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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE Relatório do Prêmio PESC 2004 Viagem ao Rio de Janeiro Coordenação: Profa. Dra. Rosa Maria Fischer Profa. Dra. Silvia Maria Schor Prof. Dr. Carlos Alberto Pereira Gestão: Cristina Fedato Execução: Luana Schoenmaker Pedro Ribeiro

Relatório do Prêmio PESC 2004 - erudito.fea.usp.br · um apoio do ITCP (Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares). Fez também uma pesquisa sobre a formação de uma hipotética

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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE

Relatório do Prêmio PESC 2004 Viagem ao Rio de Janeiro

Coordenação: Profa. Dra. Rosa Maria Fischer Profa. Dra. Silvia Maria Schor Prof. Dr. Carlos Alberto Pereira Gestão: Cristina Fedato Execução: Luana Schoenmaker Pedro Ribeiro

Relatório do Prêmio PESC 2004

O Prêmio PESC 2004

Depois de sua reestruturação no início de 2004, o Programa de Extensão de Serviços à

Comunidade (PESC) passou a saudar os melhores trabalhos. O Prêmio, que

inicialmente seria dado em dinheiro a apenas um grupo, foi reformulado para que o

programa cumpra sua missão de forma cada vez mais plena.

Assim, após uma reunião da coordenadoria, ficou decidido que dois trabalhos seriam

premiados com uma viagem ao Rio de Janeiro e um terceiro receberia menção honrosa.

O intuito dessa viagem é apresentar aos vencedores do Programa, iniciativas sociais

reconhecidas por sua contribuição para a sociedade brasileira. Foi decidido que os

tutores dos grupos vencedores também ganhariam menção honrosa.

Metodologia e critérios de escolha dos vencedores

Os Relatórios Finais foram entregues à Prof. Silvia Schor (economia) e ao Prof. Carlos

Alberto (contabilidade) para avaliação conforme os seguintes critérios:

1. Adequação do trabalho aos objetivos do Programa para os alunos

2. Adequação do trabalho aos objetivos do Programa para a Faculdade

3. Relatório Final:

• Descrição do projeto

• Redação

• Resultados alcançados pelos alunos

• Resultados alcançados pela organização/comunidade

• Metodologia Utilizada

Após isso, cada professor indicou os trabalhos que deveriam ser premiados e os

relatórios foram entregues à professora Rosa Maria Fischer para uma segunda

avaliação, com base nos mesmos critérios.

Baseando-se nessas duas avaliações e nas sugestões dos possíveis vencedores, a

coordenadoria apontou os melhores trabalhos.

Evento de Premiação

No dia 04/08 o PESC organizou o evento de premiação (os alunos desconheciam os nomes

dos vencedores) juntamente com uma palestra sobre Captação de Recursos para os

participantes de 2005.

1. Entrega dos certificados

Antes da outorga do prêmio, foram entregues os certificados de participação a todos

os grupos.

2. Premiação

• Menção Honrosa:

Heliópolis 3

O grupo fez um trabalho de incentivo e apoio à organização de cooperativas entre os

moradores de Heliópolis, para que eles gerassem renda sem depender de empregos

formais. O grupo fez um estudo sobre Keynes e pautou suas atividades no conceito

de Economia Solidária, com o apoio da ITCP (Incubadora Tecnológica de

Cooperativas Populares). Assim, munidos da base teórica, foram à comunidade e

fizeram palestra divulgando o conceito aos moradores.

• Vencedores:

Movimento Comunitário do Jardim São Joaquim

O grupo apelidado de São Joca concedeu auxílio administrativo à Organização

Movimento Comunitário Jardim São Joaquim. Entre os trabalhos, realizou uma

pesquisa junto à população local, sobre a imagem da entidade, atendimentos ao

público, possíveis doadores, possíveis voluntários e nível de satisfação. Tal pesquisa

trouxe benefícios para a entidade no relacionamento com os diversos stakeholders.

O grupo também fez estudos dos pontos fracos da entidade, que resultou numa

sugestão de reestruturação interna.

Heliópolis 1

O grupo também realizou um estudo sobre Keynes e sobre Economia Solidária, com

um apoio do ITCP (Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares). Fez

também uma pesquisa sobre a formação de uma hipotética cooperativa de catadores

de lixo na região de Heliópolis, mostrando os benefícios da criação dessa

perspectiva em detrimento do modelo atual - no qual os atravessadores ficam com a

maior parte da renda.

