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Relatório e C
ontas 2010
Relatórioe Contas2010Volume 1
1
MillenniuMbcp ageas Tagus Park – Edifício 10 · 2744–005 Porto Salvo · PortugalT: 21 004 24 90 · F: 21 006 68 65
Relatórioe Contas2010Volume 1
ConteúdoMensagem do Presidente 4
Principais Indicadores 5
Estrutura Accionista 6
Os Nossos Accionistas
Ageas 7
Millenniumbcp 11
Relatório do Conselho de Administração
Enquadramento Macro ‑económico 18
Enquadramento do Sector Segurador 20
Millenniumbcp Ageas – Principais Acontecimentos de 2010 24
Missão, Valores e Estratégia 26
Estrutura Organizacional 28
Marketing & Comercial 28
Análise Financeira 32
Embedded Value 41
Revisão Actuarial de Não Vida 43
Solvência II 44
Gestão de Risco 46
Gestão de Investimentos 48
Os Colaboradores 51
Corporate Governance 52
Órgãos Sociais 52
Perspectivas para 2011 63
Proposta de Aplicação de Resultados 64
Publicações Obrigatórias 65
Posição Accionista e Obrigacionista dos Membros dos Órgãos Sociais. 66
Glossário 67
4
Mensagem do Presidente
2010assistiuaolançamentodeumnovonomenomercadoseguradoreaonasci‑
mentodamarcaAgeas,transformandoaMillenniumbcpFortisemMillenniumbcp
Ageas.FoitambémoanoqueassinalouumnovocapítulonahistóriadaAgeas,
construídocombasenumanovaestratégiaenumanovaorganizaçãofocadaemfor‑
necersoluçõesdesegurosaClientesemmercadosseleccionadosnaEuropaenaÁsia.
Apesardascircunstânciasextremamenteexigentes,devidoaumaenvolvente
económicaturbulentanosmercadosdosuldaEuropaeaoimpactodascondições
meteorológicasadversasnanossaperformance,aMillenniumbcpAgeasteveumano
extremamentepositivoemqueosobjectivosdefinidosforamalcançados.
AgestãodacarteiradeobrigaçõesdospaísesdosuldaEuropa,mantém‑secomo
umadasprincipaisprioridadesdaAgeasecontinuaasermonitorizadadeperto
pelaEquipadeGestãoepelaAdministraçãodaAgeas,procurandodarumapoio
sólidoàMillenniumbcpAgeas.
Infelizmente,oseventosambientaissãoimpossíveisdeprevercomqualquer
certezaquantoaofuturoeéimpossívelignorarasuacrescentefrequência,oque
obrigaaumarevisãoconstantedaspolíticasdeaceitação,dasapólicesedospreços.
Anoapósano,aMillenniumbcpAgeastemrecebidoprémiosprestigiosos,apesar
docontextoeconómicodifícileexigente,easdiferentesmarcasdaMillenniumbcp
Ageas,especialmenteaMédiseOcidentalVida,foramreconhecidascomoMarca
deConfiançaeSuperbrandecomoa“MelhorGrandeSeguradoradeSegurosde
Vida”,respectivamente.Esteúltimoprémioébaseadonoexcepcionaldesempenho
daempresa,assenteemindicadoresfinanceiroseeconómicos,comoasolvabilidade,
solidez,eficiênciaerentabilidade,suportadosporumfortecrescimentonosvolumes
deprémios.GostariadedarosparabénsàEquipadegestãodaMillenniumbcpAgeas
porestesprémios,quesãotestemunhodoseutrabalhoárduoedoseuempenho.
Osucessodaempresanocross sellingcomosClientesdoMillenniumbcp,junta‑
mentecomumaestratégiadeprodutosinovadora,oenfoquenaexcelênciadeser‑
viço,aeficientegestãodeactivos,arigorosagestãoderiscosedecapitaleaeficiência
global,sãoosprincipaisfactoreschaveparaosucessodaempresa.
Emsuma,aMillenniumbcpAgeaspodesentir‑sesatisfeitacomoseudesempe‑
nhoeestarconfiantenoseufuturo.Contudo,oambienteeconómicoeoimpacto
dasalteraçõesclimáticasirãocontinuaramerecertodaanossaatenção,devido
aopotencialimpactoquetêmnosplanosdecrescimentofuturoenosresultados.
Gostariadeagradeceratodosavossaconfiança,oesforçocontinuadoeadedi‑
caçãoànossaparceria,quetornoupossíveisestesresultados.Esperoqueanossa
colaboraçãocontinueafuncionarcadaanomaisemelhordemodoacumprirmos
asnossaspromessas.
Comosmeussinceroscumprimentos
Bart De Smet
PresidentedoConselhodeAdministração
Ano após ano, a Millenniumbcp Ageas tem recebido prémios prestigiosos, apesar do contexto económico difícil e exigente
5RelatóRio e Contas 2010
Principais Indicadores
INDICADORES DE ACTIVIDADE [milhões de euros] 2010 2009VAR.
2010/2009
Demonstração de Resultados
Prémios de Seguro Directo1 1.946 2.371 -17,9%
· Vida 1.724 2.163 -20,3%
· Não Vida 222 208 6,8%
Margem técnica2 257 232 11,1%
Margem técnica líquida de custos administrativos 135 104 29,0%
Resultado líquido 114,1 97 17,9%
Resultados líquidos antes de “VOBA (value of business acquired)” 141,9 127,4 11,4%
Balanço
Capitais próprios 1.145 1.289 -11,2%
Activo total 13.223 13.315 -0,7%
Investimentos 12.460 12.623 -1,3%
Rácios
Eficiência
1. Rácio de sinistralidade Não Vida 65,5% 60,9% 4,7 pp
2. Rácio de despesas Não Vida 25,9% 23,2% 2,7 pp
3. Rácio combinado Não Vida 91,4% 84,1% 7,3 pp
4. Custos de exploração líquidos Vida/Investimentos Vida 0,83% 0,80% 0,03 pp
Rentabilidade
1. Margem técnica2/ Prémios de seguro directo 13,2% 9,8% 3,5 pp
2. Rentabilidade média dos invest. financeiros (book value) 3,7% 3,4% 0,3 pp
3. Rentabilidade média dos capitais próprios (ROE)3 13,7% 12,8% 0,9 pp
Solvabilidade
1. Rácio de solvência 183% 241% -58 pp
2. Capitais próprios / Activo total 8,7% 9,7% -1,0 pp
3. Cobertura das responsabilidades decorrentes de contrato de seguro e de investimentos4 106,6% 112,7% -6,1 pp
Outros Indicadores
Quotas de Mercado 11,9% 16,3% -4,4 pp
· Vida 14,2% 20,8% -6,7 pp
· Não Vida 5,3% 5,0% 0,3 pp
Número de colaboradores 462 458 0,9%
1 Incluicontratosdeinvestimentoque,deacordocomasnormasIFRS,nãosãocontabilizadoscomoprémiosdeseguro
2 AntesdaimputaçãodecustosadministrativosedeVOBA (value of business acquired)3 CalculadoantesdaamortizaçãodoVOBA (value of business acquired)4 ConsiderandoInvestimentos,LiquidezeJurosareceber
6
Estrutura Accionista
49% 51%
7RelatóRio e Contas 2010
Os nossos Accionistas
AGEAS
Perfil da Ageas AAgeaséumaseguradorainternacionalcommaisde180anosdehistória.Sendo
umadas20maioresseguradorasdaEuropa,aAgeasdecidiuconcentrarassuas
actividadesnaEuropaeÁsia,asquaisemconjuntoapresentamamaiorquotado
mercadoglobaldeseguros,estandoagrupadasemquatrosegmentos:Bélgica,Reino
Unido,EuropaContinentaleÁsia.Detémaliderançaincontestadanomercado
belganosegmentodeVidaindividualeemployee benefits,bemcomoumaposição
deliderançaemNãoVida,atravésdaAGInsurance.Anívelinternacional,aAgeas
temumafortepresençanoReinoUnido,ondeéasegundamaiorseguradorano
ramoAutomóvel.AempresatambémtemsubsidiáriasemFrança,AlemanhaeHong
Kong.AAgeasdesenvolveutambémparceriascominstituiçõesfinanceirasquetêm
umafortepresençaesãodistribuidores‑chaveemdiferentesmercadosemtodoo
mundoedetémparceriasdesucessonoLuxemburgo,Itália,Portugal,China,Malá‑
sia,ÍndiaeTailândia.AAgeasempregamaisde13.000pessoaseapresentaprémios
anuaisdequase18milmilhõesdeeuros.
Ageas em 20102010foioanoemqueaantigaFortissetransformouemAgeas.EmboraaAgeas
sejaumnomenovonomercado,rapidamenteconseguiureconhecimentodamarca
comoumacompanhiadesegurosinternacionalnosmercadosemqueopera.
Contudo,numaperspectivamaisampla,2010tambémfoiumanoemqueos
mercadosfinanceiroscontinuaramasentirosefeitosdacrisefinanceira.Ofocoda
atençãomudouparaaEuropa,ondeaspreocupaçõescomasustentabilidadede
certaseconomiaseuropeiasforamexacerbadasporataquesoportunistasaoEuro.
AcriseeconómicaqueseestendeuatodaaEuropa,alimentadapeloreceiodo
aumentodosdeficitsgovernamentaisedosníveisdedívida,resultaramnumagrande
faltadeconfiançanaEuropa.Eocontágioespalhou‑serapidamentedaGréciapara
outrospaísesnazonaEuro,emparticularaoutraseconomiasdoSuldaEuropa.
OsresultadosdaAgeasem2010forammarcadospelosólidocrescimentodos
prémios,impulsionadosporumexcelenteprimeirosemestre,eporresultados
líquidosencorajadores,apesardoambienteeconómicoturbulentoedascondições
climatéricasadversasqueseverificaramaolongodoano.Oresultadolíquidoalcan‑
çadoem2010nãoécomparávelcomode2009,devidoàalteraçãodoperímetrode
consolidaçãoeaoimpactofiscalpositivonãorecorrentecontabilizadoem2009.Os
resultadoslíquidosdoGrupoforamde223milhõesdeeuros,quesedecompõem
numresultadolíquidodosSegurosde391milhõesdeeuroseumresultadolíquido
negativodaGeneral Accountde168milhõesdeeuros.
8
Valor de prémios razoavelmente estável no montante de 6,7 mil milhões de euros
(vs. 6,9 mil milhões de euros em 2009)
› 5,1milmilhõesdeeurosdeprémiosdeVida,menos4%quenoanoanterior,
devidoamenorcontribuiçãodocanalbancário;
› PrémiosNãoVidaascenderama1,6milmilhõesdeeuros,umcrescimentode
5%facea2009;
› Prémiosde3,2milmilhõesdeeurosno2ºsemestrevs.3,5milmilhõesdeeuros
no1ºsemestrede2010.
Resultados líquidos, após interesses de não controlo, de 264 milhões de euros
(vs. 366 milhões de euros em 2009)
› Interessesdenãocontrolode91milhõesdeeurosemcomparaçãocom69
milhõesdeeurosem2009eumbenefíciofiscalnãorecorrentepositivode94
milhõesdeeurosem2009;
› Mais‑valiaslíquidasde29milhõesdeeurosrelacionadascomareestruturação
dacarteiradeinvestimentos;
› Impactonegativolíquidode25milhõesdeeurosdesinistrosrelacionadoscom
condiçõesclimatéricasexcepcionais.
Fundos sob gestão do Ramo Vida de 48,2 mil milhões de euros (45,4 mil milhões
de euros no final de 2009), o que representa um crescimento de +6%.
› Aumentoimpulsionadopornovasentradasetaxasdeanulaçãomaisbaixas.
Rácio combinado global de 107,4%
› RáciocombinadoexcluindoAcidentesdeTrabalhode104,3%(102,5%em2009);
› Ráciocombinadono2.ºsemestrede107,6%,praticamenteestávelnoprimeiro
semestre.
Perdas líquidas de 168 milhões de euros (705 milhões de euros de lucro líquido
em 2009)
› Oresultadofoipenalizadoporumaperdade203milhõesdeeurosrelacionada
comaconversãodeMCSedisputasjurídicascomoEstadoHolandês,uma
avaliaçãomaisbaixadaopçãodecomprafaceaojustovalordeRPN(I);
› Oscustoscompessoaleoutroscustosdeexploraçãoeadministrativosforam
reduzidosparametade,cercade58milhõesdeeuros;
› 405milhõesdeeurosdeimpactopositivonãorecorrentedecorrentedoreco‑
nhecimentodeactivosdeimpostosdiferidos.
Avaliação da opção de compra de acções do BNP Paribas em 609 milhões de
euros, menos 271 milhões de euros que no final de 2009.
Avaliação do justo valor das responsabilidades com RPN(I) em 465 milhões de
euros, mais 149 milhões de euros que no final de 2009.
9RelatóRio e Contas 2010
Impacto positivo no resultado líquido relacionado com o Royal Park Investments
de 131 milhões de euros.
› Valordosactivosfinanceirosaumentoupara933milhõesdeeuros.
Ageas irá propor um dividendo bruto para 2010 de 8 cêntimos de euro por acção,
o que corresponde a um rácio de reembolso de 50% do resultado líquido da área
seguradora. Esta decisão está em linha com a política de dividendos da Ageas de
pagar entre 40% e 50% do resultado líquido anual da área seguradora.
Detalhes por segmento de negócioDesde2010,osrelatóriosdaAgeassãoefectuadosdeacordocomosquatroseg‑
mentosdenegóciodeseguros:Bélgica,ReinoUnido,EuropaContinentaleÁsia.
Apresenta‑seseguidamenteumabrevedescriçãodosnovossegmentos:
PRémIOS PROCESSADOS [milhões de euros] FY 10 FY 09 %
Bélgica 6.709 6.867 -2%
· Vida 5.119 5.362 -4%
· Não Vida 1.591 1.515 5%
Reino Unido1 1.207 913 32%
· Vida 27 10 178%
· Não Vida 1.179 903 31%
Europa Continental 3.933 3.941 0%
· Vida 3.490 3.706 -6%
· Não Vida 444 235 88%
Asia2 6.093 4.070 50%
· Vida 5.578 3.689 51%
· Não Vida 515 381 35%
Total 17.943 15.791 14%
· Vida 14.214 12.757 11%
· Não Vida 3.729 3.034 23%
BélgicaAsoperaçõesdesegurosnaBélgica,quefuncionamdesdeJunhode2009como
nomeAGInsurance,têmumalongahistória.Ototaldeprémiosbrutosem2010
ascendeua6,7milmilhõesdeeuroseaempresaservemaisde2,5milhõesdeClien‑
tes.Entre75%e80%dosprémiosrespeitaasegurosdeVidaeentre20%e25%a
segurosNãoVida.AAGInsurancetemumaofertaabrangentedeprodutosde
VidaeNãoVidavendidosaparticulareseaPME’s.Operaatravésdeumaestratégia
multicanalcomdistribuiçãoatravésdemaisde3.000corretoresindependentese
atravésdoscanaisbancáriosdoBNPParibasFortisBankedassuassubsidiárias.
AAG Employee BenefitséaunidadedenegóciodedicadaavenderprodutosdeVida
eSaúde,principalmenteagrandesempresas.OBNPParibasFortisédonode25%
daAGInsurance.
1 Distribuiçãoderetalhonãoreportadaaníveldeprémios.
2 Considerandotodasasentidadesa100%.
10
Reino UnidoAAgeasnoReinoUnidoélídernofornecimentodesoluçõesdesegurosNãoVidae
darespectivaprotecçãodeVida.OnegócionoReinoUnidotemumafortepresença
nosegmentodeparticularesecontinuaaexpandirasuapropostaaosegmento
comercial.Onegóciodeparticularesrepresentacercade82%dototaldacarteira,o
segmentocomercial16%eaProtecçãodeVidacercade2%.AAgeasnoReinoUnido
temparceriasdeaffinitycommarcasmuitofortes,incluindoTescoBank,JohnLewis
Partnership,AgeUKeToyota(GB)Limited.Aestratégiadedistribuiçãoadoptadaé
multicanalcomoscorretores,parceirosdeaffinityecanaispróprios.Assubsidiárias
detidasa100%incluemaRIAS,quetemmaisdeummilhãodeClientesnoseg‑
mentodemercadode+50anosdeidade,queestáemcrescimento,aAgeasInsurance
Solutions,quefornecesoluçõesdemarcabrancaaparceriasdeaffinity,outsourcing
deserviços,bemcomoapromoçãodirectanaInternetdassuasprópriasmarcase
deKwikFitInsuranceServices.OarranquebemsucedidodaTescoUnderwriting,
aparceiracomTescoBankeaintegraçãodonegócioadquiridodeKwikFitInsu‑
ranceServicesiráreforçaraindamaisasrespectivasposiçõesdemercadodaAgeas
noReinoUnido.
Europa ContinentalAEuropaContinentalécompostapelasactividadesdeseguroseuropeias,excluindo
aBélgicaeoReinoUnido.Incluicincopaíseseéumamisturadeposiçõesdelide‑
rançaemmercadosmaduros,comoPortugaleLuxemburgo,eparticipaçõesmais
pequenasnaFrançaeAlemanhaeaindaanovaparceriaNãoVidaemItália.Em
2010,cercade89%dototaldovolumedeprémiosforamdoRamoVida,comple‑
mentadoscomaactividadedeNãoVidaemPortugaleItália.Emresultadodarevi‑
sãoestratégicarealizadaem2009,osegmentodaEuropaContinentalimplementou
diversasiniciativasparaalinharasuacarteira,oqueconduziuàdecisãodealienaras
actividadesdeNãoVidanoLuxemburgo,asoperaçõesdeVidanaTurquiaeUcrânia
ecolocarasoperaçõesnaRússiaemrun ‑off.
ÁsiaAAgeasestáactivaemcincopaísesdaÁsia,comasuasederegionalemHongKong,
sendoasubsidiáriadeHongKongdetidaa100%.Asoutrasactividadessãoorgani‑
zadasnaformadeparceriascomosprincipaisparceiroslocaiseinstituiçõesfinan‑
ceirasnaChina,Malásia,TailândiaeÍndia.Emtermosdereporte,aAgeasreporta
numabaseconsolidadaemHongKong,aopassoqueasoutrasparticipaçõessão
contabilizadascomoassociadas.
Colaboradores no activoAAgeasempregava11.707colaboradoresem31deDezembrode2010,oquecom‑
paracom10.613colaboradoresemigualperíodode2009.Oaumentoverificado
deveu‑sefundamentalmenteàrecenteaquisiçãoeànovaparcerianoReinoUnido.
Adivisãoporsegmentoséaseguinte:5.705daAGInsurancenaBélgica,4.327no
ReinoUnido,1.270naEuropaContinentale320naÁsia.OsColaboradoresdos
doisúltimossegmentostambémincluemosColaboradoresregionaiscolocadosem
11RelatóRio e Contas 2010
BruxelaseHongKong,respectivamente.OsegmentodoGeneral Account,nocaso,o
CentroCorporativo,empregava85Colaboradoresnofinalde2010.
Posição de capitalOcapitaldisponíveltotaldaAgeasascendiaa8,6milmilhõesdeeurosem31de
Dezembrode2010eexcediaosrequisitosmínimostotaisconsolidadoslegalmente
exigidosparaasoperaçõesdesegurosem5,6milmilhõesdeeuros,incluindoa
General Account.Oráciodesolvabilidadetotalerade227%,comparadocomum
ráciode234%nofinalde2009.Oaumentodocapitalmínimolegalmenteexigido
paraasoperaçõesdesegurosestárelacionadocomaevoluçãodonegócioecomo
negóciorecentementeadquirido.
Oráciodesolvênciadasoperaçõesbelgasdesceupara198%comoresultadode
activosintangíveismaiselevadosnoseguimentodeinvestimentosnacarteirade
imobiliário.OráciodesolvêncianoReinoUnidoaumentoupara389%.Oelevado
ráciodeve‑seaoarranquedeTescoUnderwriting,totalmentecapitalizada,masque
sócomeçaráaoperaremmeadosdeOutubro.NaEuropaContinental,oráciode
solvênciaglobaldesceupara211%,devidoprincipalmenteàreduçãodasmargens
desolvênciaemPortugal.
OcapitaldisponíveltotaldaGeneral Accountéde1,8milmilhõesdeeuros,com‑
paradocom2,3milmilhõesdeeurosnofinalde2009.Odecréscimopodeser
explicadoportransferênciasdecapitalparaasempresasoperativascomoobjec‑
tivofinanciaraaquisiçãodaKwikFitInsuranceServiceseoarranquedaTesco
Underwriting.
MIllENNIuM BCP
OMillenniumbcpcelebrou,em2010,o25.ºaniversáriodesdeasuafundação.
AvidadoBCPatéaopresenterepresentaumahistóriadesucessoaolongodeste
quartodeséculo,naqualsetornounomaiorbancoprivadoemPortugalenuma
instituiçãodereferênciaemdiversasáreasnosdiferentesmercadosondeactua,
entreosquaissedestacam:Portugal,Polónia,Grécia,Roménia,Suíça,Moçambique,
AngolaeMacau.TodasasoperaçõesoperamsobamarcaMillennium.
OMillenniumbcp,comocentrodedecisãoemPortugalecomumaposiçãode
destaquenomercadofinanceironacional,éosegundobancoemtermosdequota
demercadoqueremcréditoaclientes(cercade22%),queremrecursostotaisde
clientes(cercade19%),possuindoamaiorredededistribuiçãobancáriadopaís,
com892sucursais,servindomaisde2,5milhõesdeclientesemPortugal.OBanco
mantémoenfoquedadistribuiçãodeRetalhoemPortugalenosmercadosinterna‑
cionaisqueasseguremumapresençacompetitivaeposiçãosignificativanomédioe
longoprazo,comparticulardestaqueparaaPolónia,Moçambique,AngolaeMacau
(China),regiãoondeoBancopassouaoperar,em2010,atravésdeumasucursal
comlicençaon ‑shore.
12
Um Grupo líder enfocado no negócio de Retalho em Portugal, Polónia, Moçambique e Angola
6.135
8
2.279892 458 125 39 1 229
2.088
10.146
714
(milhões de euros)
OUTROS*
Quota de Mercado Quota de Mercado Quota de Mercado Quota de Mercado
ANGOLA PORTUGAL MACAU MOÇAMBIQUEPOLÓNIA
Em crédito a clientes
Em crédito a clientes
Em depósitos Em depósitos Em depósitos Em Crédito a clientes
Em Crédito a clientes
Recursosde clientes
21,4% 18,7% 5,0% 5,1% 39,0% 34,0% 3,0% 2,6%
76.779
11.8201.293 1.012 416
8.690
58.672
244
50.995
10.043991 593
9.541854 465
6.635148
4.826
*Inclui as operações na Grécia, Roménia, Suíça e Ilhas Caimão
ChinaGuangzhouEscritório de Representação
Activo Crédito a clientes (bruto)
Colaboradores Sucursais
Recursos de clientes
AactividadeemPortugalrepresenta77%dosactivostotais,77%docréditoaclien‑
tes(líquido)e76%dosrecursostotaisdeclientes,sendoresponsávelpor83%dos
resultadoslíquidosde2010.Espera‑seumreforçodacontribuiçãodasoperações
internacionaisparaoresultadolíquidodoGruponospróximosanos.Estasope‑
raçõesrepresentamjá48,9%dototalde1.744sucursaise52,5%dos21.370mil
colaboradoresdoGrupoBCP.
OBancoofereceumaamplagamadeprodutoseserviçosbancáriosefinanceiros
relacionadosaosseusClientes,quevãodesdeascontasàordem,meiosdepaga‑
mento,produtosdepoupançaedeinvestimento,passandopelocréditoimobiliário,
créditoaoconsumo,bancacomercial,leasing,factoringesegurosatéprivate banking
egestãodeactivos,bancadeinvestimento,entreoutros,servindoasuabasede
Clientesdeformasegmentada.DispondodamaiorrededesucursaisemPortugale
deumaredecrescentenospaísesondeopera,oBancoofereceaindacanaisdebanca
àdistância(serviçodebancaportelefoneepelaInternet),quefuncionamtambém
comopontosdedistribuiçãodosprodutoseserviçosdoMillenniumbcp.
