relatorio final life priolo...Recuperação do habitat do Priolo na ZPE Pico da Vara/Ribeira do Guilherme. Relatório Final, 2009 2 Trabalhar para o estudo e conservação das aves

RECUPERAÇÃODOHABITATDOPRIOLONAZPEPICODAVARA/RIBEIRADOGUILHERMERELATÓRIOFINALDOPROJECTO

LIFENAT/P/000013

SOCIEDADEPORTUGUESAPARAOESTUDODASAVES2009

RecuperaçãodohabitatdoPriolonaZPEPicodaVara/RibeiradoGuilherme.RelatórioFinal,2009 2

Trabalharparaoestudoeconservaçãodasaveseseushabitats,promovendoumdesenvolvimentoquegarantaaviabilidadedopatrimónionaturalparausufrutodasgerações

futuras.

ASPEA–SociedadePortuguesaparaoEstudodasAveséumaorganizaçãonãogovernamentaldeambientequetrabalhaparaaconservaçãodasavesedosseushabitatsemPortugal.Comoassociaçãosem fins lucrativos, depende do apoio dos sócios e de diversas entidades para concretizar as suasacções.Fazpartedeumaredemundialdeorganizaçõesdeambiente,aBirdLifeInternational,queactuaem mais de 100 países e tem como objectivo a preservação da diversidade biológica através daconservaçãodasaves,dosseushabitatsedapromoçãodousosustentáveldosrecursosnaturais.

OProjecto LIFE Priolo “Recuperação do habitat do Priolo na ZPE Pico daVara/RibeiradoGuilherme”.

O Projecto LIFE Priolo é uma parceria da SPEA com a CâmaraMunicipal do Nordeste, o Centro deConservação e Protecção doAmbiente daUniversidade dosAçores (CCPA), aDirecçãoRegional dosRecursosFlorestais(DRRF),aSecretariaRegionaldoAmbienteedoMar(SRAM)eaRoyalSocietyfortheProtectionofBirds(RSPB).

OProjectoLIFEPrioloéco-financiadopeloprogramaLIFEdaComissãoEuropeia.

RecuperaçãodohabitatdoPriolonaZPEPicodaVara/RibeiradoGuilherme.LIFE03NAT/P/000013.RelatórioFinal.SociedadePortuguesaparaoEstudodasAves,2009

Direcção: LuísCostaCoordenaçãodoprojecto: JoaquimTeodósioEquipadeprojecto: Carlos Silva, Joana Domingues, Ricardo Ceia, Rui Botelho e Vanessa

OliveiraCitação:SPEA2009.RecuperaçãodohabitatdoPriolonaZPEPicodaVara/RibeiradoGuilherme.LIFE03NAT/P/000013.RelatórioFinal.SociedadePortuguesaparaoEstudodasAves,Lisboa(relatórionãopublicado).


1 INTRODUÇÃO..............................................................................................................................................................................................................................................41.1. AEspécie........................................................................................................................................................................................................................................................41.2. OprojectoLIFE............................................................................................................................................................................................................................................41.3. Asprincipaisacçõesprevistas..............................................................................................................................................................................................................2

2 RESUMO FINALDOPROJECTO..........................................................................................................................................................................................................42.1. Principaisresultadosobtidos................................................................................................................................................................................................................42.2. Principaisresultadosporacção...........................................................................................................................................................................................................42.3. Resumodosprodutosidentificáveis..................................................................................................................................................................................................62.4. Resumodosprincipaismarcosdoprojecto....................................................................................................................................................................................7

3 RELATÓRIODETALHADODEACTIVIDADES............................................................................................................................................................................83.1. Progressodasacçõespreparatóriasedeelaboraçãodeplanodegestão.........................................................................................................................93.1.1. AcçãoA3–Análisedaviabilidadeeconómicadagestãoe“valoração"dosserviçosecológicosdaZPEPicodaVara/Ribeirado

Guilherme...................................................................................................................................................................................................................................................113.1.2. AcçãoA4–DocumentoorientadordocorteflorestaldeCriptomérianaZPEPicodaVara/RibeiradoGuilhermeezonaenvolvente

.........................................................................................................................................................................................................................................................................123.1.3. AcçãoA5–IntegraçãodaZPEnaRedeRegionaldeÁreasProtegidasatravésderegulamentaçãoeorgânicapróprias..........................133.1.4. AcçãoA6–Integraçãodasmedidasdegestãodoprojectonaspolíticassectoriaiseregionais...........................................................................143.1.5. AcçãoA8–Revisãodalegislaçãodecontrolodeespéciesexóticas.................................................................................................................................173.1.6. AcçãoA9–MapeamentodocobertovegetalnaZPEPicodaVara/RibeiradoGuilherme....................................................................................183.2. Progressodasacçõesúnicasdegestãodobiótopo...................................................................................................................................................................183.2.1. AcçãoC1–IncentivoàplantaçãodepomarescomárvoresdefrutaquedesenvolvembotõesfloraisnofinaldoInverno....................183.2.2. AcçãoC2–CortedeCriptomérianaszonasdeflorestadegradadanasáreastampãoadjacentesaoprojecto.............................................193.2.3. AcçãoC3–Aumentodadisponibilidadealimentaratravésdealimentadoresartificiais........................................................................................213.3. Progressodasacçõesdegestãosazonaldoprojecto...............................................................................................................................................................213.3.1. AcçãoD3–RemoçãodeHedychiumgardneranumnaáreaprincipaldedistribuiçãodoPrioloenumafaixadetransiçãoexterior

compreendidanaáreatampão..........................................................................................................................................................................................................243.3.2. AcçãoD4–RemoçãomanualequímicadeClethraarboreaeremoçãomanualdeGunneratinctoria..............................................................273.3.3. AcçãoD5–Aberturadosacessosparaacederàszonasdelimpezadevegetaçãoexóticaeplantaçãodeespéciesnativas....................293.3.4. AcçãoD8–PlantaçãodeespéciesnativasnaáreaprincipaldeocorrênciadoPrioloezonastampãoadjacentes......................................313.3.6. AcçãoD9–Produçãodeespéciesnativasemviveiro..............................................................................................................................................................333.3.7. AcçãoD10–ImplementaresquemadefiscalizaçãonaZPEPicodaVara/RibeiradoGuilhermecomparticularatençãoàzonade

intervençãodoprojectoeàáreaprincipaldeocorrênciadoPriolo.................................................................................................................................343.4. Progressodasacçõesdesensibilizaçãodopúblicoedivulgaçãoderesultados..........................................................................................................353.4.1. AcçãoE1–MontarcincotabuletasinformativassobreoprojectoeaimportânciadoPrioloedasespéciesnativas................................363.4.2. AcçãoE2–Produçãoemanutençãodapáginawebdoprojecto........................................................................................................................................363.4.3. AcçãoE5–Promoçãogeraldoprojectoatravésdeartigosnacomunicaçãosocialepublicaçõesdiversas...................................................373.4.4. AcçãoE7–Produçãodeumpainelsobreoprojecto...............................................................................................................................................................433.4.5. AcçãoE8–ProduçãodematerialeducativoparaintegrarnoprogramaescolardasescolasdeSãoMiguel.................................................443.4.6. AcçãoE9–ColaboraçãonodesenvolvimentodoprogramaturísticoparailhadeSãoMiguelintegrandoinformaçãoespecialsobreo

Prioloeasespéciesdevegetaçãonativa,emcolaboraçãocomaDirecçãoRegionaldoTurismo.......................................................................473.4.7. AcçãoE10–Formaçãodostrabalhadoresnasdiferentesabordagensaoprocessoderemoçãodeexóticaseplantaçãodeespécies

nativas..........................................................................................................................................................................................................................................................483.4.8. AcçãoE11–ColaboraçãonapromoçãodetrilhosturísticosadesenvolverpelaDirecçãoRegionaldoTurismo........................................483.4.9. AcçãoE12–Elaboraçãodorelatórionãoespecializado........................................................................................................................................................493.4.10. AcçãoE13–CriaçãoeimplementaçãodeumacampanhadedivulgaçãosobreoPrioloeseuhabitat.............................................................493.5. Progressodasacçõesdegestãodoprojecto................................................................................................................................................................................523.5.1. AcçãoF1–Planeamento,revisão,gestãoeimplementaçãodoprojectopelobeneficiárioepelosparceiros................................................533.5.2. AcçãoF2–AsseguraroplaneamentoestratégicodoprojectoeatomadadedecisãoatravésdeumaComissãoExecutiva..................543.5.3. AcçãoF3–AsseguraraconsultoriacientíficadoprojectoatravésdeumaComissãoConsultiva.......................................................................543.5.4. AcçãoF5–Esquemasdemonitorizaçãodasacçõesderemoçãodeexóticasedeproduçãoeplantaçãodeespéciesnativas...............573.5.5. AcçãoF6–MonitorizaçãodapopulaçãodePriolo...................................................................................................................................................................613.5.6. AcçãoF9–Asseguraracontabilidadedoprojecto...................................................................................................................................................................65

4 ACTIVIDADESEXTRAPROJECTOLIFEPRIOLO....................................................................................................................................................................67


1 INTRODUÇÃO1.1. AEspécie

OPriolo (Pyrrhulamurina) éumaespécie endémicada ilhade SãoMiguel, arquipélagodosAçores.Écaracterística da zonamontanhosa, localizada a leste da ilha. Trata-se de uma das avesmais raras eameaçadasdoMundo.OPrioloéumaespécieprotegidapeloAnexoIdaDirectivaAves–79/409/CEE,adaptadaparaalegislaçãoPortuguesaatravésdoDecreto-Lei49/2005de24deFevereiroeencontra-seincluídaemvárias listasdeanimaisameaçados,queraonívelnacional (ICN2006.LivroVermelhodosVertebrados de Portugal, Assírio & Alvim, Lisboa), quer ao nível internacional (IUCN Red List ofThreatenedAnimals,verwww.redlist.org).ABirdLife International incluiuoPriolona listadeespécies“globalmenteameaçadasnaEuropa”(BirdLifeInternational2004.BirdsinEurope:populationestimates,trendsandconservationstatus.BirdLifeInternational,Cambridge(BirdLifeConservationSeriesNo.12)).NofinaldoséculoXIX,oPrioloapresentavaumadistribuiçãomaiorqueaactual,sendoatéconsideradocomoumapraganospomaresdelaranjeirase,devidoatal,eracapturadoregularmente.Oseuhabitatnatural, a floresta Laurissilva, também foi sendo substituído por pastagens e por plantações deCriptoméria (Cryptomeria japonica) e invadido por plantas exóticas agressivas como o Incenso(Pittosporumundulatum),aConteira(Hedychiumgardneranium)e,maisrecentemente,aCletra(Clethraarborea) e oGigante (Gunnera tinctoria), entre outros. A captura excessiva e a destruição da florestaLaurissilva,decujasplantasoPriolodepende,conduziramestapequenapopulaçãoàbeiradaextinção.

1.2. OprojectoLIFE

OProjectoLIFE“RecuperaçãodoHabitatdoPriolonaZPEPicodaVara/RibeiradoGuilherme”(referidodoravante como “LIFE Priolo”) tem como objectivo a recuperação do habitat dePyrrhulamurina emtodaasuaáreadeocorrência,queseencontraameaçadapeladominânciadeplantasexóticasinvasoras.Esta recuperação envolve a plantação de um número significativo de espécimes de vegetação nativa,apósalimpezadavegetaçãoexótica.Estasacções,imprescindíveisparaaconservaçãodoPriolo,terãoigualmenteefeitossobreoshabitatsexistentesnaZPE,sendodereferirquedois importanteshabitatsserão directa e indirectamente beneficiados pelo projecto: a Laurissilva dos Açores e os MatosMacaronésicosEndémicos.

2 RESUMOFINALDOPROJECTO2.1. Principaisresultadosobtidos

A realização de um projecto da complexidade do LIFE Priolo assume desde o seu início um grau deincerteza impossível de evitar ou mesmo reduzir ao longo da sua duração. Tal como referido emdiversos locais epordiversosespecialistas comprovou-seduranteosúltimos cincoanosquea gestãodeste tipo de projectos com um elevado nível de intervenção, no terreno e na sociedade, tem de serrealizada de uma forma extremamente adaptativa. Exigindo um acompanhamento constante epormenorizadodosmaisdiversosaspectosabrangidospelamultiplicidadedeacçõesqueconstituírameste projecto. Bem como uma enorme capacidade de adaptação de todos os intervenientes,principalmente da equipa directamente responsável pela execução das acções. Esta necessidade deadaptação aos novos conhecimentos ou circunstâncias chocou por diversas vezes com a poucaflexibilidadedas regrasdoprogramaLIFE, oque levoupor exemploà apresentaçãodeumpedidodealteraçãoaoprojectoinicialemmeadosde2006.Noentanto,deumaformageraloprojectoacabouporcumprirenamaiorpartedoscasosultrapassarosobjectivosiniciais.

O projecto LIFE Priolo, na sua versão final, foi composto por 43 diferentes acções que abrangeram4áreasprincipaisdeactuação:

-Elaboraçãodeplanoselegislação;

-RecuperaçãoegestãodohabitatdoPriolo;

-MonitorizaçãodapopulaçãodePrioloedoseuhabitat;

-Divulgaçãoesensibilizaçãoambientaldapopulação.


Em todas estas áreas o projecto atingiu a maioria das suas metas iniciais e obteve resultadosfundamentaisparaaconservaçãodoPrioloedoseuhabitatalongoprazo.Arelevânciadosresultadosobtidos levou inclusive aqueoLIFEPriolo se tenhavindo a tornarumprojectode referência anívelregional,nacionaleeuropeu.

2.2. Principaisresultadosporacção

Acção ResultadosEsperados ResultadosFinais

A1 ElaboraçãodoPlanodeGestãodaZPE

Documento Documentopublicado

A2 AlargamentodaZPEPicodaVara/RibeiradoGuilherme

ZPEinicial2.000ha ZPEactual6067ha

A3AnálisedaviabilidadeeconómicadaZPEPicodaVara/RibeiradoGuilherme

Documento AnáliseeconómicadoLIFEPriolo

A4 DocumentoorientadordocorteflorestaldeCriptoméria

Documento Documentodetrabalho

A5

IntegraçãodaZPEPicodaVara/RibeiradoGuilhermenaRedeNacionaldeÁreasProtegidas

Legislação IntegraçãonoParqueNaturaldeSãoMiguel

A6Integraçãodasmedidasdegestãodoprojectonaspolíticassectoriaiseregionais

Legislação PlanosectorialRedeNatura2000,PDMPovoaçãoeNordeste

A7

ZonamentodasactividadesagrícolaseflorestaisnazonaimediatamenteadjacenteàZPEPicodaVara/RibeiradoGuilherme


A8 Revisãodalegislaçãodecontrolodeespéciesexóticas

Legislação Legislaçãoemconclusão

A9MapeamentodocobertovegetalnaZPEPicodaVara/RibeiradoGuilherme


C1Incentivoàplantaçãodepomares

Pomarplantadocomapoiosfinanceiros

Pomarcomcercade650árvoresdefrutae3500plantasnativascriadoemcolaboraçãocomentidadesregionais

C2 CortedeCriptoméria Reconversãode10hadematadeprodução 10hadeflorestanaturalcomcercede35000plantasplantadas

C3Avaliaçãodautilizaçãodealimentadoresartificiais Estudo Estudo;remoçãodealimentadores

D1

EvitarutilizaçãodeplantasexóticasnasestradasdaZPEPicodaVara/RibeiradoGuilherme

Protocolo Protocoloeacompanhamentodostrabalhos

D2 TestarcontrolodeConteira Definirmetodologia MetodologiaeficazparaConteiraeCletra

D3 RemoçãodeConteira Controloem75%daáreadeintervenção(225ha)

Controloem227hadaáreadeintervençãocomreduçãodedensidadesde98%

D4 RemoçãodeCletraeGigante Controloem75%daáreadeintervenção(225ha) Controloem227hadaáreacom89%demortalidadedeCletra

D5 Aberturadetrilhosdeacesso Acessoàsáreasdeintervenção Aberturaemanutençãode20kmdetrilhos

D8 Plantaçãodeespéciesnativas Plantaçãode500milplantasnativas Plantaçãodemaisde60milplantas

D9Produçãodeplantasdeespéciesnativas

Produçãode110milplantas/ano ??

D10ImplementaresquemadefiscalizaçãonaZPEPicodaVara/RibeiradoGuilherme

Projectodecorresemregistodeocorrências OcorrênciasverificadasapenasnaáreaadjacenteàZPE

E1Colocaçãodetabuletasinformativas 5tabuletasinformativas 5tabuletascomconteúdosactualizadosaolongodoprojecto

E2 PáginaWeb Páginaoperacional Páginaoperacionaleactualizada;Web-sig


E3 ProduçãodeCD-ROM ApresentaçãodoprojectoemCD-ROM

CD-ROMcomconteúdosdeapoioparaprofessores;CD-ROMcomapresentaçãodoprojecto

E4Produçãodefolhetossobreoprojecto Produçãode2folhetos

Produçãode1folhetodeapresentaçãodoprojecto(2000exemportuguêse1000exeminglês);2ºfolhetosubstituídopor

publicaçãodoRelatórionãoespecializado

E5 PromoçãogeraldoprojectoPopulaçãomaisinformadasobreasituaçãodoPriolo

Cercade270referênciasemmeiosdecomunicaçãosocial;artigosnasrevistasdebordodaSATAeTAP;NationalGeographicPortugal;

MençãoHonrosaPrémioBESBiodiversidade;Maisde135presençasemcongressosregionais,nacionaiseinternacionais.

EmissãoFilatélica;CampanhaSPEAAvedoAno2008;CampanhadaBirdlifeInternational“SpeciesChampions”

E6Produçãodelogótipodoprojecto Logótipo Logótipoecriaçãoda“marca”Priolo

E7Painelinformativosobreoprojecto Painel Painelactualizadoaolongodoprojectoemportuguêseinglês

E8Produçãodematerialeducativoparaprogramaescolar

Participaçãorepresentativada

populaçãoescolaremactividades

Maisde80actividadesrealizadas;participaçãodemaisde4200alunos,professoresefuncionários;Campanha“OPriolovaiàtuaEscola”,Concursoescolar;Workshopsparaprofessores;Centro

AmbientaldoPriolo;Kit’sdeapoioeducativo

E9ColaboraçãonodesenvolvimentodoprogramaturísticoparailhadeSãoMiguel

Integraçãodopatrimónionaturalnascampanhasturísticasdoarquipélago

ParticipaçãonaBritishBirdwatchingFairem2007e2008;Colaboraçãocomempresasturísticasnacionaiseinternacionais;ColaboraçãocomDirecçãoRegionaldeTurismoeASDEPR–

DocumentáriosobreLIFEPriolo

E10Formaçãodostrabalhadoresnarecuperaçãodehabitats

Equipasdeintervençãonoterrenodevidamente

habilitadas

Equipapermanentede10elementosmuitoqualificada,cursoprimeiros-socorros;Formaçãoaequipasexternas

E11Colaboraçãonapromoçãodetrilhosturísticos

Trilhoscominformação;guiasinformados

Colaboraçãonadivulgaçãodostrilhos,preparaçãodaGrandeRotadoPriolo;workshopsecursosparaguiasturísticos;colaboraçãocomCâmaradaPovoaçãoedoNordeste,comempresasnacionaise

internacionais;CentroAmbientaldoPriolo

E12Elaboraçãodorelatórionãoespecializado Documento

Documentoemportuguêseinglêsemversãodigitalparadisponibilizaçãoonlineeimpressoparadistribuição;ofertapelo

CorreiodosAçoresdaimpressãoedistribuiçãocomosuplementodojornal

E13Criaçãoeimplementaçãodeumacampanhadedivulgação

F1Planeamento,revisão,gestãoeimplementaçãodoprojecto 5relatórios 5relatórios

F2 ComissãoExecutiva 20reuniões 20reuniões

F3ComissãoConsultiva(PrioloRecoveryTeam)

Acompanhamentodoprojectoporespecialistas

5reuniões;WorkshopCientíficosobreoPrioloeaLaurissilva(2007)

F4Avaliaçãodasensibilizaçãodapopulaçãoemgeraledaadministração

Estudo Estudo;PopulaçãomaisinformadasobreaproblemáticadoPriolo

F5Monitorizaçãoderemoçãodeespéciesexóticaserecuperaçãodaflorestanatural

Acompanhamentodasacções

Taxasdeeficáciadocontrolodeexóticassuperioresa90%;recuperaçãodasespéciesnativasumanoapósaintervenção;baixa

mortalidadedasespéciesplantadas

F6MonitorizaçãodapopulaçãodePriolo

Acompanhamentodaevoluçãodapopulaçãode

Priolo

Censosanuais;AtlasdoPriolo2008;anilhagem;recolhadeinformaçãoaolongodetodooano;Populaçãoemaparente

estabilizaçãoourecuperação;Aumentodaáreadedistribuição.

F7Avaliaçãodosresultadosglobaisdoprojecto Relatório Relatóriofinal

F8Elaboraçãodoprogramaderecuperaçãodohabitatpós-LIFE Documento DocumentodecandidaturaaoprogramaLIFE+;Novoprojecto

LIFE+parahabitatsprioritários

F9 Contabilidadedoprojecto Acompanhamentocontabilísticodoprojecto Relatórioscontabilísticos

F10 Auditoria Relatório Relatório

2.3. Resumodosprodutosidentificáveis


Produto Acção Situação

Páginaweb E2 Concluído(*)

Brochura/panfleto E4 Concluído

Exposição-painel E7 Concluído(*)

Logótipodoprojecto E6 Concluído

Kitdidácticoparaescolas E8 Concluído(*)

CDROM E3 Concluído(*)

Tabuletassobreprojectonaáreadeintervençãoenostrilhosturísticos E1 Concluído

Exposiçãocomdesenhosdascrianças E8 Concluído

T-shirts E8 Concluído(*)

Viveirosdeproduçãodeplantasnativas D9 Concluído

Mapasdocobertovegetaldaárea A9 Concluído

Documento–AprovaçãodoalargamentodaZPEPVRG A2 ConcluídoDocumento-PlanodegestãodaZPEPicodaVara/RibeiradoGuilherme A1 ConcluídoSededoprojecto F1 Concluído

Documento-Programaoperacional F1 Concluído

Documento-AnálisedaviabilidadeeconómicadaZPEPVRG A3 Concluído

DocumentoorientadordocorteflorestaldeCriptomérianaZPEPicodaVara/RibeiradoGuilhermeezonaenvolvente A4 Concluído

Parcialmente

Documento-ReclassificaçãodaáreadedistribuiçãodoPriolocomoReservaNatural,regulamentaçãoeorgânica A5 Concluído

Mapa-ZonamentodasactividadesagrícolaseflorestaisnazonaimediatamenteadjacenteàZPEPicodaVara/RibeiradoGuilherme A7 Concluído

Documento-legislaçãodecontrolodeespéciesexóticasrevista A8 Emconclusão

ProtocolocomDirecçãoRegionaldasObrasPúblicassobreusodeplantasnativasnasbermasdasestradas D1 Concluído

ContratocomWildlifeManagementInternationalparaerradicaçãodeConteiranaáreadeintervençãodoprojecto D2,D3 Concluído

ContratocomempresadetrabalhosruraispararemoçãomanualequímicadeCletraeremoçãomanualdeGiganteplantaçãodeespéciesnativas D4,D8 Concluído

CriaçãodeMascoteelayoutdereferência E13 Concluído(*)

DesenvolvimentodeCampanhadeMarketing(SpotspublicitárioseconteúdosparaInternet) E13 Concluído(*)

DVDcomdocumentáriosobrePriolo E13 Concluído(*)

Press-releases E5 Concluído(*)

Documento-AvaliaçãodasensibilizaçãodapopulaçãoemgeraledaadministraçãorelativamenteàproblemáticadoPrioloedavegetaçãonativa F4 Concluído

Documento-Monitorizaçãodasacçõesderemoçãodeexóticasedeproduçãoeplantaçãodeespéciesnativas. F5 Concluído

Documento-MonitorizaçãodapopulaçãodePriolo F6 Concluído

Documento-Programaderecuperaçãodohabitat,quedarácontinuidadeàsmedidasimplementadasduranteoprojecto. F8 Concluído

Documento–Relatórionãoespecializado E Concluído

(*)-ActividadescontinuadaspeloCentroAmbientaldoPriolo) 2.4. Resumodosprincipaismarcosdoprojecto


Marco Acção Dataprevista Situação

Comissãoexecutivadoprojectoreúne-sepelaprimeiravez F1 Outubro2003 Concluído

AlargamentodaZPEPVRG A2Dezembro2003 Concluídoapóso

previsto

Gestordoprojectoeassistentescontratados F1 Janeiro2004 ConcluídoPrograma operacional preparado e acordado por todos os

parceiros

F1Abril2004 Concluído

Sededoprojectoestabelecidaeafuncionar F1 Abril2004 Concluído

Viveiros de produção de plantas nativas monitorizados pela

equipadeprojecto

D9Maio2004 Concluído

Erradicação de exóticas na área de intervenção do projecto

iniciada

D1-D8Maio2004 Concluído

Plantação de espécies nativas na área de intervenção do

projectoiniciada

D1-D8Maio2004 Concluído

50hadaáreadeintervençãodoprojectolimpadeexóticas D1-D8Novembro2004 Concluídoapóso

previsto

PlanodeGestãocompletado A1 Novembro2004 ConcluídoPrimeiropomarestabelecido(numterrenode36ha) C1

Dezembro2004 Concluídoapósoprevisto

Alteraçãoleiexóticas A8 Dezembro2004 Emconclusão

10hadeCriptomériacortados C2Maio2007 Concluídoapóso

previsto

TrilhosturísticosnaZPEemfuncionamento E1 Novembro2005 Concluído


previsto

Kitdidácticoparaescolas E8Abril2006 Concluídoapóso

previsto


previsto

Campanha de marketing em funcionamento com ampla

divulgaçãoanívelregional,nacionaleinternacional

E13Março2007 Concluídoapóso

previsto

Programadidácticoimplementado E8 Novembro2007 Concluído200hadaáreadeintervençãodoprojectolimpadeexóticas D1-D8

Novembro2007 Concluídoapósoprevisto

ÁreaprincipaldeocorrênciadoPriolo(316,2ha)limpaem75%

deexóticas,comzonasdevegetaçãonativaplantada

D1-D5Novembro2008 Concluído

Zonas das áreas tampão limpas de exóticas, com vegetação

nativaplantada

D8Novembro2008 Concluído

Programaderecuperaçãodohabitatquedarácontinuidadeàs

medidasimplementadasduranteoprojecto,estabelecido

F8Novembro2008 Concluído

3 ACÇÕESPREPARATÓRIASEDEELABORAÇÃODEPLANODEGESTÃO

AsacçõesAprevistasnodecorrerdoprojectosãoasqueseindicamdeseguida:

A1. ElaboraçãodoPlanodeGestãodaZPEPicodaVara/RibeiradoGuilherme


A2. AlargamentodaZPEPicodaVara/RibeiradoGuilherme

A3. Análise da viabilidade económica da gestão e “valoração" dos serviços ecológicos da ZPE Pico da Vara/Ribeira doGuilherme

A4. DocumentoorientadordocorteflorestaldeCriptomérianaZPEPicodaVara/RibeiradoGuilhermeezonaenvolvente

A5. IntegraçãodaZPEPicodaVara/RibeiradoGuilhermenaRedeNacionaldeÁreasProtegidasatravésderegulamentaçãoeorgânicapróprias

A6. Integraçãodasmedidasdegestãodoprojectonaspolíticassectoriaiseregionais

A7. Zonamento das actividades agrícolas e florestais na zona imediatamente adjacente à ZPE Pico da Vara/Ribeira doGuilherme

A8. Revisãodalegislaçãodecontrolodeespéciesexóticas

A9. MapeamentodocobertovegetalnaZPEPicodaVara/RibeiradoGuilherme

3.1. AcçãoA1–ElaboraçãodoPlanodeGestãodaZPEPicodaVara/RibeiradoGuilherme

ResponsávelpelaAcção:SociedadePortuguesaparaoEstudodasAvesConcluídaem2005

OPlanodeGestãodaZPEPicodaVara/RibeiradoGuilhermefoipropostodemodoapermitiridentificareplanificarasmedidasdealteraçãodehabitatpropostas,constituindoumdocumentoqueenquadraasmedidasprevistasnoprojectoepermiteasuacontinuidadeamédioelongoprazo.OPlanodeGestãofoiassim desenvolvido segundo os princípios de participação pública e envolvimento de todas as partesinteressadasnagestãodaZPE.EmboradaresponsabilidadeinicialdaSecretariaRegionaldoAmbienteedoMar, estaacção foidesenvolvidaemparceria comaSPEA,deacordo comoprotocoloassinadonoâmbitodoprojectoLIFE.

