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Relatório e Contas 2010 Relatório e Contas 2010 Volume 1

Relatório e Contas Relatório e Contas 2010 - ocidental.pt · 5 RelatóRio e Contas 2010 Principais Indicadores INDICADORES DE ACTIVIDADE [milhões de euros] 2010 2009 VAR. 2010/2009

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Relatório e C

ontas 2010

Relatórioe Contas2010Volume 1

1

MillenniuMbcp ageas Tagus Park – Edifício 10 · 2744–005 Porto Salvo · PortugalT: 21 004 24 90 · F: 21 006 68 65

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Relatórioe Contas2010Volume 1

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ConteúdoMensagem do Presidente 4

Principais Indicadores 5

Estrutura Accionista 6

Os Nossos Accionistas

Ageas 7

Millenniumbcp 11

Relatório do Conselho de Administração

Enquadramento Macro ‑económico 18

Enquadramento do Sector Segurador 20

Millenniumbcp Ageas – Principais Acontecimentos de 2010 24

Missão, Valores e Estratégia 26

Estrutura Organizacional 28

Marketing & Comercial 28

Análise Financeira 32

Embedded Value 41

Revisão Actuarial de Não Vida 43

Solvência II 44

Gestão de Risco 46

Gestão de Investimentos 48

Os Colaboradores 51

Corporate Governance 52

Órgãos Sociais 52

Perspectivas para 2011 63

Proposta de Aplicação de Resultados 64

Publicações Obrigatórias 65

Posição Accionista e Obrigacionista dos Membros dos Órgãos Sociais. 66

Glossário 67

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4

Mensagem do Presidente

2010assistiuaolançamentodeumnovonomenomercadoseguradoreaonasci‑

mentodamarcaAgeas,transformandoaMillenniumbcpFortisemMillenniumbcp

Ageas.FoitambémoanoqueassinalouumnovocapítulonahistóriadaAgeas,

construídocombasenumanovaestratégiaenumanovaorganizaçãofocadaemfor‑

necersoluçõesdesegurosaClientesemmercadosseleccionadosnaEuropaenaÁsia.

Apesardascircunstânciasextremamenteexigentes,devidoaumaenvolvente

económicaturbulentanosmercadosdosuldaEuropaeaoimpactodascondições

meteorológicasadversasnanossaperformance,aMillenniumbcpAgeasteveumano

extremamentepositivoemqueosobjectivosdefinidosforamalcançados.

AgestãodacarteiradeobrigaçõesdospaísesdosuldaEuropa,mantém‑secomo

umadasprincipaisprioridadesdaAgeasecontinuaasermonitorizadadeperto

pelaEquipadeGestãoepelaAdministraçãodaAgeas,procurandodarumapoio

sólidoàMillenniumbcpAgeas.

Infelizmente,oseventosambientaissãoimpossíveisdeprevercomqualquer

certezaquantoaofuturoeéimpossívelignorarasuacrescentefrequência,oque

obrigaaumarevisãoconstantedaspolíticasdeaceitação,dasapólicesedospreços.

Anoapósano,aMillenniumbcpAgeastemrecebidoprémiosprestigiosos,apesar

docontextoeconómicodifícileexigente,easdiferentesmarcasdaMillenniumbcp

Ageas,especialmenteaMédiseOcidentalVida,foramreconhecidascomoMarca

deConfiançaeSuperbrandecomoa“MelhorGrandeSeguradoradeSegurosde

Vida”,respectivamente.Esteúltimoprémioébaseadonoexcepcionaldesempenho

daempresa,assenteemindicadoresfinanceiroseeconómicos,comoasolvabilidade,

solidez,eficiênciaerentabilidade,suportadosporumfortecrescimentonosvolumes

deprémios.GostariadedarosparabénsàEquipadegestãodaMillenniumbcpAgeas

porestesprémios,quesãotestemunhodoseutrabalhoárduoedoseuempenho.

Osucessodaempresanocross sellingcomosClientesdoMillenniumbcp,junta‑

mentecomumaestratégiadeprodutosinovadora,oenfoquenaexcelênciadeser‑

viço,aeficientegestãodeactivos,arigorosagestãoderiscosedecapitaleaeficiência

global,sãoosprincipaisfactoreschaveparaosucessodaempresa.

Emsuma,aMillenniumbcpAgeaspodesentir‑sesatisfeitacomoseudesempe‑

nhoeestarconfiantenoseufuturo.Contudo,oambienteeconómicoeoimpacto

dasalteraçõesclimáticasirãocontinuaramerecertodaanossaatenção,devido

aopotencialimpactoquetêmnosplanosdecrescimentofuturoenosresultados.

Gostariadeagradeceratodosavossaconfiança,oesforçocontinuadoeadedi‑

caçãoànossaparceria,quetornoupossíveisestesresultados.Esperoqueanossa

colaboraçãocontinueafuncionarcadaanomaisemelhordemodoacumprirmos

asnossaspromessas.

Comosmeussinceroscumprimentos

Bart De Smet

PresidentedoConselhodeAdministração

Ano após ano, a Millenniumbcp Ageas tem recebido prémios prestigiosos, apesar do contexto económico difícil e exigente

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5RelatóRio e Contas 2010

Principais Indicadores

INDICADORES DE ACTIVIDADE [milhões de euros] 2010 2009VAR.

2010/2009

Demonstração de Resultados

Prémios de Seguro Directo1 1.946 2.371 -17,9%

· Vida 1.724 2.163 -20,3%

· Não Vida 222 208 6,8%

Margem técnica2 257 232 11,1%

Margem técnica líquida de custos administrativos 135 104 29,0%

Resultado líquido 114,1 97 17,9%

Resultados líquidos antes de “VOBA (value of business acquired)” 141,9 127,4 11,4%

Balanço

Capitais próprios 1.145 1.289 -11,2%

Activo total 13.223 13.315 -0,7%

Investimentos 12.460 12.623 -1,3%

Rácios

Eficiência

1. Rácio de sinistralidade Não Vida 65,5% 60,9% 4,7 pp

2. Rácio de despesas Não Vida 25,9% 23,2% 2,7 pp

3. Rácio combinado Não Vida 91,4% 84,1% 7,3 pp

4. Custos de exploração líquidos Vida/Investimentos Vida 0,83% 0,80% 0,03 pp

Rentabilidade

1. Margem técnica2/ Prémios de seguro directo 13,2% 9,8% 3,5 pp

2. Rentabilidade média dos invest. financeiros (book value) 3,7% 3,4% 0,3 pp

3. Rentabilidade média dos capitais próprios (ROE)3 13,7% 12,8% 0,9 pp

Solvabilidade

1. Rácio de solvência 183% 241% -58 pp

2. Capitais próprios / Activo total 8,7% 9,7% -1,0 pp

3. Cobertura das responsabilidades decorrentes de contrato de seguro e de investimentos4 106,6% 112,7% -6,1 pp

Outros Indicadores

Quotas de Mercado 11,9% 16,3% -4,4 pp

· Vida 14,2% 20,8% -6,7 pp

· Não Vida 5,3% 5,0% 0,3 pp

Número de colaboradores 462 458 0,9%

1 Incluicontratosdeinvestimentoque,deacordocomasnormasIFRS,nãosãocontabilizadoscomoprémiosdeseguro

2 AntesdaimputaçãodecustosadministrativosedeVOBA (value of business acquired)3 CalculadoantesdaamortizaçãodoVOBA (value of business acquired)4 ConsiderandoInvestimentos,LiquidezeJurosareceber

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Estrutura Accionista

49% 51%

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7RelatóRio e Contas 2010

Os nossos Accionistas

AGEAS

Perfil da Ageas AAgeaséumaseguradorainternacionalcommaisde180anosdehistória.Sendo

umadas20maioresseguradorasdaEuropa,aAgeasdecidiuconcentrarassuas

actividadesnaEuropaeÁsia,asquaisemconjuntoapresentamamaiorquotado

mercadoglobaldeseguros,estandoagrupadasemquatrosegmentos:Bélgica,Reino

Unido,EuropaContinentaleÁsia.Detémaliderançaincontestadanomercado

belganosegmentodeVidaindividualeemployee benefits,bemcomoumaposição

deliderançaemNãoVida,atravésdaAGInsurance.Anívelinternacional,aAgeas

temumafortepresençanoReinoUnido,ondeéasegundamaiorseguradorano

ramoAutomóvel.AempresatambémtemsubsidiáriasemFrança,AlemanhaeHong

Kong.AAgeasdesenvolveutambémparceriascominstituiçõesfinanceirasquetêm

umafortepresençaesãodistribuidores‑chaveemdiferentesmercadosemtodoo

mundoedetémparceriasdesucessonoLuxemburgo,Itália,Portugal,China,Malá‑

sia,ÍndiaeTailândia.AAgeasempregamaisde13.000pessoaseapresentaprémios

anuaisdequase18milmilhõesdeeuros.

Ageas em 20102010foioanoemqueaantigaFortissetransformouemAgeas.EmboraaAgeas

sejaumnomenovonomercado,rapidamenteconseguiureconhecimentodamarca

comoumacompanhiadesegurosinternacionalnosmercadosemqueopera.

Contudo,numaperspectivamaisampla,2010tambémfoiumanoemqueos

mercadosfinanceiroscontinuaramasentirosefeitosdacrisefinanceira.Ofocoda

atençãomudouparaaEuropa,ondeaspreocupaçõescomasustentabilidadede

certaseconomiaseuropeiasforamexacerbadasporataquesoportunistasaoEuro.

AcriseeconómicaqueseestendeuatodaaEuropa,alimentadapeloreceiodo

aumentodosdeficitsgovernamentaisedosníveisdedívida,resultaramnumagrande

faltadeconfiançanaEuropa.Eocontágioespalhou‑serapidamentedaGréciapara

outrospaísesnazonaEuro,emparticularaoutraseconomiasdoSuldaEuropa.

OsresultadosdaAgeasem2010forammarcadospelosólidocrescimentodos

prémios,impulsionadosporumexcelenteprimeirosemestre,eporresultados

líquidosencorajadores,apesardoambienteeconómicoturbulentoedascondições

climatéricasadversasqueseverificaramaolongodoano.Oresultadolíquidoalcan‑

çadoem2010nãoécomparávelcomode2009,devidoàalteraçãodoperímetrode

consolidaçãoeaoimpactofiscalpositivonãorecorrentecontabilizadoem2009.Os

resultadoslíquidosdoGrupoforamde223milhõesdeeuros,quesedecompõem

numresultadolíquidodosSegurosde391milhõesdeeuroseumresultadolíquido

negativodaGeneral Accountde168milhõesdeeuros.

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Valor de prémios razoavelmente estável no montante de 6,7 mil milhões de euros

(vs. 6,9 mil milhões de euros em 2009)

› 5,1milmilhõesdeeurosdeprémiosdeVida,menos4%quenoanoanterior,

devidoamenorcontribuiçãodocanalbancário;

› PrémiosNãoVidaascenderama1,6milmilhõesdeeuros,umcrescimentode

5%facea2009;

› Prémiosde3,2milmilhõesdeeurosno2ºsemestrevs.3,5milmilhõesdeeuros

no1ºsemestrede2010.

Resultados líquidos, após interesses de não controlo, de 264 milhões de euros

(vs. 366 milhões de euros em 2009)

› Interessesdenãocontrolode91milhõesdeeurosemcomparaçãocom69

milhõesdeeurosem2009eumbenefíciofiscalnãorecorrentepositivode94

milhõesdeeurosem2009;

› Mais‑valiaslíquidasde29milhõesdeeurosrelacionadascomareestruturação

dacarteiradeinvestimentos;

› Impactonegativolíquidode25milhõesdeeurosdesinistrosrelacionadoscom

condiçõesclimatéricasexcepcionais.

Fundos sob gestão do Ramo Vida de 48,2 mil milhões de euros (45,4 mil milhões

de euros no final de 2009), o que representa um crescimento de +6%.

› Aumentoimpulsionadopornovasentradasetaxasdeanulaçãomaisbaixas.

Rácio combinado global de 107,4%

› RáciocombinadoexcluindoAcidentesdeTrabalhode104,3%(102,5%em2009);

› Ráciocombinadono2.ºsemestrede107,6%,praticamenteestávelnoprimeiro

semestre.

Perdas líquidas de 168 milhões de euros (705 milhões de euros de lucro líquido

em 2009)

› Oresultadofoipenalizadoporumaperdade203milhõesdeeurosrelacionada

comaconversãodeMCSedisputasjurídicascomoEstadoHolandês,uma

avaliaçãomaisbaixadaopçãodecomprafaceaojustovalordeRPN(I);

› Oscustoscompessoaleoutroscustosdeexploraçãoeadministrativosforam

reduzidosparametade,cercade58milhõesdeeuros;

› 405milhõesdeeurosdeimpactopositivonãorecorrentedecorrentedoreco‑

nhecimentodeactivosdeimpostosdiferidos.

Avaliação da opção de compra de acções do BNP Paribas em 609 milhões de

euros, menos 271 milhões de euros que no final de 2009.

Avaliação do justo valor das responsabilidades com RPN(I) em 465 milhões de

euros, mais 149 milhões de euros que no final de 2009.

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9RelatóRio e Contas 2010

Impacto positivo no resultado líquido relacionado com o Royal Park Investments

de 131 milhões de euros.

› Valordosactivosfinanceirosaumentoupara933milhõesdeeuros.

Ageas irá propor um dividendo bruto para 2010 de 8 cêntimos de euro por acção,

o que corresponde a um rácio de reembolso de 50% do resultado líquido da área

seguradora. Esta decisão está em linha com a política de dividendos da Ageas de

pagar entre 40% e 50% do resultado líquido anual da área seguradora.

Detalhes por segmento de negócioDesde2010,osrelatóriosdaAgeassãoefectuadosdeacordocomosquatroseg‑

mentosdenegóciodeseguros:Bélgica,ReinoUnido,EuropaContinentaleÁsia.

Apresenta‑seseguidamenteumabrevedescriçãodosnovossegmentos:

PRémIOS PROCESSADOS [milhões de euros] FY 10 FY 09 %

Bélgica 6.709 6.867 -2%

· Vida 5.119 5.362 -4%

· Não Vida 1.591 1.515 5%

Reino Unido1 1.207 913 32%

· Vida 27 10 178%

· Não Vida 1.179 903 31%

Europa Continental 3.933 3.941 0%

· Vida 3.490 3.706 -6%

· Não Vida 444 235 88%

Asia2 6.093 4.070 50%

· Vida 5.578 3.689 51%

· Não Vida 515 381 35%

Total 17.943 15.791 14%

· Vida 14.214 12.757 11%

· Não Vida 3.729 3.034 23%

BélgicaAsoperaçõesdesegurosnaBélgica,quefuncionamdesdeJunhode2009como

nomeAGInsurance,têmumalongahistória.Ototaldeprémiosbrutosem2010

ascendeua6,7milmilhõesdeeuroseaempresaservemaisde2,5milhõesdeClien‑

tes.Entre75%e80%dosprémiosrespeitaasegurosdeVidaeentre20%e25%a

segurosNãoVida.AAGInsurancetemumaofertaabrangentedeprodutosde

VidaeNãoVidavendidosaparticulareseaPME’s.Operaatravésdeumaestratégia

multicanalcomdistribuiçãoatravésdemaisde3.000corretoresindependentese

atravésdoscanaisbancáriosdoBNPParibasFortisBankedassuassubsidiárias.

AAG Employee BenefitséaunidadedenegóciodedicadaavenderprodutosdeVida

eSaúde,principalmenteagrandesempresas.OBNPParibasFortisédonode25%

daAGInsurance.

1 Distribuiçãoderetalhonãoreportadaaníveldeprémios.

2 Considerandotodasasentidadesa100%.

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Reino UnidoAAgeasnoReinoUnidoélídernofornecimentodesoluçõesdesegurosNãoVidae

darespectivaprotecçãodeVida.OnegócionoReinoUnidotemumafortepresença

nosegmentodeparticularesecontinuaaexpandirasuapropostaaosegmento

comercial.Onegóciodeparticularesrepresentacercade82%dototaldacarteira,o

segmentocomercial16%eaProtecçãodeVidacercade2%.AAgeasnoReinoUnido

temparceriasdeaffinitycommarcasmuitofortes,incluindoTescoBank,JohnLewis

Partnership,AgeUKeToyota(GB)Limited.Aestratégiadedistribuiçãoadoptadaé

multicanalcomoscorretores,parceirosdeaffinityecanaispróprios.Assubsidiárias

detidasa100%incluemaRIAS,quetemmaisdeummilhãodeClientesnoseg‑

mentodemercadode+50anosdeidade,queestáemcrescimento,aAgeasInsurance

Solutions,quefornecesoluçõesdemarcabrancaaparceriasdeaffinity,outsourcing

deserviços,bemcomoapromoçãodirectanaInternetdassuasprópriasmarcase

deKwikFitInsuranceServices.OarranquebemsucedidodaTescoUnderwriting,

aparceiracomTescoBankeaintegraçãodonegócioadquiridodeKwikFitInsu‑

ranceServicesiráreforçaraindamaisasrespectivasposiçõesdemercadodaAgeas

noReinoUnido.

Europa ContinentalAEuropaContinentalécompostapelasactividadesdeseguroseuropeias,excluindo

aBélgicaeoReinoUnido.Incluicincopaíseseéumamisturadeposiçõesdelide‑

rançaemmercadosmaduros,comoPortugaleLuxemburgo,eparticipaçõesmais

pequenasnaFrançaeAlemanhaeaindaanovaparceriaNãoVidaemItália.Em

2010,cercade89%dototaldovolumedeprémiosforamdoRamoVida,comple‑

mentadoscomaactividadedeNãoVidaemPortugaleItália.Emresultadodarevi‑

sãoestratégicarealizadaem2009,osegmentodaEuropaContinentalimplementou

diversasiniciativasparaalinharasuacarteira,oqueconduziuàdecisãodealienaras

actividadesdeNãoVidanoLuxemburgo,asoperaçõesdeVidanaTurquiaeUcrânia

ecolocarasoperaçõesnaRússiaemrun ‑off.

ÁsiaAAgeasestáactivaemcincopaísesdaÁsia,comasuasederegionalemHongKong,

sendoasubsidiáriadeHongKongdetidaa100%.Asoutrasactividadessãoorgani‑

zadasnaformadeparceriascomosprincipaisparceiroslocaiseinstituiçõesfinan‑

ceirasnaChina,Malásia,TailândiaeÍndia.Emtermosdereporte,aAgeasreporta

numabaseconsolidadaemHongKong,aopassoqueasoutrasparticipaçõessão

contabilizadascomoassociadas.

Colaboradores no activoAAgeasempregava11.707colaboradoresem31deDezembrode2010,oquecom‑

paracom10.613colaboradoresemigualperíodode2009.Oaumentoverificado

deveu‑sefundamentalmenteàrecenteaquisiçãoeànovaparcerianoReinoUnido.

Adivisãoporsegmentoséaseguinte:5.705daAGInsurancenaBélgica,4.327no

ReinoUnido,1.270naEuropaContinentale320naÁsia.OsColaboradoresdos

doisúltimossegmentostambémincluemosColaboradoresregionaiscolocadosem

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11RelatóRio e Contas 2010

BruxelaseHongKong,respectivamente.OsegmentodoGeneral Account,nocaso,o

CentroCorporativo,empregava85Colaboradoresnofinalde2010.

Posição de capitalOcapitaldisponíveltotaldaAgeasascendiaa8,6milmilhõesdeeurosem31de

Dezembrode2010eexcediaosrequisitosmínimostotaisconsolidadoslegalmente

exigidosparaasoperaçõesdesegurosem5,6milmilhõesdeeuros,incluindoa

General Account.Oráciodesolvabilidadetotalerade227%,comparadocomum

ráciode234%nofinalde2009.Oaumentodocapitalmínimolegalmenteexigido

paraasoperaçõesdesegurosestárelacionadocomaevoluçãodonegócioecomo

negóciorecentementeadquirido.

Oráciodesolvênciadasoperaçõesbelgasdesceupara198%comoresultadode

activosintangíveismaiselevadosnoseguimentodeinvestimentosnacarteirade

imobiliário.OráciodesolvêncianoReinoUnidoaumentoupara389%.Oelevado

ráciodeve‑seaoarranquedeTescoUnderwriting,totalmentecapitalizada,masque

sócomeçaráaoperaremmeadosdeOutubro.NaEuropaContinental,oráciode

solvênciaglobaldesceupara211%,devidoprincipalmenteàreduçãodasmargens

desolvênciaemPortugal.

OcapitaldisponíveltotaldaGeneral Accountéde1,8milmilhõesdeeuros,com‑

paradocom2,3milmilhõesdeeurosnofinalde2009.Odecréscimopodeser

explicadoportransferênciasdecapitalparaasempresasoperativascomoobjec‑

tivofinanciaraaquisiçãodaKwikFitInsuranceServiceseoarranquedaTesco

Underwriting.

MIllENNIuM BCP

OMillenniumbcpcelebrou,em2010,o25.ºaniversáriodesdeasuafundação.

AvidadoBCPatéaopresenterepresentaumahistóriadesucessoaolongodeste

quartodeséculo,naqualsetornounomaiorbancoprivadoemPortugalenuma

instituiçãodereferênciaemdiversasáreasnosdiferentesmercadosondeactua,

entreosquaissedestacam:Portugal,Polónia,Grécia,Roménia,Suíça,Moçambique,

AngolaeMacau.TodasasoperaçõesoperamsobamarcaMillennium.

OMillenniumbcp,comocentrodedecisãoemPortugalecomumaposiçãode

destaquenomercadofinanceironacional,éosegundobancoemtermosdequota

demercadoqueremcréditoaclientes(cercade22%),queremrecursostotaisde

clientes(cercade19%),possuindoamaiorredededistribuiçãobancáriadopaís,

com892sucursais,servindomaisde2,5milhõesdeclientesemPortugal.OBanco

mantémoenfoquedadistribuiçãodeRetalhoemPortugalenosmercadosinterna‑

cionaisqueasseguremumapresençacompetitivaeposiçãosignificativanomédioe

longoprazo,comparticulardestaqueparaaPolónia,Moçambique,AngolaeMacau

(China),regiãoondeoBancopassouaoperar,em2010,atravésdeumasucursal

comlicençaon ‑shore.

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12

Um Grupo líder enfocado no negócio de Retalho em Portugal, Polónia, Moçambique e Angola

6.135

8

2.279892 458 125 39 1 229

2.088

10.146

714

(milhões de euros)

OUTROS*

Quota de Mercado Quota de Mercado Quota de Mercado Quota de Mercado

ANGOLA PORTUGAL MACAU MOÇAMBIQUEPOLÓNIA

Em crédito a clientes

Em crédito a clientes

Em depósitos Em depósitos Em depósitos Em Crédito a clientes

Em Crédito a clientes

Recursosde clientes

21,4% 18,7% 5,0% 5,1% 39,0% 34,0% 3,0% 2,6%

76.779

11.8201.293 1.012 416

8.690

58.672

244

50.995

10.043991 593

9.541854 465

6.635148

4.826

*Inclui as operações na Grécia, Roménia, Suíça e Ilhas Caimão

ChinaGuangzhouEscritório de Representação

Activo Crédito a clientes (bruto)

Colaboradores Sucursais

Recursos de clientes

AactividadeemPortugalrepresenta77%dosactivostotais,77%docréditoaclien‑

tes(líquido)e76%dosrecursostotaisdeclientes,sendoresponsávelpor83%dos

resultadoslíquidosde2010.Espera‑seumreforçodacontribuiçãodasoperações

internacionaisparaoresultadolíquidodoGruponospróximosanos.Estasope‑

raçõesrepresentamjá48,9%dototalde1.744sucursaise52,5%dos21.370mil

colaboradoresdoGrupoBCP.

OBancoofereceumaamplagamadeprodutoseserviçosbancáriosefinanceiros

relacionadosaosseusClientes,quevãodesdeascontasàordem,meiosdepaga‑

mento,produtosdepoupançaedeinvestimento,passandopelocréditoimobiliário,

créditoaoconsumo,bancacomercial,leasing,factoringesegurosatéprivate banking

egestãodeactivos,bancadeinvestimento,entreoutros,servindoasuabasede

Clientesdeformasegmentada.DispondodamaiorrededesucursaisemPortugale

deumaredecrescentenospaísesondeopera,oBancoofereceaindacanaisdebanca

àdistância(serviçodebancaportelefoneepelaInternet),quefuncionamtambém

comopontosdedistribuiçãodosprodutoseserviçosdoMillenniumbcp.

