao investimento não reembolsáveis (Notas 21 e 27) a qual tinha a seguinte decomposição:

31-12-2013 31-12-2012

TotalCorrente (Nota 27) Não corrente Total

Corrente (Nota 27)

Não corrente

CeltejoPOE 2.062.338 557.395 1.504.943 4.547.529 710.927 3.836.602 PRIME 4.978.077 1.060.987 3.917.090 1.490.892 779.965 710.927 Outros subsídios 143.287 - 143.287 143.287 143.287 -

7.183.702 1.618.382 5.565.320 6.181.708 1.634.179 4.547.529 CelbiPIN 28.774.668 3.039.485 25.735.183 18.630.772 1.704.887 16.925.885 Outros subsídios - - - 927.497 304.881 622.616

28.774.668 3.039.485 25.735.183 19.558.269 2.009.768 17.548.501 Caima IndústriaSIME 666.868 133.374 533.494 463.389 463.389 - PRIME 108.318 108.318 - 216.187 216.187 - QREN 564.417 62.713 501.704 - - - Outros subsídios 113.512 64.412 49.100 - - -

1.453.115 368.817 1.084.298 679.576 679.576 - 37.411.485 5.026.684 32.384.801 26.419.553 4.323.523 22.096.030

25. FORNECEDORES

Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, esta rubrica tinha a seguinte composição:

31.12.2013 0-90 dias 90-180dias >180 diasFornecedores, conta corrente 45.540.200 45.540.200 - -Fornecedores, facturas em recepção e conferência 14.494.397 14.494.397 - -

60.034.597 60.034.597 - -

31.12.2012 0-90 dias 90-180dias >180 diasFornecedores, conta corrente 43.457.232 43.457.232 - -Fornecedores, facturas em recepção e conferência 12.886.153 12.886.153 - -

56.343.385 56.343.385 - -

A Pagar

A Pagar

Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 a rubrica “Fornecedores” respeitava a valores a pagar resultantes de aquisições decorrentes do curso normal das actividades do Grupo. O Conselho de Administração entende que o valor contabilístico destas dívidas é aproximado ao seu justo valor.

26. OUTRAS DÍVIDAS A TERCEIROS

Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 a rubrica “Outras dívidas a terceiros” pode ser detalhada como segue:

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013

(Montantes expressos em Euros)

- 45 -

31.12.2013 0-90 dias 90-180dias >180 diasFornecedores de activos f ixos 2.460.254 2.386.668 11.380 62.206Outras dívidas 3.935.207 3.865.834 69.373 -

6.395.461 6.252.502 80.753 62.206

31.12.2012 0-90 dias 90-180dias >180 diasFornecedores de activos f ixos 1.144.521 1.079.344 65.177 -Outras dívidas 5.534.914 5.534.914 - -

6.679.435 6.614.258 65.177 -

A Pagar

A Pagar

Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 a linha “Fornecedores de activos fixos” inclui os montantes de 223.741 Euros e 318.177 Euros, respectivamente, relativos a locações financeiras (Nota 31.2).

27. OUTROS PASSIVOS CORRENTES

Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 a rubrica “Outros passivos correntes” pode ser detalhada como segue:

31.12.2013 31.12.2012

Encargos a liquidar

Remunerações a liquidar (3.233.946) (3.912.292)

Juros a liquidar (3.841.772) (5.505.043)

Rendas a liquidar (1.605.477) (1.697.517)

Encargos com energia e gás a liquidar (5.667.141) (4.898.828)

Descontos a liquidar (4.411.336) (3.906.935)

Taxas hidrícas a liquidar (1.079.823) (1.362.656)

Outros encargos a liquidar (6.696.938) (9.539.999)

Proveitos a reconhecer

Subsídios ao investimento (Notas 21 e 24) (5.026.684) (4.323.523)

Outros proveitos a reconhecer (67.713) (74.401)

(31.630.830) (35.221.194)

A linha “Outros encargos a liquidar” em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 diz respeito a despesas relacionadas com a actividade operacional já incorridas e ainda não liquidadas.

28. INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVADOS

Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 as empresas do Grupo Altri tinham em vigor contratos relativos a instrumentos financeiros derivados associados a cobertura das variações do preço da pasta de papel, taxa de juro e taxa de câmbio sendo esses instrumentos registados de acordo com o seu justo valor. As empresas do Grupo Altri apenas utilizam derivados para cobertura de fluxos de caixa associados às operações geradas pela sua actividade. (i) Derivados de taxa de juro

Por forma a reduzir a sua exposição à volatilidade das taxas de juro, o Grupo contratou “swaps” de taxa de juro e um “collar” de taxa de juro. Estes contratos foram avaliados de acordo com o seu justo valor em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, tendo o correspondente montante sido reconhecido na rubrica “Instrumentos financeiros derivados”.

Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, o Grupo Altri tinha em vigor contratos de derivados de taxa de juro cujos montantes totais são como segue:

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013

(Montantes expressos em Euros)

- 46 -

Justo valor Justo valor

Tipo Montante Maturidade Juro 31.12.2013 31.12.2012

Interest rate collar (c) 143.750.000 31-07-2013 Paga taxa f ixa e recebe Euribor a 6M - (3.276.157)

Interest rate sw ap (a) 25.000.000 08-02-2015 Paga combinação de diversas taxas e recebe Euribor a 6M (1.816.374) (3.068.531)

Interest rate sw ap (b) 20.000.000 08-08-2014 Paga taxa f ixa e recebe Euribor a 6M (614.399) (1.207.488)

Interest rate sw ap (b) 80.000.000 09-02-2015 Paga taxa f ixa e recebe Euribor a 6M (3.573.954) (5.865.289)

(6.004.727) (13.417.466)

(a) Apesar de terem sido contratados com um objectivo de cobertura de risco (e não de especulação), estes contratos não cumprem com todos os requisitos necessários para que se qualifiquem como de cobertura, (Nota 2.3 l) v)) pelo que a variação do seu justo valor foi registada por contrapartida da demonstração dos resultados (Nota 36). (b) De acordo com as políticas contabilísticas adoptadas estes derivados cumprem com os requisitos para serem designados como instrumentos de cobertura de taxa de juro (Nota 2.3 l) v)). (c) Apesar de ter sido contratado com um objectivo de cobertura de risco (e não de especulação), parte deste contrato derivado não cumpre com todos os requisitos necessários para que se qualifique como de cobertura, (Nota 2.3 l) v)) pelo que a variação do justo valor na parte que não cumpre com todos os requisitos necessários para que se qualifique como de cobertura, foi registada por contrapartida da demonstração dos resultados (Nota 36).

O apuramento do justo valor dos derivados contratados pelo Grupo foi efectuado pelas respectivas contrapartes (instituições financeiras com quem foram celebrados tais contratos). O modelo de avaliação destes derivados, utilizado pelas contrapartes, baseia-se no método dos Cash Flows descontados, i.e., utilizando as Par Rates de Swaps, cotadas no mercado interbancário, e disponíveis nas páginas Reuters e/ou Bloomberg, para os prazos relevantes, sendo calculadas as respectivas taxas forwards e factores de desconto que servem para descontar os cash flows fixos (leg fixo) e os cash flows variáveis (leg variável). O somatório das duas parcelas resulta no Valor Actualizado Líquido dos cash flows futuros ou justo valor dos derivados.

O aumento/diminuição de 1 ponto percentual nos indexantes da taxa de juro verificada durante o exercício de 2013 e estimada para o período de duração dos derivados teria implicado o aumento/diminuição dos resultados financeiros do exercício findo em 31 de Dezembro de 2013 de, aproximadamente, 640.000 Euros e da rubrica do capital próprio “Reservas de cobertura” de, aproximadamente 920.000 Euros/ 925.000 Euros antes de consideração dos respectivos efeitos fiscais. (ii) Derivados de cobertura de preço da pasta de papel Por forma a reduzir a sua exposição à volatilidade do preço da pasta de papel, o Grupo contratou derivados de cobertura do preço da pasta de papel, os quais foram avaliados de acordo como seu justo valor em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, tendo o correspondente montante sido reconhecido na rubrica “Instrumentos financeiros derivados”.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013

(Montantes expressos em Euros)

- 47 -

Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 encontravam-se em vigor os seguintes contratos derivados de preço da pasta de papel:

Justo valor

Quantidade coberta Vencimento 31.12.2013 31.12.2012

2000 ton/mês 31-12-2013 - (1.933.389)

2000 ton/mês 31-12-2012 - (161.677)

2000 ton/mês 31-12-2013 - (1.717.569)

500 ton/mês 31-12-2012 - (32.965)

500 ton/mês 31-12-2012 - (35.965)

2000 ton/mês 30-06-2013 - (786.651)

2000 ton/mês 31-12-2012 - (51.028)

2000 ton/mês 31-12-2013 - (1.142.036)

1500 ton/mês 31-08-2014 375.570 (96.085)

2000 ton/mês 31-03-2014 (104.260) (1.416.573)

2000 ton/mês 30-09-2014 (379.562) (1.322.392)

1000 ton/mês 31-12-2014 402.324 -

1000 ton/mês 31-12-2014 426.290 -

Fair value positivo 1.204.184 -

Fair value negativo (483.822) (8.696.330)

720.362 (8.696.330)

O preço fixado para os contratos com vencimento em 2013 e 2014 varia entre os 510 e os 582,5 Euros por tonelada de pasta. O apuramento do justo valor dos derivados, de cobertura do preço da pasta de papel, contratados pelo Grupo foi efectuado pelas respectivas contrapartes (instituições financeiras com quem foram celebrados tais contratos). O modelo de avaliação destes derivados, utilizado pelas contrapartes, baseia-se no método dos Cash Flows descontados, i.e., é calculada a diferença entre a cotação estimada da pasta de papel (PIX) e o preço fixado para os prazos relevantes, que posteriormente é actualizada para a data a que se reporta a avaliação. De acordo com as políticas contabilísticas adoptadas, estes derivados de pasta de papel cumprem com os requisitos para serem considerados como instrumentos de cobertura, pelo que a variação do seu justo valor foi registada na rubrica do capital próprio “Reservas de cobertura”. O aumento/diminuição de 5% no indexante do derivado da pasta de papel (PIX) durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2013 e estimado para o período de duração destes derivados teria implicado uma diminuição/aumento dos resultados operacionais do exercício findo em 31 de Dezembro de 2013 de, aproximadamente, 3.200.000 Euros e da rubrica do capital próprio “Reservas de cobertura” de, aproximadamente, 36.000 Euros, antes de consideração dos respectivos efeitos fiscais. (iii) Derivados de taxa de câmbio

A Altri utiliza derivados de taxa de câmbio, fundamentalmente, de forma a efectuar a cobertura de fluxos de caixa futuros. Desta forma a Altri contratou “forwards” de taxa de câmbio de dólares dos Estados Unidos, de forma a gerir o risco de taxa de câmbio a que está exposta. Em 31 de Dezembro de 2012, o justo valor dos instrumentos derivados de taxa de câmbio, calculados tendo por base os valores de mercado actuais de instrumentos financeiros equivalentes de taxa de câmbio era de 261.783 Euros, o qual se venceu no decorrer do exercício findo em 31 de Dezembro de 2013. A determinação do justo valor destes instrumentos financeiros teve por base a actualização para a data da demonstração da posição financeira do montante que se estima que será recebido/pago na data de termo do contrato. O montante de liquidação considerado na avaliação é igual ao montante na moeda de referência multiplicado pela diferença entre a taxa de câmbio contratada e a de mercado para a data de liquidação determinada à data da avaliação.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013

(Montantes expressos em Euros)

- 48 -

O movimento ocorrido no justo valor dos instrumentos financeiros durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 pode ser detalhado como segue:

2013

Derivados de cobertura de preço da

pastaDerivados de taxa

de juroDerivados de taxa

de câmbio Total

Saldo inicial (8.696.330) (13.417.466) 261.783 (21.852.013)

Variação do justo valor

Efeitos em capitais próprios (Nota 19) 9.416.692 1.442.696 - 10.859.388

Efeitos na demonstração de resultados (Nota 36) - 5.970.043 (261.783) 5.708.260

Saldo final 720.362 (6.004.727) - (5.284.365)

2012

Derivados de cobertura de preço da

pastaDerivados de taxa

de juroDerivados de taxa

de câmbio Total

Saldo inicial (302.933) (14.449.051) - (14.751.984)

Variação do justo valor

Efeitos em capitais próprios (Nota 19) (8.393.397) 1.222.145 - (7.171.252)

Efeitos na demonstração de resultados (Nota 36) - (190.560) 261.783 71.223

Saldo final (8.696.330) (13.417.466) 261.783 (21.852.013)

Os ganhos e perdas do exercício associados à variação do justo valor, durante o exercício de 2013, dos instrumentos de cobertura na parte não corrida (conforme denominados nos termos do IAS 39), no montante de 10.859.388 Euros ((7.171.252) Euros durante o exercício de 2012), foram registados directamente em rubricas de capitais próprios líquidos dos correspondentes impostos diferidos, no montante de (2.877.738) Euros (1.900.382 Euros em 31 de Dezembro de 2012) (Notas 12 e 19). Os ganhos e perdas do exercício associados à variação do justo valor, durante o exercício de 2013, dos instrumentos de cobertura na parte corrida, dos instrumentos que embora tenham sido contratados com o objectivo de cobertura, não cumprem com os requisitos para serem classificados como tal e a parte ineficaz dos instrumentos de cobertura foram registados directamente na demonstração de resultados do exercício findo em 31 de Dezembro de 2013 (Nota 36).

