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RELATÓRIO E CONTAS 2004 SISTEMA DE DIFUSÃO DE INFORMAÇÃO DA CMVM Nº 3 do Artº 8º-A do regulamento 13/2002 DA CMVM

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RELATÓRIO E CONTAS

2004

SISTEMA DE DIFUSÃO DE INFORMAÇÃO DA CMVM Nº 3 do Artº 8º-A do regulamento 13/2002 DA CMVM

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RELATÓRIO E CONTAS

2004

CONSOLIDADO

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CORPOS GERENTES - TRIÉNIO 2003/2005 MESA DA ASSEMBLEIA GERAL Presidente: Manuel José Gouvêa Portella de Herédia Vice-Presidente: Francisco Neves Dias Antunes Fernandes

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Presidente: João Maria Guimarães José de Mello Gonçalo Maria Guimarães José de Mello Armindo Batista da Silva Miguel Maria Pereira Vilardebó Loureiro Kenichi Mori * Jaime Olivella Domingo Celestino Vieira de Freitas COMISSÃO EXECUTIVA Presidente: Gonçalo Maria Guimarães José de Mello Jaime Olivella Domingo CONSELHO FISCAL Presidente: Alexandre Cabral Corte-Real de Albuquerque Vogal e ROC: Pedro Leandro e António Belém, SROC, representado por Pedro Manuel Silva Leandro (ROC nº 392) Vogal Efectivo: António Severino Pinto Vogal Suplente: António Maria Velez Belém (ROC) RELAÇÕES COM O MERCADO

Representante: Gonçalo Maria Guimarães José de Mello *Renunciou em 20/12/2004. Em 31/12/2004 a vaga não se encontrava preenchida.

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GRUPO DE EMPRESAS FISIPE

FISIPE - FIBRAS SINTÉTICAS

DE PORTUGAL S.A.

FISIPE HUNGARY, KFT

95%

MUNDITÊXTIL, LDA.

100%

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QUEM SOMOS

Nascemos em 1973 da fusão de conhecimentos e capitais da Companhia União Fabril (à época o maior grupo empresarial português) e do grupo japonês Mitsubishi. Hoje somos uma Empresa essencialmente exportadora, com fábricas em Portugal, Espanha e Hungria, cotada na Bolsa de Valores de Lisboa e actuando a nível global. O nosso elevado grau de flexibilidade estrutural permite-nos dar resposta rápida às exigências dos Clientes e disponibilizar os recursos necessários à prestação de um vasto leque de Serviços. A certificação do nosso Sistema de Garantia de Qualidade, bem assim como a adesão voluntária ao Programa “Actuação Responsável”, reafirmam o nosso compromisso na melhoria constante da competitividade, no respeito pelo Ambiente. MISSÃO Criar valor para os nossos Accionistas, fomentando a competitividade dos nossos Clientes através do desenvolvimento e valorização de fibra acrílica adequada às diversas aplicações nas indústrias consumidoras a nível mundial.

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RELATÓRIO DE GESTÃO DE 2004

De acordo com o preceituado na Lei e nos Estatutos da Empresa, vimos trazer à consideração de Vossas Excelências o Relatório, e a Proposta de Aplicação de Resultados referentes ao exercício de 2004. CONSIDERAÇÕES GERAIS O ano de 2004 é profundamente marcado pela operação de encerramento da nossa unidade de Barcelona. De facto os impactos económicos, tanto directos como indirectos, desta operação são de tal magnitude que justificam uma explicação detalhada. Em Dezembro de 2003, tal como foi oportunamente anunciado, a Fisipe tomou a decisão de não continuar a suportar financeiramente a operação de Barcelona, por manifesta inviabilidade perante os condicionalismos existentes. A materialização desta decisão deu-se através do requerimento de um ERE (Expediente de Regulacion de Empleo – Processo equivalente ao despedimento colectivo) que envolvia a totalidade do quadro de pessoal, que deu entrada nas instancias próprias em 5 de Dezembro de 2003. As razões apresentadas pela empresa prendiam-se com a falta de competitividade daquela unidade para fazer face ao declínio do mercado europeu de fibras, à crescente desvalorização do Dólar e ao aumento significativo dos preços dos produtos petrolíferos com incidência directa nos custos da nossa matéria prima principal. A reunião destas condições negativas aliada à desvantagem competitiva daquela unidade tanto em custos salariais como em custos energéticos levou, já em 2003 a uma descapitalização significativa da empresa. Durante o período de discussão do ERE, a Fisipe chegou a um pré-acordo com um grupo de empresários catalão para vender a unidade, evitando assim o encerramento definitivo daquela unidade. Este pré-acordo estava condicionado à aceitação, por parte dos trabalhadores, de uma redução salarial e ao apoio do Instituto Catalão de Finanças (Instituição Financeira dependente do Ministério da Economia da Generalitat da Catalunha) através da concessão de créditos brandos. Apesar de os trabalhadores aceitarem a redução salarial proposta, o acordo ficou sem efeito por o Instituto Catalão de Finanças recusar a concessão de créditos por considerar que o plano de viabilidade apresentado pelo grupo comprador não garantia a viabilidade da empresa.

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Perante este facto, a empresa não teve outra solução que não fosse continuar com o ERE e encerrar definitivamente. Em 8 de Março de 2004, perante a impossibilidade financeira de adquirir matéria prima e continuar a laborar, a Fisipe Barcelona requereu um processo de Suspension de Pagos (processo de protecção de credores), tendo vindo a descontinuar a actividade. Em 6 de Abril de 2004 as autoridades laborais (dependentes do Ministério de Indústria e Trabalho da Generalitat da Catalunha) recusaram o ERE por considerar que as razões apresentadas pela empresa eram conjunturais e não justificavam uma medida tão drástica, apesar da falência técnica da empresa. Esta recusa, no nosso entender desprovida de razão e de índole meramente politica, levou a que a Fisipe Barcelona mantivesse o vínculo laboral com os trabalhadores apesar de não poder desenvolver a sua actividade. Em 6 de Maio de 2004 a Fisipe Barcelona apresentou recurso contra esta decisão, a um nível superior dentro da mesma administração laboral. Em 21 de Maio de 2004 perante o agudizar da situação financeira, a Fisipe Barcelona requereu o processo de falência. Com a falência da empresa cessaram de funções os administradores da mesma e foram nomeados pelo tribunal administradores judiciais, com a função de liquidarem a empresa. Os administradores judiciais ratificaram o recurso do ERE da empresa, reiterando as razões apresentadas e pedindo a extinção imediata de todos os contratos de trabalho. Apesar de tudo isto, as autoridades laborais voltaram a recusar o ERE mantendo as mesmas razões. Em 16 de Julho de 2004 a Fisipe foi condenada, solidariamente com a Fisipe Barcelona, pelo tribunal social de Barcelona a pagar indemnizações aos trabalhadores de 45 dias por ano trabalhado. Esta condenação deveu-se ao facto de, depois de recusado o ERE pelas autoridades laborais, não ter voltado a pôr a fábrica a trabalhar. Perante o cenário que se afigurava catastrófico de manutenção dos contratos de trabalho por período indeterminado até à resolução do recurso (mínimo estimado de dez meses), com o constante vencimento de salários e delapidação total do património da empresa, a Administração judicial decidiu chegar a acordo judicial com os trabalhadores, aceitando as indemnizações da sentença (cerca de 32 Milhões de Euros) e prorrogando o prazo de pagamento destas indemnizações por um ano. A Fisipe aceitou fazer parte deste acordo, e desistir do recurso, com a condição de lhe ser retirada a solidariedade. Este acordo foi assinado em 26 de Novembro de 2004.

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Perante este novo cenário, de desvinculação laboral dos trabalhadores, foi possível começar a negociar a venda de créditos que detínhamos sobre Barcelona. A venda desses créditos bem como das acções que detínhamos sobre a Fisipe Barcelona foi concretizada em 14 de Dezembro de 2004, pelo montante de 12 Milhões de Euros. Os créditos que detínhamos sobre Barcelona haviam sido totalmente provisionados no primeiro semestre. Este foi, claramente o facto mais marcante do exercício para a Fisipe. Do ponto vista global do negócio mundial de fibras acrílicas, o ano foi bastante razoável. Na realidade, depois da recessão económica cujo expoente máximo foi alcançado em 2003, o ano de 2004 pareceu evidenciar alguns sinais de retoma. A nível interno as mais recentes previsões da OCDE para Portugal indiciam um clima de recuperação progressiva sustentada no crescimento das exportações. Por outro lado o PIB irá evoluir positivamente ao contrário do ocorrido de 2002 para 2003 em que caiu para valores negativos, esperando-se que atinja em 2004 os 0,8 pontos percentuais. A inflação deverá estar próxima dos 2,2 % o que representa uma desaceleração em relação a 2003, facto positivo se considerarmos que a procura interna deverá subir significativamente. Na zona euro a evolução foi igualmente positiva, prevendo-se que a taxa de crescimento da actividade económica seja de 2,1 %. Estes efeitos positivos não chegaram contudo à indústria têxtil Europeia a braços com uma grave crise estrutural, para o que contribuíram decisivamente, por um lado a desvalorização ocorrida no dólar/euro que afectou dramaticamente as suas exportações e, por outro lado a concorrência extremamente agressiva dos produtores asiáticos. Por outro lado, a retoma de que acima falámos parece agora posta em causa face à recente crise petrolífera. Apesar desta conjuntura desfavorável os nossos resultados operacionais foram positivos. Fomos no entanto prejudicados pelo elevado nível de encargos financeiros resultante do excessivo endividamento bancário proveniente da operação Fisipe Barcelona e também pelas provisões constituídas no âmbito deste processo. Em Dezembro concretizámos a venda da Fisipe Barcelona e de todos os nossos créditos sobre aquela associada a um grupo de investidores Espanhóis, no montante de € 12 000 000. Os resultados consolidados já positivamente influenciados por esta operação de venda foram negativos no montante de € 19 953 376.

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ACTIVIDADE COMERCIAL O ano de 2004, confirmou ainda mais a tendência verificada no decorrer de 2003 em que o consumo, no mercado Europeu, continuou em queda acentuada, tendo sido necessário compensar a redução da procura na zona euro com vendas em mercados de menores margens. O comportamento do Dólar também foi desfavorável afectando o nível dos preços de venda praticados. No entanto, a forte procura verificada nos mercados fora da Europa permitiu a geração de margens razoáveis. A crise petrolífera propiciou um aumento dos preços da nossa matéria prima principal, o acrilonitrilo. No entanto até finais de Outubro conseguimos repercutir no preço de venda os aumentos registados no custos do acrilonitrilo, situação que se inverteu nos dois meses seguintes em que não foi possível acompanhar a tendência altista desta derivado do petróleo. Apesar de todos estes constrangimentos as nossas margens foram bastante razoáveis. Em termos de mercados, continuamos a crescer no mercado Chinês, permanecemos fortes nos mercados Marroquino, Turco e Brasileiro e garantimos importantes níveis de procura nos restantes mercados, nomeadamente o da África Austral e também do Egipto. Apesar do revés sofrido com o encerramento de Barcelona no que diz respeito à produção de cores demos já início à sua fabricação aqui no Lavradio e temos tido uma procura razoável particularmente a nível de mercado Espanhol o qual ficou sem produtor local oferecendo-nos um espaço que gradualmente esperamos vir a ocupar. Nos próximos anos pensamos vir a aumentar significativamente as vendas deste produto de maior valor acrescentado. ACTIVIDADE INDUSTRIAL Tivemos uma paragem aproximadamente de 8 dias entre Julho e Agosto, motivada pela necessidade de paragem da unidade da EDP. A produção no Lavradio aumentou em cerca de 3,3% em relação a 2003. Em termos de produção, e não contando com a paragem de Agosto, não estivemos a laborar a plena capacidade, principalmente no final do ano por motivos de dificuldades no abastecimento de matéria prima. Caso não tivéssemos tido estes problemas no final do ano, o aumento da produção da nossa unidade teria sido bastante superior reflectindo um significativo aumento de produtividade.

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Em termos de fibras especiais incrementámos significativamente a produção de fibra “gel dyed”, dentro de um projecto que nos permitirá aumentar a proporção das nossas vendas em produtos de maior valor acrescentado. A nível de investimentos demos seguimento à nossa política de investimentos destinados ao aumento de produtividade dos equipamentos existentes. INVESTIGAÇÃO E DESENVOLVIMENTO Durante o ano de 2004 o principal investimento, e certamente de maior retorno, nesta área de investigação e desenvolvimento foi o da fibra “gel dyed”. Ao nível das fibras de aplicação técnica é de salientar o esforço que temos vindo a desenvolver para podermos continuar o negócio de fibras para aplicações rodoviárias. Pensamos estar operacionais nesta área durante o ano de 2005. RECURSOS HUMANOS Prosseguimos com a nossa política de rejuvenescimento e requalificação do nosso efectivo. A Média etária em 2004 situava-se nos 42,05 anos contra os 43,32 anos e 44,58 anos, de média etária respectivamente em 2003 e 2002. Em relação ao número de efectivos tivemos uma redução líquida de 14 pessoas, correspondente a 21 entradas e 35 saídas. Em termos salariais, procedemos a uma actualização dos vencimentos de 2,5%. Durante o ano de 2004, apesar do aumento da sinistralidade na empresa, o número de dias de baixa por acidente de trabalho diminuiu em mais de 50% em relação ao ano anterior pois a natureza destes acidentes foi menos gravosa. QUALIDADE, AMBIENTE E SEGURANÇA Durante o ano de 2004 foi levada a cabo a auditoria de acompanhamento para manutenção da certificação e trabalhou-se na consolidação dos subsistemas de Gestão da Qualidade, do Ambiente e da Segurança. EMPRESAS PARTICIPADAS A Munditêxtil continuou a sua actividade de comercialização do fio open-end produzido no Lavradio.

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Face à enorme retracção da procura a nível do mercado Italiano a Munditêxtil foi forçada a reduzir drasticamente a sua produção. A conjuntura levou também a uma redução significativa das margens. As vendas da Munditêxtil reduziram 21 % em quantidade e 30 % em valor em relação a igual período de 2003. Os resultados da Munditêxtil foram negativos no montante de € 1 658 228. A conjuntura económica também prejudicou a Fisipe Hungria. Continuamos no entanto a acreditar na importância estratégica daquela unidade, nomeadamente quando da abertura total à U.E. Os resultados da Fisipe Hungria foram negativos no montante de € 126 024. ÁREA ECONÓMICA E FINANCEIRA No exercício findo em 31 de Dezembro de 2004 deveremos destacar a performance da Fisipe em termos operacionais, com resultados positivos na ordem dos 1,2 milhões de Euros. Foi mais um ano em que fomos prejudicados pela peso dos encargos financeiros resultantes da herança de uma parte da dívida pertencente à Fisipe Barcelona e também pela constituição de provisões destinadas a cobrir o encerramento daquela unidade. Expurgando a nossa demonstração de resultados destes efeitos os resultados situar-se-iam num plano bastante aceitável. A venda da Fisipe Barcelona permitiu-nos anular uma significativa parte das provisões. Dos 12 milhões de euros recebidos, levámos a proveitos do exercício cerca de 7,8 milhões pela anulação de provisões e mantivemos 4,2 milhões em provisões para outros riscos e encargos para cobertura de eventuais contingências que ainda possam surgir relacionadas com este processo. Em termos de endividamento aumentámos o nosso passivo bancário em cerca de 15 % como corolário da assumpção de uma parte da dívida bancária de Barcelona conforme já referido. O detalhe da dívida já foi evidenciado nas contas semestrais e está descrito nos anexos ao presente relatório. Face à impossibilidade de recuperação económica foram anulados uma parcela dos impostos diferidos referentes ao reporte fiscal de 1999 cujo prazo de utilização termina em 2005. A Sociedade está neste momento a preparar a transição para as normas internacionais de contabilidade, tendo efectuado já algumas acções de formação.

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GOVERNO DAS SOCIEDADES COTADAS Ao abrigo do regulamento da CMVM nº 07/2001 com as alterações introduzidas pelo regulamento nº 11/2003, sobre o Governo das Sociedades Cotadas, foi elaborado um anexo ao presente relatório que dá conta do cumprimento das recomendações sobre esta matéria. PERSPECTIVAS DE EVOLUÇÃO Do ponto de vista global, existe alguma preocupação com o nível de preços e previsível evolução da nossa matéria prima principal. O primeiro trimestre do ano será afectado por margens muito esmagadas devido também à habitual sazonalidade da procura de fibra acrílica. Da evolução durante o segundo e terceiro trimestre de 2005 dependerá em grande escala a performance dos produtores de Fibra Acrílica. Uma vez terminado o processo de Barcelona e apesar das perspectivas macro económicas para os próximos anos não serem muito positivas, como corolário da súbita subida do preço do barril de petróleo, verificamos que existem várias razões para a Fisipe poder encarar o seu futuro com alguma dose de optimismo. O ano de 2004 foi marcado pelo desaparecimento da Fisipe Barcelona, o qual apesar de ter tido um forte impacto negativo nos nossos resultados, veio permitir uma redução da capacidade instalada situação que com o fecho de outras unidades produtores, já ocorrido em 2005 oferece novas oportunidades, cuja exploração já iniciámos nomeadamente nas vendas das fibras “gel-dyed”no mercado Espanhol, as quais eram inicialmente produzidas em Barcelona e agora fabricadas no Lavradio. Por outro lado o aumento de capital cuja concretização está prevista para o primeiro semestre, permitirá dotar a empresa de todos os meios necessários para prosseguimento da sua actividade com uma estrutura financeira mais equilibrada e portanto livre do excessivo peso dos encargos financeiros os quais em 2004 foram responsáveis pela deterioração das margens operacionais. O nosso Cash Flow continua bastante positivo e sem o impacto excessivo dos encargos financeiros poderemos libertar mais meios para investimento produtivo sem necessidade de recorrermos a mais endividamento. A nível comercial continuamos a aumentar as vendas das fibras especiais, nomeadamente a fibra de cor, cujas margens são bastante atractivas superando largamente as margens das fibras básicas. De acordo com o estabelecido no nosso plano estratégico para os próximos três anos esperamos ter, no final deste período, uma significativa capacidade produtiva deste tipo de fibras. Depositamos uma forte esperança no lançamento das fibras técnicas cuja tecnologia já dominamos mas cujos circuitos comerciais constituem ainda um obstáculo a superar.

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PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS Propomos que os resultados apurados, negativos, no montante de 19’953’376 €, sejam transferidos para resultados transitados. COBERTURA DE PERDAS Existindo em 31/12/2004 uma situação de capitais próprios negativos, a empresa propôs à Assembleia Geral a tomada de medidas concretas por forma a dimensionar o montante dos capitais próprios ao abrigo do previsto no Artº 35 do código das sociedades comerciais. As medidas consistem num aumento de capital a realizar até final de Abril de 2005 na modalidade de operação harmónio cujos detalhes já foram objecto de divulgação pública. AGRADECIMENTOS Em Dezembro de 2004, o Sr. Kenichi Mori, pediu a renúncia ao cargo de vogal do Conselho de Administração. O Conselho de Administração quer expressar os seus agradecimentos ao Sr. Kenichi Mori. Aos nossos agentes, fornecedores e às instituições financeiras agradecemos a importante colaboração que sempre nos dispensaram. Ao Conselho Fiscal agradecemos a sempre pronta e valiosa colaboração prestada ao longo do exercício. Finalmente, assinalamos com inteiro agrado o entusiasmo, esforço e dedicação dos colaboradores da Empresa, pelo que aqui lhes manifestamos o nosso agradecimento. Lavradio, 17 de Março de 2005 O Conselho de Administração João Maria Guimarães José de Mello Gonçalo Maria Guimarães José de Mello Armindo Batista da Silva Miguel Maria Pereira Vilardebó Loureiro Jaime Olivella Domingo Celestino Vieira de Freitas Takanori Mikuni

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ANEXO I AO RELATÓRIO DE GESTÃO DE 2004 Composição accionista da FISIPE, S.A. em 31 de Dezembro de 2004 (Artº 448º nº 4 do C.S.C.) CUF – Companhia União Fabril SGPS, SA 51,99% Mitsubishi Corporation 11,60% Quimifértil-SGPS, S.A. 10,25% Participação dos membros do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal no Capital da Sociedade em 31 de Dezembro de 2004 (Artº 447º nº 5 do C.S.C.) Data de Preço em Acções Saldo em Aquisição Euros Adquiridas 04-12-31 Conselho de Administração João Maria Guimarães José de Mello - Armindo Batista da Silva 901 Gonçalo Maria Guimarães José de Mello 600 Miguel Maria Pereira Vilardebó Loureiro (a) - Kenichi Mori (b) 672 Jaime Olivella Domingo - Celestino Vieira de Freitas (c) 100

(a) Cooptado em 16 de Janeiro de 2004 (b) Apresenta a renúncia em 20 de Dezembro de 2004 Em 31 de Dezembro de 2004 a vaga não estava preenchida (c) Cooptado em 14 de Maio de 2004

Conselho Fiscal Alexandre Cabral Corte-Real de Albuquerque - Pedro Leandro e António Belém, SROC, representada por Pedro Manuel Silva Leandro - António Severino Pinto 260

O Conselho de Administração,

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ANEXO II AO RELATÓRIO DE GESTÃO 2004 – GOVERNO DAS SOCIEDADES COTADAS O presente anexo foi elaborado para cumprimento do disposto no regulamento nº 7/2001 de 20 de Dezembro de 2001 da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, com as alterações introduzidas pelo regulamento nº 11/2003 de 19 de Novembro de 2003. Capítulo 0 - Declaração de cumprimento A Fisipe cumpre todas as recomendações da Comissão de Mercado de Valores Mobiliários sobre o Governo das Sociedades Cotadas, com apenas três excepções.

1. Recomendação II.2 - A CMVM recomenda que o período de depósito ou bloqueio das acções para a participação em Assembleia Geral não seja superior a cinco dias úteis. Os estatutos da sociedade estabelecem que apenas podem participar na Assembleia Geral accionistas detentores de acções desde que, no mínimo 15 dias antes da data designada para a Assembleia geral os títulos estejam devidamente registados junto da sociedade, depositados na sede social ou depositados junto de qualquer intermediário financeiro em Portugal. A sociedade incentiva o exercício activo do direito de voto, não estabelecendo qualquer restrição estatutária ao exercício do voto por correspondência, podendo as declarações de voto dar entrada na sociedade até seis dias antes da data da Assembleia Geral. A sociedade não coloca à disposição dos accionistas boletins de voto para o exercício do voto por correspondência.

2. Recomendação IV.8 - A CMVM recomenda que a divulgação da remuneração dos

membros do conselho de administração seja efectuada em termos individuais. Tendo em conta que a administração da sociedade é exercida de forma colectiva e no intuito de proteger o direito de reserva e privacidade de cada membro do conselho de administração foi decidido divulgar apenas de forma agregada a remuneração dos membros deste órgão.

3. Recomendação IV.9 - A CMVM recomenda que os membros da comissão de

vencimentos sejam independentes relativamente aos membros do órgão de administração. A composição da Comissão inclui um membro do Conselho de Administração da empresa.

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Capítulo I - Divulgação de Informação 1 – Organigrama da Empresa

2 – Comissões internas

Existe na empresa um conselho de qualidade cuja função é acompanhar as políticas de qualidade ambiente e segurança subjacentes à norma ISSO 9001 de 2000. O responsável máximo deste conselho é o Presidente da Comissão Executiva Senhor Doutor Gonçalo Maria Guimarães José de Mello.

3 – Controlo do risco na actividade da Sociedade

Os riscos materialmente mais relevantes no caso da Fisipe têm a ver com a segurança. A empresa tem um Serviço de Segurança que inspecciona periodicamente as actividades para garantir a minimização dos riscos. Em matérias em que a Sociedade não dispõe de competências próprias, recorre a consultores especializados em segurança.

4 – Evolução das acções, tendo em conta os factos relevantes

Ao longo do ano de 2004 foram transaccionadas na Bolsa de Valores de Lisboa 261 965 acções da FISIPE, correspondendo a uma média por sessão de 2 096 acções, a um preço médio de 1,13 euros. A cotação do título da FISIPE era, no final do ano, de 1,60 euros, contra 2,24 euros no final do ano anterior, tendo tido como cotação mínima e máxima

DIRECÇÃOFABRIL

DIRECTORESADJ. DA ADM.

SECRETARIADO

S. RECURSOSHUMANOS

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

COMISSÃO EXECUTIVA

S. MEDICINA DOTRABALHO

DIRECÇÃOFINANCEIRA

DIRECÇÃOCOMERCIAL

DIRECÇÃOTÉCNICA

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respectivamente 1,00 euros e 2,16 euros. Em termos anuais, registou-se uma desvalorização de 28,6 % em comparação com a valorização de 10,81% do PSI-20.

Os factos relevantes para o efeito foram as publicações dos resultados anuais, trimestrais e semestrais, e a comunicação efectuada em sobre o encerramento da actividade industrial.

5 – Política de distribuição de dividendos

A Fisipe não tem uma política de distribuição de dividendos consignada nos seus estatutos.

A atribuição de dividendos foi interrompida em 1999 em virtude dos resultados negativos, conforme consta das propostas de aplicação dos resultados.

6 – Planos de atribuição de acções e de opções de aquisição de acções

A Fisipe não atribui acções nem opções de aquisição de acções. 7 – Divulgações com partes relacionadas.

A Sociedade não efectuou nenhum negócio ou operação com os membros do Conselho de Administração, nem com o Conselho Fiscal.

As transacções com sociedades em relação de domínio ou de grupo são realizadas em condições normais de mercado e fazem parte da actividade normal da sociedade pelo que não merecem divulgação específica.