Modelo de OrganizaçãoOmodelodeorganização,em31deDezembrode2010,baseia‑seemseisáreasde

negócio–“BancadeRetalho”,“BancadeEmpresaseCréditoEspecializado”,“Cor‑

porateeBancadeInvestimento”,“PrivateBankingeAssetManagement”,“Negócios

naEuropa”,“OutrosNegóciosInternacionais”,eemduasunidadesdesuporte–

“ServiçosBancários”e“ÁreasCorporativas”.

Fonte:AsquotasdemercadoemPortugalsãobaseadasnainformaçãodivulgadapublicamentepeloBancodePortugalepelosBancos.AsquotasdemercadonaPolóniasãodivulgadaspelaAssociaçãodeBancosPolacosepelaAssociaçãoPolacadeGestorasdeActivos.AsquotasdemercadosãobaseadasnainformaçãodivulgadapeloBancodeMoçambique.

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13RelatóRio e Contas 2010

CincodasoitoáreasdenegócioeunidadesdesuporteintegramosComitésde

Coordenação,quetêmporobjectivofacilitaraarticulaçãodasdecisõesdegestão

corrente,envolvendoadirecçãodetopodasunidadesintegradasemcadaumadas

ÁreasdeNegócioenaUnidadedeServiçosBancários,comamissãodealinhar

perspectivasesuportaratomadadedecisõesdegestãoporpartedoConselhode

AdministraçãoExecutivo.

Prioridades estratégicas para 2010: Principais iniciativas concretizadasOagravamentodacrisefinanceirainternacional,particularmenteacentuadona

Europaem2010,conjugadonocasoportuguêscomanecessidadedeajustamento

dosdesequilíbriosestruturais,nomeadamenteoagravamentodasituaçãoorça‑

mentaleadeterioraçãocontinuadaesignificativadaposiçãoexternadaeconomia,

numquadrodeelevadosníveisdeendividamentopúblicoeprivadoedebaixo

crescimentodoPIBnaúltimadécada,apardadeterioraçãodasperspectivasdos

participantesnosmercadosfinanceirosinternacionaissobreasustentabilidadeda

situaçãodasfinançaspúblicasemPortugal,tem‑sereflectidonumforteaumento

doprémioderiscodadívidasoberana,paraníveishistoricamenteelevados,que

temcomprometidoacapacidadedefundingdosbancosportuguesesnomercado

definanciamentowholesale,colocandonaordemdodiaanecessidadededesalavan‑

cagemdosseusbalanços.

OMillenniumbcprespondeuàcrisedosmercadosdedívidasoberanaessen‑

cialmenteatravési)deumposicionamentodefensivonagestãodofunding;ii)do

aumentodosactivosdescontáveisjuntodoBancoCentralEuropeu;iii)dadesacele‑

raçãodocrescimentodacarteiradecréditoapardeumesforçodecaptaçãoderecur‑

sos,procurandocontrolarogapcomercial;iv)deumesforçonosentidoderepricing

(ajustamentodopreçoaoriscodocliente)edeaumentodocomissionamento,

procurandomelhorarosproveitosdebase,oqueconjugadocomasiniciativasde

contençãodoscustos,setraduziunamelhoriadosresultados;ev)deoptimização

dosactivosponderadospelorisco,procurandoobterumráciodeTierIpróximode

10%.OMillenniumbcpprocedeuassimaoajustamentodasuaAgendaEstratégica

para2010,tendoasiniciativasimplementadasassentadonosseguintestrêsvectores:

Aumentar a confiança Preparar a saída da crise económica e financeira Enfoque e sustentabilidade

• Reforço do relacionamento com os clientes

• Melhoria dos rácios de capital via redução dos activos ponderados pelo risco (RWA)

• Manutenção do controlo do gap comercial

• Melhoria dos resultados

• Repricing do crédito

• Crescimento em recursos

• Melhoria dos colaterais em operações de crédito

• Aumento expressivo dos activos elegíveis junto do BCE

• Lançamento de um Banco inovador na plataforma do ActivoBank

• Simplificação organizativa

• Contenção de custos

• Cobrança efectiva de comissões pelos serviços prestados

• Enfoque no Portfolio internacional

· Alteração da operaçõesna Turquia e nos EUA

· Obtenção de licença on-shore em Macau

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14

Visão Estratégica 2011 ‑2013: Rendibilidade e EnfoqueOBancoprocedeuaumaadaptaçãodasuavisãoparaoperíodode2011‑2013,

quepassouadesignar‑sede“RendibilidadeeEnfoque”.OMillenniumbcpelegeu

comoprincipalobjectivoa“Rendibilidade”daoperaçãoemPortugal,nosvários

segmentosdenegócio,apoiadaporumesforçosustentadodecontençãodecustos.

Emparalelo,oBancoestátambémenfocadonocontrolodorisco,naeficiência,na

inovaçãoenoserviçoaocliente.

Aestratégiade“Enfoque”eafinidadenasoperaçõesinternacionaisreflecte‑se

noenfoquenosmercadoseuropeusqueasseguremumapresençacompetitivae

umaposiçãosignificativanomédioelongoprazoenaapostaemmercadoscom

afinidade(AngolaeMoçambique).

AvisãodoBancopara2011‑2013apoia‑seaindanumterceiropilar:a“Susten‑

tabilidade”,queseconsubstancianaoptimizaçãodagestãodecapitaledaliquidez

enofortalecimentodocontroloderisco,procurandoreforçaraprevenção,revera

concessãodecréditoereforçararecuperação.

RENDIBILIDADE E ENFOQUE:RENDIBILIDADE DA OPERAÇÃO EM PORTUGAL

E ENFOQUE NA EUROPA E NOS MERCADOS DE AFINIDADE

Visão estratégica 2011-2013: Rendibilidade e Enfoque

Rendibilidade em Portugal

• Assegurar a rendibilidade e a eficiência nos vários segmentos em Portugal

• Sustentar o esforço de redução de custos em Portugal

• Optimizar e gestão de capital e liquidez

• Fortalecer o controlo de risco: reforçar a prevenção, rever a concessãode crédito, reforçar a recuperação.

Enfoque e afinidade nas operações internacionais

• Foco nos mercados europeus que assegurem uma presença competitiva e posição significa-tiva no médio e longo prazo

• Continuar a investir em mercados com afinidade

Sustentabilidade

Mobilizar a organização

Orientações estratégicas para 2011 ‑2013No período de 2011 ‑13, as principais orientações estratégicas a implementar

enquadram ‑se em três vectores orientadores:

› Financeiro:porformaamanteratendênciadecrescimentodosresultadoscon‑

solidadosdoBancoiniciadaem2008;

› Organizacional:porformaamanteroenvolvimentodosColaboradores,oenfo‑

quenainovaçãoenorigorcomoumavantagemcompetitivanomercado;

› Negócio:porformaasimplificareaalinharomodelodenegócio,enfocando

nasáreasdenegócioenosmercadosestratégicosdoBanco.

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15RelatóRio e Contas 2010

Visão estratégica a médio prazoOrientações estratégicas 2011-13: Rendibilidade e Enfoque

FINANCEIRO

ORGANIZACIONAL

Fortalecer a Cultura e a Imagem de Rigor

Motivar e envolver os Colaboradores

Promover a Inovação como vantagem competitiva

Manter o disclosure e a transparência da Informação

Recuperação sustentada da Margem Financeira e das Comissões

Manter o esforço de contenção de Custos

Reforço do Capital e da Liquidez

NEGÓCIO

Simplificação Organizativa

Reorganização do Retalho

Alinhamento do Modelo de Negócio

Enfoque nos Mercados Internacionais core

Resultados FinanceirosOresultadolíquidoconsolidadodoMillenniumbcpcresceu34%para301,6milhões

deeurosem2010,faceaos225,2milhõesdeeurosapuradosem2009,suportado

peloaumentodocontributodaactividadeinternacional(+353%).Aevoluçãodo

resultadolíquidofoifavoravelmenteinfluenciadapelosdesempenhosdamargem

financeira(+14%),dascomissões(+11%)edosresultadosemoperaçõesfinanceiras

(+90%),parcialmentecontrariadapeloreforçodasdotaçõesporimparidadedocré‑

dito(líquidasderecuperações)eparaoutrasimparidadeseprovisões.

OresultadolíquidodaactividadeemPortugalcifrou‑seem249,8milhõesde

eurosem2010,comparandocom213,8milhõesdeeurosem2009,traduzindoo

crescimentodoprodutobancário,suportadoemparticularpelamargemfinan‑

ceira,pelascomissõeslíquidas,pelosresultadosemoperaçõesfinanceirasepelos

maioresníveisdedividendosrecebidos,repercutindoaindaoefeitodaalteraçãodo

enquadramentofiscalnaactividadeemPortugal.Oresultadolíquidofoitambém

influenciadopelocontrolodoscustosoperacionais,peloreforçodoníveldedota‑

çõesparaimparidadedocrédito(líquidasderecuperações)epeloregistodedotações

porimparidadedogoodwill,associadoàsubsidiárianaGrécia.

Realceparaoaumentodocontributodaactividadeinternacional,oqualcres‑

ceude5%,em2009,para17%em2010.Ocontributodasactividadesinternacio‑

nalascendeua51,8milhõesdeeurosem2010,comparandocom11,4milhõesde

eurosem2009,favoravelmenteinfluenciadopelodesempenhodoprodutobancário,

impulsionadopeloaumentodamargemfinanceiraedascomissõeslíquidas,apesar

decondicionadopelomaiorníveldecustosoperacionais,nomeadamentepelas

subsidiáriasemAngolaeemMoçambique,noâmbitodaestratégiadecrescimento

orgânicoimplementadanestesdoismercados,peloBankMillenniumnaPolónia,

ampliadopeloefeitocambialdavalorizaçãodozlotifaceaoeuro,epeloimpacto

daamortizaçãodeactivosnãoalienadospeloMillenniumbcpbanknosEstados

UnidosdaAmérica.

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16

Em31deDezembrode2010,oBCPdetinha,deacordocomasNormasInterna‑

cionaisdeRelatoFinanceiro(IFRS),umactivototalde100.010milhõesdeeuros,

quecomparacomos95.550milhõesdeeurosapuradosem2009.Osrecursos

totaisdeclientes,embasecomparável,atingiram67.596milhõesdeeurosem31

deDezembrode2010,registandoumasubidade1,6%,faceaos66.516milhõesde

eurosnamesmadatade2009,beneficiandodosaumentosdosrecursosdebalanço

declientes,influenciadospelocrescimentodosdébitosparacomclientestitulados

edosprodutosdecapitalização.Porseulado,ocréditoaclientes(bruto)atingiu

76.411milhõesdeeurosnofinalde2010,denotandoumaligeiracontracção,em

basecomparável,de–0,7%facea2009.Nofinalde2010,orácioCore Tier Iconso‑

lidado,calculadodeacordocomométodoIRBesegundoasnormasdoBancode

Portugal,ascendeua6,7%,comparandofavoravelmentecomoreportadonofinaldo

anoanterior,emconformidadecomométodoPadrão(6,4%),tendoosráciosTier Ie

Totalfixando‑seem9,2%eem10,3%(9,3%e11,5%,respectivamente,nofinaldoano

de2009).AsacçõesdoBCPestãoadmitidasàcotaçãodaEuronextLisboa,sendo

acapitalizaçãobolsistaem31deDezembrode2010de2,7milmilhõesdeeuros.

Millennium bcp – Síntese de indicadores

PRINCIPAIS INDICADORES [milhões de euros] 2010 2009 VARIAçãO

Resultado líquido 301,6 225,2 33,9%

Activo total 100.010 95.550 4,7%

Recursos totais de clientes(1)(2) 67.596 66.516 1,6%

Créditos sobre clientes (líquidos)(1) 73.905 74.789 1,2%

Capitalização bolsista 2.732 3.967 -31.1%

N.º de clientes (milhares) 5.197 5.086 2,2%

N.º de colaboradores 21.370 21.493 -0,6%

Rentabilidade dos capitais próprios (ROE) 6,1% 4,6%

Resultado líquido por acção (euros) 0,04 0,03

Custos operacionais/Produto bancário(3)(4) 56,3% 63,6%

Custos operacionais/Produto bancário (actividade em Portugal)(3)(4) 51,3% 60,2%

Rácio de solvabilidade Tier 1(3) 9,2%

Rácio de solvabilidade total(3) 10,3%

1 NãoincluisubsidiáriasMillenniumBankTurquiaeMillenniumbcpbankUSA.2 Débitosparacomclientestituladosenãotitulados,activossobgestãoesegurosdecapitalização.3 CalculadodeacordocomaInstruçãon.º16/2004doBancodePortugal.4 Excluiimpactodeitensespecificos.

AsDemonstraçõesFinanceirasconsolidadasforamelaboradasnostermosdoRegulamento(CE)n.º1606/2002,de19deJulho,edeacordocomomodelodereportedeterminadopeloBancodePortugal(Avison.º1/2005),nasequênciadatransposiçãoparaaordemjurídicaportuguesadaDirectivan.º2003/51/CE,de18deJunho,doParlamentoEuropeuedoConselho.

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Relatório do Conselho de administração

Concluídooexercíciode2010,vemoConselhodeAdministra‑

çãodaMillenniumbcpAgeasGrupoSegurador,S.G.P.S.,S.A.

apresentaraosSenhoresAccionistasoRelatórioeasContas

consolidadas,reflectindoaactividadeconjuntadetodasas

subsidiáriasparaoanofindoem31deDezembrode2010,

asquaisforamauditadaspelaKPMG.

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18

Relatório do Conselho de administração

Enquadramento Macro ‑Económico

APRECIAçãO GlOBAl

A economia mundial registou um desempenho mais favorável em 2010 e

perspectiva‑sequeoprocessoderecuperaçãoeconómicapossaprosseguir,mesmo

quedeformamaismoderada,aolongode2011.Opreçodasmatérias‑primas

aumentoudeformasignificativa,comimpactonaevoluçãodastaxasdeinflação.

Osmercadosfinanceirosapresentaramcomportamentosmenosvoláteis,mas

acentuou‑seadiferenciaçãoporemitenteemfunçãodorespectivoriscodecrédito,

designadamentenoplanodoriscosoberano.

Aintensidadedacrisequecontinuaaafectarvários

estadossoberanosdaperiferiaeuropeia,incluindo

Portugal,exigiuacçõesdeassistênciaexternapara

estabilizaçãodaseconomiasedesuporteaossistemas

financeiros,primeironaGréciaemaisrecentementena

Irlanda.Nãoobstanteadisponibilizaçãodefinancia‑

mentoexcepcionalaestespaíses,subsisteumclimade

incertezaedetensãorecorrente.

Aalteraçãosignificativadascondiçõesefluxosde

financiamentodaeconomiaportuguesa,decorrentedos

receiosrelativosàsustentabilidadedadívidaaprazo,das

dificuldadesdoprocessodeconsolidaçãoorçamentale

docepticismodosinvestidoresquantoaopotencialdecrescimento,tornouinadiável

areduçãodosníveisdeendividamentodosectorpúblicoedosagentesprivados.

Projecta‑seoretornoaumaconjunturarecessivaem2011,nãoobstanteocontri‑

butopositivoqueseantevêparaocrescimentoporpartedaprocuraexternalíquida.

Nosanosseguintes,oretornoaumcontextomaisnormalizadodependeráemboa

medidadoalcanceedosucessodasmedidasdecorrecçãoagoraimplementadas.

Esteenquadramentoémuitoadversoparaosvolumesdenegócio,paraaqualidade

docréditoeparaocustodosrecursosdosectorbancárioportuguês,eganhauma

dimensãoacrescidatendoemcontaanecessidadedeinverteroclimadedesconfiança

sobreacapacidadefinanceiradoEstadoportuguêsedosectorprivado.Dadosos

constrangimentosexternoseasdificuldadesinternas,noplanodagestãocorrenteé

imperativopersistirorigornocontrolodoscustoseaselectividadenasdespesasde

investimento,traduzindoocompromissodeumacorrectaafectaçãodosrecursos

escassos,dedefesadarendibilidade,desuportedeestabilidadedoempregoecomo

factorgeradordeconfiança.

ENquAdRAMENtO ECONÓMICO MuNdIAl

Aactividadeeconómicamundialretomouumatrajectóriadecrescimentoem2010,

emparticularnospaísesdemaiorvocaçãoexportadora.Destaca‑seovigordaseco‑

Recuperação da economia mundial proporcionamelhoria parcial no clima de confiança

Índices agregados de mercados de acções · Junho.2007=100

405060708090

100110120130

Jun-07 Dez-07 Jun-08 Dez-08 Jun-09 Dez-09 Jun-10 Dez-10

Economias emergentes Economias avançadas Periferia àrea do euro

Fonte:DatastreamNota:Índicesáreadoeuroponderadospelopesodopaís

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19RelatóRio e Contas 2010

Relatório do Conselho de administração

nomiasemdesenvolvimento,cujoritmodecrescimentodoPIBcorrespondeuquase

aotriplodovalormédioverificadonospaísesavançados.Ocrescimentoeconómico

mundialestimadopara2010édecercade4,5%.

Afaseinicialeaincertezacomasustentabilidadeevigordarecuperaçãoeconó‑

micatêmcondicionadoaevoluçãodomercadodetrabalho.Efectivamente,nãose

registaaindaumareduçãoconsistentedodesemprego,

quesemantémemvaloreshistoricamentemuitoeleva‑

doseevidenciaumaumentodacomponenteestrutural.

Para2011projecta‑seacontinuidadedociclode

recuperação,commenorintensidadedoqueem2010e

aindacaracterizadoporalgumadisparidade.Naidenti‑

ficaçãodosriscosparaoscenárioseconómicosrelativos

a2011,sobressaem,demoldeconsensual,osdesenvolvi‑

mentosdacrisesoberanadosestadosmembrosdaárea

doeuroeassuasrepercussõesinstitucionais.

EstefactornãoéexclusivodaEuropa.OsEUAtam‑

bémseencontramnumasituaçãodeendividamento

excessivo,peloquepersistempreocupaçõescomafolga

orçamentalaprazoerespectivosimpactosnaeconomiamundial.Acrescemoutros

riscos,nomeadamenteasustentabilidadedoprocessodecrescimentodepaíses

asiáticos;fenómenosdeestrangulamentonaofertadematérias‑primasdebase;

etensõesinternacionaisdecorrentesdeumadeficientecoordenaçãodaspolíticas

económicasanívelglobal,quepoderãotermanifestaçõesmaisconcretasnosmer‑

cadoscambiaisounolivrecomércio.Oregressodepressõesinflacionistasrelembra

anecessidadedecoordenaçãodepolíticaseassunçãodecompromissosglobais

Osreceiosdeflacionistasatenuaram‑seedespontarampressõesinflacionistasrela‑

cionadascomaevoluçãodopreçodasmatérias‑primasdebase,comoagravamento

datributaçãodirectanoconsumoecomosdesenvolvimentoscíclicosmaisfavoráveis.

Ainversãodociclorecessivoecatástrofesnaturaispontuaisinduziramumapres‑

sãoascendentesobreospreçosdasmatérias‑primas.Emalgunscasos,retomaram‑se

níveisdepreçossuperioresaosqueseverificavamantesdacrise,nomeadamente

embensalimentares,deproporçõesdramáticasnospaíseseparaaspopulaçõesde

menoresrecursos.Aadopçãodesoluçõesmaiseficientesnaproduçãoenautiliza‑

çãoderecursosescassos,emaiorcoordenaçãoeconsistênciadaspolíticasglobais,

assumemumaimportânciacrescentenoequilíbriogeo‑estratégicomundial.

PERSPECtIVAS PARA ECONOMIA PORtuGuESA

Aeconomiaportuguesaapresentouumcomportamentosimilaraopadrãomédio

daáreadoeuro:crescimentodaactividade;aumentodainflaçãoeinérciano

emprego.Porém,oagravamentodascondiçõesdefinanciamento,doEstadoedos

agentesprivados,exigiumedidasadicionaisdecorrecçãodasfinançaspúblicas,nas

recorrentesrevisõesdosplanosorçamentaisenoOrçamentodoEstadopara2011,

condicionantesdasituaçãofinanceiradasfinançasdasfamíliasedasempresas.

Projecções económicas do FMI

2009 2010 (E) 2011 (E) 2012 (P)

Mundo -0,6 5,0 4,4 4,5

Ec. avançadas -3,4 3,0 2,5 2,5

Ec. emergentes 2,6 7,1 6,5 6,5

EUA -2,6 2,8 3,0 2,7

Área do Euro -4,1 1,8 1,5 1,7

China 9,2 10,3 9,6 9,5

Brasil -0,6 7,5 4,5 4,1

África do Sul -1,7 2,8 3,4 3,8

Fonte:IMF,Jan.2011

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20

Relatório do Conselho de administração

Outrosfactoresexógenostambémseprefigurammenosfavoráveispara2011,desig‑

nadamenteocustodofinanciamentoedasmatérias‑primasinternacionais.Nesse

sentido,projecta‑seoretornoaumaconjunturarecessivaem2011apósocresci‑

mentodecercade1,4%estimadopara2010.

Aalteraçãonascondiçõesdeacessoafinanciamento

doexteriorrepresentaumarupturanoregimedecresci‑

mentoeconómicoederelacionamentoinstitucionalque

caracterizouaparticipaçãodePortugalnaáreadoeuro

desde1999.Nãoobstanteoajustamentojáefectuado

em2010,quaseexclusivamentesuportadopelosector

privado,asnecessidadesdefinanciamentodaeconomia

portuguesapermanecemsubstanciais.Tendoemcontaa

alteraçãonapropensãodosinvestidoresnãoresidentesem

financiarPortugal,eapesardaexistênciadealternativasde

financiamentodecarácterextraordinário,dificilmentese

evitaráumperíododeforteretracçãonaprocurainterna.

Umdosprincipaismotivospordetrásdoagra‑

vamentodorisco‑paísprende‑secomoreferencialdebaixaprodutividadeede

competitividadeemPortugalnaúltimadécada,equeéincompatívelcomasusten‑

tabilidadedoendividamentoexistenteecenáriosdeenvelhecimentodapopulação.

Elevarosníveisdeprodutividadedeformaestruturalexigeclarividênciadepolíticas

e,mesmoquandobemsucedidas,implicatemposdeajustamentorelativamente

prolongados.Comotal,osganhosdecompetitividadedependemnasuamaior

partedeumapolíticadepreçosederemuneraçãodosfactoresajustadaàrealidade

subjacente,istoé,quecontribuaparaareduçãododesequilíbrioexternodopaís.

Ainversãonatendênciadepreçosdasmatérias‑primasdebase,comdestaque

paraopreçodopetróleo,eosefeitosdaalteraçãonatributaçãodoconsumo,deter‑

minaramumaevoluçãoascendentedataxadeinflaçãoem2010,para1,4%.Estes

factoresinfluenciarãoaindaocomportamentodospreçosem2011,elevandoataxa

deinflaçãoparaníveissuperioresa2%.Opoderdecompradasfamíliasreduz‑se,

paraalémdosefeitosdasmedidasderacionalizaçãodoapoiopúblico.

Obaixocrescimentotendencialeanecessidadedereporníveisdeprodutivi‑

dadeederendibilidadesuperiorestêmfomentadoumacontracçãodosquadrosde

pessoaleoaumentodataxadedesempregoparaníveisinvulgarmenteelevados,na

proximidadede11%.Aodramasocialdodesempregojunta‑seasuapersistência,já

quemaisdemetadedosdesempregadosconstituemdesempregodelongaduração.

Aexclusãodeumestadodetrabalhoactivocontribuiuparaacentuarofossoentre

competênciasenecessidadesprocuradas.

Enquadramento do Sector Segurador

Em2010,osprémiosdesegurodirectoecontratosdeinvestimentodomercado

seguradorportuguêsrevelaramumcrescimentosignificativofaceaoanoanterior,

-4-3-2-101234

1999 2001 2003 2005 2007 2009

Produtividade Aparente do Trabalho Emprego Total PIB

Recuperação da actividade económica em Portugalsem reflexo na evolução do emprego

PIB, emprego e produtividade aparente do trabalhoVariação % real homóloga e contributos em p.p.