29. GARANTIAS E PASSIVOS CONTINGENTES Em 31 de Dezembro de 2013 e de 2012, os principais passivos contingentes respeitavam a garantias prestadas e tinham o seguinte detalhe:

31.12.2013 31.12.2012AICEP/API (Nota 21) 7.689.484 22.456.565Outros 476.996 496.806

8.166.480 22.953.371

30. COMPROMISSOS FINANCEIROS ASSUMIDOS E NÃO INCLUIDOS NA DEMONSTRAÇÃO DA POSIÇÃO

FINANCEIRA a) Fundos de pensões

Algumas empresas do Grupo Altri possuem compromissos relacionados com encargos com fundos de reforma não incluídos na demonstração da posição financeira consolidada, uma vez que tais compromissos se encontram cobertos por fundo de pensões autónomos, como de seguida se detalha.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013

(Montantes expressos em Euros)

- 49 -

O Fundo de Pensões Caima e Altri Florestal, constituído por escritura de 31 de Dezembro de 1987 e administrado pela “BPI Pensões - Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A.”, destina-se a garantir aos trabalhadores (i) que à data normal da reforma ou (ii) na cessação contratual do contrato de trabalho com a Empresa, tenham pelo menos 57 anos de idade e 10 anos de serviço contínuo, o direito a um complemento de reforma, a partir da idade normal de reforma, cujo valor tem por base a média dos vencimentos ilíquidos dos últimos dois anos ao serviço da empresa. Por decisão da Administração da Caima, o Fundo de Pensões Caima e Altri Florestal foi dividido em dois fundos autónomos, em Dezembro de 1998, após autorização do Instituto de Seguros de Portugal. Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2010, a Caima e a Altri Florestal transferiram as quotas-partes das adesões colectivas que detém junto do BPI Pensões para o plano da Celtejo, integrando o plano C. Esta transferência foi requerida ao Instituto de Seguros de Portugal em 23 de Setembro de 2010 tendo este deliberado favoravelmente em 3 de Março de 2011, pelo que em Abril de 2011 o património de fundo de pensões da Altri Florestal e da Caima foi incorporado no fundo de pensões Celtejo.

Nos termos do Regulamento dos Benefícios Sociais em vigor, os empregados do quadro permanente da Celtejo com mais de cinco anos de serviço, têm direito após a passagem à reforma ou numa situação de invalidez a um complemento mensal de pensão de reforma ou invalidez. Este complemento está definido de acordo com uma fórmula que tem em consideração a remuneração mensal líquida actualizada para a categoria profissional do empregado à data da reforma e o número de anos de serviço, no máximo de 30, sendo ainda garantidas pensões de sobrevivência ao cônjuge e a descendentes directos. Para cobrir estas responsabilidades existe um fundo de pensões autónomo denominado Fundo de Pensões Tejo. A Celbi atribui aos seus colaboradores, com contrato de trabalho subordinado sem prazo, que se reformem ao seu serviço, um conjunto de benefícios definidos no Regulamento do Fundo de Pensões da Empresa, publicado no Diário da República nº 221-III série, de 21 de Setembro de 1999. De acordo com este regulamento a Celbi garante o seguinte regime de benefícios:

i) Reforma por velhice: Os participantes que se reformarem na data normal de reforma terão direito a uma pensão de reforma

anual, que será o resultado do produto de 11,5% sobre o salário anual pensionável;

ii) Reforma por invalidez: Plano A – No caso do participante ser reformado definitivamente por invalidez pelo regime geral da segurança social, ou ser aceite como tal pelos serviços clínicos do associado e da entidade gestora, o Fundo garante o pagamento de uma pensão calculada de acordo com as seguintes fórmulas:

Pensão 1: 1. Com menos de dez anos de tempo de serviço pensionável – 50% do salário anual pensionável. 2. Com dez ou mais anos de tempo de serviço pensionável – 80% do salário anual pensionável. Ao valor da pensão de reforma anual acima definido será deduzido o montante da pensão anual dedutível. Pensão 2: Os participantes terão direito a um capital complementar igual a um quinto de mês do vencimento mensal auferido à data da reforma por cada ano de tempo de serviço pensionável.

Pensão 3:

Caso a invalidez se verifique depois dos 55 anos de idade, o capital indicado na pensão 2 é acrescido de um outro que é igual a 50% do salário anual pensionável.

Plano B – No caso do participante ser reformado definitivamente por invalidez pelo regime geral da segurança social, ou ser aceite como tal pelos serviços clínicos do associado e da entidade gestora, o Fundo garante o pagamento de uma pensão de reforma anual, que será o resultado do produto de 11,5% sobre o salário anual pensionável.

Só poderão beneficiar do plano A os participantes já ao serviço do associado à data de entrada em vigor da presente alteração. A estes participantes e relativamente aos planos A e B aplicar-se-á aquele que lhes for mais favorável. Aos participantes que vierem a ser admitidos no associado, a partir da data da entrada em vigor desta alteração, e que vierem a reformar-se por invalidez ao serviço do associado será aplicado exclusivamente o plano B.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013

(Montantes expressos em Euros)

- 50 -

O regime de benefícios definido no plano de pensões aplica-se à generalidade dos trabalhadores da Celbi. De acordo com os estudos actuariais realizados pelas sociedades gestoras dos fundos com referência a 31 de Dezembro de 2013, 2012, 2011 e 2010, o valor actual das responsabilidades por serviços passados para os colaboradores no activo e para os reformados, bem como a situação patrimonial dos fundos de pensões, naquelas datas, eram como segue:

Caima/Celtejo/Altriflorestal Celbi Total

Responsabilidades actuais por serviços passados 15.100.475 7.951.521 23.051.996

Situação patrimonial dos fundos de pensões 15.096.391 8.140.208 23.236.599

Caima/Celtejo/Altriflorestal Celbi Total

Responsabilidades actuais por serviços passados 14.926.583 7.526.613 22.453.196

Situação patrimonial dos fundos de pensões 15.262.570 7.767.609 23.030.179

Caima/Celtejo/Altriflorestal Celbi Total

Responsabilidades actuais por serviços passados 14.884.715 6.933.935 21.818.650

Situação patrimonial dos fundos de pensões 14.789.841 7.095.598 21.885.439

Caima/Celtejo/Altriflorestal Celbi Total

Responsabilidades actuais por serviços passados 13.954.156 6.771.450 20.725.606

Situação patrimonial dos fundos de pensões 14.085.096 7.667.099 21.752.195

2012

2011

2010

2013

O detalhe dos montantes registados na demonstração dos resultados relacionados com planos de pensões de benefícios definidos nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 é como segue:

2013 2012

Custo dos serviços correntes (434.227) (466.555)

Juros das responsabilidades (998.646) (969.606)

Ganhos/(Perdas) actuariais (29.164) (235.637)

Rendimento/Retorno do Fundos de Pensões 1.135.118 1.962.937

(326.919) 291.139

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013

(Montantes expressos em Euros)

- 51 -

O movimento verificado no valor actual das responsabilidades por serviços passados durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 é como segue:

2013 2012

Responsabilidades no início do exercício 22.453.196 21.818.650

Benefícios pagos pelos Fundos de Pensões (863.237) (1.037.252)

Custo dos serviços correntes 434.227 466.555

Custo dos juros 998.646 969.606

Perdas/(Ganhos) actuariais 29.164 235.637

Responsabilidades no f im do exercício 23.051.996 22.453.196

O movimento verificado na situação patrimonial dos fundos de pensões durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 é como segue:

2013 2012

Valor dos Fundos de Pensões no início do exercício 23.030.179 21.885.439

Pensões pagas (863.237) (1.037.252)

Rendimento/Retorno do Fundo 1.135.118 1.962.937

Outros (65.461) 219.055

Valor dos Fundos de Pensões no f im do exercício 23.236.599 23.030.179

As responsabilidades relativas ao plano de Pensões Celtejo, foram determinadas com base nos seguintes pressupostos:

(i) Método de cálculo “Projected Unit Credit”; (ii) Tábuas de Mortalidade TV 88/90; (iii) Tábuas de Invalidez EKV-80; (iv) Taxa de rendimento/desconto 4,5%; e (v) Taxa de crescimento salarial 0%.

O Fundo de Pensões Celtejo tem as seguintes características:

(i) Composição da carteira: a. 13,92 % acções; b. 71,99 % obrigações a taxa fixa; c. 6,53 % obrigações a taxa variável; e d. 7,56% Liquidez e outros activos.

(ii) Retorno esperado dos activos do plano no longo prazo 4,5%. As responsabilidades relativas ao plano de Pensões Celbi, foram determinadas com base nos seguintes pressupostos:

(i) Método de cálculo “Projected Unit Credit”; (ii) Tábuas de Mortalidade GKF95; (iii) Tábuas de Invalidez SR 2001; (iv) Taxa de rendimento/desconto até à idade da reforma 4% e após a idade da reforma 3%; (v) Taxa de crescimento salarial 2,5%.

O Fundo de Pensões Celbi tem as seguintes características:

(i) Composição da carteira: a. 18 % acções; b. 42,1 % obrigações a taxa fixa; c. 25 % obrigações a taxa variável; e d. 14,9% Liquidez e outros activos.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013

(Montantes expressos em Euros)

- 52 -

(ii) Retorno esperado dos activos do plano no longo prazo 4% até à idade da reforma e 3% após a idade da reforma.

b) Outros compromissos

Em 31 de Dezembro de 2013, os compromissos contratuais para aquisição de imobilizado assumidos pelas empresas do Grupo Altri são de, aproximadamente, 24.000.000 Euros (2.400.000 Euros em 31 de Dezembro de 2012) (Nota 7).

31. LOCAÇÕES

31.1 LOCAÇÕES OPERACIONAIS Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 foi reconhecido como custo do exercício o montante de, aproximadamente, 9.300.000 Euros (9.310.000 Euros durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2012) relativo a rendas pagas a título de contratos de locação operacional, fundamentalmente relativos a terrenos explorados pelo Grupo. Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 os pagamentos mínimos fixados àqueles contratos de locação operacional vencem-se como segue:

Ano 2013 2012

Até 1 ano 10.369.844 11.031.106 Entre 1 ano e 5 anos 36.037.750 34.302.051 Mais de 5 anos 92.653.066 90.735.796

139.060.660 136.068.953

31.2 LOCAÇÕES FINANCEIRAS

Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, as responsabilidades reflectidas na demonstração da posição financeira do Grupo relativas a locações financeiras eram como segue:

Ano 2013 2012

Até 1 ano (Nota 26) 223.741 318.177 Entre 1 e 5 anos (Nota 23) 404.350 528.802 Mais de 5 anos - -

628.091 846.979

Em 31 de Dezembro de 2013 e de 2012, estima-se que o justo valor das obrigações financeiras em contratos de locação financeira corresponda, aproximadamente, ao seu valor contabilístico.