8 – Apoio ao Investidor

A Fisipe assegura o relacionamento com o mercado concretizando contactos regulares e frequentes com os analistas e investidores, promovendo a divulgação das principais decisões dos seus gestores, através do representante para as relações com o mercado.

É uma preocupação constante da FISIPE a divulgação de uma forma imediata de todos os factos relevantes que afectam a sua actividade, evitando assim hiatos entre a ocorrência e a divulgação desses factos.

Esta divulgação é efectuada através da publicação, no sítio da Comissão do Mercado dos Valores Mobiliários (www.cmvm.pt), no Boletim da Euronext Lisboa e no sítio da sociedade na Internet (www.fisipe.pt).

Neste sítio poderão ser encontrados os comunicados emitidos, a apresentação institucional da empresa os relatórios e contas e outras informações. A informação relativa aos relatórios e contas é disponibilizada numa base trimestral.

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Como forma de potenciar uma maior interacção com os seus accionistas e investidores o sítio inclui também um capítulo dedicado aos investidores, que contem informações sobre:

• Informações gerais sobre a sociedade. • Estatutos da sociedade. • Gabinete de apoio ao investidor. • Órgãos sociais. • Documentos de prestação de contas. • Calendário semestral. • Propostas apresentadas. • Convocatórias.

O representante da sociedade para as relações com o mercado é o Presidente da Comissão Executiva Senhor Doutor Gonçalo Maria Guimarães José de Mello (telefone: 21 206 61 03; telefax: 21 207 51 88; e-mail: [email protected], Morada: (Apartado 5 2836-908 Lavradio) através do qual a Fisipe se relaciona de forma permanente com analistas e investidores fornecendo informação actualizada e prestando esclarecimentos sobre factos relevantes da sociedade por esta divulgados de acordo com o previsto na lei, sempre que estes lhe sejam solicitados.

Os documentos de prestação de contas anuais, semestrais e trimestrais são enviados por e-mail aos accionistas, investidores analistas entidades financeiras sempre que solicitados e desde que previamente aprovados pelos órgãos competentes da empresa.

O site da Fisipe na Internet (www.fisipe.pt) está ainda a sofrer algumas alterações, prevendo-se para breve a disponibilização de uma versão em Inglês. A informação ao investidor exigida pelo artigo 3.º-A do regulamento da CMVM nº 11/2003 está disponível no site.

9 – Comissão de Remunerações

A Sociedade elege em Assembleia-geral, com a mesma periodicidade dos órgãos sociais, uma comissão de vencimentos que tem por obrigação fixar os vencimentos dos membros dos órgãos de gestão.

Na Sociedade a Comissão de Vencimentos é composta por três accionistas, CUF-Consultoria e Serviços SA, Quimigal - Química de Portugal, S.A. e Quimitécnica- Serviços Comércio e Industria de Produtos Químicos , S.A., respectivamente representados por Miguel Maria Pereira Vilardebó Loureiro, João Jorge Gonçalves Fernandes Fugas , Francisco Xavier Lobo Cardoso Quintela.

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10 – Remuneração anual do auditor

Os auditores da Sociedade são a firma Deloitte & Associados, SROC S.A. que em 2004, facturou à sociedade o valor total de 40 550,00 €, sendo 41% relativos a serviços de auditoria e revisão legal de contas e 59% relativos a outros serviços, nomeadamente de natureza fiscal.

Os serviços de natureza fiscal são prestados por técnicos diferentes daqueles que estão envolvidos no processo de auditoria pelo que consideramos estar dessa forma assegurada a independência do auditor.

Capítulo II – Exercício de direito de Voto e Representação de Accionistas A Assembleia Geral é composta pelos accionistas com o direito a, pelo menos, um voto, desde que, no mínimo, 15 dias antes da data designada para a assembleia geral, as acções estejam inscritas a favor dos accionistas em contas de valores mobiliários escriturais junto de qualquer intermediário financeiro sedeado em Portugal.

Cada cem acções conferem direito a um voto, estando a participação na Assembleia Geral limitada aos accionistas detentores de um mínimo de cem acções, sem prejuízo de se poderem agrupar, nos termos do art.º 379º - n.º 5 do Código das Sociedades Comerciais. Os accionistas com direito a participar na Assembleia Geral poderão fazer-se representar por outro accionista a quem assista tal direito, um membro do conselho de administração da sociedade, o cônjuge, um ascendente ou um descendente.

Para que a Assembleia Geral possa validamente reunir e deliberar em primeira convocação é necessária a presença ou representação de accionistas que em conjunto detenham, pelo menos, 50 % das acções representativas do capital social.

No caso do voto por correspondência, as declarações de voto têm de dar entrada na Sociedade até seis dias antes da data da Assembleia Geral.

A Fisipe não coloca à disposição dos accionistas boletins de voto para exercício do voto por correspondência.

Não está consagrada a possibilidade do exercício do direito de voto por meios electrónicos.

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Capítulo III – Regras societárias 1 – Códigos de conduta e Regulamentos internos

Não existem códigos de conduta a regular esta matéria na Sociedade.

2 – Limites ao exercício do direito de voto ou à transmissibilidade de Acções, Acordos parassociais e Direitos Especiais de Accionistas

Não existem limitações do direito de voto de accionistas, nem qualquer forma de protecção contra operações públicas de aquisição.

Não existem restrições à transmissibilidade das acções.

O Conselho de Administração não tem conhecimento de direitos especiais ou acordos parassociais que envolvam accionistas da sociedade.

Capítulo IV – Órgão de Administração 1 – Caracterização do Órgão de Administração

O Conselho de Administração da Sociedade é composto por sete elementos, sendo três executivos. Do Conselho de Administração faziam parte dois administradores independentes, os Srs. Jaime Olivella Domingo e Kenichi Mori, o qual renunciou em 20/12/2004. Por administradores independentes entende-se os membros do Conselho de Administração que não provenham dos quadros da empresa e que não tenham vínculo com os accionistas dominantes. Os membros do Conselho de Administração da Empresa desempenham as seguintes funções noutras empresas:

João Maria Guimarães José de Mello Presidente do Conselho de Administração e Presidente da Comissão Executiva da CUF - Companhia União Fabril, SGPS, S.A. Presidente do Conselho de Administração da ADP, S.A. Presidente do Conselho de Administração da ATM, S.A. Presidente do Conselho de Administração da CUF - Consultadoria e Serviços, S.A. Membro do Conselho de Administração da FERTIMA -Soc. Marrocaine des Fertilis., S.A. Presidente do Conselho de Administração da QUIMIGAL - Química de Portugal, S.A. Presidente do Conselho de Administração da QUIMITÉCNICA, S.A. Presidente do Conselho de Administração da SEC -Sociedade de Explosivos Civis, S.A.

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Presidente do Conselho de Administração da NEOFISA, S.A. Vogal do Conselho de Administração e Vogal da Comissão Executiva da JOSÉ DE MELLO, SGPS, S.A. Vogal do Conselho de Administração da UIF – União Internacional Financeira (SGPS), S.A. Gerente da Propriedades Amélia Fernandes, Ldª. Vogal do Conselho de Administração da JOSÉ DE MELLO PARTICIPAÇÕES II

Gonçalo Maria Guimarães José de Mello

Membro do Conselho de Administração da QUIMITÉCNICA, S.A. Membro do Conselho de Administração da CUF - Companhia União Fabril, SGPS, S.A.

Armindo Batista da Silva

Membro do Conselho de Administração da CUFTRANS – Transitários, S.A.

Miguel Maria Pereira Vilardebó Loureiro Membro do Conselho de Administração da CUF - Companhia União Fabril, SGPS, S.A. Membro do Conselho de Administração da CUF - Consultadoria e Serviços, S.A. Membro do Conselho de Administração da ADP, S.A. Membro do Conselho de Administração da QUIMIGAL - Química de Portugal, S.A. Membro do Conselho de Administração da SEC - Sociedade de Explosivos Civis, S.A. Membro do Conselho de Administração da CUFTRANS – Transitários, S.A. em representação da CUF, S.A.

Kenichi Mori

Presidente da MITSUBISHI ESPAÑA, S.A.

Jaime Olivella Domingo

Gerente da STOLTEX (Espanha)

Celestino Vieira de Freitas Presidente do Conselho de Administração da AGROQUISA - Agroquímicos, S.A. Presidente do Conselho de Administração da AGROTOTAL - Prod. Agroquímicos, S.A. Presidente do Conselho de Administração da FERTIGEST - SGPS, S.A. Presidente do Conselho de Administração da QUIMIFÉRTIL - SGPS, S.A. Presidente do Conselho de Administração da AGRIGÉNESE-Prod. Agricult. e Pec., S.A. Presidente do Conselho de Administração da TOPSELECT - Promoção Imobiliária, S.A. Presidente do Conselho de Administração da ONORIS, S.A. Gerente da MADEIRA ALGARVE - Actividades Turísticas

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2 – Comissão Executiva

O Conselho de Administração da Fisipe delega a gestão corrente da Sociedade numa Comissão Executiva composta por três membros. O Conselho de Administração fixou a composição, limites e modo de funcionamento nos termos seguintes: 2.1) Composição - Gonçalo Maria Guimarães José de Mello e Jaime Olivella Domingo, administrador independente. 2.2) Limites e modo de funcionamento

Um – Dirigir os negócios sociais que se enquadrem na gestão corrente da sociedade; Dois – Superintender e dirigir os serviços da sociedade, de acordo com a lei, o contrato de sociedade e as deliberações da Assembleia Geral e do Conselho de Administração; Terceiro – Representar a sociedade em juízo ou fora dele, activa e passivamente, dentro dos limites da delegação de poderes; Quatro – Dirigir, coordenar, executar e orientar os negócios sociais, dentro dos orçamentos, políticas e limites aprovados pelo Conselho de Administração e de acordo com os objectivos e as políticas aprovadas pela Assembleia Geral e pelo Conselho de Administração; Cinco – Assegurar e promover a execução das deliberações do Conselho de Administração, superintendendo e orientando, de forma predominante, as operações relativas ao objecto social; Seis – Obrigar a sociedade em actos e contratos, no âmbito do objecto social ou que tenham sido objecto de deliberação prévia da Assembleia Geral ou do Conselho de Administração; Sete – Nomear e demitir directores e quaisquer outros empregados, bem como constituir mandatários para determinados actos, elaborar regulamentos internos e as instruções que julgar convenientes; Oito – Elaborar os planos operacionais anuais, os orçamentos anuais e os planos a longo prazo, a fim de os submeter ao Conselho de Administração; Nove – Propor ao Conselho de Administração o estabelecimento, a transferência ou o encerramento de sucursais, agências ou quaisquer outras formas de representação social; Dez – Sem prejuízo do disposto na lei e no contrato da sociedade, requerer as reuniões do Conselho de Administração que entender convenientes, estabelecendo a respectiva agenda; Onze – Sem prejuízo do disposto na lei e no contrato de sociedade, requerer as reuniões conjuntas do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal, quando entenda conveniente;

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Doze – Propor ao conselho de Administração a aquisição de acções, quotas, obrigações ou partes sociais de outras entidades, já constituídas ou a constituir, bem como propor a designação dos representantes da sociedade nos órgãos sociais daquelas; Treze – Emitir, receber ou endossar cheques, livranças e outros títulos; Catorze – Autorizar a aquisição, a venda, a oneração e a permuta de maquinaria, equipamentos, móveis e qualquer outro bem de capital, à excepção dos bens imóveis, assinando os respectivos contratos, quando necessário, bem como fazer adquirir, alugar, tomar em locação e vender veículos ligeiros de passageiros, mistos ou de carga e equipamentos; e Quinze – Contrair passivo bancário até ao limite de setecentos e quarenta e oito mil cento e noventa e seis euros, mediante descoberto ou linha de crédito, com prazo de validade de um ano renovável por idêntico período de tempo, desde que não implique a prestação de cauções e de garantias pessoais ou reais pela sociedade. 3 – Controlo efectivo da vida societária

São competências exclusivas do Conselho de Administração a aprovação dos orçamentos, dos planos operacionais anuais e dos planos a longo prazo, bem como do estabelecimento, transferência ou encerramento de sucursais, agências ou quaisquer outras formas de representação social. São também da exclusiva competência do Conselho de Administração a aquisição de acções, quotas, obrigações ou partes sociais de outras entidades, já constituídas ou a constituir. Como tal, essas matérias estão vedadas à Comissão Executiva, que apenas as pode propor ao Conselho de Administração. À Comissão Executiva está também vedada a possibilidade de prestação de cauções ou de garantias pessoais ou reais pela Sociedade. Durante o ano de 2004, o Conselho de Administração da Sociedade reuniu 11 vezes. Durante o ano de 2004, a Comissão executiva reuniu 15 vezes. Não foi definida lista de incompatibilidades nem número máximo de cargos acumuláveis pelos administradores em órgãos de administração de outras sociedades. 4 - Remunerações dos Administradores Os administradores executivos da Empresa auferiram no ano 2004 remunerações num total de 176 811,14 euros e os administradores não executivos auferiram no mesmo período a remuneração de 109 800,55 euros.

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5 - Remuneração Variável dos Administradores A Fisipe não tem instituída nenhuma forma variável de remuneração dos seus administradores.

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LISTA DE PARTICIPAÇÕES NO CAPITAL COM MAIS DE 10%

(Artº 6º nº1, alínea e) do Regulamento da CMVM nº 11/2000, alterado pelo Regulamento da CMVM nº 24/2000) Acções Detidas Percentagem de Directamente Indirectamente Direitos de Voto * CUF - Companhia União Fabril, SGPS, SA 2 547 951 449 028(1) 59.93 Dr. Celestino Vieira de Freitas 100 663 545 13.27 Mitsubishi Corporation 580 131 - 11.60 * Calculada em conformidade com o artº 20º do CVM (1) Nº 1, alínea b) do artº 20º do CVM

QUIMIGAL – Química de Portugal, SA 300 000 A.T.M. – Assistência Total em Manutenção, SA 100 344 CUFTRANS - Transitários, SA 47 878 CUF – Consultadoria e Serviços, S.A. 860 Quimitécnica – Serv., Comº e Indª de Prod. Químicos, SA 806

(2) Nº 1, alínea a) do artº 20º do CVM

Ricardo Nuno Rebelo Vieira de Freitas 72 857 Miguel Luís Rebelo Vieira de Freitas 7 262 Maria Fortunata Rebelo F. Vieira de Freitas 6 670

Nº 1, alínea b) do artº 20º do CVM

QUIMIFÉRTIL, SGPS, SA 537 456 AGROQUISA – Agroquímicos, SA 100 AGROTOTAL – Produtos Agroquímicos, SA 39 100 Madeira Algarve Actividades Turísticas, Lda. 100

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FISIPE - FIBRAS SINTÉTICAS DE PORTUGAL, S.A. E SUBSIDIÁRIAS

BALANÇOS CONSOLIDADOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 E 2003

(Montantes expressos em Euros)

2003Activo Amortizações Activo Activo

Activo Notas bruto e provisões líquido líquido Capital próprio, interesses minoritários e passivo Notas 2004 2003

IMOBILIZADO: CAPITAL PRÓPRIO:Imobilizações incorpóreas: Capital 53 e 54 25.000.000 25.000.000

Despesas de instalação 25 e 27 451.770 (313.221) 138.549 269.960 Ajustamentos de partes de capital em filiais e associadas 10 e 54 (73.084) (73.084)Despesas de investigação e de desenvolvimento 25 e 27 1.756.990 (913.865) 843.125 1.089.188 Reservas de reavaliação 54 10.343.182 10.343.182 Diferenças de consolidação 27 - - - - Reserva legal 54 1.220.612 1.220.612 Imobilizações em curso 27 - - - 926.738 Outras reservas 54 4.192.311 4.192.311

2.208.760 (1.227.086) 981.674 2.285.886 Resultados transitados 54 (31.503.338) (5.743.525)Imobilizações corpóreas: Resultado líquido do exercício 54 (19.953.376) (25.759.813)

Terrenos e recursos naturais 27 - - - 3.500.905 Total do capital próprio (10.773.693) 9.179.683 Edifícios e outras construções 27 29.850.717 (25.668.433) 4.182.284 12.148.872 Equipamento básico 27 81.532.904 (75.621.570) 5.911.334 20.601.309 INTERESSES MINORITÁRIOS - - Equipamento de transporte 27 856.005 (787.878) 68.127 89.551 Ferramentas e utensílios 27 3.760.633 (3.383.149) 377.484 575.284 PROVISÕES PARA RISCOS E ENCARGOS:Equipamento administrativo 27 2.384.373 (2.234.303) 150.070 166.922 Outras provisões para riscos e encargos 46 6.655.955 2.709.575 Taras e vasilhame 27 307.780 (307.780) - 133 Outras imobilizações corpóreas 27 766.562 (766.562) - - DÍVIDAS A TERCEIROS - Médio e longo prazo:Imobilizações em curso 27 1.388.878 - 1.388.878 1.442.397 Empréstimos por obrigações 34 e 51 1.400.000 5.400.000 Adiantamentos por conta de imobilizações corpóreas 27 208.837 - 208.837 208.837 Dívidas a instituições de crédito 51 5.450.994 211.129

121.056.689 (108.769.675) 12.287.014 38.734.210 Outros credores - - Investimentos financeiros: 6.850.994 5.611.129

Títulos e outras aplicações financeiras 27 e 46 107.988 (107.988) - 1.202 DÍVIDAS A TERCEIROS - Curto prazo:Empréstimos por obrigações 51 2.920.000 1.840.000

CIRCULANTE: Dívidas a instituições de crédito 51 16.076.332 28.952.410 Existências: Fornecedores, conta corrente 17.524.739 32.070.352

Matérias - primas, subsidiárias e de consumo 4.566.722 (194.710) 4.372.012 7.727.307 Fornecedores - facturas em recepção e conferência 358.008 4.595.115 Produtos e trabalhos em curso 105.422 - 105.422 1.959.148 Empresas do grupo 58 8.000.000 5.000.000 Produtos acabados e intermédios 8.518.863 - 8.518.863 11.318.606 Accionistas 4.994 4.994 Mercadorias 434.444 - 434.444 295.935 Adiantamentos de clientes 43.226 24.696

46 13.625.451 (194.710) 13.430.741 21.300.996 Fornecedores de imobilizado, conta corrente 714.702 320.364 Dívidas de terceiros - Curto prazo: Estado e outros entes públicos 57 331.071 1.359.664

Clientes, conta corrente 16.689.982 - 16.689.982 31.376.394 Outros credores 150.654 4.782.313 Clientes de cobrança duvidosa 3.365.027 (3.199.668) 165.359 43.751 46.123.726 78.949.908 Empresas do grupo - - - 85 Adiantamentos a fornecedores 165.521 - 165.521 93.751 ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS:Adiantamentos a fornecedores de imobilizado - - - - Acréscimos de custos 55 3.586.796 3.374.973 Estado e outros entes públicos 57 794.359 - 794.359 2.314.578 Proveitos diferidos 55 18.552 50.917 Outros devedores 134.454 - 134.454 334.036 Passivos para impostos diferidos 52 233.205 329.936

46 21.149.343 (3.199.668) 17.949.675 34.162.595 3.838.553 3.755.826

Títulos negociávies: Outras aplicações de tesouraria 56 4.925.000 - 4.925.000 -

4.925.000 - 4.925.000 - Depósitos bancários e caixa:

Depósitos bancários 56 1.896.207 - 1.896.207 1.788.215 Caixa 56 15.023 - 15.023 24.266

1.911.230 - 1.911.230 1.812.481 ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS:

Acréscimos de proveitos 55 31.918 - 31.918 43.720 Custos diferidos 55 474.967 - 474.967 635.432 Activos para impostos diferidos 52 703.316 - 703.316 1.229.599

1.210.201 - 1.210.201 1.908.751 Total de amortizações (109.996.761) Total de provisões (3.502.366) Total do passivo 63.469.228 91.026.438 Total do activo 166.194.662 (113.499.127) 52.695.535 100.206.121 Total do capital próprio, interesses minoritários e passivo 52.695.535 100.206.121

- O anexo faz parte integrante do balanço consolidado em 31 de Dezembro de 2004.

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

2004

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FISIPE - FIBRAS SINTÉTICAS DE PORTUGAL, S.A. E SUBSIDIÁRIAS

DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS DE RESULTADOS POR NATUREZAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 E 2003

(Montantes expressos em Euros)

CUSTOS E PERDAS Notas PROVEITOS E GANHOS Notas

Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas 59 51.308.677 94.155.966 Vendas de mercadorias e produtos 36 83.139.572 161.988.515 Prestações de serviços 36 303 83.139.875 - 161.988.515

Fornecimentos e serviços externos 18.640.765 47.091.496 Custos com o pessoal: Variação da produção 60 167.179 903.608

Remunerações 6.527.920 18.370.212 Trabalhos para a própria empresa 55.397 1.747.082 Encargos sociais: Proveitos suplementares 451.496 817.336

Pensões 21 31.122 281.616 Outros proveitos operacionais - 47.761 Outros 2.149.138 8.708.180 5.156.532 23.808.360 (B) 83.813.947 165.504.302

Amortizações do imobilizado corpóreo e incorpóreo 27 4.468.572 6.578.287 Provisões 46 361.125 4.829.697 5.195.639 11.773.926 Juros e proveitos similares - Outros

44 3.596.935 3.596.935 6.769.668 6.769.668 Impostos 298.729 598.218 (D) 87.410.882 172.273.970 Outros custos e perdas operacionais 42.495 341.224 36.117 634.335

(A) 83.828.543 177.464.083 Proveitos e ganhos extraordinários 45 90.729 701.376

Juros e custos similares - Outros 44 5.827.459 5.827.459 9.724.808 9.724.808 (C) 89.656.002 187.188.891

Custos e perdas extraordinários 45 17.352.708 2.947.013 (E) 107.008.710 190.135.904

Impostos sobre o rendimento do exercício 52 446.277 8.599.255 (G) 107.454.987 198.735.159

Interesses minoritários107.454.987 198.735.159

Resultado líquido do exercício (19.953.376) (25.759.813)87.501.611 172.975.346 (F) 87.501.611 172.975.346

Resultados operacionais: (B) - (A) (14.596) (11.959.781)Resultados financeiros (D-B) - (C-A) (2.230.524) (2.955.140)Resultados correntes: (D) - (C) (2.245.120) (14.914.921)Resultados antes de impostos: (F) - (E) (19.507.099) (17.160.558)Resultado líquido do exercício: (F) - (G) (19.953.376) (25.759.813)

O anexo faz parte integrante da demonstração consolidada dos resultados por naturezas em 31 de Dezembro de 2004.

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

2004 2003 2004 2003

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Notas 2004 2003

Vendas e prestações de serviços 36 83.142.165 161.988.515Custo das vendas e das prestações de serviços (68.830.129) (146.594.752)Resultados brutos 14.312.036 15.393.763

Outros proveitos e ganhos operacionais 562.955 1.117.760Custos de distribuição (6.470.335) (12.921.378)Custos administrativos (9.260.142) (9.441.714)Outros custos e perdas operacionais (2.089.974) (6.063.424)Resultados operacionais (2.945.460) (11.914.993)

Custo líquido de financiamento (2.230.524) (2.955.141)Ganhos / (perdas) em associadas - -Ganhos / (perdas) em outros investimentos - -Resultados não usuais ou não frequentes (14.331.115) (10.369.808)Resultados correntes (19.507.099) (25.239.942)

Impostos sobre o rendimento do exercício (446.277) (519.871)

Resultado líquido do exercício (19.953.376) (25.759.813)

Resultado por acção (3,99) -5,15

para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2004.

FISIPE - FIBRAS SINTÉTICAS DE PORTUGAL, S.A. E SUBSIDIÁRIAS

DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS POR FUNÇÕES EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 E 2003

(Montantes expressos em Euros)

O anexo faz parte integrante da demonstração dos resultados por funções

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DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA

PARA OS EXERCÍCIOS FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 E 2003

(Montantes expressos em Euros)

Notas 2004 2003ACTIVIDADES OPERACIONAIS:

Recebimentos de clientes 85.734.861 171.166.148Pagamentos a fornecedores (72.552.508) (152.027.665)Pagamentos ao pessoal (8.015.757) (19.269.034)

Fluxos gerados pelas operações 5.166.596 (130.551)

Pagamento/recebimento do imposto sobre o rendimento (148.570) (33.856)Outros recebimentos/pagamentos relativos à actividade operacional (214.120) 1.959.777

Fluxos gerados antes das rubricas extraordinárias 4.803.907 1.795.370

Recebimentos relacionados com rubricas extraordinárias - 160.154Pagamentos relacionados com rubricas extraordinárias (22) (2.431.240)

Fluxos das actividades operacionais (1) 4.803.884 (475.716)

ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO:

Recebimentos provenientes de:Investimentos financeiros 12.000.000 -Imobilizações corpóreas - 141.392Imobilizações incorpóreas - -

Pagamentos respeitantes a:Investimentos financeiros (14.105.331) -Imobilizações corpóreas e incorpóreas (2.023.507) (2.967.910)

Fluxos das actividades de investimento (2) (4.128.838) (2.826.518)

ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO:

Recebimentos respeitantes a:Empréstimos obtidos 17.694.762 15.013.196

Juros e proveitos similares 2.683.887 2.758.376

Pagamentos respeitantes a:Empréstimos obtidos (11.181.375) (12.356.477)Juros e custos similares (4.017.669) (3.403.967)Dividendos - (223)

Fluxos das actividades de financiamento (3) 5.179.605 2.010.905

Variação de caixa e seus equivalentes (4) = (1) + (2) + (3) 5.854.652 (1.291.329)Efeito das diferenças de câmbioCaixa e seus equivalentes no início do período 56 1.812.482 3.103.811Efeito da saída da Fisipe Barcelona do perímetro da Consolidação (830.903)Caixa e seus equivalentes no fim do período 56 6.836.231 1.812.482

O anexo faz parte integrante da demonstração em 31 de Dezembro de 2004.