OPlanodeGestãoincidesobretodaaáreadeocorrênciadoPriolo,istoénaZPEPicodaVara/RibeiradoGuilhermetalcomonaversãoalargada(verAcçãoA2)easuaimplementaçãoédesdelogoasseguradapelasacçõesdoprojectocompatíveis.OPlanodeGestãofoipublicadoJulhode2005,aquandodavisitadoSr.MinistrodoAmbienteaoProjectoLIFEPriolo,sendoválidoatéDezembrode2010etendocomoáreadejurisdiçãoolimitedaZPEpublicadonoDecretoRegulamentarRegionaln.º9/2005/Ade19deAbril.

A elaboração do Plano de Gestão da ZPE Pico da Vara/Ribeira do Guilherme, teve como objectivosprimordiais:

! Conhecerecompreenderosítio;

! Formularosobjectivosaatingircomagestãodosítio;

! Identificar asmedidasde gestão (actividades, projectos, programasde trabalho)necessáriasparaatingirosobjectivosformulados;

! Identificarosmeiosdemonitorizaçãonecessáriosparasaberseosobjectivosestãoaseratingidoseseosrecursoshumanos,financeirosetécnicosestãoaseraproveitadosdeformaeficaz.

Foramorganizados2workshopsquecontaramcomaparticipaçãodediversasentidades.Nosworkshopsfoi definida a Missão do Plano de Gestão, objectivo supremo em torno do qual é desenvolvido eprogramadoodocumento,foiformuladadoseguintemodoedecomumacordoentretodososparceiros:“GeriroshabitatsdaZPEPicodaVara/RibeiradoGuilhermeemcompromissocomumfuturosustentável,garantindoa conservaçãodoPriolo.”Foram tambémdefinidos edesenvolvidosos6ObjectivosGeraisparaagestão:

1) Criarnoanode2005umaestruturadegestãoquepermitaaimplementaçãodesteplano

2) AsseguraraexistênciadalegislaçãonecessáriaparaaprotecçãodaZPE

3) AumentaraáreadehabitatdoPrioloemmaisde300hectares,preservandoajáexistente

4) GarantiroapoioeparticipaçãodapopulaçãolocaledosvisitantesparaaprotecçãodoPriolo

5) Compatibilização das actividades económicas desenvolvidas na área abrangida pela ZPE com osobjectivosdeconservaçãodoPriolo

6) Investigação aplicada sobre os factores que influenciam a estrutura da floresta natural, adistribuiçãoeabundânciadeespéciesexóticaseasuainfluênciasobreoPriolo


Emtermosderesultadosesperadosestesforamplenamentecumpridosem2005,atravésdapublicaçãoedoPlanodeGestãodaZPEdoPicodaVara/RibeiradoGuilhermeeconsequenteaceitaçãodaspolíticassectoriais de uso do solo através do envolvimento de todos os interlocutores regionais, de modo apotenciaraimplementaçãodaestratégiadegestãodohabitatdoPrioloemtodaasuaamplitude.Paraalémdestesresultadosédesublinharocumprimentodediversasacçõesquenãoestavamprevistasnoprojecto LIFEPriolo e que foram conseguidas com recursos externos em consequênciada elaboraçãodeste Plano de Gestão, por exemplo a construção do Centro Ambiental do Priolo e os trabalhos deinvestigaçãocientíficasobreaespécieeoseuhabitat.

Anexos:

! PlanodeGestãodaZPEPicodaVara/RibeiradoGuilherme:Gil,A.2005.PlanodegestãodaZonadeProtecçãoEspecialPicodaVara/RibeiradoGuilherme.SociedadePortuguesaparaoEstudodasAves,Lisboa.

3.2. AcçãoA2–AlargamentodaZPEPicodaVara/RibeiradoGuilherme

ResponsávelpelaAcção:SecretariadeEstadodoAmbienteedoMarConcluídaem2005

A ZPE Pico da Vara/Ribeira do Guilherme foi designada para a protecção do Priolo, situação apenaspossível se abranger a totalidade da área de distribuição da espécie, devido ao grau de ameaça queapresenta.No entanto, à data de início doprojecto a ZPEPico daVara/Ribeira doGuilherme incluíaapenasumapartedaáreatotalconhecidadedistribuiçãodoPriolo.Ainformaçãoanterioraoprojecto,obtidadesde1991eapresentadaàSecretariaRegionaldoAmbienteedoMaremAgostode2002,apósconsultaaoespecialistadaespécieeautordoPlanodeAcçãoparaoPriolo,mostravaqueaespéciesedistribuíaporumaáreabemmaisextensaqueaZPEentãoexistente.AszonasnãoclassificadasadatadeiníciodoprojectoincluemasmanchasdeflorestanativanoPicodoBartolomeuenoSaltodoCavalo.

NaFigura3.1apresentam-seos limitesdaZPEoriginal,bemcomoaactualZPEapós finalizaçãodestaacção. A alteração dos limites da ZPE Pico da Vara/Ribeira do Guilherme foi aprovada através dapublicaçãodoDecretoRegulamentarRegionaln.º9/2005/A,de19deAbril(emanexo),aumentando-seassimaáreaclassificadade2.019hectarespara6.067hectares,quaseo triplodaáreaoriginal.AZPEPico da Vara/Ribeira do Guilherme engloba agora a totalidade da área de distribuição conhecida daespécie,permitindoaplicaràtotalidadedaáreadedistribuiçãodoPrioloasmedidasprevistasnoplanodegestãodaZPE.

AacçãofoirealizadasobaresponsabilidadedaSecretariaRegionaldoAmbienteedoMareassegurouos resultados esperados em2005, através do alargamento da ZPE para a área total de ocorrência doPrioloconhecidanaalturaerespectivapublicaçãocomodecretolegislativo.

Anexos:

! DecretoRegulamentarRegionaln.º9/2005/A,de19deAbril


Figura3.1.ComparaçãodasáreasdaZPEoriginaleapósaalteraçãodoslimites.

3.3. AcçãoA3–Análisedaviabilidadeeconómicadagestãoe“valoração"dosserviçosecológicosdaZPEPicodaVara/RibeiradoGuilherme


A identificação de fontes de financiamento das áreas com estatuto de protecção da natureza sobresponsabilidade governamental, não exclusivamente dependentes do orçamento geral do estado eorçamento regional, permitirá dar continuidade àsmedidas de gestão do habitat iniciadas durante oprojecto.AZPEPicodaVara/RibeiradoGuilhermetem,porexemplo,umfortepotencial turísticoquepode contribuir para viabilizar a gestão da ZPE com recursos financeiros adequados. Paralelamente,pretende-se identificar os fundos disponíveis a nível comunitário que permitirão contribuir para asmedidasdeconservaçãodaZPEnofuturo.

A identificaçãodovaloreconómicoacrescentadopelosprojectosdeconservaçãodanaturezaqueremtermos socioeconómicos quer em termos de serviços realizados pelos ecossistemas, é importante nahoradeidentificarfontesdefinanciamentoparagarantiracontinuidadedasacçõesdegestãodohabitatedeconservaçãoalongoprazo.Éporestarazãoque,deacordocomassugestõesdaSecçãodePolíticaAmbientaldoparceirointernacionalRSPB–RoyalSocietyfortheProtectionofBirds,foramampliadososobjectivos específicos da Acção A3, incluindo esta avaliação da valorização trazida actualmente pelodesenvolvimentodoprojecto.

Esta metodologia concertou-se na criação dum relatório provisório que valora quatro partes inter-relacionadasmasindependentesmetodologicamente:

a)AvaliaçãodoimpacteeconómicodoprojectoLIFEPriolonaeconomialocaleregional;

b)Serviçosdosecossistemasoferecidospelaprotecção/restauraçãodos6.000hadaZPE;

c)AvaliaçãocontingentedovalordoPriolo;

d)Análisealongoprazodoscustosdegestãoedasfontessustentáveisdefinanciamento.

EsterelatórioseráconcluídoapósaconclusãodoprojectoLIFEcomosdadosfinaisrelativosaoprojecto.Noentanto, asprimeirasanálisesefectuadas comprovaramaelevada importância socio-económicadarealização deste LIFE, bem como o elevado valor da conservação do Priolo e do seu habitat para aspopulações que dele usufruem. O estudo realizado tem sido já divulgado a nível europeu com outrasassociações como a RSPB e a Birdlife tendo suscitado enorme interesse. Neste momento está a serconcluído o trabalho de valorização dos serviços de ecossistemas fornecidos pela ZPE para suaintegraçãocomocase-studynumapublicaçãoaníveleuropeu.


FoiigualmentefeitaumaprevisãodecustosparaagestãodaZPEamédio/longoprazo,bemcomoumaanálisedaspossibilidadesdefinanciamentoexistentesparaacontinuaçãodostrabalhosdeconservação,como por exemplo: FEDER/PRORURAL, SIDER, Plano de Desenvolvimento Rural da R.A. dos Açores,entreoutros.

AgestãoeconservaçãodaZPEirãopassarsemprepelaelaboraçãodoplanodeordenamentoparaaáreanoâmbitodoParqueNaturaldeIlhadeSãoMiguel,oqualficarásobrearesponsabilidadedaSecretariaRegionaldoAmbienteedoMar.

Anexos:

! RelatóriospreliminaressobreavaliaçãodoimpactoeconómicodoLIFEnaeconomialocaleregional,serviçosdeecossistemas,avaliaçãocontingentedovalordoPrioloeanálisedoscustosalongoprazodagestãodaZPE

! DocumentoresumodaspossíveisfontesdefinanciamentodagestãodaZPE

3.4. AcçãoA4–DocumentoorientadordocorteflorestaldeCriptomérianaZPEPicodaVara/Ribeira

doGuilhermeezonaenvolvente


ApesardeaconservaçãodoPrioloestardirectamentedependentedaconservação,gestãoeexpansãodoseu habitat (a Laurissilva dos Açores e os Matos Macaronésicos), o Inventário Florestal da DirecçãoRegionaldosRecursosFlorestais(DRRF)eotrabalhodecampocomplementarindicamgrandepartedaZPEeZonaImediatamenteAdjacenteàZPE(ZIAZPE)sãoocupadasemgrandeparteporplantaçõesdeCriptoméria (Cryptomeria japonica) cujaexploraçãoeconómicaéviáveleconstituiumadasprincipaisactividades económicas da área. Este recurso lenhoso ocupa cerca de 46,6% da ZPE e ZonaImediatamente Adjacente à ZPE (ZIAZPE), num total de 2827,22 hectares, que se distribuem porterrenos privados (39,7%) e terrenos sob gestão da DRRF, nomeadamente os baldios inseridos noperímetroflorestal(60,3%)(verFigura3.2).

Figura3.2.ÁreadeProduçãoFlorestalnaZPEezonaadjacente(ZIAZPE).

As plantações de Criptoméria formam uma mancha compacta, muito densa, com povoamentos dediversas idades que são progressivamente cortados quando atingem as dimensões adequadas. Oincentivo económico dado aos privados para a florestação dos seus terrenos com Criptoméria e oposterior lucro que advém para o privado tem levado ao acréscimo do esforço de plantação destaessência florestal. O corte de Criptoméria tem particular impacte em termos da economia dosproprietáriosprivados.Naáreapública,aadministraçãoregionalnãoprevêaexploraçãodesterecursoacurtoprazo.Paralelamente,eemborasejaumaespécieexótica,aCriptomériafuncionaemalgunscasoscomoumabarreiraàinvasãoprogressivadevegetaçãoexóticainvasoranaZPE,umavezqueoníveldeensombramentoeascaracterísticasprópriasdaespéciedificultaodesenvolvimentodequalquerestratoarbustivo ou arbóreo sob a sua copa. Deste modo, qualquer corte de Criptoméria deve ter em


consideraçãooposteriorimpactonohabitat,devendoacautelar-seaaberturadeclareiraseacessosumavezquepromovemaprogressãodainvasãodavegetaçãoexóticainvasora.

EmboraoPlanoSectorialdaRedeNatura2000proíbaaintroduçãodeespéciesexóticasnaZPEPicodaVara/Ribeira do Guilherme, actualmente na área de regime de propriedade privada da ZPE qualqueralteraçãodeessênciaflorestalédedifícilimplementaçãodevidoàpreferênciadomercadopelamadeirade Criptoméria e também à interdição de corte de espécies endémicas ao abrigo de programas deinvestimento. Também a implementação da política de aumento da vegetação nativa por regimesprivadoepúblicoterãodepassarporumincentivoprogressivoàutilizaçãodeespéciesautóctonesnestaárea,porumamaiorcapacidadedeproduçãoemviveirodeplantasautóctonesepelautilizaçãodestasem acções de arborização e reflorestação na área abrangida pela ZPE. Para tal, terá de ser criado eimplementadotodoumquadrofinanceiroelogísticodeapoioseincentivosaestasnovasmedidas.

AZPEPicodaVara/RibeiradoGuilhermeestáintegradanaRedeRegionaldeÁreasProtegidasatravésdasuainclusãonoParqueNaturaldaIlhadeSãoMiguel(verAcçãoA5).ODecretoLegislativoRegionaln.º15/2007/A,de25deJunho,procedeuaumareformulaçãodoregimejurídicodaclassificação,gestãoeadministraçãodasáreasprotegidasdosAçores,revogandooDecretoLegislativoRegionaln.º21/93/A,de 23 de Dezembro, que adaptou à Região Autónoma dos Açores o Decreto-Lei n.º 19/93, de 21 deJaneiro,alteradopeloDecreto-Lein.º115/2005,de18deJulhoereferentesàRedeNacionaldeÁreasProtegidas. As futuras políticas que serão implementadas através do órgão gestor do Parque Natura,actualmenteosServiçosdeAmbientedeSãoMiguel,eaelaboraçãodoPlanodeOrdenamentodoParqueNatural da Ilha de S. Miguel, bem como a elaboração do Plano de Ordenamento Florestal ainda sãodesconhecidos.

Faceaestecenáriodeconstantemutaçãoeà complexidadedasituação,eparaquesejapossívelumarecuperação gradual de áreas de Cryptomeria japonica na ZPE a longo prazo, é necessária aimplementaçãodeum“PlanodeOrdenamentoeExploraçãoFlorestal”daáreaabrangidapelaZPE

A DRRF tem vindo ao longo do último ano a preceder à actualização do inventário florestal, com ainclusãodeinformaçãopormenorizadaqueirápermitiralongoprazogerirasáreasflorestaisdeacordocom as melhores práticas e no sentido de assegurar não só a vertente económicamas igualmente aconservação das áreas naturais existentes. A SPEA elaborou um relatório onde se apresenta toda ainformação disponível para a ZPE bem como as principais orientações que deverão ser seguidas naexploraçãofuturadas florestasdeCriptomériadaárea.AelaboraçãodofuturoPlanodeOrdenamentodoParqueNaturaldeilhaterádeterigualmenteemcontaestasindicaçõeseainformaçãoresultantedotrabalhodeactualizaçãodoinventárioemcurso.

Anexos:

! Documento orientador do corte florestal deCryptomeria japonica na ZPE Pico da Vara/Ribeira doGuilhermeezonaenvolvente:Silva,C.,A.Gil&R.Botelho2008.RecuperaçãodohabitatdoPriolonaZPE Pico da Vara /Ribeira do Guilherme. Acção A4 – Documento orientador do corte florestal deCryptomeria japonica na ZPE Pico da Vara/Ribeira do Guilherme e zona envolvente. SociedadePortuguesaparaoEstudodasAves,Lisboa(relatórionãopublicado).

3.5. AcçãoA5–IntegraçãodaZPEPicodaVara/RibeiradoGuilhermenaRedeNacionaldeÁreas

Protegidasatravésderegulamentaçãoeorgânicapróprias

ResponsávelpelaAcção:SecretariaRegionaldoAmbienteedoMarConcluídaem2008

NoiníciodoprojectoaáreadedistribuiçãodoPrioloestavaparcialmenteinseridanaReservaNaturalFlorestaldoPicodaVaraetambémnaZPEdoPicodaVara/RibeiradoGuilherme,entretantoalargada(ver Acção A2). Durante a maior parte do período do projecto, que antecedeu a reclassificação dasReservasFlorestaisNaturaisdaRegiãoAutónomadosAçorescomoReservasNaturais,agestãodestasáreasmanteve-se transitoriamentesoborientaçãodaSecretariaRegionaldoAmbienteedaSecretariaRegionaldaAgriculturaePescas.

A reclassificação da área de distribuição do Priolo como Reserva Natural e a publicação deregulamentação e orgânica próprias foram consideradas como a garantia da implementação dasmedidas preconizadas no Plano de Gestão da ZPE, uma vez que passam a existir instrumentos denatureza legal que vinculam sujeitos públicos e privados ao seu cumprimento. Esperava-se portanto


nesta Acção que a área abrangida na nova ZPE Pico da Vara/Ribeira do Guilherme fosse claramenteclassificadaaoabrigodelegislaçãonacionaldeprotecçãodevaloresnaturaiseconservaçãodanatureza.

Comoprimeiropasso,onovoregimejurídicodaRedeRegionaldeÁreasProtegidasdaRegiãoAutónomadosAçoresfoipublicadosobaformadeDecretoLegislativoRegionaln.º15/2007/A,de25deJunho,econsagrou uma reforma sem precedentes no regime jurídico de classificação e gestão das ÁreasProtegidasnaRegião.Deacordocomoestatuídonoseuartigo17.º,oParqueNaturaldaIlhaconstitui,apardoParqueMarinhodoArquipélagodosAçores, aunidadedegestãodebasedaRedeRegionaldeÁreas Protegidas da Região Autónoma dos Açores para cada uma das nove ilhas do arquipélago. Astipologias de áreas protegidas são geridas por uma estrutura organizativa e conceito próprios e acategorizaçãodosespaçosqueintegramcadaParqueNaturaldaIlhaéfeitarecorrendoànomenclaturadaUniãoInternacionalparaaConservaçãodaNatureza(IUCN).

Em 8 de Julho de 2008 é finalmente instituído o Parque Natural de Ilha de São Miguel, através doDecreto Legislativo Regional n.º 19/2008/A (ver em Anexo), que integra todas as áreas protegidasclassificadasereclassificadasaoabrigodoDecreto-Lein.º19/93,de23de Janeiro,adaptadoàRegiãoAutónomadosAçorespeloDecretoLegislativoRegionaln.º21/93/A,de23deDezembro,etambémasreservas florestais naturais parciais criadas pelo Decreto Legislativo Regional n.º 27/88/A, de 22 deJulho,aoabrigodoDecretoLegislativoRegionaln.º15/87/A,de24deJulho,eclassificadaspeloDecretoLegislativo Regional n.º 15/2007/A, de 25 de Junho, são reclassificadas como reservas naturais,reconhecendo-seassim,dopontodevistaconservacionista,ovalornaturaldestesespaçosdeexcelência,equiparando-osàsrestantesáreasprotegidasdaRegião.

A área da ZPE Pico da Vara/Ribeira do Guilherme passa assim a integrar a Rede Regional de ÁreasProtegidas através do Parque Natural de Ilha de São Miguel, passando a designar-se também porReservaNaturaldoPicodaVara,sendoagoraasuagestãoclaramentedaresponsabilidadedaSecretariaRegionaldoAmbienteedoMar(Figura3.3).

Deacordocom indicaçõesdaSPEAenoseguimentodosconhecimentosobtidosao longodopresenteprojecto foi ainda incluída no Parque Natural uma área significativa de Turfeiras Altas Activas, noPlanaltodosGraminhais,umhabitatprioritárioemgraveperigodedesaparecimentoeadjacenteàZPE.NestaáreatambémforamregistadasváriasocorrênciasdePriolonosúltimostrêsanos.

Figura3.3.MapapropostoparaoParqueNaturaldeIlhadeSãoMiguel(ZPEdoPicodaVara/RibeiradoGuilherme)

Anexos:

! DecretoLegislativoRegionaln.º19/2008/Ade8deJulho

3.6. AcçãoA6–Integraçãodasmedidasdegestãodoprojectonaspolíticassectoriaiseregionais


ResponsávelpelaAcção:SecretariaRegionaldoAmbienteedoMarConcluídaem2008

Estamedidapretendiaqueasmedidas implementadasduranteoprojectofossemintegradasdeformaadequadanasestratégiassectoriaiscomimpactosobreaconservaçãodaZPEPicodaVara/RibeiradoGuilherme, ultrapassando o seu impacto directo durante o projecto e permanecendo nessas políticasapósoprojecto.DemodoagarantiroaumentodasensibilidadedaadministraçãocentralelocalparaaconservaçãodoPriolo,eodesempenhofundamentalquetêmnaintegraçãodemedidasdeprotecçãodaespécie nos diversos sectores da sociedade, foram realizadas inúmeras reuniões, formais e informais,com diversas entidades do Governo Regional e das autarquias com influência potencial, directa ouindirecta, na conservação do Priolo. Os resultados verificáveis desta acção e que garantem asustentabilidade e compromisso da Administração Central e local podem-se resumir nos seguintespontos:

! AelaboraçãodoPlanoSectorialdaRedeNatura2000daRegiãoAutónomadosAçores foiumdospassosmarcantes no decurso do projecto, estabelecendo as regras e condicionamentos no uso egestão dos sítios Natura 2000 na Região e, consequentemente, da ZPE Pico da Vara/Ribeira doGuilherme.AComissãoMistadeCoordenaçãodoPlanofoicoordenadapelaSecretariaRegionaldoAmbienteedoMarecontoucomaparticipaçãodaSPEA.OPlanoSectorialfoiaprovadoepublicadoatravés do Decreto Legislativo Regional n.º 20/2006/A, de 6 de Junho de 2006, tendo sidoconcretizado destemodo o objectivomais importante daAcçãoA6. A partir dessa data, todos osInstrumentosdeGestãoTerritorialdecaráctersectorial,regionaloumunicipalabrangendoparcialou totalmente territórios dos sítios integrados na Rede Natura 2000 terão de integrar esalvaguardarasmedidasdeprotecçãoegestãopreconizadasnoPlanoSectorial.

! DeacordocomopublicadonoDespachon.º935/2006de19-09-2006daIISÉRIE-N.º38doJornalOficialdaRegiãoAutónomadosAçores(pág.4280),eporsolicitaçãosuaàSecretariaRegionaldoAmbiente e do Mar (SRAM), Câmara Municipal da Povoação (CMP) e Direcção Regional deOrganização da Administração Pública (DROAP), a SPEA foi integrada na Comissão Mista deCoordenação de Acompanhamento da Elaboração do Plano Director Municipal do Concelho daPovoação(S.Miguel-Açores),queabrange45%daáreadaZPEPicodaVara/RibeiradoGuilherme.Comestaintegração,aSPEApoderápugnarpelaintegraçãonoPDMdasmedidasdeprotecçãoedegestãopreconizadasquernoPlanodeGestãodaZPEPicodaVara/RibeiradoGuilherme(elaboradoemparceriacomaSRAM),quernoPlanoSectorialparaaRedeNatura2000dosAçores,demodoaasseguraraconservaçãodoPrioloedoseuhabitat.OprocessodeelaboraçãodoPDMencontra-senuma fase adiantada de planeamento, tendo já contado com a colaboração da SPEA e com aintegraçãodemedidasrelativasàgestãodehabitatsnaáreadaZPE.

! FoifeitoumpedidoàCâmaraMunicipaldoNordesteparaintegraçãonacomissãoqueiráprocederàrevisãodoPDMdoconcelho.

! Nas acçõesdeplantaçãonas estradas, da competênciadaDirecçãoRegionaldasObrasPúblicas eTransportes Terrestres (DROPTT), foram criadas normas que asseguram a plantação de espéciesnativasnasestradaseacessosparaprotecçãodafloraendémicaedoPriolo(verAcçãoD1).

! OLIFEPriolo,atravésdasuaequipaedosváriosparceiros,deuapoionadinamização,promoçãoeestruturaçãodaRedeRegionaldeTrilhosPedestres,querdentrodaZPE,quernaáreaenvolvente.ComoresultadodesseapoioedaimportânciaqueoPrioloeoseuhabitattemvindoaassumir,foijádecidido a criação de umaGrandeRota do Priolo que atravessa a ZPE e permite ligar vários dostrilhos da Rede Regional de uma forma circular. Esta grande rota terá marcação e informaçãoespecíficasalusivasaoPrioloeaflorestanativa.Acolaboraçãocomdiversasentidadeseassociaçõesregionais tem possibilitado trazer ao Nordeste e Povoação, diversos grupos com o objectivo deconhecermaissobreoPriolo.

! AboacolaboraçãocomaDirecçãoRegionaldeTurismotempossibilitadopromoveroPriolocomoumamais-valiaturísticaimportanteparaaRegião.Estacolaboraçãopossibilitouodesenvolvimentodealgunsprodutos,bemcomoaparticipaçãoemvárioseventosregionaiseinternacionais(comoasBirdfairsemInglaterra)eaorganizaçãodoWorkshopCientíficosobreoPriolo.DestaformaoPriolotemsidocadavezmaisvistocomoumsímbolodaRegiãoeumPatrimónioimportanteaproteger.

! Uma das acções não previstasmais relevantes do projecto foi a criação do Centro Ambiental doPriolo,contribuindoassimparaumpapeldeapoioaopúblicoescolar,aos turistasevisitanteseàpopulação em geral. O Centro Ambiental foi construído devido ao compromisso da DirecçãoRegionaldosRecursosFlorestaisemcederasinstalaçõesnaReservaFlorestaldeRecreiodaCancela


doCinzeiroedaSecretariaRegionaldoAmbienteedoMaremfinanciaranualmenteesteprojecto.Ficaassimgarantidaumainfra-estruturaqueseráusadaportodasasescolasdailhaequecontarácomcooperaçõescomasescolaseecotecasemSãoMiguel.OtrabalhorealizadoanívelescolartemvindoapermitirinserircadavezmaisaproblemáticadoPriolonosconteúdoseducativosdaRegião.