Fonte:INE,Cálculospróprios

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21RelatóRio e Contas 2010

Relatório do Conselho de administração

de12,6%,superandoos16,3milmilhõesdeeuros,oequivalenteacercade9%do

PIBportuguês.

Ovolumedenegóciosdosectorseguradorfoi,umavezmais,impulsionadopela

expansãode17,2%doramoVida,ondeototaldosprémiossuperouos12milmilhões

deeuros.Paraestaevolução,pesarammuitopositivamenteosprodutosdeCapita‑

lização,cujosprémiosaumentaram26,6%(parapertode8,0milmilhõesdeeuros).

AevoluçãoregistadadoramoVidalevouaumaumentodopesodestesegmento

nototaldacarteira,oqualpassouarepresentar74%,faceaos72%verificadosno

períodohomólogodoanoanterior.

AproduçãodesegurodirectodoconjuntodosramosNãoVidaapresentouum

ligeiroaumento,atingindoos4,2milmilhõesdeeuros,0,9%acimadoanoanterior,

contrariandoassimatendênciadecrescenteverificadanosúltimosanos.Desalien‑

tarocrescimentodosramosDoença,IncêndioeAutomóvelporcontraposiçãoao

ramodeAcidentesdeTrabalho,quecontinuouaexibirumdecréscimofacea2009

(‑4,1%),emboramenospronunciadoquenoanoanterior(‑9,1%),justificadopor

umaconjunturamacro‑económica,queranívelnacionalqueranívelinternacional,

nomeadamentepelofracodinamismodeagregadoscomooconsumoprivado,o

investimento,orendimentoeoemprego,bemcomo,porumaintensaconcorrência

entreosoperadoresdestesectordeactividade.

Prémios de Seguro Directo e Contratos de Investimento – Actividade em Portugal [milhões de euros]

RAmOS 2010 2009 2008 2007 VAR.10/09 VAR.09/08 VAR.08/07

Vida 12.173,4 10.383,9 11.004,7 9.369,3 17,2% -5,6% 17,5%

Não Vida 4.168,5 4.131,6 4.321,0 4.371,6 0,9% -4,4% -1,4%

Total 16.341,9 14.515,5 15.325,8 13.750,9 12,6% -5,3% 11,5%

Fonte:AssociaçãoPortuguesadeSeguradores.

Noanode2010assistiu‑se,contrariandoatendênciaregistadaem2009,aum

aumentodaconcentraçãonomercadoseguradornacional,sendoqueoscinco

maioresgruposforamresponsáveisporcercade73%dosprémiosemitidos,oque

comparacomos70%registadosnofinalde2009.

Nãoobstanteaestagnaçãodaactividadeeconómicaquesetemverificado,pode‑

mosafirmarqueosectorseguradorassentanummodelosólidoerobusto,estando

aultrapassarestaexigenteconjunturasemapoiofinanceiroporpartedoEstado,

semcasosdeinsolvênciaemantendoumráciodesolvênciamuitoacimados100%

exigidospeloregulador.

ANálISE dO RAMO VIdA

OcrescimentodosegmentoVidafoi,defacto,muitoexpressivoaolongodoano

de2010,mantendo‑se,desdeomêsdeMarço,acimados30%.Nãoobstante,a

partirdomêsdeSetembro,assistiu‑seaumainflexãonatendênciamensaldataxa

decrescimentodoramo,quesefixouemDezembronos17,2%.Oritmodecresci‑

mentotorna‑seaindamaissignificativoapósoenquadrarmosnocontextogeralda

economiaportuguesa,cujoPIBcresceuabaixodos2%.

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22

Relatório do Conselho de administração

Estecrescimentotemsidoimpulsionadopelodesenvolvimentodosprodutos

decapitalização,sobretudoosnãoligadosafundosdeinvestimento.Noconjunto,

estetipodeprodutosapresentouummontantetotaldeprémiosdecercade8,0mil

milhõesdeeuros,oque,faceaos6,3milmilhõesregistadosnoperíodohomólogodo

anopassado,representaumcrescimentode26,6%.Numaenvolventeparticularmente

volátildeescassaliquideznaeconomiaosprodutosdecapitalizaçãocomgarantia

decapitaisetaxasderendimentos,tornaram‑seprodutosderefúgiodosaforradores

portugueses,avessosaoutrotipodeprodutosfinanceirosdemaiorrisco.

AindanosegmentoVida,éderealçarodesempenhodosprodutosdePoupança

Reforma,quecontinuamaapresentarumritmodecrescimentopositivo,vindocon‑

firmarumatendênciaprogressivadealteraçãodeatitudedapopulaçãoportuguesa

relativamenteàsuareforma:

› existeumamaiorconsciencializaçãodequeareformaatribuídapelaSegurança

Socialnãoésuficienteparaassegurarospadrõesderendimentoeoníveldevida

equivalentesaosdoperíododevidaactiva;

› aprudênciaaplicadaàgestãodasseguradorasépercepcionadapelapopulação,

inspirando‑lhecredibilidadeesegurança.

OsprodutosUnit ‑Linkedregistaramumdecréscimofacea2009,sendoapro‑

curafortementecondicionadapelamenorapetênciadosinvestidores,noactual

enquadramentoeconómicoefinanceiro,porprodutosdereduzidaliquideze/ou

semcapitalgarantido.

Prémios de Seguro Directo e Contratos de Investimento – Actividade em Portugal [milhões de euros]

RAmOS 2010 2009 2008 2007VAR.

10/09VAR.

09/08VAR.

08/07

Produtos de Capitalização 7.969,4 6.295,5 7.588,6 6.835,2 26,6% -17,0% 11,0%

Planos Poupança Reforma 3.252,5 3.144,8 2.465,9 1.698,2 3,4% 27,5% 45,2%

Risco e Rendas 951,5 943,6 950,2 835,9 0,8% -0,7% 13,7%

Total 12.173,4 10.383,9 11.004,7 9.369,3 17,2% -5,6% 17,5%

Fonte:AssociaçãoPortuguesadeSeguradores.

NosegmentoVida,àimagemdoquesucedeunototaldomercado,ésentidaa

tendênciadeconcentraçãoemtornodoscincoprincipaisoperadoresdomercado

nacional.Defacto,oscincoprincipaisgruposseguradores,querepresentavamcerca

de81%dototaldomercadoseguradordeVidaem2009,representamem2010já

83%domesmomercado.

ANálISE dOS RAMOS NãO VIdA

OsegmentoNãoVidaregistouumcrescimentode0,9%faceaoperíodohomólogo,

cifrando‑seototaldosprémiosdesegurodirectoaproximadamenteem4,2mil

milhõesdeeuros.

Continuouadestacar‑sepelapositivaadinâmicadoramoDoença,comum

crescimentodeprémiosdecercade7%.Éumaevoluçãoqueseenquadranuma

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23RelatóRio e Contas 2010

Relatório do Conselho de administração

tendênciaquetemcaracterizadoosúltimosanosequedecorredacrescentepre‑

ocupaçãodapopulaçãocomoacessoaoscuidadosdesaúdeepelaversatilidade,

abrangênciaeacessibilidadedestetipodeseguros,queconstituemcadavezmais

umcomplementoaosserviçosprestadospelossistemasdesaúdepúblicos.

Aindaaexibirdecréscimosdovolumedeprémiosdesegurodirecto,embora

menospronunciados,estáumdosramosdemaiorpesonosegmentoNãoVida

–AcidentesdeTrabalho–agoradaordemdos4,1%,cujaevoluçãoseencontrafor‑

tementecondicionadaquerpelaperformancedanossaeconomia,querpelaforte

concorrênciadosectorsegurador.Porseulado,oramoAutomóvelapresentou,

pelaprimeiravezdesde2007,umligeirocrescimentodovolumedeprémios(0,4%).

Relativamenteaoscustoscomsinistroslíquidosdoefeitodoressegurodos

ramosNãoVida,registou‑senoterceirotrimestredoanoumdecréscimodecerca

de2,7%,frutodeumaligeiraaceleração,querdosmontantespagos(2,4%),querda

variaçãodaprovisãoparasinistros(64,5%),ambascompensadasporumarecupe‑

raçãoaoníveldoscustoscomsinistrosderessegurocedido(37,4%).

AtaxadesinistralidadelíquidaderessegurodosegmentoNãoVidaregistou

assim,faceaSetembro2009,umarecuperaçãodecercade1pontopercentual,

justificada,querpelaretracçãodoscustoscomsinistroslíquidosderesseguroquer

pelaligeirarecuperaçãodosprémios.

Prémios de Seguro Directo – Actividade em Portugal [milhões de euros]

RAmOS 2010 2009 2008 2007VAR.

10/09VAR.

09/08VAR.

08/07

Automóvel 1.671,9 1.665,6 1.809,7 1.943,9 0,4% -8,0% -6,9%

Incêndio 765,3 744,3 732,2 705,9 2,8% 1,7% 3,7%

Acidentes de Trabalho 645,9 673,7 741,1 762,5 -4,1% -9,1% -2,8%

Doença 532,2 499,7 482,8 440,5 6,5% 3,5% 9,6%

Acidentes Pessoais 178,4 180,0 172,3 169,2 -0,9% 4,5% 1,8%

Outros Ramos 374,7 368,3 382,9 359,6 1,8% -3,8% 6,5%

Total 4.168,5 4.131,6 4.321,0 4.381,6 0,9% -4,4% -1,4%

Fonte:AssociaçãoPortuguesadeSeguradores.

Estaretracçãodoscustoscomsinistrosévisívelempraticamentetodososramos

comnaturalreflexonareduçãodastaxasdesinistralidade.Acontrariarestaten‑

dênciadecrescenteestáoramoIncêndio,queviuagravarataxadesinistralidade

líquidaderessegurocedidoemcercade14pontospercentuais,reflexodossinistros

ocorridosemFevereirodesteanonaRegiãoAutónomadaMadeira.

Taxas sinistralidade

RAmOSJAN-SET

2010JAN-SET

2009JAN-SET

2008JAN-SET

2007 2009 2008 2007 2006

Acidentes 74,5% 75,9% 75,3% 72,4% 75,7% 77,6% 77,2% 77,8%

Doença 77,1% 82,5% 75,6% 77,4% 87,1% 82,8% 82,8% 84,4%

Incêndio 72,9% 58,8% 51,1% 46,9% 64,4% 53,7% 46,9% 52,0%

Automóvel 77,3% 80,1% 70,5% 70,8% 75,1% 69,3% 70,6% 69,3%

Outros Ramos 63,3% 73,8% 59,2% 58,5% 74,4% 66,3% 57,5% 71,6%

Não Vida 75,3% 76,4% 69,3% 68,7% 75,5% 70,8% 70,1% 71,0%

Nota:Taxascalculadassobreprémiosemitidos.Oscustoscomsinistrosincluemmontantespagos,variaçãodaprovisãop/sinistrosecustosdegestãoimputados.Astaxasapresentadassãolíquidasdeefeitoderesseguro.

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24

Relatório do Conselho de administração

Millenniumbcp Ageas – Principais Acontecimentos de 2010

2010foiumanoextremamentedifícileexigenteatodososníveis.Amanutenção

doambienteeconómicorecessivo,ocontínuoaumentododesemprego,oagra‑

vamentodapressãodosmercadosfinanceiros,nomeadamentenoquerespeitaà

dívidasoberanadospaísesperiféricosdaEuropa,eafaltadeliquidezdosmercados,

sãoapenasalgunsdosfactoresquecondicionaramfortementeocrescimentoea

solidezdomercadosegurador.Apesardesteenquadramento,obalançode2010da

MillenniumbcpAgeasfoiextremamentepositivoeglobalmenteforamatingidosos

objectivostraçados.Deentreosváriosacontecimentosquemarcaramaactividade

de2010,destacam‑seosseguintes:

› Aonívelcomercial,asvendasdeprodutosPPRmantiveramumaboaperfor‑

mance.EmsegurosdeCapitalização,destaqueparaocrescimentode45%nos

planoscomentregasprogramadas.NosprodutosUnit ‑Linked,aRededePrivate

Bankingmultiplicouporquatroosmontantessubscritosporcomparaçãocom

oexercícioanterior,tendosido2010,tambémaqui,omelhoranodesempre.

AstaxasdepenetraçãodossegurosnabasedeClientesdoMillenniumbcp

mantiveram‑sesustentadasemníveisdeexcelênciaqueconstituembenchmarks

internacionais.AsvendasdeprodutosMédiscresceramacimados10%,oque

permitiufecharoexercíciocomcercade27%dequotademercado,maisde

455.000Clientes,umníveldesatisfaçãode97%,ealiderançanoseusegmento

emnotoriedadeerecordaçãodamarca,renovandopelo5ºanoconsecutivoo

prémioSuperBrand.Dedestacar,especialmentenadifícilconjunturaeconómica

paraasempresas,osêxitosdorelançamentodoEuroNegócio,domodelode

suporteespecializadonosegmentodeNegócios,edocrescimentode2dígitos

nabancassuranceEmpresas;

› OnovocanaldedistribuiçãodeNãoVida–Ocidental–Agentes&Corretores–

lançadonoiníciode2008paraosegmentodePME,queésuportadoporuma

rededemediadoresprofissionais,contribuiujá,noanode2010,comumvolume

deprémiosde35,5milhõesdeeuros,oquecorrespondeaumcrescimentode

9,1%faceaoanoanterior;

› Aindaaonívelcomercial,derealçaracontribuiçãodosAcordosdeDistribuição

–parceriasentreaMédiseoutrasSeguradoras–cujareceitaprocessadaatingiu

10,1milhõesdeeurosem2010,oquerepresentaumcrescimentode64%face

aoanoanterior;

› OgraudesatisfaçãodosClientescomosprodutoseserviçosprestadoscresceu

em2010de71,8%para73,0%.Paraestefactocontribuiuopermanenteenfoque

detodasasáreasdaempresanoserviçoaoCliente,oquepermitiumelhorara

rapidezderespostaaospedidosefectuados(passoude2,3diasúteisem2009

para1,7em2010)eàsreclamações(passoude3,0diasúteisem2009para2,7

em2010),eaqualidadedoserviçoprestado;

› Noiníciode2010foilançadoumprojectoparadinamizaremelhorarodesem‑

penhodasáreastécnicaseoperativas.Esteprojectodenominadode‘M4’assenta

emquatrovectoreschavedeintervenção:serviçoaoCliente,rentabilidade,pro‑

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25RelatóRio e Contas 2010

Relatório do Conselho de administração

dutividadeemotivação.Oprojectoassentanoforteenvolvimentodetodosos

Colaboradores,sejaatravésdasubmissãodeideiasdemelhoriainicialmentecom

acriaçãodeumbancodeideiascomelevadoíndiceparticipativo,(445ideias

submetidas),seja,nacolaboraçãoactivanaimplementaçãodasiniciativascriadas

atravésdasideiasrecolhidas.Umadascaracterísticasderelevodo“M4”éasua

componentecomunicacional,comespecialenfoquenapáginawebcriadano

portaldaMillenniumbcpAgeas,ondetodososColaboradorespodemacompa‑

nharodesenrolardoprojecto(evoluçãodasiniciativaseresultadosobtidos).

Paraapoiaroprojectofoidesignadaumaequipaqueseocupadadinamização,

organização,acompanhamentodasiniciativasedaactualizaçãodainformação

sobreoprojecto.Aindanoâmbitodoprojecto“M4”,foiconcluídaarestrutu‑

raçãodasáreasdeback ‑officedeNãoVida,daqualresultouacentralizaçãodas

áreastécnicasedasáreasdegestãodesinistros,quepermitiráganhosdepro‑

dutividadeeeficiêncianofuturo;

› AoníveldagestãodesinistrosNãoVida,2010foioanodeestabilizaçãoope‑

rativaeconsolidaçãodosprocedimentosnoâmbitodomodelodegestãode

sinistrosqueassentanooutsourcingdeumconjuntodeactividadesdesuporte

àgestão,consequentementenãocore.Navertentefinanceira,2010foiumano

depoupançassignificativasaoníveldoscustosdaplataforma,decorrentesde

economiasdeescalaederenegociaçãodecontratos outsourcing.Estemodelo,

queéúnicoeinovadornomercadosegurador,foiiniciadoem2009paraos

ramosAutomóveleAcidentesdeTrabalho.Acentralizaçãodagestãodesinistros

NãoVida,comexcepçãodeSaúde,numaúnicaárea,permitiuoalargamento

domodeloaosrestantesramos,nomeadamenteAcidentesPessoais,Planosde

ProtecçãoeMultirriscos,gerandoeconomiasdeescalaepotenciandoganhos

deprodutividadeesinergias;

› AoníveldagestãodesinistrosdoramoSaúde,asexigênciasdealgunsnegócios

emcarteira,constituídosporsoluçõesfeitasàmedidadosClientes(tailor made),

comcircuitoseníveisdeserviçopré‑negociados,levaramaáreaaapostarainda

maisfortementenaeficiênciaeeficáciaoperativa,comvistaaocumprimentodas

condiçõesnegociaisacordadas,algumasdelassuportadasemgestãopersonali‑

zada.Osníveisdeserviçoalcançados(80%dasdespesasrealizadasforadaRede

Médispagasaté10dias)sãoumdossuportesàsatisfaçãodouniversoseguroe

dosClientes.Tambémnoquerespeitaaotratamentoeprocessamentodafactu‑

raçãomanualqueosPrestadoresMédisenviamparapagamento,aestruturafoi

ajustadacomvistaaumamelhorrespostaeoptimizaçãodosrecursos,visando

ocumprimentodosprazosdepagamentoacordados(85%dasfacturaspagas

até30dias)bemcomoaconferênciadasmesmas;

› Aoníveldossistemasdeinformação,merecemdestaquesasmúltiplasiniciativas

dereforçoàautomatizaçãoewebizaçãodeprocessospartilhadoscomoMillen‑

niumbcpquepermitemàsSucursaisdoBancoconcluíremtodooprocessode

vendanumúnicocontacto,apresentandoapropostaaoCliente,fechandoonegó‑

cio,emitindoaapóliceecobrandooprémio.Entreasváriasactividadeslevadasa

caboaolongodoano,destacam‑seainda:i)oProjectoVida/AIA,cujoobjectivo

consistenaimplementaçãodeumnovosuporteinformáticoàgestãointegral

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26

Relatório do Conselho de administração

donegóciodoramoVida,quepermitiráumsaltoqualitativoatodososníveis

dacadeiadenegócioequenofuturoserácertamenteumfactordiferenciador

faceaosprincipaisconcorrentes;ii)oProjectoIValuequetemcomoobjectivo

melhoraraqualidadedainformaçãodegestãoquesuportaoprocessodedecisão;

› Naáreadegestãoderiscos,dandocontinuidadeaoprojectodeimplementação

doRegimedeSolvênciaIIiniciadonosegundosemestrede2009,procedeu‑se

aoalinhamentodoplanolocalcomoplanodogrupoAgeas,comoobjectivo

demaximizarsinergias.Procedeu‑se,igualmente,aodesenvolvimentodoplano

detalhado,análisederecursoseinvestimento.Aindanoúltimotrimestrede

2010,edeacordocomoplaneamento,iniciaram‑sealgunssub‑projectos,no

âmbitodosworkstreamsdeGovernance,ITeModelling;

› NaáreadagestãodosRecursosHumanos,merecemdestaqueduasiniciativas:

noâmbitodaformação,odesenvolvimentodeumaPlataformadee ‑learningque

permitiráaosColaboradores,atravésdeumaferramentasimplesedefácilacesso,

desenvolvereenriquecerassuascompetênciastécnicasnoâmbitodaactividade

seguradoraeaaprovaçãodeumprogramaderestruturação,aimplementara

partirde2011,quevisaorejuvenescimentodoquadrodeColaboradores;

› Oreconhecimentodomercadopelotrabalhoquetemvindoaserrealizadoao

longodosúltimosanosencontra‑sepatentenofactodemaisumavezaOci‑

dentalVidatersidodistinguidapelaRevistaExamecomoprémiode“Melhor

GrandeSeguradoradoRamoVida”aoperarnomercadoportuguês;

› NonegóciodegestãodeFundosdePensões,aPensõesgeremantevealiderança

destacadadomercado,tendoovalorglobaldosactivossobgestãoultrapassado

os6,7milmilhõesdeeuros,salientam‑seaindatodosostrabalhospreparatórios

paraadequarosserviçosdaPensõesgereàsnovasexigênciasregulamentares,

nomeadamentedorelatofinanceiro,gestãoderiscoecontrolointerno.

Missão, Valores e Estratégia

MISSãO

SeraEmpresalídernoMercadoseguradorPortuguês,maximizandoopotencialda

marcaedaestratégiamulti‑canaldoMillenniumbcp,capitalizandoascompetências

daAgeasemtermosdedesenvolvimentodeprodutos,disponibilizandoumaoferta

completadeprodutosinovadoreseasmelhoressoluçõesemtermosdeperformance

aosseusClientes,comumserviçodeexcelênciaemtermosdepessoaseprocessos.

VAlORES

OGrupopretendeserreconhecidopelosseusparceirosporumconjuntodequatro

gruposdevalores.

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27RelatóRio e Contas 2010

Relatório do Conselho de administração

Solidez (Estabilidade)

Somos credíveis, agora e no futuro. Somos um parceiro sólido e proporcionamos aos nossos Colaboradores oportunidades, desafios e perspectivas alargadas.

Responsabilidade(Credibilidade)

Ouvimos, compreendemos e respondemos aos Clientes e à Sociedade. Entendemos que para o alcançar, os nossos Colaboradores são cruciais e por isso proporcionamos ‑lhes meios para crescerem e desenvolverem os seus talentos ao máximo.

Inovação(Criatividade)

Esforçamo ‑nos, sempre, para obter as melhores e mais adequadas soluções. Encorajamos os Colaboradores a usarem a sua iniciativa e a desenvolverem um espírito empreendedor.

Objectividade(Pragmatismo)

Somos frontais e agimos com transparência.

Essesvalores,sãosuportadosporumconjuntodecomportamentosepráticas

empresariais,quesãoassumidasnodia‑a‑diapelosColaboradores.

EStRAtéGIA

AestratégiadoGrupoMillenniumbcpAgeasassentaem8pilares,dosquaisderivam

váriosobjectivos.

PIlARES ESTRATégICOS ObJECTIVOS

Aumentar a solidez financeira • Ser líder de mercado em volume de negócio;• Melhorar os drivers de rentabilidade defendendo a margem

dos produtos e equilibrando a carteira;• Manter os níveis de solvência.

Maximizar o crescimento através do Millennium bcp

• Aumentar a eficácia das campanhas comerciais e garantira continuidade das vendas fora desse período;

• Desenvolver a venda activa;• Simplificar a oferta de produtos e os processos operativos.

Desenvolver canais alternativos

• Equilibrar a estrutura da carteira e aumentar a rentabilidade desenvolvendo canais de distribuição alternativos (ex. “Ocidental Seguros – Agentes & Corretores” e Médis Directo).

Desenvolver novos produtos • Antecipar as necessidades do mercado lançando produtos inovadores que impulsionem as vendas e respondam a novos segmentos de mercado.

Melhorar a qualidade dos serviços prestados

• Melhorar a relação com o Cliente através de processos fluidos, suportados por níveis de serviço de excelência.

Alinhar os sistemas (IT) com os objectivos da empresa

• Aumentar a produtividade e controlar os custos operacionais;• Aumentar o controlo sobre o suporte informático reduzindo

o tempo de resposta (ex. implementação de um novo sistema informático de suporte ao ramo Vida).

Mitigar o risco operacional • Minimizar a exposição ao risco operacional e financeiro.

Assegurar o envolvimento e responsabilização dos Colaboradores

• Desenvolver aptidões e competências;• Incentivar ao autodesenvolvimento e à responsabilização

como meio de reforçar a progressão na carreira.