3. Palestra sobre captação de Recursos com a Profª Renata Brunetti.

Alunos do PESC e público presente Alunos do PESC e público presente

Pedro Ribeiro, Profª Silvia Schor, Profª Maria Tereza Fleury (Diretora) e Prof. Carlos Alberto

Alunos Recebendo o Certificado

Grupo Heliópolis 1 recebendo a premiação Prêmio PESC

Palestra da Profa. Renata Brunetti sobre Captação de Recursos

Roteiro da Viagem

Dia 05 00h30 – Saída de São Paulo (Rodoviária Tietê) 06h00 – Chegada ao Rio de Janeiro 07h00 – Check in – Majestic Rio Palace Hotel 07h30 – Saída do Hotel 08h30 – Chegada à Marina da Glória para passeio de escuna pela Baía da Guanabara 10h30 – Fim do passeio: Chegada ao Bay Market, Niterói 10h45 – Início da visita ao Instituto Baia da Guanabara 13h30 – Almoço 14h30 – Início da visita ao CDI - Comitê para Democratização da Informática 16h30 – Início da visita ao Centro de Educação Comunitária – da Vila do João (onde há uma escola do CDI). 19h30 – Chegada ao Hotel 21h30 – Jantar Dia 06 – Todas as visitas foram Relacionadas aos trabalhos do Afro Reggae 09h00 – Saída do Hotel 10h00 – Início Visita ao Sesc Ramos 11h00 – Saída para Vigário Geral 11h30 – Passeio pela Comunidade, visita à Creche de Vigário Geral 12h30 – Apresentação Afro Reggae (Banda) 13h00 – Apresentação Afro Lata 14h30 – Almoço no restaurante da Chupetinha 15h30 – Saída para o Cantagalo 16h15 – Chegada ao Morro do Cantagalo 16h30 – Apresentação Afro Circo 17h30 – Volta para o Hotel 18h00 – Exibição do vídeo “Favela Rising” no Majestic Palace Hotel 19h10 – Bate papo com Isabel, assistente de produção do Afro Reggae

Alunos que viajaram Pedro Ribeiro CEATS Luana Schoenmaker CEATS Anderson Ricardo Ubinha de Sá Heliópolis I Zé Renato Botelho Heliópolis I Tomás Arêas Heliópolis I Vanessa Cristina Pereira Gomes Heliópolis I Milly Chung São Joca Bruno Bentzen São Joca Denise Kasaishi São Joca

Informações sobre os locais visitados Instituto Baía da Guanabara Rua Maestro Felício Toledo, 495 - sala 1.108 Centro - Niterói RJ- CEP 24030-102 Tel/Fax:2719-1591 [email protected] www.baiadeguanabara.org.br Líder AVINA: Dora Hees de Negreiros

O Instituto Baía de Guanabara - IBG é uma associação civil de direito privado, sem fins lucrativos e autônoma frente ao Estado, às igrejas e aos partidos políticos. Está comprometido, exclusivamente, com ações de caráter público e desde julho de 2002, detém a qualificação de OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público). Tem como missão pensar e agir de forma a comprometer a sociedade com o desenvolvimento sustentável da Baía de Guanabara. O IBG atua de forma pró-ativa, usando a experiência de seus associados. Sua atuação é técnica, podendo ser complementar e em cooperação com as universidades, os órgãos ambientais governamentais e com outras ONGs. Desenvolve estudos, organiza eventos de mobilização comunitária e educação ambiental; coleta e divulga informações, em especial acerca de toda a Região Hidrográfica à qual pertence a Baía de Guanabara. O IBG, além de atuar junto à população e ao meio ambiente, colabora na implementação das políticas públicas vinculadas, em especial, aos recursos hídricos e zonas costeiras fluminenses. Por isso, tem permanentemente atuado em colegiados afins. O Instituto mantém ainda contatos e intercâmbio de informações e experiências com diversas instituições dedicadas à proteção ambiental. Para alcançar os seus propósitos e desenvolver suas atividades, o IBG conta com recursos governamentais como o Fundo Nacional do Meio Ambiente - FNMA, do Ministério do Meio Ambiente; do IBAMA; de doações de pessoas físicas e jurídicas, além das anuidades dos associados. O IBG se mantém também pela realização de estudos demandados pela iniciativa privada como a PETROBRAS / CENPES. Os trabalhos, sejam para governos ou iniciativa privada, realizam-se mediante convênios e contratos, sempre inerentes aos objetivos e missão do Instituto Baía de Guanabara. Esses contatos representam também outra opção de que o IBG se utiliza para viabilizar projetos. Nesse sentido, estabeleceu parceria com o UNIBANCO Ecologia e com as empresas ANFRA Construções e Incorporações Ltda. e Desk Móveis Escolares Ltda., além do Governo do Estado do Rio de Janeiro, através da Secretaria Estadual de Agricultura, Abastecimento, Pesca e Desenvolvimento do Interior – Seaapi. Fonte: www.baiadeguanabara.org.br