Anexos:

! PlanoSectorialdaRedeNatura2000naRegiãoAutónomadosAçores:DecretoLegislativoRegionaln.º20/2006/Ade6deJunho

3.7. AcçãoA7–Zonamentodasactividadesagrícolaseflorestaisnazonaimediatamenteadjacenteà

ZPEPicodaVara/RibeiradoGuilherme


Nas zonas marginais e adjacentes à ZPE Pico da Vara/Ribeira do Guilherme ocorrem uma série deactividades florestais e agro-pecuárias com impacte directo sobre a ZPE. O mapeamento destasactividadesénecessárioparaidentificarasprincipaisfontesdepressãosobreohabitatnaturaldoPrioloeprioritizarasacçõesnecessáriasparaprevenirameaçasactuaisoupotenciaisparaaZPEapartirdaszonas limítrofes desta. Este zonamento permite identificar os principais intervenientes nas zonaslimítrofes da ZPE e as actividades que desenvolvem, atingindo-se mais facilmente o objectivo decontacto comas entidades e privados com interesses económicos compotencial impacte sobre a ZPEassimcomoaintegraçãodasmedidasdeprotecçãodoPriolonasactividadessectoriais.

Para este trabalho optou-se, através das decisões em reuniões de Comissão Executiva e ComissãoConsultiva, por delimitar uma faixa de 500 metros perpendicular ao limite da ZPE implementada,correspondendoaumaáreadeaproximadamente2.950hectares(verFigura3.4).Orelatóriorelativoaestaacçãofoiconcluídoem2004(emanexo).

Figura3.4.CartadeUsodoSolodaáreaabrangidapelazonaimediatamenteadjacenteàZPE.

Osprincipaisconteúdosdestedocumentoincluem:

! Descriçãoqualitativaequantitativadosusosdesoloexistentesnaáreaabrangidapelozonamento;

! RegimedePropriedade(Público/Privado);

! Enquadramento jurídico e restrições de uso das áreas existentes com estatuto de protecção(ReservasFlorestaisdeRecreioeReservasFlorestaisNaturais)

! Discussãoderesultadoseconclusão

! Apresentaçãodelinhasdeestratégiaaadoptarcombasenosresultadosobtidosecondicionamentosexistentes(comreferênciaaosprogramasexistentesaodesenvolvimentoruraleflorestal-LEADERePRODESA)

A acção foi realizada sob a responsabilidade da Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves eassegurou os resultados através da elaboração da Carta de zonamento das actividades com impactosobreaZPEesuaintegraçãonostrabalhospreparatóriosdoPlanodeGestão(AcçãoA1).


Anexos:

! Relatório técnico: Gil, A. 2004.Estudo de zonamento das actividades agrícolas e florestais na ZonaImediatamente Adjacente à ZPE Pico da Vara/Ribeira do Guilherme. Sociedade Portuguesa para oEstudodasAves,Lisboa.

3.8. AcçãoA8–Revisãodalegislaçãodecontrolodeespéciesexóticas

ResponsávelpelaAcção:SecretariaRegionaldoAmbienteedoMarConcluídaparcialmenteem2008

No seguimento das obrigações internacionais assumidas por Portugal, e da própria Lei de Bases doAmbientequepreconizaa elaboraçãode legislaçãoadequadaà introduçãodeexemplaresexóticosdeflora, foi publicado o Decreto-lei nº565/99 de 21 de Dezembro para regulamentar a introdução naNaturezadeespéciesnãoindígenasdefloraedefauna.Noentantoodiplomareferidonãoseencontraadaptado às Regiões Autónomas, uma vez que, por exemplo, os anexos que incluem a listagem dasespéciesalvoderegulamentaçãodizemapenasrespeitoaoterritóriodocontinente.

Com esta acção pretendeu-se proceder à adaptação dos anexos do Decreto-lei nº565/99 de 21 deDezembroàRegiãoAutónomadosAçores,comoconsequenteaumentodafiscalizaçãoediminuiçãodasintroduçõesdeexóticasacidentaisoupropositadas.

AtéfinaldoLIFEPriolonãofoipossívelterminarareferidarespostalegislativa,talsituaçãodecorredacomplexidadeinerentedoprocesso,ampliadapelaespecificidadegeográficaregional.Comodesígniodeefectuar uma proposta coerente optou-se por solicitar pareceres técnicos e científicos a um amploconjuntodeentidades.Estaconsulta,indispensável,revelou-seexcedentárianotempo,tendoemcontaos prazos relativos à respectiva acção do projecto LIFE. Acresce a esta situação o facto da DirecçãoRegionaldeAmbienteteramplificadooâmbitodapropostalegislativa,nãosóparaabrangerocontrolodeespéciesexóticasmas tambémoutras temáticas,aglutinadasna “DefesadoPatrimónioNaturaldosAçores”.

Este procedimento legislativo, apesar do final do LIFE Priolo, continua a ser uma prioridade daSecretariaRegionaldoAmbienteedoMarviaDirecçãoRegionaldoAmbiente.NestesentidoaDirecçãoRegionaldoAmbienteassumeatotalresponsabilidadepelainiciativaemanáliseecompromete-se(vercartaemanexo)aremeteratéfinalde2009,àAssembleiaLegislativaRegionalumapropostalegislativadospressupostosassumidos.Estecompromissoassentanofactodeareferidapropostaestarnumafasebastanteavançadadasuaelaboração.

Anexos:

! Carta do Director Regional do Ambiente dos Açores, Dr. Frederico Cardigos, com Memorando epropostadeDecretoLegislativoRegional

3.9. AcçãoA9–MapeamentodocobertovegetalnaZPEPicodaVara/RibeiradoGuilherme


No iníciodoactualprojectoLIFEPrioloumadasprincipais lacunas identificadas foiaausênciadeumconhecimento detalhado do coberto vegetal da ZPE, principalmente nas áreas ocupadas por habitatsnaturais. Com vista a colmatar esta situação e tendo presente que a principal ameaça para a florestanativa remanescente é a rápida proliferação de vegetação exótica invasora, foi desenvolvido umlevantamento do coberto vegetal da ZPE, incidindo principalmente nas áreas que restam de florestanativa.

Comvistaàobtençãodecartografiarigorosadosdiferentes tiposdehabitatsecomunidadesvegetais,parausonoplaneamentodostrabalhosdegestãodohabitatenoapoioatodaainvestigaçãoaplicadaaoPriolo e ao seu habitat, foi realizada a foto-interpretação em SIG da área central da ZPE, na qual seencontramasmaioresmanchasdeflorestanatural.


Paraos1323hectaresdazonacentraldaZPEforamidentificadas48classesdeocupaçãodosolo,nasuamaioria referentes a formações vegetais. Esta área apresenta, tal como acontece no resto da ZPE, umdomíniodasplantaçõesdeCriptoméria,especialmentenasáreasdoPicodoBartolomeuedoPicoVerde,num total de 367,5 ha, correspondendo a 27,8%da área estudada.Aonível das áreas com vegetaçãoespontânea as formações vegetais dominantes são as áreasmuito invadidasporCletra,emque aindaexisteLaurissilva,correspondendoa14,4%daáreaanalisada,aparecendoemterceirolugarosbosquesde Laurissilva, já com algum grau de invasão por Cletra (9,9%); em quarto lugar aparecem ospovoamentos puros de Incenso, que cobrem uma área de 97,9 hectares (7,4%). Existem já poucospovoamentos que possam ser considerados como áreas de floresta autóctone pura, excepção feita àsáreasintervencionadaspeloactualprojecto(verFigura3.5).

A acção foi realizada sob a responsabilidade da Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves eassegurouos resultadosatravésdaelaboraçãodasCartasdo cobertovegetaldaZPEe sua integraçãonos trabalhosde identificaçãoecontrolode focosde invasãodeespéciesexóticas (AcçõesD4eD5)eacçõesdemonitorizaçãodoPrioloedoseuhabitat(AcçõesF5eF6)

Anexos:

! Relatóriotécnico:Botelho,R.,A.Gil&A.delaCruz2008.AcçãoA9-MapeamentodocobertovegetalnaZPEPicodaVara/RibeiradoGuilherme.SociedadePortuguesaparaoEstudodasAves,Lisboa.

Figura3.5.CartadasprincipaisformaçõesvegetaisexistentesnaáreacentraldaZPE

3.2. Progressodasacçõesúnicasdegestãodobiótopo

DentrodasacçõesCdoprojecto,estavamprevistasparaoperíododesterelatórioasseguintesacções:C1. IncentivoàplantaçãodepomarescomárvoresdefrutaquedesenvolvembotõesfloraisnofinaldoInverno

C2. CortedeCriptomérianaszonasdeflorestadegradadanasáreastampãoadjacentesaoprojecto

C3. Aumentodadisponibilidadealimentaratravésdealimentadoresartificiais

3.2.1. Acção C1 – Incentivo à plantação de pomares com árvores de fruta que desenvolvem botõesfloraisnofinaldoInverno


DuranteoInverno,oPriolodesceatéàszonasdebaixaaltitudeàprocuradealimentoqueescasseianaszonasaltascomvegetaçãonativa.Tendoemcontaqueasárvoresdefrutoconstituíramemmeadosdo


século XX uma importante fonte alimentar destas aves, quando a produção de laranjas e pêssegosconstituía uma actividade comum na região esta acção é importante tanto pela disponibilização dealimentopara as aves comopara incentivos à economia local.Atravésdesta acçãopretendeu-se criarincentivos à plantação de árvores de fruto junto dos agricultores da região com terrenos em locaisadequados,recorrendoaosapoiosregionaisecomunitáriosdisponíveisnaRegião.Asárvoresdefrutomais adequadas para a Priolo são aquelas que têm floração no final do Inverno, seleccionando-se aslaranjeiras,pessegueirosemacieiras.

Para a acção demonstrativa prevista contou-se com a colaboração do proprietário de um terreno, Sr.NorbertoFerreira,com3,57hectaressituadonovaledaRibeiradoGuilherme.OarranjoeplantaçãodopomarforaminiciadosemJaneirode2005,comumaáreadepomarde2,20hectares,contandocomaplantaçãode900pésdeárvoresdefruto.Nofinaldoprojecto,contandocomamortalidadedealgumasárvores,contabilizam-se662árvoresdefruto(492demacieira,25depessegueiroe191decitrinos).Éde salientar a colaboração comos Serviços deDesenvolvimentoAgrário de SãoMiguel (SDASM), quecontribuíramparaapromoçãodevariedadesregionaisdestasárvoresdefruto.Desdeaplantação,eaté2008,foirealizadaamanutençãoperiódicadestepomar,queratravésdocortedaerva,queratravésdarealizaçãodepodasetratamentosemcolaboraçãocomosSDASM.

Paraalém,daplantaçãodeespéciesfrutícolasforamplantados,narestanteárea,3500plantasespéciesendémicasenativas(Folhado,Uva-da-serra,Azevinho,Sanguinho,Pau-branco,Ginja-domato),algumasdosquais,instaladasemparalelocomasárvoresdefrutodeformaacriarsebesdeprotecçãoaopomare outras para fixar taludes existentes na propriedade. Durante o ano de 2007, um estagiário doprograma Leonardo Da Vinci elaborou um plano orientador de gestão compatibilizando o modo deproduçãobiológicocomaconservaçãodoPriolo.(verrelatóriotécnicoemAnexo).

ParaalémdavertentedeconservaçãodoPriolo,dademonstraçãoedoincentivoeconómico,opomarfoiolocalparaaorganizaçãodecursoseacçõesdeformaçãoaagricultoreslocais,demodoapromoverainstalação de pomares, aumentando a procura de árvores de fruto, que são cedidas a título gratuito,pelosServiçosdeDesenvolvimentoAgrário.O local temservidotambémparaarealizaçãodevisitaseacçõesdedivulgação,essencialmentecomcongressoseescolas.

Em complemento ao pomar demonstrativo acima referido foi desenvolvido também um modeloexperimental para produção de Uva-da-serra (Vaccinium cylindraceum), com o objectivo de a médioprazoprocurarproduzirfrutosdeUva-da-serradeummodorentável,associandométodosdeproduçãobiológica à produção de frutos de uma espécie endémica. Este propósito surgiu numa tentativa deencontrar uma produção com mais-valia associada à conservação do Priolo e da flora endémica,procurandoinverterapresentesituaçãodeimportaçãodeMirtilo-americano(Vacciniumcorymbosum).Esta iniciativa contou com o interesse de mais dois proprietários de terrenos na região, tendo sidoinstalados dois pomares de produção de Uva da Serra, um com 470 plantas e outro com 70 plantas.Ambosospomaresdemonstraram,emcondiçõesnaturais(ausênciaderegaedeadiçãodefertilizantes),insucessonainstalaçãocomumamortalidadede19%.Asrestantesplantasencontravam-sedebilitadas,tendosidotransplantadasparaaáreadaAcçãoC2,aaltitudesmaisfavoráveisaoseudesenvolvimento.

Algunsproprietárioslocaistêmmostradointeresseemdisponibilizarosseusterrenosparaainstalaçãodeoutrospequenospomaresemzonasdebaixaaltitude.Estesresultadosultrapassaramasexpectativascriadasnoiníciodoprojectoecontribuíramtambémparaincentivaraeconomialocalcomactividadeseconómicaspositivasparaapopulaçãolocal,eaomesmotempobenéficasparaaconservaçãodoPriolo.

Anexos:

! Relatório técnico: SPEA2007.PlanodeGestãodo “PomardoPriolo”. Contributo paraas acções doprojectoLIFEPriolo:C1-Incentivoàplantaçãocomárvoresdefrutaquedesenvolvembotõesfloraisno final do Inverno e D8 - plantação de espécies nativas na área principal de ocorrência do Priolo(Pyrrhulamurina)ezonastampãoadjacente.SociedadePortuguesaparaoEstudodasAves,Lisboa

3.2.2. AcçãoC2–CortedeCriptomérianaszonasdeflorestadegradadanasáreastampãoadjacentesaoprojecto

Responsável pela Acção: Direcção Regional dos Recursos Florestais (Venda da madeira) e SPEA(preparaçãodossolos,controlodeexóticaseplantação)Concluídaem2008

A floresta resultantedamonoculturadeCriptomeria japonica constituiumaparte significativadaZPEPico daVara/Ribeira doGuilherme, ocupando2827,5 ha (46,6%da área da ZPE) sendoque 1704ha


(60% da área de Criptoméria) são de domínio público. Esta situação deverá ser equacionada numaperspectivaalongoprazo,apósalimpezadaszonasinfestadascomoutrasexóticas.Assim,considerou-seimportanteaintegraçãodeumaacçãodecortedeCriptomériaatítuloexemplar.

ComaAcçãoC2–“CortedeCriptomérianaszonasdeflorestadegradadanasáreatampãoadjacentesaoprojecto”, pretendeu-se demonstrar na prática a possibilidade de promover a recuperação dedeterminadas áreas confinantes com a zona central de distribuição do Priolo, que poderão no futuroservirdeexemploparaplanosdegestão/recuperaçãodehabitatsdeLaurissilva.Paralelamenteaesteobjectivopretende-seaumentaraáreadehabitatdeLaurissilvaededisponibilidadedealimentarparaoPriolo,bemcomoestabelecerumcorredorecológicoentreasdiferentesmanchasdeflorestaLaurissilvadaáreadaTronqueira/Bartolomeuepomar(verAcçãoC1).EstaAcçãoC2,éinéditaepioneiraemtodaaRegiãopelosobjectivosderestauraçãodeumhabitatendémicoedeconservaçãodoPriolo.Amadeirade Criptoméria proveniente da exploração desta área foi vendida em hasta pública a um empreiteiroflorestal.AexploraçãodaáreacomeçouemAbrilde2006e terminouemMarçode2008(Figura3.6).Foram plantadas mais de 30.000 plantas de 11 espécies diferentes com compassos que variam de1,20mx1,20m até aos 3x3m. As principais espécies utilizadas são as que desempenham um papelimportantenadietadoPriolo(Uva-da-serra,Ginja-do-matoeAzevinho).

Figura3.6–Limpezaderesíduosàcurvadenível.

Foitambémefectuadaasementeirademuitasespéciesarbóreasearbustivascomointuitodefixarossolos, diversificaronúmerode espécies ede classesde idade (muitas espéciesutilizadas apresentamperíodos de dormência superiores a 2 anos). As plantas utilizadas foram produzidas e cedidas pelosServiços Florestais do Nordeste. Para além da plantação foram semeados 20 litros de sementes dediferentes espécies (Cedro-do-mato, Folhado, Uva-da-serra, Azevinho, Ginja-do-mato e diversasherbáceas).

Emsimultâneocomaplantaçãodeespéciesarbóreasearbustivas,procedeu-seàplantaçãode37Fetos-do-botão (Woodwardia radicans) nas cotas mais altas, permitindo no futuro, a formação de novasplantas.O Sargasso (Luzula purpureosplendens), umaplantapioneira e importantenadieta doPriolo,produzidonoslaboratóriosdaUniversidadedosAçoresecolocadoa“ambientar”emtabuleirosnaSerradaTronqueira,foiplantadoigualmenteacotasmaiselevadas,emsistemadetapete(Figura3.7).Destaformapretende-sepromoveradisseminaçãodassuassementesparaasáreasmaisbaixas.

A gestão da área está actualmente inserida no Parque Natural de Ilha de S. Miguel, tendo sidoestabelecidoumesquemademonitorizaçãoanualemparceriacomaUniversidadedePlymouth(ReinoUnido),ficandoassimgarantidasagestãoeamonitorizaçãodaáreaaapósoLIFE.

EstaacçãodoprojectoLIFEPriolofoiumadasdemaiorenvergaduraaseguiràsacçõesdecontrolodeexóticas.Osrecursosqueinicialmenteforamdesenhadosparaaexecuçãodestaacçãoeramtotalmentedesajustados; a calendarização prevista em 2003 não era realista e a acção desenvolveu-se por umperíodomaisalongadopeloquefoialteradodeacordocomoPedidodeAlteraçõesaoprojecto.

Inicialmente o projecto previa somente o acompanhamento técnico desta acção em que toda a cargalogística necessária para a conclusão da mesma não estava incluída. Contudo, com a excelentecoordenação das diferentes equipas do projecto e da equipa demadeireiros foi possível terminar em


tempo útil a acção, antes do fim da vigência do projecto LIFE Priolo. A especificidade desta acçãorelacionada com as condicionantes da área (acesso, declives, condições climatéricas) foi um desafiosuperadoàscapacidadestécnicaselogísticasdoprojecto.

Figura3.7–Tapetedesargasso(Luzulapurpureosplendes)

Anexos:

Relatório técnico: Silva, C. 2008.AcçãoC2 – Corte de Criptoméria nas zonas de floresta degradadanasáreastampãoadjacentesaoprojecto.RelatóriodaacçãoC2doProjectoLIFEPriolo.SociedadePortuguesaparaoEstudodasAves,Lisboa

3.2.3. AcçãoC3–Aumentodadisponibilidadealimentaratravésdealimentadoresartificiais


Nos anteriores projectos LIFE foram montados alimentadores na ZPE Pico da Vara/Ribeira doGuilherme.Noentanto,oseusucessoparadisponibilizaralimentoaoPriolofoiavaliadopelosestudoseobservações realizadosnoâmbitodoactualprojecto.Asobservações realizadaspelaSPEAem2002e2004 sugeriam que o sucesso seria relativamente baixo, no entanto, foi necessário proceder a umaavaliaçãosistemáticadotipodealimentadores,dasua localização,dotipodealimentoutilizado,entreoutrasquestões.

Este estudo decorreu durante o primeiro semestre de 2006 (resultados apresentados no relatório deprogressode2006),sendoqueosdadosobtidosapontavamparaumanãoutilizaçãodosalimentadorespeloPriolo,tendo-seinclusiveverificadoautilizaçãodosalimentadoresporoutrasaves,nomeadamentetentilhões (Fringilla coelebs). O abastecimento regular de sementes poderia ser vantajoso parapotenciais competidores inter-específicos com o Priolo. Assim sendo e de acordo com os dadosdisponíveis optou-se por retirar estes alimentadores, o que foi realizado durante o Inverno de2006/2007.

Anexos:

! Relatório técnico: Ceia, R. 2006. Aumento da disponibilidade alimentar através do uso dealimentadoresartificiais.RelatóriodaacçãoC3doProjectoLIFEPriolo.SociedadePortuguesaparaoEstudodasAves,Lisboa.

3.3. Progressodasacçõesdegestãosazonaldoprojecto


AsacçõesDprevistasnodecorrerdoprojectosãoasqueseindicamdeseguida:

D1. PressionaraadministraçãoparaasubstituiçãodousodeplantasexóticasporplantasnativasnasbermasdosacessosnaZPEPicodaVara/RibeiradoGuilherme

D2. TestarosmétodosquímicosdeerradicaçãodeHedychiumgardneranumnaáreadeintervençãodoprojecto

D3. Remoção de Hedychium gardneranum na área principal de distribuição do Priolo e numa faixa de transição exteriorcompreendidanaáreatampão

D4. RemoçãomanualequímicadeClethraarboreaeremoçãomanualdeGunneratinctoria

D5. Aberturadosacessosparaacederàszonasdelimpezadevegetaçãoexóticaeplantaçãodeespéciesnativas

D8. PlantaçãodeespéciesnativasnaáreaprincipaldeocorrênciadoPrioloezonastampãoadjacentes

D9. Produçãodeespéciesnativasemviveiro

D10. Implementar esquema de fiscalização na ZPE Pico da Vara /Ribeira do Guilherme com particular atenção à zona deintervençãodoprojectoeàáreaprincipaldeocorrênciadoPriolo

Na proposta original do projecto incluíam-se duas outras acções (D6 –Remoção dos detritos vegetaisresultantes da limpezade exóticas das áreas intervencionadaseD7–Tratamento dos resíduos vegetaisretirados das zonas de limpeza), que foram no entanto abandonadas de acordo com a alteração deprojectoaprovadapelaComissãoEuropeiaem2005.Aremoçãodestasacçõesdeveu-seao factodeseter constatado que a acçãoD6 seria impossível de realizar por razões logísticas e de segurança,mastambémporqueas técnicasemetodologiasdecontrolo foramadaptadasdemodoaqueestaacção jánãoserianecessária.AacçãoD7foitambémcanceladapoisasuaexecuçãoeradependentedaacçãoD6.

3.3.1. AcçãoD1–PressionaraadministraçãoparaasubstituiçãodousodeplantasexóticasporplantasnativasnasbermasdosacessosnaZPEPicodaVara/RibeiradoGuilherme


Aplantaçãodeespéciesexóticasnasbermasdasestradas,comoobjectivodeembelezarapaisagemeporvezesdesegurarostaludes,éumapráticaqueestáenraizadanapopulaçãoenaadministração.EstaacçãovisoualterarapolíticaactualdeplantaçãoactivadeespéciesexóticasnaZPEezonaenvolvente,nomeadamente nas bermas das estradas, substituindo-a pela plantação de espécies nativas. A acçãopropostapretendeaproveitaroexemplodadopeloprojectonasáreasdeocorrênciadoPrioloealargaraplantaçãodeespéciesnativasàsestradaseacessos.

As acções de plantação nas estradas são da competência da Direcção Regional das Obras Públicas eTransportesTerrestres(DROPTT),geralmenteemcolaboraçãocomaCâmaraMunicipaldoNordesteeaDirecçãoRegionaldosRecursosFlorestais(aqualproduzasespéciesnativasnosviveiros).

DuranteoprojectoaSPEApromoveucontactoscomaDROPTT,desenvolvendo-seumacordoparaqueasacçõesdelimpezaedeplantaçõesnasestradascontribuísseparaumaumentodavegetaçãonativaenãousodeplantasexóticas.Emconjunto comaequipadeprojecto, aDROPTTassumiuumasériedenormas para os trabalhos a decorrer na área da ZPE (ver anexo), respeitantes à protecção da floraendémicaedoPriolo.Nomeadamente:

! Foi dada formação internanaDROPTT, aos cantoneiros, no sentidode ficarema conhecer asespéciesdeplantasnativasqueinteressapreservar;

! Ficouestabelecidoqueasplantaçõesdeveriamterautorizaçãosuperior,demodoagarantirquenãoserãoplantadasespéciesdeplantasexóticas;

! Deixou-se de realizar acções de limpeza de vegetação nas bermas da Estrada Regional daTronqueira entreMaio e Setembro, por existirem espécies que frutificam nessa época e queconstituemalimentoparaoPriolo;

! Foi autorizado o arranque de azáleas na ZPE, em colaboração com os técnicos da equipa doprojecto,queplantaramplantasdeespéciesnativasnoseulugar.

Foi assim cumprida plenamente esta acção e os respectivos objectivos, que teve também efeitospedagógicosnaadministraçãoeasseguraacontinuidadedeacçõessimplesmasimportantescomvistaàconservaçãodavegetaçãoautóctonedailha.

Anexos:

! OfíciodoDirectorRegionaldeObrasPúblicaseTransportesTerrestres,Ref.S-DROPTT/2006/3447de13deDezembrode2006


3.3.2. AcçãoD2–TestarosmétodosquímicosdeerradicaçãodeHedychiumgardneranumnaáreadeintervençãodoprojecto


AremoçãodeConteiraéumdospassosindispensáveisparaarecuperaçãodohabitatdoPriolo,sendoaConteiraumaplantainvasoracujocontroloédedifícil implementaçãodevidoàelevadacapacidadedepropagação vegetativa, através da produção de rizomas, e à elevada produção de sementes, cujadispersão é feita pelas aves. Um controlo eficaz e de longo prazo desta espécie implica o recurso amétodosquímicos.Ocontrolodestainvasoratinhasidoconseguidoatravésdaaplicaçãodeumnúmeromuito restrito de herbicidas, a maioria dos quais foi testado na Nova Zelândia, onde a invasão dehabitatsnaturaisporConteiraéumproblemadeconservaçãobastantesignificativo.

Àdatadoiníciodoprojectotinhamsidorealizadas,nosAçores,acçõespontuaisdecontrolomanualdeConteira, com resultadosmuito pobres e temporários. A nível internacional, nomeadamente na NovaZelândia, o controlo desta invasora tem sido conseguido através da aplicação de herbicidas, mas apermanênciadoherbicidano solopode constituirumproblema se este for aplicado incorrectamente.EstaacçãotinhacomoobjectivoidentificarasmelhorespráticasdeerradicaçãodeConteira,demodoaoptimizar o controlo desta espécie durante o resto da duração do projecto. Para além de avaliar oprodutoquímicoidealerespectivasconcentraçõesemétodosdeaplicação,convinhatambémanalisaromelhormododeevitarouminimizaroimpactonomeioenvolvente.

Dadaaespecificidadedosmétodosdeaplicaçãodoherbicidaeanecessáriaexperiência internacionalnestetipodetrabalho,foicontratadaaempresaneozelandesaWildLifeManagementInternationalLtd.(WMIL) que, em colaboração com a equipa do projecto, testou diferentes concentrações do herbicidametsulfurão-metilo (ALLY®) para os testes de controlo de Conteira. A equipa de projecto testouigualmenteesteherbicidaemoutrasespéciesvegetaisexóticas,nomeadamenteCletra,tendoverificadoasuaelevadaeficácianestasespécies.

Ostestestiveramcomoresultadoapuraramelhorformadeaplicação:acaldautilizadaéconstituídaporágua,grânulosa20%demetsulfurão-metilo(ALLY®),àrazãode6g/l,1ml/ldeTrend(molhante)e0,5g/l de corante alimentar, cuja principal função é tornar a solução herbicida visível. Esta acção foifundamental para o normal desenvolvimento do projecto, e as técnicas testadas foram as utilizadasduranteasacçõesderemoçãodeespéciesexóticasinvasorasnaáreadeintervenção.

Conteira

Técnica1: A planta, no estado adulto e antes de dar semente, é cortada manualmente aaproximadamente10cm,dorizomadeondeprovém.Omaterialresultantedocorte-cauleefolhas-,éusadoparacobrirazonadecorte,evitandoassimqueoprodutosejalixiviadopor acção da chuva ou orvalho. A solução é aplicada, usando um pulverizador de mãoapenas sobre o corte evitando escorrimentos. Os rizomas sem hastes devem receber umcorteeserpulverizados.