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28

Relatório do Conselho de administração

Estrutura Organizacional

Oprocessocontínuoderacionalizaçãodaactividade,constituiumdosmaisrele‑

vantesfactorescríticosdesucessoparaaobtençãodesinergiasoperativaseparao

aproveitamentodeeconomiasdeescala,sejaemáreastécnicas–comoaProdução,

Sinistros,ResseguroeGestãodeActivos–sejaemáreasoperativasdesuporte–

Organização,Sistemas,Administrativa,Financeira,Contabilidade,RecursosHuma‑

nos,ServiçosJurídicos,AuditoriaInternaeCompliance.

VIDA

SAÚDE

PATRIMONIAIS(incluindoAutomóvel)

ACIDENTES

SubscriçãoEmissão& Gestãode Apólices

Gestãode Sinistros

Análisesde Mercado

Plataformas Técnicasdos ramos Não Vida

Plataformade Gestão

de Sinistrosdos ramosNão Vida

Plataforma Técnica de Vida

Serviços Centralizados Plataformas Técnicas Serviços Partilhados com o Millennium bcp

Organização & Área Financeira & Planeamento

Gestão de Risco & Investimentos & Resseguro

Apoio Corporativo & Serviços Jurídicos & Compliance & Auditoria

Recursos Humanos

Serviços Administrativos

Sistemas

DistribuiçãoDesenvolvimento& Gestãode Produtos

ÁreaTécnica

Áreade Produção

Áreade Sinistros

Marketing Marketing& Actuariado

ÁreasComerciaise de Suporteà Venda

Marketing & Comercial

Apesardocontextoeconómicoadverso,oMillenniumbcpAgeasconseguiuregis‑

tarnovamenteumdesempenhoemNãoVidacontrastantecomodomercado,ao

crescerovolumedeprémiosem6,8%,quandoomercadoportuguêscresceuapenas

0,9%,novamenteabaixodavariaçãodoPIB,masmesmoassimmelhorquenosanos

anteriores.NoramoVida,ocrescimentoglobaldovolumedeprémiosfoinegativo,

frutodadesaceleraçãoprogramadadosvolumesdeProdutosUnit ‑Linkediniciada

em2009.

Oexercíciode2010continuouasermarcadopelainovaçãodeproduto‑mercado.

Noglobal,opesodenovosprodutosnonegóciogeradopelosdiversoscanaissituou‑

‑senos43,7%,medidopelovolumedeprémiosnovosemprodutoslançadosnos

últimos12meses,sejanoramoVida,sejanosramosNãoVida.

AssubscriçõesdePPR,medidaspelosvolumesdenovosedereforçosdecontra‑

tosexistentes,mantiveram‑seemlinhacomasdoanoanterior,emboranoglobal

ovolumedeprémiostenhadescidocercade3%,frutodaesperadaquebranosvolu‑

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29RelatóRio e Contas 2010

Relatório do Conselho de administração

mesdecontratosdeentregasprogramadas.Tendopresentesasalteraçõesaoregime

fiscaldosPPRdecorrentesdoPEC,emvigorapartirde2011,oanode2010fezdo

benefíciofiscalaalavancadecomunicaçãonofinaldoano.

Mesmoassim,oposicionamentodeprodutodoMillenniumbcpAgeas,orien‑

tadoparaasnecessidadesdosClientesnaperspectivadaconstituiçãodepoupanças

delongoprazoparaareforma,permitiuqueoapelo

doPPRenquantocomplementodereformanãodepen‑

dessedobenefíciofiscal,tendoovolumedesubscrições

sidobalanceadoaolongodetodooexercício,reduzindo

adependênciadelançamentodesériesespeciais.Entre

produtosnovosenovassériesdeprodutosjáconheci‑

dos,foramlançadas13novassoluçõesPPRaolongodo

exercíciode2010.

OsPPRdisponíveisnoMillenniumbcpforam

objectodecampanhasdepromoçãomulti‑meios,com

destaqueparaorádioeparaapromoçãonosprincipais

estádiosdefutebolaolongodasdiversascompetições

profissionais,quebeneficiaramdeamplacoberturaemtelevisão.

Oppr.net,produtoinovadoreexclusivodocanalinternetdoMillenniumbcp,

voltouarevelar‑seapelativoparaosClientesdoBanco:apesardeterestadodispo‑

nívelporcurtosperíodos(emJaneiroeemDezembroapenas),contribuiudecisiva‑

menteparaocrescimentodecercade500%dasvendasdePPRatravésdoportal

millenniumbcp.pt.

Dedestacarigualmenteodesenvolvimentodeum

PPRexclusivoparaarededePrivateBankingdoMillen‑

niumbcp,lançadoem2séries,oqualcontribuiude

formamuitoexpressivaparaovolumerecorddesubs‑

criçõesnestarededoBanco.

Emsegurosdecapitalização,depoisdeumanode

2009marcadoporumfortecrescimento,aevoluçãodos

volumesfoiemlinhacomoesperadoeacimadamédia

dosúltimos5anos.OPoupança 112,umdosprodutos

estreladoexercícioanterior,voltoucomumanovasérie

emJaneiroamerecerapreferênciadosClientesdoMil‑

lenniumbcp,assimcomoonovíssimoPuro Capital.

Manteve‑setambémofoconaapresentaçãodesoluções

segmentadas,inovadoraseapelativasparaaconstitui‑

çãodepoupançaregular.OsClientesreconheceram‑no,

tendoosvolumesdeplanoscomentregasprogramadas

crescidomaisde45%.

NosprodutosUnit ‑Linked,manteve‑senoexercício

de2010adesaceleraçãoprogramadadosvolumesde

novosiniciadaem2009.Mesmoassim,oMillennium‑

bcpAgeascontinuouainovareaapresentarsempre

soluçõesadaptadasaoperfildosClienteseàconjuntura

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30

Relatório do Conselho de administração

demercado.Entreprodutosnovosenovassériesdeprodutosjáconhecidos,foram

lançadas14novassoluçõesUnit ‑linkedaolongodoexercícioemanálise.

DesublinharaprocuraregistadanestalinhadeprodutosnaRededePrivate

Banking,quepermitiumultiplicarporquatroosmontantessubscritos,porcompa‑

raçãocomoexercícioanterior,tendo‑seregistadoomelhoranodesempre.

Apesardoesperadodecréscimodevolumedecréditoconcedidoedoaumento

dosspreads,ataxadepenetraçãodossegurosassociadosaoperaçõesdecrédito

manteve‑sesustentadaemníveisdeexcelênciaqueconstituembenchmarksinterna‑

cionais.Emtermosglobais,ovolumedeprémiosnovosdiminuiu20%relativamente

a2009.DeregistarocrescimentodopesodonovoPPPassociadoacréditohabitação

(+130,6%faceaoexercícioanterior),eaevoluçãomuitopositivadoSeguroAuto‑

móvelassociadoaoperaçõesdefinanciamento:+78,6%facea2009.

EmprodutosdeRiscodeVendaActiva,ofoconospilaresestratégicosdeinova‑

çãodeproduto‑mercadoedadistribuiçãomulti‑canalcontinuouaproduzirresul‑

tadosvisíveis.Onúmerodecampanhascomobjectivos

comerciaisnoMillenniumbcpfoiumimportante

motorparaaevoluçãodonegócioderiscoemvenda

activa,apesardocontextoeconómicoadversoedo

aumentodapenetraçãodesegurosnomercadoena

basedeClientesdoBanco.Alémdadinâmicacomercial

doMillenniumbcp,acontínuainovaçãodeprodutoe

adiversificaçãodecanaisdenegóciopermitiumanter

inalteradososvolumestotaisdenovosprodutosde

riscodevendaactiva(VidaeNãoVida).

Asvendas(volumedeprémiosnovos)deAcidentes

Pessoaiscresceram25,3%,devidoaoefeitocombinado

dareconhecidaqualidadedaofertadeproduto,edo

dinamismocomercialdoMillenniumbcp.

AsvendasdeprodutosMédisregistaramumvalor

considerável,oquepermitiumanterocaminhode

ganhodequotademercado.Considerandoprémiosde

segurodirectoeresseguroaceite,aMédisfechouoexer‑

cíciode2010com26,6%dequotademercado(+1,2pp

faceaoexercícioanterior),maisde455.000Clientes,

umníveldesatisfaçãode97%aferidoporumestudo

independenterealizadopelaNielsenCompany,alide‑

rançanoseusegmentoemnotoriedadeerecordaçãoda

marca,erenovandopelo5ºanoconsecutivooprémio

SuperBrand.

Todososanosdesde2005aMédistemvindoalan‑

çarnovosprodutosousoluçõesdentrodagamaexis‑

tente,semprecomofoconainovaçãoenasnecessidades

dosdiversossegmentosdemercado.2010nãofoiexcep‑

ção,comolançamentodoprodutoVintage,destinado

aosegmentosénior.ApromoçãodamarcaMédisfoi

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31RelatóRio e Contas 2010

Relatório do Conselho de administração

asseguradapelapresençacriteriosaemdiversosmeiosdecomunicaçãotradicionais,

nainternete,maisumavezecomimportantecoberturamediática,emeventos

desportivosseleccionadosecomelevadoreturn on investment.Alémdaevoluçãoposi‑

tivadovolumedeprémiosedenotoriedadedamarca,aMédisapresentouem2010

osmelhoresresultadosdoexercíciodesempre.

NosprodutosMultirriscosdeVendaActiva,2010

voltouaserumanodecrescimento,sejanosegmento

departiculares,sejanodePME.Relativamenteaoexer‑

cícioanterior,ovolumedeprémiosnovoscresceu11,4%.

OprodutoMultirriscosdaOcidentalSegurosmanteve,

maisumavez,adistinçãoqueaprincipalorganização

deconsumidoresportuguesalhetemvindoaatribuir,

classificando‑oentreosmelhoresdomercadonacional.

AindaemprodutosdeRiscodeVendaActiva,opro‑

dutoPétis,segurodeanimaisdomésticoscomcompo‑

nentedeResponsabilidadeCivil ededespesasde

tratamento,registouumcrescimentodovolumedepré‑

miosnovosde163,9%faceaoexercícioanterior,pro‑

vandoque,mesmonumcontextoeconómicoadverso,

ainovaçãodeprodutoedecomunicaçãoproduzresul‑

tados.OPétiséumprodutocomenormepotencial,e

umadasapostasparaodesenvolvimentodonegócio

multi‑canalnospróximosanos.

NoramoAutomóvel,quenãotemsidoumadas

apostasestratégicasemtermosdepromoçãodosprodu‑

tosdoMillenniumbcpAgeasnoBanco,registou‑seum

decréscimodovolumedeprémiosnovosde6,3%.No

entanto,areformulaçãodaofertainiciadanoexercício

de2010perspectivaumainversãoparaosanosseguin‑

tes,assentenainovaçãodeprodutoenoajustamentoàs

necessidadesdosClientesdoMillenniumbcp.

Dedestacar,porfim,especialmentenadifícilcon‑

junturaeconómicaparaasempresas,orelançamentodo

EuroNegócioatravésdeumaadequaçãoeflexibilização

dassoluçõesparapequenosnegócios,oêxitodomodelo

desuporteespecializadonosegmentodeNegócios,eo

crescimentode2dígitosnabancassuranceEmpresas.

Aconsolidaçãodocanaldenegóciodireccionadoao

segmentodePME,assentenumaredecriteriosamenteseleccionadadeagentese

corretores,contribuiucomoesperadoparaasubidadaquotademercadodaOci‑

dentalSegurosemNãoVida,novamenteumfactoaassinalarnumanodesafiante

comofoiode2010,enummercadoconcentrado,maduroeconcorrencial.

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32

Relatório do Conselho de administração

áREA dE Bancassurance EMPRESAS

AabordagemcomercialjuntodasRedesdeEmpresaseCorporatedoMilleniumbcp

érealizadapelaáreadenegóciodeBancassuranceEmpresas,distribuindodeforma

integradaosFundosdePensõesdaPensõesgere,ossegurosdeRamosReaisede

SaúdedaOcidentalSeguroseossegurosdeVidadaOcidentalVida,envolvendo

comoClientesasEmpresaseosseusColaboradores.

AgrandeimplantaçãonomercadoeodinamismocomercialdasRedesde

EmpresaseCorporatedoMillenniumbcppermitiramqueserealizasseumvolume

denegóciosemtermosdeproduçãonovade28,3milhõesdeeuros.Ovalorglobal

deproduçãonovarepartiu‑sedaseguinteforma:3,0milhõesdeeurosemFundos

dePensões;22,3milhõesdeeurosemsegurosdeCapitalização;1,4milhõesde

eurosemsegurosdeSaúdee1,6milhõesdeeurosemsegurosdosramosNãoVida.

Aposiçãodestacadaoudeliderançanosmercadosemqueactua,avisãoglobal

doClienteatravésdaofertaintegradadeprodutosdeemployee benefitseaconsoli‑

daçãodeumaofertaglobalcomossegurosdeNãoVida,permitemperspectivar,

para2011,umaconsolidaçãodaofertadesoluçõesglobaisdeseguroseFundosde

Pensõesparaasempresas.

HORIZONTE SEGURANÇA

O Fundo revela-se apropriado para quem pretenda investir com segurança – perfil de risco reduzido (0% em acções).Os investidores neste Fundo apresentam um horizonte temporal de investimento curto.Trata-se de um Fundo que se destina aos investidores que se encontram próximos da idade da reforma ou próximos do momento do seu reembolso.

HORIZONTE VALORIZAÇÃO

O Fundo revela-se apropriado a quem pretenda investir com alguma valorização – perfil de risco intermédio até 30% em acções.Os investidores neste Fundo apresentam um horizonte temporal de investimento médio.Trata-se de um Fundo que se destina aos investidores cujas datas previstas de reforma se encontram a médio prazo.

HORIZONTE VALORIZAÇÃO

O Fundo revela-se apropriado para quem queira investir com valorização – perfil de risco mais elevado (exposição central em acções de 40%).Trata-se de um Fundo dirigido a investidores com apetência para o investimento em activos de risco dado a potencial valorização que é expectável em fundos de investimento com elevada maturidade e elevada exposição em acções – horizonte temporal de investimento elevado.

Fundos de Pensões Abertos

A Pensõesgere comercializa três Fundos de Pensões Abertos que se distinguem entre si pelo maior ou menor exposição a activos de maior risco – acções. As contribuições podem ser efectuadas para mais que um Fundo de Pensões, existindo tambéma possibilidade de switching anual entre Fundos, de acordo com o previsto no Plano de Pensões.

Análise Financeira

AanálisequerespeitaaovolumedeproduçãodoGrupoedomercadosegurador,

incluicontratosdeinvestimentoque,deacordocomasnormasIFRS,nãosãocon‑

tabilizadoscomoprémiosdeseguros,nomeadamenteprodutosUnit ‑Linked(UL).

Em2010,aMillenniumbcpAgeas,apresentoufaceaoanoanteriorumdecrés‑

cimode17,9%novolumedeprémiosdesegurodirecto,penalizadapelaprestação

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33RelatóRio e Contas 2010

Relatório do Conselho de administração

dosegmentoVida(‑20,3%),jáqueosegmentoNãoVida,contrariamenteaocom‑

portamentodomercado,manteveumcrescimentosignificativo,de6,8%.Comum

volumedeprémiosdesegurodirectode1.946milhõesdeeuroseumaquotade

mercadoglobalde11,9%,aMillenniumbcpAgeasposicionou‑se,nomercadonacio‑

nal,comooterceiromaiorgruposegurador.

NosegmentoVida,ovolumedeprémiosdesegurodirectosituou‑senos1.724

milhõesdeeuros.AestratégiacomercialrelativaaosprodutosPPR,bemcomo

aosprodutosdeCapitalizaçãonãoligadosafundosdeinvestimento,ajustadaao

níveldeexigênciaedasnecessidadesdosaforradores,queemperíodosdemenor

liquideznaeconomiasãomaispropensosaoptarpor

produtosdemenorrisco,foiprudentementecondicio‑

nadaporummaiorcontrolodocrescimento,demodo

aassegurarumníveladequadodeexposiçãoaorisco.

NosegmentoNãoVida,édedestacarumacréscimo

nosprémiosdesegurodirectode6,8%,factotantomais

assinaláveldadoobaixocrescimentodomercadoneste

segmento,penalizado,maisumavez,pelafracaperfor‑

mancedanossaeconomia(crescimentonominalde

0,9%)eporumaintensaconcorrênciaentreoperadores.

NoquerespeitaaonegóciodosFundosdePensões

registou‑seem2010umdecréscimode5,1%facea2009,tendo‑seatingidoovolume

totaldeactivosgeridosde6.718milhõesdeeuros;noentanto,odecréscimode

10,4%verificadonoconjuntodaactividadedosectorpermitiuqueaPensõesgere

reforçasseasuaquotademercadopara34,2%quetraduzumacréscimodemais

1,7%facea2009.

RAMO VIdA

Prémios de Seguro DirectoOramoVidaatingiuummontantedeprémiosdesegurodirectode1.724milhões

deeuros,correspondenteaumdecréscimode20,3%faceaigualperíodode2009,

essencialmentedevidoaomenorcontributodosprodutosUnit‑Linked(586milhões

deeuros)bemcomodosprodutosdePoupança(433milhõesdeeuros),comum

decréscimoanualde40%e6,5%,respectivamente.Destaca‑se,noentanto,alide‑

rançadaMillenniumbcpAgeasnomercadonosprodutosdeRiscoeRendasbem

comoamanutençãoda2ªposiçãonorankingdoramoVida.

Evolução dos Prémios de Seguro Directo Vida [milhares de euros]

RAmOS 2010 2009 2008 VAR.10/09 VAR.09/08

Produtos de Poupança 432.504 462.816 283.580 -6,5% 63,2%

Unit-Linked 585.708 975.856 1.235.053 -40,0% -21,0%

PPR e PPR/E 519.544 537.350 509.331 -3,3% 5,5%

Riscos e Vendas 185.744 186.741 210.231 -0,5% -11,2%

Total 1.723.501 2.162.762 2.238.194 -20,3% -3,4%

Não Vida11%

Vida89%

Estrutura de Prémios de Seguro Directo

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34

Relatório do Conselho de administração

Nãoobstanteaquebradovolumedeprémiosatrásreferida,édeassinalarobom

desempenhoevidenciadopelosprodutosPPRquesuperaram,pelo3ºanoconse‑

cutivo,os500milhõesdeeuros,tendoesteanoatingido520milhõeseuros,conse‑

quênciadoesforçocomercialefectuadodesdeoiníciode2010edacapacidadede

lançamento,aolongodoano,deprodutosatractivos,adaptadosaosdiversosseg‑

mentosdemercado.Oresultadoalcançadovemconfirmarqueépossívelesbatera

naturalsazonalidadehistóricadestetipodeprodutos,induzidapelasdeduções

fiscaisquelheestãoassociadas,econseguirobter,mesmoassim,umelevadodo

volumedeprémios.OsprodutosdeCapitalizaçãonão

ligadosafundosdeinvestimentoapresentaramum

ligeiroabrandamentofaceaoanoanterior(em2009

tinhamregistadoumcrescimentomuitosignificativo

de63,2%)tendoatingido433milhõesdeeurosem2010.

Paratal,contribuiuavendadenovosprodutos,como

foiocasodoproduto“PuroCapital”edeprodutosjá

existentescomoo“Poupança112”,ambosfortemente

impulsionadospelasdinâmicascampanhascomerciais

desenvolvidaspeloMillenniumbcp.

Em2010,aMillenniumbcpAgeasmanteve‑secomo

osegundomaiorgruposeguradoremtermosdepré‑

miosdoramoVida,comumaquotademercadode

14,2%oquerepresentaumaquebrade6,7pontosper‑

centuaisfaceaigualperíododoanoanterior.

Análise TécnicaAmargemtécnicadoramoVida,antesdeimputação

decustosadministrativos,situou‑se,em2010,nos196

milhõesdeeuros,representandoumcrescimentode

16%faceaoperíodohomólogode2009.

Aobtençãodeumráciodedespesasde0,83%,aliado

aumcrescimentosignificativodamargemtécnica,reve‑

lamagestãocriteriosaeadequadaquepermitiuminimi‑

zarosefeitosadversosdaconjunturamacro‑económica.

Omaiorcontributorelativoparaoresultadoda

Companhiacontinuaaserproporcionadopelospro‑

dutosdeRisco,cujarentabilidadesebaseiaempolíticas

epráticasdesubscriçãorigorosasenumasuperiorcapa‑

cidadedecontrolodecustos,representandoestalinha

denegóciosnofinalde2010cercade52%dototalda

margemtécnicadeVida.

Apesardaconjunturaeconómica,éaindadedes‑

tacarocontributofortementepositivoparaamargem

registadopelosprodutosUnit ‑LinkededeCapitaliza‑

ção,devidoessencialmenteaoacréscimodasprovisões

matemáticas.

Riscos e Rendas11%

PPR e PPR/E30%

Produtosde Poupança25%

Unit-Linked34%

Estrutura da Carteira de Prémios do Ramo Vida

Total

Riscos e Rendas

PPR e PPR/E(com Unit-Linked)

Unit-Linked(de P. Poupança)

Poupança

2010 2009

Evolução da Quota de Mercado do Ramo Vida

14,2%

20,8%

19,5%

19,8%

16,0%

17,1%

25,3%

35,4%

7,7%

13,1%

Margem Técnica vs Rácio de Despesas Gerais

1) Antes de imputação de custos administrativos.2) “Custos operativos afectos ao ramo Vida”/“Investimentos médios afectos

ao ramo Vida”.

169196

0.80% 0.83%

0.0

50.0

100.0

150.0

200.0

2009 20100.00%

0.20%

0.40%

0.60%

0.80%

Margem Técnica1 [Milhões de euros]

Rácio de DespesasGerais2

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35RelatóRio e Contas 2010

Relatório do Conselho de administração

FuNdOS dE PENSõES

Evolução do MercadoNoanode2010omercadodefundosdepensõesficoumarcadopeloretomarda

volatilidadedosmercadosfinanceiroseporumagrandediferenciaçãodeperfor‑

mances,aqualfoimaisbaseadanasorigensgeográficasdostítulosdoquenasdife‑

rençasentreclassesdeactivos,destacando‑seagrandeinstabilidadenosmercados

financeirosdedívidasoberana,comparticularincidênciaparaospaísesdaEuropa

Mediterrânea.Osfundosdepensões,nasuageneralidade,apresentaramperforman‑

cespositivasmascomumvalormédiopoucoexpressivoeinsuficienteparafazer

faceàsresponsabilidadesimediatascomopagamentodepensões.

Ovalorglobaldosactivosnomercadopassoupara19.642milhõesdeeuros,o

quetraduzumdecréscimode10,4%faceaofinalde2009.Esteconsideráveldecrés‑

cimodosactivossobgestãoficoufortementeinfluenciadopelatransferênciaparaa

SegurançaSocialdosfundosdaPortugalTelecomedaRádioMarconi.Noentanto,

casonãoseconsiderasseoefeitodestastransferências,ovalorglobaldosfundosde

pensõesapresentariaaindaumareduçãode2%.

Emtermosdelegislaçãodeenquadramentodosfundosdepensõesnãoseregis‑

taramalteraçõescomimpactosignificativonaactividade,tendo‑sepraticamente

concluídooprocessoderegulamentaçãodaactuallegislaçãoenquadradapelo

Decreto‑Lei12/2006,salientando‑seapublicaçãodaseguinteregulamentação:

NormaRegulamentar7/2010‑R,de4deJunho,dedicadaaorelatofinanceiro

dosfundosdepensões,quevemestabelecerumregimeglobalenormalizadosobre

oconteúdodasdemonstraçõesfinanceirasdosRelatórioseContasdecadafundo

depensõesdeformaaasseguraradivulgaçãopúblicadeinformaçãoconsiderada

relevanteequeaoníveldoregimecontabilísticoadoptaosprincípiosgeraisesta‑

belecidosnos“InternationalAccountingStandards”–IAS.

NormaRegulamentar12/2010,de22deJulho,dedicadaaofinanciamentodos

planosdebenefíciosdesaúdeatravésdosfundosdepensões,naqualsedesenvolve

umconjuntodeprincípiosederegrasquepossibilitamaoperacionalizaçãodofinan‑

ciamentodosplanosdebenefíciosdesaúdeatravésdosfundosdepensões.Estaé

umadasúltimasmatériasque,nasequênciadapublicaçãodoDecreto‑Lei12/2006,

faltavaregulamentarmasquenãotevequalqueraplicabilidadeduranteoanode2010.