Modelo de OrganizaçãoOmodelodeorganização,em31deDezembrode2010,baseia‑seemseisáreasde
negócio–“BancadeRetalho”,“BancadeEmpresaseCréditoEspecializado”,“Cor‑
porateeBancadeInvestimento”,“PrivateBankingeAssetManagement”,“Negócios
naEuropa”,“OutrosNegóciosInternacionais”,eemduasunidadesdesuporte–
“ServiçosBancários”e“ÁreasCorporativas”.
Fonte:AsquotasdemercadoemPortugalsãobaseadasnainformaçãodivulgadapublicamentepeloBancodePortugalepelosBancos.AsquotasdemercadonaPolóniasãodivulgadaspelaAssociaçãodeBancosPolacosepelaAssociaçãoPolacadeGestorasdeActivos.AsquotasdemercadosãobaseadasnainformaçãodivulgadapeloBancodeMoçambique.
13RelatóRio e Contas 2010
CincodasoitoáreasdenegócioeunidadesdesuporteintegramosComitésde
Coordenação,quetêmporobjectivofacilitaraarticulaçãodasdecisõesdegestão
corrente,envolvendoadirecçãodetopodasunidadesintegradasemcadaumadas
ÁreasdeNegócioenaUnidadedeServiçosBancários,comamissãodealinhar
perspectivasesuportaratomadadedecisõesdegestãoporpartedoConselhode
AdministraçãoExecutivo.
Prioridades estratégicas para 2010: Principais iniciativas concretizadasOagravamentodacrisefinanceirainternacional,particularmenteacentuadona
Europaem2010,conjugadonocasoportuguêscomanecessidadedeajustamento
dosdesequilíbriosestruturais,nomeadamenteoagravamentodasituaçãoorça‑
mentaleadeterioraçãocontinuadaesignificativadaposiçãoexternadaeconomia,
numquadrodeelevadosníveisdeendividamentopúblicoeprivadoedebaixo
crescimentodoPIBnaúltimadécada,apardadeterioraçãodasperspectivasdos
participantesnosmercadosfinanceirosinternacionaissobreasustentabilidadeda
situaçãodasfinançaspúblicasemPortugal,tem‑sereflectidonumforteaumento
doprémioderiscodadívidasoberana,paraníveishistoricamenteelevados,que
temcomprometidoacapacidadedefundingdosbancosportuguesesnomercado
definanciamentowholesale,colocandonaordemdodiaanecessidadededesalavan‑
cagemdosseusbalanços.
OMillenniumbcprespondeuàcrisedosmercadosdedívidasoberanaessen‑
cialmenteatravési)deumposicionamentodefensivonagestãodofunding;ii)do
aumentodosactivosdescontáveisjuntodoBancoCentralEuropeu;iii)dadesacele‑
raçãodocrescimentodacarteiradecréditoapardeumesforçodecaptaçãoderecur‑
sos,procurandocontrolarogapcomercial;iv)deumesforçonosentidoderepricing
(ajustamentodopreçoaoriscodocliente)edeaumentodocomissionamento,
procurandomelhorarosproveitosdebase,oqueconjugadocomasiniciativasde
contençãodoscustos,setraduziunamelhoriadosresultados;ev)deoptimização
dosactivosponderadospelorisco,procurandoobterumráciodeTierIpróximode
10%.OMillenniumbcpprocedeuassimaoajustamentodasuaAgendaEstratégica
para2010,tendoasiniciativasimplementadasassentadonosseguintestrêsvectores:
Aumentar a confiança Preparar a saída da crise económica e financeira Enfoque e sustentabilidade
• Reforço do relacionamento com os clientes
• Melhoria dos rácios de capital via redução dos activos ponderados pelo risco (RWA)
• Manutenção do controlo do gap comercial
• Melhoria dos resultados
• Repricing do crédito
• Crescimento em recursos
• Melhoria dos colaterais em operações de crédito
• Aumento expressivo dos activos elegíveis junto do BCE
• Lançamento de um Banco inovador na plataforma do ActivoBank
• Simplificação organizativa
• Contenção de custos
• Cobrança efectiva de comissões pelos serviços prestados
• Enfoque no Portfolio internacional
· Alteração da operaçõesna Turquia e nos EUA
· Obtenção de licença on-shore em Macau
14
Visão Estratégica 2011 ‑2013: Rendibilidade e EnfoqueOBancoprocedeuaumaadaptaçãodasuavisãoparaoperíodode2011‑2013,
quepassouadesignar‑sede“RendibilidadeeEnfoque”.OMillenniumbcpelegeu
comoprincipalobjectivoa“Rendibilidade”daoperaçãoemPortugal,nosvários
segmentosdenegócio,apoiadaporumesforçosustentadodecontençãodecustos.
Emparalelo,oBancoestátambémenfocadonocontrolodorisco,naeficiência,na
inovaçãoenoserviçoaocliente.
Aestratégiade“Enfoque”eafinidadenasoperaçõesinternacionaisreflecte‑se
noenfoquenosmercadoseuropeusqueasseguremumapresençacompetitivae
umaposiçãosignificativanomédioelongoprazoenaapostaemmercadoscom
afinidade(AngolaeMoçambique).
AvisãodoBancopara2011‑2013apoia‑seaindanumterceiropilar:a“Susten‑
tabilidade”,queseconsubstancianaoptimizaçãodagestãodecapitaledaliquidez
enofortalecimentodocontroloderisco,procurandoreforçaraprevenção,revera
concessãodecréditoereforçararecuperação.
RENDIBILIDADE E ENFOQUE:RENDIBILIDADE DA OPERAÇÃO EM PORTUGAL
E ENFOQUE NA EUROPA E NOS MERCADOS DE AFINIDADE
Visão estratégica 2011-2013: Rendibilidade e Enfoque
Rendibilidade em Portugal
• Assegurar a rendibilidade e a eficiência nos vários segmentos em Portugal
• Sustentar o esforço de redução de custos em Portugal
• Optimizar e gestão de capital e liquidez
• Fortalecer o controlo de risco: reforçar a prevenção, rever a concessãode crédito, reforçar a recuperação.
Enfoque e afinidade nas operações internacionais
• Foco nos mercados europeus que assegurem uma presença competitiva e posição significa-tiva no médio e longo prazo
• Continuar a investir em mercados com afinidade
Sustentabilidade
Mobilizar a organização
Orientações estratégicas para 2011 ‑2013No período de 2011 ‑13, as principais orientações estratégicas a implementar
enquadram ‑se em três vectores orientadores:
› Financeiro:porformaamanteratendênciadecrescimentodosresultadoscon‑
solidadosdoBancoiniciadaem2008;
› Organizacional:porformaamanteroenvolvimentodosColaboradores,oenfo‑
quenainovaçãoenorigorcomoumavantagemcompetitivanomercado;
› Negócio:porformaasimplificareaalinharomodelodenegócio,enfocando
nasáreasdenegócioenosmercadosestratégicosdoBanco.
15RelatóRio e Contas 2010
Visão estratégica a médio prazoOrientações estratégicas 2011-13: Rendibilidade e Enfoque
FINANCEIRO
ORGANIZACIONAL
Fortalecer a Cultura e a Imagem de Rigor
Motivar e envolver os Colaboradores
Promover a Inovação como vantagem competitiva
Manter o disclosure e a transparência da Informação
Recuperação sustentada da Margem Financeira e das Comissões
Manter o esforço de contenção de Custos
Reforço do Capital e da Liquidez
NEGÓCIO
Simplificação Organizativa
Reorganização do Retalho
Alinhamento do Modelo de Negócio
Enfoque nos Mercados Internacionais core
Resultados FinanceirosOresultadolíquidoconsolidadodoMillenniumbcpcresceu34%para301,6milhões
deeurosem2010,faceaos225,2milhõesdeeurosapuradosem2009,suportado
peloaumentodocontributodaactividadeinternacional(+353%).Aevoluçãodo
resultadolíquidofoifavoravelmenteinfluenciadapelosdesempenhosdamargem
financeira(+14%),dascomissões(+11%)edosresultadosemoperaçõesfinanceiras
(+90%),parcialmentecontrariadapeloreforçodasdotaçõesporimparidadedocré‑
dito(líquidasderecuperações)eparaoutrasimparidadeseprovisões.
OresultadolíquidodaactividadeemPortugalcifrou‑seem249,8milhõesde
eurosem2010,comparandocom213,8milhõesdeeurosem2009,traduzindoo
crescimentodoprodutobancário,suportadoemparticularpelamargemfinan‑
ceira,pelascomissõeslíquidas,pelosresultadosemoperaçõesfinanceirasepelos
maioresníveisdedividendosrecebidos,repercutindoaindaoefeitodaalteraçãodo
enquadramentofiscalnaactividadeemPortugal.Oresultadolíquidofoitambém
influenciadopelocontrolodoscustosoperacionais,peloreforçodoníveldedota‑
çõesparaimparidadedocrédito(líquidasderecuperações)epeloregistodedotações
porimparidadedogoodwill,associadoàsubsidiárianaGrécia.
Realceparaoaumentodocontributodaactividadeinternacional,oqualcres‑
ceude5%,em2009,para17%em2010.Ocontributodasactividadesinternacio‑
nalascendeua51,8milhõesdeeurosem2010,comparandocom11,4milhõesde
eurosem2009,favoravelmenteinfluenciadopelodesempenhodoprodutobancário,
impulsionadopeloaumentodamargemfinanceiraedascomissõeslíquidas,apesar
decondicionadopelomaiorníveldecustosoperacionais,nomeadamentepelas
subsidiáriasemAngolaeemMoçambique,noâmbitodaestratégiadecrescimento
orgânicoimplementadanestesdoismercados,peloBankMillenniumnaPolónia,
ampliadopeloefeitocambialdavalorizaçãodozlotifaceaoeuro,epeloimpacto
daamortizaçãodeactivosnãoalienadospeloMillenniumbcpbanknosEstados
UnidosdaAmérica.
16
Em31deDezembrode2010,oBCPdetinha,deacordocomasNormasInterna‑
cionaisdeRelatoFinanceiro(IFRS),umactivototalde100.010milhõesdeeuros,
quecomparacomos95.550milhõesdeeurosapuradosem2009.Osrecursos
totaisdeclientes,embasecomparável,atingiram67.596milhõesdeeurosem31
deDezembrode2010,registandoumasubidade1,6%,faceaos66.516milhõesde
eurosnamesmadatade2009,beneficiandodosaumentosdosrecursosdebalanço
declientes,influenciadospelocrescimentodosdébitosparacomclientestitulados
edosprodutosdecapitalização.Porseulado,ocréditoaclientes(bruto)atingiu
76.411milhõesdeeurosnofinalde2010,denotandoumaligeiracontracção,em
basecomparável,de–0,7%facea2009.Nofinalde2010,orácioCore Tier Iconso‑
lidado,calculadodeacordocomométodoIRBesegundoasnormasdoBancode
Portugal,ascendeua6,7%,comparandofavoravelmentecomoreportadonofinaldo
anoanterior,emconformidadecomométodoPadrão(6,4%),tendoosráciosTier Ie
Totalfixando‑seem9,2%eem10,3%(9,3%e11,5%,respectivamente,nofinaldoano
de2009).AsacçõesdoBCPestãoadmitidasàcotaçãodaEuronextLisboa,sendo
acapitalizaçãobolsistaem31deDezembrode2010de2,7milmilhõesdeeuros.
Millennium bcp – Síntese de indicadores
PRINCIPAIS INDICADORES [milhões de euros] 2010 2009 VARIAçãO
Resultado líquido 301,6 225,2 33,9%
Activo total 100.010 95.550 4,7%
Recursos totais de clientes(1)(2) 67.596 66.516 1,6%
Créditos sobre clientes (líquidos)(1) 73.905 74.789 1,2%
Capitalização bolsista 2.732 3.967 -31.1%
N.º de clientes (milhares) 5.197 5.086 2,2%
N.º de colaboradores 21.370 21.493 -0,6%
Rentabilidade dos capitais próprios (ROE) 6,1% 4,6%
Resultado líquido por acção (euros) 0,04 0,03
Custos operacionais/Produto bancário(3)(4) 56,3% 63,6%
Custos operacionais/Produto bancário (actividade em Portugal)(3)(4) 51,3% 60,2%
Rácio de solvabilidade Tier 1(3) 9,2%
Rácio de solvabilidade total(3) 10,3%
1 NãoincluisubsidiáriasMillenniumBankTurquiaeMillenniumbcpbankUSA.2 Débitosparacomclientestituladosenãotitulados,activossobgestãoesegurosdecapitalização.3 CalculadodeacordocomaInstruçãon.º16/2004doBancodePortugal.4 Excluiimpactodeitensespecificos.
AsDemonstraçõesFinanceirasconsolidadasforamelaboradasnostermosdoRegulamento(CE)n.º1606/2002,de19deJulho,edeacordocomomodelodereportedeterminadopeloBancodePortugal(Avison.º1/2005),nasequênciadatransposiçãoparaaordemjurídicaportuguesadaDirectivan.º2003/51/CE,de18deJunho,doParlamentoEuropeuedoConselho.
Relatório do Conselho de administração
Concluídooexercíciode2010,vemoConselhodeAdministra‑
çãodaMillenniumbcpAgeasGrupoSegurador,S.G.P.S.,S.A.
apresentaraosSenhoresAccionistasoRelatórioeasContas
consolidadas,reflectindoaactividadeconjuntadetodasas
subsidiáriasparaoanofindoem31deDezembrode2010,
asquaisforamauditadaspelaKPMG.
18
Relatório do Conselho de administração
Enquadramento Macro ‑Económico
APRECIAçãO GlOBAl
A economia mundial registou um desempenho mais favorável em 2010 e
perspectiva‑sequeoprocessoderecuperaçãoeconómicapossaprosseguir,mesmo
quedeformamaismoderada,aolongode2011.Opreçodasmatérias‑primas
aumentoudeformasignificativa,comimpactonaevoluçãodastaxasdeinflação.
Osmercadosfinanceirosapresentaramcomportamentosmenosvoláteis,mas
acentuou‑seadiferenciaçãoporemitenteemfunçãodorespectivoriscodecrédito,
designadamentenoplanodoriscosoberano.
Aintensidadedacrisequecontinuaaafectarvários
estadossoberanosdaperiferiaeuropeia,incluindo
Portugal,exigiuacçõesdeassistênciaexternapara
estabilizaçãodaseconomiasedesuporteaossistemas
financeiros,primeironaGréciaemaisrecentementena
Irlanda.Nãoobstanteadisponibilizaçãodefinancia‑
mentoexcepcionalaestespaíses,subsisteumclimade
incertezaedetensãorecorrente.
Aalteraçãosignificativadascondiçõesefluxosde
financiamentodaeconomiaportuguesa,decorrentedos
receiosrelativosàsustentabilidadedadívidaaprazo,das
dificuldadesdoprocessodeconsolidaçãoorçamentale
docepticismodosinvestidoresquantoaopotencialdecrescimento,tornouinadiável
areduçãodosníveisdeendividamentodosectorpúblicoedosagentesprivados.
Projecta‑seoretornoaumaconjunturarecessivaem2011,nãoobstanteocontri‑
butopositivoqueseantevêparaocrescimentoporpartedaprocuraexternalíquida.
Nosanosseguintes,oretornoaumcontextomaisnormalizadodependeráemboa
medidadoalcanceedosucessodasmedidasdecorrecçãoagoraimplementadas.
Esteenquadramentoémuitoadversoparaosvolumesdenegócio,paraaqualidade
docréditoeparaocustodosrecursosdosectorbancárioportuguês,eganhauma
dimensãoacrescidatendoemcontaanecessidadedeinverteroclimadedesconfiança
sobreacapacidadefinanceiradoEstadoportuguêsedosectorprivado.Dadosos
constrangimentosexternoseasdificuldadesinternas,noplanodagestãocorrenteé
imperativopersistirorigornocontrolodoscustoseaselectividadenasdespesasde
investimento,traduzindoocompromissodeumacorrectaafectaçãodosrecursos
escassos,dedefesadarendibilidade,desuportedeestabilidadedoempregoecomo
factorgeradordeconfiança.
ENquAdRAMENtO ECONÓMICO MuNdIAl
Aactividadeeconómicamundialretomouumatrajectóriadecrescimentoem2010,
emparticularnospaísesdemaiorvocaçãoexportadora.Destaca‑seovigordaseco‑
Recuperação da economia mundial proporcionamelhoria parcial no clima de confiança
Índices agregados de mercados de acções · Junho.2007=100
405060708090
100110120130
Jun-07 Dez-07 Jun-08 Dez-08 Jun-09 Dez-09 Jun-10 Dez-10
Economias emergentes Economias avançadas Periferia àrea do euro
Fonte:DatastreamNota:Índicesáreadoeuroponderadospelopesodopaís
19RelatóRio e Contas 2010
Relatório do Conselho de administração
nomiasemdesenvolvimento,cujoritmodecrescimentodoPIBcorrespondeuquase
aotriplodovalormédioverificadonospaísesavançados.Ocrescimentoeconómico
mundialestimadopara2010édecercade4,5%.
Afaseinicialeaincertezacomasustentabilidadeevigordarecuperaçãoeconó‑
micatêmcondicionadoaevoluçãodomercadodetrabalho.Efectivamente,nãose
registaaindaumareduçãoconsistentedodesemprego,
quesemantémemvaloreshistoricamentemuitoeleva‑
doseevidenciaumaumentodacomponenteestrutural.
Para2011projecta‑seacontinuidadedociclode
recuperação,commenorintensidadedoqueem2010e
aindacaracterizadoporalgumadisparidade.Naidenti‑
ficaçãodosriscosparaoscenárioseconómicosrelativos
a2011,sobressaem,demoldeconsensual,osdesenvolvi‑
mentosdacrisesoberanadosestadosmembrosdaárea
doeuroeassuasrepercussõesinstitucionais.
EstefactornãoéexclusivodaEuropa.OsEUAtam‑
bémseencontramnumasituaçãodeendividamento
excessivo,peloquepersistempreocupaçõescomafolga
orçamentalaprazoerespectivosimpactosnaeconomiamundial.Acrescemoutros
riscos,nomeadamenteasustentabilidadedoprocessodecrescimentodepaíses
asiáticos;fenómenosdeestrangulamentonaofertadematérias‑primasdebase;
etensõesinternacionaisdecorrentesdeumadeficientecoordenaçãodaspolíticas
económicasanívelglobal,quepoderãotermanifestaçõesmaisconcretasnosmer‑
cadoscambiaisounolivrecomércio.Oregressodepressõesinflacionistasrelembra
anecessidadedecoordenaçãodepolíticaseassunçãodecompromissosglobais
Osreceiosdeflacionistasatenuaram‑seedespontarampressõesinflacionistasrela‑
cionadascomaevoluçãodopreçodasmatérias‑primasdebase,comoagravamento
datributaçãodirectanoconsumoecomosdesenvolvimentoscíclicosmaisfavoráveis.
Ainversãodociclorecessivoecatástrofesnaturaispontuaisinduziramumapres‑
sãoascendentesobreospreçosdasmatérias‑primas.Emalgunscasos,retomaram‑se
níveisdepreçossuperioresaosqueseverificavamantesdacrise,nomeadamente
embensalimentares,deproporçõesdramáticasnospaíseseparaaspopulaçõesde
menoresrecursos.Aadopçãodesoluçõesmaiseficientesnaproduçãoenautiliza‑
çãoderecursosescassos,emaiorcoordenaçãoeconsistênciadaspolíticasglobais,
assumemumaimportânciacrescentenoequilíbriogeo‑estratégicomundial.
PERSPECtIVAS PARA ECONOMIA PORtuGuESA
Aeconomiaportuguesaapresentouumcomportamentosimilaraopadrãomédio
daáreadoeuro:crescimentodaactividade;aumentodainflaçãoeinérciano
emprego.Porém,oagravamentodascondiçõesdefinanciamento,doEstadoedos
agentesprivados,exigiumedidasadicionaisdecorrecçãodasfinançaspúblicas,nas
recorrentesrevisõesdosplanosorçamentaisenoOrçamentodoEstadopara2011,
condicionantesdasituaçãofinanceiradasfinançasdasfamíliasedasempresas.
Projecções económicas do FMI
2009 2010 (E) 2011 (E) 2012 (P)
Mundo -0,6 5,0 4,4 4,5
Ec. avançadas -3,4 3,0 2,5 2,5
Ec. emergentes 2,6 7,1 6,5 6,5
EUA -2,6 2,8 3,0 2,7
Área do Euro -4,1 1,8 1,5 1,7
China 9,2 10,3 9,6 9,5
Brasil -0,6 7,5 4,5 4,1
África do Sul -1,7 2,8 3,4 3,8
Fonte:IMF,Jan.2011
20
Relatório do Conselho de administração
Outrosfactoresexógenostambémseprefigurammenosfavoráveispara2011,desig‑
nadamenteocustodofinanciamentoedasmatérias‑primasinternacionais.Nesse
sentido,projecta‑seoretornoaumaconjunturarecessivaem2011apósocresci‑
mentodecercade1,4%estimadopara2010.
Aalteraçãonascondiçõesdeacessoafinanciamento
doexteriorrepresentaumarupturanoregimedecresci‑
mentoeconómicoederelacionamentoinstitucionalque
caracterizouaparticipaçãodePortugalnaáreadoeuro
desde1999.Nãoobstanteoajustamentojáefectuado
em2010,quaseexclusivamentesuportadopelosector
privado,asnecessidadesdefinanciamentodaeconomia
portuguesapermanecemsubstanciais.Tendoemcontaa
alteraçãonapropensãodosinvestidoresnãoresidentesem
financiarPortugal,eapesardaexistênciadealternativasde
financiamentodecarácterextraordinário,dificilmentese
evitaráumperíododeforteretracçãonaprocurainterna.
Umdosprincipaismotivospordetrásdoagra‑
vamentodorisco‑paísprende‑secomoreferencialdebaixaprodutividadeede
competitividadeemPortugalnaúltimadécada,equeéincompatívelcomasusten‑
tabilidadedoendividamentoexistenteecenáriosdeenvelhecimentodapopulação.
Elevarosníveisdeprodutividadedeformaestruturalexigeclarividênciadepolíticas
e,mesmoquandobemsucedidas,implicatemposdeajustamentorelativamente
prolongados.Comotal,osganhosdecompetitividadedependemnasuamaior
partedeumapolíticadepreçosederemuneraçãodosfactoresajustadaàrealidade
subjacente,istoé,quecontribuaparaareduçãododesequilíbrioexternodopaís.
Ainversãonatendênciadepreçosdasmatérias‑primasdebase,comdestaque
paraopreçodopetróleo,eosefeitosdaalteraçãonatributaçãodoconsumo,deter‑
minaramumaevoluçãoascendentedataxadeinflaçãoem2010,para1,4%.Estes
factoresinfluenciarãoaindaocomportamentodospreçosem2011,elevandoataxa
deinflaçãoparaníveissuperioresa2%.Opoderdecompradasfamíliasreduz‑se,
paraalémdosefeitosdasmedidasderacionalizaçãodoapoiopúblico.
Obaixocrescimentotendencialeanecessidadedereporníveisdeprodutivi‑
dadeederendibilidadesuperiorestêmfomentadoumacontracçãodosquadrosde
pessoaleoaumentodataxadedesempregoparaníveisinvulgarmenteelevados,na
proximidadede11%.Aodramasocialdodesempregojunta‑seasuapersistência,já
quemaisdemetadedosdesempregadosconstituemdesempregodelongaduração.
Aexclusãodeumestadodetrabalhoactivocontribuiuparaacentuarofossoentre
competênciasenecessidadesprocuradas.
Enquadramento do Sector Segurador
Em2010,osprémiosdesegurodirectoecontratosdeinvestimentodomercado
seguradorportuguêsrevelaramumcrescimentosignificativofaceaoanoanterior,
-4-3-2-101234
1999 2001 2003 2005 2007 2009
Produtividade Aparente do Trabalho Emprego Total PIB
Recuperação da actividade económica em Portugalsem reflexo na evolução do emprego
PIB, emprego e produtividade aparente do trabalhoVariação % real homóloga e contributos em p.p.