Figura3.8–AplicaçãodeherbicidaemConteira.

Técnica2: A planta, no estado adulto e antes de dar semente, é cortada mecanicamente aaproximadamente 10cm, dos rizomas.Deixa-se crescer até que atinja o estado de 4 ou 5folhas e pulveriza-se, usando um bico fino de forma a molhar totalmente a folhada erizomas,tentandosempreevitaroescorrimento.


CletraeIncenso

Atécnicausadadependedotamanhodaplanta.Assim,paraplântulasusa-seaaplicaçãofoliareremoçãomanual (apósaqualosmolhos sãopulverizados).Paraplantasaté6cmdeperímetrobasal, estas sãoquebradasmanualmenteameiaalturaeasoluçãoéaplicada,nolocalondeasoluçãodecontinuidadefoiinterrompida.Paraasárvores,sãoefectuadoscortescomumacatana,numângulodeaproximadamente45º,deformaaatingiraregiãodocambio.Oscortes,nãodevemdistarmaisde3cmunsdosoutrosedevem ser todos na mesma linha e o mais próximo possível da base. Os cortes são pulverizados,colocandoassimoherbicidanacirculaçãovascular.

Foram realizadas análises de solos e de água nas zonas intervencionadas. A Câmara Municipal doNordeste realizou algumas análises em amostras de água recolhidas junto das áreas de intervenção,sendoqueapenasumavezforamdetectadosresíduosdoscompostosutilizadosnocontrolodeexóticas.Essa situaçãodecorreupor causa da elevadaprecipitaçãodepois da intervençãonuma área de fortesdeclives. Apesar de os resultados serem extremamente baixos e não significativos, foram tomadasmedidasparaevitarasuarepetição.Assimemáreasmaissensíveis,aintervençãofoifeitadeformamaisespaçada no tempo e apenas em condições atmosféricas óptimas. Em zonas de linha de água não seutilizouherbicidas.

AacçãoatingiuosresultadosesperadosdedesenvolvimentodetécnicadecontroloquímicoidealaserutilizadanasacçõesD3eD4doprojectoetambémparaafuturagestãodaZPEnoperíodopós-projecto.

Anexos:

! Relatório técnico: WMIL. Azores Bullfinch habitat recovery project. Pico da Vara, Nordeste, SãoMiguel,Açores.SociedadePortuguesaparaoEstudodasAves,Lisboa.

! Relatório técnico: SPEA2005.Estudo hidrológico daBaciaHidrográfica daRibeira doGuilherme eavaliação das características pedológicas da ZPE Pico da Vara/Ribeira do Guilherme. SociedadePortuguesaparaoEstudodasAves,Lisboa.

3.3.3. AcçãoD3–RemoçãodeHedychiumgardneranum naáreaprincipaldedistribuiçãodoPrioloenumafaixadetransiçãoexteriorcompreendidanaáreatampão


A remoção de Conteira na zona principal de distribuição do Priolo foi uma das principais acções derecuperaçãodohabitatprevistasnoprojectoe,emconjuntocomaacçãoD4,ademaiorenvergadura,com uma carga logística e humana muito elevada. As acções de gestão sazonal do habitat,nomeadamenteasacçõesD3,D4,D5eD8,implicamautilizaçãodeumgrandenúmerodetrabalhadores,deacordocomastécnicasjádescritasnaacçãoD2.

Ao longo do projecto foram contratadas duas equipas de campo às empresas António M. Fernandes(Nordeste) e Irmãos Duarte (Povoação), variando o número e a dimensão das equipas em função daépocado anoedas condiçõesde trabalhono terreno.O tipode acções emcausa (limpezadeplantasexóticaseplantaçãodevegetaçãonativaemextensasáreas,dedifícilacessibilidade)implicouacriaçãode uma extensa rede de trilhos (ver Acção D5). As acções D3 e D4 (limpeza de exóticas) foramexecutadas simultaneamenteeaplantaçãodeespéciesnativas foi realizadaposteriormenteà limpezadasáreas.

Aáreadeintervençãotemumaáreade237,32haplanimétricos,constituídapor213,42hadeflorestadeLaurissilvaede23,91hadeflorestadeCriptoméria(Figura3.9).Paraacederaonúcleocentraldaáreadeprojectofoinecessárioprocederàaberturadetrilhos(AcçãoD5)eemsimultâneoprocederaocontrolode exóticas de Conteira e Cletra (acções D3 e D4) numa faixa de protecção, removendo árvores eresíduos. Os resíduos eram utilizados na construção dos trilhos, no entanto, estes só eram utilizadosapósocontroloquímicoporqueoriscoderebentar,enraizareoriginarnovosindivíduoseraelevado.

Com o decorrer do projecto, e àmedida que a área intervencionada ia aumentando, foi-se ganhandoexperiência, operacionalizando e profissionalizando a actual equipa de trabalho. Com a evolução dostrabalhosfoipossívelidentificarsituaçõesqueimpediam,porvezes,aboaprogressãodostrabalhosdecampo,comoaexistênciadelocaisdedifícilacesso.Asvariáveisqueinfluenciamoavançodostrabalhosde campo foram: a experiência dos elementos da equipa de campo, o método de controlo, os meioslogísticos afectos aos trabalhos, a densidade de plantas exóticas existentes, o relevo, a estrutura dohabitatadistânciadolocaldetrabalhoàbasedetrabalhoe,principalmente,ascondiçõesatmosféricas.


Figura3.9.ÁreadeintervençãodoprojectoLIFEPrioloemanchasdevegetação

Estes factores influenciam a gestão dos recursos disponíveis e requerem um planeamento rigorosoporquemuitosdestesfactoresnãosãopassíveisdecontrolar.

Dosfactoresimportantesnaevoluçãodostrabalhosdestacam-se:

1. Declives acentuados – aumentam a dificuldade de controlo, a velocidade de intervenção e asegurançadetrabalho;

2. Tempodepercurso–adistânciaapercorrerdabasedetrabalhopara intervirnasáreasmaisafastadas diminui o tempo útil de controlo. À medida que a distância aumenta o tempo decontrolodiminuievice-versa;

3. Condições meteorológicas – influenciam directamente o controlo químico. A aplicação deherbicidaemdiasdechuvae/oudeprecipitaçãooculta(nevoeirosdensos)provocaalixiviaçãodo produto, reduz a eficácia de controlo, aumenta os riscos de impacto de contaminação dossolos e vegetação nativa e os custos de intervenção (uma vez que será necessário repetir ocontrolo).

Estaúltimaésemdúvidaaquemaiscondicionaostrabalhosdecampo.AscondiçõesatmosféricasdosAçores e da área de intervenção em particular alteram-se com grande velocidade e é em muitoinfluenciado pela altitude. Da evolução do trabalho surgiram zonas onde o acesso era impossível nasencostasdoPicodaVaraeáreasamenoraltitudetotalmentedominadasporincensoeondeoacessoeraigualmentemuitocomplicado.Estasáreasdemenordimensão(aníveldeáreareal)edemenorvalorecológiconãoforamintervencionadasnatotalidade(Figura3.10).NaszonasdeCriptomériadentrodaáreade intervençãoou adjacentes foram igualmente sujeitas aumcontrolomais rápidopara evitar aexpansãodeexóticasparaadentrodaflorestanatural.

A determinação da área real (orográfica) é efectuada com recurso a SIG dispondo de software degeoprocessamento a partir da informação altimétrica da carta militar. Esta informação é processadaparaesboçaracartadedeclivesdaáreadeintervençãoecalcularaáreaorográfica.Oprocessamentodacartaéobtidoatravésdareclassificaçãoda informaçãogerada,pelocomandoDeriveSlope,domodelodigitaldeterreno-mdt(modelotridimensional).Areclassificaçãodaclassededecliveséefectuadaemclassesde10%(0a10%…90a100%)(Figura3.11).


Figura3.10.Áreaintervencionada(áreadeprojectoeáreatampão)

Figura3.11.Cartadedeclivesdaáreaintervencionada

A determinação da área planimétrica de cada polígono e o seu produto pelo declivemédio de classetraduzovalordaáreareal(altimétricaouorográfica)intervencionada.NaTabela3.1estárepresentadoovalororográficodasdiferentesclassesdedecliveemqueoseusomatóriorepresentaovalordeárearealintervencionadopeloprojectoLIFEPriolo.Ocoeficientedetransformaçãoéovalordeconversãododeclivemédiodaclasse(áreaaltimétrica=áreaplanimétricaxcoeficiente).


Tabela3.1.Áreasdasdiferentesclassesdedeclive

Classededeclives Frequência Áreaplanimétrica(ha)

Coeficiente Áreareal(ha)

Classe1(0%-10%) 65 1,14 1,05 1,20Classe2(10%-20%) 154 3,26 1,15 3,75Classe3(20%-30%) 241 5,85 1,25 7,31



Classe10(90%-100%) 107 18,25 1,95 35,58Total 3662 126,93 1,61 203,81

Deacordocomaanáliseefectuada,aáreaintervencionadadeflorestanativaorográficatemumvalorde203,81ha.Derealçarqueaclassemenosrepresentada(commenorárea)éaclasse1(1,20ha),queselocalizanoplanaltodoPicoVerde,ousejaaáreacommenoresdeclives,oquemostrabemorelevodazonaeasdificuldadesdetrabalhoinerentes.ParaalémdocontroloquímicoefectuadoemmanchasdeflorestanativaforamtambémintervencionadaspequenasmanchasdeCriptomériaondeseremoveramtodasasexóticasexistentes(dentrodaáreadoprojectoeáreatampão).NestasáreasforamremovidasasConteiraseasCletras,comafunçãodeprotecção(barreiradeprotecçãoàproliferaçãodeexóticas)oupara construçãodos trilhosdeacessoaonúcleo centraldaTronqueira (veracçãoD5).Estasmanchase/oucorredorescorrespondemaumaáreade4,64ha.

Assim, a área total intervencionada durante todo o período do projecto, não contando com a área detestedaAcçãoD2,éde208,45ha.

Estenúmeronãofoisuficienteparaatingiros225haprevistos,noentantoháqueconsiderarotrabalhodepreparaçãoeconstruçãodostrilhosemtodaaáreadeintervençãoeasmáscondiçõesclimatéricasem fases prolongadas do projecto. Há que destacar ainda a grande recuperação no último anomuitograçasàexperiênciaadquiridae consolidaçãodaequipade trabalho,bemcomoao factodeos trilhosestarem já todos preparados e ainda às condições climatéricas extremamente favoráveis no últimoInvernodoprojecto.

Étambémdesalientartodootrabalhodesenvolvidonocontrolodeespéciesinvasoresnos10ha(14haaltimétricos)daAcçãoC2erespectivaáreadeprotecção(2,25ha),naáreadaAcçãoC1(1,37ha)enoslocais onde foram executados as primeiras formações das equipas de trabalhadores do Concelho doNordeste (ano de 2004/2005) e da equipa de trabalho do Concelho da Povoação (2006) quecorresponde a uma área de 1,45ha. Se contabilizarmos todas as áreas intervencionadas pelo projectoLIFE Priolo através de controlo químico, os objectivos do projecto foram alcançados e mesmoultrapassados,resultandonumaáreatotalde227,52hasujeitaacontroloquímico.

3.3.4. Acção D4 – Remoção manual e química de Clethra arborea e remoção manual de Gunneratinctoria


ACletraconstituiasegundaespécieexóticaquecausamaiorimpactonegativosobreohabitatnaturaldoPriolo.ApesardeserumadasespéciesendémicasdaLaurissilvamadeirenseeconstituirumadassuasprincipaiscomponentes,nosAçoreséumaespécieexóticacomcapacidadeinfestante.ACletraconstituia segunda espécie exótica quemaior impacte negativo causa sobre o habitat natural do Priolo. A suaremoção complementa a remoção de Conteira (ver Acção D3), concluindo-se assim a limpeza daprincipaláreadeocorrênciadoPriolo.

A utilização do herbicida ALLY® proporcionou excelentes resultados, mesmo não efectuando o cortetotaldasárvores.Destaformaépossíveleliminaroensombramentoeacompetiçãopornutrientesporparte da vegetação exótica, mantendo as espécies nativas protegidas da acção do vento (factores


importantespara a recuperaçãoda floresta).Atravésde estudos realizados têm-severificadomaiorestaxasdefrutificaçãonasáreasintervencionadas(verAcçãoF5).

Otamanhodasequipasdetrabalhovariouaolongodoano,bemcomodeanoparaano.Noanofinaldoprojecto,conseguiu-seobterumamaiorestabilidadenaconstituiçãodaequipa,oquepermitiu,apesardemenoselementosdoqueemanosanteriores,obterumelevadorendimentono trabalhoproduzido(Figura3.12).

Número médio de trabalhadores por mês (Época de Verão de 2006 a 2008)

05

1015

2025

J unho J ulho Agosto S etembro

Mês

Númeromédiodetrabalhadores2006



Figura3.12.Númeromédiodetrabalhadorespormês

Em 2006 o númeromédio de trabalhadores nas operações de controlo químico foi de 10 elementos.Nesseano,ofactodeostrabalhosincidiremnaáreamaisafastadadabasedetrabalho(PicoVerde),aorelevoacentuadoeàexistênciadesuperfíciesverticaisassociadosaderrocadascompisoescorregadio,foram algumas das razões para manter uma equipa de reduzido efectivo apta e qualificada aintervencionar áreas de difícil acesso. Em Abril de 2007 foram contratados, para além da equipapermanente, 10 novos elementos, provenientes de uma empresa do concelho da Povoação, com umcontrato de seis meses de trabalho. A equipa de campo afecta ao projecto apresentou durante esteperíodoumefectivototalde26trabalhadores.OsnovoselementoscontratadosobtiveramformaçãodetrabalhodurantetrêssemanasnumapequenamanchadeflorestanativanoConcelhodaPovoação.Após a formação, com o início do desenvolvimento das acções de controlo químico na Serra daTronqueira,osnovoselementosforamdesistindodevidoàsgrandesdificuldadesencontradasnaáreadeintervenção do projecto, tendo alguns chegado a ser substituídos. No fim do período de seis meses,apenas cincodos novos elementos cumprirama totalidadedo contrato. Este facto vemmais uma vezcomprovar a dificuldade em encontrar trabalhadores com as características necessárias paradesenvolver as acções do projecto LIFE Priolo e, por outro lado, a necessidade demanter durante omaior tempopossívelos trabalhadoresquemelhor se têmadaptadoàs condiçõesde trabalho.Apesardos esforços e da formação que foi dada aos novos trabalhadores, verificou-se que a sua eficácia nasacçõesdecontrolodeexóticasfoimuitoreduzida.A intervenção realizada ao longo do projecto foi pensada de forma a maximizar o esforço investido,seleccionandoáreasespecíficasdeintervençãodeanoparaano,deacordocomasequipasdisponíveisecomascaracterísticasdecadaárea(Figura3.13).

Emparalelo,comostrabalhadoresem2008recebemosumgrupodevoluntáriosatravésdaassociaçãofrancesaAPasdeLoup.Arecepçãodosvoluntáriosbaseava-senocontrolodeespéciesexóticasdaSerradaTronqueiraeconheceroPrioloeasuaproblemática.Oprojectorecebeu18voluntáriosnoperíododeFevereiroaJunhode2008,noqualsecontabilizaram490diasdetrabalhodecampoadicionais.Duranteessesdias,cercade40%foramdedicadosaocontrolodeCletra.


Figura3.13.Áreasdevegetaçãonativaintervencionadaemfunçãodoano

OGiganteconstituiumadasespéciesexóticasemfrancaprogressãonailhadeSãoMiguelenaZPEPicoda Vara/Ribeira do Guilherme, provavelmente a espécie em maior expansão nos últimos anos.Actualmente, ocupa algumas zonas na área principal de ocorrência do Priolo e também nas zonastampão.AeliminaçãodasduasespéciesérealizadasimultaneamenteaocontrolodeConteiradescritonasacçõesD2eD3.

Durante omês deMaio de 2007, a localização deGigante foi cartografada, indicando-se os principaisvectores de contaminação (derrocadas, linhas de água e caminhos florestais). Posteriormente foiefectuadaa remoçãomanualdasplantasemalgumasáreas.Em2008 foramencontradosnovos locaiscominvasãodegiganteecomeçou-seaefectuartestedecontroloquímicocomdiferentesconcentraçõescomo princípio activoTriclopir. Considera-se necessário intervir no futuro, com algumaurgência, nocontrolodestaespécie,continuandoamonitorizareacartografaranualmentenovasáreasinvadidaseaexerceracçõesderemoçãodirigidasdeformaaerradicarosprincipaispontosdecontaminação.

Tal como foi já referido na Acção D3, estas acções de controlo de Conteira, Cetra e Gigante foramintegradas,sendoosresultadosglobaisidênticos, istoé,ocontroloefectivofoirealizadonumaáreade208,45ha, ou 227,52ha se contabilizarmos todas as áreas intervencionadas pelo projecto LIFE Prioloatravésdecontroloquímico.

3.3.3. Acção D5 – Abertura dos acessos para aceder às zonas de limpeza de vegetação exótica eplantaçãodeespéciesnativas


A abertura de acessos é indispensável para aceder às zonas de intervenção. Os acessos existentes noiníciodoprojectonãopermitiamacederàtotalidadedaáreadeintervenção.Aaberturadosacessosfoirealizada conforme as áreas a intervir e evitando sempre que possível qualquer corte de vegetaçãonativaouacriaçãodecorredoresquepossamcontribuirparaapropagaçãodevegetaçãoexótica.

A rede de trilhos final conta com uma extensão de 20,15 km. A rede é constituída por trilhospermanentes/principaisetemporários.Ostrilhostemporáriosforamcriadosapenasparaacessoalocaisdedifícilacesso,emalturasdecontroloquímicocomumaextensãode2350metros.Arededetrilhosprincipaltemumaextensãode17.800metros-umarededetrilhosmuitoextensaecomacessoaquasetodaaáreadeintervençãodoprojecto(Figura3.14).


Figura3.14.RededetrilhosconstruídosnoâmbitodoProjectoLIFEPriolo

Arededetrilhosprincipalfoiabertaquasenatotalidadenoanode2005/2006Aaberturadeumnovotrilho em 2007 foi efectuada para optimização do tempo de percurso para áreas de controlo muitolocalizadas. A rede de trilhos foi ainda importante, não só para execução das acções D3 e D4, mastambémparapermitirdesenvolveroutrasacçõeseestudoscomplementaresaoprojectoLIFEPriolo,taiscomo:

! EstudodadensidadederatosemustelídeosnaSerradaTronqueira;

! EstudodedoutoramentodeRúbenHelenosobrecadeiastróficasnohabitatdeLaurissilva;

! CensosdapopulaçãodePriolo;

! AtlasdoPriolo2008;

! RecolhadeamostrapararecuperaçãodaespécieGinja-do-matopelaUniversidadedosAçores;

! SeguimentodosninhosdePriolo

Amaioria dos trilhos foi construída no Inverno, ou em dias de chuva em que não era possível fazercontrolo químico. A rede de trilhos principal, devido ao uso e às condições ambientais adversas,degradava-se frequentemente e era necessário efectuar acções de manutenção com algumaregularidade.Estasacçõesincidiamnaconstruçãodedegraus,ousubstituiçãodosexistentesecortedevegetação(Figura3.15).

A rede de trilhos continuará encerrada para o público geral, por se tratar de uma área sensível emrecuperação,estandoapenasdisponívelparavisitascomintuitocientíficoe/oudemanutençãodaárea.


Figura3.15.Manutençãodeumdosprincipaistrilhosdetrabalho.

3.3.4. Acção D8 – Plantação de espécies nativas na área principal de ocorrência do Priolo e zonastampãoadjacentes


Dadoograudedegradaçãodoshabitatsnaturais,asuarecuperaçãoeoaumentodadisponibilidadedealimentodificilmentesãoasseguradosapenaspelaregeneraçãonaturaldavegetaçãonaszonasondeasexóticassãoremovidas.Aplantaçãoactivadeplantas(querporsementeira,quercriadasemviveiro)éumaexcelenteformadeaumentaradisponibilidadedealimentoemmenortempoparaoPriolo.Aolongodoprojectoforamplantadasdiversasespéciescomdiferentesorigens.Amaioriadasplantasfoiproduzida no Serviço Florestal do Nordeste (SFN), na Universidade dos Açores e de algumasexperiênciasdepropagaçãodoProjectoLIFEPriolo.OutrasplantasforamprovenientesdaáreadecortedeCriptoméria(acçãoC2),evitandoasuadestruiçãocomaexploraçãodocorte.Na tabela 3.2. está representado o número de plantas que foi instalado anualmente na duração doprojectoLIFE.Nosdoisprimeirosanos,naplantaçãofoiutilizadoumnúmeroreduzidodeplantasdevidoàmorosidadederemoçãototaldosresíduosdasacçõesD.3.eD.4.,comrecursoshumanos limitadosàsazonalidade,oquelevouaqueoespaçodisponívelparaplantaçãofossemuitoreduzido.Aplantaçãofoiefectuada na época de Maio a Junho 2004 em áreas derrocada e de floresta nativa (em redor domiradourodaTronqueira).EexistênciadeumelevadonúmerodeplantasdisponíveisnosSFN(cercade80.000) levouaqueem2004 tivesse sido feito um esforço de escoamento dessas plantas, no entanto, os espaços disponíveiseram essencialmente áreas de derrocadas ou outras zonas com condições menos boas. Esse factorcondicionou bastante o sucesso das plantações. Estas plantações executadas no limite da época deplantaçãoeemsolospobresemmatériaorgânicaeemhorizontespedológicos(derrocadas)registaramvalores demortalidademuito elevados. O custo benefício da plantação nestas condições verificou-sedemasiado baixo para os objectivos do projecto, pelo que se optou por plantar apenas em áreas comboascondiçõesdegarantirosucessodessasacções.Comautilizaçãodeumnúmeromenordeplantasnos2primeirosanosdoqueoprevisto(Tabela3.2),asplantas, disponíveis em viveiro no início do projecto, atingiram consideráveis dimensões sendonecessárioescoa-lasparaoutrosprojectosdeconservaçãodanatureza.Essasplantas foramcedidasaalgumasinstituiçõescomoescolasecâmaras,bemcomoutilizadasnarecuperaçãodealgunsespaçosnaZPEeproximidade.


Tabela3.2.–Númerodeplantasplantadasde2004a2008provenientedoServiçoFlorestaldoNordeste

Espéc ie 2004 2005 2006 2007 2008 TotalAzevinho 15.470 5.255 4.928 1.527 466 27.646C edro-do-mato 76 1.900 1.976Faia 57 64 121Folhado 587 389 648 1.624Ginja-do-mato 3.023 303 4.180 302 585 8.393Louro 364 575 478 1.417Pau-branco 114 1.438 2 1.554S anguinho 6 1.025 3.050 4.081Urze 2.670 834 4.498 8.002Uva-da-serra 106 4.800 175 5.081Tamujo 355 211 566Total 21.163 6.751 24.139 6.231 2.177 60.461

Em2006,comopedidodealteraçõescancelou-seasacçõesD6eD7epassouaserfeitaacontrataçãodepessoalaolongodetodoano.Estaalteraçãopermitiuaumentarorendimentodeexecuçãodasacçõesdecontrolo de espécies exóticas e plantação. No entanto, com os conhecimentos obtidos passou serutilizadaumametodologiaemqueosindivíduosdeCletranãoeramtotalmenteremovidos(verificou-sequeasespéciesnativasacabavamporcaircomoventonaausênciadeárvoresdeprotecção).Ofactodepermitir que as árvores de Cletra morressem em pé, sem corte, levou a que a área disponível paraplantaçãoemflorestanativafossemmenoresdoqueoinicialmenteprevisto.

Dascercade60000plantasqueforaminstaladas,aproximadamente50%foramplantadasemflorestanativaasrestantesforamutilizadasparaaacçãoC.2(30747).Dasplantasinstaladasemflorestanativaforam plantadas ao longo dos trilhos de trabalho e em áreas onde havia uma densidade de espéciesnativas reduzida. Nas áreas que apresentavam maior densidade de nativas foi feita sementeira dediferentes espécies. Para além, destas foram plantadas cerca de 5000 de plantas produzidas pelaUniversidadedosAçoresatravésdeprogramasdeestágios.Um outro factor que condicionou o tempo disponível para plantação de 2006 a 2008 foi o temponecessárioàlimpezaderesíduosflorestaisdaacçãoC2equenãoestavaprevista.Estaacção, implicouelevados recursos humanos e tempo. A distância das áreas intervencionadas à estrada tambémcondicionou alguns dos trabalhos de plantação, pois o tempo necessário para as atingir (por trilhospedestres) e o peso das plantas impedia o transporte de grandes quantidades de plantas para áreasmuitoafastadas.Noentanto,verificou-seaolongodoprojectoqueasáreasdeflorestanaturalsujeitasaostrabalhosdecontrolodeexóticasregistavamapós2a3anosumarecuperaçãomuitoevidenteemaisrápidadoseesperava.Defacto,mesmoemáreasmaisexpostas,ecommenordensidadedeplantasnativas,areacçãodafloranativaàeliminaçãodacompetiçãofoiexcelente,ocupandorapidamenteasuperfíciedisponívelquer através do crescimento de novos indivíduos, quer pela recuperação dos já existentes. Estaevidência, demonstradapelaprópriamonitorização levouaque as acçõesdeplantação realizadas em2007e2008 fossemmuitomaisplaneadasepontuais,dirigidasaáreasmuitoespecificas,permitindoconcentrar os esforços nas acções de controlo de exóticas e controlo da re-invasão nas áreasintervencionadasàmaistempo.A época de plantação assume uma importância enorme no sucesso das plantações, sendo obrigatórioqueestasseprocessemduranteoperíododeInverno.Aexperiênciadoselementosquerealizamestasacçõeséoutrofactorqueinfluenciamgrandementeoseusucesso.Aplantaçãodeespéciesnativasexigemaistempoemaiorescuidadosdoque,porexemplo,aplantaçãodeCriptomériaaqueostrabalhadoreslocais estão acostumados. Estes resultados foram comprovados pelamonitorização destas plantações(Figura3.16).


Figura3.16.Ginjadomatoproduzidaemviveiromonitorizadaparaaferirsucessodeplantação.

Apesar de o número de plantas utilizadas nas plantações ter sido inferior ao inicialmente estimado,consideramosquetalnãoveiotrazerqualquerprejuízoparaarecuperaçãodasáreasintervencionadas,sendo evidente a sua recuperação após intervenção de controlo de exóticas. O reforço através daplantação de espécies produzidas em viveiro assumemaior importância na recuperação de áreas demenoresdimensões(bolsasdevegetaçãonaturalmaispequenas),zonasdeperiferia(commaiorriscode re-invasão) ou zonas em que o uso do solo é radicalmente alterado (recuperação de zonas deCriptoméria como na acção C2). De realçar que os custos de mão de obra no terreno não sofreramqualquerdiminuição,nãosendooscustosenvolvidosdirectamenteproporcionaisaonúmerodeplantas.