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FISIPE – FIBRAS SINTÉTICAS DE PORTUGAL, S.A. E SUBSIDIÁRIAS

ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS CONSOLIDADOS

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004

(Montantes expressos em Euros - € ) NOTA INTRODUTÓRIA O Grupo FISIPE, é constituído pela FISIPE – Fibras Sintéticas de Portugal, S.A. (“Fisipe” ou “Empresa”) (empresa-mãe) e suas Subsidiárias (“Grupo”) (Nota 1), e tem como actividade principal fornecer uma gama completa e inovadora de fibras acrílicas à Indústria Internacional. As operações do Grupo até 31 de Dezembro de 2003 eram desenvolvidas essencialmente a partir de Portugal e Espanha. Em 2004 as operações do Grupo foram desenvolvidas essencialmente em Portugal (Nota 14). As notas que se seguem respeitam a numeração definida no Plano Oficial de Contabilidade (POC) para a apresentação de demonstrações financeiras consolidadas. As notas cuja numeração se encontra ausente deste anexo não são aplicáveis ao Grupo ou a sua apresentação não é relevante para a leitura das demonstrações financeiras consolidadas anexas. 1. EMPRESAS INCLUÍDAS NA CONSOLIDAÇÃO As empresas incluídas na consolidação, suas sedes sociais e proporção do capital detido em

31 de Dezembro de 2004, são as seguintes:

Sede Directa Indirecta Total

Fisipe Hungary, RFT ("Fisipe Hungria") Budapeste 95 - 95 Munditêxtil - Comércio Internacional de Têxteis, Lda. ("Munditêxtil") Lisboa 100 - 100

Percentagem do capital detido

Estas empresas subsidiárias foram incluídas na consolidação, pelo método de integração

global, com base no estabelecido na alínea a) do nº 1 do Artigo 1º do Decreto-Lei nº 238/91, de 2 de Julho (maioria dos direitos de voto).

Conforme mencionado na nota 14 a Empresa no decorrer do exercício de 2004 procedeu à

alienação da participação financeira detida na Fisipe Barcelona. 7. NÚMERO MÉDIO DE PESSOAL Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2004 e 2003, o número médio de pessoal

ao serviço das empresas incluídas na consolidação foi de 271 e 270, respectivamente. 10. DIFERENÇAS DE CONSOLIDAÇÃO

a) Incluídas no capital próprio

O saldo da rubrica diferenças de consolidação no montante de € 73.084 (Nota 54) corresponde à diferença entre o custo de aquisição da parte de capital detida na subsidiária Munditêxtil e a proporção dos capitais próprios que ela representava à data do registo desta participação pelo método de equivalência patrimonial.

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14. ALTERAÇÃO DA COMPOSIÇÃO DO CONJUNTO DE EMPRESAS INCLUÍDAS NA CONSOLIDAÇÃO

Em 14 de Dezembro de 2004, foi celebrada a escritura de venda a terceiros da Fisipe

Barcelona S.A. (“Fisipe Barcelona”) pelo montante de € 1. Esta sociedade, que vinha acumulando desde meados de 2003, perdas significativas da exploração, encontrava-se desde 17 de Maio de 2004, em processo de liquidação. Atendendo a que com o inicio do processo de liquidação da Fisipe Barcelona, ficou substancialmente prejudicado o poder de controlo pela Empresa naquela sociedade e à posterior alienação da mesma, não foram incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas da Empresa, nem o balanço em 31 de Dezembro de 2004, nem as demonstrações de resultados e dos fluxos de caixa do exercício findo naquela data, da Fisipe Barcelona. Desta forma, as demonstrações financeiras consolidadas em 31 de Dezembro de 2004, não são comparáveis com as do exercício anterior.

Os principais activos, passivos, custos e proveitos da Fisipe Barcelona, constantes do balanço

e da demonstração de resultados por naturezas desta sociedade, em 31 de Dezembro de 2003, considerados nas demonstrações financeiras consolidadas da Fisipe àquela data eram os seguintes: Proveitos:

Vendas 89.381.363Prestações de serviços -Outros proveitos operacionais (765.328)

88.616.035

Custos operacionais (101.854.672)

Resultado operacional (13.238.637)

Resultados financeiros (1.691.445)Resultados extraordinários (1.414.778)

Resultado antes de impostos (16.344.860)

Impostos sobre o rendimento (8.339.384)

Resultado líquido (24.684.244)

Activos:Imobilizações corpóreas e incorpóreas 24.612.800Investimentos financeiros 1.202Activo circulante 21.318.873

45.932.875Passivos:

Passivo de médio e longo prazo -Provisões para riscos e encargos 2.619.791Passivo circulante 46.780.259

49.400.050Capital próprio:

Capital e resultados acumulados 21.217.069Resultado líquido (24.684.244)

(3.467.175)

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Por forma a facilitar a comparibilidade do balanço consolidado e da demonstração consolidada de resultados por naturezas em 31 de Dezembro de 2003, é apresentada abaixo um resumo dos principais itens daquelas peças contabilísticas, considerando a não consolidação da Fisipe Barcelona àquela data:

Participação ConsolidadoContributo financeira pro-forma

Consolidado da Fisipe na Fisipe (sem Fisipeapresentado Barcelona Barcelona Barcelona)

Proveitos:Vendas 161.988.515 (87.564.228) - 74.424.287Prestações de serviços - - - -Outros proveitos operacionais 3.515.787 765.328 - 4.281.115

165.504.302 (86.798.900) - 78.705.402

Custos operacionais (177.464.083) 100.037.537 - (77.426.546)

Resultado operacional (11.959.781) 13.238.637 - 1.278.856

Resultados financeiros (2.955.140) 1.691.445 - (1.263.695)Equivalência patrimonial - - (24.684.244) (24.684.244)Resultados extraordinários (2.245.637) 1.414.778 - (830.859)

Resultado antes de impostos (17.160.558) 16.344.860 (24.684.244) (25.499.942)

Impostos sobre o rendimento (8.599.255) 8.339.384 - (259.871)

Resultado líquido (25.759.813) 24.684.244 (24.684.244) (25.759.813)

Activos:Imobilizações corpóreas e incorpóreas 41.020.096 (24.612.800) - 16.407.296Investimentos financeiros 1.202 (1.202) - -Activo circulante 59.184.823 (12.688.139) - 46.496.684

100.206.121 (37.302.141) - 62.903.980Passivos:

Passivo de médio e longo prazo 5.611.129 - - 5.611.129Provisões para riscos e encargos 2.709.575 (2.619.791) 3.467.175 3.556.959Passivo circulante 82.705.734 (38.149.525) - 44.556.209

91.026.438 (40.769.316) 3.467.175 53.724.297Capital próprio:

Capital e resultados acumulados 34.939.496 (21.217.069) 21.217.069 34.939.496Resultado líquido (25.759.813) 24.684.244 (24.684.244) (25.759.813)

9.179.683 3.467.175 (3.467.175) 9.179.683

15. CONSISTÊNCIA NA APLICAÇÃO CRITÉRIOS VALORIMÉTRICOS Os principais critérios valorimétricos utilizados pelo Grupo foram consistentes entre as

empresas incluídas na consolidação e são os descritos na Nota 23.

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21. COMPROMISSOS FINANCEIROS ASSUMIDOS E NÃO INCLUÍDOS NO BALANÇO CONSOLIDADO

Fundo de Pensões Fisipe

Conforme descrito na Nota 23.f), a Fisipe assumiu o compromisso de conceder aos seu empregados prestações pecuniárias, a título de pensões de reforma por velhice, invalidez, reforma antecipada e pensões de sobrevivência. Estas prestações são determinadas em função do número de anos de serviço dos empregados e da tabela salarial em vigor. A Fisipe constituiu em anos anteriores, um fundo de pensão autónomo, destinado a financiar as suas responsabilidades pelo pagamento daqueles complementos de pensões. De acordo com o estudo actuarial realizado pela sociedade gestora do fundo, o valor actual das responsabilidades da Empresa por serviços passados dos seus trabalhadores activos e reformados foi estimado em € 4.279.905 e € 4.421.642, em 31 de Dezembro de 2004 e 31 de Dezembro de 2003, respectivamente.

Os estudos actuariais, elaborados pelo método “Projected Unit Credit”, consideraram os seguintes pressupostos:

Tábua de Mortalidade TV 73/77 Rendimento do Fundo 6% Taxa de crescimento salarial 3% Taxa de crescimento das pensões 1%

Em 31 de Dezembro de 2004, a cobertura de responsabilidades da Empresa pelo fundo de pensões e pelo acréscimo de custo era como segue:

Responsabilidades Activos 658.353 Reformados 3.621.552 ------------- 4.279.905 ======== Valor do fundo 3.883.410 Acréscimo de custo (Nota 55) 396.495 ------------- 4.279.905 ======== Percentagem de cobertura 100,0% ======

Durante o período exercício em 31 de Dezembro de 2004, o custo com pensões registado pela empresa na rubrica de custos com pessoal foi apurado como segue: Custo dos juros 219.219

Custo dos serviços correntes 44.088 Retorno real dos activos do plano ( 152.360 ) Ganhos actuariais ( 79.825 ) ---------- 31.122 =====

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A evolução do património do Fundo de Pensões da Empresa, durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2004, foi como segue:

Saldo no início do exercício 3.788.202 Rendimento do fundo durante o exercício 152.360 Pensões pagas no exercício e outros ( 325.219 ) Contribuições 268.067 ------------ Saldo no final do exercício 3.883.410 ======= 22. GARANTIAS PRESTADAS Em 31 de Dezembro de 2004 a Fisipe tinha assumido responsabilidades por garantias

prestadas, como segue:

Cauções aduaneiras 6.461.681 Cauções de dívidas - APL 24.516 Instituto dos resíduos 2.554 Tribunal do Trabalho do Barreiro 7.118 Direcção Geral dos Impostos - DSR IVA 1.140.054 Ministerio da Ciencia Y Tecnologia de Espanha 351.481 Junta Superior Finances General da Catalunha 393.042

8.380.446

As cauções aduaneiras dizem respeito às cauções exigidas pela Alfândega relativamente ao

regime de Aperfeiçoamento Activo.

As garantias prestadas à Direcção Geral de Impostos estão associadas ao pedido de reembolso de Imposto sobre o Valor Acrescentado efectuado pela Empresa.

Adicionalmente a Empresa concedeu duas garantias ao “Ministerio da Ciencia e Tecnologia” de Espanha e à “Junta Superior Finances General” da Catalunha por conta da Fisipe Barcelona, nos montantes de € 351.481 e € 393.042, respectivamente, as quais em 31 de Dezembro de 2004, se encontram totalmente provisionadas (Nota 46).

23. BASES DE APRESENTAÇÃO E PRINCIPAIS CRITÉRIOS VALORIMÉTRICOS UTILIZADOS Bases de apresentação As demonstrações financeiras consolidadas anexas foram preparadas no pressuposto da

continuidade das operações, a partir dos livros e registos contabilísticos das empresas incluídas na consolidação (Nota 1), mantidos de acordo com princípios de contabilidade geralmente aceites em Portugal.

Princípios de consolidação A consolidação das empresas subsidiárias referidas na Nota 1, efectuou-se pelo método de

integração global. As transacções e saldos significativos entre as empresas foram eliminados no processo de consolidação. O valor correspondente à participação de terceiros nas empresas subsidiárias é apresentado no balanço na rubrica interesses minoritários.

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Principais critérios valorimétricos Os principais critérios valorimétricos utilizados na preparação das demonstrações financeiras

consolidadas, foram os seguintes: a) Imobilizações incorpóreas As imobilizações incorpóreas, que compreendem essencialmente despesas de instalação e

de investigação e desenvolvimento, encontram-se registadas ao custo e são amortizadas pelo método das quotas constantes durante um período de três anos.

b) Imobilizações corpóreas As imobilizações corpóreas adquiridas até 31 de Dezembro de 1998 encontram-se

registadas ao custo de aquisição, reavaliadas de acordo com as disposições legais (Nota 41). As imobilizações corpóreas adquiridas após aquela data encontram-se registadas ao custo de aquisição.

As amortizações são efectuadas pelo método das quotas constantes, a partir do ano de

entrada em funcionamento dos bens com vidas úteis estimadas dentro dos seguintes períodos:

Anos Edifícios e outras construções 20 - 50 Equipamento básico 5 – 20 Equipamento de transporte 4 - 12 Ferramentas e utensílios 4 - 10 Equipamento administrativo 4 - 20 Outras imobilizações corpóreas 3 - 14 Os encargos com reparações e manutenção de natureza corrente são registados na

demonstração de resultados do exercício em que são incorridos. As reparações que aumentam a utilidade económica dos activos imobilizados são registadas

como imobilizações corpóreas e amortizadas durante a vida útil remanescente dos mesmos.

c) Investimentos financeiros

Os investimentos financeiros representativos de partes de capital noutras empresas (investimentos inferiores a 20%) encontram-se registados ao custo de aquisição. As perdas estimadas na realização das participações financeiras, encontram-se registadas na rubrica provisões para investimentos financeiros (Nota 46).

d) Existências As mercadorias e as matérias-primas, subsidiárias e de consumo encontram-se valorizadas

ao custo médio de aquisição. Os produtos acabados e intermédios e os produtos e trabalhos em curso encontram-se valorizados ao custo de produção, que inclui o custo médio de aquisição das matérias-primas incorporadas, mão-de-obra e gastos gerais de fabrico.

Foi constituída uma provisão para depreciação de existências pela diferença entre o valor de

custo de aquisição ou de produção e o respectivo valor de realização das existências no caso de este ser inferior ao custo (Nota 46).

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e) Especialização de exercícios As Empresas do Grupo registam as suas receitas e despesas de acordo com o princípio da

especialização de exercícios pelo qual as receitas e despesas são reconhecidas à medida em que são geradas independentemente do momento em que são recebidas ou pagas. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e as correspondentes receitas e despesas geradas são registadas nas rubricas de acréscimos e diferimentos.

f) Complementos de Pensões Conforme mencionado na Nota 21, a Fisipe assumiu o compromisso de conceder aos seus

empregados prestações pecuniárias a título de complementos de pensões de reforma. Para cobrir essa responsabilidade a Fisipe constituiu um fundo autónomo cuja gestão está confiada a uma Sociedade Gestora de Fundos de Pensões.

No registo contabilístico das pensões, a Fisipe segue os critérios definidos na Directriz

Contabilística nº 19, aprovada pelo Conselho Geral da Comissão de Normalização Contabilística em 21 de Maio de 1997, que estabelece que os custos com pensões devem ser reconhecidos à medida que os serviços são prestados pelos empregados beneficiários.

Assim, no final de cada período contabilístico, a Fisipe obtém estudos actuariais de acordo

com métodos e pressupostos actuariais aceites internacionalmente, no sentido de conhecer o valor das suas responsabilidades a essa data e o custo com pensões a registar nesse período contabilístico. As responsabilidades e custos assim estimados são comparados com os registos entretanto efectuados pela Fisipe e com os valores de mercado do fundo de pensões, de forma a determinar o montante das diferenças e da eventual contribuição adicional a efectuar para o fundo.

g) Subsídios atribuídos para financiamentos de imobilizações corpóreas Os subsídios atribuídos ao Grupo, a fundo perdido, para financiamento de imobilizações

corpóreas são registados, como proveitos diferidos, na rubrica de acréscimos e diferimentos, e reconhecidos na demonstração de resultados proporcionalmente às amortizações das imobilizações corpóreas subsidiadas.

h) Activos e passivos expressos em moeda estrangeira Todos os activos e passivos expressos em moeda estrangeira foram convertidos para Euros

utilizando as taxas de câmbio vigentes nas datas dos Balanços. As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as

taxas de câmbio em vigor na data das transacções e as vigentes na data das cobranças, pagamentos ou à data do balanço, foram registadas como proveitos e custos na demonstração de resultados do exercício.

i) Imposto sobre o rendimento O imposto do exercício sobre o rendimento é calculado com base nos resultados tributáveis

da Empresa de acordo com as regras fiscais em vigor e considera a tributação diferida. Os impostos diferidos são calculados com base no método da responsabilidade de balanço

e referem-se às diferenças temporárias entre os montantes dos activos e passivos para efeitos de reporte contabilístico e os seus respectivos montantes para efeitos de tributação.

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Os activos e passivos por impostos diferidos são calculados e anualmente avaliados utilizando as taxas de tributação que se espera estarem em vigor à data da reversão das diferenças temporárias, com base nas taxas de tributação (e legislação fiscal) que esteja formal ou substancialmente emitida à data do balanço.

Eventuais activos por impostos diferidos são registados unicamente quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para os utilizar. Na data de cada balanço é efectuada uma reapreciação das diferenças temporárias subjacentes aos activos por impostos diferidos no sentido de reconhecer activos por impostos diferidos não registados anteriormente por não terem preenchido as condições para o seu registo e/ou para reduzir o montante dos impostos diferidos activos registados em função da expectativa actual da sua recuperação futura.

24. COTAÇÕES UTILIZADAS PARA CONVERSÃO EM EUROS Foram utilizadas as seguintes taxas de câmbio para converter para Euros os activos e passivos

expressos em moeda estrangeira:

Activos: 2004 2003

Dólar Americano 0,736 0,790Libra Inglesa 1,416 1,416Franco Suíço 0,649 0,641

Passivos:

Dólar Americano 0,733 0,793Libra Inglesa 1,416 1,422Franco Suíço 0,647 0,643

25. DESPESAS DE INSTALAÇÃO E DE INVESTIGAÇÃO E DESENVOLVIMENTO Em 31 de Dezembro de 2004 as despesas de instalação referem-se essencialmente aos

encargos com o aumento do capital ocorrido no final do exercício de 2000. As despesas de investigação e desenvolvimento correspondem essencialmente aos custos incorridos no projecto da unidade piloto Gel Dyeing, que compreende o desenvolvimento de novos produtos e novas tecnologias e a implementação de alguns projectos na área das tecnologias de informação.

No exercício findo em 31 de Dezembro de 2004 a Empresa procedeu ao abate de imobilizado

incorpóreo (Despesas de Instalação e de Investigação e Desenvolvimento) no montante de € 3.191.997 relativamente a bens que se encontravam totalmente amortizados.

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27. MOVIMENTO DO ACTIVO IMOBILIZADO Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2004, o movimento ocorrido no valor das

imobilizações incorpóreas, corpóreas e investimentos financeiros, bem como nas respectivas amortizações acumuladas e provisões, foi o seguinte:

Activo bruto

Alteração de SaldoSaldo Abates e Transfe- pertímetroinicial Aumentos alienações rências (Nota 14) final

Imobilizações incorpóreas:Despesas de instalação 819.592 - (384.262) 16.440 - 451.770Despesas de investigação e desenvolvimento 4.576.884 - (2.807.735) 299.931 (312.090) 1.756.990Trespasses 452.452 - (452.452) - - -Imobilizações em curso 926.738 366.736 (986.728) (306.746) - -

6.775.666 366.736 (4.631.177) 9.625 (312.090) 2.208.760Imobilizações corpóreas:

Terrenos e recursos naturais 3.500.905 - - - (3.500.905) -Edifícios e outras construções 47.152.879 - - 100.732 (17.402.894) 29.850.717Equipamento básico 164.203.244 72 - 950.425 (83.620.837) 81.532.904Equipamento de transporte 890.730 - (39.438) 4.713 - 856.005Ferramentas e utensílios 3.735.888 - - 24.745 - 3.760.633Equipamento administrativo 2.351.043 613 - 32.717 - 2.384.373Taras e vasilhame 307.780 - - - - 307.780Outras imobilizações corpóreas 766.562 - - - - 766.562Imobilizações em curso 1.442.397 1.958.274 (13.183) (1.104.251) (894.359) 1.388.878Adiantamentos por conta de imobilizações corpóreas 208.837 9.081 - (18.706) 9.625 208.837

224.560.265 1.968.040 (52.621) (9.625) (105.409.370) 121.056.689Investimentos financeiros:

Títulos e outras aplicações financeiras 109.190 - - - (1.202) 107.988109.190 - - - (1.202) 107.988

231.445.121 2.334.776 (4.683.798) - (105.722.662) 123.373.437

Rubricas

Amortizações acumuladasAlteração de Saldo

Saldo Abates e Transfe- pertímetroinicial Aumentos alienações rências (Nota 14) final

Imobilizações incorpóreas:Despesas de instalação 549.632 147.851 (384.262) - - 313.221Despesas de investigação e desenvolvimento 3.487.696 545.994 (2.807.735) - (312.090) 913.865Trespasses 452.452 - (452.452) - - -

4.489.780 693.845 (3.644.449) - (312.090) 1.227.086Imobilizações corpóreas:

Edifícios e outras construções 35.004.007 1.198.282 - - (10.533.856) 25.668.433Equipamento básico 143.601.935 2.282.349 - - (70.262.714) 75.621.570Equipamento de transporte 801.179 21.236 (34.537) - - 787.878Ferramentas e utensílios 3.160.604 222.545 - - - 3.383.149Equipamento administrativo 2.184.121 50.182 - - - 2.234.303Taras e vasilhame 307.647 133 - - - 307.780Outras imobilizações corpóreas 766.562 - - - - 766.562

185.826.055 3.774.727 (34.537) - (80.796.570) 108.769.675Investimentos financeiros:

Títulos e outras aplicações financeiras 107.988 - - - - 107.988107.988 - - - - 107.988

190.423.823 4.468.572 (3.678.986) - (81.108.660) 110.104.749

Rubricas

Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2004, procedeu-se ao abate da diferença entre o custo de aquisição e o montante do capital próprio correspondente da Fisipe Barcelona, S.A., no montante de € 452.452, apurada em 2002 aquando da aquisição desta sociedade, em virtude de a mesma se encontrar totalmente amortizada. Os abates ocorridos em 2004 na rubrica de imobilizações incorpóreas em curso são relativos a itens capitalizados em 2002, 2003, 2004 no âmbito do projecto POE-SIME, o qual não se encontra em 31 de Dezembro de 2004, formalmente aprovado, tendo a Empresa por essa razão abatido os mesmos.

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34. DÍVIDAS A TERCEIROS COBERTAS POR GARANTIAS REAIS

Em 31 de Dezembro de 2004 o empréstimo por obrigações da Empresa, cujo saldo por liquidar àquela data ascende a € 4.320.000, encontra-se garantido por um aval da accionista CUF S.G.P.S., S.A. (Nota 51).

36. VENDAS E PRESTAÇÕES DE SERVIÇO POR ACTIVIDADE E MERCADOS GEOGRÁFICOS As vendas e prestações de serviços nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2004 e 2003

distribuem-se da seguinte forma:

2004 2003

Mercado nacional 5.066.053 6.704.636

Mercado externo: - Intracomunitário 25.225.933 55.375.336 - Outros mercados 52.847.889 99.908.543

83.139.875 161.988.515

39. REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS SOCIAIS As remunerações atribuídas aos membros dos órgãos sociais (apenas da Empresa-mãe pelo

desempenho das suas funções nesta e nas suas empresas filiais) no exercício findo em 31 de Dezembro de 2004, foram as seguintes:

Conselho de Administração 299.888 Conselho Fiscal 26.157

326.045

41. REAVALIAÇÃO DE IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS E DE INVESTIMENTOS FINANCEIROS O Grupo (Fisipe) procedeu em anos anteriores à reavaliação das suas imobilizações corpóreas

ao abrigo da legislação aplicável, nomeadamente: - Decreto-Lei nº 430/78, de 27 de Dezembro - Decreto-Lei nº 219/82, de 2 de Junho - Decreto-Lei nº 399-G/84, de 28 de Dezembro - Decreto-Lei nº 118-B/86, de 27 de Maio - Decreto-Lei nº 111/88, de 2 de Abril - Decreto-Lei nº 49/91, de 25 de Janeiro

- Decreto-Lei nº 264/92, de 24 de Novembro - Decreto-Lei nº 31/98, de 11 de Fevereiro

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42. REAVALIAÇÕES DE IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS E INVESTIMENTOS FINANCEIROS O detalhe dos custos históricos de aquisição de imobilizações corpóreas e investimentos

financeiros e correspondente reavaliação, líquidos de amortizações acumuladas, em 31 de Dezembro de 2004, é o seguinte:

Valores

Custos contabilísticoshistóricos Reavaliações reavaliados

Imobilizações corpóreasActivo bruto 39.778.573 54.974.606 94.753.179Amortizações acumuladas (38.586.338) (52.927.325) (91.513.663)

1.192.235 2.047.281 3.239.516

Rubricas

44. DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS FINANCEIROS Os resultados financeiros têm a seguinte composição:

2004 2003Custos e perdas:Juros suportados 1.904.657 1.722.075 Diferenças de câmbio desfavoráveis 3.223.254 6.894.482 Descontos de pronto pagamento concedidos 56.004 367.400 Outros custos e perdas financeiros 643.544 740.851

5.827.459 9.724.808 Resulltados financeiros (2.230.524) (2.955.140)

3.596.935 6.769.668

Proveitos e ganhos:Juros obtidos 2.983 36.206 Diferenças de câmbio favoráveis 3.592.230 6.667.009 Descontos de pronto pagamento obtidos 1.109 21.806 Ganhos na alienação aplicações de Tesouraria 457 - Outros proveitos e ganhos financeiros 156 44.647

3.596.935 6.769.668

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45. DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS Os resultados extraordinários têm a seguinte composição:

2004 2003Custos e perdas:Donativos 3.207 2.824Dívidas incobráveis (Nota 63) 11.232.119 -Perdas em existências 99.192Perdas em imobilizações 6.183 1.144.116Multas e penalidades 286.469 93.689Aumentos de amortizações e provisões (Notas 46 e 63) 3.098.996 -Correcções relativas a exercícios anteriores 1.387.786 181.801Outros custos e perdas extraordinários 1.238.756 1.524.583

17.352.708 2.947.013Resultados extraordinários (17.261.979) (2.245.637)

90.729 701.376

Proveitos e ganhos:Recuperação de dívidas 5.125 6.506Ganhos em existências 33.715 -Ganhos em imobilizações 3.500 117.460Correcções relativas a exercícios anteriores 7.170 197.383Outros proveitos e ganhos extraordinários 41.219 380.027

90.729 701.376

Conforme mencionado na Nota 14, em 14 de Dezembro de 2004, a Fisipe procedeu à alienação a terceiros da participação financeira na Fisipe Barcelona. Nessa data, procedeu-se igualmente, à alienação a terceiros dos créditos sobre a Fisipe Barcelona por um montante de € 6.915.346 e à alienação das dívidas da Fisipe Barcelona à Repsol e ao Banco BBVA assumidas pela Empresa na sequência do processo de liquidação da Fisipe Barcelona, por um montante de € 5.084.654, como segue: Suprimentos concedidos 11.955.089Aval prestado ao Banco Sabadell 5.251.314Dívida à Repsol assumida pela Empresa 2.000.000Cessão de crédito sobre a Repsol 3.243.295Cessão de crédito sobre o Banco BBVA 1.841.359Outras contas a receber, alienadas 504.185

24.795.242

Valor recebido pela alienação dos créditos (12.000.000)12.795.242

Anulação das restantes contas a receber da Fisipe Barcelona 58.525

Parcela da cessão de crédito sobre a Repsol ainda não liquidada em 31 de Dezembro de 2004 (Nota 46) (1.621.648)

Total reconhecido como dívidas incobraveis (Nota 63) 11.232.119

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Os outros custos e perdas extraordinárias incluem o montante de € 1.238.661 relativo a indemnizações por rescisão de contratos de trabalho, pagas no exercício de 2004 pela Fisipe.