Fonte:INE,Cálculospróprios
21RelatóRio e Contas 2010
Relatório do Conselho de administração
de12,6%,superandoos16,3milmilhõesdeeuros,oequivalenteacercade9%do
PIBportuguês.
Ovolumedenegóciosdosectorseguradorfoi,umavezmais,impulsionadopela
expansãode17,2%doramoVida,ondeototaldosprémiossuperouos12milmilhões
deeuros.Paraestaevolução,pesarammuitopositivamenteosprodutosdeCapita‑
lização,cujosprémiosaumentaram26,6%(parapertode8,0milmilhõesdeeuros).
AevoluçãoregistadadoramoVidalevouaumaumentodopesodestesegmento
nototaldacarteira,oqualpassouarepresentar74%,faceaos72%verificadosno
períodohomólogodoanoanterior.
AproduçãodesegurodirectodoconjuntodosramosNãoVidaapresentouum
ligeiroaumento,atingindoos4,2milmilhõesdeeuros,0,9%acimadoanoanterior,
contrariandoassimatendênciadecrescenteverificadanosúltimosanos.Desalien‑
tarocrescimentodosramosDoença,IncêndioeAutomóvelporcontraposiçãoao
ramodeAcidentesdeTrabalho,quecontinuouaexibirumdecréscimofacea2009
(‑4,1%),emboramenospronunciadoquenoanoanterior(‑9,1%),justificadopor
umaconjunturamacro‑económica,queranívelnacionalqueranívelinternacional,
nomeadamentepelofracodinamismodeagregadoscomooconsumoprivado,o
investimento,orendimentoeoemprego,bemcomo,porumaintensaconcorrência
entreosoperadoresdestesectordeactividade.
Prémios de Seguro Directo e Contratos de Investimento – Actividade em Portugal [milhões de euros]
RAmOS 2010 2009 2008 2007 VAR.10/09 VAR.09/08 VAR.08/07
Vida 12.173,4 10.383,9 11.004,7 9.369,3 17,2% -5,6% 17,5%
Não Vida 4.168,5 4.131,6 4.321,0 4.371,6 0,9% -4,4% -1,4%
Total 16.341,9 14.515,5 15.325,8 13.750,9 12,6% -5,3% 11,5%
Fonte:AssociaçãoPortuguesadeSeguradores.
Noanode2010assistiu‑se,contrariandoatendênciaregistadaem2009,aum
aumentodaconcentraçãonomercadoseguradornacional,sendoqueoscinco
maioresgruposforamresponsáveisporcercade73%dosprémiosemitidos,oque
comparacomos70%registadosnofinalde2009.
Nãoobstanteaestagnaçãodaactividadeeconómicaquesetemverificado,pode‑
mosafirmarqueosectorseguradorassentanummodelosólidoerobusto,estando
aultrapassarestaexigenteconjunturasemapoiofinanceiroporpartedoEstado,
semcasosdeinsolvênciaemantendoumráciodesolvênciamuitoacimados100%
exigidospeloregulador.
ANálISE dO RAMO VIdA
OcrescimentodosegmentoVidafoi,defacto,muitoexpressivoaolongodoano
de2010,mantendo‑se,desdeomêsdeMarço,acimados30%.Nãoobstante,a
partirdomêsdeSetembro,assistiu‑seaumainflexãonatendênciamensaldataxa
decrescimentodoramo,quesefixouemDezembronos17,2%.Oritmodecresci‑
mentotorna‑seaindamaissignificativoapósoenquadrarmosnocontextogeralda
economiaportuguesa,cujoPIBcresceuabaixodos2%.
22
Relatório do Conselho de administração
Estecrescimentotemsidoimpulsionadopelodesenvolvimentodosprodutos
decapitalização,sobretudoosnãoligadosafundosdeinvestimento.Noconjunto,
estetipodeprodutosapresentouummontantetotaldeprémiosdecercade8,0mil
milhõesdeeuros,oque,faceaos6,3milmilhõesregistadosnoperíodohomólogodo
anopassado,representaumcrescimentode26,6%.Numaenvolventeparticularmente
volátildeescassaliquideznaeconomiaosprodutosdecapitalizaçãocomgarantia
decapitaisetaxasderendimentos,tornaram‑seprodutosderefúgiodosaforradores
portugueses,avessosaoutrotipodeprodutosfinanceirosdemaiorrisco.
AindanosegmentoVida,éderealçarodesempenhodosprodutosdePoupança
Reforma,quecontinuamaapresentarumritmodecrescimentopositivo,vindocon‑
firmarumatendênciaprogressivadealteraçãodeatitudedapopulaçãoportuguesa
relativamenteàsuareforma:
› existeumamaiorconsciencializaçãodequeareformaatribuídapelaSegurança
Socialnãoésuficienteparaassegurarospadrõesderendimentoeoníveldevida
equivalentesaosdoperíododevidaactiva;
› aprudênciaaplicadaàgestãodasseguradorasépercepcionadapelapopulação,
inspirando‑lhecredibilidadeesegurança.
OsprodutosUnit ‑Linkedregistaramumdecréscimofacea2009,sendoapro‑
curafortementecondicionadapelamenorapetênciadosinvestidores,noactual
enquadramentoeconómicoefinanceiro,porprodutosdereduzidaliquideze/ou
semcapitalgarantido.
Prémios de Seguro Directo e Contratos de Investimento – Actividade em Portugal [milhões de euros]
RAmOS 2010 2009 2008 2007VAR.
10/09VAR.
09/08VAR.
08/07
Produtos de Capitalização 7.969,4 6.295,5 7.588,6 6.835,2 26,6% -17,0% 11,0%
Planos Poupança Reforma 3.252,5 3.144,8 2.465,9 1.698,2 3,4% 27,5% 45,2%
Risco e Rendas 951,5 943,6 950,2 835,9 0,8% -0,7% 13,7%
Total 12.173,4 10.383,9 11.004,7 9.369,3 17,2% -5,6% 17,5%
Fonte:AssociaçãoPortuguesadeSeguradores.
NosegmentoVida,àimagemdoquesucedeunototaldomercado,ésentidaa
tendênciadeconcentraçãoemtornodoscincoprincipaisoperadoresdomercado
nacional.Defacto,oscincoprincipaisgruposseguradores,querepresentavamcerca
de81%dototaldomercadoseguradordeVidaem2009,representamem2010já
83%domesmomercado.
ANálISE dOS RAMOS NãO VIdA
OsegmentoNãoVidaregistouumcrescimentode0,9%faceaoperíodohomólogo,
cifrando‑seototaldosprémiosdesegurodirectoaproximadamenteem4,2mil
milhõesdeeuros.
Continuouadestacar‑sepelapositivaadinâmicadoramoDoença,comum
crescimentodeprémiosdecercade7%.Éumaevoluçãoqueseenquadranuma
23RelatóRio e Contas 2010
Relatório do Conselho de administração
tendênciaquetemcaracterizadoosúltimosanosequedecorredacrescentepre‑
ocupaçãodapopulaçãocomoacessoaoscuidadosdesaúdeepelaversatilidade,
abrangênciaeacessibilidadedestetipodeseguros,queconstituemcadavezmais
umcomplementoaosserviçosprestadospelossistemasdesaúdepúblicos.
Aindaaexibirdecréscimosdovolumedeprémiosdesegurodirecto,embora
menospronunciados,estáumdosramosdemaiorpesonosegmentoNãoVida
–AcidentesdeTrabalho–agoradaordemdos4,1%,cujaevoluçãoseencontrafor‑
tementecondicionadaquerpelaperformancedanossaeconomia,querpelaforte
concorrênciadosectorsegurador.Porseulado,oramoAutomóvelapresentou,
pelaprimeiravezdesde2007,umligeirocrescimentodovolumedeprémios(0,4%).
Relativamenteaoscustoscomsinistroslíquidosdoefeitodoressegurodos
ramosNãoVida,registou‑senoterceirotrimestredoanoumdecréscimodecerca
de2,7%,frutodeumaligeiraaceleração,querdosmontantespagos(2,4%),querda
variaçãodaprovisãoparasinistros(64,5%),ambascompensadasporumarecupe‑
raçãoaoníveldoscustoscomsinistrosderessegurocedido(37,4%).
AtaxadesinistralidadelíquidaderessegurodosegmentoNãoVidaregistou
assim,faceaSetembro2009,umarecuperaçãodecercade1pontopercentual,
justificada,querpelaretracçãodoscustoscomsinistroslíquidosderesseguroquer
pelaligeirarecuperaçãodosprémios.
Prémios de Seguro Directo – Actividade em Portugal [milhões de euros]
RAmOS 2010 2009 2008 2007VAR.
10/09VAR.
09/08VAR.
08/07
Automóvel 1.671,9 1.665,6 1.809,7 1.943,9 0,4% -8,0% -6,9%
Incêndio 765,3 744,3 732,2 705,9 2,8% 1,7% 3,7%
Acidentes de Trabalho 645,9 673,7 741,1 762,5 -4,1% -9,1% -2,8%
Doença 532,2 499,7 482,8 440,5 6,5% 3,5% 9,6%
Acidentes Pessoais 178,4 180,0 172,3 169,2 -0,9% 4,5% 1,8%
Outros Ramos 374,7 368,3 382,9 359,6 1,8% -3,8% 6,5%
Total 4.168,5 4.131,6 4.321,0 4.381,6 0,9% -4,4% -1,4%
Fonte:AssociaçãoPortuguesadeSeguradores.
Estaretracçãodoscustoscomsinistrosévisívelempraticamentetodososramos
comnaturalreflexonareduçãodastaxasdesinistralidade.Acontrariarestaten‑
dênciadecrescenteestáoramoIncêndio,queviuagravarataxadesinistralidade
líquidaderessegurocedidoemcercade14pontospercentuais,reflexodossinistros
ocorridosemFevereirodesteanonaRegiãoAutónomadaMadeira.
Taxas sinistralidade
RAmOSJAN-SET
2010JAN-SET
2009JAN-SET
2008JAN-SET
2007 2009 2008 2007 2006
Acidentes 74,5% 75,9% 75,3% 72,4% 75,7% 77,6% 77,2% 77,8%
Doença 77,1% 82,5% 75,6% 77,4% 87,1% 82,8% 82,8% 84,4%
Incêndio 72,9% 58,8% 51,1% 46,9% 64,4% 53,7% 46,9% 52,0%
Automóvel 77,3% 80,1% 70,5% 70,8% 75,1% 69,3% 70,6% 69,3%
Outros Ramos 63,3% 73,8% 59,2% 58,5% 74,4% 66,3% 57,5% 71,6%
Não Vida 75,3% 76,4% 69,3% 68,7% 75,5% 70,8% 70,1% 71,0%
Nota:Taxascalculadassobreprémiosemitidos.Oscustoscomsinistrosincluemmontantespagos,variaçãodaprovisãop/sinistrosecustosdegestãoimputados.Astaxasapresentadassãolíquidasdeefeitoderesseguro.
24
Relatório do Conselho de administração
Millenniumbcp Ageas – Principais Acontecimentos de 2010
2010foiumanoextremamentedifícileexigenteatodososníveis.Amanutenção
doambienteeconómicorecessivo,ocontínuoaumentododesemprego,oagra‑
vamentodapressãodosmercadosfinanceiros,nomeadamentenoquerespeitaà
dívidasoberanadospaísesperiféricosdaEuropa,eafaltadeliquidezdosmercados,
sãoapenasalgunsdosfactoresquecondicionaramfortementeocrescimentoea
solidezdomercadosegurador.Apesardesteenquadramento,obalançode2010da
MillenniumbcpAgeasfoiextremamentepositivoeglobalmenteforamatingidosos
objectivostraçados.Deentreosváriosacontecimentosquemarcaramaactividade
de2010,destacam‑seosseguintes:
› Aonívelcomercial,asvendasdeprodutosPPRmantiveramumaboaperfor‑
mance.EmsegurosdeCapitalização,destaqueparaocrescimentode45%nos
planoscomentregasprogramadas.NosprodutosUnit ‑Linked,aRededePrivate
Bankingmultiplicouporquatroosmontantessubscritosporcomparaçãocom
oexercícioanterior,tendosido2010,tambémaqui,omelhoranodesempre.
AstaxasdepenetraçãodossegurosnabasedeClientesdoMillenniumbcp
mantiveram‑sesustentadasemníveisdeexcelênciaqueconstituembenchmarks
internacionais.AsvendasdeprodutosMédiscresceramacimados10%,oque
permitiufecharoexercíciocomcercade27%dequotademercado,maisde
455.000Clientes,umníveldesatisfaçãode97%,ealiderançanoseusegmento
emnotoriedadeerecordaçãodamarca,renovandopelo5ºanoconsecutivoo
prémioSuperBrand.Dedestacar,especialmentenadifícilconjunturaeconómica
paraasempresas,osêxitosdorelançamentodoEuroNegócio,domodelode
suporteespecializadonosegmentodeNegócios,edocrescimentode2dígitos
nabancassuranceEmpresas;
› OnovocanaldedistribuiçãodeNãoVida–Ocidental–Agentes&Corretores–
lançadonoiníciode2008paraosegmentodePME,queésuportadoporuma
rededemediadoresprofissionais,contribuiujá,noanode2010,comumvolume
deprémiosde35,5milhõesdeeuros,oquecorrespondeaumcrescimentode
9,1%faceaoanoanterior;
› Aindaaonívelcomercial,derealçaracontribuiçãodosAcordosdeDistribuição
–parceriasentreaMédiseoutrasSeguradoras–cujareceitaprocessadaatingiu
10,1milhõesdeeurosem2010,oquerepresentaumcrescimentode64%face
aoanoanterior;
› OgraudesatisfaçãodosClientescomosprodutoseserviçosprestadoscresceu
em2010de71,8%para73,0%.Paraestefactocontribuiuopermanenteenfoque
detodasasáreasdaempresanoserviçoaoCliente,oquepermitiumelhorara
rapidezderespostaaospedidosefectuados(passoude2,3diasúteisem2009
para1,7em2010)eàsreclamações(passoude3,0diasúteisem2009para2,7
em2010),eaqualidadedoserviçoprestado;
› Noiníciode2010foilançadoumprojectoparadinamizaremelhorarodesem‑
penhodasáreastécnicaseoperativas.Esteprojectodenominadode‘M4’assenta
emquatrovectoreschavedeintervenção:serviçoaoCliente,rentabilidade,pro‑
25RelatóRio e Contas 2010
Relatório do Conselho de administração
dutividadeemotivação.Oprojectoassentanoforteenvolvimentodetodosos
Colaboradores,sejaatravésdasubmissãodeideiasdemelhoriainicialmentecom
acriaçãodeumbancodeideiascomelevadoíndiceparticipativo,(445ideias
submetidas),seja,nacolaboraçãoactivanaimplementaçãodasiniciativascriadas
atravésdasideiasrecolhidas.Umadascaracterísticasderelevodo“M4”éasua
componentecomunicacional,comespecialenfoquenapáginawebcriadano
portaldaMillenniumbcpAgeas,ondetodososColaboradorespodemacompa‑
nharodesenrolardoprojecto(evoluçãodasiniciativaseresultadosobtidos).
Paraapoiaroprojectofoidesignadaumaequipaqueseocupadadinamização,
organização,acompanhamentodasiniciativasedaactualizaçãodainformação
sobreoprojecto.Aindanoâmbitodoprojecto“M4”,foiconcluídaarestrutu‑
raçãodasáreasdeback ‑officedeNãoVida,daqualresultouacentralizaçãodas
áreastécnicasedasáreasdegestãodesinistros,quepermitiráganhosdepro‑
dutividadeeeficiêncianofuturo;
› AoníveldagestãodesinistrosNãoVida,2010foioanodeestabilizaçãoope‑
rativaeconsolidaçãodosprocedimentosnoâmbitodomodelodegestãode
sinistrosqueassentanooutsourcingdeumconjuntodeactividadesdesuporte
àgestão,consequentementenãocore.Navertentefinanceira,2010foiumano
depoupançassignificativasaoníveldoscustosdaplataforma,decorrentesde
economiasdeescalaederenegociaçãodecontratos outsourcing.Estemodelo,
queéúnicoeinovadornomercadosegurador,foiiniciadoem2009paraos
ramosAutomóveleAcidentesdeTrabalho.Acentralizaçãodagestãodesinistros
NãoVida,comexcepçãodeSaúde,numaúnicaárea,permitiuoalargamento
domodeloaosrestantesramos,nomeadamenteAcidentesPessoais,Planosde
ProtecçãoeMultirriscos,gerandoeconomiasdeescalaepotenciandoganhos
deprodutividadeesinergias;
› AoníveldagestãodesinistrosdoramoSaúde,asexigênciasdealgunsnegócios
emcarteira,constituídosporsoluçõesfeitasàmedidadosClientes(tailor made),
comcircuitoseníveisdeserviçopré‑negociados,levaramaáreaaapostarainda
maisfortementenaeficiênciaeeficáciaoperativa,comvistaaocumprimentodas
condiçõesnegociaisacordadas,algumasdelassuportadasemgestãopersonali‑
zada.Osníveisdeserviçoalcançados(80%dasdespesasrealizadasforadaRede
Médispagasaté10dias)sãoumdossuportesàsatisfaçãodouniversoseguroe
dosClientes.Tambémnoquerespeitaaotratamentoeprocessamentodafactu‑
raçãomanualqueosPrestadoresMédisenviamparapagamento,aestruturafoi
ajustadacomvistaaumamelhorrespostaeoptimizaçãodosrecursos,visando
ocumprimentodosprazosdepagamentoacordados(85%dasfacturaspagas
até30dias)bemcomoaconferênciadasmesmas;
› Aoníveldossistemasdeinformação,merecemdestaquesasmúltiplasiniciativas
dereforçoàautomatizaçãoewebizaçãodeprocessospartilhadoscomoMillen‑
niumbcpquepermitemàsSucursaisdoBancoconcluíremtodooprocessode
vendanumúnicocontacto,apresentandoapropostaaoCliente,fechandoonegó‑
cio,emitindoaapóliceecobrandooprémio.Entreasváriasactividadeslevadasa
caboaolongodoano,destacam‑seainda:i)oProjectoVida/AIA,cujoobjectivo
consistenaimplementaçãodeumnovosuporteinformáticoàgestãointegral
26
Relatório do Conselho de administração
donegóciodoramoVida,quepermitiráumsaltoqualitativoatodososníveis
dacadeiadenegócioequenofuturoserácertamenteumfactordiferenciador
faceaosprincipaisconcorrentes;ii)oProjectoIValuequetemcomoobjectivo
melhoraraqualidadedainformaçãodegestãoquesuportaoprocessodedecisão;
› Naáreadegestãoderiscos,dandocontinuidadeaoprojectodeimplementação
doRegimedeSolvênciaIIiniciadonosegundosemestrede2009,procedeu‑se
aoalinhamentodoplanolocalcomoplanodogrupoAgeas,comoobjectivo
demaximizarsinergias.Procedeu‑se,igualmente,aodesenvolvimentodoplano
detalhado,análisederecursoseinvestimento.Aindanoúltimotrimestrede
2010,edeacordocomoplaneamento,iniciaram‑sealgunssub‑projectos,no
âmbitodosworkstreamsdeGovernance,ITeModelling;
› NaáreadagestãodosRecursosHumanos,merecemdestaqueduasiniciativas:
noâmbitodaformação,odesenvolvimentodeumaPlataformadee ‑learningque
permitiráaosColaboradores,atravésdeumaferramentasimplesedefácilacesso,
desenvolvereenriquecerassuascompetênciastécnicasnoâmbitodaactividade
seguradoraeaaprovaçãodeumprogramaderestruturação,aimplementara
partirde2011,quevisaorejuvenescimentodoquadrodeColaboradores;
› Oreconhecimentodomercadopelotrabalhoquetemvindoaserrealizadoao
longodosúltimosanosencontra‑sepatentenofactodemaisumavezaOci‑
dentalVidatersidodistinguidapelaRevistaExamecomoprémiode“Melhor
GrandeSeguradoradoRamoVida”aoperarnomercadoportuguês;
› NonegóciodegestãodeFundosdePensões,aPensõesgeremantevealiderança
destacadadomercado,tendoovalorglobaldosactivossobgestãoultrapassado
os6,7milmilhõesdeeuros,salientam‑seaindatodosostrabalhospreparatórios
paraadequarosserviçosdaPensõesgereàsnovasexigênciasregulamentares,
nomeadamentedorelatofinanceiro,gestãoderiscoecontrolointerno.
Missão, Valores e Estratégia
MISSãO
SeraEmpresalídernoMercadoseguradorPortuguês,maximizandoopotencialda
marcaedaestratégiamulti‑canaldoMillenniumbcp,capitalizandoascompetências
daAgeasemtermosdedesenvolvimentodeprodutos,disponibilizandoumaoferta
completadeprodutosinovadoreseasmelhoressoluçõesemtermosdeperformance
aosseusClientes,comumserviçodeexcelênciaemtermosdepessoaseprocessos.
VAlORES
OGrupopretendeserreconhecidopelosseusparceirosporumconjuntodequatro
gruposdevalores.
27RelatóRio e Contas 2010
Relatório do Conselho de administração
Solidez (Estabilidade)
Somos credíveis, agora e no futuro. Somos um parceiro sólido e proporcionamos aos nossos Colaboradores oportunidades, desafios e perspectivas alargadas.
Responsabilidade(Credibilidade)
Ouvimos, compreendemos e respondemos aos Clientes e à Sociedade. Entendemos que para o alcançar, os nossos Colaboradores são cruciais e por isso proporcionamos ‑lhes meios para crescerem e desenvolverem os seus talentos ao máximo.
Inovação(Criatividade)
Esforçamo ‑nos, sempre, para obter as melhores e mais adequadas soluções. Encorajamos os Colaboradores a usarem a sua iniciativa e a desenvolverem um espírito empreendedor.
Objectividade(Pragmatismo)
Somos frontais e agimos com transparência.
Essesvalores,sãosuportadosporumconjuntodecomportamentosepráticas
empresariais,quesãoassumidasnodia‑a‑diapelosColaboradores.
EStRAtéGIA
AestratégiadoGrupoMillenniumbcpAgeasassentaem8pilares,dosquaisderivam
váriosobjectivos.
PIlARES ESTRATégICOS ObJECTIVOS
Aumentar a solidez financeira • Ser líder de mercado em volume de negócio;• Melhorar os drivers de rentabilidade defendendo a margem
dos produtos e equilibrando a carteira;• Manter os níveis de solvência.
Maximizar o crescimento através do Millennium bcp
• Aumentar a eficácia das campanhas comerciais e garantira continuidade das vendas fora desse período;
• Desenvolver a venda activa;• Simplificar a oferta de produtos e os processos operativos.
Desenvolver canais alternativos
• Equilibrar a estrutura da carteira e aumentar a rentabilidade desenvolvendo canais de distribuição alternativos (ex. “Ocidental Seguros – Agentes & Corretores” e Médis Directo).
Desenvolver novos produtos • Antecipar as necessidades do mercado lançando produtos inovadores que impulsionem as vendas e respondam a novos segmentos de mercado.
Melhorar a qualidade dos serviços prestados
• Melhorar a relação com o Cliente através de processos fluidos, suportados por níveis de serviço de excelência.
Alinhar os sistemas (IT) com os objectivos da empresa
• Aumentar a produtividade e controlar os custos operacionais;• Aumentar o controlo sobre o suporte informático reduzindo
o tempo de resposta (ex. implementação de um novo sistema informático de suporte ao ramo Vida).
Mitigar o risco operacional • Minimizar a exposição ao risco operacional e financeiro.
Assegurar o envolvimento e responsabilização dos Colaboradores
• Desenvolver aptidões e competências;• Incentivar ao autodesenvolvimento e à responsabilização
como meio de reforçar a progressão na carreira.
28
Relatório do Conselho de administração
Estrutura Organizacional
Oprocessocontínuoderacionalizaçãodaactividade,constituiumdosmaisrele‑
vantesfactorescríticosdesucessoparaaobtençãodesinergiasoperativaseparao
aproveitamentodeeconomiasdeescala,sejaemáreastécnicas–comoaProdução,
Sinistros,ResseguroeGestãodeActivos–sejaemáreasoperativasdesuporte–
Organização,Sistemas,Administrativa,Financeira,Contabilidade,RecursosHuma‑
nos,ServiçosJurídicos,AuditoriaInternaeCompliance.