3.3.6. AcçãoD9–Produçãodeespéciesnativasemviveiro

Responsávelpelasuaexecução:DirecçãoRegionaldosRecursosFlorestaisConcluídaem2008

O aumento da disponibilidade de alimento para o Priolo implica a recuperação de áreas de florestanativaeoreforçodaspopulaçõesdasespéciesnativasnaNaturezaatravésdaplantaçãodeindivíduosproduzidosemviveiros.AlistadasespéciesquesãoplantadasresultadaexperiênciaadquiridacomosanterioresprojectosLIFE,incluindoduassituações:espéciesúteisparaaalimentaçãodoPrioloouentãoestruturantesdoecossistema,esimultaneamenteespéciespassíveisdeserproduzidasemgrandeescala,paraasquaisjáexistemprotocolosestabelecidosequepodemserplantadascomsucessonoterrenoemquestão. Sendo que as espécies nativas apresentammaiores dificuldades para produção em viveiro eestão de modo geral menos estudadas, as espécies produzidas em viveiro foram principalmente asseguintes:Uva-da-serra,Ginja-do-mato,Folhado,Azevinho,Pau-branco,Sanguinho,Urze,Cedro-do-matoeLouro.A grande maioria das espécies plantadas foi proveniente dos viveiros dos Serviços Florestais deNordeste (SFN), parceiro do projecto. A colheita de sementes foi efectuada, por trabalhadores dosServiços Florestais do Nordeste, entre os meses de Junho e Dezembro na ZPE e áreas adjacentes. Asementeirafoiefectuadamaioritariamenteaoarlivre,apósmobilização,desinfecçãoeincorporaçãodefertilizantes no solo. Os SFN procuraram ao longo do projecto aumentar a eficiência de produção deespéciesdevegetaçãonativa,muitobaixaparaestasespécies(Tabela3.3).Foramestudadasformasdemelhorarosmétodosutilizadosederentabilizarascondiçõesexistentes.Aaquisiçãodeumanovaestufanoiníciode2007,noseguimentodepedidodealterações,veiopermitirreduzir a taxademortalidadedasplantasgerminadas.Assim foipossívelmanteraprodução comummenorimpactonarecolhadesementesnaNatureza,oquepromoveaprópriaregeneraçãonatural,enocasodaUva-da-serraumamenor interferêncianadisponibilidadedealimentoparaoPriolo,vistoqueestesealimentadassementesdestaespécie.Ousodeestacariaparaalgumasespécies(comoaUva-da-serra) veio permitir uma alternativa de produção e umamenor intensidade na recolha de frutos naNatureza(Tabela3.4).


A utilização de plantas para as acções de recuperação do habitat teve grandes variações ao longo doprojecto, com anos de maior e menor esforço de plantação. Essas necessidades tiveram de serconjugadas com as possibilidades de produção em viveiro, sendo que estas por sua vez dependiambastantedascondiçõesdaspopulaçõesnaturais,vistoquearecolhadesementestinhadeserrealizadana Natureza anualmente. Desta forma a menor produção de sementes das populações naturais emalgunsanostinhacomoresultadoamenordisponibilidadedeplantasemviveiroparaoanoseguinteouposterior(dependendodaespécie)(Tabelas3.5e3.6).Tabela3.3.–Taxadegerminaçãoparatrêsdasprincipaisespéciesendémicas.

Espécie Nºsementes/m2 Nºdeplantas/m2 Taxagerminativa(%)Azevinho 1031 165 16Ginjadomato 145 76 52,4Uvadaserra 8750 700 8

Tabela3.4–Valoresmédiosanuaisparapropagaçãovegetativaemestufa.

Espécie Área(m2)

Cedrodomato 70

Uvadaserra 55Ginja 75

Tabela3.5–Valoresmédiosanuaisdaáreadeviveiroocupadacomespéciesendémicas

Espécie Área(m2)

Urze 195UvadaSerra 140Cedrodomato 30Folhado 70Azevinho 300Sanguinho 140Paubranco 100Ginja 100

Tabela3.6.Sementerecolhida(valoresindicativosanuais)

Espécie Pesofresco(Kg)

Urze 25Sanguinho 25Louro 10Ginja 5Azevinho 60Uvadaserra 35Folhado 6

Outra dificuldade encontrada, principalmente nos primeiros anos de projecto, foi conjugar adisponibilidadedeplantasaolongodoanocomaexistênciadeespaçoútilparaplantação.Assimsendo,em algumas ocasiões existiam disponíveis em viveiro plantas no período óptimo para plantação, nãosendo viável a sua utilização na área de intervenção (normalmente, por falta de espaço com boascondições para plantação ou intervenção em áreas com boas densidades de nativas e acessos muitocomplicados).Nestassituações,optou-seporutilizaressasplantasemacçõesdereflorestaçãoemoutras


áreas da ZPE (por exemplo, reservas florestais geridas pelo SFN) ou ceder a outras entidades paraplantação(Escolas,CâmarasMunicipais,etc).

3.3.7. AcçãoD10– Implementaresquemade fiscalizaçãonaZPEPicodaVara/RibeiradoGuilhermecomparticular atenção à zona de intervenção do projecto e à área principal de ocorrência doPriolo

ResponsávelpelaAcção:DirecçãoRegionaldosRecursosFlorestaisConcluídaem2008

Estaacçãoconsistiuna fiscalizaçãoevigilânciadaZPEeáreasadjacentesgarantindoa segurançadosvisitantes,aboaprossecuçãodostrabalhosderecuperaçãodoshabitatseevitandoacçõesquecoloquemem causa o PatrimónioNatural da região. A vigilância das áreas de intervenção permitiu assegurar asegurança dos materiais utilizados nos trabalhos, reduzindo o risco de roubo ou vandalismo. Aexistênciadeestruturasdeapoioaostrabalhosnaáreadeintervenção,ondeerammantidasferramentaseoutrosmateriais,exigiuigualmenteaexistênciadeumavigilânciaeficazaolongodoprojecto.Vistoqueos trabalhos decorreram em áreas com um significativo número de visitantes (principalmente noperíodo de Verão) foi necessário uma permanente vigilância das áreas com o objectivo de evitar autilizaçãodostrilhosdetrabalhoporpessoasexternasaoprojecto(oquepoderiacolocaremcausaasuasegurança),bemcomoevitaroroubooudestruiçãodeplantasnativasutilizadasnaplantação.OsServiçosFlorestaisdeNordeste(SFN)procederamàfiscalizaçãoregulardaZPEeáreasenvolventes,comespecialatençãoàsáreasintervencionadaspeloprojectoLIFE.Apresençadestasequipasfoimuitasvezes importante igualmente do ponto de vista da sensibilização dos visitantes e no apoio a váriasacçõesdesenvolvidasnestesentidoaolongodoProjecto.

As equipas dos SFN acompanharam igualmente diversas intervenções realizadas na área do projecto,tais como trabalhos de conservação das estradas e intervenções da Câmara no sistemade recolha deágua.Duranteoperíododoprojecto foirealizadatambéma fiscalizaçãodeactividadesdeprivadosnaárea de intervenção, tais como destruição de espécies endémicas, no entanto, não se verificaramocorrênciassignificativaslesivasdoPatrimónioNatural.

Para além do trabalho realizado pelos Serviços Florestais de Nordeste (SFN), também se realizaramacçõesdefiscalizaçãoevigilânciarealizadaspelosServiçosdeAmbientedeSãoMiguel(SRAM),emboraestassetenhamrealizadoforadoâmbitodoprojecto,nãosecontabilizandoosseuscustos.

3.4. ProgressodasacçõesdesensibilizaçãodopúblicoedivulgaçãoderesultadosAsacçõesEprevistasnoprojectoparaoperíododesterelatóriosãoasqueseindicamdeseguida:

E1. MontarcincotabuletasinformativassobreoprojectoeaimportânciadoPrioloedasespéciesnativas

E2. ProduçãoemanutençãodapáginawebdoprojectoE3. ProduçãodeumCD-ROME4. ProduçãodedoisfolhetossobreoprojectoparadivulgaçãodoprojectoedoPrioloE5. PromoçãogeraldoprojectoE6. ProduçãodologodoprojectoE7. ProduçãodeumpainelsobreoprojectoE8. ProduçãodematerialeducativoparaintegrarnoprogramaescolardasescolasdeSãoMiguelE9. Colaboração no desenvolvimento do programa turístico para ilha de SãoMiguel integrando informação especial sobre o

Prioloeasespéciesdevegetaçãonativa,emcolaboraçãocomaDirecçãoRegionaldoTurismoE10. FormaçãodostrabalhadoresnasdiferentesabordagensaoprocessoderemoçãodeexóticaseplantaçãodeespéciesnativasE11. ColaboraçãonapromoçãodetrilhosturísticosadesenvolverpelaDirecçãoRegionaldoTurismoE12. ElaboraçãodorelatórionãoespecializadoE13. CriaçãoeimplementaçãodeumacampanhadedivulgaçãosobreoPrioloeseuhabitatAacçãoE13foiacrescentadaàpropostaoriginaldeprojectomedianteaprovaçãodaComissãoEuropeia,de modo a implementar uma campanha mediática para promoção da espécie, contrariando assim odesconhecimento que a população tinha em relação ao Priolo e à problemática da sua conservação.Também a construção do Centro Ambiental do Priolo, sob protocolos com a Secretaria Regional doAmbiente e do Mar e com a Direcção Regional dos Recursos Florestais, veio contribuir em grandemedidaparaumamaiorvisibilidadeeaplicaçãodetodasasferramentaseresultadosobtidosnasacçõesEdoprojecto.


3.4.1. AcçãoE1–MontarcincotabuletasinformativassobreoprojectoeaimportânciadoPrioloedasespéciesnativas


Esta acção teve como objectivo a informação do público que visita a região e as principais áreas deintervenção do projecto, dando a conhecer o projecto nos locais commaior afluência de visitantes emaior visibilidade na área do projecto e área circundante.De acordo com as decisões em reunião deComissãoExecutivaastabuletasforamcolocadasnosseguinteslocais:

! EntradadaEstradaRegionaldaTronqueirapeloNordeste(Norte)

! EntradadaEstradaRegionaldaTronqueirapelaPovoação(Sul)

! MiradourodaTronqueira

! SaltodoCavalo

! ÁreadeintervençãodaacçãoC2

Astabuletas(Figura3.17)informamopúblicosobreanaturezadoprojecto,sobreoPriolo,aflorestadeLaurissilva e sua problemática de conservação. Os cartazes inseridos foram substituídos em 2007 deacordocomasorientaçõesdefinidasnoâmbitodaacçãoE13.

Figura3.17-TabuletainformativacolocadanaáreadeintervençãodaAcçãoC2,naestradaregionalda

Tronqueira.

3.4.2. AcçãoE2–Produçãoemanutençãodapáginawebdoprojecto


Esta acção teve como objectivo promover a sensibilização relativamente aos objectivos projecto,promovendoadisseminaçãodosseusresultadosaolongodasuaevolução.Apáginawebfacilitaatrocadeinformação,permitindoqueumelevadonúmerodepessoasacompanheosresultadosdoprojecto,epromovendoasoportunidadesdecontactarcomoutrosgruposquetrabalhememmatériassemelhantesderecuperaçãodehabitat.

Foi elaborada uma páginaweb para a divulgação do projecto: http://www.spea.pt/ms_priolo, que seencontroudisponívelonlineapartirde2003numformatomaissimplese,apartirde2006,melhoradaereestruturada num formato de microsite. Este microsite (ver Figura 3.18) foi disponibilizado em 4línguas diferentes: português, inglês, francês e castelhano e tem sido alvo de numerosas visitas; porexemplo, as estatísticas demanutenção do site em 2008 revelarammais de 4.500 acessos, dos quais3.000 em português, cerca de 1.000 em espanhol e os restantes em inglês e francês. A produção, emanutenção,dowebsiteforamadjudicadasàempresaSolidWeb.pt.

Atraduçãodositenasdiferenteslínguasapenasfoipossívelcomacolaboraçãodosváriosvoluntáriosebolseiros internacionaisqueao longodosúltimos5anoscolaboramdeformaentusiásticanoprojectoLIFEPriolo.


Figura3.18.Páginadeentradadomicro-sitedoprojecto,versãoportuguesa.

OsitefoiumveículoimportantenaapresentaçãoedivulgaçãodoPrioloedoseuhabitat,doprojecto,edos seus resultados. Os relatórios técnicos e de progresso do projecto foram disponibilizados emformato PDF. O site obteve inclusive destaque em alguns portais nacionais (por exemplo, foi elegidocomositedomêsdeOutubrode2005noportaldaCONFAGRIetevedestaquenoboletimdaQuercusANCN).

Uma das características inovadoras do site foi a inclusão de uma aplicação interactiva de Sistema deInformação Geográfica - o SIGPRIOLO (Figura 3.19), visualizador SIG que permite que qualquerutilizadorda Internet possa conhecer oprojecto, o seu enquadramento e os seus resultados sobumaperspectivaespacial.Estaaplicaçãoesteveactivadurante2006e2007,contudodevidoàslimitaçõesaonível da segurança apresentadas pelo servidor Tomcat utilizado para a instalação do programa Alov,programa visualizador SIG, esta aplicação foi desactivada em finais de 2007 não tendo sido possívelencontrarumaalternativaaesteservidor.

Figura3.19-SIGPRIOLO,aplicaçãoSIGincluídanomicrositedoprojecto.

3.4.3. AcçãoE3–ProduçãodeumCD-ROM


Demodo a dispor de material de apresentação em suporte digital sobre o projecto, disponível paraapresentar empalestras e apresentações diversas emostrar os resultados do projecto a longo prazo,foramproduzidosaolongodoprojectoCD-ROMsdeacordocomfinsespecíficos:informaçõeseimagenspara trabalhoseconcursosescolares,materiaisdeapoioparaprofessores,etc.Em2008 foielaborada


uma nova versão de CD-ROM que disponibiliza informação actualizada sobre a concretização dosobjectivosdoprojecto,osresultadosatingidos,oenquadramentodoprojecto,etc.

Foram produzidos pela equipa do projecto e distribuídos sempre que solicitados (workshops paraprofessores,públicoemgeral,alunosdasescolaslocais,suporteinteractivoemexposiçõesenoCentroAmbiental do Priolo) e o seu conteúdo foi igualmente colocado no site do projecto ficando assimdisponívelparatodoopúblicoqueovisite.

Anexos:

! CD-ROM2008LIFEPriolo

3.4.4. AcçãoE4–ProduçãodedoisfolhetossobreoprojectoparadivulgaçãodoprojectoedoPriolo


Esta acção teve comoobjectivo inicial aproduçãodedois folhetos, intercalados ao longodoprojecto,paradescreverosseusobjectivoseposteriormenteosresultadosatingidos.Opúblico-alvodosfolhetosincluiuaudiênciasespecíficas(proprietáriosdeterrenosdentrodaZPE,osturistasquevisitamailhadeSãoMiguel sazonalmente, asautarquiasda ilha, asecotecas, associaçõesdiversas, comunicaçãosocial,etc),tendosidoalgunsdisponibilizadosemlocaisdemaiorafluênciaparaapopulaçãoemgeral.

Oprimeirofolheto(Figura3.20)foipublicadoem2005efoialvodegrandeprocura,detalformaqueseresolveupublicarumasegundaedição, traduzidaeminglês,dadaagrandeprocurade informaçãoporparte de turistas estrangeiros. A presença da SPEA e da equipa de projecto num elevado número deeventos públicos (nacionais e internacionais) foi também ummodo de divulgação importante para oprojectoemqueosfolhetosregistaramumaelevadaprocura.Foramproduzidoscercade2000folhetosemportuguêse1000eminglês.

Figura3.20-Primeirofolhetodoprojecto,editadoedivulgadoem2005.

O 2º folheto previsto inicialmente foi substituído pela impressão em papel do Relatório nãoespecializado (RNE) (Acção E12), como foi proposto aos técnicos da CE que visitaram o projecto eposteriormenteaceite.Estaalteraçãoprende-secomofactodesepretenderdivulgardamelhorformaas inúmeras acções que foram levadas a cabo pelo Life Priolo, e os resultados obtidos, o que seriasempredifícildeconseguiratravésdeumfolheto.DestaformafoipossívelmaximizaradisseminaçãodoRNEbemcomoo esforço investidona suaelaboração,permitindoassimumaampladistribuiçãopelapopulaçãolocaldestedocumento,talcomodescritonaAcçãoE12.

Anexos:

! FolhetosobreoLifePriolode2005–versãoemportuguêseeminglês

3.4.5. AcçãoE5–Promoçãogeraldoprojectoatravésdeartigosnacomunicaçãosocialepublicaçõesdiversas



Estaacção foideenorme importânciaparaa sensibilizaçãodediversospúblicosalvoanível regional,nacional e internacional sobre a importância da ZPE Pico da Vara/Ribeira do Guilherme e sobre oprojecto.Pretendia-seatingiromaiornúmerodepessoaspossívelatravésdeinformaçãodivulgadanacomunicaçãosocial,daparticipaçãoemeventoscientíficos,colaboraçãocomrevistas,etc.

Durante todo o projecto houve um grande esforço na divulgação do projecto através da imprensaregional,nacionale internacional,contabilizando-semaisde270artigosqueabordaramatemáticadoPrioloeseuhabitat.OAtlasdoPriolo,olançamentodosSelosdoPriolo,oprémioBESBio-diversidadeea festadeencerramentodoprojectoforamalgunsdosassuntosdemaiordestaqueao longodoúltimoanodoprojecto.

Para além dos acontecimentos referidos nos relatórios anteriores, durante o último ano do projectodestacaram-seasseguintesacções:

! Artigos sobre o projecto nas revistas de bordo das duas transportadoras aéreas que actuam nosAçores: a SATA e a TAP. Estas revistas, com milhares de exemplares, estiveram à disposição demilhares de passageiros que viajaram nos aviões das duas empresas por todo o país, Europa eAméricaprincipalmente.

! ArtigosnaPardela,revistadaSPEAdedistribuiçãoaossócios

! Artigosnaspublicaçõesdosparceiros,nomeadamenteCMNeRSPB

! IVJornadasdeConservaçãodoPriolo(Povoação,7deMaio)

! AtlasdoPriolocomapoiodoWaltDisneyConservationFund

! StandsobreoPriolonaBritishBirdwatchingFair(Rutland,Inglaterra)emAgosto

! EmissãofilatélicadedicadaaoPriolo

! Campanhaescolar“OPriolovaiàtuaescola”realizadaduranteoanolectivo2007/2008

! Workshop para professores no âmbito da implementação dos programas do Centro Ambiental doPriolo

! ActividadesparaCriançasnojornalAçorianoOriental,o“CantodoJaime”

! NotíciasdiversasnanewsletterdaSPEA–SPEAONLINE

! Participaçãoemfeiraseexposiçõesdiversas

! FestasdeencerramentodoprojectoemPontaDelgadaeNordeste

! TempodeAntenaSPEAnaTV2dedicadoaoPriolo

! CampanhaSPEA“Priolo,AvedoAno2008”

! CampanhadaBirdlifeInternational“SpeciesChampions”

! MençãoHonrosadoprémioBESBiodiversidade

! ArtigospublicadosduranteoúltimoanodoLIFEPriolo(tabelacompletaemAnexo)

Data Local TítulodaNotícia Sub-tema1-01-09 RevistaUP,TAP Geral

1-12-2008 BirdwatchMagazine ASiteforAZOREeyes Geral

26-11-2008 RTPAçores ExposiçãoLIFEPriolonaGaleriadoMunicípiodoNordeste Eventodeencerramento

23-11-2008 RTPAçores ReportagemsobreaexposiçãodeencerramentodoLifePriolo(AçoresVip)

Eventodeencerramento

05-11-2008 DiáriodosAçores Cercade3000pessoasvisitaramoPriolo Eventodeencerramento

04-11-2008 CorreiodosAçores Umadasavesmaisameaçadasnomundo:ProjectodevolveaesperançadesalvaçãodoPriolo

Geral

04-11-2008 DiáriodosAçores ProjectodevolveaesperançadesalvaçãodoPriolo Geral

04-11-2008 CorreiodosAçores ExposiçãoemPontaDelgadaCercade3000pessoasvisitaramoPriolo



02-11-2008 RTPAçores ReportagemsobreaexposiçãodeencerramentodoLifePriolo(Telejornal)


01-11-2008 DiárioDigital Açores:ProjectoconsegueduplicarnúmerodePriolos Geral

01-11-2008 Pardelanº33 AtlasdoPriolo,umeventoinéditobemsucedido!Próximaediçãojámarcadapara2012

CensosdePriolo

01-11-2008 Pardelanº33 OPriolo“Albino” Geral

31-10-2008 DiáriodosAçores Professoresconvidadosaconhecer“OPrioloeaFlorestaLaurissilva”

Eventodedivulgação

31-10-2008 CorreiodosAçores PriolonasPortasdoMar Eventodeencerramento

29-10-2008 DiáriodosAçores ExposiçãosobreoPriolonasPortasdoMar Eventodeencerramento

28-10-2008 CorreiodosAçores LIFEPriolo:Exposiçãoencerraprojecto Eventodedivulgação

13-09-2008 AMaltadoAçoriano(SuplementoInfantilAO)

OCantodoJaime“Jáouviramfalaremplantasinvasoras” Geral

01-09-2008 RTPAçores CentroambientalpromoveapreservaçãodoPriolo CentroAmbientaldoPriolo

30-08-2008 AMaltadoAçoriano(SuplementoInfantilAO)

OCantodoJaime“animaisemextinção”SensibilizaçãoAmbiental

Geral

25-08-2008 acores.net MaratonaFotográfica Geral

22-08-2008 afaacores.com MaratonaFotográfica Geral

21-08-2008 CorreiodosAçores Tronqueira:Maratonafotográficanosábado Geral

19-08-2008 DiáriodosAçores RevistainglesaapoiaconservaçãodoPriolo Geral

17-08-2008 CorreiodosAçores MaratonaFotográficaeBBF Geral

17-08-2008 CorreiodosAçores MaiorfeiradeNaturezadaEuropaPriolovoaatéLondresedestaca…


12-08-2008 CorreiodosAçores Priolo:Maisdemilvisitamcentro CentroAmbientaldoPriolo

12-08-2008 RadioAtlantida 1000VisitantesnoCAP CentroAmbientaldoPriolo

11-08-2008 JornalDiário.com HabitatdoPriolodespertainteressejuntodeaçorianos Geral

11-08-2008 CorreiodaManhã Açores:MilvisitasaoPriolo CentroAmbientaldoPriolo

11-08-2008 RadioHorizonte 1000VisitantesnoCAP CentroAmbientaldoPriolo

11-08-2008 JornalDiário 1000VisitantesnoCAP CentroAmbientaldoPriolo

10-08-2008 PortugalDiário Maisdemilvisitamcentroquepromoveaveameaçada CentroAmbientaldoPriolo

10-08-2008 SOL Centroambientalquepromoveaveameaçadajárecebeumaisdemilvisitantesemnovemesesdefuncionamento

CentroAmbientaldoPriolo

10-08-2008 Notícias.esquillo.com Centroambientalquepromoveaveameaçadajárecebeumaisdemilvisitantesem9mesesdefuncionamento


10-08-2008 SOL 1000VisitantesnoCAP CentroAmbientaldoPriolo

10-08-2008 IOLPortugalDiário 1000VisitantesnoCAP CentroAmbientaldoPriolo

10-08-2008 AçorianoOriental Centroambientalquepromoveaveameaçadajárecebeumaisdemilvisitantesemnovemesesdefuncionamento


14-07-2008 AtlânticoExpresso PriolodeasaspresasemBruxelas Geral

12-07-2008 CorreiodosAçores Conferênciainternacional:PriolodosAçoreschegaàilhadeReunião


01-07-2008 RevistaSATA-AzoreanSpirit UmíconeTurístico Geral

01-07-2008 Pardelanº32 OPrioloéaAvedoAno2008! Geral

01-07-2008 Pardelanº32 BREVES:Prioloemselo Geral

01-07-2008 BirdwatchMagazine AtlanticHigh[AlookattheAzoresinwinter] Geral

21-06-2008 DiáriodosAçores Prioloalvodeacçãoinédita CensosdePriolo

19-06-2008 Naturlink.pt SPEAeDisneyUnidosPeloPriolo CensosdePriolo

18-06-2008 AzoresDigital SPEAeDisneyUnidosPeloPriolo CensosdePriolo

06-06-2008 Açores.net ConferênciadaONUdestacaRedeNatura2000comoprojectoPriolo

Geral

06-06-2008 DiáriodosAçores ConferênciadaONUdestacaRedeNatura2000comoprojectoPriolo

Geral

03-06-2008 DiáriodosAçores LifePriolotemtidoumimportanteimpactosocioeconómiconaregião

Geral

02-06-2008 Açores.net 400criançasnoJardimMunicipalparafestejarodia Geral

31-05-2008 Bol.Municipal-C.M.Nordeste ActividadesdoCentroAmbientaldoPriolo Geral

31-05-2008 Bol.Municipal-C.M.Nordeste ParticipenoAtlasdoPriolo CensosdePriolo


31-05-2008 CorreiodosAçores ConferênciadasNaçõesUnidasrealçaRedeNatura:LifePrioloéumdosmelhoresexemplosportugueses

Geral

31-05-2008 JornalMensalAçores “SelodoPriololevaonomedoPrioloatodoomundo” Geral

30-05-2008 Azores.gov SelosobreoPriololevaonomedosAçoresatodoomundo Geral

30-05-2008 Açores.net Diamundialdacriançacomemoradonarua Geral

29-05-2008 CorreiodosAçores AtravésdeumaemissãofilatélicadosCTTPriolovoaparatodoomundo

Geral

28-05-2008 RTP-Açores NotíciasobreolançamentodacolecçãofilatélicasobreoPriolo Geral

19-05-2008 AçorianoOriental LifePrioloContribuiuCom335milEurosAnuaisparaaRegião Geral

16-05-2008 CorreiodosAçores AtlasdoPriolo Geral

04-05-2008 Azoresdigital.com JornadasdoPriolonaPovoação Eventodedivulgação

04-05-2008 BirdWatchMagazine BirdwatchvolunteersneededforPrioloAtlas Eventodedivulgação

13-04-2008 DiáriodeNotícias SalvaroPriolodaExtinção Geral

13-04-2008 AçorianoOriental Marca"Priolo"podeseraimagemdasempresasdaZPE Geral

12-04-2008 NotíciasMagazine SalvemoPriolo,éRaroeSóExisteemPortugal Geral

11-04-2008 Publico DinamizadoresdoprojectodeprotecçãodoPrioloqueremcontinuartrabalhoalémde2008

Geral

09-04-2008 RTPAçores Dinamizadoresdoprojectodeprotecçãodeaveameaçada Geral

09-04-2008 DiáriodosAçores ProjectodeprotecçãodoPrioloquercontinuartrabalhoalémde2008

Geral

08-04-2008 DiáriodosAçores JornadasdoPriolonaPovoaçãotêmlugarhoje Eventodedivulgação

08-04-2008 RádioAtlântida JornadasdoPriolonaPovoação Eventodedivulgação

08-04-2008 Publico DinamizadoresdoprojectoLIFEPrioloqueremcontinuartrabalhosalém2008


08-04-2008 AçorianoOriental JornadassobreoPriolocomeçamhoje Eventodedivulgação

08-04-2008 RádioAtlântida "JornadasdoPriolonaPovoação" Eventodedivulgação

07-04-2008 BBCNews Priolo Geral

06-04-2008 Azoresdigital.com JornadasdoPriolonapovoação Eventodedivulgação

02-04-2008 CorreiodosAçores DiainternacionaldasAvesnosAçores Geral

01-04-2008 Pardelanº31 BREVES:CentroAmbientaldoPrioloinauguradoemSãoMiguel;SPEAé“SpeciesGuardian”doPriolo;OPrioloéaAvedoAno2008!