46. MOVIMENTO OCORRIDO NAS PROVISÕES Durante o exercício de 2004 realizaram-se os seguintes movimentos nas rubricas de provisões:

Valoresprovisionados

da FisipeBarcelona no

saldo AlteraçãoSaldo inicial de perímetro Saldo

Rubricas inicial Aumento (Notas 14 e 63) (Nota 14) final

Provisões para Investimentos financeiros 107.988 - - - 107.988Provisões para depreciação de existências 2.514.691 82.687 - (2.402.668) 194.710Provisões para cobranças duvidosas 8.186.500 278.438 - (5.265.270) 3.199.668

10.809.179 361.125 - (7.667.938) 3.502.366Provisões para riscos e encargos

Fisipe Barcelona 2.619.791 3.098.996 3.467.175 (2.619.791) 6.566.171Outros 89.784 - - - 89.784

2.709.575 3.098.996 3.467.175 (10.287.729) 6.655.95513.518.754 3.460.121 3.467.175 (10.287.729) 10.158.321

O aumento na rubrica de provisões para riscos e encargos, no montante de € 3.098.996, respeita à provisão constituída no exercício para fazer face a responsabilidades derivadas do processo de liquidação da ex-subsidiária Fisipe Barcelona (alienada a terceiros em 14 de Dezembro de 2004), ainda não liquidadas à data do balanço. O reforço desta provisão foi registado por contrapartida de custos extraordinários (Nota 45). Em 31 de Dezembro de 2004, a provisão para riscos e encargos, relacionada com a Fisipe Barcelona, apresenta o seguinte detalhe:

Aquisição do crédito à Repsol (Nota 45) 1.621.648

Garantia prestada ao "Ministério da Ciência Y Tecnologia" de Espanha (Nota 22) 351.481

Garantia prestada à "Junta Superior Finances General" da Catalunha (Nota 22) 393.042

Outras responsabilidades 4.200.000Total (Nota 63) 6.566.171

As outras responsabilidades no montante de € 4.200.000 respeitam à estimativa efectuada pelo Conselho de Administração da Empresa, para fazer face a eventuais responsabilidades derivadas do processo de liquidação da ex-subsidiária Fisipe Barcelona.

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51. EMPRÉSTIMOS Em 31 de Dezembro de 2004 e 2003, o detalhe dos empréstimos obtidos era o seguinte:

Curto Médio e Curto Médio eprazo longo prazo prazo longo prazo

Empréstimos bancários - Fisipe Portugal - 5.324.315 415.796 - Papel Comercial - Fisipe Portugal - - 1.995.192 - Descobertos bancários - Fisipe Portugal 15.991.879 - 5.347.502 - Outros empréstimos obtidos - Fisipe Portugal 84.453 126.679 84.455 211.129 Empréstimos Fisipe - Fisipe Barcelona - - 21.109.465 -

16.076.332 5.450.994 28.952.410 211.129

Empréstimos por obrigações - Fisipe 2000 2.920.000 1.400.000 1.840.000 5.400.000 18.996.332 6.850.994 30.792.410 5.611.129

2004 2003

Em 4 de Dezembro de 2000, a Fisipe procedeu à emissão de um empréstimo por obrigações no montante de € 10.000.000, representado por 2.000.000 obrigações com valor nominal de € 5 cada, por um prazo de 7 anos a contar da data de subscrição. O reembolso destas obrigações estava previsto ser efectuado pelo seu valor nominal em 11 prestações semestrais sucessivas, a partir da quarta data de pagamento de juros (4 de Dezembro de 2002), por redução ao valor nominal, sendo cada uma das primeiras cinco prestações no valor de 0,46 por obrigação e cada uma das restantes seis prestações no montante de 0,45 por obrigação, excepto se se vier a exercer a clausula de reembolso antecipado. Em 25 de Maio de 2004 foi celebrada uma adenda ao contrato com efeitos rectroactivos, pela qual o prazo do empréstimo passou a ser de 5 anos a contar da data da subscrição. Este empréstimo vence juros semestrais e postecipados, à taxa Euribor a 6 meses acrescido de 2 pontos percentuais e está garantido por uma livrança em branco subscrita pela Empresa e avalizada pela CUF, SGPS, S.A.. A Empresa poderá, sem qualquer penalização, efectuar o reembolso antecipado, total ou parcial, a partir da quarta data de pagamento de juros. Por outro lado cada obrigacionista poderá, em qualquer momento e no prazo máximo de doze meses após a data de fecho de cada exercício anual solicitar o reembolso antecipado, sem qualquer penalização, caso o rácio (total do capital próprio + interesses minoritários) / total do activo líquido) seja inferior a 40%. Na sequência da adenda acima mencionada, a Fisipe reembolsou durante o exercício de 2004 um montante de € 2.920.000, do empréstimo por obrigações Fisipe 2000. O empréstimo obtido em 04 de Maio de 2004 no montante de € 5.324.315 visa financiar as operações de tesouraria da Fisipe. Este empréstimo vence juros trimestrais e postecipados, à taxa Euribor a 3 meses acrescido de 2 pontos percentuais e está garantido por uma livrança subscrita pela Fisipe e avalizada pela CUF, SGPS, SA e por uma carta de compromisso desta. O reembolso será efectuado de uma só vez a 31 de Dezembro de 2006. O montante de € 15.991.879 é relativo a linhas de crédito e descobertos bancários obtidos junto de diversas instituições bancárias, dos quais € 3.150.529 se encontram suportados por livranças avalizadas pela CUF, SGPS, S.A., € 8.881.068 se encontram suportados por livranças em branco e € 2.219.032 se encontram cobertos por garantias extra-patrimoniais. Em 31 de Dezembro de 2004, a linha de crédito do BCP aprovada, no montante de € 3.741.000 encontra-se excedida em cerca de € 2.000.000 em resultado de a Empresa ter procedido ao pagamento do empréstimo garantido à Fisipe Barcelona no Sabadell, no montante de € 1.803.036. Esta linha de crédito será regularizada através da renegociação do contrato existente a esta data.

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Em 31 de Dezembro de 2004, os restantes empréstimos classificados a médio e longo prazo apresentavam o seguinte plano de reembolso previsto:

2006 84.453 2007 5.366.541

5.450.994

52. IMPOSTOS A Fisipe e a Munditêxtil são tributadas em sede de Imposto sobre o Rendimento, através do

Regime Especial de Tributação de Grupos de Sociedades. A outra empresa do Grupo (Fisipe Hungria) é tributada em sede de Imposto sobre o Rendimento com base nos seus resultados individuais.

De acordo com a legislação portuguesa em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a

revisão e correcção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos (dez para a Segurança Social até 2000, inclusive, e cinco anos a partir de 2001), excepto quando tenham havido prejuízos fiscais, ou estejam em curso inspecções, reclamações ou impugnações, casos estes em que, dependendo das circunstâncias os prazos são alongados ou suspensos. Deste modo, as declarações fiscais das empresas do Grupo, com sede em Portugal, nos exercícios de 2001 a 2004 poderão ainda vir a ser sujeitas a revisão.

A Administração da Empresa entende que as correcções resultantes de revisões/inspecções

por parte das autoridades fiscais àquelas declarações de impostos não terão um efeito significativo nas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2004.

As principais diferenças temporárias entre os valores contabilísticos e tributáveis em 31 de

Dezembro de 2004 e 2003 e os correspondentes activos e passivos por impostos diferidos e os respectivos efeitos nos resultados do exercício findo em 31 de Dezembro de 2004 são como segue:

Aumento /Imposto Imposto / (redução)

Base diferido Base diferido do exercício

Activas: Provisões 168.579 46.359 335.411 92.238 (45.879)

Prejuizos fiscais :1999 986.909 271.400 2.733.834 751.804 (480.404)2000 406.292 111.731 406.292 111.731 - 2001 995.732 273.826 995.732 273.826 -

2.388.933 656.957 4.135.858 1.137.361 (480.404)2.557.512 703.316 4.471.269 1.229.599 (526.283)

Passivas:Reavaliações (848.016) (233.205) (1.199.767) (329.936) 96.731

1.709.496 470.111 3.271.502 899.663 (429.552)

2004

Diferenças

2003

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Em 31 de Dezembro de 2004 a Fisipe tem prejuízos fiscais reportáveis referentes ao exercício de 1999 no montante de € 2.672.149 cuja utilização expira em 31 de Dezembro de 2005. Com base no orçamento estimado para 2005, aprovado pelo Conselho de Administração, é previsto que daquele prejuízo fiscal se venha a utilizar apenas o montante de € 986.909, pelo que em 31 de Dezembro de 2004, só foram mantidos no balanço os activos por impostos diferidos sobre este montante (ie, € 271.400), tendo o remanescente sido reconhecido como custo do exercício.

O movimento ocorrido nos activos e passivos por impostos diferidos nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2004 e 2003 foi como se segue:

2003Activos por Passivos porimpostos impostosdiferidos diferidos Liquido Liquido

Saldo inicial 1.229.599 (329.936) 899.663 1.080.191

Utilização no exercício:Amortização do exercício de reavalições legais de imobilizado corpóreo - 96.731 96.731 116.306Utilização de prejuízos fiscais reportáveis no exercício (463.441) - (463.441) (272.753)Anulação de provisões tributadas em exercícios anteriores (60.916) - (60.916) (41.183)Reforço de provisões não aceites para efeitos fiscais 15.037 - 15.037 46.676Acerto do saldo inicial de prejuízos fiscais (16.963) - (16.963) (11.748)

Efeito de alteração da taxa de imposto:Reservas de reavaliação (Nota 54) - - - 65.987Resultado do exercício - - - (83.813)

(526.283) 96.731 (429.552) (180.528)

Saldo final 703.316 (233.205) 470.111 899.663

2004

Em 31 de Dezembro de 2004 o detalhe do imposto sobre o rendimento é como se segue: Imposto corrente 16.725 Imposto diferido 429.552 ----------- 446.277 ====== Nos termos da legislação em vigor, os prejuízos fiscais são reportáveis durante um período de seis anos após a sua ocorrência e susceptíveis de dedução a lucros fiscais gerados durante esse período. O detalhe dos prejuízos fiscais reportáveis e correspondente ano limite de utilização, existentes em 31 de Dezembro de 2004, é como segue:

Ano limiteMontante de utilização

Gerados no exercício de 1999 2.672.149 2005Gerados no exercício de 2000 406.292 2006Gerados no exercício de 2001 995.732 2007Gerados no exercício de 2004 (estimativa) 25.781.965 2010

29.856.138

Prejuízos fiscais

Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2004, não foram reconhecidos activos por impostos diferidos, sobre o prejuízo fiscal apurado em 2004, no montante estimado de € 25.781.965, por não existirem expectativas razoáveis sobre a sua recuperação futura. Por outro lado e conforme mencionado acima, só foram reconhecidos activos por impostos diferidos, sobre um montante de prejuízos fiscais de 1999, de € 986.909.

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53. COMPOSIÇÃO DO CAPITAL Em 31 de Dezembro de 2004, o capital da Empresa-mãe, totalmente subscrito e realizado,

ascendia a 25.000.000 de Euros e era composto por 5.000.000 de acções com o valor nominal de 5 Euros cada.

A seguintes pessoas colectivas detinham mais de 10% do capital subscrito em 31 de Dezembro

de 2004: CUF – Companhia União Fabril, SGPS, S.A. 51,99% Mitsubishi Corporation 11,60% Quimifértil – Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. 10,75% 54. MOVIMENTO OCORRIDO NAS RUBRICAS DO CAPITAL PRÓPRIO O movimento ocorrido nas rubricas do capital próprio durante o exercício findo em 31 de

Dezembro de 2004 foi o seguinte:

Saldo Aplicação do SaldoRubrica inicial Aumento resultado liquido final

Capital 25.000.000 - - 25.000.000Ajustamentos de partes de capital em filiais e associadas (Nota 10) (73.084) - - (73.084)Reservas de reavaliação 10.343.182 - - 10.343.182Reservas: Reserva legal 1.220.612 - - 1.220.612 Outras reservas 4.192.311 - - 4.192.311Resultados transitados (5.743.525) - (25.759.813) (31.503.338)Resultado líquido do exercício (25.759.813) (19.953.376) 25.759.813 (19.953.376)

9.179.683 (19.953.376) - (10.773.693)

Conforme deliberação da Assembleia Geral, datada de 30 de Setembro de 2004, foi decidido

proceder a uma operação de reforço dos capitais próprios como segue: - redução seguida de aumento de capital, nos limites de, respectivamente € 500.000 e

€ 30.000.000. A redução de capital revestirá a forma de redução do valor nominal das acções. A operação de aumento de capital far-se-á através de subscrição pública e directa, reservada aos actuais accionistas. O Conselho de Administração recebeu todos os poderes necessários para o efeito;

- reavaliação dos activos fixos corpóreos, em condições a definir pelo Conselho de Administração, até um montante de € 20.000.000;

- O encaixe realizado na operação de aumento de capital será basicamente destinado à reestruturação dos passivos e melhoria do capital circulante.

À data de aprovação destas demonstrações financeiras, encontra-se pendente de

implementação esta deliberação da Assembleia Geral, estimando-se contudo que a mesma seja concretizada até final do primeiro semestre de 2005.

Reservas de reavaliação: Esta rubrica resulta da reavaliação do imobilizado corpóreo efectuada

nos termos da legislação aplicável (Nota 41). De acordo com a legislação vigente e as práticas contabilísticas seguidas em Portugal, as reservas constituídas ao abrigo da legislação aplicável não são distribuíveis aos accionistas podendo apenas, em determinadas circunstâncias, ser utilizadas em futuros aumentos do capital da Empresa.

Reserva legal: A legislação comercial estabelece que, pelo menos, 5% do resultado líquido

anual tem de ser destinado ao reforço da reserva legal até que esta represente pelo menos 20% do capital. Esta reserva não é distribuível a não ser em caso de liquidação da empresa, mas pode ser utilizada para absorver prejuízos depois de esgotadas as outras reservas, ou incorporada no capital.

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55. ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS Em 31 de Dezembro de 2004 e 2003, os saldos destas rubricas tinham a seguinte composição:

2004 2003Acréscimos de proveitos:

Outros acréscimos de proveitos 31.918 43.720

Custos diferidos:Seguros pagos antecipadamente 462.872 339.117 Outros custos diferidos 12.095 296.315

474.967 635.432 Acréscimos de custos:

Remunerações a liquidar 946.645 958.381 Benefícios de reforma (Nota 21) 396.495 633.440 Comissões a liquidar 1.826.683 864.314 Outros acréscimos de custos 416.973 918.838

3.586.796 3.374.973

Proveitos diferidos:Subsídios ao investimento 18.552 50.917

18.552 50.917

56. CAIXA E SEUS EQUIVALENTES Em 31 de Dezembro de 2004 e 2003, as rubricas de caixa e seus equivalentes tinham a

seguinte composição:

2004 2003

Numerário 15.023 24.266 Depósitos bancários 1.896.207 1.788.215 Depósitos a prazo 4.925.000 - Caixa e seus equivalentes 6.836.230 1.812.481

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57. ESTADO E OUTROS ENTES PUBLICOS Em 31 de Dezembro de 2004 e 2003 esta rubrica tinha a seguinte composição:

2004 2003Saldos devedores:

Imposto sobre o Rendimento 149.723 71.345Imposto sobre o Valor Acrescentado 644.636 2.235.379Restantes impostos - 7.854

794.359 2.314.578Saldos credores

Imposto sobre o Rendimento 112.003 13.336Imposto sobre o Valor Acrescentado 61.418 83.334Contribuições para a Segurança Social 157.628 1.155.706Restantes impostos 22 107.288

331.071 1.359.664

58. EMPRESAS DO GRUPO Em 31 de Dezembro de 2004 os saldos com empresas do Grupo e as transacções com essas

entidades no exercício findo naquela data foram como segue:

Clientes Outros Empresas Fornecedores Empresas conta corrente devedores do grupo conta corrente imobilizado conta corrente do grupo Total

CUF S.G.P.S. - - - - - - (8.000.000) (8.000.000) ADP - - - - - - - - Quimigal - - - - 208.837 (593.778) - (384.941) ATM - - - - - (300) - (300) AP - - - - - (834.986) - (834.986) M Dados - - - - - (50.151) - (50.151) Cuftrans - - - 7.482 - (78.601) - (71.119) CUF - Consultora de Serviços - - - - - (35.888) - (35.888) Quimitécnica Ambiente - - - - - (41.156) - (41.156) Quimitécnica.Com - - - - - (89.830) - (89.830)

- - - 7.482 208.837 (1.724.689) (8.000.000) (9.508.371)

Juros e Serviços Imobilizado Prestações Proveitos Vendas de proveitos

Compras obtidos em curso Vendas de serviços suplementares imobilizado similares Total

CUF S.G.P.S. - 280.000 - - - - - - 280.000 ADP - 1.272.846 - - - (44.804) - - 1.228.042 Quimigal 264.636 - - - - - - - 264.636 ATM - - 67.162 - - - - - 67.162 AP - 701.669 - - - - - - 701.669 M Dados - 72.773 31.795 - - - - - 104.568 Cuftrans 46.335 154.705 - - - - - - 201.040 CUF - Consultora de Serviços - 736.881 - - - - - - 736.881 Quimitécnica Ambiente - 132.454 6.099 - - - - - 138.553 Quimitécnica.Com 35.928 2.100 - - - - - - 38.028

346.899 3.353.428 105.056 - - (44.804) - - 3.760.579

Saldos

Transacções

Adiantamentos a fornecedores

O empréstimo de € 8.000.000 obtido do accionista CUF – Companhia União Fabril, SGPS, S.A., durante o exercício de 2003 (€ 5.000.000) e 2004 (€ 3.000.000) destinou-se a financiar as operações de reestruturação da subsidiária Fisipe Barcelona. Este empréstimo não tem prazo de reembolso definido nem vence juros e a Administração da Empresa entende que se trata de um empréstimo a vencer no curto prazo.

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59. CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS E DAS MATÉRIAS CONSUMIDAS O custo das mercadorias vendidas e matérias consumidas nos exercícios de 2004 e 2003, foi

determinado como segue:

2004 2003Existências iniciais 6.916.181 9.235.058 Compras 49.492.854 94.744.150 Regularização de existências (99.192) - Existências finais (5.001.166) (9.823.242)

51.308.677 94.155.966

60. VARIAÇÃO DA PRODUÇÃO A demonstração da variação da produção ocorrida nos exercícios findos em 31 de Dezembro

de 2004 e 2003 é como segue:

2003Produtos Produtos

acabados e e trabalhosintermédios em curso Total Total

Existências finais 8.518.863 105.422 8.624.285 13.881.033 Regularização de existências - - - 23.061 Existências iniciais 8.335.150 121.956 8.457.106 13.000.486 Aumento / (redução) no exercício 183.713 (16.534) 167.179 903.608

2004

61. MATÉRIAS AMBIENTAIS

Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2004, a Fisipe incorreu em custos de carácter ambiental no montante de € 129.056, os quais se encontram registados na rubrica de “Fornecimentos e serviços externos”, e se discriminam como segue: Operações de gestão de resíduos 123.479 Análises laboratoriais 5.577

129.056

Adicionalmente, em 31 de Dezembro de 2004 os investimentos de carácter ambiental efectuados pela Fisipe discriminavam-se como segue: Bacia de retenção de resíduos industriais 5.282 Alteraçâo do transporte pneumático CB 10.789 Reparação, maciços e exec de bacias retenção T SP 23.393 Alteração e reparação da ETARI 165.970 Aproveitamento torres refrigeração A a D / CB 77.252 Reparação de condutas de efluentes 40.277

322.963

Em 31 de Dezembro de 2004 o Grupo não registou qualquer passivo contingente de carácter ambiental por ser entendimento do Conselho de Administração que não existem obrigações que pudessem resultar em efeitos significativos nas demonstrações financeiras do Grupo àquela data.

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62. INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS Os segmentos geográficos identificados no exercício findo em 31 de Dezembro de 2004 foram

os seguintes: - Portugal - Hungria Os saldos em 31 de Dezembro de 2004 e as transacções ocorridas no período findo nesta data

inter-segmentos foram anulados no processo de consolidação. A principal informação relativa aos segmentos geográficos existentes em 31 de Dezembro de

2004 é a seguinte:

Saldos // transacçõs

Portugal Hungria Subtotal reciprocos Total

Proveitos:Vendas 88.062.090 - 88.062.090 (4.922.518) 83.139.572Prestações de serviços 1.516.554 91.883 1.608.437 (1.608.134) 303Outros proveitos operacionais 1.444.286 1.960 1.446.246 (772.174) 674.072

91.022.930 93.843 91.116.773 (7.302.826) 83.813.947

Custos operacionais (90.910.272) (218.807) (91.129.079) 7.300.536 (83.828.543)

Resultado operacional 112.658 (124.964) (12.306) (2.290) (14.596)

Resultados financeiros (4.016.006) (1.060) (4.017.066) 1.786.542 (2.230.524)Resultados extraordinários (17.261.979) - (17.261.979) - (17.261.979)

Resultado antes de impostos (21.165.327) (126.024) (21.291.351) 1.784.252 (19.507.099)

Impostos sobre o rendimento (446.277) - (446.277) - (446.277)

Resultado líquido (21.611.604) (126.024) (21.737.628) 1.784.252 (19.953.376)

Activos:Imobilizações corpóreas e incorpóreas 13.055.124 213.564 13.268.688 - 13.268.688Investimentos financeiros 224.168 - 224.168 (224.168) -Activo circulante 47.984.513 131.863 48.116.376 (8.689.529) 39.426.847

61.263.805 345.427 61.609.232 (8.913.697) 52.695.535Passivos:

Passivo de médio e longo prazo 6.850.994 - 6.850.994 - 6.850.994Provisões para riscos e encargos 6.655.955 - 6.655.955 (595.038) 6.655.955Passivo circulante 57.711.343 940.465 58.651.808 (8.689.529) 49.962.279

71.218.292 940.465 72.158.757 (9.284.567) 63.469.228

63. FISIPE BARCELONA Em 14 de Dezembro de 2004, com a alienação a terceiros das acções representativas do

capital social da Fisipe Barcelona, S.A. (“Fisipe Barcelona”) e da cedência dos créditos que a Fisipe detinha naquela sociedade, ficou concluído o processo de desvinculação da Empresa face à Fisipe Barcelona. A alienação das acções e a cedência destes créditos foi efectuada por um montante de € 1 e € 12.000.000, respectivamente (Notas 14 e 45).

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Atendendo a que a Fisipe havia anteriormente assumido algumas responsabilidades da Fisipe Barcelona, no montante de € 2.366.171, as quais não haviam ainda sido liquidadas até 31 de Dezembro de 2004, foi constituída uma provisão para as mesmas nas demonstrações financeiras anexas (Nota 46). Foi igualmente mantida em balanço uma provisão para riscos e encargos diversos no montante de € 4.200.000, correspondente à estimativa efectuada pelo Conselho de Administração da Fisipe, para fazer face a eventuais responsabilidades derivadas do processo de liquidação da ex-subsidiária Fisipe Barcelona (Nota 46).