VIDA
SAÚDE
PATRIMONIAIS(incluindoAutomóvel)
ACIDENTES
SubscriçãoEmissão& Gestãode Apólices
Gestãode Sinistros
Análisesde Mercado
Plataformas Técnicasdos ramos Não Vida
Plataformade Gestão
de Sinistrosdos ramosNão Vida
Plataforma Técnica de Vida
Serviços Centralizados Plataformas Técnicas Serviços Partilhados com o Millennium bcp
Organização & Área Financeira & Planeamento
Gestão de Risco & Investimentos & Resseguro
Apoio Corporativo & Serviços Jurídicos & Compliance & Auditoria
Recursos Humanos
Serviços Administrativos
Sistemas
DistribuiçãoDesenvolvimento& Gestãode Produtos
ÁreaTécnica
Áreade Produção
Áreade Sinistros
Marketing Marketing& Actuariado
ÁreasComerciaise de Suporteà Venda
Marketing & Comercial
Apesardocontextoeconómicoadverso,oMillenniumbcpAgeasconseguiuregis‑
tarnovamenteumdesempenhoemNãoVidacontrastantecomodomercado,ao
crescerovolumedeprémiosem6,8%,quandoomercadoportuguêscresceuapenas
0,9%,novamenteabaixodavariaçãodoPIB,masmesmoassimmelhorquenosanos
anteriores.NoramoVida,ocrescimentoglobaldovolumedeprémiosfoinegativo,
frutodadesaceleraçãoprogramadadosvolumesdeProdutosUnit ‑Linkediniciada
em2009.
Oexercíciode2010continuouasermarcadopelainovaçãodeproduto‑mercado.
Noglobal,opesodenovosprodutosnonegóciogeradopelosdiversoscanaissituou‑
‑senos43,7%,medidopelovolumedeprémiosnovosemprodutoslançadosnos
últimos12meses,sejanoramoVida,sejanosramosNãoVida.
AssubscriçõesdePPR,medidaspelosvolumesdenovosedereforçosdecontra‑
tosexistentes,mantiveram‑seemlinhacomasdoanoanterior,emboranoglobal
ovolumedeprémiostenhadescidocercade3%,frutodaesperadaquebranosvolu‑
29RelatóRio e Contas 2010
Relatório do Conselho de administração
mesdecontratosdeentregasprogramadas.Tendopresentesasalteraçõesaoregime
fiscaldosPPRdecorrentesdoPEC,emvigorapartirde2011,oanode2010fezdo
benefíciofiscalaalavancadecomunicaçãonofinaldoano.
Mesmoassim,oposicionamentodeprodutodoMillenniumbcpAgeas,orien‑
tadoparaasnecessidadesdosClientesnaperspectivadaconstituiçãodepoupanças
delongoprazoparaareforma,permitiuqueoapelo
doPPRenquantocomplementodereformanãodepen‑
dessedobenefíciofiscal,tendoovolumedesubscrições
sidobalanceadoaolongodetodooexercício,reduzindo
adependênciadelançamentodesériesespeciais.Entre
produtosnovosenovassériesdeprodutosjáconheci‑
dos,foramlançadas13novassoluçõesPPRaolongodo
exercíciode2010.
OsPPRdisponíveisnoMillenniumbcpforam
objectodecampanhasdepromoçãomulti‑meios,com
destaqueparaorádioeparaapromoçãonosprincipais
estádiosdefutebolaolongodasdiversascompetições
profissionais,quebeneficiaramdeamplacoberturaemtelevisão.
Oppr.net,produtoinovadoreexclusivodocanalinternetdoMillenniumbcp,
voltouarevelar‑seapelativoparaosClientesdoBanco:apesardeterestadodispo‑
nívelporcurtosperíodos(emJaneiroeemDezembroapenas),contribuiudecisiva‑
menteparaocrescimentodecercade500%dasvendasdePPRatravésdoportal
millenniumbcp.pt.
Dedestacarigualmenteodesenvolvimentodeum
PPRexclusivoparaarededePrivateBankingdoMillen‑
niumbcp,lançadoem2séries,oqualcontribuiude
formamuitoexpressivaparaovolumerecorddesubs‑
criçõesnestarededoBanco.
Emsegurosdecapitalização,depoisdeumanode
2009marcadoporumfortecrescimento,aevoluçãodos
volumesfoiemlinhacomoesperadoeacimadamédia
dosúltimos5anos.OPoupança 112,umdosprodutos
estreladoexercícioanterior,voltoucomumanovasérie
emJaneiroamerecerapreferênciadosClientesdoMil‑
lenniumbcp,assimcomoonovíssimoPuro Capital.
Manteve‑setambémofoconaapresentaçãodesoluções
segmentadas,inovadoraseapelativasparaaconstitui‑
çãodepoupançaregular.OsClientesreconheceram‑no,
tendoosvolumesdeplanoscomentregasprogramadas
crescidomaisde45%.
NosprodutosUnit ‑Linked,manteve‑senoexercício
de2010adesaceleraçãoprogramadadosvolumesde
novosiniciadaem2009.Mesmoassim,oMillennium‑
bcpAgeascontinuouainovareaapresentarsempre
soluçõesadaptadasaoperfildosClienteseàconjuntura
30
Relatório do Conselho de administração
demercado.Entreprodutosnovosenovassériesdeprodutosjáconhecidos,foram
lançadas14novassoluçõesUnit ‑linkedaolongodoexercícioemanálise.
DesublinharaprocuraregistadanestalinhadeprodutosnaRededePrivate
Banking,quepermitiumultiplicarporquatroosmontantessubscritos,porcompa‑
raçãocomoexercícioanterior,tendo‑seregistadoomelhoranodesempre.
Apesardoesperadodecréscimodevolumedecréditoconcedidoedoaumento
dosspreads,ataxadepenetraçãodossegurosassociadosaoperaçõesdecrédito
manteve‑sesustentadaemníveisdeexcelênciaqueconstituembenchmarksinterna‑
cionais.Emtermosglobais,ovolumedeprémiosnovosdiminuiu20%relativamente
a2009.DeregistarocrescimentodopesodonovoPPPassociadoacréditohabitação
(+130,6%faceaoexercícioanterior),eaevoluçãomuitopositivadoSeguroAuto‑
móvelassociadoaoperaçõesdefinanciamento:+78,6%facea2009.
EmprodutosdeRiscodeVendaActiva,ofoconospilaresestratégicosdeinova‑
çãodeproduto‑mercadoedadistribuiçãomulti‑canalcontinuouaproduzirresul‑
tadosvisíveis.Onúmerodecampanhascomobjectivos
comerciaisnoMillenniumbcpfoiumimportante
motorparaaevoluçãodonegócioderiscoemvenda
activa,apesardocontextoeconómicoadversoedo
aumentodapenetraçãodesegurosnomercadoena
basedeClientesdoBanco.Alémdadinâmicacomercial
doMillenniumbcp,acontínuainovaçãodeprodutoe
adiversificaçãodecanaisdenegóciopermitiumanter
inalteradososvolumestotaisdenovosprodutosde
riscodevendaactiva(VidaeNãoVida).
Asvendas(volumedeprémiosnovos)deAcidentes
Pessoaiscresceram25,3%,devidoaoefeitocombinado
dareconhecidaqualidadedaofertadeproduto,edo
dinamismocomercialdoMillenniumbcp.
AsvendasdeprodutosMédisregistaramumvalor
considerável,oquepermitiumanterocaminhode
ganhodequotademercado.Considerandoprémiosde
segurodirectoeresseguroaceite,aMédisfechouoexer‑
cíciode2010com26,6%dequotademercado(+1,2pp
faceaoexercícioanterior),maisde455.000Clientes,
umníveldesatisfaçãode97%aferidoporumestudo
independenterealizadopelaNielsenCompany,alide‑
rançanoseusegmentoemnotoriedadeerecordaçãoda
marca,erenovandopelo5ºanoconsecutivooprémio
SuperBrand.
Todososanosdesde2005aMédistemvindoalan‑
çarnovosprodutosousoluçõesdentrodagamaexis‑
tente,semprecomofoconainovaçãoenasnecessidades
dosdiversossegmentosdemercado.2010nãofoiexcep‑
ção,comolançamentodoprodutoVintage,destinado
aosegmentosénior.ApromoçãodamarcaMédisfoi
31RelatóRio e Contas 2010
Relatório do Conselho de administração
asseguradapelapresençacriteriosaemdiversosmeiosdecomunicaçãotradicionais,
nainternete,maisumavezecomimportantecoberturamediática,emeventos
desportivosseleccionadosecomelevadoreturn on investment.Alémdaevoluçãoposi‑
tivadovolumedeprémiosedenotoriedadedamarca,aMédisapresentouem2010
osmelhoresresultadosdoexercíciodesempre.
NosprodutosMultirriscosdeVendaActiva,2010
voltouaserumanodecrescimento,sejanosegmento
departiculares,sejanodePME.Relativamenteaoexer‑
cícioanterior,ovolumedeprémiosnovoscresceu11,4%.
OprodutoMultirriscosdaOcidentalSegurosmanteve,
maisumavez,adistinçãoqueaprincipalorganização
deconsumidoresportuguesalhetemvindoaatribuir,
classificando‑oentreosmelhoresdomercadonacional.
AindaemprodutosdeRiscodeVendaActiva,opro‑
dutoPétis,segurodeanimaisdomésticoscomcompo‑
nentedeResponsabilidadeCivil ededespesasde
tratamento,registouumcrescimentodovolumedepré‑
miosnovosde163,9%faceaoexercícioanterior,pro‑
vandoque,mesmonumcontextoeconómicoadverso,
ainovaçãodeprodutoedecomunicaçãoproduzresul‑
tados.OPétiséumprodutocomenormepotencial,e
umadasapostasparaodesenvolvimentodonegócio
multi‑canalnospróximosanos.
NoramoAutomóvel,quenãotemsidoumadas
apostasestratégicasemtermosdepromoçãodosprodu‑
tosdoMillenniumbcpAgeasnoBanco,registou‑seum
decréscimodovolumedeprémiosnovosde6,3%.No
entanto,areformulaçãodaofertainiciadanoexercício
de2010perspectivaumainversãoparaosanosseguin‑
tes,assentenainovaçãodeprodutoenoajustamentoàs
necessidadesdosClientesdoMillenniumbcp.
Dedestacar,porfim,especialmentenadifícilcon‑
junturaeconómicaparaasempresas,orelançamentodo
EuroNegócioatravésdeumaadequaçãoeflexibilização
dassoluçõesparapequenosnegócios,oêxitodomodelo
desuporteespecializadonosegmentodeNegócios,eo
crescimentode2dígitosnabancassuranceEmpresas.
Aconsolidaçãodocanaldenegóciodireccionadoao
segmentodePME,assentenumaredecriteriosamenteseleccionadadeagentese
corretores,contribuiucomoesperadoparaasubidadaquotademercadodaOci‑
dentalSegurosemNãoVida,novamenteumfactoaassinalarnumanodesafiante
comofoiode2010,enummercadoconcentrado,maduroeconcorrencial.
32
Relatório do Conselho de administração
áREA dE Bancassurance EMPRESAS
AabordagemcomercialjuntodasRedesdeEmpresaseCorporatedoMilleniumbcp
érealizadapelaáreadenegóciodeBancassuranceEmpresas,distribuindodeforma
integradaosFundosdePensõesdaPensõesgere,ossegurosdeRamosReaisede
SaúdedaOcidentalSeguroseossegurosdeVidadaOcidentalVida,envolvendo
comoClientesasEmpresaseosseusColaboradores.
AgrandeimplantaçãonomercadoeodinamismocomercialdasRedesde
EmpresaseCorporatedoMillenniumbcppermitiramqueserealizasseumvolume
denegóciosemtermosdeproduçãonovade28,3milhõesdeeuros.Ovalorglobal
deproduçãonovarepartiu‑sedaseguinteforma:3,0milhõesdeeurosemFundos
dePensões;22,3milhõesdeeurosemsegurosdeCapitalização;1,4milhõesde
eurosemsegurosdeSaúdee1,6milhõesdeeurosemsegurosdosramosNãoVida.
Aposiçãodestacadaoudeliderançanosmercadosemqueactua,avisãoglobal
doClienteatravésdaofertaintegradadeprodutosdeemployee benefitseaconsoli‑
daçãodeumaofertaglobalcomossegurosdeNãoVida,permitemperspectivar,
para2011,umaconsolidaçãodaofertadesoluçõesglobaisdeseguroseFundosde
Pensõesparaasempresas.
HORIZONTE SEGURANÇA
O Fundo revela-se apropriado para quem pretenda investir com segurança – perfil de risco reduzido (0% em acções).Os investidores neste Fundo apresentam um horizonte temporal de investimento curto.Trata-se de um Fundo que se destina aos investidores que se encontram próximos da idade da reforma ou próximos do momento do seu reembolso.
HORIZONTE VALORIZAÇÃO
O Fundo revela-se apropriado a quem pretenda investir com alguma valorização – perfil de risco intermédio até 30% em acções.Os investidores neste Fundo apresentam um horizonte temporal de investimento médio.Trata-se de um Fundo que se destina aos investidores cujas datas previstas de reforma se encontram a médio prazo.
HORIZONTE VALORIZAÇÃO
O Fundo revela-se apropriado para quem queira investir com valorização – perfil de risco mais elevado (exposição central em acções de 40%).Trata-se de um Fundo dirigido a investidores com apetência para o investimento em activos de risco dado a potencial valorização que é expectável em fundos de investimento com elevada maturidade e elevada exposição em acções – horizonte temporal de investimento elevado.
Fundos de Pensões Abertos
A Pensõesgere comercializa três Fundos de Pensões Abertos que se distinguem entre si pelo maior ou menor exposição a activos de maior risco – acções. As contribuições podem ser efectuadas para mais que um Fundo de Pensões, existindo tambéma possibilidade de switching anual entre Fundos, de acordo com o previsto no Plano de Pensões.
Análise Financeira
AanálisequerespeitaaovolumedeproduçãodoGrupoedomercadosegurador,
incluicontratosdeinvestimentoque,deacordocomasnormasIFRS,nãosãocon‑
tabilizadoscomoprémiosdeseguros,nomeadamenteprodutosUnit ‑Linked(UL).
Em2010,aMillenniumbcpAgeas,apresentoufaceaoanoanteriorumdecrés‑
cimode17,9%novolumedeprémiosdesegurodirecto,penalizadapelaprestação
33RelatóRio e Contas 2010
Relatório do Conselho de administração
dosegmentoVida(‑20,3%),jáqueosegmentoNãoVida,contrariamenteaocom‑
portamentodomercado,manteveumcrescimentosignificativo,de6,8%.Comum
volumedeprémiosdesegurodirectode1.946milhõesdeeuroseumaquotade
mercadoglobalde11,9%,aMillenniumbcpAgeasposicionou‑se,nomercadonacio‑
nal,comooterceiromaiorgruposegurador.
NosegmentoVida,ovolumedeprémiosdesegurodirectosituou‑senos1.724
milhõesdeeuros.AestratégiacomercialrelativaaosprodutosPPR,bemcomo
aosprodutosdeCapitalizaçãonãoligadosafundosdeinvestimento,ajustadaao
níveldeexigênciaedasnecessidadesdosaforradores,queemperíodosdemenor
liquideznaeconomiasãomaispropensosaoptarpor
produtosdemenorrisco,foiprudentementecondicio‑
nadaporummaiorcontrolodocrescimento,demodo
aassegurarumníveladequadodeexposiçãoaorisco.
NosegmentoNãoVida,édedestacarumacréscimo
nosprémiosdesegurodirectode6,8%,factotantomais
assinaláveldadoobaixocrescimentodomercadoneste
segmento,penalizado,maisumavez,pelafracaperfor‑
mancedanossaeconomia(crescimentonominalde
0,9%)eporumaintensaconcorrênciaentreoperadores.
NoquerespeitaaonegóciodosFundosdePensões
registou‑seem2010umdecréscimode5,1%facea2009,tendo‑seatingidoovolume
totaldeactivosgeridosde6.718milhõesdeeuros;noentanto,odecréscimode
10,4%verificadonoconjuntodaactividadedosectorpermitiuqueaPensõesgere
reforçasseasuaquotademercadopara34,2%quetraduzumacréscimodemais
1,7%facea2009.
RAMO VIdA
Prémios de Seguro DirectoOramoVidaatingiuummontantedeprémiosdesegurodirectode1.724milhões
deeuros,correspondenteaumdecréscimode20,3%faceaigualperíodode2009,
essencialmentedevidoaomenorcontributodosprodutosUnit‑Linked(586milhões
deeuros)bemcomodosprodutosdePoupança(433milhõesdeeuros),comum
decréscimoanualde40%e6,5%,respectivamente.Destaca‑se,noentanto,alide‑
rançadaMillenniumbcpAgeasnomercadonosprodutosdeRiscoeRendasbem
comoamanutençãoda2ªposiçãonorankingdoramoVida.
Evolução dos Prémios de Seguro Directo Vida [milhares de euros]
RAmOS 2010 2009 2008 VAR.10/09 VAR.09/08
Produtos de Poupança 432.504 462.816 283.580 -6,5% 63,2%
Unit-Linked 585.708 975.856 1.235.053 -40,0% -21,0%
PPR e PPR/E 519.544 537.350 509.331 -3,3% 5,5%
Riscos e Vendas 185.744 186.741 210.231 -0,5% -11,2%
Total 1.723.501 2.162.762 2.238.194 -20,3% -3,4%
Não Vida11%
Vida89%
Estrutura de Prémios de Seguro Directo
34
Relatório do Conselho de administração
Nãoobstanteaquebradovolumedeprémiosatrásreferida,édeassinalarobom
desempenhoevidenciadopelosprodutosPPRquesuperaram,pelo3ºanoconse‑
cutivo,os500milhõesdeeuros,tendoesteanoatingido520milhõeseuros,conse‑
quênciadoesforçocomercialefectuadodesdeoiníciode2010edacapacidadede
lançamento,aolongodoano,deprodutosatractivos,adaptadosaosdiversosseg‑
mentosdemercado.Oresultadoalcançadovemconfirmarqueépossívelesbatera
naturalsazonalidadehistóricadestetipodeprodutos,induzidapelasdeduções
fiscaisquelheestãoassociadas,econseguirobter,mesmoassim,umelevadodo
volumedeprémios.OsprodutosdeCapitalizaçãonão
ligadosafundosdeinvestimentoapresentaramum
ligeiroabrandamentofaceaoanoanterior(em2009
tinhamregistadoumcrescimentomuitosignificativo
de63,2%)tendoatingido433milhõesdeeurosem2010.
Paratal,contribuiuavendadenovosprodutos,como
foiocasodoproduto“PuroCapital”edeprodutosjá
existentescomoo“Poupança112”,ambosfortemente
impulsionadospelasdinâmicascampanhascomerciais
desenvolvidaspeloMillenniumbcp.
Em2010,aMillenniumbcpAgeasmanteve‑secomo
osegundomaiorgruposeguradoremtermosdepré‑
miosdoramoVida,comumaquotademercadode
14,2%oquerepresentaumaquebrade6,7pontosper‑
centuaisfaceaigualperíododoanoanterior.
Análise TécnicaAmargemtécnicadoramoVida,antesdeimputação
decustosadministrativos,situou‑se,em2010,nos196
milhõesdeeuros,representandoumcrescimentode
16%faceaoperíodohomólogode2009.
Aobtençãodeumráciodedespesasde0,83%,aliado
aumcrescimentosignificativodamargemtécnica,reve‑
lamagestãocriteriosaeadequadaquepermitiuminimi‑
zarosefeitosadversosdaconjunturamacro‑económica.
Omaiorcontributorelativoparaoresultadoda
Companhiacontinuaaserproporcionadopelospro‑
dutosdeRisco,cujarentabilidadesebaseiaempolíticas
epráticasdesubscriçãorigorosasenumasuperiorcapa‑
cidadedecontrolodecustos,representandoestalinha
denegóciosnofinalde2010cercade52%dototalda
margemtécnicadeVida.
Apesardaconjunturaeconómica,éaindadedes‑
tacarocontributofortementepositivoparaamargem
registadopelosprodutosUnit ‑LinkededeCapitaliza‑
ção,devidoessencialmenteaoacréscimodasprovisões
matemáticas.
Riscos e Rendas11%
PPR e PPR/E30%
Produtosde Poupança25%
Unit-Linked34%
Estrutura da Carteira de Prémios do Ramo Vida
Total
Riscos e Rendas
PPR e PPR/E(com Unit-Linked)
Unit-Linked(de P. Poupança)
Poupança
2010 2009
Evolução da Quota de Mercado do Ramo Vida
14,2%
20,8%
19,5%
19,8%
16,0%
17,1%
25,3%
35,4%
7,7%
13,1%
Margem Técnica vs Rácio de Despesas Gerais
1) Antes de imputação de custos administrativos.2) “Custos operativos afectos ao ramo Vida”/“Investimentos médios afectos
ao ramo Vida”.
169196
0.80% 0.83%
0.0
50.0
100.0
150.0
200.0
2009 20100.00%
0.20%
0.40%
0.60%
0.80%
Margem Técnica1 [Milhões de euros]
Rácio de DespesasGerais2
35RelatóRio e Contas 2010
Relatório do Conselho de administração
FuNdOS dE PENSõES
Evolução do MercadoNoanode2010omercadodefundosdepensõesficoumarcadopeloretomarda
volatilidadedosmercadosfinanceiroseporumagrandediferenciaçãodeperfor‑
mances,aqualfoimaisbaseadanasorigensgeográficasdostítulosdoquenasdife‑
rençasentreclassesdeactivos,destacando‑seagrandeinstabilidadenosmercados
financeirosdedívidasoberana,comparticularincidênciaparaospaísesdaEuropa
Mediterrânea.Osfundosdepensões,nasuageneralidade,apresentaramperforman‑
cespositivasmascomumvalormédiopoucoexpressivoeinsuficienteparafazer
faceàsresponsabilidadesimediatascomopagamentodepensões.
Ovalorglobaldosactivosnomercadopassoupara19.642milhõesdeeuros,o
quetraduzumdecréscimode10,4%faceaofinalde2009.Esteconsideráveldecrés‑
cimodosactivossobgestãoficoufortementeinfluenciadopelatransferênciaparaa
SegurançaSocialdosfundosdaPortugalTelecomedaRádioMarconi.Noentanto,
casonãoseconsiderasseoefeitodestastransferências,ovalorglobaldosfundosde
pensõesapresentariaaindaumareduçãode2%.
Emtermosdelegislaçãodeenquadramentodosfundosdepensõesnãoseregis‑
taramalteraçõescomimpactosignificativonaactividade,tendo‑sepraticamente
concluídooprocessoderegulamentaçãodaactuallegislaçãoenquadradapelo
Decreto‑Lei12/2006,salientando‑seapublicaçãodaseguinteregulamentação:
NormaRegulamentar7/2010‑R,de4deJunho,dedicadaaorelatofinanceiro
dosfundosdepensões,quevemestabelecerumregimeglobalenormalizadosobre
oconteúdodasdemonstraçõesfinanceirasdosRelatórioseContasdecadafundo
depensõesdeformaaasseguraradivulgaçãopúblicadeinformaçãoconsiderada
relevanteequeaoníveldoregimecontabilísticoadoptaosprincípiosgeraisesta‑
belecidosnos“InternationalAccountingStandards”–IAS.
NormaRegulamentar12/2010,de22deJulho,dedicadaaofinanciamentodos
planosdebenefíciosdesaúdeatravésdosfundosdepensões,naqualsedesenvolve
umconjuntodeprincípiosederegrasquepossibilitamaoperacionalizaçãodofinan‑
ciamentodosplanosdebenefíciosdesaúdeatravésdosfundosdepensões.Estaé
umadasúltimasmatériasque,nasequênciadapublicaçãodoDecreto‑Lei12/2006,
faltavaregulamentarmasquenãotevequalqueraplicabilidadeduranteoanode2010.