Geral

01-03-2008 BirdWatchMagazine ProtectingthePriolo[AlookattheplightoftheAzoresBullfinchPyrrhulamurinaandhowyoucanhelptosaveit]

Geral

01-03-2008 BirdWatchMagazine Avolunteerabroad[HowonemanworkedasafieldvolunteerontheAzoresBullfinchproject]

Geral

28-03-2008 Ecosfera IVJornadassobreaConservaçãodoPriolo Eventodedivulgação

28-03-2008 AçorianoOriental ConservaçãodoPriolonaPovoação Eventodedivulgação

23-03-2008 DiáriodosAçores PriolodosAçoresvaisersímbolodecampanhamundialesteano

Geral

21-03-2008 CorreiodosAçores Em2008Prioloésímbolodecampanhamundial Geral

08-03-2008 RevistaDomingo(SuplementoCM)

PássaroaçorianoemriscodeextinçãodoPlaneta Geral

05-03-2008 AçorianoOriental VoluntáriosfrancesesnoprojectoLifePriolo Geral

05-03-2008 DiáriodosAçores JovensfrancesescolaboramnaconservaçãodoPriolo Geral

05-03-2008 CorreiodosAçores VoluntáriosfrancesescolaboramnaconservaçãodoPriolo Geral

01-03-2008 BESInovação ProtegeraavemaisameaçadadaEuropa PrémioBESBiodiversidade

28-02-2008 Antena3 PrioloAvedoAno2008 Geral

28-02-2008 Metro Avenacionalentreasmaisameaçadas Geral

28-02-2008 Naturlink AvedoAno2008:OPriolo Geral

25-02-2008 Açores.net SPEAquertornarPrioloíconedoturismonacionaledosAçores Geral

25-02-2008 Antena3–TerraVista PrioloAvedoAno2008 Geral

24-02-2008 DiáriodosAçores SPEAquertornarPrioloíconedoturismonacionaledosAçores Geral

23-02-2008 CorreiodosAçores EmviasdeExtinçãoeaPrecisardeajuda,oPrioloéaavedoano2008

Geral

04-02-2008 AçorianoOriental CentroAmbientaltentacativarturismo CentroAmbientaldoPriolo


01-02-2008 CorreiodosAçores ConcursoparadescobrirfaunaefloradaRegião CentroAmbientaldoPriolo

31-01-2008 CorreiodosAçores CentroAmbientaldoPriolo:Concursoescolar“OsavósdoPriolo”


23-01-2008 JornalDiário.com GalardãoatribuídoàSociedadePortuguesaparaoEstudodasAves

Geral

23-01-2008 DiáriodosAçores DoisprojectosaçorianosdistinguidospeloPrémio“BESBiodiversidade”

Geral

22-01-2008 Agenda21localinfo PrémioBESbiodiversidadedistingue3projectosdeconservaçãodabiodiversidade

Geral

02-01-2008 BESRel.Contas2007 FotografiasdePriolo Geral

01-012008 JornalQuercusAmbientenº27 Prioloextinçãoousobrevivência? Geral

21-12-2007 JornalDiário.com BiodiversidadedosAçoresconstituipatrimóniodegrandevalor Geral

12-12-2007 JornalDiário.com CentroAmbientaldoPrioloInauguradonaSerradaTronqueira CentroAmbientaldoPriolo

11-12-2007 DiáriodosAçores InauguraçãodoCentroAmbientaldoPriolonaSerradaTronqueira


10-11-2007 JornalSOL SalvaroPriolo Geral

09-11-2007 CorreiodosAçores PrioloLifehá4anos Geral

06-11-2007 DiáriodoAmbiente DocumentáriosobreaveexclusivadosAçorespassahojeemLisboa

Geral

06-11-2007 JornalSOL DocumentáriosobreaveexclusivadosAçorespassahojeemLisboa

Geral

06-11-2007 AçorianoOriental ProjectoparasalvarPrioloemdocumentárioexibidoemLisboa DocumentáriosobrePriolonaTV

01-11-2007 Pardelanº30 CentroAmbientaldoPriolo CentroAmbientaldoPriolo

27-10-2007 JornalAUnião Projectoparasalvarespécie-Hámenosde400PriolosnailhadeSãoMiguel

Geral

26-10-2007 DiáriodosAçores SPEAorganizaconferênciaemLisboadedicadaaoPriolo Eventodedivulgação

Paraalémdasnotíciassurgidasnacomunicaçãosocialhouvetambémumgrandeesforçoemasseguraraparticipação em seminários, congressos, colóquios ou outros eventos relevantes a nível regional,nacionale internacional,comvistaàdivulgaçãodoProjectoeàsensibilizaçãodeváriospúblicosalvo,tendo-separticipadoemmaisde100acçõesqueabrangerammaisde51.000pessoas.

ParaalémdasváriasactividadesrealizadascomasescolasdeSãoMiguel,emestreitacolaboraçãocomoCentroAmbientaldoPriolo,destaqueparaafestadeencerramentodoProjectoemPontaDelgada,comquase3000visitantes,asIVJornadasdoPriolonaPovoação,umanovapresençanaBritishBirdwatchingFair emcolaboração comaDirecçãoRegionaldeTurismo, e a apresentaçãode comunicações sobreoprojecto durante a reunião internacional organizada pela presidência francesa da CE "Reunion 2008"StrategiestocouteurClimateChangeandBiodiversityLoss.

! PrincipaiseventosorganizadosouparticipadosduranteoúltimoanodoLIFEPriolo(tabelacompletaemAnexo)

Data Acção Público-alvo Participantes

5-12-08 PalestranadisciplinadeGestãoAmbientaldoMestradodeMestradoemAmbiente,SaúdeeSegurança,Univ.dosAçores

Estudantesdemestrado 40

24-11-2008a03-12-2008 Exposição"OPriolo:Passado,PresenteeFuturo",Nordeste

Visitantesdaexposição Nãodisponível

15-11-2008 Workshop"OPriolonaEducaçãoRegional" Professores 9

02-11-2008 Palestra"AvesdosAçores" Populaçãogeral 20


31-10-2008a02-11-2008 EncerramentoLIFEPRIOLO Populaçãogeral 3000

23-08-2008 MaratonafotográficanaSerradaTronqueira Populaçãogeral 26

21a28-09-2008 BirdlfeInternational`s2008WorldConsevationConference

ParticipantesnaConferência Nãodisponível

10-12-2008 Comunicação“OPriolo:Educaresensibilizarparasalvarestaave”noIVCongressoInternacionaldeEducaçãoAmbientalemMadrid

Participantesnocongresso Nãodisponível

4-09-2008 ComunicaçãonoIIIEncontroNacionaldePós-GraduaçãoemCiênciasBiológicas,Univ.deFaro

Alunosdepós-gradução,investigadores

50

15a17-08-2008 StandnaBritishBirdwatchingFair Visitantesdafeira 20000


07-07-2008a31-08-2008 BarraquinhanaBocadaRibeira-Nordeste Turistas 700

07a11-07-2008 "Reunion2008"StrategiestocouteurClimateChangeandBiodiversityLoss

ParticipantesnosworkshopsrealizadosduranteaConferência

100(400naconferência)

22a27-06-2008 AtlasdoPriolo Voluntários 50

21-06-2008 PercursoPedestrecomObservaçãodeAvesGraminhais-PicodaVara.

PopulaçãoemGeral 15

15-06-2008 DONAnaMostradeCozidodasFurnas. PopulaçãoemGeral 40

06-06-2008 FeiradeVilaFrancadoCampo. PopulaçãoemGeral +de1000

05-06-2008 DiadoAmbienteedaCriança EBI2/3VilaFrancadoCampo 1000

30-05-2008 DiadaCriançanoNordeste. CriançasdoConcelhodoNordeste 400

28-05-2008 BanquinhainformativasobrevoluntariadonaU.dosAçores

AlunosdoDepartamentodeBiologiadaUAç.

30

10-05-2008 PasseioPedestreIgrejadaVila–PomardoLIFEPriolo


05-05-2008 AtuaEscolavisitaoPriolo EPNordeste 15

05-05-2008 FormaçãoparavoluntáriosdoProjectoLIFEPriolo.

Voluntáriosfranceses 3

25-04-2008 FeiradoSantoCristo. PopulaçãoemGeral Nãodisponível

08-04-2008 IVJornadassobreConservaçãodoPriolo EscolasdeS.Miguel,parceirosdoLIFEPrioloePopulaçãoemGeral

200

29-03-2008 Saídadeformaçãodocensodeavescomuns(CAC)

VoluntáriosdoCAC 20

22-03-2008 ObservaçãodeAvesepercursopedestre(saídadecampo)


18-02-2008 FormaçãoparavoluntáriosdoProjectoLIFEPriolo

Voluntáriosfranceses 8

17-02-2008 VisitaaoCentroAmbientaldoPriolo AgrupamentoescoteirosSãoPedro–PontaDelgada

15

16-02-2008 Observaçãodeaves(saídadecampo) PopulaçãoemGeral 20

02-02-2008 Workshop"OPrioloeoturismosustentável" AgênciaseGuiasTurísticosdeS.Miguel.

30

27-01-2008 Observaçãodeaves(saídadecampo) PopulaçãoemGeral 20

25-01-2008 Comunicação“OPriolo:Educaresensibilizarparasalvarestaave”nasXVJornadasPedagógicasdaASPEA

Participantesnocongresso Nãodisponível

22-10-2007 ExposiçãoevídeonoâmbitodaConferência“Os30anosdeMikeSalisburydedicadosàsidaselvagem”naESCS

Participantesnaconferência Nãodisponível

29-09-2007 Workshop“OPriolonaEducaçãoRegional” Professores 30

Comoconsequênciadetodaapromoçãorealizadaaolongodoprojecto,éhojeumarealidadequeumaparte considerável da população regional, emesmo da população nacional e internacional, estámaisconscientedasituaçãodoPrioloeda importânciadasuaconservação.OresultadodestasacçõespodeserconstatadoatravésdosresultadosdaacçãoF4sobreaAvaliaçãodasensibilizaçãodapopulaçãoemgeraledaadministraçãorelativamenteàproblemáticadoPrioloedavegetaçãonativa(veracçãoF4).

Os esforços realizadosno cumprimentodasdiversas acçõesdoprojecto eosbons resultadosobtidos,foram reconhecidos em diversos meios e por diversas entidades, obtendo um forte apoio dacomunicaçãosocialregionaledaBirdlifeInternacional,porexemplo.

3.4.6. AcçãoE6–Produçãodologodoprojecto


A produção e divulgação do logótipo foram importantes para criar uma imagem identificativa doprojecto, ou seja, uma imagemdemarca.Umprojecto comestadimensãonecessitoudeuma imagemforte que facilmente fosse identificada com o trabalho de recuperação de habitat desenvolvidos e aimportânciadoPrioloparaaRegiãoAutónomadosAçores.Foicriado,logoem2003,oprimeirologótipo


doprojecto(verFigura3.21a).EstefoisempreutilizadojuntamentecomoslogótiposconvencionaisdoProgramaLIFEedaRedeNatura2000emtodososeventoscomvisibilidadedesdeessadata.

Em2007,enoseguimentodacriaçãoedesenvolvimentodeumaestratégiadecomunicaçãoemarketingparaoprojectoeaespécie(AcçãoE13),concluiu-sequeserianecessáriocriarumlogótipomaisforte,quealémdomaisperpetuasseoPrioloeotrabalhodeconservaçãoparaalémdaduraçãodoprojecto.NessesentidoaempresaTeaserdesenvolveunovologótipo,queseapresentanaFigura3.21b.

Figura3.21(aeb).Logótiposcriadosparaoprojecto

3.4.7. AcçãoE7–Produçãodeumpainelsobreoprojecto

ResponsávelpelaAcção:SociedadePortuguesaparaoEstudodasAvesEstado:Concluídaem2008

Estaacçãotevecomoobjectivoaproduçãodeumpainelcominformaçãoeimagensrelevantessobreoprojecto e suas acções. Foramelaboradasvárias versõesdestepainel ao longodoprojecto, de acordocomoevoluirdasacçõesdesenvolvidas.Aproduçãodospainéisestevegeralmenteassociadaaeventosespecíficoscomofeirasouexposições.

No âmbito das presenças na British Birdwatching Fair em2007 e 2008, foramdesenvolvidos painéisparacadaanocomoapoiodaDirecçãoRegionaldeTurismo(Figura3.22).Ospainéisforamelaboradosemportuguêseinglês,apresentadopequenostextosdivulgativossobreoPriolo,oProjectoLIFEPrioloeo CentroAmbiental doPriolo. Estes painéis foramposteriormente utilizados emdiversos eventos emescolaseoutroslocais.

Paraa festadeencerramentodoprojectoLIFEPriolo foidesenvolvidaumaexposição constituídaporarvoressimbolizandoasespécies-alvodoprojectoepainéisalusivosaoLIFEPriolo.Estaexposiçãofoicolocadaàdisposiçãodapopulaçãotendojádespertadoointeressedediversasescolas.

Figura3.22-ExposiçãosobreoLIFEPriolonaBritishBirdwatchingFair2007,Rutland,Inglaterra.

3.4.5. AcçãoE8–ProduçãodematerialeducativoparaintegrarnoprogramaescolardasescolasdeSãoMiguel



A sensibilização das camadas mais jovens da sociedade foi uma parte fundamental no trabalho desensibilização ambiental do projecto – o contacto com professores e estudantes dos vários níveis deensinopermitiuatingirmelhororestodacomunidade.Asuasensibilizaçãoabrecanaisdecomunicaçãoprivilegiados comospaisepodegerar,no futuro,umefeitomultiplicativo - sãoestes jovensque irãoeducarasgeraçõesvindouras.

A divulgação de toda a problemática associada à conservação do Priolo e do seu habitat foi uma dasprioridadesdoprojecto.Nestesentidoapopulaçãoestudantil temsidoumdospúblicospreferenciais,tendosidorealizadasdesdeoiníciodoprojectoinúmerasactividadesenvolvendoescolasdetodaailha.Desde visitas guiadas à área de intervenção do projecto, palestras em escolas e em vários eventos,publicaçãodeumboletimtrimestralsobreoprojecto,etc.

Merece especial destaque a realização da Campanha “O Priolo vai à tua Escola”, da Campanha “A tuaEscolavisitaoPriolo”eoiníciodasactividadesdesenvolvidasnoâmbitodoCentroAmbientaldoPrioloemDezembrode2007,quevaigarantirqueestasacçõesdesensibilizaçãoeeducaçãoambientalsejamcontinuadasapósaconclusãodoprojectoLIFEPriolo.

Figura3.23-Prioloutilizadoemmanualescolardoanolectivo2007/2008.

Para um universo de, aproximadamente, 30000 alunos dos diversos ciclos, existentes em SãoMiguelassumemaior relevância o número de pessoas abrangidas,mais de 4200 entre alunos, professores eoutrosfuncionáriosescolaresqueparticiparamnasactividadesdesenvolvidasaolongodoprojecto.Sóem2008forammaisde2700participantes.Foramdesenvolvidasactividadesemtodososconcelhosdailhaecompraticamentetodasasescolasde2ºe3ºciclodeSãoMiguel.

! PrincipaisacçõesorganizadasduranteoúltimoanodoLIFEPriolo(tabelacompletaemAnexo)

Data Acção Público-alvo Participantes


02-11-2008 Palestra"AvesdosAçores" Populaçãogeral 20


23-08-2008 MaratonafotográficanaSerradaTronqueira Populaçãogeral 26

07-07-2008a31-08-2008 BarraquinhanaBocadaRibeira-Nordeste Turistaseescolaslocais 700

21-06-2008 PercursoPedestrecomObservaçãodeAvesGraminhais-PicodaVara.


18-06-2008 OPriolovaiatuaEscola EBCantodaMaia–PontaDelgada 60

15-06-2008 DONAnaMostradeCozidodasFurnas. PopulaçãoemGeral 40

11-06-2008 AtuaEscolavisitaoPriolo EBIRobertoIvens–PontaDelgada 20

11-06-2008 AtuaEscolavisitaoPriolo EBI2/3VilaFrancadoCampo 22




06-06-2008 AtuaEscolavisitaoPriolo EBI2/3Nordeste 10

05-06-2008 DiadoAmbienteedaCriança EBI2/3VilaFrancadoCampo 1000

30-05-2008 DiadaCriançanoNordeste. CriançasdoConcelhodoNordeste 400

23-05-2008 OPriolovaiatuaEscola CrechedaSantaCasadaMisericórdiadeNordeste

25

20-05-2008 AtuaEscolavisitaoPriolo EBI2/3Laranjeiras–PontaDelgada 42

15-05-2008 OPriolovaiatuaEscola EB2/3Laranjeiras–PontaDelgada 22

14-05-2008 OPriolovaiatuaEscola EB2/3Laranjeiras–PontaDelgada 22

05-05-2008 AtuaEscolavisitaoPriolo EPNordeste 15

25-04-2008 FeiradoSantoCristo. PopulaçãoemGeral Nãodisponível


08-04-2008 IVJornadassobreConservaçãodoPriolo EscolasdeS.Miguel,parceirosdoLIFEPrioloePopulaçãoemGeral

200


13-03-2008 AtuaEscolavisitaoPriolo EscolaBásicaIntegradadeNordeste 30

13-03-2008 OPriolovaiatuaEscola EscolaBásicaeSecundáriadeVilaFrancadoCampo

160

12-03-2008 AtuaEscolavisitaoPriolo EscolaSecundáriaDomingosRebelo–PontaDelgada

20

12-03-2008 OPriolovaiatuaEscola EscolaBásicaeSecundáriadeVilaFrancadoCampo

160

01-03-2008 ExperimentacomoPriolo:ValoraçãoAmbientaldoPriolo

E.ProfissionalJoãoMauríciodeAmaralFerreira-Povoação

60

25-02-2008 OPriolovaiatuaEscola EscolaPrimariadaVárzea–PontaDelgada.

12

25-02-2008 OPriolovaiatuaEscola EscolaInfantildaVárzea–PontaDelgada

12

17-02-2008 VisitaaoCentroAmbientaldoPriolo AgrupamentoescoteirosSãoPedro–PontaDelgada

15

08-02-2008 OPrioloVaiatuaEscola EscolaProfissionalJoãoMauríciodeAmaralFerreira-Povoação

60

02-02-2008 Workshop"OPrioloeoturismosustentável" AgênciaseGuiasTurísticosdeS.Miguel. 30

02a14-10-2008 ExperimentacomoPriolo:Sementeiradeespéciesnativas.

EscolaRobertoIvens–PontaDelgada 60

22-01-2008 OPrioloVaiatuaEscola EB2/3RobertoIvens–PontaDelgada 180

11-12-2008 AtuaEscolaVisitaoPriolo EscolaBINordeste 25

01-12-2007 “ConstróioteuPriolo”naIICorridapelasTerrasdoPriolo

Populaçãolocal 8

Comvistaaauxiliarasacçõesdeeducaçãoambientaljuntodapopulaçãoestudantil,eapoiarotrabalhoautónomo dos professores ao longo do ano lectivo, foram desenvolvidos dois Kits didácticos: umdirigidoaosalunosdo1ºe2ºciclo,designadodeKitdidácticoinfantil;outrodirigidoaosalunosdo3ºcicloesecundário,designadodeKitdidácticojuvenil.

Kitinfantil:

-ContodoJaime:ContoqueresumeasaventurasdeumjovemPriolonasuadescobertadaserradaTronqueira

-LivrodoProfessor:LivroquecontêminformaçãobásicasobreatemáticadoPrioloeaLaurissilvae10sugestõesdeactividades

-Fichasauxiliares:Conjuntodefichascomilustrações,necessáriasparaarealizaçãodealgumasdasactividadespropostas.

-CD-ROMsobreoprojecto

Kitjuvenil:

-RelatórionãotécnicodoProjecto:RelatórioqueresumeemlinguagemsimplesasprincipaisacçõesdoProjecto.

-LivrodoProfessor:LivroquecontêminformaçãobásicasobreatemáticadoPrioloeaLaurissilvae10sugestõesdeactividades


-Fichasauxiliares:Conjuntodefichascomilustrações,necessáriasparaarealizaçãodealgumasdasactividadespropostas

-CD-ROMsobreoprojecto

Foramproduzidos500kitsdidácticos,250infantise250juvenis.

OsdoiskitsforamdistribuídosàsescolasdailhadeSãoMiguelatravésdarealizaçãodeumaformaçãode3horas,quepretendegarantiracompreensãodatemáticadoPrioloeacompreensãodasactividadespropostas no kit por parte dos professores. Além disso, esta formação pretende fomentar a suaimaginação e a criação de novas actividades sobre a temática. Esta actividade será assegurada peloCentroAmbientaldoPrioloapósaconclusãodoprojecto.

Em2008iniciou-seumacolaboraçãocomojornalAçorianoOriental,paraelaboraçãodeconteúdosparao Boletim Semanal “A Malta do Açoriano” dedicado ao público mais jovem, Neste âmbito têm sidoeditadasactividadesecuriosidadessobreoPrioloeasuaconservaçãonumarubricaintitulado“OCantodoJaime”(Figura3.24).EstacolaboraçãoirácontinuaratravésdoCentroAmbientaldoPriolo.

Figura3.24–CantodoJaimenoJornalAçorianoOriental.

Anexos:

! Listadeeventosrealizados

! Kitdidácticoinfantil(1ºe2ºciclos)

! Kitdidácticojuvenil(3ºcicloesecundário)

3.4.6. Acção E9 – Colaboração no desenvolvimento do programa turístico para ilha de São MiguelintegrandoinformaçãoespecialsobreoPrioloeasespéciesdevegetaçãonativa,emcolaboraçãocomaDirecçãoRegionaldoTurismo


A sensibilização dos visitantes sazonais cujo comportamento poderá ter impacte na conservação dohabitatnaturaledaespécie-alvoenquadra-senumaestratégiamaisalargadadedesenvolvimentodeumturismosustentável.SãocadavezmaisosturistasqueprocuramosAçorespeloseupatrimónionatural,entre o qual se destaca o Priolo e o seu habitat. Desta forma tem sido privilegiada a promoção edivulgaçãodopatrimónionaturaledasuaimportânciaparaadiversificaçãodaofertaturísticalocal.

Como principal resultado deste esforço destaca-se a presença do Projecto LIFE Priolo na BritishBirdwatchingFair(BBF)em2007e2008.Estafeiraéconsideradaamaiorfeirainternacionaldedicadaao turismoornitológico registandoanualmente cercade20000visitantes.A importânciadesta feira anível do turismodenatureza é reflectida tambémpelo elevadonúmerode expositores (maisde300)entre associações e empresas de todo omundo. Esta presença foi possível como apoio da SecretariaRegionaldoAmbienteedoMaredaDirecçãoRegionaldoTurismo.

Foi possível verificar o interesse dos visitantes (maioritariamente britânicos) pelo Priolo, sendofrequenteencontrarquemjátivesseestadoemSãoMiguelouquemtivesseoobjectivodeofazer.Estapresençapermitiurealizarmaisalgunscontactos,principalmentecomempresasquejárealizamviagensaos Açores mas que por desconhecimento nunca visitaram o projecto. Desta forma, são já várias as


empresasquepassaram(ouirãopassar)a incluiravisitaaoprojectoeaoCentroAmbientaldoPriolonosseuspacotesdeviagensaSãoMiguel.Aindanesteâmbito,foilevadoacaboa2deFevereirode2008o Workshop "O Priolo e o turismo sustentável" que teve como público-alvo as Agências e GuiasTurísticosdeS.Miguel.Estaideiaveionoseguimentodediversoscontactosjáestabelecidosedograndeinteresse demonstrados por diversos operadores em visitar e colaborar como Projecto LIFEPriolo ecomoCentroAmbiental.

OProjectoLIFEPriolo recebeudiversaspropostasdeapoiodeempresas internacionaisquevisitamaregiãoregularmente(porexemplo:ArchipelagoAzores-http://www.azoreschoice.com,IslandHolidaysPlus - http://www.islandholidays.co.uk/, Easy Ryders Tours - http://www.easyridertours.com/),contribuindoparaadivulgaçãoeconservaçãodoPriolo.Alongoprazoestetipodeapoiospoderáserumimportanteacréscimoparaoorçamentoatribuídoàgestãodasáreasprotegidas.Anívelregionalforamvárias as entidades que colaboraram com este Projecto: GeoFun http://www.geo-fun.com, TerraAzulhttp://www.terrazulazores.com, Estalagem dos Clérigos, Associação Archipels -http://www.sejouracores.com, entre outras. A vinda de correspondentes especializados embirdwatching tornou-semais frequente,eoLIFEPriolo temsidoa suaprincipal referênciaeapoionaregião.

Foram igualmente efectuadas reuniões com a Direcção Regional do Turismo (DRT), para discutir aspotencialidades do projecto e do Priolo no âmbito de uma estratégia mais coordenada referente aoTurismodeNatureza.OapoiodaDRTparaa elaboraçãodovídeo sobreoPriolo (emconjunto comaASDEPR – Fundos comunitários LEADER), para a presença na BBF e em congressos regionais deTurismo,temsidoumsinaldointeressequesetemconseguidodespertarjuntodasentidadesoficiaisnaRegião.

3.4.10. AcçãoE10–Formaçãodostrabalhadoresnasdiferentesabordagensaoprocessoderemoçãodeexóticaseplantaçãodeespéciesnativas


Aremoçãodeespéciesvegetaisdomeionaturalrequerconhecimentosespecíficosdeformaadiminuiroimpacte nomeio envolvente. Os trabalhadores rurais que participaram nas acções D1-D8, receberamformaçãonoiníciodoanodetrabalho.

A existência de uma continuidade no grupo de trabalho veio permitir a formação de um núcleo detrabalhadores fixo comgrande experiência.No entanto, devido à entrada e saídade trabalhadores aolongo do ano foi necessário realizar algumas actividades de formação, nomeadamente, ao nível dosconhecimentos sobre vegetação e metodologias de erradicação de exóticas. Estas formações tiveramlugarno iníciodaPrimavera,alturaemquegeralmenteseverificouaentradadenovoselementosemmaiornúmero.

Foi realizadaumaacçãode formaçãoemconjuntocomaCâmaraMunicipaldaPovoaçãoparaosseusfuncionáriosdedicadosàmanutençãodaRededeTrilhosdesteconcelho.Em2007realizou-setambémum curso de socorrismo para toda a equipa do projecto, em colaboração com o Centro de Saúde doNordeste.FoidadoapoioigualmenteaelementosdoServiçodeAmbientedeSãoMiguelqueexecutaramacçõesdecontrolodeexóticasemoutrasáreasdailha.

3.4.11. AcçãoE11–ColaboraçãonapromoçãodetrilhosturísticosadesenvolverpelaDirecçãoRegionaldoTurismo


Osdois concelhosqueabrangemaZPE (NordesteePovoação), sãoactualmentevisitadospor turistassazonais,nacionaiseestrangeiros,quetendemaprocurarosvaloresnaturaisoferecidosporestaregiãorelativamente isolada de SãoMiguel. O Pico da Vara tende a ser umdos alvos preferenciais devido àbelezadapaisagemeà existênciade trilhos jádefinidos.ApromoçãodoPrioloedavegetaçãonativafuncionacomoumalertaparaosquevisitamazonavalorizandosimultaneamenteaáreaeotrilho.

A população residente também procura cada vezmais os trilhos pedestres paramomentos de lazer,sendo tambémuma das actividades propostas nos seus planos de actividades por algumas entidadeslocaisdedivulgaçãoeprotecçãodaNatureza(casoporexemplo,daSPEAedosAmigosdosAçores).


A procura de trilhos pedestres tem verificado um significativo aumento em toda a Região. Algunsconcelhostêmfeitoumaaposta fortenosentidodeproporcionarumaofertavariadaaquemosvisita.UmdestesconcelhoséaPovoaçãoqueapresentaamaiorrededetrilhosdoarquipélago.OLIFEPriolotem colaborado por diversas vezes com os responsáveis desta rede, quer através de troca deconhecimentossobrecontrolodeexóticas,quernaparticipaçãoedivulgaçãodeactividadesrelacionadascomoPrioloeoseuhabitat.