As obrigações financeiras por locações são garantidas pela reserva de propriedade dos bens locados.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013

(Montantes expressos em Euros)

- 53 -

32. PARTES RELACIONADAS

As participadas do Grupo Altri têm relações entre si que se qualificam como transacções com partes relacionadas, as quais foram efectuadas a preços de mercado. Nos procedimentos de consolidação as transacções entre empresas incluídas na consolidação pelo método de integração global são eliminadas, uma vez que as demonstrações financeiras consolidadas apresentam informação da detentora e das suas subsidiárias como se de uma única empresa se tratasse, pelo que não são divulgadas nesta nota. Os saldos 31 de Dezembro de 2013 e 2012 e as transacções com entidades relacionadas durante os exercícios findos naquelas datas podem ser resumidos como segue:

Transacções 31.12.2013 31.12.2012 31.12.2013 31.12.2012 31.12.2013 31.12.2012Empresas associadas e empreendimentos conjuntos (a) 2.181.663 1.460.419 4.712.657 4.209.987 320.072 712.261Outras partes relacionadas (b) 6.135.933 6.867.062 - - - -

8.317.596 8.327.481 4.712.657 4.209.987 320.072 712.261

Saldos 31.12.2013 31.12.2012 31.12.2013 31.12.2012 31.12.2013 31.12.2012Empresas associadas e empreendimentos conjuntos (a) 91.556 467.432 521.439 108.129 13.807.905 13.807.905Outras partes relacionadas (b) 6.169.358 7.057.514 124.335 258.066 - -

6.260.914 7.524.946 645.774 366.195 13.807.905 13.807.905

Compras e serviços recebidos Vendas e prest. de serviços Juros auferidos

Contas a pagar Contas a receber Empréstimos concedidos

(a) Todas as entidades consolidadas pelo método da equivalência patrimonial em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 conforme Nota 4.2 e investimentos disponíveis para venda conforme Nota 4.3;

(b) Foram consideradas como outras partes relacionadas as empresas do Grupo Ramada.

Para além das transacções acima identificadas não existem outras transacções com empresas relacionadas. Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, não ocorreram transacções com os Administradores do Grupo nem lhes foram concedidos empréstimos. Para além das empresas incluídas na consolidação (Nota 4) as entidades consideradas relacionadas em 31 de Dezembro de 2012 podem ser apresentadas como segue:

Adcom Media Anúncios e Publicidade, S.A. Alteria, S.G.P.S., S.A. Storax – Equipements, S.A. Caderno Azul, S.G.P.S., S.A. Actium Capital, S.G.P.S., S.A. Cofihold, S.G.P.S., S.A. Cofina, SGPS, S.A. Cofina Media, SGPS, S.A. Cofina Eventos e Comunicação, S.A. Destak Brasil – Editora de Publicações, S.A. Destak Brasil – Empreendimentos e Participações, S.A. Edisport – Sociedade de Publicações, S.A. Edirevistas – Sociedade Editorial, S.A. Efe Erre Participações, S.G.P.S., S.A. Elege Valor, S.G.P.S., S.A. F. Ramada – Investimentos, SGPS, S.A. F. Ramada – Aços e Indústrias, S.A. F. Ramada – Produção e Comercialização de Estruturas Metálicas de Armazenagem, S.A. F. Ramada II, Imobiliária, S.A. F. Ramada Serviços de Gestão, Lda. Grafedisport – Impressão e Artes Gráficas, S.A. Livre Fluxo, S.G.P.S., S.A. Malva – Gestão Imobiliária, S.A. Mediafin, SGPS, S.A. Metronews – Publicações S.A. Mercados Globais – Publicação de Conteúdos, Lda.

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ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013

(Montantes expressos em Euros)

- 54 -

Presselivre – Imprensa Livre, S.A. Sociedade Imobiliária Porto Seguro – Investimentos Imobiliários, S.A. Storax Racking Systems, Ltd. Storax Benelux Transjornal – Edição de Publicações, S.A. Torres da Luz – Investimentos Imobiliários, S.A. Universal Afir – Aços, Máquinas e Ferramentas, S.A. VASP – Sociedade de Transportes e Distribuições, Lda Web Works – Desenvolvimento de Aplicações para Internet, S.A. Valor Autêntico, SGPS, S.A.

33. COMPENSAÇÕES DOS GESTORES CHAVE

As compensações atribuídas aos gestores chave, que, dado o modelo de governação do Grupo, correspondem aos membros do Conselho de Administração da Altri, durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 ascenderam a 1.079.120 Euros e 1.303.820 Euros, respectivamente, e referem-se unicamente a remunerações fixas, tendo sido integralmente pagas por subsidiárias. Em 31 de Dezembro de 2013, não existem: (i) planos ou sistemas de incentivos relacionados com a atribuição de acções aos membros do Conselho de Administração; (ii) indemnizações pagas ou devidas a ex-administradores relativamente à cessão de funções durante o exercício; (iii) regimes complementares de pensões ou de reforma antecipada para os administradores; ou (iv) benefícios não pecuniários considerados como remuneração. A administradora Laurentina Martins beneficia de um plano atribuído antes da sua nomeação para o Conselho de Administração em virtude de, na data da atribuição, ser colaboradora da subsidiária Caima – Indústria de Celulose, S.A. As principais características e informação sobre o referido plano encontra-se detalhada na Nota 30 a). Em 31 de Dezembro de 2013 as responsabilidades por serviços passados afectas a esta colaboradora ascendiam a 430.090 Euros, não tendo sido efectuada qualquer contribuição para o referido fundo em 2013. A Altri, S.G.P.S., S.A. não possui qualquer plano de atribuição de acções ou de opções de aquisição de acções aos membros dos órgãos sociais, nem aos seus trabalhadores.

34. OUTROS PROVEITOS A rubrica da demonstração dos resultados “Outros proveitos” no exercício findo em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 era composta como se segue:

31.12.2013 31.12.2012

Subsídios ao investimento e à exploração 10.066.808 9.968.769Ganhos obtidos na alienação de activos f ixos 141.684 395.732Outros 3.291.998 2.355.257

13.500.490 12.719.758

35. OUTROS CUSTOS

A rubrica da demonstração dos resultados “Outros custos” no exercício findo em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 era composta como se segue:

31.12.2013 31.12.2012

Impostos directos e taxas (1.517.611) (1.413.107)Perdas da parte corrida de contratos derivados de commodities (Nota 28) (8.793.869) (5.412.800)Outros (1.822.892) (3.527.061)

(12.134.372) (10.352.968)

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ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013

(Montantes expressos em Euros)

- 55 -

36. RESULTADOS FINANCEIROS

Os custos e proveitos financeiros dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 podem ser detalhados como segue:

31.12.2013 31.12.2012

Custos f inanceiros:Juros suportados (Nota 21) (19.043.419) (26.462.276)Diferenças de câmbio desfavoráveis (2.553.845) (1.864.399)Perdas em instrumentos derivados (3.579.253) (5.007.167)Outros custos e perdas financeiras (5.809.223) (6.571.031)

(30.985.740) (39.904.873)

Proveitos f inanceiros:Juros obtidos 3.087.608 2.871.751

Diferenças de câmbio favoráveis 1.929.342 1.323.010Outros proveitos e ganhos f inanceiros 205.921 85.805

5.222.871 4.280.566

A rubrica “Perdas em instrumentos derivados” corresponde a perdas e ganhos resultantes da variação do justo valor de derivados em vigor no final de cada exercício e a perdas em instrumentos derivados resultantes de juros corridos e do vencimento ou liquidação de instrumentos derivados (Nota 28). A rubrica “Outros custos e perdas financeiras” inclui entre outros, despesas incorridas com a montagem de empréstimos, que se encontram a ser reconhecidas como custo ao longo do período de vida do respectivo empréstimo (Nota 21). Os “Resultados relativos a empresas associadas” correspondem à apropriação da quota-parte do Grupo dos resultados nos investimentos em associadas (Nota 4.2).

37. AMORTIZAÇÕES E DEPRECIAÇÕES

A rubrica da demonstração de resultados “Amortizações e depreciações” relativa a exercícios findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 é composta como segue:

31-12-2013 31-12-2012

Activos fixos tangíveis (Nota 7) 48.683.243 48.281.016

Propriedades de investimento (Nota 8) 7.379 7.381

Activos intangíveis (Nota 10) 545.549 573.256

49.236.171 48.861.653

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ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013

(Montantes expressos em Euros)

- 56 -

38. RESULTADOS POR ACÇÃO

Os resultados por acção dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 foram calculados em função dos seguintes montantes:

31-12-2013 31-12-2012

Número de acções para efeito de cálculo do resultado líquido básico e diluído 205.131.672 205.131.672

Resultado para efeito do cálculo do resultado por acção 55.347.961 52.181.891

Resultado por acção

Básico 0,27 0,25

Diluído 0,27 0,25

Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 não existem efeitos diluidores do número de acções em circulação.

39. INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS

Em 16 de Abril de 2008, o Conselho de Administração da ALTRI, S.G.P.S., S.A. aprovou um projecto de cisão-simples desta sociedade. Nos termos do referido projecto de cisão-simples, a reorganização projectada teve como objectivo a separação das duas unidades de negócio autónomas da ALTRI correspondentes ao exercício da actividade da gestão de participações sociais, respectivamente, no sector da pasta e papel e no sector do aço e sistemas de armazenagem. Esta reorganização inseriu-se numa lógica de focalização e transparência dos negócios da ALTRI, visando conferir a cada uma das áreas uma maior visibilidade e percepção de valor pelo mercado, e que permitiu ao grupo Altri concentrar a actividade no seu core business, a produção de pasta de papel branqueada de eucalipto, pelo que o seu Conselho de Administração considera existir um único segmento de negócio relatável, sendo que a informação de gestão é também preparada e analisada nesse pressuposto.

Geograficamente, a repartição das vendas e prestações de serviços do Grupo por mercado é como segue:

31.12.2013 31.12.2012

Mercado interno 111.464.720 111.621.517

Mercado externo 447.605.331 418.485.768

559.070.051 530.107.285

40. NÚMERO DE PESSOAL

Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 o número médio de pessoal ao serviço das empresas incluídas na consolidação pelo método de consolidação integral foi de 651 e 638, respectivamente.

41. HONORÁRIOS DO REVISOR OFICIAL DE CONTAS

As remunerações pagas aos auditores do Grupo Altri e a outras pessoas singulares ou colectivas pertencentes à mesma rede, pelas empresas em relação de domínio ou de grupo, relativas ao exercício de 2013, foram como segue:

2013 % 2012 %

Valor dos serviços de revisão de contas (€) 267.147 43,6% 280.925 56,0%

Valor dos serviços de garantia de fiabilidade (€) 163.493 26,7% 102.891 20,5%

Subtotal serviços de auditoria 430.640 70,2% 383.816 76,5%

Valor dos serviços de consultoria f iscal (€) 27.075 4,4% - 0,0%

Valor de outros serviços (€) 155.467 25,4% 118.117 23,5%

613.182 100,00% 501.933 100,00%

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ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013

(Montantes expressos em Euros)

- 57 -

42. APLICAÇÃO DO RESULTADO LIQUÍDO

No que respeita ao exercício de 2012 o Conselho de Administração propôs, no seu relatório anual, que o resultado líquido negativo individual da Altri, SGPS, S.A. no montante de 4.145.968,07 Euros fosse transferido para Resultados Transitados, o Conselho de Administração propôs também a distribuição de reservas livres no montante de 5.128.292,80 Euros, sob a forma de dividendos tendo aquelas propostas sido aprovada em Assembleia geral realizada em 18 de Abril de 2013. No que respeita ao exercício de 2013, o Conselho de Administração propõe, no seu relatório anual, que o resultado líquido da Altri, SGPS, S.A. no montante de 10.843.235,78 Euros seja aplicado como segue:

Reserva legal 542.161,79

Reservas livres 1.685.543,77

Distribuição de dividendos 8.615.530,22

---------------------

10.843.235,78

============

43. INFORMAÇÃO RELATIVA A MATÉRIAS AMBIENTAIS No âmbito do Protocolo de Quioto, a União Europeia comprometeu-se a reduzir a emissão de gases de efeito de estufa. Neste contexto, foi emitida uma Directiva Comunitária que prevê a comercialização das chamadas “Licenças de emissão de CO2”, entretanto transposta para a legislação portuguesa e que é aplicável, a partir de 1 de Janeiro de 2005, entre outras, à indústria de pasta e papel. Pela publicação do Despacho conjunto nº 38/2013 de 15 de Março de 2013, foi efectuada a distribuição pelo Governo Português das “Licenças de emissão de CO2” às diversas empresas portuguesas abrangidas, estando prevista a atribuição, a título gratuito, de licenças para a emissão de 94.951 toneladas de CO2 às empresas do Grupo para o ano de 2013. Caso as emissões reais sejam superiores às “Licenças de emissão de CO2” atribuídas, o Grupo terá que adquirir as licenças em falta no mercado. A entrega das “Licenças de emissão de CO2”, correspondente às emissões reais realizadas num exercício, é efectuada no início do ano seguinte, estando os valores apresentados pelas empresas relativos às emissões reais efectuadas sujeitos a certificação por uma entidade independente.

Considerando que estas licenças se referem ao período 2013-2020, com base nos dados previsionais de emissão de CO2 para o ano de 2012, não se estimam encargos significativos para o Grupo em consequência da entrada em vigor desta legislação para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2013. Em 31 de Dezembro de 2013 não se encontra registado nas demonstrações financeiras qualquer passivo de carácter ambiental nem é divulgada qualquer contingência ambiental, por ser convicção do Conselho de Administração que não existem, a essa data, obrigações ou contingências provenientes de acontecimentos passados de que resultem encargos materialmente relevantes para o Grupo Altri.