NoâmbitodaNormaRegulamentar8/2009‑Rsobreagestãoderiscoecon‑
trolointernofoipreparadopeloGrupodeTrabalho,constituídopeloISPepelos
representantesdomercadoedosAuditores,eenviadoparadiscussãopública,o
documentoqueapresentaasorientaçõestécnicasparaaimplementaçãodaNorma,
asquaissãoapresentadasnumalógicade“complyorexplain”.
Comofactorelevantenomercadodosfundosdepensõessalienta‑seaconclusão
doprocessonegocialqueconduziuaintegraçãodosbancáriosnoRegimeGeralda
SegurançaSocialeàextinçãodaCaixadeAbonodeFamíliadosEmpregadosban‑
cários,aqualculminoucomapublicaçãojáem2011doDecreto‑Leinº1‑A/2011,
de3Janeiro.
Comestenovoregimecontinua‑seaaplicaroregimesubstitutivodeprotecção
socialprevistonosinstrumentosderegulamentaçãocolectivaaplicávelnosector,
36
Relatório do Conselho de administração
masaovalordapensõesdereformaporvelhiceprevistoporesteregimeabater‑se‑á
ovalordapensãodereformapagapeloregimedesegurançasocialparaotempode
descontosquedecorrerapartirde1deJaneirode2011.Esteregimedereformaspara
osectorbancárioterácomoconsequênciaaceleraroprocessodereduçãodovalor
dosactivossobgestãodosfundosdepensõesdosectorbancário,osquaisrepresen‑
tamnoseuconjuntocercade80%domercadodosfundosdepensõesemPortugal.
Acriseeconómicaoriginadapeloelevadodeficepúblicoepeloselevadosvalores
dadívidapúblicaeprivada,tiveramcomoconsequênciaaaplicaçãodemedidas
restritivascomsucessivosPEC–(PlanosdeEstabilidadeeCrescimento)equecul‑
minaram,noOEpara2011,comreduçõesdossaláriosdosfuncionáriospúblicos
edosbenefíciosfiscais,designadamenteosaplicáveisàscontribuiçõesindividuais
paraFundosdePensõesePPR.
Apósalgumasalteraçõesqueadiarampartedasmedidasdemaiorimpactopara
2014,foifinalmentepublicadoonovoCódigoContributivoparaSegurançaSocial
que,aoalargarabasedeincidênciadecontribuiçõesparaasegurançasocialàgene‑
ralidadedasformasderemunerações,podeconstituirumestímuloindirectopara
reforçaraprocuradefundosdepensões.
Comvistaareforçaravisibilidadeenotoriedade
dosfundosdepensões,nummercadoemqueédifícil
esperarincentivosfiscaisoumedidasequivalentesde
estímulo,foramdesencadeadaspelaAPFIPP–Associa‑
çãoPortuguesadosFundosdeInvestimentoPensõese
Patrimónios,duasiniciativasquevisamapromoçãoda
poupança:oBarómetrodaPoupançaqueseencontra
emfasededesenvolvimentoconjuntocomaUniversi‑
dadeCatólicaeoCERR–CertificadodeResponsabili‑
dadeparaaReforma,queéumainiciativavalorizada
peloInstitutodeSegurosdePortugalequevisadistin‑
guirasboaspráticasnadefiniçãodeplanosdepensões
decontribuiçãodefinidapromovidosporempresas.
Actividade da PensõesgereAMillenniumbcpAgeasoperanomercadodefundosdepensõesatravésdasocie‑
dadegestoraPensõesgere,baseandoasuaactividadenaqualidadedainformação
prestada,noacompanhamentopermanenteenarespostaatempadaàssolicitações
dosseusClientes,tendo,em2010,reforçadoasuaposiçãodeliderançanomercado.
Nofinalde2010aPensõesgeretinha6.718milhõesdeeurosdeactivossob
gestão,querepresentavamumdecréscimode5,1%facea2009,emresultadoda
conjugaçãodovalorreduzidodasperformancesedoelevadoníveldematuridade
dosfundosdepensõesquegere.Noentanto,odecréscimode10,4%verificadono
conjuntodaactividadedosectorpermitiuqueaPensõesgerereforçasseasuaquota
demercadopara34,2%,oquetraduzumacréscimodemais1,7%facea2009.
Nodecorrerdoexercícioemanálise,foramreforçadasváriasiniciativasparao
desenvolvimentodasferramentasinformáticasespecíficasdaPensõesgere,como
objectivodemelhoraraprodutividadeequalidadedotrabalho,bemcomopara
Fundos de Pensões e Quota de Mercado
[Milhões de euros]
0
2.000
4.000
6.000
8.000
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 201025,0%
27,5%
30,0%
32,5%
35,0%
Activos sob Gestão Quota de Mercado
37RelatóRio e Contas 2010
Relatório do Conselho de administração
permitirresponderàscrescentesobrigaçõesdereporteedeinformaçãoafornecer
aosParticipanteseBeneficiáriosdosfundosdepensões.
NoâmbitodaimplementaçãodaNorma8/2009‑R,foramdesenvolvidosostraba‑
lhospreparatórioscontempladosnapropostadecalendárioapresentadoaoInstituto
deSegurosdePortugalem2009,deformaaasseguraraproduçãoatempadaecon‑
sistentedoprimeirorelatórioanualsobreaestruturaorganizacionaleossistemasde
gestãoderiscoedecontrolointernodaPensõesgereaenviaraoISPnoiníciode2010.
NasequênciadeumpedidodeinformaçãovinculativasolicitadoàDGCI–
DirecçãoGeraldeContribuiçõeseImposto,foiconfirmadoqueasprestaçõesde
serviçospagasnoâmbitodosvárioscontratosdemandatodegestão,queaPensões‑
geretemdirectamenteouatravésdealgunsdosfundosdepensõessobsuagestão,
estáisentadopagamentodeIVA.Estefactoparaalémdeumcontributoadicional,
correspondentearecuperaçãodeimpostopago,temumforteimpactonaestrutura
decustosreduzindosubstancialmentearubricadosimpostos.
NumafilosofiaintegradadeaproveitamentodassinergiasdoGrupo,aPensões‑
geremanteveorelacionamentocomasredesbancáriasdeempresasdoMillennium
bcp–CorporateeEmpresas–atravésdeacçõesconcertadasdepromoçãodenegó‑
ciosnaáreade“EmployeeBenefits”.
Nofinalde2010,ovolumetotaldeactivosgeridos,encontrava‑serepartidopor
28fundosfechados,4fundosAbertose5fundosabertosPPR.
Ototaldosactivossobgestãorelativosaos28fundosfechadostotalizou6.570,4
milhõesdeeuros,aquecorrespondeuumdecréscimode390,5milhõesdeeuros
facea2009.
Jáquantoaosfundosabertosverificou‑seumaumentode19,8milhõesdeeuros
novolumedeactivossobgestão,queatingiramumtotalde102,3milhõesdeeuros.
APensõesgeremantémaofertadosfundosabertoscomperfisderiscosdiferen‑
ciados,permitindoaosAssociadoseaosseusParticipantesaescolhaadequadaao
financiamento dos seus planos de pensões, em função do prazo das
responsabilidades.
Depoisdeumano(2009)caracterizadoporumarecuperaçãonasperformances
dosfundosdepensões,2010foimarcadopelafortevolatilidadedosmercados,que
penalizaramespecialmenteosfundosdepensõescom
perfisdeinvestimentomaisdefensivosgeridospelaPen‑
sõesgere,maisexpostosàclassedeactivosdetaxafixa.
Contudoetendoemcontaquerascaracterísticas
querasmaturidadescurtasdasobrigaçõesdetaxavari‑
ávelquefazempartedascarteirasdaquelesfundoséde
esperarque,inversamenteaoqueaconteceuem2010,
aquelaclassedeactivostenhaumcontributopropor‑
cionalmentemaispositivapara2011.
NoquedizrespeitoaosfundosPPR,ovalorsob
gestãonofinalde2010atingiu44,9milhõesdeeuros,
valorinferiorem4,3milhõesdeeurosaode2009.Esta
evoluçãoéconsequênciadirectadaopçãodesecomer‑
cializarPPR/SegurosdeVidaemdetrimentodosPPR/
Taxas de Rendibilidade Anuais dos Fundosde Pensões da Pensõesgere
-12,
4%
9,2%
-3,6
%
-11,
0%
9,7%
0,1%
-14,
7%
14,5
%
1,1%
-18%
-13%
-8%
-3%
2%
7%
12%
17%
2008 2009 2010
Fechados
Aberto Horizonte Segurança
Aberto Horizonte Valorização
Aberto Horizonte Valorização Mais
38
Relatório do Conselho de administração
FundosdePensõesdaPensõesgerenasredesdedistribuiçãoderetalhoedeuma
partesignificativadosseusClientesjáreuniremascondiçõesparaoreembolso.
Osproveitosdecorrentesdaprestaçãodeserviçosnovalorde11,3milhõesde
eurosregistaramumareduçãode3,5%facea2009,emresultadodareduçãodos
activossobgestão.
Oscustostotaisnovalorde4,8milhõesdeeurosapresentamumaredução
de25%emrelaçãoa2009,oquepermitiuqueosresultadosoperacionaistenham
aumentado14,1%faceaoorçamentoe6,2%facea2009.
Osresultadoslíquidosdoexercíciosituaram‑seem4,8milhõesdeeuros,valor
queseencontraemlinhacomoregistadoem2009.
Arendibilidademédiadoscapitaispróprioscontinuouaapresentarumvalor
interessante,comumnívelmédiode24,6%.
Oscapitaisprópriostotalizaram,em31deDezembrode2010,21,8milhõesde
euroseamargemdesolvênciaevidenciaumníveldecoberturade200%.
RAMOS NãO VIdA
Prémios de Seguro DirectoEm2010,aMillenniumbcpAgeasatingiuemNãoVidaumvolumedeprémiosde
segurodirectode222milhõesdeeuros,registandoumacréscimode6,8%faceao
anoanterior,factotantomaisassinaláveldadaaestagnaçãoregistadanomercado
segurador(0,9%decrescimento),condicionado,maisumavez,pelafracaprestação
danossaeconomiaeporumaintensaconcorrênciaentreoperadores.
Evolução dos Prémios de Seguro Directo Não Vida [milhares de euros]
RAmOS 2010 2009 2008 VAR.10/09 VAR.09/08
Automóvel 22.552 23.353 19.698 -3,4% 18,6%
Acidentes de Trabalho 6.088 6.605 5.183 -7.8% 27,4%
Incêndio e outros danos 39.878 38.173 35.247 4,5% 8,3%
Saúde 132.714 120.843 110.129 9,8% 9,7%
Acidentes Pessoais 13.476 12.858 12.811 4,8% 0,4%
Outros Ramos 7.315 5.968 5.033 22,6% 18,6%
Total 222.023 207.800 188.101 6,8% 10,5&
AMillenniumbcpAgeasapresentou,em2010,umcrescimentoacimadomercado
nacionalnosprincipaisramosdeNãoVida,sendoderealçar,maisumavez,oramo
deSaúde,comumareceitade133milhõesdeeuros,oquerepresentaumaumento
de10%faceaoanoanterior(omercadocresceuemSaúde7%),permitindoassimum
ligeiroreforçodasuaquotademercadonesteramopara24,9%(emDezembro2009
erade24,2%)eamanutençãodosegundolugarnorankingdasseguradorasaoperar
nomercadonacional.Estecrescimentoacimadamédiaéfrutodainovaçãodaoferta,
dadiversificaçãodecanaisdedistribuição,daabordagemcriteriosadosdiversos
segmentosedeuminvestimentoconsistentenapromoçãodamarcaMédis,líder
incontestadaemnotoriedadenoseusegmentodesdeasuaconstituiçãoem1996.
39RelatóRio e Contas 2010
Relatório do Conselho de administração
Ocanaldenegóciodireccionadoaosegmentodepequenasemédiasempresas,
assentenumaredecriteriosamenteseleccionadadeagentesecorretores,temvindo
aaumentarasuacontribuiçãoparaoaumentodovolumedeprémiosNãoVida,
nomeadamentenoramodeSaúde.Paraosrestantesramos,foiiniciadaesteano
umanovaabordagemaestesegmentodeClientesjuntodoBancoMillenniumbcp,
revelando‑sedesdejáumfortepotencialdedesenvolvimento.
ApesardamodestaposiçãoqueocupanomercadoseguradornacionaldeNão
Vida,aMillenniumbcpAgeastemvindoareforçardeformaconsistenteasuaquotade
mercado,quepassoude5,0%nofimde2009para5,3%nofinaldeDezembrode2010.
Análise TécnicaAmargemtécnicadosramosNãoVidaantesdaimputaçãodecustosadministra‑
tivosfoide61,0milhõesdeeurosapresentandoumligeirodecréscimode2%face
aoperíodohomólogode2009.
Nãoobstanteoaumentodareceitaprocessada,o
aumentodosrendimentosdasreservastécnicasea
diminuiçãoverificadanocustocomresseguroarenta‑
bilidadetécnica(medidaemfunçãodosprémiosbrutos
emitidos)diminuiude29,3%em2009para26,5%em
2010.Estedecréscimodeveu‑semaioritariamenteao
aumentodastaxasdesinistralidade,empartecondicio‑
nadaspelasváriascatástrofesnaturais(comoascheias
naMadeiraouotornadoemTomar)queafectaramo
Paísduranteoanode2010.
Defacto,astaxasdesinistralidadedeNãoVida,
antesdaimputaçãodecustosadministrativos,situam‑
‑senaordemdos61,2%,apresentandosubidasface
aosvaloresregistadosem2009(56,6%).Noentanto,
continuamarevelarvaloressemparalelonomercado
portuguêsqueapresentataxasdesinistralidadesigni‑
ficativamentemaiselevadasempraticamentetodosos
ramos.
OráciocombinadodeNãoVida,fixou‑seem91,4%
oquerepresentaumacréscimode7pontospercentuais
faceaoanode2009.Nãoobstanteoesforçoefectuado
nacontençãodoscustosdeexploraçãoeorigornas
políticasdesubscriçãoeaceitaçãoderiscos,osmesmos
nãoforamnoentantosuficientes,paracompensaro
aumentodastaxasdesinistralidade.
CuStOS AdMINIStRAtIVOS
Oscustosadministrativosregistamumacréscimode6,0%,fixando‑senos96,7
milhõesdeeuros.
2009 2010
Margem Técnica Não Vida(antes da imputação de custos administrativos)
Milhões de Euros
62,5 61,0
2009
Automóvel Acidentese Doença
Incêndio e outrosdanos
Taxas de Sinistralidade Não Vida(antes da imputação de custos administrativos)
66,9%64,5% 63,2%63,4%
50,9%
31,1%
2010
40
Relatório do Conselho de administração
Evolução dos Custos Administrativos (excluindo amortizações do exercício) [milhares de euros]
2010 2009 VAR. 10/09ESTRuTuRA
2010ESTRuTuRA
2009
Despesas com Pessoal 28.259 25.657 10,1% 29,1% 28,1%
Fornecimentos e Serviços Externos 36.675 34.341 6,8% 37,8% 37,5%
Impostos e Taxas 1.037 2.565 -59,6% 1,1% 2,8%
Outros 30.994 28.904 7,2% 32,0% 31,6%
Total 96.965 91.468 6,0% 100,0% 100,0%
Oaumentodecercade7%narubricadeFornecimentoseServiçosExternosdeve‑se,
essencialmente,aocustocominvestimentoemITdecorrentedaimplementaçãode
novosprojectos.
OdecréscimonarubricadeImpostoseTaxasdeve‑senãosóàdiminuiçãoda
receitarelativaaoramoVidamas,sobretudo,aumacorrecçãodoIVAdevidoà
isençãoatribuídaàgestãodefundosdaPensõesGere.
RESultAdO líquIdO
Em2010,oresultadolíquidoconsolidadodoexercício,antesVOBA(“valueofbusi‑
nessacquired”),foide141,9milhõesdeeuros,oquecomparamuitofavoravelmente
comoresultadolíquidode127,4milhõesdeeurosobtidonoexercíciode2009.O
resultadolíquidoconsolidado,apósVOBA,cifrou‑seem114,1milhõesdeeuros.
Aexcelenteperformancetécnicadonegócionoexercícioemanálise,aadopção
deumapolíticaprudenteaoníveldagestãodeinvestimentos,adiversificaçãoda
ofertadeprodutoseocontrolorigorosodoscustosoperativospermitiuatingiro
melhorResultadoLíquidodesempredaMillenniumbcpAgeas.
MARGEM dE SOlVêNCIA
Em31deDezembrode2010aestruturadecapitaisprópriosdogrupoMillennium‑
bcpAgeasapresenta,emtermosconsolidados,umráciodesolvênciade183,3%.
Em31deDezembrode2009,orácioobtidofoide241,5%,oqueconstituium
decréscimode58pontospercentuaisfaceaoanoanteriordevido,essencialmente,ao
aumentodevolatilidadedacarteiradeactivosqueimplicouumreforçosubstancial
dareservadereavaliação.
Oráciodesolvabilidadeapresentadofoicalculadodeacordocomoscritérios
definidospeloInstitutodeSegurosdePortugalereflecteumaestruturadecapitais
sólidaeadequadaàsresponsabilidadesassumidas.
41RelatóRio e Contas 2010
Relatório do Conselho de administração
Margem de Solvência [milhares de euros]
mARgEm CAPITAIS ExCESSO RáCIO
Ocidental Seguros 17.771 43.931 26.159 247%
Ocidental Vida 307.302 496.928 189.626 162%
Médis 22.957 32.417 9.460 141%
Pensõesgere 7.393 14.796 7.404 200%
Millenniumbcp Ageas (consolidado) 355.422 651.460 296.038 183%
embedded Value
Oembedded valueforneceumaestimativadovalordosaccionistasnumaoperação
doramovida,excluindoovalorquepoderáviraseradicionadopelaproduçãonova
futura.Oembedded valueéigualàsomadasituaçãolíquidaajustadacomovalorda
carteiraemvigor.OsresultadosapresentadosforampreparadospelaDirecçãode
ActuariadoerevistosporactuáriosconsultoresdaKPMG.
Ovalordacarteiraemvigorédadopelovaloractualdoslucrosfuturosapós
impostos,ajustadopelocustodamanutençãodumamargemdesolvênciaiguala
200%damargemmínimaexigidapelaregulamentaçãoemvigor.Ocustodamargem
desolvência(custodecapital)reflecteoscustosdeinvestimentoeosimpostossobre
osrendimentosdoscapitaisafectosàmargemdesolvência,masnãoincluiocustode
oportunidadecomonosmodelostradicionaisqueoriginamaiorescustosdecapital.
Nadeterminaçãodosvaloresapresentados,foramnãosóaplicadososprincípios
estabelecidosaoníveldoGrupoAgeas,mastambémosEuropean Embedded Value Prin‑
ciples (EEV),ouseja,oscálculoscontemplamocustoassociadoàsopçõesegarantias
(CFOG)eaosriscosnãofinanceiros(CNFR)existentesaoníveldacarteiraemvigor.
Noquadroseguinteapresentam‑seoembedded valueeovaloradicionadopela
produçãonovadosegmentoVidadaMillenniumbcpAgeas.
[milhares de euros] 2010 2009
Embedded value (EV) em 1 de Janeiro (avaliação anterior) 1.133.837 995.414
Reajustamento ao EV de abertura 9.747 (3.109)
Alteração de pressupostos não económicos 57.334 1.991
Alteração de pressupostos económicos (109.863) 4.128
Performance da carteira em vigor 96.010 47.498
Valor adicionado pela produção nova 17.126 47.020
Impacto da variação no ano (167.520) 40.895
EV em 31 de Dezembro, antes da distribuição de dividendos 1.036.671 1.133.837
Dividendos distribuídos aos accionistas - -
EV em 31 de Dezembro, após distribuição de dividendos 1.036.671 1.133.837
Osreajustamentosaoembedded valuedeaberturaem2010reflectemapenasaltera‑
çõesaoníveldospressupostoseconómicosconformedecididopeloGrupoAgeas,
cujoimpactonãoématerialmenterelevante.Osreajustamentosem2009dizem
42
Relatório do Conselho de administração
respeitoaalteraçõesaoníveldospressupostosdeinflaçãoconformesugeridoe
acordadocomorevisor.
Oforteimpactonegativoobservadoaoníveldaalteraçãodospressupostos
económicosdeve‑senãosóàdiminuiçãodastaxasdejurosemrisco,masacima
detudoaoalargamentodosspreads,duranteanocorrente,dadívidapúblicaedas
obrigaçõesemgeral.
Noquedizrespeitoaospressupostosnão‑económicos,oforteimpactopositivo
resultadacombinaçãodosseguintesfactores:i)menorestaxasdeanulação,empar‑
ticularnossegurostemporáriosassociadosaocréditoàhabitação,ii)utilizaçãodo
asset mixrealàdatadocálculoemvezdaestratégiadelongoprazodefinidaem2007,
devidoàsrestriçõesexistentesemtermosdeaumentodaexposiçãoemactivosde
maiorrisco(acçõeseimobiliário),iii)alteraçãodataxadeIRCeiv)aumentodocapi‑
talrequeridode150%para200%dosrequisitosdemargemdesolvênciamínimos.Os
impactospositivosprovenientesdamortalidaderealdacarteiraforampraticamente
anuladospelaalteraçãoverificadaaoníveldoscustosunitáriosedataxadeinflação.
Maisumavez,aenvolventeeconómicafortementenegativaaoníveldomercado
obrigacionistaexplicaaenormevariaçãonegativaobservadaem2010,ouseja,o
enormevolumedemenosvaliaspotenciaisnegativasgeradaspelacarteiraobrigacio‑
nistaexistentenosfundosautónomos.Poroutrolado,avariaçãoeconómicapositiva
em2009resultaessencialmentedacombinaçãodedoisfactores:maisvaliaspoten‑
ciaisadicionaisoriginadaspelaalteraçãode“spreads”edacurvadetaxasdejurose
nãoocorrênciadoreajustamentodo“asset mix”assumidopelomodelodecálculo.
Amargemdaproduçãonovadiminuisubstancialmentede19,7%para9,3%dos
prémiosanuaisequivalentes(definidoscomoprémiosdasapólicesregularesacres‑
cidosde10%dosprémiosúnicos),frutodareduçãodeprémiosem“VidaRisco”e
“unitlinked”edamáperformance,emtermosdevaloradicionado,dosprodutos
financeiroscomgarantias.
20092008 2010
Evolução do Embedded Value
Milhares de EurosSituação Líquida Ajustada
20092008 2010
Embedded Value
20092008 2010
Valor da Produção Nova
20092008 2010
Valor da Carteira em Vigor
530.853650.615
744.641
464.561 483.223292.010 52.57552 575 47.02047 020 17.126
995.4141.133.837
1.036.671
43RelatóRio e Contas 2010
Relatório do Conselho de administração
PRINCIPAIS PRESSuPOStOS ECONÓMICOS
2010 2009
Yield curve AA Euro swap + 0,20%* AA Euro swap + 0,20%*
1 ano 1,70% 1 ano 1,51%
5 anos 2,78% 5 anos 3,01%
10 anos 3,60% 10 anos 3,78%
20 anos 3,97% 20 anos 4,26%
Volatilidade Curto prazo 0,03% Curto prazo 0,9%
Acções 17,8% Acções 26,3%
Imobiliário 1,6% Imobiliário 1,4%
Taxa de inflação 1,95%** 2,45%**
Taxa de imposto 29,0% 26,5%
Ospressupostosassumidosparaamortalidade,resgates,anulaçõesesuspensõesde
prémiosresultamdosestudosefectuadospelaMillenniumbcpFortistendoporbase
osdadosreaisdasuacarteiradeapólices,Asdespesasdegestãoatribuíveisàfunção
vida,baseadasnaexperiênciarecente,foramdivididasentreaquisição(produção
nova)emanutenção(carteiraemvigor),Asdespesasconsideradascomoextraor‑
dináriase,portanto,excepcionais,foramidentificadasumaauma,nãotendosido
incluídasnocálculodoscustosunitários,
Assumiu‑sequeosmétodosebasesutilizadasnocálculodasreservasmatemáti‑
cas,daparticipaçãonosresultadosedeoutrosbenefíciosprevistosnasapólicesper‑
manecerãoinalterados,assumiu‑seaindaqueaactuallegislaçãoetaxadeimposto
permanecerãoinalteradas.