NoâmbitodaNormaRegulamentar8/2009‑Rsobreagestãoderiscoecon‑

trolointernofoipreparadopeloGrupodeTrabalho,constituídopeloISPepelos

representantesdomercadoedosAuditores,eenviadoparadiscussãopública,o

documentoqueapresentaasorientaçõestécnicasparaaimplementaçãodaNorma,

asquaissãoapresentadasnumalógicade“complyorexplain”.

Comofactorelevantenomercadodosfundosdepensõessalienta‑seaconclusão

doprocessonegocialqueconduziuaintegraçãodosbancáriosnoRegimeGeralda

SegurançaSocialeàextinçãodaCaixadeAbonodeFamíliadosEmpregadosban‑

cários,aqualculminoucomapublicaçãojáem2011doDecreto‑Leinº1‑A/2011,

de3Janeiro.

Comestenovoregimecontinua‑seaaplicaroregimesubstitutivodeprotecção

socialprevistonosinstrumentosderegulamentaçãocolectivaaplicávelnosector,

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36

Relatório do Conselho de administração

masaovalordapensõesdereformaporvelhiceprevistoporesteregimeabater‑se‑á

ovalordapensãodereformapagapeloregimedesegurançasocialparaotempode

descontosquedecorrerapartirde1deJaneirode2011.Esteregimedereformaspara

osectorbancárioterácomoconsequênciaaceleraroprocessodereduçãodovalor

dosactivossobgestãodosfundosdepensõesdosectorbancário,osquaisrepresen‑

tamnoseuconjuntocercade80%domercadodosfundosdepensõesemPortugal.

Acriseeconómicaoriginadapeloelevadodeficepúblicoepeloselevadosvalores

dadívidapúblicaeprivada,tiveramcomoconsequênciaaaplicaçãodemedidas

restritivascomsucessivosPEC–(PlanosdeEstabilidadeeCrescimento)equecul‑

minaram,noOEpara2011,comreduçõesdossaláriosdosfuncionáriospúblicos

edosbenefíciosfiscais,designadamenteosaplicáveisàscontribuiçõesindividuais

paraFundosdePensõesePPR.

Apósalgumasalteraçõesqueadiarampartedasmedidasdemaiorimpactopara

2014,foifinalmentepublicadoonovoCódigoContributivoparaSegurançaSocial

que,aoalargarabasedeincidênciadecontribuiçõesparaasegurançasocialàgene‑

ralidadedasformasderemunerações,podeconstituirumestímuloindirectopara

reforçaraprocuradefundosdepensões.

Comvistaareforçaravisibilidadeenotoriedade

dosfundosdepensões,nummercadoemqueédifícil

esperarincentivosfiscaisoumedidasequivalentesde

estímulo,foramdesencadeadaspelaAPFIPP–Associa‑

çãoPortuguesadosFundosdeInvestimentoPensõese

Patrimónios,duasiniciativasquevisamapromoçãoda

poupança:oBarómetrodaPoupançaqueseencontra

emfasededesenvolvimentoconjuntocomaUniversi‑

dadeCatólicaeoCERR–CertificadodeResponsabili‑

dadeparaaReforma,queéumainiciativavalorizada

peloInstitutodeSegurosdePortugalequevisadistin‑

guirasboaspráticasnadefiniçãodeplanosdepensões

decontribuiçãodefinidapromovidosporempresas.

Actividade da PensõesgereAMillenniumbcpAgeasoperanomercadodefundosdepensõesatravésdasocie‑

dadegestoraPensõesgere,baseandoasuaactividadenaqualidadedainformação

prestada,noacompanhamentopermanenteenarespostaatempadaàssolicitações

dosseusClientes,tendo,em2010,reforçadoasuaposiçãodeliderançanomercado.

Nofinalde2010aPensõesgeretinha6.718milhõesdeeurosdeactivossob

gestão,querepresentavamumdecréscimode5,1%facea2009,emresultadoda

conjugaçãodovalorreduzidodasperformancesedoelevadoníveldematuridade

dosfundosdepensõesquegere.Noentanto,odecréscimode10,4%verificadono

conjuntodaactividadedosectorpermitiuqueaPensõesgerereforçasseasuaquota

demercadopara34,2%,oquetraduzumacréscimodemais1,7%facea2009.

Nodecorrerdoexercícioemanálise,foramreforçadasváriasiniciativasparao

desenvolvimentodasferramentasinformáticasespecíficasdaPensõesgere,como

objectivodemelhoraraprodutividadeequalidadedotrabalho,bemcomopara

Fundos de Pensões e Quota de Mercado

[Milhões de euros]

0

2.000

4.000

6.000

8.000

2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 201025,0%

27,5%

30,0%

32,5%

35,0%

Activos sob Gestão Quota de Mercado

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37RelatóRio e Contas 2010

Relatório do Conselho de administração

permitirresponderàscrescentesobrigaçõesdereporteedeinformaçãoafornecer

aosParticipanteseBeneficiáriosdosfundosdepensões.

NoâmbitodaimplementaçãodaNorma8/2009‑R,foramdesenvolvidosostraba‑

lhospreparatórioscontempladosnapropostadecalendárioapresentadoaoInstituto

deSegurosdePortugalem2009,deformaaasseguraraproduçãoatempadaecon‑

sistentedoprimeirorelatórioanualsobreaestruturaorganizacionaleossistemasde

gestãoderiscoedecontrolointernodaPensõesgereaenviaraoISPnoiníciode2010.

NasequênciadeumpedidodeinformaçãovinculativasolicitadoàDGCI–

DirecçãoGeraldeContribuiçõeseImposto,foiconfirmadoqueasprestaçõesde

serviçospagasnoâmbitodosvárioscontratosdemandatodegestão,queaPensões‑

geretemdirectamenteouatravésdealgunsdosfundosdepensõessobsuagestão,

estáisentadopagamentodeIVA.Estefactoparaalémdeumcontributoadicional,

correspondentearecuperaçãodeimpostopago,temumforteimpactonaestrutura

decustosreduzindosubstancialmentearubricadosimpostos.

NumafilosofiaintegradadeaproveitamentodassinergiasdoGrupo,aPensões‑

geremanteveorelacionamentocomasredesbancáriasdeempresasdoMillennium

bcp–CorporateeEmpresas–atravésdeacçõesconcertadasdepromoçãodenegó‑

ciosnaáreade“EmployeeBenefits”.

Nofinalde2010,ovolumetotaldeactivosgeridos,encontrava‑serepartidopor

28fundosfechados,4fundosAbertose5fundosabertosPPR.

Ototaldosactivossobgestãorelativosaos28fundosfechadostotalizou6.570,4

milhõesdeeuros,aquecorrespondeuumdecréscimode390,5milhõesdeeuros

facea2009.

Jáquantoaosfundosabertosverificou‑seumaumentode19,8milhõesdeeuros

novolumedeactivossobgestão,queatingiramumtotalde102,3milhõesdeeuros.

APensõesgeremantémaofertadosfundosabertoscomperfisderiscosdiferen‑

ciados,permitindoaosAssociadoseaosseusParticipantesaescolhaadequadaao

financiamento dos seus planos de pensões, em função do prazo das

responsabilidades.

Depoisdeumano(2009)caracterizadoporumarecuperaçãonasperformances

dosfundosdepensões,2010foimarcadopelafortevolatilidadedosmercados,que

penalizaramespecialmenteosfundosdepensõescom

perfisdeinvestimentomaisdefensivosgeridospelaPen‑

sõesgere,maisexpostosàclassedeactivosdetaxafixa.

Contudoetendoemcontaquerascaracterísticas

querasmaturidadescurtasdasobrigaçõesdetaxavari‑

ávelquefazempartedascarteirasdaquelesfundoséde

esperarque,inversamenteaoqueaconteceuem2010,

aquelaclassedeactivostenhaumcontributopropor‑

cionalmentemaispositivapara2011.

NoquedizrespeitoaosfundosPPR,ovalorsob

gestãonofinalde2010atingiu44,9milhõesdeeuros,

valorinferiorem4,3milhõesdeeurosaode2009.Esta

evoluçãoéconsequênciadirectadaopçãodesecomer‑

cializarPPR/SegurosdeVidaemdetrimentodosPPR/

Taxas de Rendibilidade Anuais dos Fundosde Pensões da Pensõesgere

-12,

4%

9,2%

-3,6

%

-11,

0%

9,7%

0,1%

-14,

7%

14,5

%

1,1%

-18%

-13%

-8%

-3%

2%

7%

12%

17%

2008 2009 2010

Fechados

Aberto Horizonte Segurança

Aberto Horizonte Valorização

Aberto Horizonte Valorização Mais

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38

Relatório do Conselho de administração

FundosdePensõesdaPensõesgerenasredesdedistribuiçãoderetalhoedeuma

partesignificativadosseusClientesjáreuniremascondiçõesparaoreembolso.

Osproveitosdecorrentesdaprestaçãodeserviçosnovalorde11,3milhõesde

eurosregistaramumareduçãode3,5%facea2009,emresultadodareduçãodos

activossobgestão.

Oscustostotaisnovalorde4,8milhõesdeeurosapresentamumaredução

de25%emrelaçãoa2009,oquepermitiuqueosresultadosoperacionaistenham

aumentado14,1%faceaoorçamentoe6,2%facea2009.

Osresultadoslíquidosdoexercíciosituaram‑seem4,8milhõesdeeuros,valor

queseencontraemlinhacomoregistadoem2009.

Arendibilidademédiadoscapitaispróprioscontinuouaapresentarumvalor

interessante,comumnívelmédiode24,6%.

Oscapitaisprópriostotalizaram,em31deDezembrode2010,21,8milhõesde

euroseamargemdesolvênciaevidenciaumníveldecoberturade200%.

RAMOS NãO VIdA

Prémios de Seguro DirectoEm2010,aMillenniumbcpAgeasatingiuemNãoVidaumvolumedeprémiosde

segurodirectode222milhõesdeeuros,registandoumacréscimode6,8%faceao

anoanterior,factotantomaisassinaláveldadaaestagnaçãoregistadanomercado

segurador(0,9%decrescimento),condicionado,maisumavez,pelafracaprestação

danossaeconomiaeporumaintensaconcorrênciaentreoperadores.

Evolução dos Prémios de Seguro Directo Não Vida [milhares de euros]

RAmOS 2010 2009 2008 VAR.10/09 VAR.09/08

Automóvel 22.552 23.353 19.698 -3,4% 18,6%

Acidentes de Trabalho 6.088 6.605 5.183 -7.8% 27,4%

Incêndio e outros danos 39.878 38.173 35.247 4,5% 8,3%

Saúde 132.714 120.843 110.129 9,8% 9,7%

Acidentes Pessoais 13.476 12.858 12.811 4,8% 0,4%

Outros Ramos 7.315 5.968 5.033 22,6% 18,6%

Total 222.023 207.800 188.101 6,8% 10,5&

AMillenniumbcpAgeasapresentou,em2010,umcrescimentoacimadomercado

nacionalnosprincipaisramosdeNãoVida,sendoderealçar,maisumavez,oramo

deSaúde,comumareceitade133milhõesdeeuros,oquerepresentaumaumento

de10%faceaoanoanterior(omercadocresceuemSaúde7%),permitindoassimum

ligeiroreforçodasuaquotademercadonesteramopara24,9%(emDezembro2009

erade24,2%)eamanutençãodosegundolugarnorankingdasseguradorasaoperar

nomercadonacional.Estecrescimentoacimadamédiaéfrutodainovaçãodaoferta,

dadiversificaçãodecanaisdedistribuição,daabordagemcriteriosadosdiversos

segmentosedeuminvestimentoconsistentenapromoçãodamarcaMédis,líder

incontestadaemnotoriedadenoseusegmentodesdeasuaconstituiçãoem1996.

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39RelatóRio e Contas 2010

Relatório do Conselho de administração

Ocanaldenegóciodireccionadoaosegmentodepequenasemédiasempresas,

assentenumaredecriteriosamenteseleccionadadeagentesecorretores,temvindo

aaumentarasuacontribuiçãoparaoaumentodovolumedeprémiosNãoVida,

nomeadamentenoramodeSaúde.Paraosrestantesramos,foiiniciadaesteano

umanovaabordagemaestesegmentodeClientesjuntodoBancoMillenniumbcp,

revelando‑sedesdejáumfortepotencialdedesenvolvimento.

ApesardamodestaposiçãoqueocupanomercadoseguradornacionaldeNão

Vida,aMillenniumbcpAgeastemvindoareforçardeformaconsistenteasuaquotade

mercado,quepassoude5,0%nofimde2009para5,3%nofinaldeDezembrode2010.

Análise TécnicaAmargemtécnicadosramosNãoVidaantesdaimputaçãodecustosadministra‑

tivosfoide61,0milhõesdeeurosapresentandoumligeirodecréscimode2%face

aoperíodohomólogode2009.

Nãoobstanteoaumentodareceitaprocessada,o

aumentodosrendimentosdasreservastécnicasea

diminuiçãoverificadanocustocomresseguroarenta‑

bilidadetécnica(medidaemfunçãodosprémiosbrutos

emitidos)diminuiude29,3%em2009para26,5%em

2010.Estedecréscimodeveu‑semaioritariamenteao

aumentodastaxasdesinistralidade,empartecondicio‑

nadaspelasváriascatástrofesnaturais(comoascheias

naMadeiraouotornadoemTomar)queafectaramo

Paísduranteoanode2010.

Defacto,astaxasdesinistralidadedeNãoVida,

antesdaimputaçãodecustosadministrativos,situam‑

‑senaordemdos61,2%,apresentandosubidasface

aosvaloresregistadosem2009(56,6%).Noentanto,

continuamarevelarvaloressemparalelonomercado

portuguêsqueapresentataxasdesinistralidadesigni‑

ficativamentemaiselevadasempraticamentetodosos

ramos.

OráciocombinadodeNãoVida,fixou‑seem91,4%

oquerepresentaumacréscimode7pontospercentuais

faceaoanode2009.Nãoobstanteoesforçoefectuado

nacontençãodoscustosdeexploraçãoeorigornas

políticasdesubscriçãoeaceitaçãoderiscos,osmesmos

nãoforamnoentantosuficientes,paracompensaro

aumentodastaxasdesinistralidade.

CuStOS AdMINIStRAtIVOS

Oscustosadministrativosregistamumacréscimode6,0%,fixando‑senos96,7

milhõesdeeuros.

2009 2010

Margem Técnica Não Vida(antes da imputação de custos administrativos)

Milhões de Euros

62,5 61,0

2009

Automóvel Acidentese Doença

Incêndio e outrosdanos

Taxas de Sinistralidade Não Vida(antes da imputação de custos administrativos)

66,9%64,5% 63,2%63,4%

50,9%

31,1%

2010

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40

Relatório do Conselho de administração

Evolução dos Custos Administrativos (excluindo amortizações do exercício) [milhares de euros]

2010 2009 VAR. 10/09ESTRuTuRA

2010ESTRuTuRA

2009

Despesas com Pessoal 28.259 25.657 10,1% 29,1% 28,1%

Fornecimentos e Serviços Externos 36.675 34.341 6,8% 37,8% 37,5%

Impostos e Taxas 1.037 2.565 -59,6% 1,1% 2,8%

Outros 30.994 28.904 7,2% 32,0% 31,6%

Total 96.965 91.468 6,0% 100,0% 100,0%

Oaumentodecercade7%narubricadeFornecimentoseServiçosExternosdeve‑se,

essencialmente,aocustocominvestimentoemITdecorrentedaimplementaçãode

novosprojectos.

OdecréscimonarubricadeImpostoseTaxasdeve‑senãosóàdiminuiçãoda

receitarelativaaoramoVidamas,sobretudo,aumacorrecçãodoIVAdevidoà

isençãoatribuídaàgestãodefundosdaPensõesGere.

RESultAdO líquIdO

Em2010,oresultadolíquidoconsolidadodoexercício,antesVOBA(“valueofbusi‑

nessacquired”),foide141,9milhõesdeeuros,oquecomparamuitofavoravelmente

comoresultadolíquidode127,4milhõesdeeurosobtidonoexercíciode2009.O

resultadolíquidoconsolidado,apósVOBA,cifrou‑seem114,1milhõesdeeuros.

Aexcelenteperformancetécnicadonegócionoexercícioemanálise,aadopção

deumapolíticaprudenteaoníveldagestãodeinvestimentos,adiversificaçãoda

ofertadeprodutoseocontrolorigorosodoscustosoperativospermitiuatingiro

melhorResultadoLíquidodesempredaMillenniumbcpAgeas.

MARGEM dE SOlVêNCIA

Em31deDezembrode2010aestruturadecapitaisprópriosdogrupoMillennium‑

bcpAgeasapresenta,emtermosconsolidados,umráciodesolvênciade183,3%.

Em31deDezembrode2009,orácioobtidofoide241,5%,oqueconstituium

decréscimode58pontospercentuaisfaceaoanoanteriordevido,essencialmente,ao

aumentodevolatilidadedacarteiradeactivosqueimplicouumreforçosubstancial

dareservadereavaliação.

Oráciodesolvabilidadeapresentadofoicalculadodeacordocomoscritérios

definidospeloInstitutodeSegurosdePortugalereflecteumaestruturadecapitais

sólidaeadequadaàsresponsabilidadesassumidas.

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41RelatóRio e Contas 2010

Relatório do Conselho de administração

Margem de Solvência [milhares de euros]

mARgEm CAPITAIS ExCESSO RáCIO

Ocidental Seguros 17.771 43.931 26.159 247%

Ocidental Vida 307.302 496.928 189.626 162%

Médis 22.957 32.417 9.460 141%

Pensõesgere 7.393 14.796 7.404 200%

Millenniumbcp Ageas (consolidado) 355.422 651.460 296.038 183%

embedded Value

Oembedded valueforneceumaestimativadovalordosaccionistasnumaoperação

doramovida,excluindoovalorquepoderáviraseradicionadopelaproduçãonova

futura.Oembedded valueéigualàsomadasituaçãolíquidaajustadacomovalorda

carteiraemvigor.OsresultadosapresentadosforampreparadospelaDirecçãode

ActuariadoerevistosporactuáriosconsultoresdaKPMG.

Ovalordacarteiraemvigorédadopelovaloractualdoslucrosfuturosapós

impostos,ajustadopelocustodamanutençãodumamargemdesolvênciaiguala

200%damargemmínimaexigidapelaregulamentaçãoemvigor.Ocustodamargem

desolvência(custodecapital)reflecteoscustosdeinvestimentoeosimpostossobre

osrendimentosdoscapitaisafectosàmargemdesolvência,masnãoincluiocustode

oportunidadecomonosmodelostradicionaisqueoriginamaiorescustosdecapital.

Nadeterminaçãodosvaloresapresentados,foramnãosóaplicadososprincípios

estabelecidosaoníveldoGrupoAgeas,mastambémosEuropean Embedded Value Prin‑

ciples (EEV),ouseja,oscálculoscontemplamocustoassociadoàsopçõesegarantias

(CFOG)eaosriscosnãofinanceiros(CNFR)existentesaoníveldacarteiraemvigor.

Noquadroseguinteapresentam‑seoembedded valueeovaloradicionadopela

produçãonovadosegmentoVidadaMillenniumbcpAgeas.

[milhares de euros] 2010 2009

Embedded value (EV) em 1 de Janeiro (avaliação anterior) 1.133.837 995.414

Reajustamento ao EV de abertura 9.747 (3.109)

Alteração de pressupostos não económicos 57.334 1.991

Alteração de pressupostos económicos (109.863) 4.128

Performance da carteira em vigor 96.010 47.498

Valor adicionado pela produção nova 17.126 47.020

Impacto da variação no ano (167.520) 40.895

EV em 31 de Dezembro, antes da distribuição de dividendos 1.036.671 1.133.837

Dividendos distribuídos aos accionistas - -

EV em 31 de Dezembro, após distribuição de dividendos 1.036.671 1.133.837

Osreajustamentosaoembedded valuedeaberturaem2010reflectemapenasaltera‑

çõesaoníveldospressupostoseconómicosconformedecididopeloGrupoAgeas,

cujoimpactonãoématerialmenterelevante.Osreajustamentosem2009dizem

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42

Relatório do Conselho de administração

respeitoaalteraçõesaoníveldospressupostosdeinflaçãoconformesugeridoe

acordadocomorevisor.

Oforteimpactonegativoobservadoaoníveldaalteraçãodospressupostos

económicosdeve‑senãosóàdiminuiçãodastaxasdejurosemrisco,masacima

detudoaoalargamentodosspreads,duranteanocorrente,dadívidapúblicaedas

obrigaçõesemgeral.

Noquedizrespeitoaospressupostosnão‑económicos,oforteimpactopositivo

resultadacombinaçãodosseguintesfactores:i)menorestaxasdeanulação,empar‑

ticularnossegurostemporáriosassociadosaocréditoàhabitação,ii)utilizaçãodo

asset mixrealàdatadocálculoemvezdaestratégiadelongoprazodefinidaem2007,

devidoàsrestriçõesexistentesemtermosdeaumentodaexposiçãoemactivosde

maiorrisco(acçõeseimobiliário),iii)alteraçãodataxadeIRCeiv)aumentodocapi‑

talrequeridode150%para200%dosrequisitosdemargemdesolvênciamínimos.Os

impactospositivosprovenientesdamortalidaderealdacarteiraforampraticamente

anuladospelaalteraçãoverificadaaoníveldoscustosunitáriosedataxadeinflação.

Maisumavez,aenvolventeeconómicafortementenegativaaoníveldomercado

obrigacionistaexplicaaenormevariaçãonegativaobservadaem2010,ouseja,o

enormevolumedemenosvaliaspotenciaisnegativasgeradaspelacarteiraobrigacio‑

nistaexistentenosfundosautónomos.Poroutrolado,avariaçãoeconómicapositiva

em2009resultaessencialmentedacombinaçãodedoisfactores:maisvaliaspoten‑

ciaisadicionaisoriginadaspelaalteraçãode“spreads”edacurvadetaxasdejurose

nãoocorrênciadoreajustamentodo“asset mix”assumidopelomodelodecálculo.

Amargemdaproduçãonovadiminuisubstancialmentede19,7%para9,3%dos

prémiosanuaisequivalentes(definidoscomoprémiosdasapólicesregularesacres‑

cidosde10%dosprémiosúnicos),frutodareduçãodeprémiosem“VidaRisco”e

“unitlinked”edamáperformance,emtermosdevaloradicionado,dosprodutos

financeiroscomgarantias.

20092008 2010

Evolução do Embedded Value

Milhares de EurosSituação Líquida Ajustada

20092008 2010

Embedded Value

20092008 2010

Valor da Produção Nova

20092008 2010

Valor da Carteira em Vigor

530.853650.615

744.641

464.561 483.223292.010 52.57552 575 47.02047 020 17.126

995.4141.133.837

1.036.671

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43RelatóRio e Contas 2010

Relatório do Conselho de administração

PRINCIPAIS PRESSuPOStOS ECONÓMICOS

2010 2009

Yield curve AA Euro swap + 0,20%* AA Euro swap + 0,20%*

1 ano 1,70% 1 ano 1,51%

5 anos 2,78% 5 anos 3,01%

10 anos 3,60% 10 anos 3,78%

20 anos 3,97% 20 anos 4,26%

Volatilidade Curto prazo 0,03% Curto prazo 0,9%

Acções 17,8% Acções 26,3%

Imobiliário 1,6% Imobiliário 1,4%

Taxa de inflação 1,95%** 2,45%**

Taxa de imposto 29,0% 26,5%

Ospressupostosassumidosparaamortalidade,resgates,anulaçõesesuspensõesde

prémiosresultamdosestudosefectuadospelaMillenniumbcpFortistendoporbase

osdadosreaisdasuacarteiradeapólices,Asdespesasdegestãoatribuíveisàfunção

vida,baseadasnaexperiênciarecente,foramdivididasentreaquisição(produção

nova)emanutenção(carteiraemvigor),Asdespesasconsideradascomoextraor‑

dináriase,portanto,excepcionais,foramidentificadasumaauma,nãotendosido

incluídasnocálculodoscustosunitários,

Assumiu‑sequeosmétodosebasesutilizadasnocálculodasreservasmatemáti‑

cas,daparticipaçãonosresultadosedeoutrosbenefíciosprevistosnasapólicesper‑

manecerãoinalterados,assumiu‑seaindaqueaactuallegislaçãoetaxadeimposto

permanecerãoinalteradas.