A superintendente do IBG Dora Negreiros explicando sobre a Baía de Guanabara no passeio de escuna

Troca de experiências entre os alunos do PESC Exemplo de lixo já encontrado na Baía e o pessoal do IBG

Informações sobre os locais visitados

O CDI - Comitê para Democratização da Informática - é uma organização não-governamental sem fins lucrativos que, desde 1995, desenvolve o trabalho pioneiro de promover a inclusão social, utilizando a tecnologia da informação como um instrumento para a construção e o exercício da cidadania. Através de suas Escolas de Informática e Cidadania, implementa programas educacionais no Brasil e no exterior, com o objetivo de mobilizar os segmentos excluídos da sociedade para a transformação de sua realidade. Além de atuar em comunidades de baixa renda, a organização desenvolve projetos voltados para públicos específicos, como portadores de necessidades especiais (deficiência visual, distúrbios psiquiátricos, etc.) jovens em situação de rua, populações carcerárias, aldeias indígenas, entre outros. Acredita que o domínio das novas tecnologias abre oportunidades de trabalho e de geração de renda, e ainda possibilita o acesso a fontes de informação e a espaços que propiciam a busca coletiva de soluções para os problemas enfrentados pelas comunidades. Para o CDI, o fundamental é promover a apropriação social da tecnologia por diversos tipos de públicos, estimulando o pensamento crítico e favorecendo a participação de todos segmentos da sociedade no desenvolvimento político, social e econômico de nosso país. De acordo com esta proposta, incentiva a liberdade de escolha e trabalham tanto com software proprietário quanto livre, procurando oferecer aos alunos a possibilidade de optar pelo uso das ferramentas que mais se adequem às suas necessidades. Como as Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) representam uma atração irresistível para os jovens, o CDI as utiliza como agente motivador e como instrumento para incentivar a mobilização e a ação popular nas comunidades onde estão presentes as Escolas de Informática e Cidadania (EICs). O CDI trabalha em parceria com entidades comunitárias, provendo os equipamentos, softwares e a implementação do modelo educacional, através do treinamento e acompanhamento contínuo de coordenadores e educadores. Cada escola é uma unidade autônoma, baseada em um modelo de autogerenciamento e auto-sustentação, através da cobrança de uma mensalidade simbólica e de trabalhos voluntários. Aplicando em sua metodologia conceitos e valores fortemente fundamentados na pedagogia de Paulo Freire - de educação para a conscientização e a transformação social.

Rua Alice 150,Laranjeiras

Rio de Janeiro - RJ(21) [email protected]

Líder AVINA:

Rodrigo Baggio

Rede CDI – A Rede CDI pode ser entendida como um sistema em contínuo aprendizado, crescimento e aperfeiçoamento. O CDI Matriz desenvolveu um modelo de “franquia social”, no qual definiu as principais diretrizes a serem seguidas na replicação do modelo CDI pelos escritórios regionais. A Matriz possui um papel vital na manutenção da Rede CDI , onde além de formar e acompanhar os CDI´s regionais, capta recursos, atualiza constantemente o modelo educacional, valida e estimula a troca das melhores práticas. No Brasil, o CDI está representado em 30 cidades, de 19 estados brasileiros. Internacionalmente, já são 11 Comitês Regionais, em oito países. Há um total de 965 Escolas de Informática e Cidadania (EICs), contando com 1.768 educadores, 5.851 computadores instalados e 1.154 voluntários. Parceiros - Para o desenvolvimento de seu projeto, o CDI capta constantemente recursos através de convênios e parcerias com empresas, organizações filantrópicas e o poder público. Atualmente, tem como seus parceiros e mantenedores a Philips, FVRD, Accenture, USAID, BID, Fundação W. K. Kellogg, Fundação Avina, Banco Mundial/ Infodev, Microsoft, Fundação Telefônica, Fundação EDS, Unibanco, Esso e Politec. Vem construindo uma sólida estrutura financeira, auditada anualmente pela Ernst & Young.