Revisão Actuarial de Não Vida
OníveldeprovisionamentodetodososramosNãovidaéverificadoatravésdeava‑
liaçõesactuariaisperiódicas.Ovalordasprovisõesparasinistrosfoiestimadocom
basenohistóricodepagamentosedonúmerodesinistros,usandometodologias
actuariaisinternacionalmenteaceites.
Paraalémdasavaliaçõesactuariaisdesenvolvidasinternamenteéregularmente
efectuadaumaCertificaçãoActuarialporumaEntidadeIndependenteusandopara
assuasestimativasosmesmosdadosqueaDirecçãodeActuariado.Osvaloresesti‑
madosnestacertificaçãoexternaparaalémdeseremcalculadosnãodescontando
ospagamentosfuturosincluemainflaçãoesperadarepresentandoporissouma
estimativamuitoprudente.
* Estesajustamentosde20bpàcurvaswapforamdecididosejustificadospelaAgeas,
**Ataxadeinflaçãobaseia‑‑senumacurvaswapespecífica,acrescidadumajustamentotipo“spread”;éindicadaataxadeinflaçãoparao5.ºano.
44
Relatório do Conselho de administração
Comosepodeobservardoquadroabaixoapresentado,asavaliaçõesconcluem
pelasuficiênciaglobaldasprovisõesparasinistros.
Resultado das Avaliações Actuariais versus Provisões para Sinistros de Balanço 31 -12 -2010 31 -12 -2009
Total Provisões de Balanço 89.907 85.254
Provisões para Sinistros objecto de Certificação Interna (1) 80.233 75.194
Estimativa das provisões para sinistros “Best Estimate” 68.138 63.741
Estimativa das provisões para sinistros “Percentil 90%” 82.874 77.849
Solvência II
ComapublicaçãodaDirectiva2009/138/CEemitidapeloParlamentoEuropeue
peloConselhoa25deNovembrode2009,foramestabelecidasasbasesdoregimede
SolvênciaII,querepresentaumamudançasignificativanoquadroregulamentarda
IndústriaSeguradoraeResseguradora.Essamudançareflectir‑se‑á,principalmente,
aoníveldagovernação,dosrequisitosfinanceirosedaprestaçãodeinformação,com
consequênciasbastantesignificativasparaagestãoeplaneamentodonegóciodas
CompanhiasdeSeguros.Anovadirectivaproduziránãosóalteraçõesaoníveldas
necessidadesdecapital,irátrazerinevitavelmenteumaalteraçãonaculturaderisco
existenteeconsequentementenasdecisõesestratégicasdascompanhias.
AambiçãodaMillenniumbcpAgeaséadeimplementarumprogramacompleto
deSolvênciaIIemconformidadecomosrequisitosdaDirectiva,esimultaneamente,
alinharaestratégiadaorganização,osprocessosdenegócio,atecnologiaeoconhe‑
cimentodosColaboradores,comvistaaumaGestãodeRiscosãeprudente,cons‑
tituindoaimplementaçãodestanormaumainiciativaestratégicadaCompanhia.
Nestesentido,aMillenniumbcpAgeastemvindoadesenvolver,desde2009,um
ProgramadeSolvênciaIIsuportadonumplanodeimplementaçãoqueseestende
até2012,nosentidodeassegurarumatransiçãofiável,seguraeatempadaparao
novoregime.Esteplanoencontra‑sealinhadocomGrupoAgeas,estandoestru‑
turadoemseisblocosdetrabalho,integrados,comoobjectivoderesponderaos
requisitosdaDirectiva,eembeberdeformapró‑activaaGestãodeRisconospro‑
cessosdaorganização.
1 Modelação 2 Governação 3 Reporte Financeiro
4 Sistemas e IT 5Regulação e Comunicação Externa 6
Gestão da Mudança e Comunicação Interna
1) MOdElAçãO
OblocodetrabalhodeModelaçãotemcomoobjectivoodesenvolvimentodemode‑
losinternosparciaisoutotais,assimcomoaadequaçãodoscálculosdosrequisitos
decapitaldeSolvênciaII,paracadaumadascompanhias.
1 Asprovisõesparaencargosfuturosdegestão,provisõesparaindemnizaçõesapagareasprovisõesparasinistrosdoramodeSaúdePPPnãoestãonoâmbitodaCertificação.
45RelatóRio e Contas 2010
Relatório do Conselho de administração
2) GOVERNAçãO
OblocodetrabalhodeGovernaçãoconsistenaadequaçãodoSistemadeGestãode
RiscoedeControloInternodaCompanhiaàDirectivadeSolvênciaII,assimcomo
odesenvolvimentodomodelodeavaliaçãoderiscosinternosdaCompanhia(Own
Risk and Solvency Assessment).
3) REPORtE FINANCEIRO
OblocodetrabalhodeReporteFinanceiroincluiodesenho,construçãoereporte
derelatóriosexternosededivulgaçõesdiversas,exigidaspelaDirectivaSolvênciaII.
Inclui,igualmente,avertentedeclassificaçãodosfundosprópriosdascompanhias.
4) SIStEMAS E It
NoblocodeSistemaseITpretende‑seestabeleceraarquitecturadesistemaseinfra‑
‑estruturadeIT,bemcomo,osprocessoseprocedimentosparaagestãoequalidade
dosdadosquevisamsuportarosrequisitosdeSolvênciaII.
5) REGulAçãO E COMuNICAçãO ExtERNA
AvertentedeRegulamentaçãoeComunicaçãoExternaconsistenodesenvolvimento
dasactividadesdecomunicaçãocomosdiferentesstakeholders(Reguladores,Agên‑
ciasdeNotação,Accionistas,TomadoresdeSeguroseMercado)deumaforma
estruturadaeconsistente.
6) GEStãO dA MudANçA E COMuNICAçãO INtERNA
AvertentedeGestãodaMudançaeComunicaçãoInternaconsistenodesenvolvi‑
mentodasactividadesdecomunicaçãoeformaçãonecessáriasàimplementação
daDirectivadeSolvênciaII,assimcomo,àadequaçãodosprocessosdenegócio
eimplementaçãodeumaculturadegestãoderisco,emlinhacomasmelhores
práticasinternacionais.
OProgramadeSolvênciaIIéumaimportanteiniciativaeuropeiaquedeverá
conduziramudançassignificativasnosrequisitosdesolvênciadasseguradoras
europeiasnospróximosanos,peloqueaMillenniumbcpAgeas,emalinhamento
comoGrupoAgeas,temparticipadoactivamentenasconsultaspúblicasenos
fórunsquevisamanalisaraspropostasapresentadaspelosorganismoseuropeus,
comoobjectivodedesenvolverasiniciativasadequadasqueasseguremumacorrecta
transiçãoparaonovoregime.
46
Relatório do Conselho de administração
Gestão de Risco
Comoinstituiçãodeseguros,consideramosqueumagestãoderiscossaudávelé
umdospilaresdesuporteaumaestratégiadecrescimentorentávelesustentável
e,consequentemente,umacompetêncianuclearnaMillenniumbcpAgeas.Como
partedasuagovernaçãosocietária,aMillenniumbcpAgeasadoptouumaestrutura
organizacionaldegestãoderiscosbaseadanaestruturaemvigornoGrupoAgeas.
Oseuprincipalobjectivoéodesenvolvimentoeimplementaçãodeumaestrutura
degestãoderiscos,quepermitaassegurareatingiroequilíbrioapropriadoentreo
riscoeoretorno,demodoapreservaraconfiançadosClientes,dosaccionistas,dos
reguladores,dasagênciasdenotação,edeoutrosinteressados.Aestruturadegestão
deriscosabrangetodososníveisdaMillenniumbcpAgeas.
Aorganizaçãodegestãoderiscoestádefinidademodoapermitir‑nosprosseguir
anossaestratégiaderiscoeassegurar:
› Clararesponsabilidadeeresponsabilização;
› Independênciadafunçãodegestãoderiscos;
› TransparênciaecoerêncianatomadadedecisãorelacionadacomorisconaMil‑
lenniumbcpAgeas,cobrindotodososaspectosdataxonomiaderisco.
Anossaorganizaçãodoriscoécompostaporvárioscomités,quetêmcomoobjec‑
tivomonitorizar,proporacçõesefazercumpriraimplementaçãodaspolíticasdefinidas.
Conselho de Administração
Comissão Executiva
Comité de Risco
Asset Management Committee
Liability Risk Working Group
Operational Risk Task Force
Auditoriainterna
OutrasReuniõesde Gestão
CFOReuniõesde equipa
Compilance
AGEASGESTÃO
DE RISCO
Aestruturaeaspolíticasdegovernaçãosãorevistasregularmenteparareflectira
mudançadoambientecomercialeregulamentar,assimcomoadanossaprópria
estruturaorganizacional.
OsprincipaisriscosinerentesnaMillenniumbcpAgeaspodemserdivididosnas
seguintescategorias:
RISCO EStRAtéGICO
Osriscosestratégicosabrangemtodososfactoresexternosouinternosquepossam
afectaracapacidadedaMillenniumbcpAgeasparacumpriroseuplanodenegócios,
assimcomodealcançarumcrescimentoecriaçãodevalorconstantes.Incluem‑se
alteraçõesdoambienteexterno,nomeadamenteoregulamentar,oeconómico,de
cenáriocompetitivooudaformacomoaspessoas(ClientesouColaboradores)se
comportam.Poderá,igualmente,seroresultadodedecisõesdegestãoincorrectas,
oudevidoaperdasreputacionais,oudevalordefranchising.
47RelatóRio e Contas 2010
Relatório do Conselho de administração
RISCO OPERACIONAl
Qualquerempresa,incluindoasinstituiçõesfinanceiras,estãosujeitasariscoope‑
racional,consequênciadaincertezainerenteaonegócioedoprocessodetomada
dedecisão.Paraefeitosdereporteemonitorização,oriscooperacionalpodeser
divididoemduascategorias,riscodeeventoeriscodenegócio.Aprimeira,incluio
riscodeperdasresultantesdainadequaçãooufalhadeprocessosinternos,pessoas
esistemas,assimcomodeeventosexternos.Estadefiniçãoincluiosriscoslegaise
deconformidade,excluindooriscoestratégicoedereputação.Asegunda,incluio
riscodeperdasresultantesdealteraçõesestruturaise/oucompetitivase,poressa
razão,maioritariamenteoriginadoporfactoresexternos.
AfunçãodegestãodoriscooperacionaldaMillenniumbcpAgeas,integradano
departamentodegestãoderisco,continuaaimplementarasmelhorespráticasde
gestãoderiscooperacional,medianteaintroduçãodosprincípiosemetodologias
emvigornoGrupoAgeas.
RISCO dE INVEStIMENtO
ORiscodeInvestimento,écompostoportrêsriscos:crédito,mercadoeliquidez.
O Risco de Créditocorrespondeaoriscofinanceiroquepoderesultardoincumpri‑
mentooudealteraçãonaqualidadecreditíciadosemitentesdevaloresmobiliários
aosquaisacompanhiaestáexposta.NoâmbitodaMillenniumbcpAgeasesterisco
surgeprincipalmenteatravésdosnossosinvestimentosemobrigações,hipotecas
comerciaiseoutrostítulos.
Juntamentecomaimplementaçãodeumapolíticadecréditoquecontémum
conjuntodeprincípios,regraseorientaçõesparalimitesderiscodecrédito,aMil‑
lenniumbcpAgeasmonitorizaesteriscousandoo“ValoremRisco”(VaR),que
calculaaperdaestruturalpotencialmáximaparaumaexposiçãototalnoprazode
vencimento.Em2010,oVaRoscilouentreummáximode1,41%eummínimode
1,20%comumamédiade1,29%.
AMillenniumbcpAgeasestá,igualmente,expostaaoriscodecrédito,atravésda
utilizaçãoderesseguros,paraosquaissãoverificadosseasuacolocaçãoéefectuada
eminstituiçõesdeelevadaqualidadecreditícia.
O Risco de Mercadocorrespondeaopotencialdeperdasresultantesdevariações
adversasdomercado,nomeadamenteflutuaçõesdastaxasdejuro,alteraçõesdo
preçodasacções,variaçãodastaxasdecâmbioepreçosdoimobiliário.AMillen‑
niumbcpAgeasreconhecequetalriscoéinevitável,sendoconsequênciadotipode
negócioqueexplora,masqueumcertonívelderiscodemercadoéaceitável,sendo
benéficoemproldosseusseguradoseaccionista.
Juntamentecomadefiniçãoeimplementaçãodeumaestratégiadealocaçãode
activos,aMillenniumbcpAgeasmonitorizaesteriscocomaajudadeindicadores
taiscomo“análisesdesensibilidadedofluxodecaixa”(cash flow gap analysis),“dura‑
çãodocapital”(duration of equity),“ganhosemrisco”(earnings at risk)e“Valorem
Risco”(VaR),quecalculaaperdapotencialestruturalmáximaparaaMillenniumbcp
48
Relatório do Conselho de administração
Ageascombasenojustovalor.Em2010,oVaRvariouentreummáximode10,0%
eummínimode6,8%comumamédiade7,9%.
O Risco de LiquidezéoriscoresultantedaMillenniumbcpAgeas,emborasolvente,
nãodisporderecursosdisponíveisparacumprirosseuscompromissosquando
estesocorram,ouparaofazer,tenhadeincorrernumaperdaexcessiva.Agestão
desteriscoassentanacombinaçãodeumagestãoderecursosdefinanciamentoe
simultaneamente,nadefiniçãodeumapolíticadeinvestimentosquecontempla
umapercentagemdeactivoscomelevadograudeliquidez.
RISCO ESPECíFICO dE SEGuROS
Oriscoespecíficodesegurosabrangetodososriscosinerentesàactividadesegura‑
dora,comexcepçãodosquesãoconsideradosnoâmbitodoriscodeinvestimento
oudoriscooperacional.Oriscoespecíficodesegurospodeserdivididoemduas
classesdiferentes,umaassociadaaoramovidaeoutraaosramosnãovida.Noramo
vidaesteriscoestá,principalmente,relacionadocomalteraçõesdamortalidadeou
longevidadeassimcomo,damorbidezeinvalidez.Nosramosnãovida,esterisco
estárelacionadacomograudevariabilidadedocustocomsinistrosfuturoseincer‑
tezarelativaasinistrosjáexistentes.
Aanálisedaadequaçãodascargasedasprovisõeséfeitaregularmente,pelos
actuáriosresponsáveis,sendonomeadamente,asprovisõesdosramosNãoVida
certificadasanualmenteporumaentidadeexterna.
AMillenniumbcpAgeasgereoriscoespecíficodossegurosatravésdacombi‑
naçãodepolíticasdesubscrição,detarifação,deprovisionamentoederesseguro.
Gestão de Investimentos
Oanode2010foiparticularmentedifícilparaascarteirasquetêmcomoinves‑
timento“core”emissõesdedívidapública.Enquantonaprimeirametadedoano
assistimosàpressãosobreadívidapúblicaGrega,tendocomodesfechoaajudado
FMI/EU,asegundametadefoiclaramentemarcadapelaextensãodasdúvidasdos
investidoresaosrestantesmercadosperiféricos,elevandoocustodefinanciamento
destespaísesparaníveishistóricos.
OagudizardacrisefinanceiranaIrlandatornouestepaísmaisvulnerávelaata‑
quessobreasuadívidapúblicae,apesardassuasnecessidadesdefundingem2010
estaremasseguradas,nãoconseguiuevitarumaincomportávelescaladanasyieldsda
suadívida,tendodeoptarporrecorrerigualmenteaoFMI/EU,assegurandouma
taxadefinanciamentomaisfavorável.
2010fechoucomfortesdúvidassobreapossibilidadedePortugaleEspa‑
nhasupriremassuasnecessidadesdefundingapenascomrecursoaomercado,
sendoestaúltima,pelasuadimensão,aqueclaramentemaispreocupaoslíderes
europeus.
49RelatóRio e Contas 2010
Relatório do Conselho de administração
AimpossibilidadedaEUfalaraumasóvozeosdiscursosporvezesantagónicos
devárioslídereseuropeusemgrandemedidarefénsdoscalendárioseleitoraisdecada
país,conjuntamentecomoiniciardeumadiscussãoeuropeiasobreparticipaçãodos
investidoresemfuturasoperaçõesdeajudaasoberaniasebancos,colocoufortepres‑
sãosobreosmercadosdedívida,mantendovirtualmentefechadooacessoaofunding
porpartedasinstituiçõesfinanceirasdepaísescomoPortugal,IrlandaeGrécia.
Durantepraticamentetodooanode2010orecursoaoBCEfoiaúnicafontede
financiamentodosectorfinanceirodestespaíses,comconsequenteimpactosobre
asrespectivaseconomias.
Assim,epara2011,nosentidodepromoveroequilíbrioorçamentalaoníveldo
déficeedostockdedívida,pairamsobreeconomiascomoaespanhola,portuguesa,
gregaeirlandesa,oscustosdefortesprogramasdeausteridadeeaimprevisibilidade
doseuimpactoaonívelsocialeeconómico.
Aindaquedeformamaisténue,foramigualmenteimplementadoscortesorça‑
mentaisempaísescorecomoaAlemanhaeaFrança.
Oanode2010foiigualmentedifícilparaosmercadosdeacções,queapresenta‑
ramregistosbemdiferentesmesmoemíndicesdamesmazonageográfica,sendoo
casomaisparadigmáticoilustradopeladiferençaderetornoentreoStoxx50(‑5,8%)e
oStoxxGeral(2,7%).PoroutroladoocrescimentoaduasvelocidadesnazonaEURO
ficaclaramenteespelhadonavalorizaçãodoDAX(+14,3%)edoIBEX(‑18,8%).
ACtIVIdAdE E POSICIONAMENtO
AMillenniumbcpAgeasmanteveem2010amesmaestratégiadoanoanteriorao
níveldagestãodeactivos.
Manteve‑seaabordagemconservadoranastradicionaisclassesderisco,comoseja
aexposiçãoaomercadodeacções,efectuadaexclusivamenteatravésdeumposicio‑
namentotácticoedinâmico,recorrendoainstrumentosdeelevadaliquidezetendo
comoáreadeactuaçãoomercadoEuropeu.
Nacomponentedeimobiliário,manteve‑seinalteradaaposiçãodoanoanterior
caracterizadapelamaiorexposiçãoaomercadonacionalatravésdoinvestimento
indirecto.Estaposturatempermitidoretirargrandepartedarecentevolatilidade
destaclassedeactivosnomeadamenteaquelaobservadanosmercadosinternacionais
comosejaoespanhol,inglêsenorte‑americano.
Osinvestimentosalternativosnãosofreramalteraçõesespecíficasnumaclasse
igualmentemarcadapelaposturaconservadorasendoaposiçãodominanteum
fundodeacçõeslong/short.
OsInvestimentosemobrigações,querepresentamhojecercade90%dacarteiraeque,
dopontodevistadecoberturaderesponsabilidades,sãoaclassenaturaldeinvestimento,
incorporaramanovaperspectivaderisco/retornoqueresultoudoreposicionamento
querdoriscodassoberanias,resultantedodescontroloorçamental,querdaincerteza
legislativaqueassombraasub‑classededívidadeBancoseEmpresasFinanceiras.
Estaincertezaresultaempartedaondalegislativasobreatemáticadaimposição
decláusulade“reestruturaçãoautomática”aoníveldadívidadeentidadesqueneces‑
50
Relatório do Conselho de administração
sitemdeapoiofuturo,mastambémaprópriaeficáciadosinvestimentosquando
reclassificadosnasnormasdeSolvênciaII.
OactualcenáriodadívidapúblicaEurorepresentahojenãosóumdesafiomas
tambémumaoportunidade.Defacto,avagadealteraçõesderatingsreduziuclara‑
menteaqualidadeglobaldoÍndicedetaxafixaEuropeu,comsoberaniascomoa
GréciaasaíremdoespectrodeInvestment gradeeoutroscomoPortugaleIrlandaa
aproximarem‑sedazonaderisco.
AdisparidadedeyieldsoferecidasnoâmbitodoíndiceEuropeudeveagoraser
claramenteabordadadeformabinária(i.erisco/retorno).
Oreconhecimentoqueosdesafiosquesecolocamaospaísessobpressãoorça‑
mentaltêmgénesesdiferentesétambémoreconhecimentoqueoresultadofinal
seráseguramentediferente.LiquidezeSolvênciasãotemasdiferentesquesefundem
actualmentenumarealidadeidêntica.
Destaforma,eenquadradosnocontextoeconómicoPortuguês,reconhecemos
umamaiorvaliadadívidanacionalfaceageografiascomoaIrlandaeGrécia.
Foiefectivamenteprivilegiadooinvestimentoemtítulosdedívidanacional,essen‑
cialmentededívidapúblicamastambémdefinanceiras.Estasituaçãotemcomo
contrapartidaamenorouinexistenteexposiçãoapaísescomoaGréciaeIrlanda.
Poroutrolado,reconhecendoosdesafioseosriscosenvolvidosnaeconomia
nacionalenacapacidadedegeraçãodecrescimentosuficienteparapagamentodas
suasresponsabilidadesalongoprazo,mitigamospartedoriscoatravésdeuma
exposiçãomaioritariamentedecurtoprazogerandoaindaassimumataxadeinves‑
timentoclaramenteinteressante.
CARTEIRA DE INVESTImENTO [milhares de euros] 2010 % 2009 %Activos financeiros disponíveis para venda* 5.837.317 100,0% 5.440,472 100,0%Dívida pública 2.801.927 48,0% 2.593.033 47,7%
Obrigações 2.716.469 46,5% 2.525.976 46,4%
Acções 218 0,0% 235 0,0%
Fundos de investimento: – 0,0% – 0,0%
· Obrigações 89.730 1,5% 101.316 1,9%
· Acções – 0,0% – 0,0%
· Imobiliário 193.841 3,3% 189.312 3,4%
· Alternativos 35.133 0,6% 27.362 0,5%
Activos financeiros ao justo valor 5.856.920 100% 5.897.547 100%Dívida pública 44.235 0,8% 42.190 0,7%
Obrigações 5.598.745 95,6% 5.759.195 97,7%
Acções – 0,0% – 0,0%
Fundos de investimento: – 0,0% – 0,0%
· Obrigações 99.740 1,7% 38.648 0,6%
· Acções 102.702 1,8% 41.160 0,7%
· Imobiliário – 0,0% – 0,0%
· Alternativos 11.497 0,2% 16.354 0,3%
Detidos para negociação (14.589) (392.525) 0,0%· Derivados de negociação 198.936 0,0% 165.754 0,0%
· Repo (213.575) 0,0% (558.279) 0,0%
Total 11.679.648 10.945.494
Investimento em imobiliário 5.589 5.833
Depósitos junto de empresas cedentes – 0
Caixa e disponibilidades 301.041 779.588
Total 12.141.257 11.970.154
* Excluindojuroscorridos
51RelatóRio e Contas 2010
Relatório do Conselho de administração
Os Colaboradores
AgestãodosRecursosHumanosnaMillenniumbcpAgeastemporbaseummodelo
emqueosprincipaisagentessãoashierarquias,asquaissãoresponsáveisporimple‑
mentarnoterrenoasacçõesquepermitamalcançarosobjectivosdefinidospela
empresanestamatéria.Nestemodelo,aDirecçãodeApoioCorporativoeoseu
NúcleodeRecursosHumanossuportamaComissãoExecutivaeashierarquiasna
definiçãoeimplementaçãodeacçõeseferramentasquepotenciemodesenvolvi‑
mentodosColaboradores.
2010foiumanodeconsolidaçãodasacçõeseferramentasqueforamimple‑
mentadasnosúltimosdoisanoscomoobjectivodepotenciaroenvolvimentodos
Colaboradoreseodesenvolvimentodecompetênciasemelhoraroseugraude
motivaçãoesatisfação.Referimo‑nos,nomeadamente,aoenvolvimentodosCola‑
boradoresnoacompanhamentoeanálisedosindicadoresdoBalancedScorecard,
aodesenvolvimentodeplanosdeacçãoparamelhoriadamotivaçãoesatisfação
decorrentesdosresultadosdoInquéritoAnualdeSatisfaçãodosColaboradores,à
conclusãodociclodeavaliaçãoatravésdonovomodelodeavaliação(SAID)eainda
aoaperfeiçoamentodosistemadeincentivos.