Revisão Actuarial de Não Vida

OníveldeprovisionamentodetodososramosNãovidaéverificadoatravésdeava‑

liaçõesactuariaisperiódicas.Ovalordasprovisõesparasinistrosfoiestimadocom

basenohistóricodepagamentosedonúmerodesinistros,usandometodologias

actuariaisinternacionalmenteaceites.

Paraalémdasavaliaçõesactuariaisdesenvolvidasinternamenteéregularmente

efectuadaumaCertificaçãoActuarialporumaEntidadeIndependenteusandopara

assuasestimativasosmesmosdadosqueaDirecçãodeActuariado.Osvaloresesti‑

madosnestacertificaçãoexternaparaalémdeseremcalculadosnãodescontando

ospagamentosfuturosincluemainflaçãoesperadarepresentandoporissouma

estimativamuitoprudente.

* Estesajustamentosde20bpàcurvaswapforamdecididosejustificadospelaAgeas,

**Ataxadeinflaçãobaseia‑‑senumacurvaswapespecífica,acrescidadumajustamentotipo“spread”;éindicadaataxadeinflaçãoparao5.ºano.

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44

Relatório do Conselho de administração

Comosepodeobservardoquadroabaixoapresentado,asavaliaçõesconcluem

pelasuficiênciaglobaldasprovisõesparasinistros.

Resultado das Avaliações Actuariais versus Provisões para Sinistros de Balanço 31 -12 -2010 31 -12 -2009

Total Provisões de Balanço 89.907 85.254

Provisões para Sinistros objecto de Certificação Interna (1) 80.233 75.194

Estimativa das provisões para sinistros “Best Estimate” 68.138 63.741

Estimativa das provisões para sinistros “Percentil 90%” 82.874 77.849

Solvência II

ComapublicaçãodaDirectiva2009/138/CEemitidapeloParlamentoEuropeue

peloConselhoa25deNovembrode2009,foramestabelecidasasbasesdoregimede

SolvênciaII,querepresentaumamudançasignificativanoquadroregulamentarda

IndústriaSeguradoraeResseguradora.Essamudançareflectir‑se‑á,principalmente,

aoníveldagovernação,dosrequisitosfinanceirosedaprestaçãodeinformação,com

consequênciasbastantesignificativasparaagestãoeplaneamentodonegóciodas

CompanhiasdeSeguros.Anovadirectivaproduziránãosóalteraçõesaoníveldas

necessidadesdecapital,irátrazerinevitavelmenteumaalteraçãonaculturaderisco

existenteeconsequentementenasdecisõesestratégicasdascompanhias.

AambiçãodaMillenniumbcpAgeaséadeimplementarumprogramacompleto

deSolvênciaIIemconformidadecomosrequisitosdaDirectiva,esimultaneamente,

alinharaestratégiadaorganização,osprocessosdenegócio,atecnologiaeoconhe‑

cimentodosColaboradores,comvistaaumaGestãodeRiscosãeprudente,cons‑

tituindoaimplementaçãodestanormaumainiciativaestratégicadaCompanhia.

Nestesentido,aMillenniumbcpAgeastemvindoadesenvolver,desde2009,um

ProgramadeSolvênciaIIsuportadonumplanodeimplementaçãoqueseestende

até2012,nosentidodeassegurarumatransiçãofiável,seguraeatempadaparao

novoregime.Esteplanoencontra‑sealinhadocomGrupoAgeas,estandoestru‑

turadoemseisblocosdetrabalho,integrados,comoobjectivoderesponderaos

requisitosdaDirectiva,eembeberdeformapró‑activaaGestãodeRisconospro‑

cessosdaorganização.

1 Modelação 2 Governação 3 Reporte Financeiro

4 Sistemas e IT 5Regulação e Comunicação Externa 6

Gestão da Mudança e Comunicação Interna

1) MOdElAçãO

OblocodetrabalhodeModelaçãotemcomoobjectivoodesenvolvimentodemode‑

losinternosparciaisoutotais,assimcomoaadequaçãodoscálculosdosrequisitos

decapitaldeSolvênciaII,paracadaumadascompanhias.

1 Asprovisõesparaencargosfuturosdegestão,provisõesparaindemnizaçõesapagareasprovisõesparasinistrosdoramodeSaúdePPPnãoestãonoâmbitodaCertificação.

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45RelatóRio e Contas 2010

Relatório do Conselho de administração

2) GOVERNAçãO

OblocodetrabalhodeGovernaçãoconsistenaadequaçãodoSistemadeGestãode

RiscoedeControloInternodaCompanhiaàDirectivadeSolvênciaII,assimcomo

odesenvolvimentodomodelodeavaliaçãoderiscosinternosdaCompanhia(Own

Risk and Solvency Assessment).

3) REPORtE FINANCEIRO

OblocodetrabalhodeReporteFinanceiroincluiodesenho,construçãoereporte

derelatóriosexternosededivulgaçõesdiversas,exigidaspelaDirectivaSolvênciaII.

Inclui,igualmente,avertentedeclassificaçãodosfundosprópriosdascompanhias.

4) SIStEMAS E It

NoblocodeSistemaseITpretende‑seestabeleceraarquitecturadesistemaseinfra‑

‑estruturadeIT,bemcomo,osprocessoseprocedimentosparaagestãoequalidade

dosdadosquevisamsuportarosrequisitosdeSolvênciaII.

5) REGulAçãO E COMuNICAçãO ExtERNA

AvertentedeRegulamentaçãoeComunicaçãoExternaconsistenodesenvolvimento

dasactividadesdecomunicaçãocomosdiferentesstakeholders(Reguladores,Agên‑

ciasdeNotação,Accionistas,TomadoresdeSeguroseMercado)deumaforma

estruturadaeconsistente.

6) GEStãO dA MudANçA E COMuNICAçãO INtERNA

AvertentedeGestãodaMudançaeComunicaçãoInternaconsistenodesenvolvi‑

mentodasactividadesdecomunicaçãoeformaçãonecessáriasàimplementação

daDirectivadeSolvênciaII,assimcomo,àadequaçãodosprocessosdenegócio

eimplementaçãodeumaculturadegestãoderisco,emlinhacomasmelhores

práticasinternacionais.

OProgramadeSolvênciaIIéumaimportanteiniciativaeuropeiaquedeverá

conduziramudançassignificativasnosrequisitosdesolvênciadasseguradoras

europeiasnospróximosanos,peloqueaMillenniumbcpAgeas,emalinhamento

comoGrupoAgeas,temparticipadoactivamentenasconsultaspúblicasenos

fórunsquevisamanalisaraspropostasapresentadaspelosorganismoseuropeus,

comoobjectivodedesenvolverasiniciativasadequadasqueasseguremumacorrecta

transiçãoparaonovoregime.

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46

Relatório do Conselho de administração

Gestão de Risco

Comoinstituiçãodeseguros,consideramosqueumagestãoderiscossaudávelé

umdospilaresdesuporteaumaestratégiadecrescimentorentávelesustentável

e,consequentemente,umacompetêncianuclearnaMillenniumbcpAgeas.Como

partedasuagovernaçãosocietária,aMillenniumbcpAgeasadoptouumaestrutura

organizacionaldegestãoderiscosbaseadanaestruturaemvigornoGrupoAgeas.

Oseuprincipalobjectivoéodesenvolvimentoeimplementaçãodeumaestrutura

degestãoderiscos,quepermitaassegurareatingiroequilíbrioapropriadoentreo

riscoeoretorno,demodoapreservaraconfiançadosClientes,dosaccionistas,dos

reguladores,dasagênciasdenotação,edeoutrosinteressados.Aestruturadegestão

deriscosabrangetodososníveisdaMillenniumbcpAgeas.

Aorganizaçãodegestãoderiscoestádefinidademodoapermitir‑nosprosseguir

anossaestratégiaderiscoeassegurar:

› Clararesponsabilidadeeresponsabilização;

› Independênciadafunçãodegestãoderiscos;

› TransparênciaecoerêncianatomadadedecisãorelacionadacomorisconaMil‑

lenniumbcpAgeas,cobrindotodososaspectosdataxonomiaderisco.

Anossaorganizaçãodoriscoécompostaporvárioscomités,quetêmcomoobjec‑

tivomonitorizar,proporacçõesefazercumpriraimplementaçãodaspolíticasdefinidas.

Conselho de Administração

Comissão Executiva

Comité de Risco

Asset Management Committee

Liability Risk Working Group

Operational Risk Task Force

Auditoriainterna

OutrasReuniõesde Gestão

CFOReuniõesde equipa

Compilance

AGEASGESTÃO

DE RISCO

Aestruturaeaspolíticasdegovernaçãosãorevistasregularmenteparareflectira

mudançadoambientecomercialeregulamentar,assimcomoadanossaprópria

estruturaorganizacional.

OsprincipaisriscosinerentesnaMillenniumbcpAgeaspodemserdivididosnas

seguintescategorias:

RISCO EStRAtéGICO

Osriscosestratégicosabrangemtodososfactoresexternosouinternosquepossam

afectaracapacidadedaMillenniumbcpAgeasparacumpriroseuplanodenegócios,

assimcomodealcançarumcrescimentoecriaçãodevalorconstantes.Incluem‑se

alteraçõesdoambienteexterno,nomeadamenteoregulamentar,oeconómico,de

cenáriocompetitivooudaformacomoaspessoas(ClientesouColaboradores)se

comportam.Poderá,igualmente,seroresultadodedecisõesdegestãoincorrectas,

oudevidoaperdasreputacionais,oudevalordefranchising.

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47RelatóRio e Contas 2010

Relatório do Conselho de administração

RISCO OPERACIONAl

Qualquerempresa,incluindoasinstituiçõesfinanceiras,estãosujeitasariscoope‑

racional,consequênciadaincertezainerenteaonegócioedoprocessodetomada

dedecisão.Paraefeitosdereporteemonitorização,oriscooperacionalpodeser

divididoemduascategorias,riscodeeventoeriscodenegócio.Aprimeira,incluio

riscodeperdasresultantesdainadequaçãooufalhadeprocessosinternos,pessoas

esistemas,assimcomodeeventosexternos.Estadefiniçãoincluiosriscoslegaise

deconformidade,excluindooriscoestratégicoedereputação.Asegunda,incluio

riscodeperdasresultantesdealteraçõesestruturaise/oucompetitivase,poressa

razão,maioritariamenteoriginadoporfactoresexternos.

AfunçãodegestãodoriscooperacionaldaMillenniumbcpAgeas,integradano

departamentodegestãoderisco,continuaaimplementarasmelhorespráticasde

gestãoderiscooperacional,medianteaintroduçãodosprincípiosemetodologias

emvigornoGrupoAgeas.

RISCO dE INVEStIMENtO

ORiscodeInvestimento,écompostoportrêsriscos:crédito,mercadoeliquidez.

O Risco de Créditocorrespondeaoriscofinanceiroquepoderesultardoincumpri‑

mentooudealteraçãonaqualidadecreditíciadosemitentesdevaloresmobiliários

aosquaisacompanhiaestáexposta.NoâmbitodaMillenniumbcpAgeasesterisco

surgeprincipalmenteatravésdosnossosinvestimentosemobrigações,hipotecas

comerciaiseoutrostítulos.

Juntamentecomaimplementaçãodeumapolíticadecréditoquecontémum

conjuntodeprincípios,regraseorientaçõesparalimitesderiscodecrédito,aMil‑

lenniumbcpAgeasmonitorizaesteriscousandoo“ValoremRisco”(VaR),que

calculaaperdaestruturalpotencialmáximaparaumaexposiçãototalnoprazode

vencimento.Em2010,oVaRoscilouentreummáximode1,41%eummínimode

1,20%comumamédiade1,29%.

AMillenniumbcpAgeasestá,igualmente,expostaaoriscodecrédito,atravésda

utilizaçãoderesseguros,paraosquaissãoverificadosseasuacolocaçãoéefectuada

eminstituiçõesdeelevadaqualidadecreditícia.

O Risco de Mercadocorrespondeaopotencialdeperdasresultantesdevariações

adversasdomercado,nomeadamenteflutuaçõesdastaxasdejuro,alteraçõesdo

preçodasacções,variaçãodastaxasdecâmbioepreçosdoimobiliário.AMillen‑

niumbcpAgeasreconhecequetalriscoéinevitável,sendoconsequênciadotipode

negócioqueexplora,masqueumcertonívelderiscodemercadoéaceitável,sendo

benéficoemproldosseusseguradoseaccionista.

Juntamentecomadefiniçãoeimplementaçãodeumaestratégiadealocaçãode

activos,aMillenniumbcpAgeasmonitorizaesteriscocomaajudadeindicadores

taiscomo“análisesdesensibilidadedofluxodecaixa”(cash flow gap analysis),“dura‑

çãodocapital”(duration of equity),“ganhosemrisco”(earnings at risk)e“Valorem

Risco”(VaR),quecalculaaperdapotencialestruturalmáximaparaaMillenniumbcp

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48

Relatório do Conselho de administração

Ageascombasenojustovalor.Em2010,oVaRvariouentreummáximode10,0%

eummínimode6,8%comumamédiade7,9%.

O Risco de LiquidezéoriscoresultantedaMillenniumbcpAgeas,emborasolvente,

nãodisporderecursosdisponíveisparacumprirosseuscompromissosquando

estesocorram,ouparaofazer,tenhadeincorrernumaperdaexcessiva.Agestão

desteriscoassentanacombinaçãodeumagestãoderecursosdefinanciamentoe

simultaneamente,nadefiniçãodeumapolíticadeinvestimentosquecontempla

umapercentagemdeactivoscomelevadograudeliquidez.

RISCO ESPECíFICO dE SEGuROS

Oriscoespecíficodesegurosabrangetodososriscosinerentesàactividadesegura‑

dora,comexcepçãodosquesãoconsideradosnoâmbitodoriscodeinvestimento

oudoriscooperacional.Oriscoespecíficodesegurospodeserdivididoemduas

classesdiferentes,umaassociadaaoramovidaeoutraaosramosnãovida.Noramo

vidaesteriscoestá,principalmente,relacionadocomalteraçõesdamortalidadeou

longevidadeassimcomo,damorbidezeinvalidez.Nosramosnãovida,esterisco

estárelacionadacomograudevariabilidadedocustocomsinistrosfuturoseincer‑

tezarelativaasinistrosjáexistentes.

Aanálisedaadequaçãodascargasedasprovisõeséfeitaregularmente,pelos

actuáriosresponsáveis,sendonomeadamente,asprovisõesdosramosNãoVida

certificadasanualmenteporumaentidadeexterna.

AMillenniumbcpAgeasgereoriscoespecíficodossegurosatravésdacombi‑

naçãodepolíticasdesubscrição,detarifação,deprovisionamentoederesseguro.

Gestão de Investimentos

Oanode2010foiparticularmentedifícilparaascarteirasquetêmcomoinves‑

timento“core”emissõesdedívidapública.Enquantonaprimeirametadedoano

assistimosàpressãosobreadívidapúblicaGrega,tendocomodesfechoaajudado

FMI/EU,asegundametadefoiclaramentemarcadapelaextensãodasdúvidasdos

investidoresaosrestantesmercadosperiféricos,elevandoocustodefinanciamento

destespaísesparaníveishistóricos.

OagudizardacrisefinanceiranaIrlandatornouestepaísmaisvulnerávelaata‑

quessobreasuadívidapúblicae,apesardassuasnecessidadesdefundingem2010

estaremasseguradas,nãoconseguiuevitarumaincomportávelescaladanasyieldsda

suadívida,tendodeoptarporrecorrerigualmenteaoFMI/EU,assegurandouma

taxadefinanciamentomaisfavorável.

2010fechoucomfortesdúvidassobreapossibilidadedePortugaleEspa‑

nhasupriremassuasnecessidadesdefundingapenascomrecursoaomercado,

sendoestaúltima,pelasuadimensão,aqueclaramentemaispreocupaoslíderes

europeus.

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49RelatóRio e Contas 2010

Relatório do Conselho de administração

AimpossibilidadedaEUfalaraumasóvozeosdiscursosporvezesantagónicos

devárioslídereseuropeusemgrandemedidarefénsdoscalendárioseleitoraisdecada

país,conjuntamentecomoiniciardeumadiscussãoeuropeiasobreparticipaçãodos

investidoresemfuturasoperaçõesdeajudaasoberaniasebancos,colocoufortepres‑

sãosobreosmercadosdedívida,mantendovirtualmentefechadooacessoaofunding

porpartedasinstituiçõesfinanceirasdepaísescomoPortugal,IrlandaeGrécia.

Durantepraticamentetodooanode2010orecursoaoBCEfoiaúnicafontede

financiamentodosectorfinanceirodestespaíses,comconsequenteimpactosobre

asrespectivaseconomias.

Assim,epara2011,nosentidodepromoveroequilíbrioorçamentalaoníveldo

déficeedostockdedívida,pairamsobreeconomiascomoaespanhola,portuguesa,

gregaeirlandesa,oscustosdefortesprogramasdeausteridadeeaimprevisibilidade

doseuimpactoaonívelsocialeeconómico.

Aindaquedeformamaisténue,foramigualmenteimplementadoscortesorça‑

mentaisempaísescorecomoaAlemanhaeaFrança.

Oanode2010foiigualmentedifícilparaosmercadosdeacções,queapresenta‑

ramregistosbemdiferentesmesmoemíndicesdamesmazonageográfica,sendoo

casomaisparadigmáticoilustradopeladiferençaderetornoentreoStoxx50(‑5,8%)e

oStoxxGeral(2,7%).PoroutroladoocrescimentoaduasvelocidadesnazonaEURO

ficaclaramenteespelhadonavalorizaçãodoDAX(+14,3%)edoIBEX(‑18,8%).

ACtIVIdAdE E POSICIONAMENtO

AMillenniumbcpAgeasmanteveem2010amesmaestratégiadoanoanteriorao

níveldagestãodeactivos.

Manteve‑seaabordagemconservadoranastradicionaisclassesderisco,comoseja

aexposiçãoaomercadodeacções,efectuadaexclusivamenteatravésdeumposicio‑

namentotácticoedinâmico,recorrendoainstrumentosdeelevadaliquidezetendo

comoáreadeactuaçãoomercadoEuropeu.

Nacomponentedeimobiliário,manteve‑seinalteradaaposiçãodoanoanterior

caracterizadapelamaiorexposiçãoaomercadonacionalatravésdoinvestimento

indirecto.Estaposturatempermitidoretirargrandepartedarecentevolatilidade

destaclassedeactivosnomeadamenteaquelaobservadanosmercadosinternacionais

comosejaoespanhol,inglêsenorte‑americano.

Osinvestimentosalternativosnãosofreramalteraçõesespecíficasnumaclasse

igualmentemarcadapelaposturaconservadorasendoaposiçãodominanteum

fundodeacçõeslong/short.

OsInvestimentosemobrigações,querepresentamhojecercade90%dacarteiraeque,

dopontodevistadecoberturaderesponsabilidades,sãoaclassenaturaldeinvestimento,

incorporaramanovaperspectivaderisco/retornoqueresultoudoreposicionamento

querdoriscodassoberanias,resultantedodescontroloorçamental,querdaincerteza

legislativaqueassombraasub‑classededívidadeBancoseEmpresasFinanceiras.

Estaincertezaresultaempartedaondalegislativasobreatemáticadaimposição

decláusulade“reestruturaçãoautomática”aoníveldadívidadeentidadesqueneces‑

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50

Relatório do Conselho de administração

sitemdeapoiofuturo,mastambémaprópriaeficáciadosinvestimentosquando

reclassificadosnasnormasdeSolvênciaII.

OactualcenáriodadívidapúblicaEurorepresentahojenãosóumdesafiomas

tambémumaoportunidade.Defacto,avagadealteraçõesderatingsreduziuclara‑

menteaqualidadeglobaldoÍndicedetaxafixaEuropeu,comsoberaniascomoa

GréciaasaíremdoespectrodeInvestment gradeeoutroscomoPortugaleIrlandaa

aproximarem‑sedazonaderisco.

AdisparidadedeyieldsoferecidasnoâmbitodoíndiceEuropeudeveagoraser

claramenteabordadadeformabinária(i.erisco/retorno).

Oreconhecimentoqueosdesafiosquesecolocamaospaísessobpressãoorça‑

mentaltêmgénesesdiferentesétambémoreconhecimentoqueoresultadofinal

seráseguramentediferente.LiquidezeSolvênciasãotemasdiferentesquesefundem

actualmentenumarealidadeidêntica.

Destaforma,eenquadradosnocontextoeconómicoPortuguês,reconhecemos

umamaiorvaliadadívidanacionalfaceageografiascomoaIrlandaeGrécia.

Foiefectivamenteprivilegiadooinvestimentoemtítulosdedívidanacional,essen‑

cialmentededívidapúblicamastambémdefinanceiras.Estasituaçãotemcomo

contrapartidaamenorouinexistenteexposiçãoapaísescomoaGréciaeIrlanda.

Poroutrolado,reconhecendoosdesafioseosriscosenvolvidosnaeconomia

nacionalenacapacidadedegeraçãodecrescimentosuficienteparapagamentodas

suasresponsabilidadesalongoprazo,mitigamospartedoriscoatravésdeuma

exposiçãomaioritariamentedecurtoprazogerandoaindaassimumataxadeinves‑

timentoclaramenteinteressante.

CARTEIRA DE INVESTImENTO [milhares de euros] 2010 % 2009 %Activos financeiros disponíveis para venda* 5.837.317 100,0% 5.440,472 100,0%Dívida pública 2.801.927 48,0% 2.593.033 47,7%

Obrigações 2.716.469 46,5% 2.525.976 46,4%

Acções 218 0,0% 235 0,0%

Fundos de investimento: – 0,0% – 0,0%

· Obrigações 89.730 1,5% 101.316 1,9%

· Acções – 0,0% – 0,0%

· Imobiliário 193.841 3,3% 189.312 3,4%

· Alternativos 35.133 0,6% 27.362 0,5%

Activos financeiros ao justo valor 5.856.920 100% 5.897.547 100%Dívida pública 44.235 0,8% 42.190 0,7%

Obrigações 5.598.745 95,6% 5.759.195 97,7%

Acções – 0,0% – 0,0%

Fundos de investimento: – 0,0% – 0,0%

· Obrigações 99.740 1,7% 38.648 0,6%

· Acções 102.702 1,8% 41.160 0,7%

· Imobiliário – 0,0% – 0,0%

· Alternativos 11.497 0,2% 16.354 0,3%

Detidos para negociação (14.589) (392.525) 0,0%· Derivados de negociação 198.936 0,0% 165.754 0,0%

· Repo (213.575) 0,0% (558.279) 0,0%

Total 11.679.648 10.945.494

Investimento em imobiliário 5.589 5.833

Depósitos junto de empresas cedentes – 0

Caixa e disponibilidades 301.041 779.588

Total 12.141.257 11.970.154

* Excluindojuroscorridos

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51RelatóRio e Contas 2010

Relatório do Conselho de administração

Os Colaboradores

AgestãodosRecursosHumanosnaMillenniumbcpAgeastemporbaseummodelo

emqueosprincipaisagentessãoashierarquias,asquaissãoresponsáveisporimple‑

mentarnoterrenoasacçõesquepermitamalcançarosobjectivosdefinidospela

empresanestamatéria.Nestemodelo,aDirecçãodeApoioCorporativoeoseu

NúcleodeRecursosHumanossuportamaComissãoExecutivaeashierarquiasna

definiçãoeimplementaçãodeacçõeseferramentasquepotenciemodesenvolvi‑

mentodosColaboradores.

2010foiumanodeconsolidaçãodasacçõeseferramentasqueforamimple‑

mentadasnosúltimosdoisanoscomoobjectivodepotenciaroenvolvimentodos

Colaboradoreseodesenvolvimentodecompetênciasemelhoraroseugraude

motivaçãoesatisfação.Referimo‑nos,nomeadamente,aoenvolvimentodosCola‑

boradoresnoacompanhamentoeanálisedosindicadoresdoBalancedScorecard,

aodesenvolvimentodeplanosdeacçãoparamelhoriadamotivaçãoesatisfação

decorrentesdosresultadosdoInquéritoAnualdeSatisfaçãodosColaboradores,à

conclusãodociclodeavaliaçãoatravésdonovomodelodeavaliação(SAID)eainda

aoaperfeiçoamentodosistemadeincentivos.