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ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013

(Montantes expressos em Euros)

- 58 -

44. APROVAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

As demonstrações financeiras foram aprovadas pelo Conselho de Administração e autorizadas para emissão em 27 de Março de 2014. A sua aprovação final está ainda sujeita a concordância da Assembleia Geral de Accionistas.

O Conselho de Administração

____________________________________________ Paulo Jorge dos Santos Fernandes

____________________________________________ João Manuel Matos Borges de Oliveira

____________________________________________ Pedro Macedo Pinto de Mendonça

____________________________________________ Domingos José Vieira de Matos

____________________________________________ Laurentina da Silva Martins

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CONTAS INDIVIDUAIS

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ALTRI, SGPS, S.A.

DEMONSTRAÇÕES DA POSIÇÃO FINANCEIRA EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E 2012

(Montantes expressos em Euros)

ACTIVO Notas 31.12.2013 31.12.2012

ACTIVOS NÃO CORRENTES:

Activos fixos tangíveis 5.146 6.315

Activos intangíveis 1.253 2.327

Investimentos em empresas do grupo 4 117.295.641 118.470.641

Total de activos não correntes 117.302.040 118.479.283

ACTIVOS CORRENTES:

Estado e outros entes públicos 6 e 8 13.970.450 14.864

Outras dívidas de terceiros 6, 9 e 17 10.028.758 200.031

Outros activos correntes 6 e 10 22.395 6.260

Caixa e equivalentes de caixa 6 e 7 5.091.081 1.963.816

Total de activos correntes 29.112.684 2.184.971

Total do activo 146.414.724 120.664.254

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO 31.12.2013 31.12.2012

CAPITAL PRÓPRIO:

Capital social 11 25.641.459 25.641.459

Reserva legal 11 2.862.981 2.862.981

Outras reservas 11 12.665.615 21.939.876

41.170.055 50.444.316

Resultado líquido do exercício 20 10.843.236 (4.145.968)

Total do capital próprio 52.013.291 46.298.348

PASSIVO:

PASSIVO CORRENTE:

Empréstimos bancários 6, 7 e 12 - 859.857

Outros empréstimos 6 e 12 67.321.284 39.791.951

Fornecedores 6 10.580 1.354

Outras dívidas a terceiros 6, 13 e 17 26.736.753 33.466.507

Estado e outros entes públicos 6 e 8 145.395 145.687

Outros passivos correntes 6 e 14 187.421 100.550

Total de passivos correntes 94.401.433 74.365.906

Total do passivo e capital próprio 146.414.724 120.664.254

O anexo faz parte integrante das demonstrações financeiras.

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

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ALTRI, SGPS, S.A.

DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS POR NATUREZAS

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E 2012

(Montantes expressos em Euros)

Notas 31.12.2013 31.12.2012

Outros proveitos 6.342 -

Fornecimento e serviços externos (164.407) (176.887)

Custos com o pessoal 18 (195.178) (251.066)

Amortizações e depreciações (5.479) (4.884)

Outros custos (190.302) (130.773)

Ganhos em empresas do grupo 15 10.000.000 -

Custos financeiros 16 (3.127.497) (3.605.468)

Proveitos financeiros 16 9.733 22.720

Resultado antes de impostos 6.333.212 (4.146.358)

Impostos sobre o rendimento 5 4.510.024 390

Resultado líquido do exercício 20 10.843.236 (4.145.968)

Resultados por acção

Básico 19 0,053 (0,020)

Diluído 19 0,053 (0,020)

O anexo faz parte integrante das demonstrações financeiras.

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

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ALTRI, S.G.P.S., S.A.

DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS E DE OUTRO RENDIMENTO INTEGRAL

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E 2012

(Montantes expressos em Euros)

Notas 31.12.2013 31.12.2012

Resultado líquido do exercício 20 10.843.236 (4.145.968)

Outro rendimento integral:

Itens que não serão reclassificados para o resultado líquido - -

- -

Itens que futuramente podem ser reclassificados para o resultado líquido - -

- -

Outro rendimento integral do exercício - -

Total do rendimento integral do exercício 10.843.236 (4.145.968)

O anexo faz parte integrante das demonstrações financeiras.

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

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ALTRI, S.G.P.S., S.A.

DEMONSTRAÇÕES DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E 2012

(Montantes expressos em Euros)

Notas

Capital

social

Reserva

legal

Outras

reservas

Resultado

líquido

Total do

capital

próprio

Saldo em 1 de Janeiro de 2012 11 25.641.459 2.862.981 28.955.794 (2.913.285) 54.546.949

Aplicação do resultado de 2011 20 - - (2.913.285) 2.913.285 -

Distribuição de dividendos 20 - - (4.102.633) - (4.102.633)

Total do rendimento integral do exercício - - - (4.145.968) (4.145.968)Saldo em 31 de Dezembro de 2012 11 25.641.459 2.862.981 21.939.876 (4.145.968) 46.298.348

Saldo em 1 de Janeiro de 2013 11 25.641.459 2.862.981 21.939.876 (4.145.968) 46.298.348

Aplicação do resultado de 2012 20 - - (4.145.968) 4.145.968 -

Distribuição de dividendos 20 - - (5.128.293) - (5.128.293)

Total do rendimento integral do exercício - - - 10.843.236 10.843.236Saldo em 31 de Dezembro de 2013 11 25.641.459 2.862.981 12.665.615 10.843.236 52.013.291

O anexo faz parte integrante das demonstrações financeiras.

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

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ALTRI , SGPS, S.A.

DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA PARA OS

EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E 2012

(Montantes expressos em Euros)

Notas 31.12.2013 31.12.2012

Actividades operacionais:Pagamentos a fornecedores (152.545) (180.901)Pagamentos ao pessoal (194.895) (260.036)Outros recebimentos/pagamentos relativos à actividade operacional (194.099) (138.647)Impostos sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas (1.014.500) (42.872)

Fluxos gerados pelas actividades operacionais (1) (1.556.039) (622.456)

Actividades de investimento:Recebimentos provenientes de:

Investimentos financeiros 4 e 7 1.175.000 -Juros e proveitos similares 4.935 29.435

Pagamentos relativos a:

Activos fixos tangíveis (3.235) (2.699)

Activos intangíveis - (3.223)

Fluxos gerados pelas actividades de investimento (2) 1.176.700 23.513

Actividades de financiamento:

Recebimentos provenientes de:

Empréstimos obtidos 30.250.000 32.000.000

Pagamentos respeitantes a:

Juros e custos similares (3.155.246) (3.323.817)

Dividendos 20 (5.128.293) (4.102.633)

Empréstimos obtidos (17.601.000) (24.049.000)

Fluxos gerados pelas actividades de financiamento (3) 4.365.461 524.550

Caixa e seus equivalentes no início do exercício 7 1.104.959 1.179.352

Variação de caixa e seus equivalentes: (1)+(2)+(3) 3.986.122 (74.393)Caixa e seus equivalentes no fim do exercício 7 5.091.081 1.104.959

O Anexo faz parte integrante das demonstrações financeiras.

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

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ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013

(Montantes expressos em Euros)

- 1 -

1. NOTA INTRODUTÓRIA A Altri, SGPS, S.A. (“Altri” ou “Empresa”) é uma sociedade anónima constituída em 1 de Março de 2005, com

sede na Rua General Norton de Matos, 68, r/c no Porto e que tem como actividade principal a gestão de participações sociais (Nota 4), sendo as suas acções cotadas na NYSE Euronext Lisbon.

A Altri dedica-se à gestão de participações sociais essencialmente na área industrial, sendo a empresa-mãe

do grupo de empresas designado por Grupo Altri, cuja actividade actual se centra na produção de pasta de papel branqueada de eucalipto através de três unidades produtivas (a Celbi na Figueira da Foz, a Caima em Constância do Ribatejo e a Celtejo em Vila Velha de Ródão). As demonstrações financeiras da Altri são apresentadas em Euros em valores arredondados à unidade, sendo esta a divisa utilizada pelo Grupo nas suas operações e como tal considerada a moeda funcional.

2. PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

2.1. BASES DE APRESENTAÇÃO

As demonstrações financeiras anexas foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações a partir dos livros e registos contabilísticos da Empresa, mantidos de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro, tal como adoptadas pela União Europeia. Devem entender-se como fazendo parte daquelas normas, as Normas Internacionais de Relato Financeiro (“IFRS” – International Financial Reporting Standards) emitidas pelo International Accounting Standard Board (“IASB”), as Normas Internacionais de Contabilidade (“IAS”), emitidas pelo International Accounting Standards Committee (“IASC”) e respectivas interpretações – IFRIC e SIC, emitidas, respectivamente, pelo International Financial Reporting Interpretation Committee (“IFRIC”) e pelo Standing Interpretation Committee (“SIC”), que tenham sido adoptadas pela União Europeia. De ora em diante, o conjunto daquelas normas e interpretações serão designados genericamente por “IFRS”. As demonstrações financeiras intercalares foram apresentadas, trimestralmente, de acordo com a IAS 34 – “Relato Financeiro Intercalar”.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013

(Montantes expressos em Euros)

- 2 -

(i) Adopção de normas e interpretações novas, emendadas ou revistas

As seguintes normas, interpretações, emendas e revisões aprovadas (“endorsed”) pela União Europeia e com aplicação obrigatória nos exercícios económicos iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2013, foram adoptadas pela primeira vez no exercício findo em 31 de Dezembro de 2013:

Norma

Aplicável nos

exercícios iniciados em

ou após

Observações

Emenda à norma IFRS 1 – Adopção pela Primeira Vez das

Normas Internacionais de Relato Financeiro

(Empréstimos do governo)

Emenda à norma IFRS 7 – Instrumentos Financeiros:

divulgações (Compensação entre activos financeiros e

passivos f inanceiros)

Emenda à norma IAS 1 – Apresentação de Demonstrações

Financeiras (Outro rendimento integral) Esta emenda consubstancia-se nas seguintes alterações:

(i) os itens que compõem o Outro Rendimento Integral e que futuramente

serão reconhecidos em resultados do exercício passam a ser apresentados

separadamente; e

(ii) a Demonstração do Resultado Integral passa também a denominar-se

Demonstração dos Resultados e de Outro Rendimento Integral.

A revisão desta norma contemplou diversas alterações, nomeadamente:

(i) reconhecimento dos ganhos e perdas actuariais e f inanceiros decorrentes

de diferenças entre os pressupostos utilizados na determinação das

responsabilidades e do rendimento esperado dos activos e os valores

efectivamente verif icados, assim como os resultantes de alterações de

pressupostos actuariais e f inanceiros ocorridos no exercício, por

contrapartida de reservas (outro rendimento integral);

(ii) passa a ser aplicada uma única taxa de juro na determinação do valor

presente das responsabilidades e do retorno esperado dos activos do plano;

(iii) os gastos registados em resultados correspondem apenas ao custo do

serviço corrente e aos gastos líquidos com juros;

(iv) introdução de novas exigências em termos de divulgação.

IFRIC 20 – Registo de certos custos na fase de produção de

uma mina a céu aberto 01-jan-13

Esta interpretação clarif ica o registo de certos custos incorridos durante a

fase de produção numa mina a céu aberto.

Melhoramentos das normas internacionais de relato financeiro

(ciclo 2009-2011)01-jan-13

Estas melhorias envolvem a revisão de diversas normas, nomeadamente IFRS

1 (aplicação repetida da norma), IAS 1 (informação comparativa), IAS 16

(equipamento de serviço), IAS 32 (efeito f iscal da distribuição de instrumentos

de capital próprio) e IAS 34 (informação de segmentos).

IFRS 13 – Mensuração ao Justo Valor (nova norma)

01-jul-12

Revisão da norma IAS 19 – Benefícios a Empregados 01-jan-13

01-jan-13

Esta emenda isenta as entidades que adoptam pela primeira vez as IFRS da

aplicação retrospectiva das disposições da IAS 39 e do parágrafo 10A da IAS

20 relativas a empréstimos do governo.

01-jan-13

Esta emenda vem exigir divulgações adicionais ao nível dos instrumentos

f inanceiros, em particular as relacionadas com a compensação entre activos

e passivos f inanceiros.

Esta norma vem substituir as orientações existentes nas diversas normas

IFRS relativamente à mensuração de justo valor. Esta norma é aplicável

quando outra norma IFRS requer ou permite mensurações ou divulgações de

justo valor.