Da alienação das acções representativas do capital social da Fisipe Barcelona, da cedência

dos créditos sobre aquela sociedade, da constituição de uma provisão para responsabilidades da Fisipe Barcelona, assumidas pela Empresa e ainda liquidadas em 31 de Dezembro de 2004 e da constituição de uma provisão para riscos e encargos diversos no montante de 4.200.000, foram reconhecidas perdas no montante de € 17.798.290, das quais € 14.331.115 foram reconhecidas no exercício de 2004, como segue:

Responsabilidades assumidas e ainda não liquidadasem 31 de Dezembro de 2004:

Aquisição do crédito à Repsol 1.621.648 Garantia prestada ao "Ministério da Ciência Y Tecnologia"

de Espanha 351.481 Garantia prestada à "Junta Superior Finances General"

da Catalunha 393.042 2.366.171

Outras responsabilidades 4.200.000

Subtotal (Nota 46) 6.566.171 Perdas reconhecidas na cedência de créditos, já liquidados

em 31 de Dezembro de 2004 11.232.119

17.798.290

Total de perdas reconhecidas no exercício de 2004 (Nota 45):Em "dívidas incobráveis" 11.232.119 Em reforço de provisões 3.098.996

14.331.115 Perdas reconhecidas em 2003 (Nota 46) 3.467.175

17.798.290

É apresentado abaixo uma breve cronologia dos principais acontecimentos relacionados com o

processo de desvinculação da Fisipe Barcelona: - Em finais de 2003 e face à situação financeira da Fisipe Barcelona, a Fisipe deliberou

proceder ao encerramento da actividade industrial desta subsidiária, tendo apresentado em 8 de Março de 2004, um pedido de suspensão de pagamentos, às autoridades espanholas competentes. Em 5 de Dezembro de 2003, foi igualmente apresentada às autoridades espanholas competentes um pedido de “Expediente de Regulación de Empleo” (“ERE”), no qual se propôs a extinção da totalidade dos postos de trabalho da Fisipe Barcelona. O pedido apresentado pela Fisipe Barcelona foi recusado pelas autoridades espanholas competentes em 6 de Abril de 2004, tendo a subsidiária apresentado recurso do mesmo em 6 de Maio de 2004.

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- Na sequência do desenlace negativo ocorrido nas negociações com os trabalhadores da Fisipe Barcelona, as quais entretanto continuaram, apesar da recusa do ERE, foi requerida a falência da empresa. Assim sendo, foi formalizada por escritura pública de 17 de Maio de 2004, a dissolução da Fisipe Barcelona, a abertura do período de liquidação da sociedade, a cessação de funções dos administradores e a nomeação dos liquidatários solidários.

- Subsequentemente e após a admissão do pedido de falência por parte do tribunal

competente foram nomeados por este mesmo tribunal, o comissário e o depositário da falência, tendo sido extinto o processo de suspensão de pagamentos requerido em 8 de Março de 2004 e tendo passado a Fisipe Barcelona a ser administrada judicialmente.

- Em Setembro de 2004, a Fisipe foi considerada, por sentença proferida pelo Tribunal do

Trabalho de Barcelona (Tribunal Social 22), como solidariamente responsável no pagamento das indemnizações por despedimento, que aquele Tribunal do Trabalho considerou sem justa causa, dos trabalhadores da Fisipe Barcelona.

- Em Novembro de 2004, foi celebrado um acordo judicial, no qual se definiu a cessão

imediata dos contratos de trabalho com os trabalhadores da Fisipe Barcelona, as condições de pagamento das indemnizações aos trabalhadores da Fisipe Barcelona, estabelecendo-se igualmente que o pagamento das indemnizações seria de exclusiva responsabilidade da Fisipe Barcelona, não decorrendo daí qualquer responsabilidade para a Fisipe.

- Em 14 de Dezembro de 2004, a Fisipe procedeu à alienação a terceiros das acções detidas

no capital social da Fisipe Barcelona e da cedência dos créditos que a Fisipe detinha naquela sociedade

O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

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RELATÓRIO DE AUDITORIA CONTAS CONSOLIDADAS

Introdução

1. Para os efeitos do artigo 245º do Código dos Valores Mobiliários, apresentamos o nosso Relatório de Auditoria sobre a informação financeira consolidada contida no Relatório de Gestão e as demonstrações financeiras consolidadas anexas do exercício findo em 31 de Dezembro de 2004 da Fisipe – Fibras Sintéticas de Portugal, S.A. (“Empresa”) e subsidiárias, as quais compreendem o Balanço consolidado em 31 de Dezembro de 2004, que evidencia um total de 52.695.535 Euros e capitais próprios negativos de 10.773.693 Euros, incluindo um resultado consolidado líquido negativo de 19.953.376 Euros, as Demonstrações consolidadas dos resultados por naturezas e por funções, a Demonstração consolidada dos fluxos de caixa do exercício findo naquela data e o correspondente Anexo.

Responsabilidades

2. É da responsabilidade do Conselho de Administração da Empresa: (i) a preparação de demonstrações financeiras consolidadas que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira do conjunto das empresas incluídas na consolidação, o resultado consolidado das suas operações e os seus fluxos consolidados de caixa; (ii) que a informação financeira histórica seja preparada de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites e que seja completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários; (iii) a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados e a manutenção de sistemas de controlo interno apropriados; (iv) a informação de qualquer facto relevante que tenha influenciado a actividade do conjunto das empresas incluídas na consolidação, a sua posição financeira ou os seus resultados.

3. A nossa responsabilidade consiste em examinar a informação financeira contida nos documentos de prestação de contas acima referidos, incluindo a verificação se, para os aspectos materialmente relevantes, é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários, competindo-nos emitir um relatório profissional e independente baseado no nosso exame.

Âmbito

4. O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e as Directrizes de Revisão / Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que este seja planeado e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras consolidadas estão isentas de distorções materialmente relevantes. Este exame incluiu a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e informações divulgadas nas demonstrações financeiras e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação. Este exame incluiu, igualmente, a verificação das operações de consolidação e de terem sido apropriadamente examinadas as demonstrações financeiras das empresas incluídas na consolidação, a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas, a sua aplicação uniforme e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias, a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade das operações, a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras consolidadas, e a apreciação, para os aspectos materialmente relevantes, se a informação financeira é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita. O nosso exame abrangeu ainda a verificação da concordância da informação financeira consolidada constante do Relatório de Gestão com os restantes documentos de prestação de contas consolidadas. Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião.

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Opinião

5. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras consolidadas referidas no parágrafo 1 acima, apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira consolidada da Fisipe – Fibras Sintéticas de Portugal, S.A. e suas subsidiárias em 31 de Dezembro de 2004, o resultado consolidado das suas operações e os seus fluxos consolidados de caixa no exercício findo naquela data, em conformidade com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal e a informação nelas constante é, nos termos das definições incluídas nas directrizes mencionadas no parágrafo 4 acima, completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita.

Ênfases

6. O nosso relatório de auditoria sobre as demonstrações financeiras consolidadas em 31 de Dezembro de 2003 incluía duas reservas sobre a impossibilidade de quantificar o montante líquido das responsabilidades da Empresa, naquela data, relacionadas com os processos decorrentes da decisão tomada naquele ano de encerramento da actividade industrial da Fisipe Barcelona S.A. (“Fisipe Barcelona”). Durante o ano de 2004, depois de entrar em suspensão de pagamentos foi requerida a falência da Fisipe Barcelona e em 14 de Dezembro de 2004 foi celebrado com terceiros um contrato através do qual a Empresa cedeu àqueles o capital social daquela sociedade, os créditos detidos sobre a mesma, algumas dívidas da Fisipe Barcelona para com terceiros e as posições da Empresa em processos judiciais em curso relacionados com a Fisipe Barcelona. Através deste contrato limitaram-se, em função dos valores nele estabelecidos, as perdas e as responsabilidades da Empresa relacionadas com a Fisipe Barcelona e como se indica nas Notas 45, 46 e 63 do Anexo foi registado na Demonstração de Resultados do exercício findo em 31 de Dezembro de 2004 uma perda de 14.331.115 Euros.

7. As demonstrações financeiras mencionadas no parágrafo 1 acima, foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações da Empresa, embora esta tenha apresentado nos últimos dois exercícios prejuízos significativos, gerados essencialmente pela Fisipe Barcelona, e em 31 de Dezembro de 2004 o seu balanço evidenciar capitais próprios e fundo de maneio negativos. Conforme referido nas Notas 51 e 58, parte do passivo da Empresa em 31 de Dezembro de 2004 é constituído por contas a pagar ao seu accionista maioritário CUF - Companhia União Fabril, SGPS, S.A. (“CUF”) e dívidas a instituições financeiras garantidas pela CUF. Adicionalmente, conforme referido na Nota 54 e no Relatório de Gestão foi já aprovado em Assembleia Geral de Accionistas um aumento de capital por entradas em dinheiro. Face ao exposto, entendemos que a continuidade das operações da Empresa, e consequentemente, o valor de realização dos seus activos e o montante de liquidação e classificação dos seus passivos dependem da concretização pelos accionistas do referido aumento de capital e do sucesso das operações da Empresa nos próximos exercícios.

Lisboa, 17 de Março de 2005 _________________________________________ DELOITTE & ASSOCIADOS, SROC S.A. Representada por António Marques Dias

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Evolução dos Dividendos Ilíquidos 2001 2002 2003 2004 Dividendos por Acção 0 0 0 0 Evolução dos Indicadores de Estrutura Económica 2001 2002 2003 2004(2) Resultado Líquido de Impostos (2 663) 1 597 (25 759) (19 953) Vendas Líquidas 169 195 168 858 161 988 83 140 Cash-Flow 4 200 7 094 (20 621) (20 319) Amortizações e Reintegrações do Exercício 6 863 5 901 6 578 4 469 Resultados Financeiros (3 768) (3 610) (2 955) (2 231) Despesas com Pessoal 25 859 24 943 23 808 8 708 VAB 28 956 32 975 24 256 19 211 Emprego (Nº médio de trabalhadores no final do ano) 661 609 544 262

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Produtividade do Trabalho VAB/Emprego 43 806 54 146 44 588 66 017 Encargo Médio por Trabalhador Despesas com Pessoal/Emprego 39 121 40 957 43 764 29 924 Despesas com Pessoal no VAB Despesas com Pessoal/VAB 0.89 0.76 0.98 0.45 Amortizações e Reintegrações no Cash-Flow Amort.+ Reinteg. do Exercício/Cash-Flow 1.63 0.83 (0.32) (0.22) Rendibilidade do Activo Resultado Líquido + Encargos Financeiros/Activo (5.48%) 1.63% (0.23%) (33.63%) Rendibilidade de Capitais Próprios(1) Resultado Líquido/Capitais Próprios (8.00%) 4.58% (280%) (185%)

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- (1) Valores referentes à FISIPE – Fibras Sintéticas de Portugal, SA com equivalência patrimonial.

(2) Em 2004 retirámos a FISIPE BARCELONA do perímetro de consolidação. Não existe qualquer comparabilidade com períodos anteriores.

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Evolução do Capital Social 2001 2002 2003 2004(3)

Capital Social 25 000 25 000 25 000 25 000 Evolução dos Indicadores de Estrutura Financeira 2001 2002 2003 2004 Imobilizado Líquido 44 534 44 842 41 019 13 269 Activo LíquidoTotal 117 382 123 230 100 206 52 695 Passivo CP 55 735 66 581 78 949 46 123 Passivo MLP 23 969 17 701 5 611 6 850 Passivo Total 84 105 88 356 91 026 63 649 Capital Próprio(4) 33 277 34 874 9 179 (10 774) Capitais Permanentes 57 246 52 574 17 499 2 733 Fundo de Maneio 12 712 7 732 (23 520) (14 743)

---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Cobertura do Activo Capital Próprio (4) /Activo 0.28 0.28 0.09 (0.20) Cobertura do Imobilizado Capital Próprio (4)/Imobilizado Líquido 0.75 0.78 0.22 (0.81) Cobertura do Imobilizado Capitais Permanentes (5)/Imobilizado Líquido 1.29 1.17 0.42 0.21 Capacidade de Endividamento Capital Próprio (4)/ Capitais Permanentes (5) 0.58 0.66 0.52 0.81 Autonomia Financeira Capital Próprio (4)/Passivo MLP 1.39 1.97 1.63 1.57 Solvabilidade Capital Próprio (4)/Passivo Total 0.40 0.39 0.10 0.17

---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- (3) Em 2004 retirámos a FISIPE BARCELONA do perímetro de consolidação. Não existe qualquer comparabilidade com períodos anteriores.

(4) Valores referentes à FISIPE – Fibras Sintéticas de Portugal, SA com equivalência patrimonial.

(5) Valores DE CAPITAIS PERMANENTES calculados considerando o capital próprio da FISIPE – Fibras Sintéticas de Portugal, SA com equivalência patrimonial.

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RELATÓRIO E CONTAS

2004

INDIVIDUAL

12ammoreira
2004
12ammoreira
12ammoreira
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RELATÓRIO DE GESTÃO DE 2004

De acordo com o preceituado na Lei e nos Estatutos da Empresa, vimos trazer à consideração de Vossas Excelências o Relatório, e a Proposta de Aplicação de Resultados referentes ao exercício de 2004. CONSIDERAÇÕES GERAIS O ano de 2004 é profundamente marcado pela operação de encerramento da nossa unidade de Barcelona. De facto os impactos económicos, tanto directos como indirectos, desta operação são de tal magnitude que justificam uma explicação detalhada. Em Dezembro de 2003, tal como foi oportunamente anunciado, a Fisipe tomou a decisão de não continuar a suportar financeiramente a operação de Barcelona, por manifesta inviabilidade perante os condicionalismos existentes. A materialização desta decisão deu-se através do requerimento de um ERE (Expediente de Regulacion de Empleo – Processo equivalente ao despedimento colectivo) que envolvia a totalidade do quadro de pessoal, que deu entrada nas instancias próprias em 5 de Dezembro de 2003. As razões apresentadas pela empresa prendiam-se com a falta de competitividade daquela unidade para fazer face ao declínio do mercado europeu de fibras, à crescente desvalorização do Dólar e ao aumento significativo dos preços dos produtos petrolíferos com incidência directa nos custos da nossa matéria prima principal. A reunião destas condições negativas aliada à desvantagem competitiva daquela unidade tanto em custos salariais como em custos energéticos levou, já em 2003 a uma descapitalização significativa da empresa. Durante o período de discussão do ERE, a Fisipe chegou a um pré-acordo com um grupo de empresários catalão para vender a unidade, evitando assim o encerramento definitivo daquela unidade. Este pré-acordo estava condicionado à aceitação, por parte dos trabalhadores, de uma redução salarial e ao apoio do Instituto Catalão de Finanças (Instituição Financeira dependente do Ministério da Economia da Generalitat da Catalunha) através da concessão de créditos brandos. Apesar de os trabalhadores aceitarem a redução salarial proposta, o acordo ficou sem efeito por o Instituto Catalão de Finanças recusar a concessão de créditos por considerar que o plano de viabilidade apresentado pelo grupo comprador não garantia a viabilidade da empresa.

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Perante este facto, a empresa não teve outra solução que não fosse continuar com o ERE e encerrar definitivamente. Em 8 de Março de 2004, perante a impossibilidade financeira de adquirir matéria prima e continuar a laborar, a Fisipe Barcelona requereu um processo de Suspension de Pagos (processo de protecção de credores), tendo vindo a descontinuar a actividade. Em 6 de Abril de 2004 as autoridades laborais (dependentes do Ministério de Indústria e Trabalho da Generalitat da Catalunha) recusaram o ERE por considerar que as razões apresentadas pela empresa eram conjunturais e não justificavam uma medida tão drástica, apesar da falência técnica da empresa. Esta recusa, no nosso entender desprovida de razão e de índole meramente politica, levou a que a Fisipe Barcelona mantivesse o vínculo laboral com os trabalhadores apesar de não poder desenvolver a sua actividade. Em 6 de Maio de 2004 a Fisipe Barcelona apresentou recurso contra esta decisão, a um nível superior dentro da mesma administração laboral. Em 21 de Maio de 2004 perante o agudizar da situação financeira, a Fisipe Barcelona requereu o processo de falência. Com a falência da empresa cessaram de funções os administradores da mesma e foram nomeados pelo tribunal administradores judiciais, com a função de liquidarem a empresa. Os administradores judiciais ratificaram o recurso do ERE da empresa, reiterando as razões apresentadas e pedindo a extinção imediata de todos os contratos de trabalho. Apesar de tudo isto, as autoridades laborais voltaram a recusar o ERE mantendo as mesmas razões. Em 16 de Julho de 2004 a Fisipe foi condenada, solidariamente com a Fisipe Barcelona, pelo tribunal social de Barcelona a pagar indemnizações aos trabalhadores de 45 dias por ano trabalhado. Esta condenação deveu-se ao facto de, depois de recusado o ERE pelas autoridades laborais, não ter voltado a pôr a fábrica a trabalhar. Perante o cenário que se afigurava catastrófico de manutenção dos contratos de trabalho por período indeterminado até à resolução do recurso (mínimo estimado de dez meses), com o constante vencimento de salários e delapidação total do património da empresa, a Administração judicial decidiu chegar a acordo judicial com os trabalhadores, aceitando as indemnizações da sentença (cerca de 32 Milhões de Euros) e prorrogando o prazo de pagamento destas indemnizações por um ano. A Fisipe aceitou fazer parte deste acordo, e desistir do recurso, com a condição de lhe ser retirada a solidariedade. Este acordo foi assinado em 26 de Novembro de 2004.

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Perante este novo cenário, de desvinculação laboral dos trabalhadores, foi possível começar a negociar a venda de créditos que detínhamos sobre Barcelona. A venda desses créditos bem como das acções que detínhamos sobre a Fisipe Barcelona foi concretizada em 14 de Dezembro de 2004, pelo montante de 12 Milhões de Euros. Os créditos que detínhamos sobre Barcelona haviam sido totalmente provisionados no primeiro semestre. Este foi, claramente o facto mais marcante do exercício para a Fisipe. Do ponto vista global do negócio mundial de fibras acrílicas, o ano foi bastante razoável. Na realidade, depois da recessão económica cujo expoente máximo foi alcançado em 2003, o ano de 2004 pareceu evidenciar alguns sinais de retoma. A nível interno as mais recentes previsões da OCDE para Portugal indiciam um clima de recuperação progressiva sustentada no crescimento das exportações. Por outro lado o PIB irá evoluir positivamente ao contrário do ocorrido de 2002 para 2003 em que caiu para valores negativos, esperando-se que atinja em 2004 os 0,8 pontos percentuais. A inflação deverá estar próxima dos 2,2 % o que representa uma desaceleração em relação a 2003, facto positivo se considerarmos que a procura interna deverá subir significativamente. Na zona euro a evolução foi igualmente positiva, prevendo-se que a taxa de crescimento da actividade económica seja de 2,1 %. Estes efeitos positivos não chegaram contudo à indústria têxtil Europeia a braços com uma grave crise estrutural, para o que contribuíram decisivamente, por um lado a desvalorização ocorrida no dólar/euro que afectou dramaticamente as suas exportações e, por outro lado a concorrência extremamente agressiva dos produtores asiáticos. Por outro lado, a retoma de que acima falámos parece agora posta em causa face à recente crise petrolífera. Apesar desta conjuntura desfavorável os nossos resultados operacionais foram positivos. Fomos no entanto prejudicados pelo elevado nível de encargos financeiros resultante do excessivo endividamento bancário proveniente da operação Fisipe Barcelona e também pelas provisões constituídas no âmbito deste processo. Em Dezembro concretizámos a venda da Fisipe Barcelona e de todos os nossos créditos sobre aquela associada a um grupo de investidores Espanhóis, no montante de € 12 000 000. Os resultados consolidados já positivamente influenciados por esta operação de venda foram negativos no montante de € 19 953 376.

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ACTIVIDADE COMERCIAL O ano de 2004, confirmou ainda mais a tendência verificada no decorrer de 2003 em que o consumo, no mercado Europeu, continuou em queda acentuada, tendo sido necessário compensar a redução da procura na zona euro com vendas em mercados de menores margens. O comportamento do Dólar também foi desfavorável afectando o nível dos preços de venda praticados. No entanto, a forte procura verificada nos mercados fora da Europa permitiu a geração de margens razoáveis. A crise petrolífera propiciou um aumento dos preços da nossa matéria prima principal, o acrilonitrilo. No entanto até finais de Outubro conseguimos repercutir no preço de venda os aumentos registados no custos do acrilonitrilo, situação que se inverteu nos dois meses seguintes em que não foi possível acompanhar a tendência altista desta derivado do petróleo. Apesar de todos estes constrangimentos as nossas margens foram bastante razoáveis. Em termos de mercados, continuamos a crescer no mercado Chinês, permanecemos fortes nos mercados Marroquino, Turco e Brasileiro e garantimos importantes níveis de procura nos restantes mercados, nomeadamente o da África Austral e também do Egipto. Apesar do revés sofrido com o encerramento de Barcelona no que diz respeito à produção de cores demos já início à sua fabricação aqui no Lavradio e temos tido uma procura razoável particularmente a nível de mercado Espanhol o qual ficou sem produtor local oferecendo-nos um espaço que gradualmente esperamos vir a ocupar. Nos próximos anos pensamos vir a aumentar significativamente as vendas deste produto de maior valor acrescentado. ACTIVIDADE INDUSTRIAL Tivemos uma paragem aproximadamente de 8 dias entre Julho e Agosto, motivada pela necessidade de paragem da unidade da EDP. A produção no Lavradio aumentou em cerca de 3,3% em relação a 2003. Em termos de produção, e não contando com a paragem de Agosto, não estivemos a laborar a plena capacidade, principalmente no final do ano por motivos de dificuldades no abastecimento de matéria prima. Caso não tivéssemos tido estes problemas no final do ano, o aumento da produção da nossa unidade teria sido bastante superior reflectindo um significativo aumento de produtividade.

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Em termos de fibras especiais incrementámos significativamente a produção de fibra “gel dyed”, dentro de um projecto que nos permitirá aumentar a proporção das nossas vendas em produtos de maior valor acrescentado. A nível de investimentos demos seguimento à nossa política de investimentos destinados ao aumento de produtividade dos equipamentos existentes. INVESTIGAÇÃO E DESENVOLVIMENTO Durante o ano de 2004 o principal investimento, e certamente de maior retorno, nesta área de investigação e desenvolvimento foi o da fibra “gel dyed”. Ao nível das fibras de aplicação técnica é de salientar o esforço que temos vindo a desenvolver para podermos continuar o negócio de fibras para aplicações rodoviárias. Pensamos estar operacionais nesta área durante o ano de 2005. RECURSOS HUMANOS Prosseguimos com a nossa política de rejuvenescimento e requalificação do nosso efectivo. A Média etária em 2004 situava-se nos 42,05 anos contra os 43,32 anos e 44,58 anos, de média etária respectivamente em 2003 e 2002. Em relação ao número de efectivos tivemos uma redução líquida de 14 pessoas, correspondente a 21 entradas e 35 saídas. Em termos salariais, procedemos a uma actualização dos vencimentos de 2,5%. Durante o ano de 2004, apesar do aumento da sinistralidade na empresa, o número de dias de baixa por acidente de trabalho diminuiu em mais de 50% em relação ao ano anterior pois a natureza destes acidentes foi menos gravosa. QUALIDADE, AMBIENTE E SEGURANÇA Durante o ano de 2004 foi levada a cabo a auditoria de acompanhamento para manutenção da certificação e trabalhou-se na consolidação dos subsistemas de Gestão da Qualidade, do Ambiente e da Segurança. EMPRESAS PARTICIPADAS A Munditêxtil continuou a sua actividade de comercialização do fio open-end produzido no Lavradio.

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Face à enorme retracção da procura a nível do mercado Italiano a Munditêxtil foi forçada a reduzir drasticamente a sua produção. A conjuntura levou também a uma redução significativa das margens. As vendas da Munditêxtil reduziram 21 % em quantidade e 30 % em valor em relação a igual período de 2003. Os resultados da Munditêxtil foram negativos no montante de € 1 658 228. A conjuntura económica também prejudicou a Fisipe Hungria. Continuamos no entanto a acreditar na importância estratégica daquela unidade, nomeadamente quando da abertura total à U.E. Os resultados da Fisipe Hungria foram negativos no montante de € 126 024. ÁREA ECONÓMICA E FINANCEIRA No exercício findo em 31 de Dezembro de 2004 deveremos destacar a performance da Fisipe em termos operacionais, com resultados positivos na ordem dos 1,2 milhões de Euros. Foi mais um ano em que fomos prejudicados pela peso dos encargos financeiros resultantes da herança de uma parte da dívida pertencente à Fisipe Barcelona e também pela constituição de provisões destinadas a cobrir o encerramento daquela unidade. Expurgando a nossa demonstração de resultados destes efeitos os resultados situar-se-iam num plano bastante aceitável. A venda da Fisipe Barcelona permitiu-nos anular uma significativa parte das provisões. Dos 12 milhões de euros recebidos, levámos a proveitos do exercício cerca de 7,8 milhões pela anulação de provisões e mantivemos 4,2 milhões em provisões para outros riscos e encargos para cobertura de eventuais contingências que ainda possam surgir relacionadas com este processo. Em termos de endividamento aumentámos o nosso passivo bancário em cerca de 15 % como corolário da assumpção de uma parte da dívida bancária de Barcelona conforme já referido. O detalhe da dívida já foi evidenciado nas contas semestrais e está descrito nos anexos ao presente relatório. Face à impossibilidade de recuperação económica foram anulados uma parcela dos impostos diferidos referentes ao reporte fiscal de 1999 cujo prazo de utilização termina em 2005. A Sociedade está neste momento a preparar a transição para as normas internacionais de contabilidade, tendo efectuado já algumas acções de formação.