AFormaçãoprofissionalganhaumadimensãoacrescidanumGrupoemque

amobilidadeinternaéassumidacomoumdosprincipaisdriversdagestãodos

RecursosHumanos.Deentreasacçõesimplementadasem2010,importarealçaro

desenvolvimentodeumaplataformadee’learning,cujaimplementaçãoestáprevista

paraoiniciode2011,quepermitiráaosColaboradoresdesenvolvereenriqueceras

suascompetênciastécnicasnaáreaseguradora.

AMillenniumbcpAgeasconcluiuoexercíciode2010com461Colaboradores,

mais3quenofinaldoexercícioanterior.Amédiadeidadesaproximou‑sedos43

anoseosColaboradoresesdosexofemininorepresentam54%.

Comoobjectivodetrazer“sanguenovo”àempresa,estimulandooseudesenvol‑

vimentoecriandoasbasesparaoseucrescimentofuturo,aMillenniumbcpAgeas

desenvolveueaprovouumProgramadeReestruturação,queiráserimplementado

apartirdeJaneirode2011,quevisarejuvenesceroquadrodepessoalepreparara

empresaparaosdesafiosfuturos.

DISTRIbuIçãO ETáRIA 2010

Escalão Etário Feminino Masculino Total

< 30 11 9 20

31 -35 48 22 70

36 -40 69 33 102

41 -45 64 52 116

46 -50 29 54 83

51 -55 14 29 43

56 -60 12 11 23

> 60 2 2 4

Total 249 212 461

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52

Relatório do Conselho de administração

corporate Governance

AMillenniumbcpAgeaséumGruposeguradordetidopelaAgeasepeloMillennium

bcp.Paraalémdocumprimentodasleiseregulamentos,agarantiadocumprimento

dasrecomendaçõeseboasregrasdegovernodassociedadeséumapreocupaçãoda

MillenniumbcpAgeasGrupoSegurador.

Órgãos Sociais

ASSEMBlEIA GERAl

ÀAssembleiaGeral,alémdodispostonalei,compete,emespecial,elegeraMesa

daAssembleiaGeral,osmembrosdoConselhodeAdministração,osmembrosdo

ConselhoFiscalouoFiscalÚnicoeoRevisorOficialdeContasouSociedadede

RevisoresOficiaisdeContas,designarumConselhodeAuditoriaefixarasremu‑

neraçõesdosmembrosdosórgãossociaisebemcomoosrespectivosesquemasde

SegurançaSocialedeoutrasprestaçõescomplementares.

AMesadaAssembleiaGeralécompostaporumPresidente,umVice‑presidente

eumsecretário,eleitosportrêsanosereelegíveisporumaoumaisvezes.

AdMINIStRAçãO E FISCAlIzAçãO

AestruturadeadministraçãoedefiscalizaçãoadoptadaincluiumConselhode

Administração,comdelegaçãodagestãocorrentenumaComissãoExecutiva,um

ConselhoFiscaleumRevisorOficialdeContasouSociedadedeRevisoresOficiais

deContasquenãosejamembrodoConselhoFiscal.

Conselho de AdministraçãoOConselhodeAdministraçãoécompostoporummáximodeoitomembros,eleitos

pelaAssembleiaGeral,porumperíododetrêsanosereelegíveisumaoumaisvezes,

quedesignam,deentreosseusmembros,osrespectivosPresidenteeVice‑Presidente.

OConselhodeAdministraçãoreúnesemprequeconvocadopeloseuPresidenteou

poroutrosdoisadministradorese,nomínimo,umavezemcadatrimestre.

Em31deDezembrode2010,oConselhodeAdministraçãoeraconstituídopor

umPresidente(Dr.BartKarelAugustDeSmet),umVice‑Presidente(Dr.Nelson

RicardoBessaMachado)eporcincoVogais(Dr.KurtAndréJDeSchepper,Dr.Ste‑

fanGeorgesLeonBraekeveldt,Dr.FranciscoAlexandreRoblesMonteiroLino,Dr.

JanAdriaandePooter,Dr.MichelEdmondJosephGhislainBaiseeDr.Fernando

ManuelNobredeCarvalho).

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53RelatóRio e Contas 2010

Relatório do Conselho de administração

Comissão ExecutivaAComissãoExecutiva,constituídanostermosdalei,integraummáximodecinco

membrosqueinscrevemasuaactuaçãonoslimitesdadelegação,emododefun‑

cionamentofixadosemdeliberaçãodoConselhodeAdministração.Osestatutos

prevêemasmatériasqueoConselhodeAdministraçãonãopodedelegar.

Actualmente,aComissãoExecutivaécompostapelosadministradores,Senhores

Dr.FranciscoAlexandreRoblesMonteiroLino,queexerceocargodePresidente

(CEO),Dr.JanAdriaandePooter(Deputy CEO),Dr.MichelEdmondJosephGhis‑

lainBaise(CFO)eDr.FernandoManuelNobredeCarvalho.

PordeliberaçãodoConselhodeAdministraçãoadistribuiçãodepelourospelos

membrosdaComissãoExecutivaéactualmenteaseguinte:

Dr.FranciscoAlexandreRoblesMonteiroLino(CEO)–relaçõesinstitucionais

(autoridadesdesupervisãoeAPS),áreadeApoioCorporativo,áreadeRecursos

Humanos,áreaJurídica,áreadeCompliance,áreadeAuditoriaInternaePensõesgere.

Dr.JanAdriaandePooter(Deputy CEO)–Médis,áreadeOrganização&IT,Back‑

‑officedosramosNãoVida,PlataformastécnicasdosramosNãoVidaeBack ‑office

doramoVida(PlataformaVida).

Dr.MichelEdmondJosephGhislainBaise(CFO)–áreadePlaneamentoeCon‑

trolo,áreadeRisk Management,áreadeInvestimentos,áreaFinanceira,áreadeActu‑

ariadoeáreadeResseguro.

Dr.FernandoManuelNobredeCarvalho–áreasComerciais(bancassurance,

Médiseocanal“SME–Agentes&Brokers”),áreasdeSuporteàVendaeMarketing.

Conselho FiscalOConselhoFiscalécompostoportrêsmembrosefectivoseumsuplente,quesão

eleitos,peloperíododetrêsanos,pelaAssembleiaGeralquetambémdesignao

respectivoPresidente.Reúnenosprazosestabelecidosnaleieextraordinariamente

semprequeconvocadapeloseuPresidente,pelamaioriadosseusmembrosoupelo

ConselhodeAdministração.

AfiscalizaçãodosórgãossociaispoderáigualmenteserexercidaporumCon‑

selhoFiscaleporumRevisorOficialdeContasouumaSociedadedeRevisores

OficiaisdeContas,quenãosejamembrodaqueleórgão.

OsmembrosdoConselhoFiscalouoFiscalÚnico,semprequeojulguemcon‑

veniente,poderãoassistiràsreuniõesdoConselhodeAdministração.

Conselho de AuditoriaSemprejuízodacompetênciadoConselhoFiscal,aAssembleiaGeral,nostermos

docontratodesociedade,designouumConselhodeAuditoriaparaaverificação

dascontasdasociedadeeassistiroConselhodeAdministraçãonoquerespeitaem

geral,afunçõesdecontrolointerno.

OConselhodeAuditoriaécompostoportrêsmembrosnãoexecutivosdo

ConselhodeAdministração,umdosquaisseráoVice‑PresidentedoConselhode

Administração,queassumiráasfunçõesdepresidentedoConselhodeAuditoria.

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54

Relatório do Conselho de administração

Secretário da SociedadeOConselhodeAdministraçãodesignaumsecretáriodaSociedade,bemcomoo

respectivosuplente,comascompetênciasprevistasnalei,osquaisnãopoderãoser

membrosdoConselhodeAdministração.

REMuNERAçõES

Política de Remuneração dos Órgãos de Administração e Fiscalização

Processo de decisão e estrutura da remuneraçãoApolíticaderemuneraçãodosmembrosdosórgãosdeadministraçãoedefiscali‑

zaçãotem‑semantidoestávelpraticamentedesdeaconstituiçãodaempresa,tendo

sidodefinidapelacomissãoderemuneraçõescompostapelosaccionistascombase

nasmelhorespráticas.

Apolíticaderemuneraçãodosmembrosdosórgãosdeadministraçãoede

fiscalizaçãoéestruturadadeformaaasseguraroequilíbrioentreaperformance

anualdaempresaeacontribuiçãodosmembrosdaquelesórgãosparaessamesma

performance.

Estapolíticaématerializadanumacomponentefixaderemuneraçãoenapossi‑

bilidadedeatribuiçãodeumacomponentevariável.Estascomponentes,erespectiva

evolução,decorremdograuderealizaçãodosobjectivosconsideradosnobusiness

plandemédioelongoprazoqueéaprovadopeloConselhodeAdministraçãoeem

critériosqueconsideramodesempenhoindividual,orealcrescimentodainstituição

eariquezaefectivamentecriadaparaosaccionistas,aprotecçãodosinteressesdos

tomadoresdeseguros,segurados,participantesebeneficiários,asuasustentabi‑

lidadealongoprazoeosriscosassumidos,bemcomoocumprimentodasregras

aplicáveisàactividadedainstituição.

Critérios predeterminados para a avaliação do órgão de administraçãoAdecisãodeatribuiçãodacomponentevariáveldepende,paraalémdograude

cumprimentodoorçamentoanual,dasolidezfinanceiradaprópriaempresa,dos

níveisdesolvênciaederating,edaprópriaenvolventeeconómicaecompetitiva.Não

estáprevistaaexistênciadeplanosdeatribuiçãodeinstrumentosfinanceirosou

deopçõesdasuaaquisição.Opagamentodacomponentevariáveldaremuneração

temlugarapósoapuramentodascontasdecadaexercícioeconómico.

Poderãoserdesignadosadministradoresquenãoaufiramqualquerremuneração.

Osadministradoresquenãoexercemfunçõesexecutivasnãosãoremunerados.

Avaliação do desempenho do órgão de administraçãoAavaliaçãododesempenhodosadministradoresexecutivoséumaconsequência

directadograudecumprimentodoorçamentoanual,sendodaresponsabilidade

exclusivadaassembleiageraloudeumacomissãoderemuneraçõesporelanomeada.

Ocritériopredeterminadoparaaavaliaçãodedesempenhodosadministradores

executivoséograudecumprimentodoorçamentoanual.

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55RelatóRio e Contas 2010

Relatório do Conselho de administração

Importância relativa das componentes da remuneração do órgão de administraçãoAremuneraçãodosadministradoresqueexercemfunçõesexecutivaséconstituída

pelasseguintescomponentes:

a) umaremuneraçãofixamensal,definidatendoporbaseoposicionamentocom‑

petitivofaceaouniversodeempresasdereferêncianacional,podendo,quando

setratedeadministradoresoriundosdeempresasaccionistas,serconsiderado

oseuenquadramentoglobalnessasempresas,nomeadamenteonívelremune‑

ratório;estacomponenterepresentaumaproporçãosuficientementeelevadada

remuneraçãototal,permitindoaaplicaçãodeumapolíticaplenamenteflexível

sobreacomponentevariáveldaremuneração,incluindoapossibilidadedoseu

nãopagamento;

b) umaremuneraçãovariávelanual,pagadeumasóvezapósaaprovaçãodasconta

anuaisemassembleiageral;afixaçãodestaremuneraçãotemporreferênciaas

práticasdosaccionistasquesãoplayersdereferêncianosmercadosemqueestão

presentes;aremuneraçãovariávelanualdoconjuntodosadministradoresexe‑

cutivosnãodeveexceder2%dosresultadosdoGrupo,antesdeamortizaçãode

VOBA(Value of Business Acquired)ouGoodwill,noexercícioaquedigarespeito,ea

suaatribuiçãonãoconstituiumdireitoadquirido,sendodeliberadaanualmente.

Informação sobre o diferimento do pagamento da componente variável e critérios de atribuição de remuneração variável em instrumentos financeiros do órgão de administraçãoAremuneraçãovariávelnãoéobjectodequalquerdiferimentonemépagaemins‑

trumentosfinanceiros.Considerandoqueasociedadetemoseucapitalconcentrado

emdoisGruposEconómicossendoadispersãodoseucapitalcontráriaàfilosofia

quepresidiuàsuaconstituição,estaformadepagamentoderemuneraçãonãose

considerasusceptíveldelheseraplicadaaplicável.

Outros benefícios não pecuniários do órgão de administraçãoNãohálugaraopagamentodeprémiosanuaisequaisqueroutrosbenefíciosnão

pecuniários.

Remuneração sob a forma de participação nos lucros ou de prémios do órgão de administraçãoParaalémdaremuneraçãofixamensaledaremuneraçãovariávelanual(cujaatri‑

buiçãoquedependededeliberaçãonãoconstituidireitoadquiridoanual),nãoestá

previstaqualquerremuneraçãosobaformadeparticipaçãonoslucrosoudepaga‑

mentodeprémios.

Pagamento de quaisquer indemnizações a ex ‑ membros executivos do órgão de administração relativamente à cessação das suas funções durante o exercícioNãoestáprevistoopagamentodequaisquerindemnizaçõesaex‑membrosexecu‑

tivosdoórgãodeadministraçãorelativamenteàcessaçãodassuasfunçõesdurante

oexercício.

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56

Relatório do Conselho de administração

Limites à compensação a pagar por destituição sem justa causa do órgão de administraçãoAcompensaçãoestabelecidaparaqualquerformadedestituiçãosemjustacausa

deummembrodoórgãodeadministraçãonãoserápagaseadestituiçãooucessa‑

çãoporacordoresultardeuminadequadodesempenhodomembrodoórgãode

administração.

Montantes pagos a qualquer título por outras sociedades em relação de domínio

ou de grupo

Osadministradoresexecutivossãoapenasremuneradosemumadasempresas

doGrupoenãorecebemcompensaçõesadicionaisàsprevistasnestapolíticade

remuneração.

Regimes complementares de pensões ou de reforma antecipada do órgão de administraçãoPeloexercíciodassuasfunçõesosmembrosdoórgãodeadministraçãonãobenefi‑

ciamdequaisquerregimescomplementaresdepensõesoudereformaantecipada.

Estimativa do valor dos benefícios não pecuniários do órgão de administraçãoNãoaplicável.

Mecanismos que impeçam a celebração de contratos que ponham em causa a razão de ser da remuneração variável do órgão de administraçãoNãoaplicável.

Avaliação da política de remuneraçãoApolíticaderemuneraçãoserásubmetidaaavaliaçãointernaindependente,com

periodicidademínimaanual,executadapelasfunções‑chave,emarticulaçãoentresi

ematerializadaemrelatórioaapresentaraoórgãodeadministraçãoeàassembleia

geral,identificando,nomeadamente,asmedidasnecessáriasparacorrigireventuais

insuficiências.

Aavaliaçãoincluirá,designadamente,aanálisedapolíticaderemuneraçãoe

dasuaimplementação,deacordocomalegislaçãoeasrecomendaçõesaplicáveis,

especialmentesobreorespectivoefeitonagestãoderiscosedecapitaldaempresa.

Consistência das políticas de remuneração ao nível do GrupoAspolíticasderemuneraçãodasdiversasempresasdoGruposãoconsistentesentre

si,sendoasseguradaasuaimplementaçãoparaototaldasremuneraçõespagasa

cadacolaboradorpeloconjuntodasempresasdoGrupo.

Indicação discriminada das recomendações adoptadas e não adoptadasOquadroseguintecorrespondeàindicaçãodiscriminadadasrecomendações

adoptadasenãoadoptadascontidasnaCircular6/2010,de1deAbril,doInsti‑

tutodeSegurosdePortugal,contendoafundamentaçãodanãoadopçãodedeter‑

minadasrecomendaçõesporremissãoparaoparágrafoprópriodestapolíticade

remuneração.

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57RelatóRio e Contas 2010

RECOmENDAçãODEClARAçãO DE ADOPçãO FuNDAmENTAçãO

I.4. Adopção de uma política de remuneração consistente com uma gestão e controlo de riscos eficaz

I.5. Adequação da política à dimensão, naturezae complexidade da actividade

I.6. Adopção de uma estrutura clara, transparente e adequada

Adoptada Processo de decisão e estrutura da remuneração

II.1. Aprovação da política pela comissão de remunerações Adoptada Processo de decisão e estrutura da remuneração

II.3. Participação na definição da política de pessoas com independência funcional e capacidade técnica adequada, incluindo pessoas que integrem as unidades de estrutura responsáveis pelas funções ‑chave

Adoptada Processo de decisão e estrutura da remuneração

II.4. A política deve ser transparente e acessível a todosos Colaboradores, objecto de revisão periódica e formalização em documento autónomo

Adoptada Processo de decisão e estrutura da remuneração

e Critérios predeterminados para a avaliação

III.1. Revisão com periodicidade mínima anual pela comissão de remunerações

III.2. Independência dos membros da comissãode remunerações

Adoptada Avaliação do desempenho

IV.1. A remuneração dos administradores executivos deve integrar uma componente variável dependente de uma avaliação do desempenho

Adoptada Critérios predeterminados para a avaliação e Avaliação do desempenho

IV.2. Adequado equilíbrio das componentes da remuneração Adoptada Importância relativa das componentes da remuneração

IV.3. Parte da componente variável deve ser pagaem instrumentos financeiros

IV.4. Parte da remuneração variável deve ser diferida

IV.5. Determinação do diferimento em função do peso relativo face à componente fixa

IV.7. Manutenção das acções da instituição obtidas atravésde esquemas de remuneração variável

IV.8. Prazo de diferimento no caso de atribuição de opções

IV.9. Conservação de acções após o termo do mandato

Não adoptada

Considera ‑se como não aplicável, tendo em conta: as características da sociedade e dos seus accionistas; o processo de decisão e estrutura da remuneração; a importância relativa das componentes da remuneração; e a informação sobre o diferimento do pagamento da componente variável e critérios de atribuição de remuneração variável em instrumentos financeiros

IV.6. Os membros do órgão de administração não devem celebrar contratos que mitiguem o risco inerente à variabilidade da remuneração

Adoptada Mecanismos que impeçam a celebração de contratos que ponham em causa a razão de ser da remuneração variável

IV.10. Remuneração dos administradores não executivosnão deve incluir nenhuma componente dependente do desempenho ou valor da instituição

Adoptada Critérios predeterminados para a avaliação

IV.11. Indemnizações em caso de destituição Adoptada Limites à compensação a pagar por destituição sem justa causa

VI.1. Submissão da política de remuneração a avaliação interna independente

Adoptada Avaliação da política de remuneração

VII.1. Deve ser assegurada a consistência das políticasde remuneração a nível de grupo

VII.2. Adopção das recomendações para o total das remuneração pagas a cada colaborador pelo conjunto das empresas do Grupo

Adoptada Consistência das políticas de remuneração do nível do Grupo

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58

Relatório do Conselho de administração

OmontanteanualderemuneraçãopagopelaMillenniumbcpAgeasGrupoSegu‑

rador,S.G.P.S.,S.A.aosmembrosdosórgãosdeadministraçãoedefiscalizaçãono

exercíciode2010,deformaagregadaeindividual,éoseguinte:

Joaquim Patrício da Silva 11.250,00 Euros

José Rodrigues de Jesus 12.000,00 Euros

António Fernando Nogueira Chaves 5.625,00 Euros

Total Agregado 28.875,00 Euros

Política de remuneração dos Colaboradores

Processo de decisão e estrutura da remuneraçãoApolíticaderemuneraçãodosColaboradorestem‑semantidoestávelpraticamente

desdeaconstituiçãodaempresa,tendosidodefinidapelosaccionistascombase

nasmelhorespráticas.

AremuneraçãodosColaboradorescompreendearetribuiçãobasecorrespon‑

denteaonívelprevistoemconvençãocolectivadetrabalhoeumcomplemento

retributivoquevariaemfunçãodoestatutoindividualedaevoluçãodacarreira

profissional,ouseja,dacategoriaprofissional,donívelretributivo,especificidade

eexigênciadafunção,graudesenioridade,méritoindividualenívelderesponsa‑

bilidadeatribuído.

Adiferenciaçãoindividual,adoptadaparatodososColaboradores,atentaaos

seguintescritérios:níveldeclassificaçãoemconvençãocolectivadetrabalho,espe‑

cificidadeeexigênciadafunção,graudesenioridade,méritoindividualenívelde

responsabilidadeatribuído.

Importância relativa das componentes da remuneraçãoEstapolíticaématerializadanumacomponentefixaderemuneraçãoenapossibi‑

lidadedeatribuiçãodeumacomponentevariável.Estascomponentes,erespectiva

evolução,decorremdograuderealizaçãodosobjectivosconsideradosnobusiness

plandemédioelongoprazoqueéaprovadopeloConselhodeAdministraçãoe

emcritériosqueconsideramodesempenhoindividualedepartamental,oreal

crescimentodainstituiçãoeariquezaefectivamentecriadaparaosaccionistas,

aprotecçãodosinteressesdostomadoresdeseguros,segurados,participantese

beneficiários,asuasustentabilidadealongoprazoeosriscosassumidos,bemcomo

ocumprimentodasregrasaplicáveisàactividadedainstituição.

Apolíticaderemuneraçãoéestruturadadeformaaasseguraroequilíbrioentrea

performanceanualdaempresaeacontribuiçãodosColaboradoresparaessamesma

performance.

Acomponentefixarepresentaumaproporçãosuficientementeelevadadaremu‑

neraçãototal,afimdepermitiraaplicaçãodeumapolíticaplenamenteflexívelsobre

acomponentevariáveldaremuneração,incluindoapossibilidadedenãopagamento

dequalquercomponentevariáveldaremuneração.

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59RelatóRio e Contas 2010

Relatório do Conselho de administração

Informação sobre o diferimento do pagamento da componente variável e critérios de atribuição de remuneração variável em instrumentos financeiros

Aremuneraçãovariávelnãoéobjectodequalquerdiferimentonemépagaem

instrumentosfinanceiros,atentasascaracterísticasdasociedadeedosGruposEco‑

nómicosemqueamesmaseinsere.

Critérios predeterminados para a avaliaçãoOscritériospredeterminadosparaaavaliaçãodedesempenhosãoograudecum‑

primentodoorçamentoanual,odesempenhoindividualedepartamental,oreal

crescimentodainstituiçãoeariquezaefectivamentecriadaparaosaccionistas,a

protecçãodosinteressesdostomadoresdeseguros,segurados,participantesebene‑

ficiários,asuasustentabilidadealongoprazoeosriscosassumidos,bemcomoo

cumprimentodasregrasaplicáveisàactividadedainstituição.

AremuneraçãovariáveldoconjuntodosColaboradoresnãodeveexceder3%

dosresultadosdoGrupo,antesdeamortizaçãodeVOBA(Value of Business Acquired)

ouGoodwill,noexercícioaquedigarespeito,enãoconstituiumdireitoadquirido,

sendodeliberadaanualmente.

Avaliação da política de remuneraçãoApolíticaderemuneraçãoserásubmetidaaavaliaçãointernaindependente,com

periodicidademínimaanual,executadapelasfunções‑chave,emarticulaçãoentresi

ematerializadaemrelatórioaapresentaraoórgãodeadministraçãoeàassembleia

geral,identificando,nomeadamente,asmedidasnecessáriasparacorrigireventuais

insuficiências.

Aavaliaçãoincluirá,designadamente,aanálisedapolíticaderemuneraçãoe

dasuaimplementação,deacordocomalegislaçãoeasrecomendaçõesaplicáveis,

especialmentesobreorespectivoefeitonagestãoderiscosedecapitaldaempresa.

Indicação discriminada das recomendações adoptadas e não adoptadasOquadroseguintecorrespondeàindicaçãodiscriminadadasrecomendações

adoptadasenãoadoptadascontidasnaCircular6/2010,de1deAbril,doInsti‑

tutodeSegurosdePortugal,contendoafundamentaçãodanãoadopçãodedeter‑

minadasrecomendaçõesporremissãoparaoparágrafoprópriodestapolíticade

remuneração.