AFormaçãoprofissionalganhaumadimensãoacrescidanumGrupoemque
amobilidadeinternaéassumidacomoumdosprincipaisdriversdagestãodos
RecursosHumanos.Deentreasacçõesimplementadasem2010,importarealçaro
desenvolvimentodeumaplataformadee’learning,cujaimplementaçãoestáprevista
paraoiniciode2011,quepermitiráaosColaboradoresdesenvolvereenriqueceras
suascompetênciastécnicasnaáreaseguradora.
AMillenniumbcpAgeasconcluiuoexercíciode2010com461Colaboradores,
mais3quenofinaldoexercícioanterior.Amédiadeidadesaproximou‑sedos43
anoseosColaboradoresesdosexofemininorepresentam54%.
Comoobjectivodetrazer“sanguenovo”àempresa,estimulandooseudesenvol‑
vimentoecriandoasbasesparaoseucrescimentofuturo,aMillenniumbcpAgeas
desenvolveueaprovouumProgramadeReestruturação,queiráserimplementado
apartirdeJaneirode2011,quevisarejuvenesceroquadrodepessoalepreparara
empresaparaosdesafiosfuturos.
DISTRIbuIçãO ETáRIA 2010
Escalão Etário Feminino Masculino Total
< 30 11 9 20
31 -35 48 22 70
36 -40 69 33 102
41 -45 64 52 116
46 -50 29 54 83
51 -55 14 29 43
56 -60 12 11 23
> 60 2 2 4
Total 249 212 461
52
Relatório do Conselho de administração
corporate Governance
AMillenniumbcpAgeaséumGruposeguradordetidopelaAgeasepeloMillennium
bcp.Paraalémdocumprimentodasleiseregulamentos,agarantiadocumprimento
dasrecomendaçõeseboasregrasdegovernodassociedadeséumapreocupaçãoda
MillenniumbcpAgeasGrupoSegurador.
Órgãos Sociais
ASSEMBlEIA GERAl
ÀAssembleiaGeral,alémdodispostonalei,compete,emespecial,elegeraMesa
daAssembleiaGeral,osmembrosdoConselhodeAdministração,osmembrosdo
ConselhoFiscalouoFiscalÚnicoeoRevisorOficialdeContasouSociedadede
RevisoresOficiaisdeContas,designarumConselhodeAuditoriaefixarasremu‑
neraçõesdosmembrosdosórgãossociaisebemcomoosrespectivosesquemasde
SegurançaSocialedeoutrasprestaçõescomplementares.
AMesadaAssembleiaGeralécompostaporumPresidente,umVice‑presidente
eumsecretário,eleitosportrêsanosereelegíveisporumaoumaisvezes.
AdMINIStRAçãO E FISCAlIzAçãO
AestruturadeadministraçãoedefiscalizaçãoadoptadaincluiumConselhode
Administração,comdelegaçãodagestãocorrentenumaComissãoExecutiva,um
ConselhoFiscaleumRevisorOficialdeContasouSociedadedeRevisoresOficiais
deContasquenãosejamembrodoConselhoFiscal.
Conselho de AdministraçãoOConselhodeAdministraçãoécompostoporummáximodeoitomembros,eleitos
pelaAssembleiaGeral,porumperíododetrêsanosereelegíveisumaoumaisvezes,
quedesignam,deentreosseusmembros,osrespectivosPresidenteeVice‑Presidente.
OConselhodeAdministraçãoreúnesemprequeconvocadopeloseuPresidenteou
poroutrosdoisadministradorese,nomínimo,umavezemcadatrimestre.
Em31deDezembrode2010,oConselhodeAdministraçãoeraconstituídopor
umPresidente(Dr.BartKarelAugustDeSmet),umVice‑Presidente(Dr.Nelson
RicardoBessaMachado)eporcincoVogais(Dr.KurtAndréJDeSchepper,Dr.Ste‑
fanGeorgesLeonBraekeveldt,Dr.FranciscoAlexandreRoblesMonteiroLino,Dr.
JanAdriaandePooter,Dr.MichelEdmondJosephGhislainBaiseeDr.Fernando
ManuelNobredeCarvalho).
53RelatóRio e Contas 2010
Relatório do Conselho de administração
Comissão ExecutivaAComissãoExecutiva,constituídanostermosdalei,integraummáximodecinco
membrosqueinscrevemasuaactuaçãonoslimitesdadelegação,emododefun‑
cionamentofixadosemdeliberaçãodoConselhodeAdministração.Osestatutos
prevêemasmatériasqueoConselhodeAdministraçãonãopodedelegar.
Actualmente,aComissãoExecutivaécompostapelosadministradores,Senhores
Dr.FranciscoAlexandreRoblesMonteiroLino,queexerceocargodePresidente
(CEO),Dr.JanAdriaandePooter(Deputy CEO),Dr.MichelEdmondJosephGhis‑
lainBaise(CFO)eDr.FernandoManuelNobredeCarvalho.
PordeliberaçãodoConselhodeAdministraçãoadistribuiçãodepelourospelos
membrosdaComissãoExecutivaéactualmenteaseguinte:
Dr.FranciscoAlexandreRoblesMonteiroLino(CEO)–relaçõesinstitucionais
(autoridadesdesupervisãoeAPS),áreadeApoioCorporativo,áreadeRecursos
Humanos,áreaJurídica,áreadeCompliance,áreadeAuditoriaInternaePensõesgere.
Dr.JanAdriaandePooter(Deputy CEO)–Médis,áreadeOrganização&IT,Back‑
‑officedosramosNãoVida,PlataformastécnicasdosramosNãoVidaeBack ‑office
doramoVida(PlataformaVida).
Dr.MichelEdmondJosephGhislainBaise(CFO)–áreadePlaneamentoeCon‑
trolo,áreadeRisk Management,áreadeInvestimentos,áreaFinanceira,áreadeActu‑
ariadoeáreadeResseguro.
Dr.FernandoManuelNobredeCarvalho–áreasComerciais(bancassurance,
Médiseocanal“SME–Agentes&Brokers”),áreasdeSuporteàVendaeMarketing.
Conselho FiscalOConselhoFiscalécompostoportrêsmembrosefectivoseumsuplente,quesão
eleitos,peloperíododetrêsanos,pelaAssembleiaGeralquetambémdesignao
respectivoPresidente.Reúnenosprazosestabelecidosnaleieextraordinariamente
semprequeconvocadapeloseuPresidente,pelamaioriadosseusmembrosoupelo
ConselhodeAdministração.
AfiscalizaçãodosórgãossociaispoderáigualmenteserexercidaporumCon‑
selhoFiscaleporumRevisorOficialdeContasouumaSociedadedeRevisores
OficiaisdeContas,quenãosejamembrodaqueleórgão.
OsmembrosdoConselhoFiscalouoFiscalÚnico,semprequeojulguemcon‑
veniente,poderãoassistiràsreuniõesdoConselhodeAdministração.
Conselho de AuditoriaSemprejuízodacompetênciadoConselhoFiscal,aAssembleiaGeral,nostermos
docontratodesociedade,designouumConselhodeAuditoriaparaaverificação
dascontasdasociedadeeassistiroConselhodeAdministraçãonoquerespeitaem
geral,afunçõesdecontrolointerno.
OConselhodeAuditoriaécompostoportrêsmembrosnãoexecutivosdo
ConselhodeAdministração,umdosquaisseráoVice‑PresidentedoConselhode
Administração,queassumiráasfunçõesdepresidentedoConselhodeAuditoria.
54
Relatório do Conselho de administração
Secretário da SociedadeOConselhodeAdministraçãodesignaumsecretáriodaSociedade,bemcomoo
respectivosuplente,comascompetênciasprevistasnalei,osquaisnãopoderãoser
membrosdoConselhodeAdministração.
REMuNERAçõES
Política de Remuneração dos Órgãos de Administração e Fiscalização
Processo de decisão e estrutura da remuneraçãoApolíticaderemuneraçãodosmembrosdosórgãosdeadministraçãoedefiscali‑
zaçãotem‑semantidoestávelpraticamentedesdeaconstituiçãodaempresa,tendo
sidodefinidapelacomissãoderemuneraçõescompostapelosaccionistascombase
nasmelhorespráticas.
Apolíticaderemuneraçãodosmembrosdosórgãosdeadministraçãoede
fiscalizaçãoéestruturadadeformaaasseguraroequilíbrioentreaperformance
anualdaempresaeacontribuiçãodosmembrosdaquelesórgãosparaessamesma
performance.
Estapolíticaématerializadanumacomponentefixaderemuneraçãoenapossi‑
bilidadedeatribuiçãodeumacomponentevariável.Estascomponentes,erespectiva
evolução,decorremdograuderealizaçãodosobjectivosconsideradosnobusiness
plandemédioelongoprazoqueéaprovadopeloConselhodeAdministraçãoeem
critériosqueconsideramodesempenhoindividual,orealcrescimentodainstituição
eariquezaefectivamentecriadaparaosaccionistas,aprotecçãodosinteressesdos
tomadoresdeseguros,segurados,participantesebeneficiários,asuasustentabi‑
lidadealongoprazoeosriscosassumidos,bemcomoocumprimentodasregras
aplicáveisàactividadedainstituição.
Critérios predeterminados para a avaliação do órgão de administraçãoAdecisãodeatribuiçãodacomponentevariáveldepende,paraalémdograude
cumprimentodoorçamentoanual,dasolidezfinanceiradaprópriaempresa,dos
níveisdesolvênciaederating,edaprópriaenvolventeeconómicaecompetitiva.Não
estáprevistaaexistênciadeplanosdeatribuiçãodeinstrumentosfinanceirosou
deopçõesdasuaaquisição.Opagamentodacomponentevariáveldaremuneração
temlugarapósoapuramentodascontasdecadaexercícioeconómico.
Poderãoserdesignadosadministradoresquenãoaufiramqualquerremuneração.
Osadministradoresquenãoexercemfunçõesexecutivasnãosãoremunerados.
Avaliação do desempenho do órgão de administraçãoAavaliaçãododesempenhodosadministradoresexecutivoséumaconsequência
directadograudecumprimentodoorçamentoanual,sendodaresponsabilidade
exclusivadaassembleiageraloudeumacomissãoderemuneraçõesporelanomeada.
Ocritériopredeterminadoparaaavaliaçãodedesempenhodosadministradores
executivoséograudecumprimentodoorçamentoanual.
55RelatóRio e Contas 2010
Relatório do Conselho de administração
Importância relativa das componentes da remuneração do órgão de administraçãoAremuneraçãodosadministradoresqueexercemfunçõesexecutivaséconstituída
pelasseguintescomponentes:
a) umaremuneraçãofixamensal,definidatendoporbaseoposicionamentocom‑
petitivofaceaouniversodeempresasdereferêncianacional,podendo,quando
setratedeadministradoresoriundosdeempresasaccionistas,serconsiderado
oseuenquadramentoglobalnessasempresas,nomeadamenteonívelremune‑
ratório;estacomponenterepresentaumaproporçãosuficientementeelevadada
remuneraçãototal,permitindoaaplicaçãodeumapolíticaplenamenteflexível
sobreacomponentevariáveldaremuneração,incluindoapossibilidadedoseu
nãopagamento;
b) umaremuneraçãovariávelanual,pagadeumasóvezapósaaprovaçãodasconta
anuaisemassembleiageral;afixaçãodestaremuneraçãotemporreferênciaas
práticasdosaccionistasquesãoplayersdereferêncianosmercadosemqueestão
presentes;aremuneraçãovariávelanualdoconjuntodosadministradoresexe‑
cutivosnãodeveexceder2%dosresultadosdoGrupo,antesdeamortizaçãode
VOBA(Value of Business Acquired)ouGoodwill,noexercícioaquedigarespeito,ea
suaatribuiçãonãoconstituiumdireitoadquirido,sendodeliberadaanualmente.
Informação sobre o diferimento do pagamento da componente variável e critérios de atribuição de remuneração variável em instrumentos financeiros do órgão de administraçãoAremuneraçãovariávelnãoéobjectodequalquerdiferimentonemépagaemins‑
trumentosfinanceiros.Considerandoqueasociedadetemoseucapitalconcentrado
emdoisGruposEconómicossendoadispersãodoseucapitalcontráriaàfilosofia
quepresidiuàsuaconstituição,estaformadepagamentoderemuneraçãonãose
considerasusceptíveldelheseraplicadaaplicável.
Outros benefícios não pecuniários do órgão de administraçãoNãohálugaraopagamentodeprémiosanuaisequaisqueroutrosbenefíciosnão
pecuniários.
Remuneração sob a forma de participação nos lucros ou de prémios do órgão de administraçãoParaalémdaremuneraçãofixamensaledaremuneraçãovariávelanual(cujaatri‑
buiçãoquedependededeliberaçãonãoconstituidireitoadquiridoanual),nãoestá
previstaqualquerremuneraçãosobaformadeparticipaçãonoslucrosoudepaga‑
mentodeprémios.
Pagamento de quaisquer indemnizações a ex ‑ membros executivos do órgão de administração relativamente à cessação das suas funções durante o exercícioNãoestáprevistoopagamentodequaisquerindemnizaçõesaex‑membrosexecu‑
tivosdoórgãodeadministraçãorelativamenteàcessaçãodassuasfunçõesdurante
oexercício.
56
Relatório do Conselho de administração
Limites à compensação a pagar por destituição sem justa causa do órgão de administraçãoAcompensaçãoestabelecidaparaqualquerformadedestituiçãosemjustacausa
deummembrodoórgãodeadministraçãonãoserápagaseadestituiçãooucessa‑
çãoporacordoresultardeuminadequadodesempenhodomembrodoórgãode
administração.
Montantes pagos a qualquer título por outras sociedades em relação de domínio
ou de grupo
Osadministradoresexecutivossãoapenasremuneradosemumadasempresas
doGrupoenãorecebemcompensaçõesadicionaisàsprevistasnestapolíticade
remuneração.
Regimes complementares de pensões ou de reforma antecipada do órgão de administraçãoPeloexercíciodassuasfunçõesosmembrosdoórgãodeadministraçãonãobenefi‑
ciamdequaisquerregimescomplementaresdepensõesoudereformaantecipada.
Estimativa do valor dos benefícios não pecuniários do órgão de administraçãoNãoaplicável.
Mecanismos que impeçam a celebração de contratos que ponham em causa a razão de ser da remuneração variável do órgão de administraçãoNãoaplicável.
Avaliação da política de remuneraçãoApolíticaderemuneraçãoserásubmetidaaavaliaçãointernaindependente,com
periodicidademínimaanual,executadapelasfunções‑chave,emarticulaçãoentresi
ematerializadaemrelatórioaapresentaraoórgãodeadministraçãoeàassembleia
geral,identificando,nomeadamente,asmedidasnecessáriasparacorrigireventuais
insuficiências.
Aavaliaçãoincluirá,designadamente,aanálisedapolíticaderemuneraçãoe
dasuaimplementação,deacordocomalegislaçãoeasrecomendaçõesaplicáveis,
especialmentesobreorespectivoefeitonagestãoderiscosedecapitaldaempresa.
Consistência das políticas de remuneração ao nível do GrupoAspolíticasderemuneraçãodasdiversasempresasdoGruposãoconsistentesentre
si,sendoasseguradaasuaimplementaçãoparaototaldasremuneraçõespagasa
cadacolaboradorpeloconjuntodasempresasdoGrupo.
Indicação discriminada das recomendações adoptadas e não adoptadasOquadroseguintecorrespondeàindicaçãodiscriminadadasrecomendações
adoptadasenãoadoptadascontidasnaCircular6/2010,de1deAbril,doInsti‑
tutodeSegurosdePortugal,contendoafundamentaçãodanãoadopçãodedeter‑
minadasrecomendaçõesporremissãoparaoparágrafoprópriodestapolíticade
remuneração.
57RelatóRio e Contas 2010
RECOmENDAçãODEClARAçãO DE ADOPçãO FuNDAmENTAçãO
I.4. Adopção de uma política de remuneração consistente com uma gestão e controlo de riscos eficaz
I.5. Adequação da política à dimensão, naturezae complexidade da actividade
I.6. Adopção de uma estrutura clara, transparente e adequada
Adoptada Processo de decisão e estrutura da remuneração
II.1. Aprovação da política pela comissão de remunerações Adoptada Processo de decisão e estrutura da remuneração
II.3. Participação na definição da política de pessoas com independência funcional e capacidade técnica adequada, incluindo pessoas que integrem as unidades de estrutura responsáveis pelas funções ‑chave
Adoptada Processo de decisão e estrutura da remuneração
II.4. A política deve ser transparente e acessível a todosos Colaboradores, objecto de revisão periódica e formalização em documento autónomo
Adoptada Processo de decisão e estrutura da remuneração
e Critérios predeterminados para a avaliação
III.1. Revisão com periodicidade mínima anual pela comissão de remunerações
III.2. Independência dos membros da comissãode remunerações
Adoptada Avaliação do desempenho
IV.1. A remuneração dos administradores executivos deve integrar uma componente variável dependente de uma avaliação do desempenho
Adoptada Critérios predeterminados para a avaliação e Avaliação do desempenho
IV.2. Adequado equilíbrio das componentes da remuneração Adoptada Importância relativa das componentes da remuneração
IV.3. Parte da componente variável deve ser pagaem instrumentos financeiros
IV.4. Parte da remuneração variável deve ser diferida
IV.5. Determinação do diferimento em função do peso relativo face à componente fixa
IV.7. Manutenção das acções da instituição obtidas atravésde esquemas de remuneração variável
IV.8. Prazo de diferimento no caso de atribuição de opções
IV.9. Conservação de acções após o termo do mandato
Não adoptada
Considera ‑se como não aplicável, tendo em conta: as características da sociedade e dos seus accionistas; o processo de decisão e estrutura da remuneração; a importância relativa das componentes da remuneração; e a informação sobre o diferimento do pagamento da componente variável e critérios de atribuição de remuneração variável em instrumentos financeiros
IV.6. Os membros do órgão de administração não devem celebrar contratos que mitiguem o risco inerente à variabilidade da remuneração
Adoptada Mecanismos que impeçam a celebração de contratos que ponham em causa a razão de ser da remuneração variável
IV.10. Remuneração dos administradores não executivosnão deve incluir nenhuma componente dependente do desempenho ou valor da instituição
Adoptada Critérios predeterminados para a avaliação
IV.11. Indemnizações em caso de destituição Adoptada Limites à compensação a pagar por destituição sem justa causa
VI.1. Submissão da política de remuneração a avaliação interna independente
Adoptada Avaliação da política de remuneração
VII.1. Deve ser assegurada a consistência das políticasde remuneração a nível de grupo
VII.2. Adopção das recomendações para o total das remuneração pagas a cada colaborador pelo conjunto das empresas do Grupo
Adoptada Consistência das políticas de remuneração do nível do Grupo
58
Relatório do Conselho de administração
OmontanteanualderemuneraçãopagopelaMillenniumbcpAgeasGrupoSegu‑
rador,S.G.P.S.,S.A.aosmembrosdosórgãosdeadministraçãoedefiscalizaçãono
exercíciode2010,deformaagregadaeindividual,éoseguinte:
Joaquim Patrício da Silva 11.250,00 Euros
José Rodrigues de Jesus 12.000,00 Euros
António Fernando Nogueira Chaves 5.625,00 Euros
Total Agregado 28.875,00 Euros
Política de remuneração dos Colaboradores
Processo de decisão e estrutura da remuneraçãoApolíticaderemuneraçãodosColaboradorestem‑semantidoestávelpraticamente
desdeaconstituiçãodaempresa,tendosidodefinidapelosaccionistascombase
nasmelhorespráticas.
AremuneraçãodosColaboradorescompreendearetribuiçãobasecorrespon‑
denteaonívelprevistoemconvençãocolectivadetrabalhoeumcomplemento
retributivoquevariaemfunçãodoestatutoindividualedaevoluçãodacarreira
profissional,ouseja,dacategoriaprofissional,donívelretributivo,especificidade
eexigênciadafunção,graudesenioridade,méritoindividualenívelderesponsa‑
bilidadeatribuído.
Adiferenciaçãoindividual,adoptadaparatodososColaboradores,atentaaos
seguintescritérios:níveldeclassificaçãoemconvençãocolectivadetrabalho,espe‑
cificidadeeexigênciadafunção,graudesenioridade,méritoindividualenívelde
responsabilidadeatribuído.
Importância relativa das componentes da remuneraçãoEstapolíticaématerializadanumacomponentefixaderemuneraçãoenapossibi‑
lidadedeatribuiçãodeumacomponentevariável.Estascomponentes,erespectiva
evolução,decorremdograuderealizaçãodosobjectivosconsideradosnobusiness
plandemédioelongoprazoqueéaprovadopeloConselhodeAdministraçãoe
emcritériosqueconsideramodesempenhoindividualedepartamental,oreal
crescimentodainstituiçãoeariquezaefectivamentecriadaparaosaccionistas,
aprotecçãodosinteressesdostomadoresdeseguros,segurados,participantese
beneficiários,asuasustentabilidadealongoprazoeosriscosassumidos,bemcomo
ocumprimentodasregrasaplicáveisàactividadedainstituição.
Apolíticaderemuneraçãoéestruturadadeformaaasseguraroequilíbrioentrea
performanceanualdaempresaeacontribuiçãodosColaboradoresparaessamesma
performance.
Acomponentefixarepresentaumaproporçãosuficientementeelevadadaremu‑
neraçãototal,afimdepermitiraaplicaçãodeumapolíticaplenamenteflexívelsobre
acomponentevariáveldaremuneração,incluindoapossibilidadedenãopagamento
dequalquercomponentevariáveldaremuneração.
59RelatóRio e Contas 2010
Relatório do Conselho de administração
Informação sobre o diferimento do pagamento da componente variável e critérios de atribuição de remuneração variável em instrumentos financeiros
Aremuneraçãovariávelnãoéobjectodequalquerdiferimentonemépagaem
instrumentosfinanceiros,atentasascaracterísticasdasociedadeedosGruposEco‑
nómicosemqueamesmaseinsere.
Critérios predeterminados para a avaliaçãoOscritériospredeterminadosparaaavaliaçãodedesempenhosãoograudecum‑
primentodoorçamentoanual,odesempenhoindividualedepartamental,oreal
crescimentodainstituiçãoeariquezaefectivamentecriadaparaosaccionistas,a
protecçãodosinteressesdostomadoresdeseguros,segurados,participantesebene‑
ficiários,asuasustentabilidadealongoprazoeosriscosassumidos,bemcomoo
cumprimentodasregrasaplicáveisàactividadedainstituição.
AremuneraçãovariáveldoconjuntodosColaboradoresnãodeveexceder3%
dosresultadosdoGrupo,antesdeamortizaçãodeVOBA(Value of Business Acquired)
ouGoodwill,noexercícioaquedigarespeito,enãoconstituiumdireitoadquirido,
sendodeliberadaanualmente.
Avaliação da política de remuneraçãoApolíticaderemuneraçãoserásubmetidaaavaliaçãointernaindependente,com
periodicidademínimaanual,executadapelasfunções‑chave,emarticulaçãoentresi
ematerializadaemrelatórioaapresentaraoórgãodeadministraçãoeàassembleia
geral,identificando,nomeadamente,asmedidasnecessáriasparacorrigireventuais
insuficiências.
Aavaliaçãoincluirá,designadamente,aanálisedapolíticaderemuneraçãoe
dasuaimplementação,deacordocomalegislaçãoeasrecomendaçõesaplicáveis,
especialmentesobreorespectivoefeitonagestãoderiscosedecapitaldaempresa.
Indicação discriminada das recomendações adoptadas e não adoptadasOquadroseguintecorrespondeàindicaçãodiscriminadadasrecomendações
adoptadasenãoadoptadascontidasnaCircular6/2010,de1deAbril,doInsti‑
tutodeSegurosdePortugal,contendoafundamentaçãodanãoadopçãodedeter‑
minadasrecomendaçõesporremissãoparaoparágrafoprópriodestapolíticade
remuneração.