01-jan-13

O efeito nas demonstrações financeiras da Altri do exercício findo em 31 de Dezembro de 2013, decorrente da adopção das normas, interpretações, emendas e revisões acima referidas, não foi significativo.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013

(Montantes expressos em Euros)

- 3 -

(ii) Normas e interpretações novas, emendadas ou revistas não adoptadas

As seguintes alterações, com aplicação obrigatória nos exercícios indicados em ou após 1 de Janeiro de 2013, foram até à data de aprovação destas demonstrações financeiras, aprovadas (“endorsed”) pela União Europeia:

Norma

Aplicável nos

exercícios iniciados

em ou após

Observações

Emenda às normas:

         IFRS 10 – Demonstrações Financeiras

Consolidadas;

         IFRS 12 – Divulgações Sobre Participações

Noutras Entidades

(Entidades de investimento)

Emenda à norma IAS 36 – Imparidade

(Divulgações sobre a quantia recuperável de

activos não f inanceiros)

Emenda à norma IAS 39 – Instrumentos

Financeiros: Reconhecimento e Mensuração

(Reformulação de derivados e continuação da

contabilidade de cobertura)

IFRS 10 – Demonstrações Financeiras

Consolidadas01-jan-14

Esta norma vem estabelecer os requisitos relativos à apresentação de

demonstrações f inanceiras consolidadas por parte da empresa-mãe,

substituindo, quanto a estes aspectos, a norma IAS 27 – Demonstrações

Financeiras Consolidadas e Separadas e a SIC 12 – Consolidação –

Entidades com Finalidade Especial. Esta norma introduz ainda novas regras

no que diz respeito à definição de controlo e à determinação do perímetro

de consolidação.

IFRS 11 – Acordos Conjuntos 01-jan-14

Esta norma substitui a IAS 31 – Empreendimentos Conjuntos e a SIC 13 –

Entidades Controladas Conjuntamente – Contribuições Não Monetárias por

Empreendedores e vem eliminar a possibilidade de utilização do método de

consolidação proporcional na contabilização de interesses em

empreendimentos conjuntos.

01-jan-14

Esta emenda vem clarif icar determinados aspectos da norma relacionados

com a aplicação dos requisitos de compensação entre activos e passivos

f inanceiros.

IFRS 12 – Divulgações Sobre Participações

Noutras Entidades01-jan-14

Esta norma vem estabelecer um novo conjunto de divulgações relativas a

participações em subsidiárias, acordos conjuntos, associadas e entidades

não consolidadas.

IAS 27 – Demonstrações Financeiras Separadas

(2011)01-jan-14

Esta emenda vem restringir o âmbito de aplicação da IAS 27 às

demonstrações f inanceiras separadas.

01-jan-14

Esta emenda elimina os requisitos de divulgação da quantia recuperável de

uma unidade geradora de caixa com goodw ill ou intangíveis com vida útil

indefinida alocados nos períodos em que não foi registada qualquer perda

por imparidade ou reversão de imparidade. Vem introduzir requisitos

adicionais de divulgação para os activos relativamente aos quais foi

registada uma perda por imparidade ou reversão de imparidade e a quantia

recuperável dos mesmos tenha sida determinada com base no justo valor

01-jan-14

Esta emenda vem permitir, em determinadas circunstâncias, a continuação

da contabilidade de cobertura quando um derivado designado como

instrumento de cobertura é reformulado.

IAS 28 – Investimentos em Associadas e

Entidades Conjuntamente Controladas (2011)01-jan-14

Esta emenda vem garantir a consistência entre a IAS 28 – Investimentos em

Associadas e as novas normas adoptadas, em particular a IFRS 11 –

Acordos Conjuntos.

01-jan-14

Esta emenda vem introduzir uma dispensa de consolidação para

determinadas entidades que se enquadrem na definição de entidade de

investimento. Estabelece ainda as regras de mensuração dos investimentos

detidos por essas entidades de investimento.

Emenda à norma IAS 32 – Compensação entre

activos e passivos f inanceiros

Estas alterações, apesar de aprovadas (“endorsed”) pela União Europeia, não foram adoptadas pela Altri no exercício findo em 31 de Dezembro de 2013, em virtude da sua aplicação não ser ainda obrigatória. Não são estimados impactos significativos nas demonstrações financeiras decorrentes da adopção das mesmas. As políticas contabilísticas e os critérios de mensuração adoptados pela Altri em 31 de Dezembro de 2013 são comparáveis com os utilizados na preparação das demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2012.

Na preparação das demonstrações financeiras, em conformidade com os IFRS, o Conselho de Administração da Empresa adoptou certos pressupostos e estimativas que afectam os activos e passivos reportados, bem

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013

(Montantes expressos em Euros)

- 4 -

como os proveitos e custos incorridos relativos aos períodos reportados. Todas as estimativas e assumpções efectuadas pelo Conselho de Administração foram efectuadas com base no seu melhor conhecimento existente, à data de aprovação das demonstrações financeiras, dos eventos e transacções em curso.

As demonstrações financeiras anexas foram preparadas para apreciação e aprovação em Assembleia Geral

de Accionistas. O Conselho de Administração da Empresa entende que as mesmas serão aprovadas sem alterações.

2.2 PRINCIPAIS CRITÉRIOS VALORIMÉTRICOS Os principais critérios valorimétricos utilizados pela Empresa na preparação das suas demonstrações

financeiras são os seguintes:

a) Activos intangíveis

Os activos intangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das amortizações e das perdas por imparidade acumuladas. Os activos fixos intangíveis só são reconhecidos se for provável que deles advenham benefícios económicos futuros para a Empresa, sejam controláveis pela Empresa e se possa medir razoavelmente o seu valor.

As despesas de investigação incorridas com novos conhecimentos técnicos são reconhecidas na

demonstração dos resultados quando incorridas. As despesas de desenvolvimento para as quais a Empresa demonstre capacidade para completar o seu

desenvolvimento e iniciar a sua comercialização e/ou uso e relativamente às quais seja provável que o activo criado venha a gerar benefícios económicos futuros, são capitalizadas. As despesas de desenvolvimento que não cumpram estes critérios são registadas como custo no período em que são incorridas.

Os custos internos associados à manutenção e ao desenvolvimento de software são registados como

custos na demonstração dos resultados quando incorridos, excepto na situação em que estes custos estejam directamente associados a projectos para os quais seja provável a geração de benefícios económicos futuros para a Empresa. Nestas situações os custos são capitalizados como activos incorpóreos.

As amortizações são calculadas, após o início de utilização dos bens, pelo método das quotas constantes

em conformidade com o período de vida útil estimado (genericamente 3 a 5 anos).

b) Activos fixos tangíveis

Os activos fixos tangíveis que correspondem sobretudo a equipamento administrativo encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das correspondentes amortizações e das perdas por imparidade acumuladas.

As amortizações são calculadas, após os bens estarem em condições de serem utilizados, pelo método das quotas constantes em conformidade com o período de vida útil estimado para cada grupo de bens.

As taxas de amortização utilizadas correspondem ao seguinte período de vida útil estimada: Anos Equipamento administrativo 3 a 10 As despesas de conservação e reparação que não aumentem a vida útil dos activos nem resultem em

benfeitorias ou melhorias significativas nos elementos dos activos fixos tangíveis são registadas como custo do exercício em que são incorridas.

Os activos fixos tangíveis em curso representam activos ainda em fase de construção, encontrando-se registados ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas por imparidade. Estes activos são amortizados a partir do momento em que os activos subjacentes estejam em condições de serem utilizados.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013

(Montantes expressos em Euros)

- 5 -

As mais ou menos valias resultantes da venda ou abate de activos fixos tangíveis são determinadas como a diferença entre o preço de venda e o valor líquido contabilístico na data de alienação ou abate, sendo registadas na demonstração dos resultados nas rubricas “Outros proveitos” ou “Outros custos”.

c) Imparidade dos activos fixos tangíveis e dos activos intangíveis, excepto Goodwill

É efectuada uma avaliação de imparidade dos activos à data de cada balanço e sempre que seja

identificado um evento ou alteração nas circunstâncias que indiquem que o montante pelo qual o activo se encontra registado possa não ser recuperável.

Sempre que o montante pelo qual o activo se encontra registado é superior à sua quantia recuperável, é

reconhecida uma perda por imparidade, registada na demonstração dos resultados na rubrica “Provisões e perdas por imparidade”.

A quantia recuperável é a mais alta entre o preço de venda líquido e o valor de uso. O preço de venda

líquido é o montante que se obteria com a alienação do activo, numa transacção entre entidades independentes e conhecedoras, deduzido dos custos directamente atribuíveis à alienação. O valor de uso é o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados que são esperados que surjam do uso continuado do activo e da sua alienação no final da sua vida útil. A quantia recuperável é estimada para cada activo, individualmente ou, no caso de não ser possível, para a unidade geradora de fluxos de caixa à qual o activo pertence.

Quando as perdas por imparidade, reconhecidas em exercícios anteriores, deixem de existir, são objecto

de reversão. A reversão das perdas por imparidade é reconhecida na demonstração dos resultados na rubrica “Outros proveitos”. Esta reversão da perda por imparidade é efectuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (líquida de amortização ou depreciação) caso a perda por imparidade não se tivesse registado em exercícios anteriores.

d) Encargos financeiros com empréstimos obtidos

Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos são usualmente reconhecidos como custo

na demonstração dos resultados de acordo com o princípio da especialização dos exercícios. Nos casos em que são contratados empréstimos com o fim específico de financiar activos fixos, os juros

correspondentes são capitalizados, fazendo parte do custo do activo. A capitalização destes encargos inicia-se após o início da preparação das actividades de construção, e cessa quando o activo se encontra pronto para utilização ou caso o projecto seja suspenso.

e) Provisões

As provisões são reconhecidas quando, e somente quando a Empresa: (i) tenha uma obrigação presente

(legal ou construtiva) resultante de um evento passado; (ii) seja provável que para a resolução dessa obrigação ocorra uma saída de recursos; e (iii) o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado. As provisões são revistas na data de cada balanço e ajustadas de modo a reflectir a melhor estimativa do Conselho de Administração a essa data.

As provisões para custos de reestruturação são reconhecidas sempre que exista um plano formal e

detalhado de reestruturação e que o mesmo tenha sido comunicado às partes envolvidas. Quando uma provisão é apurada tendo em consideração os fluxos de caixa necessários para liquidar tal

obrigação, a mesma é registada pelo valor actual dos mesmos.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013

(Montantes expressos em Euros)

- 6 -

f) Instrumentos financeiros

i) Investimentos em subsidiárias

Os investimentos em partes de capital de empresas subsidiárias são mensurados de acordo com o estabelecido na “IAS 27 – Demonstrações Financeiras Consolidadas e Separadas”, ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas por imparidade.

ii) Investimentos

Os investimentos detidos pela Empresa são classificados como segue:

Investimentos registados ao justo valor através de resultados: esta categoria divide-se em duas

subcategorias: “Activos financeiros detidos para negociação” e “Investimentos mensurados ao justo valor através de resultados”. Um activo financeiro é classificado nesta categoria se for adquirido com o propósito de ser vendido no curto prazo ou a sua performance e estratégia de investimento sejam analisadas e definidas pelo Conselho de Administração com base no justo valor do activo financeiro. Os instrumentos derivados são também classificados como detidos para negociação, excepto se estiverem afectos a operações de cobertura. Os activos desta categoria são classificados como activos correntes no caso de serem detidos para negociação ou se for expectável que se realizem num período inferior a 12 meses da data do balanço;

Investimentos detidos até ao vencimento: esta categoria inclui os activos financeiros, não

derivados, com reembolsos fixos ou variáveis, que possuem uma maturidade fixada e cuja intenção do Conselho de Administração é a manutenção dos mesmos até à data do seu vencimento; e

Investimentos disponíveis para venda: incluem-se aqui os activos financeiros, não derivados, que

são designados como disponíveis para venda ou aqueles que não se enquadrem nas categorias anteriores. Esta categoria é incluída nos activos não correntes, excepto se o Conselho de Administração tiver a intenção de alienar o investimento num período inferior a 12 meses da data do balanço.

Os investimentos são inicialmente registados pelo seu valor de aquisição, que é o justo valor do

preço pago incluindo as despesas de transacção, no caso dos investimentos detidos até ao vencimento e investimentos disponíveis para venda.

Após o reconhecimento inicial, os investimentos mensurados ao justo valor através de resultados e

os investimentos disponíveis para venda são reavaliados pelos seus justos valores por referência ao seu valor de mercado à data do balanço, sem qualquer dedução relativa a custos de transacção que possam vir a ocorrer até à sua venda. Os investimentos em instrumentos de capital próprio que não sejam cotados e para os quais não seja possível estimar com fiabilidade o seu justo valor, são mantidos ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas por imparidade. Os investimentos detidos até à maturidade são mensurados pelo custo amortizado usando o método da taxa de juro efectiva.

Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos disponíveis

para venda são registados no capital próprio, na rubrica “Reservas de justo valor” incluída na rubrica “Outras reservas” até o investimento ser vendido ou recebido ou até que o justo valor do investimento se situe abaixo do seu custo de aquisição e que tal corresponda a uma perda por imparidade, momento em que a perda acumulada é transferida para a demonstração dos resultados.

Todas as compras e vendas destes investimentos são reconhecidas à data da assinatura dos

respectivos contratos de compra e venda, independentemente da sua data de liquidação financeira.

iii) Dívidas de terceiros

As dívidas de clientes, de outros devedores e de outros terceiros são registadas pelo seu valor nominal e apresentadas na demonstração da posição financeira deduzido de eventuais perdas por imparidade reconhecidas na rubrica “Perdas por imparidade acumuladas”, para que os activos reflictam o seu valor realizável líquido. Estas rubricas, quando correntes, não incluem juros por não se considerar material o impacto do desconto.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013

(Montantes expressos em Euros)

- 7 -

As perdas por imparidade são registadas na sequência de eventos ocorridos que indiquem, objectivamente e de forma quantificável, que a totalidade ou parte do saldo em dívida não será recebido. Para tal, a Empresa tem em consideração informação de mercado que demonstre que:

- a contraparte apresenta dificuldades financeiras significativas; - se verifiquem atrasos significativos nos pagamentos por parte da contraparte; ou - se torna provável que o devedor vá entrar em liquidação ou reestruturação financeira.

As perdas por imparidade reconhecidas correspondem à diferença entre o montante escriturado do saldo a receber e respectivo valor actual dos fluxos de caixa futuros estimados, descontados à taxa de juro efectiva inicial que, nos casos em que se perspective um recebimento num prazo inferior a um ano, é considerada nula por se considerar imaterial o efeito do desconto.

iv) Empréstimos

Os empréstimos são registados no passivo pelo seu valor nominal deduzido dos custos de

transacção que sejam directamente atribuíveis à emissão desses passivos. Os encargos financeiros são calculados de acordo com a taxa de juro efectiva e contabilizados na demonstração dos resultados do período de acordo com o princípio da especialização dos exercícios.

Sempre que existe direito de cumprimento obrigatório de compensar activos e passivos e o Conselho

de Administração pretenda liquidar numa base líquida ou realizar o activo e liquidar simultaneamente o passivo, os mesmos são compensados, e apresentados na demonstração da posição financeira pelo seu montante líquido.

v) Contas a pagar

As contas a pagar, que não vencem juros, são registadas pelo seu valor nominal, que é

substancialmente equivalente ao seu justo valor.

vi) Caixa e equivalentes de caixa

Os montantes incluídos na rubrica “Caixa e equivalentes de caixa” correspondem aos valores de caixa, depósitos bancários, depósitos a prazo e outras aplicações de tesouraria, vencíveis a menos de três meses, e que possam ser imediatamente mobilizáveis sem risco significativo de alteração de valor.

Ao nível da demonstração dos fluxos de caixa, a rubrica “Caixa e equivalentes de caixa” compreende

também os descobertos bancários incluídos na rubrica do passivo corrente “Empréstimos bancários”.

vii) Instrumentos derivados

A Altri utiliza instrumentos derivados na gestão dos seus riscos financeiros como forma de garantir a cobertura desses riscos, não sendo utilizados instrumentos derivados com o objectivo de negociação.

Os instrumentos derivados utilizados pela Altri definidos como instrumentos de cobertura de fluxos de

caixa respeitam a instrumentos de cobertura de taxa de juro de empréstimos obtidos. Os critérios utilizados pela Altri para classificar os instrumentos derivados como instrumentos de

cobertura de fluxos de caixa são os seguintes:

- espera-se que a cobertura seja altamente eficaz ao conseguir a compensação de alterações nos fluxos de caixa atribuíveis ao risco coberto;

- a eficácia da cobertura pode ser fiavelmente mensurada; - existe adequada documentação sobre a transacção a ser coberta no início da cobertura; e - a transacção objecto de cobertura é altamente provável.

Os instrumentos de cobertura são registados pelo seu justo valor. As alterações de justo valor destes

instrumentos são reconhecidas em capitais próprios na rubrica “Reservas de cobertura”, sendo transferidas para resultados no mesmo período em que o instrumento objecto de cobertura afecta resultados.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013

(Montantes expressos em Euros)

- 8 -

A determinação do justo valor destes instrumentos financeiros é efectuada com recurso a sistemas informáticos de valorização de instrumentos derivados e teve por base a actualização, para a data da demonstração da posição financeira, dos fluxos de caixa futuros do “leg” fixo e do “leg” variável do instrumento derivado.

A contabilização de cobertura de instrumentos derivados é descontinuada quando o instrumento se

vence ou é vendido. Nas situações em que o instrumento derivado deixe de ser qualificado como instrumento de cobertura, as diferenças de justo valor acumuladas até então, que se encontram registadas em capital próprio na rubrica “Reservas de cobertura”, são transferidas para resultados do período, ou adicionadas ao valor contabilístico do activo a que as transacções objecto de cobertura deram origem, e as reavaliações subsequentes são registadas directamente nas rubricas da demonstração dos resultados.

Quando existam derivados embutidos em outros instrumentos financeiros ou outros contratos, os mesmos são tratados como derivados separados nas situações em que os riscos e características não estejam intimamente relacionados com os contratos de acolhimento e nas situações em que os contratos não sejam apresentados pelo seu justo valor com os ganhos ou perdas não realizadas registadas na demonstração dos resultados.

Nos casos em que os instrumentos derivados, embora contratados com o objectivo específico de

cobertura de riscos financeiros, não se enquadram nos requisitos acima referidos para classificação como instrumentos de cobertura, as variações do justo valor afectam directamente a demonstração de resultados, nas rubricas “Proveitos financeiros” e “Custos financeiros”.

Em 31 de Dezembro de 2013 a Empresa não tem contratados quaisquer instrumentos financeiros

derivados.

g) Activos e passivos contingentes Os passivos contingentes são definidos pela Empresa como (i) obrigações que surjam de acontecimentos

passados e cuja existência somente será confirmada pela ocorrência, ou não, de um ou mais acontecimentos futuros incertos não totalmente sob o controlo da Empresa ou (ii) obrigações presentes que surjam de acontecimentos passados mas que não são reconhecidas porque não é provável que um fluxo de recursos que afecte benefícios económicos seja necessário para liquidar a obrigação ou a quantia da obrigação não pode ser mensurada com suficiente fiabilidade.

Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras da Empresa, sendo os

mesmos objecto de divulgação, a menos que a possibilidade de uma saída de fundos afectando benefícios económicos futuros seja remota, caso este em que não são sequer objecto de divulgação.

Os activos contingentes são possíveis activos que surgem de acontecimentos passados e cuja existência

somente será confirmada pela ocorrência, ou não, de um ou mais eventos futuros incertos não totalmente sob o controlo da Empresa.

Os activos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras da Empresa mas

unicamente objecto de divulgação quando é provável a existência de benefícios económicos futuros.

h) Imposto sobre o rendimento O imposto sobre o rendimento do exercício é calculado com base nos resultados tributáveis da Empresa

de acordo com as regras fiscais em vigor e considera a tributação diferida. A Empresa é tributada segundo o Regime Especial de Tributação de Grupos de Sociedades (“RETGS”), de

acordo com o artigo 69º do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas, sendo a Altri SGPS, S.A. a sociedade dominante do Grupo fiscal.

Os impostos diferidos são calculados com base no método da responsabilidade de balanço e reflectem as diferenças temporárias entre o montante dos activos e passivos para efeitos de reporte contabilístico e os respectivos montantes para efeitos de tributação. Os impostos diferidos activos e passivos são calculados e anualmente avaliados utilizando as taxas de tributação em vigor ou substancialmente em vigor à data expectável da reversão das diferenças temporárias.

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013

(Montantes expressos em Euros)

- 9 -

Os activos por impostos diferidos são reconhecidos unicamente quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para a sua utilização, ou nas situações em que existam diferenças temporárias tributáveis que compensem as diferenças temporárias dedutíveis no período da sua reversão. No final de cada período é efectuada uma revisão desses impostos diferidos, sendo os mesmos reduzidos sempre que deixe de ser provável a sua utilização futura.

Os impostos diferidos são registados como custo ou proveito do exercício, excepto se resultarem de

valores registados directamente em capital próprio, situação em que o imposto diferido é também registado na mesma rubrica.

i) Rédito e especialização dos exercícios

O rédito proveniente da venda de bens apenas é reconhecido na demonstração dos resultados quando (i)

são transferidos para o comprador os riscos e vantagens significativos da propriedade dos bens, (ii) não seja mantido um envolvimento continuado de gestão com grau geralmente associado com a posse ou o controlo efectivo dos bens vendidos, (iii) a quantia do rédito pode ser fiavelmente mensurada, (iv) seja provável que os benefícios económicos associados com as transacções fluam para a Empresa e (v) os custos incorridos ou a serem incorridos referentes à transacção possam ser fiavelmente mensurados. As vendas são reconhecidas líquidas de impostos, descontos e outros custos inerentes à sua concretização, pelo justo valor do montante recebido ou a receber.

Os dividendos são reconhecidos como proveitos na demonstração dos resultados do período em que é

decidida a sua atribuição. As restantes receitas e despesas são registadas de acordo com o princípio da especialização de

exercícios pelo qual estas são reconhecidas à medida que são geradas, independentemente do momento em que são recebidas ou pagas. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e as correspondentes receitas e despesas geradas são registadas nas rubricas de acréscimos e diferimentos incluídas nas rubricas “Outros activos correntes” e “Outros passivos correntes”.

j) Eventos subsequentes

Os eventos ocorridos após a data do balanço que proporcionem provas ou informações adicionais sobre

condições que existiam à data do balanço (“adjusting events”) são reflectidos nas demonstrações financeiras. Os eventos após a data do balanço que sejam indicativos de condições que surgiram após a data do balanço (“non adjusting events”), quando materiais, são divulgados no anexo às demonstrações financeiras.

k) Demonstração dos fluxos de caixa

A demonstração dos fluxos de caixa é preparada de acordo com a IAS 7, através do método directo. A

Empresa classifica na rubrica “Caixa e seus equivalentes” os investimentos com vencimento a menos de três meses e para os quais o risco de alteração de valor é insignificante.

A demonstração dos fluxos de caixa encontra-se classificada em actividades operacionais (que englobam

os recebimentos de clientes, pagamentos a fornecedores, pagamentos a pessoal e outros relacionados com a actividade operacional), de financiamento (que incluem, designadamente, os pagamentos e recebimentos referentes a empréstimos obtidos, contratos de locação financeira e pagamento de dividendos) e de investimento (que incluem, nomeadamente, aquisições e alienações de investimentos em empresas participadas e recebimentos e pagamentos decorrentes da compra e da venda de activos fixos tangíveis).

l) Julgamentos e estimativas

Na preparação das demonstrações financeiras anexas foram efectuados juízos de valor e estimativas e utilizados diversos pressupostos que afectaram as quantias relatadas de activos e passivos, assim como as quantias relatadas de rendimentos e gastos do exercício.

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ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013

(Montantes expressos em Euros)

- 10 -

As estimativas e os pressupostos subjacentes foram determinados com base no melhor conhecimento existente à data de aprovação das demonstrações financeiras dos eventos e transacções em curso, assim como na experiência de eventos passados e/ou correntes. Contudo, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data de aprovação das demonstrações financeiras, não foram consideradas nessas estimativas. As alterações às estimativas que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras serão corrigidas de forma prospectiva. Por este motivo e dado o grau de incerteza associado, os resultados reais das transacções em questão poderão diferir das correspondentes estimativas.

Os principais juízos de valor e estimativas efectuadas na preparação das demonstrações financeiras anexas foram os seguintes:

Testes de imparidade de investimentos financeiros;

Registo de provisões e perdas por imparidade; e

Vidas úteis dos activos tangíveis e intangíveis.

m) Política de gestão de risco

A Empresa encontra-se exposta basicamente a (i) riscos de mercado, (ii) riscos de crédito e (iii) riscos de liquidez. O principal objectivo da gestão de risco é o de reduzir estes riscos até um nível considerado aceitável.

Os princípios gerais da gestão de riscos são aprovados pelo Conselho de Administração, sendo a sua implementação e acompanhamento supervisionados pelos administradores e directores.