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60

RECOmENDAçãODEClARAçãO DE ADOPçãO FuNDAmENTAçãO

I.4. Adopção de uma política de remuneração consistente com uma gestão e controlo de riscos eficaz

I.5. Adequação da política à dimensão, natureza e complexidade da actividade

I.6. Adopção de uma estrutura clara, transparente e adequada

Adoptada Processo de decisão e estrutura da remuneração

II.2. Aprovação da política pelo órgão de administração Adoptada Processo de decisão e estrutura da remuneração

II.3. Participação na definição da política de pessoas com independência funcional e capacidade técnica adequada, incluindo pessoas que integrem as unidades de estrutura responsáveis pelas funções ‑chave

Adoptada Processo de decisão e estrutura da remuneração

II.4. A política deve ser transparente e acessível a todos os Colaboradores, objecto de revisão periódica e formalização em documento autónomo

Adoptada Processo de decisão e estrutura da remuneração

e Critérios predeterminados para a avaliação

II.5. Comunicação do processo de avaliação aos Colaboradores Adoptada

V.1. Adequado equilíbrio das componentes da remuneração Adoptada Processo de decisão e estrutura da remuneração e Importância relativa das componentes da remuneração

V2. Parte da componente variável deve ser paga em instrumentos financeiros

V.5. Possibilidade de não pagamento ou redução da remuneração variável diferida

V.6. Prazo de diferimento da remuneração variável

V.7. Determinação do diferimento em função do peso relativo face à componente fixa

Não adoptada

Não aplicável, tendo em conta: as características da sociedade e dos seus accionistas; o processo de decisão e estrutura da remuneração; a importância relativa das componentes da remuneração; e a informação sobre o diferimento do pagamento da componente variável e critérios de atribuição de remuneração variável em instrumentos financeiros

V.3. Avaliação deve atender ao desempenho individual e da estrutura onde o Colaborador se integra e a critérios não financeiros relevantes

V.4. Critérios de avaliação devem ser predeterminados e mensuráveis, tendo por referência um quadro plurianual

Adoptada Critérios predeterminados para a avaliação

V.8. Remuneração dos colaboradores que exercem funções‑‑chave

V.9. Remuneração da função actuarial

Adoptada Processo de decisão e estrutura da remuneração

VI.1. Submissão da política de remuneração a avaliação interna independente

Adoptada Avaliação da política de remuneração

PROCESSO dE dECISãO EMPRESARIAl

Noquadrodoprocessodedecisãoempresarialexistemvárioscorpossociais,comis‑

sõesespecíficaseunidadesorgânicasque,sendoeleitaspelaAssembleiaGeralou

designadaspeloConselhodeAdministração,coadjuvamoConselhodeAdministra‑

çãoeaComissãoExecutivanoexercíciodassuasfunções,assegurandoasegregação

entreasáreasdenegócioeasáreasdeoperações.

Comité de RiscoTemporfunçãoapoiaroConselhodeAdministraçãoeaComissãoExecutivana

compreensãoegestãoadequadadosriscosinerentesàactividadeseguradoraede

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61RelatóRio e Contas 2010

Relatório do Conselho de administração

gestãodeFundosdePensões,bemcomoasseguraraadequaçãodocapitalemrela‑

çãoaosreferidosriscoseàsoperaçõesnoseuconjunto.

OpapeleresponsabilidadesdoComitédeRiscosãofixadospelaComissão

Executivaeestabelecidosnosrespectivostermosdereferência,osquaissãoperio‑

dicamenterevistospeloComitédeRisco,peloConselhodeAdministraçãooupela

ComissãoExecutivaemfunçãodealteraçõesdosrequisitosregulamentaresoude

princípiosdegestãoderisco.

chief Investment OfficerTemporfunçãomaximizaroretornodosinvestimentosnocontextodasdefini‑

çõesestratégicasrelativamenteàgestãodeactivos(ALM).Éaindaresponsávelpela

selecçãodosactivosquesãoobjectodeinvestimento,alémdefornecerinformação

aosníveislocaledoGrupo.

compliance OfficerTemporfunçãoestimular,monitorarecontrolaraobservaçãodasleis,regulamen‑

tos,regrasinternasepadrõeséticosrelevantesparaaintegridadee,consequente‑

mente,paraareputaçãodaMillenniumbcpAgeasGrupoSegurador.

Nocontextodagovernaçãocorporativa,oCompliance Officer visaproporcionar

razoávelgarantiadequeasCompanhiaseosseusColaboradorescumpremaquelas

leis,regulamentos,regrasinternasepadrõeséticos.

FazigualmentepartedamissãodoCompliance Officerdesenvolverumarelaçãode

confiançaecompreensãocomasautoridadesderegulaçãoesupervisãoemmatéria

decompliance.

Millennium bcp Serviços, ACE (Servibanca)OMillenniumbcp,ACEéumagrupamentocomplementardeempresasquecons‑

tituiaprincipalestruturadeintegração,optimizaçãoeracionalizaçãoderecursos

informáticos,operativos,administrativosedeaprovisionamento,integrandoum

conjuntodeunidadesorgânicasquetêmcomomissãoagestãodemeioseapres‑

taçãodeserviços.

REGRAS dE CONdutA

Código DeontológicoIndependentementedoquadrolegaleregulamentaraplicávelàssociedadescomer‑

ciaisemgeraleàsempresasdesegurosesociedadesgestorasdeFundosdePensões

emparticular,oConselhodeAdministraçãoaprovouumCódigoDeontológico

queincorporaregrasdefuncionamentoprópriasedocomportamentoindividual

decadaumdosColaboradoresedosmembrosdoConselhodeAdministraçãoeda

ComissãoExecutiva,noexercíciodasrespectivasfunções.

OCódigoDeontológicosistematizaosprincípioseasregrasaobservarnasprá‑

ticasdaactividadeseguradoraedegestãodeFundosdePensões,nomeadamente

noquerespeitaàsmatériasdeconflitodeinteresses,sigiloeincompatibilidades.

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62

Relatório do Conselho de administração

Procedimentos Internos para Controlo dos Riscos da ActividadeOConselhodeAdministraçãoeaComissãoExecutiva,noexercíciodassuasfun‑

ções,sãoresponsáveispeladefiniçãodonívelderiscoaassumir,bemcomopelasua

gestão,sendoassessoradosnessafunçãopelasunidadestransversaisqueaníveldo

corporate governancecontribuemparaoprocessodedecisãoempresarial.

ÓRGãOS SOCIAIS

mESA DA ASSEmblEIA gERAl

Presidente

Vice ‑Presidente

Secretário

Rui Manuel Parente Chancerelle de Machete

Ana Isabel dos Santos de Pina Cabral

João José Carvalho Pereira Pascoal

CONSElhO DE ADmINISTRAçãO

Presidente

Vice ‑Presidente

Vogal

Vogal

Vogal

Vogal

Vogal

Vogal

Bart Karel August De Smet

Nelson Ricardo Bessa Machado

Kurt André J De Schepper

Stefan Georges Leon Braekeveldt

Francisco Alexandre Robles Monteiro Lino

Jan Adriaan de Pooter

Michel Edmond Joseph Ghislain Baise

Fernando Manuel Nobre de Carvalho

CONSElhO FISCAl

Presidente

Vogal

Vogal

Suplente

Joaquim Patrício da Silva

José Rodrigues de Jesus

António Fernando Nogueira Chaves

Belmira Abreu Cabral

ROC

Efectivo

Suplente

KPMG & Associados (SROC)

Representado por: Ana Cristina Soares Valente Dourado

Vítor Manuel da Cunha Ribeirinho

CONSElhO DE AuDITORIA

Presidente Vogal Vogal

Nelson Ricardo Bessa MachadoKurt André J De SchepperStefan Georges Leon Braekeveldt

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63RelatóRio e Contas 2010

Relatório do Conselho de administração

Perspectivas para 2011

Talcomohavíamosprevisto,oexercíciode2010foiextremamenteexigentedo

pontodevistadegestãodonegócio.Osefeitosdacriseeconómicaefinanceiracon‑

tinuaramaafectartodosossectoresdaeconomiaecondicionaramfortementetoda

aactividadeempresarial.Osprocessosderacionalizaçãoderecursosmantiveram‑

‑senotopodasprioridadesdasempresascomoformadecompensarareduçãodo

volumedenegócios.

Aexemplodoquejáhaviaacontecidoem2009,aMillenniumbcpAgeas,apesar

detodasascondicionantesjáreferidasaolongodesteRelatório,conseguiuatingir

em2010osprincipaisobjectivospré‑estabelecidos.

Osefeitosdacriseglobalvãocontinuarafazer‑sesentir,ocrescimentoeconó‑

micoseráinsuficiente,aliquidezdaeconomiacontinuaráaserreduzidaeavolati‑

lidadedosmercadosfinanceirosdeverámanter‑se.Porisso,oanode2011serásem

dúvidamaisumanoextremamentedifícileexigentedopontodevistadagestão.

OsprincipaisobjectivosestratégicosqueaMillenniumbcpAgeassepropõe

alcançarem2011,enquadram‑sedentrodoplanodemédioelongoprazodeline‑

adoem2005,anodearranquedaoperação,assenteemquatropilares:Crescimento;

Produtividade;QualidadeeRentabilidade.

Crescimento–Oprincipalobjectivocontinuaráaseraumentardeformasusten‑

tadaataxadepenetraçãonabasedeClientesdoMillenniumbcp.Manter‑se‑áo

enfoquenainovaçãoerenovaçãodaofertadeprodutosVidaeNãoVidaenoalarga‑

mentoanovossegmentosdeClientes,comoobjectivodemelhorarcontinuamente

apropostadevalor.

NaáreadeAgenteseCorretoresoobjectivocontinuaaserodeganharmassa

criticaedestemodocontribuirdeformaactivaparaadiversificaçãodaestrutura

globaldacarteiradaMillenniumbcpFortis.

Produtividade–Oenfoquemanter‑se‑ánodesenvolvimentodeprocessos,automa‑

tismoseníveisdecontrolo,quepermitamumamelhoriacontinuadaesustentada

dosníveisdeserviçoeconsequentementeumaumentodaeficiênciaedaeficácia

dasváriasáreasdaempresa.Umadasprincipaisprioridadescontinuaráasera

consolidaçãodasoperativasedasferramentasdesuportedasáreasdefront ‑office

eback ‑office,destacando‑seaimplementaçãodeumnovosistemainformáticode

suporteaonegóciodoramoVidaeaconsolidaçãodasplataformastécnicas.

Qualidade–AmelhoriasustentadadaqualidadedoserviçoprestadoaClien‑

tesExternoseClientesInternoscontinuaráaserumadasprincipaisprioridades.

Pretende‑se,atravésdemetodologiasepráticascomunsaoMillenniumbcp,moni‑

torizarecontrolaraqualidadedoserviçoprestadodemodoaque,deformacon‑

certada,possamosactuarnosentidodeaumentarmosprogressivamenteosníveis

desatisfaçãoefidelizaçãodosnossosClientes.Osindicadoresdesatisfação,tanto

aoníveldosClientesexternoscomointernos,continuaramaevoluirmuitofavora‑

velmenteem2010,massabemosquepodemos,edevemos,continuaramelhorar.

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64

Relatório do Conselho de administração

Rentabilidade–Éumaconsequênciadostrêspilaresanterioreseoobjectivoéode

garantirníveisderemuneraçãoatractivosesustentadosparaosnossosAccionistas.

Proposta de Aplicação de Resultados

Oresultadolíquidoreferenteatodasassociedadesqueintegramascontas con‑

solidadasdaMillenniumbcpAgeasGrupoSegurador,S.G.P.S.,S.A.,apuradono

exercíciode2010foide114.097.047,00euros(centoecatorzemilhõesnoventae

setemilequarentaeseteeuros).

OsresultadosatribuíveisàMillenniumbcpAgeasGrupoSegurador,S.G.P.S.,S.

A.sãode1.920.802,08euros(ummilhãonovecentosevintemiloitocentosedois

euroseoitocêntimos).

ConsiderandooqueconstadorelatóriodoConselhodeAdministraçãoenos

termosdaalíneab)donº1doartigo376ºdoCódigodasSociedadesComerciais,

dosresultadosapuradosnoexercíciode2010,nomontantede1.920.802,08euros

(ummilhãonovecentosevintemiloitocentosedoiseuroseoitocêntimos),propõe‑

‑seaseguinteaplicação:

› 96.040,10euros(noventaeseismilequarentaeurosedezcêntimos),parareserva

legal;

› 1.824.761,98euros(ummilhãooitocentosevinteequatromilsetecentoseses‑

sentaeumeurosenoventaeoitocêntimos),pararesultadostransitados.

Lisboa,21deFevereirode2011

OConselhodeAdministração

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65RelatóRio e Contas 2010

Publicações Obrigatórias

PERCENtAGEM dE PARtICIPAçãO SOCIAl

AgeasInsuranceInternational,N.V.–51%

BCPInvestmentB.V.–49%.

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66

Posição Accionista e Obrigacionista dos Membros dos Órgãos Sociais

Accionistas/Obrigacionistas Título Nº. de títulos à data de Transacções em 2010Preço Unitário

Euros

10/12/31 09/12/31 Aquisições Alienações Data

Nelson Ricardo Bessa Machado Acções BCP 259.992 259.992

Francisco Alexandre Robles Monteiro Lino

Acções BCP 36.950 36.950

BCP Obrg. Cx. Super Invt. Mill II/12/10 4.000 4.000 29/Dez/10 50,00

BCP Obrg. Cx. Super Af. Mill 4ª/2013 3.700 3.700

Fernando Manuel Nobre de Carvalho

Acções BCP 266.855 366.779

Acções BCP 15.000 26/Jul/10 0,65

Acções BCP 9.000 24/Set/10 0,61

Acções BCP 6.000 24/Set/10 0,61

Levantamento por transferência 69.924 28/Dez/10 0,60

BCP VER CONV SOC GEN XI/10 (02/2011)

2 0 2 22/Nov/10 10.000,00

Subscrição BCP Finance CO 5,543 PCT Eur

340 340

José Rodrigues Jesus Acções BCP 16.239 16.239

António Fernando Nogueira Chaves Acções BCP 92.108 92.108

Belmira Abreu Cabral Acções BCP 10.369 10.369

Cônjuge / Descendentes Menores

Maria Teresa H. M. C. Nobre de Carvalho

BCP OB CX Subordinadas 1ºS (2008/2018)

120 120

BCP OB CX Millennium bcp Sub 2008 2SR

100 100

Millenniumbcp Valor Capital 2009 250 250

Armanda Amélia Rodrigues Jesus Acções BCP 1.795 1.795

Maria da Cruz M. Maia Nogueira Chaves

Acções BCP 1.819 1.819

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67RelatóRio e Contas 2010

Glossário

A

Activos sob Gestão:conjuntodeactivos(ex.acções,obrigaçõeseimóveis)geridos

porumprestadordeserviços.

B

Bancassurance:vendadecontratosdeseguroutilizandocanaisdedistribuiçãode

entidadesbancárias.

Basis point (bp):umacentésimade1%.

C

Capital Económico:montantedecapitaldequeaempresanecessitaparafazerface

aosriscoseconómicosqueenfrenta.

Contrato de Investimento:contratodeseguro,doramoVida,relativamenteao

qualexistetransferênciadeumriscofinanceirosemexistirtransferênciasignificativa

deriscodeseguro.

Contrato de Seguro:contratorelativamenteaoqualumaparte(aempresadesegu‑

ros)aceitaumriscosignificativodaoutrapartecontratante,acordandocompensa‑la

porumaadversidadefuturaealeatória.

cross ‑selling:aestratégiaqueconsisteemutilizarabasededadosdeClientesdeum

determinadoprodutocomoClientespotenciaisdeoutrosprodutos.

Custo Amortizado:quantiapelaqualoactivofinanceiroouopassivofinanceiro

sãomensuradosnoreconhecimentoinicial,menososreembolsosdecapital,mais

oumenosaamortizaçãocumulativa,usandoométododojuroefectivo,emenos

qualquerreduçãoquantoàimparidadeouàfaltadecobertura.

Custo de Aquisição: custodecorrentedesegurosnovosourenovações,nomeada‑

mente,comissões,custosactuariais,publicidadeedespesasdeemissãodeapólices.

Custo Resseguro: custoquereflecteaoperaçãopelaqualosegurador,como

objectivodediminuirasuaresponsabilidadenaaceitaçãodeumriscoconsiderado

excessivoouperigoso,cedeaoutroseguradorumapartedaresponsabilidadeedo

prémiorecebido.

d

Derivado:instrumentofinanceirotalcomoumswap,umforward,umfuturoeuma

opção.Ovalordesteinstrumentofinanceiroaltera‑seemrespostaàalteraçãoem

váriasvariáveis.Requeruminvestimentolíquidoinicialbaixoounuloeéliquidado

numadatafutura.

Derivado Embutido:componentedeuminstrumentohíbridoquetambéminclui

umoutrocontrato–contratobase.Ocontratobasepodeserumadividaouum

instrumentodecapital,umaluguer,umcontratodeseguro,umavendaouum

contratodecompra.

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68

E

embedded Value (eV): valoreconómicoestimadodedeterminadaSeguradoradedu‑

zidodovaloreconómicodaeventualproduçãonovafutura,traduzindo‑senasoma

doscapitaispróprioscomovalordacarteiraemvigor.

employee Benefits:todasasformasderetribuiçãoconcedidasporumaentidadeaos

seusColaboradoresemtrocadosserviçosporelesprestados,incluindoosalário

auferido.

Empréstimo Subordinado: empréstimodemenorprioridade,faceaoutros

empréstimos,relativamenteaosactivosouganhosemcasodesinistro.

F

Fundos de Pensões Abertos:encontram‑secondicionadosapenaspelaaceitação

daentidadegestoraepodemserconstituídosporqualquerentidadelegalmente

autorizadaagerirFundosdePensões.

Fundos de Pensões Fechados: dizemrespeitoaumassociado,ouavários,desde

queligadosporumvínculoquepodeserounãodenaturezaempresarialficando,no

entanto,obrigatoriamentedeterminadonasuaconstituiçãoqueaadesãodenovos

associadoscarecedaaceitaçãodosassociadosoriginários.Podemserconstituídos

porumaempresaougrupodeempresas.

G

Gestão de Activos e Passivos (aLM – asset Liability Management):éoprocesso

continuadodeformular,implementar,monitorizarerevernatentativadecumprir

osobjectivosfinanceirostraçadosfaceaumadeterminadatolerânciaderisco.

Goodwill: representaapartedovalordemercadodeumnegócioquenãoédirec‑

tamenteatribuívelaosactivosdisponíveis,passivosincorridosouassumidoseaos

elementosdasituaçãolíquida;normalmente,apenasécontabilizadonocasode

umaaquisição.

I

IFRS:normasinternacionaisdecontabilidade,adoptadasportodosospaísesda

UniãoEuropeia,apartirde1Janeiro2005,comoobjectivodegarantirtransparên‑

ciaecomparabilidadeaoníveldosprincípioscontabilisticosadoptados.

Imparidade: umadesvalorização,emqueovalorcontabilizadodoactivoexcede

ovalorrecuperável.Nestecaso,ovalorcontabilizadoseráreduzidoatéaovalor

recuperávelcomoconsequenteimpactonosresultados.

Indemnização:representaovalordareparaçãododanoatravésdopagamentodo

valornecessárioparaareposiçãodasituaçãoexistentenomomentoimediatamente

anterioraosinistroou,quandotalnãosejapossível,atravésdeumacompensação

monetáriaequivalente.ÉaimportânciapagapelaSeguradora,aoseguradooua

terceiros,emvirtudedaocorrênciadosinistroacobertodaapólice.

J

Justo Valor: montantepeloqualumactivo(passivo)podesercomprado(contraído)

ouvendido(liquidado).

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69RelatóRio e Contas 2010

M

Margem Técnica: oresultadoobtidoapósadeduçãodoscustosrelacionadoscom

odesenvolvimentodaactividade,taiscomoossinistros,ascomissõeseasprovisões

técnicas,àreceitadeprémiosadquiridoslíquidosderesseguroedosrendimentos

financeirosassociadosaosinvestimentosafectosàsprovisõestécnicas.

P

Participação de Resultados:Direitocontratualemreceber,comosuplementoa

benefíciosgarantidos,benefíciosadicionais.

Prémios Adquiridos:valorcontabilisticodosprémiosbrutosemitidosnumdeter‑

minadoexercícioeconómico.

Prémios Brutos Emitidos:prémiosdesegurodirectoeprémiosderesseguroaceite,

independentementedoexercícioeconómicoemquedevamserconsiderados.

Prémios de Seguro Directo:prémiosrelativosaoscontratosdeseguro,não

incluindoprémiosderesseguro.

Provisões Técnicas:constituemumadasprincipaisgarantiasfinanceirasexigíveis

àsempresasqueactuamnoâmbitodaactividadeseguradora.Asprovisõestécni‑

casqueasseguradorasdevemconstituiremantersão:ProvisãoparaPrémiosnão

Adquiridos;ProvisãoparaRiscosemCurso;ProvisãoMatemáticaparaosseguros

doramoVida;ProvisãoparaEnvelhecimento;ProvisãoparaSinistros;Provisãopara

participaçãonosresultadoseProvisãoparadesviosdesinistralidade.

q

Quota de Mercado:ráciocalculadoparaomercadodoméstico,emfunçãodos

prémiosdesegurodirectodeumaCompanhiaeosprémiosdesegurodirectodo

mercadototal,considerandoosúltimosdozemesesdeactividade.

R

Rácio Combinado:representaasomadoráciodesinistralidadeedoráciodedes‑

pesasdonegócioNãoVida.

Rácio de Solvência:conjuntoderecursosdetidospelaempresa(património

líquido),paraalémdoslegalmenteexigíveis,paracoberturadasresponsabilidades

assumidasparacomossegurados.

Rácio de Despesas:quocienteresultantedadivisãodasdespesasgeraisimputáveis

aoramo(custosadministrativos,amortizações,comissõeseremuneraçãoàredee

outras)pelosprémiosadquiridos.

Rácio/Taxa de Sinistralidade:rácioresultantedadivisãodoscustoscomsinistros

pelosprémiosadquiridos.

Rentabilidade Média dos Capitais Próprios (ROE):indicadorfinanceiroque

permiteavaliararentabilidadefinanceiraparaosAccionistas.RácioentreoResul‑

tadoLíquidoeamédiadoCapitalPróprionamesmaanuidade.

Rentabilidade Média dos Investimentos Financeiros (Book Value):rentabilidade

médiadosinvestimentosfinanceirosdeacordocomosprincípioscontabilisticos

emvigor.

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70

S

shadow accounting:deacordocomoestabelecidonoIFRS4,osganhoseperdasnão

realizadosdosactivosfinanceirosafectosaresponsabilidadesdecontratosdesegu‑

rosedeinvestimentocomparticipaçãonosresultados,sãoatribuídosaostomado‑

resdeseguro,tendoporbaseaexpectativadequeestesirãoparticiparnessesganhos

eperdasnãorealizadasquandoserealizaremdeacordocomascondiçõescontratu‑

aiseregulamentaresaplicáveis,atravésdoreconhecimentodeumaresponsabilidade.

t

Taxa de Loading:reflecteonúmeromédiodeapólicesdetidasporumClientee,

consequentemente,oseuníveldefidelizaçãoàCompanhia.

Taxa de Penetração:ráciocalculadoemfunçãodonúmerodeClientesoudeRecur‑

sosFinanceiroscaptadospelaSeguradoranocanalbancárioeonúmerototalde

ClientesoudeRecursosFinanceirosgeridospeloBanco.

V

Valor da Carteira em Vigor:édadopelovaloractualdoslucrosfuturosapós

impostos,ajustadopelocustodamanutençãodumadeterminadamargemdesol‑

vência,geralmenteexpressaempercentagemdamínimaexigidapelaregulamen‑

taçãoactual.

VOBA (Value of Business acquired):correspondeaovaloractualestimadodosfluxos

decaixafuturosdoscontratosemvigoràdatadeaquisição.

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Relatório e C

ontas 2010

Relatórioe Contas2010Volume 1

1

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