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GOVERNO DAS SOCIEDADES COTADAS Ao abrigo do regulamento da CMVM nº 07/2001 com as alterações introduzidas pelo regulamento nº 11/2003, sobre o Governo das Sociedades Cotadas, foi elaborado um anexo ao presente relatório que dá conta do cumprimento das recomendações sobre esta matéria. PERSPECTIVAS DE EVOLUÇÃO Do ponto de vista global, existe alguma preocupação com o nível de preços e previsível evolução da nossa matéria prima principal. O primeiro trimestre do ano será afectado por margens muito esmagadas devido também à habitual sazonalidade da procura de fibra acrílica. Da evolução durante o segundo e terceiro trimestre de 2005 dependerá em grande escala a performance dos produtores de Fibra Acrílica. Uma vez terminado o processo de Barcelona e apesar das perspectivas macro económicas para os próximos anos não serem muito positivas, como corolário da súbita subida do preço do barril de petróleo, verificamos que existem várias razões para a Fisipe poder encarar o seu futuro com alguma dose de optimismo. O ano de 2004 foi marcado pelo desaparecimento da Fisipe Barcelona, o qual apesar de ter tido um forte impacto negativo nos nossos resultados, veio permitir uma redução da capacidade instalada situação que com o fecho de outras unidades produtores, já ocorrido em 2005 oferece novas oportunidades, cuja exploração já iniciámos nomeadamente nas vendas das fibras “gel-dyed”no mercado Espanhol, as quais eram inicialmente produzidas em Barcelona e agora fabricadas no Lavradio. Por outro lado o aumento de capital cuja concretização está prevista para o primeiro semestre, permitirá dotar a empresa de todos os meios necessários para prosseguimento da sua actividade com uma estrutura financeira mais equilibrada e portanto livre do excessivo peso dos encargos financeiros os quais em 2004 foram responsáveis pela deterioração das margens operacionais. O nosso Cash Flow continua bastante positivo e sem o impacto excessivo dos encargos financeiros poderemos libertar mais meios para investimento produtivo sem necessidade de recorrermos a mais endividamento. A nível comercial continuamos a aumentar as vendas das fibras especiais, nomeadamente a fibra de cor, cujas margens são bastante atractivas superando largamente as margens das fibras básicas. De acordo com o estabelecido no nosso plano estratégico para os próximos três anos esperamos ter, no final deste período, uma significativa capacidade produtiva deste tipo de fibras. Depositamos uma forte esperança no lançamento das fibras técnicas cuja tecnologia já dominamos mas cujos circuitos comerciais constituem ainda um obstáculo a superar.

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PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS Propomos que os resultados apurados, negativos, no montante de 19’953’376 €, sejam transferidos para resultados transitados. COBERTURA DE PERDAS Existindo em 31/12/2004 uma situação de capitais próprios negativos, a empresa propôs à Assembleia Geral a tomada de medidas concretas por forma a dimensionar o montante dos capitais próprios ao abrigo do previsto no Artº 35 do código das sociedades comerciais. As medidas consistem num aumento de capital a realizar até final de Abril de 2005 na modalidade de operação harmónio cujos detalhes já foram objecto de divulgação pública. AGRADECIMENTOS Em Dezembro de 2004, o Sr. Kenichi Mori, pediu a renúncia ao cargo de vogal do Conselho de Administração. O Conselho de Administração quer expressar os seus agradecimentos ao Sr. Kenichi Mori. Aos nossos agentes, fornecedores e às instituições financeiras agradecemos a importante colaboração que sempre nos dispensaram. Ao Conselho Fiscal agradecemos a sempre pronta e valiosa colaboração prestada ao longo do exercício. Finalmente, assinalamos com inteiro agrado o entusiasmo, esforço e dedicação dos colaboradores da Empresa, pelo que aqui lhes manifestamos o nosso agradecimento. Lavradio, 17 de Março de 2005 O Conselho de Administração João Maria Guimarães José de Mello Gonçalo Maria Guimarães José de Mello Armindo Batista da Silva Miguel Maria Pereira Vilardebó Loureiro Jaime Olivella Domingo Celestino Vieira de Freitas Takanori Mikuni

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FISIPE - FIBRAS SINTÉTICAS DE PORTUGAL, S.A.

BALANÇOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 E 2003

(Montantes expressos em Euros)

Dez-04 Dez-03Activo Amortizações Activo Activo

Activo Notas bruto e provisões líquido líquido Capital próprio e passivo Notas Dez-04 Dez-03

IMOBILIZADO: CAPITAL PRÓPRIO:Imobilizações incorpóreas: Capital 36 e 40 25.000.000 25.000.000

Despesas de instalação 8 e 10 451.770 (313.221) 138.549 269.960 Ajustamentos de partes de capital em empresas associada 40 (73.084) (73.084)Despesas de investigação e de desenvolvimento 8 e 10 1.388.461 (739.362) 649.099 782.271 Reservas de reavaliação 40 10.343.182 10.343.182 Trespasses 9 e 10 - - - - Reserva legal 40 1.220.612 1.220.612 Imobilizações em curso 8 e 10 - - 926.738 Outras reservas 40 4.192.311 4.192.311

1.840.231 (1.052.583) 787.648 1.978.969 Resultados transitados 40 (31.503.338) (5.743.525)Imobilizações corpóreas: Resultado líquido do exercício 40 (19.953.376) (25.759.813)

Edifícios e outras construções 10 29.679.653 (25.638.263) 4.041.390 5.138.940 Total do capital próprio (10.773.693) 9.179.683 Equipamento básico 10 81.451.808 (75.590.241) 5.861.567 7.202.099 Equipamento de transporte 10 811.644 (767.757) 43.887 65.311 PROVISÕES PARA RISCOS E ENCARGOS:Ferramentas e utensílios 10 3.760.633 (3.383.149) 377.484 575.284 Outras provisões para riscos e encargos 34 7.250.992 4.143.575 Equipamento administrativo 10 2.361.148 (2.222.288) 138.860 154.364 Taras e vasilhame 10 307.780 (307.780) - 133 DÍVIDAS A TERCEIROS - Médio e longo prazo:Outras imobilizações corpóreas 10 766.562 (766.562) - - Empréstimos por obrigações 48 1.400.000 5.400.000 Imobilizações em curso 10 e 14 1.388.878 - 1.388.878 548.037 Dívidas a instituições de crédito 48 5.450.994 211.129 Adiantamentos por conta de imobilizações corpóreas 10 208.837 - 208.837 208.837 6.850.994 5.611.129

120.736.943 (108.676.040) 12.060.903 13.893.005 DÍVIDAS A TERCEIROS - Curto prazo:Investimentos financeiros: Empréstimos por obrigações 48 2.920.000 1.840.000

Partes de capital em empresas do grupo 10 e 16 224.169 - 224.169 - Dívidas a instituições de crédito 48 16.076.332 15.034.727 Partes de capital em empresas associadas - - - - Fornecedores, conta corrente 17.004.484 16.137.982 Títulos e outras aplicações financeiras 10 e 34 107.988 (107.988) - - Fornecedores - facturas em recepção e conferência 291.939 204.627

332.157 (107.988) 224.169 - Empresas do grupo 16 8.000.000 5.000.000 CIRCULANTE: Accionistas 4.994 4.994

Existências: Adiantamentos de clientes 43.226 24.695 Matérias - primas, subsidiárias e de consumo 34 e 41 4.265.850 (194.710) 4.071.140 5.597.568 Fornecedores de imobilizado, conta corrente 714.702 225.417 Subprodutos , desperdícios, resíduos e refugos 42 85.000 - 85.000 110.112 Estado e outros entes públicos 49 269.433 355.812 Produtos acabados e intermédios 42 5.372.625 - 5.372.625 4.459.380 Outros credores 145.008 338.627 Mercadorias 41 3.639 - 3.639 44.929 45.470.118 39.166.881

9.727.114 (194.710) 9.532.404 10.211.989 ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS:Dívidas de terceiros - Curto prazo: Acréscimos de custos 50 2.921.401 3.076.415

Clientes, conta corrente 17.327.355 - 17.327.355 22.850.930 Proveitos diferidos 50 18.552 50.917 Clientes - títulos a receber - - - - Passivos para impostos diferidos 6 233.205 329.936 Clientes de cobrança duvidosa 23 e 34 2.713.104 (2.547.745) 165.359 43.751 3.173.158 3.457.268 Empresas do grupo 16 2.837.729 - 2.837.729 8.518.934 Adiantamentos a fornecedores 161.720 - 161.720 93.712 Estado e outros entes públicos 49 222.984 - 222.984 54.510 Outros devedores 871.952 - 871.952 1.478.398

24.134.844 (2.547.745) 21.587.099 33.040.235 Títulos negociávies:

Outras aplicações de tesouraria 51 4.925.000 - 4.925.000 - 4.925.000 - 4.925.000 -

Depósitos bancários e caixa:Depósitos bancários 51 1.671.645 - 1.671.645 547.385 Caixa 51 11.399 - 11.399 9.049

1.683.044 - 1.683.044 556.434 ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS:

Acréscimos de proveitos 50 464 - 464 12.873 Custos diferidos 50 467.522 - 467.522 635.432 Activos para impostos diferidos 6 703.316 703.316 1.229.599

1.171.302 - 1.171.302 1.877.904 Total de amortizações (109.728.623) Total de provisões (2.850.443) Total do activo 164.550.635 (112.579.066) 51.971.569 61.558.536 Total do capital próprio e do passivo 51.971.569 61.558.536

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

O anexo faz parte integrante do balanço em 31 de Dezembro de 2004.

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FISIPE - FIBRAS SINTÉTICAS DE PORTUGAL, S.A.

DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS POR NATUREZAS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 E 2003

(Montantes expressos em Euros)

CUSTOS E PERDAS Notas 2004 2003 PROVEITOS E GANHOS Notas 2004 2003

Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumida 41 50.292.712 44.228.592 Vendas de mercadorias e produtos 44 77.494.849 69.469.134 Prestações de serviços 44 1.516.554 79.011.403 1.988.840 71.457.974

Fornecimentos e serviços externos 15.814.787 13.686.801Custos com o pessoal: Variação da produção 42 888.133 211.400

Remunerações 6.456.212 6.682.682 Trabalhos para a própria empresa 55.397 364.826 Encargos sociais: Proveitos suplementares 844.772 1.362.771

Pensões 31 31.122 281.616 (B) 80.799.705 73.396.971 Outros 2.125.452 8.612.786 2.194.213 9.158.511

Juros e proveitos similares - Outros 45 3.594.268 3.594.268 4.353.366 4.353.366 Amortizações do imobilizado corpóreo e incorpóreo 10 4.343.622 4.396.187 (D) 84.393.973 77.750.337 Provisões 34 137.171 4.480.793 394.333 4.790.520

Proveitos e ganhos extraordinários 46 58.022 437.296 Impostos 294.966 157.346Outros custos e perdas operacionais 42.495 337.461 36.116 193.462

(A) 79.538.539 72.057.886

Perdas em empresas do grupo 45 1.784.252 24.944.048Juros e custos similares - Outros 45 5.783.622 7.567.874 5.583.501 30.527.549

(C) 87.106.413 102.585.435

Custos e perdas extraordinários 46 16.852.681 1.102.140(E) 103.959.094 103.687.575

Impostos sobre o rendimento do exercício 6 e 49 446.277 259.871 (G) 104.405.371 103.947.446

Resultado líquido do exercício (19.953.376) (25.759.813)84.451.995 78.187.633 (F) 84.451.995 78.187.633

Resultados operacionais: (B) - (A) 1.261.166 1.339.085 Resultados financeiros (D-B) - (C-A) (3.973.606) (26.174.183)Resultados correntes: (D) - (C) (2.712.440) (24.835.098)Resultados antes de impostos: (F) - (E) (19.507.099) (25.499.942)Resultado líquido do exercício: (F) - (G) (19.953.376) (25.759.813)

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

O anexo faz parte integrante da demonstração de resultados por naturezas do exercício findo em 31 de Dezembro de 2004

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DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 e 2003

(Montantes expressos em Euros)

Notas 2004 2003ACTIVIDADES OPERACIONAIS:

Recebimentos de clientes 82.667.301 71.941.660Pagamentos a fornecedores (67.629.654) (59.192.625)Pagamentos ao pessoal (7.920.363) (8.820.483) Fluxos gerados pelas operações 7.117.284 3.928.552

Pagamento/recebimento do imposto sobre o rendimento (147.580) (11.287)Outros recebimentos/pagamentos relativos à actividade operaciona (1.872.856) (3.926.261) Fluxos gerados antes das rubricas extraordinárias (2.020.436) (3.937.548)

Recebimentos relacionados com rubricas extraordinárias - 186Pagamentos relacionados com rubricas extraordinárias (22) -

(22) 186 Fluxos das actividades operacionais (1) 5.096.825 (8.810)

ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO:

Recebimentos provenientes de:Investimentos financeiros 12.000.000 -Empréstimos concedidos - -

12.000.000 -Pagamentos respeitantes a:Aplicações financeiras - -Empréstimos concedidos (14.105.331) -Imobilizações corpóreas e incorpóreas (2.023.507) (1.358.315) Fluxos das actividades de investimento (2) (4.128.838) (1.358.315)

ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO:

Recebimentos respeitantes a:Empréstimos obtidos 17.568.720 13.705.826Juros e proveitos similares 2.681.220 2.745.404

20.249.940 16.451.230

Pagamentos respeitantes a:Empréstimos obtidos (11.181.375) (11.408.690)Juros e custos similares (3.984.942) (3.363.827)Dividendos - (223)

(15.166.317) (14.772.740) Fluxos das actividades de financiamento (3) 5.083.623 1.678.490

Variação de caixa e seus equivalentes (4) = (1) + (2) + (3) 6.051.610 311.365Efeito das diferenças de câmbioCaixa e seus equivalentes no início do período 51 556.434 245.069Caixa e seus equivalentes no fim do período 51 6.608.044 556.434

As notas anexas fazem parte integrante da demonstração dos fluxosde caixa para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2004

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Notas 2004 2003

Vendas e prestações de serviços 44 79.011.403 71.457.974 Custo das vendas e das prestações de serviços 42 (65.014.435) (60.319.343)Resultados brutos 13.996.968 11.138.631

Outros proveitos e ganhos operacionais 958.191 1.727.596 Custos de distribuição (5.721.345) (5.201.130)Custos administrativos (8.815.828) (6.132.550)Outros custos e perdas operacionais (1.620.364) (858.307)Resultados operacionais (1.202.378) 674.240

Custo líquido de financiamento (2.189.354) (1.230.134)Ganhos / (perdas) em associadas (1.784.252) (24.944.048)Resultados não usuais ou não frequentes (14.331.115) - Resultados correntes (19.507.099) (25.499.942)

Impostos sobre o rendimento do exercício (446.277) (259.871)

Resultado líquido do exercício (19.953.376) (25.759.813)

Resultado por acção (3,99) (5,15)

para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2004.

FISIPE - FIBRAS SINTÉTICAS DE PORTUGAL, S.A.

(Montantes expressos em Euros)

O anexo faz parte integrante da demonstração dos resultados por funções

DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS POR FUNÇÕES EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 E 2003

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FISIPE – FIBRAS SINTÉTICAS DE PORTUGAL, S.A.

ANEXO ÀS DEMONTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004

(Montantes expressos em Euros - €) INTRODUÇÃO A FISIPE - Fibras Sintéticas de Portugal, S.A. (“Empresa”), tem sede no Lavradio, foi constituída em 7 de Setembro de 1973 e tem como actividade principal a produção e comercialização de fibras acrílicas. A Empresa resultou da associação da CUF – Companhia União Fabril com a Mitsubishi Rayon Co. e a Mitsubishi Corporation, aliando a experiência industrial e têxtil portuguesa com o know-how de produção de fibras sintéticas e a experiência internacional dos parceiros japoneses. O Sistema de Garantia de Qualidade está certificado, segundo a norma ISO 9002, desde 1994. Em 1987 as acções da Fisipe foram admitidas à cotação no mercado oficial das Bolsas de Valores de Lisboa e Porto. As notas que se seguem respeitam a numeração sequencial definida no Plano Oficial de Contabilidade. As notas cuja numeração se encontra ausente deste anexo não são aplicáveis à Empresa ou a sua apresentação não é relevante para a leitura das demonstrações financeiras anexas. 3. BASES DE APRESENTAÇÃO E PRINCIPAIS CRITÉRIOS VALORIMÉTRICOS

As demonstrações financeiras anexas foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações e a partir dos livros e registos contabilísticos da Empresa, mantidos de acordo com princípios de contabilidade geralmente aceites em Portugal. Estas demonstrações financeiras reflectem apenas as contas individuais da Fisipe. A Empresa preparou também contas consolidadas, as quais reflectem em 31 de Dezembro de 2004, relativamente às contas individuais, as seguintes diferenças: Aumento Total do activo líquido 723.966 Total do passivo 723.966 Capital próprio - Resultado do exercício - Proveitos totais 3.049.616 Os principais critérios valorimétricos utilizados na preparação das demonstrações financeiras foram os seguintes: a) Imobilizações incorpóreas

As imobilizações incorpóreas encontram-se registadas ao custo de aquisição e são amortizadas pelo método das quotas constantes durante um período de três a cinco anos.

b) Imobilizações corpóreas

As imobilizações corpóreas adquiridas até 31 de Dezembro de 1998 encontram-se registadas ao custo de aquisição, reavaliado de acordo com as disposições legais (Nota 12), com base em coeficientes oficiais de desvalorização monetária. As imobilizações corpóreas adquiridas após aquela data encontram-se registadas ao custo de aquisição.

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As amortizações são efectuadas pelo método das quotas constantes, a partir do ano de entrada em funcionamento dos bens de acordo com vidas úteis estimadas dentro dos seguintes períodos:

Anos Edifícios e outras construções 20 - 50 Equipamento básico 5 - 20 Equipamento de transporte 4 - 12 Ferramentas e utensílios 4 - 10 Equipamento administrativo 4 - 20 Outras imobilizações corpóreas 3 -14

Os encargos com reparações e manutenção de natureza corrente são registados na demonstração de resultados do exercício em que são incorridos.

As reparações que aumentam a utilidade económica dos activos imobilizados são registadas como imobilizações corpóreas e amortizadas durante a vida útil remanescente dos mesmos.

c) Investimentos financeiros

Os investimentos financeiros em empresas do grupo são registados pelo método de equivalência patrimonial, sendo as participações inicialmente contabilizadas pelo custo de aquisição, o qual é acrescido ou reduzido da diferença para o valor proporcional à participação nos capitais próprios dessas empresas, reportado à data de aquisição ou da primeira aplicação do método da equivalência patrimonial.

As diferenças entre o custo de aquisição dos investimentos em empresas filiais e associadas e o valor proporcional à participação da Empresa nos capitais próprios dessas filiais e associadas à data de aquisição, são registadas no imobilizado incorpóreo na rubrica de trespasses se positivas e na rubrica de proveitos diferidos se negativas e são amortizadas no período estimado de recuperação dos investimentos.

De acordo com o método da equivalência patrimonial as participações financeiras são ajustadas pelo valor correspondente à participação nos resultados líquidos das empresas do grupo e associadas por contrapartida de ganhos ou perdas do exercício (Nota 45).

Os investimentos financeiros representativos de partes de capital noutras empresas (investimentos inferiores a 20%) encontram-se registados ao custo de aquisição. As perdas estimadas na realização das participações financeiras, encontram-se registadas na rubrica provisões para investimentos financeiros (Nota 34).

d) Existências

As mercadorias e as matérias-primas, subsidiárias e de consumo encontram-se valorizadas ao custo médio de aquisição. Os produtos acabados e intermédios e os produtos e trabalhos em curso encontram-se valorizados ao custo de produção, que inclui o custo médio de aquisição das matérias-primas incorporadas, mão-de-obra e gastos gerais de fabrico.

Foi constituída uma provisão para depreciação de existências pela diferença entre o valor de custo de aquisição ou de produção e o respectivo valor de realização das existências no caso de este ser inferior ao custo.

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e) Especialização de exercícios

A Empresa regista as suas receitas e despesas de acordo com o princípio da especialização de exercícios pelo qual as receitas e despesas são reconhecidas à medida em que são geradas, independentemente do momento em que são recebidas ou pagas. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e as correspondentes receitas e despesas geradas são registadas nas rubricas de acréscimos e diferimentos (Nota 50).

f) Complementos de pensões

Conforme mencionado na Nota 31, a Empresa assumiu o compromisso de conceder aos seus empregados prestações pecuniárias a título de complementos de pensões de reforma. Para cobrir essa responsabilidade a Empresa constituiu um fundo autónomo cuja gestão está confiada a uma Sociedade Gestora de Fundos de Pensões.

No registo contabilístico das pensões, a Empresa segue os critérios definidos na Directriz Contabilística nº 19, aprovada pelo Conselho Geral da Comissão de Normalização Contabilística em 21 de Maio de 1997, que estabelece que os custos com pensões devem ser reconhecidos à medida que os serviços são prestados pelos empregados beneficiários.

Assim, no final de cada período contabilístico, a Empresa obtém estudos actuariais de acordo com métodos e pressupostos actuariais aceites internacionalmente, no sentido de conhecer o valor das suas responsabilidades a essa data e o custo com pensões a registar nesse período contabilístico. As responsabilidades e custos assim estimados são comparados com os registos entretanto efectuados pela Empresa e com os valores de mercado do fundo de pensões, de forma a determinar o montante das diferenças a registar e da eventual contribuição adicional a efectuar para o fundo.

g) Subsídios atribuídos para financiamento de imobilizações corpóreas e incorpóreas

Os subsídios atribuídos à Empresa, a fundo perdido, para financiamento de imobilizações corpóreas e incorpóreas são registados, como proveitos diferidos, na rubrica de acréscimos e diferimentos (Nota 50), e reconhecidos na demonstração de resultados, na rubrica de proveitos extraordinários, proporcionalmente às amortizações das imobilizações subsidiadas.

h) Saldos e transacções expressos em moeda estrangeira

Todos os activos e passivos expressos em moeda estrangeira foram convertidos para Euros utilizando-se as taxas de câmbio vigentes nas datas dos balanços.

As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data das transacções e as vigentes na data das cobranças, pagamentos ou à data do balanço, foram registadas como proveitos e custos na demonstração de resultados do exercício.

i) Imposto sobre o rendimento O imposto do exercício sobre o rendimento é calculado com base nos resultados tributáveis

da Empresa de acordo com as regras fiscais em vigor e considera a tributação diferida. Os impostos diferidos são calculados com base no método da responsabilidade de balanço e

referem-se às diferenças temporárias entre os montantes dos activos e passivos para efeitos de reporte contabilístico e os seus respectivos montantes para efeitos de tributação.

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Os activos e passivos por impostos diferidos são calculados e anualmente avaliados utilizando as taxas de tributação que se espera estarem em vigor à data da reversão das diferenças temporárias, com base nas taxas de tributação (e legislação fiscal) que esteja formal ou substancialmente emitida à data do balanço.

Eventuais activos por impostos diferidos são registados unicamente quando existem

expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para os utilizar. Na data de cada balanço é efectuada uma reapreciação das diferenças temporárias subjacentes aos activos por impostos diferidos no sentido de reconhecer activos por impostos diferidos não registados anteriormente por não terem preenchido as condições para o seu registo e/ou para reduzir o montante dos activos por impostos diferidos registados em função da expectativa actual da sua recuperação futura.

4. COTAÇÕES UTILIZADAS PARA CONVERSÃO EM EUROS

Foram utilizadas as seguintes taxas de câmbio para converter para Euros os activos e passivos expressos em moeda estrangeira:

2004 2003Activos:

Dólar Americano 0,736 0,790Libra Inglesa 1,416 1,416Franco Suíço 0,649 0,641

Passivos:

Dólar Americano 0,733 0,793Libra Inglesa 1,416 1,422Franco Suíço 0,647 0,643

6. IMPOSTOS A Empresa é tributada através do regime especial de tributação de grupos de sociedades,

constituído pelas empresas com sede em Portugal em que detém participação igual ou superior a 90%, sendo o eventual aumento/ redução de imposto resultante da diferença entre o somatório das estimativas individuais e a aplicação do regime de tributação citado, relevado nas contas da Fisipe.

De acordo com a legislação em vigor, os ganhos e perdas em empresas do grupo e associadas,

resultantes da aplicação do método da equivalência patrimonial, são deduzidas ou acrescidas, respectivamente, ao resultado do exercício, para apuramento da matéria colectável. Os dividendos são considerados no apuramento da matéria colectável do ano em que são recebidos, se as participações detidas forem inferiores a 15% ou os activos detidos há menos de um ano.

De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e

correcção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos (dez anos para a Segurança Social até 2000, inclusive, e cinco anos a partir de 2001), excepto quando tenham havido prejuízos fiscais, tenham sido concedidos benefícios fiscais, ou estejam em curso inspecções, reclamações ou impugnações, casos estes em que, dependendo das circunstâncias, os prazos são alongados ou suspensos. Deste modo, as declarações fiscais da Empresa dos anos 2001 a 2004 poderão vir ainda ser sujeitas a revisão e correcção.

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A Administração da Empresa entende que as eventuais correcções resultantes da revisão/inspecção por parte das autoridades fiscais àquelas declarações de impostos não terão um efeito significativo nas demonstrações financeiras a 31 de Dezembro de 2004.