A equipa do LIFE Priolo colaborou também ao longo dos últimos anos com a Câmara Municipal daPovoação no desenvolvimento da rede de trilhos do concelho, já que vários desses trilhos percorremáreasdaZPE.Oprojectocolaboratambémdesde2007comoClubeCulturaleRecreativodoNordesteemdiversasactividadesparaapopulaçãolocal,tendosidorealizadospercursospedestresaváriasáreasdoprojecto.Estasactividadescontinuaramadesenvolver-setendocomopontofocaloCentroAmbientaldoPriolo.

Em2008,tambémaCâmaraMunicipaldoNordesterealizouumlevantamentodostrilhosexistentesnoconcelho e produziumateriais para sua divulgação bem como da promoção turística do Concelho. Aequipa de projecto colaborou neste trabalho quer através de textos quer de apoio no campo. Comoresultado foi elaborada uma brochura/mapa dos trilhos doNordeste, e ainda um guia turístico e umfolheto de divulgação, em todos com a indicação do Centro Ambiental do Priolo e referências a estaespécie.

Como resultado dos diversos trilhos criados na área foi criada a GrandeRota do Priolo, um trilho delongaduraçãoqueligaráPovoaçãoeNordesteatravessandotodaaZPE.EstagranderotaestáprevistaserinauguradabrevementeecontarácommateriaiscriadoscomoapoiodoLIFEPrioloepelaDirecçãoRegionaldeTurismo.

Actualmente estão também a ser equacionadas mais algumas hipóteses de trilhos, nomeadamenteenquadradosnadinamizaçãodoCentroAmbientaldoPriolo.

3.4.9. AcçãoE12–Elaboraçãodorelatórionãoespecializado


Oconhecimentoporpartedapopulaçãoedasentidadesdeintervençãolocaldosobjectivoseresultadosdoprojectoénecessárioe justifica-sepelanecessidadede transmitir juntodopúblicoemgeral, e emparticular da população local, os objectivos e resultados de diversas actividades que afectarãopossivelmenteassuasactividadesdiáriaseaáreaenvolventedolocalondehabitam.DeacordocomasorientaçõesdaComissãoEuropeia,orelatóriofoipublicadonofinaldoprojecto,demodoareflectirosresultadosdemodomaiscompletoerealista.

O relatório foi publicado em português e em inglês, em edições separadas. Foram impressos 750exemplaresdaversaemportuguêse250eminglês.EsterelatóriofoiaindadisponibilizadoemversãodigitalnositedoProjecto.SeráassimumaexcelenteformadedivulgaçãodosprincipaisresultadosdoLIFEPriolo,tendosubstituídoaediçãodeumsegundofolheto(previstainicialmentenaacçãoE4).

O carácter desta publicação é não técnico, incluindo texto e imagens sobre as matérias de maiorrelevânciadoprojectoeaindafactosassociadosaoprojecto,comoinformaçãosobreoCentroAmbientaldoPrioloesobreosresultadosdasmonitorizaçõeseacçõesdecamporeferentesa2007

Com a realização da festa de encerramento do LIFE Priolo em Ponta Delgada e a apresentação dosresultados obtidos, surgiuumapropostaporparte deum jornal diário de SãoMiguel para contribuirparaadivulgaçãodessesresultados.Assimsendo,paramarcaroencerramentodoLIFE,ojornalCorreiodos Açores, imprimiu e distribuiu gratuitamente o RNE com a sua edição de domingo, no dia 28 deDezembrode2008,sendooJornalCorreiodoAçoresumjornaldegrandetiragemregionalestafoisemduvidaumaexcelenteformadecomemorarofinaldesteprojecto.

.Anexos:

! Relatórionãoespecializadodoprojecto,versãoportuguesaeinglesa

3.4.13. Acção E13 – Criação e implementação de uma campanha de divulgação sobre o Priolo e seuhabitat



ParaasseguraraconservaçãodoPrioloedoseuhabitaténecessária,paraalémdevontadepolítica,ointeresseecolaboraçãodapopulaçãoemgeral.Apenascomoapoiodeumacomunidade informadaesensibilizada será possível evitar a extinção do Priolo a médio prazo, sendo que a sensibilização dedeterminados grupos-alvo da sociedade açoriana constituiu um objectivo fundamental do projecto. Ocontacto com estes grupos chave (decisores políticos, agricultores, produtores florestais, populaçãoescolar, comunicaçãosocial, turistas,etc.)permiteatingiroseiodacomunidadeeasuasensibilizaçãoabrecanaisdecomunicaçãoprivilegiadosquepodegerar,nofuturo,umefeitomultiplicativo.

No entanto, verificou-se no início doprojecto que o desconhecimento sobre o Priolo e a sua situaçãoatingia uma percentagem muito elevada da população (mesmo na ilha de São Miguel). Odesconhecimentodestestemasatingiatodososestratosdapopulaçãoe,deumaformageral,todaailha.Para contrariar essa situação foi solicitado no pedido de alteração do projecto a realização de umacampanhademarketingporespecialistasdecomunicaçãoe imagem.Oobjectivodestacampanhaera,paraalémdesensibilizaredivulgar,criarumaimagem“Priolo”forte,coerenteeapelativademodoaseradoptadapelacomunidade.

Esta acção foi realizada pela Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves em colaboração com osrestantesparceirose contoucoma contrataçãodaempresaTeaseremregimedeAssistênciaExternaparacriaramarcaeimagemdacampanha.Estaimagemdestinou-seaindaaserintegradanumasériedeprodutoseiniciativasprevistas,reflectindo-seemtodososmateriaisproduzidosnoâmbitodoprojecto(acções E). A implementação desta campanha implicou a elaboração dos seguintes produtos eresultados:

! definiçãodaEstratégiadeComunicaçãoparaoPriolo(emanexo);

! definiçãodemarcae respectiva identidadevisual,quecontribuiu igualmenteparaadefiniçãodoespaçoaserusadonoCentroAmbientaldoPrioloeexposiçõesitinerantes(emanexo);

! criaçãodelogótipo‘Priolo’erespectivasnormasgráficas(emanexo);

! concepçãográficadeestacionário(papeldecarta,continuaçãoe fax;sacoseenvelopes;capasporta-documentos;cartõesdevisita;cabeçalhosdee-mail);

! desenvolvimentodesinalizaçãoinformativaparaasprincipaiszonasdaZPE;

! projectográficodenewsletterdoprojecto;

! fornecimentodefonteBarmenoparatodososmateriaisescritos;

! criaçãodamascote‘Jaime’(emanexo)erespectivaaplicaçãoaprodutosdemerchandising

A nova imagem foi igualmente associada a duas campanhas que desempenharam um papelimportantíssimonadivulgaçãodoPriolo,anívelnacionale internacional,nomeadamenteaCampanha“AvedoAno2008”daSPEA(Figura3.25)eaCampanha“PreventingExtintions-SpeciesChampions”daBirdLifeInternational.EstascampanhasforamfrutodotrabalhodesenvolvidopeloProjectoLIFEeserãodefactograndesveículosdedivulgaçãoesensibilizaçãoaumnívelsemprecedentesatéestemomento.

(http://www.birdlife.org/news/news/2008/07/priolo.html)


Figura3.25–Campanhas“SPEAAvedoano2008”e“BirdlifePreventingExtinctions”.

Aoabrigoda campanhadaBirdlife, a SPEA tornou-seSpeciesGuardian doPriolo, tendoelaboradoumplanodeactividadesparadesenvolveraté2010.EstasactividadessãoapoiadaspeloSpeciesChampion,arevistainglesaBIRDWATCH(www.birdwatch.co.uk).Paraalémdoapoiofinanceiroparaasactividadespropostas,aBIRDWATCHtem feitoumacompanhamentoregulardoprojecto,queratravésdeartigospublicadosnaedição impressaenosite,queratravésda implementaçãodeumsiteparaarecolhadefundosadicionais(www.justgiving.com/priolo).

AapostafeitaemtermosdedivulgaçãonaBritishBirwatchingFairem2008,comoapoiodaDirecçãoRegionaldeTurismodosAçores,foisemdúvidaummarcodoúltimoanodoprojecto.IstosucedepelofactodeoPriolo,emresultadodetodooesforçorealizadonosúltimosanostersidoescolhidocomoumadasimagensdaBBF2008ereferidopelaorganizaçãoepelaBIrdLifeInternationalcomoumexemploemtermos de conservação e divulgação. Para além dos materiais da feira (Figura 3.26) que incluíam oPriolo(umdos“Super6”de2008), foi tambémalvodeumdestaqueespecialao longodoeventoenaprópriacerimóniadeabertura.

(http://www.birdfair.org.uk/)


FrutodotrabalhorealizadonestaacçãosãoigualmenteosartigospublicadosnasrevistasdebordodaSATAeTAP,asduascompanhiasaéreasqueoperamnoarquipélago(emAnexo).ArevistaUPdaTAP(com60.000exemplares)irácircularemtodososaviõesdaTAPdeJaneirode2009aMarço.ArevistaAzoreanSpiritdaSATA(comcercade10.000exemplares)estevenosaviõesdestacompanhiadeJulhoaOutubrode2008.DereferirqueaTAPvoaactualmentepara58destinos,dispersospor27paísesemÁfrica,AméricadoNorteedoSul, comquase9milhõesdepassageirosem2008.ASATAtransportoumais de 1,4milhões de passageiros (dados de 2007), com rotas para todo o arquipélago dos Açores,Madeira,PortoeLisboa,ediversosoutrosdestinosnaEuropaeAmérica.

Outro ponto alto na área de divulgação, foi a parceria com os CTT – Correios de Portugal para aproduçãodeumaemissãofilatélicadedicadaaoPriolo(Figura3.27).Lançadaem28deMaiode2008,


estaemissãocommaisde1milhãodeunidades(paracorreionacional,internacional,etc)registouumsignificativosucessotendopraticamenteesgotadoalgunsdosvaloresemitidos.Acolecçãoincluiquatroselosedoisblocosfilatélicoscomumselocada,desenhadosporJoséProjectoecomconcepçãográficadoatelierAcácioSantos/TúlioCoelho.Osselos têmvaloresde30,61e75cêntimose1euro.Umdosblocostemovalorde2,45euroseoutro,2,95euros.Osblocosterãotiragensde60milexemplarescada.Nosselos,astiragensserãode280milexemplaresdoselode30cêntimos,230milexemplaresdosselosde61e1euro,e200milexemplaresdoselode75cêntimos.

Foram produzidos diversos materiais de apoio nas acções de divulgação, canetas, lapiseiras,autocolantese t-shirts.Estesprodutoseramoferecidosprincipalmentenasactividadesrealizadascomescolas e outros grupos, sendo também uma forma de premiar os voluntários e colaboradores queajudaramadesenvolvermuitasdastarefasrealizadas.

(http://www2.ctt.pt/fewcm/wcmservlet/ctt/grupo_ctt/imprensa/imprensa/Imprensa94.html)

Por fim, de referir que no que se refere ao desenvolvimento dos materiais de sensibilização e deinformação,asuaconclusãosofreuadiamentosdevidoa tersurgidoaextraordináriaoportunidadedecriaçãodoCentroAmbientaldoPriolo(CAP).Assim,optou-seporconjugartodosostrabalhosrealizadosdeformaaobterumaimagemcoerentequeserácontinuadanopós-LIFEpeloCentroAmbiental.


Estaacção,emconjunçãocomacriaçãodoCentroAmbientaldoPriolo(acçãonãointegradanoprojecto)eoutrasacçõesdevisibilidadedoprojecto,contribuíramdecisivamenteparaquehojeemdiaoPrioloseja conhecidodamaiorpartedapopulaçãoda ilhadeSãoMigueledaRegiãoAutónomadosAçores,conformesepodeverificaratravésdosresultadosdaacçãoF4.

Anexos:

! EstratégiadeComunicaçãoparaopriolo

! Definiçãodemarcaerespectivaidentidadevisual

! Logótipo‘Priolo’erespectivasnormasgráficas

! Mascote‘Jaime’

3.5. ProgressodasacçõesdegestãodoprojectoAsacçõesFprevistasnoprojectoparaoperíododesterelatóriosãoasqueseindicamdeseguida:F1. Planeamento,revisão,gestãoeimplementaçãodoprojectopelobeneficiárioepelosparceiros

F2. AsseguraroplaneamentoestratégicodoprojectoeatomadadedecisãoatravésdeumaComissãoExecutiva

F3. AsseguraraconsultoriacientíficadoprojectoatravésdeumaComissãoConsultiva

F4. Avaliação da Sensibilização Ambiental da população em geral e da Administração para a problemática do Priolo eimportânciadavegetaçãonativa

F5. Esquemasdemonitorizaçãodasacçõesderemoçãodeexóticasedeproduçãoeplantaçãodeespéciesnativas

F6. MonitorizaçãodapopulaçãodePriolo


F7. Avaliaçãodosresultadosglobaisdoprojecto

F8. Elaboraçãodoprogramarecuperaçãodohabitatquedarácontinuidadeàsmedidasimplementadasduranteoprojecto

F9. Asseguraracontabilidadedoprojecto

F10. Asseguraraauditoriadoprojecto

3.5.1. AcçãoF1–Planeamento,revisão,gestãoe implementaçãodoprojectopelobeneficiárioepelos

parceiros

ResponsávelpelaAcção:SociedadePortuguesaparaoEstudodasAveseparceirosConcluídaem2008

Esta acção visava implementar a estrutura organizacional do projecto, assegurando assim que osobjectivosdoprojectosejamatingidosconformeoprevistoegerindotodooprojectosobaorientaçãodaComissão Executiva. Durante o projecto foram assegurados os relatórios previstos (relatórios deprogresso,relatóriointercalarerelatóriofinal),sendotambémsubmetidoumpedidodealterações,quefoiaprovadoemSetembrode2006.

No âmbito desta acção eram esperadas 6 componentes para assegurar a organização e coordenaçãogeraldoprojecto,acargodobeneficiárioSPEA,deacordocomodetalheabaixoreferido:

Criaroesquemadegestãodoprojectoatravésdeprotocoloscomosparceiros,termosdereferênciaparaaequipadeprojectoecalendarizaçãodoprojecto.

ForamcelebradosprotocolosdeparceriaentreaSPEA,enquantobeneficiárioprincipaldoprojecto,eosparceiros:SecretariaRegionaldoAmbienteedoMar,CCPA/UniversidadedosAçores,CâmaraMunicipaldeNordeste,DirecçãoRegionaldosRecursosFlorestaiseRoyalSocietyfortheProtectionofBirds.

Selecçãoecontrataçãodaequipadeprojecto

Foi constituída uma equipa de projecto no início de 2004, comum coordenador (José Pereira) e trêsassistentes (MónicaMartins eposteriormenteAntónio JoséFarragoloeArturGil).Duranteoprojectoestaequipafoialargadadeacordocomopedidodealterações,peloquepassouaincluirtambémumatécnicaadministrativaeumatécnicadeeducaçãoecomunicação.Houvemudançasnaequipaaolongodoprojecto,sendoqueaequipafoiconstituídapelosseguinteselementos:

Coordenador:JoséPereira(2003-2004);JoaquimTeodósio(2004-2008)

Assistentes:AntónioJoséFarragolo(2003-2006),MónicaMartins(2003-2004),ArturGil(2004-2007),ElsaSilva(2005-2006),RicardoCeia(2006-2008),CarlosSilva(2006-2008)eRuiBotelho(2007-2008)

Assistenteadministrativa:VanessaOliveira(2006-2008);

AssistenteparaEducaçãoAmbientaleComunicação:ClaraCasanovaFerreira(2007);JoanaDomingues(2007-2008).

Gerir o programa operacional de acções através de uma equipa executiva de projecto coordenada pelocoordenadordoprojecto;e

Assegurar o prosseguimento adequado do projecto através da coordenação da equipa de projecto e docontroloorçamentalpelobeneficiário.

Todasasacções foramgeridaspeloCoordenador, emsintonia comaComissãoExecutivaeoDirectorExecutivo da SPEA, demodo a cumprir o programa operacional como referido no presente RelatórioFinal.

Assegurarumponto focalde contactodaequipadeprojectopara reportarasacçõesaosparceiros eaobeneficiárioeconstituirumpontodecontactocomaComissãoEuropeia

A SPEA e a equipa de projecto foram sempre o ponto focal do projecto em todos os contactosnecessários, nas visitas da Comissão Europeia e da equipa externa aos Açores, e na escrita eapresentaçãodetodososrelatóriosprevistos.


Implementarasededeprojectoelocaldetrabalhodaequipadeprojecto,commaterialadequado

Duranteosúltimosanosdoprojectoporfaltadeinstalaçõesqueassegurassemtodasasfuncionalidadesnecessárias à sede do projecto, foi necessário proceder ao aluguer de uma casa localizada na vila deNordeste. O parceiro Câmara Municipal do Nordeste cedeu algum equipamento de escritório, porexemplo,mesase cadeiras.Procedeu-seàaquisiçãodediversosbens consumíveis, instalaçãode linhatelefónicaemontagemderedeinternaeligaçãoADSL.

Com o pedido de alterações aprovado foi possível adquirir algum equipamento que veio permitirmelhores condiçõesde trabalho.Destaca-seumaviatura (comcapacidadeparanovepassageiros)quepermitiu maximizar os trabalhos de campo bem como serve de excelente apoio às actividades deeducação e sensibilização ambiental. O novo GPS com maiores valências veio também aumentar aprecisão e capacidade de obtenção de dados no campo, essencial para trabalhos de cartografia emonitorização.

3.5.2. AcçãoF2–Asseguraroplaneamentoestratégicodoprojectoea tomadadedecisãoatravésdeumaComissãoExecutiva

ResponsávelpelaAcção:SociedadePortuguesaparaoEstudodasAveseparceirosConcluídaem2008

Aparticipaçãodetodososparceirosnatomadadedecisãodoprojectoeacompanhamentoatempadodetodas as actividades do projecto desenvolvidas pelos outros parceiros é fundamental, de modo areforçar o compromisso de parceria para com os objectivos do projecto. A criação da ComissãoExecutiva doprojecto assegurouque o conhecimento e experiência desenvolvidos durante o projectofossem partilhados e analisados pelas entidades regionais parceiras, envolvendo ainda todos osparceirosnatomadadedecisãoestratégicadoprojecto.

AComissãoExecutivafoiconstituídaporrepresentantesdetodososparceirosepelaequipadeprojecto,tendo-se em cada uma das reuniões apresentado os progressos das acções do projecto e decidido odesenvolvimento das acções. Realizaram-se 20 reuniões da Comissão Executiva, numa periodicidadeaproximadamentetrimestral,nasdatasabaixoindicadas,ecujasactasseanexamaesterelatório.

ReuniõesdaComissãoExecutivadoprojectoLIFEPriolo

1ª22-23deOutubrode2003 11ª7deJulhode2006

2ª25-26deMarçode2004 12ª26-27deOutubrode2006

3ª1-2deJulhode2004 13ª9deFevereirode2007

4ª1deOutubrode2004 14ª7deMaiode2007

5ª13deJaneirode2005 15ª26deJulhode2007

6ª15deAbrilde2005 16ª9deNovembrode2007

7ª29deJulhode2005 17ª7deAbrilde2008

8ª20deOutubrode2005 18ª30deJunhode2008

9ª17deJaneirode2006 19ª18deSetembrode2008

10ª26deAbrilde2006 20ª31deOutubrode2008

Anexos:

Actasdas20ReuniõesdaComissãoExecutivadoprojectoLIFEPriolo

3.5.3. AcçãoF3–AsseguraraconsultoriacientíficadoprojectoatravésdeumaComissãoConsultiva


As medidas de recuperação do habitat a implementar na ZPE Pico da Vara / Ribeira do Guilhermeimplicamconhecimentoscientíficosetécnicosadequadosàcomplexidadedasituação.Domesmomodo,


agravesituaçãoemqueoPrioloseencontrarequerumacompanhamentomuitoforteassociadoaumprogramademonitorizaçãoadequado.

Foi criada uma comissão de especialistas em diversas áreas que ao longo do projecto acompanhou ecomplementou o trabalho da equipa de projecto. A Comissão Consultiva do projecto teve comoprincipaisatribuições,enquantoórgãoneutral,reunirumavezporanoparapropormétodosadequadosde monitorização das várias acções do projecto, analisar o progresso dos trabalhos e os resultadosobtidos,eproporajustesnamonitorizaçãodasacçõesdoprojectoemfunçãodoconhecimentocientíficoactualedosresultadosentretantoobtidospeloprojecto.

AComissãofoicoordenadapeloespecialistasobrePrioloeautordoPlanodeAcçãoparaaespécie,Dr.JaimeRamos (IMAR), sendoqueparaos restantesmembrosdaComissãoexistiualgumarotatividade.Estacomissão,tevepordiversasocasiõesocontributodeespecialistasexternosquepossibilitaramumaavaliação do trabalho feito, bem como importantes contribuições em determinadas áreas chave daconservaçãodoPrioloegestãodoseuhabitat.

Umexemplodesta contribuiçãoexterna foi a realizaçãodoworkshopcientífico “Prioloe aFlorestadeLaurissilva” em Maio de 2007 na Vila de Nordeste em São Miguel. Este evento foi promovido pelaSociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA), com o financiamento da Direcção Regional deCiência e Tecnologia e Direcção Regional de Turismo dos Açores, e com a colaboração da CâmaraMunicipal de Nordeste e da Estalagem dos Clérigos. O principal objectivo foi avaliar e divulgar osresultados apurados pelo projecto LIFE Priolo e definir objectivos para a futura monitorização esustentabilidadedaZPEPicodaVara/RibeiradoGuilherme.

Participaramnesteworkshop27técnicoseinvestigadores(dasáreasdebotânica,ornitologia,ecologia,estatística e economia) de diversas instituições como aUniversidade de Lisboa, aUniversidade de LaLaguna(Tenerife,Espanha),aUniversidadedosAçores,aUniversidadedeCoimbraeaRoyalSocietyfortheProtectionofBirds(RSPB,ReinoUnido).

Outros especialistas colaboraram pontualmente ao longo do projecto em áreas específicas como ocontrolo e monitorização de ratos (Dr. Peter McClelland, do governo neozelandês), valorização deserviçosdeecossistemas(Dr.IanDickie,RSPB),ecologiaflorestal(Dr.AdrianNewton,UniversidadedeBournemouth),amostragemàdistância(Dr.TiagoMarques,UniversidadeLisboa),entreoutros.

Foram realizadas 5 reuniões da Comissão Científica, sempre associadas a trabalhos e verificações noterreno,nasdatasabaixoindicadas:

ReuniõesdaComissãoConsultivadoprojectoLIFEPriolo

1ª 22-23deOutubrode2003 4ª 28-29deOutubrode2006

2ª 2deOutubrode2004 5ª 8-11deMaiode2007

3ª 21-22deOutubrode2005

Emcadareuniãofoilavradaumaactaondeconstamosassuntostratados,osquaissãoapresentadosemanexoesãosumariadosdeseguida:

o A primeira reunião decorreu aquando da primeira reunião da Comissão Executiva onde aComissãoCientificadelineouosprincipaisaspectosdoprojectoamonitorizaresugeriu linhasorientadorasparaosimplementar.

o Na segunda reunião, que decorreu a 2 de Outubro de 2004, a Comissão analisou a primeiraetapadosplanosdemonitorizaçãoeefectuourecomendaçõesespecíficasacercadosseguintesaspectos: a)monitorização da regeneração da floresta utilizando quadrados a avaliar antes eapós os trabalhos de remoção de plantas invasoras, b) marcação de plantas invasoras paramonitorizaraeficáciadosherbicidasnasuaeliminação,c)recolhaegerminaçãodesementesnoviveiro, d) mortalidade das espécies vegetais plantadas no campo, e) avaliação do uso dealimentadoresartificiais, f)monitorizaçãodaerosãodosoloedaqualidadedaágua(eventualcontaminação por herbicidas), g) monitorização da população de Priolo e h) avaliação dadensidadederatos(novaameaçaentretantoencontrada).

o Aterceirareuniãodecorreua21e22deOutubrode2005apósavisitadeumecólogoflorestaldaUniversidadedeBournemouth,Dr.AdrianNewton,quepreparouumrelatórioindependenteacercadasváriasacçõesdemonitorizaçãoadecorrerembemcomosobreoandamentogeraldoprojecto (em anexo). Esta reunião teve em consideração o relatório anteriormente referido eserviu sobretudo para discutir e efectuar algumasmodificações nos planos demonitorização


entretanto implementados e para avaliar os dados recolhidos no ano anterior. Foi aindadelineado um protocolo experimental para executar a acção C2 (Corte experimental deCriptoméria) e delineados alguns protocolos para aumentar o conhecimento sobre a ecologiaalimentaredeusodoespaçopeloPriolo.Paratalforamapresentadasalgumasideias,devendooprojectoprocurarbolseirosfinanciadosporoutremparaexecutarestastarefas.

o Aquartareuniãodecorreua28e29deOutubrode2006,eserviusobretudoparacomentarosresultados entretanto obtidos. A Comissão constatou que as várias acções de monitorizaçãoestavam a demonstrar bem a eficácia do herbicida utilizado e do aumento da população deespéciesdeplantasnativas.

o A quinta reunião, decorreu de 8 a 11 de Maio de 2007. No seguimento de todo o trabalhorealizado pela Comissão Científica, tal como planeado, foi então organizado um workshopcientíficomaisamplo,designado“PrioloeaFlorestadeLaurissilva”equetevelugarnaViladeNordeste.Esteeventoexcedeuoprevistonoprojectooriginalparaestaacção, tendopor issocontado com o apoio da Direcção Regional de Ciência e Tecnologia e Direcção Regional deTurismodosAçores,ecomacolaboraçãodaCâmaraMunicipaldeNordesteedaEstalagemdosClérigos.Oprincipalobjectivo foidivulgaros resultadosapuradospeloProjectoLIFEPrioloedefinirobjectivosparaafuturamonitorizaçãoesustentabilidadedaZPEPicodaVara/RibeiradoGuilherme,peloqueesteworkshopfoitambémcrucialparapreparaçãodoconteúdodaacçãoF8 (ver Acção F8). Participaram nesteworkshop 27 técnicos e investigadores (das áreas debotânica, ornitologia, ecologia, estatística e economia) de diversas instituições como aUniversidadedeLisboa,aUniversidadedeLaLaguna(Tenerife,Espanha),aUniversidadedosAçores, a Universidade de Coimbra e a Royal Society for the Protection of Birds (RSPB,Inglaterra). Foi produzido um relatório final com as principais conclusões resultantes desteworkshopcientífico(verAcçãoF8).

Emresumo,aComissãoCientificadecorreutalcomoprevisto,foiimportanteparadelinearosplanosdemonitorização e para avaliar a eficácia das várias acções do projecto. Várias tarefas, tais como oworkshopdeespecialistasefectuadoemMaiode2007eestudosentretantosugeridoscomooportunospelaComissãoforamefectuadosdadoqueoprojectoobtevefinanciamentosadicionais.