(i) Risco de mercado

Reveste-se de particular importância no âmbito da gestão de risco de mercado o risco de taxa de juro. A Empresa utiliza instrumentos derivados na gestão dos seus riscos de mercado a que está exposta como forma de garantir a sua cobertura, não sendo utilizados instrumentos derivados com o objectivo de negociação ou especulação.

A exposição da Empresa à taxa de juro decorre essencialmente dos empréstimos de longo prazo que são constituídos na sua maioria por dívida indexada à Euribor.

O objectivo da Empresa é limitar a volatilidade dos cash-flows e resultados tendo em conta o perfil da sua actividade operacional através da utilização de uma adequada combinação de dívida a taxa fixa e variável. A política da Empresa permite a utilização de derivados de taxa de juro para redução da exposição às variações da Euribor e não para fins especulativos.

No entanto, podem existir alguns instrumentos derivados que, embora tenham sido contratados com o objectivo de cobertura do risco da taxa de juro, não se enquadram nos requisitos necessários para classificação como instrumentos de cobertura.

(ii) Risco de crédito

A exposição da Empresa ao risco de crédito está maioritariamente associada às contas a receber decorrentes da sua actividade operacional e de tesouraria. O risco de crédito refere-se ao risco da contraparte incumprir com as suas obrigações contratuais, tal resultando numa perda para a Empresa.

A avaliação do risco de crédito é efectuada numa base regular, tendo em consideração as condições correntes de conjuntura económica e a situação específica do crédito de cada uma das empresas, sendo adoptados procedimentos correctivos sempre que tal se julgue conveniente.

A Empresa não possui risco de crédito significativo concentrado em nenhum cliente ou grupo de clientes em particular ou com características semelhantes, na medida em que dada a actividade da Empresa as contas a receber são maioritariamente das empresas do Grupo Altri.

As imparidades para contas a receber são calculadas tendo em consideração (i) o perfil de risco do cliente, (ii) o prazo médio de recebimento, e (iii) as condições financeiras do cliente.

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ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013

(Montantes expressos em Euros)

- 11 -

Os montantes apresentados na demonstração da posição financeira encontram-se líquidos das perdas acumuladas por imparidade para cobranças duvidosas estimadas, estando portanto ao justo valor.

(iii) Risco de liquidez

O objectivo da política de gestão de risco de liquidez é garantir que a Empresa tem capacidade para liquidar ou cumprir as suas responsabilidades e prosseguir as estratégias delineadas, cumprindo todos os compromissos assumidos com terceiros no prazo estipulado.

A Empresa define como política activa (i) manter um nível suficiente de recursos livres e imediatamente disponíveis para fazer face aos pagamentos necessários no seu vencimento, (ii) limitar a probabilidade de incumprimento no reembolso de todas as suas aplicações e empréstimos negociando a amplitude das cláusulas contratuais e (iii) minimizar o custo de oportunidade de detenção de liquidez excedentária no curto prazo.

Procura ainda compatibilizar os prazos de vencimento de activos e passivos, através de uma gestão agilizada das suas maturidades.

3. ALTERAÇÕES DE POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS E CORRECÇÃO DE ERROS

Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2013, não ocorreram alterações de políticas contabilísticas não tendo igualmente sido corrigidos erros materiais relativos a exercícios anteriores.

4. INVESTIMENTOS

Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 esta rubrica era composta pela participação de 100% na Celulose do Caima SGPS, S.A. no montante de 60.470.641 Euros e por prestações acessórias não remuneradas concedidas a esta subsidiária cujo montante em 31 de Dezembro de ascendia a 56.825.000 Euros (58.000.000 Euros em 31 de Dezembro de 2012).

Adicionalmente, a Altri preparou demonstrações financeiras consolidadas de acordo com os princípios de mensuração e reconhecimento das Normas Internacionais de Relato Financeiro, tal como adoptadas na União Europeia, as quais apresentam os principais dados financeiros seguintes:

31-12-2013 31-12-2012

Total do activo líquido consolidado 1.221.377.826 1.128.360.046

Total do capital próprio consolidado (a) 241.809.790 183.926.912

Resultado consolidado do exercício 55.347.961 52.181.891 (a) – Incluindo interesses sem controlo

O teste de imparidade efectuado pela Altri sobre a sua participação financeira nas contas individuais sobre a Caima SGPS, S.A. permitiu verificar a inexistência de imparidade. O teste de imparidade foi efectuado com base num conjunto diverso de informação sobre as empresas participadas da Caima SGPS, S.A. entre as quais, para a principal unidade produtiva, uma estimativa de fluxos de caixa descontados.

5. IMPOSTOS CORRENTES E DIFERIDOS

De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte

das autoridades fiscais durante um período de quatro anos (cinco anos para a Segurança Social), excepto quando tenham havido prejuízos fiscais, tenham sido concedidos benefícios fiscais, ou estejam em curso inspecções, reclamações ou impugnações, casos estes em que, dependendo das circunstâncias, os prazos são alongados ou suspensos. Deste modo, as declarações fiscais da Empresa desde 2010 poderão vir ainda ser sujeitas a revisão.

A Administração da Empresa entende que as eventuais correcções resultantes de revisões/inspecções por

parte das autoridades fiscais àquelas declarações fiscais não terão um efeito significativo nas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2013 e 2012.

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ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013

(Montantes expressos em Euros)

- 12 -

Nos termos do artigo 88º do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas a Empresa

encontra-se sujeita a tributação autónoma sobre um conjunto de encargos às taxas previstas no artigo mencionado.

Adicionalmente, de acordo com a legislação em vigor, a Empresa encontra-se sujeita a derrama estadual.

A Empresa encontra-se abrangida pelo Regime Especial de Tributação de Grupos de Sociedades (“RETGS”), sendo a Altri a sociedade dominante Grupo fiscal o qual desde 1 de Janeiro de 2013 é constituído pelas seguintes entidades:

- Altri - Energias Renováveis, SGPS, S.A.; - Altri Florestal, S.A.; - Caima Energia – Empresa de Gestão e Exploração de Energia, S.A.; - Caima Indústria de Celulose, S.A.; - Captaraíz Unipessoal, Lda.; - Celbinave – Tráfego e Estiva SGPS, Unipessoal, Lda.; - Celtejo – Empresa de Celulose do Tejo, S.A.; - Celulose Beira Industrial (Celbi), S.A.; - Celulose do Caima, SGPS, S.A.; - Inflora – Sociedade de Investimentos Florestais, S.A.; - Invescaima – Investimentos e Participações, SGPS, S.A.; - Pedro Frutícola, Sociedade Frutícola, S.A.; - Viveiros do Furadouro Unipessoal, Lda.. Cada uma das sociedades abrangidas por este regime regista o imposto sobre o rendimento nas suas contas

individuais por contrapartida da rubrica “Empresas do grupo”. Nos casos em que as filiais contribuem com prejuízos é registado, nas contas individuais, o montante de imposto correspondente aos prejuízos que vierem a ser compensados pelos lucros das demais sociedades abrangidas por este regime (Nota 17).

A reconciliação do resultado antes de imposto para o imposto do exercício é como segue:

31-12-2013 31-12-2012

Resultado antes de imposto 6.333.212 (4.146.358)

Taxa de imposto 25% 25%

1.583.303 (1.036.590)

Não registo de activos por impostos diferidos - 1.036.590

Dedução de prejuízos fiscais (3.578.737) -

Dividendos não tributados (2.500.000) -

Outros (14.590) 390

(4.510.024) 390

Nos termos da legislação em vigor os prejuízos fiscais são recuperáveis durante um período de seis anos para prejuízos de exercícios anteriores a 2010, quatro anos para prejuízos gerados nos exercícios de 2010 e 2011 e cinco anos para prejuízos de exercícios posteriores a 2011. Em 31 de Dezembro de 2012 os prejuízos fiscais reportáveis segundo as declarações entregues pela Empresa ascendiam a, aproximadamente, 17.300.000 Euros, os quais foram totalmente utilizados pelo grupo fiscal no exercício findo em 31 de Dezembro de 2013.

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ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013

(Montantes expressos em Euros)

- 13 -

6. CLASSE DE INSTRUMENTOS FINANCEIROS

Os instrumentos financeiros, de acordo com as políticas contabilísticas descritas na Nota 2, foram classificados como segue:

Activos financeiros:

31 de Dezembro de 2013 Empréstimos e

contas a receber

Activos não

abrangidos pelo

IFRS 7 Total

Activos correntes

Estado e outros entes públicos (Nota 8) - 13.970.450 13.970.450

Outras dívidas de terceiros (Nota 9) 10.028.758 - 10.028.758

Outros activos correntes (Nota 10) - 22.395 22.395

Caixa e equivalentes de caixa (Nota 7) 5.091.081 - 5.091.081

15.119.839 13.992.845 29.112.684

31 de Dezembro de 2012 Empréstimos e

contas a receber

Activos não

abrangidos pelo

IFRS 7 Total

Activos correntes

Estado e outros entes públicos (Nota 8) - 14.864 14.864

Outras dívidas de terceiros (Nota 9) 200.031 - 200.031

Outros activos correntes (Nota 10) - 6.260 6.260

Caixa e equivalentes de caixa (Nota 7) 1.963.816 - 1.963.816

2.163.847 21.124 2.184.971

Passivos financeiros:

31 de Dezembro de 2013 Outros passivos

f inanceiros

Passivos não

abrangidos pelo

IFRS 7 Total

Passivos correntes

Outros empréstimos (Nota 12) 67.321.284 - 67.321.284

Fornecedores 10.580 - 10.580

Outras dívidas a terceiros (Nota 13) 26.736.753 - 26.736.753

Estado e outros entes publicos (Nota 8) - 145.395 145.395

Outros passivos correntes (Nota 14) - 187.421 187.421

94.068.617 332.816 94.401.433

31 de Dezembro de 2012 Outros passivos

f inanceiros

Passivos não

abrangidos pelo

IFRS 7 Total

Passivos correntes

Empréstimos bancários (Nota 12) 859.857 - 859.857

Outros empréstimos (Nota 12) 39.791.951 - 39.791.951

Fornecedores 1.354 - 1.354

Outras dívidas a terceiros (Nota 13) 33.466.507 - 33.466.507

Estado e outros entes publicos (Nota 8) - 145.687 145.687

Outros passivos correntes (Nota 14) - 100.550 100.550

74.119.669 246.237 74.365.906

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ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013

(Montantes expressos em Euros)

- 14 -

7. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA

Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, o detalhe da rubrica “Caixa e equivalentes de caixa” era como segue:

31.12.2013 31.12.2012

Caixa - 1.803

Depósitos bancários 5.091.081 1.962.013

Caixa e equivalentes 5.091.081 1.963.816

Descobertos bancários (Nota 12) - (858.857)

5.091.081 1.104.959

Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2013 os recebimentos provenientes de investimentos financeiros dizem respeito à devolução de prestações acessórias por parte da Caima S.G.P.S., S.A. (Nota 4).

8. ESTADO E OUTROS ENTES PUBLICOS

Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 estas rubricas do activo e do passivo tinham a seguinte composição:

31.12.2013 31.12.2012

Saldos devedores:

Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (Nota 5) 13.970.450 14.864

13.970.450 14.864

31.12.2013 31.12.2012

Saldos credores:

Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas 128.795 128.795

Imposto sobre o Valor Acrescentado 2.838 -

Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares 4.235 7.838

Contribuições para a Segurança Social 9.527 9.054

145.395 145.687

O saldo devedor de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas em 31 de Dezembro de 2013 refere-se aos pagamentos por conta e pagamentos especiais por conta efectuados pelo grupo fiscal do qual a sociedade é a dominante (Nota 5).

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ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013

(Montantes expressos em Euros)

- 15 -

9. OUTRAS DÍVIDAS DE TERCEIROS

Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 a rubrica “Outras dívidas de terceiros” era composta como se segue:

31.12.2013 31.12.2012

Entidades relacionadas (Nota 17) - 198.832

Empresas do Grupo (Nota 17) 10.027.323 -

Outros 1.435 1.199

10.028.758 200.031

10. OUTROS ACTIVOS CORRENTES

O detalhe dos “Outros activos correntes” em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 é como se segue:

31.12.2013 31.12.2012

Acréscimo de proveitos:

Juros a receber 6.250 1.451

Custos a reconhecer:

Outros custos 16.145 4.809

22.395 6.260

11. CAPITAL SOCIAL E RESERVAS

Capital Social

Em 31 de Dezembro de 2013, o capital social da Empresa encontrava-se totalmente subscrito e realizado e era composto por 205.131.672 acções com o valor nominal de 12,5 cêntimos de Euro cada acção.