Fonte: www.cdi.org.br

Bate Papo com o pessoal do CDI

Visita à ACB, onde há uma Escola do CDI Brincadeira com as crianças da ACB

Informações sobre os locais visitados

O Grupo Cultural Afro Reggae (GCAR) surgiu em janeiro de 1993, inicialmente em torno do jornal Afro Reggae Notícias - um veículo de informação que visava à valorização e a divulgação da cultura negra, voltado sobretudo para jovens ligados em ritmos como reggae, soul, hip-hop, etc.

Seus planos eram de poder ter um tipo de intervenção mais direta junto a população afro-brasileira. Inauguram em 1993 na favela de Vigário Geral seu primeiro Núcleo Comunitário de Cultura, iniciando assim o desenvolvimento dos projetos sociais. Em pouco tempo, esse núcleo se consolidou a partir das primeiras oficinas - que foram dança, percussão, reciclagem de lixo, futebol e capoeira - e preparou o terreno para novas empreitadas. Nessa época já se tinha bem claro o objetivo a ser alcançado, e que pode ser definido pela missão institucional: oferecer uma formação cultural e artística para jovens moradores de favelas de modo que eles tivessem meios de construir suas cidadanias e com isto pudessem escapar do caminho do narcotráfico e do subemprego, transformando-se também em multiplicadores para outros jovens. Em Vigário, o Programa Social envolve diversas oficinas - música, capoeira, teatro, hip hop e dança, o Criança Legal. Mas apesar de toda a diversidade de atividades, a música tem sido em Vigário Geral o melhor instrumento para atrair os jovens a participar do GCAR. O sucesso obtido com a Banda Afro Reggae, tanto artístico quanto como modelo de projeto social, fez com que outros jovens quisessem percorrer o mesmo caminho e, hoje, em Vigário mais 3 grupos musicais, estão em fase de amadurecimento, mas já fazem apresentações públicas.

Núcleo VIGÁRIO GERAL Rua: Antônio Mendes, nº 02 - Vigário Geral - Rio de Janeiro - RJ - Brasil Tel: (21) 3448-0821 Núcleo CANTAGALO Rua: Alberto de Campos - nº 12 - Ipanema - Rio de Janeiro - RJ - Brasil Tel: (21) 2227-4763 Líder AVINA: José Júnior Contatos: Johayne, Dada, Izabel

Não bastasse isso, o Afro Reggae criou uma produtora - a ARPA, Afro Reggae Produções Artísticas - para dar sustentação comercial a carreira profissional dos subgrupos criados a partir dos nossos projetos sociais, em especial a Banda AfroReggae, e ainda contribuir com a ONG, já que 30% dos recursos obtidos com os eventos produzidos são revertidos para o GCAR. No Cantagalo-Pavão-Pavãozinho, o GCAR utiliza a linguagem do circo - malabares, trapézio, acrobacias, etc. - para realizar um trabalho que traz alegria e consciência para jovens que viviam na corda bamba em vários sentidos. Desde 1996, funciona no anfiteatro do Ciep de Ipanema, uma oficina de circo aberta a comunidade. Como resultado destas aulas, foi criada a Trupe Levantando a Lona para fazer espetáculos públicos e propiciar aos alunos que se profissionalizem como artistas. Vigário foi a primeira experiência, e graças ao incentivo a auto-estima dos moradores desta favela, famosa em todo o Brasil pela violência, ela agora é reconhecida como um pólo gerador de arte e cultura. Em breve, a ONG espera poder falar o mesmo de Parada de Lucas, Cidade de Deus, Cantagalo, Pavão-Pavãozinho.