60
RECOmENDAçãODEClARAçãO DE ADOPçãO FuNDAmENTAçãO
I.4. Adopção de uma política de remuneração consistente com uma gestão e controlo de riscos eficaz
I.5. Adequação da política à dimensão, natureza e complexidade da actividade
I.6. Adopção de uma estrutura clara, transparente e adequada
Adoptada Processo de decisão e estrutura da remuneração
II.2. Aprovação da política pelo órgão de administração Adoptada Processo de decisão e estrutura da remuneração
II.3. Participação na definição da política de pessoas com independência funcional e capacidade técnica adequada, incluindo pessoas que integrem as unidades de estrutura responsáveis pelas funções ‑chave
Adoptada Processo de decisão e estrutura da remuneração
II.4. A política deve ser transparente e acessível a todos os Colaboradores, objecto de revisão periódica e formalização em documento autónomo
Adoptada Processo de decisão e estrutura da remuneração
e Critérios predeterminados para a avaliação
II.5. Comunicação do processo de avaliação aos Colaboradores Adoptada
V.1. Adequado equilíbrio das componentes da remuneração Adoptada Processo de decisão e estrutura da remuneração e Importância relativa das componentes da remuneração
V2. Parte da componente variável deve ser paga em instrumentos financeiros
V.5. Possibilidade de não pagamento ou redução da remuneração variável diferida
V.6. Prazo de diferimento da remuneração variável
V.7. Determinação do diferimento em função do peso relativo face à componente fixa
Não adoptada
Não aplicável, tendo em conta: as características da sociedade e dos seus accionistas; o processo de decisão e estrutura da remuneração; a importância relativa das componentes da remuneração; e a informação sobre o diferimento do pagamento da componente variável e critérios de atribuição de remuneração variável em instrumentos financeiros
V.3. Avaliação deve atender ao desempenho individual e da estrutura onde o Colaborador se integra e a critérios não financeiros relevantes
V.4. Critérios de avaliação devem ser predeterminados e mensuráveis, tendo por referência um quadro plurianual
Adoptada Critérios predeterminados para a avaliação
V.8. Remuneração dos colaboradores que exercem funções‑‑chave
V.9. Remuneração da função actuarial
Adoptada Processo de decisão e estrutura da remuneração
VI.1. Submissão da política de remuneração a avaliação interna independente
Adoptada Avaliação da política de remuneração
PROCESSO dE dECISãO EMPRESARIAl
Noquadrodoprocessodedecisãoempresarialexistemvárioscorpossociais,comis‑
sõesespecíficaseunidadesorgânicasque,sendoeleitaspelaAssembleiaGeralou
designadaspeloConselhodeAdministração,coadjuvamoConselhodeAdministra‑
çãoeaComissãoExecutivanoexercíciodassuasfunções,assegurandoasegregação
entreasáreasdenegócioeasáreasdeoperações.
Comité de RiscoTemporfunçãoapoiaroConselhodeAdministraçãoeaComissãoExecutivana
compreensãoegestãoadequadadosriscosinerentesàactividadeseguradoraede
61RelatóRio e Contas 2010
Relatório do Conselho de administração
gestãodeFundosdePensões,bemcomoasseguraraadequaçãodocapitalemrela‑
çãoaosreferidosriscoseàsoperaçõesnoseuconjunto.
OpapeleresponsabilidadesdoComitédeRiscosãofixadospelaComissão
Executivaeestabelecidosnosrespectivostermosdereferência,osquaissãoperio‑
dicamenterevistospeloComitédeRisco,peloConselhodeAdministraçãooupela
ComissãoExecutivaemfunçãodealteraçõesdosrequisitosregulamentaresoude
princípiosdegestãoderisco.
chief Investment OfficerTemporfunçãomaximizaroretornodosinvestimentosnocontextodasdefini‑
çõesestratégicasrelativamenteàgestãodeactivos(ALM).Éaindaresponsávelpela
selecçãodosactivosquesãoobjectodeinvestimento,alémdefornecerinformação
aosníveislocaledoGrupo.
compliance OfficerTemporfunçãoestimular,monitorarecontrolaraobservaçãodasleis,regulamen‑
tos,regrasinternasepadrõeséticosrelevantesparaaintegridadee,consequente‑
mente,paraareputaçãodaMillenniumbcpAgeasGrupoSegurador.
Nocontextodagovernaçãocorporativa,oCompliance Officer visaproporcionar
razoávelgarantiadequeasCompanhiaseosseusColaboradorescumpremaquelas
leis,regulamentos,regrasinternasepadrõeséticos.
FazigualmentepartedamissãodoCompliance Officerdesenvolverumarelaçãode
confiançaecompreensãocomasautoridadesderegulaçãoesupervisãoemmatéria
decompliance.
Millennium bcp Serviços, ACE (Servibanca)OMillenniumbcp,ACEéumagrupamentocomplementardeempresasquecons‑
tituiaprincipalestruturadeintegração,optimizaçãoeracionalizaçãoderecursos
informáticos,operativos,administrativosedeaprovisionamento,integrandoum
conjuntodeunidadesorgânicasquetêmcomomissãoagestãodemeioseapres‑
taçãodeserviços.
REGRAS dE CONdutA
Código DeontológicoIndependentementedoquadrolegaleregulamentaraplicávelàssociedadescomer‑
ciaisemgeraleàsempresasdesegurosesociedadesgestorasdeFundosdePensões
emparticular,oConselhodeAdministraçãoaprovouumCódigoDeontológico
queincorporaregrasdefuncionamentoprópriasedocomportamentoindividual
decadaumdosColaboradoresedosmembrosdoConselhodeAdministraçãoeda
ComissãoExecutiva,noexercíciodasrespectivasfunções.
OCódigoDeontológicosistematizaosprincípioseasregrasaobservarnasprá‑
ticasdaactividadeseguradoraedegestãodeFundosdePensões,nomeadamente
noquerespeitaàsmatériasdeconflitodeinteresses,sigiloeincompatibilidades.
62
Relatório do Conselho de administração
Procedimentos Internos para Controlo dos Riscos da ActividadeOConselhodeAdministraçãoeaComissãoExecutiva,noexercíciodassuasfun‑
ções,sãoresponsáveispeladefiniçãodonívelderiscoaassumir,bemcomopelasua
gestão,sendoassessoradosnessafunçãopelasunidadestransversaisqueaníveldo
corporate governancecontribuemparaoprocessodedecisãoempresarial.
ÓRGãOS SOCIAIS
mESA DA ASSEmblEIA gERAl
Presidente
Vice ‑Presidente
Secretário
Rui Manuel Parente Chancerelle de Machete
Ana Isabel dos Santos de Pina Cabral
João José Carvalho Pereira Pascoal
CONSElhO DE ADmINISTRAçãO
Presidente
Vice ‑Presidente
Vogal
Vogal
Vogal
Vogal
Vogal
Vogal
Bart Karel August De Smet
Nelson Ricardo Bessa Machado
Kurt André J De Schepper
Stefan Georges Leon Braekeveldt
Francisco Alexandre Robles Monteiro Lino
Jan Adriaan de Pooter
Michel Edmond Joseph Ghislain Baise
Fernando Manuel Nobre de Carvalho
CONSElhO FISCAl
Presidente
Vogal
Vogal
Suplente
Joaquim Patrício da Silva
José Rodrigues de Jesus
António Fernando Nogueira Chaves
Belmira Abreu Cabral
ROC
Efectivo
Suplente
KPMG & Associados (SROC)
Representado por: Ana Cristina Soares Valente Dourado
Vítor Manuel da Cunha Ribeirinho
CONSElhO DE AuDITORIA
Presidente Vogal Vogal
Nelson Ricardo Bessa MachadoKurt André J De SchepperStefan Georges Leon Braekeveldt
63RelatóRio e Contas 2010
Relatório do Conselho de administração
Perspectivas para 2011
Talcomohavíamosprevisto,oexercíciode2010foiextremamenteexigentedo
pontodevistadegestãodonegócio.Osefeitosdacriseeconómicaefinanceiracon‑
tinuaramaafectartodosossectoresdaeconomiaecondicionaramfortementetoda
aactividadeempresarial.Osprocessosderacionalizaçãoderecursosmantiveram‑
‑senotopodasprioridadesdasempresascomoformadecompensarareduçãodo
volumedenegócios.
Aexemplodoquejáhaviaacontecidoem2009,aMillenniumbcpAgeas,apesar
detodasascondicionantesjáreferidasaolongodesteRelatório,conseguiuatingir
em2010osprincipaisobjectivospré‑estabelecidos.
Osefeitosdacriseglobalvãocontinuarafazer‑sesentir,ocrescimentoeconó‑
micoseráinsuficiente,aliquidezdaeconomiacontinuaráaserreduzidaeavolati‑
lidadedosmercadosfinanceirosdeverámanter‑se.Porisso,oanode2011serásem
dúvidamaisumanoextremamentedifícileexigentedopontodevistadagestão.
OsprincipaisobjectivosestratégicosqueaMillenniumbcpAgeassepropõe
alcançarem2011,enquadram‑sedentrodoplanodemédioelongoprazodeline‑
adoem2005,anodearranquedaoperação,assenteemquatropilares:Crescimento;
Produtividade;QualidadeeRentabilidade.
Crescimento–Oprincipalobjectivocontinuaráaseraumentardeformasusten‑
tadaataxadepenetraçãonabasedeClientesdoMillenniumbcp.Manter‑se‑áo
enfoquenainovaçãoerenovaçãodaofertadeprodutosVidaeNãoVidaenoalarga‑
mentoanovossegmentosdeClientes,comoobjectivodemelhorarcontinuamente
apropostadevalor.
NaáreadeAgenteseCorretoresoobjectivocontinuaaserodeganharmassa
criticaedestemodocontribuirdeformaactivaparaadiversificaçãodaestrutura
globaldacarteiradaMillenniumbcpFortis.
Produtividade–Oenfoquemanter‑se‑ánodesenvolvimentodeprocessos,automa‑
tismoseníveisdecontrolo,quepermitamumamelhoriacontinuadaesustentada
dosníveisdeserviçoeconsequentementeumaumentodaeficiênciaedaeficácia
dasváriasáreasdaempresa.Umadasprincipaisprioridadescontinuaráasera
consolidaçãodasoperativasedasferramentasdesuportedasáreasdefront ‑office
eback ‑office,destacando‑seaimplementaçãodeumnovosistemainformáticode
suporteaonegóciodoramoVidaeaconsolidaçãodasplataformastécnicas.
Qualidade–AmelhoriasustentadadaqualidadedoserviçoprestadoaClien‑
tesExternoseClientesInternoscontinuaráaserumadasprincipaisprioridades.
Pretende‑se,atravésdemetodologiasepráticascomunsaoMillenniumbcp,moni‑
torizarecontrolaraqualidadedoserviçoprestadodemodoaque,deformacon‑
certada,possamosactuarnosentidodeaumentarmosprogressivamenteosníveis
desatisfaçãoefidelizaçãodosnossosClientes.Osindicadoresdesatisfação,tanto
aoníveldosClientesexternoscomointernos,continuaramaevoluirmuitofavora‑
velmenteem2010,massabemosquepodemos,edevemos,continuaramelhorar.
64
Relatório do Conselho de administração
Rentabilidade–Éumaconsequênciadostrêspilaresanterioreseoobjectivoéode
garantirníveisderemuneraçãoatractivosesustentadosparaosnossosAccionistas.
Proposta de Aplicação de Resultados
Oresultadolíquidoreferenteatodasassociedadesqueintegramascontas con‑
solidadasdaMillenniumbcpAgeasGrupoSegurador,S.G.P.S.,S.A.,apuradono
exercíciode2010foide114.097.047,00euros(centoecatorzemilhõesnoventae
setemilequarentaeseteeuros).
OsresultadosatribuíveisàMillenniumbcpAgeasGrupoSegurador,S.G.P.S.,S.
A.sãode1.920.802,08euros(ummilhãonovecentosevintemiloitocentosedois
euroseoitocêntimos).
ConsiderandooqueconstadorelatóriodoConselhodeAdministraçãoenos
termosdaalíneab)donº1doartigo376ºdoCódigodasSociedadesComerciais,
dosresultadosapuradosnoexercíciode2010,nomontantede1.920.802,08euros
(ummilhãonovecentosevintemiloitocentosedoiseuroseoitocêntimos),propõe‑
‑seaseguinteaplicação:
› 96.040,10euros(noventaeseismilequarentaeurosedezcêntimos),parareserva
legal;
› 1.824.761,98euros(ummilhãooitocentosevinteequatromilsetecentoseses‑
sentaeumeurosenoventaeoitocêntimos),pararesultadostransitados.
Lisboa,21deFevereirode2011
OConselhodeAdministração
65RelatóRio e Contas 2010
Publicações Obrigatórias
PERCENtAGEM dE PARtICIPAçãO SOCIAl
AgeasInsuranceInternational,N.V.–51%
BCPInvestmentB.V.–49%.
66
Posição Accionista e Obrigacionista dos Membros dos Órgãos Sociais
Accionistas/Obrigacionistas Título Nº. de títulos à data de Transacções em 2010Preço Unitário
Euros
10/12/31 09/12/31 Aquisições Alienações Data
Nelson Ricardo Bessa Machado Acções BCP 259.992 259.992
Francisco Alexandre Robles Monteiro Lino
Acções BCP 36.950 36.950
BCP Obrg. Cx. Super Invt. Mill II/12/10 4.000 4.000 29/Dez/10 50,00
BCP Obrg. Cx. Super Af. Mill 4ª/2013 3.700 3.700
Fernando Manuel Nobre de Carvalho
Acções BCP 266.855 366.779
Acções BCP 15.000 26/Jul/10 0,65
Acções BCP 9.000 24/Set/10 0,61
Acções BCP 6.000 24/Set/10 0,61
Levantamento por transferência 69.924 28/Dez/10 0,60
BCP VER CONV SOC GEN XI/10 (02/2011)
2 0 2 22/Nov/10 10.000,00
Subscrição BCP Finance CO 5,543 PCT Eur
340 340
José Rodrigues Jesus Acções BCP 16.239 16.239
António Fernando Nogueira Chaves Acções BCP 92.108 92.108
Belmira Abreu Cabral Acções BCP 10.369 10.369
Cônjuge / Descendentes Menores
Maria Teresa H. M. C. Nobre de Carvalho
BCP OB CX Subordinadas 1ºS (2008/2018)
120 120
BCP OB CX Millennium bcp Sub 2008 2SR
100 100
Millenniumbcp Valor Capital 2009 250 250
Armanda Amélia Rodrigues Jesus Acções BCP 1.795 1.795
Maria da Cruz M. Maia Nogueira Chaves
Acções BCP 1.819 1.819
67RelatóRio e Contas 2010
Glossário
A
Activos sob Gestão:conjuntodeactivos(ex.acções,obrigaçõeseimóveis)geridos
porumprestadordeserviços.
B
Bancassurance:vendadecontratosdeseguroutilizandocanaisdedistribuiçãode
entidadesbancárias.
Basis point (bp):umacentésimade1%.
C
Capital Económico:montantedecapitaldequeaempresanecessitaparafazerface
aosriscoseconómicosqueenfrenta.
Contrato de Investimento:contratodeseguro,doramoVida,relativamenteao
qualexistetransferênciadeumriscofinanceirosemexistirtransferênciasignificativa
deriscodeseguro.
Contrato de Seguro:contratorelativamenteaoqualumaparte(aempresadesegu‑
ros)aceitaumriscosignificativodaoutrapartecontratante,acordandocompensa‑la
porumaadversidadefuturaealeatória.
cross ‑selling:aestratégiaqueconsisteemutilizarabasededadosdeClientesdeum
determinadoprodutocomoClientespotenciaisdeoutrosprodutos.
Custo Amortizado:quantiapelaqualoactivofinanceiroouopassivofinanceiro
sãomensuradosnoreconhecimentoinicial,menososreembolsosdecapital,mais
oumenosaamortizaçãocumulativa,usandoométododojuroefectivo,emenos
qualquerreduçãoquantoàimparidadeouàfaltadecobertura.
Custo de Aquisição: custodecorrentedesegurosnovosourenovações,nomeada‑
mente,comissões,custosactuariais,publicidadeedespesasdeemissãodeapólices.
Custo Resseguro: custoquereflecteaoperaçãopelaqualosegurador,como
objectivodediminuirasuaresponsabilidadenaaceitaçãodeumriscoconsiderado
excessivoouperigoso,cedeaoutroseguradorumapartedaresponsabilidadeedo
prémiorecebido.
d
Derivado:instrumentofinanceirotalcomoumswap,umforward,umfuturoeuma
opção.Ovalordesteinstrumentofinanceiroaltera‑seemrespostaàalteraçãoem
váriasvariáveis.Requeruminvestimentolíquidoinicialbaixoounuloeéliquidado
numadatafutura.
Derivado Embutido:componentedeuminstrumentohíbridoquetambéminclui
umoutrocontrato–contratobase.Ocontratobasepodeserumadividaouum
instrumentodecapital,umaluguer,umcontratodeseguro,umavendaouum
contratodecompra.
68
E
embedded Value (eV): valoreconómicoestimadodedeterminadaSeguradoradedu‑
zidodovaloreconómicodaeventualproduçãonovafutura,traduzindo‑senasoma
doscapitaispróprioscomovalordacarteiraemvigor.
employee Benefits:todasasformasderetribuiçãoconcedidasporumaentidadeaos
seusColaboradoresemtrocadosserviçosporelesprestados,incluindoosalário
auferido.
Empréstimo Subordinado: empréstimodemenorprioridade,faceaoutros
empréstimos,relativamenteaosactivosouganhosemcasodesinistro.
F
Fundos de Pensões Abertos:encontram‑secondicionadosapenaspelaaceitação
daentidadegestoraepodemserconstituídosporqualquerentidadelegalmente
autorizadaagerirFundosdePensões.
Fundos de Pensões Fechados: dizemrespeitoaumassociado,ouavários,desde
queligadosporumvínculoquepodeserounãodenaturezaempresarialficando,no
entanto,obrigatoriamentedeterminadonasuaconstituiçãoqueaadesãodenovos
associadoscarecedaaceitaçãodosassociadosoriginários.Podemserconstituídos
porumaempresaougrupodeempresas.
G
Gestão de Activos e Passivos (aLM – asset Liability Management):éoprocesso
continuadodeformular,implementar,monitorizarerevernatentativadecumprir
osobjectivosfinanceirostraçadosfaceaumadeterminadatolerânciaderisco.
Goodwill: representaapartedovalordemercadodeumnegócioquenãoédirec‑
tamenteatribuívelaosactivosdisponíveis,passivosincorridosouassumidoseaos
elementosdasituaçãolíquida;normalmente,apenasécontabilizadonocasode
umaaquisição.
I
IFRS:normasinternacionaisdecontabilidade,adoptadasportodosospaísesda
UniãoEuropeia,apartirde1Janeiro2005,comoobjectivodegarantirtransparên‑
ciaecomparabilidadeaoníveldosprincípioscontabilisticosadoptados.
Imparidade: umadesvalorização,emqueovalorcontabilizadodoactivoexcede
ovalorrecuperável.Nestecaso,ovalorcontabilizadoseráreduzidoatéaovalor
recuperávelcomoconsequenteimpactonosresultados.
Indemnização:representaovalordareparaçãododanoatravésdopagamentodo
valornecessárioparaareposiçãodasituaçãoexistentenomomentoimediatamente
anterioraosinistroou,quandotalnãosejapossível,atravésdeumacompensação
monetáriaequivalente.ÉaimportânciapagapelaSeguradora,aoseguradooua
terceiros,emvirtudedaocorrênciadosinistroacobertodaapólice.
J
Justo Valor: montantepeloqualumactivo(passivo)podesercomprado(contraído)
ouvendido(liquidado).
69RelatóRio e Contas 2010
M
Margem Técnica: oresultadoobtidoapósadeduçãodoscustosrelacionadoscom
odesenvolvimentodaactividade,taiscomoossinistros,ascomissõeseasprovisões
técnicas,àreceitadeprémiosadquiridoslíquidosderesseguroedosrendimentos
financeirosassociadosaosinvestimentosafectosàsprovisõestécnicas.
P
Participação de Resultados:Direitocontratualemreceber,comosuplementoa
benefíciosgarantidos,benefíciosadicionais.
Prémios Adquiridos:valorcontabilisticodosprémiosbrutosemitidosnumdeter‑
minadoexercícioeconómico.
Prémios Brutos Emitidos:prémiosdesegurodirectoeprémiosderesseguroaceite,
independentementedoexercícioeconómicoemquedevamserconsiderados.
Prémios de Seguro Directo:prémiosrelativosaoscontratosdeseguro,não
incluindoprémiosderesseguro.
Provisões Técnicas:constituemumadasprincipaisgarantiasfinanceirasexigíveis
àsempresasqueactuamnoâmbitodaactividadeseguradora.Asprovisõestécni‑
casqueasseguradorasdevemconstituiremantersão:ProvisãoparaPrémiosnão
Adquiridos;ProvisãoparaRiscosemCurso;ProvisãoMatemáticaparaosseguros
doramoVida;ProvisãoparaEnvelhecimento;ProvisãoparaSinistros;Provisãopara
participaçãonosresultadoseProvisãoparadesviosdesinistralidade.
q
Quota de Mercado:ráciocalculadoparaomercadodoméstico,emfunçãodos
prémiosdesegurodirectodeumaCompanhiaeosprémiosdesegurodirectodo
mercadototal,considerandoosúltimosdozemesesdeactividade.
R
Rácio Combinado:representaasomadoráciodesinistralidadeedoráciodedes‑
pesasdonegócioNãoVida.
Rácio de Solvência:conjuntoderecursosdetidospelaempresa(património
líquido),paraalémdoslegalmenteexigíveis,paracoberturadasresponsabilidades
assumidasparacomossegurados.
Rácio de Despesas:quocienteresultantedadivisãodasdespesasgeraisimputáveis
aoramo(custosadministrativos,amortizações,comissõeseremuneraçãoàredee
outras)pelosprémiosadquiridos.
Rácio/Taxa de Sinistralidade:rácioresultantedadivisãodoscustoscomsinistros
pelosprémiosadquiridos.
Rentabilidade Média dos Capitais Próprios (ROE):indicadorfinanceiroque
permiteavaliararentabilidadefinanceiraparaosAccionistas.RácioentreoResul‑
tadoLíquidoeamédiadoCapitalPróprionamesmaanuidade.
Rentabilidade Média dos Investimentos Financeiros (Book Value):rentabilidade
médiadosinvestimentosfinanceirosdeacordocomosprincípioscontabilisticos
emvigor.
70
S
shadow accounting:deacordocomoestabelecidonoIFRS4,osganhoseperdasnão
realizadosdosactivosfinanceirosafectosaresponsabilidadesdecontratosdesegu‑
rosedeinvestimentocomparticipaçãonosresultados,sãoatribuídosaostomado‑
resdeseguro,tendoporbaseaexpectativadequeestesirãoparticiparnessesganhos
eperdasnãorealizadasquandoserealizaremdeacordocomascondiçõescontratu‑
aiseregulamentaresaplicáveis,atravésdoreconhecimentodeumaresponsabilidade.
t
Taxa de Loading:reflecteonúmeromédiodeapólicesdetidasporumClientee,
consequentemente,oseuníveldefidelizaçãoàCompanhia.
Taxa de Penetração:ráciocalculadoemfunçãodonúmerodeClientesoudeRecur‑
sosFinanceiroscaptadospelaSeguradoranocanalbancárioeonúmerototalde
ClientesoudeRecursosFinanceirosgeridospeloBanco.
V
Valor da Carteira em Vigor:édadopelovaloractualdoslucrosfuturosapós
impostos,ajustadopelocustodamanutençãodumadeterminadamargemdesol‑
vência,geralmenteexpressaempercentagemdamínimaexigidapelaregulamen‑
taçãoactual.
VOBA (Value of Business acquired):correspondeaovaloractualestimadodosfluxos
decaixafuturosdoscontratosemvigoràdatadeaquisição.
Relatório e C
ontas 2010
Relatórioe Contas2010Volume 1
1
MillenniuMbcp ageas Tagus Park – Edifício 10 · 2744–005 Porto Salvo · PortugalT: 21 004 24 90 · F: 21 006 68 65