As principais diferenças temporárias entre os valores contabilísticos e tributáveis em 31 de

Dezembro de 2004 e 2003 e os correspondentes activos e passivos por impostos diferidos e os respectivos efeitos nos resultados do exercício de 2004 são como segue:

Aumento /Imposto Imposto / (redução)

Base diferido Base diferido do exercício

Activas: Provisões 168.579 46.359 335.411 92.238 (45.879)

Prejuizos fiscais :1999 986.909 271.400 2.733.834 751.804 (480.404)2000 406.292 111.731 406.292 111.731 - 2001 995.732 273.826 995.732 273.826 -

2.388.933 656.957 4.135.858 1.137.361 (480.404)2.557.512 703.316 4.471.269 1.229.599 (526.283)

Passivas:Reavaliações (848.016) (233.205) (1.199.767) (329.936) 96.731

1.709.496 470.111 3.271.502 899.663 (429.552)

2004

Diferenças

2003

Em 31 de Dezembro de 2004 a Empresa tem prejuízos fiscais reportáveis referentes ao

exercício de 1999 no montante de € 2.672.149 cuja utilização expira em 31 de Dezembro de 2005. Com base no orçamento estimado para 2005, aprovado pelo Conselho de Administração, é previsto que daquele prejuízo fiscal se venha a utilizar apenas o montante de € 986.909, pelo que em 31 de Dezembro de 2004, só foram mantidos no balanço os activos por impostos diferidos sobre este montante (ie, € 271.400), tendo o remanescente sido reconhecido como custo do exercício.

O movimento ocorrido nos activos e passivos por impostos diferidos nos exercícios findos em 31

de Dezembro de 2004 e 2003 foi como segue:

2003Activos por Passivos porimpostos impostosdiferidos diferidos Liquido Liquido

Saldo inicial 1.229.599 (329.936) 899.663 1.080.191

Utilização no exercício:Amortização do exercício de reavalições legais de imobilizado corpóreo - 96.731 96.731 116.306Utilização de prejuízos fiscais reportáveis no exercício (463.441) - (463.441) (272.753)Anulação de provisões tributadas em exercícios anteriores (60.916) - (60.916) (41.183)Reforço de provisões não aceites para efeitos fiscais 15.037 - 15.037 46.676Acerto do saldo inicial de prejuízos fiscais (16.963) - (16.963) (11.748)

Efeito de alteração da taxa de imposto:Reservas de reavaliação - - - 65.987Resultado do exercício - - - (83.813)

(526.283) 96.731 (429.552) (180.528)

Saldo final 703.316 (233.205) 470.111 899.663

2004

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6

A reconciliação entre o resultado contabilístico e o resultado tributável e entre o imposto corrente e o imposto do exercício sobre o rendimento nos exercícios de 2004 e 2003 é como segue:

2004 2003

Resultado antes de impostos (19.523.824) (25.513.298)Diferenças permanentes (6.443.060) 25.541.177Diferenças temporárias 184.919 369.089Resultado tributável (25.781.965) 396.968

Utilização de prejuízos fiscais reportáveis - (396.968)- -

Taxa de imposto 27,5% 27,5%- -

Tributações autónomas 16.725 13.356

Imposto corrente (Nota 49) (I) 16.725 13.356

Imposto diferido (II) 429.552 246.515

Imposto do exercício sobre o rendimento (I+II) 446.277 259.871

Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2004, não foram reconhecidos activos por

impostos diferidos, sobre o prejuízo fiscal apurado em 2004, por não existirem expectativas razoáveis sobre a sua recuperação futura.

Nos termos da legislação em vigor, os prejuízos fiscais são reportáveis durante um período de

seis anos após a sua ocorrência e susceptíveis de dedução a lucros fiscais gerados durante esse período. O detalhe dos prejuízos fiscais reportáveis e correspondente ano limite de utilização, existentes em 31 de Dezembro de 2004, é como segue:

Ano limite

Montante de utilização

Gerados no exercício de 1999 2.672.149 2005Gerados no exercício de 2000 406.292 2006Gerados no exercício de 2001 995.732 2007Gerados no exercício de 2004 (estimativa) 25.781.965 2010

29.856.138

Prejuízos fiscais

Conforme mencionado acima, só foram reconhecidos activos por impostos diferidos, sobre um

montante de prejuízos fiscais de € 2.388.933. 7. NÚMERO MÉDIO DE PESSOAL Durante os exercícios de 2004 e 2003 o número médio de pessoal foi de 262 e 270

empregados, respectivamente.

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7

8. DESPESAS DE INSTALAÇÃO E DE INVESTIGAÇÃO E DESENVOLVIMENTO Em 31 de Dezembro de 2004 as despesas de instalação referem-se essencialmente aos

encargos com o aumento do capital ocorrido no final do exercício de 2000. As despesas de investigação e desenvolvimento correspondem essencialmente aos custos incorridos no projecto da unidade piloto Gel Dyeing, que compreende o desenvolvimento de novos produtos e novas tecnologias e a implementação de alguns projectos na área das tecnologias de informação.

No exercício findo em 31 de Dezembro de 2004 a Empresa procedeu ao abate de imobilizado

incorpóreo (Despesas de Instalação e de Investigação e Desenvolvimento) no montante de € 3.191.997 relativamente a bens que se encontravam totalmente amortizados.

9. TRESPASSES

Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2004, procedeu-se ao abate da diferença entre o custo de aquisição e o montante do capital próprio correspondente da Fisipe Barcelona, S.A., apurada em 2002 aquando da aquisição desta sociedade, em virtude de a mesma se encontrar totalmente amortizada.

10. MOVIMENTO DO ACTIVO IMOBILIZADO Durante o exercício de 2004 o movimento ocorrido no valor das imobilizações incorpóreas,

imobilizações corpóreas e investimentos financeiros, bem como nas respectivas amortizações acumuladas e provisões, foi o seguinte:

Activo bruto

Saldo Abates e Transfe- Saldoinicial Aumentos alienações rências final

Imobilizações incorpóreas:Despesas de instalação 819.592 - (384.262) 16.440 451.770 Despesas de investigação e desenvolvimento 3.905.890 - (2.807.735) 290.306 1.388.461 Trespasses 452.452 - (452.452) - - Imobilizações em curso 926.738 366.736 (986.728) (306.746) -

6.104.672 366.736 (4.631.177) - 1.840.231 Imobilizações corpóreas:Edifícios e outras construções 29.578.921 - - 100.732 29.679.653 Equipamento básico 80.510.464 - - 941.344 81.451.808 Equipamento de transporte 846.369 - (39.438) 4.713 811.644 Ferramentas e utensílios 3.735.888 - - 24.745 3.760.633 Equipamento administrativo 2.328.431 - - 32.717 2.361.148 Taras e vasilhames 307.780 - - - 307.780 Outras imobilizações corpóreas 766.562 - - - 766.562 Imobilizações em curso 548.037 1.958.274 (13.182) (1.104.251) 1.388.878 Adiantamentos por conta de imobilizações corpóreas 208.837 - - - 208.837

118.831.289 1.958.274 (52.620) - 120.736.943 Investimentos financeiros:Partes de capital em empresas do grupo (Nota 16) - 2.000.000 - (1.775.831) 224.169 Títulos e outras aplicações financeiras 107.988 - - - 107.988

107.988 2.000.000 - (1.775.831) 332.157 125.043.949 4.325.010 (4.683.797) (1.775.831) 122.909.331

Rubricas

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8

Saldo Abates e Saldoinicial Reforço alienações final

Imobilizações incorpóreas:Despesas de instalação 549.632 147.851 (384.262) 313.221 Despesas de investigação e desenvolvimento 3.123.619 423.478 (2.807.735) 739.362 Trespasses 452.452 - (452.452) -

4.125.703 571.329 (3.644.449) 1.052.583 Imobilizações corpóreas:Edifícios e outras construções 24.439.981 1.198.282 - 25.638.263 Equipamento básico 73.308.365 2.281.876 - 75.590.241 Equipamento de transporte 781.058 21.236 (34.537) 767.757 Ferramentas e utensílios 3.160.604 222.545 - 3.383.149 Equipamento administrativo 2.174.067 48.221 - 2.222.288 Taras e vasilhames 307.647 133 - 307.780 Outras imobilizações corpóreas 766.562 - - 766.562

104.938.284 3.772.293 (34.537) 108.676.040 Investimentos financeiros:Títulos e outras aplicações financeiras 107.988 - - 107.988

107.988 - - 107.988 109.171.975 4.343.622 (3.678.986) 109.836.611

Rubricas

Amortizações acumuladas

Os abates ocorridos em 2004 na rubrica de imobilizações em curso incorpóreas são relativos a itens capitalizados em 2002, 2003, 2004 no âmbito do projecto POE-SIME, o qual não se encontra em 31 de Dezembro de 2004, formalmente aprovado, tendo a Empresa por essa razão abatido os mesmos. No exercício findo em 31 de Dezembro 2004 o movimento nos investimentos em partes de capital em empresas do grupo, foi como segue:

ProvisõesPartes capital para riscosem empresas e encargos

do grupo (Nota 34)

- (4.053.791)

- 3.467.175

2.000.000 -

Resultado apropriado pela aplicação do métododa equivalência patrimonial (Notas 16 e 45):

Munditextil (1.658.228) -Fisipe Hungria - (126.024)

Transferência (117.603) 117.603

224.169 (595.037)

Saldo inicial

Saldo final

Efeito de alienação da Fisipe Barcelona

Prestações suplementares concedidas à Munditêxtil

Em 14 de Dezembro de 2004, a Empresa procedeu à alienação a terceiros da totalidade do capital detido na Fisipe Barcelona, S.A. (“Fisipe Barcelona”) a qual a essa data se encontrava em processo de liquidação, pelo montante de € 1. Atendendo à existência de eventuais contingências derivadas do processo de liquidação da Fisipe Barcelona, detalhadas na Nota 34, a Empresa procedeu à transferência do montante de € 3.467.175, correspondente à proporção da Empresa no capital próprio negativo daquela sociedade em 31 de Dezembro de 2003, derivado da aplicação do método de equivalência patrimonial, para a subrubrica, provisões para outros riscos e encargos (Nota 34).

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Em 14 de Dezembro de 2004, procedeu-se igualmente, à alienação a terceiros dos créditos sobre a Fisipe Barcelona por um montante de € 6.915.346 e das dívidas da Fisipe Barcelona à Repsol e ao Banco BBVA, assumidas pela Empresa na sequência do processo de liquidação da Fisipe Barcelona, por um montante de € 5.084.654, como segue: Suprimentos concedidos 11.955.089Aval prestado ao Banco Sabadell 5.251.314Dívida à Repsol assumida pela Empresa 2.000.000Cessão de crédito sobre a Repsol 3.243.295Cessão de crédito sobre o Banco BBVA 1.841.359Outras contas a receber, alienadas 504.185

24.795.242

Valor recebido pela alienação dos créditos (12.000.000)12.795.242

Anulação das restantes contas a receber da Fisipe Barcelona 58.525

Parcela da cessão de crédito sobre a Repsol ainda não liquidada em 31 de Dezembro de 2004 (Nota 34) (1.621.648)Total reconhecido como dívidas incobráveis (Notas 46 e 53) 11.232.119

Conforme deliberação do Conselho de Administração em reunião efectuada em 30 de Novembro de 2004, foi decidido converter uma parte da dívida a receber da subsidiária Munditêxtil, no montante de € 4.000.000, em suprimentos, e simultaneamente converter uma parte deste montante (€ 2.000.000) em prestações suplementares.

12. REAVALIAÇÕES DE IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS (LEGISLAÇÃO)

A Empresa procedeu em anos anteriores à reavaliação das suas imobilizações corpóreas ao abrigo da legislação aplicável, nomeadamente: - Decreto Lei nº 430/78 de 27 de Dezembro - Decreto Lei nº 219/82 de 2 de Junho - Decreto Lei nº 399-G/84 de 28 de Dezembro - Decreto Lei nº 118-B/86 de 27 de Maio - Decreto Lei nº 111/88 de 2 de Abril - Decreto Lei nº 49/91 de 25 de Janeiro - Decreto Lei nº 264/92 de 24 de Novembro - Decreto Lei nº 31/98 de 11 de Fevereiro

13. REAVALIAÇÕES DE IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS

O detalhe dos custos históricos de aquisição de imobilizações corpóreas e correspondente reavaliação, líquidos de amortizações acumuladas em 31 de Dezembro de 2004 é o seguinte:

ValoresCustos contabilísticos

históricos Reavaliações reavaliados

Imobilizações corpóreas:Activo bruto 39.778.573 54.974.606 94.753.179 Amortizações acumuladas (38.586.338) (52.927.325) (91.513.663)

1.192.235 2.047.281 3.239.516

Rubricas

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14. IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS E EM CURSO (Informação adicional)

Relativamente às imobilizações corpóreas e em curso, importa fazer referência à seguinte informação adicional em 31 de Dezembro de 2004

Imobilizações em poder de terceiros 439.761 Imobilizações implantadas em propriedade alheia 116.895.819 Imobilizações localizadas no estrangeiro (Hungria) 440.503

As instalações fabris da Empresa encontram-se edificadas num terreno pertencente a terceiros para o qual a Empresa obteve um direito de ocupação e uso privativo por tempo indeterminado. O detalhe do imobilizado corpóreo em curso, em 31 de Dezembro de 2004 é como se segue: Ambiente 322.963Aparelhagem de laboratório 22.058Corte embalagem 12.176Fábrica Open-end 4.993Fibra Gel Dyeing 399.018Grandes reparações 14.895Instalações diversas 31.031Mobiliário diverso 2.908Projecto POE-SIME 76.124Redução de custos/consumos 137.732Segurança 23.649Sistema de acabamentos 269.885Substituição de tubagens 46.543Outros 24.903

1.388.878

16. EMPRESAS DO GRUPO, ASSOCIADAS E PARTICIPADAS

Em 31 de Dezembro de 2004, as empresas do grupo eram como segue:

Valor de Proporção no

Capitais Proveitos Resultado balanço resultadoSede Activo próprios totais líquido % (Notas 10 e 34) (Notas 10 e 45)

Munditêxtil Lavradio 9.291.436 224.169 10.255.932 (1.658.228) 100 224.169 (1.658.228)Fisipe Hungria Budapeste 345.427 (595.038) 96.510 (126.024) 95 (595.037) (126.024)

(370.868) (1.784.252)

A Empresa detém 95% da Fisipe Hungria. Contudo, atendendo a que os capitais próprios desta sociedade em 31 de Dezembro de 2004 eram negativos, foram apropriadas pela Empresa a totalidade das perdas daquela subsidiária.

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Os saldos em 31 de Dezembro de 2004 e as transacções com as principais empresas do grupo no exercício findo naquela data são os seguintes:

Clientes Outros Empresas Fornecedores Empresas conta corrente devedores do grupo conta corrente imobilizado conta corrente do grupo Total

Munditêxtil 5.108.195 723.501 2.000.000 - - (15.161) - 7.816.535 Fisipe Hungria - 20.104 837.729 - - - - 857.833 CUF S.G.P.S. - - - - - - (8.000.000) (8.000.000) ADP - - - - - - - - Quimigal - - - - 208.837 (593.778) - (384.941) ATM - - - - - (300) - (300) AP - - - - - (834.986) - (834.986) M Dados - - - - - (50.151) - (50.151) Cuftrans - - - 7.482 - (78.601) - (71.119) CUF - Consultora de Serviços - - - - - (35.888) - (35.888) Quimitécnica Ambiente - - - - - (41.156) - (41.156) Quimitécnica.Com - - - - - (89.830) - (89.830)

5.108.195 743.605 2.837.729 7.482 208.837 (1.739.850) (8.000.000) (834.003)

Juros e Serviços Imobilizado Prestações Proveitos Vendas de proveitos

Compras obtidos em curso Vendas de serviços suplementares imobilizado similares Total

Munditêxtil - 23.877 - (4.922.518) (1.516.553) (772.174) - - (7.187.368) Fisipe Hungria (957) 89.290 - - - - - - 88.333 CUF S.G.P.S. - 280.000 - - - - - - 280.000 ADP - 1.272.846 - - - (44.804) - - 1.228.042 Quimigal 264.636 - - - - - - - 264.636 ATM - - 67.162 - - - - - 67.162 AP - 701.669 - - - - - - 701.669 M Dados - 72.773 31.795 - - - - - 104.568 Cuftrans 46.335 154.705 - - - - - - 201.040 CUF - Consultora de Serviços - 736.881 - - - - - - 736.881 Quimitécnica Ambiente - 132.454 6.099 - - - - - 138.553 Quimitécnica.Com 35.928 2.100 - - - - - - 38.028

345.942 3.466.595 105.056 (4.922.518) (1.516.553) (816.978) - - (3.338.456)

Saldos

Transacções

Adiantamentos a fornecedores

Os suprimentos de € 2.000.000 concedidos à subsidiária Munditêxtil, visam financiar as suas operações de tesouraria. O empréstimo de € 5.000.000 obtido do accionista CUF, SGPS, S.A., no ano de 2003 e reforçado em € 3.000.000 no exercício de 2004, destinou-se a financiar as operações de reestruturação da ex-subsidiária, Fisipe Barcelona. Este empréstimo não tem prazo de reembolso definido nem vence juros e a Administração da Empresa entende que se trata de um empréstimo a vencer no curto prazo.

O montante de € 1.516.553, registado na rubrica “Prestação de serviços” e debitado pela

Empresa à subsidiária Munditêxtil respeita aos serviços prestados àquela na transformação de fibras têxteis fornecidas pela Empresa, em fio.

O montante de € 772.175 registado na rubrica “Proveitos suplementares” respeita à retribuição

da Empresa, por serviços de gestão, prestados à subsidiária Munditêxtil. 19. VALORES DE MERCADO DO ACTIVO CIRCULANTE Em 31 de Dezembro de 2004, não havia diferenças significativas que não estivessem cobertas

pelas provisões constituídas pela Empresa, entre os valores das rubricas do activo circulante, calculados de acordo com os critérios valorimétricos adoptados pela Empresa (Nota 3) e o respectivo valor de mercado.

23. DÍVIDAS DE COBRANÇA DUVIDOSA

Em 31 de Dezembro de 2004 existiam dívidas de cobrança duvidosa no montante de € 2.713.104, as quais se encontram provisionadas, em € 2.547.745 (Nota 34), em função das expectativas de recuperação dos montantes a receber. No exercício anterior as dívidas de cobrança duvidosa ascendiam a € 2.537.012.

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25. DÍVIDAS ACTIVAS E PASSIVAS COM O PESSOAL

Em 31 de Dezembro de 2004, a Empresa tinha as seguintes dívidas activas e passivas com o pessoal: Saldos devedores 5.268 Saldos credores 109.273

30. DÍVIDAS A TERCEIROS COBERTAS POR GARANTIAS REAIS Em 31 de Dezembro de 2004 o empréstimo por obrigações da Empresa, cujo saldo por liquidar àquela data ascende a € 4.320.000, encontra-se garantido por um aval da accionista CUF (Nota 48).

31. COMPROMISSOS FINANCEIROS ASSUMIDOS E NÃO INCLUÍDOS NO BALANÇO

Conforme descrito na Nota 3.f), a Empresa assumiu o compromisso de conceder aos seus empregados prestações pecuniárias, a título de pensões de reforma por velhice, invalidez, reforma antecipada e pensões de sobrevivência. Estas prestações são determinadas em função do número de anos de serviço dos empregados e da tabela salarial em vigor. A Empresa constituiu em anos anteriores, um fundo de pensão autónomo, destinado a financiar as suas responsabilidades pelo pagamento daqueles complementos de pensões. De acordo com o estudo actuarial realizado pela sociedade gestora do fundo, o valor actual das responsabilidades da Empresa por serviços passados dos seus trabalhadores activos e reformados foi estimado em € 4.279.905 e € 4.421.642, em 31 de Dezembro de 2004 e 31 de Dezembro de 2003, respectivamente.

Os estudos actuariais, elaborados pelo método “Projected Unit Credit”, consideraram os seguintes pressupostos:

Tábua de Mortalidade TV 73/77 Rendimento do Fundo 6% Taxa de crescimento salarial 3% Taxa de crescimento das pensões 1%

Em 31 de Dezembro de 2004, a cobertura de responsabilidades da Empresa pelo fundo de pensões e pelo acréscimo de custo era como segue:

Responsabilidades Activos 658.353 Reformados 3.621.552 ------------- 4.279.905 ======== Valor do fundo 3.883.410 Acréscimo de custo (Nota 50) 396.495 ------------- 4.279.905 ======== Percentagem de cobertura 100,0% ======

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Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2004, o custo com pensões registado pela Empresa na rubrica de custos com pessoal foi apurado como segue: Custo dos juros 219.219

Custo dos serviços correntes 44.088 Retorno real dos activos do plano (152.360) Perdas actuariais (79.825) ----------- 31.122 ======

A evolução do património do Fundo de Pensões da Empresa, durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2004, foi como segue:

Saldo no início do exercício 3.788.202 Rendimento do fundo durante o exercício 152.360 Pensões pagas no exercício e outros (325.219) Contribuições 268.067 ------------ Saldo no final do exercício 3.883.410 ======= 32. GARANTIAS PRESTADAS

Em 31 de Dezembro de 2004 a Empresa tinha assumido responsabilidades por garantias prestadas, como segue:

Cauções aduaneiras 6.461.681 Cauções de dívidas - APL 24.516 Instituto dos resíduos 2.554 Tribunal do Trabalho do Barreiro 7.118 Direcção Geral dos Impostos - DSR IVA 1.140.054 Ministerio da Ciencia Y Tecnologia de Espanha 351.481 Junta Superior Finances General da Catalunha 393.042

8.380.446

As cauções aduaneiras dizem respeito ao regime de Aperfeiçoamento Activo, exigidas pela Alfândega. As garantias prestadas à Direcção Geral de Impostos estão associadas ao pedido de reembolso de Imposto sobre o Valor Acrescentado efectuado pela Empresa. Adicionalmente a Empresa concedeu duas garantias ao Ministério da Ciência e Tecnologia de Espanha e à Junta Superior Finances General da Catalunha por conta da Fisipe Barcelona, nos montantes de € 351.481 e € 393.042, respectivamente, as quais em 31 de Dezembro de 2004 se encontram totalmente provisionadas (Nota 34).

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34. MOVIMENTO OCORRIDO NAS PROVISÕES

Durante o exercício de 2004, ocorreram os seguintes movimentos nas rubricas de provisões:

Saldo Transferências Saldoinicial Aumento Redução (Nota 10) final

Provisões para riscos e encargos:Efeito da aplicação do método deequivalência patrimonial (Notas 10 e 16):Fisipe Barcelona 3.467.175 - (3.467.175) - Fisipe Hungria 469.013 126.024 - - 595.037 Munditêxtil 117.603 - - (117.603) -

4.053.791 126.024 - (3.584.778) 595.037 Fisipe Barcelona (Nota 53) - 3.098.996 - 3.467.175 6.566.171 Outros 89.784 - - - 89.784

4.143.575 3.225.020 - (117.603) 7.250.992 Provisões para investimentos financeiros 107.988 - - - 107.988 Provisões para depreciação de existências 112.023 82.687 - - 194.710 Provisões para cobranças duvidosas (Nota 23) 2.493.261 54.484 - - 2.547.745

6.856.847 3.362.191 - (117.603) 10.101.435

Rubricas

O aumento na rubrica de provisões para riscos e encargos, no montante de € 3.098.996, respeita à provisão constituída no exercício para fazer face a responsabilidades derivadas do processo de liquidação da ex-subsidiária Fisipe Barcelona (alienada a terceiros em 14 de Dezembro de 2004), ainda não liquidadas à data do balanço. O reforço desta provisão foi registado por contrapartida de custos extraordinários (Nota 46). Em 31 de Dezembro de 2004, a provisão para riscos e encargos, relacionada com a Fisipe Barcelona, apresenta o seguinte detalhe: Aquisição do crédito à Repsol (Nota 10) 1.621.648

Garantia prestada ao "Ministério da Ciência Y Tecnologia"de Espanha (Nota 32) 351.481

Garantia prestada à "Junta Superior Finances General"da Catalunha (Nota 32) 393.042

Outras responsabilidades 4.200.0006.566.171

As outras responsabilidades no montante de € 4.200.000 respeitam à estimativa efectuada pelo Conselho de Administração da Empresa, para fazer face a eventuais responsabilidades derivadas do processo de liquidação da ex-subsidiária Fisipe Barcelona. O aumento de € 126.024 (Nota 10) , verificado na rubrica de provisões para riscos e encargos, foi registado por contrapartida de custos financeiros e correspondente à cobertura das responsabilidades por conta dos capitais próprios negativos da subsidiária Fisipe Hungria (Nota 10).

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36. COMPOSIÇÃO DO CAPITAL SOCIAL Em 31 de Dezembro de 2004 o capital da Empresa, totalmente subscrito e realizado, era composto por 5.000.000 de acções com o valor nominal de € 5 cada.

37. IDENTIFICAÇÃO DE PESSOAS COLECTIVAS COM MAIS DE 10% DO CAPITAL

As seguintes pessoas colectivas detinham mais de 10% do capital subscrito em 31 de Dezembro de 2004:

% CUF – Companhia União Fabril, SGPS, S.A. 51,99 Mitsubishi Corporation 11,60 Quimifértil - Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A 10,75

40. VARIAÇÃO NAS RUBRICAS DE CAPITAL PRÓPRIO O movimento ocorrido nas rubricas de capital próprio durante o exercício de 2004 foi como

segue:

Saldo Aumentos/ Aplicação dos SaldoRubricas inicial /Diminuições resultados final

Capital 25.000.000 - - 25.000.000 Ajustamento de partes de capital em filiais e associadas (73.084) - - (73.084)Reservas de reavaliação (Nota 6) 10.343.182 - - 10.343.182 Reservas: Reserva legal 1.220.612 - - 1.220.612 Outras reservas 4.192.311 - - 4.192.311 Resultados transitados (5.743.525) - (25.759.813) (31.503.338)Resultado líquido do exercício (25.759.813) (19.953.376) 25.759.813 (19.953.376)

9.179.683 (19.953.376) - (10.773.693)

Conforme deliberação da Assembleia Geral, datada de 30 de Setembro de 2004, foi decidido

proceder a uma operação de reforço dos capitais próprios como segue: - redução seguida de aumento de capital, nos limites de, respectivamente € 500.000 e

€ 30.000.000. A redução de capital revestirá a forma de redução do valor nominal das acções. A operação de aumento de capital far-se-á através de subscrição pública e directa, reservada aos actuais accionistas. O Conselho de Administração recebeu todos os poderes necessários para o efeito;

- reavaliação dos activos fixos corpóreos, em condições a definir pelo Conselho de Administração, até um montante de € 20.000.000;

- O encaixe realizado na operação de aumento de capital será basicamente destinado à reestruturação dos passivos e melhoria do capital circulante.