Alunos do PESC e pessoal do Afro Reggae em Vigário Geral

Fonte: www.afroreggae.org.br

Apresentações no SESC Ramos

Ensaio da Banda AfroReggae Apresentação do AfroLata

Foto dos alunos com Banda AfroReggae

Visita à creche de Vigário Geral

Bem perto do Lado A Lado B, separação entre duas favelas dominadas por traficantes rivais

Todas as fotos no Morro do Cantagalo, onde os alunos viram a apresentação do Afro Circo

Alguns locais por onde os alunos passaram

Depoimento dos Alunos sobre a viagem “A viagem foi maravilhosa e serviu para que nós conhecessemos coisas que jamais iríamos ver em outras oportunidades. Foi uma maneira interessante de premiar os grupos do PESC e ao mesmo tempo apresentar a eles projetos ligados ao terceiro setor que são considerados referências no país como por exemplo o AFROREGGAE. A escolha das visitas foi muito feliz. A primeira feita na baia de Guanabara conciliou um agrádavel passeio de barco com os problemas que o lugar está passando, além do contexto histórico que nos foi apresentado.A segunda na minha opinião foi mais interessante ainda, já que talvez nunca mais nenhum de nós tenha a chance de conhecer uma favela como VG. Conhecer a real situação da comunidade e sua relação com o crime organizado e a importância de projetos sociais para combater a criminalidade foi muito interessante.Na minha opinião todos os economistas do Brasil deveriam passar por essa experiência para lembrarem-se que por trás dos modelos e números que são formulados há pessoas que estão realmente precisando de ajuda. Para o cronograma inicial talvez tenha faltado o dia livre que posteriormente nos foi dado para conhecer também os pontos turísticos da cidade. Exceção feita a essa observação o restante foi muito legal. Muito Obrigado”.

José Renato – Heliópolis 1 “Achei muuuito legal, uma experiência que me agregou muito e que me provou que existem sim ONGs que realmente funcionam apesar de todas as adversidades. Gostei bastante das visitas especialmente da ONG dos computadores e do Afrolata. Pontos fortes: ótima quantia de vale-refeição; ótimo café-da-manhã; a programação foi bem elaborada. Pontos fracos: foi cansativo ter de viajar de ônibus e dormir menos de 6 horas para no dia seguinte ter o dia com a programação bem completa. Considerei como um bom prêmio esta viagem, visto que, foi uma oportunidade única de conhecer uma realidade tão distinta da qual estamos acostumados.”

Milly Chung – São Joca “A viagem ao Rio de Janeiro foi excelente. A idéia de mudarem o prêmio (contemplando-nos com uma viagem ao invés do prêmio em dinheiro) foi muito boa: vai de encontro com o objetivo do projeto. Soaria um pouco estranho um prêmio em dinheiro. Mas essa mudança repentina pode não ter agradado a todos e inclusive afetado pessoas que não pudessem realizar a viagem, como efetivamente aconteceu. Pedro e Luana foram muito atenciosos e tudo ocorreu conforme programado. Os locais selecionados para as visitas foram excelentes: juntou-se ONG`s com perfis bem diferentes: do ecológico ao cultural e social. A visita à favela de Vigário Geral será algo inesquecível em minha vida: todos foram muito atenciosos e a tensão de passearmos pela favela ao lado de traficantes dissolveu-se completamente no final da visita. Afro Reggae, Afro Lata e Afro Circo: belíssimas iniciativas. Demonstraram grande capacidade de superação e lá é aplicado realmente o conceito de auto-gestão. O CDI também mostrou seu valor, ao capacitar muitas pessoas que conseguiram firmar-se no mercado de trabalho. Além do IBG que realiza um grande trabalho de conscientização da importância da conservação da Baía da Guanabara para a população. O único ponto fraco foi que deveríamos ter visitado algum lugar também onde pudéssemos expor os resultados dos nossos trabalhos e de alguma forma ajudarmos alguma comunidade. Em resumo, para mim essa viagem foi espetacular, um excelente reconhecimento. Não há como listar todos os pontos fortes, mas eu acho que a atenção de todos os líderes das ONG`s e líderes das comunidades para conosco foi surpreendente. A coordenação e planejamento da viagem também devem ser destacadas. E a simpatia de todos, mesmo os que nem sabiam o que estávamos fazendo lá, (a imagem das crianças correndo em nossa direção e pedindo para ficarem em nossos colos na creche em VG será inesquecível) foi impressionante.”

Anderson Ricardo – Heliópolis 1