Em 31 de Dezembro de 2013 não existiam pessoas colectivas com uma participação no capital subscrito de,

pelo menos, 20%. Reserva legal A legislação comercial Portuguesa estabelece que pelo menos 5% do resultado líquido anual tem que ser

destinado ao reforço da “reserva legal” até que esta represente pelo menos 20% do capital social. Esta reserva não é distribuível, a não ser em caso de liquidação da Empresa, mas pode ser utilizada para absorver prejuízos, depois de esgotadas todas as outras reservas, e para incorporação no capital.

Outras reservas

Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 a rubrica “Outras reservas” corresponde a resultados transitados e reservas livres, as quais de acordo com a legislação em vigor são distribuíveis aos accionistas da Empresa, após a consideração do resultado líquido do exercício. Consequentemente em 31 de Dezembro de 2013 o montante de reservas distribuíveis ascende a 22.966.689 Euros.

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ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013

(Montantes expressos em Euros)

- 16 -

12. EMPRÉSTIMOS BANCÁRIOS E OUTROS EMPRÉSTIMOS Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, o detalhe das rubricas “Empréstimos Bancários” e “Outros empréstimos”

é como segue:

31-12-2013

Valor Nominal Valor Contabilístico

Corrente Corrente

Outros empréstimos:

Papel Comercial 67.650.000 67.321.284

Total 67.650.000 67.321.284

31-12-2012

Valor Nominal Valor Contabilístico

Corrente Corrente

Empréstimos bancários:

Descobertos bancários (Nota 7) 858.857 858.857

Contas correntes caucionadas 1.000 1.000

859.857 859.857

Outros empréstimos:

Papel Comercial 40.000.000 39.791.951

Total 40.859.857 40.651.808

As despesas incorridas com a montagem de empréstimos foram deduzidas ao seu valor nominal, são reconhecidas como juro ao longo do período de vida dos empréstimos (Nota 16). Papel Comercial A rubrica “Papel comercial” corresponde a sete programas de papel comercial contratados pela Empresa. Em 31 de Dezembro de 2013 o montante máximo contratado de programas de papel comercial ascendia a 92.750.000 Euros, sendo que a essa data o montante utilizado ascendia a 67.650.000 Euros, os quais se encontravam integralmente classificados como dívida corrente dado que as condições contratuais em vigência concedem a qualquer uma das partes o direito de denunciar o contrato desde que comuniquem a sua intenção com um pré-aviso de 30 a 60 dias relativamente à data da renovação automática do contrato. Embora pelas razões indicadas estes programas de papel comercial estejam classificados no passivo corrente, é convicção do Conselho de Administração da Empresa que não haverá denúncia de qualquer das partes às renovações destes programas de papel comercial, nos casos em que essa renovação é possível.

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ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013

(Montantes expressos em Euros)

- 17 -

Análise de sensibilidade a variações da taxa de juro Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 a sensibilidade da Empresa a alterações no indexante da taxa de juro de mais ou menos um ponto percentual, medida como a variação nos resultados financeiros pode ser analisada como segue:

31.12.2013 31.12.2012

Juros suportados (Nota 16) 2.653.001 3.118.794

Aumento de 1 p.p. na taxa de juro

aplicada à totalidade do endividamento (676.500) (400.000)

Diminuição de 1 p.p. na taxa de juro

aplicada à totalidade do endividamento 676.500 400.000 A análise de sensibilidade acima foi calculada com base na exposição à taxa de juro existente à data de final de cada exercício. Para esta análise foi tido como pressuposto base que a estrutura de financiamento (activos e passivos remunerados) se manteve estável ao longo do ano e semelhante à apresentada no final do exercício.

13. OUTRAS DIVIDAS A TERCEIROS

Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 esta rubrica tinha a seguinte composição:

31.12.2013 31.12.2012

Empresas do Grupo (Nota 17) 26.736.200 33.465.953

Outros 553 554

26.736.753 33.466.507

14. OUTROS PASSIVOS CORRENTES Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 a rubrica “Outros passivos correntes” pode ser detalhada como segue:

31.12.2013 31.12.2012

Encargos a liquidar

Remunerações a liquidar 18.444 17.892

Comissões a liquidar 81.404 -

Outros encargos a liquidar 87.573 82.658

187.421 100.550

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ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013

(Montantes expressos em Euros)

- 18 -

15. GANHOS EM EMPRESAS DO GRUPO

A rubrica da demonstração dos resultados “Ganhos em empresas do grupo” diz respeito a dividendos distribuídos pela participada Celulose do Caima S.G.P.S., S.A. (Nota 17).

16. RESULTADOS FINANCEIROS

Os resultados financeiros dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 podem ser detalhados como segue:

31-12-2013 31-12-2012

Custos financeiros

Juros suportados (Notas 12 e 17) 2.653.001 3.118.794

Outros custos e perdas financeiras 474.496 486.674

3.127.497 3.605.468

Proveitos financeiros

Juros obtidos 9.733 22.720

9.733 22.720

Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, a rubrica “Outros custos e perdas financeiras” refere-se essencialmente a custos suportados com a emissão de papel comercial e a comissões relativos a serviços bancários (Nota 12).

17. SALDOS E TRANSACÇÕES COM ENTIDADES RELACIONADAS As empresas do Grupo Altri têm relações entre si que se qualificam como transacções com partes relacionadas. Todas estas transacções são efectuadas a preços de mercado. Os principais saldos com entidades relacionadas a 31 de Dezembro de 2013 são detalhados como se segue:

Saldos credores (Nota 13)

Saldos

devedores

(Nota 9)

RETGS

(Nota 5) Outros

Total saldos

credores Saldo

Celulose do Caima SGPS, SA (Nota 15) 10.000.000 (1.498.678) - (1.498.678) 8.501.322

Celtejo – Empresa de Celulose do Tejo, S.A. - (1.964.299) - (1.964.299) (1.964.299)

Altri Florestal, S.A. - (1.169.658) - (1.169.658) (1.169.658)

Caima Indústria de Celulose, S.A. - (56.306) - (56.306) (56.306)

Caima Energia – Empresa de Gestão e Exploração de Energia , S.A. - (265.216) - (265.216) (265.216)

Invescaima – Investimentos e Participações , SGPS, S.A. - (195.160) - (195.160) (195.160)

Altri Energias Renováveis , S.G.P.S., S.A. 27.323 - - - 27.323

Celulose da Beira Industrial (Celbi), SA - (4.334.582) (17.266.905) (21.601.487) (21.601.487)

Outras empresas do grupo - 14.604 - 14.604 14.604

10.027.323 (9.469.295) (17.266.905) (26.736.200) (16.708.877)

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ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013

(Montantes expressos em Euros)

- 19 -

Os principais saldos com entidades relacionadas a 31 de Dezembro de 2012 são detalhados como se segue:

Saldos devedores

(Nota 9)

Saldos credores

(Nota 13) Saldo

RETGS Grupo F Ramada 172.806 - 172.806

RETGS Celulose do Caima SGPS, SA 26.026 1.209.741 1.235.767

Celulose da Beira Industrial (Celbi), SA - 32.256.212 32.256.212

198.832 33.465.953 33.664.785

Os saldos credores referidos na coluna “Outros” com a Celulose da Beira Industrial (Celbi), SA dizem respeito a empréstimos correntes obtidos para cobertura de carência de tesouraria que vencem juros a taxas de mercado e que nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 ascendiam a 17.000.000 Euros e 32.000.000 Euros, respectivamente (Nota 16).

18. NÚMERO DE PESSOAL

Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 o número médio de pessoal ao serviço da Empresa foi de 4 e 3, respectivamente.

19. RESULTADOS POR ACÇÃO

Os resultados por acção em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 foram calculados em função dos seguintes montantes:

31-12-2013 31-12-2012

Número de acções para efeito de cálculo do resultado líquido básico e diluído 205.131.672 205.131.672

Resultado para efeito do cálculo do resultado por acção líquido e diluído 10.843.236 (4.145.968)

Resultado por acção

Básico 0,053 (0,020)

Diluído 0,053 (0,020)

20. APLICAÇÃO DO RESULTADO LÍQUIDO

No que respeita ao exercício de 2012 o Conselho de Administração propôs, no seu relatório anual, que o resultado líquido negativo individual da Altri, SGPS, S.A. no montante de 4.145.968,07 Euros fosse transferido para Resultados Transitados, o Conselho de Administração propôs também a distribuição de reservas livres no montante de 5.128.292,80 Euros, sob a forma de dividendos tendo aquelas propostas sido aprovada em Assembleia geral realizada em 18 de Abril de 2013. No que respeita ao exercício de 2013, o Conselho de Administração propõe, no seu relatório anual, que o resultado líquido individual da Altri, SGPS, S.A. no montante de 10.843.235,78 Euros seja aplicado como segue:

Reserva legal 542.161,79

Reservas livres 1.685.543,77

Distribuição de dividendos 8.615.530,22

---------------------

10.843.235,78

============

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ALTRI, S.G.P.S., S.A.

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013

(Montantes expressos em Euros)

- 20 -

21. APROVAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

As demonstrações financeiras foram aprovadas pelo Conselho de Administração e autorizadas para emissão em 27 de Março de 2014. A sua aprovação final está ainda sujeita a concordância da Assembleia Geral de Accionistas.

O Conselho de Administração

______________________________

Paulo Jorge dos Santos Fernandes

______________________________ João Manuel Matos Borges de Oliveira

______________________________ Pedro Macedo Pinto de Mendonça

______________________________ Domingos José Vieira de Matos

______________________________ Laurentina da Silva Martins

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RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL Aos Accionistas da Altri, SGPS, S.A. 1. Relatório Em conformidade com a legislação em vigor e com o mandato que nos foi confiado, submetemos à vossa apreciação este Relatório e Parecer sobre o Relatório de Gestão e restantes documentos de prestação de contas individuais e consolidados da Altri, SGPS, S.A. (“Empresa”), relativos ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2013, os quais são da responsabilidade do Conselho de Administração. Ao longo do exercício em apreço, o Conselho Fiscal acompanhou a evolução da actividade da Empresa e suas participadas, a regularidade dos registos contabilísticos, o cumprimento do normativo legal e estatutário em vigor e a eficácia e integridade dos sistemas de gestão de riscos e de controlo interno, tendo efectuado reuniões com a periodicidade e extensão que considerou adequadas e tendo obtido da Administração e dos Serviços da Empresa e das suas participadas as informações e esclarecimentos solicitados. No âmbito das suas atribuições, o Conselho Fiscal examinou a Demonstração da Posição Financeira Individual e Consolidada em 31 de Dezembro de 2013, as Demonstrações Individuais e Consolidadas dos Resultados, do Rendimento Integral, das Alterações no Capital Próprio e dos Fluxos de Caixa para o exercício findo naquela data e os correspondentes Anexos. Adicionalmente procedeu à análise do Relatório de Gestão do exercício de 2013, exerceu as suas competências em matéria de supervisão das habilitações, independência e execução das funções do Auditor Externo e do Revisor Oficial de Contas da Empresa e apreciou a Certificação Legal das Contas e Relatório de Auditoria emitida pela Sociedade de Revisores Oficiais de Contas da Empresa, que mereceu o seu acordo. 2. Parecer Face ao exposto, o Conselho Fiscal é de parecer que o Relatório de Gestão e as Demonstrações Financeiras individuais e consolidadas estão de acordo com as disposições contabilísticas, legais e estatutárias aplicáveis, pelo que poderão ser aprovadas em Assembleia Geral de Accionistas.

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3. Declaração de responsabilidade De acordo com o disposto no art. 8º nº 1, alínea a) do Regulamento da CMVM nº5/2008, os membros do Conselho Fiscal declaram que, tanto quanto é do seu conhecimento, o Relatório de Gestão, as Demonstrações Financeiras individuais e consolidadas elaboradas em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro tal como adoptadas pela União Europeia, bem como os demais documentos de prestação de contas exigidos por lei ou regulamento dão uma imagem verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, do activo e do passivo, da situação financeira e do resultado da Empresa em 31 de Dezembro de 2013 e que o Relatório de Gestão expõe fielmente a evolução dos negócios, do desempenho e da posição da Altri, SGPS, S.A. e das empresas incluídas no perímetro da consolidação e contém uma descrição dos principais riscos e incertezas com que se defrontam. Desejamos manifestar ao Conselho de Administração e aos diversos Serviços da Empresa e das empresas participadas o nosso apreço pela colaboração que nos prestaram. Porto, 27 de Março de 2014 O Conselho Fiscal João da Silva Natária Presidente do Conselho Fiscal Manuel Tiago Alves Baldaque de Marinho Fernandes Vogal do Conselho Fiscal Cristina Isabel Linhares Fernandes Vogal do Conselho Fiscal