À data de aprovação destas demonstrações financeiras, encontra-se pendente de

implementação esta deliberação da Assembleia Geral, estimando-se contudo que a mesma seja concretizada até final do primeiro semestre de 2005.

Reservas de reavaliação: Esta rubrica resulta da reavaliação do imobilizado corpóreo efectuada nos termos da legislação aplicável (Nota 12). De acordo com a legislação vigente e as práticas contabilísticas seguidas em Portugal, as reservas constituídas ao abrigo da legislação aplicável não são distribuíveis aos accionistas podendo apenas, em determinadas circunstâncias, ser utilizadas em futuros aumentos do capital da Empresa.

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Reserva legal: A legislação comercial estabelece que, pelo menos, 5% do resultado líquido anual tem de ser destinado ao reforço da reserva legal até que esta represente pelo menos 20% do capital. Esta reserva não é distribuível a não ser em caso de liquidação da empresa, mas pode ser utilizada para absorver prejuízos depois de esgotadas as outras reservas, ou incorporada no capital.

41. CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS E DAS MATÉRIAS CONSUMIDAS O custo das mercadorias vendidas e matérias consumidas no exercício de 2004, foi

determinado como segue:

Matérias-primassubsidiárias e

Mercadorias de consumo Total

Existências iniciais 44.929 5.709.591 5.754.520 Compras 6.870 48.900.003 48.906.873 Regularização de existências (Nota 46) - (99.192) (99.192)Existências finais (3.639) (4.265.850) (4.269.489)

48.160 50.244.552 50.292.712

42. VARIAÇÃO DA PRODUÇÃO A demonstração da variação da produção ocorrida no exercício findo em 31 de Dezembro de

2004 é como segue:

Produtos Produtosacabados e e trabalhosintermédios em curso Total

Existências finais 5.372.625 85.000 5.457.625 Existências iniciais 4.459.380 110.112 4.569.492 Aumento / (redução) no exercício 913.245 (25.112) 888.133

O custo das vendas e das prestações de serviços constante da demonstração de resultados por funções, foi determinado como segue: Existências iniciais 4.569.492 Entradas provenientes da produção 65.902.568 Existências finais (5.457.625)

Custo das vendas e das prestações de serviços 65.014.435

43. REMUNERAÇÕES DOS MEMBROS DOS ORGÃOS SOCIAIS

As remunerações atribuídas aos membros dos órgãos sociais no exercício findo em 31 de Dezembro de 2004, foram as seguintes: Conselho de Administração 299.888 Conselho Fiscal 26.157

326.045

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44. VENDAS E PRESTAÇÕES DE SERVIÇO POR ACTIVIDADE E MERCADOS GEOGRÁFICOS As vendas e prestações de serviços nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2004 e 2003,

distribuem-se da seguinte forma:

2004 2003

Mercado Interno 11.266.170 17.245.476 Mercado Externo

- Mercado Intracomunitário 15.306.644 10.501.186 - Outros países 52.438.589 43.711.312

79.011.403 71.457.974

45. DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS FINANCEIROS Os resultados financeiros dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2004 e 2003 têm a

seguinte composição:

2004 2003Custos e perdas:

Juros suportados com empréstimos obtidos 1.904.429 1.091.109 Perdas em empresas do grupo (Nota 10) 1.784.252 24.944.048 Diferenças de câmbio desfavoráveis 3.222.461 4.085.889 Descontos de pronto pagamento concedidos 33.620 57.851 Outros custos e perdas financeiros 623.112 348.652

7.567.874 30.527.549

Resultados financeiros (3.973.606) (26.174.183)3.594.268 4.353.366

Proveitos e ganhos:Juros obtidos 2.983 158.227 Diferenças de câmbio favoráveis 3.589.924 4.154.687 Descontos de pronto pagamento obtidos 1.109 1.840 Ganhos na alienação aplicações de Tesouraria 156 - Outros proveitos e ganhos financeiros 96 38.612

3.594.268 4.353.366

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46. DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS

Os resultados extraordinários dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2004 e 2003 têm a seguinte composição:

2004 2003Custos e perdas:

Donativos 3.207 2.824 Dívidas incobráveis (Notas 10 e 53) 11.232.119 - Perdas em existências (Nota 41) 99.192 - Perdas em imobilizações 6.183 5.780 Multas e penalidades 268.681 53.879 Aumentos de amortizações e provisões (Notas 34 e 53) 3.098.996 - Correcções relativas a exercícios anteriores 905.547 145.038 Outros custos e perdas extraordinários 1.238.756 894.619

16.852.681 1.102.140

Resultados extraordinários (16.794.659) (664.844)58.022 437.296

Proveitos e ganhos:Recuperação de dívidas - 6.506 Ganhos em existências 6.133 - Ganhos em imobilizações 3.500 117.460 Correcções relativas a exercícios anteriores 7.170 197.223 Outros proveitos e ganhos extraordinários 41.219 116.107

58.022 437.296

Os outros custos e perdas extraordinárias incluem o montante de € 1.238.661 relativo a indemnizações por rescisão de contratos de trabalho, pagas no exercício de 2004.

48. DÍVIDAS A INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO Em 31 de Dezembro de 2004 e 2003, esta rubrica apresentava a seguinte composição:

Médio e Médio eCurto prazo longo prazo Curto prazo longo prazo

Empréstimos por obrigações - Fisipe 2000 2.920.000 1.400.000 1.840.000 5.400.000 Empréstimos obtidos de instituições bancárias - 5.324.315 415.796 - Papel Comercial - - 1.995.192 - Descobertos bancários 15.991.879 - 12.539.284 - Outros empréstimos - Pedip 84.453 126.679 84.455 211.129

18.996.332 6.850.994 16.874.727 5.611.129

31.12.04 31.12.03

Em 4 de Dezembro de 2000, a Empresa procedeu à emissão de um empréstimo por obrigações no montante de € 10.000.000, representado por 2.000.000 obrigações com valor nominal de € 5 cada, por um prazo de 7 anos a contar da data de subscrição. O reembolso destas obrigações estava previsto ser efectuado pelo seu valor nominal em 11 prestações semestrais sucessivas, a partir da quarta data de pagamento de juros (4 de Dezembro de 2002), por redução ao valor nominal, sendo cada uma das primeiras cinco prestações no valor de 0,46 por obrigação e cada uma das restantes seis prestações no montante de 0,45 por obrigação, excepto se se vier a exercer a clausula de reembolso antecipado.

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Em 25 de Maio de 2004 foi celebrada uma adenda ao contrato com efeitos rectroactivos, pela qual o prazo do empréstimo passou a ser de 5 anos a contar da data da subscrição. Este empréstimo vence juros semestrais e postecipados, à taxa Euribor a 6 meses acrescido de 2 pontos percentuais e está garantido por uma livrança em branco subscrita pela Empresa e avalizada pela CUF, SGPS, S.A.. A Empresa poderá, sem qualquer penalização, efectuar o reembolso antecipado, total ou parcial, a partir da quarta data de pagamento de juros. Por outro lado cada obrigacionista poderá, em qualquer momento e no prazo máximo de doze meses após a data de fecho de cada exercício anual solicitar o reembolso antecipado, sem qualquer penalização, caso o rácio (total do capital próprio + interesses minoritários) / total do activo líquido) seja inferior a 40%. Na sequência da adenda acima mencionada, a Empresa reembolsou durante o exercício de 2004 um montante de € 2.920.000, do empréstimo por obrigações Fisipe 2000. O empréstimo obtido em 04 de Maio de 2004 no montante de € 5.324.315 visa financiar as operações de tesouraria da Empresa. Este empréstimo vence juros trimestrais e postecipados, à taxa euribor a 3 meses acrescido de 2 pontos percentuais e está garantido por uma livrança subscrita pela Empresa e avalizada pela CUF, SGPS, SA e por uma carta de compromisso desta. O reembolso será efectuado de uma só vez a 31 de Dezembro de 2006. O montante de € 15.991.879 é relativo a linhas de crédito e descobertos bancários obtidos junto de diversas instituições bancárias, dos quais € 3.150.529 se encontram suportados por livranças avalizadas pela CUF, SGPS, S.A., € 8.881.068 se encontram suportados por livranças em branco e € 2.219.032 se encontram cobertos por garantias extra-patrimoniais. Em 31 de Dezembro de 2004, a linha de crédito do BCP aprovada, no montante de € 3.741.000 encontra-se excedida em cerca de € 2.000.000 em resultado de a Empresa ter procedido ao pagamento do empréstimo garantido à Fisipe Barcelona no Sabadell, no montante de € 1.803.036. Esta linha de crédito será regularizada através da renegociação do contrato existente a esta data. Em 31 de Dezembro de 2004, os restantes empréstimos classificados a médio e longo prazo apresentavam o seguinte plano de reembolso previsto: 2006 84.453 2007 5.366.541

5.450.994

Em 31 de Dezembro de 2004 não existem créditos bancários concedidos e não sacados.

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49. ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS

Em 31 de Dezembro de 2004 e 2003, os saldos com estas entidades tinham a seguinte composição:

2004 2003

Saldos devedoresImposto sobre o rendimento das pessoas colectivas - IRC 126.192 46.052 Imposto sobre o Valor Acrescentado 96.792 8.458

222.984 54.510

Saldos credoresImposto sobre o rendimento das pessoas colectivas - IRC: - Estimativa de imposto a pagar (Nota 6) 16.725 13.356 - Retenções na fonte a terceiros 12.528 - Imposto sobre o rendimento das pessoas singulares - IRS 82.531 87.195 Imposto sobre o Valor Acrescentado - 83.334 Contribuições para a Segurança Social 157.627 160.906 Restantes impostos 22 11.021

269.433 355.812

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50. ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS

Em 31 de Dezembro de 2004 e 2003, os saldos destas rubricas tinham a seguinte composição:

2004 2003Acréscimos de proveitos

Juros a receber 464 12.873 464 12.873

Custos diferidos:Conservação e reparação - 19.278 Seguros 462.872 339.117 Juros bancários 3.702 14.951 Outros custos diferidos 948 262.086

467.522 635.432

Acréscimos de custos:Remunerações a liquidar 946.645 958.381 Comissões a liquidar 1.173.141 864.314 Benefícios de reforma a liquidar (Nota 31) 396.495 633.440 Outros acréscimos de custos 405.120 620.280

2.921.401 3.076.415

Proveitos diferidos:

Subsídios ao investimento 18.552 50.917 18.552 50.917

51. CAIXA E SEUS EQUIVALENTES

Em 31 de Dezembro de 2004 e 2003, as rubricas de caixa e seus equivalentes têm a seguinte composição:

2004 2003

Numerário 11.399 9.049 Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 1.671.645 547.385 Depósitos a prazo 4.925.000 -

Caixa e seus equivalentes 6.608.044 556.434

52. MATÉRIAS AMBIENTAIS Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2004, a Empresa incorreu em custos de

carácter ambiental no montante de € 129.056, os quais se encontram registados na rubrica de “Fornecimentos e serviços externos”, e se discriminam como segue:

Análises laboratoriais 5.577 Operações de gestão de resíduos 123.479

129.056

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Adicionalmente, a Empresa procedeu a investimentos, com o objectivo de evitar ou reduzir danos futuros de carácter ambiental no montante de € 322.963, os quais se encontram registados nas rubricas de “Imobilizações corpóreas” e “Imobilizações incorpóreas”, e se discriminam como segue:

Bacia de retenção de resíduos industriais 5.282 Alteraçâo do transporte pneumático CB 10.789 Reparação, maciços e exec de bacias retenção T SP 23.393 Alteração e reparação da ETARI 165.970 Aproveitamento torres refrigeração A a D / CB 77.252 Reparação de condutas de efluentes 40.277

322.963

Em 31 de Dezembro de 2004 a Empresa não registou qualquer passivo contingente de carácter

ambiental por ser entendimento do Conselho de Administração que não existem obrigações que pudessem resultar em efeitos significativos nas demonstrações financeiras da Empresa em 31 de Dezembro de 2004.

53. FISIPE BARCELONA Em 14 de Dezembro de 2004, com a alienação a terceiros das acções representativas do capital

social da Fisipe Barcelona, S.A. (“Fisipe Barcelona”) e da cedência dos créditos que a Fisipe detinha naquela sociedade, ficou concluído o processo de desvinculação da Empresa face à Fisipe Barcelona. A alienação das acções e a cedência destes créditos foi efectuada por um montante de € 1 e € 12.000.000, respectivamente (Nota 10).

Atendendo a que a Fisipe havia anteriormente assumido algumas responsabilidades da Fisipe

Barcelona, no montante de € 2.366.171, as quais não haviam ainda sido liquidadas até 31 de Dezembro de 2004, foi constituída uma provisão para as mesmas nas demonstrações financeiras anexas (Nota 34). Foi igualmente mantida em balanço uma provisão para riscos e encargos diversos no montante de € 4.200.000, correspondente à estimativa efectuada pelo Conselho de Administração da Fisipe, para fazer face a eventuais responsabilidades derivadas do processo de liquidação da ex-subsidiária Fisipe Barcelona (Nota 34).

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Da alienação das acções representativas do capital social da Fisipe Barcelona, da cedência dos créditos sobre aquela sociedade, da constituição de uma provisão para responsabilidades da Fisipe Barcelona assumidas pela Empresa e ainda não liquidadas em 31 de Dezembro de 2004 e da constituição de uma provisão para riscos e encargos diversos no montante de 4.200.000, foram reconhecidas perdas no montante de € 17.798.290, das quais € 14.331.115 foram reconhecidas no exercício de 2004, como segue:

Responsabilidades assumidas e ainda não liquidadasem 31 de Dezembro de 2004:

Aquisição do crédito à Repsol 1.621.648 Garantia prestada ao "Ministério da Ciência Y Tecnologia"

de Espanha 351.481 Garantia prestada à "Junta Superior Finances General"

da Catalunha 393.042 2.366.171

Outras responsabilidades 4.200.000

Subtotal (Nota 34) 6.566.171 Perdas reconhecidas na cedência de créditos, já liquidados

em 31 de Dezembro de 2004 (Nota 10) 11.232.119

17.798.290

Total de perdas reconhecidas no exercício de 2004 (Nota 46):Em "dívidas incobráveis" 11.232.119 Em reforço de provisões (Nota 34) 3.098.996

14.331.115 Perdas reconhecidas em 2003 (Nota 34) 3.467.175

17.798.290

É apresentado abaixo uma breve cronologia dos principais acontecimentos relacionados com o

processo de desvinculação da Fisipe Barcelona: - Em finais de 2003 e face à situação financeira da Fisipe Barcelona, a Fisipe deliberou

proceder ao encerramento da actividade industrial desta subsidiária, tendo apresentado em 8 de Março de 2004, um pedido de suspensão de pagamentos, às autoridades espanholas competentes. Em 5 de Dezembro de 2003, foi igualmente apresentada às autoridades espanholas competentes um pedido de “Expediente de Regulación de Empleo” (“ERE”), no qual se propôs a extinção da totalidade dos postos de trabalho da Fisipe Barcelona. O pedido apresentado pela Fisipe Barcelona foi recusado pelas autoridades espanholas competentes em 6 de Abril de 2004, tendo a subsidiária apresentado recurso do mesmo em 6 de Maio de 2004.

- Na sequência do desenlace negativo ocorrido nas negociações com os trabalhadores da

Fisipe Barcelona, as quais entretanto continuaram, apesar da recusa do ERE, foi requerida a falência da empresa. Assim sendo, foi formalizada por escritura pública de 17 de Maio de 2004, a dissolução da Fisipe Barcelona, a abertura do período de liquidação da sociedade, a cessação de funções dos administradores e a nomeação dos liquidatários solidários.

- Subsequentemente e após a admissão do pedido de falência por parte do tribunal

competente foram nomeados por este mesmo tribunal, o comissário e o depositário da falência, tendo sido extinto o processo de suspensão de pagamentos requerido em 8 de Março de 2004 e tendo passado a Fisipe Barcelona a ser administrada judicialmente.

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24

- Em Setembro de 2004, a Fisipe foi considerada, por sentença proferida pelo Tribunal do Trabalho de Barcelona (Tribunal Social 22), como solidariamente responsável no pagamento das indemnizações por despedimento, que aquele Tribunal do Trabalho considerou sem justa causa, dos trabalhadores da Fisipe Barcelona.

- Em Novembro de 2004, foi celebrado um acordo judicial, no qual se definiu a cessão

imediata dos contratos de trabalho com os trabalhadores da Fisipe Barcelona, as condições de pagamento das indemnizações aos trabalhadores da Fisipe Barcelona, estabelecendo-se igualmente que o pagamento das indemnizações seria de exclusiva responsabilidade da Fisipe Barcelona, não decorrendo daí qualquer responsabilidade para a Fisipe.

- Em 14 de Dezembro de 2004, a Fisipe procedeu à alienação a terceiros das acções detidas

no capital social da Fisipe Barcelona e da cedência dos créditos que a Fisipe detinha naquela sociedade.

O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

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RELATÓRIO DE AUDITORIA CONTAS INDIVIDUAIS

Introdução

1. Para os efeitos do artigo 245º do Código dos Valores Mobiliários, apresentamos o nosso Relatório de Auditoria sobre a informação financeira contida no Relatório de Gestão e as demonstrações financeiras anexas do exercício findo em 31 de Dezembro de 2004 da Fisipe – Fibras Sintéticas de Portugal, S.A. (“Empresa”), as quais compreendem o Balanço em 31 de Dezembro de 2004, que evidencia um total de 51.971.569 Euros e capitais próprios negativos de 10.773.693 Euros, incluindo um resultado líquido negativo de 19.953.376 Euros, as Demonstrações dos resultados por naturezas e por funções, a Demonstração dos fluxos de caixa do exercício findo naquela data e o correspondente Anexo.

Responsabilidades

2. É da responsabilidade do Conselho de Administração da Empresa: (i) a preparação de demonstrações financeiras que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira da Empresa, o resultado das suas operações e os seus fluxos de caixa; (ii) que a informação financeira histórica seja preparada de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites e que seja completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários; (iii) a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados e a manutenção de sistemas de controlo interno apropriados; (iv) a informação de qualquer facto relevante que tenha influenciado a actividade da Empresa, a sua posição financeira ou os seus resultados.

3. A nossa responsabilidade consiste em examinar a informação financeira contida nos documentos de prestação de contas acima referidos, incluindo a verificação se, para os aspectos materialmente relevantes, é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários, competindo-nos emitir um relatório profissional e independente baseado no nosso exame.

Âmbito

4. O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e as Directrizes de Revisão / Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que este seja planeado e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras estão isentas de distorções materialmente relevantes. Este exame incluiu a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e informações divulgadas nas demonstrações financeiras e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação. Este exame incluiu, igualmente, a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas, a sua aplicação uniforme e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias, a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade das operações, a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras, e a apreciação, para os aspectos materialmente relevantes, se a informação financeira é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita. O nosso exame abrangeu ainda a verificação da concordância da informação financeira constante do Relatório de Gestão com os restantes documentos de prestação de contas. Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião.

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Opinião 5. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras referidas no parágrafo 1 acima, apresentam de

forma verdadeira e apropriada, para os fins indicados no parágrafo 6 abaixo, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira da Fisipe – Fibras Sintéticas de Portugal, S.A. em 31 de Dezembro de 2004, o resultado das suas operações e os seus fluxos de caixa no exercício findo naquela data, em conformidade com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal e a informação nelas constante é, nos termos das definições incluídas nas directrizes mencionadas no parágrafo 4 acima, completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita.

Ênfases 6. As demonstrações financeiras mencionadas no parágrafo 1 acima, referem-se à actividade da

Empresa a nível individual e foram preparadas para aprovação e publicação nos termos da legislação em vigor. Embora os investimentos financeiros tenham sido registados pelo método da equivalência patrimonial, através do qual são considerados nos resultados líquidos e no capital próprio os efeitos da consolidação das empresas participadas, as demonstrações financeiras anexas não incluem o efeito da consolidação integral a nível de activos, passivos, custos e proveitos totais, o que será efectuado em demonstrações financeiras consolidadas a aprovar e publicar em separado.

7. O nosso relatório de auditoria sobre as demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2003

incluía duas reservas sobre a impossibilidade de quantificar o montante líquido das responsabilidades da Empresa, naquela data, relacionadas com os processos decorrentes da decisão tomada naquele ano de encerramento da actividade industrial da Fisipe Barcelona S.A. (“Fisipe Barcelona”). Durante o ano de 2004, depois de entrar em suspensão de pagamentos foi requerida a falência da Fisipe Barcelona e em 14 de Dezembro de 2004 foi celebrado com terceiros um contrato através do qual a Empresa cedeu àqueles o capital social daquela sociedade, os créditos detidos sobre a mesma, algumas dívidas da Fisipe Barcelona para com terceiros e as posições da Empresa em processos judiciais em curso relacionados com a Fisipe Barcelona. Através deste contrato limitaram-se, em função dos valores nele estabelecidos, as perdas e as responsabilidades da Empresa relacionadas com a Fisipe Barcelona e como se indica nas Notas 10, 46 e 53 do Anexo foi registado na Demonstração de Resultados do exercício findo em 31 de Dezembro de 2004 uma perda de 14.331.115 Euros.

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8. As demonstrações financeiras mencionadas no parágrafo 1 acima, foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações da Empresa, embora esta tenha apresentado nos últimos dois exercícios prejuízos significativos, gerados essencialmente pela Fisipe Barcelona, e em 31 de Dezembro de 2004 o seu balanço evidenciar capitais próprios e fundo de maneio negativos. Conforme referido nas Notas 16 e 48, parte do passivo da Empresa em 31 de Dezembro de 2004 é constituído por contas a pagar ao seu accionista maioritário CUF - Companhia União Fabril, SGPS, S.A. (“CUF”) e dívidas a instituições financeiras garantidas pela CUF. Adicionalmente, conforme referido na Nota 40 e no Relatório de Gestão foi já aprovado em Assembleia Geral de Accionistas um aumento de capital por entradas em dinheiro. Face ao exposto, entendemos que a continuidade das operações da Empresa, e consequentemente, o valor de realização dos seus activos e o montante de liquidação e classificação dos seus passivos dependem da concretização pelos accionistas do referido aumento de capital e do sucesso das operações da Empresa nos próximos exercícios.

Lisboa, 17 de Março de 2005 _________________________________________ DELOITTE & ASSOCIADOS, SROC S.A. Representada por António Marques Dias

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Extracto da Acta da Assembleia Geral de Accionistas de 25 de Maio de 2005

-----------------------------------ACTA NÚMERO 48 -----------------------------------

Colocados os pontos 2. e 3. da ordem de trabalhos à votação, na generalidade,

foram aprovados por maioria, com os votos favoráveis de 3 996 542 (três

milhões novecentas e noventa e seis mil quinhentas e quarenta e duas) acções,

representativas de 79,93% (setenta e nove vírgula noventa e três por cento) do

capital social, os votos contrários de 662 388 (seiscentas e sessenta e duas mil

trezentas e oitenta e oito) acções, representativas de 13,24% (treze vírgula vinte

e quatro por cento) do capital social, e sem abstenções. ----------------------------

Seguidamente, submetidos à votação, na especialidade, os pontos 2. e 3. da

ordem de trabalhos, foram o relatório de gestão, as contas do exercício e os

demais documentos de prestação de contas, incluindo as proposições quanto ao

relatório de governo das sociedades cotadas e ao relatório de gestão

manifestadas pelos Senhores Dr. Gonçalo Pinto Ferreira e Dr. Luís Geraldes, em

representação das accionistas CUF – COMPANHIA UNIÃO FABRIL, SGPS, S.A., e

AGOQUISA – AGROQUÍMICOS, S.A., respectivamente, bem como o relatório e o

parecer do Conselho Fiscal, relativos ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2 2

004, sucessivamente aprovados por maioria, com os votos favoráveis de 3 996 2

542 (três milhões novecentas e noventa e seis mil quinhentas e quarenta e duas) 2

acções, representativas de 79,93% (setenta e nove vírgula noventa e três por 2

cento) do capital social, os votos contrários de 662 388 (seiscentas e sessenta e 2

duas mil trezentas e oitenta e oito) acções, representativas de 13,24% (treze 2

vírgula vinte e quatro por cento) do capital social, e sem abstenções.-------------- 2

Passando ao ponto 4. (quatro) da ordem de trabalhos, o Presidente da Mesa da 2

Assembleia Geral leu em voz alta a proposta de aplicação de resultados contida 2

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do relatório de gestão, como segue: --------------------------------------------------

"PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS ----------------------------------------

Propomos que os resultados apurados, negativos, no montante de 19 953 376 €,

sejam transferidos para resultados transitados.". ------------------------------------

O Presidente da Mesa da Assembleia Geral submeteu a proposta à votação, a

qual foi aprovada por maioria, com os votos favoráveis de 3 996 542 (três

milhões novecentas e noventa e seis mil quinhentas e quarenta e duas) acções,

representativas de 79,93% (setenta e nove vírgula noventa e três por cento) do

capital social, os votos contrários de 662 388 (seiscentas e sessenta e duas mil

trezentas e oitenta e oito) acções, representativas de 13,24% (treze vírgula vinte

e quatro por cento) do capital social, e sem abstenções. ----------------------------

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