Anexos:

! Actasdas5ReuniõesdaComissãoConsultivadoprojectoLIFEPriolo

! Relatório ‘Reportofvisit toAzoresBullfinchProject’doDrAdrianNewtonapresentadoàComissãoCientíficaem2005

3.5.4. AcçãoF4–AvaliaçãodaSensibilidadedapopulaçãoemgeraledaAdministraçãorelativamenteàproblemáticadoPrioloedavegetaçãonativa


Esta acção tem como objectivo a avaliação do sucesso das acções de Sensibilização Ambiental cujoprincipal objectivo consistiu na criação de um público informado, sensibilizado e competente noprocesso de implementação das medidas de conservação do Priolo e respectivo habitat natural. AAvaliaçãodaSensibilizaçãoAmbientaldapopulaçãoemgeraledaadministraçãoparaaproblemáticadoPrioloe importânciadavegetaçãonativa foidesenvolvidaemduas fases,aavaliaçãoex-ante, levadaacaboentreMarçoeAbrilde2005,eaavaliaçãoex-post,levadaacaboentreFevereiroeMarçode2008,tendo-seaplicadooinquéritoàpopulaçãoeagentesdailhadeSãoMiguel.

Aprincipalconclusãoquesepodetiraréque,emgeral,asacçõesdedivulgaçãoforameficazesentreapopulação em geral (Figura 3.28). Contudo, verifica-se que as pessoas ainda confundem conceitosbásicos (nativo/exótico) essenciais para perceber correctamente a problemática do Priolo. Ainda hámuitotrabalhodedivulgaçãoparaconseguirumníveldesensibilizaçãosatisfatório.

Oconhecimentodapopulaçãoé imprescindívelnacontinuidade,a longoprazo,davontadepolíticadeconservaçãoerecuperaçãodoPrioloedoseuhabitatnatural.Algunserrosnasrespostasdegrupos-alvoteoricamente melhor informados lembra-nos que a divulgação e educação ambientais têm de sercontínuoselevadosacabodeformaeficaz,algojáprevistopelaSPEAequelevouàcriaçãodoCentroAmbientaldoPrioloquecontinuaráasacçõesdeeducaçãoesensibilizaçãoambientalapósotérminodoprojectoLIFEPriolo.


78%

22%

69%

31%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

2008 2005

Ques tão1 - C onheceoP riolo?

S IM NÃO

49%

3%8%

40%

57%

9%

9%

25%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

2008 2005

Ques tão6 - C onheceos eutipodehabitat?

NãoconheceoHabitat Incenso

C riptoméria Florestas Naturais dos Açores

C lareiras

47%

53%

34%

66%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

2008 2005

Ques tão11 - Ouviu falardaZPE P icodaVara/RibeiradoG uilherme

S im Não

Fonte:InquéritosàpopulaçãonoâmbitodaAcçãoF4-ProjectoLIFEPriolo(Março/Abril2005eFevereiro/Março2008)

Figura3.28-RespostasrelativasàZPEPicodaVara/RibeiradoGuilermeem2005eem2008.

Anexos:

! Relatório“AvaliaçãodaSensibilizaçãoAmbientaldapopulaçãoemgeraledaadministraçãoparaaproblemáticadoPrioloeimportânciadavegetaçãonativa”

3.5.5. Acção F5 – Esquemas de monitorização das acções de remoção de exóticas e de produção eplantaçãodeespéciesnativas



A complexidade e dificuldade da intervenção no habitat realizada durante o projecto implicam umamonitorização constante dos resultados de cada acção, reforçada pelo facto de existir uma fortedependência entre as várias acções.Amonitorização contínuade todas as acções é fundamental paraassegurarqueosobjectivossãoalcançadosdeacordocomacalendarizaçãoeosobjectivospropostos.

Amonitorizaçãodasacçõesdeintervençãonoterrenoconstituiporsiumaacçãodoprojecto,querpelasua contribuição para a boa prossecução das actividades quer pelo elevado consumo de recursoshumanose logísticos.Pensou-sedesde logoqueestamonitorizaçãodasactividadesde intervençãonohabitat teria que ser realizada de forma contínua ao longo de todo o projecto, conforme exigido pelasituaçãodeameaçaemqueoPrioloseencontra.

Osesquemasdemonitorizaçãoforamalvodediscussão,comoresultadodasexperiênciasdesenvolvidasduranteo1ºanodeprojecto, tendosidoelaboradosprotocolosparaasdiferentessituaçõessujeitasamonitorizaçãono seguimentodas conclusões resultantesda2ª reuniãodaComissãoCientífica (AcçãoF3). Os protocolos iniciais estabelecidos para a Acção F5 do projecto LIFE Priolo “Esquemas demonitorização das acções de remoção de exóticas de produção e plantação de espécies nativas”compreendiamumprogramademonitorizaçãoqueactuavaemtrêsfases:

Fase1–Monitorizaçãodaproduçãodeplantasnativas;

Fase2–Monitorizaçãodaremoçãodeespéciesexóticas;

Fase3–Monitorizaçãodaplantaçãodeespéciesnativas.

A estes esquemas integrados de avaliação do sucesso dasmedidas de intervenção foram adicionadosdois outros estudos demonitorização:monitorização da frutificação de Azevinho emonitorização decursosdeáguaesolo,demodoaconseguirumaavaliaçãomaisabrangentedoimpactodestasmedidasnoterreno.

Os resultados da primeira fase demonitorização revelaram resultados tranquilizadores uma vez queforamobtidas, tantoparaespéciesnativas lenhosascomoparaplantasherbáceasnativas(Tabela3.7),taxasdegerminaçãosignificativamenteelevadasparaqueasuaproduçãodesserespostaàdemandadeplantasparaacçõesdeplantação.

Tabela3.7-DadosdegerminaçãoobtidospeloCCPAreferentesàsementeiradevárioslotesdeespéciesnativas,comdistintostemposdeconservação.

Espécie Ensaios Tempodeconservação(meses)

Temperatura Fotoperíodo Germinação

Luzulapurpureosplendens 3 2 10-20ºC 8h 70,8%

Luzulapurpureosplendens 5 14 10-20ºC 8h 86,2%

Leontodonfilii 1 2 20ºC 8h 52,3%

Leontodonfilii* 7 14 20ºC 8h 31,8%

Leontodonfilii 6 84 20ºC 8h 91,0%

Vacciniumcylindraceum 8 - 15ºC 8h 58,5%

*Omododeconservaçãoinadequadodestelotepermitiuodesenvolvimentodefungos.

No que diz respeito à segunda fase, referente à monitorização da remoção de espécies exóticas,verificou-se que espécies nativas lenhosas (Figura 3.29) e fetos apresentam um desenvolvimentoimediatoapósasacçõesdeintervenção,enquantoasespéciesherbáceassóconseguemprosperardoisanosapósaintervençãoumavezquesofremumefeitolesivoimediatoaquandodaintervençãodevidoàformação de tapetes de folhas mortas e do pisoteio. É também provavelmente devido à intervençãohumanaqueduasdasespéciesnativaslenhosas,MyrsineretusaeVacciniumcylindraceum,sofremumadiminuiçãodasuadensidade,nomeadamentenasclassesdetamanhoinferiores.


Figura3.29.Densidades(nºdeplantas/m2)obtidasparaasváriasespéciesnativaslenhosas,discriminadasporclassesde

monitorização(Regeneration,Seedling,Sapling,TreeeResprouted)tendoemcontaosanosdecorridosapósa

remoçãodeexóticas.Terematençãoofactodoeixoverticalnãoobedecersempreàmesmaescalaemtodasosgráficos.

Osresultadosdestasacçõesdemonitorizaçãoalertaram,noentanto,tambémparaofactodeaaberturadeáreasparaodesenvolvimentodeespéciesnativaspodervir a sofreruma reinvasãodasprincipaisespéciesexóticas(Figura3.30).


Figura3.30-Densidades(nºdeplantas/m2)obtidasparaasprincipaisespéciesexóticas,discriminadasporclassesdemonitorização(Regeneration,Seedling,Sapling,TreeeResprouted)tendoemcontaosanosdecorridosapósaremoçãodeexóticas.Terematençãoofactodoeixoverticalnãoobedecer

sempreàmesmaescalaemtodasosgráficos.

Osresultadosobtidoscomamonitorizaçãodaplantaçãodeespéciesnativas,correspondenteàterceirafase, são tranquilizadoresnoquedizrespeitoaoestabelecimentodasplantasno terreno.Emgeral,asespéciesplantadasapresentamtaxasdemortalidadebaixas,variandoestastaxasentreespécies(Tabela3.8).

Tabela3.8-Taxasdemortalidadeparaasváriasespéciesobtidasporintermédiodamarcaçãodediferentesindivíduosnodecorrerdasváriasépocasdeplantação(2004/2005,2005/2006e

2006/2007).

Nºdeindivíduosmarcados Mortalidade2004/2005

Ilexazorica 90 2%Prunusazorica 41 12%

2005/2006

Juniperusbrevifolia 48 4%Vacciniumcylindraceum 100 11%Ilexazorica 100 3%

Prunusazorica 100 16%Ericaazorica 50 28%

2006/2007(zonacomherbicida)

Juniperusbrevifolia 50 0%Vacciniumcylindraceum 50 2%Ilexazorica 50 0%

Prunusazorica 50 0%Ericaazorica 50 14%

2006/2007(zonasemherbicida)

Juniperusbrevifolia 50 6%


Vacciniumcylindraceum 50 2%

Ilexazorica 50 0%Prunusazorica 50 2%Ericaazorica 50 6%

Os esquemas complementares de monitorização apresentaram também resultados reconfortantes. Aremoçãodasespéciesexóticastambémfavoreceorestabelecimentodohabitataoníveldoaumentodaproduçãodefrutos,nomeadamentedeAzevinho,acelerandooprocessoderecuperação(Figura3.31).

-4

-2

0

2

4

6

8

Cleared Non cleared A Non cleared BFrui

t pro

duct

ion

rate

(Tot

al fr

uits

/Bas

al p

erim

eter

)

2006

2007

Figura3.31-Médiaedesviopadrãodataxadeproduçãodefrutosanual(númerodefrutos/perímetro

basal)emcadatransecto.

Tendoemcontaascaracterísticasdequalidadedaáguaparausosmúltiplos,amonitorizaçãocorroboraosresultadosqueindicamqueaáguadaRibeiradoGuilhermeestáemconformidadecomasnormasdequalidade estabelecidas pelo Decreto-Lei n.º 236/98 de 1 de Agosto, podendo ser utilizada paraconsumo da população, não existindo qualquer influência da intervenção química na qualidade damesma.

Quantoàspropriedades físico-químicasdosoloanalisadasnasváriasamostrasrecolhidasverificou-seseremmuito idênticas no respeita a qualquer dos parâmetros analisados,muito em consequência doclima específico da área de estudo com um elevado teor de água, não existindo também neste casoinfluênciadaintervençãoquímicanaspropriedadesdosolo.

Anexos:

! Relatório técnico: Ceia, R. & C. Silva 2008 Esquemas de monitorização das acções de remoção deexóticasedeproduçãoeplantaçãodeespéciesnativas.RelatóriodaacçãoF5doProjectoLIFEPriolo.SociedadePortuguesaparaoEstudodasAves,Lisboa.

3.5.6. AcçãoF6–MonitorizaçãodapopulaçãodePriolo


Estaacçãofoidesenvolvidacombasenumplanodemonitorizaçãoelaboradonoiníciodoprojecto,noseguimentodeoutrostrabalhosquejávinhamaserfeitos.Inicialmenteconcebidotendoematençãoarealização anual do censo da população de Priolo durante a época de nidificação e do censo derecrutamentodejuvenisparaapopulação,esteplanodemonstrouserinsuficienteparadarrespostaaquestõesecológicasmaisespecíficasque foramemergindonodecorrerdoprojectoLIFEPriolo.Destemodo, foinecessáriodelinearactividades complementaresaesteplanocoma finalidadede conseguirumamelhorcompreensão.Estasactividadescomplementaresrevelaram-sedecisivasfaceaquestõesde


ecológicasreferentesàutilizaçãodasváriasáreasgeográficasbemcomopromoveramesclarecimentosfaceànovaameaçadetectadadepredaçãopormamíferosintroduzidos.

Os censos anuais da população de Priolo durante a época de nidificação, suportados pelos censos derecrutamento de juvenis para a população, apontam para que actualmente a espécie conte com umefectivopopulacional superioraoestimadono iníciodadécada (Figura3.32).O cálculodedensidade,obtidoporintermédiodametodologiadeamostragemàdistância,estimaumtamanhopopulacionaldecercade775indivíduos.Mesmocomosgrausdeerropadrãoassociadosaosresultados,estessugeremumarecuperaçãodosefectivospopulacionaisduranteodecorrerdoprojecto.

Figura3.32-Índicepopulacionalanualparaosperíodos1991-6e2002-8(análiseGLM).

Os censos de recrutamento de juvenis revelaram-se como uma ferramenta útil na compreensão dasflutuaçõesverificadasnocensoanualdapopulaçãodePrioloduranteaépocadenidificação,umavezquenumapopulaçãoestável,onúmerodejuvenisquesobrevivemeentramnapopulaçãoreprodutoradeverá ser similar à mortalidade na população adulta. Os valores máximos obtidos para o ráciojuvenis/adultos, bem como o seguimento das suas variações, entre 2006-2008 contribuíraminegavelmenteparaessacompreensãomaisabrangentedapopulaçãodePriolo(Figura3.33).

Figura3.33-Valoresdoráciojuvenis/adultoscalculadosquinzenalmenteduranteostrêsanosde

amostragem.

Aoníveldacompreensãodaecologiadaespécie,particularmentenoquedizrespeitoàsuautilizaçãodoespaço, foi fundamental a realização de actividades como a anilhagem científica, o radio-tracking, amonitorizaçãodaocorrênciainvernaldefernstripping(detecçãodepriolosatravésdasmarcasdeixadasnos fetos de que se alimenta) e o Atlas do Priolo 2008. Devido à impossibilidade de implementar oestudoderadio-trackingno terreno,aanilhagemcientífica foiachaveparaumamelhorcompreensãodoshábitosdaespécie,nomeadamentequeoPriolonão temuma fidelidadevinculadaaoparceirodeanoparaanoequeexisteumamovimentaçãoactivaentreofragmentodeflorestanativadaAlgarviaeamancha central de floresta nativa da Serra da Tronqueira (distanciadas cerca de 6000m). Já a


monitorizaçãodaocorrênciainvernaldefernstripping,paraalémdeavaliaraspreferênciasalimentaresdoPriolonoquedizrespeitoafetos,contribuiu,emconjuntocomoAtlasdoPriolo2008,paraestimaraárea de ocupação da espécie obtendo-se assim mapas de distribuição da espécie durante o Inverno(Figura3.34)eduranteaépocadenidificação(Figura3.35).

Figura3.34-Mapainvernaldeocorrênciadefernstrippingnasquatroespéciesprincipais(Culcita

macrocarpa,Dryopterissp.,PterisincompletaeWoodwardiaradicans).

Figura3.35-SobreposiçãodaáreadeestudodoAtlasdoPriolocomoslimitesdaZPE.Asquadrículas

queincluíramregistosdePriolosestãoassinaladascomacorverde-escura.

Durante o estudo de avaliação do impacte da predação em ninhos (Figura 3.36), os mamíferosintroduzidosforamapontadoscomoumanovaameaçaàsobrevivênciadaespécie.EstefactolevouaqueseavançassecomumestudodedistribuiçãoeabundânciarelativaderoedoresemustelídeosemáreasdeflorestaLaurissilva.


Figura3.36Ratazana(Rattusrattus)predandoumninhodePriolonaépocareprodutorade2007,

registadaemcâmaradefilmarainfra-vermelhos.

Esteestudoutilizouométododaspegadasemtúneiscomomedidaavaliativadaabundânciaderoedorese mustelídeos (Figura 3.37). Foi registada uma maior ocorrência de roedores (Rattus rattus eMusmusculus) no Outono e de mustelídeos no Verão, e um menor número de indivíduos detectados noInverno, explicados pela variação dos padrões sazonais de pequenos mamíferos. O controlo destespredadoreséumahipóteseválidadefuturo,sendoesteestudodegrandeutilidadetendoemvistaumaboagestãodeeventuaisoperaçõesdecontrolo.

Figura3.37-Resultadosdeamostragemsazonalcomtrackingtunnels,referentesàpresençadeMus

musculus(a),Rattussp.(b)eMustelasp(c).

As conclusões retiradas após análise dos resultados deste plano de monitorização da população dePriolo permitem afirmar que, apesar de continuar sob fortes ameaças (abundância de predadores,proporção de habitats, disponibilidade de alimento, clima), esta apresenta actualmente um efectivopopulacional maior e ocupa uma maior área de distribuição que no início da década, muitoprovavelmentedevidoànecessidadedeexplorarnovasáreasdealimentaçãoedereprodução faceaoaumentodonúmerodeindivíduos.

Nogeralosresultadosdestaacçãoeosrecursosempregues,naqualsepreviasimplesmentearealizaçãode censos realizados na época de reprodução e dispersão dos juvenis, ultrapassaram largamente oesperado. Foi obtida informação actualizada e inovadora sobre a evolução da população do Priolo erelacionadososefeitosdasmedidasdeintervençãonohabitat.Paraalémdisso,foiefectuadooAtlasdo


Priolo recorrendo a fundos complementares ao projecto, que permitiram fazer pela primeira vez umcenso completo em toda a área de distribuição, com metodologia inovadora. Este esquema demonitorização serámantido no futuro e os dados obtidos como censo serão de enorme importânciaparacontinuaraseguirapopulaçãodePriolo.

Anexos:

! Relatório técnico: Ceia, R. 2008 Monitorização da população de Priolo. Relatório da acção F6 doProjectoLIFEPriolo.SociedadePortuguesaparaoEstudodasAves,Lisboa.

3.5.7. AcçãoF7–Avaliaçãodosresultadosglobaisdoprojecto


OdesenvolvimentodoProjectoLIFEPrioloimplicouarealizaçãodenumerosasacçõesmuitasporumarazão ou outra, pioneiras e inovadoras. Quer pela aplicação demétodos e logística diferentes do quetinhasidoalgumaveztentadonaRegião,querpeloenvolvimentodasociedade,querpelaabrangênciadoprojecto(daconservaçãoàlegislação,passandopelamonitorizaçãoesensibilizaçãoambiental).Porestesfactoresacertezadesucessoedeexequibilidadedasacçõesnoiníciodoprojectoeramuitobaixaeem alguns casos veio a comprovar ser de todo impossível, levando à apresentação de um pedido dealteraçõesondeforammodificadasouexcluídasalgumasacções.A necessidade de uma gestão adaptativa verificou-se desde cedo, levando à necessidade de adaptarmetodologias e recursos humanos e financeiros ao evoluir dos trabalhos e de acordo com diversascondicionantes (climatéricas, do terreno, recursos humanos, burocracias, planeamento inicialinadequado,etc).ParaumaavaliaçãoregularecríticatodasasacçõeseresultadosforamverificadosediscutidospelaComissãoexecutiva(verAcçãoF2),pelaComissãoCientífica(verAcçãoF3)epelaequipade projecto e seu supervisor, especialmente através da confrontação dos dados de monitorizaçãosempredisponíveisepelacartografiaactualizadaemSistemadeInformaçãoGeográfica.A informaçãoSIGpermitiuverificarocumprimentodasacçõesderecuperaçãodehabitat.Numa análise global, os objectivos do projecto foram atingidos e mesmo largamente ultrapassadosgraçasaoesforçodaequipadeprojectoetambémcomofrutodeumagrandediversidadedeacçõeseprojectosqueforamgeradosequecontaramcomacolaboraçãodenumerososestagiários,bolseirosevoluntários.Esterelatório final,emespeciala tabeladeresultadosesperadosvs.Resultadosatingidos(versecção2.2),atestaissomesmoeindicademodoresumidoosresultadosdasdiferentesacções.

3.5.8. AcçãoF8–Elaboraçãodoprogramarecuperaçãodohabitatquedarácontinuidadeàsmedidasimplementadasduranteoprojecto


Foidesenvolvidoumplanodeformaaresumiroprogramadecontinuidadedasmedidasdesenvolvidasduranteoprojecto,emarticulaçãocomoPlanodeGestãodaZPEPicodaVara/RibeiradoGuilherme(verAcçãoA1),funcionandocomoumadasprincipaisferramentasdegestãoactivadaZPE,resumindoaexperiênciaadquiridaduranteoprojectoeutilizando-aparaprogramareasseguraramanutençãodalimpeza das zonas intervencionada assim como a limpeza progressiva das exóticas e recuperação dohabitatnaszonastampãoemtornodaáreaprincipaldeocorrênciadoPriolo.Oobjectivodelongotermoa atingir será a recuperação do habitat de uma parte significativa da ZPE Pico da Vara/Ribeira doGuilherme que assegure alimento e habitat favorável a uma população de Priolo com um númerocrescentedeefectivos.

As principais linhas de orientação para a gestão a longo prazo da ZPE foram definidas noworkshopcientíficorealizadoemMaiode2007(Veranexo).Estetrabalhofoidesenvolvidoaolongodosúltimos18meses do projecto, tendo-se optado por uma abordagem não só de conservação do Priolo e daLaurissilva(habitatassociado),mas tambémdeoutroshabitatsdaZPEclassificadoscomoprioritáriosao abrigo da Directiva Habitats e em grave risco de destruição principalmente pela expansão dasespéciesvegetaisexóticasinvasoras.EstãonestasituaçãoaáreadeTurfeirasAltasActivasdoPlanaltodosGraminhaiseaspoucasáreaspropíciasàexistênciadeMatosMacaronésicosEndémicos.


DestaformafoisendodesenvolvidoumplanoderecuperaçãodoshabitatsprioritáriosdaZPEPVRGdequeresultouumacandidaturaaoprogramaLIFE+,aqual foiaceiteemNovembrode2008.Estenovoprojectoiráiniciar-seemJaneirode2009tendocomoprincipaisobjectivos:

-desenvolvimentoe/ouaperfeiçoamentodetécnicasparacontrolodeexóticasemTurfeiras

-criaçãodeumviveirodedicadoexclusivamenteàproduçãodeplantasnativas

- desenvolvimentoe fomentode redesde entidadesparapromoçãodo turismodenaturezanaZPEepromoçãodaMarcaPriolocomvistaàconservaçãodoshabitats

-controlodeexóticasemáreasdeTurfeiraeLaurissilva.

Embora não sendo dedicado ao Priolo, este projecto LIFE+ irá certamente beneficiar esta espécie,providenciando uma maior área de habitat adequado. Para além disso, ao abrigo do programaestabelecido com a BirdLife Internacional, através da campanha “Species Champions” será possívelmanteraté2010asactividadesbásicasdemonitorizaçãodePriolo,nomeadamenteacontinuaçãodoscensosanuais.

Anexos:

! Relatóriotécnico:SPEA2007.ResumodoWorkshopCientificosobreoPriolo.SociedadePortuguesaparaoEstudodasAves,Lisboa.

3.5.6. AcçãoF9–Asseguraracontabilidadedoprojecto

ResponsávelpelaAcção:SociedadePortuguesaparaoEstudodasAvesCalendarização:Outubro2003aSetembro2008Estado:emcurso

Estaacçãoestáadecorrernormalmente,tendosidoenglobadanarotinanormaldaSPEAedopróprioprojecto.Aexecuçãofinanceirafinaldoprojectoencontra-seresumidanatabelaabaixo.Oscustostotaisjáestãodeacordocomopedidodealteraçõesaqueoprojectofoisujeitoedepoisdasujeitosaauditoriafinal.

Tabela12.Resumodasdespesasefectuadasnodecorrerdoprojecto.Categoriasdedespesas TotalDispendido Custostotais %Dispendida

1.Pessoal 936.308 1.029.939,00 110%

2.Viagens 100.697 110.766,70 110%

3.Assistênciaexterna 1.161.401 1.006.179,37 87%

4.Bensduradouros 163.925 131.750,62 80%

5.Compra/arrendamentodeterrenos

6.Consumíveis 278.284 192.898,49 69%

7.Outroscustos 26.396 12.255,48 46%

8.Despesasgerais(overheads) 84.916 93.407,60 110%

TOTAL 2.843.728 2.577.197,26 91%


4 ACTIVIDADESEXTRAPROJECTOLIFEPRIOLOOdesenvolvimentodoprojectoLIFEPriolonaZPEPicodaVara/RibeiradoGuilhermepossibilitouaolongodoseudecursorealizare/oucolaborarnumvastoconjuntodetrabalhoseeventosquedeoutraformanuncaseteriamdesenvolvidonosconcelhosdoNordesteePovoação(eemúltimocaso,naRegiãoAutónoma dos Açores). O Centro Ambiental do Priolo é certamente o mais importante feito extraprojectoLIFE.AexistênciadestaestruturairápermitiraolongodospróximosanoscontinuarotrabalhodesensibilizaçãoiniciadocomoLIFEPriolo.DereferirqueaolongodoseiprimeiroanodeexistênciaoCentro recebeu quase 2000 visitantes o que, dado ser o primeiro ano e ainda estar localizado noconcelho mais periférico de São Miguel, é sem dúvida um valor muito motivador para todos osintervenientes.AinvestigaçãosobreoPrioloeaFloresta,eaformaçãodetécnicosforamigualmenteoutrasdasmaisvaliasdesteprojecto.Aolongodoscincoanosforammaisde30técnicosquecolaboraramcomaequipadeprojectoemtrabalhosdiversosqueaumentaramdeformasignificativaoconhecimentosobreaZPE.Estestécnicosbeneficiaramdeprogramasregionais(Estagiar-LeEstagiar-T)eeuropeus(LeonardodaVinci, Argo, Eurodisseia, etc) ou de bolsas demestrado e doutoramento. Foi ainda possível criar umponto de contacto e apoio para diversas instituições nacionais e internacionais que assim puderamdesenvolver trabalhos sobre os valores naturais desta área tão específica, por Ex: Universidades dosAçores,deCoimbra,deLisboa,UniversidadesdeBristoledePlymouth(ReinoUnido),etc.Aindaaoníveldainvestigaçãoéderegistaroprimeiro“AtlasdoPriolo”,umprojectoinovadoreinéditoquepermitiujuntarcercade50voluntáriosparapercorrertodaaáreadedistribuiçãodestaespécie.Osresultados obtidos foram surpreendentes e animadores, com um aumento da área de ocorrência doPriolo,tendo-seobtidoregistosemáreasforadaZPE.Osdadosobtidos,emconjuntocomosdadosdoscensos anuais, parecem indicar uma nítidamelhoria da situação da espécie, quer em termos de áreaquerdenúmerodeindíviduos.Adivulgação foioutraaposta forteao longodosúltimosanos, tendosidopossívelaumentarde formasignificativao conhecimento sobrea espéciee a sua situação,queranível localquer internacional.OdestaqueobtidocomacampanhadaSPEA“Priolo,avedoano2008”edaBirdlifeInternational“SpeciesChampions” foram sem dúvida outros dois momentos de especial importância e que projectaram oPriolocomoumdossímbolosdeSãoMigueledosAçores.Os resultados alcançados quer nas acções do LIFE Priolo, quer nas diversas acções que surgiram noâmbitodesteprojecto,levamaencararospróximosanosdeumaformamuitomaisoptimistadoquenoiniciodesteprojecto.Ficouprovadodequeasuaextinçãopoderáserevitada,obtendocomissograndesmaisvaliasaníveldopatrimónioeriquezadaspopulaçõeslocaisedaRegião.AsobrevivênciadoPrioloestá e deverá estar sempre associada a um desenvolvimento local em equilíbrio com o Ambiente ebeneficiandodasuaconservação.SóassimsepoderácontinuarainvestirnasacçõesderecuperaçãodaflorestanativanaZPEdoPicodaVara/RibeiradoGuilherme.

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relatorio final life priolo...Recuperação do habitat do Priolo na ZPE Pico da Vara/Ribeira do Guilherme. Relatório Final, 2009 2 Trabalhar para o estudo e conservação das aves